Blog - Notícias Anteriores - Junho 2023
30/06/2023 -
Sessão desta quinta (29) deixa Bolsonaro a um voto
da inelegibilidade no TSE
30/06/2023 -
Brasil registra 155 mil empregos formais em maio
30/06/2023 -
Duas sugestões – João Guilherme Vargas Netto
30/06/2023 -
Desenrola Brasil: conheça as regras para
renegociação de dívidas
30/06/2023 -
Pacheco aumenta pressão contra juros altos e
menciona ida de Campos Neto ao Senado
30/06/2023 -
BC aumenta projeção de crescimento do PIB de 1,2%
para 2%
29/06/2023 -
Desemprego atinge em abril menor patamar em oito
anos
29/06/2023 -
Programa de incentivo à compra de carros será
ampliado e contemplará empresas, diz Haddad
29/06/2023 -
Aposentadoria especial do INSS: STF tem até sexta
para julgar mudanças da Reforma da Previdência
29/06/2023 -
Se houver pedido de vista, ministros do TSE
anteciparão votos para definir inelegibilidade de
Bolsonaro
29/06/2023 -
Sindicalistas debatem descarbonização no setor
automotivo
29/06/2023 -
Sindicalistas pedem que o Brasil deem asilo para
Julian Assange
29/06/2023 -
Salariômetro: reajuste salarial ficou acima da
inflação em maio
29/06/2023 -
Projeto prorroga por quatro anos desoneração da
folha de pagamentos da Cofins-Importação
28/06/2023 -
Trabalhadores e empresários debatem fortalecimento
da negociação coletiva
28/06/2023 -
Maioria do STF mantém regras de pensão por morte do
INSS
28/06/2023 -
Dos acordos salariais analisados pelo Dieese, 88%
tiverem ganhos reais em maio
28/06/2023 -
Governo Lula comemora queda da inflação e enquadra
Campos Neto: “tudo pronto pros juros caírem”
28/06/2023 -
Ministro Raul Araújo pode tentar mudar rumo do
julgamento de Bolsonaro no TSE
28/06/2023 -
Lula diz que juros do empréstimo consignado causam
indignação
28/06/2023 -
Saúde e remuneração são prioridades no grupo que
discute regulação do trabalho por aplicativos
28/06/2023 -
Paulo Paim cobra redução da taxa de juros
27/06/2023 -
Segunda parcela do 13º dos aposentados começa a ser
paga
27/06/2023 -
Câmara cancela votações e enforca a semana em meio
às festas de São João
27/06/2023 -
Lira: "Responderemos as iniciativas antidemocráticas
com doses ainda maiores de democracia"
27/06/2023 -
Inflação mais baixa, PIB mais alto: mercado eleva
previsões para crescimento do Brasil
27/06/2023 -
Analista aponta desafios para o Governo avançar
27/06/2023 -
País precisa se preparar para o envelhecimento,
dizem debatedores
26/06/2023 -
Contribuição
assistencial obrigatória: Moraes libera julgamento
sobre a cobrança
26/06/2023 -
Indenização por
danos morais trabalhistas pode ultrapassar valores
da CLT, decide STF
26/06/2023 -
Nova Central participa de instalação do Conselho
Nacional do Trabalho
26/06/2023 -
Trabalhadores de aplicativos pedem mais
regulamentação para o setor
26/06/2023 -
CNI: indústria da construção está empregando mais no
país
23/06/2023 -
Centrais vão debater Política do BC com Rodrigo
Pacheco
23/06/2023 -
Mais de 70% dos acordos salariais fechados neste ano
superam a inflação
23/06/2023 -
‘É irracional taxa de juros de 13,75% com inflação
de 5%’, diz Lula na Itália
23/06/2023 -
MP Eleitoral e relator abrem caminho para
inelegibilidade de Bolsonaro na semana que vem
23/06/2023 -
Cemig dá R$ 426 milhões a acionista e alojamento
precário a trabalhador
23/06/2023 -
Subir às bases – João Guilherme Vargas Netto
23/06/2023 -
Brumadinho: Vale
é condenada a pagar R$ 1 milhão a cada trabalhador
falecido por 'dano-morte'
22/06/2023 -
Presidente nacional da NCST alerta sobre o futuro do
Movimento Sindical Brasileiro
22/06/2023 -
Bancada dos trabalhadores no Codefat se reúne com o
Ministro do Trabalho
22/06/2023 -
Aprovação do trabalho de Lula cresce e vai a 56%,
diz pesquisa Quaest
22/06/2023 -
Diretor da NCST diz que Brasil tem a maior taxa de
juros do mundo
22/06/2023 -
Homens ganhavam, em 2021, 16,3% a mais que mulheres,
diz pesquisa
22/06/2023 -
Entidades fazem petição para defender
inelegibilidade de Bolsonaro
21/06/2023 -
Audiência virtual com o ministro Luiz Marinho
discutirá o fortalecimento das entidades sindicais
21/06/2023 -
Copom se reúne e Centrais Sindicais protestam pela
redução dos juros
21/06/2023 -
Comissão vai debater impacto das plataformas de
aplicativos no mercado de trabalho
21/06/2023 -
Supremo valida decreto que revogou norma sobre
dispensa sem justa causa
21/06/2023 -
Comissão do Senado aprova prorrogação de desoneração
da folha para 17 setores
21/06/2023 -
Comissão debate expropriação de propriedades onde há
trabalho escravo
21/06/2023 -
CDH vota incentivo à contratação de mulheres acima
de 50 anos
20/06/2023 -
Dieese: arcabouço fiscal é ‘camisa de força menos
apertada’ que o teto de gastos
20/06/2023 -
A Nova Central, juntamente as com as demais
centrais, realiza ato contra juros altos nesta
terça-feira (20)
20/06/2023 -
Bolsonaro sobre julgamento no TSE: 'indicativos não
são bons'
20/06/2023 -
Desoneração da folha de pagamento vai a comissão do
senado nesta terça
20/06/2023 -
Lula volta a criticar juros altos e diz que BC tem
que dar explicações ao Senado e ao povo
20/06/2023 -
Cientistas e entidades defendem jornada de trabalho
de quatro dias na semana
19/06/2023 -
Trabalhadores protestam no ABC paulista contra a
taxa de juros e a direção do Banco Central
19/06/2023 -
Centrais
Sindicais farão ato contra juros altos nesta
terça-feira (20)
19/06/2023 -
STJ confirma prazo de 120 dias para solicitar
seguro-desemprego
19/06/2023 -
Datafolha: em
cenário estável, Lula tem 37% de aprovação e 27% de
reprovação
19/06/2023 -
Especialistas cobram ações e recursos para o combate
ao trabalho infantil
19/06/2023 -
Moraes determina
depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal
19/06/2023 -
Erro em
cancelamento de benefício do INSS gera dano moral
previdenciário
19/06/2023 -
Comissão vai
debater relações trabalhistas relacionadas à
sociobioeconomia
16/06/2023 -
Em Vitória, entidades sindicais mostram disposição
para luta em defesa da estrutura sindical
16/06/2023 -
Lula diz que economia deve crescer 2% ou mais em
2023
16/06/2023 -
Movimentos populares e centrais sindicais vão às
ruas pela redução da taxa de juros no país
16/06/2023 -
Na OIT, Marinho enfatiza diálogo e trabalhadores
pedem distribuição justa da riqueza
15/06/2023 -
Em Belo Horizonte, Nova Central inicia giro pelo
Sudeste para debater futuro do Movimento Sindical
15/06/2023 -
CDH debate Estatuto do Trabalho com foco no novo
arcabouço fiscal
15/06/2023 -
Comissão debate retificação de convenção da OIT
sobre violência e assédio no trabalho
15/06/2023 -
Haddad diz que tentará sensibilizar Senado sobre
desoneração com alternativa para 2º semestre
15/06/2023 -
Centrais sindicais e trabalhadores em apps debatem
pauta de reivindicações
15/06/2023 -
Produção industrial recua em 10 dos 15 locais
pesquisados em abril ante março, afirma IBGE
15/06/2023 -
MP do Minha Casa, Minha Vida segue para sanção
15/06/2023 -
CPMI do Golpe terá acesso a informações sigilosas
dos processos do STF
14/06/2023 -
Nova Central vai participar de audiência pública
para debater o trabalho livre de violência e assédio
nesta quinta-feira
14/06/2023 -
Governo quer fazer revisão da reforma trabalhista
ainda este ano, diz Luiz Marinho
14/06/2023 -
CAE aprova prorrogação de quatro anos na desoneração
na folha de pagamentos
14/06/2023 -
Sergio Moro: Decisão da Justiça acelera processo de
cassação do senador
14/06/2023 -
Novo salário
mínimo, reajuste de servidores e outras três MPs
entram na pauta do Congresso
14/06/2023 -
Paim celebra aprovação da igualdade salarial entre
mulheres e homens
14/06/2023 -
OIT: ministros do TST discutem “transição justa”
para novas formas de trabalho
13/06/2023 -
Região Sudeste: Nova Central retoma debate sobre
futuro do movimento sindical em Belo Horizonte
13/06/2023 -
Tebet recebe pauta dos trabalhadores em encontro com
movimento sindical
13/06/2023 -
40h já: governo Lula cobra mobilização para reduzir
a jornada de trabalho
13/06/2023 -
Estatuto do trabalho: debatedores defendem redução
de jornada
13/06/2023 -
Queda no valor da cesta básica já ajuda famílias,
diz economista
12/06/2023 -
Sindicalistas
promovem plenária em SP com Simone Tebet
12/06/2023 -
Comissão de Direitos Humanos debaterá remuneração
justa no trabalho
12/06/2023 -
Plenária Sindical com a ministra do Planejamento e
Orçamento Simone Tebet
12/06/2023 -
Inflação desacelera e fica em 0,23% em maio
12/06/2023 -
Queda na
sindicalização – Clemente Ganz Lúcio
12/06/2023 -
Governo espera
ver votado ainda em junho o novo marco fiscal
07/06/2023 -
Vamos revisar a lei para “dar voz aos
trabalhadores”, diz Marinho
07/06/2023 -
Preço da cesta básica cai de abril para maio e
reajuste do mínimo eleva poder de compra
07/06/2023 -
Julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível é
marcado para o dia 22
07/06/2023 -
Brasileiros testam e aprovam a semana de quatro dias
de trabalho
07/06/2023 -
Por unanimidade, STF arquiva investigação contra
Lira
07/06/2023 -
Sindicato que pagava menos para advogada do que para
advogado é condenado
06/06/2023 -
Espanha pós-reforma trabalhista tem redução de
desempregados e recorde de contribuintes à
seguridade
06/06/2023 -
Lira diz que governo sinalizou mudanças na
articulação política
06/06/2023 -
Governo planeja distribuir 90% do lucro do FGTS, em
2022, de R$ 15 bilhões
06/06/2023 -
Eletricitários fazem protesto em frente à sede da
Eletrobrás: “não foi privatização, foi roubo”
06/06/2023 -
Governo Lula planeja novo pacote de investimentos
para impulsionar infraestrutura
06/06/2023 -
‘Desenrola’:
programa vai auxiliar pessoas com dívidas de até R$
5 mil
06/06/2023 -
Contribuição previdenciária incide sobre
auxílio-alimentação pago em dinheiro
05/06/2023 -
Movimentos social e sindical farão jornada contra os
juros altos
05/06/2023 -
Confederações querem ampliar participação
05/06/2023 -
O desafio de
inovar nas negociações coletivas e na regulação do
trabalho mediado por plataformas
05/06/2023 -
STF pauta
recurso de Lira contra denúncia por corrupção
05/06/2023 -
Juiz do RN
condena Rogério Marinho à perda de mandato
05/06/2023 -
Mãos à obra! – João Guilherme Vargas Netto
05/06/2023 -
TST anula dispensa de 5 empregadas por falta de
participação do sindicato
02/06/2023 -
MPT elabora cartilha explicativa sobre trabalho por
aplicativo
02/06/2023 -
Em conversa com Luiz Marinho, FST pede participação
ativa nas mesas de discussão de trabalho
02/06/2023 -
Com julgamento liberado, Bolsonaro está prestes a se
tornar inelegível
02/06/2023 -
Sindicato não deve receber indenização por dano
moral coletivo, decide TST
01/06/2023 -
Centrais reivindicam que Senado aprove PL 1085 sem
alterações
01/06/2023 -
Igualdade
salarial entre mulheres e homens passa na CAE e vai
ao Plenário
01/06/2023 -
Contrato intermitente, o símbolo de uma reforma
trabalhista fracassada
01/06/2023 -
Com 2 milhões de desempregados a menos em um ano,
país tem menor taxa desde 2015
01/06/2023 -
CCJ aprova mais rapidez a medidas de natureza cível
de proteção à mulher
01/06/2023 -
Caged: Saldo líquido de emprego formal é positivo em
180.005 vagas em abril
01/06/2023 -
Acordo que reduz direitos só vale com autorização
constitucional, diz TST
01/06/2023 -
Brasil abre 180 mil vagas formais de trabalho em
abril, mostra Caged
30/06/2023 -
Sessão desta quinta (29) deixa Bolsonaro a um voto
da inelegibilidade no TSE
O placar está em 3 a 1. A expectativa é que o
julgamento termine amanhã com a condenação de
Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido
dos meios de comunicações
Bolsonaro fica a um voto da inelegibilidade depois
da sessão desta, quinta (29), no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O placar do julgamento está 3 votos
a 1 para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro
inelegível.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes,
suspendeu o julgamento, que reiniciará na sexta
(30), última sessão do plenário no semestre, antes
do recesso do meio do ano.
Já votaram os ministros Benedito Gonçalves, relator
da ação, Raul Araújo, até agora, o único ministro a
abrir divergência, além dos ministros Floriano
Marques e André Ramos.
Nesta sexta, votarão os ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) que fazem parte do TSE,
ministra Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente
do tribunal eleitoral, Alexandre de Moraes.
A expectativa é de que Cármen Lúcia e Alexandre de
Moraes votem pela inelegibilidade, enquanto o
ministro Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro, vote para inocentar a chapa.
Fonte: Portal Vermelho
30/06/2023 -
Brasil registra 155 mil empregos formais em maio
No acumulado dos cinco primeiros meses país tem
856 mil novos postos
O Brasil registrou, no mês de maio, saldo positivo
de 155.270 empregos com carteira assinada. O
resultado se explica pela diferença entre os
2.000.202 de admissões e pouco mais de um 1.844.932
de desligamentos.
Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados, divulgados nesta
quinta-feira (29).
Nos primeiros cinco meses do ano foram criados 865
mil postos de trabalho, alcançando um estoque de
mais de 43 milhões de empregos formais no país.
Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o resultado
ficou abaixo da expectativa, que era de 180 mil
empregos, por causa da política de juros altos
praticada pelo Banco Central.
"O que frustrou um número ainda melhor – o número é
positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é
desprezível de saldo positivo para o mês de maio –
porém as nossas previsões eram para números ainda
maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da
ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva
a esse processo. É exatamente ausência de crédito e,
portanto, a ausência de crédito está vinculada
diretamente aos juros praticados."
O ministro responsabilizou as autoridades monetárias
não só pelo resultado abaixo do esperado como por
sacrificar as contas do país.
"Eu responsabilizo as autoridades, que teriam de ter
já iniciado um processo de redução dos juros do
país. Os juros praticados, portanto, não se
justificam. Na medida que você sacrifica, não
somente empregos, está sacrificando as contas
também, porque significa que a União tem de pagar
mais juros. Ou seja, nós estamos queimando
oportunidades de geração de emprego, queimando
oportunidades de ter as contas mais saudáveis."
Recorte estadual
O saldo positivo foi registrado em 23 dos 27 estados
brasileiros, com destaque para São Paulo, com 50 mil
empregos criados, seguido de Minas Gerais (26 mil),
e Espírito Santo (13 mil).
As maiores perdas foram registradas em Alagoas, com
saldo negativo de 8 mil empregos, e Rio Grande do
Sul, menos 2,5 mil.
Recorte setorial
O setor de serviços apresentou o maior crescimento, de
54% no mês. Um saldo de 83 mil vagas, seguido da
construção civil, com 27 mil.
Completam a lista, a agropecuária, com 19 mil novos
postos, e comércio e indústria, com abertura de 15
mil vagas.
Recorte por gênero
Em um recorte por gênero, o Caged do mês de maio
revela que foram gerados 65 mil postos de trabalho
para mulheres e quase 90 mil para homens.
Fonte: Agência Brasil
30/06/2023 -
Duas sugestões – João Guilherme Vargas Netto
A grande tarefa do ministro Marinho e de sua equipe
é a de revitalizar o Ministério do Trabalho,
extinto, recriado e destroçado pelo governo
Bolsonaro.
Assim como na Revolução de 30, o ministério deve ter
atualmente um papel central, reestruturado
orçamentária e funcionalmente.
O movimento sindical dos trabalhadores apoia estes
esforços, fazendo deles uma exigência e participando
com empenho nos diversos conselhos criados,
reforçando as fiscalizações e as superintendências.
Interessa aos trabalhadores, aos empresários e ao
governo um ministério forte, dentro dos ditames
constitucionais, civilizatório e indutor de relações
do trabalho justas e democráticas em um contexto de
desenvolvimento econômico e superação das
dificuldades.
Como contribuição para este bom desempenho sugiro
duas iniciativas que, a meu juízo, contribuiriam
para o avanço da pauta sindical atendida pelo
ministério.
Sugiro que o ministério patrocine uma campanha
institucional, nos meios de comunicação de massa –
grandes veículos e redes sociais – em defesa da
sindicalização.
Isso foi feito, por exemplo, no começo da década de
80 do século passado depois da vitória oposicionista
de 1982 no governo do Mato Grosso do Sul, com
resultados espetaculares. A campanha dizia,
simplesmente, “Sindicalize-se, faz bem para você,
faz bem para o Brasil”.
A campanha ministerial seria apoiada com ênfase pelo
movimento sindical que realizaria as suas próprias
campanhas de sindicalização e ressindicalização.
Outra iniciativa que sugiro é a da realização, pelo
ministério, contratando empresa especializada, de
uma pesquisa qualitativa sobre o que querem os
trabalhadores de aplicativos, capaz de orientar com
seus resultados todas as ações a serem empreendidas
neste complexo assunto, com a aquiescência dos
diretamente interessados.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Brasil
30/06/2023 -
Desenrola Brasil: conheça as regras para
renegociação de dívidas
Quem recebe até dois salários mínimos poderá
renegociar dívidas de até R$ 5 mil, em 60 vezes, com
desconto e juros juros de 1,99% ao mês
Ministério da Fazenda publicou nesta quarta-feira
(28) as regras do Desenrola Brasil, programa de
renegociação de dívidas dos brasileiros. O objetivo
é limpar o nome das pessoas que estão negativadas
nos sistemas de crédito – como o SPC e o Serasa.
Assim, poderão novamente fazer compras financiadas e
adquirir empréstimos, reaquecendo a economia. O
programa se divide em duas faixas, e a previsão do
governo é beneficiar 70 milhões de pessoas, que
receberão descontos nas dívidas.
Os bancos e instituições financeiras que aderirem ao
Desenrola Brasil terão de perdoar e limpar
imediatamente o nome de consumidores que devem até
R$ 100. De acordo com a Fazenda, 1,5 milhão de
brasileiros têm dívidas com esse valor.
O ministro Fernando Haddad disse hoje que as
instituições financeiras já podem aderir ao
programa. Para os devedores, a expectativa é que a
renegociação comece em setembro.
Faixa 1
A Faixa 1 é para cidadãos que recebem até dois
salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritos
no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal (CadÚnico). Poderão participar aqueles que
foram incluídos no cadastro de inadimplentes entre
1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
Nesse grupo, as dívidas não podem ultrapassar R$ 5
mil. E inclui todos os tipos de dívidas de consumo,
como água, luz, telefone, varejo e bancárias e
também as de empréstimo consignado. O pagamento da
dívida poderá ser feito à vista ou por financiamento
bancário, divido em até 60 vezes, sem entrada, com
parcela mínima de R$ 50. A taxa de juros do
parcelamento será de 1,99% ao mês, com prazo de 30
dias para quitar a primeira parcela.
No entanto, o programa não inclui dívidas com
garantia real, do crédito rural, financiamento
imobiliário e operações com funding ou risco de
terceiros.
Assim, no caso de parcelamento, o pagamento pode ser
realizado em débito em conta, boleto bancário e Pix.
Por outro lado, o pagamento à vista será feito
através da plataforma do programa, com repasse do
valor ao credor. Caso o devedor deixe de pagar as
parcelas, o banco iniciará o processo de cobrança, e
poderá fazer nova negativação.
As pessoas da faixa 1 só poderão aderir ao Desenrola
Brasil pela plataforma digital gov.br, com
certificados prata ou ouro, onde poderão escolher o
agente financeiro, as dívidas para renegociação e a
forma de parcelamento.
Faixa 2
A faixa 2 destina-se atende aos devedores com renda
mensal de até R$ 20 mil. Estes poderão aderir ao
programa tanto pela plataforma gov.br, quanto por
canais indicados pelos agentes financeiros. Eles
poderão quitar as dívidas de forma parcelada, a
partir de 12 prestações. Também é necessário ter
sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de
dezembro de 2022.
Similarmente, também estão fora do programa dívidas
de crédito rural ou que possuam garantia,
equalização de juros pela União, com entidade
pública ou aporte de recursos públicos, além de
dívidas que não tenham risco de crédito assumido.
Educação financeira
No início do mês, Haddad afirmou também que o
Desenrola deve incluir um segmento de educação
financeira. A intenção é evitar que os beneficiários
voltem a se endividar, depois da renegociação para
limparem o nome.
Nesse sentido, a primeira-dama, Janja Lula da Silva,
anunciou a participação da empresária e
influenciadora Nath Finanças, no programa Papo de
Respeito, nesta quinta (29), para tratar do programa
de renegociação das dívidas dos brasileiros. O
programa vai ao ar às 18h na TV Brasil e nas redes
sociais do governo.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/06/2023 -
Pacheco aumenta pressão contra juros altos e
menciona ida de Campos Neto ao Senado
Senador disse que presidente do BC terá que explicar
por que a taxa de juros está a 13,75%, "considerando
todos os fatores econômicos e financeiros muito
propícios para a redução"
Em participação no Fórum Jurídico de Lisboa nesta
quarta-feira (28), o presidente do Congresso
Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), endossou
as críticas do governo federal à abusiva taxa de
juros brasileira e reiterou que o presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, precisará
prestar explicações no plenário do Senado Federal no
início de agosto.
“Vamos cumprir fielmente, sem prejuízo de convites
feitos por comissões, no plenário do Senado Federal,
já nos primeiros dias de agosto, a arguição pública
do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
para que ele possa demonstrar as razões pelas quais
a taxa de juros ainda está a 13,75% no Brasil,
considerando todos os fatores econômicos e
financeiros muito propícios para a redução”, disse
Pacheco. A declaração do senador foi registrada pelo
portal O Antagonista.
Vale lembrar que, nesta terça-feira (27), a Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um
convite para que Campos Neto compareça e preste
esclarecimentos sobre a política de juros do país. A
decisão ocorreu após a divulgação da ata do Copom
(Comitê de Política Monetária), que indicou a
possibilidade de uma redução das taxas de juros em
agosto. O presidente do BC já havia participado de
audiência pública na CAE em abril.
Fonte: Brasil247
30/06/2023 -
BC aumenta projeção de crescimento do PIB de 1,2%
para 2%
Estimativa de inflação cai de 5,8% para 5% este
ano
O Banco Central (BC) elevou a projeção para o
crescimento da economia este ano. A estimativa para
a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país) passou
de 1,2% para 2%, em razão de “surpresas positivas em
algumas atividades da indústria e do setor de
serviços no primeiro trimestre, além de melhora nos
prognósticos para a agricultura”. A projeção consta
do Relatório de Inflação, publicação trimestral do
BC, divulgado nesta quinta-feira (29).
“A atividade econômica apresentou forte crescimento
no primeiro trimestre (1,9%), superando amplamente
as expectativas. O resultado repercutiu sobretudo o
desempenho do setor agropecuário. Por sua vez, a
evolução da demanda doméstica e dos componentes da
oferta mais sensíveis ao ciclo econômico reforça a
avaliação de arrefecimento da atividade econômica”,
explicou o BC no relatório.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2023 -
Desemprego atinge em abril menor patamar em oito
anos
Taxa de desocupação chegou a 8% no mês
A taxa de desocupação, que mantinha relativa
estabilidade em torno de 8,5%, voltou a recuar com
mais força no último bimestre, atingindo em abril o
patamar de 8% na série dessazonalizada, menor nível
em oito anos.
Os dados foram calculados pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) a partir da série
trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
melhora de algumas variáveis ligadas aos
rendimentos, subocupação e desalento confirmam esse
cenário mais otimista para o mercado de trabalho.
Em abril, na comparação com o mês anterior, a
população ocupada apresentou a quarta expansão
consecutiva, com aproximadamente 99,2 milhões de
pessoas. “Adicionalmente, enquanto a ocupação formal
registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no
último trimestre, encerrado em abril, a população
ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa
mesma base de comparação”, diz o Ipea.
Segundo a análise, o recorte setorial mostra que o
crescimento da ocupação tem ocorrido de forma
generalizada, mas com diferente intensidade. Nos
últimos 12 meses, encerrados em abril, todos os
setores tiveram criação de empregos, com destaque
para o comércio (376,2 mil), os serviços
administrativos (264,5 mil), a indústria de
transformação (204,9 mil) e a construção civil
(191,6 mil). Em abril, o contingente de 107,9
milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho
era 0,8% menor que o observado no mesmo período do
ano anterior.
De acordo com o estudo, nos últimos 12 meses a
população desalentada registrou queda de 15,8%. Os
números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano
passado, para 3,5 milhões em abril deste ano. Além
da queda do número de desalentados, foi observada
retração da parcela de indivíduos que estão fora da
força de trabalho devido ao estudo, às obrigações
domésticas, a problemas de saúde, entre outros
motivos, que não desejam retornar à atividade, mesmo
diante de uma proposta de emprego.
“Uma possível explicação é a melhora do mercado de
trabalho que pode estar gerando uma necessidade
menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento
domiciliares, possibilitando que demais membros da
residência possam se dedicar exclusivamente a outras
atividades”, diz o Ipea.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2023 -
Programa de incentivo à compra de carros será
ampliado e contemplará empresas, diz Haddad
Segundo o ministro da Fazenda, a nova linha será
anunciada oficialmente em breve
O programa de incentivo à compra de automóveis do
governo federal será ampliado, incluindo agora
também as empresas nessa segunda etapa, disse o
ministro da Fazenda Fernando Haddad em entrevista
exclusiva à jornalista Míriam Leitão que será
exibida na noite desta quarta-feira (28) pela
GloboNews.
"O que houve é que ninguém esperava, nem as
montadoras nem o governo, que houvesse tanta demanda
por carros mais econômicos e menos poluentes. Essa
procura inesperada esgotou o total de crédito
previsto para o programa. Por isso, uma nova linha
será lançada e anunciada em breve", destacou Míriam
Leitão em sua coluna no jornal O Globo.
O programa do governo Lula para reduzir o custo dos
carros populares já destinou mais de 80% dos
recursos reservados para este financiamento em pouco
mais de três semanas desde que foi lançado.
De acordo com dados do painel do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC),
que acompanha em tempo real a alocação dos recursos
pelas montadoras, os fabricantes já solicitam R$ 420
milhões em créditos tributários dos R$ 500 milhões
disponíveis para oferecer descontos aos consumidores
pessoa física na compra de novos veículos.
Fonte: Brasil247
29/06/2023 -
Aposentadoria especial do INSS: STF tem até sexta
para julgar mudanças da Reforma da Previdência
Reforma da Previdência de 2019 instituiu idade
mínima para a aposentadoria, além de cálculo e
conversão do tempo;
entenda o que está em jogo
O Supremo Tribunal Federal voltou a julgar a ADI
(Ação Direta de Inconstitucionalidade) 6.309, que
discute as mudanças da Reforma da Previdência na
idade mínima, no cálculo e na conversão de tempo
para a aposentadoria especial do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS).
A análise foi retomada na sexta-feira da semana
passada (23), no plenário virtual, e tem prazo para
acabar nesta sexta-feira (30) — a não ser que algum
ministro peça para o caso ser votado no plenário
físico. O relator é o ministro Luís Roberto Barroso.
A aposentadoria especial era um benefício concedido
em três modalidades, antes de ser alterada pela
Reforma da Previdência de 2019:
1. Após 15 anos para o mineiro que trabalha no
subsolo;
2. Após 20 anos para o mineiro que trabalha na rampa
da superfície ou com exposição ao amianto; ou
3. Após 25 anos para os trabalhadores expostos a todos
agentes nocivos (biológicos, químicos, agentes
cancerígenos, ruído, calor, radiação ionizante,
etc.).
Com a reforma, a aposentadoria especial deixou de
ter natureza preventiva e passou a exigir idade
mínima (55 anos para mineiro do subsolo, 58 anos
para mineiro na rampa e 60 anos para os demais
trabalhadores expostos aos agentes nocivos).
Também foi criada uma regra de transição: além de
cumprir o tempo mínimo de exposição (15, 20 e 25
anos), o segurado tem também uma pontuação (66
pontos quando é aposentadoria de 15 anos, 76 se for
de 20 e 86 se for de 25 anos).
Além disso, a reforma da Previdência também mudou o
cálculo do benefício (que era de 100% da média dos
80% maiores salários desde julho de 1994). Ele
passou a ser um percentual de 60% mais 2% a cada ano
que supere os 15 anos de tempo de contribuição.
Julgamento no STF
O julgamento da ADI 6.309 começou em março deste ano,
com o voto do ministro relator. Barroso julgou
improcedentes os pedidos e votou por considerar
constitucionais as mudanças da reforma da
Previdência. O ministro Ricardo Lewandowski pediu
vista dos autos, mas se aposentou depois e não faz
mais parte da Corte.
Antes de o julgamento ser suspenso, o ministro Edson
Fachin antecipou seu voto e divergiu de Barroso.
Fachin votou por acolher o pedido e declarar a
inconstitucionalidade do inciso I do artigo 19 da
Reforma da Previdência; do § 2º do artigo 25; e do
inciso IV do § 2º do artigo 26.
Críticas às mudanças
Para o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário
(IBDP), que participa do processo como amicus curiae
(“amigo da Corte”), as mudanças contradizem o que a
própria Constituição Federal estabeleceu. “Ficou
muito mais difícil para o segurado exposto a agente
nocivo, que tem uma redução de sua expectativa de
sobrevida com uma renda diminuída”, afirma Adriane
Bramante, presidente do instituto.
Bramante diz que a exigência da idade mínimo tirou o
caráter protetivo do benefício; a alteração no
cálculo do benefício está incompatível com o próprio
texto da reforma; e a não possibilidade de conversão
de tempo do período trabalhado após a mudança fere o
princípio da isonomia, o que é inconstitucional.
Fonte: InfoMoney
29/06/2023 -
Se houver pedido de vista, ministros do TSE
anteciparão votos para definir inelegibilidade de
Bolsonaro
Ministro relator do caso votou nesta terça-feira
pela condenação de Jair Bolsonaro
A retomada do julgamento de Jair Bolsonaro no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá ter um
clima pesado caso haja pedido de vistas, informa a
jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O
Globo. De acordo com fontes do TSE, se houver pedido
de vista, a expectativa é que os demais ministros
antecipem seus votos, selando o desfecho do
julgamento.
Nesta terça-feira (27), o ministro relator, Benedito
Gonçalves, “apontou cada problema do evento com os
embaixadores, mostrou a tentativa de golpe, o uso
das Forças Armadas. Ao desmontar a tese da defesa, o
ministro relembrou e detalhou todo o movimento
golpista do ex-presidente para tentar causar caos no
processo eleitoral. Disse que Bolsonaro violou seus
deveres de presidente da República, especialmente
zelar pelo exercício livre dos poderes, e assumiu
uma antagonização injustificada ao TSE”, relata a
jornalista.
Durante seu voto, o ministro relembrou e detalhou
todo o movimento golpista de Bolsonaro, evidenciando
sua violação dos deveres presidenciais de zelar pelo
exercício livre dos poderes e sua antagonização
injustificada em relação ao TSE. O relator destacou
que Bolsonaro espalhou mentiras sobre a governança
eleitoral brasileira aos embaixadores, distorceu o
significado do convite às Forças Armadas na comissão
de transparência e proferiu ameaças veladas de
desrespeito à Constituição diante da rejeição da
proposta do voto impresso. Ao final, Benedito
Gonçalves votou favoravelmente à inelegibilidade de
Bolsonaro por oito anos.
A sessão do julgamento retornará nesta quinta-feira
(29) de manhã, quando o ministro Raul Araújo também
apresentará seu voto. Ele indicou que não solicitará
vistas, uma vez que optou por não se pronunciar na
terça-feira (27).
Fonte: Brasil247
29/06/2023 -
Sindicalistas debatem descarbonização no setor
automotivo
Dirigentes da Força Sindical debateram na manhã
desta quarta-feira (28) a questão dos carros
elétricos e híbridos que envolve trabalhadores da
indústria metalúrgica, química e do setor
energético.
A intenção, segundo Eduardo Anunciato (Chicão),
presidente do Sindicato dos Eletricitários de São
Paulo, é promover em setembro um seminário para
debater a dificuldade dos setores na implementação
da descarbonização dos carros e a mudança da matriz
energética no Brasil.
“Temos que encontrar um caminho que não barre a
evolução, mas ao mesmo tempo garantam os empregos, a
requalificação profissional e a reestruturação do
processo produtivo”, ressaltou Chicão.
A preocupação das lideranças sindicais é,
principalmente, com a manutenção dos empregos nas
cadeias produtivas. “Temos que pensar na cadeia
produtiva como um todo, tendo em vista que essa
mudança pode afetar milhares de postos de
trabalhadores em vários setores”, avaliam os
dirigentes sindicais.
Participaram da reunião, com Chicão, o
vice-presidente da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite
(Serginho), o secretário-geral da Força Sindical,
João Carlos Gonçalves (Juruna), o secretário de
Relações Sindicais, Geraldino dos Santos Silva.
Fonte: Rádio Peão Brasil
29/06/2023 -
Sindicalistas pedem que o Brasil deem asilo para
Julian Assange
Julian Assange, foi responsável pelo maior vazamento
de informações do governo dos EUA, que revelou
inclusive que o Brasil era espionado por eles. O
processo de divulgação foi todo feito no site
Wikileaks.
Desde 2019, Assange está preso no Reino Unido e nos
últimos anos os EUA querem a extradição de Julian
para ser condenado. O país que fala em liberdade de
expressão e imprensa, querendo prender alguém que
fez um trabalho de divulgação de informações de
interesse público.
As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, NCST e CSB), juntamente cientistas,
jornalistas, professores e ex-ministros, enviaram
uma carta para o presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, para pedir que o Brasil
ofereça asilo a Julian Assange.
“Diante dos fatos recentes envolvendo a extradição
para os EUA – onde Assange poderá ser condenado a
até 175 anos de prisão por revelar fatos verdadeiros
a respeito daquele país – um conjunto de
profissionais, lideranças da sociedade civil e
entidades iniciaram um movimento via redes sociais
visando construir uma saída humanitária para o caso,
hoje acompanhado de perto por toda a comunidade
internacional”, consta na nota.
Confira a íntegra da carta:
https://mundosindical.com.br/Documentos/51786,Carta-para-o-presidente-Lula
Fonte: Mundo Sindical
29/06/2023 -
Salariômetro: reajuste salarial ficou acima da
inflação em maio
Índice superou inflação acumulada nos últimos 12
meses, diz Fipe
Em maio, o reajuste salarial mediano ficou em 5,3%,
superando a inflação acumulada dos últimos 12 meses
em 1,5 ponto percentual. O percentual representa o
maior aumento real no ano de 2023. O piso salarial
mediano - que corrige discrepâncias - negociado foi
de R$ 1.630 em maio.
As informações constam no boletim Salariômetro,
divulgado nesta quarta-feira (28) pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O
Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações
salariais, que são coletados no portal Medidor, do
Ministério do Trabalho e Emprego.
O balanço revelou também que 91,9% dos reajustes
salariais negociados foram acima do INPC acumulado,
sendo a maior proporção já observada na série
histórica do Salariômetro.
“Proporções similares foram registradas apenas em
2018. Em janeiro daquele ano, 91,0% dos reajustes
superam o INPC. Naquela época, a inflação girava em
torno de 2%. Agora está em torno de 4%, o que
enfatiza o significado dos reajustes atuais”,
divulgou a Fipe.
Segundo a entidade, o INPC para junho é o mesmo de
maio e a prévia indica a proporção de 81,4% de
reajustes acima da inflação.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2023 -
Projeto prorroga por quatro anos desoneração da
folha de pagamentos da Cofins-Importação
Na desoneração, a contribuição previdenciária
patronal sobre a folha de salários é substituída
pela incidência sobre a receita bruta
O Projeto de Lei 1016/23 prorroga até 31 de dezembro
de 2027 o adicional de um ponto percentual à
alíquota da Cofins devida pelo Importador de Bens
Estrangeiros ou Serviços do Exterior. O texto busca
manter até a data definida no projeto a atual
política de desoneração da folha de pagamentos,
estendendo por mais quatro anos a sistemática de
arrecadação.
A desoneração consiste na opção de substituir a
incidência da contribuição previdenciária patronal
sobre a folha de salários pela incidência sobre a
receita bruta e atinge 17 segmentos, cuja vigência
acaba no final deste ano. A desoneração da folha
permite às empresas dos setores beneficiados pagarem
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20% sobre a folha de salários. A ideia é que esse
mecanismo possibilite maior contratação de pessoas.
O autor da proposta, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO),
explica que a extinção da desoneração da folha
representaria um obstáculo à manutenção e geração de
empregos no futuro próximo, pois agravaria os custos
de contração de mão de obra para os importantes
setores da indústria, dos serviços, dos transportes
e da construção. Segundo ele, esses setores podem
optar pelo recolhimento da contribuição
previdenciária sobre a receita bruta, ao invés da
incidência da contribuição previdenciária patronal
sobre a folha de pagamento.
“Na medida em que a desoneração implica uma
contribuição substitutiva sobre a receita bruta,
faz-se necessário, por via de consequência,
prorrogar o adicional de um ponto percentual à
alíquota da Cofins-Importação para manter
equilibrados os níveis de tributação entre operações
internas e importações, mitigando-se, assim,
possíveis distorções concorrenciais”, explica Ayres.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será
analisada pelas comissões de Desenvolvimento
Econômico; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
28/06/2023 -
Trabalhadores e empresários debatem fortalecimento
da negociação coletiva
Representantes dos trabalhadores e dos empresários
se reuniram nesta terça-feira (27), na sede da
Fecomércio, em São Paulo. Na pauta da reunião o
debate sobre a valorização e o fortalecimento da
negociação coletiva.
Fonte: Rádio Peão Brasil
28/06/2023 -
Maioria do STF mantém regras de pensão por morte do
INSS
Ministros consideram que não há
inconstitucionalidade nas mudanças
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) votou pela validade da mudança constitucional
que alterou o pagamento de pensão por morte paga
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O
julgamento ocorreu de forma virtual e foi finalizado
na sexta-feira (23).
Os ministros julgaram a constitucionalidade do
artigo 23 da Emenda Constitucional 103 de 2019. A
emenda fixou que o pagamento da pensão será de 50%
do valor da aposentadoria, acrescida de 10% por
dependente.
O cálculo foi contestado pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais
(Contar). A entidade alegou que houve redução
desproporcional da pensão por morte.
Ao analisar os questionamentos, a maioria dos
ministros seguiu voto proferido pelo relator, Luís
Roberto Barroso. Para o ministro, não há
inconstitucionalidade nas alterações
previdenciárias.
"Não vejo, por fim, ofensa ao princípio da vedação
ao retrocesso social. O princípio da vedação ao
retrocesso, que ainda desperta controvérsias na
doutrina, não pode ser interpretado como uma
proibição a qualquer atuação restritiva do
legislador em matéria de direitos fundamentais, sob
pena de violação ao princípio democrático", afirmou.
O entendimento foi seguido pelos ministros Dias
Toffoli, André Mendonça, Gilmar Mendes, Alexandre de
Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Nunes Marques.
Fonte: Agência Brasil
28/06/2023 -
Dos acordos salariais analisados pelo Dieese, 88%
tiverem ganhos reais em maio
Cerca de 88% das 759 negociações da data-base maio,
analisadas pelo DIEESE até 6 de junho, garantiram
reajustes acima da inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE.
Resultados iguais ao INPC foram observados em 11%
das negociações e apenas 0,5% – quatro instrumentos
coletivos – ficaram abaixo do índice de preços.
Desde 2018, quando o DIEESE passou a acompanhar os
acordos e convenções coletivas do Mediador, apenas
em cinco ocasiões o percentual de reajustes acima da
inflação ultrapassou a marca de 80%: quatro vezes em
2018 (fevereiro, março, maio e junho) e uma vez em
2019 (outubro).
O desempenho das negociações nos serviços segue
semelhante ao da indústria, com ganhos reais em
cerca de ¾ dos reajustes analisados. No comércio, o
peso dos resultados acima da inflação é
comparativamente menor, embora também seja
expressivo: mais da metade dos instrumentos
coletivos no setor (52,8%) foi superior ao índice
inflacionário.
Confira a análise no boletim do DIEESE
Fonte: Rádio Peão Brasil
28/06/2023 -
Governo Lula comemora queda da inflação e enquadra
Campos Neto: “tudo pronto pros juros caírem”
IPCA-15: inflação desacelera e registra menor
taxa desde setembro de 2022. Os dados foram
divulgados pelo IBGE nesta terça e superaram as
expectativas mais otimistas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou nesta terça-feira (27) o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15),
que funciona como um termômetro para medir a
inflação.
Segundo dados do IBGE, o IPCA-15 foi de 0,04% em
junho, 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de maio
(0,51%).
O IPCA-E, que é o acumulado trimestral do IPCA-15,
ficou em 1,12%, abaixo dos 3,04% registrados no
mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o
IPCA-15 acumulou 3,40%, abaixo dos 4,07% observados
nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de
2022, a taxa foi de 0,69%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados,
seis tiveram alta no mês de junho. O grupo Habitação
registrou a maior variação (0,96%) e o maior impacto
(0,14 p.p.) no índice do mês. Os três grupos que
registraram queda foram Transportes (-0,55%),
Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de
residência (-0,01%). Os demais grupos ficaram entre
0,04% de Educação e 0,79% de Vestuário.
O ministro das Relações Institucionais do governo
Lula (PT), Alexandre Padilha, comemorou os números
por meio de suas redes sociais e voltou a cobrar do
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
que baixe a taxa Selic.
"Inflação caindo, gente. Mais uma notícia boa do
governo do presidente Lula. Prévia da inflação
desacelera em junho. A menor taxa desde setembro de
2022, acumulado, a menor taxa dos últimos anos. Isso
significa comida a um preço melhor, produtos com
preços melhores e sinalização clara de que a
economia está sendo reconstruída. Tudo pronto para
começarmos a ter redução dos juros em nosso país",
declarou o ministro Alexandre Padilha.
Fonte: RevistaForum
28/06/2023 -
Ministro Raul Araújo pode tentar mudar rumo do
julgamento de Bolsonaro no TSE
Bolsonaristas contam com pedido de vista do
ministro do Tribunal Superior Eleitoral
A jornalista Malu Gaspar escreve em sua coluna no
Globo que o ministro Raul Araújo do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), "conhecido por suas posições
ideológicas alinhadas ao bolsonarismo" se tornou "a
última esperança de Bolsonaro para interromper o
julgamento que poderia torná-lo inelegível pelos
próximos oito anos". A expectativa de Bolsonaro é
que Araújo peça vista do processo, o que poderia
beneficiá-lo ao adiar o desfecho do caso.
"As expectativas em relação a Araújo se baseiam no
fato de que foi ele quem proibiu a manifestação
política de artistas no Lollapalooza do ano passado,
uma medida amplamente criticada por membros do TSE,
que a interpretaram como censura. O Partido Liberal
(PL) acionou o TSE após a cantora Pablo Vittar
levantar uma bandeira com a imagem de Lula durante
sua apresentação no festival. O caso despertou
controvérsia e foi posteriormente arquivado",
relembra a jornalista.
A jornalista pontua, no entanto, que há dúvidas
sobre se Araújo atenderá novamente a um pedido de
Bolsonaro. "O ministro pode estar relutante em se
queimar com a opinião pública e seus colegas de
plenário por um caso que parece já ter sido
resolvido pela maioria dos ministros", escreve.
Mesmo que Araújo peça vista do processo, acredita-se
que a solução será temporária. Membros do TSE
duvidam que algum fato novo possa modificar a visão
majoritária dos ministros pela condenação de
Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
28/06/2023 -
Lula diz que juros do empréstimo consignado causam
indignação
Presidente quer rever taxa, que está atualmente
em 1,97%
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou
nesta terça-feira (27) a taxa de juros do empréstimo
consignado, atualmente em 1,97%. Em seu programa
semanal Conversa com o presidente, Lula fez um
comparativo com a taxa de juros cobrada de grandes
empresários e disse que vai conversar com o ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, com o objetivo de rever
os juros do consignado.
“O que me deixa indignado é que o juro do crédito
consignado, que é dado para pessoas que têm emprego
garantido, que é descontado no salário e, portanto,
não tem como perder, é 1,97%. Juros sobre juros, dá
quase 30% ao mês. Como é que o cara que ganha R$ 2
mil e pega R$ 1 mil no crédito consignado vai pagar
30% ao mês, e eu estou emprestando dinheiro para os
grandes a 10% ao mês? O deles [empresários] também é
caro. Mas esse [empréstimo consignado] é triplamente
caro.”
“Vou conversar com o Haddad, com os presidentes dos
bancos, para saber como a gente está lesando o povo
pobre nisso. A gente está dando como garantia a
folha de pagamento e ele [trabalhador] ainda paga
mais caro que o empresário pelo empréstimo. O cara
vai ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social], pega empréstimo a 14% ao ano. É
muito caro, é um roubo, mas é metade do que paga o
crédito consignado, que dá garantia. Não tem como
dar cano, porque desconta na folha.”
Fonte: Agência Brasil
28/06/2023 -
Saúde e remuneração são prioridades no grupo que
discute regulação do trabalho por aplicativos
Representantes de empresas e dos trabalhadores
procuram consenso para apresentar propostas ao
Congresso
O grupo de trabalho criado pelo governo para
discutir uma regulação da atividade de aplicativos
elegeu remuneração e saúde como prioridades iniciais
das discussões. As primeiras conversas ocorreram
nesta semana, e a próxima reunião está marcada para
4 e 5 de julho. Antes disso, um grupo menor vai
tentar adiantar propostas, durante encontros
extraoficiais nos próximos 15 dias.
Para o secretário-executivo do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), Francisco Macena,
resolvidas as questões sobre remuneração mínima e
saúde do trabalhador, o debate deve “destravar”,
facilitando a elaboração de propostas para serem
encaminhadas ao parlamento. “Ambas as questões são
cruciais. Vamos discutir a remuneração, vamos
discutir as condições de trabalho, as condições de
saúde do trabalhador e depois entra a jornada
mínima, transparência. Passo a passo a gente vai
conseguir ter uma regulamentação da atividade no
Brasil”, afirmou.
Durante a reunião, os representantes dos
motociclistas reivindicaram a remuneração mínima
mensal, além de valores por corrida e serviço,
paradas extras e taxas de cancelamento. Além de
negociação coletiva. Sobre o tema da saúde, o
presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas
Profissionais, Gilberto Almeida, definiu a questão
como uma “epidemia que afeta diretamente o setor”.
Vontade de conversar
A pauta tinha pelo menos mais 10 itens. “Todos os
pontos são extremamente importantes, mas como a
gente viu que estava difícil de levar tudo de uma
vez, trouxemos dois pontos para demonstrar que a
gente está realmente com vontade de vir à mesa e
conversar”, afirmou o representante da categoria.
Por sua vez, as empresas pensam em oferecer um
seguro contra acidentes para complementar a proteção
do sistema público de seguridade social. Em relação
à remuneração mínima, os empregados afirmam que o
objetivo é “assegurar expressamente que os
trabalhadores recebam o equivalente ao
salário-mínimo nacional proporcional ao tempo
efetivamente e comprovadamente trabalhado”.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/06/2023 -
Paulo Paim cobra redução da taxa de juros
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em
pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (26),
a taxa básica de juros (Selic), que continua em
13,75% ao ano. O parlamentar destacou que a taxa de
juros brasileira é a mais alta do mundo e trava o
desenvolvimento do Brasil. Ele ressaltou ainda a
falta de sensibilidade das autoridades monetárias do
país.
— Reduzir as taxas de juros é agir em nome do
interesse público, pelo bem coletivo, prezando pela
responsabilidade social e pelo respeito à cidadania
— afirmou.
Paim destacou que a diminuição das taxas de juros
também vai auxiliar na redução da carga da dívida
pública e recursos adicionais disponíveis para serem
investidos em programas sociais, infraestrutura,
desenvolvimento econômico e distribuição de renda,
por meio de estímulos a investimento e geração de
empregos, podendo reduzir, inclusive, as
desigualdades da população brasileira.
O senador questionou ainda o motivo da resistência
em diminuir os juros, já que segundo ele, a medida
traz vários efeitos positivos para a economia. Para
Paim, a redução na taxa de juros ainda estimula o
setor produtivo, torna o crédito mais acessível e
barato e fortalece o comércio.
— É fundamental considerar que a redução da taxa de
juros deve ser acompanhada de medidas para garantir
a estabilidade econômica e evitar riscos excessivos
com o aumento da inflação e o próprio desequilíbrio
fiscal. A inflação está baixando, está todo mundo
vendo, não há motivo mais para se manter a taxa de
juro nesse patamar — concluiu.
Fonte: Agência Senado
27/06/2023 -
Segunda parcela do 13º dos aposentados começa a ser
paga
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa
a pagar a segunda parcela do 13º dos aposentados,
pensionistas e beneficiários de auxílio nesta
segunda, dia 26. A gratificação natalina foi
adiantada para maio e junho.
A medida vai beneficiar cerca de 30 milhões de
brasileiros, que receberão um montante de R$ 62,6
bilhões. Este é o quarto ano seguido que o benefício
é antecipado para o primeiro semestre. A liberação
dos valores segue o calendário de pagamentos da
Previdência Social em 2023.
A segunda parcela do 13º dos aposentados terá
desconto do Imposto de Renda a quem entra na faixa
que obriga a pagar o IR. Neste ano, o governo Lula
mudou a tabela do imposto, atualizada em 1º de maio,
e menos segurados pagam Imposto de Renda.
Agora, há cobrança do IR somente para quem ganha a
partir de dois salários mínimos, o que dá R$
2.640,00 em 2023. Quem tem a partir de 65 anos
também paga menos imposto desde o mês em que faz
aniversário.
Têm direito ao 13º quem recebe aposentadoria, pensão
e auxílios. Ficam de fora do pagamento os segurados
que ganham BPC (Benefício de Prestação Continuada) e
renda mensal vitalícia.
Os primeiros a receber são os beneficiários que
ganham um salário mínimo. O piso subiu para R$
1.320,00 em 1º de maio. Depois, nos primeiros dias
do mês seguinte, começa a liberação dos valores para
quem ganha acima do mínimo até o teto do INSS, de R$
7.507,49 em 2023. As datas de pagamento para este
público vão de 3 a 7 de julho.
Neste ano, a tabela do IR foi atualizada pelo
governo, com elevação da faixa de isenção e
desconto-padrão de R$ 528,00 sobre os rendimentos, o
que fará com que os contribuintes paguem menos
imposto. Além disso, 13,7 milhões devem ficar
isentos do IR com a elevação da faixa inicial.
Mais – Acesse o
Portal do
INSS
Fonte: Agência Sindical
27/06/2023 -
Câmara cancela votações e enforca a semana em meio
às festas de São João
A Câmara resolveu enforcar esta semana. A maioria
dos deputados deve ficar em suas bases eleitorais.
Parlamentares sobretudo do Nordeste vão acompanhar
os festejos juninos, tradicionais em seus estados. O
presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), reservou
para as duas semanas seguintes as principais
votações, como a do arcabouço fiscal, que volta do
Senado após as mudanças feitas pelos senadores, e a
reforma tributária.
A pauta está trancada desde quarta-feira (21)
passada para análise do projeto de lei (2384/2023)
que recria o voto de qualidade no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que
tramita em regime de urgência. A proposta,
inicialmente tratada como medida provisória pelo
governo, foi convertida em projeto de lei a pedido
dos deputados. Por tramitar em regime de urgência, o
texto tem prioridade nas votações porque decorreu o
período de 45 dias.
Com o voto de qualidade, a União é dada como
vencedora no julgamento dos processos
administrativos por dívidas tributárias no Carf. O
governo federal espera elevar a arrecadação em R$ 50
bilhões este ano com a medida.
Arthur Lira pretende realizar sessões de segunda (3)
a sexta-feira (7) na próxima semana. Além do marco
fiscal, cujas alterações feitas no Senado
desagradaram aos deputados, também poderá ser votada
a reforma tributária. O relator do grupo de
trabalho, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou na
semana passada o seu texto final. A proposta prevê a
unificação de todos os impostos sobre o consumo na
forma de um único tributo, com parte das alíquotas
geridas pela União e outra parte pelos estados e
municípios, adotando o modelo conhecido como Imposto
sobre Valores Agregados (IVA) Dual.
O Senado ainda não definiu a pauta de votações da
semana.
Fonte: Congresso em Foco
27/06/2023 -
Lira: "Responderemos as iniciativas antidemocráticas
com doses ainda maiores de democracia"
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), enfatizou a defesa da democracia e defendeu
a retomada da votação do projeto que criminaliza as
chamadas fake news (PL 2630/20). Segundo Lira, "é
necessário um desfecho construtivo racional e
razoável para fortalecer a democracia", afirmou, ao
participar do 11º Fórum Jurídico de Lisboa, em
Portugal, promovido pelo Instituto de Direito
Público.
O presidente lembrou os atos de vandalismo de 8 de
janeiro que atacaram os prédios públicos da capital
do País. "Não há como recordar que há menos de 6
meses vivemos um dos episódios mais lamentáveis da
nossa história, quando centenas de brasileiros
vandalizaram os edifícios que significam a
institucionalidade democrática do direito", disse.
"Responderemos as iniciativas antidemocráticas com
doses ainda maiores de democracia", afirmou.
Big techs
Lira criticou mais uma vez o papel das chamadas bigs
techs à época da votação que dificultaram a
aprovação do texto pelos deputados. "Sem a
regulamentação legislativa do novo ambiente
informacional no Brasil, viveremos um estado de
todos contra todos, numa apreensão sectária da
realidade, com uma polarização que não vai permitir
a realização de consensos", criticou.
Ele também reafirmou que pretende fazer uma semana
de votações intensas no Plenário a partir do dia 3
com a votação, entre outras pautas, das alterações
do Senado do novo marco fiscal e da reforma
tributária (PECs 45/19 e 110/19).
Fonte: Agência Câmara
27/06/2023 -
Inflação mais baixa, PIB mais alto: mercado eleva
previsões para crescimento do Brasil
Economia brasileira deve crescer mais do que o
previsto em primeiro ano do governo Lula
Nesta segunda-feira (26), o boletim Focus, elaborado
pelo Banco Central do Brasil, mostra que a previsão
de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em
2023 aumentou pela sétima vez consecutiva. Desta
vez, as previsões do mercado elevaram o PIB de 2023
de 2,14% para 2,18%.
O relatório também mostrou uma redução do índice
IPCA, que revela a inflação, de 5,12%(estimativa
divulgada na semana passada) para 5,06%.
O relatório do próprio Banco Central do Brasil
também afirma que há uma expectativa de redução da
Selic de 13,75% para 12,25%.
Próximos anos do governo
O boletim Focus também faz previsões para a
continuidade do governo Lula. A expectativa é que o
PIB cresça 1,22% em 2024, 1,83% para 2025 e 1,92% em
2026.
O relatório também estima uma redução ainda maior na
inflação, 3,98% em 2024, 3,8% em 2025 e 3,72% em
2026. A expectativa é que a SELIC também caia nos
próximos anos, com uma queda para 8,75% em 2026.
Além disso, o documento também prevê estabilidade do
dólar em R$ 5 para o fim de 2023 e R$ 5,10 na
conclusão do ano de 2024.
Apesar da expectativa de queda, o próprio Banco
Central através do Comitê de Política Monetária
(Copom) tem mantido a taxa básica de juros em
13,75%.
A taxa de juros é apontada como um grande
impedimento para o crescimento brasileiro e Roberto
Campos Neto, atual presidente do BC, é considerado o
principal inimigo da política econômica do governo
Lula. Ele já foi alvo de críticas diretas de Lula e
do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Fonte: RevistaForum
27/06/2023 -
Analista aponta desafios para o Governo avançar
Antônio Augusto de Queiroz, Toninho do Diap, conhece
muito Brasília, os ritos do Congresso e STF, bem
como as articulações que erguem ou derrubam
projetos. Ele fez palestra recente sobre conjuntura,
focada na relação governo-Congresso. Aqui, a síntese
da síntese de sua fala.
COMPLEXIDADE – “A conjuntura é complexa. Marcada por
disputa de agenda entre o presidente da República,
eleito para reconstruir o País, e o Congresso,
responsável pelo desmonte via políticas
neoliberais”.
CONTEXTO – “Lula herdou terra arrasada, demandas
reprimidas, máquina pública destruída e Estado
engessado pelo teto de gasto e outras restrições.
Ele precisou governar antes mesmo da posse, sem o
que haveria paralisação da máquina pública e atraso
nos programas sociais”.
ACAMPADOS – “O então Presidente questionava as
urnas. Seus aliados articulavam golpe de Estado,
acampados junto ao QG do Exército, em Brasília.
Houve quebra-quebra em 12 de dezembro, dia da
diplomação de Lula, e tentativa de golpe oito dias
após a posse. O governo teve que intervir na
Segurança Pública do DF, afastar o comandante do
Exército e requerer à Justiça a prisão dos
envolvidos nos atos terroristas do dia 8”.
INCLUSÃO – “O novo governo sempre deixou evidente o
compromisso com a democracia, a justiça e os
excluídos. Fez questão subir a rampa com uma mulher
negra, um menino pobre da periferia, um cacique
indígena, um metalúrgico, um professor, uma
cozinheira, um artesão e uma pessoa com deficiência,
recebendo a faixa presidencial de uma negra,
catadora de material”.
RELAÇÕES – “Dificuldade de relacionamento com o novo
Congresso, que é neoliberal, do ponto de vista
econômico; fiscalista, na gestão; à direita, na
política; conservador, quanto a valores; e
refratário aos direitos humanos e meio ambiente”.
FISIOLÓGICOS – “Na Legislatura 2015-2019, o
Congresso destituiu a presidente Dilma e empossou
Temer, fazendo dele refém em função dos dois
processos movidos pelo MP. Legislatura 2019-2023,
Bolsonaro. Congresso ampliou poderes sobre o
Executivo. Com Temer e Bolsonaro, ambos temerosos de
impeachment, o Executivo acabou entregando aos
líderes dos partidos da base e presidentes das Casas
Legislativas o domínio da agenda e até do
Orçamento”.
MERCADO – Foram feitas concessões como a
desregulamentação de direitos e desativação das
fiscalizações do trabalho e meio ambiente. Vieram a
Reforma Trabalhista, mais Terceirização, Teto de
Gasto, Autonomia do BC, Reforma da Previdência… Aos
parlamentares, por apoio, foram dados aumentos
generosos nos fundos eleitoral e partidário, o
orçamento secreto e Pastas com maior orçamento”.
DIREITA – “Em 2022, a maioria dos deputados renovou
os mandatos. As vagas dos que perderam ou desistiram
foram ocupadas por gente da direita e
extrema-direita. Como Lula venceu com margem pequena
de votos e elegeu base insuficiente pra aprovar sua
agenda, passou a depender de coalizão, que inclui
partidos que apoiaram os governos anteriores”.
DERROTAS – “Esse contexto propiciou derrotas como
não-aprovação da MP que promovia a retomada do voto
de qualidade no Carf, a retirada de pauta do PL das
Fake News, além do susto na MP de reorganização da
administração – MP dos Ministérios. Recado do
Congresso: se não houver diálogo e calibragem nas
propostas, haverá dificuldades ao governo. Persiste
o problema do BC, que insiste em manter juros
abusivos, dificultando a volta dos investimentos pra
gerar emprego”.
ARTICULAR – “Esse Congresso requer paciência,
humildade, diálogo e muita articulação. O governo,
ainda assim, conseguiu avançar pautas como a que
reorganiza a máquina pública, recriou espaços de
diálogo, entre os quais o Conselhão, renovou o
Bolsa-Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos,
Farmácia Popular, efetivou o Desenrola e aprovou
igualdade salarial entre homens e mulheres, deu
aumento real ao salário mínimo, reajustou Piso dos
professores e implementou o Piso dos enfermeiros”.
QUADRO – “É nesse ambiente que os temas
regulatórios, como o previdenciário, o trabalhista,
ambiental e tributário, serão debatidos. Pontos que
não dependerem do Congresso, o Executivo poderá
tocar com relativa facilidade, por decretos,
portarias ou resoluções de órgãos colegiados. Mas,
no que depender do Congresso, terá que ter muita
negociação”.
FOLHA – “Uma das urgências em matéria previdenciária
será a mudança da fonte de financiamento da folha
para a receita ou o faturamento. Com a “uberização”
do trabalho, a folha de salário não dará mais pra
financiar a Previdência. O governo deve agir logo”.
ARCABOUÇO – “A pauta mais robusta do governo será
aprovar do arcabouço fiscal no Senado e a reforma
tributária no Congresso, e ambas são indispensáveis
à estabilidade econômica e retomada do crescimento.
O desafio do governo será superar esses obstáculos
de relacionamento com o Congresso e criar meios pra
retomar o crédito e incentivar a atividade
econômica”.
SUCESSO – “O sucesso do governo depende da aprovação
pelo Congresso da agenda eleita, volta do crédito e
investimentos, sem os quais dificilmente o terceiro
mandato repetirá o sucesso dos primeiros, que
combinaram crescimento econômico, redução das
desigualdades e o controle das contas públicas. Há
sinais positivos na área econômica, mas é cedo para
projeções mais otimistas”.
COMUNICAÇÃO – Precisa haver melhoria na comunicação
e coordenação política. O governo dispõe de ativo
inigualável: o presidente Lula, com enorme poder de
persuasão e negociação, imensa representatividade
nas camadas mais pobres e sensível às necessidades
do povo.
Antônio Augusto de Queiroz. Jornalista, analista
e consultor político, mestre em Políticas Públicas e
Governo pela FGV. Diretor das “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”. Foi diretor do Diap. É membro do Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da
Presidência da República – Conselhão.
DIAP –
Clique aqui e acesse o artigo na íntegra.
Fonte: Agência Sindical
27/06/2023 -
País precisa se preparar para o envelhecimento,
dizem debatedores
A projeção de que um terço da população brasileira
terá mais de 60 anos em 2060 já chama a atenção para
os problemas sociais e econômicas que atingirão os
idosos e o país como um todo. Por isto, a Política
Nacional do Idoso, que está prestes a completar 30
anos de sanção, foi debatida nesta sexta-feira (23)
em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos
(CDH).
Requisitada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), a
audiência foi coordenada pelo presidente da CDH,
senador Paulo Paim (PT-RS).
— A população está envelhecendo, ninguém tem
dúvidas, e nada mais justo do que garantir direitos
e políticas públicas humanitárias — afirmou Paim.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) aponta que o país tem hoje 33 milhões de
pessoas idosas. Em 2020, quase 70% dos idosos viviam
com renda mensal de até dois salários mínimos. Boa
parte desse grupo está em situação vulnerável e
suscetível a violência física e a golpes, além de
vivenciar isolamento, abandono, discriminação, más
condições de saúde, e desrespeito aos desejos do
idoso, como poder escolher onde quer viver.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lembrou
que, somente em 2022, houve 150 mil denúncias de
violência contra os idoso, sendo que, segundo a
parlamentar, menos de 10% dos casos são denunciados,
o que apontaria um número real próximo de 1,5 milhão
de casos.
— Por isso é preciso continuar a repressão à
violência contra a pessoa idosa — afirmou.
Fonte: Agência Senado
26/06/2023 -
Indenização por danos morais trabalhistas pode
ultrapassar valores da CLT, decide STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as
indenizações por danos morais trabalhistas podem
ultrapassar o limite dos valores previstos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em
julgamento virtual concluído na noite de sexta-feira
(23), os ministros concluíram que os valores
estabelecidos pela reforma trabalhista devem ser
usados como parâmetro, não como teto. Foram julgadas
três ações que questionavam a constitucionalidade de
dispositivos incluídos pela reforma, em 2017.
O relator das ações, ministro Gilmar Mendes,
defendeu a constitucionalidade dos dispositivos, mas
recomendou que os valores previstos sejam usados
apenas como “critérios orientativos” pela Justiça do
Trabalho. “É constitucional, porém, o arbitramento
judicial do dano em valores superior aos limites
máximos dispostos, quando consideradas as
circunstâncias do caso concreto e os princípios da
razoabilidade, da proporcionalidade e da igualdade”,
escreveu.
Seguiram o entendimento de Gilmar Mendes os
ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias
Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto
Barroso e André Mendonça. Já os ministros Edson
Fachin e Rosa Weber, presidente da corte, opinaram
pela inconstitucionalidade dos valores impostos pela
reforma trabalhista.
Veja o voto de Gilmar Mendes
Autoras das ações de inconstitucionalidade, a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI), argumentaram que os dispositivos
contestados violam o princípio da isonomia, da
dignidade humana, da não discriminação, da proteção
ao trabalhador e da indenização por acidente de
trabalho.
A CLT define como dano moral qualquer “ação ou
omissão que ofenda a esfera moral ou existencial”. O
dano pode ser causado tanto pela empresa quanto pelo
empregado.
De acordo com os dispositivos incluídos pela reforma
trabalhista, a Justiça deve limitar os valores em:
– ofensa leve: até três vezes o último salário da
vítima;
– ofensa média: até cinco vezes o último salário da
vítima;
– ofensa grave: até 20 vezes o último salário da
vítima;
– ofensa gravíssima: até 50 vezes o último salário da
vítima;
Em casos de reincidência, o valor poderá dobrar. Já
nas violações à empresa, a indenização é calculada a
partir do salário contratual do trabalhador.
De acordo com a CLT, podem ser causados os seguintes
danos ao trabalhador:
- à honra;
- à imagem;
- à intimidade;
- à liberdade de ação;
- à sexualidade;
- à saúde;
- ao lazer;
- e à integridade física.
Já em relação às empresas, as ofensas podem ser:
- à imagem;
- à marca;
- ao nome;
- ao segredo empresarial;
- e ao sigilo da correspondência.
Fonte: Congresso em Foco
26/06/2023 -
Contribuição assistencial obrigatória: Moraes libera
julgamento sobre a cobrança
Contribuição é usada por sindicatos para custear
suas atividades, principalmente negociações
coletivas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes devolveu para julgamento o
processo que discute se todos os empregados,
sindicalizados ou não, são obrigados a pagar
contribuição assistencial obrigatória prevista em
acordo coletivo.
Essa contribuição é usada por sindicatos para
custear suas atividades, principalmente negociações
coletivas. Moraes havia pedido vista em abril, e
agora a análise deve ser retomada no plenário
físico. Mas cabe à presidente da Corte, Rosa Weber,
pautar a data do julgamento.
Os ministros julgam recurso de entidades sindicais
contra decisão da própria Corte de 2017. Na época,
os ministros entenderam que a obrigação abrange
apenas funcionários filiados ao sindicato da
categoria; agora, o Supremo caminha para rever a
decisão.
Com as mudanças impostas pela Reforma Trabalhista,
que acabou com o imposto sindical, o ministro Gilmar
Mendes, relator da ação, decidiu mudar seu voto. Ele
incorporou o voto do ministro Luís Roberto Barroso
para reconhecer a constitucionalidade da cobrança da
contribuição assistencial a trabalhadores não
sindicalizados, desde que lhes seja garantido o
direito de oposição.
Desde a Reforma Trabalhista de 2017, o desconto de
um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da
categoria passou a ser opcional, mediante
autorização prévia do trabalhador. O que o STF
analisa agora é se acordos e convenções coletivas
podem impor a cobrança para toda a categoria,
inclusive os trabalhadores não sindicalizados, desde
que seja dada opção de recusa.
Até a suspensão do julgamento, que começou no
plenário virtual, faltava um voto para o retorno da
taxa. Há seis votos acompanhando o relator, Gilmar
Mendes, no plenário virtual do STF, mas um deles é o
do ministro Marco Aurélio, que se aposentou (e havia
seguido Gilmar quando ele votou pela rejeição da
ação).
Fonte: InfoMoney
26/06/2023 -
Nova Central participa de instalação do Conselho
Nacional do Trabalho
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), na
quinta-feira (22), representada pelo assessor
jurídico Dr. Cristiano Meira, participou da
instalação do Conselho Nacional do Trabalho (CNT),
espaço destinado a consulta dos poderes públicos em
assuntos referentes as relações de trabalho. O
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou da primeira reunião do Conselho deste ano
em Brasília.
Na abertura do encontro, Luiz marinho destacou a
importância do CNT de trabalhar no entendimento das
relações de trabalho. “O país necessita de um
processo de diálogo de construção de entendimentos e
a política tripartite é, talvez, a ferramenta mais
importante que é o diálogo para reconstrução das
políticas públicas do nosso país. O Conselho tem a
missão de trabalhar o entendimento das relações de
trabalho”.
O Conselho Nacional do Trabalho é o órgão do
Ministério do Trabalho e Emprego onde se realiza
reuniões tripartites com os atores sociais do
governo, com os trabalhadores e com empregadores. A
reunião desta quinta tratou de aprovar questões
administrativa como o regimento interno, escolher os
coordenadores das bancadas, que são figuras
importantes no processo de negociação, e debater
sobre como será o trabalho do CNT para o futuro.
Além disso, foi aprovado o calendário de reuniões
trimestrais, onde serão tratadas pautas especificas
negociadas entre trabalhadores e empregadores, e das
políticas em relação de trabalho e organização de
sindicatos. O próximo encontro está marcado para
acontecer no dia 21 de setembro.
Por meio do decreto nº 11.496 restabelece os espaços
de discussão a exemplo da Comissão Nacional de
Erradicação do Trabalho Infantil, da Comissão
Tripartite Paritária Permanente, do Conselho
Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, do
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e do Fórum Nacional de Microcrédito.
O evento reuniu representantes do Conselho do
governo federal, trabalhadores, Ministério do
Trabalho e Emprego, Casa Civil, Ministério da
Agricultura e Pecuária, Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania,
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos, Ministério da Igualdade Racial, Ministério
das Mulheres, Ministério da Previdência Social e
Ministério das Relações Exteriores, que fazem parte
do CNT.
Com informações do MTE
Fonte: NCST
26/06/2023 -
Trabalhadores de aplicativos pedem mais
regulamentação para o setor
Trabalhadores de aplicativos de transporte
reclamaram, em debate na Comissão de Desenvolvimento
Urbano da Câmara dos Deputados, da falta de
regulamentação para quem atua no setor. Em audiência
pública realizada nesta quinta-feira (22),
especialistas, empresas e motoristas de aplicativo
discutiram a elaboração de uma proposta de
legislação específica para o segmento.
Em maio, o governo criou um grupo de trabalho para
tratar do tema. Dados do Dieese mostram que. entre
2012 e 2019, o número de trabalhadores desses
aplicativos cresceu mais de 50%. Mas quem trabalha
nas plataformas digitais não tem as mesmas garantias
de quem tem carteira assinada.
Fonte: Agência Câmara
26/06/2023 -
CNI: indústria da construção está empregando mais no
país
Utilização da capacidade operacional teve melhor
resultado desde maio
A indústria da construção civil aumentou sua
capacidade operacional e está empregando mais no
Brasil. Dados são da pesquisa Sondagem da Indústria
da Construção, divulgada nesta sexta-feira (23) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o levantamento, o índice de evolução
do nível de número de empregados da construção ficou
em 50,7 pontos em maio de 2023. O resultado é melhor
do que o registrado em maio de 2022 (48,9 pontos) e
em abril de 2023 (50 pontos).
“A alta chama mais atenção por estar acima da média
histórica para o período. Maio é um mês de queda no
emprego, com média de 45,1 pontos”, informou a CNI.
Segundo a entidade, dados acima da linha divisória
de 50 pontos indicam crescimento do emprego; e
abaixo sugerem queda.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2023 -
Centrais vão debater Política do BC com Rodrigo
Pacheco
Centrais Sindicais devem se reunir com o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, na próxima semana. Na
pauta, a política monetária do Banco Central, que
insiste em manter a taxa de juros a 13,75%, ao ano
pela sétima reunião seguida.
O patamar da taxa, um dos maiores do mundo, é
criticado por sindicalistas, economistas,
empresariado e até pelo governo Lula. Contudo, após
mais uma reunião, encerrada na quarta, 21, o Comitê
de Política Monetária (Copom) decidiu manter o
índice da taxa Selic.
Desde sexta, os movimentos populares e sindical têm
realizado uma Jornada de Lutas pela redução dos
Juros para alertar a sociedade como é prejudicada
pela política do Bacen.
Terça, 20, primeiro dia da reunião do Copom, foram
realizados protestos em diversas cidades onde o
Banco Central tem sede. Em SP, o ato ocorreu na
Avenida Paulista, em frente ao prédio do BC.
Para Sergio Nobre, presidente da CUT, a taxa de
juros no Brasil é impraticável. O dirigente afirma
as altas taxas de juros aumentam os preços,
encarecem os empréstimos e empurram o consumo para
baixo. Ele diz: “Reduzem a capacidade de consumo,
enfraquecem o comércio e paralisam a produção,
impactando negativamente nos empregos”.
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reforça
o coro: “Ao manter nesse patamar absurdo a taxa
Selic, o presidente do Bacen presta um desserviço ao
nosso País. Não podemos admitir essa postura. E quem
pode mudar essa situação é o Senado, que não pode
ficar omisso”, ressalta Miguel.
Agenda – A reunião deve acontecer na próxima
semana. Todas as Centrais devem participar.
Fonte: Agência Sindical
23/06/2023 -
Mais de 70% dos acordos salariais fechados neste ano
superam a inflação
Ritmo menor da inflação beneficia as negociações.
Apenas em maio, 88% dos reajustes foram superiores
ao INPC
Os resultados das campanhas salariais deste ano têm
se mostrado positivos, segundo mostra levantamento
do Dieese. De um total de 4.550 acordos salariais
analisados, que compreende o período de janeiro a
maio, 72,2% tiveram aumento real. Ou seja, acima da
variação acumulada do INPC-IBGE, índice usado como
referência nas negociações sindicais.
Assim, outros 21,3% resultaram em acordos salariais
com reajuste equivalente à inflação do período. E só
6,5% ficaram abaixo do INPC. Se for considerada
apenas a data-base maio, 88% de 759 negociações
tiveram ganho real.
“A variação real média dos reajustes de 2023 está em
0,99% acima do INPC”, informa ainda o Dieese. A
média de maio é de 1,91%. Contribui para isso a
redução contínua do ritmo de inflação. Há um ano, o
reajuste necessário para repor perdas era de 11,9%.
Agora, é de 3,74%.
Setores e pisos
Entre os setores de atividade, a indústria tem 76,6%
de acordos acima do INPC. É seguida pelo setor de
serviços, com 75,5%. Já o comércio mostra 52,8% de
reajustes acima da inflação.
Além disso, de janeiro a maio, o valor médio dos
pisos foi de R$ 1.551,20. Varia de R$ 1.502,17
(indústria) a R$ 1.605,23 (comércio).
Confira aqui a íntegra do levantamento elaborado
pelo Dieese, com base em dados do Ministério do
Trabalho e Emprego.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/06/2023 -
‘É irracional taxa de juros de 13,75% com inflação
de 5%’, diz Lula na Itália
Antes de seguir para compromissos na França,
presidente Lula criticou decisão do Copom de manter
a taxa de juros e o presidente do Banco Central, que
“joga contra os interesses da economia brasileira”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou
de “irracional” a decisão do Comitê de Política
Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros
(Selic) em 13,75%. Em entrevista coletiva em Roma,
nesta quinta-feira (22), não poupou críticas ao
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “É
irracional o que está acontecendo no Brasil, você
ter uma taxa de 13,75% com uma inflação de 5%”,
afirmou.
“Não se trata do governo ficar brigando com o Banco
Central. Quem está brigando com o Banco Central hoje
é a sociedade brasileira”, disse Lula, referindo-se
à Confederação Nacional das Indústrias (CNI),
varejistas, pequenos e médios produtores, centrais
sindicais e movimentos populares.
O presidente foi enfático nas críticas e mandou novo
recado ao Senado. “Tenho cobrado dos senadores.
Foram os senadores que colocaram esse cidadão lá.
Então os senadores têm que analisar se ele está
cumprindo aquilo que foi aprovado para ele cumprir.
Na lei que está aprovada, ele tem que cuidar da
inflação, do crescimento econômico e da geração de
empregos. Então ele tem que ser cobrado. É só isso.”
‘”Não há explicação aceitável para juros altos
com inflação baixa”
Ele disse ainda que o presidente do BC, Campos Neto,
não está a serviço da economia e da população
brasileira. “Não existe explicação aceitável do
porquê a taxa de juros está 13,75%. Nós não temos
inflação de demanda”, avaliou. “Acho sinceramente
que esse cidadão está jogando contra os interesses
da economia brasileira”, concluiu.
O presidente viajou nesta quinta-feira para a
França, onde participa de eventos em Paris,
inclusive jantar oferecido pelo presidente da
França,
Emmanuel Macron.
Redação: Cida de Oliveira, com Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual
23/06/2023 -
MP Eleitoral e relator abrem caminho para
inelegibilidade de Bolsonaro na semana que vem
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes,
suspendeu o julgamento que pode culminar na
inelegibilidade de Bolsonaro.
Retomada será na terça-feira
Em julgamento sobre a possível inelegibilidade de
Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) nesta quinta-feira (22), o ministro relator do
caso na Corte Eleitoral, Benedito Gonçalves, e o
vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco,
abriram caminho para a condenação de Bolsonaro.
Branco defendeu que o ex-mandatário fique inelegível
em função da reunião com embaixadores estrangeiros
no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro atacou as
urnas eletrônicas e questionou, sem provas, a
higidez do sistema eleitoral. O julgamento, porém,
foi suspenso por determinação do presidente do TSE,
ministro Alexandre de Moraes, e deverá ser retomado
na próxima terça-feira (27).
O posicionamento de Gonçalves e de Gonet abrem
espaço para que os integrantes da Corte decidam pela
condenação e consequente inelegibilidade de
Bolsonaro. A corte é formada pelos magistrados
Alexandre de Moraes,Cármen Lúcia, Kassio Nunes
Marques, Benedito Gonçalves, Raul Araújo Filho, e
André Ramos.
Teoricamente, todos os ministros tendem a votar pela
condenação do ex-mandatário. A dúvida, contudo, está
no posicionamento de Nunes Marques, que foi indicado
por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os bolsonaristas, inclusive, existe a
expectativa de que ele faça um pedido de vista,
considerado essencial pela defesa de Bolsonaro, pois
poderia adiar o resultado do julgamento por 90 dias.
O ministro, porém, tem dito que essa possibilidade
não passa de especulação e não sinalizou se votará
contra ou a favor de Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
23/06/2023 -
Cemig dá R$ 426 milhões a acionista e alojamento
precário a trabalhador
Empresa foi condenada em 26 ações e terá de
indenizar trabalhadores contratados para obras de
eletrificação em zonas rurais
por André Cintra
As grandes empresas brasileiras não devem nada às
gigantes estrangeiras quando se trata de práticas
escabrosas de exploração e ganância. Tome-se o caso
da Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais
S.A., detentora da maior extensão de rede de
distribuição de energia elétrica no Brasil.
Nesta terça-feira (20), a empresa aprovou a
distribuição de nada menos que R$ 426,698 milhões a
seus acionistas. Na linguagem técnica, o montante –
ou “provento” – é fruto dos chamados Juros sobre o
Capital Próprio (JCP). Em bom português, o caixa da
Cemig vai de vento em popa.
A situação financeira da companhia, “maior
comercializadora de energia para clientes livres do
País e um dos maiores grupos geradores”, é tão
extraordinária que Romeu Zema, o governador
neoliberal de Minas Gerais, quer privatizá-la. Dono
de 50,97% do capital da empresa, o governo tenta
inserir a joia de sua coroa no nefasto Regime de
Recuperação Fiscal – aquele projeto que suspende
concursos públicos e congela indefinidamente o
salário de seus servidores.
O fato é que, antes mesmo de ser entregue totalmente
à iniciativa privada, a Cemig, tão rentável para
acionistas e estratégica para o governo estadual, é
também danosa para os trabalhadores. Conforme
reportagem publicada nesta quarta na Folha de
S.Paulo, a empresa “foi condenada em 26 ações por
fornecer alojamento em condições precárias a
trabalhadores contratados para obras de
eletrificação em zonas rurais de municípios da
região norte de Minas”.
Os processos tramitaram na Justiça do Trabalho de
Montes Claros (MG), Segundo a Folha, “sentenças
determinaram que a empresa de energia pague
indenizações por danos morais por disponibilizar
imóveis não conservados. Em um deles, depoimentos
dos trabalhadores apontam a presença de ratos e
escorpiões nos alojamentos”.
A Cemig tenta recorrer no TRT-MG (Tribunal Regional
do Trabalho), em Belo Horizonte, mas a denúncia é
contundente. A despeito dos lucros exorbitantes, a
empresa optou por terceirizar boa parte dos serviços
– e, assim, maximizar esses lucros, em detrimento
dos trabalhadores. A própria companhia confirma que
“realizou inspeção in loco e constatou várias
irregularidades”, mas exime-se de qualquer
responsabilidade.
Pesa contra a Cemig, no entanto, um histórico de
decisões judiciais recentes que indicam a
precarização do trabalho como uma regra. Um de seus
ex-funcionários, Jefferson Araújo Rodrigues,
processou a Cemig porque o alojamento onde ele se
instalava não tinha água corrente, o que o impedia
de tomar banho e mesmo usar o sanitário. Nesse caso,
a Justiça também condenou a companhia a pagar
indenização por danos morais.
Fonte: Portal Vermelho
23/06/2023 -
Subir às bases – João Guilherme Vargas Netto
Com todas as vantagens institucionais, legais e
constitucionais (unicidade na base e pluralidade na
cúpula, representação de toda a categoria, direito
de greve e negociações periódicas intermediadas, às
vezes, pela Justiça do Trabalho), o movimento
sindical dos trabalhadores brasileiros coexiste com
uma fragilidade daninha: a baixa presença sindical
nos locais de trabalho, limitada quase sempre às
sindicalizações individuais.
Tornou-se clássica uma observação de um dirigente
sindical estrangeiro, em visita ao nosso País, ao
contrapor a pujança das sedes dos Sindicatos e de
suas instalações e a fragilidade reconhecida da
organização sindical na visita às empresas.
É muito rara a presença nelas de organizações
sindicais permanentes, as comissões de fábrica.
Os delegados sindicais na empresa (quando existem)
são expressões do coletivo sindical central; as
próprias Cipas são muito limitadas sob esta ótica.
Raríssimos são os Sindicatos que, ao realizar
eleições, preveem um primeiro turno eleitoral para
escolha da organização sindical nos grandes locais
de trabalho.
Essa fragilidade, até hoje não superada, tem levado
as direções sindicais a subestimar o papel da base
organizada nas mobilizações e campanhas sindicais,
acontecendo, quase sempre, “a fuga para as ruas”.
É o que testemunhamos na campanha sindical contra os
juros altos, conduzida pelas direções sindicais com
a realização de mobilizações nas sedes e
concentração de lideranças nas ruas (há, às vezes,
excepcionalmente, “comícios” de porta de fábrica).
Por mais meritórias que sejam tais iniciativas, são
insuficientes ao não relacionar o dia a dia nos
locais de trabalho e o conjunto dos representados
com o tema tratado na campanha.
“Subir às bases” deve continuar sendo um esforço
constante, inteligente e necessário para superar –
em um ambiente favorável – a fragilidade
estratégica.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
23/06/2023 -
Brumadinho: Vale é condenada a pagar R$ 1 milhão a
cada trabalhador falecido por 'dano-morte'
Familiares e sindicatos dos trabalhadores
assassinados pelo rompimento da barragem da Vale em
Brumadinho (MG) conquistaram uma vitória na Justiça.
A 3ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
decidiu por unanimidade, na terça (20), que a
empresa deve pagar R$ 1 milhão para cada vítima pelo
chamado “dano-morte”.
Os advogados do caso pleitearam o dano moral sofrido
pelo próprio trabalhador morto, que é distinto do
dano moral sofrido pelo familiar por perder seu
ente, como explicou o advogado Maximiliano Nagl
Garcez. A ação foi movida pelo Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria e Extração de Ferro e
Metais Básicos de Brumadinho e Região (Metabase),
que perdeu 131 trabalhadores contratados diretamente
pela empresa.
“Esse pleito, do dano moral do próprio trabalhador,
não vinha sendo pleiteado na Justiça do Trabalho,
apesar de claramente garantido no ordenamento
jurídico”, reforçou ao Brasil de Fato MG.
Morte não é motivo para não pagamento
O ministro José Roberto Freire Pimenta, que foi o
relator do caso no TST, reforçou não só a existência
do “dano-morte”, como a sua necessidade social. O
argumento central utilizado pelos advogados da Vale
era de que, quando o trabalhador falece, desaparece
sua personalidade, e não há como repará-lo.
“Isso gera um contraditório: a empresa que tem
trabalhadores falecidos paga menos do que a empresa
que tem trabalhadores acidentados, porque felizmente
eles sobreviveram. Essa interpretação leva a um
resultado absurdo”, ponderou o ministro.
O argumento também foi defendido por Maximiliano.
“Caso não fosse reconhecido o direito do trabalhador
morto a receber indenização por dano moral,
existiria um evidente absurdo: uma empresa poderia
contratar trabalhadores sem pais, irmãos, filhos ou
parentes próximos, e simplesmente matá-los, sem
qualquer custo, eis que pela tese defendida pela
Vale apenas parentes têm direito à indenização por
sua dor, e não o trabalhador cuja morte foi causada
pelo empregador”, destacou.
O fato de que seus ex-funcionários não poderão
receber a indenização, pois faleceram, o ministro
sustentou que é um problema simples de resolver. “É
entender que essa indenização, devida ao falecido,
após o seu falecimento, é transmitida aos herdeiros,
porque ela é patrimonial”, justificou.
O TST manteve a decisão da 4ª turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª região, que havia
condenado a Vale a pagar R$ 1 milhão a cada
trabalhador falecido. A empresa ainda pode recorrer
ao Superior Tribunal Federal.
Fonte: Brasil de Fato
22/06/2023 -
Presidente nacional da NCST alerta sobre o futuro do
Movimento Sindical Brasileiro
Em mais um bate papo democrático, desta vez na manhã
de segunda-feira (19) na sede da Nova Central
Sindical de Trabalhadores no Estado de São Paulo,
Moacyr Auersvald, presidente nacional da Nova
Central, afirmou que a última versão de um documento
das Centrais Sindicais que prevê alterações na
estrutura sindical brasileira poderá enfraquecer
sobre maneiro o protagonismo e o papel dos
sindicatos de base.
“Queremos construir com as conversas estaduais um
documento que permita abrir um diálogo ‘democrático
real’ entre todas as entidades sindicais, sem
prejudicar ninguém. A Nova Central quer esclarecer
as bases sobre o quão nefasto é esse projeto, que
caso avance trará prejuízos para sindicatos,
federações, confederações e, especialmente, as
trabalhadoras e trabalhadores brasileiros”, afirmou.
Moacyr descartou fusão da Nova Central com outra
central, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional
a proposta que visa limitar o número de centrais no
País. “Temos que barrar o avanço desse projeto e
focar no mais importante, que é rever a Reforma
Trabalhista. A gente vem de uma reforma extremamente
voraz, que arrancou direitos que consideramos
cláusulas pétreas na legislação trabalhista, e
precisamos focar nisso”, disse.
O sindicalista alertou sobre o futuro dos sindicatos
laborais que, em sua opinião, poderão perder
protagonismo e sofrer um possível enfraquecimento em
prol do fortalecimento das centrais sindicais, que
almejam ampliar seus poderes sobre suas entidades
filiadas e através da chamada atualização do Sistema
Sindical Brasileiro.
“A Nova Central continua firme no propósito e na
luta para reverter possíveis retrocessos contidos de
forma implícita no texto guia que deu início às
discussões com o Ministério do Trabalho e Emprego.
Apoiamos e defendemos parte do documento e também
divergimos dos pontos polêmicos e obscuros que possa
desfigurar a importância e o verdadeiro papel de
representação dos sindicatos de base”, ressaltou.
Por três vezes o presidente Moacyr fez questão de
lembrar e defender o legado de seus antecessores no
cargo (Calixto Ramos, Reginaldo Inácio e Oswaldo
Augusto). Disse que a Nova Central está na vanguarda
em defesa da unicidade, da representação por
categoria profissional e setor diferenciado, do
financiamento sindical decidido pelos trabalhadores
e trabalhadoras, dentre outras demandas.
Destacou, ainda, que essa maratona de debates tem
total apoio da filiadas à NCST: Confederações (CNTI,
CSPB, CNTTT, CNTEEC E CONTRATUH), Federações e
Sindicatos, bem como pelo FST – Fórum Sindical de
Trabalhadores, que congregaram e congregam
lideranças e dirigentes responsáveis por conquistas
históricas da classe trabalhadora, como: 13º
Salário; 1/3 nas férias; jornada de trabalho
reduzida; adicionais noturno, de insalubridade,
periculosidade; FGTS; DSR, etc.
Fonte: Sec. de Comunicação Estadual da NCST-SP
22/06/2023 -
Bancada dos trabalhadores no Codefat se reúne com o
Ministro do Trabalho
A bancada dos trabalhadores no Codefat – Conselho
deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador se
reuniu, nesta quarta-feira (21), com o Ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Na ocasião as lideranças sindicais saldaram o
retorno das reuniões presenciais do conselho e
ressaltaram a importância que o atual governo
deposita nos fóruns tripartites de diálogo.
Sérgio Luiz Leite (Serginho), vice-presidente da
Força Sindical e presidente da Fequimfar (Federação
dos Químicos SP), destaca que os representantes dos
trabalhadores levaram ao ministro a posição em
defesa do orçamento do FAT que, além de custear o
seguro desemprego, abono salarial e execute os
repasses para o BNDES. “Levamos ao ministro a
importância do FAT em contemplar políticas públicas
efetivas de emprego, entre elas a qualificação
profissional, intermediação de mão de obra e
investimentos setoriais”, disse Serginho que é
membro da bancada dos trabalhadores no Codefat.
Ele alertou que os trabalhadores precisam disputar o
orçamento do FAT dentro do governo e do congresso
nacional. “Hoje teremos a primeira reunião do
Codefat desse ano, e vamos debater esse tema, entre
outros”, finalizou Serginho.
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/06/2023 -
Aprovação do trabalho de Lula cresce e vai a 56%,
diz pesquisa Quaest
Pesquisa QUAEST aponta que 56% da população
aprova o trabalho do presidente Lula em junho. Em
abril, o índice estava em 51%.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é
aprovado por 56% da população, segundo pesquisa
Genial/Quaest, divulgada nesta quarta (21). A
reprovação do governo é de 40%, enquanto 4% não
souberam ou não responderam.
Na pesquisa realizada em abril, 51% dos
entrevistados responderam que aprovavam a gestão, um
aumento, portanto, de cinco pontos percentuais na
comparação com este mês. Já os que reprovavam eram
42% em abril, uma queda de dois pontos percentuais
entre aqueles que não avaliam bem o trabalho da
presidência no período.
Foram ouvidas 2.029 pessoas, pessoalmente, entre os
dias 15 e 18 de abril. A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais para mais ou para menos.
O aumento de 51% para 56% entre abril e junho, em
relação a aprovação se dá sobretudo na percepção
positiva sobre a economia, segundo Felipe Nunes,
diretor da Quaest e professor da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Embora essa melhora tenha acontecido em todos os
estratos sociais, chama atenção a melhora entre
eleitores de Bolsonaro. Nesse segmento, a aprovação
passou de 14% para 22%. O indicador de avaliação
ajuda a entender a dinâmica desse aumento de
aprovação. Embora a avaliação positiva tenha se
mantido estável, a avaliação regular cresceu, passou
de 29% para 32%. Ou seja, a melhora na aprovação
veio de um público que considera o governo como
regular”, publicou Nunes.
“Em termos comparativos, Lula 3 é melhor avaliado
que Bolsonaro, FHC2 e Dilma 2, mas pior que Dilma 1,
Lula 2, Lula 1 e FHC1. São novos tempos para a
relação dos governos com o eleitorado. Rejeição de
30% parecer ser o novo normal.”
Fonte: Portal Vermelho
22/06/2023 -
Diretor da NCST diz que Brasil tem a maior taxa de
juros do mundo
No ato realizado em frente do Banco Central em São
Paulo, na manhã de terça-feira (20), Nailton
Francisco de Souza (Porreta), diretor nacional de
Relações Sindicais da Nova central Sindical de
Trabalhadores (NCST), afirmou que a taxa de juro de
13,75% ao ano, imposta pelo Banco Central (BC), além
de ser a maior do mundo, prejudica o Brasil e todos
brasileiros.
“Juros altos significa manter 9 milhões de
trabalhadores (as) desempregados e 4 milhões de
desalentados, além do exército dos subutilizados no
mercado de trabalho. A economia tem que estar a
serviço do povo e não de banqueiros e especuladores
financeiros. O BC está na contramão do projeto
escolhido na última eleição que visa reconstruir o
Brasil, distribuir renda, gerar empregos de
qualidade e tratar a calasse trabalhadora e povo com
dignidade”, disse Nailton Porreta.
Na opinião do sindicalista o bem estar da população
passa em baixar os juros abusivos do cartão de
crédito que está em 320% ao ano, do crediário de
100% e do crédito bancário pessoa física que está em
118%, o que provoca inadimplência. E de que é
preciso dialogar de forma simples com a população
brasileira e mostrar que se hoje 64 milhões de
brasileiros se quer consegue pagar suas dívidas, a
culpa é dos juros escorchantes praticados pelo BC.
Nailton Porreta, comentou que todas as vezes que a
classe trabalhadora e o povo se mobilizam para
acabar com as injustiças, ou quando se unem em uma
luta na busca de uma sociedade mais justa e melhores
condições de trabalho, os poderosos se sentem
ameaçados e colocam todo aparato repressor para
combater eventuais avanços, sejam no campo
trabalhista como em questões institucionais.
“Temos uma tarefa muito grande para convencer a
sociedade e, principalmente, cada trabalhador e
trabalhadora nos seus locais de trabalho, de que
precisaremos do apoio deles para garantir as
mudanças necessárias que possibilite fortalecer a
luta contra juros altos. A união nacional da classe
trabalhadora devolverá o protagonismo do
sindicalismo que desde seu surgimento atua no
fortalecimento da democracia e na diminuição da
degradação e miséria social, provocada pela ganância
dos poderosos”, resaltou.
Taxa Selic em 13,75% só beneficia os 10% mais
ricos
De acordo com o economista e professor Ladislau Dowbor,
a questão das taxas de juros, das finanças em geral,
é misteriosa para a maioria das pessoas. Mas o
resultado é simples: montou-se um grande dreno por
meio da taxa Selic, da tolerância da evasão fiscal,
das renúncias fiscais, das isenções sobre lucros e
dividendos, da lei Kandir, da não aplicação do
Imposto Territorial Rural (ITR), e em particular das
taxas de juros absurdas cobrados pelos bancos, sobre
as famílias e as empresas.
Sendo que elas juntas drenaram as políticas públicas
(saúde, educação, infraestruturas), a capacidade de
compra das famílias (juros sobre pessoa física) e a
capacidade de investimento das empresas (juros sobre
pessoa jurídica). E os proveitos vão todos para o
mesmo endereço, os bancos e outras corporações
financeiras, a chamada Faria Lima.
“O básico é o seguinte: quando rende mais o rentismo
financeiro, ou seja, a aplicação em títulos e
diversos produtos financeiros, do que abrir uma
empresa e realizar um investimento produtivo, o
dinheiro flui para onde rende mais: para ganhos
improdutivos. Um exemplo: quando o governo eleva a
taxa básica de juros (Selic) para 13,75%, este valor
será pago pelo governo, aos detentores privados dos
títulos da dívida pública, basicamente os 10% mais
ricos da sociedade, usando os impostos que pagamos”,
afirma o professor.
E que esses impostos, em vez de financiarem
educação, saúde ou infraestruturas, vão para os
grandes grupos financeiros chamados de mercados.
Ladislau esclarece que o Estado não se endividou
para construir escolas, por exemplo, ou no Bolsa
Família, pois 82% do aumento da dívida pública
resultam de juros acumulados.
“Sem nenhuma contribuição produtiva, esses grupos
drenam anualmente, só nesta modalidade, cerca de 700
bilhões de reais, ou seja, o equivalente a cerca de
7% do PIB. Esses 7% do PIB podiam se transformar em
investimentos produtivos, mas para que um dono de
fortuna vai arriscar no mercado real, se pode ganhar
13,75% sem risco e sem esforço? Descontando a
inflação, um ganho líquido de 8,5%”, complementa
Dowbor.
Fonte: Sec. de Comunicação Estadual da NCST-SP
22/06/2023 -
Homens ganhavam, em 2021, 16,3% a mais que mulheres,
diz pesquisa
Participação feminina no trabalho cresceu para
44,9%
Os homens eram maioria entre os empregados por
empresas e também tinham uma média salarial 16,3%
maior que as mulheres em 2021, indica a pesquisa
Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgada
nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
O estudo mostra que, naquele ano, os homens
receberam, em média, R$ 3.484,24, enquanto as
mulheres, R$ 2.995,07. O salário médio pago pelas
empresas teve queda em 2021, passando de R$ 3.353,07
para R$ 3.266,53.
Crescimento
Apesar da desigualdade, o levantamento também
sinalizou que a participação feminina no mercado de
trabalho voltou a crescer, depois de ter recuado no
primeiro ano da pandemia de covid-19 (2020). Em
2021, cresceu de 44,3% para 44,9%. Já os homens
ocupavam 55,1% dos postos de trabalho nas empresas
naquele ano.
A série histórica - iniciada em 2009 - evidencia um
avanço gradual da participação feminina entre os
funcionários das empresas. No primeiro ano da
pesquisa, as mulheres ocupavam 41,9% das vagas, três
pontos percentuais a menos.
Em 2021, o número de empresas e organizações
contabilizado pelo estudo cresceu no país 5,8%,
chegando a 5,7 milhões, e a quantidade de sócios e
proprietários subiu 5,1%, somando 7,7 milhões. Já o
total de pessoas ocupadas por essas organizações
chegou a 47,6 milhões, avançando 4,9% frente a 2020.
Fonte: Agência Brasil
22/06/2023 -
Entidades fazem petição para defender
inelegibilidade de Bolsonaro
Documento com 150 mil assinaturas foi entregue ao
TSE
Parlamentares e entidades da sociedade civil
anunciaram na terça-feira (20) que entregaram ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma petição com
mais de 150 mil assinaturas virtuais para defender a
inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A mobilização foi promovida por 21 entidades, entre
elas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST),
Associação Brasileira de Organizações Não
Governamentais (Abong), Observatório Político e
Eleitoral (Opel), além das deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
e Talíria Petrone (PSOL-RJ).
Segundo as entidades, o ex-presidente divulgou
informações falsas sobre o processo eleitoral a
atacou as urnas eletrônicas.
Nesta quinta-feira (22), o TSE vai julgar o processo
aberto contra Bolsonaro após a reunião com
embaixadores, realizada em julho do ano passado, no
Palácio da Alvorada, para descredibilizar o sistema
eletrônico de votação. Se for condenado, Bolsonaro
ficará inelegível por oito anos e não poderá
disputar as próximas eleições.
Durante a tramitação do processo, a defesa de
Bolsonaro argumentou que o caso não poderia ser
julgado pela Justiça Eleitoral. No entendimento dos
advogados, o evento com os embaixadores foi
realizado em 18 de julho, quando Bolsonaro não era
candidato oficial às eleições de 2022 e ainda não
tinha sido aprovado em convenção partidária.
Fonte: Agência Brasil
21/06/2023 -
Audiência virtual com o ministro Luiz Marinho
discutirá o fortalecimento das entidades sindicais
Nesta quinta-feira (22), às 19h, será realizada uma
audiência virtual com o Ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, mediada pelo Deputado Federal Pedro Uczai
(PT-SC), com o objetivo de discutir a reorganização
da classe trabalhadora e o fortalecimento das
entidades sindicais.
A audiência, que promete ser um espaço de diálogo e
reflexão, surge em um momento crucial para o
movimento sindical brasileiro, que busca construir a
unidade em meio aos desafios enfrentados pela classe
trabalhadora.
A reorganização dos trabalhadores e o fortalecimento
das entidades sindicais têm se mostrado fundamentais
para enfrentar as adversidades e lutar por melhores
condições de trabalho e garantia de direitos. Nesse
sentido, a audiência virtual proporcionará um espaço
para a troca de ideias, discussão de propostas e a
busca por soluções conjuntas.
A participação ativa dos trabalhadores, sindicatos e
demais interessados será essencial para que essa
audiência seja produtiva e contribua para a
construção de um ambiente mais justo e igualitário
para a classe trabalhadora brasileira.
Informações sobre a audiência virtual:
1 - Toda entidade sindical que deseja participar da
audiência deverá fazer o seu credenciamento
gratuito, até dia 21 de junho, via formulário
disponível em:
https://forms.gle/Na4ySfyN3UXriZQm9
2 - Devido a limitação no número de participantes na
plataforma em que a audiência será realizada, cada
entidade sindical poderá estar representada por um
participante na sala virtual disponível no link que
será encaminhado, por e-mail, após o credenciamento
da entidade.
3 - Aos demais interessados, a reunião será
transmitida por meio do canal no Youtube. O link
será publicado oportunamente.
Mais informações:
WhatsApp: (47) 9 9132-8728
E-mail: comunicacao@fetiesc.org.br
Telefone: (47) 3267-2700
Fonte: Portal CTB
21/06/2023 -
Copom se reúne e Centrais Sindicais protestam pela
redução dos juros
Atos pelo Brasil, em frente às unidades do Banco
Central, nesta terça-feira (20), reforçaram a
posição dos sindicalistas e da sociedade pela
redução da taxa de juros (Selic)
A manhã desta terça-feira (20) foi marcada por
manifestações em todo o país pela redução da taxa
básica de juros, a taxa Selic, pelo Banco Central
(BC). Os atos foram convocados pelas Centrais
Sindicais que levaram seu recado para a frente das
unidades do BC.
As manifestações ocorrem em um momento que o Comitê
de Política Monetária (Copom) se reúne para definir
se inicia um ciclo de redução da Selic, que está em
13,75% ao ano desde agosto de 2022, ou se manterá a
taxa até a próxima reunião, realizada a cada 45
dias.
Os protestos ocorreram no Distrito Federal, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul e São Paulo.
Na cidade de São Paulo, os sindicalistas se reuniram
na unidade do banco que fica na Avenida Paulista e
levaram referências à construção de imóveis e até
mesmo um carro cortado ao meio para simbolizar o
quanto os juros pesam no bolso dos trabalhadores.
“Temos aqui um carro cortado ao meio. Este carro
demonstra que quando um trabalhador compra um carro,
metade do que ele paga é juros. Do outro lado aqui,
temos a representação de imóveis. Quando o
trabalhador compra um apartamento, ele paga três
outros de juros”, criticou o vice-presidente
nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil), Rene Vicente.
Em seu discurso Rene teceu críticas ao presidente do
BC, Roberto Campos Neto.
“Estamos aqui em frente ao Banco Central e em todo o
Brasil para dizer não ao Campos Neto, que é um
agente do setor financeiro e especulativo em nosso
país. Temos que dizer em alto e bom som: Fora Campos
Neto! Redução da taxa de juros já! Para que possamos
colocar o Banco Central a serviço do país, da
população brasileira e para que nós possamos
resgatar um projeto nacional de desenvolvimento, com
geração de renda e emprego para o povo”, pontuou ao
dizer que a taxa de juros tem “afogado” a
reindustrialização do país e pode fazer com que o
desemprego aumente.
Ainda na capital paulista, o secretário-geral da
Força Sindical, Juruna, disse para a imprensa:
“Queremos redução drástica dos juros para aumentar
investimento na produção, aumentar o consumo e,
consequentemente, gerar empregos.”
Em Brasília, o presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, também destacou
as mazelas ocasionadas pelos juros altos e os juros
que fazem parte dos bens de consumo para a
população.
“Infelizmente estamos vivendo um quadro de
paralisação de empresas que estão dando férias
coletivas, estão demitindo os trabalhadores, e na
raiz disso estão os juros altos. 13,75% [a atual
taxa de juros] é um crime. Nenhuma empresa vai fazer
um investimento produtivo que gera empregos com um
patamar de juros nesse tamanho. Então os juros altos
são, na verdade, a forma mais perversa, e mais
cruel, de transferir riquezas daqueles que são os
mais pobres para os que são mais ricos. Os juros que
estamos questionando não é somente a taxa básica de
13,75%. São os juros que também estão embutidos nos
produtos”, afirmou.
O Copom do Banco Central se reúne nesta terça (20) e
na quarta (21), quando no início da noite, ao final
do encontro, informará a decisão sobre a taxa de
juros.
Fonte: Portal Vermelho
21/06/2023 -
Comissão vai debater impacto das plataformas de
aplicativos no mercado de trabalho
A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos
Deputados debate em audiência pública, nesta na
quinta-feira (22), os impactos da atuação de
plataformas digitais nas condições de trabalho, as
transformações do mundo do trabalho e a criação de
alternativas legislativas e de políticas públicas
para garantir dignidade na prestação desses
serviços.
O debate atende a requerimento da deputada Denise
Pessôa (PT-RS). Ela destaca que o Brasil tem visto o
aprofundamento de males reais nas condições de
trabalho com novas formas precarizantes de
contratação, e sendo desafiado a esse fenômeno
crescente de realização de trabalho por aplicativos.
"Diversas cidades têm se mobilizado para lidar com o
trabalho plataformista, registrando as demandas dos
interessados na regulação dessa modalidade, tanto de
empresas quanto da classe trabalhadora, sobretudo de
entregadores e motoristas vinculados a aplicativos",
afirma.
Foram convidados, entre outros:
- o procurador do Trabalho e Coordenador Nacional do
Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho do
Ministério Público do Trabalho (MPT), Tadeu Henrique
Lopes da Cunha;
- a coordenadora Nacional do Programa Nacional de
Segurança com Cidadania do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, Tamires Sampaio; e
- o diretor Técnico Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Fausto Augusto Junior.
O debate será realizado às 9h30, no plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
21/06/2023 -
Supremo valida decreto que revogou norma sobre
dispensa sem justa causa
Embora tenha decidido que a exclusão de normas
internacionais do ordenamento jurídico do Brasil não
pode ser mera opção do chefe do Poder Executivo, o
Supremo Tribunal Federal, em nome da segurança
jurídica, declarou válido o Decreto presidencial
2.100/1996, que comunicava a retirada do país do
cumprimento da Convenção 158 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a
demissão sem justa causa.
No entanto, na mesma decisão, tomada no julgamento
de uma ação declaratória de constitucionalidade, a
corte estabeleceu que a denúncia de tratados
internacionais pelo presidente da República exige a
anuência do Congresso Nacional. Esse entendimento
vigorará a partir de agora, sendo preservados os
atos anteriores.
Além de vedar a dispensa imotivada, a Convenção 158
da OIT prevê uma série de procedimentos para o
encerramento do vínculo de emprego. A norma foi
aprovada pelo Congresso Nacional e, posteriormente,
promulgada pelo então presidente Fernando Henrique
Cardoso. Meses após a promulgação, contudo, o
presidente comunicou formalmente à OIT a retirada do
Brasil da lista dos países que a haviam assinado.
Na ação, a Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação
Nacional do Transporte (CNT) defendiam a validade do
documento. A inconstitucionalidade do decreto é
objeto também da ADI 1.625, cujo julgamento está
suspenso para ser concluído em sessão presencial do
Plenário.
Risco de retrocesso
No voto que prevaleceu no julgamento, o relator da
matéria, ministro Dias Toffoli, afirmou que a
exclusão de normas internacionais do ordenamento
jurídico brasileiro não pode ser mera opção do chefe
de Estado. Como os tratados passam a ter força de
lei quando são incorporados às leis brasileiras, sua
revogação exige também a aprovação do Congresso.
Segundo Toffoli, apesar dessa exigência, na prática
tem havido uma aceitação tácita da medida
unilateral. Mas, a seu ver, essa possibilidade traz
risco de retrocesso em políticas essenciais de
proteção da população, porque a prerrogativa pode
vir a recair sobre mandatário de perfil autoritário
e sem zelo em relação a direitos conquistados.
Segurança jurídica
No caso concreto da Convenção 158, o STF decidiu
manter válido o decreto que a denunciou, em nome da
segurança jurídica. A maioria do colegiado
acompanhou a proposta do relator para aplicar a tese
da inconstitucionalidade da denúncia unilateral de
tratados internacionais apenas a partir da
publicação da ata do julgamento da ação, mantendo,
assim, a eficácia de atos praticados até agora.
Ficaram vencidos os ministros Edson Fachin e Ricardo
Lewandowski (aposentado) e a ministra Rosa Weber,
presidente da corte, que julgaram inconstitucional o
decreto presidencial. Com informações da assessoria
de imprensa do STF.
ADC 39
Fonte: Consultor Jurídico
21/06/2023 -
Comissão do Senado aprova prorrogação de desoneração
da folha para 17 setores
Governo buscou evitar votação, argumentando que
deve apresentar proposta mais abrangente para
retirar impostos da folha de pagamentos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
concluiu, nesta terça-feira (20), a aprovação da
proposta que prorroga por quatro anos a desoneração
da folha de pagamento para 17 setores da economia e,
como a proposta tramitou em caráter terminativo no
colegiado, irá diretamente ao plenário da Câmara dos
Deputados, exceto se algum parlamentar propuser um
recurso ao plenário do Senado.
A conclusão da votação aconteceu após a rejeição de
emenda do senador Magno Malta (PL-ES) que buscava
incluir o setor de mármore e granito entre os
beneficiados.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
buscou evitar a votação da proposta, argumentando
que pretende apresentar até o final deste ano,
quando vence a atual desoneração da folha, uma
proposta mais abrangente para retirar impostos sobre
a folha de pagamentos.
Fonte: InfoMoney
21/06/2023 -
Comissão debate expropriação de propriedades onde há
trabalho escravo
Expropriação das propriedades onde localizem a
exploração de trabalho em condições análogas à de
escravo é prevista na Constituição Federal
A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade
Racial debate nesta quinta-feira (22) projeto de lei
que regulamenta artigo da Constituição Federal para
dispor sobre a expropriação das propriedades rurais
e urbanas onde se localizem a exploração de trabalho
em condições análogas à de escravo (PL 1102/23).
O debate atende a requerimento da deputada Reginete
Bispo (PT-RS), que é a autora da proposta. O PL
1102/23 está apensado ao PL 777/23, que tramita em
regime de prioridade. Segundo Reginete Bispo, o
projeto tem como base proposições em tramitação no
Senado e em normas infralegais do Ministério do
Trabalho, que regulamentam disposições relativas à
legislação trabalhista, à inspeção do trabalho, e às
relações de trabalho.
"Há de se asseverar a importância e necessidade de
retomada do debate neste momento, diante dos últimos
casos publicizados pelos veículos de comunicação,
evidenciando a sua gravidade e atualidade", afirma.
Foram convidados, entre outros:
- o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Alberto
Balazeiro;
- o juiz do Trabalho no TRT-4 Rodrigo Trindade; e
- o jornalista e doutor em Ciência Política Leonardo
Sakamoto.
A reunião será realizada às 10 horas, no plenário 9.
Fonte: Agência Câmara
21/06/2023 -
CDH vota incentivo à contratação de mulheres acima
de 50 anos
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) se reúne nesta
quarta-feira (21), a partir das 11h, e pode votar o
projeto de lei que estimula iniciativas para
melhorar a empregabilidade de mulheres acima dos 50
anos (PL 375/2023), apresentado pelo senador
Weverton (PDT-MA).
O projeto insere novas diretrizes no Programa
Emprega + Mulheres (Lei 14.457, de 2022),
determinando ações voltadas para mulheres acima dos
50 anos. Os serviços nacionais de aprendizagem —
como o Senai e o Senac — deverão ter programas e
cursos para o aprimoramento profissional, a
manutenção do emprego e a inserção no mercado de
trabalho das mulheres nessa faixa etária. O Sistema
Nacional de Emprego (Sine) também deverá dar atenção
especial a esse público.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que é a
relatora, deu parecer favorável ao projeto sem
nenhuma alteração. Caso seja aprovado pela CDH, o
projeto irá em seguida para a Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), que terá a palavra final.
Requerimentos
Além do PL 375/2023, a pauta completa da CDH tem três
requerimentos pedindo a realização de audiências
públicas. Dois são do senador Paulo Paim (PT-RS),
que propõe audiências sobre saúde mental nas escolas
públicas (REQ 50/2023) e expansão da oferta nacional
de cursos técnicos (REQ 51/2023). Já o senador
Izalci Lucas (PSDB-DF) sugere audiência sobre a
prevenção ao afogamento infantil (REQ 49/2023).
Fonte: Agência Senado
20/06/2023 -
Dieese: arcabouço fiscal é ‘camisa de força menos
apertada’ que o teto de gastos
Instituto considera projeto menos restritivo que
a atual política, vê pontos positivos, mas faz
ressalvas
Para o Dieese, a proposta do governo para um novo
regime fiscal, apelidada de “arcabouço”, é menos
restrita, mas mantém a lógica do chamado teto de
gastos. Em nota técnica, o instituto destaca, no
entanto, um aspecto positivo do projeto, que inclui
valor mínimo, corrigido pela inflação, de R$ 70
bilhões em investimentos.
Para o Dieese, um dos grandes problemas do teto,
implementado ainda na gestão de Michel Temer, era a
possibilidade de “competição” de gastos,
especialmente aqueles com percentuais mínimos
obrigatórios, casos de educação e saúde, além dos
previdenciários. “Neste sentido, o novo regime
‘alivia’ esta possibilidade, mas não a elimina;
ainda mais depois da inclusão do Fundeb, da
capitalização das estatais e do piso da enfermagem,
o que poderá ser um problema sério, caso não haja
expansão suficiente das receitas, que ocorrerá
somente por aumento de impostos ou crescimento
econômico”, ressalva.
Projeto do arcabouço fiscal chegou ao Senado
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023 já foi
aprovado pelos deputados e tramita no Senado. O
relator da nova regra fiscal, senador Omar Aziz
(PSD-AM), tenta modificar alguns pontos, o que
levaria o texto de volta à Câmara, para nova
votação. Segundo declarou o relator nesta semana, um
dos itens que ele pretende excluir é justamente o
Fundeb.
Segundo o Dieese, uma das principais críticas que se
faz ao projeto é ter o crescimento econômico como
pressuposto para funcionar, “o que causa incerteza
sobre seu desempenho real frente às tendências de
baixo crescimento econômico que o Brasil vive”.
Assim, se por um lado as despesas são mais rígidas
que as receitas, por outro o novo regime “impede um
ajuste mais adequado nos ciclos de alta da economia,
o que pode prejudicar o financiamento das políticas
públicas”.
Além disso, o fato de as despesas poderem oscilar de
0,6% a 2,5% de crescimento permite algum ganho real
mesmo em cenário de queda ou de arrecadação estável.
Mas também “limitam a expansão das despesas em um
período de maior expansão econômica, ou seja, se a
economia crescer acima de 2,5%”.
Debate sobre os rumos do país
O Dieese destaca o fato de o salário mínimo ter ficado
fora das novas regras do arcabouço fiscal. Mas
lembra que a política de valorização do piso
nacional, retomada pelo atual governo, ainda não se
tornou lei.
“A política fiscal sempre está no centro do debate
sobre a economia e os rumos do país”, afirma o
Dieese no documento. “As questões relacionadas à
forma como o Estado gasta e arrecada são mais
complexas do que a usual comparação com o orçamento
doméstico. Por trás dessas escolhas de arrecadação e
gasto está a disputa das políticas públicas, a quem
elas beneficiam e quem as financia.”
Confira aqui a íntegra da nota técnica.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/06/2023 -
A Nova Central, juntamente as com as demais
centrais, realiza ato contra juros altos nesta
terça-feira (20)
Nesta terça-feira (20), as Centrais Sindicais –
Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CSB, NCST,
Intersindical e Pública – realizam ato contra juros
altos em frente à sede do Banco Central, na Avenida
Paulista, nº 1804, em São Paulo.
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, acredita no
apoio da mobilização social para conter os juros: “É
preciso que sociedade, a classe trabalhadora mais
prejudicada, esteja junto com a gente nesta luta.
Por isso, vamos às ruas na tentativa de sensibilizar
os membros do Copom (Comitê de Políticas Monetárias)
do Banco Central quanto a urgência da redução da
Taxa Selic que hoje está em 13,75%. O Brasil não
pode parar”.
Ato das Centrais Sindicais contra os juros altos
Data: 20 de junho
Horário: a partir das 9h30
Local: em frente à Sede do Banco Central
Endereço: Av. Paulista, 1804, São Paulo/SP
Fonte: NCST
20/06/2023 -
Bolsonaro sobre julgamento no TSE: 'indicativos não
são bons'
Tribunal Superior Eleitoral inicia na
quinta-feira (22) o julgamento de uma ação que pode
tornar Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos
Faltando poucos dias para o julgamento da ação no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode decretar
sua inelegibilidade, Jair Bolsonaro (PL) expressou
preocupação com os indícios que tem recebido.
Durante um evento de filiação de prefeitos de São
Paulo ao PL, realizado em Jundiaí no último sábado,
Bolsonaro afirmou que ele e seus apoiadores não
devem temer o resultado do julgamento, marcado para
iniciar nesta quinta-feira (22).
"Não vamos apavorar com o resultado que vier.
Obviamente, não quero perder os direitos políticos.
A gente quer continuar vivo confiante com o país.
Nós temos esse problema agora. Até mesmo uma
suspeita de inelegibilidade porque me reuni com
embaixadores antes do período eleitoral. Vamos
enfrentar isso no dia 22 agora. Já sabemos que os
indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo",
afirmou Jair Bolsonaro.
Segundo a colunista Bela Megale, do Globo, o círculo
próximo ao ex-presidente teme uma derrota por 7
votos a 0 na Corte, que é composta principalmente
por ministros indicados pelo atual presidente, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), que foi seu adversário
nas eleições passadas.
O desfecho do julgamento, que pode ser concluído só
em setembro, pode torná-lo inelegível por oito anos.
Na prática, isso inviabiliza que Bolsonaro se
candidate nas eleições de 2026 e 2030.
Fonte: Brasil247
20/06/2023 -
Desoneração da folha de pagamento vai a comissão do
senado nesta terça
Em reunião nesta terça-feira (20), a Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) analisa, em turno
suplementar, o texto substitutivo apresentado ao
Projeto de Lei que prorroga a desoneração da folha
de pagamento até 2027 para 17 setores da economia.
De autoria do senador Efraim Morais (União-PB), o PL
334/2023 é relatado pelo senador Angelo Coronel
(PSD-BA).
Aprovado na CAE no último dia 13, o projeto
precisará passar por uma segunda votação no
colegiado, chamada turno suplementar. Se a aprovação
se confirmar, seguirá direto para análise da Câmara,
a não ser que haja um pedido para votação no
Plenário do Senado.
O texto original, em grande parte mantido no
substitutivo, altera a Lei 12.546, de 2011, que
atualmente prevê a desoneração da folha de
pagamentos somente até o final deste ano.
O PL 334/2023 prorroga o benefício até o fim de 2027
para os mesmos setores já previstos na lei em vigor.
Para compensar a prorrogação da desoneração, o
projeto ainda estende pelo mesmo período o aumento
de 1% na alíquota da Cofins-Importação, que também,
pela lei atual, só vai até dezembro.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às
empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas
de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20%
sobre a folha de salários.
Ainda na pauta
Na pauta da CAE constam ainda outros 13 itens. Entre
eles, o PL 3.008/2020, que modifica a legislação
vigente (Lei 7.998, de 1990) de modo a incluir os
projetos de economia solidária entre os programas de
desenvolvimento passíveis de financiamento pelo
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), um fundo
especial que tem como principal fonte de recursos as
contribuições para o Programa de Integração Social
(PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (Pasep).
De autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), o texto
é relatado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA),
favorável à proposição.
*Com informações da Agência Senado
Fonte: Congresso em Foco
20/06/2023 -
Lula volta a criticar juros altos e diz que BC tem
que dar explicações ao Senado e ao povo
Em live transmitida pelo seu canal no YouTube,
presidente diz que manutenção da Selic em 13,75% ao
ano “não tem explicação”
A dois dias de o Comitê de Política Monetária do
Banco Central (Copom) anunciar o novo patamar da
taxa básica de juros (a Selic), o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) voltou a intensificar as
críticas à condução da política monetária e ao
presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
Na segunda edição da live “Conversa com o
Presidente”, transmitida nesta segunda-feira (19),
em seu canal do YouTube e redes sociais, Lula disse
que a manutenção da Selic no atual patamar de 13,75%
ao ano “não tem explicação”.
A expectativa da maioria dos agentes econômicos é
que o Copom mantenha os juros na próxima reunião e
apenas inicie um ciclo de afrouxamento monetário no
segundo semestre.
Durante a transmissão, Lula comemorou o melhor
desempenho da economia brasileira, chamando atenção
para a desaceleração da inflação e exaltou a redução
dos preços de alguns alimentos, citando a carne, o
arroz e o óleo de soja, e a queda recente do dólar.
“A inflação está abaixando. O dólar está caindo.
Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem
explicação”, afirmou.
“O presidente do Banco Central precisa explicar, não
a mim, porque já sei por que ele não baixa, mas ao
povo brasileiro e ao Senado que o elegeu por que ele
mantém essas taxas de juros de 13,75% em um país que
está com uma inflação anual de 5%”, prosseguiu.
Na live, Lula disse que o governo irá apresentar, no
segundo semestre, um conjunto de metas a serem
executadas até 2026. Mesmo sem apresentar detalhes,
ele reforçou o compromisso de ampliar o programa
Minha Casa Minha Vida, prometendo a entrega de mais
de 2 milhões de casas até o fim do mandato, e
repetiu a intenção de criar um instrumento que
contemple faixas mais altas da classe média.
“Nós vamos inaugurar casas e ao mesmo tempo vamos
lançar um programa de fazer, até dia 31 de dezembro
de 2026, mais de 2 milhões de casas. E essas casas
serão não apenas para as pessoas mais pobres, mas
também vamos construir casas para o setor médio da
sociedade − aquele trabalhador que ganha R$ 8 mil,
R$ 9 mil, aquele pequeno empreendedor, aquela pessoa
que trabalha por conta própria”, disse.
“Nós vamos tentar criar condições de fazer uma casa
para quem pode pagar um pouco melhor também ter
condições de fazer um financiamento”, pontuou.
Fonte: InfoMoney
20/06/2023 -
Cientistas e entidades defendem jornada de trabalho
de quatro dias na semana
Estudos indicam que, além de trazer benefício à
saúde mental dos trabalhadores, redução não afeta a
produtividade e ajuda a combater o aquecimento
global
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC) divulgou editorial, assinado pelo presidente
da entidade, o professor e filósofo Renato Janine
Ribeiro, em defesa da jornada de trabalho de quatro
dias. A ideia é ampliar a qualidade de vida dos
trabalhadores, sem prejudicar a produtividade das
empresas. Outras entidades, inclusive
internacionais, concordam. Caso do Fórum Econômico
Mundial.
Diferentes países já testam o modelo. Entre eles,
muitos da União Europeia e até mesmo o Chile, na
América do Sul. “Trabalhe de forma mais inteligente,
não mais dura, tem sido o mantra dos consultores de
gestão há décadas. Mas e se você simplesmente
trabalhasse menos? Há cada vez mais evidências de
que abandonar a semana de trabalho convencional traz
benefícios tanto para empregadores quanto para
funcionários”, defende o Fórum Econômico Mundial.
O ex-ministro Janine apela no mesmo sentido. “Nos
últimos cem anos se consolidaram as oito horas
diárias, que não foram reduzidas sequer de um minuto
(…) O fato é que nos países desenvolvidos, a ideia
de um tempo estendido de lazer está avançando
célere. E por isso é mais que hora de trazê-la para
nosso meio”, afirma.
Cada vez mais estudos rechaçam o argumento,
basicamente empresarial, de que a redução da jornada
afetaria a produtividade. “O maior já realizado
sobre o assunto (no Reino Unido), conduzido durante
seis meses, e envolveu cerca de 2.900 funcionários,
em 61 companhias. Segundo o que se extrai do
relatório final, os principais benefícios da semana
de 4 dias incluem: redução nos casos de burnout,
diminuição nos níveis gerais de ansiedade e fadiga,
bem como a percepção, por parte dos funcionários, de
uma relação mais equilibrada entre vida pessoal e
trabalho”, aponta artigo da Inova Social.
Evolução e trabalho
O pensamento social, no bem-estar do trabalhador, faz
parte do ideário progressista, particularmente com a
criação de sindicatos, no início do século 20. Foi a
partir da atuação sindical que se passou a combater
mazelas como o trabalho infantil e jornadas que
chegavam a 70 horas.
Assim, enquanto o setor empresarial se vale de
mudanças provocadas pela tecnologia para cortar
empregos, os trabalhadores seguem em jornadas
exaustivas. Além de reféns de doenças mentais cada
vez mais frequentes, sem tempo ou disposição para
atividades da vida social.
Aumento de produtividade
Então, diante desse quadro, pensadores começam a
questionar mesmo se vale a pena, inclusive
economicamente às empresas, exaurir seus
funcionários. “Trabalhar quatro dias por semana
significa que as pessoas realizam mais em menos
tempo. Em 2019, a Microsoft Japan introduziu uma
semana de trabalho de quatro dias e relatou um
aumento de 40% na produtividade”, afirma o Fórum.
“Houve resultados semelhantes nos testes globais de
2022, com os funcionários se comprometendo a
realizar 100% do trabalho normal em 80% do tempo.
Quando questionados sobre a melhoria da
produtividade durante o teste em uma escala de 1 a
10, onde 1 era negativo e 10 era muito positivo, os
empregadores deram uma pontuação de 7,7, (…) As
medidas de estresse, exaustão, fadiga e conflito
entre trabalho e família de cada funcionário
diminuíram.”
Efeito sobre o clima
Já sobre a questão climática, a entidade pondera os
benefícios. Aliado a políticas de trabalho remoto,
estas medidas, que melhoram a vida dos
trabalhadores, podem impactar positivamente no
futuro da humanidade. “Com um dia a menos de
trabalho, o tempo gasto em deslocamento por semana
era esperado para diminuir e foi exatamente o que
aconteceu, caindo de 3,5 horas para pouco menos de
2,6 horas – uma redução de 27%. Mas uma surpresa
maior foi a redução geral das pessoas que se
deslocam de carro, de 56,5% para 52,5% dos
funcionários.”
No Brasil, a Constituinte de 1988 aprovou a
diminuição da jornada de 48 para 44 horas semanais.
O movimento sindical reivindicava 40 horas. Em
alguns casos, a jornada foi reduzida por meio de
negociação coletiva.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/06/2023 -
Trabalhadores protestam no ABC paulista contra a
taxa de juros e a direção do Banco Central
Em meio à jornada das centrais e movimentos pela
queda dos juros, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos será recebido pelo presidente do Banco
Central em 19 de julho
Como parte de uma série de protestos contra a taxa
de juros, manifestantes fizeram passeata na manhã
desta sexta-feira (16) em São Bernardo do Campo, na
região do ABC paulista. Na próximas terça e quarta
(20 e 21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central (BC) volta a se reunir para decidir
qual será a taxa básica nos 45 dias seguintes. Nas
últimas reuniões, o BC manteve-se indiferente às
críticas e manteve a Selic em 13,75% ao ano.
Segundo os organizadores, 2 mil pessoas participaram
do ato. Eles saíram da sede do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e caminharam até a Praça Matriz,
no centro de São Bernardo. Centrais sindicais e
movimentos reunidos nas frentes Brasil Popular e
Povo Sem Medo organizam a chamada jornada de
mobilização pela queda dos juros. Entre os presentes
à manifestação no ABC, estava a presidenta nacional
do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o deputado
Lindbergh Farias (PT-RJ). “Brasil tá voltando aos
trilhos, governo Lula atuando forte mas Campos Neto
não ajuda. Só falta você, Banco Central!”, postou
Gleisi.
“Não há justificativa”
“O Banco Central está sendo irresponsável com o país e
com o povo brasileiro quando mantém esta taxa no
patamar que está”, criticou o presidente do
sindicato, Moisés Selerges. “A taxa não está alta
porque a inflação está alta. A inflação está na
meta. Então, não há justificativa. Não podemos
aceitar empresas sem poder produzir e os empregos
ameaçados porque a taxa é um impeditivo”,
acrescentou.
Moisés terá reunião com o próprio presidente do BC,
Roberto Campos Neto. O pedido foi feito pelos
metalúrgicos em maio. Eles querem expor a situação
do setor industrial e as consequências negativas da
política monetária. O encontro foi agendado para 19
de julho.
Inflação está diminuindo
“Quero dizer a ele que se não baixar a taxa e isso
respingar e gerar desemprego para a classe
trabalhadora, nós não vamos apenas parar as ruas do
ABC. Nós levaremos os trabalhadores lá em Brasília
para que arque com as consequências de seus atos”,
afirmou o dirigente.
A taxa de juros está em 13,75% desde agosto do ano
passado. Foi mantida nesse patamar nas seis últimas
reuniões do Copom. A autoridade monetária fala em
risco, mas a inflação vem diminuindo nos últimos
meses. Recentemente, Campos Neto disse ser possível
reduzir os juros, mas “lá a frente”. Depois da
semana que vem, o Copom voltará a ser reunir em 1º e
2 de agosto. Na próxima terça (20), primeiro dia da
reunião, centrais farão protesto diante da sede do
BC em São Paulo, na Avenida Paulista.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/06/2023 -
Centrais Sindicais farão ato contra juros altos
nesta terça-feira (20)
As Centrais Sindicais – Força Sindical, CUT, CTB,
UGT, CSB, NCST, Intersindical e Pública irão
realizar, na próxima terça-feira (20), ato contra
juros altos em frente a sede do Banco Central, na
Avenida Paulista, nº 1804, em São Paulo.
Os sindicalistas querem chamar atenção da sociedade
e sensibilizar o membros do Copom (Comitê de
Políticas Monetárias) do Banco Central quanto a
urgência da redução da Taxa Selic que hoje está em
13,75% a.a..
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
ressalta que a redução dos juros é importante para o
desenvolvimento e o crescimento do Brasil. “Defende
a imediata redução da taxa de juros e a
implementação de uma política que priorize a
retomada do investimento, o crescimento da economia
e a geração de emprego”, defende o líder sindical.
Vale lembrar que serão realizado atos em várias
cidades no País.
Serviço
Agenda: Ato das Centrais Sindicais contra os
juros altos
Data: 20 de junho
Horário: a partir das 9:30hs
Local: em frente a Sede do Banco Central
Endereço: Av. Paulista, 1804, São Paulo/SP
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/06/2023 -
STJ confirma prazo de 120 dias para solicitar
seguro-desemprego
O Superior Tribunal de Justiça confirmou a
legalidade do prazo de 120 dias para apresentar os
documentos necessários para solicitar o
seguro-desemprego. A decisão veio após recursos
apresentados pelo governo federal. O que estava em
discussão é se esse prazo de 120 dias, sem
regulamentação por lei, poderia ter sido fixado pelo
Conselho do Fundo de Amparo do Trabalhador através
de uma resolução, que é um ato jurídico que está em
posição inferior a uma lei.
Segundo o STJ, a Lei 7.998/1990 define muito bem que
caberá ao Conselho do Fundo de Amparo do Trabalhador
estabelecer os procedimentos para recebimento de
benefícios sociais, como o seguro-desemprego. Em
dezembro de 2005, o Conselho publicou a resolução
diante da ausência de previsão de prazos na lei para
conceder o benefício.
A relatora dos recursos no STJ, ministra Regina
Helena Costa, explicou que a controvérsia sobre
prazos tem sido analisada pela Primeira e pela
Segunda Turma do Tribunal desde 2005. E há o
entendimento que o tempo para requerer o benefício,
estabelecido na resolução, não extrapola a
legislação.
Na prática, a decisão afetará todos os processos com
teses semelhantes na Justiça em relação à legalidade
do prazo de 120 dias para solicitação do
seguro-desemprego, já que os tribunais em instâncias
inferiores têm decisões distintas sobre o assunto. A
derrubada do prazo atual também poderia beneficiar
profissionais que vão à Justiça para contestar
demissões por justa causa que consideram injustas e,
que pelo andamento do processo, avançam os 120 dias.
Fonte: Agência Brasil
19/06/2023 -
Datafolha: em cenário estável, Lula tem 37% de
aprovação e 27% de reprovação
Perto de completar seis meses de governo,
presidente vê oscilações dentro da margem de erro em
sua aprovação
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) segue estável após quase seis meses de governo.
Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha neste
sábado (17), 37% dos entrevistados consideram o
governo ótimo ou bom, contra 27% que o acham ruim ou
péssimo. Outros 33% vêem a gestão como regular e 3%
não responderam.
Os números mostram variações dentro da margem de
erro em relação à pesquisa divulgada pelo instituto
em março. Na ocasião, 38% viam o governo como ótimo
ou bom, 29% como ruim ou péssimo e 30% como regular.
Seguindo padrão visto nas eleições de 2022, Lula é
mais aprovado entre os eleitores com renda de até
dois salários mínimos (43% de ótimo e bom), menos
escolarizados (47%) e nordestinos (47%).
Da mesma forma, a reprovação é maior entre aqueles
com renda acima de 10 sários mínimos (49% de ruim e
péssimo) e evangélicos (37%), setores que votaram
majoritariamente em Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa foi realizada pelo Datafolha ouviu 2.010
eleitores em 112 municípios entre os dias 12 e 14 de
junho. A margem de erro é de dois pontos para mais
ou para menos.
Fonte: Brasil de Fato
19/06/2023 -
Especialistas cobram ações e recursos para o combate
ao trabalho infantil
Estimativa é de 4 a 6 milhões de brasileiros em
trabalho infantil atualmente
Representantes do Executivo, do Judiciário e da
sociedade civil apontaram, na Câmara dos Deputados,
caminhos para intensificar o combate ao trabalho
infantil. Políticas públicas e recursos
orçamentários dominaram as reivindicações
apresentadas em audiência da Comissão de Trabalho na
quinta-feira (15).
De acordo com o IBGE, o Brasil tem 1,8 milhão de
pessoas de 5 a 16 anos de idade em atividades que
lhes privam da escola e outros direitos básicos.
A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT-9) Rosemarie Pimpão lembra que esses dados,
colhidos em 2019, estão muito defasados porque não
consideram, por exemplo, o trabalho infantil no
tráfico de drogas, na exploração sexual e nem no
trabalho doméstico.
A situação agravada na pandemia de Covid-19 leva
outros especialistas a projetarem de 4 a 6 milhões
de brasileiros em trabalho infantil atualmente.
O secretário nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos,
Cláudio Vieira da Silva, disse que o objetivo
imediato é retomar, por meio de recomposição
orçamentária, o cumprimento de princípios básicos
previstos na Constituição e no estatuto sobre o tema
(ECA - Lei 8.069/90).
“Esse princípio da absoluta prioridade (para
crianças e adolescentes) está esquecido nos
orçamentos e nas ações de Estado. Então, o que
estamos fazendo neste primeiro semestre é trazer
isso tudo, colocando na mesa novamente. Isso está no
nosso PPA. Vamos organizar a nossa Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária, e isso estará
aqui para o debate”, garantiu.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
19/06/2023 -
Moraes determina depoimento de Bolsonaro à Polícia
Federal
Ex-deputado Daniel Silveira também deverá ser
ouvido
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou que o ex-presidente Jair
Bolsonaro preste depoimento à Polícia Federal (PF).
O ex-deputado Daniel Silveira também deverá ser
ouvido. A data será marcada pela corporação.
A oitiva será realizada no âmbito dos desdobramentos
da investigação que apura a reunião entre Bolsonaro
e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre
supostas tratativas de um golpe de Estado.
Sexta-feira (16), o senador foi alvo de mandados de
busca e apreensão no âmbito da investigação. Por
determinação de Moraes, agentes da Polícia Federal
(PF) estiveram no gabinete do parlamentar no Senado
e nos endereços dele em Vitória.
Em fevereiro, Moraes determinou abertura de
investigação para apurar as declarações do senador
de que teria recebido uma proposta para participar
de um golpe.
A investigação foi aberta após o senador declarar
que a reunião com Bolsonaro e Silveira tinha como
objetivo induzir o ministro Moraes a ”reconhecer”
que ultrapassou as quatro linhas da Constituição com
o ex-presidente da República.
Após a realização das buscas, Marcos do Val declarou
que as medidas foram tomadas após ter pedido a
convocação de Moraes para depor na CPI dos Atos
Golpistas no Congresso.
Fonte: Agência Brasil
19/06/2023 -
Erro em cancelamento de benefício do INSS gera dano
moral previdenciário
O cancelamento indevido de um benefício pago pelo
INSS sem o devido cuidado é suficiente para causar
dano moral previdenciário. Com esse entendimento, o
juiz Narciso Leandro Xavier Baez, da 2ª Vara Federal
de Chapecó (SC), condenou a autarquia a pagar R$ 5
mil a uma pessoa aposentada por invalidez.
O autor da ação recebia a aposentadoria desde 2004.
Quatorze anos depois, em 2018, o INSS fez uma
operação de pente fino e suspendeu o pagamento por
entender que o benefício era indevido. O
beneficiário deixou de receber a prestação e, com
contas acumuladas, teve o nome inscrito em cadastro
de inadimplentes.
O INSS agiu a partir de uma perícia que identificou
que não haviam exames ou registros médicos recentes
e que o exame físico estava prejudicado. Em vez de
pedir a atualização desses documentos, preferiu
concluir que ele seria plenamente capaz de
trabalhar, o que levou ao cancelamento.
Para o juiz da causa, houve falha do serviço
prestado pela autarquia. Entendeu ainda que seria
desnecessária qualquer avaliação subjetiva quanto à
conduta da autarquia, vez que se trata de
responsabilidade objetiva.
“A ocorrência do dano moral evidencia-se pela
própria natureza da verba subtraída. Os benefícios
previdenciários consubstanciam-se verba alimentar,
destinada, portanto, à própria subsistência da
beneficiada. Deparar-se com a ausência de seus
valores em data que habitualmente são depositados é
suficiente para que se vislumbrem aflições à
pessoa”, disse.
“Provado o equívoco e a ineficiência da atuação da
autarquia com o ato de cessação, entendeu o Julgador
que o INSS também deve ser penalizado pelo abuso
cometido como forma de compensar os incontroversos
prejuízos alimentares do trabalhador”, comentam os
pesquisadores e professores Sérgio Salvador e
Theodoro Agostinho, especialistas em Direito
Previdenciário e autores da obra Dano moral
previdenciário.
Processo 5010686-70.2022.4.04.7202
Fonte: Consultor Jurídico
19/06/2023 -
Comissão vai debater relações trabalhistas
relacionadas à sociobioeconomia
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promove na próxima quarta-feira (21) audiência
pública sobre as relações trabalhistas relacionadas
à sociobioeconomia. O deputado Airton Faleiro
(PT-PA) pediu a realização do debate, que faz parte
da Virada Sustentável, série de eventos durante o
mês de junho para marcar o Dia Mundial do Meio
Ambiente, celebrado no último dia 5.
A sociobioeconomia compreende atividades econômicas
que priorizam a preservação dos recursos naturais e
a dignidade dos trabalhadores.
Foram convidados para o debate, entre outros:
- o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Alberto Bastos Balazeiro;
- o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana;
- o presidente do Ministério Público do Trabalho (MPT),
José de Lima Ramos Pereira;
- o assessor jurídico da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carlos
Eduardo Chaves Silva;
- o representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Daniel Gaio;
- o representante do Observatório da Economia da
Sociobiodiversidade, Mayk Arruda.
A reunião ocorre no plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
16/06/2023 -
Lula diz que economia deve crescer 2% ou mais em
2023
Declaração foi dada em entrevista a um grupo de
rádios do Estado de Goiás
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta
quinta-feira que a economia brasileira deve crescer
“2% ou até mais” em 2023 e que deseja provar que o
Fundo Monetário Internacional (FMI) estava errado
sobre sua perspectiva para o crescimento do país.
Em entrevista a um grupo de rádios do Estado de
Goiás, Lula ainda afirmou que o governo federal
anunciará um novo Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) em 2 de julho.
Fonte: Reuters
16/06/2023 -
Movimentos populares e centrais sindicais vão às
ruas pela redução da taxa de juros no país
Objetivo da ação é conscientizar o povo sobre os
impactos dos altos juros na vida dos trabalhadores,
além de pedir a exoneração do presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto
A Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento
dos Atingidos por Barragens (MAB), a União de
Moradia Popular (UMM) e as centrais sindicais vão às
ruas nesta sexta-feira (16) exigir a redução da taxa
básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano,
o maior patamar desde 2016. A mobilização,
denominada como “Sextou contra os Altos Juros”,
integra uma jornada de lutas das Brigadas de
Agitação e Propaganda e será realizada às 17h, em
frente ao Theatro Municipal, em São Paulo.
Segundo os movimentos populares, o objetivo da ação
é conscientizar a população sobre os impactos
diretos dos altos juros na vida dos trabalhadores e
trabalhadoras, além de pedir a exoneração do atual
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
indicado ao cargo por Jair Bolsonaro. O Brasil tem
hoje a taxa básica de juros real mais alta do
planeta, de acordo com levantamento feito pela
gestora de investimentos Infinity Asset Management
em 156 países.
A taxa Selic no Brasil tem influência direta na vida
de muitos brasileiros, sobretudo na dos mais pobres.
Isso porque ela funciona como uma espécie de taxa
mínima de juros da economia. Afeta decisões de
compra e investimento. Impacta na geração de emprego
e até na desigualdade. Os juros altos favorecem
apenas os mais ricos e parte da classe média alta
que tem recursos aplicados no sistema financeiro.
Nos próximos dias 20 e 21 de junho, o Comitê de
Política Monetária (Copom) fará uma nova reunião
para discutir os rumos da taxa básica de juros e a
situação econômica do Brasil. É nesta data que o
colegiado decidirá se a taxa de juros aumenta,
diminui ou se mantém estável no país.
Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP,
ressalta que a elevada taxa de juros é um roubo à
nação brasileira. “Os juros altos significam menos
alimento na mesa, menos recursos para investir na
saúde, na educação, na moradia popular, na geração
de empregos, nas políticas de combate à fome e a
miséria. São por essas razões que nós vamos às ruas.
Queremos sensibilizar o povo brasileiro para
pressionar a redução dos juros. A política monetária
do país tem que andar em consonância com a política
do governo Lula. É inadmissível um Banco Central não
ter responsabilidade com o crescimento econômico,
com a distribuição de renda e com o combate às
desigualdades sociais”, disse.
Leciane Andrioli, da coordenação Nacional do MAB,
lembra que o preço do gás de cozinha, dos
combustíveis já caiu. Ela destaca que esse foi o
projeto de governo eleito nas urnas, não o da
política de juros a 13,75% do Campos Neto, que
impede o crescimento do país e só prejudica os mais
pobres. "Não tem motivo para termos a maior taxa de
juros do mundo, enriquecendo ainda mais o rentismo.
Não dá pra manter uma diretoria do Banco Central
indicada por Bolsonaro se quisermos avançar com uma
agenda de distribuição da riqueza, redução da
desigualdade e reconstruir o Brasil, por isso nos
mobilizamos essa semana, pela redução imediata dos
juros e a demissão do Campos Neto".
Além do ato na próxima sexta-feira (16), as Brigadas
de Agitação e Propaganda realizarão, entre os dias
17 e 21 de junho, mobilizações nos territórios em
que atuam, incluindo colagem de adesivos,
distribuição de panfletos informativos, caminhadas e
diálogos com a população. Com carros de som, os
movimentos populares vão abordar os impactos dos
juros altos na vida cotidiana das pessoas. No dia
20, haverá novo ato em frente ao edifício do Banco
Central, na Avenida Paulista. Vamos juntos lutar
pela redução das taxas de juros e pelo progresso do
Brasil.
(*Com informações da CMP)
Fonte: Brasil247
16/06/2023 -
Na OIT, Marinho enfatiza diálogo e trabalhadores
pedem distribuição justa da riqueza
Ministro brasileiro acredita em regulação
negociada e mostra otimismo com a economia
No último dia da 111ª Conferência Internacional do
Trabalho, em Genebra, o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, enfatizou a “retomada” da
democracia no Brasil e disse que o governo aposta no
diálogo social para avançar na regulação de
atividades profissionais. E mesmo em uma revisão da
“reforma” implementada em 2017. Desde então,
afirmou, as relações de trabalho “mergulharam” na
precariedade. Segundo Marinho, o governo propõe “que
as partes construam um entendimento para oferecer ao
parlamento brasileiro”. Uma proposta a partir de
consenso entre trabalhadores e empresários teria
mais chance de aprovação, observou o ministro
Marinho em conversa com jornalistas na sede da
Organização Internacional do trabalho (OIT).
Ele disse que o Executivo tem insistido nas
conversas com lideranças empresariais. Para Marinho,
melhorar o ambiente de trabalho e combater o chamado
trabalho forçado “é uma missão da sociedade” e não
apenas do governo.
Trabalho por aplicativos
Ele comentou também sobre a tentativa de regulação do
trabalho em plataformas, observando que se trata de
um desafio mundial. O MTE e a OIT promoveram
recentemente, em Brasília, seminário internacional
sobre o assunto. Posteriormente, foi montado um
grupo de trabalho com a tarefa de apresentar
propostas para o setor.
Marinho destacou ainda na OIT a volta das conversas
bilaterais, afirmando que o Brasil “ficou ausente”
do cenário internacional nos últimos anos. E
destacou números do mercado formal de trabalho. O
estoque de empregos com carteira subiu para 43,150
milhões em abril, e ele estima que o saldo neste ano
poderá chegar a 2,2 milhões. Segundo Marinho, o
emprego formal praticamente dobrou de 2013 a 2015,
atingindo 42 milhões, caiu e teve certa recuperação
– mas o governo Lula assumiu com praticamente o
mesmo estoque de vagas.
Mais críticas ao BC
Para o ministro, a combinação de políticas públicas e
redução de juros poderá proporcionar crescimento
econômico maior que o previsto. Ele voltou a
criticar o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, pela manutenção da taxa básica (Selic)
em nível alto (13,75% ao ano). “Me parece mais
capricho do que rigor técnico”, afirmou.
Pela bancada dos trabalhadores, o secretário de
Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa,
disse em pronunciamento que o país está “avançando
na regulação do trabalho nas plataformas” e citou
outro grupo de trabalho, pelo fortalecimento da
negociação coletiva. “A retomada do diálogo social,
abandonado nos últimos sete anos, facilita sem
dúvida a implementação de todas estas políticas de
inclusão social e combate à pobreza”, declarou,
citando um longo período de ataque a direitos e às
organizações sindicais. Mas Lisboa falou ainda em
transição justa do modelo ambiental, que não pode
ser feita “à custa do trabalhadores, especialmente a
imensa maioria pobre”.
Trabalho infantil e escravo
“Na terceira década do século 21, o mundo ainda tem
mais de 160 milhões de crianças envolvidas em
trabalho infantil e cerca de 50 milhões de pessoas
em trabalho escravo moderno. Mais de 4,1 bilhões de
pessoas não têm acesso à proteção social. Mais de 2
bilhões de trabalhadores estão na informalidade do
emprego, sem acesso a direitos e lutando para
garantir uma renda mínima para sobreviver”, destacou
o sindicalista brasileiro. “Na América Latina e
Caribe, uma em cada duas pessoas trabalha em
condições informais e tem de duas a cinco vezes mais
probabilidade de estar na pobreza.”
Ele ressaltou ainda a alta concentração de riqueza,
citando dados da Oxfam. Assim, o 1% de mais ricos do
mundo ficou com quase dois terços de toda a riqueza
gerada desde 2020. Um valor seis vezes maior do que
o recebido por 90% da população global.
Assim, a representação dos trabalhadores brasileiros
endossa a proposta da OIT por uma Coalizão Global
pela Justiça Social. “Você não pode fazer uma
omelete sem quebrar os ovos. Significa que para
haver justiça social é preciso enfrentar as causas e
os causadores da injustiça. É preciso regularizar o
trabalho nas cadeias globais, que concentram renda
entre as pessoas e riqueza entre as regiões. (…)
Acabar com os paraísos fiscais, tributar grandes
fortunas e transações financeiras é como podemos
garantir recursos para financiar a justiça social.”
Fonte: Rede Brasil Atual
15/06/2023 -
Em Belo Horizonte, Nova Central inicia giro pelo
Sudeste para debater futuro do Movimento Sindical
Nesta terça-feira (13), em Belo Horizonte-MG, a Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) retomou as
rodas de conversa, já realizadas na região Nordeste,
para debater a última versão de um documento que
trata de uma possível reforma sindical.
O presidente da Nova Central, Moacyr Aeursvald, ao
lado do assessor jurídico, Dr. Cristiano Meira,
exemplificaram o porquê de a proposta ser tão
maléfica e ouviram os dirigentes, presidentes de
sindicatos e federações, sobre as reais prioridades
do sistema confederativo e da classe trabalhadora.
“Agradeço aos companheiros de Minas Gerais pela
participação, em especial à presidente da NCST/MG,
Luciana Santos, pela mobilização no estado. E volto
a esclarecer que o objetivo geral das conversas
estaduais é construir um documento que permita abrir
um diálogo ‘democrático real’ entre todas as
entidades sindicais, sem prejudicar ninguém”,
enfatizou Moacyr.
Fonte: NCST
15/06/2023 -
CDH debate Estatuto do Trabalho com foco no novo
arcabouço fiscal
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta
quinta-feira (15), às 15h, audiência pública sobre o
Estatuto do Trabalho, com foco nas mudanças
sugeridas no projeto do novo arcabouço fiscal (PLP
93/2023) e as repercussões no Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), no piso
nacional da enfermagem e nos serviços públicos.
Esse será o quinto debate do ciclo de audiências
sobre o tema promovido pelo colegiado.
Entre os participantes confirmados estão:
- Presidente da Central Única dos Trabalhadores do
Estado do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Amarildo Pedro
Cenci;
- Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do
Ministério Público da União no Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS),
Marcelo Machado Carlini;
- Presidente da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Municipal (Confetam), Jucelia de
Jesus;
- Coordenador da Federação Nacional dos
Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério
Público da União (Fenajufe, Thiago Duarte Gonçalves;
- Presidente do Sindisaúde do Rio Grande do Sul,
Julio Cesar Jesien.
Estatuto do Trabalho
Chamada de “novo Estatuto do Trabalho” e “nova
CLT”, a SUG 12/2018 está em tramitação na CDH.
A sugestão foi apresentada por meio do portal
e-Cidadania pela Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
(Sinait) e a Associação Latino-Americana dos Juízes
do Trabalho (ALJT). A proposta regulamenta assuntos
relativos à inclusão social no trabalho,
autorregulação sindical, modernização trabalhista,
salário mínimo mensal e jornada de 40 horas
semanais.
A apresentação do texto foi um dos objetivos da
Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
criada na CDH em 2017 para reavaliar e propor
alternativas à reforma trabalhista promovida
pela Lei 13.467, de 2017. A reforma alterou regras
relativas a remuneração, plano de carreira, jornada
de trabalho, entre outros pontos.
A sugestão legislativa foi arquivada em dezembro de
2022 em virtude do encerramento da legislatura, mas
foi desarquivada a pedido do presidente da CDH,
senador Paulo Paim (PT-RS), que também é relator da
matéria e requerente do ciclo de audiências.
A audiência será realizada no Plenário 2, na Ala
Senador Nilo Coelho, no Anexo II do Senado Federal.
Fonte: Agência Senado
15/06/2023 -
Comissão debate retificação de convenção da OIT
sobre violência e assédio no trabalho
Para entrar em vigor no Brasil, convenção precisa
de aprovação do Congresso Nacional
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara do Deputados promove nesta quinta-feira (15)
o debate "Trabalho livre de violência e assédio -
Ratificação da Convenção 190 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT)".
A deputada Juliana Cardoso (PT-SP) explica que a
Convenção 190 é o primeiro tratado internacional a
reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo
de trabalho livre de violência e assédio. "Com base
em violência e assédio de gênero, a conferência
representará uma ferramenta para promover a
democracia participativa, a inclusão social e a
democratização da saúde", afirma.
O texto da Convenção 190 já foi encaminhado à Câmara
dos Deputados pelo Poder Executivo (MSC 86/23). O
tratado só entra em vigor no Brasil após aprovação
pelas duas Casas do Congresso Nacional (Câmara e
Senado).
Foram convidados, entre outros:
- a coordenadora Nacional de Promoção da Igualdade de
Oportunidades e Eliminação da Discriminação no
Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, Melícia
Alves de Carvalho Mesel;
- o representante da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) Vinicius Pinheiro; e
- A representante da Internacional de Serviços
Públicos (ISP), Luciana Maria de Melo.
O debate será realizado às 14 horas, no plenário 14.
Fonte: Agência Câmara
15/06/2023 -
Haddad diz que tentará sensibilizar Senado sobre
desoneração com alternativa para 2º semestre
Ministro reafirmou que quer tratar do tema na
segunda etapa da reforma tributária, que é
“extensa”, e que sua equipe trabalha numa proposta
alternativa
Após o governo sofrer uma derrota com a aprovação da
prorrogação da desoneração da folha de pagamentos
pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do
Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
confirmou que a pasta ainda tentará sensibilizar o
Parlamento a deixar a proposta de lado neste
momento. A pasta quer um voto de confiança do
Congresso porque quer debater o assunto no segundo
semestre, dentro da segunda fase da reforma
tributária. Sem antecipar detalhes, Haddad afirmou
que a equipe econômica trabalha numa alternativa à
desoneração, que, segundo ele, é inconstitucional.
“Viola dispositivo constitucional.”
“Já tem equipe trabalhando nisso internamente,
queremos fazer esse debate com o Congresso, mas não
é o momento agora por várias razões, sobretudo pela
sinalização que está sendo dada, que é ruim, à luz
de tudo o que vem acontecendo para o bem do País.
Tanto no Congresso, que tem dado aval ao plano
econômico, como no Judiciário”, disse Haddad, que
citou como boa notícia o acórdão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) sobre a tributação
relativa a incentivos fiscais. “Empresas já estão
procurando a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional) para acertar suas contas, estamos
desenhando um plano para as empresas poderem acertar
suas contas com a Fazenda, mas sobretudo acertando o
fluxo para os próximos anos, que para nós é até mais
importante”, disse o ministro.
Questionado se a aprovação pela CAE da prorrogação
da desoneração da folha representaria um revés aos
planos da Fazenda, respondeu “mais ou menos”,
destacando que há “muito caminho pela frente”, no
sentido de travar a medida a tempo, uma vez que
ainda haverá discussões no Congresso, no Executivo,
e em torno a constitucionalidade do projeto. Haddad
ainda reforçou sua visão crítica à proposta,
destacando que o próprio Parlamento aprovou emenda
constitucional segundo a qual esse tipo de medida
“tinha data para acabar”.
O ministro reafirmou que quer tratar do tema na
segunda etapa da reforma tributária, que é
“extensa”, e que sua equipe trabalha numa proposta
alternativa. “Estamos procurando ser respeitosos com
o Congresso. Estou pedindo a confiança de que,
depois da reforma tributária, vamos entrar em
segunda fase que outros tributos não tratados (na
primeira etapa) serão redesenhados (…) Os benefícios
previstos têm vigência até fim do ano, não consigo
entender a pressa”, disse.
Fonte: InfoMoney
15/06/2023 -
Centrais sindicais e trabalhadores em apps debatem
pauta de reivindicações
Em reunião, nesta quarta-feira (14) na sede do
Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos com a presença de
representantes das centrais sindicais e de
sindicatos da área de aplicativos para preparar as
negociações com setor empresarial e governo federal.
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/06/2023 -
Produção industrial recua em 10 dos 15 locais
pesquisados em abril ante março, afirma IBGE
Em São Paulo, maior parque industrial do País,
houve uma queda de 0,2%; na média global, a
indústria nacional caiu 0,6% em abril ante março
A produção industrial caiu em 10 dos 15 locais
pesquisados em abril ante março, segundo os dados da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
Regional, divulgados nesta terça-feira pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve
uma queda de 0,2%. As demais perdas ocorreram no
Amazonas (-14,2%), Pernambuco (-5,5%), Ceará
(-3,7%), Minas Gerais (-3,0%), Região Nordeste
(-2,4%), Paraná (-2,2%), Rio de Janeiro (-1,8%),
Goiás (-1,5%) e Espírito Santo (-1,2%).
Na direção oposta, houve avanços no Rio Grande do
Sul (2,2%), Santa Catarina (1,1%), Bahia (1,1%),
Pará (0,3%) e Mato Grosso (0,1%). Na média global, a
indústria nacional caiu 0,6% em abril ante março.
Fonte: Estadão
15/06/2023 -
MP do Minha Casa, Minha Vida segue para sanção
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (13)
a Medida Provisória (MP) 1.162/2023, que retoma o
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV)
14/2023 e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB),
a MP segue agora para a sanção da Presidência da
República.
Criado em 2009, o programa foi extinto em 2020,
quando foi substituído pelo Casa Verde e Amarela, do
governo de Jair Bolsonaro. Por meio da MP
1.162/2023, o Minha Casa, Minha Vida foi retomado no
início deste ano. A MP foi aprovada na Câmara dos
Deputados na semana passada e perderia a validade já
nesta quinta-feira (15).
De acordo com o senador Efraim Filho, o Minha Casa,
Minha Vida busca ampliar a oferta de moradias,
modernizar o setor e fortalecer os agentes públicos
e privados ligados ao programa. Para isso, segundo o
senador, o programa pretende ofertar moradia para as
classes menos privilegiadas, com construções
sustentáveis que possam gerar empregos e reduzir as
desigualdades sociais e regionais.
Fonte: Agência Senado
15/06/2023 -
CPMI do Golpe terá acesso a informações sigilosas
dos processos do STF
O presidente da CPMI fez o acerto com o ministro
do STF Alexandre de Moraes que só não dará acesso
aos processos que estiverem em fase de diligência
O deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que
investiga os atos golpistas do 8/01, informou que o
colegiado terá acesso aos dados sigilosos contidos
nos processos em andamento no Supremo Tribunal
Federal (STF).
Maia fez o acerto com o ministro do STF Alexandre de
Moraes que só não dará acesso à CPMI do Golpe aos
processos que estiverem em fase de diligência.
“Os processos que estão em diligência ele pediu que
nós esperássemos a conclusão, porque obviamente
trata-se de uma investigação. Na medida em que eles
forem concluídos, imediatamente ele compartilhará
conosco esse sigilo”, informou.
Os dados também vão servir também para que os
parlamentares tenham melhores condições de inquirir
os presos.
O presidente da comissão informou ainda que, após a
análise dos processos, a CPMI deverá tomar os
depoimentos dos presos nas unidades prisionais.
“É mais cômodo que as inquirições sejam feitas onde
eles estão, já que fica muito difícil trazer toda
essa gente para depor na CPI”, observou.
“A ideia é que os congressistas estejam lá para
poder fazer essa inquisição, mas enfim, eu quero
dizer que houve absoluta colaboração e boa vontade
por parte do ministro”, completou.
O deputado disse ainda que a CPMI vai ouvir todos os
envolvidos nos atos antidemocráticos,
independentemente do lado a que estejam vinculados.
Fonte: Portal Vermelho
14/06/2023 -
Nova Central vai participar de audiência pública
para debater o trabalho livre de violência e assédio
nesta quinta-feira
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
representada pela secretária nacional para Assuntos
da Mulher, Sônia Zerino, nesta quinta-feira (15), às
14h, participará de audiência pública na Comissão de
Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER), na Câmara
dos Deputados, para debater o trabalho livre de
violência e assédio - Ratificação da Convenção 190
da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Convidados:
1. Representante do Ministério do Trabalho e Emprego
2. Representante do Ministério das Mulheres
3. MELÍCIA ALVES DE CARVALHO MESEL - Coordenadora
Nacional da Coordenadoria de Promoção da Igualdade
de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no
Trabalho (Coordigualdade) - Ministério Público do
Trabalho
4. VINICIUS PINHEIRO - Representante da Organização
Internacional do Trabalho - OIT
5. SÔNIA ZERINO - Secretária Nacional para Assuntos
da Mulher da Nova Central Sindical de Trabalhadores
6. LUCIANA MARIA DE MELO - Representante da
Internacional de Serviços Públicos - ISP
7. CHRISTOPH HEUSER - Representante da Fundação
Friedrich Ebert no Brasil
8. ROSÂNGELA SILVA RASSY - Diretora do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho - SINAIT
Acesse o link abaixo e acompanhe
Link da audiência:
https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/68432
Fonte: NCST
14/06/2023 -
Governo quer fazer revisão da reforma trabalhista
ainda este ano, diz Luiz Marinho
O governo Lula (PT) trabalha para formular um
projeto de revisão da reforma trabalhista ainda em
2023. É o que disse o ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, que está em Genebra (Suíça) para participar
da Conferência Internacional do Trabalho.
Por anos, a relação da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) com os governos de Jair Bolsonaro e
Michel Temer foi de tensão, mas o novo governo
pretende adotar uma nova postura no relacionamento
com órgão.
Em entrevista ao UOL, Luiz Marinho classificou a
reforma de “trágica” e destacou que o governo está
incentivando empregadores e trabalhadores a dialogar
para encontrar uma proposta.
Marinho acredita que se houver essa convergência –
entre trabalhadores e empresários – será mais fácil
que o Congresso Nacional examine a questão.
O centro do questionamento será a forma pela qual a
terceirização foi estabelecida.
“O empresariado adora um ‘liberou geral’. Mas isso
leva a uma insegurança jurídica e competição desleal
entre eles”, disse.
“A questão da terceirização foi feita de forma muito
abrangente. E levando a um processo trágico para as
relações de trabalho, especialmente no campo. Ele
também levou a um processo de subcontratações,
chegando ao trabalho análogo à escravidão. Essa
ferramenta atrapalhou demais a qualidade dos
contratos, das relações de trabalho no Brasil. Se
houver entendimento das partes, pode facilitar para
que a revisão possa tramitar. Tranquilo nunca
será.”, avalia.
40 horas semanais
O governo Lula também quer debater a possibilidade de
uma redução da jornada de trabalho no Brasil para 40
horas semanais. Países como Chile e Portugal têm
avançado nesse sentido.
O governo quer que temas como remuneração e jornada
de trabalho estejam regulamentadas para os
trabalhadores de aplicativos.
O ministro ressalta que o governo optou por
construir uma proposta de revisão da Reforma
Trabalhista de 2017 através do diálogo entre
trabalhadores e patrões.
“Fizemos a opção de provocar as partes, num processo
de construção. O perfil de nosso Congresso não é
muito simpático a retomar a revisão dessas reformas
trágicas que nós tivemos recentemente no Brasil. Mas
nós precisamos teimar com alguns assuntos. Nossa
proposta é um caminho para a construção das partes –
entre trabalhadores e empregadores – que pode
facilitar a interação com o Congresso, e não apenas
o governo apresentando a sua visão de qual seria a
revisão da reforma trabalhista.”
Marinho projeta que ainda em 2023, o governo deve
chegar à formulação de uma proposta para ser
apresentada ao Congresso Nacional.
Confira a entrevista de Luiz Marinho ao UOL clicando
aqui.
Fonte: Portal CSB
14/06/2023 -
CAE aprova prorrogação de quatro anos na desoneração
na folha de pagamentos
Com 14 votos favoráveis e três contrários, a
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta
terça-feira (13), o projeto que prorroga por quatro
anos a desoneração da folha de pagamento para vários
setores da economia. O PL 334/2023, do senador
Efraim Filho (União-PB) foi aprovado na forma de um
substitutivo apresentado pelo relator, o senador
Angelo Coronel (PSD-BA), que, no texto alternativo,
também beneficia os pequenos municípios. Assim, o PL
precisará passar por uma segunda votação no
colegiado, chamada turno suplementar. Se a aprovação
se confirmar, seguirá direto para análise da Câmara,
a não ser que haja pedido para votação no Plenário
do Senado.
O texto original, em grande parte mantido no
substitutivo, altera a Lei 12.546, de 2011, que,
atualmente, prevê a desoneração da folha de
pagamentos somente até o final deste ano. O PL
334/2023 prorroga o benefício até o fim de 2027 para
os mesmos setores já previstos na lei em vigor. Para
compensar a prorrogação da desoneração, o projeto
também estende, pelo mesmo período, o aumento de 1%
na alíquota da Cofins-Importação, que também, pela
lei atual, só vai até dezembro.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às
empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas
de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20%
sobre a folha de salários. Essa permissão foi
introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo
menos dez anos já abrange todos os setores hoje
incluídos.
Os 17 setores alcançados pela medida são: confecção
e vestuário, calçados, construção civil, call center,
comunicação, empresas de construção e obras de
infraestrutura, couro, fabricação de veículos e
carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína
animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC
(tecnologia de comunicação), projeto de circuitos
integrados, transporte metroferroviário de
passageiros, transporte rodoviário coletivo e
transporte rodoviário de cargas.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
14/06/2023 -
Sergio Moro: Decisão da Justiça acelera processo de
cassação do senador
Caso as ações sejam acatadas pela Justiça, Moro deve
ter seu mandato cassado e ficar inelegível por oito
anos.
Um decisão tomada nesta terça-feira (13) pelo
desembargador Mario Helton Jorge, do Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deve acelerar
o processo de cassação do mandato do ex-juiz e atual
senador Sergio Moro (União-PR).
Na sentença, Jorge unificou os processos movidos
pelo PL, de Jair Bolsonaro, e pela federação formada
por PT, PV e PC do B, que teve Lula como candidato
em 2022, que pedem a cassação do mandato do senador.
Além disso, o desembargador deu aval a produção de
provas testemunhais nos processos e pelo menos 10
testemunhas devem ser convocadas para serem ouvidas.
Relator dos processos contra Moro, Jorge ainda
autorizou pedidos de informações e documentos a
outros partidos políticos, como o Podemos, legenda
pela qual o ex-ministro de Bolsonaro havia se
filiado para ser candidato à Presidência, antes de
trocar pelo União Brasil, onde disputou cadeira no
Senado.
O desembargador, no entanto, rejeitou pedidos de
busca e apreensão e quebras de sigilo telemático,
bancário e fiscal de Moro e de pessoas ligadas à sua
candidatura.
"Em que pesem as muitas justificativas dadas, é
certo que adoção das drásticas medidas solicitadas
só encontraria amparo em efetivo indício concreto da
existência das irregularidades apontadas, de sorte a
justificar que sejam excepcionadas as proteções
constitucionais afetas à intimidade", diz a decisão.
Tanto a federação de apoio a Lula quanto o PL querem
a cassação de Moro pelos gastos na pré-campanha dele
à Presidência, quando ainda estava no Podemos. Caso
as ações sejam acatadas pela Justiça, Moro deve ter
seu mandato cassado e ficar inelegível por oito
anos.
Fonte: RevistaForum
14/06/2023 -
Novo salário mínimo, reajuste de servidores e outras
três MPs entram na pauta do Congresso
Congresso instaura cinco comissões para analisar
pacote de MPs. Entre elas, a que elevou o valor
salário mínimo, a que reajustou o salário dos
servidores do Executivo e a que ampliou a faixa de
isenção do Imposto de Renda
Em novo teste de governabilidade para o Executivo, o
Congresso Nacional deve instalar mais cinco
comissões mistas nesta terça-feira (13) para
analisar medidas provisórias (MPs) enviadas pelo
governo federal.
Entre as MPs, estão a que elevou o valor salário
mínimo, a que reajustou o salário dos servidores do
Executivo e a que ampliou a faixa de isenção do
Imposto de Renda.
Depois das dificuldades para aprovação das primeiras
medidas provisórias, como a da reestruturação dos
ministérios, existe a expectativa sobre a tramitação
das mais recentes, se ocorrerá de forma mais
previsível e segura para o governo federal.
Para o professor de ciência política da Universidade
de Brasília (UnB) Luís Felipe Miguel, coordenador do
Demodê – Grupo de Pesquisa sobre Democracia e
Desigualdades, a tática usada nos primeiros governos
Lula para ter governabilidade perdeu força diante do
fortalecimento do Legislativo frente ao Executivo
nos últimos anos.
“Ficou claro, quando vemos as declarações de chefes
de partidos da direita do centrão — União Brasil,
PSD, PP, Republicanos – de que não estão dispostos a
fechar uma base parlamentar em troca de espaço no
governo. Eles querem esse espaço sem se comprometer
com apoio parlamentar permanente”, disse o professor
à Agência Brasil, De acordo com Luís Felipe Miguel,
o governo ainda não alcançou a estabilidade política
no Parlamento.
“Como não houve mudança significativa na relação
desses partidos com o governo, não está descartado
que eles resolvam escolher uma dessas medidas que
estão sendo analisadas para fazer outra demonstração
de força”, completou o professor.
Imposto de Renda
A MP 1171/23 eleva de R$ 1.903,98 para R$ 2.112,00 a
faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas
Físicas (IRPF) a partir de 1º de maio de 2023. O
aumento da faixa de isenção deverá reduzir a
arrecadação em R$ 3,2 bilhões nos sete meses que
restam em 2023, R$ 5,88 bilhões em 2024 e R$ 6,27
bilhões em 2025. Para compensar a queda na
tributação, será cobrado Imposto de Renda sobre
rendimentos acima de R$ 6 mil obtidos no exterior
por pessoas residentes no Brasil.
Salário mínimo
A MP 1172/23 reajusta o salário mínimo para R$ 1.320 a
partir de 1º de maio de 2023. O aumento real
calculado é de 2,8%. O valor diário do salário
mínimo passa a corresponder a R$ 44, e o horário, a
R$ 6.
Alimentação do trabalhador
A MP 1173/23 prorroga em um ano, até 1º de maio de
2024, o prazo para regulamentação, pelo Poder
Executivo, dos programas de alimentação do
trabalhador. A Lei 14.442/22 determinou que o
auxílio-alimentação (ou vale-refeição) destina-se
exclusivamente para pagar restaurantes ou gêneros
alimentícios comprados no comércio. O Executivo
devia regulamentar a norma até 1º de maio de 2023,
mas o Ministério do Trabalho disse que não teve
tempo hábil para isso, porque o assunto é complexo.
Entre outros itens, a regulamentação deverá tratar
da portabilidade dos programas de alimentação do
trabalhador.
Obras em escolas
Por fim, está prevista a instalação do colegiado que
vai analisar a MP 1174/23, que institui o Pacto
Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica.
O pacto prevê a liberação de quase R$ 4 bilhões até
2026 para concluir mais de 3,5 mil obras escolares
inacabadas que receberam recursos do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O governo
afirma que o pacto pode criar 450 mil vagas na rede
pública de ensino no País.
com informações de agências
Fonte: Portal Vermelho
14/06/2023 -
Paim celebra aprovação da igualdade salarial entre
mulheres e homens
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (12),
a aprovação de projeto de lei que torna obrigatória
a igualdade salarial e de critérios remuneratórios
entre mulheres e homens para trabalho de igual valor
ou no exercício da mesma função (PL 1.085/2023).
Segundo o parlamentar, o texto, que prevê multa à
empresa que não cumprir a norma, é uma construção
coletiva entre o Executivo e o Legislativo.
— Creio que o Brasil, a partir de agora, será
diferente. Não haverá mais discriminação entre homem
e mulher. As injustiças, os conflitos, as disputas
ideológicas, mesmo partidárias, acentuadas neste
momento, nos levam e nos chamam à responsabilidade
individual e coletiva, ao bem-estar e ao bem viver.
A evolução de uma sociedade se mede também pelo grau
de consciência do seu povo e do Poder Executivo.
Paim citou dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que a
mulher brasileira recebe, em média, 70% do salário
do homem. Já as mulheres pretas ou pardas recebem
46% do que ganha o homem branco. Segundo o senador,
dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
mostram que uma política igualdade no trabalho pode
adicionar 0,2% à taxa de enriquecimento anual do
produto interno bruto (PIB) brasileiro.
— É assim: pensando no todo, pensando no conjunto,
que nós faremos que este país seja, um dia, um país
de primeiro mundo. Tem condições para isso.
Fonte: Agência Senado
14/06/2023 -
OIT: ministros do TST discutem “transição justa”
para novas formas de trabalho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
realiza, em sua sede em Genebra (Suíça), a 111ª
Conferência Internacional do Trabalho, de 5 a 16 de
junho. O evento anual reúne representantes dos
trabalhadores, dos empregadores e dos 187
países-membros da Organização para discutir temas
atuais relacionados ao trabalho. Os ministros
Alberto Balazeiro e Evandro Valladão integram a
delegação brasileira. “Essa reunião anual tem um
papel fundamental na promoção do diálogo tripartite
e na busca de soluções para os desafios enfrentados
pelas trabalhadoras e trabalhadores no mundo”,
afirmam.
Este ano, um dos principais temas da agenda é a
chamada “transição justa” para economias
sustentáveis e inclusivas. Segundo a OIT, o termo
engloba a criação de oportunidades decentes de
trabalho para todas as pessoas envolvidas e o
diálogo com todos os grupos que sofrerem os impactos
da transição, além do respeito aos princípios e
direitos fundamentais do trabalho. "Esse debate
parte do pressuposto de que, na transição de um tipo
de relação de trabalho para outro, sejam preservados
elementos como renda, segurança e saúde", explica o
ministro Balazeiro.
Riscos e oportunidades
Uma nota técnica divulgada durante a conferência
ressalta que, além das perdas econômicas e de horas
de trabalho, as mudanças climáticas e ambientais
representam uma ameaça pluridimensional para a
segurança e a saúde do trabalho, uma vez que
potencializa o risco de lesões, doenças e morte de
trabalhadores por fatores como estresse térmico,
exposição a produtos químicos perigosos e
contaminação atmosférica. Ao mesmo tempo, lembra que
a transição energética e a criação de novos setores
econômicos criarão oportunidades de emprego e podem
contribuir para impulsionar o crescimento econômico
mais inclusivo, com nível de vida mais alto. Em
relação aos empregos, pode haver uma compensação ao
risco de destruição de postos de trabalho.
Segundo o documento, todos os atores do mundo do
trabalho devem reunir esforços e, no que diz
respeito ao mercado de trabalho, propor intervenções
ativas para a proteção social, a segurança e a saúde
e outros direitos, além de buscar novas soluções por
meio do diálogo social.
Aprendizagem
Outro tema em discussão na conferência é a
aprendizagem. Segundo o ministro Balazeiro, o Brasil
tem uma legislação bem avançada sobre o tema. “Mas a
ideia aqui é usar a aprendizagem como ferramenta de
inclusão no mercado de trabalho e combate à
informalidade", observou.
Além destes temas, os ministros relatam que há
grande expectativa sobre o encaminhamento de outros
grandes eixos, como o avanço da justiça social e a
promoção do trabalho decente, a aplicação das
convenções e recomendações da OIT pelos
países-membros, a adaptação de alguns desses
documentos, a igualdade entre gêneros no trabalho e
a proteção laboral e social diante do crescimento da
informalidade. “Os debates poderão indicar outros
caminhos para avançar em objetivos caros à Justiça
do Trabalho, como a busca pela justiça social, a
valorização do trabalho e a construção de uma
sociedade fraterna e solidária”, concluem.
Fonte: TST
13/06/2023 -
Região Sudeste: Nova Central retoma debate sobre
futuro do movimento sindical em Belo Horizonte
Nesta terça-feira (13), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) retoma a maratona de conversas
sobre o futuro do movimento sindical por Belo
Horizonte-MG. Objetivo de encontro é conversar com
os dirigentes locais, presidentes de sindicatos e
federações, e ainda com quem tenha interesse no
assunto, sobre a última versão de um documento,
apresentado pelo coordenador do Fórum das Centrais,
que trata de uma possível reforma sindical. A NCST é
contra a proposta nos termos apresentados.
“Queremos construir com as conversas estaduais um
documento que permita abrir um diálogo ‘democrático
real’ entre todas as entidades sindicais, sem
prejudicar ninguém. A Nova Central quer esclarece as
bases sobre o quão nefasto é esse projeto, que caso
avance trará prejuízos para sindicatos, federações,
confederações e, especialmente, as trabalhadoras e
trabalhadores brasileiros. Tivemos conversas
bastante proveitosas na região Nordeste e amanhã
começamos nossa maratona na região Sudeste”,
enfatizou Moacyr Auersvald, presidente da Nova
Central.
A princípio, Moacyr Auersvald e o assessor jurídico
da NCST, Cristiano Meira, vão percorrer 6 capitais
da região com as rodas de conversa que também vão
debater as reais prioridades do sistema
confederativo e da classe trabalhadora.
“Precisamos do apoio de todos por onde vamos passar.
Desde agora já conto com cada companheiro,
companheira, na divulgação e a presença no seu
estado. Temos que barrar o avanço desse projeto e
focar no mais importante, que é rever a Reforma
Trabalhista. A gente vem de uma reforma extremamente
voraz, que arrancou direitos que consideramos
cláusulas pétreas na legislação trabalhista, e
precisamos focar nisso”, disse Moacyr.
Importante destacar, ainda, que essa maratona está
sendo apoiada pelas entidades sindicais filiadas à
NCST: Confederações (CNTI, CSPB, CNTTT, CNTEEC E
CONTRATUH), Federações e Sindicatos, bem como pelo
FST – Fórum Sindical de Trabalhadores.
A NOVA CENTRAL CONTA COM O SEU APOIO!
CONFIRA OS DIAS E LOCAIS NOS ESTADOS.
*O HORÁRIO É SEMPRE O MESMO, 14H*
DIA 13/06 (Terça-feira) - BELO HORIZONTE –MG
Fettrominas - Rua Chapecó 455 Prado - Belo Horizonte
DIA 14/06 (Quarta-feira) - VITÓRIA –ES
Sede da Federação. Rua Gama Rosa, esquina com Dr.
Azambuja nº 231. Ed. Maria Loures, Centro
Fonte: NCST
13/06/2023 -
Tebet recebe pauta dos trabalhadores em encontro com
movimento sindical
Foi entregue para a ministra o documento aprovado
na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora de
2022, que reúne 63 propostas do sindicalismo
brasileiro
As Centrais Sindicais CTB, Força Sindical, UGT,
NCST, CSB, Pública, Intersindical e CUT estiveram
reunidas nesta segunda-feira (12) com a ministra do
Planejamento e Orçamento do governo Lula, Simone
Tebet. A plenária realizada no Sindicato dos
Químicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, na
capital paulista, teve como debate as diretrizes do
Plano Plurianual (PPA).
As centrais fazem parte do Conselho de
Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS),
que promove plenárias sobre o PPA e realizou este
encontro aberto com os trabalhadores e
trabalhadoras.
As centrais entregaram para Tebet a Pauta da Classe
Trabalhadora, plataforma unitária de lutas do
movimento sindical, aprovada na 3ª Conferência
Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat 2022). O
documento lista 63 propostas do sindicalismo
brasileiro, incluindo reivindicações sindicais,
trabalhistas, econômicas e sociais.
A ministra classificou o documento da Conclat
entregue como uma participação completa do que os
trabalhadores anseiam: “É o Plano Plurianual da
classe trabalhadora”.
Fonte: Portal Vermelho
13/06/2023 -
40h já: governo Lula cobra mobilização para reduzir
a jornada de trabalho
Qual será a postura de Lula e de seu governo
frente a essa possibilidade histórica?
A classe trabalhadora brasileira teve de esperar a
chegada de Getúlio Vargas ao poder para conquistar o
direito a uma jornada regulamentada e digna. O
primeiro marco nessa direção foi o Decreto 21.186,
de 22 de março de 1932. Voltado exclusivamente ao
comércio, o texto estabelecia uma carga horária de
até 48 horas semanais para os trabalhadores do
setor.
Poucas semanas depois, em 4 de maio de 1932, o
Decreto 21.364 incluiu os trabalhadores da indústria
entre os beneficiários da jornada de 48 horas. Uma
vez que comerciários e operários estavam atendidos,
o trabalho na cidade mudou de patamar. A
Constituição de 1934 chegou a indicar que as
condições para “a proteção social do trabalhador e
os interesses econômicos do País” estavam
garantidas.
Para mostrar que a jornada era sagrada e não podia
ser burlada, Vargas anunciou mais avanços em 1º de
maio de 1943, com a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho). Primeira legislação trabalhista de
alcance nacional na história do Brasil, a CLT
generalizou as 48 horas semanais para todos os
trabalhadores formais, fixou um limite de duas horas
extras diárias e garantiu 30 dias de férias.
Faltava regulamentar o trabalho no campo. Leis como
o Estatuto da Lavoura Canavieira, de 1941, eram
insuficientes – até porque não ousavam tratar de
cargas horárias para trabalhadores das usinas. Em 2
de março de 1963, com a Lei 4.214, o governo João
Goulart viabilizou o Estatuto do Trabalhador Rural (ETR).
O emprego rural passou a ter uma jornada com regras
próprias: até 44 horas semanais e 220 horas mensais,
com descanso de ao menos 11 horas consecutivas entre
duas jornadas.
Sob o regime militar, a Lei 5.889/1973 revogou o
Estatuto e estendeu a maioria das disposições da CLT
aos trabalhadores do campo. Pela primeira vez, os
três setores econômicos estavam enquadrados em um
regime legal comum. Na Constituição Federal de 1988,
essa equiparação entre trabalho urbano e rural foi
consolidada. Ao mesmo tempo, a partir da
“Constituição Cidadã”, a jornada semanal foi
reduzida – de 48 para 44 horas semanais.
Governos ultraliberais, como os de Michel Temer
(MDB) e Jair Bolsonaro (PL), tentaram flexibilizar o
teto de 44 horas, por meio da reforma trabalhista,
da lei da terceirização irrestrita e do Contrato
Verde e Amarelo. A legislação continua a prever o
limite semanal anunciado em 1988, mas ainda há
brechas legais para burlar a lei.
A rigor, a esquerda, uma vez no Planalto, pouco fez
para mudar esse paradigma e baixar ainda mais a
jornada de trabalho. Diversas marchas das centrais
sindicais a Brasília priorizaram a luta pelas 40
horas já. No entanto, os 14 anos de governos Lula e
Dilma Rousseff não foram de estímulo ao debate –
quem dera à execução.
Há quatro anos, um deputado federal do PT, Reginaldo
Lopes (MG), chegou a propor uma Proposta de Emenda à
Constituição, a PEC 221/2019, a fim de encurtar a
jornada de 44 para 36 horas. A redução seria
gradual, ao longo e de dez anos. Um projeto similar
acaba de ser aprovado no Chile, com a diminuição de
45 para 40 horas semanais, também gradualmente,
articulada à possibilidade da semana de quatro dias.
No Brasil, a Pauta da Classe Trabalhadora, aprovada
unitariamente pelas centrais sindicais na Conclat
2022, não foge ao assunto. Em seu artigo 28, o
documento defende “a jornada de trabalho em até 40
horas semanais, sem redução de salário e com
controle das horas extras, eliminando as formas
precarizantes de flexibilização da jornada”. O texto
fala também em “assegurar o direito às jornadas
especiais de trabalho das profissões e categorias
submetidas à sistemática especial de atividade ou
organização do trabalho”.
A volta de Lula à Presidência da República, após
quatro anos do governo de destruição de Bolsonaro, é
oportunidade de avançarmos nessa luta, saindo,
enfim, da teoria à prática. Vale lembrar que, desde
1935, a OIT (Organização Internacional do Trabalho)
recomenda uma jornada semanal de 40 horas como
padrão para a classe trabalhadora. Além disso, salvo
raras exceções – como a da Índia –, a tendência
mundial é a diminuição de horas trabalhadas.
Há países na Europa em que a carga horária média por
semana está abaixo de 35 horas – caso de Holanda,
Dinamarca, Alemanha, Suíça e Irlanda. Outras nações
investem em pesquisas sobre a viabilidade da “semana
de quatro dias”, na qual o dia a mais de descanso
pode não representar necessariamente um prejuízo à
produtividade.
Qual será a postura de Lula e de seu governo frente
a essa possibilidade histórica?
A entrevista do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, ao jornalista Jamil Chade, do UOL, é
animadora. Segundo Marinho, é necessário “que isso
entre na pauta” do governo. “Tenho provocado as
centrais sindicais: ‘Vocês não vão falar sobre a
redução de jornada de trabalho?’. Mas não adianta só
ficar falando”, declarou o ministro. “É preciso
colocar energia para transformar em políticas
públicas.”
Marinho cita o estabelecimento das 44 horas semanas,
em 1988, como “um avanço importante”, que teve
desdobramentos para diversas categorias. “Muitos
acordos ainda estabeleceram 40 horas semanais – mas
a maioria da economia ainda está em 44 horas”,
resume.
Lula terá condições de avançar? “É plenamente
factível levar toda a jornada máxima para 40 horas
semanais”, responde Marinho, com a velha provocação.
“O correto, porém, é nascer isso das lutas sociais –
e não simplesmente o governo mandar o projeto de lei
propondo isso. Precisa haver um processo de
mobilização e, por isso, minha provocação para os
sindicatos.” É hora de cortarmos horas da jornada de
trabalho.
Fonte: Portal Vermelho
13/06/2023 -
Estatuto do trabalho: debatedores defendem redução
de jornada
A redução da jornada de trabalho para pelo menos 40
horas semanais e a adoção de uma política de
valorização real do salário mínimo estiveram entre
as principais defesas apresentadas por especialistas
durante audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos (CDH), nesta segunda-feira (12). Este foi o
quarto debate de um ciclo de audiências que busca
avançar nas discussões sobre o estatuto do trabalho,
com foco na jornada de trabalho e remuneração justa.
Na avaliação do senador Paulo Paim (PT-RS),
presidente do colegiado e requerente do ciclo de
debates, é preciso colocar a oferta de trabalho
digno como fator essencial na formação de um novo
pacto social. Isso passa, segundo ele, pelo
cumprimento da legislação de se fixar uma jornada
semanal de, no máximo, 44 horas, com a possibilidade
de negociação que permita reduzir essa carga,
mantendo a remuneração e produtividade do
trabalhador, sem qualquer perda de direitos, como
vem acontecendo em outros países. Ele citou o caso
de Portugal que iniciou um projeto para testar a
semana de trabalho de quatro dias em vez da
tradicional jornada de cinco.
— Vai na linha do debate que estamos fazendo há
tantos anos com o objetivo de chegar às 40 horas.
Desde a Assembleia Nacional Constituinte, já havia
um movimento forte pelas 40 horas. Não conseguimos,
ficou 44 horas. Chegou a hora agora, a exemplo como
mostramos de uma dezena de países que já estão
testando as 40 horas semanais — disse Paim.
Os especialista alertaram sobre os novos contextos
de trabalho e a necessidade de se adequar as
dinâmicas produtivas a uma legislação atualizada,
como a apresentada através da SUG 12/2018, apelidada
por Paim de “novo Estatuto do Trabalho”, e “nova
CLT”.
Para o professor emérito de sociologia do trabalho
da Universidade de Brasília (UnB) Sadi Dal Rosso, o
futuro é “a redução da jornada de trabalho”. Ele
defendeu que qualquer tipo de subsídio ou
desoneração concedido à iniciativa privada pelo
setor público seja vinculada a melhorias na
qualidade dos empregos e de previsão da jornada de
trabalho.
— Advogamos por uma proposta de desenvolvimento que
preveja jornadas mais limitadas elevando o valor
real dos salários, buscando equivalência nas
jornadas gastas na produção e na reprodução social.
Assim como lutando por justiça entre as condições de
raça, etnia, cor, gênero, geração ou território.
Na opinião do auditor fiscal do Trabalho e
representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (SINAIT), Alex Myller Duarte
Lima, a Constituição deveria estabelecer uma renda
mínima salarial que garantisse a qualidade de vida
desse trabalhador, e não apenas sua sobrevivência.
— O estatuto vem, portanto, com a vedação de várias
práticas de fracionamento do salário mínimo. Há um
compromisso do estatuto para garantir uma renda
àquelas pessoas independentemente da jornada de
trabalho, justamente nessa perspectiva. Por exemplo,
eu não estou acordado para trabalhar necessariamente
mais de 44 horas ou até sempre o limite de 44 horas,
mas eu posso negociar condições de trabalho que me
garantam aquele salário mínimo trabalhando 30 horas,
trabalhando 36 horas. E isso dependeria dessa
construção.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
13/06/2023 -
Queda no valor da cesta básica já ajuda famílias,
diz economista
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do
Dieese, divulgada dia 6, aponta que o preço da cesta
básica caiu em 11 das 17 capitais brasileiras de
abril para maio. As maiores quedas ocorreram em
Brasília (-1,90%), onde o valor chegou a R$ R$
703,43, e em Campo Grande ficou em R$ 724,09
(-1,85%).
Na avaliação da economista Patrícia Costa, técnica
do Dieese, a queda nos preços de alimentos explica
esse resultado, com destaque para a carne de
primeira, que tem um peso grande na mesa do
brasileiro, por isso influencia essa queda. “Os
alimentos têm ficado mais baratos na prateleira dos
brasileiros. O preço da carne baixou para o
consumidor final devido a queda na demanda e no
valor dos insumos, como o milho. Isso interfere no
resultado”, afirma ela.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos
alimentos apresentou o maior custo, R$ 791,82. Com
base nesse valor, o Dieese estima em R$ 6.652,09 o
salário mínimo necessário para as despesas básicas
de uma família. O valor é referente a mais de cinco
vezes o valor atual de R$ R$ 1.320,00.
Para a economista, a tendência é de melhora.
“Estamos em um momento de reestruturação. Temos um
governo com um olhar sensível a essa questão.
Medidas e políticas adotadas voltadas para a
agricultura e pecuária, ainda vão demora um pouco
pra surtir efeito. Mas estamos no rumo certo”,
afirma ela.
Fôlego – Na avalia da técnica do Dieese, apesar de
novo cenário, a situação precisa melhorar muito.
“Durante quatro anos enfrentamos uma situação
difícil, mas essa queda no preço dos alimentos ajuda
e dá um fôlego para os trabalhadores e suas
famílias”, diz Patrícia Costa.
Acesse – Clique
aqui e confira Pesquisa completa.
Fonte: Agência Sindical
12/06/2023 -
Sindicalistas promovem plenária em SP com Simone
Tebet
Cerca de 300 sindicalistas devem participar da
atividade
As principais centrais sindicais brasileiras têm
encontro marcado com a ministra do Planejamento e
Orçamento do governo Lula, Simone Tebet. Uma
plenária na tarde de segunda-feira (12), no
Sindicato dos Químicos de São Paulo, vai reunir
dirigentes e lideranças de CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, Nova Central, CSB, Intersindical – Central da
Classe Trabalhadora e Pública.
“A ministra apresentará aos sindicalistas as
diretrizes do Plano Plurianual (PPA) do governo
federal e também ouvirá propostas do movimento
sindical ao PPA Participativo, instrumento criado
pelo governo federal que permite à sociedade civil
opinar direta e efetivamente sobre rumos do governo.
O PPA está em fase de construção das propostas e
será entregue ao Congresso Nacional em agosto”,
explicam as entidades.
Cerca de 300 sindicalistas devem participar da
atividade. As centrais devem entregar a Tebet a
Pauta da Classe Trabalhadora, plataforma unitária de
lutas do movimento sindical, aprovada na 3ª
Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat
2022). O documento lista 63 propostas do
sindicalismo brasileiro, incluindo reivindicações
sindicais, trabalhistas, econômicas e sociais.
Juros
Após a plenária, as centrais vão concentrar as ações
na Jornada de Lutas contra os Juros Altos, que vai
denunciar a política monetária imposta pelo Banco
Central (BC). A jornada terá início em 16 de junho,
Dia Nacional de Lutas, e contará com o apoio da
Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo.
Desde agosto de 2022, a taxa básica de juros, a
Selic, está em 13,75%, o que deixa o Brasil com os
maiores juros reais do mundo. Devido à nefasta
independência do Banco Central, nem mesmo a
Presidência da República tem poderes para interferir
na política monetária – daí a necessidade de grande
pressão popular contra os juros altos.
Fonte: Portal Vermelho
12/06/2023 -
Comissão de Direitos Humanos debaterá remuneração
justa no trabalho
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realizará, na
segunda-feira (12), debate sobre jornada de trabalho
e remuneração justas. Prevista para começar às 9h, a
audiência pública é a quarta de um ciclo de debates
proposto pelo presidente do colegiado, senador Paulo
Paim (PT-RS), para orientar a elaboração do Estatuto
do Trabalho, tema da Sugestão Legislativa (SUG)
12/2018, que está na pauta da comissão.
Confirmaram presença os seguintes convidados:
- Procurador regional do Ministério Público do
Trabalho (MPT), Roberto Rangel Marcondes;
- Representante do Ministério do Trabalho, Samuel de
Oliveira Coelho;
- Presidente da Associação Latino-americana de
Juízes do Trabalho (ALJT), Hugo Cavalcanti Melo
Filho;
- Representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), Alex Myller Duarte
Lima;
- Pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho (Cesit) José Dari Krein;
- Presidente da Associação Brasileira de Estudos do
Trabalho (Abet), Renata Queiroz Dutra;
- Professor emérito da Universidade de Brasília
(UnB) Sadi Dal Rosso.
A audiência está prevista para ser realizada no
Plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Anexo II do Senado
Federal.
Reforma trabalhista
A SUG 12/2018, apelidada de “novo Estatuto do
Trabalho”, e “nova CLT” por Paim, seu relator,
regulamenta assuntos relativos à inclusão social no
trabalho, autorregulação sindical, modernização
trabalhista, salário mínimo mensal e jornada de 40
horas semanais.
A sugestão foi apresentado por meio do portal
e-Cidadania pela Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
(Sinait) e a Associação Latino-Americana dos Juízes
do Trabalho (ALJT).
A apresentação do texto foi um dos objetivos da
Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
criada na CDH em 2017 para reavaliar e propor
alternativas à reforma trabalhista promovida pela
Lei 13.467, de 2017. A reforma alterou regras
relativas a remuneração, plano de carreira, jornada
de trabalho, entre outros pontos.
A sugestão legislativa foi arquivada em dezembro de
2022 em virtude do encerramento da legislatura, mas
ela foi desarquivada a pedido de Paim, que
apresentou requerimento nesse sentido aprovado pelo
Plenário em março deste ano.
Fonte: Agência Senado
12/06/2023 -
Inflação desacelera e fica em 0,23% em maio
Taxa é menor que a de abril, de 0,61%; INPC
também desacelerou
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
considerado a inflação oficial do país, ficou em
0,23% em maio – abaixo do registrado em abril,
quando o IPCA foi de 0,61%.
Com os números observados em maio, o índice acumula
alta de 2,95% em 2023. Nos últimos 12 meses, o
acumulado é de 3,94%. Os dados foram divulgados na
quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados,
sete tiveram alta no mês de maio. O maior impacto e
a maior variação no índice do mês vieram de Saúde e
Cuidados Pessoais, com destaque para as altas dos
planos de saúde, dos itens de higiene pessoal e dos
produtos farmacêuticos.
Destaque também para os grupos Habitação e Despesas
Pessoais, como explica André Almeida, analista da
pesquisa.
Já o grupo Transportes foi responsável pela maior
queda do índice registrado em maio, influenciada,
principalmente, pela redução de mais de 17% nos
preços das passagens aéreas, e de quase 2% nos
combustíveis.
O IBGE também divulgou o resultado do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou
em 0,36% em maio, abaixo do registrado em abril,
quando o INPC ficou em 0,53%.
Fonte: Agência Brasil
12/06/2023 -
Queda na sindicalização – Clemente Ganz Lúcio
Desafio é elaborar e desenvolver estratégias
consistentes para recolocar a centralidade do papel
da negociação coletiva para a regulação das relações
de trabalho e dar sentido e significado ao trabalho
sindical.
Um dos maiores desafios do movimento sindical
brasileiro é o de reverter a queda da densidade
sindical, que decorre da menor taxa de
sindicalização e da diminuição da cobertura sindical
protetiva realizada por meio dos contratos coletivos
de trabalho (acordos e convenções coletivas).
Observa-se também esse fenômeno em vários outros
países, onde é objeto de atenção e de iniciativas
estratégicas das organizações sindicais que buscam
revertê-lo.
Os fatores e causas que explicam esse fenômeno são
debatidos por pesquisadores e dirigentes. A OCDE fez
um amplo estudo[1] analisando o sistema de relações
de trabalho nos 36 países que compõem essa
organização. O estudo indica que houve queda na
densidade sindical na maioria daqueles países nas
últimas quatro décadas motivada, por um lado, pela
redução da taxa de sindicalização, que era de 33% em
1975 e passou para 16% em 2018, e, por outro lado,
pela diminuição da proteção sindical representada
pelo contingente de trabalhadores protegidos por
acordos coletivos, que passou de 45% em 1985 para
32% em 2017. Neste artigo vamos trazer as causas que
motivam a queda da densidade sindical apontadas no
referido estudo.
A análise comparativa entre os países da OCDE
ressalta movimentos diferentes em termos de
tendências, ritmo, intensidade e contexto de
declínio da sindicalização, assim como observa que
há países, em menor número, com resultados opostos,
ou seja, aumento da densidade sindical. A
heterogeneidade da evolução da taxa de
sindicalização indica causas que remetem à
combinação entre fatores globais e elementos
específicos de cada país.
As causas que explicam a queda na densidade sindical
nos países da OCDE, segundo a revisão da literatura
realizada no estudo, são: a globalização, as
mudanças demográficas na força de trabalho, a
desindustrialização, o encolhimento do setor
manufatureiro, a queda do emprego no setor público,
a disseminação de formas flexíveis de contratos e
mudanças normativas e institucionais.
A globalização pressiona severamente a competição
entre empresas e gera dependência de investimentos
externos estrangeiros para sustentar o crescimento
econômico, restringindo a ampliação da capacidade
produtiva instalada e a geração de empregos de
qualidade, movimentos que atuam para enfraquecer a
capacidade de organização e de negociação dos
trabalhadores. A imigração é outro fenômeno da
globalização e afeta a densidade sindical porque os
trabalhadores estrangeiros se sentem ainda mais
vulneráveis se estabelecerem qualquer relação
sindical, com medo do desemprego, da denúncia e da
perseguição. Perversamente, fora do sindicato,
ampliam a sua desproteção.
As transformações na estrutura da economia produzem
o encolhimento da indústria ou do setor
manufatureiro onde há forte sindicalização. De outro
lado, observa-se o crescimento do setor de serviços,
onde os empregos precários e a menor sindicalização
imperam. Isso fica ainda mais evidente diante do
fechamento ou encolhimento de tamanho de grandes
fábricas. A terceirização é outro fenômeno da
globalização que reorganiza o sistema produtivo e
gera exclusão da participação, representação e
proteção sindical.
A queda do emprego público, no qual a estabilidade e
o vínculo de longa duração contribuem para a
sindicalização, é outro fenômeno que explica os
números de queda da densidade sindical.
Interessante observar que a crescente participação
das mulheres no mercado de trabalho costumava ser
apontada como uma das causas da menor propensão à
sindicalização. Entretanto, estudos recentes
evidenciam que houve redução na disparidade de
gênero na sindicalização, observando-se inclusive
uma inversão da situação em alguns países nos quais
se observa maiores taxas de sindicalização entre as
mulheres do que entre os homens.
Aventava-se também que uma maior escolaridade da força
de trabalho poderia se desdobrar em uma menor
sindicalização. Os estudos não corroboram essa
hipótese explicativa.
Já a composição etária da força de trabalho é uma
causa destacada para a queda na filiação sindical.
Os jovens representam 7% do total de sindicalizados
na área da OCDE e são os menos propensos a se
sindicalizar em todos os países analisados. A taxa
de sindicalização por idade segue a forma de U
invertido, menor entre os mais novos e os mais
velhos e maximizada na faixa dos 40 anos.
O contínuo ambiente de desvalorização social da
negociação coletiva e da atuação sindical de
organização e de representação proporciona um
“aprendizado regressivo” durante o amadurecimento na
vida laboral, que se manifesta na menor participação
sindical, o que, por sua vez, enfraquece as formas
coletivas de atuação. É durante a vida laboral, dia
após dia, que os trabalhadores experimentam,
descobrem e aprendem qual é o papel do sindicato. O
intencional afastamento e desqualificação da atuação
coletiva gera um efeito “bola de neve” no qual a
diminuição da força da voz coletiva dos
trabalhadores aumenta sua desproteção, precariza e
gera insegurança, o que acaba afastando ainda mais
os trabalhadores dos sindicatos, o que reduz ainda
mais sua capacidade de representação coletiva.
Outro fator essencial que explica o fenômeno de
queda na sindicalização é o avanço das mudanças nas
formas de contratação, as formas atípicas de emprego
como o meio período, o prazo determinado, o emprego
temporário e de curta duração, os contratos mediados
por agências de mão-de-obra, ou por plataformas e
aplicativos, entre outros. Rotatividade,
informalidade, menor permanência média nos empregos,
resultam em menor sociabilidade nos locais de
trabalho, o que limita ainda mais as oportunidades
de vínculo sindical. Os indicadores são evidentes ao
demonstrarem que os trabalhadores contratados fora
do padrão de contrato de prazo indeterminado têm
menor sindicalização.
Mudanças na gestão das empresas têm aumentado a
resistência para a promoção de relações sindicais.
Observa-se o uso de consultores externos para
promover práticas e cultura antissindical, como a
ameaça de fechamento de unidades locais de empresas
ou de demissão de quem se vincular ao sindicato ou
participar de suas atividades, entre outras. Ameaça
e medo são vetores que atuam para a baixa
sindicalização.
O uso de métodos de gestão orientado para medir
desempenho individual, a remuneração baseada em
incentivos individuais, a desvalorização da
negociação coletiva e incentivo às tratativas
individuais contribuem para o afastamento dos
trabalhadores dos sindicatos e das tratativas
coletivas.
Há também as deficiências nas estratégias sindicais
para expandir sua base nos setores que ampliam a
participação na economia ou para enfrentar os novos
métodos de gestão das empresas. Muitas vezes a
competição intersindical e a fragmentação da base de
representação são causas que potencializam o
declínio sindical. De outro lado, fusões que levam a
um tipo de agregação de cúpula e com baixa presença
no local de trabalho podem favorecer a um maior
distanciamento dos trabalhadores em relação aos
sindicatos.
Algumas reformas nas legislações nacionais têm
desvalorizado a negociação coletiva, privilegiando a
negociação por empresa ou individual em detrimento à
contratação setorial. Outras reformas
intencionalmente dificultam o trabalho de
sindicalização.
Mudanças institucionais que retiram dos sindicatos
seu papel na promoção de políticas públicas, como na
previdência social, saúde e segurança, políticas de
proteção dos empregos, também motivam movimentos de
distanciamento dos trabalhadores dos seus
sindicatos.
Métodos de gestão empresarial de maior participação
de um lado e, de outro, políticas públicas mais
protetivas e universais (garantia de emprego,
salário mínimo, benefícios coletivos e públicos)
podem “retirar” atribuições dos sindicatos, o que
pode contribuir para maior distanciamento dos
sindicatos no contato cotidiano com os
trabalhadores.
Todos esses fenômenos precisam ser considerados em
uma reflexão crítica e propositiva para compreender,
em cada contexto situacional do país, o fenômeno da
queda da densidade sindical. O desafio é elaborar e
desenvolver estratégias consistentes para recolocar
a centralidade do papel da negociação coletiva para
a regulação das relações e condições de trabalho, e
dar sentido e significado ao trabalho sindical para
enfrentar as mudanças no mundo do trabalho e
proteger a democracia em cada país.
Clemente Ganz Lúcio é assessor técnico das
Centrais Sindicais
Fonte: Agência Sindical
12/06/2023 -
Governo espera ver votado ainda em junho o novo
marco fiscal
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ainda não
analisou o projeto do novo marco fiscal, mas 31
sugestões de mudanças ao texto já foram
apresentadas. Uma parte das emendas exclui do novo
teto de gastos os repasses com o Fundeb, o piso da
enfermagem e o Fundo Constitucional do Distrito
Federal (FCDF). Segundo o senador Izalci Lucas
(PSDB-DF), o presidente Lula teria avalizado a
retirada do FCDF da proposta. Já o senador Carlos
Viana (Podemos-MG) acredita numa votação rápida do
projeto, ao afirmar que o tema já é de conhecimento
de todos. O relator, Omar Aziz (PSD-AM), vai decidir
se acata ou não os pedidos de mudanças. O líder do
governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
acredita que o novo marco deve ser votado pela CAE e
no Plenário ainda neste mês.
Fonte: Agência Senado
07/06/2023 -
Vamos revisar a lei para “dar voz aos
trabalhadores”, diz Marinho
Para o ministro, a reforma trabalhista, somada à
lei da “terceirização irrestrita”, agravou a
precarização e levou ao trabalho análogo à
escravidão
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
defende uma ampla revisão na legislação trabalhista
para mudar especialmente as regras de terceirização
e fortalecer as negociações coletivas. Segundo
Marinho, um grupo tripartite, com representação do
governo, dos trabalhadores e dos empresários,
começará em breve a debater o tema. Mas o objetivo
central é corrigir desequilíbrios impostos com a
reforma trabalhista de 2017.
“É missão desse grupo reorganizar para dar voz aos
trabalhadores, em especial nas negociações de
contrato coletivo”, disse o ministro nesta
segunda-feira (6), em audiência com deputados
estaduais e sindicalistas na Assembleia Legislativa
de Minas Gerais (ALMG). “Dizer que um trabalhador
individualmente vai substituir uma negociação
coletiva é conversa para boi dormir. Ou seja, nós
temos que revisar.”
Para o ministro, a reforma, somada à lei da
“terceirização irrestrita”, agravou a precarização
das condições de trabalho. “A terceirização ficou
muito aberta e tem levado – a partir dessas
contratações, subcontratações, terceirização,
quarteirização, chegando lá na ponta – ao trabalho
análogo à escravidão”, declarou.
Minas Gerais é o estado que, há pelo menos dez anos,
lidera o número de trabalhadores resgatados dessas
condições degradantes. Marinho defendeu respostas
mais efetivas, como a expropriação de propriedades
que praticam o trabalho análogo à escravidão.
O ministro também afirmou que o movimento sindical
deve intensificar as cobranças ao governo Lula, a
fim de reverter os inúmeros retrocessos dos governos
Temer e Bolsonaro. Apesar da vitória de Lula nas
eleições presidenciais de 2022, o Congresso segue
dominado por parlamentares da direita e do Centrão.
“Estamos num momento de reconstrução do País. O
resultado das eleições mostrou a divisão extremada
da nossa sociedade e, se dependesse do nosso desejo,
teríamos um Congresso bem diferente do que este que
está aí”, discursou o ministro. Mesmo assim, ele
ressaltou os avanços já conquistados, como a
retomada da política de valorização do salário
mínimo e a aprovação do projeto de igualdade
salarial entre mulheres e homens.
“Precisamos de todo mundo unido. O respaldo do
governo Lula não pode ser dar apenas na relação com
o Congresso – mas com o apoio dos movimentos
sociais”, acrescentou. “Se desejamos reestruturar as
relações sindicais, fortalecer o papel dos
sindicatos e das centrais sindicais, rever aspectos
da reforma trabalhista e previdenciária, precisamos
de mobilização, negociação e a construção de
entendimentos. Se isso não for feito, não vai andar
no Congresso.”
A audiência de Marinho na ALMG foi solicitada pelo
deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), vice-presidente
da Comissão do Trabalho, da Previdência e da
Assistência Social. “A vinda do ministro do Trabalho
aqui é a marca da mudança que acontece neste momento
no Brasil”, afirmou Celinho. “Nos últimos seis anos,
os sindicalistas não puderam se encontrar com os
presidentes da República, nem mesmo com seus
ministros. Esses dois últimos governos trabalharam
para isolar o movimento sindical.”
Valéria Morato, vice-presidenta nacional da CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil) e presidenta da CTB Minas, lembrou que Lula
colheu no estado seu segundo melhor desempenho
eleitoral em 2022. “Foram quase 6,2 milhões de
votos, mesmo com os abusos e com todo o assédio
eleitoral de autoridades políticas e econômicas que
fizeram campanha aberta para Bolsonaro. A vitória de
Lula em Minas teve a contribuição decisiva das
centrais sindicais e dos movimentos sociais, que não
saíram da rua nem um dia sequer.”
Fonte: Portal Vermelho
07/06/2023 -
Preço da cesta básica cai de abril para maio e
reajuste do mínimo eleva poder de compra
Em maio, trabalhador remunerado pelo piso
comprometeu 56% da renda líquida para comprar os
produtos. No mesmo período de 2022, o percentual foi
de 59%
O preço médio da cesta básica caiu de abril para
maio em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese.
Em relação a igual mês do ano passado, a situação se
inverte, com alta em 14 cidades. No acumulado de
2023, são 11 capitais com aumento, de acordo com
levantamento divulgado nesta terça-feira (6).
Segundo o instituto, as principais quedas no mês
passado foram apuradas em Brasília (-1,90%) e Campo
Grande (-1,85%). Já as altas foram registradas em
Salvador (1,42%), Curitiba (1,41%) e Belém (1,37%).
Em 12 meses, o custo médio sobe principalmente em
Fortaleza (7,03%), Belém (6,56%) e Goiânia (4,49%).
Ainda nessa comparação, são três capitais com queda:
Recife (-1,47%), Curitiba (-1,38%) e Florianópolis
(-0,90%).
Novo salário mínimo e a cesta básica
O maior preço da cesta foi calculado em São Paulo (R$
791,82) e o menor, em Aracaju (R$ 553,76). A
composição é diferente nas cidades das regiões Norte
e Nordeste. Com base na mais cara de maio, o Dieese
estimou em R$ 6.652,09 o salário mínimo necessário
para as despesas básicas de uma família, ou 5,04
vezes o o valor do piso oficial. Esse proporção caiu
tanto em relação a abril (5,13) como a maio do ano
passado (5,40).
Além disso, com o aumento do salário mínimo em maio
(para R$ 1.320), o tempo médio de trabalho para
adquirir os produtos da cesta caiu para 113 horas e
19 minutos, ante 114 horas e 59 minutos no mês
anterior. Também foi menor em relação a 2022
(jornada de 120 horas e 52 minutos).
Renda líquida
Assim, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo
comprometeu 55,68% da renda líquida com os produtos
da cesta. Menos do que em abril (56,51%) e do que em
maio do ano passado (59,39%).
Entre os produtos, o preço do óleo de soja caiu em
todas as capitais, enquanto o quilo da carne bovina
de primeira recuou em 14 das 17 cidades pesquisadas.
Com o açúcar refinado ocorreu o contrário, com
aumento em 14 capitais, assim como o tomate.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/06/2023 -
Julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível é
marcado para o dia 22
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
ministro Alexandre de Moraes, marcou para o próximo
dia 22 o julgamento da ação que pode tornar o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
A ação que será julgada pela corte eleitoral foi
ajuizada pelo PDT e aponta a ocorrência de abuso de
poder e uso indevido dos meios de comunicação na
reunião com embaixadores em que o então presidente
fez ataques ao sistema eleitoral brasileiro, em
julho do ano passado.
Em parecer, a Procuradoria-Geral Eleitoral opinou
pela parcial procedência da ação para declarar
Bolsonaro inelegível porque, em seu entendimento, as
distorções e inverdades praticadas por ele no evento
influenciaram parte do eleitorado a desconfiar do
sistema eleitoral, o que se confirmou por fatos
notórios, alguns violentos, posteriores à votação.
Segundo a PGE, o que houve no episódio foi o chefe
de Estado dizendo, nessa qualidade, para brasileiros
e autoridades de países com embaixadores no Brasil
que não se podia acreditar na legitimidade do
processo eleitoral.
Bolsonaro será julgado pela composição renovada do
TSE, já que no último dia 1º tomaram posse dois
novos ministros da classe de juristas, Floriano de
Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Além deles e
do presidente, compõem o TSE os ministros Alexandre
de Moraes, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Raul
Araújo.
Aije 0600814-85.2022.6.00.0000
Fonte: Rede Brasil Atual
07/06/2023 -
Brasileiros testam e aprovam a semana de quatro dias
de trabalho
Ideia da ONG 4 Day Week Global é levar a semana
de quatro dias a um total de 30 a 40 empresas no
País até o segundo semestre
A experiência é recente, mas os primeiros
brasileiros que vivenciaram a jornada semanal de
quatro dias de trabalho aprovaram a iniciativa. Se
os trabalhadores valorizam o dia a mais de descanso,
as empresas observam que a produtividade aumentou.
Ao G1, o designer Fabio Duarte, funcionário da Efí,
empresa de finanças digitais em Ouro Preto (MG),
avalia positivamente sua rotina desde que, há um
ano, passou a trabalhar um dia a menos por semana.
“A agenda fica mais apertada e o foco muda”, diz
Fabio.
Segundo Fabio, é possível “eliminar a procrastinação
porque sabe as pautas que tem de entregar e consegue
ser assertivo. Então, é menos tempo de trabalho –
mas um tempo aplicado de foco muito maior”.
Presidente e fundador da Efí, Evanil Paula cortou
reuniões supérfluas da agenda da empresa e propôs um
calendário que em que as folgas não ficassem
concentradas num mesmo dia da semana. “Para
mantermos o funcionamento, alguns fazem plantão
enquanto outros se revezam em escalas, folgando na
sexta ou na segunda”, explica. “Mas todos trabalham
32 horas semanais, oito horas por dia, sem redução
de salário ou quaisquer outros benefícios.”
Reduzir a jornada sem reduzir salário é uma
possibilidade prevista na legislação trabalhista, a
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Quando a
empresa já celebrou acordos coletivos que incidam
sobre a carga horária, qualquer mudança deve ser
feita em conjunto com o sindicato que representa os
trabalhadores dessa empresa.
De acordo com a ONG britânica 4 Day Week Global
(4dayweekbrazil.com), as startups são, até o
momento, as empresas brasileiras que mais aderiram à
jornada de quatro dias – o que é normal. Serviços
que envolvam atividades essenciais ou atendimento ao
público quase sempre demandam reposição de mão de
obra, ainda que seja por um dia da semana.
“Essas adaptações seriam mais difíceis em linhas de
produção e na área de logística”, analisa Lucas
Nogueira, diretor regional da Robert Half. “Mas é
uma tendência – e as empresas que se adaptarem mais
rápido e encontrarem soluções para isso terão um
diferencial para atrair e reter talentos.”
A ideia da 4 Day Week Global é levar a semana de
quatro dias a um total de 30 a 40 empresas no País
até o segundo semestre, sob a fórmula 100-80-100:
“Pagamos 100% do salário, por 80% do tempo
trabalhado, desde que a entrega seja de 100%”.
Fonte: Portal Vermelho
07/06/2023 -
Por unanimidade, STF arquiva investigação contra
Lira
Investigação mirou apreensão de R$ 106 mil em
dinheiro com um assessor parlamentar em 2012. Todos
os cinco ministros da Primeira Turma votaram pelo
arquivamento
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
arquivou nesta terça-feira (6) uma investigação
contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
por suposta corrupção passiva. Votaram pelo
arquivamento todos os cinco ministros da Turma:
André Mendonça, Dias Toffoli, Luiz Fux, Alexandre de
Moraes e Luís Roberto Barroso.
Lira é acusado de corrupção depois que um
ex-assessor foi flagrado transportando R$ 106,4 mil
em dinheiro vivo. O presidente da Câmara sempre
recusou as manifestações e afirmou que não existem
provas de que o vinculem ao dinheiro em espécie.
Na acusação, a Procuradoria-Geral da República
defendeu que os valores apreendidos deveriam ser
entregues a Lira, na época líder do Partido
Progressista (PP), em troca de apoio político para
manter Francisco Carlos Cabalero Colombo no cargo de
presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos
(CBTU).
A defesa de Lira apresentou em fevereiro um novo
recurso ao STF questionando o julgamento sob
argumento de que casos conexos foram rejeitados e
anulados pela Justiça, o que enfraquecia a denúncia
recebida. Outro argumento é que a Lei Anticrime
impede recebimento da denúncia com fundamento apenas
nas declarações de delator. Após o novo recurso, a
PGR mudou de posição e passou a defender o
arquivamento, por considerar que não há provas além
dos relatos de colaboradores em delação premiada.
(*Com informações do g1)
Fonte: Brasil247
07/06/2023 -
Sindicato que pagava menos para advogada do que para
advogado é condenado
O artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) determina que trabalhadores que cumpram a
mesma função, para o mesmo empregado e na mesma
localidade devem ter salários iguais, sem distinção
de sexo, nacionalidade ou idade.
Esse foi o fundamento adotado pela 1ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)
para negar recurso contra decisão que reconheceu o
direito de equiparação salarial de uma advogada que
atuava em um sindicato.
No recurso, a entidade sustentou que a autora da
ação não comprovou que deveria ter seu salário
equiparado ao de outro advogado que atuava no
sindicato, e que este exercia atividades superiores
às dela.
No entanto, ao analisar o caso, o relator,
desembargador Cláudio Armando Couce de Menezes,
entendeu que o recurso não merecia prosperar. Ele
explicou que o sindicato não provou suas alegações e
que, diante disso, presumem-se verdadeiros os fatos
narrados pela advogada.
"Destaco, ainda, que a prova oral foi contundente,
revelando, em uníssono, que a obreira e o paradigma
trabalhavam como advogados para o reclamado, atuando
em processos judiciais de interesse do sindicato
réu, esclarecendo que as procurações eram outorgadas
a ambos os advogados (reclamante e paradigma),
sendo-lhes estabelecidas as mesmas atribuições",
afirmou o desembargador.
O magistrado também citou pesquisa do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) que apontou que a
discrepância de salários entre homens e mulheres que
desempenham as mesmas funções chega próxima de 100%.
"Nesse cenário, cabe ao Judiciário o enfrentamento
do importante tema 'desigualdade salarial na
perspectiva de gênero', que tem menção expressa nos
dispositivos textualizados da Convenção 100 da OIT,
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher (CEDAW), nos arts. 7º,
XXX, da CF, e 461 da CLT", justificou ele.
Além de reconhecer o direito à equiparação salarial,
o relator também votou pela condenação do sindicato
por dano moral. "A prova oral é nítida comprovando a
discriminação e desigualdade salarial, demonstrando
claramente o desmerecimento e inferiorização da
ex-empregada do sexo feminino, resultando no
reconhecimento de lesão imaterial indenizável, nos
termos do art. 5º, X, da CF", disse o relator, que
estipulou a indenização em R$ 35 mil.
Por fim, ele reconheceu a nulidade do pedido de
dispensa e determinou a reconversão para rescisão
indireta por culpa do empregador, com a condenação
do sindicato ao pagamento de todas as verbas
rescisórias.
Clique
aqui para ler o acórdão
Processo 0001335-67.2019.5.17.0009
Fonte: Consultor Jurídico
06/06/2023 -
Espanha pós-reforma trabalhista tem redução de
desempregados e recorde de contribuintes à
seguridade
País fechou maio com 2,7 milhões de
desempregados, menor número para o mês desde 2008.
Contratos temporários diminuem
Dezessete meses depois da aprovação da reforma da
legislação trabalhista, a Espanha exibe indicadores
positivos sobre o emprego. O número de
desempregados, por exemplo, somou 2.739.110 em maio,
o menor para esse mês desde 2008, segundo dados do
Ministério do Trabalho e Economia Social divulgados
nesta semana. Em relação a 2022, são 183.881 pessoas
a menos, redução de 6,29%. No mês, menos 49.260
(-1,77%). A queda atingiu todos os setores.
“Ainda são muitas (pessoas desempregadas), porém é
menor quantidade desde 2008″, afirma a ministra
Yolanda Díaz, também 2ª vice do governo espanhol. Em
dois anos, lembrou, o total de desempregados caiu em
aproximadamente 1 milhão. “A reforma trabalhista, o
aumento do salário mínimo e as políticas ativas de
emprego são instrumentos essenciais para acabar com
um problema que arrastamos há quatro décadas.”
Contratações
Além disso, destacou a ministra – que recentemente
recebeu seu colega brasileiro, Luiz Marinho –, o
país atingiu a maior quantidade de pessoas que
contribuem para o sistema de seguridade social: 20,8
milhões. Ou exatos 20.709.078.
Apenas em maio, foram registrados 1,412 milhão de
novos contratos, sendo 625 mil (44,25%) por tempo
indeterminado. Esse era um dos principais problemas
apontados para justificar a revisão da legislação
trabalhista: a excessiva quantidade de contratos
temporários. No mês passado, a porcentagem de
trabalhadores com contrato temporário se manteve
próximo do mínimo histórico de 14%. Antes da
reforma, esse total chegava a 30%.
Setores e regiões
De acordo com os dados oficiais, o desemprego diminuiu
em todos os setores econômicos, em todas as regiões
do país (as “comunidades autônomas) e tanto para
homem como mulheres. O total de jovens menores de 25
anos desempregados (188 mil) também é o menor da
série histórica.
Entre os setores, a queda em maio foi de 1,74% nos
serviços, 2,07% na indústria, 1,82% na construção e
2,3% na agricultura. No caso das mulheres, o
desemprego atinge 1.655.027 (-1,46%). São 1.084.083
homens desempregados (-2,23%).
Fonte: Rede Brasil Atual
06/06/2023 -
Lira diz que governo sinalizou mudanças na
articulação política
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que a reunião desta manhã com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, demonstra a mobilização
do governo para sair da indefinição do tamanho da
base e melhorar a articulação política com o
Parlamento. O presidente da Câmara concedeu
entrevista à CNN logo após a reunião.
Lira disse que, na conversa com Lula, não foram
tratadas novas indicações para ministérios e
liberação de emendas aos parlamentares. “O governo
vai reunir e está se movimento para consolidar sua
base, o que nos facilita. Eu pedi uma estabilidade
por parte do governo e da sua articulação para que
nem a Câmara nem o Senado fiquem discutindo projeto
a projeto”, afirmou Lira.
Lira ressaltou que é um facilitador de matérias no
Parlamento, mas destacou que o Congresso é
reformador, liberal e conservador, com
posicionamentos próprios e, portanto, a articulação
política do governo precisa estar mais atenta. Ele
destacou ainda que muitos votos favoráveis a
projetos de interesse do Poder Executivo são de
parlamentares independentes, mas que “esse
combustível pode acabar”.
“Falta uma base efetiva, o governo tem vitórias em
pautas nas quais nós nos comprometemos, e os
partidos mais independentes que têm dado os votos
necessários junto com os partidos da base. São
votações sempre com muita luta e costura”, disse.
“A montagem de uma base é estilo de cada governo.
Nunca defendi o governo de coalizão com o
Legislativo ocupando espaço. Se foi feito certo ou
foi feito errado, a situação atual fala por si, mas
a questão é que a Câmara ficou sub-representada e
por decisões que não pertencem aos partidos”,
destacou.
Reforma tributária
Lira cobrou empenho do Planalto nas articulações para
a votação da reforma tributária. O presidente da
Câmara afirmou que pretende pautar o debate até o
final deste semestre, mas não garantiu a aprovação
da matéria. Segundo ele, é preciso que haja uma
articulação com líderes partidários, empresários e
entes federativos.
Medida provisórias
Arthur Lira voltou a se posicionar contra o retorno
das comissões mistas para análises das medidas
provisórias. Segundo ele, o prazo de análise dos
textos nos colegiados pode prejudicar a votação e
discussão das matérias nos plenários das duas Casas.
Ele também ressaltou que é desproporcional a divisão
de deputados e senadores para compor as comissões.
Lira disse ainda que, na conversa com Lula, o
presidente da República se comprometeu a pedir aos
ministros que, antes de enviar o texto para o
Congresso, conversem com os presidentes das Casas e
com líderes partidários a respeito da viabilidade e
celeridade da aprovação dessas MPs. Segundo ele, se
não tiver relevância e urgência, o ideal é que sejam
encaminhados projetos com urgência constitucional,
cuja avaliação e prazo para análise é mais rápido do
que a própria medida provisória.
Fonte: Agência Câmara
06/06/2023 -
Governo planeja distribuir 90% do lucro do FGTS, em
2022, de R$ 15 bilhões
Decisão final está no STF que analisa se Taxa
Referencial (TR) pode ser aplicada como índice de
correção do fundo
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
fechou o ano passado com lucro de R$ 15,4 bilhões,
cerca de 16% mais que em 2021, segundo estimativas
do Ministério do Trabalho e Emprego. A ideia do
governo é distribuir mais de 90% do lucro apurado em
2022 para assegurar uma rentabilidade acima da
inflação para os cotistas do fundo. Para 2023, a
expectativa é de manutenção do lucro na casa dos R$
15 bilhões.
O resultado preliminar do fundo do ano passado e de
2023 consta de “memorial complementar” enviado pela
Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que analisa ação sobre se a Taxa
Referencial (TR) pode ser aplicada como índice de
correção do FGTS.
Fonte: Valor Investe
06/06/2023 -
Eletricitários fazem protesto em frente à sede da
Eletrobrás: “não foi privatização, foi roubo”
Eletricitários realizaram nesta segunda-feira (5) um
protesto em frente à sede da Eletrobrás no Centro do
Rio de Janeiro, na Rua da Quitanda. Entre as
reivindicações estava a reestatização da empresa.
Pelo Twitter, a Associação dos Empregados de Furnas
(Asef) declarou: “grande ato com eletricitários e
movimentos populares! O povo quer retomar a
Eletrobrás para o Brasil!”.
Os manifestantes exibiram faixas com diversas
palavras de ordem, criticando o poder reduzido de
voto da União no Conselho de Administração da
companhia e também atacando o maior acionista
privado da empresa, o grupo 3G Capital, controlado
pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto
Sicupira e Marcel Telles.
Fonte: Brasil247
06/06/2023 -
Governo Lula planeja novo pacote de investimentos
para impulsionar infraestrutura
Ferrovias, rodovias, aeroportos, portos e Minha
Casa Minha Vida estão entre os projetos contemplados
no pacote; boa parte das obras será entregue ainda
no mandato do governo Lula
O governo Lula deve anunciar na segunda quinzena de
junho, um novo pacote de investimentos nas áreas de
infraestrutura. Os principais projetos serão
direcionados para a construção de ferrovias,
rodovias, aeroportos, portos e unidades
habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida,
informa a jornalista Bela Megale, colunista do
jornal O Globo. A iniciativa está sendo liderada
pela Casa Civil em colaboração com a pasta de
Relações Institucionais do Palácio do Planalto.
Os ministros e suas equipes estão realizando
reuniões com governadores para estabelecer os
projetos prioritários em cada região do país. Ainda
de acordo com a reportagem, uma das condições para
receber o financiamento é que os projetos sejam
concluídos em curto ou médio prazo, com finalização
total ou de parte significativa ainda durante o
mandato do governo Lula.
Os recursos para financiar os investimentos serão
provenientes de uma combinação do orçamento do
governo, concessões públicas, repasses de recursos
federais do Orçamento Geral da União, empréstimos de
bancos públicos e parcerias público-privadas.
Fonte: Brasil247
06/06/2023 -
‘Desenrola’: programa vai auxiliar pessoas com
dívidas de até R$ 5 mil
Medida será válida para débitos contraídos até
2022, disse Fernando Haddad (ministro da Fazenda)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou nesta
segunda-feira (5) o “Desenrola”, programa do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva de renegociação das
dívidas dos brasileiros com renda de até dois
salários mínimos.
A iniciativa busca renegociar dívidas de até R$ 5
mil — e a medida será válida para débitos contraídos
até 2022. A expectativa é que o programa alcance
cerca de 30 milhões de pessoas.
Sobre o início das renegociações, é provável que
consumidor ainda espere alguns meses. Em julho, os
credores poderão começar a se cadastrar, mas, só
depois disso é que poderão renegociar os débitos.
O programa será oficializado por meio de medida
provisória, que foi editada nesta segunda, conforme
explicou Haddad.
Credores e perdão de R$ 100
O funcionamento do programa depende da adesão dos
credores, já que a dívida será privada.
“Entendemos que os credores quererão participar do
programa dando bons descontos justamente em virtude
da liquidez que vão ter porque vai ter garantia do
Tesouro”, disse.
Ainda, os credores que optarem por participar do
programa deverão perdoar imediatamente as dívidas de
até R$ 100. Haddad explicou que cerca de 1,5 milhão
de brasileiros possuem dívidas desse patamar.
Financiamento
Sobre o financiamento do programa, o ministro da
Economia explicou que as negociações feitas pelos
endividados terão garantia do Fundo de Garantia de
Operações (FGO) — ou seja, o FGO garantirá o
pagamento da dívida aos credores, mesmo se houver
inadimplência. O FGO tem quase R$ 10 bilhões em
recursos.
Fonte: InfoMoney
06/06/2023 -
Contribuição previdenciária incide sobre
auxílio-alimentação pago em dinheiro
Em julgamento sob o rito dos repetitivos, a 1ª Seção
do Superior Tribunal de Justiça estabeleceu a tese
de que "incide a contribuição previdenciária a cargo
do empregador sobre o auxílio-alimentação pago em
pecúnia".
O relator, ministro Gurgel de Faria, esclareceu que
a questão em debate no Tema 1.164 se refere à
natureza jurídica do auxílio-alimentação pago em
dinheiro para fins de incidência da contribuição
previdenciária a cargo do empregador, ou seja, se
essa verba se enquadra no conceito de salário para
que possa compor a base de cálculo do referido
tributo.
Não foi discutida a natureza dos valores contidos em
cartões pré-pagos, fornecidos pelos empregadores, de
empresas como Ticket, Alelo e VR Benefícios, cuja
utilização depende da aceitação em estabelecimentos
credenciados, como supermercados, restaurantes e
padarias.
Base de cálculo
Segundo o relator, a contribuição previdenciária
devida pelo empregador é uma das espécies de
contribuições para o custeio da seguridade social e
encontra-se prevista na alínea "a" do inciso I do
artigo 195 da Constituição Federal.
Nesse sentido, Gurgel de Faria lembrou que o Supremo
Tribunal Federal, ao examinar o RE 565.160, julgado
sob o rito da repercussão geral (Tema 20), fixou a
tese de que "a contribuição social a cargo do
empregador incide sobre ganhos habituais do
empregado, a qualquer título, quer anteriores, quer
posteriores à Emenda Constitucional 20/1998".
Para o ministro, desse julgamento é possível extrair
dois requisitos para que determinada verba componha
a base de cálculo da contribuição previdenciária
patronal: habitualidade e caráter salarial.
O caso em análise, afirmou o relator, envolve o
auxílio-alimentação, parcela que constitui benefício
concedido aos empregados para custear despesas com
alimentação, "necessidade essa que deve ser
suprimida diariamente, sendo, portanto, inerente à
sua natureza a habitualidade".
Natureza salarial
Ao citar os artigos 22, I e 28, I, da Lei 8.212/1991,
o relator ponderou que há uma correspondência entre
a base de cálculo da contribuição previdenciária
devida pelo empregador e a base de cálculo do
benefício previdenciário a ser recebido pelo
empregado, sendo que ambas levam em consideração a
natureza salarial das verbas pagas.
"A parcela paga ao empregado com caráter salarial
manterá essa natureza para fins de incidência de
contribuição previdenciária patronal e, também, de
apuração do benefício previdenciário", explicou.
O ministro lembrou que o STJ, ao julgar o REsp
1.358.281, sob o rito dos repetitivos, explicitou no
que consiste o caráter salarial e o indenizatório
das verbas pagas aos empregados para definir sua
exclusão ou inclusão na base de cálculo da
contribuição previdenciária.
Na ocasião, foi fixada a tese de que não devem
sofrer a incidência do referido tributo "as
importâncias pagas a título de indenização, que não
correspondam a serviços prestados nem a tempo à
disposição do empregador".
Por fim, da análise da alteração legislativa feita,
em 2017, no artigo 457, parágrafo 2º, da
Consolidação das Leis do Trabalho, Gurgel de Faria
disse que o auxílio-alimentação pago habitualmente
não tem caráter remuneratório, exceto quando for
feito em dinheiro, hipótese em que deve ser
reconhecida sua natureza salarial — entendimento já
adotado anteriormente pelo STJ. Com informações da
assessoria de imprensa do Superior Tribunal de
Justiça.
Clique
aqui para ler o acórdão
REsp 1.995.437
REsp 2.004.478
Fonte: Consultor Jurídico
05/06/2023 -
Movimentos social e sindical farão jornada contra os
juros altos
Ações ocorrerão entre 16 de junho, Dia Nacional
de Lutas, e 2 de julho
As centrais sindicais e os movimentos sociais
anunciaram na quarta-feira (31) “uma jornada massiva
contra as altas taxas de juros e a política imposta
pelo Banco Central (BC)”. As ações ocorrerão entre
16 de junho, Dia Nacional de Lutas, e 2 de julho.
A reunião da comissão operativa contou com a
participação de cinco centrais sindicais – CTB, CUT,
Força Sindical, UGT e InterSindical –, além de
movimentos sociais ligadas à Frente Brasil Popular.
Na opinião das entidades, o fim da política
monetária ultraliberal passa pelo impeachment do
presidente do BC, Roberto Campo Neto.
Desde agosto de 2022, a taxa básica de juros, a
Selic, está em 13,75%, o que deixa o Brasil com os
maiores juros reais do mundo. Devido à nefasta
independência do Banco Central, nem mesmo a
Presidência da República tem poderes para interferir
na política monetária – daí a necessidade de grande
pressão popular contra os juros altos.
“Nesta campanha serão utilizadas as redes sociais
através de vídeos e peças demonstrando como o tema
dos juros afeta a vida do povo brasileiro (…) na
questão do emprego, consumo, etc.”, explicam as
entidades. Já os materiais impressos serão
distribuídos em “feiras, terminais de ônibus e
pontos de grande concentração de pessoas”.
Para o Dia Nacional de Lutas, em 16 de junho, estão
previstos atos de rua, mobilizações em fábricas e
colagem de cartazes. As entidades conclamam os
parlamentares progressistas a usarem as tribunas do
Legislativo para denunciar o Banco Central. No fim
da jornada, nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho,
haverá “mutirões de agitação popular e trabalho de
base”.
Fonte: Portal Vermelho
05/06/2023 -
Confederações querem ampliar participação
As Confederações se sentem excluídas das discussões
relativas ao mundo do trabalho e eventuais mudanças
sindicais. Esse debate, hoje, acontece entre governo
e Centrais, por meio de GTs ou comitês específicos.
Em alguns casos, participam também representantes do
empresariado.
A fim de reequilibrar essa relação, terça (30), a
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
– CNTC – debateu em sua sede, em Brasília, com o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Presentes cerca de 200 representantes de
Confederações, Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST) e Federações.
Presidente da CNTC e deputado federal (PL-SP), Luiz
Carlos Motta, afirma: “Queremos um caminho de
diálogo, buscando convergência de ideias”. O
dirigente entregou documento ao ministro. Entre
outros pontos, o texto pleiteia a ampliação da
participação das Confederações nos Grupos de
Trabalho e Conselhos Federais, assim como a
preservação do Sistema Confederativo, conforme a
Constituição.
Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria da Alimentação (CNTA),
Artur Bueno de Camargo, lembra que muitas conquistas
trabalhistas são fruto do modelo sindical. “Nosso
sistema é reconhecido até internacionalmente. Por
que não trazer as Confederações para as
discussões?”, questiona. O líder da CNTA ressalta
que os assuntos ligados diretamente às categorias
fazem parte da rotina das Confederações, que se
ligam às bases via Federações e Sindicatos.
O dirigente entregou ao ministro do Trabalho cópia
do Projeto de Lei 5.552/2019, do deputado Lincoln
Portela (PL-MG), que, entre outros itens, regula o
custeio, incluindo as Centrais Sindicais. O projeto
defende a unicidade e valoriza o sistema
confederativo. A ideia é evitar que, no futuro, esse
Projeto e eventual PL do governo venham se chocar no
Congresso.
Ministro – Segundo Luiz Marinho, é fundamental haver
unidade para avanço dos debates. Ele se dispôs a
mediar o diálogo entre as Confederações do FST e as
Centrais. Para Marinho, “o sistema sindical precisa
ser repensado e todos devem ter espaço a fim de
manifestar suas posições”. E mais: “Defendo
construir soluções via entendimento”.
Mais – Acesse o site da CNTC e da CNTA Afins.
Fonte: Agência Sindical
05/06/2023 -
O desafio de inovar nas negociações coletivas e na
regulação do trabalho mediado por plataformas
Iniciaram-se as negociações tripartites –
trabalhadores, empresários e governo – para a
construção de propostas e projetos para duas
questões estratégicas para o futuro do mundo do
trabalho no Brasil e para a qualidade do nosso
projeto de desenvolvimento. O primeiro aborda o
funcionamento do sistema de relações de trabalho, da
negociação coletiva e do sistema sindical. O segundo
trata da regulação econômica e trabalhista das
atividades produtivas e das relações de trabalho
mediadas por plataformas e aplicativos.
Cada um dos temas será tratado por um Grupo de
Trabalho específico, criados por Decreto
Presidencial e estão sob a coordenação do Ministério
do Trabalho e Emprego. Contam com a representação
das Centrais Sindicais e suas entidades de base, do
lado dos trabalhadores e das Confederações
empresariais e empresas.
As transformações no mundo do trabalho são
profundas, extensas, intensas e decorrem de
mudanças, muitas vezes disruptivas, na arquitetura,
organização e funcionamento do sistema produtivo. As
novas tecnologias e a inteligência artificial estão
amalgamadas em todos os setores do sistema produtivo
e progressivamente transformam atividades humanas
cotidianas em atividades econômicas.
Essas mudanças no sistema econômico promovem
constantes e contínuas transformações no mundo do
trabalho, nos postos de trabalho, na forma de
trabalhar, nas atribuições, nos requisitos para o
exercício do trabalho, nas qualificações, nas
competências, nas profissões. Jornada de trabalho,
formas de contratação e de remuneração, segurança e
saúde no trabalho, vínculos e subordinações estão
sedo impactados e exigem respostas rápidas,
criativas, ousadas e, muitas vezes, tempestivas. As
relações de trabalho, que hoje envolvem cerca de 110
milhões de trabalhadores ativos no Brasil, precisam
ser reguladas durante o processo em curso de mudança
no mundo do trabalho de maneira permanente, contínua
e com segurança jurídica para as partes. Somente um
sistema de negociação coletiva bem estruturado será
capaz de gerar esse tipo de resposta.
Por isso as Centrais Sindicais formularam diretrizes
para a construção de um projeto para valorizar e
fortalecer a negociação coletiva em todos os níveis,
com âmbitos de negociação colados às dinâmicas do
setor produtivo e do mundo do trabalho, com
capacidade para tratar das questões e conflitos
inerentes às relações de trabalho.
Para isso propõe que os sindicatos, base do sistema
de representação, e toda a estrutura que compõe o
sistema sindical, sejam fortalecidos. Entidades com
ampla base de representação, alta
representatividade, com capacidade de agregação e de
unidade de ação, legitimadas por decisões
democráticas das assembleias, podem negociar e
celebrar acordos com as normas que irão reger as
relações de trabalho e os direitos laborais.
O sistema sindical e de negociação coletiva deve
ousar dar um salto institucional para a autonomia em
termos de autorregulação. Cada parte deve ter
autonomia para definir o funcionamento do seu
sistema sindical e, as partes juntas, definirem as
regras que devem reger os processos negociais.
As plataformas e os aplicativos são tecnologias
disruptivas que estão transformando o sistema
econômico, criando atividades produtivas e gerando
impactos setoriais e laborais extensos. Há
perplexidade diante das inovações tecnológicas e da
inteligência artificial, entre elas a de como
regular essas novas formas de produzir e as relações
de trabalho que ali se fazem presente.
O Brasil está pautando o enfrentamento desses
desafios através da iniciativa de colocar os atores
sociais para negociar as múltiplas dimensões
regulatórias. A prioridade dos trabalhadores é gerar
a proteção trabalhista (remuneração, jornada,
condições de trabalho, entre outros aspectos),
proteção previdenciária, social e sindical
equivalente àquela que se faz presente no mundo
laboral caracterizado pelo assalariamento clássico
(um empregador e um trabalhador).
As caraterísticas dessas atividades econômicas
mediadas por plataformas e aplicativos têm rompido
com os atuais padrões produtivos e laborais. Para o
mundo do trabalho se observa, de forma extensa,
precarização, desproteção laboral e previdenciária,
insegurança profissional, entre outras mazelas.
As lógicas que estruturam essas novas empresas e as
estratégias de negócio rompem com fundamentos
pretéritos das atividades empresariais. O objetivo,
papel e função social da empresa ganha outros
contornos; o retorno esperado dos investimentos tem
outro tempo e destinatário; o que é o negócio tem
outras respostas; as relações de trabalho são
tratadas sob outra ótica, etc.
O desafio é observar de maneira aprofundada o
funcionamento desse novo sistema que se estrutura e
que transforma seu entorno, exigindo um padrão de
resposta mediado pelo interesse geral da sociedade e
pelas demandas coletivas dos trabalhadores.
Nesses dois casos, o Brasil poderá aportar inovações
que podem se tornar referências positivas e
virtuosas para outros países. Somos convocados a
inovar nas propostas e a ousar nas iniciativas. A
largada foi dada, os apoios serão fundamentais, os
insumos essenciais e a dedicação para o trabalho
colaborativo e a negociação é uma exigência.
Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, consultor,
ex-diretor técnico do DIEESE e assessor das centrais
sindicais – 2clemente@uol.com.br
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/06/2023 -
STF pauta recurso de Lira contra denúncia por
corrupção
Presidente da Câmara é acusado de receber R$ 106
mil em propina
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
marcou para esta terça-feira (6) o julgamento do
recurso no qual o presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contesta a decisão
que o tornou réu por corrupção passiva.
A data foi definida após Dias Toffoli liberar o caso
para julgamento, suspenso por um pedido de vista
feito pelo ministro em 2020.
Denúncia
Em outubro de 2019, o colegiado aceitou denúncia
proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra Lira pela acusação de receber R$ 106 mil de
propina em espécie.
Apesar da decisão, a ação penal não foi aberta e
Lira não virou réu efetivamente porque coube recurso
contra a decisão. É este o recurso que será julgado
na terça-feira.
O caso remonta a 2012, quando um dos assessores
parlamentares do deputado foi flagrado no Aeroporto
de Congonhas, em São Paulo, tentando embarcar para
Brasília com a quantia. Após a ocorrência, o próprio
Arthur Lira admitiu ter pago as passagens de ida e
volta do assessor à capital paulista, mas alegou não
saber sobre o dinheiro.
A denúncia afirmou ainda que a propina teria sido
paga pelo então presidente da Companhia Brasileira
de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, com o
intuito de angariar apoio político para permanecer
no cargo.
A defesa de Arthur Lira declarou no processo que as
investigações não foram capazes de comprovar que o
deputado agiu no sentido de “receber” e que as
acusações foram baseadas somente na palavra de um
delator conhecido por ser “inimigo do deputado”.
Fonte: Agência Brasil
05/06/2023 -
Juiz do RN condena Rogério Marinho à perda de
mandato
O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, da primeira
instância do Rio Grande do Norte, condenou o senador
Rogério Marinho (PL-RN) à perda do mandato por
improbidade administrativa. Ele também foi condenado
à suspensão dos direitos políticos por oito anos e
ao pagamento de multa, além de não poder contratar
órgãos públicos ou receber benefícios.
O magistrado considerou que o congressista, enquanto
vereador na Câmara Municipal de Natal, capital do
Rio Grande do Norte, nomeou "de forma desleal" uma
trabalhadora fantasma como funcionária pública. A
decisão descreve que a mulher "sequer tinha ciência
do seu vínculo com a Casa Legislativa" e que "jamais
chegou a exercer, regularmente, as atribuições dos
cargos para os quais foi nomeada".
A defesa do senador afirmou que irá recorrer da
decisão.
Fonte: Brasil de Fato
05/06/2023 -
Mãos à obra! – João Guilherme Vargas Netto
No dia 5 de maio o Executivo enviou ao Congresso
Nacional o projeto de lei da valorização do salário
mínimo (PL 2.385/2023), atendendo à reivindicação da
Conclat 2022 e cumprindo a promessa do presidente
Lula.
Todos sabemos o conteúdo desse projeto, que retoma a
política de valorização já testada e aprovada na
economia e na sociedade, corrigindo o salário pela
inflação e pelo crescimento do PIB de dois anos
passados, garantindo sempre o reajuste pela
inflação, se o crescimento do PIB for negativo.
Cabe agora ao governo, à sua articulação política e
aos partidos da base encaminhar a discussão e a
aprovação do projeto, enfrentando as dificuldades
por ventura existentes em sua tramitação.
Mas exige-se do movimento sindical, com especial
relevância, ajudar o governo nessa aprovação.
Para tanto cada dirigente, cada ativista, cada
entidade deve empreender os melhores esforços e
trabalhar ativamente com inteligência. Eis 10
sugestões:
1- Mobilizar as bases sindicais com assembleias dos
trabalhadores, esclarecendo-os e unificando-os sobre
o alcance do projeto;
2- Reservar espaços em toda a mídia sindical
(impressa e por internet) sobre o projeto, seu
conteúdo e seu andamento;
3- As direções sindicais devem reunir-se com os
presidentes do Senado e da Câmara em defesa do
projeto e de sua agilização, confirmando para eles a
grande presença sindical nas ocasiões de votações
importantes do projeto;
4- Os dirigentes e os ativistas devem se reunir com
os parlamentares de partidos aliados, reforçando
seus argumentos;
5- Também devem se reunir com os parlamentares e
lideranças de todos os partidos, mesmo os que se
posicionem contra o projeto, convencendo-os de sua
necessidade;
6- Grupos de dirigentes sindicais devem visitar os
grandes veículos de comunicação;
7- Articular ações comuns e coordenadas com outras
entidades e movimentos sociais;
8- As direções sindicais devem criar um grupo de
trabalho formado por companheiros brasilienses para
o acompanhamento constante do projeto no corpo a
corpo congressual;
9- Trabalhar auxiliado pelo Diap nas articulações no
Congresso Nacional;
10- Apoiar-se nos trabalhos do Dieese já publicados
e demandando outros, que fundamentem a justeza e a
relevância do projeto.
Mãos à obra!
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
05/06/2023 -
TST anula dispensa de 5 empregadas por falta de
participação do sindicato
A dispensa coletiva ou em massa exige negociação
prévia com a entidade sindical. Assim, a 6ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho invalidou a dispensa
de todas as cinco empregadas de uma imobiliária, que
ocorreu sem a participação do sindicato da
categoria.
O sindicato contestou a medida, devido à falta de
negociações para minimizar seus efeitos. Já a
imobiliária argumentou que a dispensa de cinco
pessoas não configura dispensa em massa, pois isso
exigiria centenas ou milhares de trabalhadores.
A ré também alegou ausência de impacto social que
justificasse a participação sindical. Conforme seu
relato, a dispensa ocorreu por falta de condições
financeiras. À época, a empresa já estava sendo
incorporada por outra.
O Juízo de primeiro grau validou as dispensas, mas o
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
determinou a reintegração das empregadas ou o
pagamento de indenização substitutiva.
Para os desembargadores, mesmo com a compra da
imobiliária por outra empresa, houve continuidade na
prestação de atividades e serviços no estado pela
internet.
Eles também entenderam que a dispensa de todo o
quadro sem a tentativa de negociação não respeitou a
dignidade das trabalhadoras. Na visão dos
magistrados, um acordo poderia ter sido útil e
satisfatório para que a imobiliária mantivesse os
empregados.
No TST, o desembargador convocado José Pedro de
Camargo, relator do caso, afirmou que a rescisão do
contrato de todos os empregados configura dispensa
coletiva, independentemente da quantidade de
pessoas.
Camargo ressaltou que as dispensas ocorreram antes
da reforma trabalhista, que afastou a necessidade de
autorização prévia do sindicato para dispensas
coletivas. Ele também lembrou de uma tese do Supremo
Tribunal Federal (RE 999.435), segundo a qual a
intervenção sindical é imprescindível para a
dispensa em massa de trabalhadores. Com informações
da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 21529-26.2016.5.04.0019
Fonte: Consultor Jurídico
02/06/2023 -
MPT elabora cartilha explicativa sobre trabalho por
aplicativo
O MPT (Ministério Público do Trabalho)
produziu
cartilha explicativa e esclarecedora sobre trabalho
em aplicativo.
Sob o título “O trabalhador por aplicativo tem
direitos?”.
A cartilha tem 41 páginas e procura esclarecer sobre
essa modalidade de trabalho com perguntas e
respostas. Tais como: “O que está por trás do
trabalho por aplicativo?” ou “O trabalhador de
aplicativo pertence a uma categoria diferente de
trabalhador?”.
O trabalhador e trabalhadora por aplicativos tem
direitos? As dúvidas e discussões mais recentes
sobre essas atividades profissionais realizadas por
meio de plataformas digitais constam da cartilha.
Embora ainda não exista entendimento único sobre o
tipo de relação jurídica criada entre os aplicativos
e os trabalhadores, não há dúvidas de que as
empresas têm muitas responsabilidades. E isso passa
pela garantia às normas de saúde e segurança do
trabalho, conforme a cartilha demonstra.
Grupo de trabalho
O governo federal formalizou, no início de maio, a
criação do GT (grupo de trabalho) que terá a
finalidade de elaborar proposta para regulamentar os
direitos dos trabalhadores por plataformas de
aplicativos. O GT terá prazo de duração de 145 dias,
prorrogável 1 vez por igual período.
O decreto de criação do GT, no âmbito do Ministério
do Trabalho, foi publicado no DOU (Diário Oficial da
União), e está em vigor desde o dia 1º de maio. O
texto estabelece que o GT terá a finalidade de
“elaborar proposta de regulamentação das atividades
de prestação de serviços, transporte de bens,
transporte de pessoas e outras atividades executadas
por intermédio de plataformas tecnológicas”.
O grupo de trabalho é composto por 45 membros, sendo
15 do governo federal, 15 representantes dos
trabalhadores e 15 representantes dos empregadores.
Os membros titulares do GT e os respectivos
suplentes serão indicados pela autoridade máxima dos
órgãos e das entidades que representam, no prazo de
5 dias. Eles não serão remunerados por participar
das reuniões.
Conheça a composição do grupo de trabalho:
I - 15 representantes do governo federal:
1) 1 da Advocacia-Geral da União;
2) 1 da Casa Civil da Presidência da República;
3) 2 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços;
4) 2 do Ministério da Fazenda;
5) 1 do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
6) 2 do Ministério da Previdência Social;
7) 4 do Ministério do Trabalho e Emprego;
8) 1 do Ministério dos Transportes; e
9) 1 da Secretaria-Geral da Presidência da
República;
II - 15 representantes dos trabalhadores:
1) 2 da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros);
2) 2 da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil);
3) 3 da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
4) 3 da Força Sindical;
5) 2 da NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores); e
6) 3 da UGT (União Geral dos Trabalhadores); e
III - 15 representantes dos empregadores:
1) 5 da Associação Brasileira de Mobilidade e
Tecnologia;
2) 1 da Associação Latino-Americana de Internet;
3) 1 da Câmara Brasileira da Economia Digital;
4) 5 do Movimento Inovação Digital; e
5) 3 da OCB (Organização das Cooperativas
Brasileiras).
Fonte: Diap
02/06/2023 -
Em conversa com Luiz Marinho, FST pede participação
ativa nas mesas de discussão de trabalho
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
(PT/SP), nesta terça-feira (30), na sede da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
(CNTC) em Brasília, participou de uma conversa sobre
a inserção do sistema confederativo em todos os
ambientes deliberativos e consultivos que digam
respeito às relações de trabalho.
Participaram do encontro, organizado pela CNTC, os
presidentes das confederações que compõem o Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), presidentes de
sindicatos, federações e diretores da entidade, além
de dirigentes sindicais de outras áreas. A Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) apoia a
iniciativa do FST.
O presidente da CNTC, deputado Luiz Carlos Motta
(PL/SP), agradeceu a presença do ministro, dos
membros do FST e ressaltou a importância do momento
para o sistema confederativo: “É muito importante a
nossa unidade nesse momento. A extinção das
federações e confederações está clara na proposta de
reforma sindical que por aí circula. Por isso,
precisamos nos unir e o FST tem confederações de
peso para dialogar com o governo. Estou junto com
vocês para mostrar a nossa força”, disse o deputado.
O atual coordenador-nacional do FST, Lourival
Figueiredo, diretor-secretário geral da CNTC e
presidente da Federação dos Empregados de Agentes
Autônomos do Comércio do Estado de São Paulo (FEAAC),
não compareceu ao evento por um problema de saúde.
Sendo representado na mesa pelos presidentes da
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), Artur
Bueno, e da Confederação Nacional das Carreiras e
Atividades Típicas de Estado (Conacate), Antonio
Carlos Fernandes Jr.
Solicitação das Confederações
“Em nome do FST, das confederações do serviço público,
reforço o pedido para que o Fórum, o sistema
confederativo, tenha assentos nas mesas de
discussão. Sabemos que a unidade dos trabalhadores é
fundamental para que se progrida qualquer legislação
que trate do setor trabalhista no Congresso
Nacional”, disse Antonio Carlos, presidente da
Conacate.
“As conquistas dos trabalhadores é fruto do sistema
sindical vigente, do sistema confederativo. E hoje
com esse governo democrático é oportuno se falar em
reestruturação para reconquistar o que perdemos nos
últimos 6 anos. Mas da forma como está sendo
conduzida essa reforma, por algumas centrais,
enfraquece o movimento tirando a pirâmide sindical,
que é o que temos de mais sagrado. O nosso sistema é
um dos melhores do mundo, reconhecido
internacionalmente. Por que não trazer as
confederações para essa discussão? Exemplo claro, é
que só a participação das centrais no Grupo de
Trabalho Interministerial, para elaboração de
proposta de reestruturação das relações de trabalho
e valorização da negociação coletiva, não vai
funcionar. Porque têm assuntos ligados às
categorias, que só as confederações dominam
efetivamente. Por isso, é necessário buscar um
entendimento dentro de todo movimento”, enfatizou
Artur Bueno, presidente da CNTA.
“O momento é de reconstrução. E nós queremos
participar para representar as confederações.
Queremos construir um caminho de diálogo com a
convergência de ideias. E o sistema confederativo
precisa ter a sua autonomia respeitada. Temos que
lutar pela adição e não pela divisão. O movimento
sindical precisa se unir”, enfatizou o deputado Luiz
Carlos Motta, presidente da CNTC.
Luiz Marinho acredita em diálogo entre entidades
sindicais
Marinho ouviu as considerações dos participantes e
ponderou ao final. “Uma sociedade democrática só
existe com sindicatos fortes. E me coloco à
disposição para ser mediador nesse diálogo entre as
confederações, o FST, com as centrais. Estou à
disposição para conversar. O sistema sindical
precisa ser repensado e todos terão espaço para
manifestar suas opiniões. Vamos construir as coisas
com entendimento”, disse Luiz Marinho.
PL 5.552/2019
Na oportunidade, Artur Bueno aproveitou para entregar
o Projeto de Lei nº 5.552/2019, do FST, apresentado
pelo Deputado Federal Lincoln Portela (PL/MG), que
propõe a regulamentação do Art.8º da Constituição
Federal, que dispõe sobre a organização sindical, e
dá outras providências.
Estão entre os principais pontos do projeto: a
manutenção da unicidade, o fortalecimento do sistema
confederativo, autonomia e soberania das assembleias
gerais sindicais e o custeio das entidades.
Fonte: NCST
02/06/2023 -
Com julgamento liberado, Bolsonaro está prestes a se
tornar inelegível
Ação questiona a constitucionalidade da reunião
com embaixadores estrangeiros na qual Bolsonaro
lançou falsas suspeitas sobre a segurança do
processo eleitoral
Jair Bolsonaro (PL) já conta os dias para o anúncio
de sua inelegibilidade. Nesta quinta-feira (1º), o
corregedor da Justiça Eleitoral Benedito Gonçalves
liberou para julgamento uma das ações que devem
resultar na cassação de direitos políticos do
ex-presidente. Agora, o processo está nas mãos
presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
ministro Alexandre de Moraes, que marcará a data
para o julgamento.
Movida pelo PDT, a ação questiona a
constitucionalidade da reunião de Bolsonaro com
embaixadores estrangeiros, na qual o então
presidente lançou falsas suspeitas sobre a segurança
do processo eleitoral. Na visão do
vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet
Branco, Bolsonaro usou indevidamente o cargo e, por
isso, deve ser condenado por abuso de poder
político.
“A busca do benefício pessoal também foi tornada
clara. O uso de recursos estatais para a atividade
da mesma forma está estampado nos autos”, afirmou
Paulo Gusrtavo. “Todo o evento foi montado para que
o pronunciamento se revelasse como manifestação do
Presidente da República, chefe de Estado, daí a
chamada de embaixadores estrangeiros e o ambiente
oficial em que a reunião ocorreu. O abuso do poder
político está positivado.”
Para agravar a situação, a Corte incluiu como prova
no processo a minuta golpista apreendida pela
Polícia Federal na casa de Anderson Torres,
ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. De acordo coma
minuta, o presidente e membros do Ministério da
Defesa deveriam intervir no TSE para anular o
resultado da eleição.
O julgamento de Bolsonaro pode ser o primeiro de
peso desde que dois indicados pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) – André Ramos Tavares e
Floriano de Azevedo Marques – assumiram, na
terça-feira (30) suas vagas no TSE. André e Floriano
serão ministros efetivos da classe de juristas no
TSE.
Fonte: Portal Vermelho
02/06/2023 -
Sindicato não deve receber indenização por dano
moral coletivo, decide TST
Os valores referentes às indenizações por danos
morais e materiais de natureza coletiva devem ser
revertidos a um fundo especial com destinação
social.
Assim, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou o exame de um recurso no qual o Sindicato
dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância
no Estado de Alagoas (Sindivigilantes) pretendia
receber diretamente uma indenização por dano moral
coletivo fixada para uma empresa do setor. Conforme
a decisão, o valor deve ser revertido ao Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério
do Trabalho e Emprego.
O sindicato, autor da ação coletiva, apontou que a
empresa em questão fazia exames de saúde física e
mental de seus empregados somente a cada dois anos,
e não todo ano, como determinam as normas
regulamentadoras da atividade. Segundo a entidade,
isso causava um grande risco à categoria e à
sociedade, que depende da atuação dos seguranças e
vigilantes.
Em primeiro grau, a empresa foi condenada a promover
exames anuais rigorosos de saúde física e mental,
como avaliação psicológica. Na sentença, também foi
estabelecida uma indenização por dano moral
coletivo, no valor de R$ 15 mil, a ser destinado ao
FAT. O Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região
aumentou o valor para R$ 30 mil.
Ao TST, o sindicato argumentou que o valor deveria
ser direcionado à própria categoria, para estimular
seus representantes a promover novas ações coletivas
em defesa de seus direitos. Também alegou que isso
permitiria a sobrevivência da entidade por seu
próprio esforço, após a reforma trabalhista acabar
com a contribuição sindical compulsória.
O ministro relator, Mauricio Godinho Delgado,
lembrou do artigo 13 da Lei de Ação Civil Pública,
segundo o qual a indenização deve ser revertida a um
fundo gerido por um conselho federal ou por
conselhos estaduais, com a participação do
Ministério Público e de representantes da
comunidade. A norma também diz que os recursos devem
ser destinados à reconstituição dos bens lesados.
De acordo com o magistrado, o direcionamento dos
valores ao FAT atende ao critério da lei. Isso
porque o fundo é gerido por um órgão do qual
participam representantes dos trabalhadores, dos
empregadores e do governo. Além disso, todas as suas
receitas são direcionadas a políticas públicas de
proteção dos trabalhadores e do emprego. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
AIRR 995-90.2019.5.19.0002
Fonte: Consultor Jurídico
01/06/2023 -
Centrais reivindicam que Senado aprove PL 1085 sem
alterações
As Centrais Sindicais, abaixo assinadas, têm lutado
ao longo da história do movimento sindical para que
as mulheres trabalhadoras tenham os mesmos direitos
sociais e trabalhistas, porque somente com igualdade
entre homens e mulheres iremos construir uma
sociedade justa e igualitária.
As Centrais Sindicais apoiam integralmente o texto
do PL 1085/23 aprovado na Câmara dos Deputados e que
agora tramita no Senado Federal. Portanto,
conclamamos todos os senadores e as senadoras a
aprovarem o projeto 1085/23 sem alterações.
Por uma sociedade justa e igualitária!
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT (Central
Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical Ricardo
Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antônio Neto, presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Jose Gozze, presidente da Pública - Central do
Servidor
FNMT (Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras)
das Centrais Sindicais
Junéia Batista, secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CUT
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de
Políticas para Mulheres e Gênero Força Sindical -
Santa Regina Pessoti Zagretti, secretária Nacional
da Mulher - UGT
Sonia Maria Zerino da Silva, secretária Nacional
para Assuntos da Mulher da NCST
Celina Arêas, Secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CTB
Patrícia Andréia Carreteiro, secretária Nacional de
Mulheres Intersindical
Antonieta Cassia Dorledo de Faria, secretária
Nacional da Mulher Trabalhadora da CSB
Sônia Maria Corrêa Alves, diretora da Mulher da
Pública
São Paulo, 31 de maio de 2023
Fonte: NCST
01/06/2023 -
Igualdade salarial entre mulheres e homens passa na
CAE e vai ao Plenário
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou,
nesta quarta-feira (31), o projeto de lei que torna
obrigatória a igualdade salarial e de critérios
remuneratórios entre mulheres e homens para trabalho
de igual valor ou no exercício da mesma função. A
proposta, da Presidência da República, foi aprovada
no início do mês pela Câmara e tramita em regime de
urgência. Agora, o
PL 1.085/2023 segue para votação no Plenário do
Senado.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos
Humanos (CDH) e pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Na CAE e na CAS, o projeto foi relatado pela
senadora Teresa Leitão (PT-PE), que apresentou
parecer favorável, com emenda de redação. Ela
rejeitou as 14 emendas apresentadas ao texto.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
01/06/2023 -
Com 2 milhões de desempregados a menos em um ano,
país tem menor taxa desde 2015
Segundo o IBGE, o emprego com carteira cresceu
acima do sem carteira. Informalidade fica estável,
mas ainda concentra 38 milhões de pessoas
A taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre
encerrado em abril, a menor para o período desde
2015. O resultado mostra estabilidade em relação ao
período imediatamente anterior (8,4%) e queda ante
2022 (10,5%). Com isso, o número de desempregados
foi estimado em 9,095 milhões, também estável no ano
e com redução de 19,9% em 12 meses – 2,254 milhões a
menos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na manhã
desta quarta-feira (31) pelo IBGE.
Além disso, o total de ocupados foi de 98,031
milhões: -0,6% no trimestre e alta de 1,6% em
relação a igual período do ano passado (mais 1,520
milhão). Também em 12 meses, o emprego com carteira
no setor privado cresceu 4,4% (são 36,807 milhões de
pessoas), enquanto o sem carteira subiu 2% (12,725
milhões). Por sua vez, o trabalho por conta própria
recuou 1,3%, reunindo agora 25,221 milhões.
Mudança de padrão no desemprego
“Essa estabilidade (trimestral) é diferente do que
costumamos ver para este período”, afirma Alessandra
Brito, analista da pesquisa. “O padrão sazonal do
trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento
da taxa de desocupação, por meio de uma maior
população desocupada, o que não ocorreu desta vez.”
A chamada taxa de subutilização, sobre pessoas que
gostariam de trabalhar mais, foi a 18,4%, com queda
nas comparações trimestral e anual. Ainda são 20,972
milhões, menos 5,124 milhões em 12 meses. Assim, a
taxa de informalidade se manteve estável (de 39%
para 38,9%), com queda em relação a igual período de
2022 (40,1%). Segundo o IBGE, o país tem 38 milhões
de trabalhadores informais.
Desalento cai, renda sobe
Os desalentados – pessoas que desistiram de procurar
emprego – são 3,769 milhões, São 682 mil a menos em
um ano (-15,3%). O percentual de desalentados na
força de trabalho é de 3,4%, ante 4% em 2022.
Entre os setores da atividade, na comparação com
igual período do ano passado, o emprego ficou
estável na indústria (1,3%). E caiu no setor de
agropecuária (-5,2%). Cresceu em serviços de
transporte, armazenagem e correio (7,8%) e na
administração pública (4,6%).
Estimado em R$ 2.891, o rendimento médio ficou
estável no trimestre e cresceu 7,5% em 12 meses. A
massa de rendimentos foi calculada pelo instituto em
R$ 278,8 bilhões, também com estabilidade trimestral
e aumento anual de 9,6% (ou R$ 24,4 bilhões a mais).
Fonte: Rede Brasil Atual
01/06/2023 -
Contrato intermitente, o símbolo de uma reforma
trabalhista fracassada
Em 2021, apenas 0,5% do estoque de empregos
formais no País estava vinculado à modalidade
intermitente
por André Cintra
Para sorte dos brasileiros, o trabalho intermitente
– um dos retrocessos da reforma trabalhista do
governo Michel Temer (MDB) – não vingou.
Propagandeado por seus idealizadores como trunfo
para a geração de milhões de empregos, o chamado
“contrato de zero hora” fracassou.
Em 2021, passados quatro anos da reforma, apenas
0,5% do estoque de empregos formais no País estava
vinculado à modalidade intermitente. É o que aponta
um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em
dados da Rais (Relação Anual de Informações
Sociais).
A exemplo da nefasta Carteira Verde e Amarela
proposta na gestão Jair Bolsonaro (PL), o trabalho
intermitente parte da (falsa) lógica segundo a qual
“menos direito é mais emprego”. Nesse tipo de
contrato, conforme explica o Dieese, “o trabalhador
fica à disposição para trabalhar, aguardando, sem
remuneração, pelo chamado do empregador. Enquanto
não for convocado, não recebe. E, quando requisitado
para executar algum serviço, a renda é proporcional
às horas efetivamente trabalhadas”.
Seu pressuposto é o de que, com a precarização das
condições de trabalho, os empregadores abririam mais
postos, sobretudo em períodos de demanda elevada. Na
prática, nada disso ocorreu. Em dezembro de 2021, o
número de contratos intermitentes no Brasil não
passava de 244 mil.
Mas a constatação mais chocante do Dieese diz
respeito à precariedade do vínculo entre
empregadores e trabalhadores intermitentes. De
acordo com o estudo, “muitos dos contratos passaram
boa parte do ano engavetados – quer dizer, geraram
pouco ou nenhum trabalho e renda. Um em cada cinco
contratos intermitentes firmados no ano (de 2021)
não gerou renda alguma para o trabalhador”.
Porém, mesmo entre os trabalhadores que tiveram
renda, os resultados são pífios. No final de 2021,
“a remuneração mensal média dos vínculos
intermitentes foi de R$ 888, o que equivalia a 81%
do valor do salário mínimo naquele ano”. Nada menos
que 44% desses contratos geravam renda abaixo do
piso salarial dos brasileiros.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o salário
mínimo deve atender a “necessidades vitais básicas”
do trabalhador brasileiro e de sua família. Essas
necessidades incluem moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social. O Dieese calcula que, em abril
de 2023, o salário mínimo realmente necessário no
Brasil seria de R$ 6.676,11. Atualmente, o mínimo é
de R$ 1.320.
Fonte: Portal Vermelho
01/06/2023 -
CCJ aprova mais rapidez a medidas de natureza cível
de proteção à mulher
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (31) um projeto que permite maior
rapidez nas decisões cíveis relacionadas ao combate
à violência contra as mulheres (PL 5.609/2019). O
projeto faz uma atualização à Lei Maria da Penha
(Lei 11.340 de 2006) em relação ao Código de
Processo Civil (CPC) de 2015, já que, quando a lei
entrou em vigor, o CPC vigente era o de 1973.
Texto teve relatório favorável da senadora Tereza
Cristina (PP-MS) segue para a análise da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
01/06/2023 -
Caged: Saldo líquido de emprego formal é positivo em
180.005 vagas em abril
O dado veio abaixo da estimativa do consenso
Refinitiv, que esperava a criação de 204,8 mil vagas
no mês de abril
Após a criação de 192.915 vagas em março – dado
revisado nesta quarta-feira (31) – o mercado de
trabalho formal mostrou nova desaceleração e
registrou um saldo positivo 180.005 carteiras
assinadas em abril, de acordo com os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho.
O dado veio abaixo da estimativa do consenso
Refinitiv, que esperava a criação de 204,8 mil vagas
no mês.
O resultado do mês passado decorreu de 1.865.279
milhão de admissões e 1.685.274 milhão de demissões.
Em abril de 2022, houve abertura de 205.499 vagas
com carteira assinada, na série ajustada.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no
emprego no mês, e o resultado veio acima da mediana
das estimativas de analistas consultados pelo
Projeções Broadcast, que era de saldo positivo de
173.000 vagas. As projeções indicavam a abertura
líquida de 100.000 a 285.536 vagas em abril.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2023, o
saldo do Caged já é positivo em 705.709 mil vagas.
No mesmo período do ano passado, houve criação
líquida de 825.490 postos formais.
Fonte: InfoMoney
01/06/2023 -
Acordo que reduz direitos só vale com autorização
constitucional, diz TST
A possibilidade de redução de direitos trabalhistas
mediante negociação coletiva só existe nos casos em
que há autorização expressa da Constituição, dos
tratados e convenções internacionais ou de normas
infraconstitucionais que assegurem o patamar mínimo
civilizatório.
Esse foi o entendimento adotado pela 2ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho para dar provimento a
um recurso de revista por violação ao artigo 7º,
XVI, da Constituição Federal, condenando uma empresa
a pagar as diferenças de horas extras a um
trabalhador.
No recurso contra decisão do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª Região (DF e TO), o trabalhador
sustentou que foi contratado para trabalhar 40 horas
semanais e pediu a aplicação da Súmula 431 do TST,
que determina que é inaplicável o acordo coletivo
que fixa o divisor 220 para empregados que trabalhem
40 horas por semana.
O divisor 220 é um critério matemático usado para o
cálculo da remuneração do trabalhador, apontando o
valor da hora do salário e o valor do pagamento
adicional por hora extra.
No caso julgado, o empregado defendeu que o uso do
divisor 220 não era válido, uma vez que ele
estabelecia horas extras em valor inferior ao de sua
jornada habitual, o que violaria o artigo 7º, inciso
XVI, da Constituição e o artigo 64 da CLT.
Ao analisar o caso, a relatora da matéria, ministra
Maria Helena Mallmann, lembrou que o Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do ARE 1.121.633,
firmou maioria no sentido de que "são
constitucionais os acordos e as convenções coletivos
que, ao considerarem a adequação setorial negociada,
pactuam limitações ou afastamentos de direitos
trabalhistas, independentemente da explicitação
especificada de vantagens compensatórias, desde que
respeitados os direitos absolutamente
indisponíveis".
A julgadora, contudo, pontuou que o princípio da
proibição do retrocesso foi consagrado na
Constituição brasileira. "É verdade que o próprio
constituinte incumbiu os atores sociais da
possibilidade de mitigar alguns direitos como forma
de manutenção de alguns outros benefícios e da
própria empregabilidade. Essa autorização, todavia,
não importa na remoção da Constituição Federal do
vértice de toda a ordem jurídica nacional, porque o
princípio do não retrocesso está consagrado no caput
do art. 7º da Lei Maior."
A ministra sustentou que, apesar das peculiaridades
do Direito do Trabalho, não há como defender que o
Supremo, ao julgar a ARE 1.121.633 sob a sistemática
da repercussão geral, removeu a supremacia da
Constituição Federal frente a qualquer outra norma
produzida pelo legislador ordinário ou pelos atores
sociais.
"Qualquer norma que seja conflitante com a Lei Maior
há de ter a sua eficácia rechaçada pelo Poder
Judiciário. Igualmente, aqueles tratados
internacionais acerca de direitos humanos não
recepcionados na forma do art. 5º, §3º, da
Constituição Federal assumem status de normas
supralegais, consoante já foi reconhecido pelo
Supremo Tribunal Federal (RE 466.343-SP)."
Diante disso, ela votou pela condenação da empresa a
pagar as diferenças de horas extras decorrentes da
utilização do divisor 220 entre junho de 2012 e
outubro de 2014, com repercussão em repouso semanal
remunerado, férias com o respectivo terço
constitucional, adicional por tempo de serviço, 13º
salário, adicional de periculosidade (se devido) e
FGTS. O voto foi seguido por unanimidade.
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aqui para ler o acórdão
Processo 866-90.2017.5.10.0007
Fonte: Consultor Jurídico
01/06/2023 -
Brasil abre 180 mil vagas formais de trabalho em
abril, mostra Caged
O resultado do mês passado foi de criação líquida
de 204.800 empregos
O Brasil abriu 180.005 vagas formais de trabalho em
abril, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), divulgado nesta
quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE). Ao todo, segundo o governo federal, foram
registrados em abril 1.865 milhão de contratações e
1.685 milhão de demissões.
O resultado representa queda em relação a abril do
ano passado, quando foram criados 205,49 mil
empregos formais. A queda foi de 12,4% nesta
comparação.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho, 705,7
mil de vagas formais foram abertas nos quatro
primeiros meses de 2023. O número significa um recuo
de 14,5% na comparação com o mesmo período de 2022,
quando foram criadas 825,49 mil vagas.
Fonte: Brasil247
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