Blog - Notícias Anteriores - Julho 2020

 

 

31/07/2020 - Senado aprova, com alterações, a MP do saque do FGTS


31/07/2020 - Maia: Câmara não vai votar nenhuma flexibilização do teto de gastos


31/07/2020 - Magnus Farkatt: Desafio do movimento sindical é derrubar vetos da lei que reduz salário e suspende contrato


31/07/2020 - Com mais de mil assinaturas, padres divulgam carta apoiando bispos que criticaram Bolsonaro e Guedes


31/07/2020 - Precisamos pensar com urgência no Brasil pós-pandemia, diz Paulo Paim


31/07/2020 - Brasil tem 91,2 mil mortos e 2,6 milhões de casos de coronavírus


30/07/2020 - Deputados aprovam MP que permite saque extraordinário do FGTS durante pandemia


30/07/2020 - Câmara aprova emendas do Senado em MP de crédito para salários; texto vai à sanção


30/07/2020 - Líderes dizem que fuga no Centrão afeta Bolsonaro e fortalece oposição


30/07/2020 - Metalúrgicos fazem atos em frente a concessionárias da Renault


30/07/2020 - FGV: confiança da indústria cresce com expectativa de aumento da produção e do nível de emprego


30/07/2020 - Bolsonaro veta prioridade a mulher chefe de família no auxílio emergencial


30/07/2020 - Governo quer justificar criação de nova CPMF com ‘IR maior’ para ricos


29/07/2020 - Centrais sindicais convocam Dia Nacional de Luta para 7 de agosto


29/07/2020 - País fecha primeiro semestre com 1,2 milhão de empregos formais eliminados


29/07/2020 - Racha de MDB e DEM com o Centrão aponta articulação em torno de Doria em 2022


29/07/2020 - Portaria reduz burocracia e prazos relacionados ao registro de sindicatos


29/07/2020 - Secretaria da Mulher promove debate sobre inclusão de mulheres na resposta à Covid-19


29/07/2020 - Paim propõe que contaminação por coronavírus seja considerada acidente de trabalho


29/07/2020 - Dino rebate Bolsonaro e diz que “desemprego não é assunto a ser tratado com ironias”


29/07/2020 - Espera por transporte da empresa configura hora extra, decide TST


28/07/2020 - Deputados analisam na quarta emendas do Senado a MP de crédito para pagar salários


28/07/2020 - Flávio Dino propõe a Bolsonaro um Pacto Nacional pelo Emprego


28/07/2020 - "Acabaram com o emprego no Brasil", diz Bolsonaro, eximindo-se de responsabilidade


28/07/2020 - INSS: prova de vida por meio de procuração poderá ser feita apenas para segurados acima de 60 anos


28/07/2020 - Parlamentares dizem que Bolsonaro pode pagar em Haia pelo negacionismo


28/07/2020 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


28/07/2020 - Projeto prevê aposentadoria especial para trabalhadores de aplicativos


27/07/2020 - Lula é o melhor presidente da história recente, aponta pesquisa Fórum


27/07/2020 - Desemprego vai disparar em setembro, diz membro da equipe de Paulo Guedes


27/07/2020 - Pesquisa mostra “centro” esvaziado em 2022 e Moro como candidato da direita alternativo a Bolsonaro


27/07/2020 - Flexibilização de direitos tem papel ideológico, afirma vice do TST, que critica ‘ideias zumbi’


27/07/2020 - A Covid-19 e o “novo normal” dos trabalhadores metalúrgicos e mineiros


27/07/2020 - Novas regras: INSS aumenta limite de consignado para aposentados e pensionistas


27/07/2020 - Novo Fundeb deve ser votado na primeira semana de agosto


24/07/2020 - Maia pede que governo apresente PEC da Reforma Administrativa este ano


24/07/2020 - Entregadores realizam no sábado nova manifestação contra empresas de aplicativos


24/07/2020 - Junho registra 16% mais desempregados que maio, mostra Pnad Covid-19


24/07/2020 - Renault quer descontar seus erros nos trabalhadores, critica IndustriALL


24/07/2020 - Alexandre de Moraes envia notícia-crime sobre Bolsonaro e filhos à PGR


24/07/2020 - Sindicato pode ajuizar ação para discutir irregularidades no repouso semanal


24/07/2020 - Confecção indenizará costureira com Síndrome de Burnout em razão do estresse no trabalho


23/07/2020 - Centrais: Renault mostra insensibilidade social ao fazer demissões


23/07/2020 - Reforma tributária de Guedes prevê alíquota menor para bancos


23/07/2020 - Frente Parlamentar da Renda Básica quer reduzir desigualdades aprofundadas na pandemia


23/07/2020 - Frente parlamentar promove debate sobre reforma administrativa nesta quinta-feira


23/07/2020 - Pedidos de seguro-desemprego caem 1,9% na primeira quinzena de julho


23/07/2020 - Confiança da indústria cresce 12,5 pontos na prévia de julho


23/07/2020 - Paulo Paim pede aprovação do Fundeb e mais investimento na educação


22/07/2020 - Retirada da MP 927 pelo Senado é vitória do movimento sindical


22/07/2020 - Trabalhadores tiveram vitórias ante Bolsonaro, mas devem se preparar para novas ofensivas


22/07/2020 - Aprovação do Fundeb mostra responsabilidade da Câmara com futuro da educação, diz Maia


22/07/2020 - Guedes vai ao Congresso, afaga Maia e Alcolumbre e reafirma agenda ultraliberal


22/07/2020 - Pandemia da covid-19 acentuou precarização das relações de trabalho


22/07/2020 - TRT-18 afasta nexo causal entre doença de trabalhador e atividade em mineradora


21/07/2020 - #VotaFundeb: Centrais sindicais se unem em defesa da Educação


21/07/2020 - Voucher-creche: Paulo Guedes quer tirar R$ 6 bi do Fundeb para financiar escola privada


21/07/2020 - Guedes promete entregar proposta para reforma tributária


21/07/2020 - Senado deve analisar crédito para empresas


21/07/2020 - Sem desoneração da folha, Brasil terá demissões em massa, diz Orlando


21/07/2020 - Sindicatos pedem que Ministério Público investigue racismo no McDonald’s


21/07/2020 - O que Vargas Netto diz aos Sindicatos ante ameaças


20/07/2020 - Bolsonaro diz que tributação digital não é nova CPMF


20/07/2020 - IBGE: desemprego atinge 13,1%, maior patamar desde 1ª medição na pandemia


20/07/2020 - Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica será lançada nesta terça-feira


20/07/2020 - Governo trama proposta alternativa e tenta jogar novo Fundeb para 2022


20/07/2020 - Flávio Bolsonaro será ouvido nesta segunda-feira pelo MPF sobre denúncias de seu suplente


20/07/2020 - Brasil tem domingo com mais óbitos registrados e se aproxima das 80 mil mortes por coronavírus


20/07/2020 - Auxílio-acidente não impede de receber benefício emergencial, diz juiz


20/07/2020 - Cesta básica não é devida durante afastamento previdenciário


17/07/2020 - Guedes ressuscita imposto semelhante à CPMF: "É feio, mas não é tão cruel"


17/07/2020 - Aprovada MP que cria programa de crédito para empresas pagarem salários


17/07/2020 - Guedes prepara novo pacote de maldades para pós-pandemia


17/07/2020 - Fim do auxílio emergencial deve pressionar taxa de desemprego


17/07/2020 - Chegou o momento em que as causas têm que liderar os movimentos, afirma Paim


17/07/2020 - Mais de 700 mil empresas encerraram atividades na pandemia. Quase todas de pequeno porte


16/07/2020 - Sem acordo, Senado deixa caducar MP que altera regras trabalhistas na pandemia


16/07/2020 - Guedes quer acabar com salário mensal: trabalho será pago por hora e precarização será a regra


16/07/2020 - Dieese: decreto que permite recontratação traz risco de redução salarial


16/07/2020 - Mais de 70% dos trabalhadores temem perder ocupação


16/07/2020 - PIB caiu 10,5% no trimestre encerrado em maio


16/07/2020 - Bolsonaro veta cortes em contribuições das empresas ao Sistema S


16/07/2020 - Câmara aprova proposta que impede bloqueio judicial do auxílio de R$ 600


16/07/2020 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


15/07/2020 - Paulo Guedes vai usar “Bolsa Família” de Bolsonaro para criar nova CPMF


15/07/2020 - Pesquisa Vox Populi: maioria atribui a Bolsonaro a responsabilidade pelas crises na saúde e na economia


15/07/2020 - Governo federal prorroga prazo para acordos de redução de salário e jornada


15/07/2020 - Portaria autoriza que demitidos sejam recontratados por salário mais baixo


15/07/2020 - Pauta desta quarta tem três MPs de enfrentamento de impactos econômicos da covid-19


15/07/2020 - Congresso está na iminência de derrotar Bolsonaro e manter desoneração


15/07/2020 - Personalidades apresentam pedido de impeachment de Bolsonaro


14/07/2020 - Medida provisória trabalhista corre risco de caducar


14/07/2020 - Trabalhadores lançam campanha por acesso a medicamentos e vacinas


14/07/2020 - Governo vai acionar PGR contra Gilmar Mendes após crítica sobre “genocídio” dos militares


14/07/2020 - Banco de horas não pode ser usado em caso de redução de jornada ou suspensão de contrato de trabalho; entenda


14/07/2020 - Juntada de contestação antes da audiência não impede desistência da ação pelo trabalhador


13/07/2020 - Brasil tem novo dia de manifestações pela saída de Bolsonaro e Mourão


13/07/2020 - Desemprego: uma tragédia brasileira!


13/07/2020 - Fechamento de vagas afeta mais quem ganha de 1 a 2 salários mínimos


13/07/2020 - INSS prorroga prova de vida de pensionistas e aposentados até 30 de setembro


13/07/2020 - INPC fica em 0,30% em junho, diz IBGE


13/07/2020 - Confiança da indústria mantém recuperação, revela CNI


13/07/2020 - Empregado em aviso prévio pode aderir a plano de demissão voluntária


13/07/2020 - Projeto regulamenta obrigações do empregador no teletrabalho


10/07/2020 - Senado adia votação da MP 927, mais uma que permite redução de direitos


10/07/2020 - Em nova reforma trabalhista, governo quer ‘pulverizar’ direitos


10/07/2020 - Maia: governo precisa apresentar programa de renda mínima ao Congresso


10/07/2020 - Campanha 'Fora Bolsonaro' mobiliza partidos e movimentos sociais nesta sexta-feira


10/07/2020 - Junho registra mais de 653 mil pedidos de seguro-desemprego


10/07/2020 - Está em vigor nova lei para combater a violência doméstica durante pandemia


09/07/2020 - Centrais sindicais fazem 'protesto virtual' em frente ao Ministério da Economia


09/07/2020 - Senado vota nesta quinta MP que altera regras trabalhistas durante pandemia


09/07/2020 - Dieese defende que vetos na MP da redução salarial sejam derrubados


09/07/2020 - Paim pede derrubada de vetos a texto que amplia auxílio emergencial


09/07/2020 - Entregadores de aplicativos querem regulamentação de direitos e anunciam paralisação dia 25


09/07/2020 - IBGE: produção industrial cresce em 12 dos 15 locais pesquisados em maio


08/07/2020 - Ato das Centrais nesta quarta defende prorrogação do Auxílio


08/07/2020 - Com vetos, governo sanciona programa para manter empregos durante pandemia


08/07/2020 - Iniciativa popular propõe 14º salário para aposentados e pensionistas


08/07/2020 - Maia diz que governo será derrotado na Câmara se insistir em nova CPMF


08/07/2020 - Após mobilização histórica, entregadores de aplicativo serão recebidos por Rodrigo Maia


08/07/2020 - Transportadora é condenada pela prática reiterada de pagar salário "por fora"


08/07/2020 - Reconhecimento de doença ocupacional pode prescindir de vistoria física, diz TST


07/07/2020 - Centrais: democracia vai além do voto. São direitos, trabalho, renda e cidadania


07/07/2020 - Bolsonaro sanciona suspensão de contrato e redução de jornada e salário na pandemia


07/07/2020 - Desemprego em cascata: cada emprego formal fechado impacta 2 informais


07/07/2020 - Governo gastou 17 vezes mais com previdência de militar do que com aposentado pelo INSS


07/07/2020 - "Eu gostaria de privatizar todas as estatais", diz Guedes ao prometer quatro grandes privatizações para este ano


07/07/2020 - Contra recomendações, Bolsonaro veta uso de máscaras em presídios


07/07/2020 - Proposta prolonga seguro-desemprego durante pandemia


06/07/2020 - Rodrigo Maia defende importância de sindicatos


06/07/2020 - Guedes anuncia a volta da CPMF (com outro nome) e o imposto sobre dividendos nas empresas


06/07/2020 - Rodrigo Maia rechaça proposta de Guedes e diz que Câmara não pautará CPMF


06/07/2020 - Reforma tributária está pronta para ir ao Congresso, diz Guedes


06/07/2020 - Ipea: trabalhadores informais receberam só 60% do habitual com a pandemia


06/07/2020 - Ipea: Emprego deve se recuperar só após retorno da atividade econômica


06/07/2020 - Gestante com contrato temporário não tem direito a estabilidade


03/07/2020 - Produção industrial volta a crescer em maio, mas não recupera perdas de março e abril


03/07/2020 - Carteira verde e amarela de Paulo Guedes quer oficializar uberização do mercado de trabalho


03/07/2020 - OAB recorre de decisão sobre correção de dívidas trabalhistas


03/07/2020 - Trabalhador pode acumular salário e aposentadoria retroativa, diz STJ


03/07/2020 - Adiamento das eleições muda calendário, mas posse será 1º de janeiro


03/07/2020 - PGR abre averiguação preliminar sobre declarações de Eduardo Bolsonaro


03/07/2020 - Pedido de demissão forçado para isentar empresa de pagar verbas rescisórias é anulado


02/07/2020 - Entregadores de aplicativos ganham menos e trabalham mais durante pandemia, revela pesquisa


02/07/2020 - Deputados comemoram prorrogação de auxílio emergencial pelo governo


02/07/2020 - OIT alerta para impactos da pandemia no mercado de trabalho


02/07/2020 - Celso de Mello leva ação contra foro privilegiado de Flávio Bolsonaro ao plenário do STF


02/07/2020 - Congresso promulga, nesta quinta, datas das eleições municipais: 15 e 29 de novembro


02/07/2020 - Senado vai debater projeto que trata de direitos para entregadores de aplicativos


02/07/2020 - Câmara aprova MP que cria linha de crédito especial para pequenas e médias empresas


02/07/2020 - Inflação na saída das fábricas sobe de 0,11% para 1,22%


01/07/2020 - Guedes diz que programas Renda Brasil e Verde Amarelo virão após o fim do auxílio emergencial


01/07/2020 - Bolsonaro assina prorrogação de auxílio emergencial por mais dois meses


01/07/2020 - Desemprego cresce e atinge 12,7 milhões de brasileiros entre março e maio, aponta IBGE


01/07/2020 - Paim: MP que flexibiliza regras trabalhistas é atentado aos direitos sociais


01/07/2020 - O movimento sindical é essencial


01/07/2020 - Senado aprova texto-base de projeto de combate às fake news


01/07/2020 - Reprovação de Bolsonaro é alta mesmo entre os que recebem auxílio emergencial, indica Datafolha


01/07/2020 - MP que permitia contratação temporária de servidores aposentados perde validade


01/07/2020 - Projeto permite recontratação de empregados demitidos durante calamidade pública


 

31/07/2020 - Senado aprova, com alterações, a MP do saque do FGTS


Texto voltará à Câmara


O Senado aprovou, com alterações, a Medida Provisória (MP) 946/2020, que autoriza saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) durante a pandemia da covid-19. Os saques de no máximo R$ 1.045 já estão sendo feitos pela população. A MP também extingue o Fundo PIS/Pasep. O texto foi alterado no Senado e, por isso, voltará à Câmara.


Os senadores fizeram sugestões de alterações junto ao relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que também é líder do governo na Casa. Os senadores fizeram um acordo com o relator e ficou acertado que será permitida a movimentação da totalidade dos recursos da conta vinculada ao FGTS pelo trabalhador que tenha pedido demissão ou sido demitido sem justa causa.


Bezerra apoiou as alterações propostas pelos senadores, mas ressaltou que o governo não tem compromisso de sanção da modificação, visto que pretende garantir a aplicação dos recursos do FGTS em habitação e saneamento, sem apostar na criação de novas modalidades de saque de seus recursos.


Fundo PIS/Pasep

O Fundo PIS/Pasep reúne valores de contas individuais inativas com depósitos a favor dos servidores públicos e dos trabalhadores que tiveram carteira assinada de 1971 a 1988. A partir de 1989, acabaram as contas individuais, e o dinheiro passou a financiar o seguro-desemprego, o abono anual e outros investimentos.


A MP 946 transferiu para o FGTS os valores dessas contas inativas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

31/07/2020 - Maia: Câmara não vai votar nenhuma flexibilização do teto de gastos


Para ele, a situação fiscal do País é complexa demais para aumentar receitas, por meio de impostos, para poder aumentar despesas


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não vai pautar nenhuma proposta que flexibilize o teto de gastos – mecanismo fiscal aprovado em 2016 que estabelece um limite para os gastos federais para os próximos 20 anos, corrigindo-os pela inflação.


De acordo com o presidente, há uma brutal pressão para desfazer o teto, sobretudo no período da crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. Maia disse que as soluções emergenciais para o pós-pandemia pressionam por aumento do investimento público, pela busca por uma renda básica e pela discussão sobre desonerações, mas ressaltou que todas essas saídas para crise vão na linha contrária da defesa da organização da despesa pública e da melhoria da qualidade do gasto.


Ele participou do debate “O impacto do custo Brasil na competitividade da indústria e do País” sobre reforma tributária, promovido pela Confederação Nacional da Indústria e pela Folha de S.Paulo.


Segundo Rodrigo Maia, a situação fiscal do País é complexa demais para aumentar receitas, por meio de novos impostos, para poder aumentar as despesas. Na avaliação de Maia, seria cometer o mesmo erro de governos anteriores.


“Nossa situação é muito complexa para aumentar receita e aumentar despesas. A Câmara não votará nenhuma flexibilização do teto de gastos até 1º de fevereiro”, disse o presidente (nesta data se encerra seu mandato na presidência da Câmara).


“Abandonamos a discussão sobre controle de gastos, sobre vinculação do Orçamento (por exemplo), mas temos muita coisa para fazer, e é onde deveríamos estar mais preocupados. Não vamos resolver o problema do pós-pandemia pelo aumento da arrecadação a partir do aumento da carga tributária”, reforçou.


Unificação de impostos

Segundo Maia, é preciso organizar o setor de bens e serviços para retomar o crescimento do País. Ele explicou que o setor está distorcido o que prejudica tanto o setor produtivo quanto a sociedade. Na avaliação do presidente, é importante a unificação dos impostos estaduais, municipais e federais. Segundo ele, a proposta do governo de unificar os impostos federais vai na mesma linha das propostas que tramitam no Congresso.


“Precisamos garantir um sistema tributário mais simples, com segurança jurídica e eficiência na tributação, agora vamos dar mais um jeitinho criando mais imposto e vamos taxar mais sociedade?”, questionou o presidente.


Maia defendeu que a ampliação da receita ocorra por meio do crescimento econômico e afirmou que não vê espaço entre os deputados para aprovar uma proposta de aumento de impostos. Para ele, a solução é pelas reformas econômicas como as propostas de emenda à Constituição que tramitam no Senado, as reformas administrativa e tributária.


“A sociedade não quer mais impostos. Se você pegar o documento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre gasto público na América Latina, verá que todos os países cometeram o mesmo erro. Temos que cuidar da modernização, não é só cortar despesas, melhorando a eficiência do setor público e aumentando a arrecadação pelo crescimento econômico”, disse o presidente.

 

Prazo de votação

Em relação ao prazo de votação, Maia afirmou que está otimista com o calendário, mas ressaltou que é preciso organizar as narrativas para convencer empresários, prefeitos, governadores e a própria sociedade da importância da reforma. Segundo ele, muitos setores acreditam que serão prejudicados com a reforma.


Para o presidente, o prazo máximo para aprovar as mudanças no sistema tributário é de 12 meses, pois após esse período o debate vai estar contaminado pelas eleições de 2022.


“Esses debates precisam ser construídos para levar a sociedade o verdadeiro debate, não é simples, porque tem distorções. Se não resolver o ICMS, não vai resolver o principal problema que gera distorções, acho que dá para avançar na Câmara no prazo de 60, 90 dias, mas não dá para definir um prazo. Essa construção da maioria não é tão simples assim”, disse Rodrigo Maia.

Fonte: Agência Câmara

 


 

31/07/2020 - Magnus Farkatt: Desafio do movimento sindical é derrubar vetos da lei que reduz salário e suspende contrato


O Congresso Nacional terá a possibilidade de derrubar os vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei 14.020/2020, que autoriza os empregadores a reduzirem salário e jornada e a suspenderem contratos. Segundo o advogado e consultor jurídico da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Magnus Farkatt, o desafio atual do movimento sindical é garantir que os vetos de Jair Bolsonaro sejam derrubados, especialmente o que se refere à garantia da ultratividade.


A afirmação de Magnus foi feita durante a Sala Virtual da terça-feira (28) enquanto o advogado explicava a evolução da Medida Provisória (MP) 936, que se tornou a Lei 14.020/2020. A MP 936 foi editada em abril sob o pretexto de assegurar emprego e renda e jogou nas costas do trabalhador os custos da crise econômica, potencializada pela pandemia.


A MP autoriza aos empregadores firmarem acordos e convenções coletivas de trabalho, acordos individuais e acordos coletivos com a redução de jornada e a redução de salário. Também permite a suspensão de contratos de trabalho em vigor. Em contrapartida, o governo federal se comprometeu a assegurar um benefício emergencial calculado proporcionalmente ao valor do seguro desemprego que o empregado teria direito a receber se estivesse desempregado.


Magnus chamou atenção para o decreto para prorrogar os acordos individuais e coletivos. Segundo ele, o texto do Executivo atrela o pagamento à disponibilidade orçamentária. “Não temos garantia que o benefício emergencial vai ser assegurado aos trabalhadores. Se o presidente entender que não há dotação orçamentária ele poderá não cumprir com a contrapartida”, alertou.


Reincorporar alterações do relator Orlando Silva

De acordo com Magnus, a MP mesmo mantendo o que ele chamou de “coluna vertebral” ganhou alterações significativas feitas pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da MP na Câmara. Essas alterações do parlamentar foram incorporadas pela Câmara e pelo Senado, porém vetadas por Bolsonaro.


São elas a garantia do benefício emergencial do governo ao trabalhador desempregado que não pudesse acessar o seguro-desemprego; A ultratividade para os acordos coletivos e convenções cujo prazo de vigência se encerrasse no período de calamidade, o que garante as conquistas mesmo sem negociação. Orlando também inseriu no texto a possibilidade de prorrogação de alguns benefícios fiscais de empresas que compunham 17 ramos da atividade econômica no país, estendendo essa garantia até 31 de dezembro de 2021.


“A luta agora é para derrubar os vetos e reintroduzir na lei 14.020/2020 tudo o que foi vetado”, reiterou Magnus. Para apreciar os vetos, a Câmara precisa de um quórum de 257 deputados enquanto no Senado o quórum exigido é de 41 senadores. O advogado lembrou que as centrais sindicais demonstraram força diante da MP 927 que caducou e perdeu o efeito a partir do dia 19 de julho. “Graças a uma competente ação das centrais sindicais brasileiras e aqui eu destaco o papel combativo da CTB”.


Pressão das Centrais fez caducar MP 927

No pacote de maldades da MP 927, que vigorou por 120 dias, constava a prevalência dos acordos individuais sobre os acordos coletivos e convenções coletivas e sobre a legislação trabalhista. A MP também autorizava, entre outras violações, a implantação do trabalho remoto sem a concordância do empregado, que arcaria com os custos do formato home-office.


O Congresso Nacional tem um prazo de 60 dias para regulamentar como ficam as relações de trabalho e os atos praticados de acordo com a MP 927. “Mesmo considerando que a MP seja confirmada nos 120 dias que ela esteve em vigor, o fato de não continuar vigindo deve ser considerada uma vitória significativa do movimento sindical. Se a MP continuasse em vigor todo o saco de maldades continuaria a ser praticado”, explicou Magnus.

(Portal CTB)

Fonte: Mundo Sindical

 


 

31/07/2020 - Com mais de mil assinaturas, padres divulgam carta apoiando bispos que criticaram Bolsonaro e Guedes


Entre os signatários estão Julio Lancelotti e Edson Adelio Tagliaferro, que ganhou repercussão após dizer que quem votou em Bolsonaro devia se confessar


A Carta ao Povo de Deus, divulgada pela ala progressista da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) na última segunda-feira (27), ganhou o apoio de mais de mil padres nesta quinta-feira (30).


Segundo o jornalista Rafael Duarte, da agência de reportagem Saiba Mais, a nova carta reafirma o que foi apontado pelos 152 bispos da CNBB e já conta com 1.058 assinaturas.


“Nós, “Padres da Caminhada”, “Padres contra o Fascismo”, diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos, reafirmamos com alegria, ânimo e esperança a fidelidade à missão a nós confiada e apoiamos os bispos signatários da Carta ao Povo de Deus e em sintonia com a CNBB em sua missão de testemunhar e fortalecer a colegialidade”, diz trecho do novo documento.


Entre os signatários estão Julio Lancelotti, da pastoral de rua de São Paulo, e Edson Adelio Tagliaferro, da Paróquia Nossa Senhora das Dores, que ganhou repercussão nas redes após dizer que quem votou em Bolsonaro tem que se confessar por eleger bandido.


“O documento é uma leitura lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé. É a confirmação da missão e do desafio permanente para a Igreja: tornar o Reino de Deus presente no mundo, anunciando esperança e denunciando tudo o que está destruindo a esperança de uma vida melhor para o povo. É como uma grande tempestade que se abate sobre o nosso País. Os bispos alertam para o perigo de que “a causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República”, principalmente impulsionado pelo Presidente”, dizem os padres.


A carta dos bispos critica a “tempestade perfeita” que atinge o Brasil, que combina uma crise sem precedentes na saúde e um “avassalador colapso na economia” que está sendo “provocada em grande medida pelo Presidente da República [Jair Bolsonaro] e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança”.

Fonte: RevistaForum

 


 

31/07/2020 - Precisamos pensar com urgência no Brasil pós-pandemia, diz Paulo Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou, em pronunciamento nesta quinta-feira (30), a necessidade de o país pensar com urgência no Brasil pós-pandemia. Para Paim, é preciso buscar o desenvolvimento sustentável, com atenção para a área social e a economia. Ele defendeu mais diálogo e respeito entre os Poderes, para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus.


— Os desafios são enormes: infraestrutura, saúde, educação, emprego, renda, meio ambiente, agricultura, pacto federativo, direitos humanos... Um olhar carinhoso para segurança pública e seguridade social. Precisamos avaliar os detalhes, deixando de lado as eternas disputas ideológicas. Aí sim, saberemos como será o país que queremos —  afirmou.


O senador também defendeu mais investimentos em infraestrutura para geração de emprego e renda. Na avaliação dele, é preciso facilitar também a liberação de marcas e patentes, porque elas são essenciais para o desenvolvimento sustentável social e economia.


Paim lembrou que o país investe apenas 3,8% na saúde pública e defendeu mais investimentos. Ele sugeriu a revogação temporária da Emenda Constitucional 95, de 2016, que instituiu o teto de gastos, limitando por 20 anos os gastos públicos. O senador defendeu uma mudança profunda na norma para permitir que o país volte a investir em infraestrutura, seguridade social, tecnologia e educação.

Fonte: Agência Senado

 


 

31/07/2020 - Brasil tem 91,2 mil mortos e 2,6 milhões de casos de coronavírus


O Ministério da Saúde atualizou nessa quinta-feira o balanço da pandemia do novo coronavírus no país. Em 24 horas, foram notificadas 57.837 novas infecções, num total de 2,610 milhões pessoas diagnosticadas com a Covid-19. Dessas, 91.263 morreram, sendo 1.129 novas mortes registradas nessa quinta.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/07/2020 - Deputados aprovam MP que permite saque extraordinário do FGTS durante pandemia


A medida provisória também transfere ao FGTS as contas individuais do antigo Fundo PIS-Pasep


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta-feira (30), a Medida Provisória 946/20, que permite ao trabalhador sacar até R$ 1.045,00 (um salário mínimo) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A MP também transfere a esse fundo as contas individuais do antigo Fundo PIS-Pasep. A matéria, que perde a vigência no próximo dia 4 de agosto, será enviada ao Senado.


O saque extraordinário deve-se aos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia e, segundo calendário da Caixa Econômica Federal, já começou a partir de junho (contas digitais) e julho (em dinheiro ou transferência). O trabalhador poderá retirar o dinheiro até 31 de dezembro de 2020.


A MP foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Segundo o texto, esse tipo de saque não exigirá o cumprimento de condições previstas na lei do FGTS para outras retiradas vinculadas a demais estados de calamidade pública, como secas ou enchentes em localidades específicas.


Entretanto, se o trabalhador tiver optado pela modalidade de saque-aniversário, segundo regras criadas em 2019, eventuais valores bloqueados não poderão ser liberados. Esse bloqueio acontece quando a pessoa cede parte do valor de sua conta no fundo como garantia de empréstimo junto a bancos.


Caso o beneficiário não se manifeste contrariamente, a Caixa poderá abrir conta digital de poupança em nome dele para depositar o valor. A pessoa poderá, no entanto, pedir a reversão do crédito até 30 de setembro deste ano e realizar transferência a outra conta de sua titularidade sem taxas.


Se o interessado não retirar o dinheiro da conta digital até 30 de novembro de 2020, a quantia retornará à conta do FGTS, mas o trabalhador poderá pedir novamente o saque à Caixa Econômica Federal.


O banco no qual estiver a conta que receber o dinheiro não poderá usá-lo para quitar eventuais débitos em nome do titular.


De igual forma, a Caixa está autorizada pela MP a creditar o saldo da conta vinculada individual do PIS/Pasep em conta de depósito, conta-poupança ou outro arranjo de pagamento se não houver manifestação prévia em contrário.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

30/07/2020 - Câmara aprova emendas do Senado em MP de crédito para salários; texto vai à sanção


Entre outras mudanças, deputados aprovaram a inclusão de organizações religiosas entre os beneficiários; aumento da participação da União em empréstimos do Pronampe; e redução do valor a ser injetado pelo governo federal no BNDES para custeio da linha de crédito.


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) emendas do Senado à Medida Provisória 944/20, que concede uma linha de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem sua folha de salários durante o estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus. Trata-se do Programa Emergencial de Suporte aos Empregos, que agora segue para sanção do presidente da República.


O relator, deputado Zé Vitor (PL-MG), argumentou que as mudanças do Senado “propõem avanços e aprimoramentos para a redação final”. Segundo ele, o texto reserva R$ 17 bilhões para a folha e novo aporte de R$ 12 bilhões para o crédito a micro e pequenas empresas.


Foram aprovadas: inclusão de organizações religiosas no rol de beneficiados pela linha de crédito; criação de um sistema de garantias que facilite o acesso ao crédito; aumento da participação da União em R$ 12 bilhões para a concessão de garantias a empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); redução, de R$ 34 bilhões para R$ 17 bilhões, do valor a ser injetado pelo governo federal no BNDES para custeio da linha de crédito.


O programa prevê a participação de instituições financeiras privadas na concessão do empréstimo, que entrarão com 15% dos recursos emprestados ao tomador final. Os outros 85% virão desse valor colocado no BNDES, que repassará aos bancos e receberá os reembolsos das parcelas ou cobranças, devolvendo os recursos à União.


Outras mudanças

Os deputados também aprovaram a devolução, ao governo federal, de até 50% dos recursos não repassados pelos bancos a partir de 30 de setembro de 2020; e o fim da proibição de uso da linha de crédito para quitação de dívidas trabalhistas por órgãos da administração pública direta e indireta a organismos internacionais, instituições financeiras e sociedades de crédito.


Programa

O Programa Emergencial de Suporte aos Empregos oferece empréstimos para financiar os salários e verbas trabalhistas por quatro meses e também para quitar dívidas trabalhistas judiciais.


Serão beneficiados: empresários, sociedades empresariais e sociedades cooperativas, exceto as de crédito. Poderão recorrer ainda ao empréstimo as sociedades simples, as organizações da sociedade civil, as organizações religiosas e os empregadores rurais (pessoas físicas ou jurídicas).


O contrato deverá especificar as obrigações da empresa, entre as quais a de não demitir, sem justa causa, os empregados durante o período da contratação e por até 60 dias após a liberação da última parcela da linha de crédito.

Fonte: Agência Câmara

 


 

30/07/2020 - Líderes dizem que fuga no Centrão afeta Bolsonaro e fortalece oposição


MDB e DEM anunciaram afastamento. Com a possível saída do PTB e Pros, o bloco pode ficar reduzido a 136 deputados


Com a saída anunciada do MDB e do DEM, o chamado Centrão perderá a condição de maior bloco parlamentar da Câmara dos Deputados, passando dos 221 para 158 deputados. Mas o grupo pode ainda ser reduzido para 136 parlamentares com a provável debanda do PTB e Pros, que articulam a formação de um novo bloco.


Os números revelam que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sai fortalecido para fazer o seu sucessor na disputa de fevereiro do próximo ano. Isso porque, o grupo dos deputados que não se alinhou ao governo Bolsonaro, chamado de independentes, pretende caminhar sob a orientação dele. Por outro lado, o líder do Centrão, Arthur Lira (Progressistas-AL), tido como um dos favoritos para comandar a Câmara, sai enfraquecido.


Na avaliação da deputada Perpétua Almeida (AC), líder do PCdoB na Câmara, o Centrão deu sinais falsos para Bolsonaro. “Tinha-se a falsa impressão de que havia um alinhamento automático a Bolsonaro. Isso significa também que as articulações para eleição da presidência da Câmara estão a todo vapor”, avaliou a líder.


De fato, os sinais são contraditórios. Além de vários cargos, o bloco emplacou o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e ainda Marcelo Lopes no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), mas não deu a maioria desejada a Bolsonaro.


Com a nova conformação, Bolsonaro também perdeu a segurança de uma blindagem sobre um possível processo de impeachment. Para barrar qualquer pedido nesse sentido, por exemplo, são necessários 174 votos.


Oposição fortalecida

O líder do PT, Enio Verri (PR), diz que a nova configuração ficou interessante para a oposição porque ninguém mais tem maioria absoluta. “Para passar uma PEC você vai precisar de muito diálogo. Ou é uma pauta que tem de fato pressão social ou não passa. Deu uma animada na esquerda”, disse ele à coluna Painel da Folha.


“É importante que não tenham homogeneidade num campo único para passar PECs ou até medidas econômicas antipovo”, diz Fernanda Melchionna (RS), líder do PSOL.


“Acho bom internamente para a Câmara. Em primeiro lugar, é importante que o campo bolsonarista sofra derrotas na Câmara, como o caso do Fundeb —então mostra ainda a fragilidade desse campo e a dificuldade de sair do isolamento. E Arthur Lira (PP) está na base do governo cada vez mais visto como um líder informal do governo”, completou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

30/07/2020 - Metalúrgicos fazem atos em frente a concessionárias da Renault


Metalúrgicos de todo o País promovem nesta quinta (30), a partir das 8 horas, manifestações em frentes a concessionárias da Renault. O movimento é um protesto contra 747 demissões promovidas pela montadora na fábrica de Curitiba, que deflagrou a greve da categoria, quarta (22).


Estão confirmados atos em Curitiba, São Paulo e nas cidades de Guarulhos e Osasco (SP). Em São Paulo, os protestos acontecem nas concessionárias dos bairros da Vila Guilherme, Zona Norte, e do Ipiranga, na Zona Sul. Em Guarulhos, o protesto está marcado pras 11 horas, em frente à concessionária da Vila das Palmeiras. Comerciários também participam.


José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato de Guarulhos, gravou um vídeo de apoio à paralisação dos companheiros do Paraná. “Essa postura, reflete o desgoverno que vivemos nesse País, com um presidente que detesta trabalhadores. Não vamos aceitar que a Renault entre nesse jogo”, afirma Pereira.


Além de aprovar o protesto na quinta (30), assembleia realizada terça, 28, na entrada da montadora, definiu um calendário de ações.


Luto – Entre elas, a participação no Dia Nacional de Luto e Luta, convocado pelas Centrais Sindicais. O movimento vai lembrar as mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil, que já deverão ter chegado à marca das 100 mil na data, em memória às vítimas e solidariedade às famílias.


Plenária – Também ficou definida convocação de Plenária Virtual Nacional dos Metalúrgicos, dia 10 de agosto. Na pauta as campanhas salariais do segundo semestre, a luta em defesa do emprego e a unificação dos esforços de todos os sindicatos.


Negociação – Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), afirma que os trabalhadores estão abertos à negociação, mas não vão recuar. “Enquanto a empresa não rever as 747 demissões não teremos condições de avançar na pauta proposta pela empresa para competitividade da planta”, afirmou.

Fonte: Agência Sindical

 


 

30/07/2020 - FGV: confiança da indústria cresce com expectativa de aumento da produção e do nível de emprego


O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas cresceu 12,2 pontos em julho, alcançado 89,8 pontos, a segunda maior variação positiva desde julho de 2010, quando começou a série histórica da pesquisa. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela FGV, após quatro meses em queda, o índice voltou a apresentar crescimento em médias móveis trimestrais.


Neste mês de julho, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. O resultado reflete a melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses. No entanto, segundo a Fundação, os indicadores que medem as expectativas no futuro e a situação atual continuam em níveis abaixo de março.


A economista da FGV, Renata de Mello Franco, explicou que a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses. Porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado. Segundo a economista, o que chama a atenção neste mês é a recuperação dos indicadores de produção e emprego previstos sugerindo novamente que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior.


Em compensação, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses recuperou apenas 46% das perdas no mesmo período.


O Nível de Utilização da Capacidade instalada na indústria cresceu de 66,6% em junho para 72,3% em julho, mas continua abaixo da taxa de 76,2% de fevereiro.

Fonte: Portal EBC

 


 

30/07/2020 - Bolsonaro veta prioridade a mulher chefe de família no auxílio emergencial


O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto da Câmara dos Deputados (PL 2508/20) que dava prioridade para o pagamento do auxílio emergencial em cota dupla (R$ 1.200) para a mulher chefe de família (uniparental) quando o pai também informasse ser responsável pelos dependentes. O objetivo era evitar que o pai que não cuida do filho sacasse os valores do auxílio, em detrimento da mãe.


A proposta também estendia a pais solteiros a possibilidade de receberem duas cotas do auxílio em três prestações.  A lei do auxílio emergencial (Lei 13.982/20) prevê que o benefício de R$ 600 deve ser pago em dobro às mães que criam sozinhas os filhos. O projeto, apresentado pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) e outros parlamentares, e foi aprovado com parecer da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).


Muitas mulheres relataram que não tiveram acesso às duas cotas porque os ex-cônjuges fizeram o cadastro primeiro, incluindo os filhos como dependentes como se tivessem a guarda.


Na mensagem de veto publicada nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União, Bolsonaro alegou que, apesar da boa intenção, a proposta legislativa não apresenta estimativa de impacto orçamentário e financeiro, como determina a Constituição.


Afirmou ainda que o projeto é inviável diante da inexistência, nas ferramentas e programas que geram a folha de pagamento do auxílio emergencial, de dados relacionadas a quem possui efetivamente a guarda dos filhos.


O veto presidencial será analisado agora pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta de deputados e senadores, a ser marcada.

Fonte: Agência Câmara

 


 

30/07/2020 - Governo quer justificar criação de nova CPMF com ‘IR maior’ para ricos


A equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes prepara novas propostas de reforma tributária para enviar ao Congresso. Entre elas, a criação da nova CPMF e a cobrança de alíquota maior de IR para os ricos


O assessor do Ministério da Economia, Guilherme Afif, diz que o novo imposto permitiria arrecadar R$ 120 bi ao ano.


Segundo Afif, o governo vai apresentar entre as propostas para a reforma tributária o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), a redução das deduções, uma alíquota maior para os mais ricos e também a taxação de transações financeiras a fim de desonerar as folhas de pagamento, informou Guilherme Afif Domingos, assessor especial do Ministério da Economia.


Afif não informou qual seria o valor da alíquota de Imposto de Renda para os maiores salários.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia declarado que a proposta de reforma tributária do governo será enviada ao Congresso em partes, mas as demais partes poderão ser entregues de uma única vez, em agosto, informa o G1. A primeira parte da proposta de reforma tributária do governo foi entregue no último dia 21.

Fonte: Brasil247

 


 

29/07/2020 - Centrais sindicais convocam Dia Nacional de Luta para 7 de agosto


Entidades saem novamente “em defesa da vida e dos empregos”


Contra os desmandos do governo Jair Bolsonaro, as centrais sindicais brasileiras convocaram, para 7 de agosto, um Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. Nota assinada por presidentes das entidades e divulgada nesta terça-feira (28) repudia a volta às aulas anunciada por governadores e prefeitos.


O texto também lança propostas – “nossa pauta emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na crise” –, além de cobrar equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais. Confira a íntegra da nota:


NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS


Em reunião por videoconferência, realizada nesta segunda-feira (27), as Centrais Sindicais reafirmaram a avaliação de que o governo Bolsonaro contrariou os especialistas em saúde pública, os organismos e protocolos internacionais, negou a pandemia e adotou medidas equivocadas e desastrosas, que desorganizaram as ações de enfrentamento à pandemia, colocando o Brasil, tragicamente, na iminência de atingir 100 mil óbitos ainda em agosto.


Além de ter contribuído para a perda de milhares de vidas, o descaso e descontrole com os quais o governo tratou a pandemia lançaram o Brasil na maior crise econômica e social de toda a sua história, com a extinção em massa de empregos e de empresas.


Em defesa a vida e dos empregos, as Centrais Sindicais decidiram:


1- Definir 07 de Agosto como Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos (programação será informada até sexta-feira)


2- Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas. Atitude que os iguala ao genocida Bolsonaro.


3- Exigir das autoridades os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área de saúde.


4- Reafirmar nossa pauta emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na crise:


a) manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00, no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;


b) ampliação das parcelas do seguro desemprego;


c) liberação de crédito para as micro e pequenas empresas;


d) fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde);


e) derrubada pelo Congresso Nacional dos vetos do presidente da República que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores(as) e seus sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e convenções coletivas de trabalho.


São Paulo, 28 de julho de 2020


Sérgio Nobre

Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical


Ricardo Patah

Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores


Adilson Araújo

Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil


José Calixto Ramos

Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores


Alvaro Egea

Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Joaninha de Oliveira

Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas


Nilza Pereira de Almeida

Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora


Emanuel Melato

Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora


José Gozze

Presidente – Pública Central do Servidor

Fonte: Portal Vermelho

 


 

29/07/2020 - País fecha primeiro semestre com 1,2 milhão de empregos formais eliminados


Com redução na maioria dos setores, as demissões (7,9 milhões) superaram com folga as admissões (6,7 milhões)


O país fechou o primeiro semestre com 1,2 milhão de vagas formais eliminadas. Ou exatos 1.198.363 empregos com carteira a menos, queda de 3,09% no estoque. De janeiro a junho, as admissões somaram 6,7 milhões, queda de 18,3% em relação a igual período de 2019, enquanto as demissões totalizaram 7,9 milhões, aumento de 1,3%. Os dados são do “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta treça-feira (28) pelo Ministério da Economia.


Com os resultados, o estoque de empregos formais caiu para 37.611.260 em junho. No melhor momento, em igual mês de 2014, atingiu 41.245.162.


Entre os setores, a agropecuária abriu 62.633 vagas no semestre (4,21%). A administração pública, que inclui outras áreas, também cresceu, 1,41%, com 70.293 postos de trabalho.


O setor de serviços foi o que mais fechou vagas: 507.708 (-2,77%). Em seguida, o comércio eliminou 474.501 (-5,09%). A indústria fechou 246.593 (-3,28%) e a construção, 32.092 (-1,48%).


Nem com flexibilização

O corte se concentrou no período março-maio. Apenas no mês de junho foram fechadas 10.984 vagas – 906.444 demissões e 895.640 admissões. formais. Houve alta na agropecuária e na construção.


Mesmo a flexibilização não tem ajudado a abrir empregos no país, contrariando o discurso oficial. O trabalho intermitente teve saldo de 20.549 vagas no semestre, enquanto o parcial fechou 4.806. Já os desligamentos por “acordo” somaram 89.548.


O salário médio de admissão caiu para R$ 1.696,22.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

29/07/2020 - Racha de MDB e DEM com o Centrão aponta articulação em torno de Doria em 2022


O PSDB deve apoiar o nome defendido por DEM e MDB para a Presidência da Câmara de Deputados e, em troca, o MDB e DEM realizarão alianças com os tucanos em São Paulo nas eleições de 2020 e 2022, segundo matéria da Folha de S. Paulo


O racha do DEM e do MDB com um setor do Centrão na Câmara dos Deputados “vai além da disputa pela presidência da Casa”, informa reportagem da Folha de S. Paulo. A matéria aponta no sentido da construção da candidatura de João Doria (PSDB), ou outro político da chamada centro-direita, para as eleições presidenciais de 2022. Essa candidatura serviria para colocar a direita de volta ao poder, divergindo com o petismo e o bolsonarismo.


Outro nome para a candidatura é Luciano Huck, apresentador da Rede Globo.Mas Doria continua sendo o principal nome deste grupo, na medida em que ganhou capital político ao se contrapor, inicialmente, à política de ingerência do governo de Jair Bolsonaro frente à pandemia do coronavírus.


Apesar do líder do DEM, deputado Efraim Filho, dizer que o racha com um setor de Centrão não tem relação com a sucessão de Maia na presidência da Câmara, a matéria da Folha aponta que o atual presidente da Casa “passou a trabalhar contra o favorito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para sua cadeira, Arthur Lira (Progressistas-AL)”.


O principal nome que aparece como concorrente a Lira é o deputado Baleia Rossi (MDB-SP). “Seja como for, o candidato de Maia para sua sucessão quase certamente terá o apoio de Doria e do PSDB”, informou o artigo.


Maia e Rossi se reuniram com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, sucessor de Doria, no mês de junho. Segundo a Folha, nesta reunião se articulou a vice prefeitura na chapa de Covas com o MDB e o vice de Doria nas eleições presidenciais de 2022 com o DEM, através de Rodrigo Garcia.

Fonte: Brasil247

 


 

29/07/2020 - Portaria reduz burocracia e prazos relacionados ao registro de sindicatos


Norma facilita ainda fusão e incorporação de entidades


Foi publicada, na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (27), a Portaria nº 17.593, que trata dos procedimentos administrativos para o registro de entidades sindicais pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. A norma visa atualizar a legislação vigente sobre o tema e ainda reduzir a burocracia e os prazos processuais relacionados.


Entre as medidas de facilitação do registro sindical, está o fim da exigência de cadastro em papel, de forma que o processo será todo realizado por meio digital. Atualizações de dados referentes à diretoria, filiação e alteração de endereço das entidades também poderão ser informadas automaticamente, via sistema. Foi ainda redefinido o prazo de resposta para que a administração pública processe solicitações de alterações cadastrais, com redução de um ano para 60 dias.


A portaria ainda reduz o prazo, de 180 para 90 dias, para a resolução de conflitos de representação de categoria e de base territorial que possam haver entre a entidade sindical requerente e outra já pré-existente. Essa redução é importante para evitar que uma entidade tenha que esperar por seis meses para definição sobre a sua criação. É importante destacar que, nesses casos, as entidades poderão se utilizar de mediador público para a resolução do conflito, disponibilizado pela Secretaria.


A norma ainda facilita o processo para que sindicatos possam se fundir ou serem incorporados em uma mesma entidade. Além disso, a certidão de registro sindical, antes impressa em papel, será disponibilizada digitalmente pelo Ministério da Economia, simultaneamente ao ato de concessão do registro.

Fonte: Ministério da Economia

 


 

29/07/2020 - Secretaria da Mulher promove debate sobre inclusão de mulheres na resposta à Covid-19


Seminário virtual vai tratar de políticas macroeconômicas para a proteção dos empregos das mulheres


A Secretaria da Mulher promove nesta sexta-feira (31), em parceria com a ONU Mulheres, o seminário virtual “Propostas para o Parlamento incluir mulheres na resposta à crise da Covid-19: políticas macroeconômicas para a proteção dos empregos das mulheres”.


A conversa ao vivo trará a contribuição de gestoras, pesquisadoras e especialistas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que vão falar das propostas para melhorar a vida das mulheres no mundo do trabalho diante da pandemia de Covid-19.


O debate será transmitido do plenário 3, a partir das 15 horas. O público poderá participar do debate pela internet.Também será possível acompanhar do debate do Canal no YouTube da Secretaria da Mulher.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/07/2020 - Paim propõe que contaminação por coronavírus seja considerada acidente de trabalho


O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho foi celebrado nessa segunda-feira (27). O senador Paulo Paim (PT-RS) tem uma proposta (PL 1.951/2020) que considera a contaminação pelo novo coronavírus por profissionais da saúde um acidente de trabalho. Ainda não há data prevista para a apreciação do projeto. Ele também defende a criação de alojamentos para esses profissionais não infectarem a própria família ou a população nos transportes públicos.

Fonte: Agência Senado

 


 

29/07/2020 - Dino rebate Bolsonaro e diz que “desemprego não é assunto a ser tratado com ironias”


Jair Bolsonaro respondeu com ironia nesta terça-feira (28) ao pedido do “pacto pelo emprego” sugerido pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, que lamentou na sequência sua postura no momento que o país atinge 12,9% de desemprego em junho e deve crescer ainda mais no segundo semestre.


“Considero que o desemprego não é assunto a ser tratado com ironias. Espero que o presidente da República leve a sério a urgência de ações efetivas”, disse o chefe do executivo maranhense.


Mais cedo, Bolsonaro ironizou que “governador agora quer que eu faça um pacto pelo emprego, mas ele continua com o Estado fechado”, referindo-se ao modelo seguido por Dino de isolamento social definido pela OMS.


Na segunda-feira, Dino enviou uma carta a Bolsonaro sugerindo uma reunião com os governadores e presidentes de confederações empresariais e de centrais sindicais para que seja construído um “pacto nacional pelo emprego”. Segundo o governador, a epidemia impôs “desafios sem precedentes a governantes de ordem humanitária, sanitária e econômica”.

Fonte: Brasil247

 


 

29/07/2020 - Espera por transporte da empresa configura hora extra, decide TST


O tempo despendido pelo empregado na espera de transporte fornecido pelo empregador é considerado à disposição deste, desde que seja o único meio de transporte disponível ao empregado. Com esse entendimento, a 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou o pagamento de 20 minutos residuais da jornada de trabalho de uma ex-empregada da Seara Alimentos em Forquilhinha (SC).


Na reclamação trabalhista, a empregada afirmou que a unidade fabril fica em local de difícil acesso, não servido por transporte público regular, e que a locomoção era feita por transporte da empresa.


Na contestação, a Seara defendeu que havia transporte público regular com horário compatível com o início e término da jornada.


O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Criciúma (SC) indeferiu o pedido de pagamento do tempo de espera, por entender que a empregada não estava trabalhando ou aguardando ordens. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), ao manter a sentença, considerou que todos os empregados que utilizam transporte público estão sujeitos à espera para tomar a condução.


A relatora do recurso de revista da ex-empregada, ministra Dora Maria da Costa, explicou que, de acordo com a Súmula 366 do TST, se ultrapassado o limite de 10 minutos diários, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado no período (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal etc). A decisão foi unânime. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.

ARR 394-72.2017.5.12.0027

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

28/07/2020 - Deputados analisam na quarta emendas do Senado a MP de crédito para pagar salários


Em sessão marcada para as 10 horas desta quarta-feira (29), o Plenário da Câmara dos Deputados poderá votar emendas do Senado à Medida Provisória 944/20, que concede uma linha de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem sua folha de salários durante o estado de calamidade pública decorrente do coronavírus.


A pauta conta ainda com outras cinco MPs e mais seis projetos de lei sobre vários temas relacionados à Covid-19.


Uma das emendas do Senado estende o acesso à linha de crédito aos microempresários com renda bruta anual inferior a R$ 360 mil, mas diminui o teto para empresas de médio porte de R$ 50 milhões para R$ 10 milhões. Todas as receitas se referem ao ano de 2019.


Entretanto, o relator da proposição na Câmara, deputado Zé Vitor (PL-MG) apresentou parecer preliminar propondo a rejeição de todas as emendas.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

28/07/2020 - Flávio Dino propõe a Bolsonaro um Pacto Nacional pelo Emprego


Para governador, é necessário reunir, numa mesma mesa, o presidente da República, governadores, empresários e sindicalistas


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), enviou nesta segunda-feira (27) um ofício ao presidente Jair Bolsonaro para propor, formalmente, a criação de um Pacto Nacional pelo Emprego, a ser lançado “em caráter de urgência”. Segundo Dino, com a pandemia do novo coronavírus e a escalada do desemprego no País, é necessário reunir, numa mesma mesa, o presidente da República, governadores, empresários e sindicalistas.


A sugestão do governador foi motivada pela confirmação de que as taxas de desocupação devem crescer no Brasil, conforme declarou à Folha de S.Paulo Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do governo Bolsonaro. “O desemprego já aumentou – os dados é que não mostram isso”, afirmou ele. “Esse problema que vai afligir duramente a sociedade brasileira. Em setembro, os índices de desemprego vão dar um repique grande.”


Diante do que chamou de “cenário desafiador”, Flávio Dino se dirigiu a Bolsonaro. “Gostaria de sugerir uma reunião liderada por V. Exa. com os governadores e os presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos construir um ‘Pacto Nacional Pelo Emprego’, com medidas emergenciais de geração de emprego e renda”, escreveu o governador. Em sua opinião, é necessário agilizar “a apresentação de propostas para proteção dos pequenos e microempresários, assim como um plano de obras públicas”.


Leia abaixo a íntegra da proposta de Flávio Dino:


Excelentíssimo Senhor Presidente da República,


A pandemia causada pelo novo coronavírus impôs aos governantes desafios de ordem humanitária, sanitária e econômica sem precedentes.


No Brasil, o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central aponta uma estimativa de retração do PIB de 5,95% em 2020, a maior queda de nossa história.


O desemprego no país subiu para 12,9%, indicando o fechamento de milhões de postos de trabalho com relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE no último dia 30 de junho. O mesmo instituto aponta que mais de 700 mil empresas fecharam as portas até a primeira quinzena de junho.


Conforme entrevista publicada hoje, o Sr. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia antecipa que haverá crescimento da taxa de desemprego no 2º semestre.


Penso que precisamos planejar com urgência medidas para evitar o cenário projetado pela citada autoridade federal.


Considerando este cenário desafiador, gostaria de sugerir uma reunião liderada por V. Exa. com os governadores e os presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos construir um “Pacto Nacional Pelo Emprego”, com medidas emergenciais de geração de emprego e renda.


Neste encontro, também seria de extrema importância a apresentação de propostas para proteção dos pequenos e microempresários, assim como um plano de obras públicas, indispensável para recolocar o país no rumo do crescimento.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

28/07/2020 - "Acabaram com o emprego no Brasil", diz Bolsonaro, eximindo-se de responsabilidade


Jair Bolsonaro voltou a culpar as medidas de isolamento social adotadas por estados e municípios pela alta do desemprego. "Volto a trabalhar hoje. Muitos problemas para resolver que outros fizeram e colocaram no meu colo", afirmou Bolsonaro nesta segunda-feira (27), após testar negativo para Covid-19 e retornar ao trabalho. "Acabaram com o emprego no Brasil e a gente agora vai ter que trabalhar para recuperar”, completou.


Bolsonaro se irritou com um apoiador que cobrou dele medidas contra o desemprego. “Eu sei que você acaba o desemprego do Brasil, mas não… Explica pra alguém isso daí. Você tá todo dia aqui falando que acaba com o desemprego. Não dá para conversar. Me desculpe. Dá para conversar com um assessor meu?”, disparou.


“Se todo mundo que vier aqui quiser falar comigo, eu vou montar um escritório. Vou botar uma escrivaninha aqui e atender”, completou.


Bolsonaro, que testou negativo para a Covid-19 no último final de semana, disse que apesar de estar “imunizado” iria evitar contato com os apoiadores que o esperavam na entrada do Palácio do Planalto. “Sem tocar as mãos, eu estou imunizado já, mas evito o contato aí”, ressaltou.

Fonte: Brasil247

 


 

28/07/2020 - INSS: prova de vida por meio de procuração poderá ser feita apenas para segurados acima de 60 anos


A partir desta segunda-feira (27), a comprovação de vida por meio de procuradores ou representantes legais de beneficiários do INSS, nas agências bancárias, será feita somente para quem tem acima de 60 anos. Portaria do INSS modifica a regra publicada no dia 20 de março, que permitia a procuração a todo beneficiário, independente de idade.


O INSS liberou a presença física do beneficiário na chamada comprovação de vida desde março, no começo da pandemia, quando suas agências ficaram fechadas, como forma de prevenir a disseminação da Covid-19, entre o grupo que é considerado mais vulnerável, que são os idosos.


Esta comprovação de vida é obrigatória desde 2012. A cada ano, os aposentados e pensionistas precisam comprovar que estão vivos para continuar com o benefício ativo. A medida foi implementada para evitar fraudes ou pagamento indevido de benefícios.

 

Cabe lembrar que o atendimento presencial em algumas agências do INSS está previsto para ser retomado na semana que vem, dia 3 de agosto.

Fonte: Portal EBC

 


 

28/07/2020 - Parlamentares dizem que Bolsonaro pode pagar em Haia pelo negacionismo


Uma coalizão que representa mais de um milhão de trabalhadores na saúde acusa o presidente pelo crime contra a humanidade


Liderada pela Rede Sindical UniSaúde, uma coalização de 60 entidades denunciou neste domingo (26) Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional pelo crime contra a humanidade. Os mais de um milhão de trabalhadores, representados na ação, acusam o presidente de cometer falhas graves e até mortais no combate à Covid-19 no país.


Parlamentares de oposição no Congresso Nacional apoiaram a iniciativa dos trabalhadores do setor. “Bolsonaro foi denunciado por genocídio e crimes contra a Humanidade por suas ações e omissões criminosas durante a pandemia. O negacionismo, a incompetência e aposta no caos já custaram mais de 87 mil vidas. Com a palavra o Tribunal Penal Internacional. #BolsonaroGenocida”, publicou no Twitter o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).


Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder da minoria na Câmara, Bolsonaro foi denunciado devido à sua gestão criminosa frente à pandemia de coronavírus. “A iniciativa é de uma coalizão que representa mais de um milhão de trabalhadores da saúde no Brasil e apoiada por entidades internacionais #forabolsonaro”, postou na rede social.


O deputado Márcio Jerry (MA), vice-líder do PCdoB na Câmara, diz que Bolsonaro jamais será esquecido pela história. “Afinal é Bolsonaro o primeiro e esperemos que o último presidente genocida! O Brasil não merece isso”, protestou.


O líder da minoria na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), destacou que “falhas graves e mortais” na condução das respostas à pandemia são o foco da denúncia.


“Bolsonaro praticou crimes contra a vida dos brasileiros ao sabotar o distanciamento social, tratar uma doença grave como gripezinha e receitar remédio sem eficácia comprovada. Cedo ou tarde, essa conta será cobrada: ele não pode ficar impune!”, defendeu Alessandro Molon (RJ), líder do PSB.


Senado

O líder da oposição no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que Bolsonaro protagoniza um dos maiores desastres da história. “Há indícios de que ele cometeu crime contra a humanidade durante a pandemia. O Brasil está diante de uma crise de saúde e econômica sem precedentes, sem horizonte de melhora. Que responda em Haia!”, afirmou.


O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que o mal que Bolsonaro faz para o Brasil durante a pandemia já é um dos capítulos mais tristes da nossa história.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

28/07/2020 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


Vigência é a partir de 1º de agosto de 2020.


O Tribunal Superior do Trabalho divulgou os valores referentes aos limites de depósito recursal que passarão a vigorar a partir de 1º de agosto de 2020. Pela nova tabela, o limite do depósito para a interposição de recurso ordinário passa a ser de R$ 10.059,15. Nos casos de recurso de revista, embargos e recurso em ação rescisória, o valor será de R$ 20.118,30.


Os novos valores constam no Ato 287/2020 e foram reajustados pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC/IBGE no período de julho de 2019 a junho de 2020.


Em razão da tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal no tema 679 da repercussão geral, a exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário trabalhista é incompatível com a Constituição Federal.

Fonte: TST

 


 

28/07/2020 - Projeto prevê aposentadoria especial para trabalhadores de aplicativos


Para autores da proposta, a recente paralisação de entregadores revelou um perfil de trabalhador chamado de empreendedor, mas tratado como "semiescravo"


O Projeto de Lei Complementar 180/20 garante a motoristas e entregadores de aplicativos o direito à aposentadoria especial após 20 anos de atividade. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto prevê que o benefício será custeado pelos empregadores por meio de contribuição previdenciária de 10% sobre o total das remunerações pagas no mês.


Poderão requerer o benefício, aos 60 anos, os homens e, aos 55 anos, as mulheres, desde que comprovem o tempo mínimo (20 anos) de atividade sujeita a condições especiais. O tempo de trabalho permanente, segundo o texto, é o que for exercido de forma não ocasional nem intermitente. O benefício se estende ao trabalhador contratado na condição de Microempreendedor Individual (MEI).


O valor do benefício corresponderá à média de todos os salários de contribuição, atualizados monetariamente, sendo limitado ao valor máximo pago pelo Regime Geral de Previdência Social.


Autores do projeto, os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG),Marília Arraes (PT-PE), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Zeca Dirceu (PT-PR) afirmam na justificativa que acompanha a proposta que a recente paralisação de entregadores de aplicativos nas grandes cidades brasileiras emocionou e revelou "um perfil de trabalhador chamado de empreendedor, mas tratado como semiescravo".


Proteção social

Segundo os autores, esses prestadores de serviço operam sem direito a qualquer nível de proteção social, sendo explorados por empresas estrangeiras que mal pagam impostos. "Esses jovens têm reivindicações objetivas. Pedem aumento do valor pago por quilômetro rodado, aumento do valor mínimo a ser recebido e o fim do sistema de pontuação, além de seguro de vida, acidente e roubo e do auxílio pandemia”, dizem os autores.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/07/2020 - Lula é o melhor presidente da história recente, aponta pesquisa Fórum


Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar, no levantamento sobre os presidentes do período pós-redemocratização


Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve desde a redemocratização na opinião de 36,5% dos brasileiros. O ex-presidente aparece na liderança entre os oito chefes da nação que governaram o país desde a eleição de José Sarney. É o que revela a 4ª edição da Pesquisa Fórum, realizada entre 14 e 17 de julho, em parceria com a Offerwise. Depois do ex-presidente Lula vem Jair Bolsonaro (sem partido), com 31,6%. Em terceiro, está Fernando Henrique Cardoso, com 17,5%. Os demais ex-presidentes têm menos de 5%.


No Nordeste, o ex-presidente Lula é o preferido para mais da metade dos moradores da região. Ele foi o melhor para 52,4% dos entrevistados, já Bolsonaro, para 25,6%. No Centro-Oeste, Lula também tem grande vantagem, foi o melhor para 44,6%, enquanto Bolsonaro tem 28,5%. Nas outras regiões do país, Bolsonaro é o preferido, especialmente nas regiões Norte, onde o atual presidente tem 44,2% da preferência e Lula, 26,6%, e no Sul, onde Bolsonaro é o melhor para 33,6% e Lula para 26,7%. No Sudeste, os dois têm empate técnico (dentro da margem de erro).

Fonte: Brasil247

 


 

27/07/2020 - Desemprego vai disparar em setembro, diz membro da equipe de Paulo Guedes


O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida diz que em setembro haverá aumento dos índices de desemprego. Defende que o auxílio emergencial de 600 reais não seja prorrogado, mas substituído pelo Renda Brasil


A taxa de desemprego no país ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, contra 12,3% no mesmo período de 2019. Mas o "desemprego já aumentou, os dados é que não mostram isso, sendo bem franco”, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.


Ele considera que o desemprego vai afligir duramente a sociedade brasileira e sofrerá grande aumento em setembro.

 

Mesmo assim, o integrante da equipe do ministro Paulo Guedes considera que uma ampliação no programa Bolsa Família só será possível após o remanejamento de verba de outros programas existentes.


Em entrevista à Folha de São Paulo, Sachsida insiste na agenda de "reformas" e enfatiza que do ponto de vista fiscal a principal medida é não elevar salário de servidores até o ano que vem.


Sobre o auxílio emergencial de 600 reais, Sachida acredita que não será prorrogado. A aposta do governo é, ao acabar o auxílio emergencial, aprovar o Renda Brasil, transferindo dinheiro de outros programas sociais.

Fonte: Brasil247

 


 

27/07/2020 - Pesquisa mostra “centro” esvaziado em 2022 e Moro como candidato da direita alternativo a Bolsonaro


Candidatos da chamada “centro direita” estão sem força para as eleições presidenciais de 2022, de acordo com pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas encomendada pela Veja. É o caso do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de Luciano Huck, do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e do empresário João Amoêdo (Novo).


O governador paulista teria apenas entre 3,8% a 4,6% das intenções de voto, nos três cenários montados pela pesquisa. Se confirmado, o PSDB teria novamente uma votação pífia das eleições de 2018, quando Geraldo Alckmin obteve 4,76%, ficando em quarto lugar e registrando o pior resultado do partido na história. Apesar de Jair Bolsonaro ter 48% de desaprovação, ele ganharia com 51,7% no confronto contra o tucano.


Amoêdo, que participou das primeiras eleições em 2018, teria entre 3,4% a 4% em 2022. Huck, por sua vez, tem 6,5% a 8,3% no primeiro turno e, se for para o segundo contra Bolsonaro, ele perde contra 50,8% do fascista. Por sua vez, o ex-ministro Mandetta tem o melhor resultado dentre eles, com 5,7% - o que continua a ser pouco.


O único, na direita, que aparece com resultados acima de dois dígitos é o ex-ministro Sergio Moro, responsável pela prisão ilegal de Lula. O chefe da Lava Jato aparece com as intenções de voto entre 16,8% e 17,1%.

Fonte: Brasil247

 


 

27/07/2020 - Flexibilização de direitos tem papel ideológico, afirma vice do TST, que critica ‘ideias zumbi’


Para ministro, visão do mercado não pode predominar. É preciso diálogo entre todos os envolvidos, sob risco de destruir um sistema de proteção constitucional


Desde 2006 no Tribunal Superior do Trabalho, após quase 20 anos de magistratura, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho assumiu a vice-presidência em fevereiro. Exatamente um mês depois, em 19 de março, o TST estava fechado, por causa da pandemia. “Implementamos o trabalho remoto imediatamente”, lembra, ao avaliar que as medidas proporcionaram “dinâmica praticamente idêntica” à presencial.


Por meio do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, foi editado um ato visando a estimular ações de mediação e conciliação, “para busca de soluções mais razoáveis”, diz o ministro. O atendimento via mediações pré-processuais, além de mais informais, foi no sentido de, no meio da crise, encontrar respostas “inteligentes, sensíveis, criativas e rápidas”.


De acordo com balanço divulgado no dia 1º pela presidenta do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, o número de processos recebidos cresceu 15% no primeiro semestre, em relação a igual período de 2019, chegando a 198.252, e o volume de ações julgadas aumentou 2%, para um total de 162.409.


O que preocupa o magistrado, um belo-horizontino de 59 anos, é ainda anterior à pandemia, mas se intensificou com a crise sanitária. Desde o início da pandemia, foram editadas medidas provisórias que alteram direitos trabalhistas. Foram os casos das MPs 905 e 927, que acabaram “caducando”. A 936 virou lei (14.020). Tudo sob justificativa da crise, mas na sequência de uma “reforma” trabalhista recente, implementada em 2017 (Lei 13.467).


Diálogo social

Nesse contexto, as novas medidas do governo se justificam? Para o vice-presidente do TST, a questão tem problemas “de forma e conteúdo”. Diante de uma pandemia que atingiu a economia e, consequentemente, todo o mercado de trabalho, o governo deveria ter convocado representantes dos empregadores e sindicais, em busca de uma solução de caráter excepcional. Em vez disso, optou por consultar apenas um lado. O que levou, inclusive, a uma judicialização do caso no Supremo Tribunal Federal. Que também é objeto de críticas veladas, por “flexibilizar a Constituição”.


“Não teria havido essa tramitação se houvesse esse diálogo social”, afirma Luiz Philippe, referindo-se a uma “pandemia de medidas” na área trabalhista. “Todo mundo andou torto. O que deve ser macro era a solução do Estado na economia. Era necessária uma legislação excepcional? Era. Seria um pacto social, uma negociação triangular.” Um acordo envolvendo todos os interessados, avalia o magistrado, não levaria a um discussão no STF sobre direitos fundamentais.


Mas a insistência na flexibilização trabalhista já não se limita ao recorrente argumento, nunca comprovado na prática, de que é preciso mexer na lei para criar empregos. “Acho que a questão já assumiu um papel ideológico, de construção ou desconstrução do Estado”, avalia o vice-presidente do TST.


Retrocesso histórico

É a defesa do chamado Estado mínimo, que começa pela extinção do Ministério do Trabalho (“Com competências importantíssimas”), no atual governo, e continua com uma possível proposta de remuneração por hora. “Voltamos ao final do século 19, início do século 20. Você desconstrói todo um sistema democrático, protetivo, de uma Constituição que ofereceu uma pacificação”, critica o ministro.


Na contramão das necessárias medidas inclusivas, criam-se bolsões de pobreza. É a predominância do chamado mercado, como parte daquilo que o ministro chama de zombie ideas, ou “ideias zumbi”. São aquelas que a realidade já demonstrou que não funcionam, mas seguem circulando e, de forma figurativa, “devorando” cérebros. O vice do TST cita autores como Paul Krugman, Thomaz Piketty e Joseph Stiglitz, críticos ao ideário neoliberal e de acumulação. “Isso não é comunismo, não é socialismo, é simplesmente ter uma economia solidária.”


É preciso ir contra esse “determinismo econômico”, a visão do mercado a todo custo. “Você tem que distribuir a riqueza para que ela rode”, diz. “O trabalhador consome e , com isso, movimenta a economia.” Ele lembra do New Deal, aplicado nos Estados Unidos para superar a crise de 1929.


Mercadoria barata

O magistrado identifica um “retorno histórico” à visão do trabalho como mercadoria. “E uma mercadoria barata. E descartável. Há um afastamento enorme dos valores constitucionais”, afirma. O artigo 1º da Carta de 1988 trata o trabalho como um dos valores sociais fundamentais para a república e o Estado democrático de direito.


Luiz Philippe observa que a economia já vinha mal antes da pandemia. “E com menos renda, mais vai demorar para se recuperar. A Bolsa pode estar lá em cima. A desigualdade é um entrave”, diz, enfatizando o papel da Justiça do Trabalho, de busca de equilíbrio. “Se eu tiver uma massa de pessoas desprovida de recursos, não vou ter um estado pacífico. Então, a Justiça do Trabalho tem essa finalidade social. O trabalho é algo fundamental para a pessoa humana, porque você só se sente útil quando trabalha.”


O ministro avalia que o trabalho remoto veio para ficar, mas faz ressalvas. “É uma solução engenhosa, mas que precisa ter um justo tratamento jurídico. Não é jornada, é meio de execução da atividade”, observa. É preciso discutir medidas de proteção à saúde, por exemplo. Foi uma mudança importante, que permitiu reduzir distâncias e teve efeitos na mobilidade urbana e na diminuição da poluição, mas deve ser vista de forma abrangente. A legislação atual é “insuficiente, fraca e frágil”, considera.


A recente greve dos entregadores de aplicativos mostra uma situação nova mundo do trabalho, mas o ministro prefere não entrar no mérito legal da questão. Ele argumenta que o tema ainda deverá chegar ao TST. Por enquanto, há decisões divergentes de primeira e segunda instâncias.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

27/07/2020 - A Covid-19 e o “novo normal” dos trabalhadores metalúrgicos e mineiros


É preciso que somemos esforços, em escala mundial, para obrigar governos e empresas a agirem com responsabilidade e respeito àqueles que seguem arriscando suas vidas


por Francisco Sousa


Desde o início da pandemia do novo coronavírus, muito se fala sobre como será o “novo normal” dos mais variados setores: trabalho, estudos, lazer, vida familiar, cuidados com a saúde, etc. Para algumas categorias profissionais, já é dado como certo que o chamado “home office” veio para ficar. Mas como ficarão homens e mulheres que ganham suas vidas como metalúrgicos e mineiros?


Os números e a abrangência da pandemia são alarmantes. Países ricos, pobres e medianos ainda estão sendo afetados. Apesar de se vislumbrar para médio prazo a descoberta da vacina contra a Covid-19, até que esse momento chegue ainda veremos milhares de pessoas morrendo infectadas.


A indústria manufatureira e a mineração são setores que não podem ser interrompidos por completo, por sua importância para todo o planeta. Há toda uma cadeia de produção envolvida, mas fatores como o desemprego, a crise econômica e as mudanças no consumo pelo isolamento social afetaram diretamente a demanda por determinados produtos.


Pelo lado dos empresários, muitos deles veem a crise como uma oportunidade para substituir a mão de obra de homens e mulheres por máquinas cada vez mais complexas. Em muitos setores, a automação amplia a produtividade e diminui o risco de contágio de doenças. Pela lógica capitalista, obtém-se um lucro ainda maior.


O Fórum Intergovernamental de Mineração (IGF, na sigla em inglês) estima que, até o final de 2020, cerca de 305 milhões de trabalhadores e trabalhadoras poderão perder seus empregos, por conta dos efeitos econômicos da pandemia. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em estudo recentemente divulgado, chega a estimar uma perda de 340 milhões de vagas. O impacto social desse cenário, medido em dados como desemprego, aumento na imigração, violência, fome e ainda mais mortes é incerto.


Países como Canadá, Austrália, Brasil, África do Sul, Peru e Colômbia declararam a mineração como um setor essencial para a economia. Isso permitiu que o trabalho fosse mantido, desde que sob condições mínimas de segurança para os trabalhadores. Na prática, sabe-se que esse tipo decisão é fruto da pressão do empresariado, com pouco espaço para discussão junto aos trabalhadores e seus sindicatos.


No Brasil, estima-se que cerca de 75% dos trabalhadores da indústria automotiva tiveram seus contratos suspensos ou viram suas jornadas serem reduzidas. Devido à pandemia e a pedido das empresas, o governo flexibilizou a legislação trabalhista, sob o pretexto de evitar demissões. Com raríssimas exceções, os sindicatos ficaram alheios a essa discussão.


Em geral, o “novo normal” tem levado em conta a saúde financeira das empresas, mas aspectos como o desemprego e a saúde dos trabalhadores têm ficado à parte. Algumas perguntas permanecem sem resposta: (1) como manter a segurança mínima dos trabalhadores enquanto não houver vacina? (2) como garantir que os desempregados e os trabalhadores informais sejam minimamente assistidos pelos governos nacionais? (3) o que é necessário fazer para que os setores que seguem com lucros vultuosos em meio à crise (como os bancos e a indústria farmacêutica) arquem com o custo social da pandemia?


Sem organização e pressão social daqueles que são a real força de trabalho, os retrocessos que teremos pela frente serão ainda mais duros do que os que já estamos presenciando. É preciso que somemos esforços, em escala mundial, para obrigar governos e empresas a agirem com responsabilidade e respeito àqueles que seguem arriscando suas vidas.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

27/07/2020 - Novas regras: INSS aumenta limite de consignado para aposentados e pensionistas


Aposentados e pensionistas agora têm novas regras para o empréstimo consignado no INSS, aquele que desconta na própria folha de pagamento. Pelas mudanças, as pessoas poderão desbloquear os empréstimos após 30 dias do início do pagamento do benefício. Antes o prazo era de 90 dias.


Esse desbloqueio é uma pré-autorização realizada pela internet, devendo o segurado enviar o documento de identificação e o termo de autorização digitalizado.


O INSS também vai regulamentar o tempo de carência para o desconto da primeira parcela do empréstimo na aposentadoria. Os bancos podem postergar o pagamento da parcela, por consignação ou retenção, no prazo máximo de 90 dias a contar do início do contrato.


As mudanças foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social na quinta-feira e valem até 31 de dezembro.


Outra mudança, que terá vigência permanente, é no limite máximo concedido no cartão de crédito para o pagamento de saques e compras de forma consignada. Agora, o limite passa a ser de 1,6 vez o valor do benefício. Por exemplo, se a pessoa receber R$ 1 mil reais de aposentadoria, ela pode ter limite para essas operações de R$ 1 ,6 mil reais. Antes o limite era de 1,4 vez o benefício.

Fonte: Portal EBC

 


 

27/07/2020 - Novo Fundeb deve ser votado na primeira semana de agosto


A proposta de emenda à Constituição do novo Fundeb (PEC 26/2020) deve ser votada pelo Senado na primeira semana de agosto. O relator, Flávio Arns (Rede-PR), lembra que, para entrar em vigor, o novo fundo ainda precisará ser regulamentado pelo Congresso e pelo Executivo. Além de passar a ser permanente, a principal novidade no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação é que a participação da União no total de recursos vai passar dos atuais 10% para 23%, de forma gradativa, até 2026. Entre os pontos que devem ser regulamentados, estão os critérios para o cálculo do valor mínimo por aluno e a criação de um piso salarial nacional para a educação básica pública.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/07/2020 - Maia pede que governo apresente PEC da Reforma Administrativa este ano


Deputado teme pressão sobre máquina pública se ficar para 2021


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender nesta quinta-feira (23) que o governo encaminhe sua proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma administrativa ainda neste ano. Segundo Maia, se o governo deixar para enviar a PEC em 2021, haverá muita pressão sobre a máquina pública, e a proposta dificilmente será aprovada.


"Se não fizermos isso, vamos ter uma pressão muito grande de descontrole total do gasto público, porque, se não abrirmos, pelo menos nos próximos anos, um espaço para a redução da despesa pública e melhorar a qualidade desse gasto, começaremos a ver a pressão para usar a PEC da Guerra para botar investimento para o próximo ano", afirmou Maia durante videoconferência sobre o tema com os economistas Armínio Fraga e Ana Carla Abrão.


De acordo com o presidente da Câmara, há uma "janela" de 12 meses para aprovar a reforma. Após esse período, o debate eleitoral pode inviabilizar o processo. "Eu disse que temos 12 meses para fazer as coisas, porque, se apresentar uma reforma em 2021: esquece. A Casa revisora vai fazer as contas e ver que terá que votar no segundo semestre de 2021. E aí, esquece, ninguém vai votar nada no segundo semestre de 2021", afirmou.


O governo, que ainda não encaminhou uma proposta de reforma administrativa ao Congresso Nacional, tem afirmado que a esta deverá incidir apenas sobre os futuros servidores. Um dos aspectos mais importantes diz respeito à estabilidade dos futuros funcionários.


Maia informou que falou sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante um almoço na semana passada, e que ainda que vai conversar com o deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre a reforma. O objetivo é convencer líderes partidários a encampar o pleito junto ao presidente da República, Jair Bolsonaro.


"Falei para ele [Paulo Guedes] para reunir um grupo de líderes e pedir para o presidente mandar a proposta. Independentemente de ser, ou não ser, a melhor proposta – não conheço direito a proposta do governo – acho que é preciso fazer o debate", afirmou o presidente da Câmara.

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/07/2020 - Entregadores realizam no sábado nova manifestação contra empresas de aplicativos


Os motoboys e ciclistas reivindicam aumento do valor por entrega, fim de bloqueios, seguro, entre outras reivindicações. Uma parte deles quer direitos previstos na CLT, contra a exploração, os baixos salários e as precárias condições de trabalho


Quase um mês após a primeira manifestação de entregadores de aplicativos, motoboys e ciclistas organizam o segundo ato em capitais neste sábado (25) para reivindicar melhores taxas e condições de trabalho.


Vai ser o novo "Breque dos Apps". O realizado em em 1º de julho, ganhou repercussão fazendo o tema merecer a atenção de políticos. A partir dessa demonstração de força, as empresas mudaram estratégias de comunicação e os canais da categoria ficaram mais populares no YouTube.


O movimento é mais forte em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. As principais reivindicações são o aumento do valor mínimo por entrega – alguns querem preço único aos aplicativos–, alta no valor por quilômetro rodado, fim de bloqueios considerados injustificados e do sistema de pontuação (adotado pela Rappi).


Os trabalhadores também reivindicam seguro em caso de roubo e acidente e auxílio-pandemia. Uma parcela ligada ao movimento sindical e a outros setores, como os Entregadores Antifascistas, defende regime CLT, informam as jornalistas Fernanda Brigatti e Paula Soprana na Folha de S.Paulo.

Fonte: Brasil247

 


 

24/07/2020 - Junho registra 16% mais desempregados que maio, mostra Pnad Covid-19


A taxa de desocupação no país avançou de 10,7% para 12,4% na passagem de maio para junho, atingindo 11,8 milhões de pessoas. O número representou um crescimento de 16%, com mais de 1,7 milhão de trabalhadores sem emprego.


A pandemia ainda foi o principal motivo apontado para que a população fora da força de trabalho não procurasse uma colocação. Mais de 17 milhões de pessoas que gostariam de trabalhar não procuraram trabalho em função do novo coronavírus ou falta de oportunidade na região. Os dados são da Pnad Covid mensal, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo IBGE.

 

A pesquisa mostra que caiu em 24,9% a quantidade de pessoas afastadas do trabalho devido às medidas de distanciamento social impostas pela pandemia. Mas 14,8 milhões ainda estavam longe de suas atividades laborais, 20% delas no Nordeste, região com a maior porcentagem de afastamento.

 

Cerca de 48% desses trabalhadores, ou mais de 7 milhões de pessoas, não tinham remuneração em junho. Em maio, esse número era de mais de 9 milhões de pessoas sem receber salário.


Entre aqueles trabalhadores não afastados, 8,7 milhões estavam atuando de forma remota no mês passado, com a região Sudeste liderando esse quadro.


A coordenadora da Pnad Covid-19, Maria Lucia Vieira, destaca que os indicadores mostram que o peso da pandemia sobre o mercado de trabalho diminuiu no mês de junho e indicam que pode haver aumento da desocupação com o fim da emergência sanitária.


A pesquisa investigou também o recebimento de auxílio durante a pandemia. Cerca de 29,4 milhões de domicílios brasileiros, o que representa 43% do total, tiveram, em junho, algum tipo de auxílio. O número aumentou em 3,1 milhões de residências frente a maio.


Em junho, quase metade da população, 49,5%, vivia em domicílios em que pelo menos um morador recebeu auxílio.


Entre as faixas de renda, a porcentagem das residências que contaram com esse suporte foi maior entre aquelas com renda domiciliar mais baixa, de até R$ 50,34. Nessa faixa, a cobertura dos auxílios chegou a 83,5% dos lares.


Em relação aos dados de saúde, a Pnad Covid-19 mostra que diminuiu o número de brasileiros que relataram sentir sintomas conjugados, que poderiam estar associados ao coronavírus. Em maio, eram 4,2 milhões de pessoas e, em junho, esse número caiu quase pela metade, com 2,4 milhões de brasileiros relatando as queixas, o que representa 1,1% da população. A região Norte teve o maior percentual de relatos de sintomas conjugados.


A procura por atendimento entre aqueles que tiveram sintomas também diminuiu de maio para junho. Foram 300 mil a menos nos serviços de saúde. A maioria dos casos de sintomas conjugados continuou procurando atendimento no SUS, que foi responsável por 82,3% dos cuidados prestados.


Entre as pessoas que apresentaram algum dos sintomas pesquisados, 115 mil ficaram internadas, a maior parte de cor preta ou parda; 58% dos que relataram sintomas também eram pretos ou pardos.

Fonte: Portal EBC

 


 

24/07/2020 - Renault quer descontar seus erros nos trabalhadores, critica IndustriALL


Na última terça-feira (21), os trabalhadores da fábrica determinaram greve contra dispensa de quase 747 funcionários


A Renault demitiu 747 trabalhadores de sua fábrica, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com a IndustriALL Global Union, a decisão, unilateral, joga sobre os funcionários os erros cometidos pela própria empresa.


De acordo com o secretário-geral do IndustriALL, Valter Sanches, a companhia usa a pandemia como desculpa para dispensar os trabalhadores. “A Renault quer fazer uma reestruturação, depois de fazer uma escolha errada, e em nenhum lugar do mundo interrompeu as negociações de maneira unilateral”, criticou, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.


A escolha errada, segundo Sanches, é a incapacidade da empresa se atualizar diante das transformações da indústria automobilística. O dirigente acrescenta ainda que as quase 800 demissões ferem acordos e leis do estado do Paraná.


“Ela está infringindo várias questões, como uma lei estadual paranaense que não permite demissão em massa em empresas que recebem incentivos fiscais. Nossa entidade ainda tem dois acordos globais com a Renault, e um deles só permite uma reestruturação depois da negociação com sindicatos. E a decisão de demissão foi unilateral, estão se aproveitando do momento de pandemia para fazer os cortes”, acrescentou Sanches.


Greve

Na última terça-feira (21), os trabalhadores da fábrica da Renault decretaram greve. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba , a montadora “simplesmente informou” sobre as demissões, quando se esperava uma retomada de negociações.


Na última sexta-feira (17), uma assembleia rejeitou proposta que incluía plano de demissões voluntárias. O sindicato deu prazo de 72 horas para que a companhia voltasse a negociar, mas em vez disso veio o anúncio dos cortes.


Centrais sindicais divulgaram nesta quarta-feira (22) nota de apoio aos metalúrgicos da Renault. As entidades dizem repudiar a postura “intransigente” da direção. “Sabemos que a empresa tem recebido incentivos fiscais do governo do estado do Paraná exatamente para gerar e manter empregos”, destacam na nota.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

24/07/2020 - Alexandre de Moraes envia notícia-crime sobre Bolsonaro e filhos à PGR


Em decisão tomada na terça-feira (21/7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, abriu vista à Procuradoria-Geral da República da notícia-crime enviada à corte contra o presidente Jair Bolsonaro e dois de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro.


A notícia-crime foi enviada ao Supremo pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), segundo a qual há fortes indícios de que os três seriam os responsáveis por rede de notícias fraudulentas por meio da qual cometeram os crimes de calúnia, difamação, injúria, ameaça, incitação ao crime, apologia de crime ou criminoso, peculato, desobediência e denunciação caluniosa contra o próprio STF, seus ministros, o Poder Legislativo e os presidentes da Câmara e do Senado.


A denúncia é baseada em ação do Facebook, que em 8 de julho retirou do ar 35 contas, 14 páginas e um grupo da rede social. Esses perfis seriam ligados ao Partido Social Liberal, pelo qual o presidente e os parlamentares foram eleitos, e a gabinetes da família Bolsonaro.


Em 15 de julho, o ministro Alexandre de Moraes deu permissão à Polícia Federal para acessar dados dessas contas, no âmbito de dois inquéritos que tramitam no STF, sobre fake news e manifestações antidemocráticas.


A notícia-crime enviada pela deputada alega que, além de difamar e ameaçar adversários políticos, a rede estabelecida na internet se dedicava a divulgar e impulsionar fake news sobre a Covid-19, tumultuando e sabotando o combate à epidemia no Brasil.


Clique aqui para ler a decisão

Pet 9.000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

24/07/2020 - Sindicato pode ajuizar ação para discutir irregularidades no repouso semanal


A 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a legitimidade do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís (MA) para ajuizar ação requerendo o pagamento de horas de repouso semanal não remuneradas por um supermercado. A legitimidade havia sido contestada pela empresa, mas o colegiado assegurou a ampla representatividade do sindicato para ajuizar a reclamação trabalhista.


Na ação, ajuizada em julho de 2015, o sindicato afirmou que grande parte dos empregados que representa trabalhava sem folga semanal e, quando a tinha, era após o sétimo dia de trabalho. Ao qualificar de ilegal a conduta do supermercado, pediu o pagamento em dobro do valor do dia integral de repouso semanal.


Em sua defesa, a empresa alegou que o sindicato não tinha legitimidade para propor a ação, sobretudo para representar processualmente os ex-empregados que deixaram de ser comerciários, e pediu a extinção do processo.


Para o relator do recurso de revista do sindicato ao TST, ministro Cláudio Brandão, a decisão do TRT violou o artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal, que trata da organização sindical. Brandão destacou que tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o TST já se posicionaram em favor da legitimidade processual dos sindicatos para atuar na defesa de todos e quaisquer direitos subjetivos individuais e coletivos dos integrantes da categoria por ele representada.


O ministro observou que, na ação, o sindicato relata a existência de procedimento “contumaz” da empresa de inobservância da concessão regular do repouso semanal remunerado. Segundo ele, trata-se de fato de origem comum, que atinge todos os empregados que trabalham nessas condições, o que caracteriza o direito como homogêneo e legitima a atuação do sindicato como substituto processual.


Por fim, o relator observou que vivemos hoje em uma sociedade caracterizada por lesões de massa e que devem ser buscadas e incentivadas soluções que alcancem, com facilidade, grupo ou grupos de pessoas atingidas. “É esse, aliás, um dos principais fundamentos e razões de ser da substituição processual dos trabalhadores pelo seu sindicato de classe, cuja restrição, se houvesse, deveria estar prevista no próprio texto constitucional”, concluiu. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

RR-17047-27.2015.5.16.0022

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

24/07/2020 - Confecção indenizará costureira com Síndrome de Burnout em razão do estresse no trabalho


A síndrome se caracteriza pelo esgotamento físico e emocional e tem entre os sintomas cansaço constante e alterações de humor.


A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Guararapes Confecções S.A., de Natal (RN), ao pagamento de R$ 15 mil a uma costureira diagnosticada com a Síndrome de Burnout, que teve como causa, entre outros fatores, o estresse no trabalho. Por outro lado, o colegiado negou o pedido de indenização por danos materiais feito pela empregada.


Esgotamento

Cansaço constante, distúrbios do sono, irritabilidade, dores musculares e de cabeça, falta de apetite ou fome em excesso, alterações de humor, falta de memória, depressão e ansiedade são sintomas da doença ocupacional conhecida como Síndrome de Burnout, ou esgotamento, quando eles decorrem de um ambiente de trabalho negativo.


Pressão

Alegando ter desenvolvido esse problema por sofrer muita pressão de seus superiores e exercer funções acima da sua capacidade física e mental, a costureira pedia indenização acima de R$ 500 mil por danos materiais e morais.


O juízo da 10ª Vara do Trabalho de Natal entendeu ser devida a indenização e a fixou em valor bem abaixo do pedido (R$ 25 mil por danos materiais e R$ 15 mil por danos morais). As duas partes recorreram, e o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) acabou por não entender cabível as condenações.


Laudo técnico

No exame do recurso de revista da costureira, a relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes, assinalou que, de acordo com a prova pericial, o trabalho teria contribuído para o quadro de doença psiquiátrica. Apesar disso, o TRT afastou o nexo causal e as condenações. Segundo a ministra, o juiz não está adstrito às conclusões do laudo pericial, mas não pode, “aleatoriamente, sem elementos robustos em sentido contrário, desprezar a prova técnica”. Assim, a seu ver, devem prevalecer as conclusões do perito, que detém conhecimentos científicos na área.


Por unanimidade, o colegiado restabeleceu a condenação por danos morais no mesmo valor fixado na sentença. Em relação aos danos materiais, a Turma considerou que não ficou provada a incapacidade da empregada para o trabalho.

Processo: RR-193-87.2014.5..21.0010

Fonte: TST

 


 

23/07/2020 - Centrais: Renault mostra insensibilidade social ao fazer demissões


Sindicalistas dizem apoiar inclusive manifestações em concessionários. E lembram que empresa recebeu incentivos fiscais


Centrais sindicais divulgaram nesta quarta-feira (22) nota de apoio aos metalúrgicos da Renault, que ontem iniciaram greve na fábrica de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A empresa anunciou o fechamento do terceiro turno e a demissão de 747 dos aproximadamente 7.300 funcionários.


Os sindicalistas afirmam repudiar a postura “intransigente” da direção. “Sabemos que a empresa tem recebido incentivos fiscais do governo do Estado do Paraná exatamente para gerar e manter empregos”, destacam na nota.


Ao lamentar a “insensibilidade” da montadora, as centrais dizem apoiar inclusive manifestações nas concessionárias da Renault. Insensibilidade que se mostra “principalmente neste sério momento de pandemia, em que as perdas de emprego e de renda são ainda muito mais preocupantes e podem levar famílias inteiras a riscos sociais muito graves”.


Confira a íntegra da nota

 

Nota das centrais sindicais, em solidariedade à greve dos metalúrgicos da Renault


As centrais sindicais abaixo assinadas estão solidárias à greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais/PR contra as 700 demissões anunciadas pela montadora na terça, 21 de julho de 2020.


Vale destacar que o anúncio das demissões ocorreu antes do prazo de 72h aprovado na sexta-feira, 17, em assembleia da categoria, para que a empresa voltasse a negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR (SMC) alternativas para a manutenção dos empregos.


Repudiamos esta forma intransigente de agir da atual direção da planta da Renault em São José dos Pinhais/PR, pois sabemos que a empresa tem recebido incentivos fiscais do governo do Estado do Paraná exatamente para gerar e manter empregos.


Colocamo-nos à inteira disposição dos metalúrgicos, liderados pelo SMC nesta greve, inclusive com manifestações nas lojas revendedoras da Renault de todo o País para mostrar à sociedade a insensibilidade social da empresa, principalmente neste sério momento de pandemia, em que as perdas de emprego e de renda são ainda muito mais preocupantes e podem levar famílias inteiras a riscos sociais muito graves.


São Paulo, 22 de julho de 2020


Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Alvaro Egea – Secretário geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Nilza Pereira de Almeida – Secretária de Finanças da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Emanuel Melato – Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze, presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

23/07/2020 - Reforma tributária de Guedes prevê alíquota menor para bancos


Apresentada terça (21), a proposta foi criticada pela timidez e insuficiência. Setores apontaram, ainda,

que deve haver aumento da carga tributária.


A proposta de reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, mantém regimes diferenciados de tributação para atividades como os bancos e planos de saúde, além da isenção tributária para templos religiosos. Apresentada terça (21), a proposta foi criticada pela timidez e insuficiência. Setores apontaram, ainda, que deve haver aumento da carga tributária.


No projeto de lei entregue ao Congresso Nacional, o Ministério da Economia propõe a substituição do PIS-Cofins por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Especialistas consultados pelo Vermelho avaliam que a proposta atropela discussões já avançadas no Congresso e sequer pode ser chamada de reforma. Segundo Guedes, o que foi divulgado nesta terça é só a “primeira fase” da reforma, que será enviada aos pedaços.


“Se eu fosse escrever um artigo ou fazer uma manchete sobre a proposta do Paulo Guedes, eu diria que a montanha pariu um rato. Reforma tributária é um tema complexo e geralmente vem através de PEC [Proposta de Emenda à Constituição]. Aí ele chega ontem e apresenta um projeto de lei. E pegando uma coisa muito pontual, que é o fim da cobrança em cascata de PIS-Cofins. É tudo, menos uma reforma tributária”, avalia o economista Paulo Kliass.


Kliass ressalta que o governo não ataca o problema da distribuição da carga tributária no país, marcada pela regressividade (quem ganha menos paga proporcionalmente mais impostos). “Você não tributa patrimônio, tributa consumo. Quando a pessoa vai comprar um litro de leite, não importa se ganha um salário mínimo ou R$ 10 mil. Ela vai pagar o mesmo imposto sobre aquele litro de leite”, explica o economista. Ele comentou ainda a manutenção de regimes especiais.


“Tem algumas formas de isenção para o sistema financeiro. Eu não diria que esse é o foco. Ele [Guedes] vai dar um tratamento especial para instituições financeiras em tudo que ele faz, porque ele é um cara do sistema financeiro”, afirma.


Menor esforço

Para o economista Marco Rocha, professor da Unicamp, o governo parece estar abrindo mão de uma reforma tributária mais ampla. “Além de muito tímida, [a proposta] joga a responsabilidade para outros entes federados. Em termos de concertação política, é muito difícil organizar o debate entre os estados sobre como vai será a unificação dos outros tributos [além de PIS-Cofins]”, analisa.


“Outro problema é a questão prática, pois já tinha uma reforma tributária que estava andando no Congresso [as PECs 45 e 110]. O governo adotou, na verdade, o caminho do menor esforço político possível. O problema é que ele atropela uma proposta mais unificada”, acrescenta.


O economista também destaca a possibilidade de aumento da carga tributária. “Para serviços, que tem a cadeia [econômica] muito curta, alguns setores estão prevendo um certo aumento, inclusive da alíquota paga”, comenta. Ele diz ainda que a quantidade de setores contemplados regimes por especiais e isenções pode levar a distorções na concorrência. “Como tem uma lista extremamente vasta, quem está fora disso vai pagar uma alíquota relativamente alta”, afirma.


Por fim, Rocha ressalta que a PIS e a Cofins são tributos de financiamento social. Por isso, deveria haver o cuidado de atrelar a CBS à mesma destinação. “A regulamentação disso tem que manter esse financiamento social. Senão o risco que se corre é uma reforma que não vai gerar simplificação, não vai gerar regressividade e ainda vai prejudicar os mecanismos de financiamento social”, conclui.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

23/07/2020 - Frente Parlamentar da Renda Básica quer reduzir desigualdades aprofundadas na pandemia


Reforma tributária é apontada por deputado como uma das soluções para tornar viável programa de renda mínima


Foi lançada nesta terça-feira (21) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica, que conta com 217 deputados e senadores, além de várias entidades da sociedade civil. O principal objetivo é buscar soluções imediatas para as múltiplas desigualdades do Brasil aprofundadas durante a pandemia de Covid-19.


Além dos cerca de 40 milhões de brasileiros que recebem o Bolsa Família, outros 80 milhões se viram com a necessidade de sacar o auxílio emergencial de R$ 600, pago desde abril. Além disso, os parlamentares citaram dados do IBGE que mostram cerca de 14 milhões de pessoas na linha de extrema pobreza, dos quais a maioria é de pretos e pardos (73%) e quase metade (43%) vive no Nordeste.


O presidente da frente parlamentar, deputado João H. Campos (PSB-PE), afirmou que o Brasil não pode admitir a “invisibilidade social”.


“Essa frente não tem uma proposta nem modelo objetivo de renda básica, mas será uma plataforma de debate. Tem como objetivo enfrentar as desigualdades do Brasil. Precisamos encontrar as soluções para aumentar a proteção de renda no país, proteger a primeira infância, proteger os informais que têm uma renda volátil. Não pode haver ninguém invisível para um Estado”, disse.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

23/07/2020 - Frente parlamentar promove debate sobre reforma administrativa nesta quinta-feira


A Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa promove um debate virtual nesta quinta-feira (23) com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia; o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga; e Ana Carla Abrão, sócia da Consultoria Oliver Wyman.


Os convidados irão discutir os principais pontos da reforma. Na opinião dos parlamentares da Frente, a Reforma Administrativa "é necessária para melhorarmos os serviços públicos essenciais para a população e aumentarmos a capacidade de investimento da União, Estados e Municípios". O grupo é coordenado pelo deputado Tiago Mitraud (Novo-MG).


O debate será a partir das 9 horas, em ambiente virtual, e também será transmitido pela página da frente no Facebook.

'Fonte: Agência Câmara

 


 

23/07/2020 - Pedidos de seguro-desemprego caem 1,9% na primeira quinzena de julho


Essa foi a primeira queda observada desde início da pandemia


Depois de dispararem nos últimos meses por causa da pandemia do novo coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada começaram a cair na primeira quinzena de julho. Nos 15 primeiros dias do mês, o total de pedidos recuou 1,9% na primeira quinzena de julho em relação ao mesmo período do ano passado.


Essa foi a primeira queda na comparação quinzenal observada desde o início da pandemia. Na primeira metade do mês, 288.845 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 294.547 pedidos registrados nos mesmos dias de 2019. Ao todo, 67,7% dos benefícios foram pedidos pela internet na primeira quinzena do mês, contra apenas 1,4% no mesmo período de 2019.


O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e considera os atendimentos presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do Trabalho – e os requerimentos virtuais.

(Mais informações: Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/07/2020 - Paulo Paim pede aprovação do Fundeb e mais investimento na educação


O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, em pronunciamento nesta quarta-feira (22), a aprovação, pelo Senado, da proposta de emenda à Constituição que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Paim destacou a importância de investir na educação do país, e ressaltou que a mesma precisa ser prioridade.


Para o senador, uma boa educação causa um grande impacto positivo no país e na vida das pessoas como o combate a pobreza, reversão da desigualdade social, além da diminuição da violência e o fortalecimento da democracia.


— A educação precisa ser, inclusive, questionadora, libertadora, democrática. Permitindo que as crianças, jovens e adultos compreendam o mundo e a condição humana em todos os seus aspectos. País que não investe em educação não vai para a frente. Governar é pensar. Planejar o presente e futuro, independentemente de quem esteja no poder ou governando o país. A educação é elemento essencial de uma nação. Precisamos aprovar urgentemente e tornar permanente o Fundeb — defendeu.


De acordo com o senador, o Fundeb beneficia 40 milhões de estudantes e representa 63% dos investimentos em educação básica do Brasil, além de ser responsável pelo atendimento escolar em mais de 70% dos municípios brasileiros.


O senador também criticou a Emenda Constitucional (EC) 95/2016, que congelou por 20 anos os gastos públicos. Paim lembrou que houve uma drástica redução nos investimentos.


—  Qual país vai crescer se é proibido investir por 20 anos? — indagou.

Fonte: Agência Senado

 


 

23/07/2020 - Confiança da indústria cresce 12,5 pontos na prévia de julho


Índice atingiu 90,1 pontos em escala de zero a 200


O Índice de Confiança da Indústria brasileira cresceu 12,5 pontos na prévia de julho deste ano, na comparação com o resultado consolidado de junho. Com isso, o indicador atingiu 90,1 pontos na prévia, em uma escala de zero a 200.


Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (22) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A prévia mostra que o indicador recuperou 74% das perdas observadas em março e abril devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).


O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresário da indústria brasileira no futuro, subiu 14,6 pontos e chegou a 90,8 pontos. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, cresceu 10,2 pontos e atingiu 89,4 pontos.


O resultado preliminar mostrou crescimento de 5,8 pontos percentuais do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria no mês, para 72,4%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

22/07/2020 - Retirada da MP 927 pelo Senado é vitória do movimento sindical


Numa conjuntura de fortes agressões aos direitos dos trabalhadores, o sindicalismo entra na semana com o que comemorar. A boa notícia é que o Senado retirou da pauta o PLV 18/2020. Essa matéria tinha origem na MP 927/2020, que fazia graves mudanças nas relações de trabalho em função do estado de calamidade pública decorrente da Covid-19. Trazia, na prática, a pretexto da pandemia, uma minirreforma trabalhista.


O Diap – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – chama atenção para esse fato e mostra, em seu site, a situação dessa luta ante a pauta antitrabalhista de Jair Bolsonaro.


Marcos Verlaine, jornalista e consultor do Diap, avalia que, na conjuntura atual, a retirada da pauta do Senado é ganho concreto para os trabalhadores. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, também destaca o diálogo que o movimento conseguiu junto ao Congresso Nacional.


Miguel afirma: “As Centrais orientaram suas Regionais a tratar com os senadores em seus Estados. Também procuramos os partidos, das mais variadas tendências, e mostramos as perdas que a MP traria aos trabalhadores”. Miguel lembra que a Medida alterava contratos, mexia nos critérios das férias, tornava ainda pior o banco de horas e até dificultava a atuação dos agentes na fiscalização das condições de trabalho.


Para Marcos Verlaine, valeu muito o fato dos parlamentares, devido à pandemia, estarem recolhidos em suas bases. Ele comenta: “O contato com o eleitorado reposiciona o parlamentar quanto à realidade e as demandas da sociedade. Brasília muitas vezes cria uma espécie de bolha, que impede uma visão mais realista da situação”.


Espaço – Para o consultor do Diap, o movimento sindical precisa persistir na linha do diálogo com o Legislativo. “O governo federal é fechado. Não dialoga com o sindicalismo e faz pouca questão de conversar. Então, devemos persistir no caminho que tem dado algum resultado concreto”, ele argumenta.

Fonte: Agência Sindical

 


 

22/07/2020 - Trabalhadores tiveram vitórias ante Bolsonaro, mas devem se preparar para novas ofensivas


Até agora, na análise do Diap, Temer foi mais “eficiente” que Bolsonaro no desmonte.

Analista aponta erros do governo e méritos da oposição e de movimentos sociais


O cenário segue adverso para os movimentos sociais, mas os trabalhadores, particularmente, obtiveram algumas vitórias no parlamento mesmo contra um governo hostil. Balanço do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que foi possível resistir. Conclui, inclusive, que o governo Temer foi mais “eficiente” que o atual na política de desmonte. Mas alerta que novas ofensivas estão sendo preparadas.


A lista inclui, por exemplo, as Medidas Provisórias 905 e 927, ambas de flexibilização de regras trabalhistas. A primeira, do contrato de trabalho “verde e amarelo”, chegou a passar na Câmara, mas “caducou” – perdeu a validade – em 20 de abril. O mesmo aconteceu no último domingo (19) com a MP 927, que mexia em temas como férias, jornada e banco de horas.


Menos falada, a MP 922, que ampliava regras de contratação temporária no serviço público, “caducou” em 29 de junho. O Diap cita ainda, entre outras, a MP 881, que se tornou a Lei 13.874, de 2019, conhecida como “lei da liberdade econômica”. Mas o governo não conseguiu aprovar cláusulas como trabalho em domingos e feriados e especificamente no setor bancário.


Temer “desmontou” mais

Já a MP 873, de 2019, pretendia impedir o desconto em folha salarial da contribuição sindical, que passaria a ser feito via boleto. Mas a medida não chegou a ser votada no Congresso. Já a 936 virou lei (14.020), porém teve algumas mudanças consideradas relevantes pelo Diap.


O analista político e consultor Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, observa que, a rigor, além da lei da “liberdade econômica”, o governo Bolsonaro só conseguiu implementar uma norma com “reflexos duradouros” sobre os trabalhadores. Ele cita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que resultou na “reforma” da Previdência, em 2019. “Temer foi muito mais efetivo no desmonte”, afirma o também diretor licenciado do Diap.


Basta lembrar, emenda Toninho, das leis da terceirização generalizada (13.429) e da própria “reforma” trabalhista (13.467). O governo também aprovou a Emenda Constitucional 95, que congelou gastos e teve reflexos diretos em políticas públicas. E, embora não tenha aprovado sua “reforma” previdenciária, deixou o caminho aplainado.


O analista aponta três fatores básicos para que o atual governo não tenha avançado mais em sua política de destruição. Basicamente, erros do governo, méritos da oposição e ação correta de movimentos sociais.


O fator Centrão

Nesse último caso, destaca Toninho, o trabalho predominantemente de “bastidor” e articulação, motivado pela pandemia, foi positivo, porque a tática do confronto favoreceria o governo. Além disso, “Bolsonaro não se articula para aprovar (projetos), ele hostiliza seus potenciais aliados”, diz o analista, citando o chamado Centrão. Assim, os presidentes da Câmara e do Senado foram em certa medida “condescendentes” com alguns temas porque também estavam sendo atacados pelo Planalto.


Também houve sucesso das táticas da oposição e dos movimentos sociais, que conseguiram mostrar alguns absurdos de propostas governamentais e souberam articular alianças inclusive com o Centrão. E a oposição teve ainda a “sabedoria”, como observa o analista, de abrir mão do protagonismo em alguns debates.


Daqui em diante, no entanto, ele observa mudanças de movimento, como como o deslocamento do Centrão para a base governista. “Então, a oposição vai ter que mudar de tática no pós pandemia. O governo vem muito forte com a ideia de que, para gerar emprego, tem que desmontar o Direito do Trabalho”, alerta. O Executivo pode, inclusive, segurar votações mais importantes para depois da eleição da presidência da Câmara.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

22/07/2020 - Aprovação do Fundeb mostra responsabilidade da Câmara com futuro da educação, diz Maia


Proposta foi aprovada em dois turnos pelos deputados e seguirá para análise no Senado


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a aprovação do novo Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) mostra a responsabilidade do Parlamento com a destinação de recursos para o setor.


Maia chegou a se emocionar durante a votação do texto em primeiro turno e afirmou que a gestão pública nas escolas faz toda a diferença.


“Tenho certeza de que hoje fazemos história, estamos fazendo o melhor para os brasileiros com muita responsabilidade. São despesas [o aumento da participação do governo federal nos recursos do fundo] que, na verdade, são investimentos nas crianças e no futuro de tantos”, afirmou. “Isso traz responsabilidade para achar o caminho para que esses recursos cheguem.”


Maia abriu mão da cadeira de presidente para deixar que o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) proclamasse o resultado da primeira votação. Primeiro deputado cego na história da Câmara, Rigoni afirmou que a educação fez diferença para que chegasse à posição de deputado federal e avaliou que o texto é melhor para o futuro que a reforma da Previdência.


“O Fundeb é mais importante que a Previdência porque define o futuro do nosso país. Um Fundeb mais justo e mais eficiente pode contribuir para que cada homem e cada mulher tenha uma melhor formação daqui pra frente”, disse.


No segundo turno, a votação foi presidida pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP).


Votação

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15, que torna o Fundeb permanente e aumenta a participação da União no financiamento da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio.


A proposta foi aprovada em primeiro turno por 499 votos a 7; e em segundo turno por 492 votos a 6. O texto seguirá para o Senado.

Fonte: Agência Câmara

 


 

22/07/2020 - Guedes vai ao Congresso, afaga Maia e Alcolumbre e reafirma agenda ultraliberal


Pretexto era apresentar ao parlamento a reforma tributária, mas sua visita se revestiu de caráter protocolar e político e quase nada apresentou de concreto


O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ao Congresso Nacional na tarde desta terça-feira (21), para levar a proposta de reforma tributária do governo. Mas a ida do ministro ao Congresso se revestiu de um caráter protocolar e político, com afagos ao parlamento e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Senado, Davi Alcolumbre (DEN-AP), presentes no evento. Para Alcolumbre, a data é “histórica”. Para Maia, a reforma tributária em construção busca “segurança jurídica para o setor produtivo”. Ele enalteceu a “relação de diálogo (que) só tem a trazer bons resultados ao país”.


Guedes se resumiu a anunciar verbalmente sua proposta inicial, já conhecida desde o início do governo Jair Bolsonaro, para a “reforma”, o que chama de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual: a unificação de PIS-Pasep à Cofins (tributos federais) com o ICMS (estadual) em um único tributo.


O ministro não entrou em detalhes. “Não cabe ao ministro da Fazenda e sim ao Congresso legislar relações entre os entes federativos”, disse. Ele manifestou apoio “ao que está estipulado na PEC 45″, que tramita na Câmara e já foi objeto de amplo debate parlamentar.


“Cabe ao Congresso definir se as regras valerão para todos” (estados e municípios), acrescentou. Por isso, explicou, o governo não enviou uma nova Proposta de Emenda à Constituição, mas “propostas que podem ser trabalhadas e acopladas às PECs já existentes”.


Além da PEC 45, há ainda a PEC 110, no Senado, que também já foi debatida pelos parlamentares. A ideia de Maia e Alcolumbre é que ambas as propostas sejam utilizadas para se chegar a um texto final.


“Nós sempre confiamos no Congresso reformista”, afirmou Guedes. “Confiamos no espírito construtivo. Estava tudo acertado no início do ano quando o coronavirus nos atingiu e a política ditou um ritmo diferente e construtivo novamente.” Ele citou, entre outros, o auxílio emergencial, mas não disse que o governo só queria transferir aos beneficiários R$ 200, e não os R$ 600 que o Congresso acabou aprovando.


Em seu curto pronunciamento, Guedes continuou a afagar o parlamento, com quem teve relacionamento conflituoso durante todo o mandato de Bolsonaro. “O Congresso continua surpreendendo o mundo”, disse.


Para justificar o elogio, mencionou a aprovação do marco legal do saneamento, que abre caminho para privatização da água, e prometeu dar continuidade à agenda econômica do governo: “temos agora o setor elétrico, gás natural, petróleo, todo o marco regulatório de investimentos e a reforma tributária, onde nos atrasamos por circunstancias políticas”.


Guedes não falou do “imposto sobre transações digitais”, que seria a “nova” CPMF, nem do imposto de renda, cujas alíquotas ele pretende diminuir, promovendo ainda mais concentração de renda do sistema brasileiro, que já é um dos mais regressivos e injustos do mundo.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

22/07/2020 - Pandemia da covid-19 acentuou precarização das relações de trabalho


A informalidade apresenta efeitos imediatos, muito influenciados pela reforma trabalhista, mas também traz consequências a longo prazo


Os impactos econômicos da pandemia da covid-19 já são sentidos na oferta de empregos com carteira assinada. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Novo Caged, os meses de março – quando a pandemia chegou ao Brasil – abril e maio apresentaram uma redução de 1 milhão e 487 mil empregos formais. Wilson Amorim, professor associado do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, explica que, nesse quadro, aumenta-se a informalidade na ocupação e, consequentemente, a precarização das relações de trabalho.


A precarização do trabalho hoje, segundo Amorim, apresenta efeitos imediatos, mas também trará consequências a longo prazo. “Haverá um volume imenso de pessoas com dificuldades em encontrar um trabalho de relação contratual mais estável, isso a longo prazo. De médio a longo prazo, observa-se que, quanto mais pessoas trabalhando na informalidade menos contribuem para a Previdência e para o pagamento das aposentadorias no momento e, consequentemente, no futuro”, explica ele.


O professor aponta que o mercado de trabalho brasileiro é tradicional e historicamente heterogêneo, diferenciado e desigual. Segundo ele, essas condições desfavorecem quem quer trabalhar e favorece as empresas. Além disso, há uma orientação do governo, desde a aprovação da reforma trabalhista, de que o mercado seja bastante flexibilizado. “É um quadro bastante preocupante”, afirma Amorim, “e eu não acredito que vá ser revertido nos próximos anos, a não ser que tenhamos uma mudança na legislação”.


No quadro da pandemia da covid-19, com o fechamento de estabelecimentos comerciais, houve o crescimento de pessoas trabalhando com aplicativos de entrega. Isso ocorre, segundo o professor, por pelo menos três razões: a crise econômica, a transição tecnológica e a reforma trabalhista.


A crise econômica eliminou a possibilidade de novos empregos assalariados, o que forçou muitas pessoas a buscarem trabalhos informais, como os aplicativos de delivery e outras plataformas que oferecem esse tipo de serviço.


A transição tecnológica, bastante acelerada neste momento, elimina as barreiras à prestação de serviço por meio dessas plataformas. Essas tecnologias de telecomunicação “aproximam os atores econômicos e colocam pessoas em contato com o mercado de trabalho a fim de viabilizar entregas e transportes”, explica Wilson Amorim.


A última questão apontada pelo professor é a reforma trabalhista de 2017, que flexibilizou o ambiente laboral do País. “A contratação se flexibilizou, inclusive sem vínculo empregatício, na forma do por conta própria, que é o autônomo”, completa o professor.


O professor ainda afirma que, além dos impactos econômicos, o crescimento nos serviços de delivery impacta também na saúde dos trabalhadores. Como normalmente ganham pouco e de forma insuficiente para suas despesas, a alternativa é estender a jornada ao longo do dia e trabalhar durante toda a semana. A consequência natural é o cansaço físico, esgotamento mental e estresse como parte do dia a dia desses trabalhadores.

Publicado no Jornal da USP

Fonte: Portal Vermelho

 


 

22/07/2020 - TRT-18 afasta nexo causal entre doença de trabalhador e atividade em mineradora


Não é possível responsabilizar empresa civilmente sem que reste comprovada a existência de dano e de nexo causal ou concausal entre patologia e as funções exercidas pelo trabalhador reclamante.


O entendimento é da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, que negou reparação por danos morais a operador de processos que exercia sua função em uma mineradora de Goiás. A decisão foi proferida em 2 de julho.


O autor disse ter adquirido polineuropatia, que pode ser causada pelo contato com substâncias químicas, e duas hérnias de disco. Ele chegou a ser afastado por nove meses por conta da condição.

 

Segundo alegou, as patologias se devem ao contato regular com rejeitos e com o peso das mangueiras que utilizava em seu trabalho. Além disso, a empresa teria oferecido equipamentos de proteção individual (EPIs) inadequados.

 

De acordo com a decisão, no entanto, os laudos médicos não comprovaram que as doenças surgiram por causa da função desenvolvida pelo trabalhador. Ao contrário, sustenta a Turma, os laudos concluíram que parte das patologias podem surgir com ou sem esforço físico.


"Depreende-se, portanto, que a prova pericial concluiu que as doenças alegadas pelo recorrente não tem nexo causal/concausal com o trabalho exercido na empresa", afirmou o juiz convocado Cesar da Silveira, relator do caso.


Ele também ressaltou que o nexo causal deve ser estabelecido de forma objetiva, não se admitindo seu estabelecimento por mera presunção ou pela simples probabilística de risco, pois estes são genéricos e representam riscos comuns a todos.


"Assim, em que pese seja pacífico que o juiz não está adstrito à referida prova pericial, podendo formar o seu convencimento com outros elementos probantes produzidos nos autos, no caso, não há elementos probatórios aptos a desconstituir as conclusões uníssonas de todas as perícias médicas realizadas", prossegue a decisão.

Processo 0000875-98.2015.5.18.0201

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

21/07/2020 - #VotaFundeb: Centrais sindicais se unem em defesa da Educação


Substitutivo apresentado pela Deputada Professora Dorinha Seabra assimila as principais demandas do movimento sindical


As centrais sindicais brasileiras lançaram uma nota conjunta para defender a renovação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). A versão atual do fundo tem prazo de vigência até dezembro deste ano – o que exige a aprovação de um novo Fundeb já para 2021.


“Após um intenso debate que reuniu representantes da sociedade civil, entidades e parlamentares de diversos partidos, o substitutivo apresentado pela Deputada Professora Dorinha Seabra (DEM/TO) assimila em sua formulação as nossas principais demandas”, afirmam as centrais. Conforme as entidades, a proposta da parlamentar “institui a sua perenidade, transformando o FUNDEB em um fundo permanente, além de indicar a maior participação da União no seu financiamento, saindo dos atuais 10% que cada ente aporta para, após um período de transição, chegar ao patamar de 20% de recursos da União”.


Confirma abaixo a íntegra da nota.


CENTRAIS SINDICAIS DEFENDEM QUE A CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVE O NOVO FUNDEB


#VotaFundeb


As Centrais Sindicais estão atentas e mobilizadas contra a oposição do governo Bolsonaro ao novo FUNDEB e defendem a prioridade na tramitação dessa matéria de grande importância para a educação pública e para a classe trabalhadora. Entendemos que o novo FUNDEB será capaz de promover e reforçar a qualidade de toda a educação básica pública, valorizar os trabalhadores em educação e contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas e regionais.


O FUNDEB entrou em vigor em 2007 e, somente no ano passado, foi responsável por cerca de 65% do total dos recursos investidos nas escolas públicas brasileiras. O Fundo distribui recursos entre estados e municípios para o funcionamento da educação básica pública e o pagamento do salário dos trabalhadores em educação das escolas públicas de todo o país.


Após um intenso debate que reuniu representantes da sociedade civil, entidades e parlamentares de diversos partidos, o substitutivo apresentado pela Deputada Professora Dorinha Seabra (DEM/TO) assimila em sua formulação as nossas principais demandas: institui a sua perenidade, transformando o FUNDEB em um fundo permanente, além de indicar a maior participação da União no seu financiamento, saindo dos atuais 10% que cada ente aporta para, após um período de transição, chegar ao patamar de 20% de recursos da União. Além disso, o substitutivo institui o Custo Aluno Qualidade como referência para o custo per capita por estudante nas diferentes etapas e modalidades do ensino e subvincula no mínimo 70% do total do Fundo para remuneração dos profissionais da educação – assim como prevê a vinculação das receitas do FUNDEB às matrículas das redes públicas, sem permissão de vouchers ou de outras formas de alocação desses recursos na rede privada.


Diante da urgência da votação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) – que está prevista para ocorrer no plenário da Câmara dos Deputados nos próximos dias 20 e 21 de julho, as Centrais Sindicais defendem a aprovação de um FUNDEB permanente e com mais recursos para a educação.


São Paulo, 17 de julho de 2020


Sérgio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Adilson Araújo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos, presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Alvaro Egea, secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Joaninha de Oliveira, secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

Nilza Pereira de Almeida, secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato, coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze, presidente – Pública Central do Servidor

Fonte: Portal Vermelho

 


 

21/07/2020 - Voucher-creche: Paulo Guedes quer tirar R$ 6 bi do Fundeb para financiar escola privada


"A proposta do Bolsonaro para o Fundeb é indecente", declarou o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho


O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende deslocar R$ 6 bilhões em recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a criação de um programa de “vouchers” que vai inflar os recursos da rede privada de ensino.


Segundo reportagem de Bernardo Caram e Danielle Brant, está nos planos do Ministério da Economia a criação de um voucher de R$ 250 que seria ligado ao “novo Bolsa Família”, o Renda Brasil, para colocar os filhos em creches particulares.


O governo Bolsonaro apresentou nesta segunda-feira (20) uma contra-proposta sobre o Fundeb, que reduz o orçamento previsto no projeto apresentado na Câmara dos Deputados. O Planalto quer um quarto do valor previsto para o Renda Brasil.


O senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado, criticou o texto e afirmou que a proposta é “indecente”. “Ele quer tirar dinheiro do Fundeb para financiar um ‘voucher creche’. Quer falir um financiamento eficiente para dar esmola ao povo. Pior ainda, se esquivar da responsabilidade de garantir um futuro para o Brasil”, tuitou.


O educador Daniel Cara, professor da USP e líder da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, também criticou a proposta do governo e cobrou a aprovação imediata do relatório da Câmara, sem cessões ao governo.


“Nesse momento, o governo vai perder a votação do FUNDEB. Nesse momento, o mercado financeiro, seus vocalizadores educacionais e colunistas da grande imprensa defendem adiar a votação para se ‘chegar a um acordo’. Esse ‘acordo’ será contra a Educação pública. Não aceitamos”, tuitou.

Fonte: RevistaForum

 


 

21/07/2020 - Guedes promete entregar proposta para reforma tributária


O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que vai enviar ao Congresso nesta terça-feira (21) as sugestões do governo sobre a reforma tributária.


O ministro deve ir pessoalmente ao Parlamento entregar os textos nas mãos dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).


As sugestões vão se concentrar na unificação de impostos federais sobre o consumo. A ideia de um tributo sobre transações financeiras digitais não é consenso no Legislativo e só deverá ser entregue depois.

Fonte: Congresso em Foco

 


 

21/07/2020 - Senado deve analisar crédito para empresas


O Senado ainda definirá, em reunião de líderes, a pauta da semana. Há possibilidade de serem incluídas duas medidas provisórias aprovadas recentemente pela Câmara: a MP 934/20, que prevê a flexibilização dos dias letivos por causa dos efeitos da pandemia de covid-19, e a MP 975/20, que cria o Programa Emergencial de Acesso a Crédito para pequenas e médias empresas.


O texto original da 975 previa o enquadramento no programa para empresas que tiveram faturamento entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões em 2019. Mas a Câmara incluiu microempresas e microempreendedores individuais entre os beneficiários do programa.


Outra mudança feita pelos deputados foi a inclusão da possibilidade de microempreendedores e pequenas empresas, ou seja, que têm faturamento menor que R$ 4,8 milhões, terem acesso ao crédito por meio das maquininhas. O valor máximo feito pelo contratante é de R$ 50 mil.

Fonte: Congresso em Foco

 


 

21/07/2020 - Sem desoneração da folha, Brasil terá demissões em massa, diz Orlando


Deputado do PCdoB-SP foi o autor da proposta de prorrogação da medida, que beneficia 17 setores atingidos pela crise do coronavírus


Relator da proposta que estende a desoneração da folha de pagamentos até 2021, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que a intenção do governo de acabar com a medida em dezembro causaria demissões em massa a partir de janeiro. “Se o Congresso barrar a prorrogação da desoneração da folha, será instituído um programa de demissão”, afirmou o deputado.


Nesta semana, empresários que podem perder o benefício tributário intensificaram as articulações para prorrogar a medida, que está prevista para acabar no fim deste ano. Em carta enviada ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) defendeu a derrubada do veto. “O adiamento da desoneração da folha por um ano é medida imprescindível para a preservação de estruturas produtivas que abrangem milhões de empregos formais diretos, aos quais se somam milhões de postos de trabalho em suas redes de produção”, aponta o documento.


O objetivo da desoneração é reduzir encargos sobre a folha de empregados e, assim, estimular contratações. A medida permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% sobre a remuneração dos funcionários para a Previdência Social (contribuição patronal). Em troca, setores com elevado grau de mão de obra pagam menos aos cofres públicos.


Para fugir da responsabilidade, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) criou um argumento fantasioso: segundo a pasta, desde a reforma da Previdência, não dá para adotar medidas que possam reduzir a arrecadação de recursos do fundo que banca a aposentadoria dos trabalhadores do setor privado. Por isso, seria inconstitucional.


Um parecer da Mesa Diretora da Câmara, porém, contesta essa falácia e diz que a prorrogação estaria de acordo com a Constituição. Conforme o documento, como a desoneração da folha já existe, a medida poderia ser prorrogada, pois a reforma da Previdência impediria apenas a criação de novos benefícios.


Nota técnica da consultoria legislativa do Senado tem dupla interpretação. Segundo um dos entendimentos, a extensão pode ser considerada legal. O texto, porém, abre margem para a avaliação da equipe de Paulo Guedes, de que a medida seria inconstitucional. O documento reforçou em parlamentares a avaliação de que, se o Congresso derrubar o veto, haverá forte disputa no Supremo. Até a semana passada, Alcolumbre sinalizava estar disposto a reformar o ato de Bolsonaro.


Orlando Silva, autor da ideia de postergar a desoneração, também refuta a tese do governo, já que o Congresso se comprometeu a buscar fontes de recursos para compensar as perdas de arrecadação. “Tenho certeza de que o STF vai avalizar a decisão do Congresso, que foi unânime”, afirmou.


A medida de corte de custo trabalhista se encerraria em dezembro. Em junho, o Congresso aprovou a extensão do incentivo tributário por mais um ano, o que foi vetado por Bolsonaro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tem dito que, nas discussões do Orçamento de 2021, o Congresso deve encontrar uma forma de bancar a prorrogação da medida de incentivo ao emprego. Por isso, não haveria inconstitucionalidade.


Hoje, a medida beneficia 17 setores, como call center, informática, desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos. Também foram beneficiadas as áreas de comunicação, transporte rodoviário coletivo de passageiros, construção civil e de infraestrutura. Empresários desses setores – que reúnem cerca de 6 milhões de empregos diretos – dizem que não suportariam esse aumento de custo e que 1 milhão de pessoas poderiam perder os empregos caso o veto seja mantido.


Segundo Orlando, interlocutores de Bolsonaro chancelaram o acordo para que a desoneração fosse estendida até 2021. Inicialmente, o deputado propôs a prorrogação até o fim de 2022. “Houve entendimento dos líderes. O líder do governo [na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO)] encaminhou favoravelmente [à votação]”, afirmou o deputado.


De fato, na votação do tema, aliados de Bolsonaro não tentaram derrubar a postergação da desoneração da folha, apesar de a equipe econômica se manifestar nos bastidores, desde maio, contra a proposta. O clima no Congresso é contrário à decisão do presidente. Por isso, interlocutores do Palácio do Planalto tentam postergar a votação.


Para derrubar o veto é necessário o voto da maioria absoluta das duas Casas – 257 deputados e 41 senadores. Está prevista para a próxima semana uma reunião de líderes no Senado para decidir sobre quando o veto será analisado.

Com informações da Folha de S.Paulo

Fonte: Portal Vermelho

 


 

21/07/2020 - Sindicatos pedem que Ministério Público investigue racismo no McDonald’s


Funcionários da rede disseram ter sido chamados de “macaco”, “negrinha do cabelo ruim” e “preta suja”


Diversas entidades sindicais encaminharam ofício, nesta segunda-feira (20), ao Ministério Público do Trabalho (MPT), para que sejam investigados casos de racismo nas lojas do McDonald’s. A solicitação é motivada após funcionários relatarem terem sido chamados de “macaco”, “negrinha do cabelo ruim” e “preta suja”.


De acordo com o documento assinado pelas centrais CUT e UGT e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), a investigação pode revelar um cenário de abusos contra os trabalhadores, em sua maioria jovens, nas dependências da rede de fast food, a exemplo do que ocorre em outros locais do mundo. Na manhã desta segunda foi realizado um ato em frente a uma das lojas mais movimentadas da rede, na esquina das avenidas Rebouças e Henrique Schaumann, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.


A manifestação foi de apoio e solidariedade ao movimento Strike for Black Lives (Greve pelas Vidas Negras), que mobiliza trabalhadores de diversos setores nos Estados Unidos em protesto contra o racismo. No documento encaminhado ao MPT, as entidades relatam que, nos últimos dois anos, foram identificadas 16 ações judiciais individuais que descrevem casos de discriminação e racismo no McDonald’s. Principalmente, assinalam, em lojas da periferia da capital paulista.


Relatos de ofensas

“A maioria dos trabalhadores era menor de 18 anos na época. Os crimes incluem expressões pejorativas em relação à cor das vítimas, além de ofensas sobre o cabelo de algumas delas. Uma das profissionais foi impedida de trabalhar durante um evento internacional da rede de fast food por conta da cor da sua pele”, diz o ofício.


Em uma das denúncias, uma funcionária conta ter sido chamada pelo gerente de “negrinha do cabelo ruim”. Outro relata ter sido chamado de “negrinho burro da porra”. Uma terceira funcionária foi apelidada de “salon line”, marca de produtos para cabelos crespos. Há xingamentos de “macaca”, “babuína”, “pretinha suja”, “saci” e até um “volta pra favela, sua neguinha”.


Ao jornal Folha de S. Paulo, a Arcos Dorados, que opera as lojas brasileiras da rede, disse não poder comentar, pois não teria tido acesso ao ofício. “Reiteramos o nosso total compromisso com a manutenção de um ambiente de trabalho inclusivo e de respeito, não tolerando nenhuma prática de assédio ou discriminação”, disse a empresa, em nota.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

21/07/2020 - O que Vargas Netto diz aos Sindicatos ante ameaças


A grande luta no Brasil hoje é combater a pandemia provocada pela Covid-19. A doença, que contamina e mata, ameaça a todos, mas afeta especialmente os mais pobres. No caso dos trabalhadores, o risco é ainda maior nas atividades que lidam diretamente com o público – Saúde, Metroviários, Comerciários, Condutores, Entregadores por APP e pessoal dos Correios.


Portanto, na live desta sexta (17), na Agência Sindical, o jornalista João Franzin pediu ao convidado, João Guilherme Vargas Netto, falar a cada presidente de Sindicato do País.


SUA MENSAGEM:


“Presidente ou presidenta, considere a sua categoria, que lhe dá representatividade formal, como sua família ampliada. Quero dizer abertamente que admiraria hoje um dirigente que se comovesse pela aflitiva situação que os trabalhadores estão passando, assim como um pai e uma mãe de família se comovem com as dificuldades de seus filhos.


O povo está sofrendo. As famílias estão sofrendo. A minha palavra para cada dirigente sindical é: considere o seu representado, a sua base, mesmo aqueles que não são associados ao Sindicato, como se fossem da sua família. Se emocione, se indigne com as dificuldades que eles estão passando e, sobretudo, a partir da sua experiência, que é inegável, os ajude a passar o mais possível incólumes por essa tragédia, que é essa doença da Covid-19, e pelo caos social decorrente dela”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

20/07/2020 - Bolsonaro diz que tributação digital não é nova CPMF


O presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado (18) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteja querendo recriar a CPMF.


“O que o Paulo Guedes está propondo não é CPMF, é uma tributação digital pra financiar um programa”, disse o presidente da República, em conversa com apoiadores, após cerimônia de arreamento da Bandeira Brasileira.na entrada do Palácio da Alvorada.


Segundo Jair Bolsonaro, que estava do outro lado do espelho d'água, na parte interna do gramado do Alvorada, a ideia é que o novo tributo seja uma compensação para desonerar a folha de pagamento. “É uma compensação, é eliminar um montão de encargo em troca de outros”, disse.


A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias — exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas correntes de mesma titularidade — e vigorou no país por 11 anos.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/07/2020 - IBGE: desemprego atinge 13,1%, maior patamar desde 1ª medição na pandemia


A taxa de desemprego subiu para 13,1% na quarta semana de junho, em relação à semana anterior, alcançando o maior patamar desde o início de maio, quando o IBGE começou a medir os impactos da pandemia de coronavírus. Isso corresponde a 12,4 milhões de desempregados, com a queda na quantidade de pessoas ocupadas de 84 milhões para 82,5 milhões.


A quantia é equivalente a menos da metade da força de trabalho do país. Em consequência da queda na ocupação, também houve queda da informalidade, que ficou em 34,5% dos trabalhadores, atingindo 28,5 milhões pessoas.


E, de acordo com a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, também continuou caindo o número de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho presencial, passando de 11,1 milhões para 10,3 milhões. O que não necessariamente significa uma boa notícia.


Já 8,6 milhões pessoas estavam trabalhando de forma remota, o que representa 12,4% dos ocupados não afastados em virtude da pandemia, mantendo a estabilidade observada desde o início do levantamento. Já a quantidade de pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por causa da pandemia, ou da falta de opções onde vivem, caiu para 17,8 milhões.


A Pesquisa Pnad Covid também monitora desde maio quadros de síndrome gripal e chegou a reportar mais de 26 milhões de pessoas sintomáticas no início de maio.


Dessas, quase 80% não procuraram nenhum serviço de saúde. Já entre as cerca de 3 milhões de pessoas que procuraram atendimento médico, a maioria, 46,5%, se dirigiu a algum posto de saúde público e 119 mil chegaram a ficar internadas. O principal sintoma relatado foi dor de cabeça, por 7,2 milhões de pessoas, seguida por nariz entupido ou escorrendo e tosse.

Fonte: Portal EBC

 


 

20/07/2020 - Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica será lançada nesta terça-feira


Será lançada nesta terça-feira (21) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica.


Entre os objetivos do colegiado, coordenado pelo deputado João H. Campos (PSB-PE), está a criação de um programa assistencial de longa duração para ajudar a população a superar os efeitos da crise provocada pela pandemia de Covid-19.


"Muitas pessoas estão se perguntando como será o dia seguinte quando acabar o auxílio emergencial de R$ 600. É preciso revisitar e reforçar o Bolsa Família para pensar no público que não faz parte do programa social nem do mercado formal", afirma o parlamentar.


A solenidade de lançamento da frente ocorrerá às 10 horas, no plenário 1 da Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Câmara

 


 

20/07/2020 - Governo trama proposta alternativa e tenta jogar novo Fundeb para 2022


Governo não diz o que aconteceria com o Fundeb em 2021, o que cria um “apagão” para o financiamento e um colapso para a educação básica


Líderes de alguns partidos da Câmara dos Deputados receberam neste sábado (18) uma proposta alternativa do governo ao texto que está para ser votado nesta semana sobre o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Na prática, a contraproposta é uma manobra nefasta da gestão Jair Bolsonaro – o que já recebeu críticas de parlamentares e educadores.


Pela nova versão, descrita como “Cenário 1”, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) só entraria em vigor a partir de 2022, e não em 2021, como está no texto em tramitação na Câmara. O governo não diz o que aconteceria com o Fundeb em 2021. Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) afirmou que a proposta do governo cria um “apagão” para o financiamento e um colapso para a educação básica no Brasil no ano que vem.


Criado em 2007 como fundo temporário, o Fundeb tem vigência só até dezembro deste ano. A renovação é essencial para garantir o reforço de caixa de estados e municípios para investimentos da educação infantil ao ensino médio. A verba é usada para pagar desde salários dos professores até reformas de escolas. Em 2019, os recursos do fundo, irrigado por impostos estaduais, municipais e federais, equivaleram a R$ 166,6 bilhões.


No formato atual, a União complementa o fundo com 10% sobre o valor aportado por estados e municípios. O texto da relatora, deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), prevê um aumento escalonado que começaria em 12,5% em 2021 e chegaria a 20% em 2026. Porém, pela versão enviada pelo governo, o fundo seria retomado em 2022 com 12,5%, alcançando 20% apenas em 2027.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse considerar importante que haja Fundeb já no ano que vem. “A proposta [da relatora] está bem equilibrada. Tem questões que podem ser resolvidas e melhoradas até segunda ou terça-feira, mas começar um novo Fundeb no próximo ano é muito importante”, afirmou.


Transferência de renda

Há mais ciladas na contraproposta do governo. Uma delas prevê ainda que, dos dez pontos percentuais de aumento na participação da União, metade vá para “transferência direta de renda para famílias com crianças em idade escolar que se encontrem em situação de pobreza ou extrema pobreza”. Ou seja, os recursos não seriam destinados exatamente para o Fundeb – mas, sim, para o Renda Brasil, programa que o governo quem instituir para substituir o Bolsa Família.


A proposta na Câmara não prevê dinheiro para esse tipo de assistência. “O que o governo tenta fazer é utilizar o fato de o Fundeb estar fora da lei do teto [de gastos] e colocar uma parte desta transferência de renda numa PEC que é destinada para a educação, denuncia Priscila Cruz, presidente do Todos pela Educação.


Na avaliação do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a destinação de recursos para programas de transferência de renda “representa um claro desvirtuamento do propósito do Fundeb”. O Consed também acusa o governo de Bolsonaro de tentar eliminar “50% dos recursos novos a serem complementados pela União no novo Fundeb”.


Outros pontos

O governo quer limitar a até 70% o percentual do fundo destinado ao pagamento dos profissionais da educação básica. O texto na Câmara trata 70% como o percentual mínimo. Além disso, a contraproposta do governo quer liberar o uso do Fundeb para que estados e municípios paguem aposentadorias e pensões, o que é vedado pelo texto da relatora.


Para camuflar os índices insatisfatórios da educação básica no País, a gestão Bolsonaro também quer usar matrículas da rede privada do ensino infantil para cômputo do Fundeb. É um artifício descarado para assegurar o alcance das metas de universalização e ampliação da oferta de vagas na pré-escola e na creche. A PEC na Câmara não prevê essa brecha.

Com informações do G1

Fonte: Portal Vermelho

 


 

20/07/2020 - Flávio Bolsonaro será ouvido nesta segunda-feira pelo MPF sobre denúncias de seu suplente


De acordo com relato de Paulo Marinho à Folha, Flávio foi avisado da operação da PF que prendeu 22 pessoas, entre elas dez deputados estaduais da Alerj


O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) será ouvido pelo MPF (Ministério Público Federal) nesta segunda-feira (20), às 14h, em Brasília, na investigação que apura supostos vazamentos da Polícia Federal na Operação Furna da Onça.


De acordo com relato do empresário Paulo Marinho à Folha, o filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) teve conhecimento prévio da operação da PF que prendeu 22 pessoas, entre elas dez deputados estaduais da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).


Marinho é suplente de Flávio no Senado e cedeu sua casa para ser “quartel-general” da campanha de Bolsonaro para a Presidência.

 

A defesa de Flávio já informou que ele será ouvido por um procurador da República em Brasília, em “condição de testemunha”.


Por conta da prerrogativa do cargo que exerce, o local, a data e a hora em que gostaria de ser ouvido foram definidos pelo próprio senador.

Com informações do UOL

Fonte: RevistaForum

 


 

20/07/2020 - Brasil tem domingo com mais óbitos registrados e se aproxima das 80 mil mortes por coronavírus


Dados do Rio de Janeiro que entraram com atraso contribuíram para a alta, mas a média semanal já vinha mantendo patamar elevado


O Brasil registrou mais 716 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização do Ministério da Saúde neste domingo (19). O total de óbitos chega a 79.488.


Embora fins de semana costumem apresentar números mais baixos devido ao esquema de trabalho reduzido das equipes, este é o domingo com o maior registro de mortes desde o início da pandemia. Segundo o governo, um apagão nos dados do Rio de Janeiro, que acumulou os números do sábado e do domingo, contribuiu para o aumento. Antes, a maior alta em um domingo no país tinha sido no dia 21 de junho, quando foram contabilizadas 641 vítimas da covid-19.


Ainda de acordo com os dados do governo Jair Bolsonaro, de ontem para hoje foram confirmadas 23.529 novas infecções. O total de casos de covid-19 é de 2.098.389.

Fonte: RevistaForum

 


 

20/07/2020 - Auxílio-acidente não impede de receber benefício emergencial, diz juiz


O fato de o trabalhador que teve contrato de trabalho suspenso por 60 dias durante a epidemia receber auxílio-acidente não pode impedir o também recebimento do benefício emergencial instituído pelo governo, por conta da crise.


Com esse entendimento, o juiz Antonio Umberto de Souza Júnior, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, deferiu tutela de urgência em mandado de segurança para assegurar a uma trabalhadora que receba retroativamente a verba instituída pelo Ministério do Trabalho.


No caso, a trabalhadora teve o pedido negado pelo governo justamente por uma das únicas causas que não comprometem o recebimento do benefício emergencial, que foi instituído pela Lei 14.020/2020.


Seu artigo 6º, parágrafo 2º, diz que o benefício não será devido a servidor público ou trabalhador em cargo público de comissão; e àquele em gozo de benefício de prestação continuada do Regime Geral de Previdência Social, do seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades, e de bolsa de qualificação profissional.


“É compreensível que, em uma operação de tamanha magnitude como é o esforço governamental para pagamento do benefício emergencial a todos empregados com contratos suspensos ou com renda e horário reduzidos, possam ocorrer falhas gerais ou pontuais no exame da documentação anexada pelas empresas ou no cruzamento de dados nas bases oficiais”, avaliou a juíza.


“Mas as consequências de tais erros são insuportáveis para os empregados injustamente frustrados, sem atividade, com medo do desemprego rondando seu lar e sem nenhuma renda”, complementou, com ordem de, no prazo de três dias, afastar o óbice para o recebimento do benefício emergencial.

0000572-36.2020.5.10.0006

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

20/07/2020 - Cesta básica não é devida durante afastamento previdenciário


O auxílio-alimentação e a cesta básica não são devidos no período de suspensão do contrato de trabalho. Com esse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho absolveu uma empresa de pagar cesta básica durante o período de afastamento previdenciário de uma trabalhadora.


A empregada explicou na ação que, durante o afastamento, decorrente de lesões nos ombros e no tendão, entre outros, deixou de receber a cesta básica de alimentos habitualmente fornecida pela empresa. Por isso, pedia o pagamento de indenização no valor correspondente ao tempo em que ficou afastada por doença do trabalho.


Na contestação, a empresa argumentou que as cestas básicas, por norma interna, são prêmios por assiduidade e, se não há trabalho, por quaisquer motivos, o benefício não é entregue. Sustentou ainda que a lei não obriga o empregador a fazer o pagamento e, por isso, deve prevalecer a norma interna da empresa.


O juízo da Vara do Trabalho de Cambé reconheceu o caráter ocupacional da doença da empregada e concluiu, em relação à cesta básica, que as faltas decorriam do próprio exercício do trabalho em condições inadequadas. Também reconheceu a natureza salarial do benefício e sua integração à remuneração. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve a sentença.


A relatora do recurso no TST, ministra Delaíde Miranda Arantes, explicou que o afastamento do trabalho por motivo de auxílio-doença comum é causa suspensiva do contrato de trabalho, como dispõe o artigo 476 da CLT. Assim, no período de suspensão, de acordo com a jurisprudência do TST, não são devidos o auxílio-alimentação nem a cesta básica. A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

ARR-1815-57.2013.5.09.0242

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

17/07/2020 - Guedes ressuscita imposto semelhante à CPMF: "É feio, mas não é tão cruel"


CPMF digital pode ter alíquota com percentual de 0,2% a 0,4%. "Se todo mundo pagar um pouquinho, não precisa pagar muito", argumenta o ministro da Economia


O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou sua proposta de ressuscitar um imposto a ser cobrado nos moldes da antiga CPMF - que incida sobre as transações financeiras digitais. A proposta sofre resistência no Congresso e Guedes já admitiu isso.


Ele rebateu as críticas afirmando que o imposto "é feio, mas não é tão cruel" quando os outros e declarou que "se todo mundo pagar um pouquinho, não precisa pagar muito".


"A ideia é colocar uma terceira base [de arrecadação], sobre pagamentos, comércio eletrônico", declarou em entrevista à Rádio Jovem Pan na noite desta quarta-feira (15). "Acho que esse vai ser o debate para a frente. Vai entrar e vai ser conversado", acrescentou.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já declarou nesta quinta-feira (16) que a proposta "não passa no Congresso". Os dois almoçaram nesta quarta em Brasília e Guedes prometeu enviar à Câmara uma primeira proposta de reforma tributária do governo na próxima semana.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/07/2020 - Aprovada MP que cria programa de crédito para empresas pagarem salários


Os senadores aprovaram na quarta-feira (15) uma medida provisória que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos. A MP 944/2020 possibilita a concessão de crédito para as empresas pagarem salários. Segundo o senador Omar Aziz (PSD-AM),  relator da matéria, o programa é importante para o enfrentamento das consequências geradas pela pandemia do coronavírus.

Fonte: Agência Senado

 


 

17/07/2020 - Guedes prepara novo pacote de maldades para pós-pandemia


O ministro da Economia de Bolsonaro insiste na capitalização da Previdência e quer trocar salário mínimo por horas trabalhadas.


Após as turbulências da pandemia de coronavírus passarem, o ministro Paulo Guedes prepara um novo pacote de maldades para os brasileiros. Segundo matéria do UOL, ele deve voltar à carga com suas reformas econômicas, buscando implementar mais mudanças trabalhistas. Ele insiste na capitalização da Previdência, na qual cada trabalhador é que tem de poupar para a aposentadoria.


O modelo, que criou uma geração de idosos paupérrimos no Chile, foi rejeitado no debate da reforma da Previdência. O ministro também quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez de salário mensal. Guedes pretende criar um regime de trabalho mais “flexível”. Segundo o UOL, o governo deve enviar ao Congresso Nacional uma proposta para criar o regime de contratação por hora trabalhada.


Na prática, será definido um valor mínimo por hora trabalhada, com base no salário mínimo, precarizando ainda mais os trabalhadores. Hoje já existe o trabalho intermitente, pago por hora. Mas no regime intermitente não é possível que o contrato seja contínuo e sem intervalos.


A ideia original era de que no regime de hora trabalhada não existissem férias remuneradas, 13º salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).Entretanto, técnicos da equipe econômica alertaram que esses benefícios são constitucionais, e a maldade sofreria grande oposição dos parlamentares.


Guedes deseja ainda a unificação do Bolsa-Família com outros benefícios criando o Renda Brasil, na tentativa de aproximar o governo neoliberal de Jair Bolsonaro da população mais pobre.

Fonte: UOL

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/07/2020 - Fim do auxílio emergencial deve pressionar taxa de desemprego


Com nível recorde de pessoas fora do mercado de trabalho, devido ao isolamento social e também à garantia de uma renda mínima, a volta desses trabalhadores à busca por ocupação terá impacto sobre os números oficiais.


A perda de ocupação entre os trabalhadores informais em meio à pandemia é mais que o dobro daquela registrada para empregados formais. A informação está em estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), divulgado nesta quinta-feira (16) pela Folha de S.Paulo.


Com nível recorde de pessoas fora do mercado de trabalho, devido ao isolamento social e também à garantia de uma renda mínima pelo auxílio emergencial, a volta desses trabalhadores à busca por ocupação deve pressionar a taxa de desemprego nos próximos meses.


A taxa de desocupação estava em 12,9% no trimestre encerrado em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima dos 11,6% registrados até fevereiro, antes do início das medidas de distanciamento social para enfrentamento à Covid-19. Para especialistas, fatores como o auxílio emergencial estão impedindo que a taxa oficial de desemprego seja maior.


Segundo a Folha, os pesquisadores Paulo Peruchetti, Tiago Martins e Daniel Duque, do Ibre-FGV, analisam a variação da população ocupada para mensurar os efeitos da crise sobre o emprego. E para avaliar o que está acontecendo mês a mês, usaram uma metodologia desenvolvida pelo Banco Central que permite mensalizar a Pnad Contínua, do IBGE com base em trimestres móveis.


Segundo o estudo, a população ocupada brasileira somava 83,4 milhões de pessoas em maio, ante 93,5 milhões no mesmo mês de 2019, uma queda de 10,7%, recorde na série histórica iniciada em 2012. Entre os informais, a redução da ocupação foi de 15,1% em maio, comparada a recuo de 6,7% entre os formais.


O número de informais despencou de 44,9 milhões em maio de 2019, para 38,1 milhões em maio desse ano, com 6,8 milhões a menos de trabalhadores informais ocupados. Já os formais diminuíram de 48,7 milhões para 45,4 milhões, uma perda de 3,3 milhões de ocupações.


O jornal destaca que, na crise de 2014 a 2016, a informalidade funcionou como um “colchão” para o mercado de trabalho, absorvendo parte dos trabalhadores que perderam vagas no mercado formal. Em meio ao isolamento social, o emprego informal não consegue cumprir essa função, por ser o mais afetado pelas medidas de distanciamento.


Procurado pelo Vermelho, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, consultor em trabalho, corrobora que com a crescente flexibilização do isolamento e o fim do auxílio emergencial, a perspectiva é que esses trabalhadores informais tentem voltar ao mercado, engrossando a taxa de desemprego. “É muito provável que tenha informal recebendo auxílio que já está procurando postos de trabalho”, diz.


Ele afirma, ainda, que o mercado de trabalho deve mudar no pós-pandemia, pois mudanças que já estavam em curso foram aceleradas devido à necessidade de fazer isolamento. Entre elas, o trabalho home office e o uso de tecnologia no trabalho – com a explosão, por exemplo, das vendas online.


“Acho que uma mudança grande é a expansão da tecnologia, que fará com que algumas atividades sejam substituídas. O resultado líquido disso no curto prazo tende a ser desfavorável para o emprego. O que não quer dizer que não surjam outras ocupações para dar conta das novas demandas”, avalia.


Clemente ressalta que medidas podem ser tomadas para mitigar o impacto negativo sobre os trabalhadores e a economia. “Vai depender do que se venha a fazer, como reduzir as jornadas de trabalho, incorporando o ganho de produtividade que a tecnologia traz”.

Com informações da Folha de S.Paulo

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/07/2020 - Chegou o momento em que as causas têm que liderar os movimentos, afirma Paim


Para senador, rejeição a medidas de flexibilização trabalhista podem ser brecha para

retomada do diálogo para buscar medidas efetivas de retomada econômica


A oposição ganhou alento com a retirada de pauta, quarta-feira (15), do projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 927. O texto, que acentuava a flexibilização trabalhista, perderá a validade no próximo domingo. Isso já havia acontecido com a MP 905, do contrato de trabalho “verde e amarelo”. Para o vice-líder do PT no Senado, Paulo Paim (RS), é um “termômetro positivo” para medir a situação. E pode abrir espaço para um efetivo diálogo que busque a retomada da atividade econômica.


“Uma é consequência da outra”, diz Paim, sobre as MPs. Segundo ele, setores do próprio governo consideraram que a 927 era “um exagero, com efeitos inclusive sobre a arrecadação, com impacto na Previdência e no FGTS, por exemplo. E acumula itens negativos: pagamento parcial de dívidas em caso de falência, parcelamento em cinco anos de débitos trabalhistas, dispensa de exames de saúde, banco de horas pós pandemia e prevalência de acordos individuais. “Trabalho escravo contemporâneo”, resume. “Acho que até um setor do empresariado achou que dera demais. Era uma MP 100% pró empregador.”


Na sessão remota desta quarta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu retirar a matéria da pauta depois de ouvir diversos líderes partidários. Aprovada em 17 de junho na Câmara, o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 18, originário da MP 927, foi motivo de desentendimento constante, apesar de esforços do relator, senador Irajá (PSD-TO), de acordo com os colegas. “Ele diminuiu os danos”, afirma Paim. Foram apresentadas 1.082 emendas, 12 das quais acolhidas.


Trabalho e renda

“Quando não se tem entendimento, é praticamente impossível votar MP ou uma matéria com a complexidade dessas”, disse Alcolumbre, para quem o sistema remoto pode ter dificultado ainda mais um acordo. O líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que faltou argumento por parte da própria ala governista para convencer a Casa.


Bezerra foi um dos senadores que conversaram separadamente com Paim sobre os vários problemas relacionados à MP 927. “O apelo foi geral. Prevaleceu o bom senso”, afirma o senador petista. Ele acredita que o governo tentará novas medidas de flexibilização, mas talvez sem a mesma intensidade.


Iniciativas dessa natureza, como a própria “reforma” trabalhista de 2017, não fazem a economia reagir, afirma Paim. “Tirar o poder aquisitivo do trabalhador enfraquece o mercado interno.” O mercado de trabalho e a atividade econômica mostraram bons resultados com ações de estímulo, como a política de valorização do salário mínimo e de apoio ao trabalho e à renda.


“Pelear para acontecer”

Agora, o senador avalia que é possível estabelecer um canal de conversas em busca de entendimento – e fala em “pelear para acontecer”. “Independentemente dessas posições demonstradas pelo governo, neste momento, pelo tamanho da crise, mais do que nunca é preciso retomar o diálogo. Com empresário, com trabalhador, OAB, CNBB, Igreja, evangélicos. Vamos ter de chegar no pós-guerra”, diz Paim. “A disputa partidária, legítima, acontecerá. Mas neste momento nosso povo está morrendo.”


Assim, a prioridade é buscar soluções para a crise política, econômica e social. O Congresso até pode estabelecer diálogo com Executivo, Judiciário e sociedade, mas Paim refuta a ideia de que alguém, ou alguma instituição, liderará esse processo. “Chegou o momento, no Brasil, em que as causas têm que liderar os movimentos”, argumenta.


As causas são, segundo ele: derrotar o “inimigo” (coronavírus), cuidar da área social, preservar o meio ambiente e estabelecer condições para a retomada da economia. “Esse é o leque vai aproximar pessoas. O momento é propício para dialogar.”


O senador acredita que o próprio Executivo, apesar de suas ações e afirmações, tem percebido essa necessidade. “Não vai ficar eternamente nesse ‘nós e eles'”, diz Paim. Ao mesmo tempo, ele vê dificuldade para que um processo de impeachment avance no parlamento. “Acho que não há clima para impeachment dentro do Congresso. Há clima para salvar vidas.”

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/07/2020 - Mais de 700 mil empresas encerraram atividades na pandemia. Quase todas de pequeno porte


Segundo o IBGE, 2,7 milhões de um total de 4 milhões funcionavam integral ou parcialmente. E 35% demitiram funcionários


Perto de 18% das empresas brasileiras, ou 716,4 mil, encerraram atividades no período da pandemia – nem todas diretamente devido à crise –, aponta levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pelo IBGE. De um total de 4 milhões de empresas na primeira quinzena do mês passado, 2,7 milhões (67,4%) estavam em funcionamento total ou parcial e 610,3 mil (15%) fechadas temporariamente. A crise atinge, basicamente, as de pequeno porte: 99,8% do total. Segundo o instituto, muitas reportaram dificuldade de se manter mesmo antes da pandemia.


“Os dados sinalizam que a covid-19 impactou mais fortemente segmentos que, para a realização de suas atividades, não podem prescindir do contato pessoal, têm baixa produtividade e são intensivos em trabalho, como os serviços prestados às famílias”, diz Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE. Entre os segmentos, ele destaca bares e restaurantes, hospedagem e construção.


Entre as 1,3 milhão de empresas com atividades encerradas temporária ou definitivamente na primeira quinzena de junho, 39,4% apontaram as restrições provocadas pela pandemia como causa. A proporção foi um pouco maior (40,9%) no comércio do que nos serviços (39,4%), na construção (37%) e na área industrial (35,1%). E 552,7 mil fecharam de vez por causa da pandemia, sendo 99,2% de pequeno porte (até 49 empregados).


Setores

A maioria, 70%, relatou impacto negativo em razão da crise sanitária. Essa também foi a proporção da queda nas vendas ou nos serviços prestados. E 35% reduziram mão de obra.


Entre os setores atingidos, a maior parte das empresas definitivamente fechadas devido à crise (46,7%, ou 334,3 mil) se concentra no de serviços. O comércio representa 36,5% do total, ou 261,6 mil. Depois vêm a construção (9,6%, ou 68,7%) e a indústria (7,2%, ou 51,7 mil).


Demissões

De acordo com a pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, cujos resultados iniciais são divulgados hoje pelo IBGE, 61,2% das empresas pesquisadas informaram ter mantido o número de funcionários em relação ao início de março. Mas quase 950 mil (34,6% do total) fizeram cortes, enquanto 3,8% disseram ter feito contratações.


Das 948,8 mil que diminuíram mão de obra, 37,6% demitiram até 25% dos funcionários. Quase um terço (32,4%) dispensaram de 26% até 50%. E 29,7% cortaram mais da metade dos empregados.


Segundo a pesquisa, 70,7% das empresas em funcionamento apontaram queda nas vendas ou nos serviços em relação ao movimento registrado em março. Outras 17,9% disseram ter registrado efeito pequeno ou inexistente. E 10,6% relataram aumento nas vendas.


Queda nas vendas

A retração na primeira metade de junho foi sentida mais pelas companhias de pequeno porte: 70,9% tiveram diminuição das vendas, ante 62,9% das intermediárias e 58,7% das grandes. Entre os setores de atividade, os resultados são relativamente próximos: recuo de 73,1% na construção, 71,9% nos serviços, 70,8% no comércio e 65,3% na indústria.


De acordo com o IBGE, 63% das companhias citaram dificuldade de fabricar produtos ou de atender clientes, enquanto 60,8% encontraram problemas no acesso aos fornecedores e 63,7% enfrentaram obstáculos para realizar pagamentos de rotina.


O IBGE estima em 1,2 milhão (44,5% do total) de empresas em funcionamento que adiaram o pagamento de impostos desde março. Pouco mais da metade (51,9%) considerou ter recebido apoio do governo nessa questão. Foram 347,7 mil (12,7%) as que conseguiram crédito emergencial para pagamento da folha. Um terço alterou o método de entrega de produtos ou serviços, o que inclui mudança para atendimento on-line.


Mais de 91% adotaram medidas adicionais de higiene e fizeram campanhas de informação e prevenção. E 38,4% adotaram medidas relacionadas ao teletrabalho, enquanto 35,6% anteciparam férias dos funcionários.


O instituto divulgará dados quinzenalmente. Essas informações ficarão disponíveis no site covid19.ibge.gov.br.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

16/07/2020 - Sem acordo, Senado deixa caducar MP que altera regras trabalhistas na pandemia


O Senado Federal irá deixar caducar a medida provisória que altera a legislação trabalhista durante a pandemia (MP 927/2020). “Quando não se tem o entendimento. É praticamente impossível votar uma matéria como essa”, disse o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).


Foram recebidas mais de mil emendas e havia uma série de divergências. Segundo ele, um elemento a mais que dificultou a chegada a um acordo foi o sistema remoto. O relator no Senado era Irajá Abreu (PSD-TO), que tinha apresentado um parecer na semana passada com uma série de modificações no texto aprovado pela Câmara. Os líderes consideram, no entanto não ser possível avançar em direção a um texto de consenso.


A versão original da MP 927 prevê antecipação de férias individuais e de feriados, concessão de férias coletivas e regulamenta o teletrabalho. A versão aprovada pela Câmara permite que empresas atrasem o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por três meses, de abril a junho deste ano. O relator no Senado propôs que essa suspensão ocorra durante todo o período de calamidade, portanto, até dezembro de 2020. Os valores atrasados serão depositados em 2021, em 12 parcelas mensais e sem correção monetária, multa ou outros encargos.


O relatório do senador Irajá suspendia os recolhimentos de impostos pagos por empresas, tais como o salário-educação, as contribuições previdenciárias e as contribuições decorrentes dos Riscos Ambientais de Trabalho.


“Vou me curvar à maioria. Nós não deliberaremos essa MP nem hoje nem amanhã”, disse Alcolumbre. Crítica à medida do Poder Executivo, a oposição considerou tratar-se uma minirreforma trabalhista. Mesmo os favoráveis à votação da MP consideraram que não haveria tempo hábil para análise das mudanças pelos deputados, que já fizeram uma primeira rodada de votação. A MP perde validade no próximo domingo (19).


Para o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), a medida é controversa e não deve ser votada neste momento pelo potencial de causar prejuízos. “Muitas vezes a intenção é beneficiar os trabalhadores, mas acabamos por prejudicá-los”, avaliou.


O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lamentou a não votação da medida provisória e disse que a liderança do governo falhou ao não conseguir mostrar a importância da medida. “Falou argumento por parte da liderança do governo para um convencimento para que a medida provisória pudesse ser deliberada”, reconheceu.

Fonte: Congresso em Foco

 


 

16/07/2020 - Guedes quer acabar com salário mensal: trabalho será pago por hora e precarização será a regra


Equipe econômica prepara-se para implementar projeto que, na prática, acaba com o salário mensal e estabelece a precarização como regra: a remuneração passará a ser por hora. Guedes pretende acabar com as férias remuneradas, 13º salário e FGTS no novo regime de trabalho


O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer liquidar de vez com o regime de trabalho vigente no país e inaugurar o tempo do regime de contratação por hora trabalhada, acabando com o salário mensal. Se o projeto for realizado, todos os trabalhadores do país serão precarizados, como os entregadores dos aplicativos.


Segundo o jornalista Antonio Temóteo, do UOL, o governo deve enviar ao Congresso Nacional uma proposta para criar o regime de contratação por hora trabalhada. Seria definido um valor mínimo por hora trabalhada, com base no salário mínimo, mas pode haver uma regulação “selvagem”, sem qualquer garantia para os trabalhadores.. Hoje já existe o trabalho intermitente, pago por hora, resultante da reforma nas relações de trabalho inaugura no governo Temer, depois do golpe contra Dilma Rousseff.


A ideia de Guedes é que o regime de hora trabalhada acabe com direitos como férias remuneradas, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Entretanto, técnicos da equipe econômica têm alertado que esses benefícios são constitucionais, e a proposta dificilmente será aprovada no Congresso. Para os técnicos, os valores de férias, 13º e FGTS devem ser calculados proporcionalmente, com base nas horas trabalhadas.

Fonte: Brasil247

 


 

16/07/2020 - Dieese: decreto que permite recontratação traz risco de redução salarial


Com a medida, trabalhadores poderão ser recontratados com salários menores, pratica antes considerada fraude trabalhista


O governo Bolsonaro editou, nesta terça-feira (14), decreto que permite a recontratação de trabalhadores demitidos durante a pandemia. Desde 1992, demissão sem justa causa seguida de recontratação, em menos de 90 dias, configurava fraude trabalhista. Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, é mais um ataque a direitos trabalhistas, pois o decreto abre possibilidade de recontratação com salários menores.


“Na prática, vai permitir que as empresas demitam trabalhadores e recontratem com salários mais baixos. É mais uma dessas medidas que o governo vem editando na direção de retirada dos direitos dos trabalhadores”, afirmou Fausto em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta quarta-feira (15).


Ele acredita que um dos principais desafios do movimento sindical no pós-pandemia será evitar que se tornem permanentes a retirada desses e outros direitos. Ou seja, Bolsonaro vem se aproveitando do estado de calamidade para fazer valer a sua máxima de que “é melhor ter emprego do que direitos”.


“Vamos ter uma grande disputa, mais para frente, para que nenhuma dessas medidas, de fato, se consolide como uma nova reforma trabalhista”, afirmou.


Suspensão temporária

Além da recontratação dos demitidos, o governo prorrogou a possibilidade de redução de jornada e salários e suspensão dos contratos durante a pandemia. Antes prevista por 90 dias, as reduções de jornada poderão chegar a até 120 dias. Por outro lado, as suspensões de contrato, que valiam por dois meses, poderão ser prorrogadas por dois.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

16/07/2020 - Mais de 70% dos trabalhadores temem perder ocupação


Informação é de pesquisa feita para a CNI


Sete em cada dez trabalhadores formais e informais (71%) têm “algum medo” de perder a ocupação de onde tiram o sustento. A mesma proporção informa ter reduzidos os gastos mensais desde o início da pandemia de covid-19.


As informações são de pesquisa de opinião realizada para a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados foram apurados em levantamento por telefone, realizado entre 10 e 13 de julho em todas as unidades da Federação.


Na enquete anterior, feita em maio, a proporção de pessoas preocupadas com a manutenção do trabalho era de 77%, e o percentual de quem reduziu o consumo, 74%.


Segundo nota da CNI, “o nível reduzido de consumo tende a ser mantido mesmo após o fim do isolamento social”. A maioria dos entrevistados acredita que vai manter o atual patamar de consumo entre 15 tipos de produtos industrializados - desde itens como roupas, produtos de higiene pessoal até bebidas alcoólicas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.


“Para se ter uma ideia, os itens que mais devem ter crescimento de consumo no pós-isolamento são as roupas. Mesmo assim, apenas 21% dos entrevistados afirmaram que pretendem ampliar o consumo desses produtos”, diz a nota da confederação.


A pesquisa também verificou que para 67% dos entrevistados a recuperação da economia ainda não começou - sendo que 61% calculam que ela vai demorar pelo menos um ano para ocorrer. Três de cada dez das pessoas ouvidas (31%) disseram que perderam parte ou a renda integral antes da covid-19.


O levantamento ainda verificou que o medo de ser infectado pelo novo coronavírus alcança 47% das pessoas entrevistadas, seis pontos percentuais a menos do que em maio. A redução do temor não fez ceder o amplo apoio às medidas de isolamento social (84%). Conforme a CNI, “o grupo das pessoas que saem de casa apenas para ações essenciais, como fazer compras ou trabalhar, aumentou de 58% para 67% entre maio e julho.”


Nesse período, houve recuo de oito pontos percentuais na proporção de pessoas que se dizem endividadas, de 53% para 45%. A maioria (62%) que se diz endividada afirma que vai conseguir quitar os compromissos em 30 dias.


Um terço dos entrevistados pediu e está recebendo auxílio emergencial. Entre esses, 57% usaram o dinheiro para fazer compras e 35% aproveitaram o valor para pagar dívidas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

16/07/2020 - PIB caiu 10,5% no trimestre encerrado em maio


Queda em maio foi de 13,3% em relação ao mesmo mês de 2019


O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, recuou 10,5% no trimestre encerrado em maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a queda chegou a 9,4%. Os dados são do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV).


Considerando-se apenas o mês de maio, houve queda de 13,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Houve alta de 0,7% na comparação com abril deste ano, quando, segundo a FGV, a crise econômica causada pela pandemia de covid-19 teve seu pior momento.


Na comparação do trimestre encerrado em maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o consumo das famílias caiu 10,1% e a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, recuou 17,1%.


A exportação de bens e serviços apresentou queda de 1,3%, enquanto as importações recuaram 5,2% no mesmo período.

Fonte: Agência Brasil

 


 

16/07/2020 - Bolsonaro veta cortes em contribuições das empresas ao Sistema S


O presidente Jair Bolsonaro vetou artigo do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2020, proveniente da Medida Provisória (MP) 932/2020, que cortou pela metade as contribuições obrigatórias das empresas para financiamento de serviços sociais autônomos, instituições do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar e Sescoop).


A matéria foi aprovada em votação simbólica no Senado no dia 23 de junho. Do texto do PLV que saiu do Congresso Nacional foi mantido na sanção da Lei 14.025, de 2020, trecho que prevê obrigação de o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destinar ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas no mínimo 50% dos recursos que forem repassados pela arrecadação adicional de contribuição dos meses de abril, maio e junho. A MP não mudou a alíquota de contribuição dos empregadores ao Sebrae.


A sanção foi publicada com o veto na edição desta quarta-feira (15) do Diário Oficial da União. O veto ainda vai passar por votação no Congresso, que poderá derrubá-lo ou mantê-lo.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/07/2020 - Câmara aprova proposta que impede bloqueio judicial do auxílio de R$ 600


O auxílio emergencial somente poderá ser bloqueado no caso de dívida com pensão alimentícia, em até 50% da parcela mensal


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) proposta que impede a Justiça de bloquear, em razão de dívidas, o auxílio emergencial de R$ 600 pago em decorrência da pandemia de Covid-19. A exceção é o caso de pensão alimentícia, no limite de até 50% da parcela mensal. O texto segue para análise do Senado.


O Projeto de Lei 2801/20, dos deputados Alexandre Leite (DEM-SP), Luis Miranda (DEM-DF) e Efraim Filho (DEM-PB), foi aprovado na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). “Muitos não terão como colocar comida na mesa se o socorro for bloqueado judicialmente”, disse.


O substitutivo confere natureza alimentar ao auxílio emergencial. Ao alterar a Lei 13.982/20, também proíbe bloqueio ou penhora de outros benefícios para distribuição direta de renda enquanto perdurar o estado de calamidade pública em razão do novo coronavírus. Nesses outros casos, também será possível eventual desconto de pensão alimentícia.


O relator disse que a Justiça havia declarado bloqueios sobre o auxílio emergencial, o que levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a rejeitar esse tipo de medida durante a pandemia no País. O CNJ também já rechaçou a hipótese de penhora.


Desbloqueio

No Plenário, o deputado Luis Miranda, um dos coautores da proposta, agradeceu a aprovação. “Pessoas perderam seu benefício, único dinheiro para colocar comida na mesa, para bancos. O nome já deixa claro que o auxílio é emergencial”, afirmou.


Luis Miranda lembrou que o governo federal prorrogou o auxílio emergencial e que, futuramente, o Congresso Nacional poderá adotar medidas nessa mesma linha.


A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria, afirmou que o projeto é importante para “que o pleno auxílio seja utilizado sem penhoras nem confisco pelo sistema financeiro”.

Fonte: Agência Câmara

 


 

16/07/2020 - TST divulga novos valores dos limites de depósito recursal


O Tribunal Superior do Trabalho divulgou os valores referentes aos limites de depósito recursal que passarão a vigorar a partir de 1º de agosto de 2020. Pela nova tabela, o limite para a interposição de recurso ordinário passa a ser de R$ 10.059,15.


Nos casos de recurso de revista, embargos, recurso extraordinário e recurso em ação rescisória, o valor será de R$ 20.118,30.


Os novos valores constam no Ato 287/2020 e foram reajustados pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor — INPC/IBGE no período de julho de 2019 a junho de 2020, de 2,35%. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

15/07/2020 - Paulo Guedes vai usar “Bolsa Família” de Bolsonaro para criar nova CPMF


Em encontro com bancada bolsonarista do Centrão, Guedes traçou a estratégia para aprovação do novo imposto e sinalizou que vai insistir na proposta de criação de aposentadoria privada


Em conversa com a bancada bolsonarista do Centrão nesta terça-feira (14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que quer usar o Renda Brasil como álibi para cooptar parlamentares para aprovar a criação de um novo imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, a CPMF.


O Renda Brasil é uma proposta de remodelagem de marketing para apagar a memória do Bolsa Família, criado em 2003 no governo Lula (PT).


Em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), que comanda a negociata de cargos de Bolsonaro junto aos políticos do centrão, disse que a ideia de Guedes é usar o discurso de que o novo imposto vai bancar o projeto social do governo.


Avanço neoliberal

Além de recriar a nova CPMF, Guedes já estuda retomar uma série de projetos neoliberais assim que for decretado o fim da pandemia do coronavírus.


Mesmo diante da crise econômica e do desemprego agravado pela Covid-19, o ministro da Economia vai insistir na criação de um regime de capitalização da Previdência, para privilegiar bancos, que ficariam responsáveis para oferecer ao trabalhador um regime própria de aposentadoria aos trabalhadores.


Guedes também vai insistir na proposta de contratação de trabalhadores por hora em regime intermitente. A ideia original era oferecer o modelo de contrato sem férias, 13º salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Fonte: RevistaForum

 


 

15/07/2020 - Pesquisa Vox Populi: maioria atribui a Bolsonaro a responsabilidade pelas crises na saúde e na economia


Pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira (14) indica que a maioria da população atribui a Bolsonaro a responsabilidade pela crise sanitária decorrentes da pandemia do coronavírus e pela crise econômica nacional. 49% consideram negativo o desempenho de Bolsonaro no combate à epidemia. 69% consideram que a crise econômica atual é a pior da história.


A pesquisa nacional Vox Populi foi realizada entre 25 de junho e 3 de julho. Foram realizadas 1.500 entrevistas por telefone.


Enquanto 49% consideram negativo o comportamento de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, o percentual dos que consideram positivo e regular está empatado: 24%.


O desempenho de Bolsonaro no governo é considerado negativo por 44%, positivo por 31% e regular por 23%. Na pesquisa anterior, em abril, 38% consideravam o desempenho negativo. Enquanto 35% dos homens consideram o desempenho de Bolsonaro negativo, é maioria absoluta entre as mulheres a rejeição: 51%.

Fonte: Brasil247

 


 

15/07/2020 - Governo federal prorroga prazo para acordos de redução de salário e jornada


O governo federal prorrogou o prazo para celebração de acordos de redução de salários e jornada de trabalho, medida adotada para combater os efeitos da crise causada pela Covid-19. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (14/7).


Inicialmente, o programa previa a possibilidade da suspensão dos contratos por até dois meses e a da redução de jornada e salários em até 70% por até três meses. Agora, o prazo para todas essas medidas foi estendido para 120 dias.


De acordo com o Decreto 10.422, a suspensão do contrato de trabalho poderá ser feita de modo fracionado, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que os períodos não sejam inferiores a dez dias e que o prazo total não supere 120 dias.


Além disso, o decreto determinou que o empregado com contrato de trabalho intermitente poderá receber o benefício emergencial mensal de R$ 600 pelo período adicional de um mês, contado a partir da data de encerramento dos três meses iniciais do benefício.


De acordo com o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, os trabalhadores beneficiados manterão seus empregos pelo período de vigência da medida e pelo mesmo espaço de tempo depois que o acordo acabar.

 

Clique aqui para ler o decreto

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

15/07/2020 - Portaria autoriza que demitidos sejam recontratados por salário mais baixo


O governo federal editou nesta terça-feira (14/7) a Portaria 16.655/20, que autoriza empresas a recontratarem imediatamente funcionários demitidos durante o período de calamidade pública sem que isso configure fraude trabalhista.


A medida altera norma em vigência desde 1992 (Portaria 384/92), segundo a qual demitidos sem justa causa só podem ser readmitidos após transcorrido o prazo de 90 dias. O descumprimento de tal previsão é considerado infração, conforme prevê a Lei 8.036/90.


"Durante o estado de calamidade pública não se presumirá fraudulenta a rescisão de contrato de trabalho sem justa causa seguida de recontratação dentro dos noventa dias subsequentes à data em que formalmente a rescisão se operou, desde que mantidos os mesmos termos do contrato rescindido", afirma o artigo 1º da portaria publicada nesta terça-feira.


O parágrafo único, entretanto, permite que a recontratação ocorra de modo diverso aos termos do contrato rescindido quando houver previsão para tanto em instrumento de negociação coletiva. Na prática, isso significa que os trabalhadores podem ser demitidos e, na sequência, readmitidos com salários mais baixos.


Segundo Ricardo Calcini, professor de pós-graduação da FMU e organizador do e-book Coronavírus e os Impactos Trabalhistas, afirma que, com o diploma mantidos os mesmos benefícios do contrato anterior, fica afastada a presunção de fraude.


"A negociação coletiva, porém, pode dispor de forma contrária, permitindo, por exemplo, a redução de salário, retirada de benefícios, entre outros. Vai depender necessariamente da chancela do sindicato da categoria profissional, via ACT ou CCT", explica.


"Facilitação"

A portaria é assinada por Bruno Bianco, secretário especial da Previdência e Trabalho, e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, entrando em vigor imediatamente.


De acordo com o secretário, a medida "vai facilitar a recontratação de trabalhadores demitidos para possibilitar uma recuperação mais rápida no mercado de trabalho".


Já o Ministério da Economia informou que haverá "ostensiva fiscalização" para apurar possibilidades de fraudes e fixar penalidades às empresas que cometerem infrações.


Clique aqui para ler a portaria

Portaria 16.655/20

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

15/07/2020 - Pauta desta quarta tem três MPs de enfrentamento de impactos econômicos da covid-19

 

Três medidas provisórias de mitigação dos impactos econômicos decorrentes da pandemia de coronavírus estão na pauta do Senado desta quarta-feira (15), às 16h. São medidas emergenciais para a aviação civil brasileira, de suporte a empregos e a que muda as regras trabalhistas para evitar demissões.


Volta à pauta o projeto de lei de conversão (PLV) 18/2020, derivado da Medida Provisória 927/2020,  que altera as regras trabalhistas durante o período da pandemia. A MP, cuja validade termina no dia 19, é criticada por alguns senadores, e por isso teve a votação adiada para esta semana.


A matéria foi relatada pelo senador Irajá (PSD-TO), que apresentou 11 emendas, acatando parcialmente algumas das 1.082 sugestões oferecidas ao texto. Ele disse ter buscado consenso e salientou que ainda há tempo de o Senado aprovar a MP, para que retorne à análise da Câmara e o texto não perca a validade.


— Grande parte das medidas implementadas pela MP 927 merece a chancela deste Parlamento, por evitar a demissão do empregado e possibilitar ao empregador aliviar os encargos financeiros incidentes sobre a sua atividade econômica — defendeu Irajá.


A MP 927 estabelece, entre outras coisas, que acordo individual entre o empregado e o empregador deve se sobrepor a leis e acordos coletivos, respeitados os limites estabelecidos na Constituição. O empregador também poderá optar por celebrar acordo coletivo ou convenção coletiva com o sindicato da categoria.


De acordo com o texto, as iniciativas poderão ser aplicadas aos empregados contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aos contratos temporários urbanos e aos contratos do meio rural. Também poderão ser aplicadas aos empregados domésticos em relação a bancos de horas, férias e jornada.


Além disso, o relator considerou as dificuldades que as empresas enfrentam para pagar débitos trabalhistas em processo de execução em tempos de pandemia e concedeu mais flexibilidade de prazos, com possibilidade de negociação desses valores. O texto ampliou a concessão, aos empregadores executados, de um prazo de 60 meses de parcelamento, limitando o direito ao período da calamidade pública.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

15/07/2020 - Congresso está na iminência de derrotar Bolsonaro e manter desoneração


Na avaliação de parlamentares, manter desoneração da folha de pagamento até 2021 é importante para manter empregos em cenário pós-pandemia.


A Câmara dos Deputados já tem maioria para derrubar o veto de Jair Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos até o fim de 2021, segundo levantamento da consultoria política Arko Advice, 377 deputados e 39 senadores são favoráveis à derrubada. São necessários votos de 257 deputados e 41 senadores para a derrota do governo.


Empresários também estão mobilizados em defesa da prorrogação da medida, que atende 17 setores da economia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido deixar o debate para a reforma tributária, com a troca dos encargos sobre a folha de salários por um tributo sobre transações digitais, nos moldes da antiga CPMF.


Parlamentares pressionam o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a pautar uma sessão conjunta das duas Casas para apreciação desse e outros vetos presidenciais na quinta-feira (16).


Esta tarde o site Poder360 afirmou que está sendo ventilada outra possibilidade para evitar uma derrota. O governo pretenderia renovar a desoneração por mais seis meses, com menos custo fiscal.


No entanto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não recebeu nenhuma proposta de acordo. “Estou no veto, não recebi nenhuma proposta de acordo. Talvez o governo tenha feito para os líderes, outros deputados. Comigo ninguém conversou sobre esse tema”, disse.


Maia também defendeu a desoneração como forma de manter empregos no contexto pós-pandemia. “Eu não conheço a proposta do governo, só posso falar daquilo que eu conheço. Só digo que não tem mágica. Nós precisamos manter os empregos, sabemos que a desoneração por mais de um ano seria período muito longo, custo grande. Mas uma prorrogação por um ano é perfeitamente possível que o governo tenha condições de colocar no Orçamento. E, claro, se o Parlamento derrubar o veto cabe ao Parlamento também encontrar os caminhos para fechar o Orçamento de 2021”, acrescentou.


Equilíbrio previdenciário

Para o economista Paulo Kliass, a medida se justifica em um contexto de pandemia. “É muito necessário alguns tipos de medidas. Medidas de distribuição de renda e apoio a crédito para pequenos e microempreendedores e estímulos para que empresas em geral possam retomar suas atividades. Entre essas medidas, está a desoneração da folha de pagamento. Por isso que faz todo o sentido a iniciativa do Congresso de derrubar esse veto. É um veto casuístico, que vai na direção contrária de medidas para mitigar os efeitos da pandemia.”, comentou.


Ele afirma, no entanto, que a desoneração da folha – relacionada a uma demanda histórica do empresariado por redução de encargos trabalhistas – não pode desequilibrar o sistema previdenciário. Deve existir previsão de recursos para garantir as contribuições. Na desoneração, as empresas podem escolher pagar um percentual que varia de 1% a 4,5% de sua receita bruta como contribuição previdenciária, em vez de calcular o valor sobre 20% da folha de salários.


“Deve haver um equilíbrio contábil no sistema previdenciário, pois a geração futura que precisa se aposentar não pode ser prejudicada por um desequilíbrio causado por medida temporária na pandemia”, defendeu. Na avaliação do economista, um dos erros de quando a desoneração foi instituída pela primeira vez, pela ex-presidenta Dilma Rousseff, foi não haver essa previsão.


“Ao desonerar, você acabava criando a médio prazo um problema nas contas da Previdência. Deixava de ter receita e a despesa previdenciária continuava. Na época, em 2015, não houve exigência de nenhuma contrapartida das empresas. Você não pode comprometer a saúde do regime previdenciário com uma medida de curto prazo que não tem nada a ver com previdência. Então, contabilmente, a União tinha que separar recursos para contribuir e isso não foi feito”, diz.

Com informações do Estadão, Gazeta do Povo e Poder360

Fonte: Portal Vermelho

 


 

15/07/2020 - Personalidades apresentam pedido de impeachment de Bolsonaro


Um grupo formado por personalidades de diferentes campos de atuação, como o compositor Chico Buarque, o ex-jogador Walter Casagrande, o músico Arrigo Barnabé, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira e o padre Júlio Lancellotti apresentou à Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (14/7), pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.


A peça também contém as assinaturas do jurista Fábio Konder Comparato, da ex-procuradora Deborah Duprat, do jornalista Juca Kfouri e do ator Gregório Duvivier.


O documento aponta uma série de crimes de responsabilidade em tese cometidos pelo presidente da República, como a maneira como tem gerido a crise da epidemia de Covid-19, ataques à imprensa, direcionamento ideológico de verba no setor audiovisual e condutas irregulares na área ambiental.


As condutas imputadas a Bolsonaro constam dos seguintes dispositivos da "lei do impeachment" (Lei 1.079/50): incisos 1, 2, 3, 7 e 11 do artigo 5º; incisos 5, 6 e 9 do artigo 7º; incisos 7 e 8 do artigo 8º; e incisos 3, 4 e 7 do artigo 9º.


"As políticas de saúde foram severamente afetadas pela atuação criminosa de Jair Bolsonaro. Além da desarticulação do Sistema Único de Saúde (SUS), que já vinha sendo posta em prática no primeiro ano de gestão, a pandemia da Covid-19 escancarou o desprezo do atual governo pela proteção à saúde da população", diz trecho do documento.


A denúncia menciona ainda a "desconstrução sistemática de direitos políticos, individuais e sociais", violações na área ambiental, cultural, de direitos da população negra e das comunidades quilombolas, de direitos povos indígenas e de direitos individuais e coletivos dos trabalhadores.


Também acusa Bolsonaro de crimes decorrentes de violações à segurança interna, contra a probidade da Administração e contra a existência da União.


Além das personalidades, o pedido de impeachment conta com a adesão de entidades como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Negro Unificado (MNU), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Instituto Socioambiental (ISA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

 

Clique aqui para ler o pedido de impeachment

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

14/07/2020 - Medida provisória trabalhista corre risco de caducar


Os líderes do Senado farão reunião para definir a pauta da semana. Em princípio, três medidas provisórias devem ser votadas pelo plenário: a 925/20, de auxílio ao setor aéreo, a 927/20, que altera a legislação trabalhista durante a pandemia, e a 944/20, que abre linha de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem a folha de salários durante o estado de calamidade pública. As duas primeiras perderão validade se não forem votadas esta semana.


A pedido de líderes partidários, a presidência do Senado adiou da semana passada para esta a votação das mudanças na medida provisória que altera regras trabalhistas durante a pandemia da covid-19. A versão original da MP 927 prevê antecipação de férias individuais e de feriados, concessão de férias coletivas e regulamenta o teletrabalho.


Senadores da oposição expressaram insatisfação com o texto, por considerá-lo uma minirreforma trabalhista, e alguns chegaram a defender que o Congresso não aprecie a medida. A MP caduca em 19 de julho. Se for modificado pelos senadores, o texto terá de voltar à Câmara, onde haverá pouco tempo para apreciação.


A equipe econômica desaprova mudanças feitas pelo relator no Senado, Irajá Abreu (PSD-TO). O governo tenta reverter as modificações e não descarta deixar o texto perder a validade.


A versão aprovada pela Câmara permite que empresas atrasem o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por três meses, de abril a junho deste ano. O relator no Senado propôs que essa suspensão ocorra durante todo o período de calamidade, portanto, até dezembro de 2020. Os valores atrasados serão depositados em 2021, em 12 parcelas mensais e sem correção monetária, multa ou outros encargos.


Também foram suspensos os recolhimentos de impostos pagos por empresas, tais como o salário-educação, as contribuições previdenciárias e as contribuições decorrentes dos Riscos Ambientais de Trabalho.


Socorro a empresas aéreas

O texto original da MP 925/2020 prorrogava o prazo para companhias ressarcirem os passageiros que deixaram de voar por causa do coronavírus e para as empresas que administram aeroportos fazerem pagamentos de contratos ao governo.


O relator na Câmara, Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), fez alterações e ampliou o socorro às companhias. Entre as principais mudanças está a possibilidade de o governo emprestar recursos para as empresas por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).


Também foi permitido o saque, em até seis parcelas, do FGTS por parte de funcionários do setor que tiveram contrato suspenso ou redução salarial. O prazo para ressarcimento de voos cancelados passou de 12 meses, conforme a versão original, para 18 meses.


A pedido do Ministério da Infraestrutura, o relator também reduziu a possibilidade de condenação de uma aérea ser condenada a pagar indenização a passageiros. Para ter direito à indenização, o consumidor terá de comprovar o prejuízo que sofreu. Também deverá demonstrar que a responsabilidade pelo problema foi da companhia.


Financiamento de folha

Também deve entrar na pauta desta semana a MP 944/2020, que dá crédito de R$ 34 bilhões para empresários pagarem a folha de pagamento de seus funcionários. O parecer aprovado obriga que as empresas beneficiadas mantenham o quadro de funcionários por 60 dias após receberem os créditos.


A Câmara ampliou o rol de empresas beneficiadas pela medida. Pelo texto original do governo, o limite de rendimento anual era de R$ 10 milhões. Os deputados elevaram o teto para R$ 50 milhões.

Fonte: Congresso em Foco

 


 

14/07/2020 - Trabalhadores lançam campanha por acesso a medicamentos e vacinas


Projeto em tramitação na Câmara pretende permitir acesso universal a remédios e vacinas cuja eficácia seja comprovada no futuro próximo


Organizações de trabalhadores anunciaram nesta segunda-feira (13) uma campanha para apoiar projeto que amplia o acesso a medicamentos e vacinas protegidos por patentes. O Projeto de Lei (PL) 1.462/20 estabelece a licença compulsória automática de patentes para o enfrentamento de emergências de saúde pública, como a pandemia de coronavírus.


A campanha é liderada pela Internacional de Serviços Públicos (ISP). Trata-se de uma federação sindical global que representa 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores em 154 países. A campanha também conta com a adesão das organizações sindicais filiadas da ISP no Brasil.


Em tramitação no Congresso, o projeto é de autoria do deputado Alexandre Padilha (PT-SP). A matéria é assinada por deputados de diferentes partidos e espectros ideológicos. Caso se torne lei, permitirá o acesso a medicamentos e vacinas, cuja eficácia seja comprovada no futuro, de toda a população brasileira.


“As organizações sindicais entendem que não pode haver monopólios de empresas privadas sobre tecnologias médicas para combater a crise de saúde causada pela covid-19”, afirma nota da ISP. “Do contrário, somente essas empresas e os mais ricos serão beneficiados. Enquanto isso, a população negra e pobre continuará a mais vulnerável à pandemia.”


As entidades destacam que o licenciamento obrigatório nesses casos, medida aprovada em assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio deste ano, é fundamental para garantir a proteção de profissionais de serviços essenciais, como os de saúde.


Linha de frente

Assim, a campanha pela aprovação do PL 1.462 dá início a uma nova etapa de outra campanha: a “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”, lançada em 31 de março pela ISP e suas filiadas no Brasil.


A campanha pressiona gestores públicos e empregadores privados a melhorar as condições de trabalho na linha de frente de combate à covid-19. No âmbito dessa iniciativa, em 15 de junho foi encerrado questionário on-line, que durante dois meses e meio coletou respostas de 3.637 profissionais de todo o país.


Entre outros dados, 63% responderam não possuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados em seus locais de trabalho. 54% afirmaram estar passando por sofrimento psíquico. Uma constatação é que os índices, que demonstram em geral más condições de trabalho, não se alteraram significativamente ao longo do período em que a enquete ficou no ar.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

14/07/2020 - Governo vai acionar PGR contra Gilmar Mendes após crítica sobre “genocídio” dos militares


O ministro do Supremo criticou o apoio dado pelo Exército à condução do presidente Jair Bolsonaro

diante da pandemia do coronavírus e usou o termo


O Ministério da Defesa divulgou uma nota nesta segunda-feira (13) atacando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelos comentários feito pelo magistrado no sábado (11) sobre o apoio do Exército à condução da pandemia do novo coronavírus por parte do presidente Jair Bolsonaro.


“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, diz trecho da nota assinada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.


Segundo o texto, o Ministério da Defesa vai acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Gilmar pela declaração de que o Exército “está se associando a um genocídio”, se referindo ao fato do Ministério da Saúde estar hoje sob o comando interino do general Eduardo Pazuello, desde a saída de Nelson Teich. Desde a chegada do general, mais de 20 nomes ligados às Forças Armadas foram lotados na pasta.


No domingo (12), Gilmar Mendes voltou a tratar do assunto em tom crítico. “No aniversário do projeto que leva o nome de Rondon, grande brasileiro notabilizado pela defesa dos povos indígenas, registro meu absoluto respeito e admiração pelas Forças Armadas Brasileiras e a sua fidelidade aos principios democráticos da Carta de 88. Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil”, escreveu.

Fonte: RevistaForum

 


 

14/07/2020 - Banco de horas não pode ser usado em caso de redução de jornada ou suspensão de contrato de trabalho; entenda


Por causa da pandemia, o governo federal editou a Medida Provisória 927/2020, que autoriza a implantação de um regime especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas.


De acordo com o advogado trabalhista Fabricio Posocco, há empresas que interromperam suas atividades, mas mantiveram o vínculo de emprego e o salário de seus funcionários. Portanto, o trabalhador ficou devendo horas. Para suprir esse tempo parado, o empregado pode ter o seu turno habitual prorrogado em até duas horas quando voltar à atividade, desde que não exceda 10 horas diárias de trabalho.


A compensação desse banco de horas em decorrência da interrupção das atividades deverá ser feita em até um ano e meio, contada da data de encerramento do estado de calamidade pública.


No entanto, o trabalhador que tinha horas extras com o prazo expirado antes do dia 22 de março (data em que passou a vigorar a MP 927/2020) tem direito a recebê-las de forma remunerada.


O advogado lembra que o banco de horas não pode ser usado em caso de redução de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho, instituídos pela MP 936/2020.


O advogado trabalhista Otavio Romano de Oliveira ressalta ainda que o banco de horas não pode ser descontado em caso de demissão. Ele esclarece que a MP 927 trouxe a possibilidade para as empresas instituírem o banco de horas negativo, já que o empregado deixa de trabalhar mesmo recebendo o salário normalmente e, posteriormente, compensa o saldo devedor de horas trabalhando além da jornada normal.


“Porém, o empregador deve pensar bem quanto à introdução do banco de horas negativo, já que não há a possibilidade nenhuma de descontar o saldo de horas em caso de rescisão do contrato”, ressalta.


Entenda as MPs que alteram regras trabalhistas

A MP 927/2020 alterou regras trabalhistas durante a pandemia. Entre as medidas estão a previsão de adoção do banco de horas em caso de interrupção das atividades, implantação do teletrabalho, antecipação de férias e de feriados e concessão de férias coletivas. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 17 de junho e aguarda votação do Senado para ser transformado em lei.


O texto prevê ainda que acordo individual entre empregado e empregador deve se sobrepor a leis e acordos coletivos, respeitados os limites estabelecidos na Constituição. As regras são válidas durante o estado de calamidade pública em razão da Covid-19, que vai até dezembro. O empregador também poderá optar por celebrar acordo coletivo ou convenção coletiva com o sindicato da categoria.


Já a MP 936 autoriza a redução de jornada e salário de 25%, 50% ou de 70% por um prazo máximo de 90 dias. A medida também permite a suspensão total do contrato de trabalho por até dois meses.


Os trabalhadores que tiverem corte na jornada e no salário recebem do governo uma complementação financeira equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos. Já os com contrato suspenso recebem o valor mensal do seguro-desemprego.


O empregado que participar desse programa terá seu contrato de trabalho preservado pelo mesmo período com a redução de salário ou a suspensão, sob pena de ser indenizado.


Nem sempre hora extra é paga

Posocco salienta que o artigo 59 da CLT garante que a duração diária da jornada pode ser acrescida de horas extras. “O funcionário pode trabalhar até 2 horas a mais por dia. Essas horas devem ser remuneradas com acréscimo de, pelo menos, 50% do que ele ganharia pela hora normal”, diz.


No entanto, nem sempre a hora extra é paga. “Quando há acordo individual ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas feitas em um dia pode ser compensado pela correspondente diminuição em uma outra data. Esse banco de horas deve ser liquidado em 6 meses”, informa o advogado.


Caso essa compensação das horas não ocorra em até seis meses, deverá ser paga como hora extra, com o acréscimo de 50%.


Além disso, a compensação das horas extras via acordo individual pode se dar pela redução de jornada e concessão de folgas. Quando isso ocorrer, o trabalhador não terá direito a receber o adicional de 50% de hora extra, ressaltam os advogados.


Demissão do empregador

Posocco lembra que a falta de pagamento de hora extra representa descumprimento de obrigação contratual e conduta grave do empregador. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) entende que, quando essa infração é cometida, o trabalhador pode rescindir o contrato e pleitear a devida indenização. É a chamada rescisão indireta.


Para o advogado, essa é uma decisão assertiva, prevista no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Infelizmente, muitas vezes, o empregado não aguenta ver o seu direito ser desrespeitado e pede demissão. Mas, quando isso acontece, ele abre mão de outros direitos.”


O especialista explica que, quando o funcionário pede desligamento da empresa, ele recebe o saldo de salário, 13º salário proporcional e férias proporcionais mais um terço do valor do salário normal.


Já as verbas rescisórias do trabalhador que pede a rescisão indireta são: saldo de salário, aviso prévio proporcional, 13º salário proporcional, férias mais um terço do valor do salário proporcional e multa de 40% do FGTS. O trabalhador tem direito também ao saque dos valores depositados no FGTS, seguro-desemprego e indenização por danos morais.


Veja outros motivos que geram rescisão indireta:

- falta do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
- exigência de atividades que contrariem a lei, os bons costumes ou que não estejam previstas em contrato;
- abuso de poder;
- exposição ao perigo;
- agressão física;
- assédio moral por parte do empregador;
- atraso frequente do pagamento.


“O profissional que deseja encerrar o contrato com rescisão indireta deve fazê-lo por escrito, explicando a causa. Assim, o empregador ficará ciente sobre o término do vínculo empregatício e não interpretará a atitude como abandono do serviço”, ensina o advogado.

Fonte: G1

 


 

14/07/2020 - Juntada de contestação antes da audiência não impede desistência da ação pelo trabalhador


Segundo a CLT, o momento de apresentação da defesa é depois da audiência.


A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso da Sotreq S/A, de Fortaleza (CE), contra a homologação da desistência manifestada por um engenheiro civil da reclamação trabalhista ajuizada por ele. após a empresa ter apresentado a contestação. Para a Turma, o fato de o documento ter sido protocolado antecipadamente não invalida o pedido de desistência, apresentado durante a audiência de conciliação.


Desistência

A reclamação foi ajuizada em 29/7/2013, e a audiência foi marcada para 25/9. No dia anterior, a empresa juntou ao processo sua contestação, por meio do sistema do Processo Judicial Eletrônico (Pje). Na audiência, o engenheiro requereu a desistência, homologada pelo juízo da 12ª Vara do Trabalho de Fortaleza. A sentença foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (CE).


Consentimento

No recurso de revista, a Sotreq sustentou que a defesa fora protocolada antes da audiência em razão do rito do Processo Judicial Eletrônico (Pje) e, por isso, o empregado não poderia desistir da reclamação sem o seu consentimento. Segundo a empresa, o engenheiro pôde ter acesso a toda a argumentação defensiva com antecedência, pois o documento foi protocolado sem sigilo. Por isso, disse que se manifestou na audiência contra o pedido de desistência com base no artigo 267 do Código de Processo Civil de 1973, vigente na época. O dispositivo prevê que, após oferecida a contestação, o autor não poderá desistir da ação sem o consentimento da parte contrária.


Momento correto

O relator, ministro Breno Medeiros, observou que, de acordo com o artigo 847 da CLT, quando não há acordo, a parte reclamada tem 20 minutos para apresentar a defesa, após a leitura da reclamação. Assim, o momento de apresentação da defesa é o que sucede à tentativa de acordo (que, no caso, nem chegou a existir), e a inserção da contestação no sistema eletrônico antecipadamente não se presta à finalidade pretendida pela empresa. Outro ponto destacado pelo relator foi o registro do TRT de que a tese de que o engenheiro tivera conhecimento do conteúdo da contestação antes da audiência não foi comprovada e de que não se poderia presumir essa alegação e impedir o empregado de exercer seu direito de desistir da ação. Para se chegar a conclusão contrária, seria necessário reexaminar as provas, procedimento vedado pela Súmula 126 do TST.


Ao considerar a manifesta improcedência do recurso, a Turma aplicou à empresa multa de 1% do valor da causa (aproximadamente R$ 2.400) em favor do engenheiro. A decisão foi unânime.

Processo: Ag-RR-1120-71.2013.5.07.0012

Fonte: TST

 


 

13/07/2020 - Brasil tem novo dia de manifestações pela saída de Bolsonaro e Mourão


Neste domingo (12), o Rio de Janeiro e outros estados brasileiros tiveram novas ações da campanha pelo fim do governo do presidente Jair Bolsonaro


Após diversas ações da direita em defesa do presidente Jair Bolsonaro e de algumas pautas conservadores e inconstitucionais, partidos de esquerda e movimentos contrários ao governo decidiram realizar atos simbólicos nas últimas semanas, para marcar posição na crise política que tem afetado o Brasil há vários meses.


Desde sexta-feira (10), diversas cidades brasileiras têm recebido manifestações pedindo o impeachment ou a renúncia de Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. Neste domingo (12), a Sputnik Brasil esteve presente em um desses atos no Rio de Janeiro, em Copacabana, organizado por partidos e movimentos sociais.


Com cartazes, bonecos e bandeiras, os participantes do evento cantaram e gritaram palavras de ordem contra as administrações federal e estadual, defendendo também pautas antirracistas e antifascistas e chamando a atenção para a conduta desastrosa, segundo eles, do governo brasileiro na crise da Covid-19.


"Tem que dizer o nome certo. Ele é assassino de pessoas", disse um dos manifestantes durante a marcha pela avenida Atlântica. "A minha bandeira sempre será vermelha!", gritaram outros.


O ato durou cerca de duas horas e contou com a participação de algumas centenas de manifestantes, todos devidamente equipados com máscaras e buscando manter um mínimo de distância para respeitar as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde. Apesar de algumas suspeitas de infiltração, não foram registrados conflitos.

Fonte: Brasil247

 


 

13/07/2020 - Desemprego: uma tragédia brasileira!


Com o movimento sindical em diálogo permanente com o Congresso Nacional e os setores produtivos progressistas, continuamos alavancando a pauta trabalhista

 

por Rodrigo de Morais


A inclusão social que almejamos para o Brasil tornar-se realmente justo, igualitário e desenvolvido passa necessária e urgentemente pela geração de milhões de novos empregos.


Estamos falando – principalmente para o jovem trabalhador – de empregos de qualidade, baseados no trabalho decente “adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna”, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e assumido pelo governo Lula como uma agenda nacional prioritária.


Hoje, porém, amargamos seis anos consecutivos de recessão, acentuada após o impeachment da ex-presidente Dilma, com cruéis ataques aos direitos da classe trabalhadora e total falta de vontade política para direcionar o País no rumo certo do desenvolvimento econômico e da geração de emprego.


Poderíamos estar neste momento mais focados nos debates sobre as políticas de transição para a Indústria 4.0, a requalificação profissional, a industrialização, a reconversão industrial e a garantia dos postos de trabalho no universo cada vez mais surpreendente e desafiador das novas tecnologias. Mas os recentes retrocessos nos remetem no túnel do tempo para lutas semelhantes às da primeira greve geral no Brasil, a de 1917, quando as condições de trabalho e de salário eram extremamente precárias e desumanas.


A reforma trabalhista, a terceirização sem limites e o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos são exemplos de medidas impopulares e antissociais do governo Temer que não geraram os empregos prometidos e precarizaram ainda mais as relações de trabalho.


No mesmo embalo neoliberal, passamos a ser tragicamente governado pelo ex-deputado e improdutivo parlamentar Jair Messias Bolsonaro. Um presidente que logo de saída acabou com a política de valorização do salário mínimo, fechou o Ministério do Trabalho e deu prosseguimento à nefasta reforma da Previdência, reafirmando (sem surpresas para as pessoas com conhecimento crítico e visão histórica) sua aversão à democracia e aos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários da classe trabalhadora.


Vem a pandemia e o governo, arrogante e irresponsável, sem condições de promover o diálogo social e coordenar uma ação nacional de combate ao coronavírus e à crise econômica, mostra-se incapaz de frear a disseminação do vírus, as mortes e as demissões.


Estamos vivenciando, enfim, um cenário crescente de caos social: com milhões de brasileiros desempregados, subocupados, na informalidade, em trabalhos precários (vejamos o caso dos entregadores de aplicativos), desalentados, no abandono das ruas, na pobreza e na miséria.

 

New Deal

A profundidade da crise de 1929 conduziu a política dos Estados Unidos para uma era de reformas não liberais no New Deal (Novo Acordo), com forte presença do Estado injetando dinheiro na economia, na recuperação industrial, na regulamentação de direitos trabalhistas e na criação de empregos e frentes de trabalho.


Bolsonaro e seu todo poderoso ministro da Economia, em vez de insistirem na carteira verde e amarela (sem direitos) e nas medidas provisórias (inócuas para os setores privilegiados, extremamente prejudicais para a classe trabalhadora), deveriam seguir este exemplo histórico de um país que adoram bajular, principalmente sob a presidência de um igualmente medíocre e, se Deus quiser, derrotado Trump.


Tudo, porém, nos leva a crer que continuaremos não tendo do governo bolsonarista (populista, elitista e de extrema direita) programas eficazes para o Brasil sair da atual e grave crise.


Lutas de resistência

Com o movimento sindical em diálogo permanente com o Congresso Nacional e os setores produtivos progressistas (avessos às demissões), continuamos alavancando a pauta trabalhista divulgada em vários documentos pelas centrais sindicais e pelo Dieese. O mais recente reivindica “Medidas de proteção à vida, à saúde, ao emprego e à renda dos trabalhadores e trabalhadoras”.


Nossas reivindicações por emprego e trabalho decente também estarão presentes nas campanhas salariais deste segundo semestre, com ênfase na saúde e segurança do trabalhador nas empresas, fábricas, comércio, no campo e demais ambientes de trabalho, principalmente em razão da maldita e perigosa pandemia.


Vamos também brigar pelo retorno da ultratividade (garantia das conquistas anteriores das Convenções e Acordos Coletivos), item vetado por Bolsonaro na sanção da antiga MP 936, hoje Lei 14.020 (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), e reivindicar no Congresso Nacional a derrubada deste veto presidencial.


Além do prolongamento do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro, devemos exigir com força total em nossas mobilizações sociais, sindicais e políticas uma renda básica que garanta um valor mínimo para todas as famílias enfrentarem o desemprego, o desalento, a fome e o desespero. Uma renda básica que permita às pessoas continuarem lutando contra a miséria, alcançando uma saúde financeira segura, permanente e gratificante, e que injete dinheiro na veia da economia, permitindo a retomada o quanto antes.


Os verdadeiros patriotas não vociferam contra as instituições democráticas nem clamam por regimes autoritários. Eles resgatam a esperança do povo. Esta é a nossa missão!

Fonte: Portal Vermelho

 


 

13/07/2020 - Fechamento de vagas afeta mais quem ganha de 1 a 2 salários mínimos


Antes da pandemia, em 2018 e 2019, essa faixa liderou o saldo de vagas criadas. Sociólogo explicou ao Vermelho que trabalhador menos especializado está mais vulnerável.


A pandemia mudou o cenário de criação de vagas no país. Se em 2018 e 2019 o saldo positivo de vagas formais era restrito às faixas salariais de até dois salários mínimos, em 2020, até o mês de maio, esses foram os patamares de salário com maior fechamento de postos de trabalho.


Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram publicados neste domingo (12) pelo G1. No acumulado de 2020, do total de 1,145 milhão de vagas fechadas, mais da metade foi na faixa salarial de 1,01 a 1,5 salário mínimo – um total de 635,1 mil postos de trabalho fechados. Essa faixa liderou o saldo de vagas criadas em 2018 e 2019.


Já na faixa de 1,51 a 2 salários mínimos, foram 229,3 mil postos fechados até maio deste ano. Essas duas faixas corresponderam a 75,5% do total de vagas fechadas no ano. No caso da renda de 0,51 a 1,0 salário mínimo, que ficou na vice-liderança de criação de vagas em 2018 e 2019, foram fechadas mais de 45 mil vagas.


O sociólogo Clemente Ganz Lúcio, consultor na área do trabalho, explicou em entrevista recente ao Vermelho porque esses trabalhadores são os mais atingidos pelo fechamento de vagas. Segundo ele, o funcionário menos especializado e de menor escolaridade é o elo mais frágil.


“A tendência entre os assalariados [com carteira assinada] é os de menor renda perderam mais rápido a ocupação. Em geral, são os trabalhadores que as empresas demitem primeiro, porque investiu menos na formação deles, são mais fáceis de substituir no futuro. Quando esse pessoal [ com menores salários]sai da conta [da renda média dos trabalhadores formais], o valor sobe.”


Segundo o levantamento divulgado hoje, a única faixa salarial com saldo positivo de vagas neste ano foi a de até meio salário mínimo: 24,2 mil vagas criadas.


A pandemia também mudou o ranking de ocupações que mais criaram vagas com carteira assinada nos primeiros meses de 2020. A predominância foi nas áreas de saúde, educação e agricultura.


As medidas de restrição e isolamento social para reduzir a velocidade do avanço da doença provocaram a suspensão do funcionamento de serviços considerados não essenciais, o fechamento de boa parte do comércio e também de fábricas.


Em janeiro, técnico de enfermagem e enfermeiro não apareciam entre os 30 cargos com maior saldo de vagas. No acumulado até maio, entretanto, ambos lideraram a lista de cargos, sendo responsáveis pela criação de quase 45 mil vagas. Esse cenário tem relação com a demanda de profissionais para o tratamento da Covid-19.


Já no ranking de ocupações que mais perderam vagas, vendedor de comércio varejista lidera, com 180.258 postos de trabalho fechados até maio. O quadro também tem relação com a pandemia, que levou ao fechamento de estabelecimentos. Em janeiro, o cargo também liderou o fechamento, com 28,8 mil vagas a menos. Entretanto, essa redução foi motivada principalmente pelo término de contratos temporários para as vendas de Natal.

Com informações do G1

Fonte: Portal Vermelho

 


 

13/07/2020 - INSS prorroga prova de vida de pensionistas e aposentados até 30 de setembro


A prova de vida do INSS para aposentados e pensionistas está suspensa até 30 de setembro para evitar contaminações pela Covid-19.


As visitas técnicas para comprovação de vida, interrompidas desde março, também continuam suspensas.


Segundo o Ministério da Economia, cerca de 700 mil pessoas serão afetadas pelo adiamento, mas não prejudica o pagamento dos benefícios aos aposentados, pensionistas e anistiados.


Realizada todos os anos no mês de aniversário do beneficiário, a comprovação de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. A prova de vida exige o comparecimento do segurado ou de algum representante legal ou voluntário à instituição bancária onde saca o benefício.


Desde agosto do ano passado, o procedimento pode ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, ou pelo site do órgão por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade.


A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente.

Fonte: Portal EBC

 


 

13/07/2020 - INPC fica em 0,30% em junho, diz IBGE


Produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,37%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou inflação de 0,30% em junho deste ano. A taxa veio depois de uma deflação (queda de preços) de 0,25% em maio.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC acumula taxas de inflação de 0,36% no ano e de 2,35% em 12 meses.


Portanto, o INPC ficou acima da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,26% em junho e que acumula taxas de 0,10% no ano e 2,13% em 12 meses.


Em junho, segundo o INPC, os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,37%, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,28%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/07/2020 - Confiança da indústria mantém recuperação, revela CNI


Índice de Confiança do Empresário Industrial se recupera em julho


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltou a se recuperar em julho, após atingir seu menor patamar em abril, quando a crise da pandemia do novo coronavírus mostrou-se mais aguda, informou sexta-feira (10) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).


O indicador teve a terceira alta seguida e chegou aos 47,6 pontos, 6,4 pontos acima do registrado em junho. Ainda assim, o indicador situa-se abaixo de 50 pontos, refletindo falta de confiança. O Icei varia de 0 a 100 e valores abaixo de 50 denotam falta de confiança.


Segundo a CNI, o Icei se recuperou principalmente devido às expectativas para os próximos seis meses. O Índice de Expectativas, componente do Icei, subiu 6,2 pontos e alcançou 54,1 pontos, ou seja acima dos 50 pontos, o que divide expectativas pessimistas e otimistas.


Situação da economia

Já a situação econômica atual, segundo a percepção dos empresários industriais, continua pior que a dos últimos seis meses, o que já era esperado. O Índice de Condições Atuais chegou a 34,5 pontos. A alta de 6,8 pontos ante a última pesquisa mostra uma percepção menos negativa com o cenário atual dos negócios.


“O início da reabertura das atividades econômicas na maioria das cidades brasileiras alimenta as expectativas de recuperação da economia, embora a atividade industrial continue desacelerada”, disse o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/07/2020 - Projeto regulamenta obrigações do empregador no teletrabalho


Por causa da necessidade de distanciamento social durante a pandemia de covid-19, um número cada vez maior de pessoas está trabalhando em casa. Para evitar que os trabalhadores nessa situação sejam prejudicados, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentou um projeto de lei (PL 3.512/2020) que estabelece as obrigações dos empregadores para o regime de teletrabalho.

Fonte: Agência Senado

 


 

13/07/2020 - Empregado em aviso prévio pode aderir a plano de demissão voluntária


O aviso prévio integra o contrato de trabalho. Dessa maneira, funcionário que está para deixar a empresa pode aderir a plano de demissão voluntária (PDV). Com esse entendimento, a 14ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro concedeu tutela de urgência para permitir que um ex-funcionário da Light Serviços de Eletricidade seja reintegrado ao plano de saúde da companhia. A decisão é de 26 de junho.


O homem trabalhou mais de 40 anos na Light e se aposentou pelo INSS. Quando ia deixar a empresa, foi instituído o plano de demissão voluntária de 2019. Quem aderisse, poderia permanecer no plano de saúde da companhia por dois anos. O empregado tentou aderir ao programa, mas foi impedido pela companhia. Ele então foi à Justiça, representado pelo escritório Stamato, Saboya e Rocha Advogados Associados.


Em sua defesa, a Light afirmou que, como o trabalhador já estava em aviso prévio, não poderia aderir ao programa. Se isso ocorresse, ela teria que gastar bem mais para mantê-lo no plano de saúde.


O juiz Marco Antonio Belchior da Silveira afirmou que o aviso prévio integra o contrato de trabalho, conforme o artigo 487, parágrafo 1º, da CLT. Tanto que o parágrafo 6º do mesmo dispositivo permite que quem estiver nesse período receba reajuste salarial. Dessa maneira, o funcionário poderia aderir ao plano, mesmo de saída da companhia, avaliou o julgador.


“Aberta a possibilidade de adesão ao PDV, o autor poderia e efetivamente manifestou seu interesse na adesão ao plano de demissão no prazo do aviso prévio. O fato de este ter sido indenizado não afasta a conclusão de que o mesmo integra o contrato de trabalho e, portanto, há que ser reconhecido o direito do autor em aderir ao PDV”.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

10/07/2020 - Senado adia votação da MP 927, mais uma que permite redução de direitos


Oposição ainda quer mudanças no texto, que “caduca” em 10 dias


Com várias divergências, o Senado adiou a votação do projeto originário da Medida Provisória (MP) 927, prevista para esta quinta-feira (9). O texto flexibiliza regras trabalhistas durante o estado de calamidade pública decretado devido à pandemia. Mesmo com o entendimento de que o parecer do relator, senador Irajá (PSD-TO), melhorou o conteúdo vindo da Câmara dos Deputados, os parlamentares acharam necessário tentar aperfeiçoar a proposta. Será mais uma corrida contra o tempo. A MP 927 é adiada a dez dias de “caducar” (perder validade), no próximo dia 19. Cinco dias antes, na terça-feira (14), às 16h, o vice-presidente, Hamilton Mourão, participará de videoconferência com a Casa para falar sobre combate ao desmatamento na Amazônia.


O Projeto de Lei de Conversão (PLV) 18 trata de temas como teletrabalho, férias (individuais ou coletiva), jornada, banco de horas e débitos trabalhistas. Às 16h, pouco antes do início da sessão do plenário do Senado, o site da Casa apontava ampla maioria contra o projeto. De 6.607 votos, 5.795 (88%) se manifestavam contra e apenas 812 (12%), a favor.


“Bom senso”

A votação da MP 927 era o único item previsto na pauta desta quinta. O relator Irajá, nascido em Goiânia, tem 37 anos e está em seu primeiro mandato. Ele afirmou que “seria um prejuízo enorme ao país, aos trabalhadores”, se a matéria caducasse. E disse que nas duas últimas semanas está procurando conversar com todos os partidos e com as centrais sindicais no sentido de buscar um texto “acima de tudo de bom senso”.


Quase todas as intervenções foram no sentido de adiar a votação, mesmo ressalvando o esforço do relator. O senador Paulo Paim (PT-RS) questionou itens como parcelamento em 60 meses de débitos trabalhistas e prevalência de acordos individuais. “A medida é tão ruim, tão perversa, que qualquer de nós que estivesse com essa missão não conseguiria melhorar”, emendou Jean Paul Prates (PT-RN). “Algumas aplicações são para sempre, com efeitos permanentes. O afrouxamento de procedimentos de segurança do trabalho é completamente contrário ao que queremos fazer.”


Calamidade pública

Um dos artigos estabelece que, durante o estado de calamidade pública, “empregador poderão celebrar acordo individual de trabalho, que preponderará em relação à lei e aos acordos e convenções coletivas de trabalho”. Em outro, o texto propõe que empregadores executados por dívidas trabalhistas tenham 60 meses, ou cinco anos, para parcelar o pagamento.


Já o teletrabalho pode ser instituído independentemente de acordo, seja individual ou coletivo. O empregador deve comunicar o funcionário com antecedência de 48 horas. Despesas devem ser previstas em contrato.


“Não podemos nos valer de uma situação tão gravosa, tão delicada, para impingir, para impor prejuízos inomináveis”, afirmou Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB). “Essa medida provisória termina sendo extremamente danosa aos trabalhadores, com efeitos que se estendem para após a própria pandemia”, acrescentou Humberto Costa (PT-PE).


Pelo menos dois senadores fizeram menção a outra MP, a 936, sancionada no início da semana por Jair Bolsonaro. Ele criticaram o veto presidencial ao item que estendia por um ano a desoneração da folha de pagamento a empresas de 17 setores. Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que essas atividades concentram 6 milhões de empregos. E Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da minoria, disse que é “dever” do Congresso derrubar o veto.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/07/2020 - Em nova reforma trabalhista, governo quer ‘pulverizar’ direitos


Para o Dieese, Bolsonaro tenta ‘desconstruir arcabouço legal’ e enfraquecer movimento sindical


O governo Bolsonaro quer realizar uma nova reforma trabalhista e sindical. A intenção é finalizar a reforma do ex-presidente Michel Temer, de 2017, e rever toda a CLT, desde os direitos trabalhistas até a relação sindical.


O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, explica que a intenção do governo é trazer o modelo chileno, que “pulveriza as entidades dos trabalhadores“. Entre as propostas, está a criação de sindicatos em cada empresa, acabando com as representações por categoria profissional.


Outra questão trata da redução do acesso à Justiça do Trabalho. “A visão econômica do governo federal passa pela retirada de direitos do trabalho. Eles investem seu tempo na ideia de ampliar o número de trabalhadores sem proteção, enquanto a gente deveria buscar a ampliação dos direitos sociais e o equilíbrio econômico”, critica Fausto, em sua coluna no Jornal Brasil Atual.


Enfraquecimento coletivo

Dentro da reforma, o objetivo é acabar a unicidade sindical, princípio constitucional que prevê uma única entidade tanto de trabalhadores como de empresas por base territorial. Além disso, o governo federal quer enfraquecer a Justiça do Trabalho, que desempenha papel de intermediação nas negociações coletivas.


Para o especialista, o modelo brasileiro é bem consolidado e constituído, e mesmo com seus problemas, não deveria resultar numa desconstrução total. “O que se busca (na nova reforma trabalhista) é desconstruir o arcabouço legal, que é a CLT, enfraquecer os sindicatos e colocar os trabalhadores à disposição dos interesses empresariais. Precisamos ter cuidado nas relações de trabalho, porque não podemos desconstruir um sistema e achar que nada vai acontecer, ainda mais num país desigual como o Brasil”, alerta.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/07/2020 - Maia: governo precisa apresentar programa de renda mínima ao Congresso


O debate, segundo o presidente da Câmara, deve ser feito nos próximos dois meses, ou haverá pressão dos parlamentares para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou do governo o envio de uma proposta ao Congresso sobre a modernização da renda mínima no Brasil. Segundo ele, ao não tratar a questão, o governo sofrerá forte pressão por parte de deputados e senadores para prorrogar, mais uma vez, a ajuda emergencial de R$ 600.


"O Congresso vai avançar nesse debate dentro da realidade fiscal do País. Se deixar para última hora, a pressão dos deputados e dos senadores para prorrogar os R$ 600 será grande”, ressaltou.


Maia disse que o País já tem o bolsa família, que cuida de uma parte da sociedade, e defendeu um debate amplo e urgente sobre o tema. Ele participou de uma live promovida pelo banco BTG Pactual nesta quinta-feira (9).


"Temos 60 dias para fazer o debate. O governo precisa parar de fazer discursos sobre a Renda Brasil (programa que unificaria os programas sociais existentes) e apresentar um programa para o Congresso".


Para Rodrigo Maia, o auxílio emergencial ajudou muito a economia brasileira, mas ainda deixou milhões de brasileiros sem assistência. “Temos uma crise grande que vai aumentar a desigualdade, vai aumentar o desemprego. Sem nenhuma discussão, as coisas geram pressão. O correto é ter uma proposta do governo para fazer a discussão dentro do orçamento já existente”, completou.


Recursos

O presidente da Câmara afirmou que ainda há vários desafios a serem enfrentados neste período mais crítico da pandemia, como garantir crédito às empresas e mais recursos para entes federados. Maia disse esperar que, com a aprovação da MP 975/20, o crédito às micro, pequenas e médias empresas sejam facilitados.


Já em relação a estados e municípios, ele destacou que ainda existem demandas de prefeitos e governadores que precisam ser solucionadas. Entre as demandas, Maia destacou a questão do transporte público, a prorrogação dos fundos de participação de estados e municípios e a perda de arrecadação do Fundeb. “Precisamos construir uma solução em conjunto para as demandas para resolver esses problemas de prefeitos e governadores”, afirmou Rodrigo Maia.


Fake News

Maia disse que o projeto aprovado pelo Senado que combate as chamadas fake news é urgente, mas deve ser precedido de amplo debate com especialistas e parlamentares. A proposta, segundo ele, não será votada com pressa. Ele avalia que o debate feito até agora, mesmo sem a aprovação de uma lei, já obteve resultados. Maia se referia às ações do Facebook que bloqueou dezenas de páginas de perfis considerados falsos ligadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a gabinetes da família Bolsonaro.


“Veja o caso do Facebook, eles já perceberam que tem responsabilidade. Vamos ampliar o debate. Já tivemos um debate no Senado, que vai ser complementado com o projeto da Câmara. Espero que seja uma lei de referência para outras democracias”, disse o presidente.


Atividades presenciais

Maia afirmou que ainda não vê possibilidade da retomada total dos trabalhos presenciais na Câmara em razão do alto número de contaminados diários no Brasil e da ausência de uma vacina para combater o vírus. Ele destacou, no entanto, que a partir de agosto, talvez, possa ser implementado um modelo híbrido para garantir uma maior presença de parlamentares no Plenário. Rodrigo Maia afirmou que a Diretoria-Geral da Casa está ouvindo médicos e especialistas e reconheceu que não é uma decisão simples.

Fonte: Agência Câmara

 


 

10/07/2020 - Campanha 'Fora Bolsonaro' mobiliza partidos e movimentos sociais nesta sexta-feira


O Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro acontece nesta sexta-feira (10) em todo o país. Militantes e apoiadores dos partidos progressistas e dos movimentos sociais estão sendo convocados a se manifestar contra a permanência de Jair Bolsonaro à frente da Presidência da República.


Em nota divulgada esta semana pela deputada Gleisi Hoffmann, o PT faz um chamamento à mobilização: “Torna-se urgente reunirmos as organizações políticas e entidade sociais que estão comprometidas com a democracia para estabelecermos iniciativas conjuntas na defesa do nosso país e dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras”.


No site da Campanha Fora Bolsonaro os organizadores fazem um alerta a respeito do neofascista do atual governo. “Não há mais dúvidas de que há uma disposição na cúpula do Executivo Federal em avançar na retirada de direitos, ataques à soberania nacional e na promoção de medidas de fechamento do regime, através da contenção dos demais poderes, da instrumentalização para fins políticos de órgãos de inteligência, investigação e segurança e do estímulo à movimentos na sociedade civil de caráter neofascista”.


As centrais sindicais também preparam atos e manifestações por todo o país. Levando-se em conta as limitações impostas pela pandemia, na sexta-feira, serão realizadas assembleias nos locais de trabalho, pela manhã, e atos simbólicos de rua.


Estão previstas diversas ações para permitir a ampla participação dos trabalhadores e da população em geral, como a convocação para usar roupa preta, colocar um pano preto nas janelas, realização de twitaço, ações nas redes sociais e um panelaço nacional à noite.


No sábado (11) será realizada a Plenária Nacional Fora Bolsonaro, atividade virtual que reunirá milhares de participantes de todo o país. Nesta atividade serão definidas as próximas ações da Campanha, informa o site do PT.

Fonte: Brasil247

 


 

10/07/2020 - Junho registra mais de 653 mil pedidos de seguro-desemprego


Resultado representa queda de 32% na comparação com maio


Os pedidos de seguro-desemprego chegaram a 653.160 em junho, informou nesta quinta-feira (9) o Ministério da Economia. O resultado representa uma queda de 32% na comparação com maio, em que foram contabilizados 960.309 requerimentos, havendo, portanto, uma diferença de 307.149. Na comparação com junho de 2019, com 508.886 pedidos, houve aumento de 28,4%.


Do total de pedidos de junho, 443.492 (67,9%) foram realizados via web, seja por meio do portal gov.br ou por meio da Carteira de Trabalho Digital.


Os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo, com 199.066 pedidos; Minas Gerais, com 70.333, e Rio de Janeiro com 52.163 requerimentos. Quanto ao perfil dos solicitantes, 39,6% são mulheres e 60,4% homens. A faixa etária que concentrava a maior proporção de requerentes é de 30 anos a 39 anos de idade, com 32,1% dos pedidos. Em termos de escolaridade, 59,9% têm ensino médio completo.


Em relação aos setores econômicos, os pedidos estiveram distribuídos entre serviços (41,7%), comércio (25,4%), indústria (18,7%), construção (10,1%) e agropecuária (4,1%).


Resultado acumulado

No acumulado de janeiro a junho, foram contabilizados 3.950.606 pedidos de seguro-desemprego. O número representa aumento de 14,8% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019, de 3.442.780 pedidos. Do total de requerimentos em 2020, 53,1%, o equivalente a 2.096.532, foram realizados pela internet, seja por meio do portal gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital.


No mesmo período de 2019, apenas 1,4% dos pedidos (49.752) foram realizados via internet.


Atendimento

Segundo o Ministério da Economia, as Superintendências Regionais do Trabalho do Governo Federal ampliaram os esforços para garantir o atendimento não presencial aos cidadãos durante o período da pandemia da covid-19. Foram disponibilizados canais adicionais de atendimento remoto. Para dúvidas e esclarecimentos, o empregado pode acionar as superintendências por meio de formulário online.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/07/2020 - Está em vigor nova lei para combater a violência doméstica durante pandemia


A prestação de serviços de combate à violência doméstica durante a pandemia de covid-19 — para proteger mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência — já é lei. Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, sem vetos, a nova legislação (Lei 14.022, de 2020) prevê atendimento ininterrupto, inclusive presencial, dos órgãos de proteção a vítimas. As denúncias de violência deverão ser repassadas com urgência às autoridades.


Com o confinamento para evitar a propagação do novo coronavírus, a violência doméstica aumentou, principalmente contra a mulher. A relatora da proposta (PL 1.291/2020), senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), disse que a lei é fundamental neste momento. E para a presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a rede de proteção é essencial, pois a violência doméstica não deve ser tolerada.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/07/2020 - Centrais sindicais fazem 'protesto virtual' em frente ao Ministério da Economia


Em tempos de pandemia de covid-19, as centrais sindicais encontraram uma nova forma de manifestação e promoveram nesta quarta-feira, 8, uma aglomeração virtual na Esplanada dos Ministérios. Dessa vez sem bandeiras, fogos de artifício e barracas, o protesto aconteceu com faixas digitais erguidas por avatares - bonequinhos que simularam a presença dos sindicalistas em um mapa em frente ao Ministério da Economia.


As centrais brasileiras buscaram inspiração nos sindicatos franceses que, como era de se esperar, não deixaram de protestar mesmo durante o pico de transmissão do novo coronavírus na Europa. A plataforma utilizada para emular manifestações à distância foi criada na França e leva o nome Manif.app - o termo informal usado como sinônimo para marchas, protestos e passeatas.


Respeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o decreto do governo do Distrito Federal que impede a concentração de grupos numerosos de pessoas em Brasília, apenas líderes da CUT, Força Sindical, CSB, UGT, CTB e NCST estiveram presencialmente na frente do ministério. Já no ambiente virtual, cerca de 400 militantes marcaram presença e deixaram suas mensagens.


No protesto presencial, a pauta foi clara: a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim do ano, a criação de um programa permanente de renda básica e uma agenda para a retomada segura do trabalho. Um documento com essas propostas já havia sido entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) no mês passado.


Já na manifestação digital, os avatares de duas dimensões ampliaram o leque de demandas. As mensagens contrárias ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro Paulo Guedes dominaram as faixas levantadas pelos militantes em forma de pixels.


Dessa vez, porém, uma manifestação sindical precisou lidar com o contraditório e com provocações em meio a suas próprias fileiras. Como não há controle sobre os comentários feitos na plataforma, alguns apoiadores do governo se infiltraram no protesto e também levantaram faixas digitais com mensagens de apoio a Bolsonaro e Guedes.


O confronto foi inevitável, mas se limitou a xingamentos mútuos, e nenhum bonequinho se feriu. Não houve danos ao mapa virtual nem a necessidade de forças de segurança digitais dispersarem agressores de ambos os lados. Enquanto isso, um torcedor anônimo aproveitou para gritar "vamos Flamengo".


Quem não esteve presente - nem virtualmente - foi o próprio ministro Paulo Guedes, que se mantém em quarentena na residência presidencial da Granja do Torto. Todos os compromissos do ministro na agenda desta quarta e dos próximos dias ocorrerão por meio de videoconferências, já que ele teve contato direto com Bolsonaro - diagnosticado nessa terça com covid-19. Nada impede, porém, que o próximo protesto digital se teletransporte para o local de isolamento do ministro.

Fonte: Estadão

 


 

09/07/2020 - Senado vota nesta quinta MP que altera regras trabalhistas durante pandemia


Os senadores votam nesta quinta-feira (9) a Medida Provisória 927/2020, que altera regras trabalhistas durante a pandemia do novo coronavírus. A MP é o único item previsto na sessão deliberativa remota do Senado para esse dia. O senador Irajá (PSD-TO) será o responsável pelo relatório.


Antes de chegar ao Senado, a matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 17 de junho, na forma de um projeto de lei de conversão (PLV 18/2020), ou seja, o texto foi aprovado pelos deputados com mudanças.


Entre as medidas previstas estão a adoção do teletrabalho, a antecipação de férias e de feriados e a concessão de férias coletivas. A MP, editada para evitar demissões durante a pandemia, prevê que acordo individual entre o empregado e o empregador deve se sobrepor a leis e acordos coletivos, respeitados os limites estabelecidos na Constituição, até o fim do estado de calamidade pública decorrente da covid-19. O empregador também poderá optar por celebrar acordo coletivo ou convenção coletiva com o sindicato da categoria.


Segundo o texto aprovado na Câmara, ficará suspenso o cumprimento de acordos trabalhistas em andamento quando houver paralisação total ou parcial das atividades da empresa por determinação do poder público. Os deputados incluíram no texto algumas emendas, como a permissão do desconto de férias antecipadas e usufruídas das verbas rescisórias no caso de pedido de demissão se o período de aquisição não tiver sido cumprido pelo trabalhador.


O parecer do relator na Câmara, deputado Celso Maldaner (MDB-SC), também retirou a necessidade de concordância por escrito do empregado na antecipação dos feriados religiosos, que era exigida pelo texto original do Poder Executivo. O texto aprovado na Câmara permite ainda a compensação de horas acumuladas em banco de horas também nos fins de semana, conforme as regras da legislação trabalhista.


Férias e feriados

Outros artigos flexibilizam as regras para aquisição e parcelamento de férias e permitem o pagamento do adicional de férias até 20 de dezembro, mas submetendo à concordância do empregador a conversão parcial de férias em dinheiro. Os prazos de comunicação e de pagamento das férias também foram flexibilizados, e trabalhadores pertencentes a grupos de risco de contágio por coronavírus terão preferência para usufruto de férias.


Os empregadores ainda poderão antecipar o cumprimento de feriados federais, estaduais, distritais e municipais, com notificação prévia de 48 horas. Em caso de regime de banco de horas, o trabalhador que estiver devendo tempo de expediente poderá usar feriados antecipados para quitar o saldo negativo, e, se as atividades da empresa forem suspensas, será criado um banco de horas a ser compensado em até 18 meses após o encerramento da calamidade pública.


Teletrabalho

O texto ainda regulamenta os termos do expediente à distância, sobre o qual não serão aplicadas as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre jornada de trabalho. Mas os acertos sobre cessão de equipamentos e reembolso de despesas deverão constar em contrato. O uso de aplicativos e programas de comunicação fora da jornada normal não poderá ser considerado tempo à disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em acordo.


Saúde

As férias ou licenças dos profissionais de saúde poderão ser suspensas pelo empregador. Os estabelecimentos de saúde também poderão, mediante acordo, prorrogar a jornada de trabalho até o total de 12 horas diárias e adotar escalas de horas suplementares sem penalidade. Durante a calamidade pública, trabalhadores fora da área de saúde não precisarão realizar exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto os demissionais. Porém, no caso de contratos de trabalho de curta duração e de safra, serão dispensados todos os exames, inclusive os demissionais.


Abono natalino

Normalmente pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em junho e dezembro, as parcelas do abono natalino referentes a benefícios previdenciários foram antecipadas para abril e maio


Acordos coletivos

Por fim, a MP permite a prorrogação de acordos e convenções coletivas a vencer dentro de 180 dias da vigência da MP. A prorrogação poderá ser por 90 dias. Porém, o texto da Câmara retirou a possibilidade de se manter acordos vencidos.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/07/2020 - Dieese defende que vetos na MP da redução salarial sejam derrubados


Bolsonaro vetou a ultratividade dos acordos coletivos e o acesso ao auxílio emergencial para trabalhador sem seguro-desemprego


O Dieese espera que o Congresso Nacional derrube pelo menos dois vetos do presidente Jair Bolsonaro na sanção da Medida Provisória 936, que permite acordos individuais de jornada e salário. Bolsonaro retirou o item que trata da chamada ultratividade dos acordos coletivos do projeto transformado na Lei 14.020.


Também excluiu trecho aprovado por deputados e senadores que permitia o acesso ao auxílio emergencial para o trabalhador dispensado que ficou sem o auxílio-desemprego. Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, a ultratividade garantiria a manutenção das normas previstas nos acordos coletivos mesmo após a vigência do contrato, até sua renovação.


“É bastante preocupante, porque estamos no meio da pandemia, com vários contratos vencendo neste momento. O razoável seria simplesmente prorrogá-lo. E no momento seguinte, refazer as negociações. Os sindicatos patronais estão se aproveitando desse momento para enxugar acordos e retirar direitos”, disse Fausto em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (8).


Auxílio

Segundo Fausto, impedir o trabalhador sem direito ao seguro-desemprego de acessar o auxílio emergencial também “não faz o menor sentido”. “O que estava previsto era garantir o auxílio de R$ 600 aos trabalhadores que não podiam acessar o seguro-desemprego, porque ficaram um tempo muito limitado no emprego. É muito razoável, pois, se ele estivesse desempregado ou na informalidade, estaria recebendo o auxílio, por exemplo.”


Fausto lembra que esses dispositivos foram aprovados após negociação com a equipe econômica, contando inclusive com votos da base do governo. Contudo, os vetos a esses dispositivos, além dos prejuízos aos trabalhadores, abalam a confiança na capacidade do governo de cumprir os acordos firmados.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

09/07/2020 - Paim pede derrubada de vetos a texto que amplia auxílio emergencial


Em pronunciamento nesta quarta-feira (8), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a derrubada de vetos que ele considera de extrema importância para o país, como  a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 para socorrer a população de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus. Para o senador, o Congresso  precisa dar uma resposta à sociedade. E, em tempos de pandemia, é preciso ajudar a todos sem discriminação.


— O Congresso Nacional precisa dar uma resposta à sociedade e a população brasileira. Revogar, fazer com que a lei aconteça. O auxílio emergencial de 600 tem que ir para todas as categorias: agricultores, familiares, taxistas motoristas, quem trabalha com aplicativo, ambulantes, diaristas, manicures, quilombolas, caminhoneiros e muitos outros — afirmou.


O senador também defendeu a carência na amortização de empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Segundo dados do Sebrae citados pelo senador, durante a pandemia do novo coronavírus mais de 650 mil micros e o pequenas empresas fecharam as portas. O número de desempregados no Brasil passa de 13 milhões, disse.


Paim também destacou a derrubada do veto que poderia liberar R$ 8,6 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios comprarem equipamentos e materiais de combate à covid-19.

 

— É lá na ponta que precisa chegar. Só chegou 30% de tudo aquilo que foi que colocado à disposição por meio de medidas provisórias e iniciativas do Congresso. Os municípios e estados estão pedindo socorro — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/07/2020 - Entregadores de aplicativos querem regulamentação de direitos e anunciam paralisação dia 25


Trabalhadores querem melhores remunerações nas taxas de entrega e seguro contra acidentes.

Eles também se queixam da jornada de trabalho


Parlamentares e representantes de entregadores de aplicativos de vários estados brasileiros entregaram nesta quarta-feira (8) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma pauta de reivindicações para melhores condições de trabalho.


Os trabalhadores querem melhores remunerações nas taxas de entrega; a criação de uma taxa mínima para remuneração; o fim dos bloqueios indevidos dos aplicativos; a criação de seguro de acidentes e também de alguma proteção - um seguro saúde, por exemplo - para eles entregarem com segurança durante a pandemia de Covid-19.


Eles anunciaram ainda uma nova paralisação geral da categoria para o próximo dia 25 de julho. A primeira greve ocorreu no dia 1 de julho e teve amplo apoio dos entregadores e da sociedade.


Projeto de lei

A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), afirmou que um novo encontro com o presidente da Câmara e com consultores legislativos deve ser realizado ainda hoje para poder dar início à sistematização de um projeto de lei que regulamente os direitos dos empregadores e garanta as reivindicações demandadas pela categoria.


“Os trabalhadores se organizaram para pedir uma pauta com os principais pontos de reivindicação, para se votar um conjunto de medidas para a jornada de cinco milhões de trabalhadores, que são bloqueados sem explicação, com uma ausência total de regulamentação de direitos”, disse a líder.


A deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP), que organizou o encontro da categoria com Rodrigo Maia, destacou que o presidente não apresentou prazo para votação de propostas, mas indicou que já na próxima semana devem começar a elaborar um texto.


Jornada  de 14 horas

A coordenadora da frente de comunicação do movimento, Marcela Geoffroy, defendeu um esforço legislativo para garantir direitos à categoria dos entregadores de aplicativos. Segundo ela, os trabalhadores ganham 70 centavos por quilômetro, com jornadas de 14 horas, de segunda a segunda e ganhando menos que um salário mínimo por mês.


O entregador Abel Santos, do Distrito Federal, afirmou que a pandemia piorou a situação dos trabalhadores de aplicativos e destacou que, fora a baixa remuneração, os entregadores devem arcar com os custos de operação, como a mochila de entrega, a gasolina e a sua própria proteção pessoal.


“Nesta pandemia, as plataformas aumentaram a taxa do restaurante para anunciar na plataforma, aumentaram os valores para os clientes e quando o entregador reivindicou o aumento disseram que não poderia aumentar”, criticou.


“Precisamos desse reajuste anual e da responsabilidade dos EPI para não sair do nosso bolso, já que as plataformas vendem com o preço absurdo. Fora as desigualdades no sistema de ranking, por exemplo. Como eu vou ter um tempo de me cuidar, de lazer, tempo com a família. O dia tem 24 horas e trabalha-se 15, 16 horas por dia”, protestou.

Fonte: Agência Câmara

 


 

09/07/2020 - IBGE: produção industrial cresce em 12 dos 15 locais pesquisados em maio


A produção industrial brasileira cresceu em maio deste ano em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, na comparação com abril. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quarta-feira, o resultado reflete o retorno, mesmo que parcialmente, de unidades produtivas, após as interrupções geradas por efeito da pandemia do novo Coronavírus.


As taxas mais elevadas foram no Paraná, Pernambuco e Amazonas, Região Nordeste, e nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia também registraram alta acima da média nacional, de 7%.


Embora tenham registrado taxas positivas, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás ficaram abaixo da média nacional. Já o Espírito Santo teve a maior queda em maio de 2020, o terceiro mês seguido de recuo na produção. Os outros locais com taxas negativas foram o Ceará e o Pará.


De acordo com o IBGE, o setor de veículos, que é muito forte em São Paulo e no Paraná, teve atuação importante neste aumento de maio, seguido pelos setores de alimentos e de derivados do petróleo.


O impacto da pandemia no setor industrial é visto também na comparação com o mês de maio do ano anterior. O desempenho do setor industrial caiu 21,9% em maio de 2020, com 14 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos.


O IBGE, ressaltou que além do efeito calendário negativo, porque maio teve dois dias úteis a menos do que igual mês de 2019, é possível notar a clara diminuição do ritmo da produção causada pelos efeitos do isolamento social.

Fonte: Portal EBC

 


 

08/07/2020 - Ato das Centrais nesta quarta defende prorrogação do Auxílio


Nesta quarta (8), às 11 horas, presidentes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CSB realizam ato em frente ao Ministério da Economia, em Brasília. O objetivo é entregar ao ministro Paulo Guedes documento, elaborado pelas Centrais Sindicais, com propostas para preservação da vida, emprego e renda, além de agenda voltada à retomada da economia em meio à crise.


A defesa principal do documento é prorrogação do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 até dezembro. O documento já foi entregue ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em 21 de junho.


O governo acena com mais duas parcelas do Auxílio. Os dirigentes defendem que o valor seja pago até passarem os efeitos da pandemia. “Vamos cobrar a extensão do Auxílio de R$ 600,00 até dezembro e acesso ao crédito para as micros e pequenas empresas”, conta Miguel Torres, presidente da Força Sindical.


Miguel completa que esses recursos garantirão a sobrevivência das famílias sem trabalho e sem renda, além das empresas que estão com dificuldade de acesso ao crédito. “Tudo isso faz girar a economia”.


Aglomerações – Segundo Miguel, não haverá aglomeração. Ele garante que todos os protocolos sanitários e medidas de proteção serão respeitados para evitar contágio e a propagação da Covid-19.


Sindicalistas poderão participar do ato em Brasília, de forma virtual, por meio do aplicativo manif.app, criado para manifestações durante a pandemia. Pelo aplicativo, os militantes criam um avatar, que carrega um cartaz e aparece no local do protesto, em tempo real. Clique aqui e participe.


Metalúrgicos – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, José Pereira dos Santos afirma: “É uma iniciativa acertada e oportuna das Centrais. É um documento que aponta medidas concretas para a retomada da economia e a sobrevivência de milhares de famílias e pequenas empresas durante a pandemia”.


Mais – Clique aqui para acessar o documento assinado pelos dirigentes das Centrais Sindicais.

Fonte: Agência Sindical

 


 

08/07/2020 - Com vetos, governo sanciona programa para manter empregos durante pandemia


O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei 14.020, de 2020, que permite redução de salários e jornadas, além da suspensão de contratos, durante a pandemia de covid-19, para viabilizar a manutenção de empregos. O texto tem origem na Medida Provisória 936/2020, aprovada pelo Senado, e está publicada na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial da União.


Editada em abril, a MP criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que garante o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos. Após o restabelecimento da jornada e salário, é garantida também ao empregado a permanência no emprego pelo período equivalente ao acordado para a redução ou suspensão. Em nenhuma situação o salário pode ser reduzido a valor inferior ao salário mínimo em vigor (R$ 1.045).


Entre os pontos vetados, está a prorrogação até 2021 da desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia. A prorrogação foi incluída no texto pelo Congresso. A lei atual prevê que o benefício da prorrogação será concedido até o fim de 2020.


O governo também vetou trecho aprovado por deputados e senadores que permitiria aos empregados sem direito ao seguro-desemprego dispensados sem justa causa durante a pandemia acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 por três meses contados da data da demissão. Retirou também do texto permissão para que o beneficiário que tinha direito à última parcela do seguro-desemprego nos meses de março ou abril de 2020 recebesse o auxílio emergencial.


Na mensagem de veto, o governo alegou que “as medidas acarretam renúncia de receita, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.


Os dispositivos vetados podem ser derrubado por maioria absoluta nas duas Casas. Para se derrubar um veto na Câmara, são necessários 257 votos. No Senado, 41.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/07/2020 - Iniciativa popular propõe 14º salário para aposentados e pensionistas


Aposentados e pensionistas do INSS poderão receber o 14º salário emergencial, conforme projeto de lei de iniciativa popular (PL 3.657/2020) acatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A sugestão do advogado Sandro Lúcio Gonçalves ao Portal e-Cidadania recebeu mais de 30 mil apoios. Ele argumentou que o 14º salário emergencial vai beneficiar tanto as famílias como a economia. Paim lembrou que, mesmo antes da pandemia, cerca de 10 milhões de brasileiros sobreviviam com a renda dos idosos.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/07/2020 - Maia diz que governo será derrotado na Câmara se insistir em nova CPMF


Discussões sobre a proposta devem ser retomadas já na próxima semana


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar o envio das propostas do governo para as reformas administrativa e tributária e avisou que, se insistir em propor uma nova CPMF, o Planalto será derrotado. Para ele, não há espaço para aumento da carga tributária no País.


Maia afirmou que a reforma tributária vai melhorar o ambiente de negócios e será um instrumento importante para a retomada da economia brasileira no pós-pandemia. Segundo ele, as discussões sobre a proposta devem ser retomadas na próxima semana.


“A reforma tributária tem muita chance de passar, os governadores querem unificar o ICMS. A questão tributária é o mais importante para melhorar o ambiente de negócio e a [reforma] administrativa pode melhorar a gestão da administração pública federal”, avaliou o presidente da Câmara durante live promovida pela Genial Investimentos nesta terça-feira (7).


“Estou otimista em relação a pauta, mas o governo precisa encaminhar as propostas. Se o governo quiser mandar a CPMF, que encaminhe, vai ser uma derrota desnecessária”, alertou.


Maia criticou a inércia do Executivo. “O governo não apresentou nenhuma proposta para o período pós-pandemia. Não mandou a reforma tributária; não mandou uma proposta sobre cabotagem [navegação costeira entre portos do País]; a reforma administrativa não chegou”, cobrou Maia.


Privatizações

Maia disse ainda que não vê chances de o governo aprovar privatizações no País neste ano de pandemia e de eleições. Segundo ele, a privatização da Eletrobras não tem apoio no Senado. Além disso, Maia não acredita que a venda dos bancos públicos seja uma agenda do Palácio do Planalto.


Teto de gastos

O presidente da Câmara também defendeu a manutenção da regra atual que impõe um teto de gastos públicos. Segundo ele, a flexibilização dessa regra só deve ser discutida depois que o País conseguir organizar as despesas públicas.


Maia também criticou a intenção do governo de ampliar para 2021 o alcance da chamada PEC da segregação do orçamento, que criou condições para o aumento de gastos em razão da pandemia neste ano.


“Temos uma carga tributária alta, 96% de despesas obrigatórias, um endividamento alto e falta de credibilidade do Brasil. Não temos uma saída simples. Vamos construir saídas com diálogo, mas nenhuma delas será para flexibilizar o teto”, avisou Maia.

Fonte: Agência Câmara

 


 

08/07/2020 - Após mobilização histórica, entregadores de aplicativo serão recebidos por Rodrigo Maia


Representantes da categoria, que está exposta a inúmeros riscos durante a pandemia do coronavírus, apresentarão ao presidente da Câmara suas reivindicações por melhores condições de trabalho


Nesta quarta-feira (8), uma semana após a mobilização histórica dos entregadores de aplicativos, representantes desses trabalhadores serão recebidos para uma reunião virtual com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).


No último dia 1º, milhares de entregadores de empresas como iFood, Uber Eats, Rappi e Loggi deflagraram uma greve nacional, que contou com grande apoio da população, com o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho e direitos básicos, já que eles estão expostos a inúmeros riscos em meio à pandemia do coronavírus.


Submetidos a exaustivas horas de trabalho, esses trabalhadores, além de se exporem à infecção, têm que arcar com todos os custos para a realização do serviço, sem qualquer tipo de proteção por parte das empresas dos aplicativos que, segundo eles, não oferecem sequer máscaras ou álcool gel.


A ideia da reunião, que foi uma iniciativa da bancada do PSOL na Câmara, é fazer com que os entregadores exponham as condições precarizadas de trabalho, apresentem as reivindicações da categoria para que, assim, os deputados possam trabalhar em projetos de lei que garantam mais direitos e proteção a essas pessoas.


Entre as principais reivindicações da categoria estão a fixação de tabela de preço do frete de entregas; o aumento da taxa mínima das entregas; o fim dos bloqueios e desligamentos de forma injusta e sem justificativas; uma legislação específica para a categoria; e o auxílio-pandemia, com fornecimento dos EPIs e licença remunerada caso o entregador seja afastado em decorrência do coronavírus.


Sem respostas das empresas de aplicativo, os entregadores planejam uma nova greve para o dia 25 de julho.

Fonte: RevistaForum

 


 

08/07/2020 - Transportadora é condenada pela prática reiterada de pagar salário "por fora"


Uma transportadora deverá pagar indenização por dano moral coletivo de R$ 40 mil em razão da prática reiterada de efetuar a seus empregados pagamentos salariais “por fora”. Conforme a decisão da 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, o procedimento prejudica não só os próprios trabalhadores, mas o restante da sociedade, pois atinge programas que dependem de recursos do FGTS e da Previdência Social.


O pedido de indenização foi feito em ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho e negado nas instâncias inferiores. Para o relator do recurso de revista do MPT, ministro Cláudio Brandão, o dano moral coletivo se caracteriza pela lesão a direitos e interesses transindividuais, pois o prejuízo se reflete diretamente nos programas que dependem dos recursos do FGTS e da Previdência Social.


Dessa forma, estaria configurada a ofensa a patrimônio jurídico da coletividade, que necessitaria ser recomposto. Segundo o relator, a configuração de lesão ao patrimônio moral coletivo dispensa a prova do efetivo prejuízo de todos os empregados ou do dano psíquico dele derivado. A lesão decorre da própria conduta ilícita da empresa, em desrespeito à lei e à dignidade do trabalhador.


A decisão foi unânime. O valor da condenação será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Com informações da assessoria de imprensa do TST.

RR-10384-88.2014.5.03.0077

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

08/07/2020 - Reconhecimento de doença ocupacional pode prescindir de vistoria física, diz TST


Se as provas foram fundamentadas, não é necessário promover vistoria no local de trabalho para comprovar a existência de doença ocupacional. Com esse fundamento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso de um operador de caldeira da Martinucci do Brasil Móveis para Escritório Ltda., de Curitiba (PR), que pedia a realização de vistoria no local de trabalho para comprovar o nexo causal entre diversas doenças e as atividades que realizava.


O empregado, que sofria de escoliose, coxartrose e espondilose, sustentava que o perito nomeado pelo juízo estaria obrigado a cumprir "escrupulosamente" seu encargo, pois, para fosse reconhecida a doença ocupacional, seria preciso conhecimento técnico. Em reforço a sua tese, disse que não haveria como afirmar que a conclusão do laudo pericial seria mantida, caso o perito visitasse o local de trabalho.


O operador acrescentou ainda que uma resolução do Conselho Federal de Medicina determina que, além dos exames clínicos e complementares, o médico deve considerar o estudo do local e da organização do trabalho, a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, estressantes e outros fatores.


No entanto, o juízo de primeiro grau entendeu desnecessária a realização da perícia técnica no ambiente de trabalho, porque os fatos e as provas seriam suficientes para o julgamento da ação trabalhista. De acordo com a sentença, mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), não foi constatado nexo de causalidade ou de concausalidade entre as doenças e a função de operador de caldeira, exercida por 12 anos na empresa.


Cerceamento de defesa

O relator do recurso de revista do empregado, ministro Alexandre Ramos, observou que o objetivo da perícia médica é aferir a condição de saúde do empregado e que, conforme as conclusões médicas identificadas, ficou demonstrado que a vistoria seria dispensável.


Ao entender que não houve cerceamento de defesa, o relator observou que, de acordo com os exames clínicos e os documentos médicos apresentados, o perito concluiu que o quadro apresentado pelo trabalhador não tem qualquer relação com suas atividades.


O ministro disse ainda que o TRT formou seu convencimento diante das provas, "todas fundamentadas". A decisão foi unânime. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.

RR 1306-33.2013.5.09.0661

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

07/07/2020 - Centrais: democracia vai além do voto. São direitos, trabalho, renda e cidadania


Entidades enaltecem unidade na Virada da Democracia e anunciam ato na quarta (8) diante do Ministério da Fazenda, pela manutenção do auxílio emergencial


O mundo do trabalho também esteve presente na Virada da Democracia, neste domingo (5), por meio de representantes de centrais sindicais. Além dos dirigentes, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, ressaltou a importância do evento, que contou com mais de 70 eventos e participação de 140 organizações. “As centrais, por sua vez, consideram essencial a defesa da democracia, portanto a proteção do Estado democrático de direito, das instituições que compõem a sociedade, Congresso, STF, sindicatos, partidos”, afirmou Clemente. “Não só a defesa, mas a promoção da democracia, para que esses valores sejam fortalecidos. E que esse fortalecimento resulte em mudanças que protejam a vida”, acrescentou.


Uma medida lembrada pelos sindicalistas é da implementação do auxílio emergencial. Primeiro, a mobilização para aumentar o valor, dos R$ 200 pretendidos pelo governo para R$ 600, e agora para garantir a manutenção pelo menos até dezembro. Nesse sentido, na próxima quarta-feira (8) as centrais farão ato a partir das 11h30 diante do Ministério da Fazenda, pelo auxílio emergencial e por um programa permanente de renda básica. Clemente lembrou que a economia já mostravam mau desempenho antes mesmo da pandemia, mas a crise sanitária trouxe um elemento a mais a um “problema estrutural”: a desigualdade. “Há também uma agenda de proteção aos empregos, da renda, e uma preocupação central com a retomada da atividade econômica.”


Agenda de proteção

Ao responder a questões formuladas por Talita Galli (TVT) e Rafael Garcia (Rádio Brasil Atual), Clemente observou que a política econômica implementada por Paulo Guedes “já estava na contramão” antes mesmo da crise sanitária. “Estavam entregando um crescimento medíocre, o país patinava do ponto de vista econômico. Empregos precários, sem proteção social. O que vinha sendo entregue antes já era muito distante do que o país precisava do ponto de vista de uma dinâmica econômica.”


O presidente da CUT, Sérgio Nobre, falou em “renascimento” do movimento sindical a partir dos anos 1980, no enfrentamento à ditadura, para afirmar que a democracia está novamente sob ameaça no Brasil. Mas ele observou que o sistema democrática vai muito além do direito ao voto.


“Quando a gente fala em democracia, a primeira coisa que vem na nossa mente é o direito de votar, de se expressar de maneira de livre. Mas democracia é muito mais. É um modelo de sociedade protetora de direitos. E é na democracia que os trabalhadores avançam em novas conquistas”, afirmou.


Onda de direita

“Assim como no passado, vamos derrotar essa onda de direita que tem assolado o nosso país. “Cada central tem sua concepção, mas neste momento (o importante) é) a unidade de todos nós em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da democracia no seu sentido mais amplo”, disse ainda o presidente da CUT, ressaltando na Virada da Democracia a importância da unidade no movimento sindical.


“Não existe país desenvolvido que não tenha um movimento sindical forte e respeitado”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, defendendo valorização do papel institucional da entidades que representam os trabalhadores. Ele também defendeu a unidade das centrais para enfrentar “os desmandos do governo, os ataques aos direitos, às instituições”.


Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, em um país com tanta desigualdade, o papel do movimento sindical é ainda maior “do ponto da vista da inclusão social, da capacitação, qualificação, conscientização”. O desafio inclui uma “economia em frangalhos”, crise na saúde e na política. Por isso, se torna ainda mais importante a “capacidade de interlocução” das centrais.


Ofensiva brutal

Presidente interino da CSB, Álvaro Egea observou que o mundo do trabalho tem sofrido uma “ofensiva brutal” desde a reforma trabalhista implementada em 2017. Ele citou ainda a sucessão de medidas provisórias, já no período da pandemia, que têm como objetivo a redução de direitos. E destacou a greve dos entregadores de aplicativos na semana passada. É preciso organização “para que a gente possa derrotar essa política nefasta do governo federal e dos empresários”.


Diretor da Nova Central, José Reginaldo afirmou que as centrais já tinha a defesa da vida, do emprego e da democracia como eixo de atuação. Também citou as recentes MPs, “que afastam a possibilidade de proteção coletiva do trabalhador”. “A gente percebe que o governo, no seu afã de promover uma proteção do capital, desprotege a vida da classe trabalhadora.” O diretor da CTB René Fernandes identifica “traços de autoritarismo” no governo federal, com tentativas de intervenção em instituições e desmonte do aparato público.


Durante a live das centrais na Virada da Democracia, no início da tarde de ontem, foram exibidas cenas de protestos contra instituições. Em um deles, era possível ouvir o coro: “STF, presta atenção, a sua toga vai virar pano de chão”. Também foram levadas ao ar cenas de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes contra direitos sociais.


Atentos aos sinais

“O movimento sindical foi um dos instrumentos mais importantes (para a redemocratização)”, comentou Patah. “Sabemos efetivamente o que significa uma tortura, as restrições – da liberdade, do pensamento, da cultura, do trabalho da própria vida. Os sinais estão sendo dados. Nós precisamos ficar muito atentos a eles. Temos de ser muito firmes, porque a democracia significa vida, é um elemento fundamental do crescimento econômico e da própria cidadania. É o elemento mais importante para que nós possamos respirar.”


Reginaldo, da Nova Central, chamou a atenção para a “dramaticidade” dos números sobre o coronavírus e seus impactos para os trabalhadores, especialmente os do setor de saúde. Egea cita “perversidade” de Guedes em declarações que mostram preconceito contra o serviço público. Todos destacaram a mobilização pelo auxílio emergencial.


“É um dos piores período da nossa história”, afirmou René, da CTB. Os últimos dados da Pnad (a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) demonstram que 50% da mão de obra está fora do mercado de trabalho, está sem emprego, sem uma forma de subsistência. É um dado grave”, comentou, citando ainda a reforma trabalhista, a nova lei da terceirização e as MPs 905 (derrubada), 927 (em tramitação) e 936 (aprovada).


Virada da democracia com propostas

“O governo fez toda uma propaganda que não era possível dar um auxílio emergencial maior que 200 reais. Foi o movimento sindical que convenceu o parlamento que tínhamos de ter um abono maior”, afirmou Miguel, da Força. Ele lembrou que as centrais entregaram em 16 de março um documento com propostas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E também citou a greve dos entregadores: “Venderam a ideia de que seriam empreendedores e eles foram transformados em escravos do século 21”.


Sérgio Nobre, da CUT, também falou em propostas. “Estamos com pouco mais de três meses de pandemia e o Brasil já vem no caminho errado há muito tempo, com essa política de entregar o patrimônio, essa ojeriza que tem a tudo que é público”, afirmou, lembrando que o país deverá ter neste ano o pior PIB de sua história e um número “jamais visto” de desempregados.


“Estamos apresentando um programa emergencial para o país, que precisa mudar de rumo, ter um novo modelo econômico”, defendeu. O dirigente citou um “amplo programa habitacional”, ações em mobilidade urbana, infra-estrutura e segurança alimentar. “Tem muita coisa para fazer, e nós podemos gerar milhões de empregos, mas para isso tem que mudar de rumo. Desse governo a gente não espera nada.”


Confira aqui a live das centrais sindicais durante a Virada da Democracia.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

07/07/2020 - Bolsonaro sanciona suspensão de contrato e redução de jornada e salário na pandemia


Em vigor desde abril, medida foi aprovada pelo Congresso em junho e governo deve enviar decretos para prorrogar os prazos máximos


O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta segunda-feira (6) a medida provisória 936, que autoriza as empresas a negociarem com seus empregados acordos de suspensão temporária do contrato de trabalho e redução de salário durante a pandemia. A medida está em vigor desde 1º de abril, mas o texto só foi aprovado pelo Congresso em 16 de junho.


A MP autoriza a suspensão do contrato de trabalho por 60 dias e a redução de salário e jornada por 90 dias, para reduzir os impactos econômicos da pandemia. Segundo técnicos do governo, o decreto que prorroga os prazos máximos por mais 60 dias para suspensão e mais 30 dias para redução já estão prontos para a publicação.


As empresas interessadas na prorrogação terão que renegociar com os funcionários acordos já fechados e assegurar estabilidade temporária no emprego por igual período.


O salário acompanha a redução da jornada de forma proporcional, mas não pode ficar abaixo do mínimo, atualmente em R$ 1.045. A redução de jornada permitida pelo programa é de 25%, 50% ou 75%, e as regras variam de acordo com a faixa salarial do trabalhador.


O acordo pode ser fechado coletivamente com sindicatos ou individualmente com cada funcionário. A MP também garante o pagamento pelo governo federal de uma parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

07/07/2020 - Desemprego em cascata: cada emprego formal fechado impacta 2 informais


Para Clemente Ganz Lúcio, do Dieese, crise vai deixar um contingente de endividados e corroer a renda sobretudo entre os informais


O fechamento de empregos formais durante a pandemia de Covid-19 tem provocado um efeito cascata no mercado de trabalho e atingido em dobro os trabalhadores informais no País. Para cada brasileiro com carteira assinada que ficou desempregado, dois informais ficaram sem trabalhar.


Os cálculos se baseiam na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que compara o trimestre de dezembro/2019 a fevereiro/2020 com o trimestre março-maio. A Pnad foi realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada na semana passada, enquanto as projeções de impactos no mercado de trabalho são do professor sênior da Universidade de São Paulo (USP) Hélio Zylberstajn.


No período analisado, 3,98 milhões de trabalhadores informais perderam sua principal fonte de renda. No caso dos formais, 1,99 milhão ficaram desocupados. Pela primeira vez, mais da metade da população brasileira em idade para trabalhar está sem ocupação, segundo o IBGE, refletindo duas crises econômicas: a primeira, em curso desde 2019, reflete a recessão brasileira sob a desastrosa política ultraliberal do governo Jair Bolsonaro; a segunda, mais recente, capta os efeitos da pandemia.


Para Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a crise vai deixar um contingente de endividados e corroer a renda sobretudo entre os informais, mesmo com medidas como o auxílio emergencial de R$ 600 para a baixa renda. “Enquanto outros países já trabalham para pensar a saída da crise, o governo do Brasil fala em reformas”, critica Clemente.


Sem acesso à rede de proteção social do emprego com carteira assinada, o trabalhador informal está mais exposto aos efeitos das crises. Geralmente estão em funções que dependem da renda dos demais trabalhadores e ficam sem opção quando há uma queda da atividade econômica.


Na crise atual – que tem limitado a circulação de milhões de pessoas pelas cidades brasileiras –, o vendedor de café parou de trabalhar na porta do metrô e o camelô perdeu a freguesia. “O grupo informal foi o que mais sofreu logo no início da quarentena. Para eles, a ocupação se dissipou imediatamente, na medida em que a demanda por seus serviços desapareceu”, diz Zylberstajn.


Segundo o economista, os informais também devem puxar a recuperação do mercado de trabalho no ano que vem, já que tradicionalmente as empresas demoram a recontratar, e as pessoas voltam para o mercado como podem. Em 2017, logo após a última recessão, o número de brasileiros trabalhando por conta própria e sem carteira assinada superou pela primeira vez o daqueles que tinham um emprego formal. O ano terminou com 34,3 milhões de informais, ante 33,3 formais, segundo o IBGE.


Na avaliação de Zylberstajn, o melhor desempenho do emprego formal durante a pandemia indica que as medidas de redução de jornada de trabalho e de salário e a suspensão dos contratos, embora duras, ajudaram a manter empregos. “O prejuízo foi contido. Sem a Medida Provisória 936 teria sido pior.”


Ainda assim, levantamento feito por pesquisadores do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas) aponta que, em função de redução de salário por conta da pandemia, 3,8% das famílias acabaram atrasando o pagamento de contas. Já 9,1% ficaram inadimplentes por terem perdido o emprego. Conforme Viviane Seda (Ibre), as dificuldades das famílias podem ter efeito redutor na recuperação econômica.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

07/07/2020 - Governo gastou 17 vezes mais com previdência de militar do que com aposentado pelo INSS


Déficit no sistema dos militares é de R$ 121 mil por pessoa, contra R$ 6,9 mil por beneficiário do INSS


Dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (6) revelam que o governo de Jair Bolsonaro gastou 17 vezes mais com aposentadoria de militares em comparação com trabalhadores do setor privado.


Em relação aos servidores civis, o gasto é dez vezes maior em relação aos gastos por beneficiário do INSS.


Em 2018, o déficit do sistema de previdência dos militares foi de R$ 121,2 mil por pessoa, enquanto o dos servidores foi de R$ 71,6 mil. Já o déficit por pessoa aposentada pelo INSS foi de R$ 6,9 mil.


Nos últimos dez anos, o déficit por beneficiário do sistema dos militares subiu de R$ 81,6 mil para R$ 121,2 mil, ao ano. Seu maior valor foi registrado em 2019, primeiro ano de governo Bolsonaro.


“Vale destacar que não há receita de contribuição previdenciária nem do militar, tampouco patronal, para o custeio desse sistema de proteção social, o que aumenta o seu déficit”, ressalta relatório. A informação é do jornal O Globo.

Fonte: RevistaForum

 


 

07/07/2020 - "Eu gostaria de privatizar todas as estatais", diz Guedes ao prometer quatro grandes privatizações para este ano


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em período de "30, 60 a 90 dias". Os Correios são outra empresa que o ministro pretende oferecer à iniciativa privada.


"Está na lista seguramente, só não vou falar quando (será a privatização). Eu gostaria de privatizar todas as estatais", disse ele ao programa especial "O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada", na TV CNN Brasil.


De acordo com o titular da pasta, "há muito valor escondido debaixo das estatais". "As subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Ali, há R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões em um IPO (oferta primária de ações) grande", afirmou.

Fonte: Brasil247

 


 

07/07/2020 - Contra recomendações, Bolsonaro veta uso de máscaras em presídios


Os estabelecimentos também não precisarão mais afixar cartazes informando sobre o uso correto do equipamento de proteção


Contrariando as recomendações dos especialistas que defendem as medidas de isolamento e o uso de máscara como soluções para conter a epidemia, o presidente Bolsonaro ampliou os vetos ao uso de máscaras, que agora deixam de ser obrigatórias em presídios.


Pelo texto publicado no “Diário Oficial”, deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em presídios, bem como estabelecimentos não precisarão mais afixar cartazes informando sobre o uso correto do equipamento de proteção.


Na sexta-feira (3), Bolsonaro já havia feito diversos vetos ao projeto de lei aprovado pelo Congresso em 9 de junho, entre eles, dispositivos que tornavam obrigatório o uso do equipamento de proteção em igrejas, comércios e escolas.


O governo diz que fica de fora o trecho segundo o qual “os órgãos, entidades e estabelecimentos […] deverão afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do estabelecimento, nos termos de regulamento”.


Também fica de fora o artigo segundo o qual era “​obrigatório o uso de máscaras de proteção individual nos estabelecimentos prisionais e nos estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas”.

Com informações do UOL

Fonte: Portal Vermelho

 


 

07/07/2020 - Proposta prolonga seguro-desemprego durante pandemia


Projeto permite que o trabalhador demitido receba até sete parcelas do seguro


O Projeto de Lei 3618/20 determina que, durante a pandemia do novo coronavírus e nos seis meses subsequentes, sejam concedidas a toda pessoa demitida até sete parcelas do seguro-desemprego previsto na Lei 7.998/90.


O Congresso Nacional reconheceu estado de calamidade pública no País devido à Covid-19, válido até dezembro.


Conforme o texto em tramitação na Câmara dos Deputados, a União arcará com as despesas decorrentes das novas parcelas do seguro-desemprego, e o pagamento deverá ser operacionalizado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


Atualmente, o seguro-desemprego pode ser pago em três a cinco parcelas mensais, dependendo do tempo que o trabalhador permaneceu no emprego.


“Os efeitos da pandemia devem durar por todo o ano, e as condições de emprego serão reduzidas pela paralisação das atividades econômicas”, afirma o autor da proposta, deputado Bohn Gass (PT-RS). “O Estado deverá arcar com medidas temporárias para garantir a subsistência da população”, conclui.


O projeto também é assinado por outros cinco parlamentares.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil subiu 1,2 ponto percentual e ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio último. Pela primeira vez na série histórica iniciada em 2012, a parcela de ocupados (49,5%) foi menor do que a de desocupados entre as pessoas em idade de trabalhar.


Outras iniciativas

Neste ano, já foram apresentadas na Câmara 33 propostas que tratam da Lei 7.998/90, a maior parte após o reconhecimento do estado de calamidade pública em razão da Covid-19.

Fonte: Agência Câmara

 


 

06/07/2020 - Rodrigo Maia defende importância de sindicatos


É preciso pensar em forma de financiamento, diz presidente da Câmara


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu, neste sábado (4), a necessidade de uma “reorganização” do papel dos sindicatos brasileiros. Para o parlamentar, a reforma trabalhista aprovada em abril de 2017 enfraqueceu as entidades representativas dos trabalhadores que, atualmente, enfrentam dificuldades para custear suas ações.


“A votação da lei trabalhista que eu conduzi teve um papel importante. De fato, a legislação brasileira, não estimulava o emprego e não protegia o trabalhador. Havia um poder excessivo nos sindicatos, mas o outro lado [patronato] formou maioria e levou o pêndulo para um lado que, agora, precisa ser reorganizado em um ponto de equilíbrio”, disse Maia ao participar de uma webconferência realizada pelo Grupo Prerrogativas.


“Acho que a legislação trabalhista foi modificada de forma correta, mas acho que na questão dos sindicatos ela foi dura demais”, acrescentou Maia pouco após defender a importância da atividade sindical para a democracia. “Não podemos nos esquecer de que o principal ato inicial quando Hitler virou chanceler [da Alemanha] foi acabar com os sindicatos.”


Para o presidente da Câmara, é preciso “construir um caminho” que permitam às organizações financiar-se. “Não tenho dúvida nenhuma de que os sindicatos têm que ter condições de financiar seu trabalho de representação na sociedade. Não com aquele mesmo volume de financiamento que gerava uma distorção e que acabou gerando uma reação da sociedade, mas é bom termos os sindicatos participando da nossa vida democrática. Hoje, muitos deles enfrentam dificuldades, o que não é bom”, ponderou Maia.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2020 - Guedes anuncia a volta da CPMF (com outro nome) e o imposto sobre dividendos nas empresas

 

O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, anunciou em entrevista à CNN a volta da CPMF, que será rebatizada como Imposto sobre Transações Digitais, e também o tributo sobre dividendos – hoje, o Brasil é um dos poucos países do mundo que não tributam empresários quando transferem recursos de suas empresas para suas contas pessoais.


“Na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), as empresas pagam média de 19% ou 20% de imposto de renda. No Brasil, temos 34%. Quem vai querer investir no Brasil?”, disse ele. “Prefiro que a empresa pague menos e que cobre no dividendo”, afirmou, defendendo a tese de que, com a mudança, as empresas terão mais caixa para investir.


Na entrevista, ele também falou sobre a volta de um imposto sobre transações financeiras, ou seja, a velha CPMF. “Todo mundo falava do imposto de transação que é muito ruim, é feio, uma areia do sistema, mas tem uma base de incidência que traficante de droga não escapa, traficante de arma não escapa. Ninguém escapa. Corruptos não escapam”, disse ele, que também afirmou que “se todos pagarem uma alíquota pequeninha é possível desonerar” outros tributos.


“Não é a CPMF. É sobre transações digitais”, disse Guedes, sem ressaltar que praticamente todas as transações financeiras são digitais.

Fonte: Brasil247

 


 

06/07/2020 - Rodrigo Maia rechaça proposta de Guedes e diz que Câmara não pautará CPMF


Pelo menos até 1º de fevereiro, não conte com a presidência da Câmara a pautar qualquer matéria de qualquer imposto disfarçado de CPMF. Deixo claro para não reclamarem depois. A Câmara não pautará CPMF e novos impostos no Brasil — disse Maia, em entrevista à Globo News.


Naia refutou em termos enérgicos o ministro da Economia Paulo Guedes. Desde o período de campanha, Guedes defende a criação de um imposto nos moldes da CPMF, que poderia incidir sobre pagamentos ou serviços digitais, como forma de financiar programas como a redução de impostos sobre a folha de pagamentos.


Na última sexta-feira, em conversa com empresários transmitida ao vivo, Guedes voltou a defender a medida. Para o ministro, um tributo nesses moldes aumentaria a base de arrecadação, com alíquota baixa.


Maia disse que há propostas melhores em discussão na própria Câmara, como a que pode rever, justamente, impostos sobre a folha de pagamentos para quem ganha até um salário mínimo, e propõem a revisão do imposto de renda das empresas, com criação de imposto sobre dividendos, e também do imposto de renda da pessoas física, informa O Globo.


"Criar imposto com uma carga tributária de 35% do PIB, mais um déficit primário que eleve essa carga é transferir para os brasileiros mais simples, porque eles pagarão de forma mais pesada uma nova CPFM, a responsabilidade que é nossa, que governamos o Brasil, no Executivo e no Legislativo", disse Maia.


Na sexta-feira, Guedes disse que a proposta do governo está "absolutamente pronta" para ser enviada ao Congresso.


Para Maia, a prioridade número 1 é a reforma tributária.

Fonte: Brasil247

 


 

06/07/2020 - Reforma tributária está pronta para ir ao Congresso, diz Guedes


Ministro participou de transmissão ao vivo com empresários


A proposta de reforma tributária está “absolutamente pronta” e deve enviada nos próximos dias ao Congresso, disse sexta-feira (3) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou de uma transmissão ao vivo com empresários e também disse esperar que os parlamentares aprovem, nos próximos 90 dias, projetos para atrair investimentos privados ao país.


“[O modelo de reforma tributária] já está pronto. Está absolutamente pronto para ser disparado. Primeiro de janeiro deste ano já estava tudo combinado”, disse Guedes.


No início do ano, o Congresso criou uma comissão mista especial para fundir as duas propostas de reforma tributária da Câmara e do Senado sobre o tema, mas a pandemia do novo coronavírus adiou os trabalhos. O Ministério da Economia apresentaria uma emenda, por meio de um deputado da base aliada, para incluir as sugestões do governo ao texto.


O ministro também prometeu dar prioridade a projetos para estimular investimentos privados, como a proposta que reformula o mercado de gás e a nova regulamentação da navegação de cabotagem. Segundo ele, a aprovação do novo marco legal do saneamento mostra que o Congresso pode aprovar projetos de interesse do governo durante a pandemia e as propostas podem ser votadas em até três meses.


“Tudo isso [projetos para atrair investimentos] pode ser aprovado em 60 a 90 dias. E isso significa destravar os investimentos. Daqui a dois, três meses, se já mudamos o marco regulatório agora, os investimentos já estão sendo disparados”, declarou o ministro.


Após o fim da pandemia, Guedes informou que o governo pretende dar prioridade a projetos para gerar renda e emprego. Ele mencionou a recriação da carteira verde-amarela, novo regime de trabalho com menos direitos trabalhistas para empregados jovens válido por dois anos, e a unificação dos programas sociais por meio do Renda Brasil.


Segundo Guedes, o novo programa social deverá medidas como Imposto de Renda negativo e microcrédito para cerca de 38 milhões de trabalhadores informais que não tinham acesso a nenhum benefício social.


“Ele [o trabalhador informal e autônomo] basicamente era um invisível. Nós agora vamos dignificar esse trabalho. Uma pessoa que pode ganhar R$ 500, R$ 600, R$ 700 trabalhando, em vez de recorrer a R$ 200 do Bolsa Família. Deixa ele continuar livre, mas agora com apoio de microcrédito, com imposto de renda negativo, com programas de aperfeiçoamento. Temos que dar a mão e dignificar o trabalho deles, em vez de ignorá-los”, acrescentou o ministro.


Em relação à reforma do pacto federativo, que previa a reformulação do Estado brasileiro e a descentralização de recursos para estados e municípios, Guedes disse que a proposta se tornou menos prioritária com a pandemia de covid-19. No fim de junho, o governo tinha anunciado que havia desistido da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e que reformularia a PEC do Pacto Federativo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2020 - Ipea: trabalhadores informais receberam só 60% do habitual com a pandemia


Trabalhadores informais, aqueles que trabalham por conta própria, receberam apenas 60% do rendimento habitual e foram os mais afetados pela pandemia do coronavírus. A análise é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) feita com base em microdados da Pnad Covid-19 do IBGE.


O Ipea analisou os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e o impacto do auxílio emergencial na renda dos brasileiros. Os dados revelam que os rendimentos médios da população no mês de maio correspondem a 82% da renda habitual.


Os trabalhadores formais foram os menos atingidos. No setor privado, os empregados com carteira assinada receberam 92% do habitual, contra 76% no caso dos trabalhadores sem registro. Já funcionários públicos contratados pela CLT receberam 96% do habitual, enquanto militares e estatutários obtiveram 98%.


O pesquisador do Ipea, Sandro Sacchet, autor da análise, afirma que o auxílio emergencial foi importante na sustentação das famílias com renda mais baixa. Após receber o benefício, os rendimentos nestes domicílios atingiram 103% do que seriam com as rendas habituais.

 

No mês de maio, cerca de 32% dos domicílios não apresentaram nenhuma renda de trabalho. De acordo com o estudo, 5,2% dos domicílios, cerca de 3,5 milhões, sobreviveram apenas com os rendimentos do auxílio emergencial. O estudo aponta ainda que o benefício compensou cerca de 45% do impacto total da pandemia na massa de rendimentos no país.

Fonte: Portal EBC

 


 

06/07/2020 - Ipea: Emprego deve se recuperar só após retorno da atividade econômica


Recuperação do mercado de trabalho depende do controle da pandemia


A recuperação do mercado de trabalho brasileiro após o choque causado pela pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, tende a ser mais lenta que o retorno da atividade econômica, que teve seu pior momento em abril. A avaliação é de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), que afirmam que a retomada depende do controle da pandemia.


O Ipea divulgou uma avaliação sobre os dados obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios focada nos impactos da covid-19 (Pnad-Covid) e realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e divulgada sexta-feira (3).


O diretor adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Marco Cavalcanti, explicou que, em momentos de crise, os custos de demissões fazem com que os dados do mercado de trabalho piorem mais lentamente que os efeitos imediatos na atividade econômica. De forma semelhante, os custos de contratação fazem com que a retomada dos empregos seja mais lenta em momentos de recuperação.


"Como há muitos custos, os empresários só vão contratar ou demitir se tiverem segurança do cenário econômico que vem pela frente. Se os empresários estiverem inseguros em relação às perspectivas futuras, vão pensar duas vezes antes de começar a contratar", diz o pesquisador. "Todo o cenário de recuperação da atividade econômica e do mercado de trabalho está condicionado, certamente, ao controle da pandemia."


Os dados da Pnad-Covid mostram que a taxa de desocupação aumentou para 12,1% nas duas primeiras semanas de junho. Na primeira quinzena de maio, o percentual era de 10,4%. Apenas na semana de 7 a 13 de junho, o número de trabalhadores que procuraram emprego e não encontraram aumentou em 700 mil pessoas, chegando a 11,9 milhões.

 

Cavalcanti explica que o aumento da taxa de desocupação está relacionado à queda de 0,7% na população ocupada e ao aumento de 1,2% na força de trabalho, que inclui todas as pessoas trabalhando ou procurando emprego. Uma das razões para tal aumento é que caiu 4,9% o número de pessoas que declararam não ter procurado trabalho por causa da pandemia. Em números absolutos, a queda representa cerca de 900 mil pessoas, que estavam fora da taxa de desocupação porque esta inclui apenas quem procurou trabalho e não encontrou.


"São pessoas que, possivelmente, estavam temerosas de sair às ruas e pessoas que estavam desalentadas achando que não iriam conseguir emprego", descreve Cavalcanti, acrescentando que o outro lado do aumento da desocupação é inegavelmente ruim: o nível de ocupação caiu e chegou a apenas 49,1% da população em idade ativa.


Para o pesquisador, um dado considerado sinal de que os efeitos da crise podem estar arrefecendo é a redução do número de pessoas afastadas do trabalho por causa do isolamento social. Esse percentual caiu de 16,4 milhões para 12,9 milhões entre as primeiras quinzenas de maio e junho. "Na mesma linha, o número de pessoas trabalhando de forma remota caiu dentro da margem."


Ele resume que os sinais do mercado de trabalho são mistos, e a tendência é que o retorno de mais pessoas à busca de emprego pressione a taxa de desocupação. "Não dá para afirmar, com certeza, que, no que se refere ao mercado de trabalho, o pior já passou."

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/07/2020 - Gestante com contrato temporário não tem direito a estabilidade


Uma consultora de vendas que prestou serviços para a Tim Celular S.A. em Cuiabá (MT) e soube de sua gravidez após o fim do contrato temporário não tem direito à garantia provisória de emprego. A decisão, da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, segue entendimento recente do Pleno do TST, que considerou inaplicável a estabilidade da gestante no caso de contratação temporária.


A consultora foi contratada pela Spot Representações e Serviços Ltda., de Brasília (DF), para prestar serviços à TIM até 12/2/2016. O laudo de ultrassonografia obstétrica, de 6/5/2016, comprovou que ela estava grávida de 13 semanas na data da dispensa. Em sua defesa, a Spot alegou que a estabilidade provisória prevista no artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) seria incompatível com a contratação temporária.


Condenada ao pagamento de indenização no primeiro grau, a Spot recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (MT), que manteve a sentença, por entender que não há incompatibilidade entre a garantia constitucional à estabilidade provisória gestacional e a modalidade contratual.


Segundo o TRT, a empregada que se descubra gestante durante o contrato por prazo determinado, “a exemplo do temporário”, tem garantido o seu direito ao emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. “Eventual dispensa implementada durante esse interregno é ilegal e, portanto, anulável”, registrou.


Efeito vinculante

A relatora do recurso de revista da Spot, ministra Kátia Arruda, destacou que, em novembro de 2019, o Pleno do TST, ao julgar Incidente de Assunção de Competência (IAC 5639-31.2013.5.12.0051), considerou inaplicável a garantia de estabilidade provisória à empregada gestante contratada sob o regime de trabalho temporário previsto na Lei 6.019/1974. Por ter efeito vinculante, o entendimento do Pleno foi adotado pela Turma. A decisão foi unânime. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.

RR 722-05.2016.5.23.0003

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

03/07/2020 - Produção industrial volta a crescer em maio, mas não recupera perdas de março e abril


A produção industrial no país cresceu 7% em maio deste ano na comparação com abril. Mas o avanço não foi suficiente para reverter a queda de 26,3% acumulada nos meses de março e abril, como reflexo dos efeitos das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia da Covid-19.


Com isso, o setor atinge o segundo patamar mais baixo da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, iniciada em 2002, sendo que o menor nível foi registrado em abril deste ano. A queda foi de 18,8%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE.


Em relação a abril, o crescimento em maio foi praticamente generalizado. De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, as atividades foram impulsionadas, em grande parte, pelo retorno à produção, após as interrupções dos últimos 10 dias de março e de todo o mês de abril em várias unidades produtivas, por causa da pandemia.


Macedo enfatiza que maio já demonstra algum tipo de volta à produção. A expansão de 7%, apesar de ter sido a mais elevada desde junho de 2018, se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa. Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda está 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.


Os bens de consumo duráveis, como veículos, e bens de capital, como máquinas e equipamentos, tiveram as taxas positivas mais acentuadas em maio passado, com ambos interrompendo dois meses seguidos de queda na produção e marcando os avanços mais elevados em 18 anos.


A atividade veículos automotores, reboques e carrocerias foi o destaque da pesquisa, com alta de 244,4% na produção, interrompendo dois meses seguidos de queda e marcando a a expansão mais acentuada desde 2002. Ainda assim, a produção está 72,8% abaixo de fevereiro.


Nos últimos 12 meses, a queda da produção industrial brasileira foi de 5,4%, a mais elevada desde dezembro de 2016. De janeiro a maio deste ano, o setor já acumula recuo de 11,2%.

Fonte: Portal EBC

 


 

03/07/2020 - Carteira verde e amarela de Paulo Guedes quer oficializar uberização do mercado de trabalho


Proposta para "alavancar" emprego pós-pandemia que será apresentado por Bolsonaro prevê um regime de subcontratação de trabalhadores por hora trabalhada e sem direitos, que forçaria a busca por regimes de previdência privada


O plano para “alavancar” o emprego pós pandemia do coronavírus que está sendo gestado no Ministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes, prevê uma de uberização da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) oficializando um regime de subcontratação de trabalhadores por horas e sem direitos, como acontece com os entregadores de aplicativos, que fizeram greve na última quarta-feira (1º).


A proposta, que será enquadrada na estratégia de marketing da chamada “carteira verde e amarela”, prevê a contratação por hora trabalhada de serviços prestados pelo trabalhador para vários empregadores, segundo reportagem de Adriana Fernandes, no jornal O Estado de S.Paulo desta sexta-feira (3).


Nesse tipo de “registro” não haverá cobrança de encargos trabalhistas, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição previdenciária, que forçaria a contratação de regimes de previdência privada e vai ao encontro dos anseios de Guedes, já rejeitado no Congresso Nacional, de entregar aos bancos o controle sobre aposentadorias.


O primeiro modelo da Carteira Verde Amarela, editado por meio Medida Provisória, caducou sem avanços na discussão do Congresso.


Como ação de marketing, o governo Jair Bolsonaro pretende vender a proposta como uma “rampa” para o trabalhador informal entrar no mercado formal de trabalho, diz o Estadão.


Desemprego

Segundo o IBGE, o desemprego subiu 1,3 ponto porcentual no trimestre encerrado em abril, em relação aos três meses anteriores, e chegou a 12,6%. A população desocupada (12,8 milhões de pessoas) teve aumento de 7,5% (898 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (11,9 milhões de pessoas).


O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 51,6%, o menor da série histórica iniciada em 2012.


Outra taxa que bateu recorde histórico foi a da informalidade, que chegou a 38,8% da população ocupada, representando um contingente de 34,6 milhões de trabalhadores informais, o menor da série, iniciada em 2016.

Fonte: RevistaForum

 


 

03/07/2020 - OAB recorre de decisão sobre correção de dívidas trabalhistas


Processos foram suspensos por decisão do ministro Gilmar Mendes


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu todos os processos em tramitação na Justiça do Trabalho que tratam da discussão sobre qual índice que deve ser aplicado para a correção monetária de dívidas trabalhistas. A suspensão vale até o plenário da Corte julgar o caso.


O debate envolve a aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), mais favorável aos trabalhadores, ou da Taxa Referencial (TR), que está prevista na reforma trabalhista de 2017 para correção de valores devidos.


No recurso protocolado quarta-feira (1º), a OAB afirma que a decisão de Gilmar Mendes “praticamente paralisa a Justiça do Trabalho” e pede que a suspensão fique restrita ao caso julgado no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que motivou a ação no STF. Caso não seja possível, a entidade pede que a suspensão não seja aplicada às ações que estão em fase inicial.


“Ante o exposto, requer-se a complementação da prestação jurisdicional devida por intermédio do saneamento dos aspectos ora apontados, a fim de que seja permitido o prosseguimento das discussões judiciárias acerca da aplicação do IPCA-E em sede de reclamações trabalhistas que se encontrem na fase de conhecimento, assim como, no que concerne a feitos em fase de execução, que se promova uma adequação da tutela incidental concedida, permitida a consideração da TR como índice de atualização monetária incontroverso”, defende a OAB.


A decisão do ministro Gilmar Mendes foi assinada no sábado (27). No TST, 17 dos 27 ministros já votaram pela adoção do IPCA-E para correção das indenizações.


Em 2018, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) pediu ao Supremo que declarasse constitucional a aplicação da TR, diante do que disse ser um “grave quadro de insegurança jurídica” provocado por decisões da justiça trabalhista desrespeitando a legislação em vigor.


Na iminência da retomada do julgamento no TST, a Consif voltou a pedir, na semana passada, a suspensão de todos os processos sobre o assunto na justiça trabalhista, ao menos até que o plenário do Supremo se debruce sobre o tema.

Fonte: Agência Brasil

 


 

03/07/2020 - Trabalhador pode acumular salário e aposentadoria retroativa, diz STJ


O trabalhador que tem aposentadoria por invalidez negada administrativamente pelo INSS e continua a trabalhar poderá acumular o salário e o benefício se ele for, depois, concedido retroativamente por decisão judicial.


Com esse entendimento, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a pedido do INSS contra o recebimento dos dois rendimentos por um trabalhador, em caso julgado seguindo o rito dos recursos repetitivos.


Assim, a 1ª Seção fixou a seguinte tese: "No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva implantação de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, mediante decisão judicial, o segurado do RPGS tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho exercido, ainda que incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo benefício previdenciário pago retroativamente".


No caso, o trabalhador entrou com pedido de aposentadoria por invalidez pela via administrativa e o teve negado pelo INSS. Para garantir o próprio sustento, continuou trabalhando, mas entrou com ação judicial, que foi julgada procedente para estabelecer o benefício retroativamente, desde a data do requerimento administrativo.


Ao STJ, o INSS alegou que o benefício não pode ser pago em referência ao período em que o segurado estava trabalhando normalmente, pois tem "caráter substitutivo dos rendimentos decorrentes do trabalho", segundo os artigos 42, 46 e 59 da Lei 8.213/1991.


Erro do INSS e sobre-esforço

Para o ministro Herman Benjamin, relator do processo, o caso envolve o que se convencionou chamar de sobre-esforço: por conta do indeferimento administrativo errôneo do INSS, o segurado precisou continuar trabalhando, ainda que a condição de invalidez já existisse — tanto é que foi confirmada por decisão judicial. Neste caso, o princípio da vedação do enriquecimento sem causa atua contra a autarquia previdenciária.


"Enquanto a função substitutiva da renda do trabalho não for materializada pelo efetivo pagamento do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, é legítimo que o segurado exerça atividade remunerada para sua subsistência, independentemente do exame da compatibilidade dessa atividade com a incapacidade laboral", destacou o relator.


Ou seja, ao trabalhar enquanto esperava o resultado do processo judicial pela aposentadoria por invalidez, o seguro agiu em boa fé. Assim, a decisão negou recurso do INSS e manteve o entendimento aplicado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.


Hipóteses não-abrangidas

Ao delinear a controvérsia do repetitivo, o ministro Herman Benjamin ainda destacou a diferenciação para situações constantemente levadas a juízo em referência a matéria previdenciária.


O caso julgado não se equipara ao que o segurado já está recebendo benefício por incapacidade e, mesmo assim, passa a trabalhar e receber pagamento incompatível com sua capacidade. Neste caso, a jurisprudência do STJ é tranquila no sentido da incompatibilidade do recebimento dos dois salários.


Também não é igual aos casos em que o INSS alega somente o fato impeditivo do direito (o exercício de trabalho pelo segurado) na fase de cumprimento da sentença, em que há elementos de natureza processual prejudiciais. Neste, a compensação só poderia ser alegada se não tivesse sido discutida no processo de conhecimento, o que já não seria possível.

Clique aqui para ler o acordão

REsp 1.786.590

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

03/07/2020 - Adiamento das eleições muda calendário, mas posse será 1º de janeiro


Com o adiamento das eleições municipais deste ano por 42 dias, de outubro para novembro, várias datas do calendário eleitoral também sofreram alterações. As convenções partidárias, por exemplo, que aconteceriam de 20 de julho a 5 de agosto, passam para o período que vai de 31 de agosto a 16 de setembro. Já o prazo final para o registro de candidaturas, 15 de agosto, passou para 26 de setembro. Porém, a data de posse do prefeitos eleitos, 1º de janeiro de 2021, permanece inalterada. O relator da PEC 18/2020, que deu origem à Emenda Constitucional 107, promulgada nesta quinta-feira (2), entende que a prioridade agora é "a luta para salvar vidas", no momento em que o mundo enfrenta a pandemia de covid-19.

Fonte: Agência Senado

 


 

03/07/2020 - Celso de Mello prorroga por 30 dias inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF


O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (1º/7) a prorrogação, por mais 30 dias, do Inquérito 4831, que investiga o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em virtude das declarações de Moro a respeito da suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.


A dilação do prazo foi pedida pela Polícia Federal e leva em conta que o prazo anterior está em vias de se esgotar. O deferimento da prorrogação também visa a assegurar a realização de diligências investigatórias ainda pendentes ou que eventualmente sejam necessárias para apuração dos fatos. Com informações da assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal.

INQ 4.831

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

03/07/2020 - Pedido de demissão forçado para isentar empresa de pagar verbas rescisórias é anulado


O trabalhador afirmou que todos os outros empregados assinaram também o documento com o pedido de demissão, que incluía a frase: “por livre e espontânea vontade”. Mas, no documento dele, o trabalhador escreveu o termo: “força maior”.


A juíza Christianne de Oliveira Lansky, titular da 4ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, anulou o pedido de demissão assinado pelo trabalhador de uma empresa do ramo de serviços de limpeza. Para a magistrada, ficou claro, pelas provas produzidas no processo, que a empregadora usou a demissão para evitar o pagamento de verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa.


Segundo conta o trabalhador, a empresa formulou um "pedido de demissão" que foi assinado por ele, estando o ato viciado, “pois jamais teve a intenção de se desligar da empresa, ocasião em que recebeu a título de verbas rescisórias o valor de R$2.371,52, sem o fornecimento do TRCT para que pudesse ao menos apurar a discriminação das parcelas recebidas”. Assim, pediu a reversão do pedido de demissão em dispensa sem justa causa e o pagamento das verbas correlatas.


O trabalhador afirmou que todos os outros empregados assinaram também o documento com o pedido de demissão, que incluía a frase: “por livre e espontânea vontade”. Mas, no documento dele, o trabalhador escreveu o termo: “força maior”.


De acordo com a juíza de piso, o pedido de demissão formulado pelo autor, no modelo fornecido pela própria empresa, é “manifestamente nulo”, sendo, portanto, motivo suficiente para deferir o pleito de declaração da sua nulidade e, por consequência, condenar a reclamada nas verbas rescisórias próprias da dispensa sem justa causa.


Em grau recursal, o autor também conseguiu a suspensão da exigibilidade dos honorários advocatícios sucumbenciais.

Processo: 0010434-66.2019.5.03.0004

Fonte: Migalhas

 


 

02/07/2020 - Entregadores de aplicativos ganham menos e trabalham mais durante pandemia, revela pesquisa


Durante a pandemia da Covid-19, entregadores de aplicativos de comida trabalham mais, ganham menos e precisam adquirir seus equipamentos de proteção individual. Essas foram as principais revelações da pesquisa da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista da Universidade Federal do Paraná. O levantamento foi realizado em 29 cidades brasileiras por meio de questionários on-line.


O estudo mostra que 62% desses profissionais trabalham acima de nove horas diárias durante a crise sanitária. Antes, esse percentual ficava em 57%. Além disso, quase 80% atuam de seis a sete dias por semana.


Um dos organizadores da greve nacional dos entregadores, o conselheiro da Associação dos Motoboys Autônomos e Entregadores do Distrito Federal, Abel Santos, revela que na verdade a maioria trabalha muito mais.


Apesar de trabalhar muito para atender as pessoas que estão em casa em quarentena, Abel e os outros entregadores de aplicativos ganham menos. Antes do surgimento do novo coronavírus, quase 60% recebiam de R$ 261 até R$ 1.041 por semana. Mas agora, apenas um terço recebe esses valores. Abel diz que os ganhos dele e dos companheiros de trabalho, em geral, são menores.


Mais de 90% dos entregadores que levam a comida que pedimos por aplicativos até nossas casas utilizam álcool em gel e máscaras para evitar a Covid-19. Apesar disso, 57% não receberam ajuda das empresas de aplicativo para adquirir esses itens.


O entregador Pedro Igor acrescenta que além de todos os problemas revelados pela pesquisa, o novo sistema de ranking também prejudica.


No Distrito Federal, os grevistas protestaram no Eixo Monumental. Eles pedalaram do Tribunal de Justiça até a Esplanada dos Ministérios. A manifestação foi para pedir melhores condições de trabalho e mostrar ao país a realidade das relações trabalhistas do setor.

Fonte: Portal EBC

 


 

02/07/2020 - Deputados comemoram prorrogação de auxílio emergencial pelo governo


Deputados comemoraram, na sessão virtual do Plenário desta terça-feira (30), a decisão do governo Bolsonaro de prorrogar o auxílio emergencial para os informais afetados pela pandemia de Covid-19. A oposição cobrou o pagamento do auxílio até dezembro.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo estuda pagar duas parcelas de R$ 600 divididas em quatro vezes.


O líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que a prorrogação vai beneficiar mais de 60 milhões de brasileiros. “O nosso governo já falou – o nosso presidente e o ministro Paulo Guedes – que não faltarão recursos para salvar vidas e preservar os empregos dos brasileiros”, disse.


Para o líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), a prorrogação poderia ser maior, mas o anúncio do governo é um passo importante. “Nós vamos trabalhar para que isso seja ampliado e para que possamos ter uma renda básica de forma mais permanente”, defendeu.


O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) destacou que o governo vai injetar mais de R$ 100 bilhões na economia. “Isso faz a diferença, além de levar condições para que os pais de família e as mães de família possam sustentar seus familiares durante este período de pandemia”, afirmou.


A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que o anúncio demonstra que o governo tem trabalhado durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.


Já o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) afirmou que a ampliação do benefício vai facilitar a retomada do crescimento econômico. “Vivemos um momento de pandemia, e o nosso povo está sofrendo. Esse auxílio emergencial foi essencial para a sobrevivência de várias famílias”, declarou.


Oposição

O líder da Oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), ressaltou que a pressão do Congresso foi fundamental para que o auxílio fosse estabelecido em R$ 600. “Esta Casa é a grande responsável para que a população brasileira não fique em uma situação ainda maior de sofrimento”, disse.


Para o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), a prorrogação por dois meses é insuficiente. Ele defendeu o pagamento até dezembro, mesmo prazo do estado de calamidade pública em decorrência da Covid-19. “O governo decretou estado de calamidade pública, e esta Casa aprovou o 'orçamento de guerra', dando todas as condições para que o governo gaste para salvar vidas”, afirmou.

Fonte: Agência Câmara

 


 

02/07/2020 - OIT alerta para impactos da pandemia no mercado de trabalho


Taxa de desemprego deve chegar a 12,3% na América Latina e Caribe


Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançado nesta quarta-feira (1º) apontou que a pandemia do novo coronavírus está promovendo um impacto forte sobre o mercado de trabalho na América Latina e Caribe, com ampliação sem precedentes do desemprego e queda histórica da ocupação.


Partindo da projeção do banco mundial de uma redução da atividade econômica da região de 7,2% neste ano, a taxa de desemprego deve subir de 8% para 12,3%, um aumento na casa de 33% no índice registrado no ano passado. O máximo de majoração da desocupação na região havia sido registrado no fim dos anos 1990 em função da crise asiática, mas atingindo 9,2%, bem abaixo do patamar estimado para este ano.


Se tomada a projeção do Fundo Monetário Internacional de queda do PIB da região, a taxa de desemprego pode chegar a 13% em 2020. Entre os países da região, o Chile informou desemprego de 11,2% no trimestre de março a maio. A região metropolitana de Lima, capital peruana, chegou a 13,1% em março deste ano.


Já a taxa de ocupação, que estava em 57,7% no ano passado, pode cair para 54,7% este ano, a depender do resultado da atividade econômica diante das consequências da pandemia.


Já os empregos informais estão caindo com uma intensidade ainda maior do que os formais, conforme o estudo. Isso porque estes possuem menos garantia pela ausência de vínculo e sofrem mais diretamente com a instituição das medidas de distanciamento social.


No México, os postos formais caíram 2 milhões em março e os informais, 10,4 milhões. No Chile, essa redução foi de 16% para os sem carteira assinada e de 4,6% para os com este vínculo. Em muitos casos, parte deste contingente não conta para as taxas de desemprego porque abandonam a força de trabalho e deixam de buscar uma ocupação.


Horas

A América Latina e Caribe foi a região como maior contração da quantidade de horas trabalhadas: 20%. O resultado é equivalente a 55 milhões de postos de trabalho. A queda abarca não somente funcionário que perderam seus empregos mas também aqueles que apesar da manutenção da ocupação tiveram redução de jornada.


Setores

Esses impactos são distintos a depender dos setores. A organização fixou uma classificação dos segmentos por riscos. Na ponta dos com maior potencial de perda estão atividades relacionadas à alojamento, alimentação, comércio em geral e serviços administrativos e de apoio, bem como indústrias manufatureiras.


Classificadas como de risco médio estão os negócios de comunicações, transporte, construção e instituições financeiras. Já na outra ponta, com menos potencial de precarização, estão as áreas como administração pública, serviços de água e luz, educação e saúde, que mantiveram seus níveis de atividade.


“Entretanto, mesmo quando continuam trabalhando, os que desempenham atividades de atenção à saúde e assistência social estão enfrentando não somente demandas por jornadas de trabalho mais extensas como também enfrentam importantes riscos de contrair a covid-19 em seus locais de trabalho”, alertam os autores.


Reações

Diante do cenário, a OIT defendeu a adoção de medidas urgentes de compensação não somente para mitigar a queda dos ingressos como para assegurar o custeio de bens e serviços específicos e mitigar os impactos de médio prazo na desagregação da demanda interna. Estados com alto grau de informalidade em sua composição da massa de trabalhadores experimentaram maiores dificuldades.


“Apesar de todas essas restrições, os países da América Latina e Caribe adotaram rapidamente um conjunto amplo de políticas para sustentar as empresas, os postos de trabalho e os salários dos trabalhadores e das famílias, especialmente aquelas da economia informal”, dizem os autores.


No Chile e em El Salvador, houve a suspensão ou adiamento de taxas ou tributos cobrados de empresas. A Argentina criou um fundo para auxiliar o apoio a pequenas e médias empresas. O Uruguai estendeu o seguro-desemprego a outras categorias e situações.


Diversos países implantaram programas de transferência de renda para trabalhadores, como o Brasil com o auxílio emergencial, a Argentina com “a remuneração familiar extraordinária”, a Costa Rica com o “bônus proteger” e o Equador com o “bônus de proteção familiar”.


Recuperação

Na avaliação dos autores do levantamento, esses impactos evidenciam a complexidade do desafio que os governos da região enfrentam para mitigar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e para retomar não somente os níveis de atividade econômica como os postos e índices de remuneração da força de trabalho.


“A experiência mostra que a recuperação dos níveis históricos [de ocupação] leva tempo. Por exemplo, o ajuste estrutural e reconfiguração econômica da década dos 1990 implicaram em 23 anos para recuperar os valores mínimos de desemprego do início desta década”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/07/2020 - Celso de Mello leva ação contra foro privilegiado de Flávio Bolsonaro ao plenário do STF


O ministro do STF Celso de Mello enviou nesta quarta-feira (1) para julgamento no plenário da Corte a ação do partido Rede Sustentabilidade que questiona o foro privilegiado concedido a Flávio Bolsonaro no caso da rachadinha pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.


A ação da Rede pede que a decisão do TJ-RJ seja revertida e que as investigações sobre o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj voltem para a primeira instância.


Celso de Mello também pediu à Alerj e ao TJ-RJ esclarecimentos sobre o caso.


O Supremo ainda analisa, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, uma outra ação do Ministério Público no mesmo sentido de reverter a decisão que beneficiou Flávio.

Fonte: Brasil247

 


 

02/07/2020 - Congresso promulga, nesta quinta, datas das eleições municipais: 15 e 29 de novembro


Com o apoio da maioria dos partidos, deputados aprovaram o adiamento das eleições municipais para novembro. A Proposta de Emenda à Constituição, já aprovada no Senado, será promulgada nesta quinta-feira. Com isso passa a valer a nova data do pleito deste ano.


Inicialmente prevista para outubro, a eleição será realizada em 15 de novembro no primeiro turno e 29 de novembro no segundo.


Os deputados derrubaram o trecho que permitia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) escolher uma data alternativa para municípios que no dia do pleito não tenham condições sanitárias adequadas para a votação.


Agora, tanto estados quanto municípios precisam da autorização do Congresso para definirem uma nova data, caso necessário. Proposta defendida pelo deputado federal Hildo Rocha, do MDB.


O deputado Gilson Marques, do partido Novo, criticou a decisão dos colegas. Para ele, o TSE seria o indicado para decidir sobre uma nova data, de forma técnica, como já acontece hoje em casos de eleições suplementares.


Até 16 de setembro, os partidos devem escolher os candidatos por meio das convenções; e até 26 de setembro, serão aceitos os registros dos candidatos.


Também em 26 de setembro, está autorizado o início da propaganda eleitoral, inclusive na internet. Até 27 de outubro, as legendas deverão detalhar os gastos com o Fundo Partidário, e até 15 de dezembro prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral.


Já as regras no dia da eleição, como ampliação de horário, serão definidas pelo TSE.

Fonte: Portal EBC

 


 

02/07/2020 - Senado vai debater projeto que trata de direitos para entregadores de aplicativos


O Senado pode analisar uma proposta que dispõe sobre a criação de uma lei geral de proteção para profissionais que trabalham com entrega de produtos solicitados por aplicativos (PL 3.570/2020). A proposta do senador Jaques Wagner (PT-BA) prevê valor mínimo para hora de trabalho, disponibilização pelas empresas de equipamentos de segurança e possibilidade de seguro-desemprego. Para Wagner, as relações entre entregadores e aplicativos se assemelha ao trabalho escravo.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/07/2020 - Câmara aprova MP que cria linha de crédito especial para pequenas e médias empresas


A Câmara dos Deputados concluiu, em votação remota, a aprovação da Medida Provisória que concede linha de crédito especial para pequenas e médias empresas. Os recursos devem ser usados para pagamento da folha salarial e de verbas trabalhistas durante a pandemia do coronavírus.


A maior parte das emendas apresentadas foram retiradas no plenário. Os deputados rejeitaram quatro destaques, mantendo o texto do relator, o deputado Zé Vitor, do PL de Minas Gerais.


Pelo texto aprovado, a empresa que utilizar o crédito previsto na MP fica impedida de demitir funcionários sem justa causa até 2 meses depois da liberação da última parcela. Mas a proteção só se estende ao percentual de empregados da folha de pagamento mantida com os recursos da linha de crédito.


O texto aprovado pela Câmara também permite que os empregadores utilizem o empréstimo para pagamento de dívidas trabalhistas de até R$ 15 mil, além de débitos do FGTS.


Estão previstos R$ 34 bilhões para financiamento de salários de empresas com receita anual entre R$ 360 mil e R$ 50 milhões em 2019. Além de empresas, poderão ter acesso ao crédito sociedades simples, organizações da sociedade civil e empregadores rurais, inclusive pessoas físicas.


A taxa de juros prevista será de 3,75% ao ano, com prazo de 36 meses para o pagamento e carência de seis meses para pagar a primeira parcela.


Os recursos dos empréstimos poderão financiar até quatro meses de salários e podem ser utilizados até o dia 31 de outubro.


O governo federal vai disponibilizar 85% dos recursos por meio do BNDES. Os outros 15% serão de recursos dos próprios bancos. A mesma proporção será utilizada para eventuais inadimplências e perdas financeiras.


A Medida Provisória agora segue para discussão no Senado Federal.

Fonte: Portal EBC

 


 

02/07/2020 - Inflação na saída das fábricas sobe de 0,11% para 1,22%


Índice é de 3,37% no ano e de 4,60% em 12 meses


O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação na saída das fábricas, ficou em 1,22% em maio deste ano. A taxa é maior que a registrada em abril (0,11%), mas menor que a de maio do ano passado: 1,39%.


O IPP acumula inflação de 3,37% no ano e de 4,60% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1o), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Entre as quatro grandes categorias da indústria, a maior inflação foi observada entre os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (3,08%).


Os bens intermediários - insumos industrializados usados no setor produtivo - tiveram alta de preços de 1%. Já entre os bens de consumo, a inflação foi de 1,58% entre os bens duráveis e de 1,04% entre os semi e não duráveis.


Entre as 24 atividades industriais pesquisadas, 16 tiveram alta de preços, com destaque para os alimentos (2,47%), indústrias extrativas (9,13%) e veículos automotores (1,80%). Das oito atividades com quedas de preços, o destaque ficou com o refino de petróleo e produtos de álcool (-5,78%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

01/07/2020 - Guedes diz que programas Renda Brasil e Verde Amarelo virão após o fim do auxílio emergencial


Reuters - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que dentro de dois a três meses, assim que acabar a concessão do auxílio emergencial estendido, o governo irá anunciar seus novos programas, citando especificamente o Renda Brasil, de unificação de benefícios sociais, e o Verde Amarelo, de estímulo ao emprego, como iniciativas para a retomada.


Em audiência pública em comissão do Congresso, Guedes afirmou que a extensão do auxílio será anunciada nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, mas não detalhou qual será a formatação dessa segunda etapa da ajuda a trabalhadores informais.


O ministro também fez um apelo para que o Congresso aprove num prazo de 60 a 90 dias os novos marcos regulatórios para cabotagem, setor elétrico e petróleo, rumo à mudança do regime de partilha para concessão.


Segundo o ministro, essas mudanças irão destravar juridicamente as fronteiras de investimento.


“Continuamos otimistas no sentido de que — eu nem diria otimistas — continuamos realistas no sentido de que é possível Brasil retomar as reformas estruturantes e o crescimento econômico antes do que a maioria dos analistas têm previsto”, disse.

Por Marcela Ayres

Fonte: Brasil247

 


 

01/07/2020 - Bolsonaro assina prorrogação de auxílio emergencial por mais dois meses


O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (30) o decreto que prorroga por mais dois meses a concessão do auxílio emergencial, também chamado de coronavoucher. Serão mais R$ 600 por mês.


De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, a expectativa do governo é que, ao fim desse período, pelo menos parte dos beneficiados já tenha conseguido se recolocar no mercado de trabalho.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que o auxílio emergencial tem um grande impacto no orçamento público, mas é necessário.


Já o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, admitiu que dezenas de milhares de pessoas receberam indevidamente o coronavoucher, mas avaliou que a quantidade é pequena, perto da quantidade de benefícios liberados.


A lei que instituiu o auxílio emergencial previa o pagamento no valor de R$ 600 por mês, durante três meses. O governo ainda não anunciou como será o cronograma de pagamentos dessas novas parcelas. O decreto presidencial determina R$ 600 por mês, mas não obriga que seja em parcela única. Podem ser, por exemplo, dois pagamentos de R$ 300, no mesmo mês.

Fonte: Portal EBC

 


 

01/07/2020 - Desemprego cresce e atinge 12,7 milhões de brasileiros entre março e maio, aponta IBGE


A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre março, abril e maio deste ano, acima dos 11,6% registrados no trimestre encerrado em fevereiro de 2020, atingindo 12,7 milhões de desempregados. De acordo com a PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE, são mais de 368 mil pessoas sem emprego em relação ao trimestre anterior. Neste mesmo período, a população ocupada caiu 8,3%, ou seja, 7,8 milhões de pessoas deixaram de trabalhar.


A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, destaca que a redução é inédita na pesquisa e atinge, principalmente, os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais.


Outro destaque da pesquisa, é que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar chegou a 49,5% no trimestre encerrado em maio e foi o mais baixo nível de ocupação desde o início da pesquisa, em 2012.


No trimestre encerrado em maio deste ano, a população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, chegou a 5,4 milhões de pessoas, um aumento de 15,3% em relação ao trimestre anterior, mais um recorde da série da pesquisa.


Ainda entre março e maio deste ano, o comércio foi a atividade que mais perdeu trabalhadores. Foram dois milhões de brasileiros que deixaram de trabalhar.

Fonte: Portal EBC

 


 

01/07/2020 - Paim: MP que flexibiliza regras trabalhistas é atentado aos direitos sociais


Em pronunciamento nesta terça-feira (30), o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu a rejeição da Medida Provisória 927/2020, que define novas regras trabalhistas para o enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus.


Para Paim, a proposta é um atentado aos direitos sociais do povo brasileiro, jogando a "conta da pandemia nas costas da classe trabalhadora".


— A MP 927 é uma agressão à vida e à dignidade das pessoas. O Senado precisa dialogar e encontrar um ponto de equilíbrio entre capital e trabalho. Nós, senadores e senadoras, temos uma enorme responsabilidade. Faço um apelo ao relator da matéria para que a gente debata amplamente. Vamos encontrar uma saída para que a nossa gente não seja prejudicada — disse Paim.


Segundo o senador, várias entidades estão se mobilizando e pressionando para que a MP, chamada por ele de “desastre”, não seja aprovada do jeito que está.


— Por exemplo, ela possibilita a redução pela metade das verbas rescisórias em caso de extinção ou fechamento da empresa. Redução de salário até de 25%. Inclui matéria estranha à proposta permitindo a suspensão de acordos trabalhistas — apontou.

Fonte: Agência Senado

 


 

01/07/2020 - O movimento sindical é essencial


Os sindicatos, as federações, as confederações e as centrais sindicais, entidades atuantes e representativas, estão do lado da classe trabalhadora e não cessam de lutar um instante sequer pelos empregos e direitos e pela saúde de todos.


Para os trabalhadores e trabalhadoras é fundamental terem as entidades sindicais dando-lhes o respaldo necessário em ações do dia a dia nas empresas e fábricas, nas negociações coletivas com os patrões em defesa de seus interesses e nas articulações junto aos governos e parlamentares para que as medidas e os projetos que estão sendo debatidos e aprovados não prejudiquem a vida da população brasileira.


Estamos também permanentemente mobilizados pela democracia e soberania do País e pela retomada do desenvolvimento econômico, com valorização dos setores produtivos, trabalho decente, justa distribuição de renda, oportunidades iguais para todos, justiça e inclusão social.


Neste difícil momento da pandemia do coronavírus, continuamos defendendo o distanciamento social, o prolongamento do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro (“Nenhum real a menos – que ninguém fique sem receber”), o crédito sem burocracia às micro e pequenas empresas, aos estados e municípios e o fortalecimento do SUS com valorização dos profissionais da saúde.


Apresentamos em março e continuamos divulgando um documento com “Medidas de proteção à vida, à saúde, ao emprego e à renda dos trabalhadores e trabalhadoras”, pois entendemos que também faz parte da defesa da democracia (contra as atuais pretensões totalitárias e golpistas) as ações contra a disseminação do vírus, garantindo as atividades econômicas, o emprego e a renda, evitando o caos social e proporcionando saúde, segurança e bem-estar para toda a população.


Trabalhadores e trabalhadoras! Procurem o seu sindicato! A luta faz a lei!

Fonte: Agência Sindical

 


 

01/07/2020 - Senado aprova texto-base de projeto de combate às fake news


O Senado aprovou nesta terça-feira (30/6) o texto-base do Projeto de Lei 2.630/2020, que tem por objetivo o combate às fake news nas redes sociais. Em votação apertada, houve aprovação pelo placar de 44 votos favoráveis a 32 contrários.


O passo seguinte é a discussão dos oito destaques ao texto-base, que também serão votados pelos senadores. Depois de cumprida essa etapa, o projeto será enviado para a apreciação da Câmara.


O texto contraria os interesses do governo, que alega que o PL afeta a liberdade de expressão. Senadores governistas pretendiam adiar a votação com o argumento de que o projeto não foi suficientemente debatido, mas o presidente da casa, O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a matéria seguiu corretamente os trâmites e que foi "exaustivamente debatida".


Na opinião da advogada Ana Tereza Basílio, sócia do escritório Basílio Advogados, o PL é necessário para combater as notícias falsas, mal com influência cada vez maior na política brasileira.


"O inevitável debate nasce em resposta a uma demanda social por soluções legislativas diante de condutas criminosas que atingem muitos brasileiros: informações falsas disseminadas, diariamente, em meios de comunicação e redes sociais. O desafio imediato que se impõe é a normatização dessas novas tecnologias sem que isso ameace a liberdade de expressão, invada a privacidade dos usuários das plataformas ou iniba o avanço da tecnologia no país", afirmou.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

01/07/2020 - Reprovação de Bolsonaro é alta mesmo entre os que recebem auxílio emergencial, indica Datafolha


Jair Bolsonaro tem alta reprovação (49%) entre os brasileiros que recebem o auxílio emergencial, informa reportagem de Thiago Resende sobre pesquisa Datafolha.


A atuação de Bolsonaro é rejeitada por quase metade dos entrevistados, independentemente de terem recebido o benefício ou nem terem solicitado o pagamento. Entre os que pediram e já receberam pelo menos uma parcela do auxílio financeiro, 49% consideram o trabalho do presidente na crise da Covid-19 ruim ou péssimo.


Para a população que não fez o pedido do benefício, a atuação é considerada ruim ou péssima por 51%.


O auxílio emergencial foi criado para aliviar a situação econômica precária dos trabalhadores informais, MEIs (microempreendedores individuais), autônomos e desempregados que perderam renda devido às medidas de isolamento social adotadas para conter o surto do novo coronavírus.


Inicialmente, o governo propôs um valor de R$ 200 por parcela (três, no total). O auxílio foi aumentado para R$ 600 mensais pela pressão social e atuação no Congresso Nacional dos partidos de oposição. Para mães chefes de família, o benefício é de R$ 1.200.


O auxílio emergencial se estendeu também aos beneficiários do Bolsa Família.


Também por pressão social e articulação política no Congresso Nacional pelos partidos oposicionistas, o governo anunciou nesta terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses, mantendo o valor de R$ 600 mensais.


A Caixa Econômica Federal divulgou que 64,1 milhões de brasileiros já receberam o auxílio emergencial.


A maioria do grupo que já recebeu pelo menos uma parcela do auxílio (61%) considera que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no combate ao coronavírus. Essa também foi a avaliação de 61% dos entrevistados que não pediram a ajuda financeira.

Fonte: Brasil247

 


 

01/07/2020 - MP que permitia contratação temporária de servidores aposentados perde validade


A Medida Provisória 922/20, que permitiu a contratação temporária de servidores civis federais aposentados pelos órgãos da administração federal, perdeu a validade nesta terça-feira (30). A MP, editada no dia 2 de março, autorizava esse tipo de contratação para diversas áreas do serviço público, mas, como não foi votada pelo Congresso em 120 dias desde a sua edição, deixou de valer.


Cabe agora ao Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas oriundas do período em que a MP estava vigente. Se esse decreto não for editado no prazo de 60 dias, as relações jurídicas estabelecidas durante os 120 dias de vigência da norma permanecem regidas pelo teor da MP 922.


O texto da medida provisória permitia a contratação dos servidores aposentados para projetos temporários no setor industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia; projetos de cooperação com prazo determinado, implementados por meio de acordos internacionais; e ações preventivas temporárias com o objetivo de conter situações de grave e iminente risco à sociedade que pudessem ocasionar incidentes de calamidade pública ou danos e crimes ambientais, humanitários ou à saúde pública.


Também estava prevista a contratação de professores substitutos e o suprimento de demandas excepcionais para aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).


O recrutamento do pessoal deveria ser feito por meio de processo seletivo simplificado, na forma estabelecida em edital. Esse processo era dispensado nos casos de contratação para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública, emergência em saúde pública, emergência e crime ambiental, emergência humanitária e situações de iminente risco à sociedade.

Fonte: Agência Câmara

 


 

01/07/2020 - Projeto permite recontratação de empregados demitidos durante calamidade pública


Hoje portaria veda a contratação de trabalhador no período de 90 dias após a demissão


O Projeto de Lei 3173/20 permite a recontratação de empregados demitidos durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus após o fim desse período. De acordo com o Decreto Legislativo 6/20, o estado de calamidade pública vai de 6 de fevereiro a 31 de dezembro.


Em análise na Câmara dos Deputados, o projeto foi apresentado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) e outros. Segundo os autores, a legislação trabalhista, por meio de normais infralegais, impõe alguns entraves para o período pós-pandemia, e cita a Portaria 384/92, do antigo Ministério do Trabalho, que veda a recontratação do trabalhador no período de 90 dias após a demissão.


Momento excepcional

O objetivo da portaria é evitar que ocorram fraudes para o resgate da conta vinculada do trabalhador do FGTS e para o recebimento indevido de seguro-desemprego. “Não é razoável, nesse momento excepcional, que o empregador que foi impelido a demitir seus funcionários por conta da pandemia não possa recontratá-lo se a atividade econômica retomar antes dos 90 dias estabelecidos pela portaria”, alegam os parlamentares.


Segundo o texto da proposta, não será considerada fraudulenta a rescisão seguida de recontratação ocorrida dentro dos 90 dias subsequentes à data em que formalmente a rescisão se operou, desde que a demissão tenha ocorrido durante a vigência do Decreto Legislativo 6/20.

Fonte: Agência Câmara