Blog - Notícias Anteriores - Julho 2018

 

 

31/07/2018 - Movimento sindical deve intensificar combate à projeto de Temer


31/07/2018 - Nova contribuição sindical promete embate


31/07/2018 - Aumenta a precarização do trabalho


31/07/2018 - Proposta revoga trabalho intermitente autorizado na reforma trabalhista


31/07/2018 - Congresso retoma atividades nesta quarta-feira (1º)


31/07/2018 - Não há previsão legal para reconsiderar decisão colegiada, diz TRF-1


30/07/2018 - Governo asfixia sindicatos, mas libera recursos para setor patronal rural


30/07/2018 - NCST solicita equidade de tratamento entre entidades patronais e trabalhistas


30/07/2018 - Confiança do empresário da indústria fica estável de junho para julho


30/07/2018 - Com fim do imposto, sindicatos dos empresários 'privatizam' apoio jurídico


30/07/2018 - PTB, PSD e Solidariedade anunciam apoio a Alckmin nas eleições presidenciais


30/07/2018 - STF suspende efeitos de ação trabalhista de R$ 17 bi contra Petrobras


30/07/2018 - Advogados e magistrados criticam ideia de juntar Justiças Federal e do Trabalho


27/07/2018 - Metade dos empregos criados em São Paulo em junho é sem carteira


27/07/2018 - Acidente de trabalho em São Paulo tem uma morte a cada 20 horas


27/07/2018 - Lei trabalhista de Temer é a pior do mundo, diz secretário da UITA


27/07/2018 - Gleisi: resultados da Pesquisa Vox Populi empolgaram Lula


27/07/2018 - Centrão oficializa apoio a Geraldo Alckmin para Presidência


27/07/2018 - Economia crescerá 1,6% em 2018, prevê CNI


27/07/2018 - Petrobras recorre ao STF para suspender ação trabalhista de R$ 17 bi


27/07/2018 - Ações da Justiça do Trabalho ajudam a reduzir acidentes de trabalho


27/07/2018 - Projeto limita descontos na verba rescisória de trabalhadores


27/07/2018 - Homicídio cometido contra idoso poderá ter pena maior


26/07/2018 - Centrais Sindicais definem últimos preparativos para atos do “Dia do Basta!”


26/07/2018 - Legendas de Bolsonaro e Alckmin foram fiéis a Temer em votações da Câmara


26/07/2018 - Desemprego na região metropolitana de SP fica em 17% em junho


26/07/2018 - Informalidade e emprego precário estreitam horizontes para a juventude


26/07/2018 - Fenaban nega garantia de emprego aos trabalhadores bancários


26/07/2018 - Governo deve cortar mais de R$ 5 bi de benefícios irregulares do INSS


26/07/2018 - Aviso prévio indenizado poderá contar como salário de contribuição à previdência


26/07/2018 - Companhia consegue validar norma coletiva para não fornecer tíquete em plantões extras


26/07/2018 - Projeto permite a mulheres vítimas de violência sacar FGTS


26/07/2018 - Proposta reduz de 15 para 45 dias prazo para primeiro pagamento do salário-maternidade


25/07/2018 - Negociação entre trabalhadores e empresas cai e reajuste salarial vai junto


25/07/2018 - Pesquisa CUT/Vox Populi: Lula se fortalece e vence no primeiro turno


25/07/2018 - Trabalhador por conta própria precisa de apoio e qualificação, diz economista


25/07/2018 - Crise faz crescer trabalho intermitente que precariza trabalhador


25/07/2018 - Mais desemprego a caminho


25/07/2018 - Indústria recupera perdas após paralisação dos caminhoneiros


25/07/2018 - Ministério e Correios anunciam acordo para a emissão da carteira de trabalho


25/07/2018 - Processo trabalhista de 15 anos é encerrado com audiência via WhatsApp


25/07/2018 - Mulheres vítimas de violência doméstica podem ter cota em empresas contratadas pelo poder público


24/07/2018 - Alckmin nega retomar imposto sindical e estuda extinguir Ministério do Trabalho


24/07/2018 - Juruna destaca dia 10 de agosto como protesto sindical e cívico


24/07/2018 - Cármen Lúcia decide manter leilão de distribuidoras da Eletrobras


24/07/2018 - Novo ministro do Trabalho foi autuado 24 vezes por infrações trabalhistas


24/07/2018 - Com Temer, construção civil segue em seu extermínio de vagas e perspectivas


24/07/2018 - Queda no Caged indica precarização e desindustrialização do País


24/07/2018 - Empresa que não treina funcionários responde por acidente de trabalho


24/07/2018 - Turma condena empresa a pagar despesas médicas futuras de empregado acidentado


24/07/2018 - Projeto proíbe agências de emprego de cobrar taxas para cadastro de currículo


23/07/2018 - Sindicalistas entregam Agenda Prioritária ao presidenciável Ciro Gomes


23/07/2018 - Após acordo com centrão, Alckmin muda posição sobre imposto e é criticado


23/07/2018 - “Construir o debate eleitoral é dever dos Sindicatos”, afirma coordenadora do FST


23/07/2018 - Depois da reforma de Temer, só o trabalho intermitente cresce


23/07/2018 - Confiança da indústria tem queda de 0,5 ponto na prévia de julho


23/07/2018 - INSS convoca 178 mil segurados para perícia


23/07/2018 - 1ª Turma mantém registro da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Centro-Oeste


23/07/2018 - Justiça considera hora de trabalho noturno reduzida para ampliar intervalo de operador


23/07/2018 - Aberto novo período para saque do abono salarial ano-base 2016


20/07/2018 - Centrais distribuem peças de divulgação do ‘Dia do Basta’


20/07/2018 - Que Congresso queremos na próxima legislatura?


20/07/2018 - Ciro apresenta diretrizes de governo, mas propostas podem incomodar blocão


20/07/2018 - Isolado, Bolsonaro pode acabar com apenas oito segundos na televisão


20/07/2018 - Alckmin defende entrega da Petrobras e manutenção da política de Temer


20/07/2018 - Auxílio-acidente pode ser concedido depois do auxílio-doença se ficarem sequelas


20/07/2018 - TRT-18ª reconhece validade de dispensa por justa causa de trabalhador que faltava reiteradamente ao trabalho


19/07/2018 - Por que o emprego não reage no Brasil?


19/07/2018 - Nova Central e Contratuh discutem “reforma trabalhista” e suas consequências


19/07/2018 - Movimento Sindical do PDT entrega propostas trabalhistas a Ciro Gomes


19/07/2018 - Pagamento da primeira parcela do 13º de aposentados começa em agosto


19/07/2018 - Em São Paulo, 'quadrilátero do desemprego' recebe milhares de currículos por dia


19/07/2018 - Ministra do TSE rejeita pedido do MBL para declarar Lula inelegível


19/07/2018 - Projeto autoriza intimações judiciais por WhatsApp


19/07/2018 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


19/07/2018 - Tempo gasto com troca de roupa e higiene em frigorífico deve ser remunerado


18/07/2018 - Trabalhador fica desprotegido na hora da demissão sem homologação no sindicato


18/07/2018 - Centrais Sindicais: Frentes de trabalho contra apatia do governo


18/07/2018 - Mutirão do emprego leva milhares ao Sindicato dos Comerciários de SP


18/07/2018 - Intenção de consumo das famílias recua 1,8%, diz CNC


18/07/2018 - Caixa deve indenizar trabalhador por saque de seguro-desemprego após um ano da demissão


18/07/2018 - Trabalho aprova reajuste de contrato de prestação de serviço na data-base do profissional


17/07/2018 - Governo antecipa primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas


17/07/2018 - Economia fraca e 'reforma' trabalhista criam novo perfil de desempregado


17/07/2018 - Com Temer, renda e contribuição de autônomos à Previdência despencam


17/07/2018 - Ministério do Trabalho amanhece com salas reviradas


17/07/2018 - Para analista do Diap, eleição presidencial deste ano faz lembrar a de 1989


17/07/2018 - Com greve dos caminhoneiros, atividade econômica recua 3,34% em maio


17/07/2018 - Temer e Meirelles fracassam e meta de empregos fica em 20% do previsto


17/07/2018 - Juíza segue STF e nega pedido para obrigar recolhimento de contribuição sindical


17/07/2018 - Desenvolvimento Urbano aprova passe livre para idosos e deficientes carentes


16/07/2018 - Mobilizações salariais devem reforçar atos do “Dia do Basta”


16/07/2018 - Mais um ano perdido para a economia brasileira


16/07/2018 - Ciro busca o equilíbrio entre o discurso nacionalista e as alianças


16/07/2018 - ‘O povo quer um governo popular. Os riquinhos vão ficar na poeira da estrada’


16/07/2018 - Marun nega participação em supostas fraudes no Ministério do Trabalho


16/07/2018 - STF dá mais 30 dias para conclusão de investigação sobre Aécio Neves


16/07/2018 - Gestante que recusou oferta de reintegração ao emprego vai receber indenização substitutiva


16/07/2018 - Vedada renúncia à aposentadoria visando ao aproveitamento de tempo de serviço posterior à concessão do primeiro benefício


16/07/2018 - TRT-18 afeta como repetitivo recurso sobre turnos ininterruptos de trabalho


16/07/2018 - Desconto em salário como forma de punição administrativa é ilegal, diz juíza


16/07/2018 - Proposta autoriza entrada de advogados em fóruns e tribunais sem revista


13/07/2018 - Ministro suspende por 90 dias procedimentos sobre registro sindical


13/07/2018 - Justiça do DF absolve Lula por obstrução à Lava Jato


13/07/2018 - Custos da indústria subiram 2,4% no primeiro trimestre, diz CNI


13/07/2018 - Estudo da CNI mostra que 2,7 mil obras estão paradas no Brasil


13/07/2018 - IPEA: Inflação mais que triplicou para população de renda baixa


13/07/2018 - Com empregos ameaçados, trabalhadores fazem reunião com direção da Embraer


13/07/2018 - Projeto busca acabar com normas de teletrabalho impostas pela reforma trabalhista


13/07/2018 - Funcionário demitido por não desistir de ação contra cliente será indenizado


13/07/2018 - INSS tem de provar reabilitação para suspender auxílio-doença


13/07/2018 - Aposentado por invalidez que exerce atividade remunerada deve restituir ao INSS todos os valores recebidos


12/07/2018 - Centrais reforçam 10 de agosto como dia de 'basta ao desemprego'


12/07/2018 - Vargas Netto mostra que número de Sindicatos no Brasil é compatível


12/07/2018 - Lindbergh condena reforma trabalhista e pede constituinte


12/07/2018 - Produção industrial cai em 14 de 15 locais pesquisados pelo IBGE


12/07/2018 - Tabelamento do frete terá impacto de R$ 3,3 bi na indústria paulista


12/07/2018 - Bancários resistem à reforma trabalhista para garantir direitos


12/07/2018 - Inflação da terceira idade fecha segundo trimestre em alta de 2,3%


12/07/2018 - IGP-M registra inflação de 8,13% em 12 meses na 1ª prévia de julho


11/07/2018 - Centrais se mobilizam para ato em 10 de agosto contra desemprego


11/07/2018 - Novo ministro do Trabalho defende atuação técnica na pasta


11/07/2018 - Chefe de gabinete do Ministério do Trabalho pede exoneração


11/07/2018 - Comissão debate desenvolvimento produtivo e mercado de trabalho


11/07/2018 - STF não levou em conta que contribuição financia programas importantes


11/07/2018 - Quem deixou para sacar PIS/Pasep em agosto receberá 8,97% a mais


11/07/2018 - Maia anuncia que privatização da Eletrobras não será votada este ano


11/07/2018 - Lula: Temer vende patrimônio público 'a preço de banana'


11/07/2018 - Certificado digital no eSocial só é exigido para quem já tinha essa obrigação


10/07/2018 - Marun diz que novo ministro do Trabalho é “indicação pessoal” de Temer


10/07/2018 - CNI aponta índice do medo do desemprego acima da média histórica


10/07/2018 - Temer infla dados de emprego ao considerar intermitentes sem trabalho


10/07/2018 - Lula é declarado preso político por entidade de Direitos Humanos da Espanha


10/07/2018 - Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora em junho


10/07/2018 - Relator aplica rito abreviado a ADI que discute incidência de ISS em serviços ligados à área têxtil


10/07/2018 - IGP-DI tem inflação de 1,48% em junho


10/07/2018 - Comissão sobre extinção do Fundo Soberano deve ouvir ministro da Fazenda


10/07/2018 - Revisão dos benefícios do INSS resultou em economia de R$ 9,6 bilhões


10/07/2018 - Falta de pedido imediato não impede reconhecimento de rescisão indireta


09/07/2018 - Sindicalistas elogiam firmeza de Ciro ante agressividade patronal na CNI


09/07/2018 - Após manobras, presidente do TRF-4 impede que Lula seja solto


09/07/2018 - Graves retrocessos no Direito do Trabalho


09/07/2018 - MP estabelece novas regras para saneamento básico no país


09/07/2018 - Teto de gastos faz Brasil afundar


09/07/2018 - Inflação para famílias de menor renda foi de 1,43% em junho


09/07/2018 - Inflação da construção civil fica em 0,58% em junho


09/07/2018 - Valor de rescisão de contrato pode ser abatido de crédito trabalhista, diz TST


09/07/2018 - Erro no cálculo de custas não inviabiliza recurso de empresa


06/07/2018 - Assembleias ganham força após julgamento no Supremo


06/07/2018 - Fim da contribuição sindical obrigatória. Que fazer?


06/07/2018 - Salário mínimo deveria ser de R$ 3.682,67, aponta Dieese


06/07/2018 - Temer retira 70% da verba de combate ao trabalho escravo, apontam auditores


06/07/2018 - Eliseu Padilha assume interinamente Ministério do Trabalho


06/07/2018 - Ministro do Trabalho presta depoimento à Polícia Federal


06/07/2018 - Alimentos da cesta básica ficam mais caros pelo segundo mês seguido


06/07/2018 - Seguridade aprova reserva para idosos de 5% dos imóveis de programas habitacionais


06/07/2018 - Portador de doença incapacitante poderá ter direito a aposentadoria sem carência


05/07/2018 - Ministro do Trabalho é afastado pelo STF em investigação sobre fraudes em registros sindicais


05/07/2018 - Centrais se reúnem para definir Dia Nacional de Protestos em agosto


05/07/2018 - Nova Central participa de Debate sobre: "Estatuto do Trabalho", com foco na contribuição sindical


05/07/2018 - Em sabatina na CNI, Ciro diz que a reforma trabalhista é 'uma selvageria'


05/07/2018 - Reforma trabalhista penaliza assalariado que vê renda diminuir


05/07/2018 - Greve dos caminhoneiros fez indústria recuar 10,9% de abril para maio


05/07/2018 - Gestão do FGTS deve ser custeada pelos órgãos de representação, propõe projeto


05/07/2018 - Câmara aprova anulação de multa de empresa que não entregou guia do FGTS


04/07/2018 - Debatedores responsabilizam reforma trabalhista por aumento do desemprego e da informalidade


04/07/2018 - Fim da contribuição sindical obrigatória pode reduzir direitos, dizem especialistas


04/07/2018 - CNI se adianta e apresenta sua agenda a presidenciáveis


04/07/2018 - Contribuição sindical: não houve surpresas; o capital ganhou


04/07/2018 - Retomada da economia é uma farsa: Cai a renda dos trabalhadores


04/07/2018 - Comissão debate contribuição e aposentadoria diferenciada para pessoas com deficiência


04/07/2018 - Alternar turnos a cada 4 meses não afasta jornada ininterrupta de revezamento


03/07/2018 - Paim anuncia projeto para a volta do imposto sindical


03/07/2018 - Centrais denunciam tentativa de desmonte dos sindicatos


03/07/2018 - Decisão do STF sobre contribuição sindical preocupa Ministério Público


03/07/2018 - Impactos da nova legislação trabalhista serão discutidos em seminário na Câmara nesta terça


03/07/2018 - Contribuição sindical: primeiras impressões sobre o julgamento


03/07/2018 - Pesquisa aponta desemprego estável e aumento da informalidade em maio


03/07/2018 - CNI: greve de caminhoneiros faz faturamento da indústria cair 16,7%


 

31/07/2018 - Movimento sindical deve intensificar combate à projeto de Temer


O fracasso do governo de Michel Temer no combate ao desemprego é um dos motivos que levou 70% dos brasileiros (Vox Populi) a declarar que a vida piorou desde que Temer assumiu. O consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, afirmou. “É preciso estar atento porque esse projeto contra os trabalhadores, além do Temer, permanece nas candidaturas Alckmin e Bolsonaro”.


Por Railídia Carvalho


Na opinião do jornalista e consultor, o governo de Michel Temer está mais preocupado em agradar ao mercado em vez de atender a população. Ele citou a reforma trabalhista (lei 13.467/2017), sancionada por Temer, e a Emenda de Gastos aprovada pelo governo e aliados como duas das medidas que agravaram em dois anos os problemas enfrentados pela população. Temer assumiu após o impeachment em 2016 da presidenta eleita Dilma Rousseff.


“É preciso esclarecer para a população que todas as medidas do atual governo vieram para tirar dos mais pobres e dar para os mais ricos. A reforma trabalhista precarizou as condições de trabalho e diminuiu a renda. A emenda de gastos que congelou por 20 anos despesas como saúde e educação impediram que o Estado pudesse atender a população”.


Agenda de Temer é a mesma de Alckmin

Toninho vê no atual momento chances de que o debate de ideias volte ao centro da discussão. “Na época do impeachment a população ficou muito dividida no julgamento moral atrelando apenas a um governo. Acho que a contribuição do movimento sindical, das centrais neste momento é esclarecer que o projeto não vem apenas do governo Temer mas que se vier Alckmin e Bolsonaro vai piorar mais ainda para a população”, enfatizou.


O consultor do Diap lembrou que o pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou que preservará a reforma trabalhista, manterá as regras atuais que enfranqueceram o recolhimento da contribuição sindical e que poderá extinguir o Ministério do Trabalho. “As declarações de Alckmin são o exemplo cabal de ausência de compromisso com o social. O trabalho é a base de todo o social”, completou Toninho.


Agenda Prioritária

Ele citou a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, elaborada por sete centrais sindicais, como uma iniciativa política para combater a atual política de retirada de direitos. O documento apresenta 22 propostas para a retomada do crescimento, entre elas a revisão da reforma trabalhista, a revogação da Emenda que congelou os gastos em saúde e educação e a retomada das obras de infraestrutura para gerar empregos de forma imediata. Clique AQUI para acessar as 22 propostas.


“A proposta dos trabalhadores é uma iniciativa extremamente importante. Tem função pedagógica. Você coloca de um lado a proposta dos trabalhadores e de outro o projeto e partidos que representam o poder econômico. Comparar é a melhor forma de esclarecer”, afirmou Toninho.


No dia 10 de agosto, todas as centrais sindicais brasileiras realizam o Dia do Basta, que é um dia de paralisação nos locais de trabalho para dar um alerta à população sobre os graves problemas enfrentados pela população. No centro do ato está a Agenda Prioritária, que tem como objetivo além de denunciar o ataque aos trabalhadores colocar no debate eleitoral as 22 propostas.


Eleições: Escolher o lado dos trabalhadores

“A população pode dar o troco em outubro. Além de uma política contra os trabalhadores que tirou renda e precarizou, o projeto do governo quer entregar o patrimônio do país a preço de banana. Na mobilização para o dia 10 estamos mostrando isso e dizendo que temos que escolher um lado. Eleger um boa bancada de deputados federais e não eleger quem votou contra os trabalhadores”, declarou ao Portal Vermelho Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical.


A Força Sindical tem aproximadamente 1.650 sindicatos pelo país que são filiados à central, que representa cerca de 400 milhões de trabalhadores. “Estamos mobilizando os sindicatos, popularizando a agenda dos trabalhadores. O dia 10 é um dia de alerta, o dia do Basta contra isso que está aí, contra o desemprego, contra a política econômica. Vai ser a primeira manifestação importante no ano para pensamos em outras maiores”, avaliou Miguel.


Nesta semana, inúmeras categorias, entre elas a dos transportes (rodoviários, ferroviários, metroviários e condutores), realizam assembleias para definir a forma de participação nos atos. A principal manifestação, com os dirigentes de todas as centrais, acontecerá às 10h na avenida Paulista, em São Paulo. Será em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Fonte: Portal Vermelho

 


 

31/07/2018 - Nova contribuição sindical promete embate


A proposta de uma nova contribuição sindical negocial, em substituição ao imposto obrigatório extinto pela reforma trabalhista, promete gerar novo embate no próximo governo. Entre os defensores, a cobrança é considerada mais justa, transparente e racional do que o imposto sindical. Na ponta contrária, a medida é vista como um erro e retorno velado no modelo anterior.


Tendo como relator o deputado Bebeto (PSB-BA), a proposta consta do projeto de lei 5.795, de julho de 2016, e voltou à discussão esta semana, após o deputado Paulinho da Força (SD-SP) colocá-la como condição para o apoio do Centrão à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano, por sua vez, disse para "esquecer o imposto", mas acenou em favor da contribuição.


Pelo modelo sugerido, a contribuição passaria por aprovação em assembleia no momento da negociação coletiva e seria válida para todos os trabalhadores da categoria, e não somente para associados aos sindicatos. O valor a ser recolhido estaria limitado a um teto de 1% da remuneração bruta anual, enquanto o imposto sindical era de um dia de trabalho por ano - equivalente a cerca de 0,25% da remuneração anual.

A contribuição negocial (também chamada assistencial) já existe, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou em março do ano passado que ela só pode ser descontada dos sindicalizados.

 

Para Sérgio Firpo, professor de economia do Insper, a proposta representa um retrocesso. "Estávamos em um caminho de acabar com a obrigação de contribuição e fazer com que os sindicatos buscassem recursos por meio do trabalho que efetivamente façam para seus filiados", afirma.

Na visão do economista, um dos defensores da reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro, uma alternativa para fortalecer os sindicatos na nova conjuntura seria tornar os resultados das negociações mediadas pelas entidades válidas apenas para associados. Ao mesmo tempo, Firpo defende o fim da unicidade sindical.

Entre as centrais sindicais, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) apoia o projeto de lei em tramitação na Câmara e o modelo de contribuição mediante aprovação em assembleia, mas acredita que pontos como o teto de 1% da remuneração anual devem ser rediscutidos.

"Não sou adepto dessa rigidez e creio que não podemos substituir um instrumento por outro que venha a aumentar o valor cobrado", afirma Divanilton Pereira, presidente em exercício da CTB. "A Câmara deve encontrar um percentual de equilíbrio que respeite as condições materiais dos trabalhadores", completa.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) vê a proposta em discussão com simpatia e acredita que o limite de 1% da remuneração anual é justo, já que a intenção é de que a nova contribuição substitua todas as demais. Pelo modelo anterior, os sindicatos se financiavam por até quatro formas de arrecadação: imposto sindical obrigatório, contribuição assistencial e taxa confederativa (estas negociadas no momento da convenção coletiva), além da mensalidade dos associados. "A ideia é que tenha uma contribuição que seja essa e mais nenhuma", argumenta Ricardo Patah, presidente da UGT.

Também favorável ao modelo em discussão, Clemente Ganz Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), afirma que a cobrança de todos os trabalhadores parte do entendimento de que a negociação produz um bem geral e é defendida também pelos empresários, que teriam dificuldade de administrar regras distintas. Segundo ele, o fato de a cobrança passar por decisão em assembleia aumentaria a obrigação dos sindicatos de prestar contas e ter relação mais próxima com a base.


Quanto à possibilidade de extinção do Ministério do Trabalho, levantada por Alckmin em entrevista ao "Roda Viva", Ganz Lúcio avalia que, mais importante do que a existência ou não da pasta é a qualidade da gestão da política pública. Já Patah, da UGT, se diz contrário à medida. "Se você tem uma dor de cabeça, a solução não é cortá-la", diz o sindicalista.

Fonte: Valor

 


 

31/07/2018 - Aumenta a precarização do trabalho


Há mais de 13 milhões de desempregados no pais. Em outubro de 2017 a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) divulgada pelo IBGE referente ao trimestre anterior revelou uma taxa de desemprego de 12,4%, discretamente inferior aos 13% do trimestre anterior. Número comemorado como o início da queda no desemprego.


Mas não foi. O governo e a mídia hegemônica que o apóia festejaram aquela diminuição – discretíssima – no número de brasileiros desempregados, sem confessar que, reflexo da reacionária contra-reforma trabalhista, aquele resultado representava o aumento da precarização do trabalho que ameaça os brasileiros. Os dados do IBGE revelam que, dos escassos novos empregos criados, a imensa maioria foi sem carteira assinada, restringindo direitos dos trabalhadores e favorecendo apenas a ganância do capital.


Em junho de 2018 havia, segundo o IBGE, 13,235 milhões de desempregados entre os brasileiros. A força de trabalho (104,112 milhões) equivale à soma do total de 90,887 milhões ocupados e 13,235 milhões de desempregados. Nos últimos 12 meses, informa o IBGE, houve queda de 3,9% no desemprego, com a criação de 536 mil postos de trabalho, quase todos sem carteira assinada ou “autônomos”.


A situação dos trabalhadores brasileiros, o ataque aos direitos sociais e trabalhistas feitos por Michel Temer, será um dos principais temas da campanha eleitoral de outubro, quando será eleito o próximo presidente da República. Com razão. Este é o cerne do golpe de 2016, que levou ao comando da nação as forças neoliberais e a sovinice rentista que trava o desenvolvimento, desemprega e empobrece os trabalhadores e favorece apenas ao grande capital.


Todos os pré-candidatos proclamam-se, prudentemente, favoráveis à criação de empregos e ao fomento da economia. Mas em que condições? Os eleitores precisam estar atentos ao que dizem, e aos rumos que darão à economia. O pré-candidato do PSDB, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, na afável conversa que teve no programa Roda Viva, na segunda feira (23), deixou claro que manterá as medidas do golpista Michel Temer, entre elas a contra-reforma trabalhista. Isto é, pretende deixar como está – se eleito – a mesma tendência registrada pelo IBGE, de aumento no trabalho precário (jornada parcial, terceirização, empregos informais, do trabalho autônomo, por conta própria e pejotização) sem proteção social, mal pago, mantendo firme e pesada, sobre os ombros dos trabalhadores, a conta da crise econômica e da exploração patronal.


À esquerda, outros candidatos são claros na intenção de revogar a contra-reforma trabalhista e outras nocivas ações de Michel Temer, entre elas o teto dos gastos que paralisa governos (federal e estaduais) e sonega, por 20 anos, despesas em áreas sociais, como saúde e educação. A pré-candidata do PCdoB à presidência da República tem difundido país afora a ideia da necessidade desse rompimento com os malefícios causados por Michel Temer e sua turma, para que o país possa reencontrar o caminho do desenvolvimento, do emprego e da renda dos trabalhadores. E defende uma auditoria nas contas da Previdência Social, para acabar de vez com a lenda, que só favorece a especulação financeira, da existência de um déficit que é uma chantagem neoliberal para ameaçar os brasileiros.


O Brasil precisa reencontrar o rumo do desenvolvimento, com criação de empregos e renda para os trabalhadores. que não se contentam com os empregos precários prometidos pelos neoliberais. Os brasileiros precisam de trabalho decente, e isto estará em jogo no pleito de outubro próximo.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

31/07/2018 - Proposta revoga trabalho intermitente autorizado na reforma trabalhista


Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 9467/18, do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que revoga o trabalho intermitente, incorporado à legislação pela reforma trabalhista (Lei 13.467/17) em 2017.


Segundo Molon, o trabalho intermitente afronta o princípio da dignidade humana por não garantir o salário mínimo mensal para o empregado. “Ele frustra a garantia do pleno emprego, pois haverá contrato de trabalho sem trabalho e sem salário na inatividade, por interesse do empregador”, diz o deputado.


O trabalho intermitente é aquele que pode ser realizado durante alguns dias e até horas dentro de um mês, sendo remunerado proporcionalmente.


De acordo com Molon, a reforma trabalhista não conseguiu gerar novos empregos. “O que se tem visto é desanimador: demissões em massa; ofertas de vagas de trabalho em condições cada vez mais precárias; trabalhadores sendo condenados ao pagamento de honorários”, afirma. Ele ressalta que vários “absurdos” são justificados pela nova legislação.


Teletrabalho

O texto obriga os empregados em regime de teletrabalho a seguir uma jornada de trabalho definida, a não ser quando esse controle não for possível. Teletrabalho é definido como a prestação de serviços frequentemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação.


Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43) exclui os empregados em teletrabalho do capítulo sobre duração do trabalho.


Para Molon, essa exclusão é injusta porque o trabalhador pode comprovar que sofria controle de frequência através de sistemas de informática como monitoramento de jornada através de sistema de câmera, por exemplo.


Dano extrapatrimonial

A proposta permite a aplicação das regras do direito comum para os casos de reparação de dano extrapatrimonial, criado pela reforma trabalhista para disciplinar ações de danos morais, existenciais e outros requeridos em processos trabalhistas.


Atualmente, a reparação desse tipo de dano é restrita ao estabelecido na CLT. Esse entendimento, para Molon, ignora a responsabilidade objetiva do empregador, prevista no Código Civil (Lei 10.406/02).


Seria o caso de um posto de gasolina que, ao explodir, fere clientes e empregados do local. A indenização para o cliente seria mais simples de se conseguir que a do empregado, que precisaria provar dano, nexo causal e culpa do empregador. “A diferença de tratamento causa uma injustiça social incompatível com o ordenamento jurídico”, diz Molon.


Arbitragem

O texto exclui a arbitragem como forma de solucionar conflitos em acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS.


“O instrumento da arbitragem é incompatível com a natureza dos conflitos individuais trabalhistas”, afirma Molon, ao citar a falta de poder do árbitro em fazer cumprir decisões em caso de algum direito não concedido.


Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

31/07/2018 - Congresso retoma atividades nesta quarta-feira (1º)


O recesso do Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado Federal — que começou no dia 17 de julho, se encerra nesta quarta-feira (1º). Embora a agenda legislativa esteja cheia é pouco provável que haja muitas votações. É que a pauta de ambas as casas legislativas estarão submetidas à agenda do processo eleitoral, que já começou com a realização das convenções partidárias, que seguem até domingo (5).


Nesse período, o Congresso funcionará num esquema de esforço concentrado, em que deputados e senadores estarão em Brasília para votar pauta previamente negociada. Esta pauta não terá, com certeza, temas mais controversos ou de difícil negociação.


Os esforços concentrados já têm datas definidas. Na Câmara, o 1º vai ser em agosto, quando entre os dias 7 e 8; e 13 e 14 poderá haver votações em plenário. Em setembro, 1 mês antes do pleito, as sessões plenárias serão nos dias 4 e 5.


No Senado, serão 3 semanas: 7 a 9 e 28 a 30 de agosto; e entre os dias 11 e 13 de setembro.


Agenda legislativa

Da extensa agenda, o governo tentará aprovar 2 proposições, com data de validade para o presidente Michel Temer (MDB), cujo mandato termina no dia 31 de dezembro. Entretanto, não há boas perspectivas de avanços nesses períodos, já que os congressistas devem privilegiar suas campanhas eleitorais e o quórum deve ser baixo em Brasília.


Além disso, algumas matérias da pauta são complexas e polêmicas e podem repercutir negativamente na campanha dos parlamentares. É o caso dos projetos que tratam da privatização de distribuidoras da Eletrobras (PLC 77/18) e da cessão onerosa do pré-sal (PLC 78/18), já aprovados na Câmara e em discussão no Senado. Ambos são prioritários para o Planalto.


O líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (MDB-RR), deve apresentar requerimento de urgência para acelerar a votação dos 2 projetos e encaminhá-los à sanção presidencial. A pressa se deve ao fato de que o governo precisa aprovar o PLC 77/18 antes do dia 30 de agosto, data do leilão de 4 distribuidoras do grupo Eletrobras: Boa Vista Energia (RR), Amazonas Distribuidoras (AM), Eletroacre (AC) e Ceron (RO).


Presidenciáveis na mídia

A partir desta segunda-feira (30), os presidenciáveis mais bem colocados na corrida eleitoral serão entrevistados na GloboNews.


O Programa Central das Eleições, da GloboNews, entrevista, a partir das 22h30, Álvaro Dias (Podemos). O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) concede entrevista ao programa Roda Viva a partir das 22h15.


Na terça-feira (31), vai ser a vez Marina Silva (Rede), a partir das 22h30, na GloboNews. Na quarta (1º), no mesmo horário, a entrevista é com Ciro Gomes (PDT). Na quinta, com o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). E na sexta, com Geraldo Alckmin (PSDB).


Convenções partidárias

Entre sábado (4) e domingo (5), os partidos vão realizar convenções partidárias, a fim de formalizar as candidaturas às eleições de outubro.


No sábado, o PSDB oficializa a candidatura de Alckmin à Presidência. E o PR deve confirmar apoio à candidatura do tucano.
O MDB pode oficializar a candidatura de Henrique Meirelles. O PT, a do ex-presidente Lula. O Novo oficializa João Amoedo. O Rede, Marina Silva. E o Podemos, o senador Álvaro Dias (PR).


No domingo, o PSB faz sua convenção e está entre 3 decisões. Não apoiar, formalmente, nenhum dos candidatos, apoiar Lula ou Ciro Gomes. E, finalmente, a Convenção Nacional do PRTB vai oficializar a candidatura de Levy Fidélix à Presidência. Será eleição com muitos candidatos, como aconteceu em 1989.

Fonte: Diap

 


 

31/07/2018 - Não há previsão legal para reconsiderar decisão colegiada, diz TRF-1


Não há, no sistema processual brasileiro, previsão para o pedido de reconsideração de acórdão. Essa foi a tese adotada pela 2ª Câmara Regional Previdenciária do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para não reconhecer, de forma unânime, um pedido nesse sentido.


No pedido, a parte alegou que os perfis profissiográficos previdenciários (PPPs) trazidos aos autos indicaram que os equipamentos de proteção individual não foram nem poderiam ser eficazes para lhe proteger dos riscos da atividade desenvolvida.


Ao analisar o caso, o relator, Henrique Gouveia da Cunha, explicou que, “nos termos do artigo 494 do CPC/2015, aplicável também às decisões colegiadas, após a entrega da prestação jurisdicional, o magistrado só poderá alterar a sentença para corrigir-lhe inexatidões materiais, erros de cálculo ou por meio dos embargos”.


O juiz federal convocado pontuou também que “a jurisprudência dos tribunais orienta-se no sentido de afastar o cabimento do pedido de reconsideração das decisões colegiadas e a impossibilidade de aplicação do princípio da fungibilidade recursal para que tal pedido seja examinado como embargos de declaração”.


Além disso, destacou que o peticionário, em momento algum, apontou ou demonstrou qualquer contradição, omissão ou obscuridade que permitissem que o pedido de reconsideração pudesse ser examinado como embargos de declaração.


“Portanto, se o acórdão, porventura, não deu às normas legais atinentes à espécie a interpretação desejada pelo autor, a solução deverá ser buscada por meio do remédio processual estabelecido em nosso ordenamento jurídico, e não por meio de pedido de reconsideração do julgado”, finalizou. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-1. 0058221-71.2011.4.01.3800/MG

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

30/07/2018 - Governo asfixia sindicatos, mas libera recursos para setor patronal rural


Decreto de Temer garante dinheiro do Sistema S, destinado à aprendizagem, para entidades empresariais


Uma entre as várias consequências da "reforma" trabalhista (Lei 13.467) foi o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, que se tornou opcional. A falta desse recurso, sem a discussão de uma receita alternativa, pôs as entidades sindicais em dificuldades, o que se reflete nas próprias negociações coletivas, em um cenário de redução de direitos. Mas o setor patronal rural conseguiu do governo um "auxílio" para sua manutenção financeira.


O Decreto 9.274, assinado em 1º de fevereiro por Michel Temer e pelo ministro efetivo-interino-demitido do Trabalho, Helton Yomura, garantiu até 5% dos recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Senar integra o chamado Sistema S. Ainda segundo o decreto, outros 5% da arrecadação regional vão para as federações.


Segundo declaração ao jornal O Estado de S. Paulo do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, Fernando Cezar Ribeiro, as entidades expressaram sua preocupação a Temer, com o pedido de que o Senar deveria repassar parte de recursos. Ele afirmou que isso já ocorre no setores industrial (Sesi e Senai para a CNI), do comércio (Sesc/Senac para a CNC) e do transporte (Senat e Sest para a CNT).


Graças ao decreto presidencial, as entidades conseguiram compensar a perda de arrecadação causada com o fim da contribuição sindical obrigatória. Uma regalia que as entidades de trabalhadores não tiveram. "Os recursos (do Sistema S) têm que ser aplicados no sistema em favor do trabalhadores e não para favorecer as patronais", contestou ao Estadão o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antônio Augusto de Queiroz.


Segundo dados divulgados pelo jornal, no ano passado as entidades do Sistema S receberam R$ 16,5 bilhões em arrecadação de tributos. O Senar teve R$ 829,1 milhões. A maior fatia foi para o Sesc: R$ 4,890 bilhões.


A Força Sindical divulgou nota na qual afirma que o governo federal "é agente ativo no desbalanceamento das relações de trabalho no Brasil a favor dos interesses empresariais", lembrando que isso acontece no momento em que o custeio das entidades de trabalhadores é inviabilizado pela "reforma" e por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).


"Ademais, é um gritante absurdo, face o verdadeiro apagão da qualificação profissional e da assistência social aos trabalhadores que enfrenta o Brasil, retirar recursos destes setores, objetivos centrais do Sistema S, para financiar o sindicalismo patronal, situação agravada pela cobrança de mensalidades nos cursos oferecidos pelo sistema", acrescenta a nota, assinada pelo presidente interino da Força, Miguel Torres, exigindo revogação do decreto.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

30/07/2018 - NCST solicita equidade de tratamento entre entidades patronais e trabalhistas


Entidades patronais do setor agrícola se beneficiam de medidas acertadas entre elas e governo para compensar fim do imposto sindical.


A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST solicita tratamento igualitário entre as representações sindicais do setor patronal e dos trabalhadores. A modalidade alternativa - apoiada por decreto presidencial - de financiamento de entidades empresariais do setor agrícola assegura a manutenção da saúde financeira - sem prejuízos - das patronais, mesmo com o fim do imposto sindical. A informação, apurada por reportagem do Jornal o Estado de São Paulo “Estadão” desta sexta-feira 27 de julho (saiba mais), revela que decreto publicado em fevereiro passou a destinar parte dos recursos da qualificação dos trabalhadores rurais para associações. Medida foi acertada entre entidades empresarias e governo após aprovação da reforma trabalhista, em novembro.


“É o decreto incontestável da boa vontade do governo para com as entidades patronais. Lamentamos esse tratamento diferenciado em um cenário de desemprego, precarização das relações de trabalho, desvalorização salarial e ampliação da nossa persistente e assombrosa desigualdade social. As entidades representativas da classe trabalhadora acenam para o caminho inverso, com uma agenda prioritária (saiba mais) com alternativas viáveis à retomada do nosso desenvolvimento, ancorada em estudos sociais e econômicos que atestam sua aplicabilidade. Desejamos que o governo reveja suas posições e, num ato de coragem e ousadia, aponte novos rumos para o país, incluindo com isso, também, alternativas para a viabilidade financeira das entidades sindicais dos trabalhadores”, sugeriu o presidente da NCST, José Calixto Ramos.


Resultado do Decreto

Após o decreto, a entidade do setor agrícola do Sistema S, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), é obrigada a reservar até 5% para as federações estaduais. De acordo com dados da Receita Federal, foram repassados R$ 829,1 milhões ao Senar somente no ano passado. Em contrapartida, a maior despesa do Senar em 2017 foi o programa de qualificação profissional do trabalhador, que recebeu investimento de R$ 73,3 milhões.


O decreto presidencial assegurou à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), uma fonte de recursos que já existe em outros setores. Como exemplo o setor da indústria repassa, via Sesi, 4%; e o Senai transfere 2% do orçamento para a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Sesc e Senac repassam 6% para a Confederação Nacional do Comércio (CNC) ou a federação estadual. Senat e Sest destinam 10% para a Confederação Nacional do Transporte (CNT).


Arrecadação

Cálculos do setor indicavam que, em alguns casos, a arrecadação de algumas federações poderia cair até 60% com o fim do imposto sindical, já que parte dessa arrecadação ia para entidades patronais, sendo que a confederação recebia 5% do destinado aos empregadores e a federação, até 15%. No entanto, o decreto presidencial compensou essa perda da arrecadação e federações têm conseguido manter o orçamento de 2018 em patamar semelhante ao do ano passado - quando ainda havia a contribuição sindical. Para o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, não deveria haver pagamento pela administração do Sistema S. "Os recursos têm que ser aplicados no sistema em favor de trabalhadores e não para favorecer as patronais", disse. O presidente da Federação do Distrito Federal nega que o novo repasse do Senar prejudicará trabalhadores. Ribeiro explica que uma mudança recente na legislação retirou dúvidas sobre como e quando devem ser pagas as contribuições ao Senar, o que deve aumentar em até 15% a arrecadação.


Fonte: NCST com informações do jornal O Estado de São Paulo “Estadão”

 


 

30/07/2018 - Confiança do empresário da indústria fica estável de junho para julho


O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou estável na passagem de junho e julho deste ano. O indicador manteve-se em 100,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.


De junho para julho, houve aumento da confiança em 11 segmentos dos 19 pesquisados. Oito tiveram queda. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário da indústria no momento presente, avançou 3,9 pontos e chegou a 99 pontos.


De acordo com a FGV, a normalização dos estoques depois da greve dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio, foi o principal motivo da alta do Índice da Situação Atual.


O Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários em relação aos próximos meses, recuou 3,9 pontos e passou para 101,1 pontos. O principal motivo para a queda foi o recuo da expectativa em relação à evolução do pessoal ocupado.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,5 ponto percentual de junho para julho e passou para 75,7%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/07/2018 - Com fim do imposto, sindicatos dos empresários 'privatizam' apoio jurídico


Sem dinheiro da tarifa, entidades transferem atendimento para escritórios de advocacia


Com o impacto negativo no caixa depois de o imposto sindical ter se tornado voluntário, entidades patronais têm restringido serviços, sobretudo de assessoria jurídica, apenas aos associados contribuintes.


A decisão empurra empresários não filiados para escritórios de advocacia.


Na FecomercioSP (federação do comércio), com 137 sindicatos no estado de São Paulo, o empresário que não contribuir seguirá nas convenções coletivas, mas não terá mais consultoria em direito trabalhista para casos individuais.


“A empresa contribuindo, continuaremos assessorando, é um benefício pelo custeio. Mas, se ela não contribui, não tem sentido assessorarmos sem uma mínima contrapartida, sendo que ela pagaria para um advogado pelo serviço”, diz Ivo Dall’Acqua Junior, vice-presidente da entidade.


O Sindilojas-SP (sindicato dos lojistas do comércio), filiado à FecomercioSP , oferece intermediação na rescisão por acordo entre empresa e empregado, outra novidade trazida pela reforma.


A reunião ocorre na sede da entidade, com a presença do advogado do Sindilojas. O serviço é recente, mas já surgiu como exclusivo para associados. Procurado, o sindicato não se manifestou.


Em geral favoráveis ao fim do imposto sindical, entidades patronais também viram seu caixa encolher com a desobrigação do imposto em vigor desde novembro, com a reforma trabalhista.


A arrecadação desses sindicatos somava R$ 535,7 milhões em junho de 2017, mas foi para R$ 141,5 milhões em 2018, diz o Ministério do Trabalho.


No Sinduscon-SP (sindicato da construção), orientações jurídicas gerais, antes prestadas a todos os empresários, foram restritas a associados.


“Estamos em processo de adaptação”, diz José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade patronal.


“É uma decisão política e estatutária que o sindicato patronal toma. Cabe à empresa decidir se vai pagar contribuição ou buscar outro escritório”, diz Otávio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro e professor de direito da USP.


Congresso Nacional aprova reforma trabalhista, em 11 de julho, e altera mais de cem dispositivos da CLT; a contribuição passa a ser voluntária e só pode ser descontada após autorização expressa do trabalhador Pedro Ladeira/Folhapress


Segundo Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP, a restrição de serviços para quem não contribui deve ser frequente.


“Os sindicatos têm consultórios médicos, dentistas, prestam assessoria jurídica, mas nada disso é representação direta dos interesses da categoria, então eles podem restringir esses serviços como forma de atrair membros”, afirma.


A Fiesp (federação das indústrias), com 131 sindicatos, diz não ter limitado, por enquanto, nenhum serviço.


“Optamos por corte de despesas unificando departamentos e reduzindo em 20% o quadro de funcionários”, diz Luciana Freire, diretora-executiva jurídica. Segundo ela, o fim do imposto teve impacto de 12% a 14% no orçamento.


Para advogados, o aumento na procura de empresas pelos escritórios ocorre com a possibilidade, aberta pela reforma, de o negociado prevalecer sobre o legislado.


“Antes, com o imposto, empresas ficavam acomodadas aguardando que os sindicatos negociassem por elas”, diz Fábio Lemos Zanão, do Zanão & Poliszezuk Advogados.


Com a mudança, a empresa vira protagonista na negociação, diz Sólon Cunha, sócio do Mattos Filho e professor da FGV Direito SP.


Recorrer a negociações diretamente com entidades dos trabalhadores tem sido uma saída para empresas maiores, diz Mayra Palópoli, do Palópoli & Albrecht.


“As empresas querem negociar pontos que dizem respeito exclusivamente a elas, como controle de jornada”, afirma Caroline Marchi, sócia do Machado Meyer.

Fonte: Folha de S.Paulo

 


 

30/07/2018 - PTB, PSD e Solidariedade anunciam apoio a Alckmin nas eleições presidenciais


O PTB confirmou apoio ao pré-candidato do PSDB para a presidência da República, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.


O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, defendeu o nome do tucano para retomar a política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e fazer as reformas Política, Tributária e da Previdência.


Alckmin também defendeu as reformas.


O Solidariedade também fez convenção nacional e confirmou apoio a Alckmin.


Aldo Rebelo, que foi membro do PC do B por 40 anos e está no Solidariedade, é um dos cotados a vice. Disse que só aceita participar da chapa após conversar com Alckmin sobre a necessidade de redução das desigualdades na agenda do ex-governador.


O nome do ex-governador de São Paulo recebeu, ainda, o apoio do PSD. Em convenção, a legenda descartou a candidatura do ex-ministro e ex-presidente do Sebrae Guilherme Afif Domingos.


Outro partido que realizou convenção no fim de semana foi o Partido Verde, que decidiu que não lançar candidato à Presidência da República. O partido também não se definiu sobre o convite feito pela Rede, para indicar o candidato a vice na chapa que deverá ser encabeçada por Marina Silva.


Até agora, seis candidatos buscam ser o próximo ou a próxima presidente da República: Ciro Gomes, do PDT, Guilherme Boulos, do PSOL, Jair Bolsonaro, do PSL, Paulo Rabello de Castro, do PSC, Vera Lúcia, do PSTU e Eymael, do Democracia Cristã.

Fonte: Portal EBC

 


 

30/07/2018 - STF suspende efeitos de ação trabalhista de R$ 17 bi contra Petrobras


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar (decisão provisória) pedida pela Petrobras para suspender os efeitos de uma derrota judicial sofrida pela empresa no Tribunal Superior do Trabalho (TST), cujo impacto para os cofres da empresa pode chegar a R$ 17 bilhões.


Em 21 de junho, o plenário do TST decidiu, por 13 votos a 12, que os funcionários da Petrobras têm direito ao pagamento de adicionais salariais que foram definidos em um acordo coletivo assinado em 2007, beneficiando cerca de 50 mil empregados. A empresa estima que além da obrigação de pagar R$ 15 bilhões retroativos, a decisão acarreta um impacto de mais R$ 2 bilhões anuais em sua folha de pagamento.


Na ação, os trabalhadores pediram a manutenção do cálculo usado para adicionais sobre o salário, conforme o acordo coletivo. A decisão do TST afeta mais de 40 ações coletivas e outras 7 mil ações trabalhistas individuais em tramitação em todo o país.


A Petrobras pediu ao STF que garantisse seu direito de recorrer antes que tivesse que fazer os pagamentos, alegando que o Código de Processo Civil (CPC) lhe garante tal prerrogativa e de modo a evitar “danos irreparáveis” à empresa. Isso porque, no julgamento de junho, o TST havia determinado o cumprimento imediato de sua decisão.


Toffoli, que no momento é o responsável pelo plantão judicial do STF, acolheu os argumentos da empresa, suspendendo os efeitos da decisão do TST até que o recurso da Petrobras seja julgado no Supremo.


Para o ministro, “são notórios os efeitos econômicos que a implementação dessa decisão poderá acarretar aos cofres da requerente [Petrobras], a justificar que se aguarde o pronunciamento desta Suprema Corte sobre a matéria, antes de proceder-se à liquidação do julgado proferido pelo TST”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/07/2018 - Advogados e magistrados criticam ideia de juntar Justiças Federal e do Trabalho


As justiças Federal e do Trabalho têm identidades e funções distintas. Por isso, advogados e magistrados criticaram a proposta de uni-las em evento ocorrido nesta quinta-feira (26/7) no Rio de Janeiro.


Para a presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Rita Cortez, é preciso que o meio jurídico ataque essa ideia. “Temos que enfrentar, desde já, a ideia absurda de extinção da Justiça do Trabalho por meio da sua absorção pela Justiça Federal, pois, embora ainda não haja uma PEC com esse propósito tramitando no Congresso Nacional, onde a hipótese está sendo discutida, não podemos correr o risco de vir a debater o tema quando o fato já estiver consumado, conforme ocorreu com a reforma trabalhista, aprovada sem que a comunidade jurídica fosse consultada.”


Rita defendeu a ampliação do debate, com a participação também de defensores públicos e membros do Ministério Público, e alertou para o fato de que a proposta de extinção da Justiça do Trabalho não é recente. “Ela foi cogitada, no final da década de 1990, pelo então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, durante as discussões relacionadas à reforma do Judiciário”, afirmou a presidente do IAB.


Ela também lembrou que, recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Justiça do Trabalho nunca deveria ter existido. A Comissão de Direito do Trabalho do IAB está produzindo um parecer jurídico sobre a impropriedade de qualquer iniciativa legislativa destinada à absorção da Justiça do Trabalho pela Justiça Federal.


O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES), desembargador André Fontes, também criticou a possibilidade de unificação das justiças, “que possuem natureza e finalidade distintas”, como também a posição de alguns magistrados, para os quais a questão não deveria sequer ser discutida, por não haver uma proposta concreta em tramitação no Congresso Nacional.


O magistrado afirmou que a ideia de junção “é uma realidade que precisa ser enfrentada”. Fontes disse ter participado, recentemente, de dois eventos em que foi dito que “a extinção da Justiça do Trabalho é uma questão de tempo”.


Na sua defesa pela manutenção da separação das duas justiças, o presidente do TRF-2 ressaltou o bom trabalho feito pela Justiça do Trabalho no Brasil. “Não podemos permitir que, numa canetada, se ponha fim à Justiça do Trabalho, cujo histórico de organização judiciária complexa é um exemplo para o mundo inteiro e sofre, hoje, uma reação de políticos, que decidiram enfrentá-la porque ela cumpriu a sua missão histórica com competência e seriedade”.


Segundo André Fontes, que começou a sua carreira na advocacia trabalhista, “os advogados, em maior número do que os magistrados, têm papel fundamental na luta pela preservação da Justiça do Trabalho”.


Água e óleo

O presidente da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, João de Lima Teixeira Filho, membro da Comissão de Direito do Trabalho do IAB, disse que “as duas justiças são água e óleo, não há como misturá-las”. Conforme Lima, cada uma delas tem cultura, formação e procedimentos distintos. Ele disse que a Justiça do Trabalho é “o ramo mais eficaz do Judiciário brasileiro”, e alertou que, com sua extinção, “haverá perda de celeridade na prestação jurisdicional”.


Já a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, rebateu a afirmação de Rodrigo Maia. “Os que apregoam que a Justiça do Trabalho não deveria existir não deveriam ter nascido”. Com informações da Assessoria de Imprensa do IAB.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

27/07/2018 - Metade dos empregos criados em São Paulo em junho é sem carteira


Taxa de desemprego teve pequeno recuo no mês, para 17%, com estimativa de 1,883 milhão de desempregados.

Tempo de procura por trabalho segue alto: 50 semanas


A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve ligeiro recuo de maio para junho, passando de 17,4% para 17%, segundo a pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. Também está abaixo de junho do ano passado (18,6%). Mas exatamente metade dos postos de trabalho abertos refere-se a empregos sem carteira assinada. Um comportamento que pode estar associado ao "grau de incerteza que domina o cenário político e econômico pelo qual atravessa o país", diz o coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian, do Seade.


O número de desempregados foi estimado em 1,883 milhão, 31 mil a menos do que em maio. Foram abertas 110 mil vagas (crescimento de 1,2%), enquanto 79 mil pessoas (mais 0,7%) entraram na população economicamente ativa (PEA). Dessas 110 mil, 55 mil foram empregos no setor privado sem carteira, uma expansão de 8,1%. Já o emprego com carteira praticamente não variou (13 mil, 0,3%). Também houve alta no emprego doméstico (1,2%), caracterizado por menor remuneração e maior informalidade, e no segmento "outros" (4,3%), que inclui empregadores, pequenos negócios e autônomos.


O tempo médio de procura por trabalho na Grande São Paulo segue alto: 50 semanas, praticamente um ano.


O comportamento do mercado de trabalho varia conforme a área analisada. No município de São Paulo, a taxa de desemprego diminuiu de 16,8% para 16,3%, enquanto na sub-região leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros municípios) passou de 20,6% para 19,7%. A pesquisa apontou alta na sub-região sudeste, que inclui o Grande ABC: de 16,3% para 17%.


Entre os setores, a indústria de transformação criou 81 mil postos de trabalho em junho, alta de 6%, e os serviços abriram 47 mil (0,9%). Mais 7 mil vieram da construção (1,1%). Comércio/reparação de veículos fechou 8 mil (-0,5%).


De abril para maio (nesse item, considera-se o mês anterior), o rendimento médio dos ocupados cresceu 0,7%, estimado em R$ 2.094. A massa de rendimento ficou praticamente estável.


Na comparação com junho de 2017, a região metropolitana tem 194 mil desempregados a menos (-9,3%), resultado da criação de 105 mil vagas (1,2%) e da saída de 89 mil pessoas (-0,8% da PEA). Nessa base de comparação, crescem o emprego com carteira e o doméstico. E o rendimento médio dos ocupados sobe 1,9%.


Mutirão

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo marcou para 6 de agosto, das 8h às 17h, um novo mutirão de emprego. Na semana passada, mais de 10 mil pessoas estiveram no Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista, em busca de 1.900 vagas. A entidade fica na Rua Formosa, 99. É preciso levar currículo, carteira profissional, CPF e comprovante de residência.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

27/07/2018 - Acidente de trabalho em São Paulo tem uma morte a cada 20 horas


Foram 166 mil ocorrências em 2017. Observatório já projeta mais de 100 mil no semestre que passou, com custo aproximado de R$ 2,4 bilhões em benefícios previdenciários


Com 165.996 acidentes de trabalho no ano passado, o estado de São Paulo registrou 447 mortes, ou uma morte a cada 20 horas, em média. O cálculo é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Com base nos dados disponíveis, o Observatório projetou para o primeiro semestre deste ano mais de 100 mil acidentes e um gasto aproximado, em benefícios previdenciários, de R$ 2,4 bilhões.


De 2012 a 2017, foram 1,129 milhão de acidentes no estado – um a cada 2 minutos e 47 segundos. Os mais frequentes, segundo o MPT, foram cortes, lacerações e puncturas (relacionado a perfuração), além de contusões, esmagamento e fratura.


Apenas a cidade de São Paulo tem 297 mil casos de 2012 a 2017. Em seguida, vêm Campinas (30.740), São Bernardo do Campo (30.470), São José do Rio Preto (25.814) e São José dos Campos (22.802).


Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, em 2016, último dado disponível, foram registrados no INSS 578.935 acidentes, ante 622.379 no ano anterior. Em São Paulo, foram 198.354.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

27/07/2018 - Lei trabalhista de Temer é a pior do mundo, diz secretário da UITA


Reformas trabalhistas regressivas estão ocorrendo em vários países. Alemanha, Espanha, França, México e Brasil, entre outros, já aprovaram leis que modificam a relação capital-trabalho, causando desequilíbrios.


Para o sindicalista uruguaio Gerardo Iglesias, secretário regional latino-americano da UITA (União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação), a lei trabalhista imposta pelo governo Temer é a pior entre todos os países.


“Se havia uma ditadura pela força em 1964, quando ocorreu o golpe militar, hoje temos o autoritarismo do capital. Não pela força, mas por meios silenciosos e psicológicos. Essa lei trabalhista que aí está é a pior que existe no mundo, porque ataca direitos conquistados há décadas e também o movimento sindical. É, sem dúvida, um retrocesso de cem anos”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Web Agência Sindical.


Segundo Iglesias, o momento exige uma mudança de pensamento. “O sindicalismo sozinho é fraco. É preciso voltar os olhos para os movimentos sociais e abrir espaço para eles dentro dos Sindicatos. Se faz necessário sair da inércia. Deixar de fazer sindicalismo no Sindicato e levá-lo para dentro das empresas”, ressalta.


Gerardo Iglesias aponta que Brasil virou uma espécie de laboratório do capital. “O governo facilita e abre espaço à implementação de medidas que precarizam as relações de trabalho. Por isso, essa reforma trabalhista conseguiu ser aprovada. Outros países utilizam alguns dos mecanismos desta nova lei. Mas tudo que é ruim foi implantado primeiro aqui no Brasil”, diz.


Desalento - Ele alerta para a inércia por parte da sociedade e dos trabalhadores. “Um desânimo tomou conta da população. Estamos próximos às eleições. Com 14 milhões de desempregados, os patrões usam isso, fazendo pressão psicológica, para que os trabalhadores aceitem a perda de direitos e não lutem. Além dos desalentados, que desistiram de tudo, de procurar emprego e de lutar contra essa situação”, destaca Iglesias.

Fonte: Agência Sindical

 


 

27/07/2018 - Gleisi: resultados da Pesquisa Vox Populi empolgaram Lula


A pesquisa eleitoral Vox Populi/CUT, divulgada nesta quinta (26), empolgou Lula e deu mais energia para o enfrentamento das adversidades do cárcere, relata a senadora Gleisi Hoffmann, que esteve na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. "Vim fazer uma reunião com ele e tratar de questões políticas, da nossa convenção, mas sobretudo mostrar os índices de aprovação que ele tem, as intenções de voto que o povo está lhe dando, o posicionamento do PT na sociedade. Ele me disse que o faz manter a resistência é essa esperança do povo brasileiro de tê-lo de novo presidente da República”, disse Gleisi.


"Mesmo depois de mais de três meses de prisão injusta e ilegal, Lula continua crescendo na preferência do eleitorado, ressaltou Gleisi. “De novo as pesquisas mostram isso: a resiliência do voto popular no presidente Lula. Ele é a pessoa capaz de tirar o País da crise, de pacificar o Brasil e nos devolver o desenvolvimento inclusivo que tínhamos começado a construir”, disse.


O apoio do povo – que deu 41% das intenções de voto ao ex-presidente na pesquisa – é a força moral que sustenta Lula nesse momento, reforçou Gleisi. “Ele acha que se não fosse isso, pela responsabilidade que ele tem com o povo brasileiro, ele talvez não aguentaria esta situação, que é muito difícil”, afirmou. “Nós vamos já para 112 dias de prisão, 111 hoje, o que é muito doloroso para ele e para a família”, completou.


Ela reafirmou o projeto de registrar a candidatura de Lula no dia 15 de agosto, com uma grande mobilização popular em Brasília. “Nossa prioridade é disputar a eleição presidencial com Lula, ganhar e retomar o desenvolvimento do País. Esse é o nosso projeto”, afirmou.


A força política e eleitoral de Lula é tamanha que não há como tirá-lo das eleições presidenciais, afirmou Gleisi. “Lula já está na disputa eleitoral. Lula está sendo o centro das discussões políticas no País. Não dá para discutir eleições sem o Lula. É ele que tem a preferência popular”, constatou."

Fonte: Brasil247

 


 

27/07/2018 - Centrão oficializa apoio a Geraldo Alckmin para Presidência


Partidos que compõem o chamado Centrão, formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, oficializaram nesta quinta-feira (26) apoio à pré-candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. O nome do vice-presidente continua sem definição. O assunto permanece em reuniões internas com lideranças dos partidos e o presidenciável, em Brasília.


O bloco aguarda resposta definitiva ao convite feito ao empresário Josué Gomes (PR), filho de José Alencar, vice-presidente do governo Luiz Inácio Lula da Silva, morto em 2011, vítima de câncer. Ao ser questionado sobre o vice, Alckmin voltou a dizer que "não está com pressa" e que tem até o dia 4 de agosto, dia da convenção nacional dos tucanos, para definir um nome.


Por enquanto, a certeza dada pelo presidenciável é que o vice não virá de São Paulo. Além de Josué, nomes de outras siglas do bloco foram discutidos. O Solidariedade, por exemplo, sugeriu para compor a chapa o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo (SP), e o PP queria a cadeira para o empresário Benjamin Steinbruch.


Ao discursar e agradecer o apoio do Centrão, Alckmin lembrou a campanha de 2006, quando foi derrotado por Lula no segundo turno. Disse que, desta vez, se sente mais maduro para a disputa e lembrou que não é um momento fácil. “Quem assumir em 1º de janeiro enfrentará mais um ano de déficit primário”, destacou. Ele acrescentou que, além disso, o país tem mais de 13 milhões de pessoas desempregadas e enfrenta o “ drama da segurança pública”.


“O caminho não é nem autoritarismo, nem populismo, mas a democracia”, disse o tucano, que prometeu focar seu governo na geração de emprego e renda.


Rodrigo Maia

Em entrevista coletiva, em Brasília, o presidente do Democratas, ACM Neto, leu uma carta enviada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está em Miami. Na carta, Maia, pré-candidato à Presidência da República, disse que a decisão de abandonar a corrida presidencial foi tomada em conjunto com os partidos do bloco e que o caminho foi unir esforços em torno do projeto político que “parece mais viável para evitar marcha à ré no país”. Ao declinar da pré-candidatura, Maia disse que vai tentar se reeleger como deputado federal.

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/07/2018 - Economia crescerá 1,6% em 2018, prevê CNI
 

Estimativas divulgadas nesta quinta-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que a economia brasileira crescerá este ano "apenas 1,6%". O número é um ponto percentual abaixo do previsto em abril.


De acordo com o Informe Conjuntural referente ao segundo trimestre, estudo que traz a revisão de expectativas da entidade para o desempenho da indústria e da economia, a indústria crescerá 1,8%. Em abril, este percentual estava em 3%.


Os investimentos deverão aumentar 3,5%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 2%. A taxa de desemprego estará em 12,45% ao final do ano.


Inflação

Ainda segundo o levantamento, a inflação continuará "baixa, apesar dos aumentos de preços provocados pela greve dos caminhoneiros", com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando o ano em 4,21%. Em abril, a inflação projetada pelo Informe Conjuntural para o ano estava em 3,7%.


A CNI avalia que os juros básicos da economia fecharão o ano em 6,5%. Em abril, a previsão estava em 6,25%. O dólar chegará ao final do ano valendo R$ 3,80, de acordo com o levantamento.


Com relação às contas públicas, a estimativa da entidade é que o governo federal termine 2018 com um déficit primário equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Já a dívida bruta do setor público chegará a 76,3% do PIB.


Ainda dentro das previsões da CNI, o superávit da balança comercial alcançará US$ 62 bilhões, resultado de exportações de US$ 232 bilhões e importações de US$ 170 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/07/2018 - Petrobras recorre ao STF para suspender ação trabalhista de R$ 17 bi


A Petrobras recorreu nesta quinta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a decisão da Justiça do Trabalho que garantiu aos funcionários da estatal o direito ao pagamento de adicionais salariais que foram definidos em um acordo coletivo assinado em 2007.


O impacto da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) nos cofres da Petrobras é de aproximadamente R$ 17 bilhões e beneficia cerca de 50 mil funcionários. A questão deverá afetar cerca de 7 mil processos que tratam do assunto em todo o país. Cabe recurso contra a decisão ao próprio tribunal e ao Supremo.


Segundo os advogados contratados pela Petrobras, o imediato pagamento dos valores por meio de uma decisão que ainda cabe recurso trará prejuízos financeiros irreversíveis para a estatal. Além disso, a defesa alega que o entendimento do TST pode provocar “distorção remuneratória” na gestão da empresa.


“Autorizar-se-ia por intermédio de uma decisão ainda sujeita a recurso, a criação de uma distorção remuneratória na gestão da Petrobras, conquanto empregados de nível médio da área operacional, receberiam vencimentos superiores aos seus gestores, desconstruindo o atual Plano de Cargos e Salários e qualquer outro que venha a ser implantado, já que desestimula a política remuneratória baseada em meritocracia, desestruturando a Política de Recursos Humanos de qualquer empresa hierarquicamente organizada”, argumentaram os advogados.


Devido ao período de recesso de julho no STF, a questão será analisada pela presidência da Corte, que é ocupada, nesta semana, pelo ministro Dias Toffoli.

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/07/2018 - Ações da Justiça do Trabalho ajudam a reduzir acidentes de trabalho


O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, celebrado em 27 de julho, foi criado em 1972, depois de regulamentada a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho


O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) vêm adotando, nos últimos anos, diversas medidas para reduzir o número de acidentes de trabalho no país e para melhorar a qualidade de vida de seus magistrados e servidores. Essas iniciativas ganham mais relevância com o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, celebrado, desde 1972, em 27 de julho.


De acordo com o presidente do TST e do CSJT, ministro Brito Pereira, a data é uma boa oportunidade para lembrar que o Brasil foi o primeiro país a instituir serviço obrigatório de segurança e medicina para empresas com mais de 100 empregados. “É uma chance de alertar a população que não apenas órgãos públicos devem implementar ações para a prevenção desse tipo de acidente, mas também empresas privadas, indústrias, comércios e instituições educacionais, entre outras”, afirmou.


Para a coordenadora do programa Trabalho Seguro, ministra Delaíde Miranda Arantes, todos os envolvidos devem atentar para a importância da prevenção. "A data é importante para conscientizar as pessoas sobre as cautelas necessárias para evitar problemas maiores".


Iniciativas

Diversas ações foram adotadas no âmbito do CSJT e do TST para aumentar a segurança e a qualidade de vida de servidores, magistrados, prestadores de serviços e estagiários. Programas como o “TST em Movimento”, da Secretaria de Saúde, criado em 2004, visam incentivar uma vida mais ativa.


As atividades incluem o desenvolvimento de ações de prevenção na saúde, promoção de eventos internos e externos, supervisão e orientação de programas de atividade física e suporte a ações preventivas de saúde ocupacional. Entre elas estão a ginástica laboral, que proporciona uma pausa saudável no expediente e dissemina dicas de boa postura; o monitoramento da evolução e do progresso do indivíduo; o programa “Acertando o Passo”, de monitoramento da rotina de atividade física por meio da caminhada; aulas de Lian-Gong, ioga e Mat Pilates; orientação para atividade física; e convênios com instituições desportivas devidamente reconhecidas pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF-DF).


Programa Trabalho Seguro

Desde 2011, a Justiça do Trabalho vem trabalhando em prol da prevenção de acidentes de trabalho por meio do Programa Trabalho Seguro (Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho). A iniciativa abrange projetos e ações nacionais voltados para a prevenção de acidentes de trabalho e para o fortalecimento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.


O principal objetivo do programa é contribuir para a diminuição do número de acidentes de trabalho registrados no Brasil nos últimos anos, por meio da articulação entre instituições públicas federais, estaduais e municipais e a sociedade civil.

Fonte: TST

 


 

27/07/2018 - Projeto limita descontos na verba rescisória de trabalhadores


Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 8922/17 que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (Decreto-lei nº 5.452/43) para proibir que descontos no pagamento devido ao trabalhador, em caso de rescisão contratual, ultrapassem o salário mensal.


Pelo texto, isso só pode ocorrer quando houver convenção ou acordo coletivo. Ainda assim, devem ser respeitadas as regras previstas na legislação pelas quais o desconto se restringe aos casos de empréstimos consignados. Nesta hipótese, o abatimento está limitado a 35% do valor a ser recebido pelo empregado quando da rescisão.


O autor, ex-deputado Rogério Silva, acredita que a iniciativa protege a renda do trabalhador especialmente após a aprovação de uma reforma trabalhista que privilegia negociações entre empregados e trabalhadores.


“Simplesmente franquear que acordo ou convenção coletiva possa fixar outros patamares é submeter os empregados ao risco de negociações que, infelizmente, nem sempre representam o melhor interesse dos trabalhadores e da sociedade”, opinou.


Tramitação

A proposta ainda será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/07/2018 - Homicídio cometido contra idoso poderá ter pena maior


A Câmara dos Deputados analisa projeto do Senado Federal (PL 9161/17) que classifica como qualificado o homicídio cometido contra o idoso – o chamado geronticídio. Pelo texto, se a vítima tiver mais de 60 anos, o crime de homicídio será punido com pena de reclusão de 12 anos a 30 anos.
A proposta prevê ainda que a pena seja aumentada de um terço até a metade se o crime for praticado por ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro da vítima, ou pessoa que com ela conviva ou tenha convivido.


O texto altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), que prevê pena de reclusão de seis a 20 anos para homicídios simples.


Além disso, muda a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90), incluindo nela o homicídio contra o idoso. O crime hediondo é inafiançável, e o condenado tem que obrigatoriamente iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.


Para justificar a proposta, o autor, senador Elmano Férrer (PMDB-PI), cita dados do chamado Disque-100, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.


O serviço recebeu, em 2016, mais de 32 mil denúncias de violações dos direitos das pessoas idosas. Dessas denúncias, 38% são relacionadas a violações por negligência, 26% de violência psicológica, 20% de abuso financeiro/econômico e violência patrimonial, e 13,8% de violência física.


Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo Plenário.

Fonte: Agência Câmara

 


 

26/07/2018 - Centrais Sindicais definem últimos preparativos para atos do “Dia do Basta!”


Reunidas nesta quarta (25), na sede do Dieese, as Centrais Sindicais definiram os próximos passos na organização do ato unitário de protesto contra o desemprego, a retirada de direitos da classe trabalhadora e a reforma da Previdência, o chamado “Dia do Basta!”.


Na manhã de 10 de agosto, ocorrerão paralisações em locais de trabalho e panfletagens no metrô, terminais de ônibus e pontos de grande fluxo de pessoas. Às 10 horas, um grande ato será realizado em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade patronal que tem patrocinado os ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores.


Sindicatos de peso, como os Metalúrgicos de São Paulo e os do ABC e Químicos de São Paulo, assumiram na plenária o compromisso de paralisar fábricas no começo da manhã. Em seguida, se dirigem à avenida Paulista para o ato na Fiesp.


Planejamento - A plenária contou com a presença de vários dirigentes das Centrais, entre eles Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, e Adilson Araújo, que está licenciado da presidência da CTB para participar da coordenação da pré-campanha presidencial de Manuela D’Ávila.


O encontro detalhou os próximos passos na organização do ato: dia 30 (segunda), no Sindicato dos Condutores de São Paulo será realizada plenária dos trabalhadores da área dos transportes, para definir a estratégica de mobilização no setor. Dia 3, os secretários-gerais das Centrais farão uma nova reunião, que definirá os acertos finais do planejamento da manifestação.


O material unificado das Centrais deve ser utilizado preferencialmente na divulgação dos atos em todo o País. João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, propôs, e foi aprovado, que as entidades fossem liberadas para desenvolver materiais próprios e que intensificassem a divulgação em suas base por meio de boletins, sites e demais modalidades de comunicação sindical.


Miguel Torres está confiante na mobilização: “Tenho certeza de que o ato unitário será um sucesso. O trabalhador, quando vê as Centrais unificadas fica satisfeito. Ele quer unidade na luta. Além de mobilizar as bases sindicais, precisamos convencer a população em geral da importância da manifestação. Este não é apenas um ato em defesa dos trabalhadores: é um ato em defesa do Brasil”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

26/07/2018 - Legendas de Bolsonaro e Alckmin foram fiéis a Temer em votações da Câmara


A pré-candidata à presidência Manuela D´'Avila (PCdoB) afirmou que o projeto aplicado por Michel Temer é defendido por outros candidatos à presidente que dizem ter a saída para a crise na eleições. Mas além da agenda, os partidos dos candidatos Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro e Henrique Meirelles são fiéis aplicadores da agenda de retrocesso do governo Temer.


Segundo levantamento feito pela consultoria Arko Advice, o partido de Bolsonaro, o PSL foi a legenda mais fiel ao governo Michel Temer em votações na Câmara dos Deputados ao longo do primeiro semestre deste ano.


Enquanto Bolsonaro diz que é o candidato que vai "mudar o país", os parlamentares da sigla - incluindo Bolsonaro - acompanharam o governo em 67,73% das votações, mas do que o próprio MDB (64,34%) - partido de Temer.


Já colocando em prática a sua tese de privatizar tudo, os oito deputados do PSL votaram com o Temer na aprovação da lei que permitiu a entrega do pré-sal.


A legenda de Bolsonaro também votou com Temer na chamada pedalada fiscal, que no governo Dilma motivou o impeachment. Foi aberto crédito especial de R$ 439,5 milhões a diversos órgãos do Executivo.


Compondo o consórcio golpista, o PSDB, de Geraldo Alckmin, aparece na terceira posição entre os partidos mais alinhados ao governo, votando com Temer em 63,05% das votações.

Fonte: Portal Vermelho, com informações do Estadão

 


 

26/07/2018 - Desemprego na região metropolitana de SP fica em 17% em junho


A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 17,4% em maio para 17% em junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a taxa também registrou queda: no ano passado, a taxa ficou em 18,6%. O número de desempregados foi estimado em 1,88 milhão de pessoas, 31 mil pessoas a menos que na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego e foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).


Segundo o Dieese, a queda na taxa de desemprego pode ser explicada pelo aumento da ocupação em intensidade superior à elevação da População Economicamente Ativa. Em junho foram abertos 110 mil postos de trabalho e 79 mil pessoas entraram no mercado de trabalho na região.


Já o número de ocupados na região metropolitana de São Paulo somou 9,19 milhões de pessoas, aumento de 1,2% em comparação a maio deste ano e de 1,2% em relação a junho do ano passado. Isso decorre, de acordo com o Dieese, pelo aumento do número de empregos na indústria de transformação, que criou 81 mil postos de trabalho, e no seor de serviços, com 47 mil vagas.


No setor privado, cresceu 0,3% o número de assalariados com carteira de trabalho e também cresceu o contingente de trabalhadores sem carteira (8,1%). Houve aumento ainda no número de trabalhadores no setor público (1,2%), de empregados domésticos (1,2%) e de trabalhadores ocupados em demais posições (4,3%). No número de autônomos houve queda de 0,5%.


Entre os meses de abril e maio, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 0,7% e o dos assalariados, 1%, passando a R$ 2.094 e R$ 2.159 respectivamente.

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/07/2018 - Informalidade e emprego precário estreitam horizontes para a juventude


Ação Educativa debate os impactos das reconfigurações do mundo do trabalho para a população mais jovem


No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Entre os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.


Somando-se a isso os cortes em programas de acesso ao ensino superior, como o ProUni e o Fies, os jovens têm os seus sonhos de emancipação adiados ou mesmo abortados. Diante desse quadro, buscam saídas na informalidade – que alcança 38% nessa mesma faixa etária –, realizando bicos que garantam a sobrevivência do dia a dia.


"Um dos esforços é mostrar para o jovem o que é trabalho digno e decente, para que ele possa almejar isso", afirma o psicólogo Gabriel di Piero, supervisor de área de juventude da Ação Educativa, que promove a Semana de Formação em Direitos Humanos e Educação Popular.


Segundo ele, as políticas públicas para a juventude nos últimos anos têm se concentrado em estratégias que buscam garantir a permanência dos jovens em espaços de ensino, retardando sua entrada no mercado de trabalho para que possam, com melhor formação, não se submeterem a trabalhos precários que proliferam no cenário atual.


Outra alternativa seria fortalecer programas que promovem a organização de empreendimentos autônomos constituídos pelos próprios jovens, como é o caso do Programa de Valorização das Iniciativas Culturais (VAI), criado em 2003 pela prefeitura de São Paulo, e que sofreu também com congelamento de verbas durante a gestão Doria.


Para a antropóloga Alana Moraes, que pesquisa as novas configurações do trabalho nas ocupações urbanas na periferia de São Paulo, o modelo atual, que desregula as relações de trabalho, aumenta a pressão sobre os jovens porque a eles é atribuída a culpa quando não encontram inserção no mercado. "Com desemprego permanente e vínculos cada vez mais precários, é dito ao jovem que ele precisa ir em busca dessa empregabilidade para se tornar atraente ao mercado. Isso traz consequências devastadoras, como o aumento do suicídio e da depressão em jovens de todo o mundo."


O quadro deve ser mais do que uma crise passageira, com uma nova fase, de acordo com ela, na qual os melhores empregos estariam ligados à carreiras de alta qualificação de setores de ponta do chamado capitalismo cognitivo, em que a mercadoria não é mais o produto, mas sim os fluxos de informação e conhecimento. Do outro lado estarão os trabalhos cada vez mais precários, pagando baixíssimos salários mas ainda assim impondo exigências de formação cada vez maiores, dada a concorrência em função do número elevado de pessoas em busca de uma colocação.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

26/07/2018 - Fenaban nega garantia de emprego aos trabalhadores bancários


"Se dizem que não vão contratar intermitentes, temporários, terceirizados, por que não assinam?", questiona dirigente


Em mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na tarde desta quarta-feira (25), não houve acordo em relação à reivindicação de garantia de emprego no setor e redução de contratações consideradas precárias. Na próxima rodada, a quinta e última, na quarta-feira da semana que vem (1º), a entidade patronal deverá apresentar uma proposta de reajuste salarial e de PLR (participação nos lucros e resultados). A categoria tem data-base em 1º de setembro.


A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, lembra que de janeiro de 2012 a junho deste ano o setor financeiro fechou 57.045 postos de trabalho. "Neste período, o lucro dos bancos apresentou forte crescimento. Portanto, a redução do emprego não esta vinculada a problemas de resultado ou queda de atividade, mas sim a uma reestruturação no setor, com uma nova onda de tecnologias poupadoras de mão de obra, além da terceirização via correspondentes bancários", analisou.

 

"A tecnologia não pode ficar a serviço apenas dos banqueiros. É preciso transações seguras, com a redução do valor das taxas para população e melhores condições de trabalho para a categoria”, acrescentou Ivone, que também integra a coordenação do Comando Nacional. Os sindicalistas lembram ainda que, no primeiro semestre, o salário médio dos contratados correspondeu a apenas 64% do que recebiam os demitidos.


"Se dizem que não vão contratar intermitentes, temporários, terceirizados, por que não assinam?", diz a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional. "Queremos garantias. Negociação prevê assinatura, é assim que se firma compromissos", afirma, criticando as mudanças em curso no país, incluindo a "reforma" trabalhista. "Esse tipo de legislação retira direitos, enfraquece o mercado interno, o sistema previdenciário. Todos perdem para o 1% mais rico ganhar ainda mais."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

26/07/2018 - Governo deve cortar mais de R$ 5 bi de benefícios irregulares do INSS


Até o final do ano, mais de R$ 5 bilhões gastos em benefícios da Previdência Social deverão ser cortados por causa de irregularidades, que estão em apuração no Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).


O corte segue o trabalho de revisão de benefícios sociais feito pelo Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (CMAP), criado em abril de 2016 com a Portaria Interministerial nº 102, e formado por técnicos e dirigentes da CGU e dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil.


Conforme o Secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Bezerra Leonel, ainda não é conhecido o número de pessoas que perderão os benefícios por causa de fraude. A CGU não divulgou quais irregularidades estão em apuração.


Nesta terça-feira (24), o governo anunciou a suspensão de 341.746 auxílios-doença e 108.512 aposentadorias por invalidez, que totalizam R$ 9,6 bilhões no pagamento de auxílios-doença acumulado entre o segundo semestre de 2016 e 30 de junho de 2018.


Até o fim do ano, serão revisados 552.998 auxílios-doença e 1.004.886 aposentadorias por invalidez.


Bolsa Família
Além de benefícios previdenciários, o CMAP revisou os benefícios pagos pelo programa Bolsa Família. Em dois anos, 5,2 milhões de famílias foram excluídas, e outras 4,8 milhões entraram no programa.


“No caso do PBF [Bolsa Família] não há propriamente uma economia de recursos, mas a focalização do programa”, assinala o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Segundo ele, a exclusão de pessoas recebendo benefícios de forma irregular permitiu manter zerada a fila de espera de novos cadastrados no programa.


Os anúncios de corte de benefícios sociais e previdenciários são recebidos com cautela pela sociedade civil.


Lylia Rojas, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), argumenta que falta à medida “transparência necessária” e que há casos de pessoas que tem o benefício indevidamente cortado e depois recuperam o direito na Justiça, gerando mais gastos ao erário.


Para o diretor-executivo da Transparência Brasil (ONG), Manoel Galdino, as fraudes ocorrem porque "o governo é desorganizado" e não mantêm a base dos cadastros eletrônicos interligados – o que dificulta cruzamentos, e não divulga informações sobre envolvidos e a abertura de processos.


Para Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas, “é preciso que seja feito regularmente um trabalho de inteligência para evitar que as fraudes cheguem às atuais proporções”. De acordo com ele, “onde há benefício há alguém tentando se favorecer ilegalmente”.

(Mais informações:Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/07/2018 - Aviso prévio indenizado poderá contar como salário de contribuição à previdência


O empregado e o empregador poderão ser obrigados a pagar previdência sobre o aviso prévio indenizado. Uma proposta em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) inclui como salário de contribuição esse tipo de remuneração, que ocorre quando o empregador determina o desligamento imediato do empregado e paga a ele pelos 30 dias que seriam de aviso prévio.


O autor do projeto (PLS 422/2013), ex-senador Delcídio do Amaral, argumenta que, apesar do nome, o aviso prévio indenizado tem natureza salarial, e não indenizatória. Por isso, a contribuição previdenciária deveria incidir sobre o pagamento, diz. Ele sustenta que esse período integra o tempo de serviço do empregado para todos os efeitos legais, inclusive para aposentadoria. Assim, não há indenização a ser paga.


Com as mudanças propostas pelo projeto na Lei da Seguridade Social (Lei 8.212/1991), argumenta Delcídio, posterga-se a perda da qualidade de segurado do INSS e, ao mesmo tempo, garante-se um aporte de recursos adicionais à Previdência Social. O empregador pagaria 20% de contribuição sobre o valor do aviso prévio indenizado, enquanto para o empregado o percentual ficaria entre 8% e 11%.


O relator, senador Roberto Requião (MDB-PR), apresentou voto favorável ao projeto. Ele propõe emendas ao texto. Uma delas determina que a contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado deverá ser limitada ao período de 30 dias. O texto também deixa claro que o tempo relativo a essa contribuição contará para efeito de aposentadoria. Outra emenda insere esse tipo de aviso prévio no artigo da Lei 8.212/1991, que trata da contribuição previdenciária a cargo das empresas.


Após o parecer da CAE, a proposta seguirá para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde terá decisão final.

Fonte: Agência Senado

 


 

26/07/2018 - Companhia consegue validar norma coletiva para não fornecer tíquete em plantões extras


A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho acolheu recurso da Companhia Estadual de Águas e Esgotos – Cedae (RJ) para isentá-la de pagar diferenças de tíquete-refeição a supervisor com jornada em plantões extras na escala de 24h x 72h. A Turma considerou a autonomia da vontade coletiva em razão de cláusula de acordo coletivo que excluiu empregados sujeitos à referida escala, ainda que nesses plantões, do direito ao tíquete.


Na Cedae desde 1981, atualmente na função de supervisor de manutenção e operação de obras, o empregado pediu o pagamento de diferenças de tíquete-refeição. Alegou que seu contrato prevê jornada em escalas de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso. Mas, na prática, realiza, em média, sete plantões extras por mês sem a Cedae fornecer tíquetes-refeição sobre esses dias.


A Cedae alegou que a norma coletiva na qual o empregado fundamentou seu pedido deixa claro que os empregados escalados previamente para plantões (extras), desde que não sujeitos à escala de 24 x 72, farão jus ao tíquete-refeição.


O juízo da 7ª Vara do Trabalho de Nova Iguaçu (RJ) e o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região deferiram as diferenças, pois efetivamente existia prestação de serviço nos plantões extras e não poderia haver recusa de tíquetes nesses dias. A Cedae recorreu ao TST.


Relatora do recurso de revista, a desembargadora convocada Cilene Ferreira Santos ressaltou o trecho do acórdão do TRT que reconheceu o cumprimento da escala 24 x 72 e a realização rotineira de plantões extraordinários. “Ou seja, nos termos da cláusula coletiva, o reclamante não tem direito ao benefício do tíquete-refeição nos plantões”, concluiu.


Por maioria, a Sexta Turma acompanhou a relatora, vencido o ministro Augusto César Leite de Carvalho.

Processo: RR-10963-77.2015.5.01.0070

Fonte: TST

 


 

26/07/2018 - Projeto permite a mulheres vítimas de violência sacar FGTS


Mulheres vítimas de violência poderão sacar os recursos da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É o que estabelece o PLS 289/2018, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).


Pelo texto, o saque será autorizado após três meses de recebimento, pela vítima, do benefício temporário previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8742/1993) que é destinado aos cidadãos e às famílias em virtude de vulnerabilidade temporária.


Na opinião de Vanessa, quase sempre medidas de proteção contra a violência física e psicológica concedidas às vítimas mostram-se insuficientes e insatisfatórias. Os agressores costumam vender objetos e bens das mulheres, e os recursos extras, segundo a senadora, as ajudariam a se reerguer.


“É recomendável que à mulher vítima de violência seja facultado o saque do FGTS, haja vista que se trata de garantir à cidadã, em situação de vulnerabilidade, o direito de livremente dispor sobre montante financeiro de sua plena titularidade”, defendeu a senadora na justificativa do projeto.


Hoje, o FGTS pode ser sacado nos casos de demissão, aposentadoria e morte, para aquisição de imóvel; quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for diagnosticado com câncer, HIV ou estiver em fase terminal de doença grave; quanto tiver mais de 70 anos; for residente em área com calamidade pública decretada; e para pessoa com deficiência adquirir órtese ou prótese.


O texto aguarda relatório da senadora Ângela Portela (PDT-RR) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Fonte: Agência Senado

 


 

26/07/2018 - Proposta reduz de 15 para 45 dias prazo para primeiro pagamento do salário-maternidade


A Câmara dos Deputados analisa a redução de 45 dias para 15 dias o prazo máximo para o pagamento do primeiro salário-maternidade à segurada que apresentar toda a documentação exigida. É o que determina o Projeto de Lei 9121/17, deputado Lindomar Garçon (PRB-RO), que altera o Plano de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/91).


Garçon lembra que a legislação previdenciária prevê um único prazo para o primeiro pagamento dos benefícios, que é de até 45 dias.


“No entanto, em se tratando de salário-maternidade, não há razão para o ente previdenciário postergar por até 45 dias o primeiro pagamento do benefício se a segurada já tiver apresentado toda a documentação para sua concessão”, disse.


Tramitação

O projeto será discutido e, em seguida, votado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

25/07/2018 - Negociação entre trabalhadores e empresas cai e reajuste salarial vai junto


A média do reajuste salarial no país caiu com relação a 2017, aponta a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas). A queda acompanha a surpreendente redução das negociações entre patrão e empregado após uma reforma trabalhista que preconizava justamente a intensificação dessas negociações. As negociações protocoladas no Ministério do Trabalho no primeiro semestre deste ano recuaram 39,6% ante 2017, apontam dados do Salariômetro da Fipe.


“O levantamento indica ainda que o reajuste salarial mediano nominal negociado em 2018 foi menor do que o do ano passado —2,8% contra 5%—, mas a proporção de reajustes acima da inflação (considerando um INPC de 1,8%) foi maior: 84,6% ficaram acima da inflação, contra 79,1% em 2017. Foram 7.563 acordos firmados, contra 11.462, e 920 convenções, ante 1.680.


As negociações coletivas estabelecem regras para as relações de trabalho entre empregados e empresas. Convenções são negociadas entre os sindicatos de trabalhadores e patronal e valem para toda a categoria. Já acordos são estabelecidos entre a entidade de trabalhadores e uma empresa, para regulamentar necessidades específicas daquela relação com os funcionários.”

Fonte: Brasil247

 


 

25/07/2018 - Pesquisa CUT/Vox Populi: Lula se fortalece e vence no primeiro turno


A nova pesquisa CUT/Vox Populi, a primeira a ser realizada após o domingo 8 de julho, em que setores do Poder Judiciário agiram arbitrariamente para impedir a libertação de Lula, mostrará o presidente ainda mais forte, com chances reais de vencer a eleição presidencial no primeiro turno. Na pesquisa, Lula crescerá em todos os cenários: no primeiro e no segundo turnos, assim como nos cenários de voto espontâneo e estimulado.


De acordo com quem teve acesso à pesquisa, o sentimento geral do povo brasileiro é o de Lula é alvo de uma brutal injustiça e só está preso para ser impedido de disputar as eleições – o que amplia as suas intenções de voto. Na pesquisa desta semana, que pode ser divulgada já nesta quarta-feira, ele aparecerá com mais de 40%, mais do que a soma de todos os seus adversários – o que demonstra o acerto de manter sua candidatura.


O resultado é consistente com o que foi apontado por várias pesquisas regionais. Lula tem 66% dos votos no Maranhão, 65% em Pernambuco, 58% no Rio Grande do Norte e 40% em Minas Gerais.


Embora o povo brasileiro deseje ardorosamente a volta da democracia, a mídia corporativa, assim como setores do Judiciário, atuam para que ele permaneça impedido de disputar as eleições – o que favorece a continuidade do projeto golpista, que retira direitos dos trabalhadores e entrega riquezas nacionais, como o pré-sal. Segundo lideranças internacionais, Lula não está preso, mas sim sequestrado para ser impedido de devolver a soberania ao povo brasileiro.

Fonte: Brasil247

 


 

25/07/2018 - Trabalhador por conta própria precisa de apoio e qualificação, diz economista


A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE aponta que, em 2017, cerca de 23 milhões de pessoas viviam do trabalho por conta própria. Cinco milhões teriam aderido a essa modalidade há menos de dois anos. Ou seja, com a crise e o desemprego, aumenta o número de brasileiros que buscam uma alternativa de sobrevivência em atividades sem garantias trabalhistas.


O sonho de ser o próprio patrão, nessas condições, tende a se tornar pesadelo, uma vez que esses autônomos compulsórios têm, ainda segundo a pesquisa, renda média 33% menor do que tinham quando eram assalariados. Sem falar na perda de férias e 13º salário, entre outros.


Economista - Segundo Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, tempos de crise exigem soluções criativas. “O empreendedorismo é um fato social positivo, pois gera empregos e renda”, observa. Porém, argumenta que, quando a opção em trabalhar por conta própria é fruto do desespero, esse tipo de atividade pode ter grande custo social.


“Pesquisas mostram que, nos primeiros dois anos, metade das novas empresas morrem, e cada empresa que fecha deixa, em geral, cerca de R$ 20 mil de dívidas, repassando o prejuízo à sociedade. Nesse caso, em que o trabalho por conta própria decorre da crise, é necessário que o poder público atue no sentido de minimizar os danos”, comenta.


Para o presidente dos Economistas, além de dívidas com terceiros, a tendência é que, sem preparo, o autônomo compulsório também consuma os seus últimos recursos, como uma indenização trabalhista, uma poupança de muitos anos, bens de família etc.


Qualificação - O Economista sugere que, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o Ministério do Trabalho procure formas de qualificar em massa essas pessoas, para que possam trabalhar por conta própria com mais noções de como funciona o mercado, diminuindo, na medida do possível, a mortalidade desses empreendimentos.


“Parcerias com universidades, Sindicatos e outras entidades permitiriam oferecer, por exemplo, cursos gratuitos de 40 horas, a custos relativamente baixos - calculo em cerca de R$ 500,00 por pessoa - que diminuiriam o dano social e aumentariam a possibilidade de sucesso das iniciativas individuais”, avalia.

Fonte: Agência Sindical

 


 

25/07/2018 - Crise faz crescer trabalho intermitente que precariza trabalhador


Dados de maio deste ano apontam que o desemprego no Brasil atingiu 13,2 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cenário empurra o trabalhador para contratos de trabalho precários como o intermitente, legalizado pela reforma trabalhista de Michel Temer.


Por Railídia Carvalho


Clemente Ganz, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), alertou ao Portal Vermelho que o trabalho intermitente pode aumentar no segundo semestre. "Existem segmentos em que cabe o trabalho intermitente como opção, jovens e aposentados, por exemplo. Mas essa modalidade foi generalizada sem nenhuma proteção ao trabalhador. A reforma trabalhista protegeu o empregador e penalizou o empregado".


Para ele é um “absurdo” impor o trabalho intermitente àquele empregado que deseja vínculo e remuneração estáveis. Na opinião de Clemente, a reforma trabalhista “autorizou e legalizou uma prática perversa”. Neste contrato o trabalhador aguarda chamado do empregador para trabalhar por algumas horas. Se não for chamado não trabalha. “Esse contrato só beneficia o empregador que adequa o volume de trabalho com custos mais flexíveis”.


Prejuízo ao trabalhador mais vulnerável

“A situação do trabalhador é dramática por conta da crise, do desemprego. O empregador oferece uma situação que é precária mas é melhor do que a situação que o cara não tem nada. É nesta condição objetiva que a lei dá proteção ao empregador diante de uma situação muito complicada”, analisou Clemente.


Os atingidos pela precariedade tem sido trabalhadores do comércio e serviços, lembrou Clemente. “Mais uma vez os menos qualificados, os mais fragilizados na organização econômica do trabalho serão prejudicados na proteção”. O diretor do Dieese explicou que a ilegalidade do emprego precário se configura porque não garante ao trabalhador remuneração suficiente para a sobrevivência e nem a contribuição previdenciária para garantir a proteção social.


Precariedade legalizada

“Um trabalhador intermitente trabalha 10 horas e ganha R$ 42,50 reais. Para a empresa ok, estamos quites e o trabalhador que estava ferrado agora tem 42 reais. Mas essas dez horas não permitem o acesso do trabalhador à Previdência Social. É preciso contribuir por 220 horas. Mas como o intermitente consegue formar uma jornada acumulada de 220 horas? Se não consegue não tem o direito à previdência no futuro. O governo diz: o trabalhador contribui diretamente. Mas vai ter renda para isso? Acho que não. O que ele ganhar com esse trabalho vai garantir o dia a dia”, explicou Clemente.


A reforma trabalhista que alterou mais de 200 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho gerou esse cenário de exploração ao trabalhador, segundo Clemente. Segundo ele, não foi possível observar a adoção de trabalho intermitente em dezembro do ano passado porque a reforma havia sido recém-implementada. “Com a reforma em pleno vigor e a justiça sinalizando em favor da legalidade desses contratos as empresas devem testar essa contratação no segundo semestre e no final do ano”.


Revisão da reforma trabalhista

O caminho para combater o trabalho precário é a revisão da reforma trabalhista de Temer, enfatizou o diretor do Dieese. Essa proposta faz parte do documento Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora elaborado pelas centrais sindicais brasileiras e que teve a colaboração técnica do Dieese. O item 6 do documento afirma: “Revogar todos os aspectos negativos apontados pelos trabalhadores da Lei 13.467 (reforma trabalhista) e da Lei 13.429 (terceirização) que precarizam os contratos e condições de trabalho na perspectiva da construção de um novo estatuto, com valorização do trabalho”.


“Por exemplo, não deveria ser permitida a generalização do trabalho intermitente. Deveria estar associado a essas atividades intermitentes. A reforma trabalhista não levou em conta o conceito de intermitente, a quais condições são submetidas essas pessoas, qual o tipo de proteção social gerada pelo Estado. Se o trabalhador acumula ou não para a previdência. As centrais defendem que sejam pensadas proteção para esse trabalhador e que esse contrato não substitua o trabalho permanente. Esse trabalho poderia até ser regulamentado nas convenções coletivas. Cada categoria detalha como seria”, explicou Clemente.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

25/07/2018 - Mais desemprego a caminho


Exigimos que o governo Temer chame os representantes da indústria e da classe trabalhadora para debater amplamente a questão, explique à sociedade o porquê de sua pressa nesta negociação feita por debaixo dos panos e, finalmente, não assine um acordo que irá aumentar ainda mais a atual crise econômica, colocando em risco milhões de postos de trabalho e destruindo os parques industriais do Brasil e demais países do Mercosul.


Miguel Torres*


Um acordo bilateral de livre comércio entre Mercosul e União Europeia pode ser fechado a qualquer momento e, se isto realmente ocorrer, como pretende o governo de Michel Temer, teremos na indústria nacional impactos altamente negativos, com uma nova invasão de produtos importados, queda de investimentos no setor, fechamento de inúmeras empresas e demissões de cerca de seis milhões de trabalhadores e trabalhadoras.


A negociação prevê o fim da cobrança da taxa de 35% de importação dos produtos industrializados da União Europeia aos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) por 15 anos. Neste período, em troca de serviços e produtos industrializados da Europa, iríamos oferecer apenas nossas commodities industriais, que são os produtos de baixo valor agregado.


Companheiros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC explicam, por exemplo, que com o fim da taxa de importação, as montadoras de matrizes europeias que estão no Brasil, como a Volkswagen, Mahle e Mercedes, vão preferir produzir automóveis em seus países e mandar os carros prontos para o Brasil.


Além das montadoras, o setor de autopeças e toda cadeia produtiva automotiva também serão fortemente atingidos pela medida. Pois, se a indústria automotiva reduzir sua presença no País, os segmentos de autopeças, partes e componentes, que hoje abastecem esta indústria, vão perder espaço e tornar-se praticamente desnecessários. Será um caos!


Exigimos que o governo Temer chame os representantes da indústria e da classe trabalhadora para debater amplamente a questão, explique à sociedade o porquê de sua pressa nesta negociação feita por debaixo dos panos e, finalmente, não assine um acordo que irá aumentar ainda mais a atual crise econômica, colocando em risco milhões de postos de trabalho e destruindo os parques industriais do Brasil e demais países do Mercosul.


Assumimos, desde já, o compromisso de fazer uma ação unificada do movimento sindical, incluindo novas mobilizações do Movimento Brasil Metalúrgico, para alertar os parlamentares dos quatro países do Mercosul sobre o problema e pedir que não aprovem, caso seja assinado, este Acordo de Livre Comércio entre os blocos.


Não podemos aceitar que, em um cenário de intensa crise, com desemprego, ataque aos direitos e redução de investimentos em saúde, educação, ciência e tecnologia, o ilegítimo e nada patriótico governo Temer continue adotando medidas de lesa-pátria, vendendo nossas riquezas, penalizando o setor produtivo e a indústria brasileira, afundando a economia, impedindo a retomada do desenvolvimento e destruindo o futuro da Nação!


Basta!


(*) Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, presidente interino da Força Sindical e um dos coordenadores do Movimento Brasil Metalúrgico.

Fonte: Diap

 


 

25/07/2018 - Indústria recupera perdas após paralisação dos caminhoneiros


A atividade industrial registrou crescimento em junho, após a “forte queda” registrada em maio, em função das manifestações dos caminhoneiros. Segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a utilização da capacidade instalada subiu três pontos percentuais em junho atingindo a marca de 66%, mesmo nível registrado em abril, antes da paralisação.


Segundo o levantamento, a produção industrial registrou 50,8 pontos em junho, valor “pouco acima” da linha divisória dos 50 pontos que separa a queda do aumento da produção, segundo a pesquisa. No levantamento feito em junho de 2017, este índice estava em 47,7 pontos.


O índice relativo à evolução do número de empregados ficou em 48,1 pontos, o que indica queda no emprego industrial. Variando de zero a 100 pontos, o índice, quando abaixo dos 50 pontos, revela queda no número de empregos.


Com a queda de 53,3 pontos para 50,4 pontos entre maio e junho, o índice de estoques efetivos ficou mais próximo dos 50 pontos, linha divisória que indica que os estoques estão próximos do planejado pelos empresários. Valores acima dessa linha indicam que o estoque está acima do planejado. De acordo com a CNI, isso mostra que a indústria “ajustou os estoques que se acumularam com a greve dos caminhoneiros”.


A CNI aponta que as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses melhoraram no que se refere às expectativas de demanda e de compra de matérias-primas. Valores acima da linha divisória dos 50 pontos indicam melhora no otimismo dos empresários.


O índice que mede a expectativa de estabilidade no emprego de empregados para julho melhorou após três quedas consecutivas. Em maio, o índice estava em 49,9 pontos. Em junho, ficou em 48,9 pontos. Para julho, a expectativa está em 49,5 pontos, o que segundo a CNI indica “estabilidade” dos empregos no mês de julho.


Intenção de investimentos

O índice de intenção de investimento na indústria caiu para 49,4 pontos em julho, contabilizando a quinta queda consecutiva do indicador, que está 4,2 pontos abaixo do registrado em fevereiro. Quanto menor o indicador, menor a propensão dos industriais para fazer investimentos.


De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a baixa disposição para investimentos reflete a “queda da confiança dos empresários no desempenho futuro da economia”. Em parte, a falta de disposição é explicada pelas incertezas que costumam ocorrer em ano eleitoral. Segundo ele, neste caso, a situação foi reforçada principalmente pelos “impactos da tabela do frete e do subsídio ao diesel nos custos da empresa e nas contas do governo”.


Ainda segundo a Sondagem Industrial, as condições financeiras das empresas pioraram no segundo trimestre, com o indicador de satisfação relativo à própria situação financeira caindo para 45,3 pontos. O índice de satisfação com o lucro operacional também recuou – no caso, para 39,9 pontos. É a segunda queda consecutiva desses dois indicadores.


A Sondagem Industrial foi feita entre os dias 2 e 12 de julho com 2.159 empresas. Dessas, 900 são pequenas, 770 são médias e 489 são de grande porte.

Fonte: Agência Brasil

 


 

25/07/2018 - Ministério e Correios anunciam acordo para a emissão da carteira de trabalho


A previsão é de que o projeto piloto seja implantado no estado de São Paulo nos próximos 30 dias


Em reunião nesta segunda-feira (23), em Brasília, o Ministério do Trabalho e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) anunciaram a assinatura de um acordo de cooperação técnica para a emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). O projeto piloto deverá ser implantado nos próximos 30 dias no estado de São Paulo.


De acordo com o secretário-executivo substituto do Ministério do Trabalho, Admilson Moreira, a iniciativa tem como objetivo descentralizar a emissão de carteira de trabalho manual e informatizada do Ministério e levar o serviço para mais perto da população. “O propósito da parceria é oferecer um serviço mais ágil e acessível ao trabalhador”, destacou.


Entre janeiro e maio de 2018 foram emitidas mais de 2,3 milhões de carteiras de trabalho em todo país, das quais 580 mil no estado de São Paulo.


O serviço de emissão de carteiras está disponível nas unidades do Ministério do Trabalho e em unidades descentralizadas em todo o país, por meio de parcerias com estados e municípios. A rede conta com mais de 2,1 mil postos de atendimento.

Fonte: MTb

 


 

25/07/2018 - Processo trabalhista de 15 anos é encerrado com audiência via WhatsApp


Um processo trabalhista que tramitava há quase 15 anos no TRT do Paraná foi encerrado em audiência via WhatsApp. A conciliação inusitada ocorreu em virtude de um dos réus da ação morar fora do Brasil. A juíza Sandra Mara de Oliveira Dias, da 3ª vara do Trabalho de São José dos Pinhais/PR foi a responsável pela condução da audiência.


Embora o trâmite do processo tenha ocorrido de forma rápida, ele foi posteriormente enviado para o arquivo provisório, onde permaneceu por 12 anos. Ao longo deste período, diversas providências foram tomadas no intuito de dar efetividade à decisão judicial, porém, sem êxito.


Em junho deste ano, apenas uma das partes precisava quitar sua pendência com a JT na ação. No entanto, como mora nos EUA, não poderia participar presencialmente da audiência. Assim, foi proposto ao réu participar da negociação utilizando o aplicativo de mensagens WhatsApp. A juíza Sandra Dias conduziu a audiência que terminou em acordo.


Tecnologia e Justiça

Perguntado sobre como recebeu o contato do TRT/PR para falar acerca do processo, o réu foi enfático:


"Fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, muito seguro, graças às explicações dadas. Tive minhas dúvidas esclarecidas e decidi participar da audiência.

A facilidade para resolver a pendência, em razão do uso do aplicativo WhatsApp, também foi determinante para aumentar minha motivação."


Para a magistrada, é preciso aperfeiçoar os procedimentos adotados na fase de execução dos processos trabalhistas, onde se formam os funis que estendem a sua duração.


"Temos bem claro que o prazo razoável de duração do processo não foi exemplarmente cumprido. Mas estamos trabalhando para que os processos trabalhistas sejam mais céleres na fase de execução. Temos utilizados convênios, aplicativos e todos os recursos que se fazem necessários."

Fonte: Migalhas

 


 

25/07/2018 - Mulheres vítimas de violência doméstica podem ter cota em empresas contratadas pelo poder público


A Câmara analisa proposta do deputado Wladimir Costa (SD-PA) que reserva 10% dos postos de trabalho em empresas contratadas pelo poder público para executar obras e prestar serviços para mulheres vítimas de violência doméstica.


O projeto (PL 9384/17) acrescenta a previsão de cota na Lei de Licitações (8.666/93).


“A inserção no mercado de trabalho é essencial para as mulheres que sofrem violência doméstica”, justifica o parlamentar. “Entretanto, tais pessoas encontram extrema dificuldade para encontrar um emprego”, completa.


Tramitação

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Defesa dos Direitos da Mulher; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

24/07/2018 - Alckmin nega retomar imposto sindical e estuda extinguir Ministério do Trabalho


Presidenciável tucano se apresentou como herdeiro de FHC, ao citar criadores do Plano Real como seus assessores,

e falou que a principal meta do seu governo será a geração de emprego e renda


O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, tentou aproximar seu discurso das classes trabalhadoras. Ele afirmou ser um “trabalhador” e ter como principal meta de seu governo, caso eleito, a geração de emprego e renda. Alckmin também se colocou como o nome que pode unir o Brasil.


“Precisamos de convencimento numa democracia. Não tem nada de toma lá, da cá. O país está muito dividido, precisamos de mais consenso”, disse o pré-candidato, que participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (23), ao responder sobre o apoio do Centrão a seu nome.


O presidenciável negou que pense em retomar a obrigatoriedade do recolhimento do imposto sindical. Ele afirmou que estuda extinguir o Ministério do Trabalho e também defendeu que a correção dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FTGS) seja a recomposição da inflação somada à taxa de juros básica, pela Taxa de Longo Prazo (TLP).


“Não há hipótese de voltar o imposto sindical. A reforma trabalhista foi importante. Tínhamos uma legislação dos anos 40, autárquica, de cima para baixo. Minha meta é emprego e renda. Estimular os empreendedores. Vou baixar o imposto do empresário, para trazer mais investimentos e mais empresas. Sindicatos são uma coisa cartorial”, afirmou.


Conversas sobre vice ainda sem rumo

A entrevista ocorreu no mesmo dia em que Alckmin teve o primeiro encontro com o indicado pelos cinco partidos do Centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) para ser vice-presidente da chapa tucana, o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente da gestão Lula, José Alencar.


Alckmin afirmou que ainda não está batido o martelo sobre quem será o vice. O nome será escolhido mais para frente na campanha. “Se ele aceitar, será bom. Mas se não, vamos buscar outro nome. Foi uma primeira conversa, um bate papo, não tem nada ainda definido. Mas é um grande nome.”

Fonte: Gazeta do Povo

 


 

24/07/2018 - Juruna destaca dia 10 de agosto como protesto sindical e cívico


Nesta quarta (25), o sindicalismo se reúne em São Paulo, na sede do Dieese, para tratar de demandas práticas e mobilização para o Dia do Basta, em 10 de agosto. João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, adianta que será uma reunião ampliada. “Estamos chamando vários Sindicatos da Grande São Paulo. São entidades com poder de mobilização, que podem contribuir para fazermos um protesto forte dia 10”, ele diz.


Segundo Juruna, o objetivo do ato e da utilização da expressão “Basta!” (já está sendo divulgada em cartazes e panfletos) é mostrar o descontentamento dos trabalhadores e da sociedade com o desemprego, as falhas na Previdência e o ataque a direitos conquistados.


Formato - A ideia, em discussão, é fazer paralisações e mobilizações cedo em locais de trabalho, atos em pontos de concentração popular e protesto em frente à Fiesp, na avenida Paulista, a partir das 10 horas do dia 10 - a Federação patronal é a grande fiadora do golpe contra Dilma e da lei trabalhista de Temer.


Voto - “Quando falamos em direitos, não podemos deixar em segundo plano o direito de votar. Queremos que a mobilização do dia 10 de agosto reforce também o chamamento para um maior engajamento dos trabalhadores no processo eleitoral. Precisamos derrotar a onda favorável à abstenção”, afirma o secretário-geral da Força.


Juruna também chama atenção para a qualidade das candidaturas. “Precisamos eleger mais gente alinhada aos trabalhadores e evitar a eleição de candidatos que chegam a Brasília e votam contra nossos direitos”, afirma o dirigente nacional da Força Sindical.

Fonte: Agência Sindical

 


 

24/07/2018 - Cármen Lúcia decide manter leilão de distribuidoras da Eletrobras


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, negou pedido de liminar feito pela Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) para suspender o leilão distribuidoras estaduais de energia elétrica, subsidiárias da Eletrobras. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (23).


A Companhia Energética do Piauí (Cepisa) será a primeira das seis distribuidoras da Eletrobras que serão leiloadas, em venda marcada para a próxima quinta-feira (26). O leilão da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), da Boa Vista Energia (Roraima) e da Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia) está previsto para 30 de agosto.


No pedido que chegou ao Supremo, a associação dos empregados contestou a liminar proferida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador André Fontes, que liberou o leilão, após uma decisão da primeira instância que barrou a venda das empresas.


Para a Aeel, a decisão do desembargador descumpriu uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que proibiu o governo de vender, sem autorização do Legislativo, o controle acionário de empresas públicas de economia mista. Ao analisar o caso, Cármen Lúcia entendeu que o desembargador não descumpriu a decisão de Lewandowski e que o caso não pode ser analisado profundamente por meio de uma reclamação constitucional, tipo de ação utilizada para questionar a liberação do leilão.


“A decisão reclamada não se afasta dessa exigência. Ao contrário, ao examinar os diplomas legislativos correspondentes, assenta a existência de autorização legislativa para a alienação do controle acionário das distribuidoras elencadas no edital de Leilão n. 2/2018. Eventual desacerto nesta avaliação deve ser questionado na via recursal própria, não podendo ser sanada pela reclamação", decidiu a ministra.

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/07/2018 - Novo ministro do Trabalho foi autuado 24 vezes por infrações trabalhistas


O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, foi autuado 24 vezes pelo Ministério do Trabalho por infrações trabalhistas. As autuações ocorreram entre os anos de 2005 e 2013, em sua fazenda no Sul de Minas Gerais, na cidade de Conceição do Rio Verde. Uma das autuações, datada de 2009, refere-se a dois trabalhadores rurais que não tinham registro em carteira de trabalho e que, portanto, estavam privados dos benefícios legais da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).


“As fiscalizações geraram multas de R$ 46 mil. À época, Vieira de Mello era desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Belo Horizonte. Os auditores do Ministério do Trabalho fizeram sete fiscalizações entre 2005 e 2013 na Fazenda Campestre, onde o ministro mantinha uma plantação de café. Além dos dois funcionários que estavam há três anos trabalhando sem registro em carteira, a fiscalização encontrou falhas de segurança e de higiene na fazenda.


De acordo com os autos de infração obtidos pela Repórter Brasil, era permitido o livre acesso dos trabalhadores ao depósito com agrotóxicos, que ficava perto do refeitório dos funcionários. "É grande a chance de contaminação, pois nem todo trabalhador é treinado para manusear o agrotóxico", afirma o assessor jurídico da (Contar) Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais, Carlos Eduardo Chaves Silva.”

Fonte: Brasil247

 


 

24/07/2018 - Com Temer, construção civil segue em seu extermínio de vagas e perspectivas


As profissões ligadas à agropecuária e indústria têxtil perderam fôlego nos últimos 12 meses. Mas é a construção civil que está no fundo do poço: entre as dez profissões que mais destruíram postos de trabalho em 2017 e permanecem sem perspectivas em 2018, sete estão relacionadas a este segmento. Os dados têm base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.


"Entre os dez piores desempenhos, a profissão que proporcionalmente fechou mais vagas dentro da construção nos 12 meses encerrados em junho foi a de supervisores de construção civil, com demissão de 8.566 trabalhadores e queda de 8,7% no pessoal ocupado com carteira nessa posição, após já ter dispensado 17.282 pessoas nos 12 meses anteriores. O total de trabalhadores formais atuando com montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis encolheu 5,2% nos 12 meses terminados em junho, 5.996 vagas a menos. A terceira maior queda no pessoal ocupado, de 4,9%, ocorreu na profissão de trabalhadores de estruturas de alvenaria, com 17.496 dispensados nos últimos 12 meses.


'A construção civil continua apanhando da baixa taxa de investimento, da falta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos destaque foi a queda nas vagas para engenheiros civis. Ou seja, mesmo os trabalhadores mais qualificados não estão encontrando oportunidade de trabalho', ressaltou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC e responsável pelo estudo. Engenheiros. Foram eliminadas 2.110 vagas formais de engenheiros civis no País nos 12 meses encerrados em junho, uma queda de 3,2% no total ocupado nessa profissão em relação aos 12 meses anteriores, terminados em junho de 2017, quando outras 6.189 vagas já tinham sido extintas. Em dois anos, mais de oito mil engenheiros civis perderam o emprego com carteira assinada.

Fonte: Brasil247

 


 

24/07/2018 - Queda no Caged indica precarização e desindustrialização do País


Os empregos com registro em Carteira tiveram em junho um saldo negativo de 661 vagas, sendo registradas no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão do Ministério do Trabalho.


É preciso lembrar que 3.676 dos novos empregos foram criados nas modalidades de trabalho intermitente e jornada parcial, que significa a possibilidade da pessoa trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas. Sem essas vagas precárias, o revés geral do emprego atingiria um saldo negativo de 4.337.


Victor Pagani, técnico do Dieese, disse à Agência Sindical que esse resultado negativo do mercado de trabalho "é surpreendente e o mais assombroso é a queda do emprego na indústria. Até por questões sazonais, historicamente a indústria começa a contratar no final do primeiro semestre e começo do segundo para atender a demanda do Natal", ressalta.


Desindustrialização - Os empregos na indústria de transformação tiveram queda de 20.470 postos de trabalho em junho. Entre os 12 setores industriais monitorados, 11 demitiram mais do que contrataram. A indústria têxtil (-6.169), a metalurgia (-3.427) e a de calçados (-3.334) lideraram o ranking negativo.


"A indústria está sentindo a crise", diz Pagani, lembrando que "ao longo dos anos se percebe uma queda constante de sua participação no PIB e no percentual geral de empregos".


Férias coletivas - Há ainda outros dados preocupantes para a indústria. A Volkswagen, por exemplo, dará férias coletivas para mil funcionários a partir de 21 de agosto e, posteriormente, o mesmo expediente será utilizado com outros quatro grupos, em quantidades e datas que ainda serão definidos.


Também o comércio sofreu forte baque, com o fechamento de 20.971 postos de trabalho. Somados, indústria e comércio perderam 41.441 vagas de empregos formais em junho passado.

Fonte: Agência Sindical

 


 

24/07/2018 - Empresa que não treina funcionários responde por acidente de trabalho


Age com negligência empresa que deixa de contratar ou treinar outros empregados para uma função mesmo tendo ciência do perigo da realização das atividades por apenas um funcionário. Com esse entendimento, os desembargadores da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) confirmaram decisão que condenou uma companhia a pagar pensão mensal no valor de R$ 1,4 mil a um ex-funcionário que se acidentou no trabalho.


Nos autos, o autor, que era mecânico, conta que precisou consertar um trator da companhia que estava com vazamento. Ele então pediu ajuda para dois funcionários, que não são da área, para ajudar a erguer o veículo. Um dos colegas acabou soltando uma das rodas, que caiu no tornozelo do autor, prendendo sua perna.


Segundo o laudo pericial, o profissional ficou com sequelas e incapacitado permanentemente para o trabalho. "O autor possui 61 anos, sofreu uma fratura grave em tornozelo direito que evoluiu com um edema residual e limitação na dorsiflexão do pé direito como sequelas do sinistro. Isso o impossibilita de permanecer por tempos prolongados em pé e de pegar peso, tal qual fazia na reclamada."


Em sua defesa, a empresa alegou que não ficou comprovada sua responsabilidade pelo acidente, que, segundo ela, teria ocorrido por culpa exclusiva do funcionário, que foi desatento em suas atividades.


No TRT-24, o desembargador relator, Nery Sá e Silva de Azambuja, afirmou que tanto a ocorrência do acidente quanto o dano e o nexo causal são indiscutíveis e que a culpa do empregador ficou devidamente comprovada. Isso porque, disse o magistrado, apesar de a atividade praticada no dia necessitar de mais profissionais, o autor da demanda era o único mecânico da empresa, e os ajudantes não tinham nenhuma experiência na área.


"A prova oral produzida confirmou que o evento danoso se deu em razão da negligência da ré no cumprimento de normas de segurança do trabalho. Ficou demonstrado nos autos que o reclamante era o único mecânico da empresa e que a atividade que exerceu no dia do acidente era impossível de ser realizada somente por ele, sendo necessária a ajuda de outros empregados da ré. Todavia, revelou-se que tais obreiros não tinham o conhecimento e treinamento indispensáveis para o exercício desta atividade. Além do mais, era de conhecimento da recorrente esta rotina", concluiu o desembargador.


Seguido de forma unânime pelos demais membros da turma, Nery de Azambuja determinou que empresa pague pensão mensal de R$ 1.360 ao trabalhador até que ele complete 74 anos. A companhia também foi condenada por danos morais e estéticos e deverá indenizar o ex-funcionário no valor de R$ 25 mil, além de arcar com todas as despesas médicas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-24.

Processo 0024052-29.2015.5.24.0006

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

24/07/2018 - Turma condena empresa a pagar despesas médicas futuras de empregado acidentado


A Albra Alumínio Brasília Ltda. terá de indenizar auxiliar de manutenção por danos materiais pelas despesas médicas futuras decorrentes de acidente de trabalho que lhe deixou com queimaduras em 48% do corpo. A decisão unânime da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determina o pagamento do tratamento até a recuperação do empregado que sofreu queimaduras em grande parte do corpo.


Na ação trabalhista, o empregado pediu o pagamento de todas as despesas com o tratamento até o fim da convalescença. Relatou que trabalhava no interior de um tanque quando ocorreu explosão provocada pelas labaredas do maçarico. Tinha 32 anos. A empresa culpou-o pelo acidente. Argumentou que o empregado deixou gás escapar no momento que não utilizava o maçarico e, quando o equipamento foi acionado, ocorreu a explosão.


O juízo de primeiro grau deferiu o pagamento de R$ 250 mil para custear as despesas médicas, pretéritas e futuras. A empresa pediu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF) a exclusão da parcela da condenação, alegando que o tratamento foi realizado em hospital público. Sustentou que não foi demonstrada a necessidade de tratamentos futuros. O empregado, por sua vez, pediu para que o valor fixado não seja utilizado para limitar procedimentos médicos futuro.


O TRT entendeu que a atividade era de risco, uma vez que o auxiliar trabalhava em espaço confinado com a utilização de maçarico acoplado a botijão de gás, que o expunha a risco acentuado de acidentes. Diante do conjunto de provas, responsabilizou a empresa pela indenização por danos morais e materiais (pensão e despesas médicas).


TST

O empregado conseguiu a reforma da decisão no recurso para o TST. Segunda a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, o Tribunal admite a condenação ao pagamento das parcelas futuras, enquanto perdurar a situação. Isso porque considera que não é razoável, em face dos princípios da razoabilidade e da economia processual, que o empregado tenha de ajuizar nova ação para discutir o mesmo direito, porém sempre limitado a um novo período.


De acordo com a ministra, no caso da condenação de custear despesas médicas indispensáveis ao restabelecimento do empregado, surge relação jurídica continuativa em que o pagamento da indenização condiciona-se à evolução do tratamento e enquanto perdurar a convalescença.


Considerando que o valor da condenação não pode ser reduzido, mas também levando em conta que não pode haver a limitação prévia das despesas médica, a relatora não limitou a condenação ao pagamento de R$ 250 mil. Assim, determinou que o pagamento de indenização pelas despesas com o tratamento seja realizado até a cura, conforme apurado no juízo da execução continuada. A prova das despesas dever ser apresentada na Vara do Trabalho. Houve a apresentação de embargos de declaração, ainda não julgados.

Processo: ARR-1997-52.2012.5.10.0015

Fonte: TST

 


 

24/07/2018 - Projeto proíbe agências de emprego de cobrar taxas para cadastro de currículo


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8772/17, do deputado Nilto Tatto (PT-SP), que proíbe agências de emprego de cobrar de candidatos taxas para cadastro de currículo no banco de dados ou inscrição em processo seletivo.


A proposta altera a CLT (Decreto-lei nº 5.452 de 1943). O autor observa que essa proibição já está expressa em tratado da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre agências de empregos privadas, que ainda não foi ratificado pelo país.


“Esse tipo de cobrança deve ser combatida porque a busca de uma colocação no mercado de trabalho é, na maioria das vezes, a luta incessante de um pai de família desempregado ou de um jovem que busca seu primeiro emprego”, justificou o deputado.


Tramitação

A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

24/07/2018 - Alckmin nega retomar imposto sindical e estuda extinguir Ministério do Trabalho


Presidenciável tucano se apresentou como herdeiro de FHC, ao citar criadores do Plano Real como seus assessores,

e falou que a principal meta do seu governo será a geração de emprego e renda


O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, tentou aproximar seu discurso das classes trabalhadoras. Ele afirmou ser um “trabalhador” e ter como principal meta de seu governo, caso eleito, a geração de emprego e renda. Alckmin também se colocou como o nome que pode unir o Brasil.


“Precisamos de convencimento numa democracia. Não tem nada de toma lá, da cá. O país está muito dividido, precisamos de mais consenso”, disse o pré-candidato, que participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (23), ao responder sobre o apoio do Centrão a seu nome.


O presidenciável negou que pense em retomar a obrigatoriedade do recolhimento do imposto sindical. Ele afirmou que estuda extinguir o Ministério do Trabalho e também defendeu que a correção dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FTGS) seja a recomposição da inflação somada à taxa de juros básica, pela Taxa de Longo Prazo (TLP).


“Não há hipótese de voltar o imposto sindical. A reforma trabalhista foi importante. Tínhamos uma legislação dos anos 40, autárquica, de cima para baixo. Minha meta é emprego e renda. Estimular os empreendedores. Vou baixar o imposto do empresário, para trazer mais investimentos e mais empresas. Sindicatos são uma coisa cartorial”, afirmou.


Conversas sobre vice ainda sem rumo

A entrevista ocorreu no mesmo dia em que Alckmin teve o primeiro encontro com o indicado pelos cinco partidos do Centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) para ser vice-presidente da chapa tucana, o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente da gestão Lula, José Alencar.


Alckmin afirmou que ainda não está batido o martelo sobre quem será o vice. O nome será escolhido mais para frente na campanha. “Se ele aceitar, será bom. Mas se não, vamos buscar outro nome. Foi uma primeira conversa, um bate papo, não tem nada ainda definido. Mas é um grande nome.”

Fonte: Gazeta do Povo

 


 

24/07/2018 - Juruna destaca dia 10 de agosto como protesto sindical e cívico


Nesta quarta (25), o sindicalismo se reúne em São Paulo, na sede do Dieese, para tratar de demandas práticas e mobilização para o Dia do Basta, em 10 de agosto. João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, adianta que será uma reunião ampliada. “Estamos chamando vários Sindicatos da Grande São Paulo. São entidades com poder de mobilização, que podem contribuir para fazermos um protesto forte dia 10”, ele diz.


Segundo Juruna, o objetivo do ato e da utilização da expressão “Basta!” (já está sendo divulgada em cartazes e panfletos) é mostrar o descontentamento dos trabalhadores e da sociedade com o desemprego, as falhas na Previdência e o ataque a direitos conquistados.


Formato - A ideia, em discussão, é fazer paralisações e mobilizações cedo em locais de trabalho, atos em pontos de concentração popular e protesto em frente à Fiesp, na avenida Paulista, a partir das 10 horas do dia 10 - a Federação patronal é a grande fiadora do golpe contra Dilma e da lei trabalhista de Temer.


Voto - “Quando falamos em direitos, não podemos deixar em segundo plano o direito de votar. Queremos que a mobilização do dia 10 de agosto reforce também o chamamento para um maior engajamento dos trabalhadores no processo eleitoral. Precisamos derrotar a onda favorável à abstenção”, afirma o secretário-geral da Força.


Juruna também chama atenção para a qualidade das candidaturas. “Precisamos eleger mais gente alinhada aos trabalhadores e evitar a eleição de candidatos que chegam a Brasília e votam contra nossos direitos”, afirma o dirigente nacional da Força Sindical.

Fonte: Agência Sindical

 


 

24/07/2018 - Cármen Lúcia decide manter leilão de distribuidoras da Eletrobras


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, negou pedido de liminar feito pela Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) para suspender o leilão distribuidoras estaduais de energia elétrica, subsidiárias da Eletrobras. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (23).


A Companhia Energética do Piauí (Cepisa) será a primeira das seis distribuidoras da Eletrobras que serão leiloadas, em venda marcada para a próxima quinta-feira (26). O leilão da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), da Boa Vista Energia (Roraima) e da Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia) está previsto para 30 de agosto.


No pedido que chegou ao Supremo, a associação dos empregados contestou a liminar proferida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador André Fontes, que liberou o leilão, após uma decisão da primeira instância que barrou a venda das empresas.


Para a Aeel, a decisão do desembargador descumpriu uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que proibiu o governo de vender, sem autorização do Legislativo, o controle acionário de empresas públicas de economia mista. Ao analisar o caso, Cármen Lúcia entendeu que o desembargador não descumpriu a decisão de Lewandowski e que o caso não pode ser analisado profundamente por meio de uma reclamação constitucional, tipo de ação utilizada para questionar a liberação do leilão.


“A decisão reclamada não se afasta dessa exigência. Ao contrário, ao examinar os diplomas legislativos correspondentes, assenta a existência de autorização legislativa para a alienação do controle acionário das distribuidoras elencadas no edital de Leilão n. 2/2018. Eventual desacerto nesta avaliação deve ser questionado na via recursal própria, não podendo ser sanada pela reclamação", decidiu a ministra.

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/07/2018 - Novo ministro do Trabalho foi autuado 24 vezes por infrações trabalhistas


O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, foi autuado 24 vezes pelo Ministério do Trabalho por infrações trabalhistas. As autuações ocorreram entre os anos de 2005 e 2013, em sua fazenda no Sul de Minas Gerais, na cidade de Conceição do Rio Verde. Uma das autuações, datada de 2009, refere-se a dois trabalhadores rurais que não tinham registro em carteira de trabalho e que, portanto, estavam privados dos benefícios legais da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).


“As fiscalizações geraram multas de R$ 46 mil. À época, Vieira de Mello era desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Belo Horizonte. Os auditores do Ministério do Trabalho fizeram sete fiscalizações entre 2005 e 2013 na Fazenda Campestre, onde o ministro mantinha uma plantação de café. Além dos dois funcionários que estavam há três anos trabalhando sem registro em carteira, a fiscalização encontrou falhas de segurança e de higiene na fazenda.


De acordo com os autos de infração obtidos pela Repórter Brasil, era permitido o livre acesso dos trabalhadores ao depósito com agrotóxicos, que ficava perto do refeitório dos funcionários. "É grande a chance de contaminação, pois nem todo trabalhador é treinado para manusear o agrotóxico", afirma o assessor jurídico da (Contar) Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais, Carlos Eduardo Chaves Silva.”

Fonte: Brasil247

 


 

24/07/2018 - Com Temer, construção civil segue em seu extermínio de vagas e perspectivas


As profissões ligadas à agropecuária e indústria têxtil perderam fôlego nos últimos 12 meses. Mas é a construção civil que está no fundo do poço: entre as dez profissões que mais destruíram postos de trabalho em 2017 e permanecem sem perspectivas em 2018, sete estão relacionadas a este segmento. Os dados têm base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.


"Entre os dez piores desempenhos, a profissão que proporcionalmente fechou mais vagas dentro da construção nos 12 meses encerrados em junho foi a de supervisores de construção civil, com demissão de 8.566 trabalhadores e queda de 8,7% no pessoal ocupado com carteira nessa posição, após já ter dispensado 17.282 pessoas nos 12 meses anteriores. O total de trabalhadores formais atuando com montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis encolheu 5,2% nos 12 meses terminados em junho, 5.996 vagas a menos. A terceira maior queda no pessoal ocupado, de 4,9%, ocorreu na profissão de trabalhadores de estruturas de alvenaria, com 17.496 dispensados nos últimos 12 meses.


'A construção civil continua apanhando da baixa taxa de investimento, da falta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos destaque foi a queda nas vagas para engenheiros civis. Ou seja, mesmo os trabalhadores mais qualificados não estão encontrando oportunidade de trabalho', ressaltou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC e responsável pelo estudo. Engenheiros. Foram eliminadas 2.110 vagas formais de engenheiros civis no País nos 12 meses encerrados em junho, uma queda de 3,2% no total ocupado nessa profissão em relação aos 12 meses anteriores, terminados em junho de 2017, quando outras 6.189 vagas já tinham sido extintas. Em dois anos, mais de oito mil engenheiros civis perderam o emprego com carteira assinada.

Fonte: Brasil247

 


 

24/07/2018 - Queda no Caged indica precarização e desindustrialização do País


Os empregos com registro em Carteira tiveram em junho um saldo negativo de 661 vagas, sendo registradas no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão do Ministério do Trabalho.


É preciso lembrar que 3.676 dos novos empregos foram criados nas modalidades de trabalho intermitente e jornada parcial, que significa a possibilidade da pessoa trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas. Sem essas vagas precárias, o revés geral do emprego atingiria um saldo negativo de 4.337.


Victor Pagani, técnico do Dieese, disse à Agência Sindical que esse resultado negativo do mercado de trabalho "é surpreendente e o mais assombroso é a queda do emprego na indústria. Até por questões sazonais, historicamente a indústria começa a contratar no final do primeiro semestre e começo do segundo para atender a demanda do Natal", ressalta.


Desindustrialização - Os empregos na indústria de transformação tiveram queda de 20.470 postos de trabalho em junho. Entre os 12 setores industriais monitorados, 11 demitiram mais do que contrataram. A indústria têxtil (-6.169), a metalurgia (-3.427) e a de calçados (-3.334) lideraram o ranking negativo.


"A indústria está sentindo a crise", diz Pagani, lembrando que "ao longo dos anos se percebe uma queda constante de sua participação no PIB e no percentual geral de empregos".


Férias coletivas - Há ainda outros dados preocupantes para a indústria. A Volkswagen, por exemplo, dará férias coletivas para mil funcionários a partir de 21 de agosto e, posteriormente, o mesmo expediente será utilizado com outros quatro grupos, em quantidades e datas que ainda serão definidos.


Também o comércio sofreu forte baque, com o fechamento de 20.971 postos de trabalho. Somados, indústria e comércio perderam 41.441 vagas de empregos formais em junho passado.

Fonte: Agência Sindical

 


 

24/07/2018 - Empresa que não treina funcionários responde por acidente de trabalho


Age com negligência empresa que deixa de contratar ou treinar outros empregados para uma função mesmo tendo ciência do perigo da realização das atividades por apenas um funcionário. Com esse entendimento, os desembargadores da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) confirmaram decisão que condenou uma companhia a pagar pensão mensal no valor de R$ 1,4 mil a um ex-funcionário que se acidentou no trabalho.


Nos autos, o autor, que era mecânico, conta que precisou consertar um trator da companhia que estava com vazamento. Ele então pediu ajuda para dois funcionários, que não são da área, para ajudar a erguer o veículo. Um dos colegas acabou soltando uma das rodas, que caiu no tornozelo do autor, prendendo sua perna.


Segundo o laudo pericial, o profissional ficou com sequelas e incapacitado permanentemente para o trabalho. "O autor possui 61 anos, sofreu uma fratura grave em tornozelo direito que evoluiu com um edema residual e limitação na dorsiflexão do pé direito como sequelas do sinistro. Isso o impossibilita de permanecer por tempos prolongados em pé e de pegar peso, tal qual fazia na reclamada."


Em sua defesa, a empresa alegou que não ficou comprovada sua responsabilidade pelo acidente, que, segundo ela, teria ocorrido por culpa exclusiva do funcionário, que foi desatento em suas atividades.


No TRT-24, o desembargador relator, Nery Sá e Silva de Azambuja, afirmou que tanto a ocorrência do acidente quanto o dano e o nexo causal são indiscutíveis e que a culpa do empregador ficou devidamente comprovada. Isso porque, disse o magistrado, apesar de a atividade praticada no dia necessitar de mais profissionais, o autor da demanda era o único mecânico da empresa, e os ajudantes não tinham nenhuma experiência na área.


"A prova oral produzida confirmou que o evento danoso se deu em razão da negligência da ré no cumprimento de normas de segurança do trabalho. Ficou demonstrado nos autos que o reclamante era o único mecânico da empresa e que a atividade que exerceu no dia do acidente era impossível de ser realizada somente por ele, sendo necessária a ajuda de outros empregados da ré. Todavia, revelou-se que tais obreiros não tinham o conhecimento e treinamento indispensáveis para o exercício desta atividade. Além do mais, era de conhecimento da recorrente esta rotina", concluiu o desembargador.


Seguido de forma unânime pelos demais membros da turma, Nery de Azambuja determinou que empresa pague pensão mensal de R$ 1.360 ao trabalhador até que ele complete 74 anos. A companhia também foi condenada por danos morais e estéticos e deverá indenizar o ex-funcionário no valor de R$ 25 mil, além de arcar com todas as despesas médicas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-24.

Processo 0024052-29.2015.5.24.0006

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

24/07/2018 - Turma condena empresa a pagar despesas médicas futuras de empregado acidentado


A Albra Alumínio Brasília Ltda. terá de indenizar auxiliar de manutenção por danos materiais pelas despesas médicas futuras decorrentes de acidente de trabalho que lhe deixou com queimaduras em 48% do corpo. A decisão unânime da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determina o pagamento do tratamento até a recuperação do empregado que sofreu queimaduras em grande parte do corpo.


Na ação trabalhista, o empregado pediu o pagamento de todas as despesas com o tratamento até o fim da convalescença. Relatou que trabalhava no interior de um tanque quando ocorreu explosão provocada pelas labaredas do maçarico. Tinha 32 anos. A empresa culpou-o pelo acidente. Argumentou que o empregado deixou gás escapar no momento que não utilizava o maçarico e, quando o equipamento foi acionado, ocorreu a explosão.


O juízo de primeiro grau deferiu o pagamento de R$ 250 mil para custear as despesas médicas, pretéritas e futuras. A empresa pediu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF) a exclusão da parcela da condenação, alegando que o tratamento foi realizado em hospital público. Sustentou que não foi demonstrada a necessidade de tratamentos futuros. O empregado, por sua vez, pediu para que o valor fixado não seja utilizado para limitar procedimentos médicos futuro.


O TRT entendeu que a atividade era de risco, uma vez que o auxiliar trabalhava em espaço confinado com a utilização de maçarico acoplado a botijão de gás, que o expunha a risco acentuado de acidentes. Diante do conjunto de provas, responsabilizou a empresa pela indenização por danos morais e materiais (pensão e despesas médicas).


TST

O empregado conseguiu a reforma da decisão no recurso para o TST. Segunda a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, o Tribunal admite a condenação ao pagamento das parcelas futuras, enquanto perdurar a situação. Isso porque considera que não é razoável, em face dos princípios da razoabilidade e da economia processual, que o empregado tenha de ajuizar nova ação para discutir o mesmo direito, porém sempre limitado a um novo período.


De acordo com a ministra, no caso da condenação de custear despesas médicas indispensáveis ao restabelecimento do empregado, surge relação jurídica continuativa em que o pagamento da indenização condiciona-se à evolução do tratamento e enquanto perdurar a convalescença.


Considerando que o valor da condenação não pode ser reduzido, mas também levando em conta que não pode haver a limitação prévia das despesas médica, a relatora não limitou a condenação ao pagamento de R$ 250 mil. Assim, determinou que o pagamento de indenização pelas despesas com o tratamento seja realizado até a cura, conforme apurado no juízo da execução continuada. A prova das despesas dever ser apresentada na Vara do Trabalho. Houve a apresentação de embargos de declaração, ainda não julgados.

Processo: ARR-1997-52.2012.5.10.0015

Fonte: TST

 


 

24/07/2018 - Projeto proíbe agências de emprego de cobrar taxas para cadastro de currículo


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8772/17, do deputado Nilto Tatto (PT-SP), que proíbe agências de emprego de cobrar de candidatos taxas para cadastro de currículo no banco de dados ou inscrição em processo seletivo.


A proposta altera a CLT (Decreto-lei nº 5.452 de 1943). O autor observa que essa proibição já está expressa em tratado da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre agências de empregos privadas, que ainda não foi ratificado pelo país.


“Esse tipo de cobrança deve ser combatida porque a busca de uma colocação no mercado de trabalho é, na maioria das vezes, a luta incessante de um pai de família desempregado ou de um jovem que busca seu primeiro emprego”, justificou o deputado.


Tramitação

A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

23/07/2018 - Sindicalistas entregam Agenda Prioritária ao presidenciável Ciro Gomes


As Centrais Sindicais entregaram quinta (19), em Brasília, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora ao presidenciável Ciro Gomes. O ato ocorreu no encerramento do Congresso Sindical do PDT, que antecedeu a convenção nacional que confirmou sexta-feira o lançamento do ex-governador como candidato do partido à presidência da República.


O documento, elaborado com apoio do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apresenta 22 propostas estratégicas para recolocar o Brasil no rumo do crescimento, com desenvolvimento social.


A agenda será entregue aos candidatos a cargos legislativos e executivos estaduais e federal. O objetivo e colocar as demandas dos trabalhadores no centro do debate eleitoral.


Em sua fala, Ciro Gomes voltou a se posicionar contra a lei trabalhista de Temer, reiterando que pretende revogá-la. Ele também afirmou que irá rever privatizações de estatais estratégicas e a venda da Embraer para a americana Boeing.


"Tudo que for contrário ao trabalhador e ao interesse público será revisto e revertido", afirmou. Ciro Gomes se comprometeu a manter um diálogo permanente entre governo e movimento sindical. Ele encerrou sua fala dizendo: "Esse governo que eu vou liderar servirá aos mais pobres e aos trabalhadores".


O metalúrgico Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, reafirmou a necessidade de colocar no Palácio do Planalto um governo desenvolvimentista. Ele denunciou ainda a medida provisória que trata do programa "Rota Brasil 2030", que destina mais incentivos fiscais às montadoras multinacionais.


"Era uma discussão do Inovar-Auto que contava com a participação muito forte das Centrais Sindicais, numa bancada tripartite. Conseguimos colocar contrapartidas de desenvolvimento e tecnologia. O acordo acabou e agora querem enfiar essa rota 2030 sem a participação dos trabalhadores. Isso, mais uma vez vai gerar uma crise de desemprego e acabar com a indústria nacional, pois a montadoras trarão tudo de fora. Isso é um crime", afirma.


Ele também chamou de armadilha o acordo Mercosul/União Europeia. "Querem regulamentar esse acordo, a toque de caixa. As bases desse protocolo é vender nosso País e deixar nosso povo ainda mais atrasado", salientou.


O presidente em exercício da CTB, Divanilton Pereira, disse que os itens da Agenda são uma contribuição ao seu programa de governo do candidato. “É uma contribuição sob a ótica classista, que objetiva aperfeiçoar uma perspectiva desenvolvimentista que dialoga fortemente com a retomada da democracia e do desenvolvimento no Brasil", aponta.


O Movimento Sindical do PDT será comandado pelo metalúrgico Milton Cavalo, que segue na presidência. O evento contou com representantes de movimentos trabalhistas do partido de nove Estados, que já realizaram suas convenções.


De acordo com Milton, o evento foi importante e único. "É inédito, o que aconteceu. Um pré-candidato, um dia antes de ter seu nome homologado pelo partido, se encontrar com dirigentes das principais Centrais Sindicais do País. Ciro mostrou que tem lado. O lado dele é o trabalhador", disse.

Fonte: Agência Sindical

 


 

23/07/2018 - Após acordo com centrão, Alckmin muda posição sobre imposto e é criticado


Após fechar acordo com o chamado centrão, que agrupa DEM, PP, PR, PRB e o Solidariedade, e conquistar cinco minutos de tempo de televisão, o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) já teve que mudar de posição sobre um assunto polêmico para manter o apoio das legendas e virou o alvo de críticas dos demais postulantes ao Palácio do Planalto.


Na sexta-feira (20), o ex-governador de São Paulo entrou na primeira saia justa com os partidos aliados. Em sua página no Twitter, Alckmin escreveu que não iria revogar "nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista". "Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical", escreveu. A declaração causou mal-estar com o Solidariedade, ligado a centrais sindicais. O deputado Paulinho da Força aventou a possibilidade de sair do acordo e passar a apoiar Ciro Gomes (PDT).


O problema só foi minimizado quando Alckmin ligou a Paulinho da Força, na noite de ontem, e disse que o post na rede social havia sido uma "trapalhada" de sua equipe de comunicação. Assegurou ao aliado que irá estudar medidas para manter a viabilidade econômica de sindicatos, sem passar pela volta do imposto sindical. Com isso, o deputado resolveu retomar o apoio.


Para a campanha do tucano, a aliança com o centrão é vista como essencial para que o pré-candidato deslanche nas pesquisas eleitorais -- em que, até agora, não colheu bons resultados. Para o acordo ser firmado, porém, Alckmin teve que se comprometer com uma série de pautas do interesse dos partidos que integram o bloco, principalmente no plano econômico.


Depois da saia justa com os apoiadores, os demais presidenciáveis teceram uma série de críticas à formalização do acordo que beneficia o tucano.


Jair Bolsonaro (PSL) foi incisivo: "Quero parabenizar o Alckmin. Ele reuniu a nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele". Alvaro Dias (Podemos) também falou sobre o assunto: "Não creio que a solução seja esse amontoado de siglas em nome de tempo de TV que, muitas vezes, é para dar explicações das próprias incoerências mais do que apresentar propostas que dizem respeito ao interesse nacional", afirmou, ao Estado de S. Paulo.


Marina Silva (Rede) disse, em um vídeo, que sua campanha não faria alianças "oportunistas" e "aventureiras". Guilherme Bolos (PSOL) afirmou que o centrão é uma "soma de partidos que se unem no balcão de negócios". "Em troca de alguns minutos do horário eleitoral, Alckmin se alia a ex-presidiários como o Valdemar da Costa Neto e o Roberto Jefferson", comentou João Amoêdo (Novo).


O centrão tem mais de 160 deputados, um número que pode ser decisivo para o futuro presidente conseguir aprovar pautas de interesse do governo na próxima legislatura. Nas últimas semanas, o bloco estava indeciso entre apoiar Alckmin ou Ciro. O tucano levou a melhor porque Ciro foi considerado instável demais -- esta semana, ele xingou a promotora que pediu a abertura de uma investigação contra ele por injúria racial contra o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM).

Fonte: Congresso em Foco

 


 

23/07/2018 - “Construir o debate eleitoral é dever dos Sindicatos”, afirma coordenadora do FST


“Ninguém quer o Brasil como ele está hoje, com 13 milhões de desempregados, indústrias que fecham... Estamos sem uma perspectiva de desenvolvimento, a gente não sabe se vai ter saúde e educação”. Com essas palavras, a dirigente metalúrgica Mônica Veloso resumiu à Agência Sindical o sentimento geral do povo em relação à situação do País.


Coordenadora do Fórum Sindical dos Trabalhadores e dirigente da Confederação da categoria, ele disse que o sindicalismo não deve se deixar contaminar por esse desalento. Principalmente em relação ao processo eleitoral deste ano.


“A gente vive uma situação difícil e é normal que as pessoas estejam desgastadas. Mas é exatamente por essa razão que o movimento sindical, a classe trabalhadora, os movimentos sociais precisam se engajar para que as pessoas percebam a importância de votar em 2018. Não votar faz com que tudo permaneça com está”, sublinha.


Mônica destaca que o ataque a direitos trabalhistas, além de outras medidas que cortam direitos sociais, aprovadas pelo Congresso Nacional, só refletem uma correlação de forças desfavorável aos interesses populares na Câmara e no Senado Federal.


De acordo com a dirigente, para que uma mudança ocorra é fundamental que os Sindicatos apontem aos trabalhadores de suas bases a importância do voto consciente. “Você tem redes sociais, sites, informação em muitos lugares para ver as propostas do candidato; ver quais os compromissos que ele tem com o desenvolvimento, com a classe trabalhadora, com as políticas sociais, com as questões das mulheres, dos negros e dos jovens”, diz.


“Os dirigentes não devem ter medo de falar de política nos locais de trabalho, de trazer o debate político para dentro do Sindicato”, enfatiza. Mônica completa: “Nas eleições, o poder de decisão está de fato colocado nas mãos do povo e o papel do sindicalista como agente social e político é de não se omitir. Construir o debate é dever dos Sindicatos”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

23/07/2018 - Depois da reforma de Temer, só o trabalho intermitente cresce


País fechou vagas em junho, na primeira queda do ano. Números divulgados sexta-feira mostram mais uma vez que mercado,

apesar do discurso, não cria as vagas necessárias para impulsionar a economia


Sem criar vagas em junho, na primeira queda do ano, o emprego formal mostra a estagnação do mercado de trabalho e da economia. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, no mês passado foram fechados 661 postos de trabalho com carteira assinada, com 1,167 milhão de contratações e 1,168 milhão de demissões. Só o que cresceu foi a modalidade intermitente, criada com a "reforma" e que não significa uma garantia de trabalho efetivo.


No primeiro semestre, o saldo foi de 392.461 vagas, crescimento de 1,04% no estoque, de 38,2 milhões. Em 12 meses, fica ainda menor: 280.093 empregos formais, variação de 0,74%.


Segundo o Ministério, o saldo do trabalho intermitente foi 2.688 vagas no mês passado. Metade (1.348) no setor de serviços, com destaque para a função de assistente de vendas.


Os dados positivos do Caged se concentraram na agropecuária, com saldo de 40.917 empregos, com destaque para o cultivo de café (14.024) e de laranja (8.903). O setor de serviços ficou estável, com apenas 589 vagas a mais. O comércio fechou 20.971 postos de trabalho (-0,23%) e a indústria, 20.470 (-0,28%).


De janeiro a junho, a indústria abre 75.726 vagas (1,05%) e o comércio elimina 94.839 (-1,05%). Os serviços criam 279.130 (1,67%) e a agropecuária tem o maior crescimento percentual, de 4,51%, com saldo de 70.334 empregos formais. A administração pública abre mais 13.578 (1,76%) e a construção civil, 42.521 (2,12%). O saldo do Caged em 12 meses se concentra na área de serviços.


E o mercado formal segue "trocando" trabalhadores e reduzindo a remuneração. Em junho, o salário médio dos admitidos era de R$ 1.534,69, enquanto os que foram dispensados tinham ganho médio de R$ 1.688,25.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

23/07/2018 - Confiança da indústria tem queda de 0,5 ponto na prévia de julho


O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda de 0,5 ponto na prévia de julho, na comparação com junho. Com o dado preliminar, o indicador chega a 99,6 pontos (em uma escala de zero a 200 pontos) e volta para um patamar abaixo dos 100 pontos.


A queda da confiança na prévia de julho foi provocada pela piora das expectativas do setor. O Índice de Expectativas caiu 4,3 pontos na prévia de julho e atingiu 100,7 pontos. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, no entanto, subiu 3,4 pontos e chegou 98,5 pontos.


O resultado preliminar de julho sinaliza o segundo recuo consecutivo no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria, de 0,3 ponto percentual, para 75,9%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/07/2018 - INSS convoca 178 mil segurados para perícia


O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) divulgou edital de convocação de beneficiários de auxílio-doença e aposentados por invalidez para realização de perícia médica para revisão do benefício.


Em publicação no Diário Oficial, foram convocadas mais de 178 mil pessoas. O segurado tem até o dia 13 de agosto para fazer o agendamento pelo telefone 135.


No dia da perícia, o beneficiário deve apresentar documentação médica disponível, como atestados, laudos, receitas e exames. Quem não agendar a perícia até 13 de agosto terá o benefício cancelado. Do total de convocados, 168.523 são de aposentados por invalidez e 10.412 são beneficiários do auxílio-doença.


Segundo a publicação oficial, a convocação foi feita porque o INSS não conseguiu encontrar alguns dos beneficiários no endereço informado no cadastro do Sistema Único de Benefícios (SUB), ou porque, no próprio cadastro, não havia informações suficientes para o envio da correspondência.

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/07/2018 - 1ª Turma mantém registro da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Centro-Oeste


A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás) manteve a declaração de validade do registro da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas no Centro-Oeste (Fequim-CO) feita pelo Juízo trabalhista de Catalão. O recurso ordinário julgado pela turma foi interposto pela Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Estado do Mato Grosso do Sul que questionava sentença proferida pelo Juízo trabalhista de Catalão (GO).


A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul propôs em Catalão uma ação anulatória de registro sindical sob a alegação de que o registro deferido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Centro-Oeste (Fequim-CO) afrontaria a unicidade sindical. Como o Juízo de Catalão entendeu não haver afronta aos princípios trabalhistas que regem as matérias sindicais e declarou a validade do registro, a federação sul-matogrossense recorreu ao segundo grau para tentar obter a declaração de invalidade do registro.


O relator, desembargador Gentil Pio, ao votar, adotou o fundamento feito pelo magistrado de primeiro grau para manter a declaração de validade do registro. Ele destacou trecho da sentença em que o juiz trabalhista Rafael Fabri ponderou sobre a abrangência da Fequim-CO, que por ser mais específica oferece maior representatividade à categoria dos trabalhadores por ela representados, além de não haver ofensa à unicidade sindical. Ao adotar os fundamentos da sentença, o desembargador manteve o registro da Fequim-CO. Processo TutCautAnt – 0011175-37.2017.5.18.0141

Fonte: TRT8

 


 

23/07/2018 - Justiça considera hora de trabalho noturno reduzida para ampliar intervalo de operador


A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, ao considerar a hora de trabalho noturno como de 52 minutos e 30 segundos, concluiu que um operador de produção prestava serviço por mais de seis horas sem usufruir do intervalo de no mínimo uma hora, previsto no artigo 71 da CLT. Dessa forma, a Turma condenou a Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda. a pagar horas extras por não conceder de forma integral o repouso. A medida punitiva tem base no item IV da Súmula 437 do TST.


Contratado para trabalhar por seis horas, o empregado se ativava das 23h25 às 5h40, na unidade de Mauá (SP), com intervalo intrajornada de 15 minutos, a que têm direito as pessoas que cumprem jornada acima de quatro horas e até seis horas (artigo 71, parágrafo 1º, da CLT). Na reclamação trabalhista, o operador alegou que seu repouso deveria ser de uma hora, no mínimo, pois, segundo ele, o turno era superior a seis horas, se considerado o período de 52m30s, que equivale à hora noturna (artigo 73, parágrafo 1º, da CLT).


Nos juízos de primeiro e segundo graus, o pedido de horas extras, motivado pelo intervalo incompleto, foi julgado improcedente. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região concluiu que o fato de a jornada noturna ser calculada com a redução da hora não pode ser considerado para ampliar o intervalo intrajornada. Assim, para fins do cálculo do tempo de repouso, o operador de produção trabalhava por apenas seis horas, com direito a descanso de 15 minutos.


Houve recurso ao TST. O relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, afirmou que a redução ficta da hora noturna também se aplica para fins de verificação do tempo de intervalo intrajornada. Uma das razões desse entendimento é o objetivo da CLT de proteger a saúde de quem trabalha em horário noturno. O ministro ainda explicou que a prestação de serviço em turnos ininterruptos de revezamento, no qual periodicamente há troca de turno, não retira o direito à hora noturna reduzida, conforme a Orientação Jurisprudencial 395. É o caso do empregado em questão.


Por unanimidade, a Primeira Turma acompanhou o relator, mas a Magneti Marelli apresentou embargos de declaração, ainda não julgados.

Processo: RR-1001015-95.2014.5.02.0363

Fonte: TST

 


 

23/07/2018 - Aberto novo período para saque do abono salarial ano-base 2016


Trabalhadores poderão retirar o dinheiro de 26 de julho a 30 de dezembro; quase 2 milhões de trabalhadores não sacaram o benefício,

e o valor disponível chega a R$ 1,44 bi


O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) autorizou na quarta-feira (11) a abertura de novo período para pagamento do abono salarial ano-base 2016. O prazo terminou em 29 de junho. Com a prorrogação, os trabalhadores poderão retirar o dinheiro a partir de 26 de julho até 30 de dezembro. Vale lembrar que o pagamento do benefício referente ao ano-base 2017 também começará a ser pago no dia 26 de julho.


Quase 2 milhões de trabalhadores não sacaram o benefício, o que corresponde a 7,97% do total de pessoas com direito ao recurso. O valor ainda disponível chega a R$ 1,44 bilhão. Este é o terceiro ano consecutivo em que ocorre prorrogação. No ano passado, essa mesma medida foi tomada. O estabelecimento de novo prazo atende um pedido dos representantes dos trabalhadores no Codefat.


O valor que cada trabalhador tem para sacar depende de quanto tempo ele trabalhou formalmente em 2016. Quem trabalhou o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é R$ 80.


Direito - Tem direito ao abono salarial ano-base 2016 quem estava inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos; trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2016 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos; e teve seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).


Os trabalhadores da iniciativa privada devem procurar a Caixa. A consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet ou no telefone 0800-726 02 07. Para os servidores públicos, a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet e pelo telefone 0800-729 00 01.

Fonte: MTb

 


 

20/07/2018 - Centrais distribuem peças de divulgação do ‘Dia do Basta’


As Centrais Sindicais intensificam os preparativos para o “Dia do Basta”, em 10 de agosto. O movimento, também chamado de Dia nacional de mobilização e paralisações, ocorrerá em todo o País. Os atos serão encabeçados pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas.


De acordo com circular distribuída pelas entidades, além da luta contra o desemprego, as Centrais irão exigir um basta nos aumento de preço do gás de cozinha e dos combustíveis, à retirada de direitos da classe trabalhadora, às privatizações e ataques à democracia.


As Centrais também já produziram o material de divulgação padronizado, que deverá ser reproduzido pelos Sindicatos, Federações e Confederações. Além da exposição das peças nas redes de comunicação próprias de cada entidade, alguns materiais de convocação dos atos podem ser impressos e distribuídos nas bases.


Mobilização - O objetivo é organizar grandes manifestações, nas quais a classe trabalhadora possa expressar toda a sua indignação com o cenário de crise, com taxas de desemprego alarmantes, salários desvalorizados e o País sem rumo.


"A classe trabalhadora dirá: - Basta! de desemprego, recessão e miséria. Um grito que fará ressoar com mais força a nossa agenda prioritária", afirma Divanilton Pereira, presidente nacional em exercício da CTB.


São Paulo - Uma grande manifestação na avenida Paulista, em frente à Fiesp, ocorrerá a partir das 10 horas, com a participação de várias categorias de trabalhadores e movimentos sociais.


Clique aqui e confira o material unificado das centrais para a mobilização.

Fonte: Agência Sindical

 


 

20/07/2018 - Que Congresso queremos na próxima legislatura?


Ou se renova a composição do Congresso ou as atuais práticas serão intensificadas na próxima legislatura. E não se pode confiar apenas na pressão da sociedade para impedir a repetição dos vícios e práticas atuais, que levarão inexoravelmente ao colapso do sistema representativo.


Antônio Augusto de Queiroz*


A composição do próximo Congresso, caso não haja mudança relevante no humor do eleitor, pode ser mais atrasada, fisiológica e pró-mercado do que a atual. Por isso, a importância de a esquerda e a centro-esquerda priorizar a eleição de deputados e senadores para impedir que o pior aconteça.


A prática política dos parlamentares acomodados em partidos de centro, centro-direita e direita, independentemente da visão ideológica do futuro presidente da República, vai continuar a mesma. Ou seja, eles vão tentar manter e até ampliar o balcão de negócios dos últimos 2 anos, tanto via partidos quanto por intermédio de bancadas informais, pelas razões a seguir.


Em 1º lugar porque o índice de renovação será menor que a média histórica das últimas eleições, com a reeleição da maioria absoluta dos atuais deputados, que estão viciados nessa forma de fazer política.


Em 2º lugar porque a pulverização partidária continuará enorme e os grandes partidos, com mais de 50 parlamentares, tendem a reduzir suas bancadas, dificultando a formação de maiorias por parte do governo.


Em 3º lugar porque as bancadas informais irão crescer, de 1 lado, estimuladas pelas “conquistas” que tiveram na atual legislatura, na qual o governo atendeu a praticamente todos os pleitos dos ruralistas, por exemplo, e, de outro, pelas facilidades da “janela partidária”, que fragiliza a fidelidade partidária, permitindo que o parlamentar mude de partido sem perda de mandato.


Realmente, o governo Michel Temer – para se livrar das denúncias e aprovar sua agenda impopular e antinacional – viciou os parlamentares, ao institucionalizar a troca de votos por favores e benefícios do Estado, especialmente renúncias e anistias fiscais.


Como decorrência do processo eleitoral, especialmente devido ao elevado absenteísmo no comparecimento às urnas, 2 mudanças constitucionais ganharão força no futuro Congresso: o fim do voto obrigatório e a candidatura avulsa.


No caso da extinção do voto obrigatório, 2 fatores – que estarão presentes no atual processo eleitoral – poderão ser determinantes.


O 1º é que quase metade dos eleitores irão se abster de votar, vão votar branco ou anular o voto, o que demonstrará a falência de obrigatoriedade do voto.


O 2º é que o baixo comparecimento dos eleitores fará com que os eleitos – presidente, governadores, senadores e deputados – passem a representar pouco mais de 1/3 da população, ampliando a crise de representatividade.


Sobre as candidaturas avulsas, 2 também fenômenos tendem a ser determinantes. O 1º será o crescimento, também do fortalecimento, das bancadas informais. O 2º, a “janela partidária”, que permite ao parlamentar mudar de partido sem perda de mandato.


Em relação à agenda de reformas, esses parlamentares mais à direita do espectro político, por seus vínculos com o mercado, tendem a apoiar mudanças com viés liberal-fiscal, de 1 lado voltadas para o Estado mínimo e, de outro, direcionadas ao desmonte dos serviços públicos, ao corte de gasto público e à repulsa à criação ou majoração de tributos.


Num cenários desses ganha força a agenda de privatizações, a reforma administrativa, com terceirização, redução de órgãos e pessoal, e a reforma da Previdência, com ampliação da idade e do tempo de contribuição e com redução do benefício.


Para se contrapor às práticas, aos vícios e à agenda neoliberal, além da pressão da sociedade, é preciso a eleição de robusta bancada de centro-esquerda e esquerda, seja para dar respaldo a 1 governo comprometido com o interesse nacional e a proteção social, seja para fazer oposição a um governo liberal-fiscal.


A confirmação ou não dessas tendências e riscos depende do eleitor. Só a consciência dessa possibilidade é que poderá forçar o eleitor a escolher deputados e senadores que fujam a esse padrão. Ou se renova a composição do Congresso ou as atuais práticas serão intensificadas na próxima legislatura. E não se pode confiar apenas na pressão da sociedade para impedir a repetição dos vícios e práticas atuais, que levarão inexoravelmente ao colapso do sistema representativo.


(*) Jornalista, consultor, analista político e diretor de Documentação do Diap. Texto publicado originalmente na revista eletrônica “Teoria & Debate”.

Fonte: Diap

 


 

20/07/2018 - Ciro apresenta diretrizes de governo, mas propostas podem incomodar blocão


Ainda na tentativa de conquistar o chamado blocão, Ciro Gomes lança na convenção que irá confirmar sua candidatura à Presidência da República pelo PDT, na sexta-feira, 12 diretrizes para um eventual governo, sem detalhes para poderem ser negociadas com possíveis aliados, mas as propostas podem incomodar os partidos do grupo.


No momento, lideranças e técnicos de partidos que podem se aliar a Ciro, principalmente do blocão —formado por PP, DEM, PR, PRB e SD—, têm discutido uma suavização no discurso do pedetista para a economia. Mas, para a convenção do PDT o documento, que ainda está em formatação, conterá apenas as ideias da legenda dele.


O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse à Reuters que o documento com as 12 “macrodireções” para o Brasil, conforme define, terá a defesa de um projeto nacional desenvolvimentista em que a tônica será o incentivo ao capital nacional, ao empresário local, com bancos públicos adotando taxas de juros de nível internacional a fim de incentivar a produção.


A intenção do plano de governo preparado pelo PDT é criar mecanismos para fortalecer a geração de empregos nas áreas da construção civil, serviços e comércio a fim de alavancar a formação de renda, o consumo e, por tabela, a economia brasileira.


Um dos pontos centrais é mexer diretamente com os juros bancários. O próprio Ciro Gomes disse, em evento na Confederação Nacional da Indústria, que planeja mexer nos juros dos bancos públicos para baixar o custo do investimento no país.


Lupi fez críticas ao uso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financiador dos grandes grupos nacionais e afirmou que o objetivo é “democratizar” o acesso a financiamentos públicos.

 

“Isso vai ser nosso foco, (usar o) BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal a colocar dinheiro para quem precisa desse dinheiro para gerar emprego”, afirmou Lupi ele, que diz ter “comprovado” que emprestar 10 mil reais a um pequeno empregador surte mais efeito do que 10 milhões para um grande grupo.


Lupi confirmou que a proposta deve conter sugestões referentes à diminuição de incentivos fiscais. Ciro fala em fazer um corte linear em 15 por cento nos benefícios a empresas, o que poderia gerar uma economia de 45 bilhões de reais ao ano.


Os 12 Passos para Construção do Brasil, segundo o coordenador da campanha e irmão de Ciro, o ex-governador do Ceará Cid Gomes, vão abordar, além de economia, meio ambiente, segurança pública, educação, saúde e combate à corrupção.


Por enquanto, as medidas serão amplas, sem detalhamento, para que possam ser negociadas com aliados ao longo da campanha.


“É uma plataforma para ser aprofundada e consolidada ao final da campanha, para não se ter surpresas e saber exatamente o que se esperar do governo Ciro”, disse.


Reformas

Segundo Lupi, as diretrizes deverão conter sugestão sobre uma reforma da Previdência. A proposta é que não se mexa em direitos adquiridos e que se olhe apenas para uma mudança das regras previdenciárias de agora em diante.


O plano também deve propor a revisão da atual legislação trabalhista, recentemente reformada no governo Temer com o apoio de partidos que o PDT de Ciro tenta garantir o apoio formal para sua aliança ao Planalto.


Lupi defendeu, por exemplo, mudanças na legislação referente ao trabalho intermitente —em linhas gerais, quando a jornada de trabalho se dá por convocação. Ele também se disse pessoalmente contra a inovação pela qual o acerto em acordos coletivos se sobrepõe ao previsto na legislação, mas ressalvou que esse ponto não foi discutido com ninguém.


O presidente do PDT também defendeu uma nova forma de sustento dos sindicatos, após o fim do imposto sindical. E cutucou o fato de a reforma não ter acabado com a contribuição para custear as entidades patronais.


Plebiscitos

O PDT admite que algumas propostas a serem discutidas por Ciro podem não ter consenso entre o proposto por ele e o Congresso a ser eleito em outubro deste ano. Mas uma das ideias do candidato é levar as questões polêmicas a plebiscito.


“Ciro pode aproveitar a legitimidade de ter sido eleito para fazer o papel de magistrado e levar para a população decidir as questões que chegarem a um impasse, chamar um plebiscito”, disse o coordenador da campanha e irmão de Ciro, o ex-governador do Ceará Cid Gomes.


“Em se elegendo tem que governar, não há salvador de pátria. E você faz assim, convencendo e aproveitando o poder popular que a eleição dará a ele”, acrescentou.

Fonte: Brasil247

 


 

20/07/2018 - Isolado, Bolsonaro pode acabar com apenas oito segundos na televisão


Depois de tentativas frustradas de fechar alianças com o PR e o PRP, o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) pode ser obrigado a escolher um vice do próprio partido (provavelmente Janaína Paschoal, a autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff).


Com isso, ficará com apenas oito segundos de tempo nos programas eleitorais da televisão aberta, que começam em 31 de outubro.


Para aumentar o espaço na TV, tido como determinante para o sucesso na eleição, a campanha do militar planeja usar recursos de direito de resposta e, assim, avançar sobre o tempo de outros partidos e coligações. Também é planejado o uso de vídeos na internet.


Uma decisão sobre eventual coligação terá que ser tomada até este domingo (22), quando acontece a convenção nacional do PSL.


Segundo especialistas ouvidos pelo Estado de S. Paulo, a aliança com Bolsonaro é tida como "de alto risco" pelos demais partidos, o que provoca o isolamento do pré-candidato.


O problema é a postura intempestiva e polêmica do militar, que pode contaminar as demais candidaturas. Além disso, o sistema partidário avalia que Bolsonaro tem poucas chances de ganhar o segundo turno das eleições.


Nos últimos dois dias, Bolsonaro foi negado pelo PR do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP) e do senador Magno Malta (ES), e pelo PRP do coronel da reserva Augusto Heleno Ribeiro. A intenção do PSL era que Malta ou Heleno Ribeiro fossem vice na chapa.

Fonte: Congresso em Foco

 


 

20/07/2018 - Alckmin defende entrega da Petrobras e manutenção da política de Temer


Sob a desconfiança do próprio partido e de aliados, o pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, tenta dar sinais ao mercado de que é a solução para o cenário de incerteza e fragmentação da direita nas eleições de outubro. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ele fez questão de dizer que a agenda de seu governo será manter o que Michel Temer fez e aprofundar na entrega do patrimônio nacional.


Desacreditado, Alckmin disse que não quer privatizar a Petrobras - afinal qual seria o candidato que diria uma sandice dessa às vésperas da eleição -, mas disse que pretende acabar com "o monopólio do refino e privatizar o restante, distribuição, transmissão, parte de gás", além da privatização completa da exploração dos poços maduros da Petrobras.


Além da Petrobras, o tucano defendeu a privatização de outros setores e disse ser favorável à venda das Embraer que acreditar "ser um grande ganho".


Na entrevista, o tucano afirmou que vai manter a política de ajuste fiscal implantada por Temer. "O ajuste será feito pelo lado da despesa e pela retomada da atividade econômica, portanto, não será pelo aumento de imposto", disse. Essa estratégia de falar de impostos é justamente para camuflar as medidas de cortes de investimentos públicos nas área sociais, o que tem levado o país a um retrocesso de 20 anos.


Alckmin tentou dar garantias também de que que vai cumprir a agenda e fazer a reforma da Previdência. Ele propõe "até o teto do INSS, um regime só para todo mundo". ele defendeu ainda um sistema de capitalização, com contribuição definida. tudo isso sob o argumento de que a Previdência é deficitária, o que até agora ninguém tem a certeza, já que não foi feita uma auditoria nas contas.

Fonte: Portal Vermelho, com agências

 


 

20/07/2018 - Auxílio-acidente pode ser concedido depois do auxílio-doença se ficarem sequelas


O auxílio-acidente pode ser concedido depois do fim do auxílio-doença se forem comprovadas sequelas. Com esse entendimento, a Turma Regional Suplementar do Paraná do Tribunal Regional Federal da 4ª Região determinou, por unanimidade, que o INSS implante o benefício de auxílio-acidente após o término do prazo do auxílio-doença de um segurado em 45 dias.


Segundo a decisão, o auxílio-acidente é devido quando o segurado padece, após acidente não relacionado ao trabalho, de sequela irreversível, redutora da capacidade de exercer a sua ocupação habitual. A decisão foi tomada no início de julho e reformou sentença de primeiro grau.


O autor da ação tem 40 anos, mora em Califórnia (PR), e é auxiliar de produção em uma fábrica de móveis. Ele foi vítima de um atropelamento em 2007 e passou a receber auxílio-doença por dois meses. Terminado o prazo, ele requereu auxílio-acidente, que foi negado administrativamente, levando-o a ajuizar ação em primeiro grau. O pedido foi negado e ele recorreu ao tribunal.


Segundo o relator do caso, desembargador federal Luiz Fernando Wowk Penteado, o auxílio-acidente é devido ao filiado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas permanentes que impliquem redução da capacidade de exercer a sua ocupação habitual. No caso do autor, o perito identificou que, em decorrência do acidente sofrido, com fratura do tornozelo esquerdo, este ficou com sequelas irreparáveis.


“Dessa forma, comprovada a redução permanente da capacidade laborativa que exija maior esforço ou necessidade de adaptação para exercer a mesma atividade, após consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, estão preenchidos os requisitos para a concessão do benefício de auxílio-acidente”, concluiu Penteado.


O pagamento do benefício deverá retroagir à data em que cessou o auxílio-doença (maio de 2007) acrescido de juros e correção monetária. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4. Processo 50256846720174049999/TRF

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

20/07/2018 - TRT-18ª reconhece validade de dispensa por justa causa de trabalhador que faltava reiteradamente ao trabalho


A Terceira Turma do TRT de Goiás confirmou sentença da 2ª Vara do Trabalho de Goiânia que reconheceu a validade da dispensa por justa causa de trabalhador que havia faltado ao trabalho reiteradas vezes sem justificativa.


No recurso, o trabalhador alegou que a pena aplicada “foi imensamente desproporcional ao fato acontecido”, acrescentando que os supostos motivos que resultaram na justa causa merecem ser revistos. Ele sustentou que a pena poderia ser mais branda, como advertência ou suspensão e requereu a conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada.


O relator do processo, desembargador Elvecio Moura, acompanhou o entendimento do juiz de primeiro grau, reconhecendo como lícita a resolução contratual por iniciativa da empresa. Ele ressaltou que, no decorrer do vínculo de emprego, o obreiro recebeu duas advertências escritas e três suspensões, sempre em razão de faltas injustificadas. Além disso, observou que todas as advertências e suspensões aplicadas ao obreiro estão assinadas por ele ou por duas testemunhas, “não havendo elementos nos autos capazes de invalidar/descaracterizar referidos documentos”.


Elvecio Moura também levou em consideração que o trabalhador não apresentou atestado médico ou qualquer outro motivo para justificar as faltas cometidas durante o vínculo mantido com a empresa, “comprovando que o Reclamante não era assíduo ao trabalho e agia com desídia no desempenho de suas funções”. O magistrado ainda destacou que o trabalhador em momento algum pleiteou a restituição de valores supostamente descontados indevidamente a título de faltas injustificadas, “presumindo-se que, de fato, elas ocorreram”.


Dessa forma, os membros da Terceira Turma consideraram lícita a resolução contratual por iniciativa da empregadora, com base no art. 482, alínea ‘e’, da CLT, por desídia no desempenho de suas funções, em virtude das reiteradas faltas injustificadas. O acórdão ainda registrou que a empresa obedeceu corretamente a progressão das penalidades impostas ao obreiro (advertência, suspensão e dispensa).

Processo TRT – RO – 0010184-44.2017.5.18.0082

Fonte: TRT18

 


 

19/07/2018 - Por que o emprego não reage no Brasil?


Enquanto não houver uma revisão da forma de formalização do mercado de trabalho, o problema continua.

Essa reforma impede uma sustentação do emprego.


Por Marcio Pochmann*


Há uma mudança estrutural no mundo do trabalho basicamente puxada por dois fatores.


O primeiro é o processo de desindustrialização precoce pelo qual o Brasil vem passando, um movimento estrutural que começa nos anos 90 e que seguiu evoluindo.


O segundo é a mudança da organização da produção, com enxugamento de vagas internas, a terceirização e a externalização do processo produtivo. Sobre esse quadro, em 2015 vem uma recessão muito profunda, concentrada no setor secundário, industrial, e sobre o setor terciário, de serviços. Os dois setores que mais empregam.


O setor primário, que praticamente não sofreu com a recessão, é um setor em que o aumento da produção acontece sem aumento de emprego. Em 2017, o PIB cresceu 1% graças ao setor primário. Em 2017, a liberação de recursos como o FGTS ajudou de alguma maneira, mas isso não se manteve. A economia está sem frente de expansão.


Na verdade, não podemos dizer exatamente que saímos da recessão.


Segundo o IBGE, temos 27% da força de trabalho procurando trabalho. É a mais grave crise do trabalho no Brasil, pelo menos pós-1930. A cada três brasileiros, um está procurando trabalho. Algo dramático.


Por outro lado, sobre os dois terços que estão trabalhando há uma mudança na forma de contratação.


A reforma trabalhista institui um contrato que não garante um direito a renda mensal, o que estudiosos chamam de precarização do mercado de trabalho, aprofunda a instabilidade. Isso tira a previsibilidade da renda. Então é uma mudança estrutural sobre a qual vem uma recessão e depois a precarização.


Enquanto não houver uma revisão da forma de formalização do mercado de trabalho, o problema continua. A reforma impede uma sustentação do emprego.

Fonte: Facebook do autor

 


 

19/07/2018 - Nova Central e Contratuh discutem “reforma trabalhista” e suas consequências


Nesta terça-feira (17/07) a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), acompanhados por José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, reuniram-se no Centro Empresarial Brasília para discutirem os efeitos da reforma "trabalhista” vigente no Brasil.


“As consequências da dita reforma trabalhista refletirá na concentração de renda e redução do poder de compra dos trabalhadores”, disse o presidente da Contratuh, Moacyr Roberto Tesch. Segundo ele, é preciso implementar um projeto de desenvolvimento nacional que leve em conta as necessidades da população. O sindicalista alerta que a chamada reforma veio para permitir e facilitar um imenso processo de concentração de renda e empobrecimento dos trabalhadores, uma vez que cria diversas formas de flexibilizar contratos de trabalho e salários.


Já Calixto tratou dos prejuízos diretos que atingirão os trabalhadores e os futuros trabalhadores. Além de ressaltar sobre as consequências nefastas, principalmente para o país. “Será invertida a lógica do nosso sistema de relações do trabalho à medida que reduz a proteção institucional aos trabalhadores por parte do Estado e do Sindicato”.


Participaram da reunião, além do presidente da Contratuh e da Nova Central, Wilson Pereira, vice-presidente da Contratuh, Geraldo Gonçalves, secretário-geral da Contratuh e José Ramos Félix, tesoureiro geral da Contratuh.

Fonte: NCST

 


 

19/07/2018 - Movimento Sindical do PDT entrega propostas trabalhistas a Ciro Gomes


O Movimento Sindical do PDT realiza em Brasília, nesta quinta (19), o seu congresso nacional. Os sindicalistas se reúnem oportunamente um dia antes da convenção nacional do partido, que deverá confirmar a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República.


O congresso será norteado pelos. 12 pontos que compõem o documento “O emprego como centro do projeto desenvolvimentista”. Reforçar as propostas ligadas às tradições históricas do trabalhismo de Getúlio Vargas, Jango e Brizola no programa de governo de Ciro é o objetivo principal dos sindicalistas.


A expectativa do dirigente metalúrgico Milton Cavalo, presidente do Movimento Sindical do PDT, é que o evento reúna cerca de 200 pessoas, entre elas os secretários sindicais dos partidos que assinaram recentemente o manifesto das fundações partidárias (PSB, PC do B, PT, PSOL e PCB) e os presidentes das Centrais.


Os participantes pretendem entregar a versão final documento a Ciro no encerramento do congresso: “Caso Ciro não consiga comparecer, por conta de agenda, faremos a entrega do documento no dia seguinte, quando ocorre a convenção do PDT para oficializar a candidatura”, diz o sindicalista Milton Cavalo.


O dirigente nacional do PDT Lúcio Maluf enfatiza a importância dos trabalhadores para o partido: “No centro de tudo está o trabalho, que é a mola propulsora da sociedade e se sobrepõe aos interesses do mercado e do capital. Para o trabalhismo, a valorização do trabalho é princípio”.


Clique aqui e acesse o documento pedetista lançado em fevereiro.

Fonte: Agência Sindical

 


 

19/07/2018 - Pagamento da primeira parcela do 13º de aposentados começa em agosto


Aposentados e pensionistas começarão a receber, a partir de agosto, a antecipação da primeira parcela do 13º salário. De acordo com a Secretaria de Previdência, o depósito será realizado junto com a folha mensal de pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre os dias 27 de agosto e 10 de setembro, conforme a Tabela de Pagamentos de Benefícios 2018.


A estimativa é que essa antecipação chegue a R$ 20,6 bilhões nos meses de agosto e setembro. Cerca de 30 milhões de beneficiários terão direito à primeira parcela do abono anual, que corresponde a metade do valor do benefício. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro de 2018. Nesse caso, o valor será calculado proporcionalmente.


Não haverá desconto de Imposto de Renda nessa primeira parcela, que será cobrado apenas em novembro e dezembro, quando for paga a segunda parcela.


Tem direito ao 13º quem, durante o ano, recebeu benefício previdenciário de aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão ou salário-maternidade. Aqueles que recebem benefícios assistenciais, como Benefício de Prestação Continuada e Renda Mensal Vitalícia, não têm direito ao abono anual.

Fonte: Agência Brasil

 


 

19/07/2018 - Em São Paulo, 'quadrilátero do desemprego' recebe milhares de currículos por dia


Quatro ruas na região da Lapa, zona oeste da capital paulista, concentram cerca de 20 agências de trabalho


Uma parcela das 13,2 milhões de pessoas que estão desempregadas no país, segundo os últimos dados do IBGE, pode ser vista circulando ao longo de quatro ruas localizadas no bairro da Lapa, na zona oeste da capital paulista. Isso porque as ruas Doze de Outubro, Afonso Sardinha, Antonio Raposo e João Pereira concentram cerca de 20 agências de empregos que oferecem diariamente novas vagas para quem busca uma reinserção no mercado de trabalho.


Com a crise, as agências que compõem o "quadrilátero do desemprego" ofertam vagas que, na sua maioria, se destinam a trabalhos temporários que registram uma média salarial em torno de R$ 1.000 a R$ 1.200. Embora exista demanda, o diretor de atendimento de uma dessas empresas, Eduardo Rodrigues, explica que parte dos empregadores não arca com os custos totais de transporte dos funcionários, o que impede muitas contratações de pessoas que moram longe do local do emprego. "Isso é algo que influencia e onera na contratação", afirma Rodrigues.


Aos 20 anos, Larissa Aparecida Dantas procura pelo primeiro emprego, algo ainda mais complicado em função da sua idade. De acordo com os dados do IBGE, a taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos chegou a 28,1% no primeiro trimestre de 2018.


"É muito difícil achar vagas sem experiência. Não tenho ainda área específica porque não me formei em nenhuma faculdade, assim, estou procurando o que aparece, mas está difícil", lamenta Larissa.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

19/07/2018 - Ministra do TSE rejeita pedido do MBL para declarar Lula inelegível


A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta quarta-feira (18) pedido feito pelo Movimento Brasil Livre (MBL) para que o tribunal declare a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Na decisão, Rosa Weber não entrou no mérito do pedido e entendeu que os representantes do movimento não tem legitimidade para levantar a causa. Além disso, a ministra afirmou que antes do período de registro de candidaturas, não se pode discutir legalmente a questão da inelegibilidade de candidatos.


Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.


Apesar de a Lei da Ficha Limpa ter definido que condenados por órgãos colegiados estão inelegíveis, o momento no qual a Justiça Eleitoral analisa a restrição ocorre após a apresentação do pedido de registro de candidatura, que deve ser feito a partir do próximo dia 20 de julho até 15 de agosto, depois da aprovação do candidato na convenção de seu partido.

Fonte: Agência Brasil

 


 

19/07/2018 - Projeto autoriza intimações judiciais por WhatsApp


No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça aprovou o envio de intimações pelo aplicativo WhatsApp. Um projeto de lei em análise no Senado modifica o Código de Processo Civil para permitir expressamente o envio de intimações por meio de aplicativos de mensagens. A ideia é estimular o uso dessas ferramentas - já adotadas por alguns tribunais - para agilizar o funcionamento da Justiça.


O PLS 176/2018, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), aguarda parecer do relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Conforme o texto, as intimações poderão ser feitas eletronicamente por meio de aplicativo de mensagens multiplataforma oferecido pelo juízo aos advogados e às partes que manifestarem interesse.


A intimação será considerada cumprida se houver confirmação de recebimento da mensagem por meio de resposta do intimando no prazo de 24 horas de seu envio A resposta deverá ser encaminhada por meio do aplicativo, em mensagem de texto ou de voz, usando as expressões “intimado(a)”, “recebido”, “confirmo o recebimento”, ou outra expressão análoga que revele a ciência da intimação.


Caso não haja confirmação de recebimento no prazo, deverá ser feita a intimação comum. Caso o interessado deixe de confirmar o recebimento de intimação no mesmo processo por três vezes, ele será excluído do cadastro do juízo e só poderá voltar a receber informações por aplicativo depois de seis meses.


Inovação

Ao justificar o projeto, Tasso lembrou que o uso do WhatsApp para intimações começou com a Portaria Conjunta nº 01, de 2015, elaborada pelo juiz Gabriel Consigliero Lessa, da comarca de Piracanjuba (GO), em conjunto com a subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil. A iniciativa inovadora foi homenageada no Prêmio Innovare de 2015, que busca identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.


“A previsão legal do uso de aplicativos de mensagens revela-se essencial para que a prática possa ser disseminada no país com segurança jurídica e o Poder Judiciário possa utilizar a tecnologia disponível e popularizada para a maior eficiência na prestação jurisdicional”, defendeu o senador.


Câmara

Recentemente, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou proposta que autoriza o envio de petições judiciais ao juízo via correio eletrônico ou meio similar. O Projeto de Lei 8578/17, do deputado Victor Mendes (MDB-MA), será enviado ao Senado, a menos que haja recurso para a votação no Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/07/2018 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


O Tribunal Superior do Trabalho divulgou os valores referentes aos limites de depósito recursal que passarão a vigorar a partir de 1º de agosto deste ano. Pela nova tabela, o limite do depósito para a interposição de recurso ordinário passa a ser de R$ 9.513,16. Já nos casos de recurso de revista, embargos, recurso extraordinário e recurso em ação rescisória, o valor será de R$ R$ 19.026,32.


Os novos valores constam no Ato 329/2018 e foram reajustados pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC/IBGE no período de julho de 2017 a junho de 2018.

Fonte: TST

 


 

19/07/2018 - Tempo gasto com troca de roupa e higiene em frigorífico deve ser remunerado


O tempo gasto pelo trabalhador nas atividades preparatórias da jornada, como deslocamento, higienização e troca de uniforme, deve ser remunerado. Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) negou provimento a recurso de um frigorífico.


No entendimento dos desembargadores, a sentença não merece reforma porque o tempo gasto nessas atividades é ato imprescindível para o cumprimento das tarefas diárias e constitui tempo à disposição do empregador, conforme o artigo 4º, da CLT.


O relator do processo, desembargador Daniel Viana Júnior, destacou em seu voto o termo de inspeção elaborado pelo Ministério Público do Trabalho, que demonstrou que o tempo gasto pelos empregados entre a troca de uniformes e a chegada ao local de trabalho era de 25 minutos para os homens e 30 minutos para as mulheres. Segundo ele, foi correto o entendimento do juízo da 3ª Vara do Trabalho de Rio Verde em considerar esse tempo como à disposição, “pois excedem a 10 minutos diários, nos termos do artigo 58, § 1º, da CLT, e das Súmulas nº 366 e 429, do TST”.


O desembargador também declarou nula a cláusula normativa apresentada pela empresa que exclui o pagamento, como tempo à disposição, dos 15 minutos diários que antecedem ou sucedem o registro de ponto, destinados à troca de uniforme e higienização.


Dessa forma, sendo o trabalhador do sexo masculino, o desembargador reconheceu a média de 25 minutos para o tempo gasto pelos empregados entre a troca de uniformes e a chegada ao local de trabalho. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.

Processo 0011502-33.2016.5.18.0103

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

18/07/2018 - Trabalhador fica desprotegido na hora da demissão sem homologação no sindicato


Sem a fiscalização dos sindicatos no momento da rescisão dos contratos, trabalhadores ficam à mercê da boa vontade dos empregadores para ter seus direitos respeitados


Com o fim da obrigatoriedade da homologação das rescisões nos sindicatos para contratos com duração superior a um ano – uma das inovações da "reforma" trabalhista do governo Temer, que vigora desde novembro –, cresce o risco do trabalhador ser lesado e não ter os seus direitos devidamente respeitados no momento da demissão.


Na categoria bancária, por exemplo, antes da reforma, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizava uma média de mil homologações por mês, com picos de até 1.500. Já neste ano, a média caiu para menos de 350 procedimentos mensais, o que não quer dizer que o número de demissões tenha se reduzido, mas que os contratos estão sendo encerrados muitas vezes dentro dos próprios bancos, longe da fiscalização das entidades sindicais.


A nova lei desobriga que as homologações sejam feitas nos sindicatos, mas também não especifica onde devem ocorrer, o que abre brechas para todo tipo de absurdo. A pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marilane Teixeira relata que contratos têm sido encerrados via internet e, até mesmo, em padarias. "Dessa maneira, quais as possibilidades do trabalhador ter todos os seus direitos assegurados? Nenhuma."


Segundo levantamento do Cesit, a maioria das demandas trabalhistas na Justiça decorre do descumprimento reiterado dos direitos por parte dos empregadores. Dados consolidados de 2016 apontam que cerca de 60% das ações trabalhistas eram referentes a irregularidades no momento da rescisão dos contratos. Boa parte dessas ações, conta Marilane, se relacionava a eventuais erros ocorridos em contratos com duração inferior a um ano, que já eram desobrigados a passarem pelos sindicatos. Segundo ela, é uma prévia do que deverá ocorrer com os demais trabalhadores.


Para a pesquisadora, é justamente em contextos de mudança da legislação que os sindicatos teriam papel importante a cumprir no monitoramento do cumprimento das novas regras. Mas as alterações promovidas pelo governo Temer em associação com entidades patronais também têm como objetivo afastar o trabalhador da sua entidade de classe. "Uma das estratégias para o esvaziamento dos sindicatos, além da questão do custeio, sem dúvida nenhuma foi a retirada desse papel de fiscalização no momento da homologação. Todas essas distorções estão se reproduzindo em âmbito nacional. As homologações despencaram."


Outro indício de abuso cometido, segundo Marilane, são as demissões por acordo mútuo. Nessa modalidade, que já soma mais de 10 mil rescisões, o trabalhador tem direito a receber 80% do FGTS e metade da multa dos 40%. São, em sua maioria, trabalhadores do setor de comércio e serviços, com baixa escolaridade e menor nível de remuneração.


"Não dá para garantir, mas é bem possível que uma boa parte dessas demissões por acordo, na verdade, não sejam necessariamente acordos. Muitas vezes o trabalhador sequer sabe que ele assinou um contrato do gênero. Só vai se dar conta disso quando perceber que recebeu apenas metade da rescisão e não tem acesso ao seguro-desemprego", explica. Se ocorresse nos sindicatos, o trabalhador teria mais condições de ser devidamente informado sobre as cláusulas desse acordo.


A questão fica mais complicada quando o trabalhador faz parte de uma categoria que goza de direitos específicos que constam na convenção coletiva do segmento. A Constituição Federal garante que empresas com mais de 30 trabalhadoras devem contar com creche no local de trabalho ou arcar com auxílio-creche. Para algumas categorias, esse direito é garantido por meio da convenção, sem necessidade de um número mínimo de trabalhadoras.


"Se no momento da homologação identifica-se que a empresa não garantiu o pagamento do auxílio-creche durante um determinado período, evidentemente a primeira coisa é acionar a empresa na Justiça para exigir esse direito. Por isso que é importante que a rescisão se realize no âmbito do sindicato, são os homologadores que conhecem o conteúdo da convenção coletiva e sabem identificar exatamente se esses direitos estão sendo devidamente garantidos", destaca a pesquisadora da Unicamp.


Perdas e danos

A advogada responsável pelas homologações no Sindicato dos Bancários, Alessandra da Silva, conta que, entre os grandes bancos, o Itaú já não faz mais o procedimento na entidade. A estratégia para evitar que o trabalhador ficasse completamente desamparado foi criar a pré e a pós-homologação.


"O bancário do Itaú é convocado para a homologação na semana que vem, por exemplo. O que ele faz? Ele vem ao sindicato, traz a carteira dele e os 12 últimos holerites. Fazemos uma simulação dos direitos dele para que esse trabalhador não vá totalmente no escuro. Quando ele chega no banco e os valores estão relativamente parecidos, então está tudo certo. Tem alguma dúvida? A orientação é para que não faça a homologação e procure novamente o sindicato", explica a advogada.


Já na pós-homologação, o sindicato faz a conferência dos valores relativos a direitos trabalhistas, como férias e 13º proporcionais, FGTS e multa, se foram pagos adequadamente, bem como o cumprimento de outros direitos previstos na convenção coletiva. Foi na pós-homologação que ela constatou, por exemplo, três casos idênticos em que faltava uma parte do 13º. O sindicato então encaminhou ao Itaú a cobrança desses valores devidos.


"Segundo informações que os próprios bancários nos trazem, há uma lista que o banco manda para a portaria das pessoas que vão fazer a homologação num determinado dia. Se o bancário for acompanhado de um advogado, por exemplo, esse advogado não entra", destaca Alessandra.


Distorção mais grave ocorreu com uma bancária do Santander. Não fosse o banco continuar a fazer as homologações no sindicato, o erro poderia ter passado. O primeiro erro constatado é que a trabalhadora gozava de estabilidade e, portanto, não poderia ser demitida. O banco então se comprometeu a pagar cerca de R$ 22 mil reais de indenização, mas queria descontar os tributos, outra irregularidade combatida pelo sindicato. Não bastasse isso, o sindicato descobriu que, além da estabilidade, a bancária, que cumpria horas-extras (sétima e oitava hora), tenha outros R$ 140 mil a receber.


"Iam dar a ela uma quitação de 22 mil reais, menos os impostos supostamente devidos. É reflexo da reforma trabalhista. E se essa bancária não vem para cá? Hoje o Santander ainda está aqui, então a gente conseguiu detectar. Se fosse no Itaú, não teria como", relata a advogada do sindicato.


Revogar é a palavra

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), a "reforma" desequilibra as relações de trabalho, pois atende apenas aos interesses dos empregadores, e relega o trabalhador a uma condição de "quase escravidão". Ele diz que o seu projeto, intitulado Estatuto do Trabalhador, prevê a revogação de todos os dispositivos da legislação trabalhista aprovada pelo governo Temer e traz novamente a obrigatoriedade para que as homologações sejam feitas nos sindicatos.


"Quando não se garante mais a presença do sindicato e dos seus advogados no acompanhamento das rescisões, o trabalhador fica totalmente à mercê do empregador. Ainda mais com a ameaça que existe de, se entrar na Justiça, ter que pagar parte do valor em caso de derrota no processo. É um prato feito para a exploração, quase aos moldes do trabalho escravo. O empregador não paga e ainda ameaça o trabalhador. É quase uma mordaça, um ato de terrorismo e covardia", diz Paim.


Outra questão central, segundo o senador, é garantir o financiamento dos sindicatos. "Enfraqueceram totalmente os sindicatos, não querem que as entidades tenham nenhum tipo de receita. Como é que uma entidade que as vezes cuida de dezenas de milhares de trabalhadores vai se manter sem nenhum tipo de receita?", questiona.


Outras situações criadas pela atual legislação, como o trabalho intermitente, a possibilidade de gestantes trabalharem em locais insalubres, além da cláusula que garante a prevalência de acordos entre patrões e empregados que estejam aquém do que manda a legislação (o chamado negociado sobre o legislado), também devem cair com o novo Estatuto do Trabalho, cuja aprovação o parlamentar espera que aconteça no próximo ano. Segundo ele, os pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol) já se comprometeram a trabalhar em cima de um novo texto que regule as relações de trabalho.


"É tão ruim essa reforma que não se aproveita nada. A palavra é revogar, voltar para a CLT e, aí sim, atualizar, fazendo com que dialogue com os novos tempos, conversando com empregados e empregadores, para construir um texto com equilíbrio, com direitos e deveres para as duas partes."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

18/07/2018 - Centrais Sindicais: Frentes de trabalho contra apatia do governo


Na contramão do governo federal, as centrais sindicais querem dar uma guinada no cenário de recessão e crise que arrastou o trabalhador brasileiro para o desemprego e para a subocupação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são 13, 2 milhões de desempregados. Se considerar subocupados sobe para 28 milhões.


O documento intitulado Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora que foi lançado em junho unitariamente por sete centrais sindicais traz 22 pontos sugerindo caminhos de curto e médio prazo, sobretudo com impacto no desemprego.


Matéria publicada nesta terça-feira (17) na Folha de S.Paulo mostra pessimismo entre consultores ouvidos pelo jornal: As projeções de serem criados 1 milhão de empregos para 2018 podem dar lugar a pífios 220 mil empregos formais. Longe de repor os cerca de 3 milhões de postos de trabalho perdidos com a crise.


O combate ao desemprego é um dos temas que se destaca entre as 22 propostas das centrais. As ações de curto e médio prazo visam a reversão do desemprego. A expectativa das entidades é que o tema ganhe força junto aos pré-candidatos às eleições de outubro.


Retomar obras públicas

Contratação de obras públicas e a retomada de obras de infraestrutura paralisadas são caminhos propostos pelos trabalhadores na Agenda, destacou Clemente Ganz em entrevista no final de junho à Agência Sindical. Ao lado da retomada das obras, o documento defende a criação de frentes de trabalho e “políticas de amparo aos desempregados” como aumento das parcelas do seguro-desemprego.


“O Congresso Nacional poderia dar um tratamento que melhorasse a contratação de obras públicas e também aprovar a liberação de recursos para a retomada de obras”. Clemente afirmou que existem cerca de 60 mil obras públicas paralisadas que poderiam aquecer o mercado de trabalho.


“Desde uma pequena ponte, ao conserto de uma estrada e em uma grande usina hidrelétrica. Destravar essas obras gera emprego rapidamente. É uma agenda para intervenção imediata com propostas de solução que podem ser implementadas no estado, na cidade e na União”, completou Clemente.


Movimento sindical mobilizado contra o desemprego

Na opinião do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, o combate ao desemprego deve concentrar as atenções do movimento sindical. “Precisamos do máximo de esforço para erradicá-lo de nosso país. Esforço que deve ser de cada sindicato, federação, confederação e central sindical”, escreveu em artigo publicado nesta terça-feira (17) pelo portal Rádio Peão.


“Isso porque o desemprego é uma profunda chaga social. Ele produz violência, fome, o avanço de doenças, a evasão escolar, desagregação de comunidades, a delinquência. O desemprego é o ponto nevrálgico do subdesenvolvimento”, completou o dirigente da Força.


Divanilton Pereira, presidente em exercício da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), também vê como emergencial o combate ao desemprego dentro da agenda dos trabalhadores. Na opinião dele, as frentes de trabalho podem ajudar a recuperar o padrão de consumo das famílias, que sofrem com o desemprego e rebaixamento de salários.


Papel devastador da Lava Jato

O dirigente da CTB enfatizou o papel da Lava Jato no desmantelamento dos postos de trabalho no país. “Esse instrumento (a Lava Jato) inviabilizou a economia, detonou as grandes empresas de construção e infraestrutura, de mão de obra no Brasil e as que concorriam internacionalmente. Isso não é coincidência. A história nos dirá a quem serviu Sérgio Moro”, analisou Divanilton.


“O mundo inteiro pratica acordo de leniência quando você preserva o CNPJ da empresa e pune os corruptores. Aqui jogamos milhares no desemprego inviabilizando as empresas. Empresas europeias e americanas envolvidas em corrupção passaram por isso mas elas não desapareceram como no Brasil, onde tivemos desarticuladas cadeias de petróleo, gás e metalurgia pelo Brasil afora. A Lava Jato é uma grande contribuição à redução do Produto Interno Bruto (PIB) e esse número elevado de desempregados”.


Segundo Divanilton, a agenda prioritária é o instrumento de diálogo com trabalhadores empregados e desempregados e também servirá para influenciar nas eleições que “é a maior batalha que temos neste ano”, reiterou o dirigente. No dia 10 de agosto, as centrais sindicais unificadas realizam o Dia do Basta com protestos nacionais em defesa do emprego, da previdência social e contra o aumento abusivo do preço do gás de cozinha.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

18/07/2018 - Mutirão do emprego leva milhares ao Sindicato dos Comerciários de SP


O total de desempregados no País chegou a 13,2 milhões e o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar) bate na casa dos 5 milhões. A situação é dramática e o problema pede urgência.


O Sindicato dos Comerciários de São Paulo oferece uma alternativa à superação dessa situação. A entidade realizou segunda (16) num só local para seleção, um mutirão para o preenchimento de centenas de vagas disponíveis para o comércio. São mais de 1.800 postos para vários setores, em diversas regiões da cidade (vagas também para pessoas com deficiência). Ao todo, dez empresas participaram do mutirão.


Ricardo Patah, presidente do Sindicato e da UGT, a afirma: "O Sindicato está cumprindo sua função social, que inclusive está prevista na CLT". Ele afirma: "o Artigo 513 da CLT já prevê essa função. O País vive um momento desastroso. São quase 14 milhões de desempregados e 5 milhões de desalentados".


O presidente da entidade destaca também mais dois pontos importantes dessa ação. "Estamos aperfeiçoando a relação capital-trabalho, principalmente quando temos a sobreposição do negociado sobre o legislado. Isso é importante porque, nas próximas negociações, ações como essa, em parceria com empresas, podem facilitar para que as negociações não emperrem", diz.


Patah continua: "Também é uma oportunidade para sindicalização. Com essa campanha pretendemos sindicalizar o máximo os trabalhadores".


Procura - "Em três horas de mutirão distribuímos mais de 3.500 senhas de atendimento. As pessoas vêm até o Sindicato com currículo e participam da seleção", comenta Cleonice Souza, diretora de Assistência Social e Previdência no Sindicato. Ela explica que o programa Vaga Social é realizado há quatro anos, mas desta vez as expectativas foram ultrapassadas.


"Nós fazemos o atendimento diariamente no Sindicato. Porém, essa forma de mutirão é mais abrangente. O desemprego é muito grande. Quando aparece uma oportunidade dessas é que vemos a dura situação nacional", ressalta.


Ela revela que a intenção é ampliar ainda mais esse tipo de ação. "A ideia é utilizar o espaço do Vale do Anhangabaú, com mais tendas, para aumentarmos a capacidade de atendimento. Estamos fazendo nossa parte. Todos serão atendidos. Se não hoje, serão ao longo da semana", destaca Cleonice.


Apoio - Para quem não tem Carteira profissional, a prefeitura de São Paulo, através do CAT, instalou um posto de atendimento no local a fim de emitir o documento. Basta levar RG ou outro documento oficial.


Mais informações: www.comerciarios.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

18/07/2018 - Intenção de consumo das famílias recua 1,8%, diz CNC


A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 1,8% de junho para julho e atingiu 85,1 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. De acordo com a CNC, os consumidores estão insatisfeitos em relação ao nível de consumo há 42 meses e não há grandes perspectivas se a economia não voltar a crescer de forma sustentada.


Os sete componentes do índice recuaram de junho para julho, com destaque para as pioras na perspectiva de consumo (-3,9%), momento para a compra de bens duráveis (-3,9%) e perspectiva profissional (-2,3%).


“Os consumidores ficaram mais cautelosos quando se depararam com a conjuntura desfavorável ainda reflexo da paralisação dos caminhoneiros e a desorganização da produção”, explicou o economista da CNC Antonio Everton.


Na comparação com junho de 2017, no entanto, a Intenção de Consumo das Famílias avançou 10,2%. Os sete componentes tiveram alta, com destaque para o nível de consumo atual (17%) e a perspectiva de consumo (16%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/07/2018 - Caixa deve indenizar trabalhador por saque de seguro-desemprego após um ano da demissão

 

A Caixa Econômica Federal (CEF) foi condenada a pagar indenização por danos morais ao apelante, em razão de duplicidade no cadastro do Programa de Integracao Social (PIS) que o impossibilitou de sacar os valores relativos ao seguro-desemprego. A decisão, da Sexta Turma do TRF 1ª Região, reformou a sentença do Juízo da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Cáceres/MT que havia negado o pagamento ao autor.


Consta dos autos que o autor, após ser demitido, teve seu pedido de pagamento do seguro-desemprego negado pela CEF visto que o número do PIS do apelante estava atrelado a de outro trabalhador. Após um ano da sua demissão, o recorrente finalmente conseguiu, por meio de recurso administrativo, receber o benefício pleiteado.


Insatisfeito com a decisão da 1ª Instância, o autor recorreu ao Tribunal requerendo a reforma da sentença, alegando que o responsável pelo cadastramento no PIS é a CEF, de modo que é incabível imputar a terceiro o equívoco de cadastrar outra pessoa com o mesmo número do PIS.


Para o relator do processo, desembargador federal Jirair Aram Meguerian, “diante da existência de erro grosseiro perpetrado pela CEF e suas consequências, como a negativa e demora de pagamento de seguro-desemprego, inegável a existência de violação a direito da personalidade da parte autora, sobretudo no que toca à sua honra subjetiva”.


O magistrado destacou que no momento de maior necessidade, em decorrência do desemprego, a parte autora teve o pagamento do seu benefício de seguro-desemprego negado, e tanto num caso como em outro, o que se revela é a falha no serviço prestado pela CEF relativamente ao cadastro do PIS, de maneira a permitir equívocos por parte dos usuários do sistema.


Por fim, o desembargador federal entendeu ser razoável fixar, para fins de por danos morais, a quantia de dez mil reais, montante que, segundo o desembargador federal, se coaduna com a jurisprudência do Tribunal e com a situação descrita nos autos.


Com isso, o Colegiado, por unanimidade, deu provimento ao apelo do autor, nos termos do voto do relator.

Processo: 0004466-84.2010.4.01.3601/MT

Fonte: TRF1

 


 

18/07/2018 - Trabalho aprova reajuste de contrato de prestação de serviço na data-base do profissional


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou projeto que torna obrigatório o reajuste do valor dos contratos de prestação de serviço na data-base da categoria do profissional contratado (PL 5100/13). Pelo texto, o reajuste é apenas para aqueles contratos cujo regime de dedicação é exclusiva, desde que garanta a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato.


O relator, deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE), defendeu a aprovação do texto. Côrte Real apresentou versão que prevê a obrigatoriedade do reajuste na Lei de Licitações (Lei 8.666/93). No texto original, do deputado Laercio Oliveira (PP-SE), a alteração se dava na Lei do Reajuste Salarial Automático (Lei 7.238/84).


Segundo o relator, é importante excluir do alcance de tal regra os contratos privados e restringir o reajuste aos contratos celebrados pela administração pública e regulados pela Lei de Licitações e Contratos.


“É razoável determinar que os contratos de prestação de serviços sejam reajustados na data-base de cada categoria profissional, de modo a se propiciar a manutenção permanente do equilíbrio econômico financeiro do contrato”, explicou Côrte Real.


Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

17/07/2018 - Governo antecipa primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas


A parcela será paga em agosto junto com o benefício do mês


Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão a primeira parte do 13º salário junto com a remuneração de agosto. A primeira parcela do abono anual corresponderá a até 50% do valor do benefício.


O decreto autorizando a antecipação foi assinado nesta segunda-feira (16) pelo presidente Michel Temer, mas ainda não foi publicado no Diário Oficial da União. A medida deve injetar R$ 21 bilhões na economia do país e movimentar o comércio e outros setores.


Como determina a legislação, não haverá desconto de Imposto de Renda na primeira parcela paga a aposentados e pensionistas do INSS. O imposto sobre o valor somente pode ser cobrado na segunda parcela da gratificação natalina, a ser paga junto com a remuneração de novembro.


Desde 2006, o governo antecipa a primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas na folha de agosto.


Somente em 2015, o pagamento foi adiado para setembro, por causa do ritmo fraco da economia e da queda da arrecadação.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/07/2018 - Economia fraca e 'reforma' trabalhista criam novo perfil de desempregado


Desemprego atinge pessoas com nível superior e médio, cresce entre trabalhadores não brancos e é especialmente cruel com os mais jovens, atingindo 28,1% na faixa dos 18 aos 24 anos.


Por Marcio Pochmann*


Nas enquetes realizadas com a população, o problema da escassez do emprego emerge com maior centralidade entre os brasileiros. Ao mesmo tempo, o monitoramento dos riscos sociais revela que o medo do desemprego atinge patamar inédito, tendo o IBGE apontado para o universo de quase 28 milhões de pessoas comprometidos com a procura por trabalho, equivalendo a um trabalhador a cada três nessa dramática situação.


No governo Temer, o retorno das políticas neoliberais em uma economia combalida pela recessão não apenas aprofundou a dimensão do desemprego nacional. Também produziu um novo tipo de desempregado.


A elevação do desemprego em massa se transformou na principal referência relativa ao decréscimo do nível de atividade econômica no Brasil. Com a redução do nível de ocupação existente, a mão de obra crescentemente excedente passou a enfrentar o avanço da precarização movida pelo rebaixamento dos direitos e a liberalização desde os contratos a zero hora (trabalho intermitente) introduzidos pela reforma trabalhista desde o ano passado.


Da mesma forma que o tipo de ocupação foi sendo modificado em função do decrescimento da economia nacional, o perfil do desempregado altera-se segundo características pessoais. O contingente de desempregados cresce mais para pessoas com ensino superior, seguido para trabalhadores com o ensino médio.


Ao se considerar a evolução do desemprego conforme cor/raça percebe-se que a maior expansão transcorre para os trabalhadores não brancos, assim como levemente mais intenso aos homens. A evolução da taxa de desemprego nacional aponta a gravidade que assumiu para os segmentos com menos idade. O desemprego atinge mais de 2/5 das pessoas de 14 a 17 anos (43,6% de taxa de desemprego), ao passo que na faixa de 60 anos e mais de idade responde por 4,6%, quase 1/10 da taxa dos jovens desempregados. Na faixa de 18 a 24 anos, a taxa do desemprego encontra-se em 28,1%, ou seja, a cada três jovens que se encontram no mercado de trabalho, praticamente um situa-se na condição de desempregado.


Do ponto de vista do território nacional, o desemprego também apresenta comportamento bem diferenciado. Entre as cinco grandes regiões geográficas, a taxa de desemprego, a região Sul situa-se entre a que mais registra elevação, seguida da região Sudeste, do Centro Oeste, Nordeste e Norte, embora a maior taxa de desemprego tenha se concentrado na região Nordeste (15,9%) e a menor na região Sul (8,4%).


O estado da federação com maior elevação na taxa de desemprego aponta para Rondônia e o de menor aumento no Rio Grande do Norte. Em contrapartida, o estado do Amapá, com taxa de desemprego de 21,1%, registra o maior desemprego relativo à População Economicamente Ativa (PEA), ao passo que Santa Catarina, com 6,5% da PEA desempregada, mostra a menor taxa da nação.


Das 27 unidades da federação, constata-se que o conjunto de 12 estados apresenta taxa de desemprego abaixo da média nacional (13,1%) e 15 estados, em contrapartida, acima. Por outro lado, 17 estados registram crescimento na taxa de desemprego abaixo da média nacional e 10 unidades da federação apresentaram acima.


O novo perfil do desemprego no país expressa efeitos da fase do decrescimento no conjunto das atividades econômicas, bem como da reforma trabalhista imposta pelo governo Temer. Nesse sentido, os trabalhadores, em cada região do Brasil, sofrem tanto da mais grave queda no nível das atividades econômicas como da liberalização das formas rebaixadas de contratação laboral ao patronato, autorizadas pelo atual desmonte das políticas de garantia dos direitos sociais e trabalhista.


*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/07/2018 - Com Temer, renda e contribuição de autônomos à Previdência despencam


Pesquisa do Dieese aponta ganho é 33% menor, e que 80% desses trabalhadores deixaram de contribuir com a Previdência Social.

Mulheres negras são mais afetadas nos últimos dois anos


Os trabalhadores que se tornaram autônomos, nos últimos dois anos, ganham 33% a menos do que faturavam os brasileiros sem vínculos empregatícios antes do governo Temer. Além disso, oito em cada dez desses trabalhadores deixaram de contribuir com a Previdência Social.


Os dados que confirmam a realidade dessa categoria fazem parte de pesquisa divulgada pelo Dieese, com base em informações do IBGE. O instituto também revela que, assim como no trabalho formal, mulheres negras autônomas têm ainda menores rendimentos.


No Brasil, a cartilha neoliberal faz de empreendedorismo um eufemismo para tentativa de driblar o desemprego, encontrada pelos 5 milhões de brasileiros que começaram a trabalhar por conta própria durante o governo Temer. São 23 milhões de trabalhadores não têm vínculo empregatício.


De acordo com o economista do Dieese Gustavo Monteiro, os autônomos da crise econômica ganham menos de um salário mínimo por mês e assim como no mercado de trabalho formal, as mulheres negras têm o menor rendimento com uma média mensal de R$ 809.


"A diferença (salarial entre homens brancos e mulheres negras) persistente no mercado dos que estão por conta própria. Só que nesse caso é ainda pior, porque como eles estão em ocupações de mais baixa qualificação, em setores menos dinâmicos, eles já ganham menos do que os empregados assalariados", explica Monteiro, no Seu Jornal da TVT.


Outra questão levantada pelo relatório do Dieese afirma que mais de 80% dos trabalhadores autônomos não contribuem com a Previdência Social, o que atrapalha ou até inviabiliza a aposentadoria. Como explica o motorista por aplicativo, Lúcio Tomé da Silva, que há mais de um ano, precisou tornar-se autônomo para sair do desemprego. Hoje, com uma renda que caiu pela metade, o motorista não consegue arcar com a previdência. "Não pago porque não consigo ou não dá para programar. O dinheiro é mais curto também e vai fazer uma falta se você for paga por fora", ressalta Silva.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/07/2018 - Ministério do Trabalho amanhece com salas reviradas


Servidores do Ministério do Trabalho encontraram salas da área de seguro-desemprego reviradas quando chegaram ao prédio na manhã desta segunda-feira (16). A Polícia Federal faz perícia no local.


As duas salas ficam no primeiro andar do prédio que está isolado para a perícia. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, em uma delas objetos foram quebrados, estão jogados no chão e os armários foram remexidos. Na outra, há portas de armários abertas.


De acordo com a assessoria, ainda não é possível afirmar se houve ocupação do prédio e se há sinais de arrombamento nas salas. O prédio tem câmeras de segurança que podem ter gravados as imagens do incidente.


O Ministério do Trabalho está no centro da operação Registro Espúrio, da Polícia Federal que apura a suspeita de fraudes no registro de sindicatos junto ao ministério.


No último dia 5, o então ministro do Trabalho, Helton Yomura, pediu exoneração do cargo após ter sido um dos alvos da terceira fase da operação. O chefe de gabinete de Yomura, Júlio de Souza Bernardes, foi preso temporariamente por cinco dias e teve os sigilos telefônicos e bancários quebrados. Ele também pediu exoneração do cargo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/07/2018 - Para analista do Diap, eleição presidencial deste ano faz lembrar a de 1989


André Luís dos Santos avalia que ambos os períodos eleitorais acumulam grande quantidade de candidatos

e desconstrução de antigas estruturas políticas


A um mês do início oficial da campanha eleitoral, o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) André Luís dos Santos comenta o xadrez das articulações dos partidos e candidatos para as eleições 2018, que segundo ele, trazem semelhanças com o pleito de 1989 – o primeiro que teve Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência. Em entrevista a Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual, ele observou que os dois períodos eleitorais mostram características do que classifica como "conturbado cenário político".


Para André Luís, a quantidade de candidatos, a descrença da população com a política e o novo modelo de campanha eleitoral imposto pela minirreforma aprovada em 2017 são fatores comuns entre ambas as eleições, mas podendo levar à instabilidade do cenário eleitoral.


De acordo com as projeções divulgadas no início do ano pelo Diap, o pleito deste ano está marcado por um perfil mais conservador e com menor taxa de renovação, agravada pelas novas medidas eleitorais.


"O problema é que as condições que foram dadas para que as eleições aconteçam foram muito mais favoráveis a quem já está no mandato", argumenta André Luís, citando a redução no tempo de campanha e financiamento por meio do Fundo Partidário como exemplos de medidas que favorecem a reeleição dos atuais mandatos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/07/2018 - Com greve dos caminhoneiros, atividade econômica recua 3,34% em maio


A atividade econômica recuou em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), apresentou queda de 3,34%, na comparação com abril, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16). O recuo veio após crescimento de 0,5%, em abril comparado a março, de acordo com dados revisados.


Em maio, o país foi afetado pela crise de desabastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros no final do mês.Na comparação com o mesmo mês de 2017 (sem ajuste para o período), houve queda de 2,9%. No ano, foi registrado crescimento de 0,73%. Em 12 meses, a expansão chegou a 1,13%.


O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.


O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.


O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


Para instituições financeiras consultadas pelo BC, o PIB deve crescer 1,5%, neste ano.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/07/2018 - Temer e Meirelles fracassam e meta de empregos fica em 20% do previsto


O número da criação de vagas formais de trabalho neste ano de 2018 é considerado pífio por economistas: apenas 20% do previsto no começo do ano. Ao final de 2017, as estimativas eram de 1 milhão de novos postos, mas o novo prognóstico é de 220 mil. O levantamento, da LCA Consultores com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi publicado no jornal Folha de S. Paulo.


"Embora o número de vagas com carteira assinada seja positivo no ano, o ritmo de contratações tem mostrado forte desaceleração nos últimos três meses, um sinal cada vez mais firme de interrupção do que parecia ser uma melhora gradual do emprego formal identificada ao longo do ano passado. No início de 2018, o ritmo de geração de vagas no mercado formal de trabalho era compatível com algo perto de 750 mil novos postos neste ano. Desde março, no entanto, a desaceleração tem sido tão brusca que, mantido o ritmo registrado a partir daquele mês, o mercado de trabalho pode fechar 2018 com um saldo líquido de apenas 220 mil vagas com carteira.


(...)


As contas do economista Marcelo Gazzano, da consultoria ACPastore, também apontam para uma deterioração importante da geração de vagas com carteira assinada. Segundo Gazzano, a média de 40 mil vagas criadas entre outubro e dezembro caiu para uma média de 24 mil vagas entre março e maio. Como foram perdidos 3 milhões de postos formais durante a crise, mantido o ritmo atual, o mercado de trabalho levaria nada menos do que dez anos para se recompor. Para fazer este tipo de previsão, os especialistas em mercado de trabalho não usam os dados brutos do Caged, mas lançam mão de um ajuste estatístico (conhecido como dado dessazonalizado)."

Fonte: Brasil247

 


 

17/07/2018 - Juíza segue STF e nega pedido para obrigar recolhimento de contribuição sindical


O Supremo Tribunal Federal já estabeleceu que o fim da contribuição sindical obrigatória, imposta pela última reforma trabalhista (Lei 13.467), é constitucional. Baseado nesse entendimento, a juíza Amanda Diniz Oliveira, da 24ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, não acolheu pedido do Sindicato dos Comerciários para obrigar uma rede de supermercados a recolher a contribuição.


A juíza ressaltou que o Tribunal Superior do Trabalho já havia divulgado sua opinião favorável à constitucionalidade das alterações promovidas pela reforma trabalhista nos trechos que abordam a contribuição sindical.


“No entanto, diante da grande celeuma e divergências doutrinárias, foi ajuizada a ADI 5794 cuja decisão foi proferida no dia 29 de junho 2018 declarando a constitucionalidade do ponto da reforma trabalhista que extinguiu a obrigatoriedade da contribuição sindical”, ressaltou a juíza.


A defesa do supermercado foi feita pelo advogado Francisco Gabriel Pacheco Jr., do Martins & Bessi Advogados Associados.


No STF, foram 6 votos a 3 pela constitucionalidade da reforma. Prevaleceu o entendimento do ministro Luiz Fux. Entre os argumentos expostos por ele — e pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Cármen Lúcia — está o de que não se pode admitir que a contribuição sindical seja imposta a trabalhadores e empregadores quando a Constituição determina que ninguém é obrigado a se filiar ou a se manter filiado a uma entidade sindical.


Além disso, eles concordaram que o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical não ofende a Constituição. “Não é possível tomar capital para financiar sindicato sem o consentimento do empregado”, disse o ministro Fux. Processo 0100156-42.2018.5.01.0024

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

17/07/2018 - Desenvolvimento Urbano aprova passe livre para idosos e deficientes carentes


A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou projeto que concede passe livre aos idosos e pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo urbano, intermunicipal e interestadual (PL 3372/97). A versão aprovada pelo colegiado altera a proposta original, da deputada Marinha Raupp (MDB-RO), que previa o benefício sem a ressalva da comprovação de renda e voltado apenas para o transporte intermunicipal.


O relator, deputado Caetano (PT-BA), explica que idosos e deficientes de menor renda são usuários frequentes dos ônibus, em razão da necessidade de deslocamento, seja para atividades rotineiras ou para acessar tratamentos de saúde ou reabilitação.


O texto prevê ainda que, para ter o direito à gratuidade, o registro de identidade civil deve constar a expressão “pessoa com deficiência”. O projeto também estabelece que o laudo médico de comprovação da deficiência seja exigido apenas uma única vez, para a emissão do documento de identidade para pessoas com deficiência permanente.


Lei em vigor

O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 2003) garante aos idosos a gratuidade no transporte público urbano e semiurbano e duas vagas gratuitas em cada veículo do transporte interestadual. No caso dos deficientes, a Lei nº 8.899, de 1994, concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema interestadual de transporte coletivo.


“Garantir aos idosos e deficientes a gratuidade no serviço público é, sem dúvida, um importante passo nesse sentido. Assim, não poderíamos ser contrários a medida dessa natureza, com a ressalva de que a gratuidade no transporte seja restrita apenas àqueles beneficiários comprovadamente carentes, para os deficientes nos três níveis da federação e, para os idosos, no transporte intermunicipal e interestadual”, explica o deputado Caetano.


Tramitação

O projeto, que tramita conclusivamente, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

16/07/2018 - Mobilizações salariais devem reforçar atos do “Dia do Basta”


As Centrais Sindicais realizam dia 10 de agosto mais um dia nacional de luta e paralisações. Será o “Dia do Basta” ao desemprego, que terá manifestações em todo o País. O ato acontece no momento em que começam a deslanchar as campanhas salariais de importantes categorias, entre elas bancários, carteiros, metroviários, petroleiros e metalúrgicos.


Os dirigentes buscam uma forma de fazer com que esta coincidência potencialize ambas as lutas, que têm como eixo central a resistência aos ataques da nova lei trabalhista.


“Não podemos deixar que a lei trabalhista se imponha nos acordos coletivos, sobretudo agora que vamos passar por um período com campanhas salariais de setores peso-pesado. É importante trazer essas categorias para a manifestação do dia 10 de agosto”, aponta Paulo Barela, membro da executiva nacional da CSP-Conlutas.


O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), destaca que fazer um dia nacional de luta forte influenciará decisivamente no resultado das negociações salariais.


“O desemprego mexe com as campanhas salariais. Nesse momento, propor uma questão nacional como esse debate reforça as discussões sobre os direitos. A mobilização não pode ficar somente em torno das Convenções Coletivas, mas também, em torno daquilo que prejudica e traz perdas de trabalho nas suas categorias. Químicos, metalúrgicos, têxteis, por exemplo, estão perdendo postos de trabalho”, avalia.


Para Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, o setor empresarial foi um grande ator no desmonte da legislação trabalhista. Categorias importantes estão sem Convenção assinada desde o ano passado, porque os empresários estão dificultando as negociações. Por isso escolhemos a Fiesp como local do ato em São Paulo”, diz.


Organização - Nova plenária ocorre dia 25 de julho, no auditório do Dieese, (rua Aurora, 957, Centro de São Paulo), às 10 horas. No encontro, Centrais e Sindicatos fazem os ajustes finais para a mobilização em agosto.

Fonte: Agência Sindical

 


 

16/07/2018 - Mais um ano perdido para a economia brasileira


Enquanto analistas ainda se agarram ao otimismo alardeado pelo governo, atores da chamada economia real são mais realistas e já reveem suas projeções para o ano. Não só porque sentiram na pele os efeitos do caos econômico gerado, por exemplo, pela política de preços da Petrobras, que resultou na greve dos caminhoneiros, mas também porque já não creem da cantilena de que a atual gestão é capaz de retomar a confiança de empresários e consumidores e, assim, trazer de volta o crescimento.


O setor de serviços caiu 3,8% em maio na comparação com abril - o pior resultado desde 2011. No mesmo mês, as vendas do varejo recuaram 0,6%, e a indústria voltou a patamares de 2003. De acordo com José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, "o sentimento é de frustração".


O setor brasileiro de calçados também vive uma das mais graves crises enfrentadas até hoje, avalia Heitor Klein, presidente da Abicalçados, entidade que representa as empresas desse segmento. "A economia brasileira está fragilizada e não há condições por parte da população de comprar muitos dos bens de consumo, apenas o essencial. Não há problema de crédito para as empresas, mas de renda para os brasileiros”, disse, ao Estado de Minas.


Área que amargou o pior desempenho nos últimos anos, a construção civil - atingida pela Operação Lava Jato e pela crise - já não acredita em melhora. Segundo O Estado de S. Paulo, o PIB do setor, que inclui faturamento das construtoras e salários de trabalhadores, recuou 2,2% no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2017.


“Em nenhum momento a situação do setor (da construção civil) melhorou de verdade. O que estamos enxergando é que o ritmo da queda está diminuindo, mas continua caindo”, disse o vice-presidente de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Eduardo Zaidan, ao jornal paulistano.


Nos últimos 12 meses encerrados em abril, 58 mil vagas foram fechadas. Nos 12 meses anteriores, haviam sido 431 mil. “O País realmente está em um mato sem cachorro. Temos uma insegurança muito grande, que impede a geração de empregos e dificulta a tomada de decisões do consumidor”, afirmou ao Estadão o empresário Milton Bigucci, dono da construtora MBigucci.


Nesta sexta, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgaram que o Indicador de Confiança do Consumidor recuou 6,1% em junho na comparação com maio, o que representa o mais baixo patamar desde janeiro de 2017, início da série histórica.


A razão para tamanha descrença está no pífio desempenho da economia, que ainda não se recuperou das perdas acumuladas ao longo da crise e nem se reflete em melhora efetiva nos dados de emprego e renda. Em junho, o quadro foi agravado pela paralisação dos caminhoneiros ocorrida ao final de maio.


De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, donos de restaurantes, atacadistas, varejistas e a indústria já tentam se adaptar a um cenário mais adverso. Sem consumidores dentro do país, o setor de indústria de Máquinas e Equipamentos, que antes exportava 30% de seu faturamento, agora espera ampliar esse percentual para 50%.


Há economistas que apontam, no entanto, que o atual quadro da economia não surpreende. Além de não estarem sendo implementadas medidas que possam estimular o crescimento, houve um ataque ao mercado de consumo interno, com a persistência do desemprego, queda na renda e alta de preços que impactam diretamente na vida do trabalhador, como é o caso do gás de cozinha.


De acordo com o Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, a inflação das famílias de menor renda, em junho, foi mais que o triplo da registrada em maio, chegando a 1,5%.


Além do mais, já era esperado que as incertezas de um ano eleitoral deixassem empresários mais cautelosos, adiando as decisões de investimento. Com o cenário nebuloso em relação ao resultado das urnas em outubro, essa situação se agrava ainda mais.

Fonte: Portal Vermelho, com agências

 


 

16/07/2018 - Ciro busca o equilíbrio entre o discurso nacionalista e as alianças


Candidato pela terceira vez à presidência da República, o pedetista Ciro Gomes tem chances reais de chegar ao poder, mas corre um risco: o de fechar alianças com partidos de direita, como o DEM, e se forçado a abrir mão de propostas nacionalistas, como a retomada do pré-sal e da Embraer.


Ciro foi o primeiro candidato a construir um discurso nacionalista, em torno das propostas do economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que desenvolveu o projeto Brasil Nação. No entanto, como não conseguiu o apoio do PT, que mantém a candidatura Lula, mesmo com todas as dificuldades judiciais, Ciro decidiu se aproximar de partidos do centrão, e mesmo de direita, como o DEM, para tentar fechar alianças e ampliar seu tempo de TV.


Neste sábado, depois de uma reunião com potenciais aliados, na casa de seu provável vice Benjamin Steinbruch, Ciro mostrou disposição em ajustar seu discurso, para ter o apoio do DEM na eleição. O pedetista se comprometeu levar para o seu plano de governo algumas das propostas dos democratas. Integrantes do DEM resistem, principalmente, às críticas de Ciro às reformas trabalhista e da Previdenciária. O presidenciável tem dito que, se eleito, vai revogar a reforma trabalhista aprovada por Temer e defende um sistema de capitalização para a Previdência. Ciro também critica duramente o 'Teto dos Gastos', que congela os investimentos públicos por 20 anos. Se fechar com o DEM, é possível que Ciro desista de anular leilões do pré-sal, uma vez que os democratas estão os principais responsáveis pela entrega das reservas brasileiras às petroleiras internacionais.

Fonte: Brasil247

 


 

16/07/2018 - ‘O povo quer um governo popular. Os riquinhos vão ficar na poeira da estrada’


O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) prestou solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou o Movimento Brasil livre, que recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedindo a inelegibilidade do principal nome do Partido dos Trabalhadores.


Após reforçar que o dono da Riachuelo, Flávio Rocha (PRB), que era apoiado pelo MBL, desistiu de ser candidato, o parlamentar afirmou que muitos outros pré-candidatos "vão desistir porque não estão conseguindo se colocar contra o ex-presidente Lula, que está em primeiríssimo lugar, porque corresponde ao anseio do povo brasileiro de voltar a ter um governo popular, que olhe para os pobres".


"Todos esses riquinhos que vêm dizer que vão resolver os problemas, entregando tudo para os EUA, acabando com as leis trabalhistas, com a previdência social, vão ficar na poeira na estrada", disse. "Vamos continuar nossa luta para garantir que Lula seja candidato", acrescentou.

Fonte: Brasil247

 


 

16/07/2018 - Marun nega participação em supostas fraudes no Ministério do Trabalho


O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun negou no sábado (14) em nota que tenha participado de supostas fraudes no Ministério do Trabalho para beneficiar sindicatos em Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral. A informação de que o nome de Marun estaria envolvido foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, com base em um relatório obtido junto à Polícia Federal (PF), que apura irregularidades na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho.


Por meio de nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, o ministro afirmou não haver interesse político uma vez que declarou, ao aceitar ser ministro, que não disputaria as eleições. “Na verdade, estão usando o fato de eu me predispor a atender com atenção os pleitos que me chegam de MS para tentar retaliar e enfraquecer o ministro que questiona abertamente os abusos de autoridade praticados, especialmente no inquérito dos Portos”, diz a nota.


A Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal, foi deflagrada há um ano, a partir de denúncia sobre concessão de falsos registros sindicais. Segundo a PF, foi descoberto um “amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”.


No início deste mês, a terceira fase da operação levou ao afastamento do então ministro do Trabalho Helton Yomura, que pediu demissão do cargo. O novo ministro Caio Vieira de Mello, ao assumir o comando da pasta, suspendeu por 90 dias todos os procedimentos de análise e publicações relativas ao registro sindical, em portaria publicada na edição do Diário Oficial da União da última quinta-feira.

Fonte: Portal EBC

 


 

16/07/2018 - STF dá mais 30 dias para conclusão de investigação sobre Aécio Neves


Decisão foi da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia


A ministra Carmén Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 30 dias para a conclusão das investigações sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no inquérito que apura repasses irregulares da Odebrecht à campanha presidencial de 2014. Inicialmente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido mais 60 dias para concluir a investigação. Na decisão, proferida sexta-feira (13), Cármen concedeu mais 30 dias e afirmou que o objetivo é "evitar dilações processuais indevidas".


O ministro Edson Fachin é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, mas a ministra Cármen Lúcia decidiu pelo prazo de prorrogação por ser a ministra de plantão no tribunal.


O nome do senador foi citado por ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que teriam repassado vantagens indevidas em 2014 para campanha do senador à Presidência da República. Em depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo disseram que o senador recebeu propina para atuar favoravelmente aos interesses da empresa. O objetivo, segundo os delatores, seria obter apoio parlamentar para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.


Aécio prestou depoimento sobre esse inquérito na sede da Polícia Federal em Brasília, em abril deste ano. Na ocasião, seu advogado Alberto Zacharias Toron disse que os "próprios delatores" afirmaram nos depoimentos que as contribuições financeiras feitas pela Odebrecht às campanhas do PSDB "nunca estiveram vinculadas a qualquer contrapartida". As investigações contra Aécio Neves foram autorizadas pelo STF após a abertura de 76 inquéritos no ano passado pelo ministro Edson Fachin, com base nos depoimentos de colaboração premiada de ex-executivos da empresa.

Fonte: Agência Brasil

 


 

16/07/2018 - Gestante que recusou oferta de reintegração ao emprego vai receber indenização substitutiva


A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Arvi Ltda., de Ipatinga (MG), a indenizar uma atendente dispensada durante a gravidez. Segundo a decisão, a recusa à oferta de reintegração, formulada pela empresa em audiência, não afasta o direito à indenização substitutiva, que deve corresponder a todo o período de estabilidade.


Na reclamação trabalhista, a atendente afirmou que foi contratada mediante contrato de experiência. Mas, ao fim do prazo de 45 dias, encontrava-se grávida e não poderia ser dispensada. A empresa, na audiência, propôs a reintegração imediata, mas ela disse que não tinha interesse em voltar ao trabalho porque sua gravidez era de risco.


O pedido foi indeferido no primeiro e no segundo grau. Para o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), a estabilidade é garantida uma vez comprovada a gravidez. Entretanto, no caso, entendeu que a atendente não comprovou a gravidez de risco e concluiu que seu interesse era puramente pecuniário. Com isso, condenou a empresa apenas ao pagamento dos salários desde a dispensa até a data da renúncia à estabilidade.


No exame do recurso de revista da trabalhadora, a relatora, ministra Maria Cristina Peduzzi, ressaltou que o artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) assegura a estabilidade “sem exigir o preenchimento de outro requisito que não a própria condição de gestante”. Segundo a ministra, a desistência ou a ausência de pedido de reintegração e a recusa à oferta de reintegração em audiência não caracterizam abuso de direito e não afastam o pagamento da indenização relativa ao período estabilitário.

A decisão foi unânime. Processo: RR-10729-13.2017.5.03.0089

Fonte: TST

 


 

16/07/2018 - Vedada renúncia à aposentadoria visando ao aproveitamento de tempo de serviço posterior à concessão do primeiro benefício


A 1ª Seção do TRF 1ª Região julgou procedente ação rescisória proposta pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e desconstituiu acórdão da 1ª Turma, que havia acatado o pedido de renúncia e cancelamento de benefício concedido pela Previdência Social, com o objetivo de concessão de novo benefício, computando-se o período laborado pelo autor após a primeira aposentadoria. O relator do caso foi o desembargador federal João Luiz de Sousa.


A autarquia previdenciária defendeu a vedação legal ao emprego das contribuições posteriores à aposentadoria. Asseverou que ato jurídico perfeito não pode ser alterado unilateralmente, bem como o caso em apreço não se trata de mera desaposentação, mas sim, de revisão do percentual da aposentadoria proporcional. “Portanto, o acórdão rescindendo teria violado o disposto no artigo 18, §2º, da Lei n. 8.213/91, e artigos 5º, XXXVI, 194 e 195 da Constituição Federal de 1988”, argumentou.


O relator entendeu que o INSS tem razão. Em seu voto, ele citou entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo o qual, “no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à 'desaposentação', sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91”.


O magistrado ainda destacou que a Lei 8.213/91 veda a concessão de novo benefício com base em contribuições vertidas pelo segurado após o retorno à ativa. “Em que pese a interpretação sistemática que era dada por esta Corte, ao entendimento de que a referida vedação restringir-se-ia à cumulatividade de benefícios ao segurado já aposentado, essa tese foi afastada com a interpretação dada pelo STF. Portanto, a renúncia à aposentadoria visando ao aproveitamento de tempo de serviço posterior à concessão do benefício, conforme entendimento do STF, é vedada no ordenamento jurídico, sobretudo quanto o disposto no art. 18, § 2º, da Lei 8.213/91”, concluiu.

A decisão foi unânime. Processo nº: 0052367-74.2016.4.01.0000/MG

Fonte: TRF1

 


 

16/07/2018 - TRT-18 afeta como repetitivo recurso sobre turnos ininterruptos de trabalho


O julgamento que analisa a possibilidade de estabelecer turnos ininterruptos de revezamento, por meio de negociação coletiva, sistema de compensação de horário, com jornada superior a 8 horas será analisado como incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO).


A corte publicou edital de intimação para comunicar a todos os interessados (pessoas, órgãos e entidades) no processo. Caso queiram se manifestar nos autos do processo, os interessados deverão, no prazo de 15 dias da publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho, requerer admissão nos autos como amicus curiae.


O IRDR foi introduzido pelo novo Código de Processo Civil com o objetivo de racionalizar o tratamento dado pelo Judiciário a milhares de questões de direito que forem baseadas na mesma tese.


Após o julgamento de um IRDR, a decisão passa a valer para todas as demandas semelhantes agrupadas em torno daquele incidente, dando mais segurança jurídica aos jurisdicionados com a uniformização da jurisprudência do Tribunal onde a questão estiver sendo discutida. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

16/07/2018 - Desconto em salário como forma de punição administrativa é ilegal, diz juíza


Apenas com autorização expressa o empregador pode descontar valores do pagamento de um funcionário em caso de dano causado por ele. Com esse entendimento, a juíza Júnia Marise Lana Martinelli, da 20ª Vara do Trabalho de Brasília, condenou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a ressarcir um funcionário.


Nos autos, o autor alega que foi investigado em um Processo Administrativo em razão de um roubo de cinco objetos que estavam sob sua responsabilidade, em novembro de 2015. Em sua defesa afirma que foi constatado que as pretensões punitivas estavam prescritas, e por isso a empresa não aplicou nenhuma sanção disciplinar.


O ex-funcionário, porém, relata que começou a sofrer descontos em seu salário a partir de março de 2017, a título de ressarcimento dos valores referentes aos itens extraviados. Afirma que foram abatidos R$ 2.213,96 sem a sua autorização. Por isso pede a devolução deste dinheiro e o pagamento de indenização por danos morais.


A juíza Júnia Martinelli julgou parcialmente precedentes os pedidos do empregado. Ela constatou que os descontos realmente foram feitos como forma de ressarcimento mesmo a ECT estando ciente da prescrição da pretensão punitiva das irregularidades apuradas contra o autor à época do processo administrativo.


A magistrada se baseou no artigo 462 da CLT que diz ser vedado ao empregador efetuar qualquer desconto nos salários dos empregados, a não ser que estes sejam referentes a adiantamentos, à lei ou contrato coletivo. "Em caso de dano causado pelo obreiro, o desconto somente será lícito se tiver sido expressamente autorizado, ou em caso de dolo por parte do trabalhador, o que se extrai do parágrafo primeiro do referido dispositivo legal", afirmou.


Júnia Martinelli condenou a empresa a devolver o dinheiro ao ex-funcionário e se abster de tomar qualquer outro desconto referente ao ocorrido em 2015. Quanto ao dano moral, a juíza não entendeu ter existido qualquer "situação objetiva que demonstre a ocorrência de constrangimento pessoal", uma vez que a reclamada não o acusou de furto, mas sim de negligência em suas funções.

Processo 0000445-27.2018.5.10.0020

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

16/07/2018 - Proposta autoriza entrada de advogados em fóruns e tribunais sem revista


A Câmara dos Deputados analisa mudanças no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) para permitir ao advogado ingressar livremente em fóruns, tribunais e centros penitenciários sem ser revistado e sem passar por detectores de metal.


As mudanças estão previstas no Projeto de Lei 8527/17, do deputado Pastor Eurico (Patri-PE), e asseguram ainda livre acesso de advogados aos elevadores privativos dos Tribunais.


Segundo o autor, o objetivo é garantir ao advogado os mesmos direitos já previstos para magistrados e membros do ministério público.


Tramitação

O texto será analisado conclusivamente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/07/2018 - Ministro suspende por 90 dias procedimentos sobre registro sindical


Nos primeiros dias no comando do Ministério do Trabalho, o ministro Caio Vieira de Mello, suspendeu por 90 dias todos os procedimentos de análise e publicações relativas ao registro sindical. A determinação está em portaria publicada na edição desta quinta-feira (12) do Diário Oficial da União.


O texto especifica que ficam excluídos da regra da portaria os processos com determinação judicial para cumprimento. Em 1° de junho, o ministério já havia suspendido por 30 dias as análises, publicações de pedidos, publicações de deferimento e cancelamentos de registro sindical, após a deflagração da Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal.


No último dia 5, o então ministro do Trabalho, Helton Yomura, pediu exoneração do cargo após ter sido um dos alvos da Operação Registro Espúrio. A operação foi deflagrada no dia 30 de maio para apurar a suspeita de fraudes no registro de sindicatos junto ao Ministério do Trabalho.


Ao tomar posse, nesta terça-feira (10), o novo ministro Caio Vieira de Mello disse, em entrevista a jornalistas, que o ministério deveria funcionar de forma técnica e que iria examinar a necessidade de fazer uma revisão nos cargos da pasta após a terceira fase da Operação Registro Espúrio.


Segundo Vieira de Mello, o presidente Michel Temer pediu que ele desse agilidade ao trabalho do ministério “e ajudasse a resolver os problemas que existem lá”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/07/2018 - Justiça do DF absolve Lula por obstrução à Lava Jato


O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da acusação de obstrução da Justiça na Lava Jato em um processo sobre um suposto esquema para a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.


Segundo o magistrado, "o áudio captado não constitui prova válida para ensejar qualquer decreto condenatório". Leite também considerou que não dava para condenar Lula baseado apenas na fala de um delator e que houve "clara intenção" de preparar o flagrante para depois oferecer provas ao Ministério Público. "Mesmo assim, a prova fornecida foi deficiente", concluiu.


Além de Lula também foram absolvidos no mesmo processo o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio, Edson Siqueira de Ribeiro Filho, ex-advogado de Cerveró, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai, além de seu filho, Maurício Bumlai.


Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) já havia solicitado a absolvição de Lula afirmando que "a situação de Lula como sendo o chefe dessa operação de obstrução à Justiça não resultou comprovada".


O processo contra Lula foi aberto com base na delação premiada de Delcídio que afirmou que, em maio de 2015, Lula teria manifestado estar preocupado com Bumlai, sendo necessário "segurar" um acordo que Cerveró teria feito com o pecuarista. O esquema teria movimentado cerca de R$ 250 mil. Segundo o procurador Ivan Claudio Marx, esta não foi "a única inverdade narrada pelo 'colaborador' Delcídio".


Para a defesa de Lula, os depoimentos "demonstraram, de forma clara e absoluta, ser fantasiosa a versão apresentada por Delcídio do Amaral em seu acordo de colaboração premiada".

Fonte: Brasil247

 


 

13/07/2018 - Custos da indústria subiram 2,4% no primeiro trimestre, diz CNI


Os custos da indústria subiram 2,4% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o período imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. Foi o maior aumento registrado desde o fim de 2015, informa o Indicador de Custos Industriais, divulgado nesta quinta-feira (12), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação ao primeiro semestre de 2017, os custos da indústria aumentaram 4,9%.


Segundo a CNI, a alta foi impulsionada pelos aumentos das despesas com tributos e com os insumos intermediários. Os custos com tributos subiram 3,5% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2017, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, os custos com tributos aumentaram 8,4%. De acordo com a CNI, muitas empresas estão pagando os impostos atrasados e há também o efeito do programa de refinanciamento das dívidas tributárias.


Os custos com bens intermediários cresceram 3,2% no primeiro trimestre frente ao quarto trimestre de 2017, descontados os efeitos sazonais. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 5,8%. Nesse período, os bens intermediários nacionais subiram 5,1% e os importados, 9,7%. O índice de custo com energia aumentou 2,4% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2017. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 7,1%.


Já as despesas com pessoal e com capital de giro caíram. Os custos com pessoal diminuíram 0,2% e o com capital de giro teve queda de 3,1% no primeiro trimestre frente ao último trimestre de 2017, na série dessazonalizada. Em relação ao primeiro trimestre de 2017, o custo com pessoal aumentou 2,2% e o custo com capital de giro diminuiu 21,8%.


O estudo da CNI mostra ainda que a indústria não conseguiu repassar o aumento dos custos para os preços. Enquanto os custos subiram 2,4%, o Índice de Preços de Manufaturados Domésticos (IPA-Indústria de Transformação) subiu 1,6% no primeiro trimestre.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/07/2018 - Estudo da CNI mostra que 2,7 mil obras estão paradas no Brasil


O estudo Grandes obras paradas: como enfrentar o problema?, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que 2.796 obras estão paralisadas no Brasil, sendo que 517 (18,5%) são do setor de infraestrutura.


A área de saneamento básico tem 447 empreendimentos interrompidos durante a fase de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16), mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5). A CNI informou que obteve os dados com o Ministério do Planejamento.


“Além de investir pouco em infraestrutura – apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) –, o Brasil joga no ralo um volume significativo dos recursos aportados no setor, em razão do excesso de obras que são interrompidas antes da entrega. As paralisações consomem recursos sem gerar benefícios para a sociedade e são, em geral, consequência de falhas na forma como o setor público executa seus projetos”, diz a CNI.


Entre as principais razões para a interrupção de obras, figuram problemas técnicos, abandono pelas empresas e dificuldades orçamentárias e financeiras. O trabalho integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregou aos candidatos à Presidência da República.


Medidas

A CNI recomenda seis medidas para que o país evite paralisações e atrasos: melhorar o macroplanejamento, avaliar qual modalidade de execução é a mais adequada; realizar microplanejamento eficiente; aparelhar melhor as equipes; desenhar contratos mais equilibrados; e fortalecer o controle interno.


“É recorrente o problema da paralisação de obras. O país parece incapaz de aprender com todos os levantamentos, perdas e conflitos que esse processo gera”, afirmou, em nota, o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. “Por mais urgente que seja encontrar soluções para as obras paradas, também é preciso atenção com programas e metas direcionados à não repetição dos mesmos erros no futuro”.


Crise econômica

Segundo a CNI, a crise econômica no país gerou a necessidade de contenção de gastos e levou o governo federal a paralisar importantes projetos de infraestrutura. “Ainda que mais evidente no caso da União, esse processo de deterioração fiscal e contração de investimentos também afetou projetos de estados e municípios, que acabaram por cortar investimentos, também provocando a paralisação de obras de infraestrutura”, diz a confederação.


No entanto, segundo a CNI, a crise econômica e fiscal não foi o único motivo para tantas obras paradas e não é uma situação nova no país. “Um obstáculo importante ao desenvolvimento da infraestrutura nacional é a difícil interação entre os gestores públicos, responsáveis por fazer os projetos virarem realidade, e os órgãos de controle”, destaca o estudo.

Fonte: Portal EBC

 


 

13/07/2018 - IPEA: Inflação mais que triplicou para população de renda baixa


De acordo com o Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, a inflação das famílias de menor renda, em junho, foi mais que o triplo da registrada em maio, chegando a 1,5%. Já entre os grupos mais ricos, a variação nos preços ficou em 1,03%.


O resultado entre as classes de menor poder aquisitivo é consequência da alta nos preços, de alimentos e das tarifas de energia elétrica. Entre as famílias de maior renda, a inflação foi impactada pelo aumento nos valores dos combustíveis.


Segundo o Ipea, as classes mais pobres gastam cerca de 23% do orçamento com alimentos. Já os mais ricos comprometem apenas 10% da renda com esses produtos. Em relação à conta de luz, as famílias de menor renda comprometem 6% do orçamento, enquanto entre os mais ricos essa despesa cai para 2%.


O contrário ocorre com os combustíveis. Os grupos com maior renda destinam 8% do orçamento para esse produto, já os mais pobres, apenas 2%.

Fonte: Radioagência Nacional

 


 

13/07/2018 - Com empregos ameaçados, trabalhadores fazem reunião com direção da Embraer


Representantes de três sindicatos metalúrgicos do Vale do Paraíba cobram a direção sobre o futuro dos 18 mil trabalhadores após acordo de fusão com a norte-americana Boeing


Representantes dos sindicatos de metalúrgicos de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara – cidades do interior paulista – se reúnem nesta sexta-feira (13) com o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, para discutirem as consequências da fusão com a norte-americana Boeing para os trabalhadores.


Pelo acordo selado na semana passada, a Embraer vendeu 80% da sua divisão de aviação comercial por cerca de R$ 15 bilhões. Além dos 20% restantes na divisão comercial, a brasileira mantém as áreas de defesa e jatos executivos.


A promessa do governo Temer, e da própria empresa, é que os empregos não serão afetados, pois os aviões comerciais continuariam a ser produzidos no Brasil. A realidade, contudo, parece ser outra, segundo os trabalhadores, e as demissões já teriam começado.


Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Hebert Carlos, ao menos dez trabalhadores teriam sido demitidos nesta quarta-feira (11). Os números não são precisos, pois, após a dita "reforma" trabalhista do governo Temer, as demissões não são mais homologadas no sindicato.


Ele prevê mais cortes até a concretização da fusão, que ainda deve levar alguns meses, aos moldes do que costuma ocorrer durante privatizações de estatais, que abrem programas de demissões voluntárias (PDVs) para reduzir o quadro de funcionários e evitar para a nova empresa custos trabalhistas dos desligamentos.


"Queremos saber como vai ficar a situação dos trabalhadores, se haverá demissões, PDV. Não há nenhuma situação diferente na fábrica, sem diminuição de produção, nada que justifique essas demissões. Dos que temos contato mais direto, cerca de dez pessoas teriam sido demitidas", diz Herbert.


Com o desmembramento da empresa, o dirigente prevê também impactos negativos no setor de defesa, área estratégica para o país, que perderá recursos para investimentos, na medida em que o setor de aviação comercial responde por até 90% dos lucros da empresa.


"Não vai haver transferência de tecnologia, nem dinheiro para investir na aviação de defesa. Com o tempo, vai falir. É uma contagem regressiva. Daqui a uns anos vão alegar que, por falta de receita, vão fechar esse setor", afirma o representante dos trabalhadores.


Quanto à notícia de que a empresa de aviação JetBlue desistiu da compra de 60 jatos Embraer, optando pela concorrente Airbus, que recentemente adquiriu a canadense Bombardier, Hebert diz não haver ligação com a fusão da brasileira com a Boeing, mas faz um alerta.


"Já havia rumores na fábrica que a JetBlue realizaria a encomenda com a Bombardier. O que podemos afirmar é que a Jetblue é uma companhia americana, mas não tem aviões da Boeing na sua frota. Só compram da Airbus. Uma coisa a se pensar é que, quando a Embraer se junta com a Boeing, pode abrir certos mercados, mas deve fechar outros."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

13/07/2018 - Projeto busca acabar com normas de teletrabalho impostas pela reforma trabalhista


A Câmara dos Deputados analisa proposta que busca cancelar um dos pontos da reforma trabalhista (Lei 13.467/17): o teletrabalho. Trata-se do Projeto de Lei 8501/17, do deputado Marco Maia (PT-RS). A reforma trabalhista incluiu normas legalizando o chamado home office, que é a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação.


A lei em vigor estabelece que as regras para jornada do trabalhador não se aplicam ao funcionário sujeito ao teletrabalho. Isso, para o deputado, pode causar descontrole e onerar o trabalhador. “Não há na nova lei qualquer garantia de direito à desconexão por parte do empregado, o que permite concluir que ele estará indefinidamente à disposição do empregador, sem que haja o consequente pagamento das horas extraordinárias”, disse.


Outro ponto que Marco Maia pretende revogar é o que submete à livre negociação entre as partes a responsabilidade pelo custeio das despesas decorrentes do teletrabalho, como computadores, acesso à internet e outros insumos. “O contrato poderá prever que é da responsabilidade do empregado a aquisição dos meios para realização do trabalho, que é uma clara transferência do risco da atividade empresarial para o empregado”, disse.


Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/07/2018 - Funcionário demitido por não desistir de ação contra cliente será indenizado


Demitir trabalhador que se recusa a desistir de ação trabalhista é atitude abusiva que gera indenização. Com esse entendimento, a 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) determinou a reintegração de uma fisioterapeuta de Maringá e o pagamento de R$ 10 mil de indenização por danos morais.


A trabalhadora foi dispensada depois de se recusar a desistir da ação trabalhista que havia ajuizado contra um cliente da empresa. Para os desembargadores, a demissão da trabalhadora foi abusiva e discriminatória, ficando evidente o dano moral decorrente da conduta da empregadora.
Para os magistrados que analisaram o caso, não restaram dúvidas de que a demissão se deu em retaliação por ajuizamento de ação contra cliente da empresa, uma vez que a questão passou a ser um problema "comercial" para a empregadora.


"O ato ilícito praticado pelas rés é flagrante, consubstanciado na pressão psicológica exercida a fim de que a autora abrisse mão do seu direito constitucional de ação. Os danos à sua esfera extrapatrimonial, igualmente, decorrem da gravidade do fato e são inequívocos, dada a angústia e a indignação da autora em razão de estar sendo constrangida a desistir de direito, sob pena de ser demitida", constou no acórdão da 6ª Turma, de relatoria da desembargadora Sueli Gil El Rafihi.


Os julgadores observaram, ainda, que a "dispensa discriminatória ou arbitrária/abusiva constitui, sem dúvida, gênese de danos morais indenizáveis, já que frontalmente contrária ao ordenamento, não somente no que diz respeito às normas de proteção ao trabalho, mas violadora de princípios fundamentais, estritamente ligados à dignidade da pessoa humana". Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-9.

Processo 0000750-23.2016.5.09.0662

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

13/07/2018 - INSS tem de provar reabilitação para suspender auxílio-doença


O auxílio-doença tem que ser pago até que o segurado possa retornar à sua função habitual, seja considerado apto para nova atividade ou seja aposentado por invalidez. Com esse entendimento a 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu confirmar a sentença, determinando ao INSS que restabeleça o benefício um auxílio-doença suspenso indevidamente de uma pessoa com cegueira.


O auxílio-doença é regulado na Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social) e é concedido àquele que se encontra incapacitado para o trabalho ou atividade por mais de 15 dias. Caso a incapacidade não seja reversível, o artigo 62 da mesma lei esclarece que o benefício somente cessa nas hipóteses de conversão em aposentadoria por invalidez, ou no momento em que o segurado estiver capacitado profissionalmente para o exercício de outro trabalho.


No caso em análise, o desembargador federal André Fontes, relator do processo no TRF-2, considerou que o INSS não comprovou que tenha cumprido nenhum desses requisitos legais a fim de justificar a cessação do benefício. Isto é, não demonstrou a reabilitação profissional do segurado. “Assim, se a parte autora ainda se encontrava incapacitada para o exercício de sua atividade habitual e o INSS não promoveu sua reabilitação profissional, afigura-se ilegal o cancelamento do auxílio-doença”, avaliou.


O relator considerou ainda o laudo do perito judicial atestando que a parte autora está acometida de "Amaurose (cegueira) no olho direito e baixa visão em olho esquerdo". O documento afirma, ainda, que "o autor deverá ficar em benefício previdenciário e ser submetido a nova perícia médica após o tratamento cirúrgico de catarata". Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.

Processo 0009015-83.2014.4.02.9999

Fonte: Jusbrasil

 


 

13/07/2018 - Aposentado por invalidez que exerce atividade remunerada deve restituir ao INSS todos os valores recebidos


O retorno voluntário ao trabalho caracteriza má-fé do segurado.


A 1ª Câmara Regional Previdenciária de Minas Gerais do TRF 1ª Região determinou que a parte autora restitua ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de todas as parcelas do benefício de aposentadoria por invalidez recebidas no período (de 01/02/2001 a 09/04/2006) em que exerceu voluntariamente atividade remunerada como servidor público estadual. Em primeira instância, o Juízo sentenciante havia determinado a devolução das parcelas recebidas nos meses de outubro de 2001 a fevereiro de 2002.


Em suas razões recursais, a parte autora alegou que suas condições de saúde não apresentaram melhora desde a concessão da aposentadoria por invalidez e que somente retornou ao trabalho porque passava por dificuldades financeiras. Requereu a anulação da perícia médica realizada no curso do processo e sustentou ser indevida a restituição dos valores recebidos em virtude de sua natureza alimentar.


O INSS, por sua vez, defendeu a restituição integral dos valores recebidos durante todo o período em que a parte autora exerceu atividade remunerada ao argumento de que “qualquer valor que o autor tenha recebido a título de benefício previdenciário por incapacidade no período em que exercera labor mediante remuneração, conforme restou comprovado nos autos, é indevido e deve ser devolvido ao erário”.


O relator, juiz federal convocado Rodrigo Rigamonte Fonseca, concordou com a tese da autarquia previdenciária. “O benefício de aposentadoria por invalidez é substitutivo de renda e, portanto, não é acumulável com o recebimento de salário em período concomitante, razão pela qual deve cessar com o retorno voluntário do segurado ao trabalho, conforme art. 46 da Lei nº 8.213/1991”, afirmou.


O magistrado também salientou que “a manutenção da percepção do benefício de aposentadoria por invalidez após o retorno voluntário ao trabalho ilide a presunção de boa-fé, configurando-se uma omissão voluntária do segurado, uma vez que inarredável a necessidade de comunicação à autarquia-previdenciária de tal fato”. A decisão foi unânime. Processo nº: 0003055-21.2011.4.01.3811/MG

Fonte: Jusbrasil

 


 

12/07/2018 - Centrais reforçam 10 de agosto como dia de 'basta ao desemprego'


Sindicalistas vão organizar paralisações no início da manhã e se concentrar diante da Fiesp. Sem esperar mais nada do atual governo, querem cobrar candidatos sobre medidas para recuperar o país


As centrais sindicais ratificaram nesta quarta-feira (11) o 10 de agosto como um dia nacional de luta, com destaque para o combate ao desemprego, além de repudiar as reformas do governo Temer. Sindicalistas devem promover paralisações na parte da manhã, seguidas de concentração diante da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a partir das 10h. Perto do calendário eleitoral, eles também querem cobrar candidatos sobre medidas para reativar a economia.


Do atual governo, já não se espera nada. "Creio que temos de apostar no futuro", afirmou, pouco depois de reunião realizada no Dieese, em São Paulo, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, já apontando para as eleições de outubro. Ele defende uma composição política "que fortaleça a defesa do nosso país e dos brasileiros".


Segundo ele, a ideia é fazer do 10 de agosto um dia de "basta de desemprego", envolvendo não só trabalhadores mas instituições como a Igreja e entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras. "O desemprego é um flagelo que atinge toda a sociedade brasileira."


O presidente em exercício da CTB, Divanilton Pereira, disse que a data tem como origem "uma plataforma unitária das centrais", referindo-se à agenda com 22 itens aprovada há um mês. Os eixos da mobilização de 10 de agosto incluem ainda protestos contra a elevação dos preços de petróleo e derivados e defesa dos direitos previdenciários.


Os sindicalistas querem também que os candidatos se comprometam com medidas emergenciais para recuperar a economia e criar empregos – algo que já não se pode esperar da gestão Temer. "Não temos a menor ilusão quanto a isso. A composição desse usurpador não tem o menor compromisso com o Brasil, com soberania, com os direitos do nosso povo", afirmou Divanilton. "Estaremos a cinco dias do início formal da campanha eleitoral e nosso objetivo é que nossa pauta influencie o debate nacional."


Nova plenária das centrais foi marcada para o dia 25, também no Dieese, para acertar detalhes das manifestações. A reunião de hoje, além de CTB e Força, contou com representantes de CSB, CSP-Conlutas, CUT, Intersindical, Nova Central e UGT.


Novo ministro

A posse do novo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, terça (10), foi recebida com frieza pelos sindicalistas, dada a relação do advogado com o setor empresarial e a falta de preocupação de Temer com o movimento sindical na escolha. "Os trabalhadores não foram consultados", disse Juruna, lembrando que os representantes das centrais foram convidados "em cima da hora".

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

12/07/2018 - Vargas Netto mostra que número de Sindicatos no Brasil é compatível


Entre as lendas criadas contra o movimento dos trabalhadores está a de que o Brasil tem Sindicato demais. Esse mantra foi recitado por ministros do Supremo Tribunal Federal na sessão de 29 de junho, na qual seis votos chancelaram a lei neoliberal de Temer.


Quem desmonta a ladainha é João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical, em seu artigo “Conversa de botequim”. No texto, ele esclarece que o sindicalismo atual vai ao encontro da Constituição, que estabelece Sindicato por categoria, sem que possa haver mais de uma entidade do mesmo setor na mesma base territorial.


Diz Vargas: “Fiquei incomodado com a dupla ignorância sobre o sindicalismo revelada nas discussões, ignorância sobre os Sindicatos no Brasil e sobre os Sindicatos em outros países e sua comparação com os nossos. O número de 17 mil foi brandido como argumento teórico definitivo. O STF, que é o guardião da Constituição, esqueceu que ela permite a existência de um Sindicato de uma dada categoria por município (Artigo 8º, item II). O regramento constitucional convive, portanto, com a possibilidade da existência de milhares de Sindicatos; se limitarmos, por exemplo, a três Sindicatos por município - são 5.570 - chegaríamos aos 17 mil Sindicatos, sem que se configurasse anomalia”.


Exemplo - À Agência Sindical, o consultor exemplifica: “Suponhamos que cada município tenha um Sindicato de Servidores, um comerciário e outro de rurais. Já estaríamos nos 17 mil, sem contar categorias próprias de certas regiões ou entidades patronais”.


O Supremo também errou no item receitas sindicais. Diz o artigo: “Um ministro alegou apetite por verbas do governo, quando todos sabem - e ele devia saber - que a contribuição vem dos trabalhadores e das empresas, apenas recolhida e distribuída pelo agente público, que cobra para isso”. E conclui: “Sem conhecer a realidade constitucional e institucional do sindicalismo e falsear comparações, os ministros deram uma demonstração clamorosa de preconceitos e leviandades, verdadeira conversa de botequim”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

12/07/2018 - Lindbergh condena reforma trabalhista e pede constituinte


O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) lembrou que há exatamente um ano o Senado aprovava a reforma trabalhista e disse que as consequências das novas regras foram nefastas para os trabalhadores. Ele afirmou que houve incremento do desemprego, demissões sem pagar rescisão, redução no pagamento de horas extras, aumento da jornada de trabalho e diminuição nos salários.


O parlamentar fluminense disse ainda que essa é a cara do Brasil de Michel Temer, ressaltando que no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vida dos brasileiros mais pobres era muito melhor. Para Lindbergh, este é o motivo pelo qual a candidatura de Lula só faz crescer nas pesquisas.


— Sinceramente, eu acho que só a eleição não vai resolver. Nós vamos ter que eleger Lula presidente, mas é fundamental mexer nesse sistema que está podre, volto a dizer. Nesse Congresso Nacional, nesse Poder Judiciário. Nós temos que fazer uma assembleia nacional constituinte, para refundar o Estado brasileiro.

Fonte: Agência Senado

 


 

12/07/2018 - Produção industrial cai em 14 de 15 locais pesquisados pelo IBGE


A produção industrial caiu em 14 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quarta-feira (11), apenas o Pará teve alta na produção no período, de 9,2%, depois de uma queda de 8,5% em abril.


Segundo o IBGE, a queda foi motivada principalmente pela paralisação dos caminhoneiros no final de maio, que afetou o processo de produção em várias unidades industriais do país.


Seis estados tiveram quedas superiores à média nacional, de 10,9%, no período: Mato Grosso (-24,1%), Paraná (-18,4%), Bahia (-15%), Santa Catarina (-15%), São Paulo (-11,4%) e Rio Grande do Sul (-11%).


Os outros estados com queda na produção foram Goiás (-10,9%), Minas Gerais (-10,2%), Pernambuco (-8,1%), Rio de Janeiro (-7%), Ceará (-4,9%), Amazonas (-4,1%) e Espírito Santo (-2,3%). Além de analisar separadamente os desempenhos de Ceará, Pernambuco e Bahia, o IBGE também analisa o comportamento conjunto dos nove estados da Região Nordeste, que tiveram queda de 10% na produção.


Comparação

Na comparação com maio do ano passado, a produção recuou em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Goiás (-15,7%). Tiveram alta apenas os estados do Pará (6%), Amazonas (4,5%) e Rio de Janeiro (0,9%).


No acumulado do ano, no entanto, a indústria teve desempenho positivo em oito locais. A principal alta foi observada no Amazonas (17,9%). Sete locais tiveram queda, sendo o Espírito Santo o estado com maior recuo (-5,1%).


Já no acumulado de 12 meses, o desempenho da indústria se mostra melhor, ao registrar alta em dez dos 15 locais, com destaque, mais uma vez, para o Amazonas (10,4%). Dos cinco locais em queda, Espírito Santo também obteve o pior resultado (-1,9%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

12/07/2018 - Tabelamento do frete terá impacto de R$ 3,3 bi na indústria paulista


O tabelamento do frete deve causar impacto de R$ 3,3 bilhões sobre a indústria paulista entre os meses de junho e dezembro deste ano, estimou nesta quarta-feira (11) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O aumento equivale, segundo a pesquisa Rumos da Indústria Paulista, a um gasto adicional com frete de R$ 469,6 milhões por mês. Para a pesquisa, foram consultadas 400 empresas do estado.


O tabelamento do frete, uma das reivindicações dos caminhoneiros durante a paralisação nacional e que define valores mínimos para o frete rodoviário no país, foi aprovado nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados. Pela proposta que está em votação, caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicar duas vezes ao ano os preços mínimos do frete referentes ao quilômetro rodado, por eixo carregado, considerando distâncias e especificidades das cargas e priorizando o custo do óleo diesel e dos pedágios.


Repasse aos preços

Segundo a Fiesp, 55,3% das empresas consultadas pretendem repassar, integralmente ou parcialmente, o aumento do frete para o preço do produto. "Depois de três anos pressionadas pelo fraco desempenho da economia, as indústrias paulistas estão com pouca margem para absorver este aumento do preço do frete sem repassar para os preços dos seus produtos”, disse José Ricardo Roriz Coelho, presidente em exercício da Fiesp.


O dirigente disse ainda que, se houver o repasse, isso vai ocorrer em um momento de recuperação ainda lenta da economia, “o que deve levar a uma queda das vendas, conforme projetado pelas próprias empresas que participaram da pesquisa".


A Medida Provisória 832, de 2018, que institui a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, é considerada “um grande retrocesso” por Roriz. "Fixar preços mínimos viola o princípio da livre iniciativa e é ineficaz", disse ele.


Números da pesquisa

Dentre as empresas ouvidas pela pesquisa, 24,5% delas projetam redução das vendas de seus produtos, que podem cair 1,7%. Para que a queda não seja maior, 14,2% das empresas deram descontos no valor de seus produtos quando o frete é pago pelo cliente.


Ainda segundo a pesquisa, a maior parte da indústria paulista deve sofrer impacto do tabelamento do preço mínimo do frete, já que 59,5% das empresas consultadas na pesquisa não têm frota própria para coleta ou entrega dos produtos.

Fonte: Agência Brasil

 


 

12/07/2018 - Bancários resistem à reforma trabalhista para garantir direitos


Protestos realizados pelos bancários nesta quarta –feira (11) reivindicam a assinatura de um pré-acordo com os bancos garantindo as bases da atual Convenção Coletiva de Trabalho. Em início de campanha para renovar a Convenção, os bancários enfrentam a falta de disposição da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que busca rebaixar direitos básicos. A Convenção dos bancários que expira no dia 31 de agosto mantém a mesma proteção e conquistas há 26 anos.


A reforma trabalhista elaborada e sancionada pelo governo de Michel Temer proporcionou aos empregadores a possibilidade de violar direitos. Em vigor desde novembro do ano passado, a reforma consolidou o fim da ultratividade, que assegurava os direitos da Convenção anterior até a assinatura do novo acordo. Sem esse dispositivo, os empregadores tem se negado a manter os direitos em vigor.


São Paulo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro realizaram manifestações para pressionar os negociadores dos bancos a assinarem o pré-acordo ainda nesta quinta-feira (12), quando será realizada nova rodada de negociação com os bancos. Ao contrário do que sempre aconteceu, os bancos não assinaram a o pré-acordo na primeira rodada de negociações no dia 28 de junho.


“Queremos sair da mesa do dia 12 com um calendário de negociações, a exemplo do que sempre fizemos em anos anteriores. Em 2018, nossa CCT completa 26 anos e é um exemplo de construção baseada num processo democrático, com respeito à representação dos trabalhadores e dos bancos. E assim queremos que continue sendo”, afirmou a dirigente bancária Juvandia Moreira ao portal da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ela é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.


Na opinião de Marta Soares, a resistência dos bancários é para garantir direitos que foram resultado de anos de luta dos trabalhadores. Dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ela esteve desde o início da manhã desta quarta conversando com trabalhadores no CAB/Itaú, na av Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista.


“Em 2017, os cinco maiores bancos tiveram resultados que ultrapassam R$ 77 bilhões. Esse resultado não é feito nem por máquinas e nem por estruturas, mas sim pelos bancários e bancárias que trabalham para atingir metas”, argumentou Marta ao portal Contraf.


Em Salvador (BA), dirigentes do sindicato dos bancários daquele estado percorreram cerca de 500 agências mobilizando trabalhadores para fortalecer a campanha salarial. "O fim da ultratividade, por exemplo, é a face mais perversa da nova legislação trabalhista, pois os direitos assegurados pelo acordo coletivo perdem validade depois de 31 de agosto", afirmou o presidente licenciado, Augusto Vasconcelos.


Se não houve pré-acordo até o dia 31 de agosto os bancários podem ficar sem direitos como vales-refeição e alimentação, auxílio-creche e plano de saúde, entre outros.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

12/07/2018 - Inflação da terceira idade fecha segundo trimestre em alta de 2,3%


A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos, fechou o segundo trimestre do ano com variação de 2,3%. O resultado é 0,35 ponto percentual superior ao 1,95% relativo ao IPC-BR acumulado de abril e junho – e que mede a variação de preços das famílias de todas as idades e faixas de renda.


Os dados relativos ao indicador foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado do 2º trimestre do ano, a inflação acumulada pelo IPC-3i nos últimos 12 meses (a taxa anualizada) ficou em 5,14%, superior também em 0,71 ponto percentual aos 5,14% do IPC-BR acumulado nos últimos 12 meses.


Segundo os dados divulgados pela FGV, na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, o IPC-3i fechou em alta de 1,41 ponto percentual, ao passar de 0,89% para 2,30%. Seis das oito classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas.


A principal contribuição para o crescimento do IPC-3i no segundo trimestre partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 0,07% para 3,08%, influenciada pela tarifa de eletricidade residencial, que chegou a crescer 13,97% no período, depois de ter fechado o trimestre anterior com deflação (inflação negativa) de 2,05%.


Também contribuíram para o aumento da taxa do IPC-3i os grupos Alimentação, cuja variação de preços passou de 1,41% para 2,50%; Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,59% para 2,55%); Transportes (de 1,61% para 2,39%); Vestuário (de -0,02% para 1,05%); e Comunicação (de -0,13% para 0,09%).


Em contrapartida, tiveram desaceleração de preços os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,73% para uma deflação de 0,98) e Despesas Diversas (de 0,62% para 0,35%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

12/07/2018 - IGP-M registra inflação de 8,13% em 12 meses na 1ª prévia de julho


O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,41% na primeira prévia de julho, taxa inferior à apurada em junho (1,5%). O indicador acumula taxas de 5,82% no ano e de 8,13% em 12 meses, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).


A queda da taxa foi puxada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que acompanha o atacado, caiu de 2,06% na primeira prévia de junho para 0,34% na prévia deste mês.


A inflação do Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, recuou de 0,54% na prévia de junho para 0,39% na prévia de julho.


Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,91% na prévia de julho, acima do 0,18% de junho.

Fonte: Portal EBC

 


 

11/07/2018 - Centrais se mobilizam para ato em 10 de agosto contra desemprego


CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Intersindical voltam a se reunir nesta quarta-feira (11) no auditório do Dieese, em São Paulo. Será o segundo encontro dos dirigentes, que estão à frente da organização de um dia Nacional de Luta pelo Emprego. A reunião, com caráter ampliado, deve contar com a presença de Sindicatos de grandes categorias.


A Agência Sindical ouviu Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, da Confederação da categoria e presidente interino da Força Sindical.


O dirigente falou sobre a gravidade da crise, o aprofundamento do desemprego e a importância de massificar as propostas das Centrais para reverter o quadro de adversidades, a fim de mobilizar os trabalhadores e a sociedade.


“O abismo social está aumentando e precisa ser revertido. Temos uma população sem perspectiva de melhora e um governo sem política de desenvolvimento. Para crescer é preciso ter emprego e renda”, diz Miguel.


Segundo o dirigente, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora se coloca hoje como uma alternativa ao abismo, que deve ser massificada e debatida amplamente no processo eleitoral deste ano. “São 22 pontos, que caminham unitariamente com as Centrais, como propostas para enfrentar esse momento tão difícil”, destaca.


Miguel Torres lembra que a Agenda toca na questão do emprego e do desenvolvimento, além da prática sindical que amplia a defesa dos direitos dos trabalhadores. Ele reforça: “É necessário trazer os Sindicatos para essa discussão, para reforçar e encorpar os protestos que estamos organizando".


O secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, também destaca a importância de envolver as entidades de base em todo o País. “A participação dos Sindicatos vai ampliar a mobilização. Nesta quarta, definiremos, junto com essas entidades, como será a mobilização aqui em São Paulo”, ressalta.


A primeira reunião de organização ocorreu dia 4, também no Dieese. No encontro, a instituição apresentou alguns dados preocupantes, como a situação alarmante de 13 milhões de desempregados, com 32% deles na faixa etária entre 18 e 24 anos, além de 25 milhões de subocupados.


Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, disse à Agência que o enfrentamento do desemprego se tornou uma questão prioritária para o movimento sindical. “É preciso discutir as políticas voltadas para a geração de vagas e à proteção dos direitos”, defende.


A plenária será realizada nesta quarta (11), às 10 horas, no auditório do Dieese (rua Aurora, 957, região Central de São Paulo).

Fonte: Agência Sindical

 


 

11/07/2018 - Novo ministro do Trabalho defende atuação técnica na pasta


Após tomar posse na tarde desta terça-feira (10), em cerimônia no Palácio do Planalto, o novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, disse que o ministério tem que ser “extremamente técnico”. “Temos que funcionar tecnicamente”, afirmou.


Perguntado se será necessário fazer uma revisão nos cargos da pasta após a terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal, que afetou a cúpula do ministério, então comandado pelo PTB, o novo ministro afirmou que se as mudanças forem necessárias serão feitas.


“Como bom mineiro vou examinar bem a situação e as medidas serão tomadas, com transparência”, disse.


No entanto, Caio Vieira de Mello ressaltou que se os indicados políticos tiverem capacidade técnica, eles permanecem no cargo. “Não estou dizendo que vou trocar [os cargos]. Eu vou conduzir o ministério tecnicamente”, disse.


O desembargador aposentado também destacou que o presidente Michel Temer pediu que ele desse agilidade ao Ministério do Trabalho “e ajudasse a resolver os problemas que existem lá”.


No último dia 5, o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Eliseu Padilha, havia assumido interinamente o Ministério do Trabalho, no lugar de Helton Yomura, que pediu exoneração do cargo após ser um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio. O objetivo da operação foi aprofundar as investigações sobre uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar a concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.


Reforma Trabalhista

Sobre a reforma trabalhista, o novo ministro disse a alteração de legislação é “uma coisa normal”. “A adaptação vai se fazendo pela jurisprudência e o tempo vai mostrando a vantagem ou desvantagem. Se houver necessidade, haverá mudança também. Não vejo nenhuma necessidade de mudança no momento”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/07/2018 - Chefe de gabinete do Ministério do Trabalho pede exoneração


Solto na madrugada desta terça-feira (10), o chefe de gabinete do ex-ministro do Trabalho Helton Yomura, Júlio de Souza Bernardes, pediu exoneração do cargo. Já em seu apartamento em Brasília, ele gravou um vídeo, divulgado nas redes sociais, onde comunicou o ato.


“Estou indo hoje ao ministério do Trabalho para pedir a minha exoneração para que o novo ministro tenha transparência, tranquilidade para trabalhar e para que as investigações sigam normalmente, para não parecer e nem dar um ar de que talvez eu esteja permanecendo no ministério do Trabalho para tentar ocultar algum tipo de prova dessa investigação que ainda prossegue”, afirmou.


Ex-vereador em Paraíba do Sul (RJ) pelo PTB, conhecido como “Canelinha”, Souza Bernardes foi preso na terceira fase da Operação Registro Espúrio, na semana passada, e solto após o prazo de cinco dias da prisão temporária, diante da ausência de uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para converter a prisão em preventiva. Ele teve os sigilos telefônicos e bancários quebrados e afirma também que não cometeu nenhuma irregularidade. "Quero deixar claro que eu só me tornei investigado nessa operação registro espúrio tão somente por eu ter feito contato com pessoas que eram pessoas que estavam sendo investigadas. Por isso me tornei alvo da investigação", disse Souza Bernardes na gravação.


O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, tomou posse na tarde desta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. Perguntado se será necessário fazer uma revisão nos cargos da pasta após a terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal, que afetou a cúpula do ministério, então comandado pelo PTB, o novo ministro afirmou que se as mudanças forem necessárias serão feitas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/07/2018 - Comissão debate desenvolvimento produtivo e mercado de trabalho


A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços debate hoje questões relacionadas ao desenvolvimento produtivo e mercado de trabalho.


O debate, proposto pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), faz parte um conjunto de audiências chamado “Painéis Setoriais”, que aborda temas do desenvolvimento nacional e busca identificar os entraves econômicos enfrentados pelos diversos setores econômicos.


Foram convidados:

- o supervisor do Escritório Regional do Distrito Federal do do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese), Max Leno de Almeida; e

- o secretário de Relações do Trabalho da Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil, Paulo Vinicius Santos da Silva.


A reunião será realizada às 9 horas, no plenário 5.

Fonte: Agência Câmara

 


 

11/07/2018 - Quem deixou para sacar PIS/Pasep em agosto receberá 8,97% a mais


O reajuste veio bem acima da inflação acumulada em 12 meses até junho, de 4,39%


Cotistas do PIS/Pasep que não fizeram o saque deste ano até junho receberão os valores com acréscimo de 8,9741%, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (10).


O reajuste veio bem acima da inflação acumulada em 12 meses até junho, de 4,39%, segundo o IBGE. A suspensão dos pagamentos no mês de julho é realizada exatamente para que seja computado o rendimento anual do fundo. No ano passado, foi de 8,8781%.


Na primeira etapa do cronograma de pagamento do PIS/Pasep, iniciada em 17 de junho e encerrada no dia 29 de junho, 1,1 milhão de trabalhadores com idade acima de 57 anos realizaram o saque, retirando uma soma de R$ 1,5 bilhão.


A partir de agosto, empregados de quaisquer idades poderão solicitar suas cotas.


As cotas são retiradas anuais de recursos depositados em contas de trabalhadores entre 1971 e 1988, quando ficaram inativas em razão da Constituição Federal. Até 2017, o saque era permitido para pessoas com mais de 70 anos, em caso de aposentadoria e em outras situações específicas. A partir do ano passado, o governo federal flexibilizou o acesso para pessoas de todas as idades.


Na segunda etapa, serão disponibilizadas, inicialmente, as cotas dos correntistas da Caixa Econômica Federal (no caso dos trabalhadores da iniciativa privada) e Banco do Brasil (no caso dos trabalhadores do setor público). O crédito em conta será efetuado automaticamente no dia 8 de agosto.


A partir do dia 14, correntistas de quaisquer bancos poderão reivindicar o recurso. O prazo ficará aberto até 29 de setembro. Quem não sacar nesse período, perde o direito ao benefício.


Quem tem direito ao PIS/Pasep

Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição daquele ano passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o BNDES.


Os valores depositados nas contas individuais no Fundo PIS/Pasep antes da mudança constitucional, no entanto, permaneceram lá. Os trabalhadores titulares dessas contas – ou seus herdeiros, no caso de morte do titular – podem sacar o saldo existente de acordo com os motivos de saque estabelecidos em lei.


Tanto Caixa quanto BB têm páginas com informações sobre o PIS/Pasep, onde é possível verificar cadastros e consultar cotas. Ainda no caso da Caixa, há também um telefone para atendimento ao cidadão: 0800 726 0207. No caso do BB, se o beneficiário quiser verificar o cadastro pessoalmente, basta ir a uma agência com o RG em mãos.

Fonte: Gazeta do Povo

 


 

11/07/2018 - STF não levou em conta que contribuição financia programas importantes


A advogada e mestre em Direito Sindical Augusta Raeffray palestrou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em manter a contribuição sindical mediante autorização da categoria, conforme instituiu a reforma trabalhista. Augusta participou do encontro da CSB São Paulo, no dia 5 de julho, em Bauru. A Lei 13.467 mudou artigos da CLT e, entre eles, acabou com a obrigatoriedade da contribuição.


Com otimismo, a especialista em Direito Sindical pontua questões importantes e trata a decisão do Supremo como “extremamente política, e não técnica”, pede cautela e busca soluções práticas para a sobrevivência das entidades.


“O Tribunal navegou contra a sua própria jurisprudência, porque há tempos se entende que a contribuição sindical é de caráter tributário e que parte dela vai para o financiamento de importantes programas como o Seguro-Desemprego, mas isso não foi levado em conta, e a razão disso é que a decisão foi política, e não técnica”. Augusta lança mão de um ditado popular para dizer que a decisão já está tomada e “não adianta chorar pelo leite derramado”.


A advogada salienta que não é possível fazer um debate exato da decisão do STF, já que ainda não foi publicada. Por isso, toma por base as palavras dos ministros votantes. Algumas questões partem a partir daí: o julgamento terá repercussão? Os sindicatos devem representar todos os trabalhadores de uma categoria depois dessa decisão ou só os que contribuírem?


Contribuição sindical viva

Para Augusta Raeffray, “a contribuição está viva”, e esse é o ponto principal para onde se deve olhar. “Mudamos a forma de cobrar, autorizando em assembleia. Daqui para frente não poderemos mais brigar pela inconstitucionalidade de acabar com a contribuição. Mas a legitimidade do sindicato de fazer essa cobrança não mudou”, afirma.


Além disso, a especialista diz que a hora é de análises. “Temos que ter um pouco de calma, temos uma nova eleição; tudo pode mudar. É o momento de talvez pensar o custeio sindical de uma nova forma. Essa é a hora de irmos até o trabalhador e fazer um trabalho de convencimento. É difícil? É, mas é necessário o trabalho de base. Quanto mais os trabalhadores entenderem a importância da entidade, eles estarão com a gente”, afirma a advogada.


Representação dos trabalhadores

Augusta trata como perigoso acabar com a ideia de categoria e os sindicatos passarem a só representar os sócios. “Se eu começo a fracionar essa categoria, nós vamos contra a Constituição e não é porque o STF fez isso, com todo o respeito, que nós faremos também”, diz citando o princípio da unicidade sindical que existe na Constituição, ou seja, pela Carta Magna, os sindicatos representam toda a categoria, e não só quem contribui.


Para a advogada, esse tipo de medida pode gerar uma represália do patrão com quem é sócio do sindicato. “Pode ser um estímulo para que o setor patronal peça a desfiliação do trabalhador do sindicato. Isso aconteceu quando a gente autorizou a contribuição em assembleia. Tinha trabalhador com o papel timbrado da empresa pedindo desfiliação”.


Encontro da CSB São Paulo

Além da advogada Augusta Raeffray, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, o presidente da CSB, Antonio Neto, e o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª região Luis Henrique Rafael também palestraram no evento.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

11/07/2018 - Maia anuncia que privatização da Eletrobras não será votada este ano


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou nesta terça-feira (10) à noite, logo após a aprovação do Projeto de Lei 10332/18 autorizando a venda de seis concessionárias de energia elétrica, que o projeto de privatização da Eletrobras não será mais votado neste ano.


Na semana passada, Maia havia se comprometido a pautar o projeto apenas após a definição das eleições presidenciais deste ano. Para Rodrigo Maia, a matéria deveria ser capitaneada ou não pelo futuro novo presidente da República. No entanto, após pressão de parlamentares da oposição, decidiu retirar a proposição da pauta de votações do segundo semestre.


“Informo que nosso acordo em relação à não votação do PL [projeto de lei] da Eletrobras está garantido e será conduzido dessa forma por esta presidência. Não votaremos o PL da Eletrobras neste ano", afirmou Rodrigo Maia, ao responder o questionamento feito pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).


A proposta estabelece que a privatização ocorrerá por meio do lançamento de novas ações no mercado até que esse número transforme a União em acionista minoritária. O projeto também prevê que, para preservar interesses estratégicos nacionais, os novos acionistas serão proibidos de acumular mais de 10% do capital da empresa.


A privatização da Eletrobras foi anunciada pelo governo em agosto do ano passado. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o valor patrimonial da Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões, e o total de ativos da empresa soma R$ 170,5 bilhões. O governo espera obter com a venda cerca de R$ 12 bilhões. A empresa é responsável por um terço da geração de energia do país.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/07/2018 - Lula: Temer vende patrimônio público 'a preço de banana'


Em recado transmitido pelo Twitter ex-presidente Lula diz que será candidato para "recuperar a soberania do povo brasileiro"


Em recado divulgado pelas redes sociais divulgado nesta terça-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamenta o fato de que o patrimônio público brasileiro está sendo vendido "de forma irresponsável, a preço de banana" pelo governo Temer, para encobrir a sua falta de legitimidade.


Ainda em agosto de 2017, o governo Temer anunciou a intenção de privatizar 57 empresas públicas. Além de "abrir mão da soberania que um país precisa", tal projeto privatista reforça o "complexo de vira-lata" que a elite brasileira nutre em relação aos Estados Unidos.


Em fins de junho, sob orientação do governo, a Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei, que autoriza a Petrobras a negociar com outras empresas parte dos seus direitos de exploração do pré-sal na Bacia de Santos. A proposta agora deve ser discutida no Senado.


O governo Temer também apoia a fusão da Embraer, terceira maior exportadora brasileira, com a americana Boeing, o que deve acarretar na perda de postos de trabalho. Ainda que não seja mais estatal, o governo brasileiro detém a ação Golden Share, que garante a possibilidade de veto ao negócio.


"Podem ter certeza, vou ser candidato para, entre outras coisas, recuperar a soberania do povo brasileiro", disse Lula pelo Twitter.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

11/07/2018 - Certificado digital no eSocial só é exigido para quem já tinha essa obrigação


O eSocial não está criando essa obrigação para nenhum contribuinte


Os optantes do Simples Nacional com mais de um empregado já necessitam hoje de certificado digital para prestar suas informações e apuração dos tributos devidos. Portanto, o eSocial não está criando nova obrigação com a utilização de certificado digital.


As micro e pequenas empresas com até um trabalhador poderão utilizar os portais do eSocial apenas com código de acesso, sem necessidade de certificado digital. Todos os Microempreendedores Individuais (MEI) poderão utilizar o Portal simplificado do MEI com código de acesso.


Ocorre que os empregadores que atualmente utilizam serviços de profissionais da contabilidade nem mesmo necessitarão de código de acesso, tampouco de certificado digital, já que bastará ao empregador autorizar o contador a assinar e a enviar suas declarações, por meio de uma procuração eletrônica para o eSocial.

Fonte: Receita Federal

 


 

10/07/2018 - Marun diz que novo ministro do Trabalho é “indicação pessoal” de Temer


O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (9) que Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, novo titular do Ministério do Trabalho, foi uma “indicação pessoal” do presidente Michel Temer que não passou por negociação política.


“O presidente consultou vários amigos e lhe foi sugerido o nome do mineiro Caio Vieira de Mello, ex-vice-presidente do TRT [Tribunal Regional do Trabalho] mineiro, ex-corregedor deste tribunal. O presidente viu nele as condições para o exercício dessa importante missão”, afirmou Marun, no Palácio do Planalto.


A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou, nesta tarde, que a posse de Mello ocorrerá amanhã (10) no Palácio do Planalto. Formado em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o desembargador aposentado foi vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, em 2008 e 2009. Atualmente, atua no escritório de advocacia Sergio Bermudes como consultor jurídico.


Perguntado como fica o PTB na base aliada sem o Ministério do Trabalho, Marun disse que o partido participa do governo e prestou “grande serviço” à pasta. “Entendemos que a reforma trabalhista é um legado que o PTB deixa em relação à sua passagem pelo Ministério do Trabalho, mas, neste momento, o ministro tem liberdade para escolher sua equipe e desenvolver o seu trabalho”, acrescentou. “Ele [Caio Vieira de Mello] tem uma história de vida ligada ao direito do trabalho”.


No último dia 5, o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Eliseu Padilha, assumiu interinamente o Ministério do Trabalho, no lugar de Helton Yomura, que pediu exoneração do cargo após ser um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo da operação foi aprofundar as investigações sobre uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar a concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2018 - CNI aponta índice do medo do desemprego acima da média histórica


Poucas vezes nos últimos 22 anos os brasileiros ficaram tão preocupados com o emprego quanto agora, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice do Medo do Desemprego subiu para 67,9 pontos em junho, valor que está 4,2 pontos acima do registrado em março, e está entre os maiores da série histórica iniciada em 1996. Só em maio de 1999 e em junho de 2016, o indicador alcançou 67,9 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9).


Segundo a CNI, o índice está 18,3 pontos acima da média histórica de 49,6 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior o medo do desemprego.


De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego cresceu mais para os homens e as pessoas com menor grau de instrução. Entre março e junho, o indicador subiu 5,6 pontos para os homens e 2,8 pontos para as mulheres. Para os brasileiros que têm até a quarta série do ensino fundamental, o índice subiu 10,4 pontos entre março e junho e alcançou 72,4 pontos. Entre os que tem educação superior, o índice subiu 0,6 ponto e passou de 59,9 para 60,5 pontos.


Satisfação com a vida

O levantamento mostra ainda que a satisfação com a vida também diminuiu. O índice de satisfação com a vida caiu para 64,8 pontos, o menor nível desde junho de 2016, quando alcançou 64,5 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos. Quanto menor o indicador, menor é a satisfação com a vida.


Conforme a pesquisa, a queda do índice de satisfação com a vida foi maior na Região Sul, onde o indicador caiu 5,3 pontos entre março e junho e ficou em 63,8 pontos. Nas demais regiões, a retração foi inferior a 2,3 pontos. Nos estados do Sul, o índice é menor do que o das demais regiões.


O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 128 municípios entre os dias 21 e 24 de junho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2018 - Temer infla dados de emprego ao considerar intermitentes sem trabalho


Ao divulgar o dado oficial que mede o desempenho do mercado de trabalho formal, o Ministério do Trabalho tem incluído todos os contratos intermitentes - que foram criados com a reforma trabalhista - na estatística. Isso significa que o governo Temer tem inflado dados ao considerar brasileiros que têm contratos intermitentes, mas que não trabalharam e muito menos receberam salários. Duplicidade de cadastro também acontece.


Desde que Temer assumiu a presidência no Brasil, a taxa de desemprego aumenta e o custo de vida dos brasileiros segue alto. Soma-se a isso a aprovação da reforma trabalhista que já mostra seus impactos na alta taxa de desemprego no país.


Tentando omitir esse cenário de desemprego, o governo agora infla as estatísticas oficiais de emprego ao contabilizar todos os contratos intermitentes, incluindo os de pessoas que não foram convocadas para esse regime de trabalho e que, portanto não trabalharam e não receberam.


Isso acontece porque nesse tipo de contratação - que favorece apenas ao empresário - não há uma jornada fixa, ou seja, o trabalhador pode ser chamado esporadicamente e só recebe remuneração pelo período que prestou serviço. Se não for convocado, não tem salário.


Com isso, o Ministério do Trabalho tem incluído nas estatísticas todos os intermitentes, mesmo sem saber se de fato trabalharam. E além disso, contabiliza também vários contratos de uma mesma pessoa. Dessa forma, se alguém tiver três contratos diferentes, será contabilizado três vezes.


A partir dessas informações, depreende-se que dos 33 mil novos empregos criados no Brasil, 3 mil são intermitentes e impedem que se veja a real taxa de desempregados no país.


Ou seja, de novembro a maio, o saldo de intermitentes divulgado pelo governo supera 20 mil. No mesmo período, o resultado geral do Caged —ou seja, todos os tipos de contratação— é de 3,8 mil vagas. Isso significa que, sem os contratos zero hora, o saldo de novembro a maio estaria negativo.

Fonte: Portal Vermelho, com agências

 


 

10/07/2018 - Lula é declarado preso político por entidade de Direitos Humanos da Espanha


Entidade com sede em Madri destaca que ex-presidente é condenado sem provas genuínas, teve processo violado e parte dos juízes em manifesta parcialidade contra si


A Fundação Internacional dos Direitos Humanos, organismo não-governamental sediado em Madri (Espanha) e presença em 15 países, emitiu uma declaração no domingo (8) em que diz que passa a considera o ex-presidente Lula como “prisioneiro de consciência” em razão do não cumprimento do habeas corpus concedido ao pelo desembargador plantonista Rogério Favreto.


A entidade destaca que levou em consideração a total ausência de genuínas e inequívocas provas, a violação do devido processo, a falta de garantias para a defesa do acusado e a parcialidade manifesta de uma parte dos juízes do processo em contra do acusado.


Confira a íntegra da nota:


A Fundação Internacional dos Direitos Humanos concede o estatuto de prisioneiro de consciência em prisão arbitrária ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Diante dos acontecimentos que se sucederam hoje, 8 de julho de 2018, nos quais: PRIMEIRO. Tem se avaliado a solicitude de Habeas Corpus, n.º 5025614-40.2018.404.0000, por meio da qual o juiz Rogério Favreto ordenou a imediata liberdade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; SEGUNDO. O juiz Sérgio Fernando Moro tentou suspender a ordem de liberação, mesmo se encontrando de férias e não tendo autoridade jurisdicional para tal ato; e TERCEIRO. O juiz João Pedro Gebran Neto, que também se encontrava de férias, tem ordenado suspender a resolução do juiz Rogério Favreto e manter em prisão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Considerando, as circunstâncias do presente caso judicial: a total ausência de genuínas e inequívocas provas, a violação do devido processo, a falta de garantias para a defesa do acusado e a parcialidade manifesta de uma parte dos juízes do processo em contra do acusado, o Patronato da Fundação Internacional dos Direitos Humanos, reunido de urgência em sessão telemática, concordou em conceder o estatuto de prisioneiro de consciência em prisão arbitraria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/07/2018 - Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora em junho


Os dois indicadores de mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora em junho. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços, caiu 5,6 pontos.


Com a queda, o indicador atingiu 95,5 pontos em uma escala de zero a 200, próximo ao patamar de janeiro de 2017, quando o indicador atingiu 95,6 pontos. Essa é a quarta queda consecutiva do Iaemp, que acumulou perda de 11,5 pontos no primeiro semestre.


De acordo com a FGV, a queda do indicador mostra a perda de confiança em uma maior geração de emprego ao longo dos próximos meses. “ A atividade econômica mais fraca, observada pelos indicadores do primeiro semestre, reflete uma situação atual e futura dos negócios mais difícil. O crescimento está abaixo do previamente esperado e, com isso, a consequência deverá ser menor contratação”, afirma o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.


Já o Indicador Coincidente de Desemprego, calculado com base na opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, piorou 0,6 ponto. Foi a segunda piora consecutiva. O indicador atingiu 97,1 pontos em uma escala de zero a 200, em que quanto maior a pontuação, pior é o desempenho do indicador.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2018 - Relator aplica rito abreviado a ADI que discute incidência de ISS em serviços ligados à área têxtil


Em razão da relevância da matéria em discussão, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplicou à tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5952 o rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999, que possibilita o julgamento do processo pelo Plenário diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de liminar. A ação foi ajuizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) para discutir trecho da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, que trata da incidência do ISS em serviços ligados à área têxtil.


A intenção da entidade é que o STF dê interpretação conforme a Constituição ao item 14.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar 116/2009, com a redação dada pela Lei Complementar 157/2016, para declarar que os serviços de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, corte, costura e acabamento, quando inseridos no contexto de um ciclo produtivo, estão sujeitos à incidência do ICMS, e não do ISS.


A ADI sustenta o entendimento de que deve incidir ICMS quando as atividades em questão forem desenvolvidas na produção de bens a serem inseridos no ciclo econômico de outra mercadoria. Por outro lado, deve incidir a tributação do ISS se estes serviços forem prestados fora de qualquer contexto produtivo, ou seja, quando o tomador for o usuário final. Do ponto de vista comercial, a associação salienta que a incidência do ISS sobre os serviços de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, corte, costura e acabamento, realizados sob a forma de encomenda, dada a sua natureza cumulativa, trará enormes prejuízos às empresas da indústria têxtil.

 

Informações

Na decisão que aplicou o chamado rito abreviado, o ministro Gilmar Mendes determinou que sejam requisitadas informações à Presidência da Republica e ao Congresso Nacional, a serem prestadas em até dez dias. Após esse prazo, os autos devem remetidos, sucessivamente, à advogada-geral da União e à procuradora-geral da República, para que se manifestem sobre o caso, no prazo de cinco dias cada.

Fonte: STF

 


 

10/07/2018 - IGP-DI tem inflação de 1,48% em junho


O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 1,48% em junho deste ano, abaixo do 1,64% de maio. Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,45% no ano e de 7,79% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho de 2017, o IGP-DI havia registrado deflações (quedas de preços) de 0,96% no mês e de 1,51% em 12 meses.


A queda da taxa foi provocada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que registrou inflação de 1,67% em junho, abaixo dos 2,35% de maio.


Por outro lado, os preços do varejo e da construção tiveram alta na inflação. O Índice de Preços ao Consumidor, que acompanha o varejo, aumentou de 0,41% em maio para 1,19% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,23% para 0,97% no período. O IGP-DI foi calculado com base em preços coletados entre 1º e 30 de junho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2018 - Comissão sobre extinção do Fundo Soberano deve ouvir ministro da Fazenda


A comissão mista responsável pela análise da medida provisória que extingue o Fundo Soberano do Brasil (FSB) e o seu conselho deliberativo (MP 830/2018) deve ouvir o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, nesta quarta-feira (11). O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) preside o colegiado.


De acordo com o relator, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), o ministro deverá expor as razões que justificam a extinção do fundo e a reversão dos recursos ali alocados para o Tesouro Nacional, considerando os impactos do ponto de vista fiscal e o que levou o governo a tomar essa providência via medida provisória.


O fundo foi criado em 2008 como uma reserva financeira para o país enfrentar crises econômicas e, até o final de 2017, tinha um patrimônio de R$ 26 bilhões. Com a MP, os recursos serão usados para o pagamento da dívida pública federal.


Segundo a exposição de motivos da medida, em 2008 as condições macroeconômicas que permitiram a criação do fundo eram favoráveis e o país obteve um superávit primário da ordem de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos anos, no entanto, o contexto se deteriorou, tornando inviável a existência do FSB, sobretudo em razão de não terem sido produzidos superávits fiscais.


A reunião será realizada às 14h30, em caráter interativo, na sala 2 da Ala Senador Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

 


 

10/07/2018 - Revisão dos benefícios do INSS resultou em economia de R$ 9,6 bilhões


O Ministério do Desenvolvimento Social informou que, desde o início da revisão dos auxílios-doença e das aposentadorias por invalidez, em agosto de 2016, já foram feitas 764 mil perícias, resultando em economia de R$ 9,6 bilhões.


Segundo o ministério, ao todo, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) revisou 404 mil auxílios-doença e anulou 78% deles, além de 359 mil aposentadorias por invalidez com 108 mil cancelamentos.


Em quatro meses, o governo federal fez mais de 500 mil perícias médicas nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez pelo Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade.


Em nota, o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse que aperfeiçoar o processo de concessão e manutenção de benefícios é zelar pelo dinheiro do trabalhador brasileiro que contribui para a Previdência Social.


“Fazer uma adequada gestão dos recursos é garantir que o recurso da Previdência chegue às mãos de quem realmente precisa. Mantém a sustentabilidade do sistema e o bom uso do dinheiro, que, em última análise, é daqueles que contribuem para a Previdência”, afirmou, em nota, Alberto Beltrame.


Segundo o ministério, a agilidade nas revisões dos benefícios do INSS foi possível graças à grande adesão dos médicos peritos ao Programa de Gestão das Atividades Médico Periciais, em que os profissionais são avaliados pelo cumprimento das metas de produtividade e não pelo número de horas trabalhadas.


Para Beltrame, o apoio dos médicos peritos à iniciativa foi essencial para que o INSS conseguisse atender a todos os segurados convocados para o processo de revisão. “O trabalho dos peritos é extremamente relevante, tem dado resultados muito significativos e a adesão de quase 97% da categoria é uma prova disso”, disse o ministro.


Ao todo, o governo federal vai revisar 552 mil auxílios-doença e 1 milhão de aposentadorias por invalidez até o final de 2018 e espera economizar até o fim do ano R$ 15,7 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2018 - Falta de pedido imediato não impede reconhecimento de rescisão indireta


A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a um vigilante da Savoy Indústria de Cosméticos S.A. em Senador Canedo (GO) o direito à rescisão indireta do contrato de trabalho pela não concessão regular do intervalo intrajornada. Apesar de o empregado ter feito o pedido mais de dois anos depois do início da irregularidade, o colegiado entendeu que a demora não era motivo para rejeitá-lo.


Segundo o vigilante, desde o início do contrato, em outubro de 2013, a empresa nunca concedeu o intervalo corretamente nem pagou a hora correspondente. Por esses e outros motivos, ele ajuizou a ação em julho de 2016 pedindo a rescisão indireta.


O pedido foi deferido no primeiro grau, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) reformou a sentença, frisando que um dos requisitos para dissolução do pacto por culpa patronal é a imediatidade. Para o TRT, o empregado, ao constatar o cometimento de falta grave pelo empregador, deve romper de imediato o contrato de trabalho, sob pena de se caracterizar o perdão tácito.


No recurso ao TST, o vigilante alegou que a empresa descumpriu diversas obrigações do contrato e que a imediatidade não é requisito para reconhecimento da rescisão indireta.


O relator, ministro Brito Pereira, observou que, para o TST, existindo ou não imediatidade no ajuizamento da reclamação trabalhista, “a simples inobservância do intervalo intrajornada implica reconhecimento da falta grave do empregador”. O relator citou precedentes de diversas Turmas do TST e da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) que confirmam o entendimento de que essa falta é motivo de rescisão indireta do contrato de trabalho.


Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso de revista do empregado para restabelecer a decisão de primeiro grau e condenar a empresa ao pagamento das verbas rescisórias decorrentes dessa modalidade de ruptura contratual.

Processo: RR-11237-97.2016.5.18.0081

Fonte: TST

 


 

09/07/2018 - Sindicalistas elogiam firmeza de Ciro ante agressividade patronal na CNI


O presidenciável pedetista Ciro Gomes ganhou pontos junto ao sindicalismo ao defender, dentro da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a revogação da nova lei trabalhista, novamente qualificada por ele de “selvageria” contra os trabalhadores.


A Agência Sindical ouviu três dirigentes de entidades diferentes e ligados a três partidos: José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos (filiado ao PPL); Alvaro Egea, secretário-geral da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e membro do PDT; e Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e filiado ao PSD.


Egea - “Ciro agiu com muita clareza ao enfrentar aquele grupo comprometido com a reforma que patrocinaram. Ele foi corajoso ao deixar clara sua posição favorável aos trabalhadores e pela revisão desse monstrengo. Um candidato que tem compromisso com o desenvolvimento do País não pode ficar mudando de posição ao sabor das conveniências do auditório. Ciro foi coerente e conquista cada vez mais a simpatia do movimento sindical.”


Pereira - “Deram um lamentável show de intolerância. Até porque Ciro já havia dito que pretende revogar a lei. Empresários ali presentes, em vez de debater e questionar, apelaram para a vaia, mostrando que não estão preparados pra debater e pretendem que o presidente da República seja apenas um despachante de seus interesses de classe”.


Patah - “Entendo que Ciro Gomes mostrou estar preparado pra ser presidente da República do Brasil. Ele enfrentou um ambiente hostil, de empresários que jogam tudo na precarização das relações do trabalho, mas não recuou de suas posições. Saúdo sua coerência e firmeza”.


O metalúrgico Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da Confederação da categoria (CNTM), também se manifestou, por meio de nota. Ele parabenizou o pedetista “pela coerência, coragem e firmeza”. “A reforma trabalhista é comprovadamente um grande mal para a classe trabalhadora, não gerou empregos de qualidade, trouxe insegurança jurídica e precarizou as relações de trabalho”, diz o texto.


Uma parte dos industriais presentes aplaudiu Jair Bolsonaro, que falou: “Vocês que estão na ponta da cadeia produtiva é que serão os meus patrões”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

09/07/2018 - Após manobras, presidente do TRF-4 impede que Lula seja solto


O presidente do TRF-4, Thompson Flores, suspendeu a ordem de habeas corpus dada pelo plantonista Rogério Favreto de soltura ao ex-presidente Lula na tarde deste domingo (08).


O presidente do TRF-4, Thompson Flores, determinou "o retorno dos autos ao Gabinete do Des. Federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele”.A decisão aconteceu após manobras de Sergio Moro, de João Pedro Gebran e da própria Polícia Federal, tomadas para manter Lula como preso político e impedir que ele dispute as eleições presidenciais de 2018, que Lula venceria com extrema facilidade.


A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, está no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo e declarou que a decisão de manter o ex-presidente Lula é pura perseguição para impedí-lo de concorrer à presidência.


De acordo com o senador Lindberg Farias (PT), o juiz Sérgio Moro cometeu crime ao impedir o cumprimento de uma decisão judicial enquanto estava de férias, ou seja, estaria impedido de emitir qualquer documento.


"Se alguém ainda tem dúvida do tamanho do golpe, hoje a demonstração foi impressionante. Eles saem completamente desmoralizados e ninguém acredita que exista mais justiça no Brasil. Todos eles se juntaram, Rede Globo, Moro, Polícia Federal... isso é uma vergonha", disse o senador em sua rede social e afirmou que o momento é de luta.


"Nós vamos continuar lutando porque o que apavora eles é o Lula, que preso ou solto será o nosso candidato", falou Lindberg.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

09/07/2018 - Graves retrocessos no Direito do Trabalho


Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e secretário de Relações Internacionais da CTB, Guilherme Guimarães Feliciano, a reforma trabalhista, lei 13.467, de 13 de julho de 2017, provoca o enfraquecimento dos sindicatos, principalmente pela asfixia financeira, e do Judiciário do trabalhista, com a criação do controvertido conceito de “intervenção mínima” da Justiça no Direito do Trabalho e nas negociações coletivas.


Feliciano alertou que no primeiro trimestre deste ano houve uma queda de 45%, em relação a 2017, de novas ações ajuizadas pela justiça do trabalho. O magistrado acrescenta que o Ministério do Trabalho e Emprego contabilizou 74% a menos de negociações coletivas finalizadas, derrotando a tese central da reforma de prevalência do negociado sobre o legislado.


Nos meios acadêmicos, jurídicos e sindicais não existe um consenso a respeito da organização sindical e seu financiamento, bem como sobre o papel da justiça do trabalho. Para além dessas controvérsias, a Anamatra considera que o fim da contribuição sindical compulsória, agora avalizada pelo STF, deveria ser precedida de um período de transição.


A eliminação abrupta da contribuição provocou uma queda de 80% das receitas das organizações sindicais no primeiro trimestre, conforme informa o Ministério do Trabalho. Essa diminuição violenta das receitas, decorrente da reforma trabalhista, foi considerada pela Organização Internacional do Trabalho uma prática antissindical.


Essa reforma, com o argumento falacioso de modernizar as relações do trabalho no Brasil, na verdade fragiliza os sindicatos e tem o objetivo claro de diminuir a resistência sindical contra agenda regressiva que penaliza os trabalhadores.


Há quatro formas básicas de financiamento sindical: 1) contribuição sindical compulsória, prevista na CLT, até então a coluna vertebral de sustentação material da maioria das entidades; 2) contribuição confederativa, prevista na Constituição Federal; 3) contribuição assistencial, cobrada nas negociações coletivas e 4) contribuição associativa, pagas pelos trabalhadores sindicalizados.


Da noite para o dia, com a aprovação da reforma trabalhista e o posterior aval do STF, foi extinta a obrigatoriedade da contribuição sindical. Para enfrentar essa nova e adversa realidade, o movimento sindical luta para revogar a reforma e também discute alternativas. Uma delas é a cobrança, aprovada em assembleia, de uma taxa extensiva a todos os trabalhadores.


O próprio Tribunal Superior do Trabalho reconhece essa alternativa. Em um acordo judicial recente, o TST assegurou o desconto de meio-dia de trabalho ao ano, com a ressalva de admitir o direito de oposição. Mas a matéria não está pacificada na Justiça e enquanto o impasse perdura a maioria das entidades sindicais, dos sindicatos de base até as centrais sindicais, se vê obrigada a promover um duro ajuste em seus orçamentos. Diminuição dos investimentos em mobilização, formação e comunicação, redução do quadro de pessoal e até venda de sedes compõem o cardápio indigesto imposto pela reforma.


Diante desse quadro, ao lado dos esforços para readequar suas receitas e despesas, uma grande prioridade para o movimento sindical é a luta para revogar esse entulho autoritário do governo golpista. Ao lado das mobilizações de protesto e ações no Congresso para construir alternativas, uma tarefa central é a luta pela vitória das forças democráticas nas eleições gerais de outubro.


Nesse rumo, é essencial eleger um Congresso Nacional majoritariamente permeável às demandas dos trabalhadores. Mais do que isso, é imperioso escolher uma nova Presidência da República que coloque no topo da agenda a defesa de um projeto de desenvolvimento democrático, soberano, que recupere e assegure os direitos e valorize o trabalho.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

09/07/2018 - MP estabelece novas regras para saneamento básico no país


O presidente Michel Temer assinou sexta-feira (6) a medida provisória que atualiza o marco legal do setor do saneamento básico no país. O texto ainda não foi divulgado pelo governo, mas, de acordo com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, uma das mudanças é que a Agência Nacional de Águas (ANA) atuará como reguladora do saneamento nas cidades que desejarem receber serviços ou recursos federais.


“A ANA será a agência reguladora de saneamento para cidades e estados que desejarem receber serviços ou recursos de ordem federal”, disse Baldy.


Atualmente, os serviços de saneamento são prestados pelos estados ou municípios, e compreendem o abastecimento de água, tratamento de esgoto, destinação das águas das chuvas nas cidades e lixo urbano. Segundo o presidente Temer, ao atualizar o marco legal do setor de saneamento, o governo federal não está invadindo a competência de estados e municípios nessa área, mas atuando em parceria com esses entes federados para enfrentar o problema.


Segurança jurídica

Em discurso na cerimônia de assinatura da medida provisória, Baldy disse que o novo marco regulatório dá segurança jurídica para que empresas privadas também invistam no setor. Segundo ele, atualmente mais de 90% dos investimentos de saneamento básico no Brasil são realizados por companhias estatais e a ideia é promover a competição entre entes públicos e privados.


“Essa política pública que aqui hoje estamos adotando é passível de colocar um novo desafio de que consigamos atrair investimentos, atrair interessado que com segurança jurídica possam realizar essa profunda transformação no saneamento básico brasileiro”, disse.


Novas regras podem ser consideradas reforma

Durante a cerimônia, Temer disse que o novo marco legal pode ser considerado mais uma reforma executada por seu governo e consolida um “combate” em favor do saneamento.


“Essa solução, considero até mais uma reforma que estamos fazendo, outro tipo de reforma, mas ela pode inserir-se no conceito de reforma do Estado”, disse. Temer destacou a necessidade de ampliar o saneamento básico no país. “Estamos consolidando essa ideia de que agora o combate é precisamente em favor do saneamento. Como outros tantos combates foram levados adiante pelo nosso governo", disse.


E completou “Este é um governo que promove reformas estruturais para resolver problemas estruturais. Nunca quisemos soluções paliativas que geram aplausos fáceis. Você pratica um ato paliativo hoje, ganha o aplauso amanhã e o desprezo depois de amanhã”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/07/2018 - Teto de gastos faz Brasil afundar


A assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos, Grazielle David, afirma que Emenda Constitucional 95 - a conhecida PEC do teto de gastos -, que congela os gastos públicos por 20 anos, jogou o Brasil em uma espiral de destruição estrutural e social. Grazielle aponta que o número de pessoas em situação de extrema pobreza no país passou de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões em 2017, o que significa um aumento de 11,2%.


Leia trechos da matéria assinada pela pesquisadora e publicada no jornal Le Monde Diplomatique e acesse a íntegra da reportagem - que conta com número expressivo de dados e microdados - no link subsequente:


"O avanço da pobreza é um dos grandes efeitos tanto da recessão econômica quanto das medidas de austeridade adotadas para lidar com ela. Contudo, enquanto a expressão “crise econômica” estampa capas de jornais que alardeiam suas consequências mais óbvias – redução do emprego, da renda e do consumo –, as tais “medidas de austeridade” não aparecem como agravantes dessa situação de crise, e sim como solução.


Ora, além dos problemas econômicos e da queda do emprego, impactam a pobreza os significativos cortes orçamentários de políticas públicas essenciais para a proteção social. Ao contrário do que vendem os governos neoliberais que sustentam o “mito da austeridade”, segundo o qual um controle maior dos gastos do governo por si só solucionaria crises, o que observamos é um aprofundamento da desigualdade e da vulnerabilidade social. Isso porque o “corte de gastos” só acontece no lado mais fraco. Não vemos, por exemplo, o governo cortando despesas financeiras – que para 2018 têm dotação orçamentária autorizada de 54% do orçamento da União, superando o montante destinado às políticas sociais e aos investimentos.


As tais medidas de austeridade têm implicações na proteção social em decorrência de cortes orçamentários de políticas públicas essenciais. Impactam ainda o emprego, a renda e o consumo, por causa da adoção de políticas restritivas de direitos, como a reforma trabalhista, a reforma previdenciária, as privatizações e a reforma administrativa."

Fonte: Brasil247

 


 

09/07/2018 - Inflação para famílias de menor renda foi de 1,43% em junho


A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registra a variação de preços para as famílias de menor renda, de um a cinco salários mínimo, fechou o mês de junho com alta de 1,43%, a maior alta para o mês desde os 2,18% de junho de 1995. O resultado é 1 ponto percentual superior à taxa de 0,43% verificada em maio.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a primeira vez desde janeiro de 2016 que o índice ficou acima de 1,0%. Com o resultado de junho, o INPC passou a acumular alta de 2,57% nos primeiros seis meses do ano, resultado acima dos do 1,12% registrado em igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 3,53%, bem acima do 1,76% dos 12 meses anteriores. Em junho de 2017, a taxa havia fechado com deflação (inflação negativa) de 0,30%.


O INPC de junho foi influenciado pelos produtos alimentícios, que tiveram alta de 2,24%, enquanto, no mês anterior, a variação havia sido de apenas 0,29%. Os produtos não alimentícios aumentaram 1,08%, enquanto, em maio, o índice foi de 0,49%.


O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte, cuja taxa do INPC fechou com alta de 2,12%, influenciada pelo reajuste de 21,70% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio.


Já o menor o menor índice ficou com a região metropolitana de Belém, cuja alta foi de 0,71%, motivado pelas quedas nos pescados (4,46%) e na refeição fora (1,45%).


O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju, mas se refere a variação de preços junto às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/07/2018 - Inflação da construção civil fica em 0,58% em junho


O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 0,58% em junho, 0,03 ponto percentual acima do 0,55% registrado em maio, segundo dados divulgados na sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a segunda alta consecutiva do índice, que em junho atingiu o maior patamar no ano.


O Sinapi acumula taxa de inflação de 4,07% em 12 meses, acima dos 3,87% registrados pelo mesmo indicador em maio. Segundo o IBGE, o metro quadrado da construção passou a custar R$ 1.089,46.


A mão de obra ficou 0,61% mais cara no mês passado e passou a custar R$ 530,71 por metro quadrado. Os materiais de construção tiveram alta de preços de 0,56% no mês. O metro quadrado dos materiais passou a custar R$ 558,75.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/07/2018 - Valor de rescisão de contrato pode ser abatido de crédito trabalhista, diz TST


Indenização relativa à rescisão de contrato de representação comercial pode ser abatida dos créditos trabalhistas decorrentes do reconhecimento do vínculo de emprego. Esse foi o entendimento, por unanimidade, da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao acolher o recurso de uma empresa de alimentos de Umuarama (PR).


O relator, ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, citou precedentes segundo os quais é possível a compensação. “Neles, o entendimento foi de que não há como atribuir natureza civil às verbas pagas pela empresa, as quais, em razão da declaração do vínculo de emprego, passaram a deter natureza nitidamente trabalhista”, explicou.


Em outra situação parecida, a turma já decidiu ser possível a compensação dos valores recebidos a título de indenização paga pela rescisão do contrato de representação comercial com os créditos trabalhistas deferidos na reclamação, a fim de evitar o enriquecimento sem causa do autor.


Relação jurídica

Embora contratado como vendedor autônomo, o trabalhador alegou que trabalhava de forma subordinada, com pessoalidade, remuneração e exclusividade. A empresa, por sua vez, sustentou que não se tratava de emprego, mas de relação jurídica de representação comercial autônoma.


Após o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manter a sentença que reconheceu o vínculo de emprego, a empresa recorreu ao TST pedindo para abater o valor indenizatório que pagou pela rescisão do contrato de representação das verbas devidas ao vendedor. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

09/07/2018 - Erro no cálculo de custas não inviabiliza recurso de empresa


A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho afastou a deserção declarada pelo juízo de segundo grau em recurso da Natural – Morumbi Comércio de Alimentos Ltda. em razão da falta de R$ 0,64 no recolhimento das custas processuais. A empresa efetuou o depósito no valor determinado na sentença, mas o cálculo estava errado.


A Natural pretendia recorrer contra decisão da 88ª Vara do Trabalho de São Paulo (SP) que a condenou a pagar contribuição sindical à entidade representante de seus empregados. Conforme determinado no primeiro grau, a empresa depositou R$ 10 a título de custas.


No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região não admitiu o recurso porque o valor mínimo exigido pelo artigo 789 da CLT é de R$ 10,64. Para o TRT, o fato de a Natural ter observado rigorosamente a decisão judicial não é desculpa para o descumprimento de dispositivo de lei, “o qual nem o próprio magistrado tem o poder de modificar”.


Relator do recurso de revista da empresa ao TST, o ministro Breno Medeiros concluiu que o juízo de segundo grau, com sua conduta, violou o direito à ampla defesa. Com base na boa-fé processual, a Natural recolheu as custas no valor determinado na sentença, “não podendo ser prejudicada em razão de equívoco do julgador”, disse.


Por unanimidade, a Turma determinou o retorno do processo ao TRT para novo julgamento do recurso ordinário.

Processo: RR-947-56.2010.5.02.0088

Fonte: TST

 


 

06/07/2018 - Assembleias ganham força após julgamento no Supremo


A aprovação do recolhimento da contribuição sindical pela categoria, em assembleia geral, é legitima e está amparada na decisão do Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela constitucionalidade da Lei 13.467/17 (reforma trabalhista). Esta é a avaliação do advogado Hélio Gherardi, que é membro do corpo técnico do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).


Especialista em Direito do Trabalho e Sindical, com larga atuação nos tribunais superiores, em Brasília, Gherardi fez uma análise dos votos proferidos pelos ministros do STF nas duas sessões de julgamento das Adins sobre o imposto sindical. Por 6 votos a 3, a Corte manteve o fim da contribuição sindical obrigatória. O trabalho pode ser lido na íntegra no site do Diap.


De acordo com o jurista, muito embora o argumento vencedor tenha sido o que torna facultativa a contribuição sindical, durante o pronunciamento dos votos vários ministros assinalaram que “os Sindicatos ainda dispõem de múltiplas formas de custeio, como as contribuições confederativa e assistencial e outras instituídas pela assembleia da categoria ou por meio de negociação coletiva”.


“O ministro Marco Aurélio Mello destacou a importância das decisões das assembleias frente a categoria a que representa em seu pronunciamento, assinalando claramente que a definição se dá pela assembleia da respectiva categoria”, destaca o estudo.


Hélio Gherardi nota ainda que a Lei 13.467/17, em nenhum momento, estabelece que a autorização para o desconto das contribuições devidas ao Sindicato seja da forma escrita e individual. Ele cita os Artigos 545 e 582 da CLT, além do Enunciado 38, aprovado na Segunda Jornada da Reforma Trabalhista da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho), realizada em outubro de 2017, que confirmam a autonomia da assembleia.


“Sabe-se que a assembleia da entidade sindical é soberana em suas resoluções de forma que a expressão ‘a autorização prévia e expressa’ referida no alterado artigo 582 Consolidado; assim como a ‘opção’ mencionada no artigo 587 da CLT constituem-se no permissivo legal para que o recolhimento da contribuição sindical seja efetuado para toda categoria”, frisa.


Em contato com a Agência Sindical, o jurista observou que “o próprio julgamento no Supremo se reportou, em várias oportunidades, à autonomia das assembleia como instância decisória dos Sindicatos”. “Os ministros reafirmaram que as assembleias são soberanas e suas decisões têm valor legal para definir o recolhimento das contribuições sindicais”, sublinha Gherardi.

Fonte: Agência Sindical

 


 

06/07/2018 - Fim da contribuição sindical obrigatória. Que fazer?


STF constitucionaliza fim da contribuição sindical obrigatória. Sem esses recursos garantidos é preciso política e ação sindicais.


Diante da grave decisão de o Supremo Tribunal Federal ter considerado o comando da Lei 13.467/17, Reforma Trabalhista, que alterou a obrigatoriedade da contribuição sindical, constitucional, agora é preciso construir saídas e alternativas ao fim do financiamento parafiscal* às entidades sindicais.


A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.794 e as anexadas, julgadas pelo STF, nos dias 28 e 29 de junho, tinham por finalidade declarar a inconstitucionalidade das alterações promovidas pela Lei 13.467/17 nos artigos 545, 578, 582, 583, 587 e 602 da CLT.


Desse modo, a Zilmara Alencar Consultoria Jurídica (ZAC), sob a coordenação da advogada Zilmara Alencar, membro do corpo técnico do DIAP produziu a série “Verás que um filho teu não foge à luta”, com 10 edições.


O propósito deste trabalho é “orientar as entidades sindicais acerca das ações que podem e devem ser adotadas no sentido de sustentar o modelo constitucional sindical vigente no Brasil, além de demonstrar meios alternativos de resistência e fortalecimento da representação sindical”, completa Zilmara Alencar.


Nesta edição, o DIAP apresenta as 4 primeiras compilações da série. As edições abordam 3 temas ou aspectos da Reforma Trabalhista:


1) o Direito Coletivo do Trabalho; 2) o Direito Sindical; e 3) o Custeio Sindical.


A 1ª é sobre a “Manutenção e fortalecimento do sistema sindical brasileiro”.


A 2ª tematiza sobre a “Contribuição Sindical: formalidades para sua cobrança e desconto”.


A 3ª aborda a questão da “Assembleia Geral deliberativa da categoria para autorizar a cobrança da contribuição sindical: requisitos”.


E a 4ª trata do “Planejamento estratégico de atuação: levantamento e leitura de dados referentes à contribuição sindical”.

Fonte: Diap

 


 

06/07/2018 - Salário mínimo deveria ser de R$ 3.682,67, aponta Dieese


O salário mínimo necessário para a manutenção de família de 4 pessoas deveria equivaler a R$ 3.682,67 em fevereiro, ou 3,86 vezes o piso nacional (atualmente em R$ 954), calcula o Departamento Intersindical de Economia e Estatística (Dieese).


Em 2017, o salário mínimo era de R$ 937 e o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.811,29, ou 4,07 vezes o piso nacional.


O departamento divulga mensalmente estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.


Essa estimativa também leva em conta valor da cesta básica mais cara entre as 27 capitais, que o órgão divulga todo o mês.


Segundo a instituição, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro, 43,79% para adquirir os mesmos produtos que, em janeiro, demandavam 44,21% e, em fevereiro de 2017, 44,25%.

Fonte: Diap

 


 

06/07/2018 - Temer retira 70% da verba de combate ao trabalho escravo, apontam auditores


De 2015 para 2017, caiu quase pela metade o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão


A fiscalização da exploração de crianças e do trabalho análogo à escravidão não é prioridade para o governo Temer. No ano passado, foram congelados 70% do orçamento do setor e a quantidade de auditores é a menor em 20 anos.


De 2015 para 2017, caiu quase pela metade o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. "A gente tem o menor número de auditores fiscais do trabalho de todos os tempos, desde que a inspeção do trabalho foi instituída no Brasil. Nós tivemos um último grande concurso em 2010 que admitiu cerca de 400 auditores fiscais, depois, em 2014, admitimos mais 96. Mas, de lá para cá, a gente não teve", afirma a auditora fiscal do trabalho Lívia dos Santos Ferreira.


Os auditores fiscais e o Ministério Público do Trabalho (MPT) atuam em parceria, mas o descaso do governo Temer com a fiscalização atrapalha a investigação das denúncias que o MPT encaminha aos auditores. De acordo com a Lei Orçamentária Anual, R$ 3,2 milhões haviam sido previamente alocados para as ações de fiscalização em 2017.


"Nós tivemos um processo histórico de avanços no enfrentamento do trabalho infantil. Na década de 90, nós tínhamos um contingente de 9,6 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho. Esse número foi reduzido para 2,7 milhões, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2015. Isso foi possível através de políticas de renda e sociais, o Brasil era referência", conta Elisiane Santos, procuradora do Trabalho.


Com a crise econômica e a reforma trabalhista aumentou a quantidade de trabalho precário e trabalho infantil. A redução no orçamento da fiscalização prejudica o combate desse tipo de irregularidade. "O auditor fiscal faz de fato o resgate e o cálculo das verbas rescisórias. São informações fundamentais para a nossa atuação também", acrescenta Elisiane.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

06/07/2018 - Eliseu Padilha assume interinamente Ministério do Trabalho


O chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Eliseu Padilha, vai assumir interinamente o Ministério do Trabalho, no lugar de Helton Yomura. Padilha vai acumular os dois cargos. Em edição extra do Diário Oficial da União, o presidente Michel Temer exonerou Yomura e nomeou Padilha.


Em nota à imprensa divulgada na noite desta quinta-feira (5), o Palácio do Planalto informou que Temer recebeu e aceitou o pedido de exoneração do ministro do Trabalho. "O presidente agradeceu sua dedicação à frente da pasta", diz a nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.


Um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF), o ministro Helton Yomura prestou depoimento na superintendência do órgão, em Brasília, acompanhado por seu advogado, e depôs por cerca de uma hora.


Em nota, o advogado do ministro, César Caputo Guimarães, confirmou que, em função das investigações, Yomura foi suspenso de suas funções no ministério e afirmou que todas as medidas jurídicas cabíveis seriam adotadas para reverter tal medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


A PF informou que o objetivo da terceira fase da Operação Registro Espúrio foi aprofundar as investigações sobre uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar a concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2018 - Ministro do Trabalho presta depoimento à Polícia Federal


Por decisão do STF, Yomura está suspenso de suas funções no ministério


Alvo da 3ª fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada nesta quinta-feira (5), pela Polícia Federal (PF), o ministro do Trabalho, Helton Yomura, prestou depoimento na superintendência do órgão, em Brasília.


Yomura apresentou-se acompanhado por seu advogado por volta das 10h30. E depôs por cerca de 1h. Como as investigações correm em sigilo, a PF não confirmou detalhes da operação.


Em nota, a corporação explicou apenas que a nova fase da operação Registro Espúrio tem o objetivo de combater uma organização criminosa que atuava na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho.


Dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República estão sendo cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro.


Em nota, o advogado do ministro, César Caputo Guimarães, confirmou que, em função das investigações, Yomura está suspenso de suas funções no ministério e que todas as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas para reverter tal medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Sobre as suspeitas que recaem sobre o ministério, a defesa afirma que o ministro “adotou rigorosas providências institucionais para a garantia do interesse público”, entre elas, a exoneração imediata de todos os servidores sob investigação, abertura de sindicância e processos administrativos para averiguação dos fatos e suspensão de todos os atos que pudessem provocar repercussões no âmbito da investigação.


“Tendo a certeza de não ter cometido nenhum ato ilícito e que suas ações correspondem a uma política de valorização dos trabalhadores e das instituições, o ministro Helton Yomura, mesmo não sabendo de que atos está sendo acusado, nega veementemente qualquer imputação de crime ou irregularidade”, acrescenta a nota da defesa.


Nota do PTB

Em nota, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, reafirmou seu apoio às investigações da Operação Registro Espúrio no âmbito do Ministério do Trabalho. “Como já foi dito, se houve irregularidade na pasta caberá aos responsáveis responder à Justiça por seus atos”, diz o documento.


O presidente do PTB ressaltou, no entanto, que o partido não concorda “com inferências divulgadas antes que as investigações estejam concluídas. Pessoalmente, insisto: não participei de qualquer esquema espúrio no Ministério do Trabalho. E acrescento que minha colaboração restringiu-se a apoio político ao governo para que o PTB comandasse a pasta”.


Roberto Jefferson finaliza a nota comunicando que “a Executiva Nacional do PTB coloca o Ministério do Trabalho à disposição do governo Michel Temer”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2018 - Alimentos da cesta básica ficam mais caros pelo segundo mês seguido


Os preços dos alimentos que compõem a cesta básica subiram no mês de junho em 15 das 20 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na aferição de maio, o custo da cesta também aumentou na maioria das capitais (18).


As altas mais expressivas foram em Cuiabá (7,54%), Recife (5,82%), Curitiba (3,84%), Belém (3,83%) e Porto Alegre (3,45%). As reduções foram observadas em Campo Grande (4,51%), Florianópolis (3,70%), Belo Horizonte (0,32%), Goiânia (0,23%) e Rio de Janeiro (0,10%).


A cesta com custo mais elevado foi em Porto Alegre, no valor de R$ 452,81, seguida por São Paulo, R$ 451,63; Rio de Janeiro, R$ 445,58, e Cuiabá, R$ 425,32. Os menores valores foram observados em Salvador, R$ 333,00 e Aracaju, R$ 349,55.


No acumulado de junho de 2017 a junho de 2018, os preços caíram em 13 cidades, com destaque para Goiânia (-6,23%), João Pessoa (-5,40%) e Salvador (-4,92%). As altas foram registradas em sete capitais, sendo as principais Cuiabá (7,61%) e Rio de Janeiro (6%).


Alimentos

Sofreram aumento de preços, o leite integral, a carne bovina de primeira, o feijão, a farinha de trigo, o óleo de soja e o açúcar. O leite integral subiu em todas as capitais, com variação entre 2,34%, em Belém, e 18,01%, em Curitiba.


O quilo da carne bovina de primeira aumentou em 18 capitais, com altas que oscilaram entre 0,27%, em Goiânia, e 8,07%, no Rio de Janeiro. A elevação do volume de carne exportada e o maior abate de novilhos (carne de melhor qualidade) explicam a alta do quilo da carne no varejo.


Salário mínimo

O Dieese estimou em R$ 3.804,06 o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas, equivalente a 3,99 vezes o salário mínimo brasileiro, hoje R$ 954.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2018 - Seguridade aprova reserva para idosos de 5% dos imóveis de programas habitacionais


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei 103/15, do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que reserva para idosos (pessoas com 60 anos ou mais) pelo menos 5% dos imóveis disponibilizados por programas habitacionais do governo ou subsidiados com recursos públicos.


A proposta altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) e recebeu parecer favorável da deputada Flávia Morais (PDT-GO). O estatuto já prevê a reserva de imóveis a idosos, mas em um percentual menor (3%).


Morais recomendou ainda a rejeição do substitutivo aprovado em 2015 na Comissão de Desenvolvimento Urbano. Para ela, o texto descaracteriza a proposta original, ainda que esteja baseado em critérios técnicos. Entre outros pontos, o substitutivo determina ao empreendedor fazer adaptações na residência para o idoso, sem mudança no preço do imóvel.


A relatora destacou a importância do projeto. Segundo ela, o envelhecimento da população torna necessária a revisão das políticas públicas voltadas para os idosos. Segundo o IBGE, em 2050, a população de idosos será superior à de crianças e adolescentes.


Tramitação

A matéria tramita em caráter conclusivo e será analisada ainda pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

06/07/2018 - Portador de doença incapacitante poderá ter direito a aposentadoria sem carência


Pessoas com esclerose múltipla, artrite reumatoide ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) podem ser beneficiadas por projeto aprovado na terça-feira (3) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O PLS 319/2013 permite que pacientes com formas incapacitantes de doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas ou degenerativas não cumpram mais o prazo de carência para receber auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, que é de um ano.


Hoje o direito já é dado, por exemplo, a segurados que têm doença de Parkinson, câncer, hanseníase, alienação mental, tuberculose ativa e Aids.


Nem todas as pessoas com doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas ou degenerativas, porém, vão se beneficiar da isenção. Para ter direito ao benefício é preciso que a doença tenha provocado incapacidade para o trabalho. Outra condição, segundo a proposta, é que o paciente tenha se filiado ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) antes da manifestação da doença.


O autor, senador Paulo Paim (PT-RS), destaca que várias dessas doenças são graves e incuráveis, podem prejudicar a capacidade de trabalho do doente e até mesmo levar à morte. Para o relator, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), a medida trará mais justiça social aos trabalhadores doentes.


— Ele [o projeto] toca pouquíssimo nos gastos com a saúde, porque o número de pessoas que têm essas doenças é muito pequeno, mas o impacto de cuidar dessas pessoas é imenso para essas pessoas e suas famílias. Então, com um custo mínimo para nós todos, brasileiros, nós vamos trazer benefícios muito altos para um número pequeno de nossos compatriotas — defendeu Cristovam.


O presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), também elogiou o projeto.


— Eu conheço pessoas com doenças incapacitantes e sei da dimensão do drama que essas pessoas vivem — disse na reunião de terça.


Como foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em decisão terminativa, a proposta vai diretamente à Câmara dos Deputados, a não ser que haja requerimento para votação pelo Plenário do Senado.

Fonte: Agência Senado

 


 

05/07/2018 - Ministro do Trabalho é afastado pelo STF em investigação sobre fraudes em registros sindicais

 

PF faz buscas no gabinete de deputado e cumpre 3 mandados de prisão


O ministro do Trabalho Helton Yomura foi afastado do cargo nesta quinta-feira (5) pelo STF em nova fase da operação da Registro Espúrio, da Polícia Federal, que apura supostas fraudes em registros sindicais. A PF cumpre mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP).


Ao todo, são 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.

Fonte: Jornal do Brasil

 


 

05/07/2018 - Centrais se reúnem para definir Dia Nacional de Protestos em agosto


As Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Intersindical se reuniram nesta quarta (4) na sede do Dieese, em São Paulo, para definir como serão as mobilizações do Dia Nacional de Protestos e Paralisações, em 10 de agosto.


Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, disse à Agência Sindical que ficou decidido realizar uma reunião mais ampla, dia 11 de julho, com as entidades sindicais de São Paulo, para organizar o movimento.


“Está claro para o movimento sindical que a prioridade é a discussão e o enfrentamento do desemprego. É preciso discutir as políticas voltadas para a geração de emprego e à proteção dos direitos. É necessário ampliar a participação e trazer, além dos Sindicatos, movimentos sociais e entidades como OAB, Anamatra etc., para ampliar a mobilização”, explica.


Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), conta que para a próxima reunião serão mobilizados Sindicatos de grandes categorias. “Cada Central está incumbida de trazer, para a mobilização do dia 10 de agosto, entidades representativas. Por isso a importância dessa reunião mais ampla de quarta para afinar a organização”, ressalta.


Para Sergio Nobre, secretário-geral da CUT, o encontro será importante para definir um plano de ação para o dia nacional de protestos. “Vamos ampliar a discussão e para isso levaremos dirigentes dos Sindicatos ligados à CUT. Na próxima quarta definiremos como será a mobilização aqui em São Paulo”, destaca.


“Queremos levar os condutores e metroviários para definir como será a paralisação. Essas categorias são fundamentais se quisermos obter sucesso na mobilização do dia 10 de agosto”, observa Luiz Gonçalves, presidente da Nova Central São Paulo.


A plenária com os Sindicatos será realizada na próxima quarta (11), às 10 horas, no auditório do Dieese (rua Aurora, 957, região Central de São Paulo).

Fonte: Agência Sindical

 


 

05/07/2018 - Nova Central participa de Debate sobre: "Estatuto do Trabalho", com foco na contribuição sindical


A Subcomissão do Estatuto do Trabalho, ligada à Comissão de Direitos Humanos (CDH) foi palco da audiência pública, desta terça-feira (03/07), realizada no Senado Federal. “As entidades sindicais tiveram forte queda nas suas receitas, comprometendo a negociação de acordos coletivos e serviços de assistência aos trabalhadores com o fim das contribuições sindicais, aprovada por essa nefasta reforma trabalhista”, enfatizou Paulo Paim (PT-RS) durante o debate.


Os especialistas que participaram da reunião, demonstraram grande preocupação com o fim da contribuição obrigatória, pois segundo eles, tal decisão poderá reduzir direitos trabalhistas já conquistados por décadas.


Além disso, ressaltaram problemas formais na aprovação da nova regra. Para as entidades, o fim da obrigatoriedade não poderia ser aprovado numa lei comum, como ocorreu, mas sim por lei complementar ou emenda à Constituição, que exigem apoio maior de parlamentares.


“Estamos atordoados com o cenário apresentado no Brasil atualmente. Bons tempos quando recorríamos ao Congresso Nacional para reivindicar por algum direito para os trabalhadores. Agora tudo mudou. Atualmente temos é que correr do Congresso para não perder direitos já adquiridos”, observou o secretário-geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, Moacyr Roberto Tesch Auersvald.


Para Moacyr, cada país tem a quantidade de sindicatos correspondente ao tamanho do seu território. A realidade vivenciada em outros países, no que se refere a manutenção do sindicalismo, não se aplica no Brasil. Por isso, a decisão tomada pelo STF, que, sobretudo visou acabar com o sindicalismo no Brasil, com justificativas insustentáveis, não deveria tomar como referência o número alto de sindicatos existentes no Brasil, para extinguir a obrigatoriedade. “O número de sindicatos que temos hoje no Brasil corresponde ao tamanho do nosso país. Outros países têm também suas estruturas baseadas no tamanho do seu continente, além disso, somos exemplos para o mundo todo, lembrando que já presenciei a visita de vários sindicalistas estrangeiros para aprender mais sobre a nossa organização sindical”.


Ao final, o diretor da Nova Central conclamou todos os brasileiros para que nessas eleições, possam votar com consciência. Elegendo parlamentares que defendam de fato os trabalhadores brasileiros. “Precisamos continuar com o senador Paulo Paim, por exemplo, no Congresso Nacional, pois ele é um dos poucos parlamentares que intercede pelo trabalhador”, lembrou Moacyr.


O vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Helder Amorim, também criticou o fim da contribuição, sem que houvesse um período de transição para o novo modelo. Ele disse que a lacuna poderá trazer prejuízos para o trabalhador nas negociações coletivas.


Participaram do encontro: Guilherme Guimarães Feliciano, Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA; Gabriel Magno Pereira Cruz, Professor, Secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE; Alberto Emiliano de Oliveira Neto, Procurador do Trabalho da 9ª Região e Vice Coordenador Nacional de Promoção da Liberdade Sindical do Ministério Público do Trabalho - CONALIS/MPT e representantes de entidades e centrais sindicais.


A Audiência Pública foi realizada em caráter interativo, com participação popular, no Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário 6.

Fonte: NCST

 


 

05/07/2018 - Em sabatina na CNI, Ciro diz que a reforma trabalhista é 'uma selvageria'


Ciro Gomes (PDT) está em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de voto


O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), fez um acalorado pronunciamento em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (4/7), em Brasília. Além de criticar os concorrentes, especialmente Jair Bolsonaro (PSL), o pré-candidato pedetista apresentou propostas duras para um eventual governo. Ciro foi vaiado ao responder sobre um tema controverso, a reforma trabalhista, que qualificou como "uma selvageria".


"Nosso país extrapolou o limite do razoável. Passamos do limite, com a semente do militarismo e da resposta tosca presentes em uma conta de 62% dos jovens que têm como sonho ir embora do Brasil" afirmou, fazendo referência a Bolsonaro. O deputado está tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede) na liderança de intenções de voto em pesquisas divulgadas semana passada. Ciro vem na sequência.


Questionado sobre possíveis alianças, o candidato desconversou. Disse que o responsável pelas respostas é o presidente do partido, Carlos Lupi. "Mas acho que precisa ser algo de centro-esquerda. Um ponto de vista programático é um grande desafio. Há uma cobiça fraterna pelo PSB, primeiro turno não deve dar, mas o PCdoB depois, o centrão temos conversas para discutir alguns modelos e tirar o país do desequilíbrio".


Vaiado por ter criticado a reforma trabalhista, Ciro afirmou em entrevista coletiva que "está do lado do trabalhador". "Não me envergonho disso, acho complicado a reação. (A reforma) é uma selvageria", explicou. Como resposta, pediu para "elite de indústria" colocar mão na consciência ao ser vaiado por se apresentar ao lado da classe trabalhadora. Minutos depois, mudou o tom e arrancou aplausos e risadas do público.


Sobre o aumento do mercado de trabalho, uma das bandeiras do PDT, o pré-candidato disse que milhares de pessoas na informalidade. "Nunca vi uma crise tão complexa e multifacetada em 38 anos de política. Falamos de economia, política, sociedade… Brasília parece ter virado uma verdadeira Babel, uns invadem o espaço dos outros, não há razoabilidade"” disse, fazendo alusão aos Três Poderes.


Ciro também apresentou Mauro Benevides Filho, que vai cuidar de parte econômica do plano de governo pedetista. "É esse cara que vai cuidar da Economia brasileira". Sobre combate à violência, o ex-governador disse que apenas 8 de cada 100 homicídios são investigados no país. "Isso mostra o colapso do Estado".


Durante entrevista coletiva logo após a apresentação para os representantes da CNI, Ciro Gomes voltou a demonstrar falta de paciência ao responder alguns questionamentos, que julgou serem repetidos.

Fonte: Correio Braziliense

 


 

05/07/2018 - Reforma trabalhista penaliza assalariado que vê renda diminuir


O pesquisador do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), André Santos, afirmou nesta terça-feira (3) durante audiência na Câmara dos Deputados que a reforma trabalhista provocou perda de R$ 14,00 na renda do trabalhador que vive do salário mínimo. “Pode parecer pouco para a classe média, mas é muito significativo para quem ganha um salário mínimo”, afirmou o analista no seminário “Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil”.


Os números da reforma trabalhista após seis meses de implementação desmentem o governo federal, que propôs e aprovou a reforma trabalhista ou lei 13,467/2017. Em vez de gerar empregos e dinamizar a economia, a reforma promoveu a precarização das ocupações e o rebaixamento da renda, especialmente dos trabalhadores assalariados.


André apontou a responsabilidade do governo no efeito inverso constatado até o momento pela entrada em vigor da reforma. “Os contratos intermitentes, por exemplo, devem ocorrer apenas para áreas em que é realmente necessário, mas, da forma como está posto na lei, é muito abrangente e vale para todos - a ponto de os empregadores, de forma irracional, quererem demitir trabalhadores fixos e contratá-los como temporários”, disse.


Em entrevista ao IHU-Online a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos Barbara Vallejos Vazquez completou: “ao permitir os contratos intermitentes, a legislação autoriza o pagamento de salários mensais menores que o salário mínimo. O efeito destas ‘inovações’ no mercado de trabalho é a redução do salário médio anual, gerando o empobrecimento de uma grande parcela dos trabalhadores no Brasil”.


Clemente Lúcio Ganz, diretor-tecnico do Diesse, também ressaltou na Câmara o “escândalo” de se consolidar uma reforma sem um estudo dos impactos nas relações de trabalho no país. Ele concluiu que até o momento os reflexos da reforma são “gravíssimos” e com efeitos “monstruosos” sobre o trabalhador.


“Não temos nenhuma estimativa de impacto. Não dá para fazer, por exemplo, estudos de comparação, se não tivermos uma base de referência. Se o governo tinha o objetivo de criar empregos, tinha de ter medido quanto, de quais tipos e de que maneira”, disse ele, para quem as novas leis são “genéricas”. O representante do Dieese defendeu que a nova lei deve ser ajustada para corrigir as distorções.


Apesar de poder incidir sobre diversos segmentos de trabalhadores, a reforma tem impactado os segmentos onde os salários são mais baixos e há mais rotatividade. Neste grupo, assistente de vendas, servente de obras e faxineiro são os que tem experimentado a precarização nas condições de trabalho. Opositores da reforma, apontam que os números atuais apenas reforçam que a reforma aumentou a desigualdade.


O economista Guilherme Melo, do Instituto de Economia da Unicamp, afirmou , no início do ano, em entrevista ao Portal Huff Post que não houve geração de empregos em outros países que flexibilizaram as leis trabalhistas. "O que acontece e isso você vê em todos países que fizeram reformas trabalhistas? Você gera mais vaga precária. Você muda a composição dos empregos. Não necessariamente você gera mais empregos. Às vezes até aumenta o desemprego. Mas os empregos que sobraram são mais precários do ponto de vista da qualidade e da remuneração", afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

05/07/2018 - Greve dos caminhoneiros fez indústria recuar 10,9% de abril para maio


A produção industrial brasileira caiu 10,9% em maio deste ano, na comparação com abril. Foi a maior queda do indicador desde dezembro de 2008, com recuo de 11,2%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda foi motivada principalmente pela paralisação dos caminhoneiros no final de maio, que afetou o processo de produção em várias unidades industriais do país.


Na comparação com maio do ano passado, o recuo chegou a 6,6%, o mais intenso desde outubro de 2016, que foi de 7,3%, interrompendo 12 meses consecutivos de altas. Apesar disso, a indústria brasileira ainda acumula altas de 2% no ano e de 3% em 12 meses.


“A greve desarticulou o processo de produção em si, seja pelo abastecimento de matéria prima, seja pela questão da logística na distribuição. A entrada do mês de maio caracterizou uma redução importante no ritmo de produção”, explicou o coordenador da pesquisa André Macedo.


O patamar de produção industrial retornou a um nível próximo ao de dezembro de 2003, ficando 23,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.


Atividades

De abril para maio, o recuo atingiu as quatro grandes categorias econômicas, com destaque para os bens de consumo duráveis, que tiveram queda de 27,4%. Os bens de consumo semi e não duráveis caíram 12,2%. As demais categorias tiveram os seguintes decréscimos: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-18,3%), e bens intermediários, isto é, os insumos industrializados para o setor produtivo (-5,6%).


Das 26 atividades pesquisadas, 24 tiveram queda na produção. As principais influências negativas vieram dos veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%), dos produtos alimentícios (-17,1%) e de bebidas (-18,1%), todas pressionadas pela paralisação dos caminhoneiros.


Os únicos segmentos com alta na produção foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%) e de indústrias extrativas (2,3%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

05/07/2018 - Gestão do FGTS deve ser custeada pelos órgãos de representação, propõe projeto


As despesas geradas pela gestão do FGTS — como a realização da inscrição em dívida ativa, o ajuizamento e o controle e acompanhamento dos processos judiciais — devem ser de responsabilidade dos órgãos de representação e não serão descontados do fundo. Esse é o objetivo do PLS 24/2017, do senador Alvaro Dias (Pode-PR), que avançou nesta quarta-feira (4). Aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).


O projeto revoga trechos da Lei nº 8.844, de 1994, que segundo Alvaro beneficiam financeiramente a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Caixa Econômica Federal em detrimento dos recursos de investimento do FGTS.


O autor da proposta observa que a PGFN é composta por servidores públicos, devidamente remunerados para o exercício dessa e outras atividades e, por isso, é inconstitucional cobrar os gastos do FGTS.


Da mesma forma, o senador argumenta que a Caixa obtém lucros por meio das taxas de juros que cobra dos empréstimos feitos com recursos do fundo e, com isso, consegue arcar com os custos da gestão. Para Alvaro, "é incompreensível que se queira debitar da conta do FGTS despesas de cobrança, quando a própria Caixa é beneficiada diretamente".


O relator, Ronaldo Caiado (DEM-GO), apresentou parecer pela aprovação do projeto:


“Ainda que, nesses casos a representação dos interesses do FGTS se faça em benefício do próprio fundo e não da Caixa Econômica Federal ou do Tesouro Nacional, temos que a atribuição desse ônus ao FGTS nos parece incorreta, dado que atribui a essa entidade, patrimônio dos trabalhadores brasileiros", defende.

Fonte: Agência Senado

 


 

05/07/2018 - Câmara aprova anulação de multa de empresa que não entregou guia do FGTS


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta quarta-feira (4), o Projeto de Lei 7512/14, que anula o débito tributário e a inscrição em dívida ativa de empresas que deixaram de entregar a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (Gfip).


O relator na comissão, deputado Jorginho Mello (PR-SC), apresentou parecer defendendo a constitucionalidade da proposta.


A proposta tramitou em caráter conclusivo e, portanto, deve seguir para análise do Senado, a não ser que haja recurso para votação pelo Plenário.


Segundo o autor do projeto, deputado Laercio Oliveira (PP-SE), a Receita Federal do Brasil (RFB) vem autuando empresas brasileiras que deixaram de entregar as Gfips relativas aos anos de referência de 2009 a 2013. As multas variam entre R$ 200 e R$ 500.


Apesar de previstas pela lei que regulamenta o FGTS (Lei 8.036/90) e por norma da Receita Federal de 2009 (Instrução Normativa 971/09), as multas só começaram a ser aplicadas a partir da junção dos sistemas da Previdência Social e da Receita Federal, em 2013.


A cobrança referente a anos anteriores ao início da fiscalização, para Oliveira, prejudicou as empresas, que arcaram com multas de até R$ 6 mil em um ano e R$ 30 mil ao longo de cinco anos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

04/07/2018 - Debatedores responsabilizam reforma trabalhista por aumento do desemprego e da informalidade


A reforma trabalhista (Lei 13.467/17) foi criticada na tarde desta terça-feira (3) por deputados, sindicalistas, juízes, auditores e procuradores do Trabalho que participaram de seminário promovido pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.


Para os debatedores, a reforma não modernizou as relações de trabalho, pois aumentou a informalidade e o desemprego, estabeleceu formas precárias de contrato de trabalho, enfraqueceu sindicatos, criou insegurança jurídica, dificultou o acesso à Justiça do Trabalho e mesmo ameaçou a existência desse ramo do Judiciário, diminuindo os direitos sociais previstos na Constituição.


O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Fernando da Silva, afirmou que a reforma teve o efeito contrário do que foi apregoado. "O alto grau de 'pejotização' [contratação como pessoa jurídica], a terceirização precarizante, a informalidade, a proteção da mulher, o avanço da automação, o alto grau de rotatividade do mercado de trabalho do Brasil, os acidentes de trabalho reiterados, estes são alguns exemplos de problemas que deveriam ser objeto do tratamento da nova legislação, mas o resultado, na verdade, fomentou esses problemas, porque eles agora foram legalizados", afirmou.


Para o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, o exemplo internacional de reformas foi negativo. "Em todos os países onde houve reforma semelhante, como Espanha, Itália e México, ela causou o aumento das desigualdades e a diminuição da massa salarial, com profundas consequências econômicas. E é o caminho que nós estamos traçando. O Brasil não é um país absolutamente divorciado do resto do mundo. Se, em todos os países onde a reforma ocorreu, houve esse efeito, por que isso não iria acontecer no Brasil?", questionou.


Insegurança jurídica

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juiz Guilherme Guimarães, afirmou que a reforma criou uma “imensa insegurança jurídica”.


“Uma insegurança que, nos meus 22 anos de magistrado, eu nunca havia visto. São 25 ações diretas de inconstitucionalidade em face da mesma lei. O Supremo Tribunal Federal, até este momento, resolveu apenas aquelas relativas à contribuição sindical obrigatória. Então há muita dúvida. E os escritórios de advocacia estão em compasso de espera, aguardando alguma pacificação dos entendimentos”, afirmou o juiz.


Representantes de seis centrais sindicais presentes no seminário informaram que vão estabelecer um dia nacional de luta contra a reforma trabalhista em 10 de agosto.


Os deputados Bohn Gass (PT-RS), Celso Pansera (PT-RJ) e Erika Kokay (PT-DF) defenderam a revogação da lei que estabeleceu a reforma trabalhista, que entrou em vigor no ano passado. Já a Comissão de Trabalho da Câmara criou um grupo permanente de monitoramento e avaliação dos impactos da reforma.


Deputados que defendem a reforma trabalhista não compareceram ao debate para apresentar um contraponto.

Fonte: Agência Câmara

 


 

04/07/2018 - Fim da contribuição sindical obrigatória pode reduzir direitos, dizem especialistas


Especialistas temem que o fim da contribuição sindical obrigatória reduza direitos trabalhistas. Eles debateram o assunto nesta terça-feira (3) na Subcomissão do Estatuto do Trabalho, ligada à Comissão de Direitos Humanos (CDH).


A audiência foi realizada uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter considerado constitucional o fim da contribuição sindical obrigatória. A cobrança virou opcional a partir da reforma trabalhista, que passou a valer em novembro.


O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que houve esvaziamento financeiro dos sindicatos. Segundo ele, isso cria um enorme desequilíbrio entre os representantes dos trabalhadores e as organizações patronais, acabando com a livre negociação coletiva.


— E o trabalhador, não vai ter nada? Vai ter que andar de bicicleta, a cavalo ou a pé? Como vai manter a estrutura, que vai desde a base à federação, à confederação?


Representantes sindicais e de associações também participaram da audiência. O vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Helder Amorim, criticou o fim da contribuição sem um período de transição para o novo modelo. Ele disse que a lacuna poderá trazer prejuízos para o trabalhador nas negociações coletivas.


— A Convenção e o Acordo Coletivo poderiam prever condições piores de trabalho do que aquelas previstas na lei, que é o que denominamos de negociado sobre o legislado. A nova legislação trabalhista prevê que a contribuição sindical só pode ser cobrada caso o trabalhador concorde explicitamente com o desconto.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/07/2018 - CNI se adianta e apresenta sua agenda a presidenciáveis


A Confederação Nacional da Indústria promove hoje (4), em Brasília, o evento “Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República”, que reunirá os dirigentes patronais do setor e seis presidenciáveis.


Segundo a entidade, o objetivo é avaliar o cenário político-econômico, mas, principalmente, apresentar e entregar uma pauta com 43 itens aos pré-candidatos a presidente da República. Trata-se do documento “Propostas da Indústria para as Eleições 2018”. No conteúdo, apelos em prol da continuidade das reformas neoliberais, entre elas a previdenciária.


A CNI convidou Jair Bolsonaro (PSL), Marina da Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos).


Sindicalismo - As Centrais Sindicais também elaboraram um conjunto de propostas, sistematizadas na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. O documento foi aprovado dia 6 de junho, em São Paulo. Porém, até agora, só a pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, recebeu as 22 propostas.

Fonte: Agência Sindical

 


 

04/07/2018 - Contribuição sindical: não houve surpresas; o capital ganhou


Pode-se dizer que o voto vencedor foi menos constitucional e mais político; alinhado com o mercado, que a lei favorece e protege, e ao capital, que se beneficia com a precarização das relações de trabalho advinda da Reforma Trabalhista, cujo principal ator social em defesa dos trabalhadores (os sindicatos) tenta-se escantear e até mesmo fazer desaparecer política e fisicamente pela asfixia financeira.


Marcos Verlaine*


O plenário do Supremo concluiu, nesta sexta-feira (29), o julgamento da ADI 5.794, que questionava o comando da Lei 13.467/17 determinando que a contribuição sindical seja facultativa. Foram 6 votos a 3. O resultado não deve nos causar surpresas. Embora tenhamos torcido muito para que fosse diferente. A vida é dura mesmo.


Isto porque, ultimamente, sempre que a Corte foi provocada a mediar embates e conflitos entre o capital e o trabalho prevaleceu o capital.


Esta análise preliminar está fundada num histórico recente que não nos deixa ter outra interpretação. O STF tem decidido, em geral, contra o movimento sindical. Houve até confusões e comparações esdrúxulas, como a que compara e confunde a CLT com a Carta del Lavoro, fascista, de Mussolini. Ora, a comparação não é só absurda nos planos formal e legal. O é também do ponto de vista histórico.


A CLT é 1 código de proteção ao trabalhador, ou pelo menos era, antes da Reforma Trabalhista. Quando foi promulgada, em 1943, tinha 921 artigos. Tratava-se de 1 consolidação de leis. A Carta del Lavoro continha apenas 30 comandos e nem lei era. Desses, somente 11 “leis” estão em ambos os documentos. Era, como foi chamada, 1 carta, de “intenções”. Fazer comparações demonstra, portanto, desconhecimento histórico ou má fé.


Como considerar fascista 1 lei que garante direitos como férias, 13º salário, aposentadoria e que proíbe o trabalho escravo e infantil? Não há lógica ou coerência nessa comparação!


Votaram contra o relator, favorável a ADI 5.794, os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e a presidente, Carmen Lúcia. Acompanharam o relator os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber. Estavam ausentes Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.


Por que não houve surpresas?

Ao longo dos anos de 2014 a 2016, o Supremo sempre que se deparou com demandas coletivas dos trabalhadores decidiu contra esses e em favor daqueles. Foi assim quando apreciou as questões da ultratividade, do direito de greve e da desaposentadoria.


Assim o fez quando admitiu a precarização da Justiça do Trabalho, porque o órgão perdeu recursos orçamentários. Permitiu a “prescrição quinquenal de FGTS”, quando declarou a inconstitucionalidade das normas que previam prazo prescricional de 30 anos para ações relativas a valores não depositados no fundo. E permitiu a contratação por meio de organizações sociais (OS) na Administração Pública. O que na prática se configura como privatização de serviços públicos.


E também, antes de ser aprovado pelo Congresso, no âmbito da Reforma Trabalhista, já havia admitido que a negociação prevalecesse sobre a lei. Todas essas informações estão esmiuçadas neste artigo: Supremo retira direitos e antecipa reforma trabalhista.


Portanto, não há porque ficar surpreso com mais esta decisão de hoje. Surpresa, boa, seria se o sindicalismo tivesse imposto, na Corte Suprema, revés ao capital e ao mercado, que ao fim e ao cabo, querem enfraquecer o sindicalismo e, se for possível, suprimi-lo da vida brasileira. Sim, porque, com a extinção peremptória da contribuição sindical obrigatória é isto que desejam, apenas não confessam, pelo menos em público.


Porque só assim terão mais condições de impor a agenda econômica que está em curso, cuja regressividade violenta os trabalhadores e o povo.


Essa decisão do Supremo, via de regra, atendeu à lógica do capital, que “quer ampliar seu poder sobre o trabalho”, como bem delineou Antônio Augusto de Queiroz, em seu artigo: Fim da contribuição sindical tem apoio patronal. Por quê?


O voto daqueles que consideraram a lei constitucional, no quesito da facultatividade da contribuição sindical, desconsiderou a Lei Maior “à luz do tripé da Constituição de 1988 que dá sustentação à organização sindical, formado pela unicidade sindical (art. 8º, II), a representatividade compulsória (art. 8º, III) e a contribuição sindical (art. 8º, IV, parte final)”, analisou Antônio Queiroz em artigo “Supremo Tribunal decidirá sobre contribuição sindical”.


Assim, pode-se dizer que o voto vencedor foi menos constitucional e mais político; alinhado com o mercado, que a lei favorece e protege, e ao capital, que se beneficia com a precarização das relações de trabalho advinda da Reforma Trabalhista, cujo principal ator social em defesa dos trabalhadores (os sindicatos) tenta escantear e até mesmo fazer desaparecer política e fisicamente pela asfixia financeira.


Que fazer

Diante desse quadro de “terra arrasada” é importante pensar saídas e alternativas jurídicas e políticas ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. Agora consolidado pelo STF. E pensar juntos, pois caso não haja solidariedade nesse processo tudo ficará mais difícil.


Isto é, aquele ambiente de disputas por espaços, às vezes conseguido à custa de métodos abomináveis, precisa ser substituído por ambiente de unidade de ação, solidariedade e muita reflexão conjunta.


Avalio que perdemos 1 batalha, não a guerra! Há, ainda, muita água para passar debaixo da ponte.


(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Fonte: Diap

 


 

04/07/2018 - Retomada da economia é uma farsa: Cai a renda dos trabalhadores


O discurso do governo Temer sobre uma suposta “retomada da economia” não se sustenta mais. A renda dos trabalhadores, o nível de emprego e o crédito estão rastejando, muito abaixo do esperado pelos economistas neoliberais e o mercado. Pior ainda: nos primeiros meses de 2018 a renda real parou de crescer e os trabalhadores começaram a registrar queda do poder de compra.


O rendimento médio real dos ocupados no trimestre encerrado em maio foi 0,6% inferior ao do trimestre encerrado em fevereiro.


Num estudo inserido no relatório de inflação de junho, o Banco Central estudou o comportamento de diferentes componentes da demanda privada nos últimos ciclos de retração e recuperação do Brasil. O estudo comparou os ciclos de 1999, 2001, 2003, 2009 e o atual. Em cada um deles, foi identificado o momento no qual a economia começou a sair do buraco e onde ela estava cinco trimestres após, segundo diferentes indicadores.


O estudo mostra que a suposta retomada atual é irrisória diante dos outros ciclos. Os números de geração de emprego são os piores de todos os ciclos, com um agravante: o estudo não leva em conta a qualidade dos (poucos) empregos criados após a reforma trabalhista, com remunerações e condições contratuais muito inferiores às até então existentes. No caso do crédito, só o cenário de 2001 foi pior que o de agora.

Fonte: Brasil 247

 


 

04/07/2018 - Comissão debate contribuição e aposentadoria diferenciada para pessoas com deficiência


A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência discute, nesta quarta-feira (4), proposta que estabelece um Plano de Custeio da Previdência Social para estabelecer alíquota diferenciada de contribuição facultativa de pessoas com deficiência, incluindo autistas, e reduz a idade mínima para concessão do benefício para esses segurados (PLP 168/15). O debate atende a requerimentos dos deputados Fábio Trad (PSD-MS) e Luiz Couto (PT-PB).


“O projeto é de grande relevância, pois amplia a cobertura previdenciária da pessoa com deficiência e assegura critério diferenciado para obtenção da aposentadoria, conforme prevê a Constituição Federal, onde estabelece que por meio de lei complementar, seja definido os requisitos e critérios para concessão de aposentadoria às pessoas com deficiência”, explica Trad.


Foram convidados, entre outros:

- o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Abi-Ramia Caetano;

- a representante da Associação dos Pais e Responsáveis Organizados pelos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista Carolina Spinola Alves Correa; e

- o presidente do Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista, Fernando Cotta.

 

A reunião será realizada às 15 horas, no plenário 13.

Fonte: Agência Câmara

 


 

04/07/2018 - Alternar turnos a cada 4 meses não afasta jornada ininterrupta de revezamento


O fato de um empregado alternar os turnos diurno e noturno a cada quatro meses não descaracteriza o regime de jornadas ininterruptas de revezamento, que garante período de trabalho especial de seis horas. Assim entendeu a 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao reconhecer pagamento extra pela sétima e pela oitava horas em que um ferroviário exerceu atividades nesse sistema.


O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) havia julgado improcedente o pedido de pagamento de horas extras feito pelo ex-empregado da CTPM.


Para o TRT-2, a periodicidade da mudança afasta o desgaste físico, psicológico e de convivência social que a Constituição busca reduzir com o estabelecimento da jornada de seis horas para os turnos de revezamento.


Já o relator do recurso, ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, afirmou que a mudança de turnos, mesmo que ocorra a cada quatro meses, ainda assim desajusta o relógio biológico em decorrência das alterações nos horários de repouso, alimentação e lazer.


“Estabelecida a alternância, há maior desgaste para a saúde e a vida familiar e social do empregado”, afirmou. Por unanimidade, o colegiado reformou o acórdão de segunda instância. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. RR-1001166-51.2016.5.02.0085

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

03/07/2018 - Paim anuncia projeto para a volta do imposto sindical


A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitou a volta da contribuição sindical obrigatória. Nas ações, diversos sindicatos alegaram que sem esses recursos não conseguem prestar assistência aos trabalhadores nem atuar nos acordos coletivos. Um dos relatores da Reforma Trabalhista, senador Romero Jucá (MDB-RR), destacou que caberá às entidades correr atrás de filiações. O senador Paulo Paim (PT-RS) revelou que apresentará um projeto para a volta da contribuição sindical, desde que aprovada por cada uma das categorias.

Fonte: Agência Senado

 


 

03/07/2018 - Centrais denunciam tentativa de desmonte dos sindicatos


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n º 5794), nesta sexta-feira (29), que resolveu pela constitucionalidade do texto da nova legislação trabalhista, deixou os brasileiros mais vulneráveis diante do poder econômico dos patrões. Esta é a avaliação das centrais sindicais que estiveram presentes na sessão do Supremo.


Por Iberê Lopes


O cenário de desemprego crescente e o aumento de ocupações informais se agrava com o enfraquecimento dos sindicatos, alertaram os representantes da classe trabalhadora. Para as entidades o cidadão corre o risco de perder uma estrutura responsável pela proteção dos seus direitos, com oferta de assistência jurídica e que estão na linha de frente da luta pela manutenção dos postos de trabalho.


De acordo com o presidente em exercício da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Divanilton Pereira, a extinção da contribuição sindical compulsória “é mais um golpe capitalista contra o movimento sindical” para impor uma agenda de “depreciação dos salários, o corte de direitos e a precarização das relações de produção”.


A reforma trabalhista de Michel Temer promoveu, de março a maio de 2018, a precarização dos empregos e instabilidade no mercado, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, desapareceram quase 500 mil empregos formais e 1,1 milhão de pessoas migraram para a informalidade.


Para a direção executiva da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), o sinal verde para este ponto da nova legislação representa um grande retrocesso para a luta dos trabalhadores. “Apesar da argumentação do relator, que deixou clara a inconsistência de incluir o fim da contribuição sindical com os demais pontos da reforma trabalhista, a maioria do STF optou por não atender o pedido das 19 ações”, lamentou em nota a Fitmetal.


O Supremo julgou conjuntamente 19 ações contra o dispositivo da reforma trabalhista que condiciona o recolhimento da contribuição sindical à autorização prévia e expressa do trabalhador.


Segundo o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, os ministros do Supremo votaram com desprezo total ao objeto da ação, “explicitando que o que estava ali não era a questão da constitucionalidade, mas sim a mudança de modelo, entre tantas outras impropriedades inimagináveis”.


O relator, ministro Edson Fachin, votou para derrubar a nova regra e retomar a cobrança obrigatória do imposto. Seguiram a decisão de Fachin, a ministra Rosa Weber e o magistrado Dias Toffoli.


Na análise das declarações de voto, o advogado da CTB, Magnus Farkatt, elogiou a fundamentação técnica e jurídica dos ministros favoráveis aos sindicatos. “Demonstraram que ainda que eles tivessem antipatia pelo modelo sindical brasileiro, baseado no princípio da unicidade e na contribuição compulsória, reconheceram que este modelo estava previsto constitucionalmente”, disse.


Centrais sindicais de todo o país salientaram que o sindicalismo classista e as forças progressistas devem seguir resistindo aos retrocessos e retirada de direitos. As mobilizações em defesa da valorização do trabalho e do desenvolvimento nacional democrático e soberano serão amplificadas, conforme sinalizam as notas publicadas nesta sexta.

(PCdoB na Câmara)

Fonte: Portal Vermelho

 


 

03/07/2018 - Decisão do STF sobre contribuição sindical preocupa Ministério Público


O Ministério Público do Trabalho acompanhou com preocupação a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar constitucional o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. A mudança na legislação foi promovida pela reforma trabalhista e era contestada no STF. Para o coordenador da Coordenadoria Nacional de Defesa da Liberdade Sindical (Conalis) do MPT, João Hilário Valentim, a decisão “aponta para um caminho de individualismo e perda da solidariedade social.”


O relator do processo, ministro Edson Fachin, votou pela inconstitucionalidade da medida. Dois ministros acompanharam o voto do relator, mas outros seis votaram pela manutenção da mudança. Para o coordenador da Conalis, “o corte abrupto da principal fonte de custeio de muitas entidades sindicais provoca uma desorganização muito forte, não só da estrutura sindical brasileira, como da vida administrativa e financeira das entidades, e, principalmente, no comprometimento da ação sindical de defesa dos direitos e interesses de seus representados. Por certo, muitos sindicatos não terão condições de manter as atividades”.


No voto, o ministro Fachin defendeu que o atual regime sindical brasileiro se baseia em três pilares: a unicidade sindical, a representatividade obrigatória e o custeio das entidades sindicais por meio de tributo - a contribuição sindical. Para ele, “a mudança de um desses pilares pode ser desestabilizadora de todo o regime sindical”. O vice-coordenador da Conalis do MPT, Alberto Emiliano de Oliveira, acompanhou a votação e ressaltou a coerência da tese do relator. “A retirada de um dos pilares da organização sindical, pode fazer o sistema ruir como um todo”, reforça o procurador.


Em abril, o MPT divulgou nota técnica em que defende a inconstitucionalidade das mudanças na contribuição sindical promovidas pela reforma trabalhista. O texto aponta para a necessidade de aprovação de lei complementar para alterar matérias de natureza tributária, como o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. A reforma trabalhista (Lei nº 13.467/17) é lei ordinária.


No documento elaborado pela Conalis, os procuradores também argumentam que a autorização para desconto em folha da contribuição sindical deve ser definida em assembleia, com a participação de toda a categoria. A nota apresenta ainda a defesa de que a contribuição sindical abrange trabalhadores e empregadores pertencentes a determinada categoria, não apenas os sindicalizados, uma vez que eventuais benefícios aos trabalhadores obtidos por negociação sindical, portanto, a contribuição deve ser considerada compulsória.


Para o MPT, as mudanças violam o princípio da unicidade sindical e enfraquecem financeiramente as entidades sindicais. “Os sindicatos precisarão se reorganizar, até se reinventar e definir novas políticas de aproximação e engajamento dos trabalhadores, ampliar o universo de representados. O MPT tem por missão estimular o diálogo social e a solução pacífica dos conflitos coletivos de trabalho e está, portanto, de portas abertas para ajudar na busca de soluções”, disse João Hilário Valentim.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

03/07/2018 - Impactos da nova legislação trabalhista serão discutidos em seminário na Câmara nesta terça


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados promove um seminário nesta terça-feira (3) sobre os impactos da nova legislação trabalhista (Lei 13.467/17). O deputado Bohn Gass (PT-RS), um dos autores do requerimento para realização do evento, é contrário à reforma trabalhista feita no ano passado.


Para ele, a promessa de aumento de empregos não se concretizou e as vagas existentes foram precarizadas. Ele defende dois caminhos para contornar a reforma: a aprovação do Estatuto do Trabalho, em análise no Senado; e a votação de propostas sobre o tema em tramitação na Câmara.


"Vamos trabalhar para que este estatuto possa ter sua aprovação, que é, na verdade, uma nova CLT, e repor artigos retirados. E vamos reunir todos os projetos, de diferentes deputados, de diferentes partidos, e fazer uma articulação destes projetos para levar à votação na Câmara."


Bohn Gass vai participar de uma mesa sobre a qualidade do emprego após a reforma e os impactos econômicos. Também serão analisados pontos como a aplicação da reforma no sistema de Justiça, e a ação dos sindicatos e das centrais sindicais diante das mudanças.


Outro requerente do seminário, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), que é presidente da Comissão de Trabalho, afirma que as divergências em torno da reforma são apenas ideológicas.


Segundo ele, os direitos foram ampliados, “dando a segurança de que, através dos acordos coletivos de trabalho, com força de lei, possibilita ao trabalhador a forma mais vantajosa de usufruir destes direitos."


O ministro do Trabalho, Helton Yomura, vem afirmando que um dos indicadores de que a reforma trabalhista foi positiva está nos dados de crescimento do emprego com carteira assinada no País. O último registro, de maio, mostrou crescimento em relação a abril e, no ano, o saldo é de 381.166 postos de trabalho.


Foram convidados para debater o tema com os parlamentares representantes do governo, de centrais sindicais e do Poder Judiciário.


Participação popular

O seminário, que ocorrerá durante toda o dia, está marcado para começar às 9 horas, no auditório Nereu Ramos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

03/07/2018 - Contribuição sindical: primeiras impressões sobre o julgamento

 

Breve relato sobre as sessões de julgamento da ADI e da ADC realizadas entre quinta (28) e sexta-feira (29) pelo Supremo Tribunal Federal (STF)


Quando o Acórdão for publicado analisaremos o seu inteiro teor para traçarmos quais os caminhos que deverão ser seguidos pelas entidades sindicais, ficando consignada a prerrogativa da assembleia de cada entidade ter a possibilidade legal de aprovar as contribuições para toda categoria que representa.


Hélio Gherardi*


Pelo presente relato, ainda sem o Acórdão devidamente publicado, com base nas pronuncias das razões dos ministros, vamos tecer alguns comentários visando elucidar o ocorrido.


O plenário do Supremo Tribunal Federal na manhã desta sexta-feira (29), por 6 votos a 3, entendeu pela constitucionalidade da Lei 13.467/17, que promoveu alterações na forma de recolhimento das contribuições sindicais.


O ministro relator Luiz Edson Fachin votou pela total procedência das ADI, declarando inconstitucional o fim da obrigatoriedade do recolhimento da contribuição sindical, tendo sido acompanhado pela ministra Rosa Weber e José Antonio Dias Toffoli. Contudo, os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e a presidente Cármem Lúcia Antunes Rocha, divergindo do relator, votaram pela improcedência das ações e pela procedência da ADC 55, ou seja, pela constitucionalidade das mencionadas alterações promovidas pela Lei 13.467/17 em relação à não compulsoriedade da contribuição sindical; não estiveram presentes os ministro Celso Antônio Bandeira de Mello e o Ricardo Lewandowski.


Muito embora o argumento vencedor tenha sido o que torna facultativa a contribuição sindical, durante o pronunciamento dos votos dos ministros que divergiram do relator, pode-se perceber que as palavras de ordem foram: LIBERDADE, AUTONOMIA FINANCEIRA, NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO.


O próprio ministro Luiz Fux que votou pela constitucionalidade das alterações promovidas pela Lei 13.467/17 no que se refere à facultatividade da contribuição sindical afirmou que os sindicatos ainda dispõem de múltiplas formas de custeio, como as contribuições confederativa e assistencial e outras instituídas pela assembleia da categoria ou por meio de negociação coletiva.


Já o ministro Alexandre de Moraes fundamentou o seu voto a favor do fim da obrigatoriedade invocando os princípios da liberdade sindical e individual, com a consequente diminuição da influência do Estado, deixando claro que o negociado vale sobre o legislado, nos termos do artigo 611-A da Consolidação das Leis do Trabalho.


O ministro Marco Aurélio de Melo destacou a importância das decisões das assembleias frente a categoria a que representa em seu pronunciamento assinalando claramente que a definição se dá pela assembleia da respectiva categoria.


Há que se destacar, ainda, que a Lei 13.467/17, conhecida como Reforma Trabalhista, embora tenha alterado os artigos 545, 578, 579, 582, 587 e 602 da CLT, em nenhum momento revela que a autorização para o desconto das contribuições devidas ao sindicato seja da forma escrita e individual.


Nesse sentido, dispõe o artigo 545 da CLT:


“Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados”.


Da mesma forma, o artigo 582 da CLT em nada se manifesta no sentido de ser necessário a autorização individual de cada trabalhador:


“Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos.”


Sendo assim, a aprovação pela categoria do recolhimento da contribuição sindical de todos os trabalhadores, conforme conste em Ata de Assembleia Extraordinária, a nosso ver, é legitima e amparada por nosso ordenamento jurídico.


Sabe-se que a Assembleia da entidade sindical é soberana em suas resoluções de forma que a expressão “a autorização prévia e expressa” referida no alterado artigo 582 Consolidado; assim como a “opção” mencionada no artigo 587 da CLT constituem-se no permissivo legal para que o recolhimento da Contribuição Sindical seja efetuado para toda categoria.


Nesse sentido, é o Enunciado no. 38, que ocorreu na Segunda Jornada da Reforma Trabalhistas da Anamatra, realizada em outubro de 2017, que assinala:


“ENUNCIADO Nº 38 - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL


I - É lícita a autorização coletiva prévia e expressa para o desconto das contribuições sindical e assistencial, mediante assembleia geral, nos termos do estatuto, se obtida mediante convocação de toda a categoria representada especificamente para esse fim, independentemente de associação e sindicalização.


II - A decisão da assembleia geral será obrigatória para toda a categoria, no caso das convenções coletivas, ou para todos os empregados das empresas signatárias do acordo coletivo de trabalho.


III - O poder de controle do empregador sobre o desconto da contribuição sindical é incompatível com o caput do art. 8º da Constituição Federal e com o art. 1º da Convenção 98 da OIT, por violar os princípios da liberdade e da autonomia sindical e da coibição aos atos antissindicais.”


Ademais, o artigo 513 alínea “e” da CLT que não foi revogado pela Lei 13.467/17, estabelece ser prorrogativa dos sindicatos a imposição de contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas, senão vejamos:


“Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos:


a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida;


b) celebrar contratos coletivos de trabalho;


c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;


d) colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal;


e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.”


Pensar de outra maneira é dizer que os sindicatos só poderão atender a seus próprios associados e, em assim sendo, as Normas Coletivas somente poderiam ser aplicadas aos respectivos associados. Assim, quando publicado o Acórdão, analisaremos o seu inteiro teor para traçarmos quais os caminhos que deverão ser seguidos pelas entidades sindicais, ficando consignada a prerrogativa da assembleia de cada entidade ter a possibilidade legal de aprovar as contribuições para toda categoria que representa.


(*) Advogado. É membro do corpo técnico do Diap

Fonte: Diap

 


 

03/07/2018 - Pesquisa aponta desemprego estável e aumento da informalidade em maio


Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


A taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em maio em 12,7%, praticamente estável em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano, quando a taxa de desocupação foi 12,6%, alta de apenas 0,1 ponto percentual.


Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ressalta, no entanto, o fato de que entre um trimestre e outro a informalidade no emprego voltou a crescer, com o contingente de empregados do setor privado sem carteira assinada tendo aumentado 2,9% no trimestre de março a maio, em relação ao trimestre anterior.


Em números absolutos, o resultado representa mais 307 mil pessoas em postos de trabalho que não oferecem várias garantias de direitos trabalhistas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 5,7%, o que corresponde a 597 mil pessoas a mais na informalidade.


Segundo o IBGE, na comparação com o trimestre de março a maio de 2017, quando a taxa de desemprego estava em 13,3%, houve queda de 0,6 ponto percentual no indicador.


Com a estabilidade da taxa de desemprego, a população desocupada também ficou estável em 13,2 milhões de pessoas. No trimestre encerrado em fevereiro a taxa foi de 13,1 milhões. Já na comparação com igual trimestre do ano anterior, quando havia 13,8 milhões de desocupados, houve queda de 3,9%.


O país tinha em maio último uma população ocupada de 90,9 milhões de trabalhadores, também mostrando estabilidade no emprego em relação ao trimestre imediatamente anterior (dezembro do ano passado a fevereiro deste ano). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando havia 89,7 milhões de pessoas ocupadas, a população ocupada aumentou 1,3%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

03/07/2018 - CNI: greve de caminhoneiros faz faturamento da indústria cair 16,7%


O faturamento da indústria caiu 16,7% em maio na comparação com abril, na série livre de influências sazonais. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi a maior queda mensal do indicador, e o resultado reverteu os ganhos registrados desde outubro de 2016. A informação é da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada na sexta-feira (29) pela entidade. De acordo com o levantamento, a forte retração do faturamento foi provocada pela greve dos caminhoneiros nos últimos dias do mês passado.


O desabastecimento causado pela paralisação dos serviços de transporte agravou as dificuldades que a indústria atravessa para se recuperar da crise, como a baixa demanda, a alta ociosidade, dificuldades de financiamento e incertezas econômicas. Com isso, todos os indicadores registraram queda em maio.


A utilização da capacidade instalada caiu para 75,9%, o menor percentual desde 2003, quando começou a série histórica. Isso significa que o setor operou com uma ociosidade de 24,1% em maio. As horas trabalhadas na produção recuaram de 2,4% em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal.


De acordo com a CNI, os indicadores de mercado de trabalho também pioraram. O emprego caiu 0,6% em maio na comparação com o mês anterior, na série dessazonalizada. Foi a primeira queda após sete meses de moderado crescimento e reverte toda a expansão registrada em 2018, segundo a entidade. A massa real de salários caiu 1,7% e o rendimento médio real do trabalhador da indústria recuou 1,4% em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal.

Fonte: Agência Brasil