Blog - Notícias Anteriores - Julho 2021
30/07/2021 -
Relator da Tributária recua e mantém
vale-alimentação no texto
30/07/2021 -
Home office: denúncias de excesso de trabalho
aumentam em 4.205% em 2020
30/07/2021 -
Bruno Bianco será secretário executivo do Ministério
do Trabalho
30/07/2021 -
Pochmann: A novíssima maquinaria e o trabalho no
início do século 21
30/07/2021 -
Bolsonaro
confessa que vem mentindo há tempos sobre fraude
eleitoral: “não temos prova”
30/07/2021 -
Entra em vigor o programa Sinal Vermelho Contra a
Violência Doméstica
29/07/2021 -
Bolsonaro recria Ministério do Trabalho, para ‘inglês
ver’
29/07/2021 -
Com Ciro Nogueira, Centrão já comanda o coração do
governo Bolsonaro
29/07/2021 -
Lira espera votar reformas tributária e política na
volta do recesso
29/07/2021 -
Mudança do IR na reforma tributária pode prejudicar
quem ganha menos
29/07/2021 -
Inflação nas fábricas sobe para 1,31%, revela
pesquisa
29/07/2021 -
FGV diz que confiança da indústria atinge maior
patamar desde janeiro
28/07/2021 -
Ciro Nogueira confirma criação do Ministério do
Emprego
28/07/2021 -
Dirigentes
questionam nova Pasta do Trabalho
28/07/2021 -
24J: Luta contra Bolsonaro ganhou capilaridade e
representatividade
28/07/2021 -
Caixa libera 3 anos de FGTS de uma vez aos nascidos
de agosto a dezembro
28/07/2021 -
Projeto do Primeiro Emprego aguarda votação na
Câmara
28/07/2021 -
TCU acusa governo Bolsonaro de “omissão” no combate
à pandemia
28/07/2021 -
Revisão de 170 mil benefícios do INSS começa em
agosto
28/07/2021 -
Metroviários resistem pela Sede Sindical
27/07/2021 -
Fórum das
Centrais Sindicais repudia Parecer à MP nº
1.045/2021 repleto de 'jabutis'
27/07/2021 -
Organização de
atos contra Bolsonaro vai programar novas datas e
estratégias
27/07/2021 -
Deputados criticam atraso na distribuição de vacinas
pelo governo
27/07/2021 -
Rosa Weber dá
prazo de dez dias para Congresso explicar o aumento
do fundão
27/07/2021 -
Sindicalismo amplia combate a Bolsonaro
27/07/2021 -
Juiz concede auxílio para funcionário, 30 anos
depois do acidente de trabalho
27/07/2021 -
Empresa é condenada por não pagar salário de
funcionário com Covid-19
26/07/2021 -
Quatro anos de ‘reforma’ trabalhista: da perda de
rumo do crescimento aos excluídos sociais
26/07/2021 -
Bolsonaro propõe recriar pasta do Trabalho; confira
opinião de sindicalistas
26/07/2021 -
14º do INSS: projetos criam benefício e saiba quem
teria direito
23/07/2021 -
Fórum das Centrais Sindicais repudia alterações no
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
23/07/2021 -
Centrão fundirá 3 siglas para criar maior partido do
Congresso
23/07/2021 -
Em nota oficial, Braga Netto nega recado a Lira, mas
reafirma apoio como ministro da Defesa a voto
impresso
23/07/2021 -
Brasil tem queda no número de indústrias pelo sexto
ano seguido
23/07/2021 -
Fiocruz pesquisa
a saúde das mulheres na pandemia
23/07/2021 -
Lira diz que as prioridades dos brasileiros são
vacina e emprego
23/07/2021 -
Aposentadoria por invalidez não justifica
cancelamento de plano de saúde
22/07/2021 -
Com LDO, governo acaba de vez com política de
valorização do salário mínimo
22/07/2021 -
Isolado, Bolsonaro confirma reforma ministerial e
vai recriar Ministério do Trabalho
22/07/2021 -
Pandemia pode afetar empregos e salários no Brasil
por nove anos
22/07/2021 -
Empregados e patrões defendem o PAT
22/07/2021 -
“Reforma administrativa favorece apadrinhamentos e
corrupção”, diz deputada
22/07/2021 -
Trabalhadora demitida no período de estabilidade
acidentária será indenizada
22/07/2021 -
Comissão aprova projeto que prevê saque do FGTS a
partir dos 65 anos
21/07/2021 -
Senado pode votar medidas de proteção ao trabalhador
na pandemia
21/07/2021 -
Não quis se vacinar, levou justa causa
21/07/2021 -
Guedes atuou para atrasar compra das vacinas da
Pfizer e da Janssen
21/07/2021 -
Bolsonaro anuncia pelo Twitter que indicou
recondução de Augusto Aras à PGR
21/07/2021 -
Nota técnica de
Luiz Alberto destrincha parecer à “MP do BEm”
21/07/2021 -
Atacado por Bolsonaro, vice-presidente da Câmara
recebe apoio da oposição
20/07/2021 -
24 de Julho: Centrais Sindicais convocam todos à rua
20/07/2021 -
Vida piorou na Pandemia, aponta Datafolha
20/07/2021 -
Bolsonaro fala
em vetar fundo eleitoral, durante entrevista à TV
Brasil
20/07/2021 -
Lira volta a defender discussão na Câmara sobre o
regime semipresidencialista
20/07/2021 -
Para 55,8% dos brasileiros, Bolsonaro "sabia" da
corrupção no Ministério da Saúde, aponta pesquisa
20/07/2021 -
Bolsonaro joga a
toalha sobre voto impresso: "não acredito que passe
na Câmara"
20/07/2021 -
Trajeto entre casa e trabalho não conta para
concessão de hora extra, diz TST
19/07/2021 -
Centrais
orientam entidades sindicais para dia 24
19/07/2021 -
Contra a reforma administrativa, servidores cogitam
parar em agosto
19/07/2021 -
Associação prevê
impacto negativo com fim de VR/VA
19/07/2021 -
Lira intensifica
articulação para aprovar PEC do semipresidencialismo
19/07/2021 -
Justiça reverte justa causa de trabalhadora que foi
suspensa e dispensada em seguida
19/07/2021 -
INSS deve pagar
salário-maternidade de gestantes afastadas em SP
16/07/2021 -
Fim do incentivo ao vale-refeição deve prejudicar
trabalhadores mais pobres
16/07/2021 -
Reforma agrediu trabalho e emprego
16/07/2021 -
13 de Julho: Data Fatídica – Vargas Netto
16/07/2021 -
Aprovada
urgência para projeto que regulamenta teletrabalho
de gestantes
16/07/2021 -
Portaria do governo Bolsonaro ataca aposentadoria do
servidor público
16/07/2021 -
Ipea: 11% dos trabalhadores fizeram home office ao
longo de 2020
16/07/2021 -
Sindicato pode defender direitos subjetivos da
categoria em ações judiciais
15/07/2021 -
Centrais se
organizam contra a PEC da Reforma Administrativa
15/07/2021 -
Virada do jogo na forma de Trabalho e Remuneração
15/07/2021 -
Ministério da
Saúde admite em documento à CPI ineficácia do "kit
covid" de Bolsonaro
15/07/2021 -
Podemos vai ao STF contra lei que viabiliza
privatização da Eletrobrás
15/07/2021 -
TRT-9 reconhece
que Covid-19 caracteriza força maior para rescisão
de contrato
15/07/2021 -
Apoiadores do
ex-presidente lançam a campanha "Lula Livre, Brasil
Livre"
14/07/2021 -
Em solidariedade
a Cuba, centrais sindicais criticam bloqueio dos EUA
14/07/2021 -
Presidente sanciona MP de privatização da
Eletrobras. Próximo alvo: Correios
14/07/2021 -
Ato contra privatização dos Correios reúne 20
Sindicatos em Brasília
14/07/2021 -
Câmara aprova
regras para impedir supersalários no serviço público
14/07/2021 -
Com Bolsonaro,
50 milhões de brasileiros passam fome ou não comem o
suficiente, diz ONU
14/07/2021 -
As eleições de
2022 estão logo ali; o que vamos fazer
13/07/2021 -
Existem
evidências de crime de prevaricação por Bolsonaro,
diz Aziz
13/07/2021 -
Centrais
mobilizam para Encontro Nacional dos Servidores
13/07/2021 -
Frente
parlamentar pela desoneração da folha de pagamento
será lançada nesta quarta
13/07/2021 -
Lira afirma que
a carga tributária sobre a renda pode ser reduzida
em R$ 50 bi
13/07/2021 -
Polícia Federal vai investigar se Bolsonaro cometeu
crime de prevaricação
13/07/2021 -
“Eu não tenho
áudio nenhum do presidente”, diz Luís Miranda
13/07/2021 -
Comissão aprova
afastamento imediato de agressor de mulher durante
pandemia
13/07/2021 -
CNI: confiança
do empresário industrial sobe em julho
12/07/2021 -
Segundo
Datafolha, 70% acham que há corrupção no governo
Bolsonaro
12/07/2021 -
Entre patos e
sapos, Fiesp muda de comando em cenário de
desindustrialização
12/07/2021 -
Foco da CPI
continua sobre irregularidades nas compras de
vacinas
12/07/2021 -
Governo corta
auxílio emergencial de 2 milhões de pessoas ao longo
de 2021
12/07/2021 -
Datafolha: segundo turno mostra Lula com 58% e
Bolsonaro com 31% para 2022
12/07/2021 -
Comissão debate
retorno ao trabalho de gestantes vacinadas
12/07/2021 -
Empregado não precisa ajuizar ação no último lugar
onde prestou serviços
09/07/2021 -
Indústria cresce em maio em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
09/07/2021 -
CPI da Covid
pede que Bolsonaro esclareça denúncias. "Não
responderei", diz presidente
09/07/2021 -
Com rejeição recorde, Bolsonaro ameaça cancelar
eleições de 2022
09/07/2021 -
Sem registro, federação não pode pleitear repasse de
contribuição sindical
09/07/2021 -
Rejeição a
Bolsonaro cresce e bate recorde de 51%, indica
Datafolha
09/07/2021 -
TST nega nova sustentação oral após direito não ser
exercido em julgamento
09/07/2021 -
Projeto
disciplina afastamento de empregadas grávidas do
trabalho
08/07/2021 -
Centrais
convocam para atos dia 24
08/07/2021 -
Presidente da
CPI determina prisão do ex-diretor da pasta da Saúde
por mentir
08/07/2021 -
PoderData:
Líder, Lula dispara 12 pontos e poderia vencer a
eleição já no 1º turno
08/07/2021 -
MBL e Vem Pra
Rua decidem promover manifestações contra Bolsonaro
08/07/2021 -
Recuperação da indústria encobre ‘reprimarização’ da
economia, alerta diretor do Dieese
08/07/2021 -
INSS alerta
sobre tentativas de golpe envolvendo revisões de
benefício
07/07/2021 -
Centrais exigem
Auxílio de R$ 600,00 e vacina
07/07/2021 -
Lira inclui privatização dos Correios na pauta da
Câmara
07/07/2021 -
Lula venceria Bolsonaro no segundo turno por 58% a
25%, diz pesquisa Ipsos
07/07/2021 -
Bolsonaro perde força nas redes sociais
07/07/2021 -
Auxílio-acidente será pago a mulher que perdeu visão
ao sofrer violência doméstica
07/07/2021 -
Medida provisória libera R$ 20,3 bilhões para mais
três meses de auxílio emergencial
07/07/2021 -
Dieese: cesta básica fica mais barata em 9 capitais
em junho
06/07/2021 -
Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 41,3%. Bolsonaro
tem 26,6%
06/07/2021 -
TCU pede explicações ao governo sobre negociação do
valor da Covaxin
06/07/2021 -
Renan Calheiros
quer convocar ex-cunhada de Bolsonaro na CPI
06/07/2021 -
Com queda de
popularidade, Bolsonaro decide prorrogar auxílio
emergencial
06/07/2021 -
Idosos acima de 80 anos podem agendar prova de vida
em casa
06/07/2021 -
Transformações no mundo do trabalho exigem respostas
inovadoras
05/07/2021 -
#3JForaBolsonaro
encheu as ruas do país e dominou as redes sociais
05/07/2021 -
PGR pede abertura de inquérito contra Bolsonaro por
prevaricação
05/07/2021 -
Cármen pede que
PGR se manifeste sobre impeachment de Guedes
05/07/2021 -
Renan Calheiros:
"Bolsonaro só quis vacina quando houve chance de
propina"
05/07/2021 -
Associações de
aposentados relatam fraudes contra idosos na
concessão de empréstimo consignado
05/07/2021 -
PSB aciona STF
contra retomada da "prova de vida" de aposentados
05/07/2021 -
Após três meses de queda, produção industrial cresce
1,4% em maio
02/07/2021 -
Fórum das Centrais delibera ações conjuntas para o
enfrentamento da agenda de retrocessos do governo
02/07/2021 -
"Parece briga de
grupos criminosos", diz Renan Calheiros sobre
denúncia de propina na Saúde
02/07/2021 -
Brasil cria 280,6 mil postos de trabalho formal em
maio
02/07/2021 -
Se não tiver eleições limpas, “vamos ter problemas”,
diz Bolsonaro
02/07/2021 -
Crise energética: “apagão de Bolsonaro” pode ser
pior que o de 2001
02/07/2021 -
TST suspende
prazos processuais durante mês de julho
01/07/2021 -
Centrais tentam,
mas Lira escapa
01/07/2021 -
Entidades apresentam "superpedido de impeachment" de
Bolsonaro
01/07/2021 -
Desemprego mantém recorde de 14,7%, diz IBGE
01/07/2021 -
FGTS teve lucro de R$ 8,46 bilhões em 2020
01/07/2021 -
PF abre
inquérito pra investigar compra da Covaxin
01/07/2021 -
Vale-refeição não tem natureza salarial se há
participação do empregado no custeio
01/07/2021 -
CCJ aprova estatuto para trabalhadores celetistas em
cooperativas
30/07/2021 -
Relator da Tributária recua e mantém
vale-alimentação no texto
Após pressão do movimento sindical e da
oposição ao governo federal, o relator da Reforma
Tributária (PL
2.337/21), deputado Celso Sabino (PSDB-PA),
anunciou nesta quarta-feira (28), que vai retirar do
texto à medida que previa o fim dos incentivos
fiscais ao PAT (Programa de Alimentação do
Trabalhador), que paga benefícios como o
vale-alimentação.
“Se houver algum risco de um único trabalhador
brasileiro perder seu vale-alimentação em
decorrência da proposta não levaremos o texto ao
plenário”, garantiu Sabino.
Celso Sabino também afirmou que os dividendos
distribuídos por empresas do Simples Nacional
continuarão isentos. E que deve subir o limite de
isenção de micro e pequenas empresas para acima de
R$ 20 mil mensais.
“Vamos retirar do texto qualquer menção ao programa
de alimentação do trabalhador”, disse, ao lado do
ministro da Economia, Paulo Guedes.
PAT
Criado em 1976, o PAT dá desconto no imposto de renda
para as empresas que oferecem benefícios alimentares
aos empregados dessas, o que inclui o VR
(vale-refeição), VA (vale-alimentação) e também
refeitórios no local de trabalho.
Além da pressão do movimento sindical, o fim dos
incentivos ao PAT propostos por Sabino provocou
polêmica entre especialistas e associações
empresariais. Os empresários alertam que o fim dos
estímulos, se não desincentivar e levar ao
desaparecimento de benefícios como o VR ou VA, vai
torná-los caros e aumentar os custos das empresas.
É inconcebível que no cenário atual, com mais de 20
milhões de pessoas passando fome, outras milhões em
insegurança alimentar, além do desemprego beirando
33 milhões de pessoas, seja retirado mais direitos
dos brasileiros.
Os trabalhadores agora devem estar atentos para que
mais à frente o Congresso Nacional arranje forma de
colocar o item novamente na proposta de reforma.
Tramitação
O projeto não foi distribuído às comissões temáticas.
Quando o relator apresentar o parecer dele, o texto
vai ser debatido e votado diretamente no plenário. O
que é muito ruim, pois interdita o amplo debate na
Casa e na sociedade. (Com informações do
Sindicato dos Bancários de Sergipe)
Fonte: Diap
30/07/2021 -
Bruno Bianco será secretário executivo do Ministério
do Trabalho
A nomeação de Bruno Bianco Leal como secretário
executivo do novo Ministério do Trabalho e
Previdência foi publicada na edição desta
quinta-feira do Diário Oficial.
No Ministério da Economia, Bruno Bianco era o
secretário de Trabalho e Previdência, antes do
desmembramento da pasta. Agora, ele será o número
dois de Onyx Lorenzoni no novo ministério criado.
Fonte: Congresso em Foco
30/07/2021 -
Home office: denúncias de excesso de trabalho
aumentam em 4.205% em 2020
Falta de estrutura, mudanças nos acordos e
direito à desconexão estão entre principais
reclamações
As denúncias por excesso de trabalho e aumento na
jornada, de trabalhadores em home office, aumentaram
4.205% durante a pandemia de covid-19, de acordo com
levantamento do Ministério Público do Trabalho
(MPT). Há acusações também sobre tentativas de
empregadores para burlar a lei e transformar
celetistas em autônomos.
De acordo com o MPT, entre 2018 e 2019, quase não
houve denúncias sobre o home office, mas em 2020,
quando vários governadores decretaram quarentena
para tentar reduzir a disseminação do coronavírus, o
índice explodiu. No ano passado, foram 1.679
denúncias e, em 2021, 762 reclamações na justiça.
Na avaliação do supervisor do Dieese Victor Pagani,
os números representam um aumento “absurdo”. “No
início da pandemia, as pessoas com comorbidades
reclamavam das empresas que tinham condições, mas
não colocavam os trabalhadores em home office.
Depois, as denúncias mudaram e foram sobre excesso
de jornada e sobrecarga. Os trabalhadores aumentaram
as tarefas, metas, sem as condições adequadas. Os
maus empregadores se aproveitaram da pandemia para
transferir a responsabilidade a qualidade das
condições de trabalho, além dos custos”, explicou,
na coluna do Dieese no Jornal Brasil Atual.
A pandemia de covid-19 colocou cerca de 8,3 milhões
de trabalhadores brasileiros cumprindo as tarefas
profissionais em casa. O regime de teletrabalho
trouxe junto o aumento de atribuições.
Estrutura e ilegalidades
Além do excesso de jornada, a falta de estrutura para
trabalhar está entre os temas mais denunciados.
Segundo os trabalhadores, há empregadores que não
pagam pelo uso da internet, nem energia. Além disso,
não oferecem equipamentos como mesas, cadeiras,
computadores, e todo tipo de material de escritório.
Uma outra questão dentro do tema é a reivindicação
ao direito à desconexão. “O trabalhador precisa se
desconectar do trabalho após o fim do expediente. No
home office, a fronteira entre vida pessoal e
profissional quase deixou de existir, então eles são
acionados por WhatsApp em horários incomuns”, diz
Pagani.
De acordo com o supervisor do Dieese, essa falta de
controle da jornada de trabalho favorece que
empresas tomem decisões ilegais. “Elas fazem acordo
com trabalhadores para se desresponsabilizar sobre
esse controle. Ou seja, sem pagamento de horas
extras ou compensação de banco de horas. Há
denúncias de empresas que aproveitam o teletrabalho
para mudar o vínculo com o trabalhador. Por exemplo,
alguém no regime CLT é demitido e contratado como
autônomo, o que é errado, porque seu vínculo com a
empresa não mudou”, criticou.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/07/2021 -
Pochmann: A novíssima maquinaria e o trabalho no
início do século 21
Desindustrialização não significa que a produção
de manufatura tenha perdido relevância econômica
A busca pela elevação na taxa de lucro do sistema
econômico promove o aparecimento de uma novíssima
maquinaria a reconfigurar o trabalho neste primeiro
quarto do século 21. Por maquinaria compreende-se a
incorporação de novas tecnologias que permite tanto
ampliar a capacidade de produção como reduzir o
tempo de trabalho necessário, cujas consequências
políticas na sociedade, sobretudo para a classe
trabalhadora, são significativas.
Desde o nascimento da grande indústria, ainda na
Inglaterra do século 18, o desenvolvimento da
maquinaria se associou aos processos de inovação
tecnológica. Ao englobar os saberes dos
trabalhadores, a industrialização crescente nas mais
diversas atividades econômicas garantiu maiores
ganhos de produtividade pela captura de maior
parcela do trabalho não-pago.
Neste sentido, o avanço atual do trabalho em
plataformas digitais e pela difusão da inteligência
artificial guarda relação com o passado da
mecanização que transformou o antigo labor artesanal
dos trabalhadores de ofício. Ainda que linguagens de
base ideológica esteja sendo introduzidas
(“parceira”, “empreendedorismo” e
“colaboracionismo”), parecendo diferenciarem da
tradicional relação capital-trabalho, a estrutura
básica das classes sociais proprietárias e não
proprietárias permanecem intocadas.
Em não havendo alteração na separação entre
proprietários e não proprietários dos meios de
produção, a novíssima maquinaria termina por
reproduzir a clássica e longeva forma industrial de
produção. Em vez da perspectiva pós-industrial,
consolida-se a superindustrialização dos serviços em
busca da elevação na taxa de lucro assentada no
apresamento do trabalho não pago através da
crescente digitalização da economia.
Por indústria, concebe-se a forma de produzir
padronizada e em larga escala, conforme origem na
esfera da manufatura, e se que espraiou também para
a agropecuária e serviços, mais acentuadamente no
período recente. Na realidade, a
superindustrialização que se expressa pela
digitalização do sistema econômica ancora-se no uso
recorrente da inteligência artificial em simultânea
metamorfose da riqueza submetida à lógica rentista
do capitalismo ocidental nos últimos anos.
Com a globalização sendo conduzida pelo
aprofundamento da competição entre as grandes
corporações transnacionais, a produção foi
reespecializada no mundo, permitida pela difusão de
novas tecnologias que mudou a natureza e o conteúdo
do trabalho em todos os três setores econômicos,
sobretudo o terciário. Pela dinâmica dos serviços ao
longo do tempo se pode melhor considerar a
trajetória do desenvolvimento da indústria.
Em geral, o apogeu da industrialização no
capitalismo transcorreu na manufatura que
possibilitou elevar a participação do setor
secundário na composição do PIB em simultâneo
decréscimo do setor primário e da estabilização dos
serviços. Mais recentemente, com a
superindustrialização, assiste-se à continuidade do
declínio da participação relativa da agropecuária
(setor primário) acompanhada da indústria (setor
secundário), com expansão dos serviços (setor
terciário) no PIB.
Embora seja identificada como desindustrialização,
isso não significa que a produção de manufatura
tenha perdido relevância econômica, uma vez que pode
haver maior densidade industrial caracterizada pela
sofisticação tecnológica cada vez mais relacionada
ao desenvolvimento dos serviços. Assim, a produção
industrial tende a catalisar maior geração de
riquezas com a contínua incorporação de novas
tecnologias e inovação em melhores condições de
apropriação do trabalho não pago.
Justamente por isso que se reconhece a associação
positiva da participação do setor com o desempenho
industrial. Pela novíssima maquinaria que se pode
observar a evolução dos dois distintos
comportamentos no interior do setor terciário: os
serviços tradicionais (pessoais e sociais) e o
avançado (distribuição e produção).
Quanto maior o grau de internalização da novíssima
maquinaria, mais avançada presença dos serviços
(financeiros, comunicação, informática e técnica
jurídica, publicidade, negócios e outras) a
transformar profundamente o trabalho submetido às
tecnologias de informação que favorecem a
comercialização transfronteiras nacionais. Com menor
o grau de internalização da novíssima maquinaria,
mais ampla tende a ser a manifestação dos serviços
tradicionais (segurança privada, trabalho doméstico
e outras formas de atividades sociais e pessoais)
vinculados às especificidades de cada nação, por
isso não comercializáveis.
Por outro lado, a interpenetração da maquinaria na
economia desde o século 18 tem provocado a
apropriação de forças de trabalho suplementares pelo
capital, com a flexibilização do uso e remuneração
da mão de obra, o prolongamento da jornada laboral e
a intensificação do trabalho. Como reação à
crescente exploração dos trabalhadores, a progressão
dos conflitos e resistências laborais têm sido
perseguida por intervenção política que através de
legislações nacionais reconhecem a representação
laboral e buscam regular a relação entre o capital e
trabalho.
Publicado originalmente na Carta Maior
Fonte: Portal Vermelho
30/07/2021 -
Bolsonaro confessa que vem mentindo há tempos sobre
fraude eleitoral: “não temos prova”
Durante live nesta quinta-feira (24) que
supostamente provaria que as urnas eletrônicas,
utilizadas nas eleições brasileiras, não são
confiáveis, Jair Bolsonaro confessou que vem
mentindo há meses sobre o processo eleitoral.
Bolsonaro, que vem utilizando o voto impresso como
principal bandeira de seu governo, confessou: "não
temos prova" sobre fraudes em eleições anteriores no
país.
O chefe do governo afirma somente que existem
"indícios fortíssimos" de que as urnas tenham
falhado ao longo da história. Tais indícios, porém,
se baseiam em materiais "disponíveis na internet".
Em mais um ataque ao ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, Bolsonaro
disse, em uma acusação gravíssima, que o magistrado
"não quer eleição, ele quer impor um nome". O "nome"
seria o do ex-presidente Lula, favorito para o
pleito de 2022.
Fonte: Brasil247
30/07/2021 -
Entra em vigor o programa Sinal Vermelho Contra a
Violência Doméstica
Foi publicada no Diário Oficial da União desta
quinta-feira (29) a Lei 14.188/21, que incentiva
mulheres a denunciarem situações de violência
mostrando um “X” escrito na palma da mão,
preferencialmente em vermelho.
A medida, que já está em vigor, faz parte do
programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica
e tem origem em projeto de lei (PL 741/21) das
deputadas Margarete Coelho (PP-PI), Soraya Santos
(PL-RJ), Greyce Elias (Avante-MG) e Carla Dickson (Pros-RN).
Na prática, se a mulher for até uma repartição
pública ou entidade privada participante e mostrar
um “X” escrito na palma da mão, se possível, em
vermelho, os funcionários deverão adotar
procedimentos para encaminhar a vítima a atendimento
especializado na localidade. O texto prevê a
realização de campanhas para divulgar o programa.
De acordo com a nova lei, caberá ao Poder Executivo
– em conjunto com o Judiciário, o Ministério
Público, a Defensoria Pública e os órgãos de
segurança pública – firmar cooperação com as
entidades privadas para colocar o programa em
prática.
Violência Psicológica
A nova lei também insere
no Código Penal o crime de violência psicológica
contra a mulher, caracterizado como causar dano
emocional à mulher “que lhe prejudique e perturbe o
pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões”.
Segundo o texto, o crime consiste em prejudicar a
saúde psicológica ou a autonomia da mulher por meio
de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro método. A pena
prevista é de reclusão de 6 meses a 2 anos e multa
se a conduta não constituir crime mais grave.
Medida protetiva
A norma altera ainda a
Lei Maria da Penha para estabelecer que o risco à
integridade psicológica da mulher é um dos motivos
para o juiz, o delegado, ou mesmo o policial quando
não houver delegado, afastarem imediatamente o
agressor do local de convivência com a ofendida.
Essa atitude está prevista atualmente apenas para a
situação de risco à integridade física da vítima de
violência doméstica e familiar.
Lesão corporal
Por fim, modifica o
Código Penal para fixar pena específica (1 a 4 anos
de reclusão) para o crime de lesão corporal
praticado contra a mulher por razões da condição do
sexo feminino.
Fonte: Agência Câmara
29/07/2021 -
Bolsonaro recria Ministério do Trabalho, para
‘inglês ver’
Para alojar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) no
comando da Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro
teve de promover minirreforma ministerial. Nessa
mexida das peças do tabuleiro, o presidente recriou
o Ministério do Trabalho e Previdência, por meio da
MP (Medida Provisória) 1.058, de 27 de julho,
cujo texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da
União) desta quarta-feira (28).
Desse modo, Trabalho e Previdência saem da esfera e
comando da Economia, sob o ministro Paulo Guedes, e
voltam assim a ter status ministerial.
O Ministério do Trabalho foi criado em 1930, no
entanto, no governo do presidente Jair Bolsonaro a
pasta foi incorporada ao Ministério da Economia. O
da Previdência foi incorporado à Fazenda, no governo
do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Para comandar a pasta recriada, Bolsonaro sacou o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da
República, Onyx Lorenzoni, pasta que ele estava
desde fevereiro, e o alojou na nova pasta, do
Trabalho e Previdência.
Mas que ninguém se iluda. Bolsonaro não recriou o
Ministério do Trabalho e Previdência para enfrentar
a profunda crise do desemprego no Brasil, agravada
pela pandemia da Covid-19. O fez apenas para
acomodar interesses político-legislativos, que nesse
caso, significa acomodar melhor na Esplanada, o
chamado “Centrão”, que lhe dá sustentação no
Congresso Nacional.
E talvez, ele espera, aplacar os ímpetos
investigativos da CPI da Covid-19 no Senado, que
desde a instalação dos trabalhos, em 27 de abril,
tem-lhe imposto e ao governo também pesados revezes.
E o desemprego? Esse gravíssimo problema, bem como a
total ausência de políticas públicas para enfrentar
essa chaga social, que se agrava dia após dia, não
vai ser resolvido por Bolsonaro e muito menos pelo
novo ministro.
Em tempo: a expressão para “inglês ver” tem como
significado fingir que fez algo ou fazer mal feito.
Essa surgiu na primeira metade do século 19, quando
a Inglaterra, por interesses econômicos, tentou
abolir a escravidão no mundo.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar licenciado do Diap
Fonte: Diap
29/07/2021 -
Com Ciro Nogueira, Centrão já comanda o coração do
governo Bolsonaro
“É para cuidar junto com Artur Lira de R$ 16,5
bilhões à Câmara e ao Senado em emendas aleatórias
para a base e não permitir o impeachment”, diz
deputado Rogério Correia
Por Eduardo Maretti, da RBA
Quarto ministro da Casa Civil do governo de Jair
Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) –
escalado no time titular governista na CPI da Covid
– passa a comandar a pasta oficialmente nesta
terça-feira (27), no lugar do general Luiz Eduardo
Ramos. A pasta já havia sido comandada por Onyx
Lorenxoni e pelo também general Braga Netto. A
missão de Nogueira é articular de maneira
politicamente competente a até hoje instável relação
do presidente com a Câmara dos Deputados. Tão ou
mais importante do que tentar pacificar a relação
com o Legislativo, o novo ministro terá a tarefa de
gerir a distribuição das verbas de emendas
parlamentares de R$ 11 bilhões – que alimentam as
bases eleitorais dos deputados.
O general Ramos irá para a Secretaria-Geral da
Presidência, que hoje é chefiada por Onyx Lorenzoni,
um dos mais ferozes aliados de Bolsonaro. Para
acomodar Ônix, o presidente vai recriar o Ministério
do Trabalho (ou do Emprego e Previdência), extinto
para ser incorporado pela Economia do então
“superministro” Paulo Guedes.
A engenharia para construir a ponte ligando o
Executivo e o Legislativo é elementar. Ciro Nogueira
introduz o caráter politico profissional à Casa
Civil e do outro lado estará o correligionário
Arthur Lira (PP-AL), o poderoso presidente da Câmara
dos Deputados que governa como um sultão os destinos
das verbas destinadas aos parlamentares. O critério
conhecido também é simples: quanto mais próximo de
Lira for o deputado, maior é o pedaço do bolo de R$
11 bilhões que lhe caberá. Este ano, o sistema é
baseado no que ficou conhecido como “orçamento
secreto”, pelo qual nem mesmo o governo sabe
exatamente quem são os privilegiados escolhidos para
aquinhoar suas bases com as verbas parlamentares.
“Fomos nos moldando”
O novo ministro da Casa Civil foi oficializado no
posto nesta terça-feira (27). “Vimos que era
necessário cada vez mais buscar o apoio do
parlamento. Fomos nos moldando”, disse Bolsonaro
hoje, para explicar, sua rendição à “velha política”
que simulou combater na campanha.
No Twitter, as postagens de Ciro Nogueira e do
general Ramos procuram demonstrar sintonia perfeita.
Como é usual com o atual governo, Deus foi lembrado
pelo novo ministro ao comunicar o sim. “Acabo de
aceitar o honroso convite para assumir a chefia da
Casa Civil (…). Peço a proteção de Deus para cumprir
esse desafio da melhor forma que eu puder, com
empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos
avanços de que nosso país necessita”, escreveu.
Já o general substituído procura demonstrar
satisfação com a entrada do Centrão no coração do
governo. “Seja bem-vindo @ciro_nogueira ao time @jairbolsonaro.
Desejo muito sucesso na Casa Civil”, tuitou o
general, que, no sábado (24), em demonstração de
fidelidade, postou na mesma rede uma foto ao lado do
capitão em seu habitual passeio a motor, desta vez
em Brasília. “Um passeio de moto hoje ao lado do PR
@jairbolsonaro, que, como um bom líder, sempre está
ao lado do povo”, garantiu o militar demissionário.
“Corrupção institucionalizada”
Também para a oposição, a engenharia do Planalto e
dos caciques do bloco informal e o embarque de Ciro
Nogueira no “time” de Bolsonaro são fáceis de
explicar. “É para cuidar junto com Artur Lira de R$
16,5 bilhões (R$ 11 bi à Câmara e R$ 5,5 bi ao
Senado) de emendas aleatórias para a base e não
permitir o impeachment. O Centrão e a corrupção
institucionalizada no coração da política
brasileira”, diz à RBA o deputado federal Rogério
Correia (PT-MG). “Lamentável e escandalosa
politicagem. Orçamento do relator, secreto e
paralelo”, acrescenta.
Politicamente, a fragilidade de Bolsonaro explica a
conjuntura, na opinião do deputado federal Marcelo
Freixo (Psol-RJ). “A ida de Ciro Nogueira p/ a Casa
Civil e a criação do Ministério do Trabalho apenas
p/ dar mais cargos ao Centrão são as provas de que
Bolsonaro não manda em mais nada”, diz nas redes
sociais. Na opinião de Freixo, o chefe do governo
“está fraco, isolado e humilhado, nas mãos do grupo
político que ele passou a campanha atacando”.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/07/2021 -
Lira espera votar reformas tributária e política na
volta do recesso
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), declarou nesta quarta-feira (28), em
entrevista à imprensa, que espera votar as reformas
tributária (PL 2337/21) e política (PEC 125/11) com
a volta dos trabalhos após o recesso legislativo,
que vai até o dia 31. O presidente da Câmara ainda
afirmou que a agenda legislativa inclui a
privatização dos serviços postais (PL 591/21) e a
reforma administrativa (PEC 32/20), que segundo ele
deve entrar na pauta do Plenário até novembro.
Arthur Lira disse que a reforma tributária pode ser
votada com "muita tranquilidade", pois segundo ele o
assunto já se encontra bem amadurecido entre os
líderes partidários. "A Câmara, com muita
tranquilidade, transparência e paciência, deixou o
projeto por mais 15 dias do recesso para que
sofresse críticas construtivas e recebesse propostas
para melhorar o ambiente de negócios com um imposto
mais justo", explicou.
Lira destacou a importância de baixar o Imposto de
Renda do setor produtivo. "No Brasil nós temos que
nos acostumar com impostos mais justos, pagar mais
quem ganha mais", disse. Ele apontou para a
necessidade das reformas e privatizações para
ajustar a máquina pública, tornando-a mais simples,
mais ágil e mais moderna. "Que o Brasil possa
precificar o serviço público, sem retirar de nenhum
servidor nenhum direito adquirido."
(Mais informações:
Câmara)
Fonte: Agência Câmara
29/07/2021 -
Mudança do IR na reforma tributária pode prejudicar
quem ganha menos
João Sicsú (UFRJ) afirma que Brasil é “um paraíso
fiscal para os ricos”. “O governo deveria ter uma
concepção mais profunda, uma ideia de como utilizar
o sistema tributário para fazer justiça social”,
pontua
Ainda não há consenso sobre as mudanças que o
governo pretende implementar na cobrança do Imposto
de Renda (IR). O relator da proposta, deputado Celso
Sabino (PSDB-BA), estuda, inclusive, enviar ao
Congresso Nacional uma quarta versão do projeto de
reforma tributária. Contudo, segundo o economista
João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), essas eventuais mudanças não
alteram a regressividade do sistema brasileiro. Ao
contrário, há risco de aumento de impostos para os
mais pobres.
Em seu relatório preliminar, Sabino manteve limite
de 40 mil reais de rendimentos anuais para a
declaração simplificada. Hoje, esse desconto padrão
pode ser usado para quem ganha até R$ 83.700. Tal
mudança acarretaria em aumento da carga tributária
para aqueles que ganham entre R$ 3.300 e R$ 6.900
por mês.
“Não sabemos exatamente o resultado que vai dar. Mas
o risco é aumentar a regressividade, prejudicando
aqueles que ganham menos”, disse Sicsú, em
entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil
Atual, nesta quarta-feira (28). Ele disse não se
tratar de uma reforma propriamente, mas apenas um
“ajuste” para facilitar o recolhimento de impostos.
“No Brasil, quem paga imposto de fato é a classe
média e os pobres. Os ricos não pagam imposto. É um
paraíso fiscal para os ricos. O governo deveria ter
uma concepção mais profunda, uma ideia de como
utilizar o sistema tributário para fazer justiça
social”, declarou o economista.
Reforma e progressividade
Sicsú classificou como
positiva a proposta de tributação de lucros e
dividendos. Em contrapartida, a atual proposta
pretende reduzir a cobrança do Imposto de Renda
Pessoa Jurídica, o que, segundo Sicsú, também não
altera o perfil regressivo do sistema tributário
brasileiro.
O economista cita o Imposto Territorial Rural (ITR)
como outra grave distorção. Tal tributação, que
deveria incidir sobre os grandes proprietários de
terra, responde por apenas 0,04% do total
arrecadado, segundo Sicsú. Por outro lado, motoboys
são obrigados a arcar com alíquota de 2% do IPVA,
enquanto jatinhos, jet-skis e helicópteros
permanecem isentos.
Para fazer justiça social, é preciso regulamentar o
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na
Constituição e ausente na proposta de reforma
tributária. Sicsú cita que, na França, esse tributo
é chamado de Imposto de Solidariedade. Lá, como em
outros países, como a Alemanha, com alíquotas que
variam de 0,1% a 0,3%, esse tipo de tributo é
responsável por “vistosas arrecadações”, sem
comprometer a capacidade de investimento dessa
camada.
“Enquanto temos milionários e bilionários, temos
milhões e milhões de miseráveis e de pobres que
precisam sair dessa condição. É preciso a
contribuição dos ricos para a superação do
subdesenvolvimento brasileiro”, defende o
economista. Ele inclusive afasta a possibilidade de
que a incidência desse tributo possa acarretar a
fuga de capitais.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/07/2021 -
Inflação nas fábricas sobe para 1,31%, revela
pesquisa
Taxa é maior que a de maio (0,99%) e de junho de
2020 (0,60%)
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos industrializados na
saída das fábricas brasileiras, registrou inflação
de 1,31% em junho. A taxa é maior que a de maio
deste ano (0,99%) e de junho de 2020 (0,60%), de
acordo com dados divulgados hoje (28), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPP, que começou a ser calculado
em 2014, atingiu inflação recorde no primeiro
semestre (19,11%) e em 12 meses, 36,81%.
De acordo com o IBGE, 18 das 24 atividades
industriais pesquisadas tiveram alta de preços. Os
principais responsáveis pela inflação em junho foram
as indústrias extrativas (8,71%), outros produtos
químicos (2,16%), produtos de metal (2,80%) e
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,60%).
Preços em dólar
“Grande parte dessa
variação de 1,31% se explica pelo que ocorreu com os
preços das indústrias extrativas. Depois de dois
meses consecutivos com variações negativas na
comparação mês contra mês imediatamente anterior, os
preços do setor subiram, em média, 8,71%, por causa
da variação dos preços em dólar no mercado
internacional, apesar da apreciação do real no
período”, disse Alexandre Brandão, pesquisador do
IBGE.
Entre as seis atividades que tiveram deflação (queda
de preços), destacam-se outros transportes (-2,08%),
vestuário (-1,12%) e fumo (-0,56%).
As quatro grandes categorias econômicas da indústria
tiveram inflação: bens de consumo duráveis (2,03%),
bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo (1,56%),
bens de consumo semi e não duráveis (0,81%) e bens
de capital (máquinas e equipamentos usados no setor
produtivo: 0,71%).
Fonte: Agência Brasil
29/07/2021 -
FGV diz que confiança da indústria atinge maior
patamar desde janeiro
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 0,8
ponto de junho para julho deste ano e atingiu 108,4
pontos, em uma escala de zero a 200. Essa foi a
terceira alta consecutiva do indicador, que atingiu
o maior valor desde janeiro deste ano (111,3
pontos).
A alta foi puxada principalmente pelo Índice de
Expectativas, que mede a confiança do empresariado
da indústria brasileira em relação ao futuro e que
subiu 0,9 ponto. Com essa, que foi a terceira alta
consecutiva, o indicador chegou a 104,9 pontos.
O Índice da Situação Atual, que apura a percepção do
empresariado sobre o presente, subiu 0,5 ponto e
chegou a 111,8 pontos.
Faltam insumos
Apesar da alta do ICI,
houve uma desaceleração em relação ao crescimento de
junho (3,4 pontos). “As empresas ainda enfrentam um
cenário de escassez de insumos, possibilidade de
racionamento energético e alta incerteza econômica,
fatores que tendem a limitar uma alta mais
expressiva da confiança nos próximos meses”, disse a
economista da FGV, Claudia Perdigão.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu
0,7 ponto percentual, indo para 80,1%, maior valor
desde novembro de 2014 (80,3%).
Fonte: Agência Brasil
28/07/2021 -
Ciro Nogueira confirma criação do Ministério do
Emprego
A nova pasta será criada para acomodar Onyx
Lorenzoni, que está de saída da Secretaria-Geral da
Presidência
Ciro Nogueira confirmou nesta terça-feira (27) que o
Ministério do Trabalho será recriado. O senador
assumirá a Casa Civil, deslocando o general Luiz
Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral da
Presidência, o que, por sua vez, exigiu a criação da
nova pasta -- o Ministério do Emprego e Previdência
-- para acomodar o antigo secretário de governo,
Onyx Lorenzoni.
No Palácio do Planalto, Nogueira acrescentou que
tomará posse "o mais rápido possível". (Com
informações do Antagonista).
Fonte: Brasil247
28/07/2021 -
Dirigentes questionam nova Pasta do Trabalho
No primeiro dia de governo, 1º de janeiro de 2019, o
presidente Bolsonaro extinguiu o Ministério do
Trabalho. A pasta, criada por Getúlio Vargas na
Revolução de 1930, virou secretaria do Ministério da
Fazenda.
A segunda maldade foi nomear Secretário o
não-reeleito deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),
relator da reforma trabalhista de Michel Temer (Lei
13.467) que desmontou a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT e feriu de morte as finanças
sindicais.
Por sugestão do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro
anuncia que recriará a Pasta – Previdência e
Trabalho. E indica que o novo Ministério funcionará
até abril de 2022, quando tornaria à condição de
secretaria, sob comando do ministro Paulo Guedes.
O sindicalismo questiona. Para o professor Celso
Napolitano, que preside a Federação dos Professores
de SP (Fepesp) e o Diap – Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar, a ideia do governo, afora
a acomodação partidária, “é ter em mãos um
instrumento pra implantar a Carteira verde-amarela,
cortar direitos e impor o padrão de trabalho dos
Aplicativos – APPs”.
Segundo o dirigente, o movimento não deve participar
de eventuais reuniões que legitimem a manobra, que,
a seu ver, “visa criar emprego sem proteção ou
direitos”. O desmonte do Ministério do Trabalho, ele
recorda, teve a ação direta de Paulo Guedes, “em
sintonia com o capital financeiro e a Faria Lima,
que o representa”.
Engenheiro – Murilo Pinheiro, presidente do
Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo e
da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), escreve
artigo sobre o tema: “A recriação será um acerto se
os objetivos forem a valorização do trabalho, o
esforço real para garantir geração de vagas
qualificadas, além de saúde e segurança. Usada como
mera moeda de troca, será mau passo”.
Artigo –
Clique aqui
e leia artigo de Murilo Pinheiro.
Fonte: Agência Sindical
28/07/2021 -
24J: Luta contra Bolsonaro ganhou capilaridade e
representatividade
Para Orlando Silva, é preciso “lotar as ruas,
pressionar o Congresso , pressionar o presidente e
exigir mudança”
A quarta manifestação da Campanha Fora Bolsonaro, no
último (24), avançou em termos de capilaridade e foi
a maior em número de atos organizados. Segundo os
organizadores do 24J, houve ao menos 509 protestos
em cidades do Brasil e do exterior, reunindo cerca
de 600 mil pessoas.
“É difícil comparar números, mas eu diria que os
atos vêm numa crescente. A pandemia representa um
obstáculo para que as manifestações sejam mais
massivas, mas não vejo uma tendência de
arrefecimento”, disse à DW Brasil o professor João
Feres, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp).
Para o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP),
temas como a crise econômica e o desemprego em alta
têm despertado nos brasileiros a intenção de sair às
ruas e defender o impeachment do presidente Jair
Bolsonaro. “Se está ruim, pode ficar pior. Qual a
solução? Lutar”, declarou Orlando em entrevista
conjunta ao Brasil de Fato e à TVT, ainda no sábado,
durante o ato na Avenida Paulista.
“Temos de, com todo o cuidado, lotar as ruas,
pressionar o Congresso Nacional, pressionar o
presidente da República e exigir mudança. É
necessário termos um caminho para geração de emprego
e renda”, agregou o parlamentar do PCdoB. “Nós temos
que gritar bem alto: ‘Ditadura nunca mais!’.”
A Avenida Paulista contou com 11 carros de som,
espalhados por oito quarteirões da via. Um dos
pontos que mais sobressaíram foi o Bloco
Democrático, que, além de partidos de esquerda e
entidades dos movimentos sociais, contou com forças
como PSDB, Cidadania e Solidariedade. As centrais
sindicais também tiveram caminhão de som próprio.
Assim, o 24J foi também mais representativo e
diversificado, na medida em que prevaleceu a busca
de uma frente ampla, pró-democracia e anti-Bolsonaro.
Para entidades e coletivos que participam da
Campanha Fora Bolsonaro – como a Frente Brasil
Popular, a Frente Povo sem Medo e a Coalizão Negra
Por Direitos –, os próximos atos devem crescer. A
agenda a ser definida deve coincidir coma retomada
da CPI da Covid-19, que foi temporariamente suspensa
em virtude do recesso no Senado.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada em
abril para apurar as omissões do governo Jair
Bolsonaro no enfrentamento à pandemia do novo
coronavírus. Embora não possa por ora fazer
audiências, a CPI tem se dedicado, em pleno recesso
parlamentar, a analisar os documentos recebidos nos
primeiros meses de trabalho. Os senadores devem
retomar os depoimentos em 3 de agosto.
Fonte: Portal Vermelho
28/07/2021 -
Caixa libera 3 anos de FGTS de uma vez aos nascidos
de agosto a dezembro
Muitos trabalhadores que neste momento de
pandemia estão em busca de receber dinheiro extra,
ainda em 2021, podem contar com a possibilidade de
saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço). A modalidade está disponível para aqueles
que optarem pela modalidade do saque-aniversário.
Em resumo, o saque-aniversário é modalidade
opcional, que o trabalhador escolhe ou não, em que o
trabalhador recebe todos os anos parte do saldo das
contas do FGTS no mês de aniversário.
O saque-aniversário possui calendário próprio. Este
ano já foi liberado o pagamento para nascidos de
janeiro e a julho. E vai contar agora com a
liberação para nascidos entre os meses de agosto e
dezembro.
Antecipação de 3 anos de saque
A possibilidade de receber 3 anos de FGTS de uma vez,
funciona por meio de crédito liberado pela Caixa
Econômica Federal — onde todo trabalhador que optou
por receber o saque-aniversário —, pode utilizar o
saldo disponível como garantia de empréstimo. Isso
permite ao trabalhador resgatar de uma só vez, 3
anos de saque-aniversário.
Como se trata de crédito, possui alguns requisitos,
bem como também passa por análise de crédito.
Contudo, como o mesmo é empréstimo que possui
garantia, no caso é o próprio saque-aniversário, a
Caixa consegue liberar os valores até mesmo para
trabalhadores com escore de crédito baixo ou ainda
para negativados.
As condições para o crédito são as seguintes:
1) taxa de juros mensal de: 0,99%;
2) acumulado de juros por ano: 12,54%;
3) valor mínimo para empréstimo: R$ 2 mil; e
4) antecipação: de até 3 anos do benefício.
Para quem não entende muito de crédito, pode-se
adiantar que a liberação do empréstimo possui uma
das menores taxas de crédito pessoal do mercado,
tendo em vista que o empréstimo possui garantia,
fazendo com que a Caixa concede melhores condições.
Como solicitar o crédito
Se você se encaixa nos pré-requisitos para solicitar o
empréstimo FGTS, sendo esse a opção de
saque-aniversário, então basta seguir passo a passo
simples para realizar a solicitação.
1) Faça solicitação de crédito no seu internet
banking;
2) Aprove dentro do aplicativo do FGTS para que outros
os bancos consultem seu saldo;
3) Escolha os valores e períodos a serem antecipados,
de acordo com as regras da instituição financeira
que deseja; e
4) Insira sua assinatura eletrônica (senha) para
confirmar. E pronto, comprovante de solicitação
aparecerá na tela do seu celular. A vantagem é ter
em mãos os valores do FGTS sem precisar esperar o
próximo ano para sacar mais uma parcela do
saque-aniversário.
Além disso, essa é uma modalidade de empréstimo que
não compromete o orçamento mensal, pois o pagamento
com juros é feito por meio da folha do FGTS.
Então, anualmente, os valores serão descontados do
saldo que estaria em sua conta disponível para o
saque-aniversário.
Calendário do saque-aniversário
Como escrito no início deste texto, a Caixa Econômica
Federal já disponibilizou o calendário de
saque-aniversário. A estatal liberará 5 rodadas
ainda em 2021, para os trabalhadores nascidos entre
agosto e dezembro. Assim:
• nascidos em agosto: recebem entre os dias 2/08 e
29/10;
• nascidos em setembro: recebem entre os dias 1º/09 e
30/11;
• nascidos em outubro: recebem entre os dias 1º/10 e
31/12;
• nascidos em novembro: recebem entre os dias 1º/11 e
31/01/22; e
• nascidos em dezembro: recebem entre os dias 1º/12 e
28/02/22.
Fonte: Diap
28/07/2021 -
Projeto do Primeiro Emprego aguarda votação na
Câmara
Já aprovado no Senado, o
PL 5.228/2019 incentiva a empresas a contratar
jovens sem experiência. Ao conceder incentivos às
empresas, mais de 1,5 milhão de pessoas poderão ser
empregadas, argumentou o autor da proposta, senador
Irajá (PSD-TO). O relator, senador Veneziano Vital
do Rêgo (MDB-PB), salientou o desemprego é uma
injustiça com a juventude. Batizado por Irajá de
“Lei Bruno Covas”, em homenagem ao prefeito de São
Paulo, falecido em maio, o projeto aguarda votação
na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
28/07/2021 -
TCU acusa governo Bolsonaro de “omissão” no combate
à pandemia
Tribunal encaminhará as conclusões à CPI da
Covid-19 e demais comissões do Congresso
O Tribunal de Contas da União (TCU) acusou a gestão
Jair Bolsonaro de “omissão” e “hesitação” em assumir
protagonismo no combate à pandemia de Covid-19. Ao
avaliar o trabalho de núcleos criados para planejar
respostas e mitigar efeitos da pandemia, o TCU
concluiu que o governo “não vem exercendo a
contento” suas atribuições de planejador central
para elaborar cenários, identificar riscos e
estabelecer ações.
As alegações estão em acórdão de 30 de junho, em
processo relatado pelo ministro Vital do Rêgo.
Segundo ele, o Congresso, por meio de suas comissões
temáticas em funcionamento, deve debater medidas
legislativas que possam melhorar o planejamento para
futuras crises. O TCU encaminhará as conclusões à
CPI da Covid-19 e demais comissões do Congresso para
“subsidiar eventual debate de medida legislativa
acerca do planejamento governamental para o futuro
enfrentamento de crises dessa natureza”.
Trata-se de mais uma decisão do TCU que aponta para
erros da gestão Bolsonaro no enfrentamento ao novo
coronavírus e atinge, em especial, atribuição
delegada ao general Walter Braga Netto, ex-chefe da
Casa Civil e atual ministro da Defesa. “O que se tem
observado é uma certa hesitação do governo central
em assumir o protagonismo que dele é esperado na
condução das ações de combate à essa grave crise de
saúde, de sorte a bem coordenar a adoção de ações
nas diversas áreas de atuação estatal e em conjunto
com os demais entes federados”, afirmou o ministro.
Conforme o relator, o fenômeno é novo e carece de
informações anteriores que possam nortear os
gestores. O argumento foi apresentado pelo governo
ao admitir não haver diretrizes específicas para a
segunda onda de contágio.
Mas Vital do Rêgo ressaltou que essa não pode ser
justificativa para abrir mão do planejamento: “Não
se está diante de uma situação que inviabilize o
processo de planejamento, vez que, em temas ainda
desconhecidos, como é o caso da pandemia de Covid-19
e de suas consequências, pode o gestor público
servir-se da elaboração de cenários possíveis e da
avaliação e gestão de riscos”.
O processo avaliou a governança do Comitê de Crise
do Centro de Coordenação de Operações do Comitê de
Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos
da Covid-19 (CCOP). Os núcleos, ligados à Casa
Civil, foram criados no ano passado e ficaram sob a
responsabilidade de Braga Netto. Integrantes da CPI
da Covid planejam investigar a atuação do militar
após o recesso parlamentar.
Ao prestar informações ao TCU sobre monitoramento de
leitos disponíveis nos Estados, o Comitê de Crise
alegou que se trata de atribuição do Ministério da
Saúde. O tribunal, porém, alertou para a falta de
articulação entre os órgãos: “Era de se esperar que
tanto o CCOP, que dá suporte operacional ao Comitê
de Crise, quanto o próprio Comitê, criado justamente
para supervisão e monitoramento dos impactos da
Covid-19, tivessem acesso e mantivessem registro
dessas informações para permitir sua atuação”.
Com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
28/07/2021 -
Revisão de 170 mil benefícios do INSS começa em
agosto
Cerca de 170 mil segurados da Previdência Social que
recebem benefícios por incapacidade temporária – o
antigo auxílio-doença – devem ficar atentos para
agendar nova perícia médica. Os prazos para fazer o
agendamento começam a expirar em agosto. Quem não
tomar a providência corre o risco de ter o pagamento
suspenso.
Desde 30 de junho, o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) começou a enviar cartas para segurados
que não realizam perícia médica há mais de seis
meses. Quem recebe a convocação tem 30 dias, a
contar da data de recebimento notificada pelos
Correios, para agendar o procedimento.
O INSS poderá também convocar as revisões utilizando
a rede bancária, considerando o órgão pagador do
benefício, quando esse tipo de notificação for
disponível. Estão previstas ainda as convocações por
meio eletrônico ou edital em Diário Oficial.
A revisão em benefícios por incapacidade temporária
segue até dezembro, quando todas as convocações já
devem ter sido expedidas. As revisões serão
realizadas por peritos médicos federais em horários
extraordinários.
Segundo o INSS, das 724 agências da Previdência que
possuem serviço de perícia médica 619 estão
funcionando e 2.549 peritos médicos estão com as
agendas abertas para atendimento. O tempo médio
entre o agendamento e a realização da perícia médica
está em 39 dias.
Fonte: Agência Brasil
28/07/2021 -
Metroviários resistem pela Sede Sindical
Segue a luta dos trabalhadores do Metrô de SP para
manter a sede sindical, no bairro do Tatuapé, Zona
Leste da Capital. Na semana passada, o governo
paulista conseguiu derrubar na Justiça a liminar que
ampliava para 30 dias o prazo para desocupação.
Agora, os Metroviários devem desocupar o terreno na
quinta (29).
O coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários,
Wagner Fajardo, conta que a luta para manter o
prédio continua. “Nós vamos resistir. Não vamos sair
assim fácil”, afirma o dirigente.
“Nossa intenção é manter esse patrimônio, que é uma
conquista de toda a categoria. Aqui é nossa casa”,
explica Fajardo. O prédio que abriga a entidade é
ocupado desde os anos 1990. Mas em maio deste ano, o
governador João Doria decidiu leiloar o terreno à
iniciativa privada.
Segundo os Metroviários de SP, a empresa vencedora
do leilão, UNI 28, é uma sociedade de propósito
específico. Em julho, o Sindicato apresentou
denúncia-crime à Polícia Civil, informando que houve
frustração do caráter competitivo da licitação e
apontando fraude.
A entidade alega que uma das diretoras da empresa
que arrematou o imóvel é casada com o coordenador de
gestão de contratos do Metrô SP. No documento
entregue à Polícia, os sindicalistas informam que
uma funcionária da Ponte Engenharia visitou o local
dias antes do resultado do leilão para verificar
quais móveis seriam retirados. “Ou seja, as pessoas
que venceram a licitação já sabiam quem seriam os
novos proprietários do imóvel”, diz o documento.
Fonte: Agência Sindical
27/07/2021 -
Fórum das Centrais Sindicais repudia Parecer à MP nº
1.045/2021 repleto de 'jabutis'
As Centrais Sindicais, reunidas virtualmente, no dia
20 de julho de 2021, debateram sobre o Parecer de
Plenário à Medida Provisória nº 1.045, apresentado
pelo Deputado Federal Christino Aureo (PP-RJ) no dia
15 de julho de 2021, e, por meio desta Nota, vem
manifestar seu repúdio às diversas modificações
trazidas.
As alterações contidas no Parecer configuram
matérias estranhas ao texto original da MP nº 1.045,
constituindo-se verdadeiros “jabutis”.
A posição das Centrais Sindicais é contrária à
inclusão de matérias estranhas ao texto e que não
possuem relação com as medidas excepcionais durante
a pandemia, conforme expressado por seus
representantes ao Deputado Christino Aureo em
reunião telepresencial no dia 28 de junho de 2021.
Dentre os principais pontos prejudiciais aos
trabalhadores e às trabalhadoras, as Centrais
Sindicais destacam:
1 - Possibilidade de o trabalhador com contrato de
trabalho suspenso contribuir como segurado
facultativo, conforme as alíquotas estabelecidas
para o segurado obrigatório (art. 18 do PLV). É o
empregador que deve pagar a contribuição
previdenciária, e não o trabalhador, em momento de
pandemia e dificuldades financeiras, com redução
salarial.
2 - Instituição do Programa Primeira Oportunidade e
Reinserção no Emprego – Priore (arts. 24 e seguintes
do PLV). O Programa traz à tona dispositivos da MP
nº 905, MP da Carteira Verde-Amarela. A alteração
configura matéria totalmente estranha ao texto
original da MP nº 1.045 e não guarda relação alguma
com as medidas excepcionais e transitórias contidas
na MP.
3 - Criação do Regime Especial de Trabalho
Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva –
Requip (arts. 43 e seguintes do PLV). Também matéria
estranha ao texto original da MP. “Embora o objetivo
‘social’ do programa seja relevante, trata-se de um
programa que promove a exploração da mão de obra,
subvertendo o direito ao trabalho assegurado como
direito social pela Constituição.
4 - Alteração de vários artigos da legislação
trabalhista atual, recuperando dispositivos da MP nº
905 e da MP nº 927, também matérias estranhas ao
texto original da MP nº 1.045. Há graves
modificações nas normas que definem gratuidade da
justiça, afetando, consequentemente, o direito de
acesso à Justiça, fundamental em momento de pandemia
e crise econômica, com a ocorrência de muitas
demissões. Além delas, alterações substanciais no
tocante à fiscalização do trabalho e extensão de
jornada.
As Centrais Sindicais reiteram que o objetivo da MP
nº 1.045 é reeditar as regras da MP nº 936, de 2020,
com fins de garantir a redução de jornada e salários
e a suspensão de contratos, para assegurar a
manutenção de postos de trabalho durante a crise
sanitária causada pela pandemia, e não instituir
programas que criam vagas de trabalho precárias, com
menos direitos, além de alterar a legislação
trabalhista existente e que assegura os direitos da
classe trabalhadora.
Por fim, há de se destacar, em relação à inserção de
matérias estranhas ao texto original de Medida
Provisória, o posicionamento do Supremo Tribunal
Federal. Por meio de sua jurisprudência, o Tribunal
afirma que “Viola a Constituição da República,
notadamente o princípio democrático e o devido
processo legislativo (arts. 1º, caput, parágrafo
único, 2º, caput, 5º, caput, e LIV, CRFB), a prática
da inserção, mediante emenda parlamentar no processo
legislativo de conversão de medida provisória em
lei, de matérias de conteúdo temático estranho ao
objeto originário da medida provisória”.
Por todo o exposto, as Centrais Sindicais manifestam
seu repúdio às mudanças propostas no Parecer à MP nº
1.045.
São Paulo, 26 de julho de 2021.
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical
– FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB –
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da
CSP – Conlutas
Edson Carneiro Índio, Intersindical – Central da
Classe Trabalhadora
Clique AQUI
e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
27/07/2021 -
Organização de atos contra Bolsonaro vai programar
novas datas e estratégias
Movimentos sociais e partidos progressistas
discutem novas estratégias visando acumular forças
na luta pelo impeachment
A organização dos protestos nacionais contra Jair
Bolsonaro vai rediscutir o planejamento de datas e
estratégias para acumular mais força na luta pela
deposição do ocupante do Palácio do Planalto.
O tema será discutido nesta semana pela Campanha
Nacional Fora Bolsonaro, núcleo de movimentos
sociais, partidos e centrais sindicais
majoritariamente ligados à esquerda que é
responsável pela onda de quatro atos iniciada em
maio e que teve a edição mais recente no sábado
(24), informa a Folha de S.Paulo.
Os movimentos sociais e partidos políticos
consideram a necessidade de readequação do
calendário, possivelmente com um intervalo maior
para o próximo ato. Uma das ideias é marcá-lo para 7
de setembro, o que resultaria em um espaço de 45
dias sem manifestações. Ainda não há deliberação
sobre isso.
Os coordenadores consideram que foi positiva a
mobilização do último sábado (24), com o recorde de
509 atos em todos os estados e também fora do país.
Segundo a campanha, 600 mil pessoas se juntaram às
passeatas, marcadas por uma capilaridade territorial
mais significativa.
Fonte: Brasil247
27/07/2021 -
Deputados criticam atraso na distribuição de vacinas
pelo governo
Oito capitais brasileiras tiveram que suspender
nesta segunda (26) a aplicação da primeira dose da
vacina contra a Covid-19 devido à falta de
imunizantes
A aplicação da primeira dose da vacina contra a
Covid-19 foi suspensa, nesta segunda-feira (26), em
oito capitais brasileiras. Belém (PA), Campo Grande
(MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió
(AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Vitória
(ES) tiveram que interromper a campanha por falta de
doses.
O atraso do Ministério da Saúde na distribuição do
imunizante gerou críticas entre deputados do PCdoB.
Segundo o vice-líder da Bancada na Câmara, deputado
federal Orlando Silva (SP), a interrupção da
campanha de vacinação em oito capitais é mais um
resultado da negligência do governo federal no
combate ao coronavírus.
“O Ministério da Saúde está sentado em cima de
milhões de vacinas, atrasando a distribuição e,
literalmente, esperando a morte chegar”, escreveu o
parlamentar em suas redes sociais.
Orlando ressaltou que a coordenadora do Programa de
Estadual Imunização de São Paulo, Regiane de Paula,
“denuncia que o governo Bolsonaro tem recebido lotes
diários de vacina Pfizer desde o dia 21 e não
repassa ao estado”. “O resultado é o adiamento da
vacinação de pessoas com 28 anos na capital. A
negligência custa vidas!”, criticou.
Dados reunidos pelo consórcio de veículos da
imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde,
apontam que até o momento pouco mais de 44% dos
brasileiros receberam a primeira dose; apenas 17%
foram imunizados com as duas doses.
A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) também
comentou a pausa forçada no cronograma de imunização
por atraso na entrega das vacinas. “A questão é: não
deram prioridade, pois não queriam vacinas, queriam
era propinas. Sem vacinação rápida a retomada vai
demorar ainda mais”, alertou no Twitter.
No final do mês passado, o ministro Marcelo Queiroga
(Saúde) afirmou que toda a população adulta do
Brasil receberia a primeira dose da vacina contra o
novo coronavírus até o final de setembro. Apesar da
promessa, estados e municípios seguem com
dificuldades no cronograma de vacinação por falta de
imunizantes. No domingo (25), o Ministério da Saúde
informou que fará o envio de doses para os estados e
o Distrito Federal.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
27/07/2021 -
Rosa Weber dá prazo de dez dias para Congresso
explicar o aumento do fundão
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa
Weber deu prazo de dez dias para que o Congresso
explique o aumento do fundo eleitoral de R$ 1,7
bilhão para R$ 5,7 bilhões. A nova cifra, que
praticamente triplicou o valor destinado aos
partidos para realização de campanhas eleitorais,
foi validada com a aprovação da Lei de Diretrizes
Orçamentária (LDO) 2022, em julho.
No pedido de informação, a ministra ressalta a
"natureza controversa em que se contende a respeito
da correção do procedimento legislativo de votação
aplicado à espécie". Vice-presidente do órgão, Rosa
Weber tem respondido pelas decisões do Supremo até o
dia 31 de julho, durante o recesso, uma vez que é a
ministra de plantão.
A determinação de Weber é uma das etapas necessárias
à análise de uma ação impetrada no STF por um grupo
de parlamentares contra o aumento do fundão. O grupo
é composto pelos deputados Adriana Ventura
(Novo-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG), Vinícius Poit
(Novo-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tábata Amaral
(PDT-SP) e Daniel Coelho (Cidadania-PE), além do
senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O relator do caso é o ministro Kassio Nunes, que
reassume o processo em agosto, após o recesso.
Fonte: Congresso em Foco
27/07/2021 -
Sindicalismo amplia combate a Bolsonaro
O movimento sindical está mais engajado nas ações de
combate contra o governo Bolsonaro. Quem faz essa
avaliação é João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical. As Centrais
participaram sábado, 24, do ato contra o governo, em
SP e outras cidades.
Juruna falou à Agência Sindical. Principais trechos:
Engajamento – “Os Sindicatos fizeram assembleias e
entregaram panfleto nos locais de trabalho, chamando
à participação no ato. Isso vai engajando mais base
trabalhadora.”
Direções – “Cada Central mobilizou a seu modo. A
Força fez reunião da nacional, depois com as
direções estaduais e também reuniu os filiados da
Grande São Paulo”.
Palanque dia 24 – “Colocamos carro de som do
movimento sindical, em frente à sede da Fiesp.
Falaram os presidente das Centrais, outros
dirigentes e lideranças políticas”.
Outros palanques – “Os presidentes também falaram no
carro de som dos movimentos sociais e populares, no
Masp, e no palanque do Bloco Democrático. Ou seja,
marcamos bem a nossa presença”.
Presença – “Dia 24, na Paulista, a participação
sindical cresceu. Os Sindicatos também se cotizaram
pra pagar despesas da organização do evento”.
Próximos passos – “Vamos insistir no diálogo com as
forças políticas no Congresso, reforçar nossa
posição contra a atual política econômica e
sanitária. Queremos conversar ainda sobre medidas
contra os Servidores e o corte de direitos por parte
do governo. Não devemos ficar só nos atos de combate
ao governo Bolsonaro”.
UGT – A Agência também falou com Ricardo Patah,
presidente da União Geral dos Trabalhadores. A
Central, há 15 dias, havia decidido apoiar os atos.
Patah participou na avenida Paulista. Ele critica a
política econômica e chama atenção para o desemprego
e perda de renda das famílias.
Mais – Sites das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
27/07/2021 -
Juiz concede auxílio para funcionário, 30 anos
depois do acidente de trabalho
O acidente que ocorre no trajeto da residência do
empregado ao local de trabalho é equiparado ao
acidente de trabalho para fins previdenciários,
bastando demonstrar o nexo de causalidade e a
diminuição da capacidade laborativa.
Esse foi o entendimento da 3ª Vara Cível da Comarca
de Itumbiara (GO) ao condenar o Instituto Nacional
do Seguro Nacional (INSS) ao pagamento de
auxílio-acidente, consistente em 50% sobre o
salário-benefício, para um homem que sofreu acidente
de trabalho em 1991.
No caso, o autor da ação alegou que sofreu acidente
de trânsito enquanto se deslocava para o trabalho.
Em razão disso passou por cirurgia e sua capacidade
para o trabalho diminuiu. Sustentou que teve o
benefício previdenciário (auxílio-doença) indeferido
administrativamente. Então, entrou com a ação para
receber o benefício de auxílio acidente.
O juiz Alessandro Luiz de Souza destacou que, como
forma de proteger o empregado, o conceito de
acidente de trabalho é abrangente, alcançando desde
o momento que o trabalhador sai de sua residência
até a chegada no local da prestação do serviço, o
que se traduz em verdadeira hora in intinere.
Para o magistrado, o autor demonstrou o nexo de
causalidade entre o acidente e a incapacidade para o
trabalho, através da apresentação do registro de
internação e de laudo pericial.
Assim, diante das lesões decorrentes de acidente de
trabalho bem como a diminuição da capacidade
laborativa, o juiz entendeu que o pedido deve ser
julgado procedente, independentemente da extensão da
lesão. O autor foi representado pelo advogado
previdenciarista Marlos Chizoti.
Clique
aqui para ler a decisão
5241268-76.2017.8.09.0087
Fonte: Consultor Jurídico
27/07/2021 -
Empresa é condenada por não pagar salário de
funcionário com Covid-19
Empresa que deixar de pagar salário a funcionário
adoecido de Covid-19 é condenada a indenização por
danos morais. Com esse entendimento, o juiz Ramon
Magalhães Silva, da 7ª Vara do Trabalho de Manaus
(TRT-11), condenou uma prestadora de serviços a
pagar salários atrasados, verbas rescisórias e
indenização a empregado que passou quase cinco meses
sem renda. O valor totaliza R$ 26.585,52.
O trabalhador prestou serviço terceirizado como
agente de ressocialização, o que também levou o
estado do Amazonas a ser condenado a pagar dívida
trabalhista, já que o magistrado considerou não
comprovada a efetiva fiscalização do contrato pelo
ente público.
Entre abril e agosto de 2020, o funcionário não
estava apto para exercer suas atividades, e não
recebeu salário ou benefício previdenciário. A
reclamada não prestou auxílio adequado ao encaminhar
o reclamante ao órgão previdenciário e o deixou no
chamado "limbo jurídico".
O juiz destaca em seu relatório, com base nas provas
dos autos, "a angústia" experimentada pelo
reclamante com o trâmite do benefício no INSS.
"Verifico ainda que os áudios evidenciam que o
reclamante esteve procurando a empresa para tentar
uma solução. A reclamada, por sua vez, indicava
sugestões, mas não prova ter prestado auxílio
efetivo", apontou.
Neste caso, o relator pontua que está sedimentada na
jurisprudência a responsabilidade do empregador a
efetuar a remuneração do período, visto que o risco
da atividade pertence a ele, segundo artigo 2º da
CLT, além da vigência dos princípios constitucionais
do valor social do trabalho e função social da
empresa.
Além dos pagamentos, a condenada comprovará o
recolhimento do FGTS de todo o período e a baixa da
carteira de trabalho, reconhecido pedido de demissão
do reclamante, dado que já possui novo emprego. Com
informações da assessoria do TRT-11.
Clique
aqui para ler a decisão
0000815-47.2020.5.11.0007
Fonte: Consultor Jurídico
26/07/2021 -
Quatro anos de ‘reforma’ trabalhista: da perda de
rumo do crescimento aos excluídos sociais
Lei foi criada sob o pretexto de criar empregos e
dar “segurança jurídica”, mas desemprego aumentou
Aprovada há quatro anos, a Lei 13.467, de “reforma”
da legislação trabalhista e sindical, tramitou sob
sucessivas promessas governistas de criação de
postos de trabalho e segurança jurídica. Os empregos
não vieram até hoje, e a lei continua sofrendo
questionamentos, inclusive jurídicos. “As promessas
da reforma eram falsas”, afirma a desembargadora
aposentada Magda Barros Biavaschi. “Não é se
flexibilizando, retirando direitos, isso todas as
pesquisas mostram, que se dinamiza a economia”,
acrescenta.
Para o professor Marcio Pochmann, há pelo menos
cinco anos o país “perdeu o rumo do ponto de vista
da perspectiva de voltar a crescer”. São quatro
fases de recessão desde os anos 1990. “Iniciamos
2021 com a economia 7% menor do que era em 2014”,
comenta. E a “reforma” trabalhista, termo que ele
considera inadequado, configurou o “maior ataque” em
décadas contra os trabalhadores, atingindo também o
movimento sindical.
“Deformação” do sistema
Magda e Pochmann participaram, na semana que passou,
de curso sobre os efeitos da reforma implementada em
2017. O evento, que vai até a próxima quinta-feira
(29), é organizado por entidades ligadas à Justiça
do Trabalho na 2ª e na 15ª Região, em São Paulo (Aojustra,
Sindiquinze e Ejud2).
Para o professor da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), as mudanças implementadas ainda
no governo Temer, em 2017, não foram uma
reformulação, mas “uma deformação do sistema
corporativo de relações do trabalho”. E
enfraqueceram as próprias condições, políticas e
materiais, que haviam viabilizado a CLT. Mudanças,
assinala o economista, que refletem algo que já vem
acontecendo no Brasil há pelo menos três décadas,
com a inserção do país na chamada globalização.
Entrada passiva na globalização
“A partir de 1990, o Brasil se inseriu de forma
passiva e subordinada a esse movimento a que muitos
países se integraram, conduzido por grandes
corporações transnacionais. reduzindo a capacidade
de decisão do país”, diz Pochmann. Nesse período,
foi se desindustrializando. “Não só esvaziamento da
manufatura na atividade econômica, mas sobretudo
seus efeitos sistêmicos sobre a sociedade, movimento
que leva à ruína da antiga sociedade urbana e
industrial.”
Assim, emenda o professor, ocorreu uma
“desconstrução” de classes sociais: tanto a
burguesia industrial como a classe operária
industrial. “Em 1980, por exemplo, o Brasil tinha a
sexta maior indústria do mundo. Em 2020, a indústria
brasileira está na 16ª posição do mundo.” Isso
também levou ao enfraquecimento do que ele chama de
“eixo estruturador do novo sindicalismo brasileiro,
que era basicamente a classe operária industrial”.
Empresário virou rentista
Nessa “metamorfose”, empresas foram vendidas ou
fechadas, e o sistema financeiro passou a
prevalecer. “O empresário industrial se tornou um
sócio dos juros, um rentista.” Assim, em muitos
casos o Brasil passou, em vez de produção própria, a
ter centros de montagem de produtos importados.
Ele observa ainda que o Brasil sempre teve uma massa
de trabalhadores fora da formalidade do registro.
“Os sindicatos, na verdade, representavam uma
parcela importantíssima, mas havia uma classe
trabalhadora inorgânica. Autônomos, por conta
própria, desempregados, sem registro.” Esse processo
de desassalariamento chegou a ter certa interrupção
na segunda metade dos anos 2000, quando se dizia que
não havia mais espaço para isso, mas o emprego com
carteira cresceu.
Tentativas de mudança
Enquanto isso, o Brasil perdeu oportunidades de
reformular, de forma negociada, seu sistema de
relações do trabalho. Pochmann cita tentativas de
implementar o contrato coletivo, quando Walter
Barelli era ministro do Trabalho, no início dos anos
1990, ou o tripartite Fórum Nacional do Trabalho,
implementado pelo governo Lula em 2004. Até chegar à
atual “alteração dramática, profundamente
desfavorável aos trabalhadores”, com forte
concentração no setor de serviços.
Magda Biavaschi também fez uma digressão histórica
do sistema de trabalho brasileiro, “construído com
muitas dificuldades a partir de 1930, pari passu ao
processo de industrialização”. De um “fazendão”,
como diz, o país se tornou a oitava economia
mundial. Formou um sistema público de proteção
social, com normas e instituições. Um sistema que
enfrentou desafios, “idas e vindas”, como a ditadura
e o período do chamado Consenso de Washington, já no
início da década de 1990: livre comércio,
liberalização de patentes, desregulamentação.
Flexibilizar e desregulamentar
Mais recentemente houve, além da “reforma” de 2017, a
aprovação de uma série de leis no sentido da
flexibilização, como a que ampliou a terceirização.
Nesse sentido, a desembargadora ressalta o papel do
Supremo Tribunal Federal (STF). “O Supremo passou a
deslegitimar a voz do próprio TST (Tribunal Superior
do Trabalho). Criando condições materiais, até, para
a reforma trabalhista que veio em 2017. Por isso que
nós dizemos que o STF, por maioria de votos, passou
a constituir a antessala da reforma trabalhista”,
diz Magda. O processo se consolidou com o “presente
de Natal” de Temer aos trabalhadores, apresentando
seu projeto de reforma em 23 de dezembro de 2016,
centrado na premissa de prevalência do negociado
sobre o legislado.
“Ou seja, no transtrocar das fontes do Direito do
Trabalho”, afirma a desembargadora. Com isso, o
contrato individual “poderá e será a fonte
prevalente, podendo se sobrepor, sobretudo, à
regulação pública universal”, constata. “Só que isso
desregulamenta, mercantiliza. Mercatilizando,
precifica e coloca nas forças do mercado o poder de
dispor sobre o uso da força de trabalho.” E isso
também atingiu as instituições públicas, a própria
Justiça do Trabalho e os sindicatos.
Desemprego e desalento
Tudo isso com o discurso de que era preciso “retirar a
rigidez” da legislação, porque isso afastava
investimentos e inibia o crescimento econômico. O
que se viu, conclui Magda, foi “aumento substantivo
do desemprego, da informalidade, desalento,
terceirizados não incorporados”.
E, além dos atuais 14,8 milhões de desempregados, um
enorme contingente de pessoas fora da força de
trabalho: 76,4 milhões, segundo o dado mais recente
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, do IBGE. Os excluídos, para quem, diz
Magda, é preciso pensar em um sistema público de
proteção. E também em uma organização sindical que
represente essa “massa nova” de trabalhadores da
economia brasileira.
Pelos dados da Pnad Contínua, em 2020 a taxa média
de desemprego foi de 13,5%, ante 8,5% em 2015. O
total estimado de desempregados aumentou de 8,5
milhões para 13,4 milhões – o dado mais recente
aponta 14,8 milhões. E o número de excluídos da
força de trabalho subiu de 63 milhões para 75
milhões.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/07/2021 -
Bolsonaro propõe recriar pasta do Trabalho; confira
opinião de sindicalistas
Os sindicalistas expressaram sua opinião à coluna
Painel do jornal Folha de SP; o ministério tem sua
função, mas não pode ser só para acomodar aliados.
Críticas da extinção do Ministério do Trabalho em
2019, as centrais sindicais não receberam com
otimismo a possibilidade de recriação da pasta por
Bolsonaro. Algumas veem pequena chance de retorno
positivo. Outras, nenhuma.
“É uma medida com fins eleitorais, voltada às
eleições de 2022, com a qual Bolsonaro, desesperado
ante as pesquisas e a CPI, busca alocar mais
apoiadores no governo”, diz Sérgio Nobre, da CUT.
“É um espaço que ele quer abrir para fortalecer o
centrão. Não vai ter mudança nenhuma para os
trabalhadores”, diz Antonio Neto, da CSB. “Bolsonaro
não está recriando o Ministério do Trabalho, é a
volta do Ministério do Desemprego do [Fernando]
Collor”, acrescenta.
“É muito bom ver Bolsonaro dar marcha a ré e
reconhecer que errou ao fechar o Ministério do
Trabalho. Recriar é positivo, mas precisa ver se não
é só jogadinha para agradar os seus parceiros. Tem
que ser um instrumento da sociedade para valer”,
afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical. “É um espaço de
negociação entre empresários, trabalhadores e
governo. Um local para fortalecer fiscalização nos
locais de trabalho, um espaço para verificar que
tipo de emprego está sendo gerado e até de não
geração de emprego necessário que o momento exige”,
completa.
“O único espaço das demandas dos trabalhadores foi o
Ministério do Trabalho. A maior parte dos outros
ministérios tem um relacionamento empresarial muito
grande. É como se tivesse tirado a voz do
trabalhador”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT.
“É bom que volte o ministério, mas precisamos ver a
que preço. Tem muitas demandas, como a discussão
sobre o salário mínimo, a situação dos motoboys que
trabalham para aplicativos. Agora, se voltou para
acomodar blocos do Parlamento não vai ajudar muito,
não”, conclui Patah.
Fonte: Radio Peão Brasil com Folha SP
26/07/2021 -
14º do INSS: projetos criam benefício e saiba quem
teria direito
Os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) aguardam desde julho de 2020 por
definição sobre o pagamento do 14º salário. A
criação desse abono anual foi proposta em razão da
pandemia da Covid-19.
O novo pagamento foi sugerido na Câmara e no Senado
em diferentes projetos de lei, que ainda aguardam
novos trâmites. No entanto, há grande probabilidade
de os projetos serem arquivados, já que os
benefícios deveriam ter sido concedidos no final de
2020, e o prazo para a concessão do auxílio ainda em
2021 já está muito apertado.
Projetos
O primeiro, é o
PL (Projeto de Lei) 3.657/20, em tramitação no
Senado, e propõe pagamento de 14º salário aos
beneficiários do INSS no final de 2021. O projeto
foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Outro projeto, apresentado pelo deputado Pompeo de
Mattos (PDT-RS), versa que o 14º salário seja
auxílio pago em 2021. No
PL 4.367/20, há limitação do valor do benefício
em até 2 salários mínimos (R$ 2.200, em valores
atuais).
Tramitação
O projeto do senador gaúcho (PL 3.657/20) está sob
análise da Assessoria Técnica do Senado.
O do deputado Pompeo de Mattos aguarda votação do
parecer favorável da relatora, deputada Flávia
Morais (PDT-GO). Depois, vai ao exame,
respectivamente, das comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição, Justiça e de Redação.
Qual seria o valor?
A proposta do senador Paim prevê que o benefício tenha
o mesmo valor do 13º salário recebido pelo
beneficiário, enquanto a proposta do deputado Pompeo
de Mattos apresenta limitação no valor do auxílio.
Dessa forma, caso o segundo projeto seja aprovado,
os aposentados e beneficiários que recebem até 1
salário mínimo teriam direito ao auxílio no mesmo
valor. Aqueles que recebem entre 1 e 2 salários
mínimos teriam direito a 1 salário + o valor
proporcional à diferença entre o salário mínimo e o
teto do INSS (R$ 6.433,57 em 2021).
Quem teria direito?
• Aposentados;
• Pensionistas;
• Beneficiários do auxílio-doença;
• Beneficiários do auxílio-reclusão; e
• Beneficiários do auxílio-creche.
Quem não terá direito?
• BPC (Benefício de prestação continuada);
• Pensão mensal vitalícia;
• Auxílio-suplementar por acidente de trabalho; e
• Amparo previdenciário por invalidez do trabalhador
rural.
Fonte: Diap
23/07/2021 -
Fórum das Centrais Sindicais repudia alterações no
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
O Fórum das Centrais Sindicais, reunido virtualmente
no dia 20 de julho de 2021, debateu sobre as
recentes propostas de alteração do Programa de
Alimentação do Trabalhador e, por meio desta Nota,
vêm manifestar seu repúdio a elas.
A primeira proposta advém do relatório do Deputado
Celso Sabino (PSDB-PA) apresentado no dia 13 de
julho de 2021 ao projeto de lei de reforma do
Imposto de Renda, prevendo o fim dos incentivos
fiscais do Programa de Alimentação do Trabalhador a
partir de 31 de dezembro de 2021.
Isso pode levar as empresas a abandonar o Programa,
que será totalmente esvaziado. Consequentemente,
mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras
não receberão mais o vale-alimentação e o
vale-refeição, afetando direta e indiretamente
cerca de 40 milhões de pessoas.
A segunda proposta refere-se à minuta de decreto do
PAT discutida no âmbito do Conselho Nacional do
Trabalho (CNT) e que prevê a redução da faixa
prioritária do Programa, ou seja, de trabalhadores
que recebem até cinco salários-mínimos (R$ 5.000,00)
para trabalhadores que recebem até metade do valor
máximo do salário de benefício e do salário de
contribuição do Regime Geral de Previdência Social
(em torno de R$ 3.216,00).
A mudança sugerida reduz drasticamente o público
beneficiado pelo Programa. O governo, na verdade,
deveria propor mudanças para atingir público maior
de trabalhadores, principalmente pertencente à faixa
prioritária e os que são empregados por micro e
pequenas empresas, e não reduzir o número de
beneficiados, ainda mais consideradas a pandemia e a
realidade econômica do País.
O PAT foi criado em 1976 não como programa isolado,
mas dentro de ampla agenda de políticas e programas
de alimentação e nutrição no País (PRONAN – Programa
Nacional de Alimentação e Nutrição).
Seu objetivo é fornecer alimentação adequada aos
trabalhadores e às trabalhadoras, em especial
àqueles mais sujeitos à deficiência alimentar,
visando a melhoria de suas condições nutricionais e
de saúde.
A alimentação saudável é um investimento na saúde do
trabalhador, possibilita a quem trabalha realizar,
de forma mais eficiente, o esforço físico,
intelectual e social, necessários para o exercício
de suas funções no ambiente de trabalho. Ademais,
contribui até mesmo para melhorar a produtividade e
para a diminuição dos acidentes de trabalho,
absenteísmo e rotatividade nas empresas. O Programa,
assim, traz benefícios não apenas ao trabalhador,
mas também para as empresas e para o governo,
beneficiando toda a sociedade.
Nesse sentido e, de imediato, as Centrais Sindicais
manifestam seu repúdio às propostas sugeridas e
tomarão medidas contra o fim do PAT.
São Paulo, 20 de julho de 2021.
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical –
FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB – Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP
– Conlutas
Edson Carneiro Índio, Intersindical – Central da
Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, presidente – Pública Central do Servidor
Clique
AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
23/07/2021 -
Centrão fundirá 3 siglas para criar maior partido do
Congresso
PSL, DEM e PP estão negociando para a junção em
uma única sigla, que teria 121 deputados e 15
senadores
Os partidos PSL, DEM e PP estão negociando uma fusão
das 3 siglas em uma, segundo apurou o Poder360. O
novo partido seria o maior do Congresso, com 121
deputados e 15 senadores do chamado Centrão. A
negociação está em seus últimos estágios e o novo
partido deve ser anunciado em breve.
A nova sigla terá um comando dividido entre os 3
partidos atuais. A presidência ficará com Luciano
Bivar, atualmente no comando do PSL. A
vice-presidência com a ACM Neto, atual presidente do
DEM. Já o PP ficará com a secretaria-geral,
representado por Ciro Nogueira, que é o atual
presidente do partido.
Ao Poder360, integrantes do PSL dizem que a fusão
ainda é vista como rumor e a movimentação é
totalmente encabeçada por Bivar. No DEM, ACM Neto
ainda tem resistência à união dos partidos.
A criação do novo partido é esperada pelo presidente
Jair Bolsonaro. A expectativa é que ele filie-se à
nova sigla e a utilize como plataforma para a sua
campanha à reeleição no pleito presidencial de 2022.
Nesta 5ª feira (22.jul.2021), Bolsonaro já indicou
uma aproximação com o Centrão. O presidente afirmou
que faz parte do bloco e que pretende buscar apoio
no Congresso.
“O Centrão é um nome pejorativo. Sou do Centrão. Fui
do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então
PFL. No passado, integrei siglas que foram
extintas”, disse o chefe do executivo ao rebater as
críticas de que tenha entregado o governo ao Centrão
com a nomeação de Ciro Nogueira como ministro da
Casa Civil.
Em 13 de julho, o filho do presidente, o senador
Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), afirmou que
Bolsonaro conversava com o PP sobre uma filiação.
Flávio afirmou na época que o presidente também
dialogava com o PL e com o Republicanos.
Bolsonaro precisou procurar novas alternativas
depois que sua ida ao Patriota ficou mais distante
depois que integrantes da executiva nacional do
partido foram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
contra as mudanças feitas no partido pelo então
presidente Adilson Barroso.
Fonte: Poder360
23/07/2021 -
Em nota oficial, Braga Netto nega recado a Lira, mas
reafirma apoio como ministro da Defesa a voto
impresso
Em nota assinada pelo general Walter Braga Netto, o
Ministério da Defesa negou que o militar tenha feito
ameaças às eleições de 2022, caso não haja voto
impresso, como defende Jair Bolsonaro.
"O Ministério da Defesa reitera que as Forças
Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites
previstos na Constituição", disse a pasta. "A
discussão sobre o voto eletrônico auditável por meio
de comprovante impresso é legítima, defendida pelo
Governo Federal, e está sendo analisada pelo
Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre
o tema", acrescentou.
Leia a íntegra da nota:
Em relação à matéria publicada em veículo de imprensa,
no dia de hoje, que atribui a mim mensagens tentando
criar uma narrativa sobre ameaças feitas por
interlocutores a Presidente de outro Poder, o
Ministro da Defesa informa que não se comunica com
os Presidentes dos Poderes, por meio de
interlocutores.
Trata-se de mais uma desinformação que gera
instabilidade entre os Poderes da República, em um
momento que exige a união nacional.
O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas
atuam e sempre atuarão dentro dos limites previstos
na Constituição. A Marinha do Brasil, o Exército
Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são
instituições nacionais, regulares e permanentes,
comprometidas com a sociedade, com a estabilidade
institucional do País e com a manutenção da
democracia e da liberdade do povo brasileiro.
Acredito que todo cidadão deseja a maior
transparência e legitimidade no processo de escolha
de seus representantes no Executivo e no Legislativo
em todas as instâncias.
A discussão sobre o voto eletrônico auditável por
meio de comprovante impresso é legítima, defendida
pelo Governo Federal, e está sendo analisada pelo
Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre
o tema.
Fonte: Brasil247
23/07/2021 -
Brasil tem queda no número de indústrias pelo sexto
ano seguido
Desde 2013, o Brasil está vendo o fechamento de
empresas da indústria ano após ano. 2019 foi o sexto
seguido de queda nesses números.
O setor está com 306,3 mil companhias, uma redução
de 8,5% em relação a 2013, pico da série histórica,
quando tinha 335 mil. O resultado foi puxado
principalmente pela indústria de transformação, que
sozinha detém 97,9% do setor, e fechou em seis anos
28 mil empresas.
A consequência disso, o número de pessoas ocupadas
na indústria diminuiu 15,6%, passando de 9 milhões
em 2013 para 7,6 milhões em 2019, com redução de
14,8% dos postos de trabalho nas indústrias
extrativas e 15,6% nas indústrias de transformação.
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA)
2019, divulgada nesta quarta-feira (21) pelo IBGE.
Em dez anos, o setor de couros e fabricação de
artefatos de couro, artigos para viagem e calçados,
foi o que mais teve fechamento (-36,2%), logo atrás
a fabricação de produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-21,7%) e a metalurgia (-20,1%).
Já a mão de obra teve crescimento em somente oito
das 24 atividades da indústria de transformação no
período de 2010 a 2019, com destaque para a
fabricação de coque, de produtos derivados do
petróleo e de biocombustíveis (51,3%). As maiores
quedas ocorreram na fabricação de outros
equipamentos de transporte, exceto veículos
automotores (-27,7%) e na fabricação de equipamentos
de informática, produtos eletrônicos e ópticos
(-27,5%).
Pode-se destacar as indústrias extrativas, como a
extração de petróleo e gás natural que quase
quintuplicou a mão de obra em dez anos.
“Tivemos um grande avanço na atividade de petróleo e
gás natural com a exploração das reservas do pré-sal.
Em uma década, o segmento aumentou sua parcela em
3,4 p.p. e registrou 7,2% do valor de transformação
de toda a indústria”, disse a gerente da pesquisa,
Synthia Santana.
Fonte: Mundo Sindical
23/07/2021 -
Fiocruz pesquisa a saúde das mulheres na pandemia
Com objetivo de conhecer como a vida e a saúde das
mulheres foram afetadas pela pandemia da Covid-19,
com ênfase nos aspectos reprodutivos, o Instituto
Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), em
parceria com o Instituto Rene Rachou (Fiocruz
Minas), Universidade Federal da Bahia e outras
instituições de pesquisa, lançaram uma pesquisa
on-line. O estudo é desenvolvido pelo Grupo de
Pesquisa Gênero, Reprodução e Justiça, coordenado
pelas pesquisadoras e docentes Claudia Bonan, do
Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da
Mulher do IFF/Fiocruz e Ana Paula dos Reis, do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal
da Bahia.
O estudo, que é de escopo nacional, foi lançado em
15 de julho. Segundo as pesquisadoras, epidemias
anteriores, crises sanitárias e humanitárias
mostraram como os serviços de saúde, especialmente
os serviços de assistência à saúde integral das
mulheres foram afetados, com restrição de
funcionamento e interrupções. “Em outros países, já
se tem um registro de aumento de gravidezes
indesejadas, de complicações de aborto, dificuldades
de acesso à contracepção e aumento da mortalidade
materna, como já estamos vendo no Brasil. Também há
relatos de mulheres com dificuldades de acesso a
ações preventivas ou ao tratamento de doenças de
mama e ginecológicas, incluindo o tratamento de
infecções sexualmente transmissíveis. Neste sentido,
nossa pesquisa tem a pretensão de identificar como
essas questões estão ocorrendo no Brasil”, explicam
Claudia e Ana Paula.
A pesquisa é destinada às mulheres com 18 anos ou
mais, residentes no Brasil. Para participar, basta
acessar
aqui. A primeira etapa se refere a realização de
um inquérito, com a utilização de questionário
autoaplicado, em formato on-line, com perguntas
fechadas. Em um segundo momento, o estudo pretende
aprofundar as questões que se destacarem a partir da
análise das respostas, com a realização de um estudo
qualitativo, com entrevistas individuais e grupos
focais com as mulheres.
O grupo de pesquisa acredita que os conhecimentos
produzidos a partir do estudo poderão subsidiar
formuladores de políticas públicas para o
fortalecimento de ações, programas e estratégias que
assegurem os direitos reprodutivos e à saúde
integral das mulheres. “Além disso, queremos que
esses conhecimentos possam ser úteis para as
próprias mulheres, as redes e os grupos ativistas,
apoiando suas lutas por direitos e justiças e seus
processos de produção de conhecimento”, ressaltam as
pesquisadoras.
Com a pesquisa, a equipe do projeto espera traçar um
panorama dos efeitos globais da pandemia no Brasil
sobre a saúde reprodutiva das mulheres, à luz do
contexto atual das políticas públicas, e, ao mesmo
tempo, mostrar a imensa diversidade desses efeitos.
“Nós gostaríamos de conferir visibilidade a grupos
minoritários e mulheres que, nem sempre, estão muito
representadas na pesquisa. Queremos pensar sobre
aqueles segmentos que, sabidamente, estão em
situações de maior vulnerabilidade social. Pensando
que a pandemia não é democrática, ela pode ter
afetado de forma mais significativa essas mulheres.
O universo de mulheres que vivem no Brasil é
extremamente heterogêneo, complexo e desigual,
então, esperamos que o estudo possa contribuir para
evidenciar esta multiplicidade das experiências”,
conclui Claudia Bonan.
Fonte: Agência Fiocruz
23/07/2021 -
Lira diz que as prioridades dos brasileiros são
vacina e emprego
Eleitores vão julgar seus representantes em
outubro do ano que vem através do voto popular,
secreto e soberano, afirmou
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou por meio de suas redes sociais que
as atuais prioridades dos brasileiros são vacina e
emprego. “A despeito do que sai ou não na imprensa,
o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e
vai julgar seus representantes em outubro do ano que
vem através do voto popular, secreto e soberano”,
disse.
Lira disse também que “as últimas decisões do
governo foram pelo reconhecimento da política e da
articulação como único meio de fazer o País
avançar”.
Fonte: Agência Câmara
23/07/2021 -
Aposentadoria por invalidez não justifica
cancelamento de plano de saúde
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde
ou de assistência médica oferecido pela empresa ao
empregado, mesmo que o contrato de trabalho esteja
suspenso em virtude de auxílio-doença acidentário ou
de aposentadoria por invalidez.
Assim, com base na Súmula 440 do Tribunal Superior
do Trabalho, o juízo da 4ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região negou recurso de
um consórcio de empresas do setor de construção
civil contra decisão de 1ª instância que o condenou
a retomar o pagamento do convênio médico a um
empregado aposentado por invalidez.
O consórcio também queria reverter a condenação por
dano moral aplicada em razão do cancelamento do
plano de saúde do trabalhador.
Na análise do caso, os desembargadores citaram o
artigo 468 da CLT que determina que nos contratos
individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e
ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Os julgadores também lembraram que entendimento
firmado pelo TST reconhece o direito à manutenção do
plano de saúde ou de assistência médica oferecido
pela empresa ao empregado mesmo quando suspenso o
contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença
acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
Por fim, os julgadores também reafirmaram a
condenação por dano moral já que entenderam que
ficou comprovado os abalos morais sofridos pelo
trabalhador em vista da incerteza trazida sobre a
interrupção de seu plano de saúde em tempos de crise
sanitária provocado pelo avanço da Covid-19 no país.
Clique
aqui para ler a decisão
1000097-25.2021.5.02.0241
Fonte: Consultor Jurídico
22/07/2021 -
Com LDO, governo acaba de vez com política de
valorização do salário mínimo
Valores para os próximos três anos preveem, no
máximo, reajuste pelo INPC, sem ganho real. Em 2021,
piso já perdeu para a inflação
A proposta do governo para o salário mínimo para os
próximos três anos acaba de vez com a política de
valorização do piso nacional, construída no início
da década passada após mobilização das centrais
sindicais, em um série de marchas para Brasília.
Neste 2021, o piso nacional já ficou abaixo da
inflação, com reajuste de 5,26%, para R$ 1.100,
enquanto o INPC do ano anterior foi de 5,45%.
Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada
pelo Congresso na semana passada, o salário mínimo
para 2022 foi fixado em R$ 1.147, reajuste de 4,3%
sobre o atual. Neste momento, o INPC acumulado em 12
meses, que deveria ser utilizado para a correção do
piso, está em 9,22%. Mas esse percentual ainda será
atualizado até 1º de janeiro do ano que vem, quando
o novo mínimo passa a valer.
Quase 80% de ganho real
Já para 2023, foi estabelecido valor de R$ 1.188, o
que representa correção de 3,6%. Por fim, para o ano
seguinte, o salário mínimo passaria a valer R$
1.229, aumento de 3,4%.
Em 2003, primeiro ano do governo Lula, o piso
nacional teve reajuste de 20%, enquanto a inflação
foi de 18,54%. No ano seguinte, quando o INPC caiu
para 7,06%, o aumento foi de 8,33%. Essa política
continuou nos anos seguintes. Leis (12.382, de 2011,
e 13.152, de 2015) fixaram a regra de correção, que
previa aumento pelo INPC do ano anterior mais ganho
real correspondente à variação do PIB de dois anos
antes.
Assim, em todo esse período, até 2021, o salário
mínimo teve correção acumulada de 450%, para um INPC
de 208%, resultando em aumento real de
aproximadamente 78,5%. No entanto, nos seis últimos
anos o piso não só não teve ganho real como ficou
abaixo do INPC.
Poder de compra cai
A pesquisa do Dieese que acompanha a relação entre
salário mínimo e cesta básica mostra perda do poder
de compra. De 2009 a 2019, com exceção de apenas um
ano, o piso comprava o equivalente a pouco mais de
duas cestas básicas, considerados valores de São
Paulo. Em janeiro, essa proporção caiu para 1,6.
Segundo o Dieese, 50 milhões de pessoas têm
rendimento referenciado no salário mínimo. Apenas o
aumento deste ano representou R$ 38,2 bilhões de
incremento de renda na economia, com alta de R$ 20,6
bilhões na arrecadação tributária.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/07/2021 -
Isolado, Bolsonaro confirma reforma ministerial e
vai recriar Ministério do Trabalho
Bolsonaro afirma que anunciará reforma
ministerial na segunda. Centrão ganhará mais poder e
governo tentará interromper perda de base social e
política acelerada
Cada dia mais isolado, Jair Bolsonaro confirmou na
manhã desta quarta-feira (21) que fará uma reforma
ministerial na próxima segunda-feira (26). Foi
durante uma entrevista à rádio Jovem Pan de
Itapetininga. Ele argumentou que a reforma
ministerial vai ser importante para "continuar
administrando o país". Ele não adiantou em quais
ministérios deverá mexer, mas é certo nos meios
políticos que entregará a estratégica Casa Civil a
um dos líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira,
presidente do Progressistas. Outra medida seria a
recriação do Ministério do Trabalho, extinto com
enorme alarde no início de seu governo, sob alegação
de “modernização”.
Bolsonaro reconheceu a situação difícil de seu
governo ao afirmar na entrevista que a reforma
ministerial vai ser importante para "continuar
administrando o país". E se queixou outra vez de sua
função: “Temos uma enorme responsabilidade, sabia
que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é
muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os
meus amigos".
O general Luiz Eduardo Ramos deve deixar a Casa
Civil para ocupar a Secretaria Geral da Presidência,
ocupada por Onyx Lorenzoni, que iria para o
Ministério do Trabalho.
O objetivo da mudança é conter a vulnerabilidade de
Bolsonaro no Congresso e tentar estancar a crise de
perda de base política e social que está
desidratando seu mandato.
A movimentação também implica em enfraquecimento
ainda maior de Paulo Guedes, com a desidratação do
Ministério da Economia, pois os temas do trabalho e
Previdência Social sairão de sua alçada.
Fonte: Brasil247
22/07/2021 -
Pandemia pode afetar empregos e salários no Brasil
por nove anos
Relatório do Banco Mundial aponta para “grandes
sequelas” nos países da América Latina e a
necessidade de políticas de proteção aos
trabalhadores informais
Relatório do Banco Mundial prevê que a pandemia de
covid-19 deve provocar efeitos negativos sobre
empregos e salários nos países da América Latina, o
que inclui o Brasil, por nove anos. Divulgado ontem
(20), o documento faz um diagnóstico da crise
econômica e chama a atenção para as “grandes
sequelas” que tendem a persistir na região, com
redução do emprego formal, aumento do desemprego e
queda no nível salarial.
Intitulado “Emprego em crise: Trajetórias para
melhores empregos na América Latina pós-Covid-19”, o
relatório ressalta que a análise leva em conta o
histórico do continente de levar “muitos anos” para
se recuperar de crises. Enquanto os trabalhadores
com ensino superior devem sofrer impactos de curta
duração em termos de emprego, aqueles que estão na
informalidade e não têm o ensino superior são
prejudicados de forma severa e com efeitos mais
duradouros, que podem chegar a até nove anos.
Políticas de proteção social
No Brasil, a informalidade já é um problema, com uma
taxa de 39,8% no mês de junho, segundo o IBGE. Em
sua coluna no Jornal Brasil Atual, o Dieese alerta
que, apesar da urgência, não há nenhum debate sobre
o tema por parte do governo federal e do Legislativo
brasileiro.
“Para os informais teve o auxílio emergencial, mas
ele foi primeiro interrompido, antes da superação da
crise, depois retomado com um valor insuficiente.
Agora tem que se pensar em como transformar
iniciativas desse tipo em políticas permanentes que
possam garantir o arcabouço institucional para o
caso de novas crises que venham a acontecer no
futuro”, adverte o supervisor do escritório do
Dieese em São Paulo, Victor Pagani.
Impactos sobre os mais jovens
Ele também observa que a crise atinge com maior força
os trabalhadores de localidades que têm menor número
de grandes empresas. Isto é, regiões em que
predomina o setor primário, extrativista ou de
agricultura, com menos utilização de tecnologia.
Para estes casos, afirma, o relatório também destaca
a “importância de se fortalecer as redes de
seguridade social”.
O levantamento do Banco Mundial conclui ainda que a
crise, ao agravar a desestruturação do mercado de
trabalho, prejudica os mais jovens. Esta parcela da
população passa a contar com proteção e remuneração
menores. O que, sem políticas públicas, “pode acabar
comprometendo a trajetória profissional desse
trabalhador permanentemente”. “O jovem já
estruturalmente sofre mais com o desemprego. Mas, em
período de crise, é ainda mais afetado. É uma
geração que vai sofrer os impactos dessa crise e da
falta de políticas ativas para o mercado de trabalho
que possam inserir esse jovem em melhores
condições”, afirma Pagani.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/07/2021 -
Comissão aprova projeto que prevê saque do FGTS a
partir dos 65 anos
Proposta altera a Lei do FGTS, que permite o
saque aos 70 anos
A Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara
dos Deputados aprovou, na quinta-feira (15), o
Projeto de Lei 5312/19, para permitir a movimentação
da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) quando o trabalhador atingir 65 anos.
A Lei do FGTS hoje prevê o saque só aos 70 anos.
A proposta foi aprovada na forma do substitutivo
apresentado pelo relator, deputado Fred Costa
(Patriota-MG). Ele alterou o texto original da
deputada Flávia Arruda (PL-DF), que previa idade
mínima de 60 anos para saque no FGTS a fim de
ajustar a regra aos dispositivos do Estatuto do
Idoso.
“O Estatuto do Idoso é destinado a regular os
direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos. Entretanto, em razão do
equilíbrio fiscal, apresentei o substitutivo para
que os saques do FGTS, por idade, possam ser
realizados a partir dos 65 anos”, explicou o relator
Fred Costa.
“A regra hoje não é adequada, pois, muitas vezes, o
trabalhador não consegue se aposentar antes de
atingir tal idade e, portanto, não pode utilizar os
recursos depositados no FGTS”, afirmou Flávia Arruda
ao sugerir a mudança na norma.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
22/07/2021 -
Empregados e patrões defendem o PAT
Nesta quinta (22), reúnem-se em SP representantes de
empregados e de empresas para defender o Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT). Participam
Federação Fetercesp, o patronal Sinderc, associação
empresarial Aberc e Associação Nacional dos
Trabalhadores em Refeições Coletivas.
A informação é de Paulo Ritz, que preside a
Fetercesp. O segmento tem 240 empresas – maiores são
Sodexo, GR e Sapore. No País, calcula o dirigente, o
setor de refeições (com o de cestas básicas) emprega
perto de 600 mil.
O risco ao PAT consta do relatório à proposta
governista de reforma tributária, elaborado pelo
deputado Celso Sabino (PSDB-PA), que teria acatado
orientação da equipe de Paulo Guedes (Economia) –
acabaria o incentivo fiscal ao PAT, pelo qual a
empresa pode deduzir do Imposto de Renda o dobro das
despesas com alimentação.
Os representantes de empregados e empregadores
querem marcar audiência com o deputado relator, a
fim de mostrar o erro de sua proposta.
Alerta – Para o diretor-técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior, o fim do PAT faria voltar o
tempo das “marmitas azedas”, quando, sem refeitório,
a comida era aquecida no chamado esquentador de
marmita.
Criado em 1976, o Programa visa fornecer alimentação
aos trabalhadores, em refeitórios das próprias
empresas ou via fornecimento de tíquetes, VR ou VA.
Para Paulo Ritz, “a boa alimentação servida é um
fator de saúde pública e também de produtividade”.
Mais – Fetercesp, Sinderc, Aberc e Anaterc.
Fonte: Agência Sindical
22/07/2021 -
“Reforma administrativa favorece apadrinhamentos e
corrupção”, diz deputada
A deputada Alice Portugal considera que servirá
para favorecer a terceirização do serviço público,
beneficiando políticos donos de empresas
terceirizadas, nepotismo cruzado, apadrinhamento
político e esquemas de corrupção
A luta contra a reforma administrativa segue em alta
mesmo no recesso parlamentar. Sob a hashtag #CancelaDeforma,
parlamentares, entidades e lideranças de movimentos
sociais estão mobilizados, também nas redes, para
barrar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32
apresentada pelo governo Bolsonaro. A matéria reúne
uma série de mudanças que, em seu conjunto,
configura o desmonte do serviço público, a
fragilização do papel do servidor e abre caminho
para a corrupção.
A vice-líder do PCdoB, deputada federal Alice
Portugal (BA), juntamente com a bancada comunista,
está engajada nesta luta, denunciando, pelas redes
sociais, os prejuízos que a PEC causará ao país e
desmontando argumentos que atacam o funcionalismo.
“A reforma administrativa não vai resultar em
economia; servirá para favorecer a terceirização do
serviço público, beneficiando políticos donos de
empresas terceirizadas, nepotismo cruzado,
apadrinhamento político e esquemas de corrupção”,
explica Alice.
A parlamentar colocou ainda que a proposta “é tão
perversa quanto foi a reforma da previdência e a
reforma trabalhista, todas elas são ataques diretos
à classe trabalhadora. Devemos lutar agora contra a
PEC 32 para que não seja aprovada”.
Ela apontou ainda que a reforma “tira estabilidade
do servidor e abre caminho para apadrinhamento
político em cargos públicos, o que pode facilitar a
corrupção e ainda deixa a população sem um bom
atendimento”. E acrescentou que “precisamos de
pessoas capacitadas trabalhando nos hospitais, nas
escolas e na segurança pública. A reforma
administrativa irá colocar apadrinhados, sem
capacitação, para atender a população”.
Neste sentido, denunciou Alice, “o servidor público
concursado e com estabilidade no cargo é a pedra no
sapato do corrupto. Não é à toa a PEC 32 de
Bolsonaro e Guedes propõe acabar com a estabilidade
e com concurso público”.
A vice-líder ressaltou que “a estabilidade é
inegociável! Trata-se de uma proteção para o Estado
e consequentemente para o povo. O período de
experiência só existe também para beneficiar e
facilitar investidas criminosas de políticos
corruptos”.
Fonte: Portal PCdoB
22/07/2021 -
Trabalhadora demitida no período de estabilidade
acidentária será indenizada
A legislação pátria cuidou de prever especial
proteção ao empregado que sofre acidente de
trabalho, criando a figura da "estabilidade
acidentária" — período de, no mínimo, doze meses, no
qual o empregado acidentado tem seu emprego
garantido, não podendo ser dispensado sem justa
causa.
Com base nesse entendimento, o juízo da 3ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região deu
provimento a recurso de uma trabalhadora de 30 anos
que foi vítima de explosão ocorrida em fevereiro de
2015 no Navio Plataforma Cidade de São Mateus (ES),
que resultou na morte de vários trabalhadores.
Segundo os autos, após o acidente a trabalhadora
passou a sofrer de síndrome do transtorno
pós-traumático e foi submetida a tratamento
psiquiátrico e psicológico. Após ter alta do INSS em
maio de 2016, ela foi dispensada e teve o custeio do
tratamento médico interrompido.
Ao analisar o caso, os desembargadores apontaram que
ficou comprovado que a dispensa da trabalhadora
ocorreu no período de estabilidade acidentária,
quando ela ainda estava passando por tratamento
médico decorrente de acidente em seu local de
trabalho.
"O direito potestativo de denúncia do contrato de
trabalho não pode exceder os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes, sob pena de configurar abuso de
direito, à luz do artigo 187 do Código Civil", diz
trecho da decisão.
Diante disso, os julgadores decidiram condenar as
empresas BW e a Petrobras e aumentaram o valor da
indenização por dano moral concedida pelo juízo de
primeiro grau de R$ 20 mil para R$ 50 mil. A
trabalhadora foi representada pelo escritório de
advocacia João Tancredo.
0000803-82.2018.5.17.0121
Fonte: Consultor Jurídico
21/07/2021 -
Senado pode votar medidas de proteção ao trabalhador
na pandemia
O Senado deve analisar em breve uma proposta que
institui uma série de medidas de proteção para
trazer mais segurança ao retorno, reinserção ou
continuidade do trabalhador no ambiente de trabalho.
O PL 2.477/2021 determina ao Poder Executivo a
criação de normas regulamentadoras (NRs) durante o
período de enfrentamento à covid-19.
O texto, apresentando pelo senador Jean Paul Prates
(PT-RN), estabelece que as normas deverão levar em
consideração as variações dos índices locais de
transmissão, assim como as cautelas sanitárias
pertinentes às particularidades de cada atividade
laboral. Além disso, a elaboração das normas será
feita com base em consultas públicas, em que deverão
ser ouvidos o Ministério Público do Trabalho (MPT)
e as entidades sindicais dos trabalhadores e
empregadores dos setores cujas atividades estejam ou
possam ser suspensas.
“A nova realidade imposta pela pandemia demanda dos
empregadores a implementação de todas as medidas
antecipatórias destinadas a eliminar ou mitigar os
impactos do novo coronavírus. Soma-se a isso que,
com o agravamento da crise sanitária, diversos
governos estaduais e municipais, com base em dados e
informações científicas, têm procurado adotar
isolamento social rigoroso, inclusive com a
suspensão de atividades econômicas, visando diminuir
os percentuais de contaminação da população”, diz o
autor na justificativa do projeto.
Níveis de risco
Na proposta, as atividades laborais são classificadas
em quatro níveis de risco: altíssimo, alto, médio e
baixo. O texto ainda especifica normas internas e
protocolos de retorno para as atividades
consideradas de altíssimo, alto e médio risco. Entre
as atividades de maior risco, por exemplo, estão
aquelas que envolvem potencial de exposição a fontes
conhecidas ou suspeitas de covid-19, contato direto
com grande número de pessoas no local de trabalho ou
em trânsito, circulação em ambientes com pessoas
sabidamente suspeitas de contaminação ou já
diagnosticadas, ou ambientes de trabalho em que a
distância seja menor que dois metros entre
trabalhadores.
Nos casos de alto risco, os empregadores deverão
garantir, no mínimo, a testagem de retorno de todos
os trabalhadores, pelo menos 48 horas antes do
reinício da atividade laboral, e testagem regular
por amostragem, em prazo não superior a 30 dias.
Também terão de disponibilizar equipamentos de
proteção individual (EPIs) gratuitos e formar grupos
de profissionais de atuação conjunta que poderão ser
afetados parcial ou totalmente pelas medidas de
suspensão das atividades.
A classificação é feita de acordo com os moldes
propostos pela Occupational Safety and Health
Administration (OSHA-US) e adotado pelos Estados
Unidos da América. “País este, inclusive, que já tem
mais da metade da sua população vacinada e sem mais
a obrigatoriedade do uso de máscaras”, escreve o
autor do projeto.
Segundo a proposição, o Poder Executivo deve emitir
um modelo de protocolo padrão para micros e pequenas
empresas e para microempreendedores individuais
(MEI), priorizando a simplificação dos
procedimentos. O protocolo incluirá, no mínimo,
máscara com nível de proteção PFF2 ou superior,
álcool em gel, distanciamento pessoal e equipamentos
de proteção individual compatíveis com as atividades
desenvolvidas pelos empregados.
Vacinação
O texto propõe que, após a finalização das
prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI)
contra a covid-19, a nova etapa deverá contemplar,
por ordem de risco, as atividades laborais. Assim, a
recusa deliberada, persistente e sem justificativa
médica da vacinação, quando disponível, será
considerada justa causa para demissão.
Dessa forma, a rescisão do contrato de trabalho
deverá obrigatoriamente conter medidas para
esclarecimento do trabalhador, fornecendo todas as
informações necessárias para elucidação a respeito
do procedimento de vacinação e das consequências
jurídicas da recusa.
Trabalho remoto
Enquanto durar a pandemia, será obrigação dos
empregadores disponibilizar infraestrutura,
materiais, equipamentos de tecnologia e serviços de
dados e de telefonia necessários à prestação do
teletrabalho, trabalho em domicílio (home office) ou
a distância pelo empregado, além de cumprir e fazer
cumprir os limites de jornada, as pausas e os
intervalos laborais, determina a proposta.
As despesas decorrentes da disponibilização da
infraestrutura ou de equipamentos não poderão ser
descontadas dos salários dos empregados. De acordo
com o projeto, até mesmo o reparo dos bens
fornecidos deverá ser reembolsado pelo empregador.
Ainda não há data prevista para a análise da
proposta pelos senadores.
Fonte: Agência Senado
21/07/2021 -
Não quis se vacinar, levou justa causa
Uma trabalhadora se recusou a tomar vacina contra a
Covid-19 e foi demitida por justa causa. Recorreu à
Justiça e a primeira instância confirmou a demissão.
Ela apelou, mas o Tribunal Regional do Trabalho
(TRT-SP) manteve a dispensa da auxiliar de limpeza.
Trata-se, informa o Valor Econômico, da primeira
decisão em segunda instância nesse sentido.
O TRT-SP aponta que a auxiliar desempenhava sua
função em hospital infantil e recusou a vacina em
duas oportunidades, entre janeiro e fevereiro deste
ano, época em que os profissionais da área da saúde
deveriam se imunizar. Na primeira recusa, ela tomou
advertência. Na segunda, foi dispensada por falta
grave, o que configura justa causa.
A trabalhadora, ao abrir processo contra a demissão
por justa causa, chegou a alegar que o hospital não
fez campanha ou reuniões para alertar sobre a
necessidade da vacinação de seus funcionários.
O relatório, a partir do qual a decisão houve
unânime, foi elaborado pelo desembargador Roberto
Barros da Silva, da 13ª turma. Ele alega que “o
hospital comprovou a adoção de um protocolo interno
focado no combate à pandemia”.
Advogados se manifestam favoravelmente à decisão do
TRT-SP. “O cidadão, como empregado, não pode se
recusar a tomar vacina, salvo se tiver algum efeito
colateral comprovado”, afirma ao jornal o dr. Jorge
Matsumoto.
Fonte: Agência Sindical
21/07/2021 -
Guedes atuou para atrasar compra das vacinas da
Pfizer e da Janssen
Documentos da CPI divulgados pela ‘Folha’ mostram
atuação do Ministério da Economia contra cláusula
que facilitaria a compra dos imunizantes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe
interferiram na elaboração da Medida Provisória (MP)
1.026/2021, que tratou da aquisição de vacinas
contra a covid-19. De acordo com os documentos
enviados à CPI da Covid, divulgados pela Folha de
S.Paulo nesta terça-feira (20), a equipe econômica
barrou dispositivo que facilitava a aquisição de
imunizantes da Pfizer e Janssen. A cláusula vetada
autorizava a União a assumir eventuais riscos e
custos de possíveis efeitos adversos da vacina.
Tratava-se de exigência das farmacêuticas para
negociar o imunizante em todos os países.
A reportagem afirma que tanto Guedes como o
presidente Jair Bolsonaro “temiam” a ameaça de
processos contra eventuais efeitos colaterais dos
imunizantes. O risco de judicialização poderia
aumentar o passivo financeiro da União.
A MP foi publicada em 6 de janeiro, sem o artigo
vetado por Guedes. Foi quando Bolsonaro declarou que
o governo não se responsabilizaria, caso quem
tomasse o imunizante da Pfizer “virasse jacaré“.
Nesse sentido, tal decisão atrasou as negociação com
o laboratórios norte-americano em pelo menos 8 meses
desde a primeira oferta. O contrato para a aquisição
de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer foi
assinado em março. Mas só foi possível após a
aprovação de uma lei que repassou à União os riscos
relativos à aplicação dos imunizantes. Na sequência,
o contrato com a Janssen, para a compra de 38
milhões de doses, também foi firmado.
Desmentidos
O Ministério da Economia negou que participou das
discussões da referida cláusula. A pasta afirmou que
só foi chamada a se manifestar apenas na sanção da
medida. Porém, os documentos enviados à CPI mostram
a participação da equipe econômica desde dezembro,
ainda no processo de elaboração do texto.
Além disso, em depoimentos à Comissão, tanto o então
ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, como o
secretário-executivo Élcio Franco, atribuíram à
equipe de Guedes resistências em levar adiante as
negociações com a Pfizer.
A reportagem mostra que enquanto a cláusula de
responsabilidade era discutida, o governo Bolsonaro
se envolveu em transações suspeitas para a
negociação de outros imunizantes. Primeiro o
servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda relatou
pressões atípicas para a liberação da vacina
indiana. Na sequência, o da PM Luiz Paulo
Dominguetti relatou pedido de propina de 1 dólar por
dose numa suposta negociação para a compra de 400
milhões de vacinas da AstraZeneca. Mais
recentemente, a Folha também divulgou o envolvimento
de Pazuello em negociações com intermediários para a
compra de 30 milhões de doses da CoronaVac por quase
o triplo do preço oferecido pelo Instituto Butantan.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/07/2021 -
Bolsonaro anuncia pelo Twitter que indicou
recondução de Augusto Aras à PGR
O presidente Jair Bolsonaro disse que indicou a
recondução de Augusto Aras para o cargo de
procurador-geral da República. O anúncio foi feito
nesta terça-feira (20/7) por meio de uma postagem no
Twitter.
Para que Aras seja efetivamente reconduzido, ele
deve ser sabatinado pela Comissão de Constituição e
Justiça do Senado. Depois, a indicação é submetida a
votação em Plenário. O mandato atual de Aras termina
em setembro.
"Honrado com a recondução para o cargo de
procurador-geral da República, reafirmo meu
compromisso de bem e fielmente cumprir a
Constituição e as leis do país", pronunciou-se Aras.
A indicação do PGR é prerrogativa do presidente da
República. A partir do governo Lula (2003-2010)
adotou-se a prática de escolher um entre os nomes de
uma lista tríplice votada pela Associação Nacional
dos Procuradores da República (ANPR), mas o acerto
era informal.
Lula e Dilma Rousseff sempre escolherem os mais
votados pelos colegas do Ministério Público Federal.
Michel Temer ficou com um dos três nomes da lista,
mas não o mais votado. Bolsonaro retomou
prerrogativa utilizada pelos presidentes a partir da
Constituição de 1988 até o mandato de Fernando
Henrique Cardoso (1995-2002).
Na última lista tríplice da ANPR, a subprocuradora
Luiza Fischeisen foi a mais votada, seguida por
Mario Bonsaglia e Nicolao Dino.
- Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual
proponho a recondução ao cargo de Procurador-Geral
da República o Sr. Antônio Augusto Aras.
Fonte: Consultor Jurídico
21/07/2021 -
Nota técnica de Luiz Alberto destrincha parecer à
“MP do BEm”
O texto da MP 1.045/21 recebeu parecer do relator,
deputado Christino Aureo (PP-RJ), em 15 de julho de
2021. A chamada “MP do BEm” “Institui o Novo
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda e dispõe sobre medidas complementares para o
enfrentamento das consequências da emergência de
saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus (Covid-19) no âmbito das
relações de trabalho”.
O parecer apresentado à Câmara dos Deputados deverá
ser apreciado a partir de 2 de agosto, quando o
Congresso retoma os trabalhos, depois do recesso
parlamentar, de 19 a 31 de julho.
“No caso sob exame — MP 1.045 — o relator manteve,
em sua quase totalidade, inalterados, os 25 artigos
propostos pelo Poder Executivo”, analisa Luiz
Alberto na nota técnica.
“Porém, não se contentou em ‘aprovar’ o pacote
proposto pelo governo, mas, em negociações com o
Ministério da Economia, introduziu inúmeros outros
artigos, produzindo um projeto de lei de conversão
com 92 artigos, inovando substancialmente, e em
afronta brutal ao decidido pelo Supremo Tribunal
Federal na ADI 5127, em que a Suprema Corte
reconheceu a observância obrigatória do devido
processo legislativo, vedando a inserção no texto a
ser apreciado pelo plenário das Casas de emendas,
sejam de parlamentar ou de relator, sem relação de
pertinência temática com medida provisória submetida
à sua apreciação”, acrescentou.
EIS A ÍNTEGRA DA
NOTA TÉCNICA
Fonte: Diap
21/07/2021 -
Atacado por Bolsonaro, vice-presidente da Câmara
recebe apoio da oposição
Na expectativa de que o pedido de impeachment de
Bolsonaro fosse aceito na Câmara, vários deputados
da oposição destacaram que Marcelo Ramos tinha
assumido, interinamente, a presidência da Casa com a
licença de Arthur Lira
Parlamentares da oposição saíram em defesa do
vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo
Ramos (PL-AM), atacado por Bolsonaro que o
responsabilizou pela aprovação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) com fundo eleitoral de R$ de 5,7
bilhões. Ramos reagiu duramente ao presidente. Disse
que ele estava mentindo e foi o seu governo quem
enviou a LDO com o fundão eleitoral.
“Líderes do governo e filhos do Bolsonaro votaram a
favor do fundão. Nem votei por estar presidindo a
sessão. Presidente, você tem a caneta para vetar.
Seja homem, assuma suas responsabilidades!”,
respondeu Ramos.
Na expectativa de que o pedido de impeachment de
Bolsonaro fosse aceito na Câmara, vários deputados
da oposição destacaram que Marcelo Ramos tinha
assumido, interinamente, a presidência da Casa com a
licença de Arthur Lira (PP-AL). Pela rede social,
ele avisou que não estava no cargo. “Só pra que
fique claro, diante da postagem de vários colegas
deputados. Eu não estou no exercício da presidência
da Câmara”, avisou.
O parlamentar, contudo, deixou claro que já
solicitou cópias dos 127 pedidos de impeachment e já
declarou ao seu partido, que é da base do governo,
que fará oposição ao governo. Ramos não descartou,
na interinidade do cargo, decidir sobre um
impeachment de Bolsonaro, mas precisa ver se existe
o pressuposto de crime de responsabilidade.
Solidariedade
“Depois dos ataques de Bolsonaro contra Marcelo Ramos,
agora é a vez de seus seguidores, extremistas de
direita, invadirem as redes do Marcelo Ramos porque
ele tem sido corajoso provando que Bolsonaro mente.
Toda minha solidariedade, Marcelo”, afirmou a
vice-líder da oposição na Casa, Perpétua Almeida
(PCdoB-AC).
“Marcelo, o covarde usa mentira para se esconder e
tentar intimidar. Tem minha solidariedade, pois não
abaixamos a cabeça para esse tipo de gente e de
atitude!”, disse a vice-líder da minoria, deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O deputado Ivan Valente (SP) disse que Eduardo
Bolsonaro, Bia Kicis, Carla Zambelli e vários
deputados bolsonaristas aprovaram LDO com fundo
eleitoral triplicado. “Bolsonaro culpar Marcelo
Ramos é hipocrisia. O vice da Câmara não gostou e
quer analisar pedidos de impeachment. Bozo sem
Centrão cai”, afirmou.
“Minha solidariedade ao deputado Marcelo Ramos
diante do ataque irresponsável do presidente”,
afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Fonte: Portal Vermelho
20/07/2021 -
24 de Julho: Centrais Sindicais convocam todos à rua
Dia de luta por vacinas; em defesa da Democracia;
por emprego, trabalho decente e direitos; pelo
Auxílio Emergencial de R$ 600; contra a fome, a
carestia e o alto custo de vida; contra a Reforma
Administrativa e as privatizações
As Centrais Sindicais, protagonistas históricas da
sociedade, representantes legítimas dos
trabalhadores e trabalhadoras, convocam para os Atos
Programados no Dia 24 de Julho (#24J) em todo o
País, reforçando nossa luta por Auxílio de 600
reais, Vacina Já para todos, Contra o Desemprego e
Carestia e Fora Bolsonaro!
O Brasil vive um momento difícil e trágico, com o
descaso do governo na saúde, crise política, uma
nefasta política econômica, com aumento recorde do
desemprego e falta de renda, enquanto os preços dos
alimentos, combustíveis, gás de cozinha e energia
não param de subir, o que deixa a vida de nosso povo
em numa condição de extrema vulnerabilidade.
É preciso dar uma Basta já a essa política
autoritária e incompetente. O próximo dia 24 de
julho (#24J) é, portanto, mais um grande momento de
irmos às ruas para gritar em alto e bom som: Chega!
No marco da construção dessa luta, nós, as Centrais
Sin- dicais brasileiras, subscrevemos o “superpedido
de impeachment” e exigimos que o presidente do
Congresso Nacional paute imediatamente esse processo
em defesa da vida, dos direitos, da democracia e das
liberdades do povo brasileiro.
Portanto, no Dia 24 de Julho (#24J), é importante
fortalecer e intensificar a presença da classe
trabalhadora organizada nas manifestações de ruas,
nas assembleias, atos e passeatas.
Aproveitamos para registrar todo nosso repúdio a
qualquer ameaça às liberdades democráticas de nosso
povo, conquistadas com tanta luta e sob a morte,
perseguição e tortura de tantas lideranças
democráticas de nosso país. Ditadura nunca mais!
Todos às ruas no #24J!
FORA BOLSONARO! VACINA PARA TODOS JÁ
AUXÍLIO EMERGENCIAL DE 600 REAIS
EMPREGO E DIREITOS NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA E ÀS
PRIVATIZAÇÕES.
Pedimos que levem coletes, faixas e bandeiras com as
reivindicações e identificação da Central ou do seu
Sindicato.
Clique
AQUI e baixe o panfleto da mobilização
Fonte: Centrais Sindicais
20/07/2021 -
Vida piorou na Pandemia, aponta Datafolha
Pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 7 e 8 de
julho aponta que quase metade dos brasileiros sentiu
piora na qualidade de vida durante a pandemia. A
situação financeira foi a que mais pesou, de acordo
com 45,6% dos entrevistados. Outros 41,7% mantiveram
o mesmo padrão.
As famílias que têm renda de até dois salários
mínimos foram as mais atingidas na pandemia, com 54%
apontando piora na situação financeira. Já 37% das
que ganham entre dois a cinco mínimos tiveram essa
redução nos ganhos. Quem não sofreu impactos foram
os mais ricos. Para essa faixa da população, 59% não
passou por mudanças, enquanto 19% teve melhora nas
finanças.
Emergencial – A diminuição dos valores e da
abrangência do Auxílio Emergencial contribuem para a
insegurança financeira. Segundo o Datafolha, apenas
58% dos beneficiários do ano passado continuam a
receber.
Para o economista Rodolfo Viana, responsável pela
subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região, o Auxílio deste ano não garante
sequer a alimentação básica da população. “Esse
valor revela a falta de vontade política e
inabilidade de Bolsonaro e sua equipe econômica”,
conta Rodolfo.
O economista considera como um erro o governo não
ter negociado a PEC de Guerra, como em 2020, para
que sejam liberadas as despesas sem ferir parâmetros
como o teto de gastos. “As regras daquela PEC só
vigoraram até 31 de dezembro. A solução seria
melhorar o texto e aprovar novamente. Mas o governo
não quer discutir proposta que possa beneficiar
milhões de brasileiros que vivem na pobreza”.
Mais – Acesse a pesquisa completa no site do
Datafolha.
Fonte: Agência Sindical
20/07/2021 -
Bolsonaro fala em vetar fundo eleitoral, durante
entrevista à TV Brasil
O presidente Jair Bolsonaro indicou que irá vetar o
trecho da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) que
traz aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
"Posso adiantar para você que ela não será
sancionada", disse em entrevista à TV Brasil.
A entrevista vai ao ar às 22h30 desta segunda-feira
(19) e a divulgação do trecho com as falas do
presidente sobre o veto foi adiantado pela CNN.
"Nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado
e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu
tenho obrigação de aceitar do lado de cá. Mas a
tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito
ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro",
declarou. O presidente também classificou o valor
como "astronômico".
"Então, é uma a cifra enorme que no meu entender
está sendo desperdiçada, caso sela seja sancionada.
Posso dizer a você que não será sancionada",
comentou também.
Na quinta-feira (15) o Congresso aprovou o texto da
LDO para 2022. Diante de repercussão negativa, o
presidente Jair Bolsonaro foi à público, no domingo
(18) atacar o vice-presidente da Câmara, deputado
Marcelo Ramos (PL-AM) a quem atribuiu a aprovação da
matéria. Ramos presidia a sessão da Casa no dia da
votação. "O responsável por aprovar isso aí e o
Marcelo Ramos (PL), lá do Amazonas, o presidente...
Ele que fez isso tudo, porque se tivesse destacado,
talvez o resultado tinha sido diferente. Então cobre
em primeiro lugar do Marcelo Ramos", retrucou
Bolsonaro ao ser questionado sobre a sanção, ou não,
da matéria.
Fonte: Congresso em Foco
20/07/2021 -
Lira volta a defender discussão na Câmara sobre o
regime semipresidencialista
Segundo ele, objetivo é reduzir instabilidade
política; se aprovada, a mudança ocorreria a partir
de 2026
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (19) em uma
rede social que não há temas que não possam ser
discutidos. “Esse foi um dos meus compromissos de
campanha à presidência da Casa, que mantenho com
muita honra e compromisso público”, disse.
“Podemos, sim, discutir o semipresidencialismo, que
só valeria para as eleições de 2026, como qualquer
outra ideia que diminua a instabilidade crônica que
o Brasil vive há muito tempo”, continuou o
presidente da Câmara. “Esse é o nosso trabalho, essa
é a nossa obrigação.”
Outro compromisso de campanha, destacou Arthur Lira,
foi o de prestigiar e dar importância aos órgãos
colegiados, como o que reúne os líderes partidários.
“Acabou a época de projetos esquecidos nas gavetas.
E o semipresidencialismo é mais um desses”, disse.
“Surgiu antes da crise atual. Não é invenção minha.”
Arthur Lira afirmou ainda que, como presidente da
Câmara dos Deputados, estimula o debate e a busca de
soluções para os problemas do País. “É o que
continuarei a fazer em cada dia do meu mandato”,
afirmou.
Comissão especial
No último dia 10, questionado sobre a abertura do
processo de impeachment contra o presidente da
República, Jair Bolsonaro, Arthur Lira havia
afirmado que o País não pode viver instabilidades
políticas a cada eleição.
Na ocasião, ele sugeriu que a Câmara dos Deputados
comece a debater a possibilidade de instaurar, a
partir de 2026, um sistema semipresidencialista, de
forma a evitar crises institucionais de rupturas no
País.
Segundo Arthur Lira, a comissão especial que debate
a reforma política (PEC 125/11) poderá analisar essa
ideia. A previsão, segundo o presidente, é que o
relatório seja votado pelo Plenário a partir do dia
4 de agosto.
Na avaliação de Lira, há um descompasso entre a
Constituição (que foi redigida com o pressuposto de
que o regime seria parlamentarista) e o governo (que
é presidencialista) e, portanto, uma solução seria
adotar novo sistema político.
Fonte: Agência Câmara
20/07/2021 -
Para 55,8% dos brasileiros, Bolsonaro "sabia" da
corrupção no Ministério da Saúde, aponta pesquisa
Um levantamento realizado pelo Instituto Paraná
Pesquisas aponta que 55,8% dos brasileiros acreditam
que Jair Bolsonaro “sabia” da existência de um
esquema de corrupção na compra de vacinas contra a
Covid-19 pelo Ministério da Saúde.
Para 28,8% dos ouvidos pelo instituto, o presidente
“não sabia” das supostas irregularidades
investigadas pela CPI da Covid. Outros 15,4%
preferiram não opinar.
Ainda conforme o estudo, 47,8% dos brasileiros
defendem que Bolsonaro seja afastado do cargo, caso
as suspeitas de corrupção sejam confirmadas. Já
45,2% não consideraram que os casos investigados
pela CPI não justificariam a saída do ex-capitão do
cargo. Outros 7% não opinaram.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de
julho e ouviu 2.006 brasileiros em todas as regiões
do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais
para mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
20/07/2021 -
Bolsonaro joga a toalha sobre voto impresso: "não
acredito que passe na Câmara"
Após sucessivas acusações sem provas contra a
segurança das urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro
disse a apoiadores nesta segunda-feira, 19, não
acreditar que a PEC do voto impresso seja aprovada
na Câmara dos Deputados.
Na última sexta-feira, 16, o projeto estava sendo
analisado por comissão especial, mas diante da
grande probabilidade de derrota já neste dia, a base
parlamentar bolsonarista realizou uma manobra e a
sessão foi encerrada. A apreciação da PEC deve ser
retomada após o recesso parlamentar.
"Eu não acredito mais que passe na Câmara o voto
impresso. A gente faz o possível, vamos ver como é
que fica aí", disse Bolsonaro em conversa com
apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada.
Bolsonaro volta a falar em fraude
Bolsonaro insinuou que o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso,
atuaria para fraudar as eleições de 2022 e eleger o
ex-presidente Lula (PT). Barroso, no entanto, foi um
dos principais apoiadores da Operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF) e, portanto, atuou
para eleger Bolsonaro em 2018.
"As mesmas pessoas que tiraram Lula da cadeia, e
tornaram ele elegível, vão contar os votos dentro do
TSE de forma secreta. O pessoal diz que eu estou
ofendendo o ministro Barroso. Não estou. Estou
mostrando a realidade", disse Bolsonaro.
A libertação de Lula e a retomada de seus direitos
políticos, porém, só foram possíveis diante da
extrema desmoralização da Lava Jato - e não devido a
uma afinidade política dos ministros do STF com
Lula, que foi prejudicado em 2018, permitindo a
vitória do atual governo.
"Eu não posso, de acordo com o artigo 85 da
Constituição, interferir no legislativo. O Barroso
foi para dentro do parlamento fazer reunião com
parlamentares e o que vários líderes fizeram?
Trocaram os parlamentares para votar contra o voto
impresso, o voto aditável. Agora, eleições não
aditáveis isso não é eleição. É fraude", prosseguiu.
"Não tem um hacker preso em Minas Gerais? Ele está
preso por quê? Porque invadiu o TSE. O Barroso não
disse que o TSE é inviolável? Ele está preso por
quê? Ele não cometeu crime? As evidências são tão
claras, só não entende quem não quer".
Ao colocar suspeita no resultado das eleições, Jair
Bolsonaro insinuou ainda que pode não concorrer se
não tiver voto impresso em 2022. “Olha, eu entrego a
faixa para qualquer um, se eu disputar eleição…”,
disse, colocando uma condicional para participar da
disputa. “Agora, participar dessa eleição com essa
urna eletrônica…”, completou.
Fonte: Brasil247
20/07/2021 -
Trajeto entre casa e trabalho não conta para
concessão de hora extra, diz TST
As horas gastas no trajeto entre a casa e o local de
trabalho não integram a jornada para efeito de
concessão de intervalo intrajornada. Esse
entendimento foi adotado pela 5ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho para reformar por unanimidade a
decisão que condenou uma rádio de São Paulo a pagar
horas extras a um radialista.
O trabalhador pedia que fosse computado para o
intervalo intrajornada o tempo que levava entre sair
de sua casa e chegar à empresa, mas o colegiado
concluiu que o tempo de percurso não é trabalho em
sobrejornada em sentido estrito.
O radialista, que trabalhava na Rádio e Televisão
Record S.A., esperava receber horas extras por
supressão de intervalo intrajornada, pois quem
trabalha em jornada de mais de seis horas tem
direito a, no mínimo, uma hora de repouso. Para ele,
as horas de trajeto (in itinere) configuraram tempo
à disposição do empregador e, incluídas na jornada,
implicaram extrapolação das seis horas diárias de
trabalho. No entanto, ele disse que não usufruía do
intervalo mínimo. Sem a concessão regular do
benefício, o empregado pedia que a hora a mais gasta
no percurso de casa para o trabalho fosse computada
como extra.
A 66ª Vara do Trabalho de São Paulo rejeitou o
pedido do radialista, que foi condenado a pagar
custas de R$ 2 mil. Por sua vez, ao julgar o caso, o
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande
São Paulo e litoral paulista) entendeu que os
cartões de ponto anexados pela Record revelaram
extrapolação do limite diário de seis horas diárias
em alguns dias, "sobretudo se considerasse que as
horas in itinere são computáveis na jornada do
trabalho".
No entanto, o relator do recurso de revista da
Record ao TST, desembargador convocado João Pedro
Silvestrin, lembrou que a Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais (SBDI-1) tem decisão no
sentido de que o tempo gasto no trajeto entre a
residência e o local de trabalho não constitui
efetiva prestação de serviço, ainda que se trate de
tempo à disposição do empregador. "Não é trabalho em
sobrejornada em sentido estrito", afirmou o relator.
O desembargador ressaltou também que, se não existe
a efetiva prestação de serviços, não ocorre desgaste
físico e mental do trabalhador e que, nesse caso, o
tempo de percurso não deve ser considerado para
efeito de concessão do intervalo intrajornada, "uma
vez que o referido intervalo demanda a prestação de
trabalho efetivo". Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RRAg 560-34.2015.5.02.0066
Fonte: Consultor Jurídico
19/07/2021 -
Centrais orientam entidades sindicais para dia 24
As Centrais Sindicais emitiram Nota de orientações
aos Sindicatos, Federações e Confederações
convocando para os atos do dia 24 de julho em todo o
País, reforçando a luta unitária por Auxílio
Emergencial de R$ 600,00, vacina pra todos, contra o
desemprego e carestia e pelo fora Bolsonaro.
Segundo as Centrais, o País vive um momento trágico,
com mais de 540 mil vidas ceifadas pela Covid-19, o
descaso do governo com a pandemia e a saúde,
política econômica nefasta e, principalmente, os
desmandos do presidente da República, Jair
Bolsonaro.
“É preciso dar um Basta já a essa política
autoritária e incompetente”, diz a Nota. Segundo as
entidades, que subscreveram o superpedido de
impeachment protocolado na Câmara dos Deputados, dia
30 de junho, é necessário que o presidente da Casa
pauta imediatamente esse processo. “Em defesa da
vida, dos direitos, da democracia e das liberdades
do povo brasileiro”, destaca o documento.
MAIS – Leia abaixo a Nota na íntegra.
24 de Julho: Orientações aos Sindicatos,
Federações, Confederações
As Centrais Sindicais, protagonistas históricas da
sociedade, representantes legítimas dos
trabalhadores e trabalhadoras, convocam para os Atos
Programados no Dia 24 de Julho (#24J) em todo o
País, reforçando nossa luta por Auxílio de 600
reais, Vacina Já para todos, Contra o Desemprego e
Carestia e Fora Bolsonaro!
O Brasil vive um momento difícil e trágico, com o
descaso do governo na saúde, crise política, uma
nefasta política econômica, com aumento recorde do
desemprego e falta de renda, enquanto os preços dos
alimentos, combustíveis, gás de cozinha e energia
não param de subir, o que deixa a vida de nosso povo
em numa condição de extrema vulnerabilidade.
É preciso dar uma Basta já a essa política
autoritária e incompetente. O próximo dia 24 de
julho (#24J) é, portanto, mais um grande momento de
irmos às ruas para gritar em alto e bom som: Chega!
No marco da construção dessa luta, nós, as Centrais
Sindicais brasileiras, subscrevemos o “superpedido
de impeachment” e exigimos que o presidente do
Congresso Nacional paute imediatamente esse processo
em defesa da vida, dos direitos, da democracia e das
liberdades do povo brasileiro.
Portanto, no Dia 24 de Julho (#24J), é importante
fortalecer e intensificar a presença da classe
trabalhadora organizada nas manifestações de ruas,
nas assembleias, atos e passeatas.
Aproveitamos para registrar todo nosso repúdio a
qualquer ameaça às liberdades democráticas de nosso
povo, conquistadas com tanta luta e sob a morte,
perseguição e tortura de tantas lideranças
democráticas de nosso país. Ditadura nunca mais!
Todos às ruas no #24J!
Fora Bolsonaro!
Vacina para todos já
Auxílio emergencial de 600 reais
Emprego e direitos
Não à Reforma Administrativa e às Privatizações.
Pedimos que levem coletes, faixas e bandeiras com as
reivindicações e identificação da Central ou do seu
Sindicato.
São Paulo, 13 de julho de 2021
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força
Sindical – FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
– CTB
Antônio Neto, presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB –
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional
da CSP – Conlutas
Edson Carneiro Índio, Intersindical – Central
da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, presidente – Pública Central do
Servidor
Fonte: Agência Sindical
19/07/2021 -
Contra a reforma administrativa, servidores cogitam
parar em agosto
Proposta do governo Bolsonaro pretende ampliar a
participação da iniciativa privada em serviços
essenciais. E abre portas para a ingerência política
com o fim da estabilidade dos servidores
Sindicatos dos servidores públicos em todo o Brasil
cogitam a realização de uma greve geral contra a
reforma administrativa do governo Bolsonaro. Nas
próximas semanas, as organizações devem definir a
data para um dia nacional de paralisação contra o
projeto. Para os representantes do funcionalismo, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, em
tramitação no Congresso Nacional, representa o fim
da prestação de serviços, como saúde e educação,
pelo Estado brasileiro.
De acordo com o diretor da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef-CUT),
Pedro Armengol, o objetivo da proposta de reforma
administrativa é retirar os mais pobres do
Orçamento.
“Compromete a universalização e equidade na
prestação dos serviços públicos. E praticamente
destrói a perspectiva de um estado social prestador
de serviço”, afirmou Armengol à repórter Girrana
Rodrigues, para o Seu Jornal, da TVT.
Semeando corrupção
Além disso, a reforma administrativa pretende pôr fim
à estabilidade dos servidores e ampliar a
possibilidade de nomear funcionários comissionados.
Nesse sentido, poderia aumentar ocorrência de
esquemas ilegais no serviço público. Trata-se de
mais uma contradição do governo Bolsonaro, que se
elegeu empunhando a bandeira do suposto combate à
corrupção.
“É uma PEC que permite a corrupção, na medida em que
teremos pessoas sem vínculos com o Estado e a
população. O vínculo dele é com o político que o
indicou”, afirmou o presidente do Sindicato dos
Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sérgio
Antiqueira. Ele cita o risco de ampliação da prática
de “rachadinha”, esquema que teria sido adotado pela
família Bolsonaro em seus gabinetes, para todo o
serviço público.
Da mesma forma, Armengol chama a atenção para o
risco de politização dos serviços públicos. Segundo
ele, trata-se de um “retrocesso de mais de 40 anos”.
Antes indicados por padrinhos políticos, as
carreiras da administração pública evoluíram para a
profissionalização, durante as décadas de 1930 e
1940.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/07/2021 -
Associação prevê impacto negativo com fim de VR/VA
A Associação Brasileira de Empresas de Benefícios ao
Trabalhador (ABBT), que reúne empresas como Alelo,
Sodexo e Ticket, aponta que o possível fim dos vales
refeição e alimentação pode trazer impacto negativo
no setor de restaurantes.
Segundo proposta apresentada terça (13) pelo
deputado Celso Sabino (PSDB-PA), a reforma
tributária acabaria com as isenções fiscais de
grandes empresas sobre o pagamento destes benefícios
em cima do Imposto de Renda.
O texto prevê uma diminuição gradual de impostos, de
12,5% para 2,5% em dois anos. Essa medida afetaria o
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). De
acordo com o presidente do Grupo Fiscal do Brasil,
Luis Wulff, com a redução do IR prevista na reforma
tributária, não seria mais vantajoso conceder os
vales alimentação e refeição.
“O PAT permite reduzir até 4% do IR devido. Quando a
empresa paga 15% de imposto, faz algum sentido, mas
agora isso vai cair pra 2,5%. As empresas terão
muito mais dinheiro em caixa”, alerta Wulff.
Impacto – Diante dessa proposta, a ABBT fez um
estudo que mostra que o número de empresas de
alimentação pode cair dos atuais 200 mil
estabelecimentos para 100 mil em dois anos.
O presidente da Associação, Paulo Solmocci, afirma:
“O setor vai sofrer forte impacto em qualquer medida
restritiva que se coloque no Programa de Alimentação
ao Trabalhador (PAT), em especial essa, porque ela
tira o incentivo da emissão de voucher. Eles tiveram
um papel histórico, e ainda têm, na estruturação de
bares e restaurantes”.
Agora, a luta é pela defesa do PAT. Em Nota, a ABBT
informa que participa de discussões junto às
autoridades pela defesa do benefício social.
Mais – Acesse o site da
ABBT.
Fonte: Agência Sindical
19/07/2021 -
Lira intensifica articulação para aprovar PEC do
semipresidencialismo
A PEC do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) estava
na prateleira desde agosto
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
vem articulando o início da tramitação da proposta
de emenda à Constituição (PEC) que prevê a mudança
no sistema de governo para o semipresidencialismo.
De autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP),
ex-secretário da Casa Civil de São Paulo, a PEC
estava na prateleira desde agosto do ano passado e
foi resgatada após Jair Bolsonaro ameaçar uma série
de vezes a realização das eleições presidenciais de
2022.
Lira, que segura mais de 100 pedidos de impeachment
contra Bolsonaro, apresentou a minuta da mudança de
sistema de governo na última terça-feira (13). Ele
obteve apoio do colégio de líderes para levá-la
adiante, apesar de críticas da oposição e de
autoridades, que veem o semipresidencialismo como
uma tentativa de golpe para reduzir os poderes de um
eventual governo Lula.
Segundo o Estadão, Lira planeja articular com
aliados a aprovação da PEC como forma de esvaziar a
pressão pelo impeachment.
Nos países semipresidencialistas, como França e
Portugal, há o presidente da República, eleito pelo
voto direto, e o primeiro-ministro, que atua como
chefe do governo. O primeiro-ministro nomeia e
comanda toda a equipe, o chamado “Conselho de
Ministros”, incluindo nesse rol até mesmo o
presidente do Banco Central.
Fonte: Brasil247
19/07/2021 -
Justiça reverte justa causa de trabalhadora que foi
suspensa e dispensada em seguida
Um mesmo fato não pode motivar duas punições. Com
esse entendimento, a 5ª Câmara do Tribunal Regional
do Trabalho da 12ª Região manteve a reversão da
justa causa de uma trabalhadora que foi punida com
suspensão e dispensada dias depois.
A autora contou que recebeu uma suspensão de três
dias devido a uma discussão. Mas antes mesmo de a
punição se encerrar, ela foi informada, por meio do
WhatsApp, da sua dispensa. Na 2ª Vara do Trabalho de
Itajaí (SC), a ação foi julgada procedente.
A empresa recorreu, alegando que não teria
dispensado a empregada pela mesma falta que motivara
a suspensão, mas sim com base no seu histórico
disciplinar. Assim, a punição teria sido apenas
substituída por uma maior.
O juiz convocado Narbal Antônio de Mendonça Fileti,
relator do caso, ressaltou que a falta grave deve
ser comprovada de forma consistente, e o empregador
deve observar a inexistência de dupla punição.
De acordo com o magistrado, se o empregador "optou
por aplicar advertência ou suspensão, uma vez
arrependido, não poderá punir com outra mais
rigorosa". A conduta foi constatada no caso concreto
e o voto foi acompanhado por unanimidade. Com
informações da assessoria de imprensa do TRT-12.
Fonte: Consultor Jurídico
19/07/2021 -
INSS deve pagar salário-maternidade de gestantes
afastadas em SP
O empregador não pode arcar com os salários de
gestantes impossibilitadas de exercer a profissão
devido à crise de Covid-19. Com esse entendimento, a
Justiça Federal de São Paulo determinou ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), em duas liminares,
o pagamento de salário-maternidade a empregadas
gestantes.
Em maio deste ano, foi sancionada a Lei 14.151/2021,
que determinou o afastamento de empregadas grávidas
das atividades presenciais durante o período de
crise sanitária. A norma foi contestada em duas
ações contra o INSS em São Paulo.
Enfermeiras
A primeira delas foi movida por uma empresa que presta
serviços de atendimento médico de urgência em
prontos-socorros, e por isso conta com uma equipe de
enfermagem. Como as atividades não podem ser feitas
à distância, a autora precisava manter a remuneração
das empregadas gestantes e ainda contratar outros
profissionais para substituí-las.
A juíza Noemi Martins de Oliveira, da 14ª Vara Cível
Federal de São Paulo, observou que a lei não definiu
a quem compete o pagamento da remuneração à
trabalhadora gestante cuja atividade seja
incompatível com o trabalho à distância. Para ela, a
responsabilidade não poderia ser da empregadora:
"Ao imputar-se aos empregadores o custeio de tais
encargos, cria-se dificuldade de emprego,
aumentam-se as dispensas e reduz-se oportunidades
empregatícias para mulheres, no mercado de trabalho
já tão escasso", ressaltou a magistrada.
Segundo a juíza, a natureza dos valores devidos às
empregadas gestantes "não é outra, a não ser a de
benefício previdenciário". Por isso, ela estabeleceu
que o INSS deve compensar os valores referentes ao
salário-maternidade.
Babá
Na segunda ação, a mãe de uma criança de quase 2 anos
pretendia a licença-maternidade da sua empregada
doméstica, contratada especialmente para o cuidado
da filha.
O juiz José Tarcisio Januário, da 1ª Vara Federal de
Jundiaí (SP), também considerou que "o ônus do
salário-maternidade não pode ser direcionado aos
empregadores, por implicar de forma transversa
afronta à proteção à maternidade e à mulher
grávida".
Assim, como a empregadora doméstica não teria como
compensar o valor de salário-benefício, o magistrado
determinou que o INSS efetue diretamente o pagamento
à babá.
Clique
aqui para ler a decisão
5006449-07.2021.4.03.6183
Clique
aqui para ler a decisão
5003320-62.2021.4.03.6128
Fonte: Consultor Jurídico
16/07/2021 -
Fim do incentivo ao vale-refeição deve prejudicar
trabalhadores mais pobres
Além da precarização dos trabalhadores formais,
proposta também deve desestruturar setor de bares e
restaurantes
A proposta de reforma tributária do governo
Bolsonaro coloca em risco os benefícios dos
vale-refeição e vale-alimentação para milhões de
trabalhadores. Por sugestão da equipe econômica do
ministro Paulo Guedes, o relator do projeto,
deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), incluiu na
proposta o fim dos incentivos fiscais ao Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT). Atualmente, as
empresas podem deduzir do Imposto de Renda o dobro
das despesas com alimentação dos seus empregados.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, o fim dos incentivos pode
representar a volta das “marmitas azedas”. Ele
afirmou que os trabalhadores que recebem os menores
salários e que estão menos organizados serão os
principais prejudicados. Isso porque, sem essas
isenções fiscais, apenas as categorias mais
organizadas conseguirão manter os benefícios, por
meio de acordos e convenções coletivas.
“A proposta do atual governo é cada vez mais
aproximar os trabalhadores formais dos informais. Só
que ao contrário”, disse Fausto em entrevista a
Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
quinta-feira (15). “No limite, vamos caminhar para
ter um trabalhador formal que é muito próximo, do
ponto de vista de direitos, do informal”,
acrescentou.
Bares e restaurantes
Além de fragilizar os direitos dos trabalhadores, o
fim do vale-refeição ainda deve causar uma
desestruturação no setor de bares e restaurantes. De
acordo com a Associação Brasileira de Benefícios ao
Trabalhador (ABBT), um restaurante é criado a cada
100 trabalhadores que recebem o vale-refeição. Com o
desestímulo ao benefício, a projeção da ABBT é que
cerca de 100 mil estabelecimentos podem fechar nos
próximos dois anos, agravando ainda mais a crise no
setor, já bastante fragilizado pela pandemia.
Justificativa
Com o fim dos incentivos ao PAT – que custam aos
cofres públicos cerca de R$ 1,2 bilhão ao ano –, a
equipe econômica pretende cobrir parte das perdas
com a redução do Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ). A proposta de reforma tributária
pretende reduzir as alíquotas para as empresas, dos
atuais 15% para 5% no primeiro ano e, depois, para
2,5%. Segundo Fausto, a proposta de reforma deveria
avançar no sentido de cobrar mais impostos dos mais
ricos. Em vez disso, o governo, mais uma vez, aposta
em retirar direitos dos trabalhadores para garantir
mais isenções aos empresários.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/07/2021 -
Reforma agrediu trabalho e emprego
Terça, 13, marcou quatro anos de aprovação da
reforma trabalhista de Michel Temer – Lei 13.467. A
promessa era gerar milhões de empregos e melhorar as
relações de trabalho.
Porém, o Brasil encerrou 2020 com mais de 14 milhões
de desempregados. Taxa está em 14,7%, mostra o IBGE.
O diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior,
comenta: “mesmo antes da pandemia, em momentos de
crescimento econômico, a taxa de desemprego só
cresceu”. Ele avalia que a criação de postos de
trabalho não acompanhou o ritmo da economia no País.
O ambiente trabalhista regrediu, com trabalho
intermitente, pejotização, desmonte na Justiça do
Trabalho e menos direitos. Especialistas apontam que
o que ocorreu foi apenas uma precarização das
relações de trabalho.
A reforma de Temer, continuada por Bolsonaro,
agrediu mortalmente o sindicalismo, ao cortar
receita, terminar com a obrigatoriedade de homologar
no Sindicato e fixar o negociado sobre o legislado.
“Se o objetivo era estimular e valorizar as
negociações coletivas, inclusive estabelecendo a
prevalência do negociado sobre o legislado, não se
justifica a fragilização dos Sindicatos, pelo ataque
à sua principal fonte de renda”, argumenta o diretor
do Dieese.
Dilema – No artigo “Data
fatídica”, o consultor Vargas Netto analisa os
quatro anos da reforma e alerta para os riscos
quanto à sobrevivência sindical. Clique e leia.
Vídeo – A Agência Sindical recupera vídeo em
que o então presidente Temer louva sua reforma. E
mente.
Clique e assista.
Fonte: Agência Sindical
16/07/2021 -
13 de Julho: Data Fatídica – Vargas Netto
São quatro anos cravados desde a promulgação da
deforma trabalhista (lei nº 13.467/17) que,
precedida pela terceirização (lei nº 13.429/17)
provocou a maior desorganização nas relações do
trabalho no Brasil e enfraqueceu de maneira
criminosa a representação sindical dos
trabalhadores.
Todas as justificativas para a adoção destas
malfeitorias aprovadas nas votações do Congresso
Nacional caíram por terra nestes quatro anos.
O desemprego que era alto cresceu mais ainda (antes
mesmo da pandemia) e tornou-se, hoje, endêmico e
disfuncional com o próprio crescimento econômico que
não passa de vôo de galinha.
A alegada modernização das relações trabalhistas
precarizou, pejotizou e uberizou os vínculos do
trabalho, em detrimento dos salários, da
qualificação e da organização coletiva dos
trabalhadores.
A própria Justiça do Trabalho teve diminuído o seu
papel de intermediação e normatização trabalhistas.
A insegurança jurídica aumentou, enquanto limitou-se
a possibilidade de acesso dos trabalhadores ao
recurso jurisdicional, que é ameaçado de extinção.
A capacidade de negociação dos sindicatos e de
representação por eles dos trabalhadores sofreu um
golpe quase mortal, com a severa perda de receitas
das entidades e bloqueio eficiente da negociação
coletiva, substituída pelo embate entre as empresas
e os trabalhadores individuais.
Exceto para os exploradores grandes e pequenos os
efeitos da deforma foram negativos, potencializados
ainda mais pela administração Bolsonaro que, como
primeiro ato, extinguiu o próprio ministério do
Trabalho. A pandemia que veio a seguir criou ainda
mais dificuldades à ação sindical dos trabalhadores.
O balanço destes quatro anos, completados em 13 de
julho, é trágico e coloca o movimento sindical
brasileiro e os trabalhadores em uma situação de
defensiva estratégica lutando, mais que pela
relevância, pela sobrevivência.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor
sindical e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
16/07/2021 -
Aprovada urgência para projeto que regulamenta
teletrabalho de gestantes
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira
(15) o regime de urgência para o Projeto de Lei
2058/21, que disciplina as atividades de
teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de
trabalho a distância de empregadas gestantes.
O projeto foi apresentado pelo deputado Tiago Dimas
(Solidariedade-TO) e muda a Lei 14.151/21. Com o
regime de urgência, o texto pode ser votado nas
próximas sessões do Plenário.
Fonte: Agência Câmara
16/07/2021 -
Portaria do governo Bolsonaro ataca aposentadoria do
servidor público
Deputada critica proposta do governo e afirma que
objetivo de Bolsonaro e Guedes é entregar
a Previdência dos servidores públicos à iniciativa
privada
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) apresentou
nesta quinta-feira (15) um Projeto de Decreto
Legislativo (PDL) para sustar portaria do governo
Bolsonaro que tem como objetivo acabar com o Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores
públicos.
O PDL visa sustar a Portaria nº 8.374, de 09 de
julho de 2021, que dispõe sobre os procedimentos e
requisitos gerais para a centralização da concessão
e manutenção de aposentadorias e de pensões das
autarquias e fundações públicas federais pelo INSS.
Importante ressaltar que a Constituição brasileira é
absolutamente clara ao determinar que haja um único
órgão gestor da previdência dos três Poderes.
A portaria busca consolidar outra medida
inconstitucional expressa no Decreto 10.620, de 08
de fevereiro de 2021, remetendo todos os servidores
de autarquias e fundações federais para terem a
concessão e a manutenção de duas aposentadorias e
pensões para a gestão do INSS, deixando apenas os
servidores dos ministérios sob a gestão do órgão
central de pessoal no Ministério da Economia.
Alice destaca que estabelecer dois órgãos gestores
para o RPPS dos servidores públicos federais (SIPEC
e INSS) e o fazer por decreto e portaria, representa
uma flagrante inconstitucionalidade que afronta o
disposto no §22, do art. 40, da Constituição
Federal.
“O objetivo tanto do decreto quanto da portaria é
avançar na direção do fim do Regime Próprio de
Previdência Social dos servidores públicos, levando
inicialmente os servidores de autarquias e
fundações. Uma consequência, também grave, é que
essa proposta tornará deficitário e totalmente
inviável o RPSP, facilitando e agilizando a entrega
para a privatização do que restar”, explica Alice,
que é uma das coordenadoras da Frente Parlamentar
Mista do Serviço Público.
A parlamentar acrescenta também que as mudanças
pretendidas pelo decreto e pela portaria trazem
ainda uma afronta à autonomia das autarquias e
fundações, assegurada tanto por força de norma
constitucional (artigo 207 da Constituição Federal,
que versa sobre as universidades), quanto por força
de norma infraconstitucional (ilustrativamente, a
assegurada pela Lei nº 11.892/2008 aos Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia).
Fonte: Assessoria de Comunicação da deputada Alice
Portugal
16/07/2021 -
Ipea: 11% dos trabalhadores fizeram home office ao
longo de 2020
Profissionais de nível superior foram a maioria
em trabalho remoto
O grupo de brasileiros que trabalhou de forma remota
entre os meses de maio e novembro de 2020 chegou a
8,2 milhões de pessoas, apenas 11% dos 74 milhões de
profissionais que continuaram a trabalhar durante a
pandemia de covid-19. Os dados foram divulgados
nesta quinta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada (Ipea), que mostrou que
mulheres (56%), brancos (65,6%) e profissionais de
nível superior (74,6%) foram a maioria dos
trabalhadores em home office.
A pesquisa do Ipea tem com base dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
referentes ao período de maio a novembro e coletados
pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD
Covid-19).
O estudo do IBGE mostra que o perfil da população em
trabalho remoto diverge da composição da população
brasileira, que é formada por 51,1% de mulheres,
54,7% de pretos ou pardos e 13,1% de pessoas com
nível superior.
Os 74 milhões de trabalhadores citados pelo Ipea são
a parte dos 83 milhões de brasileiros que tinham uma
ocupação nesse período e continuaram trabalhando.
Entre os 9,2 milhões que se afastaram do trabalho,
6,5 milhões fizeram isso por causa do distanciamento
social.
Em termos de faixa etária, a pesquisa mostra que os
trabalhadores de 30 a 39 anos responderam por 31,8%
daqueles que declararam estar em home office. Já na
comparação do setor público com o setor privado, o
último concentrou 63,9% do total de profissionais em
trabalho remoto.
Quando a pesquisa se debruça sobre cada setor da
economia, a educação privada foi a que atingiu o
maior percentual de trabalhadores em teletrabalho:
51%. Esse percentual foi de 38,8%, no caso do setor
financeiro privado, e de 34,7% na atividade de
comunicação privada. Por outro lado, os menores
percentuais estavam nas atividades de agricultura
(0,6%), logística (1,8%) e alimentação (1,9%).
Entre os funcionários públicos, a esfera federal
teve 40,7% dos trabalhadores em regime de home
office, enquanto a estadual, 37,1%, e a municipal,
21,9%.
No setor público como um todo, 52,2% dos
trabalhadores em home office eram profissionais de
ensino. Os menores percentuais foram verificados
entre policiais (0,5%) e profissionais de saúde
(2,1%).
Por fim, a maior parte dos trabalhadores em home
office em 2020 era da Região Sudeste (58,2%). O
Nordeste (16,3%), o Sul (14,5%), o Centro-Oeste
(7,7%) e o Norte (3,3%) completam a lista.
Fonte: Agência Brasil
16/07/2021 -
Sindicato pode defender direitos subjetivos da
categoria em ações judiciais
Os sindicatos podem defender os direitos e os
interesses coletivos ou individuais subjetivos da
categoria que representa, até mesmo em questões
judiciais ou administrativas. Assim entendeu a 4°
Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao decidir
que o sindicato dos trabalhadores das indústrias
metalúrgicas da região de Sumaré (SP) tem
legitimidade ativa para, como substituto processual,
apresentar reclamação trabalhista contra uma empresa
metalúrgica, pedindo o pagamento de horas extras a
empregados representados na ação.
Segundo os autos, o sindicato apresentou reclamação
trabalhista, na condição de substituto processual de
trabalhadores, para pedir o pagamento de horas
extras e reflexos aos empregados pelo tempo à
disposição da companhia no início e no fim da
jornada. Em 1° instância, o processo foi excluído
sem resolução sob a justificativa de que o pedido
não corresponde a direitos individuais homogêneos,
passíveis de proteção pelo sindicato, "pois, no
processo, é necessário considerar as situações
individuais de cada substituído, não sendo
vislumbrado direito de origem comum a legitimar a
substituição processual", afirmou a sentença.
Ao manter a decisão, o tribunal de 2° grau reforçou a
tese de que, para ser legitimada a substituição
processual, é necessário que o direito defendido
tenha origem comum e abarque a coletividade dos
empregados substituídos para se classificar como
homogêneo. Como cada trabalhador atuava em um dos
três turnos de funcionamento da indústria e as horas
extras eram feitas em momentos distintos, o tribunal
regional não encontrou origem comum de direito que
justificasse a substituição, o que levou ao
reconhecimento da ilegitimidade sindical.
Ao analisar o processo, o ministro Caputo Bastos
destacou que, em relação à legitimidade ativa, o
posicionamento do Supremo Tribunal Federal e da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1)
do TST é de que a substituição processual do
sindicato não se restringe às hipóteses em que se
discutam direitos e interesses coletivos, podendo a
entidade sindical defender, inclusive, direitos
individuais subjetivos da categoria que representa.
Segundo o magistrado, a decisão de 2° instância
violou o dispositivo do artigo 8º, inciso III, da
Constituição da República. Nos termos do artigo, ao
sindicato cabe a defesa dos direitos e dos
interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas.
"Dessa forma, ante a inexistência de qualquer
restrição imposta na Constituição para a atuação do
sindicato como substituto processual também na
tutela de direitos subjetivos específicos,
considera-se que o tribunal regional, ao reconhecer
a ilegitimidade sindical, decidiu, também, em
dissonância com a jurisprudência do STF e do TST",
concluiu. Os autos foram encaminhados à Vara de
origem. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
RR-13228-32.2017.5.15.0122
Fonte: Consultor Jurídico
15/07/2021 -
Centrais se organizam contra a PEC da Reforma
Administrativa
Serão realizadas atividades nos municípios e nas
bases sindicais, sobre os impactos da PEC 32 no
serviço público, com mobilização local, estadual e
no dia 3 com mobilização em Brasília no Congresso
Nacional
Em síntese, a reforma administrativa representa um
processo de retirada da primazia do concurso público
como instrumento de seleção de pessoal,
enfraquecimento e/ou eliminação da estabilidade
dos(as) servidores(as) civis estatutários(as) e
redução dos patamares salariais, além de
transferência de atividades públicas para a
iniciativa privada.
Os servidores públicos de todo o país desde setembro
de 2020 quando a PEC 32, (PEC da Reforma
Administrativa) foi encaminhada para votação no
Congresso Nacional, vêm debatendo os prejuízos desta
proposta de mudança na constituição brasileira para
toda a sociedade. A Campanha Diga Não à Reforma
Administrativa por exemplo, produziu vídeo, cards
para defender a importância dos serviços públicos
para todos os brasileiros e brasileiras.
Na última sexta-feira (9) o Movimento em Defesa do
Serviço Público composto pelas centrais CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, NCST, Intersindical, CSP
Conlutas, Pública, CGTB, Intersindical, CSB e pelo
Fórum Nacional das Entidades Nacionais dos
Servidores Públicos Federais (Fonasefe), o movimento
Basta, a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço
Público e a UPB (União dos Policiais do Brasil)
iniciaram um calendário de atividades de mobilização
geral para derrotar a reforma administrativa (PEC
32) que vai até 3 de agosto.
Pedro Armengol, Secretário de Finanças da CONDSEF,
Secretário Adjunto da Secretaria de Relações do
Trabalho da CUT e que está na organização do
Movimento em Defesa do Serviço Público argumenta
que:
“A Reforma Administrativa, constante na PEC 32,
significa a desresponsabilização social total do
Estado brasileiro, num momento de profunda crise
social, econômica e sanitária, aprofundando ainda
mais a situação de pobreza e miséria de grande parte
da população brasileira. Diante de tão grave ataque,
as centrais sindicais de trabalhadores do Brasil,
estão organizando uma grande mobilização nacional
pra derrotar essa PEC, inclusive com a possibilidade
de uma greve geral dos trabalhadores do setor
público no mês de agosto próximo.”
Já o presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Antonio Neto defende greve geral
do serviço público contra a PEC da reforma
administrativa, barrando a proposta em discussão no
Congresso Nacional:
“Apesar da pandemia, o povo brasileiro tem se
mobilizado nas ruas pelo Fora Bolsonaro. Agora é a
hora de frear a agenda de destruição do serviço
público. Por esse motivo, a CSB levará para a
próxima reunião do Fórum das Centrais a proposta de
uma greve geral do serviço público contra a reforma
administrativa, que podemos chamar de PEC da
Rachadinha. Uma greve em defesa do SUS, dos
professores, dos policiais, da assistência social e
de todos aqueles que estão na linha de frente
salvando o nosso povo da barbárie do governo
Bolsonaro.”
Confira a nota da mobilização do Encontro Nacional
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público
nas esferas municipais, estaduais e federal:
MOBILIZAÇÃO GERAL PARA DERROTAR A REFORMA
ADMINISTRATIVA
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
Intersindical, CSP Conlutas, Pública, CGTB,
Intersindical Instrumento de Luta, Fonasefe,
movimento Basta, Frente Parlamentar em Defesa do
Serviço Público e UPB
O governo Bolsonaro, por meio de seu ministro Paulo
Guedes, encaminhou para o Congresso Nacional um
Projeto de Emenda Constitucional (PEC 32) que trata
da reforma administrativa do Estado brasileiro. As
propostas contidas nesse projeto que tramita no
Congresso Nacional – neste momento na Câmara dos
Deputados – têm amplo impacto sobre os municípios,
os Estados e a União, nas esferas dos poderes
Executivos, Legislativos e Judiciário.
Como sintetiza a Nota Técnica 254 do DIEESE: “De
forma resumida, pode-se dizer que boa parte da
proposta de reforma da administração pública contida
na PEC 32/2020 consiste em retirar a primazia do
concurso público como instrumento de seleção de
pessoal, enfraquecer e/ou eliminar a estabilidade
dos(as) servidores(as) civis estatutários(as) e
reduzir os patamares salariais, além de transferir
atividades públicas para a iniciativa privada”.
É urgente e fundamental que se amplie a mobilização
de todas as servidoras e de todos os servidores para
lutar contra a PEC 32. Essa mobilização, além de
atingir todos os/as trabalhadores/as do setor
público brasileiro, deve chegar à população em
geral, que será gravemente atingida pela reforma, às
Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas dos
Estados, aos/às Prefeitos/as, aos Governadores/as,
às organizações públicas e privadas.
Por isso as Centrais Sindicais, suas entidades
sindicais, os movimentos, frentes e fóruns de
servidores, estão reunidos no Fórum dos Servidores
Públicos das Centrais Sindicais e unidos para
enfrentar e derrotar a destruição do serviço público
no Brasil.
Neste mês de julho será realizado um amplo processo
de mobilização, que começa com atividades nos
municípios e nas bases sindicais, promovendo o
debate sobre os impactos da PEC 32 no serviço
público, bem como organizando e planejando as
iniciativas unitárias de mobilização local, estadual
e nacional para levar esse debate para toda a
comunidade.
Em seguida, serão realizadas plenárias estaduais
para reunir e organizar no Estado o trabalho de
mobilização.
O mês será encerrado com um evento virtual nacional
no qual apresentaremos nossa plataforma de lutas e
mobilizações.
Agosto começará com uma mobilização em Brasília no
dia 3, na abertura das atividades do Congresso
Nacional no segundo semestre.
Fonte: RevistaForum
15/07/2021 -
Virada do jogo na forma de Trabalho e Remuneração
A Era Digital já era uma realidade que terminou
sendo acelerada pela fatalidade da pandemia da
Covid-19. Em virtude disso e parecendo lembrar certa
concepção ludista do início do século 19, contrária
ao avanço da mecanização capitalista no processo
produtivo, parcela das reflexões e posições
políticas atuais sobre o mundo do trabalho tende a
se concentrar em 2 questões chaves.
De um lado, a crítica consistente e correta, em
grande medida, à insensibilidade de patrões e
governantes diante da extensão do desemprego aberto
e da generalização precarizadora das ocupações
existentes. De outro, os argumentos assentados na
identificação de que no passado não distante (Era
Industrial), a situação aparentava ser melhor, o que
poderia indicar menosprezo à intensa disputa travada
em torno do sentido das mudanças em curso no
interior do mundo do trabalho.
Por força disso, uma espécie de entendimento
“negacionista” acerca da realidade transformadora do
mundo do trabalho que, como se sabe, evoluiu
historicamente com a necessária, intensa e
fulminante ação organizada das forças de interesses
da classe trabalhadora. O incrível que sugestões
inovadoras acerca do horizonte de possibilidades
para a organização dos tempos de vida e trabalho
estejam sendo confrontadas destacadamente no
interior de think thanks, inclusive em eventos de
grande porte e repercussão internacional, com maior
interesse patronal.
Exemplo disso se encontra no debate travado no
interior do Fórum Econômico Mundial de 2019, quando
Adam Grant, professor da Wharton (EUA), e Rutger
Bregman, economista e historiador holandês,
defenderam a passagem para uma sociedade fundada na
renda básica universal com 15 horas semanais de
trabalho1. Da mesma forma, as iniciativas
governamentais a respeito da semana de 4 dias de
trabalho que avançam atualmente experimentalmente em
vários países como Finlândia, Espanha, Japão, Índia,
Nova Zelândia, entre outros.
No início de 2021, por exemplo, as ofertas de
emprego com jornadas de 4 horas semanais atingiam a
quase 62% das vagas publicadas pelo no ZipRecruiter
que atua no mercado de trabalho on-line dos Estados
Unidos. Há 5 anos, as ofertas de emprego publicadas
pelo mesmo instituto para 4 horas semanais não
cobriam 15% do total das vagas.
Para o excepcional cenário atual, as medidas também
excepcionais são crescentemente aguardadas. Se a
riqueza de uma nação provém da relação quantitativa
do labor por trabalhadores multiplicado pelo número
de ocupados, a divisão da riqueza ampliada pelo
progresso tecnológica, poupador de mão de obra e
gerador de alta produtividade, pressupõe a
diminuição das horas trabalhadas2.
Após 1 século da invenção do final da semana
remunerado, 1 dia a mais de descanso passou a ser
adicionado aos contratos laborais por mais empresas
recentemente. Os sindicatos, ao término do século
19, mobilizaram-se em torno da obtenção da jornada
diária de 8 horas, assim como conquistaram no século
20 o direito ao fim de semana com 2 dias de
descanso, acrescido de férias e feriados
remunerados.
Nos dias de hoje, o tempo de trabalho de 8 horas
diárias tem se tornado cada vez mais um mito,
sobretudo na prática do roubo do tempo de vida
ocupado pelo labor gratuito disponibilizado pelas
redes sociais. Conforme pesquisa realizada por
Vouchercloud.com, os trabalhadores ingleses, por
exemplo, comprometiam adicionalmente à jornada
laboral tradicional, cerca de 2 horas e 23 minutos
em média ao dia durante o ano 2017.
O salto obtido na produtividade laboral com as novas
tecnologias e o aumento no trabalho gratuito precisa
ser urgentemente mais disputado por trabalhadores e
seus sindicatos, assim como pelos governos
progressistas. Evitaria, assim, a crescente
desigualdade gerada por intensa concentração da
riqueza em meio ao avanço da pobreza e desemprego.
Para isso, o “santo graal patronal” necessitaria ser
enfrentado com drástica diminuição na jornada de
trabalho. Além de possível, é necessária, conforme
apontam experiências atuais, inclusive com a
tributação de lucros extraordinários, sobretudo nas
grandes corporações transnacionais, para financiar a
transição ecológica e a renda básica universal de
cidadania.
Publicado originalmente no portal
Democracia e Mundo do Trabalho em Debate
Fonte: Agência Sindical
15/07/2021 -
Ministério da Saúde admite em documento à CPI
ineficácia do "kit covid" de Bolsonaro
Em documento enviados à CPI da Covid nesta semana, o
Ministério da Saúde admitiu que medicamentos do
chamado "kit covid", amplamente defendidos por Jair
Bolsonaro, não são eficazes contra o vírus. Duas
notas técnicas foram entregues à comissão por um
pedido feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE).
"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram
benefícios clínicos na população de pacientes
hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo
eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina,
lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma
convalescente", diz documento.
"A ivermectina e a associação de casirivimabe +
imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu
uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser
utilizados nessa população", acrescenta. O teor do
documento foi publicado pelo site Congresso em Foco.
Jair Bolsonaro e aliados já defenderam várias vezes
o uso dos medicamentos do kit covid para o
tratamento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19.
Os remédios não têm comprovação científica para a
cura da doença.
Senadores da CPI da Covid apuram se a existência de
um gabinete paralelo do governo federal estimulou a
compra de medicamentos do "kit covid" sem eficácia
para o tratamento da doença.
A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga
algumas pessoas como o atual ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, os ex-ministros Eduardo Pazuello
(Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o
ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten, as médicas Nise
Yamaguchi e Mayra Pinheiro. São 14 investigados ao
todo.
Fonte: Brasil247
15/07/2021 -
Podemos vai ao STF contra lei que viabiliza
privatização da Eletrobrás
O Podemos apresentou ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
para suspender a eficácia da lei que viabilizou a
privatização da Eletrobrás (Lei 14.182, de 2021).
Para o líder do partido no Senado, Alvaro Dias (Pode-PR),
além de desrespeitar a Constituição, o texto,
sancionado na terça (13) não foi amplamente
discutida com a sociedade.
Fonte: Agência Senado
15/07/2021 -
TRT-9 reconhece que Covid-19 caracteriza força maior
para rescisão de contrato
O fechamento de atividades consideradas não
essenciais devido à crise econômica causada pela
Covid-19 é fato público e notório. Por isso, é
desnecessário que empresas do ramo de entretenimento
produzam provas para que esteja configurada a
rescisão de contrato de trabalho por força maior.
Com esse entendimento a 6ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região reconheceu a
rescisão de contrato de trabalho por força maior
diante da pandemia de Covid-19 e reduziu pela metade
a multa do FGTS devida aos funcionários.
No caso uma ex-empregada de empresa do ramo
cinematográfico entrou com reclamação trabalhista
pedindo o pagamento das verbas rescisórias, a
integralidade do FGTS e incidência de multas.
A empresa reclamada alegou que a rescisão do
contrato ocorreu por força maior, caracterizada pela
pandemia, que forçou os cinemas a ficarem fechados
por longo período no ano de 2020. Argumenta que com
as salas de cinema fechadas permaneceu inoperante e
sem receita.
A 3ª Vara do Trabalho de Ponta Grossa (PR) não
reconheceu o motivo de força maior, pois não houve
"completa impossibilidade de continuação da
atividade empresarial". Dessa forma, o juízo
condenou a reclamada ao pagamento integral das
verbas rescisórias.
No julgamento do recurso interposto pela empresa, a
desembargadora relatora, Janete do Amarante, afirmou
que a extinção do contrato de trabalho por força
maior encontra regulação nos artigos 501 e 502 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Para a desembargadora as restrições à circulação de
pessoas e fechamento de atividades determinadas
pelos governos estaduais e municipais em virtude da
pandemia de Covid-19, comprovam a ocorrência de
força maior.
"A situação presente é, dessarte, muito diferente da
mera alegação de adversidades na situação
econômico-financeira da empresa. A força maior
advinda da pandemia de Covid-19 afeta
substancialmente a atividade econômica da ré que
consistia em salas de projeção de filmes (cinema),
ou seja, serviço que era ofertado em ambiente
fechado e com aglomeração de pessoas", continuou.
Além disso, foram juntadas ao processo provas que a
reclamada, durante a pandemia, ficou inadimplente
perante diversos credores.
Sendo assim, Amarante concluiu que a pandemia é um
evento imprevisível e inevitável; logo, cabível a
redução pela metade da multa do FGTS. A reclamada
foi representada pelas advogadas Laura França Silva
e Láiza Ribeiro.
Clique
aqui para ler a decisão
0000174-06.2021.5.09.0678
Fonte: Consultor Jurídico
15/07/2021 -
Apoiadores do ex-presidente lançam a campanha "Lula
Livre, Brasil Livre"
Os apoiadores do ex-presidente Lula responsáveis
pela campanha “Lula Livre”, que levou adiante a luta
contra as perseguições da Lava Jato e se mobilizaram
pela sua libertação, rebatizaram a campanha como
“Lula Livre, Brasil Livre”.
Com a mudança, serão incorporadas outras pautas,
como “Brasil livre” da fome, do desemprego, das
ameaças antidemocráticas e de Jair Bolsonaro,
informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na
Folha de S.Paulo.
A campanha continua acompanhando os processos
movidos contra Lula na Justiça e seus organizadores
continuarão "em estado de alerta" para garantir seus
direitos políticos.
Fonte: Brasil247
14/07/2021 -
Em solidariedade a Cuba, centrais sindicais criticam
bloqueio dos EUA
Nota das centrais sobre protestos do povo em Cuba
condena o bloqueio e ingerências externas.
Também propõe solução negociada para a crise entre
os próprios cubanos.
Nota das Centrais Sindicais em solidariedade ao
povo cubano.
As Centrais Sindicais (Força Sindical, UGT, CTB, CSB,
Nova Central, CGTB, Intersindical, Pública)
reafirmam sua posição contra o criminoso bloqueio
econômico, comercial e financeiro contra Cuba.
Consideramos que no contexto da grave crise de
Pandemia da COVID 19, tal bloqueio é desumano,
inaceitável e condenável uma vez que prejudica ainda
mais a vida dos cubanos.
Desta forma, consideramos que as recentes
manifestações e protestos devem ser tratados pelo
Governo com diálogo e negociação para buscar uma
solução que vise a melhoria das condições de vida da
população.
Condenamos qualquer intromissão externa e de
qualquer país nos assuntos internos de Cuba. Temos a
confiança que os cubanos saberão buscar a melhor
solução aos graves problemas sociais que vem
enfrentando no momento.
São Paulo, 13 de julho de 2021.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
Adílson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB)
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Ubiraci Dantas Oliveira (Bira), presidente da Central
Geral do Trabalhadores Brasileiros (CGTB)
José Gozze, presidente – Pública Central do Servidor
Fonte: Portal Vermelho
14/07/2021 -
Presidente sanciona MP de privatização da
Eletrobras. Próximo alvo: Correios
Um dos trechos vetados foi o que manteria
trabalhadores demitidos por um ano
A edição desta terça-feira (13) do Diário Oficial da
União publica a Lei 14.182, sancionada pelo
presidente da República, que viabiliza a
privatização da Eletrobras. Conforme diz a lei, que
recebeu alguns vetos, o processo de desestatização
será feito por meio de aumento do capital social,
destinado ao setor privado. Um dos vetos é do item
que obrigava o governo a manter funcionários
demitidos por um ano.
Outro dispositivo cortado do texto permitia que
trabalhadores da Eletrobras pudessem adquirir ações
da companhia com desconto. Além disso, o presidente
derrubou a proibição de extinção de subsidiárias da
empresa, como Chesf e Furnas. E a companhia não mais
será obrigada a realocar moradores que estejam na
área de linhas de transmissão de alta tensão.
Contas mais caras
Além disso, uma questão negociada com o Congresso
ficou de fora: a necessidade de enviar ao Senado
indicações de diretores para o Operador Nacional do
Sistema (ONS). E foi mantido o item, bastante
criticado na tramitação, sobre contratação de
térmicas elétricas a gás.
Com as mudanças, o governo espera ficar com 45% da
empresa (ante 61% hoje), deixando a maior parte para
o setor privado. Críticos do projeto afirmam que um
dos efeitos será o aumento da tarifa. A oposição
tenta barrar o processo na Justiça.
Venda da ECT
Enquanto isso, o governo volta suas baterias para a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
No caso dessa companhia, a intenção seria a venda
integral.
Trabalhadores dos Correios fazem manifestações hoje
pelo país em defesa da empresa. “Quem luta contra a
privatização está lutando por um Correios público,
acessível e para todos! Uma empresa lucrativa que é
parceira dos micro e pequenos empresários e parte
importante do desenvolvimento nacional!”, afirma a
Fentect, federação nacional da categoria.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/07/2021 -
Ato contra privatização dos Correios reúne 20
Sindicatos em Brasília
Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos
(ECT) estão mobilizados em todo o País contra a
privatização da estatal. Na manhã desta terça (13),
representantes de 20 Sindicatos filiados à Federação
Nacional da categoria (Fentect) estiveram presentes
em ato em frente à sede da empresa, em Brasília.
Segundo os sindicalistas, o presidente Jair
Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes,
querem privatizar a empresa que atende toda a
população brasileira, de Norte a Sul do País. Eles
denunciam que, caso isso ocorra, além de quase 100
mil demitidos em todo o Brasil, as postagens e
entregas de produtos podem ficar mais caras.
O presidente da Fentect, José Rivaldo, conta que
além do encarecimento do serviço, podem ter cidades
que não terão o atendimento integral da ECT. “Hoje
os Correios fazem a integração, o subsídio cruzado,
em que os locais que dão lucro custeiam as pequenas
cidades. Em nossa análise, cerca de três mil cidades
ficariam com atendimento uma vez ao mês ou a cada 15
dias”, denuncia o dirigente.
Lucro – Um dos argumentos utilizados pela
base aliada ao governo no Congresso é de que a
empresa gera despesas e não é viável manter sua
continuidade. Por outro lado, o lucro apresentado em
2020 foi de R$ 1,5 bilhão. Ou seja, a situação
mostra que os Correios não são deficitários para o
governo Bolsonaro.
Rivaldo afirma que as entidades sindicais seguirão
na luta para alertar à população de que a venda
total da ECT não fará bem ao País. “A gente vai
continuar lutando e este ato de hoje representa que
é possível barrar a privatização”, conclui o
presidente da Federação.
Fonte: Agência Sindical
14/07/2021 -
Câmara aprova regras para impedir supersalários no
serviço público
Texto retorna ao Senado
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (13) projeto que impõe limites aos
salários acima do teto constitucional para os
servidores dos três Poderes. O texto inclui os
servidores civis e militares, magistratura e
detentores de mandato. Oriundo do Senado, o Projeto
de Lei 6726/16 retorna para análise dos senadores
após modificações no texto.
“É fato que as proposições se encarregam de
enfrentar um problema que alcançou dimensões
nacionais. Em tese, a remuneração de um agente
público não pode ser superior ao subsídio mensal dos
ministros do Supremo Tribunal Federal nem aos
subtetos constitucionalmente previstos. Todavia, não
é o que se tem visto, sobretudo quanto aos membros
do Poder Judiciário e do Ministério Público”,
argumentou o autor do substitutivo aprovado, do
deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR).
A matéria prevê que 30 tipos de pagamentos são
considerados indenizações, direitos adquiridos ou
ressarcimentos. Ao justificar a proposta, o deputado
Rubens Bueno ressaltou que 71% dos magistrados
brasileiros têm ganhos que superam o teto
constitucional por meio, por exemplo, de
auxílio-moradia, alimentação, viagens e
gratificações.
Na avaliação do parlamentar, são “parcelas retidas
no mês de competência para serem pagas
posteriormente sem sujeição ao limite remuneratório
e toda a sorte de penduricalhos que o sistema
jurídico permite”, disse. “Esse quadro vergonhoso,
em que o céu tem sido o limite, exige medidas
corajosas”.
As regras se aplicam aos agentes públicos de todas
as esferas de governo (federal, estadual, distrital
e municipal) e a todas as esferas de Poder
(Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo-se
Ministério Público, Defensoria Pública, contratados
temporários, empregados e dirigentes de empresas
públicas que recebem recursos dos governos
(dependentes) para pagar salários e custeio,
militares e policiais militares, aposentados e
pensionistas.
Fonte: Agência Brasil
14/07/2021 -
Com Bolsonaro, 50 milhões de brasileiros passam fome
ou não comem o suficiente, diz ONU
“Aparentemente, para Bolsonaro, a melhor maneira
de acabar com a fome no Brasil é omitindo dados”,
denuncia o ex-presidente Lula (PT) em portal na
internet
Entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros
passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar
(insegurança alimentar grave) e quase um quarto dos
brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar
moderada (que não faz as 3 refeições) entre 2018 e
2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de
pessoas, segundo portal na internet do ex-presidente
Lula (PT).
O número de pessoas em insegurança alimentar grave
(7,5 milhões ) é quase o dobro do que se verificava
entre 2014 e 2016, quando 3,9 milhões de brasileiros
passavam por essa situação, destaca o portal, que
pegou os dados do relatório “O Estado da Segurança
Alimentar e Nutricional no Mundo”, elaborado por 5
agências da ONU.
“Aparentemente, para Bolsonaro, a melhor maneira de
acabar com a fome no Brasil é omitindo dados. O
Brasil foi o único país da América do Sul a não
fornecer dados oficiais para as entidades sobre o
número de brasileiros subnutridos”, denuncia o
ex-presidente petista.
“Parece ser a mesma estratégia que Bolsonaro
pretendia usar para combater a pobreza e a
desigualdade, impedindo a realização do Censo, ou
para combater a Covid, deixando de disponibilizar
dados consolidados em nível federal. O apagão de
dados promovido no governo Bolsonaro não é capaz de
apagar a realidade”, continuou.
“Diante da inação do governo, a fome e a insegurança
alimentar deixam a população brasileira ainda mais
vulnerável à Covid-19. Diversas pesquisas publicadas
em revistas científicas apontam que a subnutrição
afeta diretamente o sistema imunológico – o que não
apenas facilita a contaminação pela Covid, como
também propicia seu agravamento”, concluiu.
Vale destacar que, durante os governos Lula e Dilma
Rousseff, do PT, houve a criação do programa Bolsa
Família que tirou o Brasil do Mapa da Fome da ONU,
em 2014, durante o primeiro mandato de Dilma.
Fonte: Brasil247
14/07/2021 -
As eleições de 2022 estão logo ali; o que vamos
fazer
Segundo levantamento do DIAP, a bancada sindical
“foi reduzida praticamente pela metade, com apenas
35 representantes na Câmara dos Deputados e apenas 5
senadores na 56ª Legislatura, que começou em
fevereiro de 2019”.
Ainda segundo o DIAP, a “bancada sindical na Câmara
é formada por 27 deputados reeleitos e 8 novos. No
Senado, a composição é de 2 reeleitos, 2 novos e 1
atual, que tem mandato até 2023.”
Na publicação “Radiografia do Novo Congresso –
Legislatura 2019-2023”, a análise contida no texto
“Bancada sindical sofre queda drástica; sindicalismo
precisa reforçá-la” efetivamente não ocorreu.
Isto porque a bancada saiu das urnas severamente
enfraquecida e encontrou o movimento sindical muito
debilitado pelos ataques sofridos com as drásticas
mudanças na legislação do trabalho, com a Reforma
Trabalhista de 2017, por exemplo.
Histórico
A bancada oscila em cada eleição. A de 1991-1995 tinha
25 integrantes; a de 1995-1999 contou com 36; a de
1999-2003 cresceu para 44 (40 deputados e 4
senadores).
Nas eras Lula-Dilma, a bancada teve crescimento em
razão das relações de proximidade com o
ex-presidente Lula e a agenda colocada em prática
pelo governo. A bancada na legislatura 2003-2007 deu
salto para 74 membros; a de 2007-2011 decaiu e ficou
com 64.
No 1º mandato da ex-presidente Dilma, 2011-2014,
subiu para 83 representantes e teve queda na
legislatura passada (2014-2019), com 51
congressistas.
Papel da bancada sindical
“A bancada tem a função principal de dar sustentação e
fazer a defesa dos direitos e interesses dos
trabalhadores, aposentados e servidores públicos no
Congresso Nacional, além de intermediar demandas e
mediar conflitos entre esses e o governo e/ou
empregadores. Em razão disso, sua redução é
preocupante, pois seu papel vai além das fronteiras
parlamentares”, descreve a análise do DIAP.
E continua: “A responsabilidade pela redução da
bancada, de um lado, é do próprio movimento
sindical, que não investiu na reeleição dos atuais
nem se empenhou o suficiente para eleger novos, e,
de outro, porque os partidos, especialmente os de
esquerda, mudaram seus perfis para privilegiar os
candidatos à reeleição em detrimento daqueles com
origem nos movimentos sociais, especialmente o
sindical.”
Feito esta brevíssima análise e contextualização das
razões que levaram à derrota da bancada sindical
precisamos agora arregaçar as mangas e começar a
atuar para mudar esse quadro.
Que fazer
Estamos atrasados neste debate e ação. Precisamos
eleger um número maior de líderes sindicais para
fortalecer a bancada dos trabalhadores no
Legislativo federal. As razões são obvias. Do
contrário, os direitos e conquistas dos assalariados
continuarão a ser triturados.
Quem serão os líderes que assumirão esta tarefa para
a qual, repito, já estamos muito atrasados?
Quais os critérios que deverão presidir estas
candidaturas?
O que precisamos fazer, organizar, estruturar para
superar nossas debilidades, a fim de ter êxito nesse
projeto nacional do movimento sindical?
Estas são algumas das perguntas que as lideranças
sindicais precisarão responder para que possamos
ingressar nesta jornada desafiadora para o conjunto
dos trabalhadores, em nível nacional.
Está lançado o debate. Precisamos superar a derrota
de 2018 elegendo uma combativa bancada sindical. A
Luta faz a Lei!
Fonte: Agência Sindical
13/07/2021 -
Existem evidências de crime de prevaricação por
Bolsonaro, diz Aziz
Senador disse que houve também crime contra a
vida e crime sanitário por parte do presidente
O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM),
disse que a falta de resposta do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) sobre a acusação de ter
ignorado suspeitas de irregularidades na compra da
vacina Covaxin deixa “cada vez mais claro” o
cometimento de crime de responsabilidade por parte
do chefe do Executivo.
“Um deputado leva a ele uma denúncia falando de
irregularidade na compra de vacina (e ele ignora)…
Se isso não é grave, se isso não for prevaricar,
temos que mudar a Constituição, as leis”, afirmou
Omar Aziz durante a entrevista à Rádio Eldorado
nesta 2ª feira (12.jul.2021).
O senador falou que Bolsonaro tem o direito de não
responder à CPI, mas deve explicações aos
brasileiros. “Nós iremos agir conforme manda a lei e
o crime de responsabilidade, que é prevaricação, ele
não respondendo, cada vez fica mais claro”, disse.
O senador disse que existem evidências de crime de
prevaricação por Bolsonaro não ter tomado
providências ao tomar ciência de possíveis
irregularidades na compra da vacina indiana. Além
disso, Aziz afirma que também houve crime contra a
vida e crime sanitário, como propagar o uso de
medicamentos sem eficácia contra a Covid.
Segundo o deputado Luís Miranda, ele e o irmão, o
servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo
Miranda, informaram o presidente que o contrato de
aquisição das doses estava superfaturado.
Fonte: Poder360
13/07/2021 -
Centrais mobilizam para Encontro Nacional dos
Servidores
Diante dos enormes prejuízos da Proposta de Emenda
Constitucional 32/2020 (reforma administrativa),
Centrais Sindicais promovem Encontro Nacional dos
Trabalhadores do setor Público nos dias 29 e 30 de
julho, em formato virtual. O objetivo é reforçar a
luta contra a fatídica PEC, que promove a destruição
do Estado brasileiro.
Os impactos da PEC 32 têm sido denunciados
constantemente pelas entidades sindicais e agora
ganhou o reforço das Centrais, que lutam para que
não haja essa proposta de reforma administrativa.
Nota Técnica 254 do Dieese alerta justamente que a
proposta “retira a primazia do concurso público como
instrumento de seleção de pessoal, elimina a
estabilidade dos Servidores e reduz os patamares
salariais, além de transferir atividades públicas
para a iniciativa privada”.
José Gozzi, presidente da Central Pública e
coordenador da Frente Paulista em Defesa do Serviço
Público, afirma: “Além de extinguir servidores, a
PEC 32 vai prejudicar pessoas mais pobres carentes
da proteção social oferecida pelo Estado”.
As etapas preparatórias ao Encontro envolvem a
realização de lives, debates, plenárias virtuais
regionais e estaduais entre os dias 19 e 25. Também
haverá Dia Nacional de Mobilização e Lutas, dia 3 de
agosto, em Brasília. Atividades serão realizadas por
todo o País.
Mais – Acesse o site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
13/07/2021 -
Frente parlamentar pela desoneração da folha de
pagamento será lançada nesta quarta
Será lançada nesta quarta-feira (14) a Frente
Parlamentar Mista em Defesa da Desoneração da Folha
de Pagamento.
O colegiado é coordenado pelo deputado Delegado
Marcelo Freitas (PSL-MG).
A solenidade ocorrerá no plenário 1, às 17 horas, e
contará com a presença do secretário de
Desenvolvimento Econômico do Ministério da Economia,
Jorge Luiz de Lima.
Fonte: Agência Câmara
13/07/2021 -
Lira afirma que a carga tributária sobre a renda
pode ser reduzida em R$ 50 bi
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
afirmou que o relator da reforma tributária,
deputado Celso Sabino (PSDB-PA), estuda reduzir em
R$ 50 bilhões a carga tributária sobre a renda do
capital produtivo e dos trabalhadores. Sabino é o
relator do projeto de lei que trata das alterações
de cobrança no Imposto de Renda de pessoas físicas e
jurídicas e da tributação de lucros e dividendos (PL
2337/21). Outro projeto, cujo relator é o deputado
Luiz Carlos Motta (PL-SP), cria a CBS, com alíquota
de 12%, em substituição ao Programa de Integração
Social-PIS e à Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social-Cofins.
“A Câmara dos Deputados entregará uma reforma
estruturante do Imposto de Renda, que promoverá uma
grande geração de emprego e renda nos próximos anos.
Faremos justiça fiscal e simplificação do sistema
tributário”, afirmou Lira por meio de suas redes
sociais.
Fonte: Agência Câmara
13/07/2021 -
Polícia Federal vai investigar se Bolsonaro cometeu
crime de prevaricação
Autorizado pelo STF, inquérito partiu de um
pedido da Procuradoria-Geral da República.
Presidente, que teria sido avisado de suspeita de
corrupção, não teria tomado providências
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se o
presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de
prevaricação no episódio das supostas
irregularidades na negociação da vacina indiana
Covaxin. A investigação é um pedido da
Procuradoria-Geral da República e tem autorização do
Supremo Tribunal Federal. Após a autorização do STF,
a PF pode começar as apurações. O prazo inicial para
o término das investigações é de 90 dias, podendo
ser prorrogado.
Como tem foro privilegiado, Bolsonaro será
investigado pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq)
da PF. O crime de prevaricação consiste em retardar
ou deixar de praticar, de maneira indevida, ato de
ofício. Ou praticá-lo contra disposição expressa de
lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal.
Denúncia de servidor
A Polícia vai partir da revelação do servidor do
Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, e seu
irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Em
depoimento à CPI da Covid no último dia 25, disseram
que Bolsonaro foi avisado de suspeitas de corrupção
na negociação da vacina Covaxin.
A polícia vai esclarecer se houve ou não omissão de
Bolsonaro quanto às supostas irregularidades no
processo de contrato da vacina. E também se ele
obteve benefícios pessoais.
Após a denúncia dos irmãos Miranda, o Palácio do
Planalto já apresentou três versões. Na primeira, o
ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, e o
ex-secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco,
desmentiram as denúncias, alegando que a
documentação era fraudada e as informações
inverídicas.
Depois, integrantes da CPI aliados ao presidente
disseram que ele havia cobrado providências do então
ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. E que
este teria feito auditoria interna sem nada
encontrar.
Na terceira versão, o líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra (MDB-PE), disse à CPI que Bolsonaro
avisou Pazuello no dia 22 de março, dois dias depois
da reunião com os irmãos. No dia seguinte, porém, o
general foi exonerado.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/07/2021 -
“Eu não tenho áudio nenhum do presidente”, diz Luís
Miranda
Autor de uma grave denúncia contra o presidente Jair
Bolsonaro a respeito da compra de vacinas da Covaxin,
o deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmou nesta
segunda-feira (12) que não tem gravações que
comprovem que o presidente sabia e não agiu ao saber
que havia irregularidades na compra da vacina
indiana Covaxin.
"Eu não tenho áudio nenhum do presidente. Eu não
tenho nada que eu poderia desmentir, até porque
agora ele não mentiu", revelou o deputado, durante
entrevista do programa Roda Viva. "Mas eu sei que se
ele optar por mentir - o que ele não fez -
certamente o Brasil ficaria muito decepcionado com o
presidente."
No entanto, o parlamentar - que denunciou à CPI da
Covid que Bolsonaro foi avisado de um esquema para a
compra de vacinas superfaturadas -deu a entender que
há sim registros da conversa: "Eu jamais gravaria um
presidente da República, mas eu não estava sozinho
na sala - e nem todo mundo que estava na sala confia
no presidente", disse. Segundo o deputado
brasiliense, ele estava na sala junto com o
presidente, seu irmão, o servidor do Ministério da
Saúde Luís Ricardo Miranda, e um ajudante de ordens
do presidente.
O deputado foi entrevistado por cerca de 1h45, e foi
pressionado a revelar quem teria gravado o
presidente, e sob quais condições. Em todos os
momentos, Luís Miranda se recusou a dizer. Em um dos
momentos, disse que, um dia após reunir-se com o
presidente no Palácio da Alvorada, encontrou-se com
o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Alertado também sobre eventuais desmandos nas
compras, Pazuello reconheceu a derrota.
"O Pazuello não toca no assunto- eu que toco no
assunto com ele", relembra o deputado sobre a
conversa, que teria ocorrido em um voo entre São
Paulo e Brasil. "Ele inclusive desabafa: 'meu amigo,
inclusive eu já tô saindo, já tentei de tudo para
resolver este problema e não consigo'". A conversa,
ocorrida no final de março, realmente coincide com a
demissão do general do cargo.
Ao final do programa, questionado sobre sua lealdade
ao presidente, Miranda demonstrou certo
arrependimento. "Eu não subo mais num palanque com
Jair Messias Bolsonaro. Nunca mais", disparou Luís
Miranda. "Não porque eu acredito ou não acredito ou
deixei de acreditar, mas pelo comportamento que ele
teve para com essa situação muito grave, e a forma
com que as pessoas que tentaram ajudá-lo foram
tratadas, isso não irá ocorrer."
Fonte: Congresso em Foco
13/07/2021 -
Comissão aprova afastamento imediato de agressor de
mulher durante pandemia
Conforme a proposta, até que o agressor deixe a
casa, a mulher terá prioridade em centros de
acolhimento ou direito a quarto de hotel
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados aprovou projeto que altera a
Lei Maria da Penha para prever o afastamento
imediato do agressor nos casos de violência
doméstica ocorrida durante pandemia ou outro período
de restrição de circulação de pessoas.
O texto determina também que, até que o agressor
deixe a residência, a mulher terá prioridade em
centros de acolhimento ou direito a quarto de hotel
custeado pelo Estado.
A proposta aprovada é o Projeto de Lei 4133/20, do
deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que recebeu parecer
favorável do relator na comissão, deputado Delegado
Antônio Furtado (PSL-RJ).
“A proposta pretende aprimorar e atualizar a Lei
Maria da Penha, em um esforço contínuo do Parlamento
em dotar o ordenamento jurídico prático da devida
sistematização protetiva aos vulneráveis”, disse
Furtado.
O texto estabelece ainda que as políticas que visam
reprimir a violência doméstica devem formar uma rede
de apoio, envolvendo agentes privados, que permita o
abrigo imediato de mulher vítima de qualquer
violência durante períodos de isolamento social.
Mudanças
Kataguiri decidiu apresentar o projeto após a
divulgação de dados apontando o crescimento dos
casos de agressão contra mulheres durante a
pandemia. Essa situação levou o Congresso Nacional a
aprovar uma lei pela qual os processos que envolvem
medidas protetivas passaram a ter natureza urgente
(Lei 14.022/20).
A proposta que deu origem à norma é da bancada
feminina na Câmara dos Deputados.
Tramitação
O PL 4133/20 tramita em caráter conclusivo e ainda
será analisado pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
13/07/2021 -
CNI: confiança do empresário industrial sobe em
julho
Este é o terceiro aumento seguido do índice
Impulsionada pela recuperação da economia, a
confiança do setor industrial voltou a subir em
julho, divulgou nesta segunda-feira (12) a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a
entidade, o Índice de Confiança do Empresário
Industrial (Icei) alcançou 62 pontos, com alta de
0,3 ponto em relação a junho.
Essa é a terceira alta seguida do indicador, que
acumula elevação de 8,3 pontos nos últimos três
meses e está no maior nível em 11 anos para meses de
julho. O índice distanciou-se da média histórica de
53,9 pontos.
Na avaliação da CNI, o aumento consistente do índice
mostra que a confiança na economia está mais
disseminada no setor industrial. A melhora é sentida
tanto em relação ao momento atual como nas
expectativas para os próximos seis meses.
O Icei varia de 0 a 100 pontos, indicando confiança
acima de 50 pontos e falta de confiança abaixo desse
valor. O índice é composto por dois indicadores:
condições atuais e expectativas.
A CNI ouviu 1.316 empresas entre 1º e 7 de julho.
Desse total, 498 são de pequeno porte, 500 de médio
porte e 318 de grande porte.
Fonte: Agência Brasil
12/07/2021 -
Segundo Datafolha, 70% acham que há corrupção no
governo Bolsonaro
A maior parte dos entrevistados pelo Datafolha,
64%, também acredita que o presidente tinha
conhecimento sobre a corrupção no Ministério da
Saúde.
Levantamento feito pelo Datafolha e publicado neste
domingo (11) pela Folha de S. Paulo aponta que, para
70% dos brasileiros, há corrupção no governo Jair
Bolsonaro. Os que acreditam que não há corrupção são
23% e 7% não sabem.
De acordo com os dados da pesquisa, a maioria dos
entrevistados acredita ainda que há corrupção no
Ministério da Saúde. Para 63% existe corrupção na
pasta, enquanto 25% acreditam que não e 12% dizem
não saber.
Também ultrapassa os 60% o percentual de pessoas que
acreditam que o Jair Bolsonaro tinha conhecimento da
existência de corrupção no ministério: são 64% os
que acreditam que o presidente sabia, enquanto 25%
acreditam que ele não sabia e 11% não opinaram.
Entre os que acreditam que o presidente tinha
conhecimento sobre a existência de corrupção na
pasta, 72% estão na faixa etária entre 16 a 24 anos
e 71% são nordestinos. Com relação àqueles que acham
que o presidente não sabia, 36% ganham entre 5 e 10
salários mínimos e 44% são empresários.
A pesquisa ouviu 2.074 pessoas com mais de 16 anos,
nos dias 7 e 8 de julho. Foram entrevistadas pessoas
acima de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos
para mais ou para menos.
Com informações do G1
Fonte: Portal Vermelho
12/07/2021 -
Entre patos e sapos, Fiesp muda de comando em
cenário de desindustrialização
Filho do ex-vice de Lula, o empresário do setor
têxtil Josué Gomes assumirá entidade em janeiro
A partir de 1º de janeiro de 2022, o empresário
Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, assumirá o
comando da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo. Filho do ex-vice-presidente da República José
Alencar (nos dois mandatos do governo Lula), Josué
substituirá o mais longevo presidente da entidade,
Paulo Skaf – 17 dos 90 anos de existência da Fiesp.
E terá pelo menos dois desafios: enfrentar um
contínuo processo de desindustrialização e remodelar
de alguma maneira a imagem da entidade, marcada nos
últimos anos mais pela militância política do que
pela agenda econômica.
Nesse ponto, a “contribuição” de Skaf foi decisiva.
A Fiesp foi personagem ativo do processo de
impeachment, em 2016. O gigantesco pato amarelo
instalado no prédio da Avenida Paulista tornou-se um
dos símbolos daquele movimento. Posteriormente, a
ave foi substituída por um sapo, em ação contra os
juros. O executivo foi duas vezes candidato a
governador, em 2010 (pelo PSB) e em 2014, já pelo
MDB, a convite de Michel Temer. A partir de 2018,
tornou-se aliado de Jair Bolsonaro em São Paulo.
Peso na economia
Enquanto enfatizava o discurso político, a federação
dos industriais paulistas viu diminuir o peso do
setor na economia brasileira, um processo que segue
em marcha. Em 2004, quando Skaf foi eleito, a
participação da indústria no PIB nacional era de
28,6%, segundo a Confederação Nacional da Indústria
(CNI). No no passado, foi de 20,4%. Nos melhores
tempos, respondia por quase metade do produto.
Além disso, de 2009 a 2018 o estado de São Paulo viu
sua participação na produção industrial do Sudeste
cair em 5,2 pontos percentuais. Ainda assim,
responde por 57,2%. Em relação ao PIB, o estado como
um todo encolheu de 34,9%, em 2002, para 31,6% em
2018, segundo o IBGE. E a participação paulista na
produção automobilística despencou nas últimas
décadas.
“Reforma” trabalhista
Enquanto isso, a direção da entidade passou a apoiar
as ações do governo, como a “reforma” da legislação
trabalhista, em 2017. No ano passado, chegou a
divulgar vídeo defendendo medida de congelamento de
salários dos servidores. Em fevereiro de 2020, as
centrais organizaram protesto contra a presença de
Bolsonaro no prédio da pirâmide (também conhecido
como “ralador”) da Avenida Paulista, para um almoço.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, manifestou
respeito por diretores da entidade, mas comentou que
a Fiesp havia se tornado um “aparelho político“.
Eleito em chapa única, Josué Gomes é visto como mais
agregador. Presidente da Coteminas – dona de marcas
como Artex e Santista –, ele, assim como Skaf, foi
presidente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil (Abit). Também dirigiu o Instituto de Estudos
para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Tal como o
pai, Josué enveredou pela política. Em 2014,
concorreu ao Senado pelo MDB em Minas Gerais. Com
40% dos votos, ficou em segundo – perdeu para
Antonio Anastasia (PSDB).
Relações instáveis
O mandato de Josué será de três anos. O 1º vice é o
empresário do setor têxtil Rafael Cervone, que foi
eleito presidente do Centro das Indústrias, o Ciesp.
Além dele, a chapa tem como 2º vice Dan Ioschpe, do
Sindipeças (fabricantes de autopeças), e como 3º,
Marcelo Campos Ometto, vice-presidente do Conselho
de Administração da São Martinho, produtora de
açúcar e etanol.
A relação entre movimento sindical e Fiesp foi
marcada pelo conflito. Industriais paulistas foram
apoiadores da ditadura, e nesse período foram
elaboradas listas de trabalhadores considerados
“subversivos”, questão que é investigada até hoje.
Em 2013, a descoberta de um documento pela Comissão
da Verdade em São Paulo apontou uma suposta presença
de representante da Fiesp no Dops, ação negada pela
entidade.
Em alguns momentos, essas forças se uniram em pactos
pela recuperação da economia. A expectativa é sobre
qual Fiesp emergirá no próximo período, ainda mais
em ano eleitoral.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/07/2021 -
Governo corta auxílio emergencial de 2 milhões de
pessoas ao longo de 2021
A cobertura do programa que atende a famílias
mais vulneráveis durante a pandemia da Covid foi
reduzida de 39,1 milhões, em abril, para 37,1
milhões de beneficiários, em junho
O número de beneficiados pelo auxílio emergencial
caiu à medida que as parcelas foram pagas neste ano.
Deixaram o programa 2 milhões de pessoas.
“A cobertura do programa que atende a famílias mais
vulneráveis durante a pandemia da Covid foi reduzida
de 39,1 milhões, em abril, para 37,1 milhões de
beneficiários, em junho”, informa reportagem do
jornal Folha de S.Paulo.
“No discurso do governo, tem sobrado dinheiro para
transferir o auxílio em 2021 à população carente.
Por isso, o custo de cada parcela do benefício tem
ficado abaixo do inicialmente estimado pela equipe
do presidente Jair Bolsonaro”.
A reportagem ainda informa que “procurado, o
Ministério da Cidadania disse que o corte se deve a
revisões para conferir se as pessoas continuam
dentro dos critérios para receber o benefício, além
de bloqueios recomendados pela CGU”.
Fonte: Brasil247
12/07/2021 -
Datafolha: segundo turno mostra Lula com 58% e
Bolsonaro com 31% para 2022
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta
sexta-feira (9) pela Folha de S. Paulo revela que o
ex-presidente Lula (PT) ampliou a vantagem sobre o
presidente Jair Bolsonaro para as eleições
presidenciais de 2022. Lula lidera a corrida em
todos cenários apresentados para o eleitor, mas
naquele em que enfrenta o atual chefe do Executivo
no segundo turno, ganha por 58 a 31%.
No levantamento anterior do Datafolha, feito em 11 e
12 de maio, Lula tinha 21% de intenções de votos,
enquanto Bolsonaro marcava 17% e Ciro Gomes (PDT),
1%. Já na pesquisa realizada na quarta (7) e quinta
(8), o petista salta para 26% e Bolsonaro, para 19%.
O estudo mostra também que Bolsonaro lidera em
questão de rejeição eleitoral e que 59% dos
entrevistados disseram que não votariam nele de
jeito nenhum nas eleições do ano que vem. Em 11 e 12
de maio, esse índice era de 54%. Na pesquisa, com
margem de erro de dois pontos percentuais, 2.074
eleitoral foram ouvidos presencialmente pelo Brasil.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/07/2021 -
Foco da CPI continua sobre irregularidades nas
compras de vacinas
Nessa semana a CPI da Covid deve continuar a linha
de investigação acerca de irregularidades nas
negociações das compras de vacinas pelo Ministério
da Saúde. Na terça-feira (13) presta depoimento ao
colegiado, Manuela Medrades, representante da
empresa Precisa Medicamentos. Os senadores pretendem
questionar a executiva sobre a relação da empresa
com a pasta.
Na quarta-feira (14), está convocado o reverendo
Amilton de Paula. No requerimento que solicita a
presença do religioso, o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) afirma que o diretor de Imunização do
Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu
autorização para Amilton negociar 400 milhões de
doses da vacina AstraZeneca em nome do governo
brasileiro.
Amilton é presidente da Secretaria Nacional de
Assuntos Humanitários (Senah) e é acusado de
negociar doses de vacina com a empresa Davati
Medical Supply. A presença do coronel Marcelo Blanco
está marcada para quinta-feira (15), atendendo ao
requerimento do senador Alessandro Vieira. Blanco
foi citado em diferentes depoimentos como um dos
mediadores da negociação de propina de um dólar por
dose de vacina Astrazeneca.
Já na sexta-feira (16) não há oitiva confirmada
pelos senadores, mas há expectativas de que
Cristiano Carvalho, responsável pela Davati seja
convocado. Além disso, os senadores também podem
votar novas convocações, como a do ministro chefe da
secretaria da Presidência da República, Onyx
Lorenzoni, e do ex-secretário executivo do
Ministério da Saúde, Élcio Franco.
A convocação do líder do governo, deputado Ricardo
Barros (PP-PR), que estava prevista para a semana
passada, deve acontecer no próximo dia 20. No
entanto, a presença do deputado vai depender dos
depoimentos que acontecerão nesta semana. Com o
recesso do Legislativo que está previsto para o dia
18, a CPI pode ter as oitivas suspensas.
De acordo com Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o
presidente do Senado vai ler o requerimento de
prorrogação da Comissão ainda esta semana. Porém,
mesmo com os depoimentos suspensos, o senador disse
que a análise de documentos e as articulações entre
os senadores devem continuar.
Fonte: Congresso em Foco
12/07/2021 -
Comissão debate retorno ao trabalho de gestantes
vacinadas
A comissão externa da Câmara dos Deputados destinada
a acompanhar o enfrentamento da pandemia de Covid-19
promove audiência pública na terça-feira (13) sobre
o retorno ao trabalho presencial das gestantes que
concluíram o ciclo das vacinas. A Lei 14.151/21
permite o afastamento de mulheres grávidas do
trabalho presencial enquanto continuar a emergência
de saúde da Covid-19, mas deputados aprovaram, nesta
semana, prioridade para gestantes e lactantes na
vacinação (PL 2112/21).
O pedido para o debate é da deputada Carmen Zanotto
(Cidadania-SC), relatora da comissão. Ela considera
a lei "benéfica e importante para a manutenção da
saúde das mulheres grávidas", mas relata ter
recebido pedidos para debater o assunto e, assim,
evitar prejuízos trabalhistas para essas mulheres.
"Com o avanço da vacinação, nos gera dúvida se já
seria possível aperfeiçoar o texto da lei para que
as gestantes, assim como os demais trabalhadores
imunizados, possam gradualmente e dentro de um
protocolo sanitário retornar às suas atividades
presenciais", indagou Zanotto.
Ela cita o exemplo da prefeitura do Rio de Janeiro,
que emitiu nota para que as gestantes só voltem ao
regime presencial 14 dias após terem recebido a
segunda dose da vacina contra a Covid-19. "E assim
há outras regiões no País que determinam 20 dias ou
até 30 dias após a conclusão do ciclo de
imunização", informou a relatora.
A reunião da comissão externa ocorre às 14 horas, no
plenário 7.
Foram convidados para o debate:
- representantes do Programa Nacional de Imunização (PNI)
do Ministério da Saúde e do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos;
- o presidente da Federação Brasileira das Associações
de Ginecologia e Obstetrícia, Agnaldo Lopes da Silva
Filho; e
- o presidente da Academia Brasileira de Direito do
Trabalho, Alexandre de Souza Agra Belmonte.
Fonte: Agência Câmara
12/07/2021 -
Empregado não precisa ajuizar ação no último lugar
onde prestou serviços
O empregado pode ajuizar reclamação trabalhista
tanto no foro do local da celebração do contrato
quanto no local onde exerceu suas atividades. Dessa
forma, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
da 2ª Região declarou a competência da 30ª Vara do
Trabalho de São Paulo para julgar um processo movido
por um funcionário que trabalhava em outra cidade.
O homem inicialmente prestou serviços na loja do
Burger King no hipermercado Carrefour, no bairro do
Limão, na capital paulista. Após dois anos de
serviço, ele foi remanejado para a loja do Shopping
Franco da Rocha, na cidade homônima, localizada na
região metropolitana de São Paulo.
O processo foi ajuizado na capital, mas a vara em
questão acolheu a exceção de incompetência
territorial proposta pela empresa, e assim remeteu
os autos para a 1ª Vara do Trabalho de Franco da
Rocha.
No TRT-2, a desembargadora-relatora Sônia Maria
Forster do Amaral lembrou que o empregado estava
amparado pelo § 3º do artigo 651 da CLT. "Laborando
o empregado em diversas localidades, poderá ajuizar
a ação em qualquer uma delas, não havendo de se
impor à parte regra processual não prevista em lei,
em seu próprio detrimento", ressaltou a magistrada.
Assim, a ação foi remetida de volta à vara
paulistana. Com informações da assessoria de
imprensa do TRT-2.
1001367-72.2020.5.02.0030
Fonte: Consultor Jurídico
09/07/2021 -
Indústria cresce em maio em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
Principais destaques foram Goiás, Minas Gerais,
Ceará e Rio de Janeiro
A produção industrial cresceu em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de abril para maio deste ano. Os
principais destaques ficaram com os estados de Goiás
(4,8%), Minas Gerais (4,6%), Ceará (4,4%) e Rio de
Janeiro (4,3%).
Também apresentaram altas acima da média nacional,
de 1,4%, os estados de São Paulo (3,9%), Mato Grosso
(3,4%) e do Espírito Santo (2,1%). Os demais locais
com taxa de crescimento foram Pernambuco (1,4%),
Amazonas (0,5%), Rio Grande do Sul (0,3%) e Santa
Catarina (0,1%).
Por outro lado, quatro locais tiveram queda na
produção de abril para maio: Pará (-2,1%), Bahia
(-2,1%), Paraná (-1,4%) e Região Nordeste (-2,8%), a
única região brasileira que tem sua produção
analisada em conjunto.
Outras comparações
Na comparação com maio de 2020, a indústria cresceu em
12 dos 15 locais, com destaque para o Amazonas
(98,2%) e Ceará (81,1%). Três locais tiveram queda
no período: Bahia (-17,7%), Mato Grosso (-2,2%) e
Goiás (-0,3%).
No acumulado do ano, houve altas em 11 dos 15 locais
pesquisados, sendo as maiores delas no Amazonas
(27,1%), em Santa Catarina (26,7%), no Ceará (25,3%)
e Rio Grande do Sul (22,6%). Por outro lado, quatro
locais tiveram queda, entre eles a Bahia (-16,3%),
com o maior recuo.
No acumulado de 12 meses, houve avanços em dez dos
quinze locais pesquisados, com destaque para
Amazonas (13,3%) e Santa Catarina (12%). Dos cinco
locais em queda, o maior recuo foi observado na
Bahia (-9,3%).
Fonte: Agência Brasil
09/07/2021 -
CPI da Covid pede que Bolsonaro esclareça denúncias.
"Não responderei", diz presidente
Presidente da República chama Omar Aziz, Renan
Calheiros e Randolfe Rodrigues de "patifes,
picaretas e analfabetos"
Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Covid protocolaram, na tarde desta
quinta-feira (8), no Palácio do Planalto, uma carta
direcionada ao presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) afirmando que só ele pode retirar o "peso
terrível" dos ombros do deputado federal Ricardo
Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara apontado
como envolvido em negociatas para a aquisição de
vacinas por meio de contratos superfaturados.
A carta dos senadores foi endereçada ao presidente13
dias após a fala de Miranda na CPI e cobra Bolsonaro
sobre o silêncio em relação ao caso. No documento,
os senadores pedem que Bolsonaro responda sobre a
reunião e esclareça se realmente citou o nome do
deputado Barros.
"Vossa Excelência não emitiu qualquer manifestação
afastando, de forma categórica, pontual e
esclarecedora, as graves afirmações atribuídas a
Vossa Excelência, que recaem sobre o líder de seu
governo", diz a carta.
A resposta do presidente veio rápido, com palavrões
e ofensas aos senadores que compõem a comissão, em
live transmitida nas redes sociais de Bolsonaro.
"Eu não vou entrar em detalhes dessa CPI do Renan
Calheiros [MDB-AL, relator da CPI] e do Omar Aziz
[PSD-AM, presidente da comissão]. Não vou responder
nada para esses caras, não vou responder nada para
esse tipo de gente", afirmou o capitão reformado.
O presidente continuou, desferindo uma série de
ofensas e palavrões contra os senadores da CPI: "Caguei!
[para a carta]", resumiu o presidente. Depois, ainda
chamou os senadores de "picaretas", "patifes" e
"analfabetos".
O anúncio de que a carta seria enviada foi feito na
manhã desta quinta-feira (8) por Omar Aziz. Ele e
outros parlamentares pedem que Bolsonaro se
manifeste sobre a declaração do deputado Luis
Miranda (DEM-DF).
"Entre os inúmeros temas tratados, os depoentes
descreveram em detalhes o encontro que mantiveram
com Vossa Excelência, no Palácio da Alvorada, no dia
20 de março de 2021, ocasião na qual teriam lhe
alertado a respeito de vícios insanáveis e indícios
de ilegalidades na documentação referente a
importação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin",
diz o documento.
Nesta quinta, Barros discursou na tribuna da Câmara,
negando as acusações de Miranda. O deputado quer que
a CPI antecipe para antes do recesso o depoimento
dele à comissão, marcado para o próximo dia 20.
Fonte: Brasil de Fato
09/07/2021 -
Com rejeição recorde, Bolsonaro ameaça cancelar
eleições de 2022
Após várias pesquisas indicarem que ele seria
derrotado pelo ex-presidente Lula com larga
diferença, Jair Bolsonaro agora ameaça implantar uma
ditadura no Brasil, cancelando as eleições
presidenciais de 2022. "Ou fazemos eleições limpas
no Brasil ou não temos eleições”, afirmou
Jair Bolsonaro ameaçou nesta quinta-feira (8)
cancelar as eleições presidenciais de 2022.
Em conversas com apoiadores na porta do Palácio do
Alvorada, Bolsonaro voltou a fazer acusações sem
provas sobre o processo eleitoral e a defender o
voto impresso. “Eleições no ano que vem serão
limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não
temos eleições”, afirmou.
Novo ataque à democracia acontece um dia depois de
Bolsonaro fazer acusação semelhante às urnas
eletrônicas e afirmar em entrevista à rádio Guaína,
e também sem provas, que Aécio Neves teria vencido
as eleições presidenciais de 2014, e não a
ex-presidenta Dilma Rousseff.
As recorrentes afirmações falsas de Bolsonaro sobre
as eleições no Brasil se intensificam no momento em
que todas as pesquisas recentes apontam o
favoritismo do ex-presidente Lula (PT).
Pesquisa Ipsos encomendada pelo DEM mostra que o
ex-presidente Lula é o candidato com menor rejeição
para a eleição de 2022. 59% dos entrevistados
disseram que não votariam de jeito nenhum em Jair
Bolsonaro. A marca de Lula nessa mesma questão foi
de 33%, abaixo de João Doria, rejeitado por 54% dos
entrevistados, Sergio Moro (47%), Luiz Henrique
Mandetta (47%) e Ciro Gomes (45%).
Fonte: Brasil247
09/07/2021 -
Sem registro, federação não pode pleitear repasse de
contribuição sindical
É indispensável o registro sindical perante o
Ministério do Trabalho e Emprego para a
representação de determinada categoria, tendo em
vista a necessidade de observância ao princípio da
unicidade sindical.
Com base nesse entendimento, o Órgão Especial do
Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou mandado de
segurança impetrado pela Federação Nacional dos
Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud)
contra a ausência de recolhimento e repasse da
contribuição sindical devida pelos servidores do
Judiciário.
Para o relator, desembargador Moreira Viegas, não
ficou evidenciada a legitimidade ativa da Fenajud
para a impetração do mandado de segurança, uma vez
que a entidade não provou deter a representação
específica dos servidores públicos do Judiciário de
São Paulo.
“Verifico, também, que outras entidades sindicais
(Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no
Estado de São Paulo e Sindicato União dos Servidores
do Poder Judiciário do Estado de São Paulo),
dizendo-se representantes da mesma categoria,
ajuizaram mandados de segurança com o mesmo objeto”,
afirmou.
Segundo o magistrado, a legitimidade dos sindicatos
para representação de determinada categoria depende
de registro no Ministério do Trabalho e Emprego, o
que não ficou provado no caso da Fenajud. Assim,
afirmou Viegas, é caso de denegar a segurança.
“Não comprovado de forma contundente o princípio da
unicidade, bem como considerando que este meio
recursal exige prova pré-constituída, não admitindo
dilação probatória, de rigor o reconhecimento da
ilegitimidade ativa”, completou. A decisão foi por
unanimidade.
Clique
aqui para ler o acórdão
2171204-25.2016.8.26.0000
Fonte: Consultor Jurídico
09/07/2021 -
Rejeição a Bolsonaro cresce e bate recorde de 51%,
indica Datafolha
A rejeição à gestão do presidente Jair Bolsonaro
subiu para 51% conforme pesquisa Datafolha divulgada
na tarde desta quinta (8). O índice corresponde
àqueles que consideram o governo ruim ou péssimo e é
considerada a pior marca desde que ele assumiu o
cargo, em 2019.
A sondagem foi realizada entre os dias 7 e 8 de
julho, com pessoas acima dos 16 anos em 146
municípios brasileiros e de maneira presencial,
tendo margem de erro de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
O índice de rejeição visto na pesquisa realizada em
maio, pelo Instituto, era de 45% e o crescimento no
percentual dos entrevistados que avaliaram o governo
como ruim ou péssimo pode ser atribuído à redução do
grupo dos que consideram o governo regular. Também
na pesquisa Datafolha realizada em maio, este índice
era de 30%, contra os 24% vistos na rodada da
sondagem divulgada nesta terça.
Na rodada anterior, divulgada em maio, o presidente
apresentava 45% de rejeição. avaliação de ruim ou
péssimo. A diferença pode ser atribuída a uma queda
no percentual dos entrevistados que consideravam o
governo regular. Antes, eram 30% e agora são 24%.
Enquanto isso, a avaliação positiva do presidente
permaneceu estável, correspondendo a 24%.
Fonte: Congresso em Foco
09/07/2021 -
TST nega nova sustentação oral após direito não ser
exercido em julgamento
A oportunidade de sustentação oral na audiência
trabalhista é única, não sendo permitida uma segunda
chance caso esse direito não seja exercido. Esse
entendimento foi usado pela 2ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho para rejeitar o recurso de um
administrador contra a decisão que negou nova
oportunidade de fala ao advogado que o representa.
Na ação trabalhista, o administrador, eleito
dirigente sindical em 2010 e que chegou a ser
vice-presidente da Associação Brasileira de Educação
Familiar e Social (Isba), em Salvador, fez vários
pedidos, inclusive de reintegração ou indenização
por ter sido dispensado pela empregadora ainda em
2010, quando faltavam mais de cinco anos para o fim
da estabilidade sindical.
O pedido de indenização pelo período de estabilidade
foi deferido pelo juízo de primeiro grau, e a
empregadora recorreu ao Tribunal Regional do
Trabalho da 5ª Região (BA), que não conheceu do
recurso por deserção (falta de preparo adequado).
Nesse julgamento, não foram proferidas sustentações
orais pelos advogados.
Ao serem julgados os embargos declaratórios da
associação, foi dado provimento ao apelo com efeito
modificativo, afastando a deserção do recurso
ordinário. Ocorre que, logo em seguida, na mesma
sessão, foi julgado o recurso ordinário, ao qual foi
dado provimento parcial, retirando da condenação da
empregadora a indenização deferida ao trabalhador,
considerando que ele não era detentor da
estabilidade sindical no momento de sua dispensa.
Segundo o administrador, havia necessidade de
reinclusão do processo em pauta no TRT (após o
provimento dos embargos de declaração para afastar a
deserção) para proporcionar às partes a oportunidade
de sustentação oral, em sessão de julgamento do
recurso ordinário.
Ao responder os embargos de declaração do
trabalhador, o TRT rejeitou o apelo, destacando que
os embargos de declaração não são colocados em pauta
de julgamento, nem possibilitam sustentação oral dos
advogados das partes, concluindo que não ocorreu
nulidade do julgado como alegado pelo administrador.
Direito de defesa
No recurso apresentado ao TST, o trabalhador
argumentou que, ao não oferecer a chance da
realização de sustentação oral, o TRT feriu o seu
direito ao contraditório e à ampla defesa. Conforme
o advogado que o representa, na sessão em que foi
julgado o recurso ordinário ele apresentou pedido de
preferência e sustentação oral, mas, como a decisão
pela qual foi julgado deserto o recurso ordinário
patronal foi unânime, "a sustentação requerida
perdeu seu objeto e não foi exercida".
O relator do recurso, ministro José Roberto Freire
Pimenta, considerou esse caso peculiar, mas
assinalou que aplicou a ele "o princípio da unidade
do ato processual chamado sustentação oral, que só
pode ser um". Por sua vez, a ministra Maria Helena
Mallmann salientou "a natureza facultativa da
sustentação oral, como de outros vários atos,
memoriais e razões finais, por exemplo".
O relator destacou que o administrador teve
oportunidade para se manifestar oralmente, tendo
deixado de exercer esse direito. "O direito dos
advogados à sustentação oral só pode ser exercido
uma só vez, de forma concentrada", ressaltou o
ministro. Ele acrescentou que a mesma parte não
possui direito a duas sustentações orais, mesmo que
não tenha exercido esse direito na primeira ocasião,
deixando-o precluir. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 801-98.2011.5.05.0022
Fonte: Consultor Jurídico
09/07/2021 -
Projeto disciplina afastamento de empregadas
grávidas do trabalho
Se não for possível o trabalho a distância,
contrato poderá ser suspenso temporariamente, com
garantia de benefícios
O Projeto de Lei 2058/21 institui regras para o
teletrabalho de empregadas gestantes afastadas do
serviço presencial em decorrência da pandemia de
Covid-19. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Tiago Dimas
(Solidariedade-TO) e altera a lei que garantiu o
trabalho remoto para as gestantes durante o período
de emergência de saúde pública (Lei 14.151/21).
Para Dimas, o afastamento precisa ser disciplinado
para evitar que o ônus da medida recaia apenas sobre
o empregador e também para evitar a não contratação
de mulheres.
Benefício
Pelo projeto, as empregadas afastadas ficarão à
disposição para exercer as atividades em casa, por
meio de teletrabalho ou outra forma de trabalho a
distância. Gestantes vacinadas contra a Covid-19 não
terão direito ao trabalho remoto.
Caso a função não possa ser exercida remotamente, o
empregador poderá suspender temporariamente o
contrato de trabalho da grávida, que passará a
receber o Benefício Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda (BEm).
Previsto na Medida Provisória 1045/21, o benefício é
uma complementação do salário, pago pelo governo,
baseado no valor do seguro-desemprego que a
empregada teria direito se demitida.
O projeto estabelece ainda que o empregador poderá
adotar, para a gestante afastada, outras medidas
trabalhistas previstas na MP 1046/21. Entre eles,
antecipação de férias, banco de horas e adiamento do
recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de
Seguridade Social e Família; de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
08/07/2021 -
Centrais convocam para atos dia 24
As Centrais Sindicais emitiram Nota nesta quarta (7)
a fim de convocar a população a participar dos atos
que serão realizados em 24 de julho. As entidades
buscam fortalecer o movimento por Auxílio
Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia, a
vacinação de todo o povo brasileiro, política de
geração e manutenção de empregos e em defesa da
democracia.
Os sindicalistas pedem também resgate ao espírito
que conduziu as manifestações pelas Diretas Já, em
1984 – movimento que uniu Lula, Brizola, FHC,
Prestes, Miguel Arraes, Franco Montoro e diversos
outros políticos separados ideologicamente, mas
unidos pelo fim da ditadura militar.
Segundo as Centrais, o governo Bolsonaro está
destruindo o País. “Por sua incompetência e
corrupção, já morreram quase 600 mil brasileiros de
Covid-19, sem contar aqueles vitimados pelo
desemprego, miséria, forma e violência que decorre
de tal cenário”, diz a Nota.
O documento é assinado por Miguel Torres (Força),
Ricardo Patah (UGT), Antônio Neto (CSB), Adilson
Araújo (CTB), José Reginaldo Inácio (NCST), Ubiraci
Dantas Oliveira (CGTB) e José Gozze (Pública). Os
dirigentes apontam que a inviabilidade do governo é
evidente. “O povo não aguenta mais e, com a chegada
da vacina, mesmo que tardia, já se sente seguro para
ir às ruas e fazer valer sua vontade”, informa.
Leia – Abaixo, a Nota das Centrais Sindicais.
24 de julho: unir o país por auxilio
emergencial de 600, vacinas, emprego e democracia
O período que hoje atravessamos exige que resgatemos
aquele espírito que conduziu as manifestações pelas
Diretas Já, em 1984, quando Luís Inácio Lula da
Silva, Leonel Brizola, Fernando Henrique Cardoso,
Luís Carlos Prestes, João Amazonas, Miguel Arraes,
Franco Montoro, Teotônio Vilela, Roberto Freire,
entre tantos outros, se uniram pelo fim da ditadura
militar.
Isso porque o desgoverno de Bolsonaro está
destruindo o país. Por sua incompetência e corrupção
já morreram quase 600 mil brasileiros de Covid-19,
sem contar aqueles vitimados pelo desemprego, pela
miséria, pela fome e pela violência que decorre de
tal cenário.
No auge da pandemia, o governo cortou mais da metade
do auxílio emergencial e levou cinco meses para
retomar os recursos. O desastre econômico se impõe.
São 70 milhões de trabalhadores sem emprego ou na
informalidade. Com o alto custo de vida e os
constantes aumentos no preço do gás de cozinha e da
energia elétrica, entre outros produtos e serviços
essenciais para as famílias, mais de 20 milhões
passam fome e carecem de necessidades elementares.
Não bastasse isso, Bolsonaro nos ameaça
constantemente com a volta da mais cruel e
arbitrária situação de repressão ocorrida durante a
famigerada ditadura militar.
A inviabilidade do governo é evidente, o que o deixa
cada vez mais isolado e impopular. O povo não
aguenta mais e com a chegada da vacina, mesmo que
tardia, já se sente seguro para ir às ruas e fazer
valer sua vontade.
Cresce em todo o país a unidade e a mobilização para
salvar a nação. Todas as Centrais Sindicais,
representando milhões de trabalhadores, além de
movimentos sociais, partidos políticos,
governadores, prefeitos e parlamentares se unem para
desencadear uma formidável onda popular e
democrática.
Para envolver todo o país no processo de denúncias e
repúdio contra a política genocida do governo, o
movimento faz bem em ampliar suas articulações e
unindo todos e todas que hoje levantam a bandeira da
vida, da vacina, da democracia e do Estado de
Direito.
Não nos interessa que tais manifestações sejam
atribuídas apenas a um segmento da sociedade. Que
sejam manifestações de um país, de uma nação! E para
chegarmos a esse patamar precisamos ter a decência,
a humildade e a inteligência de superar eventuais
diferenças.
Infelizmente, assistimos no último sábado (3 de
Julho) casos de pura intolerância e autoritarismo
por parte de militantes do Partido da Causa Operária
(PCO). Diversas organizações foram agredidas com
palavras e até mesmo fisicamente em uma grotesca
demonstração de selvageria por parte dos Black blocs
(que para nós são infiltrados) e de falta de
discernimento sobre o que é a democracia. Repudiamos
todo tipo de violência e não aceitamos as agressões
ocorridas no último sábado.
O momento nos chama a união e a luta. É hora de
mostrar para este governo que, conforme a história
já mostrou, com diálogo e amplitude política somos
capazes de combater as forças do atraso e construir
um caminho de desenvolvimento pelo bem do País.
Por isso, no Dia 24 de Julho, todos que desejam e
lutam por um País democrático, justo, com empregos,
vacina para todos, renda, moradia digna e transporte
de qualidade devem participar dos Atos programados
nas centenas de cidades do País.
#ForaBolsonaro #600ContraFome
São Paulo, 7 de julho de 2021
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB)
Adilson Araújo, presidente da Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
José Gozze, presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Agência Sindical
08/07/2021 -
Presidente da CPI determina prisão do ex-diretor da
pasta da Saúde por mentir
“Por várias vezes ele está mentido. Ele vai ser
recolhido pela polícia. Vossa Senhoria teve todas as
chances. Não quis dizer por que teve dois diretores
no seu departamento trocado”, disse o presidente da
CPI.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), pediu a
detenção do ex-diretor do Departamento de Logística
do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias,
acusado de pedir propina pela compra da vacina
AstraZeneca. O senador disse que cansou das mentiras
do depoente e pediu sua detenção.
“Por várias vezes ele está mentido. Ele vai ser
recolhido pela polícia. Vossa Senhoria teve todas as
chances. Não quis dizer por que teve dois diretores
no seu departamento trocado”, disse o presidente da
CPI.
Um áudio vazado pela imprensa revelou um diálogo no
qual o cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti, que
denunciou o ex-diretor de pedir propina pela compra
de vacina da AstraZeneca, num Shopping de Brasília,
confirmou dois dias antes o encontro com Roberto
Dias. O ex-diretor alegou que houve um encontro
casual.
O presidente da CPI avisou que mandou prender nesta
quarta-feira (7) o ex-diretor por não aceitar que a
“CPI vire chacota.”
Aziz diz que o ex-diretor mentiu por diversas vezes
no depoimento desta quarta na CPI.
“Prender alguém não é uma decisão fácil. Mas, não
aceito que a CPI vire chacota. Temos mais de 527 mil
mortos nesta pandemia. E gente fazendo negociata com
vacina. A Comissão busca fazer justiça pelo Brasil”,
escreveu o senador no Twitter.
“Não vamos ouvir historinha de servidor que pediu
propina. E quem vier depor achando que pode brincar,
terá o mesmo destino”, advertiu.
Fonte: Portal Vermelho
08/07/2021 -
PoderData: Líder, Lula dispara 12 pontos e poderia
vencer a eleição já no 1º turno
Petista marca 43% de intenções de voto,
praticamente a soma do percentual de todos os outros
candidatos, e ainda venceria qualquer um dos
oponentes no segundo turno
Nova pesquisa de intenções de voto divulgada pelo
PoderData, do site Poder360, na noite desta
quarta-feira (7), confirma a tendência já observada
em levantamentos de outros institutos: o
ex-presidente Lula (PT) vem aumentando
sucessivamente seu índice e é o favorito para vencer
a eleição presidencial de 2022.
Segundo a pesquisa, o petista, que tinha 31% no
estudo anterior, feito há um mês, soma agora 43% das
intenções de voto – uma disparada de 12%. Já o
presidente Jair Bolsonaro, que marcava no último
levantamento 33%, caiu para 29%.
O terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), tinha 10% das
intenções de voto e agora marca 6%. Já o João Doria
(PSDB) conquistou 3 pontos, atingindo 6% das
intenções de voto, e o ex-ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta (DEM), oscilou um ponto para baixo
e figura com 3%.
Um candidato pode vencer a eleição já no 1º turno
caso supere a soma dos votos de todos os seus
adversários. A pesquisa PoderData aponta que isso é
possível para Lula, visto que as intenções de voto
de todos os candidatos somam 44%, apenas um ponto a
mais que os 43% do petista. Pela margem de erro, que
é de 2 pontos percentuais, o ex-mandatário,
virtualmente, poderia liquidar o pleito.
O levantamento também aponta que Lula venceria
Bolsonaro em um eventual 2º turno. O petista, que na
última pesquisa, neste cenário, tinha 48%, alcançou
o índice de 55% de intenções de voto, e sairia
vitorioso pois Bolsonaro possui 32% – uma queda de 5
pontos com relação ao último estudo feito há um mês.
Lula ainda venceria todos os outros candidatos em um
eventual 2º turno. Contra Ciro Gomes, por exemplo, o
ex-presidente soma 48% das intenções de voto, contra
15% do pedetista.
Fonte: RevistaForum
08/07/2021 -
MBL e Vem Pra Rua decidem promover manifestações
contra Bolsonaro
O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR)
indicaram nesta terça-feira que vão promover uma
manifestação popular contra o presidente Jair
Bolsonaro. Os dois grupos tiveram participação
central nos atos de rua que culminaram no
impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Os coletivos
devem indicar a data e os locais das manifestação
ainda nesta quinta-feira (8).
De acordo com o MBL a manifestação a ser organizada
por eles não deve contar com a adesão da esquerda,
que tem promovido atos volumosos desde o início de
maio. O Movimento, do qual o deputado Kim Kataguiri
(DEM-SP) é fundador, promete uma manifestação "sem
bandeiras vermelhas, sem black blocs ou violência",
em resposta a excessos apontados nas manifestações
realizadas a favor do impeachment do presidente.
Em 2019, com receio de atrapalhar as reformas que o
governo pretendia fazer passar no Congresso, tanto
MBL quanto o Vem Pra Rua passaram a evitar ir sair
às manifestações de apoio ao presidente. Eles logo
se converteram em alvo de ataques nas rede sociais
por bolsonaristas.
No caso do Vem Pra Rua, os integrantes do movimento
chegaram ir às ruas em favor do governo Bolsonaro,
no início do mandato, demonstrando apoio a pautas
como a reforma da previdência e o chamado "pacote
anticrime". Porém, a demissão do ex-juíz Sergio Moro
do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública,
em abril de 2020, selou o fim da relação com a base
de apoio bolsonarista.
Fonte: Congresso em Foco
08/07/2021 -
Recuperação da indústria encobre ‘reprimarização’ da
economia, alerta diretor do Dieese
Com falta de planejamento para o setor, Bolsonaro
e Paulo Guedes tem feito a indústria regredir aos
padrões do século 19, segundo Fausto Augusto Junior
Dados do IBGE divulgados na semana passada indicam
que a produção industrial no Brasil cresceu 1,4% de
abril para maio. O número positivo interrompeu um
período de três quedas consecutivas. Na comparação
com maio do ano passado, o crescimento foi de 24%, o
segundo maior da série histórica. Com isso, a
atividade tem alta de 13,1% no ano e de 4,9% em 12
meses. Contudo, trata-se de efeito estatístico em
função da comparação com bases deprimidas
registradas no ano passado.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, o avanço registrado é importante,
mas insuficiente para repor as perdas registradas no
último período. Além disso, o setor industrial vem
perdendo participação no PIB há mais de uma década.
Diante desse quadro, ele aponta para a necessidade
do desenvolvimento de políticas industriais no
pós-pandemia. Em vez disso, o governo aposta na
liberalização desenfreada, acabando com os últimos
mecanismos de proteção ao setor.
“O debate sobre a indústria é fundamental para
pensar o Brasil do século 21. O que a gente está
vendo, na verdade, é um retroagir para o século 19.
É um dado bastante preocupante”, afirmou Fausto a
Glauco Faria, em entrevista no Jornal Brasil Atual,
nesta segunda-feira (5). “Os apoios à indústria
foram desmontados. O próprio ministério da Indústria
desapareceu. O BNDES deixou de ser um elemento
fundamental” acrescentou. Segundo ele, o setor
industrial foi deixado “ao Deus-dará”.
Consequências
Além da perda de participação relativa no PIB, o setor
industrial vem empregando cada vez menos. Esse fator
é preocupante, segundo Fausto, porque,
historicamente, o setor é responsável pela maior
parte dos empregos formais com melhores salários.
Ele aponta para uma nova reconcentração da indústria
nos estados do Sul e Sudeste, o que agrava as
desigualdades regionais. Por outro lado, o setor
ainda vem sofrendo com o aumento dos combustíveis,
situação que deve piorar ainda mais com o aumento da
energia elétrica, culminando com o risco de apagão.
Com todos estes problemas, o próprio mercado
consumidor acaba ficando mais reduzido. Exemplo
disso é a opção da maior parte das montadoras de
automóveis de abandonar o segmento de carros
populares. “As empresas passam a focar nos mercados
de luxo, com bens mais caros. Isso tem a ver com o
momento que estamos vivendo, de concentração de
renda. Um Brasil cada vez mais desigual, onde a
diferença de poder de compra vai definindo nossa
estrutura econômica geral.”
Fonte: Rede Brasil Atual
08/07/2021 -
INSS alerta sobre tentativas de golpe envolvendo
revisões de benefício
Tentativas de golpe podem ser denunciadas na
ouvidoria do INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
divulgou nesta quarta-feira (7) uma nota na qual
alerta que golpistas têm se aproveitando das
revisões em alguns benefícios para tentar obter
dados pessoais dos beneficiários. “As abordagens
podem ocorrer por carta, e-mail, telefonema ou
mensagem de celular”, alerta o instituto.
Tentativas de golpe podem ser denunciadas por meio
da ouvidoria do INSS, no endereço da
Controladoria-Geral da União (CGU), ou pelo telefone
135. Vítimas de golpe devem registrar um boletim de
ocorrência e comunicar o caso aos órgãos envolvidos,
que podem ser, além do próprio INSS, o banco por
meio do qual é pago o benefício.
Para evitar cair em golpes desse tipo, o INSS sugere
que o beneficiário mantenha seus dados de contato
(telefone, e-mail e endereço) sempre atualizados, o
que pode ser feito pelo Meu INSS ou pelo telefone
135.
“Caso alguém faça qualquer comunicação pedindo dados
ou fotos em nome do INSS, não atenda a solicitação,
desligue a ligação e bloqueie o contato. O INSS
nunca entra em contato direto com a pessoa para
solicitar dados, nem pede o envio de fotos de
documentos”, informa o órgão.
O número do SMS usado pelo INSS para informar os
cidadãos é 280-41. “O INSS nunca manda links nem
pede documentos pelo SMS. Sempre que o INSS convoca
o cidadão para apresentar documentos, essa
convocação fica registrada no Meu INSS e pode ser
verificada também pelo telefone 135”.
Ainda de acordo com o instituto, a pessoa deve
utilizar apenas os canais oficiais de atendimento
para cumprir qualquer solicitação do INSS, seja para
agendar um serviço, seja para entregar algum
documento.
“É bom saber que quando alguém liga para o telefone
135 ou é atendido pelo chat humanizado da Helô, o
atendente pode pedir algumas informações. Esse é um
procedimento de segurança para confirmar a
identidade de quem telefonou ou acessou o chat”,
complementa a nota.
Fonte: Agência Brasil
07/07/2021 -
Centrais exigem Auxílio de R$ 600,00 e vacina
O movimento sindical persiste na reivindicação de
Auxílio digno, para mais brasileiros necessitados, e
também na agilidade da vacinação, que está muito
lenta, retardando o combate à pandemia da Covid-19.
As entidades denunciam o arrocho no benefício e
criticam a manobra do governo, que, ao estender o
Auxílio por mais três meses, em valores muito
baixos, tenta tapar o sol com a peneira e esconder
as crescentes denúncias de escândalos e
irregularidades.
Bolsonaro, dizem as Centrais, sente também o impacto
das mobilizações de massa e a perda de apoio na
sociedade.
A NOTA
As Centrais Sindicais exigem que o Auxílio Emergencial
seja de R$ 600,00 mensais até o fim da pandemia e
pra todos que precisem.
O governo Bolsonaro, ao anunciar a prorrogação por
prazo e valor insuficientes, nesta segunda (5),
mostra ter sentido a forte pressão do movimento
sindical, no Parlamento e nas ruas pelos R$ 600,00.
Convenientemente, ele usa o anúncio da prorrogação
do Auxílio de apenas R$ 250,00 por três meses pra
esconder denúncias de corrupção que atingem seu
governo e trazem à tona seu próprio nome em casos de
prevaricação em contratos para a compra de vacinas,
em meio às revelações da CPI da Covid-19.
Bolsonaro usa a miséria, para a qual empurrou a
população mais vulnerável, a fim de encobrir a
profunda crise que atinge seu mandato genocida.
Enquanto os países que têm superado a pandemia e a
crise econômica fazem a opção pela expansão
monetária, crédito, garantia do auxílio,
seguro-desemprego e taxação dos ricos, no Brasil, o
Auxílio tem sido usado pelo governo como moeda
política e eleitoral. O Emergencial de R$ 600,00,
entre abril e agosto de 2020, foi conquista do
movimento sindical e dos partidos de oposição,
evitando a fome pra quase 70 milhões de brasileiros.
Bolsonaro mostrou seu descompromisso com o bem-estar
do povo e o desenvolvimento do País quando, em
setembro de 2020, cortou pela metade o valor do
Auxílio e, em 2021, além de ter demorado a retomar
(o Auxílio ficou suspenso por quatro meses), quando
o fez determinou o valor irrisório de R$ 250,00 e
pra menos pessoas.
Tais manobras não nos enganam; não vamos esmorecer!
A pressão seguirá cada vez mais forte, alimentada
pelas mobilizações nas ruas, locais de trabalho e no
Parlamento pelos R$ 600,00 mensais até o fim da
pandemia, pra todos os que necessitem.
#ForaBolsonaro #600ContraFome
São Paulo, 6 de julho de 2021
Sérgio Nobre, presidente Central Única dos
Trabalhadores;
Miguel Eduardo Torres, presidente Força Sindical;
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores;
Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil;
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros;
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores;
Ubiraci Dantas, presidente da Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil;
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da
CSP-Conlutas;
Edson Carneiro Índio, Intersindical da Classe
Trabalhadora;
Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora;
José Gozze, presidente da Pública, Central do
Servidor.
Fonte: Agência Sindical
07/07/2021 -
Lira inclui privatização dos Correios na pauta da
Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), incluiu na pauta de votação desta
semana no plenário o PL (Projeto de Lei) 591/21, do
Poder Executivo, que permite a privatização dos
Correios e quebra do monopólio da empresa nos
serviços postais.
Hoje, a iniciativa privada participa da exploração
dos serviços por meio de franquias, mas os preços
seguem tabelas da ECT (Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos), que detém o monopólio de
vários serviços.
Segundo a proposta, o monopólio para carta e cartão
postal, telegrama e correspondência agrupada
continuará com a estatal por mais cinco anos e
poderá ser restringido pelo governo federal.
Correspondência agrupada ocorre quando vários
objetos estiverem reunidos em um único despacho
postal e ao menos um deles for sujeito a monopólio
estatal, caso dos malotes, por exemplo.
Esse grupo compõe o chamado serviço postal
universal, e a sua universalização, quando prestada
pela ECT, ficará condicionada ao Orçamento
disponível da União para as estatais, já que são
serviços postais de baixo rendimento compensados
pelo lucro da empresa com outras operações agora
liberadas à concorrência.
Fonte: Diap
07/07/2021 -
Lula venceria Bolsonaro no segundo turno por 58% a
25%, diz pesquisa Ipsos
Pesquisa Ipsos encomendada pelo DEM mostra que o
ex-presidente Lula possui ampla vantagem sobre Jair
Bolsonaro em um eventual segundo turno.
Na disputa direta entre os dois, o petista tem 58% a
25% dos votos. Brancos e nulos somam 13%. 4% não
responderam.
No primeiro turno, Lula aparece com 48% das
intenções de voto, contra 22% de Jair Bolsonaro.
Atrás de Bolsonaro, estão Sergio Moro, com 5% das
intenções de voto, Ciro Gomes, com 4%, e João Doria,
com 2%.
Guilherme Boulos, Luiz Henrique Mandetta, Luiza
Trajano e João Amoedo aparecem empatados, com 1% das
intenções de voto.
Lula venceria também em uma disputa direta contra
todos os nomes da "terceira via". Contra Sergio
Moro, seria 57% a 20%. Contra Mandetta, o resultado
seria 60% a 12%.
Fonte: Brasil247
07/07/2021 -
Bolsonaro perde força nas redes sociais
O bombardeio derrubou a confiança no presidente
aos níveis mais baixos do seu mandato.
por Altamiro Borges
Os últimos dias foram de inferno astral para o
presidente Jair Bolsonaro. CPI do Genocídio,
escândalos de corrupção na compra de vacinas,
abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da
República (PGR)… O “capetão” sentiu o baque até no
terreno em que mais domina, o das mídias digitais. A
milícia bolsonarista encolheu na internet.
Segundo matéria da Folha publicada no sábado (3) –
antes de estourar a denúncia de “rachadinhas” da
ex-cunhada –, “o turbilhão de acontecimentos atingiu
Jair Bolsonaro em seu ponto mais sensível, as redes
sociais. O entorno do presidente detectou que, de
fácil compreensão, o caso da propina de US$ 1 colou
no governo”.
A queda da confiança digital no presidente
Monitoramentos apontam queda de prestígio digital do
genocida. Estudo do Banco Modalmais e da AP Exata,
empresa de análise de dado, indica que o bombardeio
derrubou a confiança no presidente aos níveis mais
baixos do seu mandato. “Durante a semana houve
momentos em que apenas 9% dos posts que mencionavam
Bolsonaro despertavam confiança”.
“O estudo apontou que a perda de credibilidade teve
reflexo também em grupos de direita que estranharam
a inação do presidente em relação às denúncias de
corrupção que se abateram sobre o governo”, relata a
Folha. Acuada e abatida, a milícia digital
bolsonarista até tentou reagir, mas não obteve pleno
sucesso.
Houve uma nova investida dos “robozinhos” fascistas
em antigas estratégias, “como a reprodução massiva
de narrativas favoráveis ao governo durante a
madrugada, de forma a tentar pautar as redes sociais
já no início do dia”. Jair Bolsonaro até quebrou o
silêncio e voltou a radicalizar o discurso, atacando
senadores da CPI e ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF).
Fascista leva surra nos protestos de sábado
No sábado, com a realização dos atos pelo “Fora
Bolsonaro” em 312 cidades do Brasil e em 35 cidades
de 16 países – que reuniram, segundo balanço da
Central de Mídia das frentes Brasil Popular e Povo
Sem Medo, cerca de 800 mil pessoas –, o “capetão”
voltou a levar uma surra nas redes sociais.
Monitoramento do professor Fabio Malini, da
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes),
mostra que no Twitter foram contabilizadas mais de
500 mil postagens até às 18 horas com a hashtag
#3JForaBolsonaro. A tag dominou a rede social no dia
dos protestos contra 9% das postagens feitas pela
milícia digital bolsonarista.
* Jornalista, presidente do Centro de Estudos da
Mídia Alternativa Barão de Itararé e colunista do
Portal Vermelho.
Fonte: Portal Vermelho
07/07/2021 -
Auxílio-acidente será pago a mulher que perdeu visão
ao sofrer violência doméstica
O juízo da Turma Regional Suplementar de Santa
Catarina do TRF-4 determinou a implementação do
benefício de auxílio-acidente em favor de uma mulher
que perdeu a visão do olho esquerdo por causa de
violência doméstica.
A decisão foi provocada por uma ação ajuizada pela
vítima, que foi atacada em sua casa, em 2008, pelo
ex-companheiro com uma muleta, o que provocou a
sequela. Ela sustentou que está inapta para
trabalhar na atividade que realizava, apresentando
limitação funcional. O juízo de primeiro grau,
porém, indeferiu o pedido, o que levou a mulher a
recorrer da sentença ao TRF-4.
O relator do caso, desembargador federal Paulo
Afonso Brum Vaz, estabeleceu que o INSS deve
implantar o benefício em até 45 dias, a contar da
data da publicação do acórdão.
A corte entendeu que o auxílio-acidente é devido
desde o cancelamento administrativo do
auxílio-doença, observando a prescrição quinquenal,
que ocorreu em 2016.
O relator do acórdão destacou que o caso corresponde
à interpretação da lei para a implementação do
benefício. "Não vejo razoabilidade no apego ao
sentido estrito da expressão acidente de qualquer
natureza para fins de concessão do auxílio-acidente.
O que interessa é que a autora foi submetida a
violência doméstica que resultou em redução
importante da sua capacidade laboral. Parece
evidente que a utilização da expressão 'de qualquer
natureza' representa uma abertura semântica que
permite acomodar qualquer espécie de acidente",
afirmou Brum Vaz em seu voto.
Fonte: Consultor Jurídico
07/07/2021 -
Medida provisória libera R$ 20,3 bilhões para mais
três meses de auxílio emergencial
Benefício, que terminaria em julho, será
estendido até outubro
A Medida Provisória 1056/21, publicada nesta
terça-feira (6) no Diário Oficial da União, destina
crédito extraordinário de quase R$ 20,3 bilhões para
cobrir mais três meses de auxílio emergencial neste
ano. Os recursos são oriundos da Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
O Poder Executivo publicou também nesta terça o
Decreto 10.740/21, que prorroga até outubro o
socorro financeiro destinado a pessoas em situação
de vulnerabilidade devido à pandemia de Covid-19.
Com isso, o benefício, que terminaria agora em
julho, será estendido até outubro.
Conforme o decreto, farão jus às novas parcelas os
beneficiários previstos na
Medida Provisória 1039/21. Editada em março,
essa MP recriou o auxílio emergencial e ainda está
em análise no Congresso Nacional.
As parcelas mensais serão de R$ 250, destinadas a
quem recebeu o auxílio emergencial pago em 2020,
considerada a lista em dezembro. No caso da mulher
provedora de família monoparental, a parcela mensal
será maior, de R$ 375; na hipótese de família
unipessoal, o valor será menor, de R$ 150.
Tramitação
Em razão da pandemia, a medida provisória será
analisada diretamente pelos plenários da Câmara dos
Deputados e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
07/07/2021 -
Dieese: cesta básica fica mais barata em 9 capitais
em junho
A maior queda ocorreu em Goiânia
Em junho, o custo da cesta básica caiu em nove das
17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita
mensalmente pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nas
demais capitais analisadas na pesquisa, o custo da
cesta básica subiu.
As maiores altas foram registradas em Fortaleza
(1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%).
Já as maiores quedas ocorreram em Goiânia (-2,23%),
São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo
Grande (-1,43%).
No mês de junho, a cesta básica mais cara do país
era a de Florianópolis, onde o custo médio dos
produtos que compõem a cesta chegavam a R$ 645,38. A
cesta mais barata era a de Salvador, onde o custo
médio era de R$ 467,30 em junho.
Considerando o primeiro semestre de 2021, dez
capitais brasileiras acumularam aumentos no custo da
cesta. Curitiba foi a capital onde houve o maior
acúmulo, 14,47%, seguida por Natal, com 9,03%.
Também ocorreram aumentos em Florianópolis, Porto
Alegre, Vitória, Fortaleza, Belém, João Pessoa,
Recife e Aracaju.
Nas demais capitais, o custo da cesta básica teve
redução no primeiro semestre, com Belo Horizonte
acumulando a maior baixa, -6,42%. Também ocorreram
baixas em Salvador, Goiânia, Campo Grande, São
Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Com base na cesta mais cara em junho, que foi a de
Florianópolis, o Dieese estimou que o salário mínimo
deveria ser equivalente a R$ 5.421,84, valor que
corresponde a 4,93 vezes o piso nacional vigente, de
R$ 1.100,00.
Fonte: Agência Brasil
06/07/2021 -
Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 41,3%. Bolsonaro
tem 26,6%
Ex-presidente estaria próximo da vitória no
primeiro turno, com 41,3% de intenções de voto, ante
42,3% de seus adversários somados
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (5)
mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
liderando as intenções de voto para a Presidência da
República. De acordo com o levantamento, o petista
tem 41,3% do total, ante 26,6% de Jair Bolsonaro
(sem partido).
Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro
(sem partido), ambos com 5,9%, o governador João
Doria (PSDB), com 2,1%, e o ex-ministro Luiz
Henrique Mandetta (DEM), com 1,8%. Votos brancos e
nulos somam 8,6%, e os indecisos são 7,8%.
De acordo com a pesquisa estimulada, Lula estaria
próximo de uma vitória já no primeiro turno, pois
tem 41,3%, ante 42,3% da soma de seus adversários.
Na espontânea, quando os nomes dos candidatos não
são apresentados, ele aparece com 27,8%, enquanto
Bolsonaro tem com 21,6%. Os indecisos chegam a
38,9%. Ciro tem 1,7% das citações, e Moro e Doria,
0,7% cada.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro,
o ex-presidente teria 52,6%, ante 33,3% do atual
ocupante do Palácio do Planalto. Neste cenário,
11,5% votariam branco ou nulo.
A sondagem confirma a liderança de Lula atestada
também pelo Ipec, instituto fundado por
ex-executivos do Ibope Inteligência, em pesquisa
divulgada em 26 de junho. Ali, ele lidera a
preferência do eleitorado com 49%, enquanto
Bolsonaro aparece com 23%.
Reprovação a Bolsonaro é recorde
A pesquisa CNT/MDA mostra que o percentual de
eleitores que reprova o desempenho pessoal de
Bolsonaro subiu de 51%, em fevereiro, para 63% neste
mês. Com isso, alcança a maior taxa de reprovação
desde o início da gestão.
A avaliação do governo também piorou: 48% apontam a
administração como péssima ou ruim, ante 36% em
fevereiro. Os que acham o governo como ótimo ou bom
passaram de 30% para 23%. Entre os entrevistados,
28% consideram a gestão regular.
Ao serem perguntados sobre o que é mais importante
nas eleições presidenciais de 2022, 45,1% dos
entrevistados responderam que é “Bolsonaro não ser
reeleito”.
O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre
quinta-feira (1º) e sábado (3). A margem de erro é
de 2,2 pontos percentuais.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/07/2021 -
TCU pede explicações ao governo sobre negociação do
valor da Covaxin
O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da
União (TCU), pediu explicações do Ministério da
Saúde sobre o aumento no valor da dose do imunizante
indiano Covaxin. O tribunal questiona as razões pela
qual o valor final da vacina ficou em U$ 15,00,
quando a proposta inicial tratava de U$ 10,00. O
governo terá 10 dias para se pronunciar.
Em fevereiro de 2021, o Brasil assinou a compra de
20 milhões de dose da Covaxin por R$ 1.614 bilhões.
O valor pago na unidade da vacina é o mais caro
dentre os seis imunizantes negociados pelo governo
brasileiro até agora.
No último dia 29, foi anunciado pelo ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, a suspensão do contrato de
compra, após recomendação da Controladoria-Geral da
União (CGU), que investiga suspeitas de
irregularidades.
O documento assinado pelo ministro Zymler também
cobra uma série de documentos da pasta. Entre eles a
cópia de todas as atas de reuniões que trataram da
compra do imunizante, comparativo de preços e razões
pelo aumento do valor acordado nas primeiras
tratativas.
Também é solicitado à CPI da Covid, o
encaminhamento, no prazo de 30 dias, dos documentos
sobre a contratação da vacina indiana. Além de dados
referentes à quebra de sigilos da Precisa
Medicamentos e dos servidores do ministério que
participaram das negociações.
Fonte: Congresso em Foco
06/07/2021 -
Renan Calheiros quer convocar ex-cunhada de
Bolsonaro na CPI
Comissão se debruça sobre possíveis esquemas de
corrupção na compra de vacinas; relator quer
investigar se há semelhanças com rachadinhas
O relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros (MDB-AL),
afirmou nesta segunda-feira (5) que pretende
convocar a fisiculturista Andrea Siqueira Valle,
ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro, após a
revelação de áudios que confirmam que Bolsonaro
comandava esquema de corrupção em que funcionários
fantasmas dos gabinetes dele e dos filhos Flávio e
Carlos devolviam até 90% dos valores recebidos em
salários para o clã.
A informação foi dada pelo senador ao jornalista
Gerson Camarotti, da GloboNews. O senador afirma que
quer entender se “houve espelhamento do caso das
rachadinhas na gestão da pandemia por parte do
governo federal”.
“Quantos coronéis há no Ministério da Saúde? No
gabinete, nesse esquema da rachadinha, foi um
coronel [referência à reportagem do Uol]. Quero
saber se o senador Flávio [filho de Bolsonaro]
influenciou nessas nomeações. E se o vereador Carlos
[também filho] teve influencia no gabinete paralelo.
Por isso, quero convocar a Andrea”, detalhou.
Em uma série de reportagens publicada nesta
segunda-feira (5) pelo portal Uol, a jornalista
Juliana Dal Piva revela um áudio em que Andrea Valle
confirma que Jair comandava o esquema das
rachadinhas. Na gravação, Andréa revela que o irmão,
André Siqueira Valle, foi exonerado do gabinete de
Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados em 2007 por
não devolver “o dinheiro certo que tinha que ser
devolvido”.
Andréa e André são irmãos de Ana Cristina Valle,
segunda esposa de Jair e mãe de Jair Renan
Bolsonaro.
A CPI se debruça sobre possíveis esquemas de
corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19
pelo Governo Bolsonaro. No escândalo da Covaxin,
Bolsonaro teria dado aval para a aquisição do
imunizante a um valor 1.000% maior que preço
inicialmente anunciado pelo fabricante e não teria
feito nada quando alertado de ilegalidades pelos
irmãos Miranda. Na sexta-feira, a ministra Rosa
Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou
um inquérito contra o presidente por prevaricação.
Além disso, há suspeita de negociação de propina nas
negociações do Ministério da Saúde com a Davati
Medical Supply por supostas 400 milhões de doses do
imunizante AstraZeneca.
Fonte: RevistaForum
06/07/2021 -
Com queda de popularidade, Bolsonaro decide
prorrogar auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro prorrogou, por decreto,
o pagamento do auxílio emergencial por mais três
meses a famílias de baixa renda. Também foi editada
uma medida provisória que abre crédito
extraordinário em favor do Ministério da Cidadania,
responsável pelo pagamento, para arcar com o
benefício.
O auxílio foi lançado na pandemia e já foi
prorrogado uma vez. A segunda leva do benefício
começou a ser paga em abril e a quarta e última
parcela deve ser paga até o fim de agosto. O
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na
semana passada que, se os números não arrefecessem,
deveria haver a prorrogação dos pagamentos.
"Trata-se de ato fundamental viabilizar o pagamento
do Auxílio Emergencial 2021 por período
complementar, o que tem se mostrado essencial para a
subsistência da população mais vulnerável, de modo a
evitar que milhões de brasileiros caiam na extrema
pobreza ou sofram com ela", escreveu o Palácio do
Planalto em comunicado, "preservando-se, portanto, o
princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana."
O governo pretende lançar um novo programa social,
que deve substituir e ampliar o atual Bolsa Família.
Porém, a medida ainda está em fase de elaboração. A
prorrogação foi anunciada há pouco, em um dia
marcado por denúncias de envolvimento do presidente
no esquema das “rachadinhas” e de pesquisa da CNT
que mostrou a alta da desaprovação do governo
Bolsonaro.
Fonte: Congresso em Foco
06/07/2021 -
Idosos acima de 80 anos podem agendar prova de vida
em casa
Medida beneficia também quem tem dificuldade de
locomoção
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
publicou portaria, no Diário Oficial da União desta
segunda-feira (5), prevendo a possibilidade de seus
beneficiários com dificuldades de locomoção
solicitarem a realização de prova de vida em casa,
mediante visita de representante do instituto.
Idosos acima de 80 anos também poderão solicitar o
serviço por meio de um requerimento.
De acordo com a Portaria 1.321, a visita favorecerá
beneficiários “sem procurador ou representante legal
cadastrado”. O requerimento que possibilita a
comprovação de vida “por meio de pesquisa externa”,
pode ser feito por terceiros, por meio da Central
135; pelo aplicativo MEU INSS; ou por meio de outros
canais a serem disponibilizados pelo INSS, “sem a
necessidade de cadastramento de procuração para esse
fim específico ou do comparecimento do beneficiário
ou interessado a uma Agência da Previdência Social -
APS”.
A portaria esclarece que um atestado médico ou
declaração emitida pelo profissional competente
deverá ser apresentado, nos mesmos moldes dos
documentos exigidos para inclusão de procuração para
fins de recebimento de benefício”.
Nos casos de requerimento feito por meio do Meu
INSS, é obrigatório que seja anexada a comprovação
documental da dificuldade de locomoção, “sendo
dispensada a apresentação de documentação original
na solicitação”.
Nos casos em que o requerimento é feito pela Central
135, a própria central fará o cadastramento da
tarefa. Também agendará o cumprimento de exigência
para apresentação da documentação comprobatória, “de
forma que o requerente seja cientificado de imediato
da data para comparecimento ou da possibilidade de
anexação pelo Meu INSS”.
Beneficiários com dificuldade de locomoção deverão
selecionar o serviço "Solicitar Prova de Vida -
Dificuldade de locomoção", do tipo tarefa,
modalidade atendimento a distância, código 4972,
sigla PVIDADIFLO, cujo cumprimento deve ser feito de
forma emergencial e prioritária.
Acima de 80 anos
Beneficiários com idade acima de 80 anos podem
solicitar o atendimento por meio da tarefa
“Solicitar Prova de Vida - Maior de 80 anos” -
código 4952, sigla PVIDAIDOSO, cujo cumprimento deve
ser realizado de forma emergencial e prioritária.
“A tarefa ‘Solicitar Prova de Vida - Maior de 80
anos’ criará automaticamente a subtarefa ‘Pesquisa
Externa - Prova de Vida’ - código 4953, sigla
PEXPROVIDA, que também deve ser cumprida de forma
emergencial e prioritária”, informa a portaria.
De acordo com o INSS, a rotina de bloqueio de
créditos, suspensão e cessação de benefícios por
falta de comprovação de vida não abrangerá os
benefícios cujo procedimento esteja pendente de
pesquisa externa a cargo do INSS, requerida até o
processamento da folha de pagamento referente à
competência de aplicação da rotina.
A portaria prorroga por mais duas competências
(julho e agosto) a rotina de suspensão de benefícios
por impossibilidade da execução do Programa de
Reabilitação Profissional.
Fonte: Agência Brasil
06/07/2021 -
Transformações no mundo do trabalho exigem respostas
inovadoras
O mundo do trabalho passa por múltiplas e profundas
transformações com intensos impactos sobre os
empregos e as formas de ocupação laboral; sobre a
quantidade, os tipos e os conteúdos dos postos de
trabalho; sobre as profissões, seus conteúdos e a
pertinência da sua existência; sobre os conteúdos,
métodos e atualização da educação e formação
profissional; sobre as habilidades necessárias para
trabalhar nos novos contextos; sobre as formas de
contratação e de inserção laboral, que passam pelo
assalariamento clássico, às várias formas de
trabalho autônomo e por conta própria, ao contrato
intermitente, por prazo determinado ou eventual, aos
vínculos mediados por plataformas e aplicativos, a
pejotização, uberização, entre outros.
A ampla flexibilidade da jornada de trabalho,
composta de uma miríade entre as micro jornadas de
poucos segundos que, de maneira intermitente, se
somam às jornadas de mais de 15 horas diárias
durante 7 dias por semana; sobre diferentes formas e
critérios de remuneração e de direitos laborais;
sobre as formas de proteção laboral, social,
previdenciária e sindical e, principalmente, a
ampliação das formas de desproteção laboral, social,
previdenciária e sindical. Rotatividade,
informalidade, múltiplos vínculos laborais,
vulnerabilidade, precarização, adoecimentos, medo,
insegurança, estresse, ansiedade, depressão
caracterizam esse novo mundo do trabalho.
Essas transformações no mundo do trabalho ganham
rapidamente dimensões globalizadas e estão se
acelerando e expandindo. A crise sanitária da covid-19
impactou a economia em todo o planeta e ensejou
medidas que aceleraram essas modificações no mundo
do trabalho.
Essas transformações acontecem porque há mudanças
profundas e disruptivas na estrutura e nos fluxos do
sistema produtivo e na base do sistema econômico. Há
também mudanças culturais fundamentais no sentido da
igualdade entre homens e mulheres, na forma de
exercer a liberdade aplicada em diferentes escolhas
para a vida, na maneira de as pessoas se inserirem
na economia, no acesso e circulação das informações
e do conhecimento; a expectativa de vida aumenta e
ocorre a queda da taxa de natalidade; tudo isso
impacta a organização da sociedade e as relações
sociais, com novas demandas de serviços e produtos
aparecendo e inovadoras ofertas que aumentam a cada
dia. Há ainda as ondas do tsunami ambiental que a
humanidade tem provocado, que está alterando o clima
e colocando em risco todas as formas de vida no
planeta, exigindo também respostas inovadoras.
As transformações sempre existiram porque fazem
parte da essência da vida em todas suas dimensões,
inclusive na econômica, como revelam as 3 revoluções
industriais no último século e meio. Na atualidade
histórica está em curso o processo da 4ª revolução
tecnológica, com impactos em todo o sistema
produtivo, ao mesmo tempo que ocorrem profundas
mudanças culturais cujas extensões são múltiplas e
totalizantes.
A profundidade dessas mudanças tem caráter
disruptivo, abandonando rapidamente o velho mundo,
que vai perdendo predominância e hegemonia. O novo
mundo emerge com a velocidade acelerada e efeitos
que se distribuem em todas as direções.
Para uma agenda que debate e delibera sobre as
escolhas feitas no presente em relação a esse
conjunto de transformações, é fundamental
compartilhar a capacidade de prospectar as
possibilidades de futuro, orientando cada escolha
atual pelo sentido daquilo que se quer construir,
dos problemas a serem superados, indicando
claramente aquilo que não se quer promover e
produzir.
Esse debate deve ser instruído por muita informação
e conhecimento qualificado, por amplo processo de
debate que compartilhe projetos de formas de vida
coletiva que expressem a condição humana que se quer
promover, bem como considere os limites físicos e
climáticos do planeta Terra, que indique a missão de
considerar os habitantes da Terra como uma
comunidade planetária, que preserva todas as formas
de vida, inclusive a nossa.
Nessa agenda que prospecta o futuro e cria
compromissos no presente, há que se colocar como
elemento constitutivo de um projeto de
desenvolvimento e de sociedade a dimensão do
trabalho como direito universal de participação de
todos na produção econômica e de acesso ao produto
social do trabalho.
Há que se entender que a tecnologia é inteligência,
conhecimento e trabalho humano aplicado na forma de
máquina, ferramenta e processo produtivo, cujas
escolhas nos processos de inovação e no seu
compartilhamento têm uma dimensão fundante
essencialmente política. Ou seja, cabe à sociedade,
por meio dos meios de que dispõe e cria para o
diálogo social deliberativo, tratar das inovações,
dos seus avanços, reflexos, usos e analisar seus
impactos, fazendo escolhas de melhores caminhos, de
perspectivas e de projetos.
Clique aqui e leia mais opiniões de Clemente
Ganz Lúcio
Fonte: Agência Sindical
05/07/2021 -
#3JForaBolsonaro encheu as ruas do país e dominou as
redes sociais
Mais de 800 mil pessoas protestaram em 312
cidades brasileiras e outras 35 outras em 16 países
Este #3JForaBolsonaro, dia nacional de protestos
contra o presidente Jair Bolsonaro realizado neste
sábado (3), encheu as ruas de 312 cidades
brasileiras de todos os tamanhos. E de 35 outras
localizadas em 16 países do Exterior. Logo cedo,
desde as 8h, manifestantes já estavam se juntando a
outros. Com faixas e cartazes com mensagens de
rejeição ao presidente, associando os efeitos de sua
necropolítica com os mais de 500 mil mortos em todo
o país. Por isso reivindicam vacina para todos e
pagamento de auxílio emergencial até o final da
pandemia. Eram grupos de todos os tamanhos, tomaram
as principais ruas e avenidas. No total, mais de 800
mil pessoas. Ou seja, muito distante dos “gatos
pingados nas ruas”, como prefere desdenhar o governo
no alvo dos protestos.
De acordo com a campanha Fora Bolsonaro, o
#3JForaBolsonaro movimentou também as redes sociais
ao longo do dia. Segundo dados analisados pelo
professor Fabio Malini, da Universidade Federal do
Espírito Santo (Ufes), a tag #3JForaBolsonaro foi
contabilizada em mais de 500 mil postagens no
Twitter. E dominou a rede. Comparada à manifestação
nacional de 19 de junho, havia presença de 25% de
bolsonaristas interagindo com o conteúdo. Hoje foram
apenas 9% – o que pode apontar para uma redução das
atividades do bolsonaristas em defesa do governo nas
redes sociais.
Em participação no ato da Avenida Paulista, o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse
que, a cada nova manifestação, o presidente fica
“com mais medo”. E pelo jeito, o povo tem cada vez
mais vontade de derrubar esse governo nas ruas.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/07/2021 -
PGR pede abertura de inquérito contra Bolsonaro por
prevaricação
Presidente será investigado por suposta
prevaricação no caso da negociação da vacina indiana
Covaxin
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta
sexta-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal que abra
inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por
suposta prevaricação no caso da negociação da vacina
indiana Covaxin. A manifestação, de autoria do
vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques
de Medeiros, ocorre após a ministra Rosa Weber, do
STF, negar o pedido da Procuradoria para segurar o
andamento de notícia-crime relacionada ao caso até o
fim dos trabalhos da CPI da Covid.
No documento, a PGR já indicou algumas diligências a
serem realizadas no âmbito da investigação, entre
elas a solicitação de informações à
Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas
da União, à Procuradoria da República no Distrito
Federal, e à CPI da Covid sobre procedimentos
relativos aos mesmos fatos, com o compartilhamento
de provas. Além de pedir a produção de provas
relacionadas às circunstâncias do possível crime, o
MPF citou o “depoimento dos supostos autores do
fato”. A Procuradoria sugeriu prazo inicial de 90
dias para cumprimento das medidas.
A notícia-crime que motivou o parecer de Medeiros, a
pedido do STF, foi protocolada no Supremo pelos
senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano
Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) na
segunda-feira (28). Segundo os parlamentes,
Bolsonaro cometeu crime de prevaricação ao não
determinar a abertura de investigação sobre a compra
da Covaxin, vacina indiana contra a covid-19.
O presidente havia recebido uma denúncia de supostas
ilegalidades nessa aquisição por parte do deputado
federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis
Roberto Miranda, servidor de carreira no Ministério
da Saúde. O contrato de compra do imunizante foi
fechado a um valor 1.000% maior do que o informado
pela própria fabricante seis meses antes.
Com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
05/07/2021 -
Cármen pede que PGR se manifeste sobre impeachment
de Guedes
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal
Federal, pediu manifestação da Procuradoria-Geral da
República sobre um pedido de impeachment contra o
ministro da Economia, Paulo Guedes.
O pedido foi feito pelos deputados federais Kim
Kataguiri (DEM-SP) e Elias Vaz (PSB-GO), após Guedes
não comparecer a uma reunião virtual da Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle da Câmara na
última quarta-feira (30/6).
O ministro havia sido convocado para explicar
divergências em dados da Previdência, apontadas pelo
Tribunal de Contas da União. Guedes alegou que não
poderia comparecer pois no mesmo horário haveria o
julgamento das contas do presidente Jair Bolsonaro
de 2020.
Pet. 9.768
Fonte: Consultor Jurídico
05/07/2021 -
Renan Calheiros: "Bolsonaro só quis vacina quando
houve chance de propina"
Relator da CPI da Covid, o senador fez no Twitter
o que chamou de "síntese" dos primeiros 60 dias de
funcionamento da comissão que investiga a conduta do
governo Bolsonaro durante a pandemia
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
da Covid, fez neste domingo (4) pelo Twitter uma
"síntese" dos primeiros 60 dias de funcionamento da
comissão que apura ações e omissões do governo Jair
Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.
"Síntese de 60 dias de CPI: Bolsonaro desdenhou da
pandemia, criou governo paralelo, sabotou os
imunizantes, alastrou o vírus e entregou vidas a
charlatães e lobistas de cloroquina como ele e os
filhos;300 mil mortes eram evitáveis; só quis a
vacina quando houve chance de propina", escreveu o
senador.
Renan foi indiciado pela Polícia Federal na
sexta-feira (2) e disse ter visto na ação da PF
bolsonarista uma retaliação por sua atuação na CPI.
Fonte: Brasil247
05/07/2021 -
Associações de aposentados relatam fraudes contra
idosos na concessão de empréstimo consignado
INSS estuda identificação biométrica para evitar
a concessão de empréstimos não solicitados
As fraudes no empréstimo consignado foram tema mais
uma vez de audiência pública na Câmara dos
Deputados. Desta vez, na Comissão de Legislação
Participativa. As denúncias de irregularidades na
concessão dos empréstimos chegam aos parlamentares
por diferentes organizações, especialmente as que
representam aposentados e pensionistas do INSS.
Convidado para falar sobre o tema, o presidente do
INSS, Leonardo Rolim, voltou a dizer que o instituto
estuda a implementação de um sistema biométrico para
comprovar a solicitação de consignado em folha de
pagamento.
Segundo ele, o empréstimo consignado é uma política
importante, pois garante acesso a crédito com juros
mais baixos. Os aposentados e pensionistas
representam um terço de quem solicita o empréstimo,
de acordo com Rolim.
Apesar disso, problemas como assédio aos
consumidores, com ligações insistentes e, em
especial, a contratação de empréstimos não
solicitados, acontecem. Segundo o presidente do
INSS, no segundo semestre do ano passado, com a
pandemia, as irregularidades aumentaram.
Para Leonardo Rolim, a solução passa por mais
controle, com identificação pela digital, como no
exemplo citado por ele. “Na nossa avaliação, com a
validação biométrica nós resolvemos o problema dos
empréstimos não solicitados, inclusive reduzimos
custos para o INSS, porque as reclamações que nós
recebemos geram todo um processo dentro do INSS”,
disse.
Obede Muniz Teodoro, da Confederação Brasileira de
Aposentados, Pensionistas e Idosos, relatou
situações difíceis por que passam os aposentados. “O
banco deposita o dinheiro na conta do aposentado ou
pensionista sem ele pedir. Quando ele vê o crédito,
a grande maioria não vai procurar saber por que
aquele dinheiro foi depositado, acaba gastando,
quando ele vê começa já a aparecer o desconto nos
seus vencimentos. Também tenho vários casos que o
aposentado devolveu o dinheiro e o banco continua
descontando o empréstimo consignado como se ele não
tivesse devolvido”, relatou.
A advogada Jane Lucia Berwanger cobrou medidas
duras. “Nós não estamos falando que deva ou não deva
existir o empréstimo, mas talvez esse proceder no
abuso acabe levando a medidas mais drásticas com
relação ao próprio empréstimo. Eu acho que essa é
uma questão que não se poderia perder de vista. Ser
mais rígido na concessão, na autorização, me parece
que é o único jeito neste momento, da forma em que
nós chegamos, de começar a resolver a situação. ”
O deputado Vilson da Fetaemg (PSB-MG), vice-presidente
da comissão e proponente da audiência, ressaltou que
o objetivo não é depreciar o empréstimo
consignado. “O que nós queremos, pretendemos e
lutamos é para a lisura de todo o processo, até
porque nós não somos contra o empréstimo consignado.
Agora, nós queremos é coibir esses abusos que estão
acontecendo”, afirmou.
O sistema de empréstimo consignado é autorregulado.
Segundo Amaury Oliva, da Federação Brasileira dos
Bancos, os consignados representam quase 36% de todo
o saldo que é concedido à pessoa física. Desde que o
sistema de autorregulação entrou em vigor, no ano
passado, de acordo com ele, foram 436 sanções
aplicadas a correspondentes bancários, relativas a
empréstimos consignados.
Fonte: Agência Câmara
05/07/2021 -
PSB aciona STF contra retomada da "prova de vida" de
aposentados
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) ajuizou ação
no Supremo Tribunal Federal contra uma portaria do
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que
retomou a cessação de benefícios para aposentados e
pensionistas que não comprovem que estão vivos.
A "prova de vida" estava suspensa desde o início da
crise de Covid-19, em março do último ano, mas
voltou a ser obrigatória no último mês de junho. Os
beneficiários devem comparecer ao banco no qual
recebem o pagamento ou ainda fazer a comprovação por
meio do aplicativo Meu INSS.
Na arguição de descumprimento de preceito
fundamental, o partido lembra que a maioria dos
idosos têm idade avançada e que a retomada da
exigência não condiz com o atual momento de grave
crise sanitária. Segundo a legenda, a regra viola os
direitos fundamentais à vida e à saúde. As
informações são do portal Jota.
O INSS argumentou que, até meados do último mês,
mais de 23 milhões de segurados já tinham feito a
prova de vida. Mas o PSB indica que ainda há cerca
de 12 milhões de pessoas em risco de terem seus
créditos bloqueados. A sigla ainda aponta que o
comparecimento presencial é a forma usual de
comprovação para a grande maioria dos beneficiários.
Fonte: Consultor Jurídico
05/07/2021 -
Após três meses de queda, produção industrial cresce
1,4% em maio
A produção industrial aumentou 1,4% na passagem de
abril para maio, após três meses consecutivos de
queda. Nesse período, de fevereiro a abril, houve
perda acumulada de 4,7%. Com o resultado de maio, a
indústria atingiu o mesmo patamar de fevereiro de
2020, no cenário de pré-pandemia de covid-19. Apesar
do avanço, o setor ainda se encontra 16,7% abaixo do
nível recorde registrado em maio de 2011.
Na comparação com maio do ano passado, a produção
industrial cresceu 24%, a segunda taxa mais elevada
desde o início da série histórica da pesquisa, em
janeiro de 2002. A mais alta foi registrada no mês
passado (34,7%). É o nono mês consecutivo de
crescimento nesse indicador. Produtos alimentícios
(2,9%), coque, derivados do petróleo e
biocombustíveis (3%) e indústrias extrativas (2%)
puxaram a alta no mês. Os dados são da Pesquisa
Industrial Mensal (PIM), divulgada sexta-feira (2)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No índice acumulado no ano, frente a igual período
de 2020, houve crescimento de 13,1%. Em 12 meses, a
expansão chegou a 4,9%.
O gerente da pesquisa, André Macedo, afirmou que o
resultado positivo de maio não significa uma
reversão do saldo negativo acumulado nos meses de
fevereiro, março e abril. “Há uma volta ao campo
positivo, mas está longe de recuperar essa perda
recente que o setor industrial teve. Muito desse
comportamento de predominância negativa nos últimos
meses tem uma relação direta com o recrudescimento
da pandemia, no início de 2021, que trouxe um
desarranjo para as cadeias produtivas”, disse, em
nota.
O pesquisador destacou que o desabastecimento de
matéria-prima e o encarecimento dos custos de
produção estão entre as consequências sentidas pelo
setor industrial. “Embora o resultado de maio na
comparação com abril tenha sido positivo, quando
olhamos o início de 2021 face ao recrudescimento da
pandemia e todos os seus efeitos, o saldo ainda é
negativo, haja vista que, quando pegamos outros
indicadores, como o índice de média móvel
trimestral, a leitura ainda é descendente”, disse.
Em maio, o índice de média móvel trimestral caiu
0,8%.
Segundo o IBGE, o resultado positivo do índice geral
em maio foi disseminado por 15 das 26 atividades
analisadas pela pesquisa. “Esse número maior de
atividades com crescimento está relacionado ao fato
de termos, nos meses anteriores, um perfil bastante
disseminado de atividades em queda. Isso faz com que
haja uma volta natural ao campo de crescimento em
função das quedas mais acentuadas nesses meses”,
afirmou Macedo.
Outros resultados positivos vieram das atividades de
metalurgia (3,2%), de outros produtos químicos
(2,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos
(8%), de bebidas (2,9%) e de confecção de artigos do
vestuário e acessórios (6,2%). Já as atividades que
mais impactaram negativamente o índice foram
produtos de borracha e de material plástico (-3,8%),
máquinas e equipamentos (-1,8%) e produtos têxteis
(-6,1%).
Segundo a pesquisa, houve avanço em duas das grandes
categorias econômicas: bens de consumo semi e
não-duráveis (3,6%) e bens de capital (1,3%). Já os
setores produtores de bens de consumo duráveis
(-2,4%) e de bens intermediários (-0,6%) recuaram em
maio.
Fonte: Agência Brasil
02/07/2021 -
Fórum das Centrais delibera ações conjuntas para o
enfrentamento da agenda de retrocessos do governo
Apoio à derrubada da PEC 32, “reforma”
tributária, FGTS e abono se destacaram entre os
temas debatidos.
Nesta quarta-feira (30/06) o presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST, José
Reginaldo Inácio, e a Diretora de Mulheres da
entidade, Sônia Maria Zerino, participaram de
reunião do Fórum das Centrais Sindicais,
oportunidade em que as lideranças sindicais
deliberaram, entre outros temas, estratégias pela
derrubada da PEC 32 e participação nas negociações
da “reforma” tributária, FGTS e abono salarial.
Na oportunidade o Fórum das Centrais decidiu por
apoiar formalmente as
manifestações do dia 3 de Julho, somando forças
nas manifestações de rua e nas redes sociais. A
ocasião, avaliam, é oportuna para a defesa de suas
bandeiras contemporâneas: aumento do Auxílio
Emergencial, derrubada da PEC 32, geração de
empregos, vacina no braço e comida no prato. Ainda
no contexto do calendário de mobilizações, ficou
decida a participação do conjunto das centrais na
manifestação mantida para o dia 24 de Julho e
viabilizar um Dia Nacional Mobilizações, ainda na
primeira semana de agosto, dando peso à agenda
política das Centrais Sindicais na retomada das
atividades legislativas do Congresso Nacional.
Solidariedade ao Sindicato dos Metroviários de
São Paulo
A NCST, na ocasião, também assinou um manifesto de
repúdio à
ordem de despejo do Governo de São Paulo que atinge
o Sindicato dos Metroviários na capital
paulista, o governo João Doria promoveu leilão para
a venda do local. “É claramente uma retaliação. Uma
tentativa de dificultar a organização e a ação
sindical”, afirma Wagner Fajardo Pereira, líder
sindical dos metroviários e coordenador da entidade
sindical.
Em breve o manifesto, que conta amplo apoio da
Centrais Sindicais, estará disponível e circulando
nas redes sociais e canais de comunicação das
entidades apoiadoras.
Fonte: NCST
02/07/2021 -
"Parece briga de grupos criminosos", diz Renan
Calheiros sobre denúncia de propina na Saúde
O relator da CPI da Covid diz que senadores estão
avaliando motivação da denúncia de propina feita por
Luiz Paulo Dominghetti
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
da Covid, comparou os episódios desta quinta-feira
(1º/7), envolvendo o cabo da PM de Minas Gerais Luiz
Paulo Dominghetti a uma briga de bandidos.
Renan disse que os parlamentares ainda avaliam as
motivações do policial militar que se apresenta
também como representante na comercialização de
vacinas, informa a jornalista Mônica Bergamo na
Folha de S.Paulo.
A avaliação de Renan é compartilhada por outros
senadores, entre eles Humberto Costa (PT-PE), também
titular da CPI.
Dominghetti revelou o pedido de propina em
entrevista à Folha, e depôs na quinta-feira na CPI.
Ele confirmou a informação, que foi recebida com
credibilidade por parlamentares independentes e de
oposição. Mas ao mostrar um áudio editado e retirado
de contexto que buscava envolver o deputado Luis
Miranda (DEM-DF) num esquema de compra de vacinas,
ele PM levantou a suspeita de que poderia ser uma
testemunha “plantada”.
Ele estaria tentando desviar o foco da comissão da
investigação sobre a vacina Covaxin, da qual Miranda
é testemunha essencial. “Pelo menos plantaram o
áudio”, afirma Renan.
A CPI decidiu apreender para averiguações o celular
de Dominghetti.
Fonte: Brasil247
02/07/2021 -
Brasil cria 280,6 mil postos de trabalho formal em
maio
Em maio, admissões chegaram a 1,5 milhão e
demissões, a 1,26 milhão
O número de trabalhadores contratados com carteira
assinada em maio deste ano foi maior que o total de
demitidos do mercado formal de trabalho. Segundo o
Ministério da Economia, houve, no período, 1.548.715
admissões e 1.268.049 desligamentos.
Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged), cuja atualização mensal
o ministério divulgou nesta quinta-feira (26), em
Brasília.
Com o saldo mensal de 280.666 postos de trabalho
durante o mês de maio, o estoque nacional de
empregos formais (total de vínculos celetistas
ativos) chegou a 40.596.340, com uma variação
positiva de 0,7% em comparação aos 40.315.674
registrados em abril, após o ajuste divulgado
(em março, eram 40.199.922).
Entre os setores de atividade econômica que
registraram melhores resultados quanto ao nível de
emprego estão o de serviços (110.956 postos de
trabalho abertos principalmente em atividades
ligadas às áreas de informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais
e administrativas); comércio e reparação de veículos
automotores e motocicletas (60.480 postos),
indústria geral (44.146 postos); agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
(42.526 postos) e construção (22.611 postos).
Saldo positivo
As cinco regiões brasileiras apresentaram saldo
positivo. No Sudeste, o mês de maio terminou com um
saldo de 161.767 postos. O Nordeste, com 37.266
vagas, seguido pelas regiões Sul (36.929);
Centro-Oeste (26.926 postos) e Norte (17.800
postos).
Considerado o período de janeiro a maio, houve
7.971.258 admissões e 6.737.886 desligamentos, o que
representa um saldo total de 1.233.372 empregos
formais para os cinco primeiros meses do ano. Em
abril, este saldo era de 957.889 postos de trabalho
formal.
As estatísticas completas do Novo Caged estão
disponíveis na página do Ministério da Economia na
internet. Os dados também podem ser consultados no
Painel de Informações do Novo Caged.
Ao comentar os números, o ministro da Economia,
Paulo Guedes afirmou que se trata de uma "excelente
notícia". "A economia brasileira continua
surpreendendo. [Mais de] 280 mil novos empregos
criados em maio, completando, nos primeiros cinco
meses do ano, 1,2 milhão de novos empregos.
Importante também registrar que todas as regiões,
todos os setores e todos os estados registraram a
criação de novos empregos. Ou seja, é um processo
bastante abrangente. É a economia brasileira se
levantando. E o mais importante: setores que estavam
muito fragilizados, como serviços, [estão] sendo
destaques deste mês [de maio]”.
Fonte: Agência Brasil
02/07/2021 -
Se não tiver eleições limpas, “vamos ter problemas”,
diz Bolsonaro
Presidente pede contagem pública de votos e diz
que eleição de Lula “não vai acontecer”
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem
partido), afirmou que o Brasil terá problemas no ano
que vem se não houver “eleição limpa”. Bolsonaro
conversou com apoiadores na manhã desta 5ª feira
(1º.jul.2021) em frente ao Palácio da Alvorada.
“Tem uma articulação de 3 ministros do Supremo para
não ter o voto auditável”, disse ele. “Se não tiver,
eles vão ter que apresentar uma maneira de termos
uma eleição limpa, com a contagem pública de votos.
Caso contrário, vamos ter problemas ano que vem no
Brasil”, continuou.
Como já mostrou o Poder360, o voto impresso acumula
derrotas desde a primeira vez que foi sancionado, em
2002. Críticos afirmam que a medida colocaria em
risco o sigilo do voto. No STF (Supremo Tribunal
Federal), 10 dos 11 ministros da Corte já se
manifestaram contra o voto impresso.
Nas últimas semanas ao menos 2 ministros se
posicionaram abertamente contra a impressão do
comprovante de voto. O atual presidente do Tribunal
Superior Eleitoral, ministro Roberto Barroso, e o
futuro presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Bolsonaro voltou a afirmar que o sistema eleitoral é
fraudulento. “A fraude está escancarada. E não vai
ser só para presidente, vai ser para governador,
para senador. Fraude”, disse. Mas, novamente, o
presidente não apresentou nenhuma prova de
irregularidades no sistema eleitoral brasileiro.
O presidente também voltou a atacar o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como em outras
ocasiões nas últimas semanas, Bolsonaro afirmou que
o petista saiu da prisão para se tornar presidente
do Brasil.
“Porque tiraram o Lula da cadeia, tornaram elegível,
para ele ser presidente na fraude. Isso não vai
acontecer”, disse ele.
Bolsonaro também não explicou como seria a suposta
fraude.
Fonte: Poder360
02/07/2021 -
Crise energética: “apagão de Bolsonaro” pode ser
pior que o de 2001
É a primeira vez, nas últimas duas décadas, em
que os níveis de reservatórios ficam abaixo do
verificado durante o apagão de 20 anos atrás
O Brasil está prestes a viver um o apagão energético
sob o governo Jair Bolsonaro, que deve impor o
segundo racionamento à população apenas neste
século. Conforme nota técnica do Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios de
usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e
Centro-Oeste devem atingir níveis inferiores aos de
2001 – ano em que houve o primeiro racionamento de
energia. A projeção é que esses níveis estarão, em
31 de agosto, com apenas 26,6% de sua capacidade
máxima.
Na mesma data de 2001, o volume útil dos
reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste
estava em 26,8%. É a primeira vez, nas últimas duas
décadas, em que o patamar de armazenamento fica
abaixo do verificado naquele ano. Os dados fazem
parte do programa mensal de operação do ONS,
referente ao mês de julho, que será apresentado
amanhã aos agentes do setor elétrico.
Especialistas apontam diferenças entre a crise atual
e o racionamento no governo Fernando Henrique
Cardoso. Em 2001, 85% da matriz era baseada em
hidrelétricas e havia menos capacidade de
transferência de energia entre regiões do País.
Desde então, a rede de transmissão mais do que
duplicou e a participação das hidrelétricas caiu
para 60%, com o avanço de usinas térmicas e fontes
renováveis, como as eólicas.
A Associação de Engenheiros e Técnicos do Sistema
Eletrobras (Aesel) alerta, porém, para outras
diferenças menos favoráveis e para riscos que se
apresentam no segundo semestre – o que pode tornar o
“apagão de Bolsonaro” mais grave do que o de FHC.
Segundo a Aesel, na comparação com 2001, hoje existe
bem menos margem para redução do consumo pelos
consumidores de energia. “Um racionamento com
redução compulsória de consumo tende a ser muito
mais traumático hoje do que há 20 anos.”
“Naquela época havia muito desperdício e
ineficiência na indústria, no comércio, nos serviços
e nas residências”, afirmou a associação, em
relatório. “Para as famílias, bastou aposentar os
freezers e trocar as lâmpadas incandescentes por
fluorescentes para reduzir sensivelmente o consumo.
Hoje, até pelo preço elevado da tarifa, as empresas
e as famílias já fazem o uso mais racional possível
da energia, praticamente não há mais onde cortar. O
equipamento que mais tem contribuído para o aumento
na carga é o ar-condicionado. Famílias, shoppings,
escritórios vão desligar seus aparelhos?”
Outro ponto levantado é a margem muito estreita de
manobra para o ONS na gestão do sistema em novembro,
fim do período de estiagem, quando o próprio
operador projetou sobra de apenas 3,3 mil megawatts
(MW) no balanço energético – diferença entre oferta
e demanda. Esse ligeiro superávit já contempla o
acionamento de todo o parque termelétrico
disponível.
“Isso representaria uma folga de menos de 4% para o
sistema, o que é muito pouco, levando-se em conta a
necessidade de reserva girante e o risco real de uma
eventual falha localizada levar a um blackout
generalizado. Esse cenário, pouco confortável,
considera que nossas usinas térmicas operem com o
fator de capacidade conforme declarado”, diz a Aesel.
A associação pondera: “Há evidências de que a real
situação operacional dessas usinas não condiz com o
informado pelos agentes de geração. Além do mais,
essas plantas não foram projetadas para operarem na
base do sistema, por tanto tempo, de forma
ininterrupta. Há um risco real de que, ao longo do
segundo semestre, várias máquinas fiquem
indisponíveis”.
Nesta semana, a gestão Bolsonaro publicou medida
provisória que cria um comitê extraordinário com
poderes para mudar vazões de rios e usinas
hidrelétricas, sem a necessidade de espera pelo aval
do Ibama e da Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo o governo, vive-se hoje o pior volume de
chuvas em 91 anos.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
02/07/2021 -
TST suspende prazos processuais durante mês de julho
O Tribunal Superior do Trabalho suspenderá seus
prazos processuais durante o mês de julho — do dia 2
ao dia 31. O motivo são as férias coletivas dos
ministros, previstas pela Lei Orgânica da
Magistratura. Prazos encerrados ou iniciados no
intervalo estão automaticamente prorrogados para 2
de agosto, nos termos do artigo 224 do Código de
Processo Civil.
O expediente no período será das 13h às 18h,
enquanto atendimento a advogados, partes e membros
do Ministério Público ocorrerá por telefone ou será
eletrônico.
A Secretaria-Geral Judiciária (apoio), a
Coordenadoria de Processos Eletrônicos, a
Coordenadoria de Cadastramento Processual
(protocolo) e a Coordenadoria de Classificação,
Autuação e Distribuição de Processos manterão
plantão para atendimento remoto ao público, nos
horários das 9h às 18h (apoio) e das 9h às 19h
(demais serviços).
Casos urgentes serão analisados pela presidência do
TST durante o período e sessões de julgamento dos
órgãos colegiados também serão retomadas em 2 de
agosto. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
01/07/2021 -
Centrais tentam, mas Lira escapa
Em maio, Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara
dos Deputados, recebeu as Centrais Sindicais, que
lhe entregaram a Agenda Legislativa 2021 e
reafirmaram os pontos da pauta unitária. Difícil é
marcar com o presidente da Casa, Arthur Lira.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, esteve
em Brasília, mais uma vez. Ele conta: “A prioridade
é conversar com o Lira. Também queremos agendar com
o Rodrigo Pacheco, presidente do Senado”.
CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central, CSB,
Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB e Pública querem
participar do debate no Congresso de forma mais
organizada. A Agenda Legislativa orienta nesse
sentido ao apresentar prioridades e as 23 medidas ou
projetos de interesse do sindicalismo. O documento
foi produzido pelo Grupo Executivo destacado pelas
Centrais, com apoio do Diap e Dieese.
Metas – A prioridade destacada na Agenda é a
proteção econômica pelo Auxílio Emergencial de R$
600,00, com as mesmas regras de 2020 e cobertura pra
cerca de 70 milhões de pessoas. Porém, para tanto, é
preciso votar, e modificar, a Medida Provisória
1.039/2021. Outro ponto é vacina pra todos. O
documento ainda defende medidas pró-emprego.
IBGE – O desemprego ficou em 14,7% no
trimestre encerrado em abril. O número de
desempregados está em 14,8 milhões. Patamar é o
maior da série desde 2012. País tem 3,3 milhões de
empregados a menos do que no início da pandemia.
Agenda – Clique
aqui a leia a Agenda Legislativa 2021.
Fonte: Agência Sindical
01/07/2021 -
Entidades apresentam "superpedido de impeachment" de
Bolsonaro
Partidos e parlamentares de direita e de esquerda,
lideranças sociais, coletivos e movimentos populares
e pessoas físicas protocolaram na Câmara dos
Deputados, nesta quarta-feira (30/6), um "superpedido
de impeachment" do presidente Jair Bolsonaro. A
peça, elaborada por um grupo de advogados que
integram a Associação Brasileira de Juristas pela
Democracia (ABJD), acusa Bolsonaro de ter praticado
23 crimes de responsabilidade elencados na Lei
1.079/1950.
O "superpedido" resulta da articulação empreendida
pelos subscritores da maior parte dos pedidos de
impeachment apresentados contra o presidente. Até o
momento, já foram protocoladas 122 denúncias da
prática de crimes de responsabilidade. Destas, seis
foram arquivadas.
"O atual presidente da República, desde o início do
seu mandato, vem incidindo, de maneira grave,
reiterada e sistemática em ofensas à Constituição da
República. Ao adotar esse padrão de desrespeito à
supremacia incontrastável do texto constitucional, o
mandatário parece apostar na tolerância e
naturalização de tais violações, como forma de
solapar o caráter cogente da normatividade que o
deveria restringir ao império das regras do
direito", afirmam os autores.
De acordo com eles, Bolsonaro cometeu crimes de
responsabilidade contra a existência da União;
contra o livre exercício dos poderes
constitucionais; contra o exercício dos direitos
políticos, individuais e sociais; contra a segurança
interna do país; contra a probidade na
administração; contra a guarda e legal emprego dos
dinheiros públicos; e contra o cumprimento das
decisões judiciárias.
Os crimes de responsabilidade, segundo os autores,
foram praticados por Bolsonaro ao se omitir,
combater medidas de governadores e prefeitos e
cometer graves erros no combate à epidemia de
Covid-19; ao ameaçar o Congresso e o Supremo
Tribunal Federal; ao estimular o conflito com outras
nações, como a China; e ao não proteger os indígenas
durante a crise do coronavírus, entre outros atos.
Autores do pedido
O "superpedido de impeachment" é assinado pelos
partidos PT, Psol, PDT, Rede Sustentabilidade,
PCdoB, PSTU, PCO, PCB e Cidadania.
O requerimento também é assinado pelos deputados
federais Alexandre Frota (PSDB-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP)
e Joice Hasselmann (PSL-SP).
Além disso, o pedido é subscrito por entidades como
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib),
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic),
Associação Brasileira de Imprensa (ABL), União
Nacional dos Estudantes (UNE), Coalizão Negra por
Direitos, Associação Brasileira de Gays, Lésbicas,
Travestis e Transexuais (ABGLT), Marcha Mundial das
Mulheres, 342 Artes, Frente Povo sem Medo, Movimento
dos Trabalhadores sem Terra (MST) e Central Única
dos Trabalhadores (CUT).
A petição ainda é assinada por instituições formadas
por profissionais do Direito como ABJD, Grupo
Prerrogativas, Associação Juízes para a Democracia e
Coletivo Defensoras e Defensores Públicos pela
Democracia.
Clique
aqui para ler o pedido
Fonte: Consultor Jurídico
01/07/2021 -
Desemprego mantém recorde de 14,7%, diz IBGE
Total de desocupados chega a 14,8 milhões de
pessoas
O número de pessoas desempregadas no Brasil subiu
3,4% no trimestre encerrado em abril deste ano,
elevando a taxa de desocupação para 14,7%. Frente ao
trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa ficou
em 14,2%, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, o
que representa mais 489 mil pessoas desocupadas,
totalizando 14,8 milhões de pessoas em busca de
trabalho no país. A alta ante o mesmo trimestre
móvel de 2020 é de 2,1 pontos percentuais.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a
analista da pesquisa, Adriana Beringuy, tanto a taxa
quanto o contingente de desocupados mantêm o recorde
registrado no trimestre encerrado em março, no maior
nível da série comparável, iniciada em 2012.
“O cenário foi de estabilidade da população ocupada,
com 85,9 milhões, e crescimento da população
desocupada, com mais pressão sobre o mercado de
trabalho. Depois de um ano como o de 2020, onde
milhões de pessoas perderam trabalho, é de se
esperar que tenhamos muitas pessoas buscando
trabalho, depois de uma queda tão acentuada na
ocupação.”
Ela explica que a procura por emprego continua alta,
mas a oferta de vagas ainda está baixa, ou seja, a
resposta do setor produtivo para absorver esses
trabalhadores não está sendo suficiente.
“Dificilmente, depois de tudo o que ocorreu em 2020,
você vai resolver a desocupação nos quatro primeiros
meses de 2021. Nós vamos acompanhar ao longo do ano
como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A
oferta de mão de obra está ocorrendo, mas a gente
tem que ver se os demandantes, que são as atividades
econômicas, estão ofertando essas vagas. A melhora
vai depender de fatores que envolvem a economia como
um todo, como o consumo das famílias, a
possibilidade de crédito. Tudo isso influencia
fortemente essa reação.”
Fonte: Agência Brasil
01/07/2021 -
FGTS teve lucro de R$ 8,46 bilhões em 2020
Parte do resultado será distribuída aos
trabalhadores
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve
lucro de R$ 8,467 bilhões em 2020. O valor
representa queda de 25,2% em relação ao lucro de
2019, que tinha somado R$ 11,324 bilhões. A queda
deve-se principalmente à pandemia de covid-19, que
resultou em aumento do desemprego e na realização de
uma rodada de saque emergencial de até um salário
mínimo por conta no ano passado.
No ano passado, o FGTS teve receitas de R$ 33,4
bilhões e despesas de R$ 25 bilhões. Os ativos
consolidados somaram R$ 33,4 bilhões e o patrimônio
líquido (ativos menos as obrigações) atingiram R$
113,1 bilhões. O Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS),
que financia projetos de infraestrutura, registrou
patrimônio líquido de R$ 25,4 bilhões e
rentabilidade de 4,6%.
As contas e as demonstrações financeiras de 2020
foram aprovados nesta terça (29) pelo Conselho
Curador do FGTS, órgão tripartite com representantes
dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
Parte do lucro do ano passado será distribuída nas
contas de cada trabalhador, mas a fatia a ser
repassada só será definida na próxima reunião do
conselho, em julho.
Fonte: Agência Brasil
01/07/2021 -
PF abre inquérito pra investigar compra da Covaxin
Três meses após Bolsonaro ser comunicado do caso,
Justiça acionou a PF
A Polícia Federal instaurou um inquérito nesta
quarta-feira (30) para investigar as denúncias de
irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo
governo Jair Bolsonaro. O inquérito foi aberto a
pedido do Ministério da Justiça três meses depois do
episódio denunciado pelos irmãos Miranda.
O inquérito foi encaminhado para o Serviço de
Inquérito Especiais (Sinq) pelo diretor-geral da PF,
Paulo Maiurino, após pedido do ministro Anderson
Torres. O caso veio a público através da CPI do
Genocídio, que obteve um depoimento do servidor Luis
Ricardo Miranda ao Ministério Público contando que
sofreu pressões para agilizar a compra no Ministério
da Saúde.
Após a divulgação do depoimento, o deputado federal
Luis Miranda (DEM-DF), irmão do servidor, revelou
que havia comunicado o presidente da República sobre
a situação e que Bolsonaro teria lhe informado que
acionaria a PF, o que não ocorreu.
Em depoimento à CPI, o parlamentar afirmou que o
mandatário disse que o suposto superfaturamento
teria relação com o deputado Ricardo Barros (PP-PR),
líder do governo na Câmara.
Ainda nesta quarta-feira, a Procuradoria da
República no Distrito Federal decidiu abrir uma
investigação criminal sobre o caso.
Com informações de Estadão, G1
Fonte: RevistaForum
01/07/2021 -
Vale-refeição não tem natureza salarial se há
participação do empregado no custeio
Se o empregado tem participação no custeio do
vale-refeição, ainda que pequena, o benefício passa
a ter natureza indenizatória, e não salarial. Esse
entendimento foi aplicado pela 6ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho para negar o pedido de um
guarda portuário do Pará que desejava que a parcela
fosse reconhecida como parte do seu salário, com
repercussão no pagamento de outros direitos.
Na reclamação trabalhista, o guarda portuário da
Companhia Docas do Pará relatou que, desde o início
do contrato, o valor do vale-refeição não repercutia
no cálculo de outras parcelas salariais. Por
considerar que o benefício é pago habitualmente e
configura uma forma de a empresa retribuí-lo pelo
serviço prestado, ele pedia o reconhecimento da
natureza salarial da parcela.
O juízo da 16ª Vara do Trabalho de Belém julgou
improcedente o pedido. Nos termos da sentença, a
Companhia Docas está inscrita, desde 2010, no
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), o que
retira do auxílio-alimentação a natureza salarial. O
juiz acrescentou que, antes da inscrição no PAT, o
guarda já recebia o benefício com natureza
indenizatória, pois, para recebê-lo, era descontado
1% sobre o salário.
A decisão também afastou do caso a aplicação do
artigo 458 da CLT, que prevê o fornecimento de
alimentação como salário. O motivo é que não se
trata de retribuição pelo contrato de trabalho, mas
de benefício fornecido para a prestação do serviço.
No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª
Região (PA/AP) modificou a sentença e declarou a
natureza salarial da parcela. Para o TRT, com base
na interpretação do artigo 458 da CLT e da Súmula
241 do TST, o vale para refeição, fornecido por
força do contrato de trabalho, integra a remuneração
do empregado para todos os efeitos legais. A corte
regional destacou que o auxílio era fornecido desde
2008 e a posterior inscrição no PAT ou a previsão da
natureza indenizatória nas normas coletivas
seguintes não teriam qualquer efeito no contrato de
trabalho.
No TST, a decisão foi novamente modificada. O
relator do recurso de revista da Companhia Docas,
ministro Augusto César, assinalou que, segundo o
entendimento de todas as turmas da corte e da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do
Tribunal (SDI-1), a participação do empregado, ainda
que em pequenos valores, caracteriza a natureza
indenizatória da parcela. Para que tenha natureza
salarial, o benefício tem de ser fornecido
gratuitamente pela empresa, o que não ocorreu no
caso. A decisão foi unânime. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 1368-56.2017.5.08.0016
Fonte: Consultor Jurídico
01/07/2021 -
CCJ aprova estatuto para trabalhadores celetistas em
cooperativas
Proposta deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas
que trabalham no setor
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta
quarta-feira (30), o Projeto de Lei 537/19, do
deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que cria o Estatuto
Profissional dos Trabalhadores Celetistas em
Cooperativas.
O relator, deputado Felipe Francischini (PSL-PR),
apresentou parecer pela constitucionalidade da
matéria. O projeto tramitou em caráter conclusivo e
poderá seguir diretamente ao Senado, a não ser que
haja recurso para a análise pelo Plenário.
O texto prevê para os trabalhadores contratados
pelas cooperativas jornada de trabalho de oito horas
diárias e 44 semanais. Regras feitas em acordo,
individual ou coletivo, podem mudar a carga semanal
de trabalho. Já o piso salarial da categoria será
fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Organização sindical
O projeto iguala as cooperativas às empresas para os
fins das legislações trabalhista e previdenciária.
Também estabelece a livre associação dos
trabalhadores contratados pelas cooperativas,
assegurada a representação por organização sindical
específica e exclusiva da categoria.
De acordo com o texto aprovado, o estatuto se aplica
a todos os trabalhadores celetistas (ou seja,
regidos pela CLT) em cooperativas, independente de
qual seja o objeto ou a natureza das atividades
desenvolvidas pela cooperativa ou por seus
associados.
A proposta determina ainda a liberdade de exercício
de qualquer trabalho, ofício ou profissão no âmbito
do sistema cooperativo, desde que atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Segurança jurídica
Segundo o deputado Baleia Rossi, o objetivo do projeto
é garantir segurança jurídica aos trabalhadores. “É
um projeto que foi construído a muitas mãos, com a
participação dos trabalhadores celetistas das
cooperativas e também com a participação da OCB, que
é a Organização das Cooperativas do Brasil. Ele dá
segurança jurídica aos 500 mil trabalhadores
celetistas que trabalham nas cooperativas”, afirmou.
O PT se absteve na votação pois o relator não acatou
a inclusão de itens referentes às cooperativas na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Fonte: Agência Câmara
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