Blog - Notícias Anteriores - Julho 2019
31/07/2019 -
Centrais sindicais seguem preocupadas em barrar
‘reforma’ da Previdência
31/07/2019 -
Liberação do Fundo de Garantia é cilada, afirma dr.
Hélio Gherardi
31/07/2019 -
Para consultor do Diap, agenda do sindicalismo deve
ser pontual e objetiva
31/07/2019 -
Para Rodrigo Maia, agente público que vaza
informações sigilosas “comete crime”
31/07/2019 -
Governo revoga e muda normas de proteção e segurança
de trabalhadores
31/07/2019 -
Bolsonaro quer definição de trabalho escravo na
legislação
31/07/2019 -
Janaína Paschoal pede impeachment de Toffoli
31/07/2019 -
Nível de atividade da indústria paulista cai em
junho
31/07/2019 -
Para ter direito à estabilidade, mulher deve provar
que trabalhou grávida
30/07/2019 -
Parlamentares rechaçam ataque de Bolsonaro a
presidente da OAB
30/07/2019 -
PT denuncia novo crime de Moro: o estelionato
eleitoral de 2018
30/07/2019 -
Liberar FGTS não garante empregos, alerta presidente
dos Economistas
30/07/2019 -
Operadores do direito: PLV 17 é a “Nova Reforma
Trabalhista”
30/07/2019 -
‘Modernização’ trabalhista, vendida como solução,
fechou duas vezes mais vagas do que criou
30/07/2019 -
Confiança da indústria cai para pior nível desde
outubro
30/07/2019 -
Ausência de comunicação prévia de férias não dá
direito ao pagamento em dobro
29/07/2019 -
Para advogados, fiscais, juízes e procuradores, PL
da ‘liberdade econômica’ tem inconstitucionalidades
29/07/2019 -
Novas regras de tramitação de MPs entram em vigor
após recesso
29/07/2019 -
PDT recorre ao STF contra Moro para evitar
destruição de provas
29/07/2019 -
Guedes defende capitalização na reforma da
Previdência
29/07/2019 -
Projeto prevê sentença em 60 dias se trabalhador
estiver sem salário
26/07/2019 -
Glenn encara Moro e diz que ele não pode apagar o
material do Intercept
26/07/2019 -
País registra criação de 48,4 mil vagas de trabalho
formal
26/07/2019 -
Centrais rearticulam resistência à PEC 6/19 na volta
do recesso
26/07/2019 -
Governo adia para a próxima semana negociação com
caminhoneiros sobre preço do frete
26/07/2019 -
Toffoli quer adiantar julgamento sobre uso de dados
do Coaf em investigações
26/07/2019 -
Onze parlamentares do Nordeste processam Bolsonaro
por racismo
26/07/2019 -
Aposentadoria por invalidez perde 40% do valor com
MP do Pente-Fino
26/07/2019 -
Medida provisória traz regras para saques no
PIS/Pasep e no FGTS
26/07/2019 -
Projeto altera data para depósito do FGTS na conta
do empregado
25/07/2019 -
Se o governo não se apropriar dos 10%, reduz multa
do FGTS para a empresa
25/07/2019 -
Precisamos repensar a estrutura sindical, escreve
Juruna
25/07/2019 -
Privatização na calada da noite tira governo e
trabalhadores do conselho da BR Distribuidora
25/07/2019 -
Desemprego é menor no interior, mas rendimento cai e
informalidade se espalha
25/07/2019 -
Mariana: 83 famílias afetadas por rompimento de
barragem fazem acordo
25/07/2019 -
João Alves: Bolsonaro, um governo contra os
trabalhadores
25/07/2019 -
Procuradores do trabalho questionam lei de Goiás que
permite extrair amianto
25/07/2019 -
Abono do PIS/Pasep começa a ser pago hoje
25/07/2019 -
Projeto regula atraso em audiências de causas
trabalhistas
24/07/2019 -
Parlamentares questionam prisão de supostos hackers
pela PF
24/07/2019 -
Guedes diz que liberação de saque do FGTS será anual
24/07/2019 -
Plenário do STF pode analisar questões trabalhistas
na volta do recesso
24/07/2019 -
Juízes consideram inconstitucional Medida Provisória
contra CLT
24/07/2019 -
STF deve considerar denúncias do Intercept ao julgar
ações contra Moro
24/07/2019 -
Bolsonaro assume viés autoritário e fala em acabar
com todos os conselhos
24/07/2019 -
Crise na indústria fecha maior número de fábricas em
SP em dez anos
23/07/2019 -
Centrais convocam Ato Nacional em defesa da
aposentadoria e do emprego
23/07/2019 -
58% não conseguem lembrar algo de bom que Bolsonaro
tenha feito pelo país
23/07/2019 -
Trabalhador brasileiro tem acesso cada vez mais
reduzido ao seguro-desemprego
23/07/2019 -
Governo bloqueia mais R$ 1,44 bilhão do Orçamento
23/07/2019 -
Caminhoneiros decidem na quarta (24) se mantêm ou
não greve contra Bolsonaro
23/07/2019 -
'Tem um insano no comando do país', diz Flávio Dino
23/07/2019 -
Governo pretende melhorar acesso dos trabalhadores a
FGTS
23/07/2019 -
Confiança da indústria recua 1,7 ponto na prévia de
julho, diz FGV
22/07/2019 -
Para Bolsonaro, os 5 milhões de brasileiros que
passam fome são "uma grande mentira"
22/07/2019 -
"E se o pai estiver implicado?", questionou Deltan
22/07/2019 -
Governadores do Nordeste rejeitam ameaça de
retaliação de Bolsonaro
22/07/2019 -
Bolsonaro contra o Nordeste e a Constituição
22/07/2019 -
Advogados rebatem Bolsonaro: multa do FGTS é
cláusula pétrea
22/07/2019 -
Nova regra para votação de MPs será promulgada em
agosto
22/07/2019 -
Aumento de jornada sem consentimento de trabalhador
é lesivo, diz TRT-4
22/07/2019 -
Proposta corta pela metade IRPJ e CSLL de micro e
pequeno empresa com mais empregados
19/07/2019 -
Liberar FGTS reflete falta de rumo do governo,
avalia oposição
19/07/2019 -
'Pretendo beneficiar filho meu, sim', diz Bolsonaro
sobre indicação de Eduardo
19/07/2019 -
Governo estuda acabar com saque do FGTS em demissões
sem justa causa
19/07/2019 -
MP 881 é reforma trabalhista ‘enrustida’, diz
Orlando Silva
19/07/2019 -
CAE analisa projeto que assegura ganho real para
aposentadorias e pensões
19/07/2019 -
Previdência: oposição vai tentar excluir
‘crueldades’ no segundo turno da votação
19/07/2019 -
Marco Aurélio desabafa e diz esperar que Moro não
seja ministro do STF
19/07/2019 -
Abono do PIS/Pasep começa a ser pago na próxima
quinta-feira
19/07/2019 -
Projeto determina que intimação eletrônica
prevalecerá sobre diário da justiça
18/07/2019 -
Força entrega a Maia documento do Diap que enumera
pontos críticos à MP 881
18/07/2019 -
Governo quer reduzir alíquota do IR para máximo de
25%, diz Bolsonaro
18/07/2019 -
Novo capítulo da Vaza Jato revela que Moro
interferiu em delações
18/07/2019 -
Confirmado o pagamento de R$ 30 mil a Dallagnol por
palestra no Ceará
18/07/2019 -
Líder do governo estima 60 votos para aprovação da
reforma da Previdência
18/07/2019 -
PIB recua 0,8% no trimestre encerrado em maio, diz
FGV
18/07/2019 -
Decisão do TST inibe trabalhador de processar
empresa e estimula violação de direitos
18/07/2019 -
‘Reforma’ da Previdência deve agravar o desemprego,
diz dirigente da IndustriALL
18/07/2019 -
Proposta permite deduzir do IR despesa médica paga a
terceiros
17/07/2019 -
Com votação da ‘reforma’ da Previdência em aberto,
centrais vão às ruas em agosto
17/07/2019 -
Novos diálogos entre Moro e Dallagnol são graves,
dizem parlamentares
17/07/2019 -
Maia espera apoio para aprovar ‘PEC paralela’ da
reforma da Previdência
17/07/2019 -
Davi afirma que reforma da Previdência deve ser
votada em dois meses
17/07/2019 -
Governo vai liberar R$ 63 bi do FGTS e PIS/Pasep
17/07/2019 -
Parlamentares reagem ao desmonte de Bolsonaro na
Educação
17/07/2019 -
Acordo garante indenização de R$ 700 mil a famílias
de vítimas do crime de Brumadinho
17/07/2019 -
Inflação pelo IGP-10 sobe de 0,49% em junho para
0,61% em julho
17/07/2019 -
Projeto permite que participação nos lucros
considere segurança no trabalho
16/07/2019 -
‘Economia’ com nova Previdência é semelhante ao
valor que o governo paga aos bancos
16/07/2019 -
Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido coagido pelo MP
a construir relato no caso do sítio de Atibaia
16/07/2019 -
Moro e Deltan discutiram desviar verba de vara para
fazer propaganda da "lava jato"
16/07/2019 -
Bolsonaro corta repasse para educação básica e
esvazia programas
16/07/2019 -
MP 881 radicaliza reforma trabalhista e amplia
precarização, alerta Dieese
16/07/2019 -
"Brasil precisa de quimioterapia para que não
pereça", diz Bolsonaro
16/07/2019 -
Trabalhador poderá rescindir contrato após três
meses sem salário
16/07/2019 -
Empresa indenizará por morte de ex-funcionário
exposto a amianto
16/07/2019 -
Proposta revoga lei que regulamenta aposentadoria
compulsória de servidor aos 75 anos
15/07/2019 -
Senador apresenta projeto do “boleto bancário” da
contribuição sindical
15/07/2019 -
Batalha contra reforma no Senado também será
difícil, diz assessor do Diap
15/07/2019 -
Paulo Guedes quer acabar com adesão obrigatória à
OAB e a outros conselhos
15/07/2019 -
Texto final de MP exclui contratação em ‘regime
especial’, mas limita Cipas e libera trabalho no
domingo
15/07/2019 -
Glenn afirma que vai continuar publicando material
sobre Sérgio Moro e a Lava Jato
15/07/2019 -
Brasileiros repudiam retrocessos de Bolsonaro no
trânsito
15/07/2019 -
Rodrigo Maia: reforma da Previdência será votada em
2º turno a partir de 6 de agosto
15/07/2019 -
Produção industrial recua em sete estados e na
Região Nordeste em maio
15/07/2019 -
Dirigentes de sindicato não formalizado não têm
estabilidade no emprego, diz TST
12/07/2019 -
Projeto do “boleto bancário” sindical recebe 43
emendas; relator é o senador Paulo Paim (PT-RS)
12/07/2019 -
MP 881 propõe extinguir direitos garantidos na CLT
enquanto “crise durar”
12/07/2019 -
Centrais e CNI reúnem-se em torno de agenda comum
pela retomada do desenvolvimento
12/07/2019 -
O rolo compressor contra a aposentadoria
12/07/2019 -
Maia admite alteração na reforma para reduzir idade
mínima de professores
12/07/2019 -
Deputados retomam nesta manhã análise de destaques
da reforma da Previdência
12/07/2019 -
Recurso de empresa contra decisão de perícia do INSS
pode ter efeito suspensivo
12/07/2019 -
Empregado demitido durante estabilidade provisória
tem direito a indenização
11/07/2019 -
Por 379 a 131, Câmara aprova texto-base da reforma
da Previdência; ressalvados os destaques
11/07/2019 -
Bolsonaro soltou R$ 178 mi em emendas parlamentares
no dia da votação da reforma
11/07/2019 -
Alexandre de Moraes suspende decisão que permitia
desconto sindical em folha
11/07/2019 -
Ações de Moro na "lava jato" são "maré de
ilegalidades", defendem magistrados
11/07/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,01% em junho
11/07/2019 -
Reajuste do mínimo poderá corrigir aposentadorias
mais altas
11/07/2019 -
CAS aprova regras para demitir servidor em caso de
mau desempenho
11/07/2019 -
Mulher vítima de violência poderá ter cota de vagas
em empresas, decide CAS
10/07/2019 -
Um terço dos brasileiros aceitaria fechamento do
Congresso e do STF
10/07/2019 -
Áudio-bomba coloca Fux sob suspeição de vazar
decisão a Dallagnol
10/07/2019 -
Governo demonstra confiança, enquanto oposição
denuncia desigualdade na Previdência
10/07/2019 -
Previdência: para Psol, Bolsonaro cometeu crime de
responsabilidade em liberação de emendas
10/07/2019 -
Bancada feminina cobra mudanças no texto da reforma
da Previdência
10/07/2019 -
Guedes projeta dia seguinte à Previdência com
reforma de Estado e enxugamento de autarquias
10/07/2019 -
ESocial será extinto e substituído por outro sistema
em 2020, afirma secretário
10/07/2019 -
Indicador de emprego registrou crescimento em junho,
diz FGV
10/07/2019 -
Demanda por bens industriais varia 0,1% em maio, diz
Ipea
10/07/2019 -
Conversão de férias em dinheiro deve ser pedida pelo
trabalhador, diz TRT-4
09/07/2019 -
STF vai analisar constitucionalidade do trabalho
intermitente
09/07/2019 -
Trabalhadores pressionam deputados contra a reforma
da Previdência
09/07/2019 -
Sérgio Moro pede licença do cargo após mais
vazamentos de conversas
09/07/2019 -
Ministros com mandato deixarão governo para votar
reforma da Previdência
09/07/2019 -
Dallagnol foge e diz que não vai explicar Vaza Jato
à Câmara
09/07/2019 -
Maia: aprovação da reforma será uma vitória do
Parlamento, não do governo
09/07/2019 -
Comissão de Trabalho discute papel do Sistema S
09/07/2019 -
Técnicos divergem sobre impacto da reforma da
Previdência no desemprego
08/07/2019 -
Bolsonaro tem a pior avaliação desde Collor, aponta
Datafolha
08/07/2019 -
Guedes se irrita com vaias a Bolsonaro no Maracanã
08/07/2019 -
Datafolha: para 58%, decisões de Moro devem ser
revistas
08/07/2019 -
Onyx estima 330 votos favoráveis à reforma da
Previdência em 1º turno
08/07/2019 -
Relatório aprovado penaliza mais pobres e ignora
pontos críticos das Centrais
08/07/2019 -
Paim diz que Senado não vai carimbar destruição da
aposentadoria
08/07/2019 -
Presidente da CUT defende nova estrutura sindical.
Senadora do PSL quer dificultar contribuição
08/07/2019 -
Relação entre desemprego e Previdência será tema de
debate na CDH
08/07/2019 -
Paim critica propostas de redução do orçamento do
Sistema S
08/07/2019 -
Por inadequação orçamentária, comissão rejeita
ampliação de salário-maternidade
05/07/2019 -
Senadora do PSL apresenta projeto que ressuscita “MP
do boleto bancário”
05/07/2019 -
Plenário começa a discutir reforma da Previdência na
terça, diz Maia
05/07/2019 -
Veja aponta novos crimes de Moro contra Lula
05/07/2019 -
Empresário comete suicídio em evento com o
governador de Sergipe e ministro
05/07/2019 -
Em junho, custo da cesta básica caiu em 10 capitais,
diz Dieese
05/07/2019 -
Projeto que reajusta aposentadorias divide opiniões
de senadores
05/07/2019 -
Pessoas de menos renda sofrem mais os efeitos da
crise econômica, diz Paim
05/07/2019 -
Gilmar suspende ações sobre validade de norma
coletiva trabalhista
05/07/2019 -
TRT-5 declara inconstitucionalidade de dispositivos
da reforma trabalhista
04/07/2019 -
Proposta que extingue qualquer contribuição
obrigatória a entidades sindicais é distribuída na
CCJ
04/07/2019 -
Reforma trabalhista não ajuda a criar empregos, diz
presidente do TST
04/07/2019 -
Para Maia, votação da reforma da Previdência não
passa desta quinta (4); oposição reage
04/07/2019 -
Segurado poderá pedir exclusão do fator
previdenciário em aposentadoria, aprova CAS
04/07/2019 -
Debatedores cobram melhores meios de combate ao
trabalho escravo
04/07/2019 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
1,43% em maio
04/07/2019 -
Medo do desemprego aumenta e satisfação com a vida
diminui, diz CNI
04/07/2019 -
CCJ convida o jornalista Glenn Greenwald para falar
sobre conversas divulgadas
04/07/2019 -
Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso
Nacional Nº 43, de 2019
03/07/2019 -
Com invalidação da MP 873, desconto da contribuição
sindical está mantido
03/07/2019 -
Deputado chama Moro de ‘juiz ladrão’ e ministro vai
embora da Câmara
03/07/2019 -
CDH quer a volta da política de valorização do
salário mínimo
03/07/2019 -
Relator faz ajustes no parecer da reforma da
Previdência; votação é adiada
03/07/2019 -
Reforma da Previdência desconsidera resultados de
CPI, alertam debatedores
03/07/2019 -
Produção industrial cai 0,2% de abril para maio, diz
IBGE
03/07/2019 -
Recessão no segundo trimestre é inevitável, diz
consultoria
02/07/2019 -
Trabalhadores na educação farão greve nacional em 13
de agosto
02/07/2019 -
Ida de Moro à Câmara nesta terça às 14h mobiliza
oposição, que antecipa volta a Brasília
02/07/2019 -
Entreguismo a todo vapor: Guedes monta lista de
privatizações
02/07/2019 -
O desgoverno de Bolsonaro é notório, diz Paulo Rocha
02/07/2019 -
Paim se preocupa com demora na concessão de
benefícios pelo INSS
02/07/2019 -
CDH analisa revogação do termo de quitação anual de
obrigações trabalhistas
02/07/2019 -
Suspensa decisão que determinou desconto de
contribuição sindical de empregados da Claro
02/07/2019 -
Audiência discute proibição do uso de amianto no
Brasil
02/07/2019 -
Deca fecha fábrica em São Leopoldo
02/07/2019 -
Seguridade aumenta aposentadoria e pensão para idoso
dependente
02/07/2019 -
Campanha da Justiça do Trabalho vai mostrar a
importância da prevenção de acidentes de trabalho
01/07/2019 -
Centrais avaliam ações e divulgam agenda em defesa
da aposentadoria
01/07/2019 -
Comissão aprova proposta que susta decreto que
revogou contribuição sindical em folha
01/07/2019 -
Manifestações a favor de Moro e de Bolsonaro perdem
volume
01/07/2019 -
Com mercado de trabalho frágil, número de autônomos,
subutilizados e desalentados é recorde
01/07/2019 -
Crise derruba número de empresas em atividade e
diminui emprego
01/07/2019 -
Gilmar suspende processos que tratam de acordos
coletivos que reduziam direitos trabalhistas
01/07/2019 -
Relatório final da CPI de Brumadinho será
apresentado nesta terça-feira
01/07/2019 -
CNI: brasileiro está menos confiante quanto a
emprego e endividamento
31/07/2019 -
Centrais sindicais seguem preocupadas em barrar
‘reforma’ da Previdência
Coleta de assinaturas para pressionar deputados
continua. Trabalhadores realizarão ato no dia 13 de
agosto
A “reforma” da Previdência deve ser votada em
segundo turno em 6 de agosto, na Câmara dos
Deputados. Entretanto, centrais sindicais programam
uma série de atos pelo país para continuar
pressionando parlamentares a barrarem a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 6/2019.
Nesta segunda-feira (29), um abaixo-assinado contra
a proposta foi colocado à disposição na Rua 15 de
Novembro, no centro de São Paulo. Muitas pessoas que
passavam viram a ação e assinaram o documento, como
explica o diretor do Sindicato dos Bancários de São
Paulo André Camarozano. “Todas as regionais do nosso
sindicato, desde a semana passada, já acumularam
cerca de nove mil assinaturas. Com elas, vamos
pressionar os parlamentares contra essa reforma,
porque a a população é contrária e essa é uma forma
de pressionar os deputados”, afirmou à repórter
Daiane Ponte, da TVT.
Centenas de pessoas deixaram sua assinatura. Os
trabalhadores lembram que o déficit na Previdência
não é culpa da população e criticam os privilégios
dos empresários. “Não são os aposentados que estão
falindo o Brasil, tem muitas empresas grandes que
não pagam os impostos. Elas que deviam cumprir com a
obrigação, não os aposentados”, disse a aposentada
Maria dos Santos. “A gente sabe que os rombos que
foram feitos na Previdência não fomos nós que
fizemos”, acrescenta Moisés Leite, também
aposentado.
O texto-base da reforma, que já foi votado em
primeiro turno em plenário da Câmara, apresenta
diversos aspectos que podem prejudicar a vida dos
trabalhadores. Para o presidente da CUT São Paulo,
Douglas Izzo, muitos direitos ainda estão em risco.
“Têm questões que precisamos derrotar para que o
trabalhador não tenha esses prejuízos.”
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João
Carlos Gonçalves, o Juruna, é possível barrar a
reforma atuando ao lado de parlamentares. “Eu creio
que é muito difícil a gente conseguir modificar os
votos do primeiro turno para o segundo. A melhor
estratégia será convencermos os senadores, mas para
isso é importante a mobilização das centrais
sindicais para esse período no mês de agosto”,
afirmou.
As centrais programam ato para 13 de agosto, Dia
Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves
Contra a Reforma da Previdência. A manifestação se
soma a uma mobilização da Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Educação (CNTE) no mesmo sentido,
que já estava programada.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/07/2019 -
Liberação do Fundo de Garantia é cilada, afirma dr.
Hélio Gherardi
A Medida Provisória 889/19, que muda os critérios
para saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS - precisa ser aprovada pelo Congresso até 20
de novembro. Inicialmente, os saques, no valor de
até R$ 500,00, poderão ser efetuados entre setembro
deste ano e março de 2020.
A iniciativa, saudada pelo governo como estímulo ao
consumo e, portanto, meio de aquecer a economia, é
questionada por especialistas. E sindicalistas veem
“pegadinha” na opção pelo saque anual na data de
aniversário do titular da conta.
Armadilha - Para o advogado trabalhista de
diversas entidades e consultor do Diap, dr. Hélio
Gherardi, “a medida do governo é uma armadilha, um
presente de grego, que não ajuda nada”. Ele lembra
que, no critério saque/aniversário, "se a pessoa
sacar, e for demitida, corre perigo de perder
muito”.
Segundo Gherardi, o estímulo ao saque, conforme
proposto na MP, “só fará o governo rentabilizar seu
caixa, trazendo perdas aos que sempre saem
perdendo”. O advogado aconselha evitar movimentar o
Fundo de Garantia, nas condições propostas pela
Medida. Ele afirma: “Da minha parte, recomendo
deixar como está e proponho uma palavra de ordem -
no Fundo de Garantia não se mexe”.
Roteiro - O Diap produziu documento (está em
seu site), no qual analisa a Medida e aponta
consequências. Já a revista Exame editou
questionário com 30 pontos, pra tirar dúvidas. A
questão número 11 pergunta: Se eu aderir ao
saque-aniversário, o que eu perco? A resposta é
“Perde o direito de retirar todo o valor depositado
no fundo no momento em que for demitido sem justa
causa. E só poderá voltar a ter o direito dois anos
após fazer o pedido".
Metalúrgico - Pedro Pereira da Silva (Zóião) é
secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região. Ele diz: “O assunto chamou a
atenção da categoria. Afinal, dinheiro no bolso não
faz mal a ninguém. Mas o pessoal está achando R$
500,00 pouco. E também tá repercutindo mal a
pegadinha do saque no aniversário, que, durante dois
anos, vai impedir o demitido de receber seu FGTS
integral”.
Mais informações: www.diap.org.br
Fonte: Agência Sindical
31/07/2019 -
Para consultor do Diap, agenda do sindicalismo deve
ser pontual e objetiva
O governo, especialmente por seu ministro da
Economia, Paulo Guedes, articula, move peças e
libera emendas a fim fazer avançar sua pauta no
Congresso.
Como se trata de pauta neoliberal, agressiva aos
direitos, o sindicalismo reage e denuncia. Não
basta. Em artigo no site do Diap - Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar - e depois
em outras manifestações, o consultor e jornalista
Marcos Verlaine propõe que o movimento articule
agenda própria.
Ele argumenta: “A agenda que falta é a dos
trabalhadores e precisa ser apresentada ao
Parlamento pelos representantes legítimos”. Em
entrevista a Agência Sindical, o consultor propõe
pontos precisos e factíveis. “O aumento do salário
mínimo é central nessa agenda”, ele observa.
Demandas - Segundo Verlaine, não basta
definir a agenda. “Ela deve ser unitária, mas com
espaço para diálogo e negociação com amplos
setores”, diz. E comenta: “É preciso levar a agenda
até os parlamentares e explicar seu alcance”.
Para o consultor do Diap, a agenda deve ser positiva
e capaz de mobilizar o sindicalismo. Ele diz: “Sem
isso não se viabiliza o trabalho de construção e
defesa dessa agenda, na Câmara no Senado, nas
comissões ou nos plenários das Casas”.
Mais informações: www.diap.org.br
Fonte: Agência Sindical
31/07/2019 -
Para Rodrigo Maia, agente público que vaza
informações sigilosas “comete crime”
Em vídeo divulgado nesta noite, durante ato em
apoio a Glenn Greenwald, presidente da Câmara
defende sigilo de fonte
Na noite desta terça-feira (30), um vídeo de Rodrigo
Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados,
em apoio ao jornalista Glenn Greenwald, foi
divulgado em ato de solidariedade ao site The
Intercept Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). Sem citar
nomes, o parlamentar criticou o “agente público” que
permite a divulgação de informações sigilosas, o
comparando a ações ilegais de hackers.
“Um agente público que vaza informações sigilosas
que estão sob seu comando também comete um crime.
Todos os dois [hacker e agente público] que passam
informações para a sociedade, para que nós tenhamos
mais transparência, como muitos defenderam nos
últimos cinco anos, estão cometendo atos ilícitos”,
afirmou Maia.
O presidente da Câmara saiu em defesa do trabalho
dos jornalistas. “Tem uma questão que é primordial,
que é base desse debate, que é o sigilo da fonte. No
Brasil, o sigilo da fonte é um direito
constitucional”, afirma o parlamentar. “O sigilo da
fonte é um direito democrático. Não é a favor do
Glenn, mas é a favor da nossa liberdade de
expressão”, encerrou.
Após a exibição do vídeo no ato, que foi chamado
pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI),
Rodrigo Maia foi vaiado pelo público e chamado de
“golpista”.
Ainda nesta noite, durante o ato, há a previsão de
se divulgar uma carta pedindo a renúncia do ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
O documento, que foi assinado por mais de 800
advogados, alega que o ex-juiz agiu para além dos
limites previstos na legislação brasileira. Moro se
comporta “como delegado de polícia, que dirige
inquérito policial, inspetor e polícia, que realiza
diretamente os atos da investigação, como Ministério
Público, selecionando o que entende deve ser a prova
e, como juiz, deliberando a respeito da destruição
de informações.”
Fonte: Rede Brasil Atual
31/07/2019 -
Governo revoga e muda normas de proteção e segurança
de trabalhadores
Ao afirmar que a regulação vigente representa
elevado potencial de multas a empresas por fiscais
do trabalho e uma carga que impacta na
competitividade, o presidente Jair Bolsonaro
anunciou, nesta terça-feira (30/7), a revogação de
uma norma que exigia inspeção de um fiscal do
trabalho antes da abertura de um estabelecimento.
Para o governo, a revogação diminui a burocracia e
reduz a intervenção estatal na iniciativa privada.
Foi anunciado ainda a modificação de outras duas
regras no âmbito da segurança do trabalho, além da
alteração de outras 36. A alteração da NR 1 permite,
entre outros pontos, o aproveitamento de
treinamentos feitos por um trabalhador quando ele
muda de emprego dentro da mesma atividade. A regra
atual exige que o curso seja refeito antes do início
das atividades no novo emprego.
Ainda foi alterada a NR 12, que trata de medidas de
proteção para garantir a integridade física dos
trabalhadores e a prevenção de acidentes no uso de
máquinas e equipamentos. As regras devem ser
seguidas pelas empresas que tenham empregados
regidos pela CLT.
Regra Complexa
O anúncio foi feito em uma cerimônia no Palácio do
Planalto. De acordo com o governo, o objetivo da
medida é aumentar a competitividade de empresas e
reduzir a burocracia.
A comissão responsável pelas alterações, composta
por representantes do Executivo, dos empregadores e
dos trabalhadores, considerou que "a regra atual é
complexa, de difícil execução e não está alinhada
aos padrões internacionais".
Fonte: Consultor Jurídico
31/07/2019 -
Bolsonaro quer definição de trabalho escravo na
legislação
Presidente diz que vazio legal prejudica
empregadores
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta
terça-feira (30) a aprovação de uma mudança legal
para deixar mais clara a distinção entre trabalho
escravo e trabalho análogo à escravidão na
legislação brasileira. Na opinião dele, há uma
lacuna legal que causa insegurança jurídica em
empregadores.
"Tem juristas que entendem que trabalho análogo à
escravidão também é [trabalho] escravo. Aí você vai
na OIT [Organização Internacional do Trabalho], acho
que na [Convenção] 69, se não me engano. São mais de
150 itens. Então, de acordo com quem vai autuar ou
não aquele possível erro na condução do trabalho, o
pessoal vai responder por trabalho escravo e, se for
condenado, dada a confusão que existe na
Constituição, o elemento perde sua propriedade com
todos os semoventes", disse Bolsonaro a jornalistas
logo após participar da cerimônia de assinatura das
novas normas de saúde e segurança no trabalho.
Na entrevista, o presidente lembrou que a emenda
constitucional nº 81 prevê a expropriação de
propriedades rurais e urbanas onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a
exploração de trabalho escravo. A falta de uma
definição clara na lei ou na própria Constituição
sobre o que é trabalho escravo faz com que o
trabalho análogo à escravidão seja tratado da mesma
forma, argumentou Bolsonaro. O problema, segundo
ele, afeta tanto empregadores no meio rural como
patrões nas zonas urbanas.
"Tem uma secretária, por exemplo, na sua casa, e tem
um colchão abaixo de oito centímetros, ou está num
quarto com ventilação inadequada, se aplica no
análogo à escravidão, e isso está muito tênue, para
passar para [trabalho] escravo está um pulo. Igual
[acontece] a policial militar, muitas vezes, se
transforma auto de resistência em execução. A linha
é muito tênue. Então, o empregador tem que ter essa
garantia, não quer maldade com seus funcionários nem
quer escravizá-los. Pode ser que exista na cabeça de
uma minoria isso aí e tem que ser combatido, mas
deixar com essa dúvida, quem está empregando ser
análogo ou não, aí você leva o terror para o
produtor", acrescentou.
Durante seu breve discurso na cerimônia, Bolsonaro
disse que cabe ao Congresso Nacional resolver esse
impasse na legislação. Apesar do governo estudar o
tema, não ficou claro se há interesse em apresentar
uma proposta legislativa nesse sentido.
"Essas desregulamentações, essas revogações de
[Normas Regulamentadoras] NR, quem sabe,
parlamentares, uma definição clara, até na própria
Constituição, o que é trabalho escravo, botar lá na
Constituição ou retirar e levar para lei
complementar, se faça necessário", afirmou.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2019 -
Janaína Paschoal pede impeachment de Toffoli
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) está
se tornando uma especialista em pedidos de
impeachment. Co-autora do pedido de afastamento da
presidenta Dilma Roussef, junto com o jusrista
Miguel Reale Junior, a advogada agora pede a saída
de Dias Toffoli da presidência do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O argumento do pedido de Janaina, protocolado nesta
terça-feira (30) no Senado, é decisão de ministro do
STF de suspender o andamento de processos que
envolvam dados produzidos por órgãos como Conselho
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A
partir de agora, essas informações só podem ser
utilizadas após uma autorização judicial.
Fonte: Brasil247
31/07/2019 -
Nível de atividade da indústria paulista cai em
junho
O nível de atividade da indústria paulista recuou
0,8% em junho na comparação com o mês anterior, com
ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta
terça-feira (30) pela Federação e Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Sem o ajuste, também foi registrada queda de 7,3% em
relação a maio. Já, considerando os resultados do
semestre, o Indicador de Nível de Atividade (INA)
mostrou alta de 1,1%.
Segundo a instituição, os resultados foram
influenciados principalmente pela queda da variável
de vendas reais (-2,7%) e das horas trabalhadas pela
produção (-0,1%). Os salários médios reais e o Nível
de Utilização da Capacidade Instalada subiram 0,6% e
0,4% pontos percentuais.
Apesar do recuo apresentado no mês, José Ricardo
Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp,
acredita que a aprovação de reformas e a sinalização
de medidas de estímulos econômicos podem reduzir o
nível de incerteza contribuindo para o melhor
desempenho da indústria paulista ainda no segundo
semestre deste ano.
"Além da Reforma da Previdência, que foi aprovada
recentemente na Câmara em primeiro turno, temos uma
série de reformas que estão em andamento, como a
Tributária, a da liberdade econômica, sem falar de
ações de estímulos econômicos, como a liberação do
saldo das contas ativas e inativas do FGTS. Essas
medidas são essenciais para que a indústria paulista
tenha um segundo semestre melhor. Sem essas ações,
na melhor das hipóteses, iremos repetir o resultado
do ano passado", disse.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2019 -
Para ter direito à estabilidade, mulher deve provar
que trabalhou grávida
Se não existe confirmação de que a trabalhadora
estava grávida durante a prestação de serviço, a
estabilidade não é devida. Com esse entendimento, o
juiz Renato Hiendlmayer, da 4ª Vara de Anápolis
(GO), negou o pedido de um mulher.
No caso, tanto a trabalhadora quanto a empresa só
souberam da gravidez mais de um mês após o contrato
ser encerrado. Porém, a autora da ação admitiu não
saber se de fato trabalhou quando já estava grávida.
"Ora se a própria Reclamante não tem a confirmação
da gravidez, como poderia a Reclamada garantir-lhe o
emprego? (...) Não provada a confirmação da gravidez
pela Reclamante no curso da relação de emprego não
se pode cogitar de estabilidade própria das
gestantes", afirma o juiz na decisão.
O magistrado ressalta que não é necessário que o
empregador tenha conhecimento da gravidez, bastando
a confirmação de que a funcionária estava grávida na
vigência do contrato. Mas esse conhecimento, diz,
deve ser provado por exame laboratorial ou qualquer
outro que torne categórica e irrefutável a gravidez.
A defesa da empresa foi feita pelo escritório
Ferreira e Brito Advogadas e Associados.
Fonte: Consultor Jurídico
30/07/2019 -
Parlamentares rechaçam ataque de Bolsonaro a
presidente da OAB
Numa provocação a Felipe Santa Cruz, presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Bolsonaro
afirmou que se ele quiser saber como o pai dele
desapareceu na ditadura iria contar. Fernando Santa
Cruz Oliveira, pai do presidente do órgão,
desapareceu após ter sido preso por agentes do
regime militar no Rio.
Bolsonaro reclamou da atuação da OAB do caso de
Adélio Bispo, autor do atentado à faca do qual foi
alvo.
"Por que a OAB impediu que a Polícia Federal
entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados?
Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se
o presidente da OAB quiser saber como é que o pai
dele desapareceu no período militar, conto pra ele.
Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele”,
diz um trecho da matéria do UOL.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), prestou solidariedade ao
dirigente da OAB e fez duras críticas a Bolsonaro.
“Somos governados por um ser desprezível, que do
cargo da Presidência insinua os crimes da Ditadura
que fizeram vítima o pai de Fernando Santa Cruz.
Deplorável! Nossa solidariedade, Fernando! Não
permitiremos que a verdade seja esquecida e a
justiça não seja feita!”, escreveu no Twitter.
O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA),
também deu o seu apoio ao dirigente da Ordem e seus
familiares. “Toda solidariedade ao Presidente da
OAB, Felipe Santa Cruz, ao Marcelo Santa Cruz e a
todos os parentes e familiares desaparecidos na
ditadura do Brasil. Só quem viveu essa época sabe o
quão difícil foi. Bolsonaro segue sendo
irresponsável e imprudente com os absurdos que
fala”, afirmou.
“Fala cruel, nojenta, asquerosa. Jair Bolsonaro tem
demonstrações de agressividade psicopata”, disse o
deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), também
entrou em defesa do presidente da OAB. “Quero
externar minha solidariedade por esse ataque brutal
a Felipe Santa Cruz e e à sua família, especialmente
à memória de D. Elzita, sua avó, que morreu em
junho, aos 105 anos, sem que o Estado brasileiro lhe
tenha dado o direito de saber o que ocorreu com o
filho desaparecido”, disse.
Para ele, Bolsonaro é um desequilibrado. “Sua
devoção a torturadores, sua defesa de assassinatos,
seu desrespeito à vida são conhecidos. Mas, como
chefe de Estado, o menoscabo à História e aos dramas
das vítimas é um crime que precisa ser punido”,
defendeu.
Da redação com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
30/07/2019 -
PT denuncia novo crime de Moro: o estelionato
eleitoral de 2018
Diante da divulgação, pela Folha de S. Paulo e The
Intercept Brasil, de mensagens confirmando que
Sergio Moro divulgou parte da delação de Antonio
Palocci com objetivo influenciar as Eleições 2018, o
PT apresentou hoje Notícia Crime contra o ex-juiz à
Procuradoria da República do Distrito Federal
(PR-DF) pelos crimes de prevaricação e abuso de
autoridade. O partido também apresentou
representação no Ministério Público Eleitoral para
reforçar as denúncias, protocoladas desde 2018, das
fraudes e interferências ilegais no processo
eleitoral.
O anúncio das medidas judiciais foi feito pela
presidenta do partido, deputada Gleisi Hoffmann, na
tarde desta segunda-feira (29).
“O PT está pedindo uma investigação sobre uma
interferência criminosa de Moro no processo
eleitoral de 2018 pelos crimes de prevaricação e
abuso de autoridade”. Ela afirmou que, ao divulgar
parte da delação de Palocci, que ele mesmo
considerava sem provas, segundo os diálogos
revelados, “Moro queria mostrar que alguém ligado ao
PT estava falando do partido e de Lula, e obviamente
isto teve interferência grande”no resultado das
eleições.
Para a presidenta do PT, a nova denúncia confirma
tudo o que o partido e a defesa do ex-presidente
Lula já afirmavam sobre a parcialidade de Moro e seu
interesse em interferir contra o PT nas eleições.
“Todos os fatos que estão vindo a público nós já
denunciávamos. Todas as nossas denúncias já estavam
sendo feitas nos autos. Não é com base nas
revelações de mensagens (feitas desde o início de
junho inicialmente pelo site The Intercept), mas
elas mostram que a Justiça tem de tomar uma
atitude”, concluiu.
Fonte: Brasil247
30/07/2019 -
Liberar FGTS não garante empregos, alerta presidente
dos Economistas
A MP 889, que libera R$ 500,00 ao trabalhador, de
sua conta no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço,
continua a gerar polêmica. Sindicalistas apontam
“pegadinha”, uma vez que o saque de R$ 500,00,
agora, bloquearia o saque total em caso de dispensa
futura.
A Agência Sindical continua a ouvir especialistas.
Na última sexta (26), entrevistamos Pedro Afonso
Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do
Estado de São Paulo. O FGTS tem, hoje, em torno de
R$ 500 bilhões. A liberação proposta poderia chegar
a R$ 30 bilhões.
Não multiplica - Pedro Afonso Gomes, presidente do
Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo.
Ele pondera: “Dinheiro bom é aquele que tem poder
multiplicador. Se não for assim, o impacto na
economia é baixo e não muda o quadro recessivo”.
Para Pedro Afonso, o certo seria se atender ao
binômio consumo-emprego. Ele diz: “O valor isolado
de R$ 500,00 tem baixo impacto. Mas seria diferente
se estivesse vinculado a atividades produtivas. Por
exemplo, um pequeno empreendedor comprar insumos
para sua atividade. Isso ajudaria a multiplicar o
dinheiro, gerando trabalho e empregos”. Ou, diz
ainda, vincular parte dos R$ 500,00 à compra de
material de construção.
O economista considera que R$ 30 bilhões, se
aplicados ao consumo, ajudariam a aquecer setores da
economia. Mas Pedro Afonso receia que parte seja
destinada ao pagamento de dívidas aos bancos. “Se
isso ocorrer, como parece, teremos apenas
transferência de renda do trabalhador para
instituições financeiras”, ele alerta.
Para o sindicalista, a liberação tem mais jeito de
“operação tapa-buracos”. Pedro Afonso Gomes explica:
“O governo visa, com esses R$ 500,00, recompor parte
do poder de compra perdida nos salários. Essas
perdas decorrem do desemprego e também do
achatamento salarial das categorias, que não estão
conseguindo, nas negociações, repor as perdas
inflacionárias”.
Fonte: Agência Sindical
30/07/2019 -
Operadores do direito: PLV 17 é a “Nova Reforma
Trabalhista”
As associações nacionais dos Procuradores do
Trabalho (ANPT), a dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), a Brasileira de Advogados
Trabalhistas (Abrat), e o Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) — “tendo em
vista o teor do Projeto de Lei de Conversão (PLV)
17/19, originário da Medida Provisória 881/19, cuja
proposta insere novas disposições e altera
dispositivos da legislação trabalhista, para
aprofundar a Reforma Trabalhista flexibilizadora de
direitos sociais”, denuncia, em nota técnica, que a
proposta do governo, ampliada e aprovada na comissão
mista, abre caminho para a instituição da “Carteira
Verde e Amarela”, proposta em campanha pelo
presidente eleito — divulgaram nota técnica em que
denunciam as inconstitucionalidades do PLV 17.
A “Carteira Verde e Amarela” é aquela que o
trabalhador para ter o emprego precisa abrir mão de
direitos.
Na nota técnica, as entidades dos “operadores do
direito” mostram as flagrantes
inconstitucionalidades inseridas no texto modificado
(PLV 17/19) da medida provisória (MP 881/19).
Flagrante retirada de direto está no fato de o PLV
17 acabar com o adicional de periculosidade de 30%
dos motoboys e mototaxistas.
O movimento sindical precisa comparecer ao Congresso
Nacional, logo na 1ª semana de trabalhos, após o
recesso, para dialogar com deputados e senadores, a
fim de mostrar essas flagrantes
inconstitucionalidades do PLV.
Na nota, as entidades explicam e denunciam:
1) a “Submissão dos direitos sociais aos interesses
econômicos”;
2) a “Relação de emprego sem proteção trabalhista”;
3) as “Restrições excessivas à desconsideração da
personalidade jurídica”;
4) a “Extinção da responsabilidade do grupo
econômico por encargos trabalhistas”;
5) a “Liberação do trabalho em domingos e feriados,
extinção da jornada especial de operadores de
telemarketing e flexibilização do registro de
jornada”;
6) o “Afrouxamento do Sistema Federal de Inspeção do
Trabalho e extinção da obrigatoriedade da Cipa”; e
7) a “Precedência do termo de compromisso firmado
pela Inspeção do Trabalho sobre todos os demais”. O
“termo de compromisso (TAC) lavrado pela autoridade
trabalhista ‘terá precedência sobre quaisquer outros
títulos executivos extrajudiciais’”.
“A exclusão de parcela do trabalho subordinado do
raio de proteção do Direito do Trabalho, ainda que
sob presunção de autossuficiência econômica do
trabalhador, afronta a clara opção constitucional
por um modelo regulatório do trabalho subordinado,
que não se encontra sujeito à livre
discricionariedade do legislador ordinário.”
“O art. 18 do PLV, ao inserir o art. 82-A à Lei de
Falências (Lei nº 11.101/2005), submete a esses
requisitos, inclusive, os sócios e administradores
das empresas falidas, restringindo sua
responsabilização ao juízo falimentar, o que
distancia ainda mais o trabalhador do recebimento de
direitos trabalhistas sistematicamente violados,
mesmo em decorrência de fraude no uso da pessoa
jurídica, quando a empresa entra em processo de
falência. A proposta torna praticamente impossível
ao trabalhador provar que seus direitos foram
violados por condutas fraudulentas da empresa
falida”, expõe as entidades na nota.
E segue: “Como se vê, a proposta prestigia
desproporcionalmente o patrimônio e os interesses
econômicos da pessoa jurídica e de seus sócios,
inclusive da pessoa jurídica falida, em detrimento
de obrigações e interesses de caráter social,
contraídas para realização dos objetivos
empresariais, elevando às últimas consequências a
ficção jurídica como instrumento do poder
econômico.”
Ao concluir a nota técnica, as entidades externam
que “As normas analisadas, a pretexto de prestigiar
a liberdade econômica, promove a supressão de
direitos sociais amparados em normas constitucionais
e internacionais do trabalho, de forma
desproporcional, em evidente vício de
inconstitucionalidade e inconvencionalidade, além de
promover radical afrouxamento do sistema
fiscalizatório trabalhista, com intenso e irrazoável
sacrifício dos direitos fundamentais sociais dos
trabalhadores.”
Tramitação
Aprovada na comissão mista, com profundas e amplas
modificações, a MP 881/19 foi transformada no
Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/19. Depois do
recesso parlamentar, previsto para terminar no dia
1º de agosto, o texto vai ser incluído na pauta do
plenário da Câmara dos Deputados. Em seguida, vai à
votos no plenário do Senado Federal. Por fim, vai à
sanção presidencial.
Fonte: Diap
30/07/2019 -
‘Modernização’ trabalhista, vendida como solução,
fechou duas vezes mais vagas do que criou
De janeiro de 2018 a junho deste ano, trabalho
intermitente e parcial resultou em 121.752
contratações – de caráter precário.
Já desligamento por acordo somaram 276.284
Em sua rápida tramitação pela Câmara e pelo Senado,
até ser aprovado, há dois anos, o projeto do
Executivo que resultou na Lei 13.467, de “reforma”
trabalhista”, foi apresentado como solução para o
mercado de trabalho, que precisava se modernizar
para permitir a criação de empregos, algo que a
legislação “atrasada” não permitia. O então ministro
do Trabalho, Ronaldo Nogueira, chegou a declarar que
esperava a abertura de 2 milhões de vagas no ano
passado e neste, em consequência de postos de
trabalho que deixariam a informalidade. Então
ministro, Henrique Meirelles falou em 6 milhões, sem
especificar período. Os dados do próprio governo
apontam no sentido contrário: neste um ano e meio, a
“modernização” mais fechou do que abriu empregos no
país.
Se comparadas as três modalidades surgidas com a
lei, que entrou em vigor em novembro de 2017, o
fechamento de vagas é duas vezes maior que a
abertura. A “reforma” implementou duas formas de
contratação, mais precárias, o trabalho intermitente
e o parcial. Ao mesmo tempo, surgiu o desligamento
por “acordo” entre patrão e empregado. Este último
supera de longe as duas formas novas de contratação
de mão de obra.
De janeiro de 2018 a junho deste ano, o saldo total
de postos de trabalho formais no país foi de
938.054, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), que com a extinção do
Ministério do Trabalho passou a ser divulgado pela
pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes, um
entusiasta da flexibilização. Já o saldo somado de
trabalho intermitente (88.437) e parcial (33.315) é
de 121.752 vagas no período. Enquanto isso, os
desligamentos por acordo totalizaram 276.284 – 2,27
vezes mais.
Mesmo considerando apenas o trabalho intermitente ou
parcial, o número fica distante dos milhões
imaginados pelo ministro ou parlamentares
governistas, que insistiam nesse argumento durante a
tramitação do projeto. Essas duas modalidades
representam apenas 13% do saldo total do Caged em um
ano e meio. O próprio saldo integral, até agora, não
chega a 1 milhão.
Sem jornada fixa
O contrato de trabalho intermitente não tem jornada
fixa. Pode ser por mês, dia ou hora. Deve ser
especificada o valor da remuneração por hora, que
não pode ficar abaixo do equivalente a um salário
mínimo mensal ou do que é pago para quem exerce a
mesma função. A chamada para o serviço precisa ser
feita com pelo menos três dias de antecedência e o
trabalhador precisa responder até um dia (útil)
antes. Em caso de descumprimento, a lei prevê multa
equivalente a 50% do valor da remuneração combinada.
Já o trabalho parcial é aquele cuja duração não
supera 30 horas semanais, sem horas extras, ou 26
horas, com acréscimo de até seis (pagas com
adicional de 50%).
Apenas em junho, último dado disponível, o trabalho
intermitente teve saldo de 10.177 vagas (diferença
entre contratações e demissões). Desse total, 417
trabalhadores foram admitidos mais de uma vez. O
total de estabelecimentos envolvidos chegou a 2.691.
No parcial, o saldo foi de 1.427. E os desligamentos
somaram 17.951.
Sem contar o resultado comparativo desfavorável, o
Caged aponta ainda outro dado negativo, este
referente aos salários. Todos os meses, o ganho de
quem entra no mercado de trabalho é invariavelmente
menor em relação ao rendimento daquele que saiu. No
mês passado, os contratados tinha salário médio de
R$ 1.606,62, enquanto quem foi demitido recebia em
média R$ 1.766,67. No acumulado do ano, o rendimento
dos admitidos corresponde a 88,6% dos demitidos.
“Foi um equívoco alguém um dia dizer que essa lei ia
criar empregos. Foi um equívoco”, disse em junho, em
entrevista à BBC Brasil, o presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), Brito Pereira. “O que
cria empregos são os programas de incentivo à
produção, que gera bens, permite o consumo e faz
girar a economia”, acrescentou o ministro,
reverberando o que dizem vários economistas,
refratários à “reforma” da forma como foi
implementada.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/07/2019 -
Confiança da indústria cai para pior nível desde
outubro
A confiança da indústria brasileira caiu no mês de
julho e chegou ao pior nível desde outubro de 2018,
divulgou nesta segunda-feira (29) o Instituto
Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Calculado a partir de informações de 1.142 empresas,
o Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve
retração de 0,9 ponto em julho, chegando a 94,8
pontos.
Segundo a pesquisa, a confiança recuou em 11 dos 19
segmentos industriais pesquisados, e as quedas foram
concentradas na avaliação do cenário atual. O Índice
de Situação Atual caiu 2,2 pontos e chegou a 94,4,
enquanto o Índice de Expectativas, que mede as
projeções do setor para o futuro, teve sua primeira
alta em 2019. O indicador avançou 0,5 ponto,
chegando a 95,3.
De acordo com o Ibre/FGV, caiu de 19,6% para 11,9% o
percentual de empresas que avaliaram a situação
atual como boa, e subiu de 21,1% para 22,7% o das
que consideram que o cenário é ruim. Por outro lado,
a parcela de empresas que preveem melhora aumentou
de 34,9% para 38,4%, enquanto o grupo que acredita
em piora diminuiu de 13,2% para 10,3%.
O nível de utilização da capacidade instalada da
indústria subiu de 75% para 75,5% em julho, segundo
a sondagem. O indicador mede o quanto a indústria
utilizou de seu potencial total de produção. Outros
dados mostram que houve piora no nível de estoques e
nas perspectivas de emprego e produção para os
próximos três meses.
Fonte: Agência Brasil
30/07/2019 -
Ausência de comunicação prévia de férias não dá
direito ao pagamento em dobro
O pagamento em dobro é devido nos casos da não
concessão das férias dentro de 12 meses
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
excluiu da condenação imposta à Obra Prima S.A. -
Tecnologia e Administração de Serviços, de Curitiba
(PR), o pagamento de férias em dobro a uma servente
de limpeza que não tinha recebido o aviso de férias
com a antecedência prevista na lei. Segundo a Turma,
o artigo 134 da CLT, que trata do pagamento em
dobro, não abrange a hipótese de inobservância do
prazo de 30 dias para comunicação prévia das férias.
Data retroativa
Admitida em 2007 para prestar serviços ao Município de
Curitiba, a servente afirmou que, em 2014, a
empresa, ao perder a licitação e a fim de diminuir o
prejuízo decorrente, havia concedido férias a todos
os empregados a partir de 15/10. No entanto, segundo
ela, o aviso, com data retroativa a 15/9, somente
foi entregue em 13/10.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
manteve a sentença em que fora deferido o pagamento
em dobro, ao aplicar analogicamente o artigo 137 da
CLT.
Pagamento indevido
No recurso de revista, a empresa sustentou o não
cabimento da condenação apenas por ausência de
comunicado prévio se o empregado tiver usufruído das
férias e recebido o valor corretamente.
O relator, ministro Alexandre Luiz Ramos, explicou
que o artigo 137 da CLT prevê o pagamento de férias
em dobro nos casos de descumprimento do prazo
previsto no artigo 134, ou seja, quando as férias
não são concedidas dentro de 12 meses após o período
aquisitivo. O prazo de 30 dias de antecedência para
a comunicação das férias, por sua vez, está disposto
no artigo 135 da CLT. “Nesse contexto, ao deferir o
pagamento em dobro das férias pela inobservância do
prazo de 30 dias para a comunicação prévia das
férias, o Tribunal Regional contrariou a
jurisprudência do TST”, concluiu, ao citar
precedentes de diversas Turmas no mesmo sentido.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-1906-60.2014.5.09.0001
Fonte: TST
29/07/2019 -
Para advogados, fiscais, juízes e procuradores, PL
da ‘liberdade econômica’ tem inconstitucionalidades
Para entidades, texto afrouxa fiscalização e
"promove a supressão de direitos sociais amparados
em normas constitucionais e internacionais do
trabalho"
Vista por observadores como uma “mini-reforma”
trabalhista, aprofundando as mudanças contidas na
Lei 13.467, de 2017, a Medida Provisória 881, a “MP
da Liberdade Econômica“, é vista com reservas por
entidades que representam advogados, fiscais,
magistrados e procuradores do Trabalho. As
associações dessas quatro categorias (Abrat, Sinait,
Anamatra e ANPT) elaboraram nota técnica em que
apontam inconstitucionalidades do agora Projeto de
Lei de Conversão (PLV) 17/2019, originário da MP.
Segundo essas entidades, o texto – que cria a
Declaração de Direitos de Liberdade Econômica – vem
“aprofundar a reforma trabalhista flexibilizadora de
direitos sociais”.
Logo no início da nota técnica, as entidades
criticam o “espírito” do projeto de lei, que está na
Câmara, afirmando que o PLV 17 “submete a
interpretação de todas as disciplinas jurídicas,
inclusive aquelas de interesse estritamente humano e
social, como a proteção ao trabalho e ao meio
ambiente, às diretrizes dessa legislação, que tem
por objetivo regulatório a proteção exclusiva das
liberdades de exercício da atividade econômica”. E
observam: “Submetendo valores e princípios
protetivos da pessoa humana a uma pretensa
supremacia dos interesses econômicos, a norma sofre
de irremediável inconstitucionalidade”.
Os agentes da área trabalhista argumentam que tentar
submeter todo o arcabouço jurídico brasileiro às
liberdades econômicas viola a necessária ponderação
entre interesses econômicos, sociais e humanitários,
que fazem parte da Constituição. O artigo 1º da
Carta prevê como fundamentos da República os
princípios da dignidade humana e dos valores sociais
“do trabalho e da livre iniciativa”.
Em um dos artigos do PLV, por exemplo, se institui
uma modalidade de contato “não sujeito à legislação
trabalhista, mas às regras do Direito Civil”, sempre
que a remuneração for superior ao equivalente a 30
salários mínimos – em valores atuais, R$ 29.940.
“Cria-se, com isso, a figura do empregado destituído
de proteção trabalhista, sob presunção absoluta de
autossuficiência econômica, o que contraria o
espírito do próprio art. 7º da Constituição”.
Trabalho aos domingos
As entidades destacam outro ponto polêmico do projeto,
que autoriza o trabalho aos domingos e feriados, em
todas as áreas, independentemente de autorização ou
norma coletiva. Pelo texto, haveria compensação do
repouso em outro dia da semana, com garantia de
descanso aos domingos apenas a cada quatro semanas.
Sobe de 10 para 20 o número mínimo de empregados a
partir do qual a empresa é obrigada a fazer o
controle de jornada. O PLV 17 também permite o
registro de ponto mediante acordo individual entre
patrão e empregado.
Outro artigo do projeto extingue a obrigatoriedade
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)
para “locais de obra”, estabelecimentos com menos de
20 funcionários e micro e pequenas empresas. “A
proposta esvazia a eficácia de um dos instrumentos
mais importantes da política de prevenção de
acidentes no âmbito da empresa, num imenso universo
de ambientes laborais”, criticam as entidades.
“Segundo o Sebrae, 99% dos estabelecimentos
empresariais no Brasil correspondem a micro e
pequenas empresas, que, por sua vez, respondem por
aproximadamente 50% dos empregos com carteira
assinada.”
As associações de juízes, advogados e procuradores e
o sindicato dos fiscais destacam ainda o alto índice
de acidentes do trabalho no Brasil. E afirmam que
acabar com a obrigatoriedade da Cipa “vai na
contramão das políticas mundialmente reconhecidas
como efetivas no combate à acidentalidade e aos
impactos econômicos e sociais dela decorrentes”. E
ao não especificar o termo “local de obra”, o texto
deixa aberta a possibilidade de abusos, além da
utilização prevista para canteiros de obras de
construção civil, “um dos quatro setores econômicos
com maior nível de acidentalidade no país”.
Na conclusão da nota, as entidades manifestam
“extrema preocupação” com as mudanças propostas,
principalmente nas áreas de inspeção para promoção
de saúde e segurança. “As normas analisadas, a
pretexto de prestigiar a liberdade econômica,
promovem a supressão de direitos sociais amparados
em normas constitucionais e internacionais do
trabalho. E, de forma desproporcional, em evidente
vício de inconstitucionalidade e inconvencionalidade,
além de promover radical afrouxamento do sistema
fiscalizatório trabalhista, com intenso e irrazoável
sacrifício dos direitos fundamentais sociais dos
trabalhadores.”
Confira aqui a
íntegra da nota técnica.
E leia aqui o
texto do PLV 17/2019.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/07/2019 -
Novas regras de tramitação de MPs entram em vigor
após recesso
Reivindicação antiga dos senadores está prestes a se
tornar realidade. Na volta do recesso parlamentar,
em agosto, sessão solene do Congresso Nacional vai
marcar a promulgação da emenda à Constituição (EC)
que altera as regras e prazos de tramitação de
medidas provisórias (MPs).
Depois de oito anos tramitando, o tema ganhou força
na Casa, quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), se comprometeu com o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), a votar a matéria. O
compromisso veio depois que senadores acirraram o
descontentamento com o volume de medidas provisórias
que só chegavam da Câmara para serem analisadas no
Senado às véspera de perder a validade.
Um desses casos foi a Medida Provisória 867/18, que
alterava vários pontos do Código Florestal. À época,
o presidente do Senado, propositalmente, deixou a MP
perder a validade. A decisão foi tomada a pedido de
líderes do Senado, que reclamavam que a Casa estava
fazendo papel de carimbar decisões do deputados, já
que não tinham tempo para debater as propostas.
Regras
Uma das grandes novidade da PEC que muda a tramitação
das MPs é a proibição de inclusão, no texto, dos
chamados “jabutis" – temas estranhos ao objeto
original da MP –, mas que eram inseridos de última
hora para pegar carona na tramitação mais ágil das
MPs e virar lei rapidamente. Com as novas regras,
passa a ser vedado o acréscimo de pontos que não
sejam vinculados ao objeto da MP “por afinidade,
pertinência ou conexão”.
A PEC define prazos específicos para cada fase de
tramitação das MPs. A comissão mista de deputados e
senadores – primeira fase de tramitação das MPs –
terá 40 dias para analisar e votar a proposta. Em
seguida, o plenário da Câmara dos Deputados terá até
40 dias para votar a proposta. Vencida a etapa, a MP
segue para o Senado, que terá 30 dias para analisar
a matéria. Se os senadores apresentarem emendas, os
deputados terão mais 10 dias para apreciá-las.
Nenhum desses prazos poderá ser prorrogado.
Ainda pelas novas regras, caso o prazo da comissão
mista seja descumprido, a MP avançará para a Câmara
dos Deputados sem o parecer. Já o descumprimento dos
demais prazos significará a perda de validade da
medida provisória.
O novo texto também estabelece que a MP passará a
trancar a pauta, ganhando prioridade de votação a
partir do 30º dia de tramitação na Câmara, do 20º
dia de tramitação no Senado e durante todo o período
de tramitação para revisão na Câmara, se houver.
Pela regra em vigor desde 2001, uma MP perde a
eficácia se não for convertida em lei até 120 dias e
não há definição de prazos para a comissão mista e
para cada uma das Casas. Muitas vezes, ainda na
primeira etapa – a da comissão especial - o tempo é
todo consumido, sem que os plenários das duas Casas
tenham a oportunidade de analisar a matéria.
Oficialmente, o recesso parlamentar termina no dia
31 de julho. Como o dia 1° de agosto cai em uma
quinta-feira, a expectativa é de que os
parlamentares retornem ao trabalho no dia 6 de
agosto.
Fonte: Agência Brasil
29/07/2019 -
PDT recorre ao STF contra Moro para evitar
destruição de provas
O PDT entrou com uma ação no Supremo Tribunal
Federal (STF), contra a ordem do ministro da
Justiça, Sergio Moro, para que sejam destruídas as
provas encontradas com “hackers” presos pela Polícia
Federal. A Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) solicita uma medida liminar de
urgência contra o crime pretendido por Moro.
O partido diz que a conduta de Sergio Moro configura
crime tipificado no artigo 305 do Código Penal, a
saber: destruir, suprimir ou ocultar, em benefício
próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio,
documento público ou particular verdadeiro, de que
não podia. A pena no caso vai de dois a seis anos de
prisão.
Além disso, a ação do PDT alega que o ministro
incorre no crime de prevaricação: deixar de
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena:
detenção, de três meses a um ano, e multa.
“No caso posto sob análise no contexto desta ADPF,
o acinte ao princípio do devido processo legal
material resta configurado pela atuação
arbitrária do Senhor Sérgio Moro em destruir as
provas objeto de investigação pela Polícia Federal.
A medida de aniquilamento de provas colhidas no
contexto de uma investigação não pode ser tomada
pelo Ministro da Justiça, autoridade do Poder
Executivo”, ressalta a ação, que tem o ex-ministro
Ciro Gomes como um dos advogados que a subscrevem.
Fonte: Portal Vermelho
29/07/2019 -
Guedes defende capitalização na reforma da
Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu
sexta-feira (26) a inclusão do modelo de
capitalização na reforma da Previdência, que está em
tramitação no Congresso Nacional. Em palestra na
Associação Comercial do Rio de Janeiro, Guedes
lembrou que a decisão de incluir essa possibilidade
na reforma é do Congresso.
"Se [o Congresso] aprovar que não há capitalização,
não há capitalização. Se tivermos a possibilidade de
oferecer essa solução, ofereceremos."
Ao argumentar a favor da capitalização, ele defendeu
que "ninguém seria deixado para trás" com o modelo,
porque a renda de quem não conseguisse contribuir o
suficiente para se aposentar com um salário mínimo
poderia ser complementada de forma solidária.
O ministro demonstrou confiança na aprovação da
reforma da Previdência no Congresso Nacional,
elogiando o trabalho do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, na condução do trâmite até a aprovação
em 1º turno.
"O presidente do Senado vai fazer um belo trabalho
também. Estou seguro disso", explicou o ministro,
que destacou o acordo entre o Mercosul e a União
Europeia e o leilão dos excedentes da cessão onerosa
como medidas já encaminhadas que trarão benefícios à
economia.
Em sua fala, o ministro comparou a liberação do
saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) durante o governo Michel Temer e o proposto
por sua equipe. Ele destacou que dessa vez a medida
beneficiará até 100 milhões de pessoas e permitirá
que pessoas mais pobres possam ter um salário extra
todo ano.
"Vai ser como um 14º salário para quem tem salário
mais baixo", explicou ele, ponderando que as
limitações para o saque protegem a construção civil.
Guedes palestrou durante cerca de uma hora e meia
para uma plateia que contava com empresários e
presidentes de instituições estatais como a
Petrobras, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística e o Banco do Brasil. O ministro fez um
panorama da história econômica do Brasil nas últimas
décadas e apontou o crescimento descontrolado de
gastos públicos como um problema que não foi
enfrentado ao longo dos anos, nem após a
redemocratização, quando ele avalia que o Estado
deveria ter sido descentralizado.
"Nos perdemos por não conseguir fazer essa
transformação", disse Guedes. "Esquecemos de
diminuir os privilégios e privatizar as empresas."
O ministro apontou que o peso dos gastos públicos
vem principalmente do sistema previdenciário, dos
juros da dívida e da manutenção da máquina pública.
"Vamos ter que acelerar as privatizações", disse
ele, que apontou também a revisão do Pacto
Federativo e a reforma Tributária como medidas que
serão importantes para a economia.
Já ao fim de sua palestra, o ministro destacou que
as iniciativas do governo para reduzir o custo da
energia podem produzir um ganho de 10% no produto
interno bruto da indústria em 10 anos. Ele defendeu
a postura da Petrobras de acelerar a exploração e
produção de petróleo, abrindo mais espaço para a
iniciativa privada em outras etapas da cadeia
petrolífera.
"Daqui a 20 ou 30 anos, pode ser que os carros sejam
elétricos", disse ele, que defendeu que a riqueza
gerada com o petróleo se transforme em educação e
capital humano.
Fonte: Agência Brasil
29/07/2019 -
Projeto prevê sentença em 60 dias se trabalhador
estiver sem salário
O Projeto de Lei 3309/19 determina que sentença
trabalhista seja proferida em no máximo 60 dias se o
trabalhador estiver sem receber o salário há mais de
três meses, consecutivos ou não. O projeto altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei
5.452/43).
Segundo o texto, o julgamento do recurso ordinário,
cabível contra decisões de varas do trabalho ou de
Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), também deverá
ser concluído em 60 dias, a contar da interposição,
no caso de atraso no pagamento de salário.
“É inadmissível que um trabalhador privado de seus
salários referentes a vários meses ainda tenha de
esperar mais de 60 dias para obter uma decisão
judicial que determine o pagamento devido”, disse a
deputada Lauriete (PL-ES).
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
26/07/2019 -
Glenn encara Moro e diz que ele não pode apagar o
material do Intercept
Em resposta à notícia de que o ministro da Justiça
Sergio Moro determinou que as mensagens capturadas
pelos hackers presos sejam destruídas, o jornalista
do Intercept Brasil, Glenn Greenwald, escreveu:
"Sergio Moro pode destruir - de novo - a evidência
que eles têm. Mas ele não pode destruir a evidência
que nos temos, nem impedir sua divulgação. É por
isso que uma imprensa livre é tão crucial em uma
democracia".
Na mesma linha, a pesquisadora Debora Diniz ironizou
a atitude de Moro: "Ao que parece [Moro] ligou para
cada um dos grandes homens do poder para 'tranquilizá-los'.
Quem é tolo ou se faz de tolo aqui? Tudo que o
hacker tem, o The intercept também tem".
Fonte: Brasil247
26/07/2019 -
País registra criação de 48,4 mil vagas de trabalho
formal
A criação de empregos com carteira assinada teve
saldo positivo em junho, com a criação de 48.436
vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) foram divulgado nesta
quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia.
O indicador mede a diferença entre contratações e
demissões. O saldo positivo em junho foi resultado
de 1.248.106 admissões contra 1.199.670
desligamentos ocorridos no período.O resultado de
junho foi o melhor para o período desde 2013,
quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836 vagas.
Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do
que contratações, gerando saldo negativo de 661
vagas.
No primeiro semestre deste ano, foram criados mais
408.500 postos de trabalho ( 8.221.237 admissões e
7.812.737 desligamentos), o maior saldo para o
período desde 2014 quando foram criadas 588.671
vagas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi
de 392.461 vagas.
O estoque do emprego formal no Brasil chegou a
38,819 milhões, em junho, maior do que do o
registrado em junho de 2018 (38,294 milhões).
Para o secretário de Trabalho do Ministério da
Economia, Bruno Dalcolmo, os dados indicam que o
resultado deste ano será melhor do que o de 2018.
Dalcomo ainda aposta na melhora dos índices de
confiança dos empresários e de consumidores
impulsionada pela aprovação da reforma da
Previdência, a criação da medida provisória Medida
Provisória nº 881 (Liberdade Econômica) e a
liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
“ [Mas]Essas medidas não bastam. Uma medida apenas
não é suficiente. Nem mesmo a Nova Previdência é
suficiente, mas é indispensável para outras
mudanças”, disse. Ele citou a necessidade da reforma
tributária, a melhora do ambiente de negócios, com a
MP da Liberdade Econômica, e outras medidas de
desburocratização.
Setores
Em junho, o setor de serviços foi o que mais gerou
empregos, com saldo de 23.020 vagas, seguido por
agropecuária (22.702) e construção civil (13.136).
Já a indústria da transformação demitiu mais do que
contratou, registrando saldo negativo de 10.988
vagas. O comércio também apresentou saldo negativo
(3.007 vagas).
No acumulado de seis meses, o setor de serviços se
destacou, com geração de 272.784 vagas. A
agropecuária apresentou saldo de 75.380. O terceiro
lugar na criação de vagas foi ocupado pelo setor da
indústria da transformação (69.286). Por outro lado,
o comércio registrou saldo negativo (88.772) no
mesmo período.
Para o subsecretário de Políticas Públicas e
Relações de Trabalho do Ministério da Economia,
Matheus Stivali, a retração do emprego no comércio é
reflexo da atividade econômica em recuperação. “A
explicação é próprio desempenho fraco da economia. O
comércio emprega pessoas de qualificação média e é
onde mais a crise econômica é sentida”, disse.
Regiões
No mês, o Sudeste foi a região que mais gerou empregos
formais (31.054), a mesma situação observada no
acumulado do ano, com geração de 251.656 vagas. O
Sul registrou saldo negativo de 2.714 vagas, mas, na
soma dos resultados dos últimos seis meses, a região
teve geração de 11.455 empregos. No primeiro
semestre, o Nordeste foi a única região a apresentar
saldo negativo, com 35.193 vagas.
Reforma trabalhista
Considerando as mudanças introduzidas pela nova
legislação trabalhista, o saldo de postos de
trabalho na modalidade intermitente - quando o
empregado recebe por horas de trabalho - chegou a
10.177 vagas. No parcial, 1.427.
Os desligamentos por acordo chegaram a 17.952, em
junho, o equivalente a 1,5% do total de
desligamentos no mês.
O salário médio de demissão chegou a R$ 1.766,67. O
de admissão, R$ 1.606,62.
Fonte: Agência Brasil
26/07/2019 -
Centrais rearticulam resistência à PEC 6/19 na volta
do recesso
As Centrais Sindicais prometem enfrentar o segundo
turno da votação da reforma da Previdência com ações
em diversas frentes, além do Congresso Nacional. O
Fórum Nacional das Centrais - CUT, Força Sindical,
UGT, CTB, CSB, Nova Central, Intersindical e
CSP-Conlutas - lançou um calendário de lutas em
defesa da Previdência Pública, da Educação e pela
geração de empregos.
De 29 de julho até 2 de agosto, a semana será
dedicada à coleta de assinaturas e aumento da
pressão nas bases dos parlamentares. Entre 5 e 12 de
agosto, os sindicalistas atuarão diretamente na
Câmara dos Deputados.
Força - Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
disse à Agência Sindical que a estratégia é
pressionar. "Vamos visitar gabinetes, conversar com
líderes de partido. Buscar adesões e tentar
convencer os deputados a vir para o lado dos
trabalhadores", afirma.
O início da segunda votação da PEC 6/19 na Câmara
está previsto para 6 de agosto, assim que recomeçar
o semestre legislativo, informa o presidente da
Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
CTB - Para Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, o
sindicalismo vai mostrar força e união. "Estaremos
em aeroportos e também em Brasília. Apesar de uma
certa instabilidade na base, o governo ainda tem
maioria. Por isso, precisamos intensificar nossa
articulação", avalia o dirigente.
A previsão do presidente da Câmara é concluir o
segundo turno até dia 8. Serão precisos no mínimo
308 votos pra aprovar texto principal e emendas. O
governo conseguiu na primeira votação 379 apoios.
Somente após o trâmite na Câmara é que a reforma
será enviada ao Senado.
Fonte: Agência Sindical
26/07/2019 -
Governo adia para a próxima semana negociação com
caminhoneiros sobre preço do frete
Diante do impasse, trabalhadores suspenderam a
proposta de greve; acordo deve ser fechado até a
próxima quarta (31)
Após se reunir por cinco horas com representantes
dos caminhoneiros, o ministro Tarcísio Gomes, da
Infraestrutura, informou que um acordo entre o
governo e a categoria será fechado na próxima
semana. O que está em jogo é o reajuste na nova
tabela de preços para frete, divulgada pela Agência
Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) no último
dia 18, que desagradou os condutores.
A Escola Superior De Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)
da Universidade de São Paulo (USP) elaborou estudos
sobre os custos operacionais dos transportes
terrestres. Porém, no cálculo não estava previsto o
lucro dos caminhoneiros. Após novas ameaças de greve
da categoria, o governo suspendeu a tabela da ANTT e
convocou os condutores para uma reunião no
Ministério da Infraestrutura.
Entre segunda-feira (29) e quarta-feira (31) da
próxima semana, em Brasília (DF), governo,
empresários, sindicalistas e representantes
autônomos dos caminhoneiros debaterão os valores
específicos de cada uma dos 11 categorias de
transporte de carga. Ficou acordado que o governo
preparará estudos que servirão de subsídio para a
formulação das tabelas.
Wallace Landim, conhecido como "Chorão", uma das
lideranças autônomas dos caminhoneiros, explicou que
os contratantes serão chamados para as reuniões e
deverão cumprir os acordos firmados com o governo.
“O pessoal das grades baixas, os caminhões que
trabalham direto, ‘pessoal do baú’, eles carregam
para as empresas. Então, será um acordo direto com
as empresas. Parte do grão, direto com o grão.
Contâiner, direto com o contâniner”, explica.
Sem greves por um ano?
Os caminhoneiros evitaram comemorar possíveis avanços
após a reunião. Lideranças da categoria afirmam que
a possibilidade de greve só será enterrada após a
assinatura do acordo. “A gente precisa ver como vai
sair, como vai ser feito esse acordo. Estamos
esperançosos. A única coisa que queremos é trabalhar
com dignidade”, afirma Chorão.
Wanderley Alves, o Dedeco, outra liderança dos
caminhoneiros, revelou que o governo colocará no
acordo final uma cláusula que impede a categoria de
paralisar por um ano. “O acordo é que, reajustando e
acertando isso, nós vamos fazer semana que vem um
acordo coletivo, assinado e registrado. Os
caminhoneiros vão se comprometer em não fazer greve
por um ano”, finaliza.
Fonte: Brasil de Fato
26/07/2019 -
Toffoli quer adiantar julgamento sobre uso de dados
do Coaf em investigações
Disse que conversará com colegas
Decisão suspendeu investigações
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias
Toffoli, disse nesta 5ª feira (25.jul.2019), em
Fortaleza (CE), que pretende adiantar o julgamento
sobre a legalidade do uso de dados sigilosos do Coaf
(Conselho de Controle Atividades Financeiras) e da
Receita Federal sem autorização judicial em
investigações. O ministro acatou pedido do senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e suspendeu as
investigações que usavam essas fontes de
informações.
“Eu vou conversar com colegas e vamos antecipar para
o mais rápido possível”, afirmou. Hoje, a data
marcada para que o julgamento seja realizado é 21 de
novembro. Em visita ao TJCE (Tribunal de Justiça do
Ceará), Toffoli disse que sua decisão não
inviabiliza nenhum inquérito, mas visa impedir que
elas sejam anuladas no futuro.
“Ele não inviabilizou nenhuma investigação, as
investigações estão permitidas. Ele vai dar
exatamente o limite de como deve ser feito isso”,
disse.
Em 16 de julho, o magistrado acatou pedido da defesa
do filho 01 do presidente da República para a
suspensão de todos os inquéritos que se enquadravam
no caso debatido. A decisão suscitou elogios de
Bolsonaro, mas a procuradora-geral de república,
Raquel Dodge, recorreu do ato questionando sua
abrangência.
“A decisão suspendeu toda e qualquer investigação,
inquérito, PIC [Procedimentos de Investigação
Criminal], ação penal e execução penal em curso no
território nacional em que haja informação do Coaf,
da Receita Federal e do Bacen ao Ministério
Público”, afirmou Dodge à época.
Fonte: Poder360
26/07/2019 -
Onze parlamentares do Nordeste processam Bolsonaro
por racismo
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB/MA) e mais 10
parlamentares entraram com representação junto ao
Ministério Público Federal contra Jair Bolsonaro por
"ato de improbidade administrativa e dano moral
coletivo no caso em que cometeu ato racista contra
nordestinos e ameaçou estados", informou o deputado
nesta quinta-feira (25).
"Naturalizar ilegalidades graves de um presidente da
República é o mesmo que autorizá-lo a persistir nas
ilegalidades. O que pedimos ao MPF são as ações
previstas no ordenamento jurídico e na própria
missão institucional de defesa da ordem jurídica e
do regime democrático", explicou Jerry.
Fonte: Brasil247
26/07/2019 -
Aposentadoria por invalidez perde 40% do valor com
MP do Pente-Fino
A Medida Provisória 871, também conhecida como
“Pente Fino do INSS”, pode reduzir em 40% o valor do
benefício dos trabalhadores aposentados por
invalidez.
Se as novas regras forem aprovadas na votação do
segundo do turno na Câmara e depois passar no
Senado, o benefício também mudará de nome. Deixará
de ser aposentadoria por invalidez e passa a se
chamar aposentadoria por incapacidade permanente.
Dieese - Para Victor Pagani, supervisor do
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos, a MP pode abrir brechas para
cancelamento do benefício. “A medida submete os
trabalhadores aposentados por invalidez ou doença a
novas perícias”, explica.
O perigo está na impossibilidade de o trabalhador
comprovar sua condição, “então ele terá que voltar a
trabalhar, mesmo sem condições para assumir suas
funções”, alerta Pagani.
Cálculo - Atualmente, o cálculo da aposentadoria por
invalidez considera 80% dos salários superiores que
o trabalhador recebia, até o pedido de concessão do
benefício, que permite aumentar o valor do pagamento
do INSS. Os 20% restantes de salários não são
considerados.
Mais informações: www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
26/07/2019 -
Medida provisória traz regras para saques no
PIS/Pasep e no FGTS
A Medida Provisória 889/19 traz as regras para
saques nas contas ativas e inativas do FGTS e das
cotas de PIS/Pasep. As medidas foram anunciadas
ontem pelo presidente Jair Bolsonaro e devem injetar
até R$ 42 bilhões na economia até o fim de 2020.
Desse total, R$ 28 bilhões do FGTS e R$ 2 bilhões do
PIS/Pasep devem ser liberados para os trabalhadores
ainda neste ano.
O texto do Executivo altera a Lei Complementar
26/75, que trata da unificação do Programa de
Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (Pasep), e a Lei
8.036/90, que trata do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
PIS/Pasep
De acordo com a MP, a partir de 19 de agosto será
autorizado a qualquer titular de conta individual no
PIS/Pasep – ou seus dependentes, se for o caso – o
saque integral do saldo.
Esses fundos atendiam trabalhadores com carteira
assinada ou servidores públicos até 1988. A Caixa
Econômica Federal, no caso do PIS, e o Banco do
Brasil, no caso do Pasep, divulgarão cronograma para
os saques.
FGTS
Em relação ao FGTS, serão duas modalidades. Na
primeira, de setembro a março de 2020, a pessoa
poderá retirar até R$ 500 de cada conta ativa ou
inativa, e a Caixa vai elaborar o cronograma para os
saques. Na segunda, o trabalhador tem até outubro
para avisar a Caixa que, a partir de 2020, pretende
fazer retiradas no mês do aniversário, em valores
que dependerão do saldo da conta.
Essa segunda modalidade para o FGTS, apelidada pelo
governo “saque aniversário”, é optativa e terá
implicações para o trabalhador – quem escolher o
recebimento anual não terá o repasse do saldo
integral em caso de demissão, como acontece hoje.
Será possível voltar para as regras atuais, mas cada
mudança terá prazo de carência de dois anos entre
uma e outra.
Rendimento
As regras atuais para acesso aos recursos do FGTS
estão mantidas, como no caso de financiamento da
casa própria. No entanto, a MP prevê mudanças na
forma de remuneração das contas, a fim de aumentar a
rentabilidade. O FGTS continuará rendendo 3% ao ano,
mais a Taxa Referencial (TR) e distribuição integral
dos resultados do fundo – atualmente são repassados
50% desse montante.
Tramitação
A medida provisória será analisada agora em uma
comissão mista formada por deputados e senadores. O
texto aprovado será votado posteriormente nos
plenários da Câmara e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
26/07/2019 -
Projeto altera data para depósito do FGTS na conta
do empregado
O Projeto de Lei 2682/19 transfere, do dia 7 para o
dia 20 de cada mês, a data final para que o
empregador faça o depósito do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) na conta vinculada do
empregado. A proposta tramita na Câmara dos
Deputados.
De autoria do deputado Sanderson (PSL-RS), o projeto
altera a lei que regulamenta o FGTS (8.036/90). A
lei determina que as empresas devem depositar
mensalmente, até o dia 7, o correspondente a 8% do
salário mensal dos empregados na conta do FGTS.
Sanderson propôs alterar a data do depósito para
combinar com a do recolhimento da contribuição
previdenciária, que pela Lei 8.212/91 deve ocorrer
até o dia 20 de cada mês. O deputado afirma que a
mudança não traz prejuízo para os trabalhadores e
simplifica as obrigações das empresas.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/07/2019 -
Se o governo não se apropriar dos 10%, reduz multa
do FGTS para a empresa
“O governo tem muitos meios de tirar peso tributário
das costas do setor produtivo. Neste momento em que
o presidente Bolsonaro tenta mexer na multa de 40%
que a empresa paga ao demitir, bastaria acabar com
os 10% adicionais criados no governo Fernando
Henrique, a fim de quitar perdas com o sequestro da
Poupança por Fernando Collor de Mello”. Na verdade,
hoje, a empresa paga 50%. Desses, 40% vão para o
empregado e o governo fica com os 10% adicionais.
Recolha - A afirmação é de André Luís dos Santos,
consultor do Diap - Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar. Segundo o assessor, os
valores devidos em função do sequestro, por Collor,
já foram completamente quitados em 2006. Ou seja, de
lá pra cá, os governos recolhem sem razão esses 10%
sobre o saldo do Fundo de Garantia de todo
trabalhador dispensado.
A Agência Sindical ouviu sexta (19) o sindicalista
Antonio de Sousa Ramalho, que preside o Sintracon-SP
e representa os trabalhadores no Conselho Curador do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Ramalho
informa que o saldo total do Fundo, hoje, está em R$
560 bilhões.
Portanto, caso abrisse mão da multa adicional de
10%, considerando-se, hipoteticamente, que todo o
Fundo de Garantia viesse a ser sacado, o governo
propiciaria às empresas uma economia de R$ 56
bilhões.
Mais informações: André Luís dos Santos (61)
98501.0322 - www.diap.org.br
Fonte: Agência Sindical
25/07/2019 -
Precisamos repensar a estrutura sindical, escreve
Juruna
É preciso construir proposta unitária
Em abril de 1978 teve início uma onda de greves por
reajuste de salário baseado nos cálculos
apresentados pelo DIEESE, então dirigido pelo
economista Walter Barelli. O movimento se iniciou na
Scania, no ABC paulista, e a adesão se deu como um
rastilho de pólvora, expandindo por todo o Brasil,
com apoio das diretorias sindicais ou independente
delas. A mobilização dos trabalhadores, a partir dos
locais de trabalho demonstrava sua força.
Quem viveu aquela época sabe como foi a força
daquela onda, com seus ares de renovação entre os
trabalhadores a partir das organizações de base nos
locais de trabalho. Vale destacar que estávamos em
plena ditadura, com seu aparato repressivo atuando e
a estrutura sindical atrelada ao Ministério do
Trabalho. Esse tipo de organização já havia sido
experimentado nas greves de 1968, em Contagem e em
Osasco, mas foram duramente reprimidos. Aquelas
foram experiências pontuais em um contexto nacional
e histórico marcado por fábricas fechadas aos
sindicatos e pela falta de incentivo dos próprios
dirigentes sindicais na criação das comissões de
fábrica.
E elas foram retomadas nas greves de 1978, com a
criação de comitês sindicais, comissões de fábrica,
comissões de empresa e delegados sindicais. Isso
porque, uma vez que o sindicalismo era reprimido, o
movimento partiu de dentro das fábricas.
Quero aqui me ater à postura sindical. A organização
no local de trabalho não era incentivada pela
maioria dos dirigentes, porque, para eles, bastava a
estrutura “sindicato, federação, confederação”. Não
havia a seção sindical, já presente em centenas de
centrais sindicais no mundo. Nem central havia. Mas,
na esteira das reivindicações por reposição
salarial, deflagradas pela denúncia do Dieese, o
movimento colocou em debate a necessidade da
presença sindical nas empresas, de forma democrática
e organizada, eleitas pelos trabalhadores. E, como
resultado daquele debate, uma das grandes vitórias
das greves de 1978 foi, justamente, a conquista da
negociação direta, que contemplava necessidades
pertinentes a cada empresa. Uma vitória sólida e
permanente.
Estas negociações diretas possibilitaram que os
sindicatos apresentassem suas reivindicações via
convenções coletivas (que valiam e valem para toda a
categoria representada). A partir de então, diversos
itens para a melhoria das condições de trabalho, que
passaram a compor as convenções coletivas de cada
categoria, somaram-se às reivindicações salariais.
Como, por exemplo, a saúde e segurança no trabalho e
a organização de Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes (CIPAs).
Com isso, centenas de comissões de fábricas
proliferaram, além de delegados e comitês sindicais.
Acirrados debates questionavam se o melhor formato
seria comitê de empresa, comissão de fábrica, comitê
sindical ou delegado sindical. Entretanto, a
despeito da importância destas ações, as comissões
permaneceram informais, e nada mudou na estrutura e
na lei.
Mesmo no debate sobre a Constituição de 1988, quando
poderíamos ter aproveitado o momento de boas
mudanças para rever nossa estrutura, mantivemos o
sindicalismo organizado em Sindicato, Federação e
Confederação. Nem comitês nos locais de trabalho,
nem centrais sindicais foram legalizados naquela
ocasião. O mais próximo disso a que chegamos foi a
eleição de um representante em empresas com mais de
200 empregados, algo que nunca foi regulamentado.
No governo Lula, a partir de 2003, as conversas
sobre a criação de um Fórum Nacional do Trabalho (FNT),
com estrutura tripartite, governo, trabalhadores e
empresários, que chegou a ser proposto no governo
Itamar Franco, quando Walter Barelli foi ministro do
trabalho, foram retomadas.
Chegamos a formular uma nova forma de financiamento
e conquistamos, no ensejo desta iniciativa, a
legalização e o reconhecimento das 6 centrais
sindicais que preenchiam requisitos da lei. A
estrutura sindical, criada por Getúlio Vargas,
todavia, permaneceu.
Esta discussão voltou durante a reforma trabalhista,
no governo de Michel Temer. E não foi por nossa
iniciativa, nem de forma amistosa aos trabalhadores.
A reforma de Temer atingiu em cheio todos os níveis
do sindicalismo, dos sindicatos municipais até as
representações nacionais e as centrais sindicais.
Com queda da contribuição aos sindicatos (um dia de
salário por ano) a estrutura sindical encolheu sua
ação assistencial (ambulatórios médicos, colônias de
férias, etc.) e sua ação sindical (cursos de
formação, comunicação, e mesmo a presença nas portas
dos locais de trabalho).
Agora, com o avanço da tramitação da reforma da
Previdência, especula-se que o próximo grande debate
que marcará o Congresso será sobre uma reforma da
estrutura sindical. Dentro disso, uma das propostas
que se cogita é baseada no pluralismo sindical e no
sindicato por empresa, onde só existe acordo
coletivo para as empresas sindicalizadas, ficando as
demais, que não têm sindicato organizado, sem os
frutos da negociação. Aqui no Brasil, o que acontece
hoje é que a negociação sindical vale para todos da
categoria.
Levanto aqui a questão: como o movimento sindical,
que não repensou sua estrutura nem nas greves de
1978, nem na Constituição de 1988 e nem durante o
governo Lula, construirá uma proposta unitária para
a reforma que desponta no horizonte?
Por qual estrutura trabalharemos: por central
sindical, onde o trabalhador se filia à uma central
e internamente se organizam por ramo ou setores
econômicos, constituindo suas federações e
confederações? Ou uma estrutura onde os sindicatos
se filiam a uma central e internamente se organizam
por ramos ou setores econômicos constituindo suas
federações e confederações?
Pela minha experiência e conhecimento sobre o
sindicalismo internacional, penso que a estrutura
sindical poderia ter 2 formas de recursos: a) da
mensalidade associativa de quem se filia à entidade
sindical e; b) e de uma taxa decidida em assembleia
paga por aqueles que se beneficiam dos acordos e
convenções coletivas (sócios e não sócios).
Penso ainda que, em uma revisão da estrutura
sindical, a organização no local de trabalho deverá
ser regulamentada. Nos países que regulamentaram,
existe maior diálogo e menor incidência de processos
na Justiça do trabalho. Existe, enfim, um clima de
maior harmonia no ambiente de trabalho.
Esse debate virá. Será fundamental que nós,
trabalhadores, possamos opinar, propor que tipo
queremos, baseados nas experiências internacionais e
também em nossa longa experiência brasileira. Sem
dúvida, um debate para o Congresso Nacional
regulamentar.
Fonte: Poder360
25/07/2019 -
Privatização na calada da noite tira governo e
trabalhadores do conselho da BR Distribuidora
"O conselho de administração da BR Distribuidora vai
passar por uma completa reformulação para refletir a
nova composição acionária da companhia após sua
privatização. A Petrobrás pretende manter apenas
três assentos no colegiado, composto por nove
membros. Os seis conselheiros restantes devem ser
indicados pelo mercado", aponta reportagem de Raquel
Landim, publicada na Folha de S. Paulo.
"Os funcionários, que detinham uma vaga, perdem sua
cadeira. O governo, que vinha sendo representado
pelo Ministério da Economia, também deixa o
conselho. As mudanças devem ocorrer dentro de pouco
mais de 30 dias em uma assembleia geral
extraordinária ainda a ser convocada, embora o
mandato do atual conselho só expire no ano que vem.
O objetivo é implementar rapidamente a nova
governança", aponta ainda o texto.
Fonte: Brasil247
25/07/2019 -
Desemprego é menor no interior, mas rendimento cai e
informalidade se espalha
Segundo o IBGE, mais de 60% dos trabalhadores no
interior do país, ou quase 21 milhões, estão em
atividades informais.
Dados divulgados nesta quarta-feira (24) pelo IBGE
mostram desemprego menor no interior em relação às
regiões metropolitanas, mas rendimento também
inferior e grande índice de informalidade. De acordo
com o instituto, o trabalho informal atinge 62,4%
dos ocupados no interior dos estados – são
aproximadamente 20,8 milhões sem carteira assinada,
sem CNPJ e sem contribuição para a Previdência ou
mesmo sem renda, por realizar um serviço auxiliar
para famílias. O Brasil tem 13 das 27 unidades das
federação, todas no Norte e no Nordeste, com pelo
menos metade dos trabalhadores do interior na
informalidade. No Amazonas, chegam a 71,7%.
Ainda segundo os dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, relativos ao
primeiro trimestre, o desemprego é menor no interior
do que nas regiões metropolitanas em 18 estados. Em
São Paulo, por exemplo, a taxa média é de 13,5% –
para uma média nacional de 12,7% –, subindo a 14,8%
na região metropolitana e caindo para 12,3% no
interior.
As informações da Pnad mostram também diferenças na
concentração de trabalhadores por estado. No Amapá,
80% dos ocupados estão na região metropolitana,
enquanto em Santa Catarina 85% ficam no interior. Em
São Paulo, são 47,5% na região metropolitana e 52,5%
no interior, e no Rio de Janeiro essas proporções
são de 73,4% e 26,6%, respectivamente.
Além disso, em oito estados o rendimento mensal dos
ocupados no interior corresponde a menos da metade
do recebido na capital. A média nacional é de R$
2.291. A maior diferença, em valores, foi registrada
no Espírito Santo, onde o trabalhador do interior
recebia R$ 1.725, em média, enquanto o da capital
ganhava R$ 4.653. A menor diferença foi apurada em
Rondônia: R$ 1.736 no interior e R$ 2.250 na
capital. Os menores ganhos são os das regiões Norte
e Nordeste, chegando a R$ 1.016 no interior do
Amazonas, onde a média na região metropolitana é de
R$ 1.988.
No estado de São Paulo, o ganho médio no primeiro
trimestre foi de R$ 2.899. Sobe a R$ 3.456 quando
considerada a região metropolitana e a R$ 3.872 na
capital. No interior, cai a R$ 2.392.
Na última divulgação da Pnad Contínua, relativa ao
trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego
estava em 12,3%, com estimados 12,984 milhões de
desempregados no país. A chamada subutilização de
mão de obra cresceu para 25%. São 28,5 milhões nessa
situação, além de 24 milhões de trabalhadores por
conta própria.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/07/2019 -
Mariana: 83 famílias afetadas por rompimento de
barragem fazem acordo
Oitenta e três famílias do município de Mariana (MG)
atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão
fizeram acordo de indenização com a Fundação Renova.
O termo foi homologado nesta quarta pela manhã (24),
no Teatro Municipal do município mineiro.
Os acordos são individuais e específicos para cada
família ou representante. Os processos de
homologação consideram o ajuizamento de Ação Civil
Pública pelo Ministério Público de Minas Gerais e a
decisão dos atingidos para que a realização do
cadastro fosse feita pela Assessoria Técnica que dá
suporte no processo de reparação.
A Fundação Renova representa os interesses da
mineradora Samarco, BHP Billiton e Vale. O acordo
foi ratificado pela 3ª vice-presidente do Tribunal
de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargadora
Mariangela Meyer e pela juíza Marcela Oliveira Decat
de Moura, juíza coordenadora do Centro Judiciário de
Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da comarca
de Mariana.
A tragédia de Mariana ocorreu em novembro de 2005,
quando 39 milhões de metros cúbicos de lama vazaram
após o rompimento de uma barragem da mineradora
Samarco. O episódio deixou comunidades e florestas
destruídas, mananciais da bacia do Rio Doce poluídos
e 19 mortos. Para reparar os danos, foi firmado em
maio de 2016 um acordo entre a Samarco, suas
acionistas Vale e BHP Billiton, o governo federal e
os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Fonte: Agência Brasil
25/07/2019 -
João Alves: Bolsonaro, um governo contra os
trabalhadores
Eleito presidente com a maioria dos votos da
população, Jair Bolsonaro (PSL) já deixou claro que
vai governar para os ricos. Neste mês de julho, duas
medidas comprovam que os trabalhadores são os mais
prejudicados com sua gestão.
Primeiro, o governo liberou o “toma-lá-dá-cá” para
aprovar a nefasta reforma da Previdência, em
primeiro turno, na Câmara de Deputados. Cerca de R$
850 bilhões sairão do bolso dos trabalhadores e vão
para o pagamento dos juros da dívida pública a
banqueiros e rentistas.
As novas regras representam, na prática, o acesso
mais difícil – quase impossível – à aposentadoria. O
brasileiro vai precisar trabalhar e contribuir mais,
mas se aposentará mais tarde e com um benefício
menor. Já os privilégios – as super-aposentadorias –
continuam valendo. Só os trabalhadores vão pagar
essa conta.
A reforma ainda estava em tramitação na Câmara
quanto conhecemos um novo ataque do governo
Bolsonaro aos trabalhadores: a medida provisória
(MP) 881/2019, chamada de “MP da Liberdade
Econômica” – umas iniciativa que piora ainda mais a
legislação trabalhista.
Direitos são retirados. Negociações e acordos
coletivos podem ser anulados, aumentando a
exploração e tratando sem distinção, por exemplo, o
trabalho aos sábados, domingos e feriados. Se a MP
for aprovada, as empresas passam a decidir se vão ou
não vão eleger comissões internas de prevenção de
acidentes (Cipas). A Justiça de Trabalho será cada
vez mais uma carta morta.
Precisamos derrotar cada uma dessas medidas e
resistir. Para isso, é preciso fortalecer os
sindicatos – e é fundamental unificar vários setores
da sociedade em defesa do Brasil. Não vamos
desistir!
* João Alves, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Betim e Região, é membro do Conselho
Consultivo da Fitmetal (Federação Interestadual de
Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil)
Fonte: Agência Vermelho
25/07/2019 -
Procuradores do trabalho questionam lei de Goiás que
permite extrair amianto
A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal para
questionar a constitucionalidade da lei goiana que
autoriza a extração do amianto crisotila para
exportação.
Segundo a entidade, a Lei 20.514 de Goiás, editada
no último dia 16, afronta os direitos fundamentais à
saúde, à proteção contra os riscos laborais e ao
meio ambiente adequado. O relator é o ministro
Alexandre de Moraes.
A ação relembra que o Supremo já declarou a
inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal
9.055/1995, que permitia a extração, o
beneficiamento, o transporte, a industrialização e a
exportação do amianto crisotila. Além disso, a corte
reconheceu a validade de leis estaduais de São
Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e
Pernambuco e de lei do município de São Paulo que
proíbem as atividades econômicas em seus respectivos
territórios.
Mina Cana Brava
De acordo com a ANPT, ao editar a norma, a intenção da
Assembleia Legislativa de Goiás foi permitir a
continuidade da extração e do beneficiamento do
amianto crisotila na cidade de Minaçu.
A associação lembra que a pretensão de continuidade
do funcionamento da mina Cana Brava, localizada no
município, está pendente de análise nos autos das
ADIs 3.406 e 3.937, em sede de embargos de
declaração.
Ainda segundo os procuradores, a iniciativa
“configura não apenas imersão do Poder Legislativo
na esfera do controle concentrado de
constitucionalidade atribuído ao STF, como também
nítida usurpação da prerrogativa concedida a este
último de modular os efeitos das decisões proferidas
em sede de controle de constitucionalidade, em
evidente afronta ao princípio da separação de
poderes”. Com informações da Assessoria de Imprensa
do STF. ADI 6.200
Fonte: Consultor Jurídico
25/07/2019 -
Abono do PIS/Pasep começa a ser pago hoje
Medida deve beneficiar mais de 23 milhões de
trabalhadores
Começam hoje (25) os pagamentos do abono salarial do
Programa de Integração Social (PIS) e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (Pasep), exercício
2019/2020. A liberação do dinheiro para os
cadastrados no PIS vai considerar a data de
nascimento. No caso do Pasep, o calendário é
definido pelo dígito final do número de inscrição.
No caso do PIS, os pagamentos aos empregados da
iniciativa privada que têm direito ao benefício
serão feitos pela Caixa. O dinheiro pode ser
retirado em qualquer agência da instituição em
território nacional. O Banco do Brasil ficou
responsável pelos recursos do Pasep - destinado a
servidores públicos. Recentemente, o BB anunciou
medidas para facilitar a retirada do dinheiro por
correntistas de outros bancos. De acordo com a
instituição, cerca de 1,6 milhão de beneficiários
que não tem conta no banco poderão fazer uma
transferência eletrônica disponível (TED) com custo
zero.
Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro
receberão o abono do PIS ainda este ano. Já os
nascidos entre janeiro e junho terão o recurso
disponível para saque em 2020. No caso do Pasep, os
servidores públicos que tem registro com número
final dentre 0 e 4 também recebem este ano. Os
registros com final entre 5 e 9 receberão em 2020.
A data para o fechamento do calendário de pagamento
do exercício 2019/2020 está prevista para o dia 30
de julho de 2020. A estimativa é de que sejam
destinados R$ 19,3 bilhões a 23,6 milhões de
trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
25/07/2019 -
Projeto regula atraso em audiências de causas
trabalhistas
O Projeto de Lei 1539/19 permite que, nas audiências
da Justiça do Trabalho em que houver atraso
injustificado, partes e advogados deixem o tribunal
após 30 minutos de espera. O texto, oriundo do
Senado, insere dispositivo na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43), que
atualmente só admite que as partes deixem o tribunal
após atraso do juiz por mais de 15 minutos.
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. “Acredito que a aprovação deste projeto
representará um incentivo para a ágil condução dos
trabalhos judiciários e contribuirá para maior
celeridade da prestação jurisdicional”, disse o
autor, senador Styvenson Valentim (Pode-RN). Ainda
segundo o texto, a remarcação da audiência deverá
ser feita na data mais próxima possível.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/07/2019 -
Parlamentares questionam prisão de supostos hackers
pela PF
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (23)
quatro pessoas suspeitas de envolvimento na invasão
de celulares do ministro Sergio Moro (Justiça) e de
procuradores da Operação Lava Jato no interior de
São Paulo, nesta terça-feira (23).
Para parlamentares da oposição, há estranheza nessa
operação diante dos fatos que vieram à tona por
conta do vazamento das conversas nada republicanas
entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan
Dallagnol.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), questionou a operação no seu
Twitter.
“Uma dúvida. Alguém sabe me dizer como chama quando
para encobrir um crime que cometi eu tento
incriminar quem me denunciou?”, indagou.
A deputada aproveitou para cobrar a mesma celeridade
em outros casos: “Quero ver quando vai ter uma
operação para achar o Queiroz, outra para descobrir
quem mandou matar Marielle e mais uma para
investigar a máquina de disseminação de fakenews nas
eleições de 2018”, disse Jandira Feghali.
“Estamos num momento da história brasileira em que
são precárias as garantias legais. Momento de
tramóias, golpes, conluios realizados com argumentos
de legalidade em processos em que a legalidade tem
sido esbofeteada e depois ignorada”, considerou o
deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
No mesmo tom, o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta
(RS) questionou: “Será que vão encontrar o Queiroz
também? Quem sabe ele aparece em Araraquara (...) Ou
procurar os milicianos amigos do chefe não vem ao
caso, Sérgio Moro?”
“Ué, gente? Mas as conversas não estavam adulteradas
e, mesmo se fossem verdadeiras, não traziam nada de
mais? Por que essa operação?”, ironizou o líder do
PT no Senado, Humberto Costa (PE), que diz estar
“doido pra saber logo a identidade do hacker que
imitou a voz de Dallagnol”.
Da redação com PCdoB na Câmara
Fonte: Portal Vermelho
24/07/2019 -
Guedes diz que liberação de saque do FGTS será anual
Impacto será de R$ 30 bi este ano - Inclua contas
ativas e inativas
O ministro Paulo Guedes (Economia) confirmou que o
governo proporá nesta 4ª feira (23.jul.2019)
mudanças nas regras para o saque de contas ativas e
inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) que valerão para todos os anos e não
somente em 2019.
“O governo passado soltou só inativo, nós vamos
soltar ativas e inativas, eles soltaram uma vez só,
nós vamos soltar para sempre. Todo ano vai ter”,
disse ao fim de cerimônia de lançamento do Novo
Mercado do Gás no Palácio do Planalto nesta 3ª feira
(23.jul). O economista fez referência ao saque das
contas inativas autorizado durante o governo Temer.
Ele não confirmou, porém, que haverá 1 limite de R$
500 para os saques. O detalhamento deverá ser dado
pelo governo na 4ª, quando tornará público o texto
da medida provisória que autorizará a liberação dos
recursos.
Guedes confirmou ainda que a medida deve resultar na
liberação de R$ 42 bilhões. “Eu tinha falado que ia
ser R$ 42 [bilhões]. Vai ser isso mesmo. Deve ser R$
30 [bilhões] esse ano, R$ 12 [bilhões] ano que vem”,
afirmou.
Mais cedo, durante o discurso, Guedes afirmou que a
medida será “mais 1 choque de oferta só que no
mercado de trabalho”. O economista costuma dizer que
as iniciativas de abertura do mercado de gás natural
trarão 1 “choque de energia barata” para o país.
Fonte: Poder360
24/07/2019 -
Plenário do STF pode analisar questões trabalhistas
na volta do recesso
O Supremo Tribunal Federal volta do recesso, no dia
1º/8, debruçado em temas trabalhistas com assuntos
diversos como estabilidade, convenções coletivas e
dívida trabalhista por terceirização pela União.
De acordo com a pauta, o primeiro a ser analisado
deve ser o RE 760.931, em que embargos questionam
decisão da corte. Em 2017, o STF vedou a
responsabilização automática da administração
pública, só cabendo sua condenação se houver prova
inequívoca de conduta omissiva ou comissiva na
fiscalização dos contratos, conforme tese aprovada
em proposta pelo ministro Luiz Fux, autor do voto
vencedor no julgamento.
Nos embargos, a Procuradoria-Geral do estado de São
Paulo e a Associação Brasileira das Secretarias de
Finanças das Capitais pedem que haja a exclusão da
tese fixada a expressão “automaticamente” e
esclarecendo-se que não há como se responsabilizar a
administração pública pelos débitos trabalhistas da
empresa contratada para a prestação de serviços.
Estabilidade
Os ministros também devem votar o RE 716378, por meio
do qual a Fundação Padre Anchieta (FPA) questiona na
corte um acórdão do Tribunal Superior do Trabalho
que aplicou a estabilidade do artigo 19 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) a um
funcionário dispensado sem justa causa em 2005, após
aposentadoria espontânea em 1995.
O dispositivo do ADCT afirma que os servidores que
estavam em exercício na data da promulgação da
Constituição Federal (5 de outubro de 1988) há pelo
menos cinco anos continuados seriam considerados
estáveis no serviço público.
Até o momento, apenas o relator do caso, ministro
Dias Toffoli, manifestou-se pela inaplicabilidade da
estabilidade constitucional para empregados da
Fundação. A matéria teve repercussão geral
reconhecida. O julgamento foi suspenso após pedido
de vista da ministra Rosa Weber.
Convenções Coletivas
Também está na pauta o julgamento conjunto das Ações
Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2200 e 2288,
nas quais o plenário do STF analisa a validade de
dispositivo incluído nas medidas complementares do
Plano Real que revogou preceitos da Lei 8.542/1992,
que dispunham sobre a chamada ultratividade das
convenções e acordos coletivos de trabalho.
A ADI 2200 foi ajuizada pelo Partido Comunista do
Brasil (PCdoB) e a ADI 2288 pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário,
Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF). Nas ações,
os autores sustentam que a norma impugnada contraria
vários dispositivos constitucionais, entre eles os
que tratam de irredutibilidade de salário e de
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
trabalho.
Em seu voto, a relatora do caso, ministra Cármen
Lúcia, afirmou que não procede o argumento presente
nas duas ADIs de que teriam sido excluídos direitos
dos trabalhadores adquiridos em pactos coletivos.
"Isso porque independente da existência de lei
ordinária, permanecem hígidas no ordenamento
jurídico brasileiro as normas constitucionais que
asseguram o direito à irredutibilidade do salário,
salvo disposto em convenção ou acordo coletivo,
conforme prevê o artigo 7º (inciso VI) da
Constituição", disse.
A ministra votou pela improcedência das ações, sendo
acompanhada pelos ministros Luís Roberto Barroso,
Teori Zavascki e Marco Aurélio. A ministra Rosa
Weber pediu vista, suspendendo o julgamento.
Fonte: Consultor Jurídico
24/07/2019 -
Juízes consideram inconstitucional Medida Provisória
contra CLT
Os procuradores e juízes do trabalho denunciam que a
MP 881 – que suspende direitos trabalhistas
previstos na CLT – fere a Constituição Federal.
Os magistrados alertam que a flexibilização das
normas trabalhistas incluídas da Medida Provisória
de Bolsonaro poderá parar na Justiça. “Vários
dispositivos aqui são inconstitucionais. Até a
própria forma que está sendo feita, num projeto de
conversão [em lei] numa medida provisória, ofende a
convenção da OIT [Organização Internacional do
Trabalho, para que alterações trabalhistas sejam
feitas com amplo debate público]. Até isso pode ser
atacado.”, disse o procurador-geral do Ministério
Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury.
O discurso dos defensores da matéria, apelidada de
“MP da Liberdade Econômica”, é o mesmo que foi
utilizado na defesa da reforma trabalhista de Temer
(lei 13.467/2017) de que são os direitos
trabalhistas que inibem a criação de novos postos de
trabalho. Porém, dois anos depois de sua aprovação,
o desemprego tem aumentado e, mais ainda, os
subempregos e trabalhos informais (que não contam
com os direitos assegurados pela legislação
trabalhista).
O projeto tem como relator o deputado Jerônimo
Goergen (PP-RS) e foi alterado com o apoio da equipe
econômica de Paulo Guedes.
Enquanto as atenções estão voltadas para a
tramitação da reforma da Previdência (PEC 06/2019)
que atenta contra o direito do trabalhador se
aposentar, a MP 881 foi aprovada na Comissão Mista e
poderá ser apreciada pelo plenário da Câmara dos
Deputados, continuando com a agenda de destruição
dos direitos dos trabalhadores, flexibilizando ainda
mais as normas de proteção ao trabalho.
A proposta diminui ainda o poder fiscalizatório dos
órgãos de Estado sobre as empresas e acaba com a
obrigação da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (Cipa), formada por funcionários da
empresa, em empresas ou locais de trabalho com menos
de 20 funcionários.
Ronaldo Fleury lembrou que o Brasil é o quarto
colocado no ranking dos países com maior número de
acidentes de trabalho em todo o mundo. De acordo com
a proposta, o fiscal do trabalho só poderá, de
acordo com a proposta, multar a empresa em uma
segunda visita. A primeira seria “educativa”.
“Ainda não temos os impactos da primeira reforma
[aprovada por Temer]. Mas, se você for analisar
questões pontuais, essa reforma [de Bolsonaro] tem
efeitos deletérios imensos sobre direitos sociais,
além do elemento aditivo: ela ataca a estrutura dos
órgãos”, disse o secretário jurídico da
Procuradoria-Geral do Trabalho, Márcio Amazonas.
A proposta prevê ainda exceções para cobertura das
leis trabalhistas, como por exemplo, quem receber
mais de 30 salários mínimos não será aplicada a
legislação trabalhista. O projeto permite ainda, que
trabalho nos domingos e feriados não tenha
remuneração extra se houver folga em outro dia da
semana.
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto,
alerta para os riscos com as flexibilizações: “No
aspecto mais amplo, a MP preocupa pela forma da
tramitação, que certamente expõe um problema
democrático. […] Há inconstitucionalidade quando, no
processo legislativo que discute a conversão da MP
em lei, inova-se nas alterações propostas”.
Fonte: Hora do Povo
24/07/2019 -
STF deve considerar denúncias do Intercept ao julgar
ações contra Moro
O Supremo Tribunal Federal deve avaliar no segundo
semestre, sob impacto das revelações de mensagens
com bastidores da Lava Jato, ações que questionam a
atuação do ex-juiz Sergio Moro. A ação mais
conhecida é a do habeas corpus que tramita na
Segunda Turma e no qual o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva alega a suspeição do hoje ministro de
Jair Bolsonaro. Mas não é o único caso.
Nas mãos do ministro Edson Fachin, integrante da
Corte, há uma queixa-crime por abuso de autoridade
impetrada pela defesa de Lula. Esse caso, porém,
tramita em sigilo. As alegações da defesa foram
rejeitadas pelo TRF-4 e por cortes superiores. O
próprio Fachin já negou provimento aos pedidos do
petista, mas em 17 de julho sua defesa apresentou
novo recurso.
Segundo apurou a coluna “Painel”, da Folha de
S.Paulo, entre os argumentos para uma reavaliação da
ação, existe menção às conversas obtidas e
divulgadas pelo The Intercept Brasil. Desde junho, o
site jornalístico tem mostrado como Moro atuou de
forma parcial e tendenciosa contra Lula, em parceria
com procuradores da operação Lava Jato.
Lula foi condenado em dois processos na Justiça
Federal do Paraná. O ex-presidente cumpre pena pela
condenação no caso do tríplex do Guarujá –
justamente a que sua defesa contesta no Supremo.
Além do STF, o ex-presidente enfrentará outra
batalha nos próximos dias. O juiz federal Luiz
Antonio Bonat – que sucedeu Moro na Lava Jato de
Curitiba – já pode dar a sentença de Lula no caso da
compra pela Odebrecht de um imóvel para a construção
da sede do Instituto Lula, em São Paulo. O petista
também é acusado, sem provas, de receber benefícios,
como a aquisição, por R$ 504 mil, de uma cobertura
vizinha a dele em São Bernardo do Campo.
O caso aparece como "concluso" para a decisão do
juiz na Justiça Federal de Curitiba desde às 15h05m
desta segunda-feira. Agora, Bonat poderá condenar ou
absolver Lula neste que é o último processo do
ex-presidente na Lava-Jato de Curitiba. O
magistrado, porém, não tem prazo para tomar a
decisão. Em decisão judicial do último dia 2, Bonat
negou um pedido feito pela defesa para ter acesso
amplo ao acordo de leniência da Odebrecht com o MPF.
Da Redação, com agências
Fonte: Portal Vermelho
24/07/2019 -
Bolsonaro assume viés autoritário e fala em acabar
com todos os conselhos
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta
segunda-feira (22) que pretende extinguir "a grande
maioria dos conselhos" formados por representantes
do governo e da sociedade civil.
“Nós queremos enxugar os conselhos, extinguir a
grande maioria deles para que o governo possa
funcionar. Não podemos ficar refém de conselhos,
muitos deles [ocupados] por pessoas indicadas por
outros governos", afirmou o presidente após
participar de um evento com oficiais da Aeronáutica,
em Brasília. Na ocasião, o chefe do Planalto foi
questionado sobre o decreto, assinado por ele, que
excluiu as vagas destinadas a especialistas e
integrantes da sociedade civil — como médico,
psicólogo e jurista — no Conselho Nacional de
Políticas sobre Drogas (Conad).
De acordo com o presidente, a extinção da maioria
dos conselhos e o enxugamento daqueles que
permanecerem são medidas necessárias para que o
governo "possa funcionar". "Como regra, a gente não
pode ter conselho que não decide nada. Dada a
quantidade de pessoas envolvidas a decisão é quase
impossível de ser tomada", acrescentou.
Fonte: Brasil247
24/07/2019 -
Crise na indústria fecha maior número de fábricas em
SP em dez anos
Dados recentes sobre a desindustrialização
brasileira são alarmantes. A Junta Comercial de São
Paulo divulgou levantamento mostrando que, no
Estado, maior pátio industrial do País, 2.325
fábricas fecharam as portas entre janeiro e maio
deste ano – pior registro em uma década e 12% mais
alto que em 2018.
No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB)
do Brasil caiu 0,2%, informa o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia Estatística). No caso da
indústria, o recuo foi ainda maior: 0,7%, e a
construção civil teve queda de 2%, acumulando, 20
trimestres seguidos de retração.
Neste cenário, o desemprego só cresce. São 28,4
milhões de pessoas subutilizadas – o recorde na
série histórica, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD), medida desde 1996, e
13,2 milhões de desempregados.
O economista Ilmar Ferreira, do Escritório Regional
do Dieese, em São Paulo, diz que a situação confirma
tendência de dois anos para cá. "A insistência em
adotar medidas de flexibilização de direitos
trabalhistas para impulsionar o crescimento vem se
mostrando ineficaz trimestre após trimestre. No
entanto, não há nenhum outro plano consistente
anunciado para a área", afirma.
Motor - O economista destaca que a indústria
é o maior motor do desenvolvimento e amplia o
dinamismo na economia. "Temos 10 milhões de
trabalhadores na indústria, 63% de empregos formais.
Os salários do setor são 10% mais elevados que em
outros segmentos, como comércio e serviço. Isso
potencializa o mercado consumidor".
Empregos - O vice-presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Josinaldo José
de Barros (Cabeça), responsabiliza a inoperância do
governo pelo avanço da desindustrialização. "Estamos
preocupados com a geração de empregos no setor
industrial. Não existe uma política econômica
governamental para a retomada do investimento e do
crescimento. Há muitas obras do governo paradas. O
setor metalúrgico é um dos mais atingidos", diz.
Fonte: Agência Sindical
23/07/2019 -
Centrais convocam Ato Nacional em defesa da
aposentadoria e do emprego
Após reunião na última quinta-feira (18), no Dieese,
o Fórum Nacional das Centrais Sindicais - CGTB, CUT,
CSB, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical,
Intersindical, Nova Central Sindical e UGT - lançou
Nota com os próximos passos da luta em defesa da
Previdência Pública, da Educação e pela geração de
empregos.
Além do 13 de agosto, Dia Nacional de Mobilizações,
Assembleias, Paralisações e Greves, o Fórum elaborou
uma agenda de mobilização que começa nesta semana,
com reuniões e assembleias nas bases das entidades,
agenda nas ruas e nos locais de trabalho.
"O conteúdo do Projeto de Reforma da Previdência
Social prejudicará fortemente os trabalhadores,
retardando e impedindo o acesso à Previdência para
muitos e arrochando os valores do benefício de
todos", diz a Nota.
"É um calendário de resistência", afirma o
presidente nacional da CTB, Adilson Araújo. Ele
acrescenta: "Aproveitando o recesso parlamentar, o
indicativo é reforçar a pressão nas bases. Todo
esforço na construção da Marcha das Margaridas e na
luta em defesa da Educação e contra o corte de
verbas".
Leia nota na íntegra:
Reunidas no dia 18 de julho de 2019, em São Paulo, as
Centrais Sindicais consideraram que o conteúdo do
Projeto de Reforma da Previdência Social, aprovado
em 1º turno na Câmara dos Deputados, prejudicará
fortemente os trabalhadores, retardando e impedindo
o acesso à previdência para muitos, arrochando os
valores do benefício de todos, além de outras
mazelas.
As lutas e mobilizações realizadas até aqui foram de
grande importância. A luta continua e, por isso, é
fundamental ampliar a mobilização, fortalecer e
ampliar nossa unidade.
As Centrais Sindicais convocam as direções e a
militância sindical para o encaminhamento unitário
das ações, abaixo relacionadas, para as próximas
semanas, no sentido de ampliar as mobilizações, o
esclarecimento junto aos trabalhadores sobre os
impactos da reforma e a atuação no âmbito do
Congresso Nacional e nas bases dos parlamentares.
Calendário de mobilizações e lutas:
- 06 de agosto, Dia de mobilização nos Estados e em
Brasília (data provável para iniciar/concluir
votação do projeto em 2º turno na Câmara dos
Deputados).
- 13 de agosto, Dia nacional de mobilização,
paralisações, protestos e manifestações, com
atividades nas cidades, nos locais de trabalho e
atos unificados.
- 13 de agosto, participar e fortalecer a Marcha das
Margaridas, Brasília.
Atividades de mobilização para os dias 06 e 13 de
agosto:
- 19 a 26 de julho, semana de mobilização nos locais
de trabalho, nos ramos, cidades e estados,
preparando os eventos dos dias 6 e 13 de agosto nas
bases e a participação na Marcha das Margaridas.
- 29 de julho e 2 de agosto, semana nacional de
coleta de assinaturas no abaixo-assinado e aumentar
a pressão nas bases dos parlamentares.
- 5 a 12 de agosto, semana de atuação na Câmara dos
Deputados frente ao 2º turno da votação.
- Apoiar a mobilização em defesa do SUS, no dia 5/8,
em Brasília.
Fonte: Agência Sindical
23/07/2019 -
58% não conseguem lembrar algo de bom que Bolsonaro
tenha feito pelo país
Após 6 meses de governo, 39% afirmam textualmente
que ex-capitão não fez "nada"; outros 19% não
souberam responder
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira
(22) mostra 58% da população brasileira não consegue
lembrar de algo que o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) tenha feito de positivo em seis meses de
governo. Destes, 39% são categóricos ao afirmar que
ele não fez "nada". Os demais 19% não souberam
responder.
A pesquisa foi realizada em 4 e 5 de julho com 2.086
pessoas de 130 cidades. Segundo o instituto, para
esta pergunta não foram apresentadas alternativas
aos entrevistados. As respostas são espontâneas.
O “nada” é maior entre mulheres (45%), ensino
fundamental (45%), negros (46%), Nordeste (47%) e
religiões de matriz afro (52%). Entre os que votaram
em Bolsonaro no segundo turno, 17% também disseram
que ele não fez nada.
Entre os que conseguiram citar algo de positivo, 8%
falaram em “segurança”, 7% em “previdência” e 4% em
“fim da corrupção”.
A pesquisa também quis saber o que Bolsonaro fez de
pior. Em primeiro lugar aparecem as medidas para o
armamento da população, com 21% de rejeição,
seguidas da reforma da Previdência (12%) e da
“imagem pública” (9%).
A “imagem”, segundo o instituto, inclui falas
desnecessárias, uso de palavras ofensivas, postura
em relação aos filhos e articulação política.
A pesquisa é a mesma que avaliou o governo Bolsonaro
no começo do mês, quando 61% dos entrevistados
disseram que ele estava abaixo das expectativas. O
levantamento também mostrou que o governo é
considerado ruim ou péssimo por 1/3 dos brasileiros,
pior índice desde Collor de Mello, em 1990.
Fonte: Brasil de Fato
23/07/2019 -
Trabalhador brasileiro tem acesso cada vez mais
reduzido ao seguro-desemprego
Na comparação com outros 97 países que adotam o
programa, Ipea constatou que a taxa de cobertura do
auxílio vem caindo apesar do aumento do desemprego
Estudo comparativa entre a falta de empregos e o uso
do seguro-desemprego mostrou que o sistema de
proteção aos trabalhadores brasileiros é um dos
menos generosos do mundo. De acordo com levantamento
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
em parceria com o Centro Internacional de Políticas
para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), a taxa de
cobertura do auxílio é baixa e vem caindo nos
últimos anos, apesar do aumento no número de
desempregados.
Em 2015, ao menos 7,8% dos brasileiros fizeram uso
do seguro-desemprego. Em 2018, quando a taxa de
desemprego atingiu 12,2 milhões de trabalhadores,
apenas 4,8% dos desempregados tiveram acesso ao
benefício.
Na prática, os dados revelam que, com o aumento do
desemprego e uma cobertura menor, o país tem
garantido proteção apenas a até 600 mil
trabalhadores desempregados, segundo o diretor
técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual. “Há uma redução bastante significativa
que, se colocada no contexto internacional mostra
que o Brasil é um dos países com menor taxa de
cobertura”, destaca Clemente sobre o estudo que
compara a situação brasileira com outros 97 países
que adotam mecanismo similares de seguridade social.
“Isso acontece porque por um lado nós temos uma taxa
de informalidade muito elevada, uma ausência de
vínculo laboral estável e protegido com o registro
da carteira de trabalho e, por outro lado, temos uma
rotatividade que é grande. Trabalhadores são
contratados e demitidos numa velocidade rápida (…)
também o seguro-desemprego é praticado no Brasil com
regras que tornam muito difícil o acesso ao
benefício”, aponta o diretor técnico do Dieese.
O valor mensal do seguro-desemprego pode variar de
um salário mínimo a R$ 1.735,29, pagos em três a
cinco parcelas, a depender do tempo trabalhado. Em
2016, quando as regras de acesso se tornaram mais
rígidas, 1,65% do orçamento público foi gasto com o
programa. Em países da Europa, onde o tempo de
proteção é maior, o seguro-desemprego corresponde em
média a 4,6% dos orçamentos. “No seu conjunto, o
seguro-desemprego, infelizmente, está longe de
proteger os trabalhadores que se encontram na
situação de desemprego no Brasil”, conclui Clemente.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/07/2019 -
Governo bloqueia mais R$ 1,44 bilhão do Orçamento
Pasta usou R$ 809 mi de reserva de emergência
A revisão para baixo do crescimento da economia
brasileira em 2019 fez a equipe econômica anunciar
um novo bloqueio no Orçamento. Segundo o Relatório
Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas,
divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Ministério
da Economia, o governo decidiu contingenciar mais R$
1,443 bilhão de verbas do Poder Executivo.
Agora, o valor contingenciado do Orçamento de 2019
soma R$ 31,224 bilhões. Originalmente, o governo
teria de contingenciar R$ 2,252 bilhões, mas a
equipe econômica usou R$ 809 milhões de uma reserva
de emergência criada em março, reduzindo o valor do
bloqueio adicional para R$ 1,443 bilhão.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
23/07/2019 -
Caminhoneiros decidem na quarta (24) se mantêm ou
não greve contra Bolsonaro
Categoria aguarda reunião com ministro para saber
se pode acreditar em recuo quanto ao valor mínimo do
frete
Na manhã desta segunda-feira (22), o Ministério da
Infraestrutura solicitou à Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) que suspenda a nova
tabela de preços para o frete, divulgada na semana
passada. O governo tenta evitar uma greve dos
caminhoneiros, porém, a decisão só deve sair na
quarta-feira (24), após reunião de líderes do setor
com o ministro da pasta, Tarcísio Gomes.
Após o anúncio da nova tabela, que reduz o valor
mínimo do frete para caminhoneiros autônomos, vários
grupos de whatsapp foram criados para combinar a
paralisação.
“Eu tenho falado com o pessoal para esperar até
quarta-feira, só vou me manifestar a favor ou contra
a paralisação na quarta-feira mesmo”, explica
Wanderley Alvez, o Dedeco, uma das principais
lideranças da categoria nos grupos do aplicativo de
conversa.
Outra liderança escutada pelo Brasil de Fato, que
pediu para não ser identificada, disse haver
“desconfiança” da categoria com o governo.
“É uma turma que toda hora tem uma novidade, volta
atrás de tudo que fala e faz. É estranho e deixa o
caminhoneiro lá na ponta desconfiado: será que o que
a gente fecha depois de greve e reunião vale
mesmo?”, perguntou o condutor.
De acordo com Dedeco, há caminhoneiros que já
cruzaram os braços. “No Nordeste, tem muita gente
que já estacionou o caminhão, tá difícil pra gente
ficar na rua”, afirma.
Para Wallace Landim, o Chorão, que afirma estar em
“mais de 800” grupos de Whatsapp, há insatisfação da
categoria com o governo. “Todos nós estamos
descontentes e essa semana será definitiva.”
Fonte: Brasil de Fato
23/07/2019 -
'Tem um insano no comando do país', diz Flávio Dino
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
afirmou que Jair Bolsonaro é um 'insano'; ele disse:
"tem um insano no comando do país. Há um método
instalado no poder central. É um método de
discriminação, de perseguição e de preconceito."
Em entrevista a Bernardo Mello Franco, no jornal O
Globo, Dino ainda disse que: "o presidente externou
uma visão de preconceito, de ódio. E reiterou essa
visão em outro vídeo, dizendo que todo nordestino é
“pau de arara” e “cabeça chata” (em live com o
ministro Tarcísio Freitas, na quinta à noite). Isso
nada mais é que a repetição de tratamentos
pejorativos para menosprezar uma região que
concentra um terço da população brasileira."
Dino ainda comentou sobre o fato de ter sido
considerado por Bolsonaro como o "pior governador do
país": "não me abalei. Não é a opinião do presidente
que baliza as minhas ações. Fui eleito duas vezes em
primeiro turno, em 2014 e 2018. Isso confirma que
temos apoio da maioria da sociedade no nosso Estado.
Em uma semana, nosso governo teve mais resultados
que o dele em 200 dias."
Fonte: Brasil247
23/07/2019 -
Governo pretende melhorar acesso dos trabalhadores a
FGTS
Secretário diz que construção civil não será
prejudicada
As medidas para o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) que devem ser anunciadas nesta semana
têm como objetivo melhorar o acesso dos
trabalhadores aos recursos do fundo, com liberdade
para o empregado conseguir remuneração melhor, disse
nesta segunda-feira (22) o secretário especial de
Fazenda, Waldery Rodrigues. Ele reiterou que a
construção civil, a infraestrutura e o saneamento,
financiados com recursos do fundo, não serão
prejudicados.
O secretário negou que o pacote de medidas inclua
mudanças em relação à multa de 40% paga aos
trabalhadores demitidos sem justa causa. Ele, no
entanto, evitou informar se o governo pretende
retomar a ideia nos próximos meses. “A multa, em
princípio, pelas informações que temos, não será
trazida nessa primeira medida”, declarou.
“Foram citadas diversas medidas, algumas que
procediam, outras ainda em detalhe. Estamos bastante
avançados. São medidas tanto do ponto de vista de
curto prazo, como também estruturais. Não é um
repeteco do que foi feito. Não é uma reprise do que
foi feito tempos atrás”, disse Waldery, em
entrevista coletiva para explicar o
contingenciamento de R$ 1,44 bilhão do Orçamento.
De acordo com o secretário, as medidas para o FGTS
serão mais potentes que a liberação do saque de
contas inativas ocorrida em 2017. Ele disse que o
governo, em vez de agir para estimular a demanda,
também está agindo do lado da oferta, com medidas
como a reforma da Previdência, a reforma tributária
e a liberação do mercado de gás. Ele destacou que o
eixo consiste em facilitar o acesso dos
trabalhadores ao saldo da conta.
Como o FGTS serve de fonte de recursos para a
construção de moradias do programa Minha Casa Minha
Vida, de projetos de saneamento e de infraestrutura,
o saque dos recursos das contas ativas por muitos
trabalhadores poderia prejudicar esses
empreendimentos. Rodrigues, no entanto, disse que o
governo terá cuidado para que esses setores não
sejam prejudicados.
“Nossas medidas não contemplam apenas o lado da
demanda, mas da oferta. Esse é um ponto que a gente
entende ser a solução para a economia brasileira.
Medidas para o FGTS que ajudam recursos com
trabalhadores com remuneração aquém do devido. Vale
ressaltar que o financiamento para a construção
civil, o saneamento e infraestrutura não será
afetado, até porque são setores que respondem
fortemente na contratação e na demissão. A diretriz
é a melhoria no acesso dos recursos pelos
trabalhadores”, explicou.
Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro voltou a
negar o fim da multa de 40% do saldo do FGTS para
demissões sem justa causa. No sábado (20), ele havia
afirmado que não pretendia diminuir ou extinguir a
multa.
Fonte: Agência Brasil
23/07/2019 -
Confiança da indústria recua 1,7 ponto na prévia de
julho, diz FGV
O Índice de Confiança da Indústria recuou 1,7 ponto
na prévia de julho deste ano, na comparação com o
número consolidado de junho, e chegou a 94 pontos,
em uma escala de zero a 200 pontos. O dado foi
divulgado nesta segunda-feira (22) pela Fundação
Getulio Vargas (FGV).
De acordo com a FGV, o recuo foi provocado pela
avaliação dos empresários da indústria em relação ao
presente e ao futuro. O Índice da Situação Atual,
que mede o presente, recuou 2,5 pontos, para 94,1
pontos, o menor valor desde outubro de 2018 (93,4
pontos).
O Índice de Expectativas, que mede a confiança no
futuro, caiu 0,9 ponto, para 93,9 pontos, o menor
nível desde julho de 2017 (93,1 pontos).
O resultado preliminar de julho sinaliza aumento de
0,6 ponto percentual do Nível de Utilização da
Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), para
75,6%.
Fonte: Agência Brasil
22/07/2019 -
Para Bolsonaro, os 5 milhões de brasileiros que
passam fome são "uma grande mentira"
Presidente ignora dados oficiais e distorce
informações sobre políticas de distribuição de renda
e educação
Ignorando a realidade do país que governa e o
agravamento das condições de vida das pessoas mais
pobres nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) afirmou nesta sexta-feira (19), numa
entrevista a correspondentes estrangeiros, que não
existe fome no Brasil.
Dados da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), com base em
informações fornecidas pelo próprio governo, mostram
que a fome atinge pelo menos 5,2 milhões de
brasileiros, vítima da desnutrição e da insegurança
alimentar. Mas Bolsonaro, baseado “no que a gente vê
por aí”, diz que isso não é verdade.
“Falar que se passa fome no Brasil é uma grande
mentira. Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo.
Agora, passar fome não. Você não vê gente, mesmo
pobre, pelas ruas com um físico esquelético como a
gente vê em alguns outros países aí pelo mundo”,
disse ele.
Bolsonaro foi além, criticando a política de
distribuição de riquezas em governos anteriores,
afirmando que não resolveram o problema da miséria.
“Adotou-se no Brasil, dos governos Fernando Henrique
para cá, que distribuição de riquezas é criar
bolsas. É o país das bolsas”, debochou Bolsonaro.
De novo, os dados desmentem o presidente. A mesma
FAO mostra que em 1999 havia 20,9 milhões de
brasileiros desnutridos, total que foi reduzido a
12,6 milhões e 2004 e para 7,4 milhões em 2007,
chegando em 2008 aos 5 milhões atuais.
Bolsonaro também apresentou uma informação incorreta
aos jornalistas ao falar do desempenho do país na
educação.
“A educação aqui no Brasil, nos últimos 30 anos,
nunca esteve tão ruim”, disse. “As provas do Pisa
bem demonstram isso daí. Esses políticos que
criticam a questão da fome no Brasil, no meu
entender, tem que se preocupar em estudar um pouco
mais as consequências disso daí”.
Os dados do Pisa, disponíveis no site do governo,
apontam que a série histórica teve início apenas no
ano 2000 e que evoluíram em todas as disciplinas ao
longo da década, com uma oscilação em Matemática na
edição de 2015, que avaliou um número maior de
alunos na comparação com as edições anteriores.
“O Brasil melhorou o desempenho considerando a média
das três áreas e, quando comparado com 2003, foi o
país que mais cresceu em Matemática”, diz o site do
Inep.
Fonte: Brasil de Fato
22/07/2019 -
"E se o pai estiver implicado?", questionou Deltan
Em novos áudios da Vaza Jato, revelados pelo site
The Intercept neste domingo (21), o procurador da
República Deltan Dallagnol aponta o esquema de
corrupção nas movimentações de Flávio Bolsonaro e
ainda cita o presidente Jair Bolsonaro como possível
envolvido nas relações escusas do clã. "E se o pai
estiver implicado?", questionou Deltan em um dos
diálogos.
Dallagnol – 08:52:01 – É óbvio o q aconteceu... E
agora, José?
Dallagnol – 08:53:37 – Moro deve aguardar a apuração
e ver quem será implicado. Filho certamente. O
problema é: o pai vai deixar? Ou pior, e se o pai
estiver implicado, o que pode indicar o rolo dos
empréstimos?
"O rolo dos empréstimos", a qual Deltan se refere,
são dez cheques que Fabrício Queiroz afirmou ter
pagado à primeira-dama Michelle Bolsonaro, na
devolução de um suposto empréstimo de R$ 40 mil que
o presidente Jair Bolsonaro teria feito ao assessor
do filho.
Dallagnol – 08:54:21 – Seja como for, presidente
não vai afastar o filho. E se isso tudo acontecer
antes de aparecer vaga no supremo? Dallagnol –
08:58:11 – Agora, Bolso terá algum interesse em
aparelhar a PGR, embora o Flávio tenha foro no TJRJ.
Última saída seria dar um ministério e blindar ele
na PGR. Pra isso, teria que achar um colega bem
trampa vale uma retranca "E se o pai estiver
implicado?", questionou Deltan ta falando do
emprestimo.
Veja a íntegra do diálogo
aqui.
Fonte: Brasil247
22/07/2019 -
Governadores do Nordeste rejeitam ameaça de
retaliação de Bolsonaro
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), divulgou no
seu twitter, nesta sexta-feira (19), uma carta
assinada pelos governadores do Nordeste em que
expressam espanto e indignação com o presidente Jair
Bolsonaro (PSL). O texto é uma resposta à afirmação
do presidente em desrespeito a aos governadores da
região e de que um deles _ do Maranhão ou Paraíba -
é “o pior de todos”.
Segundo a carta, Bolsonaro transmitiu orientações de
retaliação a governos estaduais da região no vídeo.
“Sempre buscamos manter produtiva a relação
institucional com o governo federal.
Independentemente de normais diferenças políticas, o
princípio federativo exige que os governos mantenham
diálogos e convergências a fim de que metas
administrativas sejam concretizadas”, diz o
documento.
Abaixo a íntegra da carta:
Nós governadores do Nordeste, em respeito à
Constituição e à democracia, sempre buscamos manter
produtiva relação institucional com o Governo
Federal. Independentemente de normais diferenças
políticas, o princípio federativo exige que os
governos mantenham diálogo e convergências, a fim de
que metas administrativas sejam concretizadas
visando sempre melhorar a vida da população.
Recebemos com espanto e profunda indignação a
declaração do presidente da República transmitindo
orientações de retaliação a governos estaduais,
durante encontro com a imprensa internacional.
Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência
da República e reiteramos nossa defesa da Federação
e da democracia.
A presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil
(PCdoB), Luciana Santos, também se manifestou por
meio de uma nota de repúdio ao ataque de Bolsonaro.
"A atitude do presidente é um ataque frontal ao
Artigo 1° da Carta Magna, que define a República
Federativa do Brasil como a união indissolúvel dos
estados e municípios e do Distrito Federal, regida
pelo Estado Democrático de Direito", diz ela.
Fonte: Portal Vermelho
22/07/2019 -
Bolsonaro contra o Nordeste e a Constituição
Do festival de absurdos que o presidente Jair
Bolsonaro tem protagonizado, o que talvez tenha
causado mais indignação nacional é a sua fala
preconceituosa e racista contra o Nordeste. Ela é a
um só tempo discriminatória, uma afronta à
Constituição que determina enfaticamente a
integridade nacional e uma ofensa aos estudiosos que
desenvolveram a compreensão de que aquela parte do
Brasil tem sido historicamente injustiçada sobretudo
por razões econômicas.
Bolsonaro apelou para o surrado e sórdido
preconceito social, ao usar pejorativamente o termo
“paraíba” como expressão territorial do povo
nordestino, com o objetivo confesso de retaliar os
governadores que se mobilizam para buscar meios e
recursos para o desenvolvimento local – uma tradição
do Fórum de Governadores do Nordeste que reúne-se
anualmente e contava com a participação do governo
federal. Diante das políticas que penalizam a
região, não foram poucas as críticas daqueles
governadores, principalmente após a eleição de
Bolsonaro.
Não faz tempo os governadores locais assinaram o
documento que cria um consórcio entre estados para o
desenvolvimento em diversos projetos, além da
parceria econômica, política, infraestrutural e
educacional. Eventuais diferenças políticas foram
superadas para que esse movimento ganhasse impulso.
E as críticas ao bolsonarismo, sobretudo pelo
governador do Maranhão, Flávio Dino, se
intensificaram à medida em que a região começou a
sentir as consequências da política econômica que
atinge fortemente o Nordeste.
Insere-se nesse diagnóstico o combate às
desigualdades regionais. Como explica a pesquisadora
do tema Tânia Bacelar, economista e socióloga da
Universidade Federal do Estado de Pernambuco (UFPE),
a diversidade cultural brasileira convive com a
herança das bases produtivas desiguais. A
industrialização do país predominante em São Paulo e
no Rio de Janeiro, segundo a professora, propiciou
uma divisão social bem marcada. A concentração do
Produto Interno Bruto (PIB) na região e seu elevado
número de habitantes explica muito bem o que é o
Brasil, diz ela.
Ao passo que abandonou a premissa de combate às
desigualdades regionais, Bolsonaro adotou o secular
e injusto ditame de restringir o desenvolvimento ao
Sudeste e ao Sul do país. Ao mesmo tempo, ele
aprofunda a lógica histórica, agora reavivada, de
tratar o povo como mera fonte de mão de obra barata,
um conceito do ideário escravista da elite
brasileira. O povo nordestino, mais do que ninguém,
sabe bem disso.
A consequência, entre tantas outras, é o surgimento
dessas manifestações de boçalidades, a forma
ofensiva de tratamento ao povo nordestino como se
ele fosse uma categoria inferiorizada de
brasileiros. Não à toa apareceu, nos grupelhos
nazifascistas, a prática de perseguir e de tentar
desqualificar os nordestinos. Exatamente o que
Bolsonaro fez com sua fala indigna, o resgate das
torpezas de um comportamento ideológico julgado pelo
legado da ascenção e queda do nazifascismo.
O estado do Maranhão – o alvo principal do ataque de
Bolsonaro ao Nordeste - é um exemplo da antítese
desse ideário protofascista. É um estado rico, com
um grande potencial no turismo, na fruticultura, na
produção agrícola, além de ter um povo de uma
cultura extraordinária. O governador Flávio Dino
soube potencializar essas qualidades do estado e do
povo, realizando a sua segunda gestão com resultados
que cintilam por todo o país. São pistas do motivo
do rancor político e do ódio de Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
22/07/2019 -
Advogados rebatem Bolsonaro: multa do FGTS é
cláusula pétrea
O governo Jair Bolsonaro (PSL) não pode acabar com a
multa paga pelo empregador sobre o valor depositado
no FGTS ao trabalhador em caso de demissão sem justa
causa. Nesta sexta-feira (19), o presidente criticou
o valor da multa (40%) e ameaçou vetá-la. “É
possível alterar o valor da multa, mas não
extingui-la”, diz a advogada Gisela Freire, sócia do
Cescon Barrieu. “É uma cláusula pétrea da
Constituição que garante a indenização ao empregado
quando há demissão sem motivo.”
Mesmo assim, para mudar o percentual da multa, o
governo precisará aprovar uma lei complementar que
regulamente o tema. A alteração requer o voto da
maioria absoluta dos parlamentares na Câmara e no
Senado.
O fundo foi criado em 1966, na ditadura militar, por
demanda de empresários que se opunham ao sistema de
contratação vigente – que dava estabilidade ao
trabalhador que ficasse dez anos na empresa. O
sistema introduzido pelo FGTS passou a permitir
demissão.
A multa para dispensas sem motivo foi introduzida na
Constituição de 1988, segundo Otavio Pinto e Silva,
professor da USP e sócio do escritório Siqueira
Castro. “O artigo 7º prevê que o FGTS é um direito
de todos os trabalhadores e determina que o
trabalhador terá direito a uma proteção contra a
demissão sem justa causa a ser regulamentada em
lei”, afirma ele.
Até que a lei que regulamentasse a penalidade fosse
implementada, a Constituição estabeleceu os 40%,
segundo Pinto e Silva. A legislação, contudo, nunca
foi aprovada. “O Congresso regulou o FGTS em uma
norma de 1990, no governo Collor, mas é uma lei
ordinária. Na hierarquia jurídica, está abaixo de
uma lei complementar", afirma.
O governo pode apenas reduzir o valor da multa a ser
paga, ou flexibilizar a regra para o saque do valor,
segundo a advogada trabalhista Mayra Palópoli. Ela
cita como exemplo a mudança implantada pela reforma
trabalhista, que baixou para 20% a multa a ser paga
caso a rescisão contratual seja feita em comum
acordo. “A função histórica do FGTS é indenizar o
trabalhador que é dispensado, dando a ele uma
poupança compulsória que substituísse a
estabilidade.”
Com informações da Folha.com
Fonte: Portal Vermelho
22/07/2019 -
Nova regra para votação de MPs será promulgada em
agosto
O Congresso Nacional deve promulgar no início de
agosto a proposta de emenda à Constituição (PEC) que
altera as regras e prazos de tramitação de medidas
provisórias (MPs).
Aprovadas pelos senadores em 12 de junho, depois de
oito anos de tramitação no Parlamento, as novas
normas determinadas pela PEC 91/2019 asseguram ao
Senado pelo menos 30 dias de prazo para analisar as
medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo.
Para que as mudanças entrem em vigor, falta apenas a
promulgação pelo Congresso, o que deve ocorrer na
retomada dos trabalhos legislativos. As regras
constitucionais atuais estão em vigor desde a
promulgação da Emenda Constitucional 32, em 2001.
A PEC define prazos específicos para cada fase de
tramitação das MPs. A comissão mista de deputados e
senadores terá 40 dias para votar a proposta. Em
seguida, a Câmara dos Deputados terá mais 40 dias.
Depois disso, é a vez do Senado, que terá 30 dias
para analisar a PEC. Se os senadores apresentarem
emendas, os deputados terão mais dez dias para
apreciá-las. Nenhum desses prazos poderá ser
prorrogado.
Caso o prazo da comissão mista seja descumprido, a
MP avançará para a Câmara dos Deputados sem o
parecer. Já o descumprimento dos demais prazos
significará a perda de validade da medida
provisória.
Além disso, fica estabelecido que uma MP entrará em
regime de urgência, ganhando prioridade na pauta de
votação, a partir do 30º dia de tramitação na
Câmara, do 20º dia de tramitação no Senado e durante
todo o período de tramitação para revisão na Câmara
(se houver).
Pela regra atualmente em vigor, uma MP perde a
eficácia se não for convertida em lei em até 120
dias no total, sem definir prazos para a comissão
mista e para cada uma das Casas. Um problema desse
modelo de tramitação é que todo o tempo pode ser
consumido na comissão, sem que os Plenários das duas
Casas tenham a oportunidade de analisar a matéria.
Outra medida da PEC é proibir a inclusão nas medidas
provisórias dos chamados “jabutis” — dispositivos
que não têm relação com o texto mas pegam “carona”
na tramitação acelerada das MPs para virarem lei
rapidamente. Com as novas regras, passa a ser vedado
o acréscimo de matérias estranhas ao objeto original
da MP, que não sejam vinculadas a ele “por
afinidade, pertinência ou conexão”.
Fonte: Agência Senado
22/07/2019 -
Aumento de jornada sem consentimento de trabalhador
é lesivo, diz TRT-4
Aumentar a carga horária de trabalho sem
consentimento do funcionário viola os princípios da
inalterabilidade contratual lesiva e condição mais
benéfica. Com base nesse entendimento, a 1ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
considerou lesivo o aumento de seis para oito horas
diárias da jornada de uma empregada de uma loja de
roupas.
Os desembargadores entenderam que a alteração foi
prejudicial à trabalhadora e que não foi comprovado
o seu consentimento. “O aumento imposto da carga
horária diária e semanal configura violação aos
princípios da inalterabilidade contratual lesiva e
condição mais benéfica, seja porque não há mútuo
consentimento, seja porque resulta em prejuízos
financeiros”, afirmou o acórdão.
Os magistrados condenaram a empresa a pagar o
adicional de horas extras sobre a sétima e a oitava
hora diária trabalhada. A relatora do acórdão,
desembargadora Laís Helena Jaeger Nicotti, disse
que, apesar de o salário da empregada ter aumentado,
a mudança da jornada lhe trouxe um prejuízo
financeiro, pois ela não recebeu o adicional de
horas extras sobre a sétima e a oitava hora
trabalhada.
A desembargadora também destacou que não foi
demonstrado no processo o mútuo consentimento para o
aumento da carga horária. Nesse sentido, observou
que a existência de uma disposição no contrato de
trabalho sobre a “mera possibilidade da alteração de
jornada” não é suficiente para comprovar a
concordância da trabalhadora com a mudança.
A relatora concluiu que o aumento da jornada
contrariou o artigo 468 da CLT, que prevê que a
alteração no contrato individual de trabalho só é
lícita se ocorrer por mútuo consentimento e sem
causar prejuízos ao empregado. Conforme a
magistrada, a conduta da empresa também contrariou
princípios específicos norteadores do Direito do
Trabalho, entre eles o da condição mais benéfica.
A decisão foi unânime e reformou sentença de
primeiro grau, que havia negado o pedido da autora.
Com informações da assessoria de imprensa do TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
22/07/2019 -
Proposta corta pela metade IRPJ e CSLL de micro e
pequeno empresa com mais empregados
O Projeto de Lei Complementar 97/19 reduz pela
metade o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
devidos por micro e pequenas empresas que
contratarem mais empregados. A proposta, do deputado
Pinheirinho (PP-MG), tramita na Câmara dos Deputado
e altera a Lei do Simples Nacional (criada pela Lei
Complementar 123/06).
Na atividade industrial, a redução nas alíquotas
vale para a microempresa que tiver contratado, nos
doze meses anteriores à apuração do tributo, acima
de 10 empregados. Para pequena empresa, mais de 60
trabalhadores.
Na atividade de prestação de serviço, a regra já se
aplica à metade desses contingentes (5 e 30
trabalhadores, respectivamente).
Atualmente, no Simples Nacional (criado pela Lei
Complementar 123/06 e alterado pela Lei Complementar
155/16), os tributos são cobrados conforme a
atividade da micro e pequena empresa. Para saber a
alíquota efetiva de tributação, é preciso fazer um
cálculo que leva em conta a receita bruta dos
últimos doze meses, a alíquota nominal prevista em
uma tabela da legislação e um desconto padrão
específico para cada faixa de faturamento.
Para Pinheirinho, a forma mais eficaz e rápida de
retirar o Brasil do atual cenário econômico é
estimular a contratação de trabalhadores. “Com isso,
o Poder Público consegue arrecadar mais recursos,
que poderão ser utilizados tanto em investimentos
sociais quanto no desenvolvimento do País”, defende.
O deputado acredita que o estímulo à geração de
empregos promoverá aumento da massa salarial e
aquecimento da atividade econômica pelo maior
consumo das famílias, com reflexos na arrecadação a
médio e longo prazos. Esse ciclo vai neutralizar,
segundo Pinheiro, a renúncia fiscal verificada
inicialmente.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade e será
analisada pelas comissões de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de
Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e
de Cidadania antes de seguir para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
19/07/2019 -
Liberar FGTS reflete falta de rumo do governo,
avalia oposição
Os partidos da oposição e mais alinhados com a
defesa dos direitos dos trabalhadores avaliam que a
intenção do governo Bolsonaro de repetir a medida
adotada por Michel Temer em 2017 e liberar para
saque recursos do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço, o FGTS, é uma demonstração da falta de
programa de desenvolvimento econômico para o país.
“É uma peça mais de propaganda do que uma medida
econômica para valer, para ser anunciada nos 200
dias do governo Bolsonaro e não resolve o problema
do desemprego ou da alavancagem da economia”, avalia
Ivan Valente, líder do PSol na Câmara, segundo o
site Congresso em foco.
O deputado comenta que a medida deve atrair as
pessoas e assim servir para afastar as atenções para
o fato de que a reforma da previdência não irá mudar
a vida dos trabalhadores nem em curto e nem em médio
prazo.
“Os recursos fazem parte de um programa de
investimento, mas como isso é uma coisa que fica
ofuscada neste momento, ou seja, não há plano de
gerar empregos no Brasil em médio prazo,
teoricamente seria mais benéfico resguardar o
dinheiro para investimento, que gera emprego e
atende à moradia minimamente digna”, menciona o
parlamentar.
Desde maio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já
havia declarado que estudava uma nova liberação dos
recursos de contas ativas do FGTS para saque como
forma de injetar recursos e movimentar a economia
depois que a reforma da previdência fosse aprovada.
O tema voltou à tona nesta semana e a expectativa é
que o Palácio do Planalto anuncie o pacote nesta
quinta-feira (18), em comemoração aos 200 dias do
governo Jair Bolsonaro. Mas a proposta não está
totalmente formatada, o que poderá gerar um atraso.
Os deputados também concordam que a medida divide
opiniões, pois pode aliviar em curto prazo a
situação de endividamento da população.
Daniel Almeida e Enio Verre
“Tem um aspecto positivo que é a liberação de recursos
que podem estimular o consumo, mas o aspecto
preocupante é a redução dos recursos disponíveis
para setores da habitação e saneamento, que têm
carências enormes no Brasil e são geradores de
emprego; eu vejo com preocupação essa ação
permanente de esvaziar recursos do FGTS, são medidas
que apenas colocam curativo na ferida, não curam a
doença da falta de desenvolvimento e de geração de
empregos”, argumenta o deputado Daniel Almeida,
líder do PCdoB na Câmara.
Vice-líder do PT, o deputado e economista Enio Verre
afirma que nas contas de especialistas e professores
da área com quem tem conversado, considerando as
regras de liberação parcial do dinheiro de acordo
com faixa renda, que já foram comentadas pelo
governo, o volume a ser colocado em circulação deve
ficar em torno de R$ 35 bi.
“É uma proposta que divide, numa visão de curto
prazo, por falta de política econômica ou qualquer
iniciativa que gere emprego e renda, isso ajuda o
brasileiro que está com contas atrasadas e não
consegue pagar o aluguel, mas numa visão correta de
economia é uma grande equívoco, porque retira
dinheiro da construção civil, de projetos como o
Minha Casa Minha Vida, que tem efeito multiplicador
na economia muito grande, gera emprego, compra de
cimento, de cano, de ferro, ou seja, vários setores
que poderiam gerar renda, isso é muito ruim para o
Brasil”, comenta o Enio Verre.
Fonte: Portal Vermelho
19/07/2019 -
'Pretendo beneficiar filho meu, sim', diz Bolsonaro
sobre indicação de Eduardo
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta
quinta-feira, 18, durante transmissão ao vivo nas
redes sociais, que pretende indicar o filho, o
deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada
nos EUA.
"Lógico, que é filho meu, pretendo beneficiar filho
meu, sim. Pretendo, se puder, dar filé mignon, eu
dou, mas não tem nada a ver com filé mignon, nada a
ver, é realmente, nós aprofundarmos um
relacionamento com um país que é a maior potência
econômica e militar do mundo", disse Bolsonaro.
Ele afirmou que poderia também demitir o chanceler
Ernesto Araújo e colocar o filho em seu lugar. "Se
eu quiser hoje, eu não vou fazer isso jamais, chamo
o Ernesto Araújo, falo: O Ernesto vai para
Washington, que eu vou botar o Eduardo no Ministério
da Relações Exteriores", afirmou.
Fonte: Brasil247
19/07/2019 -
Governo estuda acabar com saque do FGTS em demissões
sem justa causa
Mudança na regra é uma das possibilidades
avaliadas no projeto que altera as regras do FGTS a
ser anunciado ainda esta semana pelo governo
A liberação de saques de uma parte do dinheiro
depositado em contas do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) não deve ser a única medida a ser
anunciada pelo governo Bolsonaro em relação a esses
recursos. A equipe econômica prepara um projeto mais
amplo, que deve ser detalhado ainda esta semana.
Entre as medidas em estudo, os técnicos do
Ministério da Economia avaliam acabar com os saques
automáticos do FGTS nas demissões sem justa causa.
Para compensar essa perda de receita ao ser
demitido, o trabalhador poderia resgatar os recursos
devidos uma vez por ano, que ocorreria na data de
aniversário dos cotistas.
Nos casos de demissão sem justa causa, o governo
pode fazer com que a multa de 40% paga pelos
empregadores aos trabalhadores seja destinada a um
fundo público, em vez do próprio demitido, segundo
informações do jornal O Globo.
A intenção de mudar as regras para saques do FGTS
foi anunciada na quarta-feira (17/7) pelo presidente
Jair Bolsonaro. A principal medida antecipada pelo
governo é a possibilidade de o trabalhador sacar
parte dos recursos que estão depositados. A equipe
econômica, no entanto, ainda estuda se vai liberar
saques tanto em contas inativas (referentes a
contratos de trabalho já finalizados) quanto em
ativas (de contratos ainda vigentes) ou se vai
permitir apensas em contas inativas.
Fonte: Correio Braziliense
19/07/2019 -
MP 881 é reforma trabalhista ‘enrustida’, diz
Orlando Silva
A pretexto de "aumentar” a produtividade das
empresas, avança na Câmara dos Deputados mais um
ataque aos direitos trabalhistas. Aprovada pela
comissão mista criada para analisá-la, a medida
provisória da liberdade econômica (MP 881/19)
chegará ao plenário no início de agosto propondo
alterações em 36 artigos da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
Devido ao seu alcance, a MP editada por Bolsonaro em
30 de abril já tendo sido apelidada por
parlamentares da oposição como uma minirreforma
trabalhista.
A medida institui a Declaração de Direitos de
Liberdade Econômica. Porém, apesar de não haver
menção a leis trabalhistas no texto original, o voto
do relator Jerônimo Goergen (PP-RS) e emendas de
deputados da base aproveitaram para impor novas
mudanças na legislação. O relatório aprovado alterou
substancialmente a proposta, afetando direitos
trabalhistas.
Entre os retrocessos, estão a flexibilização do
trabalho aos domingos, suspensão de jornadas
especiais de algumas categorias profissionais e
desobrigação da constituição de Comissões Internas
de Prevenção de Acidentes (Cipas) em pequenas
empresas.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a história
recente do país já mostrou que “retirar ou
flexibilizar direitos trabalhistas não gera novas
oportunidades de trabalho”. “Ao contrário”, sublinha
o parlamentar, “apenas precariza mais”.
“A promessa da reforma trabalhista era gerar
empregos, mas desde lá o desemprego aumentou e ainda
muitos foram demitidos para serem recontratados sem
os direitos que tinham. O Brasil precisa é de um
plano de retomada do crescimento, amparo a quem
precisa, não de uma reforma trabalhista enrustida
para piorar ainda mais a vida do trabalhador",
afirmou.
Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), o texto “ameaça a
segurança jurídica do país”. A presidente da
entidade, Noemia Porto, lembra que, no julgamento da
ADI 5127, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou
a inconstitucionalidade de emenda parlamentar em MP
quando seu conteúdo seja distinto do texto original.
A entidade aponta que ficam suspensos diversos
artigos da CLT que estabelecem jornadas especiais,
por exemplo, para bancários, jornalistas, entre
outros, inclusive com restrições à remuneração
diferenciada de horas extras. Questões relativas à
segurança e medicina do trabalho também são
afetadas, tornando facultativa a constituição de
Cipas em alguns casos.
“Em um país que registra, de acordo com estatísticas
oficiais, uma morte por acidente em serviço a cada
três horas e 40 minutos, é inaceitável. Não se trata
de uma questão econômica, mas sim de saúde pública”,
adverte a presidente da Anamatra.
A medida provisória, que teria como objetivos
recuperar a economia, garantir investimentos e
possibilitar a desestatização, por pouco não acabou
liberando também a venda de medicamentos em
supermercados. Esta hipótese foi retirada do
substitutivo após pressão de entidades ligadas ao
setor de saúde.
Fonte: PCdoB na Câmara
19/07/2019 -
CAE analisa projeto que assegura ganho real para
aposentadorias e pensões
Está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o
projeto de lei (PLS 302/2016) que institui o
Programa de Recuperação do Poder Aquisitivo dos
Benefícios das Aposentadorias e Pensões. A ideia do
autor, senador Paulo Paim (PT-RS), é assegurar um
ganho real para os benefícios previdenciários
maiores que um salário mínimo. A proposta já teve
parecer favorável, do senador Flávio Arns (Rede-PR),
aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
19/07/2019 -
Previdência: oposição vai tentar excluir
‘crueldades’ no segundo turno da votação
Deputada Jandira Feghali criticou papel da mídia
tradicional que apresentou as mudanças nas
aposentadorias como a salvação para o país.
"Além de não salvar, sequestrou direitos da
população"
Segundo a deputada federal Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), líder da minoria na Câmara, o texto da
“reforma” da Previdência, aprovado pelo plenário da
Câmara em primeiro turno na semana passada, ainda é
“muito ruim” para a classe trabalhadora, em especial
para os trabalhadores mais pobres – que terão que
contribuir por 40 anos (no caso dos homens, 35 para
mulheres) para alcançarem o valor integral dos
benefícios –, e também para servidores públicos, com
pedágio de 100% do tempo que falta para se
aposentarem. A oposição vai tentar excluir esses e
outros pontos “cruéis” da matéria, durante a votação
da proposta em segundo turno.
Serão nove destaques supressivos que os partidos de
oposição (PT, PCdoB, Psol, PSB, PDT e Rede) deverão
apresentar na votação prevista para o início de
agosto. O conteúdo desses destaques ainda serão
definidos durante o recesso, período em que a
deputada espera que os parlamentares sofram pressão
das suas bases em favor de mudanças que flexibilizem
as regras mais excludentes. “Se houver uma pressão
devida, com conversas com os deputados, é possível
que tenham ainda alguma sensibilidade no segundo
turno”, disse Jandira em entrevista aos jornalistas
Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil
Atual, nesta quinta-feira (18).
O benefício da pensão por morte inferior a um
salário mínimo, bem como a restrição do abono
salarial para trabalhadores que ganham até R$ 1.300,
devem ser outros pontos da proposta que a oposição
vai tentar suprimir. Jandira cita também a taxação
de servidores inativos que ganham acima de um
salário mínimo, e a inclusão na Constituição das
regras de acesso ao Benefício de Prestação
Continuada (BPC) como outros fatores da “reforma” da
Previdência que devem serão objetos dos destaques
supressivos a serem apresentados.
A deputada também criticou o papel da mídia
tradicional, que se unificou no apoio à proposta,
abdicando do papel de informar devidamente a
população sobre os prejuízos da “reforma” da
Previdência. “Não fomos chamados para um debate
sequer. Quem era contra, não teve voz na grande
mídia. Apesar disso, metade da população ficou
contra. Há um grande engodo, uma grande enganação. E
as pessoas acreditaram que essa reforma viria para
salvar o Brasil. Além de não salvar, sequestrou
direitos da população pobre desse país”, disse
Jandira.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/07/2019 -
Marco Aurélio desabafa e diz esperar que Moro não
seja ministro do STF
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal, quebrou o silêncio em relação à atuação do
ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça. Ele
diz que continua a “indagar o que nós estaríamos a
dizer se [Moro] tivesse mantido essa espécie de
diálogo com a outra parte [a defesa dos réus]”.
“Ministério Público no processo é parte e tem que
ser tratado como tal”, afirma. “Eu espero que ele
não ocupe a cadeira que deixarei em 2021”, aponta a
coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
"Marco Aurélio deixará o Supremo após Celso de
Mello. É dele, portanto, a segunda vaga na corte
para a qual Jair Bolsonaro escolherá um substituto.
O ministro, que já havia dito que Moro não é 'vocacionado'
à magistratura, reiterou a crítica. Para ele, com a
divulgação dos diálogos entre o ex-juiz e
procuradores, 'a máscara caiu'”, escreve ainda a
jornalista Daniela Lima, editora do Painel.
Fonte: Brasil247
19/07/2019 -
Abono do PIS/Pasep começa a ser pago na próxima
quinta-feira
Devem ser liberados R$ 19,3 bilhões a 23,6
milhões de trabalhadores
O pagamento do abono salarial do Programa de
Integração Social (PIS) e do Patrimônio do Servidor
Público (Pasep), exercício 2019/2020, começa na
quinta-feira (25) da próxima semana. A liberação do
dinheiro para os cadastrados no PIS vai considerar a
data de nascimento e os do Pasep, o dígito final do
número de inscrição.
Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro
receberão o abono do PIS ainda este ano. Já os
nascidos entre janeiro e junho terão o recurso
disponível para saque em 2020. Recebem também este
ano os servidores públicos cadastrados no Pasep com
dígito final do número de inscrição entre 0 e 4. Os
com final entre 5 e 9 receberão no próximo ano.
A data para o fechamento do calendário de pagamento
do exercício 2019/2020 está prevista para o dia 30
de julho de 2020. A estimativa é de que sejam
destinados R$ 19,3 bilhões a 23,6 milhões de
trabalhadores. O pagamento do abono salarial
referente ao PIS será feito pela Caixa em suas
agências em todo o país; e o abono do Pasep será
pago no Banco do Brasil.
Quem tem direito
Para ter direito ao abono salarial do PIS/Pasep é
necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos
30 dias em 2018, com remuneração média de até dois
salários mínimos. Além disso, o trabalhador tem de
estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos
e ter tido seus dados informados corretamente pelo
empregador na Relação Anual de Informações Sociais
(Rais).
Para os trabalhadores que tiverem os dados
declarados na Rais 2018 fora do prazo e entregues
até 25 de setembro de 2019, o pagamento estará
disponível a partir de 4 de novembro de 2019,
conforme calendário de pagamento aprovado, e, após
este prazo, somente no calendário seguinte.
Fonte: Agência Brasil
19/07/2019 -
Projeto determina que intimação eletrônica
prevalecerá sobre diário da justiça
O Projeto de Lei 2756/19 determina que a intimação
pelo portal eletrônico do tribunal prevalecerá sobre
aquela feita pelo Diário da Justiça Eletrônico (DJe),
se ocorrer duplicidade. A proposta tramita na Câmara
dos Deputados.
De autoria do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ),
o texto altera a Lei do Processo Eletrônico
(11.419/06). O objetivo da proposta, segundo o
deputado, é resolver o que ele chamou de um
“imbróglio jurídico desconcertante” para advogados e
cidadãos.
Contagem de prazo
Atualmente, os tribunais de justiça possuem um DJe
para publicar atos judiciais e administrativos,
destinado ao grande público, e um portal eletrônico,
específico para acompanhamento processual, que
publica intimações eletrônicas voltadas para os
advogados.
De acordo com o deputado, alguns tribunais costumam
publicar atos processuais, como recursos e decisões,
nos dois canais. A duplicidade gera dúvidas sobre
qual canal prevalecerá para fins de direito,
principalmente para a contagem de prazos
processuais. “O resultado prático dessa divergência
é uma portentosa insegurança jurídica”, disse
Ribeiro. Ele afirmou que o próprio Superior Tribunal
de Justiça (STJ) tem decisões opostas sobre a
questão.
“Portanto, a necessidade de o Congresso Nacional
editar norma legal para pacificar a questão é medida
que se impõe com a máxima urgência”, afirma o
deputado.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/07/2019 -
Força entrega a Maia documento do Diap que enumera
pontos críticos à MP 881
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
entregou terça (17) ao presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, um documento, elaborado pelo Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que
destaca os pontos mais graves da Medida Provisória
881.
A MP 881 foi aprovada em Comissão Mista do Congresso
Nacional, dia 11, e passa a ser o Projeto de Lei
17/19, que deverá ser votado em plenário na volta do
recesso parlamentar, em agosto.
A proposta altera a CLT, retira mais direitos
trabalhistas, amplia a precarização nas relações de
trabalho e traz mais riscos à saúde e à segurança da
classe trabalhadora.
Diap - O Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar fez um levantamento dos itens
mais lesivos aos direitos dos trabalhadores. Entre
eles, destaque para o que suspende "leis, atos
normativos infralegais, acordos e convenções
coletivas, que vedam o trabalho aos finais de
semana, incluindo sábados, domingos e feriados".
Força - Miguel afirma que o sindicalismo quer
o apoio de Maia para barrar a MP no Congresso: “São
medidas oportunistas, que não colaboram em nada com
a geração de empregos de qualidade e a retomada do
desenvolvimento econômico do País".
O dirigente solicitou ao presidente da Câmara um
aumento do prazo de debates. "Foi uma boa reunião.
Maia estava ciente da pauta, foi receptivo e não
questionou nosso posicionamento. Queremos ampliar o
prazo e ter tempo para apurar mais a análise do
projeto", diz Miguel.
Documento - Leia o texto com os pontos
críticos da MP 881 (PLV 17/19):
- permitir trabalho em toda e qualquer atividade em
feriados, sem submeter tal situação a acordo
coletivo e sem compensação aos trabalhadores.
- prever regimes especiais de contratação, suspendendo
leis, atos normativos infralegais, acordos e
convenções coletivas, que vedam o trabalho aos
finais de semana, incluindo sábados, domingos e
feriados.
- ampliar a duração de contratos de trabalho por prazo
determinado, atualmente, de acordo com a CLT,
restritos a, no máximo, 2 anos.
- possibilitar contratos de trabalho regidos pelas
regras do Direito Civil, sendo as de Direito do
Trabalho, dispostas em lei, consideradas todas
subsidiárias.
- tornar facultativa a constituição de Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
- dispensar as empresas de encaminharem cópia da
Guia da Previdência Social ao sindicato
representativo da categoria profissional mais
numerosa entre seus empregados.
- afrontar a Constituição Federal, as normas
internacionais do trabalho, a dignidade da pessoa
humana e o valor social do trabalho.
Fonte: Agência Sindical
18/07/2019 -
Governo quer reduzir alíquota do IR para máximo de
25%, diz Bolsonaro
Presidente falou também sobre novas regras para
saques do FGTS
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta
quarta-feira (17) que o governo vai trabalhar por
uma reforma tributária mexendo apenas em impostos
federais, com perspectiva de redução da carga
tributária ao longo dos anos. Uma das mudanças seria
a redução da alíquota máxima do imposto de renda
(IR) para 25%. Atualmente, pessoas físicas pagam até
27,5% e pessoas jurídicas, como empresas, pagam até
34% de IR. Outra ideia do governo é unificar
impostos e contribuições federais, como PIS, Cofins,
IPI e IOF, em um imposto único.
"O que nós queremos fazer, conforme explanação do
Marcos Cintra, no dia de ontem, na reunião de
ministros, é mexer só com os tributos federais. Uma
tabela de imposto de renda de, no máximo, 25%, e dar
uma adequada. E nós queremos, segundo o próprio Onyx
Lorenzoni falou, no dia de ontem, na reunião, nós
queremos, ano a ano, ir reduzindo nossa carga
tributária", afirmou o presidente em entrevista a
jornalistas logo após participar da cúpula do
Mercosul, em Santa Fé, na Argentina.
O Brasil assumiu a presidência pro-tempore do bloco
pelos próximos seis meses. Durante seu discurso na
cúpula, Bolsonaro afirmou que pretende trabalhar
pela redução de tarifas e ampliação de acordos
comerciais. O presidente retorna ainda na tarde
desta quarta-feira para Brasília.
Ainda na entrevista, Bolsonaro disse que esta semana
devem ser anunciadas novas regras para saques de
contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). "É uma pequena injeção na economia e é
bem-vindo isso daí, porque começa a economia,
segundo os especialistas, a dar sinais de
recuperação", disse.
Perguntado sobre a possibilidade do Senado reincluir
estados e municípios na reforma da Previdência, o
presidente ponderou que isso deveria ser feito em um
projeto paralelo, para evitar que o texto tenha
retornar à Câmara dos Deputados.
"Eu acho que não é o caso de mexer nessa proposta,
porque ela voltaria para a Câmara. Pode ser uma PEC
paralela, é outra história para ser discutida",
disse.
Embaixador nos EUA
Bolsonaro voltou a comentar sobre a eventual indicação
de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), para o cargo de embaixador do Brasil nos
Estados Unidos. Segundo ele, consultas preliminares
serão feitas ao governo norte-americano e o
presidente Donald Trump deve dar o seu aval. "Tenho
certeza que ele dará o sinal positivo", disse.
Na coletiva com chanceleres do Mercosul, o ministro
das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, elogiou
Eduardo Bolsonaro e disse que ele pode ajudar a
alavancar projetos entre o Brasil e Estados Unidos.
"É uma pessoa com grande capacidade de articulação
política, ajudaria muito os projetos que temos com
Estados Unidos. A perspectiva agora dependeria,
sobretudo, claro, da aprovação pelo Senado, mas me
parece que seria um excelente nome", disse.
Fonte: Agência Brasil
18/07/2019 -
Novo capítulo da Vaza Jato revela que Moro
interferiu em delações
"Mensagens privadas trocadas por procuradores da
Operação Lava Jato em 2015 mostram que o então juiz
federal Sergio Moro interferiu nas negociações das
delações de dois executivos da construtora Camargo
Corrêa cruzando limites impostos pela legislação
para manter juízes afastados de conversas com
colaboradores", aponta reportagem da Folha de S.
Paulo e do Intercept, divulgada nesta quinta-feira
18.
Assinada por Ricardo Balthazar e Paula Bianchi, a
reportagem revela a partir de mensagens
interceptadas que Moro avisou aos procuradores que
só homologaria as delações se a pena proposta aos
executivos incluísse pelo menos um ano de prisão em
regime fechado.
Segundo o texto dos jornalistas, a Lei das
Organizações Criminosas, de 2013 diz que juízes
devem se manter distantes das negociações e têm como
obrigação apenas a verificação da legalidade dos
acordos após sua assinatura.
"As mensagens obtidas pelo Intercept mostram que
Moro desprezou esses limites ao impor condições para
aceitar as delações num estágio prematuro, em que
seus advogados ainda estavam na mesa negociando com
a Procuradoria", aponta a reportagem.
As mensagens
"No dia 23 de fevereiro de 2015, o procurador Deltan
Dallagnol, chefe da força-tarefa, escreveu a Carlos
Fernando dos Santos Lima, que conduzia as
negociações com a Camargo Corrêa, e sugeriu que
aproveitasse uma reunião com Moro para consultá-lo
sobre as penas a serem propostas aos delatores",
escrevem os jornalistas.
– A título de sugestão, seria bom sondar Moro quanto
aos patamares estabelecidos – disse Deltan.
– O procedimento de delação virou um caos. O que
vejo agora é um tipo de barganha onde se quer jogar
para a platéia, dobrar demasiado o colaborador,
submeter o advogado, sem realmente ir em frente. Não
sei fazer negociação como se fosse um turco. Isso
até é contrário à boa-fé que entendo um negociador
deve ter. E é bom lembrar que bons resultados para
os advogados são importantes para que sejam trazidos
novos colaboradores – respondeu Carlos Fernando.
– Vc quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena
de que o Moro discorde? “Acho perigoso pro
relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que não
significa que seguiremos – interferiu Deltan.
A opinião de Moro foi parcialmente respeitada. Com a
assinatura dos acordos, dois dias depois, ficou
acertado que os dois executivos da Camargo Corrêa,
Dalton Avancini e Eduardo Leite, ficariam mais um
ano trancados em casa, mas não num presídio.
Em nota, Moro negou ter participado dos acordos.
“Enquanto juiz, não houve participação na negociação
de qualquer acordo de colaboração”, diz nota enviada
por sua assessoria.
Fonte: Brasil247
18/07/2019 -
Confirmado o pagamento de R$ 30 mil a Dallagnol por
palestra no Ceará
O procurador da Lava Jato também teria recebido
passagens para família e diversão no Beach Park,
confirmou a Federação das Indústrias do Ceará
Envolvido em denúncias de conluio, juntamente com
Sérgio Moro e outros procuradores, Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa da Lava Jato, recebeu um
cachê de R$ 30 mil para dar uma palestra, em 2018. O
evento foi o projeto Ideias em Debate, promovido
pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec),
conforme informou Mônica Bergamo, na Folha de
S.Paulo.
A jornalista teve acesso a diálogos entre Dallagnol
e Sérgio Moro. A informação que o procurador também
se hospedou no hotel do Beach Park foi confirmada
pela diretoria da Federação das Indústrias do
Estado.
Dallagnol foi contratado via Centro Industrial do
Ceará (CIC) para o evento com o empresariado. Na
oportunidade, ele expôs a luta contra a corrupção,
que estaria sendo encabeçada pelo grupo de
procuradores de Curitiba, tendo à frente o então
juiz Sérgio Moro.
Fonte: Revista Forum
18/07/2019 -
Líder do governo estima 60 votos para aprovação da
reforma da Previdência
O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), diz que a reforma da Previdência (PEC
6/2019) deverá ser aprovada com até 60 votos no
Senado e promulgada na segunda quinzena de setembro.
O senador confirmou a votação de uma proposta
paralela para incluir os estados e municípios na
reforma. Mas a oposição não abrirá mão de nenhum dos
prazos regimentais, como avisou o senador Weverton
(PDT-MA).
Fonte: Agência Senado
18/07/2019 -
PIB recua 0,8% no trimestre encerrado em maio, diz
FGV
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, recuou 0,8%
no trimestre encerrado em maio deste ano, na
comparação com o trimestre encerrado em fevereiro. O
dado é do Monitor do PIB, divulgado pela Fundação
Getulio Vargas (FGV).
Segundo a FGV, no entanto, o PIB brasileiro cresceu
0,5% quando comparado ao trimestre encerrado em maio
de 2018. Considerando-se apenas o mês de maio deste
ano, houve altas de 0,5% em relação ao mês anterior
e de 4,3% na comparação com maio do ano passado. No
acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 1,2%.
Na comparação do trimestre finalizado em fevereiro
com o trimestre encerrado em maio, os três grandes
setores produtivos tiveram queda: serviços (-0,4%),
indústria (-1,4%) e agropecuária (-1,2%).
Dentro dos serviços, a maior queda foi observada nos
transportes (-2%). Os serviços de informação foram
os únicos a apresentar crescimento (0,2%). Já na
indústria, houve queda entre todos os subsetores,
com destaque para a indústria extrativa mineral
(-4,8%).
Sob a ótica da demanda, a queda do trimestre findo
em maio na comparação com o trimestre encerrado em
fevereiro foi puxada pelas exportações, que recuaram
5,2% no período. O consumo de governo também caiu
(-0,4%). Já as importações subiram 2,4%.
Por outro lado, tanto o consumo das famílias quanto
a formação bruta de capital fixo (investimentos)
cresceram 0,2%.
O cálculo oficial do PIB é feito pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
divulgado a cada trimestre fechado (janeiro a março,
abril a junho, julho a setembro e outubro a
dezembro).
Fonte: Agência Brasil
18/07/2019 -
Decisão do TST inibe trabalhador de processar
empresa e estimula violação de direitos
Medida da "reforma" trabalhista do governo Temer
é confirmada pelo TST, e empregado deve arcar com
honorários advocatícios se for à Justiça e perder
ação
Duas das oitos turmas que compõem o Tribunal
Superior do Trabalho (TST) confirmaram que caberá ao
trabalhador arcar com os honorários advocatícios da
empresa em caso de derrota em processo trabalhista.
Antes o trabalhador, mesmo quando perdia a ação, não
pagava os custos da defesa da empresa. Trata-se de
um dos pontos mais controversos da “reforma”
trabalhista, aprovada durante o governo Temer.
Segundo o Dieese, a mudança inibe a procura dos
trabalhadores pela Justiça, intimidando a busca por
direitos.
“É mais uma má notícia para os trabalhadores”,
afirma o supervisor do escritório do Dieese em São
Paulo, Victor Pagani, em entrevista à Rádio Brasil
Atual nesta quarta-feira (17). A chamada sucumbência
pode variar de 5% a 15% do valor da causa e poderá,
inclusive, ser descontada de outras verbas
reclamadas na mesma ação.
“Se um trabalhador entrou com um processo que pede,
por exemplo, adicional de horas extras e adicional
noturno, supondo que ele ganha no primeiro, mas
perca no segundo, vai pagar o honorário de
sucumbência descontado da verba que irá receber do
outro pedido feito na mesma ação”, explica Pagani.
Ele afirma que a situação atual é ainda mais grave,
já que a jurisprudência do tribunal ainda não foi
pacificada, pois as decisões não foram avaliadas em
plenário, o que aumenta a “insegurança jurídica”
para o trabalhador. Os defensores da medida entendem
que serviria para evitar “processos aventureiros”.
“Pelas decisões das duas turmas, a tendência não é
favorável aos trabalhadores”, lamenta.
Há ainda uma ação direta de inconstitucionalidade (a
ADI 5.766), movida pela Procuradoria-Geral da
República, em apreciação no Supremo Tribunal Federal
(STF). O processo está parado desde maio de 2018,
após pedido de vista do ministro Luiz Fux. O placar
da votação estava empatado, com o ministro Edson
Fachin considerando procedente a ADI, e Luís Roberto
Barroso se posicionamento contrariamente.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/07/2019 -
‘Reforma’ da Previdência deve agravar o desemprego,
diz dirigente da IndustriALL
Valter Sanches destaca que, assim como ocorreu
com a "reforma" trabalhista,
falsas promessas do governo e do mercado se
mostrarão falsas e não devem se confirmar
A “reforma” da Previdência, caso seja aprovada, não
deve contribuir para a criação de postos de
trabalho, como alegam representantes do governo e do
mercado financeiro. Como as pessoas levarão mais
tempo para se aposentar, será mais difícil para
trabalhadores mais jovens entrar no mercado formal.
Já a redução no valor das aposentadorias deve
significar a diminuição do poder de compra de
parcela importante da população, contribuindo para o
esfriamento ainda maior da economia. É como avalia o
secretário-geral do IndustriALL, o brasileiro Valter
Sanches.
Em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e
Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
quarta-feira (17), o líder da entidade, que
representa 50 milhões de trabalhadores no setor
industrial em 140 países, lembra que os defensores
da “reforma” trabalhista também prometiam a criação
de milhões de empregos, que não se concretizaram.
Ele lembra que, em junho, o país foi incluído na
lista da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
com 40 países que cometem violação dos direitos
sociais. A Medida Provisória (MP) 881, chamada de
“MP da Liberdade Econômica” completa o quadro de
“medidas selvagens” cometidas contra os
trabalhadores.
“As pessoas vão ter que trabalhar mais tempo. A
rotatividade normal não vai acontecer. Como pode ter
efeito positivo? Ainda vai diminuir valor dos
benefícios. Portanto, a parcela da renda nacional
oriunda das aposentadorias e pensões vai diminuir. É
o contrário do ciclo virtuoso, e vai representar um
aprofundamento da miséria”, disse o dirigente. Ele
lembra que as contas do sistema previdenciário
estavam no azul até 2015, antes de ser atingida pela
crise econômica que fez o desemprego saltar de 4,8
milhões, em 2014, para 13,4 milhões no primeiro
trimestre de 2019.
Lava Jato
Sanches também atribui parte da crise do desemprego à
Operação Lava Jato, que comprometeu as atividades
das principais empresas da construção civil e da
indústria do petróleo. “Todos somos favoráveis ao
combate à corrupção. O problema é que isso destruiu
empresas e empregos.” Segundo o secretário-geral da
IndustriALL, esse tipo de prática “não tem paralelo
internacional”. Ele cita o caso da Volkswagen, que
teve que pagar € 1 bilhão em multas, por ter sido
flagrada manipulando em seus veículos dados de
emissão de poluentes. “A empresa segue produzindo,
não houve demissões em função disso.”
Fonte: Rede Brasil Atual
18/07/2019 -
Proposta permite deduzir do IR despesa médica paga a
terceiros
O Projeto de Lei 2414/19 permite que o contribuinte
deduza, do Imposto de Renda, despesas médicas pagas
para a terceiros, mesmo que não sejam seus
dependentes.
Atualmente, a Lei 9.250/95, que trata da legislação
tributária federal, permite a dedução de despesas
com médicos, dentistas, psicólogos, hospitais,
exames e outros realizadas pelo contribuinte ou por
seus dependentes.
A proposta, do deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG),
tramita na Câmara dos Deputados.
Segundo Amaral, é muito usual que um parente mais
rico ajude pessoas da família mais necessitadas
pagando planos de saúde e consultas médicas. A
situação, de acordo com o deputado, é cada vez mais
comum diante da crise econômica. “Isso resulta em
uma grande injustiça, que impede o abatimento de
gastos importantes, além de desestimular a
solidariedade no seio familiar”, disse.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
17/07/2019 -
Com votação da ‘reforma’ da Previdência em aberto,
centrais vão às ruas em agosto
Sindicatos e parlamentares querem usar recesso
legislativo para ampliar informação sobre prejuízos
do projeto que desmonta as aposentadorias
Centrais sindicais e organizações de estudantes e
professores preparam nova agenda de mobilização
contra a “reforma” da Previdência, aprovada em
primeiro turno, na semana passada, pelo Câmara dos
Deputados. A ideia é ampliar, nas próximas semanas,
o volume de informação sobre os impactos negativos
que o relatório da Proposta de Emenda Constituição
(PEC) 6/2019. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que pretende concluir o segundo turno de
votação no plenário da Casa no início do próximo
mês.
Serão realizados abaixo-assinado, assembleias,
panfletagem nas portas das fábricas e centros de
grande circulação de pessoas, com o objetivo de
explicar o quanto a PEC 6/2019, como está, ainda
inviabiliza o direito de aposentadoria para grande
parte dos brasileiros.. Em 13 de agosto, está
previsto um dia nacional de manifestações em defesa
da Previdência pública e da educação.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse ontem
(15) durante reunião na sede da central que a
resistência dos trabalhadores, até o momento, foi
responsável por amenizar diversos pontos da
“reforma”, na comparação com a proposta inicial
apresentada pelo governo Bolsonaro, mas há ainda
muitos pontos “cruéis” que precisão ser alterados.
“Para fazer uma grande mobilização no dia 13 é
preciso manter o ritmo de pressão nos parlamentares
em suas bases, nos municípios onde eles moram e
foram eleitos, nos aeroportos e no Congresso
Nacional”, afirmou Nobre. Entre as propostas
“cruéis”, ele destacou a redução da na pensão por
morte. Pela proposta aprovada até aqui, a viúva ou
viúvo deverá receber 60% do valor original da
aposentadoria recebida pelo cônjuge falecido, mais
10% para cada filho ou dependente.
Jogo não terminou
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) destacou
que o adiamento da votação da proposta em segundo
turno da “reforma”, na Câmara, anteriormente
prevista para ser realizada antes do recesso
parlamentar, significa que a proposta ainda pode ser
alterada, com a supressão de artigos “mais nefastos”
aos trabalhadores.
“O jogo na Câmara e nas ruas ainda está sendo
jogado. Eles não conseguiram os 308 votos para
retirar a Previdência da Constituição, não aprovaram
a capitalização, não conseguiram acabar com a
aposentadoria do trabalhador rural, nem diminuir o
valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada)”,
afirmou o parlamentar. Para Padilha, não é hora de
“retirar a chuteira e o uniforme nem de baixar a
cabeça”. Ele propôs que os trabalhadores façam
“marcação cerrada” nos parlamentares do PDT e do PSB
que votaram a favor da “reforma”, contra a
orientação dos próprios partidos.
“É preciso expor esses deputados na cidade onde eles
têm voto. Tem cidades que são responsáveis por 30%
dos votos de um deputado. Tem de expor a foto de
quem votou a favor da reforma. Não tem dinheiro pra
outdoor? faz uma faixa em frente aos sindicatos. Faz
uma campanha direcionada com os sindicatos rurais,
dos professores, dos metalúrgicos”, disse o
deputado.
Redução de danos
Deputados de oposição afirmam que pretendem usar o
recesso do Legislativo para conscientizar a
população sobre os riscos dos direitos perdidos com
a reforma e, assim, pressionar os demais deputados a
votarem destaques supressivos à proposta de reforma,
já que outras alterações não podem ocorrer nessa
fase de votação.
“Vamos fazer com que a sociedade saiba quem votou a
favor e quem votou contra. Muitos dos deputados que
votaram pela reforma juravam nos palanques
eleitorais que jamais votariam a favor de uma
reforma dessa natureza. Evidentemente, eles vão
sentir na base o reflexo disso”, projeta a deputada
Alice Portugal (PCdoB-BA), em reportagem do Brasil
de Fato. O deputado Ivan Valente (Psol-SP), líder do
partido na Câmara, também diz que é importante ao
menos reduzir a diferença para que a proposta de
“reforma” siga enfraquecida para a votação no
Senado.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/07/2019 -
Novos diálogos entre Moro e Dallagnol são graves,
dizem parlamentares
Em parceria com o The Intercept Brasil, o jornalista
Reinaldo Azevedo revelou nesta segunda-feira (15) no
programa É da Coisa, transmitido pela Bandnews FM,
diálogos inéditos mantidos entre o então juiz Sérgio
Moro e Deltan Dallagnol. Neles, o procurador da Lava
Jato queria aval de ex-juiz para usar R$ 38 mil da
13ª Vara para fazer campanha publicitária.
Em outro trecho das conversas mostra que Deltan e
Moro marcaram reuniões para definir o futuro da Lava
Jato. A revelação é mais uma prova de que o ex-juiz
coordenava ilegal e informalmente a operação.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou os
novos diálogos uma verdadeira “promiscuidade”. “As
novas denúncias da #VazaJato são gravíssimas.
Reuniões entre juiz, acusação e polícia para
combinar operações, um inacreditável pedido de
dinheiro público para promover medida de interesse
do procurador. Relação promíscua entre julgador e
parte!”, disse no Twitter.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) a situação
revela quem de fato mandava na Lava jato. “Moro
orientando a condução da Lava Jato, com direito a
reunião para alinhar as novas prioridades da
investigação”, diz.
“É o fim do que conhecemos como democracia. Segundo
Intercept, a dupla Dallagnol e Moro tramou por anos
na escuridão vilipendiar a Justiça por interesse
próprio. Um, com projeto de poder, outro, para
lucrar. É nojento, abominável e medieval”, disse a
líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali
(PCdoB-RJ).
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do seu
partido, os diálogos revelam algo muito grave.
“Valeu tudo na Lava Jato. Conversas reveladas
mostram que até dinheiro Deltan pediu a Moro para
uma campanha publicitária. O juiz, que não só
orientou a acusação ilegalmente, ainda financiou com
verba da Vara um ato da acusação”, afirmou.
Ele também destacou que o diálogo dos dois mostra
que a Lava Jato era, ilegalmente, comandada pelo
juiz. “Procuradores e a própria PF eram subordinados
a ele. Não há mais dúvida sobre quem era o chefe
dessa organização”, concluiu.
Fonte: Portal Vermelho
17/07/2019 -
Maia espera apoio para aprovar ‘PEC paralela’ da
reforma da Previdência
Expectativa é que o Senado reinclua estados e
municípios, e essa parte nova seja enviada para
votação na Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que
deputados de todos os partidos precisam colaborar
para aprovar as alterações que o Senado fizer na
reforma da Previdência. A expectativa é que o Senado
reinclua estados e municípios e encaminhe as
modificações à Câmara por meio de uma proposta de
emenda à Constituição (PEC) paralela. Maia se reuniu
nesta terça-feira com diversos parlamentares para
fazer um balanço sobre a aprovação da reforma.
“A única coisa que vai precisar, quando voltar para
Câmara, é que os partidos de todos os governadores
colaborem, se não a gente vai ter dificuldade de
aprovar. A gente vai precisar que o PT, PSB e PDT
ajudem a aprovar a PEC paralela, se não vai ter
obstrução”, disse.
Rodrigo Maia disse esperar que estados e municípios
sejam reinseridos na reforma, para que possam
corrigir o déficit previdenciário. Na avaliação do
presidente, o déficit nos entes federados vai
crescer mais R$ 40 bilhões nos próximos quatro anos,
o que diminui a capacidade de investimento e de
pagamento.
“Sou a favor que se reorganizem os sistemas, mas tem
o debate político, e não podemos deixar de dar
clareza a isso: há estados que governadores querem a
inclusão dos seus estados, mas os deputados estão
votando contra”, afirmou o presidente.
O presidente avaliou ainda que mantém as negociações
com os parlamentares e os líderes para garantir a
vitória da PEC no segundo turno. Segundo ele, alguns
destaques quase foram aprovados e isso poderia gerar
uma perda de economia muito grande. Maia afirmou que
os articuladores da reforma não podem errar no
quórum e nos destaques.
Rodrigo Maia explicou ainda que, tirando o
impeachment e o quórum para posse e eleição para a
presidência da Casa, a reforma da previdência teve o
maior quórum da história numa votação de uma
proposição.
Fonte: Agência Câmara
17/07/2019 -
Davi afirma que reforma da Previdência deve ser
votada em dois meses
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prevê que a
reforma da Previdência (PEC 6/2019) deverá ser
votada em dois meses. Mesmo calendário previsto pela
presidente da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), senadora Simone Tebet (MDB–MS). O senador
Paulo Rocha (PT–PA) alerta que a oposição usará
manobras regimentais para impedir a aprovação das
novas regras de aposentadoria.
Fonte: Agência Senado
17/07/2019 -
Governo vai liberar R$ 63 bi do FGTS e PIS/Pasep
Medida visa a estimular a economia
O governo deve apresentar nesta 5ª feira (18.jul.2019)
as novas regras para a liberação de R$ 42 bilhões de
contas do FGTS e R$ 21 bilhões dos recursos do Pis/Pasep,
segundo o ministro Paulo Guedes (Economia). A
informação foi publicada no jornal Valor Econômico
em reportagem desta 4ª feira (17.jul).
Segundo o ministro, os recursos do FGTS poderão ser
sacados no mês de aniversário dos que tiverem o
benefício disponível. Para o PIS/Pasep, a previsão é
disponibilizar R$ 21 bilhões, desse valor, o governo
espera que só R$ 2 bilhões sejam retirados pelos
trabalhadores.
“Agora, com o avanço na tramitação da Previdência,
podemos levar essas medidas adiante”, afirmou o
ministro ao jornal.
Além da liberação de recursos, Guedes disse que na
próxima semana haverá 1 evento no Palácio do
Planalto para divulgar 1 projeto que deixará a
energia mais barata no país.
O ministro, que embarcou para a Argentina nessa 3ª
feira (16.jul) para participar da cúpula
presidencial do Mercosul, também defendeu a abertura
gradual da economia brasileira e mostrou-se
confiante com a melhora do PIB (Produto Interno
Bruto). Mesmo com as 20 semanas consecutivas de
queda na projeção do mercado, ele diz que a economia
parou de piorar. “Estava caindo, mas já saímos do
fundo do poço”, afirmou.
Fonte: Poder360
17/07/2019 -
Parlamentares reagem ao desmonte de Bolsonaro na
Educação
Uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.
Paulo, apontou que não houve qualquer repasse do
Governo de Jair Bolsonaro à educação integral nos
ensinos fundamental e médio das escolas brasileiras
no primeiro semestre deste ano. Com a queda no
investimento e o atual direcionamento da política de
Bolsonaro, foram diretamente afetados repasses de
apoio à educação em tempo integral, à construção de
creches, à alfabetização e o ensino técnico, por
exemplo.
Apesar de negar possíveis cobranças de mensalidades
de estudantes das universidades federais neste fim
de semana, as medidas adotadas por Abraham Weintraub,
à frente do Ministério da Educação (MEC), foram
alvos de uma enxurrada de críticas de parlamentares.
Em dois dias, além de mudanças nos regimes de
universidades, reportagens de diferentes veículos
apontaram o esvaziamento dos investimentos
direcionados à educação básica pública durante os
primeiros seis meses de gestão.
O vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio
Jerry externou sua indignação nas redes sociais.
“Impressiona o desprezo de Jair Bolsonaro pela
educação. Expele raiva da educação pública, a
persegue, diminui recursos.
Expressa toda a sua mediocridade e obscurantismo ao
colocar a educação como inimiga”, comentou em um
tuíte. Autor de um Projeto de Lei que tenta impedir
o corte e a suspensão de bolsas de pesquisas, Jerry
afirmou que é preciso reagir nas ruas, escolas e
parlamento contras as decisões.
Também pelo Twitter, Orlando Silva (PCdoB-SP)
afirmou que não bastou a Bolsonaro cortar recursos
dos jovens do Institutos Federais e das
Universidades. Não bastou cortar bolsas de mestrado
e doutorado, Bolsonaro elegeu a educação como
inimiga nº1 de seu desgoverno. “O semeador da
ignorância quer tirar também as escolas das
crianças. Quer levar o Brasil a um apagão
educacional”, disse.
Para a vice-líder da minoria, deputada Alice
Portugal (PCdoB-BA), o governo não tem compromisso
com o futuro de crianças e jovens. “Um governo que
não investe em educação e que persegue os
professores, não têm nenhum compromisso com o futuro
do país”, salientou.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) reiterou
crítica que para aprovar a cruel reforma da
Previdência, Bolsonaro recorreu a compra de votos,
com a liberação de emendas parlamentares. “Decisão
1: Bolsonaro distribui bilhões à deputados para
aprovar a Reforma da Previdência. Decisão 2:
Bolsonaro corta dinheiro para construção de creches,
alfabetização e ensino técnico”.
No domingo (14), uma outra matéria publicada pelo
Valor apontou a convocação feita pelo MEC, a fim de
tornar pública a Reforma Administrativa que fará com
que Universidades Públicas deixem ser Autarquias e
passem a ser subordinadas ao regime jurídico de
direito público. A reunião está marcada para esta
quinta-feira (18), durante o lançamento do Programa
“Future-se”.
(Fonte: Folha de S. Paulo / Brasil 247, via PCdoB
na Câmara)
Fonte: Portal Vermelho
17/07/2019 -
Acordo garante indenização de R$ 700 mil a famílias
de vítimas do crime de Brumadinho
Valor será pago individualmente a pais, filhos e
cônjuges de 242 vítimas; irmãos vão receber R$ 150
mil
Seis meses depois do rompimento da barragem que
matou pelo menos 248 trabalhadores em Brumadinho
(MG), o Ministério Público do Trabalho e a
mineradora Vale firmaram acordo de indenização por
danos morais às famílias de 242 vítimas.
Pelo acordo, pais, filhos e cônjuges dos operários
mortos receberão R$ 700 mil cada. Irmãos terão
direito a R$ 150 mil cada. O pagamento total por
núcleo familiar pode chegar a R$ 3,8 milhões -
consideração uma vítima que deixou esposa, dois
filhos, pai, mãe e dois irmãos.
Antes do fechamento do acordo, uma assembleia de
familiares ocorrida no domingo (14) aprovou os
valores sugeridos pelo MPT.
Pelo acordo, dependentes da vítima terão ainda
pensão mensal vitalícia até o ano em que o
trabalhador completaria 75 anos de idade.
A Vale também terá de garantir estabilidade no
emprego de três anos para funcionários da mineradora
e terceirizados, além de pagar auxílio creche (R$
920) e auxílio educação (R$ 998) para filhos de
funcionários até 25 anos.
Além disso, deverão ser pagos R$ 400 milhões a
título de dano moral coletivo. Com a assinatura do
acordo, a Vale conseguiu desbloquear R$ 1,6 bilhão.
Os valores acordados são os maiores já pagos em
indenizações individuais por danos morais na
história da Justiça do Trabalho.
Fonte: Brasil de Fato
17/07/2019 -
Inflação pelo IGP-10 sobe de 0,49% em junho para
0,61% em julho
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), medido pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou inflação de
0,61% em julho.
O percentual é superior ao observado em junho
(0,49%). Com isso, o índice acumula 4,41% no ano e
6,23% em 12 meses.
A alta da taxa na passagem de junho para julho foi
puxada pelos preços no varejo e pelo custo da
construção. A informação foi dada nesta terça, no
Rio de Janeiro, pela FGV.
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo,
subiu de 0,02% em junho para 0,07% em julho. Já o
Índice Nacional de Custo da Construção passou de
0,04% para 1,08%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o
atacado, registrou, em julho, a mesma taxa de junho
(0,72%).
Fonte: Agência Brasil
17/07/2019 -
Projeto permite que participação nos lucros
considere segurança no trabalho
O Projeto de Lei 2683/19 permite que a apuração da
participação dos lucros da empresa, devida aos
trabalhadores, inclua o cumprimento de metas
referentes à saúde e segurança no trabalho, como
limite para licenças médicas ou redução de
acidentes. A proposta tramita na Câmara dos
Deputados.
O texto foi apresentado pelo deputado Sanderson
(PSL-RJ) e altera a Lei 10.101/00, que dispõe sobre
a participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados da empresa.
A lei proíbe que metas de saúde e segurança no
trabalho adotadas pela empresa sejam consideradas na
hora de definir o direito dos trabalhadores à
participação dos lucros. Essa proibição foi incluída
na lei em 2013.
Para o deputado, a proibição prejudica tanto a
empresa como os empregados, ao desestimular o
cumprimento de ações relacionadas à prevenção de
acidentes ou doenças ocupacionais. “As metas
fomentam o amadurecimento e possibilitam com que os
empregados se portem como verdadeiros colaboradores
do negócio do qual fazem parte”, disse Sanderson.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços; Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/07/2019 -
‘Economia’ com nova Previdência é semelhante ao
valor que o governo paga aos bancos
Nos últimos 10 anos, remuneração da chamada
"sobra de caixa" do sistema bancário foi de cerca de
R$ 1 trilhão, mesma quantia que o governo quer
cortar das aposentadorias
O governo de Jair Bolsonaro (PSL), parlamentares,
empresários, o mercado financeiro e uma parcela da
população em geral celebram a aprovação da “reforma”
da Previdência e a “economia” prevista de cerca de
R$ 1 trilhão nos próximos 10 anos. O que poucos
sabem (e não dizem), e outros tantos não sabem
mesmo, é que valor similar é gasto pelo governo
federal apenas pagando juros para os bancos. É o que
se chama de “remuneração da sobra de caixa”.
Dinheiro que os bancos, em vez de emprestarem ao
cidadão em forma de crédito, preferem emprestar para
o Banco Central e serem remunerados sem correr
qualquer risco.
“Só o custo disso, em juros, nos últimos 10 anos,
foi em torno de R$ 1 trilhão. A mesma quantia que o
governo está querendo tirar dos aposentados, no
mesmo período. Na verdade, se trata de tirar dos
trabalhadores aposentados para dar para os
banqueiros”, explica Rodrigo Ávila, economista da
Auditoria Cidadã da Dívida, em entrevista ao
jornalista Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual. O
valor é uma fatia da dívida interna do Brasil, que
gira em torno de R$ 5 trilhões.
O economista diz ser uma “falácia” o argumento do
governo e dos defensores da “reforma” da Previdência
de que há perda de recursos com as aposentadorias e
que esse dinheiro poderia ir, por exemplo, para a
saúde. Ávila explica que mais de 40% do orçamento do
governo federal é destinado ao pagamento de juros e
amortização da dívida, enquanto que, para a
Previdência, somando o regime geral e o dos
servidores públicos, o montante fica em torno de
26%.
No fim, diz o economista da Auditoria Cidadã da
Dívida, tudo não passa de fazer escolhas políticas.
Durante a votação da “reforma” da Previdência, os
parlamentares excluíram a cobrança previdenciária de
produtos agrícolas exportados, beneficiando o
agronegócio em R$ 83 bilhões. Em outro exemplo,
Rodrigo Ávila cita a Lei Kandir, que desde 1997
isenta de ICMS as exportações de produtos primários,
algo que já causou mais de R$ 300 bilhões de
prejuízos para estados e municípios.
E há ainda a não cobrança de imposto sobre as
grandes fortunas, além da não tributação de lucros e
dividendos. “Se a gente pega só esses dois ítens,
daria mais de R$ 100 bilhões por ano, exatamente o
mesmo que o governo quer tirar dos aposentados e dos
mais pobres (por ano). É uma escolha política. Se
tributasse só os mais ricos, aqueles que ganham mais
de R$ 320 mil por mês, conseguiria mais de R$ 100
bilhões por ano no imposto sobre grandes fortunas e
sobre distribuição de lucros e dividendos. Poderia
se fazer isso, ao invés de tirar R$ 1 trilhão dos
mais pobres.”
Para ele, fazer economia em cima dos aposentados
agravará ainda mais a situação do Brasil. “A
Previdência gira a economia. Se você tira R$ 1
trilhão dos aposentados, que são aqueles que gastam
toda a sua renda, você vai jogar a economia numa
crise maior ainda. As pessoas não vão ter dinheiro
pra comprar, pra consumir, vai cair a arrecadação e
depois o governo vai querer alegar novas reformas”,
enfatiza.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/07/2019 -
Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido coagido pelo MP
a construir relato no caso do sítio de Atibaia
O ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos
Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que
foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que
tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato"
no caso do sítio de Atibaia, aponta reportagem do
jornalista Nathan Lopes, no Uol. O caso do sítio
rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula,
que vem sendo mantido como preso político desde
abril do ano passado.
Paschoal prestou depoimento no TJ-SP (Tribunal de
Justiça de São Paulo) no último dia 3 de julho como
testemunha. "No caso do sítio, que eu não tenho
absolutamente nada, por exemplo, fui quase que
coagido a fazer um relato sobre o que tinha
ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei
o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que
construir um relato", disse ele. Ao explicar o que
seria "construir um relato", Paschoal disse que
seria apontar algo como "olha, aconteceu isso, isso,
isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer
as obras". Paschoal não explicou exatamente como
teria sido a coação do MP nem deu mais detalhes
sobre se o que teria sido "construído" em seu
depoimento.
Fonte: Brasil247
16/07/2019 -
Moro e Deltan discutiram desviar verba de vara para
fazer propaganda da "lava jato"
O procurador Deltan Dallagnol pediu que o ex-juiz
Sergio Moro autorizasse o uso de dinheiro em poder
da 13ª Vara Federal de Curitiba para bancar uma
campanha publicitária a favor da "lava jato". A
ideia de Deltan era que a vara financiasse a
produção de um vídeo a ser veiculado na TV Globo
para divulgar os projetos de reformas legais que os
procuradores chamaram de "dez medidas contra a
corrupção".
A ideia foi apresentada a Moro pelo Telegram no dia
16 de janeiro de 2016: "Vc acha que seria possível a
destinação de valores da Vara, daqueles mais
antigos, se estiverem disponíveis, para um vídeo
contra a corrupção, pelas 10 medidas, que será
veiculado na globo?? A produtora está cobrando
apenas custos de terceiros, o que daria uns 38 mil.
Se achar ruim em algum aspecto, há alternativas que
estamos avaliando, como crowdfunding e cotização
entre as pessoas envolvidas na campanha".
A conversa foi divulgada nesta segunda-feira (15/7)
pelo jornalista Reinaldo Azevedo, da rádio BandNews
FM, em parceria com o site The Intercept Brasil.
Depois de expor sua ideia a Moro, Deltan enviou ao
ex-juiz o roteiro do vídeo. A propaganda seria um
ladrão de terno e grava invadindo "uma casa de
família de classe média" e roubando coisas, para dar
ideia de que "a corrupção atinge a sua vida de
tantas formas que você nem percebe", como diria uma
narração.
Um dia depois, Moro respondeu a Deltan que achava
possível aquele valor, mas iria avaliar e respondeu
depois. "Se for so uns 38 mil achi [quis escrever
"acho"] que é possível. Deixe ver na terça e te
respondo".
O vídeo foi produzido, mas, ao que tudo indica, não
foi veiculado na Globo [veja no final do texto]. Mas
a destinação de dinheiro em poder de varas judiciais
para campanhas publicitárias é ilegal. Esse
dinheiro, proveniente de multas, custas e outras
verbas, embora fique em poder do Judiciário,
pertence ao Tesouro. No caso da Justiça Federal, ao
Tesouro Nacional.
A divulgação acontece um dia após uma reportagem do
jornal Folha de S. Paulo mostrar que Deltan queria
abrir empresas de eventos para lucrar com a fama
obtida na operação "lava jato" dando palestras.
Para evitar questionamentos legais e críticas, a
ideia era que as empresas fossem gerenciadas pelas
mulheres dele e do procurador Roberson Pozzobon.
Fonte: Consultor Jurídico
16/07/2019 -
Bolsonaro corta repasse para educação básica e
esvazia programas
O governo de Jair Bolsonaro esvaziou no primeiro
semestre deste ano ações voltadas para a educação
básica. Foram afetados, por exemplo, repasses de
apoio a educação em tempo integral, construção de
creches, alfabetização e ensino técnico. A
reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.
O jornal obteve dados por meio da Lei de Acesso à
Informação e do Siop (Sistema Integrado de
Planejamento e Orçamento do Governo).
Não houve repasse para o apoio à educação integral
nos ensinos fundamental e médio. Em todo o ano
passado, foram transferidos R$ 399,6 milhões para
9.197 escolas.
Como os alunos estão matriculados nas redes
municipais e estaduais, o governo federal realiza
transferências para redes e escolas para apoiar
governos e induzir políticas. O fomento para o
ensino integral, por exemplo, vinha ocorrendo por
meio do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola).
A reportagem ainda informa que não havia expectativa
de redução de verba porque o PDDE não está incluído
nas rubricas do orçamento que compõem o
contingenciamento de R$ 5,7 bilhões determinado para
o MEC (Ministério da Educação) neste ano.
Fonte: Brasil247
16/07/2019 -
MP 881 radicaliza reforma trabalhista e amplia
precarização, alerta Dieese
Uma Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou, na
quinta (11), a Medida Provisória 881/2019, que
retira mais direitos trabalhistas e amplia a
desregulamentação no mundo do trabalho.
A MP foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro no
Dia do Trabalhador, 1º de Maio, em rede nacional.
Apelidada de MP "da liberdade econômica", o texto
propõe uma minirreforma trabalhista, com alterações
em 36 artigos da CLT.
Entre outras mudanças, libera o trabalho nos
domingos e feriados, retira a obrigatoriedade das
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas),
suspende normas de saúde e segurança no trabalho e
acaba com as jornadas de trabalho especiais para os
trabalhadores rurais.
Força - Para o presidente da Força Sindical,
Miguel Torres, a MP 881 é um terrível retrocesso.
“Destrói ainda mais a CLT e aumenta a jornada de
trabalho de diversas categorias. Fará o Brasil
retornar à escravidão”, afirma.
Dieese - Vitor Pagani, supervisor técnico do
Dieese, alerta que o argumento usado pelo governo
agora é o mesmo adotado durante a tramitação da
reforma trabalhista. "É contraditório se observarmos
que o quadro geral não melhorou e o desemprego segue
muito elevado. Esta MP deverá aprofundar ainda mais
o desmonte e a flexibilização do trabalho que a
reforma trabalhista instituiu em 2017".
Ele diz também que a MP inclui artigos que se
sobrepõem a decisões tomadas em assembleias e
previstas nas Convenções Coletivas de Trabalho. "A
liberação do trabalho no domingo e nos feriados para
todas as categorias dispensará a necessidade de
aprovação em acordos coletivos."
Justiça - Entidades como a Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), a Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (ANPT), o Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a
Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat)
se manifestaram contra a Medida. Afirmam que o texto
é inconstitucional e contém graves ameaças aos
direitos e à dignidade do trabalhador.
Fonte: Agência Sindical
16/07/2019 -
"Brasil precisa de quimioterapia para que não
pereça", diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta
segunda-feira (15) que “juntamente com
parlamentares” está resolvendo um problema do
Brasil, em referência à reforma da Previdência, que
está em tramitação na Câmara dos Deputados. “O
Brasil precisa de uma quimioterapia para que ele não
pereça. Alguns poucos ainda reagem, mas serão
convencidos pelo povo e pela maioria dessa Casa.
Deputados, senadores, nós juntos poderemos, sim,
mudar o destino do Brasil”.
Após a aprovação em primeiro turno, a votação em
plenário do segundo turno da reforma da Previdência
começa após o recesso parlamentar, em 6 de agosto.
Bolsonaro participou de uma sessão solene, na Câmara
dos Deputados, em homenagem aos 17 anos do Comando
de Operações Especiais do Exército Brasileiro.
“Feliz é a nação que tem Forças Armadas e forças
auxiliares comprometidas com a democracia e a
liberdade, mesmo com o sacrifício da própria vida ou
com a destruição da própria reputação. Pagamos para
que nosso Brasil tenha um povo que possa servir seu
destino e a esse povo devemos nossa absoluta
lealdade”.
Ele destacou a atuação das forças especiais na
“missão de bem zelar pelo país”. “Sabemos que grande
parte das missões ninguém toma conhecimento. Melhor
do que uma boa informação é saber como utilizá-las,
melhor que uma boa operação é ter meios distração
para que o inimigo não ouse nos afrontar”.
Embaixada no EUA
Durante seu discurso, o presidente Bolsonaro disse
que, se a possibilidade de indicar o seu filho, o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para
assumir a embaixada do Brasil em Washington está
sendo criticada, "é sinal que é a pessoa adequada".
“Por vezes temos que tomar decisões que não agradam
a todos, como a possibilidade de indicar para
embaixada do Brasil nos Estados Unidos um filho meu,
tão criticado pela mídia. Se está sendo criticado é
sinal que é a pessoa adequada”.
A indicação do deputado como embaixador do Brasil
foi cogitada por Bolsonaro na semana passada. “Foi
aventada, sim, essa possibilidade. O garoto fala
inglês, espanhol, tem vivência no mundo todo e é
amigo da família do [presidente dos Estados Unidos]
Donald Trump”.
Fonte: Agência Brasil
16/07/2019 -
Trabalhador poderá rescindir contrato após três
meses sem salário
O Projeto de Lei 2646/19 determina que o empregado
poderá considerar rescindido o contrato de trabalho
após três meses de atraso salarial. Neste caso,
bastará ele notificar extrajudicialmente o
empregador para receber a indenização equivalente à
demissão sem justa causa. A proposta tramita na
Câmara dos Deputados.
De autoria da deputada Alê Silva (PSL-MG), o projeto
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT -
Decreto-Lei 5.452/43). Atualmente, o empregado pode
considerar rescindido o vínculo com a empresa quando
o empregador não cumprir com as obrigações
contratuais. Mas ele precisa recorrer à justiça
trabalhista para ter acesso à indenização – verbas
rescisórias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) e seguro-desemprego – e aos documentos.
Para a deputada, essa situação prejudica o
trabalhador. “Nossa intenção, com este projeto de
lei, é fazer valer a letra da lei. Para tanto, a
rescisão dependerá de simples notificação
extrajudicial do empregado”, disse Alê Silva.
Segundo a proposta, a entrega dos documentos que
comprovam a dissolução contratual aos órgãos
competentes e o pagamento das verbas rescisórias
devem ser feitos no prazo de 10 dias.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/07/2019 -
Empresa indenizará por morte de ex-funcionário
exposto a amianto
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho aumentou
para R$ 600 mil a condenação da Eternit S.A. pela
morte de ex-empregado, 37 anos após o fim do
contrato, em decorrência de câncer causado pela
exposição ao amianto.
De acordo com o processo, o empregado descobriu o
tumor dois anos antes de morrer. O espólio pediu a
reparação dos danos materiais e morais sofridos a
partir do momento em que o homem soube da doença e
alegou conduta dolosa da empresa, que teria exposto
o ajudante de forma contínua à poeira de mineral
notoriamente cancerígeno.
Ao julgar o pedido, a primeira instância condenou a
empresa a pagar indenização por dano moral de R$ 180
mil, mais pensão mensal equivalente à última
prestação previdenciária recebida pelo empregado.
Já no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, o
valor foi aumentado para R$ 400 mil. Da decisão,
contudo, as duas partes recorreram para o TST.
Ao analisar o caso, a relatora, ministra Maria
Helena Mallmann, afirmou que a condenação era
insuficiente. Ela apontou que o TRT-2 considerou não
haver controvérsia quanto ao nexo causal entre a
doença do homem e a exposição ao amianto durante as
atividades na empresa. A magistrada então fixou R$
300 mil para o espólio e R$ 300 mil para os
herdeiros.
“O fim precípuo da indenização por dano moral não é
de apenas compensar o sofrimento da vítima, mas,
também, de punir, de forma pedagógica, o infrator,
desestimulando a reiteração de práticas consideradas
abusivas”, afirmou. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TST.
Processo 1922-98.2012.5.02.0382
Fonte: Consultor Jurídico
16/07/2019 -
Proposta revoga lei que regulamenta aposentadoria
compulsória de servidor aos 75 anos
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 103/19 revoga a
Lei Complementar 152/15. Essa norma regulamentou a
Emenda Constitucional 88/15, que ampliou a idade
mínima da aposentadoria compulsória do serviço
público dos 70 para 75 anos.
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. A autora, deputada Bia Kicis (PSL-DF),
disse que com a eventual aprovação da reforma da
Previdência (PEC 6/19) encaminhada pelo governo do
presidente Jair Bolsonaro, necessariamente a lei
terá de ser revista.
Conforme o texto, quando a futura lei entrar em
vigência serão aposentados compulsoriamente na data
em que completarem 70 anos de idade:
- os servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
incluídas suas autarquias e fundações;
- os membros do Poder Judiciário;
- os membros do Ministério Público;
- os membros das Defensorias Públicas;
- os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas;
- os servidores do Serviço Exterior Brasileiro,
regidos pela Lei 11.440/06; e
- os servidores policiais de que trata a Lei
Complementar 51/85.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
15/07/2019 -
Senador apresenta projeto do “boleto bancário” da
contribuição sindical
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) apresentou,
nesta semana, para discussão na Casa, o
PL 4.026/19, que altera a
CLT, “para dispor sobre as contribuições destinadas
ao sustento das entidades sindicais, inclusive a
contribuição sindical, e revoga dispositivo da Lei
8.112, de 11 de dezembro de 1990.”
Esta proposição tem o mesmo conteúdo do projeto de
lei apresentado pela senadora Soraya Thronicke
(PSL-MS). Ambos estão em rota de colisão com a
estrutura e a organização sindicais. Isto é,
preconizam o desmonte sindical e, por consequência,
com a precarização das relações de trabalho, pois o
enfraquecimento dos sincatos dialoga diretamente com
a precarização de direitos.
Tramitação
Vai ser examinado pela Comissão de Constituição e
Justiça, onde aguarda apresentação de emendas ao
texto, cujo prazo foi aberto nesta sexta-feira (12)
e vai até o dia 1º de agosto. O texto também vai ser
examinado pela Comissão de Assuntos Sociais, em
decisão terminativa.
Como tem conteúdo conexo com o projeto da senadora
Soraya Thronicke (PSL-MS) deverá tramitar, ser
analisado, em conjunto com o da senadora
sul-mato-grossense.
Fonte: Diap
15/07/2019 -
Batalha contra reforma no Senado também será
difícil, diz assessor do Diap
A proposta de reforma da Previdência foi aprovada,
na quarta (10), no plenário da Câmara dos Deputados,
por 379 votos a favor e 131 contrários. Uma segunda
votação na mesma casa está prevista para sexta (12).
Como apontaram as Centrais Sindicais e analistas do
Dieese, o texto aprovado penaliza a população idosa
e mais pobre. As mulheres saem prejudicadas: idade
mínima aumenta de 60 para 62 anos; e viúvas e viúvos
deverão perder 30% da pensão por morte do cônjuge.
A mudança no cálculo dos benefícios também diminuirá
o valor das aposentadorias de modo geral, já que a
média das contribuições não excluirá salários mais
baixos, como é hoje.
Reação – Para André Luís dos Santos, assessor
político do Diap, o resultado mostrou que o governo
utilizou “esquemas da velha política" para aprovar a
proposta. "O presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
soube articular”, diz.
O analista também destaca a pressão do mercado: “Não
podemos esquecer a figura do poder econômico que
pressionou para chegar a esse resultado”.
Senado - A etapa seguinte, quando o projeto
chegar ao Senado, será previsível, na análise de
Santos. “Acho difícil o Senado reverter alguma
coisa. Os senadores comemoraram a votação na Câmara,
como se fosse lá. Eles não vão querer alterar nada,
daí a facilidade de a aprovação ser maior”,
ressalta.
Trâmites – Hoje ocorre a votação da PEC da
Previdência em segundo turno da Câmara. Se aprovada,
segue para o Senado, onde será analisada na Comissão
de Constituição e Justiça. O plenário da casa
discute e vota. também em dois turnos. Serão
necessários 49 votos, do total de 81 senadores, para
aprovar a proposta. Caso o resultado seja positivo,
a reforma da Previdência vai à sanção presidencial.
Fonte: Agência Sindical
15/07/2019 -
Paulo Guedes quer acabar com adesão obrigatória à
OAB e a outros conselhos
PEC muda natureza jurídica - Foi enviada ao
Congresso - OAB pode ser atingida
O ministro Paulo Guedes (Economia) encaminhou ao
Congresso uma PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) que acaba com a inscrição obrigatória
de trabalhadores em alguns conselhos de classe.
O texto (íntegra) estabelece que profissionais não
precisam integrar os conselhos desde que a ausência
de regulação não “caracterize risco de dano concreto
à vida, à saúde, à segurança ou à ordem social”.
Não são especificados os casos em que há esse
entendimento nem quais entidades seriam afetadas
pela mudança. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),
por exemplo, pode estar entre as atingidas.
O projeto também afirma que conselhos profissionais
“são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, que atuam em colaboração com o poder
público”.
Hoje, há o entendimento de que essas entidades podem
ser consideradas autarquias. Na exposição de motivos
que acompanha a PEC, o ministro afirma que a medida
“afasta definitivamente” essa possibilidade.
“Destaca-se que, nos últimos anos, a questão
envolvendo a natureza jurídica dos conselhos
profissionais repercutiu dentro da administração,
tendo surgido na jurisprudência entendimentos
díspares, alguns contrários ao entendimento
defendido por este Ministério, classificando os
conselhos profissionais na categoria de autarquias
pertencentes à administração pública”, diz o
documento.
O texto coloca, ainda, que os conselhos estão
submetidos às regras do direito privado e à
legislação trabalhista e que não devem “criar
obstáculos ao desenvolvimento econômico e social do
país”.
Em outro trecho, o projeto estabelece que é vedado
às entidades “promover, facilitar ou influenciar a
adoção de práticas anticompetitivas em sua área de
atuação”.
O texto também coloca que uma lei federal tratará da
criação; princípios de transparência; delimitação
dos poderes de fiscalização e de aplicações de
sanções; e valor máximo de taxas, anuidades e multas
das entidades.
Procurada pelo Poder360, a OAB afirmou via
assessoria que está fazendo a análise técnica e
jurídica da PEC e que o presidente se pronunciará
assim que o parecer ficar pronto.
Por se tratar de uma PEC, a matéria precisa passar
pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e
comissão especial na Câmara e no Senado, além de ser
apreciada pelos plenários das duas Casas. É
necessário o apoio de ao menos 308 deputados e 49
senadores.
Fonte: Poder360
15/07/2019 -
Texto final de MP exclui contratação em ‘regime
especial’, mas limita Cipas e libera trabalho no
domingo
Associação dos magistrados lamenta aprovação:
medida afeta direitos e segurança jurídica
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) lamentou a aprovação da Medida
Provisória (MP) 881 na comissão mista, nos termos do
relatório do deputado Jeronimo Goergen (PP-RS). Para
a presidenta da entidade, Noemia Garcia Porto, o
texto afeta direitos trabalhistas e “ameaça a
segurança jurídica do país, considerando
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”. A
chamada da “liberdade econômica” precisa agora
passar pelos plenários da Câmara e do Senado. Se não
for votada, perde a validade em 120 dias. A criação
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa)
fica limitada e o trabalho aos domingos é liberado.
O relator acolheu, total ou parcialmente, 126 das
301 emendas recebidas. E incluiu dispositivo para
acabar com o chamado eSocial, segundo ele, por
obrigar as empresas “a fazer um enorme
investimento”, sem serem dispensadas de outras
obrigações, como a Declaração do Imposto de Renda
Retido na Fonte (Dirf), a Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), o Sistema Empresa de
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência
Social (Sefip) e o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Também extingue o Fundo
Soberano do Brasil (FSB), criado em 2008, como uma
modalidade de “poupança” anti-crise. Os recursos,
hoje em torno de R$ 27 bilhões, devem ser
direcionados ao Tesouro Nacional.
A redação final excluiu dispositivo que criava um
“regime especial” de contratação, que seria mantido
enquanto o número de desempregados no país não
caísse para 5 milhões – atualmente, estão em torno
de 13 milhões, segundo o IBGE. Mas acaba com a
obrigatoriedade das Cipas em situações específicas e
autoriza o trabalho aos domingos e feriados. A
legislação trabalhista só será aplicada para
empregados que recebam até 30 salários mínimos (R$
29.940, pelo valor atual). Acima disso, vale o
Direito Civil.
No texto, ficam desobrigados de constituir Cipas
estabelecimentos com menos de 20 trabalhadores e as
micro e pequenas empresas. “Os setores se queixavam
muito porque tinha a estabilidade (de um ano para
cipeiros), isso é um absurdo”, declarou Goergen ao
jornal Folha de S.Paulo.
O descanso semanal remunerado é mantido, mas o texto
fala apenas que será “preferencialmente aos
domingos”. Deverá coincidir com o domingo pelo menos
uma vez a cada quatro semanas.
Para o relator, a medida não reduz direitos. “O
Estado deve abrir caminho para as liberdades
econômicas e a iniciativa privada, sem que isso
signifique receio à proteção de direitos coletivos,
difusos e individuais homogêneos. É, ao contrário, o
aumento da proteção às liberdades econômicas, à
livre iniciativa.”
Fonte: Rede Brasil Atual
15/07/2019 -
Glenn afirma que vai continuar publicando material
sobre Sérgio Moro e a Lava Jato
O jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site
The Intercept Brasil, falou à Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ)
sobre mensagens entre o ex-juiz e atual ministro da
Justiça, Sergio Moro, e o procurador da República
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da
Operação Lava Jato, que foram trazidas a público
pelo site e pela imprensa. Greenwald afirmou que o
material que obteve é autêntico e que, apesar de
sofrer ameaças, vai continuar publicando reportagens
sobre o assunto, uma vez que confia nas instituições
brasileiras. O senador Marcos do Val (Cidadania-ES)
ponderou que o material deve ser autenticado por
órgão oficial para ter credibilidade. Ao defender a
liberdade de imprensa, o senador Renan Calheiros (MDB-AL),
estranha que o jornalista esteja sendo investigado,
quando as suas denúncias é que deveriam ser
apuradas. Entidades, como a Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj) e Repórteres sem Fronteiras,
enviaram à CCJ nota de repúdio ao cerceamento da
atividade jornalística.
Fonte: Agência Senado
15/07/2019 -
Brasileiros repudiam retrocessos de Bolsonaro no
trânsito
A grande maioria da população brasileira é contrária
às medidas propostas pelo presidente Jair Bolsonaro
para afrouxar as leis de trânsito no Brasil, país
onde mais se mata e se morre nas estradas. Segundo o
Datafolha, 56% são contra dobrar o número de pontos
(de 20 para 40) antes da suspensão do direito de
dirigir; 68% são contra o fim da multa para levar
crianças fora da cadeirinha, no banco de trás do
veículos; 67% são contra acabar com os radares que
fiscalizam o excesso de velocidade nas estradas
federais.
"São dados acachapantes, mas não convence a todos: 1
em cada 3 pessoas concordam com a extinção dos
radares e eliminação da multa para quem não usa
cadeirinha, enquanto 44% apoiam o aumento no limite
de pontos.Esses números estão próximo aos que
consideram o governo Bolsonaro ótimo e bom,
expressando uma parcela da sociedade que despreza o
que se convencionou chamar de 'politicamente
correto'”, aponta artigo de Nabil Bonduki.
Fonte: Brasil247
15/07/2019 -
Rodrigo Maia: reforma da Previdência será votada em
2º turno a partir de 6 de agosto
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
anunciou o início da votação do segundo turno da
reforma da Previdência para o dia 6 de agosto, assim
que recomeçar o semestre legislativo. A previsão,
segundo o presidente, é concluir esta etapa no dia
8.
Maia afirmou que o adiamento da votação para o
segundo semestre não representa uma derrota. Segundo
ele, o mais importante foi terminar o primeiro turno
da proposta neste semestre e isso foi cumprido.
“Ninguém é sozinho o dono da pauta da Câmara. É uma
construção suprapartidária, e foi o que se
construiu: se eu tivesse anunciado a votação do
segundo turno na próxima semana, a oposição teria
feito uma obstrução e a gente não teria votado os
destaques”, explicou o presidente.
Apoio da sociedade
Rodrigo Maia não acredita que o adiamento possa fazer
com que parlamentares mudem de ideia e votem contra
a reforma no segundo turno. Segundo ele, o fato de o
texto principal ter apoio de 74% da Casa demonstra
que a sociedade influenciou o resultado.
“Alguns podem mudar de ideia a favor da reforma.
Nenhuma reforma tem esse resultado sem o apoio da
sociedade, é um tema muito polêmico”, disse.
“A gente não pode achar que é dono do Parlamento.
Quando acha que é dono do Parlamento e pode ter as
nossas vitórias sozinhas, deixamos de ser democratas
e passamos a ser autoritários”, finalizou o
presidente.
Fonte: Agência Câmara
15/07/2019 -
Produção industrial recua em sete estados e na
Região Nordeste em maio
A produção industrial recuou em oito dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio
deste ano, acompanhando o recuo de 0,2% da indústria
nacional no período. Segundo a Pesquisa Industrial
Mensal, divulgada na sexta-feira (12), a maior queda
foi observada no Espírito Santo (-2,2%).
Outros estados com queda na produção foram Rio
Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%), Minas
Gerais (-1%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e
Pernambuco (-0,6%) a seguir. A Região Nordeste, que
tem a produção industrial de seus nove estados
calculada em conjunto, recuou 0,9%.
Sete estados tiveram aumento na taxa, com destaque
para o Pará, que teve uma alta recorde de 59,1%,
devido à retomada do setor extrativo mineral no
estado. Outros locais com alta foram o Rio de
Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), o Amazonas (1,2%), a
Bahia (1,1%), o Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).
Outras comparações
Na comparação com maio do ano passado, 12 dos 15
locais pesquisados tiveram alta, com destaques para
os três estados do Sul: Paraná (27,8%), Rio Grande
do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%). Entre os
três locais com queda, o recuo mais intenso foi no
Espírito Santo (-17,4%).
No acumulado do ano, oito locais tiveram alta, com
destaque também para os três estados do Sul: Paraná
(10,4%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Santa Catarina
(6,1%). Sete locais tiveram queda, a maior delas no
Espírito Santo (-11,8%).
No acumulado de 12 meses, oito locais pesquisados
tiveram altas, com destaque, mais uma vez para Rio
Grande do Sul (9,2%), Paraná (6,3%) e Santa Catarina
(5%). Dos sete locais em queda, o maior recuo foi
observado no Espírito Santo (-4,1%).
Fonte: Agência Brasil
15/07/2019 -
Dirigentes de sindicato não formalizado não têm
estabilidade no emprego, diz TST
Caso não esteja demonstrada a existência de pedido
de registro do sindicato no extinto Ministério do
Trabalho, fica inviável a estabilidade garantida aos
dirigentes sindicais.
O entendimento é da Subseção II Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior
do Trabalho, que negou provimento ao recurso
ordinário de um grupo de empregados de uma empresa
de Nossa Senhora do Socorro (SE).
Os empregados disseram, na reclamação trabalhista,
que haviam sido dispensados sem justa causa logo
após terem sido eleitos para a direção do Sindicato
dos Trabalhadores Metalúrgicos de Nossa Senhora do
Socorro e Região (Sindmetal).
O juízo da 5ª Vara do Trabalho de Aracaju avaliou
que eles detinham a garantia provisória e deferiu a
antecipação de tutela para determinar a reintegração
pedida. Na decisão, o juízo se baseou no estatuto,
na ata de posse dos membros da diretoria e no
comunicado em que o sindicato havia dado ciência da
eleição à empresa.
Representatividade
A empresa, então, impetrou mandado de segurança ao
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) e
sustentou que o Sindimetal jamais havia representado
a categoria de seus empregados, cuja representação
cabia ao Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
Metalúrgicas do Estado de Sergipe (Simese). Segundo
a companhia, todas as convenções coletivas de
trabalho e as rescisões de contratos foram firmadas
ou homologadas pelo Simese e não houve qualquer
registro de atuação do Sindimetal.
O TRT concedeu a segurança pleiteada pela empresa e
cassou a decisão de primeiro grau em razão da
ausência da formalização do pedido do registro
sindical, levando os empregados a interpor o recurso
ordinário examinado pela SDI-2.
Registro sindical
Prevaleceu, no julgamento, o voto do ministro Douglas
Alencar Rodrigues. Segundo ele, para o
reconhecimento da garantia provisória de emprego,
prevista nos artigos 8º, inciso VIII, da
Constituição da República, e 543, parágrafo 3º, da
CLT, não basta o registro dos estatutos sindicais no
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
O ministro assinalou que, de acordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
estabilidade alcança o empregado eleito dirigente de
sindicato em processo de obtenção do registro
sindical. "Desse modo, a estabilidade sindical
apenas existirá a partir do instante em que for
formulado o requerimento no Ministério do Trabalho,
pois a partir desse instante é que se instala a
expectativa de aquisição da personalidade jurídica
sindical", explicou.
"No período anterior ao pedido de registro há apenas
uma associação civil, de caráter não sindical, ainda
que a razão social adote a denominação ‘sindicato’."
A decisão foi por maioria. Ficaram vencidos os
ministros Delaíde Miranda Arantes (relatora), Lelio
Bentes Corrêa e Maria Helena Mallmann. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RO-293-31.2016.5.20.0000
Fonte: Consultor Jurídico
12/07/2019 -
Projeto do “boleto bancário” sindical recebe 43
emendas; relator é o senador Paulo Paim (PT-RS)
Apresentado no Senado Federal pela senadora
Soraya Thronicke (PLS-MS) para substituir a MP 873,
que “caducou”, o Projeto de Lei (PL) 3.814/19 altera
a CLT, para dispor sobre a contribuição sindical, e
revoga dispositivo da Lei 8.112, de 11 de dezembro
de 1990, recebeu 43 emendas na Comissão de Assuntos
Sociais. O relator no colegiado é o senador Paulo
Paim (PT-RS).
Projeto de lei está na linha de ataque e
fragilização da estrutura e organização sindicais.
Trata-se, pois, de proposição cujo objetivo é
diametralmente oposto ao que defende, na medida em
que, ao enfraquecer o sindicato, fragiliza os
direitos dos trabalhadores, porque compromete a
organização que o representa e o defende — o
sindicato.
Se o movimento sindical não se movimentar no
Congresso, em particular no Senado, onde esta
proposição vai ser examinada, tende a ser atropelado
pelo conjunto de matérias regressivas que atacam a
estrutura e a organização sindicais.
Fonte: Diap
12/07/2019 -
MP 881 propõe extinguir direitos garantidos na CLT
enquanto “crise durar”
Depois da reforma trabalhista, que restringe uma
série de direitos dos trabalhadores, admitindo
contratos do tipo “intermitente”, em que o
trabalhador não tem jornada ou salário fixo, agora
tramita no Congresso Nacional mais um crime contra
os direitos trabalhistas.
O relatório do projeto de lei de conversão da Medida
Provisória nº 881, conhecida como MP da Liberdade
Econômica, lido na terça-feira, 9, pelo relator
deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), na Comissão
Especial, sofreu alterações trazendo efeitos ainda
mais graves aos trabalhadores.
De acordo com o texto, poderão ser implementadas
“medidas anticrise”, que não são nada mais do que a
supressão de direitos garantidos em convenções ou
acordos coletivos, e até mesmo a suspensão de
direitos garantidos na CLT.
Diz o texto:
“Art. 72. Enquanto não for divulgado relatório do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE que aponte que o desemprego no país se encontra
abaixo de 5.000.000 (cinco milhões) de indivíduos
por pelo menos 12 (doze) meses consecutivos, fica
instituído o regime especial de contratação
anticrise, com o objetivo de suspender o efeito de
normas que restrinjam a criação de postos de emprego
na forma deste artigo.
§ 1o Durante o período que vigorar o regime, ficam
suspensos as leis e atos normativos infralegais,
incluindo acordos e convenções coletivas, que vedam
o trabalho aos finais-de-semana, incluindo sábados e
domingos, e feriados.
§ 2o Durante o período em que vigorar o regime,
ressalvado se aplicável o respectivo aumento
correspondente do salário e demais benefícios, ficam
suspensos os efeitos dos artigos 224, 225, 226, 227,
229, 232, 233, 234, 303, 304, 306 e 445 do
Decreto-Lei 5.452 de 1o de abril de 1943”.
Entre esses direitos que poderão ser extinguidos
estão a definição de carga horária máxima para
bancários, músicos, profissionais cinematográficos
jornalistas, entre outras profissões.
A MP amplia também a possibilidade da duração de
contratos de trabalho por prazo determinado
atualmente, de acordo com a CLT, restritos a, no
máximo, dois anos.
A medida foi repudiada por Associações da Justiça do
Trabalho – Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
(Sinait) e a Associação Brasileira dos Advogados
Trabalhistas (Abrat) – que enviaram um ofício ao
senador Dário Berger (MDB-SC), requerendo o
adiamento da votação do projeto.
A votação está prevista para a manhã desta
quinta-feira (11), na Comissão Mista presidida pelo
parlamentar.
As entidades denunciam que questões relativas às
normas de segurança e medicina do trabalho também
são afetadas pela MP 881 na redação dada pelo
relatório da Comissão Mista. “Isso porque torna-se
facultativa a constituição de Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA)”, explicam. Para as
associações, não se trata de uma questão econômica,
mas sim de saúde pública.
Segundo as entidades, as propostas apresentadas
afrontam a Constituição Federal, normas
internacionais do trabalho, a dignidade da pessoa
humana e o valor social do trabalho. “As regras
constitucionais estão absolutamente atreladas à
dignidade da pessoa humana e qualquer alteração que
vise a livre iniciativa deve se dar por causa da
garantia dessa dignidade e não da garantia tão e
somente da ordem econômica como vem estampado no
texto, que elimina regras de segurança e saúde no
trabalho”, alertam.
Fonte: Hora do Povo
12/07/2019 -
Centrais e CNI reúnem-se em torno de agenda comum
pela retomada do desenvolvimento
Representantes da Nova Central colaboraram com as
discussões, com foco na busca de alternativas que
conciliem desenvolvimento econômico, geração de
empregos e avanços sociais.
Dirigentes da Nova Central Sindical de Trabalhadores
- NCST participaram, nesta quinta-feira (11/07), de
reunião das centrais sindicais com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Na pauta, a busca de
uma agenda comum em benefício da geração de
empregos, da qualificação profissional, do
desenvolvimento econômico e da retomada dos avanços
sociais no país. Lideranças sindicais,
representantes da CNI e especialistas debateram e
apresentaram alternativas à construção de um
compromisso coletivo de enfrentamento aos desafios
relacionados com o desenvolvimento produtivo, o
papel da industrialização e seu impacto na geração
de empregos, temas que serão enfrentados a partir de
um diagnóstico compartilhado de propostas pactuadas
de agenda e ações.
O fortalecimento da negociação e a valorização dos
Sindicatos; educação profissional e emprego foram os
pontos discutidos que ganharam foco e encontraram
convergência total entre a representação sindical da
classe trabalhadora durante a reunião que foi
conduzida pelo presidente da CNI, Robson de Andrade.
Na oportunidade, os representantes da Nova Central
buscaram acordo comum para a derrubada da Média
Provisória (MP 881/2019) - aprovada na mesma data na
Comissão Especial (saiba mais), que, na prática,
derruba as negociações e convenções coletivas. As
lideranças sindicais reforçaram que a MP 881 se
contrapõe à chamada “reforma” Trabalhista, que,
durante todo processo de negociação, apresentava-se
como instrumento para fortalecer as negociações e
convenções coletivas das representações sindicais da
classe trabalhadora. Os sindicalistas lembraram que
a CNI manteve, na ocasião, forte defesa da “reforma”
que teve como base a proposta da mesma entidade
patronal e que, como ficou comprovado, não atingiu
as promessas de aumentar a oferta de empregos
formais, muito menos fortaleceu os sindicatos
laborais.
O presidente da NCST, José Calixto Ramos, lamentou a
ausência das confederações trabalhistas ligadas ao
setor industrial. “Abrir discussões em torno de um
‘acordo’ sem levar em conta as demandas e
questionamentos dessas legítimas representações
sindicais, nos parece uma imprudência que precisa
ser corrigida.”, alertou.
Calixto apontou equívocos do passado. “O
fortalecimento da negociação coletiva é fundamental
para a classe trabalhadora. Independentemente dos
equivocados esforços que resultaram na imprudente
regra que estabeleceu que o negociado prevalecesse
sobre o legislado. A ‘reforma’ Trabalhista
precarizou as relações trabalho e estrangulou
financeiramente as entidades sindicais da classe
trabalhadora; resultando no enfraquecimento dessas
instituições por meio do desmantelamento da
estrutura necessária para a boa execução de suas
atribuições”, reforçou o presidente da NCST.
O líder sindical solicitou atuação conjunta e
urgente contra a MP 881, já aprovada na Comissão
Especial com destaques que minimizaram alguns pontos
críticos, mas que preserva conteúdo nocivo à agenda
de fortalecimento das entidades sindicais. “Se não
tivermos a capacidade de discutir estratégias
efetivas para barrar a aprovação da MP 881/2019, não
alcançaremos os objetivos que estamos traçando
coletivamente. Essa é uma reivindicação para que
possamos resgatar a confiança de que as alianças
propostas durante estes encontros são
verdadeiramente sólidas. Nós precisamos encontrar um
caminho, com a cooperação da CNI, de chegar ao
presidente da República e provarmos que não somos os
monstros que ele anda pensando, como se estivéssemos
dedicados a criar algum tipo de entrave ao
desenvolvimento nacional. Ao contrário, temos uma
agenda sólida que pode colaborar com a retomada da
oferta de empregos, da recuperação econômica e a
construção um país desenvolvido e solidário”,
concluiu.
A Diretora de Assuntos da Mulher da NCST, Sônia
Maria Zerino Silva, após abordagem do presidente da
CNI sobre a” necessária renovação de lideranças
sindicais”, denunciou que persiste uma perseguição
inapropriada de determinadas empresas com
funcionários sindicalizados, inibindo a participação
e a renovação de lideranças no meio sindical. “Essa
prática antissindical é recorrente e precisamos
criar mecanismos que propiciem ambiente favorável à
liberdade da atividade sindical se quisermos
fortalecer as negociações e a formação de quadros
qualificados, aptos para apresentar alternativas de
consenso entre o trabalho e o capital”, afirmou
Zerino.
Durante o encontro surgiu a proposta de gestão
compartilhada entre representações patronais e
trabalhistas para o “Sistema S”, visivelmente na
mira de ter financiamento reduzido pela equipe
econômica do governo. A sugestão, no entanto, não
prosperou nem foi descartada. Outras reuniões devem
retomar o tema.
Fortalecimento Sindical
Modalidades de arrecadação e portfólio de serviços
ofertados aos associados foram os eixos da
estratégia apresentada pela CNI para o
fortalecimento das entidades patronais filiadas. Uma
apresentação de como executar essas estratégias foi
ofertada aos participantes como meio de inspirar
ações do tipo entre a representação sindical da
classe trabalhadora.
Encaminhamentos das entidades trabalhistas
- Formação de grupo de trabalho visando o
fortalecimento da negociação, valorização dos
empregos e dos Sindicatos;
- Agenda comum para desenvolvimento e trabalho,
qualidade de vida e sustentabilidade ambiental;
- Iniciativa conjunta para derrubada da MP 881/2019
Deliberações
- Formação de uma Comissão para discutir e encaminhar
alternativas para o fortalecimento das entidades
sindicais;
- Acordo firmado para realização de seminário de um
dia, com a finalidade de debater o futuro do
trabalho, valorização dos Sindicatos e caminhos para
fortalecer o aumento da oferta de empregos;
- Formação de grupos de trabalho conjuntos para
discutir reforma tributária e política industrial;
- Agenda positiva com Rodrigo Maia para apresentação
da agenda comum.
Fonte: NCST
12/07/2019 -
O
rolo compressor contra a aposentadoria
A aprovação da “reforma” da Previdência Social em
primeira votação na Câmara dos Deputados representa
um ato de grande significado do governo Bolsonaro
para a destruição do legado modernizante do Brasil.
Trata-se de um ataque ao núcleo do sistema de
seguridade social, o pilar de sustentação da rede de
proteção e distribuição de renda que o país
construiu ao longo de uma jornada de lutas que
atravessou décadas, governos e regimes políticos.
Essa derrota, com um placar elástico — votaram a
favor do governo 379 deputados, de um total de 513;
o quórum mínimo seria 308 —, tem como origem o golpe
do impeachment fraudulento de 2016 e a grande
derrota do campo democrático e popular em 2018,
quando a extrema direita saiu vitoriosa empunhando a
pauta ultraliberal e neocolonial. Para conseguir
essa vitória, o governo se utilizou dos piores
métodos políticos, apelando para a barganha
escancarada, uma negociata que liberou emendas
parlamentares que chegaram perto de R$ 3 bilhões.
Outro motivo para essa derrota do povo e do país foi
a campanha sistemática dos grandes meios de
comunicação da mídia, que deram voz diuturnamente
aos interesses dos grupos empresariais monopolistas,
com destaque para os banqueiros, realizando intensa
campanha a favor da “reforma” bolsonarista — além
dos fabulosos gastos em propaganda pelo governo.
Essa avalanche de falsidades e de terrorismo
econômico, uma pregação que vende a ideia de que com
a atual Previdência o Brasil não tem futuro,
reverberou e contaminou significativos setores da
opinião pública.
No momento está constituído um rolo compressor no
Congresso Nacional, comandado por sua composição
majoritária, formada por grandes empresários,
banqueiros ou seus representantes. Ainda assim, a
oposição conseguiu erguer barreiras e derrotou o
governo em pontos importantes, entre eles a
capitalização, a aposentadoria rural, o Benefício de
Prestação Continuada (BPC) e parte da
desconstitucionalização da seguridade social. Pesou,
também, nessas derrotas, as grandes mobilizações
populares dos meses de maio e junho.
Esse resultado reforça a convicção de que o caminho
da oposição para enfrentar os próximos rounds é o da
amplitude, tendo como ponto central e emergencial a
defesa da democracia e, também, da soberania
nacional e dos direitos do povo. Isso exige
convergência da esquerda e, a partir dela, a
formação da resistência, aglutinando amplos setores
da sociedade.
Em outro polo, a união das centrais sindicais e dos
movimentos populares terá grande importância para
manter a mobilização do povo — a começar pelo
Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e a
Marcha das Margaridas, em agosto. Frente democrática
ampla e mobilização popular. Esse é caminho para
enfrentar o governo.
Fonte: Portal Vermelho
12/07/2019 -
Deputados retomam nesta manhã análise de destaques
da reforma da Previdência
Foram aprovadas regras de transição para
policiais, cálculo mais benéfico para mulheres e
tempo de contribuição menor para homens na
aposentadoria por idade
O Plenário da Câmara dos Deputados volta a se reunir
nesta manhã, em sessão extraordinária, para
continuar a análise dos destaques à proposta de
reforma da Previdência (PEC 6/19).
Até as 2 horas da madrugada desta sexta-feira (12),
os deputados analisaram 11 destaques ao texto. Em
razão de discordâncias sobre os termos de um acordo
de procedimentos para a continuidade da votação, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, encerrou os
trabalhos e convocou sessão extraordinária para as 9
horas.
O próximo destaque que será analisado é do PDT e
pretende diminuir de 100% para 50% o pedágio de uma
das regras de transição, válida para os segurados do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do
regime próprio dos servidores públicos.
Na sessão que teve início nesta quinta-feira (11),
os deputados aprovaram duas emendas e um destaque
supressivo, envolvendo regras de transição para
policiais, regra de cálculo mais benéfica para as
mulheres e tempo de contribuição menor para homens
na aposentadoria por idade.
Dos 11 destaques já analisados, cinco não chegaram a
ser votados porque foram considerados prejudicados
após a aprovação anterior de texto alternativo.
Outros três foram rejeitados.
Fonte: Agência Câmara
12/07/2019 -
Davi Alcolumbre estima prazo de 45 dias para Senado
votar reforma da Previdência
O presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre,
estima que a reforma da Previdência (PEC 6/2019)
deverá ser votada na Casa em até 45 dias. O relator
da comissão especial destinada a acompanhar a
proposta, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
antecipou que as mudanças serão inseridas numa PEC
paralela, a exemplo da inclusão de estados e
municípios, para garantir a promulgação dos pontos
consensuais. Já o líder do PT, senador Humberto
Costa (PE), antecipou que independentemente da PEC
Paralela, a oposição vai tentar rejeitar a reforma
no Senado.
Fonte: Agência Senado
12/07/2019 -
Recurso de empresa contra decisão de perícia do INSS
pode ter efeito suspensivo
O Projeto de Lei 2684/19 determina que a decisão da
perícia médica do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) que comprovou o acidente de trabalho
será suspensa quando houver recurso impetrado pela
empresa. A suspensão será mantida até o julgamento
do recurso pelo Conselho de Recursos do Seguro
Social (CRSS). A proposta tramita na Câmara dos
Deputados.
De autoria do deputado Sanderson (PSL-RS), o projeto
altera a lei de benefícios da Previdência Social
(8.213/91).
O CRSS é um órgão colegiado que recebe recursos
contra decisões do INSS, impetrados pelos empregados
ou empregadores. Atualmente, segundo o deputado,
quando a perícia médica reconhece uma situação como
acidente de trabalho, a empresa pode sofrer de
imediato alguma consequência, mesmo que recorra ao
CRSS contra a decisão.
Entre estas consequências estão a restituição de
gastos com medicamentos, estabilidade provisória
para o trabalhador e até uma eventual ação
regressiva do INSS. “O efeito prático do recurso
administrativo é praticamente nulo para a empresa,
já que, para todo e qualquer fim, o acidente
permanecerá caracterizado, até a decisão final do
CRSS”, disse Sanderson.
Para o deputado, é necessário prever na legislação
que os recursos interpostos sobre matéria
acidentária suspendam provisoriamente qualquer
penalidade, até a decisão final do conselho. “ As
empresas devem ter direito a um processo
administrativo eficaz e adequado, com segurança
jurídica”, afirmou.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Seguridade Social e Família; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
12/07/2019 -
Empregado demitido durante estabilidade provisória
tem direito a indenização
O empregado demitido durante o período de
estabilidade provisória decorrente de acidente de
trabalho tem direito a indenização. Com base nesse
entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região condenou uma indústria
metalúrgica que demitiu um operador que estava em
estabilidade provisória.
O funcionário sofreu um acidente de trabalho e ficou
afastado, recebendo benefício previdenciário, de 6
de novembro de 2014 a 2 de julho de 2015. Em 30 de
dezembro de 2015, ele foi demitido sem justa causa.
O TRT-4 manteve o entendimento do juízo de primeiro
grau de que o trabalhador foi demitido enquanto
tinha direito à estabilidade provisória.
Para o relator do acórdão, desembargador Alexandre
Corrêa da Cruz, a garantia de emprego deriva da
ocorrência de acidente do trabalho seguida de
afastamento previdenciário. “Não se discute a culpa
da empresa, bastando objetivamente a existência do
infortúnio. A dispensa ocorrida no curso do período
estabilitário dá lastro à condenação imposta,
correspondente aos salários e demais vantagens
referentes ao período de 30/12/2015 a 22/08/2016,
considerada a projeção do aviso prévio
proporcional”, afirmou.
A empresa também foi responsabilizada pelo acidente,
por não ter oferecido condições de segurança ao
funcionário. A indenização por danos morais foi
fixada em R$ 6 mil, no primeiro e no segundo grau.
As partes não recorreram da decisão da 3ª Turma. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
11/07/2019 -
Por 379 a 131, Câmara aprova texto-base da reforma
da Previdência; ressalvados os destaques
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou,
nesta quarta-feira (10), por 379 a 131, o texto-base
da reforma da Previdência (PEC 6/19), em 1º turno.
Agora, os deputados se debruçarão sobre os destaques
de bancadas apresentados à proposta, bem como as
emendas aglutinativas.
Antes de votar o texto-base da proposta, os líderes
partidários encaminharam a orientação de voto sobre
a matéria às suas respectivas bancadas.
DEM, PSDB, PRB, PSL, PP, PL, PSD, MDB,
Solidariedade, PTB, Podemos, Pros, PSC, Cidadania,
Novo, Avante e Patriota encaminharam favorável à
proposta aprovada na comissão especial. PSB, PDT,
PSol, PCdoB, PT e Rede foram contrários ao texto. O
Partido Verde liberou a bancada.
Depois de longa obstrução da oposição, que começou
na terça-feira (9), à noite, o plenário da Casa
rejeitou nesta quarta, por 345 votos a 22, os
destaques simples (aqueles apresentados
individualmente) à proposta.
Síntese da proposta aprovada
De forma geral, a reforma da Previdência, cujo
texto-base foi aprovado, estabelece idade mínima
para a aposentadoria: 65 anos para homens e 62 para
mulheres.
São impostas também mudanças no cálculo dos
benefícios, que vai contabilizar a média de todas as
contribuições e exigir mais tempo na ativa para
valor maior na aposentadoria.
Serão exigidos 40 anos de contribuição para um
benefício igual a 100% da média das contribuições,
enquanto o piso será de 60% da média. Há regras de
transição para quem já está na ativa.
O que saiu
Ficaram de fora da proposta, a capitalização (poupança
individual) e mudanças na aposentadoria de pequenos
produtores e trabalhadores rurais.
Na nova regra geral para servidores e trabalhadores
da iniciativa privada que se tornarem segurados após
a reforma, fica garantida na Constituição somente a
idade mínima. O tempo de contribuição exigido e
outras condições serão fixados definitivamente em
lei. Até lá, vale uma regra transitória.
Para todos os trabalhadores que ainda não tenham
atingido os requisitos para se aposentar, regras
definitivas de pensão por morte, de acúmulo de
pensões e de cálculo dos benefícios dependerão de
lei futura, mas o texto traz normas transitórias até
ela ser feita.
Depois de chancelar o texto-base, o plenário votou
apenas 1 destaque, o dos professores. As votações
serão retomadas nesta quinta-feira (11), a partir
das 10 horas.
Professores
O DTQ 9, do PL, foi sobre a emenda 176, com objetivo
de suprimir os dispositivos incorporados ao texto
permanente da Constituição Federal em que se alteram
as condições para aposentadoria de professores (RGPS
e RPPS). Isto é, excluía os professores das mudanças
da reforma, mantendo as regras atuais para esses
profissionais de educação infantil e ensino médio,
no setor público ou privado. O destaque recebeu 265
votos, contra 184. Foi mantido o texto do
substitutivo, pois não alcançou os 308 votos mínimos
necessários para aprová-lo. O PL pretendia suprimir
também as menções feitas ao segmento profissional em
outros dispositivos da proposta, com o intuito de
manter inalteradas as regras atualmente em vigor
sobre o tema.
Fonte: Diap
11/07/2019 -
Bolsonaro soltou R$ 178 mi em emendas parlamentares
no dia da votação da reforma
No dia da votação do texto-base da reforma
previdenciária, Bolsonaro 'liberou' R$ 178 milhões
para emendas parlamentares. No pacote publicado em
edição extra do "Diário Oficial da União", foram
beneficiados deputados dos seguintes estados:
Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Pernambuco.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"na segunda-feira (8), o Palácio do Planalto havia
liberado quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares
também vinculadas à área da saúde. Os recursos
atenderam municípios de 25 estados e foram
destinados a complementar gastos de prefeitos com
serviços de assistência básica, e de média e alta
complexidade."
A matéria ainda acrescenta que "perguntado na
terça-feira (9), o presidente negou que a liberação
de emendas parlamentares seja uma prática da "velha
política", criticada por Bolsonaro durante toda a
campanha eleitoral. 'Tudo o que é liberado está no
orçamento. Então, eu gostaria de liberar tudo o que
está no orçamento. E, quando acontece uma situação
como essa, é normal, no meu entender. Nada foi
inventado, não tem mala, não tem conversa
escondidinha em lugar nenhum, é tudo à luz da
legislação. É isso que deve estar acontecendo",
disse."
Fonte: Brasil247
11/07/2019 -
Alexandre de Moraes suspende decisão que permitia
desconto sindical em folha
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, suspendeu decisão de um juiz de Santos que
obrigava as empresas a descontar da folha de
pagamento a contribuição sindical de seus
empregados. O desconto em folha foi abolido pela
reforma trabalhista.
Na decisão, o ministro afirma que o Plenário já
fixou a compatibilidade da Lei 13.467/2017 com a
Constituição, em especial na parte relativa à
supressão do caráter compulsório das contribuições
sindicais.
"Não há exigência de lei complementar para a
instituição de contribuições de interesse das
categorias profissionais ou econômicas. A
Constituição reservou à lei complementar as matérias
básicas de integração do sistema tributário
nacional, mas não para instituição, alterações ou
extinção de contribuições de interesses das
categorias profissionais ou econômicas", diz.
Segundo o ministro, a supressão do caráter
compulsório das contribuições sindicais não vulnera
o princípio constitucional da autonomia da
organização sindical, nem configura retrocesso
social e violação aos direitos básicos de proteção
ao trabalhador.
"A contribuição sindical obrigatória não pode ser
considerada pilar do regime sindical. O pilar do
regime sindical é a existência de fonte de custeio
para as entidades sindicais. A reforma proporcionada
pela Lei 13.467/2017 não extinguiu nenhuma fonte de
custeio dos sindicatos, apenas alterou a natureza de
uma delas, que não mais constitui obrigação
compulsória", explica.
As empresas foram representadas pelo advogado
William Aleixo Bertalan, sócio do Granadeiro
Guimarães Advogados.
Rcl 35639
Fonte: Consultor Jurídico
11/07/2019 -
Ações de Moro na "lava jato" são "maré de
ilegalidades", defendem magistrados
Ex-presidentes da Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB) e Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
divulgaram nota pública criticando a relação entre
Sergio Moro e os procuradores da operação "lava
jato" em Curitiba.
Segundo os signatários da carta, os diálogos
revelados pela imprensa entre o então juiz e os
acusadores são uma "verdadeira maré montante de
ilegalidades" que atinge a honorabilidade e a
imparcialidade da magistratura.
"Magistrados comprometidos com os deveres do cargo,
com o devido processo legal, com a ética e com a
democracia têm a obrigação de não aceitar condutas
como as traduzidas nas conversas reveladas por esses
órgãos de imprensa — cujos teores, convém registrar,
são de elevadíssima verossimilhança", afirmam.
Para os juízes, trata-se de atitudes que constrangem
"qualquer pessoa medianamente bem informada" e que
colocam na berlinda todo o Poder Judiciário e o
Ministério Público como instituições fundamentais à
democracia e ao Estado de Direito.
A manifestação é assinada por Germano Siqueira (juiz
da 3ª Vara do Trabalho de Fortaleza e ex-presidente
da Anamatra), João Ricardo Costa (juiz da 16ª Vara
Cível de Porto Alegre e ex-presidente da AMB),
Grijalbo Fernandes Coutinho (desembargador do TRT-10
e ex-presidente da Anamatra), José Nilton Ferreira
Pandelot (juiz da 1ª Vara do Trabalho de Juiz de
Fora e ex-presidente da Anamatra), Gustavo Tadeu
Alkmim (desembargador do TRT-1 e ex-presidente da
Anamatra) e Hugo Cavalcanti Melo Filho (juiz da 12ª
Vara do Trabalho do Recife e ex-presidente da
Anamatra).
Fonte: Consultor Jurídico
11/07/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,01% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, ficou em 0,01% em junho
deste ano, abaixo do 0,15% de maio e do 1,43% de
junho de 2018. O dado foi divulgado nesta
quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC registrou a mesma taxa do IPCA, que mede a
inflação oficial, em junho deste ano. A inflação
para famílias com renda mais baixa acumula em 12
meses uma taxa de 3,31%, abaixo dos 3,37% do IPCA.
De acordo com o INPC, os produtos alimentícios
registraram deflação (queda de preços) de 0,18% em
junho, enquanto os não alimentícios tiveram inflação
de 0,09% no período.
Fonte: Agência Brasil
11/07/2019 -
Reajuste do mínimo poderá corrigir aposentadorias
mais altas
Aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) e com valor superior a um
salário mínimo poderão passar a ter reajuste anual
na mesma data e com base no mesmo indicador — Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — adotado
para aumento do piso mínimo nacional. A medida é
defendida pelo Projeto de Lei do Senado (PLS)
302/2016, aprovado na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) nesta quarta-feira (10). A matéria seguiu para
a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a
proposta recebeu voto favorável, com emenda, do
relator, senador Flávio Arns (Rede-PR). A emenda
cria o Programa de Recuperação do Poder Aquisitivo
das Aposentadorias e Pensões, com o objetivo de
preservar, em caráter permanente, o valor real
desses benefícios previdenciários com valores acima
do mínimo.
O texto original estabelecia a vigência desse
programa entre 2017 e 2021. As aposentadorias e
pensões inseridas nesse programa de recuperação
seriam corrigidas, anualmente, pelo INPC mais um
percentual do crescimento real do Produto Interno
Bruto (PIB), partindo de 60% da taxa de crescimento
do indicador, em 2017, até chegar a 80% em 2021.
Com o atraso na tramitação do PLS 302/2016, Arns
decidiu apresentar emenda para atualizar os marcos
temporais do programa para os anos de 2020 a 2024.
Assim, a recomposição do poder aquisitivo das
aposentadorias e pensões em questão seria iniciada
em 2020, aplicando-se a variação acumulada do INPC
nos 12 meses anteriores ao reajuste mais 60% da taxa
de crescimento real do PIB para 2018, chegando, em
2024, à variação acumulada do INPC mais 80% da taxa
do PIB para 2022.
“Ainda que nossa proposta possa representar uma
despesa extra para os cofres públicos e a despeito
de não corrigir ainda a grande defasagem que hoje
atinge os valores dessas aposentadorias e pensões,
ela abre uma perspectiva de redução dos efeitos
perversos da inflação sobre os valores dos
benefícios previdenciários”, considera Paim na
justificação do projeto.
Para o relator, essa iniciativa merece ser louvada,
“por tornar efetivo o disposto na Carta Magna, que
assegura aos segurados e dependentes o reajustamento
das prestações pecuniárias a eles pagas, garantindo,
de forma permanente, a manutenção do poder
aquisitivo dos seus benefícios previdenciários”.
Fonte: Agência Senado
11/07/2019 -
CAS aprova regras para demitir servidor em caso de
mau desempenho
Projeto que estabelece regras para a avaliação e
demissão, por eventual mau desempenho, de servidor
público estável (PLS 116/2017) foi aprovado na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta
quarta-feira (10). Diferente da proposta inicial da
senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), que prevê
decisão do chefe imediato, o texto aprovado na CAS
estabelece que a avaliação será feita por comissão
de três servidores. O senador Paulo Paim (PT-RS)
alertou para o risco de uso de critérios subjetivos
na avaliação e defendeu a discussão da proposta nas
comissões de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) e de Transparência, Governança,
Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).
Mas a pedido da relatora, senadora Juíza Selma
(PSL-MT), o projeto segue diretamente para análise
no Plenário, em caráter de urgência.
Fonte: Agência Senado
11/07/2019 -
Mulher vítima de violência poderá ter cota de vagas
em empresas, decide CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (10), em decisão final, um projeto que
reserva a mulheres em situação de violência
doméstica e familiar, ou de vulnerabilidade social,
ao menos 5% das vagas de emprego nas prestadoras de
serviços a terceiros. A proposta (Projeto de Lei do
Senado 244/2017) recebeu parecer favorável, com
subemenda, do relator, senador Luiz do Carmo (MDB-GO).
Se não houver recurso para votação pelo Plenário do
Senado, o projeto será enviado à Câmara dos
Deputados.
Para a autora da proposta, senadora Rose de Freitas
(Podemos-ES), a medida contribui para que mulheres
nessas situações possam se desvencilhar
economicamente dos algozes e, assim, romper o ciclo
de violência.
“Possibilitar à mulher uma garantia do vínculo
empregatício viabilizará o rompimento da dependência
de seus cônjuges ou companheiros em caso de
violência doméstica e familiar”, sustenta Rose.
Caráter não obrigatório
Luiz do Carmo recomendou a aprovação do PLS 244/2017
com duas emendas já aprovadas pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
No entanto, apresentou subemenda a uma das
alterações feitas pela CDH para tornar preferencial,
e não obrigatório, o preenchimento desses 5% de
vagas de empregos em favor de mulheres vítimas de
violência ou vulnerabilidade social temporária pelas
empresas de terceirização.
Com isso, sustenta o relator, permite-se a inserção
das mulheres no mercado de trabalho sem, entretanto,
abrir espaço para a punição do empresário que não
puder atender ao comando legal por motivos alheios a
sua vontade, como a dificuldade de encontrar
candidatas aptas ou a incapacidade financeira de
ampliar o quadro de pessoal.
Fonte: Agência Senado
10/07/2019 -
Um terço dos brasileiros aceitaria fechamento do
Congresso e do STF
Segundo levantamento feito pelo site JOTA e pelo
Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados
(Ibpad),
apoiadores de Bolsonaro são os mais descrentes com
a democracia
Pesquisa realizada pelo site JOTA em conjunto com o
Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados
(Ibpad) traz dados preocupantes sobre a crença na
democracia no Brasil. De acordo com o levantamento,
32,9% dos entrevistados disseram concordar com a
frase “Em algumas situações, o governo deve fechar o
Supremo Tribunal Federal”, e 34,9% concordaram com a
frase “Em algumas situações, o governo deve fechar o
Congresso”.
Foram ouvidas 1.045 pessoas, por telefone, entre os
dias 26 e 29 de junho, em 492 municípios dos 26
estados e do Distrito Federal. O intervalo de
credibilidade dos valores estimados é de 3,3%.
Em outra questão, 42% das pessoas disseram concordar
com a frase “Em nenhuma situação é aceitável fechar
o Congresso ou o Supremo Tribunal Federal”, índice
próximo aos 40,9% que disseram discordar dela. Em
relação à pergunta “A democracia pode ter problemas,
mas é o melhor sistema de governo”, 79,3% disseram
concordar e 14%, discordaram.
Segundo o levantamento, a descrença com a democracia
brasileira é maior entre aqueles que apoiam o
presidente Jair Bolsonaro. Entre os que avaliam como
bom seu desempenho como presidente, há empate
técnico entre os que concordam e os que discordam em
fechar o Supremo: 42,7% concordam e 47,8% discordam.
Entre aqueles que avaliam o governo como ótimo, a
maioria concorda com o fechamento do STF: 54,9%
contra 35,7% que discordam. Entre os que acham o
governo Bolsonaro ruim, 60% discordam e 22,1%
concordam, e entre os que acham péssimo 61,9%
discordam e 25,1% concordam.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/07/2019 -
Áudio-bomba coloca Fux sob suspeição de vazar
decisão a Dallagnol
O primeiro áudio divulgado pelo site The Intercept,
nesta terça-feira 9, mais uma bomba sobre a Lava
Jato, coloca o ministro do Supremo Tribunal Federal
Luiz Fux sob suspeição de ter vazado uma decisão sua
ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa da operação.
No áudio, enviado ao grupo 'Filhos do Januario 3',
com outros procuradores, no aplicativo de conversas
Telegram, Dallagnol comemora uma decisão de Fux que
impediu que o ex-presidente Lula concedesse uma
entrevista da prisão durante a campanha
presidencial.
O arquivo foi enviado em 28 de setembro de 2018. O
procurador também pede segredo aos colegas sobre a
notícia e indica que ela ainda é sigilosa. "URGENTE
E SEGREDO", "sobre a entrevista", "quem quer saber
ouve o áudio", escreve Dallagol, em mensagens de
texto, junto ao envio do áudio.
"Não vamos alardear isso aí, não vamos falar pra
ninguém. Vamos manter, ficar quieto, para evitar a
divulgação o quanto for possível. Porque o quanto
antes divulgar isso, antes vai ter recurso do outro
lado, antes isso aí vai para o plenário", diz o
procurador.
"O pessoal pediu para gente não comentar isso aí
publicamente e deixar que a notícia surja por outros
canais, para evitar precipitar recurso de quem é..
tem uma posição contrária à nossa", prosseguiu,
dizendo por fim que era uma "notícia boa para
terminar bem a semana. depois de tantas coisas
ruins, e começar bem o fim de semana".
O jornalista Leandro Demori, editor do Intercept,
questionou quem seria o "pessoal" citado por
Dallagnol na conversa. "Deltan manda um áudio
falando sobre a decisão do Fux de barrar entrevista
de Lula à @monicabergamo. Para ele, naquele momento,
a decisão ainda não é pública. Tanto que pede
SEGREDO. E diz: "...o pessoal pediu pra gente não
comentar publicamente...". Que pessoal?", indagou
pelo Twitter.
Fonte: Brasil247
10/07/2019 -
Governo demonstra confiança, enquanto oposição
denuncia desigualdade na Previdência
A discussão no Plenário da Câmara dos Deputados
evidenciou um clima polarizado sobre a reforma da
Previdência (PEC 6/19). Governistas afirmaram
confiar na aprovação da proposta para promover um
ajuste nas contas públicas. Já deputados contrários
criticaram pontos como a possibilidade de a pensão
ser menor do que o salário mínimo; e a retirada,
pela comissão especial, da cobrança de contribuição
previdenciária sobre receitas de exportação. Este
último ponto beneficia o agronegócio.
O relator da proposta, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), destacou que o sistema atual “já quebrou”
e precisa ser reformado. “Em 2018, gastamos 55% das
receitas da União com Previdência. O fato é que
estamos vivendo mais e continuamos nos aposentando
cedo”, disse.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse que a proposta é o
“alicerce para a reconstrução do País”. Ela também
destacou as manifestações, nas ruas, em favor da
reforma. “É uma previdência justa, solidária, que
atende aos mais pobres, combate privilégios e foi
construída com ajuda de deputados”, afirmou.
O líder do governo, deputado Major Vitor Hugo
(PSL-GO), também defendeu a medida. “Vai dar ao País
uma previdência mais equilibrada, mais sustentável e
mais justa”, declarou.
O deputado Giovani Cherini (PL-RS) criticou a
“protelação” patrocinada pela oposição. “O Brasil
está parado”, disse. “O futuro vai dizer que estamos
certos e estamos em favor do Brasil, e não pensando
apenas em novas eleições”, ressaltou.
Críticas
Para o líder da oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ), a proposta vai criar um país mais
desigual. “É justo fazer um trabalhador que ganha em
torno de R$ 2 mil deixar para o seu viúvo ou viúva
menos de um salário mínimo?”, questionou.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) destacou que
uma proposta cujo objetivo é economizar R$ 1 trilhão
não serve para combater privilégios. Ele disse que
esse recurso poderia ser arrecadado com o aumento de
impostos sobre lucros, dividendos e grandes fortunas
e com a revisão de incentivos fiscais concedidos. “É
possível buscar financiamento suficiente daqueles
que podem pagar, sem atacar os mais pobres”, disse.
O deputado Gervásio Maia (PSB-PB) acusou o governo
de acionar um “rolo compressor” com a liberação de
emendas orçamentárias, em detrimento da população.
“Vai promover um ajuste fiscal no lombo da classe
trabalhadora”, criticou.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), avaliou que o texto quebra o conceito de
seguridade social. “Deixar ao léu viúvas e órfãos é
gravíssimo, tirando a garantia de um salário
mínimo”, disse ela.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ressaltou que,
pelo novo sistema de cálculo, todas as
aposentadorias serão reduzidas. "Querem cortar
aposentadorias de duas formas: 40 anos de
contribuição para ter integralidade; e reduzir a
aposentadoria ao contabilizar os salários do
começo”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
10/07/2019 -
Previdência: para Psol, Bolsonaro cometeu crime de
responsabilidade em liberação de emendas
Governo teria autorizado empenho sem autorização
legislativa, o que é irregular. Líder do partido
Ivan Valente (SP) anunciou que legenda vai tomar
medidas jurídicas
Em meio à liberação de emendas parlamentares que
totalizam quase R$ 1 bilhão – R$ 920,3 milhões em 34
portarias de uma edição extra do Diário Oficial da
União publicada ontem (8) – para aprovar a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da “reforma”
da Previdência, o governo Bolsonaro estaria
cometendo um crime de responsabilidade, de acordo
com o Psol. Segundo nota da legenda, o governo
liberou mais de R$ 93 milhões em uma emenda aprovada
na Comissão de Seguridade de Câmara dos Deputados,
que tinha originalmente um valor bem menor, de R$ 2
milhões, destinada a “incremento temporário ao
custeio de serviços de assistência hospitalar e
ambulatorial”. O governo teria autorizado, portanto,
o empenho de R$ 91.465.426,00 reais sem autorização
legislativa, uma conduta irregular que poderia ser
enquadrada como crime de responsabilidade.
A emenda apontada pela legenda é a de número
50210004. O Psol lembra que despesas públicas
dependem de autorização expressa do Legislativo, e o
governo pode executar uma emenda na sua totalidade,
mas não pode ultrapassar o valor autorizado pelo
Congresso Nacional.
“Isso é uma ilegalidade que vamos questionar
juridicamente. E isso coloca em xeque a votação da
Previdência. Nós já sabíamos que descaradamente se
naturalizou o toma lá dá cá e a compra de votos.
Isso se chama corrupção”. apontou o líder do partido
na Câmara dos Deputados, Ivan Valente (SP).
Fonte: Rede Brasil Atual
10/07/2019 -
Bancada feminina cobra mudanças no texto da reforma
da Previdência
A bancada feminina da Câmara dos Deputados emitiu
nota, nesta terça-feira (9), para cobrar mudanças no
texto da reforma da Previdência (PEC 6/19). A
matéria está na pauta do plenário desta terça. Na
Agência Câmara
Segundo as deputadas, nem o substitutivo inicial do
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) nem o texto
aprovado na comissão especial na madrugada da
sexta-feira (5), contemplaram sugestões feitas pelo
grupo de trabalho (GT) da Secretaria da Mulher sobre
o tema.
“O não atendimento [das demandas] nos preocupa pelos
graves impactos que a reforma pode ter para agravar
ainda mais as desigualdades sociais e econômicas
entre homens e mulheres no País”, diz o documento
assinado pela coordenadora da bancada, deputada
Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e pela
coordenadora do GT, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL).
Sugestões
A bancada cobrou mudanças em 3 pontos. O primeiro é um
ajuste na fórmula de cálculo do benefício de
contribuição exigido para mulheres. Conforme as
deputadas, apesar de o tempo de contribuição exigido
para mulheres ter reduzido de 20 para 15 anos, a
contagem do acréscimo de 2 pontos percentuais ao ano
para o valor da aposentadoria ir de 60% da média
para 100% inicia aos 20 anos trabalhados, e não aos
15 anos.
“Trata-se de uma distorção que invalida a redução do
tempo de contribuição das mulheres”, afirmam as
parlamentares no texto. A mesma regra valerá para as
servidoras em exercício à época da eventual
aprovação da reforma.
O segundo ponto é a piora, na opinião das deputadas,
nas condições da pensão por morte. As mulheres são
beneficiárias de quase 90% das pensões concedidas. O
texto aprovado na comissão especial garante um
salário mínimo como pensão se essa for a única fonte
de renda do beneficiário. Se não o for, o pagamento
pode ser menor, o que seria o caso se um dos
beneficiários receber, por exemplo, o Benefício de
Prestação Continuada (BPC).
A bancada também criticou a substituição do
princípio de “proteção à maternidade”, previsto na
Constituição, pelo termo “salário-maternidade”. De
acordo com as deputadas, a proteção à maternidade
envolve situações mais complexas do que a mera
concessão de um benefício previdenciário. “Trata-se
de um direito humano, imprescindível não só para as
mulheres, mas para toda sociedade”, disseram as
deputadas no documento.
Fonte: Diap
10/07/2019 -
Guedes projeta dia seguinte à Previdência com
reforma de Estado e enxugamento de autarquias
Como será… O ministro Paulo Guedes (Economia)
começa a delinear sua agenda pós-Previdência em
reunião com todos os secretários especiais nesta
quinta (11). A prioridade é estimular crescimento e
geração de emprego —e um dos pilares da nova fase
será uma reforma do Estado.
…o amanhã Uma das ações em estudo pela equipe
econômica é rever o papel das autarquias do governo
federal. Após diagnóstico, há sinais de que algumas
podem ser extintas, outras fundidas ou ainda
incorporadas.
Fonte: BlogFolha
10/07/2019 -
ESocial será extinto e substituído por outro sistema
em 2020, afirma secretário
A partir de janeiro do ano que vem haverá dois
sistemas, uma para Previdência e Trabalho, e outro
para informações da Receita Federal
O secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira (9) que o
eSocial só funcionará até janeiro de 2020. Segundo o
secretário, a partir do ano que vem o eSocial será
substituído por outros dois sistemas: um da Receita
Federal e outro de Trabalho e Previdência.
O eSocial é uma plataforma de registro informações
para o cumprimento de obrigações trabalhistas,
tributárias e previdenciárias.
"O fato de ser dois sistemas não quer dizer que vai
aumentar a complexidade. Serão dois sistemas bem
mais simples, esse é o nosso compromisso", disse o
secretário.
Simplificação
O secretário afirmou ainda que até ser extinto, em
janeiro de 2020, o eSocial será simplificado. Ao
longo dos próximos meses as informações exigidas no
sistema serão reduzidas em 40% a 50%.
"Ao longo dos próximos seis meses vamos manter o
sistema com essas inovações. A partir de janeiro de
2020 estaremos apresentando uma nova plataforma",
disse.
ESocial
O eSocial é uma ferramenta que reúne os dados
trabalhistas, fiscais, previdenciários das empresas
em uma só plataforma. No início, somente patrões de
empregados domésticos eram obrigados a usar o
eSocial.
A partir de janeiro deste ano, empregadores do
Simples Nacional (incluindo MEI), empregadores
pessoa física (exceto doméstico), produtor rural PF
e entidades sem fins lucrativos foram obrigados a
aderir ao sistema.
Desde julho do ano passado, empresas de médio porte
(que faturam entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões)
passaram a ter que enviar seus dados ao sistema, que
já era obrigatório desde janeiro para as grandes. E
desde novembro de 2018, as micro e pequenas e os MEI
(microempreendedores individuais) também passaram a
ser obrigadas a usar o sistema.
Fonte: Gazetaweb
10/07/2019 -
Indicador de emprego registrou crescimento em junho,
diz FGV
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta
terça-feira (9) dois indicadores referentes ao
mercado de trabalho, coletados em junho. O Indicador
Antecedente de Emprego (Iaemp) subiu 0,8 ponto e
agora registra 86,6 pontos. O índice registrou este
crescimento em junho após recuo nos quatro meses
anteriores.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 1,1
ponto, no mesmo período. Indo para 94,6 pontos,
depois de registrar crescimento nos três meses
anteriores. O ICD é um indicador com sinal
semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto
menor o número, melhor o resultado. O Iaemp é uma
combinação de resultados das sondagens da Indústria,
de Serviços e do Consumidor e mostra os rumos do
mercado de trabalho no país.
O ICD é construído com base em quatro faixas de
rendas salariais. Em junho, a classe de renda que
mais contribuiu para o recuo do ICD foi a dos
consumidores com renda familiar mensal entre R$
2.100 e R$ 4.800.
Fonte: Agência Brasil
10/07/2019 -
Demanda por bens industriais varia 0,1% em maio, diz
Ipea
O consumo de bens industriais no Brasil aumentou
0,1% em maio na comparação com abril, divulgou nesta
terça-feira (9) o Instituto de Pesquisa Econômica e
Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens
Industriais mede essa demanda, levando em conta os
bens industriais produzidos no Brasil e os
importados de outros países. Segundo o instituto, a
demanda pelos bens nacionais caiu 0,2%, enquanto o
consumo aparente de importados aumentou 2,9%.
A comparação de maio deste ano com o ano passado
mostra uma alta de 7,2% no indicador geral, aumento
que se dá sobre um mês que teve influência da greve
dos caminhoneiros, que ocorreu em maio do ano
passado.
Queda em 13 de 22 setores
Dos 22 segmentos da indústria pesquisados, somente
nove tiveram variações positivas de demanda na
comparação entre maio e abril. O consumo aparente de
aparelhos e materiais elétricos avançou 13,4%, e o
de alimentos, 5,7%.
Os bens de capital foram os únicos que tiveram
variação positiva na demanda entre abril e maio de
2019, com alta de 3,9%. Os bens intermediários
permaneceram estáveis e a demanda por bens de
consumo teve uma queda de 3,7% em maio.
O consumo de bens da indústria extrativa teve alta
de 30,3% em maio, variação que representa uma
recuperação após ter sido impactada pela tragédia na
barragem de Brumadinho, em janeiro. A demanda pela
indústria de transformação teve queda de 0,3%.
Fonte: Agência Brasil
10/07/2019 -
Conversão de férias em dinheiro deve ser pedida pelo
trabalhador, diz TRT-4
A conversão de férias em dinheiro é uma escolha do
trabalhador e não pode ser imposta pela empresa. Com
esse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região (RS) condenou uma rede de
supermercados a pagar a uma ex-empregada os 10 dias
de férias que ela teve convertidos em dinheiro em
três ocasiões. O terço constitucional também deverá
ser acrescido ao pagamento.
A trabalhadora alegou na ação que a conversão foi
uma imposição da empresa. O relator do acórdão na 7ª
Turma do TRT-4, desembargador Emílio Papaléo Zin,
observou que realmente consta na ficha de registro
da autora que ela optou pela conversão de parte das
férias em abono pecuniário. Porém, a empresa não
apresentou no processo os requerimentos firmados por
ela para este fim.
“A conversão das férias em abono pecuniário é
faculdade concedida ao empregado, a ser requerida ao
empregador até 15 dias antes do término do período
aquisitivo, conforme dispõe o art. 143 da CLT, de
forma que, questionado o pedido de conversão pelo
empregado, competia à reclamada apresentar o
requerimento de abonos de férias firmados pelo
empregado, encargo do qual não se desincumbiu”,
explicou.
A decisão foi unânime nesse aspecto. Também
participaram do julgamento os desembargadores Denise
Pacheco e Wilson Carvalho Dias. O processo está em
fase de recurso de revista. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-4.
Processo 0020507-14.2017.5.04.0304
Fonte: Consultor Jurídico
09/07/2019 -
STF vai analisar constitucionalidade do trabalho
intermitente
O Plenário do Supremo Tribunal Federal vai julgar
uma ação da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria que questiona
dispositivos da Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017) que tratam do trabalho intermitente.
No dia 19 de junho, o ministro Edson Fachin, do STF,
aplicou à tramitação da Ação Direta de
Inconstitucionalidade 6154 o rito abreviado previsto
no artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs), que
autoriza o julgamento do caso pelo Plenário do
Supremo diretamente no mérito, sem prévia análise do
pedido de liminar.
Na decisão, o relator requisitou informações ao
Congresso Nacional e à Presidência da República. Em
seguida, os autos serão encaminhados,
sucessivamente, à Advocacia-Geral da União e à
Procuradoria-Geral da República, para que se
manifestem sobre a matéria.
A ADI questiona os artigos 443, caput e parágrafo
3º, 452-A e 611-A, inciso VIII, da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), introduzidos pela Reforma
Trabalhista. Na ação, a entidade sindical sustenta
que a criação de regimes flexíveis desse tipo viola
princípios constitucionais como o da dignidade
humana e do valor social do trabalho.
"O direito do trabalho, pautado nesses princípios,
busca delimitar um mínimo existencial que se integra
ao patrimônio jurídico do empregado e serve de
limite para os avanços e flexibilizações das leis
trabalhistas", diz a entidade em trecho do
documento.
A entidade afirma ainda que há desrespeito ao
princípio da igualdade, pois, uma vez que a
contratação do trabalho intermitente pode ser
utilizada como forma de obter mão de obra a custo
muito menor, insere o cidadão em uma relação de
trabalho precária.
"A ausência de garantia de remuneração mínima ao
trabalhador quando este não estiver prestando
serviços afronta ainda os dispositivos
constitucionais que tratam do salário mínimo. ADI
6.154
Fonte: Consultor Jurídico
09/07/2019 -
Trabalhadores pressionam deputados contra a reforma
da Previdência
Enquanto as forças conservadoras se mobilizam no
Congresso Nacional com a pretensão de aprovar em
plenário ainda no curso desta semana a proposta de
reforma da Previdência, as centrais sindicais e os
movimentos sociais intensificam a mobilização
popular em defesa das aposentadorias e contra o
projeto do governo Bolsonaro.
Nesta terça-feira (9), os sindicalistas estarão nos
aeroportos com o propósito de convencer os
parlamentares que retornarão a Brasília a votarem de
acordo com os interesses da classe trabalhadora e do
povo brasileiro, rejeitando o retrocesso nas regras
e valor das aposentadorias. A coleta de assinaturas
para o abaixo assinado contra a reforma também vem
sendo intensificada.
A abordagem dos deputados é considerada fundamental
pelas lideranças. A Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 006/2019) da reforma da
Previdência foi aprovada por 32 votos a 13 na
Comissão Especial. O texto do relator acaba com a
aposentadoria por tempo de contribuição – que hoje é
de 30 anos para a mulher e 35 para os homens. Impõe
uma idade mínima de 62 (mulheres) e 65 (homens) e a
obrigatoriedade de 40 anos de contribuição para quem
quiser se aposentar com o salário integral.
A proposta do governo de Jair Bolsonaro também
diminui o valor do benefício. Hoje com 15 anos de
contribuição, homens e mulheres se aposentam com 85%
das 80% maiores contribuições, excluindo as 20%
menores. Com a reforma, esse valor passa a ser de
apenas 60% com 20 anos de contribuição dos homens e
15 anos das mulheres. Ambos os sexos já saem
perdendo 25% do benefício.
A diferença é que no texto do relator, os homens,
além de perderem esse percentual, vão ter de
trabalhador mais cinco anos, pois somente com 20
anos de contribuição poderão pleitear a
aposentadoria. Especialistas estimam que milhões de
trabalhadores e trabalhadoras não conseguirão se
aposentar. A média de contribuição anual é de apenas
cinco meses em função da alta rotatividade do
mercado de trabalho brasileiro. Isto significa que
para grande número de trabalhadores serão
necessários no mínimo 40 anos de trabalho para
alcançar o tempo mínimo de contribuição.
Além disso, as viúvas e viúvos só receberão 60% do
valor da pensão, mais 10% por dependente. Caso a
pensão fique abaixo do salário mínimo, só terão
direito aos R$998,00 se não tiverem nenhuma outra
fonte de renda. Caso contrário, poderão receber uma
pensão menor do que o valor do mínimo. A reforma
também reduz o universo dos que têm direito a PIS/Pasep
e retira do empregado que já se aposentou o direito
a indenização de 40% do FGTS no caso de demissão.
Tudo para agradar e beneficiar o empresariado, em
detrimento dos direitos da classe trabalhadora.
Fonte: Portal CTB
09/07/2019 -
Sérgio Moro pede licença do cargo após mais
vazamentos de conversas
Em meio ao vazamento de suas conversas nada
republicanas com o procurador Deltan Dallagnol, o
ex-juiz e o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro,
vai entrar em licença do cargo a partir de
segunda-feira (15).
Nos últimos dias, o ministro foi alvo de mais dois
vazamentos que demonstraram um então juiz imparcial
e atuando ao lado da acusação, o que fere
frontalmente a ética da magistratura e o Código de
Processo Penal (CPP).
Juristas, integrantes do STF e políticos avaliaram
as conversas, ditas como autênticas pela revista
Veja, como algo muito grave e que podem anular as
decisões dele no âmbito da Lava Jato.
Numa situação tensa e prestes a ser convocado
novamente a dar esclarecimento no Congresso,
Bolsonaro concedeu a ele licença de 15 a 19 deste
mês para “tratar de assuntos particulares”. O ato
foi publicado nesta segunda-feira (8/7) no Diário
Oficial da União.
Como ainda não tem direito a férias, Moro vai tirar
uma licença não remunerada, conforme a Lei 8.112,
dos servidores públicos federais.
Em nota, o Ministério da Justiça diz que o
secretário executivo Luiz Pontel responderá
interinamente pela pasta no período.
Fonte: Portal Vermelho
09/07/2019 -
Ministros com mandato deixarão governo para votar
reforma da Previdência
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros,
confirmou nesta segunda-feira (8) que os quatro
ministros do governo Bolsonaro que têm mandato na
Câmara dos Deputados serão exonerados para votar a
proposta de reforma da Previdência em plenário.
Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina
(Agricultura), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e
Osmar Terra (Cidadania). Onyx e Terez Cristina são
filiados ao DEM; Antônio é filiado ao PSL; enquanto
Osmar Terra é do MDB.
"Os ministros que têm mandato já estão liberados
para participar da votação. O presidente entende que
a presença deles em plenário há de reforçar a
presença do governo em plenário no sentido de que a
voz da Presidência é essencial para o futuro do
nosso país", disse o porta-voz.
Fonte: Brasil247
09/07/2019 -
Dallagnol foge e diz que não vai explicar Vaza Jato
à Câmara
O chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan
Dallagnol, enviou comunicado ao Senado e à Câmara
nesta segunda-feira (8) informando que não vai
comparecer a audiência para falar sobre as mensagens
vazadas do seu aplicativo Telegram.
Apesar de usar as redes sociais para expor suas
posições políticas em votações do Congresso
Nacional, Dallagnol diz agora que prefere exercer
somente a sua "função técnica" como membro do
Ministério Público.
"Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos
e buscar a aplicação da lei penal de modo eficiente
e justo, de acordo com a Constituição e com as leis,
atividade funcional sujeita à apreciação do Poder
Judiciário. Diante disso, muito embora tenha sincero
respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso
Nacional nos debates de natureza política que
realiza e agradeça o convite para neles participar,
acredito ser importante concentrar na esfera técnica
minhas manifestações sobre mensagens de origem
criminosa, cuja veracidade e autenticidade não
reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a
Operação Lava Jato”, escreveu o procurador em
mensagem ao Congresso para justificar a sua
ausência.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, e Dallagnol são
os principais personagens de uma série de conversas
vazadas em reportagens do The Intercept, que
revelaram um conluiou do ex-juiz e os procuradores
para condenar o ex-presidente Lula.
Em meio ao escândalo que cada vez mais demonstra a
parcialidade e violação da lei da Lava Jato em
Curitiba, Moro anunciou que irá se afastar do cargo
temporariamente por "motivos pessoais". Há
informações de que a Polícia Federal, comandada por
ele, está prestes a efetuar prisões e buscas em
represália ao escândalo da Vaza Jato.
Fonte: Brasil247
09/07/2019 -
Maia: aprovação da reforma será uma vitória do
Parlamento, não do governo
“O governo não conseguiu uma maioria parlamentar
e, pela primeira vez, o Parlamento tem construído as
soluções econômicas do País”, afirmou
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a
aprovação da reforma da Previdência, se ocorrer,
será uma vitória do Parlamento e não do governo.
Maia disse que o texto que sai da comissão foi uma
construção parlamentar, discutido e apoiado pela
maioria dos deputados. As afirmações foram feitas em
seu podcast semanal.
“A Câmara organizou muito bem esse texto. Todos
participaram. A construção do texto foi uma
construção parlamentar, e a construção da vitória,
se acontecer, será uma construção do Parlamento e
não do governo. O governo ajudou, mas, em alguns
momentos, o governo atrapalhou. O resultado dessa
semana será o resultado do esforço do trabalho e da
dedicação de cada deputado e de cada deputada.
Sabemos que o governo não conseguiu uma maioria
parlamentar e, pela primeira vez, o Parlamento tem
construído as soluções econômicas do País”, afirmou
o presidente.
Em relação ao rito de tramitação da reforma no
Plenário a partir desta semana, Maia afirmou que,
antes de tudo, é preciso garantir a presença de
parlamentares na Casa, já que o quórum necessário
para aprovar uma Emenda Constitucional é muito alto
(308 votos favoráveis). Ele reafirmou a expectativa
de começar a discussão do texto na terça na parte da
manhã e dar início à votação no fim do dia. Hoje,
Maia participa de reunião de líderes para a
definição dos procedimentos de votação da reforma.
Apoio
Maia afirmou que o tema da reforma tem apoio de grande
parte da sociedade brasileira e, por essa razão, a
Câmara vai aprovar o texto. Segundo ele, isso
significa que a sociedade está próxima ao
Parlamento. O presidente destacou que a reforma da
Previdência é o primeiro passo para uma sociedade
mais justa e menos desigual.
“O Brasil tem quase 10 milhões de brasileiros
vivendo abaixo da linha da pobreza, não é possível
que um país com tantas oportunidades e tantas
riquezas e essas riquezas estejam concentradas nas
mãos de poucas pessoas. A reforma é o primeiro passo
para esse equilíbrio, um sistema igual”, disse.
Modernização
Rodrigo Maia também defendeu a modernização do estado
brasileiro para garantir mais eficiência nas
políticas públicas e mais competitividade e
produtividade para o setor privado. Maia explicou
que o estado custa muito caro para o cidadão e
sobram poucos recursos do orçamento público federal
para investimento.
“Tenho certeza de que o Parlamento vai construir a
solução da reestruturação do estado, começando pela
Previdência e esperamos que, no momento seguinte, a
gente já veja redução de juros, e propostas para
retomada da geração de empregos e aumento da
produtividade e da competitividade no País”,
defendeu.
Fonte: Agência Câmara
09/07/2019 -
Comissão de Trabalho discute papel do Sistema S
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público discute nesta terça-feira (9) o papel do
“Sistema S” no mundo do trabalho, na sociedade e na
economia do País.
O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), que propôs o
debate, ressalta que o “Sistema S” vem sofrendo
ameaças de cortes de sua receita diante de
constantes ataques. Ele explica que a audiência
pública dará a oportunidade para que as organizações
das entidades corporativas voltadas para o
treinamento profissional, assistência social,
consultoria, pesquisa e assistência técnica exponham
o relevante serviço que prestam a milhões de
brasileiros.
“O Sistema S oferece educação básica e profissional,
tecnologia e inovação, saúde e segurança para os
trabalhadores, cumprindo, no uso dos recursos da
contribuição compulsória, a missão conferida pela
Constituição Federal. Os serviços de aprendizagem
são importantes aliados do desenvolvimento do País
no esforço para melhorar a qualidade da educação,
elevar a escolaridade dos brasileiros e criar
ambientes de trabalho seguros e saudáveis”, afirma.
Participam do debate:
- o diretor de operações do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), Gustavo Leal Sales
Filho;
- o vice-presidente da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Luiz
Carlos Bohn;
- o chefe de gabinete da diretoria do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (Senar), André Sanches;
- a gerente-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop), Karla Tadeu de
Oliveira;
- a diretora-executiva nacional do Serviço Social do
Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte (Sest-Senat), Nicole Goulart.
A audiência ocorrerá no plenário 12, às 14 horas.
Fonte: Agência Câmara
09/07/2019 -
Técnicos divergem sobre impacto da reforma da
Previdência no desemprego
Em audiência pública nesta segunda-feira (8),
especialistas debateram a relação entre a proposta
de reforma da Previdência em tramitação e o
desemprego no país. Para uns, a reforma é
indispensável para o crescimento econômico do país.
Para outros, a reforma não resolverá o problema e
poderá agravá-lo. O debate foi feito na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Para Rogério Nagamine Constanzi, do Ministério da
Economia, o Brasil passa por um envelhecimento
populacional muito rápido e precisa se planejar para
o futuro. O especialista também afirmou que o país
precisa lutar para reverter a taxa de desemprego,
que começou a cair de forma muito discreta agora.
Rogério disse ainda que há uma grave crise fiscal e
que muitos minimizam o problema.
Já Clóvis Scherer, do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
acredita que se preocupa com a falta de poder de
consumo que a reforma da Previdência vai gerar, o
que, segundo ele, afastaria o investimento dos
empresários no país. Para o economista, existem
pontos da reforma que são positivos, mas, em geral,
ela agrava a situação dos trabalhadores de baixa
renda.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a
audiência, e o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
questionaram sobre a diferença de tratamento dada
aos políticos na reforma. Segundo Styvenson, as
pessoas o questionam muito sobre a situação dos
políticos.
— O símbolo do privilégio somos quem hoje está
político. Na verdade, as pessoas me enxergam como o
privilegiado: “você vai mexer na Previdência de todo
mundo e não mexe na de vocês próprios”. Seria uma
forma de esclarecer para as pessoas, porque eu abri
mão da Previdência especial — disse o senador.
Paulo Paim disse que não entendeu porque o pedágio
do político é de 30%. Para o senador deveria ser
maior e não deveria ser diferente das outras regras
de transição.
— Quem entrar no sistema, seja vereador, seja o que
for, ninguém mais vai ter essa aposentadoria
diferenciada. Eu só não entendi por que que aqueles
que estão no sistema não terão um pedágio que seja
de 100%, de 50% e por que essa proposta de 30% não
foi aceita para os outros — questionou Paim.
Segundo Rogério, se o Congresso achar que esse
pedágio deve ser alterado, ele poderá alterar. O
representante do Ministério da Economia afirmou ser
positiva essa preocupação de isonomia.
— Não consigo conceber que haja regras
previdenciárias diferentes por ser do setor privado,
do setor público ou por ser político — disse.
Ao final da audiência, Paim ressaltou que espera uma
boa revisão da reforma da Previdência por parte do
Senado, diferentemente do que houve com a reforma
trabalhista.
— O apelo que eu faço é que os senadores aprofundem
o debate, ajustem o que for necessário e que depois
volte para a Câmara. Se o Senado não exercer mais
seu papel de revisar e discutir, qual é o papel do
Senado? — disse Paim.
Também estiveram presentes na reunião representantes
de centrais sindicais, como a Central Única dos
Trabalhadores (CUT), a Confederação dos
Trabalhadores em Transporte e Logística e da Central
dos Sindicatos Brasileiros.
Fonte: Agência Senado
08/07/2019 -
Bolsonaro tem a pior avaliação desde Collor, aponta
Datafolha
Um levantamento Datafolha divulgado nesta
segunda-feira 8 aponta que o Brasil está dividido e
que Jair Bolsonaro tem a pior avaliação para um
presidente desde Fernando Collor. "Para 33%, o
presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%,
regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo. Com
variações mínimas, é o mesmo cenário que se desenhou
três meses atrás, no mais recente levantamento do
instituto", aponta a reportagem.
"Aos seis meses na cadeira, Collor tinha uma aprovação
igual à de Bolsonaro (34%), mas 20% de rejeição.
Todos os outros presidentes em primeiro mandato
desde então se deram melhor", aponta ainda o texto.
"A estabilização de Bolsonaro sugere um piso de seu
eleitorado. Menor do que aquele que o elegeu no
segundo turno em 2018, mas semelhante à fatia
usualmente associada aos apoiadores de seu maior
rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pessimismo aumenta
"Na mão inversa, vem caindo a expectativa positiva em
relação a seu governo. De abril para cá, foi de 59%
para 51% a fatia de entrevistados que preveem uma
gestão ótima ou boa. A ideia de que será regular
subiu de 16% para 21%, enquanto o pessimismo ficou
estável na margem de erro (23% para 24%)", indica a
pesquisa.
Fonte: Brasil247
08/07/2019 -
Guedes se irrita com vaias a Bolsonaro no Maracanã
O ministro Paulo Guedes não gostou de presenciar a
vaia ao presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva no
Maracanã. "Paulo Guedes saiu cuspindo fogo do túnel
de acesso ao campo do Maracanã na final da Copa
América. Assim que a comitiva presidencial entrou no
campo, uma vaia tomou conta do estádio. O ministro
deu meia volta e saiu pelos corredores do estádio
sem despedidas e com ar de pouquíssimos amigos",
informa o jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna.
"Nada a ver com vaias ou aplausos. A culpa é da
Conmebol, que organiza a Copa. Eu fui chamado para
acompanhar o presidente na entrada do Estádio.
Chegando lá, fomos avisados de que só poderiam
entrar três pessoas. Um monte de bicões entrou, mas
eu outros ministros ficamos de fora. Então retornei
puto ao lugar em que eu estava", justificou depois
Guedes.
Fonte: Brasil247
08/07/2019 -
Datafolha: para 58%, decisões de Moro devem ser
revistas
Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste
sábado (6) mostra que a maioria da população
brasileira reprova a conduta do ex-juiz Sérgio Moro,
atual ministro da Justiça, ao se comportar como
coordenador do Ministério Público nas ações da Lava
Jato.
Segundo o jornalista Igor Gielow, da Folha de S.
Paulo, entre os que ouviram falar do caso, 58% acham
que a conduta de Moro foi inadequada, ante 31% que a
aprova. Não sabem avaliar 11% dos ouvidos.
Também são 58% os que dizem acreditar que, se
comprovadas irregularidades, eventuais decisões de
Moro na Lava Jato devem ser revistas. Para 30%, o
ganho no combate à corrupção compensa eventuais
excessos cometidos.
A aprovação pessoal de Moro, segundo o Datafolha,
caiu de 59% para 52% em relação à pesquisa mais
recente, feita há três meses. Entretanto, para 54%,
não há motivo para sua saída, enquanto 38% acham que
sim.
Segundo os dados do Datafolha, apesar das
ilegalidades apresentadas pela Vaza Jato, 54% da
população considera justa a prisão política do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O
percentual é o mesmo do levantamento feito em abril.
42% da população classifica a prisão como injusta,
percentual que era 40% em abril.
A prisão de Lula é considerada justa pelos mais
ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos
(67%), e injusta pelos mais pobres (51%).
Regionalmente, 56% dos nordestinos condenam a prisão
de Lula, enquanto 63% dos sulistas a aplaudem.
A pesquisa do Datafolha foi feita em 4 e 5 de julho,
com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, e em
130 cidades. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou menos.
Fonte: Portal Vermelho
08/07/2019 -
Onyx estima 330 votos favoráveis à reforma da
Previdência em 1º turno
Discussões para votação dessa etapa começam
terça-feira, diz ministro
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
demonstrou otimismo com a possibilidade de votação
do primeiro turno da Reforma da Previdência nesta
semana no plenário da Câmara dos Deputados.
Neste domingo (7), após encontro com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Onyx disse que, pelos
cálculos do governo, nessa etapa, deve alcançado um
resultado proporcional ou melhor do que obtido na
Comissão Especial na última quinta-feira (4), quando
a proposta de reforma da Previdência foi aprovada
por 36 votos a 13. “Temos um cálculo realista ao
redor de 330, com pé bem no chão, e caminhamos para
ter algo em torno de 330 e pode ser até mais do que
isso. É uma margem que a gente acredita ser
possível”, afirmou.
O ministro disse que Maia e ele discutiram
procedimentos para dar início à votação da matéria
na terça-feira (9) e que a discussão deve se
estender até quarta-feira (10), com a votação do
primeiro turno da matéria em seguida. Onyx lembrou
ainda a reunião que terá no mesmo dia com
governadores em Brasília. A expectativa é de que
eles ajudem a convencer parlamentares de suas
bancadas a votar a favor do texto.
Sobre possíveis alterações no texto, Onyx disse que
há consenso entre as bancadas de que a manutenção da
proposta aprovada na Comissão Especial é desejável.
Mesmo assim, o ministro admite que um ou outro ponto
poderá ser ajustado. “É claro que, pontualmente,
alguma questão pode surgir no plenário”, ressaltou.
Segundo Onyx, a intenção é manter a potência fiscal
da proposta ao redor de R$ 1 trilhão. “Estamos
conseguindo sensibilidade das bancadas”, afirmou.
O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério
da Economia, Rogério Marinho, também participou do
encontro com Maia.
Policiais
Sobre as reivindicações dos policiais, que pleiteiam
benefícios especiais para a categoria, o ministro
disse que existem muitas questões, além da idade
mínima para aposentadoria, a serem tratadas no caso
deles, mas que o governo considera que avanços
importantes já foram feitos na comissão especial.
“Me parece que o texto aprovado na comissão já
contempla questões importantes para policiais”,
ressaltou Onyx,. Ele informou que deve receber ainda
hoje uma avaliação bastante detalhada sobre o pleito
da categoria e que, a partir daí, o assunto poderá
ser mais bem discutido.
Fonte: Agência Brasil
08/07/2019 -
Relatório aprovado penaliza mais pobres e ignora
pontos críticos das Centrais
O novo texto da reforma da Previdência, aprovado na
madrugada da sexta (9), prejudicará, principalmente,
os trabalhadores de baixa renda, que não conseguirão
arcar com as novas regras previstas para se
aposentar. É o que afirma o economista Clóvis
Scherer, do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Ele alerta sobre o documento com os 15 pontos
críticos que as Centrais apresentaram ao relator e
que não estão contemplados no parecer: “Foram
totalmente ignorados”, diz. Para Scherer, o texto
que irá a plenário agravou as mudanças na
Previdência: “A reforma elevou a idade mínima e
reduziu o valor dos benefícios. Temos aí riscos
sociais bastante graves, subestimados pelo
Congresso.”
Impacto - A reforma vai piorar a crise. “Nos
primeiros anos o impacto será menor, mas a tendência
é a transferência de renda se alterar negativamente.
O caráter recessivo é flagrante. Vamos ter uma queda
de demanda, não conseguiremos crescer. É muito
questionável aquilo que o governo está afirmando
sobre crescimento econômico”, afirma.
Diap – Para o jornalista Antônio Augusto de
Queiroz (Toninho), diretor licenciado do
Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar, será difícil reverter esse quadro no
plenário da Câmara. Ele afirma: "O governo liberou
emendas parlamentares, lançou pautas de interesse da
oposição para dividir suas energias e enfraqueceu
financeiramente as entidades que poderiam resistir.
Esses ataques simultâneos favoreceram o resultado."
Ele defende uma ação efetiva para informar as bases
parlamentares. "O governo passou para a opinião
pública a falsa ideia de que as contas da
Previdência estão combalidas e tem gente
desinformada apoiando essa tese", explica.
Agenda - A votação da matéria em plenário
está prevista para a próxima semana, na quarta (10).
Os debates devem se iniciar na terça (9). São
necessários 308 votos para aprovar o texto. "A
intenção do governo é concluir os dois turnos da
votação na Câmara até o dia 18. Para isso, teria de
aprovar a quebra de uma norma interna - a
obrigatoriedade da matéria passar por mais cinco
sessões na Comissão Especial", afirma o jornalista e
analista político Marcos Verlaine.
Segundo Verlaine, o governo tem maioria para aprovar
esta mudança na norma. “Se isso ocorrer, a proposta
voltará a ser debatida, em agosto, no Senado”,
afirma.
Fonte: Agência Sindical
08/07/2019 -
Paim diz que Senado não vai carimbar destruição da
aposentadoria
O senador Paulo Paim (PT-RS) usou as redes sociais
neste domingo (7) para fazer um alerta: “Estão
enganados aqueles que acham que o Senado é apenas
uma casa carimbadora. Aqui se debate, se discute e
se vota. Se aqui chegar, tudo o que for necessário
modificar na reforma da Previdência, que se faça”.
Segundo o senador, a proposta aprovada na comissão
especial da Câmara atinge a população mais pobre do
país.
“O governo diz que vai economizar mais de R$ 1
trilhão com a reforma. R$ 800 bilhões será é nas
costas do RGPS (Regime Geral de Previdência
Pública), para quem ganha um, dois, três salários
mínimos, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o
abono salarial. Os grandões contribuirão com muito
pouco. Mais uma vez os pobres é que irão pagar a
conta. Que combate aos privilégios é esse?”, indagou
o senador.
Paulo Paim diz que os trabalhadores já estão
sofrendo muito com o lendo atendimento no INSS. “Dos
2,2 milhões pedidos para concessão de benefícios
junto ao INSS, 1,4 milhão estão com análise em
atraso. A situação tende a piorar, porque o governo
anunciou que não fará concurso público para
preencher as vagas no órgão nos próximos anos”,
criticou.
Fonte: Portal Vermelho
08/07/2019 -
Presidente da CUT defende nova estrutura sindical.
Senadora do PSL quer dificultar contribuição
Junto com dirigente da Força Sindical, Vagner
Freitas se reuniu com presidente da Câmara. "Sempre
foi uma proposta da CUT", afirma
São Paulo – A extinção da Medida Provisória (MP) 873
representou uma vitória importante, mas o movimento
precisa se manter em alerta porque o governo não
desistirá de atacar os sindicatos, alerta o
presidente da CUT, Vagner Freitas, que nesta
quarta-feira (3), juntamente com Miguel Torres,
líder da Força Sindical, se reuniu com o presidente
da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o
dirigente, é preciso pensar em uma nova estrutura
sindical. “A CUT sempre propôs essa discussão,
porque considera importante valorizar a negociação
coletiva, valorizar a relação direta e correlação de
forças entre capital e trabalho, sem a presença do
Estado”, afirma, informa Vanilda Oliveira, no portal
da CUT.
“A MP 873 caducou, porém, outras iguais podem vir,
não só para enfraquecer os sindicatos, mas para
aniquilar toda estrutura sindical. Por isso, temos
que construir uma proposta que modernize as relações
de trabalho no Brasil como a CUT sempre propôs e
isso nós queremos fazer. É importante para o futuro
dos trabalhadores e das trabalhadoras”, acrescenta
Vagner. E “outra igual” efetivamente já apareceu: a
senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) apresentou o
Projeto de Lei (PL) 3.814, propondo que a
contribuição sindical, desde que autorizada, seja
feita exclusive “por meio de boleto bancário ou
equivalente eletrônico”.
Segundo ela, o projeto “visa manter no ordenamento
jurídico a disciplina trazida pela Medida Provisória
(MP) 873, de 1º de março de 2019, à contribuição
sindical, assim como às demais contribuições
previstas em convenção ou acordo coletivo de
trabalho”. De acordo com o Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o PL
está na Comissão de Assuntos Sociais, com prazo para
apresentação de emendas aberto nesta quinta (4), até
a próxima quarta-feira (10). Segundo o Diap, a
senadora, em seu primeiro mandato, é advogada e
“alinhada com a bancada de segurança”. Sua família é
proprietária de motéis em Mato Grosso do Sul.
A MP 873 nem sequer foi votada. O Congresso formou
uma comissão especial, que não chegou a ser
instalada. Vencido o prazo de 120 dias, a medida
“caducou”. “Foi muito importante nós termos
conseguido barrar a MP 873, que inviabilizava a
organização sindical, proibindo os sindicatos,
inclusive, de descontar na folha de pagamento dos
associados. Conseguimos derrotar o Bolsonaro e o
(ministro Paulo) Guedes nisso. Sem sindicatos não
tem luta, sem sindicatos fortes um país não é
verdadeiramente democrático”, diz o presidente da
CUT.
Sobre a reunião com Maia, o dirigente afirmou que o
deputado é favorável a discutir uma nova legislação
sindical. “Nesse debate nós vamos entrar. Essa
sempre foi uma proposta da CUT, a central surgiu
para questionar a estrutura sindical. Nós achamos
que a estrutura de hoje não é adequada, porque temos
de ter sindicatos livres, representativos e
construídos pelos trabalhadores e trabalhadoras.”
Ele defende que as centrais apresentem uma proposta.
Caso contrário, Bolsonaro e Guedes voltarão à
ofensiva “para acabar com os direitos da negociação
coletiva e inviabilizar os sindicatos”.
Com informações da CUT e do Diap
Fonte: Rede Brasil Atual
08/07/2019 -
Relação entre desemprego e Previdência será tema de
debate na CDH
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove na segunda-feira (8) uma
audiência pública para debater sobre desemprego e
Previdência. A audiência foi pedida pelo presidente
do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em abril mostraram
queda na taxa de desemprego para 12,5% após três
altas consecutivas. Entretanto, seguem
desempregadas, de acordo com a pesquisa, 13,2
milhões de pessoas. De acordo com o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), 32 mil novos
empregos formais foram criados no país em maio,
número inferior ao mesmo período do ano passado, que
teve geração de 1,5 mil novos postos a mais.
Para participar da reunião, foram convidados o
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes e Logística, Paulo João
Estausia; a representante do Portal dos Aposentados,
Miriam Cristina Dienstmann Stein; o técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócioeconômicos (Dieese) Clóvis Scherer; o assessor
parlamentar Ernesto Luiz Pereira Filho; o
secretário-adjunto de Relações de Trabalho da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro
Armengol; e o subsecretário do Regime Geral de
Previdência Social (Ministério da Economia), Rogério
Nagamine Costanzi.
Também foram convidados representantes da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
da Conlutas Sindical e Popular (CSP); da União Geral
dos Trabalhadores (UGT); da Força Sindical; da Nova
Sindical dos Trabalhadores (NCST); da Central Geral
dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); e da Central da
Classe Trabalhadora.
A reunião será às 9h, na Ala Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
08/07/2019 -
Paim critica propostas de redução do orçamento do
Sistema S
O senador Paulo Paim (PT-R) criticou nesta
sexta-feira (5), em Plenário, propostas de reduzir o
orçamento do Sistema S. Para o parlamentar, os
cortes poderiam comprometer a capacitação de
profissionais e o atendimento social da população
brasileira, principalmente da parcela mais pobre.
Paim ressaltou que o Senai é responsável pela
formação de 58% das pessoas com deficiência. Ele
lembrou que a entidade está sintonizada com os
diversos setores industriais, para adequar a oferta
de cursos às exigências do mercado.
— O Senai é a maior infraestrutura de serviços
técnicos para a indústria brasileira. São atendidas
mais de 19 mil empresas por ano. Além disso, o Senai
fez um grande investimento, colocando R$ 3 bilhões
para criar a maior infraestrutura de apoio à
indústria brasileira. O primeiro nanosatélite
privado nacional é um satélite que foi desenvolvido
no Instituto Senai de Inovação — disse.
O senador também falou sobre a importância da
atuação do Sesi, entre outros integrantes do Sistema
S.
Fonte: Agência Senado
08/07/2019 -
Por inadequação orçamentária, comissão rejeita
ampliação de salário-maternidade
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados rejeitou, por inadequação orçamentária,
proposta do Senado que aumenta o período de
concessão do salário-maternidade e da licença à
gestante em caso de parto antecipado.
Com a rejeição por inadequação orçamentária, o
Projeto de Lei 6388/02 será arquivado, a menos que
haja recurso no Plenário para manter sua tramitação.
O salário-maternidade é um dos benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A proposta recebeu parecer contrário do relator,
deputado Felipe Rigoni (PSB-ES). Segundo ele, a
proposta gera para a União despesas de caráter
continuado, ou seja, que se prolongam por um período
superior a dois anos, o que só é permitido pela Lei
de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00)
se vierem acompanhadas de medidas de compensação. A
lei exige ainda que este tipo de despesa seja
previamente estimado.
“Todavia as estimativas quanto ao impacto
orçamentário e financeiro e respectiva compensação
não foram apresentadas”, disse Rigoni. “Portanto,
não temos alternativa senão considerar o projeto
inadequado e incompatível quanto ao aspecto
orçamentário e financeiro.”
Conforme o PL 6388/02, a ampliação do
salário-maternidade e da licença à gestante
corresponderá ao número de semanas equivalente à
diferença entre 37 semanas e a idade de gestação do
recém-nascido. Atualmente, o salário maternidade é
concedido pelo período de 120 dias, e poderá ter
início até 28 dias antes do parto ou a partir da
data de ocorrência deste.
Fonte: Agência Câmara
05/07/2019 -
Senadora do PSL apresenta projeto que ressuscita “MP
do boleto bancário”
Não demorou muito. A MP 873 “caducou” no dia
28 de junho, mas já foi “ressuscitada” pela senadora
Soraya Thronicke (PSL-MS), em forma de Projeto de
Lei (PL) 3.814/19, que altera a CLT, para dispor
sobre a contribuição sindical, e revoga dispositivo
da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
“Art. 582. A contribuição dos empregados que
autorizarem, prévia e expressamente, o recolhimento
da contribuição sindical será feita exclusivamente
por meio de boleto bancário ou equivalente
eletrônico, que será encaminhado obrigatoriamente à
residência do empregado ou, na hipótese de
impossibilidade de recebimento, à sede da empresa.”
A “medida provisória antissindical” foi substituída
por “projeto de lei antissindical”.
“O presente projeto de lei visa manter no
ordenamento jurídico a disciplina trazida pela
Medida Provisória (MP) 873, de 1º de março de 2019,
à contribuição sindical, assim como às demais
contribuições previstas em convenção ou acordo
coletivo de trabalho”, justifica a senadora do Mato
Grosso do Sul.
E acrescenta: “Em relação à contribuição sindical,
ainda, este projeto pretende impor que a sua
cobrança em relação ao empregado somente seja
realizada via boleto bancário, evitando, com isso,
prática nociva e recorrente dos sindicatos das
categorias profissionais, no sentido de descontar os
valores da contribuição em testilha do salário do
trabalhador, para, apenas, mediante pedido,
providenciar a devolução posterior das somas
retiradas dos cofres dos obreiros.
Tal maneira de agir, consistente em somente devolver
a contribuição dos empregados que se opuserem ao
desconto em foco, já era vedada pela reforma
trabalhista, mas, infelizmente, desrespeitada pelas
entidades que deveriam tutelar os interesses dos
trabalhadores.”
Projeto de lei está na linha de ataque e
fragilização da estrutura e organização sindicais.
Trata-se, pois, de proposição cujo objetivo é
diametralmente oposto ao que defende, na medida em
que, ao enfraquecer o sindicato, fragiliza os
direitos dos trabalhadores, porque compromete a
organização que o representa e o defende — o
sindicato.
Servidores públicos
O projeto alcança os servidores públicos, ao revogar a
“alínea ‘c’ do caput do artigo 240 da Lei 8.112, de
11 de dezembro de 1990”, que trata do “direito à
livre associação sindical”. E, da mesma forma veda o
“desconto em folha, o valor das mensalidades e
contribuições definidas em assembleia geral da
categoria.”
Perfil
Senadora, 1º mandato, advogada. Obteve no pleito de
2018, 373.712 votos. É alinhada com a bancada de
segurança. Empresária, a senadora é, junto com sua
família, proprietária de motéis no estado do Mato
Grosso do Sul.
Tramitação
O projeto está na Comissão de Assuntos Sociais, com
prazo para apresentação de emendas aberto nesta
quinta-feira (4), com enceramento na próxima
quarta-feira (10).
Encerrado o prazo para apresentação de emendas ao
texto vai ser distribuído no colegiado, que vai
analisá-lo terminativamente. Isto é, se for aprovado
e não houver recurso contrário à decisão terminativa
do órgão vai ao exame da Câmara dos Deputados. Da
mesmo forma, se for rejeitado, e não houver recurso,
vai ao arquivo.
Fonte: Diap
05/07/2019 -
Plenário começa a discutir reforma da Previdência na
terça, diz Maia
Presidente da Câmara estima ter os votos
necessários para aprovação
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
comemorou a aprovação, nesta quinta-feira (4), do
relatório da reforma da Previdência (PEC 6/19) pela
comissão especial da Casa que analisa mudança nas
regras de aposentadoria dos trabalhadores.
“A Câmara deu hoje um importante passo. Esta foi a
nossa primeira vitória e, a partir da próxima
semana, vamos trabalhar para aprovar o texto em
plenário, com muito diálogo, ouvindo todos os nossos
deputados, construindo maioria”, disse Maia, pelo
Twitter.
Segundo a previsão de Maia, texto já começa a ser
discutido pelo plenário na próxima terça-feira (9) e
deve ser votado antes recesso parlamentar, que se
inicia no dia 18 deste mês. Para o texto começar a
ser debatido no plenário, o regimento da Câmara
estabelece um prazo de duas sessões após a conclusão
da votação na comissão especial.
Mais avalia que já tem votos necessários para
aprovar a reforma no plenário. A expectativa do
parlamentar é que a medida seja aprovada por pouco
mais de 325 deputados.
Com a aprovação na comissão especial, a proposta
seguirá para o plenário da Câmara. Por se tratar de
uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto
precisa ser aprovado por três quintos dos deputados,
o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois
turnos de votação.
Aprovado pelos deputados, o texto segue para
apreciação do Senado – onde também deve ser
apreciado em dois turnos e depende da aprovação de,
pelo menos, 49 senadores.
Destaques
Neste momento, os parlamentares continuam com a
apreciar as sugestões de modificações ao texto do
relator da proposta na comissão especial, Samuel
Moreira (PSDB-SP). Ao todo, foram propostos 17
destaques de bancada e 88 individuais com sugestões
de mudanças ao texto-base. A comissão, no entanto,
não apreciará as propostas individuais. Já as
propostas de bancadas serão analisadas uma por uma.
Até o momento, apenas uma sugestão foi acatada pelos
parlamentares. Os deputados aprovaram, por
unanimidade, a retirada da aplicação a policiais
militares e bombeiros militares das regras de
transferência para inatividade e pensão por morte
dos militares das Forças Armadas, até que uma lei
complementar local defina essas regras. O texto
exclui ainda a possibilidade de que lei estadual
estabeleça alíquota e base de cálculo de
contribuição previdenciária para policiais e
bombeiros militares.
Entre as propostas mais polêmicas de alteração ao
texto, os congressistas rejeitaram a mudança das
regras de agentes de segurança e professores.
Relatório
Segundo o relator Samuel Moreira, o impacto fiscal
corresponderá a R$ 1,074 trilhão no período de 10
anos.
A estimativa inclui a redução de despesas de R$
933,9 bilhões e aumento de receitas (por meio de
alta de tributos e fim de isenções) de R$ 137,4
bilhões. A proposta original, enviada pelo governo
em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,236
trilhão em uma década, mas não incluía elevação de
receitas.
Fonte: Agência Brasil
05/07/2019 -
Veja aponta novos crimes de Moro contra Lula
Nova parceira do site The Intercept, autor da
divulgação de vazamentos de conversas entre o
ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato, a
revista Veja entra de cabeça na primeira publicação
sobre o caso.
A capa traz Sergio Moro e a manchete "Justiça com as
próprias mãos". "Diálogos inéditos mostram que
Sergio Moro cometeu irregularidades, desequilibrando
a balança a favor da acusação nos processos da Lava
Jato", completa o subtítulo.
Fazem parte ainda do grupo de veículos da imprensa
que publicam a Vaza Jato a Folha de S.Paulo e a
Bandnews, com o jornalista Reinaldo Azevedo. A
última publicação foi no domingo 30 e trouxe
diálogos entre procuradores que revelaram a
desconfiança do MPF em torno da delação do
empresário Leo Pinheiro, da OAS, que serviu como
base da acusação contra o ex-presidente Lula.
Fonte: Brasil247
05/07/2019 -
Empresário comete suicídio em evento com o
governador de Sergipe e ministro
O empresário Sadi Paulo Castiel Gitz, proprietário
da Cerâmica Sergipe S/A, conhecida por Cerâmica
Escurial, cometeu suicídio na manhã desta
quinta-feira (4), quando participava de um evento
promovido pelo Governo do Estado, no Hotel Radisson,
em Aracaju (SE).
De acordo com relatos de testemunhas, no momento em
que o governador Belivaldo Chagas (PSD) se preparava
para falar, o empresário teria dito que ele é
“mentiroso” e em seguida deu um tiro na boca.
As informações dão conta que a empresa do empresário
passava por dificuldades e estava em processo de
hibernação. Segundo ele, o governo não teria dado
incentivo para a empresa sair da crise. A
instituição tinha uma dívida com a Sergas, empresa
de gás pertencente ao governo.
Em nota, o governo de Sergipe lamentou o ocorrido
com o empresário e cancelou o Simpósio de
Oportunidades para o novo cenário do gás natural em
Sergipe.
Fonte: Brasil247
05/07/2019 -
Em junho, custo da cesta básica caiu em 10 capitais,
diz Dieese
Em junho, o custo da cesta básica caiu em dez das 17
capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta
Básica, divulgada nesta quinta (04) pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Nas demais capitais
analisadas pelo Dieese, o custo da cesta subiu.
Segundo o Dieese, as quedas mais expressivas
ocorreram em Brasília (6,65%), Aracaju (6,14%) e
Recife (5,18%). As maiores altas foram registradas
em Florianópolis (1,44%), Rio de Janeiro (1,16%),
Belo Horizonte (1,05%) e Campo Grande (1,03%). De
janeiro a junho deste ano, todas as capitais
analisadas acumularam aumentos, com destaque para
Vitória (20,20%). A menor taxa foi registrada em
Campo Grande (1,29%).
A cesta mais cara do país é a de São Paulo, onde o
conjunto de alimentos essenciais custava, em média,
R$ 501,68, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 498,67) e
por Porto Alegre (R$ 498,41). As cestas mais baratas
foram observados em Aracaju (R$ 383,09) e Salvador
(R$ 384,76).
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara do país, que foi observada
em São Paulo, o valor do salário mínimo em junho,
necessário para suprir as despesas de um trabalhador
e da família com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência, seria de R$ 4.214, 62, ou 4,22 vezes o
mínimo de R$ 998,00.
Fonte: Agência Brasil
05/07/2019 -
Projeto que reajusta aposentadorias divide opiniões
de senadores
Projeto que reajusta aposentadorias maiores que um
salário mínimo pelo mesmo indicador de reajuste do
salário mínimo foi alvo de debate na quarta-feira
(3) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O Projeto
de Lei do Senado (PLS) 302/2016 estava na pauta de
votação, mas recebeu pedido de vista coletiva por
parte dos senadores que o julgam contrário à atual
proposta de reforma da Previdência.
De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), e com
parecer favorável do relator, senador Flávio Arns (Rede-PR),
o projeto cria o Programa de Recuperação do Poder
Aquisitivo das Aposentadorias e Pensões, com o
objetivo de preservar, em caráter permanente, o
valor real desses benefícios previdenciários de
valores acima do mínimo.
Para o relator, essa iniciativa merece ser louvada,
“por tornar efetivo o disposto no artigo 201,
parágrafo 4º, da Carta Magna, que assegura aos
segurados e dependentes o reajustamento das
prestações pecuniárias a eles pagas, garantindo, de
forma permanente, a manutenção do poder aquisitivo
dos seus benefícios previdenciários”.
No entanto, de acordo com o senador Marcelo Castro (MDB-PI),
a proposta inviabilizaria qualquer Previdência do
mundo e ainda causaria um segundo mal, que seria a
impossibilidade de se reajustar o salário mínimo com
ganho real.
— Nós estamos fazendo uma reforma da Previdência por
absoluta necessidade. Nós estamos tendo um déficit
este ano superior a R$ 300 bilhões. Está na hora de
a gente ver com realismo a situação financeira que o
país está vivendo. Nós estamos é concedendo mais
benefícios. Todo ano o salário mínimo vem tendo
reajustes acima da inflação. Ora, se nós formos
estender esse ganho real para todos os aposentados
do INSS, nós vamos fazer exatamente o contrário
daquilo que está sendo proposto — afirmou Castro.
Da mesma forma comentou a senadora Soraya Thronicke
(PSL-MS), que alegou a necessidade de se ter
responsabilidade neste momento. De lado oposto, os
senadores Jayme Campos (DEM-MT), Flávio Arns (Rede-PR)
e Zenaide Maia (PROS-RN) defenderam o projeto por
considerá-lo meritório para corrigir injustiças.
Jayme Campos deu o exemplo do próprio pai, que
contribuiu durante toda a vida em cima de 20
salários mínimos e acabou se aposentando com um
salário mínimo.
— Essa questão é louvável. Sabemos perfeitamente da
questão da reforma da Previdência, que precisamos
ter responsabilidade sobretudo num país que vive uma
crise sem precedência, entretanto a questão é grave
e é séria. Fator Previdenciário o Congresso tem que
discutir e tem que votar — defendeu Jayme Campos.
Depois de passar pela CAS, o PLS 302/2016 vai a
votação final na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Fonte: Agência Senado
05/07/2019 -
Pessoas de menos renda sofrem mais os efeitos da
crise econômica, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou nesta
quinta-feira (4), em plenário, preocupação com o
desemprego e a desigualdade salarial. Segundo Paim,
a desigualdade de renda no Brasil atinge hoje o
maior índice já registrado e as pessoas com menor
renda estão sofrendo mais com os efeitos da crise
econômica e social.
— Os números que revelam isso são os da variação da
renda média acumulada pelos 10% mais ricos da
população e os 40% mais pobres. Antes da crise, os
mais ricos tiveram aumento de 5% da renda acumulada,
mas os mais pobres tiveram o dobro, 10%. Na crise,
os mais ricos tiveram aumento de 3,3% da renda
acumulada; os mais pobres tiveram uma queda de mais
de 20%. É preocupante, muito preocupante— disse.
O Parlamentar chamou atenção para pesquisa do
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (FGV/Ibre) sobre desigualdade e renda no
Brasil. Ele explicou que o índice que mede a
desigualdade tem subido de forma assustadora desde
2015. Em março de 2019, segundo pesquisa, atingiu o
maior patamar desde o começo da série histórica em
2012.
Fonte: Agência Senado
05/07/2019 -
Gilmar suspende ações sobre validade de norma
coletiva trabalhista
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, determinou a suspensão nacional de todos os
processos que envolvam a discussão sobre a validade
de norma coletiva que limite ou restrinja direito
trabalhista não assegurado constitucionalmente.
Em maio passado, o Plenário Virtual do STF, por
unanimidade, reconheceu a existência de repercussão
geral da questão e não reafirmou a jurisprudência
quanto à matéria, submetendo-a a julgamento no
Plenário físico.
Após a decisão do Plenário Virtual, a Confederação
Nacional da Indústria (CNI) requereu sua admissão no
processo na condição de amicus curiae e a suspensão
das ações que versam sobre o tema.
Ao decidir pela suspensão de todos os processos, o
ministro Gilmar Mendes observou que, até o
reconhecimento da repercussão geral, muitas ações
sobre a mesma matéria foram julgadas improcedentes
mediante a aplicação do entendimento sobre a
possibilidade da redução de direitos por meio de
negociação coletiva e a inaplicabilidade do
princípio da irrenunciabilidade dos direitos
trabalhistas ao direito coletivo do trabalho. Esse
entendimento foi firmado no julgamento, em 2015, do
Recurso Extraordinário (RE) 590.415, que tratava da
validade de cláusula de renúncia em plano de
dispensa incentivada.
“Uma vez recortada nova temática constitucional
(semelhante à anterior) para julgamento, e não
aplicado o precedente no Plenário Virtual desta
Suprema Corte, existe o justo receio de que as
categorias sejam novamente inseridas em uma
conjuntura de insegurança jurídica, com o
enfraquecimento do instituto das negociações
coletivas”, assinalou Gilmar Mendes.
"Por isso, admito a CNI como amicus curiae e
determino a suspensão de todos os processos
pendentes, individuais ou coletivos, que versem
sobre a questão e tramitem no território nacional,
nos termos do artigo 1.035, parágrafo 5º, do CPC,
uma vez que o plenário virtual do STF reconheceu a
repercussão geral do tema", concluiu. Com
informações da Assessoria de Imprensa do STF. ARE
1.121.633
Fonte: Consultor Jurídico
05/07/2019 -
TRT-5 declara inconstitucionalidade de dispositivos
da reforma trabalhista
O Órgão Especial do Tribunal Regional do Trabalho da
5ª Região declarou a inconstitucionalidade de dois
parágrafos da reforma trabalhista (Lei nº 13.467, de
2017, art. 844, §§ 2º e 3º) que obrigam o
trabalhador que faltar à audiência inicial do
processo a pagar custas, mesmo sendo beneficiário da
justiça gratuita, e ainda estabelecem como
pré-requisito para ajuizar uma nova demanda o
cumprimento desta obrigação.
A maioria dos desembargadores do Órgão Especial
entendeu que esses dispositivos contrariam os
incisos XXXV e LXXIV do art. 5º da Constituição
Federal, que dizem que “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito” e “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos".
O voto do relator, desembargador Renato Simões,
considerou a argumentação do Ministério Público do
Trabalho de que, nos novos parágrafos, há tentativa
de esvaziamento do direito de acesso à Justiça pelos
necessitados e restrição do princípio da
inafastabilidade de jurisdição.
Os parágrafos também são alvo da Ação de
Inconstitucionalidade 5766 no Supremo Tribunal
Federal. Lá, a Procuradoria-Geral da República
apresentou argumentos semelhantes e afirmou que a
reforma trabalhista afronta tratados internacionais
firmados pelo Brasil para pleno acesso à Justiça.
Segundo o voto do relator, essa situação também
contraria o princípio da isonomia, uma vez que os
novos parágrafos estabelecem penas mais graves para
o reclamante pobre, beneficiário da justiça
gratuita, que não comparecer à audiência inaugural,
do que para aquele reclamante que pode pagar as
custas do processo arquivado e, consequentemente,
ver seu pedido apreciado com a apresentação de nova
demanda. Com informações da assessoria de imprensa
do TRT-5.
Fonte: Consultor Jurídico
04/07/2019 -
Proposta que extingue qualquer contribuição
obrigatória a entidades sindicais é distribuída na
CCJ
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 71/95, de
autoria do ex-deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que
proíbe a fixação de qualquer contribuição
compulsória dos não filiados à associação, sindicato
ou entidade sindical foi distribuída, na terça-feira
(2), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara
dos Deputados. A matéria via ser relatada pelo
deputado Gilson Marques (Novo-SC).
A proposta, em tramitação há 24 anos na Câmara dos
Deputados, altera o dispositivo do inciso IV do
artigo 8º da Constituição para vedar a cobrança da
contribuição sindical de trabalhadores não
sindicalizados. Estão anexadas à PEC 71, as
seguintes propostas: PEC
102/95; 247/00; 252/00; 305/13; 179/15;
e 277/16.
Perfil do relator
Deputado, 1º mandato, catarinense. Foi eleito com
27.443 votos. É advogado e empresário. Compõe a
bancada empresarial. É vice-líder da legenda na
Casa.
Tramitação
Depois de ser examinada pela Comissão de Constituição
e Justiça, que aprecia apenas a constitucionalidade
do texto, vai ser debatida em comissão especial
(mérito).
Fonte: Diap
04/07/2019 -
Reforma trabalhista não ajuda a criar empregos, diz
presidente do TST
O discurso de que a reforma trabalhista seria capaz
de gerar empregos foi um “equívoco”, na avaliação do
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro João Batista Brito Pereira. Em julho, mês
em que a sanção da nova lei trabalhista completa
dois anos, o presidente do TST afirmou, em
entrevista à BBC News Brasil, que a lei não é capaz
de gerar novos postos de trabalho.
“Foi um equívoco alguém um dia dizer que essa lei ia
criar empregos. Foi um equívoco. Sabidamente ela não
consegue criar empregos”, afirmou o presidente da
mais alta corte trabalhista. É o “desenvolvimento da
economia”, segundo ele, que pode estimular a criação
de novas vagas.
O argumento de que a flexibilização das leis
trabalhistas ampliaria o nível de contratações foi
amplamente utilizado pelos defensores da reforma,
sancionada em julho de 2017 pelo então presidente
Michel Temer. Na época, o governo chegou a dizer que
ela abriria espaço para a geração de até 6 milhões
de empregos no país.
Porém, em 2018, o Brasil criou apenas 529 mil
empregos, segundo dados do governo. Em anos de maior
crescimento da economia, no entanto, a criação anual
de empregos no país ficava na casa dos milhões. Hoje
o desemprego atinge 13 milhões de brasileiros, uma
taxa de 12,3% de março a maio deste ano, segundo o
IBGE. Foi em 2016 que essa taxa superou os 10%.
Antes disso, não havia chegado a dois dígitos,
aponta a série histórica da Pnad Contínua, que
começou em 2012.
Antecessor de Brito Pereira no TST, o ministro Ives
Gandra Martins Filho, chegou a defender a reforma
trabalhista com um argumento esdrúxulo: o de que é
preciso flexibilizar direitos para haver emprego.
Brito Pereira rebate: “Uma lei processual, uma lei
trabalhista como esta, não pode pretender criar
empregos. O que cria empregos são os programas de
incentivo à produção, que gera bens, permite o
consumo e faz girar a economia”.
O ministro enfatiza: “O que cria emprego é o
desenvolvimento da economia, é a estabilidade da
economia, é o fomento à produtividade, à produção, é
a atração a investimentos – enfim, algo que está
fora da competência da Justiça do Trabalho”. Sobre a
declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “é
difícil ser patrão no Brasil”, Brito Pereira disse
que os políticos às vezes produzem “frases de
efeito” e que “a visão do juiz é uma visão diferente
da visão do político”.
STF
Entre outros retrocessos, a reforma trabalhista também
prevê o pagamento de honorários em caso de derrota
na ação, além de custas processuais. Pela regra
anterior, o trabalhador que alegasse insuficiência
financeira podia requerer o benefício da gratuidade.
Reações à mudança – como a do Ministério Público do
Trabalho, que a considerou inconstitucional –
levaram o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ministros começaram a julgar o assunto em maio de
2018, mas o julgamento foi interrompido por pedido
de vista e não tem data para terminar. Embora diga
que a lei está sendo aplicada enquanto o STF não
conclui o julgamento, Brito Pereira aguarda que o
Supremo dê a palavra final. “É um sonho de todos nós
que o Supremo decida logo, mas compreendo a
dificuldade do Supremo neste momento de tantas
demandas por lá.”
Da Redação, com informações da BBC
Fonte: Portal Vermelho
04/07/2019 -
Para Maia, votação da reforma da Previdência não
passa desta quinta (4); oposição reage
Regra de transição mais branda para policiais
ficou de fora do novo parecer do relator Samuel
Moreira (PSDB)
A quarta-feira (3) foi marcada por embates em torno
da possibilidade de votação do parecer da reforma da
Previdência, de autoria do deputado Samuel Moreira
(PSDB), na comissão especial na Câmara. Rodrigo Maia
(DEM), presidente da Casa, trabalhou nos bastidores
junto ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
(DEM), para acelerar a votação, e chegou a afirmar à
imprensa que a votação não passaria de quinta-feira
(4). "Já estou chamando sessão para amanhã [4] à
tarde para garantir quórum da Casa até o final da
votação na comissão”, disse ao portal G1.
Os esforços para agilizar a votação foram criticados
por opositores, que tentaram obstruir o processo.
Eles alegam que não houve tempo mínimo para a
leitura da nova versão do texto e, portanto, pedem
mais tempo para analisar o parecer.
"Dizem que vão adentrar a madrugada para aprovar a
reforma. Hora-extra para beneficiar banqueiros e
prejudicar os mais pobres", resumiu a deputada
federal Erika Kokay (PT), em sua conta no Twitter.
Alice Portugal (PCdoB) deixou claro que o novo
parecer atende aos mesmos interesses da proposta
original. "O que querem fazer é entregar de bandeja
a Previdência Social ao mercado. O novo relatório da
reforma da Previdência traz as mesmas iniquidades do
primeiro parecer. Estamos lutando com muita energia
contra essa reforma cruel", publicou na mesma rede
social.
Mudanças
Apesar dos esforços do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
para garantir uma regra de transição mais branda
para policiais, o texto do parecer foi modificado.
Com isso, o relatório passa a prever idade mínima de
aposentadoria de 55 anos para homens e mulheres
dessas categorias.
Outra modificação feita pelo relator diz respeito à
possibilidade da cobrança de contribuições
extraordinárias de servidores da ativa, aposentados
e pensionistas dos estados e municípios. Na nova
versão, Moreira manteve apenas a possibilidade de
cobrança dessa contribuição extraordinária para
servidores da União, excluindo as menções a estados
e municípios. Esse era um dos principais entraves ao
avanço da proposta na Câmara.
Fonte: Brasil de Fato
04/07/2019 -
Segurado poderá pedir exclusão do fator
previdenciário em aposentadoria, aprova CAS
Uma proposta que possibilita ao segurado do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o direito
de pedir a exclusão do fator previdenciário como
parâmetro de cálculo da aposentadoria foi aprovado
pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta
quarta-feira (3). O Projeto de Lei do Senado (PLS)
431/2015 segue agora para a Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE).
De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), a
proposta, que altera a Lei de Planos de Benefícios
da Previdência Social (Lei 8.213, de 1991), recebeu
voto favorável do relator, senador Flávio Arns (Rede-PR).
Paim defende a substituição do fator previdenciário
pela fórmula 85/95 (soma de idade mínima com tempo
de contribuição para aposentadoria), que não
causaria tanta defasagem ao valor do benefício.
“O fator previdenciário foi criado como regra
transitória para desmotivar as aposentadorias
precoces, mesmo que o segurado tenha cumprido todos
os requisitos para jubilação. Porém, tornou-se
definitivo, tratando de forma desigual e covarde
aqueles que começaram a trabalhar mais cedo, onde o
valor do benefício é reduzido, em média, em 30%”,
argumentou Paim na justificativa do projeto.
Mesmo que o segurado do INSS tenha se aposentado
pela regra do fator previdenciário, o autor da
proposta quer que ele possa, ao alcançar a
habilitação para a fórmula 85/95, pleitear a adoção
desse critério de revisão do benefício.
O relator reconheceu o mérito do projeto em barrar
as perdas provocadas pelo fator previdenciário na
renda dos aposentados.
“Trata-se de permitir, aos que cumprirem os
requisitos da fórmula 85/95, a faculdade de pedir e
receber a revisão de suas aposentadorias,
beneficiando-se da melhor condição. Nada mais justo,
em nosso entendimento”, avalia Arns no parecer.
Reforma da Previdência
O relator afirmou ainda que, embora uma proposta de
reforma da Previdência esteja em tramitação no
Congresso, é importante que o projeto prospere, para
corrigir injustiças.
“Sabemos que se encontra em andamento uma proposta
de reforma da Previdência. Não podemos, entretanto,
esperar por um texto que, no momento, encontra-se
indefinido. A legislação deve evoluir, corrigindo
injustiças e estabelecendo novos direitos”,
sustenta.
Se for aprovado na CAE, o projeto seguirá
diretamente à análise da Câmara dos Deputados, a
menos que haja recurso para votação pelo Plenário do
Senado.
Fonte: Agência Senado
04/07/2019 -
Debatedores cobram melhores meios de combate ao
trabalho escravo
Em audiência pública sobre escravidão contemporânea
promovida pela Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) nesta quarta-feira
(3), especialistas levantaram dúvidas sobre a
capacidade das empresas para enfrentar, em toda a
cadeia produtiva, o trabalho escravo — conceito que
inclui escravidão por dívidas e condições
degradantes de trabalho.
Os debatedores também criticaram as decisões
judiciais que suspenderam a inclusão de certas
empresas na lista suja do trabalho escravo, editada
pelo Ministério da Economia. As companhias listadas
não podem receber empréstimos de bancos públicos e
sofrem restrições em suas vendas. O correspondente
no Brasil da Fundação Thomson Reuters, Fábio
Teixeira, alertou para o enfraquecimento da lista
por meio de liminares concedidas por juízes que, na
opinião dele, não entendem o problema do trabalho
escravo.
Coordenador da Articulação dos Empregados Rurais de
Minas Gerais (Adere-MG), Jorge dos Santos Filho
revelou que a região do município de Carmo de Minas
reúne 6% do trabalho escravo registrado na lista
suja, situação que considera agravada pelo que
chamou de “marketing mentiroso das multinacionais do
café". Segundo ele, as empresas não honram as
certificações de boas práticas de trabalho que
ostentam, pois exploram trabalho escravo, não
registram trabalhadores e não fornecem equipamentos
de proteção.
— Outro problema é a falta de acesso à justiça. As
indenizações são baixas e muitas vezes não
contribuem com a punição — avaliou, lamentando a
falta de auditores fiscais para o registro de
ocorrências trabalhistas.
Também citando o trabalho escravo na agricultura
cafeeira do sul de Minas Gerais, o coordenador de
desenvolvimento e direitos socioambientais da
Conectas Direitos Humanos, Caio Borges, destacou a
falta de acesso à informação pela sociedade como
obstáculo para o combate às violações trabalhistas e
para a criação de mecanismos de enfrentamento.
Segundo ele, as empresas têm responsabilidade com
medidas preventivas, mesmo que o Estado não esteja
cumprindo sua própria legislação.
— O Brasil, apesar de ter um sistema sólido, precisa
pensar em como preencher algumas lacunas que
permanecem — opinou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
04/07/2019 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
1,43% em maio
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços dos produtos na porta de saída
das fábricas, registrou inflação de 1,43% em maio
deste ano. A taxa é superior ao 1,22% observado em
abril, mas ficou abaixo dos 2,55% de maio do ano
passado.
De acordo com dados divulgados nesta quarta (3) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 3,99% no
ano e de 7,36% em 12 meses.
Dezoito das 24 atividades industriais pesquisadas
pelo IBGE tiveram inflação em seus produtos em maio.
A taxa de inflação do mês foi puxada principalmente
pelos setores de alimentos (1,75%), refino de
petróleo e produtos de álcool (3,28%), indústrias
extrativas (6,5%) e outros produtos químicos
(1,27%).
Por outro lado, seis atividades tiveram deflação
(queda de preços) e evitaram uma taxa mais de
inflação alta do IPP, com destaque para o setor de
couros (-2,22%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, a
maior taxa de inflação foi observada nos bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,81%). As demais taxas
foram: bens de capital, isto é, máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (1,27%), bens
de consumo semi e não duráveis (1,08%) e bens de
consumo duráveis (0,14%).
Fonte: Agência Brasil
04/07/2019 -
Medo do desemprego aumenta e satisfação com a vida
diminui, diz CNI
O medo do desemprego aumentou e a satisfação com a
vida diminuiu entre os brasileiros. É o que revela a
pesquisa da Confederação Nacional da Industria
(CNI), divulgada nesta quarta-feira (3). O índice do
medo do desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a
abril e alcançou 59,3 pontos em junho.
O indicador está acima da média histórica, que é de
49,9 pontos, mas está 8,6 pontos menor do que o
registrado em junho de 2018. Segundo a CNI, o medo
do desemprego vem aumentando desde dezembro do ano
passado, quando atingiu o valor mínimo nos últimos
cinco anos.
Para a entidade, a situação está um pouco melhor do
que há um ano, mas, ainda assim, há uma certa
frustração com o mercado de trabalho que, na
verdade, reflete o fraco desempenho da economia. Em
nota, a CNI afirma que “para reverter essa situação,
é preciso, fundamentalmente, que o Brasil volte a
criar empregos”.
De acordo com a pesquisa, o medo é maior entre as
pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor
grau de instrução. Entre os brasileiros que têm
entre 45 e 54 anos, o índice do medo do desemprego
subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1
pontos em junho. Entre as pessoas cujo grau de
instrução vai até a quarta série do ensino
fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1
pontos na comparação com abril e atingiu 65,1 pontos
em junho.
Os dados mostram ainda que o medo do desemprego é
maior no Nordeste, onde o índice alcançou 66 pontos
em junho. Já a região Sul apresenta o menor índice,
47,9 pontos, abaixo da média nacional.
Satisfação com a vida
A frustração dos brasileiros nestes primeiros meses de
2019 também aparece no índice de satisfação com a
vida. O indicador caiu 0,5 ponto na comparação com
abril e ficou em 67,4 pontos em junho, abaixo da
média histórica de 69,6 pontos. Mesmo assim, está
2,6 pontos acima do verificado em junho de 2018.
A queda na satisfação com a vida é maior entre as
pessoas que têm curso superior. Nesse estrato da
população, o índice caiu de 71,4 pontos em abril
para 68,6 pontos em junho.
De acordo com a CNI, o acompanhamento dos índices de
satisfação com a vida e de medo do desemprego
antecipa o que vai ocorrer com o consumo das
famílias. Pessoas menos satisfeitas com a vida e com
medo de perder o emprego tendem a reduzir o consumo,
o que aumenta as dificuldades de recuperação da
economia.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios
entre 20 e 23 de junho.
Fonte: Agência Brasil
04/07/2019 -
CCJ convida o jornalista Glenn Greenwald para falar
sobre conversas divulgadas
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (3), requerimento
do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que o
jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil,
seja convidado a comparecer a uma audiência pública.
Os senadores querem que o jornalista — editor do
site responsável pela divulgação das conversas
envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública
Sergio Moro com procuradores pelo aplicativo
Telegram — preste esclarecimentos sobre as mensagens
trocadas enquanto ele atuava como juiz da
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
A data da audiência ainda será agendada.
Fonte: Agência Senado
04/07/2019 -
Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso
Nacional Nº 43, de 2019
O PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL, nos
termos do parágrafo único do art. 14 da Resolução nº
1, de 2002-CN, faz saber que a Medida Provisória nº
873, de 1º de março de 2019, que "Altera a
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para
dispor sobre a contribuição sindical, e revoga
dispositivo da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990", teve seu prazo de vigência encerrado no dia
28 de junho do corrente ano.
Congresso Nacional, em 2 de julho de 2019
Senador DAVI ALCOLUMBRE
Presidente da Mesa do Congresso Nacional
Fonte: D.O.U.
03/07/2019 -
Com invalidação da MP 873, desconto da contribuição
sindical está mantido
Após três meses de articulação política e
mobilização dos Sindicatos, a Medida Provisória 873,
baixada pelo governo Bolsonaro em março, perdeu
validade dia 28 de junho. A "MP do boleto" era mais
uma dura restrição imposta ao custeio das entidades
sindicais, já que proibia o desconto da contribuição
em folha de pagamento.
Com a anulação da MP, vale o que já prevê a
legislação, explica o advogado trabalhista Hélio
Gherardi, especialista na área de Direito Coletivo
do Trabalho e Direito Sindical. "A Constituição é
clara ao determinar que quaisquer contribuições
deverão ser descontadas em folha pelo empregador e
repassadas ao Sindicato da categoria", diz o
jurista.
O advogado observa que a invalidação da MP foi uma
importante vitória dos Sindicatos: “A Contribuição
Sindical se mantém, uma vez que não existe mais a
determinação via boleto, sob pena de caracterizar
prática ou conduta antissindical”, ressalta.
Exagero - Para Chiquinho Pereira, presidente
do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e dirigente
da UGT, a real intenção do governo é destruir as
entidades que representam os trabalhadores. "Nós
conseguimos através de liminares barrar a MP.
Empresas e sindicatos patronais entenderam que essa
medida foi um exagero por parte do governo. Os
próprios empresários assinaram acordo coletivo em
que concordam com o desconto em folha".
Diálogo - Artur Bueno de Camargo, presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação e Afins, defende que é
preciso dialogar mais. "Bolsonaro não pode impor sua
vontade por decretos e medidas provisórias. Não há
razão para o governo dificultar ainda mais o
financiamento sindical."
Dieese - O diretor técnico do Dieese,
Clemente Ganz Lúcio, em entrevista ao Jornal Brasil
Atual, nesta terça (2), afirmou que a MP teve forte
impacto financeiro nos Sindicatos nos quatro meses
que esteve em vigor. "O fim da obrigatoriedade da
contribuição sindical (imposto pela reforma
trabalhista de 2017) afetou gravemente a renda dos
Sindicatos. A MP 873 comprometeria ainda mais as
finanças, ampliando as desigualdades entre a classe
patronal e trabalhadores".
Circular - O advogado Hélio Gherardi elaborou
um modelo de circular para que as entidades de
classe enviem a empresários, contadores e
departamentos de Recursos Humanos, reiterando a
validade do desconto das contribuições em folha de
pagamento.
Acesse
aqui.
Fonte: Agência Sindical
03/07/2019 -
Deputado chama Moro de ‘juiz ladrão’ e ministro vai
embora da Câmara
Terminou em tumulto a sessão conjunta da Câmara em
que o ministro Sergio Moro (Justiça) prestou
esclarecimentos sobre as conversas com integrantes
da força-tarefa da operação Lava Jato, nesta 3ª
feira (2.jul.2019). Depois de quase 8 horas de
debates, Moro foi chamado de “juiz ladrão” pelo
deputado Glauber Braga (Psol-RJ) e deixou o local. A
audiência, então, foi encerrada pela deputada
Professora Marcivânia (PCdoB-AP), que comandava os
trabalhos no momento da confusão.
“A história não absolverá o senhor. Da história,
o senhor não pode se esconder. E o senhor vai estar,
sim, nos livros de história. Vai estar nos livros de
história como 1 juiz que se corrompeu, como 1 juiz
ladrão. É isso que vai estar nos livros de
história”, disparou Braga, depois de comparar Moro a
1 árbitro de futebol que ajuda 1 time a ganhar e
depois passa a integrar a diretoria deste time.
“A população brasileira não vai aceitar como fato
consumado 1 juiz ladrão e corrompido que ganhou uma
recompensa para fazer com que a democracia
brasileira fosse atingida. É o que o senhor é. Um
juiz que se corrompeu e, apesar dos gritos, 1 juiz
ladrão”, acrescentou o congressista.
Após a declaração de Glauber Braga, os demais
congressistas começaram a gritar e se dirigiram à
Mesa. Professora Marcivânia, que presidia a
audiência no momento, chegou a dizer que “o deputado
tem liberdade de expor seu posicionamento”: “Não foi
palavra de baixo calão”. Depois, acabou voltando
atrás e pediu que a expressão “juiz ladrão” fosse
retirada das notas taquigráficas da sessão.
Moro, então, deixa o local, aos gritos de “ladrão” e
“fujão”. Marcivânia ainda tentou retomar o
interrogatório, mas acabou desistindo e encerrando a
sessão.
(Mais informações: Poder360)
Fonte: Poder360
03/07/2019 -
CDH quer a volta da política de valorização do
salário mínimo
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou nesta terça-feira (2) as
emendas do colegiado ao projeto de lei das
diretrizes orçamentárias para 2020 (PLN 5/2019). O
relator foi o presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS),
que incluiu entre as emendas a retomada da política
de valorização do salário mínimo.
Segundo o texto enviado à Comissão Mista de
Orçamento (CMO), a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) para 2020 incluirá recursos necessários ao
atendimento do reajuste, garantindo aumento real ao
salário mínimo. O reajuste corresponderá à variação
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
verificado em 2019, mas a título de aumento real,
será aplicado também o percentual equivalente à taxa
de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
registrado em 2018 (1,1%). A proposta da CDH
trabalha com mecanismo idêntico ao que existiu entre
2004 e 2018, mas que deixou de vigorar este ano com
o término de validade da lei 13.152, de 2015, que
fixava estas regras para o piso nacional.
A intenção da CDH colide com o texto inicialmente
enviado pelo governo. O Palácio do Planalto anunciou
que o salário mínimo do ano que vem será de R$
1.040, um aumento de R$ 42 sobre os atuais R$ 998. A
proposta prevê somente a reposição da inflação
medida pelo INPC, sem aumento real.
Fonte: Agência Senado
03/07/2019 -
Relator faz ajustes no parecer da reforma da
Previdência; votação é adiada
Entre as mudanças, Samuel Moreira reduziu, de 60
para 57 anos, a idade mínima para a aposentadoria
das professoras da rede pública que ingressaram
antes de 31 de dezembro de 2003 e retomou a
transferência de recursos do PIS/Pasep para o BNDES.
Comissão especial ainda vai decidir cronograma para
votação do texto
O relator da reforma da Previdência (PEC 6/19),
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), fez ajustes no
parecer apresentado por ele em 13 de junho. Nesta
terça-feira (2), ao ler a complementação de voto,
avisou: “Antes de iniciar a exposição dos itens
alterados, esclareço que as modificações resultaram
da necessidade de aperfeiçoamento do texto, sem
alterações significativas de conteúdo”.
Ainda em relação aos servidores públicos, Moreira
reintroduziu no substitutivo a possibilidade,
originalmente apresentada no texto do Poder
Executivo, de eventual cobrança de contribuições
extraordinárias aos regimes próprios de previdência
social. Ele ainda deixou claro que as mudanças não
se aplicam aos estados e municípios, que terão de
aprovar legislação local.
O relator também corrigiu trecho que aumenta a
alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) paga pelos bancos, que voltará a ser
de 20%, como praticado até 2018 – em janeiro deste
ano, havia sido reduzida para 15%. No caso das
cooperativas de crédito, ele especificou um patamar
menor, de 17%, e explicitou que não haverá aumento
para a Bolsa de Valores (que hoje paga 9%).
Moreira retomou proposta do Executivo para prever a
transferência de 28% dos recursos do PIS/Pasep para
o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), que financiará projetos no País.
“Acrescentei dispositivo para garantir que os
programas de desenvolvimento financiados por tais
verbas sejam devidamente divulgados ao público”,
ressaltou o relator.
Deputados que se opõem à reforma da Previdência
utilizaram recursos regimentais para atrasar o
início da leitura da complementação de voto. O
próprio presidente da comissão especial, Marcelo
Ramos (PL-AM), leu a ata da última reunião, a fim de
agilizar os trabalhos. “Não teremos nenhuma etapa de
votação após a leitura”, anunciou, na tentativa de
assegurar a continuidade da reunião.
Ao final de quase quatro horas, o presidente do
colegiado anunciou que foram apresentados 109
destaques ao texto, mas, em função da complementação
de voto, será necessária uma reavaliação. Marcelo
Ramos marcou para quarta-feira (3), às 11 horas, uma
reunião com os coordenadores das bancadas, a fim de
definir os próximos passos da comissão especial.
Regra transitória
O substitutivo mantém as diretrizes do texto original
do Executivo – como a idade mínima para a
aposentadoria dos trabalhadores nos setores público
e privado – e cria uma regra de transição para os
atuais segurados, com pedágio de 100% do tempo de
contribuição que faltar na data da promulgação da
futura emenda constitucional.
O texto propõe uma regra geral transitória, com
idade mínima de 65 anos para os homens e 62 anos
para as mulheres. Até que lei específica trate do
tema, o tempo de contribuição no setor privado será
de pelo menos 15 anos para a mulher e 20 para o
homem; no setor público, 25 para ambos os sexos.
Como acontece atualmente, há regras para categorias
específicas, como professores.
O substitutivo prevê uma fórmula única para cálculo
dos benefícios – média aritmética de todas as
contribuições até o dia do pedido – que poderá ser
mudada por lei futura. A aposentadoria corresponderá
a 60% dessa média – se for a única fonte de renda, é
assegurado o valor do salário mínimo (hoje R$ 998).
A partir dos 20 anos de contribuições efetivadas, o
percentual subirá 2 pontos percentuais por ano, até
chegar a 100% com 40 anos.
Justificativa
O objetivo da reforma, segundo o governo, é conter o
déficit previdenciário – diferença entre o que é
arrecado pelo sistema e o montante usado para pagar
os benefícios – ocasionado por despesas crescentes e
de difícil redução. Em 2018, o déficit
previdenciário total da União, que engloba os
setores privado e público mais os militares, foi de
R$ 264,4 bilhões.
A expectativa do Executivo com a reforma da
Previdência era economizar R$ 1,236 trilhão em dez
anos, considerando apenas as mudanças para os
trabalhadores vinculados ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e para os servidores da União.
Com as mudanças até agora, o substitutivo poderá
economizar algo perto de perto de R$ 1,071 trilhão
no mesmo período, segundo a assessoria do relator.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2019 -
Reforma da Previdência desconsidera resultados de
CPI, alertam debatedores
Debatedores que participaram de audiência pública na
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), nesta terça-feira (2),
advertiram que a atual proposta de Reforma da
Previdência não leva em consideração os resultados
da CPI da Previdência, realizada em 2017 no Senado.
O cálculo incorreto do deficit do setor, a falta de
fiscalização de crimes fiscais e a falta de cobrança
dos grandes devedores são alguns dos problemas que
não estão sendo considerados na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019, afirmaram os
participantes do debate.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro
de Direito Previdenciário (IBDP), Diego Cherulli, a
CPI da Previdência foi um trabalho bem-feito, que
ouviu mais de uma centena de especialistas e foi
aprovada por unanimidade, embora seja hoje atacada
por vários parlamentares. Para Cherulli, o problema
mais sério é a metodologia de cálculo dos recursos
da Previdência, em que não se considera toda a
receita da seguridade social.
— De fato, no Brasil é basicamente uníssono que
necessitamos de uma reforma no sistema de seguridade
social, não só de Previdência. Porém, que reforma
seria essa? É a PEC 6? Não. É uma proposta de emenda
com oito regras de transição só para o Regime Geral?
Não. É uma proposta que vem tentar burlar os achados
da CPI da Previdência? Não. E quando eu falo burlar,
é porque lá eles estão desvinculando novamente as
receitas da seguridade social e vinculando a
despesas específicas. É um retrocesso — opinou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
03/07/2019 -
Produção industrial cai 0,2% de abril para maio, diz
IBGE
A produção industrial brasileira recuou 0,2% na
passagem de abril para maio deste ano. O dado, da
Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF),
foi divulgado nesta terça-feira (2), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
queda veio depois de uma alta de 0,3% em abril, na
comparação com março.
Por outro lado, a produção industrial teve alta de
7,1% na comparação com maio de 2018, depois das
quedas de 3,9% em abril e de 6,2% em março. No
acumulado do ano, houve queda de 0,7% no acumulado
do ano. Já no acumulado de 12 meses, a produção não
apresenta variação.
De abril para maio, a queda foi puxada pelos bens de
consumo. Os bens duráveis apresentaram um recuo de
1,4% e os semi e não duráveis caíram 1,6%.
Os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos do setor produtivo, tiveram alta de
0,5%, enquanto os bens intermediários - os insumos
industrializados usados no setor produtivo -,
avançaram 1,3%.
Dezoito dos 26 ramos industriais tiveram queda na
produção de abril para maio, com destaque para
veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%),
bebidas (3,5%), couro, artigos para viagem e
calçados (7,1%), outros produtos químicos (2%),
produtos de metal (2,3%), produtos de minerais
não-metálicos (2,1%) e produtos diversos (5,8%).
Entre os oito ramos com alta na produção, o melhor
desempenho foi apresentado pelas indústrias
extrativas, que avançaram 9,2% e eliminaram parte do
recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses
de 2019. Também teve alta importante o setor de
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (3,2%).
Fonte: Agência Brasil
03/07/2019 -
Recessão no segundo trimestre é inevitável, diz
consultoria
Diagnóstico negativo se sustenta na produção
industrial em queda.
A queda na produção industrial brasileira em maio,
de 0,2% na base mensal, evidencia que oficialmente o
país entrará em recessão no segundo trimestre, de
acordo com a Capital Economics, em relatório
divulgado nesta terça-feira (2), citado pelo site
Money Times.
“Precisará de um avanço muito forte na produção
industrial de junho para evitar mais uma contração
no setor industrial no segundo trimestre”, dispara a
instituição, afirmando ainda que, pelos dados
prévios, a economia permanece lenta, ou seja,
“existe grande chance de que o PIB apresentará
contração consecutiva no trimestre”.
“Com a inflação também dando sinais de
arrefecimento, um corte na taxa básica de juro é
provável, assim que o Copom se encontrar no final de
julho”, avalia William Jackson, economista-chefe
para mercados emergentes.
Por outro lado, a instituição destaca que a baixa
foi menor do que a esperada pelo mercado, de 0,3%; e
que a produção de bens intermediários subiu pela
primeira vez neste ano.
Por fim, destaque negativo para a menor produção de
bens de consumo, “Esta queda pode sinalizar que,
tendo sido uma parte da economia relativamente
resiliente, os dispêndios das famílias começam a
perder força”, aponta Jackson.
Fonte: Portal Vermelho
02/07/2019 -
Trabalhadores na educação farão greve nacional em 13
de agosto
Movimento da categoria inclui marchas nos
municípios em defesa da educação,
da democracia e contra os a reforma da Previdência
e outros retrocessos
Os profissionais da educação de todo o país deverão
paralisar as atividades em 13 de agosto contra os
retrocessos das políticas do governo de Jair
Bolsonaro (PSL). Entre elas, a “reforma” da
Previdência, os cortes orçamentários no setor e os
ataques à democracia. A agenda é uma das
deliberações da 9ª Conferência Nacional de Educação
Paulo Freire – Educação Libertária e Democrática:
construindo o movimento pedagógico Latino-Americano,
realizada neste final de semana em Curitiba. O
evento foi promovido pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE).
Inspirados no pensamento do pedagogo brasileiro
Paulo Freire (1921-1997) – “Enquanto eu luto, sou
movido pela esperança. E se eu lutar com esperança,
posso esperar”, representantes de educadores das
escolas públicas estaduais, distrital e municipais
reafirmaram sua luta em defesa da educação pública,
gratuita e de qualidade para todos.
De acordo com dados do IBGE divulgados há 10 dias,
7,5% dos brasileiros com 15 anos ou mais não sabem
ler e escrever. E cerca de 25% são analfabetos
funcionais. Isto é, sabem escrever e ler algumas
frases curtas, mas são incapazes de interpretar
textos e fazer contas. Entre os jovens de 15 a 29
anos, 22% não estudam e nem trabalham.
Entre as principais deliberações do encontro em
Curitiba estão a luta incessante e pelo
restabelecimento da democracia em nosso país,
situação que requer a independência entre os
Poderes, o respeito às instituições e o compromisso
destas para com o povo brasileiro, a realização de
eleições limpas e sem a predominância do poder
econômico e das notícias falsas (fake news), além da
liberdade imediata do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Os trabalhadores reivindicam ainda a revogação da
Emenda 95, que congela o orçamento da União por duas
décadas e que também suspendeu por igual período a
vinculação constitucional de impostos do governo
federal para a educação e a saúde. E a defesa de
todas as garantias e direitos previstos na
Constituição de 1988, contrapondo as “políticas
neoliberais privatistas e reducionistas do atual
governo”.
(Mais informações: Rede Brasil Atual)
Fonte: Rede Brasil Atual
02/07/2019 -
Ida de Moro à Câmara nesta terça às 14h mobiliza
oposição, que antecipa volta a Brasília
Sérgio Moro é esperado nesta terça-feira (02), a
partir das 14h, para ser ouvido na Câmara dos
Deputados pelas comissões de Constituição e Justiça;
de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização
Financeira e Controle. A pauta é o escândalo da Vaza
Jato e toda sucessão de ilegalidades que foram
cometidas na operação, especialmente no processo
contra Lula.
A Coluna Painel de Daniela Lima na Folha de S.Paulo
informa que a aguardada oitiva do ministro da
Justiça, nesta terça (2), na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara, mobilizou a
oposição.
O PT pediu que seus integrantes voltassem mais cedo
a Brasília para traçar estratégia. Tentará dar a
Sergio Moro tratamento mais duro do que o recebido
no Senado.
Pessoas próximas ao ministro contam com um ambiente
mais agitado na Câmara, mas veem Moro tranquilo e
fortalecido pelos atos de apoio no domingo, completa
a Folha.
"O ex-juiz da Lava Jato terá entre 20 e 30 minutos
para fazer suas considerações iniciais. Em seguida,
os deputados inscritos podem fazer perguntas ao
ministro. A CCJ ainda não definiu o tempo para as
perguntas, mas deve girar em torno de três minutos
para cada parlamentar – líderes têm um tempo maior,
também não definido ainda.
Fonte: Brasil247
02/07/2019 -
Entreguismo a todo vapor: Guedes monta lista de
privatizações
O ministério da Economia, comandado por Paulo
Guedes, fechou um plano que definiu o destino das
mais de 130 estatais brasileiras. As empresas foram
divididas em três grupos: as que serão mantidas, as
que serão fechadas e as que serão vendidas.
Segundo o jornal O Globo, envolvidos nos estudos
afirmam que os Correios e a Eletrobrás fazem parte
do último grupo. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
deve ser mantida, mas em um tamanho muito menor que
o atual.
A equipe de Paulo Guedes pretende dar início às
privatizações após a a reforma da Previdência for
aprovada.
Fonte: Brasil247
02/07/2019 -
O desgoverno de Bolsonaro é notório, diz Paulo Rocha
O senador Paulo Rocha (PT-PA) fez um balanço nesta
segunda-feira (1º), em Plenário, dos seis primeiros
meses do governo federal. Para o parlamentar a
economia está decadente e caminha para depressão.
Segundo ele, o desgoverno do presidente Jair
Bolsonaro é notório.
— Estão aí as insatisfações nas ruas, está aí a
polarização na política, está aí o desânimo de
setores da economia brasileira e está aí a
perplexidade diante das revelações ocultas da
chamada Operação Lava Jato — disse.
Ele destacou ainda o aviltamento da soberania
nacional, com a entrega do patrimônio brasileiro.
— Do mesmo modo, o nosso patrimônio está sendo
dilapidado pelo governo, está sendo entregue a
interesse de outros países, notadamente aos
norte-americanos. O pré-sal, as subsidiárias da
Petrobras e as minas de urânio, sem falar nos bancos
públicos, que estão sendo esvaziados, na perspectiva
de serem privatizados — enumerou.
Fonte: Agência Senado
02/07/2019 -
Paim se preocupa com demora na concessão de
benefícios pelo INSS
O senador Paulo Paim (PT-RS) mostrou-se preocupado
nesta segunda-feira (1), em Plenário, com a demora
na concessão de benefícios pelo Instituto Nacional
de Seguridade Social (INSS). Para ele, um dos
motivos para tanto atraso é a falta de pessoal.
Ele citou reportagens do Jornal Zero Hora e o site
BBC Brasil. No Rio Grande do Sul, 73 mil gaúchos
aguardam há mais de 45 dias a carta de concessão de
benefícios para se aposentar por idade ou por tempo
de contribuição. Esse prazo, de acordo com o
senador, ultrapassa o fixado pela Justiça para esses
casos.
Segundo Paim, em âmbito nacional, dos 2,2 milhões
pedidos para concessão de benefícios junto ao INSS,
1,4 milhão estão com análise em atraso. Ele disse
que a situação tende a piorar, porque o governo
anunciou que não fará concurso público para
preencher as vagas no órgão nos próximos anos.
— Aí eu me ligo já na famosa Emenda [Constitucional]
95 {de 2016, a Ementa do Teto de Gastos]. Nós
alertávamos que, se fosse aprovada, iria congelar
todos os investimentos, mesmo para contratação de
pessoal — disse.
Fonte: Agência Senado
02/07/2019 -
Suspensa decisão que determinou desconto de
contribuição sindical de empregados da Claro
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deferiu liminar na Reclamação (RCL)
35540 para suspender decisão do juízo da 48ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro que determinou que a
Claro S.A. efetuasse o desconto em folha da
contribuição sindical de seus empregados sem
autorização individual prévia e expressa. Em análise
preliminar do caso, o relator verificou violação à
autoridade da decisão do STF na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5794, na qual a Corte
julgou constitucional o fim da cobrança compulsória
da contribuição.
Segundo a sentença, proferida em ação civil coletiva
ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Empresas de Telecomunicações no Estado do Rio de
Janeiro (SINTTEL/RJ), a modificação introduzida pela
Reforma Trabalhista seria inconstitucional e a
cobrança poderia ser autorizada por assembleia geral
da categoria. De acordo com a decisão da primeira
instância da Justiça do Trabalho, qualquer norma
infraconstitucional, como o novo texto do parágrafo
2º do artigo 579 da CLT, que relativize ou reduza o
poder dado aos sindicatos de estabelecer a vontade
coletiva da categoria profissional, inclusive no
campo das contribuições, seria inconstitucional. “No
direito coletivo do trabalho, a vontade coletiva se
sobrepõe à vontade individual”, assentou a sentença.
Ao deferir a liminar na RCL ajuizada pela Claro, o
ministro Barroso observou que, no julgamento da ADI
5794, o STF concluiu pela extinção da
compulsoriedade da contribuição sindical. “A leitura
dos dispositivos declarados constitucionais pelo STF
aponta ser inerente ao novo regime das contribuições
sindicais a autorização prévia e expressa do sujeito
passivo da cobrança”, verificou. Ele ressaltou que o
entendimento do juízo de primeira instância, que
delegou à assembleia geral o poder de aprovar a
cobrança para todos os membros da categoria,
presentes ou não à reunião, aparentemente “esvazia o
conteúdo das alterações legais declaradas
constitucionais pelo STF”.
Fonte: STF
02/07/2019 -
CDH analisa revogação do termo de quitação anual de
obrigações trabalhistas
Projeto que acaba com o termo de quitação anual de
obrigações trabalhistas será analisado pela Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)
na próxima quinta-feira (4/7). O Projeto de Lei do
Senado (PLS) 251/2017 tem parecer favorável do
relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), mas voto em
separado pela rejeição, elaborado pela senadora
Soraya Thronicke (PSL-MS). Se aprovado na CDH,
projeto ainda deverá passar por três comissões no
Senado.
De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto
determina o fim do termo de quitação anual das
obrigações trabalhistas, criado na reforma
trabalhista de 2017 (Lei 13.467, de 2017). O
instrumento é facultativo e pode ser adotado por
empregados e empregadores na vigência ou não do
contrato de emprego.
Para autor e relator do projeto, tal termo pode
incentivar o descumprimento de obrigações
trabalhistas por maus empregadores, com a conivência
de sindicatos pouco representativos, e dificultar o
acesso à Justiça pelo trabalhador que o tenha
assinado.
A senadora Soraya Thronicke, no entanto, entendeu
que o projeto deve ser rejeitado por entender que o
dispositivo da reforma trabalhista modernizou as
relações de trabalho, reduzindo a judicialidade sem
prejudicar a proteção ao trabalhador. Soraya afirmou
ser muito precipitada a revogação de um texto que é
novo. Para ela, outras soluções para ajustar a
legislação devem ser adotadas.
Fonte: Agência Senado
02/07/2019 -
Audiência discute proibição do uso de amianto no
Brasil
O banimento do amianto no País é tema da audiência
que a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável da Câmara dos Deputados realiza nesta
terça-feira (2).
O deputado Nilto Tatto (PT-SP), que pediu a
realização da audiência, lembra que, após
mobilizações da sociedade civil e de discussão no
âmbito da comunidade científica, no Parlamento e na
esfera judicial, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu, no final 2017, pela constitucionalidade de
leis estaduais e municipais que proibiram o uso do
amianto.
“A partir desse momento a produção e uso do amianto
ficaram proibidos em todo o território nacional,
embora a indústria tenha conseguido manter, mediante
obtenção de liminar, suas atividades com essa
matéria-prima até a recente publicação do acórdão
daquela decisão, no último mês de fevereiro”, afirma
Tatto.
Após a publicação do acórdão, continua Tatto, foram
apresentados embargos declaratórios, com pedido para
nova suspensão da proibição até que os mesmos sejam
julgados. A ministra do STF Rosa Weber solicitou
posicionamento da procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, que ainda não se manifestou.
A favor do amianto
Paralelamente, Tatto lembra que o Senado criou uma
comissão externa para conhecer a realidade do
município de Minaçu (GO) e da empresa Sama
Minerações. “A Sama é controlada pela Eternit e
explora a única mina de amianto crisotila em
atividade no Brasil, localizada em Minaçu.”
Em visita ao município, segundo o deputado, os
senadores integrantes da comissão se comprometeram a
envidar esforços para reverter a decisão do STF.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o
amianto cause mais de 100 mil mortes por ano no
mundo. “A única saída é o banimento e a substituição
por outros materiais. Por isso, mais de 60 países já
baniram totalmente essa matéria-prima”, afirma o
deputado.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre
outros, o presidente da Associação Brasileira dos
Expostos ao Amianto, Eliezer João de Souza; o
ex-deputado estadual de São Paulo autor do projeto
que deu origem à lei que proíbe o amianto no estado
(Lei 12.684/07, Marcos Lopes Martins; e o
pneumologista Ubiratan de Paula Santos.
Participação popular
O evento será realizado a partir das 14 horas, no
plenário 8. Os interessados poderão acompanhar o
debate pela internet. Clique no banner abaixo e
participe, enviando perguntas, críticas e sugestões
aos convidados.
Fonte: Agência Câmara
02/07/2019 -
Deca
fecha fábrica em São Leopoldo
A Duratex fechou a unidade de fabricação de louças
Deca de São Leopoldo, no Vale dos Sinos, nesta
segunda-feira. Com o fechamento, aproximadamente 480
funcionários foram demitidos. A planta produzia
cerca de 1,4 milhão de peças anualmente na fábrica
localizada na avenida das Indústrias.
Segundo a assessoria de imprensa da Duratex, alguns
funcionários poderão ser aproveitados em outras
fábricas da empresa. Em nota, a companhia informou
que a unidade fabril tinha reduzida capacidade
instalada e que o volume produtivo será
redistribuído para plantas localizadas em outros
estados.
A prefeitura de São Leopoldo, por meio de nota,
comunicou que foi surpreendida pelo fechamento das
atividades da empresa na cidade. No comunicado, a
gestão municipal destacou o esforço que foi feito em
políticas de desenvolvimento econômico e social e no
fomento do distrito industrial. “As ações reforçam
as enormes dificuldades do cenário nacional para o
desenvolvimento econômico e também o fechamento da
única unidade instalada no Estado do Rio Grande do
Sul faz parte do desequilíbrio e da concorrência
desigual tributária”, diz a nota.
Fonte: Correio do Povo
02/07/2019 -
Seguridade aumenta aposentadoria e pensão para idoso
dependente
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou
proposta que garante adicional para aposentados do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que tenham
necessidade de ajuda permanente de terceiros para se
cuidar. O acréscimo é de 30% para quem recebe
benefício de até R$ 1.000; e de 25% para quem recebe
acima desse valor.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado
Antonio Brito (PSD-BA) ao Projeto de Lei 751/11, da
deputada Flávia Morais (PDT-GO). O projeto original
aumenta em 50% a aposentadoria ou pensão para o
idoso que receba até um salário mínimo e tenha
necessidade de ajuda cotidiana de terceiros para se
cuidar.
A proposta altera a Lei de Benefícios
Previdenciários (8.213/91), que atualmente
estabelece acréscimo de 25% a aposentadoria por
invalidez do aposentado que necessitar de
assistência permanente.
Crise fiscal
“A proposta de 50% é justa, mas o aumento de 25% para
30% sobre a menor faixa de renda é mais viável,
considerando as dificuldades fiscais enfrentadas
pelo País”, disse Brito. Ele citou decisão do
Superior Tribunal de Justiça de 1991 que definiu o
fim do pagamento do adicional com a morte do
aposentado. Ou seja, o benefício não vale para
pensão.
O valor do acréscimo será reajustado nos mesmos
valor e época dos benefícios previdenciários. O
aposentado receberá o acréscimo mesmo que o valor
ultrapasse o estabelecido no teto do RGPS (hoje, R$
5.839,45).
O segurado que estiver recebendo o acréscimo de 25%
estabelecido na lei poderá optar pelo novo
percentual, de forma irretratável.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisada pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
02/07/2019 -
Campanha da Justiça do Trabalho vai mostrar a
importância da prevenção de acidentes de trabalho
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho
Superior da Justiça do Trabalho, em parceria com os
24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), vão
lançar, nesta terça-feira (2), a campanha “25
motivos para prevenir acidentes de trabalho: essa
história não pode se repetir” nos perfis dos
tribunais no Facebook. A ação é uma iniciativa do
Programa Trabalho Seguro da Justiça do Trabalho.
A campanha, que se estenderá até o fim do mês, marca
o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho, lembrado no dia 27 de julho. A data foi
escolhida em 1972, em decorrência da implementação,
pelo extinto Ministério do Trabalho, do serviço
obrigatório de segurança em medicina do trabalho em
empresas com mais de 100 empregados.
“Essa história não pode se repetir”
O objetivo da campanha é chamar a atenção da sociedade
para a necessidade da prevenção dos acidentes de
trabalho, por meio de relatos reais de trabalhadores
de várias partes do Brasil que sofreram esse tipo de
acidente. As histórias serão contadas em vídeos
curtos e serão divulgadas durante o mês nas páginas
oficiais dos tribunais e do CSJT no Facebook.
A série será iniciada pelo TRT da 1ª Região (RJ),
que publicará o primeiro vídeo no dia 2 de julho.
Diariamente, até o dia 27/7, outros tribunais também
vão publicar os depoimentos em suas páginas
oficiais.
Os posts terão a opção de compartilhamento para que
os demais tribunais, outras instituições,
influenciadores e internautas compartilhem a
mensagem, ampliando o alcance da campanha e da
mensagem de conscientização.
Acidentes
Os acidentes de trabalho ocorrem por motivos variados:
falta ou uso incorreto dos Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs), negligência da empresa com o
ambiente de trabalho, falta de treinamento e
capacitação para realizar determinadas funções ou
falta de atenção dos empregados na realização das
tarefas, entre outras.
Segundo os dados de 2017 da Secretaria de
Previdência do Ministério da Economia, mais de 549
mil pessoas se acidentaram no trabalho e registraram
os acidentes por meio da Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). Outras 98,7 mil pessoas também
sofreram acidentes, mas as empresas não abriram a
CAT. O número é 6,59% menor do que o registrado em
2016, quando ocorreram 585.626 acidentes no país.
Fonte: TST
01/07/2019 -
Centrais avaliam ações e divulgam agenda em defesa
da aposentadoria
Em reunião na sexta-feira, 28, no Dieese, em São
Paulo, sindicalistas fizeram um balanço das
articulações políticas da semana, em Brasília, junto
a parlamentares e definiram os próximos passos do
movimento para barrar a aprovação da PEC 6, da
Previdência.
Dirigentes avaliaram como positiva as ações no
Congresso, que envolveram reunião com deputados de
centro e oposição e também a entrega, ao relator
Samuel Moreira (PSDB-SP), do documento “Pontos
críticos no substitutivo à PEC 6/2019”, que enumera
os 15 piores itens da Emenda.
“O balanço da Centrais foi bom e valorizou as
negociações conduzidas em Brasília durante a semana.
O objetivo agora é intensificar ainda mais os
trabalhos”, diz João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical.
Abaixo-assinado - Wagner Gomes,
secretário-geral da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, adianta: “Vamos reforçar em
todos os Estados a coleta de assinaturas e entregar,
em agosto, um abaixo-assinado em defesa da
aposentadoria ao governo.”
O documento será encaminhado aos presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre,
no dia 13 de agosto.
Mobilização - O dia 12 de julho foi
confirmado pelos dirigentes como o Dia Nacional de
Mobilização em Defesa da Previdência. O movimento
sindical se unirá aos protestos já programados pelos
estudantes, liderados pela UNE, para a mesma data,
contra a reforma da Previdência e em defesa da
Educação pública.
No entendimento dos sindicalistas, a intensificação
da agenda em Brasília e um 12 de julho forte serão
decisivos para barrar a PEC 6, que entra em sua fase
de votação.
Nota - Uma Nota das Centrais foi divulgada
contendo: avaliação das articulações políticas,
denúncia de práticas antissindicais contra
companheiros metroviários (demitidos após greve do
dia 14) e agenda de lutas em defesa da
aposentadoria. Leia a nota na íntegra
aqui.
Trecho do texto: "Devemos continuar em estado de
mobilização permanente com assembleias nos locais de
trabalho para influenciar nas mudanças deste projeto
e evitar que pontos críticos sejam reintroduzidos no
texto com objetivo de garantir uma aposentadoria
digna para os trabalhadores e para as
trabalhadoras".
Agenda:
12/7 - Apoiar, valorizar e participar do Ato
Nacional dos estudantes durante o Congresso da UNE,
em Brasília, pela valorização da Educação, incluindo
a defesa da aposentadoria. No mesmo dia, a
orientação é de que a classe trabalhadora se
mobilize nos estados e nas cidades.
16/7 - Reunião das Centrais Sindicais, no
Dieese.
8/8 - Prazo para a entrega dos
abaixo-assinados na sede nacional de cada Central
Sindical.
13/8 - Entrega do abaixo-assinado das
Centrais no Congresso Nacional e apoio à luta dos
professores, coordenada pela CNTE, no dia 13 de
agosto.
14/8 - Apoiar e participar da Marcha das
Margaridas, também em Brasília.
Fonte: Agência Sindical
01/07/2019 -
Comissão aprova proposta que susta decreto que
revogou contribuição sindical em folha
Decreto é um complemento à medida provisória que
acabou com o desconto da contribuição sindical na
folha de pagamento. A MP perde a validade nesta
sexta-feira
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL)
75/19, que susta o decreto presidencial que revogou
dispositivos que regulam o desconto da contribuição
a sindicatos e associações de representação
profissional na folha de pagamento.
O relator, deputado André Figueiredo (PDT-CE),
recomendou a aprovação. “A discricionariedade
reservada à administração não autoriza, de forma
alguma, a perseguição a entidades sindicais ou
representativas de categorias funcionais”, afirmou o
parlamentar.
A proposta foi apresentada pelo deputado Carlos
Veras (PT-PE). A Constituição concede ao Congresso
Nacional o poder de sustar atos do Executivo, como
decretos e portarias, quando entender que eles
extrapolam o poder regulamentar do governo.
O Decreto 9.735/19 foi assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro e revoga dispositivos de outro decreto
(8.690/16), que trata da gestão das consignações em
folha de pagamento.
O decreto é um complemento à Medida Provisória
873/19, que acabou com o desconto da contribuição
sindical na folha de pagamento, ainda que decidido
em norma coletiva, assembleia geral ou em estatuto
da categoria profissional. A MP perde a validade
nesta sexta-feira (28).
Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
01/07/2019 -
Manifestações a favor de Moro e de Bolsonaro perdem
volume
Números diminuíram, mas organizações mostraram força
para mobilizar bolsão bolsonarista.
Ataque às instituições democráticas deram o tom nas
manifestações.
As manifestações a favor da Operação Lava Jato, do
ex-juiz e ministro da Justiça e Segurança Púnica
Sérgio Moro e do governo Bolsonaro neste domingo
(30) não podem ser contabilizadas como fracassos,
mas alguns dados merecem atenção. Elas se deram num
contexto de quebra da blindagem de Moro e as
denúncias de irregularidades trazidas á tona a
partir das revelações do site The Intercept Brasil
atingem diretamente o presidente da República.
O volume de manifestantes caiu consideravelmente,
tento em termos de participantes quanto
territorialmente – o portal G1 estima que,
comparadas às manifestações desses setores dia 26 de
maio o número de cidades com manifestações caiu de
156 cidades em 26 estados e no DF para pelo menos 86
cidades e 26 estados mais o DF -, mas esses setores
mostraram capacidade de mobilização do bolsão
bolsonarista, fortemente identificado com a Lava
Jato e com Moro.
O ministro agradeceu, indiretamente, o apoio das
manifestações no Twetter. O ex-juiz da Lava Jato
agradeceu a Bolsonaro “e a todos que apoiam e
confiam em nosso trabalho”. E reiterou a ladainha de
que “hackers criminosos ou editores maliciosos não
alterarão essas verdades fundamentais”. “Avançaremos
com o Congresso, com as instituições e com o seu
apoio”, disse.
Bolsonaro também cumprimentou os manifestantes. "Aos
que foram às ruas hoje manifestar seus anseios,
parabéns mais uma vez pela civilidade. A população
brasileira mostrou novamente que tem legitimidade,
consciência e responsabilidade para estar incluída
cada vez mais nas decisões políticas do nosso
Brasil", escreveu o presidente no Tweeter.
Previdência
Outro dado relevante que o movimento se apresentou
rachado, com os principais organizadores das
manifestações, os grupos “Direita SP” e “Movimento
Brasil Livre” se hostilizaram, chegando às vias de
fato na cidade de São Paulo. Mas se unificaram no
ataque às instituições democráticas, elegendo como
alvo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso
Nacional, especialmente nas figuras do ministro
Gilmar Mendes e do presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia.
Os atos também se manifestaram a favor da proposta
de “reforma” da Previdência Social que acaba com a
aposentadoria e do “pacote anticrime” de Moro, um
amontoado de remendos à legislação que tem como
objetivo atacar as garantias legais aos cidadão e
aumentar o poder discricionário de grupos como o
espectro da Operação Lava Jato.
Os manifestantes também hostilizaram o jornalista
Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil,
responsável pela avalanche de revelações sobre a
conduta ilegal de Moro e dos procuradores da
força-tarefa da Operação lava Jato.
Fonte: Portal Vermelho
01/07/2019 -
Com mercado de trabalho frágil, número de autônomos,
subutilizados e desalentados é recorde
Taxa de desemprego fica estável, com 13 milhões
fora do mercado. São 28,5 milhões de subutilizados,
24 milhões por conta própria e quase 5 milhões no
desalento
O mercado de trabalho segue acentuadamente frágil. A
taxa de desemprego no país manteve-se alta no
trimestre encerrado em maio, 12,3%,
“estatisticamente estável” tanto em relação ao
trimestre anteriores como a igual período de 2018,
segundo informou hoje (28) o IBGE. O número de
desempregados é estimado em 12,984 milhões,
praticamente no mesmo nível, com menos 206 mil em um
ano (-1,6%). Mas os resultados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostraram
alguns recordes negativos.
Em 12 meses, são 2,361 milhões de ocupados a mais
(2,6%). A maior parte continua sendo de
trabalhadores por conta própria, acréscimo de 1,170
milhão (5,1%), e de empregados sem carteira (372
mil), com crescimento de 3,4%. O ritmo de alta do
emprego com carteira no setor privado é bem menor,
de 1,6% (521 mil). Em relação ao trimestre encerrado
em fevereiro, só o emprego sem carteira e autônomo
cresceu. O total de trabalhadores por conta própria
bateu recorde, atingindo 24,033 milhões.
A chamada subutilização da força de trabalho, que
inclui pessoas que poderiam estar trabalhando mais,
voltou a atingir o recorde de 25%. E o número de
pessoas nessa situação agora soma 28,5 milhões,
crescimento de 744 mil no trimestre e de 1,066
milhão em 12 meses.
Também é recorde o número de pessoas desalentadas:
4,9 milhões. A taxa de desalento é de 4,4%. Nos dois
casos, houve estabilidade em relação a períodos
anteriores.
Entre os setores pesquisados, agricultura, indústria
e administração pública cresceram no trimestre. Em
12 meses, a pesquisa mostra alta em setores ligados
a serviços e estabilidade nos demais.
Estimado em R$ 2.289, o rendimento médio caiu 1,5%
no trimestre e ficou estável em relação a igual
período de 2018. Já a massa de rendimentos (R$ 207,5
bilhões) ficou estável no primeiro período e cresceu
2,4% em 12 meses, devido ao aumento da ocupação.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/07/2019 -
Crise derruba número de empresas em atividade e
diminui emprego
Desde 2014, foram fechadas 363 mil empresas no
Brasil. O dado está contido no Cadastro Central de
Empresas (Cempre), divulgado na quarta (26) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE).
O estudo demonstra que, entre 2007 e 2013, houve um
crescimento contínuo, em que o País ampliou o número
de empresas de 4,4 milhões para 5,4 milhões.
Contudo, 64,4 mil companhias fecharam as portas em
2016 e 21,5 mil falências foram registradas em 2017
- último ano do levantamento.
Perda - Outros dados mostram que o pessoal
ocupado assalariado aumentou entre 2007 e 2014,
quando foram criados 11,6 milhões de novos postos de
trabalho formais. Mas o movimento se alterou entre
2015 e 2016, com a perda de 3,7 milhões de empregos.
Dificuldade - Para Denise Guichard, analista
da pesquisa do IBGE, o período tem se revelado
difícil. “Houve uma retração nos últimos anos e as
empresas enfrentam obstáculos para se estabelecer e
gerar empregos, por essa razão atingimos um patamar
do início da década”, ressalta.
Mulheres - Um aspecto esclarecedor do estudo
é a participação das mulheres no pessoal ocupado,
que aumentou de 41,9% para 44,6%, entre 2009 e 2017.
O setor de saúde humana e serviços sociais
apresentou 390 mil postos, e o de educação atingiu
247,4 mil.
Para Denise, os resultados revelam que as mulheres
têm conquistado mais espaço e ganhos. “Se juntarmos
o aumento de mão de obra feminina com geração de
novos postos de trabalho em áreas onde elas
predominam, então aumenta a participação da mulher e
os salários em termos reais”, explica.
Mais informações: www.ibge.gov.br
Fonte: Agência Sindical
01/07/2019 -
Gilmar suspende processos que tratam de acordos
coletivos que reduziam direitos trabalhistas
Pedido da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) foi acatado pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes determinou, na sexta-feira, 28, a suspensão
de todas as ações trabalhistas no País que analisam
casos de contestação de acordos coletivos que
limitam ou restringem direitos trabalhistas não
assegurados pela Constituição.
A discussão começou quando um funcionário de uma
mineradora entrou na Justiça trabalhista pedindo o
pagamento de horas extras pelo o período em que ele
gastava para se deslocar ao trabalho com o
transporte cedido pela empresa.
O trabalhador perdeu a causa na primeira instância,
mas recorreu e teve seu pedido aceito pelo Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) e ratificado pelo
Tribunal Superior do Trabalho (TST), que afastou o
acordo coletivo de trabalho firmado entre a empresa
e as entidades representativas das bases sindicais
da categoria, invalidando suas cláusulas.
Em sua defesa, a empresa rebateu a decisão da corte
trabalhista e disse que a manutenção do que foi
pactuado em negociação coletiva tem prevalência.
"Não resta dúvida acerca da importância da causa,
cujo tema (validade de cláusula de acordo coletivo)
vai além do interesse das partes, apresentando,
pois, repercussão transindividual ou institucional",
escreveu Gilmar Mendes em sua decisão.
O pedido de suspensão de todos os casos similares ao
da mineradora foi feito pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI), que entrou para participar do
processo na condição de amicus curiae, ou “amigo da
Corte”, por ter interesse no tema. Nesta condição, a
CNI poderá elaborar manifestações para serem
consideradas pelo Supremo.
Em abril, o Supremo já havia entendido a necessidade
de analisar o caso de uma maneira definitiva, que
valha para outras ações similares. Em julgamento
realizado no plenário virtual, os ministros, no
entanto, não reafirmaram a jurisprudência dominante
sobre o tema.
Como destacou Gilmar Mendes em sua decisão, até
então muitas ações similares haviam sido rejeitadas
pelo STF com base em um precedente da Corte, que
permitia a redução de direitos trabalhistas por meio
de negociação coletiva.
“Uma vez recortada nova temática constitucional
(semelhante à anterior) para julgamento, e não
aplicado o precedente no plenário Virtual desta
Suprema Corte, existe o justo receio de que as
categorias sejam novamente inseridas em uma
conjuntura de insegurança jurídica, com o
enfraquecimento do instituto das negociações
coletivas.”
Fonte: Estadao
01/07/2019 -
Relatório final da CPI de Brumadinho será
apresentado nesta terça-feira
O relatório final da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que investiga o rompimento da
barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, será
apresentado nesta terça-feira (2) pelo senador
Carlos Viana (PSD-MG).
Viana vai pedir o indiciamento de 14 pessoas, entre
elas, executivos da Mineradora Vale. A segunda parte
do parecer sugere a votação de três projetos que
tratam de crimes ambientais, da segurança de
barragens de rejeitos e da tributação da exploração
de minérios no país.
O fim das barragens de resíduos no prazo de dez anos
e a definição do valor para o pagamento de
indenizações também serão apontados no relatório,
que tem votação prevista para o dia 9 de julho.
A reunião está marcada para as 13h, na sala 13 da
Ala Senador Alexandre Costa. A presidente da CPI de
Brumadinho é a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES).
Fonte: Agência Senado
01/07/2019 -
CNI: brasileiro está menos confiante quanto a
emprego e endividamento
O brasileiro está menos confiante em relação à
expectativa de emprego e endividamento, revela o
Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec),
divulgado sexta (28) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). O levantamento, que é trimestral,
mostra que o índice recuou para 47 pontos em junho,
número 1,4 ponto abaixo do registrado em abril.
De acordo com a CNI, é a segunda queda consecutiva
do indicador que, no entanto, continua acima da
média histórica (46,1 pontos). Variando de 0 a 100
pontos, o Inec, quando abaixo de 50 pontos, mostra
que consumidores estão sem confiança.
“A queda da confiança em junho é resultado,
especialmente, da piora da percepção dos brasileiros
sobre o emprego e o aumento do endividamento das
famílias”, informou, por meio de nota a CNI.
Segundo o levantamento, o índice de expectativas em
relação ao desemprego registrou variação de 54,7
pontos para 56,4 pontos; e o índice de endividamento
passou de 49 para 51 pontos. Nesses casos, valores
acima de 50 pontos indicam que maior é a expectativa
de aumento do desemprego nos próximos seis meses e
maior o nível de endividamento das famílias.
A Região Nordeste foi a que apresentou o mais baixo
índice: 45,3 pontos. No Norte/Centro-Oeste, o índice
ficou em 47,7 pontos; no Sudeste, em 47; e no Sul,
em 49,3.
Na faixa de população com idade entre 35 e 44 anos,
o Inec caiu 2,7 pontos entre abril e junho, ficando
em 45,9 pontos.
O índice também recuou em todos os graus de
instrução, principalmente entre as pessoas com
ensino médio e superior. Se o recorte focar nos que
têm ensino superior, o Inec caiu 2,1 pontos,
baixando para 47,5 pontos. Entre as pessoas com
ensino médio, houve retração de 1,9 pontos, ficando
em 47 pontos.
Feita em parceria com o Ibope, esta edição do Inec
ouviu, entre os dias 20 e 23 de junho, cerca de 2
mil pessoas em todo o país.
Fonte: Agência Brasil
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