Blog - Notícias Anteriores - Junho 2024
28/06/2024 -
Ganho real sobe oito pontos de abril pra maio
28/06/2024 -
Por que a sindicalização permanece em queda no
Brasil?
28/06/2024 -
Lula diz que ama inflação baixa e não é contra
desoneração
28/06/2024 -
Taxar 3 mil bilionários no mundo irá arrecadar R$
1,3 trilhão por ano
27/06/2024 -
Paim apresenta emenda ao PL 2.830 que impede
cobrança da contribuição assistencial
27/06/2024 -
Governo Lula 3: espaços para fortalecer a luta
sindical
27/06/2024 -
Comissão debate a exclusão de aposentados e de
pensionistas da política de reposição salarial do
governo
27/06/2024 -
Lula descarta desvinculação de benefícios e BPC do
salário mínimo: “Não será mexido”
27/06/2024 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,39% em junho
26/06/2024 -
A pauta sindical que orienta as lutas
26/06/2024 -
TST vai decidir validade de dissídio coletivo quando
uma das partes não quer negociar
26/06/2024 -
INSS reforça segurança após expor dados de
aposentados
26/06/2024 -
Uso de inteligência artificial cresce e preocupa TSE
nas próximas eleições
25/06/2024 -
Avançam as negociações pró-custeio sindical
25/06/2024 -
Sindicalismo Zumbi dos Palmares; por Carolina Maria
Ruy
25/06/2024 -
Precarização do trabalho enfraquece os sindicatos
25/06/2024 -
Tratado contra violência e assédio no trabalho marca
cinco anos com recorde, diz OIT
24/06/2024 -
Troféu Jose Martinez será entregue no Dia da Luta
Operária
24/06/2024 -
Brasil bate recorde com 100 milhões de pessoas
empregadas, segundo IBGE
24/06/2024 -
Em 2023, número de sindicalizados cai para 8,4
milhões, o menor desde 2012
24/06/2024 -
Salários das mulheres são menores em 80% dos ramos
de atividade, segundo IBGE
24/06/2024 -
Grupo da Câmara discute impactos da reforma
tributária na geração de empregos
24/06/2024 -
Visão do
direito: não há democracia sem direito do trabalho
21/06/2024 -
CCJ da Câmara adia análise da PEC do Trabalho
Infantil, que continua na pauta
21/06/2024 -
Dirigentes da Nova Central debatem o "O Futuro do
Trabalho" na Câmara
21/06/2024 -
BC frustra Brasil, reforça conservadorismo e mantém
Selic em 10,50%
21/06/2024 -
STF suspende julgamento de ações contra reforma de
Previdência
21/06/2024 -
Lira estabelece cronograma para reforma tributária e
espera votar textos em julho
21/06/2024 -
Brasil tem o 2º maior juro real do mundo
21/06/2024 -
Seminário em Sergipe discute relações de trabalho e
atualização sindical
20/06/2024 -
Lula tem 36% de aprovação e 31% de reprovação, diz
Datafolha
20/06/2024 -
Manifesto das mulheres das centrais sindicais contra
o PL 1904/2024
20/06/2024 -
Infância em risco: Nova Central participa de
enfrentamento ao Trabalho Infantil em Araxá
20/06/2024 -
Conalis defende liberdade e sustentação dos
sindicatos
20/06/2024 -
Servidores do INSS fazem operação-apagão por
reajuste salarial: como ficam serviços?
19/06/2024 -
Centrais sindicais promovem em São Paulo ato pela
queda dos juros
19/06/2024 -
“Fora da realidade”, diz Lula sobre pautas
ideológicas do Congresso
19/06/2024 -
A pauta insana do bolsonarismo inviabiliza o Brasil
– Marcos Verlaine
19/06/2024 -
Entra em vigor lei que cria redes de enfrentamento à
violência contra mulheres
18/06/2024 -
Centrais Sindicais farão ato contra juros altos
nesta terça (18)
18/06/2024 -
PL da assistencial pode ser analisado pelo plenário
do Senado
18/06/2024 -
Cesta básica sobe, mostra o Dieese
18/06/2024 -
Pesquisa Atlas mostra que 51% dos brasileiros
aprovam desempenho de Lula
18/06/2024 -
Tributação do terço de férias não deve retroagir,
decide Supremo
18/06/2024 -
Parecer de comissão da OAB diz que ‘PL do estupro’ é
inconstitucional
17/06/2024 -
Centrais buscam apoio de Pacheco e Lira para pauta
trabalhista
17/06/2024 -
Comportamento desejável – João Guilherme Vargas
Netto
17/06/2024 -
Sindicalistas denunciam governo do Paraná à
Organização Internacional do Trabalho
17/06/2024 -
Presidente do TST debate impactos da IA no mundo do
trabalho em conferência da OIT
14/06/2024 -
Saldos do FGTS devem ser corrigidos, no mínimo, pelo
índice da inflação, decide STF
14/06/2024 -
Cerca de 78% das greves, em 2023, foram para manter
direitos
14/06/2024 -
Tebet descarta desvinculação de aposentadorias do
salário mínimo
14/06/2024 -
Indústria calçadista encerra abril com 288 mil
empregos; queda de 4,9%
14/06/2024 -
Líder do governo no Congresso diz que devolução de
MP não é derrota
13/06/2024 -
Centrais Sindicais destacam prioridades da Pauta da
Classe Trabalhadora para Geraldo Alckmin
13/06/2024 -
CTB realiza seminário: Nova Política Industrial a
Serviço do Desenvolvimento do Brasil
13/06/2024 -
Câmara aprova 'taxa das blusinhas' e emendas do
Senado ao Programa Mover
13/06/2024 -
Manipulação, truculência e populismo: táticas de
sobrevivência da extrema-direita
13/06/2024 -
Projeto permite mais de um saque do FGTS por ano em
casos de calamidade
12/06/2024 -
INPC de maio sobe 0,46% ante alta de 0,37% em abril,
revela IBGE
12/06/2024 -
Presidente da Nova Central começa a cumprir agenda
em Genebra
12/06/2024 -
Trabalhadores terão distribuição extraordinária dos
lucros do FGTS? Entenda
12/06/2024 -
Inflação da construção civil cai para 0,17% em maio
12/06/2024 -
12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho
Infantil
12/06/2024 -
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trabalhista, decide TST
12/06/2024 -
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caso de internação
11/06/2024 -
Reflexão sobre o desempenho do governo Lula 3 no
Congresso
11/06/2024 -
Desvincular aposentadoria do salário-mínimo: entenda
proposta do TCU
11/06/2024 -
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11/06/2024 -
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insalubridade retroativo
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10/06/2024 -
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mulher na sociedade
10/06/2024 -
Todo apoio à Conalis – João Guilherme Vargas Netto
10/06/2024 -
Cresce a renda média dos trabalhadores no Brasil
10/06/2024 -
Comissão aprova adicional de insalubridade a
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10/06/2024 -
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mais conciliou em 2023
07/06/2024 -
O capital quer sindicatos sem dinheiro e trabalho
infantil
07/06/2024 -
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07/06/2024 -
Produção industrial cresce em 18 das 25 atividades
em abril, afirma IBGE
07/06/2024 -
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até US$ 50
07/06/2024 -
Licença-maternidade será maior em caso de
complicação no parto, aprova CAS
07/06/2024 -
Falta pouco para Bolsonaro ser indiciado por joias e
cartão de vacina
06/06/2024 -
CCJ aprova projeto que dificulta a sindicatos cobrar
contribuição assistencial
06/06/2024 -
Centrais debatem ações para junho
06/06/2024 -
Lula edita MP para bancar perdas com desoneração da
folha
06/06/2024 -
STJ analisa tarifa bancária em recolhimento de
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05/06/2024 -
CCJ analisa a contribuição assistencial
05/06/2024 -
STF decide que número de empregados não é critério
para criação de sindicatos de micro e pequenas
empresas
05/06/2024 -
Em uma semana, Justiça do Trabalho fecha R$ 1,7 bi
em conciliações
05/06/2024 -
CAS analisa licença-maternidade maior em caso de
complicações no parto
05/06/2024 -
Lula celebra PIB do 1º trimestre e diz que Brasil se
tornará a 8ª economia do mundo em 2024
05/06/2024 -
Desgoverno Bolsonaro foi o que menos gastou em
gestão de risco e desastre
04/06/2024 -
CCJ do Senado pode aprovar PL contra taxa
assistencial
04/06/2024 -
Atenção, entidades filiadas à Nova Central! Centrais
pedem apoio aos sindicatos para socorrer os
desabrigados do RS
04/06/2024 -
Um novo modelo sindical; por Ricardo Patah
04/06/2024 -
STF marca para dia 12 julgamento sobre correção do
FGTS
04/06/2024 -
Rescisão domina os novos processos apresentados na
Justiça do Trabalho
04/06/2024 -
STF vai decidir se aposentadoria por doença
incurável deve ser integral
03/06/2024 -
Centrais
convocam para plenária virtual na próxima
terça-feira (4)
03/06/2024 -
Primeiro trimestre registra menor taxa de desemprego
em 10 anos
03/06/2024 -
“Fortalecer a Previdência Social é proteger o futuro
do trabalhador”, garante Carlos Lupi
03/06/2024 -
Brasil fecha abril com 240 mil empregos criados,
aponta Caged
03/06/2024 -
Meio ambiente e ambiente inteiro – João Guilherme
Vargas Netto
03/06/2024 -
Comissão aprova prazo para revisão de aposentadoria
por incapacidade
28/06/2024 -
Ganho real sobe oito pontos de abril pra maio
O sindicalismo mantém linha ascendente nos aumentos
reais referentes às negociações coletivas. O boletim
mensal “De Olho nas Negociações”, do Dieese, informa
que em maio 87,3% das negociações ficaram acima do
INPC. Um salto de oito pontos comparado a abril.
Abaixo da inflação, 2,3% dos 482 acordos analisados.
Luís Ribeiro, técnico-responsável pela pesquisa no
Dieese, avalia como positivos os dados de maio.
Segundo o analista, o quadro de reajustes do ano “se
apresenta estável, com um patamar acima de 85%, em
todas as datas-bases”.
Motivo – Vários indicadores contribuem para o
bom desempenho dos reajustes salariais, entre os
quais o aumento do emprego. Luís Ribeiro comenta: “O
desemprego cai mês a mês desde o início do governo
Lula e após a pandemia. Então, podemos computar a
retomada do emprego, a inflação sob controle e mesmo
em queda comparativamente ao governo anterior”.
Outro fato favorável às negociações é o crescimento
do PIB. “Ainda que tenha sido pequeno ou
insuficiente para uma redistribuição mais efetiva da
renda”, diz o profissional do Dieese.
Luís Ribeiro também destaca, “como um fator muito
importante, principalmente no começo do ano, o
aumento do salário mínimo”. Há categorias com
salários muito baixos. Então, o aumento do mínimo
impacta as negociações coletivas, obrigando as
empresas a um reajuste maior.
Abril – Mês de pior desempenho. Para Luís
Ribeiro, “o que explica abril é a maior incidência
de reajustes iguais ao INPC”. Ele diz: “É um mês com
muitas negociações no comércio, que, comparado a
outros setores, tem mais reajustes iguais ao INPC.
Foi o que gerou a piora de abril”.
Setores – Indústria e serviços tiveram o
maior percentual de reajuste acima da inflação
(86,4%), em maio. Já, no comércio, os ganhos reais
ficaram em 75,3%.
Expectativa – Para Luís Ribeiro, o quadro
deve se manter nos próximos meses. Ele comenta: “Não
tem nada que indique mudança de rumos, a menos que
aconteça algo extraordinário”.
Clique aqui e leia o boletim.
Mais – Site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
28/06/2024 -
Por que a sindicalização permanece em queda no
Brasil?
O Portal Vermelho ouviu líderes sindicais e
especialistas para interpretar os números e propor
alternativas às entidades. Em comum, todos afirmam
que o encolhimento na sindicalização se deve a
múltiplas causas
As taxas de sindicalização no Brasil, em queda
constante desde 2016, sofreram um novo revés no
primeiro ano do governo Lula. O País terminou 2023
com apenas 8,4 milhões de trabalhadores
sindicalizados – o equivalente a 8,4% da população
ocupada.
É o que aponta a nova Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na
sexta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). O patamar atual é o menor
da série histórica, iniciada em 2012, quando o
Brasil tinha 89,7 milhões de pessoas ocupadas, sendo
16,1% sindicalizadas. Em 11 anos, a taxa de
sindicalização caiu praticamente à metade.
Perdas do gênero são comuns em momentos de crise
econômica e desemprego. O cenário brasileiro, porém,
foi favorável no último ano, com crescimento do PIB
acima do esperado e geração de mais de 1,4 milhão de
postos formais de trabalho. Ainda assim, só de 2022
para 2023, os sindicatos perderam 713 mil associados
– um recuo considerável de 7,8%.
O próprio IBGE apontou que, em 2023, a população
ocupada bateu recorde no País, totalizando 100,7
milhões de pessoas. Além disso, conforme o Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), 77% das negociações coletivas
resultaram em aumentos reais nos salários.
Se as convenções e os acordos coletivos avançaram –
numa demonstração da relevância do movimento
sindical para os trabalhadores –, por que os números
de sindicalização no País seguem em declínio? O que
fazer para estancar a crise?
Múltiplas causas
O Vermelho ouviu líderes sindicais e especialistas
para interpretar os números e propor alternativas às
entidades. Em comum, todos afirmam que o
encolhimento na sindicalização se deve a múltiplas
causas. “A principal é a combinação de estagnação
econômica de um lado e a precarização do trabalho de
outro”, diz Nivaldo Santana, secretário Sindical do
PCdoB e dirigente da CTB (Central dos Trabalhadores
e Trabalhadoras do Brasil).
Para Nivaldo, o sindicalismo é alvo da “ofensiva
ideológica do capital, que estimula o
individualismo, a meritocracia e o falso mito do
empreendedorismo”. Ao influenciarem a “subjetividade
do trabalhador”, os empregadores dificultam ainda
mais o “desenvolvimento da consciência classista”.
A tudo isso se somam as novas formas de gestão e
organização do trabalho. “As grandes concentrações
de trabalhadores foram substituídas por unidades
descentralizadas, ao mesmo tempo em que houve o
avanço do trabalho por conta própria”, comenta
Nivaldo. “Os novos paradigmas reforçam a
individualização das relações do trabalho, bem como
a negação ou subestimação da importância da
organização e luta coletivas – que são os pilares
sobre os quais se sustenta a organização sindical.”
Conforme o consultor sindical João Guilherme Vargas
Netto, o índice de 16% de sindicalização – que
permaneceu relativamente estável de 2012 a 2015 –
não se sustentou devido a “elementos políticos,
ideológicos e estruturais”. A taxa começa a cair em
2016, ano do golpe que depôs a presidenta Dilma
Rousseff (PT) e levou Michel Temer (MDB) ao
Planalto. No ano seguinte, sobreveio a reforma
trabalhista.
“Foi, na verdade, uma deforma, que rompeu o pacto da
sociedade com os sindicatos e estimulou uma
ideologia antissindical. A cobertura ideológica
negativa se intensificou, e os sindicatos se
transformam em estorvo”, diz. “A partir de 2019, com
o (Jair) Bolsonaro na Presidência, a crise se
acentua e a queda na sindicalização se acelera.”
A exemplo de Nivaldo, Vargas Neto ressalta as
mudanças no mundo do trabalho. Além das novas
tecnologias e da uberização, há uma tendência que
ganha impulso durante a pandemia de Covid-19: o home
office. “Não se trata apenas de desemprego e
informalidade – mas também da nova gestão do
trabalho.”
“Patrões de si mesmos”
Marcos Verlaine, analista político do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar), é outro especialista a associar a
crise sindical à reforma trabalhista. “Não é mera
coincidência que os índices tenham caído exatamente
no período de vigência dessa contrarreforma, que
desregulamentou direitos e regulamentou restrições
nas relações de trabalho”, afirma.
Em sua opinião, ao legalizar tipos precários de
contratos de trabalho – “a tempo parcial,
temporário, intermitente” –, a reforma inibiu a
sindicalização. “Os trabalhadores não se sentem como
parte da empresa e se afastam dos sindicatos. Sem
contar que há enorme pressão do patronato para a não
sindicalização.”
A falta de organização coletiva prevalece sobretudo
entre os autônomos. “Só de trabalhadores com
aplicativos, já são mais de 2 milhões no País. Esses
‘patrões de si mesmos’ não vão se sindicalizar, pois
não enxergam os sindicatos como instituições que
protegem os trabalhadores.” O fenômeno, no entanto,
vai além do movimento sindical. “A despolitização da
maioria da sociedade brasileira deixa os
trabalhadores mais vulneráveis às intempéries das
relações de trabalho – e menos afeito à luta
coletiva por conquista e manutenção de direitos,
cujos protagonistas são os sindicatos.”
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da
Força Sindical, reforça que os retrocessos legais
não se restringiram à reforma trabalhista. “A queda
da sindicalização já se observa há um certo tempo e
está ligada a mudanças na legislação nos governos
Temer e Bolsonaro”, opina.
“Além do trabalho temporário, dos acordos
individuais de trabalho e da retirada das
homologações nos sindicatos, tivemos a queda da
contribuição sindical, que levou à diminuição do
financiamento das entidades. Vários serviços
prestados pelos sindicatos aos trabalhadores tiveram
de ser fechados”, acrescenta.
Saídas
Os sindicalistas concordam que mudanças econômicas são
essenciais para frear a crise. “Só com crescimento
do emprego formal com registro em carteira é que
criaremos as condições para maior organização
sindical”, resume Juruna. A seu ver, sindicatos,
federações, confederações e centrais devem promover
uma “campanha nacional de sindicalização”, com ações
nos locais de trabalho e divulgação na grande mídia.
“Poderíamos diluir o custo disso entre os
participantes.”
Sua proposta é compartilhada por Vargas Netto.
“Escrevi no começo do ano que o movimento sindical
deveria fazer uma campanha nacional de
sindicalização, dada a aflição que os números
causam. Ainda está em tempo”, afirma. “Que 2024 seja
o ano da sindicalização, associada a qualquer ação
das entidades. Assim que concluírem campanhas
salariais ou conquistarem PLRs, as direções
sindicais devem ‘subir às bases’, unitariamente,
para sindicalizar e ressindicalizar.”
Nivaldo reforça o vínculo indispensável entre um
novo cenário econômico e a atuação do movimento
sindical. “Um ambiente econômico-trabalhista mais
favorável para a reversão desse quadro passa por
crescimento econômico, retomada da industrialização,
criação de empregos de qualidade e revogação das
reformas regressivas. Além disso, trabalho intenso
de base, formação classista e renovação das formas
de organização e de luta são imprescindíveis para a
retomada do fortalecimento sindical.”
Fonte: Portal Vermelho
28/06/2024 -
Lula diz que ama inflação baixa e não é contra
desoneração
Presidente defende que setores privados devem dar
contrapartida
Após modificar o sistema de metas de inflação, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta
quarta-feira (26) que a taxa baixa significa
dinheiro no bolso do povo brasileiro. Ele lembrou de
quando a inflação no país era de 80%, obrigando as
pessoas a fazerem estoque de produtos.
“Ninguém nesse país conhece a inflação como eu,
porque eu vivi dentro de uma fábrica com inflação de
80% ao mês. eu recebia meu pagamento no dia 10 e
corria de noite para um atacadista para comprar
excesso de papel higiênico, de óleo de soja e de
tudo que não fosse perecível, porque se não o meu
salário desaparecia com a inflação. Então, eu amo
inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa
e quer inflação baixa porque isso significa dinheiro
no bolso”, disse Lula, após evento de apresentação
de novos ônibus escolares, em Brasília.
O governo publicou nesta quarta-feira decreto
modificando o sistema de metas de inflação,
instituindo, a partir de 2025, a meta contínua, sem
vinculação ao ano-calendário.
Segundo Lula, a meta de inflação é um número a ser
perseguido. “Não é a primeira vez que a gente
discute meta de inflação. A meta de inflação é um
número a ser perseguido, então nós vamos trabalhar
para tentar levar a inflação para a meta com 1,5
[ponto percentual] a mais ou 1,5 a menos. No meu
outro mandato era [uma meta de] 4,5 com uma banda de
2 para cima e 2 para baixo. Então, nós vamos manter
isso”.
Lula disse que não é contra a desoneração da folha
de pagamento para alguns setores da economia, no
entanto lembrou que é preciso ter contrapartida do
setor privado. “O empresário que quer desoneração
tem que garantir estabilidade no emprego, ele não
pode querer desoneração só para aumentar o lucro”,
disse o presidente, lembrando que em 2008 aprovou
US$ 47 bilhões de desonerações, no entanto, havia
previsão de contrapartidas.
O presidente disse que ainda não avaliou as
sugestões negociadas entre a área econômica do
governo e o Congresso Nacional sobre as medidas para
compensar a perda de receitas com a desoneração da
folha de pagamento para 17 setores da economia e
para pequenos municípios.
“Estamos dispostos a fazer alguma coisa para que o
país não fique tensionado, não queremos atrapalhar
ninguém. Mas o governo não pode ficar só abrindo mão
de receita.
Para o presidente, o Brasil vive um bom momento na
área econômica, com controle da inflação e
crescimento de investimentos e de empregos. “Não
olhe a economia brasileira apenas pela macroeconomia
que aparece na televisão. Olhe pela microeconomia,
que aparece nos créditos dos pequenos. Esse crédito
faz milagre”.
Fonte: Agência Brasil
28/06/2024 -
Taxar 3 mil bilionários no mundo irá arrecadar R$
1,3 trilhão por ano
Estudo encomendado pela presidência brasileira do
G20 ao economista francês Gabriel Zucman sustenta
imposto global de 2% nos super-ricos para reduzir
desigualdades sociais
O Brasil ocupa a presidência do G20 em 2024 e tem
como uma de suas bandeiras a tributação de
super-ricos como forma de diminuir as desigualdades
sociais. A referência utilizada é de um imposto
mínimo de 2% sobre a riqueza de bilionários em todo
o mundo, o que é capaz de arrecadar até 250 bilhões
de dólares todos os anos (1,35 trilhão de reais na
cotação atual). Os números que servem como
referência para a proposta brasileira são oriundos
de estudo encomendado pelo grupo ao economista
francês Gabriel Zucman, professor da Escola de
Economia de Paris e da Universidade da Califórnia.
Zucman apresentou sua proposta de tributação
progressiva, na última terça-feira (25). A previsão
é de que atinja, inicialmente, 3 mil pessoas que
detêm mais de 1 bilhão de dólares entre ativos,
imóveis, ações e participação na propriedade de
empresas, como exemplo.
Segundo ele, “apenas indivíduos com patrimônio
líquido ultraelevado e pagamentos de impostos
particularmente baixos seriam afetados”. O
economista entende que a postura brasileira em
defesa dessa proposta é corajosa. Ele observa que
para a implementação de algo nesse sentido é
fundamental cooperação internacional como forma de
impedir que os super-ricos ocultem patrimônio em
países com menor tributação ou que não estejam
alinhados com a governança pregada pelo G20. No
entanto, pondera que ainda é preciso discussões
quanto à forma de emprego da medida, se em grupo, ou
individualmente, para avançar.
No site do G20, é a apresentado que a matriz da
proposta brasileira de tributação progressiva
destaca os seguintes desafios de implementação:
“como determinar o valor da riqueza dos indivíduos;
a superação da opacidade financeira internacional,
melhorando a transparência das informações sobre
transações e a coordenação internacional
“imperfeita”, já que alguns países podem aderir ao
padrão de tributação, não sendo necessário que todos
o implementem.”
Também é trazido no estudo de Zucman um cenário em
que pessoas com mais de US$ 100 milhões seriam
tributadas. Isto acrescentaria US$ 140 bilhões, algo
próximo a R$ 761,1 bilhões na arrecadação anual com
a taxação de super-ricos.
Além do Brasil, França, Espanha e África do Sul já
declararam apoio à proposta. A medida será debatida
na próxima reunia com ministros das Finanças dos
países do G20 que acontece em julho, no Rio de
Janeiro.
Concentração de renda
De acordo com o estudo, a taxa de crescimento da
riqueza dos bilionários foi de 7,5% (média) nos
últimos quarenta anos, enquanto a tributação dessa
riqueza de apenas 0,3%.
Outro ponto que chama a atenção é que os bilionários
quase não pagam impostos, que varia entre 0% a 0,6%
do que possuem, ou seja, são “isentos”.
Mais uma constatação é de que a fortuna dos
bilionários vem crescendo, o que amplia as
desigualdades. Enquanto o valor de seus patrimônios
representava 8% do PIB mundial em 2008, hoje este
valor representa 13%.
De acordo com o colunista Jamil Chade, apenas 105
pessoas da América Latina, que juntas somam
patrimônio de US$ 419 bilhões, seriam tributadas.
Nesse computo, quase metade são brasileiras, pois 50
brasileiros possuem mais de US$ 1 bilhão. A maioria
dos 3 mil bilionários (35%) estão nos Estados
Unidos, França, Holanda e Itália.
Fonte: Portal Vermelho
27/06/2024 -
Paim apresenta emenda ao PL 2.830 que impede
cobrança da contribuição assistencial
O prazo para apresentação de emendas ao texto
do PL 2.830/19 aprovado na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado, com emenda
antissindical, que impede a cobrança da taxa
assistencial, encerrou-se nesta segunda-feira (24).
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emenda que
busca suprimir o artigo que dispõe sobre a objeção à
cobrança da contribuição assistencial.
Essa suprime o artigo 2° do projeto, na forma da
Emenda 1-CCJ.
Há ainda recurso do líder do governo no Senado,
Jaques Wagner (PT-BA), para que a matéria seja
examinada pelo plenário da Casa, já que a decisão da
CCJ é terminativa. Isto é, não há a necessidade de o
projeto ser votado pelos demais senadores.
O PL 2.830 foi aprovado pela comissão há 3 semanas,
com emenda do relator, senador Rogério Marinho
(PL-RN), que veta a cobrança pelos sindicatos da
taxa assistencial em razão da celebração de acordo
ou convenção coletiva de trabalho.
Fonte: Diap
27/06/2024 -
Governo Lula 3: espaços para fortalecer a luta
sindical
O governo do presidente Lula, assim que tomou
posse em 2023 para o terceiro mandato, criou 3
espaços de diálogo permanente com o movimento
sindical. Isso para construir propostas, com o
objetivo de apresentar nova agenda para fortalecer
os sindicatos e a negociação coletiva para os
trabalhadores em geral, servidores e empregados
públicos de empresas estatais.
Neuriberg Dias*
O primeiro espaço foi destinado aos
trabalhadores em geral, como resposta à Reforma
Trabalhista, Terceirização, Pejotização,
trabalhadores informais e conectados em plataformas
digitais.
Com o objetivo de promover o diálogo entre capital e
trabalho para ajustar mudanças que prejudicaram os
direitos dos trabalhadores e enfraqueceram a
organização sindical nos governos Temer e Bolsonaro.
Os decretos 11.477/23, 11.496/23 e 11.513/13
permitiram, respectivamente:
• a criação do GTI (grupo de trabalho
interministerial) para elaboração de proposta de
reestruturação das relações de trabalho e
valorização da negociação coletiva;
• a retomada do CNT (Conselho Nacional do Trabalho),
entre outros conselhos; e
• a proposta de regulamentação das atividades de
prestação de serviços, transporte de bens,
transporte de pessoas e outras atividades executadas
por meio de plataformas tecnológicas, que resultou
no envio ao Congresso do PLP (Projeto de Lei
Complementar) 12/24, em discussão na Câmara dos
Deputados.
Diálogo amplo
As centrais sindicais têm mantido diálogo permanente
com o governo e ministérios, setor empresarial e as
representações sindicais e o Legislativo e as
lideranças para construir proposta consensual,
condição indispensável para aprovação no Congresso
Nacional.
Isso porque tramitam no Legislativo várias propostas
para inviabilizar decisões do STF (Supremo Tribunal
Federal), que fortalecem a organização sindical,
como os PL 2.099/23 e 2.830/19, no Senado Federal,
entre outras.
O segundo espaço foi a reinstalação da MNNP
(Mesa Nacional de Negociação Permanente) dos
servidores públicos federais com a publicação da
Portaria 3.634/23 e a instituição do GTI (Grupo de
Trabalho Interministerial) para elaboração de
proposta de regulamentação da negociação das
relações de trabalho no âmbito da Administração
Pública federal, prevista no Decreto 11.669/23.
Ambas as mesas são espaços de diálogo que buscam
garantir que os servidores públicos federais possam
negociar de forma eficaz questões salariais,
condições de trabalho e outros direitos,
estabelecendo marco legal que assegure a
legitimidade e a eficácia desses processos
bipartites.
No segundo caso, com a participação de servidores
das esferas municipais e estaduais, teve a missão de
colocar em prática no Brasil as diretrizes previstas
na Convenção 151, da OIT (Organização Internacional
do Trabalho), sobre da negociação coletiva, no
âmbito da Administração Pública.
Avanços da Mesa Permanente
Dentre os avanços da Mesa Nacional de Negociação
Permanente, destaque-se:
• a regulamentação do artigo 92, da Lei 8.112, que
trata da permanência de dirigentes com mandato
classista na folha de pagamento do governo federal;
• o reajuste geral para servidores públicos e de
várias categorias;
• o aumento do vale-alimentação geral para
servidores públicos, entre outras conquistas e
negociações em curso no governo federal; e
• do GT, a conclusão da minuta de proposta de
regulamentação da Convenção 151, da OIT, que aguarda
assinatura do presidente da República, com previsão
de enviar ao Congresso, no segundo semestre de 2024.
O terceiro espaço — atendeu às reivindicações
dos empregados públicos em estatais.
No âmbito do MGI (Ministério da Gestão e Inovação),
liderado pela Sest (Secretaria de Coordenação e
Governança das Estatais), foi criada mesa de
negociação, com o propósito de discutir a derrubada
ou buscar alternativas às normas que limitavam a
negociação coletiva dos sindicatos, que representam
os empregados de estatais.
Para eliminar as barreiras que impediam a plena
realização da negociação coletiva, após intensa
pressão das entidades representativas dos
trabalhadores das estatais, o governo revogou a
CGPAR 42 (Comissão Interministerial de Governança
Corporativa e de Administração de Participações
Societárias da União), substituindo-a por novo texto
que atendeu, em grande parte, às demandas dos
trabalhadores.
Custeio dos planos de saúde
Além do avanço da livre negociação entre os sindicatos
e as estatais para determinar benefícios e direitos
nos acordos coletivos, reconhecendo a autonomia
gerencial das empresas estatais e observando a
exposição de riscos das empresas, a medida retirou o
que era considerado o pior aspecto da resolução: o
limite de 50% imposto às empresas no custeio dos
planos de saúde dos empregados.
Agora, com a publicação da resolução substituta —
CGPAR 52 —, a participação da empresa estatal
federal no custeio de planos de saúde poderá ser de
até 70% da despesa total.
Dos 3 espaços de diálogo constituídos —
trabalhadores em geral, servidores públicos e
empregados públicos —, apenas o último apresentou
avanços positivos.
As demais propostas que estão em fase de negociação,
por dependerem da tramitação no Congresso, trazem
desafios adicionais que exigirão robusta e cuidadosa
articulação com os parlamentares para superar
resistências políticas e divergências ideológicas
para avançar essas propostas no atual contexto
político, econômico e social.
Esses, de modo geral, são os cuidados necessários
com os quais o movimento sindical deve se orientar.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap. É sócio-diretor da Contatos
Assessoria Política.
Fonte: Diap
27/06/2024 -
Comissão debate a exclusão de aposentados e de
pensionistas da política de reposição salarial do
governo
A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos
Deputados debate nesta quinta-feira (27) a exclusão
de aposentados e pensionistas da política de
reposição salarial do governo. O debate foi
solicitado pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ).
O parlamentar explica que, após sete anos de
congelamento salarial, os servidores públicos
federais receberam, em 2023, reposição de 9%. Para
2024, acrescenta, a proposta é reajustar somente os
benefícios, o que, segundo Glauber Braga, exclui os
aposentados. "Os aposentados não recebem
auxílio-creche, vale-alimentação e a maioria
tampouco tem plano de saúde", destaca.
Ele acrescenta que uma parcela importante do serviço
público sofre descontos de contribuição
previdenciária compulsória. "É fundamental discutir
e apoiar a PEC 555/06 e a PEC 6/24, para pôr fim a
essa injustiça que confisca salários dos
servidores", argumenta.
O parlamentar informa ainda que a Fundação Geap
Saúde está implantando um projeto etarista e
discriminatório, "cuja finalidade central é reduzir
as contribuições dos segurados com menor faixa
etária e o reajuste de 8,1% nas tabelas para os
beneficiários com mais de 59 anos de idade".
A reunião será realizada no plenário 3, às 10 horas,
e poderá ser acompanhada pelo canal da Câmara dos
Deputados no YouTube.
Fonte: Agência Câmara
27/06/2024 -
Lula descarta desvinculação de benefícios e BPC do
salário mínimo: “Não será mexido”
"Garanto que o salário mínimo não será mexido
enquanto eu for presidente da República", afirmou
Lula; presidente também descartou mexer em pisos
para saúde e educação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
descartou, nesta quarta-feira (26), a hipótese de
desvinculação de pensões e benefícios como o BPC
(Benefício de Prestação Continuada) da política de
ganhos reais do salário mínimo.
As declarações de Lula foram dadas durante
entrevista ao UOL, no Palácio do Planalto. Segundo o
petista, o governo vem estudando medidas para
enxugar gastos e aumentar a arrecadação, mas o
salário mínimo não entra na lista.
“Não. Garanto que o salário mínimo não será mexido
enquanto eu for presidente da República. Quando você
aumenta o salário mínimo, tem de sempre colocar a
reposição inflacionária para manter o poder
aquisitivo. O crescimento do PIB é exatamente para
isso, para você distribuir entre os 213 milhões de
brasileiros. Eu não posso penalizar a pessoa que
ganha menos”, afirmou Lula.
“Eu não considero isso gasto. O salário mínimo é o
mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu
achar que eu vou resolver o problema da economia
brasileira apertando o mínimo domínio, eu estou
desgraçado, cara”, prosseguiu o presidente. “O nosso
lema é o seguinte: é preciso garantir que todas as
pessoas consigam viver dignamente. Por isso, temos
de repartir o pão de cada dia em igualdade de
condições.”
Piso para saúde e educação
Lula também refutou qualquer possibilidade de
alteração no piso mínimo para investimentos em
educação e saúde. “Se você quiser investir na
educação, não tem jeito: tem que contratar
professor, funcionário, fazer mais laboratórios e
salas de aula. Nós vamos continuar investindo em
educação e em saúde”, disse o petista.
Lula afirmou, ainda, que, em sua avaliação, o gasto
em seu governo “está bem feito”, embora possam ser
realizados alguns ajustes.
“O orçamento da União é um bolo de arrecadação e
você tem de distribuí-lo. No Brasil, habitualmente,
não se faz política social, e nós queremos fazer
política de inclusão social que permita que as
pessoas tenham possibilidade de crescer. Temos de
saber se o gasto está sendo bem feito, e eu acho que
está. Nós agora estamos fazendo uma análise sobre
onde tem gasto exagerado, com muita tranquilidade,
sem levar em conta o nervosismo do mercado”, afirmou
Lula.
Para Lula, “o problema não é que tem de cortar; o
problema é saber se precisa, efetivamente, cortar ou
se precisa aumentar a arrecadação”.
Fonte: InfoMoney
27/06/2024 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,39% em junho
IPCA-15 acumula inflação de 1,04% no ano
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15) - que mede a prévia da inflação oficial no
país - ficou em 0,39% em junho deste ano. A taxa é
menor que a observada em maio (0,44%), mas superior
ao percentual de junho de 2023: 0,04%. O dado foi
divulgado nesta quarta-feira (26), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula inflação de 1,04%
no ano. Em 12 meses, a taxa é de 4,06%, acima dos
3,70% da prévia de maio.
Maior impacto
Em junho, o grupo de despesas alimentação e bebidas
foi o que teve o maior impacto no IPCA-15, com
inflação de 0,98%. Os itens que mais contribuíram
para a alta de preços foram batata inglesa (24,18%),
leite longa vida (8,84%), arroz (4,20%) e tomate
(6,32%).
Também apresentaram altas de preços os grupos de
despesa habitação (0,63%), saúde e cuidados pessoais
(0,57%), vestuário (0,30%), despesas pessoais
(0,25%), comunicação (0,17%) e educação (0,05%).
Dois grupos de despesa tiveram deflação (recuo de
preços): artigos de residência (-0,01%) e
transportes (-0,23%). Neste último, os itens que
mais contribuíram para a queda foram passagem aérea
(-9,87%), etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%),
óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%).
Fonte: Agência Brasil
26/06/2024 -
TST vai decidir validade de dissídio coletivo quando
uma das partes não quer negociar
O Tribunal Pleno decidiu submeter a questão à
sistemática de recursos repetitivos, a fim de
unificar o entendimento a respeito
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho decidiu
nesta segunda-feira, por maioria, discutir se a
regra que exige o comum acordo para o ajuizamento de
dissídio coletivo vale mesmo quando uma das partes
deliberadamente se recusa a participar do processo
de negociação coletiva, em violação ao princípio da
boa-fé. A questão será submetida à sistemática dos
recursos repetitivos, e a tese a ser aprovada no
julgamento do mérito deverá ser aplicada a todos os
casos que tratem do mesmo tema.
Comum acordo
O artigo 114, parágrafo 2º, da Constituição Federal
estabelece que, quando uma das partes se recusa a
participar de negociação ou arbitragem, elas podem,
de comum acordo, ajuizar o dissídio coletivo de
natureza econômica - que visa, entre outros
aspectos, definir reajustes salariais. A expressão
“de comum acordo” foi introduzida pela Emenda
Constitucional 45/2004 (Reforma do Judiciário). Até
então, não havia essa exigência.
Com a alteração, a Seção Especializada em Dissídios
Coletivos (SDC) do TST firmou o entendimento de que
a concordância do sindicato ou do membro da
categoria econômica não teria de ser necessariamente
expressa. Em algumas circunstâncias, ela poderia ser
tácita - como no caso em que não há oposição
explícita da entidade patronal, ou em que há
negociação, mas ela chega a um impasse total ou
parcial.
Ocorre que, em diversos casos, uma das partes se
recusa tanto a negociar quanto a concordar com o
ajuizamento do dissídio. Nessa situação, há
julgamentos conflitantes da SDC e divergências
também no âmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho
(TRTs). Em razão disso, o ministro Mauricio Godinho
Delgado propôs uniformização da questão.
Ao defender sua proposta,ressaltou que, em 2023, dos
94 dissídios coletivos de natureza econômica
julgados pela SDC, 32 tratavam da questão jurídica
relativa ao pressuposto do “comum acordo”. Em 2022,
foram julgados 130 processos desse tipo, e 66 deles
tinham, como tema, a mesma questão jurídica. Esses
dados, a seu ver, confirmam a importância da matéria
e a potencialidade de risco de julgamentos díspares
que comprometam a isonomia e a segurança jurídica.
No mesmo sentido, o presidente do TST, ministro
Lelio Bentes Corrêa, revelou que há em tramitação na
corte, atualmente, 50 processos sobre o tema. Nos
TRTs, foram recebidos 634 em 2021, 549 em 2022 e 518
em 2023, totalizando cerca de 1.600 processos em
três anos.
Ainda de acordo com o relator, a questão se reflete
também nas relações sociotrabalhistas em razão de
seu impacto na negociação coletiva, “método mais
relevante de pacificação de conflitos na
contemporaneidade e instrumento extremamente eficaz
de democratização de poder nas relações por ela
englobadas”.
Questão jurídica
A questão de direito a ser discutida é a seguinte:
A recusa arbitrária do sindicato empresarial ou
membro da categoria econômica para participar do
processo de negociação coletiva trabalhista viola a
boa-fé objetiva e tem por consequência a
configuração do comum acordo tácito para a
instauração de Dissídio Coletivo de Natureza
Econômica?
Processo: IRDR-1000907-30.2023.5.00.0000
Fonte: TST
26/06/2024 -
A
pauta sindical que orienta as lutas
Prioridades da agenda sindical 2024/25
Por Clemente Ganz Lucio
As Centrais Sindicais lançaram em abril de 2022 a
Pauta da Classe Trabalhadora, documento no qual
apresentam 63 diretrizes para o desenvolvimento
brasileiro a partir da perspectiva do mundo do
trabalho. A Pauta reúne e consolida as propostas
unitárias deliberadas nos Congressos das Centrais
Sindicais e foi lançada na Conferência Nacional da
Classe Trabalhadora.
Desde então as Centrais atuam para implementar as
propostas da Pauta nos espaços institucionais no
âmbito federal junto aos poderes executivos,
legislativo e judiciário. Algumas das reivindicações
foram encaminhadas pelo Governo Federal, tratadas na
Câmara dos Deputados, no Senado, no Supremo Tribunal
Federal – STF ou no Tribunal Superior do Trabalho –
TST, das quais destacamos:
- Implementação da política de valorização do
salário mínimo.
- Aprovação da Lei 14.611/2023 que trata da igualdade
salarial entre mulheres e homens nos locais de
trabalho.
- Consolidação e ampliação do Bolsa Família de R$
600,00, agora incluído R$ 150,00 por criança até 6
anos e R$ 50,00 para jovens de 7 a 18 anos.
- Retomada dos espaços de participação
institucional, Grupos de Trabalho, Comissões,
Conselhos e Conferências, de âmbito setorial ou
temático.
- Ampliação das políticas de combate à fome e à
pobreza e retomada do programa Minha Casa Minha
Vida, entre outras importantes políticas sociais.
- Correção da tabela de imposto de renda para
salários até 2 SM.
- Proposta de regulação da proteção dos
trabalhadores por aplicativos com o acordo
tripartite transformado no projeto legislativo – PLC
12/2024 – em debate no Congresso Nacional.
- Processo de elaboração de projeto que trata da
valorização da negociação coletiva, atualização do
sistema sindical e regulamentação do direito de
negociação dos servidores públicos.
- Reconhecimento da contribuição assistencial como
forma de financiamento sindical, derivada da
negociação coletiva e paga por aqueles abrangidos e
beneficiados pelos acordos ou convenções coletivas.
- Implementação da NIB – Nova Indústria Brasil, na
qual estão definidas as bases, objetivos e metas da
política de desenvolvimento produtivo a partir da
industrialização.
O processo econômico, social e político exige a
permanente atualização da Pauta, indicando as
prioridades para o contexto situacional próximo
futuro. Na recente Plenária, realizada no dia 22 de
maio em Brasília, da qual participaram milhares de
dirigentes de todo o país de entidades sindicais das
bases das Centrais, foram destacadas e aprovadas
vinte Prioridades da
Pauta da Classe Trabalhadora para 2024.
O enfretamento e superação da tragédia climática e
ambiental ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul é
a primeira prioridade, com propostas reunidas no
documento específico “Enfrentamento
da mudança climática e da emergência ambiental,
perspectiva do trabalho, do emprego, da renda e dos
direitos: respostas emergenciais e transformações
estruturais a partir da tragédia do Rio Grande do
Sul”.
A Pauta prioriza a implementação de políticas de
desenvolvimento produtivo para todos os setores
econômicos; o fortalecimento do Estado para atuar
como promotor do desenvolvimento econômico e
socioambiental sustentáveis; atender as
características e diversidades dos territórios
visando ao desenvolvimento local e regional; dar
prioridade para as micro, pequenas e médias
empresas, para a economia solidária e popular e as
cooperativas, oferecendo crédito, inovação,
assistência técnica e administrativa; ampliar os
investimentos em pesquisa, inovação, ciência e
tecnologia.
São prioridades a implementação do Plano Nacional da
Educação, o fortalecimento do SUS (Sistema Único de
Saúde), a ampliação das políticas de saúde e
segurança no trabalho, a consolidação da política de
moradia popular e do Plano Nacional de Saneamento
Básico.
Combater todas as formas de desigualdades e apoiar
as políticas de enfretamento e superação dessas
iniquidades continua sendo prioridade. Destaca-se o
encaminhamento da reforma tributária orientada pela
progressividade dos impostos sobre a renda e o
patrimônio, aumento da tributação sobre grandes
heranças e riquezas, lucros e dividendos.
No âmbito do mundo do trabalho, as prioridades visam
à ampliar e atualizar as políticas ativas de geração
de trabalho e renda para enfrentar o desemprego, o
subemprego, a rotatividade e a informalidade,
promovendo os direitos trabalhistas, previdenciários
e sociais.
Considera-se fundamental aprovar o Projeto de
Valorização da Negociação Coletiva no setor privado
e público (Convenção 151 OIT) e de Atualização do
Sistema Sindical, fundado na autonomia sindical,
visando à incentivar as negociações coletivas e
regulando-as para o setor publico, promover solução
ágil dos conflitos, garantir os direitos
trabalhistas, assegurar o direito à greve e coibir
as práticas antissindicais. Busca-se favorecer a
reestruturação da organização sindical para ampliar
a representatividade e a organização em todos os
níveis, estimulando a cooperação sindical entre os
trabalhadores e o respeito às assembleias, inclusive
com o financiamento solidário e democrático da
estrutura sindical.
Ainda no campo do mundo do trabalho é urgente
aprovar no Congresso Nacional o Projeto
PLC 12/2024 que regulamenta os direitos
trabalhistas, previdenciários e sindicais dos
trabalhadores mediados por plataformas no transporte
de pessoas e que pode se tornar um novo paradigma
para a proteção laboral de milhões de trabalhadores.
As Centrais propõem que a implementação do direito à
Igualdade Salarial (Lei14.661/2023) entre mulheres e
homens nos locais de trabalho seja efetivada por
meio da negociação coletiva e de acordos e
convenções coletivas.
O fortalecimento do Ministério do Trabalho e Emprego
é fundamental para atuar como coordenador do sistema
público de trabalho, emprego e renda; para garantir
formação e qualificação profissional, intermediação
pública de mão de obra e seguro-desemprego; para
investir na política de transição escola trabalho
para jovens; para combater os acidentes e as doenças
do trabalho; para promover a proteção e a
fiscalização das relações de trabalho, assegurando a
aplicação dos direitos trabalhistas e
previdenciários; para combater as fraudes no uso de
PJs (Pessoas Jurídicas) e MEIs (Microempreendedor
Individual); e para o vigoroso combate ao trabalho
infantil e ao trabalho análogo ao escravo.
Destacam-se como prioridade da Pauta da redução da
jornada de trabalho; a implementação da Política
Nacional de Cuidados; a recuperação do poder de
compra de aposentados e pensionistas.
Fortalecer o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador
como financiador das políticas públicas de emprego,
trabalho e renda e de lastro para o BNDES,
eliminando as transferências deste Fundo para o
financiamento da previdência social e fortalecer o
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, na
proteção do trabalhador e no financiamento de
políticas de moradia, saneamento e infraestrutura
social é outra prioridade.
A Pauta orienta o trabalho organizativo, as jornadas
de lutas e o trabalho institucional das Centrais
Sindicais junto aos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Para subsidiar a atuação institucional junto ao
Congresso Nacional foi lançada a
Agenda Legislativa das Centrais Sindicais 2024,
destacando 30 projetos de lei que tramitam no
Legislativo Federal que tratam de questões
relacionadas ao mundo do trabalho e que terão
atenção permanente das Centrais Sindicais. Cada
Projeto destacado será analisado no trâmite
legislativo, para o qual serão produzidos pareceres
que orientarão o posicionamento sindical. O trabalho
junto ao Congresso Nacional inclui o monitoramento
dos novos projetos que venham a ganhar destaque no
trâmite legislativo e a política de diálogo
permanente com os/as parlamentares.
Para orientar a atuação institucional junto ao Poder
Judiciário foi lançada a
Agenda Jurídica das Centrais Sindicais junto ao STF
2024, mapeando os processos em curso no Supremo
Tribunal Federal que tratam de questões relacionadas
ao mundo do trabalho. A agenda contém um glossário
de termos atinentes ao processo no Judiciário,
analisa cada processo e aporta outras informações
relevantes.
Esses documentos mapeiam, reúnem e posicionam
desafios estruturais e estratégicos para o mundo do
trabalho e que estão em debate, ou em disputa, na
construção futura do desenvolvimento econômico e
socioambiental do Brasil. A dinâmica das lutas, dos
processos sociais e institucionais mudam o tempo
todo, o que demanda permanente atualização das
agendas e das prioridades. A rotina exige
preparar-se a cada dia para uma nova batalha,
analisar o contexto situacional e agir. Enfrentar e
superar esses desafios exige luta, cooperação,
articulação, diálogo social e negociação,
enfrentamentos, oposição, disposição para firmar
acordos e muita dedicação e determinação para a
implementação.
Clemente Ganz Lúcio é Sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS –
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Sustentável da Presidência da República, membro do
Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e
ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020).
Fonte: Rádio Peão Brasil
26/06/2024 -
INSS reforça segurança após expor dados de
aposentados
Logins e senhas antigos podem ter caído nas mãos
de fraudadores, que utilizaram dados dos segurados
para pedir empréstimos consignados. Órgão anunciou
novas regras de autenticação
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
confirmou nesta segunda-feira (24) que cerca de 40
milhões de aposentados e pensionistas tiveram seus
dados cadastrais expostos. Após reportagem do jornal
Folha de S.Paulo, o órgão confirmou acesso sem
controle no Sistema Único de Informações de
Benefícios (Suibe) e reforçou as medidas de
segurança.
Não houve prejuízo aos cofres públicos, porque o
Suibe não é usado para liberar benefícios. O sistema
apenas armazena dados dos beneficiários como nome,
Cadastro de Pessoa Física (CPF), tipo de benefício
(aposentadoria, pensão, salário-maternidade,
auxílios e Benefício de Prestação Continuada), data
de concessão e valor recebido.
Conforme o INSS, gestões passadas firmaram acordos
de cooperação com órgãos governamentais que também
têm acesso aos dados. No entanto, não havia
monitoramento para as senhas. O acesso se dava
apenas com login e senha, sem camadas de segurança
como autenticação de duplo fator, certificado
digital e criptografia.
Após os servidores deixarem as funções, os logins e
as senhas continuavam válidos, podendo cair nas mãos
de hackers, fraudadores ou criminosos. Um dos
possíveis usos das senhas externas é a venda de
dados a financeiras que oferecem crédito consignado
a beneficiários. Outra possibilidade é que
criminosos, de posse dos dados, tenham pedido
crédito especial no nome do segurado do INSS.
O INSS diz não ter provas concretas de que houve
vazamento de dados do Suibe. Mas o órgão acumula um
histórico de reclamações de segurados que souberam
da concessão do benefício por meio de terceiros.
Medidas
Em nota, o INSS informou que a Dataprev, órgão que
desenvolveu a solução tecnológica do Suibe, detectou
um aumento no fluxo de pedidos de informações ao
sistema. As senhas externas foram suspensas
imediatamente, e o governo criou um protocolo para a
concessão de acessos por outros órgãos federais. O
acesso externo agora exigirá certificado digital e
criptografia.
O INSS informou que ainda está levantando o impacto
da exposição de dados dos beneficiários e
verificando se, de fato, houve vazamento de
informações. Somente após a conclusão das análises,
o caso será encaminhado à Polícia Federal.
“O Suibe foi o primeiro sistema extrator de dados do
INSS que teve o fluxo de acesso alterado pelas novas
regras de segurança tecnológica, que estão sendo
renovadas em 2024. Os sistemas que geram a concessão
de benefícios já estão com a nova camada de
segurança”, destaca o comunicado.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual
26/06/2024 -
Uso de inteligência artificial cresce e preocupa TSE
nas próximas eleições
Servidores do órgão acompanham a utilização da
tecnologia ao redor do mundo
Em diversas regiões do globo, pleitos eleitorais são
deturpados com o avanço do uso indevido da
inteligência artificial, principalmente com o
recurso da “deepfakes” — técnica que permite trocar
o rosto de pessoas em vídeos, com falas e contextos
falsos, como um apoio fictício de uma figura pública
a um candidato, por exemplo.
O TSE afirmou ao jornal O Globo que servidores do
órgão acompanham a utilização da tecnologia ao redor
do mundo, com participação em eventos e workshops
internacionais. Em nota, o TSE informou ainda que
este monitoramento é uma prioridade da Corte.
“O uso da inteligência artificial no processo
eleitoral está entre as prioridades do TSE, que
acompanha sim o tema e o modo como essa tecnologia é
empregada ao redor do mundo”, diz a nota.
Fonte: Brasil247
25/06/2024 -
Avançam as negociações pró-custeio sindical
Centrais, Confederações e outras entidades, com
apoio das assessorias, articulam em Brasília um
modelo estável de custeio sindical.
Para André Santos, originário do Diap e atualmente
assessor parlamentar e sindical, muitos no Congresso
consideram desequilibrada a relação
capital-trabalho, agravada pela reforma trabalhista
de Michel Temer, em 2017.
“Esse também é o entendimento do Supremo, ao julgar
constitucional a contribuição, inclusive de
não-sócios, se autorizada por assembleia”,
argumenta. Igual posição expressa a Conalis, do MPT,
por meio da Nota número 9, de maio último.
O sindicalismo sofreu derrota recente, na CCJ do
Senado, onde Rogério Marinho (PL-RN) pesou a mão.
Uma das novidades, agora, é que Marinho pediu
licença de quatro meses, a fim de coordenar
candidaturas a prefeituras de seu Estado, sejam do
PL ou vinculadas ao campo bolsonarista.
O novo modelo de financiamento sindical, bastante
debatido no Fórum das Centrais, como também por
Confederações de trabalhadores, pode, porém, surgir
de iniciativa da Câmara. Sindicalismo e
parlamentares progressistas têm tratado com o
deputado Luiz Gastão, PSD-CE, dada sua proximidade
com o empresariado.
Como o tema debatido se baseia na negociação
coletiva, eventual acordo acerca de um Modelo
precisa ser tratado por várias partes –
sindicalistas, empresários, deputados, senadores e
outras.
O tema custeio segue em suspenso. A matéria no
Senado pode ir ou não a voto no Plenário. Na Câmara,
caso a matéria prospere, não há um caminho só. A
Casa já possui um Projeto e relator do mesmo. Caso
se opte por um novo Projeto, aí haverá articulação
em torno do nome do relator e de outras questões.
Mais – Site do Diap e do Senado.
Fonte: Agência Sindical
25/06/2024 -
Sindicalismo Zumbi dos Palmares; por Carolina Maria
Ruy
Atacar o sindicalismo é a regra número um do
mercado. Quero dizer, da economia de mercado.
Poderia falar, do capitalismo, mas isso soaria fora
de moda. Até isso, ditar a moda, a economia de
mercado faz para se proteger. O que a ameaça é
antiquado, o que a alimenta, é moderno.
Moderno que, neste caso, se limita apenas à forma.
Uma forma cada vez mais mirabolante para perpetuar
um conteúdo arcaico e que deveria estar superado.
Na história do Brasil, todos os avanços da direita,
com sua economia de mercado, tiveram os
trabalhadores e os sindicatos como alvo primordial.
Foi assim com a UDN, que perseguiu Getúlio Vargas
por ele ter desmontado o poder oligárquico, criado a
legislação trabalhista e o Ministério do Trabalho,
apelidado de Ministério da Revolução.
Foi assim na ditadura militar, que invadiu
sindicatos e perseguiu sindicalistas. Foi assim com
Michel Temer e sua deforma trabalhista e também com
Jair Bolsonaro, para quem “patrão sofre no Brasil”.
Atualmente o governo de Luiz Inácio Lula da Silva
enfrenta grande resistência para governar para o
povo que precisa do Estado. Mesmo que o metalúrgico
Lula seja o presidente, a direita ainda avança por
outros lados, pelo Congresso Nacional e pela
imprensa colonizada.
E tirar dos trabalhadores todo e qualquer direito e
capacidade de organização política é a meta.
Jornalistas do mercado são ensinados a difundir ódio
e nojo aos sindicatos. E assim o fazem sem nenhum
compromisso com a verdade e sem nenhuma
responsabilidade social.
No dia 19/06, por exemplo, o membro do conselho
editorial da Folha, Hélio Schwartsman, que escreve
num daqueles editoriaizinhos da página 2 do jornal
impresso, emitiu, sem mais nem menos, opiniões sobre
a estrutura sindical levianas e que não correspondem
à realidade.
A coluna tem um título debochado: “Imposto Zumbi”.
Ora, para pessoas mais politizadas, Zumbi remete ao
grande guerreiro, líder quilombola, Zumbi dos
Palmares, principal ícone da resistência negra
contra a escravidão. Mas como esperar que um
elitista como Hélio Schwartsman lembre-se de que ele
também está evocando um líder popular em sua coluna
e não apenas a série americana The Walking Dead?
Segue-se então o texto falacioso: “Brasil tem um
problema com instituições zumbi, aquelas que, mesmo
depois de eliminadas, continuam circulando em
versões degeneradas. O imposto sindical é uma delas,
agora com o nome de contribuição assistencial”.
Segundo ele o imposto sindical, assim como um morto
ambulante, segue mesmo depois de eliminado.
Isso é uma grande mentira. O imposto sindical foi
extinto na famigerada reforma trabalhista de 2017, o
que é lamentável. Mas o fato é que contribuição
assistencial não tem nada a ver com o extinto
imposto.
Não cabe explicar pela milésima vez a diferença
entre contribuição assistencial e imposto sindical.
Basta fazer uma busca rápida na internet para
encontrar material farto e didático sobre o assunto.
A questão aqui é outra. Schwartsman sabe qual é a
diferença. A Folha também sabe. Mesmo assim eles
publicam essa desinformação já que o objetivo é
atacar os sindicatos e deixar a boiada da exploração
ao trabalhador passar.
O jornal faz isso, assim como outros órgãos da
imprensa também propagam obstinadamente a ideologia
antissindical da economia de mercado. Eles insistem
em defender que moderno é o trabalhador sem
direitos, como era nos primórdios da revolução
industrial quando trabalhava-se dez, doze, quatorze
horas por dia sem férias, sem descanso semanal, sem
13º, sem salário mínimo. O que são os chamados
trabalhadores por app, na grande maioria
entregadores e motoristas, senão uma nova versão do
povo semi-escravizado do advento das indústrias?
Esse é o mundo moderno do mercado. E da Folha.
Em seu texto, o jornalista defende o PL que pretende
banalizar o processo de contestação dos
trabalhadores quanto ao pagamento da taxa
assistencial definida nas Convenções Coletivas,
criado pelo senador Rogério Marinho, aquele que foi
eleito com patrocínio de grandes empresas para tirar
direitos dos trabalhadores. Segundo Schwartsman,
qualquer simplificação da burocracia é bem vinda e
“não tem como ficar contra” este novo ataque do
senador.
Discordo duplamente. O que ele chama de
simplificação da burocracia consiste em um incentivo
para que empresas implementem práticas
antissindicais, algo que muitas já fazem mesmo com o
trabalhador tendo que apresentar as cartas nos
sindicatos. É dar ainda mais força para o lado mais
forte e desproteger ainda mais o lado dos
trabalhadores. Por isto, sim, tem como ficar contra.
Não se trata apenas de promover a liberdade
individual, trata-se de resguardar a força de uma
classe social como um contrapeso ao avanço do
capitalismo selvagem.
Ele conclui dizendo que a reforma trabalhista –
aquela que foi o maior desmonte da CLT já visto em
nossa história, deveria ter sido ainda maior. Para
ele “ficou pela metade”. “Faltou acabar com a
unicidade”, disse. A unicidade, para quem não sabe,
é a existência de um sindicato por categoria na base
municipal, enquanto a pluralidade, que é o que o
mercado quer para liquidar de vez o sindicalismo, é
a possibilidade de existir diversos sindicados de
uma mesma categoria na base.
Parece democrático, mas não é. Os sindicatos não são
empresas, nem clubes, nem escritórios de serviços.
São organizações políticas criadas pelos
trabalhadores nos locais de trabalho. A democracia
está no poder do trabalhador em ingressar no
sindicato, constituí-lo, quando necessário, disputar
internamente, unir-se com os demais para defender
suas pautas. Não em colocar um sindicato contra o
outro enfraquecendo ambos. Isso eles também sabem, e
não querem dizer.
O que o establishment e sua imprensa fazem com o
povo com relação à luta sindical é demagogia e
enganação. A relação entre a contribuição
assistencial paga pelos trabalhadores e o benefício
que eles conquistam em forma de convenção coletiva e
negociação salarial é mais do que justa. É
emancipadora e civilizadora. É um caminho para maior
justiça e igualdade social que deve ser ampliado,
não restringido.
Mas a luta sempre foi dura e desequilibrada. E,
neste sentido, o movimento sindical deve se orgulhar
de evocar a figura de Zumbi. Não o Zumbi de Hélio
Schwartsman, que é um defunto ambulante, mas o
guerreiro Zumbi dos Palmares, aquele que lutou pela
libertação de um povo oprimido e explorado.
Carolina Maria Ruy é jornalista e coordenadora do
Centro de Memória Sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/06/2024 -
Precarização do trabalho enfraquece os sindicatos
Pesquisa do IBGE mostra queda de 6 milhões de
sindicalizados em 11 anos, acentuada pela reforma
trabalhista de 2017, desindustrialização e
informalidade, desafia sindicatos a buscarem novas
estratégias
por Nivaldo Santana*
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua) realizada pelo IBGE aponta
que o número de trabalhadores sindicalizados no
Brasil caiu para 8,4 milhões, 8,4% dos 100,7 milhões
de ocupados no país.
A pesquisa, divulgada no último dia 21 de junho,
mostra que em onze anos, de 2012 até 2023, diminuiu
em 6 milhões o número de sindicalizados. Entre 2022
e 2023, a queda foi de 713 mil.
O movimento sindical tem a responsabilidade política
de analisar as causas deste fenômeno de regressão no
número de sindicalizados – e consequente
enfraquecimento sindical – e buscar saídas para
reverter este quadro.
Os pesquisadores do IBGE contribuem para o debate
levantando hipóteses explicativas para essa queda
acentuada no número de trabalhadores associados às
suas entidades de classe.
Uma causa importante, sem dúvida, foi a
contrarreforma trabalhista de 2017, que deu status
legal à precarização do trabalho e, de quebra,
acabou com a contribuição sindical, uma fonte
importante do financiamento dos sindicatos.
A dita reforma legalizou o trabalho intermitente e
parcial, regulamentou a terceirização irrestrita,
flexibilizou a demissão, o descanso semanal, as
férias, a jornada de trabalho, restringiu o papel de
negociação dos sindicatos, etc.
Como consequência, avançou a informalidade e os
contratos flexíveis, situação que praticamente
inviabiliza o contato dos sindicatos com esses
segmentos de trabalhadores.
Outro ponto importante é a desindustrialização no
Brasil. Tradicionalmente, os sindicatos de
trabalhadores da indústria eram os mais fortes e
mobilizados. Neste segmento, a sindicalização caiu
de 21,3% para 10,3%.
No setor público, com tradição de grandes
mobilizações, também houve recuo na sindicalização.
Uma razão importante foi o aumento dos contratos
temporários, principalmente na área da Educação.
O setor público de transportes, também impactado
pelo recuo na sindicalização, passou a sofrer com o
avanço do trabalho por aplicativos e a consequente
diminuição de passageiros e dos profissionais do
setor.
Paralelamente, cresce o número de trabalhadores por
conta própria, sem carteira assinada e o emprego
doméstico. Trabalho intermitente, parcial, sem
regulação trabalhista e assemelhados são categorias
de difícil trabalho sindical.
Esses fatores são relevantes, mas não podem elidir
debilidades do sindicalismo. O insuficiente trabalho
de base e de formação classista dos trabalhadores, o
cupulismo e o espírito de rotina também limitam a
sindicalização.
Superar todos esses desafios exigem também mudanças
estruturais no país, dentre as quais se destacam a
luta por um projeto de desenvolvimento ancorado na
retomada da indústria como fator essencial para
gerar empregos de qualidade.
Desenvolvimento com valorização do trabalho só é
possível com a revogação de reformas que atacaram os
direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais
dos trabalhadores. A luta por trabalho regulado é
essencial para isso.
Acabar com as diferentes modalidades de trabalho
precário, retomar o papel de representação e
negociação dos sindicatos, assegurar o crescimento
econômico são fatores essenciais para reverter a
diminuição da sindicalização no país.
* Secretário Sindical do PCdoB e secretário de
Relações Internacionais da CTB
Fonte: Portal Vermelho
25/06/2024 -
Tratado contra violência e assédio no trabalho marca
cinco anos com recorde, diz OIT
Nesta sexta-feira, 21 de junho, passam cinco anos
após a entrada em vigor da Convenção 190 sobre a
Eliminação da Violência e do Assédio no Mundo do
Trabalho.
O tratado ratificado por 44 países é o instrumento
legal da Organização Internacional do Trabalho, OIT,
que teve adesão mais rápida na última década. Em
Portugal, a única nação de língua portuguesa a
confirmar a convenção, o documento passará a valer
em fevereiro de 2025.
Governos, empregadores e trabalhadores
Um ano após a adoção da Convenção 190 sobre a
Eliminação da Violência e do Assédio no Mundo do
Trabalho, os países que ratificaram ficam legalmente
vinculados às disposições do tratado.
Neste ano, a agência faz uma sondagem a governos,
empregadores e trabalhadores sobre o impacto do
tratado nas legislações, políticas e vidas dos
trabalhadores.
O primeiro tratado internacional sobre violência e
assédio no mundo do trabalho entrou em vigor em
2021, dois anos após sua adoção pela Conferência
Internacional do Trabalho.
A Convenção nº190 reconhece “o direito de todos a um
mundo de trabalho livre de violência e assédio” e
fornece uma estrutura para ação comum em relação ao
tema.
Danos físicos, psicológicos, sexuais e econômicos
O tratado inclui pela primeira vez uma definição
internacional de violência e assédio no mundo do
trabalho, incluindo a que envolve questões de
gênero.
A OIT destaca ainda a violência e o assédio no
trabalho como um fenômeno que se manifesta de várias
formas causando danos físicos, psicológicos, sexuais
e econômicos.
Após a adoção da Convenção, a pandemia da Covid-19
destacou ainda mais o problema ao ser marcada por
relatos de várias formas de violência e assédio
relacionados ao trabalho. Essas ações registradas em
vários países desde o início do surto foram mais
comuns em mulheres e grupos vulneráveis.
Fonte: Onu News
24/06/2024 -
Troféu Jose Martinez será entregue no Dia da Luta
Operária
Comemoração do Dia da Luta Operária de 2024:
Relembre os eventos históricos de 1924 e 1964 que
marcaram a classe trabalhadora brasileira
Os 100 anos da revolta paulista de 1924 e os 60 anos
do golpe militar de 1964, com seus impactos político
e econômico na classe trabalhadora do Brasil,
marcarão a comemoração do DIA DA LUTA OPERÁRIA de
2024, no próximo dia 9 DE JULHO.
100 ANOS DA REVOLTA DE 1924 – 60 ANOS DO GOLPE DE
1964
MAIS DO QUE VERDADE E MEMÓRIA, JUSTIÇA E REPARAÇÃO!
O Dia da Luta Operária foi instituído pela lei
municipal (nº 16.634/17) de autoria do ex-vereador e
hoje deputado estadual Donato, em memória da Greve
Geral de 1917.
Anualmente é promovido ato alusivo à data por
iniciativa do deputado Donato e das centrais
sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST,
CSP-Conlutas, Pública Central do Servidor,
Intersindical Central da Classe Trabalhadora, e
Intersindical Instrumento de Luta e Organização da
Classe Trabalhadora.
Também participam da homenagem o Centro de Memória
Sindical, Instituto Astrogildo Pereira, IIEP e Oboré.
Na edição de 2024 do Dia da Luta Operária serão
homenageadas seis personalidades com atuação em
defesa da classe trabalhadora e pelo fortalecimento
do movimento sindical brasileiro.
Receberão o Troféu José Martinez:
MARIA MAENO (médica, com atuação em saúde coletiva e
do trabalhador, é pesquisadora da Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho).
CARLOS APARÍCIO CLEMENTE (dirigente sindical do
Sindicato dos Metalúrgico de Osasco, reconhecido
defensor da saúde e segurança do trabalhador e da
inclusão social, diretor do Espaço Cidadania).
Concebido pelo artista plástico Enio Squef
especialmente para o Dia da Luta Operária o troféu
presta homenagem ao sapateiro anarcosindicalista
José Martinez que, no dia 9 de julho de 1917 foi
baleado por soldados da antiga Força Pública que
reprimiam a greve geral que tomou conta de várias
empresas na cidade de São Paulo. Seu falecimento
dias depois causou enorme comoção.
Homenagem especial (placa de agradecimento)
ISABEL PERES (fundadora e militante da Ação dos
Cristãos para Abolição da Tortura);
Homenagens póstumas (placa de agradecimento)
CLODESMIDT RIANI (Ex-presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e do
Comando Geral dos Trabalhadores – CGT, participou da
greve geral de 1953 e da luta pelo abono salarial,
em 1962);
VALDIR VICENTE DE BARROS (Preso e torturado pela
ditadura militar, foi diretor da CNTI, ex-presidente
do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e fundador
da UGT);
SEVERINO ALMEIDA FILHO (Participou da greve
histórica dos marítimos de 1987. Fundador e
ex-presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da
Marinha Mercante e fundador da CTB).
SERVIÇO: DIA DA LUTA OPERÁRIA
Ato político e homenagens
DATA: 9 DE JULHO de 2024 – Terça-Feira
HORA: a partir das 9 horas
LOCAL: Casarão do Sindicato dos Padeiros de São
Paulo
ENDEREÇO: Rua Major Diogo, 285, Bela Vista
Fonte: Rádio Peão Brasil
24/06/2024 -
Brasil bate recorde com 100 milhões de pessoas
empregadas, segundo IBGE
Em 2023, o emprego com carteira assinada voltou a
crescer, alcançando 37,4% da população ocupada –
ante a 36,3%, em 2022. O número desses trabalhadores
em 2023 (37,7 milhões) corresponde ao maior da série
histórica
O Brasil bateu recorde em 2023, com população de
100,7 milhões de pessoas ocupadas, segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua) – Características Adicionais do
Mercado de Trabalho 2023, divulgada nesta
sexta-feira (21) pelo IBGE. Esse contingente
representa um acréscimo de 1,1% em comparação a
2022. Ou seja, 99,6 milhões de pessoas, equivalente
a 12,3% frente à população de 2012 (89,7 milhões).
Segundo o instituto, comparado com 2022 o total da
população em idade de trabalhar expandiu 0,9%, e foi
estimada em 174,8 milhões de pessoas em 2023 — ano
em que o nível da ocupação ficou estimado em 57,6%.
Os dados do IBGE mostram que o percentual de
empregados com carteira assinada no setor privado
aumentou de 2012 (39,2%) a 2014 (40,2%). Mas a
partir de 2015, houve registro de queda. Em 2023,
voltou a crescer, alcançando 37,4% da população
ocupada – ante a 36,3%, em 2022. O número desses
trabalhadores em 2023 (37,7 milhões) corresponde ao
maior da série.
Assim, diminuíram os empregos sem carteira assinada
nesse setor: o percentual ficou em 13,3% em 2023,
queda de 0,3 ponto percentual em um ano. A redução,
segundo o IBGE, ainda não foi suficiente para altera
a estimativa, que continua uma das maiores da série
histórica.
No setor público, entretanto, não houve mudanças ao
longo da série. Servidores estatutários e militares
se mantiveram em torno de 12% em 2023, equivalente a
12,2 milhões de trabalhadores.
Os do setor doméstico também mantiveram
estabilidade. E mantiveram o mesmo percentual de
2022. Ou seja, 6% dos ocupados. De acordo com o
IBGE, porém, entre os empregadores houve a
interrupção do movimento expansivo observado até
2018 (4,8%), passando para 4,6% em 2019, 4,4% em
2022 e 4,3% em 2023.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/06/2024 -
Em 2023, número de sindicalizados cai para 8,4
milhões, o menor desde 2012
A sindicalização segue perdendo força entre os
trabalhadores do país. Em 2023, apenas 8,4% dos
100,7 milhões de ocupados eram associados a
sindicato, o equivalente a 8,4 milhões de pessoas. O
número representa uma queda de 7,8%, ou de 713 mil
pessoas, em relação ao ano anterior, quando havia
9,1 milhões de ocupados sindicalizados (9,2% do
total), e chegou novamente ao menor patamar da série
histórica, iniciada em 2012 (16,1%). Os dados
divulgados sexta-feira (21) fazem parte do módulo
Características adicionais do mercado de trabalho da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
Contínua.
Em 2012, quando a população ocupada era formada por
89,7 milhões de pessoas, havia 14,4 milhões de
sindicalizados, número que cresceu 1,4% no ano
seguinte. Depois desse aumento e de uma variação
positiva em 2015, a sindicalização enfrentou
sucessivas quedas, com destaque para 2016, quando
houve retração também no número de ocupados. Nos
anos seguintes, mesmo com a recuperação do mercado
de trabalho, o número de pessoas associadas a
sindicados seguiu caindo, o que resultou na menor
taxa de sindicalização da série histórica (8,4%) em
2023. A pesquisa mostra ainda que em 2023 a
população ocupada atingiu sua maior estimativa, com
acréscimo de 1,1% em relação a 2022 e de 12,3% ante
a população de 2012.
Matéria completa:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/40445-em-2023
-numero-de-sindicalizados-cai-para-8-4-milhoes-o-menor-desde-2012
Fonte: IBGE
24/06/2024 -
Salários das mulheres são menores em 80% dos ramos
de atividade, segundo IBGE
Levantamento do IBGE divulgado na quinta (20)
mostra que elas chegam a ganhar 68% menos no ramo
financeiro. Mas ganham 18% a mais que eles na
construção
Levantamento do IBGE divulgado na quinta-feira (20)
mostra que os salários das mulheres foram inferiores
ao dos homens em empresas de 82% das áreas de
atuação em todo o país em 2022. O instituto analisou
dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), que
reúne empresas de 357 áreas de atuação, exceto
aquelas enquadradas como Microempreendedor
Individual (MEI). A média salarial era igual ou
maior no caso das mulheres apenas em 63 delas (18%).
Segundo o IBGE, os homens representavam 54,7% do
total dos assalariados nessas empresas, com média
salarial de R$ 3.791,58. Já as mulheres (45,3%)
tinham média de R$ 3.241,18.
A participação masculina era maioria na construção
(87,6%), indústrias extrativas (84,2%) e transporte,
armazenagem e correios (81,7%). Já a das mulheres
era maioria nas ocupações de saúde humana e serviços
sociais (74,8%), educação (67,3%) e alojamento e
alimentação (57,2%).
Diferenças entre os salários
A maior diferença salarial foi registrada no grupo de
atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados. Os homens ganharam, em média, R$
10.469,21. E as mulheres, R$ 6.205,02. Um salário
68,7% menor que o deles.
O levantamento constatou também que o setor que
remunerou melhor as mulheres, com a maior diferença,
foi o de organismos internacionais e outras
instituições extraterritoriais. Nessa área,
receberam em média R$ 9.018,70, correspondente a
47,7% acima que o deles, que ganharam R$ 4.717,09.
Elas obtiveram salários médios maiores também na
construção civil, ganhando R$ 3.381,12. Enquanto
eles, R$ 2.776,09 (17,9% menor). E nas indústrias
extrativas: R$ 6.791,76. Correspondente a 6,8% a
mais que salário médio de R$ 6.328,57 pago a eles.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/06/2024 -
Grupo da Câmara discute impactos da reforma
tributária na geração de empregos
O grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que
analisa a proposta de regulamentação da reforma
tributária (PLP 68/24) promove mais duas audiências
públicas na próxima terça-feira (25).
Pela manhã, a partir das 9 horas, o debate será
sobre os efeitos da reforma tributária na
empregabilidade do País.
À tarde, a partir das 14h30, os deputados vão
discutir os impactos da reforma tributária sobre o
meio ambiente.
As audiências serão realizadas no plenário 2.
Grupo de trabalho
O grupo discute o Projeto de Lei Complementar 68/24,
que institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS),
a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e
o Imposto Seletivo (IS).
O colegiado foi instalado no mês passado e tem 60
dias para concluir os trabalhos.
Integram esse o grupo os deputados Claudio Cajado
(PP-BA), Reginaldo Lopes (PT-MG), Hildo Rocha (MDB-MA),
Joaquim Passarinho (PL-PA), Augusto Coutinho (Republicanos-PE),
Moses Rodrigues (União-CE) e Luiz Gastão (PSD-CE).
Fonte: Agência Câmara
24/06/2024 -
Visão do direito: não há democracia sem direito do
trabalho
"Não há Estado Democrático de Direito sob golpes
ou iniquidades sociais, sejam eles contra a ordem
institucional do sistema de representação política,
sejam eles contra os direitos fundamentais do
Trabalho"
Por Grijalbo F. Coutinho*
Vivemos a época mais aguda de destruição do marco
regulatório das relações de trabalho no Brasil,
fúria que teve início nos anos 1990 e atingiu seu
ápice a partir da jurisprudência reconfigurada do
Supremo Tribunal Federal, responsável por abalar as
estruturas e os fundamentos do Direito do Trabalho.
No conjunto de 60 temas nucleares de Direito do
Trabalho julgados pelo STF, somente entre 2007 e
2020, em 57 deles o Tribunal retirou garantias antes
incorporadas ao patrimônio jurídico laboral, com
destaque para a liberação da terceirização
generalizada, a prevalência do negociado sobre o
legislado e o rebaixamento extremo da correção
monetária e dos juros de mora sobre os débitos
trabalhistas, além da persistente espoliação da
competência da Justiça do Trabalho.
Essa toada desregulamentadora continuou em igual
ritmo nos anos seguintes, sendo que entre 2023 e
2024, monocraticamente e por meio de decisões de
Turma, o Tribunal cassou ou reformou centenas de
acórdãos da Justiça do Trabalho os quais
reconheciam, após analisar fatos e provas, a
existência da relação de emprego entre trabalhadores
e empresas.
Reclamação é instrumento que se destina à
preservação da competência do Tribunal e à
manutenção da autoridade de suas decisões. Tem sido
utilizada, porém, para aumentar a lente do decidido
pelo STF em caráter vinculante, sem nenhuma
aderência estrita aos casos trazidos a seu exame.
Não há decisão vinculativa do STF proibindo a
Justiça do Trabalho de analisar e emprestar sentido
jurídico a fatos, provas e eventuais fraudes
trabalhistas. A Reclamação de lente bem ampliada é
que está desrespeitando os próprios precedentes do
Tribunal. Tornando-se instância recursal quanto ao
exame de fatos e provas, o STF tem relegado os
fundamentos e princípios do Direito do Trabalho,
notadamente o da primazia da realidade, a ponto de
admitir que qualquer documento assinado pela parte
trabalhadora, a exemplo da constituição formal de PJ,
seja o suficiente para impedir o reconhecimento da
relação de emprego, além de afastar a competência da
Justiça do Trabalho para julgar tais demandas,
impedindo-a de analisar as fraudes trabalhistas
eventualmente perpetradas, com o consequente
esvaziamento da jurisdição especial laboral.
Estamos retrocedendo, do ponto de vista social, ao
início do século XIX, quando não havia no cenário
mundial Direito do Trabalho, época liberal marcada
pela imposição absoluta de todas as condições de
trabalho por parte do detentor do poder econômico.
Voltamos ao reino absolutista do contrato. Nunca
havia acontecido nada parecido, em termos de
devastação do Direito do Trabalho em quase dois
séculos de sua existência. Para além da revelação
dos sintomas de uma grave crise de deficit da
democracia constitucional, a jurisprudência do STF
em matéria trabalhista expõe a necessidade de
recorrer urgentemente à Constituição para corrigir
os equívocos, relacionados à interpretação de seu
texto e, por conseguinte, dar máxima efetividade aos
direitos fundamentais nela assegurados.
Tão importante para repelir as tentativas recentes
de golpes no Brasil contra a Democracia, o Tribunal
não pode exercer papel tão oposto quanto à
preservação dos direitos da pessoa que trabalha,
constitucionalmente assegurados como pilares
inarredáveis do Estado Democrático de Direito. Não
há Estado Democrático de Direito sob golpes ou
iniquidades sociais, sejam eles contra a ordem
institucional do sistema de representação política,
sejam eles contra os direitos fundamentais do
Trabalho.
*Desembargador do TRT-10 (DF e TO), mestre e
doutor em Direito pela UFMG
Fonte: Correio Braziliense
21/06/2024 -
CCJ da Câmara adia análise da PEC do Trabalho
Infantil, que continua na pauta
A CCJ (Comissão de Constituição Justiça) da Câmara
dos Deputados realizou reunião deliberativa, nesta
quarta-feira (19), para discussão e votação de
propostas legislativas. Constou na pauta do
colegiado a PEC (Proposta de Emenda à Constituição)
18/11, que permite o trabalho em tempo parcial para
crianças a partir de 14 anos de idade.
O tema, felizmente, não foi apreciado em razão do
encerramento da reunião, que teve início na
terça-feira (18) e foi retomada no dia seguinte.
A proposta é de autoria do deputado Dilceu Sperafico
(PP-PR) e tem como relator o deputado Gilson Marques
(Novo-SC), que já se posicionou favorável à mudança
constitucional e apresentou parecer, em 5 de junho,
pela admissibilidade do texto.
Caso seja aprovada pela CCJ, a PEC seguirá para
análise em comissão especial, que vai debater e
votar o mérito da matéria.
Vale ressaltar que, atualmente, a Constituição
Federal brasileira proíbe o trabalho para menores de
16 anos, permitindo, apenas na modalidade de
aprendizes, pessoas com idade entre 14 e 15 anos.
O Brasil também é um dos países signatários da
Convenção 138 da OIT (Organização Internacional do
Trabalho) para abolir o trabalho infantil, se
comprometendo em adotar políticas que permitam o
trabalho somente para pessoas com mais de 15 anos de
idade.
A proposição continua na pauta da CCJ da Câmara,
como item 2, e pode ser analisada na próxima semana.
Na próxima semana, em razão das festas juninas no
Nordeste, o Congresso deverá ter pauta esvaziada,
pois os parlamentares das bancadas da região, na
Câmara e Senado, devem marcar presença nos festejos.
Sobretudo, porque este é ano de eleições.
Fonte: Diap
21/06/2024 -
BC frustra Brasil, reforça conservadorismo e mantém
Selic em 10,50%
Ao que tudo indica, houve um conluio. Para
agradar ao mercado, os quatro nomes indicados por
Lula votaram, sim, a favor da austeridade, e não do
País.
Acabou o breve ciclo de cortes na taxa básica de
juros do Brasil. Nesta quarta-feira (19), o Comitê
de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
decidiu manter a Selic em elevadíssimos 10,50% ao
ano, interrompendo uma trajetória de sete quedas
seguidas.
A despeito dos alertas disparados especialmente pelo
presidente Lula – que lembrou os impactos de juros
tão altos para economia brasileira –, o BC frustrou
o Brasil ao reforçar uma postura conservadora
absolutamente inexplicável. Para piorar, a decisão
do colegiado foi tomada por unanimidade.
Com a manutenção da Selic num percentual de dois
dígitos, o Brasil permanece como o segundo País
(entre 40) com a segunda maior taxa de juros reais
do mundo, atrás apenas da Rússia – que está às
voltas com a guerra na Ucrânia. O índice brasileiro
é de 6,79%, e o russo, de 8,91%. Para calcular o
valor, divide-se a taxa básica de juros pela
inflação.
O mercado chegou a especular que a Selic poderia
terminar 2024 em 9% ao ano, o que, a esta altura, se
torna improvável, quase impossível. Sob a liderança
do bolsonarista e ultraliberal Roberto Campos Neto,
a tendência é de que novas quedas só ocorram em
2025, quando Lula já tiver indicado o novo
presidente do BC.
“O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e
internacional seguem mais incertas, exigindo maior
cautela na condução da política monetária”, apontou
o Copom após a decisão. Cabe a pergunta: por que
membros do Copom indicados por Lula toparam tamanha
concessão?
Conforme o comunicado do colegiado, o ambiente
externo é desfavorável”, dada a “incerteza elevada e
persistente sobre a flexibilização da política
monetária nos Estados Unidos”. Os tecnocratas também
alegaram que é preciso observar a “velocidade com
que se observará a queda da inflação de forma
sustentada em diversos países”.
Ao que tudo indica, houve um conluio. Para agradar
ao mercado, os quatro nomes indicados por Lula
votaram, sim, a favor da austeridade, e não do País.
Em troca, os aliados de Campos concordaram em
centrar as críticas no risco de alta de inflação no
Brasil – mas não atribuir a medida fundamentalmente
a supostos desajustes na economia brasileira.
Assim o colegiado se pronunciou: “A política
monetária deve se manter contracionista por tempo
suficiente em patamar que consolide não apenas o
processo de desinflação como também a ancoragem das
expectativas em torno de suas metas”.
Pesquisa do instituto Ipsos apontou que, para 69%
dos brasileiros, os juros contribuem muito para o
aumento da inflação. Lula e as centrais sindicais
toparam ir para essa disputa contra Campos. É
preciso mais pressão para conter esse ataque contra
os interesses populares e nacionais.
Fonte: Portal Vermelho
21/06/2024 -
STF suspende julgamento de ações contra reforma de
Previdência
Corte tem maioria de votos para derrubar pelo
menos três pontos
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta
quarta-feira (19) o julgamento de 13 ações que
contestam pontos da reforma da Previdência, aprovada
em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
O julgamento foi suspenso por um pedido de vista
feito pelo ministro Gilmar Mendes. A vista é um
mecanismo previsto no regimento interno da Corte que
permite aos membros do STF pedir mais prazo para
analisar o processo antes de proferir os votos. Não
há data para a retomada da análise do caso.
Até o momento, o Supremo tem maioria de votos para
derrubar pelo menos três pontos da reforma. Contudo,
a suspensão ainda não está valendo porque depende da
finalização do julgamento.
A maioria dos ministros já votou contra o mecanismo
que autoriza a contribuição extraordinária de
aposentados e pensionistas quando ocorrer déficit
atuarial das contas da Previdência.
Também há votos para impedir a anulação de
aposentadorias do Regime Próprio de Previdência
Social (RPPS), a previdência dos servidores
públicos, que utilizaram a contagem do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS), destinado aos
trabalhadores celetistas, sem o pagamento de
contribuições correspondentes.
A maioria dos ministros também está derrubando a
regra que diferencia o tempo de contribuição para
aposentadoria entre mulheres do regime próprio e do
regime geral. Nos dois regimes, a aposentadoria de
mulheres pode ocorrer aos 62 anos. Contudo, no
regime geral, o tempo mínimo de contribuição é de 15
anos, enquanto no regime próprio é de 25 anos.
As ações foram protocoladas na Corte por associações
que representam diversas categorias de servidores
públicos.
Fonte: Agência Brasil
21/06/2024 -
Lira estabelece cronograma para reforma tributária e
espera votar textos em julho
Presidente da Câmara estabeleceu que os grupos de
trabalho têm até 3 de julho para apresentar os
pareceres finais, prontos para serem levados ao
plenário
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), definiu o cronograma para a votação dos
dois projetos de regulamentação da reforma
tributária que tramitam na Casa. Segundo o
Metrópoles, Lira estabeleceu que os grupos de
trabalho (GTs) criados por ele têm até o dia 3 de
julho para apresentar os pareceres finais, prontos
para serem levados ao plenário.
A intenção do presidente da Câmara é que os dois
textos sejam votados no dia 11 de julho, uma semana
antes do início do recesso do Congresso, que começa
em 18 de julho. Caso as propostas necessitem de
ajustes, Lira planeja utilizar a última semana antes
do recesso como um "plano B", com a votação dos
pareceres acontecendo no máximo até 17 de julho.
“Para conseguir acelerar as discussões no plenário e
garantir que as propostas avancem, Lira vai
suspender todas as comissões temáticas da Câmara,
assim como fez na semana em que votou a emenda
constitucional da reforma tributária no ano
passado”, destaca a reportagem.
Desde o início do semestre, Lira tem destacado seu
plano de votar os textos antes do recesso de julho.
Há dois motivos principais para essa urgência. O
primeiro é que, no segundo semestre, a Câmara ficará
esvaziada devido às eleições municipais. O segundo
motivo são as negociações para a sucessão da
presidência da Casa, cuja eleição está marcada para
fevereiro de 2025, mas cujas articulações começam
bem antes.
O Palácio do Planalto pretende aprovar a
regulamentação da reforma tributária na Câmara ainda
no primeiro semestre e no Senado no segundo
semestre, evitando que o tema se prolongue até 2025,
quando haverá uma nova composição das presidências
das duas Casas.
Fonte: Brasil247
21/06/2024 -
Brasil tem o 2º maior juro real do mundo
Muito criticado, o Banco Central decidiu nesta
quarta-feira manter a Selic em 10,5% ao ano.
Taxa de juros real no Brasil está em torno de 6,79%
ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) decidiu na quarta-feira (19) manter a
taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano,
colocando o Brasil na segunda posição entre os 40
países com maior juro real, atrás apenas da Rússia,
de acordo com pesquisa do economista Jason Vieira,
divulgada na plataforma MoneYou, destaca a CNN
Brasil.
A taxa de juros real no Brasil está em torno de
6,79% ao ano, ficando atrás apenas da Rússia, que
lidera o ranking com 8,91%. Os juros reais
representam a taxa nominal descontada da inflação,
sendo um indicador para avaliar o impacto das taxas
de juros na economia.
O cálculo da taxa de juros real considera a inflação
e os juros futuros projetados pelo mercado para os
próximos 12 meses. Para o Brasil, a metodologia
utilizou a inflação projetada de 3,96%, conforme o
Boletim Focus, e a taxa de juros DI para o
vencimento mais líquido, em junho de 2025.
Na última quarta-feira (19), o Copom manteve a Selic
em 10,5% ao ano, encerrando o ciclo de queda
iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa
estava em 13,75%. A decisão, muito criticada, foi
unânime entre os nove membros do colegiado,
contrariando parte do mercado que esperava uma
postura mais leniente dos membros indicados pelo
atual governo.
Segundo comunicado do BC, a decisão foi influenciada
por um cenário doméstico de resiliência nas
atividades econômicas, elevação das projeções de
inflação e expectativas desancoradas. No cenário
global, o colegiado destacou a incerteza econômica.
O BC não prevê novos cortes na taxa de juros no
curto prazo e reforçou que a política monetária deve
permanecer contracionista pelo tempo necessário para
consolidar o processo de desinflação e ancorar as
expectativas em torno das metas estabelecidas.
Essa é a primeira vez após sete reuniões que o
colegiado opta por não alterar a taxa de juros,
mantendo a Selic no menor patamar desde o final de
2021.
Fonte: Brasil247
21/06/2024 -
Seminário em Sergipe discute relações de trabalho e
atualização sindical
Promovido pela Superintendência Regional do
Trabalho evento reuniu representantes de entidades
sindicais patronais, de trabalhadores e
representantes da sociedade civil
Ministério do Trabalho e Emprego promoveu, no último
dia 12 de junho, Seminário para discutir as relações
de trabalho e o sistema de mediação. Realizado pela
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em
Sergipe (SRTE/SE), o evento reuniu na sede da
Superintendência, em Aracaju, uma ampla diversidade
de participantes, incluindo dirigentes sindicais,
assessores de sindicatos laborais e patronais,
advogados trabalhistas, empresários, estudantes e
profissionais liberais.
O coordenador técnico de Registro Sindical, José
Ribamar, e o coordenador da seção de Relações de
Trabalho e chefe da Seção de Relações do Trabalho da
SRTE/SE, Nilson Barreto Socorro, abordaram no
Seminário as mudanças na ampliação do prazo de
encerramento da campanha de atualização sindical,
que finaliza em 30 de setembro. Eles comentaram
também sobre os processos de registros coletivos de
trabalho e mediação. José Ribamar apresentou
informações atualizadas sobre as novas diretrizes
para o registro sindical, detalhando os impactos e
benefícios esperados com a definição de prazos
limite para a atualização sindical. Nilson Barreto
Socorro discutiu o funcionamento e a importância do
sistema de mediação para a resolução de conflitos
trabalhistas, destacando os avanços e desafios
enfrentados pela Seção de Relações do Trabalho em
Sergipe.
Para o superintendente regional do Trabalho em
Sergipe, Cláudio Caducha, a presença significativa
de diversos setores reforça a importância de
discutir e atualizar as práticas relacionadas às
relações de trabalho. “É um esforço conjunto de
entidades de trabalhadores e patronais em busca de
uma maior transparência e eficácia no cumprimento
das normas trabalhistas”, ressaltou.
Fonte: MTE
20/06/2024 -
Lula tem 36% de aprovação e 31% de reprovação, diz
Datafolha
Oscilações em todas as taxas da pesquisa
ocorreram dentro da margem de erro. Mas, no
conjunto, beneficiam o presidente.
Decorrido um ano e meio do início de seu terceiro
governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
registra 36% de aprovação e 31% de reprovação,
conforme pesquisa Datafolha divulgada nesta
terça-feira (18). Outros 31% julgam a atuação de
Lula como regular.
As oscilações em todas as taxas ocorreram dentro da
margem de erro. Mas, no conjunto, beneficiam o
presidente. Conforme destacou a Folha de S.Paulo –
que contratou a pesquisa –, “a curva negativa para
Lula, que vinha se desenhando desde o fim do ano,
foi invertida nesta pesquisa”.
Em março, os principais índices sobre seu trabalho
no Planalto estavam em empate técnico – 35% de apoio
e 33% de rejeição. Agora, a distância entre os que o
aprovam e os que o desaprovam passou de dois para
cinco pontos percentuais.
Com relação à economia, há mais brasileiros com
expectativa positiva (40%) do que negativa (28%). Há
três meses, 39% achavam que a economia melhoraria, e
27%, que pioraria.
Quando perguntados se a própria vida melhorou sob o
governo Lula, os resultados são um pouco diferentes:
para 52%, nada mudou. Há 26% que veem avanços, ao
passo que 21% apontam piora. A percepção de melhora
é maior entre os mais pobres – 32% dos que ganham
até dois salários mínimos afirmam que a vida
melhorou.
O Datafolha ouviu 2.008 eleitores, em 113 municípios
de todas as regiões do País, de 4 a 13 de junho. A
margem de erro é de dois pontos percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
20/06/2024 -
Manifesto das mulheres das centrais sindicais contra
o PL 1904/2024
Nós, mulheres trabalhadoras, sindicalistas que
compomos o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras
das Centrais Sindicais – FNMT/CS, vimos a público
para repudiar a proposição do PL 1904/2024, de
autoria do Deputado Federal Sóstenes Cavalcante
(PL/RJ).
Temos convicção que não podemos retroceder em leis
que foram formuladas no passado, no código penal,
para proteger crianças, meninas e mulheres em seu
direito a vida que é claro: estupro é crime e deve
ser garantido o direito ao aborto as vítimas nos
casos, fetos anencéfalos e risco de morte para a
mãe.
Esse famigerado PL propõe a equiparação do aborto ao
crime de homicídio, com pena de 20 anos as vítimas e
10 anos aos estupradores. Uma evidente insanidade e
desrespeito aos direitos humanos.
O Projeto é de caráter reacionário, misógino, tenta
mais uma vez criminalizar mulheres que recorrem à
interrupção da gravidez, tirando inclusive, o pouco
direito conquistado. É preciso esclarecer que o
direito ao aborto e não deve ser tratado como uma
questão religiosa! Ele, antes de tudo, diz respeito
a uma questão de saúde pública. O estado democrático
de direito se baseia na laicidade, assegurando que
as leis não sejam vinculadas a dogmas religiosos de
qualquer espécie.
É importante reforçar que mulheres pobres, que não
dispõem de recursos para pagar clínicas seguras, são
as principais penalizadas. Muitas mulheres que
recorrem ao aborto são menores de idade, vítimas de
violência e estupro. O PL é um ataque ao direto à
vida, pois se trata de uma violência contra as
mulheres. É inacreditável que esse tipo de pauta
seja proposto e discutido no parlamento brasileiro.
Consideramos, inclusive, que tal ataque não é apenas
ao direito reprodutivo e à liberdade da mulher, é um
enorme retrocesso à toda luta em combate a violência
contra a mulher e à cultura do estupro. É
inadmissível que se conjecture a possibilidade de
que mulheres e meninas estupradas sejam
criminalizadas e penalizadas com pena maior que a de
seu estuprador.
Esse PL, deve ser rechaçado por toda a população
brasileira, porque além de ferir a legalidade, o
direito, à vida das mulheres e meninas, ele também
se trata de uma apologia ao estupro, dada a sua
atenuação.
Em 2022 foi registrado o maior número de estupros de
vulneráveis na história do Brasil. Segundo o Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, seis em cada dez
vítimas tinham até 13 anos de idade e em sua maioria
do sexo feminino e negras.
Segundo o DATASUS, a cada ano, uma média de 20 mil
meninas entre 8 e 14 anos são obrigadas a assumirem
uma maternidade decorrente de violência sexual,
comumente incestuosas que se reitera pela frequência
e pelas barreiras em relação ao acesso ao aborto
legal.
As mulheres sindicalistas das Centrais Sindicais
reafirmam seu intransigente compromisso em defesa
das crianças, meninas e mulheres vítimas de estupro
e solicita a imediata retirada do PL 1904/2024 da
pauta, considerada um grave retrocesso a democracia
e risco a vida, a saúde e a dignidade humana, em
especial das meninas e mulheres do Brasil, população
historicamente vulnerável.
NÃO AO PL 1904/2024
CRIANÇA NÃO É MÃE, ESTUPRADOR NÃO É PAI.
São Paulo, 18 de junho de 2024.
Antonieta Cassia Dorleto de Faria, Secretária Nacional
da Mulher Trabalhadora da CSB
Celina Arêas, Secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CTB
Amanda Corsino, Secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CUT
Maria Auxiliadora dos Santos, Secretária Nacional de
Política para mulheres e gênero da força sindical
Patrícia Andréia Carreteiro, Secretária Nacional de
Políticas para Mulheres Intersindical
Nilza Pereira de Almeida- secretária geral da
Intersindical-CCT
Sonia Maria Zerino da Silva, Secretária Nacional para
Assuntos da Mulher da NCST
Maria Edna Medeiros, Secretária Nacional da Mulheres
da UGT
Fonte: Portal CTB
20/06/2024 -
Conalis defende liberdade e sustentação dos
sindicatos
“A liberdade sindical é fundamental para a
sustentação da dignidade trabalhista e para a
justiça social”. Com esta filosofia a procuradora
Priscila Moreto de Paula abriu a sua palestra no I
Encontro dos Advogados, promovido pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Turismo e
Hospitalidade – Contratuh, na tarde desta
terça-feira (18/6) em participação virtual de mais
de 300 representantes dos setores jurídicos das
entidades filiadas à entidade.
Ela baseou o seu pronunciamento em duas convenções
coletivas da Organização Internacional do Trabalho –
OIT, a 87 e a 98, que tratam especificamente da
proteção sindical junto ao Estado, com a construção
de organizações isentas da interferência pública e
98, que define a proteção das entidades diante dos
empregadores e a sua administração.
Para a procuradora Priscila, “numa sociedade
capitalista, é preciso a independência financeira
sindical, e houve uma recuperação através da decisão
do Superior Tribunal de Justiça – STF.” Ela trouxe
como decisão recente a nota técnica nº9 da Conalis,
que restabelece a Justiça do Trabalho, conforme a
OIT.
Citou que casos que afrontam a liberdade sindical
quando diferencia filiados e não filiados dos
sindicatos, quanto todos são beneficiados pelas
decisões em negociações coletivas. “Quando isso
ocorre, é justo que todos tenham a obrigação do
desconto da contribuição”. Considera que o trabalho
pagar pelos esforços dos Sindicatos em favor de uma
categoria não ofende a sua decisão individual, pois
pagar a contribuição não o coloca como filiado
sindical. E destacou que é preciso que todos
entendam que pelos esforços sindicais há um
fortalecimento ao trabalhador, que consegue melhores
salários e condições de trabalho.
A decisão de contribuição ou não se legitima durante
a assembleia classista e isso consta do voto do
ministro Barroso, engrossado pelo apoio da nota
técnica 9, da Conalis, que foi aprovado pelo
colegiado. A assembleia do trabalhador delibera e as
regras devem ser cumpridas, independentemente do
gosto ou não do empregador.
Orientou que a Conalis vem recomendando que todo
sindicato, quando convocar a categoria o faça de
maneira clara e com um edital extremamente amplo,
constando que a assembleia vai deliberar as regras e
convocando indistintamente filiados ou não dos
sindicatos. Tudo muito bem definido, com a mais
ampla divulgação, valerá sempre a decisão da maioria
em assembleia. “Isso vai evitar anulações e
discussões. Além da nota técnica 9, em combinação
com a orientação 20, não haverá intervenção dos
procuradores. Quem se sentir descontente, depois da
aprovação em assembleia poderá promover ação na
justiça, em caráter individual. Sempre que os
sindicatos se utilizarem de recursos coletivos,
haverá maior justiça social”, considerou.
O importante no transitado e julgado, quando houver,
é apelar para a possibilidade de acordo, baseado
sempre na nota técnica 9 e na orientação 20,
solicitando homologação em juízo.
Oposição em série
Outro alerta que ela fez foi quanto as cartas de
oposição em série, estimuladas pelos empregadores,
através de contabilistas, administradores e até
mesmo advogados. “Todo e qualquer modelos de
oposição precisam ser denunciados” e aconselhou a
consulta a cartilha disponível, sobre atos
antissindicais. Nos anos de 2024 e 2025, estamos
atuando baseado nas decisões das assembleias. É
prioridade da Conalis. O movimento patronal não pode
negociar formas, valores e contas do que foi
deliberado em assembleia sindical, ressaltou.
Wilson e Moacyr
O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, considerou
o encontro de extrema utilidade para a classe,
ressaltando a maneira clara e simples da exposição
da procuradora Priscila de Paula, agradecendo pela
sua valiosa contribuição, muito elogiada por todos
os participantes. Wilson fez um apanhado de todas as
reivindicações feitas ao final do encontro e
detalhou cada providência que será tomada daqui pra
frente pela Confederação para cada vez mais melhor
atender aos filiados.
Já o presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald,
que vem enfrentando negociações com o governo,
parlamentares e regressa da um encontro
internacional da OIT, disse que o Congresso Nacional
tem caminhado na contramão de todo o processo
político nacional, baseando as suas ações em
manifestações vingativas e que só estão contribuindo
para obstruir as ações do governo. Comentou
inclusive sobre empresários que estiveram em Genebra
e levaram uma imagem totalmente prejudicial ao apoio
que o governo vem dando aos trabalhadores e
flagelados das inundações que acontecem no Rio
Grande do Sul. “É uma pena que não haja a menor
sensibilidade em atender um povo que sofre, mas que
sirva apenas para consolidar a vontade de se ganhar
sempre mais em momentos tão difíceis.”
Fonte: Imprensa Contratuh
20/06/2024 -
Servidores do INSS fazem operação-apagão por
reajuste salarial: como ficam serviços?
Produção dos funcionários será reduzida em 20%
nas paradas programadas
Servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) passaram a fazer, neste mês, uma série de
paralisações batizadas de “operação-apagão”.
Segundo o SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do
Seguro Social e Previdência Social no Estado de São
Paulo), o estado de greve começou na segunda (17).
Estão programados “apagões” sempre às terças, caso
de hoje (18), e às quintas-feiras, até o final deste
mês ou até a realização de uma nova assembleia. Nas
paradas programadas, a produção dos funcionários é
reduzida em 20%.
Nesta etapa, a paralisação não afetará diretamente o
atendimento nas agências físicas do órgão, diz Pedro
Totti, presidente do sindicato. Contudo, servidores
receberam a orientação para não fazer horas extras,
o que pode comprometer o esforço do órgão de zerar
as filas de atendimentos.
Reivindicações
A categoria reivindica reajuste salarial e discorda
das propostas de reajuste já oferecidas pelo
Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
para 2025 e 2026, de 9% e 3,5%, respectivamente.
O governo federal promoveu aumento salarial, de 9%,
aos servidores públicos no ano passado e elevou o
patamar dos benefícios neste ano.
Fonte: InfoMoney
19/06/2024 -
Centrais sindicais promovem em São Paulo ato pela
queda dos juros
Altas taxas resultam em endividamento das
famílias, diz sindicalista
Centrais sindicais fizeram, nesta terça-feira (18),
um ato pedindo a queda da taxa básica de juros
(Selic), na Avenida Paulista, região central da
capital. Com bandeiras e carros de som, o grupo se
reuniu em frente ao prédio do Banco Central (BC). O
presidente da autoridade monetária, Campos Neto,
também foi criticado durante o protesto.
Começa hoje a reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom) para definir os juros básicos da
economia. Na última reunião, no início de maio, o
Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva,
para 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte
diminuiu. De agosto do ano passado até março deste
ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5
ponto percentual a cada reunião. Na última vez, a
redução foi de 0,25 ponto percentual.
Apesar dos cortes, os sindicalistas avaliam que a
taxa de juros no país continua muito alta. “Ainda é
muito alto. Não dá para o Brasil fazer
investimento”, reclama a presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva
Ribeiro dos Santos.
Para Neiva, a alta taxa de juros transfere recursos
que poderiam ser usados para o bem-estar da
população para especuladores financeiros. “A cada
ponto percentual que os juros se mantêm nesse
patamar significa R$ 38 bilhões na dívida pública. É
dinheiro que o governo poderia estar investindo em
outras coisas, em saúde, educação, infraestrutura, e
está remunerando os juros da dívida, que quem ganha
é um grupo de bilionários”, diz.
Ainda segundo Neiva, as altas taxas impactam no
endividamento das famílias.
Tendência de manutenção
Na última ata da reunião do Copom, não havia
indicativo de novo corte na taxa de juros. Membros
do colegiado mostraram preocupação com as
expectativas de inflação acima da meta “em meio a um
cenário macroeconômico mais desafiador do que o
previsto anteriormente”.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta de
inflação é 3% para este ano, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o
superior, 4,5%.
Na edição de segunda-feira (17) do Boletim Focus,
pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central com
representantes das instituições, os executivos
expressaram expectativa de manutenção dos juros no
patamar atual.
Fonte: Agência Brasil
19/06/2024 -
“Fora da realidade”, diz Lula sobre pautas
ideológicas do Congresso
Presidente voltou a se manifestar de forma
contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja
tratado como uma questão de saúde pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou
o avanço das pautas ideológicas no Congresso
Nacional em entrevista à Rádio CBN na manhã desta
terça-feira (18). Ele afirmou que estas pautas
adotadas por parlamentares conservadores ligados à
direita, como o ‘PL [projeto de Lei] do estupro’,
estão “fora da realidade” e não deveriam estar nos
debates do Legislativo.
Lula rebateu o comentário do principal idealizador
do ‘PL do estupro’, deputado Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ), que afirmou que o projeto era uma forma de
“testar” o governo Lula. “O cidadão diz que fez o
projeto ‘para testar o Lula’. Eu não preciso de
teste, quem precisa de teste é ele. Eu quero saber
se uma filha dele fosse estuprada, como ele ia se
comportar”, disse o presidente.
O presidente também voltou a se manifestar de forma
contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja
tratado como uma questão de saúde pública. “Eu, Luiz
Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto, para
ficar bem claro. Agora, enquanto chefe de Estado, o
aborto tem que ser tratado como questão de saúde
publica, porque você não pode continuar permitindo
que a ‘madame’ vá fazer um aborto em Paris e que a
coitada morra em casa tentando furar o útero com uma
agulha de tricô. Este é o drama que estamos
vivendo”, observou.
Lula afirmou, ainda, que a relação com o Congresso
mudou muito ao longo dos seus três mandatos, e que
agora, o Legislativo está fortalecido pelo maior
controle que tem sobre o orçamento. “A verdade nua e
crua é que depois da experiência do governo passado
o Congresso se empoderou demais e na minha opinião o
poder Executivo tem ficado fragilizado na arte de
exercer o orçamento da União. Esse é o dado concreto
e todo mundo sabe disso”, disse.
No entanto, o presidente comemorou a aprovação de
projetos importantes do governo, como a Reforma
Tributária e a PEC da Transição. “O que conseguimos
mudar, primeiro, temos conseguido conversar muito
com o Congresso. Os ministros, os líderes e eu tenho
conversado muito. A gente tem feito a coisa andar,
nem sempre com a rapidez com que a gente quer. É
importante levar em conta que muitas vezes o
Congresso tem contribuído, aprovar a PEC da
Transição foi algo extraordinário, aprovar a
política tributária com a pressa que o Congresso
aprovou foi extraordinário para nós. Nós agora
esperamos que haja a regulamentação”, explicou.
Fonte: Brasil247
19/06/2024 -
A pauta insana do bolsonarismo inviabiliza o Brasil
– Marcos Verlaine
Nestas últimas 4 semanas, o Brasil foi
sacudido por notícias e fatos originários do
Congresso Nacional, em particular, produzidos pelos
parlamentares bolsonaristas. É a chamada pauta da
extrema-direita ou agenda “ideológica” — a agenda
bolsonarista —, que divide o País e dá saltos para
trás, no sentido civilizatório.
Por trás dessa “pauta ensandecida” do bolsonarismo,
que funciona como “cortina de fumaça”, outros temas
mais relevantes para o Brasil vão passando
incólumes, isto é, sem que se faça debate mais
acurado, no Parlamento e na sociedade.
Pelo menos 7 proposições surgiram meio que “de
repente” na agenda do Congresso, tanto na Câmara
quanto no Senado: “PEC das Praias”, “PL do
Estuprador” — estas, talvez, as mais escandalosas —,
PEC do Trabalho Infantil e a que aumenta o número de
ministros do STF. E também a dos PL das “saidinhas”,
do fim da delação premiada e da criminalização de
fake news.
Enquanto isso, em meio à convulsão que essas pautas
e debates têm provocado, foi aprovado, sem alardes,
há 2 semanas pela Câmara dos Deputados, o PLP
(Projeto de Lei Complementar) 459/17, do ex-senador
tucano José Serra (SP), que securitiza a dívida
pública. Este, que desvia recursos do Orçamento
Público, sequer teve a audiência que merecia.
O projeto vai à sanção presidencial. Esta pauta é do
chamado mercado, que não faz marola, não tampouco
chama para si atenção desnecessária.
Essas pautas chamadas “ideológicas” têm servido como
“cortina de fumaça” para passar incólume proposições
como esta da securitização da dívida pública. Há
anos denunciada pela ACD (Auditoria Cidadã da
Dívida).
O discurso — do bolsonarismo dentro e fora do
Parlamento —, nas redes e nas ruas, que ancora essas
pautas, tem como pano de fundo o combate ao
comunismo (pasmem!), a proteção da família, da
liberdade e do País. Vamos às pautas.
Ao dar aval à essas pautas e permitir que sigam à
frente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)
quer viabilizar a candidatura que ele apoia à
sucessão dele na presidência da Casa, o deputado
Elmar Nascimento (União Brasil-BA), com os
parlamentares bolsonaristas, sobretudo os das
chamadas bancadas evangélica, da bala (segurança
pública) e do agro (ruralistas).
‘PEC das Praias’
Trata-se da PEC (Proposta de Emenda à Constituição)
39, do ex-deputado Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), em
tramitação desde 2011, que foi aprovada pela Câmara,
em fevereiro de 2022. Encaminhada ao Senado, recebeu
o número de PEC 3/22.
A proposta ganhou visibilidade depois de audiência
pública realizada na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) do Senado, em 27 de maio, onde é relatada
pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que defende o
texto.
Grosso modo, a PEC transfere o domínio de
determinadas áreas definidas como terrenos de
marinha, que pertencem atualmente à União, aos
estados, municípios, foreiros, ocupantes
regularmente inscritos nos órgãos de gestão de
patrimônio da União, bem como ocupantes não
inscritos, desde que cumpridos certos requisitos.
Na matéria “Centenas de políticos seriam
beneficiados com PEC que privatiza praias”,
inclusive o relator, Flávio Bolsonaro, que é fiel
depositário da Ilha da Boa Viagem, o jornal GGN faz
grave denúncia.
‘PL do Estuprador’
O PL (Projeto de Lei) 1.904/24, que equipara o aborto
após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio,
do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e outros 32
deputados, prevê pena muito mais dura à mulher que
fizer o procedimento, hoje protegido por lei, do que
para o estuprador.
Sob o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), o projeto teve urgência aprovada em votação
simbólica, na última quarta-feira (12), no plenário
da Câmara. O projeto tem 90% de rejeição nas redes
sociais, afirma Pedro Barciela, analista das
plataformas digitais e colunista do ICL Notícias.
PEC do Trabalho Infantil
No último dia 5, foi apresentado na CCJ da Câmara
parecer favorável, do deputado Gilson Marques
(Novo-SC), relator da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 18/11, que autoriza o trabalho em
tempo parcial a partir dos 14 anos de idade. A
proposta é do deputado Dilceu Sperafico (PP-PR).
O relator, argumenta no parecer, que o desemprego e
a ociosidade de jovens nessa faixa etária podem
levar ao “envolvimento com o crime e ao trabalho
informal”.
Pela Constituição de 1988, pessoas com idades entre
14 e 15 anos só podem trabalhar na condição de
aprendizes. A OIT (Organização Internacional do
Trabalho), na Convenção 138, estabelece que a idade
mínima para a admissão no emprego não fosse inferior
ao fim da escolaridade obrigatória, nem inferior a
15 anos.
Ampliação do número de ministros do STF
Apresentada há 11 anos na Câmara dos Deputados, a PEC
275/13, que transforma o STF (Supremo Tribunal
Federal) em “Corte Constitucional” e aumenta o
número de ministros do tribunal teve parecer pela
admissibilidade apresentado na CCJ.
Distribuída ao relator, deputado Luiz Philippe de
Orleans e Bragança (PL-SP), conhecido como
“príncipe”, dia 5, 2 dias depois, à “toque de
caixa”, teve parecer pela admissibilidade oferecido
ao colegiado.
A extrema-direita, pelo mundo afora, tem tentado ou
conseguido emparedar a democracia e o Estado de
Direito por meio da ampliação do número de ministros
das cortes supremas.
PL das ‘saidinhas’
A Câmara aprovou, em março, a proposta — PL 2.253/22
—, que restringe a saída temporária de presos — a
chamada “saidinha”. Segundo o texto aprovado pela
Casa, esse benefício seria concedido aos detentos em
regime semiaberto apenas se fosse para cursar
supletivo profissionalizante, ensino médio ou
superior.
Em abril, o presidente Lula sancionou, com veto ao
projeto, transformando-o na Lei 14.843/24. Esse foi
sugerido pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Ricardo Lewandowski.
No final de maio, dia 28, o Congresso derrubou, por
314 votos a 126, e 2 abstenções, o veto
presidencial.
As saídas temporárias, regulamentadas pela Lei de
Execução Penal, são concedidas, exclusivamente, a
detentos do regime semiaberto que já tenham cumprido
1/6 da pena total e tenham bom comportamento.
Obtenção do “benefício”
Hoje, de acordo com os últimos dados da Secretaria
Nacional de Políticas Penais, o Brasil tem 118.328
presos em regime semiaberto, mas nem todos estão
aptos à saída temporária. Para obter o “benefício”,
o condenado precisa preencher requisitos
estabelecidos na legislação, que serão analisados
pelo juiz da execução penal.
Além disso, a medida não pode ser deferida se o
preso não tiver endereço fixo de pernoite e se não
houver mínimas garantias de retorno ao presídio ao
término do período concedido.
Até o ano passado, o Brasil tinha 650.822 presos e
201.188 condenados cumprindo prisão domiciliar.
Fim da delação premiada
A urgência para o PL 4.372/16 foi aprovada, na última
quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados em
votação simbólica, ou seja, quando os parlamentares
não precisam registrar o voto no painel eletrônico.
Pelo PL, fica proibido que pessoas presas façam
delação premiada, e se aprovado e transformado em
lei, vai prejudicar as investigações policiais,
podendo favorecer às organizações criminosas,
segundo avaliação de especialistas. A oposição
bolsonarista quer favorecer, além do ex-presidente,
outros implicados em crimes cometidos durante a
gestão do ex-chefe do Executivo.
Não fosse a delação premiada, instituída pela Lei
13.964/19, é provável que jamais a polícia teria
desvendado o assassinato da vereadora Marielle
Franco (PSol-RJ) e do motorista dela, Anderson
Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018.
Criminalização de fake news
Em votação dia 28 de maio, o Congresso manteve o veto
— VET 46/21 — do então presidente Jair Bolsonaro
(PL) ao projeto — PL 2.462/91, na CD, e PL 2.108/21,
no SF, Casa revisora —, que criminalizava a
disseminação de notícias falsas para desacreditar o
processo eleitoral.
Portanto, foi mantido na Lei 14.197, de 1º de
setembro de 2021, o dispositivo.
Foram 317 votos pela manutenção, 139 contrários e 4
abstenções na votação na Câmara. Como foi mantido
pelos deputados, o veto não foi submetido à votação
dos senadores.
A tipificação de crimes contra o Estado Democrático
de Direto estava prevista no PL 2.108/21, que
redundou na Lei 14.197, e revogou a Lei de Segurança
Nacional — Lei 7.170/83.
Entre outros pontos, o texto vetado estabelecia até
5 anos de reclusão para quem cometesse o crime de
“comunicação enganosa em massa”, definido como a
promoção ou financiamento de campanha ou iniciativa
para disseminar fatos inverídicos e que fossem
capazes de comprometer o processo eleitoral.
Securitização de créditos públicos
Passou sem nenhuma repercussão negativa, em meio à
insanidade que representa essa pauta bolsonarista, o
PLP (Projeto de Lei Complementar) 459/17, do
ex-senador tucano José Serra (SP), que securitiza a
dívida pública. O texto foi chancelado com 384 votos
favoráveis e apenas 59 contrários. E agora vai à
sanção presidencial.
Essa securitização é espécie de venda com deságio
dos direitos de receber dívida, tributária ou não. O
PLP 459 prevê que a operação de venda da dívida ao
setor privado será considerada operação de venda
definitiva de patrimônio público e não operação de
crédito.
Recentemente, os representantes da ACD (Auditoria
Cidadã da Dívida), em movimentação na Câmara contra
o projeto, alertaram que o “esquema chamado de
‘Securitização de Créditos Públicos’, que é ilegal e
inconstitucional, já está sendo praticado no Brasil,
em municípios como Belo Horizonte.”
Marcos Verlaine, Jornalista, analista político e
assessor parlamentar do Diap
Fonte: Diap
19/06/2024 -
Entra em vigor lei que cria redes de enfrentamento à
violência contra mulheres
Entrou em vigor a Lei 14.899/24, que determina a
criação, pela União e por estados, Distrito Federal
e municípios, de um plano de metas para o
enfrentamento integrado de todo tipo de violência
contra as mulheres. A norma foi publicada no Diário
Oficial da União desta terça-feira (18).
O texto prevê a criação da Rede Estadual de
Enfrentamento à Violência contra a Mulher e da Rede
de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
Essas unidades serão compostas por representantes de
órgãos públicos de segurança, saúde, justiça,
assistência social, educação e direitos humanos,
além de representantes da sociedade civil.
Medidas
Além de metas de prevenção, o plano, que terá validade
de dez anos – com atualização obrigatória a cada
dois anos –, deve assegurar atenção humanizada à
mulher que esteja em situação de violência. O plano
deve contemplar medidas como:
- disponibilização de dispositivo móvel de segurança
que viabilize a proteção da integridade física da
mulher;
- expansão das delegacias de atendimento à mulher;
- ampliação dos horários de atendimento dos institutos
médico-legais e dos de atendimento à mulher em
situação de violência;
- monitoramento eletrônico do agressor;
- reeducação e acompanhamento psicossocial do
agressor; e
- disciplina específica de enfrentamento da violência
contra a mulher nos cursos regulares das
instituições policiais.
Fonte: Agência Câmara
18/06/2024 -
Centrais Sindicais farão ato contra juros altos
nesta terça (18)
Ato contra juros altos no Banco Central em São
Paulo. Venha se juntar ao movimento sindical contra
a taxa de juros atual
As centrais sindicais realizam nesta terça-feira
(18) em frente ao Banco Central, em São Paulo,
protesto contra os juros altos.
Os trabalhadores vão se concentrar a partir das 10
horas, em frente a sede do Banco Central, na Avenida
Paulista, nº 1.804, em São Paulo.
Vale ressaltar que o Copom (Comitê de Política
Econômica), órgão do Banco Central, estará reunido
nos dias 18 e 19 de junho para decidir sobre a nova
taxa de juros, que hoje está em 10,50% a.a.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
lembra que juros altos inibem o consumo, a produção
e a geração de empregos.
Agenda: Ato contra juros altos
Data: 18 de junho
Horário: 10 horas
Local: sede do Banco Central
Endereço: Avenida Paulista, nº 1.804, São Paulo
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/06/2024 -
PL da assistencial pode ser analisado pelo plenário
do Senado
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner
(PT-BA),
apresentou recurso para que o PL (Projeto de
Lei) 2.830/19, que veta a cobrança da contribuição
assistencial aos sindicatos de trabalhadores, seja
apreciado pela plenário da Casa.
Outros 13 senadores também assinam o recurso para
que o projeto seja examinado pelo plenário do
Senado, já que a matéria tem caráter terminativo.
Isto é, iria direto ao exame da Câmara dos Deputados
— Casa revisora — sem passar pela deliberação do
plenário do Senado.
Apesar de o PL ter sido aprovado nas comissões
específicas — CAS (Comissões de Assuntos Sociais) e
CCJ (Comissão de Constituição, Justiça) —, em
caráter terminativo, Wagner argumenta que as emendas
que foram incluídas no texto original do PL
extrapolam objetivo inicial da proposta.
“Importa-nos discutir as mudanças de que trata a
Emenda 1 - CCJ, incluída pelo relator, que dispõem
sobre a organização sindical”, justificou o líder.
A emenda a que o senador se refere foi apresentada
pelo relator, senador Rogério Marinho (PL-RN), para
vetar a taxa ou contribuição assistencial paga pelo
trabalhador por força do acordo e/ou convenção
coletiva de trabalho.
A mudança foi aprovada pela CCJ, dia 5 de junho, e é
considerada prática antissindical, haja vista que a
medida cria grave ameaça à manutenção da estrutura e
organização sindicais.
Requerimento para tramitar em conjunto
Há, ainda, sobre a Mesa Diretora do Senado,
requerimento apresentado, nesta sexta-feira
(14), pelo senador Jaques Wagner para que os
projetos de lei — PL 2.830/19 e 2.099/23 — tramitem
conjuntamente.
O PL 2.099 está em discussão na CAS, sob a relatoria
do senador Paulo Paim (PT-RS).
Paim procura construir parecer favorável aos
sindicatos e confederações patronais, a fim de
garantir-lhes financiamento sindical, nos termos do
que foi garantido pelo STF (Supremo Tribunal
Federal), em setembro de 2023, quando
constitucionalizou a cobrança da contribuição
assistencial, inclusive dos não filiados ao
sindicato, com direito de oposição.
Fonte: Diap
18/06/2024 -
Cesta básica sobe, mostra o Dieese
Pesquisa mensal do Dieese apura que em maio o valor
do conjunto de alimentos básicos aumentou em 11 das
17 Capitais. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica
constatou, entre abril e maio, elevações mais fortes
em Porto Alegre (3,33%), Florianópolis (2,50%) e
Campo Grande (2,15%). Principais quedas, BH (-2,71%)
e Salvador (-2,67%).
SP – Preços da cesta. São Paulo, R$ 826,85,
Porto Alegre, R$ 801,45 e Florianópolis, R$ 801,03.
A comparação dos valores da cesta, entre maio de
2023 e 2024, mostra que todas as Capitais tiveram
alta, exceto Goiânia (-0,05%).
2024 – Nos cinco meses, a cesta subiu em
todas as cidades, e mais no Nordeste: Natal
(15,11%), Recife (14,94%) e João Pessoa (14,45%).
Pela Constituição, o salário mínimo deve suprir um
trabalhador e família com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência. O Dieese estima que esse valor
seria hoje de R$ 6.946,37.
Razões – Inexiste uma única para a queda ou
oscilação de preços, explica Patrícia Lino Costa,
economista do Dieese que coordena a pesquisa. Mas o
fator climático, ela observa, “tem pesado e deve
continuar a pesar nos produtos in natura”. A vilã do
período, informa, é a batata, “presente no prato de
quase todos os brasileiros”. Pesou também a
oscilação no preço do café, por outra razão. O
Vietnam, grande produtor, teve quebra pesada,
elevando as exportações do café brasileiro.
Futuro – A economista do Dieese não vê um
fator capaz de fazer explodir os preços. No entanto,
o nó da questão, segundo ela, é a instabilidade do
clima, aliada a pressões externas.
Estoque – Começou com Temer e piorou com
Bolsonaro o desmonte dos mecanismos de estoques
reguladores. Agora, a Conab atua em várias frentes,
tentando pôr de pé o Plano Nacional de
Abastecimento.
Governo – Tem agido, mas a reconstrução do
que foi desmontado exige tempo e recursos. “Inerte o
governo não está e tem agido dentro das linhas
formais e burocráticas. Mas, como a devastação foi
grave, a reconstrução é penosa”, avalia Patrícia.
Mais – Site do Dieese e da Conab.
Fonte: Agência Sindical
18/06/2024 -
Pesquisa Atlas mostra que 51% dos brasileiros
aprovam desempenho de Lula
A aprovação do presidente continua acima do
índice de desaprovação
A pesquisa do instituto AtlasIntel produzida em
parceria com a CNN Brasil mostrou que 51% dos
brasileiros aprovam o desempenho de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) e 47% reprovam a atuação do
presidente.
De acordo com os números, 2% dos brasileiros não
sabem como avaliar o desempenho de Lula à frente da
Presidência da República.
Foram entrevistadas 3.601 pessoas entre os dias 7 e
11 de junho. O levantamento tem margem de erro de um
ponto percentual para mais ou para menos e nível de
confiança de 95%.
Fonte: Brasil247
18/06/2024 -
Tributação do terço de férias não deve retroagir,
decide Supremo
O Supremo Tribunal Federal decidiu na quarta-feira
(12/6) que a inclusão do terço de férias no cálculo
da contribuição previdenciária patronal só vale a
partir da publicação da ata do julgamento sobre o
tema.
A corte atendeu a pedidos de contribuintes para
modular a decisão de 2020 que estabeleceu que a
incidência da contribuição sobre o terço de férias é
constitucional. A decisão foi tomada no julgamento
do RE 1.072.485.
Foram excluídas da modulação as contribuições já
pagas e não questionadas judicialmente até a
publicação das atas. Ou seja, esses valores não
serão devolvidos à União.
Segundo a projeção da Associação Brasileira de
Advocacia Tributária (Abat), o impacto da decisão do
STF seria de até R$ 100 bilhões caso o tribunal não
fizesse a modulação.
O relator do caso, ministro Marco Aurélio
(aposentado), votou em 2021 contra os embargos,
rejeitando a modulação. Ele foi acompanhado pelos
ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do
Supremo, abriu a divergência e foi acompanhado pelos
ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Rosa Weber
(aposentada), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Nunes
Marques.
“Os embargos de declaração merecem parcial
provimento para determinar que a produção de efeitos
para o caso deve se dar a partir da publicação do
acordão, ressalvando-se exclusivamente os
recolhimentos já realizados sem contestação judicial
ou administrativa”, disse Fux na sessão desta
quarta.
O caso
Em agosto de 2020, o Supremo considerou constitucional
a incidência de contribuição social sobre o terço,
fixando tese para uniformizar a jurisprudência até
então oscilante sobre o tema.
O recurso extraordinário foi relatado pelo ministro
Marco Aurélio, cujo entendimento foi seguido por
todos os ministros, à exceção de Edson Fachin.
Segundo o relator, o terço constitucional de férias
é verba auferida periodicamente e como complemento à
remuneração. Assim, é habitual e remuneratória — e
não indenizatória.
Portanto, à luz de outras decisões do STF — que
versaram sobre outros tipos de prestação feitos
pelos empregadores —, o pagamento de um terço a mais
do salário nas férias dos empregados deve ser
tributado.
RE 1.072.485
Fonte: Consultor Jurídico
18/06/2024 -
Parecer de comissão da OAB diz que ‘PL do estupro’ é
inconstitucional
“A conclusão é que o texto é inconstitucional e
inconvencional”, diz a presidente da Comissão
Nacional de Direitos Humanos da OAB
Uma comissão composta apenas por mulheres criada
pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) constatou
que o projeto de lei que equipara o aborto após a
22ª semana de gestação ao crime de homicídio é
inconstitucional. Em entrevista à jornalista Andréia
Sadi, do G1, a conselheira federal integrante da
comissão e presidente da Comissão Nacional de
Direitos Humanos (CNDH) do órgão, Silvia Souza,
afirmou que os debates consideraram apenas o aspecto
jurídico da proposta.
"As discussões feitas pelas integrantes da comissão
levaram em conta o aspecto jurídico da proposta. Não
debatemos se a OAB deve ser contra ou a favor a
prática do aborto. Discutimos se o projeto é ou não
cabível no ordenamento jurídico brasileiro e a
conclusão é que o texto é inconstitucional e
inconvencional. Vamos submeter essa posição ao
plenário da Ordem para que todas as conselheiras e
conselheiros federais decidam qual será a posição da
entidade", disse.
O posicionamento da comissão será levado a plenário
nesta segunda-feira (17) e submetido a votação por
81 conselheiros federais. O parecer foi feito com
urgência por conta da celeridade da tramitação da
proposta na Câmara, aprovada em votação relâmpago na
semana passada.
Fonte: Brasil247
17/06/2024 -
Centrais buscam apoio de Pacheco e Lira para pauta
trabalhista
Em importante movimento em defesa da agenda
trabalhista no Congresso Nacional, representantes
das centrais sindicais se reuniram, na última
quarta-feira (12), com o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O encontro ocorreu no
gabinete do parlamentar, em Brasília.
Na ocasião, os líderes sindicais apresentaram as
agendas Legislativa e Jurídica da classe
trabalhadora, com as prioridades para 2024, com
destaque para a importância de a proteção dos
direitos trabalhistas e da organização e estrutura
sindicais.
Outro tema abordado na reunião foi o PLP (Projeto de
Lei Complementar) 12/24, que cria pacote de direitos
para os trabalhadores por aplicativo, atualmente em
tramitação na Câmara dos Deputados, e que ainda vai
passar pela apreciação do Senado Federal.
Trabalhadores com aplicativos
As centrais sindicais expressaram preocupação com o
impacto do projeto para esses trabalhadores e de
possíveis retrocessos no exame do PL.
Como é o caso do impedimento à negociação coletiva
entre trabalhador e empresa, após alteração no texto
feita pelo relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE),
na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços.
O texto, em seguida vai à discussão,
respectivamente, nas comissões de Trabalho; e de
Constituição e Justiça, antes de ser votada em
plenário.
Diante disto, os dirigentes sindicais solicitaram o
apoio de Pacheco para garantir legislação justa,
equilibrada e que garanta os direitos trabalhistas
desse importante segmento profissional, que reúne,
hoje, mais de 2 milhões de trabalhadores.
Contribuição assistencial
Também na reunião, as centrais destacaram as
constantes ameaças que o movimento sindical vem
sofrendo, referindo-se ao relatório do senador
Rogério Marinho (PL-RN), que veta a taxa ou
contribuição assistencial, paga pelo trabalhador por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Para os dirigentes, a medida é clara tentativa de
minar financeira e materialmente as entidades
sindicais, em particular os sindicatos, a fim de
tirar-lhes força e condições de representar as
demandas dos trabalhadores nas empresas.
Em resposta, Pacheco se comprometeu a analisar
cuidadosamente as demandas apresentadas pelas
centrais sindicais e trabalhar em conjunto para
garantir que a pauta trabalhista receba a devida
atenção no Senado Federal.
Projetos de lei
Sobre o tema há 2 projetos de lei — PL 2.830/19 e
2.099/23 — o primeiro teve parecer do relator,
Rogério Marinho aprovado na CCJ, na semana passada,
contra a taxa assistencial.
O segundo está em discussão — depois de ter tido
parecer de Marinho aprovado na CAE (Comissão de
Assuntos Econômicos) —, na CAS (Comissão de Assuntos
Sociais), sob a relatoria do senador Paulo Paim
(PT-RS), que busca construir acordo com as centrais,
confederações patronais e oposição, com propósito de
aprovar algum tipo de custeio e financiamento para
os sindicatos.
Câmara dos Deputados
Os representantes das centrais sindicais também
estiveram, na última terça-feira (11), com o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para
tratar também da pauta sindical no Legislativo, em
particular na Casa.
Foram entregues ao parlamentar as agendas
Legislativa e Jurídica da classe trabalhadora, bem
como os temas prioritários.
Pelas centrais sindicais, participaram das reuniões
os presidentes da Pública Central do Servidor, José
Goze; da CUT (Central Única dos Trabalhadores),
Sergio Nobre, e o secretário de Assuntos Jurídicos
da CUT, Valeir Ertle, e, também, o assessor do Fórum
das Centrais, Clemente Ganz Lúcio.
Fonte: Diap
17/06/2024 -
Comportamento desejável – João Guilherme Vargas
Netto
Depois da derrota maiúscula que o movimento sindical
teve com a aprovação na CCJ do Senado do jabuti de
Rogério Marinho (que praticamente inviabiliza as
contribuições dos trabalhadores aos Sindicatos nas
negociações coletivas) dois extremos devem ser
evitados: o desespero niilista e o relaxamento,
ambos paralisantes.
Foi uma batalha perdida cujos desdobramentos podem
ser ainda piores, mas que exige resposta imediata e
inteligente das direções sindicais.
De saída, a constatação da esperteza e persistência
do senador Marinho, que procura criar um verdadeiro
bloco antissindical no Congresso, reforçando assim
sua posição de líder do bolsonarismo em ambas as
Casas congressuais.
O trabalho contínuo de conversas com os senadores e
deputados, demonstrando que o jabuti vai de encontro
às posições do STF, da Conalis e do bom senso é
urgente.
E, de modo estratégico e fundamental, deve-se
incrementar a “subida” às bases, reforçando os laços
entre as direções sindicais e os trabalhadores,
mobilizados e orientados.
Naqueles Sindicatos em que os acordos coletivos nas
empresas têm garantido as contribuições dos
trabalhadores esta prática deve ser reforçada
obtendo recursos para os Sindicatos e fazendo vivo o
lema “a luta faz a lei”.
Ao mesmo tempo, as direções sindicais, discutindo
com representantes do empresariado (atualmente em
fúria interesseira contra o governo), devem
persistir em obter consenso em uma regulamentação
possível para garantia de contribuições sindicais
legais de todos os trabalhadores em assembleias
representativas.
Reconhecer a derrota, avaliar as dificuldades, mas
perseverar na luta unitária e inteligente, eis o
comportamento desejável das direções sindicais.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de
entidades sindicais de trabalhadores
Fonte: Agência Sindical
17/06/2024 -
Sindicalistas denunciam governo do Paraná à
Organização Internacional do Trabalho
Entre as medidas contra a manifestação dos
professores, eles mencionam ação na Justiça em que a
gestão estadual pediu multa diária de R$ 100 mil do
sindicato dos professores e funcionários de escolas
e também a prisão da presidente da instituição,
Walkiria Mazeto, por suposta desobediência a uma
liminar que tratava da greve.
Eles também citam a utilização de dados internos da
secretaria de Educação para enviar vídeo contra a
greve para pais e responsáveis por alunos das
escolas públicas. O conteúdo do vídeo critica o
sindicato e fala de manifestações "partidárias e
violentas" que colocariam "seu filho em risco".
Segundo a representação, assinada pela Nova Central,
CUT, CSB, CTB, Força Sindical e UGT, a gestão
paranaense não respeitou o direito à greve, colocou
em risco a continuidade de funcionamento do
sindicato por meio do pedido de multas elevadas e
ameaçou a liberdade individual da dirigente
sindical.
Após avaliação de admissibilidade da queixa, a OIT
pode abrir investigação sobre o ocorrido.
Em manifestações a respeito do tema, Ratinho Junior
disse que a greve foi decretada ilegal pela Justiça,
teve baixíssima adesão e que os sindicalistas
estavam produzindo fake news sobre os projetos.
Sobre o projeto de lei, disse que as mudanças
propostas por ele já existem em outros países e
ajudam os diretores e terem mais liberdade para
trabalhar.
O governo paranaense também fez críticas ao
sindicato devido a protesto que terminou em confusão
em 3 de junho. A multidão que participava da
manifestação forçou a entrada no prédio do
Legislativo e foi recebida com bombas de gás
lacrimogêneo. Cinco pessoas tiveram ferimentos
leves, incluindo dois policiais militares que faziam
a segurança do local.
A procuradora do estado, Mariana Carvalho Waihrich,
chamou a mobilização dos professores de "atos
antidemocráticos e terrorismo".
Fonte: Folha de São Paulo
17/06/2024 -
Presidente do TST debate impactos da IA no mundo do
trabalho em conferência da OIT
Ministro Lelio Bentes defendeu uma transição
justa para os trabalhadores
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Lelio Bentes Corrêa, participou, na
quinta-feira (13), da 112ª Conferência Internacional
do Trabalho, realizada pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na
Suíça. Em reunião sobre tecnologias disruptivas,
como a Inteligência artificial (IA), e o futuro do
trabalho dialogado, legislado e julgado, ele
defendeu uma transição justa, que atenda aos
interesses de empresas, acionistas, trabalhadores e
sociedade.
Um dos temas tratados por ele foi a aceleração sem
precedentes do avanço tecnológico no sistema
financeiro, setor que mais utiliza aplicativos de
Inteligência Artificial. “É preciso adaptar as
respostas políticas à realidade em mudança, de modo
que os benefícios da digitalização do setor sejam
equitativamente distribuídos entre empresa e
acionistas, clientes, trabalhadores e sociedade em
geral”, observou.
Distribuição e diálogo social
O ministro também destacou que, segundo a OIT, entre
2012 e 2019, a variação percentual do salário médio
por profissão no setor financeiro brasileiro foi de
37% para gestores e apenas 1% para profissionais
técnicos. Lembrou ainda que, no mesmo período, o
número de trabalhadores formais no setor diminuiu
8%, ao mesmo tempo em que a informalidade aumentou
110%.
“Nesse cenário, o que se busca é uma transição justa
para um futuro do trabalho em que o setor financeiro
capitalize plenamente os benefícios da
digitalização, humanizando os serviços e respondendo
simultaneamente às necessidades dos trabalhadores e
da sociedade”, pontuou o ministro Lelio Bentes
Corrêa. “Somente a partir da qualificação de
trabalhadores e trabalhadoras, aliada à ampliação da
proteção social, com a redistribuição equitativa dos
benefícios da digitalização, a transição poderá ser
considerada justa, sustentável e inclusiva”.
Também participaram reunião o ministro Aloysio
Corrêa da Veiga, vice-presidente do TST, a ministra
Maria Cristina Peduzzi, o ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, o procurador-geral do Trabalho, José de
Lima Ramos Pereira, a presidente da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), Luciana Conforti, e representantes de
entidades de classe.
Fonte: TST
14/06/2024 -
Saldos do FGTS devem ser corrigidos, no mínimo, pelo
índice da inflação, decide STF
Nos anos em que a remuneração não alcançar o
valor da inflação, caberá ao Conselho Curador do
Fundo determinar a forma de compensação.
O Plenário decidiu que os saldos das contas
vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) devem ser corrigidos, no mínimo, pelo índice
oficial de inflação (IPCA). De acordo com a decisão,
fica mantida a atual remuneração do fundo, que
corresponde a juros de 3% ao ano mais a Taxa
Referencial (TR), além da distribuição de parte dos
lucros. Mas, nos anos em que a remuneração não
alcançar o valor da inflação, caberá ao Conselho
Curador do Fundo determinar a forma de compensação.
A decisão será aplicada ao saldo existente na conta
a partir da data de publicação da ata do julgamento
da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090,
na sessão desta quarta-feira (12).
Para o Plenário, essa medida concilia os interesses
dos trabalhadores e as funções sociais do fundo,
como o financiamento da política habitacional. A
decisão segue os termos do acordo firmado entre a
União e as quatro maiores centrais sindicais do
país.
Caso
A ação foi proposta pelo partido Solidariedade contra
as Leis 8.036/1990 e 8.177/1991, que passaram a
prever a Taxa de Referência como índice para a
correção dos saldos no fundo. Para o partido, a TR
não é um índice de correção monetária, e a atual
fórmula gera perdas aos trabalhadores, uma vez que
os saldos não acompanham a inflação.
Conciliação
Prevaleceu no julgamento o voto médio do ministro
Flávio Dino, que foi acompanhado pelo ministro Luiz
Fux e pela ministra Cármen Lúcia. O voto médio foi
necessário porque três correntes de votos foram
registradas.
Para Dino, deve-se respeitar o acordo apresentado
pela Advocacia-Geral da União (AGU) após diálogos
com sindicatos, na medida em que a proposta concilia
os interesses dos trabalhadores e as funções sociais
do Fundo, assegurando um piso na remuneração. Na sua
avaliação, a correção de modo elevado encareceria a
linha de crédito para financiamento habitacional,
prejudicando os trabalhadores mais pobres.
Competência
Os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes,
Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram pela manutenção
da regra atual, ou seja, julgando improcedente a
ADI. Segundo Zanin, não cabe ao Judiciário afastar o
critério de correção monetária escolhido pelo
legislador com base em razões de ordem econômica e
monetária. Nesse sentido, o ministro Gilmar Mendes
acrescentou que uma mudança no sistema de correção
deve ficar a cargo do Comitê Gestor do FGTS ou das
esferas políticas incumbidas de fazer uma
articulação nesse sensível instrumento institucional
que é o FGTS.
Perdas inflacionárias
Para os ministros Luís Roberto Barroso, André
Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin, os depósitos
não podem ser corrigidos em índices inferiores ao da
poupança. Para o presidente do Supremo, como os
níveis de segurança do FGTS são semelhantes aos da
caderneta de poupança, mas com liquidez inferior, a
utilização da TR para recuperar perdas
inflacionárias não é razoável.
Fonte: STF
14/06/2024 -
Cerca de 78% das greves, em 2023, foram para manter
direitos
Saiba mais sobre as greves no Brasil em 2023 e
como cerca de 78% delas foram realizadas para manter
direitos trabalhistas
O DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos – divulgou um estudo, onde
apresenta um panorama das greves realizadas no
Brasil em 2023, destacando suas principais
características.
Os dados analisados foram extraídos do Sistema de
Acompanhamento de Greves (SAG-DIEESE), que reúne
informações sobre as mobilizações realizadas pelos
trabalhadores desde 1978 e conta, atualmente, com
mais de 40 mil registros.
As informações do SAG-DIEESE são obtidas por meio de
notícias veiculadas em jornais impressos e
eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.
De acordo com o estudo, que avaliou 1.132 greves,
foram contabilizadas 42 mil horas paradas.
Os trabalhadores do funcionalismo público promoveram
mais da metade (51%) dessas mobilizações e
correspondeu a 65% das horas paradas.
Duração
Em 2023, 56% das greves encerraram-se no mesmo dia em
que foram deflagradas. Entre as mobilizações que
mais se alongaram, 12% duraram mais de 10 dias.
Greves de advertência
O estudo aponta ainda as greves de advertência,
mobilizações que têm como plano o anúncio antecipado
de seu tempo de duração. Elas costumam alongar-se em
intervalos que vão de algumas horas (atrasos no
início da jornada) a alguns dias.
Apesar de não abranger a maioria das greves, essa
tática caracterizou uma grande proporção (47%) dos
movimentos dos trabalhadores em 2023.
Caráter das greves
Para cada greve, o conjunto das reivindicações dos
trabalhadores foi examinado e classificado de acordo
com o caráter que apresenta.
Greves que propõem novas conquistas ou ampliação das
já asseguradas são consideradas de caráter
propositivo.
As greves denominadas defensivas caracterizam-se
pela defesa de condições de trabalho, de saúde e de
segurança. Também se posicionam contra o
descumprimento de direitos estabelecidos em acordo,
convenção coletiva ou legislação.
Por fim, aquelas que visam ao atendimento de
reivindicações que ultrapassam o âmbito das relações
de trabalho são classificadas como greves em
protesto.
E ações em apoio a greves de trabalhadores de outra
categoria, como greves em solidariedade.
Cerca de 78% das greves tiveram caráter defensivo
De acordo com o levantamento do Dieese, itens de
caráter defensivo estiveram presentes na pauta de
reivindicações de 78% das greves, sendo que mais da
metade (52%) referia-se à denúncia de descumprimento
de direitos.
Greves contra a degradação de condições vigentes,
mesmo não sendo maioria, também tiveram participação
importante (44%).
Veja a íntegra do Estudo
Fonte: Rádio Peão Brasil
14/06/2024 -
Tebet descarta desvinculação de aposentadorias do
salário mínimo
Segundo ministra, pasta discute “modernização” de
benefícios
A desvinculação do piso das aposentadorias ao
salário mínimo “não passa pela cabeça” do governo,
disse nesta quarta-feira (12) a ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Em audiência
pública na Comissão Mista de Orçamento, ela disse
que a pasta estuda a “modernização” de benefícios
como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o
abono salarial e o seguro-desemprego.
“Não passa pela cabeça do presidente Lula nem da
equipe econômica desvincular a aposentadoria do
salário mínimo. Estamos analisando a possibilidade
de modernizar benefícios previdenciários [não
relacionados à aposentadoria] e trabalhistas”, disse
a ministra.
Tebet ressaltou que as discussões ainda estão em
fase inicial e estão sendo feitas pelos técnicos da
pasta, sem que nenhuma decisão tenha sido tomada.
“Acho que mexer na valorização da aposentadoria é um
equívoco. Vai tirar com uma mão e ter que dar com
outra. Temos de modernizar as demais vinculações. O
BPC, o abono salarial, como estão essas políticas
públicas. A discussão está sendo feita internamente,
mas não há decisão política”, acrescentou.
Revisão de gastos
A ministra disse que a etapa mais difícil do ajuste
fiscal está começando, com a revisão de gastos. Ela
própria admitiu que o espaço para medidas para
aumentar a arrecadação está diminuindo. “Como o
próprio ministro Haddad falou, não temos plano B em
relação à desoneração. Isso significa que as novas
fontes de receita estão se esgotando. O lado bom
disso é que vamos ter de acelerar a esteira da
revisão de gastos”, disse Tebet.
A ministra referiu-se à declaração do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, após a devolução parcial
da medida provisória que pretendia limitar
compensações do Programa de Integração Social (PIS)
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins). Segundo ela, agora o governo
precisa “realinhar e requalificar” os gastos
públicos.
“Temos plano A, plano B, plano C e plano D na
revisão de gastos, porque ela mal começou. Não é por
outra razão e ninguém esconde isso, ela mal começou
porque é o trabalho mais difícil de fazer, é
complexo e envolve deliberação do Congresso
Nacional”, justificou a ministra.
De acordo com Tebet, há três frentes de diminuição
de gastos. A primeira é a fiscalização e eliminação
de fraudes de programas sociais, como o Bolsa
Família. A segunda é a redução de incentivos
fiscais. A terceira é a modernização de despesas
obrigatórias, como saúde, educação e benefícios
previdenciários.
Saúde e educação
Embora o ministro Haddad tenha dito na terça-feira
(11) que pretende propor mudanças no formato dos
pisos constitucionais da saúde e da educação, Tebet
afirmou que a limitação do crescimento dos limites a
2,5% de aumento acima da inflação por ano não está
em discussão. “Ninguém está dizendo que vai limitar
a 2,5%”, declarou.
Uma eventual mudança da regra tem como objetivo
evitar o colapso do novo arcabouço fiscal porque os
pisos para a Saúde e a Educação cresceriam mais que
os gastos discricionários (não obrigatórios) dos
ministérios nos próximos anos. O próprio Tesouro
Nacional estima que o espaço para as despesas livres
do governo será comprimido ano a ano, até se
extinguir em 2030, caso as regras para os limites
mínimos de Saúde e Educação não sejam alteradas.
Fonte: Agência Brasil
14/06/2024 -
Indústria calçadista encerra abril com 288 mil
empregos; queda de 4,9%
A indústria calçadista encerrou o mês de abril deste
ano com 288 mil empregos diretos, representando uma
diminuição de 4,9% em comparação com abril de 2023,
conforme dados da Associação Brasileira da
Indústrias de Calçados (Abicalçados). Nos primeiros
quatro meses do ano, o setor criou 7,7 mil novos
postos de trabalho, sendo 1,13 mil somente em abril.
O presidente executivo da Abicalçados, Haroldo
Ferreira, prevê um crescimento no consumo interno de
calçados entre 2,2% e 3,8% até o final do ano, o que
deve impulsionar a atividade produtiva entre 0,9% e
2,2% em 2024. Ferreira destaca os resultados
positivos da feira BFShow, realizada em São Paulo no
fim de maio, e expressa otimismo em relação às
vendas na segunda metade do ano.
Imposto
Apesar de não alcançar a alíquota desejada pelo setor,
a retomada do imposto de importação para remessas de
até US$ 50 do e-commerce internacional,
estabelecendo uma taxa de 20%, deve beneficiar a
produção nacional. Além disso, a manutenção da
desoneração da folha de pagamentos para 2024 é
considerada uma conquista importante.
No cenário nacional, o Rio Grande do Sul continua
sendo o maior empregador do setor calçadista,
respondendo por aproximadamente um terço dos
empregos diretos. Porém, o mês de maio foi marcado
por instabilidade devido às enchentes que afetaram o
estado. Para mitigar os impactos, a Abicalçados está
solicitando a liberação rápida de créditos para as
empresas afetadas.
O Ceará segue como o segundo maior empregador no
setor, apesar de registrar uma perda de 434
postos nos primeiros quatro meses do ano. Já a Bahia
e São Paulo também apresentaram reduções no número
de empregos, com perdas de 117 e 2,82 mil postos,
respectivamente, durante o mesmo período.
Fonte: Portal IN
14/06/2024 -
Líder do governo no Congresso diz que devolução de
MP não é derrota
O instrumento foi o meio encontrado pela equipe
econômica do governo para compensar as perdas
fiscais com a desoneração da folha de pagamentos dos
17 setores da economia
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (sem partido-AP), não encara como uma
derrota do executivo a devolução da medida
provisória que altera as regras do PIS/Confins pelo
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O instrumento foi o meio encontrado pela equipe
econômica do governo para compensar as perdas
fiscais com a desoneração da folha de pagamentos dos
17 setores da economia.
“Nós respeitamos a decisão do presidente do Senado e
do Congresso, Rodrigo Pacheco. O governo está
procurando uma solução para um problema a partir de
uma decisão do Congresso que, no ano passado,
desonerou 17 setores e os municípios brasileiros”,
lembrou.
Também recordou que a decisão foi submetida ao
presidente que vetou e, depois, teve o veto
derrubado, porém a Lei de Responsabilidade Fiscal
(Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000) e a
Constituição estabelecem que não se pode aprovar uma
despesa se não tiver a respectiva receita.
A partir de uma decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), o líder explicou que o governo foi cobrado a
dar uma resposta, mas o mesmo tem de ser feito pelo
Congresso.
“Se essa não é a fonte de compensação qual será?
Essa resposta tem data até o dia 11 de agosto deste
ano. Se não for dada, os 17 setores e os municípios
brasileiros voltarão a ser reonerados”, explicou.
Randolfe também argumentou que não foi toda a medida
provisória devolvida. “O restante da medida, que
ainda prevalece, cumprirá os objetivos que o
Ministério da Fazenda está pedindo. Devolver medida
provisória é um gesto excepcional, mas convenhamos
né, no governo anterior foram devolvidas cinco,
então o nosso [governo] ainda está com crédito”,
considerou.
Fazenda
Aos jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, admitiu que não tem um plano B para resolver
o problema.
Haddad demonstrou preocupação com fraudes em torno
de R$ 25 bilhões no uso da compensação do PIS/Cofins
pelas empresas para pagar dívidas tributárias.
Ele diz que empresários alegam ter crédito que não é
reconhecido pela Receita Federal.
O ministro afirmou que vai procurar os líderes do
Congresso para buscar uma solução e que não houve
desgaste dele com o presidente Lula por causa dessa
devolução.
Fonte: Portal Vermelho
13/06/2024 -
Centrais Sindicais destacam prioridades da Pauta da
Classe Trabalhadora para Geraldo Alckmin
Ao lado direito do vice Geraldo Alckmin estão: João
Carlos Juruna, secretário geral da Força Sindical,
Sérgio Leite, vice presidente da Força Sindical,
Clemente Ganz Lucio, assessor do Fórum das Centrais
Sindicais. O segundo da esquerda para a direita é
José Gozze, presidente da Pública, Central do
Servidor. O quarto à direita é o presidente da CUT,
Sérgio Nobre.
Representantes das Centrais Sindicais entregaram,
nesta terça (11), as prioridades Pauta da Classe
Trabalhadora, Propostas de medidas emergenciais de
manutenção do emprego no Rio Grande do Sul e as
Agendas legislativas e do judiciário ao Ministro do
Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços, e
vice presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.
Fonte: Rádio Peão Brasil
13/06/2024 -
CTB realiza seminário: Nova Política Industrial a
Serviço do Desenvolvimento do Brasil
Na tarde desta terça-feira (11), a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em
parceria com o jornal Hora do Povo realizou o
seminário “Nova Política Industrial a Serviço do
Desenvolvimento do Brasil”. O evento, que reuniu
representantes da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI), Federação Interestadual de
Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal),
buscou debater os desafios de uma Nova Política
Industrial a serviço de uma estratégia nacional de
desenvolvimento, que se trata da Nova Industria
Brasil (NIB), programa lançado pelo Governo Federal.
Durante a abertura do evento, Adilson Araújo,
presidente da CTB, expressou gratidão pela parceria
e ressaltou a importância da discussão sobre a Nova
Indústria Brasil. Destacou a CTB como a segunda
maior central sindical do país, fundamental para o
debate sobre o desenvolvimento industrial. Araújo
deu boas-vindas aos participantes presenciais e
remotos, destacando a representatividade da CTB, com
mais de 1420 sindicatos filiados. Enfatizou a
necessidade de um novo projeto nacional de
desenvolvimento, visando tornar o Brasil mais
competitivo no século 21, com investimentos, redução
de juros e reindustrialização. Apontou desafios como
a crise global, a quebra da hegemonia dos EUA e a
importância de setores como saúde e energia.
Concluiu afirmando que o Brasil pode se tornar uma
nação mais justa e igualitária.
Arthur Bueno de Camargo, presidente licenciado da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
da Alimentação, também participou do evento e
destacou a importância da discussão sobre a
reindustrialização. Ele ressaltou que o tema é
fundamental para mostrar que a indústria pode dar
uma grande contribuição, mas que é necessário ter um
espaço e uma via de dois lados para resolver os
problemas das indústrias e dos trabalhadores.
“Participei desse grande evento convocado pelo
Adilson e é de suma importância essa discussão que
fizemos hoje com a participação da CNI, para a
retomada da reindustrialização. Esse debate é
fundamental para que possamos mostrar para o setor
industrial que podemos dar uma grande contribuição,
mas para isso precisamos de espaço e uma via de dois
lados, não podemos só querer resolver os problemas
das indústrias sem olhar os problemas enfrentados
pelos trabalhadores da indústria. Esse documento que
nós fizemos é fundamental para que possamos dar o
primeiro passo e apresentar uma proposta de retomada
da reindustrialização e acredito que o governo
também tenha que fazer parte dessa discussão”, disse
Arthur Bueno de Camargo.
Assis Melo, presidente da FitMetal, também
participou do evento e destacou a importância do
tema da reindustrialização para o desenvolvimento do
país. Ele ressaltou que o tema é fundamental para
discutir trabalho e emprego de qualidade e que a
Nova Industria Brasil é um projeto de nação, de
independência e soberania. “O tema da
reindustrialização do nosso país é um projeto
soberano de desenvolvimento e discutir isso, vem
atrelado a discutir trabalho e emprego de qualidade,
então esse tema da Nova Industria Brasil é um
projeto de nação, de independência e soberania.
Pensar indústria é discutir desenvolvimento,
consequentemente bem-estar social, sendo um tema
importante, mas claro, temos que se movimentar ainda
mais para que isso ganhe a consciência de nosso
povo, das autoridades, dos empresários e
trabalhadores de modo geral”, disse Assis Melo.
O evento também contou com a presença de outras
autoridades e representantes da indústria, que
debateram sobre a importância da Nova Industria
Brasil para o desenvolvimento do país.
Adilson Araújo, presidente da CTB, encerrou o evento
destacando a importância da parceria entre a CTB e o
jornal Hora do Povo e a centralidade da indústria
para o desenvolvimento do país. “O evento demonstra
grandeza, primeiramente pela parceria feita entre a
CTB e o jornal Hora do Povo. Segundo, trazemos um
tema que é fundamental no debate do novo projeto
nacional de desenvolvimento. O Brasil reivindica
maior atenção para um programa de valorização do
trabalho e do trabalhador, e a indústria tem
participação fundamental nessa construção, sobretudo
no que diz respeito à centralidade das grandes
empresas nacionais frente aos desafios
contemporâneos. Isso é sobretudo fazer com que o
Brasil retome sua capacidade produtiva e faça com
que o país seja efetivamente uma nação capaz de
desenvolver força produtiva, melhorar a renda e,
consequentemente, a vida das pessoas. E que nós
podemos, de fato, com a indústria forte, construir
um Brasil capaz de fortalecer, a todo instante, sua
soberania, democracia e os direitos da classe
trabalhadora”, encerrou Adilson Araújo.
Fonte: CTB
13/06/2024 -
Câmara aprova 'taxa das blusinhas' e emendas do
Senado ao Programa Mover
Texto segue para sanção presidencial
A Câmara dos Deputados aprovou 11 emendas do Senado
ao projeto de lei que institui o Programa Mobilidade
Verde e Inovação (Mover) e prevê a taxação de
produtos importados de até 50 dólares. Entre as
emendas aprovadas está a que exclui regras sobre
exigência de conteúdo local em exploração de
petróleo. O texto, agora, segue para sanção
presidencial.
A taxação havia sido incluída no PL pela própria
Câmara, mas foi alvo de intensos debates quando
chegou ao Senado. Por fim, após uma negociação
envolvendo os presidentes das duas Casas
Legislativas, Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco
(Senado), o governo Lula e os senadores, a questão
foi superada e o Senado aprovou a proposta. Apesar
disso, a inclusão de novas emendas fez com que o
texto voltasse à Câmara para a aprovação final antes
da sanção presidencial.
O relator da proposta, deputado Átila Lira (PP-PI),
ressaltou, nesta terça-feira (11), que a criação do
Programa Mover é de extrema relevância para a
economia brasileira. "Por meio do Programa Mover,
teremos um incentivo para a produção nacional e para
o desenvolvimento tecnológico e ambiental, com
repercussão evidente na geração de emprego e renda
em nosso País", disse.
No âmbito do Mover, o projeto prevê incentivos
financeiros de R$ 19,3 bilhões em cinco anos e
redução do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) a fim de estimular a pesquisa e o
desenvolvimento de soluções tecnológicas e a
produção de veículos com menor emissão de gases do
efeito estufa.
A medida consta do Projeto de Lei 914/24, do Poder
Executivo. Um decreto presidencial e uma portaria do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços (MDICS) já regulamentaram o tema quanto à
redução do IPI e à habilitação dos projetos das
indústrias e montadoras do setor para acessar os
incentivos financeiros, orçados em R$ 3,5 bilhões
para 2024.
[Com informações da Agência Câmara de Notícias]
Fonte: Brasil247
13/06/2024 -
Manipulação, truculência e populismo: táticas de
sobrevivência da extrema-direita
A extrema-direita brasileira, para sobreviver
politicamente, precisa de álibi que disfarce a
verdadeira agenda e os interesses que representa.
Esse álibi é construído mediante estratégia que
consiste em acusar a esquerda e os setores
progressistas de serem os responsáveis pelas mazelas
que afetam a população.
Antônio Augusto De Queiroz*
A partir dessa premissa, utilizam o populismo
digital, disseminando fake news e ameaças, inclusive
físicas, para deslegitimar os agentes políticos
progressistas, além de questionar a legitimidade do
sistema político e suas instituições. Essa abordagem
visa ganhar a simpatia de pessoas com menor acesso à
educação e a informações críticas, muitas vezes
apelando para sentimentos e emoções ao invés de
fatos.
A estratégia da extrema-direita não se limita à
manipulação da opinião pública entre os menos
informados. Essa também se apoia em segmentos da
classe média e do mercado, que, por razões
distintas, encontram motivos para se aliar a essa
corrente política.
A classe média, muitas vezes guiada por valores
moralistas e conservadores, vê na agenda
progressista ameaça aos seus princípios e modo de
vida. Já os setores do mercado se opõem à esquerda e
aos governos progressistas por razões econômicas.
Estes setores, nos governos ditos “liberais” e os de
extrema-direita, frequentemente se beneficiam de
privilégios como a ausência de fiscalização
trabalhista, ambiental e tributária, além de
renúncias e incentivos fiscais desnecessários, que
são questionados e combatidos por governos de
orientação progressista.
Assim, a extrema-direita brasileira se fortalece ao
formar coalizão que inclui tanto pessoas de baixa
cognição, influenciadas pelo populismo digital e
fake news, quanto segmentos da classe média e do
mercado, movidos por razões moralistas e econômicas.
Juntos, esses grupos criam frente unificada contra
os governos progressistas, dificultando a
implementação de políticas que visem reduzir
desigualdades e promover justiça social.
Essa dinâmica é sustentada por constante campanha de
desinformação, em que a verdade é frequentemente
distorcida para servir aos interesses da
extrema-direita. Embora destinada a trazer
benefícios aos líderes desses movimentos, a
narrativa criada busca pintar a esquerda e os
progressistas como inimigos do povo, desviando a
atenção das verdadeiras causas das mazelas sociais e
econômicas do País.
Em ambiente político polarizado e marcado pela
desconfiança nas instituições, essa tática se mostra
eficaz para manter a base de apoio da
extrema-direita mobilizada e engajada, perpetuando
um ciclo de desinformação e resistência às mudanças
progressistas.
A mistura de política e religião tem sido utilizada
pela extrema-direita no mundo ocidental para evitar
políticas públicas em favor das minorias sociais e
dos menos favorecidos. Eles criam ambiente favorável
à sucessão desse tipo de pensamento, sempre em nome
da liberdade, da família, da propriedade e da
moralidade e dos chamados bons costumes. Esse álibi
apela aos instintos primitivos em lugar de valorizar
avaliações baseadas em evidências e, portanto, em
racionalidade.
Esse uso instrumental da religião fortalece a
narrativa de que os inimigos são os progressistas,
que são pintados como ameaças à ordem moral e aos
valores tradicionais. É estratégia que, se não for
contida, pode levar a erosão contínua das bases
democráticas e ao fortalecimento de regimes
autoritários.
Além disso, o engajamento da extrema-direita também
proporciona lucro para seus operadores. Os
principais influenciadores e líderes desse tipo
pregação são financiados e monetizam seus sites com
anúncios, publicidade direta, solicitam doações —
quem não se lembra dos PIX de Bolsonaro? —, recebem
por “likes” e vendem produtos e serviços destinados
a reforçar a defesa do ideário da extrema-direita.
Virou grande negócio.
Foi esse tipo de estratégia que levou ao impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse mesmo modus
operandi está em curso no terceiro governo Lula. Ou
setores da classe média, o mercado e a mídia agem
racionalmente, ou essas forças voltam ao governo e
desta vez conseguem implementar a ditadura que
Bolsonaro não conseguiu estabelecer devido a erros
que não irão repetir, instaurando ditadura
duradoura, com repressão das liberdades, inclusive
de imprensa e de mercado, além de massacre dos mais
pobres, das minorias sociais e sufocamento da classe
média.
A polarização política e a desinformação constante
amplificam o risco, e promovem cenário, em que o
radicalismo ganha terreno. É imperativo que a
sociedade civil se una em defesa dos princípios
democráticos, garantindo ambiente de diálogo e
resistência às ameaças autoritárias.
Por fim, a selvageria dessa gente pode ser medida
pela tentativa de golpe de Estado, em 8 de janeiro
de 2023, pelas agressões verbais nas redes sociais e
pela falta de decoro no exercício de mandato no
Parlamento, onde promovem gritaria e tumultuam o
funcionamento das comissões e ameaçam de agressão
física os adversários, inclusive autoridades do
Poder Executivo e do Judiciário.
Ou põem um freio nisso ou aqueles que indiretamente
apoiam essas ações acabarão por legitimar um cenário
de autoritarismo e repressão.
Diante desse cenário alarmante, é crucial que a
sociedade brasileira se conscientize dos mecanismos
de manipulação e desinformação utilizados pela
extrema-direita. A valorização da educação crítica,
o fortalecimento das instituições democráticas e a
promoção de diálogo baseado em fatos são essenciais
para combater a polarização e o ressurgimento de
ideologias autoritárias.
Só por meio de esforço coletivo, que inclui todos os
setores da sociedade, será possível construir futuro
mais justo e equitativo, em que a desinformação e o
ressentimento não sejam as forças motrizes da
política nacional.
E o primeiro passo seria a regulamentação do uso das
redes sociais, com punição severa à produção e
disseminação de fake news, assim como estabelecer
regras de convívio civilizado nos ambientes
coletivos onde essa gente tem presença
institucional.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo (FGV).
Ex-diretor de documentação do Diap, idealizador e
coordenador da publicação “Cabeças” do Congresso. É
autor dos livros Por dentro do processo decisório -
como se fazem as leis e Por dentro do governo - como
funciona a máquina pública.
Fonte: Diap
13/06/2024 -
Projeto permite mais de um saque do FGTS por ano em
casos de calamidade
O senador Jayme Campos (União-MT) apresentou um
projeto de lei para retirar as limitações de acesso
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em
casos de calamidade pública (PL 2.188/2024). O
objetivo é permitir que os saques possam ser feitos
em intervalos menores que 12 meses. O autor lembrou
que, no caso do Rio Grande do Sul, por exemplo, o
governo reconheceu estado de calamidade em 2023 e
2024 em diversas cidades, mais de uma vez, mas os
trabalhadores que já tinham feito algum saque nos
últimos 12 meses não puderam acessar o dinheiro.
Fonte: Agência Senado
12/06/2024 -
INPC de maio sobe 0,46% ante alta de 0,37% em abril,
revela IBGE
Em maio de 2023 INPC tinha sido de 0,36%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
teve elevação de 0,46% em maio, após uma alta de
0,37% em abril, segundo dados divulgados nesta
terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Como resultado, o índice acumulou elevação de 2,42%
no ano.
A taxa em 12 meses foi de 3,34%. Em maio de 2023, o
INPC tinha sido de 0,36%.
O INPC mede a variação dos preços para as famílias
com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas
por assalariados.
Fonte: CNN Brasil
12/06/2024 -
Presidente da Nova Central começa a cumprir agenda
em Genebra
Nesta segunda-feira (10), o presidente da Nova
Central Sindical (NCST), Moacyr Auersvald, começou a
cumprir sua agenda na 112ª Conferência Internacional
do Trabalho da OIT em Genebra, na Suíça.
Moacyr, juntamente com demais representantes das
centrais sindicais, integrou a reunião de
intercâmbio das informações sobre os trabalhos e
debates realizados até o momento na Conferência
iniciada no dia 3.
O presidente juntou-se à delegação da NCST-PR, que
já está participando do evento. A delegação da
FETRACONSPAR é composta por Roberto Leal Americano,
presidente do SINTRIVEL; Celso da Silva Garais,
secretário geral do STICM GUARAPUAVA; Cesar de
Oliveira, secretário geral da FETRACONSPAR e
Denílson Pestana da Costa, presidente da NCST/PR e
diretor de Relações Internacionais da NCST.
O presidente da Nova Central terá agenda até 15 de
junho na Conferência.
Fonte: NCST
12/06/2024 -
Trabalhadores terão distribuição extraordinária dos
lucros do FGTS? Entenda
Correção monetária de saldos do fundo voltará ao
STF nesta quarta-feira (12)
O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse na
segunda-feira (10) que o governo quer abrir uma mesa
de negociação com centrais sindicais para discutir
uma distribuição extraordinária dos lucros do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aos
trabalhadores. A proposta foi apresentada no período
da tarde desta segunda ao presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso,
relator da ação que trata da correção monetária dos
saldos do FGTS. O julgamento está marcado para a
quarta-feira (12).
“Apresentamos este entendimento firmado com centrais
em que nós conseguimos ganhos reais para os
trabalhadores”, disse Messias após a reunião. “Temos
todo o interesse que o julgamento ocorra. O
Judiciário tem quase duas milhões de novas ações
apresentadas nos últimos anos sobre esse tema, é
importante que o STF estabilize essa situação e
ofereça segurança jurídica”, afirmou. O secretário
do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, também
participou do encontro.
Julgamento suspenso
O julgamento foi suspenso em novembro pelo ministro
Cristiano Zanin após o governo pedir o adiamento da
análise para buscar um consenso com as centrais
sindicais.
A AGU já havia apresentado proposta de manter a
remuneração das contas vinculadas do FGTS na forma
atual em valor que garanta, no mínimo, o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com
efeitos somente a partir da decisão do STF (sem
pagamento retroativo). Agora, o governo fez um
acréscimo a essa proposta.
Outra pauta da reunião foram as liminares
apresentadas por estados ao Supremo para pedir a
renegociação de dívidas com a União. “Temos estados
que estão neste momento com pedidos de liminar em
apreciação no STF e nós ponderamos com Barroso a
importância de fazer um reequilibrio federativo,
onde nós teríamos oportunidade de voltar com que
esses estados voltem a pagar a dívida”, disse
Messias.
Fonte: Estadao
12/06/2024 -
Inflação da construção civil cai para 0,17% em maio
Taxa é inferior ao 0,41% de abril e ao 0,36% de
maio do ano passado
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi)
registrou inflação de 0,17% em maio deste ano, taxa
inferior ao 0,41% de abril e ao 0,36% de maio do ano
passado. O dado foi divulgado nesta terça-feira (11)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Com o resultado o custo da construção acumula
inflação de 2,31% em 12 meses, ou seja, de junho de
2023 a maio deste ano, percentual abaixo do
acumulado de maio de 2023 a abril deste ano (2,51%).
No ano, o custo da construção acumula alta de 0,99%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado,
passou de R$ 1.736,37 em abril para R$ 1.739,26 em
maio deste ano.
O custo da mão de obra subiu 0,46% em maio e chegou
a R$ 732,46, por metro quadrado. Já os materiais
ficaram 0,05% mais baratos e passaram a custar R$
1.006,80 por metro quadrado.
Fonte: Agência Brasil
12/06/2024 -
12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho
Infantil
O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, celebrado
na próxima quarta-feira (12), traz reflexões sobre
os direitos fundamentais das crianças: uma infância
segura, acesso à educação e à saúde, livres de
exploração e outras violações. No Senado, o projeto
de lei (PL
3697/2021), do senador Fabiano Contarato
(PT-ES), altera a Consolidação das Leis do Trabalho
para proibir definitivamente o trabalho de crianças
e adolescentes nas ruas, uma prática que, sob certas
circunstâncias, ainda é amparada pela legislação
trabalhista.
Fonte: Agência Senado
12/06/2024 -
Juiz pode dispensar depoimento de autor de ação
trabalhista, decide TST
A recusa do juiz ao pedido do empregador de chamar o
autor da ação trabalhista para prestar depoimento
não se caracteriza como cerceamento de defesa, pois
se trata de uma prerrogativa do magistrado. Com esse
entendimento, a Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho acolheu a pretensão de uma professora de
não depor na ação movida por ela contra a associação
mantenedora de uma universidade de Recife.
A professora universitária, coordenadora do curso de
Psicologia da instituição, foi dispensada em
setembro de 2017. Na reclamação trabalhista, ela
sustentou que era dirigente sindical e não poderia
ter sido demitida. Por isso, pediu indenização pelos
meses de estabilidade ou a reintegração, além de
reparação por danos morais.
Por sua vez, a associação argumentou que o Sindicato
dos Professores das Instituições de Ensino Superior
Privadas do Recife e Região Metropolitana (Sinproes),
do qual a professora era dirigente, foi constituído
somente depois da dispensa. Ainda segundo a
universidade, esse sindicato nem sequer representava
a categoria profissional da professora.
A 14ª Vara do Trabalho de Recife concedeu a
reintegração, e a associação recorreu ao Tribunal
Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) para pedir a
anulação do processo porque a juíza havia negado o
pedido de adiamento da audiência para ouvir uma
testemunha que não pôde comparecer e dispensou os
depoimentos das próprias partes.
Idas e vindas
O TRT rejeitou a alegação de cerceamento de defesa,
salientando que, no momento da dispensa da
empregada, o sindicato já existia. Contudo, a
argumentação da empregadora foi acolhida pela 6ª
Turma do TST, que determinou o retorno do processo à
vara do Trabalho para reabertura da audiência, com o
depoimento da professora. Para o colegiado, se
houver controvérsia acerca de fatos relevantes, o
indeferimento caracteriza cerceamento de defesa,
porque o depoimento poderia resultar em uma
confissão ou esclarecer fatos. A professora, então,
apresentou embargos à SDI-1, órgão responsável por
uniformizar a jurisprudência das turmas do TST.
O relator dos embargos, ministro Breno Medeiros,
assinalou que, no Processo do Trabalho, a escuta
pessoal das partes é uma faculdade do juiz, conforme
o artigo 848 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Trata-se, segundo ele, de prerrogativa
exclusiva do magistrado, a quem a lei confere amplos
poderes na direção do processo, autorizando-o a
indeferir provas que considere inúteis para a
solução da controvérsia.
Ele explicou ainda que o Código de Processo Civil
(CPC), ao conferir a uma das partes a prerrogativa
de requerer o depoimento de outra, disciplina uma
questão já tratada na CLT e, portanto, não cabe sua
aplicação no Processo do Trabalho. A decisão foi
tomada por maioria, vencido o ministro Augusto
César.
Decisão inconstitucional
Em texto publicado em sua coluna na revista eletrônica
Consultor Jurídico, o jurista e professor Lenio
Streck sustentou que a decisão da SDI-1 do TST
contraria a Constituição e o CPC, mais
especificamente o seu artigo 385, que diz que “cabe
à parte requerer o depoimento pessoal da outra
parte, a fim de que esta seja interrogada na
audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do
poder do juiz de ordená-lo de ofício”.
“De onde o TST concluiu que esse dispositivo é
inaplicável ao Direito do Trabalho? O direito de
inquirir a parte contrária seria um direito menor?
Ou um direito imune à jurisdição constitucional? O
juiz pode ter tanto poder?”, questionou Streck.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
E-RRAg 1711-15.2017.5.06.0014
Fonte: Consultor Jurídico
12/06/2024 -
CAE aprova prorrogação de licença-maternidade em
caso de internação
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou em
reunião nesta terça-feira (11) projeto que estende a
licença-maternidade e o pagamento do
salário-maternidade em caso de parto prematuro,
sendo o prazo contado a partir da alta hospitalar. O
mesmo valerá quando a mãe ou o bebê for internado
por complicações do parto. Atualmente, a regra já é
aplicada em razão de decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O projeto de lei (PL) 2.840/2022, do senador Fabiano
Contarato (PT-ES), recebeu apoio no relatório do
senador Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP). Agora, o
texto segue para análise da Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), que decidirá antes de a proposta ir
para a Câmara.
Na reunião presidida pelo senador Vanderlan Cardoso
(PSD-GO), o relatório foi lido pelo senador Rogério
Carvalho (PT-SE). Rogério apontou que privar a mãe e
o filho prematuro dos primeiros dias de contato é
injusto e afronta a proteção constitucional à
maternidade e à infância.
"Segundo dados do Ministério da Saúde, nascem
aproximadamente 340 mil bebês prematuros por ano.
Ignorar essa realidade seria tratar desigualmente as
mães e seus bebês que usufruem da totalidade dos
cento e vinte dias daquelas com partos prematuros e
que necessitam de internação hospitalar."
Duas semanas
O texto prevê que a licença-maternidade somente será
contada após a alta da mãe ou de seu filho, o que
ocorrer por último, desde que a internação
ultrapasse 15 dias. Hoje a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452, de 1943) já prevê
que pode haver aumento do período de repouso em até
duas semanas, mediante atestado médico. Mas, quanto
ao salário-maternidade, o substitutivo de Randolfe
acabou com a exigência de prazo mínimo de
internação.
Com isso, o projeto busca incorporar a decisão de
2020 do STF sobre o caso à CLT e à Lei 8.213, de
1991 (que trata de benefícios previdenciários), já
regulamentada pelo Poder Executivo.
Fonte: Agência Senado
11/06/2024 -
Reflexão sobre o desempenho do governo Lula 3 no
Congresso
Comparar o desempenho do governo Lula 3 no
Congresso Nacional com seus 2 mandatos anteriores,
sem considerar o contexto político, tem sido o
esporte preferido de alguns analistas políticos, de
setores da mídia comercial e do mercado. Essas
comparações permitem avaliação negativa do governo
sem expor o viés de oposição e torcida contra da
maioria desses atores.
Antônio Augusto de Queiroz*
As políticas econômicas, regulatórias e, sobretudo,
sociais do governo, que requerem recursos
orçamentários para custeá-las, incomodam
profundamente o establishment do País. Como
resultado, muitos preferem jogar lenha na fogueira
dos fundamentalistas e da extrema-direita
antidemocrática do que fazer crítica contextualizada
ao governo.
A maioria das avaliações sobre derrotas do governo
no Congresso Nacional desconsidera que essas ocorrem
no campo dos costumes, da religião e do desmame de
privilégios a setores do mercado e do Parlamento. Em
relação aos temas de costume, como direitos
reprodutivos, educação sexual e diversidade de
gênero, a predominância conservadora no Congresso
tem se mostrado desafio constante. No entanto, o
governo tem conseguido evitar retrocessos
significativos e, em alguns casos, avançar em
políticas inclusivas e progressistas.
Diversos setores da sociedade, por razões distintas,
são contrários a alguns pontos do programa de
governo, incluindo setores de mercado. Esses
setores, por meio do populismo digital, criam bolhas
para disseminar fake news com o propósito de dominar
corações e mentes, especialmente de pessoas com
baixa cognitividade, que são facilmente manipuláveis
com falsas acusações de que o governo é contra a
liberdade, a propriedade e a família, espalhando o
medo entre os incautos.
Ignoram que os 2 governos anteriores ao de Lula,
para sobreviver politicamente, adotaram as agendas
do mercado e entregaram o Orçamento Público às
forças conservadoras do Parlamento, que passaram a
constituir sua base de apoio, e que o presidente
Lula também teve que conviver com aliados do governo
anterior e defensores da agenda bolsonarista em
postos-chave no Poder Executivo, como o Banco
Central do Brasil e agências reguladoras, todos com
mandato. Alguns desses aliados boicotaram claramente
as políticas governamentais, evitando que a economia
voltasse a crescer e gerar emprego e renda em
velocidade maior.
Poucos reconhecem que, apesar da correlação de
forças desfavorável no Parlamento, não houve
derrotas em políticas públicas estruturais na
economia e nas questões fiscais. O PIB, o emprego e
a renda cresceram, enquanto a inflação e os juros
caíram nestes 18 meses do governo Lula.
Esquecem, propositadamente, que o presidente Lula
foi eleito numa eleição polarizada contra candidato
que disputou no exercício do mandato, usando fake
news e abusando dos recursos e da máquina pública. O
então presidente perdeu a eleição por pequena margem
de votos, mas a máquina bolsonarista, os recursos do
chamado “orçamento secreto” e seu discurso radical,
apoiado no populismo digital, elegeram grandes
bancadas conservadoras no Congresso, inclusive em
partidos como o PP, Republicanos, União Brasil e
PSD.
É evidente que a composição do atual Congresso é
majoritariamente conservadora e contrária à agenda
prioritária do governo e da esquerda. Há presença
esmagadora dessa visão de mundo em muitos partidos,
inclusive alguns com ministérios no governo Lula,
como o PP, Republicanos e União Brasil.
Num cenário, em que a sociedade é polarizada e
fragmentada, e o Congresso Nacional possui mais de
uma centena de parlamentares focados em luta
política, espalhando fake news em tempo integral e
apontando problemas sem apresentar soluções, não há
coordenação política capaz de obter vitórias nesses
temas mencionados, mesmo que se entregasse todos os
ministérios e recursos do Orçamento aos partidos
conservadores.
O governo reservou para seu partido todos os cargos
do centro de governo — Casa Civil, Secretaria de
Relações Institucionais e Secretaria de Comunicação
— e todas as lideranças nas casas do Congresso
Nacional. Ceder espaço para outros partidos aliados,
como feito em outros mandatos, não seria prudente,
especialmente colocando aliados de conveniência e
potenciais adversários em postos-chave no governo.
O presidente Lula está certo em não ceder às
pressões da mídia e do mercado por mais concessões a
esses partidos em troca de apoio nesses temas. Mesmo
cedendo tudo, não mudaria o pensamento e a visão de
mundo da maioria dos parlamentares desses partidos.
Se houver necessidade de mudanças, que sejam após a
eleição municipal e a sucessão nas casas do
Legislativo, para acomodar lideranças políticas que
realmente exerçam influência no Congresso, como os
futuros ex-presidentes das casas, desde que ajam em
harmonia com o governo durante o processo
sucessório.
Em 2026, se os indicadores econômicos — inflação,
juros, emprego, renda, PIB, etc. —, continuarem
positivos para o governo, a tendência é que faça
grandes bancadas entre os partidos aliados
programáticos, como fez o bolsonarismo na eleição de
2022.
Portanto, não ceder às pressões da mídia e do
mercado por mudanças neste momento parece prudente,
pois o objetivo real dessas pressões é colocar
adversários da agenda governamental no centro do
governo.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo pela FGV.
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, foi diretor de Documentação do Diap. É
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República - Conselhão. Publicado orginalmente na
revista eletrônica Teoria&Debate.
Fonte: Diap
11/06/2024 -
Desvincular aposentadoria do salário-mínimo: entenda
proposta do TCU
Vinculação reforça desigualdades, defende
presidente do tribunal; proposta enfrenta
resistências dentro do governo
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU),
Bruno Dantas, sugeriu a desvinculação dos benefícios
previdenciários do aumento do salário-mínimo,
apoiando-se em estudos que mostram aumento de
desigualdade pela indexação.
“Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone
Tebet (Planejamento) têm olhado para o fiscal.
Espero que os demais atores também passem a seguir
essa linha”, afirmou Bruno Dantas, durante evento no
Guarujá, litoral paulista, no sábado (8).
Conforme revelou a reportagem, o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva cortou R$ 5,7
bilhões em despesas não obrigatórias no Orçamento
neste ano. Por outro lado, o crescimento da demanda
por benefícios previdenciários levou o Executivo
federal a aumentar em R$ 13 bilhões a previsão para
o pagamento de aposentadorias, pensões e outros
benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
A proposta de desvinculação enfrenta resistências
dentro do governo. “A Previdência Social, sob a
tutela do PDT, que estou representando, jamais
aceitará qualquer retirada de dinheiro. Arranjem
outro, que comigo não passa”, afirmou o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi, no dia 23 de maio.
Valorização do mínimo
O presidente Lula retomou a valorização do mínimo, o
que, na avaliação de Dantas, é plenamente legítimo,
uma vez que foi uma de suas bandeiras de campanha.
No entanto, segundo o presidente do TCU, é preciso
questionar se a indexação dos benefícios
previdenciários ao salário-mínimo não é um vetor de
aumento da desigualdade no país.
Dantas disse que o Tribunal tem visto com
preocupação o contencioso entre os poderes Executivo
e Legislativo em matéria de benefícios fiscais e
reposição orçamentária. “O artigo 14 da Lei de
Responsabilidade Fiscal existe desde 2001. Não é um
dispositivo novo. Historicamente este dispositivo
foi observado, exceto quando o TCU condenou as
contas da presidente Dilma exatamente porque se
observou ali a utilização de bancos públicos para
financiar políticas públicas em desacordo com a Lei
de Responsabilidade Fiscal.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: InfoMoney
11/06/2024 -
Lula participa de conferência da OIT e da Cúpula do
G7
Na presidência do G20 este ano, o líder
brasileiro trabalha para emplacar junto ao grupo
mais restrito entre as maiores economias projetos
ambientais e de redução das desigualdades
Entre os dias 13 a 15 de junho ocorre na Itália a
reunião de líderes da Cúpula do G7, que representa
as sete maiores economias do mundo (Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e
Reino Unido). O presidente Lula foi convidado a
participar, assim como líderes de outros países, a
convite da primeira-ministra italiana, Giorgia
Meloni.
Antes de desembarcar na Itália, Lula participará na
Suíça da conferência da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), que acontece até 14 de junho.
A presença de Lula é essencial na retomada da
participação brasileira nos processos decisórios
mundiais. Com a presidência temporária do G20, o
governo brasileiro trabalha para emplacar uma
governança global pela redução das desigualdades e
de combate às mudanças climáticas a partir da
taxação de bilionários.
Esta será a oitava vez que Lula participa da Cúpula
do G7. Ele continua sendo o único líder brasileiro a
ir a reuniões do grupo, sendo que foi seis vezes
entre 2003 e 2009 e no ano passado no Japão.
*Com informações Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
11/06/2024 -
Medida provisória concede apoio financeiro de dois
salários mínimos a trabalhadores do RS
Esse apoio financeiro terá natureza de auxílio às
empresas e será pago direto ao empregado, em duas
parcelas de R$ 1.412
A Medida Provisória (MP) 1230/24 institui apoio
financeiro aos trabalhadores do Rio Grande do Sul
com vínculo formal empregatício regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Serão pagas
diretamente ao empregado duas parcelas no valor de
R$ 1.412 cada, nos meses de julho e agosto.
A MP também beneficia trabalhadores domésticos,
estagiários com contratos regidos pela Lei do
Estágio e pescadores artesanais beneficiários do
seguro defeso na data da edição da MP. Trabalhadores
com mais de um emprego formal receberão por apenas
um vínculo.
De acordo com o governo federal, a ação visa mitigar
as consequências sociais e econômicas nas regiões
afetadas pelas enchentes de abril e maio,
desonerando os empregadores do pagamento total dos
salários no período do benefício.
O Ministério do Trabalho será responsável pela
operacionalização do auxílio, com pagamentos
efetuados pela Caixa Econômica Federal. O banco não
poderá reduzir esse valor para saldar dívidas
preexistentes do empregado. A estimativa de custo do
benefício não foi divulgada.
A medida provisória também prorroga por 120 dias as
convenções e acordos coletivos firmados nos
municípios do Rio Grande do Sul afetados pela
calamidade. Essa foi uma reivindicação das centrais
sindicais.
O texto da medida provisória foi publicado na
sexta-feira (7), em edição extra do Diário Oficial
da União. A MP já está em vigor, mas precisa ser
aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
para virar lei.
Condições
O apoio financeiro fica condicionado à
localização dos estabelecimentos empregadores em
áreas efetivamente atingidas, conforme delimitação
georreferenciada, em municípios em estado de
calamidade ou situação de emergência reconhecido
pelo governo federal.
O Ministério do Trabalho vai regulamentar em ato
próprio as regras da delimitação.
A empresa terá ainda que cumprir algumas regras,
como apresentar declaração de redução do faturamento
e da capacidade de operação em decorrência das
enchentes, que impossibilite o pagamento dos
salários. Terá ainda que:
- manter o vínculo formal dos empregados por, no
mínimo, dois meses depois do pagamento do apoio
financeiro;
- manter o valor equivalente à última remuneração
mensal nos dois meses de recebimento do apoio
financeiro e nos dois meses seguintes; e
- manter as obrigações trabalhistas e
previdenciárias devidas aos empregados.
Estatais e suas subsidiárias, e empresas em débito
com a Seguridade Social estão excluídas do
benefício.
A Receita Federal poderá fiscalizar as informações
fornecidas pelas empresas. Informações falsas
resultarão em ressarcimento à União e sanções
conforme a legislação vigente.
Fonte: Agência Câmara
11/06/2024 -
Empresa é condenada a pagar adicional de
insalubridade retroativo
Por entender que não havia elementos nos autos que
contrariassem a prova técnica produzida em favor do
trabalhador, o juiz Fabrício Sartori, da Vara do
Trabalho de Toledo (PR), condenou uma empresa a
pagar adicional de insalubridade em seu grau máximo
a um empregado.
Na sentença, o julgador também decidiu que o
adicional deveria ser pago de modo retroativo para
todo o período de contrato de trabalho do autor da
ação.
O laudo que fundamentou a decisão constatou que o
trabalhador era exposto a elementos como alcatrão,
breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo
queimado, parafina e outras substâncias
cancerígenas.
Sem equipamentos de proteção
Além disso, a empresa não comprovou que fornecia
equipamentos de proteção individual apropriados para
lidar com essas substâncias.
“Acolho o pedido para condenar a parte empregadora a
pagar adicional de insalubridade em grau máximo,
sobre o salário mínimo nacional, projeções em FGTS
(11,2%), gratificação natalina, aviso prévio
indenizado e férias acrescidas de 1/3″, resumiu o
juiz.
A empresa também foi condenada a pagar R$ 2 mil por
danos morais, por causa do comportamento de um dos
sócios, que reiteradamente dizia que o trabalhador
“não era nada”.
O autor foi representado na ação pela advogada
Jéssica Maidana Veiga de Assis.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0000415-30.2022.5.09.0068
Fonte: Consultor Jurídico
10/06/2024 -
A
agenda conservadora no Congresso
Uma agenda conservadora está em curso no
Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado
Federal —, sob a alegação que a liberdade, a
propriedade e a família estão sob risco no País. Sob
esse pretexto, série de propostas e discussões têm
ganhado destaque, que tem moldado o cenário político
nacional.
Neuriberg Dias*
Entre os temas em destaque está a manutenção do veto
que penalizava a disseminação de fake news. Este
ponto, em particular, tem gerado debates acalorados,
pois envolve diretamente a chamada liberdade de
expressão e a responsabilidade pela veracidade das
informações compartilhadas.
A penalidade para quem ocupa propriedades também
figura na pauta, o que evidencia preocupação com a
segurança e o direito à propriedade privada.
Outro tema é o fim das saídas temporárias de presos,
popularmente conhecidas como “saidinhas”. A proposta
visa endurecer o regime penal, argumentando-se que a
concessão dessas saídas coloca a sociedade em risco.
Além disso, há discussão fervorosa sobre a redução
das exigências para a posse de armas e a instalação
de clubes de tiro, ponto que ressoa fortemente com a
base eleitoral mais conservadora.
Ainda tramita proposta para regulamentar o direito à
oposição da contribuição assistencial, que passa a
depender da autorização do empregador, tem gerado
debate acalorado sobre os reais impactos dessa
medida na autonomia dos sindicatos e na liberdade
dos trabalhadores.
Essas propostas, dentre outras, são amplamente
apoiadas por bancadas de oposição e informais, como
a agropecuária e a evangélica. A estratégia por trás
dessa agenda não é apenas reação às decisões dos
poderes Executivo e Judiciário para a defesa de
valores e costumes, mas também movimento calculado
para desviar a atenção das operações, delações e
investigações que têm desgastado a imagem do líder
do clã bolsonarista, o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL).
Essa agenda serve a 3 propósitos principais. O
primeiro é minimizar a agenda positiva do governo
atual, desviando o foco para questões controversas e
polarizadoras.
Em segundo lugar, busca fortalecer o discurso das
candidaturas conservadoras nas próximas eleições
municipais, que pode consolidar base de apoio sólida
em âmbito municipal.
Por último, mas não menos importante, ao pautar
essas votações, visa atrair apoio político para as
candidaturas às presidências da Câmara e do Senado,
posições estratégicas para qualquer governo.
A agenda conservadora em andamento no Congresso
Nacional não apenas evidencia período de tensão
entre os poderes, mas também constitui estratégia
política destinada a reposicionar as forças
conservadoras no cenário político brasileiro.
Trata-se, pois, de esforço para reconfigurar o
debate público, polarizar o eleitorado e consolidar
bloco de poder, que possa ter influência
significativa nas eleições de 2026.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. É sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
10/06/2024 -
NCST-SP promove encontro para debater espaço da
mulher na sociedade
Na quarta-feira (05), na sede da Nova Central São
Paulo (NCST-SP), aconteceu a palestra "Os desafios
do assédio moral e sexual para trabalhadoras", com a
advogada Flávia Freitas, especialista em Direito
Civil, Família e Sucessões.
"Nosso evento foi um sucesso. Estiveram presentes
companheiras de vários municípios e de vários
sindicatos filiados. Fiquei muito feliz por ser o
nosso primeiro evento após a reestruturação da
Secretaria da Mulher e Gênero", disse Maria
Hellmeister, secretaria da Mulher e Gênero da Nova
Central de São Paulo, que também é diretora da
Mulher e Gênero da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH)
e presidente do SindeBeleza SP.
Meio ambiente e o universo feminino
Marcelo lima, engenheiro ambiental, também palestrou
para as mulheres e enalteceu a atuação das mulheres
na preservação da natureza, para que todos os seres
humanos busquem maior entendimento com as questões
naturais.
Fonte: NCST
10/06/2024 -
Todo apoio à Conalis – João Guilherme Vargas Netto
A luta de classes tem seu reflexo no mundo do
direito que, neste assunto, não é ciência, é
técnica.
Os interesses divergentes opõem os trabalhadores e os
patrões e toda a ideologia dominante reveste como um
manto este puro choque e, desde as escolas de sua
formação, os operadores do direito são envolvidos
pela aparente racionalidade da propriedade, do
comando, do esforço individual e do mérito.
Isto é evidente no Direito do Trabalho que se
biparte: aqueles a serviço dos dominantes e aqueles
que compreendem as necessidades dos trabalhadores e
atuam para equilibrar o jogo, contrariando
tecnicamente o “justo” desequilibrado ao valorizarem
o coletivo, essência definidora da Justiça do
Trabalho.
É o que estamos assistindo com os procuradores do
trabalho que têm, pela Constituição, sua autonomia
individual assegurada e podem manifestar (e alguns o
têm feito) seu desapreço aos trabalhadores e aos
sindicatos.
Desapreço que é contestado, de maneira veemente e
constante, pela Conalis – Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical – que os coordena e
procura interpretar as leis e procedimentos
jurídicos de uma forma técnica bem mais próxima da
experiência dos trabalhadores e do movimento
sindical.
Vejam, por exemplo, suas notas técnicas número 3 (de
2019) e número 9 (deste ano) que reforçam as
posições recentes do STF garantindo a todos os
associados e aos não associados ao sindicato o
direito à contribuição negocial aprovada em
assembleia representativa.
Também as orientações públicas da Conalis em vários
documentos e até mesmo cartilhas reforçam a denúncia
e o combate às práticas antissindicais das empresas
(como as famigeradas cartas de oposição aos
descontos) rotulando-as como atentatórias à
liberdade sindical, bandeira maior da Conalis até
mesmo em seu nome.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de
entidades sindicais de trabalhadores
Fonte: Agência Sindical
10/06/2024 -
Cresce a renda média dos trabalhadores no Brasil
Levantamento da LCA Consultores, com base na PNAD
Contínua do IBGE, mostra que aumentou a parcela de
trabalhadores que recebem mais do que um salário
mínimo sob o governo Lula
A parcela de trabalhadores que recebem mais do que
um salário mínimo cresceu entre o último ano do
governo Bolsonaro e o segundo ano do governo Lula.
De acordo com a LCA Consultores, com base da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
Contínua do IBGE, entre o primeiro trimestre de 2022
e o mesmo período de 2024 o percentual de
trabalhadores que recebiam até um salário mínimo
caiu de 35,5% para 31,7%. O registro fez com que a
segunda faixa de renda, entre um e dois salários
mínimos, crescesse.
Assim, os trabalhadores nesta faixa com salário
maior passaram de 32,4% para 35,1% neste ano.
O aumento de renda também foi constatado nos valores
acima de dois salários mínimos, de 29,9% para 31,6%.
Os dados são apresentados pelo economista Bruno
Imaizumi, para o Valor Econômico.
De acordo com o levantamento, o contingente de
trabalhadores que recebem entre um e dois salários
mínimos teve aumento de 4,2 milhões de pessoas.
Acima de dois salários mínimos, o aumento foi de 3,1
milhões. Nesse contexto, as pessoas que recebem
abaixo do mínimo caíram em 2,3 milhões.
Entre os apontamentos de Imaizumi para este cenário
consta o aquecimento do mercado formal, o aumento da
renda de forma geral, o reajuste do salário mínimo e
de acordos coletivos acima da inflação, a melhora da
formação educacional, entre outros aspectos. Estas
combinações somadas à retomada da Política de
Valorização do Salário Mínimo pelo governo Lula, que
proporcionou um reajuste de quase 7% este ano com o
valor do mínimo alcançando R$ 1.412, o controle
inflacionário e a redução histórica do desemprego
tem permitido os bons resultados colhidos pelo
governo.
*Informações Valor. Edição Vermelho, Murilo da
Silva.
Fonte: Portal Vermelho
10/06/2024 -
Comissão aprova adicional de insalubridade a
trabalhador que apresentar laudo técnico
Projeto de lei segue em análise na Câmara dos
Deputados
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou projeto de lei que permite a concessão de
adicional de insalubridade se a exposição do
trabalhador a agentes nocivos à saúde for comprovada
por laudo técnico.
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Daniel
Almeida (PCdoB-BA) ao Projeto de Lei 1853/23, do
deputado Jonas Donizette (PSB-SP). A proposta
original definia como insalubre, em grau máximo, a
atividade de degustador de tabaco, bebidas
alcóolicas, medicamentos e similares.
Almeida, no entanto, optou por alterar a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) excluindo o
trecho que limita os casos de insalubridade a
atividades e operações listadas pelo Ministério do
Trabalho.
O texto aprovado prevê ainda que empresas, entidades
sindicais e a Justiça do Trabalho encaminhem cópia
dos laudos técnicos ao Ministério do Trabalho para
revisão anual do quadro das atividades e operações
insalubres.
“Dessa forma, o quadro oficial [de atividades
insalubres] continuaria existindo como um rol mínimo
não definitivo de atividades e operações que dão
direito ao adicional de insalubridade, sem excluir
outras possibilidades comprovadas por meio de laudo
técnico”, argumentou o relator.
Próximos passos
A proposta será ainda analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
10/06/2024 -
Justiça do Trabalho é o ramo do Poder Judiciário que
mais conciliou em 2023
Dados do relatório Justiça em Números 2024
apontam que a JT solucionou 20,2% de seus casos por
meio de acordo
A Justiça do Trabalho foi o ramo do Poder Judiciário
que mais conciliou em 2023, de acordo com o
relatório Justiça em Números 2024, organizado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento
aponta que os tribunais trabalhistas solucionaram
20,2% de seus casos por meio de acordos. O índice de
conciliação foi ainda mais expressivo quando
considerada apenas a fase de conhecimento de
primeiro grau, chegando a 36,5%.
O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
(Goiás) apresentou o maior índice de conciliação de
todo o Poder Judiciário, com 26,8% de acordos. Ainda
segundo o relatório, os Tribunais do Trabalho têm os
maiores percentuais no juízo comum (36,5%), com
destaque para o TRT da 24ª Região (MS), que obteve o
maior índice de conciliação (48,1%).
Os TRTs da 9ª Região (PR) e da 12ª Região (SC)
também apresentaram índices de conciliação
significativos, respectivamente, 47,1% e 46,2%.
Semana da Conciliação Trabalhista 2024
Em maio deste ano, a 8ª edição da Semana Nacional da
Conciliação Trabalhista homologou mais de 29 mil
acordos e totalizou uma arrecadação de cerca de R$
1,7 bilhão em todo o país. Nesse esforço
concentrado, quase 89 mil audiências foram feitas, e
mais de 400 mil pessoas foram atendidas em todas as
unidades da federação.
Os dados não incluem os processos do Rio Grande do
Sul, que foi dispensado de participar dessa edição
em razão das enchentes que atingem o estado.
Fonte: TST
07/06/2024 -
O capital quer sindicatos sem dinheiro e trabalho
infantil
Nesta quarta-feira (5), 2 fatos definem bem o
Congresso que foi eleito em outubro de 2022. No
Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
aprovou projeto de lei que veta a contribuição ou
taxa assistencial aos sindicatos.
Marcos Verlaine*
Se depender dos patrões, do chamado mercado e do
capital, os sindicatos no Brasil serão asfixiados
financeiramente e morrerão à míngua. Isto de 1 lado.
De outro, as confederações patronais têm acesso a
vultosos recursos financeiros do chamado “Sistema
S”.
Detalhe: o percentual cobrado das empresas, que vão
direto para os cofres dessas confederações
patronais, é compulsório e sem direito à oposição.
Trata-se, pois, de total falta de “paridade de
armas”.
Sindicatos e entidades patronais sentam-se à mesa
para celebrar acordos e convenções em total
desigualdade e disparidade. De 1 lado, os
representantes dos patrões com os cofres cheios de
dinheiro, que lhes permitem fazerem o que quiserem
para levar cabo seus projetos.
De outro, os sindicatos, que vivem à mingua, pois a
contrarreforma trabalhista de 2017 tirou-lhes a
contribuição sindical. E nada propôs em seu lugar.
Em setembro de 2023, o STF constitucionalizou a
cobrança da taxa ou contribuição sindical, que
permite aos sindicatos cobrar percentual dos
representados em razão da celebração de acordo ou
convenção coletiva de trabalho.
O capital se enfureceu e demandou aos seus
representantes e aliados no Congresso que acabassem
com isso. Os representantes dos endinheirados no
Poder Legislativo não demoraram em apresentar
projetos e descobrir outros que pudessem cumprir
este intento celeremente.
Trabalho infantil
Do outro lado do Congresso, agora na CCJ da Câmara,
foi apresentado o parecer favorável do relator,
deputado Gilson Marques (Novo-SC), à permissão do
trabalho infantil, que representa a radicalização do
neoliberalismo, no aspecto social.
Trata-se da PEC (Proposta de Emenda à Constituição)
18/11, do deputado Dilceu Sperafico (PP-PR), que
autoriza “o trabalho em tempo parcial a partir dos
14 anos de idade”.
Na justificativa do parecer, o parlamentar argumenta
que o desemprego e a ociosidade de jovens nessa
faixa etária podem levar ao “envolvimento com o
crime e ao trabalho informal”.
Ele também afirma, por meio do parecer, que “as
dificuldades econômicas enfrentadas pelas famílias
acabam por demandar que jovens ingressem no trabalho
informal para auxiliar no sustento da família”.
Proteção à infância
“Pela Constituição Federal, atualmente, pessoas com
idades entre 14 e 15 anos só podem trabalhar na
condição de aprendizes. Já a OIT (Organização
Internacional do Trabalho), em sua Convenção 138,
estabelece que a idade mínima para a admissão no
emprego não fosse inferior ao fim da escolaridade
obrigatória, nem inferior a 15 anos”, está escrito
na matéria do DIAP, que, em certa medida, denuncia a
proposta.
“Outra instituição que demonstra preocupação com o
trabalho infantil no Brasil e que atua pela rejeição
da PEC no Congresso é a Anamatra (Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho),
por entender que a proposta representa profundo
retrocesso no sistema de tutela dos direitos
fundamentais e, especificamente, à proteção da
criança e do adolescente”, acrescenta a matéria.
Como se vê, nesta quarta-feira, o Congresso eleito
em outubro de 2022 disse a que veio e o que quer:
sindicatos de trabalhadores à mingua, sem poder
lutar por direitos, pois sem recursos materiais e
financeiros não é possível manter estruturas e
organizações sólidas.
E, ainda, com trabalho infantil, que é 1 chaga no
mundo subdesenvolvido. O capital, no Brasil, não
quer desenvolver o País. Quer enriquecer ainda mais
os endinheirados.
Esses 2 eventos ocorridos no Congresso mostram onde
está o campo de disputa. Ou o movimento sindical
acorre ao Poder Legislativo, rápido, organizado e
mobilizado, dentro e fora dessa arena de luta. Ou
verá se esvair direitos e conquistas para além do
que ocorreu com a contrarreforma trabalhista, em
2017.
Com a palavra, urgente, o movimento sindical.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
07/06/2024 -
Economista explica por que País cresce
Pedro Afonso Gomes preside o Conselho Regional de
Economia do Estado de São Paulo – Corecon-SP. Atento
aos movimentos da economia nacional, ele reafirma a
consistência no crescimento do PIB (Produto Interno
Bruto), crê na continuidade dessa performance e
também aponta estabilidade na inflação.
O PIB brasileiro cresceu 0,8% no primeiro trimestre,
“puxado por consumo e investimentos”, informa
manchete da Folha de S.Paulo. Frente ao mesmo
período de 2023, a alta acumulada no PIB foi de 2,5%
em quatro trimestres. O primeiro trimestre, no
geral, tem desempenho mais modesto, com risco de
mais dispensas no emprego.
Confiança – Segundo Pedro Afonso, “o que faz
uma economia crescer é a confiança”. Ele argumenta:
“Confiança no ambiente econômico, nos agentes, em
quem está tomando as decisões e também em que está
investindo”. Essa confiança, segundo afirma, tem
crescido.
Outro item que se destaca no cenário econômico
nacional é o crescimento no consumo das famílias.
Pedro Afonso Gomes tem uma explicação simples pra
esse fato: “É o aumento nos empregos”.
Inflação – O presidente do Corecon-SP observa
que ela está dentro da meta e deve se manter. Ele
chama atenção pra um índice pouco citado, o IPP –
Índice de Preços ao Produtor, do IBGE. Pedro Afonso
diz: “Esse Índice dá uma antevisão da indústria,
agro, dos serviços etc., sinalizando a inflação
futura. E o IPP tem caído”. O custo de moradia
também já se estabilizou.
Juros – Para o presidente do Corecon-SP, é
preciso que a Selic baixe ainda mais, contrariando,
inclusive, a orientação hoje dominante no Banco
Central, que é independente.
Pedro Afonso Gomes nota que toda economia sofre
influência de fatores imponderáveis e políticos,
como reformas e votações. Ele, no entanto, observa
que os investimentos têm crescido, inclusive com
apoio do BNDEs, que faz aportes no setor produtivo.
Ele informa: “O agro cresceu 5,6% neste primeiro
trimestre, em relação ao final do ano”.
O economista defende a distribuição de renda na base
– “pelo pagamento de benefícios previdenciários e
outros”. Segundo ele, cada Real desses se transforma
em outros cinco.
Mais – Corecon-SP, Sindicato dos Economistas
e BNDEs.
Fonte: Agência Sindical
07/06/2024 -
Produção industrial cresce em 18 das 25 atividades
em abril, afirma IBGE
Na média global, o setor encolheu 0,5%
A queda de 3,4% nas indústrias extrativas em abril
ante março puxou o desempenho negativo da produção
industrial nacional no período. Na média global, a
indústria recuou 0,5% na passagem de março para
abril. Porém, houve avanços em 18 dos 25 ramos
pesquisados. Os dados são da Pesquisa Industrial
Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Além das extrativas, outras contribuições negativas
relevantes sobre o total da indústria partiram de
produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos (-2,6%).
Entre as atividades com expansão na produção, o
principal impacto positivo foi de veículos
automotores, reboques e carrocerias, com alta de
13,2%, após ter recuado 4,6% no mês anterior, quando
interrompeu três meses consecutivos de taxas
positivas, período em que acumulou um ganho de
14,6%, observou o IBGE.
Houve avanços significativos ainda em produtos
diversos (25,1%), produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (10,8%), máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (9,0%), máquinas e equipamentos
(5,1%), produtos químicos (2,2%), de manutenção,
reparação e instalação máquinas e equipamentos
(8,7%), confecção de artigos do vestuário e
acessórios (5,3%), impressão e reprodução de
gravações (12,4%), artefatos de couro, artigos para
viagem e calçados (4,9%), outros equipamentos de
transporte (5,3%), metalurgia (1,4%) e produtos de
minerais não metálicos (2,4%).
Fonte: Estadao
07/06/2024 -
Senado aprova taxação de compras internacionais de
até US$ 50
Emenda foi incluída em projeto que instituiu o
Programa Mover
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4)
o projeto de lei 914/24, que institui o Programa
Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O texto traz
incentivos financeiros e redução do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) para estimular a
pesquisa, o desenvolvimento e a produção de veículos
com menor emissão de gases do efeito estufa.
O projeto foi aprovado com uma emenda que prevê
taxação de produtos importados até US$ 50, que foi
incluída na Câmara dos Deputados, para onde o texto
voltará para ser analisado novamente, após mudanças
no conteúdo. A mudança abrange grandes empresas
varejistas internacionais que vendem pela internet,
como Shopee, AliExpress e Shein.
A emenda que prevê a taxa sobre as importações havia
sido retirada do projeto pelo relator da proposta no
Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), argumentando
tratar-se de tema "estranho" ao conteúdo principal
do projeto de lei. No entanto, os senadores votaram
pela manutenção da taxação no projeto de lei.
Foram excluídos do texto outros conteúdos estranhos
ao tema inicial que haviam sido incluídos pela
Câmara. Um deles é o que incluía na lei a exigência
de uso de conteúdo local na exploração e escoamento
de petróleo e gás. Outro trecho excluído pelo
relator tratava de incentivos para a produção
nacional de bicicletas.
Fonte: Agência Brasil
07/06/2024 -
Licença-maternidade será maior em caso de
complicação no parto, aprova CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (5) projeto que aumenta o período da
licença e do salário-maternidade em casos de
internação hospitalar da mãe ou do recém-nascido por
complicações médicas relacionadas ao parto (PL
386/2023). A proposta segue agora para a análise da
Câmara dos Deputados, se não houver recurso para
votação em Plenário.
O texto, da senadora Damares Alves (Republicanos-DF),
recebeu parecer favorável da senadora Jussara Lima
(PSD-PI). A relatora votou pela aprovação da
proposta na forma do substitutivo apresentado pela
senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) na
Comissão de Assuntos Econômicos, onde o projeto foi
aprovado em agosto de 2023.
O projeto determina que, em casos de internação que
supere duas semanas, a licença e o
salário-maternidade poderão se estender em até 120
dias após a alta da mãe e do recém-nascido,
descontado o tempo de repouso anterior ao parto. A
versão original do PL estabelecia o benefício extra
por 60 dias após a alta hospitalar e abrangia apenas
casos de nascimentos prematuros.
Na reunião, Damares Alves destacou que a aprovação
do projeto foi resultado do esforço de três
senadoras de partidos e ideologias diferentes.
Presidente da CAS, o senador Humberto Costa (PT-PE)
parabenizou a autora e a relatoria pela iniciativa e
pelo teor do projeto.
Fonte: Agência Senado
07/06/2024 -
Falta pouco para Bolsonaro ser indiciado por joias e
cartão de vacina
Polícia Federal está terminando investigações e
deve indiciar ex-presidente e outros pelos dois
crimes. Apuração sobre tentativa de golpe também
está perto de acabar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser
indiciado nos inquéritos relativos às joias
presenteadas ao Brasil pela Arábia Saudita e às
fraudes nas carteiras de vacinação contra a
Covid-19. As investigações sobre os dois casos,
conduzidas pela Polícia Federal, estão em fase final
e, ao que tudo indica até o momento, há indícios de
crimes.
Com o indiciamento, as investigações são
encaminhadas ao Ministério Público, que poderá fazer
ou não a denúncia. Além disso, as investigações
sobre a tentativa de golpe também estão perto de
acabar — a previsão é que sejam concluídas no mês de
julho. As informações foram obtidas pelo colunista
Lauro Jardim, de O Globo, e confirmadas pelo UOL.
Em março, a PF já havia apresentado relatório final
das investigações sobre a alteração dos cartões de
vacinação de Bolsonaro, sua filha e outros
envolvidos, inclusive o ex-ajudante-de-ordens, Mauro
Cid. No entanto, o procurador-geral da República,
Paulo Gonet, pediu que as investigações fossem
aprofundadas.
As investigações sobre as joias sauditas apuram a
tentativa de venda ilegal, por Bolsonaro e pessoas
de sua confiança, dos bens que foram dados ao Estado
brasileiro. Entre os envolvidos estão Mauro Cid e
seu pai, o general Mauro César Cid.
No caso da fraude na carteira de vacinação, a PF
investiga a inclusão de dados falsos no sistema do
Ministério da Saúde sobre a imunização do
ex-presidente, sua filha e outras pessoas do seu
entorno.
Quanto à trama golpista, é apurada a participação do
ex-presidente e de membros da cúpula de seu governo,
inclusive militares, em esquema para que Bolsonaro
permanecesse no poder. Faz parte deste caso a minuta
golpista que versava sobre a instauração de estado
de sítio para impedir a posse de Lula.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
06/06/2024 -
CCJ aprova projeto que dificulta a sindicatos cobrar
contribuição assistencial
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (5) o Projeto de Lei (PL)
2.830/2019, que dificulta a cobrança da contribuição
assistencial aos sindicatos de trabalhadores. O
texto do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN)
recebeu relatório favorável do senador Rogerio
Marinho (PL-RN) e segue para a Câmara dos Deputados,
se não houver recurso para votação no Plenário.
O projeto original tratava apenas do prazo de
execução de dívidas trabalhistas. A proposição
inicial de Styvenson Valentim reduzia de 45 para 15
dias o tempo limite para que a dívida resultante de
decisão judicial transitada em julgado fosse levada
a protesto. O prazo é o mesmo usado para débitos de
natureza civil.
O relator, senador Rogerio Marinho, fixou o novo
prazo em 35 dias. Além disso, o parlamentar
apresentou uma emenda para incluir no PL 2.830/2019
a regulamentação do direito do trabalhador de se
opor à contribuição assistencial aos sindicatos.
Reforma trabalhista
A reforma trabalhista aprovada em 2017 extinguiu o
imposto sindical, que repassava aos sindicatos o
valor equivalente a um dia de salário de cada
empregado. Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF)
autorizou a cobrança de uma contribuição
assistencial pelos sindicatos, inclusive dos
trabalhadores não-filiados. Mas, segundo a Corte,
deve ser assegurado ao trabalhador o direito de se
opor, isto é, de se recusar a pagar.
Para Rogerio Marinho, os sindicatos têm criado
dificuldade para que os trabalhadores exerçam o
direito de oposição. As entidades estariam
estabelecendo prazos curtos e horários de
atendimento inoportunos, exigindo o comparecimento
pessoal e cobrando taxas indevidas.
Segundo o relator, essas práticas buscam conferir à
contribuição um caráter impositivo. “A ausência de
filiação é indício forte de que a atuação sindical
não agrada àqueles que optam por não aderir às
fileiras sindicais. Logo, a contribuição
assistencial deve ser objeto do tratamento
legislativo adequado”, argumenta Marinho no
relatório.
O que diz o projeto
Pelo texto aprovado, o trabalhador pode manifestar o
direito de oposição ao sindicato por qualquer meio,
incluindo e-mail e aplicativos de mensagens como o
WhatsApp — desde que por escrito e com cópia para o
empregador. O sindicato deve atestar que o direito
foi exercido sempre que o trabalhador solicitar.
O trabalhador tem 60 dias para exercer o direito de
oposição, contados do início do contrato de trabalho
ou da assinatura do acordo ou da convenção coletiva.
Fica proibida a cobrança de qualquer taxa para que o
direito seja exercido.
A oposição também pode ser manifestada em assembleia
híbrida ou virtual, aberta a associados e não
associados do sindicato. Caso mude de ideia, o
trabalhador pode se retratar a qualquer tempo.
O PL 2.830/2019 determina que o trabalhador seja
informado pelo empregador, no ato de contratação,
sobre a existência e o valor de contribuição
assistencial cobrada pelo sindicato e sobre o
direito à oposição. Em caso de assinatura de acordo
ou convenção coletiva posterior à contratação, o
trabalhador deve ser informado em até cinco dias
úteis sobre o valor e sobre a possibilidade de se
opor.
O projeto também determina que a cobrança da
contribuição assistencial só pode ocorrer uma vez ao
ano, durante a vigência do acordo ou da convenção
coletiva. E que não podem ser feitas cobranças
retroativas.
Além disso, o texto prevê que o pagamento da
contribuição deve ser realizado por meio de boleto
ou pix, sendo proibido o desconto em folha do
trabalhador — exceto se houver previsão em acordo ou
convenção coletiva e o empregador preferir. Prevê
ainda que os sindicatos não podem cobrar nem enviar
boletos para os trabalhadores que se opuserem à
contribuição.
Debates
A emenda do senador Rogerio Marinho foi aprovada por
16 votos contra 9. O líder do Governo, senador
Jaques Wagner (PT-BA), votou contra a mudança. Para
ele, a restrição à contribuição assistencial
desequilibra a relação entre empregadores e
trabalhadores.
— Na democracia, precisamos dar sustentabilidade aos
dois lados da negociação, não a um só. Como as
confederações patronais se sustentam? É com a
contribuição das empresas? Não, não é. Elas se
sustentam com o disposto na Lei do Sistema S, que
diz que, a título de gestão, as confederações de
empresários têm direito de cobrar 4%, 5% 6%. Sabe
quanto vai do Sistema S direto para a Confederação
Nacional da Indústria? R$ 270 milhões por ano —
disse Jaques Wagner.
O senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu a aprovação da
emenda de Rogerio Marinho.
— Se somarmos todos os sindicatos do mundo não chega
à metade do número de sindicatos que existem no
Brasil. Isso não é natural, não é normal. É a
demonstração de que a proliferação desses sindicatos
sem eficácia e sem representatividade tem sido um
problema. Muito deles não representam adequadamente
os interesses de suas categorias. Existem apenas
para financiar seus dirigentes — criticou.
Fonte: Agência Senado
06/06/2024 -
Centrais debatem ações para junho
A Nova Central Sindical e as demais Centrais
sindicais — CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB
Intersindical Central da Classe Trabalhadora e
Pública — debateram nesta terça-feira (4), em
Plenária Virtual Nacional, quais serão as próximas
ações das entidades para avanço das pautas
trabalhistas em junho.
O presidente da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, pontuou
sobre as prioridades da agenda no Congresso Nacional
e as estratégias de abordagem dos parlamentares.
"Nós elegemos o presidente Lula, mas não foi o
suficiente. O Congresso Nacional não é a favor da
classe trabalhadora. E nisso fica claro a
importância da atuação sindical com os parlamentares
e nas próximas eleições", disse Moacyr.
O PL dos Aplicativos, dentre outros projetos, também
fizeram parte da pauta.
Fonte: NCST
06/06/2024 -
Lula edita MP para bancar perdas com desoneração da
folha
O presidente Lula (PT) editou nesta terça-feira (4)
uma Medida Provisória (MP) para bancar as perdas
financeiras estimadas pelo governo com a desoneração
para 17 setores intensivos de mão de obra. O veto do
presidente à medida foi derrubado na última semana,
gerando uma série de turbulências entre a
articulação do governo no Congresso.
Com a medida editada nesta terça, o governo espera
arrecadar até R$ 29,2 bilhões neste ano. O valor é
estimado para compensar a perda de arrecadação de R$
26,3 bilhões prevista pelo Ministério da Fazenda com
a desoneração da folha.
A medida do governo prevê atuação em duas etapas. A
primeira visa restringir o uso de créditos
tributários de PIS/Cofins, obtidos pelo recolhimento
do tributo na aquisição de insumos. Hoje, eles podem
ser usados para abater o saldo devedor de outros
tributos, o que é chamado de compensação cruzada.
Com a MP, o aproveitamento do crédito só será
permitido para abater o próprio PIS/Cofins. Só nesta
parte, o governo estima aumentar a arrecadação em
até R$ 17,5 bilhões neste ano, segundo a Fazenda.
Na segunda frente, o governo vai restringir o uso do
crédito presumido do PIS/Cofins, uma espécie de
benefício fiscal concedido com a intenção de
fomentar algumas atividades econômicas e mitigar o
efeito cumulativo dos impostos.
Fonte: Congresso em Foco
06/06/2024 -
STJ analisa tarifa bancária em recolhimento de
contribuições sindicais
Até o momento, votou apenas o relator do caso,
ministro Villas Bôas Cueva, pela legalidade da
cobrança.
Nesta terça-feira, 4, ministra Nancy Andrighi, do
STJ, pediu vista e suspendeu julgamento de processo
que analisa a validade de tarifa bancária no
recolhimento e repasse de contribuições sindicais.
O caso, pautado na 3ª turma da Corte, teve até o
momento apenas o voto do relator, ministro Villas
Bôas Cueva, que se posicionou pela legalidade da
cobrança.
Entenda
O recurso busca definir a legalidade da cobrança de
tarifa bancária pela Caixa Econômica Federal em
transações de valores provenientes da arrecadação de
contribuição sindical. Na instância inicial, o
acórdão estadual julgou improcedente o pedido que
visava impedir a Caixa de cobrar essas tarifas.
Ministro Villas Bôas Cueva, relator do caso,
explicou que, conforme os arts. 586 e 589 da CLT,
cabe à Caixa Econômica Federal a responsabilidade
pela arrecadação, processamento e repasse das
contribuições sindicais às confederações, federações
e sindicatos. S. Exa. acrescentou que a cobrança da
tarifa bancária não viola o art. 609 da CLT, pois
não possui natureza tributária, limitando-se à
remuneração pelo serviço contratual previsto e
prestado.
O ministro também observou que as tarifas relativas
a serviços prestados a pessoas jurídicas não são
padronizadas, podendo ser livremente cobradas pelas
instituições financeiras, desde que contratualmente
previstas ou previamente autorizadas ou solicitadas
pelo cliente ou usuário.
No caso em análise, S. Exa. entendeu que se trata de
uma situação em que a instituição financeira exige o
pagamento de uma tarifa contratualmente prevista
decorrente do serviço prestado. Por esses motivos, o
ministro negou provimento ao recurso.
Em seguida, a ministra Nancy Andrighi pediu vista
dos autos, suspendendo assim o julgamento.
https://www.migalhas.com.br/quentes/408649/stj-analisa-tarifa-bancaria-em-recolhimento-de-contribuicoes-sindicais
Fonte: Migalhas
05/06/2024 -
CCJ analisa a contribuição assistencial
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) promove
reunião nesta quarta-feira (5) para deliberar pauta
com 18 itens, entre eles, a proposta que assegura ao
empregado o direito efetivo de recusar a cobrança de
contribuição assistencial a sindicato. A reunião
começa às 10h.
Contribuição assistencial
Os senadores vão analisar o projeto (PL
2.830/2019) que facilita o direito do
trabalhador a se recusar a pagar a contribuição
assistencial aos sindicatos. A proposta, do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), que também reduz o
prazo de execução de dívida trabalhista, recebeu
voto favorável do relator, o senador Rogério Marinho
(PL-RN).
O texto original apenas reduzia de 45 para 15 dias o
prazo para que a dívida trabalhista resultante de
decisão judicial transitada em julgado seja levada a
protesto, adotando o mesmo prazo já usado para
débitos de natureza civil. Rogério Marinho alterou
esse prazo para 35 dias e incluiu no texto, por meio
de emendas, a regulamentação do direito do
trabalhador à oposição à contribuição assistencial
aos sindicatos.
A reforma trabalhista aprovada em 2017 extinguiu o
chamado imposto sindical, pelo qual todos os
trabalhadores eram obrigados a pagar um dia de
salário à entidade sindical de sua categoria, mesmo
que não fossem filiados. No ano passado, no entanto,
o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou os
sindicatos a cobrarem uma contribuição assistencial
mesmo dos trabalhadores não filiados, quando
autorizados por acordo ou convenção coletiva e desde
que garantam aos trabalhadores o direito de se opor,
isto é, de se recusar a pagar.
No entanto, o relator argumenta em seu voto que os
sindicatos têm criado dificuldades para que os
trabalhadores se oponham à contribuição assistencial
estabelecendo prazos curtos e horários de
atendimento inoportunos, exigindo comparecimento
pessoal, pressionando os interessados e impondo
taxas. A oposição ao pagamento, segundo o relatório,
será feita de forma simplificada, podendo ser
realizada até por e-mail ou WhatsApp.
A matéria será analisada em caráter terminativo e
caso seja aprovada, seguirá para análise da Câmara
dos Deputados desde que não haja requerimento para
votação em Plenário.
Fonte: Agência Senado
05/06/2024 -
STF decide que número de empregados não é critério
para criação de sindicatos de micro e pequenas
empresas
Para a maioria do Plenário, o parâmetro previsto na
Constituição é a categoria econômica da empresa, e
não seu tamanho.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu na
quarta-feira (29) que o número de funcionários ou o
porte da empresa não são parâmetros válidos para a
criação de sindicatos de micro e pequenas empresas.
No entendimento do relator, ministro Dias Toffoli,
acompanhado pela maioria do Plenário, a Constituição
estabelece como critério determinante a categoria
econômica da empresa, e não o seu tamanho ou número
de trabalhadores. Esse parâmetro busca garantir o
princípio da unicidade sindical, ou seja, evitar que
a mesma categoria econômica ou profissional seja
representada por dois sindicatos diferentes, o que
poderia gerar insegurança jurídica.
Em seu voto, o presidente do STF, ministro Luís
Roberto Barroso, considerou que o princípio da
unicidade sindical é passível de críticas, mas foi a
opção feita pelo constituinte. “A interpretação
constitucional por vezes precisa ser expansiva e
criativa, mas ali a Constituição é taxativa”,
afirmou.
O ministro Edson Fachin foi o único a divergir. Para
ele, entidades que representam micro e pequenas
empresas têm legitimidade sindical independente da
categoria econômica em que está incluída.
Caso concreto
A tese foi fixada no Recurso Extraordinário (RE)
646104, apresentado pelo Sindicato da Micro e
Pequena Indústria do Tipo Artesanal do Estado de São
Paulo (Simpi), e tem repercussão geral (Tema 488),
ou seja, deve ser aplicada em casos semelhantes pelo
país.
Ao STF, o Simpi alegou que representa empresas do
setor com até 50 empregados, mas decisões judiciais
impediram o seu reconhecimento como sindicato. Sem
isso, a entidade foi impedida de cobrar a
contribuição sindical dos trabalhadores. Os valores
foram pagos ao Sindicato da Indústria de Instalações
Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado
de São Paulo (Sindinstalação), que sustentou ser a
entidade sindical responsável pelas micro e pequenas
empresas do setor no estado.
Fonte: STF
05/06/2024 -
Em uma semana, Justiça do Trabalho fecha R$ 1,7 bi
em conciliações
Número foi divulgado nesta segunda-feira (3) pelo
TST
A Justiça do Trabalho fechou mais de R$ 1,7 bilhão
em acordos trabalhistas durante a semana de
conciliação que ocorreu entre os dias 20 e 24 de
maio. O número foi divulgado nesta segunda-feira (3)
pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A semana de conciliação ocorre todos os anos, com um
esforço concentrado em toda Justiça trabalhista para
envolver empregadores e empregados e promover um
acordo vantajoso para ambas as partes, evitando que
os litígios sigam tramitando no Judiciário.
Foi o que ocorreu, por exemplo, no briga entre a
prefeitura de Salvador e o Sindicato dos
Trabalhadores de Limpeza Pública (Sindilimp), que
assinaram um acordo no valor de R$ 15,5 milhões para
beneficiar 1.135 trabalhadores terceirizados do
município. Em Goiás, uma disputa de oito anos entre
um empregado e a Indústria Química do Estado de
Goiás (Iquego) foi encerrada com um acordo de R$ 2,2
milhões.
O maior destaque foi do Tribunal Regional do
Trabalho da 2a Região (TRT2), em São Paulo, que
fechou um total de R$ 123 milhões em acordos. O
próprio TST encerrou 153 brigas na Justiça, num
total de R$ 43,3 milhões em conciliações.
No total, segundo o TST, os acordos fechados na
semana de conciliação deste ano renderam R$ 218,1
milhões em impostos recolhidos para a União.
A conciliação é uma maneira mais rápida de encerrar
disputas trabalhistas, que podem se arrastar por
anos a fio na Justiça do Trabalho, que recebe todos
os anos cerca de 3 milhões de novos processos.
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho preparou
um portal com informações para quem queira buscar
uma conciliação.
Fonte: Agência Brasil
05/06/2024 -
CAS analisa licença-maternidade maior em caso de
complicações no parto
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) analisa nesta
quarta-feira (5) projeto que aumenta a licença e o
salário-maternidade em casos de internação
hospitalar da mãe ou do recém-nascido por
complicações médicas relacionadas ao parto (PL
386/2023). O colegiado se reúne a partir das 10h.
O texto, da senadora Damares Alves (Republicanos-DF),
recebeu parecer favorável da senadora Jussara Lima
(PSD-PI). A relatora votou pela aprovação da
proposta na forma do substitutivo apresentado pela
senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) na
Comissão de Assuntos Econômicos, onde o texto foi
aprovado em agosto de 2023.
Segundo o texto original, o benefício extra seria de
60 dias após a alta hospitalar e abrangia apenas
casos de nascimentos prematuros. O substitutivo
determina que, em casos de internação que supere
duas semanas, a licença e o salário-maternidade
poderão se estender em até 120 dias após a alta da
mãe e do recém-nascido, descontado o tempo de
repouso anterior ao parto.
Conforme o substitutivo, a mudança sugerida busca
concordância com uma decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF). A Corte passou a considerar a alta
hospitalar do recém-nascido ou da mãe, o que ocorrer
por último, como o marco inicial da licença e do
salário-maternidade.
O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943) e os Planos de
Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213, de
1991). Se for aprovada pela CAS, a proposta segue
para a análise da Câmara dos Deputados, caso não
haja recurso para votação no Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado
05/06/2024 -
Lula celebra PIB do 1º trimestre e diz que Brasil se
tornará a 8ª economia do mundo em 2024
Segundo presidente, o avanço do PIB no começo do
ano e as projeções de crescimento feitas por
organismos internacionais são "mais uma prova de que
estamos no rumo certo"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as
redes sociais para comemorar o crescimento da
economia no primeiro trimestre deste ano e para
afirmar que o Brasil chegará à 8ª posição no ranking
global das maiores economias do mundo ainda em 2024.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira
(4), o Produto Interno (PIB) Bruto brasileiro
cresceu 0,8% nos primeiros três meses do ano e
acumula uma alta de 2,5% sobre o mesmo período de
2023.
“O PIB avançou no primeiro trimestre desse ano
puxado por maior consumo das famílias e serviços. E
outra boa notícia é que, segundo a previsão do FMI,
o Brasil subirá mais uma posição chegando a 8º PIB
mundial. Mais uma prova de que estamos no rumo
certo”, escreveu Lula no X, antigo Twitter.
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no
primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões
referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$
361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos
de Subsídios. No mesmo período, a taxa de
investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1%
registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa
de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo
trimestre de 2023.
Em relação ao 1º trimestre de 2023, o PIB avançou
2,5%. A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%)
avançaram no período, enquanto a Agropecuária
(-3,0%) recuou.
Fonte: Brasil247
05/06/2024 -
PIB do Brasil cresce 0,8% no 1º trimestre de 2024,
dentro do previsto
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o
PIB cresceu 2,5%; a soma dos bens e serviços finais
produzidos no Brasil chegou a R$ 2,7 trilhões
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu
0,8% no primeiro trimestre de 2024 ante o trimestre
anterior. O PIB, que é a soma dos bens e serviços
finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,7
trilhões em valores correntes, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
terça-feira (4).
O desempenho representou uma retomada, após a
economia ter andado de lado tanto no terceiro como
no quarto trimestre do ano passado.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o
PIB cresceu 2,5%.
Os resultados vieram dentro do esperado pelo
consenso LSEG de analistas, que previa crescimento
de 0,8% na comparação trimestral, A projeção anual
era de uma alta de 2,2%.
PIB 1º trimestre
Pela ótica da produção, os destaques foram os Serviços
(+1,4%) e a Agropecuária (+11,3%), enquanto a
Indústria ficou praticamente estável (-0,1%).
Dentre as atividades industriais, houve queda em
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de
gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e
Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de
Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.
Nas atividades de Serviços ,houve crescimento em
Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%),
Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades
imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e
correio (0,5%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das
Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo
(4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo
do Governo (0,0%) registrou estabilidade.
Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e
Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo
que as Importações de Bens e Serviços cresceram
6,5%.
Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de
Intermediação financeira e seguros (0,0%) e
Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
A taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo
dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023.
Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no
mesmo trimestre de 2023.
Fonte: InfoMoney
05/06/2024 -
Desgoverno Bolsonaro foi o que menos gastou em
gestão de risco e desastre
A pior situação foi o ano de 2021, quando pelo
menos 13 estados declararam situação de emergência
ou calamidade pública por causa das intensas chuvas
O desgoverno de Bolsonaro foi o que menos
desembolsou recursos do programa de Gestão de Riscos
e Desastres entre 2012 e 2023. Nos quatro anos de
mandato (2019 a 2022), o ex-presidente inelegível
pagou diretamente ou transferiu a estados e
municípios um total de R$ 4,37 bilhões, uma anual de
R$ 1,09 bilhão.
Com base nos dados do Tribunal de Contas da União
(TCU), a Agência Senado apontou que a pior situação
foi o ano de 2021, quando pelo menos 13 estados
declararam situação de emergência ou calamidade
pública.
No Amazonas, de acordo com a Defesa Civil estadual,
13 cidades decretaram situação de emergência devido
a inundações causadas pela cheia dos rios. Além
disso, 24 municípios estavam em estado de alerta.
As chuvas causaram estragos também no Pará, São
Paulo, Bahia e Minas Gerais. Neste último estado, os
temporais interromperam o fornecimento de energia e
água potável, interditaram estradas e destruíram
pontes e viadutos.
Apesar da situação crítica, foi o ano em que menos o
governo gastou com o programa. Foram apenas R$
173,91 milhões com ações de prevenção (19%) e R$
740,28 milhões (81%) para reparar danos.
Por outro lado, os maiores repasses foram feitos
pelo governo de Dilma Rousseff. Até 2015, último ano
do governo antes do golpe parlamentar que afastou a
ex-presidente do poder, foram investidos do programa
R$ 9 bilhões, uma média de R$ 2,25 bilhões anuais.
“O exercício em que houve o maior volume de
pagamentos foi 2013, quando os desembolsos superaram
os R$ 3 bilhões. Naquele ano, a estiagem no Nordeste
provocou perdas de até 90% na safra dos pequenos
agricultores, e o Rio de Janeiro enfrentou uma série
de alagamentos”, apontou o levantamento.
Nos dois anos de Michel Temer (2017 e 2018), a média
de gastos com o programa chegou a R$ 1,75 bilhão.
Já no primeiro ano do atual mandato (2023), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou
despesas de R$ 1,39 bilhão.
Recursos não investidos
Desde 2012, os governos deixaram de investir 35,5% dos
recursos destinados ao programa.
Dos R$ 33,73 bilhões previsto para as ações de
resposta, recuperação e prevenção, R$ 21,79 bilhões
foram transferidos aos estados e municípios. Desse
total, R$ 15,12 bilhões (69,4%) foram para essas
ações de reparação e apenas R$ 6 bilhões (27,6%)
gastos com medidas de prevenção.
Em entrevista à Agência Senado, o PhD na área de
Gerenciamento de Riscos e Segurança, engenheiro e
pesquisador Gerardo Portela, diz que a falta de
investimento demonstra que não há um entendimento
das autoridades sobre o grau de severidade desses
fenômenos.
“A percepção de risco no Brasil não é algo muito
desenvolvido culturalmente. Nossa cultura de
segurança ainda é muito primitiva. Por não
percebermos a gravidade da situação, muitas vezes
deixamos de investir aquilo que já não é muito e
deixamos de avançar nas salvaguardas para esse tipo
de fenômeno”, considerou.
Fonte: Portal Vermelho
04/06/2024 -
CCJ do Senado pode aprovar PL contra taxa
assistencial
Está na pauta da CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) do Senado, o PL 2.830/19, do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), que estabelece que
a decisão judicial transitada em julgado poderá ser
levada a protesto, gerar inscrição do nome do
executado em órgãos de proteção ao crédito ou no
BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas)
depois de transcorrido o prazo de 15 dias da citação
do executado, se não houver garantia do juízo.
Ocorre que o relator, senador Rogério Marinho
(PL-RN), acatou emenda que veda a contribuição
assistencial definida em assembleia geral, em
relação à celebração de acordo ou convenção coletiva
de trabalho. A rigor, essa emenda nada tem a ver com
o tema original. Trata-se de “jabuti”.
O projeto é o terceiro item da pauta. Anteriormente,
já foi aprovado pela CAS (Comissão de Assuntos
Sociais).
A reunião da comissão está agendada para esta
quarta-feira (5), a partir das 10h, no anexo 2, da
Ala Senador Alexandre Costa, no plenário 3.
Fonte: Diap
04/06/2024 -
Atenção, entidades filiadas à Nova Central! Centrais
pedem apoio aos sindicatos para socorrer os
desabrigados do RS
Chamado especial aos estados de São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Em reunião com as Centrais Sindicais, o ministro
Márcio França (PSB), do Empreendedorismo, Micro e
Pequenas Empresas, pediu que as entidades de base
disponibilizassem, em caráter emergencial,
instalações das colônias de férias em Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul (RS)
para receber os desabrigados do RS.
O ministro solicitou o levantamento do número de
leitos disponíveis (cidade/estado/colônia).
Pedimos informações sobre o número de colônias e de
quartos/vagas, imediatamente, para informar ao
ministro e dar tratativas sobre essa possibilidade.
Os custos serão discutidos com o governo.
Contamos com a colaboração dos companheiros dos
estados citados.
Juntos somos mais fortes!
Fonte: NCST
04/06/2024 -
Um novo modelo sindical; por Ricardo Patah
As rápidas e profundas transformações no mundo do
trabalho, impulsionadas pela inteligência
artificial, novas tecnologias e a expansão da
terceirização, exigem um movimento sindical adaptado
e forte.
Em meio a uma crise ambiental devastadora, é
essencial que os sindicatos evoluam para enfrentar
esses desafios, garantindo a representatividade e
defesa dos interesses dos trabalhadores em uma
democracia cada vez mais ameaçada.
Este artigo de Ricardo Patah, publicado no O Globo,
discute a necessidade de uma reestruturação sindical
baseada em transparência, autorregulamentação e
financiamento sustentável, buscando um modelo
sindical que responda às demandas contemporâneas e
fortaleça a cidadania no Brasil.
Confira o artigo
Por Ricardo Patah
As mudanças no mundo do trabalho mostram um futuro
cheio de desafios inéditos. Eles surgem no bojo da
inteligência artificial e das tecnologias que
emergem a todo instante, além das estratégias de
negócios que comportam a terceirização sem limites.
Tudo isso ampliado pela crise ambiental devastadora.
A velocidade crescente das transformações exige que
o movimento sindical promova estudos e estratégias
para encará-las.
Vencer esses desafios é essencial para garantir a
representatividade da classe trabalhadora. É
fundamental que existam sindicatos fortes para a
defesa dos interesses dos trabalhadores dentro de um
governo democrático. Os sindicatos, historicamente,
estão no nascedouro da democracia moderna. Vale
lembrar que as democracias têm sido duramente
atacadas pela ultradireita, pelo fascismo e pelo
neoliberalismo, que difundem o ódio e o
individualismo exacerbado.
A palavra “sindicato” está desgastada, obviamente,
mas ainda é a que define melhor a representatividade
dos trabalhadores. O sindicalismo forma o maior
movimento democrático do mundo, presente desde o
local de trabalho, nas negociações coletivas, na
participação institucional e na vida pública dos
países.
No Brasil, a reforma sindical feita em 2017 — no
governo Temer, sem ouvir os trabalhadores — levou à
desfiguração profunda da CLT, com grande intenção de
sufocar o movimento sindical. A CLT tinha de ser
mudada, mas não da forma como foi.
Defendemos que a reestruturação aconteça baseada em
três pilares. O primeiro pilar é uma repactuação da
desfiguração de 2017. Não queremos a revogação dessa
lei, mas repactuar alguns tópicos, como as regras
para o trabalho intermitente. O segundo é a
autorregulamentação dos sindicatos. É preciso ter
eleições transparentes, democráticas e prestação de
contas para que todos saibam o que o sindicato faz
com o dinheiro. E o terceiro pilar é definir a forma
de custeio do movimento sindical para que as
entidades mantenham suas atividades em defesa do
trabalhador. Afinal, as convenções coletivas
negociadas pelos sindicatos conquistam benefícios
que valem para todos os trabalhadores. Se todo mundo
recebe, todo mundo tem de contribuir.
Temos a necessidade de um movimento sindical
fortalecido para combater uma série de adversidades,
como informalidade, trabalho análogo à escravidão,
desigualdade, para transição para uma economia verde
e qualificação profissional para atender às
necessidades trazidas pela tecnologia.
Esses desafios que se apresentam ao movimento
sindical brasileiro exigem participação ativa dos
trabalhadores na nova estrutura que se desenha. Os
sindicatos precisam se dedicar a essa reorganização,
buscando alternativas efetivas para o crescimento da
participação de todos. O mundo mudou, e precisamos
estar preparados, construindo um novo modelo
sindical a várias mãos. Com esse engajamento, nos
tornaremos um país grande não só em território, mas
também em cidadania.
Ricardo Patah, formado em administração e
Direito, é presidente nacional da União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
Fonte: Rádio Peão Brasil
04/06/2024 -
STF marca para dia 12 julgamento sobre correção do
FGTS
Discussão foi interrompida em novembro do ano
passado
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís
Roberto Barroso, marcou para 12 de junho a retomada
do julgamento sobre a legalidade do uso da Taxa
Referencial (TR) para correção das contas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A discussão sobre o índice de correção das contas do
fundo foi interrompida em novembro do ano passado,
após pedido de vista (mais tempo para análise) feito
pelo ministro Cristiano Zanin. O processo foi
devolvido para julgamento no dia 25 de março.
O processo chegou a entrar na pauta do Supremo no
início de abril, mas acabou não sendo chamada a
julgamento.
Até o momento, o placar é de 3 votos a 0 para
considerar inconstitucional o uso da TR para
remunerar as contas dos trabalhadores. Votaram nesse
sentido o relator, Luís Roberto Barroso, e os
ministros André Mendonça e Nunes Marques.
Governo
Neste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao
STF uma proposta para destravar o julgamento do
caso. A sugestão foi construída após consulta a
centrais sindicais e outros órgãos envolvidos na
causa.
Em nome do governo federal, a AGU defendeu que as
contas do fundo garantam correção mínima que
assegure o valor do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação.
A proposta vale somente para novos depósitos a
partir da decisão do STF e não se aplicaria a
valores retroativos.
Para a AGU, deve ser mantido o atual cálculo que
determina a correção com juros de 3% ao ano, o
acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além
da correção pela TR. Contudo, se o cálculo atual não
alcançar o IPCA, caberia ao Conselho Curador do FGTS
estabelecer a forma de compensação. O IPCA acumulado
nos últimos 12 meses é de 3,69%.
Entenda
O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de
uma ação protocolada em 2014 pelo partido
Solidariedade. A legenda sustenta que a correção
pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano,
não remunera adequadamente os correntistas, perdendo
para a inflação real.
Criado em 1966 para substituir a garantia de
estabilidade no emprego, o fundo funciona como uma
poupança compulsória e proteção financeira contra o
desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o
empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40%
sobre o montante.
Após a entrada da ação no STF, novas leis começaram
a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com
juros de 3% ao ano e acréscimo de distribuição de
lucros do fundo, além da correção pela TR. No
entanto, a correção continua abaixo da inflação.
Fonte: Agência Brasil
04/06/2024 -
Rescisão domina os novos processos apresentados na
Justiça do Trabalho
O assunto mais comum na Justiça do Trabalho em 2023
foi a rescisão de contratos de trabalho. Ao todo,
foram 4.500.794 casos novos sobre o tema, que
representam 13,24% do total.
Em segundo lugar vêm os processos sobre duração do
trabalho: 2.328.201 demandas, ou 6,85% do total.
Já benefícios e verbas remuneratórias e
indenizatórias foram tema de 2.303.418 ações, ou
6,78% do total, e ocupam a terceira posição do
ranking da Justiça do Trabalho.
Os dados são do relatório Justiça em Números 2024,
divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
nesta terça-feira (28/5). Todos os dados são
relativos ao ano de 2023.
Os processos da Justiça do Trabalho correspondem a
12% do total de ações ingressadas no Judiciário.
Outros assuntos de destaque nessa Justiça
Especializada são contratos individuais de trabalho
(1.297.689 casos novos ou 3,82% do total) e
responsabilidade civil do empregador (873.649 casos
novos ou 2,57%).
Fonte: Consultor Jurídico
04/06/2024 -
STF vai decidir se aposentadoria por doença
incurável deve ser integral
O Supremo Tribunal Federal vai decidir se o
pagamento de aposentadoria por incapacidade causada
por doença grave, contagiosa ou incurável deve ser
paga de forma integral ou seguir regra estabelecida
pela Reforma da Previdência (EC 2019).
A discussão, objeto do Recurso Extraordinário
1.469.150, teve repercussão geral reconhecida (Tema
1.300) por maioria de votos no Plenário Virtual.
Ainda não há data prevista para o debate do mérito
do recurso.
Os ministros vão discutir a alteração feita pela
Reforma da Previdência no cálculo da aposentadoria
por doença grave, contagiosa ou incurável. A mudança
definiu que, nesses casos, o valor mínimo do
benefício será de 60% da média aritmética dos
salários do trabalhador, com acréscimo de 2 pontos
percentuais para cada ano de contribuição que
exceder a 20 anos.
No Supremo, um segurado do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) afirma que a norma é
inconstitucional por violar o princípio da
irredutibilidade do valor de benefícios
previdenciários, previsto na Constituição. O INSS,
por sua vez, defende a mudança e argumenta que ela
buscou garantir o equilíbrio financeiro para o
sistema de previdência pública do país.
Manifestação
Ao se manifestar sobre a repercussão geral, o ministro
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, destacou
que há, até o momento, 82 casos semelhantes que
questionam a mudança feita pela Reforma da
Previdência, o que demonstra a relevância do debate.
Ressaltou, ainda, a natureza constitucional da
controvérsia e sua relevância, sob os pontos de
vista econômico, político, social e jurídico.
Barroso também fez questão de ressaltar que o tema a
ser julgado não diz respeito a acidente de trabalho,
doença profissional ou doença do trabalho, que
decorrem do comportamento do empregador quanto à
adoção de medidas de proteção, segurança e saúde do
trabalhador. O que se vai julgar são os casos em que
o segurado é acometido da doença que cause
“incapacidade permanente e se insere na loteria
natural da vida, não podendo ser imputado a um
agente humano em especial”.
A solução a ser adotada pelo Tribunal será aplicada
a todos os casos semelhantes nas demais instâncias
da Justiça. *Com informações da assessoria de
imprensa do Supremo Tribunal Federal.
RE 1469150
Fonte: Consultor Jurídico
03/06/2024 -
Centrais convocam para plenária virtual na próxima
terça-feira (4)
As Centrais sindicais NCST, CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, CSB Intersindical Central da Classe
Trabalhadora e Pública convocam todos os
companheiros e companheiros das entidades para
PLENÁRIA VIRTUAL NACIONAL DAS CENTRAIS, que acontece
na próxima terça-feira (4), às 14h.
O encontro irá tratar da mobilização de junho da
Pauta da Classe Trabalhadora; prioridades de temas
na agenda do Congresso Nacional e estratégia de
abordagem dos/as deputados/as federais - PL dos
Aplicativos, dentre outros projetos.
Abaixo segue o link para participação na Plenária
Plenária Virtual Nacional das Centrais Sindicais
Preparando a mobilização para as agendas de junho (PL
dos Aplicativos e Mesas de Negociação)
Data: 04 de junho de 2024 (terça-feira)
Hora: 14h (horário de Brasília)
Link de acesso:
https://cut-org-br.zoom.us/meeting/register/tZIkdOysrjosHt29Kb5Po-jD8e6XG6wSb_Fb
ID: 869 3540 1649
Senha: 476061
Fonte: NCST
03/06/2024 -
Primeiro trimestre registra menor taxa de desemprego
em 10 anos
Empregos formais têm sustentado alta da população
ocupada no Brasil, segundo o IBGE. OIT projeta mais
queda no desemprego em 2024 e 2025
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 7,5% no
trimestre encerrado em abril, segundo dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
divulgados na quarta (29). Esse foi o menor nível de
desocupação para o período desde 2014, quando marcou
7,2%.
Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
a taxa de desemprego no Brasil continuará em queda
neste ano e em 2025.
A queda apurada pela Pnad Contínua (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) é mais acentuada
do que o mercado estava esperando. De acordo com
estimativas da Bloomberg, os agentes econômicos
especulavam uma taxa de 7,7%.
Segundo o IBGE, o número de desempregados atingiu
8,2 milhões de fevereiro a abril. No primeiro
trimestre deste ano, os desocupados somaram 8,6
milhões. Na comparação trimestral não houve variação
significativa, mas teve redução de 9,7% ante o mesmo
trimestre móvel de 2023.
Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro
deste ano, houve uma ligeira queda na taxa de
desocupação, quando o IBGE registrou 7,6%.
O número de pessoas ocupadas, com ou sem carteira
assinada, bateu recorde histórico no Brasil no
trimestre encerrado em abril. Foram registrados
100,8 milhões de brasileiros nessa situação.
O número de trabalhadores com carteira assinada
atingiu 38,188 milhões no período, o mais alto
registrado pela pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma
forma, o contingente de trabalhadores sem carteira
também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.
Mesmo sem variação significativa na comparação
trimestral, o contingente de brasileiros ocupados
cresceu 2,8% na base anual, o que equivale a mais
2,8 milhões de postos de trabalho frente ao mesmo
trimestre de 2023.
A estimativa da OIT é de a taxa de desemprego
diminuir no Brasil para 7,8% neste ano e para 7,6%
em 2025. Em 2023, a taxa era de 8% e em 2020, no
governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a taxa
chegou a 13,7%. No mundo, a OIT projeta uma ligeira
baixa do desemprego.
Fonte: Portal Vermelho
03/06/2024 -
“Fortalecer a Previdência Social é proteger o futuro
do trabalhador”, garante Carlos Lupi
Com centrais sindicais, ministro debate a
proteção de direitos e o progresso dos serviços
federais
ortalecer a Previdência Social é proteger o futuro
do trabalhador”, garantiu o ministro Carlos Lupi, ao
debater nesta terça-feira (28), em Brasília (DF),
com representantes de centrais sindicais, a proteção
de direitos e o progresso dos serviços federais.
Na reunião, os presidentes da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da União
Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central
Sindical de Trabalhadores, Sérgio Nobre, Miguel
Torres, Ricardo Patah e Moacyr Roberto Auersvald,
respectivamente, apresentaram uma série de propostas
para aprimorar os benefícios previdenciários, como
as aposentadorias.
Como indicativo, o ministro Lupi propôs a realização
de um seminário nacional para apresentar e analisar
os dados relacionados à seguridade social, bem como
detalhar a evolução do atendimento humanizado no
INSS e na Perícia Médica Federal.
“O diálogo com a classe trabalhadora é importante
para alcançar a plena justiça social. Através do
seminário, vamos incentivar a conscientização sobre
os direitos previdenciários, que são adquiridos após
décadas de vida laboral”, afirmou.
Ao relatar as conquistas acumuladas desde a
recriação da pasta, em janeiro de 2023, o ministro
Lupi enfatizou a implementação de ações prioritárias
de curto e médio prazos.
“Maior programa social do mundo, a Previdência
retomou o caminho do desenvolvimento através de
medidas estruturantes, como a implementação do
Atestmed, a convocação de novos servidores e o
investimento nos canais de atendimento, incluindo as
reformas de agências em todo o país”, concluiu.
Fonte: INSS
03/06/2024 -
Brasil fecha abril com 240 mil empregos criados,
aponta Caged
Salário médio de admissão foi R$ 2.126,16
O Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de
240.033 empregos com carteira assinada. O balanço é
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Novo Caged) divulgado na quarta-feira (29) pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado
de abril decorreu de 2.260.439 admissões e de
2.020.406 desligamentos.
No acumulado do ano de janeiro/2024 a abril/2024, o
saldo foi positivo em 958.425 empregos, resultado de
8.904.070 admissões e 7.945.645 desligamentos. Já
nos últimos 12 meses, de maio/2023 a abril/2024, foi
registrado saldo de 1.701.950 empregos, decorrente
de 24.179.955 admissões e de 22.478.005
desligamentos.
Em relação ao estoque, ou seja, a quantidade total
de vínculos celetistas ativos, o país registrou, em
abril, um saldo de 46.475.700 vínculos, uma variação
de 0,52% em relação ao estoque do mês anterior.
O maior crescimento do emprego formal no mês de
abril ocorreu no setor de serviços, com a criação de
138.309 postos. Na indústria, foram 35.990 postos,
concentrados na indústria da transformação. Na
construção, foram 31.893 postos; no comércio, 27.272
postos; e na agropecuária, 6.576 postos.
Salário
O salário médio de admissão foi R$ 2.126,16. Comparado
ao mês anterior, houve aumento real de R$ 36,96, uma
variação positiva de 1,77%.
A maioria das vagas criadas no mês de abril foram
preenchidas por homens (129.116). As mulheres
ocuparam 110.917 vagas. A faixa etária com maior
saldo foi de 18 a 24 anos, com 128.893 postos. O
ensino médio completo apresentou saldo de 175.570
postos. No saldo por faixa salarial, a faixa de até
1,5 salários mínimos registrou 169.400 postos. Em
relação à raça/cor, a parda obteve o saldo de
217.717 postos.
Regiões
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na
geração de emprego no mês passado. No Sudeste, foram
126.411 postos, variação positiva de 0,54% em
relação a março. No Sul, foram 45.001 postos
(0,53%); no Centro-Oeste, foram 24.408 postos
(0,59%). O Nordeste somou 23.667 postos (0,31%); e o
Norte, 15.745 postos (0,68%).
Em termos relativos, os estados com maior variação
na criação de empregos em relação ao estoque do mês
anterior são Acre, com a abertura de 1.267 postos,
aumento de 1,2%; Amapá, que criou 902 vagas (1,02%);
e Espírito Santo Piauí, com saldo positivo de 8.167
postos (0,92%).
As unidades federativas que tiveram menor variação
relativa em relação ao estoque do mês anterior
foram: Alagoas: menos 1.607 postos (0,37%);
Pernambuco: 1.103 postos (0,08%); e Rondônia: mais
724 postos (0,25%).
Em termos absolutos, as unidades da federação com
maior saldo no mês passado foram São Paulo, com
76.299 postos (0,54%); Minas Gerais, com 25.868
vagas criadas (0,53%); e Paraná, com a geração de
18.032 postos (0,57%).
As unidades federativas com menor saldo foram:
Alagoas: 1.607 postos (0,37%); Pernambuco: 1.103
postos (0,08%); Roraima: mais 480 postos (0,61%).
Fonte: Agência Brasil
03/06/2024 -
Meio ambiente e ambiente inteiro – João Guilherme
Vargas Netto
Nos anos 80 do século passado começou a ficar
costumeira a expressão “meio ambiente” referindo-se
aos problemas climáticos e ambientais.
Um influenciador sindical (como diríamos hoje)
brincando seriamente com o conceito novo inventou a
expressão “ambiente inteiro” para se referir à
preocupação com o ambiente do trabalho, apontando os
inúmeros problemas nas fábricas e outros locais.
Passados 40 anos, mesmo que melhoras substanciais
tenham sido obtidas, estes problemas persistem como
ficou demonstrado na greve dos metalúrgicos da
Renault em cuja pauta de reivindicações apareciam os
temas de saúde e segurança e demais disfunções para
o exercício do trabalho.
Pode-se dizer que, neste assunto, a luta deve
continuar.
Mas, atualmente, alertados os brasileiros pelas
enchentes no Rio Grande do Sul e suas consequências,
o tema em sua amplitude preocupa cada vez mais a
sociedade e tem exigido medidas de prevenção e de
manutenção capazes de diminuir os efeitos nefastos
do aquecimento global e de acontecimentos extremos,
como enchentes, deslizamentos, estiagens e secas. O
meio ambiente cobra soluções dos governantes, das
empresas, dos formadores de opinião e do movimento
sindical.
A inércia e a passividade contribuem para agravar
ainda mais as crises climáticas que se sucedem a
intervalos de tempo cada vez menores.
É um alerta ao movimento sindical brasileiro, embora
as preocupações e as soluções sejam globais e exijam
medidas planetárias, sem negacionismo nem
salvadorismo.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de
entidades sindicais de trabalhadores
Fonte: Agência Sindical
03/06/2024 -
Comissão aprova prazo para revisão de aposentadoria
por incapacidade
A proposta unifica em cinco anos o prazo para
revisão de aposentadoria por incapacidade de
servidores, segurados do INSS e militares
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei 5609/23, que
unifica em cinco anos o prazo para o poder público
revisar a concessão de aposentadoria por
incapacidade de servidores públicos federais e de
segurados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) e ainda de reforma de militares das Forças
Armadas e do Distrito Federal.
Após esse prazo, não poderá ser feita revisão e,
somente nos casos de comprovada má-fé do
beneficiário, a avaliação poderá ocorrer a qualquer
momento.
Autor do projeto, o deputado Albuquerque (Republicanos-RR)
alega que, apesar do rigor na concessão de
aposentadoria ou reforma por invalidez, que muitas
vezes submete o interessado a requerê-la na Justiça,
ela não deve ser revisada a qualquer tempo, para não
gerar insegurança jurídica.
O deputado Sargento Portugal (Pode-RJ), que relatou
a matéria na Comissão de Segurança Pública,
concordou com o argumento. “Trata-se de estabelecer
em lei a uniformização dos efeitos das relações de
trabalho ao prazo previsto na Constituição”,
observou o relator.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Previdência,
Assistência Social, Infância, Adolescência e
Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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