Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2018
31/08/2018 -
Sindicatos cobram do governo federal verba retida há
anos
31/08/2018 -
STF acata argumentos e interesses patronais e libera
terceirização irrestrita
31/08/2018 -
Constitucionalidade da terceirização traz segurança
jurídica, diz relator da reforma trabalhista
31/08/2018 -
Pochmann: terceirização acabará com o emprego púbico
como conhecemos
31/08/2018 -
Três distribuidoras da Eletrobras são vendidas em
leilão sem disputa
31/08/2018 -
Desemprego cai para 12,3%, mas ainda abrange 12,9
milhões de pessoas
31/08/2018 -
Empresas poderão ser obrigadas a contratar pessoas
acima de 55 anos
31/08/2018 -
Nível de atividade da indústria paulista cai 2,2% em
julho
31/08/2018 -
Primeira Seção vai decidir sobre possibilidade de
inclusão do tempo de contribuição posterior ao
ajuizamento da ação, para fins de concessão de benefício
previdenciário
30/08/2018 -
‘Vamos rever os pontos inaceitáveis da reforma
trabalhista’, diz Marina
30/08/2018 -
'Trabalho precário' é o sobrenome da terceirização
30/08/2018 -
Desemprego em São Paulo fica estável em 17% no mês
de julho
30/08/2018 -
Supremo adia decisão sobre terceirização de
atividade-fim das empresas
30/08/2018 -
TSE pode julgar na sexta-feira o registro de
candidatura de Lula
30/08/2018 -
Índice de preços ao produtor tem alta de 1,13% em
julho
30/08/2018 -
Folga concedida depois de sete dias de serviço será
paga em dobro
30/08/2018 -
Produção da justiça estadual paulista é 28% acima da
média
29/08/2018 -
Ameaça
ao trabalhador: STF pode liberar terceirização sem
limites
29/08/2018 -
Presidenciáveis e candidatos entram na disputa por
recursos do Sistema S
29/08/2018 -
TRTs ignoram reforma trabalhista e reajustam
processos acima da inflação
29/08/2018 -
Sindicatos apontam demissões da Latam como resultado
da 'reforma' trabalhista
29/08/2018 -
Confiança da Indústria recua e registra menor nível
desde janeiro
29/08/2018 -
Economia piora para 72% dos varejistas, diz CNC
29/08/2018 -
Aviso-prévio não cumprido será descontado na
rescisão contratual
29/08/2018 -
TJMG obtém o maior índice de conciliação em 2017
entre os tribunais de grande porte do país
28/08/2018 -
PGR
denuncia Roberto Jefferson e Cristiane Brasil ao Supremo
28/08/2018 -
Fiscalização contra sonegação beneficia 1 milhão de
trabalhadores
28/08/2018 -
Ciro defende Carlos Lupi de acusação de improbidade
28/08/2018 -
Aliado de Alckmin, Solidariedade promove Ciro entre
sindicalistas
28/08/2018 -
MPT diz que Bolsonaro demonstra descaso com a
democracia
28/08/2018 -
Márcio Pochmann: Indústria é nossa coluna vertebral
e vamos retomá-la
28/08/2018 -
CEF antecipa crédito dos lucros do FGTS a 90 milhões
de trabalhadores
28/08/2018 -
Participação de sindicato para validade de acordo
firmado entre MPT e empresa pública é tema de
repercussão geral
28/08/2018 -
Baixo valor da causa não impede recurso em matéria
constitucional
27/08/2018 -
Aposentados começam a receber 1ª parcela do décimo
terceiro
27/08/2018 -
Câmara Federal: renovação ou circulação no poder?
27/08/2018 -
Bancários e Metalúrgicos resistem à nova CLT
27/08/2018 -
Trabalhadores atingidos pela 'reforma' trabalhista
sofrem com 'uberização'
27/08/2018 -
Garimpeiros são resgatados em regime de trabalho
escravo no Pará
27/08/2018 -
Sebrae, Sesi e demais entidades do Sistema S não
podem cobrar contribuições diretamente de filiados
27/08/2018 -
Sindicato pode atuar na fase de execução em nome de
seus representados
27/08/2018 -
Contagem de prazo processual poderá considerar
apenas dias úteis
27/08/2018 -
Exposição a agentes cancerígenos gera contagem
especial de tempo, define TNU
24/08/2018 -
Esquema obscuro garante custeio de sindicatos dos
patrões
24/08/2018 -
País registra 47,3 mil novas vagas em julho
24/08/2018 -
Brasil poderá levar 10 anos para repor postos de
trabalho fechados
24/08/2018 -
Assédio moral no trabalho deve ser crime, defendem
convidados de audiência
24/08/2018 -
INSS vai recorrer de acréscimo de 25% em
aposentadorias
24/08/2018 -
STF volta a suspender julgamento. Por enquanto, 4 a
3 pró terceirização
24/08/2018 -
Exigência de depósito prévio para custeio de perícia
é ilegal
23/08/2018 -
Relatores no STF decidem a favor da terceirização
sem limites
23/08/2018 -
Vagas abertas em julho: salário médio 9% menor e
mais emprego precário
23/08/2018 -
PDT cria Comitê Sindical Nacional para apoiar Ciro
Gomes
23/08/2018 -
Ciro contradiz Kátia Abreu e diz ser contra reforma
trabalhista
23/08/2018 -
No segundo turno, Bolsonaro perde para Alckmin, Ciro
e Marina, diz pesquisa
23/08/2018 -
Pesquisa revela que trabalho informal cresceu 7,7%
em um ano no Rio
23/08/2018 -
STJ autoriza mais 25% a aposentados que precisam de
auxílio permanente
23/08/2018 -
Cerca de 200 funcionários são demitidos após empresa
fechar unidade de Pouso Alegre, MG
23/08/2018 -
Proposta retira cobrança de ISS das atividades de
costura e acabamento de tecido
23/08/2018 -
Hora extra: adicional superior ao da CLT não se
aplica a empregado público
22/08/2018 -
Lula dispara e lidera com 39% no Datafolha, contra
19% de Bolsonaro
22/08/2018 -
Em Minas, Dilma lidera corrida ao Senado, mostra
Datafolha
22/08/2018 -
Carteiras de trabalho poderão ser emitidas em
agências dos Correios
22/08/2018 -
Confiança da Indústria recua em agosto, mostra
prévia da FGV
22/08/2018 -
Proposta muda correção do FGTS para garantir
atualização monetária
22/08/2018 -
Dólar fecha a R$ 4,04, maior valor desde fevereiro
de 2016
22/08/2018 -
Tempo de espera na fila do refeitório não dá direito
a hora extra
22/08/2018 -
Admitido incidente de uniformização sobre conversão
de atividade especial em comum para fins de
aposentadoria
22/08/2018 -
Tempestividade de recurso deve considerar data de
consulta no sistema do PJe
22/08/2018 -
Auxílio-transporte é devido aos custeios das
despesas realizadas por servidor
21/08/2018 -
Eleições
2018: 75% dos deputados federais devem se reeleger
21/08/2018 -
Comissão Senado do Futuro vai debater a
criminalização do assédio moral no trabalho
21/08/2018 -
Demissão negociada avança após a reforma trabalhista
21/08/2018 -
Crise faz com que mulheres entrem no mercado de
trabalho de forma precária
21/08/2018 -
Lula dispara, vai a 37,3% e pode até vencer no
primeiro turno
21/08/2018 -
Lula também lidera, com 37%, segundo pesquisa Ibope.
Bolsonaro tem 18%
21/08/2018 -
Governo Temer tem 76% de avaliação ruim e péssima,
diz Ibope
21/08/2018 -
TST concede liminar e mantém leilão de
distribuidoras da Eletrobras
21/08/2018 -
Tempo de espera de eletricista na fila do refeitório
não será pago como hora extra
20/08/2018 -
Centrais sindicais: Combater projeto que afundou
Brasil no desemprego
20/08/2018 -
Plano trabalhista de Bolsonaro desagrada
sindicalismo de A a Z
20/08/2018 -
Mais de 8 mil candidatos tentam eleição ao cargo de
deputado federal
20/08/2018 -
Pesquisa IPSOS: Lula é o nome mais aprovado e menos
rejeitado do Brasil
20/08/2018 -
Indústria paulista cria mil vagas em julho, diz
pesquisa
20/08/2018 -
TST discutirá constitucionalidade de novas regras da
CLT para uniformização de jurisprudência
20/08/2018 -
Multas do Ministério do Trabalho que violam
contraditório e ampla defesa são nulas
17/08/2018 -
Subutilização da força de trabalho atinge 27,6
milhões no Brasil
17/08/2018 -
Sem esclarecer critérios, Temer corta auxílios e
aposentadorias por invalidez
17/08/2018 -
Centrais sindicais debatem ações de reparação aos
crimes da ditadura
17/08/2018 -
TSE registra até o momento 23,7 mil candidatos às
eleições deste ano
17/08/2018 -
Justiça do Trabalho suspende leilão de
distribuidoras da Eletrobras
17/08/2018 -
Gastos com educação podem passar a ser deduzidos
integralmente no Imposto de Renda
17/08/2018 -
TRT-5 decide que pedreiro tem vínculo de emprego com
dono de casa que o contratou
17/08/2018 -
Impugnação apresentada por empresa em prazo
concedido por equívoco é considerada válida
16/08/2018 -
Plano trabalhista de Bolsonaro radicaliza proposta
neoliberal
16/08/2018 -
Depois do impeachment, trabalhadores acumularam
derrotas no Congresso
16/08/2018 -
Atividade econômica recua 0,99% no segundo trimestre
16/08/2018 -
Sindicalistas defendem candidatura de Vanessa
Grazziotin ao Senado
16/08/2018 -
Com patrimônio de R$ 377 mi, Meirelles é o segundo
multimilionário na eleição
16/08/2018 -
Proposta da Vice-Presidência do TST para evitar
greve é aceita por unanimidade por Correios e
empregados
16/08/2018 -
Comissão aprova gratuidade para idoso no transporte
coletivo
16/08/2018 -
Comissão aprova isenção de taxas de passaporte para
idoso
15/08/2018 -
FGTS distribuirá R$ 6 bi a trabalhadores, metade do
lucro do fundo em 2017
15/08/2018 -
Patrões já usam 'reforma' trabalhista para impor
retrocessos em campanhas salariais
15/08/2018 -
Aposentados começam a receber este mês 1ª parcela do
décimo terceiro
15/08/2018 -
Marcha Nacional pela liberdade de Lula se concentra
em Brasília
15/08/2018 -
TSE já recebeu 7 pedidos de registro de candidatos à
Presidência
15/08/2018 -
Que tipo propostas se pode esperar do próximo
presidente?
15/08/2018 -
Trabalhadores podem usar FGTS para a compra de
próteses e órteses
15/08/2018 -
Interposição de recurso fora do prazo devido a
feriado local exige comprovação
14/08/2018 -
Vamos falar das eleições para deputados e senadores
14/08/2018 -
Pochamnn: Temer comprime classe média e a baixa
renda
14/08/2018 -
Projeto de Randolfe revoga a reforma trabalhista
14/08/2018 -
PIS/Pasep: resgate começa para trabalhadores de
todas as idades
14/08/2018 -
CDH fará audiência pública sobre os 12 anos da Lei
Maria da Penha
14/08/2018 -
Deputados analisam proposta que facilitam
cumprimento de medidas de proteção às mulheres
14/08/2018 -
Proibida exigência de caução para custear perícia em
processo trabalhista
14/08/2018 -
Gestante dispensada no fim do contrato de
aprendizagem tem direito à estabilidade provisória
14/08/2018 -
Terceira Turma considera válida cláusula que limita
débito automático de cartão de aposentados a valor
mínimo
13/08/2018 -
Reforma Trabalhista está cada vez mais presente nas
negociações
13/08/2018 -
Pesquisa XP mostra Haddad em segundo lugar
13/08/2018 -
Dia Nacional do Basta reúne trabalhadores de todo
país contra agenda de retrocessos conduzida pelo
governo
13/08/2018 -
Marcha Lula Livre inicia caminhada rumo a Brasília
13/08/2018 -
Reforma trabalhista reduziu arrecadação da
Previdência Social, dizem especialistas
13/08/2018 -
Negociação coletiva reduz insegurança jurídica,
dizem especialistas
13/08/2018 -
Reforma Trabalhista: Juiz nega justiça gratuita a
trabalhador que ganha acima de 40% do teto da
Previdência
13/08/2018 -
Juiz federal suspende contribuição de aposentado que
continua trabalhando
10/08/2018 -
Dia do Basta: Confira o protesto na sua cidade no
dia 10 de agosto
10/08/2018 -
Terceirização precariza as relações de trabalho no
país, afirmam participantes de audiência pública
10/08/2018 -
Reforma da Previdência será tema de audiência
pública
10/08/2018 -
Candidatos progressistas querem rever atos de Temer
e criar empregos
10/08/2018 -
Setor têxtil registra queda no 1º semestre e revê
projeção para o ano
10/08/2018 -
Produção industrial cresce em junho em 13 dos 15
locais pesquisados
10/08/2018 -
Turma considera válida norma coletiva que limitou
base de cálculo de horas extras na ECT
09/08/2018 -
Trabalhador ganha menos que salário mínimo com
reforma trabalhista
09/08/2018 -
Terceirização e desemprego são tema de audiência em
subcomissão
09/08/2018 -
Pochmann: o trabalhador é massacrado pela Reforma
Trabalhista
09/08/2018 -
CNT/MDA: Lula também lidera em São Paulo e Alckmin
patina
09/08/2018 -
Desmonte da legislação trabalhista aumenta número de
acidentes e mortes
09/08/2018 -
Lindbergh Farias destaca efeitos nocivos da reforma
trabalhista
09/08/2018 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,25% em julho
09/08/2018 -
Empresa autuada por trabalho escravo é condenada na
JT por danos morais
08/08/2018 -
Alckmin quer manter reforma trabalhista que Fernando
Henrique critica
08/08/2018 -
Gleisi afirma que, se eleito, Lula tentará revogar a
reforma trabalhista
08/08/2018 -
Comissão analisa proibição de juros maiores para
aposentados
08/08/2018 -
Movimento Sindical apoiará reeleição do senador
Paulo Paim
08/08/2018 -
Reforma trabalhista: Salário precário prejudica
geração de emprego
08/08/2018 -
TST aprova orçamento de r$ 21,5 bilhões para a
Justiça do Trabalho em 2019
07/08/2018 -
"Teto de gasto vai paralisar governo a partir do
próximo ano"
07/08/2018 -
Mutirão do emprego reacende esperança, afirma
Ricardo Patah
07/08/2018 -
Paim: Reforma Trabalhista aprofunda nossas
desigualdades
07/08/2018 -
Como 'candidato de Lula', Haddad assume segunda
posição, aponta pesquisa
07/08/2018 -
Justiça homologou 69% dos acordos trabalhistas
extrajudiciais, afirma TST
07/08/2018 -
Alckmin terá quase metade do horário eleitoral.
Bolsonaro, só 7 segundos
07/08/2018 -
SP: programa dará emprego a mulheres vítimas de
violência doméstica
07/08/2018 -
Sujeição a medidas disciplinares caracteriza período
gasto com café como tempo à disposição
07/08/2018 -
Custo da cesta básica cai em 19 capitais em julho
07/08/2018 -
Lei garante condições mínimas em dependência de
empregados
06/08/2018 -
NCST apoia “Dia Nacional do Basta!” e reforça
empenho em prol das mobilizações
06/08/2018 -
Centrais avaliam ações e definem últimos detalhes
para o “Dia do Basta!”
06/08/2018 -
Partidos lançam 13 candidatos à Presidência da
República
06/08/2018 -
Ibope: Lula lidera eleitorado no estado de Geraldo
Alckmin, São Paulo
06/08/2018 -
Na GloboNews, Ciro Gomes reafirma plataforma
trabalhista e nacionalista
06/08/2018 -
Nova correção para FGTS é uma das mais de 500
propostas em tramitação na CAE
06/08/2018 -
Convenção da OIT não garante pagamento de férias
proporcionais a demitido por justa causa
06/08/2018 -
Compensação de jornada em indústria têxtil é
invalidada por não ter autorização do MT
06/08/2018 -
TRT-15 aceita depósito recursal em desacordo com a
reforma trabalhista
03/08/2018 -
Negociações em 2018: Patrões tentam impor reforma
trabalhista
03/08/2018 -
Projeto suspende portaria do governo que regulamenta
pontos da reforma trabalhista
03/08/2018 -
Reforma trabalhista e o custo para a economia e a
Previdência
03/08/2018 -
Produção industrial cresce 13,1% de maio para junho
03/08/2018 -
Temer realiza desmonte tácito da fiscalização do
Trabalho, diz sindicalista
03/08/2018 -
Proposta define limites para acordo extrajudicial
entre patrão e empregado
03/08/2018 -
MDB lança candidatura de Henrique Meirelles à
Presidência da República
03/08/2018 -
Confirmado para dia 30 leilão de quatro
distribuidoras da Eletrobras
03/08/2018 -
Ausência de depósitos do FGTS autoriza rescisão
indireta de contrato de vigilante
02/08/2018 -
Governo discrimina trabalhadores e ajuda patrões,
apontam Nova Central e Diap
02/08/2018 -
Reforma trabalhista poderá valer somente para novas
ações
02/08/2018 -
Fachin defende celeridade para definição de situação
eleitoral de Lula
02/08/2018 -
Plenária define participação dos transportes no "Dia
do Basta!"
02/08/2018 -
Plenário confirma que conciliação prévia não é
obrigatória para ajuizar ação trabalhista
02/08/2018 -
Marina Silva diz que vai mudar ‘pontos draconianos’
da reforma trabalhista
02/08/2018 -
Faturamento da indústria sobe 26,4% em junho
02/08/2018 -
Preços de produtos industrializados sobem 2,28% nas
portas das fábricas
01/08/2018 -
Cresce no sindicalismo repúdio a desvios para
sistema patronal
01/08/2018 -
Classe Trabalhadora: Combater desalento gerado pelo
projeto Temer
01/08/2018 -
Vida piorou para 70% dos brasileiros no governo
Temer, diz pesquisa
01/08/2018 -
Número de desempregados recua 5,3% do primeiro para
segundo trimestre
01/08/2018 -
Dieese se reestrutura para sobreviver e acompanhar
futuro do trabalho
01/08/2018 -
Indústria de SP recupera de perdas causadas por greve de
caminhoneiros
01/08/2018 -
Condenado a pagar pensão alimentícia poderá ter de
comunicar novo empregador sobre desconto em folha
31/08/2018 -
Sindicatos cobram do governo federal verba retida há
anos
Dirigentes sindicais estiveram no final da tarde
desta quinta-feira (30) no Palácio do Planalto para
cobrar o pagamento do chamado “buraco negro” da
contribuição sindical. Trata-se de resíduos da
contribuição sindical, obrigatória até a reforma
trabalhista aprovada no ano passado, que deixaram de
ser repassados para os sindicatos desde o governo
FHC.
Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel
Torres, que esteve presente na reunião com o
presidente Michel Temer, o governo reconhece o
problema e deverá editar uma portaria abrindo as
informações sobre as pendências existentes nesse
sentido. Também participaram da reunião o ministro
da Fazenda, Eduardo Guardia, e o ministro do
Trabalho, Caio Luiz Vieira de Mello.
“Pedimos uma reunião para cobrar isso. O governo
reconhece que tem essas guias identificadas e que
tem que pagar. Até o dia 11 a portaria vai ser
publicada em combinação com o Ministério da
Transparência e Controladoria-Geral da União e a
Advocacia-Geral da União, abrindo os arquivos para
que as centrais façam a conferência do que elas têm
direito”, disse Torres.
Ele disse que o valor desse “buraco negro” é
desconhecido, mas a estimativa das centrais é que
cerca de R$ 200 milhões seja devido aos sindicatos.
Fonte: Agência Brasil

31/08/2018 -
STF acata argumentos e interesses patronais e libera
terceirização irrestrita
Voto decisivo foi dado nesta quinta-feira pelo
decano, Celso de Mello, que se alinhou aos ministros
que defenderam a livre iniciativa e não viram
prejuízo ao trabalhador
Na quinta e última sessão para discutir o tema, o
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar a
terceirização, independentemente de setor ou
atividade, como pediam representantes patronais. Por
7 votos a 4, a Corte acolheu a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 324,
ajuizada pela Associação Brasileira do Agronegócio,
e o Recurso Extraordinário (RE) 958.252, da empresa
Cenibra, de Minas Gerais.
O voto decisivo, o sexto, foi dado na tarde desta
quinta-feira (30) pelo decano do STF, ministro Celso
de Mello. Em meia hora de exposição, o decano se
alinhou àqueles que defendem a liberdade de
contratação por parte das empresas. "É certo que a
liberdade de iniciativa não tem caráter absoluto",
afirmou Mello, para quem há limitações "que o Estado
pode legitimamente impor", com base no artigo 170 da
Constituição, que fala em ordem econômica "fundada
na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa". A maioria desconsiderou a Súmula 331 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), que vedava a
terceirização em atividades-fim.
Votaram pela terceirização irrestrita os ministros
Luís Roberto Barroso, Luiz Fux (relatores),
Alexandre de Moraes, Dias Toffoli (futuro presidente
do STF), Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Posicionaram-se contra Edson Fachin, Rosa
Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.
Com o resultado já definido, a presidenta da Corte,
Cármen Lúcia, fez um voto rápido, em poucos minutos,
acompanhando a maioria.
Para o ministro Celso de Mello, eventuais abusos na
prática da terceirização devem ser "reprimidos
pontualmente". Mas a "construção de obstáculos
genéricos" é inadmissível, acrescentou, falando em
perda de eficiência produtiva. Sem citar a fonte, o
decano disse ainda que há "dados estatísticos"
comprovando relação entre crescimento de emprego
formal e terceirização. Ele também não viu sinais de
precarização e prejuízo ao trabalhador com a adoção
dessa prática. Pelo contrário, disse: ele seria
prejudicado com a proibição.
Segundo ele, na terceirização as empresas
contratadas devem adotar as mesmas regras das
tomadoras de serviços. "As regras trabalhistas se
mantêm preservadas e perfeitamente aplicadas",
afirmou o decano. Não se pode proibir totalmente,
acrescentou, apenas porque "algumas empresas
pretendem burlar as regras trabalhistas".
Para Cármen Lúcia, a preocupação no debate é saber
qual a forma mais "progressista" de se assegurar
empregos, direitos econômicos e, principalmente, o
direito do trabalhador. Ele discordou dos ministros
que associavam a terceirização a uma precarização ou
"degradação" do trabalho.
Na semana passada, os dois relatores, Barroso e Fux,
concordaram com o ponto de vista empresarial,
considerando a prática lícita em todas as etapas da
produção. Moraes, Toffoli, Gilmar e Mello
acompanharam o voto, enquanto Fachin, Rosa,
Lewandowski e Marco Aurélio divergiram. O Ministério
Público Federal também se manifestou contra a
terceirização ilimitada, afirmando que trabalho não
é "mercadoria".
Fonte: Rede Brasil Atual

31/08/2018 -
Constitucionalidade da terceirização traz segurança
jurídica, diz relator da reforma trabalhista
O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta
quinta-feira que é constitucional a terceirização da
contratação de trabalhadores para a atividade-fim
das empresas
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela
constitucionalidade da terceirização de serviços nas
atividades meio e fim das empresas foi considerada
“uma vitória da segurança jurídica” pelo relator da
reforma trabalhista (Lei 13.467/17), deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN). Já o deputado Daniel
Almeida (PCdoB-BA) acredita que a decisão vai contra
os trabalhadores.
Com a decisão do STF desta quinta-feira (30), por 7
votos a 4, cerca de 4 mil processos parados na
Justiça poderão tramitar.
A discussão foi levantada pela dúvida sobre qual
entendimento adotar para ações anteriores à Lei da
Terceirização (13.429/17), que liberou a prática, e
posteriores à Súmula 331 do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), que proibia terceirizar
atividades-fim. Com o entendimento do STF, as ações
devem ter resultado favorável às empresas.
Para a maioria dos ministros do STF, não há lei que
proíba a terceirização de todas as atividades da
empresa nem comprovação de que haja precarização do
trabalho ou violação da dignidade do trabalhador.
Segurança jurídica
Rogério Marinho afirmou que a súmula do TST deixava um
enorme campo de discussão sobre o que deveria ser
classificado como atividade-fim ou não. “A decisão
do STF dá segurança jurídica aos empreendedores e,
ao mesmo tempo, permite um planejamento em
investimentos e alocação de mão de obra a médio e
longo prazos”, disse.
Essa é a mesma opinião do pesquisador Samuel Pessoa,
da área de economia aplicada da Fundação Getúlio
Vargas. Segundo ele, do ponto de vista econômico, a
terceirização atende às necessidades de mudanças
tecnológicas ocorridas nos últimos anos, trazendo
mais eficiência às empresas.
No entanto, Samuel Pessoa reconhece que a
terceirização pode incentivar os empregadores a
burlar a lei trabalhista. Para ele, isso poderá ser
evitado por meio de regulamentação.
Sem responsabilidade
Porém, segundo o advogado Gustavo Ramos, especialista
em Direito do Trabalho e Direito Sindical, a
terceirização preocupa porque tira a
responsabilidade da empresa em vários aspectos, como
no direito trabalhista e na ausência do interesse da
empresa em treinamento. Ramos discorda do argumento
de que a terceirização gera emprego. Segundo ele, o
que ocorre é apenas a substituição dos demitidos.
Na opinião do deputado Daniel Almeida, os deputados
e senadores que assumirão em 2019 precisam reverter
a regra para limitar a terceirização para
atividades-meio. “Eu espero que o eleitor se
manifeste nessa disputa eleitoral e permita a
próxima legislatura de fazer as modificações”,
afirmou.
Almeida disse ter ficado assustado com o argumento
sobre geração de emprego que foi usado por alguns
ministros do Supremo como justificativa para validar
a terceirização em todas as atividades da empresa.
Fonte: Agência Câmara

31/08/2018 -
Pochmann: terceirização acabará com o emprego púbico
como conhecemos
A aprovação da terceirização irrestrita para a
atividade-fim, aprovada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) nesta quarta-feira (30) acabará com o
emprego público como se conhece hoje. Esta é, ao
menos, a avaliação de Márcio Pochmann do coordenador
da área de economia do plano de governo do candidato
do PT, Lula.
"Com a decisão do STF de liberalização geral e
irrestrita da terceirização, o emprego público como
se conhece está próximo do fim. Até hoje havia
concurso para funções finalísticas da administração
pública, a partir de amanhã, não mais. Regressão pré
1930 no Estado brasileiro", sentencia o economista.
Os ministros decidiram autorizar a contratação de
trabalhadores terceirizados por 7 votos a 4. O que
muda com a aprovação da nova medida é que as
empresas passarão a poder terceirizar as
atividades-fim, enquanto anteriormente apenas as
chamadas atividades-meio poderiam ser terceirizadas.
Fonte: Brasil247

31/08/2018 -
Três distribuidoras da Eletrobras são vendidas em
leilão sem disputa
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
(BNDES) vendeu nesta quinta-feira (30), em leilão,
três empresas da Eletrobras. Não houve concorrência
em nenhum dos certames das distribuidoras, com a
apresentação de apenas uma proposta em cada um
deles. A Energisa arrematou duas distribuidoras. O
outro vencedor foi o Consórcio Oliveira Energia.
Pelas regras do leilão, foi considerada vencedora a
proponente que ofereceu o lance com maior índice de
deságio na flexibilização tarifária, que deveria ser
acima de zero.
A Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) foi
vendida por índice de deságio de 31, o que significa
que a compradora não abriu mão de toda a
flexibilização tarifária concedida pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nos casos de
empréstimos adquiridos antes do edital de licitação,
por exemplo, a Energisa receberá 59% do saldo
devedor dos empréstimos a pagar. A Energisa também
arrematou a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron)
pelo índice 21.
O Consórcio Oliveira Energia comprou a Boa Vista
Energia – distribuidora de energia em Roraima – pelo
índice de deságio zero.
Demais distribuidoras
O leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal)
continua suspenso devido a uma decisão judicial do
ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal, que impediu a venda da companhia, após ação
movida pelo governo do estado.
A venda da Amazonas Distribuidora de Energia
(Amazonas Energia), que também ocorreria ontem (30),
foi remarcado pelo BNDES para o dia 26 de setembro.
A primeira distribuidora a ser vendida foi a
Companhia Energética do Piauí (Cepisa), em leilão
realizado no dia 26 de julho. A Cepisa foi adquirida
pela única proponente, a Equatorial Energia S.A.,
que ofereceu índice de deságio na flexibilização
tarifária de 119.
Antes do início do certame, o ministro de Minas e
Energia, Moreira Franco, disse que a venda de
distibuidoras da Eletrobras é uma medida para
corrigir distorções entre os consumidores de
diferentes regiões do país.
“Desde que assumi o ministério, estamos nessa luta
para que pudéssemos privatizar essas distribuidoras
e superamos todas as dificuldades. (…). Esperamos
hoje garantir a mais de 3 milhões de brasileiros que
vivem sendo abastecidos por essas três empresas que
possam usufruir da mesma condição, mesma qualidade e
tarifa”, acrescentou.
Fonte: Portal EBC

31/08/2018 -
Desemprego cai para 12,3%, mas ainda abrange 12,9
milhões de pessoas
A taxa de desemprego do país caiu 0,6 ponto
percentual e fechou o trimestre encerrado em julho
em 12,3%, comparativamente ao trimestre
imediatamente anterior (12,9%). Ainda assim, o país
ainda tem 12,9 milhões de pessoas desempregadas.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),
divulgada nesta quinta-feira (30), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando
comparada ao trimestre maio-julho do ano passado,
quando a taxa de desocupação era de 12,8%, a redução
na taxa de desemprego chegou a 0,5 ponto percentual.
Mesmo com uma população desocupada de 12,9 milhões
de pessoas, o número significa uma queda de 4,1% em
relação ao trimestre fevereiro-abril, quando a
população desempregada era de 13,4 milhões. Também é
3,4% menor do que quando comparado ao mesmo
trimestre do ano anterior, quando havia 13,3 milhões
de desocupados.
Subutilização no mercado
A Pnad Contínua constatou a existência, no trimestre
móvel encerrado em julho, de uma população
subutilizada de 27,6 milhões de pessoas, uma taxa de
subutilização de 24,5%, o que mostra estabilidade em
relação ao trimestre fevereiro-abril de 2018, quando
a taxa de subutilização era de 24,6% (27,5 milhões
de pessoas). A taxa composta de subutilização da
força de trabalho agrega os desempregados, os
subocupados por insuficiência de horas e a força de
trabalho potencial. Em relação a igual trimestre do
ano passado, no entanto, quando a subutilização
estava em 26,6 milhões, este grupo cresceu 3,4%, um
adicional de 913 mil pessoas subutilizadas.
Desalento
Havia, no trimestre maio-julho, 4,8 milhões de pessoas
desalentadas, número estável em relação às 4,7
milhões de pessoas nestas condições que constavam na
taxa do semestre fevereiro-abril. O número, no
entanto, chegou a crescer 17,8%, em relação às 4,09
milhões de pessoas desalentadas existentes em igual
trimestre do ano anterior. O desalento engloba as
pessoas que estavam fora do mercado de trabalho por
uma das seguintes razões: não conseguiam trabalho,
ou não tinham experiência, ou eram muito jovens ou
idosas, ou não encontraram trabalho na localidade –
e que, se tivessem conseguido trabalho, estariam
disponíveis para assumir a vaga.
População Ocupada
Segundo os números do IBGE, a população ocupada fechou
o trimestre encerrado em julho em 91,7 milhões, um
crescimento de 1,0% (mais 928 mil pessoas) em
relação ao trimestre móvel anterior.
Em relação ao mesmo trimestre de 2017, quando havia
90,7 milhões integrando a população ocupada, houve
crescimento de 1,1%. O nível da ocupação fechou
julho em 53,9%, subindo em relação ao trimestre
anterior, quando o nível era de 53,6%, mas ficou
estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado
(53,8%).
Emprego formal
O número de empregados com carteira de trabalho
assinada ficou estável em 33 milhões de pessoas no
trimestre maio-julho tanto na comparação com o
trimestre anterior quanto em relação ao mesmo
trimestre do ano passado.
Em compensação, 23,1 milhões de pessoas integravam a
categoria dos trabalhadores por conta própria,
número estável em relação ao trimestre
fevereiro-abril, mas uma alta de 2,1% (mais 483 mil
pessoas) em relação a igual trimestre do ano
anterior.
O rendimento médio real habitual apurado para o
trimestre maio-julho foi de R$ 2.205, registrando
estabilidade frente ao trimestre de fevereiro a
abril de 2018 (R$ 2.215) e também em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.188).
Já a massa de rendimento real habitual ficou em R$
197,2 bilhões, valor estável em relação ao trimestre
anterior (R$ 195,9 bilhões) e ao mesmo trimestre de
2017 (R$ 193,4 bilhões).
Fonte: Agência Brasil

31/08/2018 -
Empresas poderão ser obrigadas a contratar pessoas
acima de 55 anos
O projeto (PLS 236/2017) em análise na Comissão de
Assuntos Sociais do Senado (CAS) determina que as
empresas que tiverem entre 25 e 50 funcionários
deverão reservar pelo menos uma vaga para pessoas
acima de 55 anos. Nas empresas com mais de 50 e
menos de 100 empregados, 5 postos de trabalho
deverão ser preenchidos por essa faixa etária. Já
para quem contrata mais de 100 pessoas, a cota será
de 5% das vagas. Como contrapartida, a proposta
reduz pela metade os valores pagos pelas empresas ao
INSS e com o vale-transporte desses empregados.
Segundo o autor, senador Cidinho Santos (PR–MT), a
iniciativa busca superar o preconceito e valorizar a
experiência das pessoas mais velhas no mercado de
trabalho.
Fonte: Agência Senado

31/08/2018 -
Nível de atividade da indústria paulista cai 2,2% em
julho
O nível de atividade da indústria paulista caiu 2,2%
em julho na comparação com o mês anterior, reflexo
principalmente do total de vendas reais, que caiu
6,7%, de acordo com o Indicador de Nível de
Atividade (INA), divulgado nesta quinta (30), pela
Federação e Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp e Ciesp). Também houve queda na
quantidade de horas trabalhadas na produção (-0,4%)
e no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI),
que avançou (0,2p.p.).
Segundo a Fiesp e o Ciesp, sem ajuste sazonal o
índice também apresentou queda (-1,7%). Na
comparação com julho do ano anterior, houve retração
de 1,1%, e no acumulado dos últimos 12 meses houve
alta de 5%.
De acordo com o presidente em exercício da Fiesp e
do Ciesp, José Ricardo Roriz Coelho, o resultado de
julho volta a mostrar a lenta retomada da atividade
da indústria paulista, após a forte alta de junho,
com o fim da greve dos caminhoneiros.
"Retomamos aquele crescimento lento, inferior até ao
que imaginávamos no começo do ano, o qual deve ser
mantido nos próximos meses. O ambiente de negócios
mudou bastante em decorrência de algumas variáveis,
como o cenário eleitoral incerto e o dólar em alta,
que embora ajude nas exportações, afeta muito as
matérias-primas e o custo dos produtos
intermediários. No entanto, não sentimos indicação
de que vamos ter uma queda da atividade. Há uma
estabilização de onde estamos até o final do ano",
disse.
Segundo as entidades, o recuo da atividade
industrial paulista em julho foi disseminado,
alcançando 15 dos 20 segmentos pesquisados,
reforçando a fragilidade da recuperação neste ano.
Fonte: Agência Brasil

31/08/2018 -
Primeira Seção vai decidir sobre possibilidade de
inclusão do tempo de contribuição posterior ao
ajuizamento da ação, para fins de concessão de
benefício previdenciário
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) vai julgar pelo rito dos recursos repetitivos
(artigo 1.036 e seguintes do novo Código de Processo
Civil) três recursos especiais que discutem tese
representativa da controvérsia, cadastrada sob o
número 995, referente à “possibilidade de se
considerar o tempo de contribuição posterior ao
ajuizamento da ação, reafirmando-se a data de
entrada do requerimento - DER para o momento de
implementação dos requisitos necessários à concessão
de benefício previdenciário: (i) aplicação do artigo
493 do CPC/2015 (artigo 462 do CPC/1973); (ii)
delimitação do momento processual oportuno para se
requerer a reafirmação da DER, bem assim para
apresentar provas ou requerer a sua produção”.
A afetação foi proposta pelo ministro Mauro Campbell
Marques na sessão eletrônica iniciada em 08/08/2018
e finalizada em 14/08/2018. Ela se deu após a
indicação dos Recursos Especiais 1.727.063,
1.727.064 e 1.727.069 como representativos da
controvérsia pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região (TRF3).
Atualmente, de acordo com o Núcleo de Gerenciamento
de Precedentes do STJ, existem pelo menos 67
processos no TRF1 que aguardam a definição da tese
pelo STJ; 170 no TRF2; nove no TRF3 e 120 no TRF4. O
TRF5 não forneceu os dados.
A Primeira Seção determinou ainda a suspensão do
processamento de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão
e tramitem no território nacional, nos termos do
artigo 1.037, II, do CPC/2015.
Recursos repetitivos
O CPC/2015 regula nos artigos 1.036 a 1.041 o
julgamento por amostragem, mediante a seleção de
recursos especiais que tenham controvérsias
idênticas. Conforme previsto nos artigos 121-A do
RISTJ e 927 do CPC, a definição da tese pelo STJ vai
servir de orientação às instâncias ordinárias da
Justiça, inclusive aos juizados especiais, para a
solução de casos fundados na mesma controvérsia
jurídica.
A tese estabelecida em repetitivo também terá
importante reflexo na admissibilidade de recursos
para o STJ e em outras situações processuais, como a
tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a
improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).
Na página de repetitivos do STJ, é possível acessar
todos os temas afetados, bem como saber a
abrangência das decisões de sobrestamento e as teses
jurídicas firmadas nos julgamentos, entre outras
informações.
Fonte: STJ

30/08/2018 -
‘Vamos rever os pontos inaceitáveis da reforma
trabalhista’, diz Marina
A candidata a presidente Marina Silva (Rede) disse
nesta 3ª feira (28.ago.2018) que pretende revogar a
reforma trabalhista realizada no governo do
presidente Michel Temer e “rever pontos
inaceitáveis”. Também defendeu a reforma o
judiciário, política e da previdência.
“Ouço muita gente dizendo que é modernizar as
relações de trabalho. Mas na reforma trabalhista tem
pontos que são pré-modernos, como uma mulher
trabalhar em condições insalubres, uma pessoa ter
apenas meia hora para se alimentar, trabalho
intermitente, em que pode ficar meses sem ser
chamado mas conta como se tivesse empregado”, disse.
Marina Silva disse que o governo deixou de discutir
a reforma com todos os setores da sociedade. “O que
custava ter feito o debate na Casa, revisto essas
coisas inaceitáveis? Hoje não precisaríamos estar
fazendo essa discussão“, disse.
A declaração de Marina Silva foi dada em sabatina de
2 horas promovida pelo jornal Estadão em parceria
com a Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), em
São Paulo.
A candidata da Rede defendeu uma reforma trabalhista
que ajude as pessoas que estão na informalidade a
ter acesso ao mercado de trabalho.
“Precisamos desonerar a folha de pagamento. Os
empresários não reivindicam impostos sindicais, mas
eles têm o Sistema S. Vamos discutir o Sistema S”,
disse, ao se referir ao conjunto de 9 instituições
do setor produtivo que geram profissionalização,
cultura e lazer, como o Sesi e o Senai.
Segundo Marina, também é preciso fortalecer os
sindicatos para que “não se tenha uma fragilidade da
representação os trabalhadores”.
(Mais informações: www.poder360.com.br)
Fonte: Poder360

30/08/2018 -
'Trabalho precário' é o sobrenome da terceirização
Técnica do Dieese faz levantamento e demonstra
que o terceirizado trabalha mais, recebe menos,
perde direitos e tem maior risco de ser demitido
por Adriana Marcolino
Diversos autores destacam a terceirização como um
dos principais dispositivos utilizados como
estratégia de superação da crise do fordismo e do
estabelecimento de um novo padrão de acumulação nas
últimas décadas do século 20. Autores como Ricardo
Antunes, Graça Druck e Paula Marcelino, aqui no
Brasil, demonstram em seus estudos que a
terceirização modificou de forma estrutural a base
produtiva e de serviços no país, mas também o
mercado de trabalho.
Os manuais de administração que "ensinam" como
aplicar a terceirização, destacam os ganhos de
produtividade e qualidade e passam uma visão
idealizada (ou de classe?) desse processo, bem
distinta do processo real. Na prática, os ganhos
advindos com a terceirização são decorrentes da
redução do custo do trabalho, com a piora
generalizada das condições, das relações de trabalho
e da vida dos trabalhadores.
Se adotarmos o ponto de vista dos trabalhadores e
analisarmos como os processos de terceirização
ocorrem na vida real, diária, não resta dúvida: a
terceirização é um contrato de trabalho precário e o
Estado deve, sim, impor limites a ganhos
empresariais oriundos de uma ampliação da
exploração.
Para nos ajudar em nossa constatação sobre a
realidade objetiva dos trabalhadores terceirizados
há uma vasta produção acadêmica brasileira que
analisa as condições e relações de trabalho, através
de estudos de caso. Essas pesquisas demonstram como
esse processo tem ocorrido, buscando analisar seus
efeitos sobre o trabalho em diversas localidades, em
diversos setores econômicos e seus efeitos distintos
para segmentos diferentes de trabalhadores. A
riqueza dos estudos de caso é o levantamento in loco
de como se dá o processo e seus efeitos, e nosso
propósito foi agrupar essas informações para
construir um painel nacional.
Realizamos um levantamento através do Catálogo de
Teses e Dissertações da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), por meio do qual selecionamos as pesquisas
considerando dois critérios: aquelas que tratam da
terceirização e analisam as condições e relações de
trabalho, o que resultou em 111 teses e
dissertações. Vale dizer que essas pesquisas atendem
a critérios científicos e são validadas por um
processo de avaliação nos espaços acadêmicos.
O resultado da análise da vida real não deu espaço
para dúvida: o fato de ser um trabalhador formal
contratado por tempo indeterminado não significa
segurança salarial, segurança para a própria vida e
boas condições de trabalho. E mais, a terceirização
promove a sobreposição de outras formas de trabalho
precário, como o informal, o trabalho em falsas
cooperativas, o trabalho escravo e infantil.
Essas teses e dissertações estão distribuídas em um
período que vai de 1995 a 2016, contemplando um
período importante da difusão da terceirização no
Brasil. É possível observar que há uma concentração
maior desses estudos a partir dos anos 2000, em
especial, nos últimos dois anos aqui analisados
(2015 e 2016), momento em que o debate sobre a
regulamentação da terceirização no Brasil, em
diversos espaços, se tornou bastante presente.
Os estudos selecionados versam sobre uma
diversificada gama de setores de atividades
econômica, da indústria, serviços, comércio,
administração pública direta e indireta, e
agropecuária. Dentre esses estudos, há 58 empresas
identificadas como foco das pesquisas que estão
distribuídas em 61 cidades e 17 regiões
metropolitanas. Os estudos escolheram empresas de
médio e grande porte com relevância em seus
respectivos segmentos setoriais ou, ainda,
relevantes para as regiões onde estão localizadas.
Temas como condições de trabalho e vida precários,
direitos trabalhistas e benefícios diferenciados,
discriminação contra o trabalhador terceirizado,
dupla exploração com superposição de outras formas
de trabalho precário, jornadas de trabalho
exaustivas, maiores dificuldades de organização
sindical e de negociação coletiva, alta
rotatividade, insegurança para o recebimento do
salário e frequentes calotes com a falência das
empresas terceiras, condições perigosas e insalubres
de saúde e segurança e violação dos diretos são
temas mais presentes e as pesquisas apresentam farto
material que demonstram como essa ampliação da
exploração se dá através da terceirização.
Ou seja, não se trata de um caso pontual de “erro”
na aplicação da terceirização. A precarização é
estrutural nesse contrato de trabalho. Com uma gama
tão variada de setores e cidades/regiões não resta
dúvida de que a "competitividade" é conquistada com
a redução do custo do trabalho, que por sua vez,
precariza as condições de trabalho.
Esses estudos apresentam uma quantidade bastante
considerável de esferas na qual a precarização
intervém de modo negativo para os trabalhadores.
Alguns aparecem com bastante frequência, outros,
apesar da baixa frequência, demonstra como ela está
associada às piores formas de exploração do
trabalho, como, por exemplo, no caso do trabalho
infantil.
Adriana Marcolino é técnica do Dieese e mestranda
em Sociologia do Trabalho na Universidade de São
Paulo (USP)
Fonte: Rede Brasil Atual

30/08/2018 -
Desemprego em São Paulo fica estável em 17% no mês
de julho
A taxa de desemprego na região metropolitana de São
Paulo foi de 17% no mês de julho, mesmo percentual
do mês anterior, segundo a Fundação Seade e o
Dieese. Em julho de 2017, a taxa foi de 18,3%. O
contingente de desempregados foi estimado em 1,869
milhão de pessoas, 14 mil a menos que no mês
anterior.
Houve redução da população economicamente ativa, já
que 85 mil pessoas saíram do mercado de trabalho e
foram fechados 71 mil postos de trabalho. O nível de
ocupação diminuiu 0,8%, sendo que o contingente de
ocupados foi estimado em 9.125 mil pessoas. Em
relação a julho de 2017, esse nível diminuiu 0,4%.
Por setores, foi registrada queda de 60 mil postos
de trabalho (-1,1%) no setor de serviços, redução de
14 mil postos (-2,3%) na construção, e alta de 6 mil
postos ou (-0,4%) no comércio e reparação de
veículos automotores e motocicletas. A Indústria de
Transformação praticamente não variou, sofreu queda
de 2 mil postos (-0,1%).
Por regiões da região metropolitana de São Paulo, a
taxa de desemprego pouco variou no município de São
Paulo (de 16,3% para 16,2), diminuiu na região
leste, que inclui Guarulhos e Mogi das Cruzes, (de
19,7% para 19,0%), e subiu na região sudeste e
cidades do Grande ABC (de 17,0% para 18,2%).
Entre maio e junho deste ano, diminuiu o rendimento
médio real dos ocupados em 1,6% e o dos assalariados
em 1,4%, passando a equivaler a R$ 2.089 e R$ 2.157,
respectivamente. Entre junho de 2017 e de 2018, esse
rendimento caiu ocupados 1,4% entre os ocupados e
1,4% entre os assalariados.
Fonte: Agência Brasil

30/08/2018 -
Supremo adia decisão sobre terceirização de
atividade-fim das empresas
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou novamente
nesta quarta-feira (29) a conclusão do julgamento
sobre a constitucionalidade da terceirização da
contração de trabalhadores para a atividade-fim das
empresas. O julgamento foi iniciado há duas semanas
e será retomado amanhã (30), na quinta sessão
seguida que será realizada para julgar o caso.
O placar do julgamento está em 5 votos a 4 a favor
da terceirização. Faltam os votos do ministro Celso
de Mello e da presidente da Corte, ministra Cármen
Lúcia.
Na sessão desta tarde, somente os ministros Gilmar
Mendes e Marco Aurélio votaram sobre a questão.
Gilmar Mendes votou a favor da terceirização da
atividade-fim por entender que o Estado não pode
realizar o controle do mercado de trabalho. Para o
ministro, os custos da contratação formal levam os
trabalhadores para a informalidade.
"Eu tenho inveja enorme de quem consegue fazer essa
distinção entre atividade-meio e atividade-fim. Eu
penso que são pessoas iluminadas. Hoje, vendo o
debate que se faz e vendo que as empresas são todas
integradas, o que é uma atividade-meio, o que é uma
atividade-fim? ”, questionou Mendes.
Em seguida, Marco Aurélio entendeu que a prática da
terceirização é ilegal. Segundo o ministro, a
jurisprudência da Justiça trabalhista que impede a
terceirização está em vigor há mais de 30 anos.
"Hoje o mercado de trabalho é mais desequilibrado do
que era em 1943, quando da promulgação da CLT e do
afastamento da incidência das normas civilistas.
Hoje nós temos escassez de empregos e mão de obra
incrível, com um número indeterminado de pessoas
desempregados.", disse.
A Corte julga duas ações que chegaram ao tribunal
antes da sanção da Lei da Terceirização, em março de
2017. A lei liberou a terceirização para todas as
atividades das empresas.
Apesar da sanção, a Súmula 331, do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), editada em 2011, que proíbe a
terceirização das atividades-fim das empresas,
continua em validade e tem sido aplicada pela
Justiça trabalhista nos contratos que foram
assinados e encerrados antes da lei.
A terceirização ocorre quando uma empresa decide
contratar outra para prestar determinado serviço,
com objetivo de cortar custos de produção. Dessa
forma, não há contratação direta dos empregados pela
tomadora do serviço.
Nas sessões anteriores, os ministros ouviram
argumentos contrários e favoráveis à terceirização.
Fonte: Agência Brasil

30/08/2018 -
TSE pode julgar na sexta-feira o registro de
candidatura de Lula
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve convocar
para a próxima sexta-feira (31) uma sessão
extraordinária da Corte para analisar os últimos
pedidos de registros de candidaturas para a
presidência da República nas eleições de outubro. A
motivação é o início da propaganda eleitoral no
rádio e na televisão para o cargo, que começará no
dia seguinte.
Por volta das 21h, a presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, assinou a
decisão na qual convocou a sessão extraordinária
para sexta-feira (31), às 14h30.
Na sessão, pode ser julgado o pedido de registro do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto,
a pauta de julgamentos ainda não foi divulgada.
Lula está preso desde 7 de abril na sede da
Superintendência da Polícia Federal (PF) em
Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos e um
mês de prisão na ação penal do caso do triplex em
Guarujá (SP).
Em tese, o ex-presidente estaria enquadrado no
artigo da Lei da Ficha Limpa que impede a
candidatura de condenados por órgãos colegiados. No
entanto, o pedido de registro e a possível
inelegibilidade precisam ser analisados pelo TSE até
17 de setembro.
Fonte: Agência Brasil

30/08/2018 -
Índice de preços ao produtor tem alta de 1,13% em
julho
A alta acumulada de janeiro a julho chega a 9,84%
Os preços da indústria medidos pelo Índice de Preços
ao Produtor das Industrias Extrativas e de
Transformação (IPP) fecharam o mês de julho com alta
de 1,13%, resultado que chega a ser 1,14 ponto
percentual inferior à variação de 2,27% relativa ao
mês de junho. Com o resultado, a alta acumulada no
ano (janeiro a julho) chega a 9,84%.
Os dados do IPP foram divulgados nesta quarta (29)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Com o resultado de julho, a taxa acumulada
pelo IPP – que mede a evolução dos preços dos
produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e
fretes – nos últimos doze meses ficou em 15,89%.
A queda de junho para julho reflete variações
positivas de preço 20 das 24 atividades pesquisadas,
contra as 19 do mês de junho; e em uma das três
grandes categorias econômicas pesquisadas.
As informações do IBGE indicam que apenas o item
bens de capital entre as grandes categorias fechou
em alta, ao variar de 1% para 1,7%, de junho para
julho. O grupo bens intermediários fechou em queda,
ao passar de 2,86% para 1,56%, e bens de consumo, de
1,55% para 0,25%.
Já entre as atividades, as quatro maiores variações
observadas em julho ocorreram nas atividades
industriais de outros produtos químicos (4,98%),
perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,37%),
indústrias extrativas (2,37%) e produtos de metal
(1,89%).
Em termos de influência, sobressaíram outros
produtos químicos, com contribuição de 0,51 ponto
percentual para a taxa mensal de 1,13% do IPP;
metalurgia (0,15 ponto percentual) e indústrias
extrativas e veículos automotores, ambos com 0,10
ponto percentual.
Fonte: Agência Brasil

30/08/2018 -
Folga concedida depois de sete dias de serviço será
paga em dobro
A jurisprudência do TST prevê a remuneração em dobro
do repouso semanal nesse caso.
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou as Lojas Renner S. A. a pagar a uma
operadora de caixa, em dobro, os repousos semanais
remunerados (RSR) concedidos somente após sete dias
consecutivos de trabalho. A decisão segue a
jurisprudência do TST que considera que a concessão
de folga nessas condições viola o artigo 7º, inciso
XV, da Constituição da República, que lista como
direito dos trabalhadores o repouso
“preferencialmente aos domingos”.
Folga
Na reclamação trabalhista, a empregada afirmou que,
entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2014, a loja
descumpriu a jornada de seis dias de trabalho por um
de descanso. Em determinado período, disse que havia
trabalhado por oito dias sem folga.
O juízo da 5ª Vara do Trabalho de São Bernardo do
Campo (SP) julgou improcedente o pedido da empregada
por constatar que a Renner concedia folgas
compensatórias dentro da mesma semana de trabalho,
apesar de ter sido demonstrada a prestação de
serviços por até oito dias consecutivos. O Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região manteve a
sentença, com o entendimento de que apenas o
trabalho prestado em domingos e feriados não
compensados justificaria o pagamento em dobro.
TST
O relator do recurso de revista da operadora de caixa,
ministro Alexandre Luiz Ramos, assinalou que é
pacífico o entendimento do TST de que a concessão do
repouso semanal remunerado após o sétimo dia
consecutivo de trabalho implica o seu pagamento em
dobro. “Nesse sentido é o teor da Orientação
Jurisprudencial 410 da Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais”, afirmou.
A decisão foi unânime. Processo:
RR-1000668-13.2015.5.02.0465
Fonte: TST

30/08/2018 -
Produção da justiça estadual paulista é 28% acima da
média
Maior corte do país, o Tribunal de Justiça de São
Paulo é o segundo em produtividade por magistrado,
ficando atrás somente do TJ do Rio de Janeiro. A
conclusão é do relatório Justiça em Números de 2018,
divulgado na segunda-feira (27/8).
Conforme os dados do Conselho Nacional de Justiça, o
Índice de Produtividade por Magistrado (IPM) atingiu
2.363 em São Paulo, 28% acima da média nacional. O
do Rio de Janeiro, que ficou em primeiro, foi de
3.321. O número é calculado pela relação entre o
volume de casos baixados e o número de magistrados
que atuaram durante o ano na jurisdição.
Somente em 2017, de acordo com o relatório, a
quantidade de casos novos por magistrado em São
Paulo foi de 2.037 em primeiro grau e 1.918 casos em
segundo. Já a carga de trabalho por magistrado de
segunda instância foi de 3.339, enquanto na primeira
foi de 12.532.
O resultado do trabalho reflete na redução do
estoque. No último ano, a corte paulista baixou 5,4%
a mais que a quantidade de processos recebida.
Os números positivos, contudo, não impediram o
Conselho Nacional de Justiça de cobrar celeridade de
alguns magistrados, principalmente em relação aos
processos parados há mais de 100 dias, parâmetro
considerado razoável para aferição de morosidade.
No documento, a Corregedoria Nacional de Justiça
pede que o TJ-SP instaure pedido de providências
contra 63 desembargadores. Há também pedidos de
providência em relação a juízes de primeiro grau e
convocados em segundo grau.
Em nota, o TJ-SP afirmou que vai observar as
recomendações e que o relatório do CNJ "será um
importante instrumento para a adoção das melhores
estratégias de gestão". Com informações da
Assessoria de Imprensa do TJ-SP.
Fonte: Consultor Jurídico

29/08/2018 -
Ameaça ao trabalhador: STF pode liberar
terceirização sem limites
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal
(STF), alegou que a terceirização restrita à
atividade-meio “ignora a dinâmica econômica
moderna”. Ele votou a favor da terceirização sem
limites e, segundo representantes do movimento
sindical, ignorou a realidade de precariedade vivida
por milhões de terceirizados no Brasil. Nesta
quarta-feira (29), o Supremo prossegue julgando o
tema. Outros três ministros acompanharam o voto de
Fux.
Por Railídia Carvalho
Estão sendo julgados dois recursos que questionam a
constitucionalidade da Súmula 331, do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), que diz que a
terceirização é proibida para atividade-fim. Por
exemplo, em uma escola a atividade-fim é a educação,
portanto, neste local poderiam ser terceirizados
serviços de limpeza, vigilância e alimentação, entre
outras. Mas não se poderia terceirizar professores.
Essa interpretação é contestada pelo Recurso
Extraordinário (RE) 958.252, de autoria da Celulose
Nipo Brasileira (Cenibra) e a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 324,
proposta pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
As ações começaram a tramitar no STF antes da
aprovação da Lei 13.429, que aprovou a terceirização
irrestrita.
Terceirização avança no Metrô de SP
Nesta terça-feira (28), o Portal Vermelho entrevistou
o dirigente metroviário Wagner Fajardo sobre o tema.
Entre os aproximadamente 15 mil trabalhadores do
Metrô de São Paulo, entre quatro e cinco mil são
terceirizados. Atualmente, o sindicato dos
Metroviários do estado trava uma luta contra a
terceirização das bilheterias.
“As condições de trabalho dos terceirizados das
bilheterias do metrô é o exemplo de o quanto a
terceirização pode ser perniciosa”, afirmou Fajardo.
Segundo ele, os trabalhadores contratados pelo Metrô
para atuar nas bilheterias iniciavam com um salário
de R$ 2.200 e o teto poderia chegar a R$ 3.300.
“Foi contratada uma empresa quando o serviço foi
terceirizado que pagava R$ 800 para o trabalhador
fazer o mesmo serviço daquele funcionário do Metrô.
Sem direito a nenhum benefício, sem vale-refeição.
Uma jornada de seis horas com um salário miserável e
um mínimo de especialização e treinamento”, informou
o dirigente.
Redução de custos, maximização de lucros
O advogado trabalhista Magnus Farkatt assegurou ao
Portal Vermelho que terceirização no Brasil é
sinônimo de “mão de obra barata e explorada”. “Não é
chute. Posso afirmar de acordo com estudos feitos
pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) que, em média,
trabalhadores terceirizados recebem 25% a menos que
o trabalhador contratado pela tomadora de mão de
obra.”
Segundo Magnus, que é assessor jurídico da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o
argumento “pomposo” dos empresários para justificar
a terceirização se torna na prática uma forma de
“burlar a legislação” e “reduzir custos”. “Em vez de
usar a terceirização como forma de favorecer a
especialização, os empresários usam para reduzir
custos e maximizar lucros. Os terceirizados fazem a
mesma função dos contratados pela tomadora mas sem
as mesmas garantias trabalhistas.”
Acidentes de trabalho: 80% das vítimas sao
terceirizados
Estudo do Dieese e Central Única dos Trabalhadores
(CUT) aponta que em 2011 das 79 mortes ocorridas no
setor elétrico, 61 das vítimas eram terceirizadas.
Magnus lembrou que 80% dos acidentes com vítimas
fatais no Brasil acontecem com trabalhadores
terceirizados.
“Não tenho conhecimento de novos estudos após a
sanção da lei da terceirização irrestrita [março de
2017] e da implementação da reforma trabalhista
[novembro de 2017], que confirmou a terceirização de
todas as atividades, mas o fato é que a tendência é
esse quadro de insegurança, arrocho salarial e
precariedade se agravar. Não há sinais de que essas
distorções tenham sido superadas”, observou o
advogado.
Capital contra o trabalho
“Os que votaram em favor da terceirização sem limites
têm uma opinião, uma concepção liberal de economia,
que não escondem. Para eles não deve haver qualquer
limite para a liberdade de organização empresarial.
Tornar a empresa competitiva pode reverter em favor
da coletividade. Lamento que desconheçam a realidade
da terceirização no Brasil”, completou Magnus.
Fajardo classificou como um desastre para a
sociedade se a decisão no STF for pela terceirização
irrestrita. “A atitude do STF até aqui, com 4 votos
a favor da terceirização sem limites, demonstra o
caráter patronal e de proteção do capital que o STF
vem demonstrando em decisões que tem tomado”,
criticou.
De acordo com Magnus, o STF deve atribuir
repercussão geral ao resultado do julgamento. “Isso
significa que toda e qualquer ação tem que ser
julgada em conformidade com a decisão do Supremo.”
Fonte: Portal Vermelho

29/08/2018 -
Presidenciáveis e candidatos entram na disputa por
recursos do Sistema S
Em 2017, as organizações de formação profissional
e lazer vinculadas a entidades empresariais
receberam R$ 32 bilhões e são defendidas por líderes
do segmento que disputam estas eleições
Presidenciáveis e candidatos ao Congresso pretendem
entrar na disputa pelos recursos do chamado Sistema
S. Em 2017, segundo o Tribunal de Contas da União
(TCU), as 11 organizações vinculadas à entidades
empresariais que compõem o Sistema receberam R$ 32
bilhões.
Em 2015 e 2016, foram transferidos R$ 15,9 bilhões e
outros R$ 15,5 bilhões entre 2013 e 2015. Os
recursos são oriundos de contribuição obrigatória,
em torno de 1,5%, que incide sobre a folha de
pagamento das empresas, sujeito à fiscalização do
TCU e administrado por confederações empresariais
nacionais, como CNI (indústria), CNC (comércio), CNA
(Agricultura) e CNT (Transporte). Por conta disso,
entidades de trabalhadores denunciaram que parte dos
recursos é usada para financiar campanhas a favor de
projetos de interesses de entidades patronais, como
a reforma trabalhista.
As maiores entidades beneficiados são: Sesc (R$ 4,9
bilhões); Sebrae (R$ 3,3 bilhões); Senac (R$ 2,7
bilhões); Sesi (R$ 2,8 bilhões); Senai (R$ 1, 5
bilhão); Senar (R$ 829 milhões); Sest (R$ 498
milhões); Sescoop (R$ 353 milhões); e Senat (R$ 313
milhões). Os recursos são dedicadas à formação
profissional, atividades culturais e esporte dos
trabalhadores dos setores empresariais da economia,
a exemplo de Senai (indústria) e Senac (comércio),
Senar (agricultura) e Sebrae (micro e pequenas
empresas).
Fatia do bolo
Dois dos 13 presidenciáveis - Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) - incluíram propostas
sobre o Sistema S em seus programas de governo.
Outros, a exemplo de Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro
Dias (Podemos), fizeram referência à expansão de
cursos profissionalizantes, em que há expertise do
Sistema S.
Na proposta de governo de Lula, 70% dos recursos
destinados à gratuidade no Sistema S serão
destinados para o ensino público de nível médio. O
valor a ser retirado ainda não foi estimado, pois a
gratuidade varia em cada organização que compõe o
Sistema S. Ex-ministro da Educação na gestões de
Lula e de Dilma Rousseff, entre 2005 e 2012, o
ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad é um dos
defensores da ideia.
Vice de Lula, que está potencialmente inelegível por
conta da Lei da Ficha Limpa, Haddad deve assumir
como titular na chapa petista. Para o ex-ministro da
Educação, o Sistema S tem papel central na
construção de um ensino médio de melhor qualidade,
mas tem sido usado de forma errada. “O Sistema S se
apropria de dinheiro público e trata como privado. A
contar que eles não reconhecem a característica
pública”, argumentou. “Precisamos de mais
compromisso do Sistema S com o ensino médio. Vamos
exigir isso por lei.”
O plano de governo do candidato do PDT é mais
genérico.Ciro Gomes defende criar programas de
capacitação nos bolsões de desemprego das grandes
cidades, com o auxílio do Sistema S e das
instituições federais de ensino; além de oferecer
cursos voltados a jovens entre 15 e 29 anos que não
estudam nem trabalham.
Entre os que vão disputar uma cadeira na Câmara dos
Deputados também há propostas para a verba
bilionária. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
se for reeleito, promete agilizar a votação do
projeto que destina 25% dos recursos do Sistema S
para a segurança pública, tema de interesse do
eleitorado no Rio de Janeiro. E, em represália ao
fim do imposto sindical obrigatório aprovado na lei
da reforma trabalhista, o deputado Paulinho da Força
(SD-SP) prega na campanha o fim da contribuição
obrigatória ao Sistema S.
Em contrapartida, 11 presidentes de entidades
empresariais se licenciaram para disputar as
eleições. Prometem barrar propostas que retiram
recursos alegando defender a formação profissional.
Entre eles, Paulo Skaf, presidente licenciado da
Fiesp, candidato do MDB ao governo de São Paulo.
Vice-presidente da CNC (Comércio, Serviços e
Turismo), o deputado federal Laércio Oliveira (SE),
afirma que investir contra o Sistema S é um
contrassenso ao considerar que o país está em
crise.“Nenhuma ferramenta é mais decisiva do que ela
para superar a pobreza e a miséria.”
Para o professor de Finanças da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) Arthur Ridolfo Neto, as próprias
entidades que compõem o Sistema S deveriam ser
responsáveis por gerenciar e reorientar os recursos,
caso houvesse necessidade. Segundo ele, a destinação
das verbas pelo Executivo ou pelo Congresso abrem
espaço para a desconfiança. Ele acredita que seja
necessário mais controle dos recursos. “O Sistema
precisa ser aberto e ter um acompanhamento
independente, por alguma organização, por exemplo”,
disse. “O Sistema S não tem que acabar, tem é que
usar mais os recursos em cursos e treinamento.”
Fonte: DCI

29/08/2018 -
TRTs ignoram reforma trabalhista e reajustam
processos acima da inflação
Os Tribunais Regionais do Trabalho do país vêm
ignorando a nova CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) na correção de dívidas trabalhistas.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, eles
estão aplicando um índice mais vantajoso para os
empregados: dos 24 TRTs (Tribunais Regionais do
Trabalho), sete já contrariaram a reforma
trabalhista, em vigor desde 2017.
A matéria relata que "decisões dessas cortes
corrigiram passivos, como horas extras, com o IPCA-E
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial), uma
derivação do índice oficial de inflação" e que "a
nova lei estabeleceu a atualização dessas dívidas,
enquanto os processos correm na Justiça do Trabalho,
pela TR (Taxa Referencial), usada para remunerar a
poupança."
A rigor, o quadro que se tem é: enquanto a TR ficou
perto de 0% no acumulado do ano, o IPCA-E, medido
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), teve alta de 3,68%. Há ainda um juro
somado às ações: 1% ao mês.
A questão legal embutida na 'rebeldia' dos TRT's é
que o uso do IPCA-E se fundamenta em uma decisão do
STF (Supremo Tribunal Federal), feita em 2015.
Naquele momento, a corte determinou sua aplicação na
atualização de precatórios --dívidas públicas de
municípios, estados e União em ações judiciais.
A reportagem ainda destaca que "integrantes dos
tribunais de São Paulo (capital, região
metropolitana e Baixada Santista), Campinas
(interior paulista), Minas Gerais, Rio Grande do
Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia, mesmo após
a reforma, aplicaram o IPCA-E. Decisões ainda
afirmam que a mudança introduzida pela reforma é
inconstitucional."
Fonte: Brasil247

29/08/2018 -
Sindicatos apontam demissões da Latam como resultado
da 'reforma' trabalhista
Companhia divulgou na semana passada que 1,3 mil
de seus funcionários serão substituídos por
terceirizados. Entidades e trabalhadores alertam
para a precarização dos serviços
Sindicalistas do setor aéreo asseguram que as
demissões dos trabalhadores da Latam nos aeroportos
de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de
Janeiro, são reflexo do desmonte da legislação
trabalhista causado pela "reforma" de Michel Temer.
De acordo com as entidades representativas dos
trabalhadores, a terceirização, que será empregada
pela Latam para substituir os 1.300 funcionários
dispensados, irá afetar a qualidade dos serviços
prestados aos viajantes.
Na terça-feira da semana passada (21), a Latam
confirmou, em nota à imprensa, a Orbital/WFS como a
nova prestadora de serviços e afirmou que os
trabalhadores terceirizados iniciariam as atividades
na primeira semana de setembro. No entanto, em
entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil
Atual, o dirigente da Federação Nacional dos
Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac-CUT) Orisson
de Souza Melo afirmou que alguns destes
trabalhadores já estão exercendo atividades sem
equipamentos de segurança exigidos.
"Essa empresa que foi contratada pela Latam já
começa antes de iniciar efetivamente o contrato a
colocar os trabalhadores para trabalhar sem EPI
(equipamento de proteção individual), o mínimo de
segurança possível", aponta Melo. Os trabalhadores
demitidos destacam ainda que a companhia área agiu
com pouca transparência e de forma "desrespeitosa"
por mascarar os planos de demissão em massa que
estavam em curso.
As entidades sindicais conseguiram, em negociação
com a empresa na sexta-feira (24), algumas garantias
aos trabalhadores, como a extensão por um período de
seis meses do vale-alimentação e do plano de saúde.
"Conseguimos alguns benefícios no sentido de
abrandar. Abrandar porque o que ocorreu é, na
prática, o que a reforma trabalhista veio fazer, que
é precarizar (as relações de trabalho)", disse o
dirigente da Fentac-CUT.
Fonte: Rede Brasil Atual

29/08/2018 -
Confiança da Indústria recua e registra menor nível
desde janeiro
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,4
ponto de julho para agosto deste ano, fechando em o
mês em 99,7 pontos – o menor desde os 99,4 pontos
relativos a janeiro deste ano. Pela métrica de
médias móveis trimestrais, o indicador registrou a
terceira queda consecutiva e recuou 0,4 ponto, para
100 pontos.
Os dados do ICI de agosto foram divulgados nesta
terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre FGV) e
indicam que em agosto o Índice da Situação Atual
(ISA) caiu 1,1 ponto, para 97,9 pontos. A queda
reflete retração em 12 dos 19 segmentos do indicador
da Situação Atual.
Mantendo-se acima do nível neutro (de 100 pontos), o
Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 ponto, para
101,4 pontos. Ainda assim, a melhora das
expectativas atingiu apenas 9 dos 19 segmentos -
menos da metade.
Para a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV,
Tabi Thuler Santos, “a fragilidade da recuperação
industrial, retratada pela sondagem ao longo do ano,
culmina em agosto com o ICI registrando nível
inferior aos 100 pontos (baixa confiança) pela
primeira vez desde janeiro”.
De acordo com Tabi, “a escassez de boas notícias e
bons resultados, e o elevado nível de incerteza
mantido por questões internas e externas, tornam a
recuperação da confiança mais distante no horizonte
temporal”.
Fonte: Agência Brasil

29/08/2018 -
Economia piora para 72% dos varejistas, diz CNC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec)
recuou 2,5% de julho para agosto, na série
dessazonalizada, fechando o mês em 103,7 pontos. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (28), no
Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Ela atribui a queda “às frustrações decorrentes do
fraco desempenho da economia, que fizeram com que
72% dos empresários do varejo observassem
deterioração significativa do cenário econômico
brasileiro nos últimos meses”.
O levantamento mostra que o subíndice que analisa a
avaliação das condições da economia encolheu 6,1% na
passagem de julho para agosto e, pela primeira vez
em mais de dois anos, retrocedeu no comparativo
anual, ao cair 2,6% em relação a agosto do ano
passado.
Já a expectativa em relação ao desempenho econômico
do país, ao fechar agosto em 133,7 pontos, atingiu
seu menor patamar dos últimos 12 meses.
“A elevada incerteza do cenário político a menos de
um mês e meio do primeiro turno das eleições nos
leva a projetar um crescimento menor das vendas no
segundo semestre”, justificou o chefe da Divisão
Econômica da CNC, Fabio Bentes.
Para ele, “a desvalorização do real, o ritmo fraco
do mercado de trabalho, as pressões de custos e o
cenário externo mais desfavorável têm levado a
economia e o comércio ao mais fraco ritmo de
crescimento dos últimos meses”, enfatizou.
Geração de 34 mil postos de trabalho no varejo
Este cenário menos favorável ao consumo e as
expectativas menos positivas para o setor levaram o
subíndice relativo aos investimentos a acusar a
mesma tendência dos demais indicadores do Índice de
Confiança do Empresário do Comércio, recuando 0,9%
de agosto para julho.
Apesar deste cenário negativo, dentre os componentes
relativos aos investimentos, a contratação de
funcionários aponta o futuro de forma mais positiva:
acima dos 100 pontos, uma vez que mais da metade dos
empresários do setor (56,9%) ainda pretende aumentar
o quadro de funcionários nos próximos meses.
Com isso, a expectativa da CNC quanto à geração de
postos de trabalho no varejo ainda se mantém
positiva (+34 mil postos de trabalho em 2018), mesmo
ante o menor otimismo diante das previsões traçadas
no início do ano.
No ano passado, o comércio varejista já havia
registrado seu primeiro saldo positivo de vagas
formais, ao fechar o ano com a criação de 30,2 mil
postos de trabalho, após acumular corte de 351
empregos formais durante a recessão.
Fonte: Agência Brasil

29/08/2018 -
Aviso-prévio não cumprido será descontado na
rescisão contratual
O rompimento do vínculo de emprego foi por
iniciativa do empregado.
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou válido o desconto efetuado pela Voetur
Turismo e Representações Ltda. na rescisão
contratual de um supervisor de faturamento
correspondente ao aviso-prévio não cumprido por ele.
Desentendimento
O empregado contou que se desentendeu com o presidente
da empresa e com duas colegas por problemas no seu
setor. Uma testemunha confirmou o fato que resultou
na dispensa dele, não formalizada. O supervisor
disse que, depois, foi procurado pela filha do
proprietário, diretora da empresa, a qual se
retratou da dispensa. Mas, segundo ele, “o ambiente
ficou desgastante e a situação, insustentável”. Ao
encontrar um novo emprego, ele pediu demissão.
Novo emprego
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF)
confirmou a sentença favorável ao empregado. O TRT
considerou que a obtenção de um novo emprego, com
condições melhores de trabalho, é motivo justo para
o empregado se eximir da obrigação do cumprimento do
aviso-prévio e concluiu que o desconto realizado
pela empresa foi válido.
Licitude
A Voetur recorreu e conseguiu reverter a decisão no
TST. Segundo o ministro Alexandre Luiz Ramos,
relator do recurso de revista, diferentemente do
entendimento do Tribunal Regional, o artigo 487,
parágrafo 2º, da CLT dispõe que é lícito ao
empregador descontar do salário o valor
correspondente ao período do aviso-prévio não
trabalhado pelo empregado no momento do pagamento
das verbas rescisórias.
A decisão foi unânime. (Processo:
RR-2821-80.2013.5.10.0013)
Fonte: TST

29/08/2018 -
TJMG obtém o maior índice de conciliação em 2017
entre os tribunais de grande porte do país
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) obteve
o maior índice de conciliação - 18,8% - no ano de
2017 entre os tribunais de grande porte do país, de
acordo com o Relatório Justiça em Números divulgado
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta
segunda-feira, 27. O número indica o percentual de
sentenças homologatórias de acordo proferidas,
comparativamente ao total de sentenças e decisões
terminativas.
Segundo o documento, o tribunal mineiro também
alcançou o maior índice de conciliação no 1º grau,
com o percentual de 20,7% de acordos. Na fase de
execução, o índice foi de 11,9% e na de
conhecimento, de 24,5%.
Em toda a Justiça Estadual, havia, ao final de 2017,
982 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e
Cidadania (Cejuscs) instalados. Minas Gerais
encerrou o ano com 123 Cejuscs.
Fonte: Jusbrasil

28/08/2018 -
PGR denuncia Roberto Jefferson e Cristiane Brasil ao
Supremo
A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge,
denunciou nesta segunda-feira (27) ao Supremo
Tribunal Federal (STF) 26 investigados por suspeita
de fraudes no Ministério do Trabalho envolvendo a
concessão de falsos registros sindicais.
Entre os denunciados pelo crime de organização
criminosa estão o ex-ministro do Trabalho Helton
Yomura, o ex-deputado Roberto Jefferson e a filha
dele, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Os fatos foram investigados na Operação Registro
Espúrio, da Polícia Federal, deflagrada há um ano, a
partir de denúncia sobre concessão de falsos
registros sindicais.
Ao pedir que os acusados se tornem réus, Raquel
Dodge afirmou que eles participaram do esquema de
corrupção que consistia na cobrança de vantagens
indevidas em troca da concessão do registro de
entidades sindicais.
“Os elementos probatórios reunidos no inquérito
indicaram que representantes das entidades sindicais
ingressam no esquema criminoso em razão da
burocracia existente na Secretaria de Relações do
Trabalho, que dificulta – e muitas vezes impede – a
obtenção de registro àqueles que se recusam a
ofertar a contrapartida ilícita que lhes era
exigidas”, argumentou Raquel Dodge.
Na denúncia, a procuradora também pediu ao STF que
os acusados percam os cargos públicos e sejam
condenados ao pagamento de R$ 8 milhões em danos
morais e matériais pelos delitos.
Os deputados Nelson Marquezelli (PTB-SP), Jovair
Arantes (PTB-PB), Paulinho da Força (SD-SP) e Wilson
Filho (PTB-PB) também foram denunciados.
A denúncia será analisada pelo ministro Edson Fachin,
relator da investigação, e será julgada pela Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal. A data do
julgamento ainda não foi marcada.
Fonte: Agência Brasil

28/08/2018 -
Fiscalização contra sonegação beneficia 1 milhão de
trabalhadores
As fiscalizações do Ministério do Trabalho contra a
sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) e da Contribuição Social (CS) no primeiro
semestre deste ano resultaram em mais de R$ 2,4
bilhões em notificações e recolhimentos.
As ações atingiram 20,4 mil estabelecimentos em todo
o país.
O resultado deste primeiro semestre de 2018 é cerca
de 4% superior ao do mesmo período do ano passado e
30% maior quando comparado com os primeiros seis
meses de 2016.
Segundo informou nesta segunda-feira (27) o
Ministério do Trabalho, os fiscais emitiram 9,4 mil
notificações de dívidas de FGTS e CS que
beneficiaram aproximadamente 1,1 milhão de
trabalhadores.
Parte dos R$ 2,4 bilhões é recolhida no ato da
fiscalização, parte será cobrada pela Caixa
Econômica Federal e outra pela Procuradoria da
Fazenda Nacional.
Fonte: Agência Brasil

28/08/2018 -
Ciro defende Carlos Lupi de acusação de improbidade
O candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu
o presidente de seu partido, Carlos Lupi, que é
acusado de improbidade administrativa na Justiça
Federal do Distrito Federal. Em entrevista ao
programa jornal nacional da Rede Globo, o pedetista
disse ter certeza de que "ele [Lupi] é um homem de
bem". A pergunta sobre Lupi ocorreu enquanto Ciro
reafirmava sua 'missão pessoal' de combater a
corrupção.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo relata o
momento em que o apresentador do jornal, William
Bonner, questionou Ciro Gomes sobre Lupi: "o
candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018,
Ciro Gomes, confrontou a afirmação do apresentador
William Bonner de que o presidente de seu partido,
Carlos Lupi, é réu em um processo no Distrito
Federal e reafirmou a confiança total no dirigente.
'Carlos Luppi tem minha confiança cega', disse
Ciro."
A matéria também destaca a nota que Lupi soltou
sobre o caso: "em nota, Lupi afirmou que, 'em mais
de 30 anos de vida pública', jamais respondeu 'a
nenhum processo criminal e/ou fui investigado por
corrupção'. 'Reforço que sou ficha limpa e não
aceitarei que meu nome seja citado sem o devido
esclarecimento, na tentativa de me igualar a
políticos sob investigações gravíssimas de corrupção
e com o claro objetivo de prejudicar a candidatura
do combativo Ciro Gomes à Presidência do Brasil',
disse. Ciro se comprometeu a fazer esclarecimentos
em sua página na internet."
Fonte: Brasil247

28/08/2018 -
Aliado de Alckmin, Solidariedade promove Ciro entre
sindicalistas
Apesar de o Solidariedade, presidido pelo deputado
federal Paulinho da Força, fazer parte da coligação
de Geraldo Alckmin (PSDB), grande parte dos
sindicalistas da Força Sindical, entidade comandada
pelo congressista, está alinhada ao presidenciável
Ciro Gomes (PDT). A informação foi publicada pela
coluna Painel. Dirigentes estão organizando
encontros para pedetista em portas de fábricas e
redutos do sindicalismo. O candidato é esperado no
Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, dia 1º.
Ciro tem defendido propostas como tirar o nome dos
mais de 63 milhões de brasileiros do SPC, revogar a
reforma trabalhista e a PEC do Teto dos Gastos,
reverter a política entreguista do governo Michel
Temer, e tem dito que fará uso de plebiscitos e
referendos sempre que persistir um impasse com o
Congresso Nacional em uma proposta que o
presidenciável julgar como sendo de extrema
importância para a população.
O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) tem o maior
tempo de televisão, mais de cinco minutos, mas terá
a difícil missão de descolar sua imagem do governo
Michel Temer, o mais rejeitado desde a
redemocratização e que tem a sigla tucana como sua
principal aliada.
Fonte: Brasil247

28/08/2018 -
MPT diz que Bolsonaro demonstra descaso com a
democracia
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
divulgaram nota em repúdio as declarações do
presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, que em
discurso de campanha no sábado (25), em Catanduva
(SP), disse que a fiscalização do Ministério Público
do Trabalho atrapalha.
Bolsonaro disse que "um país que tem um Ministério
Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir
para frente". A nota classifica a declaração de
Bolsonaro como "inadmissível" e que ela revela
"desprezo institucional e preconceito contra os
direitos sociais dos trabalhadores brasileiros".
"É inadmissível que a atuação social eficaz do MPT
seja alvo de ataque por um político descrente do
projeto constitucional democrático, que se encontra
no exercício de mandato parlamentar há quase 30 anos
na Câmara dos Deputados", diz a nota.
Em outro trecho, os procuradores afirmam que ao
longo desse período, o Ministério Público do
Trabalho dedicou sua atuação à promoção de melhores
condições de trabalho, com respeito igualitário à
participação de mulheres, negros, homossexuais,
pessoas com deficiência e outras minorias no mercado
de trabalho. Bolsonaro é criticado e até réu em
ações por crime de racismo e discurso de
intolerância contra negros e homossexuais.
"O candidato demonstra descaso com uma das mais
importantes conquistas do processo de
redemocratização do país", diz outro trecho da nota
do MPT e a ANPT, apontando o papel desse órgão no
combate ao trabalho escravo e infantil e trabalho
pela melhoria das condições de trabalho e promoção
da liberdade sindical.
Assinada pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo
Curado Fleury, e o vice-presidente da ANPT, Helder
Santos Amorim, a nota enfatiza ainda que as
reclamações do piscicultor citadas po Bolsonaro de
que enfrenta dificuldades como "imposto, energia
cara e licença ambiental", "não guardam qualquer
relação com as atribuições" do órgão.
De acordo co eles, a atuação do MPT, "não raro,
atraem a ira de parcela do poder econômico sem
compromisso com os direitos sociais e individuais".
"Lamentável é que reação dessa natureza provenha de
candidato à chefia de Estado, a quem incumbe a
defesa do Estado Democrático de Direito", advertiu.
A nota ainda lembrou que o Hospital do Câncer de
Barretos, visitado por Bolsonaro no sábado em ato de
campanha, foi beneficiado por investimento de R$ 70
milhões resultado da ação trabalhista do MPT contra
a Shell.
O investimento é consequência de um acordo judicial
de reparação aos trabalhadores expostos a produtos
cancerígenos numa fábrica de agrotóxicos em Paulínea,
interior de São Paulo. O dinheiro serviu para a
construção do Centro de Pesquisa Molecular em
Prevenção de Câncer e o acordo ainda garantiu
atendimento vitalício a 1.058 trabalhadores
vitimados.
Fonte: Portal Vermelho, com informações de agências

28/08/2018 -
Márcio Pochmann: Indústria é nossa coluna vertebral
e vamos retomá-la
O economista Marcio Pochmann concedeu entrevista ao
programa "Brasil Primeiro", apresentando pelo
ex-ministro Aloizio Mercadante, explicando detalhes
do plano emergencial proposto pelo Partido dos
Trabalhadores para recuperar a economia do País que,
após o golpe de 2016, encontra-se destroçada pela
política de austeridade do governo Temer.
Na opinião de Pochmann, que é o coordenador do
programa econômico de Lula, "a indústria é a coluna
vertebral de todo País e precisa ser retomada com
urgência".
Ele condena a atual política econômica do governo
Temer, classificando-a como "ponte para o passado" e
diz que, caso o PT vença o pleito eleitoral, algumas
medidas serão tomadas a partir do dia primeiro de
janeiro. "Precisamos retomar as mais de sete mil
obras públicas paradas, movimentando a construção
civil, a própria recuperação do programa Minha Casa,
Minha Vida está no bojo dessa medida", elucida.
Pochmann ressalta que é fundamental recuperar o
setor produtivo do País. "Precisamos resgatar a base
industrial, neste sentido contaremos com o apoio do
Banco dos Brics, buscando, dessa forma, retomar o
pleno emprego", expõe.
"A indústria é a coluna vertebral de um País, não dá
para pensar num projeto de reindustrialização do
Brasil sem projetar investimentos em ciência e
tecnologia, caso contrário, continuaremos a produzir
produtos com baixo valor agregado".
O economista salienta que, com a nova guerra
comercial global, onde EUA e China disputam o
comércio mundial, é muito importante unir forças.
"Além de retomar a soberania, temos que repactuar
nossa relação com os países da América Latina",
observa.
Pochmann explica que o sistema tributário brasileiro
penaliza os mais pobres, argumentando que irá
liberar o máximo de impostos possíveis da base da
pirâmide social. ''Deixando claro que não estamos
trabalhando com o esvaziamento da carga tributária",
finaliza.
Fonte: Portal Vermelho

28/08/2018 -
CEF antecipa crédito dos lucros do FGTS a 90 milhões
de trabalhadores
A partir desta segunda (27), os trabalhadores já
podem visualizar o valor da distribuição dos
rendimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) em sua conta vinculada. Foram distribuídos R$
6,23 bilhões, para 90,72 milhões de trabalhadores,
em 258 milhões de contas vinculadas.
O crédito dos resultados estava previsto para o
último dia do mês, mas foi antecipado pela Caixa
Econômica Federal para 26 de agosto.
Os trabalhadores poderão sacar os valores de acordo
com as regras tradicionais de saque do FGTS,
estabelecidas pela Lei 8.036/90, como nos casos de
demissão sem justa causa, aposentadoria e término de
contrato por prazo determinado, entre outros.
Conforme a Lei 13.446/2017, o percentual de
distribuição de resultados do FGTS é de 50% do lucro
líquido do exercício anterior. Como o lucro líquido
do FGTS em 2017 foi de R$ 12,46 bilhões, foram
distribuídos R$ 6,23 bilhões. A lei estabelece que
os valores creditados nas contas dos trabalhadores
sejam proporcionais ao saldo da conta vinculada
apurada no dia 31 de dezembro do ano anterior.
De acordo com a Caixa, o resultado distribuído não
integra o saldo da base de cálculo do depósito da
multa rescisória, medida que preserva também o
empregador.
Tanto em 2016 como em 2017, a distribuição de
resultados do FGTS levou o índice de atualização do
fundo a patamares superiores ao da inflação prevista
para 2018, de 4,5%. A rentabilidade das contas do
fundo, nesse ano, passou de 3,8% ao ano para 5,59%
ao ano.
“A iniciativa de melhoria da rentabilidade das
contas do FGTS, por meio da distribuição de
resultados, atende a uma reivindicação antiga dos
trabalhadores brasileiros, sem comprometer a
sustentabilidade do FGTS”, diz a Caixa, em nota.
O trabalhador pode consultar o crédito de
distribuição de resultados no site
www.resultadosfgts.caixa.gov.br. Outra opção de
atendimento aos trabalhadores é o próprio site da
Caixa, o aplicativo FGTS ou ainda através de
cadastro e recebimento dos extratos por meio do SMS
FGTS.
Fonte: Agência Brasil

28/08/2018 -
Participação de sindicato para validade de acordo
firmado entre MPT e empresa pública é tema de
repercussão geral
O Supremo Tribunal Federal (STF) discutirá, em sede
de repercussão geral, se sindicatos que representam
empregados diretamente afetados por acordo celebrado
em ação civil pública devem necessariamente ser
parte na ação. A matéria é objeto do Recurso
Extraordinário (RE 629647), interposto pelo
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas
no Estado de Roraima (Stiuer). O sindicato pretende
a declaração da nulidade de acordo judicial
homologado em ação civil pública relativa à
contratação de empregados pela Companhia de Águas e
Esgotos de Roraima (CAER) sem a prévia aprovação em
concurso público.
A ação civil pública foi ajuizada em 2003 pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT), que pedia o
afastamento dos trabalhadores contratados pela CAER
sem concurso. Após a homologação do acordo, que
resultou na dispensa de 400 empregados, o Stiuer
apresentou ação rescisória visando desconstituir o
acordo celebrado.
Um dos argumentos apresentados pelo sindicato na
ação rescisória foi o fato de não ter sido citado na
ação civil pública, o que violaria o direito de
defesa dos trabalhadores diretamente afetados pelo
acordo. A rescisória foi julgada improcedente pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, e o
recurso ordinário foi desprovido pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST), com o entendimento de
que o litisconsórcio, na ação civil pública, é
meramente facultativo, e não obrigatório.
No RE 629647, o Stiuer reitera a alegação de ofensa
aos princípios da ampla defesa e do contraditório,
considerando que o acordo resultou na demissão
sumária de aproximadamente 98% dos empregados da
CAER sem a sua participação. Em setembro de 2011, o
relator do RE, ministro Marco Aurélio, deferiu
liminar para suspender a dispensa imediata dos
empregados até o julgamento final do recurso.
No Plenário Virtual, o ministro se pronunciou no
sentido de estar configurada a repercussão geral e
ressaltou que está em jogo o direito ao devido
processo legal. “Tem-se quadro no qual, em ação
civil pública, foi formalizado acordo, obrigando-se
a tomadora dos serviços a cessar relações jurídicas
com 400 empregados”, observou. “Cumpre ao Supremo
examinar o tema, pacificando-o considerada a
Constituição Federal”.
Fonte: STF

28/08/2018 -
Baixo valor da causa não impede recurso em matéria
constitucional
A discussão envolve o reconhecimento de norma
coletiva sobre trabalho aos domingos.
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou cabível recurso do Ministério Público do
Trabalho (MPT) em ação que visa à suspensão de
cláusulas que vedam o trabalho aos domingos no
comércio de Umuarama (PR). Como se trata de matéria
com natureza constitucional, a Turma entendeu que o
baixo valor atribuído à causa não impede a
interposição de recurso.
Trabalho aos domingos
A ação foi ajuizada pelo VV B Supermercado Ltda.
visando à anulação da cláusula do acordo firmado
entre empregados do comércio e lojistas de Umuarama
que, segundo a empresa, inviabilizava a abertura nos
domingos e feriados e gerava “severos prejuízos”. O
juízo de primeiro grau acolheu parcialmente o pedido
e autorizou o trabalho aos domingos nas lojas da
rede.
Valor da causa
Contra a sentença o MPT recorreu ao Tribunal Regional
do Trabalho da 9ª Região (PR), mas o recurso não foi
conhecido com fundamento na Lei 5.584/70. O artigo
2º, parágrafo 4º, da lei prevê que não cabe recurso
quando o valor da causa não exceder de duas vezes o
salário mínimo, salvo quando se tratar de matéria
que possua natureza constitucional. No caso, a rede
de supermercados atribuiu à causa o valor de R$ 500.
Para o TRT, o MPT só poderia recorrer ao Supremo
Tribunal Federal.
Matéria constitucional
No exame do recurso de revista do MPT, o relator,
ministro Hugo Carlos Scheuermann, observou que o
recurso ordinário do MPT versa sobre matéria
constitucional. “Além de invocar o direito
fundamental ao lazer, articula com o reconhecimento
das convenções e acordos coletivos de trabalho”,
explicou. Assim, entendeu que o caso se enquadra na
exceção prevista na lei.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
de revista e determinou o retorno do processo ao
Tribunal Regional para que, afastada a premissa do
não cabimento do recurso ordinário do MPT, prossiga
no seu exame. Processo: RR-267-73.2012.5.09.0325
Fonte: TST

27/08/2018 -
Aposentados começam a receber 1ª parcela do décimo
terceiro
Aposentados e pensionistas começam a receber nesta
segunda-feira (27) a antecipação da primeira parcela
do décimo terceiro. De acordo com a Secretaria de
Previdência, o depósito será feito junto com a folha
mensal de pagamentos do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) até 10 de setembro, conforme a Tabela
de Pagamentos de Benefícios 2018.
A estimativa é de que essa antecipação injete na
economia do país R$ 20,7 bilhões em agosto e
setembro. Segundo o INSS, 29,7 milhões de
beneficiários terão direito a receber a primeira
parcela do abono anual, que corresponde à metade do
valor do benefício.
A exceção é para quem passou a receber o benefício
depois de janeiro de 2018. Nesse caso, o valor será
calculado proporcionalmente.
Não haverá desconto de Imposto de Renda nesta
primeira parcela. O tributo será cobrado apenas em
novembro e dezembro, quando for paga a segunda
parcela.
Tem direito ao décimo terceiro quem, durante o ano,
recebeu benefício previdenciário de aposentadoria,
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente,
auxílio-reclusão ou salário-maternidade.
Aqueles que recebem benefícios assistenciais, como
Prestação Continuada e Renda Mensal Vitalícia, não
têm direito ao abono anual.
Desde 2006, o governo antecipa a primeira parcela do
décimo terceiro dos aposentados e pensionistas na
folha de agosto.
Somente em 2015, o pagamento foi adiado para
setembro, por causa do ritmo fraco da economia e da
queda da arrecadação.
Fonte: Agência Brasil

27/08/2018 -
Câmara Federal: renovação ou circulação no poder?
De acordo com os dados preliminares, dos atuais
513 deputados, 407 tentarão a reeleição, além de
outros 18 suplentes que assumiram o mandato nesta
legislatura, todos com reais chances de eleição.
Antônio Augusto de Queiroz*
A próxima composição da Câmara dos Deputados terá o
menor índice de renovação real, entendendo-se como
tal apenas os nomes que nunca ocuparam cargos
públicos. A renovação real será absolutamente
residual. O que haverá será uma circulação no poder.
Isso é o que indica levantamento preliminar das
empresas Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical e
MonitorLeg Comunicação Legislativa, segundo o qual a
maioria das vagas abertas em decorrência da
desistência dos atuais deputados e da não reeleição
serão ocupadas majoritariamente por ex-ocupantes de
cargos públicos — nomeados ou eleitos —
caracterizando uma circulação no poder e não
renovação de fato.
De acordo com os dados preliminares, dos atuais 513
deputados, 407 tentarão a reeleição, além de outros
18 suplentes que assumiram o mandato nesta
legislatura, todos com reais chances de eleição.
Para disputar as vagas que não forem preenchidas por
esses candidatos que exerceram o mandato na atual
legislatura, existe um exército de candidatos que já
exerceram cargos públicos, e que são competitivos,
porque tem nome conhecido e serviços prestados,
conforme detalhado a seguir.
O maior número de postulantes a uma vaga na Câmara
dos Deputados, com reais chances de eleição, vem das
Assembleias Legislativas. Pelo menos 104 deputados
estaduais concorrem ao cargo de deputado federal.
O segundo maior contingente de candidatos
competitivos são ex-deputados federais, 50 ao todo.
O terceiro grupo mais competitivo são os
ex-secretários estaduais, num total de 27.
Ainda entre os candidatos competitivos, podemos
mencionar 6 senadores, entre os quais Aécio Neves
(MG) e Gleisi Hoffmann (PR), que concorrem à Câmara
com grandes chances de eleição, 5 ex-governadores,
como Camilo Capiberibe (AP) e Ana Júlia Carepa (PA),
igualmente com muita chance de eleição, e 3
ex-ministros de Estado, entre os quais o ex-ministro
da Cultura Marcelo Calero e o ex-ministro da Saúde
Alexandre Padilha, que podem conseguir se eleger
deputado federal. Além disso, também concorrem 18
suplentes muito bem votados na eleição de 2014, mas
que não tiveram a oportunidade de exercer o mandato,
como Luiz Carlos Motta, atual PR e que concorreu
pelo PTB de São Paulo.
Por esses dados preliminares, pode-se concluir que a
maioria absoluta das vagas da Câmara da Câmara dos
Deputados serão ocupadas pelos atuais parlamentares,
que forem reeleitos, e por ex-ocupantes de cargos
públicos, conforme demonstrado acima.
Nesse cenário sobrarão poucas vagas para os
efetivamente novos, entendidos como tal, aqueles
candidatos que nunca exerceram cargos públicos na
vida. E sobre estes cabe uma reflexão particular,
considerando a expectativa da população — que vai
ser frustrada — por uma renovação grande e
qualitativa.
Pelos dados preliminares do referido levantamento,
essas poucas vagas a serem preenchidas pelos
candidatos que nunca exerceram cargos públicos,
serão ocupadas por candidatos oriundos das igrejas
evangélicas, como o Marcelo Crivela Filho e o pastor
Paulo Bengtson (PTB-PA), por policiais ativos e
reformados — das polícias Civil, Militar, Federal e
das Forças Armadas, especialmente do Exército — como
o capitão Alberto Neto (PRB-AM) e coronel Wellington
(DEM-DF), e por parentes de políticos tradicionais,
como Daniela Cunha (MDB-RJ), filha de Eduardo Cunha,
Fernando James (PTC-AL), filho de Collor e Otto
Alencar Filho (PSD-BA), contribuindo para ampliar as
bancadas evangélica, da bala e de parentes.
A participação de endinheirados na eleição
proporcional, por força da drástica redução do tempo
de campanha e da limitação dos gastos, não terá
tanta importância como nos pleitos passados,
perdendo espaço para as oligarquias e para
beneficiários do momento conservador e
moralista-justiceiro que vivemos no Brasil,
especialmente os evangélicos, policiais linha dura e
parentes.
É curioso que o aumento da consciência política da
população, a partir da maior difusão de informações
sobre os políticos em geral, especialmente pelas
redes sociais, traga como resultado o fortalecimento
do status quo. Isso é produto da capacidade de
sobrevivência dos detentores de mandato, que
modificaram a legislação eleitoral em proveito
próprio, de um lado reduzindo o tempo de campanha e,
de outro, negociando acesso privilegiado ao fundo
eleitoral.
Para que houvesse renovação real seria necessário,
além de maior tempo de campanha, equidade no uso dos
recursos do fundo eleitoral e do horário eleitoral
gratuito, que serão canalizados preferencialmente
para os candidatos à reeleição. Além disto, seria
preciso que a população que deseja a renovação não
se abstivesse de votar e também não votasse branco
ou nulo, porque essa postura só reforça o status quo.
Portanto, a composição da nova Câmara terá a
presença majoritária de rostos e nomes conhecidos,
além de mais parentes de políticos tradicionais,
policiais linha dura e líderes das igrejas
evangélicas, reforçando a visão liberal-fiscal atual
e ampliando a agenda conservadora em relação aos
costumes, comportamentos e moral. Essa tendência só
será revertida se as pessoas que desejam renovação
derem sua contribuindo indo votar e votando em gente
nova.
(*) Jornalista, consultor e analista político,
diretor de Documentação do Diap e Sócio-Diretor da
Queiroz Assessoria.
Fonte: Diap

27/08/2018 -
Bancários e Metalúrgicos resistem à nova CLT
Sindicatos, como o de bancários e o de metalúrgicos,
se articulam para barrar em suas convenções
coletivas novas formas de contratação liberadas pela
reforma trabalhista, em vigor desde novembro do ano
passado. O Sindicato dos Bancários de São Paulo quer
propostas como contratos intermitentes, quando não
há jornada fixa regular, trabalho autônomo e
terceirização.
De acordo com o sindicato, a Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban), não deu uma resposta formal para
demandas sobre as formas de contratação.
O presidente da federação dos metalúrgicos da CUT
São Paulo, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão,
afirmou que "a lógica de mercado e produção muito
sazonal, algumas empresas estão trabalhando com
estoque zero. Em um determinado período do ano a
produção aumenta por duas semanas, depois reduz, e a
demanda pelo intermitente começa a chegar", afirma.
Os relatos foram publicados no jornal Folha de S.
Paulo.
Segundo Ivo Dall'Acqua Junior, vice-presidente da
Fecomercio-SP, empresários da área não estão
confiantes quanto à aplicação do contrato
intermitente. "Queremos o reconhecimento da
possibilidade, mas entendemos que para acolher esse
sistema é preciso negociar as reais condições",
afirma o empresário. "Como proceder com uma
trabalhadora intermitente que engravida, por
exemplo? Quais são os critérios para a remuneração
no período de afastamento? A lei não explica isso",
diz Dall'Acqua.
Fonte: Brasil247

27/08/2018 -
Trabalhadores atingidos pela 'reforma' trabalhista
sofrem com 'uberização'
Relatório do projeto Reconexão Periferias analisa
as novas configurações de exploração do trabalho,
que atendem ao mercado sem nenhum tipo de garantia
social
A “reforma” trabalhista e os avanços tecnológicos
têm impulsionando o surgimento de novas
configurações da exploração do trabalho, segundo o
dossiê “Informalidade: Realidade e Possibilidade”,
elaborado pelo projeto Reconexão Periferias, da
Fundação Perseu Abramo. Divulgado nessa quinta-feira
(23), o levantamento trata do avanço da
informalidade nas relações trabalhistas, sobretudo
pelo que classifica como “uberização” que, segundo
os organizadores, atende às necessidades do mercado
sem nenhum tipo de garantia social.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) referentes ao último trimestre de 2016
indicam que 45% da força de trabalho ativa, estimada
em 90 milhões de pessoas, estaria na informalidade
e, ao contrário do que se repercute, poucos são
empreendedores bem sucedidos. De acordo o dossiê, a
maioria dos trabalhadores informais é de empregados
domésticos, camelôs, motoboys, entre outras
atividades com baixa remuneração encontradas como
saída na crise econômica.
Para o diretor do Centro de Estudos das Relações de
Trabalho e Desigualdades (Ceert), Daniel Teixeira, o
discurso de estimulação do empreendedorismo responde
a uma “roupagem para a desproteção social”. “A
informalidade é um lugar desproteção social, em
geral, o grande vilão dessa questão”, explica.
"Tem uma multidão de trabalhadores que passa a ser
recrutada conforme as necessidades do mercado,
remunerada estritamente naquilo que produz e não tem
nenhum tipo de garantia, direito, segurança e
estabilidade. A uberização é esse processo de
transformar o trabalhador em um trabalhador
informal, disponível ao trabalho", explica a
socióloga Ludmila Abilio.
Fonte: Rede Brasil Atual

27/08/2018 -
Garimpeiros são resgatados em regime de trabalho
escravo no Pará
Trinta e oito trabalhadores, incluindo oito
cozinheiras, foram encontrados em condições
consideradas desumanas
em garimpo ilegal para a extração de ouro
Uma ação de fiscalização no Pará encontrou 38 homens
e mulheres em condições análogas à de escravos em um
garimpo instalado para extração ilegal de ouro na
Floresta Nacional do Amana, em Itaituba, no oeste do
estado. Segundo os responsáveis pela operação, os 30
garimpeiros e as oito cozinheiras obedeciam, em
condições desumanas, uma série de regras impostas
pela proprietária do garimpo, Raimunda Oliveira
Nunes.
O procurador do Ministério Público do Trabalho do
Pará (MPT-PA) Allan Bruno explicou ao Seu Jornal, da
TVT, que os trabalhadores, encontrados na
quinta-feira (16), estavam alojados de forma
inadequada em barracões de lona sem estruturas
sanitárias, cumpriam longas jornadas e trabalhavam
para pagar as dívidas da cantina de suprimentos,
chefiada por Raimunda. "A água era fornecida através
de uma cacimba, que é um buraco cavado no chão até
que surge água. Ela era utilizada tanto para o
consumo humano como a lavagem de roupas e até para a
utilização de alguns animais", descreve.
À ONG Repórter Brasil, o chefe da Divisão de
Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo
(do Ministério do Trabalho), Maurício Krepsky,
afirmou que os auditores fiscais autuaram a
proprietária, fixando verbas salariais e rescisórias
a serem pagas aos trabalhadores resgatados, no valor
de R$ 366.812, já previsto no Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC). Segundo o procurador, se a
proprietária não aceitar a proposta, o MPT entrará
com ação civil pública.
Fonte: Rede Brasil Atual

27/08/2018 -
Sebrae, Sesi e demais entidades do Sistema S não
podem cobrar contribuições diretamente de filiados
O juiz de Direito Pedro Camara Raposo Lopes, da 33ª
vara Cível de Belo Horizonte/MG, extinguiu sem
resolução de mérito ação do Sesi contra uma
construtora pedindo a condenação da sociedade
empresária ao pagamento de contribuições não pagas
no período de 2010 a 2015.
Conforme o magistrado, as entidades integrantes do
chamado Sistema S, de que fazem parte, dentre
outras, o Senai, o Senac, o Sesc e o Sebrae, com a
vigência da lei 11.457/07, que unificou a atividade
fazendária Federal, já não podem mais cobrar
diretamente de seus filiados as suas contribuições.
Esses valores são devidos às entidades por força do
artigo 240 da CF e incidem sobre a folha de salários
das empresas filiadas.
“A novel legislação, ao promover a unificação da
arrecadação tributária federal, inclusive no que se
refere às contribuições sub examine, ressalvado o
produto da arrecadação, revogou a competência
tributária anteriormente concedida ao demandante,
consoante autorização constante em norma da lei
geral sobre matéria tributária, qual seja, o artigo
7º do Código Tributário Nacional.”
Dessa maneira, portanto, a atividade de cobrança
judicial e extrajudicial das contribuições para o
Sistema S, conclui o magistrado, ficará a cargo da
União, por intermédio da Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional.
Processo: 0024.16.508849-6
Fonte: Migalhas

27/08/2018 -
Sindicato pode atuar na fase de execução em nome de
seus representados
Apesar das situações individuais, a origem da lesão
é comum.
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou o Sindicato dos Empregados em Empresas de
Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo (SEEVISSP)
legítimo para executar os valores reconhecidos em
favor de seus representados em ação coletiva movida
contra a Lógica Segurança e Vigilância Ltda. e o
Município de São Paulo. “Não se pode conceber que,
por um lado, o sindicato tenha legitimidade para
postular os direitos trabalhistas em nome da
categoria e, por outro lado, a sua presença venha a
configurar um obstáculo à execução da sentença da
forma mais célere e efetiva para os trabalhadores”,
afirmou a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda.
Cesta básica
A empresa e o município foram condenados a fornecer
cesta básica de R$ 105,25 por mês aos vigilantes
contratados para prestar serviços à Secretaria
Municipal do Verde e do Meio Ambiente. A obrigação
abrangia todo o período do contrato. A sentença,
porém, determinou a habilitação individual de cada
empregado representado para promover a execução. O
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
manteve a sentença, determinando o ajuizamento de
ações individuais para o cumprimento das obrigações.
Legitimidade
O sindicato, no recurso de revista, sustentou que a
atuação das entidades sindicais em favor da
categoria que representam é ampla, geral e
irrestrita e deve ser exercida durante todas as
fases do processo, “notadamente na execução, com a
apresentação de cálculos e todas as demais
providências decorrentes”.
Segundo a relatora do recurso, ministra Kátia
Magalhães Arruda, a decisão do TRT violou o artigo
8º, inciso III, da Constituição da República, que
atribui ao sindicato a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria.
Para ela, as circunstâncias individuais de cada
trabalhador substituído não afastam a origem comum
da lesão ao direito e não impedem que o sindicato,
que atuou como substituto processual na fase de
conhecimento, ajuíze a ação de execução da sentença
coletiva.
A ministra citou precedente (RE-210.029) em que o
Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a
legitimidade dos sindicatos é ampla e abrange a
liquidação e a execução dos créditos reconhecidos
aos trabalhadores. “Por se tratar de típica hipótese
de substituição processual, é desnecessária qualquer
autorização dos substituídos”, concluiu. A decisão
foi unânime. (Processo: ARR-509-78.2014.5.02.0059)
Fonte: TST

27/08/2018 -
Contagem de prazo processual poderá considerar
apenas dias úteis
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) está pronta para votar, em decisão final,
projeto de lei do senador Airton Sandoval (MDB-SP)
que estabelece a contagem de prazos de processos
administrativos federais apenas em dias úteis. A
proposta recebeu parecer favorável da relatora,
senadora Marta Suplicy (MDB-SP).
O PLS 35/2018 reforça norma estabelecida pelo Novo
Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015).
Outra medida sugerida pelo projeto é a suspensão
dessa contabilização entre os dias 20 de dezembro e
20 de janeiro ou por motivo de força maior,
devidamente comprovado. Se houver feriado local no
curso da contagem, a parte interessada terá que
comprovar o fato e fazer o seu registro no ato de
protocolo de manifestação, defesa ou interposição de
recurso.
Segundo assinalou na justificativa do projeto,
Airton Sandoval decidiu apresentá-lo seguindo
sugestão da Associação dos Advogados de São Paulo.
Na avaliação do senador, a mudança se faz necessária
porque tribunais têm ignorado a contagem de prazos
processuais estabelecida no Código Civil.
Ao defender a aprovação do projeto, Marta considerou
“inegável” a conveniência e oportunidade do texto.
“A proposição traz para o processo administrativo
federal sistemática de contagem de prazo idêntica à
prevista no novo Código de Processo Civil, o que
reduz a insegurança jurídica e promove desejável
uniformização”, reconheceu a relatora no parecer.
Recesso forense
Pela Lei Orgânica da Justiça Federal (Lei 5.010, de
1966), já é recesso forense o período entre 20 de
dezembro e 6 de janeiro. De acordo com o Código
Civil, nesse período não podem ser praticados atos
processuais, exceto por casos de tutela de urgência
ou citações, intimações e penhoras. Também não são
suspensos, entre outros casos, os processos de
nomeação ou remoção de tutor e curador, ações de
alimentos e procedimentos de jurisdição voluntária e
necessários à conservação de direitos, quando
puderem ser prejudicados pelo adiamento.
Marta apresentou três emendas ao texto. Duas delas
fazem ajustes de redação, enquanto a última
determina a vigência imediata da lei que resultar da
aprovação da proposta.
Depois de passar pela CCJ, o projeto só vai ser
votado pelo Plenário do Senado se houver recurso
nesse sentido de um décimo dos senadores.
Fonte: Agência Senado

27/08/2018 -
Exposição a agentes cancerígenos gera contagem
especial de tempo, define TNU
Quem trabalha em ambiente exposto a agentes
cancerígenos tem direito à contagem de tempo
especial para fins previdenciários. Foi o que
definiu a Turma Nacional de Uniformização dos
Juizados Especiais Federais em resposta a um pedido
ajuizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), questionando acórdão da Turma Recursal de
Santa Catarina.
Ao julgar o pedido sobre a matéria, a seção fixou a
seguinte tese:
A redação do art. 68, § 4º, do Decreto 3.048/99 dada
pelo Decreto 8.123/2013 pode ser aplicada na
avaliação de tempo especial de períodos a ele
anteriores, incluindo-se, para qualquer período:
desnecessidade de avaliação quantitativa; e ausência
de descaracterização pela existência de Equipamento
de Proteção Individual (EPI)”.
Segundo o TNU, o agente cancerígeno deve constar na
Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos
(Linach) e é suficiente para a comprovação de
efetiva exposição do trabalhador.
No processo, o INSS pediu a reforma de decisão do
colegiado catarinense que reconheceu como especiais
os períodos em que um trabalhador foi exposto a um
agente químico, independentemente do tempo que
exerceu a atividade.
O argumento do INSS era que o reconhecimento da
especialidade pela exposição aos agentes só poderia
ser concretizado a partir da vigência da Lista
Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos. E
para períodos anteriores, o reconhecimento da
especialidade dependeria da quantificação do agente
nocivo.
A relatora do processo, juíza federal Luísa Hickel
Gamba, negou provimento à tese do INSS. “Deve ser
ratificado o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça no sentido de que a lei que rege o tempo de
serviço é aquela vigente no momento da prestação do
labor. Por outro lado, deve ser reconhecido que os
critérios trazidos pelo novo Decreto, por serem
meramente interpretativos, podem retroagir”, afirmou
a magistrada.
Em seu voto, a relatora apontou que essa constatação
é suficiente para fazer a distinção entre o processo
e o entendimento do STJ. “Não há retroatividade do
Decreto 8.123/2013, mas reconhecimento de que, pela
extrema nocividade dos agentes cancerígenos, nunca
poderia ter havido limite de tolerância”, afirmou.
Com informações da Assessoria de Imprensa do
Conselho da Justiça Federal.
Fonte: Consultor Jurídico

24/08/2018 -
Esquema obscuro garante custeio de sindicatos dos
patrões
Pouco mais de um ano após a reforma trabalhista, o
fim do imposto sindical obrigatório desestruturou as
finanças dos sindicatos de trabalhadores; por outro
lado, entidades patronais ganharam reforços de
recursos por meio do chamado "Sistema S" – conjunto
de organizações que inclui Senai, Sesc, Sesi e
Sebrae mantidas com contribuições recolhidas da
folha de pagamento de empresas.
Por Rute Pina
Em fevereiro, por exemplo, um decreto assinado pelo
presidente golpista Michel Temer (MDB) obrigou a
reserva dos recursos da qualificação dos
trabalhadores rurais pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar) para as entidades
patronais do setor agrícola: 5% para o financiamento
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) e outros 5% para as federações estaduais.
A Senar integra o Sistema S. Esse modelo de
transferência segue o que já existe em outros
setores, como indústria e comércio. Hoje, o Sistema
S é a principal fonte de recursos das entidades
patronais.
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), a
soma das receitas diretas e indiretas das 11
organizações do Sistema S ultrapassou R$ 24,3
bilhões em 2017. Além disso, segundo levantamento do
jornal Valor Econômico, as confederações nacionais e
federações regionais de indústria e comércio
receberam em 2016 quase R$ 1 bilhão em repasse
público do Sistema S para administrar das entidades.
O dirigente da organização Intersindical Edson
Carneiro Índio critica a decisão do repasse do Senar
às entidades patronais: "Isso demonstra essa falácia
de dizer que o fim do imposto sindical é para
democratizar. É o contrário. É para esmagar a
resistência dos trabalhadores e fortalecer o
sindicalismo cartorial dos empresários", afirma
Carneiro.
As organizações que integram o sistema são
conhecidas por oferecerem treinamento profissional e
educacional, assistência social e atividades
esportivas e culturais a preços acessíveis.
Mas o dirigente destaca a falta de transparência na
administração das organizações, que transforma o
Sistema S em uma "caixa-preta". "É claro que, com o
volume de recursos que eles têm, eles podem ter
presença maior nas cidades, principalmente com o
Sesc. No entanto, elas têm um patrimônio fabuloso,
uma arrecadação extraordinária e não tem nenhum
controle social e público desse recurso", pontua.
O professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas
(FGV) Arthur Ridolfo Neto pondera a importância dos
cursos profissionais e atividades oferecidos pelas
entidades do Sistema S, mas também afirma que há
falta de monitoramento desses recursos. "O que se
questiona é quanto está sendo utilizado efetivamente
nos programas e quanto está sendo utilizado nesta
administração do sistema", diz.
Em 2016, o valor de recursos parados no caixa do
Sesc, Senac, Sesi, Senai e Sebrae era de quase R$
17,4 bilhões. O professor da FGV questiona a
necessidade de reserva financeira. "Qual razão de
uma entidade dessas captar recursos compulsórios das
empresas e parte desses recursos ficar em uma conta
reserva financeira? Alguém comprovou necessidade? É
estranho porque eles têm fluxo constante de
recursos, que é compulsória. A aplicação financeira
não é o objetivo final da entidade, que seria o
ensino e formação profissional."
Palanque político
O modelo do Sistema S, com origem na década de 1940
durante o governo de Getúlio Vargas, no período de
incentivo à industrialização e de criação da
legislação trabalhista, é defendido como legado por
candidatos ligados às entidades patronais.
O jornal Folha de S. Paulo publicou que pelo menos
dez comandantes de federações estão licenciados em
todo o país para se candidatar nas eleições de
outubro deste ano.
Este é o caso de Paulo Skaf (MDB), presidente
licenciado da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) que concorre ao cargo de
governador. Ele está à frente da federação desde
2004, há 14 anos.
De acordo com a mesma reportagem, das 99
confederações e federações pesquisadas, cerca de 40%
está no poder há mais de oito anos. Em alguns casos,
os presidentes estão no poder das federações há mais
de 30 anos — em tese, os sindicatos patronais seguem
as mesmas regras dos sindicatos dos trabalhadores.
Para Índio, da Intersindical, os representantes
utilizam o espaço para se projetarem politicamente.
"Paulo Skaf é um industrial que não produz sequer um
parafuso e vive, na verdade, do rentismo e se
utiliza desse dinheiro público que chega aos cofres
da Fiesp para fazer populismo, para se promover",
criticou.
"Isso sem nenhuma fiscalização, nenhum controle
estatal e muito menos dos trabalhadores, na medida
que também é dinheiro nosso", completa.
Na mesma linha, o representante da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) no Conselho Nacional do Senai,
José Roberto Nogueira da Silva, afirma que o Sistema
tem que cumprir um papel social.
"É um dinheiro que a gente tem que saber onde está
sendo colocado e se, de fato, está atingindo os
objetivos estabelecidos quando nasceu o Sistema S",
diz. "A sociedade enxerga isso como uma grande
ferramenta para treinar jovens. Então, é essa
fiscalização que a gente tem que ter, sem dúvidas,
de onde está sendo empregado esse dinheiro."
Na mira
Para aumentar transparência, Ridolfo Neto, da FGV,
sugere auditorias ou comitês de avaliação externos
das atividades das organizações. "Qualquer entidade
que recebe recursos de maneira compulsória tem que
prestar contas de maneira detalhada", avalia.
O TCU verifica, por meio de uma auditoria, dados das
entidades do Sistema S, como balanços patrimoniais e
receitas arrecadadas, desde setembro do ano passado.
“Potenciais desvios ou má aplicação de recursos
impactam negativamente na atuação finalística desses
entes”, diz o acórdão do TCU que autorizou a
auditoria.
O pedido de investigação foi feito pelo Congresso
Nacional. As organizações estão sujeitas à
fiscalização do órgão por arrecadarem e gerenciarem
recursos públicos.
Fonte: Brasil de Fato

24/08/2018 -
País registra 47,3 mil novas vagas em julho
Crescimento do emprego formal chega a mais de 448
mil novos postos de trabalho no resultado acumulado
do ano e
a 286 mil vagas abertas em 12 meses
O emprego formal no Brasil teve expansão no mês de
julho, com a abertura de 47.319 novos postos de
trabalho, uma variação de +0,12% em relação ao
estoque de empregos do mês anterior. Os dados são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado nesta quarta-feira (22) pelo
Ministério do Trabalho (MTb). A alta no emprego
formal em julho foi resultado de 1.219.187 admissões
e 1.171.868 desligamentos.
No acumulado do ano, o país chega a 448.263 novos
empregos, uma variação de +1,18% em relação ao
estoque de empregos no final de 2017. Já no
resultado dos últimos 12 meses, o Caged registra o
acréscimo de 286.121 vagas formais, alta de +0,75%.
Setores Econômicos
Houve crescimento do emprego formal em seis dos oito
setores econômicos. A maior expansão foi dos setores
de Agropecuária (17.455 postos), Serviços (14.548
postos) e Construção Civil (10.063 postos).
A Indústria de Transformação (4.993 postos), os
Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup)
(1.335 postos) e a área Extrativa Mineral (702
postos) também tiveram saldos positivos. Os recuos
foram nos setores de Administração Pública (-1.528
postos) e Comércio (-249 postos).
Fonte: MTb

24/08/2018 -
Brasil poderá levar 10 anos para repor postos de
trabalho fechados
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente
Ganz Lúcio, apesar do resultado positivo de julho
Brasil ainda
tem saldo de vagas distante do postos de trabalho
fechados
Se a atual dinâmica de abertura de empregos se
confirmar como tendência, o Brasil levará 10 anos
para repor os postos de trabalho que foram fechados
nos últimos três, segundo o diretor-técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Apesar do resultado
positivo registrado em julho no Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), ele ponderou que
a economia segue em baixa e com reflexos sobre o
mercado de trabalho.
A criação de pouco mais de 47 mil vagas no mercado
formal responde ao primeiro resultado positivo
registrado para o mês em seis anos e que levará ao
resultado de 2018 a um número estimado em 200 mil a
300 mil vagas – muito aquém do postos de trabalho
eliminados. "É uma dinâmica muito baixa para a
necessidade que o mercado de trabalho brasileiro tem
para repor os postos fechados e atender aqueles que
chegam no mercado."
O diretor-técnico destaca ainda que os dados do
Caged revelam uma “rotatividade do mercado“ indicada
pela alta no volume de pessoas que são demitidas e
depois contratadas. Uma substituição que tem
possibilitado ao mercado rebaixar os salários. O
que, para Clemente, reflexo novas modalidades de
contratação, flexíveis e informais.
Fonte: Rede Brasil Atual

24/08/2018 -
Assédio moral no trabalho deve ser crime, defendem
convidados de audiência
Propostas de criminalização do assédio moral no
trabalho foram debatidas nesta quarta-feira (23)
pela Comissão Senado do Futuro (CSF). A audiência
pública fez parte do ciclo de debates 2022: O Brasil
que queremos, voltado à discussão de medidas para o
desenvolvimento social, tecnológico e econômico
brasileiro até o ano em que se comemora o
bicentenário da independência do país.
A discussão foi sugerida pelo presidente da
comissão, senador Hélio José (Pros-DF). Para ele, o
assunto precisa ser debatido para que a legislação
seja aperfeiçoada e o assédio eliminado das relações
de trabalho.
— O assédio moral é a exposição dos trabalhadores a
situações humilhantes e constrangedoras repetitivas
e prolongadas durante a jornada de trabalho e no
exercício de suas funções. Não podemos admitir o
assédio moral, sexual e nenhum tipo de coação ou de
pressão contra o trabalhador.
A necessidade de se debater o tema também foi
defendida por Maura Lúcia Gonçalves dos Anjos,
coordenadora geral do Coletivo Nacional de
Trabalhadores Assédio Nunca Mais. Ela explicou que o
grupo surgiu da sua experiência com o assédio e tem
o objetivo de amparar pessoas em igual situação.
— É um sofrimento que não consigo relatar aqui. O
assédio moral é uma coisa que deixa o profissional
afastado dele mesmo e de suas funções. Uma situação
tão degradante que você não consegue reagir. Eu
passei por assédio moral durante três anos. Ele vai
te roubando toda a possibilidade de se firmar como
pessoa e como profissional e você vai adoecendo.
O coletivo propõe a criação de duas novas normas,
uma que criminalize o assédio moral e outra que
reconheça o sofrimento de assédio como uma doença do
trabalho. Maura alerta ainda que muitas vezes as
pessoas só procuram ajuda quando chegam em uma
situação extrema e prolongada de assédio, podendo
chegar até ao suicídio.
Sem norma
Já Ricardo José das Mercês Carneiro, procurador do
trabalho e membro da Coordenadoria Nacional de
Promoção de Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade),
afirmou que há pouquíssimas normas de alcance geral
no Brasil, a maior parte é de âmbito estadual ou
municipal.
Ele destacou que a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) é insuficiente porque não prevê punição ao
assediador, exceto quando se trata de assédio
corporativo, não vale para o servidor público e e
não abarca os vários tipos de assédio.
— É fundamental que se tipifique o crime relacionado
com o assédio moral. O Ministério Público do
Trabalho é a favor da criminalização do assédio
moral que atenda tanto ao setor público quanto ao
setor privado — afirmou.
Ricardo disse ainda que é preciso ter cautela na
criação de uma nova legislação para que esta não
banalize o crime e não seja excessivamente analítica
ou inaplicável. Ele sugere que a conduta seja
enquadrada como crime formal, sem a exigência da
produção do resultado para a ocorrência do crime, e
como delito simples, possível de ser praticado por
qualquer pessoa.
Na falta de legislação, João Paulo Ferreira Machado,
auditor fiscal do Ministério do Trabalho, recomenda
que as vítimas de assédio moral interpessoal anotem
com detalhes as ocorrências e evitem ficar sozinhas
com os assediadores. Na identificação da conduta,
ele recomenda que a vítima recorra aos superiores
hierárquicos do assediador e às ouvidorias
institucionais, além de sindicatos e Ministério
Público.
Cenário
No Brasil, segundo Ricardo Carneiro, o assédio moral
no trabalho está muito relacionado a situações de
caráter discriminatório. As principais vítimas são
as mulheres, negros, pessoas com deficiência e com
idade avançada. Ele afirma ainda que a perpetuação
da prática está relacionada também ao cenário
econômico do país.
— O assédio moral é uma violência de caráter global,
mas no caso brasileiro ela assume uma faceta cruel
na medida em que vem somada a um contexto de crise
econômica e desemprego.
Dados sobre o cenário brasileiro de assédio moral
foram expostos por Juneia Martins Batista,
secretaria nacional da Mulher Trabalhadora da
Central Única dos Trabalhadores (CUT). Uma pesquisa
de 2015, realizada pelo site de oportunidades de
emprego VAGAS.com, indicou que 47,3% dos
entrevistados já haviam sofrido assédio moral.
Destes, 87,5% não denunciaram as ocorrências,
principalmente pelo medo de perder o emprego (39%) e
de sofrer represália (31,6%).
Fonte: Agência Senado

24/08/2018 -
INSS vai recorrer de acréscimo de 25% em
aposentadorias
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai
recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) de conceder acréscimo de 25% no benefício
mensal pago pela Previdência Social a todos os
aposentados que precisam de auxílio permanente de
terceiros. O órgão informou que aguarda a publicação
da decisão para análise do julgamento e,
principalmente, para interposição dos recursos
cabíveis.
A decisão foi tomada na quarta-feira (22) por 5
votos a 4 pela Primeira Seção da Corte. Antes da
decisão, o acréscimo era garantido somente para
aposentados por invalidez que precisavam pagar um
cuidador, conforme está previsto na Lei de
Benefícios Previdenciários, norma que específica os
benefícios aos quais os segurados têm direito.
Conforme o entendimento do STJ, o adicional será
pago mesmo nos casos em que o aposentado recebe o
teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
definido em R$ 5.645,80 para 2018.
A decisão da Primeira Seção deve servir de base para
outros processos que estão em tramitação na Justiça
Federal em todo o país.
Fonte: Agência Brasil

24/08/2018 -
STF volta a suspender julgamento. Por enquanto, 4 a
3 pró terceirização
Ministra Rosa Weber afirmou que prática ilimitada
vai "nivelar por baixo" o mercado de trabalho
O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu mais
uma vez o julgamento sobre os limites da
terceirização. Pouco antes das 18h desta
quinta-feira (23), a presidenta da Corte, Cármen
Lúcia, suspendeu a sessão, que será retomada na
próxima quarta (29).
Por enquanto, quatro ministros consideram
constitucional a terceirização em todos os setores
da economia, independentemente de se tratar, ou não,
da atividade principal da empresa: Luís Roberto
Barroso, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias
Toffoli. Três se manifestaram contra: Edson Fachin,
Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Faltam votar
Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e
Celso de Mello.
Ontem, o STF retomou julgamento conjunto de dois
processos sobre o tema, a Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 324 e o Recurso
Extraordinário (RE) 958.252, o primeiro ajuizado por
uma entidade patronal e o segundo, por uma empresa.
Os dois relatores, Barroso e Fux, concordaram com o
ponto de vista patronal, considerando a prática
lícita em todas as etapas da produção.
Na retomada do julgamento, hoje, o ministro
Alexandre de Moraes marcou 3 a 0 para o setor
empresarial, afirmando que a Constituição adotou o
sistema capitalista e portanto "não se pode impor
uma única forma de organização gerencial". Ainda
segundo ele, desde os anos 1970 os países europeus
deixaram de fazer distinção entre atividade-fim e
atividade-meio. Na Europa também se adota o contrato
coletivo de trabalho e jornadas reduzidas, que no
Brasil costumam ser refutadas pelo setor patronal.
O ministro Edson Fachin manifestou concordância com
a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
questionada no julgamento. "Não há mácula à
independência dos poderes. Nada impede a atuação do
Judiciário, sobretudo neste caso, à luz da CLT."
Rosa Weber também se posicionou contra a
terceirização ilimitada e reafirmou entendimento de
que o trabalho é um valor humano e não uma
mercadoria, conforme havia dito a procuradora-geral
da República, Raquel Dodge. "Não se cogita de Estado
social ou Estado democrático de direito que não se
assente em sólida proteção ao trabalho e equilíbrio
entre os valores sociais do trabalho e a livre
iniciativa", afirmou.
Ela disse ainda que "a permissividade em relação à
terceirização não gera empregos", sustentando que
impor limites à prática não restringe a liberdade de
contratação. "A liberação da terceirização da
atividade-fim tenderá a nivelar por baixo nosso
mercado de trabalho."
Na sequência, Dias Toffoli, futuro presidente do
STF, avaliou que as duas correntes na Corte
mostravam "fundamento formal e preocupação com a
questão social". Mas ele considerou a visão
favorável à terceirização ilimitada mais coerente
com a realidade de um mundo globalizado, em que as
empresas podem transferir atividades para onde
considerarem mais vantajoso. "É óbvio que isso não
quer dizer que temos de ir à precarização do
trabalho, à desproteção", disse, mesmo assim votando
a favor da terceirização. "Não é uma desautorização
ao Tribunal Superior do Trabalho, à Justiça do
Trabalho", observou, mas um "posicionamento diante
da realidade".
Ricardo Lewandowski anunciou que tinha um voto de 30
páginas, mas em razão do horário limitou-se a
acompanhar os votos divergentes dos relatores,
somando-se a Fachin e Rosa. Em seguida, a presidenta
da Corte, Cármen Lúcia, suspendeu a sessão.
Fonte: Rede Brasil Atual

24/08/2018 -
Exigência de depósito prévio para custeio de perícia
é ilegal
A decisão segue a Reforma Trabalhista e a
jurisprudência do TST.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho cassou a
ordem de antecipação de honorários periciais a serem
pagas pela Arosuco Aromas e Sucos Ltda., de Manaus
(AM). A decisão seguiu a jurisprudência do TST e a
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017).
A discussão teve início em reclamação trabalhista
ajuizada por um técnico operador fabril que alegava
ter adquirido doenças ortopédicas por ter de
carregar engradados de bebidas que pesavam até 10
Kg. Para demonstrar sua alegação, ele pediu a
realização de prova pericial médica.
Honorários periciais
O juízo da 9ª Vara do Trabalho de Manaus determinou a
realização da perícia, a fim de apurar se as doenças
adquiridas de fato tinham como causa as atividades
desenvolvidas por ele na empresa. Para tanto,
arbitrou o valor de R$ 2,5 mil a ser custeado pela
empresa.
Contra essa decisão, a Arosuco impetrou mandado de
segurança sustentando que o ônus da prova deveria
recair sobre o empregado que alegou a ocorrência de
lesão. Afirmou ainda que os honorários periciais são
suportados pela parte perdedora (sucumbente) no
objeto da perícia.
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM),
no entanto, entendeu não haver ilegalidade na
exigência. Para o TRT, em casos como esse, o
trabalhador é, em regra, beneficiário da justiça
gratuita, e quem suportará o efetivo pagamento dos
honorários periciais será a União, o que afastaria o
argumento de que a empresa não conseguiria o
reembolso caso fosse vencedora no objeto da perícia.
Ilegalidade
No exame do recurso da Arosuco contra a decisão no
mandado de segurança, o relator, ministro Emmanoel
Pereira, observou que o TST já consolidou
entendimento sobre a ilegalidade da exigência de
depósito prévio para o custeio de perícia
(Orientação Jurisprudencial 98 da SDI-2). E lembrou
que a Reforma Trabalhista acrescentou o parágrafo 3º
ao artigo 790-B da CLT, com a mesma tese contida na
OJ 98.
O ministro assinalou ainda que Instrução Normativa
27 do TST faculta ao juiz exigir o depósito prévio,
mas ressalva as demandas decorrentes da relação de
emprego. “A ação da qual resultou o ato discutido
neste mandado de segurança versa exatamente sobre
relação de emprego. Logo, não é possível a exigência
de depósito prévio dos honorários periciais”,
concluiu.
Por unanimidade, a SDI-2 deu provimento ao recurso
ordinário e concedeu a segurança a fim de cassar a
ordem de antecipação dos honorários.
Processo: RO-518-66.2017.5.11.0000
Fonte: TST

23/08/2018 -
Relatores no STF decidem a favor da terceirização
sem limites
Para relator Luiz Fux, súmula do TST que veda
prática na atividade-fim é inconstitucional.
Barroso não vê relação entre terceirização e
precarização
Ao retomar o julgamento sobre duas ações que tratam
da terceirização, os relatores no Supremo Tribunal
Federal (STF) foram favoráveis à prática sem
restrições, conforme querem as empresas. O
entendimento difere da Súmula 331 do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), que veda a medida em
atividades-fim das empresas e tem sido o único
instrumento para barrar uma terceirização
desenfreada no país.
O julgamento ocorre com uma nova lei em vigor, a
13.429, que libera a terceirização, mas para o
ministro Luiz Fux a prática já era válida mesmo
antes. Ele considerou inconstitucional a Súmula 331,
"por violação aos princípios da livre iniciativa e
da liberdade contratual". A sessão foi interrompida
no final da tarde e continuará nesta quinta-feira
(23).
Fux é relator do Recurso Extraordinário (RE)
958.252, em que a Celulose Nipo Brasileira (Cenibra)
questiona decisão do TST contrária à terceirização
na empresa. O sindicato da categoria argumentou a
favor da posição da Corte trabalhista, procurando
demonstrar uma ligação entre terceirização e
precarização nas relações de trabalho. Mas o
ministro foi favorável à empresa e afirmou que a
"dicotomia entre a atividade-fim e a atividade-meio
é imprecisa, artificial e ignora a dinâmica
econômica moderna".
O STF julga também a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) 324, proposta pela
Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que
pede reconhecimento de inconstitucionalidade da
interpretação da Justiça do Trabalho sobre
terceirização. A entidade empresarial afirma que a
Súmula 331 fere a liberdade de contratação.
Relator da ADPF, Luís Roberto Barroso também se
manifestou a favor da livre iniciativa e afirmou que
o movimento sindical deve se adaptar às mudanças. "A
terceirização não enseja por si só precarização do
trabalho, violação da dignidade do trabalhador ou
desrespeito a direitos previdenciários. É o
exercício abusivo de sua contratação que pode
produzir tais violações", disse o ministro.
Já a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
havia defendido a improcedência da ADPF e a não
aceitação do recurso. Segundo ela, o trabalho deve
ser visto como direito humano e não como
"mercadoria".
Fonte: Rede Brasil Atual

23/08/2018 -
Vagas abertas em julho: salário médio 9% menor e
mais emprego precário
Saldo em julho foi de 47.319 vagas formais, segundo
o Caged. Quem entra ganha, em média, 9,2% menos do
que quem sai. Parte dos empregos vem do trabalho
intermitente ou parcial
O mercado formal de trabalho abriu 47.319 vagas em
julho, melhor resultado para o mês em seis anos,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho,
que divulgou os resultados no final da tarde desta
quarta-feira (22). O estoque de vagas com carteira
avançou 0,12%, para um total de 38,317 milhões –
eram 41 milhões em igual mês de 2014.
Mais uma vez, o salário de quem entra é menor do que
o de quem sai. E parte dos empregos vem do trabalho
intermitente ou parcial, ocupações consideradas
precárias criadas pela "reforma" trabalhista.
Os setores de agropecuária e de serviços foram os
principais responsáveis pela abertura de empregos
com carteira no mês passado, com saldo de 17.455
(1,07%) e 14.548 (0,09%), respectivamente. Na
construção civil, foram criadas 10.063 vagas,
aumento de 0,49%.
De janeiro a julho, o saldo do Caged chega a 448.263
vagas, crescimento de 1,18%. A maior parte vem dos
serviços: 298.457 (1,78%). Em 12 meses, esse setor
responde pela quase totalidade dos empregos formais.
O Caged tem saldo de 286.121 (0,75%) e os serviços,
de 248.481 (1,48%). Depois vem o comércio, com
55.660 (0,63%).
Em julho, o salário médio de admissão foi de R$
1.536,12, segundo o Caged. Já o ganho médio dos
demitidos era de R$ 1.692,42. Diferença de -9,2%.
Apenas o trabalho intermitente, com menor grau de
proteção e ganho, respondeu por 3.399 vagas. E o
trabalho parcial, por 813.
Fonte: Rede Brasil Atual

23/08/2018 -
PDT cria Comitê Sindical Nacional para apoiar Ciro
Gomes
A coordenação da campanha Ciro Presidente - PDT -
quer o candidato mais próximo do sindicalismo e das
categorias profissionais. Passo nesse rumo foi dado
em Brasília, nesta quarta (22), com a criação do
Comitê Sindical Nacional do PDT, integrado por
dirigentes de diversos setores e diferentes
entidades de classe.
Uma das decisões é produzir materiais específicos
aos trabalhadores, com reivindicações baseadas no
documento do Movimento Sindical pedetista intitulado
“O trabalho no centro do projeto nacional” e também
na Agenda Prioritária da Classe trabalhadora, das
Centrais.
Além de sintonizar a agenda de Ciro Gomes com as
demandas sindicais atuais, há ideia de que o
trabalhista participe de visitas a locais de
trabalho e de atos unitários, entre os quais a
defesa da Embraer, que corre risco de ser sucateada
na operação de compra pela Boeing.
Mais - Milton Cavalo (Movimento Sindical
Nacional do PDT): (11) 98276.9306.
Fonte: Agência Sindical

23/08/2018 -
Ciro contradiz Kátia Abreu e diz ser contra reforma
trabalhista
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes,
contradisse a candidata a vice, Kátia Abreu, e
afirmou que ambos são contrários à reforma
trabalhista. "O que ela quis dizer é que vamos
revogá-la (a reforma)", afirmou, em evento nesta
terça-feira, 21, em Guarulhos, com candidatos a
deputado do PDT e com o postulante ao governo
paulista do partido, Marcelo Cândido. "Isso (de ser
favorável à reforma trabalhista) foram vocês
(jornalistas) que disseram."
Em evento na segunda-feira, 20, na capital paulista,
Kátia Abreu disse que era um "mito" que Ciro seja
contrário à reforma trabalhista. "Ninguém vai fazer
uma revolução sobre isso. A gente não vai retroagir
na questão do imposto sindical, por exemplo. Mas
retroagir em normas que foram aprovadas para o bem,
absolutamente", afirmou, após participar de evento
da Associação Brasileira das Empresas de Software
(Abes).
"Como ela pode ser favorável se votou contra?",
questionou Ciro.
No evento da segunda-feira, Kátia Abreu explicou que
votou contra o projeto pela forma como foi feito. "A
base de Michel Temer não queria votar a reforma no
Senado e só fez quando (Romero) Jucá apresentou os
oito pontos. O que a gente quer é discutir mudanças,
para início de conversa", disse.
Fonte: Estadao

23/08/2018 -
No segundo turno, Bolsonaro perde para Alckmin, Ciro
e Marina, diz pesquisa
Levantamento do Datafolha indica que candidato do
PSL venceria o petista Fernando Haddad (PT)
Pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta
quarta-feira, 22, aponta que o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSL) perderia em um eventual segundo
turno para Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin
(PSDB) e Ciro Gomes (PDT). O candidato do PSL
venceria, contudo, em uma disputa com Fernando
Haddad (PT).
Os números apontam, ainda, que Bolsonaro tem a maior
rejeição entre os presidenciáveis: 39% dos eleitores
afirmam que não votariam no candidato "de jeito
nenhum". Em seguida aparece o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela
Operação Lava Jato, com 34%. Geraldo Alckmin é
rejeitado por 26% dos eleitores, seguido por Marina
Silva (25%) e Ciro Gomes (23%). Haddad é o menos
rejeitado entre os principais candidatos, com 21%.
Na projeção de segundo turno entre Marina Silva e
Bolsonaro, a candidata da Rede tem 45% das intenções
de voto, contra 34% do candidato do PSL. Já o tucano
Geraldo Alckmin aparece com 38%, contra 33% de
Bolsonaro. Em relação a Ciro Gomes, a disputa é mais
apertada: 38% para o pedetista contra 35% para o
candidato do PSL. O cenário em que Bolsonaro leva
vantagem é contra Fernando Haddad - a pesquisa
indica 38% das intenções de voto para Bolsonaro,
contra 29% para o ex-prefeito de São Paulo.
O mesmo levantamento mostra que Bolsonaro tem 22%
das intenções de voto e lidera a disputa no cenário
sem o ex-presidene Lula. A seguir vem Marina Silva
(Rede), com 16%. Ciro Gomes aparece em terceiro, com
10%, seguido por Geraldo Alckmin, com 9%. Alvaro
Dias (Podemos) e Fernando Haddad aparecem com 4%.
João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) têm 2%
das intenções de voto. Vera, Daciolo, Boulos e João
Goulart Filho (PPL) têm 1%. Eymael (DC) não pontuou.
As intenções de voto do Datafolha são semelhantes às
da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na
segunda-feira. O Datafolha ouviu 8.433 eleitores
entre os dias 20 e 21 de agosto. A margem de erro é
de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral
sob o protocolo BR 04023/2018.
Fonte: Estadao

23/08/2018 -
Pesquisa revela que trabalho informal cresceu 7,7%
em um ano no Rio
O trabalho informal cresceu 7,7% no segundo
trimestre deste ano, comparativamente ao segundo
trimestre do ano passado, no Rio de Janeiro. A
informação consta de levantamento divulgada nesta
quarta-feira (22) pela Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio
RJ), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Fecomércio, o levantamento, ao apontar
crescimento da informalidade no segundo trimestre
deste ano no estado do Rio de Janeiro, revela que o
número de empregados do setor privado sem carteira
assinada saltou de 7,9% para 8,2% em relação ao
trimestre anterior, um crescimento de 0,3 ponto
percentual.
O aumento da informalidade pode ser medido a partir
dos indicadores relativos à queda no número de
trabalhadores com carteira assinada, que passou de
39,5% nos primeiros três meses deste ano, para 38,4%
no segundo trimestre – uma queda de 1,1 ponto
percentual.
Na comparação anual, a perda foi ainda maior: de
41,1% no ano passado para 38,4% neste ano, queda de
2,7 ponto percentual. “É o menor índice de emprego
formal desde 2014”, assegura a Fecomércio.
Segundo a entidade, os índices de informalidade no
estado do Rio de Janeiro cresceram mais que os
relativos à informalidade nos outros estados da
federação.
Trabalhadores por conta própria
Os dados levantados pela Fecomércio da pesquisa
mostram que, com o recorte da situação do emprego no
estado do Rio, a partir das informações da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, o
número de trabalhadores por conta própria alcançou
no Rio de Janeiro o maior índice da série histórica
desde 2014, quando a crise se tornou mais forte.
Nesse período, o menor patamar registrado do índice
foi no primeiro trimestre de 2014, com 21,1% dos
entrevistados afirmando estarem nesta situação.
Fonte: Agência Brasil

23/08/2018 -
Uso da capacidade instalada da indústria sobe para
68% em julho
O indicador de utilização da capacidade instalada da
indústria brasileira subiu de 66% em junho para 68%
em julho. É o maior percentual verificado no mês de
julho dos últimos quatro anos, segundo a pesquisa
Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira
(22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O uso da capacidade instalada foi maior nas grandes
empresas, alcançando 73%. Nas médias, ficou em 66%
e, nas pequenas, em 60%.
Segundo a CNI, a queda na ociosidade é resultado do
aumento da produção no setor. Conforme a pesquisa, o
índice de evolução da produção alcançou 52,2 pontos
em julho. Foi o segundo mês consecutivo que o índice
ficou acima dos 50 pontos, o que indica o aumento da
produção, depois da forte queda registrada em maio,
por causa da greve dos caminhoneiros. O indicador de
produção varia de zero a cem pontos. Quando está
acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.
No entanto, o emprego no setor continua caindo. O
indicador do número de empregados ficou em 48,5
pontos e continua abaixo da linha divisória dos 50
pontos que separa a queda do aumento do emprego.
A Sondagem Industrial mostra ainda que as indústrias
estão com um pequeno acúmulo de estoques. O índice
de nível de estoque efetivo em relação ao planejado
subiu para 50,8 pontos em julho e ficou acima da
linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os
estoques estão levemente maiores do que o planejado.
Perspectivas
Segundo a CNI, todos os indicadores de expectativa
ficaram acima dos 50 pontos em agosto, mostrando que
os industriais esperam o aumento da demanda, da
compra de matérias-primas, do número de empregados e
das exportações nos próximos seis meses.
Diante de um cenário mais positivo, aumentou a
disposição dos empresários para investir. O índice
de intenção de investimento subiu para 51 pontos,
1,6 ponto acima do verificado em agosto, o que
recupera apenas em parte a queda de 4,2 pontos
registrados nos últimos cinco meses. O indicador de
intenção de investimentos está 3,1 pontos acima do
de agosto do ano passado.
A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de
agosto com 2.257 empresas. Dessas, 932 são pequenas,
798 são médias e 527 são de grande porte.
Fonte: Agência Brasil

23/08/2018 -
STJ autoriza mais 25% a aposentados que precisam de
auxílio permanente
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta
quarta-feira (22) que todos os aposentados que
necessitam de auxílio permanente têm direito a
acréscimo de 25% no benefício mensal pago pela
Previdência Social. A decisão foi tomada por 5 votos
a 4 pela Primeira Seção da Corte, mas ainda cabe
recurso.
Antes da decisão do colegiado, o acréscimo era
garantido somente para aposentados por invalidez que
precisavam pagar um cuidador, por exemplo, conforme
está previsto na Lei de Benefícios Previdenciários,
norma que específica os benefícios aos quais os
segurados têm direito.
Conforme o entendimento, o adicional será pago mesmo
nos casos em que o aposentado recebe o teto do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), definido
em R$ 5.645,80 para 2018.
A decisão da Primeira Seção deve servir de base para
outros processos que estão em tramitação na Justiça
federal em todo o país.
Fonte: Agência Brasil

23/08/2018 -
Cerca de 200 funcionários são demitidos após empresa
fechar unidade de Pouso Alegre, MG
Locomotiva anunciou medida porque a fábrica da
cidade estaria trabalhando no vermelho.
Cerca de 200 funcionários da empresa Locomotiva
foram demitidos após a empresa decidir fechar a
unidade de Pouso Alegre (MG). A medida foi anunciada
porque, segundo a firma, a fábrica da cidade estava
dando prejuízo.
Os funcionários foram comunicados da demissão em uma
assembleia. Muitos reclamam que os salários ainda
estão atrasados.
“A empresa deixou de cumprir algumas coisas. No
caso, agora recentemente, deixou de pagar o nosso
pagamento mensal, deixou de efetuar também um vale
alimentação que a gente tem, que é um benefício”,
disse o operador Adalberto de Carvalho.
A empresa fabrica laminados, filmes de PVC e lonas
para caminhões. A empresa está instalada na cidade
há 19 anos. Agora parte da produção será remanejada
para a unidade de Caçapava, no interior de São
Paulo. Apenas o setor administrativo ainda está
funcionando em Pouso Alegre.
Um representante da locomotiva disse, na reunião,
que as dívidas trabalhistas dos quase 200
funcionários serão pagas.
“A empresa entrou com processo de recuperação
judicial. Nós estamos com plano de recuperação
estruturado, muito bem feito, só que com a greve dos
caminhoneiros, a gente acabou tendo alguns problemas
de abastecimento, de faturamento. Não conseguimos
faturar aquilo que estava planejado e, diante de
tudo isso, a gente resolveu encerrar a unidade de
Pouso Alegre. Não é decretar uma falência. A gente
vai honrar todos os nossos pagamentos, vamos honrar
todos os direitos que nossos funcionários têm”,
afirmou o gerente de administração e recursos
humanos Jean Carlos Teixeira.
Fonte: G1

23/08/2018 -
Proposta retira cobrança de ISS das atividades de
costura e acabamento de tecido
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
Complementar 432/17, do deputado Jorginho Mello
(PR-SC), que deixa de tributar as atividades de
costura e acabamento de tecido com o Imposto sobre
Serviços (ISS).
A tributação está prevista na Lei do ISS (Lei
Complementar 116/03), que a proposta quer alterar.
Segundo Mello, a ideia é manter a ideia original do
texto de 2003, e não a redação dada pela Lei
Complementar 157/16. Na opinião do deputado, a
alteração prejudicou a indústria têxtil brasileira.
“Antes da lei de 2016, a indústria têxtil estava
enquadrada como industrialização por encomenda, o
que permitia um enquadramento mais ameno no tocante
ao pagamento dos impostos”, afirma.
Mello ressalta que os estados já cobram o Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços (ICMS) sempre que a atividade produzir bens
que serão utilizados em posterior comercialização e
industrialização. Assim, haveria no caso
bitributação pelo mesmo fato gerador.
“Não podemos deixar milhares de empregadores e
empregados sob a tutela da dúvida. Precisamos
alterar novamente a lei para trazer a tranquilidade
novamente aos cidadãos brasileiros”, diz Mello.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade e será
analisada pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

23/08/2018 -
Hora extra: adicional superior ao da CLT não se
aplica a empregado público
Não é possível aplicar benefícios econômicos
previstos em normas coletivas a empregados de
entidades públicas sem previsão em lei.
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
afastou a aplicação do adicional de 100% na
remuneração das horas extras de um guarda municipal
de São Caetano do Sul (SP). O percentual estava
previsto em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT),
mas, de acordo com os ministros, cláusulas coletivas
de natureza econômica não se aplicam aos empregados
de entidade de direito público.
O guarda municipal pediu, na reclamação trabalhista,
a remuneração das horas extras com base na CCT
assinada entre o município e o Sindicato dos
Servidores Públicos e Autárquicos em São Caetano do
Sul. O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região julgaram procedente o
pedido.
Cláusulas sociais e econômicas
Para o Tribunal Regional, trata-se de cláusula social,
o que enquadraria o caso na Orientação
Jurisprudencial (OJ) 5 da Seção Especializada em
Dissídios Coletivos (SDC) do TST. A OJ admite
dissídios coletivos contra pessoas jurídicas de
direito público exclusivamente para apreciação de
cláusulas de natureza social.
No recurso de revista, o município alegou que a
cláusula tem natureza econômica, pois resulta em
despesa. Consequentemente, defendeu a aplicação do
adicional de 50% do valor da hora de trabalho
previsto no artigo 7º, inciso XVI, da Constituição
da República.
Para o relator do recurso, ministro Douglas Alencar
Rodrigues, não é possível aplicar benefícios
econômicos previstos em normas coletivas a
empregados de entidades públicas, os quais somente
poderão obter vantagens econômicas previstas em lei.
O posicionamento decorre também do artigo 39,
parágrafo 3º, da Constituição, que não reconhece aos
ocupantes de cargos públicos as convenções e os
acordos coletivos de trabalho.
A decisão foi unânime.
Fonte: TST

22/08/2018 -
Lula dispara e lidera com 39% no Datafolha, contra
19% de Bolsonaro
Petista sobre sete pontos em relação a
levantamento de abril. Marina (8%), Alckmin (6%) e
Ciro (5%) vêm em seguida. Potencial de transferência
de votos do petista, caso seja impedido, vai de 31%
a 49%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
cresceu alcançou 39% das intenções de voto para
Presidência da República, segundo pesquisa Datafolha
divulgada na madrugada desta quarta-feira (22). Lula
cresce sete pontos em relação ao levantamento feito
em abril. Ele ratifica o favoritismo apontado na
segunda-feira por pesquisas CNT/MDA e Ibope e supera
em mais que o dobro o segundo colocado, Jair
Bolsonaro, quem tem agora 19% (tinha 15% em abril).
Aparecem embolados no terceiro posto Marina Silva
(Rede), com 8%, Geraldo Alckmin (PSDB), 6%, e Ciro
Gomes (PDT), com 5%. O Datafolha ouviu 8.433 pessoas
em 313 municípios, de 20 a 21 de agosto. A margem de
erro do levantamento, feito em parceria entre Folha
de S. Paulo e TV Globo, é de dois pontos percentuais
para mais ou menos.
O Datafolha revela ainda que, num eventual cenário
em que a candidatura de Lula venha a ser, impedida,
seu virtual substituto, o ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad aparece com 4%, O mesmo levantamento
revela, porém, que 31% dos que dizem votar em Lula
votariam em um nome apoiado por ele. E que outros
18% podem vir a fazê-lo. Ou seja, o petista tem
potencial de transferir metade de sua intenção de
voto.
A pesquisa informa também, que Haddad, escolhido
para vice de Lula e que somente nesta semana começou
a viajar em campanha, ainda não é conhecido por não
é conhecido por 27% dos eleitores, contra 59% que já
ouviram falar do ex-prefeito paulistano. Em
comparação, Lula é conhecido de 99% dos ouvidos,
Marina, por 93% e Alckmin, por 88%. Assim, Haddad
registra baixa rejeição: 21%.
Eleição sem Lula?
Os votos brancos e nulos somam 11%, com 3% de
indecisos, num cenário com o ex-presidente. Sem
Lula, esses índices sobem respectivamente para 22% e
6%. Bolsonaro passa e liderar com 22%. Marina e Ciro
dobram para 16% e 10%. E Alckmin também sobe para
9%.
Fonte: Rede Brasil Atual

22/08/2018 -
Em Minas, Dilma lidera corrida ao Senado, mostra
Datafolha
Pesquisa Datafolha sobre a corrida eleitoral ao
Senado por Minas Gerais aponta Dilma Rousseff do PT
com larga liderança: 25%. Carlos Viana (PHS),
segundo colocado, tem 11%. Na corrida ao governo,
Antonio Anastasia (PSDB) segue na frente com 29% das
intenções de voto, seguido por Fernando Pimentel
(PT), governador candidato à reeleição, em segundo,
com 20%. Romeu Zema (Novo) surge em terceiro, com
5%, e João Batista Mares Guia (Rede) aparece com 3%.
Dirlene Marques (PSOL) alcançou 2%.
Publicada no jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa
ainda mostra Jordano Metalúrgico (PSTU), Alexandre
Flach (PCO) e Claudiney Dulim (Avante) com 1% cada.
Brancos e nulos somam 28% e 10% dos eleitores não
sabem em quem votar.
Em outro cenário, considerando a candidatura de
Márcio Lacerda (PSB) que se retirou da disputa nesta
terça (21), Anastasia lidera com 26%, Pimentel fica
com 18% e Lacerda apresenta 9%.
Fonte: Brasil247

22/08/2018 -
Carteiras de trabalho poderão ser emitidas em
agências dos Correios
O Ministério do Trabalho e a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos vão firmar, nos próximos dias,
acordo de cooperação técnica para emissão da
carteira de trabalho e previdência social nas
unidades da empresa. Pelo acordo, que foi anunciado
nesta segunda-feira (23), o projeto piloto será
implantado nos próximos 30 dias no estado de São
Paulo.
Segundo o secretário executivo substituto do
Ministério do Trabalho, Admilson Moreira, a
iniciativa tem o objetivo de descentralizar a
emissão da carteira de trabalho manual e
informatizada e de levar o serviço para mais perto
da população. “O propósito da parceria é oferecer um
serviço mais ágil e acessível ao trabalhador”, disse
Moreira.
De acordo com o ministério, de janeiro a maio deste
ano, foram emitidas mais de 2,3 milhões de carteiras
de trabalho no país, das quais 580 mil no estado de
São Paulo.
O serviço de emissão de carteiras está disponível
nas unidades ligadas ao Ministério do Trabalho e em
unidades descentralizadas espalhadas pelo país, por
meio de parcerias com estados e municípios. A rede
conta com cerca de 2,1 mil postos de atendimento.
Fonte: Agência Brasil

22/08/2018 -
Confiança da Indústria recua em agosto, mostra
prévia da FGV
Índice ficou em 99,3 pontos, menor patamar desde
novembro de 2017
A prévia da Sondagem da Indústria de agosto mostra
queda de 0,8 ponto do Índice de Confiança da
Indústria (ICI) em relação ao apurado em julho,
ficando em 99,3 pontos – o menor desde novembro de
2017. Em julho, o indicador alcançou 100,1 pontos, o
mesmo número dos meses de junho e maio.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV)
que avalia que a piora da confiança no mês estaria
sendo influenciada “pela menor satisfação dos
empresários sobre o momento presente”.
A prévia mostra que o Índice da Situação Atual (ISA)
pode reduzir 2,4 pontos em agosto, ao cair dos 99
pontos de julho para 96,6 pontos este mês; enquanto
o Índice de Expectativas (IE) subiria 0,8 ponto,
passando de 101,1 para 101,9 pontos.
Por outro lado, a avaliação da FGV é de que o
resultado preliminar de agosto sinaliza estabilidade
do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria (Nuci) em 75,7%.
Para a prévia de agosto, a FGV consultou 782
empresas entre os dias 1º e 17 deste mês. O
resultado final da pesquisa será divulgado na
próxima terça-feira, dia 28.
Fonte: Agência Brasil

22/08/2018 -
Proposta muda correção do FGTS para garantir
atualização monetária
Aguarda relatório na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) a proposta que modifica a correção monetária
dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS). O PLS 229/2018 está com o relator
Ricardo Ferraço (PSDB), que ainda não concluiu seu
voto.
De autoria do senador Lasier Martins (PSD-RS), a
proposição estabelece que os depósitos do FGTS serão
mensalmente corrigidos com base na variação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), do IBGE, e capitalizados com juros de 3% ao
ano.
Segundo o autor, a reserva financeira acumulada pelo
trabalhador no FGTS tem sido sistematicamente
corroída pela perda de poder de compra da moeda,
visto que o indexador de correção usado atualmente,
a Taxa Referencial (TR), tem se situado
historicamente abaixo da inflação.
O senador alega que a escolha do IPCA se justifica
pelo fato de o indicador refletir a taxa de inflação
para as famílias com renda mensal entre 1 e 40
salários mínimos, independentemente da fonte de
rendimentos recebidos. Ele afirma que o objetivo da
proposta é garantir que a reserva financeira
acumulada pelo trabalhador junto ao FGTS “tenha o
seu poder de compra estável no tempo, em linha com o
comportamento de índice oficial de preços”.
Após passar pela CAE, o PLS será analisado em
decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS).
Fonte: Agência Senado

22/08/2018 -
Dólar fecha a R$ 4,04, maior valor desde fevereiro
de 2016
O dólar norte-americana atingiu, no fechamento desta
terça-feira (21), o valor de R$ 4,049, mais alta
cotação 18 de fevereiro de 2016. A alta de 2,01%
nesta terça-feira foi a quinta consecutiva, com o
dólar acumulando valorização de 4,40% no período.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa), encerrou o pregão em baixa de 1,5%, com
75.180 pontos, representando o menor patamar desde
11 de julho. Os papéis de grandes empresas
contribuíram para a queda, com as ações da Petrobras
caindo 3,49%, e as dio Itaú, 1,20%.
Segundo consultores ouvidos pela agência de notícias
espanhola EFE, desde 13 de agosto, o dólar teve
valorização de 3,66%.
A desvalorização do real coincidiu com a divulgação
de novas pesquisas de intenção de voto para a
Presidência da República segunda (20) e com a
indefinição do cenário político a dois meses do
pleito.
O analista Rafael Omati, da consultora Guide
Investimento, afirmou que o mercado teme a liderança
de candidatos considerados menos comprometidos com a
reforma tributária.
Fonte: Portal EBC

22/08/2018 -
Tempo de espera na fila do refeitório não dá direito
a hora extra
Os minutos gastos na fila do refeitório não podem
ser considerados como tempo à disposição do
empregador. Com esse entendimento, a 4ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho afastou condenação de
uma empresa do setor elétrico ao pagamento de horas
extras fundada na falta da concessão integral do
intervalo intrajornada.
O eletricista afirmou que usufruía de apenas 30
minutos do intervalo de uma hora ao qual tinha
direito. A outra meia hora era gasta na fila do
refeitório. Em função da perda de tempo na espera,
pediu o pagamento de horas extras por estar à
disposição do empregador enquanto, de fato, não
estava se alimentando.
O juízo da Vara do Trabalho de Eunápolis (BA) e o
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região julgaram
procedente o pedido do eletricista. Para o TRT, o
tempo de espera na fila pelo excessivo período de 30
a 40 minutos não pode ser equiparado ao gozo do
intervalo para descanso e alimentação, porque
desvirtua sua finalidade. Com base na Súmula 437 do
TST, o tribunal regional determinou o pagamento de
uma hora extra por dia em que o empregado não pôde
aproveitar plenamente o período de descanso.
A empresa recorreu ao TST com fundamento em
conclusão diversa apresentada pelo TRT da 24ª Região
(MS) em caso semelhante. Nesse processo, concluiu-se
que o tempo utilizado por empregado para dirigir-se
até o refeitório da empresa e na fila para servir o
almoço não pode ser considerado como à disposição do
empregador, pois ele não está aguardando ou
executando ordens, mas usufruindo o intervalo.
O relator, ministro Alexandre Luiz Ramos, destacou
que o TST firmou jurisprudência que não considera
como tempo à disposição do empregador o período
gasto pelo empregado na fila para alimentação. Para
fundamentar seu voto, apresentou precedentes de
quatro das oito turmas do Tribunal. Com informações
da Assessoria de Imprensa do TST. Processo
RR-230-55.2010.5.05.0025
Fonte: Consultor Jurídico

22/08/2018 -
Admitido incidente de uniformização sobre conversão
de atividade especial em comum para fins de
aposentadoria
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Napoleão Nunes Maia Filho admitiu o processamento de
pedido de uniformização de interpretação de lei
federal apresentado por servidor público
ex-celetista que pleiteia, junto ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), a concessão de
aposentadoria por tempo de contribuição com
reconhecimento de tempo de serviço prestado em
condições especiais.
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais (TNU) julgou improcedente o
pedido do servidor sob o argumento de que, para fins
de aposentadoria por tempo de contribuição, no
período posterior ao Decreto 2.172/97, o exercício
da atividade de vigilante deixou de ser previsto
como apto a gerar contagem de tempo de serviço em
condições especiais.
Para o servidor, a decisão afrontaria entendimento
do STJ, fixado em recurso repetitivo, no sentido de
que é possível o reconhecimento do caráter especial
do tempo de serviço em razão de periculosidade,
mesmo após o Decreto 2.172, uma vez que o rol de
atividades e agentes nocivos ali elencados teria
caráter meramente exemplificativo.
Ao admitir o pedido, o ministro Napoleão Nunes Maia
Filho comunicou sua decisão ao presidente da TNU e
aos presidentes das turmas recursais e abriu prazo
de 30 dias para que os interessados se manifestem
sobre o assunto. Também foi aberta vista dos autos
para o Ministério Público Federal emitir parecer.
Após as manifestações, os ministros da Primeira
Seção decidirão sobre o mérito do pedido de
uniformização de interpretação de lei feito pelo
servidor.
Fonte: STJ

22/08/2018 -
Tempestividade de recurso deve considerar data de
consulta no sistema do PJe
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
determinou ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG) que reexamine o recurso ordinário da
Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S.A.
que havia sido declarado tempestivo sem a
observância de todos os requisitos estabelecidos na
Lei 14.419/2006. O TRT considerou que o prazo
recursal começaria a ser contado dez dias depois da
publicação da sentença, mas a empresa teria
consultado o sistema antes disso.
Entenda o caso
Condenada pelo juízo da 1ª Vara do Trabalho de Nova
Lima (MG) ao pagamento de indenização por dano moral
aos dependentes de um empregado que morreu em
decorrência de silicose, a Anglogold interpôs
recurso ordinário ao TRT.
A viúva do empregado, em preliminar, sustentou que o
recurso havia sido apresentado fora do prazo.
Segundo ela, a sentença foi publicada no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) em
11/9/2013, e a aba “expediente” do Processo Judicial
Eletrônico (PJe) registrava que o advogado da
empresa teve ciência da sentença em 18/9/2013.
Assim, o prazo de oito dias para a interposição do
recurso ordinário se encerraria em 26/9, mas a
interposição só ocorreu em 27/9.
O TRT acolheu o recurso da empresa e extinguiu a
ação por prescrição. Ao rejeitar a preliminar de
intempestividade, entendeu, com base no parágrafo 3º
do artigo 5º da Lei 11.419/06, que o prazo recursal
só teve início dez dias depois da publicação da
sentença (na prática, em 23/9/2013, uma
segunda-feira). Segundo o dispositivo, a consulta
“deverá ser feita em até dez dias corridos contados
da data do envio da intimação, sob pena de
considerar-se a intimação automaticamente realizada
na data do término desse prazo”.
TST
No recurso de revista, a viúva argumentou que o
sistema do PJe conta o prazo de oito dias a partir
da data de ciência pelos advogados e insere
automaticamente a data final (no caso, 26/9/2013, às
23h59). “Se o advogado se dá por intimado antes de
decorridos os dez dias, como ocorreu no caso, o
prazo se inicia a partir dessa”, sustentou.
A relatora do processo, ministra Kátia Magalhães
Arruda, assinalou que o Tribunal Regional incorreu
em má aplicação do parágrafo 3º do artigo 5º da Lei
11.419/2006, utilizado como fundamento único para o
reconhecimento da tempestividade do recurso. A
matéria, segundo a relatora, deve ser examinada em
conformidade com as demais previsões do dispositivo
da lei federal: o parágrafo 1º, que considera
realizada a intimação no dia em que o intimado
efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação;
e o parágrafo 2º, que dispõe que, quando a consulta
se dá em dia não útil, a intimação será considerada
como realizada no primeiro dia útil seguinte.
No entender da ministra, houve “inequívoco prejuízo
processual” para a viúva do empregado da Anglogold,
pois o TRT, após considerar o recurso tempestivo,
extinguiu o processo. A relatora observou ainda que
não há como, no TST, acessar o sistema do PJE
utilizado no TRT, que exige cadastro próprio com
certificação digital.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
de revista e determinou o retorno dos autos ao TRT
para que prossiga no exame da tempestividade do
recurso ordinário da empresa, especialmente quanto
às alegações da viúva de que a empresa teria feito a
consulta eletrônica ao teor da intimação antes do
prazo de dez dias. Processo:
RR-10588-27.2013.5.03.0091
Fonte: TST

22/08/2018 -
Auxílio-transporte é devido aos custeios das
despesas realizadas por servidor
A 1ª Turma do TRF 1ª Região, por unanimidade, julgou
procedente o pedido do requerido que objetivava
anular o ato que negou o pagamento de
auxílio-transporte em virtude de seu deslocamento
diário por veículo próprio, e declarou seu direito à
percepção do auxílio desde o referido indeferimento
administrativo. A decisão confirmou sentença do
Juízo da 1ª Vara da Subseção Judiciária de
Barreiras/BA, que julgou improcedente à apelação da
Universidade Federal Oeste da Bahia (UFOB).
Em suas razões, a UFOB alegou que deve ser concedida
a indenização de auxílio-transporte tão somente se
estiver de acordo com a legislação aplicável à
espécie, que exige, no caso, que o deslocamento do
servidor se dê por meio de transporte coletivo, o
que também permite o controle da Administração sobre
o efetivo deslocamento.
Ao analisar o caso, a relatora, desembargadora
federal Jamil Rosa de Jesus, destacou que apesar de
a previsão legal tratar tão somente de despesas com
transporte coletivo, a jurisprudência já firmou o
entendimento de que o auxílio-transporte é devido ao
custeio das despesas realizadas pelos servidores
públicos, entre a residência e o local de trabalho,
independente de que o faça por meio de transporte
coletivo ou por seu veículo próprio.
Deste modo, o Colegiado acompanhando o voto do
relator, negou provimento à apelação. Processo nº:
0001345-59.2016.4.01.3303
Fonte: TRF1

21/08/2018 -
Eleições 2018: 75% dos deputados federais devem se
reeleger
Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap) mostra que 79% dos 513 deputados
federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção
da entidade aponta que 75% deles devem se reeleger.
O levantamento foi feito com base após o registro
das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
De acordo com o Diap, o número de candidatos à
reeleição (407) na Câmara ficou um pouco abaixo da
média dos últimos sete pleitos (408), porém maior
que na eleição de 2014, quando 387 tentaram renovar
seus mandatos.
Dos 106 que não vão se recandidatar para a Câmara,
31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e
75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao
Senado; 11 são candidatos a vice-governador; nove
disputam o governo do estado; sete tentam vaga de
deputado estadual; seis são suplentes de candidatos
ao Senado; e dois são candidatos à Presidência da
República.
Na avaliação do analista político Neuriberg Dias, um
dos autores do levantamento, a expectativa e o
sentimento da população por renovação na Casa serão
“frustrados”neste pleito.
Segundo Neuriberg Dias, o alto índice dos que vão
tentar novo mandato com a continuidade dos grupos
políticos (bancada rural, empresarial, evangélica,
da bala e de parentes) que já estão no poder traz o
risco de que a próxima composição da Câmara seja
mais conservadora que a atual. “O perfil do
Congresso Nacional será mantido. Esses grupos detêm
muitos seguidores e pode ter até retrocesso”, disse
o analista político.
Além de emendas parlamentares, os que estão se
recandidatando têm outras vantagens em relação a um
novo candidato: nome e número conhecidos, bases
eleitorais consolidadas, cabos eleitorais fiéis,
acesso mais fácil aos veículos de comunicação,
estrutura de campanha, com gabinete e pessoal à
disposição, em Brasília e no estado.
O levantamento também indica que as mudanças na
legislação que reduziram o tempo de campanha de 90
para 45 dias e do período eleitoral gratuito de 45
para 35 dias são outros dos motivos para a baixa
renovação da Câmara.
“As mudanças na legislação eleitoral com a criação
do fundo eleitoral e a janela partidária (período no
qual foi permitida a troca de partido sem perda de
mandato) permitiram aos deputados e senadores
negociarem melhores condições na disputa da
reeleição, como prioridade no horário eleitoral e na
destinação dos recursos do fundo eleitoral”, avalia
o Diap.
Fonte: Agência Brasil

21/08/2018 -
Comissão Senado do Futuro vai debater a
criminalização do assédio moral no trabalho
A Comissão Senado do Futuro (CSF) vai realizar uma
audiência pública, nesta quarta-feira (22), para
debater propostas de criminalização do assédio moral
no trabalho. A reunião começa a partir das 14h e
terá caráter interativo.
Foram convidados para a audiência a coordenadora
geral do Coletivo Nacional de Trabalhadores Assédio
Nunca, Maura Lúcia dos Anjos; o procurador do
trabalho da 20ª Região e representante da
Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de
Oportunidades, Ricardo José Carneiro; e a
representante da Secretaria Nacional da Mulher
Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Junéia Batista.
Também foram convidados representantes do Ministério
do Trabalho, Ministério da Saúde, do Conselho
Nacional de Saúde, da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A reunião acontecerá na sala 13, Ala Senador
Alexandre Costa, Anexo 2 do Senado.
Fonte: Agência Senado

21/08/2018 -
Demissão negociada avança após a reforma trabalhista
Empresas e funcionários podem fechar acordo no
momento do desligamento da empresa. A flexibilidade
da jornada de trabalho também cresce
Esse ainda é um número baixo, representa 1% do total
de demissões, mas a tendência é aumentar. A demissão
negociada ou consensual não existia na antiga CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas) e abre uma
terceira via de dispensa de um funcionário.
Até então, o empregado podia pedir demissão e não
recebia o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço), nem multa. No caso de demissão, o
empregador deve pagar todos os encargos para o
funcionário desligado.
A demissão negociada funciona como um divórcio
consensual, onde as duas partes — empresa e
trabalhador — podem decidir juntos encerrar o
contrato de trabalho. “É uma alternativa para o
empregado, que pode receber parte do seu FGTS. Para
a empresa é vantajoso porque tem uma redução dos
custos”, explica Clemente Ganz Lúcio, Diretor
Técnico do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos). “Vale
reforçar que se a empresa decidir demitir o
funcionário, ela terá de cumprir a lei e pagar todos
encargos”.
Na demissão negociada, o trabalhador que pede
demissão abre mão do seguro-desemprego, acessa 80%
do valor depositado no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e recebe metade da multa de 40% sobre
o saldo do fundo. Se houver aviso prévio, recebe
metade do valor.
Para o advogado trabalhista Gilberto Bento Jr.,
neste momento de crise econômica, essa alternativa
tem facilitado a vida de algumas empresas. “O que
percebo é que muitas companhias que estão
atravessando dificuldades para pagar o valor
integral da demissão estão conseguindo negociar mais
os valores ou pagando em várias vezes”, diz. “O que
tem facilitado muito o processo todo, um trabalhador
que entra com uma ação, não sabe exatamente quando
receberá o valor, com a possibilidade de negociação,
ele tem essa data certa”.
Nesse ponto, o diretor do Dieese faz um alerta:
“Esse pode ser mais um instrumento nas mãos das
empresas, principalmente sem a assistência de
sindicato, existe o risco de impor regras ou
condições no momento da demissão”.
Jornada Flexível
Pela nova CLT é possível que o trabalhador cumpra as
44 horas semanais de forma mais flexível. “O
empregado e a empresa podem chegar a um acordo sobre
como o funcionário deve cumprir essas horas, pode
ser homeoffice ou concentrar mais horas em
determinados dias da semana para ter a sexta livre,
mas é preciso que esteja no contrato de trabalho e o
funcionário esteja de acordo”, explica o advogado
Gilberto Bento.
“Na verdade, o que temos na prática é um número de
pessoas que se declara trabalhando menos do que
gostaria, temos um contingente de trabalhadores
subutilizados”, diz Lúcio. “O impacto é pequeno
ainda, creio que a maior mudança da Reforma virá com
a terceirização”.
As mudanças trazidas pelas novas tecnologias também
devem refletir nas relações de trabalho. “A
tendência é que surjam novas formas de contração, um
exemplo são os aplicativos de transporte, no qual o
empregador é invisível, está na nuvem. O trabalho
flexível é apenas mais uma das novidades que estão
surgindo e todos nós ainda estamos tateando para
saber para onde seguir”, avalia Lúcio.
Fonte: Portal R7

21/08/2018 -
Crise faz com que mulheres entrem no mercado de
trabalho de forma precária
Diretor técnico do Dieese afirma que crescimento
da participação feminina na força de trabalho
atualmente tem se dado por meio de ocupações como
subempregos, atividades autônomas e trabalho
doméstico
Do ponto de vista histórico, a entrada das mulheres
no mercado de trabalho é um dado positivo, que
evidencia mudanças na sociedade. No entanto, essa
participação no momento atual do país se dá de outra
forma, de acordo com a análise do diretor técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em entrevista à Rádio
Brasil Atual.
"A participação das mulheres neste momento,
crescendo mais do que a dos homens, se deve
fundamentalmente ao desemprego de longa duração,
estrutural, que tem criado vários obstáculos à
inserção no mercado de trabalho", explica. "Essa
entrada tem se dado para suprir a ausência de renda
da família e a mulher vem para o mercado de trabalho
tendo ocupações extremamente precárias", afirma
Clemente.
De acordo com o diretor técnico, o que qualifica
como “situação adversa” relaciona-se a atividades
precárias ocupadas pelas mulheres, como subempregos,
atividades autônomas, trabalho doméstico ou servente
e auxiliar. “É essa característica que tem
predominado nesse cenário de crise, principalmente
pela exigência da renda familiar”, garante.
Apesar das alterações nos últimos 30 anos do ponto
de vista da participação feminina na força do
trabalho, a taxa de ocupação dos homens, estimada em
63,6%, ainda é maior que a das mulheres, 44,5%,
segundo dados do primeiro trimestre do IBGE.
Fonte: Rede Brasil Atual

21/08/2018 -
Lula dispara, vai a 37,3% e pode até vencer no
primeiro turno
A pesquisa do instituto MDA e encomendada pela
Confederação Nacional de Transportes (CNT),
divulgada nesta segunda-feira (20), aponta o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em
primeiro lugar na disputa presidencial, com 37,3%
das intenções de voto.
Em segundo lugar aparece o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSL), com 18,8%, seguido por Marina Silva
(Rede), com 5,6%, e por Geraldo Alckmin (PSDB), com
4,9%.
Na sequência estão Ciro Gomes (PDT), com 4,1%,
Alvaro Dias, do Podemos (2,7%), Guilherme Boulos, do
PSOL (0,9%), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles
(MDB) com 0,8% cada.
Segundo o levantamento, Cabo Daciolo (Patriota)
aparece cm 0,4%, seguido por Vera (PSTU), com 0,3%,
por João Goulart Filho (PPL), com 0,1%, e José Maria
Eymael (DC) – 0,0.
Brancos e nulos somam 14,3%, e indeciso, 8,8%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre a última
terça-feira (14) e este domingo (19), em 137
municípios de 25 unidades da federação. A margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para
menos e o nível de confiança é de 95%.
Transferência de votos
A pesquisa avaliou a transferência de voto de Lula
caso ele não concorra. O cenário de transferência
indica que, neste momento, 17,3% dos que optam por
Lula afirmam votar em Fernando Haddad se ele não
puder concorrer. As opções seguintes são as
seguintes: Marina (11,9%), Ciro (9,6%) e Bolsonaro
(6,2% ).
Na sequência estão Geraldo Alckmin (3,7%), Boulos
(0,8%), Alvaro Dias (0,7%), Meirelles (0,7%), Vera
(0,5%), Cabo Daciolo (0,3%), João Amoêdo (0,3%),
João Goulart Filho (0,1%), José Maria Eymael (DC) –
0%. Branco/Nulo – 31,3% Indecisos – 16,6%.
Segundo turno
O MDA simulou outros dez cenários para o segundo
turno. Nos quatro cenários que foi testado, Lula
venceria todos. Em uma disputa com Bolsonaro, o
petista teria (50, 01%) dos votos válidos, contra
(26,4%) do candidato do PSL.
Enfrentando Geraldo Alkcmin, Ciro Gomes ou Marina
Silva, os números são semelhantes. Lula venceria a
disputa com (49,5%) , (49,4%), (49,8%) dos votos,
respectivamente, apresentando uma enorme folga com
os outros candidatos, que não ultrapassam a casa dos
30%.
Quando Lula sai do cenário, a disputa aperta ou
tecnicamente empata. Disputando com Marina Silva,
Bolsonaro aponta (29, 3%) dos votos, enquanto,
Marina, atinge (29,1%) dos votos.
Quando Bolsonaro enfrenta Alckmin, ele aponta
(29,4%) dos votos, enquanto o tucano atinge (26,4%),
afirma a pesquisa.
Ciro Gomes venceria dois cenários no segundo turno,
caso disputasse com Alckmin ou Marina Silva,
vencendo o pleito eleitoral com (25,03%) e (26,01)
dos votos. Alckmin e Marina perderiam com (22%) e
(25,2%) respectivamente.
Fonte: Brasil247

21/08/2018 -
Lula também lidera, com 37%, segundo pesquisa Ibope.
Bolsonaro tem 18%
Em caso de vir a ser indicado pelo ex-presidente,
Haddad assume de segunda posição a liderança, com
13% que podem chegar a 27%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a
preferência de 37% dos eleitores para a eleição
presidencial de 7 de outubro. A pesquisa do Ibope é
o terceiro indicador do favoritismo de Lula
divulgado nesta segunda-feira (20). A aprovação do
petista foi também constatada pela sondagem Estadão/Ipsos
e por pesquisa CNT/MDA – que aponta possibilidade de
vitória já no primeiro turno e superioridade sobre
qualquer adversário em eventual segundo turno.
O Ibope traz ainda Jair Bolsonaro (PSL) em segundo,
com 18%, Marina Silva (Rede), com 6%, e Ciro Gomes
(PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), ambos com 5%. A
pesquisa do Ibope entrevistou 2.002 eleitores entre
os dias 14 e 16, com nível de confiança estimado de
95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais,
para mais ou para menos.
O instituto testou também um possível cenário sem
Lula, com o ex-prefeito de São Paulo Fernando
Haddad, hoje vice, na cabeça da chapa. Haddad
aparece com 4% das intenções, mas 13% disseram que
votariam no ex-prefeito de São Paulo, "com certeza"
se Lula sair do páreo, e outros 14% dizem que
"poderiam votar" – ou seja, fica em segundo colocado
na pesquisa, com potencial de chegar a 27%. Alckmin
aparece com 7%. Ciro vai a 9% e Marina, a 12%.
O cenário vai ao encontro da tese de Haddad, que
disse ontem em entrevista ao programa Canal Livre,
da Rede Bandeirantes, ser improvável o PT estar fora
do segundo turno. "Alckmin só cresce às custas de
uma queda do Bolsonaro, não tem como ele crescer sem
o Bolsonaro cair."
Fonte: Rede Brasil Atual

21/08/2018 -
Governo Temer tem 76% de avaliação ruim e péssima,
diz Ibope
governo do presidente Michel Temer é reprovado por
76% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa
Ibope/Estadão/TV Globo divulgada nesta
segunda-feira, 20. No levantamento, 60% avaliam o
governo como péssimo e 16% consideram a gestão Temer
como ruim.
A administração é considerada regular por 19% do
eleitorado, 2% diz que o governo está sendo bom e 1%
o aponta como ótimo, o que faz a gestão do
emedebista ter 3% de aprovação na pesquisa.
O governo tem uma taxa maior de desaprovação na
região Nordeste, onde 86% do eleitorado o avalia
como ruim ou péssimo e 2% o considera ótimo ou bom.
No Sul, a taxa de reprovação é de 74%, contra 4% de
aprovação.
Na soma das regiões Norte e Centro-Oeste, 70% da
população não aprova o governo, enquanto que 4% o
avalia como ótimo ou bom. No Sudeste, os índices
ruim e péssimo somam 73%, e a aprovação soma 4%.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios de 17
a 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos
porcentuais para mais ou para menos, considerando um
intervalo de confiança de 95%. O levantamento está
registrado no TSE sob o número BR-01665/2018.
Fonte: Estadao

21/08/2018 -
TST concede liminar e mantém leilão de
distribuidoras da Eletrobras
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro João Batista Brito Pereira, derrubou nesta
segunda-feira (20) uma decisão da primeira instância
da Justiça do Trabalho que havia suspendido o leilão
de seis distribuidoras de Eletrobras, marcado para o
dia 30 deste mês.
A decisão já havia sido derrubada pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ), mas
voltara a valer após um recurso feito pelos
sindicatos dos trabalhadores das distribuidoras, que
alegaram risco de eliminação de empregos. A
Advocacia-Geral da União (AGU) apelou ao ao TST, na
sexta-feira (20), para garantir o leilão.
O presidente do TST, ao derrubar a decisão que
suspendia os leilões, afirmou haver risco de
“iminência de grave lesão à ordem e à economia
pública”. Ele disse que a suspensão dos leilões
causava insegurança jurídica “ao processo de
desestatização, seja em relação a eventuais
interessados na aquisição das empresas, seja em
relação ao valor a ser ofertado”.
No recurso, a AGU sustentou que o leilão é
necessário porque as empresas são deficitárias e a
Eletrobras não tem recursos para aplicar nas
subsidiárias. Além disso, o órgão argumentou que a
venda é a única forma de garantir os contratos de
trabalho e a continuidade do fornecimento de
energia.
Até o momento, a Eletrobras já promoveu o leilão da
Companhia Energética do Piauí (Cepisa) e pretende
vender ainda as seguintes distribuidoras: Companhia
Energética de Alagoas, Companhia de Eletricidade do
Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia
S.A., Boa Vista Energia S.A. e Amazonas
Distribuidora de Energia S.A.
Fonte: Agência Brasil

21/08/2018 -
Tempo de espera de eletricista na fila do refeitório
não será pago como hora extra
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
concluiu que os minutos gastos por um eletricista da
Sertenge S.A. na fila do refeitório não podem ser
considerados como tempo à disposição do empregador.
Com esse entendimento, os ministros afastaram a
condenação da empresa ao pagamento de horas extras
fundada na falta da concessão integral do intervalo
intrajornada.
No processo, o eletricista afirmou que usufruía
apenas 30 minutos do intervalo de uma hora ao qual
tinha direito. Durante a outra meia hora, ele ficava
na fila do refeitório para se servir. Em função da
perda de tempo na espera, pediu o pagamento de horas
extras, pois acreditava que estava à disposição do
empregador enquanto, de fato, não estava se
alimentando.
O juízo da Vara do Trabalho de Eunápolis (BA) e o
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região julgaram
procedente o pedido do eletricista. Para o TRT, o
tempo de espera na fila pelo excessivo período de 30
a 40 minutos não pode ser equiparado ao gozo do
intervalo para descanso e alimentação, porque
desvirtua sua finalidade. Com base na Súmula 437 do
TST, o Tribunal Regional determinou o pagamento de
uma hora extra por dia em que o empregado não pôde
aproveitar plenamente o período de descanso.
A Sertenge recorreu ao TST com fundamento em
conclusão diversa apresentada pelo TRT da 24ª Região
(MS) em caso semelhante. Nesse processo, concluiu-se
que o tempo utilizado por empregado para dirigir-se
até o refeitório da empresa e na fila para servir o
almoço não pode ser considerado como à disposição do
empregador, pois ele não está aguardando ou
executando ordens, mas usufruindo o intervalo.
O relator, ministro Alexandre Luiz Ramos, destacou
que o TST firmou jurisprudência que não considera
como tempo à disposição do empregador o período
gasto pelo empregado na fila para alimentação. Para
fundamentar seu voto, apresentou precedentes de
quatro das oito Turmas do Tribunal.
A Quarta Turma, por unanimidade, acompanhou o
relator para excluir da condenação à Sertenge o
pagamento de intervalo intrajornada.
Processo: RR-230-55.2010.5.05.0025
Fonte: TST

20/08/2018 -
Centrais sindicais: Combater projeto que afundou
Brasil no desemprego
“O desalento é a pior situação que o trabalhador
pode enfrentar. Não é só falta de dinheiro, é
desesperança”, declarou ao Portal Vermelho Wagner
Gomes, secretário-geral da Central de Trabalhadores
e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Por Railídia Carvalho
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) são 4,8 milhões de trabalhadores
desalentados, aqueles que após muito tempo sem
encontrar ocupação desistiram de procurar. “As urnas
podem dar a resposta aos que afundaram o país”,
completou Wagner.
Segundo o dirigente, as estatísticas comprovam dia a
dia que a política do governo de Michel Temer e
aliados apenas agravou a crise brasileira, aumentou
o desemprego e excluiu a maioria da população dos
serviços públicos, que estão sendo desmontados.
“Hoje as notícias são cada vez mais difíceis para a
população. Para que elas voltem a procurar emprego é
preciso que o clima seja alterado. O trabalhador
precisa acreditar quer as coisas vão mudar e sentir
essa sinalização. Não é o que acontece hoje quando
toda família tem alguém desempregado e também alguém
que deixou de procurar emprego”.
Governo atual "exclui" milhões de trabalhadores
Dois anos após a posse de Michel Temer na presidência,
o Brasil tem 13 milhões de desempregados e amarga
recordes negativos. São quase 30 milhões fora da
força de trabalho o que significa que não há emprego
para quem busca trabalho. De 2014 até 2018, o tempo
de procura por emprego subiu 162%. Hoje, o
desempregado passa dois anos em busca de uma
ocupação.
O aprofundamento da crise e os efeitos na população
mais pobre foi o mote do “Dia do Basta - Em Defesa
do Emprego, da Aposentadoria e dos Direitos
Trabalhistas”, realizado em 10 de agosto por todas
as centrais sindicais brasileiras. Os protestos
chamaram a atenção do povo para as eleições como o
momento em que o brasileiro pode alterar as escolhas
econômicas e sociais do atual governo.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Força
Sindical reafirmou a necessidade de mudança da atual
política. “As centrais sindicais estão empenhadas na
luta pela geração de empregos de qualidade como
forma de recolocar o País nos trilhos do
desenvolvimento econômico, o que exige uma forte
alteração da política responsável pelo baixo
desempenho da economia e pela calamidade dos
elevados índices de desemprego”.
Eleição: Virada política e econômica
Assinada pelo presidente em exercício Miguel Torres e
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário geral, a
nota destaca a importância de dar visibilidade a “um
programa político alternativo orientado à retomada
do crescimento da economia e à geração de empregos”.
A Força Sindical ainda recomenda que “a classe
trabalhadora e setores sociais sem engajem em
campanhas que defendam programas sociais e
democráticos avançados, ajudando a transformar as
eleições de 2018 num momento de virada da situação
política e econômica do país, de superação da crise
que tanto penaliza milhões de famílias com o
desemprego e principalmente os jovens que estão
entrando no mercado de trabalho”.
Wagner Gomes afirmou que o Dia do Basta conseguiu
associar o governo Temer como responsável pelo drama
enfrentado pela população brasileira, especialmente
o trabalhador. “Como se diz popularmente, a ficha
está caindo principalmente para quem apoiou o golpe
de 2016, que colocou Temer na presidência. De lá pra
cá o país só piorou, diminuiu a renda, aumentou a
precariedade no trabalho e provocou desesperança”,
ressaltou o dirigente da CTB.
“A campanha eleitoral é o momento de comparar
projetos, experiência e medir em quais governos a
classe trabalhadora foi beneficiada. Mas é preciso
estar atendo porque senão corre o risco de votar na
mesma quadrilha. Por isso, o movimento sindical
precisa mais do que nunca entrar na campanha
eleitoral e promover o debate com o trabalhador e a
população”.
Fonte: Portal Vermelho

20/08/2018 -
Plano trabalhista de Bolsonaro desagrada
sindicalismo de A a Z
As 113 palavras do Plano de Governo do candidato
presidencial do PSL, englobadas num catatau de 4.583
palavras, são poucas, mas suficientes para
desagradar o conjunto do movimento sindical.
Além de inventar uma “carteira” destinada a
trabalhadores precários e de segunda classe, o plano
de Jair Bolsonaro acaba com a categoria
profissional, uma vez que o trabalhador “poderá
escolher” o seu Sindicato. Portanto, dispersa e
desagrega.
O jornalista João Franzin, coordenador da Agência
Sindical, comenta: “A Carteira de Trabalho, azul,
tem forte simbologia entre os trabalhadores. A
inusitada carteira verde-amarela faria o documento
se parecer com o RDE - Regulamento Disciplinar o
Exército, indicando confusão mental do candidato”. E
completa: “Trabalho é uma coisa, ordem unida é
outra”.
Para o professor Oswaldo Augusto de Barros,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e
Cultura (CNTEEC), a proposta do candidato mostra
claramente que ele é inimigo do trabalhador e dos
Sindicatos, pois também já declarou ser contra o
imposto sindical.
“Ele se comporta como um verdadeiro emissário do
capital. Suas declarações e propostas mostram isso.
Primeiro diz que o trabalhador precisa escolher
entre ter direitos ou ter empregos. Agora vem com
essa das carteiras de trabalho. Não é possível um
trabalhador consciente depositar seu voto em um
candidato como esse”, afirma o dirigente.
Artigo - Em recente artigo, o consultor João
Guilherme Vargas Netto faz duras críticas. Diz o
texto: “As propostas trabalhista e sindical
registradas pelo candidato Bolsanaro na Justiça
Eleitoral, que fazem parte de seu programa de
governo, totalmente submisso a Paulo Guedes,
representante da bolsa, da banca e dos rentistas,
são um ultraje à história de resistência e de
organização dos trabalhadores. Merecem repulsa.
Reativando antigas propostas neoliberais e agravando
ainda mais os efeitos danosos da lei trabalhista
celerada, compactuam com uma maior desorganização
sindical e agridem de maneira letal a própria
Constituição”.
Fonte: Agência Sindical

20/08/2018 -
Mais de 8 mil candidatos tentam eleição ao cargo de
deputado federal
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 8.067
candidaturas para a Câmara dos Deputados. Desse
total, apenas 31,6% são mulheres e 41% se declaram
como pretos ou pardos. Além disso, o TSE registra 38
indígenas candidatos a deputado federal.
Para o professor da Universidade de Brasília,
especializado em Direito Eleitoral, Erick Pereira,
os avanços nas candidaturas ainda são tímidos para
tentar superar a atual sub-representação da
população brasileira na Câmara.
"Muitas vezes as dificuldades – sejam geográficas ou
sociais propriamente ditas – fazem com que se tenha
uma lentidão no incentivo à inclusão, mesmo com a
modificação que temos hoje no financiamento público
que incentivou muitas candidaturas", avalia Pereira.
Candidatos à Presidência
Ao todo, 27.249 candidatos vão disputar as vagas para
oito cargos eletivos em 2018. Serão 13 candidatos a
presidente da República, dos quais dois são
deputados federais atualmente: Cabo Daciolo (Patri-RJ)
e Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Completam a lista: Álvaro Dias, do Podemos; Ciro
Gomes, do PDT; Geraldo Alckmin, do PSDB; Guilherme
Boulos, do Psol; Henrique Meirelles, do MDB; João
Amoedo, do Novo; João Goulart Filho, do PPL; José
Maria Eymael, da Democracia Cristã; Marina Silva, da
Rede; Vera Salgado, do PSTU.
O PT registrou Luiz Inácio Lula da Silva como
candidato a presidente e Fernando Haddad como vice,
mas o Movimento Brasil Livre e a Procuradoria Geral
da República já apresentaram os primeiros
questionamentos ao TSE com o argumento de que Lula,
atualmente preso e condenado em segunda instância,
não pode ser candidato.
Impugnações
Eventuais impugnações de candidatura serão analisadas
pelo TSE até 17 de setembro. "A Justiça Eleitoral
vai fazer a análise de um a um para verificar se os
candidatos preenchem as chamadas condições de
elegibilidade e se nenhum desses candidatos incide
em alguma inelegibilidade, aquilo que tornaria o
candidato ficha limpa ou ficha suja", explica o
secretário judiciário do TSE, Fernando Alencastro.
Em 2014, do total de 26.162 candidaturas
inicialmente registradas, 4.184 foram consideradas
inaptas por motivos diversos, como indeferimento da
candidatura, renúncia e até por falecimento, como
foi o caso do então candidato do PSB à presidência
da República, Eduardo Campos.
O TSE registra ainda 197 candidatos aos governos
estaduais, 339 ao Senado, 16.827 às assembleias
legislativas e 954 à Câmara Distrital.
Fonte: Agência Câmara

20/08/2018 -
Pesquisa IPSOS: Lula é o nome mais aprovado e menos
rejeitado do Brasil
A pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos aponta o
ex-presidente Lula como o candidato mais aprovado
pela população brasileira com tendência de alta.
Lula é aprovado por 47% da população, um crescimento
de dois pontos porcentuais em relação à pesquisa
anterior. Já a desaprovação caiu de 53% para 51%.
Todos os outros candidatos seguem com forte
desaprovação, com Alckmin e Ciro Gomes liderando a
lista (70% e 65%, respectivamente).
De todos os candidatos, a performance de Geraldo
Alckmin é a que mais recebe opiniões negativas
informa a reportagem de Daniel Bramatti do jornal O
Estado de S. Paulo. O bloco de rejeição seguinte
segue com Jair Bolsonaro, (PSL, com 61% de
desaprovação), Marina Silva (Rede, 61%), Henrique
Meirelles (MDB, 60%).
Fernando Haddad tem 59% de rejeição, segundo a
pesquisa, mas seu nome ainda não foi oficializado
como candidato a presidência e sim como candidato à
vice-presidência.
"A aprovação a Lula é a maior entre as 17
personalidades apresentadas pelo Ipsos aos
eleitores. Em segundo lugar aparece o juiz Sérgio
Moro, responsável pela condenação do ex-presidente
em primeira instância, com 41%. A seguir estão
Marina Silva, com 30%, e o ex-presidente do Supremo
Tribunal Federal Joaquim Barbosa, com 28%."
O usurpador Michel Temer é rejeitado por 94% dos
brasileiros.
Fonte: Brasil247

20/08/2018 -
Indústria paulista cria mil vagas em julho, diz
pesquisa
A indústria paulista de transformação criou 1.000
vagas no mês de julho em relação a junho. Com ajuste
sazonal, a taxa é de -0,1%, segundo a Pesquisa de
Nível de Emprego, divulgada sexta-feira (17) pela
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp). A variação de 0,04% mostra estabilidade e é
o melhor resultado para o mês de julho desde 2013,
de acordo com as entidades.
A pesquisa mostrou ainda que no acumulado do ano a
geração de novos postos de trabalho totalizou 17.000
vagas. Mesmo sendo um resultado positivo, o número é
inferior à média histórica de contratação para o
período, que é de 43.000 novos postos de trabalho.
"Não há fato novo que faça prever melhora do emprego
até o final do ano. Nos últimos dez anos, somente em
um deles, 2010, houve criação de empregos. Isso é
muito ruim, porque a indústria sempre foi a mola
propulsora do desenvolvimento de São Paulo. Passar
esse longo tempo sem gerar mais empregos, com baixo
investimento, é muito preocupante", disseram os
presidentes da Fiesp em exercício, João Guilherme
Sabino Ometto, e do Ciesp, José Ricardo Roriz.
Segundo os dados, o ritmo abaixo do esperado da
recuperação da economia, ao lado da repercussão da
greve dos caminhoneiros, explica o menor número de
vagas criadas. “Há cautela entre os empresários,
provocada pela incerteza em relação ao custo do
frete rodoviário e à eleição de outubro.”
Dos 22 setores industriais pesquisados, 11
contrataram mais do que demitiram, 3 ficaram
estáveis e 8 cortaram vagas. O destaque entre os que
contrataram funcionários ficou com o setor de
veículos automotores, reboques e carrocerias, com
1.585 vagas em julho. No setor de máquinas e
equipamentos foram criados 1.311 postos de trabalho
e em produtos diversos, 1.252. No sentido contrário,
aparecem o setor de confecção de artigos do
vestuário e acessórios, que fechou com 2.738 vagas,
e produtos alimentícios, que registrou redução de
664 postos de trabalho.
Quando analisadas as regiões do estado, 16
apresentaram resultados positivos, 13 negativos e
sete de estabilidade. Araçatuba teve crescimento de
2,06% e Matão, 1,44%. Já o comportamento negativo
ficou com Santa Barbara D'Oeste, com redução de
5,51% no nível de emprego, seguida por Bauru (-1,6%)
e Presidente Prudente (-1,54%).
Fonte: Agência Brasil

20/08/2018 -
TST discutirá constitucionalidade de novas regras da
CLT para uniformização de jurisprudência
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho discutirá a
constitucionalidade das alterações introduzidas pela
Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista) na CLT para
fixar critérios para edição, alteração e
cancelamento de súmulas, orientações
jurisprudenciais e precedentes normativos. Até 13/9,
órgãos ou entidades poderão manifestar seu interesse
em participar do julgamento na condição de amicus
curiae, conforme edital publicado nesta quinta-feira
(16).
O ponto a ser discutido é a alínea “f” do inciso I e
os parágrafos 3º e 4º do artigo 702 da CLT com o
texto introduzido pela reforma trabalhista. A alínea
“f” estabelece quórum mínimo de 2/3 para criar ou
alterar a jurisprudência consolidada. O parágrafo 3º
determina que as sessões com essa finalidade devem
possibilitar a sustentação oral pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT), pela Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), pela Advocacia-Geral da União (AGU)
e, ainda, por confederações sindicais ou entidades
de classe de âmbito nacional. O parágrafo 4º, por
sua vez, determina a observância dos mesmos
critérios pelos Tribunais Regionais do Trabalho.
Para a Comissão Permanente de Jurisprudência e
Precedentes Normativos do TST, os dispositivos são
inconstitucionais. A comissão entende que os
critérios a serem adotados para a uniformização da
jurisprudência é matéria afeta à competência
privativa dos tribunais, cujos regimentos internos,
nos termos da Constituição da República, devem
dispor sobre a competência e o funcionamento dos
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos.
Ainda segundo a Comissão, o artigo 702 da CLT havia
sido tacitamente revogado, em sua integralidade,
pela Lei 7.701/1988, que modificou regras
processuais no âmbito dos Tribunais Regionais do
Trabalho. O aproveitamento do número de dispositivo
revogado, por sua vez, é proibido pelo artigo 12,
inciso III, alínea “c‟, da Lei Complementar 95/1998.
Dessa forma, a alteração implicaria “flagrante
desrespeito às regras atinentes à elaboração de
lei”.
Entenda o caso
O processo de origem trata da exigência de comprovação
dos requisitos legais para o recebimento do
salário-família, matéria tratada na Súmula 254 do
TST. Em setembro de 2017, no julgamento de embargos
pela Subseção 1 Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1), a maioria dos ministros votava
em sentido contrário ao preconizado na súmula.
Diante desse quadro, a proclamação do resultado do
julgamento foi suspensa e os autos foram remetidos
ao Pleno para a revisão, se for o caso, da Súmula
254. No parecer sobre a possível alteração
jurisprudencial, a Comissão de Jurisprudência
opinou, preliminarmente, pela inconstitucionalidade
dos dispositivos da CLT relativos aos critérios.
Depois que o relator do incidente, ministro Márcio
Eurico Vitral Amaro, determinou a intimação da União
e do procurador-geral do Trabalho e facultou a
intervenção dos interessados, foi publicado o edital
fixando o prazo para as manifestações.
Fonte: TST

20/08/2018 -
Multas do Ministério do Trabalho que violam
contraditório e ampla defesa são nulas
O juiz Cicero Pedro Ferreira, da 3ª VT de
Barueri/SP, anulou 18 multas aplicadas pelo MTE em
uma multinacional, que atua no ramo de fabricação de
turbinas. Para o magistrado, a empresa não
descumpriu normas de segurança e saúde do trabalho
previstas no decreto da inspeção do trabalho.
A empresa ajuizou ação contra a União após ser
autuada com 18 multas aplicadas pelo MTE por
supostamente descumprir normas de segurança e saúde
do trabalho. No processo, a multinacional alegou que
foi impedida de demonstrar para os fiscais que a
realidade fática da obra era diversa da retratada,
sob o argumento de que "as declarações de empregados
ou contratados não têm o condão de comprovar, de per
si, as alegações de seu empregador ou contratante".
Ao analisar o caso, o magistrado pontuou que toda
pessoa pode ser testemunha, "de modo que, não seria
razoável torná-la suspeita para depor pelo simples
fato de ser empregado da empresa autuada".
"Desse modo, confessado pela parte ré o
indeferimento da oitiva de testemunhas requerida
pela parte autora e, ainda, considerando o que dos
autos constam, tenho por provado que a parte ré
violou as garantias constitucionais do contraditório
e da ampla defesa, pelo que a invalidade do processo
administrativo fiscal e seus respectivos autos de
infração, é medida que se impõe."
Com relação ao descumprimento da inspeção de
trabalho acerca da visita dos fiscais, o juiz
asseverou que não há obrigatoriedade da dupla
visita, em virtude da multinacional não se enquadrar
em nenhuma das hipóteses previstas pelo decreto
4.552/02.
Assim, o juiz julgou procedente ação anulatória e
declarou inválido os processos administrativos
referentes às multas.
A multinacional foi patrocinada pela banca Cerdeira
Rocha Advogados e Consultores Legais. Processo:
1000348-70.2015.5.02.0203
Fonte: Migalhas

17/08/2018 -
Subutilização da força de trabalho atinge 27,6
milhões no Brasil
A taxa de subutilização da força de trabalho no
Brasil encerrou o segundo trimestre do ano em 24,6%,
o equivalente a 27,6 milhões de pessoas que se
encontram desocupadas e subocupadas por
insuficiência de horas, além da força de trabalho
potencial.
As informações constam da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua),
divulgada nesta quinta-feira (16), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Estabilidade
Segundo o instituto, o resultado ficou
estatisticamente estável em relação ao primeiro
trimestre do ano, quando o percentual foi de 24,7%,
mas registrando alta em relação aos 23,8% da taxa de
subutilização da força de trabalho do segundo
trimestre do ano passado.
As maiores taxas de subutilização foram verificadas
no Piauí (40,6%), Maranhão (39,7%) e Bahia (39,7%),
enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina
(10,9%), Rio Grande do Sul (15,2%) e Rondônia
(15,5%).
Já as maiores taxas de desocupação no segundo
trimestre do ano foram anotadas no Amapá (21,3),
Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%)
e Bahia (16,5%).
As menores taxas ficaram em Santa Catarina (6,5%),
Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%)
e Mato Grosso (8,5%). No Brasil, a taxa de
desocupação foi de 12,4%.
Taxa combinada de subocupação
Pelos critérios adotados pelo IBGE, a taxa combinada
de subocupação por insuficiência de horas
trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma
jornada de menos de 40 horas semanais, mas que
gostariam de trabalhar em um período maior, somada
às pessoas desocupadas) foi de 18,7% no segundo
trimestre do ano, o que representa 6,5 milhões de
trabalhadores subocupados por insuficiência de horas
trabalhadas e 13 milhões de desocupados.
Já a taxa combinada da desocupação e da força de
trabalho potencial, que abrange desocupados e
pessoas que gostariam de trabalhar, mas não
procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não
estavam disponíveis para trabalhar (força de
trabalho potencial), foi de 18,8% no segundo
trimestre de 2018, o que representa 21,1 milhões de
pessoas.
Contingente de desalentados é recorde
Os dados da Pnad Contínua do segundo trimestre indicam
que o total de trabalhadores desalentados fechou o
período abril a junho em 4,8 milhões de pessoas de
14 anos ou mais de idade, valor superior ao do
primeiro trimestre, quando havia 4,6 milhões de
trabalhadores nessas condições; e ao segundo
trimestre do ano passado, quando os desalentados
eram 4 milhões de pessoas.
Segundo o IBGE, o número é recorde porque esse foi o
maior contingente de desalentados da série histórica
da Pnad Contínua, que começou em 2012.
Para o IBGE, a população desalentada é definida como
“aquela que estava fora da força de trabalho porque
não conseguiu trabalho adequado ou não tinha
experiência ou qualificação, ou era considerada
muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na
localidade em que residia – e que, se tivesse
conseguido trabalho, estaria disponível para assumir
a vaga. Ela faz parte da força de trabalho
potencial”.
Os números indicam que o percentual de pessoas
desalentadas (em relação à população na força de
trabalho ou desalentada) no segundo trimestre de
2018 ficou em 4,4%, também o maior da série
histórica.
Alagoas, com 16,6%, e Maranhão, 16,2%, apresentaram
a maior taxa de desalento e Rio de Janeiro, com 1,2%
e Santa Catarina, com 0,7%, a menor.
Trabalho com carteira assinada
Outra constatação da pesquisa é que a população
ocupada no segundo trimestre do ano somava 91,2
milhões de pessoas, das quais 67,6% integravam o
contingente de empregados (incluindo domésticos),
4,8% eram empregadores, 25,3% pessoas que
trabalharam por conta própria e 2,3% eram
trabalhadores familiares auxiliares.
As regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, com 28,9%
apresentaram os maiores percentuais de trabalhadores
por conta própria.
A pesquisa constatou, ainda, que o percentual de
trabalhadores com carteira assinada continua em
queda, o que significa que o trabalho informal
contínua sendo a principal válvula de escape para
quem não consegue um trabalho formal.
Os dados do estudo indicam que, no segundo
trimestre, 74,9% dos empregados no setor privado
tinham carteira de trabalho assinada, uma queda de
0,9 ponto percentual em relação ao segundo trimestre
do ano passado.
O maior percentual de empregados com carteira estava
na Região Sul, onde 82,9% das pessoas tinham
carteira assinada, e o menor estava no Nordeste
(59,9%).
Em relação aos estados, os maiores percentuais de
carteira assinada foram registrados em Santa
Catarina (88,4%), Rio de Janeiro (82,3%) e Rio
Grande do Sul (82,0%).
Já os menores percentuais estavam no Maranhão
(50,2%), Pará (55,4%) e Paraíba (55,9%). Entre os
trabalhadores domésticos, 29,4% tinham carteira de
trabalho assinada. No segundo trimestre do ano
passado esta proporção era de 30,6%.
Mulheres têm menor nível de ocupação
A Pnad Contínua revelou, também, que, no segundo
trimestre do ano, embora as mulheres fossem maioria
entre a população em idade de trabalhar, com 52,4%
da força de trabalho em potencial, eram os homens
que predominavam entre as pessoas ocupadas em todas
as regiões do país, com 56,3% do total – percentual
que era ainda maior no Norte, onde os homens
representavam 60,2% da força de trabalho.
O nível da ocupação dos homens no Brasil foi de
63,6% e o das mulheres de 44,8% no segundo
trimestre. Este comportamento diferenciado do
indicador entre homens e mulheres foi verificado nas
cinco grandes regiões, com destaque para a Norte,
onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior
(22,6 pontos percentuais), e para o Sudeste, com a
menor diferença (18,0 pontos percentuais).
Rendimento médio
No segundo trimestre de 2018, o rendimento médio real
de todos os trabalhos, habitualmente recebido por
mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, com rendimento de
trabalho, foi estimado em R$ 2.198.
Ainda segundo a pesquisa, houve estabilidade tanto
em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$
2.192) como em relação ao mesmo trimestre do ano
anterior (R$ 2.174).
Fonte: Agência Brasil

17/08/2018 -
Sem esclarecer critérios, Temer corta auxílios e
aposentadorias por invalidez
Ministério do Desenvolvimento Social aponta que
até o final do ano deve revisar mais de 552 mil
auxílios-doenças e 1 milhão de aposentadorias por
invalidez. Governo Federal fala em redução dos
custos
Por meio de alterações nos procedimentos periciais,
o governo federal tem cancelado milhares de
benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por
invalidez a cada ano. E, segundo médicos,
psicólogos, conselheiros de saúde, sindicalistas,
advogados e especialistas em reabilitação
profissional, os critérios de manutenção e suspensão
dos direitos dos segurados não estão claros, como
apontaram durante seminário realizado nessa
quarta-feira (15), em São Paulo, na Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho (Fundacentro).
Até o final deste ano, o governo deverá revisar 552
mil auxílios-doença e 1 milhão de aposentadorias por
invalidez, de acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Social. Só nos casos de
auxílio-doença, de agosto de 2016 até julho, foram
revistos 404 mil casos e 78% dos benefícios foram
anulados. Os debatedores acrescentam ainda que,
junto à falta de transparência de critérios adotados
para justificar a cessação, ocorre a precarização da
política pública de Previdência Social.
Com base em relatos concedidos por funcionários do
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), a médica
e pesquisadora da Fundacentro Maria Maeno, afirma
que essas ações, feitas sem divulgação de critérios,
estão sendo dadas “unicamente” sob o argumento de
corte de custos. “Ninguém é contra o corte de
recursos, desde que não haja desrespeito aos
direitos dos trabalhadores”, contesta a
pesquisadora.
Segurados tiveram o benefício suspenso de forma
gradativa e agora precisam retornar ao trabalho,
mesmo sem condições, como conta uma bancária
aposentada por invalidez que preferiu não se
identificar. Há 15 anos, ela sofreu um AVC e por
conta das sequelas passou a receber seu salário
integral pelo INSS. Em abril, teve o benefício
cortado. “Eu tenho disritmia cerebral e não tenho
condições nenhuma de retornar”, lamenta.
Fonte: Rede Brasil Atual

17/08/2018 -
Centrais sindicais debatem ações de reparação aos
crimes da ditadura
O Fórum de Trabalhadoras e Trabalhadores por
Verdade, Justiça e Reparação esteve reunido na
segunda-feira (13), na sede da Nova Central, em São
Paulo, para debater os encaminhamentos sobre a
repressão que atingiu a classe trabalhadora durante
a ditadura (1964-1985).
Participaram da reunião, representantes da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força
Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e
Intersindical. Sobre o caso envolvendo a Volkswagen,
que comprovadamente colaborou com os ditadores,
inclusive ajudando na prisão de trabalhadores em
suas dependências e o Fórum decidiu cobrar uma
resposta da empresa.
Também foi discutido o papel do Ministério do
Trabalho (MTb), que não cumpre o compromisso para
execução do trabalho de pesquisadores, impedindo a
continuidade dos trabalhos nos acervos do próprio
ministério e no Serviço Nacional de Informação
(arquivo nacional), em Brasília.
Os sindicalistas reclamaram também da falta de
suporte para a realização de audiências públicas, em
Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife, Goiânia
e Porto Alegre, conforme portaria do próprio MTb.
Ficou registrado ainda que foi protocolada na
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, uma
denúncia por violação dos direitos humanos, durante
a ditadura, contra a Companhia Docas, que
administrou o porto de Santos, no litoral paulista,
de 1892 a a 1980.
Além das centrais sindicais, participou da reunião,
a Associação dos Anistiados e Anistiandos do ABC
paulista. Foi relatado que os direitos dos
anistiados estão ameaçados. Os representantes
pediram apoio para viagens ao país para mobilizar as
pessoas contra os riscos que correm.
A próxima reunião do Fórum foi marcada para a
quinta-feira (30), novamente na sede da NCST, na
capital paulista (Rua Silveira Martins, 53 - 1º
Andar - Sé – São Paulo).
Fonte: Portal Vermelho

17/08/2018 -
TSE registra até o momento 23,7 mil candidatos às
eleições deste ano
Treze candidatos a presidente, 177 candidatos a
governador, 299 a senador, mais de 7.200 a deputado
federal, mais de 15 mil a deputado estadual e 954
candidatos a deputado distrital. O total: 23.795
candidatos em todo o país. Isso sem contar aqueles
que vão concorrer à vice ou suplente.
E os números podem mudar, porque os Tribunais
Regionais Eleitorais ainda estão enviando os dados
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O PSL foi o partido que apresentou o maior número de
concorrentes: 1.260; seguido do PSOL, com 1.202; do
PT, com 1.078; e do MDB, com 1.012. Do total, 30,6%
são mulheres, cumprindo a meta prevista na
legislação.
Quando se analisa o grau de instrução e ocupação, os
dados mostram que 49% dos candidatos têm curso
superior completo e 10% são advogados, 6% são
empresários e 19% têm outras profissões.
A maioria dos candidatos tem entre 45 e 49 anos e
55% são casados.
Uma curiosidade é que o total de candidatos este
ano, por enquanto, é menor que o registrado nas
últimas eleições gerais. Em 2014, foram 26.162
concorrentes e, agora, estamos em 24.569 (incluindo
vices e suplentes). Os dados podem sofrer ajustes
conforme a Justiça Eleitoral vá julgando os pedidos
de registro.
Fonte: Portal EBC

17/08/2018 -
Justiça do Trabalho suspende leilão de
distribuidoras da Eletrobras
O leilão das distribuidoras da Eletrobras, marcado
para o dia 30 de agosto, foi suspenso nesta
quinta-feira (16) por uma decisão do Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ). Em
sessão ordinária do Órgão Especial, a maioria dos
integrantes acompanhou o voto da desembargadora
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva, que
concordou com o pedido feito pelos Sindicatos dos
Trabalhadores das empresas de distribuição de
energia elétrica da Eletrobras para impedir a
continuação do processo de venda das distribuidoras.
Os desembargadores deram provimento ao agravo
regimental dos trabalhadores da categoria para
reformar a decisão do desembargador Enoque Ribeiro
dos Santos, relator do agravo, que permitia o
andamento do processo.
Segundo o TRT, 11 desembargadores divergiram da
posição do desembargador e três acompanharam o
relator. Com isso, o Órgão Especial do TRT/RJ,
reformou a decisão do relator do agravo.
Ontem, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira
Júnior, e o secretário executivo do Ministério de
Minas e Energia (MME), Márcio Félix, disseram que o
leilão estava mantido para o dia 30 de agosto.
Entenda
No dia 4 de junho, a juíza Raquel de Oliveira Maciel,
titular da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro,
concedeu liminar para interromper o processo de
privatização de cinco distribuidoras da Eletrobras,
até que as estatais apresentassem um estudo sobre o
impacto da privatização nos contratos de trabalho em
curso e nos direitos adquiridos por seus empregados.
A decisão atingiu as distribuidoras Amazonas
Distribuidora de Energia, Centrais Elétricas de
Rondonia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre,
Companhia Energética de Alagoas (CEAL) e Companhia
Energética do Piauí, que já foi vendida. A decisão
foi resultado de uma ação civil pública ajuizada por
sindicados de trabalhadores.
Quatro dias depois, o desembargador Fernando Antonio
Zorzenon da Silva, presidente do TRT/RJ, suspendeu
os efeitos da liminar concedida pela magistrada,
atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União
(AGU).
Em resposta, os sindicados dos trabalhadores
ingressaram no dia 14 de junho com agravo regimental
contra a decisão do presidente do TRT/RJ, para que
fosse mantida a liminar da 49ª VT/RJ. O agravo
regimental foi distribuído ao desembargador Enoque
Ribeiro dos Santos, que no dia 22 de junho indeferiu
a liminar pedida pelos sindicatos. Os representantes
dos trabalhadores resolveram entrar com novo agravo
regimental contra a decisão do desembargador ,
requerendo que ele reconsiderasse a própria decisão.
No dia 24 de julho, o desembargador remeteu o
processo ao Órgão Especial do TRT/RJ.
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) destacou
que a liminar é uma decisão inédita, "que coloca o
direito dos trabalhadores, direitos sociais e
humanos como um elemento fundamental nas atividades
societárias”, indicou a nota da entidade.
A Eletrobras informou que só vai se pronunciar por
meio de comunicado ao mercado após o fechamento das
operações.
Fonte: Agência Brasil

17/08/2018 -
Gastos com educação podem passar a ser deduzidos
integralmente no Imposto de Renda
As despesas com educação podem passar a ser
deduzidas de forma integral do cálculo do Imposto de
Renda da Pessoa Física. Um projeto (PLS 303/2017)
com este objetivo está em análise na Comissão de
Educação, Cultura e Esporte (CE). Neste ano, o
limite dos gastos com educação foi de R$ 3.561 por
pessoa, o que corresponde a apenas R$ 296 por mês.
As despesas incluem as mensalidades pagas a creches
e pré-escolas, instituições de ensino fundamental,
médio, superior e de pós-graduação, além da educação
profissional. Não entram na lista cursos de línguas
ou atividades extracurriculares, como lutas ou
computação. O autor do projeto, senador Lasier
Martins (PSD-RS), justifica que a atual legislação
não impõe limites para as despesas com saúde. Já o
senador Otto Alencar (PSD-BA) argumenta que as
famílias investem em educação para permitir um
futuro melhor para os seus filhos.
Fonte: Agência Senado

17/08/2018 -
TRT-5 decide que pedreiro tem vínculo de emprego com
dono de casa que o contratou
Para a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
5ª Região (Bahia), contratação de pedreiro para
fazer obra em casa é uma relação de trabalho regida
pela CLT. E com esse entendimento, o tribunal
reconheceu o vínculo entre mestre de obra e o dono
de um imóvel que o contratou, obrigando-o a pagar
verba rescisória pela "demissão".
O argumento do tribunal é o mesmo da defesa do
mestre de obras: a contratação se deu entre duas
pessoas físicas, o que denota relação de empregado e
patrão. Fosse um contrato de prestação de serviços —
que é como a jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho trata esses casos —, o dono da casa deveria
ter procurado uma empresa que fornecesse os
trabalhadores.
Em primeira instância, o juiz José Cairo Júnior, da
3ª Vara do Trabalho de Ilhéus, negou o pedido. Na
sentença, afirmou ser incontroverso que ele foi
contratado para prestar serviço para uma pessoa
física, e não para ser empregado dela.
Nessas situações, disse o juiz, a jurisprudência é
praticamente unânime em não reconhecer a existência
de vínculo entre trabalhadores que são contratados
para construir ou para reformar residência de pessoa
física (dono da obra), diante da inexistência do
exercício de atividade econômica.
Já no TRT-5, a sentença foi reformada pela 1ª Turma.
O relator, desembargador Marcos Gurgel, baseou sua
decisão na relação entre o trabalhador e seu
contratante, sem intermediários.
"Reconhecida a prestação de serviços diretamente
pelo autor em favor do demandado, nos termos do
quanto acima relatado, e não a intermediação de
mão-de-obra, outro não pode ser o entendimento senão
o de se reconhecer o vínculo de emprego entre as
partes, consoante artigos 2º e 3º, CLT", afirmou o
relator.
Seguindo o voto do relator, a 1ª Turma do TRT-5
reconheceu o vínculo e condenou o dono da obra a
fazer as devidas anotações na Carteira de Trabalho
do pedreiro, no prazo de oito dias da publicação do
acórdão, sob pena de multa diária de R$ 100. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-5.
0000298-46.2016.5.05.0493
Fonte: Consultor Jurídico

17/08/2018 -
Impugnação apresentada por empresa em prazo
concedido por equívoco é considerada válida
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou regular a impugnação aos cálculos de
execução de sentença que a Sanofi – Aventis
Farmacêutica Ltda. apresentou dentro de prazo
equivocadamente concedido por juiz. Segundo a
relatora, ministra Maria de Assis Calsing,
entendimento em sentido contrário afronta os
princípios da segurança jurídica e do devido
processo legal.
Condenada a pagar horas extras e FGTS a um
representante comercial, a empresa impugnou, no
penúltimo dia do prazo correto, o cálculo do valor a
ser pago. Cerca de um mês depois, o juízo da 25ª
Vara do Trabalho de Salvador (BA) indeferiu o
pedido, mas, no próprio despacho, autorizou a Sanofi
a reanalisar os cálculos em mais 10 dias. No
entanto, a nova impugnação, apresentada dentro do
prazo concedido, não foi admitida. Segundo o juízo,
houve “mero equívoco” na concessão de mais tempo, e
o verdadeiro prazo havia expirado.
O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região manteve
o indeferimento. Segundo o TRT, o juiz foi claro ao
admitir o equívoco, e não houve o erro alegado pela
Sanofi, que em nenhum momento requereu o aumento do
prazo.
No recurso de revista, o laboratório sustentou que,
no momento em que o juízo de origem concedeu o prazo
de 10 dias para manifestação, o recorrente adquiriu
o direito a ele, e não poderia ser tolhido “sem
qualquer aviso ou, pior, fundamentação”. Segundo a
empresa, o despacho que concedeu o prazo, ao ser
publicado em Diário Oficial, transformou-se em ato
jurídico perfeito, “produzindo, por tal, todos os
efeitos legais”.
A relatora do recurso, ministra Maria de Assis
Calsing, entendeu que o TRT afrontou os princípios
da segurança jurídica e do devido processo legal.
Ela destacou que a decisão do juízo da Vara do
Trabalho foi expressa ao reabrir o prazo para a
impugnação dos cálculos.
Para a ministra, a Sanofi não pode ser surpreendida
com a não admissão de sua contradita por
intempestividade com a justificativa de que o
aumento do prazo foi equivocado. “O procedimento da
empresa teve respaldo em determinação judicial, que
sequer foi impugnada pela outra parte”, concluiu.
Por unanimidade, a Quarta Turma acompanhou a
relatora. O representante comercial opôs embargos de
declaração, mas eles não foram acolhidos.
Processo: RR-230-55.2010.5.05.0025
Fonte: TST

16/08/2018 -
Plano trabalhista de Bolsonaro radicaliza proposta
neoliberal
Composto de 8.453 palavras - fora gráficos e mapas -
o Plano de Governo de Jair Bolsonaro (PSL) reserva
só 113 ao trabalho, no pequeno capítulo
“Modernização e Legislação Trabalhista”, inserido no
Plano de Economia. Seu caráter é radicalmente
neoliberal.
São elas: “Criaremos uma nova Carteira de Trabalho
verde e amarela, voluntária, para novos
trabalhadores. Assim, todo jovem que ingresse no
mercado de trabalho poderá escolher entre um vínculo
empregatício baseado na Carteira de Trabalho
tradicional (azul) - mantendo o ordenamento jurídico
atual -, ou uma Carteira de Trabalho verde e amarela
(onde o contrato individual prevalece sobre a CLT,
mantendo todos os direitos constitucionais).
Além disso, propomos a permissão legal para a
escolha entre Sindicatos, viabilizando uma saudável
competição, que, em última instância, beneficia o
trabalhador.
O Sindicato precisa convencer o trabalhador a
voluntariamente se filiar, através de bons serviços
prestados à categoria. Somos contra o retorno do
Imposto Sindical”.
Reações - O sindicalismo reage. O presidente
da Força Sindical e da CNTM (Confederação Nacional),
o metalúrgico Miguel Torres critica duramente o
plano. Diz sua Nota: O candidato propõe uma Carteira
de Trabalho “verde e amarela”, criando uma espécie
de segunda classe trabalhadora, jogando o
trabalhador para antes da CLT, sem proteção da
Justiça e dos Sindicatos, obrigando a negociar
individualmente em total desvantagem perante os
patrões, principalmente os maus patrões.
Esta “segunda” classe trabalhadora ficaria sem ver a
cor da tradicional Carteira de Trabalho, sem a
garantia dos direitos e sem força pra negociar,
conquistar e melhorar de vida. É fundamental que
toda a sociedade se posicione contra essa barbárie”.
Fonte: Agência Sindical

16/08/2018 -
Depois do impeachment, trabalhadores acumularam
derrotas no Congresso
Foi como se os movimentos sociais e de trabalhadores
tivessem sofrido vários "7 a 1" políticos, diz o
analista político Marcos Verlaine, do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap),
sobre as votações no Congresso depois do impeachment
de Dilma Rousseff, em 2016. O instituto elaborou uma
relação com várias matérias aprovadas desde então –
todas desfavoráveis, tendo como exemplo mais
conhecido a "reforma" trabalhista, no ano passado.
Por Vitor Nuzzi
Ele enfatiza a importância de se observar a escolha
de representantes na Câmara e no Senado para tentar
melhorar a correlação de forças, pois hoje a
composição é de maioria francamente conservadora. "O
mercado não perdeu mais nenhuma votação relevante
naquilo que era de seu interesse", adverte.
São dois momentos distintos, antes e depois da
derrubada de Dilma, observa Verlaine. A partir do
impeachment, se estabeleceu o que ele chama de
"agenda do mercado" e o poder financeiro e
empresarial passou a aprovar todos os temas de seu
interesse. "Se ela (Dilma) se mantivesse, num
contexto de negociação com o Congresso Nacional, o
quadro poderia ser diferente", diz o analista, mesmo
considerando o Parlamento atual o "mais fisiológico"
e de pior qualidade em sua relação com o Executivo.
Esse mesmo Congresso barrou as denúncias contra
Michel Temer, o que contribuiu, segundo Verlaine,
para frear outra "reforma", a da Previdência. "Se o
Temer não tivesse tido aquelas duas denúncias,
poderia ter passado (a reforma), a história talvez
fosse outra." Mas o analista destaca também a
mobilização dos movimentos sociais contra o projeto.
Ele avalia que os representantes dos trabalhadores
têm ainda alguma dificuldade para monitorar as
votações. "Por uma série de fatores, o movimento
sindical não consegue acompanhar adequadamente a
pauta do Congresso e desenvolver o combate a essa
pauta", diz. Verlaine cita o exemplo da tramitação
do projeto de "reforma" trabalhista, quando os
sindicatos buscavam interlocução com o Ministério do
Trabalho, enquanto quem determinava o ritmo do
debate era a Casa Civil. Além disso, em um primeiro
momento, todos se concentraram na questão da
Previdência e de certa forma "esqueceram" da
trabalhista, que foi avançando – por ser um projeto
de lei exigia menos votos do que uma proposta de
emenda à Constituição (PEC).
Quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
declarou que a proposta de mudança da legislação
trabalhista era "tímida", houve uma espécie de senha
para o mercado, diz o analista do Diap. E o relator
do projeto, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),
transformou o texto original, do Executivo, em um
"monstrengo", que acabou aprovado.
Houve também a agora Emenda Constitucional 95,
chamada de "PEC da morte" durante a tramitação. "A
emenda dialogava e dialoga com as reformas da
Previdência e trabalhista, que destruiu e colocou as
relações do trabalho num patamar muito difícil para
o movimento sindical."
Para Verlaine, é preciso "eleger um Congresso mais
qualificado e um presidente que tenha algum
compromisso com os trabalhadores". Caso contrário,
será difícil reverter a agenda conservadora. "O
movimento sindical precisa ficar mais atento à
eleição para o Congresso Nacional." Atualmente, ele
lista de 100 a 120 parlamentares, no máximo, mais
identificados com uma pauta progressista. Apenas um
quinto do Parlamento.
Mesmo a "reforma" trabalhista não foi resultado de
uma "canetada", como o analista chegou a ouvir de um
dirigente. "Desde a revisão constitucional que o
mercado vem tentando alterar as relações de trabalho
a seu favor. O mercado acompanha a pauta do
Congresso pari passu. O movimento sindical não
consegue fazê-lo." Outubro pode ser este momento.
Fonte: Portal Vermelho

16/08/2018 -
Atividade econômica recua 0,99% no segundo trimestre
A economia caiu no segundo trimestre deste ano. O
Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período)
apresentou queda de 0,99% no segundo trimestre,
comparado com o período de janeiro a março deste
ano.
A contração ocorreu no período da greve dos
caminhoneiros, iniciada no fim de maio e encerrada
no início de junho.
A greve impactou a economia, gerando uma crise de
desabastecimento no país. Em junho, o ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que impacto da
paralisação na economia seria de R$ 15 bilhões,
equivalentes a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, a
soma das riquezas produzidas no país).
No primeiro trimestre, de acordo com dados
atualizados pelo BC, houve crescimento de 0,2%, na
comparação com o período de outubro a dezembro de
2017.
De janeiro a junho deste ano, houve crescimento de
0,89% (sem ajustes), na comparação com o primeiro
semestre de 2017. Em 12 meses, a expansão chegou a
1,3%.
Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 3,29% na
comparação com maio (dado dessazonalizado). Na
comparação com o mesmo mês de 2017, o crescimento
ficou em 1,82%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da
atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar
decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de
atividade dos três setores da economia: indústria,
comércio e serviços e agropecuária, além do volume
de impostos.
No entanto, o indicador oficial sobre o desempenho
da economia é o Produto Interno Bruto (PIB),
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Fonte: Agência Brasil

16/08/2018 -
Sindicalistas defendem candidatura de Vanessa
Grazziotin ao Senado
Em nota conjunta, mulheres trabalhadoras das
principais centrais sindicais do país declararam
solidariedade com a senadora do PCdoB do Amazonas,
Vanessa Grazziotin. O apoio à candidatura da
parlamentar conta com a assinatura das dirigentes da
CSB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT Nacional.
O Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais - FNMTCS -de todo o Brasil está
em luta e reconhece a liderança da senadora Vanessa
Grazziotin, incansável defensora da democracia, dos
direitos das mulheres e da soberania nacional. Essa
guerreira tem nosso apoio nesse momento de decisão e
disputa do poder politico, quando interesses
duvidosos tentam dificultar seu caminho para a
reeleição.
VANESSA, sua liderança nos inspira a seguir em
frente, conte com a força das Mulheres Trabalhadoras
das Centrais Sindicais Brasileiras, estamos com voce
nessa trincheira eleitoral.
SOMOS TODAS VANESSA!!!
Antonieta Cassia Dorleto de Faria
Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CSB
Celina Arêas
Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB
Junéia Batista
Secretária Nacional da Mulher trabalhadora da CUT
Maria Auxiliadora dos Santos
Secretaria Nacional de Políticas paras Mulheres da
Força Sindical
Sonia Maria Zerino da Silva
Secretaria Nacional para Assuntos da Mulher da NCST
Regina Pessoti Zagretti
Secretaria da Mulher da UGT Nacional
Fonte: NCST

16/08/2018 -
Com patrimônio de R$ 377 mi, Meirelles é o segundo
multimilionário na eleição
O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), que
registrou sua candidatura à Presidência da República
nesta quarta-feira (15), declarou ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que possui um patrimônio de
R$ 377 milhões. Ele é o segundo candidato mais rico
na disputa pelo Planalto, atrás apenas de João
Amoêdo (Novo), que declarou um patrimônio de 425
milhões.
Meirelles, que foi ministro da Fazenda do governo
Michel Temer, declarou que possui R$ 6,9 milhões em
conta correte no exterior. Em sua relação contam
ainda um apartamento avaliado em R$ 21,9 milhões e
uma sala comercial avaliada em R$ 1 milhão.
Fonte: Brasil247

16/08/2018 -
Proposta da Vice-Presidência do TST para evitar
greve é aceita por unanimidade por Correios e
empregados
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
e as entidades sindicais que representam seus
empregados aprovaram, por unanimidade, a proposta de
acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, ministro Renato de
Lacerda Paiva. As federações de trabalhadores
comunicaram a aceitação à Vice-Presidência,
responsável pela condução do procedimento de
mediação e conciliação pré-processual. Esta é a
primeira vez em mais de duas décadas que os Correios
e as representações sindicais chegam a um consenso
sem a realização de greve.
Conforme a proposta, no Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT) 2018/2019 serão mantidas as cláusulas do
instrumento de 2017/2018 e haverá reajuste salarial
de 3,68%, correspondente à inflação medida pelo INPC
entre as duas datas-base. O percentual vai incidir
sobre o salário-base e sobre todas as vantagens que
o levam em consideração. Também são contempladas,
com igual índice, as vantagens previstas no ACT
antigo: auxílio para dependentes com deficiência,
reembolso-creche e reembolso-babá,
vale-refeição/alimentação/cesta, vale extra,
vale-transporte, jornada de trabalho in itinere e
gratificação de quebra de caixa.
Plano de saúde
Uma das dúvidas manifestadas pelos empregados dizia
respeito à possibilidade de alterações na cláusula
28, que trata do plano de saúde. O ministro, no
entanto, explicou que tudo o que consta da cláusula
28 e seja compatível com a futura decisão judicial
no processo DC-1000295-05.2017.5.00.0000 deve ser
considerado como parte proposta, e o que for
incompatível não faz parte da proposta. O processo
de dissídio coletivo envolve o custeio do benefício.
O ministro Renato Paiva vai designar audiência para a
assinatura do acordo.
Processo: PMPP-1000562-40.2018.5.00.0000
Fonte: TST

16/08/2018 -
Comissão aprova gratuidade para idoso no transporte
coletivo
Reserva de duas vagas gratuitas por veículo no
transporte coletivo interestadual valerá para
maiores de 65 anos com renda de até 3 salários
mínimos
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou na terça-feira (14) proposta que concede
gratuidade no transporte coletivo público
rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo a
pessoas com mais de 65 anos.
O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que é alterado
pelo substitutivo, prevê a gratuidade a maiores de
65 anos apenas nos transportes coletivos públicos
urbanos e semiurbanos.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado
Heitor Schuch (PSB-RS) ao Projeto de Lei 1967/99 e
outros 89 projetos apensados. Schuch argumenta no
parecer que há necessidade de se estabelecer a
gratuidade para todos os tipos de transporte
oferecidos aos idosos, dentro dos limites que não
venham a colocar em risco o funcionamento das
empresas concessionárias.
O substitutivo cria uma regra de transição para
pessoas entre 60 anos e 65 anos. Nesse caso, as
condições para a gratuidade serão definidas pela
legislação local.
Transporte interestadual
O texto ainda altera o Estatuto do Idoso para
estabelecer que a reserva de duas vagas gratuitas
por veículo no transporte coletivo interestadual
valerá para a maiores de 65 anos com renda de até 3
salários mínimos e não mais de 2 salários mínimos,
como prevê a lei atualmente.
Pessoa com Deficiência
Por fim, o texto aprovado modifica o Estatuto da
Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) para conceder
gratuidade em dois assentos em cada veículo do
serviço de transporte público de passageiros, nos
modais aeroviário, rodoviário e hidroviário a
pessoas com deficiência.
Tramitação
O texto aprovado segue para análise da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue
para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara

16/08/2018 -
Comissão aprova isenção de taxas de passaporte para
idoso
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou nesta terça-feira (14) proposta que isenta
pessoas com mais de 60 anos do pagamento da taxa de
emissão de passaporte e demais documentos de viagem.
Atualmente, a taxa para emissão do documento – com
validade de 10 anos - é de R$ 257,25.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado
Gilberto Nascimento (PSC-SP) aos projetos de lei
4307/04, do Senado, e 9040/17, do deputado Pompeo de
Mattos (PDT-RS). O texto do Senado garantia a
isenção a partir dos 65 anos.
De acordo com Nascimento, o texto de Pompeo de
Mattos está em “maior consonância” com o Estatuto do
Idoso (Lei 10.741/03).
Tramitação
A proposta, que tramita em regime de prioridade, ainda
será analisada pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois, segue para o Plenário. O texto
foi rejeitado pela Comissão de Seguridade Social e
Família em junho de 2006.
Fonte: Agência Câmara

15/08/2018 -
FGTS distribuirá R$ 6 bi a trabalhadores, metade do
lucro do fundo em 2017
Rendimento extra representa R$ 38 em média para
cada uma das 258 milhões de contas;
dinheiro começa a ser depositado nesta terça-feira,
14
Trabalhadores com conta no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) receberão rendimento extra
de 1,72% pelo lucro que o fundo obteve no ano
passado.
Na média, o rendimento extra representa R$ 38 para
cada uma das 258 milhões de contas. O dinheiro
começa a ser depositado nesta terça-feira, 14, e
todas as contas terão o recurso extra até o dia 31
de agosto. Devem ser beneficiadas 90,7 milhões de
pessoas.
A remuneração extra é resultado da partilha do lucro
do Fundo no ano passado. Segundo os gestores do
FGTS, o resultado somou R$ 12,46 bilhões, sendo que
R$ 6,23 bilhões serão divididos com os próprios
trabalhadores.
Para calcular o valor que vai receber em sua conta
do FGTS, o cotista precisa multiplicar o índice de
0,0172 ao saldo existente em 31 de dezembro de 2017.
Por exemplo, quem tinha R$ 1 mil, receberá R$ 17,20.
Esse é o segundo ano em que metade do lucro do FGTS
é distribuído entre os trabalhadores e que o
rendimento total fica acima da inflação.
Se levar em conta a atualização mensal já paga
durante os meses do ano passado, as contas do Fundo
tiveram remuneração total de 5,59% no acumulado de
2017. O porcentual, destaca a Caixa, foi
praticamente o dobro da inflação oficial do período,
de 2,95%.
Cotistas poderão consultar o valor recebido a partir
de 31 de agosto no site da Caixa ou através do
aplicativo para telefones celulares.
O FGTS investe em diversas operações financeiras,
como títulos públicos, financiamento de projetos de
infraestrutura e no Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS),
entre outras.
Saques para próteses
A partir de quarta-feira, 15, trabalhadores com
deficiência poderão sacar recursos do FGTS para
compra de órteses e próteses. A liberação do
dinheiro só será feita em casos específicos
previstos na Lei e com laudo médico.
A mudança permite, por exemplo, a compra de cadeiras
de rodas, aparelho para ampliação sonora ou óculos
para quem tem menos de 30% da capacidade visual.
Poderão sacar recursos trabalhadores com cotas do
FGTS que tenham deficiência física ou sensorial
definitiva ou temporária há pelo menos dois anos. A
liberação de recursos será limitada ao valor da
tabela do SUS para cada uma das próteses.
Serão usados parâmetros do chamado Estatuto da
Pessoa com Deficiência para estabelecer quem poderá
ser beneficiado. A lei prevê o beneficio para quem
tem perda auditiva de mais de 50 decibéis ou menos
de 30% da visão, além das situações permanentes de
amputação e paraplegia.
Não são elegíveis trabalhadores com capacidade
visual superior a 30%, esquizofrenia ou problemas
temporários, como uma fratura no pé. Dessa maneira,
não podem ser adquiridas próteses dentárias, cateter
ou prótese para esôfago.
Nos casos elegíveis, o médico deverá emitir um lado
eletronicamente por um sistema da Caixa com
detalhes, como o código de classificação da doença
(CID), o tipo e o nível da deficiência e o código da
prótese indicada. Com todos os documentos, o
trabalhador poderá sacar o dinheiro previsto na
tabela do SUS em qualquer agência da Caixa.
Consignado
Para tentar alavancar empréstimos consignados com
garantia dos recursos do FGTS, a Caixa Econômica
Federal desenvolveu um sistema que permitirá que
bancos façam o bloqueio de até 10% da conta do FGTS
do trabalhador que tomar crédito consignado com essa
garantia.
O objetivo da iniciativa é dar mais segurança às
instituições financeiras que não demonstraram
apetite em oferecer esse tipo de crédito aos
clientes.
O vice-presidente de fundos de governo e loterias da
Caixa, Valter Nunes, explica que, nessa operação, o
empregado oferece 10% do saldo do fundo e eventual
multa como garantia do empréstimo. Em caso de
demissão sem justa causa, o banco credor pode
receber diretamente da Caixa as garantias dadas na
operação.
Fonte: Estadao

15/08/2018 -
Patrões já usam 'reforma' trabalhista para impor
retrocessos em campanhas salariais
Efeitos das alterações na CLT recaem direto nas
negociações entre representações dos trabalhadores
com setores patronais,
que têm ignorado o aumento real e proposto retirada
de direitos
Entidades sindicais apontam que cresceu a
intransigência dos setores patronais nas negociações
de campanhas salariais, após a “reforma”
trabalhista, com a aprovação da Lei 13.467/2017, que
alterou dispositivos de proteção ao trabalhador.
Patrões passaram a propor reajuste sem previsão de
aumento real e a retirada de garantias trabalhistas
das respectivas convenções coletivas. Em reportagem
de Leandro Chaves, do Seu Jornal, a TVT mostra que
os novos regimes de contratação e a jornada de
trabalho intermitente, em vigência desde novembro do
ano passado, têm acirrado as discussões entre as
entidades de ambos os lados.
“Nos últimos anos, a gente sempre colocou a nossa
proposta de aumento real, acima da inflação, e (este
ano) os bancos estão oferecendo só a inflação. Eles
querem fazer um acordo de quatro anos”, afirma a
secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e região, Neiva Ribeiro.
A sindicalista acrescenta a Fenaban – entidade que
representa os bancos nas negociações com o Comando
Nacional dos Bancários – propôs aos trabalhadores um
acordo que não acompanha o lucro líquido alcançado
no primeiro trimestre deste ano pelas principais
empresas do setor, de cerca de R$ 20 bilhões,
aumento de 18,7% do que o registrado em igual
período de 2017 – os cinco maiores bancos do país
são Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal. A categoria já passou por
seis rodadas de negociações, sem avanços.
“Por tudo que nós já conversamos, a gente vê que é
impossível fazer isso (acordo), porque se não houver
garantia de emprego, em cinco anos, pode acabar o
setor. A cada ano eles vêm diminuindo os postos de
trabalho”, afirma Neiva.
Por outro lado, a Federação dos Sindicatos de
Metalúrgicos (FEM) da CUT/SP, que tem oito grupos de
negociações, também enfrenta intransigência dos
empresários. “Nenhum dos direitos que nós tínhamos
está garantido, como acontecia em anos anteriores”,
declara o presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da
Silva Dias. O dirigente afirma que as negociações da
categoria com as empresas ainda não obtiveram
previsão de aumento real e que direitos já
consagrados, como licença-maternidade e afastamento
por acidente de trabalho estão sendo ameaçados.
Fonte: Rede Brasil Atual

15/08/2018 -
Aposentados começam a receber este mês 1ª parcela do
décimo terceiro
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) começam a receber, ainda este
mês, a antecipação da primeira parcela do abono
anual, o décimo terceiro salário. O depósito do
benefício será feito na folha do INSS, entre os dias
27 de agosto e 10 de setembro, conforme a Tabela de
Pagamentos de 2018.
Terão direito à primeira parcela do abono anual 30
milhões de beneficiários. O governo federal estima
que a antecipação vai injetar na economia
aproximadamente R$ 20,6 bilhões, nos meses de agosto
e setembro. A primeira parcela corresponde a 50% do
valor do décimo terceiro.
Não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) na
primeira metade do abono. De acordo com a
legislação, o IR sobre o décimo terceiro somente
será cobrado em novembro e dezembro, quando for paga
a segunda parcela.
Aposentados e pensionistas receberão 50% do valor do
benefício. A exceção é para quem passou a receber o
benefício depois de janeiro de 2018. Nesse caso, o
valor será calculado proporcionalmente.
Quem recebe
Por lei, tem direito ao décimo terceiro quem, durante
o ano, recebeu benefício previdenciário de
aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença,
auxílio-acidente, auxílio-reclusão ou
salário-maternidade. No caso de auxílio-doença e
salário-maternidade, o valor do abono anual será
proporcional ao período recebido.
Aqueles que recebem benefícios assistenciais, como
Benefício de Prestação Continuada (BPC), da Lei
Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS e Renda
Mensal Vitalícia – RMV) não têm direito ao abono
anual.
Fonte: Agência Brasil

15/08/2018 -
Marcha Nacional pela liberdade de Lula se concentra
em Brasília
Depois de uma média de 50 km marchando na estrada,
as colunas Teresa de Benguela, Prestes e Ligas
Camponesas se encontraram em Brasília nesta
terça-feira 14, marcando o tão esperado encontro da
Marcha Nacional Lula Livre. A unificação das
colunas, com cinco mil trabalhadores rurais sem
terra, ocorreu no centro de Brasília, próximo à
fonte da Torre de TV.
Após o encontro, os marchantes se dirigem para o
estacionamento localizado entre o estádio Mané
Garrincha e o ginásio Nilson Nelson, onde ficarão
acampados em preparação para as atividades de
registro da candidatura de Lula à presidência da
República.
A Marcha se articula com uma série de outras
movimentações da classe trabalhadora para influírem
no contexto político do país e lutar pela liberdade
do ex-presidente Lula e seu direito de ser
candidato. Desde o último dia 31/7, sete militantes
da Via Campesina, do Levante Popular da Juventude e
da Central dos Movimentos Populares (CMP) estão em
greve de fome cobrando justiça ao Supremo Tribunal
Federal (STF).
Fonte: Brasil247

15/08/2018 -
TSE já recebeu 7 pedidos de registro de candidatos à
Presidência
O PSL pediu nesta terça-feira (14) o registro do
deputado federal Jair Bolsonaro como candidato da
legenda à Presidência da República. Ele é o sétimo
nome a ser registrado e tem como vice o general
Hamilton Mourão, filiado ao PRTB.
Em sua declaração de bens, Bolsonaro, que é capitão
da reserva do Exército, informou ter um patrimônio
avaliado em R$ 2,286 milhões, a maior parte em
imóveis e veículos. Mourão informou ter R$ 414,4
mil.
Bolsonaro, de 63 anos, está no sétimo mandato como
deputado federal e concorre pela primeira vez à
Presidência.
Segundo dados do TSE, até hoje, além de sete
candidatos a presidente e sete a vice-presidente, já
foram solicitados registros de candidatos a
governador (87), a vice-governador (87), a senador
(155), a deputado federal (3.461), a deputado
estadual (6.813) e a deputado distrital (285), além
de 311 para suplentes de senadores.
O prazo para requerer o registro termina às 19h de
amanhã (15) e o TSE tem até 17 de setembro para
apreciar todos os pedidos, que podem ser alvo de
impugnação (questionamento) por parte de coligações,
partidos e candidatos adversários, bem como do
Ministério Público Eleitoral.
Fonte: Agência Brasil

15/08/2018 -
Que tipo propostas se pode esperar do próximo
presidente?
O eleitor é quem irá fazer o julgamento do
candidato que melhor representa seus interesses,
tendo como parâmetro a visão de mundo e as propostas
dos candidatos.
Antônio Augusto de Queiroz*
Em artigo anterior, sob o título “As três visões em
disputa na eleição de 2018”, tratei dos desenhos de
Estado que estão em disputa. Neste trato de medidas
que poderão ser propostas pelos representantes
dessas 3 visões:
1) Estado de proteção social,
2) Estado liberal-fiscal, e
3) Estado penal.
Ressalte-se, desde logo, que alguns candidatos podem
combinar, em seus programas de governo, políticas
públicos de caráter liberal-fiscal com medidas do
Estado penal, mas é bem menos provável que um
candidato que adote a visão de Estado de proteção
social possa compatibilizar seu programa com
propostas de ordem liberal-fiscal, ainda que possa
incorporar algumas medidas de reforço à segurança
pública.
Os candidatos do campo da esquerda e da
centro-esquerda, que adotam a defesa do Estado de
proteção social, terão como prioridade recuperar a
capacidade de o Estado ofertar serviços e
proporcionar o acesso a bens públicos, especialmente
aos mais vulneráveis. Isto não significa que
deixarão de propor reformas estruturais, inclusive
com impacto sobre direitos, como reforma da
Previdência e do Estado, mas com generosas regras de
transição.
Os pressupostos para a retomada do projeto de Estado
de proteção social, entretanto, são a revogação ou
flexibilização da Emenda Constitucional 95, e a
realização de reforma tributária que amplie a
arrecadação, sem o que será impossível conter o
aumento da desigualdade e evitar o colapso do
Estado.
Já os candidatos que defendem o Estado de perfil
liberal-fiscal [1], além de manterem o congelamento
do gasto público — admitindo a sua flexibilização
somente se, e quando, forem aprovadas reformas
profundas para reduzir o gasto social — descartam
qualquer aumento de tributos, exceto do Imposto de
Renda de pessoa física, aprofundando o ajuste apenas
pelo lado da despesa, e notadamente na área social.
A prioridade — ao lado da venda de ativos, mediante
a alienação do patrimônio público e da privatização
de empresas estatais — tende a ser a promoção de
reformas radicais nos regimes previdenciários e na
Administração Pública, com o objetivo de reduzir, no
curto prazo, as despesas com Previdência,
Assistência Social e pessoal, sem o que será
impossível manter a EC 95 durante seu mandato.
No caso dos servidores públicos — além da extinção
da estabilidade, da paridade e da integralidade nas
aposentadorias e pensões — a visão liberal-fiscal
tende a ampliar a transversalidade nas relações de
trabalho no serviço público, permitindo que o
servidor possa ser remanejado de seu órgão de origem
para onde houver necessidade de pessoal, para
compensar a ausência de concursos públicos.
Ainda na esfera da Administração Pública, como a
meta é economizar ou reduzir despesas, ganha força
entre os liberais-fiscais a ideia de aumento da
terceirização no serviço público, ou a
contratualização de resultados mediante a simples
transferência de funções para entidades privadas.
Duas medidas, que afetam fortemente os mais pobres,
também tendem a ser propostas, caso ganhe alguém do
campo liberal-fiscal: 1) a extinção do abono
salarial, devido a quem ganha menos de 2 salários
mínimos por mês, e 2) a eliminação da política de
aumento real do salário mínimo, pela “economia” que
elas representam para o erário.
O candidato que representa o Estado-penal, por sua
vez, além do aprofundamento da agenda liberal-fiscal
defendida pelo fundamentalista de mercado que o
assessora nesse campo — Paulo Guedes — terá como
prioridade a repressão e o aumento de pena para
delitos, especialmente de integrante de movimentos
sociais e de pequenos infratores. Poderá, ainda,
adotar políticas de interesse das Forças Armadas,
investindo no seu reaparelhamento e expansão, mas,
em troca, tornando ainda mais presentes os militares
em setores como segurança pública e gestão de
infraestrutura tecnológica.
O receituário liberal-fiscal, especialmente as
medidas de corte de despesas nos programas de
transferência de renda, como o abono salarial, a
revisão da política de aumento real do salário
mínimo, a descentralização e terceirização de alguns
serviços públicos, assim como a reforma da
Previdência — com aumento de idade mínima, de tempo
de contribuição e redução de benefício — já estão
disponíveis para imediato envio ao Congresso,
porquanto foram formuladas durante a gestão dos
ministros da Fazenda Joaquim Levy, Nelson Barbosa e
Henrique Meirelles.
Este é o cenário provável da postura do futuro
presidente, dependendo de sua visão de mundo. No
campo liberal-fiscal, o problema será mais de
calibragem do que propriamente de tomar ou não a
decisão de enviar tais propostas ao Congresso. O
eleitor é quem irá fazer o julgamento do candidato
que melhor representa seus interesses, tendo como
parâmetro a visão de mundo e as propostas dos
candidatos.
(*) Jornalista, consultor, analista político e
diretor de Documentação do Diap.
[1] PSDB, MDB e Podemos
Fonte: Diap

15/08/2018 -
Trabalhadores podem usar FGTS para a compra de
próteses e órteses
Trabalhadores com deficiência de natureza física ou
sensorial poderão, a partir da próxima quinta-feira
(15), usar o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) para a compra de próteses e órteses.
Essa possibilidade já estava prevista desde 2015,
quando foi publicada a Lei de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Faltava, no entanto, a regulamentação dessa lei, o
que foi feito em abril deste ano por meio de
decreto.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) por
representantes da Caixa e do Ministério do Trabalho
durante coletiva de imprensa. De acordo com o
decreto que regulamentou o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, para ter acesso ao recurso e usá-lo
para a compra de próteses e órteses, será
considerado trabalhador com deficiência aquele que
tem impedimento de natureza física ou sensorial que
produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos e
possa impedir sua participação plena e efetiva na
sociedade em condições de igualdade com as demais
pessoas.
“É importante ressaltar que [para usar o saldo do
FGTS] é fundamental a pessoa ter a condição de
deficiente, e que ela represente impedimento de
natureza física ou sensorial pelo prazo mínimo de 2
anos”, explicou o vice-presidente para Fundos de
Governo da Caixa, Valter Nunes.
Perfil
Para a comprovação dessa necessidade, será necessária
a apresentação de laudo médico atestando a condição
de pessoa com deficiência, a espécie, o grau ou o
nível da deficiência, e a prescrição da órtese ou
prótese a ser adquirida.
No caso do uso dos recursos para a compra de
aparelhos auditivos, será necessário que a pessoa
tenha uma perda auditiva de pelo menos 50 decibéis.
Também se enquadram no perfil de beneficiário
pessoas com membros amputados; com paraplegia; com
necessidade de cadeira de rodas; com necessidade de
prótese ocular; ou com acuidade visual inferior a
30% no melhor olho.
Para que o trabalhador possa solicitar o saque é
necessário que o médico responsável pelo tratamento
emita o laudo de avaliação disponibilizado no site
da Caixa www.conectividadesocial.caixa.gov.br/medicos).
Ainda não há previsão oficial sobre o número de
órteses e próteses que serão disponibilizados. A
Caixa esclarece que o recurso não poderá ser usado
para a compra de prótese ou órteses de filhos ou
dependentes dos titulares da conta de FGTS.
Fonte: Agência Brasil

15/08/2018 -
Interposição de recurso fora do prazo devido a
feriado local exige comprovação
Ao interpor recurso fora do prazo por causa de
feriados locais, é preciso apresentar comprovação
documental quanto aos dias sem expediente nos
tribunais. Com esse entendimento, a 3ª Turma do
Superior Tribunal de Justiça negou agravo contra
decisão da Presidência da corte que não conheceu
recurso especial por intempestividade.
O recorrente alegou ter apresentado o recurso
especial dentro do prazo, justificando que foram
considerados como dias sem expediente no Tribunal de
Justiça de Alagoas a segunda-feira de Carnaval e a
Quarta-Feira de Cinzas. Como o acórdão recorrido
proferido pelo TJ-AL foi publicado em 23 de
fevereiro de 2017, o prazo para a interposição do
apelo especial expirou em 17 de março, mas a
apelação foi protocolada somente no dia 20 do mesmo
mês, e sem comprovação documental dos feriados.
O relator do caso, ministro Marco Aurélio Bellizze,
afirmou que o artigo 1.003, parágrafo 6º, do Código
de Processo Civil prevê que a ocorrência de feriado
local tem de ser comprovada no ato da interposição
do recurso. Segundo ele, o STJ admitia que se
comprovasse o recesso no tribunal de origem por meio
da interposição do agravo regimental ou interno, mas
essa posição mudou com a aplicação do CPC/2015.
Bellizze ressaltou também, seguido por todos os
membros do colegiado, que o STJ possui entendimento
no sentido de que a segunda-feira de Carnaval, a
Quarta-Feira de Cinzas, os dias que precedem a
Sexta-Feira da Paixão e o Corpus Christi não são
feriados forenses, previstos em lei federal, para os
tribunais de Justiça estaduais.
“Na contagem dos prazos dos recursos endereçados ao
Superior Tribunal de Justiça cuja interposição deva
ser realizada nos tribunais estaduais, excluem-se os
dias referentes à segunda-feira de Carnaval e à
Quarta-feira de Cinzas, que não são feriados
nacionais, desde que o recorrente comprove, no ato
de interposição, que em tais datas não houve
expediente forense no Poder Judiciário estadual”,
disse o relator, citando o atual entendimento da
corte no sentido de que a falta de comprovação
prévia da tempestividade de recurso, em razão de
feriado local, configura vício insanável. Com
informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
Fonte: Consultor Jurídico

14/08/2018 -
Vamos falar das eleições para deputados e senadores
Divulgar à exaustão como os congressistas
votaram, ajuda o/a eleitor/a a compreender e
conhecer a atuação dos parlamentares e também
comparar o discurso de campanha com a prática
política, a fim de confrontar o que disse em
campanha e o que fez no exercício do mandato para
expor a coerência política dos representares do povo
(deputados) e dos representantes dos estados
(senadores).
Marcos Verlaine*
No Brasil há eleições de 2 em 2 anos. Em 2016, o
País elegeu prefeitos e vereadores. Agora, em 2018,
numa eleição quase geral, os eleitores, em torno de
156 milhões de brasileiros irão votar para eleger 1
presidente da República, 27 governadores de estado e
Distrito Federal, 54 senadores — 2 por estado — 513
deputados federais e 1.059 deputados estaduais. Ao
todo, os eleitores elegerão 1.654 representantes e
chefes de governo, fora os suplentes.
Com tantos candidatos, há a tendência de os
eleitores — porque a mídia eletrônica, rádio e TV,
priorizam as candidaturas majoritárias, de
presidente, governadores e senadores — desprezarem o
pleito proporcional, aquele que elege os deputados,
federais e estaduais. Mas a eleição de deputados é
tão importante quanto as demais.
No pleito do dia 7 de outubro há forte tendência ou
indício de baixa renovação para o Congresso Nacional
— Câmara dos Deputados e Senado Federal — em razão
de 3 fatores básicos: 1) redução do tempo de
campanha de 90 para 45 dias; 2) redução do período
horário eleitoral gratuito de 45 para 35 dias; e 3)
criação do fundo eleitoral para financiar as
campanhas em substituição à doação empresarial. E,
entre outros fatores, como o número recorde de
candidatos à reeleição, e, ainda, as vantagens que a
recandidatura proporciona, em relação àqueles que
não dispõem dessa vantagem.
Sobre isto, o diretor de Documentação do DIAP,
Antônio Augusto de Queiroz escreveu artigo Por que a
renovação do Congresso tende a ser baixa?, em que
aprofunda o prognóstico.
Desse modo, é importantíssimo que as lideranças
sociais e sindicais deem a devida atenção ao pleito
de deputados e senadores, a fim de divulgar à
exaustão para os eleitores, na perspectiva de ajudar
a proporcionar renovação de qualidade ao Congresso,
como os congressistas votaram em matérias de
interesse do povo em geral, e dos trabalhadores, em
particular.
Visando contribuir para esse esclarecimento, o DIAP
elaborou no ano passado, e atualizou agora,
informações de como deputados e senadores votaram,
por exemplo, na Reforma Trabalhista, que precarizou
e barateou ainda mais o custo da mão de obra e,
ainda, enfraqueceu o único instrumento político e
social que cuida dos interesses dos trabalhadores,
os sindicatos.
Divulgar à exaustão como os congressistas votaram,
ajuda o eleitor/a a compreender e conhecer a atuação
dos parlamentares e também comparar o discurso com a
prática política, a fim de confrontar o que disse em
campanha e o que fez no exercício do mandato para
expor a coerência política dos representares do povo
(deputados) e dos representantes dos estados
(senadores).
Os dirigentes sindicais e ativistas sociais que não
estiverem atentos, neste momento, à essa lógica
relativamente simples não estarão cumprindo à
contento seu papel político-social. Trocando em
miúdos: é preciso ir à base, ao chão de fábrica, aos
mais diversos locais de trabalho esclarecer o
cidadão/a-eleitor/a-trabalhador/a quem votou contra
seus interesses mais básicos no Congresso Nacional.
É preciso mostrar a todos os eleitores se há
coerência entre o fato de o deputado ou senador ter
votado pelo impedimento da ex-presidente Dilma
Rousseff e depois ter sido contra a abertura de
processo, pelo STF, por prática de crime comum, do
presidente Michel Temer.
É preciso confrontar o discurso do deputado ou
senador que vai ao eleitor/a pedir a renovação do
mandato dizendo que vai atuar para melhorar as
condições de vida do povo, mas no Congresso votou a
favor da proposta do governo, que congelou gastos
públicos, mas manteve os gastos financeiros do
governo, principalmente com bancos.
Será preciso confrontar também, deputados e
senadores, que discursam em favor do desenvolvimento
do Brasil, mas que no Congresso votam a favor da
venda, a preços vis, do patrimônio do povo
brasileiro, como o pré-sal, Embraer e empresas do
setor elétrico.
Todas essas votações relevantes estão disponíveis na
página do DIAP, ali, do lado direito, em Principais
Votações. Agora, é hora de usar e abusar dessas
informações relevantes para tentar melhorar a
qualidade e o comprometimento do Congresso Nacional
com o povo.
Mãos à obra!
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap

14/08/2018 -
Pochamnn: Temer comprime classe média e a baixa
renda
O economista Márcio Pochmann bateu duro no governo
Michel Temer, o mais impopular desde a
redemocratização.
"Governo Temer inverte o sentido da estruturação da
sociedade que anteriormente registrava a diminuição
da base da pirâmide social e a ampliação dos
segmentos de rendimentos intermediários e elevados.
Agora concentra riqueza nos ricos e comprime a
classe média e a baixa renda", disse o estudioso em
sua conta no Twitter.
"O rebaixamento da soberania nacional imposto pelo
governo Temer tem mais uma evidência diante dos
propósitos apontados pela presença do chefe do
Pentágono no Brasil", complementou.
Segundo Pochmann, "não satisfeito por interromper a
construção de mais de 40 mil habitações populares, o
governo Temer trata de elevar ainda mais o custo de
vida para a população de baixa renda. Somente a
conta de luz subiu 4 vezes mais que a inflação".
"Com o programa de austeridade fiscal, o corte nos
investimentos tem sido radical. Para 2019, os
investimentos deverão cair para somente 0,5% do PIB.
A implantação do orçamento de investimentos,
apartado das metas fiscais, garante espaço para o
estímulo ao crescimento econômico".
Fonte: Brasil247

14/08/2018 -
Projeto de Randolfe revoga a reforma trabalhista
A Reforma Trabalhista, que estabeleceu uma série de
modificações na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), pode ser revogada. É o que propõe o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com o Projeto de Lei do
Senado (PLS) 359/2018. A proposta conserva apenas a
extinção da obrigatoriedade do imposto sindical da
lei que entrou em vigor em novembro do ano passado.
O PLS 359/2018 aguarda o recebimento de emendas e
será analisado pelas Comissões de Assuntos
Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais (CAS) e de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
No texto, o senador destaca que o povo brasileiro e
a classe trabalhadora não podem ser submetidos a uma
reforma que retira direitos que levaram anos para
serem conquistados. Randolfe afirma ainda que “a
legislação trabalhista não está acima do efeito do
tempo”, mas sustenta que o presidente da República,
Michel Temer, não tinha legitimidade para promover
tantas mudanças.
Para o senador, é de extrema importância que a
reforma seja revogada, com exceção apenas do imposto
sindical, para que o novo governo a ser eleito em
outubro de 2018 tenha a oportunidade de apresentar
uma nova proposta ao país:
— A nova proposta deve considerar as necessidades do
trabalhador na Modernidade, e fugir à lógica de mera
subserviência que pautou o pacote antipovo de Michel
Temer — defende Randolfe.
O senador afirma que a reforma advogou para uma
pequena minoria de poderosos, submeteu mulheres
grávidas a atividades insalubres, limitou o acesso à
Justiça do Trabalho e dificultou a reparação de
danos morais trabalhistas.
— A reforma trabalhista de Temer, não visa, de modo
algum, 'modernizar' a legislação trabalhista: ao
contrário, visa atender única e exclusivamente o
empregador — disse.
Fonte: Agência Senado

14/08/2018 -
PIS/Pasep: resgate começa para trabalhadores de
todas as idades
A partir desta terça-feira (14), trabalhadores de
todas as idades que tiverem direito a cotas dos
fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)
poderão sacar seus recursos. O prazo ficará aberto
até 28 de setembro.
Desde o dia 8 de agosto, o crédito para correntistas
da Caixa e do Banco do Brasil está sendo feito
automaticamente. A partir de amanhã, todas as
pessoas poderão sacar os recursos corrigidos. A
partir de 29 de setembro, só será possível receber
as quantias dos dois fundos nos casos previstos na
Lei 13.677/2018.
Para saber o saldo e se tem direito ao benefício, o
trabalhador pode acessar os sites do PIS e do Pasep.
Para os cotistas do PIS, também é possível consultar
a Caixa Econômica Federal no telefone 0800-726-0207
ou nos caixas eletrônicos da instituição, desde que
o interessado tenha o Cartão Cidadão. No caso do
Pasep, a consulta é feita ao Banco do Brasil, nos
telefones 4004-0001 ou 0800-729-0001.
Têm direito ao saque as pessoas que trabalharam com
carteira assinada antes da Constituição de 1988. As
cotas são os recursos anuais depositados nas contas
de trabalhadores criadas entre 1971, ano da criação
do PIS/Pasep, e 1988.
Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem
direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição,
promulgada naquele ano, passou a destinar as
contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o
seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Até 2017, o saque das cotas era permitido quando o
trabalhador completasse 70 anos, em caso de
aposentadoria e em outras situações específicas.
Desde o ano passado, o governo federal flexibilizou
o acesso e até setembro pessoas de todas as idades
podem retirar o dinheiro.
Em julho, o pagamento foi suspenso para o cálculo do
rendimento do exercício 2017-2018. Na primeira etapa
do cronograma, encerrada no dia 29 de junho, 1,1
milhão de trabalhadores fizeram o saque, retirando
uma soma de R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Agência Brasil

14/08/2018 -
CDH fará audiência pública sobre os 12 anos da Lei
Maria da Penha
Os 12 anos de vigência da Lei Maria da Penha serão
tema de audiência pública na Comissão de Direitos
Humanos (CDH). O pedido para o debate, do senador
Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado na reunião do
último dia 7. A legislação foi sancionada pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de
agosto de 2006.
— São 12 anos da Lei Maria da Penha. Eu queria ver
se é possível fazermos uma análise, já que recebi
uma série de contribuições dos estados no sentido de
saber por que, mesmo com a Lei Maria da Penha,
considerando a importância dela, a violência contra
as mulheres continua acontecendo — afirmou o
senador.
A Lei 11.340, de 2006, foi a coroação da luta da
professora Maria da Penha Maia Fernandes para
garantir a punição ao seu agressor, o próprio marido
que a deixou paraplégica, e aos homens que espancam
e assassinam mulheres pelo país a fora.
A Lei Maria da Penha mudou a forma como se tratava a
violência doméstica no Brasil, propondo medidas para
a punição dos agressores e para a proteção das
mulheres vítimas de violência. Desde então, há uma
luta constante não só com relação à devida
aplicabilidade da lei, mas principalmente em
encorajar as mulheres vítimas de violência
doméstica, e a sociedade como um todo, a denunciar
os agressores.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado

14/08/2018 -
Deputados analisam proposta que facilitam
cumprimento de medidas de proteção às mulheres
A proposta que permite ao delegado de polícia adotar
medidas de urgência para proteger mulheres vítimas
de agressão é o destaque da pauta do Plenário da
Câmara dos Deputados nesta segunda-feira.
O Projeto de Lei 6433/13 altera a Lei Maria da Penha
e, segundo a versão de 2015 do relator, deputado
João Campos (PRB-GO), o delegado poderá negar a
fiança se verificar que a liberdade do agressor
colocará em risco a integridade física ou
psicológica da mulher.
Hoje, a lei estabelece prazo de 48 horas para que a
polícia informe ao juiz a agressão, pedindo as
medidas protetivas, tempo considerado excessivo em
alguns casos, o que sujeitaria a vítima a uma
agressão maior ou mesmo à morte.
O relator propõe ainda a criação de um banco de
vítimas beneficiadas com medidas protetivas, a ser
elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
com acesso de polícias de todo o País para agilizar
a busca e a captura de agressores fugitivos.
Fonte: Agência Câmara

14/08/2018 -
Proibida exigência de caução para custear perícia em
processo trabalhista
O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª
Região (TRT-PE) deu provimento a mandado de
segurança impetrado pela Norsa Refrigerantes S.A,
liberando-a da obrigação, imposta por juízo de
primeiro grau, de depositar caução antecipada para a
título de honorários periciais. A decisão foi
unânime entre os magistrados da Corte.
O processo originário discutia a existência ou não
de nexo causal entre doença contraída por um
ex-empregado da companhia de bebidas e as atividades
laborais desempenhadas no serviço. Para contribuir
com informações técnicas sobre o assunto, o juiz de
piso nomeou perita médica e determinou que a empresa
suprisse o valor de mil reais para viabilizar a
atuação da profissional. Também registrou em ata de
audiência que caso o resultado da perícia fosse
favorável à reclamada, o antigo empregado teria que
ressarcir à empresa a quantia.
Inconformada, a empresa recorreu ao Tribunal
alegando que a exigência de caução afronta a
legislação e jurisprudência trabalhista, além de
mitigar seu direito ao contraditório e à ampla
defesa. O relator da decisão colegiada,
desembargador Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello
Ventura, julgou pertinentes os argumentos,
salientando que a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) (link externo) e a Orientação Jurisprudencial
nº 98 da SDI-2 do C. Tribunal Superior do Trabalho
(link externo) vedam a cobrança de depósito prévio
para custeio de perícia em ações trabalhistas.
“[...] impor a antecipação dos honorários periciais
em lide decorrente de relação de emprego resulta em
violação a direito líquido e certo e ofende os
princípios do contraditório e da ampla defesa, razão
pela qual concedo a segurança”, concluiu o relator.
Fonte: TRT6

14/08/2018 -
Gestante dispensada no fim do contrato de
aprendizagem tem direito à estabilidade provisória
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu o direito à estabilidade provisória a uma
aprendiz da Inbrands S.A. que estava grávida quando
foi dispensada na data estabelecida para o fim do
contrato de dois anos. A decisão segue o
entendimento do TST de que a gestante tem direito à
estabilidade mesmo quando for admitida mediante
contrato por tempo indeterminado.
O pedido de estabilidade da aprendiz havia sido
julgado procedente pelo juízo da 14ª Vara do
Trabalho de São Paulo (SP), mas o Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região (SP) afastou o direito à
estabilidade. Para o TRT, o fato de o contrato de
aprendizagem ser por prazo determinado inibiria a
aplicação da garantia prevista no artigo 10, inciso
II, alínea "b", do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT). Dessa forma,
segundo o Tribunal Regional, a extinção do contrato
se consumaria pelo decurso do prazo ajustado entre
as partes.
Nas razões do recurso de revista, a trabalhadora,
com base no item III da Súmula 244 do TST, sustentou
que a garantia à estabilidade também se aplica ao
contrato de aprendizagem, por ser uma modalidade de
contrato por tempo determinado.
O relator do recurso, ministro João Batista Brito
Pereira, explicou que o TST adotou entendimento de
que a empregada gestante tem direito à estabilidade
provisória prevista no ADCT “mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por tempo determinado,
inclusive em se tratando de contrato de
aprendizagem”. Esse posicionamento tem sido
confirmado por precedentes de diversas Turmas do
Tribunal.
Com esses fundamentos, a Quinta Turma deu provimento
ao recurso para restabelecer a sentença quanto ao
tema relativo à estabilidade da gestante. Processo:
RR-1000028-05.2016.5.02.0714
Fonte: TST

14/08/2018 -
Terceira Turma considera válida cláusula que limita
débito automático de cartão de aposentados a valor
mínimo
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) deu provimento a recurso do Unibanco e do
Unicard para restabelecer sentença que julgou
improcedente o pedido de reconhecimento de nulidade
em contrato de adesão do cartão de crédito oferecido
pelas instituições a aposentados.
Na ação civil pública, o Ministério Público Federal
(MPF) buscou a nulidade de uma cláusula que limita o
débito automático de cada fatura ao valor mínimo
para pagamento, determinando o refinanciamento
automático do restante caso não seja quitado pelo
cliente.
Segundo o relator do recurso no STJ, ministro Moura
Ribeiro, a cláusula não é abusiva, pois o consumidor
sabia exatamente o que estava contratando. “Idoso
não é sinônimo de tolo”, afirmou o relator ao
rechaçar os argumentos utilizados pelo tribunal de
origem para declarar nula a cláusula contratual.
“Perceba-se que a corte de origem somente concluiu
que a sistemática de funcionamento do Cartão Sênior
causava dúvidas ao cliente e favorecia o seu
superendividamento, porque pressupôs que os idosos,
sendo uma categoria hipervulnerável de consumidores,
teriam uma capacidade perceptiva e um discernimento
menores do que a população em geral”, afirmou Moura
Ribeiro.
Generalização
Para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4),
seria necessário tutelar os idosos em suas relações
bancárias, de modo a evitar que contraíssem
obrigações muito onerosas.
Segundo o ministro Moura Ribeiro, a conclusão do
TRF4 não deve ser mantida, já que “parece muito mais
razoável sustentar que eventual superendividamento
de um ou outro contratante, bem como as causas desse
lastimável fenômeno, devam ser examinados
separadamente, em processos individuais”.
Para o relator, não é possível fazer uma
generalização a partir de casos singulares para
concluir que a cláusula é nula.
“Não há como presumir, geral e abstratamente, que
todos os idosos, por sua constituição física mais
frágil, sejam intelectualmente débeis e, por isso,
vítimas fáceis da armadilha alegadamente criada pelo
Unibanco e pelo Unicard, de modo a se lhes
interditar a contratação do Cartão Sênior”,
acrescentou o ministro.
No voto, acompanhado pela maioria do colegiado,
Moura Ribeiro destacou que a sistemática de
funcionamento do Cartão Sênior, de certa forma, foi
adotada como regra geral pela Resolução 4.549/2017
do Banco Central, não sendo possível falar, assim,
em prática comercial abusiva.
Fonte: STJ

13/08/2018 -
Reforma Trabalhista está cada vez mais presente nas
negociações
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou um balanço
das mesas de negociações entre trabalhadores e
patrões desde que a reforma trabalhista foi
aprovada. A entidade constatou que as mudanças
aprovadas pelo Congresso Nacional entraram
fortemente na pauta.
Os assuntos mais presentes são intervalo intra
jornada, local de homologação da rescisão, custeio
sindical, banco de horas e horas in itinere, nessa
ordem. Os dados estão presentes no Boletim 9
Julho/Agosto de 2018 e são baseados no Sistema
Mediador, do Ministério do Trabalho, no primeiro
bimestre de 2018.
Todas as cláusulas sobre intervalo intrajornada
tratam da redução desse tempo, como permite a
Reforma Trabalhista. Já no caso do local da
homologação das rescisões de contrato de trabalho, a
maioria das cláusulas vai em direção diferente do
que dita a reforma, ou seja, atesta que a
conferência das verbas e todos os acertos sejam
feitos nos sindicatos. Para o advogado trabalhista
Sidnei Machado, retirar os sindicatos da homologação
deve prejudicar os trabalhadores. “A eliminação da
obrigação de homologação das rescisões contratuais
no sindicato esvazia o papel de assistência do
sindicato, ao mesmo tempo que fragiliza a proteção
do trabalhador”, avalia.
A demissão por comum acordo entre trabalhador e
empresa, criada com a Reforma Trabalhista, tem
aumentado no país. Em dezembro, um mês após a
mudança na legislação, foram fechados 6.288 acordos
deste tipo. Em junho de 2018, último dado
disponível, os acordos nessa modalidade somaram
13.236. Entre novembro de 2017 e o sexto mês deste
ano, as demissões por comum acordo somaram 82.984.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Nesse tipo de acordo, o trabalhador não tem direito
ao seguro-desemprego, recebe metade do aviso-prévio,
se indenizado, e 20% da multa do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço, além de só conseguir acessar
até 80% do FGTS.
Banco de Horas
Sobre o banco de horas, assunto presente em quarta
posição nas mesas de negociação, parte das cláusulas
autoriza a realização de acordos individuais com
duração de até seis meses. Outra parte condiciona o
banco à negociação coletiva com o sindicato.
Esse é um dos problemas que vem enfrentando os
jornalistas do Paraná, que estão em negociação
coletiva desde abril de 2018. Além da demissão
coletiva sem critérios, os patrões “ofereceram” à
categoria a redução das horas extras de 100% para
75%, fim da cláusula que trata do acordo de banco de
horas na convenção, limite do anuênio em 25% e o fim
das homologações no sindicato.
De acordo com a diretora de Interior do SindijorPR,
Aline Rios, “Como podemos ver, os patrões querem nos
fragilizar ainda mais. Exigir que as homologações
deixem de ser feitas no SindijorPR demonstra o
quanto eles pretendem deixar a categoria vulnerável.
Estejam certos de que o prejuízo seria imenso se uma
cláusula desta fosse aprovada”.
Já para o advogado Sidnei Machado, atacar tanto as
horas extras quanto o banco de horas representa “a
flexibilidade da jornada de trabalho pelos
mecanismos de banco de horas, possibilidade ampliada
pela Reforma Trabalhista, desregula o limite legal
da jornada de trabalho dos trabalhadores, pois
permite às empresas uma ampla margem de gestão da
jornada dos empregados, em especial o trabalho em
longas jornadas, sem pagamento de horas extras”.
Fonte: Portal Vermelho

13/08/2018 -
Pesquisa XP mostra Haddad em segundo lugar
Pesquisa XP Investimentos aponta o ex-prefeito de
São Paulo Fernando Haddad (PT) em segunda lugar na
corrida presidencial, com 13% dos votos, quando
associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Em primeiro lugar está o deputado federal
Jair Bolsonaro (PSL), com 21% dos votos.
De acordo com o levantamento, a ex-senadora Marina
Silva (Rede) fica na terceira posição, com 10%,
seguida pelo ex-governador de São Paulo Geraldo
Alckmin (PSDB), com 9%, e pelo ex-ministro Ciro
Gomes (PDT), com 7%.
O senador Álvaro Dias (Podemos) aparece com 5%. Na
sétima posição está a deputada estadual pelo Rio
Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB), com 3%. O
ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) atinge 2% e
Guilherme Boulos (Psol), 0%.
Os que não responderam somam 1%, e brancos e nulos
ou que não votam em candidato algum, 26%.
Com Lula
No cenário com Luiz Inácio Lula da Silva, o
ex-presidente vence com 31% dos votos, seguido por
Bolsonaro (19%) e por Alckmin (9%). Na sequência
aparecem Marina (9%), Ciro (6%), Alvaro Dias (5%),
Manuela e Meirelles com 2% cada, João Amoêdo (Novo),
com 1%, e Boulos com 0%, mesmo percentual dos que
não responderam. Brancos e nulos ou que disseram não
votarem em candidato algum somaram 15%.
Foram feitas 13 mil entrevistas ao longos dos meses
maio, junho, julho e agosto. O levantamento tem
margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais
ou para menos.
Fonte: Brasil247

13/08/2018 -
Dia Nacional do Basta reúne trabalhadores de todo
país contra agenda de retrocessos conduzida pelo
governo
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta sexta-feira (10), do Dia do Basta.
Com manifestações e paralizações em 22 capitais do
país, o ato mobilizou todas as centrais sindicais no
protesto em frente à Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo - Fiesp, na capital paulista. A
manifestação teve como objetivo, também, massificar
a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora em todo
o país e colocar, no debate eleitoral, as 22
propostas dos trabalhadores para a retomada de uma
agenda de desenvolvimento econômico com justiça
social.
São 13 milhões de desempregados, 66 milhões de
pessoas fora do mercado de trabalho e aumento do
trabalho por conta própria e informal. De acordo com
sindicalistas, a reforma trabalhista de Michel Temer
e aliados (incluindo os empresários da Fiesp e
Confederação Nacional da Indústria) tem sido
responsável pela degradação vivida atualmente pelo
trabalhador.
Para o presidente da NCST/SP, Luiz Gonçalves, o
movimento sindical precisa “mostrar que a classe
trabalhadora não aceita passivamente a situação em
que o país se encontra”. “Temos desemprego, ataque
aos direitos trabalhistas e ao movimento sindical. E
ainda tem o risco de uma reforma da Previdência. Não
iremos aceitar essa avalanche de retrocessos”,
reforçou Luizinho.
Para o presidente licenciado da Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB,
Adilson Araújo, o retrato do Brasil atualmente é a
“degradação humana”. “Foi o que aconteceu a partir
do golpe que colocou Michel Temer na presidência. É
preciso ter sagacidade para unir o campo democrático
popular em um esforço para derrotar o
neoliberalismo”, completou Adilson.
“O que vemos hoje são famílias inteiras nas
calçadas, o desmonte das políticas sociais e o
ataque aos direitos dos trabalhadores. Estamos
protestando em frente à Fiesp porque eles foram os
grandes protagonistas do golpe e da retirada dos
direitos dos trabalhadores. Queremos a democracia de
volta e queremos Lula Livre para que possa ser
candidato para recuperar os nossos direitos”,
declarou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central
Única dos Trabalhadores (CUT).
Fonte: NCST

13/08/2018 -
Marcha Lula Livre inicia caminhada rumo a Brasília
Militantes do MST e de outros movimentos da Via
Campesina saíram em três colunas de cidades
diferentes rumo a Brasília, para exigir liberdade do
ex-presidente e a confirmação de sua candidatura
Na manhã deste sábado (11) teve início a Marcha
Nacional Lula Livre com mais de 5 mil integrantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e
de outros movimentos da Via Campesina rumo a
Brasília. Eles vão caminhar até Brasília, com
chegada programada para o dia 15 de agosto, data de
registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva
à Presidência da República.
Os manifestantes partiram de três pontos diferentes
– Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages
(DF) – e cada uma das colunas vai percorrer entre 50
e 90 km, com paradas em cidades no trajeto para
conversas com a população local.
A Coluna Prestes, que saiu de Luziânia e conta com
militantes do Sul e do Sudeste, deve realizar um
ato, às 17 horas, na cidade de Valparaíso de Goiás.
Já a Coluna Tereza de Benguela partiu do Engenho das
Lajes com trabalhadores das regiões Norte e
Centro-Oeste, contando na sua programação um ato
político-cultural no mesmo horário em Samambaia.
Militantes de oito estados do Nordeste saíram de
Formosa na Coluna Ligas Camponesas e farão debates
pela tarde respondendo ao questionamento “Por que
marchamos?”.
"Estamos passando por um momento crítico em que há
uma prisão arbitrária do presidente Lula, há mais de
cento e vinte dias. Estamos imersos em uma crise
política e nos aproximando das eleições
presidenciais e a Marcha é um momento para dialogar
com a população brasileira sobre o que está
acontecendo no nosso país", analisa Ceres Hadich, da
direção nacional do MST no Paraná.
No ato de abertura da Marcha realizado em Formosa, a
dirigente do MST Lucineia Duraes, lembrou das
manifestações do Dia do Basta, convocado por
movimentos populares e sindicais contra a retirada
de direitos promovida pelo governo Temer. “Hoje e
sempre, nossa tarefa é ir a todos os cantos do campo
e da cidade para defender diversas liberdades,
inclusive a liberdade de ter esperança. A prisão de
Lula é a prisão da nossa esperança de um Brasil
melhor, é a prisão dos nossos direitos”, pontuou ao
site do MST.
Fonte: Rede Brasil Atual

13/08/2018 -
Reforma trabalhista reduziu arrecadação da
Previdência Social, dizem especialistas
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) discutiu nesta sexta-feira em
audiência pública a reforma da Previdência (PEC
287/2016), com foco na ameaça aos direitos dos
brasileiros. Segundo o representante do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait),
Rogério Silva, a reforma trabalhista (PLC 38/2017)
impactou negativamente na arrecadação da Previdência
Social. O vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim
(PT-RS), disse que encaminhará o relatório da CPI da
Previdência a todos os presidenciáveis para que
conheçam o resultado e sugestões da comissão.
Fonte: Agência Senado

13/08/2018 -
Negociação coletiva reduz insegurança jurídica,
dizem especialistas
Nenhum tribunal ou legislador conhece, de forma
aprofundada, os meandros das relações de trabalho
tão bem quanto as partes. Por isso, uma alternativa
para evitar insegurança jurídica é a negociação
coletiva. A questão é pacificada na opinião de
especialistas que participaram do 8º Congresso
Brasileiro de Sociedades de Advogados, nesta
quinta-feira (9/8).
Segundo o ministro aposentado do Tribunal Superior
do Trabalho Pedro Paulo Manus, o Judiciário tende a
desconfiar dos acordos coletivos, fator que criou
uma jurisprudência contra as empresas. Para ele, ao
prever o negociado sobre o legislado, a reforma
trabalhista (Lei 13.467) trouxe um contraponto ao
entendimento da Justiça do Trabalho.
Nesse sentido, a desembargadora Vólia Bomfim Cassar,
do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ),
também criticou um dos pontos polêmicos da reforma:
o trabalho intermitente. Para ela, o empresário que
quer contratar um intermitente "está criando para si
um risco trabalhista enorme".
A magistrada afirmou que, além de não incentivar
essa prestação de trabalho, considera que a matéria
ainda não está bem regulada e precisa de maior
atenção para garantir segurança jurídica ao
empregador.
Para Luis Otávio Camargo Pinto, presidente do
Sindicato das Sociedades de Advogados do Rio de
Janeiro e de São Paulo (Sinsa), a negociação
coletiva faz parte de um movimento que está
acontecendo ao redor do mundo e que ele considera a
melhor ferramenta para evitar a precarização.
"Antes havia certa resistência dos tribunais em
respeitar negociações legítimas sob o parâmetro de
que 'tal sindicato não tinha representatividade'.
Hoje, na posição de presidente de um sindicato, eu
só vejo futuro para o mundo do trabalho com essa
medida", afirma.
Contramão do mundo
De acordo com o professor assistente na École de Droit
de La Sorbonne (França) Juliano Barra, o Brasil
precisa reinterpretar as normas trabalhistas aos
olhos do mundo atual, ou seja, com as novas
tecnologias, economia de mercado e as novas relações
de trabalho.
A reforma trabalhista, segundo ele, precisa seguir
uma doutrina que, em países de tradição
romano-germânica, deve ser produzida por acadêmicos,
e não por juízes. "Nos países do civil law, o juiz
não faz doutrina, pois aquele que faz doutrina não
teria isenção total para decidir aquilo que
escreveu."
Barra também criticou a demora do país em apresentar
uma regulamentação contemporânea das normas. Ele
considera que o Brasil está atrasado em relação a
outros países. "Nós precisamos reagir. Nós
precisamos criar um contramovimento onde se faça
respeitar a reforma trabalhista e onde seja aplicada
a vontade do povo, que foi decidida pela maioria de
seus representantes eleitos", disse.
Fonte: Consultor Jurídico

13/08/2018 -
Reforma Trabalhista: Juiz nega justiça gratuita a
trabalhador que ganha acima de 40% do teto da
Previdência
A Lei 13.467/2017, mais conhecida como Reforma
Trabalhista, em vigor desde 11-11-2017, alterou o
artigo 790 da CLT, que estabelece critérios para a
concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Anteriormente, no processo do trabalho, o direito ao
benefício da justiça gratuita estava previsto no
parágrafo 3º do artigo 790 da CLT, que contemplava
duas hipóteses de concessão: 1) ao trabalhador que
recebesse salário igual ou inferior ao dobro do
mínimo legal, ou 2) que declarasse, sob as penas da
lei, que não tinha condições de pagar as custas do
processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua
família.
Contudo, a Lei 13.467/2017 modificou a redação do
parágrafo 3º do artigo 790 da CLT e incluiu, nesse
mesmo artigo, o parágrafo 4º, passando a prever a
concessão dos benefícios da justiça gratuita aos que
recebem salário menor ou igual a 40% do teto dos
benefícios do INSS, determinando que esse fato deve
ser provado pelo empregado. Em outras palavras, não
haveria mais a presunção de hipossuficiência do
trabalhador com a simples declaração de
miserabilidade legal, como dispunha no § 3º do art.
790, devendo a parte que pretender o benefício
comprovar a sua condição de pobreza.
E foi justamente com base nessa nova regra da
reforma trabalhista que o juiz Sérgio Alexandre
Resende Nunes, titular da Vara do Trabalho de
Patrocínio-MG, indeferiu a justiça gratuita a um
trabalhador, mesmo ele tendo declarado ser pobre no
sentido legal. Isso porque o próprio trabalhador
alegou que recebia salário médio de 3 mil reais
mensais, o qual, conforme observou o magistrado, é
superior a 40% do teto do Regime Geral de
Previdência Social. Assim, pela nova regra, o
trabalhador não mais teria direito ao benefício.
"Desde a entrada em vigor da lei nova, não mais é
possível comprovar o estado de pobreza por meio de
declaração da pessoa natural: a comprovação se faz
pelo valor do salário recebido pelo requerente",
registrou o juiz na sentença. O trabalhador
apresentou recurso, que se encontra em trâmite no
TRT-MG. Processo PJe: 0010321-15.2018.5.03.0080 -
Sentença em 16/05/2018.
Fonte: TRT3

13/08/2018 -
Juiz federal suspende contribuição de aposentado que
continua trabalhando
Um aposentado do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) que continua trabalhando com carteira
assinada conseguiu na Justiça Federal o direito de
não mais contribuir para os cofres da Previdência
Social. A decisão – da 2ª Vara do Juizado Especial
Federal de Campinas – contraria o entendimento do
Supremo Tribunal Federal (STF), que em novembro de
2016 considerou inviável o recálculo do valor da
aposentadoria por meio da chamada desaposentação.
De acordo com o Supremo, no âmbito do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS), só é possível criar
benefícios e vantagens previdenciárias decorrentes
da permanência ou volta do segurado ao mercado de
trabalho após concessão do benefício da
aposentadoria por meio de lei. A tese teve
repercussão geral.
O juiz federal Fábio Kaiut Nunes determinou a
suspensão do desconto do contracheque do segurado no
valor da contribuição e que a empresa deixe de
recolher a parte patronal. A decisao é de 17 de
janeiro.
“Defiro o pedido de tutela provisória para
determinar que a União e o INSS se abstenham de
exigir contribuição previdenciária sobre folha de
pagamento da parte autora, e bem assim de seu
empregador, quanto ao vínculo empregatício atual
e/ou futuramente mantido”, entendeu o magistrado.
O juiz também decidiu que os valores da contribuição
previdenciária devem ser depositados em conta
judicial remunerada a ser aberta pelo empregador a
partir da ciência da decisão até o julgamento
definitivo da ação. Na sentença, o juiz não
determinou que o INSS devolva o que foi cobrado até
o momento.
Por se tratar de uma decisão de primeiro grau, ainda
cabe recurso do INSS. Trata-se do processo
0007827-53.2017.4.03.6303.
“A decisão reflete justiça social, pois o aposentado
que continua trabalhando é obrigado a mensalmente
contribuir aos cofres do INSS, que não lhe oferece
nenhum benefício em troca. Não é justo exigir
prestação sem criar retribuição para o segurado”,
afirma o advogado João Badari, um dos responsáveis
pelo caso.
Na decisão, foi determinado ainda que, caso o
segurado mude de emprego, tanto ele quanto o novo
patrão não terão que descontar para o INSS.
Para o advogado Murilo Aith, que também atuou na
defesa, não é moral exigir que o aposentado seja
solidário com um sistema previdenciário do qual não
tem retorno. “Espero que mais decisões como essa se
multipliquem por todo o Brasil e que, ao final desta
luta, seja reconhecido o direito.”
Em julho de 2017, o JOTA noticiou que o juiz federal
Luciano Tertuliano da Silva, do Juizado Especial
Federal Cível de Assis, em São Paulo, declarou a
inexigibilidade das contribuições previdenciárias
sobre a folha de salários e rendimentos de uma
aposentada que continuou trabalhando e condenou a
União ao pagamento de R$ 42.634,48 – referentes às
contribuições descontadas da remuneração da
trabalhadora.
Fonte: Jusbrasil

10/08/2018 -
Dia do Basta: Confira o protesto na sua cidade no
dia 10 de agosto
Paralisações nos locais de trabalho, passeatas,
atrasos nos terminais de ônibus, panfletagem e atos
públicos em praças e regiões centrais das capitais e
demais cidades brasileiras.
Confira os locais e horários dos atos confirmados
(fonte: CTB e CUT)
Amazonas
Manaus, a partir de 15h na praça da Polícia
Amapá
A partir das 8h tem ato na Praça da Bandeira, em
Macapá.
Distrito Federal
Brasília: Panfletagem às 5h, na CSG 06 Taguatinga na
saída para samambaia, próxima à CPRV; greve com
panfletagem na portaria dos Ministérios às 9h; ato
em frente ao Ministério da Fazenda contra a emenda
95 (Bloco P, Esplanada dos Ministérios), às 9h; além
de aulas públicas organizada pelo Sinpro-DF.
Espírito Santo
Carreata pelas ruas de Vitória. A concentração terá
início às 6h da manhã em frente a Universidade
Federal do Espírito Santo, com saída prevista às 9h.
Mato Grosso
Em Cuiabá haverá Ato Público, às 16h, na Praça
Ipiranga.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, acontece passeata, com concentração
confirmada para a Praça do Rádio, no centro da
cidade, a partir das 8h da manhã.
Educadores do Estado confirmaram paralisação nas
escolas em protesto contra o desmonte da educação
pelo governo Temer e também contra política do
governador tucano Reinaldo Azambuja Silva,
governador do MS.
Dourados também terá protesto, com concentração a
partir 8h da manhã, na Praça Antônio João, centro.
Rio Grande do Norte
Em Natal, concentração em frente ao Sindiserpum, às
7h30.
Roraima
Na capital Boa Vista, entre às 8h e 11h, acontecerá
ato público na Praça do Centro Cívico, no centro da
cidade.
Santa Catarina
Florianópolis: ato com concentração às 15h, na Udesc;
Acontecerão mobilizações em todas as regiões do
estado, com atividades em Criciúma, Joinville, São
Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau, Apiúna,
Lages, Curitibanos, Xanxerê, Concórdia, Chapecó e
Florianópolis.
Maranhão
Passeata pelas ruas do centro de São Luís até a
avenida Cajazeiras
Concentração às 6h em frente a Universidade Federal
do Maranhão
Bahia
Salvador, concentração às 8h30, em frente ao mercado
modelo
Ceará
Fortaleza, praça da Bandeira, na região central, a
partir das 9h
Goiás
Goiânia, concentração na esquina das av. Anhanguera
e Tocantins, às 16h, e caminhada até a praça do
Centro Universitário
Minas Gerais
Belo Horizonte, ato público na praça da Estação, das
7h às 9h e panfletagem no centro das 16h às 18h30h
Pará
Belém, mercado de São Brás, às 17h
Paraná
Curitiba, Fiep, às 11h
Pernambuco
Recife, na praça da Democracia Derby, às 15h
Rio Grande do Sul
Porto Alegre, Fecomércio, às 8h
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, Na Praça XV, às 16h, diversos atos
menores e paralisações estão marcados ao longo do
dia.
São Paulo
São Paulo, em frente à Fiesp, às 10h
Sergipe
Aracaju, praça General Valadão, às 15h
Piauí
Teresina, concentração Praça Rio Branco, 8h
Fonte: Portal Vermelho

10/08/2018 -
Terceirização precariza as relações de trabalho no
país, afirmam participantes de audiência pública
A flexibilização das regras de terceirização
implementada pela reforma trabalhista precariza as
relações de trabalho no país, apontaram os
participantes da audiência pública realizada pela
Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho nesta
quinta-feira (9). A subcomissão funciona no âmbito
da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) e a reunião faz parte do ciclo
de debates sobre a SUG 12/2018, de iniciativa do
senador Paulo Paim (PT-RS).
Para o senador, a Lei 13.467, de 2017,
desregulamenta a terceirização e gera um efeito
negativo nas relações de trabalho, inclusive na
média salarial.
— Os novos contratados recebem remunerações menores
até que o salário mínimo. Como podemos retomar o
consumo e reforçar a política de emprego se a renda
da população diminui cada vez mais? — indagou Paim.
Segundo o sindicalista Sérgio Luiz Leite, primeiro
secretário-geral da Força Sindical, o governo dizia
que a reforma trabalhista serviria para modernizar
as relações de trabalho, trazer segurança jurídica e
gerar emprego. Porém, acontece exatamente o
contrário, na sua avaliação.
— Precisamos combater essa terceirização que visa
ocupar um trabalhador quase sem direitos em troca de
um trabalhador formal que trabalhava diretamente
para a empresa — reivindicou.
De acordo com Anna Taboas, membro do Movimento dos
Advogados Trabalhistas Independentes do Rio de
Janeiro, a terceirização no Brasil representa
precarização, pois as jornadas são excessivas e a
mão de obra é desqualificada.
— O empregado não tem jornada flexível e variada
como o terceirizado. Os planos de saúde oferecidos e
o local de refeição, por exemplo, não é o mesmo. Ou
seja, o terceirizado e o empregado exercem a mesma
função, mas têm direitos diferentes. Além disso, nas
audiências, as empresas alegam não saber se o
terceirizado trabalhou na instituição e jogam a
responsabilidade para a empresa terceirizada —
explicou.
A pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho (Cesit), Marilane Teixeira,
apresentou dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) segundo os quais, entre
novembro de 2017 e junho de 2018, o mercado de
trabalho formal movimentou mais de 19 milhões de
pessoas, sendo 9.672.329 admitidos e 9.669.103
desligados.
— Nesse período, as formas de dispensa estão
distribuídas em 58% desligamentos sem justa causa,
22% por pedidos de demissão e 1%, que corresponde a
80 mil pessoas, por desligamentos por acordo.
Acontece que as homologações estão sendo feitas
dentro da empresa. Assim, não refletem a verdade —
declarou.
Previdência
O presidente da Federação Nacional dos Servidores dos
Órgãos Públicos Federais de Fiscalização,
Investigação, Regulação e Controle (Fenafirc), Ogib
de Carvalho Filho, também mencionou dados do Caged,
de acordo com os quais o Brasil só criou empregos
formais com remuneração de até dois salários mínimos
em 2018.
— Rapidamente, o reflexo disso vai ser a alegação de
que não se tem dinheiro suficiente para a
aposentadoria. Isso só interessa a quem quer
capital, não interessa ao trabalhador — disse Ogib.
Os debatedores ainda apontaram os dados do IBGE
pelos quais mais de um milhão de pessoas deixaram de
contribuir com a Previdência Social em 2017.
Fonte: Agência Senado

10/08/2018 -
Reforma da Previdência será tema de audiência
pública
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho
fará uma audiência pública, nesta sexta-feira (10),
com o tema Reforma da Previdência, com foco na
ameaça aos direitos dos brasileiros. A audiência
pública, que começa a partir das a partir das 10h,
foi requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A
subcomissão funciona no âmbito da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Foram convidados para a reunião o relator da CPI da
Previdência, senador Hélio José (Pros-DF); o
vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da
OAB-DF, Diego Cherulli; o vice-presidente da
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe),
Newton Ramos Neto; o secretário de Assuntos
Jurídicos e Legislativos da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Gabriel Magno
Pereira Cruz; o assessor especial da Associação
Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp),
Paulo Teixeira Junior; e a auditora fiscal da
Receita Federal do Brasil, Rita de Cassia de
Oliveira.
Também foram convidados representantes da Secretaria
de Previdência do Ministério da Fazenda, do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da
Sociedade Brasileira de Previdência Social (SBPC),
além dos sindicatos dos procuradores da Fazenda
Nacional, dos auditores fiscais da Receita Federal
do Brasil e dos servidores administrativos do
Ministério da Fazenda.
A audiência será interativa, na sala 6 da Ala
Senador Nilo Coelho, Anexo 2 do Senado.
Fonte: Agência Senado

10/08/2018 -
Candidatos progressistas querem rever atos de Temer
e criar empregos
Candidato do Psol apresentou propostas mais
claras sobre o que um governo deveria fazer para
superar a crise do Brasil governado por Michel
Temer. Ciro Gomes prevê criar 2 milhões de empregos
O quinto bloco do primeiro debate dos candidatos
oficiais à presidência da República na TV
Bandeirantes terminou com generalidades. Guilherme
Boulos (Psol) foi o mais contundente nas
“considerações finais”, assim como no início do
evento da Band: “O nosso projeto é o de Paulo
Freire, Zumbi dos Palmares, Marielle Franco”,
resumiu.
Ciro Gomes (PDT) prometeu combate aos privilégios.
Ele se comprometeu a restaurar a atividade econômica
criando 2 milhões de empregos.
Marina Silva (Rede) afirmou genericamente que é
candidata “para que esse país não seja apenas
admirado pelas exceções". Citou pessoas que passam
nos concursos públicos, apesar da péssima educação
do país, e concluiu: “Eu mesma fui uma exceção”.
Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu sua aliança com o
“centrão” como necessária à governabilidade. “Uma
coisa é falar, outra é fazer. Vamos fazer o ajuste
fiscal pelo lado da despesa”, prometeu. Garantiu que
com seu governo o Brasil vai voltar a crescer “com
muita fé em Deus”.
Bolsonaro (PSL-RJ) proclamou que “só tem um que pode
mudar o destino do Brasil: esse chama-se Jair
Bolsonaro”. Um homem “que tem deus no coração”,
segundo ele mesmo.
Álvaro Dias (Podemos-PR) se comprometeu a “acabar
com todos os privilégios das autoridades”, e
concluiu: “teremos Sergio Moro ao nosso lado”.
A despedida realmente patética foi a de Cabo Daciolo
(Patriota), que clamou no início e ao fim de sua
despedida: “Glória a Deus!”
Repercussão
Apesar de boa parte do campo da esquerda estar atenta
ao #DebateComLula, entre Fernando Haddad, Manuela
D’Ávila, o debate da Band repercutiu nas redes
sociais entre os aliados do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, impedido de participar do
evento pela Justiça.
Apoiadora de Boulos, a economista da Universidade de
São Paulo Laura Carvalho aplaudiu a fala do
candidato do Psol sobre o aborto: “A resposta direta
sobre aborto nesse debate é o que torna a
candidatura do @GuilhermeBoulos tão necessária”,
escreveu no Twitter.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) atacou
Bolsonaro, o qual venceu em ação por incitação ao
crime de estupro. “Você sabe o nome do candidato
contra as mulheres. Ele quer salário menor para
mulheres, diz que Estado não deve fazer nada contra
a discriminação, é réu no STF por apologia ao
estupro e foi condenado por danos morais no STJ em
processo que movi contra ele. Fora Fascismo!”,
escreveu.
Maria do Rosário criticou também a fala de Bolsonaro
no debate na qual o candidato do PSL defendeu um
projeto de sua autoria que propõe a castração
química para presos, para combater violência contra
a mulher. “O estupro não é feito só com corpo, mas
pelo poder. Ele mesmo diz ‘que não estupra porque
não quer’. Usam armas, objetos. Na ditadura que
Bolsonaro gosta tanto estupravam mulheres até com
animais. Não o apoie”, disse a deputada gaúcha.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou no
Twitter uma frase de Guilherme Boulos que repercutiu
nas redes, sobre o candidato do MDB Henrique
Meirelles, responsável pelas políticas
econômico-sociais do governo Temer. “Não é certo
dizer que Meirelles é o candidato do Temer. Porque
aqui tem 50 tons de Temer!”, disse o petista,
citando o candidato do Psol.
Fonte: Rede Brasil Atual

10/08/2018 -
Setor têxtil registra queda no 1º semestre e revê
projeção para o ano
A indústria têxtil e de confecção registrou queda de
3,8% na produção de vestuário entre janeiro e junho
deste ano, na comparação com o mesmo período do ano
passado. O resultado também foi negativo para a
produção têxtil, com recuo de 0,9%.
Os dados divulgados pela Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostram recuo
de 3,5% nas vendas do varejo, de janeiro a maio.
O presidente da Abit, Fernando Pimentel, afirmou que
várias razões explicam o mau desempenho do setor no
primeiro semestre. A entrevista foi transmitida
online e acompanhada por jornalistas de todo o país.
Segundo ele, o inverno menos rigoroso, a greve dos
caminhoneiros, a queda de consumo durante a Copa do
Mundo e as incertezas com o processo eleitoral são
alguns dos fatores que contribuíram para o
desempenho abaixo do esperado.
Além disso, a criação de vagas formais de trabalho
no país ainda está abaixo do que se esperava. Para
Pimentel, essa é “a saída mais lenta de uma recessão
da história do Brasil”.
O presidente da Abit explicou que a greve dos
caminhoneiros resultou em uma perda de produção de
quatro a cinco dias. E acrescentou que o consumidor
tem preferido a compra de bens de consumo duráveis,
como automóveis e produtos de maior valor, por conta
de uma melhora no acesso ao crédito para pessoas
físicas neste momento.
Os horários de comércio fechado para a transmissão
dos jogos do Brasil na Copa explicam também a queda
nas vendas de roupas durante a disputa. Pimentel
informou que alguns setores, como bares e
restaurantes, ganharam, mas diversos segmentos
sofreram retração de consumo.
Crescimento menor
A Abit revisou a previsão de crescimento para 2018. O
setor prevê um aumento da produção de vestuário
entre 0,4% e 1% – antes a estimativa era de alta de
2,5%. A previsão para o faturamento, no entanto,
ficou no mesmo patamar, em US$ 46 bilhões, ou R$ 154
bilhões. Pimentel disse que o faturamento deve
refletir a ligeira elevação da produção e de preço,
que ele estima entre 6% e 7%. Segundo o presidente
da Abit, o reajuste não recupera a margem de lucro
do setor e é apenas “derivado do aumento de custos”.
No ano passado, a venda de vestuário no varejo
registrou aumento de 7,6% e um faturamento de US$ 45
bilhões, ou R$ 144 bilhões. A produção de peças de
confecção cresceu 3,5%. Para o segundo semestre, a
expectativa é de melhora para o setor.
Para 2019, a Abit afirma ter uma “visão positiva” e
“favorável” neste momento. Pimentel afirmou que, no
ano que vem, o país terá retirado “elementos de
incerteza do processo”. Para ele, seja quem for o
candidato vencedor nas eleições de outubro, “as
políticas [do futuro presidente] estarão
explícitas”. Para 2019, a entidade prevê um
crescimento na produção de cerca de 3% e um aumento
no varejo entre 3% a 4%.
Fonte: Agência Brasil

10/08/2018 -
Produção industrial cresce em junho em 13 dos 15
locais pesquisados
A produção industrial cresceu em 13 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de maio para junho,
seguindo a média nacional de 13,5% registrada no
período. As maiores altas foram observadas nos
estados do Paraná (28,4%), de Mato Grosso (25,6%),
Goiás (20,8%), do Rio Grande do Sul (17,0%) e de
Santa Catarina (16,8%).
Também tiveram alta os estados de São Paulo (14,8%),
Pernambuco (13,5%), da Bahia (11,6%), de Minas
Gerais (7,1%), do Ceará (6,8%), Pará (2,8%) e Rio de
Janeiro (2,2%). O IBGE também calcula o resultado
consolidado dos nove estados da Região Nordeste, com
crescimento de 12,3% no período.
Recuos foram observados apenas nos estados do
Espírito Santo (-2%) e Amazonas (-1,1%).
Outras comparações
Na comparação com junho de 2017, a produção industrial
cresceu em 11 dos 15 locais, com destaque para os
estados do Pará (13,3%) e de Pernambuco (10%).
Quatro locais tiveram queda, sendo a maior delas no
Espírito Santo (-7,3%).
No acumulado do ano, houve crescimento em dez dos 15
locais. A principal alta foi observada no Amazonas
(15,6%). Dos cinco locais em queda, as reduções mais
expressivas foram observadas no Espírito Santo
(-5,5%) e em Goiás (-3,2%).
Já no acumulado de 12 meses, foram observadas altas
em 12 locais, com destaque para o Amazonas (10,8%) e
Pará (9,9%). Dos três locais em queda, o Espírito
Santo teve o maior recuo (-3,3%).
Fonte: Agência Brasil

10/08/2018 -
Turma considera válida norma coletiva que limitou
base de cálculo de horas extras na ECT
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a validade de normas coletivas que
limitaram a base de cálculo das horas extras na
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A
decisão segue o entendimento do TST que admite a
flexibilização de direitos estabelecidos em lei caso
a norma coletiva contenha previsão mais vantajosa ao
empregado.
Na reclamação trabalhista, o carteiro sustentou que
a ECT não observava, no pagamento das horas extras,
a diretriz da Súmula 264 do TST, que inclui na base
de cálculo as parcelas de natureza salarial e os
adicionais previstos em lei, contrato, acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa. Segundo
ele, o acréscimo era de 70% do valor da hora normal
em relação apenas ao salário-base.
O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Sapucaia do Sul
(RS) e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
deferiram parcialmente as diferenças pleiteadas pelo
empregado, determinando a inclusão do adicional por
tempo de serviço na base de cálculo. Na avaliação do
TRT, a norma coletiva que estipula o cálculo do
valor das horas extras apenas sobre o salário-base
contraria diretamente a Súmula 264.
No recurso de revista, a ECT reiterou o argumento da
validade das normas coletivas e sustentou que é
permitido, mediante negociação coletiva, fixar
adicional de horas extras em montante largamente
superior ao da Constituição da república (no seu
caso, de 70%, em vez de 50%), adotando-se, em
contrapartida, base de cálculo mais restrita, por se
tratar de regra mais favorável.
O relator, ministro Douglas Alencar Rodrigues,
observou que a jurisprudência do Tribunal tem
priorizado a negociação coletiva quando forem
asseguradas ao empregado condições mais favoráveis
que as das normas trabalhistas, como no caso. “O TST
vem entendendo pela validade da norma coletiva que
flexibiliza direitos, mas, em compensação, apresenta
contraprestação benéfica ao empregado”, assinalou.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
da ECT e indeferiu a pretensão do empregado relativa
ao pagamento de diferenças pela ampliação da base de
cálculo das horas extras. Processo:
RR-20803-46.2015.5.04.0291
Fonte: TST

09/08/2018 -
Trabalhador ganha menos que salário mínimo com
reforma trabalhista
Com a legalização de formas fraudulentas de contrato
de trabalho, trabalhadores e trabalhadoras chegam ao
final do mês sem conseguir ganhar sequer um salário
mínimo para sustentar a família e ainda correm o
risco de ter o direito à aposentadoria ameaçado no
final da vida, mesmo após anos de trabalho, pois não
terão recursos para contribuir mensalmente.
Por Tatiana Melim
O contrato intermitente, em que o trabalhador recebe
por hora trabalhada, e o contrato por tempo parcial,
com jornadas de 26 a 32 horas, estão precarizando as
condições de trabalho e derrubando a renda das
famílias.
Entre novembro de 2017 e junho de 2018, período em
que passou a valer a reforma trabalhista do
ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), foram
gerados 35.408 novos postos de trabalho precários,
sem direitos nem garantias, sendo 22.901 contratos
intermitentes e 12.507 parciais.
Os patrões que defenderam a reforma porque as
mudanças iriam “modernizar” a CLT estão aproveitando
para lucrar com a exploração da mão de obra barata.
Há casos de trabalhadores que chegaram a receber
apenas R$ 320,00 ao final de um mês inteiro de
trabalho, o equivalente a um terço do salário mínimo
(R$ 954), conta Paloma Santos, presidenta do
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e
Conservação de Cubatão, Praia Grande, São Vicente,
Santos, Guarujá e Bertioga (Sindilimpeza).
Ela tem recebido com frequência no sindicato relatos
de trabalhadores e trabalhadoras que foram demitidos
e recontratados de forma precária, ganhando menos e
trabalhando mais.
“Aumentou em 70% na nossa base de representação a
procura por pessoas para trabalhar por hora, com
contratos precários e em horários que inviabilizam o
trabalhador de ter vínculo em qualquer outro
emprego”, denuncia Paloma.
Segundo a dirigente, os empresários do setor têm
demitido trabalhadores que trabalhavam 8 horas por
dia e recontratado de forma parcial para fazer o
mesmo serviço em um período de apenas 4 horas,
geralmente das 11h às 15h.
“Além da sobrecarga de trabalho e do rebaixamento de
direitos, esse horário é estratégico para o patrão,
pois prende o trabalhador e assim ele não consegue
ter tempo disponível para trabalhar em outro lugar”,
critica Paloma.
Para conseguir ganhar um salário mínimo no final do
mês, relata a presidenta do Sindilimpeza, o
trabalhador precisa negociar com o patrão para
conseguir assinar dois contratos. “E geralmente eles
duram de 3 a 4 meses e depois o trabalhador fica sem
emprego.”
Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT,
Graça Costa, o trabalho intermitente é cruel e
desumano. “O trabalhador não sabe onde e quando vai
trabalhar nem quanto vai ganhar no final do mês.
Como é possível uma família suportar a incerteza de
não saber se vai ter trabalho e salário suficientes
para pagar um aluguel e comprar comida?”, questiona.
Para dar um basta aos desmandos provocados pelo
ilegítimo governo de Temer, a CUT e demais centrais
promovem nesta sexta-feira (10) o "Dia do Basta",
com paralisações no local de trabalho, atrasos de
turnos e atos públicos por todo País.
A legalização do bico
Entre novembro de 2017 e junho de 2018, foram
admitidos 28.469 trabalhadores com contrato
intermitente e demitidos 5.568 (saldo de 22.901). Já
o número de trabalhadores admitidos com contrato
parcial de trabalho no mesmo período foi de 37.020
contra 24.513 desligamentos - um saldo de 12.507.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), que
antigamente só divulgava vagas formais de trabalho,
com direitos trabalhistas garantidos, como 13º
salário, FGTS e férias remuneradas, e agora passou a
divulgar também os “bicos” legalizados pela reforma
de Temer.
Os setores do comércio e serviços são os que têm
liderado o uso das novas modalidades precárias de
contratação de trabalhadores, correspondendo a 75%
do total de contratos.
A presidenta do Sindilimpeza, Paloma Santos, que
representa justamente os trabalhadores e as
trabalhadoras do setor de serviços, conta que a
negociação coletiva deste ano foi praticamente a
imposição da reforma trabalhista, o que reflete nos
dados apresentados pelo Caged.
“A reforma era o que esses empresários estavam
esperando para colocar em prática as propostas
precárias de trabalho. Praticamente 60% da
negociação este ano foi em torno da nova
legislação”, lamenta a dirigente.
Sem contribuição à Previdência e sem acesso ao
seguro-desemprego
Os trabalhadores e as trabalhadoras que ganham por
hora trabalhada, sem direitos e com a renda
reduzida, vivem ainda outro drama devido às formas
precárias de contratação: não conseguem contribuir
com a Previdência.
Um trabalhador só pode pagar a Previdência se
conseguir totalizar, no mês, a contribuição
equivalente a um salário mínimo, que hoje é R$ 954.
Trabalhando 4 horas por dia e ganhando de um terço a
metade desse valor - cerca de R$ 320 a R$ 640 - será
impossível a esse trabalhador pagar a contribuição
mensal.
No caso de uma pessoa que assinou um contrato
intermitente, mas não foi chamada para trabalhar e
não recebeu salário, a situação se torna ainda mais
grave, pois ao final do mês não terá renda sequer
para sustentar a família.
Os trabalhadores contratados por hora também são
penalizados por não terem acesso ao
seguro-desemprego. A legislação proposta por Temer
diz que, na suposição de o trabalhador ter outro
contrato de emprego, ele fica sem acesso a esse
direito.
Fonte: Portal Vermelho

09/08/2018 -
Terceirização e desemprego são tema de audiência em
subcomissão
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET)
vai debater na quinta-feira (9), a partir das 9h, as
relações de trabalho, a terceirização e o
desemprego. A audiência pública faz parte do ciclo
de debates sobre o novo Estatuto do Trabalho, de
iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS).
Dados divulgados pelo IBGE indicam que a taxa de
desemprego no Brasil caiu para 12,4% no trimestre
encerrado em junho, mas ainda atinge 13 milhões de
brasileiros. Os dados também revelam que a queda da
taxa de desemprego se deve pela geração de postos
informais e pelo grande número de brasileiros que já
não procuram mais por emprego.
Foram convidados para a reunião o representante da
Coordenadoria Nacional de Combate às Irregularidades
Trabalhistas na Administração Pública (Conap/MPT),
Claudio Gadelha, a vice-presidente da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), Noemia Aparecida Porto, o presidente da
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
Ângelo Fabiano da Costa, o presidente da Federação
Nacional dos Servidores dos Órgãos Públicos Federais
de Fiscalização, Investigação, Regulação e Controle
(Fenafirc), Ogib de Carvalho Filho.
Também foram convidados representantes dos
sindicatos Sinait, CUT, Intersindical, Força
Sindical, Mati Sul, e Nova Central Sindical dos
Trabalhadores.
A audiência será interativa, na sala 6 da Ala
Senador Nilo Coelho, Anexo 2 do Senado.
Fonte: Agência Senado

09/08/2018 -
Pochmann: o trabalhador é massacrado pela Reforma
Trabalhista
O economista Márcio Pochmann criticou a Reforma
Trabalhista, aprovado pelo governo Michel Temer e
que entro em vigor em novembro do ano passado.
"Reforma trabalhista não gera emprego, mas precariza
o existente. Sem mais a homologação das demissões no
sindicato e a introdução da justiça trabalhista
paga, o trabalhador é massacrado, inclusive com a
diminuição do pagamento do FGTS e das verbas
rescisórias", escreveu o estudioso em sua conta no
Twitter.
Economistas estimam que seriam criados até 1 milhão
de novos postos de trabalho em 2018, mas o número
foi cortado para menos da metade, entre 350 mil e
452 mil, de acordo com as novas projeções de cinco
consultorias ouvidas pelo G1, em matéria publicada
no dia 30.
Atualmente, o País tem 13 milhões de desempregados,
de acordo com dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no
último dia 31.
Fonte: Brasil247

09/08/2018 -
CNT/MDA: Lula também lidera em São Paulo e Alckmin
patina
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a
corrida presidencial no estado de São Paulo, com
21,8% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro (PSL),
com 18,4%, e pelo ex-governador Geraldo Alckmin
(PSDB), com 14,0%. É o que aponta a pesquisa CNT/MDA
com 2.002 eleitores em 75 municípios realizada de 2
a 5 de agosto. No cenário sem Lula, Bolsonaro é
líder, com 18,9%, seguido por Alckmin (15,0%) e por
Marina (8,4%) e Fernando Haddad (8,3%). O campo da
pesquisa foi feito antes da definição da coligação
PT-PC do B.
No cenário com Lula, Marina está em quarto lugar,
com 6,7%. Ciro permanece estagnado: 5,0%; Álvaro
Dias, do Podemos, tem 1,4%, Manuela D'Ávila tem 1,3%
(ela não é mais candidata e as intenções de voto
nela deverão reforçar aina mais a chapa do PT).
Depois, Guilherme Boulos, com 1,0%. João Amoêdo
(Novo) alcança 0,8%, memo percentual de Vera Lúcia
(PSTU). O ex-ministro Henrique Meirelles MDB)
aparece com apenas 0,7%. João Goulart Filho (PPL) e
Levy Fidelix (PRTB) aparecem com 0,3% cada -ele
também não é mais candidato, pois o general Mourão é
agora o companheiro de chapa de Bolsonaro. Outro que
não está mais na corrida é Paulo Rabello de Castro
(PSC), agora vice de Álvaro Dias, que tinha 0,1% ao
lado Eymael (DC). Brancos e nulos somaram 17,0% e
indecisos, 9,8%.
Cenário sem Lula
No cenário sem Lula, atrás de Bolsonaro (18,9%) e
Alckmin (15%) estão Marina (8,4%), Haddad (8,3%),
estão Ciro Gomes (6,0%), Alvaro Dias (1,8%) e
Manuela (1,7%). Boulos e Vera Lúcia atingem 1,1%
cada. Meirelles alcança 1,0%. Amôedo tem 0,8%, João
Goulart Filho, 0,4%, e Fidelix, 0,3%. Eymael e
Rabello de Castro têm 0,2% cada. Brancos e nulos
somaram 22,0% e indecisos, 12,5%.
A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos
percentuais para mais ou para menos, com 95% de
nível de confiança.
Fonte: Brasil247

09/08/2018 -
Desmonte da legislação trabalhista aumenta número de
acidentes e mortes
Ataques à Norma Regulamentadora 12, do Ministério
do Trabalho, e precarização expõe trabalhador a
riscos maiores.
"Reforma" afeta Previdência com queda de receita e
aumento de despesas
De 2012 a 2017 foram registrados 4.269.648 acidentes
de trabalho. Um a cada 48 segundos. O total de
mortes no período 15.874. Só em São Paulo, foram
3.517 acidentes com mortes. As principais causas são
lesões como cortes, lacerações, feridas contusas,
esmagamento, fratura, distensão e torção. Os dados
são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, uma plataforma desenvolvida e mantida pelo
Ministério Público do Trabalho em Cooperação com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O número de acidentes aumenta a cada ano, segundo o
coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora do Conselho Nacional
de Saúde (CNS), Geordeci Menezes de Souza.
Representante da CUT no colegiado, ele afirma que o
Brasil é o país onde mais se morre e mais se
acidenta no trabalho. "Pelos dados oficiais, são 750
ocorrências por ano. Mas o número tem de ser
multiplicado por três. Ou seja, a gente continua
matando muita gente no trabalho”.
Tamanha insegurança, que adoece, incapacita e tira
vidas que não têm preço, custa à Previdência Social
R$ 74 bilhões por ano só com o pagamento de
benefícios. A título de comparação, o orçamento do
Ministério da Saúde é de R$ 120 bilhões. Ou seja,
além de provocar a queda da receita previdenciária
com o desemprego, o subemprego e a informalidade, a
"reforma" trabalhista produz despesas para a
seguridade social.
E as expectativas não são das melhores. As normas
que deveriam garantir a segurança do trabalhador –
que nunca foram aplicadas de maneira integral –
estão sendo revogadas a partir de 2016. É o caso da
Norma Regulamentadora (NR) 12, que em 1978
estabeleceu referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para garantir a
saúde e a integridade física dos trabalhadores.
Além de fixar requisitos mínimos para a prevenção de
acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto
e de utilização de máquinas e equipamentos de todos
os tipos, inclusive na sua fabricação, importação,
comercialização, exposição e cessão a qualquer
título, em todas as atividades econômicas.
Se a NR 12 tivesse sido implementada integralmente,
não seriam comuns as serras elétrica do tipo fita,
como as usadas em açougues, por exemplo. Das mais
perigosas entre as máquinas existentes, podem
amputar membros com facilidade. E até matar quando
se rompem, dependendo da parte atingida pela serra
no momento da ruptura.
Segundo Geordaci, o empresariado nunca cumpriu a NR
12 apesar de nesses anos todos o governo teve de
prorrogar diversas vezes os prazos para adequação,
além de abrir linhas de crédito para financiar
reformas, adaptações e substituições de máquinas. Ao
contrário disso, por pressão da ala conservadora do
empresariado, ganhou força nas comissões tripartites
o lobby de patrões preocupados em aumentar a
competitividade sem se preocupar com a integridade,
a saúde ou a vida de seus empregados.
"Portarias têm revogado boa parte da NR 12, elogiada
internacionalmente, e construída pelo consenso entre
governo, patrões e trabalhadores. E aumenta a
pressão para alterações na NR 1. Querem matar essa
que a 'mãe' de todas as outras NRs. Se mexer nessa,
há impactos em todas as demais", afirma o
conselheiro do CNS.
Na sua avaliação, o adoecimento e os acidentes
tendem a ser mais comuns devido à precarização
ampliada por mudanças na legislação trabalhista, que
aumentam a pressão e o assédio sobre os
trabalhadores. Não é à toa que de cada três
acidentes, dois são sofridos por terceirizados.
E também por causa das novas tecnologias, ainda
pouco estudadas, como a nanotecnologia. Sedutores do
ponto de vista comercial por agregar vantagens, como
um para-brisa cujo revestimento espalha rapidamente
a água da chuva, dispensando os tradicionais
limpadores, produtos feitos a partir de
nanomateriais. Ou um artefato em geladeiras que
impede o mau cheiro. "O fabricante, no entanto, não
esclarece que minúsculas partículas do nitrato de
prata, cancerígeno, estão sendo usado dentro da
geladeira, podendo contaminar os alimentos, em nome
desse diferencial", explica.
Cada vez mais utilizada na indústria, a
nanotecnologia é uma incógnita ainda em termos de
impactos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente.
Por isso o Conselho Nacional de Saúde vem
pressionando a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária a estabelecer protocolos de segurança.
Fonte: Rede Brasil Atual

09/08/2018 -
Lindbergh Farias destaca efeitos nocivos da reforma
trabalhista
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, em
pronunciamento nesta quarta-feira (8), que a vida
dos trabalhadores só piorou depois da entrada em
vigor da reforma trabalhista.
Segundo ele, com a adoção do contrato de trabalho
intermitente, em que o pagamento passa a ser por
hora trabalhada, houve redução da massa salarial e
os trabalhadores passaram a receber, mensalmente, um
valor menor que o mínimo definido em lei.
- Tenho encontrado uma quantidade de gente dizendo
que foi demitido e foi recontratado por um salário
menor. É a terceirização. Conversava com os
porteiros esses dias e há terceirização
indiscriminada no caso dos porteiros - informou.
Lula
Lindbergh destacou ainda que o Partido dos
Trabalhadores decidiu que vai registrar a
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para concorrer novamente à Presidência da
República. O prazo para o registro junto à Justiça
Eleitoral termina no dia 15 deste mês.
- Se vocês achavam que íamos desistir do Lula, estão
enganados. Nós não vamos desistir daquele que foi o
maior Presidente da nossa história. Nós vamos
registrar o Lula candidato no dia 15 de agosto. E eu
estou convencido de que o povo vai teimar, vai
teimar com Lula, vai dizer à Globo, a Temer, a esse
pessoal que não adianta, que o povo quer voltar a
ter esperança, melhores empregos, melhores salários
- afirmou.
Fonte: Agência Senado

09/08/2018 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,25% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, ficou em 0,25% em julho
deste ano, abaixo do 1,43% de junho. De acordo com
dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o INPC acumula taxas de 2,83% no ano e de
3,61% em 12 meses.
O INPC teve, portanto, taxas de inflação mais baixas
do que o IPCA, que mede a inflação oficial do país e
registrou variações de 0,33% em julho, 2,94% no ano
e 4,48% em 12 meses.
Os produtos alimentícios tiveram queda de preços de
0,20% em julho.
No mês anterior, haviam registrado inflação de
2,24%. Já os não alimentícios tiveram inflação de
0,44% em julho ante uma alta de preços de 1,08% em
junho.
Fonte: Agência Brasil

09/08/2018 -
Empresa autuada por trabalho escravo é condenada na
JT por danos morais
A 5ª Turma do TRT-MG condenou duas empresas mineiras
do ramo de mineração ao pagamento de indenização por
danos morais, no valor de R$ 5 mil, a um empregado
que alegou trabalhar em condições inadequadas de
higiene e conforto. A situação já havia sido
comprovada pelo Ministério do Trabalho, em
diligência fiscalizatória que constatou a existência
de inúmeras irregularidades que apontavam o trabalho
de 309 empregados em condição análoga à de escravo.
O trabalhador autor da ação foi admitido na empresa
em dezembro de 2014. Já a fiscalização do Ministério
do Trabalho foi realizada em fevereiro de 2015, com
o objetivo de apurar denúncias quanto às condições
inadequadas de trabalho a que estariam submetidos os
seus empregados e terceirizados. Essa autuação
resultou, inclusive, na interdição temporária do
parque industrial e na elaboração de um Termo de
Ajustamento de Conduta.
As irregularidades encontradas referiam-se à
existência de empregados sem registro, imposição de
jornadas exaustivas, promessas enganosas de
premiação, precárias condições de higiene e
segurança, número insuficiente de vestiários e
ausência de água potável. O relatório de
fiscalização demonstrou que as instalações
sanitárias estavam em péssimas condições de uso, com
visível sujeira impregnada e decorrente da falta de
limpeza, dejetos espalhados pelo chão e até nas
paredes.
Uma das testemunhas ouvida no processo confirmou as
condições precárias de trabalho antes da
fiscalização, com banheiros “em situação crítica com
muita sujeira” e sem água potável suficiente para
todos.
Diante desse quadro, o juiz convocado João Bosco de
Barcelos Coura, relator no processo, destacou que,
“se alguns trabalhadores não prezavam pela
conservação do seu local de trabalho, como alegaram
as empresas reclamadas, tal circunstância não
justifica a negligência da empresa quanto à
necessária manutenção e limpeza dos ambientes de
convivência dos empregados”.
Levando em conta a extensão do dano provocado e a
duração do contrato (pouco mais de um mês), o
relator manteve a condenação das empresas ao
pagamento da indenização de R$ 5 mil, fixada pela
sentença.
Fonte: Jusbrasil

08/08/2018 -
Alckmin quer manter reforma trabalhista que Fernando
Henrique critica
Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso foram
Constituintes. O primeiro, deputado discreto; o
segundo, senador destacado. O Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar) avaliou o
voto de cada parlamentar, nas matérias de interesse
trabalhista. FHC ficou com nota média 5. Alckmin
tirou 7.
Em outubro, mês das eleições, a Carta Magna
produzida por aquela Assembleia Nacional
Constituinte completa 30 anos. Fernando Henrique
está fora da disputa. Já Geraldo Alckmin é forte
candidato à presidência, pelo PSDB, partido que
ambos ajudaram a fundar.
Divergências - Hoje, há divergências entre
eles. Alckmin, que tirou nota maior pelo Diap, disse
reiteradas vezes ser favorável ao fim da
contribuição sindical - falou em seminário da UGT,
em entrevista recente à Globo News etc. Também
defende a nova lei trabalhista. E mais: coloca a
reforma neoliberal da Previdência no centro de seu
plano de governo.
Ainda neste ano, Fernando Henrique publicou o livro
“Crise e reinvenção da política no Brasil”, pela
Companhia das Letras. Das páginas 66 a 68, ele fala
sobre sindicalismo. Escreve o professor: “É verdade
que o fim abrupto da contribuição sindical
obrigatória coloca um desafio enorme para o
financiamento dos Sindicatos dos trabalhadores. Como
o benefício dos acordos coletivos está assegurado
para todos, muitos trabalhadores preferirão não ter
o ônus de pagar pela atuação do Sindicato. Nesse
ponto, é urgente corrigir a reforma trabalhista”.
Mais adiante, sugere FHC: “É preciso dar aos
Sindicatos o direito de cobrar uma taxa negocial
sobre os acordos coletivos de trabalho firmados em
benefício da categoria que representam”.
Embora mantenha sua posição uspiana contra o
getulismo, o professor FHC avança na crítica e chega
ao bilionário Sistema S, sobre o qual quer a lupa do
Tribunal de Contas da União. Propõe: “A fiscalização
do TCU daria mais transparência à aplicação dos
recursos transferidos às Centrais, a mesma
transparência que se demanda das confederações e
federações empresariais, que, além da contribuição
sindical, contam com recursos do ‘Sistema S’,
recolhidos obrigatoriamente das empresas”.
“Esquece” - O Portal Terra noticiou em 23 de
julho: “Geraldo Alckmin negou nesta segunda, 23, que
tenha concordado com a volta do imposto sindical”.
“Não há hipótese de voltar o imposto sindical.
Imposto sindical, esquece”, disse o tucano no Roda
Viva, da TV Cultura. Foi claro: "Os trabalhadores é
que vão se organizar. Se vai ter ou não contribuição
é uma questão dos trabalhadores".
Fonte: Agência Sindical

08/08/2018 -
Gleisi afirma que, se eleito, Lula tentará revogar a
reforma trabalhista
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou em
Plenário nesta terça-feira (7) que a escolha de Lula
como o candidato do PT à presidência da República
vai dar aos brasileiros a oportunidade de votar na
pessoa responsável pelas conquistas obtidas nos
últimos anos.
Gleisi disse que, se for eleito, Lula proporá o fim
da emenda constitucional que limitou os gastos
públicos e da reforma trabalhista.
— Não tem coisa que entristeça mais a gente do que
olhar as grandes filas de desemprego que nós temos
nos grandes centros urbanos. É uma tristeza ver a
cidade de São Paulo com aquelas filas quilométricas.
Há quantos anos nós não víamos isso no Brasil? Há
quanto tempo nós não víamos filas quilométricas,
procurando emprego? Hoje, as pessoas que estão
trabalhando e que têm o seu emprego trabalham em
empregos precários. Ganham menos e trabalham mais e
têm menos direitos — disse.
Maria da Penha
A senadora aproveitou para lembrar que a lei Maria da
Penha completa 12 anos nesta terça. Segundo ela, a
lei é um instrumento importante no enfrentamento da
violência contra as mulheres e para que elas possam
denunciar seus agressores.
Fonte: Agência Senado

08/08/2018 -
Comissão analisa proibição de juros maiores para
aposentados
Pode ser votado nesta quarta-feira (8) pela Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) projeto que proíbe a
cobrança de juros mais altos nos empréstimos com
desconto na folha de pagamento de aposentados e
pensionistas do INSS em comparação aos pagos pelos
trabalhadores da ativa. De acordo com o senador
Paulo Paim (PT-RS), autor do PLS 565/2007, as taxas
de juros e tarifas cobradas dos trabalhadores da
ativa são normalmente disciplinadas por convênios
firmados com órgãos ou empresas, que negociam
condições financeiras mais favoráveis do que as
impostas a aposentados e pensionistas. Para ele,
isso caracteriza discriminação contra os idosos, o
que é infração prevista no Estatuto do Idoso.
No relatório pela aprovação do texto, a senadora
Rose de Freitas (Pode-ES) diz considerar que a
medida é necessária, “principalmente porque os
aposentados não dispõem de estrutura de defesa
sindical”. Quando negociam com as financeiras o
fazem solitariamente, sem informações claras sobre
as taxas, os cálculos e os juros aplicados,
destacou.
A senadora citou argumento de críticos do projeto,
que apontam um risco maior de inadimplência entre os
aposentados em razão do maior índice de mortalidade
neste grupo. Ela afirmou, no entanto, que os lucros
dos bancos não param de crescer, mesmo com a redução
das taxas fixadas pelo Banco Central. Para a
senadora, o tratamento igualitário entre aposentados
e trabalhadores da iniciativa privada representará
uma redução pequena nesses lucros.
Fonte: Agência Senado

08/08/2018 -
Movimento Sindical apoiará reeleição do senador
Paulo Paim
Amplos setores do movimento sindical articulam apoio
à reeleição do senador petista, do Rio Grande do
Sul, Paulo Paim. Para esses dirigentes, de diversas
categorias profissionais e diferentes orientações
políticas, Paim é o senador que mais defende os
trabalhadores, dialoga com entidades e acolhe suas
reivindicações.
“Nossa ideia é fazer uma campanha direta, dizendo
mais ou menos o seguinte: primeiro você vota em
Paulo Paim, depois escolhe o segundo senador”, conta
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da CNTEEC -
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura. Na opinião
do professor, o mote “trabalhador vota em
trabalhador” se aplica adequadamente a Paim, que foi
metalúrgico e presidiu o Sindicato da categoria em
Canoas.
O apoio das entidades pró-reeleição de Paim será de
várias formas. Uma delas são vídeos a serem
massificados nas redes sociais e mídia sindical,
tendo como foco dirigentes e trabalhadores das bases
de Sindicatos e Federações. Um dos vídeos já
produzidos é da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh),
cujo presidente, Moacyr Tesch, é secretário-geral da
Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Coerência - Os dirigentes destacam a
coerência de Paulo Paim, que combateu de forma
contundente a reforma trabalhista de Temer e do
grande capital. No momento, Paim trabalha no Senado
para recompor a CLT, desmantelada pela nova lei
trabalhista. Seu projeto 12/2018 visa instituir o
Estatuto do Trabalho.
Fonte: Agência Sindical

08/08/2018 -
Reforma trabalhista: Salário precário prejudica
geração de emprego
O diretor técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese),
Clemente Ganz, afirmou ao Portal Vermelho que a
reforma trabalhista “é um tiro na testa”. Segundo
ele, ao reduzir o poder de compra das famílias, a
reforma, que se tornou a Lei 13.467/2017, prejudica
a dinâmica da economia e agrava a crise econômica.
Por Railídia Carvalho
A lei foi elaborada e sancionada pelo governo de
Michel Temer e aliados e passou a vigorar em
novembro do ano passado. Um dos argumentos dos
defensores foi o de que geraria empregos. Nove meses
após a vigência da reforma, ou Lei 13.467/201, as
estatísticas continuam apontando o contrário.
A queda do desemprego no último trimestre se deu
pelo aumento das vagas informais (com menos proteção
e mais precariedade) e porque as pessoas pararam de
procurar emprego. Entre os que não trabalham e nem
procuram emprego existem 65,6 milhões (IBGE). Um
recorde. Desempregados são 13 milhões, segundo o
IBGE.
Na opinião de Clemente, “o efeito sistêmico da
reforma trabalhista é colocar o país em baixo nível
de atividade econômica”. “Desvalorizou e arrochou
salários e aumentou o desemprego. Ao rebaixar a
massa salarial tira o poder de compra. Aí está a
tragédia”, completou.
Mercado interno estagnado
Ainda que Clemente confirme que o empregador também
perde com o efeito que a nova lei tem sobre a
economia, a atual reforma tem sido aliada do patrão,
que usa os artigos atuais para retirar direitos na
mesa de negociação.
Ultratividade (que garantia os direitos da convenção
até assinatura do novo acordo ou convenção),
homologação nos sindicatos e recolhimento
obrigatório da contribuição sindical são alguns dos
itens extintos pela nova lei, e que os sindicatos e
confederações tentam preservar.
“O impasse aumenta o tempo de negociação e se não
assina a Convenção ou o acordo esse trabalhador pode
perder os direitos, não terá reajuste ou tem perdas
salariais. Nesse cenário não há perspectiva de
aquecimento do mercado interno”, esclareceu o
diretor do Dieese.
“É uma tragédia para a economia. As empresas vão
produzir menos, vão ganhar menos, teremos menos
empregos. É uma dinâmica desmobilizadora. A reforma
que foi vista como uma boa medida para as empresas
reduzirem os custos se tornaram uma tragédia para o
país e para as próprias empresas. Ao contrário do
que se viu há dez anos quanto tínhamos crescimento
com geração de emprego”, completou Clemente.
Emprego: Previsões pessimistas
A depender do que foi observado no primeiro semestre
deste ano a oferta de empregos não vai se alterar.
Dados do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da
Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta terça-feira
sinaliza para uma “fraca geração de emprego nos
próximos meses”, afirma matéria na Folha de S.Paulo.
“A dinâmica econômica não tem capacidade de gerar
postos ou a quantidade de postos necessários para
enfrentar o desemprego. Muita gente não vai
encontrar emprego e vai para o desalento, o que é
muito grave. Desistem de procurar porque não acham”,
avaliou Clemente.
“A proposta que as centrais sindicais é atuação do
Estado para fortalecer o mercado interno através da
geração de emprego de qualidade, através da
recuperação dos salários com a reversão da reforma
trabalhista. Investimento produtivo e gasto social
geram demanda interna. Neste momento de recessão é o
Estado que tem que gastar”, enfatizou.
Os pontos mencionados por Clemente fazem parte da
Agenda Prioritária dos Trabalhadores, um conjunto de
22 propostas assinadas por sete centrais sindicais
que apontam alternativas para retomada do
crescimento.
“Ocupação precária não sustenta retomada da
economia”, reafirmou Clemente. “Para a economia é
horrível substituir alguém que ganha 150 para
colocar alguém que ganhe 100, por exemplo. A redução
de custos para o empregador com redução de salário
do trabalhador é perverso para a economia. Menos
gente trabalhando com salários menores diminui a
massa salarial. Esse trabalhador não vai consumir,
portanto, não vai haver geração de emprego”.
Fonte: Portal Vermelho

08/08/2018 -
TST aprova orçamento de r$ 21,5 bilhões para a
Justiça do Trabalho em 2019
O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho
aprovou orçamento de R$ 21,5 bilhões para a Justiça
do Trabalho em 2019.
De acordo com o presidente do TST, ministro Brito
Pereira, o orçamento segue os critérios
estabelecidos pela Emenda Constitucional 95/2016,
que impede o crescimento do investimento público por
20 anos. A proposta segue para apreciação do
Congresso Nacional.
Desse valor aprovado, cerca de R$ 18 bilhões será
destinado às despesas de pessoal e encargos sociais;
R$ 1,9 bilhão para manutenção e custeio; R$ 1 bilhão
para o pagamento de benefícios e R$ 523 milhões para
projetos e investimentos, como construções, reformas
e implantações de Varas do Trabalho.
Segundo Brito Pereira, a proposta orçamentária
ajusta a previsão de gastos e investimentos à
realidade fiscal do país, que exige a otimização dos
gastos e investimentos públicos. "Em face do cenário
restritivo, foram alocados recursos apenas para os
21 projetos em andamento na Justiça do Trabalho,
priorizando-se aqueles de maior percentual de
execução física", disse o ministro. Com informações
da Assessoria de Imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico

07/08/2018 -
"Teto de gasto vai paralisar governo a partir do
próximo ano"
Como alertaram diversos economistas, parlamentares e
especialistas, o teto de gastos imposto por Michel
Temer vai paralisar o governo a partir do ano que
vem. Estudo realizado pela pesquisadora Vilma Pinto,
do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre-FGV), mostra que a regra fiscal
exigirá uma queda dos gastos discricionários abaixo
do valor considerado mínimo para o funcionamento
básico da máquina pública.
Segundo o levantamento, o teto de gastos exigirá que
essas despesas não obrigatórias - que incluem desde
investimentos até sejam pagamentos de contas de luz
e água de repartições públicas - sejam reduzidas de
R$ 126 bilhões neste ano para algo em torno de R$
100 bilhões em 2019.
Só que o valor mínimo para o funcionamento da
máquina é de cerca de R$ 120 bilhões, avalia Manoel
Pires, também pesquisador do Ibre e ex-secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda, em
reportagem de Ana Conceição, Estevão Taiar e Sergio
Lamucci, no Valor Econômico.
Nesse sentido, o anúncio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
na semana passada de que irá suspender todas as
bolsas de mestrado, doutorado e de aperfeiçoamento
para professores, num total de quase 440 mil
beneficiados, já é parte dessa contradição entre o
volume de recursos necessários e aquilo que está
permitido pelo teto.
Vale lembrar que os cortes orçamentários realizados
até então já colocaram em risco diversos serviços,
como a emissão de passaportes, por exemplo, que
chegou a ser interrompida em 2017. No mesmo ano, a
Polícia Rodoviária também anunciou a redução de
rondas, por falta de dinheiro.
Para Luiz Schymura, diretor do Ibre-FGV, mesmo na
hipótese de eleição de um candidato "extremamente
fiscalista", respeitar o teto até 2022 será "uma
missão quase impossível". Para os pesquisdores da
instituição, a regra, portanto, precisará ser
revista.
"Ultrapassado o teto, seria necessário aplicar as
sanções previstas na EC 95, como a proibição de
aumentos nominais de salários para servidores. Mas
mesmo a aplicação de todas as medidas previstas não
seria suficiente para cumprir a regra. É
interessante observar que o não cumprimento do teto
não configura crime de responsabilidade, mas o
descumprimento das sanções, sim", publicou o Valor.
Fonte: Portal Vermelho, com Valor Econômico

07/08/2018 -
Mutirão do emprego reacende esperança, afirma
Ricardo Patah
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo promoveu
nesta segunda e terça (7) o Segundo Mutirão do
Emprego. Desta vez, são quatro mil vagas, e não só
para o comércio.
Segundo Ricardo Patah, presidente do Sindicato e da
União Geral dos Trabalhadores (UGT), “esta edição do
Mutirão oferece oportunidades para trabalhadores em
panificação, estabelecimentos de saúde, telefonia e
outros segmentos”.
Bem cedo, milhares de pessoas já se concentravam no
Vale do Anhangabaú para fazer ficha em busca de uma
vaga. Só a empresa IBM oferece 200 postos de
trabalho. A composição do público era bem variada,
mas a partir das 11 horas cresceu a presença de
jovens. A Agência Sindical cobre o evento e
divulgará reportagem em vídeo.
Esperança - Patah comenta a expectativa dos
candidatos. “Vejo no rosto das pessoas um sinal de
esperança em encontrar uma vaga, sair do desemprego
e melhorar a condição de vida”. O sindicalista
explica que não há cobrança de taxa aos candidatos.
A ideia, segundo Ricardo Patah, é prosseguir com
outras rodadas do Mutirão. “Vamos fazer outros até o
final do ano”, ele anuncia.
Muitos Sindicatos possuem Bolsa de Emprego, que
oferecem vagas regularmente. Mas esse tipo de
seleção, via Mutirão, é inédito. Até porque o
desemprego atual é recorde em nosso País e 65,6
milhões de brasileiros não têm emprego ou sequer
procuram vaga.
Fonte: Agência Brasil

07/08/2018 -
Paim: Reforma Trabalhista aprofunda nossas
desigualdades
O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a criticar o
governo Michel Temer por causa da Reforma
Trabalhista, que, de acordo com o parlamentar,
"revogou mais de cem artigos da CLT, eliminando, de
um só golpe, um conjunto de normas que há décadas
regulava as relações entre empregadores e empregados
no Brasil". "O resultado é o aprofundamento das
nossas desigualdades sociais", afirmou o
congressista em sua conta no Twitter.
A gestão previa a criação de algo em torno de R$ 1
milhão de empregos em 2018. Estimativas de
economistas, no entanto, apontam que o Brasil vai
gerar menos da metade: entre 350 mil e 452 mil, de
acordo com as novas projeções de cinco consultorias
ouvidas pelo G1 - matéria foi publicada no último
dia 30.
Segundo Fernando Castelli, da GO Associados, "a
expectativa é que a partir de 2019, com um novo
governo, comprometido com o andamento das reformas
econômicas, a geração de vagas volte a acontecer em
ritmo mais rápido". "De toda forma, é difícil
imaginar que o país recupere o nível de empregos
formais antes de 2021", afirmou.
Entre 2015 e 2017, o Brasil fechou um total de 2,88
milhões de vagas de emprego, a maior parte delas na
construção civil e na indústria.
O País fechou o segundo semestre com 13 milhões, de
acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Fonte: Brasil247

07/08/2018 -
Como 'candidato de Lula', Haddad assume segunda
posição, aponta pesquisa
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas
Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) para a
corretora XP Investimentos mostra que o nome do
ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é citado como
candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) ao Planalto, Haddad já assume a segunda posição
em intenções de voto.
Segundo o levantamento, ao ser apontado como
candidato do ex-presidente, Haddad salta para 13%, e
fica atrás apenas de Bolsonaro, que registra 20%. O
terceiro lugar é dividido entre Marina e Alckmin,
com 9% cada um.
Na pesquisa anterior, divulgada na sexta-feira (3),
o ex-prefeito aparece com 2% das intenções de voto
quando seu nome não é ligado a Lula. Ele fica atrás
de Jair Bolsonaro (PSL, com 22%), Marina Silva
(Rede, 11%), Ciro Gomes (PDT, 10%), Geraldo Alckmin
(PSDB, 10%), Alvaro Dias (Podemos, 5%), e empatado
com Manuela D'Ávila (PCdoB) e Henrique Meirelles (MDB).
A pesquisa, registrada no TSE como BR-06820/2018,
ouviu 1.000 pessoas por telefone entre os dias 30 de
julho e 1º de agosto. A margem de erro é de 3,2
pontos percentuais para mais ou para menos. As
informações são do UOL.
Fonte: Brasil247

07/08/2018 -
Justiça homologou 69% dos acordos trabalhistas
extrajudiciais, afirma TST
A Justiça do Trabalho homologou, entre janeiro e
junho, 69% dos acordos extrajudiciais firmados entre
empresas e empregados. O número foi levantado pelo
Tribunal Superior do Trabalho a pedido do jornal
Valor Econômico.
Os acordos para solucionar problemas em contratos de
trabalho sem a necessidade de ajuizar um processo
judicial foram permitidos e regulados pela reforma
trabalhista (Lei 13.467), que entrou em vigor em
novembro de 2017. Antes disso, caso o trabalhador e
o empregador resolvessem fechar um acordo, ele não
teria a chancela da Justiça.
Segundo a verificação do TST, 19.126 acordos foram
fechados no período, sendo 13.236 validados pelo
Judiciário. Entre os 24 tribunais regionais do
trabalho, o do Maranhão apresentou o maior índice de
aprovação de resolução sem judicialização: 93,83%.
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul
aparecem, respectivamente, com 70,56%, 67,64% e
69,28% de homologações.
Ainda de acordo com os números divulgados pelo Valor
Econômico, o TRT de São Paulo obteve o pior
resultado no país. De janeiro a junho, a corte
validou 36,46% dos acordos firmados entre empresas e
trabalhadores. O baixo número de aprovações, segundo
a reportagem, pode estar ligado às regras que o
tribunal adotou para conter acordos fraudulentos.
Crescimento nos reajustes
De acordo com o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
cerca de 63% dos reajustes salariais analisados em
2017 resultaram em ganhos reais aos salários dos
trabalhadores.
A análise aponta que, em comparação com os anos de
2015 e 2016 — período de recessão econômica —, os
reajustes apresentaram um quadro mais favorável para
os empregados. Porém, quando colocados ao lado das
negociações salariais observadas entre 2006 e 2014,
o desempenho dos acordos é baixo.
Fonte: Consultor Jurídico

07/08/2018 -
Alckmin terá quase metade do horário eleitoral.
Bolsonaro, só 7 segundos
Os dois principais colocados nas pesquisas
eleitorais, afora o ex-presidente Lula, o a Jair
Bolsonaro (PSL) e a ex-senadora Marina Silva (Rede)
terão, juntos, menos de 5% do espaço da propaganda
de TV e rádio, que começa no próximo dia 31, informa
a Folha de S.Paulo. Devido à falta e alianças
relevantes e à fragilidade de suas bancadas no
Congresso, Bolsonaro e Marina terão de focar seus
esforços para aparecer bem na internet.
Em cada bloco do horário eleitoral, Bolsonaro terá
direito a apenas 7 segundos. Por causa da aliança
com o PV, Marina deverá ocupar apenas 24 segundos.
Com dificuldade para subir nas pesquisas até agora,
o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin terá o palanque
eletrônico à sua disposição. Deve ficar com 5
minutos e 32 segundos por bloco, quase metade de
todo o tempo destinado aos presidenciáveis. Juntos,
os candidatos do PT e do MDB ficarão com um terço do
horário.
A projeção feita pela Folha pode sofrer alterações
porque ainda há possibilidade de mudança nos
arranjos políticos até o início da segunda quinzena
deste mês, quando será concluído o registro de todas
as candidaturas.
A propaganda dos candidatos a presidente na TV e
rádio dura 35 dias e ocorre de duas formas: às
terças-feiras, quintas-feiras e sábados, os
candidatos a presidente terão direito a dois blocos
fixos de 12 minutos e 30 segundos cada um, à tarde e
à noite. Mas a parte considerada mais importante
pelos candidatos, por pegar o eleitor de surpresa,
são as chamadas inserções. As peças de 15 ou 30
segundos de duração que vão ao ar entre 31 de agosto
e 4 de outubro nos intervalos comerciais das
emissoras.
Pela projeção, Alckmin terá direito a 12 inserções
de 30 segundos a cada dia, por emissora. O candidato
do PT e Henrique Meirelles terão quatro cada um.
Fonte: Congresso em Foco

07/08/2018 -
SP: programa dará emprego a mulheres vítimas de
violência doméstica
Um programa que oferecerá oportunidades de trabalho
a mulheres vítimas de violência doméstica foi
lançado nesta segunda-feira (6) em São Paulo.
O objetivo do programa Tem Saída é romper com o
ciclo da agressão, focando principalmente a
dependência psicológica e financeira dessas
mulheres. O lançamento da iniciativa coincide com 12
anos de promulgação da Lei Maria da Penha.
Criado em parceria pelo Tribunal de Justiça,
Ministério Público de São Paulo, Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB-SP), Defensoria Pública, ONU Mulheres
e prefeitura de São Paulo, o programa oferecerá
vagas em empresas credenciadas, principalmente no
setor do comércio e serviços.
Com base em denúncias registradas, o Ministério
Público, a OAB e a Defensoria Pública emitirão
ofício de indicação da vítima à Secretaria Municipal
de Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São
Paulo. A pasta disponibilizará um banco de dados com
vagas existentes nas empresas parceiras do programa,
bastando apresentar o ofício emitido pelos órgãos de
justiça. Segundo a prefeitura, as mulheres que não
forem empregadas imediatamente vão compor o banco de
talentos do programa para novas entrevistas e
capacitação por meio de cursos com entidades que
colaboram com a iniciativa.
O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio,
disse que pretende levar o projeto para todo o
estado. "Estamos dando os passos necessários nesta
caminhada", afirmou.
Após a assinatura do acordo, o O prefeito de São
Paulo, Bruno Covas, informou que estuda a
possibilidade de enviar ao Legislativo um projeto de
lei exigindo das empresas que prestam serviço à
administração municipal o cumprimento de cotas para
mulheres em seus quadros.
Para a promotora do Grupo de Atuação Especial de
Enfrentamento à Violência Doméstica, Maria Gabriela
Prado Manssur, o programa ajudará a combater a
dependência psicológica e financeira da vítima de
agressão. “O trabalho é um escudo de proteção da
mulher contra a violência. A conquista deste espaço
faz com que ela se sinta importante e capaz de
realizar algo. Quando a mulher começa a trabalhar,
percebe o poder que tem e que nada é impossível. A
independência financeira é imprescindível”, afirmou
Maria Gabriela.
Fonte: Agência Brasil

07/08/2018 -
Sujeição a medidas disciplinares caracteriza período
gasto com café como tempo à disposição
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
restabeleceu sentença em que a HPE Automotores do
Brasil Ltda., fábrica da Mitsubishi Motors em
Catalão (GO), havia sido condenada a pagar como
horas extras o tempo dispendido por um auxiliar de
produção com o café da manhã. Como ficou demonstrado
que, nesse período, estava sujeito a medidas
disciplinares, a Turma considerou que se tratava de
tempo à disposição do empregador.
Na reclamação trabalhista, o empregado afirmou que
chegava à fábrica por volta de 6h40 e ia para o
restaurante tomar o café da manhã. Somente cerca de
30 minutos depois seguia para o posto de trabalho e,
por determinação da empresa, registrava o ponto às
7h10.
O juízo da Vara do Trabalho de Catalão (GO)
considerou os minutos entre a chegada do empregado,
em ônibus da empresa, e o registro de ponto como
tempo à disposição do empregador. A decisão levou em
conta que o preposto da HPE, em seu depoimento,
afirmou que, mesmo no período de café da manhã, o
empregado estaria sujeito a punições caso se
envolvesse em algum problema disciplinar.
O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO),
no entanto, entendeu que a declaração do preposto
não seria suficiente para caracterizar aqueles
minutos como tempo à disposição do empregador,
sobretudo porque o auxiliar não estaria submetido,
contra sua vontade, à dinâmica da empresa.
A relatora do recurso de revista do empregado,
desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro dos
Santos, observou que, diante do contexto registrado
pelo TRT em relação à possibilidade de sanções
disciplinares no período do café, não há como
afastar a conclusão de que ele estava à disposição
da empresa. A decisão fundamentou-se na Súmula 366
do TST, segundo a qual, nos casos em que os minutos
que antecedem ou sucedem a jornada ultrapassem o
limite de cinco minutos, fica configurado o tempo à
disposição, não importando as atividades
desenvolvidas (troca de uniforme, lanche, higiene
pessoal, etc). Processo: RR-10656-62.2017.5.18.0141
Fonte: TST

07/08/2018 -
Custo da cesta básica cai em 19 capitais em julho
O custo da cesta básica de alimentos caiu em 19
capitais no mês de julho, de acordo com a Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada
pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Conforme os dados divulgados nesta segunda-feira
(6), as maiores quedas ocorreram em Cuiabá (-8,67%),
São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém
(-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Curitiba
(-5,12%). No sentido contrário, aparece Goiânia
(0,16%).
Segundo a pesquisa, a cesta mais cara foi a de São
Paulo (R$ 437,42), seguida pelas de Porto Alegre (R$
435,02) e do Rio de Janeiro (R$ 421,89). Os menores
valores médios foram constatados em Salvador (R$
321,62), São Luís (R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09).
Quando observados os preços entre julho de 2017 e
2018, os valores médios caíram em todas as cidades,
com destaque para Salvador (-9,98%), São Luís
(-8,41%) e Belém (-7,09%). Na avaliação do valor
acumulado de janeiro a julho deste ano, o resultado
só foi negativo em Florianópolis (-0,80%) – nas
demais capitais pesquisadas, houve variação de
0,46%, em Belo Horizonte, e de 5,51%, em Vitória.
A pesquisa do Dieese revela ainda que, com base nos
preços avaliados para a cesta básica, o salário
mínimo necessário para manter um família de quatro
pessoas no mês de julho deveria ser de R$ 3.674,77,
ou 3,85 vezes o salário mínimo nacional (R$ 954). Em
junho, a estimativa foi de R$ 3.804,06, ou 3,99
vezes o piso mínimo do país. Em julho do ano
passado, o mínimo necessário era equivalente a R$
3.810,36, ou 4,07 vezes o salário mínimo nacional de
então, correspondente a R$ 937.
Conforme o levantamento, de junho a julho,
aumentaram os preços do leite integral, da farinha
de trigo, do pão francês e do arroz agulhinha. No
caso do leite integral, as altas variaram entre
3,75% e 19,84%. A farinha de trigo teve alta em
todas as capitais e ficou entre 1,19% e 8,50%. O
valor médio do pão francês subiu em 16 cidades, com
variações entre 4,53% e 3,84%. Já o valor médio do
arroz agulhinha subiu em 15 cidades (entre 0,38% e
5,40%).
As reduções foram observadas no tomate, na batata,
banana e carne bovina de primeira. O preço do tomate
caiu em todas as cidades (entre -51,02% e -29,45%),
e o da batata variou entre -40,76% e -4,03%, em
todas as cidades onde foi feita a pesquisa (região
centro-sul). A banana ficou mais barata em 19
capitais, com valor médio oscilando entre -14,52% e
-0,48%. O quilo da carne bovina de primeira caiu em
15 capitais, variando de -4,88% a 0,42%.
Fonte: Agência Brasil

07/08/2018 -
Lei garante condições mínimas em dependência de
empregados
Os quartos de empregados domésticos terão que
atender a condições mínimas de acessibilidade,
utilização e conforto, além de cumprir uma série de
requisitos de construção. É o que determina a Lei
13.699/2018, publicada nesta sexta-feira no Diário
Oficial da União.
A nova lei tem origem no Projeto de Lei do Senado (PLS)
212/2008, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF),
aprovado no Senado em 2016 e votado sem modificações
na Câmara dos Deputados em julho de 2018.
O texto acrescenta artigo ao Estatuto da Cidade (Lei
10.257/2001) obrigando que dependências internas de
edificações urbanas, inclusive as destinadas a
moradia e serviço de trabalhadores domésticos,
cumpram “condições condignas de acessibilidade,
utilização e conforto”, além de atender a requisitos
mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação,
ergonomia, privacidade e qualidade dos materiais
utilizados.
Fonte: Agência Senado

06/08/2018 -
NCST apoia “Dia Nacional do Basta!” e reforça
empenho em prol das mobilizações
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
convoca suas filiadas a somarem esforços nas
mobilizações programadas para o dia 10 de agosto,
“Dia Nacional do Basta!”. Organizada pelas Centrais
Sindicais, a mobilização nacional tem como objetivo
paralisar os locais de trabalho e mobilizar as bases
sindicais e os movimentos sociais em manifestações
de protesto contra o desemprego crescente, contra a
retirada de direitos da classe trabalhadora, contra
as privatizações, pela revogação da Emenda
Constitucional 95 (EC95), da reforma trabalhista e
da lei que libera a terceirização irrestrita. Além
de alerta sobre a ameaça da Reforma da Previdência e
os ataques à Democracia e ao Estado Democrático de
Direito.
“Não há outra alternativa senão ir às ruas contrapor
essa lamentável agenda política que nos retira a
dignidade e direitos tão caros à classe
trabalhadora. Todos os argumentos que alicerçaram o
apoio político à Emenda 95 e à chamada reforma
trabalhista no Congresso Nacional, foram testados e
desmoralizados por trágicos resultados econômicos e
sociais. Com o rebaixamento do poder de compra da
classe trabalhadora e o encolhimento do mercado
consumidor interno, empresas de pequeno e médio
portes – as que mais geram empregos e arrecadam
impostos ao país -, estão, em significativa parcela,
inviabilizadas financeiramente. Tal circunstância
favorece a ampliação do desemprego, a precarização
das relações de trabalho e a desvalorização
salarial. É preciso modificar essa agenda por meio
de alternativas sólidas, viáveis, e tecnicamente
aplicáveis. Nossa Agenda Prioritária da Classe
Trabalhadora (saiba
mais) contempla as soluções que
necessitamos para recuperar nosso desenvolvimento
econômico com progresso social; e é por ela que
convocamos todos a somarem esforços para assegurar o
sucesso dessa grande mobilização que se avizinha” ,
concluiu o presidente da NCST, José Calixto Ramos.
O Dia Nacional de Luta havia sido definido no
lançamento da Agenda Prioritária da Classe
Trabalhadora, em junho deste ano (saiba
mais), quando as centrais sindicais
apresentaram um documento com 22 propostas para
promover o desenvolvimento do Brasil a partir da
geração de emprego e renda, que são as pautas
principais do Dia Nacional do Basta!
Em São Paulo, onde se concentram a maior parte das
centrais sindicais do país, o calendário de
mobilizações já está definido (saiba
mais). Nas demais capitais, a NCST
recomenda que suas filiadas integrem manifestações
que já estejam programadas, ou que liderem as
mobilizações contra o conjunto de retrocessos
conduzido pelo governo Temer e sua base aliada no
Congresso Nacional.
Fonte: NCST

06/08/2018 -
Centrais avaliam ações e definem últimos detalhes
para o “Dia do Basta!”
Dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas,
estiveram reunidos nesta sexta (3), na sede do
Dieese, para definir as ações que serão realizadas
até 10 de agosto, “Dia do Basta!”.
João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da
Força Sindical, explicou à Agência Sindical como
serão os atos. “Os Sindicatos vão realizar atos e
manifestações nos locais de trabalho e mobilizar o
maior número de trabalhadores para o ato em frente à
Fiesp, na avenida Paulista. O protesto deve começar
às 10 horas, com participação de movimentos
sociais”, diz.
Juruna adianta que haverá atividades na quinta (9),
um dia antes do grande ato. “Definimos também que
faremos uma panfletagem nas estações do Metrô, junto
com os metroviários. Precisamos esclarecer a
população”, explica.
Transportes - Em plenária realizada na quinta
(2), no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em
Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas),
os trabalhadores de diferentes modais de transporte
definiram a participação no dia 10 de agosto.
“Os condutores de São Paulo irão atrasar a saída dos
ônibus das garagens. Os metroviários, além de
produzir material de panfletagem, irão participar do
ato na Paulista. Os ferroviários farão paralisações
de duas horas nos terminais”, explica o presidente
da Nova Central São Paulo, Luiz Gonçalves
(Luizinho).
De acordo com o dirigente, o sindicalismo está unido
na resistência às mazelas da nova lei trabalhista.
“O dia 10 será o dia de nos erguermos num sonoro
basta ao desemprego, reafirmar a defesa dos direitos
e reforçar a luta para frear a reforma da
Previdência", ressalta.
Ato - Estão previstas manifestações em todo o
País. Em São Paulo, o grande ato será na avenida
Paulista, 1313, São Paulo, a partir das 10 horas da
manhã.
Fonte: Agência Sindical

06/08/2018 -
Partidos lançam 13 candidatos à Presidência da
República
Com fim do prazo previsto na legislação eleitoral
para definição dos candidatos que pretendem
concorrer às eleições de outubro, 13 candidatos e
seus vices confirmaram que vão disputar a
Presidência da República. Segundo a legislação, as
chapas completas com os candidatos, vices, alianças
ou coligações têm de ser oficializadas até esta
segunda-feira (6) na Justiça Eleitoral.
A partir de agora, as legendas poderão registrar
seus candidatos à Presidência no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O prazo termina no dia 15 de
agosto, às 19h. Em seguida, caberá ao Ministério
Público Eleitoral (MPE), qualquer candidato, partido
político ou coligação impugnar o registro do
adversário político.
Para tanto, na fundamentação que deve ser enviada ao
tribunal, o impugnante deverá apresentar argumentos
jurídicos contra o registro da candidatura, como
algum impedimento legal previsto na Lei da Ficha
Lima que gere uma inelegibilidade. Caberá a um
ministro do TSE analisar os argumentos e decidir se
o candidato poderá disputar as eleições.
A propaganda eleitoral por meio de carros de som,
comícios e internet está liberada a partir do dia 16
deste mês.
O primeiro turno do pleito será realizado dia 7 de
outubro, e segundo, em 28 de outubro.
Candidatos:
Cabo Daciolo (Patriota)
Ciro Gomes (PDT)
Geraldo Alckmin (PSDB)
Guilherme Boulos (PSOL)
Henrique Meirelles (MDB)
Jair Bolsonaro (PSL)
João Amoêdo (Partido Novo)
João Goulart Filho (PPL)
José Maria Eymael (DC)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Manuela D' Ávila (PCdoB)
Marina Silva (Rede)
Vera Lúcia (PSTU)
Fonte: Agência Brasil

06/08/2018 -
Ibope: Lula lidera eleitorado no estado de Geraldo
Alckmin, São Paulo
Pesquisa divulgada neste sábado mostra Lula em
primeiro lugar, com 23% das intenções de voto
Uma nova pesquisa do Ibope, divulgada neste sábado
(4), mostra as preferências nas urnas dos eleitores
de São Paulo. No Estado reconhecido por ser
historicamente nicho de gestões tucanas, Lula fica
em primeiro lugar, com 23% das intenções.
Em segundo, os paulistas elegem o candidato da
extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), com 18%, e
somente em terceiro lugar o então governador do
Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), com 15%.
Marina Silva (Rede) tem 8% das intenções, Ciro Gomes
(PDT) recebe 4% e Alvaro Dias (Podemos) 3%. O
restante dos candidatos tem eleitorado igual ou
inferior a 1%.
Entretanto, em uma disputa sem o nome de Lula, é o
governador do Estado que lidera as intenções, com
19%, seguido de Bolsonaro, com 16%.
A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 29 de
julho e 1 de agosto, encomendada pela Band, ouvindo
1.008 eleitores paulistas, com margem de erro de 3
pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: Rede Brasil Atual

06/08/2018 -
Na GloboNews, Ciro Gomes reafirma plataforma
trabalhista e nacionalista
Ciro Gomes deu uma aula de política e administração
durante a entrevista de mais de uma hora ao “Central
das Eleições”, na GloboNews, quarta (1º) à noite. Um
dos destaques foi a reafirmação de que não aceita a
nova lei trabalhista, qualificada por ele,
novamente, de “selvageria contra o trabalhador”.
O candidato do PDT garantiu que itens como trabalho
intermitente e exposição de gestante a locais
insalubres serão extirpados. “É razoável, a pretexto
de modernidade, por desrespeito à democracia, que
patrão possa alocar uma senhora grávida em ambiente
insalubre?”, indagou.
Ele também fez ironia sobre a prevalência do
negociado sobre o legislado. “Sou professor de
Direito. Não conheço nenhum país sério onde a
negociação entre a parte forte e a mais fraca se
sobreponha à lei. Me aponte um só país sério onde
essa regra vale”, ele desafiou os entrevistadores.
Perguntado se era a favor do imposto sindical,
eliminado pela reforma trabalhista de Temer, o
candidato do PDT criticou. “Cortaram o custeio de
uma hora pra outra. Retiraram a escada e deixaram os
Sindicatos pendurados na brocha. Isso não é certo.
Quero saber com que meios os Sindicatos atenderão à
imensa maioria que não é sindicalizada”, questionou.
Ao reafirmar que governo bom é governo forte, o
trabalhista fustigou o recente acordo de venda da
Embraer. “A Boeing comprou pra fechar. Querem fechar
a Embraer, que já tem encomenda de bilhões e
concorre com a própria Boeing. Eu vou rever esse
contrato”, afirmou. Ciro Gomes disse não ser
contrário às privatizações. “Depende de saber se
servem ou não ao interesse dos brasileiros”,
completou.
Frustração - Um Ciro Gomes firme, sereno e tolerante
frustrou a bancada chapa-branca, que imaginava
entrevistar um personagem arrogante e de pavio
curto, mas se deparou com o candidato real, com
ideias claras e discurso assertivo, para quem a
eleição não é gincana, e sim um processo decisório
sobre o Brasil que queremos e precisamos.
Fonte: Agência Sindical

06/08/2018 -
Nova correção para FGTS é uma das mais de 500
propostas em tramitação na CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) entra no
segundo semestre com a missão de analisar 492
projetos de autoria de senadores e outros 50 com
origem na Câmara dos Deputados. Entre os assuntos,
propostas relacionadas a trabalho e emprego; a
planejamento e gestão e à tributação são maioria.
Uma das propostas de interesse é o PLS 229/2018, do
senador Lasier Martins (PSD-RS), que modifica a
correção monetária dos depósitos do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A proposição
está com o relator Ricardo Ferraço (PSDB), que ainda
não concluiu seu voto.
Conforme o texto, o dinheiro será corrigido
monetariamente, de forma mensal, com base na
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) e capitalizados com juros de 3% ao ano.
Segundo o autor, a reserva financeira acumulada pelo
trabalhador no FGTS tem sido sistematicamente
corroída pela perda de poder de compra da moeda,
visto que o indexador de correção usado atualmente,
a Taxa Referencial (TR), tem se situado
historicamente abaixo da inflação.
O senador alega que a escolha do IPCA se justifica
pelo fato de o indicador refletir a taxa de inflação
para as famílias com renda mensal entre 1 e 40
salários mínimos, independentemente da fonte de
rendimentos recebidos.
Fonte: Agência Senado

06/08/2018 -
Convenção da OIT não garante pagamento de férias
proporcionais a demitido por justa causa
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
desobrigou a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. de
pagar férias proporcionais, acrescidas do terço
constitucional, a um operador demitido por justa
causa. Com base em norma da CLT e na Súmula 171 do
TST, o colegiado reformou decisão do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), que havia
deferido o pedido do trabalhador com fundamento na
Convenção 132 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
O operador foi dispensado em fevereiro de 2015.
Segundo a empregadora, a despedida ocorreu por
desídia, em virtude de 106 faltas injustificadas
ocorridas durante o contrato. Segundo a cooperativa,
ele chegou a ser suspenso por dois dias e havia sido
comunicado de que a repetição do fato levaria à
demissão por justa causa.
Na reclamação trabalhista, o empregado alegou que
foi despedido na véspera de gozar suas férias e
assegurou desconhecer o motivo. Sustentou que não
cometeu nenhum ato motivador da despedida por justa
causa e, por isso, buscava o reconhecimento de que a
despedida ocorreu sem justa causa.
O pedido, negado inicialmente pela Vara do Trabalho
de Cruz Alta (RS), foi julgado procedente pelo TRT
da 4ª Região (RS). Para decidir que o operador fazia
jus ao recebimento do valor de férias proporcionais,
o TRT utilizou como base a Convenção 132 da OIT.
Ratificada pelo Brasil por meio do Decreto
3.197/1999, a convenção, conforme entendimento do
TRT, asseguraria o direito à proporcionalidade da
remuneração das férias, independentemente do motivo
da rescisão do contrato.
Ao examinar o recurso de revista da cooperativa, o
relator, ministro Brito Pereira, destacou que,
conforme o que dispõe o parágrafo único do artigo
146 da CLT e o entendimento pacificado pelo TST na
Súmula 171, as férias proporcionais são indevidas
quando a dispensa se dá por justa causa. Segundo o
ministro, a Convenção 132 da OIT não se aplica ao
caso. “A norma não retrata expressamente o cabimento
das férias proporcionais no caso de dispensa por
justa causa”, afirmou. Processo:
RR-214-43.2015.5.04.0611
Fonte: TST

06/08/2018 -
Compensação de jornada em indústria têxtil é
invalidada por não ter autorização do MT
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
invalidou o regime de compensação de jornada
aplicado a um tintureiro da Taschner Indústria
Têxtil Ltda., de Jaraguá do Sul (SC). Por se tratar
de atividade insalubre, segundo a jurisprudência do
TST, a compensação não pode ser estipulada
exclusivamente por norma coletiva, pois depende de
prévia autorização do Ministério do Trabalho.
O tintureiro informou, na reclamação trabalhista,
que havia prestado serviços para a Taschner de 2012
a 2014 em regime de compensação, nos termos das
convenções coletivas. Alegou que trabalhava em local
insalubre, em razão do contato com peróxido, soda
cáustica, ácidos, corantes, ácido acético e outros
agentes químicos e da exposição ao calor excessivo.
Segundo ele, essa circunstância invalidaria o acordo
de compensação semanal por não haver autorização do
Ministério do Trabalho, de modo que o artigo 60 da
CLT não foi observado. Assim, pedia que o trabalho
extraordinário prestado em tais condições fosse
remunerado como hora extra.
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
manteve a improcedência do pedido. Para o TRT, a
Constituição da República (artigo 7º, inciso XIII),
ao facultar a compensação de horários e a redução da
jornada mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho, estabelece como condição única a
existência de previsão em norma coletiva.
TST
No exame do recurso de revista do empregado, a
relatora, desembargadora convocada Cilene Ferreira
Amaro Santos, observou que a questão envolve norma
de ordem pública. Como o artigo 7º, inciso XXII, da
Constituição consagra a “redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança”, a exigência da autorização é
requisito de validade do regime de prorrogação da
jornada em atividade insalubre.
A relatora explicou que o entendimento do TST em
relação ao assunto está expresso no item VI da
Súmula 85. “Ainda que seja fruto de regular
negociação coletiva, não há como conferir validade
ao regime de compensação, na modalidade de banco de
horas, sem que haja inspeção prévia da autoridade
competente”, concluiu.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso e
deferiu o pagamento, como extras, das horas
excedentes à oitava diária.
Processo: ARR-2658-10.2014.5.12.0046
Fonte: TST

06/08/2018 -
TRT-15 aceita depósito recursal em desacordo com a
reforma trabalhista
Considerando o contexto de transição da legislação
trabalhista, a 3ª Câmara do Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP) conheceu
recurso mesmo com o depósito recursal não sendo
feito em conta vinculada ao juízo.
A regra para fazer o depósito recursal foi uma das
alterações promovidas pela reforma trabalhista (Lei
13.467/2017), que entrou em vigor em novembro de
2017. Desde então, o depósito deve ser feito em
conta vinculada ao juízo, conforme determina a atual
redação do artigo 899, parágrafo 4º, da CLT.
No recurso analisado, o empregador fez o depósito
recursal conforme a regra antiga — em guia GFIP na
conta vinculada ao FGTS do trabalhador. A empresa
foi representada na ação pelo advogado Marcos
Roberto de Souza.
Ao conhecer do recurso, a 3ª Câmara do TRT-15
explicou que o depósito foi feito em desacordo com a
redação atual da CTL. No entanto, entendeu que seria
desproporcional impor a deserção à empresa.
"Considerando o presente contexto de transição da
legislação trabalhista, que seria desproporcional
impor a pena de deserção ao presente recurso
ordinário, na medida em que o referido depósito em
nada deixou de cumprir com sua finalidade principal,
qual seja, a de garantir o juízo", afirmou o
relator, José Carlos Abile.
Assim, o concluiu estarem preenchidos os requisitos
de admissibilidade, pois o recurso é tempestivo e
foram feitos o depósito recursal e o pagamento das
custas.
No mérito, o colegiado reduziu de R$ 3 mil para R$ 1
mil a indenização por danos morais devida pela
empresa por causa das condições degradantes do
alojamento oferecido ao trabalhador. Já a
indenização pelos danos causados devido a um
acidente de trabalho foi mantida em R$ 3 mil.
0010597-75.2015.5.15.0061
Fonte: Consultor Jurídico

03/08/2018 -
Negociações em 2018: Patrões tentam impor reforma
trabalhista
Levantamento feito pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a
partir do Sistema de Acompanhamento das Informações
Sindicais (Sais), indica do total de 113 acordos
coletivos fechados, foram identificadas 237
cláusulas relacionadas à reforma trabalhista.
Em 78% dos acordos negociados, os sindicatos
garantiram ganhos reais acima da inflação, no
entanto, as cláusulas sociais foram brutalmente
atacadas pelo empresariado. Direitos antes
garantidos, como intervalo intrajornada, local de
homologação da rescisão, custeio sindical, banco de
horas e horas in itinere, voltaram com força à mesa
de negociação.
“Apesar da resistência da luta sindical para barrar
a nova legislação, como nos casos de homologação sem
a participação do sindicato, é possível perceber que
os empresários estão levando para a negociação
propostas de retrocessos que em anos anteriores não
eram discutidas”, avaliou o Diretor Técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio. E completou: "Eles
criam novas regras permitidas pela reforma e isso
faz com que os sindicatos tenham de focar a luta na
garantia de direitos que estão sendo rebaixados e
não em avanços, como ocorria antes da reforma de
Temer”.
Ganho real
O Dieese ainda aponta que, apesar da ofensiva do
patronato, no primeiro semestre de 2018, 78,8% dos
reajustes salariais tiveram ganhos reais, 11,6%
conseguiram a recomposição da inflação do período e
9,5% ficaram abaixo da inflação. O Departamento
lembra que o melhor resultado alcançado foi em 2012,
com 93,3%.
Segundo o Diretor Técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, apesar de não ser um dos desempenhos mais
altos do último período – o melhor foi em 2012, com
93,3% -, é um resultado favorável e mostra a luta do
movimento sindical para garantir reajustes mesmo
diante da longa recessão econômica.
Demissão por acordo
O levantamento também mostra o número de demissões por
acordo desde novembro de 2017, quando entrou em
vigor da reforma. Foram 82.984 acordos em que o
trabalhador não tem direito ao seguro-desemprego,
recebe metade do aviso-prévio (em caso de
indenização), e apenas 20% da multa do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de só
conseguir acessar até 80% do FGTS. Em 2018, os
acordos deste tipo somaram 13.236.
Fonte: Portal Vermelho

03/08/2018 -
Projeto suspende portaria do governo que regulamenta
pontos da reforma trabalhista
O deputado Bebeto (PSB-BA) apresentou o Projeto de
Decreto Legislativo (PDC) 957/18, que suspende uma
portaria do Ministério do Trabalho, editada em maio,
que regulamenta pontos da reforma trabalhista (Lei
13.467/17). A norma trata do contrato de trabalho
para trabalhadores autônomos e intermitentes.
O Congresso Nacional pode suspender a execução de
atos, como portaria e resoluções, que extrapolam o
poder regulamentar do governo.
Segundo o deputado, a Portaria 349/18 invade as
competências do Congresso Nacional, pois cria
obrigações e limita direitos trabalhistas, o que só
pode ser feito por lei.
“Os atos normativos do Poder Executivo buscam
primordialmente explicitar a norma legal a ser
observada pela administração pública”, disse Bebeto.
“Quem detém a competência para legislar sobre
direitos e deveres é o Poder Legislativo.”
O governo alega que a portaria ministerial foi
editada para esclarecer pontos da reforma
trabalhista.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois segue
para o Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara

03/08/2018 -
Reforma trabalhista e o custo para a economia e a
Previdência
A economista Laura Carvalho, professora da Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da USP,
destacou em artigo publicado nesta quinta-feira (2)
na Folha de S.Paulo estudo do Centro de Estudos
Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade
Estadual de Campinas (Cesit) que previu um cenário
de perda de R$ 30 bilhões ao ano na Previdência
Social com o impacto da reforma trabalhista do
governo de Michel Temer.
Por Railídia Carvalho
egundo o Cesit, essa perda na arrecadação resultaria
de um cenário de pejotização intensa (20%) e
formalização tímida (5% dos conta própria e 5% dos
sem carteira). O aumento da arrecadação para a
Previdência também foi previsto pelo estudo
considerando que a reforma trabalhista estimularia a
formalização.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), divulgados na terça-feira (31),
constataram o oposto, mostra Laura no artigo: Em
comparação ao primeiro trimestre de 2017, a
informalidade cresceu 3,5% em 2018 enquanto neste
mesmo período houve queda de 1,5% nos postos com
carteira assinada no setor privado, apontou o
instituto.
“A substituição dos postos de trabalho formais por
informais vai na contramão do que previam muitos
defensores da reforma trabalhista. A hipótese básica
desse tipo de reforma é que, ao flexibilizar as
regras dos contratos de trabalho e reduzir os custos
com a mão de obra, a formalização seria estimulada”.
Laura opõe estudo do banco Credit Suisse, divulgado
segunda-feira (30) pelo jornal O Estado de S. Paulo,
à crença dos que interpretaram o aumento da
informalidade como o primeiro sinal de recuperação
da economia. “ (segundo esse estudo) a recuperação
dos empregos informais só antecedeu a dos empregos
formais em duas ocasiões (nos anos de 1999 e 2003)”.
O Credit Suisse examinou seis crises da economia
desde 92.
“A reforma trabalhista não parece ter mudado essa
história. Ao contrário, ao prejudicar o poder de
negociação dos trabalhadores, pode estar reforçando
a estagnação dos salários e contribuindo para frear
a recuperação do consumo das famílias e do nível de
atividade econômica”, avaliou.
Segundo o IBGE, o rendimento médio e da massa de
rendimentos não se alteraram desde o ano passado.
Entre abril e junho deste ano o rendimento médio foi
estimado em R$ 2.198. Continua o mesmo valor em
relação ao trimestre anterior e não se altera quando
comparado ao mesmo período de 2017, descontada aqui
a inflação.
Ainda no que se refere aos cenários que medem o
impacto da reforma trabalhista na arrecadação da
Previdência Social Laura conclui: “Infelizmente, os
últimos anos têm sempre dado razão a quem trabalha
com os piores cenários. Para grande sofrimento dos
mais pobres e socialmente mais vulneráveis”.
Fonte: Portal Vermelho

03/08/2018 -
Produção industrial cresce 13,1% de maio para junho
A produção industrial brasileira cresceu 13,1% de
maio para junho deste ano. Com o resultado, a
indústria nacional recuperou a queda de 11%
registrada em maio, que havia ocorrido devido à
greve dos caminhoneiros na segunda quinzena daquele
mês.
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram
divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento de 13,1% foi o maior registrado desde
o início da série histórica da pesquisa, em 2002.
Também foram observadas altas na comparação com
junho de 2017 (3,5%), no acumulado do ano (2,3%) e
no acumulado de 12 meses (3,2%). Na média móvel
trimestral, a produção cresceu 0,5%.
De maio para junho, foram registradas altas nas
quatro grandes categorias econômicas pesquisadas,
com destaque para a produção de bens de consumo
duráveis (34,4%) e para os bens de capital, isto é,
as máquinas e equipamentos (25,6%).
Os bens de consumo semi e não duráveis tiveram alta
de 15,7% e os bens intermediários, ou seja, os
insumos industrializados usados no setor produtivo,
crescimento de 7,4%.
Vinte e dois dos 26 ramos industriais pesquisados
apresentaram alta de maio para junho. As principais
influências positivas para a indústria vieram dos
veículos automotores, reboques e carrocerias
(47,1%), produtos alimentícios (19,4%), bebidas
(33,6%) e produtos de minerais não-metálicos
(20,8%).
O setor de produtos derivados do petróleo e
biocombustível manteve-se estável e apenas três
atividades tiveram queda. O maior recuo veio do
setor de outros equipamentos de transporte (-10,7%).
Fonte: Agência Brasil

03/08/2018 -
Temer realiza desmonte tácito da fiscalização do
Trabalho, diz sindicalista
As notícias negativas sobre o Ministério do Trabalho
se avolumam.
Na terça (31), por exemplo, o jornal “O Globo”
publicou reportagem afirmando que quatro operações
de combate ao trabalho escravo, planejadas em sigilo
nos últimos meses, "correm o risco de não serem
deflagradas por falta de estrutura de fiscalização".
Segundo a matéria, "as ações esbarram em questões
operacionais básicas, como a falta de passagens
aéreas para as equipes que fazem o trabalho de
campo".
Este é mais um sintoma de que a estrutura de
fiscalização do Ministério do Trabalho está sofrendo
uma desestruturação sistemática. A cada dia surge
uma nova informação negativa sobre a falta de
condições para que os auditores possam desenvolver
adequadamente os seus encargos profissionais.
A Agência Sindical falou com Rodrigo Iquegami,
presidente da Delegacia Sindical de São Paulo do
Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho). De acordo com o sindicalista, "há um
desmonte tácito da fiscalização do Trabalho”.
“O contingenciamento de despesas, que compromete a
estrutura de funcionamento geral da Pasta, é ainda
maior em relação às ações de autuação. O
sucateamento do nosso trabalho acontece em
praticamente todas as esferas. Há supervisões
estaduais interditadas, os grupos nacionais, como o
Grupo Especial de Fiscalização Móvel, não têm acesso
a recursos básicos", denuncia.
Rodrigo Iquegami aponta que, atualmente, o número de
fiscais é o menor dos últimos 20 anos. "O pior de
tudo é a falta crônica dos auditores- fiscais. Para
atender aos padrões da Organização Mundial do
Trabalho (OIT), precisaríamos ter o dobro do número
atual", explica. "Hoje somos cerca de 2.100 ,
quando, no passado, chegamos a ser 3.200", comenta.
O diretor do Sinait alerta que, em cerca de três ou
quatro anos, o sistema de fiscalização do Ministério
do Trabalho pode se inviabilizar. "O colapso é
iminente. Há um grande número de auditores que estão
próximos à aposentadoria, uma vez que a maiores
deles fez concurso na década de 1990. Não vejo
nenhum indício de vontade política do governo em
abrir concurso, parece que o que querem é o
desaparecimento da fiscalização", completa.
Fonte: Agência Sindical

03/08/2018 -
Proposta define limites para acordo extrajudicial
entre patrão e empregado
A Câmara analisa o Projeto de Lei 10574/18, do
deputado Patrus Ananias (PT-MG), que altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei
5.452/43) para definir que o acordo extrajudicial
deve servir para a resolução de conflitos que
surgirem na relação de trabalho.
Segundo Patrus Ananias, a reforma trabalhista
aprovada no ano passado (Lei 13.467/17) abre a
possibilidade de que Justiça do Trabalho seja
utilizada sem limites para se obter eficácia
liberatória imediata para cada parcela trabalhista
que tiver que ser paga. Para ele, isso é um
contrassenso, já que um dos propósitos daquela
reforma era o de desafogar o Judiciário.
“O acordo extrajudicial é uma forma alternativa de
solução de conflitos que surgirem entre empregado e
empregador, não uma forma de obter eficácia
liberatória pela via judicial para encargos
trabalhistas normais e rotineiros, como férias e
rescisões”, disse o autor da proposta.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

03/08/2018 -
MDB lança candidatura de Henrique Meirelles à
Presidência da República
Depois de 23 anos, o MDB lançou um nome para
concorrer ao Palácio do Planalto. O partido
confirmou Henrique Meirelles na corrida das
eleições. A última indicação da legenda tinha sido
em 1994, com Orestes Quércia.
85% dos 419 votantes na convenção desta quinta-feira
apoiaram a escolha de Meirelles, que prometeu
investir em projetos sociais e fazer o Brasil voltar
a crescer.
O presidente Michel Temer esteve no evento e
declarou que Meirelles foi a principal figura de seu
governo.
O goiano, de Anápolis, de 72 anos, além de ter
ocupado o cargo de ministro da Fazenda, de 2016 até
agora, também foi presidente do Banco Central de
2003 a 2010, durante o governo do presidente Lula.
Henrique Meirelles fez parte do movimento estudantil
de Goiânia e foi presidente mundial do BankBoston,
onde ingressou em 1974. Em 1984 se tornou presidente
da instituição no Brasil.
Fonte: Portal EBC

03/08/2018 -
Confirmado para dia 30 leilão de quatro
distribuidoras da Eletrobras
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
(BNDES) confirmou o leilão de quatro distribuidoras
da Eletrobras para o dia 30 de agosto. Pelo
cronograma divulgado no dia 1º pelo banco, serão
leiloadas as distribuidoras: Companhia de
Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais
Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia –
distribuidora de energia em Roraima –, Amazonas
Distribuidora de Energia (Amazonas Energia).
Já o leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal)
continua suspenso devido a uma decisão judicial do
ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), que impediu a venda da companhia,
após ação movida pelo governo de Alagoas.
As interessadas nas distribuidoras da Eletrobras
deverão apresentar os envelopes contendo as
declarações, documentos de representação e garantia
de proposta, proposta econômica e os documentos de
habilitação no dia 23 de agosto na sede da Bolsa de
Valores de São Paulo, a B3 entre 9h e 12h.
O leilão será realizado às 10h na B3. Durante a
sessão pública, serão abertas as propostas
econômicas apresentadas pelos investidores
interessados. Será possível também realizar lances
de viva-voz. A Cepisa será vendida pelo valor
simbólico de cerca de R$ 50 mil. Vence o certame que
oferecer o maior valor de deságio na tarifa elétrica
definida pela pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).
A Cepisa, distribuidora de energia no Piauí, foi a
primeira distribuidora a ser vendida no último dia
26.
Pelo cronograma, após o leilão, o novo contrato de
concessão deverá ser assinado entre os dias 31 de
outubro e 5 de dezembro. Esse prazo máximo está
apenas a 25 dias do prazo final autorizado pelos
acionistas da Eletrobras como limite para que a
estatal continue operando as distribuidoras como
designada.
Fonte: Agência Brasil

03/08/2018 -
Ausência de depósitos do FGTS autoriza rescisão
indireta de contrato de vigilante
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Santos Segurança Ltda., de São Paulo
(SP), condenou a Santos Segurança Ltda., de São
Paulo, ao pagamento das verbas rescisórias
correspondentes à dispensa imotivada a um vigilante.
Para a Turma, o atraso reiterado dos depósitos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
praticado pela empresa deve ser considerado falta
grave, autorizando a rescisão indireta do contrato
de trabalho.
Na reclamação trabalhista, o vigilante, contratado
para prestar serviços à Unique Serviços de
Hotelaria, Comércio e Participação S.A., afirmou que
solicitou diversas vezes a regularização dos
depósitos, mas a empresa nada fez. Por isso, pediu
demissão e foi à Justiça pleitear a rescisão
indireta do contrato, com base no artigo 483, alínea
“d”, da CLT.
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (SP) indeferiram o pedido de
rescisão indireta, determinando apenas que a empresa
recolhesse o FGTS em atraso. Para o TRT, o não
recolhimento do benefício não impede a continuidade
da relação de emprego, nem causa prejuízo imediato
ao empregado, que só pode acessar sua conta
vinculada ao ser dispensado.
No exame do recurso de revista do vigilante, o
relator, ministro Vieira de Mello Filho, explicou
que a obrigação de recolher os depósitos do FGTS na
conta vinculada do empregado decorre dos artigos 7º,
inciso III, da Constituição da República e 15 da Lei
8.036/90. O desrespeito reiterado desse dever, no
seu entendimento, configura descumprimento de
obrigação contratual pelo empregador.
O relator observou que o valor depositado na conta
vinculada e seu levantamento constituem garantia
para o empregado em diversas situações emergenciais,
como a extinção do pacto laboral, e em outras
situações específicas, como pagamento de
financiamento habitacional ou doença grave. “O
empregado tem direito à disponibilização imediata
dos valores, situação que evidencia a seriedade com
que esses depósitos devem ser regularmente
efetuados”, destacou. Por unanimidade, a Turma deu
provimento ao recurso. Processo:
RR-1543-49.2013.5.02.0051
Fonte: TST

02/08/2018 -
Governo discrimina trabalhadores e ajuda patrões,
apontam Nova Central e Diap
Cresce repúdio às atitudes de Temer contra o
sindicalismo, especialmente quanto ao custeio. A
Agência Sindical repercute essas reações, sobretudo
após o decreto presidencial que recompõe o
financiamento de entidades patronais.
O presidente da Nova Central Sindical, José Calixto
Ramos, cobra isonomia e denuncia que há um conluio
com o objetivo de promover “um verdadeiro massacre
contra nossa organização sindical, cortando os meios
de financiamento sem qualquer aviso prévio".
"Por que o governo só atende o setor patronal? É
estranho retirar receitas das entidades sindicais e,
ao mesmo tempo, assegurar financiamento para os
sindicatos patronais. Não aceitamos esse tratamento
diferenciado em um cenário de desemprego,
precarização das relações de trabalho e
desvalorização salarial”, argumenta Calixto.
Para o dirigente, o decreto que assegurou à
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) uma fonte de recursos, que também é concedida
a outros setores, “é um ato incontestável da boa
vontade do governo para com as entidades patronais”.
Benesses - Com o decreto, a entidade do setor
agrícola do Sistema S, o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar), é obrigado a reservar
até 5% do orçamento para o financiamento da CNA e
outros 5% para as suas federações estaduais.
“Essa percentual de recursos é retirado do montante
que até fevereiro tinha como destino a qualificação
dos trabalhadores rurais”, aponta o jornalista
Alysson de Sá Alves e assessor parlamentar do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar).
O jornalista observa que, para além de sufocar o
sindicalismo dos trabalhadores com o fim de sua
fonte de custeio, dificultar e até mesmo impedir a
prestação de assistência e a defesa dos direitos,
governo e empresariado também prejudicaram os
trabalhadores rurais com a retirada de recursos
destinados à qualificação profissional.
Perseguição - “Agora, portanto, os
trabalhadores do campo passaram a ser perseguidos e
punidos pelo governo Temer e se juntam aos
trabalhadores da cidade, que sofrem e lutam
diuturnamente pela sobrevivência, com o desemprego
em larga escala, o aumento da violência e a redução
da prestação de serviços essenciais do Estado, em
especial, saúde e educação públicas”, denuncia, em
artigo no site do Diap.
Alysson de Sá frisa que o Decreto 9.274 intensifica
o modus operandi do governo para o atendimento das
demandas patronais, em detrimento dos trabalhadores.
Mais informações: www.diap.org.br, www.ncst.org.br
Fonte: Agência Sindical

02/08/2018 -
Reforma trabalhista poderá valer somente para novas
ações
A reforma trabalhista aprovada pelo governo Temer
poderá valer somente para as ações ajuizadas após a
entrada da lei em vigor, em novembro de 2017. O
projeto (PLS 42/2018), que tem esse objetivo,
aguarda relatório na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE).
A proposta insere artigo na reforma trabalhista (Lei
13.467/2017) para explicitar que, “ressalvadas as
normas mais benéficas aos trabalhadores”, as novas
regras serão aplicadas somente após a entrada em
vigor da legislação, ocorrida em 11 de novembro de
2017.
A autora do PLs 42/2018, senadora Regina Sousa
(PT-PI), argumenta que a reforma trabalhista alterou
diversos temas materiais e processuais consolidados
na jurisprudência do trabalho, prejudicando os
trabalhadores. Ela salienta que, na interpretação de
alguns juízes trabalhistas, a lei pode ser aplicada
somente para novas ações, enquanto outros a aplicam
para ações anteriores.
Se aprovado na CAE, o projeto vai para a Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) e depois para a Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde deverá
ter decisão terminativa. Se sancionada, a lei entra
em vigor na data de publicação no Diário Oficial da
União.
Fonte: Agência Senado

02/08/2018 -
Fachin defende celeridade para definição de situação
eleitoral de Lula
O ministro Edson Fachin, que é o relator do pedido
de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, defendeu nesta quarta-feira (1º) celeridade
na definição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da
situação eleitoral do ex-presidente, de modo que não
paire dúvidas sobre a questão com a proximidade do
pleito.
“Toda celeridade em matéria eleitoral é importante
para não deixar dúvida no procedimento”, disse
Fachin ao ser questionado se recomenda que o pedido
de liberdade de Lula seja julgado antes do dia 15 de
agosto, prazo final para o registro de candidatura
para as eleições deste ano.
Em junho, Fachin enviou mais um pedido de liberdade
de Lula para julgamento em plenário. Antes, o
ministro pediu que a defesa do ex-presidente se
manifeste se deseja ou não que o STF já discuta,
além de sua eventual soltura, se ele é elegível ou
não. Os advogados ainda não responderam.
Terça (31), em parecer de 80 páginas, a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
defendeu que Lula permaneça preso, ante o que
considera “gravíssimas consequências judiciais” dos
crimes cometidos por ele.
Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência
da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi condenado a
12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro na segunda instância da
Justiça Federal, o que o enquadra nos critérios de
inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. Ele recorre
em instâncias superiores contra a condenação.
Fonte: Agência Brasil

02/08/2018 -
Plenária define participação dos transportes no "Dia
do Basta!"
Dirigentes dos setores de transporte rodoviário de
cargas e passageiros, condutores, metroviários e
ferroviários realizam nesta quinta (2) plenária para
decidir sobre a participação nas manifestações em 10
de agosto, o chamado "Dia do Basta!".
Segundo o presidente da Nova Central - SP, Luiz
Gonçalves (Luizinho), disse à Agência Sindical, "os
sindicalistas vão definir como serão as ações,
mobilizações e atos da categoria". Observa Luizinho:
"Vamos nos organizar e saber quem vai paralisar.
Quem não puder, irá se manifestar de alguma forma,
seja com panfletos orientando a população. O
importante é mostrar que a classe trabalhadora não
aguenta o desemprego e os ataques que vem sofrendo".
Metroviários - Wagner Fajardo,
coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários de
SP, adianta: "Não devemos interromper a circulação
de trens, mas faremos atividades nas estações,
orientando a população antes e durante o ato do dia
10".
Ferroviários - Eluiz Alves de Matos,
presidente dos Ferroviários de São Paulo, diz que a
categoria também vai participar do "Dia do Basta!".
"Estamos conversando com a nossa Central (UGT), para
definir como será a participação. É difícil
paralisar o transporte sobre trilhos. Mas iremos nos
manifestar", afirma.
A plenária do setor dos transportes será hoje (2),
às 9 horas, no Sindicato dos Condutores de São Paulo
(rua Pirapitingui, 75, Liberdade, SP).
São Paulo - Ocorrerão paralisações em locais
de trabalho e panfletagens no metrô, terminais de
ônibus e pontos de grande fluxo de pessoas. Às 10
horas, ato em frente à Fiesp denunciará o desemprego
e as reformas neoliberais de Temer, que cortam
direitos. Em pelo menos 15 Estados já estão
confirmados atos e paralisações.
Fonte: Agência Sindical

02/08/2018 -
Plenário confirma que conciliação prévia não é
obrigatória para ajuizar ação trabalhista
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STJ)
decidiu, na sessão extraordinária desta quarta-feira
(1º), dar interpretação conforme a Constituição
Federal ao artigo 625-D da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), que obrigava o trabalhador a
primeiro procurar a conciliação no caso de a demanda
trabalhista ocorrer em local que conte com uma
Comissão de Conciliação Prévia, seja na empresa ou
no sindicato da categoria. Com isso, o empregado
pode escolher entre a conciliação e ingressar com
reclamação trabalhista no Judiciário.
A decisão foi tomada no julgamento conjunto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2139,
2160 e 2237, ajuizadas por quatro partidos políticos
(PCdoB, PSB, PT e PDT) e pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Comércio (CNTC). Em relação ao
artigo 625-D, introduzido pela Lei 9.958/2000, todos
os ministros presentes seguiram o voto da relatora,
a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia,
confirmando liminar concedida anteriormente pelo
Plenário.
De acordo com a ministra, não cabe a legislação
infraconstitucional expandir o rol de exceções de
direito ao acesso à Justiça. “Contrariaria a
Constituição a interpretação do artigo 625-D da CLT
se reconhecesse a submissão da pretensão da Comissão
de Conciliação Prévia como requisito obrigatório
para ajuizamento de reclamação trabalhista, a
revelar óbice ao imediato acesso ao Poder Judiciário
por escolha do próprio cidadão”, afirmou.
A presidente do STF apontou que o condicionamento do
acesso à jurisdição ao cumprimento dos requisitos
alheios àqueles inerentes ao direito ao acesso à
Justiça contraria o inciso XXXV do artigo 5º da
Constituição Federal (a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito).
A ministra Cármen Lúcia apontou ainda, citando os
julgamentos da ADI 1074 e do Agravo de Instrumento
(AI) 698626, que o Supremo reconheceu a
desnecessidade de prévio cumprimento de requisitos
desproporcionais, procrastinatórios ou
inviabilizadores para submissão do pleito ao órgão
judiciário.
No entanto, a presidente do STF ressaltou que esse
entendimento não exclui a idoneidade do subsistema
previsto no artigo 625-D da CLT (conciliação). “A
legitimidade desse meio alternativo de resolução de
conflitos baseia-se na consensualidade, importante
ferramenta para o acesso à ordem jurídica justa. O
artigo 625-D e seus parágrafos devem ser
reconhecidos como subsistema administrativo, apto a
buscar a pacificação social, cuja utilização deve
ser estimulada e constantemente atualizada, não
configurando requisito essencial para o ajuizamento
de reclamações trabalhistas”, sustentou.
Quanto à alegada inconstitucionalidade do artigo
852-B, inciso II, também incluído pela Lei
9.958/2000 e questionado na ADI 2160, a ministra
Cármen Lúcia não verificou ofensa ao princípio da
isonomia. O dispositivo prevê que, nas reclamações
enquadradas no procedimento sumaríssimo, não se fará
citação por edital, incumbindo ao autor a correta
indicação do nome e endereço do reclamado.
Citando a decisão tomada no julgamento da liminar
concedida nas ADIs 2139 e 2160, a presidente do STF
destacou que se o jurisdicionado não for encontrado
nesse caso haverá a transformação para procedimento
ordinário. “A isonomia constitucional não impõe
tratamento linear e rígido a todos aqueles que
demandam atuação do Poder Judiciário ainda que o
façam por meio do rito sumaríssimo na Justiça
Trabalhista”, acentuou.
Divergência parcial
Os ministros Edson Fachin e Rosa Weber divergiram
parcialmente da relatora no tocante ao parágrafo
único do artigo 625-E da CLT, impugnado na ADI 2237,
o qual estabelece que o termo de conciliação é
título executivo extrajudicial e terá eficácia
liberatória geral, exceto quanto às parcelas
expressamente ressalvadas. Para ambos, a expressão
“eficácia liberatória geral” é inconstitucional, mas
ficaram vencidos na votação.
Fonte: STF

02/08/2018 -
Marina Silva diz que vai mudar ‘pontos draconianos’
da reforma trabalhista
Pré-candidata da Rede participou do programa
“Central das Eleições”, do canal GloboNews, e evitou
expor suas opiniões sobre temas polêmicos
A pré-candidata da Rede à Presidência da República,
Marina Silva, não vê “incoerência nenhuma” em formar
alianças que contradizem as orientações das
coligações na campanha presidencial da sigla. Em
seus discursos, a candidata critica o que chama de
“velha política”, apesar de seu partido estar junto
a legendas como DEM e PSC.
“É aquele princípio que estabelecemos na Rede de que
os estados têm autonomia”, afirmou. “Eu tenho que
ser coerente com aquilo que eu defendo. Um partido
que tenha a sua autonomia nos estados, que tenha as
suas direções”, disse a pré-candidata na terça-feira
(31), em entrevista ao programa “Central das
Eleições”, do canal GloboNews.
Marina afirmou que está sendo criteriosa com suas
alianças, mas que não é a única a tomar as decisões
da legenda. “Eu não sou a dona da Rede. Sou a
liderança, mas não sou a dona. Dou a minha opinião.
Se sou ouvida, ótimo. E muitas vezes eu sou.”
Durante a entrevista, a pré-candidata confirmou que
no Rio de Janeiro defendia a candidatura do deputado
Miro Teixeira (Rede) a governador, mas ele preferiu
fechar uma aliança com a chapa do pré-candidato
Romário (Podemos-RJ) e disputar o Senado. “Eu
respeito a decisão dele.”
Eduardo Jorge
Ainda sem vice, Marina afirmou que está dialogando com
PV, do médico sanitarista Eduardo Jorge, que em 2014
foi candidato à Presidência pela legenda. Quatro
anos antes, em 2010, Marina disputou a corrida
eleitoral pelo PV. O convite para que a sigla
indicasse o nome do vice foi feito no último sábado
(28).
À Folha, Eduardo Jorge afirmou que deve aceitar ser
vice de Marina, se essa for a decisão do PV. “Mas,
por enquanto, eu sou pré-candidato a deputado
estadual”, disse o médico sanitarista.
Ele completou: “Não tem lógica que dois partidos tão
semelhantes fiquem separados numa situação [do país]
tão complicada. A minha posição, neste tempo todo, é
que nós, do PV, deveríamos dar um apoio
incondicional [a Marina]. Incondicional. Nós vamos
apoiar a rede a a Marina porque ela é a melhor e
porque tem o programa mais próximo do nosso.”
A decisão do PV deve ser apresentada ainda nesta
semana.
Propostas
Sem citar nomes, a ex-senadora disse que há candidatos
fazendo a bravata de que o cidadão deve estar com
arma na mão para defender sua propriedade, sua
família e seus bens. “Acho que as pessoas
[eleitores] vão começar a pensar.”
Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, é um dos
principais defensores do porte de armas. Uma de suas
marcas é o gesto de uma arma empunhada. Na convenção
que oficializou seu nome, na semana passada,
Bolsonaro pegou uma criança no colo e a ensinou a
simular uma arma com as mãos. A atitude foi
criticada por presidenciáveis, entre eles Marina.
“Você vai eleger um presidente da República para
você dizer para o cidadão: ‘Agora defenda-se você
com a sua família’? Isso não é razoável”, disse
Marina durante a entrevista na GloboNews.
Reformas
Sobre reformas, a pré-candidata da Rede afirmou que
não vai revogar a reforma trabalhista, mas vai
corrigir “pontos draconianos” da legislação. Entre
eles, Marina citou a exposição de grávidas e
lactantes a ambientes insalubres em caso de ausência
de laudo médico e o ponto que diz que os custos de
uma ação trabalhista serão pagos por quem perder o
processo, o que, segundo ela, tem desestimulado os
trabalhadores a entrarem na Justiça contra as
empresas.
A presidenciável criticou a reforma aprovada pelo
governo Michel Temer porque, segundo ela, foi feita
às pressas e sem discussão e, no fim, criou
insegurança jurídica. Marina disse que manteria o
fim do imposto sindical, mas que é preciso definir
como os sindicatos vão existir e com que forma de
contribuição. Ela também disse que é preciso debater
o Sistema S.
Sobre a reforma da Previdência, a ex-ministra do
Meio Ambiente evitou expor suas opiniões, apesar de
ter concordado que mexer na Previdência é necessário
para resolver a crise fiscal. Ela foi instada a
falar sobre a idade mínima e diferença de idade para
se aposentar entre homens e mulheres, mas afirmou
apenas que propõe o debate sobre o assunto.
“A minha opinião é de que devemos fazer o debate. Em
relação à idade dos homens e mulheres, quero debater
com os especialistas.” Ela completou que os
privilégios da aposentadoria dos militares têm de
ser encarados.
Ainda para combater o déficit público, Marina
afirmou que vai debater as isenções dadas aos
setores produtivos. Ela criticou o Refis, programa
de refinanciamento de dívidas usadas por categorias
como pequenas empresas e agronegócio.
Questionada se votaria contra ou a favor do reajuste
do funcionalismo público, pauta que estava presente
na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Marina
evitou novamente expor sua opinião. Depois de alguma
insistência, falou que é contra usar o servidor
público como “bode expiatório”, sendo o único
atingindo pelo corte de privilégios, o que seria
praticar “dois pesos e duas medidas”. Disse, ainda,
que todos os setores devem fazer sacrifícios.
Sobre abordo, afirmou que prefere deixar com o tema
como está, ou seja, proibição, salvo as exceções
garantidas por lei. E que se for para ampliar as
permissões ao aborto, defendeu um debate maior com a
sociedade e a realização de plebiscito.
Marina reafirmou, ainda que, é contra a reeleição e
defendeu o mandato presidencial de cinco anos a
partir de 2022. Terminou a entrevista dizendo que
vai fazer um governo de “transição”.
Fonte: Gazeta do Povo

02/08/2018 -
Faturamento da indústria sobe 26,4% em junho
A indústria recuperou perdas de faturamento
registradas com a greve dos caminhoneiros, mas dados
de horas trabalhadas, utilização da capacidade
instalada e do mercado de trabalho ainda preocupam.
É o que afirma a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), ao divulgar nesta quarta-feira (1º) os
indicadores mensais do setor. O faturamento real da
indústria aumentou 26,4% em junho na comparação com
maio, na série livre de influências sazonais,
recuperando a queda de 16,7% de maio.
“O forte crescimento do faturamento deve ser
analisado com cautela. Esse resultado excepcional é
explicado pelo fim do represamento de embarques”,
diz a CNI, na pesquisa. Mesmo com a recuperação, o
2º trimestre foi mais fraco que o anterior, com
queda de 2,7% no faturamento.
Na comparação com junho de 2017, houve aumento do
faturamento em 10,2%. No primeiro semestre, o
crescimento ficou em 4,4% na comparação com o mesmo
período de 2017.
Segundo a CNI, a recuperação das horas trabalhadas
na produção e da utilização da capacidade instalada
foi inferior ao recuo registrado em maio.
As horas trabalhadas na produção cresceram 1,3% em
junho frente a maio, na série de dados
dessazonalizados. Com isso, o indicador não
conseguiu reverter a queda de 1,7% do mês anterior.
O nível de utilização da capacidade instalada
aumentou 0,8 ponto percentual em junho na comparação
com o mês anterior também na série com ajuste
sazonal, depois de cair 2,2 pontos percentuais em
maio.
Com a alta de junho, o nível de utilização da
capacidade instalada ficou em 76,7%, menor do que os
77,2% registrados no mesmo mês de 2017, na série
dessazonalizada.
Mercado de trabalho
O emprego no setor caiu 0,2% em junho frente a maio,
na série livre de influências sazonais. Foi o
segundo mês consecutivo de queda no indicador. No
primeiro semestre do ano, o emprego subiu 0,6% em
relação ao mesmo período de 2017.
A massa real de salários recuou 0,8% em junho na
comparação com maio, também na série dessazonalizada.
Foi a quarta queda consecutiva do indicador.
De janeiro a junho, a massa real de salários
diminuiu 0,6% frente ao mesmo período do ano
anterior. O rendimento médio real do trabalhador
caiu 0,7% em junho frente a maio, na série com
ajuste sazonal. No primeiro semestre, a perda é de
1,1% em relação ao período janeiro a junho de 2017.
Fonte: Agência Brasil

02/08/2018 -
Preços de produtos industrializados sobem 2,28% nas
portas das fábricas
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos industrializados no
momento em que eles saem das fábricas, registrou
inflação de 2,28% em junho.
A taxa é menor que os 2,55% do mês anterior. O IPP,
divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, acumulou
inflação de 8,62% nos seis primeiros meses do ano e
de 13,45% em 12 meses.
Das 24 atividades industriais pesquisadas, 19
tiveram alta de preços, com destaque para indústrias
extrativas, produtos químicos, alimentos e refino de
petróleo e produtos de álcool, que responderam pelas
maiores taxas de inflação do mês e também tiveram os
maiores impactos no IPP.
Cinco atividades tiveram queda de preços no período
analisado, com destaque para perfumaria e bebidas.
Já entre as quatro grandes categorias econômicas, a
maior taxa de inflação foi registrada entre os bens
intermediários, ou seja, os insumos industrializados
usados no setor produtivo. Também houve inflação nas
categorias de bens de consumo semiduráveis e não
duráveis, bens de capital e bens de consumo
duráveis.
Fonte: Portal EBC

01/08/2018 -
Cresce no sindicalismo repúdio a desvios para
sistema patronal
O sindicalismo reage, com indignação, ao repasse de
verbas da qualificação dos trabalhadores para
financiar entidades patronais. O repúdio se
justifica porque o governo que destina recursos a
entidades do patronato é o mesmo que bancou a
reforma trabalhista, atacando duramente o
sindicalismo classista e cortando seu custeio.
Entidades de trabalhadores estudam recorrer à
Justiça.
A Força Sindical publicou nota, logo após a matéria
no “Estado de S. Paulo”, sexta (27), na qual o
jornal mostra que Temer emitiu decreto para
financiar entidades do setor agrícola, utilizando
recursos da qualificação profissional. O decreto
repassou verbas do Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar) para a Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e federações
filiadas. A entidade do Sistema S no setor agrícola
deve reservar até 5% do orçamento para a CNA e
outros 5% às federações. O Senar recebeu R$ 829,1
milhões no ano passado.
Outros - Não só a Força Sindical reagiu.
Artur Bueno de Camargo, presidente licenciado da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Alimentação (CNTA-Afins) e ex-coordenador do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), denuncia a
parcialidade. “Acho um absurdo. Isso mostra que o
governo é parcial, ao garantir recursos para
entidades patronais e deixar o sindicalismo sem o
custeio que vem da base”. Ele adianta: “Estamos
estudando ir à Justiça”.
Desvio - Em entrevista à Agência Sindical,
Miguel Torres, presidente interino da Força
Sindical, critica o governo: “Ao mesmo tempo que faz
de tudo pra enfraquecer a representação dos
trabalhadores, garante financiamento ao setor
patronal. Para o patronato, pode tudo; para os
trabalhadores, nada”. O sindicalista aponta desvio:
“Esse dinheiro está sendo retirado do investimento
em qualificação dos trabalhadores. Tomara que não
seja desviado para campanhas eleitorais”.
Diap - A Agência também ouviu Antônio Augusto
de Queiroz (Toninho), diretor do Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar). Ele
orienta: "Entendo que as entidades sindicais devem
explicitar o tratamento não-isonômico do decreto do
governo, denunciar e debater. A judicialização é
necessária, mas também é preciso esclarecer a
população sobre o que está acontecendo. O Sistema S
foi criado para contribuir com os trabalhadores na
formação profissional e educacional. Se for pra
financiar entidades patronais, então que se financie
também as entidades dos trabalhadores".
Advogado - "Juridicamente, está sendo
estudada qual a melhor forma para se buscar a
isonomia, já que não se pode privilegiar apenas as
entidades patronais. O princípio da isonomia está
sendo ferido com esse decreto. Além das entidades
dos trabalhadores, existem também entidades
patronais que não são beneficiadas pelo Sistema S.
Portanto, é outro ponto que fere a isonomia",
argumenta o experiente advogado Hélio Gherardi.
Site da Agência - A Agência Sindical
continuará a repercutir esse tema. Leia no
www.agenciasindicalcom.br a íntegra da nota da
Força.
Fonte: Agência Sindical

01/08/2018 -
Classe Trabalhadora: Combater desalento gerado pelo
projeto Temer
“Neste contexto de desesperança as centrais
sindicais apresentam para a sociedade um diagnóstico
e uma agenda de que é possível retomar o crescimento
com desenvolvimento e defesa dos trabalhadores”,
declarou ao Portal Vermelho Clemente Ganz,
diretor-técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Por Railídia Carvalho
Ele se refere à Agenda Prioritária da Classe
Trabalhadora com 22 propostas para trabalho e
emprego elaboradas por sete centrais sindicais.
Clique
AQUI para
ter acesso à Agenda dos Trabalhadores.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (31)
apontam para um recorde na taxa de desalento que
atinge atualmente 65,6 milhões de pessoas. São
aqueles que tem condições de trabalhar mas estão
fora do mercado de trabalho. Uma parcela desse grupo
são os desalentados, que mesmo precisando de
emprego, deixaram de procurar uma ocupação porque
não acreditam que encontrarão.
Custo social
Se antes o trabalhador desempregado levava seis meses
para conseguir uma ocupação, hoje ele espera quase
um ano. “O trabalhador desist porque sabe que não
vai encontrar e não vê sinalização de mudança na
realidade do país. Para procurar emprego ele tem
gastos como transporte, roupa, alimentação. Tem o
desgaste psicológico de receber uma negativa e a
desesperança de não conseguir garantir sua
sobrevivência”, explicou Clemente.
De acordo com ele, a Agenda Prioritária é uma
proposta concreta dos trabalhadores para mudar a
realidade do país. “É nesse ambiente que o movimento
sindical e social tenta construir respostas
organizadas e organizativas apontando para mudança
no caminho que o Brasil parou. O momento coincide
com o processo eleitoral e esse esforço dos
movimentos é tentar com a Agenda atuar no processo
eleitoral no sentido de que as pessoas tenham
atenção ao voto e aos projetos que estão sendo
apresentados”, completou Clemente.
O governo de Michel Temer e aliados comemoram a
queda no desemprego (que caiu às custas de empregos
informais e precários). “É muito grave quando o
crescimento vem acompanhado do aumento do desalento.
É um sintoma muito grave de fragilidade do mercado
de trabalho, simboliza a baixa qualidade do mercado
de trabalho enfraquecido por uma dinâmica econômica
frágil”, criticou Clemente.
Agenda de Temer destruiu capacidade de geração de
empregos
Ele lembrou que um aspecto perverso da agenda
regressiva de Michel Temer foi a desestruturação do
investimento em capacidade produtiva. “Se você
pensar foram três mandatos de governo afirmando a
importância da Petrobras e rapidamente em dois anos
o atual governo destruiu o que o país levou uma
década para construir”, enfatizou Clemente.
“Você imagina um jovem que há cinco anos resolveu
fazer engenharia porque não tinha engenheiro no país
para atuar na Petrobras? Isso porque a empresa
ativou o mercado de engenharia. Mas agora está
sobrando engenheiro porque se destruiu a capacidade
dessa empresa gerar postos de trabalho no Brasil. É
muito grave quando vem esse desalento entre os
jovens”, exemplificou Clemente.
Entre os 22 pontos da Agenda existem propostas
emergenciais de combate ao desemprego, entre elas a
criação das frentes de trabalho e a retomada das
obras de infraestrutura que absorvem um grande
contingente de mão-de-obra. Por outro lado, a Agenda
também apresenta soluções estruturais cujo resultado
vem a longo prazo, alertou Clemente.
Reorganizar estratégia do setor produtivo
“Essas soluções estruturais passam pelo investimento
em infraestrutura por parte do Estado, que deve
atuar como mobilizador para que venham também
investimento do setor privado. O que os
trabalhadores propõem é uma reorganização da
estratégia do Estado em relação à reorganização do
sistema produtivo. E são medidas que precisam de
tempo para ter efeito”, completou.
Conseguir adesões para essa agenda é um dos
objetivos dos protestos programados pelas centrais
sindicais unificadas para o dia 10 de agosto, com o
título de Dia do Basta. “É necessário construir
entre os trabalhadores e os setores médios da
sociedade essa postura de que é possível mudar a
atual realidade através do comprometimento com uma
agenda de desenvolvimento e valorização do trabalho
e dos trabalhadores”.
Fonte: Portal Vermelho

01/08/2018 -
Vida piorou para 70% dos brasileiros no governo
Temer, diz pesquisa
Sete em cada 10 brasileiros consideram que a vida
piorou desde que o presidente Michel Temer (MDB)
assumiu a Presidência da República, em agosto de
2016, segundo pesquisa Vox Populi/CUT divulgada na
última sexta-feira (27). No Valor Econômico
Dos entrevistados pelo instituto de pesquisa, 69%
afirmaram que a vida está pior no governo Temer e 6%
disseram que melhorou. Para 23%, a vida não mudou
desde que o emedebista assumiu o comando do país e
2% não responderam.
A região Sul é a que registra as maiores reclamações
sobre as condições de vida: 73% dos entrevistados
consideram que tudo piorou. Em seguida, aparecem o
Sudeste, com 70%, Nordeste com 68% e
Centro-Oeste/Norte com 65%.
A avaliação negativa de Temer aumentou de 73% para
83%, na comparação com o levantamento anterior, de
maio. Entre os entrevistados, apenas 3% consideram
"bom" o desempenho do presidente (ante 6% na
pesquisa de maio) e 13% afirmaram que é regular
(eram 20% na pesquisa passada).
O combate ao desemprego e a melhoria da saúde e da
educação foram os temas mais citados pelos
entrevistados como prioridades a serem assumidas
pelo próximo presidente.
O combate ao desemprego e a melhoria da saúde e da
educação foram os temas mais citados pelos
entrevistados como prioridades a serem assumidas
pelo próximo presidente.
O instituto de pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 121
municípios de todo o país, entre os dias 18 e 20 de
julho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais,
para mais ou para menos e o intervalo de confiança é
de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal
Superior Eleitoral com o número BR-02205/2018.
Fonte: Diap

01/08/2018 -
Número de desempregados recua 5,3% do primeiro para
segundo trimestre
O número total de desempregados no país caiu de 13,7
milhões no primeiro trimestre deste ano para 13
milhões no segundo trimestre. Segundo os dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD-C), divulgados nesta terça-feira (31) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), de um trimestre para outro, houve uma queda
de 723 mil pessoas na população desocupada, ou seja,
de 5,3%.
Na comparação com o segundo trimestre do ano
passado, também houve queda: 520 mil pessoas ou
3,9%.
A taxa de desemprego foi outro indicador que
apresentou queda nesta edição da PNAD-C de 13,1%, no
primeiro trimestre, para 12,4% no segundo trimestre
do ano. No segundo trimestre do ano passado, a taxa
era de 13%.
A população ocupada ficou em 91,2 milhões de
pessoas, crescimentos de 0,7% (mais 657 mil pessoas)
em relação ao trimestre anterior e de 1,1% (mais 1
milhão de pessoas) na comparação com o segundo
trimestre de 2017.
Informalidade
Apesar disso, o crescimento do contingente de ocupados
foi puxado pelos trabalhadores sem carteira assinada
e aqueles que trabalham por conta própria. O número
de empregados com carteira de trabalho assinada no
setor privado, de 32,8 milhões, manteve-se estável
em relação ao primeiro trimestre e caiu 1,5% (menos
497 mil pessoas) na comparação com o segundo
trimestre de 2017.
O número de empregados sem carteira (11 milhões)
cresceu 2,6% (mais 276 mil pessoas) em relação ao
trimestre anterior e 3,5% (mais 367 mil pessoas) em
relação ao segundo trimestre do ano passado.
A categoria dos trabalhadores por conta própria
(23,1 milhões de pessoas) ficou estável em relação
ao trimestre anterior e cresceu 2,5% (mais 555 mil
pessoas) na comparação com o segundo trimestre de
2017.
Setores
Entre os dez grupamentos de atividades da economia,
apenas dois tiveram crescimento nos postos de
trabalho em relação ao primeiro trimestre: indústria
geral (2,5%) e administração pública, defesa, saúde
e educação (3,8%). Os demais setores mantiveram-se
estáveis.
Na comparação com o segundo trimestre de 2017,
também houve aumento em dois setores: administração
pública, defesa, saúde e educação (3,7%) e outros
serviços (6%).
Rendimento
O rendimento médio real habitual ficou em R$ 2.198 no
segundo trimestre deste ano, relativamente estável
tanto em relação ao trimestre anterior quanto na
comparação com o segundo trimestre do ano passado.
Fonte: Agência Brasil

01/08/2018 -
Dieese se reestrutura para sobreviver e acompanhar
futuro do trabalho
Para diretor-técnico, o instituto, criado em
1955, atravessa a crise mais grave de sua história,
com perda de receita, funcionários e sócios.
Mas se reorganiza para seguir assessorando os
sindicatos
A "reforma" trabalhista retirou o custeio do
movimento sindical e agravou a situação, que já era
preocupante, do Dieese, o tradicional instituto de
assessoria e análise do mundo do trabalho.
Recentemente, sua direção se reuniu para discutir um
plano de reestruturação, o que se traduz em
diminuição do tamanho, mas também em definição de
diretrizes. Um processo "para se pensar à frente",
diz o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio. Dificuldades fazem parte da trajetória da
entidade, mas ele acredita que esta seja a mais
grave crise de sua história, iniciada em 1955.
"Nos anos 60, o impacto político foi severo, mas o
Dieese era pequeno. Hoje, o impacto é em relação a
uma equipe grande e uma instituição de presença
nacional", avalia Clemente. Para ele, o momento é de
"construir resistência em todas as frentes". A
receita atual corresponde de 60% a 70% do período
2014/2015. Caiu a arrecadação sindical e houve perda
de contratos com órgãos governamentais. A previsão é
de que a receita de 2019 seja equivalente a 50% de
2016.
A pesquisa da cesta básica, que era realizada nas 27
capitais, agora é feita em 20. Também diminuiu o
número de regiões metropolitanas abrangidas pela
Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). A pesquisa
original, de São Paulo, iniciada em 1985, está
garantida pelo menos para o ano que vem.
O corte atingiu também pessoal e subseções. Segundo
o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José
Silvestre Prado de Oliveira, de 62 subseções em
entidades no ano passado, o número caiu para 50. "Em
algumas, o técnico foi demitido. Em outras, o
tamanho da subseção foi reduzido, e também o valor
do contrato." Desde 2015, mais de 100 funcionários
foram dispensados. De 340, ficaram aproximadamente
230.
Caiu ainda o número de sócios, hoje em torno de 670.
Em 2017, eram 720. Silvestre lembra que no começo
dos anos 2000, esse número chegou a quase 1.200, mas
a inadimplência também era alta, em torno de 40%.
"Muitas entidades têm nos procurado para reduzir o
valor da mensalidade", acrescenta.
Uma parte da equipe teve atraso nos salários. Desde
setembro, foi adotada uma linha de corte de R$ 5 mil
– até esse valor, o pagamento é integral. Falta
ainda acertar o 13º salário. Um comitê de
reestruturação foi organizado, com participantes das
seis centrais reconhecidas formalmente, e lançada
uma campanha de fortalecimento do Dieese.
Transição
"O que a gente está fazendo é trabalhar nas entidades
sindicais para a construção de um fundo para ajudar
na reestruturação. Estamos tentando preservar as
receitas sindicais e não sindicais", diz Clemente. O
momento difícil também leva a planejar o futuro:
"Olhar para as transformações que estão ocorrendo no
mundo do trabalho, o impacto que a reforma
trabalhista traz para o sistema de relações do
trabalho".
O Dieese busca estabelecer prioridades, "reorganizar
o nosso atendimento sindical para as negociações
coletivas, principalmente", além de formar uma rede
de atendimento nos estados, dando suporte via
internet. Com a preocupação de se manter "na medida
em que o próprio movimento sindical vai definindo o
seu tamanho". É um período de transição "cujo
tamanho ninguém sabe", lembra o diretor técnico.
Algumas entidades certamente vão ajudar, mas ele
observa que cada uma também está tentando se
preservar.
Fundado no final de 1955, com o objetivo de
monitorar as entidades de trabalhadores e fomentar
pesquisas próprias, com desconfiança dos índices
oficiais, o Dieese acompanhou o crescimento do
movimento social nos anos 1980, lembra Silvestre,
mas nunca teve um financiamento 100% sindical.
Agora, tem um duplo desafio: "Se reorganizar, mas
também com capacidade de ajudar o movimento sindical
a se repensar".
Fonte: Rede Brasil Atual

01/08/2018 -
Indústria de SP recupera de perdas causadas por
greve de caminhoneiros
O setor industrial paulista apresentou recuperação
das perdas sofridas por conta da greve dos
caminhoneiros no mês de maio, com um crescimento de
12,1% no Indicador de Nível de Atividade (INA) no
mês de junho. O índice é medido pela Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo
Centro das Indústrias do Estado (Ciesp).
De acordo com o relatório, as vendas foram o fator
que impulsionaram a recuperação do setor no mês de
junho, com um crescimento de 24,7%, após ceder 16,6%
em maio, de acordo com o índice da Variável de
Vendas Reais.
Outros grupos de fatores também apresentaram
crescimento, como Horas Trabalhadas na Produção, com
0,9%, e o Nível de Utilização da Capacidade
Instalada, com 1,2%.
Apesar de o indicador apontar uma variação positiva
no mês de junho deste ano em comparação ao ano
passado (7,2% contra 4,2% em 2017), o resultado não
indica recuperação da atividade da indústria
paulista.
De acordo com o presidente em exercício da Fiesp e
Ciesp, José Ricardo Roriz Coelho, o que se verificou
foi uma recuperação das perdas em razão da greve dos
caminhoneiros, mas o que mantém incertezas quanto às
projeções no setor. “Em relação a projeções futuras,
nos preocupam ainda as incertezas constantes. Elas
afetam os empresários, que ficam receosos para
investir. Sem investimento não temos recuperação do
emprego, que é fator determinante para recuperação
de renda e melhora da situação da capacidade ociosa
das empresas, hoje perto de 30%. Estamos longe de
começar uma recuperação".
O setor que se destacou no crescimento apresentado
pelo INA foi o de móveis, que apontou crescimento de
15,9% das atividades, seguido setor de produtos
farmacêuticos, que avançou 2% no mês de junho.
Fonte: Agência Brasil

01/08/2018 -
Condenado a pagar pensão alimentícia poderá ter de
comunicar novo empregador sobre desconto em folha
A pessoa condenada a pagar pensão alimentícia com
desconto em folha de pagamento poderá ser obrigada a
apresentar a cópia da sentença judicial que a
obrigou ao novo órgão público de lotação ou ao novo
empregador. O documento deve ser entregue no ato de
posse ou de contratação.
É o que determina o Projeto de Lei 9326/17, em
análise na Câmara dos Deputados. A ideia da autora
da proposta, a ex-deputada Pollyana Gama, é evitar a
necessidade de novo ofício judicial para que o
desconto em folha ocorra. O texto acrescenta a
medida ao Código de Processo Civil (Lei 13.105/15).
Segundo a parlamentar, nos casos em que o executado
muda sua relação funcional ou seu local de emprego,
dificilmente autoriza, de livre e espontânea
vontade, a continuidade do desconto da prestação
alimentícia em sua folha de pagamento, o que leva a
outra parte a ter de promover nova solicitação ao
Poder Judiciário.
“Nesses casos, o Poder Judiciário é acionado somente
para oficiar a determinação judicial que poderia ser
cumprida espontaneamente pelo próprio executado”,
aponta Pollyana. Para ela, a proposta pode ajudar a
“desafogar o sistema judiciário”.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

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