Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2021
31/08/2021 -
“Resgatar o Brasil para os brasileiros”; nota das
centrais sindicais
31/08/2021 -
‘Minirreforma’ cria trabalhadores com menos
direitos, alerta magistrado
31/08/2021 -
Sindicatos têm direito a efetuar depósito recursal
pela metade, decide TST
31/08/2021 -
TST considera ilegal demissão em razão da idade e
determina reintegração
31/08/2021 -
Ministério da
Saúde admite que Covid-19 pode ter nova onda em
setembro
31/08/2021 -
Comissão aprova norma para prevenir transtornos
mentais em trabalhadores
30/08/2021 -
Precarização
crescente do trabalho preocupa senadores da CDH
30/08/2021 -
Lewandowski
alerta Bolsonaro a recuar de golpe em 7 de setembro.
‘Crime inafiançável e imprescritível’
30/08/2021 -
Desemprego só
diminui em 2023
30/08/2021 -
Relator da reforma administrativa deve manter
estabilidade a todo servidor
30/08/2021 -
Preços da indústria têm inflação de 1,94% em julho,
diz IBGE
27/08/2021 -
Centrais Sindicais: Nota em repúdio à perseguição do
coronel Ricardo Mello aos trabalhadores da Ceagesp
27/08/2021 -
Caged: Brasil cria 316 mil postos de trabalho formal
em julho
27/08/2021 -
Oposição cobra
providências do ministro da Justiça contra invasão
do STF e Congresso
27/08/2021 -
Paulo Paim quer sessão temática para discutir
efeitos da MP 1045
27/08/2021 -
Empresários pedem adiamento da reforma do IR e
criticam açodamento
26/08/2021 -
Governo Bolsonaro incluirá MEIs na dívida ativa e
trabalhadores podem perder CNPJ
26/08/2021 -
Alvo da PEC 32 é o povo, adverte consultor
26/08/2021 -
Pobreza avança no Brasil com pandemia e governo
Bolsonaro
26/08/2021 -
Pacheco rejeita
impeachment contra Alexandre de Moraes feito por
Bolsonaro
26/08/2021 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,89% em agosto
26/08/2021 -
TRT-6 autoriza
saque de FGTS para pai custear tratamento de saúde
do filho autista
25/08/2021 -
Governo
Bolsonaro busca diálogo com centrais sindicais em
meio à crise de popularidade
25/08/2021 -
Para OAB, pedido de impeachment de Moraes não tem
fundamento
25/08/2021 -
Bolsonaro aposta tudo em atos de 7 de Setembro para
salvar seu governo
25/08/2021 -
Caixa termina de depositar lucro do FGTS; veja como
consultar
25/08/2021 -
Minirreforma
trabalhista suspende contribuição previdenciária
automática
25/08/2021 -
Comissão aprova dedução no IR de doação a fundos
para pessoas com deficiência
25/08/2021 -
CNI mostra confiança de empresários em 30 setores
industriais
25/08/2021 -
Trabalhador poderá participar de reunião escolar de
filho; projeto vai à Câmara
24/08/2021 -
Com corte de ponto automático, Bolsonaro ataca
direito de greve dos servidores
24/08/2021 -
MP pode reduzir fiscalização e aumentar acidentes
24/08/2021 -
Comissão inclui
violência por meios eletrônicos na Lei Maria da
Penha
24/08/2021 -
Bolsonaro foi alvo de 1 processo a cada 6 dias desde
que assumiu a Presidência
24/08/2021 -
PF investiga se
Palácio do Planalto está bancando protestos de 7/9
24/08/2021 -
Trabalho feito sob calor excessivo sem intervalo
gera direito a horas extras
24/08/2021 -
Família de
empregado que pegou Covid em viagem a trabalho deve
ser indenizada
23/08/2021 -
Fora Bolsonaro e
Grito dos Excluídos farão atos no país no próximo
dia 7
23/08/2021 -
Centrais tentam
barrar minirreforma trabalhista
23/08/2021 -
Custo Bolsonaro
despenca investimento, traz inflação e miséria em
alta
23/08/2021 -
Medidas
restritivas devem continuar, alerta Fiocruz
23/08/2021 -
Fundo de pensão
do DF muda código de ética para evitar sindicalistas
23/08/2021 -
Paraplegia por
acidente de trabalho gera indenização por danos
morais e estéticos
20/08/2021 -
64% dos brasileiros rejeitam o governo Bolsonaro,
aponta pesquisa
20/08/2021 -
Lideranças
sindicais fazem balanço dos atos do 18A
20/08/2021 -
‘Reforma’ administrativa transforma serviços
públicos em mercadoria, alerta Dieese
20/08/2021 -
Fome ou insegurança alimentar atingem quase metade
dos brasileiros, diz IBGE
20/08/2021 -
Centrais Sindicais apoiam a Greve na MRV
20/08/2021 -
App Caixa Trabalhador oferta serviços para
beneficiários do INSS
20/08/2021 -
CNI: alta na produção e no emprego mostra
aquecimento da indústria
19/08/2021 -
Relator da ‘reforma’ administrativa anuncia parecer
distante do projeto original
19/08/2021 -
Oposição faz ato
em Plenário contra a reforma administrativa
19/08/2021 -
Economia e democracia preocupam
19/08/2021 -
Negacionismo do
governo Bolsonaro na pandemia gera mais custo ao
país, diz estudo do Ipea
19/08/2021 -
Metas abusivas crescem com home office e adoecem
trabalhadores
19/08/2021 -
Senadores apresentam notícia-crime por prevaricação
contra Augusto Aras
19/08/2021 -
STF suspende
julgamento de ADI sobre contratação de servidores
pela CLT
18/08/2021 -
XP/Ipespe: Lula derrota Bolsonaro no segundo turno
por 51% a 32%
18/08/2021 -
MP da ‘minirreforma’ chegou ao Senado. Redução de
direitos nunca fez sentido, diz Dieese
18/08/2021 -
Caixa distribuirá R$ 8,1 bilhões em lucros do FGTS
até o fim do mês
18/08/2021 -
PIB recua 0,3% do primeiro para o segundo trimestre,
aponta FGV
18/08/2021 -
Aposentadoria especial para frentistas é aprovada em
comissão
18/08/2021 -
Empresa pagará multa se não anotar período de
estágio como de emprego
18/08/2021 -
Paim pede sessão
temática para MP que reedita programa de emprego e
renda
18/08/2021 -
Juiz manda
suspender exploração de amianto em cidade de Goiás
17/08/2021 -
Centrais
Sindicais repudiam 'jabutis' na MP nº 1.045/2021
17/08/2021 -
Lutar não é
crime! Nota das Centrais Sindicais
17/08/2021 -
Governadores divulgam nota em defesa do STF
17/08/2021 -
Empresas devem ressarcir INSS por benefícios a
acidentados no trabalho
17/08/2021 -
Sérgio Reis
responderá a inquérito por pelo menos três crimes
16/08/2021 -
Servidores farão paralisação nacional contra reforma
administrativa no dia 18 de agosto
16/08/2021 -
Com ‘contratação’ sem carteira assinada,
‘minirreforma’ trabalhista vai ao Senado
16/08/2021 -
Bolsonaro cria
trabalho sem direito a férias e 13º salário, acusa
senador
16/08/2021 -
CTB reelege
presidente e aprova união com CGTB. Direção terá
maioria de mulheres
16/08/2021 -
TRT-1 condena
empresa por deixar trabalhadora no limbo
previdenciário
13/08/2021 -
Concluída análise de MP que altera regras
trabalhistas
13/08/2021 -
‘Jabutis’ da MP 1.045 reduzem ainda mais direitos
dos trabalhadores
13/08/2021 -
FGTS: R$ 6 bi em lucros serão distribuídos em
agosto; veja quem tem direito
13/08/2021 -
Arthur Lira
barra nomeação de Maia como vice-líder da oposição
13/08/2021 -
Senado aprova quebra de patentes para vacinas
13/08/2021 -
MP é minirreforma para criar trabalhador de 2ª
categoria, dizem advogados
12/08/2021 -
Em live do FST, Paim defende sindicalismo forte
12/08/2021 -
Nota das centrais sindicais: Um adeus ao amigo e
camarada Wagner Gomes
12/08/2021 -
Programa de manutenção de emprego vira reforma
trabalhista
12/08/2021 -
Lula afirma que Bolsonaro não tem força para dar
golpe com militares
12/08/2021 -
Para Lira, debate sobre voto impresso está encerrado
12/08/2021 -
Aprovado projeto
que suspende prova de vida do INSS até o fim do ano
11/08/2021 -
NCST e Frente Ampla debatem prejuízos da MP 1.045
11/08/2021 -
Hora de unir os democratas, diz Lula a Centrais
11/08/2021 -
Câmara aprova
texto-base de MP que permite contratação sem vínculo
trabalhista
11/08/2021 -
‘Reforma’ trabalhista de 2017 travou a economia em
vez de permitir retomada
11/08/2021 -
PEC do voto
impresso não consegue aprovação no plenário da
Câmara
11/08/2021 -
Inflação explode: IPCA avança 0,96% em julho, maior
alta no mês desde 2002
11/08/2021 -
CAS aprova
projeto que combate assédio no ambiente de trabalho
10/08/2021 -
Para juíza, ‘minirreforma’ cria trabalhadores de
segunda categoria, o que é ‘um escândalo’
10/08/2021 -
Centrais pedem que Doria garanta suspensão da
reintegração de posse no Sindicato dos Metroviários
10/08/2021 -
Bolsonaro entrega da MP do novo Bolsa Família, mas
texto não define valores
10/08/2021 -
TRT-12 invalida acordo que reduziu salários sem
negociação com sindicato
10/08/2021 -
Lira minimiza
desfile de tanques com Bolsonaro: “Trágica
coincidência”
10/08/2021 -
TSE apresenta ao
STF nova notícia-crime contra Bolsonaro
09/08/2021 -
Relator da
chamada “MP do BEm” propõe nova reforma trabalhista
09/08/2021 -
Juízes e
procuradores criticam ‘reforma’ incluída na MP de
redução do salário
09/08/2021 -
CDH aprecia projetos que alteram regras da reforma
trabalhista
09/08/2021 -
Ministro do trabalho, Onyx Lorenzoni, quer
“pejotização” e 15 milhões de MEIs
09/08/2021 -
Ações trabalhistas ligadas à Covid-19 caem 63,9% no
primeiro semestre, diz TST
06/08/2021 -
Anamatra é contra novo texto do programa emergencial
de manutenção do emprego
06/08/2021 -
Lira afirma que proposta do voto impresso pode ser
avocada pelo Plenário
06/08/2021 -
Câmara conclui
votação de projeto que permite a privatização dos
Correios
06/08/2021 -
Sancionada lei para combater violência política
contra a mulher
06/08/2021 -
Nordeste e Sudeste dariam vitória a Lula sobre
Bolsonaro, diz pesquisa
06/08/2021 -
Bolsonaro
anuncia Bruno Bianco para comandar a Advocacia-Geral
da União
06/08/2021 -
Dieese: cesta
básica aumenta em 15 das 17 capitais pesquisadas
06/08/2021 -
Com ‘inflação persistente’, Copom faz nova alta e
leva taxa de juros ao nível de 2019
06/08/2021 -
Bolsonaro veta
projeto e libera despejo durante a pandemia
05/08/2021 -
Semestre tem perda de 52,3% nas negociações
05/08/2021 -
Lula venceria Bolsonaro hoje por 54% a 33%, aponta
pesquisa
05/08/2021 -
Ato em Brasília prepara greve dos Servidores
05/08/2021 -
Dieese emite nota técnica contra a privatização dos
Correios
05/08/2021 -
CAS aprova isenção do IRPF para aposentados com
Alzheimer
05/08/2021 -
Toffoli pede
vista e STF adia decisão sobre ultratividade de
acordos trabalhistas
05/08/2021 -
CNI diz que reforma do Imposto de Renda subirá de
34% para 41,2% impostos totais de empresas
04/08/2021 -
Trabalhador precisa de segurança e direitos para
produzir, diz Lula
04/08/2021 -
Apagão de Bolsonaro: Brasil pode ter primeiros
blecautes já em outubro
04/08/2021 -
Rodrigo Maia denuncia "pedalada" de Bolsonaro e
estouro do teto de gastos
04/08/2021 -
Inflação e crise ressaltam importância do PAT
04/08/2021 -
Santander é condenado a pagar R$ 50 mi por demissões
em massa
04/08/2021 -
Empresas não podem descontar do IR indenizações
pagas em acordos trabalhistas
03/08/2021 -
Bolsonaro é corrupto para 54% dos brasileiros, diz
pesquisa Atlas Político
03/08/2021 -
MP do Trabalho apresenta nota técnica à “MP do BEm”
03/08/2021 -
Governo quer acelerar formalização de trabalhadores
de plataformas digitais, diz secretário
03/08/2021 -
Voto impresso de Bolsonaro é pretexto antidemocrático,
dizem deputados
03/08/2021 -
Câmara pode
votar nesta terça-feira MP sobre suspensão de
contratos de trabalho na pandemia
03/08/2021 -
Pauta da CAS tem projeto que combate assédio em
ambiente de trabalho
03/08/2021 -
TSE irá
investigar fala de Bolsonaro sobre fraudes
eleitorais
02/08/2021 -
Bolsonaro volta
a ameaçar pleito em 2022: "sem eleições limpas, não
haverá eleição"
02/08/2021 -
Reajustes
salariais ficaram abaixo da inflação
02/08/2021 -
Próxima manifestação da Campanha Nacional Fora
Bolsonaro será no dia 7 de setembro
02/08/2021 -
STF tem pautas
trabalhistas e sindicais relevantes no 2º sem
02/08/2021 -
Com mais 2 milhões em um ano, número de
desempregados mantém recorde
02/08/2021 -
Empregador é
condenado a pagar indenização por não recolher FGTS
31/08/2021 -
“Resgatar o Brasil para os brasileiros”; nota das
centrais sindicais
O Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de
sua história desde a declaração de independência, em
7 de setembro de 1822, há 199 anos.
São quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de
desalentados, outros 6 milhões de inativos que
precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de
forma precária. Inflação alta, carestia e fuga de
investimentos. Aumento da fome e da miséria,
crescimento da violência, insegurança alimentar e
social. Escalada autoritária e uma calamitosa gestão
da pandemia do coronavírus. Sem falar nas crises
ambiental, energética, entre tantas outras.
Ao invés de agir para resolver os problemas, que são
decorrentes ou agravados pelo caos político que se
instalou em Brasília na atual gestão, o governo os
alimenta e os utiliza para atacar os direitos
trabalhistas, precarizando ainda mais o já combalido
mercado de trabalho.
O próprio presidente se encarrega de pessoalmente
gerar confrontos diários, criando um clima de
instabilidade e uma imagem de descrédito do Brasil.
E ele ainda tem o desplante de culpar as medidas de
contenção do vírus pelo fechamento de postos de
trabalho, ignorando que a pandemia já matou
precocemente quase 600 mil brasileiros!
Ninguém aguenta mais. Vivemos no limiar de uma grave
crise institucional. A aparente inabilidade política
instalada no Planalto que acirra a desarmonia entre
os poderes da República, esconde um comportamento
que visa justificar saídas não constitucionais e
golpistas.
Quem mais sofre com esta situação dramática é o povo
trabalhador, cada vez mais empobrecido e excluído, e
cada vez mais dependente de programas sociais que,
contraditoriamente, encolhem.
O país não pode ficar à mercê das ideias insanas de
uma pessoa que já demonstrou total incapacidade
política e administrativa e total insensibilidade
social. É preciso que o legislativo e o judiciário
em todos os níveis, os governadores e prefeitos,
tomem à frente de decisões importantes em nome do
Estado Democrático de Direito, não apenas para
conter os arroubos autoritários do presidente, mas
também que disponham sobre questões urgentes como
geração de empregos decentes, a necessidade de
programas sociais e o enfretamento correto da crise
sanitária.
Esse movimento dever ser impulsionado pela sólida
união dos trabalhadores e suas entidades
representativas, bem como por todas as instituições
democráticas, a sociedade civil organizada, enfim,
todos os cidadãos e cidadãs que querem redirecionar
nosso país para uma trajetória virtuosa em benefício
do povo. Para isso precisamos, antes de tudo, lutar
contra o desgoverno que ocupa a presidência da
República!
Que a Semana da Pátria consagre, pela via da luta
firme e decidida de todo povo, um Brasil que quer
seguir como uma nação, democrática, plural, terra de
direitos, capaz de pavimentar um futuro de
liberdade, soberania, justiça social e cidadania
para todos!
#ForaBolsonaro
São Paulo, 30 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta
Fonte: Rádio Peão Brasil
31/08/2021 -
‘Minirreforma’ cria trabalhadores com menos
direitos, alerta magistrado
Para o ex-presidente da Anamatra Guilherme
Feliciano, MP 1.045 é tentativa de ressuscitar a
“carteira verde e amarela”, que foi apresentada em
2019, mas acabou caducando
De acordo com o juiz titular da 1ª Vara do Trabalho
de Taubaté, Guilherme Feliciano, ex-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho
(Anamatra), a MP 1.045, que renova o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm)
possui “graves inconstitucionalidades” formais e
substantivas. Conhecida como MP da Minirreforma
Trabalhista, em seu texto, aprovado na Câmara em 10
de agosto, foram “contrabandeados” outros temas
alheios à proposta original, que cria os programas
Priore e Requip. Há ainda, um suposto modelo de
“trabalho voluntário”, mas com remuneração prevista.
Na prática, trata-se de uma tentativa de recriar a
famigerada “carteira verde e amarela“, precarizando
ainda mais as relações de trabalho. Nessas novas
modalidades a serem criadas pela MP 1.045, direitos
básicos previstos na Constituição – como salário
mínimo, limite de jornada, aviso prévio indenizável,
fundo de garantia etc. – seriam relativizados.
“Esses três novos modelos de contratação, a rigor,
estabelecem quebras na isonomia entre os
trabalhadores brasileiros. Porque reduzem direitos
sociais, em hipóteses que não resistem a uma análise
constitucional”, afirma o magistrado, em entrevista
a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
segunda-feira (30).
Após passar em Comissão Especial, o texto da MP
1.045 foi aprovado pela Câmara dos Deputados há duas
semanas. Caso não fosse votada no Senado até 7 de
setembro, a MP perderia validade.
Nesse sentido, acabaram produzindo um grande
“imbróglio”, ao aprovarem os “jabutis” inseridos
pelo relator, deputado Christino Áureo (PP-RJ). O
ideal, segundo o magistrado, seria que os senadores
eliminassem esses “temas estranhos”, aprovando
apenas os itens referidos ao BEm. “Mas, no limite, é
melhor que caduque”, disse Feliciano, que também é
professor associado da Universidade de São Paulo
(USP).
Barateamento da mão de obra
O ex-presidente da Anamatra alerta que projetos como
esse, – assim como a “reforma” trabalhista aprovada
em 2017 – apostam na redução de direitos
trabalhistas como forma de criar empregos. Segundo
ele, trata-se de uma “noção ingênua” dos
legisladores. “Na medida em que quem trabalha vai
tendo seus direitos corroídos, diminuídos, tendo
suas relações de trabalho precarizadas por essas
novidades, o que o Brasil faz é sacrificar o que ele
tem de melhor no aspecto da competição econômica,
que é o seu mercado consumidor”.
Ele cita o exemplo da China, que atualmente baseia
sua estratégia de desenvolvimento ao estimular a
capacidade do seu gigante mercado interno. “Se a
economia não cresce, o empregador não vai contratar,
por mais barato que esteja o emprego. Este é o
equívoco especialmente do Requip, que pretende
oferecer uma mão de obra mais barata, com direitos
trabalhistas precarizados”, ressaltou.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/08/2021 -
Sindicatos têm direito a efetuar depósito recursal
pela metade, decide TST
Os sindicatos, por determinação legal, são entidades
sem fins lucrativos e, mesmo nas situações em que
atuam como empregadores, têm direito a efetuar o
depósito recursal pela metade, de acordo com o que
foi estabelecido pela reforma trabalhista de 2017.
Esse entendimento foi adotado pela 5ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho para afastar a
deserção de um recurso ordinário de uma entidade
sindical de Pontal (SP).
O depósito é obrigatório para a interposição do
recurso e seu objetivo é a garantia do juízo, ou
seja, em caso de condenação, o valor depositado deve
garantir o pagamento, integral ou parcial, à parte
vencedora da ação. Trata-se de condição de
admissibilidade para análise do recurso que, se não
for cumprida, acarreta a chamada deserção, em que o
processo é extinto.
O caso teve início em ação trabalhista ajuizada por
um costurador de sacos para transporte de açúcar
admitido em 2013 pelo Sindicato dos Trabalhadores na
Movimentação de Mercadorias em Geral de Pontal para
prestar serviços para a Viralcool - Açúcar e Álcool
Ltda., em Pitangueiras (SP). Ele pedia o
reconhecimento de vínculo de emprego, indenização
por danos morais e adicional de insalubridade.
Ao julgar o caso, em 2018, a Vara do Trabalho de
Bebedouro (SP) condenou a Viralcool e o sindicato a
pagar as verbas trabalhistas ao empregado. O
sindicato, então, recorreu ao Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (interior de São Paulo), mas
o recurso ordinário foi extinto por deserção.
Segundo a corte regional, a redução de 50% do valor
do depósito recursal para pequenas e médias
empresas, entidades sem fins lucrativos e
empregadores domésticos (artigo 899, parágrafo 9º,
da CLT) não se aplicava ao caso porque o sindicato
teria atuado como empregador do costureiro. "Desse
modo, não se tratava de entidade sem fins
lucrativos", diz trecho do acórdão.
Porém, o relator do recurso de revista, ministro
Breno Medeiros, acolheu os argumentos do sindicato
de que não há no processo registro de que a entidade
auferisse e distribuísse lucro. Ele assinalou que os
sindicatos são considerados entidades sem fins
lucrativos e, diferentemente do que concluiu o TRT,
têm o direito de recolher pela metade o depósito
recursal.
Segundo o relator, o direito persiste mesmo se o
sindicato atuar como empregador, uma vez que a
prerrogativa do parágrafo 9º do artigo 899 da CLT
tem como destinatárias as empresas ou entidades que,
na condição de reclamadas, detenham essas
características. Por unanimidade, a 5ª Turma
acompanhou o voto do relator para afastar a deserção
e determinar o retorno do processo ao TRT para
prosseguir no julgamento do recurso ordinário. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 11368-91.2015.5.15.0113
Fonte: Consultor Jurídico
31/08/2021 -
TST considera ilegal demissão em razão da idade e
determina reintegração
A demissão motivada exclusivamente pela idade do
trabalhador ofende o princípio da dignidade da
pessoa humana (artigo 1º, inciso III, da
Constituição da República) e, dessa maneira, deve
ser considerada ilegal. Com esse entendimento, a 3ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou a
reintegração imediata ao emprego de um eletricitário
que demonstrou ter sido dispensado arbitrariamente
em razão de sua idade.
O profissional afirmou que trabalhou na Companhia
Estadual de Geração e Transmissão de Energia
Elétrica (CEEE-GT), do Rio Grande do Sul, de junho
de 1982 a março de 2016, quando foi dispensado, sem
justa causa, aos 57 anos de idade, com cerca de 180
outros empregados. Na reclamação trabalhista, ele
disse que, no ano anterior, o presidente da empresa
havia anunciado a intenção de desligar os empregados
aptos a se aposentar pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) "como forma de resolver os
problemas da CEEE".
Além da falta de negociação e de motivação, ele
sustentou que a demissão foi ilegal e
discriminatória em razão do critério adotado para a
seleção dos empregados escolhidos para o
desligamento massivo.
O juízo de primeiro grau condenou a empresa a
reintegrar o empregado, mas o Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS) afastou o caráter
discriminatório e entendeu que, embora tenha
atingido os empregados mais velhos, o critério
utilizado foi objetivo, impessoal e aceitável.
Segundo a corte regional, os trabalhadores já
aposentados ou na iminência de se aposentar tinham
maior possibilidade de subsistência, justificada
pela existência de fonte de renda diversa (os
proventos da aposentadoria ou o saque de quantia
elevada do FGTS).
No entanto, o relator do recurso de revista do
empregado para o TST, ministro Agra Belmonte,
destacou que, no voto vencido do julgamento do TRT,
foi reconhecido que o desligamento massivo de
empregados se deu de forma unilateral e com base
apenas no critério de idade. Para o ministro, são
notórios a ilegalidade e o abuso de direito
praticados pela empresa.
O ministro fundamentou seu entendimento no artigo
5º, caput, da Constituição, que estabelece o
princípio da igualdade, na Declaração Universal dos
Direitos Humanos (artigo 1º), na Convenção 111 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
trata da discriminação, na Convenção 168 da OIT,
relativa à promoção do emprego e proteção contra o
desemprego, e na Lei 9.029/1995, que proíbe práticas
discriminatórias no trabalho, entre outros. Ele
ressaltou que desse arcabouço jurídico observa-se a
notável "diretriz geral vexatória de tratamento
diferenciado à pessoa em virtude de fator
injustamente qualificante", principalmente no âmbito
das relações trabalhistas.
Reconhecendo a nulidade da dispensa, a 3ª Turma, por
unanimidade, determinou a reintegração do
trabalhador, com restabelecimento de todos os
benefícios, inclusive o plano de saúde, e o retorno
dos autos ao TRT para que prossiga no julgamento do
feito. Com informações da assessoria de imprensa do
TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RRAg 21738-31.2016.5.04.0201
Fonte: Consultor Jurídico
31/08/2021 -
Ministério da Saúde admite que Covid-19 pode ter
nova onda em setembro
O Ministério da Saúde já trabalha com a
possibilidade de uma alta nos casos de Covid-19 no
mês de setembro e também de hospitalizações.
A variante delta, que é mais contagiosa, e a
diminuição da proteção das vacinas na população mais
idosa, a primeira a se imunizar, estão entre as
explicações para a preocupação com a aceleração no
número de casos. Estados e municípios, por outro
lado, avançaram na reabertura econômica e no
afrouxamento das regras sanitárias.
Uma das medidas que o Ministério da Saúde acredita
que podem frear um crescimento maior do número de
casos de Covid-19 é a aplicação da terceira dose da
vacina nos imunossuprimidos e nos mais idosos, que
começam a receber o reforço a partir de 15 de
setembro, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua
coluna na Folha de S.Paulo.
O ritmo da vacinação ainda é insuficiente para que
se chegue à cobertura vacinal desejável, de pelo
menos 90% da população imunizada com segunda dose
até 31 de dezembro de 2021, afirmam os pesquisadores
Guilherme Werneck, Ligia Bahia, Jessica de Lima
Moreira e Mário Sheffer.
Fonte: Brasil247
31/08/2021 -
Comissão aprova norma para prevenir transtornos
mentais em trabalhadores
Segundo o relator, os transtornos mentais são a
terceira causa mais comum para concessão de
auxílio-doença
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3588/20, do
deputado Alexandre Padilha (PT-SP), que inclui na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispositivo
para o governo editar norma regulamentadora com
medidas de prevenção e gestão de riscos no ambiente
de trabalho que podem afetar a saúde mental dos
trabalhadores (riscos psicossociais).
Alexandre Padilha afirmou que o projeto foi sugerido
por médicos, psicólogos e enfermeiros que trabalham
com saúde do trabalhador. "Estão muito preocupados
com o aumento deste problema na pandemia de
Covid-19", justificou.
Corpo e mente
O relator, deputado Luciano Ducci (PSB-PR), recomendou
a aprovação da proposta. Ele observa que as normas
para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
abordam com mais frequência questões corporais,
dando menos espaço para a saúde psicossocial. "Os
transtornos mentais podem aparecer em decorrência do
contexto laboral, ou podem aumentar o risco de
outras afecções, o que justifica uma abordagem
preventiva", disse.
O relator nota que os transtornos mentais são a
terceira causa mais comum para concessão de
auxílio-doença, tendo a depressão como principal
diagnóstico. Dos casos analisados pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), mais de 23% foram
motivados pelo trabalho.
Luciano Ducci teme que o quadro de transtornos
mentais piore com a pandemia de Covid-19. Em 2020,
houve aumento de 20% na frequência de doenças
mentais como causa de afastamentos do trabalho.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda
será analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
30/08/2021 -
Precarização crescente do trabalho preocupa
senadores da CDH
A crescente precarização do trabalho no Brasil foi o
tema da audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH) desta
sexta-feira (27). Os convidados expressaram
preocupação com a Medida Provisória 1.045/2021,
criada para regular situações emergenciais geradas
pela pandemia da covid-19. A versão aprovada na
Câmara dos Deputados incluiu dispositivos
considerados "jabutis" (alheios à proposta
original), que flexibilizam em definitivo diversos
aspectos das relações de trabalho. A sugestão
legislativa que cria o Estatuto do Trabalho foi
apresentada na audiência como alternativa para
proteger os direitos trabalhistas ameaçados.
A MPV institui o Novo Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda. Foi editada para
garantir o pagamento de uma parte do
seguro-desemprego ao trabalhador que teve o contrato
suspenso ou o salário e a jornada reduzidos por
conta da pandemia. A versão que saiu da Câmara
incluiu alterações em direitos trabalhistas. Impede,
por exemplo, o acesso à Justiça gratuita àqueles que
tenham renda familiar mensal per capita acima de
meio salário mínimo ou renda familiar mensal acima
de três salários mínimos.
Presidindo a audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS)
apontou as estatísticas de desemprego como refutação
de um argumento central dos defensores da MPV — que
a flexibilização geraria empregos. Lembrou que antes
da reforma trabalhista de 2017, no governo Michel
Temer, o índice de desemprego era menor. Com
salários menores, ponderou Paim, o trabalhador deixa
de consumir e o empregador fatura menos.
— Se puderem, eles fazem voltar a escravidão. Essa
MP que veio da Câmara não está muito longe disso,
não. É muito ruim. É desumana, impiedosa. A saída é
rejeitar ou caducar. Reforma trabalhista não gera
emprego. Pelo contrário. O que gera emprego é
demanda — afirmou o senador gaúcho.
A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) corroborou a fala
de Paim, e disse que o governo deveria, em vez de
retirar direitos, investir na recuperação da
economia:
— A gente tem que dizer ao povo brasileiro que essa
MP é cruel. Ela quer deixar alguns trabalhadores
como uma segunda categoria. Não duvidem do que esse
governo é capaz de fazer — afirmou Zenaide.
Estatuto
O Estatuto do Trabalho, proposta que tramita como a
Sugestão Legislativa 12/2018, é de autoria da
Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT),
da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra),
da Associação Nacional dos Procuradores e das
Procuradoras do Trabalho (ANPT) e do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
O texto é resultado de debates com representantes de
empregados, trabalhadores e especialistas em
relações trabalhistas, ocorridos em 2017 e 2018.
Alguns debatedores da audiência da CDH desta sexta —
como Hugo Melo Filho, presidente da ALJT, e Eneida
Dutra, doutora em Direito pela Universidade de
Brasília (UnB) — criticaram aquilo que classificaram
como uma estratégia do governo para impedir maior
debate parlamentar sobre as propostas de retirada de
direitos, incluindo "jabutis" via emendas de
relator, apresentadas em plenário às vésperas da
votação.
Também foram criticados programas governamentais
incluídos no texto da MPV aprovado pela Câmara,
sobretudo o Primeira Oportunidade e Reinserção no
Emprego (Priore), direcionado a jovens entre 18 e 29
anos. Ele é semelhante ao Carteira Verde e Amarela,
proposto com a MP 905/2020, e que perdeu a vigência
sem ser votado. Para Antonio de Oliveira Lima,
diretor legislativo da ANPT, trata-se de programas "precarizantes"
das relações de trabalho:
— O Priore deveria se chamar 'Piore': piora a
situação dos trabalhadores. Cria para o pobre uma
política pobre. Se a Câmara deixou passar a boiada,
que o Senado feche essa porteira — declarou, fazendo
referência à expressão usada pelo ex-ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Salles, para se referir à
aprovação em bloco de medidas consideradas
impopulares durante a pandemia de covid-19.
Fonte: Agência Senado
30/08/2021 -
Lewandowski alerta Bolsonaro a recuar de golpe em 7
de setembro. ‘Crime inafiançável e imprescritível’
Em artigo, ministro do Supremo dá recado direto a
todos que estejam planejando um golpe de estado ou
um ataque aos outros poderes.
“Preço a pagar pode ser alto”
Em artigo publicado neste domingo (29) no jornal
Folha de S.Paulo, cujo título é “Intervenção armada:
crime inafiançável e imprescritível”, o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski,
manda um recado claro ao presidente Jair Bolsonaro,
que sinaliza que pretende ir às últimas
consequências em suas ameaças de romper com as
instituições democráticas no dia 7 de setembro. “No
Brasil, como reação ao regime autoritário instalado
no passado ainda próximo, a Constituição de 1988
estabeleceu, no capítulo relativo aos direitos e
garantias fundamentais, que ‘constitui crime
inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis e militares, contra a ordem
constitucional e o Estado democrático'”, escreve o
ministro.
No artigo, o magistrado lembra a história do
imperador romano Júlio Cesar e contextualiza o termo
“atravessar o Rubicão”, rio que demarcava a
fronteira de Roma com a província de Gália. Em 49
a.C., Júlio Cesar transpôs o rio pronunciando a
frase: “a sorte está lançada”. “A ousadia do gesto
pegou seus concidadãos de surpresa, permitindo que
Júlio César empalmasse o poder político, instaurando
uma ditadura. Cerca de cinco anos depois, foi
assassinado a punhaladas por adversários políticos,
dentre os quais seu filho adotivo Marco Júnio Brutus
(…)”. Lewandowski usa a citação para explicar a
origem do termo usado no meio jurídico sobre
“usurpação do poder legítimo pela força, apontando
para as severas consequências às quais se sujeitam
os transgressores”.
Vários delitos
O ministro lista normas jurídicas brasileiras – como a
que revogou a Lei de Segurança Nacional – e tratados
internacionais que criminalizam o golpe de estado,
quando alguém atravessa o “rubicão” da democracia, e
dispõe da interpretação do Supremo sobre o artigo
142 da Constituição. “O projeto de lei há pouco
aprovado pelo Parlamento brasileiro, que revogou a
Lei de Segurança Nacional, desdobrou esse crime em
vários delitos autônomos, inserindo-os no Código
Penal, com destaque para a conduta de subverter as
instituições vigentes, ‘impedindo ou restringindo o
exercício dos poderes constitucionais’. Outro
comportamento delituoso corresponde ao golpe de
Estado, caracterizado como ‘tentar depor, por meio
de violência ou grave ameaça, o governo
legitimamente constituído’. Ambos os ilícitos são
sancionados com penas severas, agravadas se houver o
emprego da violência”, alerta ao presidente.
No artigo, Lewandowski ainda cita o artigo 38,
parágrafo 2º, do Código Penal Militar, que pune
subalternos caso obedeçam “ato manifestamente
criminoso” determinado por ordem superior. “Aqui
cumpre registrar que não constitui excludente de
culpabilidade a eventual convocação das Forças
Armadas e tropas auxiliares, com fundamento no
artigo 142 da Lei Maior, para a ‘defesa da lei e da
ordem’, quando realizada fora das hipóteses legais,
cuja configuração, aliás, pode ser apreciada em
momento posterior pelos órgãos competentes”. Assim,
Lewandowski deixa claro que processos futuros
Bolsonaro pode responder por incitar intervenção
militar no dia 7 de setembro usando o preceito
constitucional.
“Esse mesmo entendimento foi incorporado ao direito
internacional, a partir dos julgamentos realizados
pelo tribunal de Nuremberg, instituído em 1945, para
julgar criminosos de guerra. Como se vê, pode ser
alto o preço a pagar por aqueles que se dispõem a
transpassar o Rubicão”, finaliza o ministro do
Supremo, lembrando a corte responsável pelo
julgamento de nazistas na Alemanha de Adolph Hitler.
Com Revista Fórum, Brasil 247 e Folha de S.Paulo
Fonte: RevistaForum
30/08/2021 -
Desemprego só diminui em 2023
Matéria da Folha de S. Paulo aponta que economistas
preveem que o desemprego só retomará ao nível
pré-pandemia em 2023. No trimestre encerrado em
maio, a taxa analisada pelo IBGE foi de 14,6%, o que
representa 14,8 milhões de pessoas.
O ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman,
explica que a recuperação dos empregos depende
diretamente do investimento que o País recebe.
Projeções do boletim Focus mostram que os níveis de
desemprego permanecem elevados até 2023.
Fatores externos também influenciam nas projeções
econômicas. Além da pandemia da Covid-19, o processo
eleitoral do ano que vem também pode evitar o
crescimento dos investimentos no Brasil.
Os economistas discordam da visão do presidente da
República, Jair Bolsonaro, que atribui o nível de
desemprego no País ao isolamento social e às
restrições de circulação da população. Segundo os
especialistas, a retomada econômica se deu em outros
países pela postura de liderança dos governantes,
especialmente com a compra de vacinas e no combate à
doença.
2022 – A melhora, como a população espera, ainda não
se dará no próximo ano. De acordo com as previsões,
o nível de desocupação estimado para o quarto
trimestre de 2022 é de 11,8%. Ainda assim, mais alto
do que o registrado no quarto trimestre de 2019,
período anterior à pandemia, quando foi cravado 11%
de desempregados no Brasil.
Mais – Acesse o site da Folha de S. Paulo.
Fonte: Agência Sindical
30/08/2021 -
Relator da reforma administrativa deve manter
estabilidade a todo servidor
O deputado Arthur Maia (DEM-BA) anunciou que
apresentará seu parecer sobre a proposta de emenda à
Constituição 32/2020, a PEC da reforma
administrativa, nesta segunda-feira (30). O Insider
apurou que o relator concordou em manter a
estabilidade a todos os servidores.
O governo quer restringi-la apenas aos cargos
típicos de Estado. Porém, a PEC não define quais
seriam essas carreiras. Parlamentares ouvidos pelo
Insider avaliam que tal definição abrirá um “balcão
de lobby” das categorias.
O Insider apurou também que, nas negociações, a
estabilidade foi garantida, e, em contrapartida,
será mantida no texto a previsão de contratação de
empregados públicos temporários.
“Trabalhei a muito para que pudéssemos construir um
texto moderno, que trouxesse elementos de gestão de
desempenho e garantisse direitos de quem já está
trabalhando. Representa um avanço para o Brasil”,
disse o relator nas redes sociais.
A PEC foi enviada à Câmara pelo governo em setembro
do ano passado. Porém, em meio à pandemia de covid-19,
a comissão especial dedicada a analisar o texto só
foi instalada em junho. O colegiado é presidido pelo
deputado Fernando Monteiro (PP-PE).
Fonte: Congresso em Foco
30/08/2021 -
Preços da indústria têm inflação de 1,94% em julho,
diz IBGE
A taxa é superior ao 1,29% de junho deste ano
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços dos produtos na saída das
fábricas, registrou inflação de 1,94% em julho deste
ano. A taxa é superior ao 1,29% de junho deste ano,
mas inferior aos 3,22% de julho de 2020.
Com o resultado de julho, o IPP acumula taxas de
inflação de 21,39% no ano (mais do que os 19,38%
registrados em todo o ano de 2020) e de 35,08% em 12
meses. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em julho, 20 das 24 atividades industriais
pesquisadas tiveram alta de preços em seus produtos,
com destaque para os alimentos (2,09%), refino de
petróleo e produtos de álcool (3,26%), indústrias
extrativas (3,61%) e metalurgia (3,68%).
Quatro atividades apresentaram deflação (queda de
preços): máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(-1,37%), produtos de fumo (-0,51%), produtos
têxteis (-0,49%) e produtos de madeira (-0,18%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da
indústria, a principal alta em julho veio dos bens
de consumo semi e não duráveis (2,22%). Os demais
segmentos tiveram as seguintes taxas de inflação:
bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos
usados no setor produtivo (2,14%), bens
intermediários, isto é, insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,90%), e bens de consumo
duráveis (0,76%).
Fonte: Agência Brasil
27/08/2021 -
Caged: Brasil cria 316 mil postos de trabalho formal
em julho
Região Sudeste foi a que gerou mais postos de
trabalho
O Brasil registrou um saldo de 316.580 novos
trabalhadores contratados com carteira assinada em
julho de 2021. O saldo é o resultado de um total de
1.656.182 admissões e 1.339.602 desligamentos. De
acordo com o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta
quinta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho, o
salário médio de admissão caiu 1,25% na comparação
com o mês anterior, situando-se em R$ 1.801,99.
No acumulado do ano, o país registra saldo de
1.848.304 empregos, decorrente de 11.255.025
admissões e de 9.406.721 desligamentos. O estoque
nacional de empregos formais, que é a quantidade
total de vínculos celetistas ativos, relativo a
julho ficou em 41.211.272 vínculos, o que representa
uma variação de 0,77% em relação ao estoque do mês
anterior.
Regiões e estados
A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de
trabalho. O saldo positivo ficou em 161.951 vagas, o
que corresponde a um aumento de 0,77% ante a junho.
No Nordeste foram criados 54.456 postos (+0,83%); na
Região Sul o saldo também ficou positivo (42.639
postos, +0,55%), a exemplo do Centro-Oeste (+35.216
postos, +1,01%) e do Norte (+22.417 postos, +1,18%).
São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo
positivo, com 104.899 novos postos de trabalho
(+0,82%, na comparação com junho), seguido de Minas
Gerais (+34.333 postos; +0,79%); e Rio de Janeiro:
(+18.773 postos; +0,58%).
Já as unidades federativas com o menor saldo foram o
Acre (806 novos postos; crescimento de 0,90% ante ao
mês anterior); Amapá (saldo de 794 postos; +1,17%);
e Roraima: (saldo de 332 postos; crescimento de
0,55%).
Salário médio de admissão
O salário médio de admissão em julho de 2021
(R$1.801,99) apresenta uma queda real de R$ 22,72 na
comparação com junho de 2021. A variação corresponde
a um percentual de -1,25%.
Na indústria de transformação, a queda do valor
médio de admissão (-1,69%) resultou em um salário
inicial de R$ 1.767,15. No setor de construção, a
queda (-0,65%) fez com que o salário médio inicial
registrado ficasse em R$ 1.848,81. Já a queda do
salário médio de admissão do setor de serviços ficou
em -1,49%. Com isso, o salário médio inicial do
setor está em R$1.965,68.
Fonte: Agência Brasil
27/08/2021 -
Oposição cobra providências do ministro da Justiça
contra invasão do STF e Congresso
Deputados apresentaram requerimento para que
Anderson Torres compareça à Câmara e diga o que vai
ser feito com relação às ameaças nos atos
antidemocráticos de 7 de setembro
Líderes de partidos de oposição na Câmara (PT, PCdoB,
PSOL, PSB e PDT) assinaram nesta quinta-feira (26)
um requerimento em que pedem ao presidente da Casa,
Arthur Lira (PP-AL), a convocação do ministro da
Justiça, Anderson Torres, para que ele exponha
providências a serem tomadas nos atos
antidemocráticos marcados para 7 de setembro.
As manifestações, incentivadas por Jair Bolsonaro,
têm como bandeira a destituição de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e uma ruptura
democrática. Nas convocações, bolsonaristas pregam
invasão do prédio do STF e do Congresso Nacional,
como forma de retaliação pela rejeição ao voto
impresso e também por conta das decisões do Supremo
desfavoráveis ao presidente e seus pares.
“Longe de serem manifestações legítimas e
democráticas, estes grupos ameaçam cometer diversos
crimes e atentados contra a ordem democrática, o
Congresso Nacional, o STF e às pessoas”, escrevem os
deputados no requerimento.
“Pelo exposto, vivemos o risco de em 7 de setembro,
data magna da nossa Independência, ocorreram atos
contra a Constituição e o Estado Democrático, com
ataques ao STF e ao Congresso Nacional e o
cometimento de diversos crimes entre eles a invasão
de prédios públicos, agressão a pessoas, depredação
de patrimônio público”, prosseguem os parlamentares.
No requerimento de convocação, os líderes da oposição
destacam que o “próprio pedido de impeachment do
ministro Alexandre Moraes do Supremo Tribunal
Federal, feito de forma inédita pelo próprio
Presidente da República, tem como objetivo estimular
a mobilização desses grupos extremistas”.
Eu reunião do Colégio de Líderes na parte da tarde,
o líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass (RS),
disse que o ministro da Justiça precisa ser
convocado o mais rápido possível.
“É imperioso que haja a convocação do ministro da
Justiça para que fale sobre os atos antidemocráticos
de 7 de setembro, assim como também é importante um
posicionamento da Câmara em defesa da democracia. Se
quem defende a democracia se cala, os favoráveis à
ditadura se impõem”, declarou.
Fonte: RevistaForum
27/08/2021 -
Paulo Paim quer sessão temática para discutir
efeitos da MP 1045
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (25), o
senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a defender a
realização de uma sessão de debates temáticos para
discutir a Medida Provisória que altera as regras
trabalhistas e previdenciárias (MPV 1045/2021).
Segundo ele, é preciso trocar ideias sobre essa MP,
porque o texto, se aprovado, poderá gerar
consequências para milhares de trabalhadores
brasileiros.
— Todos querem saber como ficará a questão do
décimo-terceiro salário, férias, FGTS, horas-extras,
contribuições à Previdência, auxílio-doença. Quem
vai pagar os peritos? Como fica a situação dos
mineiros? O que é de fato esse tal de abono? Como
ficam os sindicatos? Negocia ou não negocia? Quem
pode entrar na Justiça? Todos terão de pagar? Como
ficam os acordos individuais ou coletivos? Trabalho
intermitente, sem limite, acidentes de trabalho,
fiscalização. Centenas de categorias já estão
mobilizadas e preocupadas. Eu diria até apavoradas,
concluiu.
Por fim, o senador Paulo Paim saudou atletas
paralímpicos brasileiros que estão em Tóquio
representando o país. As competições começaram nesta
terça-feira (24) e seguiem até o dia 5 de setembro.
— Parabéns a todos. As paralimpíadas significam a
diversidade, a inclusão por meio do esporte. A prova
de que todos, independentemente dos seus corpos,
podem sonhar, participar e realizar. É o encontro do
ser humano com sua essência e suas ilimitadas
possibilidades, disse.
Fonte: Agência Senado
27/08/2021 -
Empresários pedem adiamento da reforma do IR e
criticam açodamento
Mais de 60 organizações representativas da indústria
assinam novo manifesto pelo adiamento da análise do
PL 2.337/2021, que muda as regras do Imposto de
Renda e taxa lucros e dividendos. Presidente do
Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO),
Edson Vismona afirmou nesta quarta-feira (25) ao
Insider que a proposta tem erros conceituais claros
e, principalmente, não pode ser votada sem a devida
discussão e mensuração dos impactos.
Vismona critica a falta de transparência e clareza
do governo no debate sobre a reforma tributária. “Os
números não conversam entre si. Os números
apresentados pelo governo são muito diferentes [dos
cálculos dos empresários]. Estamos falando de
aumento de impostos. Você vai onerar quem no final?
O cidadão, porque esses custos são repassados”, diz.
O projeto de lei tramita na Câmara em regime de
urgência e não foi analisado por nenhuma comissão
temática. Os deputados analisam os substitutivos
apresentados pelo relator, Celso Sabino (PSDB-PA). A
votação do texto em plenário já foi adiada diversas
vezes por falta de acordo.] “Foram sendo
apresentados pareceres atrás de pareceres,
‘puxadinho atrás de puxadinho’... Temos que ter
discussões mais profundas", destaca o presidente do
ETCO.
O advogado afirma que não se pode, de forma alguma,
cometer erros em uma reforma como essa,
principalmente em um momento tão delicado para a
economia. “Muitos setores estão segurando
investimentos aguardando o que isso [a reforma] vai
dar. Investimento é atraído por segurança,
credibilidade. O impacto está aí: a bolsa de valores
já reproduziu isso”, destaca.
Ao defender debate aprofundado das mudanças
tributárias, Vismona avaliou que a PEC 110/2019, que
prevê uma reforma tributária ampla e tramita no
Senado, ao menos mostra um “norte”. O texto tem como
relator o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que deve
apresentar seu parecer esta semana.
“O governo precisa mostrar essa clareza e discutir
de forma muito transparente. O que nós queremos?
Para onde nós vamos? Como gerar renda, como gerar
empregos”, concluiu Vismona.
Fonte: Congresso em Foco
26/08/2021 -
Propostas que mudam regras trabalhistas serão
debatidas pela CDH na sexta
A sugestão legislativa que cria o Estatuto do
Trabalho e a MP 1.045/2021, que traz mudanças nas
regras trabalhistas para ajudar empregadores a
enfrentar a pandemia de covid-19, serão discutidos
em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos
(CDH) na sexta-feira (27), às 9h. A reunião ocorrerá
remotamente e terá caráter interativo por meio do
canal e-Cidadania, do Senado.
O autor do requerimento, senador Paulo Paim (PT-RS),
explica que a Sugestão Legislativa (SUG) 12/2018 é
fruto da Subcomissão do Estatuto do Trabalho (CDHET),
criada no âmbito da CDH em 2016. De acordo com ele,
que é relator da matéria, o texto foi elaborado com
base em audiências públicas onde foram ouvidos
especialistas, sindicatos, entidades patronais,
representantes do governo, além de membros da
população de modo geral.
Para Paim, a sugestão legislativa contribuirá para o
debate sobre a nova realidade do mundo do trabalho,
“sobretudo no momento em que o país tem cerca de 15
milhões de brasileiros desempregados e outros 6
milhões desalentados, ou seja, já perderam a
esperança de conseguir emprego”.
Já MP 1.045/2021 é considerada por Paim uma nova
reforma trabalhista, “que vai precarizar ainda mais
o mundo do trabalho”. Por isso ele defende o
aprofundamento do debate na audiência de
sexta-feira, que terá a participação de
representantes de instituições como o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho e da
Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho.
Fonte: Agência Senado
26/08/2021 -
Governo Bolsonaro incluirá MEIs na dívida ativa e
trabalhadores podem perder CNPJ
Já afetados pela crise na pandemia,
microempreendedores individuais protestam contra
inclusão que deve valer a partir de 1º de setembro.
“Ação vai me prejudicar diretamente e sem a MEI não
consigo trabalhar”, lamenta atriz e professora
Microempreendedores individuais (MEIs) que estão em
atraso com o pagamento de impostos têm até o próximo
dia 31 de agosto para regularizar a situação ou
parcelar os débitos e evitar a cobrança judicial dos
valores. Ignorando o atual cenário de desemprego e
alta na inflação, além dos efeitos da pandemia sobre
esse grupo de trabalhadores, o governo de Jair
Bolsonaro decidiu inscrevê-los na dívida ativa, com
aumento de 20% em juros e outros encargos.
Dados do Ministério da Economia mostram que, em maio
deste ano, 65% dos microempreendedores individuais
estavam inadimplentes. O que representa um aumento
de 14 pontos percentuais em relação a maio de 2018,
quando 51% estavam nessa situação. Hoje há pouco
mais de 12 milhões de microempreendedores
individuais ativos no Brasil, o que significa que a
medida do governo Bolsonaro vai afetar a vida de
quase 8 milhões de trabalhadores e suas famílias.
Medida prejudica os mais pobres
O secretário de Relações do Trabalho da CUT São Paulo,
Wagner Menezes, avalia que o governo federal erra ao
investir contra os trabalhadores quando o cenário
mostra a necessidade de políticas de emprego e
aumento na renda. “Os MEIs foram os mais
penalizados. Mais uma vez o governo mostra que veio
para trabalhar com o grande empresariado e para as
classes minorizadas, nada. E a gente sabe que tem
grandes empresários que têm uma dívida ativa muito
maior e o governo não está preocupado em cobrá-los.
Por que cobrar da classe trabalhadora?”, questiona
Menezes.
Quem não pagar os débitos pode perder o direito a
benefícios previdenciários e ter o CNPJ cancelado.
Os MEIs também poderão ser excluídos do regime
Simples Nacional e ter dificuldades na obtenção de
financiamentos e empréstimos. Além disso, as dívidas
referentes a impostos municipais e estaduais serão
encaminhadas para a dívida ativa dos respectivos
entes, com acréscimos de juros e encargos, de acordo
com a legislação.
Impossibilidade do pagamento da dívida
A atriz e professora de teatro Sheila Mara está
preocupada com a medida. Ela relata que não
conseguiu mais pagar os tributos como
microempreendedora individual porque ficou sem renda
na pandemia. Desde o início da crise sanitária, em
março do ano passado, Sheila conta que a escola onde
trabalha informou que não conseguiria manter o
salário dos educadores com as portas fechadas. “Até
então a gente acreditava que seria uma coisa rápida.
Mas acabou se estendendo por muito mais tempo e
ficamos sem nenhuma ajuda de custo, nem ajuda de
cesta básica, nada”, comenta.
“Tentei o auxílio emergencial, consegui as parcelas
que o governo disponibilizou até dezembro. Mas o
valor de R$ 600 foi usado para cobrir necessidades
básicas de uma casa. E ainda assim deixei diversas
contas em aberto, de vários setores. Meu nome ficou
sujo e fui priorizando as coisas de necessidade
mesmo da casa, água, luz e comida principalmente”.
Para a professora, o governo Bolsonaro age para
inviabilizar a regularização das dívidas. Já que,
sem a possibilidade de atuar como microempreendedora
individual, ela também não vai ter como quitar os
débitos.
“Agora que eu estou voltando a trabalhar, preciso da
minha MEI para emitir nota para trabalhar e pagar
essas contas atrasadas. Só que a minha MEI está
atrasada desde março de 2020. Então, se for somar de
março até agora, agosto de 2021, estou com uma
dívida maior do que R$ 1 mil, que seria mais ou
menos o salário de um mês trabalhado, e não tenho
uma perspectiva de como cobrir no próximo mês. Essa
ação vai me prejudicar diretamente e sem a MEI eu
não consigo trabalhar”, lamenta a professora.
Informações
A quitação dos impostos devidos pelos
microempreendedores individuais pode ser feita
diretamente com o pagamento das guias do Documento
de Arrecadação do Simples Nacional. Já para o
parcelamento é preciso acessar o site da receita
(aqui), clicar na guia SIMEI, escolher a opção
parcelamento e seguir as instruções.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/08/2021 -
Alvo da PEC 32 é o povo, adverte consultor
Imagine região indígena rica em minérios. Sobre ela
está a terra. E nela as tribos. Você só extrai o
minério se tirar do caminho os habitantes. O mesmo
se dá com a PEC 32 (Reforma Administrativa): pra
privatizar tudo, o governo precisa primeiro se
livrar dos Servidores.
A analogia é de Vladimir Nepomuceno, Servidor
Federal aposentado e consultor de entidades de
classe. Ele também assessora a Frente Parlamentar
Mista do Serviço Público.
Para Nepomuceno, “mesmo correndo contra o tempo, as
entidades precisam chegar até a população e mostrar
que o povo é o alvo da PEC 32, que o usuário dos
serviços públicos básicos será o grande
prejudicado”.
A prevalecer o texto do governo, “o SUS será
desmontado e pra ter serviços médicos a pessoa terá
que pagar”. Vladimir Nepomuceno alerta: “Não haverá
mais no sistema público procedimentos grátis pra
cirurgias ou internações. Isso será cobrado”. O
objetivo de Guedes/Bolsonaro, afirma, é “repassar os
serviços pra organizações sociais – OSs.” O
trabalhador ficará vinculado a esse tipo de
organização, sem direitos e levando calote.
Tarefas – Vladimir Nepomuceno orienta os
dirigentes: Atrasar ao máximo a tramitação, pra que
a decisão fique mais próxima das eleições; Tentar
adiar a votação da PEC 32 na Câmara; Em caso de
votação, pressionar pra que o governo não obtenha os
308 votos; Divulgar nomes dos parlamentares a favor,
dos contrários e dos indecisos.
Sindicalismo – Para o consultor, o
sindicalismo do funcionalismo precisa conversar mais
com o segmento privado, porque, seja metalúrgico,
químico, condutor ou outra função, o trabalhador
será duramente atingido pela reforma administrativa.
Servidor – “Servidor eventualmente iludido
deve se lembrar que tem família e que seus
familiares ficarão à mercê do interesse privado, ou
seja, do lucro”, conclui Nepomuceno.
Live – O consultor participa de live nesta
quarta (25), às 19 horas, pra apontar os impactos da
PEC 32 ao Servidor e à sociedade. O programa irá ao
ar pela página do Sindicato dos Servidores de
Guarulhos (Stap) e também pelo Facebook da Agência
Sindical.
Fonte: Agência Sindical
26/08/2021 -
Pobreza avança no Brasil com pandemia e governo
Bolsonaro
Nível de pobreza cresceu em 24 das 27 unidades da
federação
O governo Jair Bolsonaro será marcado, entre outras
mazelas, como um período de aumento da desigualdade
no Brasil. A crise econômica, agravada pela pandemia
de Covid-19, a um aumento generalizado da pobreza,
com altas mais fortes nos estados do Nordeste e nos
grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de
Janeiro. É o que aponta um estudo do economista
Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
De acordo com a pesquisa, entre o primeiro trimestre
de 2019 e janeiro deste ano, o nível de pobreza
cresceu em 24 das 27 unidades da federação. O
trabalho também mostra que houve aumento da
população em pobreza extrema em 18 das 27 unidades
da federação, considerando renda per capita de US$
1,90 por dia (cerca de R$ 160 por mês).
Em São Paulo, a parcela de população pobre subiu de
13,8% em 2019 para 19,7% em 2021. No Rio,
ultrapassou um quinto da população, passando de
16,9% para 23,8%. “As economias dos centros urbanos
são muito focadas em serviços, como alimentação,
alojamento e entretenimento, que foram mais
atingidos pelas características desta crise”, diz
Duque.
Nos três únicos estados em que não houve aumento do
indicador, os pobres já representavam mais de 30% da
população: Acre (46,4%), Pará (45,9%) e Tocantins
(35,7%). Na média, a população pobre no Brasil
passou de 25,2% do total no primeiro trimestre de
2019 para 29,5% em janeiro deste ano.
Os cálculos foram feitos com base em dados do IBGE,
considerando a classificação de pobreza pelo Banco
Mundial, de renda per capita de até US$ 5,50 por dia
(cerca de R$ 450 por mês). O parâmetro do cálculo é
a taxa de câmbio da paridade do poder de compra
(critério que busca eliminar as diferenças de custo
de vida, permitindo uma comparação entre países).
Ainda que possa haver melhora nos dados mais
recentes, com a retomada do pagamento do auxílio
emergencial a partir de abril e de alguma reação do
mercado de trabalho, a expectativa entre economistas
é que os níveis de pobreza se mantenham acima do que
eram antes da Covid-19.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
26/08/2021 -
Pacheco rejeita impeachment contra Alexandre de
Moraes feito por Bolsonaro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
anunciou nesta quarta-feira (25) que irá rejeitar o
pedido de impeachment do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, feito
pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo Pacheco.
"O Estado Democrático de Direito exige a obediência
a este princípio da legalidade, para que só se
instaure um processo desta natureza quando haja
efetivamente justa causa e um fato que possa se
adequar à Lei 1.079", disse Pacheco, que acolheu um
parecer da Advocacia-Geral do Senado Federal.
Pacheco também apelou para o fato de que a separação
dos poderes deve ser garantida e que ocorra de
maneira harmoniosa, abrindo uma oportunidade para a
retomada do diálogo entre os poderes.
"Quero acreditar que esta decisão que define por
parte do Senado Federal e de sua presidência este
pedido de impeachment possa constituir um marco de
restabelecimento das relações entre os poderes, da
união nacional que tanto reclamamos e pedimos",
continuou Pacheco, que não respondeu a jornalistas.
A proposta foi apresentada na última sexta-feira
(20), e assinada unicamente por Jair Bolsonaro - o
texto, escrito em primeira pessoa, argumenta que
Alexandre cometeu crime de responsabilidade e
deveria ser afastado. A manobra gerou uma onda de
repercussão negativa, e o Supremo Tribunal Federal
(STF) se uniu em apoio a Moraes, assim como o
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido de impeachment de Moraes - assim como um
eventual pedido semelhante ao ministro Luís Roberto
Barroso - é uma das investidas mais recentes do
presidente Jair Bolsonaro contra o poder Judiciário.
A questão de destituição de ministros, assim como o
fechamento da corte, deve estar no centro de
manifestações no dia sete de setembro.
Fonte: Congresso em Foco
26/08/2021 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,89% em agosto
É a maior variação para um mês de agosto desde
2002
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial,
registrou alta de preços de 0,89% em agosto. A taxa
é superior ao 0,72% de julho deste ano e ao 0,23% de
agosto do ano passado. Esta é a maior variação para
um mês de agosto desde 2002 (1%).
O IPCA-15 acumula taxas de inflação de 5,81% no ano
e de 9,30% em 12 meses, segundo dados divulgados
hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Na prévia de agosto, o principal impacto para a
inflação veio do grupo de despesas habitação, que
registrou alta de preços de 1,97%, influenciada pela
energia elétrica, cujo custo subiu 5%.
Os transportes também tiveram contribuição
importante, ao subir 1,11% na prévia do mês. O
comportamento do grupo foi influenciado pelas altas
de preços da gasolina (2,05%), do etanol (2,19%) e
óleo diesel (1,37%). Em média, os combustíveis
tiveram inflação de 2,02% no período.
Os alimentos e bebidas tiveram inflação de 1,02%,
devido às altas de produtos como tomate (16,06%),
frango em pedaços (4,48%), frutas (2,07%) e leite
longa vida (2,07%).
O grupo saúde e cuidados pessoais foi o único que
apresentou deflação (queda de preços), ao recuar
0,29% na prévia do mês.
Fonte: Agência Brasil
26/08/2021 -
TRT-6 autoriza saque de FGTS para pai custear
tratamento de saúde do filho autista
Quando o dependente do trabalhador tem necessidade
de acompanhamento permanente de profissionais
multidisciplinares fazendo com que o custo de
manutenção da sua saúde seja elevado, a condição
equipara-se ao quadro de enfermidade grave, apta a
permitir o saque do saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço.
Com esse entendimento, a 4ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 6ª Região manteve a sentença
que permitiu que um trabalhador sacasse o saldo de
seu FGTS para custear tratamento de saúde de seu
filho.
No caso, um trabalhador entrou na Justiça, contra a
Caixa Econômica Federal, para que pudesse sacar seu
saldo do FGTS para custear tratamento de saúde de
seu filho que é portador de transtorno autista grave
e outras doenças. O juízo da 10ª Vara do Trabalho de
Recife julgou o pedido procedente.
A instituição bancária recorreu, alegando que a Lei
8.036/90 estabelece as condições de retirada do
FGTS, inclusive prevendo quais são as doenças graves
que habilitam o trabalhador a utilizar o depósito
fundiário. Argumentou que as enfermidades do filho
do reclamante não estão listadas na referida Lei e
que era necessário seguir os limites impostos pela
legislação para garantir que todos os trabalhadores
pudessem ter os mesmos direitos.
A desembargadora relatora, Ana Cláudia Petruccelli
de Lima, afirmou que a construção jurisprudencial
sobre o tema autoriza a liberação do FGTS quando
comprovado que o dependente do requerente é portador
de doença grave, ainda que não esteja a enfermidade
expressamente listada no rol do artigo 20 da Lei
8.036/90.
No entendimento da magistrada a listagem das doenças
na referida lei é meramente exemplificativa. Essa
interpretação encontra amparo, essencialmente, no
princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana.
A relatora ressaltou que o quadro das doenças do
dependente do autor fazem com que sejam necessárias
terapias especializadas, assim, ainda que não
previstas legalmente, possuem gravidade
considerável, uma vez que o legislador não teria
como prever todas as hipóteses existentes,
devendo-se permitir o saque do saldo constante na
conta fundiária.
A Caixa Econômica Federal foi condenada ao pagamento
dos honorários de sucumbência no percentual de 10%
sobre o valor da causa em favor do advogado do
autor.
0000097-79.2020.5.06.0010
Fonte: Consultor Jurídico
25/08/2021 -
Governo Bolsonaro busca diálogo com centrais
sindicais em meio à crise de popularidade
À reportagem da Folha de SP, sindicalistas
relataram que o ministro Onyx Lorenzoni, se diz
aberto às reivindicações do movimento sindical
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni,
recebeu representantes das Centrais Sindicais nesta
terça-feira (24), em Brasília. As lideranças das
centrais disseram à jornalista Camila Mattoso, do
Painel da Folha, que o convite partiu de Lorenzoni,
que manifestou interesse em abrir um canal de
diálogo para ouvir as demandas do movimento
sindical.
Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2019,
a interlocução entre as centrais sindicais e o
governo federal foi congelada. O presidente
inclusive dissolveu o Ministério do Trabalho,
recriado em julho deste ano.
Participantes do encontro relatam que Onyx se disse
aberto às reivindicações dos sindicalistas e que a
reunião desta terça seria a primeira de muitas. Ele
afirmou que não concordará com todas as pautas das
centrais sindicais, mas ressaltou que tem histórico
como sindicalista no Rio Grande do Sul e vê suas
demandas como legítimas.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical lembra
que assim que o governo Bolsonaro assumiu, no dia 1º
de janeiro de 2019, as centrais sindicais enviaram
uma Carta ao presidente da República Jair Bolsonaro,
com as principais bandeiras de luta da classe
trabalhadora e que, até então, não havíam obtido
resposta. “Esperamos que esta abertura de diálogo
com o movimento sindical seja de fato para que os
interesses dos trabalhadores sejam debatidos e mais
do que isso, defendidos”, diz Torres.
A aproximação acontece em um momento em que o
presidente enfrenta crise de popularidade,
pressionado pela CPI da Covid, pela relação tensa
com o Supremo Tribunal Federal e por manifestações
que pedem seu impeachment, das quais participam as
próprias centrais sindicais.
“Foi um primeiro contato. Questionamos se a
recriação do ministério é para centralizar o debate
sobre trabalho e colocá-lo no lugar certo. É o
espaço correto, dialogando com as centrais sindicais
e as empresas”, diz Sergio Nobre, presidente da
Central Única dos Trabalhadores (CUT).
“Ele disse que quer construir em negociação com as
centrais. Vamos conferir. Nossa dúvida é que essa
não é a linha do governo. Ele foi muito simpático,
demonstra boa vontade na relação, mas o governo não
é do diálogo. Espero que não seja repreendido pelo
Bolsonaro por ouvir os trabalhadores”, acrescenta.
“Ele disse que construiu os sindicatos de
veterinários no Rio Grande do Sul e que entende o
nosso lado do balcão. Disse que sabe do diálogo e do
esforço do sindicalismo”, afirma João Carlos
Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força
Sindical.
“Achei que é uma abertura de diálogo em um momento
difícil do país. O Ministério do Trabalho pode ser
um espaço de diálogo. É o que estamos querendo
construir”, completa.
com informações da Folha SP
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/08/2021 -
Para OAB, pedido de impeachment de Moraes não tem
fundamento
O pleno do Conselho Federal da OAB, maior órgão
deliberativo da entidade, aprovou nesta terça (24)
um parecer sobre o pedido de impeachment do ministro
do STF Alexandre de Moraes. O documento aponta que
“o pleno funcionamento do STF, assim como o pleno
funcionamento de todos os Poderes da República,
constitui pilar de sustentação do Estado Democrático
de Direito".
Ainda de acordo com a Ordem, o esvaziamento ou
comprometimento das instituições "representa a
derrocada do regime democrático no país e a abertura
para as mais diversas violações de direitos, uma vez
que o guardião da Constituição não mais poderia
atuar, de forma independente, para tutelar e
assegurar os direitos e garantias fundamentais dos
cidadãos.”
O parecer conclui, assim, pela “inexistência de
crimes de responsabilidade imputáveis ao eminente
Ministro Alexandre de Moraes, de modo que a denúncia
apresentada pelo Senhor Presidente da República Jair
Bolsonaro, a par de sua ilegitimidade para tal
iniciativa, ao invocar a sua condição de Chefe do
Poder Executivo Federal, não possui fundamento
jurídico para justificar a abertura de processo de
impeachment contra o referido Ministro injusta e
abusivamente denunciado, razão por que deve ser
liminarmente rejeitada pelo eminente Presidente do
Senado Federal”.
O documento será enviado para os presidentes do
Congresso Nacional, do STF e do STJ.
Fonte: Congresso em Foco
25/08/2021 -
Bolsonaro aposta tudo em atos de 7 de Setembro para
salvar seu governo
Planalto vê o 7 de Setembro como “divisor de
águas”
O presidente Jair Bolsonaro se isolou ainda mais
após pedir, na sexta-feira (20), o descabido pedido
de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do
STF (Supremo Tribunal Federal). O novo ataque à
Corte e à democracia não será terá vida longa. Mas o
que Bolsonaro quer, na prática, é radicalizar o
discurso para fidelizar a própria base de apoio e
garantir mais público nos atos golpistas chamados
pelo governo para o 7 de Setembro.
Em outras palavras, o bolsonarismo, isolado, aposta
tudo nas manifestações para dar uma sobrevida ao
governo. Até a PF (Polícia Federal) já investiga se
a Presidência da República está diretamente
envolvida na organização e no financiamento dos
eventos golpistas.
De acordo com a colunista do Estadão Eliane
Cantanhêde, o Planalto vê o 7 de Setembro “como um
‘divisor de águas’, com expectativa de recorde de
bolsonaristas nas ruas, mas sem risco de ataques a
tiros contra instituições e seus representantes.
‘Isso, não’, diz um ministro. Fora do Planalto,
inclusive nos governos estaduais, não há essa
certeza”.
Nesta segunda (23), em entrevista à Rádio Regional,
de Eldorado (SP), o presidente voltou a dizer que
participará dos atos em São Paulo e Brasília, além
de insistir na defesa do voto impresso. Bolsonaro
chegou a prometer reduzir a pressão pela mudança no
sistema eleitoral, segundo o presidente da Casa,
Arthur Lira (PP-AL), o que não ocorreu. Lira, por
sua vez, foi cobrado por aliados por ter confiado na
promessa.
Na opinião de aliados do Planalto, o pedido de
impeachment de Moraes foi “acelerado” por Bolsonaro
como resposta à operação da PF que teve como alvo,
na sexta-feira, dois bolsonaristas – o cantor
sertanejo Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de
Paula (PSC-RJ). “O pedido de impeachment de Moraes
foi ‘para incomodar’. O 7 de Setembro é para
‘mostrar força’”, diz Cantanhêde.
Na entrevista, Bolsonaro saiu em defesa de
apoiadores alvo de investigações. Ele citou uma
“caça às bruxas” ao criticar ainda prisões
decretadas por Moraes, como a do deputado afastado
Daniel Silveira (PTB-RJ), do blogueiro Oswaldo
Eustáquio e, mais recentemente, do presidente do
PTB, Roberto Jefferson. Todas as prisões foram
determinadas por Moraes por ser relator dos
inquéritos de fake news.
Em meio à crise, outro revés revelou o isolamento
crescente de Bolsonaro. Nesta segunda-feira (23), 25
governadores se uniram num pacto em defesa da
democracia e cobraram reuniões com os presidentes
dos Três Poderes. Até mesmo governantes alinhados ao
Planalto, como Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Ronaldo
Caiado (DEM-GO), aderiram à iniciativa. Em 2018, 15
governadores eleitos apoiaram abertamente Bolsonaro.
Da Redação, com agências
Fonte: Portal Vermelho
25/08/2021 -
Caixa termina de depositar lucro do FGTS; veja como
consultar
Cerca de 88,6 milhões de trabalhadores receberam
crédito
Cerca de 88,6 milhões de trabalhadores receberam o
rateio do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) em 2020. A Caixa Econômica Federal
informou nesta terça-feira (24) ter concluído os
depósitos nas contas vinculadas.
No último dia 17, o Conselho Curador do FGTS decidiu
distribuir aos trabalhadores R$ 8,129 bilhões
decorrentes do lucro líquido do fundo no ano
passado. O montante equivale a 96% do ganho de R$
8,467 bilhões obtido pelo FGTS em 2020. O depósito
estava previsto para ocorrer até o fim do mês, mas
foi concluído uma semana antes do prazo.
Cálculo
O valor de referência corresponde ao saldo de cada
conta em 31 de dezembro de 2020. Quem tiver mais de
uma conta receberá o crédito em todas elas,
respeitando a proporcionalidade do saldo.
Para saber a parcela do lucro que será depositada, o
trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta
em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por
0,01863517. Esse fator significa que, na prática, a
cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 18,63.
Quem tinha R$ 2 mil terá crédito de R$ 37,27, com o
valor subindo para R$ 93,17 para quem tinha R$ 5 mil
no fim de 2020.
Na prática, a distribuição dos lucros elevou para
4,92% a rentabilidade do FGTS neste ano, 0,4 ponto
percentual acima da inflação oficial de 4,52%
acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) em 2020. Pela legislação, o
FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR).
Desde 2017, a TR está zerada.
Como consultar o saldo
O trabalhador tem dois meios principais para verificar
o saldo do FGTS. O primeiro é o aplicativo FGTS,
disponível para os telefones com sistema Android e
iOS. O segundo é a consulta do extrato do fundo, no
site da Caixa.
Quem não puder fazer a consulta pela internet deve
ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no
balcão de atendimento. O banco também envia o
extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no
endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve
procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número
0800-726-0101 e informar o novo endereço.
Saques
O pagamento de parte dos ganhos do FGTS não muda as
regras de saque. O dinheiro só poderá ser retirado
em condições especiais, como demissões, compra da
casa própria ou doença grave. Quem aderiu ao
saque-aniversário pode retirar uma parte do saldo
até dois meses após o mês de nascimento, mas perde
direito ao pagamento integral do fundo no caso de
demissão sem justa causa.
Fonte: Agência Brasil
25/08/2021 -
Minirreforma trabalhista suspende contribuição
previdenciária automática
Além de restringir direitos trabalhistas e o acesso
à Justiça gratuita, o projeto de lei de conversão da
Medida Provisória 1.045, aprovado pela Câmara neste
mês, também pode impactar as aposentadorias. Um
destaque apresentado ao texto-base desobriga
empresas da contribuição previdenciária ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), que atualmente é
descontada da folha de pagamento.
A MP surgiu em abril deste ano como uma renovação do
programa de redução de salários, suspensão dos
contratos de trabalho e pagamento de benefício
emergencial. Mas os deputados acrescentaram à
proposta alterações na CLT e novas modalidades de
contratação com direitos reduzidos. Por isso, vem
sendo chamada de "minirreforma trabalhista". O
Senado ainda precisa analisar o texto.
Uma das alterações prevê que, durante a suspensão do
contrato, o segurado poderá se tornar um
contribuinte facultativo com a Previdência Social e
retirar a contribuição de seu próprio bolso. Para o
advogado Leandro Madureira, especialista em Direito
Previdenciário e sócio do escritório Mauro Menezes &
Advogados, a medida é "uma absoluta incongruência,
tendo em vista que esse trabalhador está sem renda.
A manutenção desse trabalhador ao sistema de
Previdência é onerosa".
O advogado previdenciário Ruslan Stuchi, sócio do
escritório Stuchi Advogados, explica que o segurado
facultativo poderia optar por uma contribuição de
11% ou de 20%. No primeiro caso, a taxa incide sobre
um salário mínimo e o trabalhador tem direito à
aposentadoria por idade. Já no segundo caso, o
salário de contribuição varia entre um salário
mínimo e o teto de recolhimento (de aproximadamente
R$ 6,4 mil).
De acordo com o advogado Luiz Gustavo Bertolini,
especialista em Direito Previdenciário e sócio do
escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, a
maioria dos brasileiros não tem planejamento ou
conhecimento previdenciário suficientes para optar
pela contribuição facultativa caso o desconto
automático acabe.
"O trabalhador (com o contrato suspenso)
provavelmente destinará a renda para as despesas do
dia a dia, tais como a alimentação, água, energia
elétrica e aluguel, não sobrando para os
recolhimentos previdenciários. Ele se dará conta do
prejuízo somente no momento de se aposentar",
indica.
Bertolini também lembra que existe um limite de
tempo para interrupção da contribuição com
manutenção da cobertura do INSS — em média, de até
um ano. No caso da contribuição facultativa, o prazo
seria de apenas seis meses.
"O trabalhador não estará acobertado pela
Previdência e, caso ocorra algum infortúnio como uma
doença ou um acidente, não receberá um benefício por
incapacidade, por exemplo", aponta o especialista.
Ele ainda destaca que o período sem recolhimento
certamente causará prejuízos no valor futuro da
aposentadoria, ou mesmo a insuficiência para
concessão do benefício.
Fonte: Consultor Jurídico
25/08/2021 -
Comissão aprova dedução no IR de doação a fundos
para pessoas com deficiência
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a
dedução, no Imposto de Renda, das doações feitas a
fundos controlados pelos conselhos de direitos das
pessoas com deficiência (PLS 338/2017). Doações
entrariam no mesmo limite dos fundos de idosos e de
crianças e adolescentes, como explicou o senador
Telmário Mota (Pros-RR). O projeto segue para a
Câmara dos Deputados, a não ser que haja recurso
para nova votação em Plenário.
Fonte: Agência Senado
25/08/2021 -
CNI mostra confiança de empresários em 30 setores
industriais
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei) mostra que todos os 30 setores industriais
pesquisados em agosto seguem confiantes no mercado.
Este é o quarto mês consecutivo de confiança
disseminada entre os empresários, em que o Icei
permaneceu acima de 50 pontos.
Os resultados setoriais da pesquisa foram divulgados
nesta terça-feira (24) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). No último dia 11, a entidade já
havia publicado os dados gerais de agosto, em que o
Icei cresceu 1,2 ponto em comparação com julho,
chegando a 63,2.
Os indicadores do Icei variam de 0 a 100 pontos.
Quando estão acima dos 50 mostram que os empresários
estão confiantes. Valores abaixo de 50 pontos
indicam falta de confiança do empresário.
Assim, os setores mais confiantes na economia são
máquinas e equipamentos (66,6); químicos (65,9),
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (65,1) e
produtos de metal (65). Já os setores menos
confiantes são bebidas (56,8); obras de
infraestrutura (58,3); serviços especializados para
a construção (58,5); outros equipamentos de
transporte (58,8); e manutenção, reparação e
instalação de máquinas e equipamentos (60,2).
Fonte: Agência Brasil
25/08/2021 -
Trabalhador poderá participar de reunião escolar de
filho; projeto vai à Câmara
O trabalhador poderá ter direito a uma falta no
serviço a cada seis meses para comparecer à reunião
escolar de seu filho ou de menor que esteja sob sua
responsabilidade legal. É o que estabelece o projeto
de lei (PL) 5.582/2019 aprovado em decisão final,
nesta terça-feira (24), na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS). Caso não haja recurso para apreciação
em Plenário, o texto seguirá para a Câmara dos
Deputados.
De autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), a
proposta acrescenta dispositivo na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) para prever esse direito ao
empregado a cada seis meses, pelo tempo necessário.
Caso seja sancionada, a mudança terá vigência
imediata à sua publicação.
A Constituição estarrece o princípio da proteção
integral da criança e do adolescente, e o projeto,
segundo o autor, trará efeito positivo nesse
acompanhamento familiar na escola.
O relator, senador Eduardo Gomes (MDB-TO),
apresentou voto favorável ao projeto. Pare ele, a
mudança na legislação trabalhista vai “facilitar que
pais e mães, de forma conjunta, exerçam de forma
mais efetiva os deveres constitucionais. Isso porque
a grande maioria dos sistemas educacionais por todo
o País são organizados em quatro bimestres”.
Gomes repetiu a ressalva feito pelo autor de que a
proposta não onera o empresariado nacional, pois não
permite ao empregado ausentar-se durante todo o dia
em que houver a reunião escolar.
— O projeto viabiliza, apenas, que o empregado falte
ao serviço somente no período em que estiver
acompanhando a criança ou adolescente, ou seja,
durante poucas horas de um dia de trabalho —
observou.
Fonte: Agência Senado
24/08/2021 -
Com corte de ponto automático, Bolsonaro ataca
direito de greve dos servidores
Dieese classifica como “antissindical” norma do
Ministério da Economia que permite o desconto
automático do ponto do servidor grevista
O governo Bolsonaro implementou um sistema para
monitorar paralisações do setor público federal. A
Instrução Normativa 54, publicada em maio pelo
Ministério da Fazenda, permite o corte de ponto
automático do servidor grevista. Pela regra, as
repartições devem informar a ocorrência de greve,
para que haja o desconto imediato da remuneração. A
medida afeta todos os órgãos da administração
pública direta, como ministérios, agências
reguladoras e até mesmo universidades, que possuem
autonomia.
De acordo com o Dieese, trata-se de uma uma atitude
antissindical e um ataque ao direito de greve
previsto na Constituição. Nesse sentido, é uma
tentativa de enfraquecer a representação coletiva,
justamente no momento em os funcionários públicos se
mobilizam contra os direitos que estão ameaçados
pela chamada “reforma” administrativa (PEC 32).
“É mais uma dessas ações de perseguição ao movimento
sindical, que precisam ser coibidas e enfrentadas, e
é sempre importante lembrar: o sindicato é uma das
bases da democracia e precisa ser protegido, com
direitos garantidos. E um deles, certamente, é o
direito de greve”, disse o diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior, em entrevista a
Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
segunda-feira (23).
Fausto lembra que costumeiramente as paralisações no
setor público são sucedidas por negociações sobre o
desconto ou reposição dos dias parados. “Quando tem
um mecanismo automático, o que a gente vê é muito
mais do que uma questão meramente administrativa.
Trata-se de uma questão política”, acrescentou.
Práticas antissindicais
Para o diretor do Diesse, é mais um exemplo das
práticas antissindicais adotadas desde a “reforma”
trabalhista de 2017. Além do fim do imposto
sindical, a dita reforma instituiu a negociação
direta entre patrões e empregados. Esses
dispositivos foram reforçados pelas Medidas
Provisórias (MPs) que criaram os programas de
redução e suspensão dos contratos de trabalho
durante a pandemia. Tais pressões contra os
sindicatos foram reiteradas mais recentemente na MP
1.045, com mais uma “minirreforma” que ataca os
direitos dos trabalhadores.
Fausto comparou ao período da ditadura, quando os
servidores eram proibidos de se filiarem a uma
organização sindical. Também a representação dos
trabalhadores da iniciativa privada era cerceada,
parte de uma política econômica baseada no arrocho
salarial como forma de reduzir o custo da mão de
obra. Atualmente, esse movimento se repete, com os
trabalhadores sofrendo com a alta da inflação, mas
encontrando dificuldades para repor essas perdas nas
negociações coletivas.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/08/2021 -
MP pode reduzir fiscalização e aumentar acidentes
A Medida Provisória 1.045/2020, aprovada na Câmara
dos Deputados no dia 12 de agosto, permite um ataque
do governo por todos os lados. Além de dar brechas
para acabar com o 13º salário, férias, previdência e
diminuir o salário dos trabalhadores, a MP também é
ameaça contra a saúde com a redução da fiscalização
de segurança e aumento nos acidentes.
O texto da chamada minirreforma trabalhista prevê a
diminuição da fiscalização das 37 Normas
Regulamentadoras (NRs) criadas para evitar acidentes
de trabalho. Atualmente, o Brasil registra cerca de
650 mil acidentes e 2.500 mortes ao ano.
Secretária da Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena
Margarida da Silva alerta que todas as medidas do
governo Bolsonaro podem impactar na saúde e na
segurança da classe trabalhadora. “Para este
governo, regra é trabalhar até morrer, sem proteção
trabalhista e previdenciária”, afirma a dirigente.
Orientação – A Medida afrouxa a fiscalização nas
empresas e determina apenas a orientação em casos
leves de descumprimento de normas de saúde e
segurança do trabalho. Somente na segunda visita,
caso não haja cumprimento das determinações, é que
haveria multa.
“É clara a tentativa do governo de impedir a atuação
dos órgãos de fiscalização que precisam também punir
para que empregadores cumpram a norma jurídica
trabalhista”, critica Madalena.
Custo – O pesquisador Remígio Todeschini, da
Universidade de Brasília (UnB) e especialista em
Previdência da Federação dos Químicos de SP da CUT (Fetquim),
aponta que além do aumento de acidentes e mortes por
falta de fiscalização, pode ter um custo de 20% a
30% maior em gastos com benefícios previdenciários
diretos.
“Chegamos a R$ 120 bilhões ao somarmos os custos
diretos previdenciários, os custos indiretos de
assistência médica como perda de produção, cessão de
lucros, substituição e contratação de novos
trabalhadores, treinamento”, explica Remígio.
Ele conta que o número de acidentes e mortes no País
já é alto, mas que pode ser multiplicado caso sejam
considerados os informais e os que emitem Nota como
MEIs. “O trabalhador que tem MEI, em caso de
acidente, ainda consegue um salário mínimo de
auxílio previdenciário”, informa. “Mas o que não
consegue pagar o INSS, vai receber atendimento do
SUS, mas não vai ter nenhuma proteção
previdenciária”, alerta o pesquisador.
Fonte: Agência Sindical
24/08/2021 -
Comissão inclui violência por meios eletrônicos na
Lei Maria da Penha
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou, nesta
segunda-feira (23), o projeto que inclui na Lei
Maria da Penha a previsão de que a violência
doméstica e familiar contra a mulher também pode ser
cometida por meios eletrônicos. O texto acrescenta à
lei que as violências psicológica, sexual,
patrimonial e moral serão igualmente punidas se
cometidas por redes sociais e mensagens de telefone
celular, por exemplo.
Fonte: Agência Senado
24/08/2021 -
Bolsonaro foi alvo de 1 processo a cada 6 dias desde
que assumiu a Presidência
O presidente Jair Bolsonaro é alvo de um processo
judicial a cada seis dias desde que assumiu a
presidência. É o que mostram os dados obtidos pelo
jornal O Globo, via Lei de Acesso à Informação,
noticiados nesta segunda-feira (23/8).
Segundo o jornal, a Advocacia-Geral da União defende
o presidente em 160 processos, em diferentes
estados. O número já é maior do que a quantidade de
ações em que a AGU atuou nos três governos
anteriores.
No mandato de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995
e 2002, foram 108 processos; de Luiz Inácio Lula da
Silva, entre 2003 e 2010, foram 81 processos; e de
Dilma Russeff, entre 2011 e agosto de 2016, a AGU
atuou em 100 processos.
A maioria dos processos contra Bolsonaro são ações
populares interpostas por cidadãos sem mandato, que
tratam de diversos temas. De acordo com o
levantamento do Globo, 44 ações questionam a atuação
do chefe do Executivo durante a pandemia da
Covid-19. Outros 26 contestam indicações e
exonerações do governo e 14 o uso da máquina
pública.
Também há processos que criticam o envolvimento dos
filhos do presidente na administração e sua atuação
na preservação do meio ambiente.
O jornal revelou que os processo contra Jair
Bolsonaro não se resumem às suas políticas públicas,
mas também tratam de falas e atitudes, possuindo um
caráter pessoal inédito.
Por exemplo, existe mais de um pedido de invalidação
do documento técnico, divulgado no dia 21 de maio de
2020, no qual o Ministério da Saúde recomenda que
médicos receitem a hidroxicloroquina mesmo em casos
leves de Covid-19. Outras três ações pedem a
suspensão da campanha "O Brasil não pode parar", da
Secretaria Especial de Comunicação Social da
Presidência da República, afirmou O Globo.
Outros processos ainda têm por objetivo devolver aos
cofres públicos os R$ 2,4 milhões gastos nas férias
do presidente e os recursos destinados a sites que
propagam fake news. Ainda são citados o uso de
helicópteros das Forças Armadas para participar de
manifestações contra o Supremo Tribunal Federal e o
Congresso e a utilização da TV Brasil para programa
de "proselitismo religioso".
O vereador Carlos Bolsonaro é citado em três ações,
nas quais são questionadas suas atividades no
Palácio do Planalto. Os ataques à democracia também
renderam ações, de acordo com a reportagem.
Fonte: Consultor Jurídico
24/08/2021 -
PF investiga se Palácio do Planalto está bancando
protestos de 7/9
Polícia Federal ouviu depoimento de organizadores
que participaram de reunião com ministros Augusto
Heleno e Gilson Machado e recebem doações por Pix.
A Polícia Federal quer saber se o Palácio do
Planalto vem financiando a organização dos protestos
de 7 de setembro em apoio ao governo e seus ataques
às instituições democráticas. Segundo a CNN, dois
organizadores prestaram depoimentos sobre o caso,
porque se encontraram com integrantes do alto
escalão do governo.
O caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, o Zé
Trovão, foi perguntado sobre o encontro que teve com
os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança
Institucional) e Gilson Machado (Turismo). Ele nega
que as reuniões foram para falar dos atos, mas para
tratar de reivindicações dos caminhoneiros.
Os delegados da PF também indagaram se ele sabia
quem está financiando o movimento. O caminhoneiro
declarou que através de doações por Pix. Ele diz que
não sabe nada sobre a coleta de dinheiro de
particulares para financiar o movimento ser
transferido para uma chave Pix ligada à Coalizão
Pró-Civilização Cristã, de Joinville (SC), embora
confirme ter recebido passagem aérea para Brasília.
Os policiais também perguntaram sobre um vídeo
publicado em redes sociais, no dia 17 de agosto, no
qual Bruno Henrique Semczeszm diz que a concentração
inicial dos apoiadores do seu movimento irá
acontecer na sede do Parque Leão, uma empresa de
eventos localizada no Recanto das Emas (DF), que tem
como sócios Maria Marques Costa Leão e Stefânia
Marques Leão Fernandes. O Rotary Club do DF diz que
as negociações foram feitas com a Fundação de
Rotarianos e não com a instituição internacional.
Ele respondeu que não conhece essas pessoas; que não
sabe quem foi o responsável por localizar e alugar
esse espaço; que não sabe qual foi o valor pago pelo
aluguel, que não sabe a conta que o valor foi ou
seria depositado.
O delegado ainda quis saber qual a participação da
deputada Carla Zambelli nos protestos. Ele relatou
que o apoio é ideológico. Tanto ela, como os
organizadores, consideram legítimas suas
manifestações em defesa do impeachment dos ministros
do STF.
Fonte: Portal Vermelho
24/08/2021 -
Trabalho feito sob calor excessivo sem intervalo
gera direito a horas extras
Empregados que trabalham expostos a calor excessivo
devem cumprir o intervalo destinado à recuperação
térmica e, de acordo com a jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho, a supressão desse
benefício gera a obrigação do pagamento de horas
extras. Com esse entendimento, a 6ª Turma do TST
reconheceu o direito de um assistente da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no
Piauí ao recebimento das horas adicionais.
O Anexo 3 da Norma Regulamentadora (NR) 15 do
Ministério do Trabalho estabelece os limites de
tolerância para a exposição ao calor e prevê a
concessão de intervalo para recuperação térmica. De
acordo com a atividade e o grau de exposição do
trabalhador, as pausas podem ser de 15 minutos para
cada 45 minutos de trabalho, 30 para cada 30 de
trabalho e 45 para cada 15 de trabalho.
O empregado alegou na ação trabalhista que
desenvolvia suas atividades a céu aberto nos campos
experimentais da Embrapa em Parnaíba (PI), exposto à
radiação solar durante a jornada de trabalho. De
acordo com a tabela da NR 15, ele teria direito a
meia hora de descanso dentro de cada hora da
jornada.
O juízo de primeiro grau indeferiu as horas extras e
o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (PI)
manteve a sentença por entender que, apesar de o
empregado ter trabalhado exposto ao calor em limites
superiores ao estabelecido na norma regulamentadora,
a supressão das pausas constitui mera infração
administrativa e não atrai o pagamento de horas
extras. Para a corte regional, o adicional de
insalubridade e o intervalo teriam o mesmo fato
gerador e, por isso, não seria cabível o pagamento
das duas parcelas. "Se as pausas de recuperação
térmica tivessem sido concedidas, restaria
neutralizado o fator gerador do adicional de
insalubridade", registrou a corte na decisão.
O relator do recurso de revista do assistente,
ministro Lelio Bentes Corrêa, salientou que o TST
tem jurisprudência uniforme em relação ao pagamento
de horas extras no caso da supressão do intervalo
para recuperação térmica na hipótese de trabalho em
ambiente artificialmente frio (Súmula 438). Quando a
atividade exige exposição a calor excessivo, como no
caso, a não concessão das pausas gera o mesmo
efeito.
O ministro esclareceu ainda que, embora o trabalho
realizado acima dos níveis de tolerância ao calor
gere o direito ao adicional de insalubridade e à
concessão dos intervalos, as duas parcelas têm
origens distintas. "O adicional decorre da exposição
do empregado ao agente insalubre (calor), enquanto o
pagamento das pausas é devido em decorrência da não
concessão do respectivo período". A decisão foi
unânime. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
RR 693-71.2019.5.22.0101
Fonte: Consultor Jurídico
24/08/2021 -
Família de empregado que pegou Covid em viagem a
trabalho deve ser indenizada
Por constatar a natureza ocupacional da
contaminação, a 2ª Vara do Trabalho de Passos (MG)
condenou uma construtora a indenizar a viúva e dois
filhos menores de um empregado, falecido por
complicações da Covid-19 após possivelmente contrair
a doença em uma viagem a trabalho. Os valores foram
fixados em R$ 222 mil para os danos materiais e R$
105 mil para danos morais.
O homem foi um dos primeiros pacientes da cidade com
Covid-19. Ele era portador de diabetes e
hipertensão, o que o deixava mais sensível à doença.
A empresa alegou que ele poderia ter sido
contaminado por sua mulher, funcionária da Santa
Casa local.
Mas o juiz Luiz Berto Salomé Dutra da Silva
considerou que havia grande probabilidade de que o
contágio tivesse ocorrido durante a viagem do
empregado a Uberaba (MG), onde os índices da Covid-19
eram consideravelmente maiores à época. Ele também
observou que, naquele momento, não houve outros
casos de infecção no setor onde a esposa trabalhava.
O magistrado ressaltou que a empresa não apresentou
um plano de contingência para enfrentamento da crise
sanitária nem adotou as cautelas necessárias para
proteção dos funcionários do grupo de risco: "A
omissão incrementou perigo acentuado e evitável ao
risco epidemiológico, em violação da obrigação
patronal de progressividade da proteção máxima ou da
regressividade do risco mínimo, empalidecendo os
níveis de segurança da saúde do trabalhador",
indicou.
O juiz entendeu que a responsabilidade da
construtora pela morte equivaleu a 2/3, enquanto o
restante foi ocasionado por fatores não ligados à
atividade profissional. Com base nisso, estabeleceu
a reparação por danos materiais aos dependentes do
falecido. Já o dano material foi atribuído à "a
profunda dor experimentada pela perda do marido e do
pai". Com informações da assessoria de imprensa do
TRT-3.
0010605-52.2021.5.03.0101
Fonte: Consultor Jurídico
23/08/2021 -
Fora Bolsonaro e Grito dos Excluídos farão atos no
país no próximo dia 7
De acordo com a organização, a democracia e a
soberania brasileira estão sob ataque.
O presidente Jair Bolsonaro e sua base ameaçam o
país com um golpe
Os movimentos Fora Bolsonaro e o Grito dos Excluídos
preparam atos em todo o país para o dia 7 de
setembro. A conclamação do povo brasileiro está
sendo feito por meio de um manifesto no qual as
organizações destacam que o Brasil não pode esperar.
“Precisamos dar um basta nessa situação! Por isso
convidamos todo o povo brasileiro para ir às ruas
conosco no 7 de setembro! Vamos juntos com o 27º
Grito dos Excluídos à luta por participação popular,
saúde, comida, moradia, trabalho, renda e Fora
Bolsonaro Já!”, diz o manifesto.
De acordo com a organização, a democracia e a
soberania brasileira estão sob ataque. O presidente
Jair Bolsonaro e sua base ameaçam o país com um
golpe. São ameaças diárias com palavras, tanques das
Forças Armadas, chantagens e ataques às instituições
e aos Poderes da República baseados em mentiras e
desinformação.
Enquanto isso, o coronavírus segue matando no Brasil
num genocídio que já tirou a vida de quase 600 mil
brasileiros e já deixou mais de 130 mil órfãos. “O
medo da morte que assola nosso povo não vem só da
doença, mas também do desemprego, da fome, do frio e
da violência policial contra o povo negro e
periférico. São mortes que poderiam ser evitadas, se
não vivêssemos num país em que o Presidente da
República aposta na desestabilidade e multiplicação
das crises.”
O movimento também destaca que a crise política e
econômica, só se aprofunda. “O país bate recordes de
desemprego e o trabalho existente é, na maior parte,
precário ou informal, sem direitos e paga salários
ainda menores do que antes da pandemia. São esses
trabalhadores que precisam pagar pela alta no preço
dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis e
dos aluguéis numa conta que não fecha e envergonha
num dos países mais desiguais do mundo, mesmo
produzindo mais petróleo do que consome e se
vangloriando por ser um dos maiores produtores de
alimentos.”
Mais do que um incentivador de crises, diz o
movimento, Jair Bolsonaro é um criminoso como
denunciam os mais de 100 pedidos de impeachment
contra ele entregues à Câmara dos Deputados. “É um
criminoso, dentre muitos motivos, quando veta o
projeto aprovado no Congresso que proibia os
despejos até o final da pandemia. O povo que já vive
sem emprego e sem comida, agora tem mais chance de
ficar também sem teto, sendo expulso de suas
moradias com o uso da violência e o aval do
governo.”
“É criminoso também porque em meio a uma crise
sanitária e social ataca políticas públicas
essenciais para salvar vidas e promover justiça
social. Primeiro através de sucessivos cortes no
orçamento em áreas como saúde, educação, pesquisa
científica e assistência social. Depois com o
projeto de destruição de serviços públicos através
da Reforma Administrativa (PEC 32) e das
Privatizações abrindo a porteira para a iniciativa
privada e para a volta do emprego de cabresto. E
então, na fumaça do voto impresso, aprova novas
possibilidades de trabalho sem direitos através da
MP 1045, renovando o mito da Reforma Trabalhista que
não gerou nenhum emprego”, conclui.
Fonte: Portal Vermelho
23/08/2021 -
Centrais tentam barrar minirreforma trabalhista
Semana passada, os presidentes da Força Sindical,
Miguel Torres, e da CUT, Sérgio Nobre, foram à
Brasília para dialogar com parlamentares a fim de
que não aprovem a Medida Provisória 1.045/2020. Isso
porque a MP, na prática, se configura como uma
minirreforma trabalhista.
A Medida foi aprovada na Câmara e agora aguarda para
apreciação no Senado. O relator, deputado Christino
Áureo (PP-RJ), incluiu no texto os chamados
‘jabutis’, que podem levar à precarização das
relações de trabalho.
Alguns pontos chamam a atenção. Na MP 1.045 existem
três programas trabalhistas, como o Requip, o
Programa Nacional de Prestação de Serviço Social
Voluntário e o Priore. Em dois desses programas, não
há a previsão de 13º salário ou FGTS ao trabalhador.
Requip – Regime de Qualificação Profissional é
voltado para os jovens, desempregados e pessoas
carentes. Nesse programa, está prevista a criação de
uma bolsa de até R$ 550,00 por mês. O contrato está
vinculado a um curso de qualificação profissional e
é pago quando a pessoa está em treinamento. Após um
ano, existe o direito a recesso remunerado de 30
dias, porém não há 13º e FGTS.
Voluntário – Esse ‘jabuti’ permite a contratação
pelas prefeituras para execução de serviços
temporários. Não há qualquer menção às férias, 13º
ou FGTS.
Priore – Programa Primeira Oportunidade e Reinserção
no Emprego é o único que prevê vínculo empregatício,
férias e 13º salário. Porém, o FGTS de quem entrar
nessa modalidade será reduzido.
MP – A Medida foi criada em 2020 a fim de evitar o
desemprego em massa da população, criando a redução
de salários e jornadas dos trabalhadores em meio à
crise econômica.
Miguel Torres afirma que a MP 1.045 não pode ter
esse tipo de emenda que visa prejudicar o emprego
decente. “Não podemos admitir. Vamos convencer
senadores a manter o texto original”, ressalta
Miguel.
Já Sérgio Nobre alerta que essa é uma tentativa do
governo de atacar a classe trabalhadora. “Estão
destruindo empregos de qualidade, com proteção
social, e transformando em vários empregos de
jornada parcial, precários, sem contribuição e sem
que o trabalhador tenha qualquer perspectiva de
sustentar sua família”, denunciou o presidente da
CUT.
Fonte: Agência Sindical
23/08/2021 -
Custo Bolsonaro despenca investimento, traz inflação
e miséria em alta
Com ameaças golpistas, Bolsonaro alimenta uma
crise política que contamina diretamente o cenário
econômico
Nos últimos 12 meses, o Brasil viu despencar os
investimentos estrangeiros no setor produtivo. De
aproximadamente US$ 70 bilhões caiu para US$ 24
bilhões e a situação ainda piora com as empresas
brasileiras que exportam commodities, por exemplo,
preferindo manter seus dólares fora do país. Essa
situação contribui com alta da moeda norte-americana
que contamina diretamente a inflação, juros e
miséria em alta.
Em reportagem neste domingo (22), o jornal Folha de
S.Paulo denomina o movimento como “Custo Bolsonaro”.
Grande parte dessa alta do dólar é transmitida
diretamente para a inflação, via produtos importados
ou commodities cotadas em dólar, como petróleo e
gás, proteína animal e trigo.
De acordo com a reportagem, o Custo Bolsonaro é
identificado como a transmissão para a economia da
instabilidade política alimentada diariamente por
Bolsonaro, com declarações golpistas, confronto com
outros Poderes e questionamentos sobre o processo
eleitoral.
“Com menos crescimento e com dólar, inflação e
miséria em alta, a expectativa é que Bolsonaro crie
subterfúgios para gastar mais para tentar se
reeleger. Hoje, o presidente está longe de ser o
favorito no pleito de 2022”, explicou o jornal.
O chamado Custo Bolsonaro, agora turbinado pela
expectativa de descontrole no gasto público, também
leva investidores a buscar proteção no dólar,
alimentando um ciclo vicioso.
“Nele, o dólar alto pressiona a inflação, sobretudo
pelo canal das commodities, o que obriga o Banco
Central a subir os juros para controlar os preços.
Como o juro mais alto corrige a dívida pública, ela
cresce. Para atrair investidores dispostos a
financiá-la, o BC pode se ver obrigado a subir ainda
mais os juros, tornando a dívida ainda maior”, diz a
reportagem.
Fonte: Portal Vermelho
23/08/2021 -
Medidas restritivas devem continuar, alerta Fiocruz
Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19 e a
diminuição no número de casos e mortes, a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) defende medidas restritivas
mais rígidas para conter a doença e, principalmente,
a sua variante Delta, ao invés de afrouxar as
regras, como vem ocorrendo em todo o País.
Para embasar seu sinal de alerta, a Fiocruz apontou
que o Estado do RJ apresentou aumento de casos pela
terceira semana seguida, o que não ocorria desde
junho. O agravamento da pandemia e diagnósticos da
Delta preocupam e podem atingir todo o Brasil numa
possível nova onda.
Segundo a plataforma Gisaid, que monitora o avanço
de variantes no mundo, a Delta corresponde a 37% das
amostras de Covid-19 no Brasil, enquanto a variante
gamma marca 62%. No Rio de Janeiro, porém, a Delta
conta com 48% dos casos, enquanto 36% são da gamma.
Ocupação – A ocupação em leitos hospitalares também
preocupa a Fiocruz. No RJ, 70% dos leitos estão
ocupados. Em São Paulo, mesmo com 100% da população
adulta vacinada pelo menos com a primeira dose, o
número de pacientes na UTI na rede particular chegou
a 60%.
Causa – Segundo os pesquisadores da Fiocruz, com a
reabertura e afrouxamento das medidas restritivas, o
vírus circula mais facilmente. “Há uma retomada da
criculação de pessoas nas ruas, devido a uma
sensação de que a pandemia acabou, contribuindo para
relaxamento das medidas de prevenção”, explicam os
cientistas.
*Com informações da CUT.
Fonte: Agência Sindical
23/08/2021 -
Fundo de pensão do DF muda código de ética para
evitar sindicalistas
Por Patrícia Cunegundes*
Alteração no fundo de pensão dos funcionários da
Caesb viola Constituição e dificulta eleição de
dirigentes sindicais para os conselhos e diretoria
da entidade
A Fundiágua, fundo de pensão dos empregados da
Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito
Federal (Caesb), realizou alteração em seu código de
ética para vetar participação em órgãos estatutários
de pessoas que tenham exercido atividade
político-partidária ou que tenham sido sindicalistas
ou de associações de classe há menos de dois anos.
Para João Paulo de Souza, advogado e representante
dos participantes e assistidos na Câmara de Recursos
da Previdência Complementar (CRPC), o item 6.1.5 do
código de ética da Fundiágua, que trata do assunto,
é ilegal e inconstitucional. “Ilegal, porque não há,
em nenhuma norma de regência do sistema da
previdência complementar, exigência como esta que
está sendo feita. Inconstitucional, porque essas
limitações ferem preceitos do artigo 5º da
Constituição Federal, entre eles, o princípio
democrático, das inelegibilidades, ou mesmo o
princípio da igualdade perante a lei”, destaca.
Portanto, para Souza, quem for impedido de
participar de atos próprios, legítimos, relativos ao
sistema da previdência complementar poderá acionar o
Judiciário para afastar a lesão ou ameaça a direito,
entre eles, o direito de candidatar-se aos cargos
que dependem de eleição para o seu preenchimento,
nas condições da Lei. “Além disso, a norma interna
não anula as demais normas baixadas pelos órgãos
públicos competentes, menos ainda as leis e a
Constituição.”
Faltou assimilar
Para Cláudia Ricaldoni, diretora da Associação
Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de
Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar)
e membro do Conselho Deliberativo da Forluz, fundo
de pensão dos empregados da Cemig, a presença dos
participantes na governança dos fundos de pensão,
garantida pelas Leis Complementares nº 108 e 109 de
2001, nunca foi assimilada pelo governo e menos
ainda pelas empresas patrocinadoras de planos, desde
a concepção original. Várias manobras infralegais
sempre foram tentadas e vários obstáculos foram
impostos para impedir que os trabalhadores ocupassem
essa posição, reservada pela legislação, que
assegura a democratização dos fundos de pensão.
A Anapar tem denunciado os ataques sucessivos ao
direito dos participantes de planos de previdência
complementar de eleger os seus representantes, tal
como ocorreu com o PLP 268/2016 na Câmara Federal,
cuja tramitação conseguimos barrar. “A Anapar segue
sua rota na defesa intransigente da participação dos
trabalhadores na governança dos fundos de pensão e
conclama as demais entidades que representam
participantes e assistidos de planos de previdência
complementar a assumir essa bandeira de lutas contra
este e outros ataques, bem como contra o desmonte do
sistema patrocinado pelo governo”, completa
Ricaldoni.
*Assessora de Comunicação da Associação Nacional
dos Participantes de Fundos de Pensão e de
Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar)
Fonte: Rede Brasil Atual
23/08/2021 -
Paraplegia por acidente de trabalho gera indenização
por danos morais e estéticos
A Constituição prevê que a redução de riscos no
ambiente do trabalho é direito fundamental dos
trabalhadores. Sendo assim, recai sobre o empregador
o dever de evitar acidentes, considerando todos os
danos previsíveis decorrentes da atividade, sob pena
de responsabilidade de indenizar o empregado.
Com esse entendimento, a 8ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região manteve a
condenação por danos morais, estéticos e materiais
em benefício de um funcionário que ficou paraplégico
em acidente de trabalho.
O trabalhador afirma que trabalhava na montagem de
uma estrutura metálica de dez metros de altura e,
quando necessitou soltar-se do cinto de segurança
para prendê-lo do outro lado, desequilibrou-se e
caiu. O acidente resultou em incapacidade total
permanente devido a lesão irreversível na medula.
Segundo o desembargador relator no TRT-1, Roque
Lucarelli Dattoli, a indenização por acidente de
trabalho exige nexo causal e culpa ou dolo por parte
do empregador. Primeiramente, o laudo pericial
realizado no processo constatou que não havia cabo
de segurança para fixação do cinto, por isso o
funcionário teve de trocá-lo o cinto de posição
(momento em ocorreu o acidente). Assim, constata-se
o nexo de causalidade entre a lesão e o trabalho
efetuado.
Por sua vez, a culpa fica comprovada pela falta de
fiscalização por parte das empresas que contrataram
o serviço do trabalhador. Pontua o desembargador que
a perícia confirmou a existência de risco específico
nas condições em que o trabalho era exercido, sendo
responsabilidade das tomadoras do serviço verificar
continuamente a segurança de seus funcionários, o
que não foi feito.
Tendo em vista a culpa do empregador e a necessidade
de acompanhamento do ex-funcionário por equipe
multiprofissional para manutenção de sua sobrevida,
o colegiado entendeu ser justa a indenização por
danos materiais.
Além disso, cabíveis danos morais, tendo em vista
que o ato ilícito das empregadoras gerou prejuízo
imaterial ao ofendido. As sequelas que o acompanham
têm caráter permanente, trazendo sofrimento e
dependência, aponta Dattoli.
Por fim, o colegiado mantém a condenação por danos
estéticos, de acordo com o laudo pericial, afirmando
que "cumular indenizações por danos morais e
estéticos não configuram bis in idem", pois são
aspectos diferentes dos direitos à personalidade. O
trabalhador foi assistido pelos advogados João
Tancredo, Felipe Squiovane e Martha Arminda Tancredo
Campo.
0000153-69.2010.5.01.0021
Fonte: Consultor Jurídico
20/08/2021 -
64% dos brasileiros rejeitam o governo Bolsonaro,
aponta pesquisa
Nas pesquisas anteriores, os índices de rejeição
ao governo eram numericamente inferiores: 61% em 8
de julho e 62% em 21 de julho
A rejeição ao governo Jair Bolsonaro cresceu seis
pontos em apenas duas semanas e atingiu o recorde de
64%. É o que aponta a pesquisa PoderData realizada
nesta semana. Conforme o levantamento, 31% aprovam o
governo e 5% não sabem como responder.
Nas pesquisas anteriores, os índices de rejeição ao
governo eram numericamente inferiores: 61% em 8 de
julho e 62% em 21 de julho. O avanço, porém, se deu
dentro da margem de erro. Já a aprovação ao governo
segue em um patamar próximo de um terço do
eleitorado, o que já vinha ocorrendo desde meados de
março.
Em relação ao trabalho pessoal do presidente, o
quadro é semelhante ao de 15 dias antes: 56%
consideram Bolsonaro ruim ou péssimo, 28% o avaliam
como bom ou ótimo e 13% o consideram regular. Os
três percentuais oscilaram dentro da margem de erro
do levantamento anterior para este.
A última movimentação tão brusca na avaliação
positiva de Bolsonaro havia sido no levantamento de
15 a 17 de março, quando ela despencou sete pontos
em duas semanas – de 31% a 24%. Depois disso, ela
vem oscilando na faixa de 26% a 30%.
O repique de rejeição na avaliação do governo vem em
momento de confronto de Bolsonaro com outros Poderes
– principalmente o Judiciário. O presidente trava
embate direto com os ministros Luís Roberto Barroso
e Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal
Federal).
Os recortes da pesquisa revelam em quais segmentos
os números de Bolsonaro sobressaem. Os estratos que
mais consideram o trabalho presidencial ótimo ou bom
são os homens (35%), aqueles com 60 anos ou mais
(35%) e os moradores da região Sul (41%). Já os
jovens de 16 a 24 anos (64%), os moradores do
Nordeste (64%) e os que ganham de dois a cinco
salários mínimos (61%) são os que mais avaliam
Bolsonaro negativamente.
A pesquisa PoderData ouviu 2.500 eleitores, de 16 a
18 de agosto, em 433 municípios, de todos os estados
brasileiros. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Com informações do Poder360
Fonte: Portal Vermelho
20/08/2021 -
Lideranças sindicais fazem balanço dos atos do 18A
Dirigentes consideraram positivas as mobilizações
em defesa dos trabalhadores brasileiros e do
funcionalismo público realizadas por todo Brasil e
ressaltam caráter devastador das políticas de Jair
Bolsonaro
Líderes de várias centrais sindicais se manifestaram
nesta quinta-feira (19) sobre os atos realizados no
18A, que ocorreram em diversas cidades de diferentes
regiões do Brasil, pelos direitos dos trabalhadores
e em defesa do funcionalismo público.
As duas pautas estão sob fogo cruzado no Congresso
Nacional, onde tramitam a MP 1045, que precariza
ainda mais as relações de trabalho no país, e a
reforma administrativa (PEC 32), que pretende
alterar todo o regramento que versa sobre os
servidores públicos das três esferas de poder.
“O que está acontecendo no país é um desmonte sem
precedentes, uma tragédia imposta pelo governo
Bolsonaro e seus cúmplices no governo e no Congresso
Nacional, que atinge não só os trabalhadores, mas
toda a população, porque a maioria dos servidores
presta serviços essenciais. Precarizar o trabalho e
a ameaçar os serviços públicos não é a saída para o
país voltar a crescer. E a saída para essa crise não
é essa criada pelo governo, que com a MP 1045 acaba
com direitos… E trabalho sem direitos é trabalho
escravo, porque retira totalmente a proteção dos
trabalhadores da iniciativa privada e do serviço
público. A saída é o país voltar a crescer e é isso
que estamos defendendo hoje nas ruas, nas redes, nos
locais de trabalho”, falou confiante o presidente da
Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Já o presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Antonio Neto, afirmou que a
resposta do funcionalismo e da classe trabalhadores
veio de forma clara. “Os servidores estão
respondendo à altura os ataques de Guedes e
Bolsonaro. O povo brasileiro é grato ao SUS, aos
professores, aos policiais, aos assistentes sociais
e tudo isso é o serviço público. Atacar os
servidores é atacar pessoas que sempre estão ao lado
do nosso povo nos momentos mais difíceis”, disse.
Quem também comentou o 18A foi Miguel Torres,
presidente da Força Sindical . “Conseguimos uma
expressiva mobilização nacional, tanto dos
trabalhadores do setor público quanto dos do setor
privado, de diversas categorias. Só na base
metalúrgica de São Paulo e Mogi das Cruzes foram
realizadas mais de 50 assembleias, com mais de 8 mil
metalúrgicos, conscientes sobre a importância do
serviço público no Brasil e dos direitos da classe
trabalhadora em geral”, resumiu.
O presidente nacional da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, desabafou sobre
a condição em que se encontra a população por conta
do governo de Jair Bolsonaro. “O povo brasileiro
está pobre, doente e nunca foi ouvido nem teve
acesso às decisões sobre os rumos do país. Mas a
coisa está mudando: ninguém aguenta mais as bobagens
do governo Bolsonaro. A PEC 32 e a MP 1045, que
acabam com os direitos dos trabalhadores, estão
colocando a população na rua. E não vamos parar por
aí. Hoje (18) milhares fizeram manifestações em
todos os estados. Nas próximas manifestações serão
milhões. Até o governo criar vergonha na cara”,
disparou indignado.
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST), frisou a
abrangência das manifestações, que permearam todo o
país. “Derrotar da PEC 32 deixou de ser uma agenda
corporativa dos servidores para ser uma agenda
social. Hoje, graças ao empenho e disciplina das
entidades sindicais do setor público, podemos
afirmar que não há um único município brasileiro
aonde os retrocessos da PEC 32 não tenham sido
discutidos. O cidadão brasileiro e os trabalhadores
do setor privado estão tomando consciência de que
não se trata de uma ‘reforma’, mas da destruição
deliberada dos serviços públicos, condição que os
coloca como maiores prejudicados”, explicou.
Fonte: RevistaForum
20/08/2021 -
‘Reforma’ administrativa transforma serviços
públicos em mercadoria, alerta Dieese
“Reforma” administrativa é nociva à maioria, que
ganha menos de 4 salários mínimos, e não mexe com
altos funcionários
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, a “reforma” administrativa pretende
restringir o papel do Estado, que atuaria de maneira
“subsidiária” à iniciativa privada. Ou seja, só
atuaria nas áreas e locais em que as empresas
privadas não tiverem interesse. A Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 32 também acaba com a
estabilidade dos servidores. Desse modo, coloca em
xeque a continuidade de políticas públicas
importantes. Além disso, ao ampliar as
possibilidades de contratação sem concurso público,
marca um retorno à lógica clientelista.
Nesse sentido, Fausto afirma que as greves e
manifestações ocorridas nesta quarta-feira (18) são
fundamentais para que a sociedade tome consciência
dos riscos e ameaças contidas nesse projeto. “É
levar ao ápice o processo de desconstrução do Estado
e de privatização dos serviços públicos em geral”,
disse em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal
Brasil Atual, nesta quinta-feira (19).
Além dos riscos apontados, a PEC 32 também altera a
relação entre os poderes. Se aprovada, o Executivo
poderia extinguir ministérios, autarquias e empresas
públicas – até mesmo universidades –, sem necessitar
da aprovação do Congresso.
“Essa reforma retira direitos dos servidores, acaba
com a estabilidade e amplia poderes do Executivo.
Vai reconstruindo um Brasil que a gente deixou para
trás há muito tempo, desde a Constituição de 1988″,
diz Fausto “A busca por um Estado democrático,
social e de direito passa necessariamente por um
estado forte e organizado, com servidores públicos
concursados e estáveis. Pois são eles que efetivam
um conjunto de direitos sociais para a população.”
Supostos privilégios
Por outro lado, o diretor do Dieese também classifica
como fake news as narrativas que retratam o servidor
público como privilegiados. Ele destaca, por
exemplo, que o servidor não tem direito a hora
extra, FGTS ou seguro-desemprego, justamente em
função da estabilidade. Sua esmagadora maioria é
composta de servidores municipais que atuam nas
áreas da saúde e educação. Além disso, cerca de 80%
do funcionalismo ganha até quatro salários mínimos.
Já as carreias do Judiciário e do Ministério
Público, que alcançam salários vultosos e gordos
benefícios, não serão atingidas pela dita “reforma”.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/08/2021 -
Fome ou insegurança alimentar atingem quase metade
dos brasileiros, diz IBGE
84,9 milhões de brasileiros convivem com a fome
ou com algum grau de insegurança alimentar.
O levantamento analisou o período entre 2017 e 2018
Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9
milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau
de insegurança alimentar. Os números são da Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta
quinta-feira pelo IBGE, e compreendem o período
entre 2017 e 2018. A informação é do jornal O Globo.
Dessa parcela, 27% vivem com insegurança alimentar
leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao
acesso aos alimentos no futuro, além de perda na
qualidade dos alimentos a fim de não comprometer a
quantidade de alimentação consumida.
Já a população residente em domicílios com
insegurança alimentar moderada ou grave, onde a
qualidade e a quantidade desejadas em relação aos
alimentos já estavam comprometidas, o percentual é
de 13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma
experiência vivida no domicílio.
Fonte: Brasil247
20/08/2021 -
Centrais Sindicais apoiam a Greve na MRV
As dez Centrais Sindicais brasileiras vêm a público
declarar seu irrestrito apoio a greve dos Operários
e Operárias da MRV em Campinas-SP.
A greve é justa e legítima, já dura 38 dias, e parte
da exigência para que a empresa pague uma PLR no
valor de R$ 6 mil. Que, aliás, trata-se apenas do
valor aproximado de um metro quadrado de obra
pronta, residencial, vendido pelas construtoras
naquela região.
Durante esses dias, através do MPT e também do TRT,
já foram realizadas duas mediações. A MRV, com uma
postura de absoluta intransigência, recusou às
propostas apresentadas pelos órgãos trabalhistas
nessas tentativas de conciliação. Da parte dos
trabalhadores, inclusive, registrou-se concordância
formal em pelo menos uma dessas ocasiões.
A luta também exige condições mais dignas de
trabalho pois, como denuncia o Sinticom, que está à
frente da mobilização, também faltam copos
descartáveis, álcool em gel e até papel higiênico
para os trabalhadores. Demostrando sua ganância e
atitude antisindical e na tentativa de desmobilizar
o movimento, a MRV, além de não pagar a PLR, não
depositou o adiantamento dos salários dos
trabalhadores. Isso é uma prática absurda e
inaceitável, afinal a greve é um direito e está em
curso sua análise nas esferas da justiça do
Trabalho. A greve
segue forte, diferente do desejado pela MRV!
Por tudo isso e em defesa dos direitos, do respeito
e da dignidade desses trabalhadores e trabalhadoras
é que apoiamos essa greve, repudiamos a
intransigência da MRV e solicitamos celeridade da
Justiça do Trabalho no julgamento dessa causa justa
e legítima de nossa classe.
São Paulo, 19 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Mané Melato, Intersindical instrumento de Luta
Fonte: Mundo Sindical
20/08/2021 -
App Caixa Trabalhador oferta serviços para
beneficiários do INSS
Serviço deve beneficiar cerca de 6,1 milhões de
pessoas
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) que recebem via Caixa podem, a
partir de agora, consultar informações sobre a
parcela do seu benefício e a prova de vida pelo
aplicativo Caixa Trabalhador. O serviço deve
beneficiar cerca de 6,1 milhões de pessoas.
De acordo com o banco, por meio da nova atualização
do aplicativo, os usuários terão acesso à consulta
das parcelas do benefício e data de realização da
última prova de vida, além de informações a respeito
do calendário de pagamentos e dúvidas frequentes.
O app está disponível gratuitamente nas lojas de
aplicativos com o nome Caixa Trabalhador. Os
beneficiários também podem acessar os serviços por
meio da central de atendimento telefônico no número
0800 726 0207, opção 7.
Cadastro no INSS
Para se cadastrar no Caixa Trabalhador, o usuário
deverá informar CPF, nome, data de nascimento e
e-mail. No app, o beneficiário do INSS tem acesso às
seguintes opções:
- benefício (número do benefício; quantidade de
parcelas; dados da conta bancária para crédito);
- parcelas (se a parcela está disponível, paga,
bloqueada, devolvida ao INSS ou não localizada,
valor, competência, validade, canal e data de
pagamento);
- prova de vida (data da última prova de vida
realizada);
- calendário de pagamentos;
- perguntas frequentes
Fonte: Agência Brasil
20/08/2021 -
CNI: alta na produção e no emprego mostra
aquecimento da indústria
A produção industrial apresentou crescimento pelo
terceiro mês consecutivo em julho e o emprego no
setor não cai há 13 meses, de acordo com dados
apresentados pela pesquisa Sondagem Industrial, da
Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice
de evolução do nível de produção industrial cresceu
1,7 ponto em relação a junho e fechou em 53,7
pontos, acima da linha de 50 pontos, o que indica
aumento da produção.
O indicador varia de 0 a 100 pontos, sendo 50 pontos
a linha de corte. Quanto mais acima da linha
divisória, maior e mais intenso é o aumento da
produção na comparação com o mês anterior.
De acordo com a CNI, o emprego industrial também
segue em trajetória de expansão. O índice de
evolução do número de empregados alcançou 52 pontos.
Nos últimos 13 meses, o indicador de evolução do
número de empregados ficou acima da linha de 50
pontos em 12, o que revela alta do emprego
industrial frente ao mês anterior. Além disso, a
utilização da capacidade instalada (UCI) ficou em
71%, a maior para o mês de julho em oito anos.
Por outro lado, os estoques caíram em julho e
permanecem abaixo do planejado pelas empresas. Ainda
assim, para a entidade, a situação é melhor que no
segundo semestre de 2020, quando a falta de insumos
atingiu o ponto mais crítico.
Para os próximos seis meses, as expectativas são
positivas e têm elevado as intenções de
investimentos do setor, acrescenta a CNI. Os
empresários esperam aumento da demanda e das
exportações e, consequentemente, do número de
trabalhadores e da compra de matérias primas.
A pesquisa Sondagem Industrial está disponível na
página da CNI.
Fonte: Agência Brasil
19/08/2021 -
Relator da ‘reforma’ administrativa anuncia parecer
distante do projeto original
Deputado afirma que apresentará seu relatório na
semana que vem. Servidores fazem greve nesta quarta
contra a PEC 32
Em dia de greve dos servidores pelo país, a comissão
especial da Câmara que discute a “reforma”
administrativa entra na reta final. O relator,
deputado Arthur Maia (DEM-BA), disse que apresentará
na semana que vem um substitutivo à Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 32. Segundo ele, muitas
sugestões serão consideradas, “afastando boa parte
da proposta original”.
Durante as discussões no colegiado, o relator
sinalizou mudanças, como na questão dos
comissionados. Entre as várias críticas ao projeto
do governo, está a possibilidade de ampliação da
contratação de pessoas sem vínculo com a
administração. As novas regras para estabilidade
também poderiam fragilizar o funcionalismo,
deixando-o mais exposto a pressões políticas.
Votação no plenário
“Estou fazendo um novo texto, tentando ao máximo
construir um consenso. Naquilo que não for possível,
vamos para a decisão democrática, pelo voto”,
acrescentou Maia. “A competência para apresentar
essa reforma é do Poder Executivo, mas podemos
modificá-la como quisermos.”
De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), a matéria poderá chegar ao plenário da Casa
ainda este mês. Uma PEC precisa de 308 votos, o
equivalente a três quintos dos deputados, em dois
turnos de votação. No Senado, a regra se repete:
pelo menos 49 votos em dois turnos.
Estabilidade flexível
“O ponto crucial da proposta do governo é a
flexibilização na estabilidade dos servidores, e
facilitar a demissão deveria causar preocupação na
sociedade, porque abre espaço para o aparelhamento”,
afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos
Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita),
Antônio Geraldo Seixas, em audiência pública.
De acordo com a Confederação e a Federação Nacional
dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Fenadsef).
(Condsef/Fenadsef), para esta quarta-feira (18)
estavam previstos atos em pelo menos 20 unidades da
federação. Outras categorias fariam protestos e
paralisações em apoio à mobilização dos servidores.
Bancários, funcionários dos Correios, metalúrgicos e
químicos participam das atividades, que incluem
manutenção do auxílio emergencial (de R$ 600) até o
fim da pandemia, mais vacinação, defesa do emprego e
críticas às privatizações.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
Fonte: Rede Brasil Atual
19/08/2021 -
Oposição faz ato em Plenário contra a reforma
administrativa
No dia da convocação de greve geral de servidores
públicos contra a reforma administrativa, deputados
de oposição fizeram protesto em Plenário contra a
proposta (PEC 32/20). Eles empunharam cartazes com
dizeres contra a PEC, que aguarda análise em
comissão especial da Câmara.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) disse que os
partidos de oposição estão unidos contra o que
chamou de “PEC do Desmonte” e que os servidores
“estão de olho” no voto dos parlamentares. “É uma
reforma trabalhista do serviço público, nada tem a
ver com a administração. É a privatização do serviço
público e a precarização do servidor público”, disse
Correia.
Para ele, a intenção é esvaziar a administração
pública e ampliar a influência política com o fim de
concursos e outros pontos. “Não se trata de
terceirização, o que se coloca é a privatização
absoluta, é colocar dinheiro na mão de empresa
privada, esse é o artigo 37-A”, declarou.
Correia afirmou que o texto tem impactos nos atuais
servidores públicos, ao contrário do que se divulga.
“Se essa PEC for aprovada, no dia seguinte o governo
Bolsonaro vai enviar para cá uma medida provisória
regulamentando a avaliação de desempenho e haverá
demissão em massa, inclusive dos servidores atuais”,
disse. Ele afirmou ainda que a PEC autoriza o corte
de salários e de jornadas de servidores atuais.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
19/08/2021 -
Economia e democracia preocupam
Segundo pesquisa do Instituto Opinião, divulgada no
portal Congresso em Foco, 57,6% dos brasileiros
acreditam que o presidente Jair Bolsonaro pretende
dar um golpe de Estado. Porém, 74,5% dos
entrevistados dizem preferir sempre a democracia.
Na avaliação de 10,3% dos entrevistados, “em certas
circunstâncias”, é melhor ditadura que um regime
democrático e 5,3% entendem que “tanto faz”. O
Instituto Opinião mostra também que 43% acreditam
que o presidente da República tentou intimidar o
Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal
(STF) com o desfile de tanques do exército no mesmo
dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso.
Covid-19 – Para 61,3% das pessoas ouvidas, o
presidente Bolsonaro é culpado pela morte dos quase
600 mil brasileiros pela pandemia da Covid-19,
enquanto 23,8% dizem que Bolsonaro é o principal
responsável por essa elevação no número de mortes.
Na avaliação de 34,1%, Bolsonaro não tem qualquer
culpa.
Além disso, a pesquisa mostra que nem só os ataques
à democracia preocupam. É grande o descontentamento
popular com a condução econômica pelo governo
federal, orquestrada pelo ministro da Economia Paulo
Guedes: 73,1% disseram estar insatisfeitos com os
rumos da economia nacional e 19,4% manifestaram
satisfação.
Mais – Acesse o site
Congresso em Foco.
Fonte: Agência Sindical
19/08/2021 -
Negacionismo do governo Bolsonaro na pandemia gera
mais custo ao país, diz estudo do Ipea
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada (Ipea) mostra que países com
pior êxito no combate à pandemia de Covid-19 foram
também os que sofreram as maiores perdas na
economia. Por consequência, tiveram que lançar mão
de pacotes fiscais mais generosos para tentar
reduzir os impactos da doença em termos econômicos e
sociais.
O Brasil, sob a gestão negacionista de Jair
Bolsonaro, é um exemplo: o país, até o momento,
registrou mais de 570 mil mortos pelo coronavírus,
sendo o segundo país com o maior número de óbitos em
termos absolutos, e sofreu uma queda de 4,1% no PIB
em 2020. O tombos só não foi maior porque R$ 524
bilhões foram injetados em despesas adicionais
somente no último ano.
Como o distanciamento social é uma das medidas mais
eficazes para o controle da pandemia, era esperada
uma redução na atividade econômica mundial, tendo em
vista a impossibilidade da realização de
determinados serviços laborais. No Brasil, porém,
Bolsonaro colocou na rua um discurso de que a
economia precisaria ser a prioridade, visto que os
futuros impactos econômicos, segundo ele, seriam tão
ou mais graves do que o número de mortes pela Covid-19,
classificada pelo chefe do governo como
"gripezinha".
O estudo do Ipea, elaborado pelo economista Rodrigo
Orair, que já foi diretor da Instituição Fiscal
Independente (IFI) do Senado, indica que medidas
para reduzir a disseminação da Covid-19 também
ajudam na redução das consequências econômicas e
sociais da crise. "Aqueles que não conseguiram
controlar a crise sanitária tiveram muitas mortes,
tiveram mais perdas econômicas e sociais. Na medida
em que os danos econômicos e sociais são maiores, eu
preciso gastar mais para mitigar esses danos
econômicos e sociais. Quem fez a lição de casa, fez
a estratégia de achatamento (da curva de casos e
mortes) bem feita, informou a população, tomou
medidas de precaução, conseguiu evitar a crise
sanitária, evitou os danos econômicos e sai com o
sistema econômico social mais resiliente".
Fonte: Agência Sindical
19/08/2021 -
Metas abusivas crescem com home office e adoecem
trabalhadores
“Mecanismo ‘adoecedor’, que já existia, se
aprofundou com metas ainda mais abusivas e cobradas
de formas cada vez mais duras”, afirmam bancários
A imposição de sistema de metas abusivas aos
trabalhadores do setor financeiro tem sido motivo de
doenças ocupacionais, principalmente com o
aprofundamento da exploração no home office durante
a pandemia e com a reestruturação dos bancos. “As
metas abusivas continuam a todo a vapor e as LER/Dorts
cresceram com o home office improvisado, que foi
necessário para proteger as vidas, mas o bancário
trabalha, muitas vezes, com o notebook no colo, na
mesa de refeições, elevando as doenças ocupacionais
físicas e os problemas psíquicos, situação agravada
pela pandemia. O mecanismo ‘adoecedor’, que já
existia, se aprofundou com metas ainda mais abusivas
e cobradas de formas cada vez mais duras”, afirma o
secretário de Saúde da Contraf CUT Mauro Salles.
Salles participou de painel para debater a saúde dos
bancários durante a Conferência Estadual dos
Bancários do Rio, realizada no sábado (14). Salles
disse que, mais do que nunca, este é um tema central
da campanha nacional da categoria.
“Sempre demos atenção especial à saúde e às
condições de trabalho, mas com a pandemia mais
ainda. A pandemia e a reestruturação nos bancos
aprofundaram a exploração, com unidades de negócios,
home office, teletrabalho, e todo este processo de
mudanças que acontece no contexto de um governo
hostil aos trabalhadores, o que nos traz grandes
desafios”, disse.
Metas e medos ao redor
Salles criticou as metas que adoecem os trabalhadores
e são ainda mais crueis diante da crise sanitária da
Covid-19. O sindicalista lembra que, além do medo do
assédio, das metas e das demissões, o trabalhador
convive também com o medo do vírus e da morte, o que
agrava os problemas de saúde dos funcionários.
A concorrência dos bancos com as fintechs e
plataformas digitais foi apontado como mais um
agravante na saúde dos bancários, pois elevou a
cobrança por melhores resultados, afetando a saúde
física e psíquica da categoria, cada vez mais
frágil.
Direitos na doença
Mauro criticou também o tratamento dado aos bancários
nas clínicas contratadas pelos bancos.“Pioraram os
serviços médicos dos bancos que dificultam o
atendimento e muitos profissionais trabalham para
negar as doenças ocupacionais e os benefícios do
INSS para os empregados”, disse, destacando a
importância do retorno do tema saúde nas mesas
permanentes de negociação com os bancos.
Com informações do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários e Financiários do
Município do Rio de Janeiro
Fonte: Rede Brasil Atual
19/08/2021 -
Senadores apresentam notícia-crime por prevaricação
contra Augusto Aras
É função institucional do Ministério Público a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos
interesses sociais e dos interesses individuais
indisponíveis. Essa é a tese levantada pelos
senadores Fabiano Contarato (Rede/ES) e Alessandro
Vieira (Cidadania/SE) ao apresentarem notícia-crime
contra o procurador-geral da República, Augusto
Aras, ao Supremo Tribunal Federal.
No documento, os senadores pediram que o PGR seja
investigado pelo crime de prevaricação. Apontam que
Aras praticou ações e omissões que contribuíram para
o enfraquecimento do regime democrático brasileiro,
do sistema eleitoral e para o agravamento dos
impactos da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Conforme a petição, o atual PGR teria se recusado a
praticar atos que lhe incumbem, conduta que em tese
pode ter repercussões penais e
político-administrativas, na forma da legislação
vigente.
De acordo com o a petição, os recentes e insistentes
ataques infundados do presidente da República contra
o sistema eleitoral brasileiro são a mais evidente
prova da inércia de Aras no exercício da função.
Esses fatos levaram a abertura de dois inquéritos
contra Jair Bolsonaro sem a participação do PGR.
O documento dos senadores aponta omissão do PGR
também quanto a participação do presidente em
manifestação atentatória ao Estado Democrático, em
que foram sustentadas as ideias de intervenção
militar, fechamento do Congresso e do STF e reedição
do Ato Institucional nº 5, de 1968.
Por fim, os parlamentares argumentaram que, desde o
início da epidemia de Covid-19 no Brasil, o PGR
teria se omitido em relação à sua obrigação de atuar
como fiscal da lei com relação à adoção e ao
cumprimento, pelo presidente da República e por
ministros de Estado, de medidas destinadas ao
combate da pandemia e de efetivamente investigá-los
pela possível prática de diversos crimes comuns.
Pet. 9.833
Fonte: Consultor Jurídico
19/08/2021 -
STF suspende julgamento de ADI sobre contratação de
servidores pela CLT
O Supremo Tribunal Federal interrompeu, por um
pedido de vista do ministro Nunes Marques, o
julgamento da ação que discute a constitucionalidade
da Emenda à Constituição 19/1998 (reforma
administrativa), que suprimia a exigência do Regime
Jurídico Único (RJU) e de planos de carreira para
servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas dos entes
federados. A medida está suspensa desde 2007, por
decisão liminar do Plenário do STF. Caso exigência
fosse mantida, os servidores poderiam ser
contratados como estatutários ou sob a disciplina da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Antes do pedido de vista, a ministra Carmen Lúcia,
relatora da ADI que pede a extinção do RJU,
manifestou-se contrária ao fim desse regime. O
ministro Gilmar Mendes, contudo, abriu divergência,
e votou por validar a extinção da RJU.
Em seu voto, Carmen Lúcia, acompanhou a decisão
tomada em 2007 no Plenário do STF. Segundo ela, a
ação foi protocolada no ano 2000 e, para ela, é
controversa, porque durante seis anos e quatro
pedidos de vista depois, foi apreciada pela Corte.
A EC 19/98 excluiu a exigência de regime jurídico
único — o regime dos servidores públicos civis da
administração direta, das autarquias e das fundações
— e determinou a instituição de conselhos de
política de administração e remuneração de pessoal,
integrados por servidores designados pelos
respectivos poderes. Isso poderia abrir campo para a
contratação via CLT.
Diversos partidos entraram com a ADI contra a Emenda
Constitucional, sob o argumento de que o então
relator da matéria, ex-deputado Moreira Franco,
aplicou uma "artimanha legislativa", de modo que a
PEC tramitou sem a aprovação das duas Casas
Legislativas, em dois turnos de votação. Com o
pedido de vista de Nunes Marques, não há previsão
para a volta da matéria ao Plenário do STF.
ADI 2.135
Fonte: Consultor Jurídico
18/08/2021 -
XP/Ipespe: Lula derrota Bolsonaro no segundo turno
por 51% a 32%
Em simulação de segundo turno com João Doria, o
governador venceria Bolsonaro por 37% a 35%
A rodada de agosto da pesquisa XP-Ipespe aponta que
o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro em um
eventual segundo turno. O petista obteria 51% dos
votos, enquanto Bolsonaro teria 32%, com "brancos",
"nulos" e "nenhum" somando 17%.
Em simulação de segundo turno com João Doria, o
governador de São Paulo venceria Bolsonaro por 37% a
35%. Com Ciro Gomes na disputa, Bolsonaro seria
derrotado por margem de 12% (44% contra 32%).
Em simulação, Lula mantém dianteira sobre Moro em
eventual segundo turno, com 49% contra 34%. Contra
Ciro, Lula vai a 49% e amplia a margem sobre o
pedetista, que soma 31% das intenções de voto. Lula
venceria também o governador do Rio Grande do Sul,
Eduardo Leite (52% contra 22%).
Fonte: Brasil247
18/08/2021 -
MP da ‘minirreforma’ chegou ao Senado. Redução de
direitos nunca fez sentido, diz Dieese
Além de contrariar posicionamento do STF, temas
incluídos na MP aprofundam redução de direitos
que não enfrentam problema do desemprego, diz
Dieese
O Senado já recebeu a medida provisória que renova o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda. A MP 1.045 foi aprovada pela Câmara na semana
passada, com todas as propostas apresentadas pelo
relator, deputado Christino Áureo (PP-RJ). Mas de
tantos anexos recebidos, vem sendo chamada de
“minirreforma” trabalhista. O projeto de conversão (PLV
17) recriou o contrato de trabalho verde e amarelo
que o governo não conseguiu aprovar em 2020.
Além de “ressuscitar” esse contrato, reduzindo
direitos de jovens de 18 a 29 anos e adultos acima
de 55, o Dieese cita o “programa de trabalho
subsidiado para formação e qualificação
profissional” e um programa de trabalho voluntário.
Assim, aprofunda a “reforma” trabalhista de 2017,
alterando vários itens da CLT.
Minirreforma trabalhista e sem debate
A MP deveria se restringir à questão emergencial,
lembra o instituto. “Além de contrariar um
posicionamento do Supremo Tribunal Federal em
relação à inserção de questões não pertinentes à
matéria da proposição, os temas incluídos são da
maior importância para os trabalhadores e deveriam
ser tratados em projeto específico, de modo a
promover o debate e a reflexão necessários, não
possíveis no ritmo de tramitação de uma MP”, afirma
ainda o Dieese, em nota técnica sobre a
“minirreforma” trabalhista.
O segundo ponto, como acrescenta o Dieese, é a
insistência na ideia de que reduzindo direitos e
flexibilizando regras trabalhistas será possível
enfrentar o problema do desemprego. Seja geral ou
específico de alguns grupos sociais (como os jovens
e adultos com 55 anos ou mais): “Após quatro anos da
aprovação da reforma trabalhista, essa aposta não
deveria mais fazer sentido. Segundo reitera o
instituto, é inegável a piora nos indicadores de
desemprego, de subutilização da força de trabalho e
de precarização da ocupação.
Emprego precarizado
Pelo contrário, diz o instituto no documento: “A
proposta permite a contratação de até 45% do atual
número de empregados, com contratos precarizados e
sem a proteção integral ou parcial da legislação
trabalhista”. Aa medida oferece aos empregadores
redução de custos e compromete recursos públicos,
mas sem a garantia de que não provocará mera
substituição entre trabalhadores. O Dieese observa
que hoje muitos empregadores já contratam jovens sem
esses subsídios.
“A preocupação com a inserção ocupacional no
primeiro emprego, presente em propostas que estão em
debate no Congresso Nacional, deveria perseguir a
qualidade dos postos de trabalho. De forma a gerar
efeitos positivos de longo prazo, que seriam
determinantes da trajetória ocupacional ao longo da
vida”, reforça o estudo. Assim, as oportunidades
oferecidas aos jovens resumem-se a postos de
trabalho de baixa qualidade. “Empregos informais,
temporários e/ou instáveis, baixos salários, longas
jornadas e possibilidades reduzidas de ascensão
profissional. Esse quadro de precarização pode
contribuir para a interrupção e desestímulo em
relação aos estudos por parte das pessoas nessa
faixa etária.”
Confira aqui a íntegra da nota técnica do Dieese. E
aqui o texto aprovado pela Câmara. O projeto do
contrato “verde e amarelo” passou na Casa, mas parou
no Senado.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/08/2021 -
Caixa distribuirá R$ 8,1 bilhões em lucros do FGTS
até o fim do mês
Valor será proporcional ao saldo do trabalhador
em 31 de dezembro
A Caixa Econômica Federal depositará, até 31 de
agosto, R$ 8,129 bilhões nas contas dos
trabalhadores vinculadas ao Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS). Os recursos correspondem a
96% do lucro líquido de R$ 8,467 bilhões do fundo em
2020.
De acordo com os ministérios do Trabalho e
Previdência e da Economia, essa distribuição
oferecerá ao trabalhador um ganho real de 0,4%,
diante de uma inflação de 4,52% em 2020. O objetivo
é “além de preservar o poder de compra dos
quotistas, incentivar a manutenção de recursos sob
as contas vinculadas do FGTS ao ser mais atrativa
aos trabalhadores brasileiros, especialmente àqueles
que optaram por migrar para a modalidade de saque
aniversário, por meio da qual é facultada a
movimentação de uma parcela do saldo anualmente no
mês de aniversário do trabalhador”.
O percentual de distribuição foi aprovado nesta
terça-feira (17) pelo Conselho Curador do FGTS,
formado por representantes do governo, das empresas
e dos trabalhadores. Com rentabilidade fixa de 3% ao
ano, o FGTS tem os rendimentos engordados com a
distribuição dos lucros. Dessa forma, para o
ano-base 2020, a rentabilidade das contas alcançará
4,92%.
Os trabalhadores poderão consultar o valor do
crédito da distribuição dos lucros a partir de 31 de
agosto no aplicativo ou site do FGTS.
Feita desde 2017, a distribuição ocorre de forma
proporcional ao saldo da conta do trabalhador em 31
de dezembro do ano anterior. Quanto maior o saldo,
maior o lucro recebido. Nesse ano, ela alcançará
cerca de 191,2 milhões de contas, que acumulavam
saldo de R$ 436,2 bilhões no fim de 2020.
Em 2017 e 2018, a legislação (Lei 8.036/1990) fixava
a distribuição aos trabalhadores de 50% do lucro do
FGTS no ano anterior. Em 2019, o Congresso aprovou a
distribuição de 100% do lucro, na lei que criou a
modalidade de saque-aniversário, mas o presidente
Jair Bolsonaro vetou o artigo, e o percentual passou
a ser aprovado a cada ano pelo Conselho Curador. No
ano passado, o FGTS distribuiu cerca de R$ 7,5
bilhões aos trabalhadores, o que equivale a 66,2% do
lucro de 2019.
O pagamento de parte dos ganhos do FGTS não muda as
regras de saque. O dinheiro do FGTS só poderá ser
retirado em condições especiais, como aposentadoria,
demissões, compra da casa própria ou doença grave.
Quem aderiu ao saque-aniversário pode retirar uma
parte do saldo até dois meses após o mês de
nascimento, mas perde direito ao pagamento integral
do fundo no caso de demissão sem justa causa.
Fonte: Agência Brasil
18/08/2021 -
PIB recua 0,3% do primeiro para o segundo trimestre,
aponta FGV
Na comparação com o segundo trimestre de 2020,
alta foi de 12,1%
O Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país) teve queda de
0,3% na passagem do primeiro para o segundo
trimestre. O dado é do Monitor do PIB, divulgado
nesta terça-feira (17) pela Fundação Getulio Vargas
(FGV).
“A economia apresentou retração de 0,3% no segundo
trimestre comparado ao primeiro, evidenciando que
houve certo otimismo com o resultado do primeiro
trimestre, mostrando que ainda há um longo caminho
para a retomada mais robusta da economia”, disse o
coordenador da pesquisa, Claudio Considera.
O levantamento mostra que, na comparação com o
segundo trimestre de 2020, no entanto, o PIB
apresentou uma alta de 12,1%.
Considerando-se apenas o mês de junho, houve alta de
1,2% em relação a maio e de 10,1% na comparação com
junho do ano passado.
A alta de 12,1% na comparação do segundo trimestre
com o mesmo período do ano passado foi puxada pela
formação bruta de capital fixo, isto é, os
investimentos, que avançaram 35,2% no período, e
pelo consumo das famílias, que cresceu 12,5%.
Também houve alta nas exportações (12,9%), mas de
forma mais moderada do que nas importações (36,7%).
Fonte: Agência Brasil
18/08/2021 -
Aposentadoria especial para frentistas é aprovada em
comissão
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
terça-feira (17) projeto do senador Telmário Mota (Pros-RR)
que facilita aos frentistas acesso a aposentadoria
especial (PLS 47/2016). O relator, senador Paulo
Paim (PT-RS) falou sobre as doenças que esses
trabalhadores podem adquirir. A vice-presidente da
CAS, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), lembrou que a
reforma previdenciária foi aprovada com extinção de
todas as aposentadorias especiais, e cobrou o
prometido projeto do governo para tratar do tema. A
proposta seguirá para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
18/08/2021 -
Empresa pagará multa se não anotar período de
estágio como de emprego
A Alesat Combustíveis S.A., de Itajaí (SC), terá de
pagar uma multa diária se não cumprir a determinação
judicial de anotar o período de estágio na carteira
de trabalho de um chefe de operações após o
reconhecimento do vínculo de emprego em razão do
desvirtuamento do contrato. De acordo com a Quarta
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a multa pelo
descumprimento da obrigação tem respaldo no Código
de Processo Civil e é compatível com a sistemática
da CLT.
Desvirtuamento
O empregado foi contratado, como estagiário, em maio
de 2006, quando cursava a faculdade de
Administração. Em janeiro de 2007, teve a sua
carteira de trabalho anotada como empregado e, dois
anos depois, foi dispensado. Na reclamação
trabalhista, ele sustentou , com rescisão em
20/1/2009. Na reclamação trabalhista, ele requeria o
vínculo de emprego pelo período de estágio.
Multa
Com base nas testemunhas, o juízo de primeiro grau
concluiu que houve desvirtuamento da finalidade do
contrato de estágio, pois não ficou demonstrado que
a instituição de ensino fazia o acompanhamento ou a
avaliação do estágio, requisitos necessários à
validação do contrato. Ao reconhecer o vínculo de
emprego no período, o juízo determinou que a empresa
retificasse a anotação do contrato na carteira de
trabalho no prazo de cinco dias, fixando multa de R$
50 por dia de atraso. A sentença foi mantida pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).
No recurso de revista, a Alesat sustentou que a
anotação da CTPS poderia ser suprida pela Secretaria
da Vara do Trabalho e que a imposição da multa era
obrigação não prevista em lei.
Contudo, segundo o relator, ministro Caputo Bastos,
explicou que o artigo 497 do Código de Processo
Civil (CPC) dá ao juiz poderes para aplicar a
sanção, caso o empregador descumpra obrigação de
fazer imposta na sentença. Ele assinalou, ainda, que
o TST já firmou entendimento de que a medida tem
respaldo no artigo 536, parágrafo 1º e 537 do código
e é compatível com a sistemática da CLT, que admite
a aplicação do CPC, de forma subsidiária, ao
processo do trabalho.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-410000-55.2009.5.12.0022
Fonte: TST
18/08/2021 -
Paim pede sessão temática para MP que reedita
programa de emprego e renda
Em pronunciamento, nesta terça-feira (17), o senador
Paulo Paim (PT-RS) pediu que a MPV 1045/2021 seja
discutida em sessão temática antes de ser votada
pelo Plenário.
A MP original reeditava o programa emergencial de
manutenção de emprego e renda durante a pandemia.
Mas com as alterações promovidas na Câmara dos
Deputados, transformou-se numa reforma trabalhista,
disse Paim, ao citar que foram incorporados ao
texto, além de matérias estranhas, artigos que
precarizam ainda mais as relações de trabalho.
Limitação da gratuidade de acesso à justiça,
homologação de acordos extrajudiciais com cláusula
de quitação geral, carta branca ao Poder Executivo
para adotar regras jurídicas sobre relação de
emprego, e criação do programa especial de trabalho
incentivado, qualificação e inclusão produtiva
voltado para jovens com idade entre 18 e 29 anos são
alguns pontos aprovados pelos deputados federais
criticados por Paulo Paim.
— Sem vínculo empregatício, sem direito, sem
dignidade, sem nada, sem um trabalho decente, um
homem não tem honra. Sem a sua honra, morre, se
mata, disse.
Paulo Paim também pediu que o Presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco, impugne os artigos da MP que não
tenham relação com a matéria, os chamados jabutis.
Fonte: Agência Senado
18/08/2021 -
Juiz manda suspender exploração de amianto em cidade
de Goiás
As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos
e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos
do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.
Com base no artigo 102, § 2º, da Constituição
Federal, o juiz Bruno Teixeira de Castro, da Vara
Federal Cível e Criminal de Uruaçu (GO), concedeu
tutela de urgência para suspender a extração,
exploração e a beneficiamento, comercialização,
transporte e exportação de amianto crisotila pela
empresa Sama S.A Minerações Associadas, subsidiária
da Eternit S.A., sediada em Minaçu (GO).
A ação foi provocada por ação civil pública movida
pelo Ministério Público Federal. A decisão também
suspende as autorizações da Agência Nacional de
Mineração (ANM), concedidas pelo Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM), para pesquisa,
lavra e beneficiamento de amianto, concedidas às
empresas para exploração e beneficiamento do mineral
no mesmo município.
Segundo a ACP do MPF, a empresa Sama, uma das
maiores mineradoras de amianto do mundo, violou
determinação do STF firmada em julgamento que
declarou inconstitucional a Lei Federal 9.055/95,
que permitia a extração, o beneficiamento, o
transporte, a industrialização e a exportação do
amianto da variedade crisotila.
Ao analisar o caso, o magistrado apontou que as
empresas não podem justificar uma atividade danosa
ao meio ambiente e à saúde humana com base em uma
lei que contrária decisão do Supremo em controle
concentrado de constitucionalidade.
Clique
aqui para ler a decisão
1002022-72.2021.4.01.3505
Fonte: Consultor Jurídico
17/08/2021 -
Centrais Sindicais repudiam 'jabutis' na MP nº
1.045/2021
Senado precisa evitar a ampliação da
precarização do trabalho
As Centrais Sindicais vêm solicitar aos Senadores
que impeçam a ampliação da redução e flexibilização
de direitos laborais que aumentam a precarização do
trabalho no Brasil, rejeitando as mudanças aprovadas
na Câmara dos Deputados no texto da MP 1.045/2021.
Mais uma vez reformas trabalhistas que diminuem a
proteção laboral, social e previdenciária são
justificadas para gerar emprego (anexo Nota Técnica
do DIEESE 262, 16/08/2021, “Câmara aprova
substitutivo à Medida Provisória 1045 e profunda
precarização”).
Desde 2017, essa promessa vem sendo repetida,
entretanto as maiores taxas de desemprego atingem 15
milhões de pessoas no Brasil, outros 6 milhões estão
no desalento, cerca de 6 milhões estão na
inatividade e precisam de um posto de trabalho e
mais 7 milhões têm jornada parcial e salário
insuficiente para financiar seu orçamento familiar.
Propomos que os conteúdos das políticas de proteção
de empregos e de geração de ocupações devem ser
objeto de projeto de lei específico, devidamente
analisado e debatido nas instâncias do Congresso
Nacional, com ampla participação das representações
dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
As novas medidas de flexibilização laboral e
afastamento dos sindicatos das negociações mais uma
vez seguem a linha da precarização e aumentarão a
vulnerabilidade dos trabalhadores e das
trabalhadoras.
O enfretamento do gravíssimo problema do desemprego
depende diretamente da estratégia econômica
orientada pelo investimento público e privado, pela
sustentação da renda do trabalho e pelos mecanismos
de proteção social.
Dentre os principais pontos prejudiciais aos
trabalhadores e às trabalhadoras, as Centrais
Sindicais destacam:
1 - Possibilidade de o trabalhador com contrato de
trabalho suspenso contribuir como segurado
facultativo, conforme as alíquotas estabelecidas
para o segurado obrigatório (art. 18 do PLV). É o
empregador que deve pagar a contribuição
previdenciária, e não o trabalhador, em momento de
pandemia e dificuldades financeiras, com redução
salarial.
2 - Instituição do Programa Primeira Oportunidade e
Reinserção no Emprego – Priore (arts. 24 e seguintes
do PLV). O Programa traz à tona dispositivos da MP
nº 905, MP da Carteira Verde-Amarela. A alteração
configura matéria totalmente estranha ao texto
original da MP nº 1.045 e não guarda relação alguma
com as medidas excepcionais e transitórias contidas
na MP.
3 - Criação do Regime Especial de Trabalho
Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva –
Requip (arts. 43 e seguintes do PLV) e a inclusão do
Programa Nacional de Prestação de Serviço Social
Voluntário. Também matéria estranha ao texto
original da MP. “Embora o objetivo ‘social’ do
programa seja relevante, trata-se de um programa que
promove a exploração da mão de obra, subvertendo o
direito ao trabalho assegurado como direito social
pela Constituição.
4 - Alteração de vários artigos da legislação
trabalhista atual, recuperando dispositivos da MP nº
905 e da MP nº 927, também matérias estranhas ao
texto original da MP nº 1.045. Há graves
modificações nas normas que definem gratuidade da
justiça, afetando, consequentemente, o direito de
acesso à Justiça, fundamental em momento de pandemia
e crise econômica, com a ocorrência de muitas
demissões. Além delas, alterações substanciais no
tocante à fiscalização do trabalho e extensão de
jornada.
As Centrais Sindicais reiteram que o objetivo da MP
nº 1.045 é reeditar as regras da MP nº 936, de 2020,
com fins de garantir a redução de jornada e salários
e a suspensão de contratos, para assegurar a
manutenção de postos de trabalho durante a crise
sanitária causada pela pandemia, e não instituir
programas que criam vagas de trabalho precárias, com
menos direitos, além de alterar a legislação
trabalhista existente e que assegura os direitos da
classe trabalhadora.
Por fim, há de se destacar, em relação à inserção de
matérias estranhas ao texto original de Medida
Provisória, o posicionamento do Supremo Tribunal
Federal. Por meio de sua jurisprudência, o Tribunal
afirma que “Viola a Constituição da República,
notadamente o princípio democrático e o devido
processo legislativo (arts. 1º, caput, parágrafo
único, 2º, caput, 5º, caput, e LIV, CRFB), a prática
da inserção, mediante emenda parlamentar no processo
legislativo de conversão de medida provisória em
lei, de matérias de conteúdo temático estranho ao
objeto originário da medida provisória”.
Por todo o exposto, as Centrais Sindicais manifestam
seu repúdio às mudanças aprovadas e solicitam ao
Senado para que a MP nº 1.045 restrinja-se
exclusivamente ao seu objeto inicial.
São Paulo, 16 de agosto de 2021.
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical
– FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da
CSP – Conlutas
Clique
AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
17/08/2021 -
Lutar não é crime! Nota das Centrais Sindicais
A condenação de Macapá se insere numa conjuntura
de ofensivas contra as liberdades democráticas,
contra o direito de manifestação e organização dos
sindicatos, movimentos sociais e ativistas.
Pela anulação da condenação arbitrária de Macapá,
ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São
José dos Campos e região!
Em uma decisão arbitrária, persecutória e
desproporcional, a Justiça Federal condenou Antônio
Ferreira de Barros, o Macapá, ex-presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e
região, a 16 dias de detenção por ele ter liderado
uma mobilização em defesa dos trabalhadores da
General Motors, em 2015.
No dia 14 de agosto daquele ano, os metalúrgicos da
GM realizaram um ato em frente à montadora, na Via
Dutra, em protesto contra a demissão em massa de
mais de 700 funcionários na véspera do Dia dos Pais.
Os trabalhadores estavam em greve há 14 dias e o ato
em defesa dos empregos assumiu um de caráter
nacional, contando com a participação das centrais
sindicais, sindicatos de várias categorias, além de
partidos políticos e parlamentares.
Por ser presidente da entidade à época, Macapá foi
acusado de crime de desobediência a um suposto
interdito proibitório e é agora, seis anos depois,
condenado numa clara manobra que visa criminalizar a
luta dos trabalhadores.
A condenação de Macapá se insere numa conjuntura de
ofensivas contra as liberdades democráticas, contra
o direito de manifestação e organização dos
sindicatos, movimentos sociais e ativistas.
Repudiamos a perseguição aos sindicalistas e a
tentativa de criminalização das lutas e exigimos a
anulação da condenação arbitrária de Antônio
Ferreira de Barros. O direito constitucional de
manifestação e as convenções da OIT (Organização
Internacional do Trabalho), organização à qual
recorreremos para encaminhar uma denúncia formal
sobre essa situação, precisam ser respeitados.
Toda solidariedade à Macapá! Pela anulação imediata
desta decisão da 3ª Vara Federal de São José dos
Campos! Lutar não é crime!
São Paulo, 16 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Emauel Melato, Intersindical instrumento de Luta
Clique
AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
17/08/2021 -
Governadores divulgam nota em defesa do STF
Em meio às ameaças do presidente Jair Bolsonaro
contra a Suprema Corte, inclusive afirmando que irá
enviar um pedido de impeachment ao Senado contra os
ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto
Barroso, governadores de 13 estados e do Distrito
Federal divulgaram nota, nesta segunda-feira (16),
em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF).
O grupo manifestou solidariedade aos ministros do
STF “e às suas famílias, em face de constantes
ameaças e agressões”.
“No âmbito dos nossos estados, tudo faremos para
ajudar a preservar a dignidade e a integridade do
Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à
serenidade e à paz que a nossa Nação tanto
necessita”, afirmaram os governadores.
Em outro trecho do documento, os governadores
destacam que “o Estado Democrático de Direito só
existe com Judiciário independente, livre para
decidir de acordo com a Constituição e com as leis”.
Assinam a nota os governadores Rui Costa (Bahia),
Flávio Dino (Maranhão), Paulo Câmara (Pernambuco),
João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do
Sul), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo
(Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo),
Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande
do Norte), Renan Filho (Alagoas), Belivaldo Chagas
(Sergipe), Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e Waldez
Góes (Amapá).
Leia a íntegra da carta:
"NOTA PÚBLICA DOS GOVERNADORES EM SOLIDARIEDADE
AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Os Governadores, que assinam ao final, manifestam a
sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal, aos
seus ministros e às suas famílias, em face de
constantes ameaças e agressões.
O Estado Democrático de Direito só existe com
Judiciário independente, livre para decidir de
acordo com a Constituição e com as leis.
No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para
ajudar a preservar a dignidade e a integridade do
Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à
serenidade e à paz que a nossa Nação tanto
necessita.
Brasília, 15 de agosto de 2021.”
Fonte: Congresso em Foco
17/08/2021 -
Empresas devem ressarcir INSS por benefícios a
acidentados no trabalho
Devido à constatação da negligência das empresas, os
Tribunais Regionais Federais da 3ª e da 4ª Região
determinaram o ressarcimento do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) por gastos com benefícios a
vítimas de acidentes de trabalho.
No caso do TRF-4, um funcionário de uma fabricante
de artefatos de borracha sofreu um choque em uma
máquina injetora e ficou permanentemente
incapacitado. O INSS teve de conceder auxílio-doença
acidentário e aposentadoria por invalidez ao
segurado.
O pedido de ressarcimento foi aceito em primeiro
grau. A empresa recorreu, alegando que a culpa pelo
acidente seria do trabalhador, que não usou os
equipamentos de proteção individual (EPIs)
necessários. Já a Advocacia-Geral da União, que atua
em favor do INSS, argumentou que a própria empresa
não fornecia os EPIs e não fiscalizava corretamente
o ambiente de trabalho.
A 3ª Turma da corte estadual manteve a decisão. A
desembargadora-relatora Marga Inge Barth Tessler
considerou que a empresa não implementou os
dispositivos de segurança no maquinário e deixou a
vítima trabalhar em ambiente altamente inseguro:
"Se a apelante tivesse adotado um ambiente de
trabalho seguro, com dispositivos e procedimentos
adequados à tarefa, dado o treinamento adequado ao
empregado e supervisionado a execução da atividade,
certamente o acidente não teria ocorrido", ressaltou
a magistrada. O valor a ser pago pela empresa é de
R$ 132 mil.
Já no caso do TRF-3, um funcionário de uma empresa
de engenharia faleceu após um acidente. Ele fazia
reparos nas instalações elétricas de uma loja da
Riachuelo e entrou em contato com barramentos
eletrizados, que causaram um choque elétrico. O INSS
concedeu pensão por morte a uma dependente do
empregado.
Um processo administrativo do Ministério Público
concluiu que a empregadora e a loja de departamento
não forneceram EPIs nem equipamentos emergenciais de
socorro ao trabalhador.
O pedido de restituição do INSS foi negado em
primeira instância, mas a 1ª Turma do TRF-3 reformou
a decisão. "Resta comprovado que a empresa foi
responsável pela ocorrência do acidente de trabalho,
em razão de não ter observado as normas padrão de
segurança e o princípio da prevenção", indicou o
desembargador Valdeci dos Santos, relator do caso.
Clique
aqui para ler o voto do relator do TRF-4
Clique
aqui para ler o acórdão do TRF-4
5005485-18.2018.4.04.7209
Clique
aqui para ler o acórdão do TRF-3
0022781-44.2011.4.03.6100
Fonte: Consultor Jurídico
17/08/2021 -
Sérgio Reis responderá a inquérito por pelo menos
três crimes
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou
que o ex-deputado Sérgio Reis (Republicanos-SP)
responderá a inquérito policial após a divulgação de
um video no qual ele convoca caminhoneiros para uma
paralisação. De acordo com o delegado Leonardo de
Castro, da delegacia de Combate à Corrupção (Decor),
o cantor sertanejo será investigado pela prática de,
pelo menos, três crimes.
"O objetivo é investigar suposta associação
criminosa voltada para a prática de alguns crimes,
da qual ele seria integrante", explica o policial.
"Ele será investigado pelos crimes de ameaça (art.
147 do CP), dano (art. 163 do CP) e atentado contra
a segurança de meio de transporte (art. 262 do CP)."
Ainda de acordo com a polícia, o ex-parlamentar será
convocado para prestar depoimento, porém ainda sem
data marcada.
Em video divulgado nas redes no sábado (14), o
ex-deputado convocou os caminhoneiros para uma
paralisação pró-Bolsonaro com duração de 72 horas.
"O Brasil inteiro vai estar parado. Ninguém trafega,
ninguém sai. Ônibus volta para trás com passageiros.
Só vai passar polícia federal, ambulância, bombeiro
e cargas perecíveis. Fora isso, ninguém anda no
Brasil", ameaçou o cantor.
Deprimido
Sérgio Reis caiu no choro e defendeu Jair Bolsonaro em
entrevista ao influenciador bolsonarista Oswaldo
Eustáquio neste domingo (15). O ex-deputado disse
que nunca quis agredir ninguém e nem deseja fazer
isso agora.
Em conversa com a jornalista Mônica Bérgamo, da
Folha de SP, a esposa do cantor disse que ele está
deprimido com toda a repercussão negativa do caso.
Fonte: Congresso em Foco
16/08/2021 -
Servidores farão paralisação nacional contra reforma
administrativa no dia 18 de agosto
Greve no serviço público também pretende ampliar
convocação para os atos do "Fora, Bolsonaro" no dia
7 de setembro
Servidores públicos federais preparam uma greve
nacional para o dia 18 de agosto contra a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 32 da Reforma
Administrativa.
A data será marcada por assembleias nos locais de
trabalho, paralisações, carreatas, panfletagens,
além de ações nas redes sociais.
A PEC 32 acaba com a estabilidade dos servidores e,
na avaliação das entidades sindicais, pode
comprometer serviços essenciais à população nas
áreas da saúde e da educação.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já
afirmou que a proposta deve entrar em votação no
Plenário até o final de agosto.
“Essa PEC é uma demanda do mercado, é uma ordem dos
capitalistas e das elites que exigem que essa
privataria de bilhões seja feita para que as
empresas ocupem o papel do Estado na prestação do
serviço público", avaliou o deputado federal Rogério
Correia (PT-MG), coordenador da Frente Parlamentar
Mista em Defesa do Serviço Público.
Chamado ao 7 de setembro
A greve dos servidores também pretende ampliar a
mobilização para o 7 de setembro, data do próximo
ato nacional pelo fim do governo de Jair Bolsonaro
(sem partido).
A paralisação está incluída no calendário de
mobilização da Campanha Fora Bolsonaro, responsável
pela convocação das manifestações que têm levado
milhões de pessoas às ruas de todo o país desde maio
deste ano.
Convocadas por centrais sindicais, a greve dos
servidores reivindicará outras pautas emergenciais,
como o auxílio de R$ 600, a aceleração da vacinação
e a derrota no Congresso da Medida Provisória 1045,
que retira direitos dos trabalhadores.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/08/2021 -
Com ‘contratação’ sem carteira assinada,
‘minirreforma’ trabalhista vai ao Senado
Texto original da MP 1.045 apenas renovava
programa de suspensão de contratos ou redução de
jornada e salários, mas ganhou “jabutis” que retiram
ainda mais direitos do trabalhador
Com votação de destaques e tentativas fracassadas de
tirar o tema da pauta, a Câmara concluiu nesta
quinta-feira (12) a Medida Provisória (MP 1.045), de
renovação do chamado Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda. Para os críticos,
o que era apenas uma questão emergencial devido à
pandemia – com medidas como redução de jornada e
salários ou suspensão de contatos – virou, no
substitutivo, uma nova reforma da legislação
trabalhista. Com, inclusive, a volta da denominada
carteira “verde e amarela”, proposta contida em
outra MP (905, de 2019), que já não havia passado no
Congresso. Agora, o projeto segue ao Senado. O
relator foi o mesmo nos dois casos: Christino Áureo
(PP-RJ).
“Toda vez que tem uma reforma na casa, o governo
mente pro povo brasileiro, criticou o deputado Bohn
Gass (PT-RS), citando as “reformas” trabalhista e
previdenciária. “Iam gerar emprego, a economia ia
crescer e atrair investidores. Mentiram. É um
precarização completa”, acrescentou. Para Bira do
Pindaré (PSB-MA), a MP ajuda a explicar por que o
presidente da República “gastou tanta energia” na
questão do voto impresso. “Era para esconder
maldades como essa”, comentou. Tadeu Alencar
(PSB-PE) afirmou que a MP teve “uma motivação de
certa natureza meritória”, mas foi “profundamente
alterada” no relatório.
De emergencial para permanente
Pela MP original, em troca da redução ou suspensão de
salários e jornada, trabalhadores recebem o
pagamento de um benefício. As regras valem para quem
tem carteira assinada e contratos de aprendizagem e
jornada parcial. Mas o relator acrescentou três
programas, incluindo os “jabutis” (assuntos
estranhos ao conteúdo do projeto) e trazendo de
voltas temas que já haviam sido derrubados. Com
isso, a “minirreforma” trabalhista fez o emergencial
virar permanente.
O relatório cria, por exemplo, o Regime Especial de
Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão
Produtiva (Requip), o Programa Primeira Oportunidade
e Reinserção no Emprego (Priore) e Programa Nacional
de Prestação de Serviço Social Voluntário. O Requip,
por exemplo, cria modalidade sem carteira, apenas
com um bônus e vale-transporte. O Priore, para
jovens de 18 a 29 anos e trabalhadores acima de 55
anos (e desempregados há mais de 12 meses), também
prevê bônus e FGTS menor.
Além dos programas considerados “jabutis” (temas
estranhos ao conteúdo original), vários deputados
chamaram a atenção para a inclusão, de última hora,
de um programa de trabalho voluntário. Também sem
vínculo trabalhista, é voltado a jovens de 18 a 29
anos e pessoas acima de 50 anos, em atividades de
“interesse público” dos municípios.
“Sob uma nova roupagem, um quarto de salário mínimo,
é uma burla da fiscalização, da proteção ao
trabalhador”, disse Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
“Essa nomenclatura que se chama entre aspas de
moderna, essa é a modernização do trabalho escravo.”
Em rede social, um internauta ironizou o parecer
aprovado, cunhando o termo “Lei Áureo”.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/08/2021 -
CTB reelege presidente e aprova união com CGTB.
Direção terá maioria de mulheres
Processo de unificação entre as centrais era
discutido há anos. Mais da metade da executiva (52%)
será feminina
A CTB encerrou sábado (14) seu quinto congresso
elegendo a nova direção, que terá maioria de
mulheres, e com aprovação de proposta de unificação
com a CGTB. As duas centrais vinham discutindo esse
processo há anos. Com chapa única, o bancário
Adilson Araújo, da Bahia, foi reeleito para a
presidência, enquanto Ronaldo Leite (funcionário dos
Correios no Rio de Janeiro) será o secretário-geral.
A direção tem ainda sete vices, já incluindo o então
presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o
Bira. O mandato é de quatro anos. No total, a chapa
foi composta por 157 dirigentes. Pela primeira vez,
lembra a CTB, a executiva terá maioria feminina. Dos
73 integrantes, 38 (52%) são mulheres.
Origens
A CTB foi criada no final de 2007. Até então, parte de
seus integrantes atuava na CUT, em uma tendência
ligada ao PCdoB. O primeiro presidente da nova
central, Wagner Gomes, foi vice cutista. Ele foi
homenageado durante o congresso – morreu um dia
antes do início do evento. Já a CGTB se originou
ainda nos anos 1980, um período marcado para
reorganização do movimento sindical entre o final da
ditadura e a conturbada retomada do processo
democrático. A CUT, por exemplo, foi criada em 1981,
enquanto a Força Sindical surgiu 10 anos depois.
Na próxima quarta-feira (18), as centrais sindicais
organizam um “dia nacional de luta e paralisações”.
A ação é contra a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 32, de “reforma” administrativa, em protesto
contra privatizações e por mais emprego. Servidores
de todos os níveis (federais, estaduais e
municipais) farão greve.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/08/2021 -
Bolsonaro cria trabalho sem direito a férias e 13º
salário, acusa senador
O líder da minoria no Senado, Jean Paul, diz que
reforma trabalhista aprovada na Câmara dos
Deputados, nesta semana, vai totalmente contra os
direitos de cada cidadão brasileiro
A chamada minirreforma trabalhista enviada por
Bolsonaro ao Congresso contém um pacote de maldade
que prejudica ainda mais os trabalhadores que sofrem
os efeitos da pandemia. Na avaliação do líder da
minoria no Senado, Jean Paul (PT-RN), a medida
provisória (MP 1045) cria uma modalidade de trabalho
sem carteira assinada, direitos a férias, 13º
salário e FGTS.
Aprovada na Câmara, a medida chegou ao Senado cria o
Regime Especial de Trabalho Incentivado,
Qualificação e Inclusão Produtiva (Requip), o
Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no
Emprego (Priore) e o Programa Nacional de Prestação
de Serviço Social Voluntário.
O Requip, por exemplo, cria modalidade sem carteira,
apenas com um bônus e vale-transporte. O Priore,
para jovens de 18 a 29 anos e trabalhadores acima de
55 anos (e desempregados há mais de 12 meses),
também prevê bônus e FGTS menor.
De acordo com o senador, todo trabalhador merece um
salário digno com carteira assinada, respeito a
jornada de trabalho, férias e outros benefícios.
“Somos seres humanos, não somos máquinas”, lembrou.
“A reforma trabalhista aprovada, nesta semana, vai
totalmente contra os direitos de cada cidadão
brasileiro”, criticou. Como parlamentar e advogado,
o líder diz que vai priorizar a luta no Senado “para
que essas pautas ultrapassadas e retrógradas não
avancem.”
Outro retrocesso apontado pelo parlamentar é a
dificuldade imposta pela medida para a fiscalização
trabalhista, inclusive para casos de trabalho
análogo ao escravo. Além disso, a MP reduz o
pagamento de horas extras para algumas categorias
profissionais como bancários, jornalistas e
operadores de telemarketing.
“Essas categorias já sofrem com o esgotamento e
tensão e, agora, vão ter que enfrentar essa nova
realidade”, protestou.
“A MP 1045, aprovada pela Câmara, é mais uma
ofensiva contra os direitos dos trabalhadores. Ela
atinge os salários, o 13º, as férias remuneradas e o
acesso à Justiça do Trabalho. Essas maldades do
governo são inaceitáveis. Estamos de olho”, alertou
o senador Paulo Paim (PT-RS).
Para ele, o governo se aproveitou do momento de
crise econômica, social e sanitária, para passar a
minirreforma trabalhista. “O objetivo é retirar
direitos, flexibilizar conquistas trabalhistas e
afastar os sindicatos das negociações coletivas”,
explicou.
“É justamente em momentos como este, de desemprego
em alta, de pobreza e de miséria, que os
trabalhadores mais precisam de proteção. A MP 1045,
como está, afronta a dignidade. Mobilização, já!”,
pediu Paim.
Pela MP original, em troca da redução ou suspensão
de salários e jornada, trabalhadores recebem o
pagamento de um benefício. As regras valem para quem
tem carteira assinada e contratos de aprendizagem e
jornada parcial. Mas o relator na Câmara, Christino
Áureo (PP-RJ), acrescentou os três programas e
trouxe diversos temas que já haviam sido derrubados
anteriormente. Com isso, a minirreforma trabalhista
fez o emergencial virar permanente.
Com informações do PT no Senado
Fonte: Portal Vermelho
16/08/2021 -
TRT-1 condena empresa por deixar trabalhadora no
limbo previdenciário
O juízo da 9ª Turma do Tribunal Regional da 1ª
Região deu provimento a recurso ordinário interposto
por uma trabalhadora e majorou de R$ 10 mil para R$
30 mil indenização por dano moral contra uma empresa
que a submeteu duas vezes ao "limbo previdenciário".
No recurso, a autora narra que começou a trabalhar
na empresa em maio de 2015 como limpadora. Ele se
afastou de suas funções entre novembro de 2015 e
março de 2016 por problemas de saúde, recebendo
auxílio-doença, e só foi reintegrada após acionar o
Judiciário.
Em setembro de 2017 ela foi novamente afastada de
suas funções por problemas de saúde e permaneceu até
novembro do mesmo ano recebendo auxílio-doença.
Desde então não conseguiu retornar ao trabalho sendo
submetida ao "limbo previdenciário" pela segunda vez
pela mesma empresa.
Ao analisar o caso, o relator, desembargador Célio
Juaçaba Cavalcante entendeu que o empregador foi "o
culpado pelo martírio e incerteza que colocou a
trabalhadora em um momento delicado de sua vida,
quando se recuperava de uma doença", obrigando-a a
ajuizar uma segunda ação pelo mesmo motivo.
Além de majorar a indenização, o magistrado também
votou por multar em R$ 15 mil a empresa por se negar
a reintegrar a funcionária e cumprir decisão
judicial sob a alegação de que foi afetada pela
crise sanitária provocada pela Covid-19 no país. O
relator afastou a alegação ao apontar que a empresa
não provou que foi severamente atingida pela crise.
"De todo modo, sua atitude de simplesmente recusar o
cumprimento da ordem judicial revela seu desrespeito
a esta Instituição. Ainda que o empregador estivesse
sem atividades, além de comprovar tal fato, deveria
ter promovido a reintegração da trabalhadora e, se
fosse de seu interesse, adotado uma das medidas
expedidas pelo governo federal que visaram a
manutenção da continuidade da atividade empresarial,
bem como dos postos de trabalho", explicou. O voto
foi seguido por unanimidade.
A trabalhadora foi representada pelo escritório Ruy
Smith Advocacia.
Clique
aqui para ler o acórdão
0101016-36.2020.5.01.0036
Fonte: Consultor Jurídico
13/08/2021 -
Concluída análise de MP que altera regras
trabalhistas
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
quinta-feira (12) apenas um destaque ao texto-base
da Medida Provisória 1045/21, que altera regras
trabalhistas e renova programa emergencial criado em
razão da pandemia de Covid-19. Com isso, foi
concluída a análise da MP, que segue agora para o
Senado.
O parecer do relator, deputado Christino Aureo
(PP-RJ), incluiu vários temas na MP, como programas
de qualificação profissional. Destaque do PSDB,
aprovado por 329 a 2, retirou o caráter subsidiário
na oferta de cursos oferecidos por entidades sem
fins lucrativos que prestam assistência a jovens e
adolescentes.
O texto-base da MP 1045 havia sido aprovado na
quarta-feira (11). Em troca da redução ou suspensão
de salários e jornada na pandemia, os trabalhadores
receberão o pagamento de benefício emergencial. As
regras deverão valer nos casos de carteira assinada
ou contratos de aprendizagem e de jornada parcial.
Fonte: Agência Câmara
13/08/2021 -
‘Jabutis’ da MP 1.045 reduzem ainda mais direitos
dos trabalhadores
Os “jabutis” são na verdade uma tentativa de
continuar a nefasta reforma trabalhista do governo
Temer, resgatar os horrores da MP da carteira de
trabalho verde e amarela do governo atual e fazer o
Brasil retroceder ao tempo da escravidão
Por Miguel Torres*
O Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que é
inconstitucional e antidemocrático inserir temas
estranhos em texto original de uma medida
provisória. Esta posição do STF é um dos motivos que
nos levam a repudiar as mudanças aprovadas na Câmara
dos Deputados, no dia 10 de agosto de 2021, no texto
da MP 1.045, que originalmente visa a reeditar
regras para a manutenção dos postos de trabalho,
durante a pandemia da covid, por meio da redução de
jornada e salários, e a suspensão de contratos.
Os temas estranhos, que apelidamos de jabutis,
inseridos nesta MP 1.045, são para reduzir ainda
mais os direitos trabalhistas da classe
trabalhadora, impor o trabalho precário, dificultar
a fiscalização dos ambientes de trabalho, impedir o
acesso da classe trabalhadora à Justiça e afastar os
Sindicatos das negociações com os patrões, deixando
os trabalhadores e trabalhadoras mais vulneráveis
nas relações de trabalho, entre outras estranhezas.
Alegam os autores destes jabutis que as emendas
inseridas na MP 1.045 são para gerar emprego.
Balela! A reforma trabalhista, que acaba de
completar 4 anos, não gerou os milhões de empregos
prometidos.
Estes jabutis são na verdade uma tentativa de
continuar a nefasta reforma trabalhista do governo
Temer, resgatar os horrores da MP da carteira de
trabalho verde e amarela do governo atual e fazer o
Brasil retroceder ao tempo da escravidão.
O desemprego se combate com investimentos, empregos
de qualidade com direitos e renda digna. Portanto,
reafirmo aqui a posição de repúdio das centrais
sindicais contra as mudanças aprovadas na Câmara dos
Deputados.
Continuaremos atuando junto ao Senado Federal para
que a MP 1.045 retome o seu objeto inicial e o
diálogo prevaleça. A luta faz a lei!
*Miguel Torres é presidente da Força Sindical, da
CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São
Paulo e Mogi das Cruzes
Fonte: Rede Brasil Atual
13/08/2021 -
FGTS: R$ 6 bi em lucros serão distribuídos em
agosto; veja quem tem direito
Expectativa é que deve ser distribuído R$ 5,9
bilhões; valores e datas serão definidos na próxima
semana
Parte dos lucros de R$ 8,5 bilhões do Fundo de
Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) obtidos em 2020
serão distribuídos entre os trabalhadores ainda no
mês de agosto. Os valores e a data de distribuição
serão definidas na reunião do Conselho Curador, que
estava marcada para esta terça-feira (10/8), mas foi
remarcada para o dia 17. O atraso aconteceu devido a
retirada da pasta do Trabalho do Ministério da
Economia.
No total, deve ser distribuído R$ 5,9 bilhões, caso
seja mantido a correção pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Porém, a fatia deve ser
menor do que a do ano passado, já que o lucro caiu
25% em 2020. No ano passado, o valor distribuído aos
trabalhadores com conta no Fundo de Garantia foi de
R$ 7,5 bilhões, o equivalente a 66,3% do lucro de
2019.
Tem direito ao lucro os cotistas que tinham saldo
nas contas em 31 de dezembro e o valor recebido é
proporcional ao saldo do trabalhador. A expectativa
é que os depósitos sejam feitos ainda este mês.
O dinheiro é incorporado ao saldo do FGTS e pode ser
sacado em casos de demissão sem justa causa, compra
de casa, aposentadoria, saque-aniversário e doenças
graves.
Fonte: Correio Braziliense
13/08/2021 -
Arthur Lira barra nomeação de Maia como vice-líder
da oposição
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
barrou a indicação do seu antecessor, Rodrigo Maia
(Sem Partido - RJ), para assumir uma das
vice-lideranças da Oposição na Casa. A indicação
chegou a ser confirmada mais cedo nesta quinta-feira
(12), como uma das armas do grupo para articular
mudanças na reforma tributária.
A razão seria regimental: o §2º do artigo 11-A do
Regimento Interno da Câmara prevê que "os nove
vice-líderes são indicados pelo líder da Minoria"
dos partidos que componham um grupo de opinião
contrária à Maioria. Rodrigo Maia, no entanto, está
sem partido desde que foi expulso do Democratas, em
14 de junho.
A função de vice-líder garantiria a ele tempo de
discurso em plenário e maior capacidade de
articulação das estratégias do bloco, tanto interna,
quanto externamente na Casa. Presidente da Câmara
entre 2016 e fevereiro deste ano, Maia tem bom
trânsito entre especialistas e autoridades da área
econômica (apesar de entreveros públicos com Paulo
Guedes), além de ter comandado pautas importantes na
área econômica, como a Reforma da Previdência.
Fonte: Congresso em Foco
13/08/2021 -
Senado aprova quebra de patentes para vacinas
O plenário do Senado aprovou por 61 votos a 13 o
substitutivo apresentado pela Câmara dos Deputados
ao PL 12/2021, que permite temporariamente a quebra
de patentes para produzir medicamentos e vacinas em
casos de emergência nacional ou internacional de
saúde. O texto segue agora para sanção presidencial.
O projeto é de autoria do senador Paulo Paim
(PT-RS). Como tinha sofrido alterações na etapa de
apreciação na Câmara dos Deputados, teve que passar
por nova votação no Senado.
Dentre as mudanças que ocorreram na Câmara, tendo
como relator o deputado Aécio Neves (PSDB-MG),
destaca-se trecho que deixa claro que a quebra de
patentes se refere à pandemia de covid-19. O PL
também ao Congresso o direito de iniciar o processo
de licença compulsória.
Determina também que o Instituto de Propriedade
Industrial (Inpi) deve dar prioridade de análise aos
pedidos de patente que forem objeto de licença
compulsória. E prevê que entes públicos,
instituições de ensino, pesquisa e outras entidades
que representem a sociedade e o setor produtivo
deverão ser consultados na elaboração da lista de
patentes ou de pedidos de patentes objetos de
licença compulsória (Com informações das Agências
Senado e Câmara).
Fonte: Congresso em Foco
13/08/2021 -
MP é minirreforma para criar trabalhador de 2ª
categoria, dizem advogados
A Medida Provisória 1.045 retira direitos, dificulta
o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho e pode
ser encarada como uma reedição da então superada
proposta da carteira de trabalho verde e amarela.
Essas são algumas conclusões de advogados
trabalhistas consultados pela ConJur sobre a
iniciativa que renova o programa de redução ou
suspensão de salários e jornada de trabalho.
O texto-base da MP foi aprovado nesta quarta-feira
(10/8) pela Câmara dos Deputados por 304 votos
favoráveis contra 133 contrários.
O relator da proposta, deputado Christino Aureo
(PP-RJ), manteve alguns pontos questionados pela
oposição como programas de primeiro emprego e
requalificação profissional, mudanças na CLT e
definição de quem poderá ter o benefício da Justiça
gratuita.
Para Gustavo Ramos, advogado especialista em Direito
do Trabalho e sócio do escritório Mauro Menezes &
Advogados, a Câmara acrescentou diversas emendas à
MP que afetam os direitos dos trabalhadores. "O
Projeto de Lei de Conversão cria programas que
pretendem gerar empregos de baixíssima qualidade, o
que resultará na institucionalização de
desigualdades inconciliáveis com o projeto
constitucional democrático. Sob o eufemismo de
'contratação com regras mais flexíveis', essa
minirreforma trabalhista implicará o surgimento de
trabalhadores de segunda categoria, porquanto com
menos direitos", critica.
O especialista acrescenta que a proposta restringe
ainda mais o acesso à Justiça do Trabalho, no
comparativo com a legislação aprovada na reforma
trabalhista de 2017. "Vivemos em um país cujo
descumprimento de normas trabalhistas é alarmante e
se impõe embaraços à fiscalização do trabalho,
minando sua atuação técnica e imparcial, em estímulo
a fraudes e proteção a infratores da lei", ressalta.
O tom crítico ao texto aprovado é endossado pelo
advogado trabalhista Lívio Enescu. "Essa
minirreforma trabalhista é a retomada da absurda e
inconstitucional carteira verde amarela que já foi
derrotada no Poder Legislativo", argumenta.
Lívio acredita que, se aprovada como está, a
proposta faz que o futuro dos jovens trabalhadores
seja tão ruim como o presente. "Essa iniciativa não
criará emprego e ainda mais, piorará a vida daquele
que hoje tem atividade formal e protegida. A
violência contra os direitos dos trabalhadores se
materializa na criação de uma modalidade de trabalho
sem carteira assinada, e direitos trabalhistas, onde
o trabalhador receberá só uma bolsa e vale
transporte; a malvadeza continua na criação de outra
modalidade, sem direito a 13º, férias e FGTS, e
incentiva a contratação de maiores de 55 anos, e
jovens, com um 'bônus' no salário, mas com FGTS
menor, trazendo diminuição da arrecadação para esse
instituto", lamenta.
Em tom mais ameno, o advogado Rodrigo Marques, sócio
coordenador do escritório Nelson Wilians e
especialista em Direito Trabalhista, afirma que é
importante lembrar que se o trabalhador constatar
"quaisquer irregularidades nos acordos celebrados, o
funcionário poderá ajuizar ação em face do seu
empregador, como por exemplo, em casos que a
estabilidade provisória ao término do acordo não foi
respeitada ou até mesmo se apesar de ter celebrado
acordo para redução de jornada, o profissional
continuou a exercer suas atividades de forma
integral".
Paulo Woo Jin Lee, sócio de Chiarottino e Nicoletti
Advogados, explica que, "durante a aprovação do
texto base de conversão da MP 1.045/21, que trata do
Programa de Redução ou Suspensão dos Salários e da
Jornada de Trabalho, foram incluídos temas
trabalhistas que não estavam na redação original e
que não foram submetidos a discussão prévia, ou
seja, não passaram pelo processo de amadurecimento
que fortalece a democracia e legitima o processo
legislativo".
O especialista afirma que, se a proposta for
aprovada e sancionada, as novas disposições
certamente passarão pelo crivo do Poder Judiciário,
que discutirá sua constitucionalidade, tendo em
vista que diversas mudanças afrontam previsão
constitucional, como é o caso do direito a férias e
ao 13º salário, e em convenções internacionais
firmadas pelo Brasil com a finalidade de combater as
fraudes e o trabalho escravo.
Por fim, a advogada Mariana Machado Pedroso,
especialista em Direito do Trabalho, sócia do Chenut
Oliveira Santiago Advogados, argumenta que, "embora
o motivo para tal inclusão utilizado pela base
governista seja o de aumentar a empregabilidade e
reduzir os desligamentos, o que se vê é uma nova
tentativa de afastar garantias constitucionais como,
por exemplo, o adicional de horas extras que, de
acordo com a Constituição, deverá ser de, no mínimo,
50%".
Ela acredita que as empresas não devem adotar, de
plano, suas regras, sobretudo com tantos
apontamentos de inconstitucionalidade que vêm sendo
feitos e que certamente serão suscitados em ações
judiciais.
É importante ter em mente que no Direito do
Trabalho, as decisões judiciais moldam o
entendimento do que será 'aceitável' tendo como base
as regras constitucionais. Não há como validar uma
novidade legislativa que contrarie essas premissas",
finaliza.
Fonte: Consultor Jurídico
12/08/2021 -
Em live do FST, Paim defende sindicalismo forte
O parlamentar mais afinado com os trabalhadores é o
senador Paulo Paim (PT-RS). Por essa razão, ele foi
o convidado especial segunda (9) na live do Fórum
Sindical dos Trabalhadores. Durante a conversa com o
coordenador do FST, professor Oswaldo Augusto de
Barros, Paim reafirmou sua posição de defesa dos
empregos, renda e do fortalecimento sindical.
Para o senador, o Congresso Nacional também deve
atuar mais em conjunto com entidades representativas
do povo brasileiro, principalmente da classe
trabalhadora. “Precisamos caminhar juntos no que
chamo de Grande Frente Ampla pelo Brasil, que
aproxime movimento sindical e outras entidades da
sociedade”, afirma o parlamentar.
O professor Oswaldo Augusto de Barros diz: “Ele é
bem recebido em todas as correntes políticas. E nos
ajudará no contato contato com frentes parlamentares
pra que o trabalhador seja visto como o produtor da
riqueza, não um coadjuvante”.
Para Paulo Paim, ao contrário do que o governo
pratica, a geração de empregos e aumento da renda
devem ser pontos principais para o crescimento da
economia. “Quando mais gente trabalha e produz, mais
consumem e ativam o mercado”, observa.
Custeio – O senador defende o custeio pra fortalecer
as entidades e também o diálogo com as lideranças
políticas. “Joe Biden gravou um vídeo dizendo que os
Sindicatos ajudam na construção de um País e
formação de seu mercado interno. Precisamos de
governantes que queiram governar pra todos”,
exemplifica.
Na avaliação do professor Oswaldo, o senador gaúcho
representa o movimento sindical dentro do Congresso.
“É um trabalhador, desde os oito anos de idade. Com
Carteira assinada, desde os 12. Paim é um exemplo e
um amigo”, ressalta.
Live – Perdeu a live? Fique tranquilo. Ela será
retransmitida nesta quarta (11) nas redes do Fórum
Sindical e da Cnteec, a partir das 19 horas.
Acesse – Página do
FST.
Fonte: Agência Sindical
12/08/2021 -
Nota das centrais sindicais: Um adeus ao amigo e
camarada Wagner Gomes
Com
grande consternação recebemos a notícia do
falecimento do companheiro Wagner Gomes, vítima de
um infarto fulminante, no dia 10 de agosto de 2021.
Wagner tinha 64 anos. Era novo, a considerar a atual
expectativa de vida de um brasileiro como ele. Mais
do que isso, sua disposição e seu humor era de
alguém que estava na flor da idade.
Conhecedor da política e da história do movimento,
ele sabia que para avançar precisava de um ideal no
horizonte e dos pés na realidade. Foi com esse
espírito que Wagner foi um dos maiores defensores da
unidade de ação do movimento sindical. Nas reuniões
de preparação para os atos dos 1ºs de Maio
Unitários, por exemplo, ele trazia equilíbrio e
lucidez. Sempre foi justo com todos, respeitando
todas as centrais e imprimindo a marca política de
sua central, a CTB.
Wagner conquistou esse equilíbrio entre idealismo,
prática e amplitude através de sua história de vida.
A história de um operário.
Interiorano de Araçatuba, ele chegou a São Paulo em
1970, aos 13 anos. Iniciou seu ativismo sindical em
1978 como funcionário da antiga Telesp. Foi operador
de trens do Metrô, ajudando a fundar o sindicato da
categoria em 1981 e tornando-se presidente em 1989 e
depois em 2009. Foi também vice-presidente da CUT e
o primeiro presidente da CTB, em 2007, quando da
Central foi fundada, reeleito no segundo congresso
em 2009. Ele também andou pela política, era da
direção nacional do PCdoB e foi candidato ao Senado
em 2002. Embora não tenha sido eleito, recebeu uma
votação expressiva.
Era o secretário geral da CTB e estava organizando o
5º Congresso da entidade. Tinha presença garantida
nas manifestações sindicais que nos últimos anos se
levantaram contra o governo Bolsonaro, a má
administração da crise sanitária e a luta pelo
auxílio emergencial.
Nos últimos meses ele lutava contra a ameaça de
perda da sede do seu Sindicato. Claro que todos nós
estávamos ao seu lado, fazendo todo o possível para
ajudar.
Mas, além de sua importância política e sindical,
registramos aqui o bom amigo que ele foi. Dizer que
ele foi um sindicalista muito querido e respeitado
no movimento não é mera força de expressão. Ele foi
um ser humano dos melhores. Brincalhão, gente boa
com todo mundo, sempre com bom humor. De hábitos
simples, gostava de ir ao estádio com os amigos ver
seu time, o Santos, jogar.
Nesse momento de grandes dificuldades que
atravessamos, com esse governo desastroso, crises de
toda ordem e um crescente número de mortes precoces
a perda de Wagner Gomes não foi apenas mais uma. Foi
para nós uma perda inestimável, profundamente triste
e sentida, que fará toda a diferença.
Frente a isso nos resta zelar por sua memória,
manter viva a lembrança de sua amizade e, sobretudo,
acesa a luta que deu sentido à sua vida.
São Paulo, 11 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira, Presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Mané Melato, Intersindical instrumento de Luta
Fonte: Centrais Sindicais
12/08/2021 -
Programa de manutenção de emprego vira reforma
trabalhista
A MP (Medida Provisória) 1.045/21, que
prorrogou a Lei 14.020/20, que estabeleceu o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda foi transformada numa reforma trabalhista ao
tornar permanente o programa com mudanças na
legislação trabalhista com a volta da chamada
Carteira Verde e Amarela, tentativa essa rejeitada
na MP 905/19 pelo Congresso Nacional.
A versão em vigor do BEm 2021 (nova sigla Beneficio
Emergencial de Manutenção do Emprego) se destina ao
trabalhador que, em função da crise causada pela
pandemia do coronavírus, se enquadre em uma das
seguintes situações:
1) acordo para redução da jornada de trabalho e do
salário; e 2) acordo para suspensão temporária do
contrato de trabalho.
A redução da jornada e salário poderá ser de 25%,
50% ou 70%, salvo se combinado de forma diversa em
negociação coletiva, com prazo máximo de 120 dias e,
em relação a suspensão dos contratos de trabalho, é
coberto pelo benefício tem prazo máximo de 120 dias.
Reforma Trabalhista
O relator, deputado Christion Aureo (PP-RJ), que
também relatou a MP 905 da Carteira Verde e Amarela,
apresentou parecer na última terça-feira (11), na
forma de Subemenda Substitutiva Global, que
ressuscitou medidas de flexilização da legislação
trabalhista sendo aprovada pelo plenário da Câmara
dos Deputados por 304 a 133, que ainda depende de
análise dos destaques de votação em separado que
poderá promover mudanças no texto aprovado.
Dentre os principais pontos prejudiciais aos
trabalhadores e às trabalhadoras destacamos:
1) possibilidade de o trabalhador com contrato de
trabalho suspenso contribuir como segurado
facultativo, conforme as alíquotas estabelecidas
para o segurado obrigatório (art. 18 do PLV). É o
empregador que deve pagar a contribuição
previdenciária, e não o trabalhador, em momento de
pandemia e dificuldades financeiras, com redução
salarial.
2) instituição do Priore (Programa Primeira
Oportunidade e Reinserção no Emprego) (art. 24 e
seguintes do PLV). O Programa traz à tona
dispositivos da MP 905, MP da Carteira
Verde-Amarela. A alteração configura matéria
totalmente estranha ao texto original da MP 1.045 e
não guarda relação alguma com as medidas
excepcionais e transitórias contidas na MP.
3) Criação do Requip (Regime Especial de Trabalho
Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva)
(art. 43 e seguintes do PLV) e a inclusão do
Programa Nacional de Prestação de Serviço Social
Voluntário. Também matéria estranha ao texto
original da MP. “Embora o objetivo ‘social’ do
programa seja relevante, trata-se de um programa que
promove a exploração da mão de obra, subvertendo o
direito ao trabalho assegurado como direito social
pela Constituição.”
4) alteração de vários artigos da legislação
trabalhista atual, recuperando dispositivos das MP
905 e 927, também matérias estranhas ao texto
original da MP 1.045. Há graves modificações nas
normas que definem gratuidade da justiça, afetando,
consequentemente, o direito de acesso à Justiça,
fundamental em momento de pandemia e crise
econômica, com a ocorrência de muitas demissões.
Além delas, alterações substanciais no tocante à
fiscalização do trabalho e extensão de jornada.
Centrais sindicais
Em nota, as centrais sindicais repudiam as mudanças
aprovadas na Câmara dos Deputados no texto da MP
1.045/21 por se configurarem em matérias estranhas
ao conteúdo original, constituindo-se em verdadeiros
“jabutis”.
Segundo as centrais, é necessário que os conteúdos
das políticas de proteção de empregos e de geração
de ocupações devem ser objeto de projeto de lei
específico, devidamente analisado e debatido nas
instâncias do Congresso Nacional, com ampla
participação das representações dos trabalhadores,
dos empregadores e do governo.
E afirmam que o enfretamento do gravíssimo problema
do desemprego depende diretamente da estratégia
econômica orientada pelo investimento público e
privado, pela sustentação da renda do trabalho e
pelos mecanismos de proteção social.
EIS A ÍNTEGRA DA NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS SOBRE O
PARECER À MP 1.045
Fonte: Diap
12/08/2021 -
Lula afirma que Bolsonaro não tem força para dar
golpe com militares
Na visão do ex-presidente, Bolsonaro não tem
força para promover, de fato, um golpe militar.
Lula qualificou o desfile dos blindados em Brasília
de "patético"
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou a
interlocutores em conversas reservadas que Jair
Bolsonaro não tem força para promover, de fato, um
golpe militar que não apenas vingue como se sustente
no tempo. A informação é da jornalista Mônica
Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.
Na visão do petista, Jair Bolsonaro tenta criar um
clima de temor para alimentar a narrativa de que uma
suposta polarização nas eleições com o PT poderá
aproximar o país de uma situação de caos, já que o
mandatário e setores militares esticariam a corda.
No entanto, Lula reforça que o PT, neste ponto, não
deveria demonstrar qualquer tipo de receio ou
prestar reverência especial aos militares, que, de
resto, foram bem tratados e respeitados nos governos
do partido.
Na terça (10), Lula descartou qualquer possibilidade
de publicar uma carta aberta e dirigida
exclusivamente aos militares, como foi divulgado na
imprensa. E chamou o desfile dos blindados em
Brasília de "patético".
O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim
também diz não temer um golpe clássico, com tanques
nas ruas.
Na visão de Amorim, a ameaça bolsonarista seria algo
parecido com o que Donald Trump tentou fazer nos
EUA, e que resultou na invasão do Congresso
norte-americano. Ou como ocorreu na Bolívia, em que
os militares entraram em cena apenas no final de um
golpe liderado por forças policiais.
Fonte: Brasil247
12/08/2021 -
Para Lira, debate sobre voto impresso está encerrado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou após a sessão na qual a proposta de
emenda à Constituição do voto impresso (PEC 135/19)
foi rejeitada, que o assunto está encerrado. “Não
teríamos nem tempo, nem espaço para retomar esta
questão neste ano”, ressaltou.
Lira enfatizou ainda o resultado “soberano, altivo e
democrático”, que não foi apenas de uma comissão,
mas do Plenário da Câmara.
O presidente da Câmara também afirmou que o momento é
de saber reconhecer os resultados. “Todos os
deputados que votaram aqui hoje foram eleitos pela
urna eletrônica”, disse. Questionado sobre qual
seria a reação do presidente Jair Bolsonaro,
apoiador do voto impresso, Lira disse acreditar que
o presidente da República vai respeitar a decisão.
Transparência
Lira fez um apelo aos deputados para que a
transparência do sistema eleitoral seja tratada
futuramente sem que haja “vencidos ou vencedores”.
Ele se comprometeu a buscar a Justiça Eleitoral e o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para
encontrar uma saída para aumentar a transparência e
aprimorar os mecanismos de auditagem. “Para que não
pairem dúvidas”, ressaltou.
Ele espera que as conversas aconteçam rapidamente.
“Nossa obrigação é sentar à mesa, sem vencidos ou
vencedores, para discutir alternativas para aumentar
a transparência e melhorar a auditagem”, completou.
Entre as sugestões que pode apresentar, Lira citou
aumentar o número de urnas auditadas a cada eleição
e incluir a participação de outras entidades nesse
processo.
Fonte: Agência Câmara
12/08/2021 -
Aprovado projeto que suspende prova de vida do INSS
até o fim do ano
O Plenário do Senado aprovou texto da Câmara que
suspende até o final do ano, por causa da pandemia,
a prova de vida exigida dos beneficiários do INSS. A
proposta original (PL 385/2021), do senador Jorginho
Mello (PL-SC), estabelecia uma lista de
procedimentos alternativos à comprovação, mas os
senadores preferiram acatar o substitutivo dos
deputados.
Fonte: Agência Senado
11/08/2021 -
Hora de unir os democratas, diz Lula a Centrais
Sexta-feira, 6, dirigentes das Centrais Força
Sindical e da CUT se reuniram com o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo. Reunião
entre companheiros tratou sobre conjuntura do
sindicalismo e planejou ações futuras.
Miguel Torres, presidente da Força, participou com
João Carlos Gonçalves Juruna (secretário-geral),
Sérgio Luiz Leite (presidente dos Químicos-SP), João
Inocentini (presidente do Sindicato dos Aposentados)
e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho (Solidariedade-SP).
Segundo Miguel, o ex-presidente Lula está com muita
disposição de trabalho em prol do sindicalismo.
“Lula, inclusive, inicia uma série de viagens ao
Nordeste. Nós sugerimos que ele chame o movimento
sindical pra esses encontros”, ele informa.
O ex-presidente está preocupado com o desemprego em
massa no País e entende que o próximo governo
precisa dar prioridade máxima à questão. “Ele pediu
às Centrais Sindicais que se aproximem também dos
trabalhadores informais, as pessoas que estão em
home office e dos entregadores de aplicativos”, diz
Miguel.
Polarização – A preocupação de Lula quanto às
eleições de 2022 é unir o campo progressista. “Ele
tem clareza de que a derrota do bolsonarismo passa
pela união do setor democrático do Brasil. Não acha
que a esquerda sozinha seja capaz de vencer. É
preciso buscar alianças”, afirma Juruna, o
secretário-geral da Força.
Novos encontros devem acontecer em breve entre as
Centrais Sindicais e Lula. A ideia é que sejam
feitas reuniões periódicas, para tratar sobre a
conjuntura política, trabalhista e social e também
questões pontuais de interesse da classe
trabalhadora.
Mais – Acesse os sites da Força Sindical e da
CUT.
Fonte: Agência Sindical
11/08/2021 -
Câmara aprova texto-base de MP que permite
contratação sem vínculo trabalhista
Agência Câmara, com 247 - A Câmara dos Deputados
aprovou, por 304 votos a 133, o texto-base da Medida
Provisória 1045/21, que altera o programa de redução
ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o
pagamento de um benefício emergencial aos
trabalhadores. As regras valem para quem tem
carteira assinada e para os contratos de
aprendizagem e de jornada parcial.
Segundo a presidente do PT, deputada federal Gleisi
Hoffmann, a medida provisória cria “‘trabalhadores
de segunda categoria’ e legaliza a contratação sem
vínculo trabalhista, sem FGTS, sem 13º e sem
férias”.
Brasília
Conforme acordo entre os partidos, os destaques
apresentados ao texto serão analisados em outra
data.
Antes da votação da matéria, o relator, deputado
Christino Aureo (PP-RJ), apresentou parecer às
emendas de Plenário e acrescentou mudanças no texto,
como a permissão para sindicatos exercerem
atividades econômicas se não forem em caráter de
competição com o mercado; e regras para o
recebimento do benefício emergencial para gestantes
com redução ou suspensão do contrato trabalhista.
Christino Aureo manteve ainda outros itens
questionados pela oposição, como programas de
primeiro emprego e de requalificação profissional,
mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
e definição de quem pode contar com gratuidade no
acesso à Justiça.
Fonte: Brasil247
11/08/2021 -
‘Reforma’ trabalhista de 2017 travou a economia em
vez de permitir retomada
Em livro, pesquisadores apontam efeitos negativos
das mudanças não apenas para o mundo do trabalho
Em vez de impulsionar, a “reforma” trabalhista de
2017 desorganizou a economia e dificultou qualquer
processo de retomada, mesmo antes da pandemia,
concluem pesquisadores em livro lançado formalmente
na noite de ontem (9). “A retomada foi dificultada
pela realização da reforma”, diz o professor José
Dari Krein, do Instituto de Economia da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp). “Você afetou
negativamente a renda do trabalho, o sistema de
crédito. O que cresceu foram as ocupações informais
e por conta própria. A desigualdade se acentuou.
Também piorou o índice de Gini, ou seja, uma
distribuição mais desigual do resultado do
trabalho.”
Krein é um dos organizadores de O trabalho pós
reforma trabalhista (2017), ao lado de Marcelo
Manzano, Marilane Teixeira e Patrícia Lemos. O
projeto é resultado de parceria com o Ministério
Público do Trabalho (MPT) e a Rede de Estudos e
Monitoramento Interdisciplinar da Reforma
Trabalhista (Remir). Neste link é possível baixar os
dois volumes da obra. O lançamento de ontem
representou a primeira atividade, neste semestre, da
Escola de Ciências do Trabalho do Dieese.
Desregulamentação e flexibilização
No livro, os pesquisadores acabam por estabelecer
links entre passado e futuro. Na medida em que a
“reforma” é, de certa forma, uma continuação das
medidas de flexibilização trabalhista que passaram a
ser implementadas nos anos 1990. Por outro lado,
essa desregulamentação continua avançando, como
agora, por meio de temas incluídos na Medida
Provisória (MP) 1.045, que está para ser votada na
Câmara.
Nos anos 1990, observa Krein, se iniciou um processo
de “desconstrução” de direitos previstos na
Constituição de 1988. Esse processo prosseguiu com
mais intensidade na “reforma” (Lei 13.467), mudando
formas de contratação e remuneração. Sob a promessa
de formalizar contratos, dinamizar a economia, criar
empregos, aumentar a produtividade. “Todas essas
promessas não foram efetuadas”, lembra. Modalidade
de contratação mais flexíveis, como trabalho
intermitente e parcial, tem impacto “absolutamente
inexpressivo”. Além disso, a flexibilização já é um
fenômeno presente no mercado de trabalho brasileiro.
Impacto na negociação coletiva
“A reforma agravou os problemas do trabalho e da
economia. Foi um efeito reverso.” O professor e
diretor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia
do Trabalho (Cesit, da Unicamp) lembrou que as
mudanças, sempre favoráveis ao capital, atingiram
também as instituições e o movimento sindical. Este,
por sua vez, precisa pensar em uma “aproximação de
uma classe trabalhadora cada vez mais heterogênea”.
O segundo volume do livro é dedicado aos impactos da
“reforma” na negociação coletiva, detalhados pelas
economistas Marilane Teixeira (Unicamp) e Patrícia
Pelatieri (Dieese). “A reforma se dá em meio a um
contexto de crise econômica profunda e desemprego
elevado”, diz Marilane. Assim, crescem itens como
remuneração variável e processos de flexibilização.
Segundo ela, a lei “legitima práticas e dá maior
segurança jurídica às empresas no sentido de
continuar implementando essas medidas”.
Abaixo da inflação
Diretora adjunta do Dieese, Patricia citou dados
oficiais para mostrar queda nos instrumentos
coletivos (acordos e convenções) registrados nos
últimos anos: média de 37.592/ano de 2012 a 2014,
35.275 de 2015 a 2017 e 28.861 de 2018 a 2020.
Indicadores que podem apontar um efeito pós
pandemia. De abril a junho do ano passado, houve
crescimento das negociações, caracterizadas por
cláusulas relacionadas ao cenário da crise
sanitária.
Ao mesmo tempo, se reduziu também o número de
acordos com cláusulas de reajuste salarial (14.833
em 2019 e 11.220 no ano passado). Foram
aproximadamente 9% de acordos com reajuste zero em
2020, ante 0,3% no ano anterior. Os dados apontam
certa reação neste ano, com mais negociações
coletivas, mas com mais da metade dos acordos (52%)
com reajustes abaixo da variação da inflação na
data-base. Apenas 16,5% tiveram ganhos reais.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/08/2021 -
PEC do voto impresso não consegue aprovação no
plenário da Câmara
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta
terça feira (10/8), a PEC do voto impresso (Proposta
de Emenda à Constituição 135/19). Foram 229 votos
favoráveis e 218 contrários. Como não foram obtidos
os 308 votos favoráveis necessários, o texto será
arquivado.
A proposta determina a impressão de "cédulas físicas
conferíveis pelo eleitor" independentemente do meio
empregado para o registro dos votos em eleições,
plebiscitos e referendos.
Na semana passada, a comissão especial derrotou o
texto do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), e
também rejeitou o texto original, de autoria da
deputada Bia Kicis (PSL-DF).
A decisão de levar a PEC ao Plenário foi tomada pelo
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o
objetivo de encerrar a disputa política em torno do
tema.
Após a votação, Lira agradeceu aos deputados pelo
comportamento democrático. "A democracia do plenário
desta Casa deu uma resposta a este assunto e, na
Câmara, espero que este assunto esteja
definitivamente enterrado", afirmou. Com
informações da Agência Câmara de Notícias.
Fonte: Agência Câmara
11/08/2021 -
Inflação explode: IPCA avança 0,96% em julho, maior
alta no mês desde 2002
No acumulado do ano, inflação chega a 4,76%. Nos
últimos 12 meses, preços subiram 8,99%, segundo
dados divulgados pelo IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação, explodiu em julho e
atingiu 0,96%, a maior variação para um mês de julho
desde 2002, quando o índice foi de 1,19%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 4,76% em
2021 e, nos últimos 12 meses, de 8,99%, acima dos
8,35% observados nos 12 meses imediatamente
anteriores.
De nove grupos pesquisados, oito apresentaram alta
em julho. O principal foi no ítem habitação, que
reúne as despesas domésticas, com alta de 3,1%,
puxado principalmente pela bandeira vermelha da
energia elétrica, que elevou em 7,88% as contas de
luz.
Ainda em Habitação, os preços do gás de botijão
(4,17%) e do gás encanado (0,48%) também subiram.
A segunda maior alta foi no grupo dos transportes –
de 1,52% no mês -, puxado principalmente pela alta
das passagens aéreas (35,22%), dos aplicativos
(9,31%) e do ônibus urbano (0,38%).
O preço dos combustíveis também continuam em aumento
recorrente, com alta de 1,24% no mês. A gasolina
teve alta de 1,55%, enquanto havia subido 0,69% no
mês anterior.
Fonte: RevistaForum
11/08/2021 -
CAS aprova projeto que combate assédio no ambiente
de trabalho
A Comissão de Assuntos Sociais aprovou, nesta
terça-feira (10), o Projeto de Lei que combate o
assédio no ambiente de trabalho (PL
1.399/2019). De autoria do senador Veneziano
Vital do Rêgo (MDB-PB), a proposta estabelece multas
que podem chegar a R$ 42.500 para empresas que
descumprirem regras para um ambiente de trabalho
saudável. A proposta protege as pessoas que, em
razão de seu sexo ou gênero, sofrem violência ou
assédio, conforme relatório da senadora Leila Barros
(DF). O projeto segue para análise dos deputados.
Fonte: Agência Senado
10/08/2021 -
Para juíza, ‘minirreforma’ cria trabalhadores de
segunda categoria, o que é ‘um escândalo’
Valdete Souto Severo (TRT4) afirma que o texto da
MP 1.045 é prejudicial aos trabalhadores,
criando formas ainda mais precarizadas de
contratação
A Câmara dos Deputados deve apreciar nesta semana a
Medida Provisória 1.045, que renova o programa de
redução ou suspensão de jornada e salários durante a
pandemia. No entanto, o relator da proposta,
deputado Christino Áureo (PP-RJ), incluiu no texto a
criação de dois outros programas que fragilizam
ainda mais a legislação trabalhista: o Requip
(Regime Especial de Trabalho Incentivado,
Qualificação e Inclusão Produtiva) e o Priore
(Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego). O
pretexto é incentivar a inclusão de pessoas no
mercado de trabalho. No entanto, esses novos modelos
de contratação nessa minirreforma trabalhista devem
ampliar a precarização, criando trabalhadores de
“segunda categoria”.
“São programas muito ruins. Na verdade, é uma
tentativa de retorno do projeto inicialmente
batizado como carteira verde e amarela”, afirmou a
juíza Valdete Souto Severo, do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT4). “Não se trata de
incentivar novos postos de trabalho. Mas, sim, de
criar subcategorias de trabalhadores com menos
direitos. Um verdadeiro escândalo”, denunciou a
magistrada, em entrevista a Glauco Faria, para o
Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (9).
Além desses dois programas, o relatório da MP 1.045
contém ainda mais de 400 emendas que alteram regras
de contratação e demissão, restringem a fiscalização
e reduzem as possibilidades de acesso à Justiça do
Trabalho. São temas que nada têm a ver com a
proposta original da MP, incorrendo em diversas
inconstitucionalidades e vícios de origem. “É uma
forma não democrática de fazer uma nova alteração
profunda na legislação trabalhista, retirando
direitos da classe trabalhadora”, classificou
Valdete.
Requip e Priore
O Requip é voltado exclusivamente para jovens com
idade entre 18 anos e 29 anos, sem registrado na
carteira de trabalho há mais de dois anos e pessoas
oriundas de programas federais de transferência de
renda, como o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
O beneficiário receberá não um salário, mas um
chamado Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), de R$
275, pago pelo governo. Além de uma Bolsa de
Incentivo à Qualificação (BIQ), pago pela empresa no
valor de R$ 275.
Já o Priore é direcionado a jovens de 18 a 29 anos,
no caso de primeiro emprego com registro em
carteira. E pessoas com mais de 55 anos sem vínculo
formal há mais de 12 meses. Eles receberam o mesmo
bônus a ser pago pelo governo e um complemento pago
pela empresa para alcançar o valor de um salário
mínimo. Nesse modelo de contratação, alíquota do
FGTS é reduzida de 8% para 2%.
Quase escravidão
De acordo com a magistrada, com remuneração reduzida e
quase nenhum direito, esses novos programas criariam
um regime de contratação praticamente “análogo à
escravidão”. Especialmente o Requip, voltado para
jovens em situação de vulnerabilidade social, ela
classifica como uma “perversão”, marcada pelo
aumento da exploração. “Como sociedade, estamos
dizendo que os jovens que estão numa condição de
vida mais precária vão receber menos de um salário
mínimo”.
Em vez de precarizar ainda mais os regimes de
contratação, o governo deveria se preocupar em
estimular a economia, de acordo com a magistrada.
Essas mudanças repetem as mesmas práticas e lógicas
da “reforma” trabalhista aplicada em 2017. Nesse
sentido, os argumentos utilizados naquele momento
eram que as mudanças na legislação também
resultariam na criação de novos postos de trabalho.
Quatro anos depois, o que se viu foi a explosão do
desemprego, subemprego e informalidade.
“Não é possível que a gente siga simplesmente
assistindo a essa destruição que vem sendo feita
pelo Parlamento, diante do silêncio de outros
poderes do Estado. O Executivo faz a proposta, manda
para o Parlamento, que incha com matérias estranhas
ao texto original – todas elas destrutivas para a
classe trabalhadora. E o Judiciário assiste em
silêncio. Não vai sobrar nada da Justiça do
Trabalho, essa é a realidade”, lamentou Valdete.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/08/2021 -
Centrais pedem que Doria garanta suspensão da
reintegração de posse no Sindicato dos Metroviários
Dirigentes haviam conseguido prazo de 90 dias
para negociar, mas pedido de reintegração foi
expedido na sexta-feira
Presidentes de seis centrais sindicais encaminharam
mensagem ao governador paulista, João Doria (PSDB),
para que ele garanta a suspensão da reintegração de
posse do terreno onde está instalado o Sindicato dos
Metroviários. A área foi leiloada há quase dois
meses, mas na semana passada o sindicato informou
ter obtido prazo de 90 dias para tentar uma solução
negociada.
Segundo a mensagem dos sindicalistas a Doria, em
reunião com as centrais na última quinta-feira (5),
por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
“o governador assumiu compromisso e determinou a
suspensão da reintegração de posse da sede do
Sindicato dos Metroviários por 90 (noventa) dias,
período em que se buscará uma solução negociada
entre a entidade sindical e a direção do Metrô”.
Apesar disso, no dia seguinte foi expedido o pedido
de reintegração, que não foi retirado pelo
secretário dos Transportes Metropolitanos ou pela
direção da empresa.
Por isso, os dirigentes solicitaram ao governador
para que tanto o secretário Alexandre Bady como a
direção do Metrô “cumpram imediatamente a
determinação do governo que suspendeu a reintegração
de posse da sede”. E acrescentam que “é extremamente
prejudicial que, sob qualquer pretexto”, essa
decisão não esteja sendo cumprida. O sindicato está
instalado na rua Serra do Japi, no Tatuapé, zona
leste.
A carta para Doria é assinada por Adilson Araújo
(CTB), Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força
Sindical), Ricardo Patah (UGT), José Reginaldo
Inácio (Nova Central) e Antonio Neto (CSB).
Fonte: Rede Brasil Atual
10/08/2021 -
Bolsonaro entrega da MP do novo Bolsa Família, mas
texto não define valores
O presidente Jair Bolsonaro foi à Câmara Federal
nesta segunda-feira (9) entregar, pessoalmente, a
Medida Provisória (MP) que cria o novo Bolsa
Família. O projeto é encarado como estratégico pela
equipe do governo que busca alavancar a popularidade
do presidente. Bolsonaro tem prometido dobrar o
valor do benefício. No documento constam o formato
do programa, objetivos e diretrizes, mas não são
estipulados valores nem fontes orçamentárias.
Há uma expectativa de que o dinheiro para o aumento
do Bolsa Família venha da reserva que originalmente
deveria ser usada para o pagamento de precatórios.
Neste sentido, o governo deve apresentar, ainda
nesta segunda, mas sem holofotes, a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) que muda as regras para
o pagamento dos precatórios, liberando cerca de R$
40 bilhões do orçamento. Também é debatida a
retirada dessa obrigação do teto de gastos, o que é
visto como uma estratégia para driblar o limite
fiscal. O não pagamento de precatório pode implicar
em crime.
A entrega da MP ao presidente da Câmara, deputado
Arthur Lira (PP-AL), ocorreu em uma cerimônia cheia.
Bolsonaro foi ao Congresso acompanhado de ministros
como o da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Economia,
Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional
da Presidência da República, Augusto Heleno, e da
Cidadania, João Roma. Durante o encontro, ele
afirmou que os dois textos vão "dar transparência e
responsabilidade aos gastos incluindo um viés social
no governo".
"Sabemos que a pandemia trouxe aumento na inflação
no mundo todo, então não podemos deixar
desassistidos os mais vulneráveis", disse Bolsonaro.
O presidente tem dito que quer um acréscimo de 50%
no atual valor do programa. Isso significaria elevar
de R$ cerca de R$ 190 para R$ 400. A equipe
econômica, no entanto, trabalha com o valor de R$
300.
De acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, o
novo valor do programa, será confirmado apenas e
setembro. Roma, porém, confirmou a expectativa de
aumento de 50% declarada pelo presidente. “O valor
do novo programa deverá sofrer um reajuste de pelo
menos 50% do ticket médio de R$ 189. Isso deverá ser
alcançado dentro do teto de gastos, em consonância
com a responsabilidade fiscal”, disse Roma, que
também acrescentou: "O lado econômico e social do
governo são moedas da mesma face", ressaltou.
Caso se confirme o reajuste na casa dos R$ 300, o
custo para os cofres públicos deve ser de R$ 53
bilhões, conforme projeções feitas pelo jornal O
Globo. Nesse cálculo está a inclusão de três milhões
de famílias. O próximo ano, é ano eleitoral.
A criação do novo Bolsa Família integra um pacote de
"bondades" que inclui, ainda, isenção para o diesel,
reforma tributária e aumento no funcionalismo
público. Levantamento do jornal Folha de S. Paulo
junto a economistas estimam um custo R$ 67 milhões
aos cofres públicos, apenas em 2022, para estas
medidas.
O Bolsa Família foi criado no primeiro ano do
governo Lula (PT).
Fonte: Congresso em Foco
10/08/2021 -
TRT-12 invalida acordo que reduziu salários sem
negociação com sindicato
O sindicato representa a vontade da maioria
profissional e não é obrigado a consentir com
ajustes celebrados por poucos. Com esse
entendimento, a 3ª Câmara do Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região invalidou um acordo coletivo
firmado entre uma rede de ensino particular e um
grupo de professores, sem negociação com o
sindicato.
O acordo, feito logo no início da crise de Covid-19,
previa a redução de até 50% dos salários dos
docentes de uma escola de Itajaí (SC). A entidade
representativa da categoria argumentou que o pacto
não atendia à exigência constitucional de
participação do sindicato em hipótese de redução de
salário. A rede de ensino alegou que o sindicato
teria se recusado a negociar e ressaltou a
necessidade da medida para manter suas atividades e
os postos de trabalho.
A 3ª Vara do Trabalho de Itajaí não constatou
qualquer prova da recusa do sindicato em participar
das negociações, e por isso não reconheceu a
validade do acordo. "Mesmo na situação de pandemia,
não há autorização legal para que a ré reduza os
salários dos professores de forma unilateral",
destacou o juiz Fabrício Zanatta. Ele condenou a
escola a pagar R$ 50 mil em quitação de verbas
salariais atrasadas e multas.
A decisão foi mantida no TJ-SC. O
desembargador-relator Nivaldo Stankiewicz observou
que a proposta do sindicato sequer foi respondida, e
considerou que o acordo seria uma tentativa de
repassar o risco econômico da atividade aos
trabalhadores. "Todo acordo deriva de concessões
mútuas. O benefício garantido apenas para um dos
lados é impositivo e não goza de validade", pontuou.
A decisão foi unânime. Com informações da assessoria
do TJ-SC.
Fonte: Consultor Jurídico
10/08/2021 -
Lira minimiza desfile de tanques com Bolsonaro:
“Trágica coincidência”
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
mais uma vez minimizou as demonstrações golpistas
promovidas pelo bolsonarismo. Dessa vez, o chefe da
Câmara classificou como “trágica coincidência” o
desfile de carros blindados e tanques de guerra do
Exército que se posicionarão, com participação do
presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio do
Planalto justamente durante a votação da PEC do voto
impresso.
“Eu encaro isso como uma trágica coincidência. Não é
que eu apoie essa demonstração. É bem verdade que
essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em
Goiás, então não é alguma coisa que foi inventada.
Mas também nunca houve um desfile na Esplanada dos
Ministérios, na frente Palácio do Planalto”, disse
Lira durante entrevista ao Papo Antagonista, do
portal O Antagonista.
“Com relação à votação, nós não deveremos ter
problema. Se os deputados quiserem, a gente pode
adiar a votação. Eu quero acreditar que este
movimento já estava programado. Só não é usual. Não
sendo usual, em um país que está polarizado, isso dá
cabimento para que se especule algum tipo de
pressão”, completou.
Desfile e reavaliação
Por volta das 8h30 de terça, há a previsão de que o
comboio militar vai desfilar pelas avenidas na Praça
dos Três Poderes e estacionar em frente ao Planalto,
onde generais vão entregar a Bolsonaro e ao ministro
da Defesa, Walter Braga Netto, convites para a
demonstração operativa da Operação Formosa.
Políticos e partidos da oposição têm interpretado o
ato de Bolsonaro como uma tentativa de intimidação e
até mesmo um ensaio golpista contra a iminente
derrota do voto impresso na Câmara. O presidente tem
defendido a pauta como forma de tumultuar o processo
eleitoral, visto que ele já deu sinalizações de que
não aceitará o resultado da eleição de 2022 caso
perca o pleito. Por isso, houve mobilização para
impedir judicialmente a ação e parlamentares estão
organizando um ato no Congresso.
A reação negativa foi tão forte que o Planalto pensa
em abandonar a ideia do desfile. Segundo o
jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, setores do
governo defendem que a demonstração não seja
realizada como previsto por enxergarem uma “tensão
desnecessária”.
Fonte: RevistaForum
10/08/2021 -
TSE apresenta ao STF nova notícia-crime contra
Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou no
final da tarde desta segunda-feira (9) ao Supremo
Tribunal Federal (STF) nova notícia-crime contra
Jair Bolsonaro, acusado de divulgar informações
confidenciais do inquérito da Polícia Federal que
investiga um ataque hacker sofrido pelo tribunal em
2018.
O pedido de investigação tem como alvos ainda o
deputado federal Filipe Barros (PSL), relator da PEC
do Voto Impresso, e o delegado responsável pelo
inquérito.
“O crime que se busca apurar é o de divulgação de
segredo, tipificado no Artigo 153, parágrafo 1º-A,
cominado com o parágrafo 2º do Código Penal
brasileiro”, diz a peça.
O documento, assinado pelo presidente do TSE e
ministro do STF, Luís Roberto Barroso, e demais
integrantes da Corte eleitoral lista “elementos
comprobatórios da existência de informações
sigilosas ou reservadas”. São eles:
(i) a menção, na portaria de instauração do inquérito,
à existência de informações sigilosas do TSE;
(ii) a explícita anotação de sigilo no despacho do
Juiz Auxiliar da Presidência deste TSE que
encaminhou subsídios da apuração administrativa à
Polícia Federal,
(iii) a advertência lançada pelo mesmo Juiz Auxiliar
da Presidência deste TSE de que todas as
comunicações com a Secretaria de Tecnologia da
Informação do Tribunal tinham caráter reservado;
(iv) a tarja de sigilo lançada em todas as páginas
encaminhadas pelo Tribunal à Polícia Federal; e
(v) a autuação do inquérito policial perante a Justiça
Federal da 1a Região sob segredo de justiça.
Segundo a notícia-crime, os dados sigilosos foram
divulgados "após o levantamento do sigilo,
aparentemente indevido, pelo delegado de Polícia
Federal que preside as investigações” e posterior
encaminhamento dos respectivos autos ao deputado
Felipe Barros”.
Fonte: Brasil247
09/08/2021 -
Relator da chamada “MP do BEm” propõe nova reforma
trabalhista
Entidades do movimento sindical de todo o
País, aliadas à várias outras organizações da
sociedade civil preparam grande manifestação na rede
mundial de computadores, na segunda-feira (9), a
partir das 17 horas, contra a
nova proposta de reforma trabalhista apresentada
pelo relator da MP 1.045/21, deputado Christino
Aureo (PP-RJ).
Exceto
as entidades empresariais, ninguém concorda com a
proposta apresentada pelo relator. O novo texto
desvirtua a proposta original do governo, cujo
propósito é reduzir os impactos econômicos e sociais
produzidos pela pandemia da Covid-19.
A MP, originalmente, reinstituiu o BEm (Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda),
que autoriza a redução de salário proporcional à
jornada de trabalho, bem como a suspensão do
contrato de trabalho. Além disso, instituiu o
Benefício Emergencial para auxiliar empregados e
empresas a enfrentar a pandemia da Covid-19.
Novo texto
Originariamente, o texto do governo versou apenas
sobre a reinstituição do programa de suspensão se
contratos e redução de jornada e salário. No PLV
(Projeto de Lei de Conversão), que é o texto
modificado pelo relator, foi inserida, porém, uma
minirreforma trabalhista.
Essa minirreforma trabalhista praticamente busca
destruir a aprendizagem, fulminar o poder de polícia
da Inspeção do Trabalho, a cargo dos auditores
fiscais do Trabalho (inclusive em casos de trabalho
escravo).
Contra o substitutivo do relator
Com a participação de parlamentares e várias
autoridades, o evento vai ser um grito contra a MP
1.045/21. As medidas, antes regulada pela MP 936/20
(convertida na Lei 14.020/20), tinha por objetivo
efetivar medidas trabalhistas complementares para
enfrentamento do estado de calamidade pública
causado pela pandemia da Covid-19.
Todavia, durante a tramitação da MP 1.045 na Câmara
dos Deputados, o relator, no novo texto
(substitutivo) apresentado por ele, transformou a
proposta em nova reforma (deturpada) das leis
trabalhistas.
Isso fragilizou ainda mais o já combalido direito
dos trabalhadores, em razão da vigência, desde
novembro de 2017, da Reforma Trabalhista,
configurada na Lei 13.467.
Perigosos precedentes
Com as últimas votações nas casas legislativas do
Congresso, que não têm beneficiado o mundo do
trabalho, os legisladores ainda buscam enfraquecer
as relações trabalhistas ora estabelecidas.
Os segmentos profissionais representados pelas
entidades sindicais e outras tantas organizações
lutam contra o aprofundamento da flexibilização dos
direitos trabalhistas e clamam por proteção do
emprego e da renda e melhores condições de vida
neste momento mais delicado da sociedade brasileira.
Fonte: Diap
09/08/2021 -
Juízes e procuradores criticam ‘reforma’ incluída na
MP de redução do salário
Relator requentou temas que já haviam sido
derrubados no Congresso. Projeto deve ser votado nos
próximos dias
A Câmara está para votar a Medida Provisória (MP)
1.045, de renovação do programa de redução ou
suspensão de salários e jornada de trabalho. Mas o
substitutivo ao projeto original inclui uma série de
“jabutis”, temas estranhos ao assunto. Isso porque o
parecer preliminar do relator, deputado Christino
Aureo (PP-RJ), acrescentou vários outros itens ao
texto. Para observadores, com os jabutis, a MP se
torna mais uma minirreforma trabalhista. Por isso, o
projeto é criticado pelas centrais sindicais, pelo
Ministério Público do Trabalho e pela Anamatra,
associação que reúne os magistrados.
O MPT, por sinal, elaborou documento apontando
“vícios de constitucionalidade e convencionalidade
formais e materiais”. Com isso, acrescentou, a
proposta pode criar “insegurança jurídica e
consequências altamente danosas para a sociedade”. O
texto também ataca a prerrogativa do MPT de negociar
termos de ajustamento de conduta (TACs). Já o
Dieese, ainda no início da tramitação da MP 1.045,
elaborou nota técnica citando alguns “pontos
críticos” do projeto, como perda de renda e
favorecimento à negociação individual.
Temas já rejeitados
Na última quarta-feira (4), representantes da Anamatra
circularam na Câmara e distribuíram nota técnica
contrária à aprovação do relatório sobe a MP 1.045.
No documento, a entidade pede a exclusão de 63
artigos da medida provisória.
Segundo o presidente da associação, Luiz Antonio
Colussi, o relatório de Áureo busca inserir itens
que já foram propostos – e rejeitados. “A tentativa
de inserir temas estranhos ao texto original de
medida provisória não é nova. O Supremo Tribunal
Federal já teve oportunidade de reconhecer a
inadequação do procedimento, o qual agride expressos
dispositivos da Constituição”, afirmou.
“Nada de bom”
“Redução de direitos trabalhistas, facilitação de
contratações precárias, achatamento de sindicatos,
diminuição da estrutura fiscalizatória e leniência
na repressão a maus empregadores: nada de bom, em
nenhum momento e em nenhum lugar, adveio de
políticas e práticas com esses valores”, acrescentou
Colussi. “Se não funcionou com lei formalmente
aprovada, dificilmente será com disposições
enxertadas.”
Apresentada em abril, a MP do “Novo Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda”
prevê pagamento de uma parte do seguro-desemprego ao
trabalhador que tiver o contrato suspenso ou o
salário e a jornada reduzidos. O substitutivo
incluiu o Programa Primeira Oportunidade e
Reinserção no Emprego (Priore), direcionado a jovens
de 18 a 29 anos, no caso de primeiro emprego com
registro em carteira, e as pessoas com mais de 55
anos sem vínculo formal há mais de 12 meses.
Tentativa semelhante fez parte do derrotado projeto
da carteira de trabalho verde e amarela. Também
aqui, a alíquota do FGTS é reduzida de 8% para 2%.
Sem contrato, só “bônus”
E surgiu ainda o Requip, um regime especial de
trabalho. No caso, os destinatários são
trabalhadores sem registro há mais de dois anos,
jovens de 18 a 29 anos e beneficiários do programa
Bolsa Família com renda mensal familiar de até dois
salários mínimos. Esse regime não será considerado
vínculo empregatício e prevê pagamento de bônus.
Assim, sem contrato e sem direitos como férias e
contribuição previdenciária.
Segundo o presidente da CUT, Sérgio Nobre, as
emendas, além de não resolver o problema do emprego,
prejudicam a educação formal. “Os jovens têm de
estudar para se desenvolver profissionalmente,
estabelecer uma carreira, estruturar a vida com
emprego de qualidade para que possam sustentar, mais
tarde, uma família”, afirma. “Qualquer oportunidade
de trabalho é importante, mas emprego precário não
faz o país crescer. É preciso emprego com qualidade,
com proteção social e previdência. Mas o governo
mente para o povo dizendo que a CLT sai cara para as
empresas e por isso elas não empregam.”
Fonte: Rede Brasil Atual
09/08/2021 -
CDH aprecia projetos que alteram regras da reforma
trabalhista
Na primeira reunião para votação de projetos desde o
início da pandemia, a Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) se reúne nesta
segunda-feira (9), às 14h, para analisar 50 itens,
entre eles, propostas que buscam alterar pontos da
reforma trabalhista aprovada em 2017 (Lei 13.467, de
2017).
Um desses projetos é o PLS 271/2017, do senador
Paulo Paim (PT-RS), que busca suprimir a
possibilidade de extinção do contrato de trabalho
por meio de acordo entre empregado e empregador. A
proposta conta com voto favorável do relator,
Telmário Mota (Pros-RR). Tanto Paim quanto Telmário
apontam como argumento a assimetria na relação entre
patrão e funcionários para justificar a revogação da
medida.
“Em tempos de crise, como a que hoje enfrentamos,
ficam ainda mais vulneráveis os direitos dos
trabalhadores diante do poder econômico dos
empregadores. Suprimir direitos e garantias agrava
tal situação, fazendo com que a corda rompa sempre
do lado mais fraco. Tirar do trabalhador o direito
ao Seguro Desemprego é algo que beira a crueldade,
forçando-o a aceitar algumas migalhas”, aponta
Telmário no relatório pela aprovação.
Também apresentado por Paim e relatado por Telmário,
o PLS 268/2017 limita a duração do contrato de
trabalho de tempo parcial a 25 horas semanais. A
intenção do autor é derrubar a regra introduzida em
2017, que aceita carga horária semanal de 30 horas
nesse tipo de contrato. O texto do senador também
veda a possibilidade de prestação de jornada
extraordinária. Para Paim, a reforma trabalhista
descaracterizou o instituto do trabalho em tempo
parcial, no momento em que o aproximou demais da
jornada prevista para o contrato a tempo integral.
Por isso, ele defende a retomada do limite previsto
na legislação anterior.
Se aprovados pela CDH, ambos os projetos ainda
passarão pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE);
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de
Assuntos Sociais (CAS).
Projetos e sugestões
Presidida pelo senador Humberto Costa (PT-PE), a CDH
pode votar outros projetos, como o PLS 266/2017, do
senador Romário (PL-RJ), que cria regime de
teletrabalho especial para o empregado com
deficiência; e o PL 2.311/2019, do senador Zequinha
Marinho (PSC-PA), que estende a gratuidade parcial
no transporte coletivo interestadual aos idosos para
qualquer categoria de veículo.
A CDH também vai analisar sugestões legislativas,
como a SUG 43/2019, que prevê a distribuição de
absorventes para as mulheres em situação de rua ou
de baixa renda. Ela está com relatório favorável da
senadora Zenaide Maia (Pros-RN) e, caso aprovada, se
tornará um projeto de lei para tramitar no
Congresso.
Outras sugestões em pauta são a SUG 48/2017, que
estabelece piso salarial de R$ 4.800 para
fisioterapeutas; e a SUG 21/2020, que prevê redução
de tributos sobre bicicletas.
Fonte: Agência Senado
09/08/2021 -
Ministro do trabalho, Onyx Lorenzoni, quer
“pejotização” e 15 milhões de MEIs
Recém-empossado ministro do Trabalho e da
Previdência, Onyx Lorenzoni afirmou que irá
trabalhar pela ampliação do número de
microempreendedores individuais no Brasil. “A meta é
chegar a 15 milhões de MEI”, disse na quinta (5)
durante visita à sede do Sebrae.
O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 14,6%
no trimestre encerrado em maio, de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O número é recorde e houve aumento em
relação ao trimestre imediatamente anterior e
encerrado em fevereiro, que foi de 14,4%, e ao
trimestre findo em 2020, quando a taxa era de 12,9%.
Onyx assumiu a pasta do Trabalho após uma reforma
ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro
para acomodar o Centrão no governo. Bolsonaro
entregou a Casa Civil para o senador Ciro Nogueira
(PP-PI). A cadeira era ocupada general Luiz Eduardo
Ramos que assumiu a Secretaria-Geral da Presidência
da República em lugar de Onyx, enquanto o ministério
do Trabalho, que havia sido transformado, por
Bolsonaro, em uma secretaria do Ministério da
Economia , era recriado.
Fonte: Congresso em Foco
09/08/2021 -
Ações trabalhistas ligadas à Covid-19 caem 63,9% no
primeiro semestre, diz TST
O volume de reclamações trabalhistas ligadas à
epidemia de Covid-19 caiu 63,9% entre janeiro e
junho deste ano, na comparação com o mesmo período
de 2020.
Esse foi o resultado de um levantamento feito pelo
Tribunal Superior do Trabalho, disponível no Portal
da Covid-19.
No primeiro semestre de 2021, o TST contabilizou
5.116 ações que tinham alguma ligação com a
pandemia. Esse valor representa 0,65% do total de
787.864 processos no período. Março é o mês com
maior número de reclamações, contabilizando 1.108 no
total.
Entre os assuntos mais reclamados, estão multa por
atraso de verbas rescisórias, 13° salário
proporcional, férias proporcionais e adicional de
horas extras.
Os setores da indústria, comércio e sistema
financeiro foram os com maior número de reclamações,
respondendo, juntos, por 32,82% do total.
No ano passado, em março, quando a onda de casos se
iniciou no Brasil, a Justiça recebeu 674 ações. Em
abril, houve crescimento de 340%. Em maio, os casos
continuaram aumentando, mas em ritmo menor: 68%. No
final do primeiro semestre já eram 14.187 processos
tratando sobre a doença no país, e apenas no mês de
junho foram contabilizadas 5.051 ações.
Desemprego, incertezas e conflitos trabalhistas de
difícil resolução marcam o período, enquanto
empregados e empregadores aguardam a consolidação de
normas que regulem as novas realidades desse
mercado.
"Ainda é cedo para um diagnóstico preciso, mas a
impressão é que o número de ações trabalhistas se
dá, em primeiro lugar, por conta da perda de
empregos em função da pandemia", diz o advogado e
Juiz do Trabalho, Otavio Calvet.
Para ele, a profusão de novos conflitos também é
marcada pelas incertezas quanto às responsabilidades
inerentes à segurança sanitária do ambiente de
trabalho.
Dúvidas
Quanto à exigência de vacinação dos funcionários,
Calvet ressaltou que embora o Supremo Tribunal
Federal já tenha decidido que a vacinação é
obrigatória, essa obrigatoriedade fica no campo dos
entendimentos, porque ainda não há lei específica ou
norma regulamentadora a esse respeito.
Recusar a vacinação pode ser encarado como um ato de
insubordinação e levar até mesmo à demissão por
justa causa. Porém, Calvet explicou que, para a
justa causa ser viável, deveria existir lei ou norma
regulamentadora específica criando a apresentação de
atestado de vacinação como requisito para a
manutenção do emprego.
O advogado crê que a exigência de testagem como
medida preventiva poderá se tornar comum, "pois o
potencial de invasão da intimidade do trabalhador é
baixo em relação à proteção da saúde de todos no
ambiente de trabalho".
Outra dúvida comum é se a empresa pode exigir o
retorno do funcionário que sofre de comorbidade ou
vive com pessoas especialmente vulneráveis à
Covid-19. Na visão do juiz, não há um regramento
específico sobre o tema, salvo quanto às gestantes
que, por lei, não podem trabalhar presencialmente.
"No caso, caberia ao empregado demonstrar laudo
médico restritivo de retorno ao trabalho, o que
levaria o empregador a buscar alguma alternativa
para manutenção de trabalho remoto, suspensão do
contrato pela MP 1.045 ou até encaminhamento ao
INSS."
Do lado das empresas, eles devem oferecer ambientes
salubres e higienizados, tomando medidas como:
acompanhar os casos suspeitos e confirmados da
Covid-19 e seus contactantes; incentivar a higiene
das mãos e etiqueta respiratória; e manter o
distanciamento social, ventilação, limpeza e
desinfecção dos ambientes.
Fonte: Consultor Jurídico
06/08/2021 -
Anamatra é contra novo texto do programa emergencial
de manutenção do emprego
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) distribuiu nesta quarta-feira
(4/8), na Câmara dos Deputados, uma nota técnica
contrária à aprovação do relatório da Comissão Mista
de análise da Medida Provisória 1.045/21, que
institui o "Novo Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda". Para a entidade, a MP
recebeu matérias estranhas ao texto original — os
chamados "jabutis" — que resultam em vícios
insanáveis de inconstitucionalidade e, por isso, se
manifesta pela exclusão de 63 artigos da MP.
A medida provisória foi publicada no Diário Oficial
da União no fim de abril, mas, na Câmara, no
processo de sua conversão em lei, recebeu várias
emendas. O relatório final foi apresentado no dia 15
de julho. O texto estava na pauta da Câmara desta
semana, mas acabou não sendo apreciado.
Para o presidente da Anamatra, Luiz Antonio Colussi,
o voto apresentado pelo relator da MP, deputado
federal Christino Áureo (PP-RJ), em vez de avaliar a
conversão da MP em lei, busca inserir no
ordenamento brasileiro dispositivos que já tinham
sido propostos — e rejeitados.
"O processo de conversão de uma medida provisória
em lei eleva uma iniciativa momentânea do Executivo
em ato permanente do Parlamento, por isso o
relatório precisa ser revisto. A tentativa de
inserir temas estranhos ao texto original de medida
provisória não é nova. O Supremo Tribunal Federal
já teve oportunidade de reconhecer a inadequação
do procedimento, o qual agride expressos
dispositivos da Constituição", argumenta o
presidente da Anamatra.
Ainda de acordo com Colussi, a forma como o
relatório da MP foi apresentado repete tentativas de
modificação de disposições procedimentais
importantíssimas, como as relativas ao acesso à
Justiça, a redefinição de regras para
homologação de acordos extrajudiciais, as
condições para concessão da justiça gratuita, o
pagamento de honorários sucumbenciais e o
comprometimento das regras de aprendizagem
profissional.
Outros exemplos de "jabutis" são as tentativas de
precarização de contratos de trabalho por meio da
redução de contribuição de FGTS e a redução do
adicional de hora-extra para jornadas diferenciadas,
entre outras tentativas de alterações legislativas
prejudiciais às relações trabalhistas.
A nota técnica da Anamatra acrescenta que a entidade
se vê obrigada a reconhecer que a aprovação de lei
de conversão com enxertos já reconhecidos como
indevidos pelo Supremo Tribunal Federal tende a
produzir efeitos muito graves para a jurisdição e,
principalmente, para a segurança jurídica.
"Redução de direitos trabalhistas, facilitação de
contratações precárias, achatamento de sindicatos,
diminuição da estrutura fiscalizatória e leniência
na repressão a maus empregadores: nada de bom, em
nenhum momento e em nenhum lugar, adveio de
políticas e práticas com esses valores. Se não
funcionou com lei formalmente aprovada, dificilmente
será com disposições enxertadas", assinala Colussi
no documento, em que solicita à Comissão que analisa
a MP a exclusão das matérias estranhas ao texto
original, descritas do artigo 24 até o artigo 80, e
do artigo 86 até o artigo 91.
Clique
aqui para ler a íntegra da nota técnica
Fonte: Consultor Jurídico
06/08/2021 -
Lira afirma que proposta do voto impresso pode ser
avocada pelo Plenário
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que a proposta de voto impresso
pode ser avocada pelo Plenário se a comissão
especial ultrapassar as 40 sessões da Câmara sem
conseguir aprovar o relatório, ou mesmo se ele for
rejeitado.
“As comissões especiais não são terminativas, são
opinativas, então sugerem o texto, mas qualquer
recurso ao Plenário pode ser feito”, explicou.
Fonte: Agência Câmara
06/08/2021 -
Câmara conclui votação de projeto que permite a
privatização dos Correios
A Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto
de Lei 591/21, do Poder Executivo, que autoriza a
exploração pela iniciativa privada de todos os
serviços postais. A proposta estabelece condições
para a desestatização da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT) e remete a regulação do
setor à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A matéria será enviada ao Senado.
O Plenário rejeitou os destaques apresentados pelos
partidos ao texto.
Segundo o substitutivo aprovado, do deputado Gil
Cutrim (Republicanos-MA), o monopólio para carta e
cartão postal, telegrama e correspondência agrupada
continuará com a ECT por mais cinco anos, podendo o
contrato de concessão estipular prazo superior.
Atualmente, a iniciativa privada participa da
exploração dos serviços postais por meio de
franquias, mas os preços seguem tabelas da ECT, que
detém o monopólio de vários serviços. Entretanto, já
existe concorrência privada para a entrega de
encomendas, por exemplo.
Fonte: Agência Câmara
06/08/2021 -
Sancionada lei para combater violência política
contra a mulher
Foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do
Diário Oficial da União a Lei 14.192, que estabelece
regras para prevenir, reprimir e combater a
violência política contra a mulher. A norma foi
sancionada sem vetos do presidente Jair Bolsonaro.
A nova lei tem origem no PL 5.613/2020, da deputada
Rosângela Gomes (Republicanos-RJ). Entre as ações
previstas no texto, estão a criminalização de abusos
e a determinação de que o enfrentamento a esse tipo
de violência faça parte dos estatutos partidários.
Agora é considerada violência política contra as
mulheres toda ação, conduta ou omissão com a
finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os
direitos políticos delas, não apenas durante as
eleições, mas no exercício de qualquer função
política ou pública. Também serão punidas práticas
que depreciem a condição da mulher ou estimule sua
discriminação em razão do sexo feminino ou em
relação a cor, raça ou etnia.
O PL 5.613/2020 foi aprovado por unanimidade no
Senado em 13 de julho e elogiado pela bancada
feminina após a votação.
A proposta aprovada pelo Legislativo e agora
sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro fez
alterações em três diplomas que já estavam em vigor:
a Lei 4.73, de 1965 (Código Eleitoral); a Lei 9.096,
de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), e a Lei 9.504,
de 1997 (Lei das Eleições).
Fonte: Agência Senado
06/08/2021 -
Nordeste e Sudeste dariam vitória a Lula sobre
Bolsonaro, diz pesquisa
Conforme levantamento PoderData, petista venceria
o presidente no segundo turno por 52% a 32%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
venceria o atual mandatário, Jair Bolsonaro (sem
partido), por 52% a 32% no segundo turno, se as
eleições ao Planalto fossem hoje. É o que aponta a
nova pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira
(4) pelo site Poder360.
A grande vantagem de Lula – de 20 pontos – se deve,
acima de tudo, a seu desempenho nas duas regiões
mais populosas do País. Ele ganha com folga de
Bolsonaro no Nordeste (58% a 29%) e no Sudeste (56%
a 31%).
Em termos numéricos, Lula também está à frente no
Norte, mas a diferença na região (45% a 42%) está
dentro da margem de erro – o que indica empate
técnico. Bolsonaro, por sua vez, lidera no
Centro-Oeste (48% a 38%) e no Sul (37% a 31%).
O nome do governador João Doria (PSDB-SP) foi
testado em dois cenários. Ele bateria Bolsonaro num
eventual segundo turno por 42% a 32%, mas perderia
se o adversário fosse Lula (20% a 49%).
A novidade na pesquisa foi a inclusão do
apresentador José Luiz Datena (PSL) entre os
candidatos. Contra Bolsonaro, haveria empate – os
dois marcam 34%. Datena, porém, seria derrotado por
Lula, que tem hoje mais que o dobro das intenções de
voto (51% a 25%).
O PoderData ouviu 2.500 eleitores por telefone, em
491 municípios de todos os estados brasileiros, nos
dias 2 a 4 de agosto. A margem de erro é de dois
pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: Portal Vermelho
06/08/2021 -
Bolsonaro anuncia Bruno Bianco para comandar a
Advocacia-Geral da União
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta
quinta-feira (5/8), por meio das redes sociais, a
nomeação de Bruno Bianco como novo ministro da
Advocacia-Geral da União (AGU).
Desde o início do governo, Bianco atua como
secretário Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, e recentemente foi anunciado
como o novo secretário-executivo do Ministério do
Trabalho e Previdência, pasta recriada na semana
passada.
Bianco é procurador federal, já foi procurador-chefe
da seccional da Procuradoria Federal Especializada
ao INSS, em Marília (SP), e procurador regional da
PFE-INSS nos estados de São Paulo e Mato Grosso do
Sul. Também foi assessor especial da Casa Civil.
Mestre em Direito pela Universidade de Marília
(Unimar), especialista em Direito Público e
pós-graduado em Direito Processual Civil, Bianco vai
assumir o lugar de André Mendonça, que sairá do
cargo nos próximos dias. Mendonça foi indicado por
Bolsonaro para ser ministro do Supremo Tribunal
Federal e passará por sabatina no Senado.
Fonte: Consultor Jurídico
06/08/2021 -
Dieese: cesta básica aumenta em 15 das 17 capitais
pesquisadas
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) divulgou, nesta
quinta-feira (5), os dados de julho da PNCBA
(Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos).
Os dados da aferição são de junho e julho, e tratam
sobre o custo médio da cesta básica de alimentos,
que aumentou em 15 das 17 capitais pesquisadas pela
entidade. A íntegra das informações estão
aqui.
Cestas mais caras: Porto Alegre (R$ 656,92),
Florianópolis (R$ 654,43) e São Paulo (R$ 640,51).
Mais baratas: Salvador (R$ 482,58), Recife (R$
487,60) e Aracaju (R$ 488,42).
Diante dessa carestia, o salário mínimo segue
perdendo o poder de compra, cujo valor necessário
hoje, segundo o Dieese, deveria ser R$ 5.518,79 —
5,02 vezes o piso nacional, de R$ 1.100.
Fonte: Diap
06/08/2021 -
Bolsonaro veta projeto e libera despejo durante a
pandemia
Conjur - O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta
quarta-feira (4/8) o PL 827/2020 que suspenderia até
o fim do ano ações de despejo em virtude do não
pagamento de aluguel de imóveis comerciais e
residenciais de baixo valor. Segundo o Palácio do
Planalto, o projeto aprovado no Congresso "contraria
o interesse público".
O entendimento da assessoria técnica do presidente
foi o de que a medida estimularia práticas de má fé
de ocupantes irregulares de imóveis.
"Com o objetivo de adequação do projeto ao interesse
público, o presidente da República, após a
manifestação técnica dos ministérios competentes,
decidiu vetar integralmente a proposição legislativa
que, embora meritória, contrariaria o interesse
público, tendo em vista que a suspensão de atos de
decisões judiciais, extrajudiciais e autotutela de
posse que impliquem em desocupação de imóveis
públicos no prazo previsto daria um salvo conduto
para os ocupantes irregulares de imóveis públicos,
frequentemente, com caráter de má fé, que já se
arrastam em discussões judiciais por anos", afirmou
o Planalto, em nota.
O texto do projeto aprovado pelo Congresso suspende
os atos praticados desde 20 de março de 2020, com
exceção dos já concluídos. A suspensão dos despejos
iria valer para contratos de aluguel cujo valor seja
até de R$ 600 para imóveis residenciais e R$ 1,2 mil
para imóveis não residenciais.
O presidente usou como fundamento do veto o
argumento de que a a lei, se sancionada, poderia
"consolidar ocupações existentes, assim como ensejar
danos patrimoniais insuscetíveis de reparação, como
engorda de praias, construções de muros contenção,
edificações, calçadões ou espigões nas áreas de bens
de uso comum do povo, ou danos ambientais graves
poderiam ser cometidos". O veto será analisado pelo
Congresso. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Brasil247
06/08/2021 -
Indicador de Emprego da FGV atinge maior nível desde
fevereiro de 2020
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp),
calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu
1,6 ponto de junho para julho e atingiu 89,2 pontos.
Esse é o maior nível desde fevereiro de 2020 (92
pontos), período anterior às medidas de isolamento
adotadas para lidar com a pandemia de covid-19 no
país.
O indicador é calculado com base em entrevistas com
consumidores e com empresários da indústria e dos
serviços e busca antecipar tendências do mercado de
trabalho.
“O resultado positivo sugere que a melhora nos
números da pandemia e a redução das medidas
restritivas podem estar impulsionando a retomada do
mercado de trabalho. Além disso, também há uma
expectativa mais favorável em serviços, setor que
emprega muito, com a maior circulação de pessoas.
Mas é importante ressaltar que ainda existe um
espaço para recuperação e que até mesmo o nível
pré-pandemia ainda retratava um cenário desafiador
no mercado de trabalho”, afirma o economista da FGV
Rodolpho Tobler.
Dos sete componentes do Iaemp, cinco contribuíram
para a alta de junho para julho, com destaque para o
que mede a situação corrente dos negócios do setor
de serviços, que cresceu 10,2 pontos no período.
Fonte: Agência Brasil
05/08/2021 -
Semestre tem perda de 52,3% nas negociações
O saldo das negociações ainda está muito negativo para
os trabalhadores. É o que mostram os indicadores
atualizados pelo Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no
boletim
De Olho nas Negociações, de julho.
De janeiro a junho, 52,3% dos reajustes salariais
ficaram abaixo da inflação. Acima, 16,5%. Iguais ao
INPC, 31,2%.
Na indústria os ganhos são de 24,9%. Comércio e
serviços registram 12% de acordos superiores ao
INPC. As perdas, nos serviços, no semestre, são de
65,3%. As negociações do comércio indicam 54,5% dos
casos abaixo da inflação.
Conjuntura – Rodolfo Viana é economista do
Dieese. Ele avalia: “Além da perda salarial, o
desemprego é muito alto e a inflação sobe. A taxa de
juros, a conta de luz e os combustíveis também
aumentam, o que eleva os custos de produção e
pressiona a inflação”.
Afora isso, há a sazonalidade típica do frio. “As
geadas geram perdas para os produtores e aumentam os
preços dos hortifruti. A queda nos preços leva de
dois a três meses”, explica o economista.
Vacina – Alguns segmentos abriram vagas. O
setor metalúrgico paulista gerou 37.900 no semestre.
Porém, segundo Rodolfo Viana, “pra retomar o patamar
de dezembro de 2013, seria preciso criar 410 mil
vagas no setor em todo o País”. O avanço da
vacinação ajuda a economia, mas o ritmo lento
retarda a melhora nos resultados.
Sindicalismo – A crise põe o movimento na
defensiva. Uma saída são os acordos de PLR –
Participação nos Lucros e/ou Resultados das
empresas. “Mas esse avanço acontece só em alguns
segmentos”, observa o economista do Dieese.
Mais informações –
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
05/08/2021 -
Lula venceria Bolsonaro hoje por 54% a 33%, aponta
pesquisa
No primeiro turno, petista aparece com 43%, e
presidente, com 28%
O ex-presidente Lula (PT) lidera as intenções de
voto para as eleições de 2022, de acordo com
pesquisa Quaest Consultoria, encomendada pelo banco
Genial Investimentos e divulgada nesta quarta-feira
(4). No levantamento, o petista aparece com 43%,
seguido pelo presidente Jair Bolsonaro com 28%. O
pedetista Ciro Gomes tem 10% e o governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), tem 5%. Nas simulações de
segundo turno, o ex-presidente vence Bolsonaro por
ampla vantagem: 54% a 33%.
A pesquisa simulou cinco cenários para 2022, todos
contando com a presença de Lula, Bolsonaro e Ciro.
Os resultados variaram muito pouco a depender de
quem figura como o quarto adversário. O petista
oscilou entre 43% e 45%; o presidente entre 28% e
29%; e o pedetista entre 10% e 11%.
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não
recebem as opções de candidatos, os indecisos
alcançaram 56% e ficaram em primeiro lugar,
superando Lula (23%), Bolsonaro (18%) e Ciro Gomes
(1%). Quanto à taxa de rejeição, 42% dos
entrevistados disseram que “não votariam” em Lula,
bem abaixo do patamar de Ciro (58%) e Bolsonaro
(61%).
A pesquisa também avaliou a aprovação do governo de
Bolsonaro. Conforme o levantamento, 44% dos
entrevistados consideram a gestão negativa (sendo
34% que julgam o governo Bolsonaro péssimo e 10% dos
entrevistados que o acham ruim). Os que consideram a
gestão ótima são 8% e 18% avaliam como boa. Além
disso, 28% avaliam o governo como regular.
A pesquisa Quaest Consultoria ouviu 1.500 pessoas
acima de 16 anos, presencialmente, em todos os
estados, entre os dias 1º e 4 de agosto. A margem de
erro é de três pontos percentuais, para mais ou para
menos.
Com informações da CartaCapital
Fonte: Portal Vermelho
05/08/2021 -
Ato em Brasília prepara greve dos Servidores
Servidores públicos de todo o País participaram de
grande mobilização em Brasília terça (3), em repúdio
à Proposta de Emenda à Constituição 32/2020. Os
trabalhadores denunciam que, a pretexto da reforma
administrativa, o governo promove ataques ao
funcionalismo e aos serviços públicos.
O ato foi convocado por Centrais Sindicais e
entidades dos trabalhadores que compõem o Movimento
Basta!, coordenado por Antonio Carlos Fernandes de
Lima Junior, presidente da Confederação Nacional das
Carreiras e Atividades Típicas de Estado (Conacate).
O dirigente destaca que a força para derrubar a
reforma está na unidade de todo o movimento sindical
na luta pela derrubada da PEC. “Temos que agradecer
os que fizeram o desenho dessa PEC desastrada e
desastrosa, que colocou todo mundo na mesma mesa”,
afirma Antonio Carlos.
Ataques – Presidente da Confederação dos
Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos
conta que a reforma administrativa é uma forma de
intrujar um modelo ultraliberal de governo, que
ataca duramente os serviços públicos em todo o País.
“Esse modelo que se tenta implantar aqui é o modelo
do Estado-Nenhum. Ou seja, Estado-Nenhum na sua
dimensão de prestador de serviço público, de
garantidor da paz social, de justiça. Daquelas
funções para as quais existem o Estado”, argumenta
João.
Greve – O ato desta semana também preparou os
Servidores para greve que ocorrerá no dia 18 em todo
o País. Segundo o presidente da CSPB, os
trabalhadores irão intensificar a luta até que a PEC
32 seja derrubada. “A reforma não afetará apenas os
Servidores, mas toda a população”, alerta João
Domingos.
Mais –
contrapec32.com.br
Fonte: Agência Sindical
05/08/2021 -
Dieese emite nota técnica contra a privatização dos
Correios
Especialistas detalham evolução da situação da
estatal e desmistifica argumentos do Governo
Bolsonaro para privatização, revelando os danos para
os brasileiros.
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) emitiu nota
técnica, nesta terça-feria (3), em que alerta que a
privatização dos Correios é um péssimo negócio para
o povo brasileiro.
Leia a íntegra da
nota técnica do Dieese
O PL 591/2021, proposto pelo presidente Bolsonaro
pode ser votado essa semana pelo plenário da Câmara
dos Deputados, levando a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos a ser vendida para a
iniciativa privada.
Ainda que a proposta tenha sido elaborada,
supostamente, para aumentar a qualidade dos serviços
postais, garantir a prestação do serviço universal e
ampliar investimentos privados no setor – segundo os
ministros Paulo Guedes (Economia) e Fábio Faria
(Comunicação) -, essa proposta já foi considerada
até inconstitucional pelo procurador Geral da
República Augusto Aras. Contudo, mesmo assim o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), vai
colocar em pauta a votação do projeto.
O Dieese aponta contradições de vários tipos. Uma
das principais motivos apresentados pelos
ministérios seria a situação financeira da empresa.
No entanto, a privatização dos Correios consta de
uma longa lista de programa de privatizações
desejadas pelo governo Bolsonaro, que inclui a
Eletrobras, por exemplo.
Segundo dados apresentados no estudo, ao longo dos
anos, a empresa tem investido em ampliação de
capacidade e modernização e inovação tecnológica.
Estes investimentos poderiam ser mais volumosos,
caso não tivesse que destinar uma parte importante
do valor que gera para o pagamento de juros sobre
capital próprio e dividendos à União. No período de
2002 a 2013, a preços de dezembro de 2020, R$ 7,0
bilhões foram entregues à União por essa via.
Patrimônio perdido
De acordo com o Dieese, ao contrário do que afirmam os
ministros do governo Bolsonaro, a venda dos Correios
está mais relacionada a oportunidades de negócio
privado do que à qualidade dos serviços ou à
sustentabilidade financeira da empresa pública.
O Dieese ainda aponta que há uma tendência ao
aumento acelerado do mercado de entregas, que já
possui concorrência no Brasil. Logo, a enorme
estrutura logística construída pelos Correios, ao
longo de 358 anos, é muito atrativa à iniciativa
privada. No mesmo sentido, o Dieese aponta que a
receita dos Correios vem aumentando continuamente.
“A comunicação postal, como mencionado, é atividade
de extrema importância à promoção do desenvolvimento
socioeconômico”, explica a nota técnica do Dieese. O
texto ainda relembra o papel fundamental da empresa
pública na prestação de serviços do Estado à
população, como a distribuição de vacinas e a
promoção da igualdade nacional.
A privatização da empresa coloca em cheque o acesso
dos brasileiros aos serviços postais, promovendo um
“apartheid econômico”, nas palavras do Dieese. A
mudança de dono dos Correios – do povo brasileiro a
acionistas de empresas privadas – muda também o
objetivo da empresa: de promoção da cidadania para
uma geradora de lucros.
A exclusão dos que não podem pagar pelo serviço e
das localidades que não geram lucro, aliadas à
demissão de trabalhadores e precarização de direitos
trabalhistas seriam a cereja do bolo para o governo.
O Dieese diz ainda que a maior parte dos países não
liberaliza plenamente este tipo de serviço para o
setor privado, devido ao seu caráter estratégico.
Fonte: Portal Vermelho
05/08/2021 -
CAS aprova isenção do IRPF para aposentados com
Alzheimer
Os aposentados com Alzheimer poderão ficar isentos
do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF),
segundo projeto aprovado, nesta terça-feira (3),
pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O Projeto
de Lei do Senado (PLS) 61/2017, do ex-senador
Ronaldo Caiado, foi alterado por substitutivo da
relatora, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), e deve
ser submetido a turno suplementar de votação na
Comissão. Depois da votação do substitutivo em turno
suplementar pela CAS, o PLS 61/2017 seguirá para
votação final na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
05/08/2021 -
Toffoli pede vista e STF adia decisão sobre
ultratividade de acordos trabalhistas
Um pedido de vista do ministro Dias Toffoli
interrompeu nesta quarta-feira (4/8) o julgamento,
pelo Supremo Tribunal Federal, da chamada
ultratividade nos acordos coletivos de trabalho, ou
seja, a manutenção de seus efeitos mesmo depois do
fim de sua vigência.
O entendimento do relator da matéria, ministro
Gilmar Mendes, é o de que a Súmula 277, do Tribunal
Superior do Trabalho, pela qual é permitida a
incorporação de cláusulas coletivas ao contrato de
trabalho individual, é inconstitucional.
A tese de Gilmar, antes do pedido de vista de
Toffoli, havia sido seguida pelos ministros Nunes
Marques, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
O ministros Edson Fachin e Rosa Weber votaram contra
o acolhimento da Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental 323, que está em julgamento.
A ação foi ajuizada pela Confederação Nacional dos
Estabelecimentos de Ensino para questionar a Súmula
277. Em outubro de 2016, o relator concedeu medida
cautelar para suspender todos os processos e os
efeitos de decisões no âmbito da Justiça do Trabalho
que discutam a matéria até que o STF se posicione
sobre o tema.
Na sessão da última segunda-feira (2/8), quando o
julgamento foi iniciado, Gilmar fez duras críticas à
Justiça do Trabalho. "Ao passar a determinar a
vigência de cláusulas coletivas a momento posterior
à eficácia do instrumento ao qual acordadas (a
chamada ultratividade), a Justiça trabalhista, além
de violar os princípios da separação dos poderes e
da legalidade, também parece ofender a supremacia
dos acordos e das convenções coletivas. É evidente,
portanto, a existência de preceitos fundamentais
potencialmente lesados na questão aqui discutida",
afirmou.
Em seu voto, o relator diz que a mudança de
posicionamento da Corte trabalhista consubstanciada
na nova Súmula 277, em sentido diametralmente oposto
ao anteriormente entendido,"ocorreu sem nenhuma base
sólida, mas fundamentada apenas em suposta
autorização advinda de mera alteração redacional de
dispositivo constitucional. Se já não bastasse a
interpretação arbitrária da norma da Constituição
Federal, igualmente grave é a peculiar forma de
aplicação da Súmula 277 do TST pela Justiça
Trabalhista".
"Não são raros os exemplos da jurisprudência a
indicar que a própria súmula – que objetiva
interpretar dispositivo constitucional – é
interpretada no sentido de ser aplicável apenas a
hipóteses que beneficiem um lado da relação
trabalhista. Em outras palavras, decanta-se
casuisticamente um dispositivo constitucional até o
ponto que dele consiga ser extraído entendimento que
se pretende utilizar em favor de determinada
categoria", conclui Gilmar.
ADPF 323
Fonte: Consultor Jurídico
05/08/2021 -
CNI diz que reforma do Imposto de Renda subirá de
34% para 41,2% impostos totais de empresas
Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, a
proposta vai na direção correta e está alinhada
com o padrão internacional de tributação da renda
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou
nesta quarta-feira (4) a proposta de reforma do
Imposto de Renda em tramitação na Câmara. De acordo
com a entidade, o substitutivo do Projeto de Lei nº
2.337, relatado pelo deputado federal Celso Sabino
(PSDB-PA), eleva de 34% para 41,2% os impostos
totais cobrados de empresas.
Segundo a CNI, o substitutivo ao PL 2337/2021, que
trata da reforma do imposto de renda, aumenta a
tributação total sobre os investimentos produtivos
dos atuais 34% para 41,2%.
Segundo Robson Andrade, a proposta vai na direção
correta e está alinhada com o padrão internacional
de tributação da renda. “Entretanto, é preciso
reavaliar as alíquotas e as regras para a tributação
da distribuição de lucros e dividendos e manter e
aperfeiçoar as regras para dedução de Juros sobre o
Capital Próprio. Apenas assim a reforma do imposto
de renda será capaz de incentivar investimentos no
país”, avalia o presidente da CNI.
O aumento de tributação é provocado pela calibragem
das alíquotas: 26,5% de IRPJ/CSLL sobre o lucro e
20% de IR-Retido na Fonte. O substitutivo impõe o
IR-Retido na Fonte a 20% a partir de 2022, sem
redução do IRPJ, que cairá apenas 7,5 pontos
percentuais. A redução adicional do IRPJ, que
levaria a alíquota de IRPJ/CSLL para 21,5%, é
incerta, pois depende do comportamento futuro da
arrecadação do Imposto de Renda.
Fonte: Brasil247
04/08/2021 -
Trabalhador precisa de segurança e direitos para
produzir, diz Lula
Segundo ex-presidente, trabalhadores foram
obrigados a abrir mão de direitos, sob a falsa
promessa de criação de novos empregos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou
que é preciso que o trabalhador brasileiro seja
tratado de forma civilizada na hora da contratação.
Ele defendeu a retomada de direitos trabalhistas e
previdenciários, como férias e 13º salário, que
garantam estabilidade e tranquilidade aos
trabalhadores. “O trabalhador precisa de paz. Quanto
mais paz tiver, quanto mais tranquilidade, mais
produtividade”, disse Lula na segunda parte da
entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual
desta terça-feira (3).
Ele disse que os trabalhadores foram obrigados a
abrirem mão desses direitos, sob a falsa promessa de
que haveria a criação de empregos. Lula contestou a
“qualidade” das vagas de trabalho que o ministro da
Economia, Paulo Guedes, utiliza para alardear os
supostos feitos do governo.
“O desemprego está campeando nas indústrias
brasileiras. Há quase 15 milhões de desempregados.
Há 6 milhões que desistiram de procurar emprego, 34
milhões estão na informalidade e mais 33 milhões
estão subutilizados, fazendo bico ou biscate”, disse
o ex-presidente.
Para ele, é preciso reunir as centrais sindicais, as
empresas e as universidades, para discutir “o mundo
do trabalho que a gente quer”. Em especial, Lula
demonstrou preocupação com os milhões de jovens que,
mesmo com ensino superior, não conseguem colocação
no mercado.
“Estou muito preocupado, porque é uma parcela enorme
da sociedade que não tem perspectivas de trabalho.
Pessoas com 30 anos morando com o pai e com a mãe. E
não porque querem, mas porque não tem perspectiva de
emprego. Toda essa revolução digital que aconteceu
no planeta precisa ser revertida para criar
oportunidades para essa juventude”, declarou o
ex-presidente.
Fome e reforma agrária
Lula afirmou que Bolsonaro não se incomoda em discutir
o problema da fome no Brasil. Segundo ele, o atual
governo nem sequer sabe o que significa “segurança
alimentar”. Ele destacou que não faltam alimentos no
país, mas as pessoas não conseguem comprar por conta
da elevação de preços. O ex-presidente atribuiu esse
descontrole nos preços ao desmantelamento dos
estoques reguladores da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
“Quando fui presidente, a gente fez com que a Conab
regulasse os estoques. A Conab comprava quando os
preços caiam, e vendia quando subia. E funcionou
maravilhosamente bem. Mas agora não tem mais esse
mercado regulador. Porque o atual governo despreza o
que é segurança alimentar. Isso não está sendo
processado pela massa encefálica da cabeça do
presidente, que deve ter um distúrbio, só pode ter.”
Lula afirmou que, para Bolsonaro, reforma agrária “é
um cidadão com fuzil para matar o outro”. Apesar da
retórica violenta contra os movimentos do campo, o
líder petista afirmou que é possível dar
continuidade à política de reforma agrária, com paz
e tranquilidade. Segundo ele, a distribuição de
terras improdutivas foi benéfica para os países que
a adotaram. Além disso, é preciso garantir apoio
técnico e mercado aos pequenos produtores da
agricultura familiar. Nesse sentido, o ex-presidente
disse, ainda, que é possível estabelecer uma
convivência pacífica com o agronegócio.
“É plenamente possível a convivência do agronegócio
com a agricultura familiar. Quem gosta de estimular
o ódio é que tem que responder. A agricultura
familiar é responsável por quase 70% dos alimentos
que chegam à mesa do trabalhador. E, por outro lado,
o agronegócio tem uma importância de produzir em
grandes quantidades para a exportação, para a
produção de ração animal. É compatível as duas
culturas sobreviverem.”
Lula e o papel do Estado
Para resolver o problema da criminalidade, da
violência policial e do encarceramento em massa no
país, Lula afirmou que é preciso rediscutir o papel
do Estado no Brasil. Não é possível, segundo ele,
que o Estado se faça presente nas periferias das
grandes cidades apenas com a polícia.
“As pessoas estão largadas, abandonadas, sem
emprego, sem proteção social. E sem a existência do
Estado. O Estado só aparece quando aparece a
polícia. Esse tipo de política não resolve e não
ajuda. Se a gente ficar discutindo só a intervenção
da polícia, sem discutir a intervenção do Estado
antes da polícia, teremos mais dificuldade de
resolver esse problema”, afirmou o presidente. Nesse
sentido, a saída é “gerar bem-estar social”, com
investimentos em infraestrutura urbana – como
asfalto, água e saneamento –, e também nas áreas de
educação, saúde e lazer.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/08/2021 -
Apagão de Bolsonaro: Brasil pode ter primeiros
blecautes já em outubro
Embora localizados, apagões podem ocorrer nos
horários de pico de consumo de energia
O governo Jair Bolsonaro considera cada vez mais
iminente o risco de um apagão elétrico no Brasil.
Segundo o jornal O Globo, “quem acompanha de perto o
governo avalia que agora bateu de verdade a
preocupação com a possibilidade de blecautes
localizados e nos horários de pico de consumo de
energia já entre outubro e novembro”.
Depois de seu fiasco no combate à pandemia de
Covid-19 – que deixou mais de 550 mil mortos no País
e enfraqueceu ainda mais a economia brasileira –,
Bolsonaro tenta evitar mais uma catástrofe nacional.
O novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira
(PP-PI), foi escalado para o time que tenta evitar o
“apagão de Bolsonaro”. Em nome do governo, Ciro já
começou até mesmo a realizar reuniões sobre essa
crise.
Em 28 de junho, num pronunciamento em cadeia
nacional de rádio e TV, o ministro Bento Albuquerque
(Minas e Energia) reconheceu o risco de apagão, mas
atribuiu a crise somente a “uma das piores secas” no
Brasil. Além disso, sem explicar o que o governo
fará para reverter o problema, Albuquerque exortou
os brasileiros a fazerem “uso consciente e
responsável de água e energia”, para reduzir
“consideravelmente a pressão sobre o sistema
elétrico”.
Mas, sem ações efetivas do governo, a situação se
agravou. De acordo com a ONS (Operador Nacional do
Sistema Elétrico), a capacidade dos reservatórios de
hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
pode chegar a apenas 21% em agosto.
A situação da crise hídrica no país deve piorar
neste mês, segundo um levantamento do Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS). De acordo com a
projeção, agosto deverá ter uma das piores baixas da
história nos reservatórios de hidrelétricas do
Sudeste e do Centro-Oeste — a capacidade deles pode
chegar a cerca de 21%.
Na opinião de Roberto Kishinami, coordenador do
Instituto Clima e Sociedade, o governo Bolsonaro
“tem falhado” e o Brasil já vive uma situação de
“emergência”. Em entrevista à CNN, ele afirmou que é
preciso atuar tanto na oferta de energia quanto no
consumo.
“Temos que atuar de duas maneiras: aumentar a oferta
tanto quanto possível – e esse aumento é limitado
porque está faltando água nos reservatórios – e
temos que reduzir o consumo. São as duas coisas que
podem permitir algum equilíbrio lá na frente”, diz
Kishinami. “Da maneira como estamos indo, não vamos
alcançar essa situação de equilíbrio entre consumo e
demanda.”
Fonte: Portal Vermelho
04/08/2021 -
Rodrigo Maia denuncia "pedalada" de Bolsonaro e
estouro do teto de gastos
Segundo o deputado Rodrigo Maia, o relatório da
MP 1045, faz parecer que os recursos
que serão usados do Sistema S não passarão pelo
orçamento
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da
Câmara, disse nesta terça-feira (3) que o governo de
Jair Bolsonaro comete pedalada fiscal, ao criticar a
Medida Provisória 1045, que prorrogou o programa de
suspensão de contratos de trabalho e de redução de
jornada e salário por mais quatro meses.
Segundo Rodrigo Maia, o relatório da MP 1045, faz
parecer que os recursos que serão usados do Sistema
S não passarão pelo orçamento. Para o parlamentar, a
situação configura pedalada fiscal e burla à Emenda
Constitucional do teto de gastos.
"Pedalada por retirar do orçamento despesa que
deveria constar, uma vez que é despesa da União,
tanto que parte pode ser financiada por recursos do
FAT e do Fundo de Combate à Pobreza. A não entrada
dessa despesa paga pelo Sistema S configura burla ao
teto de gastos (NRF), já que essa despesa não seria
considerada no teto!", disse Maia pelo Twitter.
Fonte: Brasil247
04/08/2021 -
Inflação e crise ressaltam importância do PAT
A continuidade do Programa de Alimentação do
Trabalhador trará alívio e perspectivas para os
trabalhadores em refeições coletivas, de bares e
restaurantes e também ao setor patronal.
A avaliação é de Paulo Ritz, presidente da Federação
dos Trabalhadores em Refeições Coletivas do Estado
de SP (Fetercesp). Ele disse à Agência Sindical
considerar vitória o relator da reforma tributária,
deputado Celso Sabino (PSDB-PA), garantir que
retirará a emenda que prevê o fim dos incentivos
fiscais do PAT. “Demos um passo contra retrocesso.
Mas entidades de trabalhadores e patronais tentarão
se reunir com o deputado pra consolidar a garantia”,
afirma o sindicalista.
Em entrevista do jornal Correio Braziliense, Sabino
afirmou que o texto da reforma não fará mais
qualquer menção ao Programa de Alimentação do
Trabalhador. “Havia um impacto pequeno em relação ao
PAT, mas, sensíveis aos argumentos apresentados por
deputados de oposição, decidimos retirar qualquer
menção”, disse o parlamentar.
Números – Segundo Ritz, o fim do PAT impacta
ampla cadeia. “Não é só o restaurante, o bandejão ou
o VR. Há uma cadeia na indústria, no setor de
serviços e de outros fornecedores. Entidades
calculam que até 100 mil estabelecimentos
fechariam”, observa.
De acordo com o presidente do Conselho da ABBT
(Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao
Trabalhador), Alaor Aguirre, a preservação do
Programa de Alimentação do Trabalhador é uma
vitória. “O mais longevo benefício socioeconômico
alimentar seguirá ainda mais fortalecido com essa
importante decisão consciente do relator”, conta
Aguirre.
Urgência – O aumento no preço dos gêneros
torna a alimentação ao trabalhador, via PAT, ainda
mais necessária. O presidente da Federação
argumenta: “Basta ver que voltou à pauta das
categorias a reivindicação por cesta básica”. Ele
também comenta que o fim do programa traria de volta
à cena a “marmita azeda”, que prejudica e humilha o
trabalhador.
Mais – Fetercesp, Força Sindical e Aberc.
Fonte: Agência Sindical
04/08/2021 -
Santander é condenado a pagar R$ 50 mi por demissões
em massa
Por entender que o Santander praticou conduta
antissindical e promoveu demissões em massa durante
a epidemia, o juiz Jeronimo Azambuja Franco Neto, da
60ª Vara do Trabalho de São Paulo, condenou o banco
ao pagamento de R$ 50 milhões por danos morais
coletivos.
A decisão foi provocada por ação civil pública do
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos
Bancários de São Paulo e o valor da indenização será
revertido para o Fundo de Defesa dos Direitos
Difusos.
A instituição financeira também foi proibida de
praticar qualquer "conduta antissindical",
especialmente "perseguição" a sindicatos e seus
filiados, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Entre as alegações da ação civil pública estão atos
como demissões feitas pelo banco durante a epidemia
e a suspensão da gratificação de função de
dirigentes sindicais.
Além disso, o sindicato sustenta que o Santander não
respeitou compromissos firmados com o Banesprev
(Fundo Banespa de Seguridade Social) e o Cabesp
(Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do
Estado de São Paulo).
Ao analisar o caso, o juiz apontou que um volume
"tão elevado de despedidas num momento de incertezas
e medo, em que se faz necessário severo
distanciamento para evitar a proliferação do vírus e
quando os empregados não poderiam se reunir com o
autor, revela, no mínimo, uma indisposição do
empregador ao exercício da defesa de direitos das
pessoas trabalhadoras através da atuação sindical.
Além disso, ao ser convidado para a primeira
proposta conciliatória por este juízo, o réu
declarou não possuir nenhum interesse em
conciliação".
O banco havia assumido compromisso de não promover
demissões durante a epidemia. Na ação, o sindicato
aponta que a instituição eliminou 3.220 postos de
trabalho em 2020, mesmo com lucro líquido em 2020 de
R$ 13,849 bilhões, queda de 4,8% na comparação com
2019 (R$ 14,181 bilhões).
"Como já fundamentado supra, o réu obteve lucro
superior a R$ 5 bilhões no primeiro semestre de
2020, fechando o ano com um lucro superior a de R$
13 bilhões. Se, no cálculo do quantum indenizatório
aplicarmos o módico percentual de 1% sobre o lucro
líquido do primeiro semestre de 2020, chegamos ao
valor de R$ 50 milhões", pontuou o juiz ao estipular
o valor da condenação.
Em nota, o banco afirmou que irá recorrer da
decisão. Leia abaixo:
"O Santander informa que irá recorrer da decisão
e refuta quaisquer acusações de práticas
antissindicais. O Banco acrescenta que sempre atua
dentro da legislação, adotando boas práticas no
relacionamento com as entidades que representam os
trabalhadores, com as quais mantém canais de diálogo
constantes e ativos".
Clique
aqui para ler a decisão
1000146-27.2021.5.02.0060
Fonte: Consultor Jurídico
04/08/2021 -
Empresas não podem descontar do IR indenizações
pagas em acordos trabalhistas
Os valores pagos a empregado a título de indenização
por danos morais e materiais, fixados em acordo
homologado judicialmente, não constituem despesas
necessárias, usuais e normais nas operações ou
atividades da pessoa jurídica, pelo que,
consequentemente, são indedutíveis na determinação
do lucro real.
Com esse entendimento, a Coordenação-Geral de
Tributação (Cosit), na Solução de Consulta 77/2021,
decidiu que grandes empresas, no regime do lucro
real, não pode descontar do imposto de renda valores
de indenizações pagos por meio de acordos judiciais
trabalhistas.
A consulta foi feita por uma empresa que buscava
verificar a possibilidade de dedução da base cálculo
do imposto de renda os valores pagos em acordo com
trabalhador. Além de indenizações por danos
materiais e morais, a serem pagas em dez parcelas
iguais, mensais e sucessivas, o acerto incluiu o
plano de assistência médica, que deverá ser mantido
por três anos.
Na resposta, a Receita destacou que o artigo 311 do
Decreto 9580/2018, que regulamenta o imposto de
renda, estabelece como dedutíveis as despesas
necessárias à atividade da empresa e à manutenção da
respectiva fonte produtora; ou as despesas
operacionais; ou as usuais na atividade da
companhia. A mesma determinação, segundo o órgão,
está no artigo 68 da Instrução Normativa RFB
1.700/2017.
A Coordenação-Geral citou a solução de consulta
281/2019, na qual firmou-se o entendimento que a
legislação tributária não estipulou rol taxativo das
despesas indedutíveis; então, para que as despesas
sejam dedutíveis devem atender aos requisitos da
necessidade e usualidade, definidos pelas normas
citadas.
A solução de consulta 209/2019 também foi utilizada
como argumento pela Receita. Nessa fico decidido que
contraprestações pagas em virtude da prática de atos
ilícitos ou para encerrar, sem solução de mérito,
processos em que é aferida a prática de ilícitos não
podem ser consideradas necessárias à atividade da
empresa, já que não são essenciais à promoção de
suas operações ou transações e nem usuais ou
normais.
Sobre as despesas com plano de saúde, feitas por
meio de acordo firmados em ações reclamatórias, a
Receita afirmou ser possível a dedutibilidade, para
efeito de apuração das bases de cálculo do IR, se
atendidas as regras do artigo 372 do Decreto
9.580/2018,
Clique
aqui para ler a solução de consulta
Solução de Consulta 77/2021
Fonte: Consultor Jurídico
03/08/2021 -
Bolsonaro é corrupto para 54% dos brasileiros, diz
pesquisa Atlas Político
Para o cientista político Andrei Roman, diretor do
Atlas, diz que os números mostram que a percepção de
corrupção furou a bolha e já conta com adeptos entre
os apoiadores de Bolsonaro
As recorrentes denúncias envolvendo o governo,
aliados e clã presidencial fizeram com que mais da
metade da população já tenha a percepção de Jair
Bolsonaro (Sem partido) está envolvido em casos de
corrupção.
Pesquisa Atlas Político realizada entre os dias 26 e
29 de julho e divulgada nesta segunda-feira (2) pelo
jornal Valor Econômico mostra que 54,3% dos
brasileiros acreditam que Bolsonaro está envolvido
com práticas de corrupção relacionadas à importação
das vacinas para Covid-19 – 35,4% acreditam que não
há envolvimento direto do presidente e 10,3% não
souberam responder.
A pesquisa ainda revela que 56,4% acreditam que
Bolsonaro está acobertando casos de corrupção de
aliados e 73,8% dizem acompanhar “com interesse” as
notícias sobre denúncias de corrupção na compra de
vacinas.
Para o cientista político Andrei Roman, diretor do
Atlas, diz que os números mostram que a percepção de
corrupção furou a bolha e já conta com adeptos entre
os apoiadores de Bolsonaro.
“Uma parcela dos apoiadores de Bolsonaro acredita
que há indícios de corrupção no governo. Não culpam
o presidente, mas aliados. Ele tem 26% de avaliação
positiva e 36,9% das intenções de voto, mas só 17%
dizem que não tem ninguém do governo envolvido em
corrupção”, disse.
O Atlas ouviu 2.884 eleitores. A margem de erro é de
dois pontos.
Fonte: RevistaForum
03/08/2021 -
MP do Trabalho apresenta nota técnica à “MP do BEm”
Destaque para o artigo 78, que retira do
conceito de categoria profissional dos trabalhadores
contratados pelo famigerado Requip (Regime Especial
de Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão
Produtiva).
A MP 1.045/21, cujo escopo trata da instituição do
“Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego
e da Renda e dispõe sobre medidas complementares
para o enfrentamento das consequências da emergência
de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus (Covid-19) no âmbito das
relações de trabalho” recebeu nota técnica do MPT
(Ministério Público do Trabalho).
O debate em torno da proposta vai ser retomado com o
retorno dos trabalhos legislativos no Congresso
Nacional, a partir da próxima semana.
Conteúdo do PLV
Originariamente, o texto do governo versou apenas
sobre a reinstituição do programa de suspensão se
contratos e redução de jornada e salário.
No
PLV (Projeto de Lei de Conversão), que é o texto
modificado pelo relator, deputado Christino Aureo
(PP-RJ), foi inserida, porém, uma minirreforma
trabalhista.
Essa minirreforma trabalhista praticamente busca
destruir a aprendizagem, fulminar o poder de polícia
da Inspeção do Trabalho, a cargo dos auditores
fiscais do Trabalho (inclusive em casos de trabalho
escravo).
Pelo texto do relator, ele ataca ainda a
prerrogativa de o MPT negociar TAC (termo de
ajustamento de conduta). Trata-se de dispositivo
para firmar compromisso entre o Ministério Público e
os responsáveis por determinada violação ou ameaça
de lesão a algum direito coletivo, seja trabalhista,
ambiental, do consumidor, da infância e juventude ou
qualquer outro interesse de relevância social.
Às entidades sindicais, entre outros dispositivos, a
nota técnica aponta especial atenção ao artigo 78,
que retira do conceito de categoria profissional dos
trabalhadores contratados pelo famigerado Requip
(Regime Especial de Trabalho Incentivado,
Qualificação e Inclusão
Produtiva).
Ao concluir a nota, o MPT manifesta-se que em razão
dos “vícios de constitucionalidade e
convencionalidade formais e materiais [...], o
Ministério Público do Trabalho entende que a
proposta em comento tem o risco de gerar insegurança
jurídica e consequências altamente danosas para a
sociedade, oferecendo os presentes argumentos
fáticos e jurídicos que alicerçam o seu
posicionamento.”
EIS A ÍNTEGRA DA NOTA TÉCNICA
Fonte: Diap
03/08/2021 -
Governo quer acelerar formalização de trabalhadores
de plataformas digitais, diz secretário
A prioridade, segundo o secretário-executivo do
novo Ministério do Trabalho e da Previdência, Bruno
Bianco, será garantir direitos trabalhistas e a
proteção previdenciária, sem cercear a tecnologia
Isabel Versiani (Reuters) - O governo quer buscar
novos formatos de regulação que viabilizem a
formalização do conjunto de trabalhadores que atuam
em serviços oferecidos por plataformas digitais,
disse nesta segunda-feira (2) o secretário-executivo
do novo Ministério do Trabalho e da Previdência,
Bruno Bianco.
Ele destacou que as novas relações trabalhistas
geradas pela digitalização não se enquadram na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) e a ideia é
buscar alternativas, a exemplo da autorização já
concedida para que motoristas de aplicativos se
tornem microempreendedores individuais.
A prioridade, segundo Bianco, será garantir direitos
trabalhistas e a proteção previdenciária, sem
cercear a tecnologia.
"O MEI certamente se aplicará para alguns, mas temos
que pensar em outras formas também", disse Bianco
durante evento virtual dos jornais O Globo e Valor
Econômico sobre a retomada do emprego no
pós-pandemia. Ele citou a simplificação de
contratos, a exemplo do que está sendo planejado com
o Bônus de Inclusão Produtiva, a ser pago para o
treinamento de jovens no primeiro emprego.
"A ideia é criar grupos de trabalho e pensar cada
brasileiro em sua caixa de formalização, não
necessariamente celetista", afirmou Bianco.
Fonte: Brasil247
03/08/2021 -
Voto impresso de Bolsonaro é pretexto
antidemocrático, dizem deputados
“Essa insistência não passa de pretexto e da
construção de uma narrativa para não aceitar o
resultado das eleições, já que está vendo que suas
chances de vitória estão cada vez menores”, avaliou
o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE)
Diante das denúncias de corrupção envolvendo seu
governo e mazelas sociais como desemprego e fome,
Bolsonaro desvia o foco dos reais problemas do país
e ataca a democracia. Em discurso a apoiadores, que
se reuniram neste final de semana em algumas
capitais, o presidente defendeu o voto impresso e
voltou a colocar em dúvida a realização das eleições
em 2022. Em live, ele já admitiu não ter provas de
fraude no atual sistema eleitoral por urnas
eletrônicas.
O ânimo no parlamento, contudo, é no sentido de dar
uma basta a essa pauta de Bolsonaro. Com muita
chance de ser derrotada, a proposta de emenda à
Constituição (PEC) do voto impresso será votada na
comissão especial da Câmara dos Deputados no próximo
dia 5.
O líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE),
diz que o presidente insiste em repetir que
“eleições limpas” só com voto impresso. “Essa
insistência não passa de pretexto e da construção de
uma narrativa para não aceitar o resultado das
eleições, já que está vendo que suas chances de
vitória estão cada vez menores”, avaliou.
A vice-líder da minoria na Câmara, deputada Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), destacou que as urnas
eletrônicas já são auditáveis e são vários
mecanismos que garantem a segurança e transparência
do sistema. “Boletim de urnas, aplicativo pardal,
teste público de segurança, mesários, fiscais
eleitorais e delegados partidários. Nossas urnas são
absolutamente seguras”, afirmou.
“É uma tecnologia usada há 25 anos sem nenhuma
fraude comprovada. Nosso sistema eleitoral, com 500
mil urnas eletrônicas com várias etapas públicas de
fiscalização, é um orgulho para os brasileiros”,
completou.
Para o vice-líder do PCdoB na Câmara, Orlando Silva
(SP), as manifestações a favor do voto impresso
foram um fiasco. “Parece que o gado resolveu pastar
em outra freguesia e deixou o mito na mão. O voto
impresso já era, assim como o orelhão com ficha e a
máquina de datilografar”, disse.
“Meia dúzia de anencéfalos foram pedir a volta do
voto de cabresto. Obrigado pela burrice. A falta de
apoio ajuda ainda mais nossa missão de derrotar essa
palhaçada. O Brasil não vai voltar para a República
Velha. Vai tarde, Bolsonaro!”, postou o deputado no
Twitter.
Ataque à democracia
O líder da oposição na Casa, Alessandro Molon
(PSB-RJ), diz que, em mais um ataque à democracia,
Bolsonaro criou um espetáculo em torno do voto
impresso para tumultuar as eleições e evitar sua
derrota em 2022. “A Oposição não cederá! Vamos
derrotar a PEC do voto impresso”, disse.
Na avaliação do líder da minoria, Marcelo Freixo
(PSB-RJ), a estratégia de Bolsonaro é colocar
suspeita sobre o sistema eleitoral. “O voto nos EUA
é impresso e mesmo assim Bolsonaro disse que houve
fraude. O presidente não está interessado na
impressão do voto, o objetivo é gerar desconfiança
sobre o sistema eleitoral. Bolsonaro e Trump não
respeitam as regras do jogo. A urna eletrônica é
auditável e segura”, assegurou.
“Manifestações convocadas por Bolsonaro fracassam! O
tal voto impresso está derrotado nas ruas e no
Congresso. Essa semana retomamos as sessões e tudo
faremos para derrotar esse retrocesso democrático”,
afirmou o deputado José Guimarães (PT-CE).
Fonte: Portal Vermelho
03/08/2021 -
Câmara pode votar nesta terça-feira MP sobre
suspensão de contratos de trabalho na pandemia
A Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira
(3) a Medida Provisória 1045/21, que renova o
programa de redução ou suspensão de salários e
jornada de trabalho com o pagamento de um benefício
emergencial aos trabalhadores. A sessão deliberativa
remota do Plenário está marcada para as 15 horas.
O parecer preliminar do relator, deputado Christino
Aureo (PP-RJ), inclui vários outros temas no texto,
como programas de primeiro emprego e de
requalificação profissional, mudanças na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e definição
de quem pode contar com gratuidade no acesso à
Justiça.
Previsto na MP, o Novo Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda garante o pagamento
de uma parte do seguro-desemprego ao trabalhador que
tiver o contrato suspenso ou o salário e a jornada
reduzidos. Inicialmente, as regras serão por 120
dias contados da edição (28 de abril), mas poderão
ser prorrogadas se houver orçamento por período
definido em regulamento do Poder Executivo.
Já o projeto de lei de conversão estabelece também o
Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no
Emprego (Priore), que será direcionado a jovens
entre 18 e 29 anos, no caso de primeiro emprego com
registro em carteira, e a pessoas com mais de 55
anos sem vínculo formal há mais de 12 meses.
Está previsto ainda o Requip, um regime especial de
trabalho, qualificação e inclusão produtiva,
destinado a quem está sem registro em carteira de
trabalho há mais de dois anos, a jovens de 18 a 29
anos e a beneficiários do Bolsa Família com renda
mensal familiar de até dois salários mínimos.
Essa inclusão produtiva não será considerada vínculo
empregatício para qualquer fim e prevê o pagamento
de bônus pelo trabalho em jornadas semanais de até
22 horas (BIP) e de bônus por participação em cursos
de qualificação de 180 horas ao ano (BIQ).
Fonte: Agência Câmara
03/08/2021 -
Pauta da CAS tem projeto que combate assédio em
ambiente de trabalho
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) tem reunião
semipresencial, nesta terça-feira (3), às 11h, com
29 itens na pauta. Um dos projetos em pauta é o que
estabelece medidas de combate aos assédios sexual e
moral nas empresas (PL 1.399/2019). De autoria do
senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), a proposta
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – DL
5.452, de 1943) para definir violência e assédio no
ambiente de trabalho como um conjunto de
comportamentos e práticas, ou de ameaças
relacionadas, que se manifestam isolada ou
repetidamente e que causem ou sejam capazes de
causar dano físico, psicológico, sexual ou
econômico.
Para dar mais efetividade ao combate à violência e
ao assédio, o texto determina que as empresas adotem
código de ética e de conduta para regular a relação
entre seus dirigentes e seus empregados. Também
clientes e fornecedores devem ser incluídos no
código, de modo a estabelecer limites e indicar as
penalidades, em caso de violência ou assédio.
A relatora, senadora Leila Barros (PSB-DF), é
favorável ao projeto. Ela, no entanto, apresentou
várias emendas em seu relatório. Leila registra que
as alterações tiveram como base a Convenção 190 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
trata do tema, lançada em 2019. Com base nesse
documento, a senadora lembra que a prática do
assédio está associada à violência e não prevê
distinção em relação a homens e mulheres. Assim,
Leila retirou a referência original a mulheres,
fazendo com que o texto alcance também os homens.
(Mais informações:Senado)
Fonte: Agência Senado
03/08/2021 -
TSE irá investigar fala de Bolsonaro sobre fraudes
eleitorais
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
decidiu, por unanimidade, incluir as falas de Jair
Bolsonaro sobre a lisura do processo eletrônico de
votação e possíveis fraudes eleitorais em um novo
inquérito, que investigará se o presidente cometeu
abuso de poder político e econômico. A decisão foi
tomada na sessão desta segunda-feira (2) do Plenário
do tribunal.
A investigação acirra, logo no primeiro dia de
trabalho do segundo semestre, os ânimos entre o
Judiciário e o governo federal. Bolsonaro tem
atacado diariamente a justiça eleitoral e o
presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, por não
aderir à possibilidade de voto impresso.
A proposta de investigação foi feita por Luís Felipe
Salomão, que é o corregedor-geral da Justiça
Eleitoral. Na sua proposta, Salomão diz que a
preservação do Estado Democrático de direito e a
realização de eleições transparentes justas e
equânimes "demandam pronta apuração e reprimenda de
fatos que possam caracterizar abuso de poder
econômico, corrupção ou fraude, abuso de poder
político, ou uso indevido dos meios de comunicação
social".
Salomão definiu as falas de Bolsonaro como "relatos
e declarações sem comprovação de fraudes no sistema
eletrônico de votação, com potenciais ataques à
democracia e à legitimidade das eleições". O TSE
definiu que a investigação irá tramitar em caráter
sigiloso.
O ministro Alexandre de Moraes, que também integra a
corte, disse concordar com a decisão. "Com a
democracia não se brinca, com a democracia não se
joga", disse Moraes. "Com a democracia não se
desrespeita as instituições". Barroso ainda
encaminhou a Moraes de um pronunciamento do
presidente sob o mesmo tema. O vídeo deverá integrar
o inquérito das fake news, comandado por Moraes na
suprema corte.
Os votos sucederam um duro discurso de Luís Roberto
Barroso na abertura dos trabalhos do TSE neste
semestre. Em sua fala, Barroso disse que o voto
impresso nos Estados Unidos não segurou o golpismo
após as eleições do ano passado, e defendeu a
manutenção do sistema democrático atual.
Fonte: Congresso em Foco
02/08/2021 -
Bolsonaro volta a ameaçar pleito em 2022: "sem
eleições limpas, não haverá eleição"
Em participação por videochamada em manifestação de
bolsonaristas neste domingo (1) que pedem a
instalação do voto impresso, Jair Bolsonaro voltou a
colocar em dúvida a realização da eleição em 2022 e,
portanto, a ameaçar a democracia brasileira, segundo
a Folha de S. Paulo.
"Vocês estão aí, além de clamar pela garantia da
nossa liberdade, buscando uma maneira que tenhamos
uma eleições limpas e democráticas no ano que vem.
Sem eleições limpas e democráticas, não haverá
eleição", afirmou o chefe do governo a manifestantes
concentrados em frente ao Congresso Nacional. Ele
ainda disse que 'faremos o que for necessário para
que haja contagem pública dos votos'. A urna
eletrônica já é auditável e segura.
Mesmo após a repercussão negativa de sua última live
na qual espalhou informações falsas sobre a urna
eletrônica e diante dos pedidos do Centrão por um
discurso mais moderado, Bolsonaro segue em ofensiva
contra o sistema eleitoral do país.
Fonte: Brasil247
02/08/2021 -
Reajustes salariais ficaram abaixo da inflação
O Dieese divulgou o boletim “De olho nas
negociações” nesta semana. O documento analisa os
reajustes salariais em 2021. Segundo a entidade,
mais da metade desses reajustes ficaram abaixo da
inflação no primeiro semestre do ano.
Apenas 16,5% dos reajustes negociados tiveram ganho
real. Outros 31,2% empataram com o INPC-IBGE. Já
52,3% ficaram abaixo desse índice. O setor mais
impactado por reajustes abaixo da inflação foi o de
serviços, em 65,3% dos casos. Em seguida aparecem os
setores de indústria (40,3%) e comércio (33,6%).
Já os que obtiveram ganhos reais, a maioria está
concentrada na indústria, com 24,9%. Setores de
serviço e comércio tiveram apenas 12% e 11,9%,
respectivamente, de reajustes acima da inflação.
Ainda segundo o Dieese, de todas as regiões
brasileiras analisadas, o ranking aponta para o
Centro-Oeste como o pior, com 70% de acordos abaixo
do INPC. Em seguida aparecem Norte (65,8%), Sudeste
(64,4%), Nordeste (55,6%) e Sul, como o menos pior,
com 27% dos reajustes abaixo do índice.
A pesquisa do Dieese foi feita a partir de dados
coletados pelo Ministério da Economia e divulgados
em 7 de julho.
Para acessar o estudo completo, clique
aqui.
Mais – Acesse o site do
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
02/08/2021 -
Próxima manifestação da Campanha Nacional Fora
Bolsonaro será no dia 7 de setembro
Durante agosto, a campanha irá se somar a outros
protestos, dos estudantes e dos servidores públicos
A próxima manifestação da Campanha Nacional Fora
Bolsonaro será no dia 7 de setembro, quando é
comemorada a Independência do Brasil. Entre os
organizadores da manifestação estão as frentes
Brasil Popular e Povo sem Medo, que, juntas, agregam
mais de um centena de organizações sociais.
A Campanha Nacional Fora Bolsonaro, criada em junho
de 2020, reúne ainda as centrais sindicais e
diversos partidos, como PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB,
PSTU, PCB, PCO e UP.
Durante o mês de agosto, a campanha irá endossar
datas já previstas no calendário, como o dia 11 de
agosto, quando o movimento estudantil costuma
organizar manifestações para marcar o Dia do
Estudante, e 18 de agosto, Dia do Servidor Público,
quando os trabalhadores também fazem atos.
“A Campanha Nacional Fora Bolsonaro vai voltar às
ruas no dia 18 de agosto, apoiando a luta das
trabalhadoras e trabalhadores do serviço público,
mais o conjunto da população que depende do serviço
público que está sendo brutalmente atacada com a PEC
32, da Reforma Administrativa", ressalta Edson
Índio, da Frente Povo Sem Medo.
As datas das manifestações de agosto servem também
para ampliar a mobilização do 7 de setembro, destaca
Jessy Dayane, da Frente Brasil Popular. “Daqui até
lá, no mês de agosto, construir um processo de
acúmulo de forças, de agitação, de enraizamento e
mobilização para ampliar ainda mais a luta pelo Fora
Bolsonaro”.
Segundo Dayane, as mobilizações ao longo de agosto
serão importantes para setembro, “considerando que
essas manifestações produziram um importante
desgaste contra o governo". Mas ela ressalta que é
necessário ampliar o horizonte. "Chegar nas
periferias, trazer mais gente e especialmente a
população mais pobre e que está sendo a principal
vítima deste governo”.
Fonte: Brasil de Fato
02/08/2021 -
STF tem pautas trabalhistas e sindicais relevantes
no 2º sem
Nesta segunda-feira (2), o STF (Supremo
Tribunal Federal) retorna do recesso, com pautas de
processos trabalhistas e sindicais importantes
previstos para julgamento no segundo semestre.
Leia sobre os temas e acompanhe o calendário dos
julgamentos:
Ultratividade das normas coletivas
Em 2 de agosto, a Corte pode julgar a ADPF 323, sobre
a constitucionalidade da ultratividade das normas
coletivas, conforme previsto na Súmula 277 do TST. O
julgamento foi iniciado em 17 de junho, com
sustentação oral já realizada. Mas foi suspenso o
julgamento. O relator é o ministro Gilmar Mendes.
Supressão de direitos em norma coletiva
Está ainda na pauta, no mesmo dia, a ADPF 381 e o RE
1121633, sobre a constitucionalidade de norma
coletiva que suprime direitos trabalhistas previstos
em lei. São remanescentes da pauta do dia 17 de
junho, cujo relator é o ministro Gilmar Mendes.
Representatividade das centrais
Em 19 de agosto está previsto o julgamento da ADI
4067, sobre a constitucionalidade da Lei 11.648/08,
quanto aos limites da representatividade das
centrais sindicais e o recebimento por essas de
parcela do imposto sindical. O ministro-relator foi
Joaquim Barbosa, com retorno de vista de Gilmar
Mendes.
Em resumo e breve análise sobre o tema elaborada
pelo escritório do advogado Eymard Loguercio, que é
do corpo técnico do DIAP, “a questão central da
divergência é a regra que destina 10% do imposto
sindical para as centrais. 5 votos fixaram tese de
que a alteração legal não era inconstitucional. 3
votos negam a possibilidade sob o fundamento de que
o imposto era para custeio do sistema confederativo
(e as centrais não pertencem a esse). O julgamento
teve início antes da alteração da lei que tornou o
imposto sindical facultativo. Além disso, é
importante lembrar que a parte destinada às centrais
somente é repassada das entidades filiadas e não de
todo o sistema. Se um sindicato não indica filiação
a nenhuma central, o percentual continua na conta
salário-emprego.”
Inconstitucionalidade do fator previdenciário
Na mesma data, a Corte pode julgar ainda a ADI 2111,
sobre Previdência Social. A inconstitucionalidade do
fator previdenciário, considerando assim a idade, a
expectativa de vista e o tempo de serviço. O
ministro-relator é Nunes Marques.
Direito de gestante
Em 16 de setembro, consta na pauto o RE 842844, sobre
servidor público. Trata do direito de gestante,
contratada pela Administração Pública por prazo
determinado ou ocupante de cargo em comissão
demissível ad nutum (revogável pela vontade de uma
só das partes), ao gozo de licença-maternidade e à
estabilidade provisória. Trata-se de Tema de
Repercussão Geral 542, cuja ministra-relatora é
Cármen Lúcia.
Atividade artística
Em 22 de setembro constam 2 pautas. A ADPF 293, sobre
liberdade de expressão da atividade artística. Versa
sobre o pleno exercício dos direitos culturais.
Regulamentação da profissão de artista. Lei
6.533/78. Decreto 82.385/1978. Constituição Federal
art. 5º, IV, IX e XIII, e 215, caput. A
ministra-relatora é Cármen Lúcia.
Representatividade sindical
E ainda o RE 646104, que trata da representatividade
sindical de micro e pequenas indústrias artesanais.
Tema de Repercussão Geral 488. O ministro-relator é
Dias Toffoli.
Contrato de trabalho de empregado público
No dia 29, a Corte pode julgar a ADI 5690, que versa
sobre a extinção do contrato de trabalho de
empregado público autárquico, frente à LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal), cujo ministro-relator
sorteado é Dias Toffoli.
Contribuição assistencial
Em 30 de setembro está previsto o julgamento da ARE
1018459 (ED), sobre a inconstitucionalidade da
contribuição assistencial imposta aos empregados não
filiados ao sindicato, por acordo, convenção
coletiva de trabalho ou sentença. Tema de
Repercussão Geral 935. O ministro relator é Gilmar
Mendes.
Gratuidade da Justiça
Em outubro (7), a Corte agendou para julgamento a ADI
5766, que versa sobre a gratuidade da Justiça.
Pagamento de honorários advocatícios ou custas por
beneficiário da gratuidade da Justiça, conforme a
Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista). O
ministro-relator é Roberto Barroso. Retorno de vista
do ministro Luiz Fux.
Obrigação de o Estado assegurar atendimento em
creche e pré-escola
Dia 13, a Corte agendou para julgamento, o RE 1008166
sobre o dever de o Estado assegurar o atendimento em
creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de
idade. Tema de Repercussão Geral 548.
Ministro-relator é Luiz Fux.
Custeio do SUS
Está ainda na pauta (dia 13) a ADI 5595, sobre custeio
do SUS (Sistema Único de Saúde).
Inconstitucionalidade do novo piso para custeio pela
União de ações e serviços públicos de saúde e nesse
incluem a parcela decorrente de participação no
resultado e a compensação financeira devidos pela
exploração de petróleo e gás natural, de que trata o
art. 20, § 1º, da Constituição.
Inconstitucionalidade dos art. 2º e 3º da Emenda
Constitucional 86/15. O ministro-relator é Ricardo
Lewandowski.
Demissão imotivada de empregado público
Dia 20, está na pauta da Corte, o julgamento do RE
688267, sobre a possibilidade de demissão imotivada
de empregado público, admitido por concurso público.
Tema de Repercussão Geral 1022. Ministro-relator é
Alexandre de Moraes.
Danos de natureza extrapatrimonial
No mesmo dia, podem ser apreciadas as ADI 5870, 6050,
6069 e 6082, sobre a Lei 13.467/17 (Reforma
Trabalhista). Parâmetros estabelecidos na CLT para a
reparação de danos de natureza extrapatrimonial
decorrentes da relação de trabalho. O
ministro-relator é Gilmar Mendes.
Contrato de parceria
No dia seguinte, em 21 de outubro, consta na pauta a
ADI 5625, que trata da constitucionalidade da Lei
13.352/16. Contrato de parceria com profissionais e
estabelecimentos de embelezamento. Ministro-relator
é Edson Fachin.
Contrato intermitente e jornada reduzida do
servidor
Em novembro, respectivamente, nos dias 17 e 24, o
plenário se reúne, com as seguintes pautas: ADI
5826, 5829 e 6154 da Lei 13.467/17 (Reforma
Trabalhista). Constitucionalidade do contrato de
trabalho intermitente. Julgamento iniciado. O
ministro-relator é Edson Fachin. Retorno de vista da
ministra Rosa Weber; e RE 964659: servidor público.
Possibilidade de o servidor submetido a jornada
reduzida ser remunerado com valor inferior ao
salário-mínimo. Tema de Repercussão Geral 900.
Ministro-relator é Dias Toffoli. (Com informações
LBS Advogados)
Fonte: Diap
02/08/2021 -
Com mais 2 milhões em um ano, número de
desempregados mantém recorde
Total de desempregados é de praticamente 15
milhões, além de 6 milhões de desalentados. E 33
milhões de subutilizados
Estável no trimestre encerrado em maio, na
comparação com o anterior, e bem acima de igual
período de 2020, a taxa de desemprego foi 14,6%,
segundo o IBGE. Pela Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
sexta-feira (30), o país tem agora 14,795 milhões de
desempregados, número recorde. São mais 372 mil no
trimestre e 2,085 milhões em um ano – aumento de
16,4%. Com os desalentados, são quase 21 milhões de
pessoas.
A ocupação até cresceu em relação a fevereiro, com
809 mil pessoas a mais no mercado, para um total de
86,708 milhões. Mas quase todas essas ocupações são
informais: acréscimo de 720 mil entre os
trabalhadores por conta própria (24,373 milhões). O
total de empregados com e sem carteira (29,798
milhões e 9,804 milhões, respectivamente) ficou
estável. Os parcos 772 mil ocupados a mais em um ano
também se devem ao trabalho autônomo.
Desalentados e subutilizados
Os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar
mais) somam 32,946 milhões. Crescimento de 8,5% em
um ano, ou mais 2,575 milhões. E os desalentados
agora são 5,710 milhões, leve queda no trimestre
(-4,1%) e alta anual de 5,5% (mais 299 mil).
“Muitas pessoas interromperam a procura por trabalho
no trimestre de março a maio do ano passado por
conta das restrições, já que muitas atividades
econômicas foram paralisadas para conter a pandemia.
Isso fez a procura por trabalho diminuir. Um ano
depois, com a flexibilidade, essas pessoas voltaram
a pressionar o mercado”, observa a analista do IBGE
Adriana Beringuy. Já a taxa de informalidade está em
40%, o equivalente a 34,7 milhões de pessoas, 2,4
milhões a mais do que há um ano. Apesar isso, um
pouco abaixo do nível pré-pandemia.
Quase 76 milhões fora
O nível de ocupação – que indica as pessoas ocupadas
entre a população em idade de trabalhar – segue
abaixo de 50%. Agora, está em 48,9%. E a população
fora da força de trabalho chega a 75,803 milhões,
número estável na comparação trimestre e anual.
Entre os setores de atividade, em relação a igual
período de 2020, o IBGE apurou crescimento do
emprego em agropecuária (770 mil, 9,6%), construção
(653 mil, 11,8%) e serviços ligados a informação,
comunicação e atividades financeiras (584 mil,
5,7%). A indústria (-0,1%) e o comércio/reparação de
veículos (-1,8%) ficaram praticamente estáveis.
Estimado em R$ 2.547, o rendimento médio também
ficou estável, tanto em relação ao trimestre
imediatamente anterior como ao ano passado. O mesmo
acontece com a massa de rendimentos, que soma R$
215,5 bilhões.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/08/2021 -
Empregador é condenado a pagar indenização por não
recolher FGTS
Agredir sem justificativa jurídica o patrimônio
valorativo de uma comunidade é atitude que gera o
dever de pagar indenização por danos morais
coletivos. Assim entendeu a 11ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) ao
condenar um empregador que não recolhia o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desde 2014.
Segundo os autos, um sindicato de trabalhadores da
indústria de Itaquaquecetuba (SP) entrou com ação
alegando que a empresa não recolhia o FGTS tanto
para os empregados com vínculo de emprego ativo
quanto para os que tiveram o contrato rompido sem
justa causa. O empregador, em sua defesa, argumentou
que faltar com as obrigações fundiárias não
configura dano moral coletivo, mas apenas o
obrigaria ao pagamento de juros, multas e demais
cominações moratórias. A empresa alegou, ainda,
dificuldades financeiras e econômicas.
Em primeira instância, ela foi condenada a fazer os
depósitos de FGTS equivalentes ao período entre
janeiro de 2014 e o trânsito em julgado da sentença.
Ao analisar o processo, a juíza Líbia da Graça Pires
observou que "quando se fala em dano moral coletivo,
está-se fazendo menção ao fato de que o patrimônio
valorativo de uma certa comunidade (maior ou menor),
idealmente considerado, foi agredido de maneira
absolutamente injustificável do ponto de vista
jurídico".
A magistrada dispensou a prova da ofensa à honra
pessoal dos trabalhadores, uma vez que ficou
demonstrada que "a lesão perpetrada ofendeu a ordem
jurídica, ultrapassando a esfera individual,
porquanto a ausência de recolhimento dos valores
relativos ao FGTS às contas vinculadas dos
substituídos acabou por infringir norma trabalhista,
reduzindo a valorização do trabalho e exacerbando a
desigualdade social, violando direito
transindividual de cunho social relevante, pelo que
evidenciado está o dano moral coletivo em razão da
gravidade da conduta", concluiu.
Assim, o empregador foi condenado a pagar
indenização por danos morais coletivos no valor de
R$ 10 mil. Com informações da assessoria de imprensa
do TRT-2.
1001083-38.2019.5.02.0341
Fonte: Consultor Jurídico
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