Blog - Notícias Anteriores - Julho 2024
31/07/2024 -
Brasil tem saldo de 201 mil empregos em junho, alta
de 29,5%
31/07/2024 -
Inflação de preços ao produtor acelera para 1,28% em
junho, diz IBGE
31/07/2024 -
INSS: Governo quer verificar 800 mil beneficiários
temporários até o fim do ano para evitar fraude
31/07/2024 -
Empregabilidade das mulheres no mercado de trabalho
cresce no mundo
31/07/2024 -
Deputados aprovaram regras para estimular a
contratação de pessoas com autismo
31/07/2024 -
Projeto trata de compensação às microempresas por
salário-maternidade
30/07/2024 -
Paraná Pesquisas: Lula derrota todos os adversários
em projeção para 2026
30/07/2024 -
Agenda e perspectivas para o 2º semestre de 2024 no
Congresso
30/07/2024 -
Confiança da indústria cresce em julho e engata 4º
mês seguido de alta
30/07/2024 -
Brasil tem déficit de 3,5 mil fiscais do trabalho;
Amazonas é o estado mais prejudicado
29/07/2024 -
Nova Central pede melhor tratamento aos brasileiros
nos EUA
29/07/2024 -
"Mundo voltou a acreditar no Brasil", diz Lula em
pronunciamento
29/07/2024 -
Sequência de aumentos reais prossegue
29/07/2024 -
Coteminas: empresa do presidente da Fiesp tem pedido
de recuperação judicial aprovado
29/07/2024 -
Brasil e Estados Unidos reafirmam parceria para os
Direitos dos Trabalhadores
29/07/2024 -
Sem acordo, federação de sindicatos anuncia
continuidade da greve no INSS
26/07/2024 -
30 anos do Plano Real: DIEESE promove seminário dia
30
26/07/2024 -
Audiência pública em Brasília discutirá a jornada de
trabalho 6x1
26/07/2024 -
Lula é o presidente mais bem avaliado da América do
Sul
26/07/2024 -
Busca por recursos continua travando votação sobre a
desoneração da folha
26/07/2024 -
MPT-SP destinará recursos para fundo de
reconstituição do RS
26/07/2024 -
Lula e diretor da OIT discutem regulação de
motoristas por aplicativo
25/07/2024 -
“Trabalhadores também devem globalizar”, diz Moacyr
25/07/2024 -
Nova Central segue atuante no L20 nesta quarta
25/07/2024 -
Garantir direitos trabalhistas: desafio e luta dos
sindicalistas num mundo globalizado
25/07/2024 -
Quase 88% dos trabalhadores com data-base em junho
tiveram ganhos reais nos salários
25/07/2024 -
PJe ficará indisponível neste fim de semana para
instalação da nova versão
25/07/2024 -
Projeto dispensa de relatório sentença com causa de
até 40 salários mínimos
24/07/2024 -
Governismo: relação entre Legislativo e Executivo,
no Lula 3
24/07/2024 -
Sindicatos devem atualizar cadastro no MTE
24/07/2024 -
L20: Nova Central integra cúpula que definirá agenda
dos trabalhadores no G20
24/07/2024 -
Brasil e EUA lançam campanha para enfrentar os
efeitos das mudanças climáticas no mundo do trabalho
24/07/2024 -
No Brasil foram registrados 2.888 acidentes fatais
em 2023, segundo dados do eSocial
23/07/2024 -
Nova Central indica livro sobre ‘Direito’ de
oposição à Contribuição Assistencial
23/07/2024 -
Câmara pode pautar debate sobre nova reforma da
Previdência em 2025, diz jornal
23/07/2024 -
PEC do Trabalho Infantil é nova investida de Arthur
Lira
23/07/2024 -
Sem atitude irregular, TST afasta execução de dívida
trabalhista contra sócios
22/07/2024 -
O bolsonarismo define estratégia para 2026: o Senado
Federal
22/07/2024 -
DIEESE lança pesquisa Promovendo a Igualdade de
Gênero; confira
22/07/2024 -
Lula volta a criticar privatização da Eletrobras:
'empresa extraordinária, de interesses de segurança
nacional'
22/07/2024 -
Taxa de câmbio foi a 4ª maior preocupação da
indústria no 2º tri, diz CNI
19/07/2024 -
Vozes da CLT: ministra explica diferença entre
contribuição sindical e assistencial
19/07/2024 -
STF estende prazo para governo e Congresso acertarem
desoneração
19/07/2024 -
Maioria dos brasileiros é favorável ao aborto nos
casos previstos em lei
19/07/2024 -
PT entra com nova ação no STF contra privatização da
Sabesp
19/07/2024 -
Projeto suspende regulamentação da lei de igualdade
salarial entre homens e mulheres
18/07/2024 -
Centrais realizam ato nacional contra juros altos no
dia 30 de julho
18/07/2024 -
Igualdade salarial: Nova Central e centrais celebram
um ano da lei
18/07/2024 -
"Não vamos cortar o salário mínimo", reafirma Lula
18/07/2024 -
FGTS registra lucro de R$ 23,4 bilhões em 2023,
maior valor da história
18/07/2024 -
Pacheco pede ao STF prorrogação de prazo para votar
desoneração da folha
18/07/2024 -
TST reconhece dano existencial em jornada diária de
12 horas em turnos ininterruptos
17/07/2024 -
Lei da igualdade salarial tem boa adesão das
empresas, diz ministro
17/07/2024 -
Produção industrial brasileira supera média global e
cresce 1,7% no primeiro trimestre de 2024
17/07/2024 -
Lira anuncia para agosto a votação do segundo
projeto que regulamenta a reforma tributária
17/07/2024 -
Economia brasileira cresceu 0,25% em maio
17/07/2024 -
Normas coletivas podem autorizar prorrogação de
jornada em atividade insalubre, decide TRT-4
17/07/2024 -
Tabela de depósitos recursais será atualizada a
partir de 1º de agosto
16/07/2024 -
Nova Central e
CNTI dão continuidade aos trabalhos no Fórum
Interconselhos
16/07/2024 -
Nova Central convoca regiões para tratar da Agenda
Legislativa nos estados
16/07/2024 -
Consultor vê País normalizado e Lula mais forte
16/07/2024 -
Senado insiste em votar PEC do fim da reeleição
ainda em 2024
16/07/2024 -
Taxa Assistencial: recomendações do MPT aos
Contabilistas
15/07/2024 -
NCST Participa da 4ª Reunião Ordinária do Conselho
Nacional do Trabalho
15/07/2024 -
Revelações sobre a 'Abin paralela' são "graves" e
"dignas de preocupação", dizem ministros do STF
15/07/2024 -
Com a Sabesp privatizada, você vai entrar pelo cano!
– Eduardo Annunciato – Chicão
15/07/2024 -
TRT-4 valida trecho da CLT sobre prorrogação de
jornada em ambiente insalubre
15/07/2024 -
Projeto prevê ajuda para empresas e trabalhadores do
Rio Grande do Sul
12/07/2024 -
Pesquisa IPEC confirma melhora na avaliação do
governo Lula
12/07/2024 -
Liberal, neoliberal e as confusões ideológicas:
esclarecimentos
12/07/2024 -
Ampliação da licença-paternidade é aprovada pela CDH
12/07/2024 -
CAS aprova suspensão do pagamento de empréstimos de
vítimas das chuvas no RS
11/07/2024 -
INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação
oficial
11/07/2024 -
Aprovação de Lula sobe para 54%, aponta pesquisa
Quaest
11/07/2024 -
Pensão alimentícia deve ter isenção de Imposto de
Renda, decide CAE
11/07/2024 -
Trabalhador terceirizado do TST morre após sofrer
choque elétrico
10/07/2024 -
Dia da Luta Operária: dirigentes sindicais cobram
por justiça e reparação à classe trabalhadora
10/07/2024 -
Luiz Marinho defende acabar com a restrição ao
trabalhador de sacar saldo do FGTS
10/07/2024 -
Aposentados e pensionistas do RS podem ter 180 dias
de carência nos empréstimos
10/07/2024 -
Regulamentação da reforma tributária será votada a
partir desta quarta-feira, diz Lira
10/07/2024 -
Dia da Luta Operária: dirigentes sindicais cobram
por justiça e reparação à classe trabalhadora
10/07/2024 -
Luiz Marinho defende acabar com a restrição ao
trabalhador de sacar saldo do FGTS
10/07/2024 -
Aposentados e pensionistas do RS podem ter 180 dias
de carência nos empréstimos
10/07/2024 -
Regulamentação da reforma tributária será votada a
partir desta quarta-feira, diz Lira
10/07/2024 -
Servidores do INSS convocam greve por tempo
indeterminado para o próximo dia 16
09/07/2024 -
Negociação coletiva e estratégia de desenvolvimento
produtivo
09/07/2024 -
Ministério Público do Trabalho adverte escritórios
de contabilidade sobre práticas antissindicais
09/07/2024 -
Mercado é 0,5% da população, diz economista
09/07/2024 -
Lula bate 45% de aprovação em Recife e 34% em São
Paulo, diz Datafolha
09/07/2024 -
Licença-maternidade deve ser computada para
pagamento de adicional de insalubridade
08/07/2024 -
Dia da Luta Operária será na terça-feira, 9
08/07/2024 -
Comissão busca consenso para regulamentar
aposentadoria especial e reduzir a judicialização
08/07/2024 -
Dieese diz que 10 capitais têm aumento na cesta
básica
08/07/2024 -
Três indicadores – João Guilherme Vargas Netto
05/07/2024 -
TST abre inscrições para audiência pública sobre
direito de oposição à contribuição negocial
05/07/2024 -
Dieese subsidia debate sobre a nova política
industrial
05/07/2024 -
Nova Central participa de encontro com presidente do
TST
05/07/2024 -
PLP 12/24: relator apresenta novo texto na Comissão
de Indústria, Comércio e Serviço
05/07/2024 -
Indústria calçadista perde 1,1 mil postos de
trabalho em maio
05/07/2024 -
CDH discute aumento da licença-maternidade e criação
do salário-paternidade
04/07/2024 -
Centrais apoiam NT do MPT/Conalis favorável ao
custeio sindical
04/07/2024 -
CNI: Capital e trabalho devem se unir pela
reindustrialização
04/07/2024 -
Produção industrial cai 0,9% em maio, com influência
de enchentes no Sul, diz IBGE
04/07/2024 -
Horas extras e multa do FGTS são temas mais
recorrentes em novas ações da Justiça do Trabalho
04/07/2024 -
Acordo coletivo não pode limitar direito de gestante
à estabilidade, diz TST
03/07/2024 -
Financiamento sindical x sistema S
03/07/2024 -
Audiência na Câmara debate projeto que regulamenta
aposentadoria especial
03/07/2024 -
Aposentado por invalidez permanente não precisa
fazer reavaliação, decide CAE
03/07/2024 -
Inteligência Artificial: entenda o PL do senador
Rodrigo Pacheco
03/07/2024 -
Comissão aprova ampliação de atribuições do Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil
03/07/2024 -
Trabalhador pode usar FGTS para quitar dívidas de
acordos judiciais
02/07/2024 -
MTE completa modernização do ambiente externo do
Cadastro Nacional de Entidades Sindicais
02/07/2024 -
Divulgada relação de entidades sindicais que
precisam atualizar cadastro no MTE
02/07/2024 -
‘Boletim de Conjuntura’ de junho do Dieese destaca
‘ataque aos direitos dos trabalhadores’
02/07/2024 -
Presidente do TST recebe representantes das Centrais
Sindicais
02/07/2024 -
Deputado defende revogação da contribuição
previdenciária de aposentados
02/07/2024 -
Lula diz que governo analisa 'onde é possível cortar
gastos' e diz que juros altos são o 'maior gargalo'
do Brasil
01/07/2024 -
31ª edição: saiba quem são os novos “Cabeças” do
Congresso
01/07/2024 -
Lula defende política de aumento real do salário
mínimo: "quero que a inflação não coma o salário do
trabalhador"
01/07/2024 -
Desemprego recua para 7,1%, o menor do trimestre
desde 2014
01/07/2024 -
Luiz Marinho recebe lideranças das centrais
sindicais para tratar da política do FGTS
01/07/2024 -
Sindicalize-se! – João Guilherme
01/07/2024 -
Com impacto das enchentes no RS, Brasil abre 131,8
mil vagas em maio
31/07/2024 -
Brasil tem saldo de 201 mil empregos em junho, alta
de 29,5%
Foram registradas 2.071.649 admissões, diz Novo
Caged
O Brasil fechou o mês de junho com saldo positivo de
201.705 empregos com carteira assinada, número 29,5%
maior que no mesmo mês do ano passado. O resultado
decorreu de 2.071.649 admissões e de 1.869.944
desligamentos.
O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta
terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
Os cinco grandes grupamentos de atividades
registraram saldos positivos em junho. O setor de
serviços gerou 87.708, o de comércio 33.412 postos,
a indústria 32.023 postos, a agropecuária 27.129
postos e o setor de construção gerou 21.449 postos.
O destaque para o crescimento foi no setor de
indústria, que registrou aumento de 165% em relação
a junho do ano passado.
No acumulado do ano (janeiro/2024 a junho/2024), o
saldo foi de 1.300.044 empregos e, nos últimos 12
meses (julho/2023 a junho/2024), foi registrado
saldo de 1.727.733 empregos.
Apenas o Rio Grande do Sul apresentou saldo negativo
entre os estados (-8.569), ainda devido às enchentes
registradas em maio. Mesmo assim, o estado apresenta
tendência de recuperação em relação a maio, quando
foi registrada uma queda de 22.180 mil empregos.
“Achávamos que poderia ser pior, com mais demissões.
Apesar de negativo, nos surpreendeu positivamente”,
disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, ressaltando que no próximo mês o saldo de
empregos ainda deverá ser negativo no estado.
O salário médio real de admissão em junho ficou em
R$ 2.132,82, com queda de R$ 5,15 (-0,2%) em
comparação com o valor de maio. Já em comparação com
o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi R$
43,28 (+2,1%).
Juros
Ao apresentar os dados de emprego de junho, o ministro
destacou a necessidade de retomar o processo de
redução de juros no país. Segundo ele, com juros
menores é possível ter melhores salários e menor
informalidade.
“Não há razão para não retomar de novo a redução dos
juros. Esperamos que os colegas do Banco Central
tenham um olhar para o que está acontecendo na
economia, no mercado de trabalho, na indústria, no
mundo real e possam retomar a redução de juros,
porque isso ajuda bastante tanto o crédito quanto o
investimento. E o investimento pressupõe gerar
empregos”, diz.
O Comitê de Política Monetária (Copom) resolveu, na
reunião de junho, interromper o ciclo de corte de
juros iniciado há quase um ano, mantendo a taxa
Selic em 10,5% ao ano.
Marinho espera que o saldo de empregos no acumulado
de 2024 chegue a 2 milhões.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2024 -
Inflação de preços ao produtor acelera para 1,28% em
junho, diz IBGE
O índice acumula agora altas de 2,58% no ano e de
4,19% em 12 meses; o setor de alimentos teve o maior
destaque na composição do resultado agregado
Os preços da indústria aceleraram para 1,28% em
junho ante maio, após terem registrado alta de 0,45%
(dado revisado) um mês antes, segundo dados do
Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgados nesta
terça-feira (30) pelo IBGE. Foi o quinto resultado
positivo seguido no indicador.
O índice acumula agora altas de 2,58% no ano e de
4,19% em 12 meses. Em junho do ano passado, a
variação frente ao mês anterior tinha sido de
-2,72%.
Nessa medição, 19 das 24 atividades industriais
investigadas apresentaram crescimento, com destaques
para outros produtos químicos (+3,93%); outros
equipamentos de transporte (+3,67%); metalurgia
(+2,99%); e fumo (+2,83%).
Mas foi o setor de alimentos o de maior destaque na
composição do resultado agregado, na comparação com
maio. A atividade foi responsável por 0,36 ponto
percentual (p.p.) de influência na variação de 1,28%
da indústria geral.
Outras atividades que também sobressaíram foram
outros produtos químicos, com 0,31 p.p. de
influência, metalurgia (0,19 p.p.) e indústrias
extrativas (0,08 p.p.).
Entre as grandes categorias econômicas, houve alta
de 1,21% a variação de preços dos bens de capital em
junho frente a maio; de 1,85% em bens
intermediários; e de 0,46% em bens de consumo.
A variação observada nos bens de consumo duráveis
foi de 0,20%, ao passo que nos bens de consumo
semiduráveis e não duráveis foi de 0,52%.
Fonte: InfoMoney
31/07/2024 -
INSS: Governo quer verificar 800 mil beneficiários
temporários até o fim do ano para evitar fraude
Segundo o ministro da Previdência, Carlos Lupi,
verificações devem trazer economia ao País, porque
há 'muitos pagamentos indevidos'; 30 mil
verificações já foram realizadas
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
nesta segunda-feira, 29, que já foram realizadas 30
mil verificações de beneficiários temporários do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que até
o fim do ano o número chegará a 800 mil verificações
presenciais.
"Nosso grande desafio hoje é evitar fraude. Tem
muita gente que frauda a Previdência Social, que
frauda o BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada
- Lei Orgânica da Assistência Social) para ter
benefícios indevidos."
Indagado sobre o impacto das verificações, Lupi
disse que as verificações devem trazer economia,
porque há "muitos pagamentos indevidos".
Lupi disse ainda que 60% dos municípios não
conseguiriam funcionar se não fossem os benefícios
do INSS. O maior desafio do governo, hoje, segundo
ele, "é a gente conseguir ser eficiente". Ele
ressaltou que a Previdência coloca R$ 65 bilhões na
economia todos os meses, e que 22% desse volume
retorna ao governo como impostos diretos e
indiretos.
O ministro participou da Conferência Nacional dos
Agentes Produtores e Usuários de Dados - Soberania
Nacional em Geociências, Estatísticas e Dados:
riscos e oportunidades do Brasil na Era Digital, e
assinou um convênio da Previdência com o IBGE. O
evento aconteceu na Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (Uerj), no Maracanã, zona norte do Rio de
Janeiro.
Lupi afirmou que a média salarial no Brasil,
atualmente, é de R$ 1.860. "É baixo, mas o possível
em um País destruído", disse. Ele destacou que, nos
últimos anos, o Brasil passou por um período de
"destruição do Estado, da democracia e do valores".
O ministro afirmou ainda que, na América Latina, os
benefícios sociais são ameaçados pelas elites.
Fonte: Terra
31/07/2024 -
Empregabilidade das mulheres no mercado de trabalho
cresce no mundo
A participação das mulheres no mercado de trabalho
aumentou nos países que compõem o G20. A maior taxa
de empregabilidade das mulheres aconteceu após o
Covid-19. Porém, as diferenças salariais entre
homens e mulheres persistem ainda nos países do G20.
E metade dos países do G20 participa da Coalizão
Internacional pela Igualdade Salarial (EPIC).
Os dados são do relatório da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
foram divulgados na sexta-feira (26) durante a
plenária ministerial sobre Emprego, que abordou o
tema de Igualdade de Gênero e Promoção da
Diversidade no Mundo do Trabalho, na reunião do G20
Brasil que acontece no Centro de Eventos do Ceará,
em Fortaleza.
A subsecretária de Estatísticas e Estudos do
Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
Paula Montagner, afirmou que a participação das
mulheres no mercado de trabalho aumentou no Brasil.
A taxa de participação feminina cresceu de 34,8% em
1990 para 52,2% em 2023. Vale pontuar que este
número chegou a 54,3% em 2019, antes da pandemia do
Covid-19. A desigualdade salarial entre mulheres e
homens também diminuiu na última década.
Em 2013, as mulheres ganhavam em média 26,3% a menos
que homens. “Entretanto, as mulheres negras têm
maior desemprego, e menos oportunidades no mercado
formal de trabalho”, ressalta Paula. Segundo ela,
dados do Dieese apontam que no quarto trimestre de
2023 o desemprego das mulheres negras ficou em 11%,
enquanto as mulheres não negras 7%.
A assessora de Participação Social e Diversidade, do
MTE, Anatalina Lourenço da Silva, ressaltou que as
“injustiças contra as mulheres são históricas,
principalmente, com as mulheres negras”. “Não é
tempo mais de aceitar que as mulheres trabalhem
muito mais horas e ganhem menos do que os homens na
mesma função”, afirmou. Ela citou a Lei de Igualdade
Salarial que o Brasil aprovou em 2023. O primeiro
relatório apontou que das 49.587 empresas
brasileiras com 100 ou mais empregados, apenas 32,6%
têm políticas de incentivos para a contratação de
mulheres.
O ministro do Trabalho do Canadá, Randy Boissonnault,
disse que o seu país investe nas políticas para
mulheres. De acordo com ele, o Canadá tem um
programa de empreendedorismo feminino. “Com capital
para investimentos, temos mais mulheres donas de
seus próprios negócios”, ressaltou. Ele também
argumentou que a equidade de gênero melhora o PIB do
país. Além disso, o Canadá tem uma lei de Igualdade
Salarial, e uma agência que cuida do assunto para
reduzir as disparidades salariais entre homens e
mulheres.
A Austrália também investe na participação das
mulheres no mercado de trabalho. Eles possuem um
programa de ajuda financeira para mulheres solteiras
com filhos, e uma agência que cuida das disparidades
salariais entre homens e mulheres.
Fonte: MTE
31/07/2024 -
Deputados aprovaram regras para estimular a
contratação de pessoas com autismo
Regras para estimular a contratação de pessoas com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram aprovadas
pela Câmara dos Deputados neste primeiro semestre
por meio do Projeto de Lei 5813/23, da deputada Iza
Arruda (MDB-PE).
O texto enviado ao Senado foi relatado pela deputada
Flávia Morais (PDT-GO) e define regras para a
contratação como empregado, aprendiz ou estagiário.
No âmbito do Sistema Nacional do Emprego (Sine),
caberá à União manter um cadastro específico de
candidatos com TEA para intermediação de vagas de
emprego e para contratos de aprendizagem. Os
contratos de aprendiz podem ter vigência de dois
anos, conforme a Lei 10.097/00.
Quanto aos estágios, os agentes de integração entre
as escolas e as instituições ou empresas cedentes de
estágio deverão dar prioridade e atenção especial ao
atendimento às pessoas com TEA, adotando todos os
esforços necessários na prospecção e na captação de
vagas de estágio adequadas ao perfil desse
candidato.
Fonte: Agência Câmara
31/07/2024 -
Projeto trata de compensação às microempresas por
salário-maternidade
O senador Flávio Arns (PSB-PR) apresentou um projeto
de lei para permitir que microempresas, empresas de
pequeno porte e microempreendedores individuais que
pagam salário-maternidade possam compensar uma parte
do crédito daí decorrente do recolhimento de
tributos federais. O PL 2.641/2024 tramita na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
30/07/2024 -
Paraná Pesquisas: Lula derrota todos os adversários
em projeção para 2026
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo o
levantamento, é a candidata mais perigosa para o
presidente
Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta
segunda-feira (29) mostra que o presidente Lula (PT)
venceria todos os outros candidatos em caso de um
pleito presidencial hoje. Além de liderar todos os
cenários pesquisados de primeiro turno, superando
Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível -,
Tarcísio de Freitas e outros, o presidente também
derrotaria todos os nomes no segundo turno.
Contra Jair Bolsonaro, Lula teria uma vantagem de
2,2 pontos percentuais, com 44,1% dos votos, estando
tecnicamente empatados. No entanto, como o
ex-mandatário está inelegível, a adversária mais
perigosa para o presidente seria a ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro que, em uma disputa contra Lula,
teria 39,1% dos votos, enquanto o petista alcançaria
44,3%. A diferença é de 5,2 pontos percentuais. A
pesquisa também mostra que a candidatura de Michelle
"com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro" sobe
para 40,2%, enquanto Lula teria 43,8%.
Contra Tarcísio, que deverá ser o candidato do
mercado financeiro e da grande mídia brasileira,
Lula teria uma vantagem mais consolidada. O
presidente aparece com 44,4%, enquanto o governador
tem 36,2%. Com o apoio de Bolsonaro, Tarcísio sobe
para 38,5%, mas Lula mantém a vantagem com 44,2%.
O Paraná Pesquisas ouviu 2.026 eleitores
pessoalmente entre 18 e 22 de julho. O grau de
confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2
pontos percentuais.
Fonte: Brasil247
30/07/2024 -
Agenda e perspectivas para o 2º semestre de 2024 no
Congresso
O balanço de 1 ano e 6 meses de governo Lula
foi marcado por vitórias nas agendas econômicas e
sociais, e derrotas parciais na chamada agenda
conservadora, como evidenciado pela aprovação de
urgência de propostas e derrubada de vetos,
incluindo alteração na lei antiaborto — ‘PL do
Estuprador’ — e a lei das saidinhas pelo Congresso.
Neuriberg Dias*
De olho nas eleições dos novos ocupantes dos cargos
de presidentes das casas legislativas, o deputado
Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) demonstraram habilidade em mediar consensos
entre as agendas do governo e os pleitos de partidos
de oposição e bancadas informais.
Isso resultou num saldo positivo de leis e, por
outro lado, em calculado movimento para atrair apoio
dos parlamentares aos candidatos à sucessão em 2025,
quando as mesas diretorias das casas do Congresso —
Câmara e Senado — serão renovadas.
Para o segundo semestre, a expectativa é que o ritmo
de votações seja mais lento e estratégico, pois as
atenções estarão nas eleições municipais e a
sucessão das presidências do Congresso Nacional.
Esse período eleitoral, naturalmente, desvia o foco
dos parlamentares para as chamadas bases eleitorais,
buscando a eleição de aliados políticos, o que
diminui a intensidade das atividades legislativas.
Esforço concentrado
Contudo, isso não significa que o Congresso ficará
inativo. Câmara e Senado devem definir calendário de
sessões — conhecido como esforço concentrado — para
votação de projetos de grande relevância,
especialmente aqueles que possuem consenso entre os
diferentes partidos e que têm urgência para a
sociedade.
Entre os temas prioritários que podem ganhar
destaque estão a votação do:
• PLP 68/24, que regulamenta a Reforma Tributária,
no Senado Federal;
• PLP 12/24, que regulamenta os motoristas de
aplicativo, na Câmara dos Deputados;
• PL 1.847/24, que estabelece novo regime para
desoneração da folha de pagamento; e
• PL 2.830/19 e PL 2.099/23, que regulamentam o
direito de oposição à contribuição assistencial no
Senado, entre outras pautas.
Pauta trabalhista
O governo também deve enviar novas propostas para
apreciação no Congresso.
Os ministérios e diversos grupos de trabalho, com a
participação de setores da sociedade, têm concluído
propostas, como a do fortalecimento da negociação
coletiva para sindicatos e a regulamentação da
negociação coletiva para os servidores públicos.
Também se discute, no âmbito do Ministério do
Trabalho e Emprego, o novo saque-aniversário do
trabalhador e nova portaria sobre o trabalho aos
domingos e feriados.
Pautas conservadoras
Temas polêmicos também pode ser votado nas 2 casas
legislativas. Em especial aqueles que geraram
reação, nas decisões do Judiciário e são prioridades
para as bancadas conservadoras do agronegócio e
evangélica:
• PEC 48/23, sobre o marco temporal de demarcação de
terras indígenas;
• PEC 34/23, que veda a descriminação do tráfico de
drogas e legalização de novas drogas recreativas; e
• PEC 45/23, que criminaliza a posse de drogas.
Pacote anti-MST
E o chamado pacote anti-MST, com 3 projetos de lei, em
tramitação na Câmara:
• PL 8.262/17, que trata da retirada de ‘invasores’,
permitindo a ação da polícia sem ordem judicial em
retomada de imóvel;
• PL 4.183/23, que trata da personalidade jurídica,
prevendo que movimentos sociais e populares que
tiverem atuação em mais de 3 estados tenham que ser
formalizados; e
• PL 4.432/23, que prevê a criação de cadastro
nacional de invasores de terras.
PERSPECTIVAS DE TEMAS E PROPOSTAS QUE PODEM SER
VOTADAS NO 2º SEMESTRE
• PLN 3/24 - LDO - Aguarda deliberação do parecer
pela aprovação na forma do substitutivo na Comissão
Mista de Orçamentos e no plenário do Congresso.
Situação: LOA - Aguarda envio ao Congresso.
• PL 1.847/24 - Reoneração da folha. Situação:
aguarda deliberação no Senado para seguir à Câmara.
• PLP 68/24 - Regulamentação da Reforma Tributária.
Situação: aguarda deliberação no Senado.
• PLP 108/24 - Regulamentação da Reforma Tributária,
sobre o Comitê Gestor. Situação: está na Câmara.
• PLP 12/24 - Motoristas de aplicativo. Situação:
aguarda deliberação nas comissões temáticas e no
plenário da Câmara para seguir ao Senado.
• Negociação coletiva para servidores e
fortalecimento da negociação coletiva sindical.
Situação: aguarda envio ao Congresso pelo Executivo.
• PL 2.830/19 - Direito de oposição à taxa
assistencial. Situação: aguarda deliberação da
emenda de plenário na CAS e na CCJ.
• PL 2.099/23 - Direito de oposição à taxa
assistencial. Situação: aguarda parecer do relator
na CAS, do senador Paulo Paim (PT-RS).
• Novo saque-aniversário do trabalhador. Situação:
aguarda envio ao Congresso, pelo Executivo.
• PL 13/20 - Amplia incentivos a semicondutores e
tecnologia da informação. Situação: aguarda
deliberação na CAE antes de ir ao plenário do
Senado.
• PL 5.979/19 - Vale Cultura. Situação: aguarda
deliberação no plenário do Senado.
• PL 182/24 - Regulamenta o Mbre (Mercado Brasileiro
de Redução de Emissões). Situação: projeto aguarda
despacho no Senado.
• PL 2.234/22 - Jogos de azar. Situação: aguarda
deliberação no plenário do Senado.
• PLP 121/24 - Institui o Propag (Programa de Pleno
Pagamento de Dívidas dos Estados). Situação: aguarda
deliberação no plenário do Senado.
• PEC 66/23 - Novo prazo de parcelamento especial de
débitos dos municípios com Regimes Próprios de
Previdência Social e Regime Geral de Previdência
Social. Situação: aguarda deliberação no plenário do
Senado, para seguir à Câmara.
• PL 576/21 - Disciplina o aproveitamento de
potencial energético offshore. Situação: aguarda
deliberação na CI e no plenário do Senado, das
alterações promovidas pela Câmara.
• PL 1.904/24 - Equipara o aborto acima de 22
semanas a homicídio. Situação: regime de urgência e
deverá ser deliberado por comissão especial antes de
seguir ao plenário da Câmara.
• PEC 65/23 - Novo regime jurídico do Banco Central.
Situação: aguarda deliberação na CCJ antes de seguir
ao plenário do Senado.
• PLP 112/21 - Novo Código Eleitoral. Situação:
aguarda deliberação na CCJ antes de seguir ao
plenário do Senado.
• PEC 12/22 - Fim da reeleição. Situação: aguarda
parecer do relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI),
na CCJ.
• PEC 48/23 - Define marco temporal de demarcação
das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos
indígenas. Situação: aguarda deliberação na CCJ
antes de seguir ao plenário do Senado.
• PEC 34/23 - Proíbe legalização e descriminalização
de drogas ilícitas. Situação: aguarda deliberação na
CCJ, antes de seguir à comissão especial e ao
plenário da Câmara.
• PEC 45/23 - Criminaliza posse de drogas. Situação:
aguarda criação de comissão especial.
• PL 15/24 - Devedor contumaz. Situação: aguarda
deliberação nas comissões temáticas para seguir ao
plenário da Câmara.
• PEC 32/20 - Reforma Administrativa. Situação:
aguarda deliberação na pauta do plenário da Câmara.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. É sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política
Fonte: Diap
30/07/2024 -
Confiança da indústria cresce em julho e engata 4º
mês seguido de alta
O Índice Situação Atual (ISA) avançou 4,4 pontos,
para 103,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas
(IE) subiu 2,1 ponto, para 97,6 pontos; ambos chegam
ao maior patamar desde novembro de 2021.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 3,3
pontos em julho, para 101,7 pontos, na quarta alta
mensal seguida, informou nesta segunda-feira (29) a
Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis
trimestrais, o índice avançou 1,7 ponto, para 99,4
pontos.
Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre, o
resultado positivo foi influenciado por uma forte
melhora na percepção da situação atual.
“A percepção sobre a demanda segue avançando
enquanto o nível de estoques melhora gradualmente.
Além disso, maior parte das empresas sinalizam que
não há dificuldades para aumentar a produção no
momento”, comentou em nota.
Sobre a percepção em relação ao futuro, ele disse
que há uma perspectiva positiva relacionada ao
ambiente de negócios para o fim do ano e ao ímpeto
de contratações.
“No cenário macroeconômico, apesar da interrupção do
ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de
trabalho e renda continuam positivos e contribuem
com o otimismo disseminado entre os segmentos da
indústria”, detalhou.
Em julho, houve alta da confiança em 13 dos 19
segmentos industriais pesquisados pela Sondagem.
O Índice Situação Atual (ISA) avançou 4,4 pontos,
para 103,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas
(IE) subiu 2,1 ponto, para 97,6 pontos. Ambos chegam
ao maior patamar desde novembro de 2021.
Fonte: InfoMoney
30/07/2024 -
Brasil tem déficit de 3,5 mil fiscais do trabalho;
Amazonas é o estado mais prejudicado
Carência desses profissionais dificulta o combate
às situações degradantes de emprego
De acordo com a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), a cada 20 mil pessoas economicamente
ativas, é necessário que haja um auditor fiscal do
trabalho em atividade. No Brasil, esse número seria
de 5.441 servidores exercendo a função. Com 1.888
auditores, no entanto, o país passa longe dessa
meta.
O último concurso público para o cargo foi realizado
em 2013. De lá para cá, profissionais se
aposentaram, enquanto a força de trabalho do país
cresceu.
Como consequência, casos de trabalho escravo passam
impunes. "Nós estamos vivendo um momento com muito
descumprimento da legislação trabalhista, muitos
trabalhadores tendo os seus direitos descumpridos",
avalia Rosa Jorge, diretora do Sindicato Nacional
dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinat). "E os
empresários sabem que às vezes tem pouco auditor,
que não vai chegar lá na empresa dele", alerta.
Com uma força de trabalho de quase 2 milhões de
pessoas e somente 20 fiscais, o Amazonas apresenta
uma média de um auditor para cada 96 mil
trabalhadores, ficando em primeiro lugar entre os
estados com maior déficit desses profissionais.
Embora apareça em 15º no ranking da força de
trabalho por unidade federativa, foram registrados
somente dois casos de trabalho escravo no estado nos
últimos anos, segundo a edição mais atual da lista
suja do trabalho escravo, publicada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE).
Para quem trabalha na área, não há dúvidas de que o
baixo número de casos é reflexo do déficit de
fiscalização. "A fiscalização de garimpos ilegais na
região da Amazônia precisa ser feita junto com o
Ministério do Trabalho, para ter a presença da
auditoria fiscal", avalia Francisco Alan Santos,
agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT). "Os
agentes públicos, como a Polícia Federal,
identificam um crime ambiental, mas muitas vezes o
crime de exploração de trabalho escravo não é
identificado", diz.
Para ele, que há 14 anos acompanha denúncias de
trabalho escravo na região norte do país, a presença
de mais auditores fiscais pode trazer visibilidade
para outros casos, aumentando os números de
flagrantes.
De acordo com Jomar Lima, auditor fiscal e chefe da
Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego no
Pará, somente o auditor fiscal tem autorização para
constatar uma situação de trabalho escravo e
conduzir o resgate dos trabalhadores. Além do
déficit de profissionais, as longas distâncias na
região norte do país são outro fator de dificuldade
no trabalho. "São locais longe. A nossa maior
quantidade de denúncias está justamente nessa área
que engloba a agropecuária, a silvicultura, a
agricultura", conta.
De acordo com dados da CPT, a pecuária é a atividade
que mais emprega mão de obra escrava na região
norte. Entre 1995 e 2024, foram libertos 12.977
trabalhadores nessa atividade. Em um caso recente,
de abril de 2023, cinco pessoas – entre elas uma
criança e uma adolescente – foram resgatadas em uma
fazenda no município de Senador José Porfírio, no
Pará. Os trabalhadores só foram encontrados porque
um deles caminhou quilômetros na mata até encontrar
sinal de celular e pedir ajuda.
"O isolamento geográfico é uma característica da
dificuldade, muitas vezes, da fiscalização chegar",
ressalta Francisco. "O auditor fiscal disse que, de
onde eles estavam, levaria de três a quatro dias a
pé para chegar na sede do município", lembra.
Em agosto, o Governo Federal realizará um concurso
para cobrir 900 vagas de auditores fiscais do
trabalho. Ainda assim, faltarão 2.600 profissionais
para que o Brasil atenda à meta da OIT e dê conta de
ampliar a fiscalização do trabalho escravo.
Fonte: Brasil de Fato
29/07/2024 -
Nova Central pede melhor tratamento aos brasileiros
nos EUA
Apesar de ser uma fase de avaliação e planejamento
para o próximo G-20, que vai acontecer no Brasil, em
Belém do Pará, os resultados alcançados no Labour-20,
de Fortaleza, no Ceará, prometem boas perspectivas
de um excelente relacionamento mundial nos âmbitos
sindicalista e trabalhista. Esta é a avaliação que
trazem na bagagem o presidente da Nova Central,
Moacyr Auersvald; o presidente da Nova Central
Paraná, Denilson Pestana e a secretária para
Assuntos da Mulher da NCST, Sonia Zerino, que
estiveram em todos os debates.
O G20 é composto por 19 países (África do Sul,
Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália,
Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados
Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão,
México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos
regionais: a União Africana e a União Europeia. Os
membros do G20 representam cerca de 85% do Produto
Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio
mundial e cerca de dois terços da população mundial.
Mundo do trabalho
Foram várias rodadas de negociação estabelecendo
documentos, princípios preparatórios e fixando o
futuro das ações a serem desenvolvidas no G-20. No
último dia foram fechados os acordos entre
trabalhadores, empresários e governo.
Segundo Moacyr Auersvald, da Nova Central, um dos
pontos mais positivos foi com relação a situação dos
brasileiros que estão nos Estados Unidos, a grande
maioria dos trabalhadores na informalidade ou
exercendo atividades de trabalho considerado
desqualificado. “Estamos acertando entendimentos
para que estes trabalhadores, além de receberem
melhor tratamento do empresário local, possam também
participar de programas de qualificação dentro da
realidade norte-americana. O importante é que tenham
trabalho e salário dignos e que sejam reconhecidos
na sua condição de cidadãos, já que muitos estão
perto da extradição e das ameaças constantes do
setor público, já que aqui no Brasil todos são
tratados em forma de igualdade”, disse Moacyr.
Tudo verde
Há um pensamento generalizado entre os povos laborais
e empresariais, pelo que ficou claro no encontro, de
se pensar numa economia verde, sustentabilidade e
emprego verde. E também que as práticas predatórias
do passado estão ultrapassadas e precisam ser
corrigidas, não deixando ninguém para trás.
“Apesar do pensamento uniforme para o futuro, vemos
que hoje nem tudo está tão verde, nem azul. As
dificuldades em negociações, organizações e até no
relacionamento com os governos dependem de boa
vontade e maior aproximação para as negociações.
Isso precisa ser corrigido e esbarra naquilo que eu
frisei no meu discurso inicial e que precisa ser
enfadonhamente repetido: o trabalhador também
precisa globalizar, nossos sindicatos precisam estar
globalizados. Nossas dificuldades são semelhantes e
precisam de soluções muito bem alinhadas”, concluiu
o presidente da Nova Central.
Fonte: NCST
29/07/2024 -
"Mundo voltou a acreditar no Brasil", diz Lula em
pronunciamento
Presidente fez balanço de um ano e meio de gestão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou,
neste domingo (28), que o mundo “voltou a acreditar
no Brasil”, como resultado de uma diplomacia “ativa
e altiva” do governo brasileiro. Em pronunciamento à
nação, Lula fez balanço de um ano e meio de gestão,
citando conquistas econômicas e sociais e apontando
a reinserção do país no cenário internacional.
“O Brasil recuperou seu protagonismo no cenário
mundial. Participamos de todos os principais fóruns
internacionais. O Brasil voltou ao mundo, e o mundo
agora vai passar pelo Brasil”, disse Lula citando a
Cúpula de Líderes do G20, que será realizada em
novembro, no Rio de Janeiro. O Brasil está na
presidência do G20, grupo composto por 19 países e
dois órgãos regionais (União Africana e a União
Europeia).
Ele citou propostas no Brasil no bloco, como a
Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a taxação
dos super-ricos. “Não podemos nos calar diante de um
drama que afeta a vida de 733 milhões de homens,
mulheres e crianças em todo o mundo. Para tornar o
mundo mais justo, estamos levando para o G20 a
proposta de taxação dos super-ricos, que já conta
com a adesão de vários países”, explicou.
Em 2025, o Brasil também sediará a reunião dos Brics
(grupo composto por 10 países em desenvolvimento) e
a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30),
em Belém.
Entre os destaques da sua atual gestão, o presidente
citou ainda o crescimento econômico, controle da
inflação, a retomada de programas sociais e de
investimentos, geração de empregos com carteira
assinada, o resgate de políticas de proteção de
minorias sociais, a priorização da proteção ao meio
ambiente e o desenvolvimento de políticas com foco
na transição energética, para o combate às mudanças
climáticas.
“O Brasil se reencontrou com a civilização”,
afirmou.
Segundo o presidente, tudo está sendo feito sem
abrir mão da responsabilidade fiscal.
“Queremos um Brasil que cresça para todas as
famílias brasileiras. Não abrirei mão da
responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de
vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a
não gastar mais do que ganho. É essa
responsabilidade que está nos permitindo ajudar a
população do Rio Grande do Sul com recursos
federais”, disse, citando o estado que sofreu a
maior tragédia ambiental da sua história nos meses
de maio e junho deste ano, com enchentes e
alagamentos.
O presidente argumentou que governar “é cuidar de
milhões de famílias”. “Toda mãe e todo pai sabem a
dificuldade que é cuidar de uma família. Garantir
que os filhos tenham uma boa alimentação, saúde,
educação, segurança e um futuro melhor”, disse.
“É o que venho fazendo desde o início do meu
governo. Hoje o que falta ao mundo é paz,
solidariedade e humanismo. Estamos prontos para dar
o exemplo de que aqui, no Brasil, a inclusão social,
a fraternidade, o respeito e o amor são capazes de
vencer o ódio”, completou Lula.
Fonte: Agência Brasil
29/07/2024 -
Sequência de aumentos reais prossegue
Mantém-se alta a tendência de aumentos reais de
salário nas negociações coletivas. Os dados vêm do
Dieese por meio do Boletim “De Olho nas
Negociações”. O mais recente se refere a junho.
No mês, 87,8% das categorias tiveram aumento acima
da inflação. Outras 8,8% ficaram no patamar do INPC.
Abaixo do INPC, 3,3% das negociações.
Luís Ribeiro, técnico do Dieese, responsável pela
pesquisa, falou à Agência Sindical. Ele vê
estabilidade positiva nas negociações. E afirma: “O
estudo revela a persistência de um quadro positivo
no semestre. A soma das negociações mostra 85% delas
com ganho real. Os dados vão mudar, pois ainda há
muita negociação em andamento”, explica.
Segundo o técnico, há tempos os índices não
apresentavam ganhos nessa proporção. “Desde 2016,
houve muita variação. Não tínhamos tantas
negociações com aumento real. Agora creio que
chegamos a um quadro estável”, avalia.
Causas – Fatores como menos desemprego,
inflação controlada e crescimento da economia
contribuem para que os Sindicatos consigam avanços
acima do INPC. Outro fator destacado por Luís
Ribeiro é a política de valorização do salário
mínimo.
Expectativa – Segue positiva, pois, numa
situação normal, o segundo semestre costuma ser
melhor que o primeiro, devido às negociações de
categorias com maior poder de barganha, como
metalúrgicos, bancários e petroleiros. Pode ser ate
que melhore”.
Outro dado destacado por Luís Ribeiro é a variação
real média no primeiro semestre, quando os
indicadores foram positivos aos trabalhadores. Na
média, as categorias têm obtido 1,59% acima da
inflação.
Clique aqui e acesse o boletim.
Mais – Site do Dieese.
Fonte: Diap
29/07/2024 -
Coteminas: empresa do presidente da Fiesp tem pedido
de recuperação judicial aprovado
Em maio, quando da apresentação do pedido, o
magistrado já havia concedido parcialmente pedido de
tutela de urgência do grupo para a suspensão de
cobranças de dívidas, diante do vencimento
antecipado de debêntures
O juiz da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte,
Adilon Cláver de Resende, deferiu na quinta-feira,
25, pedido de recuperação judicial da Coteminas,
empresa do ramo têxtil do presidente da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué
Gomes da Silva.
Em maio, quando da apresentação do pedido, o
magistrado já havia concedido parcialmente pedido de
tutela de urgência do grupo para a suspensão de
cobranças de dívidas, diante do vencimento
antecipado de debêntures. Ainda em maio, Josué havia
pedido afastamento da presidência da Fiesp pelo
prazo de 40 dias para tratar da recuperação de sua
empresa.
As dívidas do grupo somam mais de R$ 2 bilhões. As
empresas do conglomerado alegam que o “modelo
operacional de negócios de sucesso, o que lhes
rendeu grande alavancagem desde o início de suas
operações, passaram a enfrentar consideráveis
desafios de liquidez nos últimos anos, agravados,
principalmente, pela pandemia causada pela covid-19,
bem como em decorrência da desvalorização da moeda
nacional frente ao dólar norte-americano”.
Segundo o magistrado, “os documentos trazidos pelas
requerentes (empresas do grupo), ao demonstrar
objetivamente a sua situação patrimonial, denota, à
primeira vista, a urgência e a necessidade da
medida, com indicação de ser aparentemente superável
o estado de crise econômico-financeira pelo qual
atravessa e também retrata a perspectiva de que
possa se soerguer”.
Com a decisão, as ações e execuções contra as
empresas do grupo ficam suspensas por 180 dias. Os
credores terão que habilitar seus créditos na
recuperação judicial no prazo de 15 dias após
publicação de edital sobre o tema.
O juiz reiterou a nomeação da Inocêncio de Paula
Sociedade de Advogados e da Credibilita
Administração Judicial e Serviços como
administradoras judiciais, já indicados quando da
antecipação da tutela.
Fonte: Estadão
29/07/2024 -
Brasil e Estados Unidos reafirmam parceria para os
Direitos dos Trabalhadores
Luiz Marinho e Julie Su conversaram com a
imprensa durante os trabalhos finais do G20 sobre
Emprego
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e a
secretária de Trabalho dos EUA, Julie Su,
participaram na tarde da quinta-feira (25) de
entrevista coletiva na sala de imprensa do G20 sobre
Emprego realizado em Fortaleza (CE). O ministro e a
Secretária reafirmaram seu compromisso com a
promoção dos direitos dos trabalhadores e sobre a
importância de garantir condições dignas de trabalho
e salários justos para todos os trabalhadores.
Luiz Marinho reforçou a importância da parceria e a
necessidade de reverter políticas que abandonaram e
ignoraram os trabalhadores. Ele destacou que as
ações futuras se concentrarão em criar políticas
trabalhistas que coloquem os trabalhadores em
primeiro lugar. "Precisamos de políticas que
devolvam dignidade e respeito aos trabalhadores e
que garantam condições de trabalho justas e
seguras", disse o ministro.
Julie Su destacou a visão extraordinária do G20
Brasil sob a liderança e amizade do presidente Lula.
Ela enfatizou a importância de um pagamento justo e
das condições seguras de trabalho, afirmando que
todos os trabalhadores devem retornar para casa em
segurança após um dia de trabalho. "O presidente
Biden, a vice-presidente e o presidente Lula
compartilham a visão de que o trabalhador é
fundamental para uma economia forte. Além disso,
todo desempregado deve ter dignidade e respeito, e
os trabalhadores devem ter direito a bons empregos",
informou Su.
"É um ano importante porque comemoramos 200 anos de
relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados
Unidos. "Estamos comprometidos com uma parceria que
promove a inclusão e uma economia forte baseada em
trabalhadores fortes”, reforçou a secretária de
Trabalho dos EUA
Su também refletiu sobre os avanços feitos desde que
se tornou Secretária de Trabalho, mencionando que,
em janeiro, o presidente Biden assinou uma ordem
executiva para proteger os trabalhadores que têm
medo de denunciar violações. "Esta ordem é essencial
para garantir que os trabalhadores possam
reivindicar seus direitos sem medo de retaliação",
disse Su. Ela destacou também a importância de
garantir que as empresas cumpram com as leis
trabalhistas e a responsabilidade do Departamento de
Trabalho dos EUA em garantir a conformidade.
Fonte: MTE
29/07/2024 -
Sem acordo, federação de sindicatos anuncia
continuidade da greve no INSS
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a
manutenção de serviços essenciais enquanto durar a
greve com o mínimo de 85% das equipes em cada
unidade da autarquia
Em nota, a Federação Nacional dos Sindicatos de
Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e
Assistência Social (Fenasps) comunicou nesta
quinta-feira (25) que a greve dos servidores do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai
continuar.
A greve começou na terça-feira (16) passada e os
servidores apostavam numa reunião nesta quarta-feira
(24) com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto,
para buscar uma solução ao impasse, mas o encontro
terminou sem avanços.
“Nessa quarta-feira, 24 de julho, em reunião
realizada com o presidente do INSS, foi assumido o
compromisso de iniciar as negociações. Contudo, o
presidente da autarquia, sem resolver os problemas
das condições de trabalho no instituto, em vez de
abrir diálogo e negociação com as entidades
representativas dos(as) servidores(as), ingressou
com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o
objetivo de punir os grevistas e as entidades
sindicais”, diz um trecho da nota.
Nesta quinta-feira (25), a presidente do STJ,
ministra Maria Thereza de Assis Moura, determinou a
manutenção de serviços essenciais enquanto durar a
greve com o mínimo de 85% das equipes em cada
unidade da autarquia.
No caso de descumprimento da medida, será aplicada
multa diária de R$ 500 mil contra as entidades
sindicais relacionadas ao movimento.
A Fenasps diz ainda que enviou ofício para o
Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços
Públicos (MGI) solicitando a instalação da mesa de
negociação da greve, mas não obteve retorno.
“O governo não negocia com as entidades e afronta o
direito de greve, com ações judiciais e ataques
diretos contra os(as) servidores e as entidades”,
protestou.
A federação explicou que há num acordo de greve de
2022 que após dois anos ainda não foi cumprido.
“Assim, não restou alternativa para os(as)
servidores(as) do INSS senão deflagrar novamente uma
greve. A greve iniciada no último dia 16 de julho,
além de reivindicar legitimamente os reajustes
salariais, diante das enormes perdas inflacionárias
do último período, tem como pauta centrais a
garantia condições dignas de trabalho e o
atendimento célere e de qualidade à população”,
argumentou.
Fonte: Portal Vermelho
26/07/2024 -
30 anos do Plano Real: DIEESE promove seminário dia
30
Participe do seminário nacional de 30 anos do
Plano Real e saiba como as políticas econômicas
impactaram a vida dos trabalhadores
O DIEESE e a Escola DIEESE de Ciências do Trabalho
convidam para o seminário nacional Plano Real 30
anos: o que mudou para os trabalhadores?
O evento será híbrido, na próxima terça-feira (30),
das 9h30 às 13h30, no Auditório da Escola DIEESE, em
São Paulo, e transmitido ao vivo no canal da Escola
DIEESE no YouTube.
Para participar, inscreva-se gratuitamente no site
da Escola DIEESE:
https://sagu.dieese.org.br/competo/turmas_abertas
Programação
9h30 | Café de boas-vindas e credenciamento
10h00 | Abertura
10h15 | Mesa Plano Real 30 anos: o que mudou na vida
dos trabalhadores?
Coordenação:
- Adriana Marcolino, diretora técnica do DIEESE.
Socióloga, mestre em Sociologia e doutoranda em
Sociologia do Trabalho pela USP
Debatedores:
- André Lara Resende, economista (PUC-RJ) e doutor
pelo MIT (EUA). Fez parte da equipe de formuladores
do Plano Real. Foi presidente do Banco Central e do
BNDES
- Antonio Prado, doutor pelo IE-Unicamp. Trabalhou no
DIEESE, no Senado Federal, no BNDES e na ONU. É
conselheiro do Corecon-SP e do Instituto Fome Zero
- Luiz Gonzaga Belluzzo, doutor em Economia e
professor titular no IE-Unicamp. Foi secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda no
governo Sarney
12h00 | Debate e encaminhamentos
Serviço: Seminário nacional Plano Real 30
anos: o que mudou para os trabalhadores? – Evento
híbrido (presencial e on-line) gratuito
Data: 30/07/2024
Horário: das 9h30 às 13h30
Local: Auditório da Escola DIEESE de Ciências
do Trabalho
Endereço: Rua Aurora, 957, Centro de São
Paulo/SP (próximo ao Metrô República, saída pela rua
do Arouche)
Inscrições gratuitas:
https://sagu.dieese.org.br/competo/turmas_abertas
Transmissão ao vivo:
canal da Escola DIEESE no YouTube.
Fonte: Rádio Peão Brasil
26/07/2024 -
Audiência pública em Brasília discutirá a jornada de
trabalho 6x1
A indignação com a escala de trabalho 6x1 fez surgir
um movimento nas redes sociais e que ganha as ruas e
já conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas em uma
petição pública.
A iniciativa da petição é do Movimento Vida Além do
Trabalho (VAT) criado por Rick Azevedo que
trabalhava em uma farmácia tendo somente uma folga
por semana.
Em trecho da petição consta:
"É de conhecimento geral que a jornada de trabalho
no Brasil frequentemente ultrapassa os limites
razoáveis, com a escala de trabalho 6x1 sendo uma
das principais causas de exaustão física e mental
dos trabalhadores. A carga horária abusiva imposta
por essa escala de trabalho afeta negativamente a
qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua
saúde, bem-estar e relações familiares".
O movimento cresceu tanto que chamou a atenção da
deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que
apresentou uma PEC para mudar a jornada de trabalho.
A deputado usou suas redes sociais para anunciar que
será realizada uma audiência pública para discutir a
PEC.
“Na Câmara, sou uma aliada dessa causa, e com o
Rick, já levei a proposta ao Ministro do Trabalho,
apresentei a PEC pelo FIM DA ESCALA 6X1 e já tivemos
uma vitória: Teremos uma audiência pública sobre
esse tema lá no Congresso Nacional”, escreveu a
deputada.
Rick Azevedo comemorou a realização da audiência
pública e disse: “Vai ter audiência pública sim!
Viva a classe trabalhadora!! ”
Hoje o movimento VAT não se resume somente a
internet. O trabalho de panfletagem nas ruas para
conscientizar os trabalhadores sobre ter somente uma
folga.
Esta é uma luta da classe trabalhadora brasileira.
Assine você também a petição.
Para assinar a petição,
clique aqui.
Fonte: Mundo Sindical
26/07/2024 -
Lula é o presidente mais bem avaliado da América do
Sul
Ranking com dez dos 12 países do continente
coloca brasileiro na primeira posição, com 53,6% de
avaliação boa ou muito boa, segundo pesquisa feita
por consultoria argentina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mais bem
avaliado da América do Sul em julho, com 53,6% de
opiniões positivas sobre o seu desempenho, de acordo
com pesquisa mensal da CB Consultoria de Opinião
Pública, da Argentina.
A pesquisa — elaborada com dez dos 12 países do
continente, exceto Suriname e Guiana — considera as
avaliações sobre a imagem interna dos presidentes.
Lula obteve a melhor colocação na soma das
alternativas “boa” e “muito boa”. As negativas
(ruim/muito ruim) ficaram em 42,9%.
Analisando as sondagens anteriores, o presidente
brasileiro vem numa trajetória ascendente: entre
março e maio, esteve entre a quinta e a quarta
colocação, passando para a terceira em junho.
O segundo da lista é Javier Milei, da Argentina, com
52,1% de aprovação e 44,7%. Na sequência, vêm Daniel
Noboa, do Equador, com 51,5% contra 45,4%; Luis Arce,
da Bolívia, com 49,8% contra 47,3% e Luis Lacalle
Pou, do Uruguai, com 48,7% ante 47,9%.
Os que ficaram nas piores posições foram Gustavo
Petro, da Colômbia, com 32,3% de avaliação boa/muito
boa e 62,9 de ruim/muito ruim; Dina Boluarte, do
Peru, com 32,5% e 62,2% respectivamente; Gabriel
Boric, do Chile, com 36,3% e 60,6%; Nicolás Maduro,
com 37,6% e 58,9% e Santiago Peña, do Paraguai, com
45,2% e 51,1%.
O levantamento foi feito de maneira online entre os
dias 16 e 20 de julho, com 1.471 brasileiros maiores
de 18 anos.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
26/07/2024 -
Busca por recursos continua travando votação sobre a
desoneração da folha
Uma das prioridades do Senado no segundo semestre é
o projeto da desoneração da folha de pagamento (PL
1847/2024), que reduziu a contribuição
previdenciária para 17 setores da economia e para os
pequenos municípios. Desde o final do ano passado, o
Congresso Nacional e o governo buscam um acordo. A
Receita Federal alertou que o benefício tem um custo
superior a R$ 26 bilhões este ano, o que contribuiu
para o déficit nas contas públicas de R$ 28,8
bilhões e o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento
federal deste ano. O vice-líder do PL, senador
Izalci Lucas (DF), questionou os números ao citar
que a desoneração já existia no ano passado. O líder
do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues
(PT-AP), disse que a equipe econômica ainda analisa
as sugestões de fontes dos senadores, como a taxação
dos sites de compras internacionais, para que o
projeto possa ser votado sem comprometer ainda mais
a meta de equilíbrio nas contas públicas.
Fonte: Agência Senado
26/07/2024 -
MPT-SP destinará recursos para fundo de
reconstituição do RS
Dinheiro será repassado pelos próximos 6 meses
Um acordo de cooperação técnica assinado no começo
desta semana entre o Ministério Público do Trabalho
de São Paulo e o Tribunal do Trabalho de São Paulo
vai garantir o mapeamento das ações ajuizadas no
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2)
para identificação de saldos de multas decorrentes
de irregularidades trabalhistas. Os recursos serão
revertidos para o Fundo de Reconstituição de Bens
Lesados (FRBL) do estado do Rio Grande do Sul.
O acordo prevê que o fundo receberá os recursos
pelos próximos 6 meses, que deverão ser direcionados
aos projetos de recuperação dos danos causados pelas
cheias no estado.
Segundo a procuradora-chefe do MPT-SP, Vera Lucia
Santos, uma listagem com os números das ações civis
públicas ajuizadas no TRT-2 foi transmitida para o
Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução
de Disputas (Cejusc). Essas ações já têm condenação
por dano moral ou coletivo e estão em fase de
execução com multas a serem pagas.
A princípio, o TRT-2 vai realizar audiências de
conciliação entre as partes e promover acordos para
a reversão da multa em favor do FRBL.
A presidente do TRT-2, desembargadora Beatriz de
Lima Pereira, disse que o acordo agilizará a solução
das demandas e será um estímulo aos juízes para que
convoquem audiências de conciliação entre as partes,
para que saiam da mesa de audiência com os acordos
já homologados e, assim, permitindo o repasse das
multas ao FRBL do estado do Rio Grande do Sul.
Até o momento, as unidades do MPT em todo o Brasil
já destinaram R$ 59 milhões ao FRBL.
Fonte: Agência Brasil
26/07/2024 -
Lula e diretor da OIT discutem regulação de
motoristas por aplicativo
A preocupação de Lula reflete a visão do governo
de enfrentar os desafios contemporâneos do trabalho
com soluções inclusivas e sustentáveis
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu
nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, com o
diretor-geral da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), Gilbert F. Houngbo. A conversa
ocorreu no contexto do evento de pré-lançamento da
Aliança Global Contra a Fome e Pobreza, destacando a
prioridade brasileira na presidência do G20.
Durante o encontro, Lula e Houngbo discutiram as
recentes mudanças no mundo do trabalho, com um foco
particular na regulação das atividades de motoristas
por aplicativo. Lula revelou a iniciativa do Governo
Federal de propor um projeto de lei ao Congresso
para assegurar direitos mínimos aos motoristas de
aplicativos, visando combater a precariedade laboral
na categoria.
Este encontro bilateral ocorre 40 dias após a
reunião de Lula com Houngbo em Genebra, na Suíça,
durante o Fórum Inaugural da Coalizão Global para
Justiça Social, em 13 de junho passado. Naquela
ocasião, Lula enfatizou a necessidade de enfrentar
as desigualdades sociais, integrando direitos
trabalhistas aos direitos humanos, expandindo o
acesso aos meios produtivos e promovendo o trabalho
decente. Ele destacou as preocupações com a
precariedade nas novas formas de emprego,
especialmente no contexto das plataformas digitais.
Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza é uma
iniciativa de Lula, inicialmente proposta na Cúpula
do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado.
Durante a atual presidência brasileira do G20, a
ideia tem sido trabalhada intensamente. Uma
Força-Tarefa, composta pelo Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome (MDS), Ministério das Relações
Exteriores (MRE) e Ministério da Fazenda (MF),
realizou várias reuniões para obter um consenso
entre mais de 50 delegações internacionais sobre os
documentos fundacionais da Aliança.
Agora, a Aliança está aberta à adesão de governos,
organizações internacionais, instituições
acadêmicas, fundos e bancos de desenvolvimento, bem
como instituições filantrópicas. O objetivo é unir
esforços globais para combater a fome e a pobreza,
promovendo políticas de desenvolvimento sustentável
e justiça social.
Próximos passos
A reunião entre Lula e Houngbo reforça o compromisso
do Brasil com a promoção de um mercado de trabalho
mais justo e com a luta contra a fome e a pobreza em
escala global. A iniciativa de regulamentar as
atividades de motoristas por aplicativo marca um
passo significativo na proteção dos direitos
trabalhistas no Brasil, refletindo a visão do
governo de enfrentar os desafios contemporâneos do
trabalho com soluções inclusivas e sustentáveis.
O evento de pré-lançamento da Aliança Global Contra
a Fome e a Pobreza também destaca a importância da
cooperação internacional e do engajamento
multissetorial para alcançar objetivos comuns de
desenvolvimento humano e justiça social.
Fonte: Portal Vermelho
25/07/2024 -
“Trabalhadores também devem globalizar”, diz Moacyr
Durante um rápido discurso proferido na manhã da
terça (23), na abertura do Labour 20, grupo de
engajamento do G20 Social que representa os
interesses dos trabalhadores, em Fortaleza-CE, o
presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald
destacou que “a despeito dos constantes ataques que
sofre o movimento sindical brasileiro nos últimos
anos, não há como não acompanhar o desenvolvimento
que ocorre no planeta. Hoje as ações das empresas
são globalizadas e o trabalhador tem que acompanhar
esse desenvolvimento e se globalizar também.”
Ele ressaltou ainda que a Inteligência Artificial
“está cada vez mais presente nas nossas vidas
trazendo benefícios e malefícios, como é a grande
ameaça do desemprego. Mas nada nos impede de darmos
o melhor de nós para enfrentar o mundo de hoje na
busca da igualdade de ações, salarial, de gênero”.
“Não podemos sempre repetir o discurso que fazemos
para nós mesmos, pois as dificuldades do
sindicalista brasileiro são iguais ao do mundo todo.
A maior luta do trabalhador é pelo bem social e
subsistência de nossas famílias. E assim continuará
até o fim dos tempos.”
Engajar no G-20
No encontro de Fortaleza, pela NCST, participam o
presidente Moacyr Auersvald, o secretário de
Relações Internacionais e presidente da NCST/Paraná,
Denílson Pestana, e Sonia Zerino, secretária para
Assuntos da Mulher da NCST. O interesse neste
encontro Labour 20, é o engajamento do trabalhismo
brasileiro no G20 Social, que representa os
interesses dos trabalhadores.
O L20 inclui direitos trabalhistas, empregos dignos,
proteção social, igualdade de gênero no trabalho,
entre outros temas relevantes para os trabalhadores
do mundo todo. Sindicatos e Organizações que compõem
o L20 trabalham em conjunto para desenvolver
propostas e recomendações que visam melhorar as
condições de trabalho e promover um desenvolvimento
econômico mais justo e inclusivo.
Moacyr no seu discurso ainda destacou o empenho do
ministro Luiz Marinho, do Trabalho; a presença dos
companheiros de Nova Central; e cumprimentou as
demais entidades que integram o movimento sindical e
que também estão participando do L20.
Clique no link abaixo e assista à integra do discurso
do presidente
https://www.facebook.com/watch/?v=1135213321114339&t=0
Fonte: NCST
25/07/2024 -
Garantir direitos trabalhistas: desafio e luta dos
sindicalistas num mundo globalizado
Sindicalistas debatem no G20 estratégias para
enfrentar retrocessos e defender o trabalho decente
Garantir o cumprimento das leis trabalhistas foi o
tema do debate na tarde desta terça-feira (23) do
grupo Labour 20, um espaço que reúne sindicalistas
das 20 maiores economias do mundo, em evento
paralelo que ocorre junto às reuniões do G20 sobre
Emprego, em Fortaleza, no Ceará.
O desenvolvimento econômico e a equidade social nem
sempre andam juntos, entretanto, é necessário
garantir direitos trabalhistas e não regredir nas
leis de seguridade social, para que todos se
beneficiem dos avanços econômicos. Para isso, é
necessário exercer um movimento sindical livre e de
forma democrática.
Nessa luta por garantias e melhorias no mundo do
trabalho, num contexto em que os governos
neoliberais buscam a austeridade cortando gastos com
direitos sociais, as ações sindicais como greves
fazem toda a diferença. No entanto, ser um
sindicalista em alguns dos países do G20 pode levar
à privação de liberdade ou motivo para receber
menores salários.
Dentro desse contexto, representantes da Coreia do
Sul, Índia, Argentina e Alemanha falaram das ações
que usam para negociar com governos e empresas para
que direitos e normas de segurança não sejam
flexibilizados.
Em sua experiência como sindicalista na Coreia do
Sul, Yang Kyeung-soo disse ter sido preso por fazer
um comício. Isso, na sua opinião, é um dos
principais desafios para exercer os direitos
sindicais e trabalhistas. “A Coreia é conhecida como
o único país que foi dividido, com crescimento
acelerado e com forte repressão a atividade
sindical. Mas esse crescimento acelerado sacrifica
direitos e a saúde e segurança dos trabalhadores”,
contou.
O direito de greve na Coreia, só é permitido após
mediação em uma comissão de trabalho e apenas em
empresas privadas em relação as condições de
trabalho e remuneração. É ilegal, conforme informou
Yang Kyeung-soo, fazer greve contra uma política de
governo. No momento, ele diz que está havendo uma
campanha para revisão das leis sindicais no país.
“No ano passado, o Parlamento fez uma lei sindical
que foi vetada pelo governo. Na próxima semana deve
ser aprovada uma lei mais forte que a anterior, e o
movimento sindical está se mobilizando para que não
seja vetada”, disse Kyeung-soo.
Na Índia, a greve não comunicada previamente, pode
ser motivo de penalidades e multas, por exemplo. “No
entanto, foi esse tipo de mobilização que conseguiu
barrar alterações nas leis trabalhistas, que não
teve negociação prévia com os sindicatos”, destacou
Chandra Prakash Singh, representante sindical na
Índia.
A greve também foi instrumento para barrar o ajuste
fiscal do governo Argentino este ano. Segundo o
secretário de Relações Internacionais da CGT da
Argentina, Gerardo Martinéz, foram realizadas greves
de 12h e 24h. “Nós mostramos a nossa capacidade de
mobilização nas ruas, não somente com trabalhadores,
mas com a sociedade em geral. E conseguimos
estabelecer um diálogo para que não mudem as leis
trabalhistas”.
Para finalizar, Marinéz disse entender a necessidade
de um ajuste fiscal. “Nós queremos estabilidade e
sabemos que a inflação leva à pobreza, mas não dá
forma como está sendo proposto”, esclareceu.
Fonte: MTE
25/07/2024 -
Quase 88% dos trabalhadores com data-base em junho
tiveram ganhos reais nos salários
Segundo o levantamento do Dieese, os
trabalhadores da indústria, serviços (87%) e
comércio (76,5%) tiveram aumentos acima da inflação
O “Boletim de Olho nas Negociações” nº 46, do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) demonstra que “negociar é
preciso”, principalmente os reajustes salariais
intermediados pelos sindicatos em convenções e
acordos de trabalho. Por isso, um sindicato forte se
torna uma voz potente quando senta à mesa com os
patrões para defender os direitos dos trabalhadores
e trabalhadoras.
A prova disso está nos números do boletim do Dieese
divulgado nessa segunda-feira (22). Segundo a
entidade, 87,8% das negociações de reajustes
salariais referentes à data-base de junho superaram
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC-IBGE). Este resultado, mensurado até a data de
8 de julho, representa uma continuidade positiva,
pois esta é a sétima vez consecutiva que mais de 80%
das categorias alcançaram ganhos salariais acima da
inflação nesse período.
Variação real e média dos reajustes
Essa estabilidade em níveis elevados contrasta com o
cenário observado no segundo semestre de 2023,
quando houve uma deterioração nos resultados das
negociações entre agosto e novembro. A variação
média dos reajustes de junho foi de 1,67%, superior
aos registrados nos demais meses do ano, com exceção
de maio e janeiro.
Reajustes parcelados
O percentual de negociações que adotaram o
parcelamento dos reajustes salariais continua baixo:
apenas 1,1% usou essa forma de pagamento. Cabe
lembrar que os reajustes parcelados são mais
frequentes em períodos de alta inflacionária. Só
para lembrar, o governo há tempos vem controlando a
inflação e conseguindo índices interessantes para o
desenvolvimento econômico do país. O último dado do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
mostra que a inflação nos seis primeiros meses do
ano está em 2,48% e, nos últimos 12 meses, 4,23%.
Reajustes escalonados
Os reajustes escalonados, aqueles com valores pagos
conforme a faixa salarial do trabalhador ou tamanho
da empresa, foram observados em 8,8% dos casos
analisados. A frequência desse tipo de reajuste tem
diminuído desde abril de 2024.
Distribuição dos reajustes em 2024
Ao considerar o primeiro semestre de 2024, o Dieese
destaca que aproximadamente 86% das 6.728
negociações analisadas resultaram em aumentos
salariais acima do INPC, enquanto 11% igualaram a
inflação e 3% ficaram abaixo do indicador de preços.
Isso evidencia um panorama inicial favorável para o
ano, com uma variação real média de 1,59% nos
reajustes salariais.
Resultados por setor econômico
Setorialmente, tanto na indústria quanto no setor de
serviços, onde foram registradas 2.055 e 3.449
negociações de reajustes, respectivamente, os ganhos
reais salariais foram observados em 87% dos casos.
No comércio, que contou com 827 negociações, 76,5%
dos ajustes superaram a inflação.
Os dados também revelam que o setor de comércio teve
a menor incidência de reajustes sem perdas
inflacionárias, com 21,4%, seguido pela indústria
(9,6%) e pelos serviços (9,2%). Quanto aos ajustes
abaixo do INPC, 3,3% ocorreram na indústria, 3,2%
nos serviços e 2,1% no comércio, indicando variações
dentro de um contexto setorial específico.
Leia aqui o boletim completo do Dieese
Fonte: CUT
25/07/2024 -
PJe ficará indisponível neste fim de semana para
instalação da nova versão
Ferramenta voltará a funcionar a partir da 0h de
segunda-feira (29)
O Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal
Superior do Trabalho passará por atualizações e
ficará indisponível a partir das 19h desta
sexta-feira (26) até as 23h59 de domingo (28).
Durante o período, será instalada a nova versão
(2.11.0) do sistema. O PJe voltará a operar
normalmente a partir da 0h de segunda-feira (29).
Fonte: TST
25/07/2024 -
Projeto dispensa de relatório sentença com causa de
até 40 salários mínimos
O Projeto de Lei 1364/24 dispensa de relatório as
sentenças com causas de até 40 salários mínimos,
atuais R$ 16.480.
Segundo o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), autor da
proposta, o texto desburocratiza o processo civil,
com economia de tempo na elaboração de sentenças de
causas mais simples. “Uma questão que poderá
simplificar e acelerar o andamento desses feitos de
menor potencial econômico é a supressão do relatório
nas sentenças proferidas, tal como ocorre nos
juizados especiais cíveis”, disse.
Silva lembra que vários processos de pequeno valor
acabam não indo para os juizados especiais porque
são de autoria de empresas ou têm necessidade de
perícia, por exemplo, e enchem as varas cíveis.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter
conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça
e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa
ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara
24/07/2024 -
Governismo: relação entre Legislativo e Executivo,
no Lula 3
O governismo, na definição do DIAP, são os
parlamentares que votaram de acordo com a orientação
do governo com base em 3 critérios, com dados
quantitativos e qualitativos, como metodologia para
aferir o índice de apoio ou adesão ao governo:
Neuriberg Dias*
1) votações nominais ou simbólicas: são consideradas
as nominais quando os parlamentares registram o voto
favorável ou contrário em determinada proposição;
2) votações de mérito ou procedimentais: são
consideradas as votações de mérito quando permite
avaliar a posição dos parlamentares sobre
determinado tema; e
3) votações com acordo ou desacordo: são
classificadas as votações com grau de disputa de no
mínimo de 20%, em relação à posição do governo, algo
em torno de 100 votos.
Ponderação
Houve votações importantes de requerimentos de
urgências que até possuem orientação do governo, com
apoio majoritário nas votações e até não votação
devem ser considerados para avaliação de força do
governo.
Mas foram excluídas da nossa análise, por
entendimento de que poderia distorcer a análise
geral do comportamento partidário nas votações sobre
o ponto de vista político, econômico e social.
Desta forma, é feita essa ponderação, do total de
votações nominais realizadas entre 1º de fevereiro a
31 de junho, foram selecionadas 30 votações dentro
dos critérios que possibilitam avaliar e medir o
governismo na Câmara.
Inicialmente, observa-se que, desse total, 19
votações resultaram em vitória do governo e 11 em
derrota, que representa, respectivamente, 63,33% e
36,66%, de apoio parlamentar ao governo na Casa.
Vitórias do governo
As vitórias devem, de modo geral, ser relativizadas
quando se analisam os percentuais de apoio
partidário e a capacidade de o Legislativo — como
revelou a produção legislativa desde 2023 —, que fez
com que o governo recuasse em suas propostas, em
nome de acordo razoável para a votação das matérias
na Câmara, que refletiu em nível de apoio ao governo
de diferentes partidos políticos, inclusive da
própria oposição.
Com alto apoio, que indica alinhamento completo com
as políticas e decisões governamentais temos: Rede
(100%); PCdoB (94,29%); PSol (86,09%); e PT
(82,40%).
Com apoio médio tem PSB (77,09%); PV (72,33%); Novo
(66,67%); PDT (62,22%); Podemos (55,83%); Avante
(55,24%); e Republicanos (52,42%).
Com apoio médio para baixo: PRD (46,32%); Cidadania
(44,74%); e Solidariedade (43,10%). É considerado
apoio baixo: PP (38,89%), PSD (38,20%); MDB
(36,74%); União Brasil (34%); PSDB (32,66%); e PL
(22,68%).
Principal desafio do governo no Parlamento
Apoio ao governo tem sido o principal desafio da atual
legislatura, e essa situação deve persistir diante
de Congresso fortalecido e majoritariamente de
direita e conservador.
A reorganização ministerial, que distribuiu
proporcionalmente 26 das 37 pastas na Esplanada,
entre membros de 9 partidos, que representa 51% da
Câmara, ainda não garantiu apoio consistente às
posições defendidas pelo governo Lula.
No entanto, essa configuração tem sido suficiente
para aprovar as agendas fiscais, econômicas e
sociais, que refletem em indicadores como
crescimento do PIB, aumento da renda, melhoria na
arrecadação, queda na inflação e juros. E, ainda, em
ampliação do investimento público e privado, que
beneficia a ampla maioria da sociedade.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. É sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
24/07/2024 -
Sindicatos devem atualizar cadastro no MTE
Sindicatos, Federações e Centrais devem atualizar
dados no Ministério do Trabalho e Emprego. Em 1º de
julho, foi publicado no Diário Oficial da União
relatório com entidades que precisam se atualizar.
Dados devem ser enviados até 30 de setembro.
Sindicatos que aparecem com mandato de diretoria
vencido há mais de oito anos no Cadastro Nacional de
Entidades Sindicais (CNES) podem ter o registro
cancelado, perdendo o direito de atuar. Lista conta
com mais de 1.350 nessas condições.
Clique aqui e acesse o documento.
Atualização – Requer uma série de
informações. No site do CNES, marque a opção
“Atualização de Dados Perenes – SD”. Prazos são
diferentes pra cada caso, é preciso estar atento.
Opção pode ser
acessada aqui.
Fonte: Agência Sindical
24/07/2024 -
L20: Nova Central integra cúpula que definirá agenda
dos trabalhadores no G20
Nesta terça e quarta-feira (23 e 24), em
Fortaleza-CE, a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), representada pelo seu
presidente Moacyr Auersvald e por Denilson Pestana,
secretário de Relações Internacionais e presidente
da NCST/Paraná, participa do Labour 20, grupo de
engajamento do G20 Social, que representa os
interesses dos trabalhadores.
O L20 promove uma agenda que inclui direitos
trabalhistas, empregos dignos, proteção social,
igualdade de gênero no trabalho, entre outros temas
relevantes para os trabalhadores em nível global. Os
sindicatos e organizações de trabalhadores que
compõem o L20 trabalham em conjunto para desenvolver
propostas e recomendações que visam melhorar as
condições de trabalho e promover um desenvolvimento
econômico mais justo e inclusivo.
"Para nós da NCST é uma honra integrar esse grupo
que tem uma missão tão importante com a classe
trabalhadora do mundo todo. Vamos nos empenhar para
que a agenda a ser definida seja a melhor possível",
afirmou Moacyr.
A Nova Central, CUT, Força Sindical, CSB (Central
dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a UGT
(União Geral dos Trabalhadores) estão juntas no L20
representando a classe trabalhadora na presidência
do G20 no Brasil.
Fonte: NCST
24/07/2024 -
Ministro de Lula diz que empresariado não dá bons
salários e defende fortalecer sindicatos
O ministro Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, diz
que a melhoria dos salários dos trabalhadores passa
pelo fortalecimento dos sindicatos, e cobra que os
eleitores votem por parlamentares que não queiram
destruir estas organizações.
De acordo com ele, se depender do empresariado
brasileiro, os trabalhadores não terão bons
salários, e que a melhoria é resultado de “luta,
negociação e convenção coletiva”.
“Negociação, fortalecimento dos sindicatos.
Portanto, o povo tem responsabilidade. Ao eleger um
Congresso refratário que quer destruir os
sindicatos, vai piorar o salário. Você não tem quem
o defenda”, disse Marinho em entrevista publicada no
Correio Braziliense neste final de semana.
Luiz Marinho comentava sobre as políticas do governo
de fortalecimento da indústria, protecionismo contra
importados e a promessa do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) de elevar a isenção do Imposto de
Renda para quem ganha até R$ 5 mil até o final do
atual mandato em 2026.
Para o ministro, “o empresariado, por si, não vai
dar bons salários, se não for resultado de luta, de
negociação e de convenção coletiva”.
“O trabalhador mal remunerado vai ficar infeliz.
Infelicidade gera depressão, gera acidente, gera um
monte de coisa. O empresariado tem que se tocar
disso. Não tem só a lógica de que, porque destruíram
os direitos trabalhistas, agora eu posso pagar
salário de miséria”, pontuou Marinho.
As críticas à suposta destruição de direitos
trabalhistas entraram na mira de Lula no último mês,
em que reforçou a artilharia principalmente contra a
“Carteira Verde e Amarela”, criada pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para reduzir a
cobrança de encargos trabalhistas e fomentar a
contratação de jovens no mercado de trabalho.
O ministro Luiz Marinho atrelou a melhoria dos
salários ao aumento da produtividade da indústria
nacional, que ele pregou um protecionismo contra
outros países. Exemplificou apontando o aumento do
imposto de importação sobre os carros elétricos
chineses, numa escala progressiva de 18% para 35%.
De acordo com ele, a indústria nacional tem um
diferencial “em relação ao resto do mundo” que toda
a cadeia é de matriz energética limpa e que mostrará
nos próximos encontros de ministros do G20.
“Vamos mostrar essa comparação do carro 100%
elétrico chinês, com o carro híbrido brasileiro. O
brasileiro é mais eficiente. A matriz energética
deles é o carvão. Temos que olhar o conceito do
carro todo, do minério ao carro rodando, a cadeia.
Nós temos que enaltecer o produto brasileiro”,
disse.
Ele ainda questionou o modelo de cobrança de
impostos dos chineses feito pelo governo anterior:
“por que eu vou importar carro chinês a imposto zero
igual o Jair Bolsonaro fez? Se os bacanas querem ter
um carro elétrico importado imediatamente, que
paguem os 35% de imposto. Tem que subir [o
imposto]”.
Fonte: Gazeta do Povo
24/07/2024 -
Brasil e EUA lançam campanha para enfrentar os
efeitos das mudanças climáticas no mundo do trabalho
Unir esforços para enfrentar os efeitos das
mudanças climáticas, que incluem o calor extremo é o
principal objetivo, problema global para a saúde
pública e ocupacional dos trabalhadores, com severos
impactos na produtividade e na qualidade de vida
Na véspera da abertura da quinta e última etapa do
G20 Brasil, do Grupo de Trabalho sobre o Emprego,
foi lançada nesta segunda-feira (22), em Fortaleza
(CE), a campanha PWR Heat e Chamada à Ação “Estresse
Térmico” Parceria Brasil-EUA pelos Direitos dos
Trabalhadores. O principal objetivo é unir esforços
para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas,
que incluem o calor extremo, global para a saúde
pública e ocupacional dos trabalhadores, com severos
impactos na produtividade e na qualidade de vida. O
lançamento aconteceu no Centro de Eventos do Ceará.
Participaram do lançamento a chefe da Assessoria de
Relações Internacionais do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), Maíra Lacerda, a
subsecretária-adjunta para Assuntos Internacionais
dos Estados Unidos, Lee Thea, a diretora adjunta da
Organização Internacional do Trabalho( OIT), Celeste
Drake, Washington Santos Maradona, Representante dos
Trabalhadores na Comissão Tripartite de SST /
Frederico Toledo Melo, Confederação Nacional do
Transporte, Representante Patronal na Comissão
Tripartite de Secretaria de Segurança do Trabalho (SST).
Por meio da parceria, os dois países trabalharão com
a OIT para realizar uma campanha com o objetivo de
proteger os trabalhadores do estresse térmico
excessivo. O evento destacou evidências e conselhos
recentes da OIT sobre a exposição ao calor no local
de trabalho e apresentou as prioridades da campanha
PWR relacionadas à construção de parcerias, diálogo
social, pesquisa, conscientização e cooperação
internacional para lidar com o estresse térmico no
local de trabalho em níveis setorial, nacional e
internacional.
As consequências do calor extremo para os
trabalhadores podem incluir câncer, doenças
cardiovasculares, doenças respiratórias, disfunções
renais e outros problemas de saúde. Mais de 70% da
força de trabalho global está exposta a graves
riscos para a saúde relacionados às mudanças
climáticas, e as medidas de segurança e saúde no
trabalho (SST) têm dificuldade em enfrentar essa
ameaça crescente, de acordo com um novo relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte: MTE
24/07/2024 -
No Brasil foram registrados 2.888 acidentes fatais
em 2023, segundo dados do eSocial
Somente em São Paulo, novo sistema do MTE
registrou 373 acidentes típicos, com morte,
principalmente na Construção Civil e no Transporte
Rodoviário
Dados do sistema eSocial do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) demonstram que em 2023 ocorreram em
São Paulo 373 acidentes típicos, com morte. No
Brasil esse número chega a 2.888 acidentes fatais,
no mesmo período. Novo sistema do MTE o eSocial
facilita a administração de todas as informações
relativas aos trabalhadores brasileiros.
O sistema registrou em 2023 um total de 499.955
acidentes de trabalho. Dentre os setores que mais
registraram acidentes de trabalho com mortes e
lesões graves no Brasil estão os setores da
Construção Civil e de Transporte Rodoviário de
Cargas e Passageiros. No setor da Construção Civil
as principais causas estão relacionadas à queda de
altura, soterramento e choque elétrico. No setor de
Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros, as
causas principais são a fadiga dos motoristas -
devido ao excesso de jornada-, os riscos ergonômicos
e psicossociais, a utilização de remédios e drogas
estimulantes para aumentar produtividade e ganho
financeiro, além de fatores como falta de manutenção
nos caminhões/ônibus e rodovias precárias.
Acidentes Fatais em Sorocaba e Pindamonhangaba – Na
última sexta-feira (12) o MTE iniciou a investigação
de um acidente fatal ocorrido em uma pizzaria de
Sorocaba, onde um funcionário de 24 anos morreu ao
ser esmagado por um elevador de carga. Uma equipe de
fiscalização do MTE esteve na manhã de segunda-feira
(15) na pizzaria para verificar as causas do
acidente.
De acordo com informações da Inspeção, o elevador
onde o jovem sofreu o acidente fica no estoque da
pizzaria, tendo os cabos de aço do equipamento
rompido, ocasionando sua queda e atingindo o braço e
uma das pernas do trabalhador. Ele foi socorrido e
levado ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), mas
não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer.
O gerente regional em exercício de Sorocaba,
Ubiratan Vieira, ressaltou que os auditores fiscais
do Trabalho estão investigando as causas do acidente
com o elevador e vai exigir que a empresa adote
imediatamente as medidas de prevenção necessárias,
evitando que novos acidentes possam ocorrer.
Outro trabalhador de 24 anos foi vítima de acidente
fatal. Ele trabalhava em uma empresa que prestava
serviços elétricos em residências e foi atingido por
uma descarga elétrica.
Na segunda-feira (15), outro jovem de 27 anos
morreu, após sofrer um acidente de trabalho dentro
de uma fábrica do ramo de alumínio em
Pindamonhangaba. Ele trabalhava como técnico de
manutenção e sofreu o acidente no setor de laminação
à frio. O acidente ocorreu enquanto o funcionário
realizava a manutenção de um veículo que
transportava bobinas de alumínio. A fiscalização
também trabalha na identificação das causas desse
acidente de trabalho fatal.
Ambiente Seguro - A Coordenação Nacional do Projeto
Acidente de Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) destaca que os acidentes de trabalho
resultam de uma combinação de fatores, não tem um
único motivo isolado. Para assegurar um ambiente de
trabalho seguro e saudável, as empresas devem
implementar uma gestão eficaz de segurança e saúde,
que inclua a promoção de uma cultura de prevenção,
avaliações regulares de riscos, manutenção
organizada do local de trabalho, capacitação dos
trabalhadores e medidas preventivas, conforme a
legislação (NR-01). Estas medidas incluem a
eliminação de fatores de risco, adoção de proteções
coletivas e individuais e canais de comunicação,
para que os trabalhadores relatem condições
inseguras. A conformidade com as normas de segurança
estabelecidas é essencial para a prevenção de
acidentes no ambiente de trabalho.
Fonte: MTE
23/07/2024 -
Nova Central indica livro sobre ‘Direito’ de
oposição à Contribuição Assistencial
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, indica a
leitura do livro "O Supremo Tribunal Federal, a
Justiça do Trabalho e o 'Direito' de Oposição à
Contribuição Assistencial", de autoria dos advogados
Gabriel Medeiros Meira e Cristiano Brito Alves
Meira.
Dr. Cristiano Meira é assessor jurídico da Nova
Central, figura importante no meio sindical, e
responsável pelo recurso da contribuição
assistencial no Supremo Tribunal Federal (STF). "Com
imensa satisfação, peço aos companheiros que façam a
leitura do livro do Dr. Cristiano e Dr. Gabriel, seu
filho. Nós da NCST temos um imenso orgulho de
apresentar essa obra indispensável que explora
detalhadamente a decisão do STF sobre a contribuição
assistencial e o direito de oposição dos
trabalhadores não sindicalizados. Tema
importantíssimo na nossa atual realidade", afirmou
Moacyr.
Sobre o livro eletrônico
O livro aborda as implicações dessa decisão para o
direito sindical e trabalhista no Brasil, com ênfase
na capacidade das entidades sindicais de sustentarem
suas atividades em um contexto legislativo e
judicial em constante mudança.
Principais Temas Abordados
A importância do financiamento sindical para a
proteção dos direitos dos trabalhadores e a
efetividade das negociações coletivas.
O impacto da reforma trabalhista de 2017 sobre a
arrecadação e a atuação dos sindicatos.
A autonomia das assembleias sindicais na definição das
contribuições assistenciais.
Os desafios e soluções enfrentados pelas entidades
sindicais no contexto atual.
Estudos de caso e análise das decisões judiciais
pertinentes.
Sobre os Autores
Gabriel Medeiros Meira é advogado, Mestre em Direito
das Relações Sociais e Trabalhistas pelo Centro
Universitário UDF, Especialista em Direito e
Processo do Trabalho pela PUC-RS e Bacharel em
Direito pelo Centro Universitário de Brasília. Sócio
do escritório Cristiano Meira Advogados.
Cristiano Brito Alves Meira é Bacharel em Direito
pelo Centro Universitário de Brasília, Chefe de
Divisão de Análises e Normas do Ministério do
Trabalho e Emprego (1999-2000), Conselheiro titular
do Conselho Nacional do Trabalho/CNT e Consultor
jurídico de diversas confederações sindicais.
Sócio-diretor do escritório Cristiano Meira
Advogados.
Por que ler o livro?
O livro é essencial para advogados, líderes sindicais,
acadêmicos e todos interessados nas dinâmicas das
relações trabalhistas no Brasil. Os autores oferecem
uma análise crítica e fundamentada sobre as recentes
mudanças legislativas e judiciais, proporcionando
insights valiosos para a construção de um sistema
sindical mais justo e eficiente.
O eBook Kindle está sendo comercializado por R$
28,57 na página da Amazon
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Fonte: NCST
23/07/2024 -
Câmara pode pautar debate sobre nova reforma da
Previdência em 2025, diz jornal
A última reforma da Previdência feita no país foi
concluída em 2019, no primeiro ano de governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta, no
entanto, começou a ser debatida no Congresso ainda
durante o governo de Michel Temer
Membros da cúpula da Câmara dos Deputados vêm
compartilhando, nos corredores do Congresso
Nacional, a tese de que o Legislativo terá de se
debruçar sobre uma nova reforma da Previdência,
provavelmente em 2025.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de
S.Paulo na edição desta segunda-feira (22), pelo
menos três líderes da Câmara teriam afirmado que o
assunto deve voltar à pauta de discussões da Casa a
partir do terceiro ano do governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), após o encerramento das
eleições municipais de 2024.
Neste momento, o Congresso está em recesso
parlamentar. Deputados e senadores só voltam à ativa
em agosto, mas o segundo semestre deste ano terá
como foco as eleições de outubro – muitos
parlamentares estão diretamente envolvidos nos
pleitos em seus estados. A tendência é a de que a
agenda de debates e votações seja reduzida.
De acordo com o jornal, ainda não existe uma pauta
específica em análise, tampouco conversas mais
aprofundadas sobre eventuais mudanças na legislação
atual. Além da Câmara, o assunto também tem sido
discutido, ainda que de forma incipiente, no Senado.
Nos próximos 4 anos, a Previdência Social terá um
aumento de pelo menos R$ 100 bilhões em despesas,
principalmente por causa da política de valorização
do salário mínimo instituída pelo governo Lula.
Aprovada pelo Congresso, essa política define uma
fórmula permanente de correção anual do salário
mínimo, prevendo reajuste pela inflação medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12
meses, até novembro do ano anterior, mais a taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2 anos
antes.
Conter o avanço das despesas com a Previdência é
considerado fundamental, pela própria equipe
econômica do governo, para assegurar o cumprimento
do arcabouço fiscal. Entretanto, há forte
resistência dentro do governo, de amplos setores do
PT e do próprio Lula a possíveis mudanças.
Segundo a avaliação majoritária dos líderes da
Câmara, não há mais tempo hábil, em 2024, para que o
debate sobre uma nova reforma da Previdência seja
iniciado. Além das eleições municipais, o Congresso
se prepara para as eleições das Mesas Diretoras da
Câmara e do Senado, em fevereiro do ano que vem. Os
atuais presidentes das duas Casas, Arthur Lira
(PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não podem
concorrer a novos mandatos.
Também há o compromisso do Legislativo em concluir
as votações dos projetos de regulamentação da
reforma tributária até o fim deste ano. Com uma
agenda de trabalho mais enxuta no segundo semestre,
a prioridade número um deve ser mesmo a
regulamentação da tributária.
Uma eventual nova reforma da Previdência conta com o
apoio de setores da economia e do Tribunal de Contas
da União (TCU), cujo presidente, o ministro Bruno
Dantas, já defendeu publicamente, em maio deste ano,
que fossem feitas novas mudanças nas regras
previdenciárias do país.
Reformas anteriores
A última reforma da Previdência feita no país foi
concluída em 2019, no primeiro ano de governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta, no
entanto, começou a ser debatida no Congresso ainda
durante o governo de Michel Temer (MDB), entre 2016
e 2018.
Em 2003, no primeiro ano do primeiro mandato de Lula
na Presidência da República, o Congresso aprovou uma
reforma da Previdência – duramente criticada, na
época, por alguns parlamentares e lideranças da
esquerda, que deixaram o PT. No governo anterior, de
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), também foram
aprovadas mudanças na Previdência.
Fonte: InfoMoney
23/07/2024 -
PEC do Trabalho Infantil é nova investida de Arthur
Lira
João Victor Bomfim
Recentemente, voltou à pauta a discussão da PEC
18/2011, que autoriza o trabalho infantil a menores
de quatorze anos
A Constituição brasileira e o ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente) proíbem o trabalho a
pessoas menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Para a proteção do trabalho da criança e do
adolescente, a Convenção 138, da Organização
Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é
signatário, determina que a idade mínima para
permissão do trabalho não seja inferior à idade de
conclusão da escolaridade obrigatória.
Neste aspecto, além de proporcionar maior
desenvolvimento físico e mental ao adolescente, a
referida medida também visa melhor qualificar a
mão-de-obra, antes de admitir seu ingresso no
mercado de trabalho.
Nos últimos anos, sobretudo após a aprovação da
reforma trabalhista de 2017, durante o governo
Michel Temer, houve sensível deterioração das
condições de trabalho e dos órgãos de fiscalização.
No primeiro ano de governo Bolsonaro, em 2019, houve
corte de 55% da verba autorizada para fiscalização
de obrigações trabalhistas e inspeção em segurança e
saúde do trabalho.
Recentemente, voltou à pauta a discussão da PEC
18/2011, que autoriza o trabalho infantil a menores
de quatorze anos, fora das hipóteses de contrato de
aprendizagem.
Defensores da proposta argumentam que haveria
aumento da formalidade, uma vez que muitas crianças
e adolescentes já exercem atividades remuneradas por
força de necessidade, e passariam a receber os
benefícios previstos pela CLT.
No entanto, seria temerário não reconhecer que a
redução da idade mínima para o trabalho abriria
caminho para uma série de modificações na
legislação, com enorme impacto em todo o mercado de
trabalho.
A PEC remete à “carteira de trabalho verde e
amarela”, proposta pelo ex-ministro Paulo Guedes
para a contratação de jovens de 18 a 29 anos, com
redução dos direitos previstos pela CLT. A medida
foi também aprovada pela Câmara dos Deputados, em
novembro de 2023.
Por outro lado, os contratos de aprendizagem são
dotados de proteções específicas, e têm o objetivo
de promover o desenvolvimento por meio de atividades
teóricas e práticas, organizadas em tarefas de
complexidade progressiva.
Da mesma forma, é importante ressaltar que a
proibição ao trabalho infantil não representa uma
afronta ao direito de quem trabalha em tais
condições, sobretudo porque o direito do trabalho
deve privilegiar a verdade dos fatos, com a
aplicação da lei ao caso concreto, inclusive com
reconhecimento de vínculo de emprego e condenação
dos empregadores ao pagamento de pesadas multas e
indenizações.
João Victor Bomfim é advogado trabalhista
Membro fundador da FADDH – Frente Ampla Democrática
Pelos Direitos Humanos
Fonte: Brasil de Fato
23/07/2024 -
Sem atitude irregular, TST afasta execução de dívida
trabalhista contra sócios
A 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu
de uma empresa de São Paulo da execução de valores
devidos a um engenheiro. Segundo o colegiado, para
que eles respondessem pessoalmente pela dívida da
empresa, seria necessário comprovar que eles tiveram
culpa ou intenção no não pagamento dos valores, uma
vez que a empresa é uma sociedade anônima
empresarial.
Em maio de 2015, a empresa foi citada para pagar a
dívida reconhecida em juízo, mas não o fez
espontaneamente nem foram encontrados bens ou
valores para isso.
O engenheiro, então, pediu a chamada desconsideração
da personalidade jurídica, situação em que os sócios
ou os administradores passam a responder com seu
patrimônio particular pelas dívidas da empresa.
A medida foi determinada pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (SP), que entendeu que não
havia a necessidade de comprovação de situações como
fraude, abuso de poder, má administração, atuação
contra a lei, etc. para a inclusão dos sócios na
execução. Para o TRT, basta a insolvência ou o
descumprimento da obrigação pela pessoa jurídica.
Só com culpa
Contudo, para o relator do recurso de revista dos
sócios, ministro Agra Belmonte, explicou que, como a
empresa é uma sociedade anônima, a 7ª Turma entende
que é necessário comprovar a culpa.
Ele destacou que, de acordo com o artigo 158 da Lei
das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/1976), o
administrador não é pessoalmente responsável pelas
obrigações que contrair em nome da sociedade por ato
regular de gestão, mas responde pelos prejuízos que
causar se agir com culpa ou dolo (intenção) ou
violar lei ou estatuto.
Segundo o ministro, não há registro de que os sócios
em questão tenham agido dessa forma. A decisão foi
unânime. Com informações da assessoria de
comunicação do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
Processo 1000731-28.2018.5.02.0014
Fonte: Consultor Jurídico
22/07/2024 -
O bolsonarismo define estratégia para 2026: o Senado
Federal
Em 2026, o povo brasileiro volta às urnas para
eleger presidente da República, 27 governadores, 54
senadores — 2 por estado —, 513 deputados federais,
1.035 estaduais e 24 distritais (DF).
Marcos Verlaine*
Como o principal líder do bolsonarismo — apelido
dado à extrema-direita brasileira — está inelegível
até 2030 — esse segmento político, que até 2013 era
irrelevante, ganhou força, musculatura e relevância
político-eleitoral no País —, esse espectro já
definiu o que quer em relação às eleições de 2026.
Eleger bancada expressiva de representantes ao
Senado. Por que?
Isto quer dizer que a democracia brasileira está
agendada. Não há dúvida que a extrema-direita vai
disputar com reais condições de êxito a corrida ao
Planalto. Além da Presidência da República, é certo
que também irá disputar todos os demais cargos em
jogo, com força eleitoral real.
Alguém tem dúvida que, mantendo-se essa polarização
no País, o bolsonarismo vai eleger bancada numerosa
de deputados federais? Já o fez em 2022 e vai
repetir o feito em 2026.
O que está em jogo e por que
Diante da força eleitoral do bolsonarismo — que não se
elege apenas no PL (Partido Liberal), pois está
espraiado em todas as demais legendas de direita,
até no PSDB, que não é tido como extremista —, a
estratégia será jogar todas as fichas para eleger o
máximo de senadores.
Nas eleições de 2026, estarão em disputa 54 cadeiras
do Senado, 2 por Unidade da Federação. Na eleição de
2022, o bolsonarismo elegeu, das 27 cadeiras em
disputa, 8 senadores do PL. Fora os eleitos por
outros partidos e ainda os que estavam no exercício
do mandato, tendo mais 4 anos pela frente na Casa. A
bancada atual do PL é composta por 13 senadores.
É a 2ª bancada partidária, atrás do PSD, com 15
senadores, e à frente do MDB, com 11.
O bolsonarismo mira o Senado porque quer influenciar
na escolha de ministro do Supremo Tribunal Federal
na Casa. E ainda ter o poder, tendo número
suficiente para tal iniciativa, de cassar o mandato
de membros da Corte. O Senado define as indicações
para o STF e também pode cassar, embora nunca o
tenha feito, o mandato de magistrado da Suprema
Corte.
O STF, além de guardião da Constituição, é corte
constitucional, que dá a última palavra em tudo que
diz respeito à interpretação da Lei Máxima do País.
Daí o interesse dos bolsonaristas em jogar todo o
peso nas eleições para o Senado. Eles têm ranço
contra a Supremo e querem controlá-lo.
Cenários possíveis
Em 2022, Bolsonaro elegeu senador, por São Paulo, o
inexpressivo ex-astronauta Marcos Pontes. Em 2026,
será proposto o chamado “voto casado” para lançar
Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, este último que
já se apresentou para ser o segundo nome da chapa.
Ambos tiveram votações expressivas para deputado
federal na eleição passada.
Em Brasília a candidata pode ser Michelle Bolsonaro,
compondo chapa com Bia Kicis. Na capital federal foi
eleita, em 2022, Damares Alves, que sequer teve o
apoio formal de Bolsonaro. Ela foi lançada por
Michelle.
No Rio, Flávio Bolsonaro é candidato à reeleição. E
Carlos Bolsonaro, atual vereador na capital
fluminense, deve também disputar cadeira no Senado,
mas por outro estado, para não atrapalhar a
recandidatura do irmão mais velho.
Outros desconhecidos
Em Rondônia, Bolsonaro elegeu o desconhecido Jaime
Bagattoli (PL), que é natural de Santa Catarina,
empresário do agronegócio. Elegeu ainda, em SC,
Jorge Seif (PL), que concorreu pela primeira vez em
eleição e foi o vencedor. Ele bateu pesos pesados
como Raimundo Colombo (PSD), ex-governador do
estado, Dario Berger (PSB), ex-senador, e Celso
Maldaner (MDB), ex-deputado.
Em Goiás, o bolsonarismo elegeu o empresário Wilder
Moraes (PL), que já foi senador pelo estado, entre
2012 e 2019, quando assumiu a vaga de Demostenes
Torres, que foi cassado. Ele venceu o ex-senador e
ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
Não se trata apenas de estratégia e ofensiva contra
o Supremo, mas também à democracia e ao Estado de
Direito.
Diante destes cenários, não é exagero pensar e dizer
que a democracia brasileira está agendada.
Que o espírito e a ação do povo francês nos inspirem
para barrar nas ruas e no voto esse intento
antidemocrático.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
22/07/2024 -
DIEESE lança pesquisa Promovendo a Igualdade de
Gênero; confira
Conheça o estudo do DIEESE sobre a igualdade de
gênero e seus impactos na negociação coletiva e
progressão nas carreiras profissionais
Um ano após a sanção da lei da igualdade salarial
entre homens e mulheres, Lei 14.611, o DIEESE lança
a pesquisa Promovendo a Igualdade de Gênero,
Desafios e Perspectivas na Negociação Coletiva e no
Acesso e Progressão nas Carreiras Profissionais,
desenvolvida em convênio com o Ministério do
Trabalho.
O material atualiza indicadores de igualdade entre
homens e mulheres nas negociações coletivas e
analisa questões como garantia de acesso,
permanência e progressão na carreira, igualdade
salarial e condições de trabalho; examina, a partir
da observação de 41.348 anúncios, num total de
55.106 vagas, como a oferta de postos de trabalho da
intermediação privada incorpora e/ou promove o
alinhamento com a Lei de Igualdade Salarial; e
investiga elementos que podem acentuar ou atenuar as
disparidades de gênero nos planos de cargos,
carreiras e salários (PCCS).
Confira aqui a íntegra da Pesquisa DIEESE_Igualdade
de Gênero
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/07/2024 -
Lula volta a criticar privatização da Eletrobras:
'empresa extraordinária, de interesses de segurança
nacional'
Em evento na sexta-feira (19) em São José dos Campos
(SP), para anúncio de financiamento do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) à
exportação de aeronaves produzidas pela Embraer, o
presidente Lula (PT) voltou a criticar a
privatização da Eletrobras, citando o caráter
estratégico da empresa.
"A Eletrobras, uma empresa extraordinária, de
interesses de segurança nacional, uma empresa que
era modelo, exemplo, foi privatizada em nome da
'honestidade', em nome de que é preciso acabar com o
Estado", lamentou.
Em seguida, ele citou a disparada nos salários dos
diretores da companhia: "um diretor da Eletrobras
quando ela era pública ganhava R$ 60 mil por mês. Aí
privatizaram, botaram um bando de gente lá. Sabe
para quanto foi o salário do diretor-presidente? R$
360 mil por mês, numa demonstração do que conseguem
fazer com a indústria brasileira".
O presidente também falou sobre os planos do governo
Jair Bolsonaro (PL) para vender a Embraer e
comemorou o fato de a gestão passada não ter tido
êxito neste ponto. "Todo país que se preza, que tem
noção de nação, que se respeita, tem coisas que são
‘imexíveis’. Eu fiquei muito triste quando eu
acompanhava pela imprensa que o governo estava
facilitando a venda da Embraer para a Boeing e que a
Embraer ia ficar com menos gente aqui e que a Boeing
ia produzir o avião. Eu fiquei imaginando como pode
um país que tem uma empresa da magnitude da Embraer,
com engenharia formada aqui nesse país, a terceira
empresa de aviação do mundo, como pode alguém achar
que é só vender e que tudo vai melhorar? Até quando
a sociedade brasileira vai acreditar nessas coisas?
Graças a Deus não deu certo e a Embraer está aqui
outra vez".
Fonte: Brasil247
22/07/2024 -
Taxa de câmbio foi a 4ª maior preocupação da
indústria no 2º tri, diz CNI
Percentual de indústrias que apontam a variação
cambial como um dos três principais problemas
enfrentados subiu de 5,6% das respostas no final do
1º tri para 19,6% no final de junho
A taxa de câmbio subiu no ranking de preocupações
dos empresários da indústria no 2º trimestre do ano
e agora já está na quarta posição entre as aflições
do setor, segundo a Sondagem da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta
sexta-feira (19). No início do ano, o câmbio era
apenas a 17ª preocupação.
O percentual de indústrias que apontam a variação
cambial como um dos três principais problemas
enfrentados subiu de 5,6% das respostas no final do
1º trimestre para 19,6% no encerramento de junho.
O principal problema enfrentado pelas empresas
industriais continua a ser a elevada carga
tributária, uma queixa citada por 35,5% dos
entrevistados na sondagem. Em seguida, foram
apontados a demanda interna insuficiente (26,3%) e a
falta ou alto custo da matéria-prima (23,1%).
Segundo a pesquisa, o índice de evolução da produção
industrial ficou em 48,7 pontos em junho, ainda
abaixo da linha de 50 pontos, que separa aumento da
produção de queda. Mas foi melhor do que o indicador
de junho de 2023, quando o índice havia ficado em
46,3 pontos.
O índice de evolução do número de empregados na
indústria ficou em 50 pontos, o que indica um melhor
junho para o mercado de trabalho industrial do que
em 2023, quando o índice havia ficado em 48,6 pontos
e indicava queda do número de empregados.
Entre maio e junho de 2024, o uso da capacidade
instalada subiu de 69% para 70%. A UCI do mês
passado também ficou um ponto percentual acima da
observada em junho de 2023.
O índice de expectativa de demanda avançou 1,3
ponto, para 57,7 pontos, enquanto o indicador de
expectativa de compras de insumos subiu 1,2 ponto,
para 55,9 pontos. O de número de empregados, por sua
vez, avançou 0,8 ponto, para 52,6 pontos, e o índice
de expectativa de exportação permaneceu em 52,8
pontos.
Fonte: InfoMoney
19/07/2024 -
Vozes da CLT: ministra explica diferença entre
contribuição sindical e assistencial
Entenda a diferença entre contribuição sindical e
assistencial com a ministra do TST no videocast
Vozes da CLT: 80 anos de história
Você sabe a diferença entre contribuição sindical e
contribuição assistencial? Para definir os conceitos
e tirar dúvidas a respeito de cada uma, a ministra
do Tribunal Superior do Trabalho Maria Cristina
Peduzzi participa do videocast Vozes da CLT: 80 anos
de história. O sexto episódio está disponível no
canal do TST
no Youtube.
Assista ao episódio e acompanhe a evolução das
relações no mundo do trabalho a partir do surgimento
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Trechos marcantes da conversa também serão
publicados no Instagram do Tribunal, na forma de
“Reels” e “Stories”.
Reforma Trabalhista e entendimento do STF
No programa, a ministra Peduzzi explica que a
contribuição sindical, antes obrigatória para todas
as categorias, foi extinta pela Reforma Trabalhista
(Lei 13.467/2017), e sua inconstitucionalidade foi
confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ela representava o desconto de um dia de trabalho de
cada profissional, independentemente de filiação ao
sindicato.
A partir desse entendimento, o STF apresentou
mudanças a essas fontes de custeio, assunto também
em destaque neste episódio.
De acordo com a tese de repercussão geral (Tema 935)
fixada no julgamento, é constitucional a criar
contribuições assistenciais para toda a categoria,
por acordo ou convenção coletiva, desde que seja
assegurado o direito de oposição.
Projeto privilegia linguagem simples
O projeto “Vozes da CLT: 80 anos de história” é uma
produção da Coordenadoria de Rádio e TV do TST e faz
parte das ações dedicadas aos 80 anos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A produção leva em conta as recomendações do Pacto
Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples,
privilegiando uma interação mais informal entre
apresentador e convidado.
Dessa forma, o TST pretende aprimorar as diversas
formas de inclusão, com uma linguagem direta e
compreensível por toda a sociedade.
Assista ao programa aqui
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/07/2024 -
STF estende prazo para governo e Congresso acertarem
desoneração
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), prorrogou até 11 de setembro a suspensão do
processo que trata da desoneração da folha,
benefício fiscal que atinge 17 setores da economia e
de municípios. A suspensão dá mais tempo para o
Congresso Nacional discutir o assunto depois do
recesso parlamentar.
A desoneração permite que empresas dos setores
incluídos deixem de pagar imposto sobre o salário
dos funcionários para, no lugar disso, contribuir
com um pagamento sobre a receita líquida. O assunto
vem tensionando o governo Lula e o Congresso
Nacional desde o final de 2023. O presidente Lula
(PT) chegou a vetar a prorrogação do benefício
aprovada pelo Legislativo naquele ano. O Congresso
derrubou o veto. O governo levou o assunto ao STF
depois.
A decisão atende a pedido feito pelo Senado e pela
Advocacia Geral da União (AGU), que representa o
governo. O impasse, agora, e a respeito da adoção de
medidas a serem tomadas para compensar a perda de
arrecadação do governo por conta da desoneração. O
Senado propôs uma série de medidas para mitigar o
impacto do benefício fiscal nos cofres do governo. O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propõe incluir
um “gatilho” extra: se os mecanismos propostos pelo
Senado forem insuficientes para compensar o rombo da
desoneração, a cobrança da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) aumenta em 1 ponto
percentual. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
resiste à ideia e diz não quer aumentar impostos.
O projeto que atualmente tramita no Congresso a
respeito do tema determina que a desoneração
continua neste ano. No período de 2025 a 2027, a
folha de pagamento das empresas será gradualmente
reonerada. O desentendimento com as medidas de
compensação, porém, vem travando o avanço da
proposta.
Com o aumento do prazo, o governo e o Congresso
podem seguir com as negociações depois do fim do
recesso informal dos parlamentares, que vai até 31
de julho. O tempo é necessário: mesmo que Haddad e
Pacheco entrem em acordo, qualquer medida vai
precisar passar pelo crivo dos senadores e deputados
antes de ser confirmada.
Fonte: Congresso em Foco
19/07/2024 -
Maioria dos brasileiros é favorável ao aborto nos
casos previstos em lei
Os percentuais, nas três situações de aborto
legal, ficam em torno de 60%; 56% dos que sabem
sobre o PL do Estuprador são contrários
Mesmo com todo o esforço da extrema direita para
emplacar o “PL do Estuprador”, a maior parte da
população brasileira segue favorável ao aborto nos
três casos previstos em lei. Numa dessas situações,
quando o feto pode não sobreviver, o índice é o mais
alto, chegando a 67%, segundo pesquisa Ipec
divulgada nesta terça-feira (16).
Nos casos em que a gravidez representa risco de vida
para a mulher, 62% são favoráveis e no caso de
estupro, 58% apoiam. Já os contrários somam,
respectivamente, 25%, 28% e 33% em cada situação. Os
que se dizem nem favoráveis nem contrários variam
entre 4% e 5% nos três casos e os que não sabem,
ficam entre 4% e 6%.
Além disso, segundo levantamento feito pelo jornal O
Globo, o índice de pessoas que defendem a
legalização do aborto dobrou nos últimos 14 anos:
elas eram 10% em 2010 e hoje são 20%. A grande
maioria, 70%, se dizem contrários, enquanto 6% não
são nem contrários, nem favoráveis.
A pesquisa confirma que o fator religioso pesa na
posição sobre o apoio à legalização, assim como a
renda, a escolaridade e o posicionamento político:
35% dos favoráveis têm outra religião, que não seja
a católica ou a evangélica, ou não têm nenhuma; 30%
têm renda familiar mensal maior do que cinco
salários mínimos; 29% são mais instruídos e 28% são
eleitores de Lula.
A sondagem foi feita após a polêmica em torno da
aprovação do regime de urgência para a tramitação do
PL do Estuprador, que propõe a criminalização de
mulheres e meninas que fizessem aborto após 22
semanas, inclusive em casos de estupro.
A repercussão negativa que a matéria teve junto à
sociedade — que se traduziu em uma série de
protestos de rua e manifestações públicas de de
entidades, lideranças políticas e sociais e de
celebridades — fez com que a votação fosse adiada.
Dentre as pessoas que se dizem informadas sobre o
projeto, que somam 67%. Destes, 12% afirmam estar
muito informados, 37% responderam estar pouco
informados e 18% nada informados.
Quando questionados sobre o apoio ao projeto, 56%
dos que sabem a respeito são contrários e 32%
favoráveis. No grupo dos contrários ao PL, a
maioria, 68%, é também favorável à legalização do
aborto e os que declaram ter votado em Lula em 2022
somam 62%.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
19/07/2024 -
PT entra com nova ação no STF contra privatização da
Sabesp
Para a legenda, a lei sancionada e os atos
administrativos relacionados ao processo de
privatização violam os princípios da competitividade
e da economicidade
O PT ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com
uma nova ação questionando a lei que autorizou a
privatização da Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo – Sabesp.
Para a legenda, a lei sancionada em dezembro do ano
passado pelo governador Tarcísio de Freitas
(Republicanos) e os atos administrativos
relacionados ao processo de privatização violam os
princípios da competitividade e da economicidade,
entre outros.
A ação tem pedido de liminar para a suspensão
imediata da lei. O processo foi distribuído por
prevenção ao ministro Cristiano Zanin, que já é
relator de ação sobre o tema. Contudo, há chances de
o pedido de liminar ser analisado pelo presidente da
Corte, Luís Roberto Barroso, que atua no plantão
durante o recesso do Judiciário, que vai até o final
de julho.
O PT destacou que o processo de privatização “ocorre
por meio de leilão com a participação de único
concorrente com oferta significativamente abaixo do
preço de mercado, em que adquirirá as ações por um
valor de R$ 67 por ação”. O partido também reclama
que o preço mínimo de venda foi mantido sob sigilo e
será divulgado somente após a venda das ações, na
próxima segunda-feira, 22. “Ao não divulgar o valor
mínimo e aceitar o preço ofertado afirmando como
superior a esse mínimo, o governo estadual favoreceu
inequivocamente o único competidor na disputa para
ser acionista de referência e comandar a gestão da
Sabesp”, afirma.
Esta é a segunda ação ajuizada contra a privatização
da companhia. Na última segunda-feira, o PT, Psol,
Rede, PV e PCdoB questionaram a lei que autoriza a
celebração de contratos de prestação de serviços de
saneamento, o contrato de concessão firmado entre a
prefeitura de São Paulo com a Sabesp e o cronograma
de privatização da estatal.
Fonte: InfoMoney
19/07/2024 -
Projeto suspende regulamentação da lei de igualdade
salarial entre homens e mulheres
Deputada diz que decreto e portaria impõem
obrigações ao empregador não previstas pela lei
O Projeto de Decreto Legislativo 169/24 suspende a
aplicação do Decreto 11.795/23 e da portaria do
Ministério do Trabalho e Emprego (3.714/23) que
regulamentam a lei de igualdade salarial entre
homens e mulheres (14.611/23).
Apresentado pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP),
o texto está em análise na Câmara dos Deputados.
Para a parlamentar, o decreto e a portaria impõem
obrigações ao empregador não previstas pela lei.
Entre essas obrigatoriedades, ela cita a exigência
de publicar, nos sites das empresas ou em suas redes
sociais, o Relatório de Transparência Salarial e de
Critérios Remuneratórios produzido pelo Ministério
do Trabalho e Emprego.
Essa obrigação, critica Adriana Ventura, não está na
Lei 14.611/23, foi criada pelo decreto e reproduzida
pela portaria.
“Ademais, a obrigação é imposta em caráter imediato,
sem oferecer às empresas qualquer prazo para
adaptação ou correção de eventual desequilíbrio, ou
mesmo para sistematizar o processo de levantamento,
organização e transmissão de tais informações”,
completa.
Anonimato em risco
A deputada alerta ainda que a publicação do relatório
no site da empresa pode violar o anonimato dos
trabalhadores.
"Uma empresa com 100 funcionários, delimitando as
remunerações por cargo, se torna extremamente
factível a identificação dos funcionários e a
comparação de remuneração entre trabalhadores que
eventualmente percebam salários diferentes por
motivos de performance, experiência ou tempo de
casa", afirma Adriana Ventura. "Isso pode causar
insatisfação e criar um clima organizacional de
rivalidade e hostilidade dentro das empresas”,
acrescenta.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Trabalho;
de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada
pelo Plenário. Para virar lei, a proposta também
precisa ser analisada pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara
18/07/2024 -
Centrais realizam ato nacional contra juros altos no
dia 30 de julho
No próximo dia 30, as centrais sindicais – Força
Sindical, CUT, CTB, UGT, CSB, NCST, Intersindical e
Pública – realizarão ato contra juros altos em
frente à sede do Banco Central, em São Paulo, e
também nos demais estados onde há sede do BC.
O movimento sindical considera inaceitável a taxa
abusiva praticada pelo Banco Central, que boicota e
emperra o crescimento do país e prejudica,
principalmente, a classe trabalhadora.
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, acredita no
apoio da mobilização social para conter os juros: “É
preciso que sociedade, a classe trabalhadora mais
prejudicada, esteja junto com a gente nesta luta. O
Brasil não pode parar”.
Ato das Centrais Sindicais contra os juros altos
Data: 30 de julho
Horário: a partir das 10h
Local: em frente à Sede do Banco Central em SP
Endereço: Av. Paulista, 1804, São Paulo/SP e nos
demais estados onde há sede do BC.
Fonte: NCST
18/07/2024 -
"Não vamos cortar o salário mínimo", reafirma Lula
Em entrevista, presidente destacou os números
atuais da economia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a
negar, nesta terça-feira (16), que vá tomar qualquer
medida de corte de orçamento público que envolva a
redução do salário mínimo para as parcelas mais
pobres da população, como aquelas que recebem da
Previdência Social. Em entrevista à TV Record, ele
destacou que o crescimento da riqueza no país deve
ser distribuído de forma equitativa para todos.
"Quando alguém fala que eu deveria desvincular o
salário mínimo da Previdência Social. O mínimo, já
diz, é o mínimo. Não tem nada mais baixo que o
mínimo. Então, eu não posso cortar o mínimo, que já
é o mais baixo de tudo. Quando você tem que dar
aumento do salário mínimo, você faz a reposição
inflacionária. Se a inflação foi 3%, você repõe 3%.
O crescimento do PIB nos últimos dois anos, a média,
a gente dá de aumento do salário mínimo. Então, se
durante dois anos o PIB crescer 6%, a gente além da
inflação dá 6% de aumento. O que é humanamente
justo, socialmente justo.
Lula também destacou os números atuais da economia,
que estão acima das expectativas dos agentes de
mercado, e voltou a criticar a taxa de juros do
Banco Central. "Não tem um único número que diga que
o Brasil tem qualquer problema. A gente está
crescendo mais do que a previsão do mercado. O
mercado previa 0,8%, nós crescemos 3%. O mercado
previa a inflação descontrolada, a inflação está
totalmente controlada. A única coisa que não está
controlada é a taxa de juros", afirmou.
O presidente ainda exaltou a geração de empregos, o
crescimento da massa salarial, e reafirmou o
compromisso de isentar o Imposto de Renda quem ganha
salário de até R$ 5 mil por mês.
"Geramos 2,5 milhões de empregos em um ano e sete
meses. A massa salarial cresceu 11,7%. O salário
mínimo é reajustado duas vezes acima da inflação.
Isenção do imposto de renda para quem ganha dois
salários mínimos e eu pretendo chegar a R$ 5 mil de
desconto do imposto de renda. Tiramos 24 milhões de
pessoas da fome. Então, nós estamos vivendo um
momento sensacional", celebrou.
Meta fiscal
Lula foi perguntado se o governo pretende modificar a
meta de déficit zero nas contas públicas, em 2024,
para cumprir as regras do arcabouço fiscal, ao que
ele respondeu que o mais importante é que a economia
cresça com sustentabilidade fiscal.
"Esse país é muito grande. Muito poderoso. O que é
pequeno é a cabeça dos dirigentes, de alguns
especuladores. Porque esse país não tem nenhum
problema. Se o déficit é zero, se é 0,1, o que é
importante é que o país esteja crescendo. O que é
importante é que a economia esteja crescendo. O que
é importante é que o emprego esteja crescendo. O
salário está crescendo. Nós vamos fazer o que for
necessário para cumprir o arcabouço fiscal. Nós
vamos criar um país com estabilidade jurídica. Nós
vamos criar um país com estabilidade fiscal, com
estabilidade econômica, com estabilidade social.
Esse país terá previsibilidade", afirmou.
Na próxima semana, o Ministério da Fazenda deverá
anunciar bloqueios no orçamento para cumprir a meta
de resultado primário, segundo anunciou o titular da
pasta, Fernando Haddad.
Violência política
O presidente também comentou sobre a violência
política no mundo, ao repercutir, novamente, o
atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, que é candidato ao cargo nas
eleições norte-americanas deste ano. Para Lula, o
mundo vive uma era onde as pessoas não se respeitam
e não respeitam a força do argumento.
"É abominável qualquer tipo de violência. Não é só
com o ex-presidente Donald Trump. É a morte de um
prefeito em uma cidadezinha no interior. É a morte
de um vereador em uma cidadezinha no interior.
Então, é preciso que a gente volte a ter tolerância.
O que temos hoje é a derrota do argumento, o
argumento vale muito pouco. O que vale hoje é
mentira, o que vale é fake news. Porque quando você
está dizendo a verdade, você tem que argumentar.
Quando você está contando uma mentira, não tem que
argumentar. Essa a diferença que está fazendo hoje
falta na sociedade brasileira. A volta do argumento
para os debates políticos. Está faltando um pouco de
compreensão dos problemas do mundo".
Na mesma linha, o presidente defendeu a urgência de
uma regulação sobre as grandes empresas de
tecnologia, que controlam as plataformas de redes
sociais.
"Não é possível que as empresas continuem ganhando
dinheiro disseminando mentiras, fazendo provocação,
campanha contra vacina, sem levar em conta nenhum
compromisso com a verdade. Eu sou favorável a que a
gente dê uma regulação, porque essas empresas não
pagam nada. Ganham bilhões de publicidade. Têm muito
lucro com a disseminação do ódio no mundo inteiro",
disse.
Fonte: Agência Brasil
18/07/2024 -
FGTS registra lucro de R$ 23,4 bilhões em 2023,
maior valor da história
"Isso mostra segurança na gestão do Fundo, que é
um ativo importante para os trabalhadores", disse o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
alcançou um lucro histórico de R$ 23,4 bilhões em
2023, o maior resultado desde sua criação.O
desempenho foi apresentado pela Caixa Econômica
Federal na 196ª reunião ordinária do Conselho
Curador do FGTS, realizada nesta terça-feira (16).
Comparado ao ano anterior, o lucro de 2023
representa quase o dobro do valor registrado em
2022, que foi de R$ 12,7 bilhões.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que
também preside o Conselho, comemorou o resultado.
"Isso mostra segurança na gestão do Fundo, que é um
ativo importante para os trabalhadores", destacou
Marinho. O lucro foi impulsionado por retornos
recorrentes de aplicações e operações de crédito,
além de um acordo com o Fundo de Investimento
Imobiliário (FII) Porto Maravilha, no Rio de
Janeiro, que sozinho adicionou R$ 6,5 bilhões ao
resultado positivo do FGTS.
A receita total do Fundo em 2023 foi de R$ 61,5
bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 38,1
bilhões. A arrecadação líquida do FGTS foi de R$
33,1 bilhões, um aumento de 12,2% em relação a 2022,
atingindo R$ 175,4 bilhões. O volume de saques
também aumentou 12,6%, totalizando R$ 142,3 bilhões.
O ano de 2023 também foi marcado pela migração de
contas vinculadas do PIS/PASEP que não foram
reclamadas por mais de 20 anos, conforme a Emenda
Constitucional n° 126, de 21 de dezembro de 2022.
Esta mudança resultou na transferência de R$ 25,9
bilhões ao Tesouro Nacional, enquanto R$ 10,5
milhões de cotas PIS/PASEP foram destinados ao
Ministério da Fazenda.
Os ativos do FGTS totalizaram R$ 704,3 bilhões,
representando um aumento de 8,5% em relação ao
exercício de 2022. Desse montante, R$ 488,6 bilhões
estão alocados em operações de crédito, com a maior
parte destinada à habitação (R$ 444,3 bilhões).
Infraestrutura, saneamento e saúde receberam R$ 17,7
bilhões, R$ 25 bilhões e R$ 1,6 bilhões,
respectivamente.
O passivo do Fundo somou R$ 578,5 bilhões, dos quais
R$ 575,1 bilhões correspondem ao saldo das contas
vinculadas dos trabalhadores. O patrimônio líquido
do FGTS em 2023 foi de R$ 125,8 bilhões.
A próxima reunião do Conselho Curador do FGTS está
agendada para o dia 6 de agosto, onde será discutida
a distribuição do lucro de 2023 nas contas dos
trabalhadores.
Fonte: Brasil247
18/07/2024 -
Pacheco pede ao STF prorrogação de prazo para votar
desoneração da folha
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, solicitou
ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo até 30 de
agosto para a votação da desoneração da folha de
pagamento para 17 setores da economia e pequenos
municípios. Ele citou a falta de acordo com o
governo sobre as fontes para bancar a redução da
cobrança previdenciária. Ao citar as sugestões dos
senadores, como impostos sobre compras
internacionais, Rodrigo Pacheco rejeitou o aumento
de tributos. O líder do governo, Jaques Wagner
(PT-BA), reafirmou que a elevação de 1% da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido — CSLL —
só vai ocorrer se as propostas dos senadores não se
concretizarem. Se houver um acordo entre governo e
Senado, o projeto deverá ser votado no início de
agosto.
Fonte: Agência Senado
18/07/2024 -
TST reconhece dano existencial em jornada diária de
12 horas em turnos ininterruptos
O cumprimento de jornada de 12 horas diárias em
regime de turnos ininterruptos de revezamento — o
que perfaz, em média, 72 horas semanais — configura
ato ilícito causador de dano existencial pelo
empregador, uma vez que priva o empregado das horas
necessárias para o exercício de direitos
fundamentais previstos na Constituição Federal.
A partir desse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou, em decisão unânime,
uma companhia de energia elétrica a pagar R$ 50 mil
de indenização a um eletricitário que era submetido
a essa jornada.
Na reclamação trabalhista, o eletricitário, admitido
em 1997, disse que trabalhava em turnos
ininterruptos de revezamento de oito horas, mas essa
jornada era frequentemente extrapolada para até 12
horas, sem intervalo.
O juízo da Vara do Trabalho de Bagé (RS), além de
determinar o pagamento de horas extras, condenou a
empresa a indenizar o trabalhador por dano
existencial. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (RS) excluiu a indenização. Apesar de
confirmar a extrapolação recorrente da jornada, o
TRT-4 entendeu que a prestação habitual de horas
extras não acarretaria dano passível de reparação,
mas apenas o direito ao pagamento dessas horas.
Princípio da dignidade humana
O relator do recurso de revista do trabalhador,
ministro Alberto Balazeiro, apontou que a
Constituição Federal estabelece o limite de oito
horas diárias e 44 semanais para a jornada de
trabalho e assegura proteção contra condutas que
possam comprometer a dignidade humana. A CLT, por
sua vez, limita as horas extras a duas por dia.
Essas limitações, na visão do relator, decorrem da
necessidade de convívio familiar, saúde, segurança,
higiene, repouso e lazer. No caso do eletricitário,
ele observou que, computadas 12 ou 13 horas de
trabalho e seis horas de sono, restariam somente de
seis a sete horas para a vida pessoal, sem contar as
horas gastas com deslocamento.
Na sua avaliação, esse tempo reduzido impede o
exercício de direitos fundamentais, o que viola o
princípio da dignidade humana. “Não se trata de mera
presunção. O dano está efetivamente configurado”,
afirmou o relator.
Para o ministro, jornadas extenuantes, além de
comprometerem a dignidade do trabalhador, também
aumentam significativamente o número de acidentes de
trabalho, repercutindo na segurança de toda a
sociedade. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 20813-45.2016.5.04.0812
Fonte: Consultor Jurídico
17/07/2024 -
Lei da igualdade salarial tem boa adesão das
empresas, diz ministro
Legislação prevê salários iguais para homens e
mulheres
Sancionada no ano passado, a Lei da Igualdade
Salarial, que visa garantir a igualdade salarial
entre mulheres e homens no exercício da mesma função
ou por trabalho de igual valor, completou um ano
neste mês de julho. E, segundo o ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ela já vem dando
resultados, com uma grande adesão das empresas.
“A lei é para ajudar a resolver os problemas nas
entranhas das empresas. Nós podemos dizer que
estamos felizes com o primeiro ano da lei. Primeiro,
porque houve uma grande adesão das empresas em
atender o chamado e apresentar os seus relatórios.
Se a própria empresa faz seu relatório, olha a sua
vida e enxerga que tem problema, ela própria tem
espaço e prazo para apresentar o seu plano de
solução”, disse Marinho, em evento na sede do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), na capital paulista.
Em março deste ano, o Ministério do Trabalho e
Emprego divulgou os resultados do Primeiro Relatório
Nacional de Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, que foi obtido por meio de
informações que foram preenchidas pelas empresas no
eSocial, o sistema federal de coleta de informações
trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Por
lei, as empresas devem apresentar relatórios
constantes para que fiscais possam comparar os
valores pagos a homens e mulheres.
Neste primeiro relatório divulgado, 49.587 empresas
com 100 ou mais funcionários do Brasil preencheram
as informações relativas ao ano de 2022. Desse
total, disse o ministro, 415 questionaram a lei na
justiça. “Ou seja, é residual esse questionamento.
Muitos estão olhando, enxergando e pedindo
aperfeiçoamento para lá e para cá, mas o diálogo
resolve. Se os sindicatos, junto com as empresas, as
entidades, as federações, as confederações, os
trabalhadores, empresários e centrais sindicais se
sentarem e colocarem [isso] na convenção coletiva,
seguramente nós vamos acelerar a solução dos
problemas e é isso que nós estamos estimulando”,
acrescentou o ministro. Um segundo relatório deverá
ser publicado em setembro.
“O mais forte sobre a lei é que ela propõe uma
mudança de cultura”, destacou Maria Helena Guarezi,
secretária-executiva do Ministério das Mulheres.
“Desde que ela foi aprovada e sancionada, nós vemos
muitos avanços. Primeiro porque a sociedade vem
debatendo essa lei. E ela traz também, no seu bojo,
a questão do relatório. Um relatório de
transparência, que não olha só para a questão
exclusiva da desigualdade entre os pares de mesma
função, mas que olha para outras desigualdades. A
gente percebe que tanto a sociedade civil quanto os
sindicatos, as centrais sindicais e as próprias
empresas estão empenhadas em buscar essa igualdade”,
falou.
Segundo Guarezi, a lei ainda é recente e precisa de
aperfeiçoamentos. Mas um aspecto positivo é a grande
adesão das empresas ao relatório. “Obviamente esse
processo impulsiona a sociedade a discutir a
igualdade sob o parâmetro salarial, mas também sob
outros parâmetros. E eu acho que é isso que essa lei
da igualdade vem trazer: ela vem olhar também para
todas as desigualdades para além da igualdade
salarial”, falou.
“O espírito da Lei é de que, a partir dos dados do
relatório publicado e do balanço da igualdade
salarial nas empresas, a gente possa debater como
reduzir as desigualdades. Então, nesse sentido, eu
acho que sim, a lei já tem resultados positivos,
porque a gente pautou na sociedade, nas empresas e
no movimento sindical como efetivamente olhar para
essa desigualdade e poder incidir para reduzi-la”,
concordou Adriana Marcolino, diretora técnica do
Dieese. “A gente sabe que esse é um processo de mais
médio e longo prazo do que de curto prazo. Mas só de
já ter colocado esse debate na sociedade, eu acho
que já é bastante positivo”, ressaltou.
Esse balanço positivo da lei feito pelo Dieese tem
sido embasado também em pesquisas recentes que foram
feitas por ele. Um deles analisou vagas de emprego
que estavam sendo ofertadas entre setembro e
dezembro do ano passado. “Na análise das vagas
ofertadas, a gente pôde ver que muitas delas têm
alguns elementos que acabam afastando as mulheres de
se lançarem a uma determinada vaga, que em geral tem
salários melhores ou maiores possibilidades de
carreira. Foram poucas as vagas que a gente
encontrou que, de fato, procuravam trazer as
mulheres para um mercado de trabalho, para postos
que têm maior remuneração ou maior visibilidade.
Mas, apesar de poucas, é bem relevante que elas
existam, porque elas dão o exemplo de que é possível
fazer, é possível que as empresas tenham a
iniciativa de pensar na questão da desigualdade e de
como trazer as mulheres para os seus quadros de
trabalhadores”, falou Adriana.
Um outro estudo recente feito pelo Dieese analisou
as negociações coletivas e apontou que, após a lei,
novos assuntos começaram a entrar em discussão, como
isonomia salarial, combate a assédio moral no mundo
de trabalho e apoio às mulheres vítimas de violência
doméstica.
“O desafio da lei é as empresas perceberem que
quando elas eliminam essas desigualdades no ambiente
de trabalho, quando eles têm um corpo funcional mais
diversificado, isso também colabora para a ampliação
de ideias, para superação de problemas, para aumento
da sua produtividade. E de outro lado, todas as
instituições da sociedade devem ter como elemento a
luta pela redução da desigualdade”, disse a diretora
do Dieese.
Fonte: Agência Brasil
17/07/2024 -
Produção industrial brasileira supera média global e
cresce 1,7% no primeiro trimestre de 2024
Sob o governo Lula, o Brasil sobe 15 posições no
ranking global de produção industrial, passando da
60ª para a 45ª colocação
A indústria brasileira deu um salto significativo no
primeiro trimestre de 2024, registrando um
crescimento de 1,7% em comparação ao mesmo período
do ano anterior. O levantamento, divulgado nesta
terça-feira (16) pelo Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial (IEDI), segundo a
CartaCapital, destaca que a performance do Brasil
superou a média global, que avançou 1,4% no mesmo
período.
Além do crescimento expressivo em relação ao ano
anterior, a produção industrial brasileira também
apresentou um aumento de 1% em relação ao último
trimestre de 2023. Este desempenho é notável,
especialmente quando comparado à média global, que
teve um incremento de apenas 0,1% no mesmo período.
Essa melhora significativa fez com que o Brasil
subisse 15 posições no ranking global do IEDI,
passando da 60ª para a 45ª colocação. Este avanço
reflete uma recuperação robusta do setor industrial
nacional, que vem enfrentando desafios econômicos e
estruturais nos últimos anos.
Pelas redes sociais, o presidente Lula comemorou o
resultado.
Fonte: Brasl247
17/07/2024 -
Lira anuncia para agosto a votação do segundo
projeto que regulamenta a reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,
afirmou que o segundo projeto de regulamentação da
reforma tributária (PLP 108/24) será votado em
agosto, quando os deputados retornarem do recesso
parlamentar. Segundo Lira, o texto está maduro para
ser votado e foi amplamente discutido pelo grupo de
trabalho que debateu a proposta. Ele concedeu
entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (15).
Lira foi questionado sobre a inclusão das proteínas
de origem animal na cesta básica, isenta de
impostos, na votação do primeiro projeto de
regulamentação da reforma (PLP 68/24), ocorrida no
último dia 10. Ele disse que não era contra o
benefício para o setor, mas que seria preciso
avaliar o impacto dessa inserção no aumento da
alíquota do imposto. "O que eu sempre me posicionei
foi para avaliar o custo de alíquota que
representaria para todo brasileiro. O melhor seria
fazer um cashback sobre a proteína para todos os
brasileiros do CadÚnico", disse.
Dívidas de partidos
Lira afirmou que a votação na Câmara da proposta que
facilita o pagamento de dívidas de partidos
políticos (PEC 9/23) só foi possível porque havia um
compromisso do Senado em pautar e votar a matéria.
Ele negou que se trate de anistia aos partidos.
Segundo ele, o objetivo foi colocar em uma PEC
questões que ficaram mal solucionadas pela resolução
do Supremo Tribunal Federal (STF) que tratou do
tema. "Ninguém ficou satisfeito em discutir essa
questão um dia após votar a reforma tributária",
disse. "Todos os partidos têm essa demanda",
reforçou o presidente.
"Abin paralela"
Em relação à chamada "Abin paralela", Lira afirmou que
os fatos são graves. A "Abin paralela" foi um
sistema de monitoramento e espionagem ilegal de
autoridades e desafetos políticos durante o governo
do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Esse
acompanhamento para quem destinou, para quem mandou,
qual a finalidade. Tenho certeza que a Abin [Agência
Brasileira de Inteligência], a Polícia Federal e o
STF devem estar adiantados nesse sentido", cobrou.
Fonte: Agência Câmara
17/07/2024 -
Economia brasileira cresceu 0,25% em maio
Confira os dados mais recentes sobre o
crescimento da economia brasileira em maio, de
acordo com o BC. Alta do IBC-Br supera 2% no
acumulado dos cinco primeiros meses do ano
A economia brasileira cresceu 0,25% em maio, segundo
dados do Índice de Atividade Econômica do Banco
Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (15).
O IBC-Br é um dos principais sinalizadores do
Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Com isso, o índice observado em maio ficou em 148,86
pontos. Dessazonalizado, o índice sobe para 149,60
pontos. Em abril, o índice dessazonalizado estava em
149,23.
Na comparação com maio de 2023, quando o índice
observado estava em 146,95 pontos (dessazonalizado
em 145,93 pontos), a alta chega a 1,3%. No acumulado
do ano (janeiro a maio), a alta é de 2,01%; e no dos
últimos 12 meses chega a 1,66%.
Além de indicar a expansão da economia, o IBC-Br é
também uma das referências adotadas pelo BC para a
definição da taxa básica de juros (Selic), que está
atualmente em 10,5% ao ano.
Fonte: Rádio Peão Brasil
17/07/2024 -
Normas coletivas podem autorizar prorrogação de
jornada em atividade insalubre, decide TRT-4
A prorrogação da jornada de trabalho como forma de
compensação por horas que seriam trabalhadas aos
sábados normalmente é de apenas 48 minutos, e a
legislação permite o acréscimo de duas horas
diárias, além da jornada normal, para compensação de
horário ou horas extras. Assim, a prorrogação em 48
minutos não pode ser considerada um direito
indisponível, mesmo se a atividade for insalubre.
Com esse entendimento, o Pleno do Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região (RS) reconheceu a
constitucionalidade do inciso XIII do artigo 611-A
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, com
isso, validou normas coletivas que permitem a
prorrogação da jornada para compensação semanal em
atividades insalubres.
O dispositivo em questão diz que convenções e
acordos coletivos de trabalho prevalecem sobre a lei
quando tratam de prorrogação de jornada em ambientes
insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes. O trecho foi inserido na CLT em 2017,
pela reforma trabalhista.
No processo de origem, uma empregada contestava a
prorrogação da jornada em atividade insalubre,
permitida pelas normas coletivas da sua categoria.
As normas diziam que isso era possível
independentemente do artigo 60 da CLT, que exige
licença prévia das “autoridades competentes em
matéria de higiene do trabalho” para quaisquer
prorrogações em atividades insalubres.
Reforma em julgamento
Antes de julgar um recurso nessa ação, a 2ª Turma do
TRT instaurou um incidente para que o Pleno
decidisse se a possibilidade aberta pela reforma era
constitucional.
Nesse julgamento, prevaleceu o voto do desembargador
Rosiul de Freitas Azambuja. Ele lembrou que o
Supremo Tribunal Federal já validou quaisquer normas
coletivas que afastam ou restringem direitos
trabalhistas, desde que não sejam direitos
indisponíveis (previstos na Constituição e dos quais
o cidadão não pode abrir mão).
Para ele, a prorrogação da jornada como forma de
compensação, geralmente em 48 minutos, não pode ser
considerada “um direito absolutamente indisponível
pelo fato de ser feita em atividade insalubre”.
O inciso XXII do artigo 7º da Constituição cita como
direito dos trabalhadores a “redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança”. O magistrado não viu violação
a esse trecho.
Dispositivo genérico
Azambuja ressaltou que o dispositivo constitucional é
genérico, pois não estabelece quais são as normas.
“Não se pode entender que a dispensa da licença
prévia da autoridade competente para a jornada
compensatória em atividade insalubre seja contrária
ao disposto no mencionado inciso.”
Além disso, o inciso XIII do mesmo artigo 7º admite
a compensação de horários “mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho”, sem fazer
referência à insalubridade ou não da atividade.
Por fim, o desembargador destacou que a prorrogação
em 48 minutos diários não traz “maiores riscos” do
que o trabalho em seis dias por semana com uma única
folga: “Parece ser certo que dez entre dez
funcionários preferem trabalhar 48 minutos a mais
por dia de segunda a sexta-feira, ainda que a
atividade seja insalubre, do que laborar um dia a
mais na semana”.
Atuaram no processo os advogados Angela Raffainer e
Ricardo Gehling.
Clique
aqui para ler o acórdão
Processo 0020526-09.2020.5.04.0403
Fonte: Consultor Jurídico
17/07/2024 -
Tabela de depósitos recursais será atualizada a
partir de 1º de agosto
A atualização segue a variação acumulada do
INPC/IBGE
O Tribunal Superior do Trabalho divulgou nesta
segunda-feira a nova tabela com os valores
atualizados dos depósitos recursais, que entrará em
vigor a partir do dia 1º de agosto de 2024. A
atualização segue a variação acumulada do INPC/IBGE
no período de julho de 2023 a junho de 2024.
O limite do depósito para interposição de Recurso
Ordinário será de R$ 13.133,46. Para Recurso de
Revista, Embargos e Recurso em Ação Rescisória, o
valor passará a ser de R$ 26.266,92.
Os novos valores constam no Ato SEGJUD.GP 366/2024,
assinado pelo presidente do TST, ministro Lelio
Bentes Corrêa.
Fonte: TST
16/07/2024 -
Consultor vê País normalizado e Lula mais forte
O ambiente nacional está mais calmo. A economia vai
bem. As relações entre Executivo e Legislativo
avançaram. E as condições para o diálogo e reformas
voltaram ao padrão da normalidade.
Esse quadro é descrito por Antônio Augusto de
Queiroz. Jornalista, escritor, ex-diretor do Diap e
consultor político, Toninho, há décadas, respira
Brasília 24 horas por dia, transita no Congresso e
dialoga com praticamente todas as forças políticas.
Na quinta (11), ele conversou com a Agência
Sindical. Principais trechos:
Conjuntura – “Os indicadores de crescimento
do PIB, renda, melhoria na arrecadação, além da
queda na inflação e juros, em algum momento iriam se
refletir na avaliação do Presidente da República,
como mostram recentes pesquisas”.
Tropeços – “O governo cometeu tropeços e a
mídia carregou nas tintas, passando a impressão de
que o comando político havia perdido o rumo. Houve
também todo aquele ruído em torno da questão do
Banco Central. Mas agora a normalidade está
restabelecida”.
Economia – “O crescimento no primeiro ano do
governo Lula dependeu muito do agronegócio. Esse
setor gera superávit, mas gera pouca arrecadação e
não distribui renda. Porém, outros segmentos
ganharam força e estão mais atuantes”.
Oposição – “Crescimento do PIB, aumento do
emprego, melhora na renda e controle da inflação
deixaram os oposicionistas sem discurso. O escândalo
bolsonarista dos relógios e joias coloca o segmento
na defensiva. Há um cansaço quanto àquele
falatório”.
Eleições – “A persistir esse quadro, o
governo e seus aliados ganham força eleitoral – já a
oposição mais agressiva recua. Uma vitória aqui ou
uma derrota ali não mostrará o quadro inteiro
pós-eleição. Será preciso fazer o balanço real”.
Lira – “O presidente da Câmara já não tem a
mesma força, pois precisa conduzir uma sucessão
negociada. Tende a uma posição mais equilibrada. Em
seu Estado de origem, Lira ficou isolado e até
dependente do governo”.
Progressistas – “A unidade sempre produz
resultados, que podem gerar avanços. Cabe também
potencializar as realizações do governo, dialogar
com setores da oposição. A eleição na França é um
exemplo”.
Mercado – “Esse ente é movido a expectativas.
Mas, com as reformas e os ânimos acomodados, a
tendência é de estabilidade, gerando um ambiente
propício aos negócios. Tem muita multinacional
querendo investir mais no Brasil”.
Sindicalismo – “Deve ser ativo no empenho de
regulamentar por lei o custeio. Tem aí uma janela
aberta com a ausência temporária do senador Rogério
Marinho. A garantia do custeio dará mais condições
de mobilização ao sindicalismo”.
Mais – Sites do Diap, Congresso em Foco,
Secom e Diap.
Fonte: Agência Sindical
16/07/2024 -
Senado insiste em votar PEC do fim da reeleição
ainda em 2024
Apesar do texto ainda não ter sido amplamente
discutido, o Senado deve votar ainda em 2024 a PEC
do fim da reeleição. Em entrevista ao Congresso em
Foco, o relator da proposta, senador Marcelo Castro
(MDB-PI), diz que a ideia é realizar um “grande
debate nacional” e votar o tema, provavelmente
depois das eleições de outubro.
A Proposta de Emenda à Constituição proíbe que
presidente, governador e prefeito possam concorrer a
um segundo mandato consecutivo. O texto está na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e só depois
da análise no colegiado seguirá para o plenário.
“Tenho convicção que foi um erro grave que foi
cometido pelo Congresso Nacional quando introduziu
no instituto da reeleição do Brasil, porque nós
nunca tivemos isso [antes de 1997]”, afirmou Castro,
relator da PEC.
Para o senador, a reeleição foi introduzida no
Brasil da forma errada — sem que houvesse um teste e
escalonamento antes. “Podia ter experimentado para
presidente da República, depois experimentado para
governador. Se desse certo, depois para prefeito”,
disse Castro.
A Emenda à Constituição que restituiu a reeleição
foi aprovada durante o governo Fernando Henrique
Cardoso (PSDB). FHC candidatou-se e foi reeleito
para um segundo mandato consecutivo logo em seguida.
Depois disso, os presidente Lula (PT) e Dilma
Rousseff (PT) também foram eleitos para dois
mandatos consecutivos. Jair Bolsonaro (PL) foi o
primeiro a tentar a reeleição e fracassar.
“Eu acho que o Fernando Henrique queria a reeleição
para ele, mas, para não dizer que queria só para
ele, botou todo mundo. E aí foi um erro incrível”,
defendeu Castro. “O gestor toma posse já pensando na
reeleição. E isso atrapalha profundamente a gestão
pública porque ele deixa de planejar o seu município
a média e longo prazo e só planeja a curto prazo.
Ele precisa de respostas imediatas porque tem uma
eleição”.
Mandatos maiores
O presidente Lula (PT) já disse a senadores que é
contra o fim da reeleição. Castro disse ao Congresso
em Foco que conversou com o atual chefe do Executivo
sobre o tema e que está convicto de que o presidente
está “100% errado”.
O senador, porém, concorda em um ponto: o mandato de
quatro anos pode ser pouco para colocar em prática
um projeto de país. Por isso, o projeto que proíbe a
reeleição para cargos do Executivo também propõe
aumentar os mandatos dos políticos brasileiros. Na
maioria dos cargos, o tempo de mandato passa dos
quatro anos atuais para cinco anos. Já para
senadores, que hoje têm mandato de oito anos,
ficarão no cargo por dez.
“Quatro anos é um tempo muito curto, realmente, com
todas as normas que nós temos no Brasil, as
exigências para fazer mudanças. Licitação com
exigências ambientais, por exemplo. Então chegamos
em [um mandato de] cinco anos. Eu acho um tempo
razoável”, disse Castro.
Fonte: Congresso em Foco
16/07/2024 -
Taxa Assistencial: recomendações do MPT aos
Contabilistas
O Ministério Público do Trabalho (MPT) –
Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, em
vista dos indícios colhidos, e com o intuito de
coibir a prática da lesão, recomenda ao Conselho
Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP)
e-mail nucleo@crcsp.org.br, a adoção das seguintes
providências:
1. DIVULGAR a presente Recomendação aos(às)
contabilistas registrados(as) nesse Conselho
Regional de Contabilidade, a fim de que
referidos(as) profissionais tomem conhecimento dos
atos antissindicais noticiados ao Ministério Público
do Trabalho e fiquem cientes de que condutas
semelhantes serão objeto de investigação ministerial
e consequente Ação Civil Pública movida contra o(a)
contabilista;
ORIENTAÇÃO Nº 04 DA CONALIS INCENTIVO À DESFILIAÇÃO.
Configura ato antissindical o incentivo patronal ao
exercício do direito de oposição à contribuição
assistencial/negocial. Documento assinado
eletronicamente por Elcimar Rodrigues Reis
Bitencourt em 01/07/2024, às 17h10min19s (horário de
Brasília).
ORIENTAÇÃO Nº 13 DA CONALIS CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS.
OPOSIÇÃO. ATO OU CONDUTA ANTISSINDICAL DO EMPREGADOR
OU TERCEIRO. ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO.
I- O ato ou fato de o empregador ou de terceiro de
coagir, estimular, auxiliar e/ou induzir o
trabalhador a se opor ou resistir ao desconto de
contribuições sindicais legais, normativas ou
negociadas, ou de qualquer outra espécie, constitui,
em tese, ato ou conduta antissindical, podendo
implicar atuação do Ministério Público do Trabalho.
II- O ato ou fato de o empregador exigir, impor e/ou
condicionar a forma, tempo e/ou modo do exercício da
oposição, a exemplo de apresentação perante o
departamento de pessoal da empresa ou de modo
virtual, também constitui, em tese, ato ou conduta
antissindical, pois se trata de decisão pertinente à
autonomia privada coletiva.
2. RECOMENDAR aos(às) contabilistas registrados(as)
nesse Conselho Regional de Contabilidade que se
abstenham de coagir, estimular, auxiliar e/ou
induzir o(a) trabalhador(a) a se opor ou resistir ao
desconto de contribuições sindicais legais,
normativas ou negociadas, ou de qualquer outra
espécie, sob pena de atuação do Ministério Público
do Trabalho em face do(a)contabilista.
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/07/2024 -
Revelações sobre a 'Abin paralela' são "graves" e
"dignas de preocupação", dizem ministros do STF
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão
tratando como "graves" as revelações feitas pela
Polícia Federal (PF) sobre uma operação clandestina
de vigilância realizada por membros da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo
Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, a ação envolvia
uma "Abin paralela" que fornecia informações a
grupos de ativistas digitais, fomentando
desinformação.
De acordo com a PF, os ministros Alexandre de
Moraes, relator das investigações, Dias Toffoli,
Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, atual presidente da
Corte, foram alvos dessa vigilância. Em conversas
reservadas, magistrados descreveram ao jornal O
Globo a situação como "digna de preocupação" e
"reveladora".
No entanto, os ministros acreditam que as ações do
grupo não conseguiram atingir seus objetivos. Apesar
da mobilização para monitorar os integrantes do STF,
nada comprometedor foi encontrado.
Um magistrado observou que o relatório da PF expõe a
condução desorganizada das ações pela "Abin
paralela". As investigações indicam que o grupo
chegou a discutir atos violentos contra Alexandre de
Moraes, incluindo a possibilidade de um "tiro na
cabeça" do ministro.
Fonte: Agência Sindical
15/07/2024 -
Com a Sabesp privatizada, você vai entrar pelo cano!
– Eduardo Annunciato – Chicão
É no mínimo inexplicável a disposição que grande
parte do povo paulista tem para desperdiçar o seu
voto. Como o Estado mais rico do país pode eleger
candidatos que sequer conhecem o território de São
Paulo, não têm a menor capacidade intelectual para
representar alguém, e, o pior de tudo, não são
honestos com o dinheiro público?
Esta parcela desqualificada de políticos
oportunistas, caracteriza-se por discursos que falam
das necessidades e sonhos do povo, mas que só servem
para enganar os menos informados, os fanáticos e os
preconceituosos, que não entendem o significado e a
importância de construirmos e preservarmos a
Democracia.
Infelizmente, a desastrosa privatização do setor
elétrico paulista não serviu de lição para os
paulistas, que elegeram um governador comprometido
com os interesses do mercado e com o seu futuro
político. Não por acaso, o governo estadual não
mediu esforços para privatizar a maior empresa de
saneamento do país, a Sabesp.
Será que o povo paulista vai aceitar passivamente
ficar sem luz e sem água? De que adianta o povo
bancar, através de impostos, taxas e tributos, as
agências reguladoras que mais parecem um escritório
de representação das grandes empresas
concessionárias de serviços públicos essenciais, se
elas servem somente aos donos do capital?
Muito se fala em competitividade empresarial, em
qualidade dos serviços, no atendimento correto dos
consumidores, tarifas justas, proteção ambiental,
valorização dos “colaboradores”, mas o real objetivo
é lucrar o máximo possível e remunerar os
acionistas: o resto fica para depois. Neste
contexto, os sindicatos são vistos como obstáculos
para a obtenção deste lucro – daí os ataques e as
práticas antissindicais.
É muita cara de pau e desrespeito com a inteligência
do povo, querer justificar o processo de
privatização da Sabesp – uma empresa lucrativa, que
atende mais de 28 milhões de consumidores, prestando
serviços essenciais como o tratamento da água e o
saneamento com competência, apesar do olho grande
dos políticos e da iniciativa privada, que primeiro
atacam e destroem a empresa, para justificar a sua
venda.
Qual a justificativa para entregar a grande empresa
que é a Sabesp, para uma empresa chamada Equatorial,
cuja única experiência é fornecer água para 300 mil
pessoas no Amapá?
Qual a justificativa do governo estadual para a
nomeação da Sra. Karla Bertocco como presidente do
Conselho de Administração da Sabesp, ocorrida no
início do mandato do atual governador, enquanto ela
ainda também estava ligada à Equatorial?
Qual a justificativa para a demissão da referida
conselheira da empresa Equatorial às vésperas da
privatização da Sabesp, sendo que, por uma incrível
coincidência, a Equatorial foi a única empresa que
fez oferta pela compra de um lote de ações da Sabesp
e tornou-se a “dona” desta empresa?
É certo que não existe lei que impeça uma pessoa de
fazer parte dos conselhos de administração de mais
de uma empresa, mas esta prática é, no mínimo,
prejudicial ao desempenho do (a) conselheiro (a), e
no caso da Sabesp, é imoral e infantil o governo
afirmar que a pessoa em questão foi desligada da
Equatorial 7 meses antes do processo de privatização
iniciar. Será que ela não foi nomeada somente para
modelar, informalmente, todo o processo de entrega
da Sabesp?
Neste ano de 2024, novamente teremos eleições. Vamos
continuar elegendo negociadores travestidos de
gestores públicos e políticos comprometidos apenas
com o próprio bolso?
Será que teremos saudades de quando ainda era
possível tomar banho frio por que faltava energia?
Quando não sair mais água do cano ou a população
pagar mais caro pela conta, talvez ela perceba que
entrou pelo cano, mais uma vez.
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores
em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e do
Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo
– STIEESP
Site – www.eletricitarios.org.br
Facebook – www.facebook.com/eduardo.chicao
Instagram – www.instagram.com/chicaooficialsp/
Fonte: Agência Sindical
15/07/2024 -
TRT-4 valida trecho da CLT sobre prorrogação de
jornada em ambiente insalubre
O art. 611-A, XIII, da CLT, permite a prorrogação
da jornada de trabalho em ambientes insalubres sem a
necessidade de licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho.
O Tribunal Pleno do TRT da 4ª região decidiu, por
maioria, pela constitucionalidade do art. 611-A,
XIII, da CLT, que permite a prorrogação da jornada
de trabalho em ambientes insalubres sem a
necessidade de licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho. A decisão foi
fundamentada na interpretação de que essa
flexibilização não viola os princípios
constitucionais de proteção à saúde e segurança dos
trabalhadores.
A lei 13.467/17 inseriu à CLT, dentre outros
dispositivos, o art. 611-A, XIII, segundo o qual:
"A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre
outros, dispuserem sobre: (...) XIII - prorrogação
de jornada em ambientes insalubres, sem licença
prévia das autoridades competentes do Ministério do
Trabalho.
A decisão surgiu em um recurso ordinário trabalhista
envolvendo a empresa JBS, no qual a recorrente
questionou a constitucionalidade do referido artigo
da CLT. A relatora, desembargadora Tânia Regina
Silva Reckziegel, votou pela declaração de
inconstitucionalidade do dispositivo, destacando que
ele contraria os princípios constitucionais de
proteção à saúde e segurança no trabalho. No
entanto, a maioria dos magistrados do Tribunal Pleno
rejeitou essa interpretação.
Durante a sessão de julgamento, foram discutidos os
limites da negociação coletiva, especialmente sobre
quais direitos podem ou não ser transigidos. A
jurisprudência majoritária apontou que normas
coletivas devem respeitar direitos de
indisponibilidade absoluta, como é o caso das normas
de saúde e segurança no trabalho.
Alguns desembargadores acompanharam a relatora em
seu voto pela inconstitucionalidade, argumentando
que a norma permite a prorrogação de jornadas em
condições que podem aumentar os riscos à saúde dos
trabalhadores. Outros, no entanto, divergiram,
sustentando que a norma do art. 611-A, XIII, da CLT,
poderia ser interpretada de maneira a complementar o
art. 60 da CLT, sem invalidá-lo.
A maioria concluiu que o dispositivo não contraria a
Constituição Federal, pois os acordos e convenções
coletivas são instrumentos legítimos de negociação
entre as partes e encontram respaldo no princípio da
autonomia coletiva. A decisão reforçou que a
Constituição garante o direito à negociação coletiva
e que o dispositivo legal em questão apenas
regulamenta esta prática, respeitando os limites
impostos pelos direitos indisponíveis dos
trabalhadores.
Processo: 0020526-09.2020.5.04.0403
Fonte: Migalhas
15/07/2024 -
Projeto prevê ajuda para empresas e trabalhadores do
Rio Grande do Sul
A Câmara dos Deputados está analisando a proposta
O Projeto de Lei 2020/24 institui o programa “Retoma
RS”, para que empresas e trabalhadores possam
superar impactos negativos das chuvas e enchentes
deste ano no Rio Grande do Sul. O texto está em
análise na Câmara dos Deputados.
Pela proposta, a fim de preservar empregos, estão
previstas medidas temporárias como banco de horas,
teletrabalho, antecipação de férias individuais,
concessão de férias coletivas e aproveitamento e
antecipação de feriados.
Além disso, o texto prevê o pagamento do Benefício
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda aos
trabalhadores, zera a contribuição previdenciária
das empresas e isenta do Imposto de Renda as pessoas
físicas residentes no estado.
Segundo o deputado Pedro Westphalen (PP-RS), autor
da proposta, trata-se de medida semelhante ao
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda, criado pela Lei 14.437/22 para enfrentamento
da pandemia de Covid-19.
“A gravidade da atual situação no Rio Grande do Sul
supera em muito os danos na pandemia, pois agora
estão somados prejuízos de vidas, abastecimento,
infraestrutura, atividade econômica e sanitários”,
afirmou Pedro Westphalen.
Próximos passos
O projeto ainda será despachado para análise das
comissões permanentes da Câmara. Para virar lei, a
proposta também precisará ser aprovada pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara
12/07/2024 -
Pesquisa IPEC confirma melhora na avaliação do
governo Lula
Levantamento encomendado pela TV Globo confirma a
tendência observada no estudo da Quaest.
Pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 129 municípios.
A avaliação positiva do governo do presidente Lula
variou positivamente de 34% para 37% de acordo com a
pesquisa Ipec, divulgada nesta quinta (11). A
pesquisa encomendada pela TV Globo confirma a
tendência de alta na avaliação do Planalto, também
registrada na pesquisa Quaest publicada nesta quarta
(10).
Já a avaliação de ruim e péssimo caiu: foi de 32%
para 31% no levantamento mais recente. A porcentagem
daqueles que consideram o governo regular teve queda
de 33% para 31%.
A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para
menos. Foram ouvidas 2 mil pessoas com 16 anos ou
mais em 129 municípios, entre os dias 4 e 8 de
julho.
Veja os resultados da pesquisa:
- Ótima/boa: 37%;
- Ruim/péssima: 31%;
- Regular: 31%;
- Não sabe/não respondeu: 2%.
A pesquisa trouxe ainda números sobre a aprovação
pessoal de Lula, questionando os entrevistados se
eles aprovam ou desaprovam a maneira como o
presidente governa. A aprovação foi de 49% no estudo
de março para 50% na nova pesquisa. Já a
desaprovação caiu de 45% para 44%. Outros 6% não
sabem ou não responderam.
A região Nordeste foi a que mais contribuiu para o
aumento da avaliação positiva, com uma elevação de
43% para 53%. Entre aqueles com renda familiar
mensal de até um salário mínimo, a aprovação também
cresceu significativamente, de 39% para 48%.
Fonte: Portal Vermelho
12/07/2024 -
Liberal, neoliberal e as confusões ideológicas:
esclarecimentos
Liberalismo não é a mesma coisa que
neoliberalismo. Pobre não deve ser associado,
automaticamente, à esquerda, pelo fato de ser pobre.
Este esclarecimento é necessário para tentar evitar
que saiam por aí com o bordão preconceituoso, famoso
e equivocado — “pobre de direita” —, que não passa
de elitismo intelectual da esquerda. Quem é de
esquerda não pode pensar e repetir estes
estereótipos, muito menos em público. Socialismo e
comunismo são a mesma coisa?
Marcos Verlaine*
Liberalismo é corrente econômica, política social e
moral baseada na liberdade, consentimento dos
governados e igualdade perante a lei. Os liberais
defendem ampla gama de pontos de vista, dependendo
da compreensão desses princípios.
Mas, em geral, apoiam ideias como governo limitado,
em relação aos poderes; direitos individuais,
incluindo civis e humanos; livre mercado;
democracia; igualdades de gênero e racial;
liberdades de expressão, de imprensa e religiosa. E
não defendem Estado mínimo. Os verdadeiros liberais,
digo. Do contrário, não o são.
Os verdadeiros liberais, mesmo os conservadores, não
querem impingir maldades contra aqueles que dão
comida a quem tem fome na rua, ou impor suplício às
mulheres, jovens e crianças, que abortam gravidezes
originadas de estupros.
A Constituição de 1988 é liberal. Basta ler o longo
capítulo sobre os “Direitos e Garantias
Fundamentais”, os “Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos” e o que trata dos “Direitos Sociais”.
Winston Churchill
O celebrado, respeitado e histórico
primeiro-ministrado britânico, Winston Churchill,
pela obra do biógrafo oficial, o jornalista e
historiador Martin Gilbert — Winston Churchill - Uma
vida — escreveu lá no prefácio da biografia, página
13: “Churchill foi um radical; [ele era liberal e
conservador] um verdadeiro crente na necessidade de
interferência do Estado por meio da legislação e
financeiramente e de garantia de padrões mínimos de
vida, trabalho e bem-estar social para todos os
cidadãos.”
“Entre as áreas de reforma social em que teve
importante papel, incluindo a criação de muitas
leis, estão a reforma social em que teve importante
papel, incluindo a criação de muitas leis, estão
reforma das prisões, os seguros-desemprego, as
pensões do Estado para viúvas e órfãos, mecanismo de
arbitragem para as disputas laborais, assistência do
Estado para quem procura emprego, menor jornada de
trabalho e melhores condições nas fábricas e
oficinas.”
Churchill foi “também adepto do Serviço Nacional de
Saúde [o celebrado SUS da Grã-Bretanha], do maior
acesso à educação, da tributação dos lucros
extraordinários e de coparticipação dos empregados
nos lucros.”
Neoliberalismo
É a radicalização do liberalismo econômico. Surgido
ali nos idos das décadas de 70 e 80, do século
passado, cujos precursores políticos mais relevantes
— Margaret Thatcher, na Inglaterra, e Ronald Regan,
nos EEUU —, levaram aos estertores estes
pressupostos econômicos, políticos e sociais para os
países de economia em desenvolvimento, como é o caso
do Brasil.
O neoliberalismo consiste na redução do Estado, ao
mínimo, privatização de estatais, inclusive as
estratégicas, e desregulamentações de direitos e
regulamentação de restrições — as contrarreformas —
trabalhista, de Temer, e previdenciária, de
Bolsonaro, por exemplo, que conhecemos bem seu
caráter.
Portanto, não se pode chamar os governos Temer e
Bolsonaro, Centrão, partido Novo, MBL, Campos Netto
e outros tantos, de liberais, porque não o são.
Liberal neokeynesiano é Lula, no plano econômico,
que fez e faz, na medida do possível, governos
neokeynesianos, que na crise extrema contrata
trabalhador para abrir buraco e outro para fechar,
para evitar a depressão econômica.
Políticas sociais de transferência de renda nada têm
de esquerdistas ou “comunistas”. São neokeynesianas.
Aquelas do economista inglês John Maynard Keynes
(1883-1946), que preconizava no livro “A teoria
geral do emprego, dos juros e da moeda”, a
intervenção do Estado na economia, por meio de
benefícios sociais e políticas fiscais.
“Pobre de direita”
Esta é clássica, como provocação ou indignação da
militância de esquerda, quando se depara com a
aparente contradição de o pobre votar e defender
políticos de direita. Mas essa premissa é falsa, à
esquerda ou à direita, pois não há relação, nem
direta nem tampouco indireta, deste segmento
majoritário da sociedade brasileira ter de ser de
esquerda por sua condição socioeconômica, a pobreza.
Posições ou matizes políticos não são naturais, como
a chuva que cai do céu ou o rio que corre o leito.
Ideologia é resultado de mediações políticas,
econômicas, sociais, materiais e culturais. Do
contrário, o Brasil estaria cheio de esquerdistas e
subversivos nas imensas periferias, comunidades e
favelas deste País.
Sobre isto, sugiro leitura mais completa do artigo:
“O
‘pobre de direita’ e a esquerda perplexa: um
esclarecimento”
Socialismo e comunismo
Outra confusão, agora à direita, nestes tempos de
novilíngua bolsonarista, é ver “comunismo” em tudo.
Em 2016, no mês de novembro, depois do golpe do
impeachment da presidente Dilma, grupo de cerca de
500 manifestantes invadiu o Congresso Nacional
pedindo intervenção militar.
Entre os manifestantes estava Rosangela Elisabeth
Muller, que chamou a atenção nas redes sociais ao
publicar vídeo em que aparecia questionando o que
seria a “nova” bandeira nacional.
Em 2016, não havia bolsonarismo. Do afastamento de
Dilma até então, a coisa só piorou no Brasil.
“Estamos no Congresso Nacional e nos deparamos com
uma cena nojenta. Reparem aqui: a nossa bandeira tem
um símbolo vermelho comunista. Veja aqui o que está
acontecendo. Será essa a nova bandeira do Brasil?”,
dizia Rosangela enquanto mostrava, na verdade, o
logo escolhido para celebrar o primeiro centenário
da imigração japonesa no Brasil. A frase virou mico
e a internet não perdoou. (Vídeo)
Os bolsonaristas, por exemplo, dizem até hoje que a
vitória, em 2018, do ex-presidente inelegível foi o
fim do “comunismo” no Brasil. Isto parece transe
política. O governo de Temer foi “comunista”?
Vamos aos conceitos.
Segundo Karl Marx, com vista à teoria da transição,
o socialismo seria etapa intermediária para outro
sistema superior — o comunismo —, tornado possível
somente após o pleno desenvolvimento das forças
produtivas, “missão histórica” do capitalismo e do
chamado proletariado, a classe, segundo o
revolucionário alemão, insubmissa ou revolucionária,
“porque nada tem [ou teria] a perder”.
O comunismo, ainda segundo Marx, seria a fase
superior do socialismo, com a extinção do Estado,
como ente pleno e opressor, da “classe operária
revolucionária” e das classes sociais antagônicas —
burguesia e proletariado — isso seria o alcance do
nirvana.
No Brasil, desde sempre, a propaganda do “comunismo”
sempre foi feita pelos inimigos do socialismo e do
comunismo, este que nunca existiu na prática, em
canto nenhum do mundo. Por óbvio, essa sempre foi
enviesada, preconceituosa e mentirosa, no mais das
vezes.
Quando esse Estado — comunista — ou onde esse modelo
político, econômico e social foi implementado no
mundo, do século 19 até então?
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
12/07/2024 -
Ampliação da licença-paternidade é aprovada pela CDH
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (10)
projeto que aumenta a duração da licença-paternidade
e cria o salário-paternidade. O PL 3.773/2023, do
senador Jorge Kajuru (PSB-GO), foi aprovado na forma
de um substitutivo (texto alternativo) da senadora
Damares Alves (Republicanos-DF). O prazo da licença,
que atualmente é de cinco dias, pode ser ampliado
gradualmente, chegando a até 75 dias. O texto segue
para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A Constituição Federal estabelece que a
licença-paternidade é um direito de todo
trabalhador, que deveria ser regulamentado em lei
posterior. Enquanto não fosse feita a
regulamentação, a duração da licença seria de cinco
dias. Como a licença não foi regulamentada, esse é o
prazo que permanece até hoje. Atualmente o período
pode ser ampliado em até 15 dias dias para
trabalhadores de empresas que aderirem ao Programa
Empresa Cidadã (Lei 8.212, de 1991).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
12/07/2024 -
CAS aprova suspensão do pagamento de empréstimos de
vítimas das chuvas no RS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta
quarta-feira (10), o projeto (PL 1.815/2024) que
suspende por seis meses o pagamento das parcelas de
empréstimos consignados de aposentados e
pensionistas atingidos pelas enchentes do Rio Grande
do Sul. Apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS)
e com a relatoria da senadora Zenaide Maia (PSD-RN),
a proposta também inclui beneficiados de programas
sociais, como o Bolsa-Família. Se não houver recurso
para a votação em Plenário, o projeto seguirá para
análise da Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
11/07/2024 -
INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação
oficial
Índice acumula taxas de 2,68% no ano e de 3,70%
em 12 meses, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda entre um
e cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,25% em
junho deste ano. O índice de junho ficou abaixo do
observado em maio (0,46%), segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do recuo em relação a maio, o INPC registrou,
em junho, uma taxa mensal superior à observada pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial e que ficou em
0,21% no mês.
O INPC acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e
de 3,70% em 12 meses, de acordo com o IBGE.
Os produtos alimentícios tiveram alta de preços de
0,44% em junho, um aumento menos intenso do que o
apurado em maio (0,64%). Os não alimentícios
passaram de uma inflação de 0,40% em maio para 0,19%
em junho.
Fonte: Agência Brasil
11/07/2024 -
Aprovação de Lula sobe para 54%, aponta pesquisa
Quaest
Índice atual marca um retorno ao patamar
observado em outubro e dezembro de 2023. Os que
desaprovam o trabalho do presidente representam 43%
Uma nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta
quarta-feira (10) revela que a aprovação do
presidente Lula (PT) subiu para 54% entre os
brasileiros, conforme noticia a CNN Brasil. Este
número representa um aumento de quatro pontos
percentuais em relação ao último levantamento
realizado em maio.
Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados desaprovam
o trabalho de Lula, enquanto 4% não souberam ou não
quiseram responder. Em comparação com o levantamento
anterior, a aprovação de Lula era de 50%, com 47% de
desaprovação e 2% de indecisos.
O índice atual de 54% marca um retorno ao patamar
observado em outubro e dezembro de 2023, conforme
dados da Quaest. O melhor desempenho do governo até
agora foi registrado em agosto do ano passado,
quando a aprovação chegou a 60%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de
julho, com 2 mil entrevistas presenciais. O
público-alvo incluiu eleitores com 16 anos ou mais,
e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para
mais ou para menos, com um nível de confiança de
95%.
Além da aprovação pessoal do presidente, a pesquisa
também avaliou a gestão do governo. Os dados mostram
que 36% dos entrevistados consideram a gestão de
Lula como positiva, enquanto 30% a avaliam de forma
negativa. Outros 30% dos entrevistados classificam o
governo como "regular".
Fonte: Brasil247
11/07/2024 -
Pensão alimentícia deve ter isenção de Imposto de
Renda, decide CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o
Projeto de Lei (PL) 2.764/2022, que isenta as
pensões alimentícias do recolhimento de Imposto de
Renda. O texto do senador Fabiano Contarato (PT-ES)
recebeu relatório favorável do senador Randolfe
Rodrigues (sem partido-AP), lido na reunião desta
terça-feira (9) pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). O
projeto poderá seguir diretamente para a Câmara dos
Deputados, se não for apresentado recurso para
votação no Plenário do Senado.
A matéria altera a Lei 7.713, de 1988, para deixar
claro que o imposto não incide sobre os valores
recebidos a título de pensão alimentícia. Contarato
lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) já
decidiu pela inconstitucionalidade da cobrança do
imposto sobre alimentos.
Para o relator, o projeto “coíbe qualquer
possibilidade de interpretação equivocada sobre o
tema”. Segundo Randolfe Rodrigues, a mudança não tem
impacto sobre o Orçamento da União, já que desde
2022 a Receita Federal aplica o entendimento do STF.
Fonte: Agência Senado
11/07/2024 -
Trabalhador terceirizado do TST morre após sofrer
choque elétrico
Homem fazia manutenção de placas solares na
cobertura do tribunal
Um trabalhador terceirizado morreu nesta terça-feira
(9) após sofrer um choque elétrico enquanto fazia a
manutenção de placas solares na cobertura do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Luiz Souza Barbosa, de 39 anos de idade, teve uma
parada cardíaca ao receber a descarga elétrica. O
acidente ocorreu por volta das 9h30 e mobilizou
quatro viaturas do Corpo de Bombeiros.
Ele foi atendido por uma equipe de salvamento da
corporação e pelos bombeiros civis que trabalham no
tribunal, que prestaram os primeiros socorros e
realizaram os procedimentos de reanimação por cerca
de 1 hora. Contudo, o trabalhador não reagiu e
morreu no local.
Em nota, o TST lamentou a morte e informou que ele
usava os equipamentos de proteção individual
requeridos para manutenções em redes elétricas.
"O Tribunal Superior do Trabalho lamenta
profundamente o ocorrido e está prestando todo apoio
e solidariedade à família da vítima. Reafirma,
também, o seu compromisso com os mais altos padrões
de segurança do trabalho e informa que está
colaborando com as investigações das autoridades
policiais", disse o tribunal.
O caso será investigado pela Polícia Civil do
Distrito Federal (PCDF).
Fonte: Agência Brasil
10/07/2024 -
Luiz Marinho defende acabar com a restrição ao
trabalhador de sacar saldo do FGTS
Mais de 8 milhões de trabalhadores demitidos, que
optaram pelo saque-aniversário, estão hoje com seu
saldo do FGTS retido por 2 anos
Oministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
considera uma “crueldade” com o trabalhador que opta
pelo saque-aniversário ficar dois anos sem poder
retirar seu saldo em caso de demissão. Segundo ele,
há mais de 8 milhões de trabalhadores nesta
situação, que optaram pelo saque-aniversário e estão
hoje com seu saldo retido. “É uma excrescência essa
regra da lei, e eu quero corrigir isso”, defendeu
Luiz Marinho em entrevista na última sexta-feira (5)
na rádio NovaBrasil FM, em Brasília.
Marinho explicou que o FGTS foi criado para
substituir a estabilidade ao emprego, é uma poupança
individual do trabalhador para socorrê-lo no
infortúnio do desemprego. Além de ser uma importante
fonte de recursos para o financiamento de programas
habitacionais, de saneamento básico e de
infraestrutura urbana. “Mais de 90% das obras de
saneamento básico no Brasil foram com recursos do
FGTS, hoje temos mais de R$ 100 bilhões para a
habitação”, argumenta.
O ministro ressaltou que, além de acabar com essa
regra de indisponibilidade do saque do FGTS por 2
anos para quem fez uso do saque-aniversário, é criar
a alternativa do crédito consignado. Explicou que o
MTE está construindo a proposta e já fazendo testes
tecnológicos da plataforma. “Estamos negociando com
as instituições bancárias e fazendo testes
tecnológicos. Vamos fazer o projeto de lei e enviar
ao Congresso Nacional”.
Na última reunião do FGTS, no mês passado, foi
aprovado o uso da plataforma do FGTS Digital, para
viabilizar a implementação a concessão de crédito
consignado ao trabalhador celetista. A proposta é
que o trabalhador acesse a CPTS para simular
empréstimo e compartilhar o resultado com os bancos,
que terão 24 horas para ofertas do crédito
consignado. O serviço será para todos os
trabalhadores formais, inclusive MEI, domésticos e
autônomos. A expectativa é habilitar mais de 80
instituições financeiras que já operaram com
consignados junto ao INSS.
Ao longo do ano de 2023, o FGTS liberou para os
trabalhadores R$ 158,4 bilhões em saques e
desembolsou nas aplicações em habitação, saneamento
básico, infraestrutura urbana e saúde, mais de R$
54,4 bilhões, injetando na economia cerca de R$
212,8 bilhões.
Fonte: MTE
10/07/2024 -
Aposentados e pensionistas do RS podem ter 180 dias
de carência nos empréstimos
Devido à calamidade no Rio Grande do Sul após as
enchentes, poderá ser suspenso por 180 dias o
pagamento de empréstimos tomados por aposentados e
pensionistas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Um projeto na pauta da Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) prevê a suspensão em caráter excepcional,
inclusive dos créditos consignados feitos por
servidores públicos federais e seus pensionistas no
RS.
O PL 815/2024, do senador Paulo Paim (PT-RS), é um
dos três projetos terminativos na pauta com doze
itens da CAS na próxima quarta-feira (10), a partir
das 9 horas. A proposta já recebeu três emendas da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para incluir
os empréstimos realizados por beneficiários do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de outros
programas federais de transferência de renda.
A relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), informou
no parecer favorável à proposta, que o valor médio
dos benefícios previdenciários e assistenciais
urbanos é de R$1.863,38 e, rurais, de R$1.415,06. Os
baixos valores causam dificuldades para a
sobrevivência dos cidadãos em idade avançada,
justamente quando eles mais precisam de cuidados
médicos e medicamentos.
“A pessoa idosa precisa comprar remédios – que são
muito mais caros e necessários para esta faixa
etária – custear alimentação, moradia e pagar
contas. Ou seja, como a maioria dos brasileiros,
precisa sobreviver. No final do mês, essa conta não
fecha e muitos acabam recorrendo a empréstimos
consignados. A necessidade não espera e, com o
crédito disponível, eles não têm muita escolha".
Fonte: Agência Senado
10/07/2024 -
Regulamentação da reforma tributária será votada a
partir desta quarta-feira, diz Lira
Projeto vai entrar na pauta do Plenário da Câmara
dos Deputados
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou
que a regulamentação da reforma tributária (PLP
68/24) começa a ser votada a partir desta
quarta-feira (10) pelo Plenário da Casa.
O grupo de trabalho que debateu as regras gerais de
operação dos tributos criados sobre o consumo, que
vão substituir PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS após um
período de transição (2026 a 2033), já apresentou
seu parecer. Com isso, Lira espera que as bancadas
possam se reunir e discutir o texto.
O presidente destacou que há um esforço dos
relatores para diminuir a alíquota base de
referência, prevista no texto original, de 26,5%.
Essa alíquota vale para mercadorias e serviços que
não são beneficiados com algum tipo de tratamento
diferenciado. “É possível”, disse o presidente.
Lira foi questionado sobre a possibilidade de
inclusão de proteínas na cesta básica, isenta de
alíquotas. Segundo ele, é preciso verificar o quanto
a inclusão de carnes vai alterar a alíquota de
referência. “Nunca houve proteína na cesta básica,
mas se couber, temos que ver quanto vai ser essa
alíquota que todo mundo vai pagar”, disse.
Nesta semana, o presidente Lula sugeriu a inclusão
de carnes com cortes menos nobres na cesta básica.
Mas Lira disse que o cashback pode ser uma medida
mais efetiva para a população de baixa renda. "A
maior importância nesse sentido é manter e aumentar
o cashback para as pessoas do CadÚnico com relação a
serviços essenciais, por exemplo. Terá um efeito
muito maior do que incluir a carne na cesta básica".
As carnes estão com desconto de 60% da alíquota de
referência no projeto original, mas o cashback para
as pessoas de baixa renda reduz ainda mais essa
tributação.
Fonte: Agência Câmara
10/07/2024 -
Servidores do INSS convocam greve por tempo
indeterminado para o próximo dia 16
Paralisação afetaria a concessão de
aposentadorias e análises de seguro-desemprego e
auxílio-doença. Governo já negocia com a categoria
Após meses de negociações difíceis com os servidores
da educação superior, o governo Lula (PT) agora se
depara com a iminente ameaça de greve dos servidores
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
informa o Metrópoles. A paralisação, marcada para
iniciar na terça-feira (16), preocupa por impactar
diretamente serviços essenciais como concessão de
aposentadorias e análises de seguro-desemprego e
auxílio-doença.
A greve poderia ainda prejudicar o pente-fino nos
auxílios, uma auditoria essencial para a equipe
econômica cumprir a meta de corte de gastos. Esse
processo depende de áreas da Previdência Social, do
Trabalho e do Desenvolvimento Social.
A decisão de greve foi aprovada em plenária da
Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores
em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
(Fenasps) no final de junho, e será por tempo
indeterminado.
Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, comentou
sobre a ameaça após cerimônia de comemoração dos 34
anos do instituto, reconhecendo a legitimidade das
demandas dos servidores e destacando as melhorias
nas propostas do governo. Ele mencionou que, somados
os aumentos do atual mandato, o reajuste superará a
inflação projetada para o período.
Sem reajuste salarial previsto para 2024, o governo
argumenta que os aumentos acumulados nos quatro anos
do mandato serão suficientes para cobrir a inflação,
que varia de 15% a 18%.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT),
destacou a reinstalação da Mesa de Negociação com os
servidores do Executivo federal, um espaço crucial
de diálogo para tratar de pautas remuneratórias e
não-remuneratórias. Ele ressaltou o ambiente de medo
que prevalecia durante o governo anterior de Jair
Bolsonaro (PL), contrapondo com a atual abertura
para negociações.
Stefanutto enfatizou que os servidores do INSS
entregaram resultados significativos na gestão Lula
e reconheceu a importância de respeitar o arcabouço
fiscal do país. Ele também indicou que há demandas
não financeiras que serão levadas ao governo para
evitar a paralisação.
A terceira reunião da Mesa de Negociação da Carreira
do Seguro Social ocorreu na última quarta-feira (3),
coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação
em Serviços Públicos (MGI). Além do reajuste de 9%
concedido em 2023, a proposta inclui aumentos de 9%
em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além do
alongamento da carreira de 17 para 20 padrões.
Contudo, a proposta de substituir a Gratificação de
Atividade Executiva (GAE) pela Gratificação de
Atividade foi mal recebida pelos servidores. A
Fenasps alerta que mais de 50 mil aposentados e
pensionistas podem ter suas gratificações
congeladas, uma situação que agrava o
descontentamento da categoria.
Fonte: Brasil247
09/07/2024 -
Servidores do INSS convocam greve por tempo
indeterminado para o próximo dia 16
Paralisação afetaria a concessão de
aposentadorias e análises de seguro-desemprego e
auxílio-doença. Governo já negocia com a categoria
Após meses de negociações difíceis com os servidores
da educação superior, o governo Lula (PT) agora se
depara com a iminente ameaça de greve dos servidores
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
informa o Metrópoles. A paralisação, marcada para
iniciar na terça-feira (16), preocupa por impactar
diretamente serviços essenciais como concessão de
aposentadorias e análises de seguro-desemprego e
auxílio-doença.
A greve poderia ainda prejudicar o pente-fino nos
auxílios, uma auditoria essencial para a equipe
econômica cumprir a meta de corte de gastos. Esse
processo depende de áreas da Previdência Social, do
Trabalho e do Desenvolvimento Social.
A decisão de greve foi aprovada em plenária da
Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores
em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
(Fenasps) no final de junho, e será por tempo
indeterminado.
Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, comentou
sobre a ameaça após cerimônia de comemoração dos 34
anos do instituto, reconhecendo a legitimidade das
demandas dos servidores e destacando as melhorias
nas propostas do governo. Ele mencionou que, somados
os aumentos do atual mandato, o reajuste superará a
inflação projetada para o período.
Sem reajuste salarial previsto para 2024, o governo
argumenta que os aumentos acumulados nos quatro anos
do mandato serão suficientes para cobrir a inflação,
que varia de 15% a 18%.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT),
destacou a reinstalação da Mesa de Negociação com os
servidores do Executivo federal, um espaço crucial
de diálogo para tratar de pautas remuneratórias e
não-remuneratórias. Ele ressaltou o ambiente de medo
que prevalecia durante o governo anterior de Jair
Bolsonaro (PL), contrapondo com a atual abertura
para negociações.
Stefanutto enfatizou que os servidores do INSS
entregaram resultados significativos na gestão Lula
e reconheceu a importância de respeitar o arcabouço
fiscal do país. Ele também indicou que há demandas
não financeiras que serão levadas ao governo para
evitar a paralisação.
A terceira reunião da Mesa de Negociação da Carreira
do Seguro Social ocorreu na última quarta-feira (3),
coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação
em Serviços Públicos (MGI). Além do reajuste de 9%
concedido em 2023, a proposta inclui aumentos de 9%
em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além do
alongamento da carreira de 17 para 20 padrões.
Contudo, a proposta de substituir a Gratificação de
Atividade Executiva (GAE) pela Gratificação de
Atividade foi mal recebida pelos servidores. A
Fenasps alerta que mais de 50 mil aposentados e
pensionistas podem ter suas gratificações
congeladas, uma situação que agrava o
descontentamento da categoria.
Fonte: Brasil247
09/07/2024 -
Negociação coletiva e estratégia de desenvolvimento
produtivo
O Brasil retoma a orientação do
desenvolvimento econômico, a partir de projeto
industrializante, que visa à agregação de valor e ao
incremento da produtividade em todos os setores
produtivos. A geração de empregos de qualidade, o
crescimento dos salários e a qualificação
profissional são alguns dos vetores estratégicos que
devem compor o atual projeto de política enunciado
na “Nova Indústria Brasil”. O objetivo é promover e
sustentar movimentos que, em médio e em longo prazo,
materializarão transformações estruturais capazes de
alçar o País à condição de Nação desenvolvida.
Utopia que volta a estar ao nosso alcance.
Clemente Ganz Lúcio*
Essa nova política de desenvolvimento produtivo
parte de contexto de múltiplas adversidades
existentes como a desindustrialização, o baixo
investimento, as carências em infraestrutura
econômica e social, o déficit social, a precarização
do trabalho, os baixos salários, a produtividade
rastejante, entre outros.
Ao mesmo tempo, no presente já se manifestam 2
desafios que trazem mudanças estruturais e inéditas.
De um lado, a emergência ambiental e a crise
climática com impactos imensuráveis e severos sobre
todas as formas de vida, o meio ambiente, os
territórios, as empresas e o mundo do trabalho. De
outro lado, mudanças decorrentes da inovação
tecnológica acelerada e extensa que trazem novas
máquinas e robôs, digitalização, conectividade,
inteligência artificial, biotecnologia, novos
materiais, entre outros.
Isso tudo junto e misturado, torna as relações
sociais, econômicas e políticas ainda mais
complexas, principalmente se considerarmos 4 décadas
da agenda neoliberal e da globalização que trouxeram
desindustrialização, aumento das desigualdades,
perda de empregos de qualidade, precarização do
mundo do trabalho, alguns exemplos de lista longa de
problemas e desafios. Resultados que têm aberto as
portas do inferno para que os demônios da
extrema-direita e do fascismo, o aumento dos
conflitos e das guerras invadam o cotidiano.
É urgente e essencial também olhar essa agenda de
desafios e de soluções a partir das relações de
trabalho que já estão presentes e que configuram o
atual sistema produtivo nacional. Nossas lutas
conformaram história de regulação das relações de
trabalho que combina os direitos trabalhistas
definidos na legislação ou firmados nos acordos e
convenções coletivas. A atual legislação brasileira
empodera ainda mais a negociação coletiva, o que
permite abordar gama cada vez maior de questões e
desafios, sejam aqueles que fazem parte do estoque
de problemas não resolvidos, sejam os inéditos que
as novas tecnologias e o meio ambiente aportam a
cada dia.
A Constituição define o sindicato como o ente de
representação de interesse coletivo, capaz de
articular e formalizar o interesse de toda uma
categoria profissional ou econômica e, com
atribuição delegada na Lei, negociar e firmar
acordos e convenções coletivas sobre as diversas
dimensões das relações de trabalho — salários,
adicionais, auxílios saúde, transporte, alimentação,
educação, jornada, posto de trabalho, segurança,
formação profissional etc.
O acordo ou convenção vale para todos os presentes
no âmbito de negociação, sejam eles filiados ou não
ao respectivo sindicato. Regra de ouro também para
pactuar normas sobre a relação entre o sistema
produtivo e o mundo do trabalho sob a perspectiva do
desenvolvimento. Como?
Concebendo que o sistema produtivo mobilizado pelo
projeto de desenvolvimento deve investir no
fortalecimento do diálogo social aplicado às
relações de trabalho, por meio da negociação
coletiva, realizada por representações de interesse
— sindicatos — qualificados para tratarem dos
conflitos inerentes às relações de trabalho, com
especial atenção aos inúmeros novos desafios, que a
cada dia emergem desde os locais de trabalho e
ganham dimensões setoriais, regionais, nacionais e
internacionais.
Os espaços de negociação podem se configurar em
locus de compartilhamento de visão de futuro, de
metas, de planos e iniciativas, de distribuição dos
resultados alcançados em diferentes âmbitos de
negociação, desde o local ou setorial até o
nacional.
Temos oportunidade de ouro para tratar dos elementos
que darão ao mundo do trabalho capacidade de
participar do desenvolvimento produtivo,
especialmente se formos capazes de atualizar e
fortalecer de maneira moderna e inovadora os
instrumentos de que já dispomos. Desse modo,
educação e formação profissional, segurança e saúde,
inovação e postos de trabalho, tecnologia e
flexibilidade, proteções sociais e trabalhistas,
segurança jurídica, são temas que podem delinear
processos negociais inovadores.
Constituir sistema de relações sindicais moderno
para tratar das questões que relacionam
desenvolvimento produtivo e mundo do trabalho é
conceber âmbitos, processos e metodologias de
negociação coletiva que transformam os conflitos
inerentes às relações de trabalho em pauta para o
diálogo social, em agenda que organiza o debate
propositivo, em método que processa as alternativas
e em capacidade deliberativa para firmar acordos.
É o exercício cotidiano, aplicados aos problemas
concretos e com a determinação para enfrentá-los e
resolvê-los por meio da relação direta, que se
promoverá ambientes saudáveis no chão da empresa,
nos espaços de formulação de políticas setoriais ou
nacionais. Nesse ambiente é possível perseguir
acordos em que todos ganham, principalmente a
democracia e a sociedade.
O fortalecimento da negociação coletiva em todos os
âmbitos, promovidos de forma articulada e
coordenada, gerará capacidade coletiva de incidir
nos processos regulatórios mais amplos, inclusive
tratando de temas que vão muito além das relações de
trabalho e interagindo com os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.
Há oportunidade para construção institucional
inovadora no Brasil, capaz de gerar nova dinâmica
para a nossa democracia e entregar à sociedade
resultados animadores.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável) da
Presidência da República, membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004-2020).
Fonte: Diap
09/07/2024 -
Ministério Público do Trabalho adverte escritórios
de contabilidade sobre práticas antissindicais
O Ministério Público do Trabalho da 15ª Região
(Campinas) encaminhou recomendação assinada pelo
procurador Elcimar Rodrigues Reis Bitencourt que
enfatiza a contadores e escritórios de contabilidade
a necessidade de interromper, imediatamente,
práticas tidas como antissindicais.
No documento, o Ministério Público do Trabalho é
categórico ao determinar que os(as) contadores(as) e
as empresas de serviços contábeis devem:
I) se abster de coagir, estimular, auxiliar e/ou
induzir o(a) trabalhador(a) a se opor ou resistir ao
desconto de contribuições sindicais legais,
normativas ou negociadas, ou de qualquer outra
espécie, sob pena de atuação do Ministério Público
do Trabalho em face do(a) contador(a) e/ou da
empresa de serviços contábeis; e
II) se abster de exigir, impor e/ou condicionar a
forma, tempo e/ou modo do exercício da oposição, a
exemplo da apresentação de cartas modelo perante o
departamento de pessoal da empresa, e/ou formulário,
folha/cédula para que marquem se desejam ou não
pagar a contribuição assistencial, do escritório de
contabilidade, de modo virtual, em grupos de
WhatsApp, redes sociais, internet, etc., sob pena de
atuação do Ministério Público do Trabalho em face
do(a) contador(a) e/ou da empresa de serviços
contábeis.
No documento, o MPT destaca que liberdade sindical é
garantia constitucional prevista nos artigos 7º,
inciso XXVI, e 8º da Constituição Federal de 1988. O
tema também é defendido pela ordem jurídica
internacional, segundo o disposto nas Convenções n.º
87/1948 e n.º 98/1949 da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), Declaração Universal dos Direitos
Humanos de 1948 (artigo 23.4), na Convenção
Americana de Direitos Humanos de 1969 (Pacto de San
José da Costa Rica, artigo 16) e na Declaração
Sociolaboral do Mercosul de 2015.
“Este foi um dos temas mais debatidos durante os
encontros do Forum de Promoção da Liberdade
Sindical, realizado pelo MPT em parceria com
entidades que representam os trabalhadores. Esta
recomendação vai se tornar uma grande ferramenta,
que, com certeza, ajudará a fortalecer o trabalho
dos sindicatos”, analisou o presidente da UGT-SP,
Amauri Mortágua.
Amauri destaca um trecho do documento emitido pela
Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, que
destaca que configura prática de ato antissindical
contra as entidades sindicais e sua organização
qualquer interferência ou praticar ato de ingerência
nas organizações sindicais de trabalhadoras e
trabalhadores. “Estimular que trabalhadores
manifestem oposição ao desconto de contribuição de
financiamento da atividade sindical é a manifestação
mais clara deste tipo de conduta”, acrescentou.
Na recomendação, o Ministério Público do Trabalho
alerta ainda que a prática destes atos
antissindicais e condutas semelhantes serão objeto
de investigação ministerial e consequente Ação Civil
Pública movida contra o(a) contador(a) e/ou da
empresa de serviços contábeis.
PARA LER A ÍNTEGRA DA RECOMENDAÇÃO DO MPT AO CRC-SP,
CLIQUE AQUI
PARA LER A ÍNTEGRA DA RECOMENDAÇÃO AO SESCON,
CLIQUE AQUI
Fonte: Mundo Sindical
09/07/2024 -
Mercado é 0,5% da população, diz economista
Nas últimas semanas, a palavra mercado foi uma das
mais utilizadas na mídia, principalmente pelos
comentaristas de economia.
O viés ideológico dessa cobertura empodera o
mercado, passando a ideia de que, se o governo não
atender os agentes econômicos, o Brasil quebra.
Mas o que é esse mercado? Quem responde é o
economista Pedro Afonso Gomes, presidente do
Corecon-SP. Sua resposta surpreende. Veja:
“Na prática, o chamado mercado representa 0,5% da
população brasileira”, explica o presidente do
Conselho Regional de Economia do Estado de SP.
Porém, afirma Pedro Afonso, esses 0,5% da população
“controlam 35% da renda e riqueza nacionais”. Ou
seja, minoria com forte poder de pressão. Para o
economista, o certo é tratar como mercado todo o
conjunto da população, que trabalha, produz, compra,
vende, toma emprestado, enfim, move a economia.
A mídia é fortemente pautada pelos agentes do
mercado, levando incertezas à opinião pública. Outro
mito é a Bolsa de Valores, comentada até no bar da
esquina. Mas Pedro Afonso Gomes esclarece: “Na
verdade, apenas 2% das empresas brasileiras têm suas
ações cotadas na Bolsa”.
Essa minoria ruidosa também prega o corte de gastos
públicos, levando o Presidente Lula a anunciar
contingenciamento de R$ 25 bilhões do Orçamento.
Dava pra cortar de outro lugar? Dava, explica o
presidente do Corecon-SP.
Ele diz: “Se a taxa de juros da Selic cair um ponto,
ou seja, de 10,5% pra 9,5%, o País, num único ano,
economiza R$ 50 bilhões”. Isso porque, hoje, 43% do
orçamento público acabam usados pra pagar juros da
dívida pública ou em amortizações.
Dólar – As oscilações na moeda dos Estados
Unidos não acontecem por acaso. Para o agronegócio,
por exemplo, que exporta produtos in natura para o
mundo todo, a alta do dólar é um bom negócio.
Inflação – Pedro Afonso Gomes calcula que ela
ficará dentro da meta. Ele diz: “Alguns itens que
impactam o custo de produção de empresas ou de vida
das famílias têm até caído. Não vejo condições pra
que ocorra uma alta”.
Mais – Sites do Sindicato dos Economistas do
Estado e Corecon-SP.
Fonte: Agência Sindical
09/07/2024 -
Lula bate 45% de aprovação em Recife e 34% em São
Paulo, diz Datafolha
Levantamento aponta ainda como o presidente é
avaliado no Rio de Janeiro e Belo Horizonte; confira
Pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana
mostra a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva nas capitais São Paulo (SP), Rio de Janeiro
(RJ), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE).
Segundo o estudo, a capital em que Lula apresenta o
melhor desempenho é Recife, com 45% de ótimo e bom,
27% de regular e 28% de ruim ou péssimo. Já a cidade
em que o presidente tem a pior avaliação é Belo
Horizonte: 33% avaliam o mandatário como ótimo ou
bom, 25% como regular e 40% como ruim ou péssimo.
Berço político de Lula, a cidade de São Paulo
registra uma aprovação (ótimo ou bom) de 34% com
relação ao presidente, enquanto 31% dos moradores da
metrópole o consideram regular e 34% ruim ou
péssimo. No Rio de Janeiro os números são: 33% de
ótimo ou bom, 27% de regular e 39% de ruim ou
péssimo.
As pesquisas Datafolha sobre a aprovação de Lula nas
cidades foi realizada entre os dias 2 e 4 de julho.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais
ou para menos em São Paulo e Rio de Janeiro e de 4
pontos percentuais, também para mais ou para menos,
em Recife e Belo Horizonte.
Fonte: Brasil247
09/07/2024 -
Licença-maternidade deve ser computada para
pagamento de adicional de insalubridade
O adicional de insalubridade é devido no período de
licença-maternidade. A decisão é dos julgadores da
7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG), confirmando sentença oriunda da 1ª Vara
do Trabalho de Poços de Caldas.
Diante da condenação ao pagamento do adicional de
insalubridade a uma agente comunitária de saúde, o
município de Poços de Caldas interpôs recurso
pedindo que o período de licença-maternidade fosse
desconsiderado do cálculo da verba. Argumentou que o
adicional de insalubridade só é devido enquanto
perdurar o contato com agente insalubre.
Entretanto, ao examinar o caso, o juiz convocado
Jessé Cláudio Franco de Alencar, como relator,
rejeitou a pretensão. “Ao contrário do que defende a
recorrente, não há o que ser retificado na decisão
recorrida, uma vez que o adicional de insalubridade
é devido no período de auxílio-maternidade”.
O relator explicou que o salário-maternidade
corresponde à remuneração integral devida no mês do
afastamento da empregada, nos termos do artigo 72 da
Lei nº 8.213/1991, que prevê que “o
salário-maternidade para a segurada empregada ou
trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal
igual a sua remuneração integral”.
Além disso, o artigo 392 da CLT estabelece que a
empregada gestante tem direito à licença-maternidade
de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
Por sua vez, o artigo 393 dispõe que, durante o
período, a mulher tem direito ao salário integral e,
quando variável, calculado de acordo com a média dos
seis últimos meses de trabalho, bem como os direitos
e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado
reverter à função que anteriormente ocupava.
A decisão mencionou ainda a Súmula nº 139 do TST,
que prevê que “enquanto percebido, o adicional de
insalubridade integra a remuneração para todos os
efeitos legais”.
Dessa forma, o relator entendeu não haver razão para
exclusão do adicional de insalubridade em relação à
licença-maternidade. Para reforçar os fundamentos,
citou jurisprudência do TRT-3:
“Não cabe exclusão do adicional de insalubridade no
período de licença maternidade, porquanto, além da
inexistência limitação no art. 192 da CLT, o
disposto no art. 393 da CLT garante à mulher o
direito ao salário integral com direitos e vantagens
adquiridos (Processo 0011042-69.2022.5.03.0033)” e
“enquanto percebido, o adicional de insalubridade
integra a remuneração para todos os efeitos legais”.
Desse modo, as faltas justificadas pelo empregado,
sem prejuízo da remuneração, bem como o período de
licença-maternidade, devem ser computados para fins
de pagamento do adicional de insalubridade (Processo
0010932-84.2016.5.03.0064).
Os demais julgadores acompanharam esse entendimento,
negando provimento ao recurso do município, por
unanimidade. Com informações da assessoria de
comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG).
Fonte: Consultor Jurídico
08/07/2024 -
Dia da Luta Operária será na terça-feira, 9
O 9 de Julho não é apenas a data que marca a reação
da elite paulista à Revolução de 30, liderada por
Getúlio Vargas, em prol do progresso econômico e
social dos brasileiros. Em SP, Capital, a data marca
o Dia da Luta Operária, instituída pelo então
vereador Antônio Donato (PT), hoje deputado
estadual.
O Dia foi criado pela Lei 16.634, em reverência à
memória do jovem operário José Martinez, assassinado
na primeira grande greve geral no País, em 1917.
Desde que instituído, o Dia da Luta Operária reúne
militantes, ativistas, dirigentes e pessoas de
destaque nas lutas sociais, a fim de homenagear
personalidades da nossa história.
Neste ano, pela atuação em defesa da classe
trabalhadora e fortalecimento do movimento sindical,
serão homenageadas seis pessoas: a médica do
Trabalho Maria Maeno, o metalúrgico Carlos Clemente,
a operária aposentada Isabel Peres, além de
Clodesmidt Riani, Valdir Vicente de Barros e
Severino Almeida Filho.
O evento é promovido por iniciativa do deputado
Donato, das Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
CSB, NCST, CSP-Conlutas, Pública, Intersindical
Central da Classe Trabalhadora e Intersindical
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora. Também participam o Centro de Memória
Sindical, o Instituto Astrogildo Pereira, o IIEP e a
Oboré.
Serviço – Dia da Luta Operária – Ato político
e homenagens.
Data – 9 de julho, terça-feira.
Local – Casarão do Sindicato dos Padeiros de
SP, à rua Major Diogo, 285, Bela Vista, Capital. A
partir das 9 horas.
Fonte: Agência Sindical
08/07/2024 -
Comissão busca consenso para regulamentar
aposentadoria especial e reduzir a judicialização
Propostas em análise na Câmara preveem regras
para a concessão do benefício a trabalhadores
expostos a agentes prejudiciais à saúde
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados reuniu na quarta-feira (3) 14
representantes de trabalhadores, empresas e juristas
em busca de consenso para reduzir a judicialização
em torno da aposentadoria especial paga a
trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde.
O tema é alvo de proposta – PLP 42/23, do deputado
Alberto Fraga (PL-DF) – que reduz a idade mínima
para a concessão do benefício e aumenta o valor para
100% da média das contribuições. Outros três
projetos (PLPs 245/19, 74/23 e 231/23) são
analisados em conjunto para superar as regras
transitórias em vigor desde a reforma da Previdência
de 2019 (Emenda Constitucional 103).
A audiência pública foi solicitada pelos deputados
Pastor Eurico (PL-PE) e Erika Kokay (PT-DF). Todos
os convidados defenderam a regulamentação da
aposentadoria especial, mas com variados motivos e
sugestões de ajustes.
O representante da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Rafael Kieckbusch, afirmou que
cerca de 1.500 novas aposentadorias especiais são
concedidas por mês, mais de 80% por decisão
judicial, o que gera insegurança para as atividades
econômicas.
A CNI defende a regulamentação com foco em medidas
preventivas. “O empregador deve criar ambientes de
trabalho mais seguros, saudáveis e resilientes para
descaracterizar a necessidade da aposentadoria
especial e evitar processos na Justiça”, disse
Kieckbusch.
Acidentes de trabalho
O dirigente do Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário (IBDPREV) Diego Cherulli comparou os
custos entre aposentadoria especial e benefícios por
acidente. O INSS paga hoje 438 mil aposentadorias
especiais, com valor total de R$ 2,4 bilhões por
mês. Ao mesmo tempo, há cerca de 1 milhão de
benefícios pagos por acidente, com custo total de R$
2,2 bilhões por mês.
“Ou seja, o gasto do governo com o benefício pago
por acidentes de trabalho é quase o mesmo que o da
aposentadoria especial. Em vez de estar prevenindo,
garantindo vida e gerando bem-estar, nós estamos
pagando para aquele que se acidentou, já não tem
mais bem-estar ou morreu, porque ali também tem a
pensão por morte acidentária”, afirmou.
Com mais de 7 milhões de acidentes com trabalhadores
de carteira assinada desde 2012, o Brasil só está
atrás de Índia, China e Indonésia nesse ranking,
segundo Adriane Bramante, especialista em direito
previdenciário.
“São números que não param de subir: enquanto
estamos aqui discutindo, um trabalhador morreu por
acidente de trabalho porque o ambiente de trabalho
não é fiscalizado e é hostil”, comentou Adriane.
Terceirizados
A subnotificação também é elevada. O presidente da
Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José
Santos, citou o caso dos terceirizados que, segundo
ele, passam por invisibilidade no ambiente de
trabalho e são vistos como “descartáveis”.
“No dia a dia da nossa categoria, normalmente se
fala que, com um vigilante morto, a empresa põe a
farda em outro e a vida continua. Descartam a gente.
E descartam também ao não nos enxergar na condição
de ter direito”, lamentou.
Riscos
Dirigente das Confederações Nacionais dos Urbanitários
(CNU) e dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), Elvio
Vargas citou categorias que não têm conseguido a
aposentadoria especial nem mesmo por meio de ações
judiciais depois da reforma previdenciária. É o caso
dos eletricitários expostos a riscos de choque.
“Que empresa fica com o eletricista, aquele que sobe
no poste, até os 65 anos de idade? E aí eu posso
fazer a pergunta inversa também. Que trabalhador vai
conseguir fazer um serviço especializado até essa
idade? Não reconhecer a aposentadoria especial é
jogar esses trabalhadores no limbo”, argumentou.
Outras categorias também apresentaram peculiaridades
de sua rotina de trabalho e pediram o direito à
aposentadoria especial. O diretor da Federação Única
dos Trabalhadores João Felchak citou a exposição dos
petroleiros a ruídos e ao benzeno.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) apontou
pressão atmosférica anormal, radiação ionizante,
barulho e microvibração, além de fadiga, que coloca
em risco a segurança de voo.
Exposição a agrotóxicos, doenças e violência em
região de fronteira foram alguns dos riscos
mostrados pelo Sindicato dos Trabalhadores do
Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário (Sintap).
Critérios técnicos
Um dos consensos na regulamentação vem desde a
aprovação do PLP 42/23 na Comissão do Trabalho: a
aposentadoria especial deve ser concedida por
exposição ao risco e não por categoria.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip)
defende riscos medidos in loco e caso a caso, além
de critérios técnicos na definição dos agentes
nocivos, a fim de reduzir a judicialização. Outros
debatedores fizeram sugestões pontuais quanto a
fiscalização, afastamento não acidentário e
reinclusão de contribuintes individuais.
Relator da proposta na Comissão da Previdência,
Pastor Eurico aposta em novos consensos: “Esperamos
chegar juntos a um denominador comum.”
Além da Comissão de Previdência, o texto terá de ser
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois,
passará pelo Plenário da Câmara. Se aprovado,
seguirá para o Senado Federal.
Fonte: Agência Câmara
08/07/2024 -
Dieese diz que 10 capitais têm aumento na cesta
básica
Maior alta ocorreu no Rio de Janeiro: (2,22%)
Dez capitais brasileiras registraram, em junho,
aumento no custo médio da cesta básica. É o que
revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, feita em 17 capitais. Ela foi divulgada
quinta-feira (4), em São Paulo, pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Nas demais sete capitais
analisadas, houve queda no custo da cesta.
A maior alta na comparação com o mês de abril
ocorreu no Rio de Janeiro (2,22%), seguida por
Florianópolis (1,88%), Curitiba (1,81%) e Belo
Horizonte (1,18%). Já as principais quedas foram
anotadas em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).
Entre os vilões para o aumento no custo da cesta
estão o leite integral, que ficou mais caro em 16
das 17 cidades pesquisadas, a batata e o quilo do
café em pó. No caso do leite, a alta variou entre
2,80% em Natal até 12,46% em Goiânia. Já o quilo do
café em pó subiu em 15 capitais, com os maiores
reajustes ocorrendo em Natal (10,48%) e Fortaleza
(10,30%).
São Paulo tem cesta mais cara
A cesta mais cara do país continua sendo a de São
Paulo. Em junho, o conjunto dos alimentos básicos em
São Paulo custava, em média, R$ 832,69. Em seguida,
aparecem as cestas de Florianópolis (R$ 816,06), Rio
de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a
composição da cesta é diferente, os menores valores
médios foram verificados em Aracaju (R$ 561,96),
Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
Com base na cesta de maior custo que, em junho, foi
a de São Paulo, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o
salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as
despesas com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência,
o Dieese estimou que o salário-mínimo, em maio,
deveria ser de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de
R$ 1.412,00.
Fonte: Agência Brasil
08/07/2024 -
Três indicadores – João Guilherme Vargas Netto
Para meu uso adoto três indicadores a fim de avaliar
o grau de democracia política efetiva em uma
sociedade: leitores de jornais, filiados a partidos
políticos e sindicalizados. (Os indicadores são
outros quando se trata de democracia
sócio-econômica: um prato de comida, um emprego e
uma sala de aula).
A leitura do jornal, reflexiva, que era para Hegel a
oração da manhã do homem moderno, ainda hoje em
tempo de redes sociais e de internet, é um indicador
seguro de preocupação cidadã; compara-se o número de
leitores com o número de alfabetizados.
A filiação a partidos políticos (mesmo que não
represente a militância ou as votações) é um
indicador para o papel desempenhado pelos partidos
na vida democrática, aferindo-se a relação entre
filiados e eleitores.
A sindicalização, cuja taxa é a porcentagem entre a
associados aos Sindicatos e ocupados, é o terceiro
pilar de sustentação democrática e, junto aos outros
dois, mede o grau de democracia política de nossa
sociedade.
Para registro (mesmo sem números), das três
proporções listadas (leitores de
jornais/alfabetizados; filiados a partidos/eleitores
e sindicalizados/ocupados), o que apresenta melhor
taxa no Brasil é a sindicalização, apesar de baixa
entre baixas.
Ela é baixa em si e em comparação com a de outros
países democráticos, demonstrando que temos ainda de
avançar no exercício da democracia política.
É imperioso, portanto, que o movimento sindical, o
governo e a sociedade façam esforços constantes para
a sindicalização, mobilizadores e institucionais,
garantindo seu aumento com mais associados e
ativistas sindicais, contribuindo assim para o
avanço da luta democrática.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor sindical.
Fonte: Agência Sindical
05/07/2024 -
TST abre inscrições para audiência pública sobre
direito de oposição à contribuição negocial
A audiência será nos dias 22 e 23 de agosto, e as
inscrições vão de 8 a 26 de julho
O Tribunal Superior do Trabalho vai promover, nos
dias 22 e 23 de agosto, uma audiência pública para
discutir como pessoas não sindicalizadas podem
exercer seu direito de oposição ao pagamento da
contribuição assistencial. O tema é tratado num
incidente de resolução de demandas repetitivas, que
uniformizará o entendimento sobre o tema, delimitado
pelo Tribunal como “questão exclusivamente de
direito que trata sobre o modo, o momento e o lugar
apropriado para o empregado não sindicalizado
exercer seu direito de oposição ao pagamento da
contribuição assistencial”.
A audiência foi marcada pelo relator do caso,
ministro Caputo Bastos. O objetivo é ouvir
depoimentos de pessoas com experiência e
conhecimento na matéria. Quem se interessar em
participar da audiência, tanto para apresentar
exposições quanto como para acompanhar como
ouvintes, deve apresentar manifestação das 8h do dia
8 às 20 horas do dia 26 de julho. Esse prazo correrá
durante as férias coletivas dos ministros do TST. O
pedido deve ser encaminhado exclusivamente por meio
do
formulário eletrônico disponível neste endereço.
A relação das inscrições deferidas, a indicação do
tempo das exposições – a ser definido de acordo com
o número de inscritos – e as orientações de como os
expositores deverão proceder para encaminhar o
material que pretendam utilizar em suas
apresentações serão divulgadas no dia 9 de agosto.
Leia a íntegra do edital.
Cobrança
O Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR)
foi admitido pelo Tribunal Pleno em março deste ano,
num caso envolvendo uma cláusula coletiva que previa
o pagamento da contribuição mesmo de pessoas não
associadas ao sindicato. Quem fosse contra o
desconto poderia se opor mediante comunicação
pessoal e escrita ao sindicato no prazo de 15 dias.
A cláusula foi questionada pelo Ministério Público
do Trabalho (MPT), que argumentava que as diversas
condições e obstáculos impostos dificultavam e
podiam até mesmo inviabilizar o exercício do direito
de oposição.
Matéria ainda é controvertida
Segundo o ministro Caputo Bastos, o Supremo Tribunal
Federal já validou o direito de oposição, mas é
preciso fixar parâmetros objetivos e razoáveis para
que ele seja exercido e para que a contribuição não
se torne compulsória. Ele observou que, com a falta
de definição desses critérios, a matéria tem sido
controvertida nos Tribunais Regionais do Trabalho,
acarretando tratamento diferenciado entre pessoas
submetidas a situações idênticas.
Processo: IRDR-1000154-39.2024.5.00.0000
Fonte: TST
05/07/2024 -
Dieese subsidia debate sobre a nova política
industrial
A
NIB (Nova Indústria Brasil) é a política
industrial lançada pelo governo brasileiro, em
janeiro de 2024, com o objetivo de guiar o
desenvolvimento industrial do País até 2033, com
metas e prioridades.
O movimento sindical — em particular os seguimentos
vinculados à essas áreas da economia —, precisa
atuar para contribuir com os debates e ações
propostas pelo CNDI (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial).
A política foi elaborada pelo CNDI e envolve a
participação de 20 ministérios, além de entidades
representativas do setor produtivo e dos
trabalhadores.
Com vistas a aprofundar sobre esse debate, o Dieese
elaborou “Síntese
Especial”, a fim de subsidiar esse relevante
debate sobre essa política pública.
Destaque para a parte final deste importante
documento orientador — “Pontos de atenção para o
movimento sindical brasileiro” — que elenca os
“objetivos principais da reindustrialização do
Brasil: desenvolvimento nacional, valorização do
trabalho e dos trabalhadores, redução das
desigualdades e melhoria sistemática e consistente
das condições de vida da população.”
O plano da NIB foca em várias áreas estratégicas,
que inclui a indústria 4.0, que abrange tecnologias
como IA (inteligência artificial), robótica,
internet das coisas e computação em nuvem.
Também há forte incentivo ao desenvolvimento de
produtos digitais e à produção nacional de
semicondutores. Entre as medidas anunciadas pelo
governo estão:
Financiamentos e incentivos
O governo destinará R$ 300 bilhões até 2026 para
financiar a industrialização, com recursos
provenientes de empréstimos, subvenções e
investimentos públicos. Já foram liberados este ano
R$ 5,3 bilhões para projetos industriais.
Haverá também isenções tributárias para estimular
setores como semicondutores e energia renovável.
Compras governamentais
Para estimular a produção nacional, haverá requisitos
de conteúdo local nas licitações públicas, que devem
priorizar produtos nacionais em áreas estratégicas
como transição energética e mobilidade urbana.
Sustentabilidade
A NIB busca reduzir em 30% a emissão de carbono da
indústria e aumentar a participação de
biocombustíveis na matriz energética de transportes
para 50% até 2033.
Inovação e digitalização
Serão incentivados projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, com chamadas públicas e
recursos não-reembolsáveis para suportar empresas
inovadoras.
A política visa reverter o processo de
desindustrialização e tornar a indústria brasileira
mais competitiva e sustentável, com promoção do
crescimento econômico inclusivo e inovador.
Fonte: Diap
05/07/2024 -
PLP 12/24: relator apresenta novo texto na Comissão
de Indústria, Comércio e Serviço
Dentre as alterações promovidas pelo relator,
deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), no
substitutivo, especifica que o motorista descrito
nessa lei integra a categoria profissional de
motorista autônomo de serviços de mobilidade urbana
em automóvel, sendo assegurado ao mesmo as garantias
do artigo 8º da Constituição.
O texto também prevê mudanças em relação ao controle
e descanso dos motoristas de aplicativo por meio das
plataformas de aplicativo e estabelece que a
remuneração bruta dos motoristas será composta pela
fração de 25%, a título de serviços prestados e de
75% por indenização de custos, assim como retira a
remuneração mínima cujo valor horário era de R$
32,10.
Além disso, o texto veda a plataforma de rebaixar a
categoria do motorista sem a comunicação com
antecedência mínima de 90 dias.
Cabe destacar que o substitutivo prevê a organização
sindical e a negociação coletiva, conforme segue:
“§ 2º O motorista exercerá atividades como
trabalhador autônomo pessoa física, observados
requisitos estabelecidos no art. 11-B da Lei no
12.587, de 3 de janeiro de 2012.
…….
§ 4º O motorista de que trata essa Lei integra a
categoria profissional de ‘motorista autônomo de
serviços de mobilidade urbana em automóvel’
asseguradas as garantias do artigo 8° da
Constituição Federal.”
Tramitação do PLP
O projeto ainda vai ser examinado por outras 2
comissões temáticas, respectivamente, Trabalho e
Constituição e Justiça.
Entenda o PLP
O PLP (Projeto de Lei Complementar) 12/24, do Poder
Executivo, trata da regulamentação do trabalho em
plataformas digitais no Brasil. Este tipo de
trabalho inclui motoristas de aplicativos, que
utilizam plataformas digitais para se conectar com
os clientes.
Contexto e objetivo
O objetivo do PLP 12/24 é criar marco regulatório para
o trabalho em plataformas digitais, garantindo
direitos e proteções para os trabalhadores, bem como
definindo responsabilidades para as empresas que
operam essas plataformas. Este projeto visa
equilibrar a flexibilidade oferecida por essas
plataformas com a necessidade de proteger os
trabalhadores de precarização. Principais pontos do
parecer:
Definição de trabalho em plataforma
O projeto define o que caracteriza o trabalho em
plataformas digitais e quem são considerados
trabalhadores dessa modalidade.
Direitos dos trabalhadores
Estabelecimento de direitos básicos para os
trabalhadores de plataformas, como remuneração
justa, acesso a benefícios sociais, e condições
seguras de trabalho.
Garantia de que os trabalhadores terão direito a
descanso, férias remuneradas, e proteção contra
desligamentos arbitrários.
Responsabilidades das plataformas
As plataformas terão a responsabilidade de garantir a
transparência nas relações de trabalho, incluindo a
forma como os pagamentos são calculados e
realizados.
Devem fornecer seguro contra acidentes e
responsabilidade civil, além de acesso a canal de
comunicação eficiente para resolver disputas e
queixas.
Contribuições previdenciárias e tributárias
O projeto prevê a criação de modelo de contribuição
previdenciária adaptado às especificidades do
trabalho em plataforma, garantindo que os
trabalhadores tenham acesso a benefícios
previdenciários.
Definição de regime tributário adequado para as
plataformas digitais, assegurando que contribuam de
forma justa para a arrecadação de impostos.
Segurança e saúde no trabalho
Implementação de normas de segurança e saúde
específicas para o trabalho em plataformas,
considerando os riscos envolvidos em atividades como
entrega de mercadorias e transporte de passageiros.
Fiscalização e penalidades
Criação de mecanismos de fiscalização para garantir o
cumprimento das novas regras, com penalidades para
as plataformas que não cumprirem as exigências
estabelecidas pela lei.
Importância do PLP 12/24
A regulamentação do trabalho em plataformas digitais é
crucial para proteger os trabalhadores dessa
modalidade, que muitas vezes enfrentam condições
precárias e instabilidade.
Ao estabelecer marco regulatório, o PLP 12/24 busca
garantir equilíbrio entre a inovação proporcionada
pelas plataformas digitais e a necessidade de
assegurar direitos básicos aos trabalhadores.
Fonte: Diap
05/07/2024 -
Indústria calçadista perde 1,1 mil postos de
trabalho em maio
Dados elaborados pela Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, em
maio, a indústria do setor perdeu 1,1 mil postos.
Mesmo com o dado negativo, a atividade encerrou com
saldo positivo de 6,5 mil empregos criados de
janeiro a maio deste ano. Com o registro, o setor
terminou o mês cinco com um total de 287 mil pessoas
empregadas em todo o Brasil, 4,5% menos do que no
mesmo mês de 2023.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo
Ferreira, destaca que existe um movimento sazonal na
indústria de calçados, em função da troca de
coleções. “Nos últimos dez anos, somente tivemos
criação de vagas em maio de 2022, que foi um ano
excepcional para a indústria. No ano passado, por
exemplo, havíamos perdido mais de 2,3 mil empregos
nesse mesmo mês”, avalia.
Segundo o dirigente, a produção do setor deve
crescer entre 0,9% e 2,2% em 2024, o que significa
mais de 870 milhões de pares. “Existe uma
expectativa positiva para o segundo semestre, que
teve um start bastante promissor na feira BFSHOW,
realizada em maio, e que vendeu muito bem os
lançamentos para Primavera/Verão”, conclui,
ressaltando que o movimento positivo, se confirmado,
irá também colaborar para a criação de vagas na
atividade ao longo do segundo semestre.
Estados
O estado que mais emprega na atividade é o Rio Grande
do Sul. Entre janeiro e maio, a indústria gaúcha
criou 1,65 mil postos, encerrando o mês cinco com
85,87 mil pessoas empregadas na atividade, 3,9%
menos do que no mesmo período do ano passado.
O segundo maior empregador do setor calçadista no
Brasil é o Ceará, que criou 83 postos entre janeiro
e maio. Com o registro, a indústria cearense
encerrou maio empregando 65,24 mil pessoas, 1,9%
menos do que no mesmo mês de 2023.
Tendo perdido 102 postos entre janeiro e maio, a
Bahia aparece na terceira colocação entre os estados
que mais empregam no setor. No total, em maio
estavam empregadas na atividade 39,63 mil pessoas,
9% menos do que no mesmo mês do ano passado.
Fonte: Abicalçados
05/07/2024 -
CDH discute aumento da licença-maternidade e criação
do salário-paternidade
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) deve votar na próxima
quarta-feira (10) projeto que aumenta a duração da
licença-maternidade e cria o salário-paternidade.
Esse projeto (PL 3.773/2023), do senador Jorge
Kajuru (PSB-GO), recebeu parecer favorável na forma
de um substitutivo da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Damares queria a inclusão dessa proposta já nas
votações da CDH desta quarta-feira (3), para que o
projeto pudesse avançar “em benefício da infância”.
Ela declarou que houve diálogo sobre a matéria e que
aspectos que ainda precisam de debate poderiam ser
analisados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE),
que é o próximo colegiado do Senado onde o texto irá
tramitar.
— O governo terá tempo suficiente para fazer os
ajustes que considerar necessários — argumentou.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que
participou da reunião da CDH, reforçou o pedido para
votação do texto ainda nesta quarta-feira. Ela
destacou a luta de parlamentares em favor da causa.
No entanto, o presidente da CDH, senador Paulo Paim
(PT-RS), ressaltou o impacto financeiro da proposta.
Ele disse que o melhor caminho seria o compromisso
dos senadores para votarem o texto na próxima
reunião da comissão. O intuito, segundo ele, é ter
mais tempo para a formação de um acordo junto ao
governo.
Fonte: Agência Senado
04/07/2024 -
Centrais apoiam NT do MPT/Conalis favorável ao
custeio sindical
A Nota Técnica da Conalis (Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical e Diálogo Social) #
9, de 22 de maio de 2024, emitida pelo MPT
(Ministério Público do Trabalho), reafirma a defesa
da legitimidade das contribuições assistenciais
estabelecidas em acordos ou convenções coletivas de
trabalho.
O documento enfatiza que tais contribuições são
essenciais para o fortalecimento da autonomia
coletiva dos trabalhadores, que permite o
financiamento das atividades sindicais necessárias
para a proteção dos interesses dos empregados.
Essa posição do MPT contrasta com decisões
anteriores do TST (Tribunal Superior do Trabalho),
que busca garantir regulamentação mais uniforme e
clara sobre o direito de oposição à essas
contribuições, que visa proteger os direitos
individuais dos trabalhadores.
A falta de uniformidade nas regras de oposição pode
gerar insegurança jurídica, aumentos nos custos
administrativos para as empresas e ambiente de
trabalho mais conflituoso, o que afetar
negativamente as negociações coletivas.
Assembleia e fortalecimento das negociações
“É na deliberação da assembleia democrática e
formalmente convocada para este fim que a categoria
pode se opor às cláusulas, inclusive à sobre
contribuição, que estão sendo coletivamente
debatidas, podendo, ainda, a deliberação em
assembleia definir outra oportunidade em que o
trabalhador poderá exercer oposição, inclusive
quanto ao tempo, modo e lugar, como fruto da
autonomia privada coletiva”, é que está escrito no
Item 4.10 da NT.
“A Nota Técnica Conalis 9 reforça a importância da
autonomia coletiva nas relações de trabalho”,
destaca a
nota das centrais.
“As contribuições assistenciais, aprovadas em
assembleia e descontadas de todos os beneficiados
pelos direitos nos Acordos e Convenções Coletivas,
são instrumentos vitais ao fortalecimento das
negociações coletivas e da ação sindical efetiva em
defesa, conquista e manutenção de direitos a todos
os representados”, acrescenta a nota das entidades.
Fonte: Diap
04/07/2024 -
CNI: Capital e trabalho devem se unir pela
reindustrialização
“Contradições entre capital e trabalho não devem
impedir pacto pela reindustrialização”, diz diretor
da CNI
Rafael Lucchesi, diretor de educação da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) e palestrante no
Seminário Nacional pela Reindustrialização do
Brasil, realizado no dia 11 de junho, declarou, em
entrevista ao HP, que há um importante movimento
para a construção de um diálogo entre empresários e
trabalhadores para a recuperação da indústria
nacional.
“A visão do presidente da CNI, Ricardo Alban, é uma
proposição de diálogo, de construção, em que o foco
principal é o desenvolvimento industrial”.
De acordo com Rafael, a CNI considera “muito
importante uma atuação articulada de todo setor
produtivo, também de outras confederações, como a
Agricultura e o Comércio, e, em especial, a
construção de um diálogo com os trabalhadores”.
Rafael ressalta que existem construções históricas
que foram muito importantes para quase todos, senão
todos, os países que tiveram que se desenvolver
aceleradamente.
O diretor da CNI avaliou que, embora haja interesses
contraditórios entre o capital e o trabalho (“isso é
sobejamente sabido”, afirma), citou “o clima de
pactos sociais progressistas, bem construídos,
exemplos de sucesso, como os casos clássicos do
‘Pacto de Moncloa’ e do processo de concertação
social na Irlanda”.
Conforme Lucchesi, “o presidente Alban tem essa
compreensão. É a percepção que vários outros
dirigentes da CNI têm”.
O líder empresarial declarou que tem buscado a
realização deste diálogo e citou que a sua
participação nas comemorações do centenário do
PCdoB, em Salvador, e o desdobramento no seminário
promovido pela CTB, no dia 11 de junho, fazem parte
dessa construção.
Os próximos movimentos já serão mais sólidos,
resultado das orientações da presidência da CNI,
numa perspectiva da construção de uma agenda de
país, concluiu.
Em sua palestra para líderes das confederações de
trabalhadores na indústria, Lucchesi disse que:
“com a adesão ao Consenso de Washington e a
transferência do protagonismo econômico ao rentismo,
ao setor financeiro, a gente começou a perder
densidade produtiva e desse ponto de vista o Brasil
foi o que mais perdeu. Perdemos estrutura produtiva,
capacidade produtiva e retrocedemos. As exportações
de alta e média tecnologia caíram 50%. Estamos tendo
uma especialização regressiva porque estamos abrindo
mão dos segmentos mais sofisticados”.
“Mas agora, temos uma oportunidade”, avalia,
ressaltando ainda que “o diálogo pelo
desenvolvimento do país exige maturidade”.
Fonte: Rádio Peão Brasil
04/07/2024 -
Produção industrial cai 0,9% em maio, com influência
de enchentes no Sul, diz IBGE
As duas maiores influências negativas para o
resultado geral foram exercidas pelos setores de
veículos automotores, reboques e carrocerias e de
produtos alimentícios, ambos afetados pelas chuvas
no RS
A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio,
somando assim dois meses de retração após ter
mostrado recuo de 0,5% em abril, segundo dados da
Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta
quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o setor eliminou o ganho de 1,1% que havia
acumulado entre fevereiro e março deste ano. Os
resultados de maio levaram a indústria a operar 1,4%
abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em
fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do maior nível da
série, alcançado em maio de 2011, informou o IBGE.
Em relação a maio de 2023, a indústria recuou 1,0%,
após avançar 8,4% em abril. Com isso, o setor
industrial cresceu 2,5% nos cinco primeiros meses de
2024.
No acumulado nos últimos 12 meses, o avanço foi de
1,3%, reduzindo a intensidade no ritmo de
crescimento em relação ao resultado do mês anterior.
Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16
recuaram em maio. As duas maiores influências
negativas para o resultado geral da indústria foram
exercidas por veículos automotores, reboques e
carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios
(-4,0%).
De acordo com André Macedo, gerente da pesquisa, os
dois setores sofreram os impactos das enchentes do
Rio Grande do Sul.
Outros setores que recuaram e influenciaram o
resultado negativo do mês foram os de produtos
químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%),
metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%),
impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e
produtos diversos (-8,5%).
Enchentes
“Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já
tinha sido registrada no mês anterior, e um dos
fatores que explicam esse resultado são as chuvas no
Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local
maior, mas também influenciaram o resultado negativo
na indústria do país”, comentou Macedo em nota.
Ele detalhou que, no setor de veículos automotores,
houve o impacto direto e indireto das plantas
industriais locais que paralisaram durante um tempo.
Nesse período, tanto as montadoras de veículos
quanto as fábricas de autopeças registraram
paralisações em suas produções em decorrência das
chuvas e isso afetou também o abastecimento para a
produção de bens finais no resto do país.
“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas
em uma planta industrial em São Paulo como forma de
mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em
unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”,
lembrou o pesquisador.
Ele citou ainda outros fatores que justificam a
queda de dois dígitos na atividade, como a
paralisação por conta de greve em outra montadora e
a base de comparação elevada. Em abril, o setor de
veículos havia avançado 13,8%.
No caso do setor de produtos alimentícios, maio foi
o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de
4,7% no período. “A retração no processamento da
cana-de-açúcar, por conta da condição climática
menos favorável na segunda quinzena de maio,
provocou uma queda pontual na produção do açúcar”,
comentou.
Entre os impactos negativos que podem ter a ver com
as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de
aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja,
que são produtos que têm grande peso no setor”,
destacou.
A atividade de produtos alimentícios responde por
cerca de 15% da produção industrial do país.
Fonte: InfoMoney
04/07/2024 -
Horas extras e multa do FGTS são temas mais
recorrentes em novas ações da Justiça do Trabalho
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Lelio Bentes Corrêa, apresentou nesta
segunda-feira (1º/7), na sessão de encerramento do
primeiro semestre, o Relatório Geral da Justiça do
Trabalho.
O documento é publicado anualmente desde 1946 e
reúne informações e indicadores estatísticos
referentes à atuação da Justiça especializada.
“O relatório visa divulgar os resultados do esforço
coletivo de todas e todos que fazem parte da Justiça
do Trabalho, com vista a alcançar a excelência na
prestação de justiça, garantindo a dignidade no
trabalho e promovendo a justiça social”, afirmou o
ministro.
Aumento de processos
Um dos dados trazidos pelo relatório é um aumento
expressivo, de 11.3%, na quantidade de processos
recebidos. Nas Varas do Trabalho, o aumento foi de
12,6%, nos Tribunais Regionais do Trabalho de 12,4%
e no TST de 4,2%.
Os cinco assuntos mais recorrentes foram horas
extras, multa de 40% do FGTS, adicional de
insalubridade, multa do artigo 477 da CLT (por
atraso na quitação das verbas rescisórias) e verbas
rescisórias. “Isso evidencia que a maior parte dos
casos trazidos à Justiça do Trabalho cuida do
descumprimento de direitos mais básicos”, ressaltou
o presidente.
Força de trabalho X acervo
O número de processos julgados também aumentou
proporcionalmente em relação a 2022. No TST, foram
julgados 108% dos processos recebidos e, nas Varas
do Trabalho, 102%.
O resultado foi uma diminuição significativa do
resíduo. Ao final de 2023, havia 1.783.080 processos
aguardando julgamento, número 4,9% menor do que no
ano anterior.
O ministro Lelio Bentes destacou que, em 2023,
também houve um aumento de 4,3% na força de
trabalho, correspondente a 1.910 magistradas,
magistrados, servidoras e servidores.
Balanço geral
No primeiro semestre de 2024, o TST recebeu 2022.930
casos novos (5% a mais que no mesmo período de 2023)
e 53.385 recursos internos. Foram julgados 242.858
(redução de 9,2% em relação ao ano passado), e
389.259 aguardam julgamento.
Formação de novos juízes
O diretor da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat),
ministro Mauricio Godinho Delgado, anunciou que, de
agosto a outubro, a escola promoverá o Curso de
Formação Inicial para as 229 pessoas aprovadas no
Concurso Nacional da Magistratura Trabalhista,
homologado na última sexta-feira (28) pelo Órgão
Especial.
Filtragem de Recursos Extraordinários
Por sua vez, o vice-presidente do TST, ministro
Aloysio Corrêa da Veiga, informou que, de janeiro a
maio, a Vice-Presidência recebeu 15.874 Recursos
Extraordinários (REs) e decidiu 22 mil.
Os REs são recursos que visam levar a discussão para
o Supremo Tribunal Federal, e cabe à
vice-Presidência examinar previamente se eles
cumprem os requisitos para poderem ser remetidos ao
STF. Nesse período, somente 21 casos foram
admitidos.
Para o ministro Lelio Bentes, essa filtragem é
fundamental para o bom funcionamento do sistema
judicial. Segundo ele, o percurso processual
regular, em que o processo passa por todas as
instâncias, contribui para desafogar a Justiça e
racionalizar o trabalho de todos os órgãos,
inclusive o STF. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
04/07/2024 -
Acordo coletivo não pode limitar direito de gestante
à estabilidade, diz TST
Ainda que sejam constitucionais os acordos e as
convenções coletivas que limitam direitos
trabalhistas, a pactuação não pode dispor sobre
direitos direcionados primordialmente às crianças,
terceiros que não estão sujeitos à vontade da
trabalhadora ou do sindicato.
O entendimento é da 5ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho. A Corte manteve decisão que reconheceu o
direito de uma gestante à estabilidade provisória,
mesmo sem comunicação prévia ao empregador sobre a
gravidez.
O tribunal entendeu que a estabilidade beneficia
também a criança, que não está sujeita ao acordo
coletivo, mesmo em um cenário de pacto entre empresa
e trabalhadores em acordo coletivo.
“Em que pese seja válida a norma coletiva que limita
ou restringe direito trabalhista que não fira de
forma imediata um patamar civilizatório mínimo, no
caso concreto há inconstitucionalidade do que foi
avençado coletivamente, na medida em que se dispôs
sobre direito de terceiro não sujeito à vontade da
trabalhadora, tampouco do sindicato”, afirmou o
relator, ministro Breno Medeiros.
Segundo ele, o direito constitucional em discussão é
direcionado primordialmente ao menor, que, por
motivos óbvios, não pode ser representado pelo
sindicato ao negociar contra os seus interesses.
Assim, a norma coletiva não pode prevalecer.
“Todos esses elementos sistêmicos permitem sustentar
o entendimento de que não pode haver disposição de
direitos em nome do menor quando isso afete de modo
imediato o seu legítimo e superior interesse, como
ocorre na hipótese”, prosseguiu o relator.
O ministro citou o Tema 1.046, em que o Supremo
Tribunal Federal definiu como constitucionais os
acordos e as convenções coletivas que afastam ou
limitam direitos trabalhistas, desde que
“respeitados direitos absolutamente indisponíveis”.
Segundo o relator, o entendimento do TST não fere a
decisão do Supremo, justamente porque o direito à
estabilidade provisória tem “contornos de
indisponibilidade absoluta”.
“Por essa razão, conclui-se que, nem os pais, nem
muito menos o sindicato, possuem legitimidade para
dispor livremente dos interesses indisponíveis dos
menores afetados pela norma coletiva em questão, que
condiciona o gozo do período de estabilidade
constitucional à comunicação prévia do estado
gravídico”, concluiu.
RR 1001586-10.2018.5.02.0013
Fonte: Consultor Jurídico
03/07/2024 -
Financiamento sindical x sistema S
Diferente dos sindicatos laborais, os sindicatos
patronais recebem vultosas quantias, por exemplo, do
sistema S
João Victor Chaves
Os sindicatos são vistos com desconfiança por grande
parte da população, sobretudo pelo desconhecimento
acerca de sua relevante contribuição ao direito do
trabalho.
A Constituição brasileira atribui aos sindicato
função essencial na defesa dos direitos e interesses
coletivos e individuais das categorias profissionais
e empresariais.
Há de se considerar, contudo, que a estrutura
sindical no Brasil sofreu poucas alterações desde a
outorga da CLT, em 1943. A chamada reforma
trabalhista, aprovada durante o governo Michel
Temer, promoveu profundas alterações no direito
material e processual do trabalho, mas manteve
inalterada a estrutura sindical.
O único aspecto que mereceu a atenção de Temer foi o
financiamento. A contribuição, que até então era
descontada em folha de pagamento, passou a
necessitar de autorização prévia.
A partir da inversão da lógica de financiamento,
houve enfraquecimento dos sindicatos laborais,
representantes das categorias profissionais,
enquanto foi reforçada a prevalência do negociado
sobre o legislado.
As negociações entre sindicatos são celebradas por
meio das convenções coletivas de trabalho, que são
instrumentos registrados perante o Ministério do
Trabalho aplicáveis a todos os trabalhadores e
trabalhadoras daquela categoria em uma mesma base
territorial, independente de filiação ao respectivo
sindicato.
Em outras palavras, tudo o que os sindicatos
negociam integra o contrato individual de trabalho
daquela categoria, ainda que o trabalhador ou
trabalhadora não tenham tido qualquer participação
na negociação.
Ainda que se possa questionar a representatividade
atual dos sindicatos, muito em função do
engessamento proposto por Getúlio Vargas e mantido
sem alterações significativas por todos os governos
posteriores, não se pode negar a importância dos
sindicatos para a democracia e, sobretudo, para a
proteção e progresso dos direitos trabalhistas.
Sendo assim, é de interesse de toda a classe
trabalhadora que os sindicatos sejam fortes e
representativos, para que tenham capacidade de
negociar melhores condições de trabalho.
Porém, embora a contribuição sindical fosse a
principal fonte de financiamento dos sindicatos
laborais, o mesmo não se aplica aos sindicatos
patronais, que recebem vultosas quantias, por
exemplo, do sistema S, a depender da categoria
empresarial.
Atualmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) reviu
posicionamento anterior e admitiu que possa haver
cobrança compulsória de contribuição assistencial,
desde que aprovada em assembleia, conforme
julgamento do Tema 935, da Repercussão Geral.
Portanto, o enfraquecimento dos sindicatos laborais
faz parte da estratégia para vilipendiar os direitos
trabalhistas, e tornar ainda mais desiguais as
condições de negociação.
* João Victor Chaves é advogado trabalhista e
membro fundador da Frente Ampla Democrática Pelos
Direitos Humanos (FADDH)
Fonte: Brasil de Fato
03/07/2024 -
Audiência na Câmara debate projeto que regulamenta
aposentadoria especial
A Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados
vai debater nesta quarta-feira (3) o
Projeto de Lei Complementar 42/23, que trata da
concessão de aposentadoria especial aos segurados do
Regime Geral de Previdência Social.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) sugeriu a audiência,
que será realizada às 14 horas, no plenário 7.
"A aposentadoria especial é um tema de grande
relevância para a sociedade, pois o segurado que tem
direito ao benefício se expõe a riscos à saúde
durante longos anos da vida laborativa", afirma
Erika.
O PLP 42/23, de autoria do deputado Alberto Fraga
(PL-DF), regulamenta artigo da Constituição Federal
que trata da concessão de benefício diferenciado a
trabalhadores sujeitos à efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.
Pela proposta, a aposentadoria será concedida ao
segurado da Previdência Social que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais por no mínimo 15 anos,
desde que comprove, além do tempo de trabalho, a
permanente exposição a agentes prejudiciais à saúde
ou à integridade física.
O texto já foi aprovado na Comissão de Trabalho e
agora está em análise na Comissão de Previdência.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2024 -
Aposentado por invalidez permanente não precisa
fazer reavaliação, decide CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (2) projeto que dispensa da
reavaliação periódica os aposentados por invalidez
permanente, irreversível ou irrecuperável.
A proposta modifica os planos de benefícios da
Previdência Social (Lei 8.213, de 1991) e a
organização da Assistência Social no Brasil (Lei
8.742, de 1993). Com isso, segurados do Regime Geral
de Previdência Social e beneficiários por prestação
continuada afastados por incapacidade permanente não
precisarão passar por reavaliações periódicas.
O PL 5.332/2023, da Câmara dos Deputados, recebeu
parecer favorável do senador Rogério Carvalho (PT-SE),
que sugeriu ajustes de redação. Agora, o texto será
analisado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
03/07/2024 -
Inteligência Artificial: entenda o PL do senador
Rodrigo Pacheco
Está em discussão no Senado Federal, que criou
a CTIA (Comissão Temporária Interna sobre
Inteligência Artificial no Brasil), para debater o
tema, no contexto do PL (Projeto de Lei) 2.338/23,
que trata da regulamentação da IA (Inteligência
Artificial). O relator é o senador Eduardo Gomes (PL-TO).
O projeto, de autoria do presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é, em grande medida,
resposta ao crescente uso e impacto das tecnologias
de IA em diversas áreas da sociedade, e busca
estabelecer marco regulatório que assegure o uso
ético, seguro e responsável dessas tecnologias.
O que é e para que serve
Antes de abordar o conteúdo do projeto é preciso saber
o que é a IA e para que serve.
A IA é a capacidade de máquinas reproduzirem
competências humanas, tais como raciocínio,
aprendizagem, planejamento e criatividade. Isso
ocorre por meio de sistemas projetados com esse
objetivo e, assim conseguem identificar, mapear e
responder com ações e informações para ajudar na
execução de tarefas.
Os principais conceitos de IA se aplicam em
softwares e hardware e dizem respeito a sistemas de
reconhecimento facial e de voz, assistentes
virtuais, software de análise de imagem, motores de
busca e drones, aplicações da Internet das coisas,
carros autônomos e robôs.
Resumidamente, compreenda os principais pontos do PL
2.338/23:
Objetivos do PL
O principal objetivo do PL é criar ambiente
regulatório que promova o desenvolvimento e a
utilização segura e ética da IA.
Esse visa garantir que as tecnologias de IA sejam
desenvolvidas e aplicadas de maneira que respeite os
direitos fundamentais, a privacidade e a segurança
dos cidadãos.
Definições e abrangência
O PL define o que é considerado IA e estabelece os
tipos de sistemas e aplicações que serão abrangidos
pela legislação. Isso inclui sistemas de aprendizado
de máquina, redes neurais, algoritmos preditivos,
entre outros.
Princípios éticos
O PL 2.338/23 enfatiza a importância de princípios
éticos na aplicação da IA, como a transparência, a
explicabilidade, a não discriminação e a
responsabilidade.
As empresas e organizações que desenvolvem ou
utilizam IA devem garantir que as tecnologias não
perpetuem preconceitos ou desigualdades sociais.
Direitos dos usuários
O projeto estabelece direitos para os usuários de
sistemas de IA, inclua-se o direito à explicação
sobre como as decisões automatizadas são tomadas e o
direito de contestar decisões que considerem
injustas ou prejudiciais.
Governança e supervisão
O PL propõe a criação de órgão regulador específico
para supervisão e fiscalização das atividades
relacionadas à IA. Esse órgão seria responsável por
monitorar o cumprimento das normas, avaliar riscos e
promover a pesquisa e inovação na área de IA.
Responsabilidade e sanções
O PL estabelece diretrizes claras sobre a
responsabilidade civil e penal em casos de danos
causados por sistemas de IA. As empresas e
desenvolvedores podem ser responsabilizados por
falhas ou prejuízos decorrentes do uso inadequado
dessas tecnologias.
Inovação e competitividade
Além de regulamentar, o PL busca incentivar a inovação
e a competitividade no setor de IA. Prevê, ainda,
medidas de apoio a startups e empresas de
tecnologia, além de incentivar a cooperação
internacional em pesquisa e desenvolvimento.
Educação e capacitação
O projeto também destaca a importância da educação e
capacitação em IA, e propõe ainda a inclusão de
disciplinas relacionadas ao tema nos currículos
escolares e a promoção de programas de formação para
profissionais da área.
Regulamentação da IA
O PL 2.338/23, na sua justificação, representa passo
importante para a regulamentação da Inteligência
Artificial no Brasil, que busca equilibrar o
desenvolvimento tecnológico com a proteção dos
direitos dos cidadãos.
A implementação de legislação robusta e
bem-estruturada é essencial para garantir que as
tecnologias de IA sejam utilizadas de maneira ética,
segura e benéfica para a sociedade como um todo,
prevê o PL.
Esse projeto ainda está sujeito às alterações e
debates no Congresso Nacional. A versão final poderá
incorporar mudanças significativas baseadas em
contribuições de especialistas, sociedade civil e
setores da indústria.
Atividades da comissão
O colegiado realizou reunião de audiência pública,
nesta segunda-feira (1º),
que pode ser vista na íntegra.
Nesta terça-feira (2), o colegiado se reúne
novamente, em audiência pública interativa, a partir
das 14h.
Quarta-feira (3), a comissão realiza nova audiência
púbica, a partir das 14h.
Fonte: Diap
03/07/2024 -
Comissão aprova ampliação de atribuições do Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil
Projeto atribui ao programa a função de
encaminhar adolescentes a cursos ou ao mercado de
trabalho
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou proposta que inclui entre as ações
do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti)
o encaminhamento de adolescentes com mais de 14 anos
para programas de aprendizagem e entre 16 e 18 anos
para o mercado de trabalho. O texto aprovado altera
a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
O programa tem como objetivo acelerar as ações de
prevenção e erradicação do trabalho infantil de
acordo com as Estratégias em Defesa da Proteção
Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A relatora, deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA),
discordou da ideia original do Projeto de Lei
2777/23, do deputado Mauricio Neves (PP-SP), que
pretendia obrigar o Peti a financiar a capacitação
de adolescentes aprendizes realizada pelos
municípios por meio de convênios com empresas
cadastradas.
Apesar de concordar com a ideia de capacitar
adolescentes como aprendizes como forma de
protegê-los dos malefícios do trabalho irregular, a
relatora ponderou que não parece acertado vincular
os escassos recursos do Peti para essa finalidade.
“Isso pode comprometer a manutenção e o
desenvolvimento de outras providências do programa,
a exemplo da busca ativa por crianças e adolescentes
com menos de 14 anos em situação de trabalho
infantil”, destacou.
Próximos passos
A proposta segue para análise conclusiva das comissões
de Trabalho; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2024 -
Trabalhador pode usar FGTS para quitar dívidas de
acordos judiciais
Magistrado destacou que o rol de hipóteses de uso
do saldo do FGTS é exemplificativo,
permitindo sua utilização em situações não
previstas pela lei.
Trabalhador poderá utilizar FGTS para quitar dívidas
processuais que comprometeram sua habitação.
Sentença foi prolatada pelo juiz Federal Marcelo
Guerra Martins, da 13ª vara Cível Federal de São
Paulo/SP, que considerou o rol de hipóteses de uso
do saldo, previsto em lei, como exemplificativo, não
taxativo, permitindo a utilização do valor.
No caso, o trabalhador buscava utilizar o FGTS para
quitar dívidas processuais que haviam levado à
penhora do imóvel em que reside.
Para isso, impetrou mandado de segurança contra o
gerente administrativo do FGTS da CEF - Caixa
Econômica Federal em São Paulo/SP, requerendo a
liberação do valor de R$ 220 mil. O trabalhador
argumentou que o rol do art. 20 da lei 8.036/90, que
estipula as hipóteses de uso do saldo, é
exemplificativo, não taxativo.
Rol exemplificativo
Na análise do mérito, o magistrado destacou que a
jurisprudência do STJ entende que o rol da
mencionada lei é exemplificativo.
Assim, considerou que a utilização do FGTS pode ser
permitida em situações não expressamente previstas
pela lei, desde que visem à proteção de direitos
fundamentais do trabalhador, como o direito à
moradia. O juiz ressaltou que a CF garante tal
direito e que a interpretação das normas deve visar
à sua proteção efetiva, alinhada com o princípio da
dignidade da pessoa humana.
Ao final, determinou que a CEF libere os valores do
FGTS para a quitação das dívidas. Além disso, a
Caixa foi condenada a pagar uma multa de R$ 4 mil
pelo atraso no cumprimento de liminar que havia
autorizado o uso do saldo.
Os advogados Joberson Alexandre Paixão e Jaqueline
Alves do Nascimento Paixão, do escritório Alves &
Paixão Advogados, atuaram pelo trabalhador.
Processo: 5019045-44.2022.4.03.6100
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/quentes/410397/trabalhador-pode-usar-fgts-para-quitar-dividas-judiciais
Fonte: Migalhas
02/07/2024 -
MTE completa modernização do ambiente externo do
Cadastro Nacional de Entidades Sindicais
Agora os sindicatos, federações e confederações
podem tramitar todos os procedimentos no CNES
utilizando qualquer navegador de Internet, através
de computadores, tablets ou celulares
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu,
no dia 27 de junho, a modernização do acesso a todas
as modalidades de registro sindical do Cadastro
Nacional de Entidades Sindicais (CNES). Com a
entrega das novas funcionalidades da Solicitação de
Incorporação (SI) e da Solicitação de Fusão (SF), os
sindicatos, federações e confederações podem
tramitar todos os procedimentos no CNES utilizando
qualquer navegador de Internet, através de
computadores, tablets ou celulares.
De acordo com o secretário de Relações do Trabalho,
Marcos Perioto, a Solicitação de Incorporação (SI)
permite que um sindicato registrado no CNES absorva
a representação sindical de um ou mais sindicatos,
também registrados, desde que possuam categoria ou
base territorial idênticas. Já a Solicitação de
Fusão (SF) é o procedimento pelo qual dois ou mais
sindicatos, registrados no CNES e com categoria ou
base territorial idênticas, se unificam para formar
um novo sindicato, que sucede os anteriores em
direitos e obrigações, o que pode fortalecer a
representatividade e a atuação sindical.
Perioto destaca que “com a ativação das novas
funcionalidades, o MTE conclui a etapa da
modernização do ambiente externo do CNES, exatamente
aquele utilizado pelas entidades sindicais, em linha
com o compromisso do ministro Luiz Marinho de
proporcionar ferramentas mais ágeis e eficientes na
gestão do registro sindical. Este avanço é fruto do
trabalho conjunto das equipes do Serviço Federal de
Processamento de Dados (SERPRO), da Secretaria de
Relações do Trabalho (SRT) e do Departamento de
Tecnologia da Informação (DTI) do MTE”, explica o
secretário.
As novas funcionalidades estão disponíveis através
da página do CNES (cnes.trabalho.gov.br).
Para garantir a segurança e autenticidade das
operações é obrigatório o uso de certificado
digital.
Fonte: MTE
02/07/2024 -
Divulgada relação de entidades sindicais que
precisam atualizar cadastro no MTE
Entidades de trabalhadores e patronais que não
atualizarem até setembro os dados cadastrais e de
diretoria terão o registro sindical cancelado
Foi publicada nesta segunda-feira, 1º de julho, no
Diário Oficial da União, a relação das entidades
sindicais com mandato da diretoria vencido há mais
de oito anos no Cadastro Nacional de Entidades
Sindicais (CNES). As entidades constantes no Edital
de Notificação terão 180 dias de prazo, até 28 de
dezembro de 2024, para atualizar os dados, sob pena
de ter o registro sindical cancelado.
São 1.353 entidades de trabalhadores e de
empregadores que precisam atualizar dados de
mandatos de diretoria no site do CNES. A atualização
deve conter informações do último processo
eleitoral, número de chapas concorrentes, número de
votantes, número de aptos a votar, resultado
eleitoral, os dirigentes eleitos, início e término
de mandato, tipo de diretoria, total de
sindicalizados etc. As entidades com mandato vencido
devem usar a opção "Atualização de Dados Perenes –
SD" no CNES para prestar as informações exigidas
pela Portaria MTE nº 3.472/23 (vide art. 42, II).
Além disso, entidades sindicais que possuem registro
sindical concedido antes de 18 de abril de 2005, e
que não migraram para o CNES através da opção
“Solicitação de Recadastramento – Atualização
Sindical – SR”, também precisam atualizar os dados.
O prazo se encerra em 30 de setembro de 2024 (ver
art. 35 da Portaria MTE 3472/23). Segundo o diretor
do Departamento de Relações do Trabalho, André
Grandizoli, os sindicatos que não procederem a
atualização via SR também terão o registro sindical
cancelado.
A importância da atualização dos dados dos
sindicatos
Na opinião do secretário de Relações do Trabalho do
MTE, Marcos Perioto, o CNES é instrumento vital para
cumprimento do comando constitucional que rege a
estrutura sindical brasileira, que é a unicidade
sindical. “O Cadastro Nacional de Entidades
Sindicais é o coração de todos os procedimentos de
registro sindical, fonte fundamental de dados e
informações sobre relações do trabalho, organização
sindical e sindicalização, de trabalhadores e
empregadores. Daí a importância de mantê-lo
atualizado e em boas condições de operação e acesso
público”.
Campanha de esclarecimento
Segundo Perioto, o MTE fará todos os esforços para
comunicar o conjunto das entidades sindicais sobre
os prazos das duas campanhas de atualização.
“Utilizaremos materiais específicos de propaganda, a
página do MTE na internet, enviaremos notificações
aos sindicatos, federações, confederações e centrais
sindicais, mensagens de WhatsApp e e-mails, além das
mídias em geral (TV, rádio, jornais, sites) para
informar amplamente sobre o processo de atualização
dos dados das entidades sindicais. É claro que
contamos com o apoio de todos, das federações,
confederações e centrais sindicais na propagação das
campanhas. Recomendamos fortemente que as entidades
de trabalhadores e patronais consultem a Portaria nº
3.472, de 4 de outubro de 2023, pois, ademais de ser
o normativo vigente para o registro sindical, ela
constitui-se num roteiro, num manual para se
cumprir, com êxito, as exigências da atualização
sindical”.
• Para acessar o Edital de Notificação no DOU
clique aqui.
•
Clique aqui para acessar a Portaria MTE nº
3472/23.
• Para acessar o Cadastro Nacional de Entidades
Sindicais (CNES)
clique aqui.
Fonte: MTE
02/07/2024 -
‘Boletim de Conjuntura’ de junho do Dieese destaca
‘ataque aos direitos dos trabalhadores’
Ao fechar o longo e frio mês de junho, o
Dieese destaca no ‘Boletim
de Conjuntura’, # 43, de junho, que não há ‘nada
de novo no front’. Mas, a bem da verdade há, embora
esse ‘front’ não seja tão alvissareiro assim. Esse
front está em disputa, como de resto está todo o
governo. É preciso disputá-lo, quanto a isso não
resta alternativa.
O DIAP, então, recomenda a leitura atenta dessa
análise, a fim de situar todos aqueles que militam
e/ou atuam política e/ou tecnicamente nas lutas
sociais, em particular no movimento sindical, para
se situar adequadamente no tempo e espaço que se
coloca adiante.
‘No Brasil, o ataque aos direitos dos trabalhadores
continua. A Comissão de Constituição e Justiça do
Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 2.830/2019,
que busca dificultar a ação dos sindicatos na defesa
dos trabalhadores através das negociações
coletivas’, chama a atenção, a análise.
O projeto está em discussão no Senado e deve ser
apreciado ainda no plenário da Casa. Destaque-se, a
emenda supressiva ao PL, apresentada pelo senador
Paulo Paim (PT-RS), para tentar garantir que o texto
seja aprovado sem comprometer a cobrança, pelos
sindicatos, garantida pelo STF, da taxa
assistencial.
Para isso, os dirigentes sindicais terão que
comparecer ao Senado, antes e durante o processo de
votação desse projeto, a fim de garantir que esse
comando antissindical aprovado na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) não seja aprovado pelo
plenário.
Entre os “indicadores econômicos e do mercado de
trabalho”, o documento registra, que a “economia
brasileira tem mostrado resiliência, ainda que
continue se desacelerando”.
Inflação e poder de compra
“A inflação segue relativamente estável, a despeito
dos primeiros impactos do desastre no Sul do País,
que tem afetado algumas lavouras, como de arroz,
milho, soja, e criações de frangos e bovinos”,
registra.
Negociação coletiva e reajustes salariais
“De janeiro a abril desse ano, 86,1% das negociações
salariais tiveram ganhos acima da inflação medida
pelo INPC-IBGE. Esse resultado é superior ao
observado em 2023, quando 77,0% das negociações
tiveram ganhos reais.”
“Ainda segundo o boletim ‘De Olho nas Negociações’,
produzido pelo Dieese, 10,8% das negociações em 2024
conquistaram resultados iguais ao INPC-IBGE e apenas
3,2% tiveram perdas reais. O DIAP registrou e
publicizou ambos os documentos da entidade.
Fonte: Diap
02/07/2024 -
Presidente do TST recebe representantes das Centrais
Sindicais
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Lelio Bentes Corrêa, recebeu nesta
quinta-feira (27) uma comissão das centrais
sindicais para uma visita institucional. Durante a
visita, foram entregues ao ministro a Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso
Nacional, a Agenda Jurídica das Centrais Sindicais
no Supremo Tribunal Federal e a Pauta Trabalhadora
2024.
Estiveram presentes ao encontro representantes da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força
Sindical, da União Geral dos trabalhadores (UGT), da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil,
da Nova Central Sindical de Trabalhadores, da
Central dos Sindicatos Brasileiros, da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora, da Central do
Servidor e do Fórum das Centrais Sindicais.
Fonte: TST
02/07/2024 -
Deputado defende revogação da contribuição
previdenciária de aposentados
Tema foi debatido em audiência pública da
Comissão de Legislação Participativa da Câmara
Deputados da Comissão de Legislação Participativa se
comprometeram a lutar pela revogação de alguns
dispositivos da reforma da Previdência, como a
contribuição previdenciária de aposentados. A
decisão foi tomada ao final da audiência púbica que
discutiu com representantes de associações e
sindicatos a exclusão de aposentados e pensionistas
da política de reposição salarial.
A proposta que está pronta para ser votada (PEC
555/06) acaba com a cobrança de contribuição
previdenciária sobre os proventos dos servidores
públicos aposentados. Além disso, a PEC unifica
regras gerais, muda a base de cálculo e inclui
critérios de incapacidade.
O presidente da Comissão de Legislação
Participativa, deputado Glauber Braga (Psol-RJ),
sugeriu que a PEC 6/24 tramite em conjunto com a
555/06 para modificar o teor dessa proposta, que já
está em condições de votação no Plenário da Câmara.
“Quem vai nomear o relator de Plenário é o
presidente da Câmara. Então, o movimento organizado
tem que pressionar para que esse relator seja alguém
comprometido com o direito de aposentados”, disse o
deputado.
A representante da Federação Nacional de Sindicatos
de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e
Assistência Social (Fenasps), Cleuza Maria Faustino
do Nascimento, lembrou que a reposição foi
descompensada pelo reajuste dos planos de saúde.
Na opinião do diretor do Sindicato dos Trabalhadores
do IBGE, Paulo Lindesay, existe insegurança nas
regras da Previdência dentro da Constituição. “Nós
temos um cheque em branco na Constituição dizendo
que outras medidas serão aplicadas se tiver problema
atuarial no regime próprio da Previdência, que é o
que vai ter", disse. "Então, nós estamos avançando
no regime de previdência complementar – como eu
disse aqui, somos 110.900 e estamos reduzindo o
regime próprio. Eu, como estou entrando na
aposentadoria, estou muito preocupado.”
Previdência complementar
A representante do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior, Lucia Lopes,
apresentou números que, segundo ela, mostram o
desmonte do regime próprio da Previdência para
estimular a expansão do fundo de previdência
complementar do servidor público.
Existem atualmente 1,2 milhão de servidores na folha
de pagamento da União. Quase 47% são ativos, 34,4%
são aposentados e 19% são servidores falecidos que
geraram pensão a outros. Lucia Lopes ressaltou que
quase 1 de cada 5 servidores em atividade estão em
abono de permanência, ou seja, podem se aposentar,
mas, segundo ela, não se aposentam para não terem a
remuneração reduzida.
Alimentação
A coordenadora-geral da Federação Nacional dos
Trabalhadores da Justiça Federal (Fenajufe), Lucena
Pacheco Martins, defende a criação de um adicional
nutrição.
“O auxílio alimentação é concedido para o ativo, e
na aposentadoria você não tem mais, mas você tem
todas as necessidades. A ideia é de que esse
adicional possa cumprir saúde, bem-estar, tudo o que
está na Constituição e no Estatuto do Idoso para o
aposentado também. Então, nós apresentamos isso no
Judiciário, está encaminhado lá”, disse.
Congelamento
Glauber Braga explicou que, após sete anos de
congelamento salarial, os servidores públicos
federais receberam, em 2023, reposição de 9%. Para
2024, acrescentou, a proposta é reajustar somente os
benefícios, o que, segundo Braga, exclui os
aposentados.
O presidente da Comissão de Legislação Participativa
afirmou que o arcabouço fiscal representa uma amarra
nas mudanças de regras para a Previdência. E é
necessária uma reorientação na linha econômica do
governo. Glauber Braga defendeu articulação dos
movimentos para pressionar os líderes partidários a
conseguir com o presidente da Câmara a inclusão na
pauta da proposta que muda regras na Previdência
para que ela seja votada.
Fonte: Agência Câmara
02/07/2024 -
Lula diz que governo analisa 'onde é possível cortar
gastos' e diz que juros altos são o 'maior gargalo'
do Brasil
Os juros altos, pontuou o presidente, "encarecem
o crédito e limitam a atividade econômica”,
impedindo o Brasil de alcançar uma curva de
crescimento sustentável
O presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista ao
jornal A Tarde e afirmou que seu governo tem
analisado onde é possível cortar gastos públicos e
buscado verificar se “há abusos” em programas
sociais. "Importante lembrar que quem propôs o
arcabouço fiscal foi o próprio governo, que contou
com o apoio da maioria dos parlamentares para
aprová-lo no Congresso. Então, é claro que vamos
cumpri-lo. Estamos analisando onde é possível fazer
cortes e se há abusos em alguns programas. O que
tenho dito, e repetido, é que os cortes não podem
penalizar os mais pobres, que mais precisam do
Estado".
Questionado sobre o principal “gargalo” que impede o
Brasil de manter uma curva de crescimento
sustentável e competitiva no cenário internacional,
o presidente voltou a criticar a alta taxa de juros
mantida pelo Banco Central. "O nosso maior gargalo
são os juros altos, um dos maiores do mundo, que
encarecem o crédito e limitam a atividade
econômica”. Ele também citou a histórica falta de
investimentos em educação.
Ainda sobre os juros, Lula apresentou dados
econômicos que desmontam a tese do Banco Central
para justificar o patamar atual da taxa Selic. "O
Brasil tem inflação baixa, um projeto consistente de
retomada de obras de infraestrutura, um governo
responsável, reservas internacionais, recordes de
balança comercial. A média de crescimento do PIB nos
meus dois primeiros mandatos foi de 4,1% e agora, no
terceiro, já estamos crescendo acima das
expectativas do mercado. Eu espero que os juros
baixem e que aproveitemos as oportunidades que a
transição energética, nossa agricultura, nossas
empresas e a inclusão dos mais pobres podem trazer
para fazer a roda da economia girar e construirmos
um crescimento inclusivo, sustentável, constante e
mais vigoroso".
O presidente também repetiu que indicará alguém
“responsável” para assumir a presidência do Banco
Central ao final do mandato de Roberto Campos Neto.
"Acho que um presidente do Banco Central precisa ter
o compromisso com o controle da inflação - até
porque a inflação penaliza principalmente os mais
pobres -, mas também com o crescimento do país.
Precisa ser alguém com muito senso de
responsabilidade com o Brasil".
Fonte: Brasil247
01/07/2024 -
31ª edição: saiba quem são os novos “Cabeças” do
Congresso
Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição
do DIAP, aqueles parlamentares que se diferenciam
dos demais pelo exercício de todas ou algumas das
qualidades e habilidades descritas neste
levantamento, cuja edição completa 31 anos.
Entre os atributos que caracterizam protagonismo no
processo legislativo, se destacam, na visão do DIAP,
a capacidade de conduzir debates, negociações,
votações, articulações e formulações, seja pelo
saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura
da realidade, que é dinâmica, e, principalmente,
facilidade para conceber ideias, constituir
posições, elaborar propostas e projetá-las para o
centro do debate, liderando a repercussão e tomada
de decisão.
Enfim, é o parlamentar que, isoladamente, ou em
conjunto com outras forças, é capaz de criar papel e
contexto para desempenhá-lo — o processo
legislativo.
Efetivo exercício do mandato
A pesquisa inclui apenas os parlamentares — deputados
e senadores —, que estão (ou estavam) no efetivo
exercício do mandato no período de avaliação, que
considera o desempenho parlamentar desde a posse,
especialmente o 1º trimestre de 2024.
Assim, quem esteve licenciado para assumir cargos
fora do Parlamento este ano, mesmo influente, não
faz parte da publicação. Por isto, não constam,
entre os 100 mais influentes de 2024, os deputados
que estão licenciados do mandato, cumprindo missão
no Poder Executivo:
1) como ministro de Estado: deputados Alexandre
Padilha (PT-SP), André Fufuca (PP-MA), Marina Silva
(Rede-SP), Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira
(PT-SP) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). E os
senadores Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana
(PT-CE) e Renan Filho (MDB-AL); e
2) como secretário de Estado: deputados Afonso
Florence (PT-BA) e Ricardo Barros (PP-PR).
Entre os 100 parlamentares que comandam o processo
decisório no Congresso Nacional em 2024, 69 são
deputados e 31 senadores. Desses, 24% são novos em
relação aos “Cabeças” de 2023. Dos 24 novos, 17 são
deputados e 7 senadores.
Em “ascensão”
Além dos 100 “Cabeças”, desde a 7ª edição da série, o
DIAP divulga levantamento, que inclui na publicação
anexo, com outros — mais — 50 parlamentares.
São os deputados e senadores, que na compreensão do
DIAP, estão em “ascensão”, e que, mesmo não fazendo
parte do seleto grupo dos 100 mais influentes, têm
recebido missões partidárias, podendo, mantida a
trajetória ascendente, estar futuramente na elite
parlamentar.
Pode-se dizer que estão entre os 150 mais influentes
do Congresso Nacional.
Dentre os 50 em “ascensão”, são 26 novos
parlamentes. Sendo, 25 deputados, e 1 senador.
Acesse a
publicação completa, com os 150 deputados e
senadores, que compõem “Os ‘Cabeças’ do Congresso
Nacional 2024”.
Fonte: Diap
01/07/2024 -
Lula defende política de aumento real do salário
mínimo: "quero que a inflação não coma o salário do
trabalhador"
Presidente também criticou a ideia de desvincular
os benefícios sociais do aumento do mínimo. "Meu
Deus do céu, o mínimo é o mínimo; por isso, chamam
de salário mínimo", disse
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse
nesta sexta-feira (28) que quer proteger o poder de
compra dos trabalhadores brasileiros e criticou a
ideia de desvincular os benefícios sociais do
aumento do salário mínimo. "Eu quero que a inflação
não coma o salário do trabalhador", disse Lula em
entrevista à rádio O Tempo, de Minas Gerais.
“Você vê as pessoas falarem: ‘ah, mas então o Lula
precisa desvincular o salário mínimo da Previdência
porque, na hora que aumenta o salário mínimo, a
Previdência fica dando rombo”, destacou. “Meu Deus
do céu, o mínimo é o mínimo; por isso, chamam de
salário mínimo. Não tem nada mais baixo do que o
mínimo”, ressaltou Lula em seguida.
Na entrevista, Lula destacou que sua política para o
salário mínimo inclui a recomposição inflacionária,
o que mantém o poder de compra dos trabalhadores,
além de acrescentar a média do crescimento do PIB
[Produto Interno Bruto] dos últimos dois anos.
"Estou dando a média do crescimento do PIB dos
últimos dois anos. Então, se crescer 3% este ano, eu
vou dar 6% de aumento, isso hipoteticamente",
afirmou.
Fonte: Brasil247
01/07/2024 -
Desemprego recua para 7,1%, o menor do trimestre
desde 2014
Número de ocupados e massa salarial atingiram
recordes
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em maio
ficou em 7,1%, alcançando o menor patamar para o
período desde 2014. O índice representa um recuo em
relação ao trimestre móvel anterior, terminado em
fevereiro, quando marcou 7,8%. Além disso, fica
abaixo do nível registrado no mesmo período de 2023,
quando era 8,3%.
Se comparados com todos os trimestres da série
histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012, o
indicador é o menor desde o período de três meses
encerrado em janeiro de 2015. Na época, a taxa ficou
em 6,9%. O menor índice já registrado foi 6,6% no
fim de 2014.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O levantamento aponta que, em maio, a
população desocupada - pessoas com 14 anos ou mais
de idade que não tinham trabalho e procuravam
emprego – era de 7,8 milhões. Isso representa uma
diminuição de 751 mil pessoas em relação ao
trimestre encerrado em fevereiro de 2024 e de 1,2
milhão em comparação ao trimestre encerrado em maio
de 2023.
A Pnad apura todas as formas de ocupação, seja
emprego com ou sem carteira assinada, temporário e
por conta própria, por exemplo.
Ocupados
A população ocupada chegou a 101,3 milhões de pessoas,
um recorde da série histórica do IBGE. Esse
contingente é 1,1 milhão superior ao do trimestre
encerrado em fevereiro e 2,9 milhões acima do
registrado no mesmo período de 2023.
De acordo com a coordenadora de pesquisas
domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “o
crescimento contínuo da população ocupada tem sido
impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no
segmento formal como informal. Isso mostra que
diversas atividades econômicas vêm registrando
tendência de aumento de seus contingentes”.
Para ilustrar a avaliação, o número de empregados
com carteira assinada (38,3 milhões) foi recorde.
“Esse recorde não acontece de uma hora para outra. É
fruto de expansões a cada trimestre”, diz Adriana
Beringuy.
O contingente de empregados sem carteira também foi
o maior já registrado (13,7 milhões).
Na passagem de três meses, se destacaram na criação
de vagas os grupamentos de administração pública,
defesa, seguridade social, educação, saúde e
serviços sociais (4,4%, ou mais 776 mil pessoas).
Apresentaram redução os setores de transporte,
armazenagem e correio (2,5%, ou menos 146 mil
pessoas). Os demais grupamentos não tiveram
variações significativas.
Recorde na massa salarial
O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre
encerrado em maio ficou em R$ 3.181, estável em
relação ao trimestre anterior (R$ 3.161) e 5,6%
maior na comparação anual. Esse valor é o mais alto
já registrado para um trimestre encerrado em maio.
Quando a comparação é geral, é o maior desde o
outubro de 2020.
“Em 2020 havia rendimento elevado, mas com perda de
população ocupada”, explica Adriana, se referindo ao
período em que a economia sofria efeitos da
pandemia, que forçaram o corte de postos de trabalho
de menor remuneração e informais, principalmente.
A massa de rendimentos, que é o total de renda que
os trabalhadores recebem, atingiu o recorde de R$
317,9 bilhões. Esse valor funciona como um
combustível para movimentar a economia, seja com
consumo ou poupança.
A taxa de informalidade foi 38,6% da população
ocupada, o que representa 39,1 milhões de
trabalhadores informais. No trimestre anterior o
índice era de 38,7 % e, um ano atrás, de 38,9%.
Esse grupamento informal inclui, principalmente,
empregados sem carteira, empregador e trabalhador
por conta própria sem CNPJ.
Contribuição para a previdência
A pesquisa do IBGE revelou que o país alcançou recorde
no número de trabalhadores com contribuição para a
previdência social. Foram 66,171 milhões no
trimestre encerrado em maio. Esse volume tem
crescido seguidamente desde o início de 2023.
Esse dado representa que 65,3% dos trabalhadores
contribuíram para a previdência no trimestre
terminado em maio. O maior patamar registrado foi
66% no início de 2016.
Fonte: Agência Brasil
01/07/2024 -
Luiz Marinho recebe lideranças das centrais
sindicais para tratar da política do FGTS
No início deste mês, o STF julgou a correção das
contas vinculadas ao FGTS como patrimônio do
trabalhador. Desde 2016, a correção das contas do
FGTS vinha sendo feita pela Taxa Referencial (TR)
mais 3%, além da remuneração de distribuição dos
resultados (instituída em 2016).
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
recebeu na quinta-feira (27) as principais
lideranças sindicais brasileiras para discutir
questões relacionadas ao Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS). Entre os presentes, estavam
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Ricardo Patah, presidente da
União Geral dos Trabalhadores (UGT); Clemente Ganz,
coordenador do Fórum das Centrais Sindicais; Antonio
Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB); Valeir Ertle, secretário de
Assuntos Jurídicos da CUT; Sérgio Luiz Leite, da
Força Sindical (FS); e Canidé Pegado, da UGT.
A reunião ocorre em um momento significativo, logo
após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido,
em 12 de junho, que a correção das contas vinculadas
ao FGTS deve garantir a manutenção do poder de
compra do patrimônio dos trabalhadores. Desde 2016,
as contas do FGTS vinham sendo reajustadas pela Taxa
Referencial (TR) mais 3%, além da remuneração de
distribuição dos resultados. A decisão do STF, no
entanto, estabeleceu que a correção das contas não
poderá ser inferior ao Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Nos anos em que a
remuneração das contas não alcançar o IPCA, caberá
ao Conselho Curador do Fundo determinar a forma de
compensação, conforme o art. 3º da Lei nº
8.036/1990.
Essa decisão é considerada como uma conquista para
os trabalhadores, garantindo a manutenção do poder
de compra de seu patrimônio e a capacidade do Fundo
de sustentar o financiamento da habitação popular.
O ministro Luiz Marinho enfatizou a importância do
diálogo contínuo com as lideranças sindicais para
garantir que as políticas públicas atendam às
necessidades dos trabalhadores e contribuam para o
desenvolvimento econômico e social do país.
Fonte: MTE
01/07/2024 -
Sindicalize-se! – João Guilherme
A taxa de sindicalização, que é a porcentagem dos
trabalhadores associados aos Sindicatos em relação
ao número de ocupados ou empregados, vem caindo no
Brasil desde 2017 e aceleradamente nos últimos anos.
Quando analisamos a série histórica do IBGE, que vem
desde 2012 e merece ser estudada criteriosamente,
constatamos um período inicial de estabilidade na
taxa (em torno de 15%), que durou cinco anos (quase
metade do período), e depois vem a queda continuada
e acelerada, chegando aos 8,4% em 2023, anunciados
agora.
São três os fatores principais que influem na taxa
de sindicalização (cada um agindo sobre os outros):
ideológicos, estruturais e políticos – acrescidos
todos pela própria vontade de recrutamento das
direções sindicais.
Há continuidade dos fatores ideológicos
(neoliberalismo, individualismo, empreendedorismo,
meritocracia) e estruturais (emprego e desemprego,
rotatividade, informalidade, terceirização, etarismo,
inovações tecnológicas e novas profissões), mas
durante o período analisado são os fatores políticos
que mais mudaram – mudaram pra pior – o impeachment
de Dilma, o governo Temer, a deforma trabalhista e o
governo Bolsonaro (cujos efeitos prolongam-se por
inércia até 2023). As condições políticas puxaram a
taxa para baixo.
Atualmente a taxa de sindicalização será afetada
pela mudança política com o governo favorável aos
trabalhadores e sua queda poderá ser revertida para
recuperarmos paulatinamente os índices daqueles anos
de estabilidade que colocavam o Brasil em boa
posição na listagem mundial.
Para tanto é necessário que as direções sindicais,
aproveitando a conjuntura favorável, associem em
cada uma de suas atividades (campanhas salariais,
conquistas de PLRs, congressos e eventos, torneios
esportivos, ocasiões de lazer) a preocupação pela
sindicalização com a “subida” às bases.
É o que estão fazendo os bancários em sua campanha
salarial nacional e os metalúrgicos de São Paulo e
Mogi que manchetearam no seu último jornal
“Sindicalize-se!” com exclamação enfática.
Uma campanha nacional pela sindicalização também
pode ser implementada, com o ministério do Trabalho
assumindo seu papel institucional para fortalecer
aquele que é um dos pilares de sustentação da vida
democrática – o Sindicato.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor sindical.
Fonte: Agência Sindical
01/07/2024 -
Com impacto das enchentes no RS, Brasil abre 131,8
mil vagas em maio
Cinco maiores setores da economia registraram
saldo positivo no mês
O Brasil fechou o mês de maio com saldo positivo de
131.811 empregos com carteira assinada, resultado de
2.116.326 admissões e de 1.984.515 desligamentos. O
balanço é do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) divulgado na quinta-feira
(27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo
está abaixo do registrado em maio de 2023, quando o
saldo de postos de trabalho ficou em 155.123.
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em
maio, com impactos em todos os setores econômicos do
estado, refletiram também na geração de emprego. O
estado registrou queda de 22.180 mil empregos em
maio e 358 municípios gaúchos tiveram saldo negativo
na geração de postos de trabalho.
A indústria do estado registrou 6.856 demissões, o
comércio, 5.520, a agropecuária, 4.318 e o setor de
serviços teve queda de 4.226 empregos.
“Nós vamos monitorar o Rio Grande do Sul, tem toda a
nossa preocupação com a retomada e acredito que a
partir do momento em que iniciar os canteiros de
obras da construção civil, para a reconstrução, seja
de habitação seja de equipamentos públicos, a
tendência é a economia voltar a girar no estado e
voltarmos a ter números positivos a partir talvez de
agosto”, disse o ministro Luiz Marinho.
Brasil
No Brasil, os cinco grandes setores da economia
registraram saldo positivo em maio. Serviços lidera
com 69.309 novos postos de trabalho; seguido pela
agropecuária, com 19.836 postos; construção, 18.149;
indústria, 18.145 e comercio, com 6.375.
O estoque, que é a quantidade total de vínculos
celetistas ativos, contabilizou 46.606.230 vínculos
em maio, o que representa um aumento de 0,28% em
relação ao estoque do mês anterior.
No acumulado do ano (janeiro/2024 a Maio/2024), o
saldo foi de 1.088.955 empregos, resultado de
11.038.628 admissões e 9.949.673 desligamentos.
Nos últimos 12 meses (Junho/2023 a Maio/2024), foi
registrado saldo de 1.674.775 empregos, decorrente
de 24.292.000 admissões e de 22.617.225
desligamentos.
Fonte: Agência Brasil
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