Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2022
31/08/2022 -
Pochmann: em produção industrial e relações de
trabalho, Brasil precisa entrar no século 21
31/08/2022 -
DIAP: levantamento traz raio-x das recandidaturas no
Congresso
31/08/2022 -
Pesquisa CNT/MDA repete cenário com Lula na
liderança, seguido por Bolsonaro: 42,3% a 34,1%
31/08/2022 -
Família Bolsonaro adquiriu 51 imóveis em dinheiro
vivo
31/08/2022 -
Ipec: Governo Bolsonaro é reprovado por 57% dos
brasileiros
31/08/2022 -
Projeto garante contrato de trabalho por 90 dias
após fim do auxílio-doença não acidentário
30/08/2022 -
Bolsonaro teve a pior participação no debate entre
os candidatos, afirma Datafolha
30/08/2022 -
1ª pesquisa pós-sabatinas no JN mostra Lula
consolidado na liderança
30/08/2022 -
Caged: Brasil cria 218.902 empregos formais em
julho, abaixo do esperado
30/08/2022 -
Bolsonaro não comparece à sabatina após fiasco na
Globo e na Band
30/08/2022 -
Desregulamentação do trabalho contribui com aumento
de acidentes
29/08/2022 -
NCST entrega pauta da classe trabalhadora para
Haddad
29/08/2022 -
Retomada da
indústria manufatureira é desafio para o próximo
governo
29/08/2022 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
1,21% em julho
26/08/2022 -
Pesquisa Idea/Exame mostra Lula na frente com 44%
das intenções de voto
26/08/2022 -
Lei estadual sobre prestação de contas de entidade
sindical é inconstitucional
26/08/2022 -
Fiemg destoa da carta “Em Defesa da Democracia e da
Justiça” para lançar uma pró-Bolsonaro
26/08/2022 -
Ciro Gomes defende “padrão chinês” para reverter
desindustrialização
26/08/2022 -
Em SP, Haddad fala para Sindicalistas e Movimentos
Sociais
26/08/2022 -
Salários ainda perdem para inflação, mostra Dieese
25/08/2022 -
Sindicalistas avaliam Bolsonaro no JN
25/08/2022 -
Contrarreforma trabalhista cria empregos na Espanha
e pode ser exemplo para Brasil
25/08/2022 -
Sindicato não deve pagar indenização por críticas a
empresa durante greve
25/08/2022 -
IPCA-15 tem deflação de 0,73% em agosto
25/08/2022 -
Falta de recolhimento do FGTS causa rescisão
indireta, decide o TST
24/08/2022 -
NCST participa de lançamento do livro sobre governo
Lula
24/08/2022 -
Por que Bolsonaro saiu menor do Jornal Nacional
24/08/2022 -
Projeto que amplia rol da ANS deve ser votado na
próxima terça-feira
24/08/2022 -
Pacheco diz que eleições pelo sistema eletrônico são
seguras e resultado será respeitado
24/08/2022 -
Mandado de Alexandre de Moraes provoca debandada de
empresários do WhatsApp
24/08/2022 -
Eleitores da 3ª via e indecisos preferem Lula no 2º
turno
23/08/2022 -
Pesquisa FSB traz Lula com 45% e Bolsonaro com 36%
23/08/2022 -
Recandidaturas batem recorde
23/08/2022 -
Reforma Trabalhista: desmantelo, falência e
precarização do trabalho
23/08/2022 -
Expectativa de ministros do STF é de que Moraes seja
'implacável' com empresários golpistas
23/08/2022 -
Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para
6,8% neste ano
23/08/2022 -
TST afasta contribuição assistencial de empregado
não sindicalizado
22/08/2022 -
Em julho 31,8%
dos reajustes conquistados foram acima da inflação
22/08/2022 -
Nordeste e Sudeste dão vantagem de 22 milhões de
votos a Lula
22/08/2022 -
Cresce número de pessoas com mais de 70 anos aptas a
votar
22/08/2022 -
Audiência debate situação de trabalhadores
lesionados no País
19/08/2022 -
Quem Foi Quem no Congresso mapeia votações
19/08/2022 -
Ciro Gomes diz que vai reformar CLT protegendo renda
dos trabalhadores
19/08/2022 -
Governo faz farra com recurso do orçamento secreto
antes da eleição
19/08/2022 -
Número de eleitores entre 16 e 18 anos aumenta 47%
desde 2018
18/08/2022 -
Movimento Sindical lança projeto “Brasil em 200
nomes” para celebrar Bicentenário da Independência
18/08/2022 -
Terceira pesquisa da semana confirma dianteira de
Lula
18/08/2022 -
Candidatos da bala crescem 27%; partido de Bolsonaro
é líder em candidaturas de policiais
18/08/2022 -
Lula quer isenção de Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil
18/08/2022 -
Democracia na mesa
18/08/2022 -
Prévia do PIB divulgada pelo BC aponta para
desaceleração econômica
18/08/2022 -
IGP-10 tem queda de preços de 0,69% em agosto
17/08/2022 -
Novo presidente do TST já fez críticas à ‘reforma’
trabalhista e propôs novo modelo sindical
17/08/2022 -
Pesquisa Ipec aponta chance de vitória de Lula no
primeiro turno
17/08/2022 -
Maioria dos parlamentares vota contra pautas de
interesse do povo
17/08/2022 -
Auxílio Brasil chega ao povo desgastado pela
inflação e pobreza avança
17/08/2022 -
Promulgada lei que flexibiliza regras trabalhistas
no caso de estado de calamidade
16/08/2022 -
Lula tem 45% e lidera
16/08/2022 -
Precarização deve ficar no passado
16/08/2022 -
Descontente com Bolsonaro, Centrão pode migrar para
Lula
16/08/2022 -
Redução salarial em massa não pode ocorrer sem
negociação coletiva
16/08/2022 -
Precarização agravou os riscos psicossociais do
trabalho
16/08/2022 -
Comissão debate assédio sexual no ambiente de
trabalho
15/08/2022 -
Movimento Sindical celebra o Bicentenário da
Independência com o projeto “Brasil em 200 nomes”
nesta segunda (15)
15/08/2022 -
Desemprego segue maior entre mulheres, negros e
jovens, e 30% procuram emprego há mais de dois anos
15/08/2022 -
Carta aos Brasileiros já supera 1 milhão de
assinaturas
15/08/2022 -
Lula promete
tornar permanente Auxílio Brasil de R$ 600
12/08/2022 -
José Carlos Dias: em momento grandioso e inédito,
capital e trabalho em defesa da democracia
12/08/2022 -
Democracia com justiça social
12/08/2022 -
Pacheco marca posição em meio a atos contra golpismo
de Bolsonaro: 'Congresso não aceitará retrocesso ou
autoritarismo'
12/08/2022 -
Bolsonaro ganha terreno em SP e chega a empate
técnico com Lula no Estado, aponta Genial/Quaest
12/08/2022 -
Brasileiros precisam fazer bico para complementar
renda
12/08/2022 -
Salário mínimo para suprir família no Brasil deveria
ser R$ 6.388,55, calcula Dieese
12/08/2022 -
Reconhecido direito à estabilidade pré-aposentadoria
de auxiliar
11/08/2022 -
Nova Central defende democracia com justiça social
11/08/2022 -
Bolsonaro propõe salário mínimo para 2023 sem
aumento real pelo 4º ano seguido
11/08/2022 -
Cai confiança dos brasileiros nos militares
11/08/2022 -
Justiça condena empresa por prática antissindical e
manda reintegrar e indenizar metroviário
11/08/2022 -
STF derruba súmula do TST com punição para atraso no
pagamento de férias
10/08/2022 -
Inflação para famílias de renda mais baixa cai 0,60%
10/08/2022 -
Pauta da CAS tem projeto que assegura quitação de
débitos com INSS em rescisões trabalhistas
10/08/2022 -
Renovação da Câmara: Lula e Bolsonaro são os grandes
cabos eleitorais
10/08/2022 -
Empresa é multada em R$ 1 milhão por fraude em
registro de empregados
10/08/2022 -
IPCA tem deflação de 0,68% em julho, menor taxa da
série histórica
10/08/2022 -
Lula alerta para perda de espaço da indústria
brasileira para a China, durante encontro na Fiesp
10/08/2022 -
Empresa não pode descontar aviso-prévio de empregada
sem rescisão indireta
09/08/2022 -
CDH acolhe denúncias de desrespeito a trabalhadores
de redes de fast food
09/08/2022 -
Tragédia social de Bolsonaro revela quase 20 milhões
de pobres nas capitais
09/08/2022 -
Rosa Weber envia à PGR pedido para investigar
Bolsonaro por críticas às urnas a embaixadores
09/08/2022 -
Presidente da Fiesp diz que processo eleitoral
brasileiro é seguro
09/08/2022 -
New York Times: Bolsonaro está com medo de ser
preso, e tem motivos de sobra para estar
09/08/2022 -
Nova pesquisa mostra Lula com 41% e Bolsonaro com
34%
08/08/2022 -
‘Reforma’ trabalhista deve ser revista: reforçou
desigualdade e não beneficiou a economia
08/08/2022 -
Chapa
Lula-Alckmin está registrada no TSE
08/08/2022 -
DIAP lança “Quem foi Quem” no Congresso Nacional
08/08/2022 -
Projeto estabelece piso salarial para trabalhadores da
limpeza urbana
08/08/2022 -
Pequenos negócios geram 72% das vagas de emprego no primeiro semestre
05/08/2022 -
Movimento Sindical celebra o Bicentenário da
Independência com o projeto “Brasil em 200 nomes”
05/08/2022 -
Senado confirma MP do ‘home office’ e
auxílio-alimentação, que segue para sanção
05/08/2022 -
Bolsonaro cai 2 pontos e Lula mantém 43%, diz
pesquisa
05/08/2022 -
Sancionada lei que libera consignado para o Auxílio
Brasil
05/08/2022 -
Senado aprova regras que podem dispensar perícia
médica do INSS
05/08/2022 -
Câmara aprova urgência para medidas de proteção a
mulheres no trabalho
05/08/2022 -
Câmara aprova projeto que obriga planos a cobrir
tratamentos fora do rol da ANS
04/08/2022 -
Quaest: Lula lidera com 44% das intenções de voto
contra 32% de Bolsonaro
04/08/2022 -
Câmara aprova MP que regulamenta teletrabalho e
altera regras do auxílio-alimentação
04/08/2022 -
Medidas eleitorais de Bolsonaro terão custo a mais
de R$ 180 bilhões em 2023
04/08/2022 -
Centrais sindicais debatem fortalecimento da
democracia com presidente da FIESP
04/08/2022 -
Projeto garante ao pai usar licença-maternidade em
caso de incapacidade da mãe
04/08/2022 -
Abalado, Bolsonaro chama de "cartinha" manifesto
pela democracia que já reúne mais de 700 mil
apoiadores
03/08/2022 -
Movimento ‘Fora Bolsonaro’ fará mobilização única em
defesa da democracia dia 11
03/08/2022 -
Trabalhadores querem negociação coletiva para
decidir sobre teletrabalho
03/08/2022 -
Centrais participam de ato no Senado
03/08/2022 -
Em Brasília, presidente da NCST participa de reunião
do TSE
03/08/2022 -
Congresso analisa regras trabalhistas diferenciadas
em situações de calamidade
03/08/2022 -
Produção industrial fecha primeiro semestre em
queda, com resultado negativo na maioria dos setores
02/08/2022 -
Aumento do Auxílio Brasil é insuficiente para 56%
revela pesquisa Datafolha
02/08/2022 -
Para vencer no 1º turno, Lula mira eleição com menos
presidenciáveis
02/08/2022 -
Brasil tem quase 40 milhões de trabalhadores
informais
02/08/2022 -
Grupo de trabalho sobre adoção do sistema
semipresidencialista vota parecer na quarta
02/08/2022 -
Deputado do União Brasil diz que não há espaço para
3ª via e defende apoio a Lula
02/08/2022 -
Desempenho da pequena indústria melhora;
matéria-prima preocupa
01/08/2022 -
Desemprego cede, mas renda cai e número de
trabalhadores informais é recorde
01/08/2022 -
Rodrigo Maia
chama terceira via de “ficção” e critica ataques de
Ciro contra Lula: “ofensas não vão levar a lugar
algum”
01/08/2022 -
Fecomercio assina carta pela democracia da Fiesp e
amplia isolamento de Bolsonaro
01/08/2022 -
Garantia de empenho - João Guilherme
01/08/2022 -
Reforma tributária deve ficar para 2023
01/08/2022 -
Líder de Bolsonaro pede dinheiro a empresário em
troca de ajuda no Inmetro
01/08/2022 -
Datafolha: 71% estão decididos sobre voto; maioria
dos eleitores de Ciro e Tebet ainda podem mudar
01/08/2022 -
Projeto permite saque do FGTS a trabalhador que pede
demissão
31/08/2022 -
Pochmann: em produção industrial e relações de
trabalho, Brasil precisa entrar no século 21
Há países que produzem, comercializam e exportam
bens e serviços digitais. Outros, como o Brasil, não
conseguem produzir e se tornam importadores
Os novos parâmetros da digitalização e do trabalho
cada vez mais conectado à internet e ao uso de
aplicativos exigem a regulamentação de muitas
atividades. Sem isso, serão aprofundados ainda mais
os efeitos da desregulamentação da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) pela reforma trabalhista dos
últimos anos, que aumentou a precariedade.
Para o economista Marcio Pochmann, presidente do
Instituo Lula, há muito o que fazer sobre o tema.
Com inúmeras funções cada vez mais digitalizadas, o
trabalhador de certa maneira fica “plugado” no
trabalho durante mais tempo do que deveria. Em
muitos casos não há a jornada de seis, sete ou oito
horas. “Estudos mostram que o trabalho das pessoas
tem uma jornada muito extensa. A desigualdade se
aprofunda pela má repartição dos ganhos do
trabalho”, diz Pochmann.
Nesse sentido, segundo ele, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem destacado que é preciso
construir novos parâmetros das relações de trabalho
com diálogo em discussões tripartites, reunindo
trabalhadores, empregadores e Estado.
Pochmann nota que há uma divisão do trabalho digital
no mundo atual, e é importante partir dessa
perspectiva: há países que produzem, comercializam e
exportam bens e serviços digitais. Outros, como o
Brasil, não têm tecnologia suficiente para produzir
isso e se tornam importadores.
Além disso, com a automação, o país precisa gerar
empregos qualificados, e não mais postos de trabalho
muito simples, com baixa remuneração, que não dão
perspectivas aos jovens recém-saídos das
universidades.
Reindustrialização para o século 21
“O Brasil é o quarto maior mercado consumidor desses
bens e serviços digitais. Isso precisaria ser
enfrentado, mas somos dependentes da importação”,
diz. Em sua opinião, o que está em questão é o que
ele chama de “soberania digital” e a necessidade de
se pensar na reindustrialização. “Não uma volta ao
passado, mas conectada com as perspectivas do
presente e futuro”, afirma o economista.
Igualmente, Giorgio Romano Schutte, professor de
Relações Internacionais e Economia da Universidade
Federal do ABC (UFABC), considera central a
discussão sobre a reindustrialização do país, “mas
não sob parâmetros antigos, e sim novos”.
“O mundo está investindo muito. A Europa está
falando em política industrial depois de décadas de
neoliberalismo, quando era ‘proibido’ falar em
reindustrialização”, diz Giorgio. “Os Estados Unidos
estão colocando trilhões de dólares para chips e
questões energéticas etc. A China também”, continua
o professor da UFABC.
“Escassez” na regulação pública
Do ponto de vista do trabalho, na opinião de Pochmann,
o Brasil vive uma espécie de “escassez” na regulação
pública que permitiria identificar o trabalho nesse
novo mundo, “dar pertencimento” e oferecer condições
para proteger os direitos. Diante da nova realidade
virtual, é preciso definir situações concretas.
“Quantas horas e o que significa trabalhar em casa?
Qual a remuneração?”, exemplifica o economista do
Instituto Lula. Ele lembra que a entrada do 5G no
país “abre enormes possibilidades” de trabalho e
conexão. Mas o Brasil precisa entrar no século 21.
Com informações do Jornal PT Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual
31/08/2022 -
DIAP: levantamento traz raio-x das recandidaturas no
Congresso
Este levantamento do DIAP destina-se a
sistematizar: 1) os números gerais de candidaturas
nestas eleições; e 2) os números específicos de
candidatos parlamentares sobre as opções feitas
pelos deputados federais e senadores da República,
atualmente no exercício do mandato, em relação às
eleições legislativas de 2022. Trata-se, pois, de
raio-x das candidaturas no Congresso.
Quanto aos números gerais de candidaturas nestas
eleições confirmou-se a expectativa do aumento do
registro ao cargo de deputado federal neste pleito.
Em 2018, foram 8.588. Até o momento, são 10.289
candidatos que vão disputar as 513 cadeiras da
Câmara dos Deputados. Isso representa crescimento de
1.701 ou acréscimo de 4% de candidaturas.
No Senado Federal, comparado ao pleito de 2014,
quando 1/3 ou 27 das cadeiras foram renovadas,
também, teve aumento de 185 para 235 postulantes ao
cargo de senador da República nestas eleições
gerais.
Basicamente, 2 motivos explicam esse aumento. O
primeiro, pela necessidade de sobrevivência dos
atuais partidos políticos que precisam atingir a
cláusula de desempenho que aumentou de 1,5% para 2%
de votação nacional para ter direito aos fundos
partidário e eleitoral, bem como o acesso ao tempo
de rádio e TV.
O segundo motivo, para atingir as novas regras
introduzidas pela Lei 14.201/21, que mudou a forma
de cálculo para distribuição das “sobras” eleitorais
— as vagas não preenchidas pelos critérios do
sistema proporcional — que exigem de os candidatos
obter votos equivalente a pelo menos 20% do
quociente eleitoral e os partidos conquistarem
mínimo de 80% para garantir a eleição dos
candidatos.
Sobre os números específicos de candidaturas de
parlamentares — sendo deputados federais e senadores
da República —, atualmente no exercício do mandato,
registra-se recorde no número de candidatos à
reeleição, neste ano, bem acima da média histórica
das últimas eleições.
Fonte: Diap
31/08/2022 -
Pesquisa CNT/MDA repete cenário com Lula na
liderança, seguido por Bolsonaro: 42,3% a 34,1%
Segundo o levantamento, 69,4% dos pesquisados
confiam nas urnas eletrônicas. Apenas 27,4% disseram
não confiar no sistema e 3,2% não responderam
Pesquisa do instituto CNT/MDA divulgada nesta
terça-feira (30) mostra o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) na liderança da disputa ao
Palácio do Planalto. Ele aparece com 42,3% das
intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL),
que está com 34,1%.
Ciro Gomes (PDT) fica em terceiro lugar, com 7,3%. A
candidata Simone Tebet (MDB) vem na sequência, com
2,1% e os demais candidatos não atingem 1% (veja
abaixo). O levantamento foi realizado de quinta a
domingo (25 a 28). A pesquisa traz a opinião do
eleitorado após a série de entrevistas no Jornal
Nacional e o pagamento da primeira rodada do Auxílio
Brasil majorado por Bolsonaro.
A pesquisa perguntou aos eleitores se confiam nas
urnas eletrônicas. Dos entrevistados, 69,4%
responderam confiar no sistema, ante 27,4% que não
confiam e 3,2% que não sabem ou não responderam.
A pesquisa CNT/MDA que aponta a liderança de Lula
também explorou o temor do eleitorado em relação ao
resultado da eleição presidencial. De acordo com o
estudo, 40.6% “têm mais medo da continuidade do
governo Bolsonaro”. Com “mais medo da volta de Lula
ao governo” são 31,3% dos consultados. “Não têm medo
em relação ao resultado da eleição presidencial”
representam 23,4% e temem a “vitória de outro
candidato ou candidata”, 2,3%. Os que não sabem ou
não responderam somam 2,4%.
A pesquisa entrevistou 2.002 eleitores. A margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de
confiança, de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE
sob número BR-00950/2022.
Pesquisa CNT/MDA – 25 a 28 de agosto
Lula (PT) – 42,3%;
Bolsonaro (PL) – 34,1%;
Ciro Gomes (PDT) – 7,3%;
Simone Tebet (MDB) – 2,1%;
Pablo Marçal (Pros)- 0,4%
Felipe D’Ávila (Novo)- 0,3%
Roberto Jefferson (PTB) – 0,2%
Léo Péricles (UP) – 0,1%
Vera Lucia (PSTU) – 0,1%
Brancos e nulos – 5%
Indecisos 7,8 %
Fonte: Rede Brasil Atual
31/08/2022 -
Família Bolsonaro adquiriu 51 imóveis em dinheiro
vivo
Desde os anos 1990, a família do presidente Jair
Bolsonaro (PL) negociou 107 imóveis, dos quais ao
menos 51 foram adquiridos com o uso de dinheiro
vivo, de maneira total ou parcial. De acordo com o
levantamento feito pelo UOL, os repasses totalizaram
R$ 13,5 milhões, o que equivalem a R$ 25,6 milhões
em valores corrigidos pelo IPCA.
Destes, 26 imóveis que totalizam R$ 986 mil — R$
1,99 milhão em valores corridos — não tiveram o modo
de pagamento inserido nos documentos de compra e
venda registrados no cartório. 30 imóveis foram
adquiridos em transações que utilizaram cheques ou
transferências bancárias, totalizando R$ 13,4
milhões (R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).
Ao menos 25 imóveis, adquiridos pelos filhos do
presidente e suas ex-esposas, são investigados pelo
Ministério Público do Rio de Janeiro e do Distrito
Federal por fazerem parte das investigações sobre as
“rachadinhas”. Desde 2018, a segunda ex-esposa de
Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, e dois de
seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o
vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), são
investigados por um suposto esquema de repasse
ilegal do salário de funcionários dos gabinetes.
O levantamento considerou o patrimônio do
presidente, seus três filhos mais velhos, a mãe,
cinco irmãos e duas ex-esposas. Entre os imóveis
comprados em dinheiro vivo pela família, estão
lojas, terrenos e casas. O último imóvel adquirido
em dinheiro vivo por membros da família do
presidente foi em 2018, ano em que Bolsonaro se
elegeu presidente da República.
Falecida em janeiro deste ano, Olinda Bolsonaro, mãe
do presidente, teve dois imóveis adquiridos em seu
nome pagos em espécie, em 2008 e 2009. Eles estão
localizados em Miracatu, interior de São Paulo.
Fonte: Congresso em Foco
31/08/2022 -
Ipec: Governo Bolsonaro é reprovado por 57% dos
brasileiros
O índice é o mesmo da pesquisa anterior, de 15 de
agosto. A aprovação ficou em 38%.
A nova pesquisa Ipec (antigo Ibope), encomendada
pela TV Globo e divulgada na noite desta
segunda-feira (29), mostra que o governo de Jair
Bolsonaro (PL) segue sendo reprovado pela maioria
dos brasileiros. Cerca de 57% da população reprova a
gestão do presidente, o mesmo índice do último
levantamento, em 15 de agosto. Os que consideram sua
forma de comandar o país correta são 38%. Outros 5%
não souberam responder.
Esse índice permanece sendo um problema para o chefe
do executivo, que tenta a reeleição, visto que ele
continua em segundo lugar nas intenções de voto com
32% da preferência do eleitorado, enquanto o líder,
Lula (PT), tem 44%, o que sugere uma possível
vitória do petista no primeiro turno.
Avaliação do governo
Outro número catastrófico para Bolsonaro diz respeito
à avaliação de seu governo. Para 43% dos
brasileiros, a gestão do presidente é “ruim ou
péssimo”, contra 31% que o consideram “bom ou
ótimo”. Os que acham seu governo regular somam 24%.
Diante de um quadro extremamente negativo, a
situação do presidente ante as eleições, daqui a 35
dias, é muito difícil.
O levantamento ouviu 2.000 pessoas entre os dias 26
e 28 de agosto em 128 municípios brasileiros. A
margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos, considerando um nível de
confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código
BR01979/2022.
Fonte: Portal Vermelho
31/08/2022 -
Projeto garante contrato de trabalho por 90 dias
após fim do auxílio-doença não acidentário
Hoje contrato está garantido por um ano para quem
sofre acidente de trabalho, mas a garantia não
abrange quem recebeu auxílio-doença “comum”
O Projeto de Lei 1897/22 garante a manutenção do
contrato de trabalho ao empregado beneficiário de
auxílio-doença não acidentário por no mínimo 90 dias
após a cessão do auxílio. A medida valerá para
empresas com mais de 50 empregados.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto inclui a
medida na Lei de Benefícios da Previdência Social,
que hoje garante ao segurado do INSS que sofreu
acidente do trabalho a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa por pelo menos um ano após a
cessação do auxílio-doença acidentário.
Conforme ressalta o deputado Flaviano Melo (MDB-AC),
autor do projeto, trata-se de um direito restrito ao
empregado que tenha recebido auxílio-doença
acidentário, ou seja, decorrente de acidente do
trabalho. A lei, esclarece o parlamentar, não prevê
garantia de emprego para quem retorna ao trabalho
após um período de afastamento com percepção de
auxílio-doença “comum”, em decorrência de doença não
relacionada ao trabalho.
“É justo e adequado conceder à pessoa que necessitou
se afastar do trabalho por motivo de doença um
período mínimo de garantia de emprego após seu
retorno, a fim de evitar que esse momento de
fragilidade em sua saúde acabe tendo como uma de
suas consequências a perda do emprego”, afirma Melo.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Seguridade Social e Família; e
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
30/08/2022 -
Bolsonaro teve a pior participação no debate entre
os candidatos, afirma Datafolha
O atual presidente teve 51% dos votos de pior
participação em pesquisa qualitativa em tempo real
que coletou a avaliação de 57 pessoas
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi avaliado como o
participante com pior participação no primeiro
debate entre os candidatos à Presidência, realizado
na noite de domingo (28) pelo pool de comunicação
entre UOL, Folha de S.Paulo, TV Band e TV Cultura.
Essa avaliação resultou de pesquisa qualitativa do
Datafolha, que ouviu em tempo real 57 pessoas que
avaliaram qual candidato se saiu pior no debate
presidencial.
Como vencedor da pior participação, Bolsonaro
recebeu 51% dos votos. Lula ocupou a segunda
posição, com 21%, e Soraya Thronicke (União Brasil)
a terceira, com 14%. Já a melhor avaliação de
participação no debate coube à senadora Simone Tebet
(MDB), em avaliação qualitativa de 60 pessoas
ouvidas pelo instituto.
A atuação de Tebet recebeu a melhor avaliação nos
três blocos do evento. A candidata emedebista
recebeu 43% dos votos, seguida de Ciro Gomes (PDT),
com 23%. O petista Luiz Inácio Lula da Silva e
Bolsonaro empataram na terceira posição, com 10%. A
senadora Soraya Thronicke recebeu 2% dos votos e
Felipe d’Ávila (Novo) ficou com 8%.
A pesquisa não é representativa da população
brasileira e visa a mostrar a percepção de eleitores
indecisos sobre seu voto ou que pretendem votar em
branco ou nulo em outubro. Os participantes foram
divididos em três salas virtuais e responderam
perguntas por meio de um aplicativo.
Os participantes classificaram as respostas dos
candidatos a perguntas propostas no debate, em uma
escala de péssimo, ruim, regular, bom e ótimo.
Menções positivas
Monitoramento das redes sociais em tempo real
realizado pelo instituto de pesquisas Quaest mostra
que a terceira via teve melhor desempenho do que os
candidatos da polarização durante o debate. Ciro
terminou com o maior percentual de menções positivas
(51%), seguido de Tebet com 41%. Lula apareceu em
terceiro com 38% e Bolsonaro com 35%.
De acordo com o Quaest, Bolsonaro também teve o pior
desempenho, porque atacou a jornalista Vera
Magalhães. E deve aumentar sua rejeição entre as
mulheres.
“A cobertura vacinal está despencando nos últimos
anos. Em que medida que a desinformação difundida
pelo presidente pode ter agravado a pandemia de
covid?”, perguntou a jornalista.
“Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho
que você dorme pensando em mim. Você tem alguma
paixão em mim. Não pode tomar partido num debate
como esse. Fazer acusações mentirosas a meu
respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo
brasileiro”, declarou Bolsonaro.
Com informações do UOL e do Instituto Quaest
Fonte: Rede Brasil Atual
30/08/2022 -
1ª pesquisa pós-sabatinas no JN mostra Lula
consolidado na liderança
Nos cenários de segundo turno, Lula vence
qualquer adversário. Contra Bolsonaro, a vantagem
seria, hoje, de 52% a 39%
As intenções de voto dos brasileiros não se
alteraram após a rodada de sabatinas dos principais
presidenciáveis ao Jornal Nacional, da TV Globo. A
pouco mais de um mês para o primeiro turno da
disputa à Presidência da República, pesquisa do
Instituto FSB encomendada pelo BTG Pactual e
divulgada nesta segunda-feira (29/8) mostra que o
cenário permanece estável.
Em simulação de primeiro turno, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 43%, contra
36% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Na
sequência, aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT),
com 9%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 4%.
Bolsonaro manteve sua pontuação se comparado com a
pesquisa anterior, de 15 dias atrás. Lula e Tebet
oscilaram dentro da margem de erro. Já o crescimento
de Ciro – de três pontos percentuais – foi o único
além da margem de erro.
Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) têm 1%, cada
um. Os demais candidatos – Eymael (DC), Felipe
d’Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Roberto
Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Soraya
Thronicke (União) – não pontuaram.
Nos cenários de segundo turno, Lula vence qualquer
adversário, consolidando-se na liderança. Contra
Bolsonaro, a vantagem seria de 52% a 39%. Conforme o
levantamento, 82% dos eleitores de Lula dizem que
essa decisão é definitiva e que, portanto, não
mudarão o voto.
Bolsonaro é o candidato com mais votos fiéis: 89% de
seus eleitores declaram que estão convictos do voto.
Em contrapartida, 55% dos brasileiros dizem que não
votariam no atual presidente de jeito nenhum, num
reflexo da rejeição a seu governo: 45% consideram a
gestão bolsonarista no Planalto “ruim” ou “péssima”.
A pesquisa BTG/FSB ouviu 2 mil pessoas de 26 a 28 de
agosto. A margem de erro é de dois pontos
percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
30/08/2022 -
Caged: Brasil cria 218.902 empregos formais em
julho, abaixo do esperado
Mercado projetava criação de 250 mil novas vagas
CLT no mês passado; resultado foi novamente
impulsionado pelo setor de serviços
O Brasil criou 218.902 empregos formais em julho,
uma desaceleração em relação a junho (278.753) e um
resultado abaixo da expectativa do mercado (que
esperava 260 mil, segundo a Refinitiv).
A criação de postos de trabalho com carteira
assinada foi fruto de 1.886.537 admissões e
1.667.635 demissões e também ficou abaixo do
registrado em julho de 2021 (306.477).
O resultado foi novamente impulsionado pelo setor de
serviços, que criou 81.873 novas vagas CLT no mês
passado, seguido por indústria (50.503), comércio
(38.574), construção civil (32.082) e agropecuária
(15.870).
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) deveriam ter sido divulgados
na sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e
Previdência, mas foram publicados nesta
segunda-feira (29). A pasta também revisou (para
baixo) a criação de vagas de junho, de 309.114 para
278.753.
No acumulado do ano, o saldo do Caged é positivo em
1.560.896 milhões de vagas CLT. O desempenho também
está abaixo do registrado em 2021, pois nos sete
primeiros meses do ano passado houve a criação
líquida de 1.785.489 empregos formais.
Todas as 27 Unidades da Federação registraram
criação de vagas em junho. O melhor desempenho foi
novamente registrado em São Paulo (67.009) e o menor
saldo, no Espírito Santo (apenas 27 vagas criadas).
Já o salário médio de admissão subiu para R$
1.926,54 em julho, um acréscimo real de R$ 15,31
(acima da inflação) na comparação com junho.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: InfoMoney
30/08/2022 -
Bolsonaro não comparece à sabatina após fiasco na
Globo e na Band
Equipe que acompanha o presidente sugere que ele
não deve ir “a mais nenhum debate no primeiro
turno”, privilegiando “convites para podcasts de
grande audiência e pouco confronto”
Jair Bolsonaro (PL) fugiu. Após duas desastrosas
participações ao vivo na TV aberta em apenas uma
semana, o presidente não compareceu à sabatina
prevista para a manhã desta segunda-feira (29) ao
Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan. De acordo com a
emissora, a entrevista foi remarcada para 5 de
setembro.
Todos os convites para sabatinas, entrevistas e
debates estão em xeque. Segundo a jornalista Vera
Magalhães (O Globo), a equipe que acompanha o
presidente “ficou até de madrugada avaliando sua
performance no debate”. A conclusão: ele não deve ir
“a mais nenhum debate no primeiro turno”,
privilegiando “convites para podcasts de grande
audiência e pouco confronto”.
Na última segunda-feira (22), Bolsonaro foi
“atropelado” durante sabatina ao Jornal Nacional, da
TV Globo. Confrontado ao longo de 40 minutos, ele
recorreu a diversas fake news para tentar minimizar
o estrago à sua campanha. Seis dias depois, novo
fiasco: Bolsonaro foi considerado o presidenciável
com pior desempenho no debate realizado pela Band
neste domingo (28) com os principais candidatos ao
Planalto.
No caso do JN, seu desempenho sofrível ficou ainda
mais claro à medida que novos presidenciáveis eram
sabatinados e pareceram mais seguros e qualificados
que o presidente. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em
especial, ofuscou Bolsonaro.
No caso do debate, o “QG de Bolsonaro” demonstrava
“confiança”, conforme o jornal O Globo. Porém, “não
estava no script traçado pela equipe de campanha que
misoginia e os ataques de Bolsonaro às mulheres e à
imprensa fosse virar o principal tema do debate”.
Para piorar, “a ala política acha que, além de
impedir a busca de votos das mulheres, a
agressividade de Bolsonaro pode tirar votos nos
estratos mais pobres e também entre os evangélicos”.
Embora precise tirar votos de Lula, líder em todas
as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro percebeu
que seu próprio governo é que está no centro da
eleição. O debate na Band comprovou a Bolsonaro que
o que está em jogo é o dilema entre manter o
bolsonarismo no poder ou mudar de rumo.
Fonte: Portal Vermelho
30/08/2022 -
Desregulamentação do trabalho contribui com aumento
de acidentes
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias cobra mudanças na legislação para melhorar
segurança e evitar lesões
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
realizou na quinta-feira (25) audiência pública para
debater a situação dos trabalhadores lesionados no
Brasil. O evento reuniu especialistas e
trabalhadores que sofreram lesões, que sugeriram
mudanças na legislação para assegurar direitos aos
empregados portadores de lesão.
Autor de requerimento para realização do debate, o
presidente da CDHM, deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP), culpou a desregulação do mercado de
trabalho nos últimos anos pelo aumento de acidentes
e doenças ocupacionais.
“A precarização das relações de trabalho no último
período agravou enormemente as lesões. Por isso é
importante que a Câmara adote medidas na legislação
que sejam protetivas do ambiente do trabalho”,
afirmou o parlamentar.
Segundo levantamento do Observatório de Saúde e
Segurança do Trabalho, ligado ao Ministério Público
do Trabalho (MPT), de 2012 a 2021 foram registradas
23 mil mortes no mercado de trabalho formal no
Brasil. Em 2021, ocorreram 578 mil acidentes e 2.487
mortes associadas ao trabalho – um aumento de 30% em
relação a 2020.
“Os dados são escandalosos. É preciso romper com a
precarização do trabalho, com a insegurança do
trabalho”, frisou Orlando, reiterando a necessidade
de o tema ser tratado em lei.
Uma das sugestões dos debatedores é para prever a
estabilidade no emprego, até a aposentadoria, nos
casos de lesão permanente adquirida no trabalho. A
lei atual garante a manutenção do contrato de
emprego, pelo prazo mínimo de 12 meses, após o fim
do pagamento do auxílio-doença acidentário.
A ideia é proteger esses profissionais que,
lesionados, muitas vezes são demitidos com a
justificativa de impossibilidade de executar a
função, após o período de estabilidade garantido em
lei.
“Estamos cada vez mais expostos à exploração, ao
assédio moral, às péssimas condições de trabalho,
aos salários cada vez mais rebaixados e
principalmente aos acidentes e doenças
profissionais”, denunciou o presidente da Associação
dos Trabalhadores Lesionados nas Indústrias
Metalúrgicas do Vale do Paraíba (SP), Luís Fabiano
Costa.
Ele observou que, nos últimos anos, foram revogadas
diversas normas aplicadas ao setor que funcionavam
como medidas de segurança para evitar acidentes e
lesões.
Dificuldade de comprovação
Segundo os debatedores, um dos impasses para receber
indenização é a dificuldade em comprovar o nexo
causal entre a lesão e o trabalho, uma vez que estas
também podem ser causadas por prática de esportes e
em atividades domésticas.
Pelas regras atuais, a empresa é responsável, quer
por ação ou omissão, pela lesão ou doença
ocupacional gerada no ambiente de trabalho. Dessa
forma, tem de arcar com os danos materiais, que são
contabilizados, como as despesas médicas, entre
outros; além dos danos morais, que não podem ser
contabilizados, como é o caso do sofrimento da
vítima.
Como solução, esses profissionais defendem que as
regras sobre o tema sejam fixadas em lei, e não em
acordos coletivos. Essa foi a demanda da
trabalhadora lesionada Renata Rothje Ruiz, que
adquiriu a lesão no trabalho e há sete anos pleiteia
o direito de indenização na Justiça.
“Desde que me tornei lesionada, fui perseguida,
maltratada e muitas vezes humilhada dentro da
empresa”, relatou a profissional, que também disse
ter sofrido de depressão.
Regras de análise
Os participantes do debate criticaram a medida
provisória (MP 1113/22) que promoveu mudanças no
modelo de análise de pedidos de benefícios pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aprovada
pelo Congresso, a MP ainda aguarda a sanção do
Executivo.
A reclamação foi de que a medida deixa ainda mais
vulnerável o trabalhador com doença profissional, ao
obrigar segurados de auxílio-acidente a se submeter
a perícia médica administrativa.
Nesse sentido foi a queixa do trabalhador lesionado
Antônio Benedito Gonçalves. “A qualquer momento eu
posso ser chamado para uma nova perícia que pode
cortar meu benefício. Peço que olhem para nós não
como simples peças de reposição”, declarou.
Fonte: Liderança do PCdoB com Agência Câmara
29/08/2022 -
Retomada da indústria manufatureira é desafio para o
próximo governo
Para professor de Economia da UnB, BNDES
precisará assumir o protagonismo como financiador de
longo prazo em um programa de atualização de
tecnologia, com juros subsidiados.
Com um milhão de empregos perdidos pela indústria
brasileira na última década, o processo de
reindustrialização brasileiro, um dos principais
desafios para o próximo governo, passará também pela
retomada dos investimentos na indústria
manufatureira, que abrange desde a transformação do
aço em máquinas e ferramentas até a produção
agroindustrial do açúcar a partir da cana, passando
pela fabricação de bens de consumo como automóveis e
roupas.
O peso da indústria manufatureira no Produto Interno
Bruto (PIB) caiu de 15,9% em 2005 para 11,9% em
2021, segundo dados das Nações Unidas, do Fundo
Monetário Internacional e do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) publicados pelo Valor
Econômico. Em 2008, o investimento na indústria de
transformação como percentual do investimento total
na economia era de 28% – dez anos depois, havia
caído a 15%.
Menos postos de trabalho
Os dados que compõem a Pesquisa Industrial Anual (PIA)
Empresa, realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), também denotam o
processo de desindustrialização brasileiro – que, na
ausência de um projeto de desenvolvimento econômico
para o país, não se reverte no governo Bolsonaro. Na
comparação de 2019 com 2011, a perda foi de 2,865
mil empresas (-0,9%). Desde 2013, ponto mais alto da
série de 10 anos, a redução foi de 9,4% (31,4 mil
empresas). Em 2020 o setor industrial ocupava 7,7
milhões de pessoas, das quais 97,4% operavam nas
indústrias de transformação. Frente a 2013, houve
uma perda de 15,3% das vagas.
“A indústria manufatureira sofre de um gravíssimo
problema de competitividade. Isso vai além do preço
e é decorrente do atraso tecnológico da indústria de
transformação. Foram anos e anos de baixo
investimento, que a está deixando para trás”,
afirmou em entrevista ao Valor Econômico, o
professor de Economia da UnB José Luis Oreiro, para
o qual, no processo de reindustrialização, o Banco
Nacional de Desenvolvimento (BNDES) assumiria
novamente o protagonismo como financiador de longo
prazo em um programa de atualização de tecnologia,
com juros subsidiados e contrapartidas como aumentar
as exportações e fazer a transição para uma economia
de baixo carbono.
Ainda segundo ele a desindustrialização brasileira é
ruim porque é prematura, ocorre antes que se alcance
o que na literatura se chama ponto de Lewis, em que
o desenvolvimento econômico se dá em condições de
oferta limitada de mão de obra. “Seria diferente se
a desindustrialização aqui ocorresse com a maioria
da população trabalhando no setor moderno, que seria
hoje o de serviços de alta tecnologia, como fazem
empresas como a Amazon”, comparou.
Na opinião de Oreiro, a única chance de gerar
empregos e fomentar o crescimento é
reindustrializando o país: “O primeiro passo para
isso é um programa de modernização da indústria
brasileira. Isso não é política para um mandato de
governo, mas de Estado. Ou seja, não caberá apenas
ao próximo governante. A sociedade brasileira
precisa se conscientizar que com boi, soja e minério
de ferro não vamos dar emprego decente para uma
força de trabalho de 110 milhões de pessoas. Temos
de fazer essa reforma estrutural”.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
29/08/2022 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
1,21% em julho
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação dos preços dos produtos na saída das
fábricas do país, registrou inflação de 1,21% em
julho deste ano. A taxa é superior ao 1,01% medido
em junho, e inferior ao 1,86%, aferido em julho do
ano passado.
Os dados do IPP foram divulgados sexta-feira (26)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Com o resultado de julho deste ano, os
produtos industrializados acumulam altas de preços
de 11,46% no ano e de 18,04% em 12 meses, ao saírem
das fábricas.
Das 24 atividades industriais pesquisadas pelo IPP,
17 tiveram inflação, com destaque para alimentos
(2,97%), papel e celulose (3,12%) e refino de
petróleo e biocombustíveis (3,45%).
Por outro lado, sete atividades tiveram deflação
(queda de preços), com destaque para metalurgia
(-4,03%).
Três das quatro grandes categorias econômicas da
indústria apresentaram inflação. A maior taxa foi
observada nos bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos (2,14%). Os bens intermediários, isto
é, os insumos industrializados usados no setor
produtivo, tiveram alta de 1,08%, enquanto os bens
de consumo semi e não duráveis apresentaram aumento
de preços de 1,51%.
Os bens de consumo duráveis tiveram deflação de
0,01%, segundo os dados divulgados pelo IBGE.
Fonte: Agência Brasil
26/08/2022 -
Pesquisa Idea/Exame mostra Lula na frente com 44%
das intenções de voto
Levantamento feito entre 19 e 24 de agosto por
telefone aponta Jair Bolsonaro (PL) com 36%. No
segundo turno entre o atual e o ex-presidente, Lula
venceria por 49% a 40%
Nova pesquisa sobre a corrida presidencial realizada
pelo Instituto Ideia, contratada pela revista Exame
e divulgada nesta quinta-feira (25), mostra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula Lula da Silva (PT) à
frente na preferência do eleitorado com 44%. O
presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na sequência
com 36%.
Ciro Gomes (PDT) registrou 9%; em quarto lugar
aparece a senadora Simone Tebet (MDB), com 4%.
Considerando a margem de erro de três pontos
percentuais, ambos estão tecnicamente empatados.
Pablo Marçal (Pros), Luiz Felipe d’Ávila (novo) e
Vera Lúcia (PSTU) têm 1% cada; com 0,2% aparece
Leonardo Péricles (UP). No pelotão do 0,1% estão
Sofia Manzano (PCB), a senadora Soraya Thronicke
(União Brasil) e os ex-deputados Roberto Jefferson
(PTB) e José Maria Eymael (DC). Brancos, nulos e
pessoas que não votariam em ninguém somam 2%,
enquanto os que dizem não saber quem será seu
candidato ficam em 3%.
No principal cenário da sondagem sobre o segundo
turno, Lula venceria Bolsonaro por 49% a 40%.
Ninguém, brancos e nulos ficariam em 7% e não sabem,
4%. Lula também venceria no caso de um segundo turno
com Ciro: 43% a 31%, com 22% de ninguém/branco/nulo
e 4% dos que não sabem. O ex-presidente também
sairia vitorioso se o segundo turno fosse com Tebet:
46% a 26%; ninguém/branco/nulo somariam 24% e não
sabem, 4%.
Na hipótese de o segundo turno ser entre Bolsonaro e
Ciro Gomes, os percentuais seriam 38% a 34%, com 18%
de ninguém/branco/nulo e 10% que não sabem. E, no
caso de o presidente ir ao segundo turno com a
senadora, ele teria 40% e ela, 25%;
ninguém/branco/nulo somariam 27% e não sabem, 8%.
A pesquisa foi feita entre 19 e 24 de agosto, por
telefone, com 1.500 pessoas, com índice de confiança
de 95%. O registro junto ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) é BR-02405/2022.
Fonte: Portal Vermelho
26/08/2022 -
Lei estadual sobre prestação de contas de entidade
sindical é inconstitucional
O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional
lei do Distrito Federal que determinava a
publicação, na internet, das ações e prestações de
contas relativas às contribuições e demais verbas
recebidas por entidades sindicais.
A decisão foi tomada na sessão virtual encerrada em
19/8, no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade ajuizada pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC).
Em voto pela procedência do pedido, a ministra Rosa
Weber, relatora da ação, entendeu que a Lei
distrital 5.470/2015 trata de organização sindical,
matéria própria do Direito do Trabalho e, portanto,
de competência legislativa privativa da União. Para
a ministra, a norma também retrata os sindicatos
como entidades associativas, o que implica
igualmente a competência legislativa privativa da
União, por ser tema de Direito Civil.
Ainda de acordo com a relatora, parte das verbas
citadas na lei distrital são contribuições sindicais
descontadas em folha, porém não mais compulsórias,
em virtude da Reforma Trabalhista de 2017 (Lei
13.467/2017), que passou a exigir a concordância
expressa e específica dos integrantes da categoria
para o recolhimento — o que foi declarado
constitucional pelo STF na ADI 5.794.
Assim, mesmo que tenha sido alterada a natureza
tributária da parcela, a lei distrital impõe
obrigação ligada a aporte disciplinado por lei
federal, "agora facultativa por opção do Congresso
Nacional", concluiu. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do STF.
ADI 5.349
Fonte: Consultor Jurídico
26/08/2022 -
Fiemg destoa da carta “Em Defesa da Democracia e da
Justiça” para lançar uma pró-Bolsonaro
Ao contrário da carta da Fiesp com posição contrária
ao presidente, industriais de Minas Gerais querem
lançar carta em reação ao STF, que autorizou
investigação contra empresários bolsonaristas.
Reportagem da Folha de São Paulo indica que a
diretoria da Fiemg (Federação das Indústrias de
Minas Gerais) pretende lançar uma carta para
defender a “livre expressão do pensamento”, como
resposta às investigações que atingem empresários
bolsonaristas autorizadas pelo STF e realizadas pela
Polícia Federal.
A carta aparece como apoio ao presidente Jair
Bolsonaro (PL) e destoa dos demais movimentos ao
redor da carta “Em Defesa da Democracia e da
Justiça”, organizada pela Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp) e assinada por 107
entidades, e da “Carta aos Brasileiros”, organizada
na Faculdade de Direito da USP que reuniu mais de um
milhão de assinaturas.
Empresários
Na terça-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes do
STF deu ordem para que a Polícia Federal cumprisse
mandados de busca e apreensão nas residências dos
oito empresários: Afrânio Barreira Filho (Coco
Bambu), Ivan Wrobel (construtora W3), José Isaac
Peres (Multiplan), José Koury (Barra World
Shopping), Luciano Hang (lojas Havan), Luiz André
Tissot (grupo Sierra), Marco Aurélio Raymundo
“Morongo” (Mormaii), Meyer Nigri (Tecnisa). Eles
defenderam em grupo de mensagens um golpe de estado
caso o ex-presidente Lula vença às eleições.
A carta da Fiemg deve ser divulgada pelo presidente
da entidade Flávio Roscoe e o conteúdo, como apura a
Folha, deve se ater à preocupação com a liberdade de
pensamento. No entanto, como já indicou o ministro
Alexandre de Moraes, defender golpe é temerário,
fato corroborado pelo ministro Gilmar Mendes que já
falou que “golpe é crime, defesa do golpe é crime”.
Com informações Folha de São Paulo
Fonte: Portal Vermelho
26/08/2022 -
Ciro Gomes defende “padrão chinês” para reverter
desindustrialização
O candidato à Presidência da República pelo PDT,
Ciro Gomes, assinou, nesta quinta-feira (25), em São
Paulo, um termo da Fundação Abrinq - organização
filantrópica da Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) - se
comprometendo a, se eleito, priorizar políticas
públicas destinadas ao bem-estar de crianças e
adolescentes.
Ele aproveitou o ato para voltar a criticar a
política industrial de comércio exterior,
associando-a ao fechamento de fábricas brasileiras
ao longo das últimas décadas. Ao defender que é
papel do Estado proteger os produtores brasileiros
sem desestimular a concorrência internacional, o
pedetista citou os “padrões chineses” como
“referência” em termos de estímulo à modernização
tecnológica do parque industrial e ao
empreendedorismo.
“O Brasil, que já teve 600 fábricas de brinquedos,
perdeu 200 [nos últimos anos]”, comentou Ciro, antes
de ser informado pelo presidente da Abrinq, Synésio
Batista da Costa, de que, atualmente, apenas metade
dos brinquedos vendidos no país é produzida no
Brasil. Os outros 50% são comprados da China.
“Isto não é incompetência. É porque o projeto de
Brasil há muito tempo desertou da tarefa de criar um
ambiente de negócios favorável a quem produz e a
quem trabalha”, acrescentou Ciro Gomes, prometendo,
se eleito, “transformar o atual ambiente de negócios
hostil aos empreendedores em um ambiente
estimulante”.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
26/08/2022 -
Em SP, Haddad fala para Sindicalistas e Movimentos
Sociais
Em São Paulo, Fernando Haddad fala para
Sindicalistas e Movimentos Sociais e assume
compromissos importantes com a classe trabalhadora,
dentre eles, a reposição de 100% das perdas
inflacionárias durante os governos dos tucanos João
Doria e Rodrigo Garcia.
Além disso, o candidato petista assumiu o
compromisso de valorizar o trabalhador por meio da
recriação da Secretaria de Trabalho e Emprego,
extinta em 2019.
O encontro ocorreu na Casa de Portugal, 602, Avenida
Liberdade e foi transmitido em tempo real pelo
Youtube.
UGT, INTERSINDICAL, CUT, FORÇA SINDICAL, CSB, NOVA
CENTRAL, CTB e PUBLICA, estavam presentes no evento
e juntas assinaram
documento com propostas que foi entregue ao
candidato.
O texto foi lido por Danilo Pereira, presidente da
Força Sindical em São Paulo, para uma plateia
lotada.
“O espaço estava lotado, por segurança, algumas
possas tiveram de ficar de fora. Os movimentos
sociais mostraram a sua forma”, ressaltou Danilo.
Sobre a fala Fernando Haddad para Sindicalistas,
Ricardo Patah, presidente da UGT, destacou os
compromissos firmados pelo candidato do PT.
“Foi um ato muito relevante, pautas importantes
foram apresentadas. Sobre educação tenho certeza que
Haddad irá promover uma revolução. Para o
trabalhador, o compromisso de recriação da
secretaria de Trabalho e Emprego e a reposição das
perdas inflacionárias no piso salarial são
compromissos que temos certeza farão diferença na
vida do trabalhador”, destaca o dirigente.
Fonte: Agência Sindical
26/08/2022 -
Salários ainda perdem para inflação, mostra Dieese
Os salários perdem para inflação. Quem nos mostra
isso é o Dieese, por meio do Boletim 23 – “De Olho
nas Negociações”.
Acordos acompanhados até 10 de agosto indicam que
31,8% dos salários tiveram ganhos acima do INPC (Indice
Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 12
meses.
Em 20,8% dos casos, os reajustes foram iguais à
inflação. Porém, 47,3% das negociações tiveram
resultado abaixo do INPC.
A variação real média dos reajustes de julho ficou
negativa em -1,10%. Mesmo com a deflação de 0,6% no
mês, o reajuste necessário para zerar a inflação na
data-base de agosto seria de 10,12%.
Considerando apenas os reajustes com ganhos acima do
INPC, a variação real em julho foi de 0,39%, muito
aquém da alta de preços.
Como isso impacta na vida das famílias?
Levando em conta todas as negociações neste ano, 20,7%
dos reajustes negociados ficaram acima do INPC.
Outros resultados: 35,4% tiveram valores iguais ao
índice e 43,9% não repuseram as perdas
inflacionárias.
Segundo Luis Ribeiro, técnico do Dieese e
responsável pelo acompanhamento das negociações
coletivas, a consequência imediata desse cenário é a
diminuição da renda média e do poder aquisitivo dos
trabalhadores devido à inflação elevada.
Por que os salários ainda perdem para inflação?
De acordo com Luis Ribeiro, além da inflação de dois
dígitos “a informalidade e o alto índice de
desemprego são os principais motivos para os
salários de várias categorias não receberam ganhos
reais”.
Para ele, o medo da demissão também tem um papel
fundamental nessa equação: “os funcionários de
carteira assinada não querem entrar em greve por
medo de perder o emprego e isso faz com que as
negociações salariais sejam prejudicas. E mesmo
quando o trabalhador consegue um reajuste que
acompanha o INPC acumulado dos 12 meses, a inflação
alta logo corrói o seu poder de compra”, ressalta.
Sindicato forte consegue salário com ganho real
No acumulado do ano, até julho, reajustes iguais ou
acima do INPC foram mais frequentes no comércio
(69,6%). Na indústria, o percentual de resultados
iguais ou acima da inflação ficou em 65% – um pouco
inferior ao observado no comércio.
Nos serviços, 52,6% dos reajustes não conseguiram
repor a inflação. Mas é no setor industrial que se
nota o maior percentual de reajustes com aumentos
reais: 26,9%.
“Categorias que têm um sindicato forte têm maior
poder de negociação e conseguem reajustes com ganhos
reais, isso explica porque indústria e comércio
apresentam melhores índices”, conta Luis.
Para o acumulado entre agosto e dezembro, o técnico
do Dieese prevê uma pequena melhora de cenário, mas
sem perspectiva de estabilidade em longo prazo.
“Apesar de ainda não termos dados oficiais, a
perspectiva é que até o final do ano a gente tenha
um cenário um pouco melhor. Isso porque muitas
categorias, com sindicatos fortes, começam à fechar
acordos, o que gera uma pequena melhora nos
indicadores. Mas não quer dizer que haverá uma
retomada econômica do país, pois as medidas adotadas
pelo governo federal visando à eleição também vão
impactar nos salários em 2023”.
Veja
aqui o Boletim De Olho nas Negociações.
Fonte: Agência Sindical
25/08/2022 -
Sindicalistas avaliam Bolsonaro no JN
O Jornal Nacional abriu segunda (22) a série de
entrevistas com os quatro candidatos à Presidência
da República. Jair Bolsonaro, Presidente, foi o
primeiro. A Agência Sindical colheu a avaliação para
saber como os sindicalista avaliam Bolsonaro no
Jornal Nacional
Nova Central – Oswaldo Augusto de Barros,
presidente da NCST: “Lamento que assuntos
trabalhistas tenham passado em branco. Quanto às
ameaças de desrespeito às urnas, é o Bolsonaro de
sempre, da mediocridade reinante na política. Ele
mantém a cabeça na ditadura”.
Engenheiros – Murilo Pinheiro, presidente do
Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP: “Achei
ruim dos dois lados. Perguntas em tom inquisitorial
colocam o entrevistado como vítima. Bolsonaro, em
nenhum momento falou de propostas ou programa de
trabalho. A entrevista não pode parecer um tribunal.
Até porque quem julga é o telespectador”.
Sindcine – Sônia Santana, presidente do
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria
Cinematográfica: “Figura lamentável. Sem uma só
ideia sobre cultura, nada quanto ao futuro nacional.
Ou seja, o Brasil segue nas trevas, sem apoio à
ciência e à tecnologia. Como um ser tão primário
desses chegou onde está?”
Frentistas – Eusébio Luis Neto, presidente da
Fenepospetro: “Não se discutiu assunto de relevância
para nossa a economia e o emprego. Bolsonaro nada
esclarece. A questão do Auxílio Emergencial por
poucos meses deveria ter sido mostrada como uma
forma oportunista de comprar votos. No entanto, acho
que o tom inquisitório das entrevistas em nada
ajuda”.
Fonte: Agência Sindical
25/08/2022 -
Contrarreforma trabalhista cria empregos na Espanha
e pode ser exemplo para Brasil
Candidatos à Presidência prometem revogar
legislação trabalhista brasileira aprovada em 2017,
no governo Temer
A Reforma Trabalhista aprovada em 2017, durante o
governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), virou
alvo de críticas de candidatos à Presidência nesta
eleição. Pelo menos cinco deles, incluindo o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder
nas pesquisas de intenções de voto, já prometeram
revogar ao menos alguns trechos da nova legislação
por a considerarem maléfica ao trabalhador.
Sancionada para reduzir obrigações trabalhistas de
empresários e, com isso, gerar 6 milhões de postos
de trabalho, a reforma praticamente não baixou o
nível do desemprego no país, que só neste ano voltou
a afetar menos de 10% da população. Ainda estagnou o
nível de renda do trabalhador, que segue em cerca de
R$ 2.700 mensais após cinco anos, apesar de a
inflação acumular alta de 30% nesse período.
Parte dessa estagnação da renda tem a ver com a
precarização das relações de trabalho resultante da
reforma, que facilitou a terceirização, a
contratação temporária e até intermitente de
trabalhadores no Brasil. Tudo isso, justamente
quando o país já vivia uma crise econômica, que se
agravou com o início da pandemia do coronavírus.
Candidatos que querem rever a Reforma
Trabalhista:
. Ciro Gomes (PDT)
. Léo Péricles (UP)
. Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
. Sofia Manzano (PCB)
. Vera Lúcia (PSTU)
Reformas na Espanha
Na Espanha, o cenário não era muito diferente entre
2008 e 2012, quando reformas trabalhistas entraram
em vigor por lá. Em 2008, o país sofreu com crise
relacionada à quebra do banco Lehman Brothers, dos
Estados Unidos. Em 2011, passou a ser governado por
um presidente de um partido conservador –Mariano
Rajoy, do Partido Popular–, que via na
flexibilização das relações de trabalho uma forma de
gerar emprego.
Nesse contexto, a Espanha modificou sua legislação
para facilitar a contratação temporária de
trabalhadores e reduzir o peso das negociações
coletivas, feitas por sindicatos, sobre salários e
benefícios –medidas semelhantes àquelas adotadas no
Brasil anos depois.
A criação de vagas na Espanha até cresceu nos anos
pós-reforma, mas muitos postos de trabalho criados
eram temporários, os quais tendem a deixar o
trabalhador em instabilidade.
Rajoy deixou o governo em 2018. Em seu lugar,
assumiu Pedro Sánchez, do Partido Operário Espanhol,
alinhado à esquerda. Segundo o advogado José Eymard
Loguercio, pesquisador e presidente do Instituto
Lavoro, ele agiu para dificultar as demissões
durante a pandemia. Quando ela arrefeceu, já tinha
capital político para propor a revogação de boa
parte das regras que passaram a valer anos antes.
A contrarreforma veio no final de 2021. Loguercio
explicou que ela criou regras para restringir a
contratação de trabalhadores por prazo determinado e
devolveu às negociações coletivas a importância que
elas tinham.
Resultados positivos
As mudanças, de acordo com o Ministério do Trabalho e
Economia Social da Espanha, são positivas até aqui.
O número de trabalhadores desempregados caiu de
cerca de 3,1 milhões, em janeiro, para 2,9 milhões
em julho deste ano –menor número para o mês já
registrado nos últimos 14 anos.
Em julho de 2021, os desempregados na Espanha eram
cerca de 3,4 milhões. A redução de mais de 500 mil
desempregados em um ano é a maior já registrada para
julho.
No primeiro semestre deste ano, o número de novos
contratos de trabalho firmados na Espanha chegou a
11,2 milhões –7% mais do que no mesmo período de
2021.
Mais importante ainda é que o número de contratos
indefinidos, sem tempo determinado, cresceu ainda
mais. Foram 3,9 mil vagas criadas de janeiro a julho
–253% mais do que no mesmo período do ano anterior.
Só em julho, foram 685 mil vagas de trabalho sem
prazo definido criadas. Elas foram 41% do total
daquele mês. Antes da contrarreforma, era comum que
as vagas temporárias representassem cerca de 90% do
total de novos empregos criados.
“Há também uma questão do ciclo econômico, da saída
de uma crise causada pela pandemia”, ressaltou
Loguercio, do Instituto Lavoro. “Mas o importante é
a quebra esse discurso de que você é precisa
rebaixar as garantias trabalhistas para gerar
emprego. A Espanha faz uma reorientação da
legislação e consegue com isso promover e gerar
emprego."
Momento brasileiro
O sociólogo e técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luis
Ribeiro, disse que as notícias que chegam da Espanha
são animadoras e destaca que elas vão além das são
econômicas.
“A melhoria da renda e emprego geram
desenvolvimento. Acredito nisso”, afirmou ele. “Mas
há questões que não são apenas econômicas. Um país
tem que definir alguns valores básicos de dignidade,
de trabalho decente, de remuneração digna para o
combate à desigualdade. A mudança na reforma
trabalhista espanhola vai nesse sentido.”
Para Ribeiro, o Brasil está hoje num momento
propício para debater esse tipo de valores básicos.
Segundo ele, esta eleição tende a definir que tipo
de trabalho o país pretende gerar: o menos
protegido, proposto por Temer em 2017, ou o mais
digno, o qual está sendo defendido por candidatos a
presidente opositores do governo de Jair Bolsonaro
(PL).
Loguercio também crê que a Reforma Trabalhista terá
de ser revista caso o país queria criar uma
sociedade mais justa.
"Em algum momento ele terá que ser feito caso nós
queiramos é diminuir a miséria e a desigualdade
porque a reforma como ficou induz relações de
trabalho precárias", afirmou ele.
Fonte: Brasil de Fato
25/08/2022 -
Sindicato não deve pagar indenização por críticas a
empresa durante greve
Ainda que admitida a possibilidade de danos morais
às pessoas jurídicas, sua caracterização ocorre de
forma distinta das pessoas físicas. Não é aceitável
a ideia de dano moral in re ipsa em se
tratando de ofendido de pessoa jurídica, sendo
necessária a demonstração, no caso concreto, da
ocorrência de prejuízo extrapatrimonial.
Com base nesse entendimento, 9ª Câmara de Direito
Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou
um pedido para que um sindicato de trabalhadores
indenizasse a Bosch por supostas ofensas proferidas
à empresa e seus dirigentes durante um movimento
grevista. A decisão se deu por unanimidade.
A Bosch alegou que diretores do sindicato teriam
ofendido a honra da empresa e, por isso, pediu
indenização por danos morais de R$ 50 mil. Entre as
declarações destacadas pela Bosch, estão "a gente
quer discutir coisa com vocês que a Bosch não quer
que vocês ouçam" e "o RH dessa empresa e mais alguns
gestores, um bando de canalhas".
A ação foi julgada improcedente em primeira
instância. O TJ-SP manteve a sentença, nos termos do
voto do relator, desembargador Edson Luiz de
Queiroz. Ele destacou que a pessoa jurídica pode
sofrer dano moral, mas somente sua honra objetiva é
passível de lesão, ou seja, sua fama, conceito, nome
e credibilidade, levando a um prejuízo patrimonial.
"No caso, apesar das palavras exaltadas, a
requerente não comprovou que sofreu abalo à sua
honra ou teve algum prejuízo. Pela mídia constata-se
que no local sequer havia quantidade considerável de
pessoas, e que os dizeres tenham chegado a um grande
número de pessoas. Por conseguinte, entendo indevida
a indenização por dano moral em favor da pessoa
jurídica quando não restar comprovado que o
apontamento do gravame de forma indevida afetou sua
honra objetiva", diz o acórdão.
Conforme Queiroz, a liberdade de expressão encontra
limites quando houver caracterização de violação à
dignidade da pessoa humana, direito também protegido
constitucionalmente e considerado um dos princípios
fundamentais da nação, o que não se verificou na
hipótese. O relator ainda observou que o réu é um
sindicato de classe e possui o dever de representar
e proteger seus associados.
"Ainda que se vislumbre algum dissabor com a fala
questionada, não se pode imputar ao apelado conduta
ilícita. A natureza da ação indenizatória impõe a
existência de provas que sejam capazes de demonstrar
a culpa (negligência, imprudência, imperícia), o
nexo causal (ação ou omissão do agente) e o dano
experimentado, isto é, os pressupostos da
responsabilidade civil. Não verificada a presença
simultânea desses três elementos essenciais, a
pretensão deve ser afastada", afirmou.
Por fim, o relator considerou que a linguagem
utilizada pelo dirigente sindical durante a greve
foi "extremamente difusa, sem imputação nominal a
quaisquer dos dirigentes ou prepostos da autora".
Esse palavreado genérico, na visão de Queiroz, não
possui o condão de atingir a honra objetiva ou
subjetiva da Bosch ou de seus diretores.
Clique
aqui para ler o acórdão
1046195-14.2019.8.26.0114
Fonte: Consultor Jurídico
25/08/2022 -
IPCA-15 tem deflação de 0,73% em agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), a prévia da inflação oficial, registrou
deflação (queda de preços) de 0,73% em agosto deste
ano. É a menor taxa da série histórica do IPCA-15,
iniciada em 1991, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 havia registrado taxas de inflação de
0,13% em julho deste ano e de 0,89% em agosto do ano
passado. Com o resultado deste mês, o IPCA-15
acumula taxas de inflação de 5,02% no ano e de 9,60%
em 12 meses.
A queda de preços observada na prévia de agosto foi
puxada principalmente pelos transportes, que
registraram deflação de que 5,24%. O comportamento
deste grupo de despesas foi influenciado pelo recuo
dos preços dos combustíveis (-15,33%).
Entre os combustíveis, foram observadas quedas de
16,80% na gasolina, de 10,78% no etanol, de 5,40% no
gás veicular e de 0,56% no óleo diesel.
Outros grupos de despesa com deflação foram
habitação (-0,37%), com destaque para o recuo nos
preços da energia elétrica residencial (-3,29%); e
comunicação (-0,30%).
Por outro lado, os alimentos apresentaram a maior
alta de preços do IPCA-15 no período (1,12%), taxa
semelhante à observada no mês anterior (1,16%),
devido a produtos como o leite longa vida (14,21%),
frutas (2,99%), queijo (4,18%) e frango em pedaços
(3,08%).
Também tiveram inflação os grupos de despesa saúde e
cuidados pessoais (0,81%), despesas pessoais
(0,81%), vestuário (0,76%), educação (0,61%) e
artigos de residência (0,08%).
Fonte: Agência Brasil
25/08/2022 -
Falta de recolhimento do FGTS causa rescisão
indireta, decide o TST
A ausência do recolhimento dos depósitos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é uma falta
grave do empregador e dá razão à rescisão indireta,
ou seja, o rompimento do contrato com o pagamento,
por parte da empresa, das verbas rescisórias devidas
no caso de dispensa imotivada.
Esse entendimento foi adotado pela 6ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho ao reconhecer a
rescisão indireta do contrato de um motorista da
Kings Governança de Serviços, de São Paulo,
decorrente da falta de recolhimento do FGTS durante
nove meses.
Na reclamação trabalhista, o motorista alegou o
cometimento de diversas faltas graves pela empresa,
como o não recolhimento do FGTS, a não concessão de
intervalo intrajornada e o não pagamento de
vale-refeição. Ele pediu, assim, a rescisão indireta
do contrato (equivalente à justa causa do
empregador) a partir de 17/4/2019, último dia em que
havia trabalhado, com o recebimento de todas as
parcelas devidas.
A empresa, em sua defesa, alegou que o empregado foi
demitido por justa causa, por abandono de emprego,
em 16/5/2019. Essa alegação, porém, foi descartada
pelo juízo de primeiro grau, que assinalou que sua
caracterização exige a intenção do empregado de não
mais retornar ao trabalho e a ausência injustificada
e prolongada por mais de 30 dias.
Segundo a sentença, a reclamação trabalhista foi
ajuizada em 22/4/2019 e a empresa foi notificada
três dias depois. Além disso, documentos demonstram
que o motorista enviou telegrama, recebido também em
25/4, informando que havia ajuizado a ação e que não
compareceria à empresa até a decisão final, como
facultado pelo parágrafo 3º do artigo 483 da CLT.
Com isso, reconheceu a rescisão indireta, diante da
comprovação da ausência dos depósitos do FGTS.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande
São Paulo e litoral paulista), porém, reformou a
sentença. Segundo a decisão, a "justa causa do
empregador" é caracterizada pelas atitudes da
empresa que tornem a relação de emprego
insustentável, e, para isso, é necessário que a
comprovação dos atos ilícitos seja contundente,
"demonstrando a atitude desonesta, amoral ou
ofensiva" do empregador.
Para a corte regional, a inadimplência dos depósitos
do FGTS, por si só, não justifica a rescisão
indireta. "Trata-se de verba que se torna disponível
ao empregado apenas no momento da rescisão
contratual, e não tem o condão de tornar
insuportável a relação de emprego", concluiu, ao
excluir da condenação o pagamento do aviso prévio
indenizado e da multa de 40% sobre o saldo do FGTS e
a liberação das guias para levantamento do fundo,
entre outros.
Essa decisão foi reformada pela 6ª Turma do TST. A
relatora do recurso de revista do motorista,
ministra Kátia Arruda, observou que, de acordo com a
jurisprudência da corte, o descumprimento de
obrigação essencial ao emprego, como não depositar o
FGTS, justifica a rescisão indireta. Essa posição
foi demonstrada em diversos precedentes citados em
seu voto. A decisão foi unânime. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 1000629-30.2019.5.02.0609
Fonte: Consultor Jurídico
24/08/2022 -
Por que Bolsonaro saiu menor do Jornal Nacional
por André Cintra
Para “sobreviver” a uma entrevista deveras
difícil, Bolsonaro recorreu a incontáveis fake news,
dando margem para que agência de checagem de
notícias e veículos da grande mídia o desmentissem
em bloco. A cobertura pós-sabatina também é
desfavorável ao presidente.
Imaginem um time de futebol que precisa vencer uma
partida decisiva para ter chances reais de
conquistar a competição em disputa. O jogo é entre
dois concorrentes diretos ao título, e a vitória
pode decretar justamente essa virada nos rumos do
torneio.
Porém, logo no começo da partida, um jogador desse
time é expulso e outro atleta sai contundido. Com a
preparação para o jogo abalada, um empate passa a
ser visto como um resultado honroso – o mal menor, o
possível. A torcida pode até ficar orgulhosa da
garra da equipe, mas o fato é que, a despeito do
empate heroico, o troféu fica mais e mais distante.
Quando Jair Bolsonaro (PL) aceitou ir ao Jornal
Nacional (JN), da TV Globo, na noite desta
segunda-feira (22), para ser sabatinado, o objetivo
central da campanha à reeleição não era o empate. A
41 dias de uma eleição em que, conforme o Datafolha,
o presidente está 15 pontos percentuais atrás de seu
principal adversário, a entrevista no principal
telejornal do Brasil ganhava dimensão estratégica.
Aliados repisavam que era a grande chance de
Bolsonaro tentar diminuir sua elevada rejeição,
especialmente entre jovens e mulheres. Além disso,
insistiam para o presidente dar publicidade a ações
econômicas do governo, com destaque para as medidas
eleitoreiras da “PEC do Desespero”. Não era dia de
“jogar para a torcida”, mas para cativar eleitores
indecisos e, eventualmente, recuperar parte dos
votos de 2018 que hoje estão em outras candidaturas.
O ibope até correspondeu às expectativas. Ao longo
dos 40 minutos da entrevista de Bolsonaro aos
apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos,
o JN alcançou uma audiência média de 32,4 pontos,
conforme dados prévios. Foi a noite do ano em mais
brasileiros acompanharam a atração. Só na Grande São
Paulo, cada ponto na audiência corresponde a mais de
705 mil telespectadores.
Mas o desempenho de Bolsonaro frustrou aliados já na
primeira resposta. Esperava-se que Bolsonaro ao
menos desse uma “boa-noite”, cumprisse com o
protocolo de agradecer à sabatina e ainda se
dirigisse minimamente ao público, tirando o foco da
pergunta dura. Nada disso ocorreu.
Bonner o questionou sobre as ameaças golpistas do
próprio presidente e de seus apoiadores. Bolsonaro
rasgou o script e se voltou ao velho papel de
sempre, destilando mentiras, controvérsias e
generalizações. Nervoso, com a boca seca, não chegou
a perder a linha. Mas falou basicamente para sua
base.
O embate prevaleceu assim até o final, embora
Bolsonaro tenha ficado mais solto nos últimos
minutos da sabatina, a ponto de brincar com os
apresentadores antes da despedida: “Já acabou?”.
À imprensa, em off, muitos correligionários
recorreram à mesma expressão: “Sobrevivemos”.
Temia-se que Bolsonaro cometesse gafes e atos falhos
ou passasse uma imagem que agravasse sua rejeição.
Aquela tática idealizada nos bastidores – de falar
para mulheres, jovens, eleitores mais pobres –, tudo
isso já estava descartado.
Monitoramento da Quaest Consultoria indicou que,
enquanto a entrevista estava no ar, 65% das menções
Bolsonaro nas redes sociais foram negativas e apenas
35% foram positivas. Embora parte das hordas
bolsonaristas tenha manifestado apoio e até euforia,
o presidente saiu um pouco menor do JN do que
entrou. O empate – não necessariamente heroico –
está garantido. Mas as chances de reeleição se
mantiveram reduzidas.
Por fim, cabe lembrar que, para “sobreviver” a uma
entrevista deveras difícil, Bolsonaro recorreu a
incontáveis fake news, dando margem para que agência
de checagem de notícias e veículos da grande mídia o
desmentissem em bloco. A cobertura pós-sabatina
também é desfavorável ao presidente – a expressão
“mentiroso no JN” foi a mais associada à entrevista,
segundo a Quaest.
“Mentiram-me. Mentiram-me ontem / e hoje mentem
novamente”, diz o poema de Affonso Romano de
Sant’Anna. “Mentem / de corpo e alma, completamente.
/ E mentem de maneira tão pungente / que acho que
mentem sinceramente.” Esta talvez seja a síntese da
participação de Bolsonaro no Jornal Nacional. Na
hora da virada, de uma vitória marcante, o
presidente apenas sobreviveu – mentindo.
Fonte: Portal Vermelho
24/08/2022 -
Projeto que amplia rol da ANS deve ser votado na
próxima terça-feira
Senadores, representantes do governo, da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos planos de
saúde, de médicos e familiares de pacientes
discutiram em uma audiência pública temática do
Senado, nesta terça-feira (23), o Projeto Lei
2.033/22, que altera a legislação atual para
estabelecer hipóteses de cobertura de exames ou
tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol
de procedimentos e eventos em saúde suplementar.
Sob a relatoria do senador Romário (PL-RJ), o texto,
já aprovado pelos deputados, obriga os planos de
saúde a cobrirem procedimentos terapêuticos e
tratamentos fora da lista estabelecida pela Agência
Nacional de Saúde (ANS). A polêmica surgiu a partir
de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
que, em junho, decidiu que as operadoras só devem
cobrir o que está na lista da ANS.
A expectativa é que a matéria seja pautada no
plenário da Casa na próxima terça-feira (30). “Não
podemos negar a essas pessoas o direito de uma
existência digna e com menos sofrimento. Muitos
brasileiros e brasileiras pagam caro por planos de
saúde para garantir o melhor tratamento a suas
famílias”, disse Romário.
Fonte: Agência Brasil
24/08/2022 -
Pacheco diz que eleições pelo sistema eletrônico são
seguras e resultado será respeitado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que
as eleições pelo sistema eletrônico de votação serão
limpas e seguras. A declaração foi feita em
entrevista na manhã desta terça-feira (23).
— Cabe unicamente ao Tribunal Superior Eleitoral
informar a lisura do processo eleitoral. Então, eu
não tenho dúvidas, o processo eleitoral ocorrerá
dentro da normalidade. Será, portanto, uma eleição
limpa e obviamente o resultado será respeitado,
conforme afirmou inclusive o próprio candidato —
disse Pacheco, ao comentar declaração do presidente
Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional na
noite desta segunda-feira (22).
Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que “serão
respeitados os resultados das urnas, desde que as
eleições sejam limpas e transparentes”.
O presidente do Senado também reforçou que “as
eleições pelo sistema eletrônico de votação são
eleições seguras, confiáveis e já testadas” e que,
portanto, “não há motivo de desconfiança”.
Segundo Pacheco, toda pessoa que se manifesta a
favor do retrocesso democrático, de atos
institucionais e pela volta da ditadura está
equivocada. Para ele, essas atitudes são “um
desserviço, que deve ser rechaçado e repudiado com
toda veemência pelas instituições”. O senador
considera, no entanto, que as manifestações
antidemocráticas que têm ocorrido no país não
oferecem risco concreto à democracia.
Fonte: Agência Senado
24/08/2022 -
Mandado de Alexandre de Moraes provoca debandada de
empresários do WhatsApp
De acordo com Thomas Traumann, não se vê algo
assim “desde a prisão dos empreiteiros em dezembro
de 2014”
De acordo com o jornalista Thomas Traumann, que foi
ministro da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência e Secretário de Comunicação do governo
de Dilma Rousseff, há nesta terça-feira (23), uma
debandada de empresários dos grupos de WhatsApp e
dos perfis do Instagram.
O fato se deu, informa o jornalista, após o mandado
de busca e apreensão do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Alexandre de Moraes, expedido contra
empresários que defendera, um golpe caso o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença
as eleições.
“E começa a reação do PIB à decisão do Alexandre de
Moraes de busca na casa dos empresários golpistas:
Todo mundo saindo de grupo de whastapp e apagando
fotos no insta”, escreveu Trumann.
Para ele, “desde a prisão dos empreiteiros em
dezembro de 2014 não se vê um movimento de fuga
assim. Em 2014/15, assustados com a Lava Jato, o
empresariado em peso foi fazer juras ao combate à
corrupção. Prevejo para as próximas semanas muita
gente falando bem da democracia, do respeito aos
poderes e deixando engasgada na garganta aquela
vontade de gritar ‘mito’”, postou.
Fonte: RevistaForum
24/08/2022 -
Eleitores da 3ª via e indecisos preferem Lula no 2º
turno
Inclinações desses eleitores dão a Lula o
favoritismo num eventual segundo turno contra
Bolsonaro;
54% a 37%, conforme o Datafolha, ou 51% a 38%, de
acordo com a Quaest
O número de brasileiros indecisos na disputa à
Presidência da República é o mais baixo para esta
fase da campanha. Mesmo assim, a 40 dias do primeiro
turno, há 11 milhões de eleitores que ainda não
decidiriam em qual candidato devem votar. É o que
aponta o a última pesquisa Genial/Quaest, feita
entre 11 e 14 de agosto e detalhada agora pela BBC
News Brasil.
“Os indecisos, principalmente na pergunta
espontânea, são os mais baixos da nossa história e
os indicadores de interesse são os mais altos em
todos os estratos, em todos os segmentos” diz o
cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Além disso, mais de 80% dos que declaram voto ou no
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou no
atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), dizem que a
decisão é definitiva. Quem são, então, os indecisos?
Um recorte do levantamento tenta decifrar esse
eleitor ainda sem opção de voto. Conforme a BBC, que
se baseia em dados da Quaest, “a maioria dos atuais
indecisos são mulheres (64%), católicos (50%) e
pardos (48%)”. Eles “vivem na região Sudeste do país
(47%), têm renda familiar de até 5 salários mínimos
(83%), não concluíram o Ensino Fundamental (40%) e
têm idade entre 45 e 59 anos (26%)”.
Felipe Nunes lembra que “a maior concentração de
indecisos está dada nas regiões metropolitanas das
capitais, principalmente do Sudeste do Brasil. A
gente está falando, portanto, de gente que perdeu
renda nos últimos anos”.
No conjunto do eleitorado, a pesquisa aponta que
Lula lidera com 45% das intenções de votos, contra
33% de Bolsonaro. Porém, na maioria desses segmentos
com mais indecisos – especialmente entre as mulheres
e os católicos –, a vantagem do ex-presidente sobre
o atual está acima da média geral. Em princípio,
esse voto tende a ir mais para Lula – e pode definir
a eleição até no primeiro turno. Trata-se de nada
menos que 7% do eleitorado brasileiro.
A força da questão econômica, em cenário de crise, é
um dos fatores que podem beneficiar o ex-presidente
na busca do voto dos indecisos. “Bolsonaro é visto
como quem representa a melhor solução para a
violência e o Lula, a melhor solução para a
economia”, resume o diretor da Quaest.
3ª via
Se a eleição for para o segundo turno, entra também em
disputa o voto de quem não foi nem de Lula nem de
Bolsonaro no turno inicial. Para onde pende a
preferência dos atuais eleitores de Ciro Gomes
(PDT), Simone Tebet (MDB) e outros candidatos – algo
como 20% do eleitorado, se somado aos indecisos?
O Datafolha, em sua última pesquisa, aponta que
esses brasileiros também devem migrar em maior
número para Lula: 37% votariam no ex-presidente, 36%
dizem que votarão em branco ou nulo, 22% ficariam
com Bolsonaro e 5% ainda não decidiram. Na visão do
instituto, a principal razão é que a maioria desses
eleitores indicam que Lula é “mais preparado para
lidar com os problemas do País”. Ademais, 46% desse
bloco rejeitam Bolsonaro, qualificando seu governo
como “ruim” ou “péssimo”.
As inclinações dos eleitores indecisos e da terceira
via dão a Lula o favoritismo num eventual segundo
turno contra Bolsonaro. Caso a eleição fosse hoje, o
petista venceria o segundo turno por 54% a 37%,
conforme o Datafolha, ou por 51% a 38%, de acordo
com a Quaest.
Fonte: Portal Vermelho
23/08/2022 -
Pesquisa FSB traz Lula com 45% e Bolsonaro com 36%
Cenário estável em relação à pesquisa de uma
semana atrás mostra variação de Bolsonaro no limite
da margem de erro
A corrida eleitoral começa a semana com mais uma
pesquisa que aponta a liderança do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cenário de
disputa estável na corrida à presidência. Pesquisa
FSB/BTG divulgada nesta segunda (22) traz Lula com
os mesmos 45% da pesquisa anterior, divulgada na
semana passada, enquanto Bolsonaro variou de 34%
para 36%, crescimento no limite da margem de erro,
que é de 2 pontos percentuais.
Os dados são da pesquisa estimulada, quando a lista
de candidatos é apresentada ao eleitor. Ciro Gomes
(PDT) está na terceira colocação, com 6% das
intenções de voto. O ex-governador é seguido por
Simone Tebet (MDB), que tem 3%. Vera Lucia (PSTU) e
Pablo Marçal (Pros) aparecem empatados com 1%.
Do universo pesquisado, 4% responderam que não
pretendem votar em nenhum dos candidatos. 2% dos
entrevistados responderam branco ou nulo e 3% não
souberam ou não responderam.
Na análise de perfil dos eleitores na intenção de voto
estimulada, os jovens e mulheres são os dois
segmentos do eleitorado em que a liderança de Lula é
mais forte. No segmento entre 16 e 24 anos, Lula tem
apoio de 57% do eleitorado, enquanto Bolsonaro
concentra apenas 24%. Já entre as mulheres, Lula tem
apoio de 51%, enquanto Bolsonaro fica com 29%.
O perfil por religião indica que Bolsonaro tem a
liderança entre os evangélicos, com 56% da
preferência, enquanto Lula tem 30%. A situação se
inverte entre o eleitorado católico, no qual o
petista tem 52% e o atual presidente, 29%.
A pesquisa eleitoral BTG/FSB entrevistou 2 mil
eleitores por telefone entre sexta-feira e domingo
(19 a 21). A margem de erro é de 2 pontos
percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A
pesquisa está registrada no TSE com o número
BR-00244/2022.
Intenção de voto para o primeiro turno
Lula (PT): 45%
Bolsonaro (PL): 36%
Ciro (PDT): 6%
Tebet (MDB): 3%
Vera Lúcia (PSTU): 1%
Pablo Marçal (PROS): 1%
Nenhum: 4%
B/N: 2%
NS/NR: 3%
Fonte: Rede Brasil Atual
23/08/2022 -
Recandidaturas batem recorde
Levantamento do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar, Diap, mostra que
recandidaturas batem recorde e chegam a quase 90%.
A vida anda boa pra deputados e senadores. E quem
diz isso são eles mesmos, pois 86,93% vão se
recandidatar. A média é de 43,86%. O Diap, com apoio
da Contatos Assessoria, aponta esses dados. A base é
o Tribunal Superior Eleitoral.
Fundão incentiva recandidaturas
Considera-se candidato à reeleição deputado federal no
exercício do mandato no momento do pleito, seja
titular, suplente ou efetivado na legislatura. A
Câmara tem 513 deputados.
Para o Diap, como é alto o índice de recandidaturas,
as chances de renovação diminuem. Outros fatores,
que tendem a contribuir nesse sentido, são o acesso
ao fundo eleitoral e orçamento secreto, que agregam
vantagens à disputa.
Novas regras eleitorais, no entanto, podem
dificultar a renovação. Isso ocorrerá caso partido e
federação não atinjam o desempenho mínimo previsto
na Lei 14.211/21, que mudou as regras para
distribuição das “sobras” eleitorais – vagas
não-preenchidas pelos critérios do sistema
proporcional. Agora só pode concorrer à distribuição
das “sobras” candidato que tiver votos equivalentes
a pelo menos 20% do quociente eleitoral e partido
que conquistar mínimo de 80%.
Estados do Norte e nordeste lideram
Amapá, Maranhão e Tocantins lideram com o registro de
100% de postulantes à reeleição à Câmara. São Paulo
tem (92,86%). Já entre partidos, Rede (100%), PCdoB
(100%), PSC (100%), Patriota (100%), PT (96,43%),
PSD (93,63%), Republicanos (90,91%), PL (90,91%) e
Cidadania (85,71%) foram os que registraram mais
recandidaturas proporcionalmente às suas bancadas na
Câmara.
QUEM FOI QUEM – Veja como votaram deputados e
senadores nas matérias de interesse dos
trabalhadores.
Acesse
e compartilhe. Mais informações – Diap.
Fonte: Agência Sindical
23/08/2022 -
Reforma Trabalhista: desmantelo, falência e
precarização do trabalho
“A Reforma Trabalhista de 2017 e a
jurisprudência vigorante não contribuíram para a
liberdade sindical nem [tampouco] para a mudança de
hábitos do sindicalismo brasileiro”, é a conclusão
que chega o professor Francisco Gérson Marques de
Lima1, por meio do estudo “Sindicatos
em números: reflexões sobre a sindicalismo
brasileiro após 2017”.
“Urge esclarecer que a política de prevalência do
negociado sobre o legislado e da desregulação do
trabalho requer sindicatos fortes e incentivos à
negociação. É contraditório que o legislador anuncie
a primazia da negociação, enquanto cause
enfraquecimento dos sindicatos profissionais,
provocando a ruptura do indispensável equilíbrio de
forças entre o capital e o trabalho, entre os
agentes da negociação coletiva”, aponta Gérson
Marques.
É importante esclarecer e lembrar, que o MPT
(Ministério Público do Trabalho), por meio de nota
técnica, denunciou que a intensão do autor e da
maioria do Congresso ao querer explicitar — o que
estava implícito — o negociado sobre legislado, sob
a proteção da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) era para retirar direitos e não os
proteger ou amplia-los.
Trocando em miúdos: a legislação anterior à Reforma
Trabalhista não impedia a negociação acima da lei;
impedia abaixo. Agora, sob à nova lei trabalhista,
as negociações se dão para não perder direitos.
As convenções coletivas anteriores à contrarreforma,
em geral, ficavam acima da CLT. Os acordos
coletivos, do mesmo modo, ficavam acima das
convenções.
Sem regra de transição
No estudo, o professor lembra que “a Lei 13.467/17 não
estabeleceu nenhuma regra de transição, levando os
sindicatos a amargarem queda abrupta e profunda nas
receitas, com reflexos no fechamento de entidades e
na impossibilidade de desenvolverem parte de suas
atividades.”
Ao pensarem a lei, no formato final que o Congresso
restou oferecer ao texto original enviado ao
Legislativo pelo então presidente Michel Temer
(MDB), o legislador quis mesmo desmantelar as
entidades sindicais, fali-las, a fim de que não
pudessem interferir no desmonte de direitos que
viria a seguir.
Os dados do estudo revelam que “as entidades
sindicais profissionais recebem [hoje] 1% do que
recebiam no ano [2016] anterior à vigência da
Reforma Sindical. Este percentual é 0,27% do que o
‘Sistema S’ alimentou, em 2020, as entidades
patronais, o que revela um desequilíbrio abissal
entre o capital e o trabalho”, está nas
considerações finais do estudo do professor.
Vale à pena debruçar-se sobre as “provocações” e
“reflexões” dessa “pesquisa estatística e de
observação”, como escreve o professor, para futuras
alterações, necessárias, nessa contrarreforma
trabalhista.
_______________
1Doutor e pós-doutor em Direito, professor da
Faculdade de Direito da UFC, subprocurador-geral do
Trabalho, conselheiro do Conselho Superior do MPT,
membro do Nupia (Núcleo Permanente de Incentivo à
Autocomposição na Procuradoria-Geral do Trabalho),
coordenador do Projeto Grupe (Grupo de Estudos em
Direito do Trabalho), membro fundador da ACDT
(Academia Cearense de Direito do Trabalho) e membro
da ACLJ (Academia Cearense de Letras Jurídicas).
Fonte: Diap
23/08/2022 -
Expectativa de ministros do STF é de que Moraes seja
'implacável' com empresários golpistas
Alvos serão os empresários que participam de um
grupo de WhatsApp no qual integrantes defenderam um
golpe para evitar a volta do PT ao poder
“Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
acreditam que o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes vai ser
'implacável' no caso dos empresários que se
mostraram favoráveis a um golpe militar em caso de
vitória de Lula em outubro”, informa a jornalista
Andréia Sadi em sua coluna no portal G1.
A jornalista relembra que, “na quinta-feira (18),
advogados e entidades de juristas apresentaram uma
notícia-crime ao TSE contra os empresários Luciano
Hang (dono da Havan), Afrânio Barreira Filho (do
Grupo Coco Bambu), Ivan Wrobel (da construtora W3
Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo
(dono da marca de surfwear Mormaii)”.
De acordo com reportagem do site 'Metrópoles', os
quatro empresários fazem parte de um grupo de
WhatsApp denominado ‘Empresários e Política’. Nele,
alguns membros defendiam ruptura institucional para
evitar a volta do PT ao governo.
“A expectativa no STF é que a decisão de Moraes não
deixe que a decisão passe dos próximos dias”,
destaca Sadi.
Fonte: Brasil247
23/08/2022 -
Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para
6,8% neste ano
A projeção do mercado financeiro para a inflação de
2022 caiu pela oitava semana seguida. Segundo o
Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (22)
pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação
oficial do país, caiu de 7,02% para 6,82%, em uma
semana. Há quatro semanas, as expectativas do
mercado eram de um IPCA em 7,3%, neste ano.
O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a
projeção de cerca de 100 instituições do mercado
financeiro para os principais indicadores econômicos
do país.
A expectativa de inflação para 2023 também caiu: de
5,38% projetados há uma semana para 5,33%, nesta
segunda-feira. Para 2024 e 2025, as projeções de
inflação mantêm-se em 3,41% e 3%, respectivamente.
Selic e dólar
Também mantêm-se estáveis as projeções para a taxa
básica de juros, a Selic, tanto para 2022 (13,75% ao
ano) como para os anos seguintes: 11% ao ano, em
2023; 8% ao ano, em 2024; e 7,5% ao ano, em 2025.
A cotação do real na comparação com o dólar também
apresenta estabilidade nas projeções para este e
para os próximos anos. A expectativa do mercado
financeiro é de que a cotação da moeda
norte-americana chegue a R$ 5,20 tanto ao final de
2022 como de 2023; e que 2024 e 2025 fechem com o
dólar custando R$ 5,10 e R$ 5,17, respectivamente.
PIB
A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma
de todos os bens serviços produzidos no país, está
em 2,02% para de 2022. Há uma semana, a projeção do
mercado financeiro era de que o ano fecharia com um
PIB em 2%; e há quatro semanas era de 1,93%.
Para 2023, a expectativa é de que o PIB suba 0,39%.
Há uma semana, a previsão era de que o ano fecharia
com crescimento de 0,41%; e há quatro semanas, a
expectativa de expansão de 0,49%.
Para 2024 e 2025, as projeções do mercado financeiro
para o crescimento do PIB estão estáveis, em 1,8% e
2%, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
23/08/2022 -
TST afasta contribuição assistencial de empregado
não sindicalizado
Para a SDC, cláusula de acordo coletivo ofendia o
princípio constitucional da livre associação
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho reformou a cláusula
do acordo coletivo celebrado entre entidades
sindicais do setor de mobiliário do Rio Grande do
Sul que previa desconto nos salários de todos os
empregados da categoria, sindicalizados ou não, a
título de contribuição assistencial. Segundo o
colegiado, a cláusula afronta o princípio
constitucional da livre associação, e, por isso, o
desconto deve ficar restrito às pessoas filiadas ao
sindicato profissional.
Desconto
Em maio de 2016, o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção e do Mobiliário do Rio
Grande ajuizou dissídio coletivo contra o Sindicato
Intermunicipal das Indústrias de Serrarias,
Carpintarias, Tanoarias, Esquadrias, Marcenarias,
Móveis, Madeiras Compensadas e Laminadas,
Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras do Estado
do Rio Grande do Sul. Na sequência, as entidades
celebram um acordo coletivo que foi homologado pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS).
Contudo, o Ministério Público do Trabalho (MPT)
ingressou com recurso ordinário no TST para
questionar a homologação da cláusula que trata da
contribuição assistencial dos empregados.
Segundo o MPT, a previsão desrespeita os princípios
constitucionais da livre associação sindical, da
legalidade e da intangibilidade salarial. A
referência era o Precedente Normativo 119 do TST,
que dispõe sobre a matéria no mesmo sentido.
STF
A relatora do caso, ministra Kátia Arruda, observou
que o entendimento do TST é de que a fixação de
contribuição em instrumento coletivo deve contemplar
percentual razoável de desconto, restrito aos
associados ao sindicato. Embora tenha compreensão
diversa sobre esse tema, ela ressaltou que o Supremo
Tribunal Federal (STF) já afastou a possibilidade de
imposição de contribuição assistencial para
empregados não filiados.
O fundamento que prevalece, segundo a relatora, é de
que a entidade sindical tem o direito de fixar
descontos, por meio de assembleia-geral, mas também
deve considerar o direito à livre associação e à
sindicalização. Nesse contexto, a cláusula do acordo
homologado pelo TRT precisava ter a redação ajustada
à jurisprudência do TST, consagrada no Precedente
Normativo 119.
A decisão foi unânime.
Processo: ROT-21255-85.2017.5.04.0000
Fonte: TST
22/08/2022 -
Em julho 31,8% dos reajustes conquistados foram
acima da inflação
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) divulgou dados
preliminares relacionados às negociações coletivas
no mês de julho deste ano.
Dos reajustes registrados no Ministério do Trabalho
por meio do sistema Mediador até 10 de agosto, 31,8%
das negociações tiveram ganhos acima da inflação de
12 meses medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor). Já os reajustes iguais a esse índice
foram de 20,8%; e abaixo dele de 47,3%.
O parcelamento dos reajustes pagos em duas ou mais
parcelas foi de 5,3% em julho. É inferior ao
observado em junho de 2022 (12,4%) e em julho de
2021 (11,5%).
Primeiro semestre
O levantamento também analisou as negociações nos
primeiros seis meses de 2022. Até o momento, mostra
que 20,7% dos reajustes negociados ficaram acima da
variação do INPC. 35,4% tiveram valores iguais a
esse índice e 43,9% não repuseram a inflação.
Confira o estudo completo.
Fonte: Mundo Sindical
22/08/2022 -
Nordeste e Sudeste dão vantagem de 22 milhões de
votos a Lula
Conforme o Datafolha, é como se Lula tivesse 14
milhões de votos a mais do que Bolsonaro no Nordeste
e 8 milhões a mais no Sudeste.
A nova rodada da pesquisa Datafolha sobre a corrida
presidencial indica que duas regiões do País – o
Nordeste e o Sudeste – garantem a folgada liderança
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) nas
intenções de votos dos brasileiros. O levantamento,
divulgado quinta-feira (18), mostra Lula com 47% em
todo o Brasil – 15 pontos percentuais a mais do que
o atual presidente, Jair Bolsonaro, que tem 32%.
Hoje, nos recortes regionais, Bolsonaro supera Lula
apenas no Centro-Oeste, onde ele tem 42%, e o
petista, 36%. A região, porém, concentra apenas 7%
do eleitorado. Os dois candidatos estão tecnicamente
empatados em duas regiões. No Norte, que representa
8% dos eleitores, Bolsonaro tem 43%, e Lula 41%.
Devido à margem de erro – que é de dois pontos
percentuais –, qualquer um deles pode estar à
frente.
No Sul, responsável por 14% dos eleitores, é Lula
que está numericamente na dianteira (43% a 39%) –
mas também aqui a margem de erro decreta o empate
técnico. Em suma: se o Brasil se resumisse a essas
três regiões – Centro-Oeste, Norte e Sul –, a
eleição estaria absolutamente equilibrada.
É no Sudeste e no Nordeste, portanto, que Lula abre
expressiva vantagem sobre Bolsonaro e se mantém com
chances de vencer as eleições 2022 já no primeiro
turno, em 2 de outubro. Entre os nordestinos, que
respondem por 27% do eleitorado, o ex-presidente
supera o atual por 57% a 24%. Grosso modo, é como se
Lula tivesse 14 milhões de votos a mais do que
Bolsonaro no Nordeste: são 24 milhões de eleitores
nordestinos pró-Lula e 10 milhões pró-Bolsonaro.
Se a hegemonia do ex-presidente já era esperada no
Nordeste, a reviravolta maior desta eleição ocorre
no Sudeste, que abrange 43% do eleitorado. No
segundo turno de 2018, Bolsonaro venceu Fernando
Haddad (PT) de goleada nos quatro estados da região,
chegando a alcançar dois terços dos votos válidos em
São Paulo e no Rio de Janeiro. Quatro anos depois,
porém, o jogo virou.
Segundo o Datafolha, Lula desponta, agora, com 44%
das intenções de voto no Sudeste, contra 32% de
Bolsonaro. O ex-presidente bate seu principal
adversário em São Paulo (44% a 31%), em Minas Gerais
(49% a 29%) e no Rio de Janeiro (41% a 35%) – os
três maiores colégios eleitorais do País. Em números
absolutos, a vantagem lulista no Sudeste é de
aproximadamente 8 milhões de votos.
Juntos, Sudeste e Nordeste contam com 70% do
eleitorado brasileiro – o que justifica o tratamento
prioritário que os candidatos dispensam às duas
regiões. Esses eleitores dão a Lula, hoje, uma
vantagem de 22 milhões de votos sobre Bolsonaro.
Ainda que o atual presidente leve a disputa para o
segundo turno, suas chances de vitória passam,
necessariamente, por uma recuperação robusta nesses
segmentos do eleitorado. A esta altura do jogo,
Bolsonaro só vence a eleição se tirar voto – e muito
– de Lula.
Fonte: Portal Vermelho
22/08/2022 -
Cresce número de pessoas com mais de 70 anos aptas a
votar
TSE fez campanha de incentivo ao voto do idoso,
em parceria com o TRE do Pará
Os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
demonstram o crescimento do interesse das pessoas
com mais de 70 anos em votar, mesmo que o
comparecimento às urnas não seja obrigatório para
elas.
Em 2018, pouco mais de 12 milhões de eleitores
estavam nessa faixa etária. Para as eleições gerais
deste ano, 14,8 milhões de pessoas maiores de 70
podem ir às sessões no dia 2 de outubro.
Parte desse crescimento de 24% entre as duas
eleições pode ser creditada à campanha Todo Voto
Importa, que estimulou vários segmentos do
eleitorado a regularizarem o título. Foi uma
parceria do TSE com o Tribunal Regional Eleitoral do
Pará que levou para todo o País a animação da Dona
Gracina em votar.
Para Josafá Coelho, da Academia Brasileira de
Direito Eleitoral, todo cidadão, independentemente
da idade, tem o desejo de participar das principais
decisões do País. O especialista acrescenta que essa
participação dos maiores de 70 anos é importante
para o fortalecimento da democracia e o país só tem
a ganhar.
“As pessoas com mais de 70 anos representam um grupo
de eleitoras e eleitores qualificados, um grupo de
pessoas que já viveram muitas experiências políticas
e levam essa vivência para as urnas. A lei faculta a
essas pessoas a participação no voto, no dia das
eleições, simplesmente porque eventualmente, por
terem mais idade, pode ser desconfortável para elas
se dirigirem a uma sessão eleitoral cujo acesso,
algumas vezes, não é tão fácil.”
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da
Câmara fez uma audiência pública em junho sobre a
importância da participação dos idosos no processo
eleitoral. Durante a discussão, os debatedores
lamentaram que, na maior parte das vezes, a parcela
mais velha da população não esteja no foco dos
políticos e propostas para esse público não constem
dos programas dos candidatos.
Fonte: Agência Câmara
22/08/2022 -
Audiência debate situação de trabalhadores
lesionados no País
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara
dos Deputados discute na próxima quinta-feira (25) a
situação dos trabalhadores lesionados no Brasil.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que pediu a
realização do debate, reclama da desregulação do
mercado de trabalho nos últimos anos. "Os principais
artigos da legislação trabalhista, conquistados e
aperfeiçoados pelas lutas sociais ao longo de
décadas, foram revogados ou tiveram seus efeitos
benéficos neutralizados. A regra passou a ser o
trabalho precário e intermitente, sendo permitida e
ampliada a terceirização dos contratos de trabalho,
reduzindo muitos direitos."
Segundo o parlamentar, isso afetou grandes polos de
trabalhadores, como, por exemplo, os trabalhadores
metalúrgicos da região do Vale do Paraíba.
"O que estamos vendo nos últimos anos é o fechamento
de fábricas importantes, tanto dessa região, quanto
para o Brasil. A Ford, por exemplo, fechou as portas
em Taubaté e demitiu centenas de trabalhadores. A
LG, também em Taubaté, fechou as portas e demitiu
centenas de trabalhadores. Recentemente a Caoa Chery,
em Jacareí, anunciou o fechamento e pretende demitir
mais uma centena de trabalhadores", lista Orlando
Silva.
O deputado afirma que muitos desses trabalhadores
são portadores de doença do trabalho, portanto
tinham direito a uma estabilidade de emprego e mesmo
assim foram demitidos sem ter direitos e
indenizações garantidos.
Foram convidados para debater o assunto o presidente
e o advogado da Associação dos Trabalhadores
Lesionados nas Indústrias Metalúrgicas do Vale do
Paraíba, respectivamente, Luis Fabiano Costa e
Gustavo de Paula Oliveira, além de trabalhadores que
sofreram lesões.
A audiência será realizada no plenário 9, a partir
das 16 horas.
Fonte: Agência Câmara
19/08/2022 -
Quem Foi Quem no Congresso mapeia votações
Perto de 90% dos atuais parlamentares do Congresso
Nacional vão tentar se reeleger. Ante essa avalanche
de candidaturas, cabe perguntar: 1) Como eles
votaram ou se posicionaram nas matérias trabalhistas
e outras de interesse social? Eles merecem nosso
voto?
A votação está documentada, editada e fácil de
acesso na Plataforma www.quemfoiquem.org.br –
lançada pelo Diap – Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar. A Plataforma disponibiliza
seu conteúdo a entidades e pessoas. Ou seja,
conhecimento e munição sem custo.
Neuriberg Dias do Rêgo, Diretor de Documentação do
Diap, explica: “Concebemos uma Plataforma simples,
didática e leve, que pode ser acessada em todos os
pontos do País”. Ele informa que, à direita da tela,
há o botão de Compartilhar, “que facilita a
irradiação das informações entre dirigentes ou para
suas categorias e bases”.
Estado – O interessado pode acessar deputados
e senadores por Estado. Também por tema, partido ou
ranking (os a favor e os contrários). Segundo o
dirigente do Diap, “existe ainda a opção de
imprimir, inclusive com fotos dos parlamentares”.
Neuriberg Dias do Rego observa: “Nossa primeira
intenção é informar. Mas se, de posse dos informes,
houver pressão social, aí já se trata de um direito
da democracia”. O Diap tem a tradição de buscar
soluções negociadas no âmbito do Congresso.
A Plataforma abrange 23 temas – de matérias
trabalhistas a ambientais. O conteúdo será
atualizado mensalmente. Haverá lançamentos em vários
Estados do
www.quemfoiquem.org.br.
Agência – A Agência Sindical se soma às
entidades que apoiam a Plataforma. João Franzin,
coordenador, afirma: “Os dirigentes sempre falam em
voto consciente. A Plataforma está aí pra ajudar
nesse sentido”.
Mais – Site do Diap – e
www.quemfoiquem.org.br
Fonte: Agência Sindical
19/08/2022 -
Ciro Gomes diz que vai reformar CLT protegendo renda
dos trabalhadores
Intenção é atualizar leis e estimular uma
eficiência produtiva
O candidato à Presidência da República Ciro Gomes
(PDT) afirmou que, se eleito, vai propor um novo
código de leis trabalhistas para o país. Segundo o
ex-governador do Ceará, a intenção é atualizar a
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), mantendo a
proteção aos trabalhadores, mas estimulando a
“eficiência produtiva”.
“A velha CLT cumpriu uma etapa histórica
fundamental, mas foi superada em muitos de seus
valores – mas não quanto à proteção ao trabalho”,
disse Gomes ao participar, nesta quinta-feira (18),
do ciclo de debates que a Associação Comercial de
São Paulo vem promovendo com candidatos à
presidência da República e ao governo de São Paulo.
“Um governo meu estará comprometido com a proteção
do trabalho e da renda do trabalho, mas com um olho
na eficiência sistêmica e na produtividade da
economia brasileira, que está perdendo
produtividade”, acrescentou o trabalhista,
atribuindo à perda de poder aquisitivo dos
trabalhadores e à desigualdade econômica o
fechamento de milhares de pontos de comércio ao
longo das últimas décadas.
Gomes garantiu que os empresários serão consultados
sobre a proposta, que estará alinhada com “as
melhores práticas internacionais”. “Não haverá
imposição. Olharemos as convenções internacionais da
OIT [Organização Internacional do Trabalho] que o
Brasil assinou e que não estão sendo praticadas e
também o conjunto de ações [trabalhistas]
judicializadas. Por exemplo, casos de trabalho
terceirizado com jornadas e tarefas iguais e
remunerações distintas. Não pode isso. Da mesma
forma que [não pode] mulheres receberem menos [para
exercerem as mesmas funções que homens]”, disse
Ciro.
O candidato também prometeu ações de estímulo à
renegociação de dívidas de pessoas físicas e um
programa federal de renda mínima que pague um
auxílio mensal de R$ 1 mil às famílias com renda per
capita igual ou inferior a R$ 417 mensais. “Será um
programa de renda mínima com status constitucional e
fontes de recursos identificados, [que ajudará a]
alargar muito a escala [de consumo], porque a
população mais pobre usa praticamente 100% da sua
renda com consumo”, destacou Gomes, defensor de uma
reforma tributária com unificação de seis tributos
em um único imposto, o IVA.
Após dizer que a elite brasileira está viciada em
juros altos, Gomes foi aplaudido pelos empresários e
políticos que lotavam o auditório da associação ao
afirmar que, se eleito, vai propor o fim da
reeleição.
Fonte: Agência Brasil
19/08/2022 -
Governo faz farra com recurso do orçamento secreto
antes da eleição
No limite da legislação eleitoral, foram
liberados R$ 6,6 bilhões em emendas do relator,
pelas quais não se identifica o deputado ou senador
que fez a indicação
Às vésperas do prazo limite da legislação eleitoral,
o governo Bolsonaro liberou entre os dias 13 de
junho a 1º de julho, R$ 6,6 bilhões em emendas do
relator. O montante representa 99% de todos os
pagamentos prometidos este ano. O chamado orçamento
secreto não permite a transparência com o gasto do
dinheiro público, pois não se identifica o
parlamentar que é autor da indicação dos repasses.
Proporcionalmente, Roraima e Alagoas, este último
estado base política do presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP), foram os mais
beneficiados com essa farra do dinheiro público. Os
cinco que mais receberam verba do orçamento secreto
foram Minas, Maranhão, Bahia, Roraima e Alagoas.
Dados levantados pelo UOL no sistema Siga Brasil, do
Senado, revelam ainda que o governo empenhou, ou
seja, comprometeu-se a pagar, R$ 7,4 bilhões em
emendas de relator no período.
O UOL ressaltou que pelas regras eleitorais, os
empenhos e pagamentos precisam ser feitos até 2 de
julho, três meses antes do primeiro turno das
eleições.
Esse uso da máquina pública para beneficiar
Bolsonaro foi considerado mais um escândalo. O
vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Daniel
Almeida (BA), disse que o discurso contra corrupção
e as promessas de transparência do governo Bolsonaro
ficaram em 2018.
“Após vencer as eleições, Bolsonaro revelou que
transparência e honestidade não são o forte do seu
governo. Quase todo o orçamento secreto liberado às
vésperas das eleições. Por quê? Pra quem? Pra quê?”,
indagou o parlamentar.
“Orçamento secreto infelizmente ainda existe, o que
não é secreto mais é o destino fraudulento dele. Vou
continuar lutando contra essa vergonhosa corrupção
institucionalizada”, criticou o deputado Márcio
Jerry (PCdoB-MA).
Para o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), trata-se de
mais um caso de corrupção. “É um escândalo a compra
de votos, o uso da máquina pública para eleger
Bolsonaro. E mesmo com todo esse esquema ainda tem
empresário pregando golpe se Lula ganhar. São
picaretas e criminosos”, criticou.
Fonte: Portal Vermelho
19/08/2022 -
Número de eleitores entre 16 e 18 anos aumenta 47%
desde 2018
Campanha da Justiça Eleitoral atrai jovens
eleitores
Entre janeiro e abril deste ano, o País ganhou
2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos, um
aumento de 47% em relação às eleições de 2018 e de
57% em relação a 2014. O crescimento é creditado às
ações da Justiça Eleitoral, que, entre 14 e 18 de
março, por meio do TSE e dos 27 tribunais regionais
eleitorais, promoveu a Semana do Jovem Eleitor, uma
iniciativa criada em 2015.
Em março, 522.471 jovens haviam tirado o título de
eleitor. Em abril, o número quase duplicou: 991.415
jovens entraram com o pedido. Com uma novidade. Uma
resolução do TSE permitiu que eleitores com 15 anos
tirassem o título, mas com poder de voto apenas se
completassem 16 anos até o primeiro turno das
eleições.
As redes sociais do TSE e dos TREs procuraram se
comunicar de forma direta com jovens, e contaram
para isso com a colaboração de diversas
personalidades da internet, clubes de futebol,
organizações da sociedade civil, o que foi
importante para o aumento do número de eleitores, na
opinião da professora de Direito Eleitoral Anna
Paula Oliveira Mendes.
“Eu penso que essas campanhas foram essenciais para
o êxito nesse aumento do número de jovens eleitores,
porque os jovens consomem a internet como seu
principal meio de informação e essas campanhas
ocorreram sobretudo na internet. Então, o TSE
conseguiu falar a linguagem do público jovem e se
adaptar aos meios de comunicação por eles
utilizados. Isso foi muito importante e é muito
importante para uma democracia de qualidade, que
pressupõe o aumento de voz de todos e todas,
inclusive da população mais jovem.”
Um dos destaques da Semana do Jovem Eleitor foi o
tuitaço realizado no dia 16 de março. Segundo dados
do Twitter, foram publicados durante essa
mobilização quase 7 mil (cerca de 6,8 mil) tuítes
com incentivos à retirada do título de eleitor, que
chegaram a quase 90 (88) milhões de pessoas. Mais de
4,7 mil usuários da plataforma publicaram sobre o
assunto ou compartilharam publicações de outras
pessoas.
Fonte: Agência Câmara
18/08/2022 -
Movimento Sindical lança projeto “Brasil em 200
nomes” para celebrar Bicentenário da Independência
Nesta segunda-feira (15), na Câmara Municipal de São
Paulo, as centrais sindicais Nova Central, CUT,
Força Sindical, UGT, CTB e CSB lançaram o projeto
“Brasil em 200 nomes” para comemorar o bicentenário
da independência, com uma seleção de 200 nomes de
personalidades que tiveram impacto positivo na vida
dos trabalhadores desde 1822.
Organizada por ordem de nascimento, a seleção
constituirá um panorama dos últimos 200 anos, desde
as lutas pela independência, pela República, pela
abolição, passando pelo modernismo, pelo trabalhismo
dos anos de 1930, pelas primeiras lutas sindicais e
políticas, pela resistência à ditadura militar, pela
redemocratização, construção das centrais sindicais,
até os dias atuais.
“Falar de independência é falar de liberdade. De
fato, somos livres, mas ainda enfrentamos desafios
históricos como o trabalho análogo à escravidão ou a
escravidão digital pelo algoritmo e pelos
aplicativos. E dessa união das centrais sindicais,
da reverência a esses nomes, fica evidente que a
nossa luta em defesa da classe trabalhadora nunca
pode parar. Pois o que seria de nós sem a luta de
outrora? ”, disse Wilson Santos, secretário-geral da
NCST-SP.
A diretora suplente da Secretaria da Mulher da NCST,
Kátia Rodrigues (Katita), participou do grupo
responsável pela leitura dos nomes selecionados. Os
nomes foram pesquisados, levantados e indicados por
um amplo grupo de trabalho que se formou em torno
das centrais.
Segundo a organização, a ideia foi dar à seleção um
caráter diversificado – contemplando diversos
setores da sociedade, progressista – relacionando
aqueles que de alguma forma são guiados por uma
concepção progressista da sociedade, e popular – com
nomes conhecidos e de grande projeção, ao lado
daqueles que merecem projeção e revitalização da
memória.
NCST presente na lista
José Calixto Ramos, ex-presidente da NCST, consta na
lista de homenageados por sua importante
contribuição ao Movimento Sindical. “Uma honra poder
participar de um evento de tamanha relevância
histórica e poder celebrar a inclusão de José
Calixto Ramos nessa seleta lista de grandes
lideranças sindicais, políticas e sociais. Calixto
deixa um legado sindical incomparável que continua
inspirando a mim e às novas gerações do movimento
sindical brasileiro”, disse Katita.
O projeto está disponível no site do Centro de
Memória Sindical.
Clique aqui e confira a lista na íntegra
Com informações do Centro de Memória Sindical
Fonte: NCST
18/08/2022 -
Terceira pesquisa da semana confirma dianteira de
Lula
Sondagem Genial/Quaest mostra ex-presidente com
12 pontos à frente de Bolsonaro, que tem 33%.
No segundo turno, diferença vai para 51% a 38%
Nova pesquisa sobre a corrida presencial, desta vez
da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17),
mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) 12 pontos percentuais à frente de Jair
Bolsonaro (PL) nas intenções de voto estimuladas,
com 45% contra 33%. Este é o terceiro levantamento
desta semana a cravar Lula na dianteira.
Segundo a pesquisa, Ciro Gomes (PDT) está em
terceiro com 6%, seguido por Simone Tebet (MDB), com
3%. Os candidatos Felipe d’Avila (Novo), José Maria
Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP), Sofia Manzano
(PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera Lúcia
(PSTU) não pontuaram. Ao todo, 6% declararam que
votarão em branco, nulo ou que não votarão, mesma
proporção do que se dizem indecisos.
No caso de um segundo turno, Lula teria 51% contra
38% de Bolsonaro das intenções estimuladas. A
diferença aumenta consideravelmente, 30%, quando o
recorte leva em conta aqueles que recebem o Auxílio
Brasil. Neste caso, Lula vai a 57% e Bolsonaro fica
com 27%.
A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 14 de
agosto, com duas mil pessoas e tem 95% de
confiabilidade. Está registrada no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01167/2022.
O resultado vai ao encontro das outras duas
pesquisas divulgadas nesta semana. Na segunda-feira
(15), sondagem do BTG Pactual mostrou que Lula
passou de 41% em 8 de agosto para 45% agora e
Bolsonaro se manteve com 34%. No mesmo dia foi
divulgada pesquisa Ipec mostrando Lula com 44%
contra 32% de Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
18/08/2022 -
Candidatos da bala crescem 27%; partido de Bolsonaro
é líder em candidaturas de policiais
Direita tem 94% das candidaturas de policiais; RJ
lidera entre os estados, seguido de SP e MG
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, é a
legenda com o maior número de candidatos policiais,
serão 232, número que representa 13% do total de
1.866 dos nomes ligados às forças de segurança.
O levantamento foi feito pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP), que utilizou os dados do
DivulgaCand, sistema de registro de candidaturas do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com as
informações do órgão, são 1.866 candidatos policiais
em 2022, um crescimento de 27%, em relação a 2018.
Os partidos de direita concentram 94,9% das
candidaturas dos policiais. Além do PL, de
Bolsonaro, PTB (141) e Republicanos (137) puxam a
lista. No outro espectro, caiu a participação de
profissionais das forças de segurança em siglas de
esquerda. Em 2018, eram 2,9%. Agora, em 2022, será
apenas 1,4%.
Entre os estados, o Rio de Janeiro encabeça a
relação, com 251 candidatos policiais, seguido por
São Paulo, que acumula 238, e Minas Gerais, que terá
126 nomes ligados às forças de segurança.
Policiais Militares são maioria, entre os
candidatos. Ao todo, serão 807 nomes da ativa.
Desses, 245 são reformados. Em seguida, aparecem os
policiais civis, com 188 concorrentes.
No regimento da Polícia Militar está previsto que
após dez anos os agentes possam se licenciar do
cargo para concorrer em eleições, sem prejuízo de
perda do posto.
Fonte: Brasil de Fato
18/08/2022 -
Lula quer isenção de Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil
“A gente vai tentar fazer com que a produção
pague menos, o lucro pague mais, a herança pague
mais. Nós vamos ter que encontrar um jeito”, disse
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) afirmou durante entrevista à rádio Super, de
Minas Gerais, nesta quarta-feira (17), avaliar a
possibilidade de subir o valor de isenção do Imposto
de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, caso seja
eleito.
“Não é possível que tudo tenha reajuste, menos a
tabela do trabalhador que paga Imposto de Renda. Eu
tenho a ideia de que nós vamos ter que escolher uma
faixa maior para a gente poder isentar. Não é
possível”, disse.
Ainda precisa ser discutido
A isenção, atualmente, vale para quem recebe até R$
1.903,98 mensais. A última correção da tabela foi
feita em 2015. Lula afirmou que o reajuste ainda
precisa ser discutido, sobretudo em razão do impacto
na arrecadação que vai gerar.
“Eu fico pensando por volta de R$ 5 mil. Ou seja,
até lá, a pessoa não precisaria pagar Imposto de
Renda. Mas vamos ter que discutir porque, na hora em
que você fizer isso, vai ter que deixar de arrecadar
uma quantidade enorme de dinheiro e vai ter que
dizer de qual outra fonte vai tirar recurso”,
comentou.
Lula falou também sobre a necessidade de fazer uma
reforma tributária. “Isso nós vamos ter que fazer,
não tem jeito. Será inexorável debater a nova
política tributária no Brasil. A gente vai tentar
fazer com que a produção pague menos, o lucro pague
mais, a herança pague mais. Nós vamos ter que
encontrar um jeito”, destacou.
Fonte: RevistaForum
18/08/2022 -
Democracia na mesa
Viver o sonho de uma Democracia plena é para o ser
humano a realização de seus sonhos, é ter
consciência que o futuro dos seus não estará
perdido.
Sonhar sobre conceitos é o que mais se faz,
esquecendo-se que o mal maior está sendo não colocar
a comida na mesa.
Como podemos estar felizes se o fantasma real da
fome persegue boa parte da população brasileira?
A mera oferta de um vilão qualquer, ao,
supostamente, saciar a necessidade da fome, pode se
transformar em um paradigma do bem.
Matar a fome momentânea nem sempre é a solução.
Aliás, poderá ser a moeda de troca dos tiranos de
sempre, que sempre estão de plantão.
Como governar um país continental, maior exportador
de alimentos do mundo e que tem potencial pra ser
ainda muito maior, com cerca de 40% de sua população
sem condições de colocar na mesa seu sustento?!
O sonho de uma Democracia sustentável é a certeza de
se ter uma paz social, onde o emprego pleno é seu
maior sustentáculo.
Quando tivermos governantes que vislumbrem tal
possibilidade, seremos uma sociedade feliz e
sustentável.
Professor Oswaldo Augusto de Barros é presidente da
Nova Central Sindical de Trabalhadores-NCST, da
CNTEEC e coordenador do FST
Fonte: Agência Sindical
18/08/2022 -
Prévia do PIB divulgada pelo BC aponta para
desaceleração econômica
Junho tem alta de 0,69% no IBC-Br em relação a
maio, mas resultado do segundo trimestre é inferior
aos três primeiros meses do ano, o que revela
desaceleração.
O Banco Central (BC) divulgou que o mês de junho
teve alta de 0,69% em comparação com maio na prévia
do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo é
sistematizado pelo Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br). No entanto, o resultado
aponta para um cenário de desaceleração econômica no
segundo trimestre (abril, maio e junho).
A variação do IBC-Br no primeiro trimestre de 2022
foi de 1,1%. Já no segundo trimestre, com o
resultado de junho em 0,69%, o aumento foi de apenas
0,57%, configurando a desaceleração.
Prévia de junho
O crescimento em junho ocorreu puxado pelo setor de
serviços que teve incremento com o dinheiro liberado
pelo governo. No período houve a antecipação do 13º
de aposentados, saque de FGTS e pagamentos de
programas como o Auxílio Brasil.
Apesar do resultado de junho, especialistas ouvidos
pela reportagem do Valor e Correio Brasiliense
acreditam em que a pressão inflacionária somada às
incertezas fiscais e políticas podem contribuir para
que o cenário de desaceleração econômica se
concretize.
Com isso, apontam que a taxa básica de juros (Selic)
em dois dígitos tem freado o consumo, fator
apontado, justamente, pela ligeira melhora do IBC-Br
em junho. Assim, os analistas apontam que se o
cenário atual for mantido, em 2023 o PIB terá um
recuo, e este processo já pode se concretizar no
último trimestre desse ano com a atual política
monetária.
Com informações Valor e Correio Braziliense
Fonte: Portal Vermelho
18/08/2022 -
IGP-10 tem queda de preços de 0,69% em agosto
Tanto os preços do atacado quanto os do varejo
tiveram deflação no mês
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou
deflação (queda de preços) de 0,69% em agosto deste
ano. No mês anterior, a inflação medida pelo
indicador foi de 0,60%. Em agosto do ano passado, a
alta de preços havia sido de 1,18%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17)
pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 acumula
taxa de inflação de 8,43% no ano. Em 12 meses, a
taxa acumulada chega a 8,82%, abaixo dos 32,84%
acumulados em agosto de 2021.
Tanto os preços do atacado quanto os do varejo
tiveram deflação em agosto. O Índice de Preços ao
Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, teve
deflação de 0,65% no mês, ante inflação de 0,57% em
julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o
varejo, passou de uma inflação de 0,42% em julho
para deflação de 1,56% em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
também teve queda na taxa de julho para agosto, mas
ainda continuou registrando inflação. A taxa caiu de
1,26% em julho para 0,74% em agosto.
Fonte: Agência Brasil
17/08/2022 -
Novo presidente do TST já fez críticas à ‘reforma’
trabalhista e propôs novo modelo sindical
Para ele, o que cria emprego não é a lei, mas
estímulo à atividade econômica
Eleito segunda-feira (15) para a presidência do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro
Lelio Bentes Corrêa já externou críticas à Lei
13.467, a “reforma” trabalhista implementada no
final de 2017. Para ele, embora o país necessitasse
de mudanças, a lei não cumpriu o que prometeu em
relação à criação de empregos. Para que isso
aconteça, observou, é preciso haver crescimento
econômico.
“Não se consegue alterar a realidade pela edição de
uma lei”, afirmou em 2019. Há vários exemplos no
mundo, e a Espanha é um deles, que deixam muito
claro que o que realmente leva à geração de empregos
é o fomento à atividade econômica.” Recentemente, o
país europeu reformulou sua legislação, após
negociações envolvendo representantes de
trabalhadores e empresários. Ao mesmo tempo, o
ministro se manifestou contrário ao princípio da
unicidade – a lei permite a criação de apenas um
sindicato por base territorial.
Posse em outubro
O futuro presidente foi eleito, por unanimidade, em
sessão extraordinária do Pleno do TST. Além deles,
foram escolhidos Aloysio Corrêa da Veiga como vice e
Dora Maria da Costa para corregedora-geral. A posse
está marcada para 13 de outubro.
O atual presidente, Emmanoel Pereira, terá
aposentadoria compulsória. “É preciso estabilizar as
decisões e a segurança jurídica, mas preservando
patamar civilizatório mínimo de direitos, buscar
incansavelmente as garantias da cidadania, a
dimensão social da magistratura, a humanização do
Poder Judiciário, a aproximação com a sociedade,
especialmente os excluídos, as minorias e os
hipossuficientes”, afirmou ontem, ressaltando o
momento “sensível” do país.
Proteção a direitos
“A Justiça do Trabalho não faltará com o nosso país,
nesse momento que clama por entendimento, diálogo,
sensibilidade, humanismo”, discursou o presidente
eleito. “É aqui que os mais humildes encontram
proteção contra a violação de seus direitos, que
buscam acolhimento os que foram maltratados pela
vida no curso de sua atividade profissional.”
Aos 57 anos, 19 deles no TST, Corrêa nasceu em
Niterói (RJ). Formou-se em Direito pela Universidade
de Brasília. Ele integrou o Ministério Público do
Trabalho, onde chefiou a Coordenadoria Nacional de
Combate ao Trabalho Infantil e Proteção do
Trabalhador Adolescente. Também integrou a Comissão
de Peritos em Aplicação de Normas Internacionais, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte: Rede Brasil Atual
17/08/2022 -
Pesquisa Ipec aponta chance de vitória de Lula no
primeiro turno
Ex-presidente tem 44% contra 41% dos adversários
somados
Pesquisa do Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta
segunda-feira (15) mostra liderança do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 44% de
intenções de voto. O atual presidente Jair Bolsonaro
(PL) tem 32%.
Ciro Gomes (PDT) tem 6%, Simone Tebet (MDB) aparece
com 2% e Vera Lúcia (PSTU) chega a 1%. Brancos e
nulos são 8%, não sabem ou não responderam somam 7%.
Eymael (DC), Felipe d’Avila (Novo), Léo Péricles (UP),
Pablo Marçal (PROS), Sofia Manzano (PCB) e Soraya
Thronicke (União) foram citados, mas não alcançaram
1% das intenções de voto cada um.
No total, Lula supera a soma dos seus adversários,
que junto tem 41% contra 44% do ex-presidente, o que
mostra possibilidade de triunfo no primeiro turno.
O Ipec realizou 2.000 entrevistas pessoais, com a
aplicação de questionário estruturado junto a uma
amostra representativa do eleitorado. A margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou para
menos e está registrada no TSE sob o número
BR-03980/2022.
Última pesquisa Ipec para presidente
Na sondagem anterior do Ipec realizada nacionalmente,
em dezembro de 2021, Lula aparecia na liderança, com
48% das intenções de votos no primeiro turno, contra
21% de Bolsonaro. O resultado garantia ao petista a
vitória em primeiro turno.
Àquela altura, Sergio Moro (União Brasil), André
Janones (Avante) e Joao Doria (PSDB) ainda estavam
entre os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, mas
os três desistiram de disputar o cargo de
presidente.
Fonte: Brasil de Fato
17/08/2022 -
Maioria dos parlamentares vota contra pautas de
interesse do povo
Congresso mais à direita tem se posicionado
majoritariamente contra pautas de interesse dos
trabalhadores e a favor de outras que atacam o meio
ambiente e os indígenas
Boa parte do parlamento brasileiro ainda é pouco
permeável a pautas de interesse dos trabalhadores e
da sociedade. Cerca de 68% da Câmara têm votado
contra o meio ambiente, indígenas e trabalhadores
rurais. E quase metade dos deputados e senadores da
atual legislatura votaram contra matérias favoráveis
à classe trabalhadora.
O primeiro dado foi aferido pelo Ruralômetro,
plataforma do site Repórter Brasil. De acordo com a
ferramenta, 68% da Câmara, ou dois a cada três
deputados, foram favoráveis a medidas que
contribuíram para o desmonte socioambiental
promovido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Conforme aponta o site, esses parlamentares
apresentaram projetos de lei e votaram mudanças
legislativas que prejudicam a fiscalização
ambiental, favorecem atividades econômicas
predatórias, precarizam a legislação trabalhista,
dificultam o acesso a benefícios sociais e travam a
reforma agrária, dentre outros retrocessos apontados
por organizações socioambientais.
Para chegar a tal conclusão, foram analisadas 28
votações nominais e 485 projetos de lei apresentados
na atual legislatura. As propostas e os votos foram
classificados a partir da análise de 22 organizações
especializadas em temas sociais, ambientais e
trabalhistas.
Segundo destacou ao site o cientista político
Cláudio Couto, professor de gestão pública da FGV
(Fundação Getulio Vargas), “com a onda bolsonarista
de 2018, foi eleito um Congresso muito mais à
direita que os anteriores. E ainda temos um governo
anti-indígena e antiambiental, que construiu uma
base de apoio no Legislativo com o centrão e dá
reforço institucional a essa agenda radical e
regressiva”.
Dentre alguns desses projetos aprovados destacam-se
o PL 6.299/2002, que libera o uso de agrotóxicos,
incluindo os comprovadamente cancerígenos, sem
necessidade de aprovação da Anvisa; o PL 2633/2020,
que afrouxa a fiscalização fundiária e facilita a
grilagem de terras públicas, e o PL 3729/2004, ou
Lei Geral do Licenciamento Ambiental, que elimina o
licenciamento em alguns casos, cria o
autolicenciamento em outros e enfraquece o papel das
agências ambientais.
Outro levantamento, este feito pelo Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap),
aponta que 49,6% dos parlamentares votaram contra
propostas de interesse da sociedade e dos
trabalhadores.
Os dados resultam de análise feita a partir da
plataforma “Quem foi quem no Congresso Nacional”,
lançada recentemente pelo Diap e disponível em seu
site. Segundos os dados colhidos pelo órgão, tendo
como base a posição adotada durante as votações nas
duas Casas, do universo total de deputados e
senadores, que somam 594 parlamentares, 295 votaram
contra todas as propostas de interesse da classe
trabalhadora. Foram favoráveis 129 parlamentares, ou
21,7% do total.
Entre as matérias analisadas estão, por exemplo, a
PEC 6/2019, da reforma da previdência
(aposentadorias e pensões). O primeiro turno no
Senado teve 56 votos favoráveis contra apenas 19
contrários; o segundo, manteve praticamente a mesma
configuração: 60 a 19. A política de valorização do
salário mínimo, por sua vez, teve, na votação do
mérito, 222 deputados contrários e 126 favoráveis
aos trabalhadores.
Fonte: Portal Vermelho
17/08/2022 -
Auxílio Brasil chega ao povo desgastado pela
inflação e pobreza avança
Inflação, avanço da pobreza e insegurança
alimentar tem formado um cenário que coloca o
aumento eleitoreiro para R$600 do Auxílio Brasil com
efeito limitado.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu o aumento
temporário do Auxílio Brasil para R$600 em uma
tentativa de crescer nas pesquisas de intenção de
voto. No entanto, o valor chega defasado ao bolso
dos brasileiros e brasileiras e não tem sido um
alento para as famílias, que vivem com o avanço da
pobreza, inflação alta e insegurança alimentar.
Nesta semana o IBGE apontou que a inflação teve alta
de 26,5% de 2019 até junho de 2022, puxada pelos
alimentos. Somente no mês de julho, o leite, item
fundamental para a mesa de grande parte da
população, acumulou um aumento de 25,46%, segundo
dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo).
Reportagem da Folha de São Paulo traçou este quadro
e averiguou que em bolsões de pobreza,
principalmente no Nordeste e Centro-Oeste, o efeito
do auxílio é incerto como tática eleitoral do
bolsonarismo.
Avanço da pobreza
Como o Portal Vermelho vem noticiando, a pobreza vem
crescendo no Brasil de forma alarmante. Dados
apontam que mais de 33 milhões de brasileiros estão
passando fome.
Além disso, com Bolsonaro a pobreza cresceu e atinge
63 milhões de brasileiros. Outro dado assustador
aponta que 1,8 milhão de famílias entraram na
pobreza extrema nos dois primeiros meses deste ano.
Reajuste de três meses
O reajuste em 200 reais por apenas três meses
promovido por Bolsonaro não ajuda a pagar todas as
contas, segundo as famílias. O Auxílio tem servido
como complemento de renda, mas com a escalada de
preços, em especial dos alimentos, a população não
consegue manter a condição de vida. Com isso, as
famílias acabam consumindo menos alimentos e
alimentos com menor valor nutricional.
Dessa forma, existe uma percepção de que o reajuste
é eleitoreiro, conforme aponta a reportagem.
Conforme pesquisa Datafolha, 61% dos eleitores
enxergam que Bolsonaro quer ganhar votos com o
aumento, enquanto 56% veem o aumento como
insuficiente.
Como indica pesquisador consultado pela Folha, o
auxílio ou a lembrança de outros benefícios não são
capazes, sem outros elementos, de garantir voto. Na
opinião trazida, a demonstração de quem é capaz de
oferecer um futuro melhor é mais importante.
Assim, o Auxílio Brasil com aumento temporário não
muda voto, somente fundamenta o voto de quem já
tendia a votar em Bolsonaro a decidir por ele.
Por outro lado, o Auxílio Brasil provisório pode ter
efeito adverso uma vez que grande parte da população
recebeu auxílio emergencial durante parte da
pandemia, cerca de 47 milhões de pessoas, e agora
não recebe nada.
Informações Folha de São Paulo
Fonte: Portal Vermelho
17/08/2022 -
Promulgada lei que flexibiliza regras trabalhistas
no caso de estado de calamidade
Foi publicada nesta terça-feira (16) no Diário
Oficial da União a lei que institui regras
trabalhistas alternativas em períodos de calamidade
pública. A Lei 14.437 é derivada da MP 1.109/2022,
que foi ratificada pela Câmara e pelo Senado sem
mudanças e encaminhada à promulgação.
As regras valem para estado de calamidade decretado
em âmbito nacional ou estadual e municipal com
reconhecimento pelo governo federal. A lei
estabelece possibilidade de teletrabalho,
antecipação de férias individuais e concessão de
férias coletivas, aproveitamento e antecipação de
feriados, banco de horas e suspensão da
exigibilidade dos recolhimentos do FGTS.
A Lei 14.437 retoma, com algumas mudanças, regras do
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda, que foi adotado durante a crise causada pela
pandemia de covid-19. O programa passa a ser
permanente e poderá ser instituído sempre que houver
estado de calamidade pública.
Com o programa, contratos de trabalho poderão ser
suspensos temporariamente, com a concessão do
Benefício Emergencial (BEM), a ser pago mensalmente
como compensação aos trabalhadores atingidos. Além
da suspensão temporária dos contratos, será possível
a redução proporcional da jornada de trabalho e do
salário.
O texto também dá poderes ao Ministério do Trabalho
para suspender a exigibilidade do pagamento de FGTS
por até quatro meses nos estabelecimentos situados
em municípios com estado de calamidade pública
reconhecido pelo governo federal. A suspensão é
facultativa para o empregador.
Preservar empregos e renda, garantir a continuidade
das atividades e reduzir o impacto social decorrente
do estado de calamidade pública foram os objetivos
apresentados pelo Executivo quando da edição da MP.
A medida foi editada em março e aprovada por
deputados e senadores em 2 e 3 de agosto,
respectivamente; o texto perderia a validade em 7 de
agosto. A escassez de tempo para a aprovação foi um
dos motivos alegados pelo relator da matéria no
Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), para rejeitar todas
as 172 emendas apresentadas pelos parlamentares.
Porém, a pressa na análise do texto foi alvo de
críticas de senadores, que cobraram uma discussão
mais aprofundada do texto na forma de projeto de
lei.
Fonte: Agência Senado
16/08/2022 -
Lula tem 45% e
lidera
Com amplo apoio sindical e nas classes mais pobres,
o ex-presidente Lula se mantém à frente das
pesquisas. Levantamento do Instituto FSB, divulgado
segunda, dia 15, mostra Lula com 45% das intenções
de voto, Bolsonaro, 34%. Todos os candidatos, afora
Lula, somam 46% das intenções de voto.
O levantamento telefônico do Instituto FSB é sempre
esperado pelo mercado financeiro, uma vez que o FSB
tem ligações com o banco Pactual. O 45% apontam para
a possibilidade de o ex-presidente vencer a eleição
já no primeiro turno, mas ainda é prematura qualquer
conclusão a esse respeito.
Pauta – O sindicalismo espera de Lula, se eleito, a
revisão da reforma trabalhista feita por Michel
Temer e também a adoção de propostas aprovadas pela
Conclat, dia 7 de abril.
Fonte: Agência Sindical
16/08/2022 -
Precarização deve ficar no passado
Crescimento econômico socioambiental sustentável é
sinônimo de incremento virtuoso da produtividade.
Para tanto, exige projeto estratégico coetâneo à
revolução tecnológica em curso, à expansão das
energias renováveis, às mudanças locacionais do
sistema produtivo globalizado e ao fundamento do
direito de todos ao trabalho digno. Um projeto pelo
qual iremos transformar o Brasil em uma nação
desenvolvida que coopera para superar desigualdades,
a pobreza e a emergência climática e ambiental, que
promove a solidariedade e a paz.
A face econômica desse projeto de nação que o país
pode e deve trilhar exige implementar e difundir no
tecido produtivo e na atuação do Estado os elementos
que favorecem ao incremento virtuoso da
produtividade. Estas podem ser algumas das dimensões
constitutivas desse projeto:
• agregar valor em um sistema produtivo que inova;
• fazer crescer a renda per capita a partir do
aumento dos salários de base;
• investir em educação de qualidade, desde a
infância e durante toda a vida;
• avançar na relação virtuosa entre trabalho e
tecnologia.
O Brasil vai deixar para o passado o espectro da
destruição, da estagnação e da mediocridade, que
expropria nossas riquezas naturais, explora nossa
capacidade de trabalho e torna esse país rico em uma
nação de milhões de pobres que passam fome.
Um plano de país e de nação exige compartilhar uma
visão de futuro sobre desenvolvimento econômico e
social que deve se materializar em compromissos de
transformação por um longo período.
Compartilhar compromissos é a essência do diálogo
social promovido por organizações representativas
capazes de mobilizar capacidades e encantar sonhos.
Diálogo social é o trabalho político que opera
convergência entre diferentes e divergentes, concebe
projetos, estratégias e planos e os implementa.
O programa de incremento virtuoso da produtividade é
obra da negociação de alto nível entre trabalhadores
e empresários, mas também entre capital e trabalho.
São projetos negociados para superar as
desigualdades de produtividade entre pequena, médias
e grandes empresas; para industrializar uma economia
com base em energia renovável que recupera e
preserva o meio ambiente; que inova por investir em
pesquisa e educação; que cria empregos de qualidade
com bons salários e financia de forma adequada a
proteção social, laboral e previdenciária para todas
as formas de ocupação.
Para que isso ocorra é necessário imediatamente
inovar no sistema de relações de trabalho. Tal
movimento, é possível com o fortalecimento da
negociação coletiva, a valorização dos sindicatos e
sua autonomia organizativa por meio de instrumentos
de autorregulação e de solução de conflitos.
Trata-se de um outro caminho futuro àquilo que há 5
anos as profundas mudanças trabalhistas e sindicais
consignadas nas Lei 13.467/2017 e 13.429/2017
(terceirização) realizam.
Essa legislação legalizou o estado precário e
desprotegido de milhões que trabalham em ocupação
informal no heterogêneo mundo do trabalho
brasileiro. Em um país no qual as pequenas empresas
têm 10% da produtividade das grandes e empregam 60%
dos trabalhadores, a legislação tornou legal e
seguro reproduzir essa desigualdade. Também promoveu
a estagnação econômica, o atraso tecnológico, os
baixos salários e os precários postos de trabalho.
O já flexível mundo do trabalho brasileiro legalizou a
precarização, buscou quebrar as resistências
coletivas dos sindicatos e o poder da Justiça. Essa
reforma protegeu o estado de penúria de uma economia
que se reproduz pela produtividade espúria que
explora, concentra, expropria. Temos vivido no país
iniciativas semelhantes com o mesmo fim, o de
rebaixar a régua civilizatória. Tais como: proteger
garimpos e pesca ilegais, explorar terra indígenas,
derrubar florestas e destruir biomas; fazer vistas
grossas ao trabalho infantil e o análogo ao escravo;
o mau uso dos recursos fiscais. Infelizmente a lista
ocuparia o espaço de alguns artigos.
Definitivamente, esse é um péssimo caminho.
Nossa opção como nação deve ser o de conceber e
compromissar outra trajetória para o desenvolvimento
do país. Na economia, por um projeto negociado e
compartilhado de incremento virtuoso da
produtividade e de distribuição justa dos frutos do
trabalho de todos.
Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, consultor e assessor
das Centrais Sindicais.
Artigo publicado no site Poder 360
Fonte: Agência Sindical
16/08/2022 -
Descontente com Bolsonaro, Centrão pode migrar para
Lula
Centrão quer manter diálogo com o próximo
presidente. Para especialista, “esses partidos não
fecham portas a nenhum candidato que tenha realmente
pretensões reais ao cargo”
O início da campanha eleitoral é visto como decisivo
para partidos e lideranças do Centrão, hoje
abrigados sob a candidatura à reeleição do
presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas últimas semanas,
o grupo começou a registrar as primeiras defecções.
Mas, conforme o UOL, diversos candidatos e setores
já ensaiam uma debandada maior, rumo à campanha do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que
lidera as pesquisas de intenção de voto.
Um gesto significativo nesse sentido foi a adesão do
deputado federal Neri Geller (PP-MT), candidato ao
Senado e “um dos representantes da bancada
ruralista” no Congresso. O Mato Grosso é um dos
estados onde o agronegócio tem mais força – e, por
isso, o apoio de Geller a Bolsonaro seria natural.
Porém, em julho, o parlamentar costurou o apoio do
PT – e de Lula.
“Ex-ministro da Agricultura no governo Dilma
Rousseff (2014), Geller está conversando com as
lideranças do PT e encaminhando uma aliança no seu
estado e também no setor, o que parece já render
frutos para o lado petista”, diz o UOL. Se em 2018 o
agro aderiu com força a Bolsonaro, agora Lula
conseguiu atrair uma e outra fração ruralista.
Tanto que “algumas das principais associações do
agronegócio”, como a Abiec (Associação Brasileira
das Indústrias Exportadoras de Carnes), já se
posicionaram a favor da democracia e contra o
golpismo de Bolsonaro. Essas entidades “assinaram o
manifesto da Coalizão Brasil Clima, Florestas e
Agricultura, movimento pró-sistema eleitoral que
reúne 300 companhias do agronegócio, indústria e
varejo, entidades e organizações ambientalistas”.
O UOL também lembra que, no Piauí, o PP
(Progressistas) foi ao TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) para impedir que materiais de campanha de
seus candidatos tenham fotos de Bolsonaro. O Piauí
apoia a candidatura ao governo do estado de Silvio
Mendes (União Brasil), que declarou não fazer
campanha para o presidente.
Interlocutores do Centrão reclamam da falta de
compromisso de Bolsonaro com o grupo. O presidente
não pagou a maior parte das emendas “orçamento
secreto”, no que parece ser uma chantagem para
manter parlamentares desses partidos alinhados por
mais tempo ao governo.
Mesmo assim, o Centrão quer manter diálogo com o
próximo presidente, seja ele quem for. “No Norte e
no Nordeste, as lideranças políticas em geral
flertam com Lula. Bolsonaro tem mais adesão no Sul e
no Sudeste”, lembra André César, cientista político
e analista da Hold Assessoria Legislativa. Segundo
ele, apesar da “campanha acirrada” em 2022, “esses
partidos não fecham portas a nenhum candidato que
tenha realmente pretensões reais ao cargo”.
Fonte: Portal Vermelho
16/08/2022 -
Redução salarial em massa não pode ocorrer sem
negociação coletiva
O empresário, ao estipular a remuneração para
determinado cargo ou atividade, não pode reduzir o
valor daquele trabalho sem qualquer pactuação
coletiva. Com esse entendimento, a juíza Germana de
Morelo, da 13ª Vara do Trabalho de Vitória (ES),
determinou que uma empresa deve restituir o salário
de 1.500 funcionários que tiveram a remuneração
reduzida, mas continuaram desempenhando as mesmas
funções.
O Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação e Afins
do Espírito Santo entrou com uma ação coletiva
alegando que a Chocolates Garoto modificou, de forma
proposital, o nome do cargo de "auxiliar de
fabricação" para "auxiliar de produção", passando a
pagar valores inferiores para o desempenho de
funções idênticas.
A empresa afirmou que que não alterou a nomenclatura
dos cargos para diminuir salários e que a função de
auxiliar de produção existe desde 2015, não
existindo mais a função de auxiliar de fabricação
atualmente.
Com a decisão, a Chocolates Garoto também foi
condenada a pagar a diferença dos salários desde a
mudança na remuneração.
A magistrada considerou que a redução salarial em
massa só é possível por meio de negociação coletiva,
segundo o princípio da irredutibilidade salarial. De
acordo com ela, a empresa "de forma grosseira, se
valeu de mera alteração da nomenclatura de um cargo
ocupado por mais de 1500 empregados" para reduzir os
custos empresariais.
A juíza destacou que "em um país onde os salários já
são baixos e mal conseguem satisfazer as
necessidades básicas de sobrevivência do trabalhador
é, no mínimo, insensível se valer deste artificial
expediente para reduzir salários".
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0001185-11.2018.5.17.0013
Fonte: Consultor Jurídico
16/08/2022 -
Precarização agravou os riscos psicossociais do trabalho
Pesquisadora analisa consequências do trabalho em
plataformas, sob domínio de algoritmos e sem
interlocução
Estudos sobre o trabalho em plataformas mostram “a
existência de fatores de riscos psicossociais do
trabalho (RPS) adoecedores”, afirma em artigo a
pesquisadora ergonomista Thaís Helena de Carvalho
Barreira, da Fundacentro. Isso exige “atenção
pública” no que diz respeito a direitos sociais e
trabalhistas, diz ainda a doutora em Ciências
Políticas pela University of Massachusets-Lowell,
dos Estados Unidos. O texto foi publicado no site da
Fundacentro.
Logo no início, a autora expõe as dificuldades,
inclusive, de situar a atividade no contexto do
mercado de trabalho. “A atividade laboral realizada
em empresas-plataforma (Uber, IFood etc.)
caracteriza-se como aquele realizado em
configurações de trabalho atípicas, em que não há
relações laborais claramente estabelecidas e o
trabalhador se vê, na maior parte das vezes,
sozinho, sem interlocução para questões trabalhistas
básicas, como com quem negociar sua remuneração,
suas condições de trabalho, sua jornada, seu dia de
folga ou como resolver conflitos, dada a pouca
autonomia.”
Ela lembra ainda que, no trabalho em plataformas, “a
gestão é padronizada por algoritmos, e realizada por
Inteligência Artificial (IA), sem interlocução
humana e humanizada”. Dessa forma, o trabalhador
“fica submetido a condições organizacionais
prescritas rigidamente que, além de reduzirem a
margem de manobra nas situações conflituosas e de
dificuldades que requerem criatividade para traçar
estratégias de resolução dos problemas, podem
provocar ‘pane’ no entregador”. Além disso, ele tem
de conviver com “regras ameaçadoras”.
Sem planejamento, com punição
A pesquisadora aborda essa política de punições.
“Entregadores, nas redes sociais, relatam que após
dias parados, por doença, pausa de descanso e tempo
social com a família e amigos, percebem que o
aplicativo demora mais para chamá-los para novas
entregas. São punidos por horas e dias até voltarem
a ser chamados, mas não têm com quem conversar para
justificar o tempo afastado do trabalho. Não existe
interlocução da gestão com os trabalhadores para
planejamento conjunto de agendas individuais”,
observa Thaís.
Além disso, a avaliação dos clientes é “muito
incerta”, acrescenta. Nessa “relação algorítmica do
serviço”, como diz, a pontuação nem sempre
“reconhece o esforço humano, o sorriso no rosto do
trabalhador e que este não tem autonomia sobre a
qualidade do artigo entregue”.
Assim, diante de um trabalho com remuneração
variável e incerteza na distribuição de chamadas,
muitas vezes o entregador precisa esticar sua
jornada, o que também não garante um resultado
melhor. E traz outras consequências negativas. “Essa
dedicação temporal, por vezes, dificulta que o
trabalhador estabeleça um equilíbrio entre o tempo
de vida fora do trabalho – em casa, com a família e
de descanso – e o tempo disponível para o trabalho
na rua.”
Fonte: Rede Brasil Atual
16/08/2022 -
Comissão debate assédio sexual no ambiente de
trabalho
A Comissão de Trabalho, de Administração e
Serviço Público da Câmara dos Deputados discute na
próxima quinta-feira (18) questões relacionadas ao
assédio sexual no ambiente de trabalho. O debate foi
solicitado pela deputada Erika Kokay (PT-DF)
Segundo a deputada, têm sido cada vez mais
frequentes as denúncias de assédio sexual no
ambiente de trabalho. “De acordo com dados do
Ministério Público do Trabalho, em média, é
registrada mais de uma denúncia dessa prática
delituosa por dia. Esses dados são subestimados,
pois na grande maioria dos casos a mulher não
denuncia por medo de perder o emprego, tendo em
vista que, muitas vezes, essa conduta é praticada
pelo superior hierárquico, que se aproveita da sua
relação de poder ou influência para isso”, afirma.
Erika Kokay destaca que é considerado assédio sexual
qualquer comportamento com conotação sexual no
ambiente de trabalho, como contato físico
indesejado, comentários de cunho sexual, convites,
dentre outros, que resulte em constrangimento da
vítima e ofenda a dignidade da mulher.
Foram convidados, entre outros:
- o presidente do Conselho de Administração da Caixa
Econômica Federal (CEF), Rogério Bimbi;
- a representante eleita dos Empregados no Conselho de
Administração da CEF, Rita Serrano; e
- o presidente da Federação Nacional das Associações
do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae),
Sérgio Takemoto.
O debate será realizado às 14h30, no plenário 10.
Fonte: Agência Câmara
15/08/2022 -
Movimento Sindical celebra o Bicentenário da
Independência com o projeto “Brasil em 200 nomes”
nesta segunda (15)
Para comemorar o bicentenário da independência as
centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central e CSB apresentarão uma seleção de 200
nomes de personalidades que tiveram impacto positivo
na vida dos trabalhadores desde 1822.
Organizada por ordem de nascimento, a seleção
constituirá um panorama dos últimos 200 anos, desde
as lutas pela independência, pela República, pela
abolição, passando pelo modernismo, pelo trabalhismo
dos anos de 1930, pelas primeiras lutas sindicais e
políticas, pela resistência à ditadura militar, pela
redemocratização, construção das centrais sindicais,
até os dias atuais.
São nomes pesquisados, levantados e indicados por um
amplo grupo de trabalho que se formou em torno das
centrais. A ideia foi dar à seleção um caráter
diversificado – contemplando diversos setores da
sociedade, progressista – relacionando aqueles que
de alguma forma são guiados por uma concepção
progressista da sociedade, e popular – com nomes
conhecidos e de grande projeção, ao lado daqueles
que merecem projeção e revitalização da memória.
O projeto Brasil em 200 nomes será lançado no dia 15
de agosto de 2022, às 10 horas, na Câmara Municipal
de São Paulo, com a palestras e a apresentação da
Corporação Musical Operária da Lapa.
Após esta data o projeto ficará disponível no site
do Centro de Memória Sindical que hospedará a lista,
o material “Brasil em 200 obras”, além de artigos e
uma linha do tempo das lutas dos trabalhadores.
Fonte: Centro de Memória Sindical
15/08/2022 -
Desemprego segue maior entre mulheres, negros e
jovens, e 30% procuram emprego há mais de dois anos
Quase dois terços dos desempregados eram pretos e
pardos, segundo o IBGE. Eles também ganham menos
O desemprego explicita as desigualdades no país,
conforme mostra o detalhamento da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado
nesta sexta-feira (12) pelo IBGE. As taxas médias de
desemprego variam de 5% a 15%, dependendo da unidade
da federação, e há estados com 60% de informalidade,
para uma média nacional, já alta, de 40%. A exclusão
atinge principalmente jovens, negros e mulheres.
De acordo com o IBGE, a taxa média de desemprego foi
de 9,3% no segundo trimestre, mostrando tendência de
recuo. As maiores foram registradas na Bahia
(15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). E as
menores, em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso
(4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).
Informalidade: 39 milhões
A variação também é grande no recorte de gênero e
raça. O desemprego tem taxa de 7,5% entre os homens
e sobe a 11,6% no caso das mulheres. Também fica
abaixo da média nacional entre brancos (7,3%) e
acima tanto para pretos (11,3%) como para pardos
(10,8%), classificação usada pelo instituto. Quase
dois terços dos desempregados (64,7%) eram pretos ou
pardos. E a população de 25 a 59 anos representava
58,5% dos desempregados – os jovens de 18 a 24 anos,
31%. Para esse último grupo, a taxa de desemprego é
mais alta (19,3%).
Ainda segundo a pesquisa, a taxa de informalidade,
que se mantém em 40%, sobe a 61,8% no Pará, a 59,4%
no Maranhão e a 57,7% no Amazonas. É menor,
principalmente, em Santa Catarina (27,2%), São Paulo
(31,1%) e Distrito Federal (31,2%). São 39,3 milhões
de trabalhadores informais, 10% a mais em relação a
igual período de 2021. Já os desalentados somam 4,3
milhões, sendo 612 mil na Bahia. A média nacional é
de 3,8%, mas sobe a 14,8% no Maranhão e 13,7% m
Alagoas.
O percentual de ocupados que trabalham por conta
própria chega a 26,2%. É maior no Amapá (35,7%),
Rondônia (35,3%) e Amazonas (35%) e o menor no
Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%)
e São Paulo (23,2%).
Rendimento também desigual
Estimado em R$ 2.652, o rendimento médio ficou estável
no trimestre, mas teve queda de 5,1% em um ano.
Nesse período, a renda caiu nas regiões Nordeste,
Sul e Sudeste. O rendimento médio das mulheres
representa 78,6% do recebido pelos homens. E
ocupados de cor preta, 59% do rendimento médio dos
brancos.
Em relação ao tempo de procura por emprego, no
segundo trimestre 29,6% estavam há dois anos ou mais
sem encontrar. Eram 2,985 milhões de pessoas nessa
situação. Em 2012, esse percentual era de 23%. E
42,5%, de um mês a menos de um ano (49,2%).
Fonte: Rede Brasil Atual
15/08/2022 -
Carta aos Brasileiros já supera 1 milhão de
assinaturas
No dia em que ocorreram atos em todo o País em
defesa da democracia, do sistema eleitoral e da
justiça, a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em
Defesa do Estado Democrático de Direito superou 1
milhão de assinaturas. Quinta (11), pela manhã,
ocorreu a leitura do documento nas Arcadas da
Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco,
Centro de SP.
Para o jornalista Jamil Cade, a ameaça autoritária
recebeu uma resposta inequívoca de uma sociedade
plural e comprometida com a liberdade. Já o
ex-presidente da Associação Juízes para a
Democracia(AJD), Marcelo Semer, avalia que o
documento serviu de repúdio à ameaça golpista contra
as eleições. “Não é uma carta libertária nem mesmo
progressista. O consenso mínimo que a envolve é a
legitimidade da eleição de 2022. Não é mais do que
isso. E, ao mesmo tempo, foi bastante”, destacou.
A Carta aos Brasileiros teve apoio do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em
suas redes sociais, Moraes destacou o caráter
histórico da ata e ressaltou a solidez e a fortaleza
da democracia e do sistema eleitoral. “Alicerces
essenciais para o desenvolvimento do Brasil”,
enfatizou. Vale lembrar que o ministro assumirá na
próxima semana a presidência do Tribunal Superior
Eleitoral.
Sindicalismo – O movimento sindical teve forte
presença nas manifestações que ocorreram em todo o
País. Em São Paulo, na sessão solene ocorrida no
Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, Miguel
Torres destacou o papel decisivo que a classe
trabalhadora terá nesta tarefa.
“Não podemos admitir que o presidente da República
desrespeite a Constituição que jurou respeitar. Esse
ato reforçou o compromisso inabalável com as
instituições. Foi, sem sombra de dúvidas, uma grande
celebração da democracia. Um ato simbólico e
histórico”, avalia Miguel.
*Com informações da Rede Brasil Atual.
Fonte: Agência Sindical
15/08/2022 -
Lula promete tornar permanente Auxílio Brasil de R$
600
Afirmação foi feita em live com o deputado
federal André Janones, que atingiu 20 milhões de
visualizações, batendo transmissão de Bolsonaro em
cerca de 12 milhões.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu
que, caso eleito, irá tornar permanente o Auxílio
Brasil no valor de R$ 600. A promessa foi feita,
neste sábado (13) em live nas redes sociais com o
deputado federal André Janones (Avante), que contou
com 20 milhões de visualizações enquanto outra live,
realizada por Bolsonaro, contou com cerca de 8
milhões. Em 4 de agosto, Janones desistiu de sua
candidatura à Presidência para apoiar o
ex-presidente.
Lula criticou Bolsonaro pelo caráter temporário do
benefício. “O Bolsonaro colocou o auxílio
emergencial na lei até dezembro. Ele percebeu a
bobagem e agora está dizendo que vai continuar.
Agora se ele quisesse que continuasse ele fazia sem
colocar o fim em dezembro”, afirmou. “Só gente
comprometida com o povo como nós pode garantir a
continuidade do auxílio. Obrigado André Janones pelo
apoio nesta causa”, acrescentou ele, que defendeu a
manutenção do benefício enquanto não acabam a fome e
a miséria e voltou a afirmar que não há explicação
para um país como o Brasil ter pessoas passando
fome. Segundo Lula, o pequeno e médio produtor
agrícola também deveriam recebendo o auxílio
necessário para produzir mais alimentos, como feijão
e arroz.
O ex-presidente disse ainda que, diferentemente do
Auxílio Brasil, o Programa Bolsa Família estava
acompanhado de outras políticas públicas de
assistência social. “O Bolsa família não era só para
distribuir dinheiro. Era para cuidar das pessoas.
Para a criança ir na escola, a mulher poder cuidar
da sua saúde”, comparou.
Dia dos Pais
De acordo com Lula, os pobres têm que ser respeitados
não somente em época de eleição. Nós vamos disputar
as eleições para cuidar do povo. Eu comi pão pela
primeira vez com 7 anos. Meu café da manhã era uma
cuia de farinha com café preto. 72 anos depois temos
mais uma vez crianças que não podem tomar um bom
café da manhã”, lamentou. Lembrando do Dia dos Pais,
o candidato à Presidência comentou que é triste
saber que muitos pais não vão ter um feijão para
colocar no fogo: “Eu quero dar uma mensagem de
esperança, não podemos desistir de construir um dia
melhor para o Brasil. Temos que acreditar que pode
ser melhor. Com muita fraternidade e muito amor”.
Fonte: Portal Vermelho
12/08/2022 -
José Carlos Dias: em momento grandioso e inédito,
capital e trabalho em defesa da democracia
Centrais sindicais, empresários, movimentos
populares e ONGs se unem em ato suprapartidário na
Faculdade de Direito em defesa do Estado de direito
e das eleições
São Paulo – Ao discursar antes da leitura da carta
Em Defesa da Democracia e da Justiça, iniciativa da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
assinada por cerca de 120 entidades civis
brasileiras, o ex-ministro da Justiça e presidente
da Comissão Arns, José Carlos Dias, lembrou 1977.
Aquele foi o ano da primeira Carta aos Brasileiros,
ainda em meio à ditadura no país, redigida por
Goffredo da Silva Telles Júnior. “Hoje é um outro
momento grandioso, eu diria inédito, em que capital
e trabalho se juntam em defesa da democracia.
Estamos celebrando aqui com alegria, entusiasmo,
esperança e certeza, o hino da democracia”, disse.
Reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto
Carlotti Júnior falou em nome das universidades
públicas. “Nós, da USP, perdemos vidas preciosas
durante o período de exceção. As cicatrizes ainda
estão visíveis, vidas foram ceifadas pela repressão
ao livre pensamento”, afirmou. “Não esquecemos e não
esqueceremos. Nós somos partidários da democracia e
da liberdade.”
Muito aplaudido, Oscar Vilhena Vieira, membro da
Comissão Arns e do comitê do manifesto, destacou que
“o 11 de agosto não foi estabelecido como dia da
cidadania por decreto, foi estabelecido como dia de
defesa da democracia e do Estado de direito por nós,
brasileiros, e é isso que estamos fazendo aqui
hoje”.
Ele sublinhou que o movimento não é partidário, e
que as principais entidades da sociedade civil
celebram “o compromisso maior com a democracia e o
Estado de direito, sobretudo com a soberania
popular, que está sendo questionada de maneira vil”.
Vilhena destacou que as 800 pessoas presentes ao ato
representam 60 milhões de trabalhadores das centrais
sindicais, os setores “mais vibrantes” da economia,
os movimentos sociais que lutam por dignidade e
direitos no Brasil e ONGs que defendem os direitos
humanos.
“Golpismo que flerta com o esgoto”
Devido a essa representatividade, Celso Fernandes
Campilongo, diretor da Faculdade de Direito, disse
que o ato mostra “que as eleições já têm um
vencedor: o sistema eleitoral brasileiro, a
legalidade do estado democrático de direito sempre,
e principalmente o vencedor das eleições é o povo
brasileiro”.
Oradora muito aplaudida, a presidente da União
Nacional dos Estudantes, a amazonense Bruna Brelaz,
afirmou que o compromisso da UNE é a luta pelo
estado de direito “que atravesse o desafio da
superação das desigualdades sociais e econômicas”.
“Não aceitamos a sanha de uma tentativa de golpismo
que flerta com o esgoto mais sombrio da nossa
história. Para esses dizemos: ditadura nunca mais”.
Também foi ovacionada Beatriz Lourenço do
Nascimento, da Coalizão Negra pelo Direito, ao
proclamar que “não há democracia sem o respeito à
liberdade religiosa”, acrescentando que “o racismo
deve ser rechaçado em todo o mundo” e que “enquanto
houver racismo não haverá democracia”.
Presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini provocou
emoção em seu discurso. “A hora é de reafirmação e
de falar às gerações mais jovens. Tudo o que temos e
o que eu tenho é porque pessoas morreram e tiveram
que sair do país para que tivéssemos isso hoje. Nós
lutaremos até o fim. Viva a democracia!”, bradou a
advogada. Ela sublinhou que, “hoje, o mundo volta os
olhos ao Brasil, uma das maiores democracias do
ocidente”.
Unidade
Secretária de formação da CUT-SP, Telma Aparecida
Andrade Victor também destacou a diversidade e a
unidade das instituições no ato, “para que prevaleça
a democracia”. “É isso que defendemos, o estado de
direito, a democracia”, disse. Coordenador da
Central de Movimentos Populares e da Frente Brasil
Popular, Raimundo Bonfim afirmou que os movimentos
populares aderiram a carta da Fiesp porque “a
democracia nunca esteve tão ameaçada” no país.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
mencionou a sociedade civil, que não pode aceitar os
ataques diários ao sistema eleitoral. “Não podemos
admitir que o presidente da República não respeite a
Constituição que jurou respeitar.”
Com voz embargada, o economista Armínio Fraga
enalteceu a reunião de grupos que no passado lutaram
pela democracia “em polos opostos”. “As sociedades
mais prósperas do planeta, onde reina a liberdade, a
solidariedade, a prosperidade, são todas
democracias. Falo com convicção que não temos um
caminho que não o da liberdade, da democracia e da
justiça” declarou.
O economista e empresário Horácio Lafer Piva saudou
o espaço da universidade, a liberdade de expressão,
de respeito ao próximo e às instituições e pediu
“respeito aos poderes, à justiça, à diversidade, à
ideologia, aos valores comuns, aos freios e
contrapesos”. Francisco Canindé, Pegado,
representando o presidente da UGT, Ricardo Patah,
afirmou que o movimento representa a “caminhada rumo
a uma democracia plena, que não pode ser
interrompida por ninguém até que se acabem as
desigualdades sociais”.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/08/2022 -
Democracia com justiça social
Oswaldo Augusto de Barros*
As eleições recolocam em debate a questão
democrática. Isso porque o presidente Jair
Bolsonaro, maliciosamente, questiona o sistema
eleitoral, para, na verdade, lançar dúvidas sobre o
regime democrático.
Também de forma maliciosa, o Presidente insinua
descontentamento das Forças Armadas, num movimento
irresponsável que tenta jogar as Forças dentro do
caldeirão das disputas eleitorais.
A sociedade reage. O sindicalismo também mostra
desconforto com esse jogo. Uma das reações têm sido
as Cartas, duas das quais - as principais - serão
lidas nesta quinta, 11 de agosto, na histórica
Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Foi lá,
em 1977, que o professor Goffredo da Silva Teles xx,
leu a Carta aos Brasileiros, documento que
estremeceu a ditadura.
As Cartas atuais ganharam fortes adesões. A primeira
delas, “Às brasileiras e aos brasileiros em defesa
da Democracia e do Estado Democrático de Direito”,
já tem quase 1 milhão de assinaturas. A segunda
Carta foi subscrita por 105 entidades de peso - da
Fiesp à UNE; da OAB às Centrais Sindicais; da USP à
Febraban.
Muitas outras Cartas já vieram a público e muitos
atos vão acontecer nas próximas semanas. O
sindicalismo marca presença e busca também
transmitir às suas bases a posição dos democratas
contra arreganhos autoritários.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores apoia tais
documentos e atos pró-democracia. Mas nossa entidade
lembra que sem justiça social a democracia é um
regime incompleto. Portanto, além de fortalecer
nossa democracia, precisamos avançar também na luta
por emprego, renda, direitos e inclusão social.
FOME - Nunca pensei que, a essa altura da
vida, fosse deparar com a fome em larga escala entre
tantos irmãos brasileiros. Chocante também ver nas
ruas das grandes cidades, ou pela imprensa, pessoas
disputando comida em sacos nas calçadas ou em
caminhões de lixo.
Digo sempre que a democracia é moeda de duas faces.
Numa face estão as liberdades individuais e
coletivas. No outro lado da moeda precisa estar
esculpido o rosto da justiça, especialmente a
justiça social, tão desprezada pelos governantes
neoliberais que infestam nosso País.
Espero, portanto, que a leitura das Cartas nas
Arcadas da Faculdade de Direito passe também à
sociedade brasileira a mensagem contra a exclusão
social. Mais que isso: faça aos brasileiros um
chamamento cívico contra a pobreza nacional, a
exclusão social e a fome.
A fome dói, a fome grita, a fome humilha, a fome faz
adoecer pessoas e espalha a desesperança entre as
famílias e a própria Nação.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores nasceu pra
lutar pelos direitos trabalhistas e a justiça
social. Estamos fazendo a parte que nos cabe, mas
certos de que podemos fazer ainda mais. Muito mais.
Oswaldo Augusto de Barros*
Presidente Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST)
Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (CNTEEC), da Federação Paulista dos
Auxiliares de Administração Escolar (FEPAEE) e
coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST).
Fonte: NCST
12/08/2022 -
Pacheco marca posição em meio a atos contra golpismo
de Bolsonaro: 'Congresso não aceitará retrocesso ou
autoritarismo'
Senador Rodrigo Pacheco afirmou que o parlamento
"sempre será o guardião da democracia e não aceitará
qualquer movimento que signifique retrocesso e
autoritarismo"
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo
Pacheco (PP-MG), subiu o tom em defesa da democracia
e do sistema eleitoral, alvo de ataques frequentes
por parte de Bolsonaro (PL) e seus aliados. As
declarações de Pacheco foram feitas em meio às
manifestações em defesa da democracia que tomaram o
país nesta quinta-feira (11).
Segundo a coluna Radar, da revista Veja, Pacheco,
que é alinhado com as diretrizes do atual ocupante
do Palácio do Planalto, disse que o Congresso
“sempre será o guardião da democracia e não aceitará
qualquer movimento que signifique retrocesso e
autoritarismo”.
“Não há a menor dúvida de que a solução para os
problemas do país passa necessariamente pela
presença do Estado de Direito, pelo respeito às
instituições e apoio irrestrito às manifestações
pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo
eleitoral. Desenvolvimento, bem-estar e justiça só
prosperam em ambiente de livre pensamento, base da
verdadeira pátria livre e soberana”, completou o
parlamentar.
Fonte: Brasil247
12/08/2022 -
Bolsonaro ganha terreno em SP e chega a empate
técnico com Lula no Estado, aponta Genial/Quaest
Lula tem 37% entre eleitores paulistas, mesmo
patamar de pesquisa realizada em julho. Já Bolsonaro
soma 35%, ante 32% na sondagem anterior
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à
reeleição no pleito de outubro, ganhou terreno em
São Paulo e está tecnicamente empatado no Estado com
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
líder nas pesquisas nacionais, mostrou pesquisa
Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (11).
De acordo com o levantamento, Lula tem 37% da
preferência dos eleitores paulistas, mesmo patamar
da pesquisa anterior realizada no mês passado.
Bolsonaro, por sua vez, soma 35%, ante 32% na
sondagem anterior. Como a margem de erro da pesquisa
é de 2 pontos percentuais, os dois principais
postulantes ao Palácio do Planalto estão em empate
técnico no Estado, de acordo com a Quaest.
Ainda segundo o levantamento, a soma dos demais
candidatos à Presidência em São Paulo é de 13%, ante
17% no levantamento anterior.
Somente em 2002, primeira vitória eleitoral de Lula,
um candidato a presidente do PT venceu o pleito no
Estado de São Paulo. Em 2006, 2010, 2014 e 2018 os
candidatos da legenda –Lula, Dilma Rousseff e
Fernando Haddad, respectivamente– foram derrotados
no Estado, mesmo que Lula, em 2006, e Dilma, em 2010
e 2014, tenham vencido nacionalmente.
A Quaest também indagou sobre a disputa para o
governo do Estado. Embora na pesquisa espontânea
(quando os nomes dos candidatos não são apresentados
ao eleitor) o percentual de indecisos seja de 80%,
na estimulada (quando os nomes são apresentados),
Haddad (PT) mantém a liderança, seguido por Tarcísio
de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB),
empatados em segundo.
Haddad, apadrinhado por Lula, soma 34%, ante 35% na
pesquisa anterior, enquanto Tarcísio, afilhado
político de Bolsonaro, manteve os 14% que tinha no
levantamento de julho e Garcia, que foi vice do
ex-governador João Doria, mas busca se apresentar
como candidato independente diante da polarização
nacional, ficou com 14%, ante 12% na pesquisa
anterior.
Para a pesquisa realizada em São Paulo e contratada
pela Genial Investimentos, a Quaest ouviu 2.000
eleitores paulistas entre os dias 5 e 8 de agosto.
O último levantamento nacional do instituto,
realizado entre 28 e 31 de julho, mostrou Lula com
44% das intenções de voto, ante 32% de Bolsonaro.
Fonte: InfoMoney
12/08/2022 -
Brasileiros precisam fazer bico para complementar
renda
O Brasil de Bolsonaro, é o país do bico, é assim que
muitos brasileiros estão conseguindo complementar a
renda.
Pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e
Consultoria) em parceria com o Instituto Cidades
Sustentáveis, que aponta que 45% fazem trabalhos
extras para complementar a renda, o que corresponde
a 70,2 milhões de brasileiros.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas nas cinco regiões do
país com mais de 16 anos e de 128 municípios, entre
os dias 1 e 5 de abril de 2022.
As pessoas que vão atrás de uma renda extra sempre
procuram os serviços gerais. Nos últimos 12 meses,
13% dos entrevistados fizeram algum tipo de faxina,
manutenção ou até serviços de marido de aluguel.
Em seguida vem a produção de alimentos em casa para
venda, com 8% e por último é a venda de roupas e
outros artigos para a venda, como fizeram 6% dos
brasileiros.
As regiões onde mais pessoas realizaram algum tipo
de bico são a região Norte e Centro-Oeste, sendo que
quase 48% da população fez algum tipo de bico.
Um dos motivos para o aumento de pessoas realizando
bico é o impacto da pandemia. Na reportagem
publicado no portal UOL ouviu Martha Regina Cassiano
dos Santos, que é recepcionista e moradora do Morro
do Urubu, no bairro da Piedade, zona norte do Rio de
Janeiro (RJ).
Ela começou a realizar faxina aos finais de semana
como oportunidade de bancar os estudos do filho
pequeno, de dois anos, e seu próprio curso de
radiologia.
“Durante a pandemia, fui procurar um ramo de
trabalho e consegui a vaga recepcionista. Mas não
tem como sobreviver com um salário de R$ 1.200,
então preferi obter renda extra nos finais de semana
fazendo faxina”, afirma Martha.
Essa é a realidade dos brasileiros no Brasil
desgovernado.
Com informações do UOL
Fonte: Mundo Sindical
12/08/2022 -
Salário mínimo para suprir família no Brasil deveria
ser R$ 6.388,55, calcula Dieese
O valor ideal é 5,27 vezes superior ao piso
atual, de R$ 1.212
O salário mínimo ideal para atender às necessidades
de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de
R$ 6.388,55 em julho, segundo a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). O valor corresponde a 5,27
vezes o piso federal atual, de R$ 1.212.
A estimativa do Dieese é realizada mensalmente e
indica qual é o rendimento mínimo necessário para
que um trabalhador e sua família possam suprir as
despesas do mês com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência.
A estimativa do valor ideal para julho tem como base
os preços da cesta básica de São Paulo, com custo de
R$ 760,45, a mais cara do mês entre as 17 capitais
que são analisadas na pesquisa.
Segundo o Dieese, considerando o preço da cesta
básica, o trabalhador que recebe um salário mínimo
comprometeu em média 59,27% do seu rendimento
líquido de julho para adquirir os produtos
alimentícios básicos.
Preços e produtos
O Dieese indica também que o valor da cesta básica
diminuiu em julho em 10 das 17 capitais nas quais a
pesquisa é realizada, com as reduções mais
expressivas em Natal (-3,96%), João Pessoa (-2,40%),
Fortaleza (-2,37%) e São Paulo (-2,13%). As sete
cidades que tiveram alta foram Vitória (1,14%),
Salvador (0,98%), Brasília (0,80%), Recife (0,70%),
Campo Grande (0,62%), Belo Horizonte (0,51%) e Belém
(0,14%).
A cesta básica mais cara, como mencionado
anteriormente, foi a de São Paulo (R$ 760,45),
seguida por Florianópolis (R$ 753,73), Porto Alegre
(R$ 752,84) e Rio de Janeiro (R$ 723,75).
Entre os produtos que tiveram aumento, o Dieese
destaca o leite integral e a manteiga, com alta em
todas as cidades pesquisadas. O motivo, segundo o
Dieese, seria a extensão do período de entressafra,
devido ao clima seco e à ausência de chuvas, somada
ao aumento do custo de produção e à maior demanda
pelo produto.
O pão francês também subiu em todas as cidades,
exceto em Aracaju (-0,57%), enquanto a farinha de
trigo, coletada no Centro-Sul, teve alta no preço em
oito das 10 capitais onde é pesquisada. O Dieese
aponta que, apesar da queda no mercado
internacional, internamente, as cotações do trigo e
da farinha seguiram em alto patamar, consequência da
baixa oferta e da taxa de câmbio desvalorizada.
A banana (prata e nanica/caturra) aumentou em 15 das
17 capitais e, em 12 meses, a fruta apresentou alta
de até 70,24% em Belo Horizonte. A razão seria a
menor oferta, diante de uma demanda firme dos
consumidores.
Já entre os produtos que apresentaram redução, a
batata teve queda em todas as cidades na região
Centro-Sul, onde o produto é pesquisado, devido à
normalização da oferta. Em 12 meses, porém, as
cidades apresentaram aumento, como em São Paulo,
onde a batata dobrou de preço.
O tomate também teve redução de preço em todas as
capitais, com um aumento da oferta. E o preço do
óleo de soja também teve queda em todas as cidades,
exceto em Vitória (0,49%). Em 12 meses, porém, o
produto subiu em todas as cidades, com percentuais
que variaram entre 17,75%, em Belo Horizonte, e
62,24%, em Curitiba.
Para o Dieese, apesar de os preços internacionais da
soja caírem, por conta da menor demanda dos EUA e da
China, no Brasil, a menor demanda devido ao alto
preço explica a redução no valor médio do produto.
Fonte: InfoMoney
12/08/2022 -
Reconhecido direito à estabilidade pré-aposentadoria
de auxiliar
A 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu o direito à estabilidade de um auxiliar
administrativo demitido sem justa causa 11 meses
antes de preencher os requisitos para a
aposentadoria. Ao reconhecer a nulidade da dispensa,
o colegiado condenou a Oki Brasil Indústria e
Comércio de Produtos e Tecnologia em Automação S.A.,
de São Paulo, ao pagamento de indenização
substitutiva em relação ao período.
Na reclamação trabalhista, o trabalhador alegou que
fora dispensado quando tinha mais de 15 anos de
trabalho na empresa e estava prestes a completar 35
anos de contribuição previdenciária. Por isso,
estava protegido pela estabilidade provisória
prevista no acordo coletivo.
A empresa, em sua defesa, alegou que o direito à
estabilidade não é automático nem absoluto, pois
depende da comprovação do tempo de contribuição pelo
trabalhador. Segundo a Oki, o auxiliar não havia
apresentado a documentação correspondente no prazo
previsto na norma coletiva.
Para o juízo de primeira instância, o trabalhador
não havia cumprido os requisitos previstos no acordo
coletivo e, portanto, perderia eventual direito à
estabilidade. A decisão considera que, em seu
depoimento, ele disse que não havia apresentado
nenhum documento do INSS à empresa. Quando assinou a
notificação de dispensa e a homologação, anotou que
estava em período pré-aposentadoria, “mas não pediu
para constar nada".
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
manteve a sentença.
O relator do recurso de revista do empregado,
ministro Dezena da Silva, observou que, em casos
semelhantes, o TST entende que não é razoável a
condição imposta em norma coletiva de atribuir ao
empregado a obrigação de comunicar formalmente ao
empregador a proximidade da aposentadoria. Esse
entendimento leva em conta o amplo acesso do
empregador ao histórico profissional e
previdenciário de seus empregados.
A decisão foi unânime. Com informações da assessoria
de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.
RR 1000740-48.2018.5.02.0027
Fonte: Consultor Jurídico
11/08/2022 -
Nova Central defende democracia com justiça social
A Nova Central Sindical de Trabalhadores assina as
duas Cartas pró-democracia e tem participado das
articulações e atos em defesa do Estado de Direito.
Nesta quinta, 11 de agosto, a entidade estará no
Largo São Francisco, SP, onde as duas Cartas serão
oficialmente lidas e lançadas.
O professor Oswaldo Augusto de Barros defende essas
iniciativas. “O sindicalismo precisa se articular
com amplos setores da sociedade. Foi assim que
fizemos nas Diretas-Já, gerando um movimento
poderoso contra o regime de arbítrio”, ele comenta.
Para o dirigente da Nova Central, “essas iniciativas
todas mostram o repúdio da sociedade às falas
abusivas do presidente da República e também quanto
às suas insinuações antidemocráticas”. Mas não
bastam, ele observa.
Fome – Oswaldo Augusto de Barros diz:
“Precisamos olhar a realidade ao nosso redor. Há
fome em larga escala no País. As pessoas não estão
buscando comida do lixo; esses brasileiros estão
brigando pelos restos que o lixo possa conter”.
Para o dirigente da Nova Central, a democracia não
pode ser um conceito meramente abstrato. O professor
diz: “Só entendo democracia acompanhada de justiça
social. Ou seja, emprego, renda, dignidade e fome de
jeito nenhum.”
Mais – Site da Nova Central.
Fonte: NCST
11/08/2022 -
Bolsonaro propõe salário mínimo para 2023 sem
aumento real pelo 4º ano seguido
Proposta do governo prevê que salário mínimo (SM)
do ano que vem será de R$ 1.294. Presidente é o
primeiro a terminar o governo com o poder de compra
do SM menor do que quando assumiu
Primeiro presidente da República a terminar o
governo com um salário mínimo com poder de compra
menor do que quando assumiu a gestão, Jair Bolsonaro
(PL) mantém para 2023 a previsão de reajuste do piso
nacional menor do que a inflação, que está acima de
dois dígitos desde o ano passado e pesa mais no
bolso dos mais pobres que sentem mais os altos
preços dos alimentos que continuam subindo. A
deflação de -0,68% registrada no Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi uma
consequência da queda de preços dos combustíveis, o
que beneficia os mais ricos.
Mas, a queda brutal no poder de compra dos mais
pobres foi ignorada pelo governo. O valor para o
salário mínimo do ano que vem que consta no Projeto
de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que será enviado
ao Congresso até o dia 31 de agosto é de R$ 1.294,
apenas 6,8% em relação ao mínimo de 2022, de R$
1.212. Já a alta acumulada do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), usado para calcular os
reajustes salariais, é de 10,12% nos últimos 12
meses.
A última vez que o salário mínimo foi reajustado
acima da inflação foi em 2019, quando passou de R$
954 para R$ 998. Desde então, são três anos — 2020,
2021 e 2022 — sem aumento real para o salário
mínimo. E o mesmo pode acontecer em 2023 se
Bolsonaro for reeleito.
Pode mudar?
Sim. O valor oficial do salário mínimo de 2023 pode
mudar por duas razões. A primeira é que o governo
tem de esperar o fim do ano para fazer o ajuste das
diferenças entre as previsões e a inflação do
período. Em geral, essa mudança é de centavos.
A segunda chance de mudança é que este ano tem
eleição para escolher o novo presidente da República
e se o ex-presidente Lula (PT) ganhar pode retomar a
política de valorização do salário mínimo que
Bolsonaro exterminou. Essa possibilidade faz parte
do plano de governo de Lula.
A política de valorização previa a correção do
salário mínimo com base na inflação do ano anterior,
medida pelo INPC, e na variação do Produto Interno
Bruto (PIB) de dois anos antes.
Essa fórmula garantiu aumentos reais, acima da
inflação até o golpe de 2016.
Política de Valorização do Salário Mínimo
A Política de Valorização do Salário Mínimo foi
proposta pela CUT, conseguiu o apoio das demais
centrais e foi aprovada pelo Congresso Nacional e
implantada, em 2004, pelo ex-presidente Lula.
De 2002 a 2014, quando o salário mínimo atingiu R$
724, o piso registrava 72,75% de aumento real.
Naquele ano, o piso injetou cerca de R$ 28,4 bilhões
na economia do país, beneficiando diretamente 48,1
milhões de brasileiros que têm o SM como referência
de seus rendimentos - 21,4 milhões de beneficiários
da Previdência Social, 14,3 milhões de trabalhadores
assalariados, 8 milhões de autônomos e 4,2 milhões
de trabalhadores domésticos.
Fonte: CUT
11/08/2022 -
Cai confiança dos brasileiros nos militares
À direita ou à esquerda, o Brasil sempre teve
militares com grande simpatia popular. Nacionalistas
ou entreguistas, sempre houve uma reserva de
prestígio entre os fardados. Até que… Até que chegou
Bolsonaro, cercou-se de oficiais broncos e jogou pra
baixo o prestígio das Forças Armadas. Exemplo dessa
desmoralização foi o general Pazzuello na Saúde, em
cuja gestão o novo Coronavírus afetou e matou
milhares de brasileiros.
O resultado da mixórdia bolsonarista acaba de ser
mostrado pelo Instituto Ipsos: apenas 30% dos
brasileiros dizem acreditar nas Forças Armadas.
Porém, passa de 60% o percentual dos que confiam em
professores e cientistas.
O índice de confiança nos militares ficou 11 pontos
abaixo da média global – 41%.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.
Paulo, a credibilidade caiu 5% em relação ao ano
passado, quando 35% dos brasileiros diziam confiar
nos militares.
Profissionais mais confiáveis:
- 64% dos brasileiros confiam nos professores.
- 61% confiam nos cientistas.
- 59% confiam nos médicos.
Profissionais não-confiáveis
- 76% não acreditam nos políticos.
- 64% não confiam nos ministros do governo.
- 53% não confiam nos banqueiros.
Metodologia – O Instituto Ipsos fez consulta
online, junto a 21 mil adultos, em 28 países, entre
27 de maio e 10 de junho. Do total, mil nasceram e
moram do Brasil.
Fonte: Agência Sindical
11/08/2022 -
Justiça condena empresa por prática antissindical e
manda reintegrar e indenizar metroviário
Para juíza, empresa responsável pela Linha
4-Amarela restringiu liberdade sindical e tentou
intimidar os demais funcionários
A Justiça do Trabalho mandou a ViaQuatro, empresa
que administra a Linha 4-Amarela do Metrô de São
Paulo, reintegrar um metroviário por considerar que
a demissão foi discriminatória. Ele e um colega
tinham sido eleitos para participar de negociações
coletivas com a empresa, representando o Sindicato
dos Metroviários, Mas foram dispensados dias depois.
Como é uma decisão de primeira instância (57ª Vara
do Trabalho), cabe recurso.
Desde o final de 2006, a ViaQuatro é a
concessionária responsável pela operação e
manutenção da Linha Amarela, em contrato assinado
com o governo estadual paulista. Em torno de 800 mil
pessoas usam a linha diariamente.
Vítima de retaliação
No processo, a empresa tentou justificar a dispensa
alegando “problemas comportamentais” e “baixa
produtividade”, mas não conseguiu provar. A
ViaQuatro também negou desconhecer que o metroviário
integrava a comissão de negociação. Mas, ainda
durante o período de aviso prévio, o sindicato havia
alertado sobre o caráter discriminatório da
dispensa.
Segundo a juíza Luciana Bezerra de Oliveira, a
postura afrontou leis federais e a Convenção 98 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre
dispensa imotivada. Ela afirmou ainda que “há fortes
elementos” nos autos comprovando que o reclamante
não sofreu uma simples dispensa sem justa causa.
“Mas, sim, foi vítima de retaliação da reclamada em
razão da aproximação/participação do reclamante
junto ao sindicato dos metroviários e de sua atuação
sindical.”
Tentativa de intimidação
Para a magistrada, além de atacar o direito de
liberdade sindical, a empresa teve “nítido
propósito” de intimidar os demais funcionários.
Tanto no sentido de participar de atividades como de
se filiar à entidade que os representa. Ela também
fixou indenização de R$ 20 mil por danos morais,
além de reintegração nas mesmas funções, com
pagamento das remunerações devidas desde a dispensa.
“Na hipótese de a reintegração se tornar inviável, a
empresa deverá pagar os valores relativos de todo o
período até a data do trânsito em julgado da
decisão, com reflexos e multa de 40% do FGTS”,
informa o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2).
Fonte: Rede Brasil Atual
11/08/2022 -
STF derruba súmula do TST com punição para atraso no
pagamento de férias
Não cabe ao Tribunal Superior do Trabalho alterar a
abrangência de uma norma para alcançar situações que
não estavam previstas no texto legislativo,
principalmente quando a norma disciplina uma punição
e, portanto, deveria ter interpretação restritiva.
Esse foi o entendimento seguido pela maioria dos
ministros do Supremo Tribunal Federal ao declarar a
Súmula 450 do TST inconstitucional e invalidar todas
as decisões não transitadas em julgado que tenham
aplicado o entendimento.
A súmula do TST, de 2014, previa que o empregador
era obrigado a pagar em dobro a remuneração de
férias, inclusive o terço constitucional, sempre que
o pagamento fosse feito fora do prazo de dois dias
antes do descanso do trabalhador.
A súmula se baseava no artigo 137 da CLT, que prevê
o pagamento em dobro quando as férias não são
concedidas dentro do prazo de 12 meses desde que o
direito foi adquirido. O TST ampliou esse
entendimento para abranger também as situações de
atraso no pagamento. O governador de Santa Catarina
propôs Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) contra a súmula no Supremo.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, havia
extinto a ação, sem resolução do mérito. Para
Alexandre, é incabível o emprego de ADPF contra
enunciado de súmula de jurisprudência. O governador
de Santa Catarina recorreu, e, por maioria dos
votos, a pauta foi a Plenário.
Em seu voto, Alexandre destacou que, embora
independentes, os poderes devem atuar
harmonicamente, afastando as práticas de "guerrilhas
institucionais", não cabendo ao Poder Judiciário ser
o poder sancionador.
"Assim, em respeito aos referidos núcleos
axiológicos extraídos da Constituição Federal, a
judicatura e os Tribunais, em geral, que carecem de
atribuições legislativas e administrativas enquanto
funções típicas, não podem, mesmo a pretexto de
concretizar o direito às férias do trabalhador,
transmudar os preceitos sancionadores da
Consolidação das Leis do Trabalho, dilatando a
penalidade prevista em determinada hipótese de
cabimento para situação que lhe é estranha",
destacou Alexandre.
Segundo ele, no caso da ação, o Poder Judiciário
estaria extrapolando sua reserva legal ao aplicar
sanções, quando o legislador é que deveria tê-las
previsto em lei. Seguiram o relator Dias Toffoli,
André Mendonça, Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Luiz
Fux e Nunes Marques.
O ministro Luiz Edson Fachin abriu a divergência.
Preliminarmente, ele votou por não conhecer da ADPF,
já que a súmula trata da CLT, que é norma
infraconstitucional, fora da alçada do Supremo.
No mérito, considerou que não houve afronta à
separação dos poderes, já que o Judiciário tem
justamente a função de interpretar a base legal
existente, formulando entendimentos e "adotando
interpretação possível dentre mais de uma hipótese
de compreensão sobre a matéria". Acompanharam a
divergência Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo
Lewandowski.
Repercussão
O especialista em Direito do Trabalho e sócio do
escritório Autuori Burmann Sociedade de Advogados
Bruno Minoru Okajima destaca que mesmo antes da
análise pelo STF, alguns ministros do TST já vinham
considerando que o pagamento em dobro só deveria ser
aplicado quando o atraso por parte do empregador não
pudesse ser considerado 'ínfimo'.
Assim, a própria Corte já estaria "limitando a
aplicação do entendimento consubstanciado na Súmula
450 apenas aos casos em que as férias eram
concedidas sem o pagamento ou com um atraso
significativo".
"Diante disso, o STF mais uma vez faz prevalecer o
princípio da reserva legal e da separação de
poderes, ao decidir que não cabe ao Poder Judiciário
atuar como legislador, não podendo, especialmente,
criar sanções não previstas em lei", completou.
Para Fernando Bosi, especialista em Direito do
Trabalho e previdenciário social e Sócio do Almeida
Advogados, a decisão evidencia uma redução do poder
normativo da Justiça do Trabalho. Segundo ele, o TST
supria lacunas legislativas com a edição de súmulas
e precedentes que não eram baseados em decisões
anteriores, mas sujeitos às mudanças de composição
da Corte.
"A decisão traz ainda mais à tona a atual intenção
do Supremo em limitar cada vez mais a criação de
legislações jurisdicionais pautadas em momentos de
cada corte e possibilita pensarmos em decisões que
seguirão o mesmo caminho", apontou.
Em relação ao entendimento derrubado, ele ainda
ressaltou que a reforma trabalhista trouxe a
possibilidade de fracionamento das férias em três
períodos, mediante acordo entre patrão e empregado,
o que leva a atrasos eventuais, que "não podem
acarretar em punição por empecilhos burocráticos".
Clique
aqui para ler o voto do relator
Clique
aqui para ler o voto divergente
ADPF 501
Fonte: Consultor Jurídico
10/08/2022 -
Inflação para famílias de renda mais baixa cai 0,60%
É a menor variação desde o início da série
histórica em 1979
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com rendimentos
até cinco salários mínimos, caiu 0,60% em julho. É a
menor variação verificada desde o início da série
histórica em abril de 1979. Em julho de 2021, a taxa
apontou variação de 1,02%. No ano, o indicador
acumula alta de 4,98% e, nos últimos 12 meses, de
10,12%. Este percentual representa um recuo em
relação ao mesmo período imediatamente anterior,
quando atingiu 11,92%.
Os produtos alimentícios subiram de 0,78% em junho
para 1,31% em julho. Os não alimentícios saíram de
0,57% para queda de 1,21%. Os números foram
divulgados nesta terça-feira (9), no Rio de Janeiro,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Fonte: Agência Brasil
10/08/2022 -
Pauta da CAS tem projeto que assegura quitação de
débitos com INSS em rescisões trabalhistas
Questões trabalhistas e previdenciárias estão
na pauta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) desta
quarta-feira (10), a partir das 11h. Os senadores
analisarão três projetos de lei e quatro
requerimentos. A reunião será semipresencial.
Umas das proposições a serem analisadas é o Projeto
de Lei (PL) 2.896/2019, que altera a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) para para impedir as
empresas de negociarem verbas rescisórias com o
trabalhador demitido sem incluir a quitação de
eventuais débitos com o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e o Imposto de Renda em ação movida na
Justiça do Trabalho.
“O presente projeto visa, ao mesmo tempo,
desencorajar o descumprimento da legislação
trabalhista, na medida em que, se não houver o
pagamento tempestivo e correto das verbas durante do
contrato de trabalho, não será mais possível a sua
quitação sem o recolhimento das parcelas
(previdenciárias e do IR)”, destacou o autor da
proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS).
A aprovação do PL 2.896/2019 também é defendida pelo
relator, senador Paulo Rocha (PT-PA). Ao determinar
às empresas o pagamento desses tributos junto à
justiça trabalhista, a proposta não resguarda apenas
os interesses dos cofres públicos, mas do próprio
trabalhador, segundo assinalou Paulo Rocha.
Licença
O PLS 442/2017, de Paulo Paim, também promove
alterações na CLT. A intenção é assegurar ao cônjuge
ou companheiro o período remanescente de
licença-maternidade (não inferior a 30 dias) quando
a mãe não puder usufruí-la por incapacidade física
ou psíquica.
Em outra hipótese, no caso de morte ou incapacidade
física ou psíquica de mãe sem vínculo trabalhista
nos 120 dias seguintes ao parto, o pai poderá gozar
o período de licença-maternidade remanescente.
Paim argumenta que a presença de, pelo menos, um dos
genitores no acompanhamento direto da criança é
fundamental para a inserção dela no meio familiar e
social.
A proposta tem parecer favorável, com duas emendas,
da relatora, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
10/08/2022 -
Renovação da Câmara: Lula e Bolsonaro são os grandes
cabos eleitorais
“O clima antissistema hoje é baixo, o que tende a
comprimir a taxa de renovação.
Em alta estará a tendência à reeleição”, aponta o
Valor Econômico
Os candidatos que polarizam a disputa presidencial
de 2022 – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair
Bolsonaro (PL) – devem ser também os principais
cabos eleitorais do País nos pleitos para a Câmara
Federal e para as assembleias legislativas. É o que
apontam especialistas ouvidos pelo jornal Valor
Econômico.
“Diferentemente do que ocorreu em 2018, o clima
antissistema hoje é baixo, o que tende a comprimir a
taxa de renovação. Em alta estará a tendência à
reeleição”, aponta o jornal nesta segunda-feira (8).
Segundo esses especialistas, “a esquerda cresce, mas
não o suficiente para mudar o perfil majoritário de
centro-direita da Câmara. E o número de partidos com
representação no Congresso deve cair.”
Todos os entrevistados apostam que Lula terá em 2 de
outubro mais votos do que o petista Fernando Haddad
teve no primeiro turno da eleição 2018. Com isso, a
“onda Lula” deve “impulsionar a sigla na disputa
proporcional”, bem como o PCdoB e o PV – partidos
que compõem, ao lado do PT, a Federação Brasil da
Esperança.
Em 2018, o voto antissistema e antipetista levou o
nanico PSL, partido de Bolsonaro, a se tornar a
segunda maior legenda da Câmara, com 52 deputados
federais eleitos, só atrás da bancada do PT, de 56
parlamentares. Embora não haja uma “onda
bolsonarista” similar à de quatro anos atrás, o
presidente busca a reeleição, agora, com uma
“estrutura partidária mais sólida”. Assim, PL e PP,
os partidos com mais deputados federais hoje, devem
manter bancadas significativas.
Uma das mudanças esperadas, em decorrência também da
polarização, é a queda nas taxas de abstenção e de
votos nulos ou em branco. O chamado “não voto”, que
foi alto em 2018, aumentou ainda mais na eleição
municipal de 2020, devido à pandemia de Covid-19.
Agora, a crise sanitária mais controlada e o clima
acirrado “motivam o eleitorado a comparecer e a
tomar posição”.
Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, um fator que
deve ter peso na escolha dos brasileiros é a
disparada das emendas parlamentares. Com um
adicional: o chamado “orçamento secreto”, que,
apenas em 2012, foi de R$ 21 bilhões para senadores
e deputados federais. “Emenda parlamentar, mostra a
literatura, sempre foi instrumento importante para
criação de redutos e manutenção de mandatos”, lembra
Nunes.
“No período recente, o montante de recursos dessas
emendas aumentou muito, inclusive com o chamado
orçamento secreto. Deputados que definiam do destino
de R$ 2 milhões e depois eram apoiados por prefeitos
passaram a direcionar R$ 30 milhões, R$ 40 milhões”,
agrega. “Isso é um fator que favorece muito os que
tiveram mais acesso às emendas, os governistas.”
Por fim, o número de partidos com deputados eleitos
deve cair, devido à nefasta cláusula de barreira
(que será de 2% em 2022) e o fim do “sistema de
sobras”. Cada partido deve ter uma votação mínima –
de 20% do quociente eleitoral – para disputar as
cadeiras remanescentes. “Os (partidos) pequenos que
formaram federação ainda conseguem se proteger
disso. Os demais correm o risco de extinção”,
analisa o consultor Antônio Augusto de Queiroz, do
Diap (Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar).
Especialistas também apontam que siglas como PSDB,
PDT, PTB e Podemos devem ter representação diminuída
no Congresso, por distintas razões: falta de
“vínculo com presidenciável competitivo”, pouca
margem para receber e destinar emendas, dificuldades
para suprir a cláusula de barreira, entre outras.
Fonte: Portal Vermelho
10/08/2022 -
Empresa é multada em R$ 1 milhão por fraude em
registro de empregados
Segundo juiz trabalhista, objetivo era
“economizar”, o que caracteriza dumping social
A Justiça do Trabalho condenou uma administradora de
cartões de descontos em R$ 1 milhão, por fraude no
registro de empregados e concorrência desleal.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2), em São Paulo, a empresa (Maxplanet, que
recorreu) não registrava para “economizar”,
caracterizando o chamando dumping social. Assim, o
juiz substituto Igor Cardoso Garcia, da 5ª Vara do
Trabalho de Cubatão, no litoral paulista,
identificou exploração de mão de obra. “Fere o
sistema capitalista sob o qual vivemos, pois gera
concorrência desleal, prejudicando a sociedade como
um todo.”
O magistrado lembrou que vários vendedores ficaram
sem a carteira assinada. Outros empregados se
mantiveram como microempreendedores individuais (MEIs).
“E, pior, veio a juízo com a alegação de que a
autora (da ação) teria sido contratada por seu
supervisor, mas o vínculo se daria apenas com ele,
não com a própria empresa, o que demonstra óbvia
precarização trabalhista”, acrescentou.
Ignorando a lei
Ele lembrou que a empresa, que integra um grupo
empresarial, “preferiu” ignorar os termos legais. “E
tentar formatar a fraude orquestrada por meio do não
registro da reclamante e de outros vendedores.”
Portanto, o estabelecimento tentou aproveitar-se da
fiscalização insuficiente para burlar a lei.
Pela decisão de primeira instância, que aguarda
análise de recurso, a indenização deve revertida a
hospitais públicos de Cubatão e Santos. Se houver
outros casos semelhantes, a empresa pode sofrer
novas punições, lembrou o juiz. “Inviável, pois,
quitar a presente e tentar obter um salvo-conduto
para continuar perpetrando a fraude aos direitos
sociais.”
Fonte: Rede Brasil Atual
10/08/2022 -
IPCA tem deflação de 0,68% em julho, menor taxa da
série histórica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) fechou o mês de julho com deflação de 0,68%,
a menor taxa da série histórica, iniciada em 1980.
No acumulado do ano, a inflação oficial está em
4,77% e em 12 meses ficou em 10,07%. Em junho, a
inflação subiu 0,67%. Os dados foram divulgados
nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov,
o índice foi pressionado pela queda no preço dos
combustíveis, além da tarifa de energia elétrica. A
gasolina caiu 15,48%, o etanol teve redução de
11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato.
“A Petrobras, no dia 20 de julho, anunciou uma
redução de 20 centavos no preço médio do combustível
vendido para as distribuidoras. Além disso, tivemos
também a Lei Complementar 194/22, sancionada no
final de junho, que reduziu o ICMS sobre
combustíveis, energia elétrica e comunicações”,
ressaltou Kislanov.
Ele explicou que a redução nos combustíveis resultou
em queda de 4,51% no grupo de transportes e teve
reflexo também na habitação, que caiu 1,05% com a
redução de 5,78% na conta da energia elétrica. Foram
os dois únicos grupos com variação negativa no mês.
Além da redução da alíquota de ICMS sobre os
serviços de energia elétrica, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) aprovou as Revisões
Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras,
reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/08/2022 -
Lula alerta para perda de espaço da indústria
brasileira para a China, durante encontro na Fiesp
Lula afirmou ainda que seu programa de governo
passa pela compreensão de que o Brasil precisa
voltar a se reindustrializar e necessita de uma nova
política industrial
Reuters - Em evento da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou
os empresários para a perda de espaço da indústria
brasileira frente aos produtos chineses.
"A gente tem a ilusão dizendo que a China está
ocupando a Ásia, a África, a América Latina. Não,
ela está ocupando o Brasil, tomando conta do Brasil.
Coisas que a gente fazia, que a gente sabe fazer",
alertou o ex-presidente e candidato do PT à
Presidência.
Lula leu dados que mostram o percentual do mercado
internacional ocupado por produtos chineses em
diversas áreas e afirmou estar "muito preocupado"
com esses dados.
Ao ser questionado sobre política de
reindustrialização do país, o ex-presidente disse
que deixou o governo, em 2010, com a indústria
brasileira representando 30% do Produto Interno
Bruto do país. Hoje, representa 11%.
Lula afirmou ainda que seu programa de governo passa
pela compreensão de que o Brasil precisa voltar a se
reindustrializar e necessita de uma nova política
industrial.
"Temos que encontrar novos nichos para investir",
ressaltou, lembrando, por exemplo, a necessidade de
revitalizar a indústria farmacêutica e o incentivo à
produção de energia limpa.
Fonte: Brasil247
10/08/2022 -
Empresa não pode descontar aviso-prévio de empregada
sem rescisão indireta
O ajuizamento da ação trabalhista que tenha como
objeto o pedido de reconhecimento da rescisão
indireta supre a obrigação de o empregado cumprir o
aviso-prévio. Com esse entendimento, a 2ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, de forma unânime,
rejeitou recurso de uma empresa para deduzir o valor
do aviso-prévio de uma auxiliar de serviços gerais
após o indeferimento do seu pedido de rescisão
indireta do contrato de trabalho.
Contratada em 2014, a funcionária parou de prestar
serviços em novembro de 2019, quando ajuizou a ação
com pedido de rescisão indireta e indenização por
danos morais. Seu argumento era de que a empresa
descumpria obrigações legais e a tratava com rigor
excessivo. Também sustentou que seu superior direto
agia de forma abusiva, chamando-a para sair depois
do horário de trabalho e enviando insistentemente
mensagens pelo aplicativo WhatsApp.
O pedido foi indeferido pelo juízo de primeiro grau,
que entendeu que a trabalhadora deveria ter anexado
ao processo prints das mensagens que alegou terem
sido encaminhadas pelo chefe, mas não o fez. Com
isso, foi reconhecido apenas o fim do contrato de
trabalho por pedido de demissão da empregada. O
requerimento da empresa de compensação do
aviso-prévio nas verbas rescisórias devidas também
foi negado.
Em segundo grau, ao manter a sentença, o Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) observou que
o caso envolvia uma modalidade atípica de demissão,
que não decorre de ato voluntário da empregada, mas
de decisão judicial. Assim, o próprio ajuizamento da
ação cientificaria a empregadora da intenção da
auxiliar em terminar o contrato.
No exame do recurso da empresa, a relatora,
desembargadora Margareth Rodrigues Costa, destacou
que, de acordo com a jurisprudência do TST, o
ajuizamento da ação trabalhista que tenha como
objeto o pedido de reconhecimento da rescisão
indireta supre a obrigação de o empregado cumprir o
aviso-prévio. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Clique
aqui para ler a decisão
RR-11003-50.2019.5.03.0139
Fonte: Consultor Jurídico
09/08/2022 -
CDH acolhe denúncias de desrespeito a trabalhadores
de redes de fast food
O impacto da reforma trabalhista no cotidiano de
funcionários de redes de fast-food no Brasil foi o
ponto principal de audiência pública da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)
nesta segunda-feira (8). Os participantes do debate
denunciaram atos de desrespeito a direitos dos
trabalhadores dessas lanchonetes. Apontaram, por
exemplo, que o uso de negociações individuais e não
mais coletivas tem deixado os trabalhadores em
situação de fragilidade ante empresas com grande
poder econômico. Para os convidados, é preciso
reforçar os canais de denúncias.
O ciclo de debates teve o objetivo de discutir
a Sugestão 12/2018 — que propõe um Estatuto do
Trabalho. O texto resultou da Subcomissão do
Estatuto do Trabalho, que funcionou no âmbito da CDH
entre agosto de 2017 e novembro de 2018. Relator da
matéria, o senador Paulo Paim (PT-RS) adiantou que
encaminhará as denúncias colhidas na audiência ao
Ministério Público do Trabalho, à Defensoria Pública
e aos órgãos de fiscalização do trabalho. Além
disso, ele deverá inserir no projeto de lei um
capítulo especial sobre o assunto.
— Todos os anos recebemos denúncias de trabalhos em
condições de escravatura no Brasil e esses números
são alarmantes. Também é forte a discriminação da
mulher, inclusive por questões de aparência, e o
registro de casos de racismo. São absurdos que não
podemos mais aceitar. Vamos encaminhar essas
denúncias às autoridades competentes, cobrar
respostas, e usar essas informações na construção do
nosso relatório — afirmou o senador. (Mais
informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
09/08/2022 -
Tragédia social de Bolsonaro revela quase 20 milhões
de pobres nas capitais
Trata-se do maior patamar da série histórica
iniciada em 2012, enquanto mais de cinco milhões de
brasileiros estão abaixo da chamada linha de extrema
pobreza
Boletim produzido numa parceria entre a Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),
Observatório das Metrópoles e Rede de Observatórios
da Dívida Social na América Latina (RedODSAL)
revelou uma verdadeira tragédia social no governo
Bolsonaro. O número de pessoas em situação de
pobreza nas metrópoles brasileiras chegou a 19,8
milhões em 2021.
Trata-se do maior patamar da série histórica
iniciada em 2012, enquanto mais de cinco milhões de
brasileiros estão abaixo da chamada linha de extrema
pobreza. De acordo com o levantamento, a taxa de
pobreza entre 2014 e 2021 saltou de 16% para 23,7%.
Isso demonstra que 7,2 milhões de pessoas entraram
em situação de pobreza nas metrópoles brasileiras em
sete anos.
Os números repercutiram no parlamento. O líder do
PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE), diz que a
população foi abandonada pelo atual governo. “São
quase 20 milhões de brasileiros em situação de
pobreza. É o maior nível em 10 anos, informa o 9º
Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que analisou
dados das 22 principais áreas metropolitanas do
país. É o resultado de um governo que não tem olhos
para as necessidades da população”, criticou.
Para ele, o corte do auxílio emergencial, disparada
da inflação, desemprego são alguns exemplos do
descaso de Bolsonaro com o povo. “Um governo que em
4 anos não foi capaz de estruturar políticas
públicas. Só destruiu o que havia em todas as áreas.
É hora de mudarmos os rumos do nosso país!”,
afirmou.
“O Brasil de Bolsonaro é uma tragédia social. São 20
milhões de pessoas em situação de pobreza só nas
regiões metropolitanas das grandes cidades, quase
25% da população dessas áreas. Com a inflação, 3,8
milhões de pessoas entraram na pobreza desde 2020”,
lamentou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Para o deputado Helder Salomão (PT-ES), não basta
ser contra o governo Bolsonaro e apoiar outro mais
perfumado que também odeia o povo pobre. “É preciso
se manifestar e lutar por um governo que tenha
compromisso de colocar comida na mesa dos 20 milhões
de brasileiros que estão passando fome. É Lula de
novo”, defendeu.
“Número de pobres no entorno de grandes cidades é o
maior em 10 anos: 20 milhões. Estudo com dados de
2021. Economia estagnada, inflação e corte do
auxílio emergencial explicam a tragédia. Bolsonaro
tirou e agora turbinou o auxílio emergencial para
ele”, observou o deputado Padre João (PT-MG).
A deputada Erika Kokay (PT-DF) diz que a situação é
o retrato do governo da inflação e do desemprego.
“Bolsonaro abandonou os mais pobres e governa só
para os ricos e o centrão. Mas esse pesadelo acaba
em outubro!”, disse.
Fonte: Portal Vermelho
09/08/2022 -
Rosa Weber envia à PGR pedido para investigar
Bolsonaro por críticas às urnas a embaixadores
Ação de pedido de investigação foi apresentada
por parlamentares
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal,
mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestar sobre ação contra o presidente Jair
Bolsonaro por encontro promovido por ele com
embaixadores, ocasião na qual fez críticas ao
processo eleitoral brasileiro.
“Determino, assim, a abertura de vista dos autos à
Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a
formação da opinio delicti em feitos de competência
desta Suprema Corte, para manifestação no prazo
regimental”, disse a ministra.
O ato é praxe e cabe à PGR avaliar se há indícios de
irregularidades e propor eventuais medidas de
investigação.
A ação de pedido de investigação foi apresentado por
parlamentares.
Segundo os parlamentares, ao atacar o sistema
eletrônico de votação – sem provas – o presidente
Jair Bolsonaro expôs negativamente a imagem do
Brasil no exterior e ainda ameaçou o Estado
Democrático de Direito ao insinuar que não aceitará
um resultado nas eleições que não lhe seja
favorável.
Fonte: CNN Brasil
09/08/2022 -
Presidente da Fiesp diz que processo eleitoral
brasileiro é seguro
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Josué Gomes da
Silva ressaltou a importância da democracia para a
economia.
No momento em que a Federação das Indústrias de São
Paulo (Fiesp) tornou público um manifesto em defesa
da democracia, o presidente da entidade, Josué Gomes
da Silva, respondeu às críticas de Bolsonaro, disse
que o processo eleitoral brasileiro é seguro e
ressaltou a importância do ambiente democrático para
a economia.
“É natural que a Fiesp assine um manifesto em defesa
da democracia, já que não existe liberalismo,
economia de mercado ou propriedade privada, valores
tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que
exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a
democracia e o Estado de Direito”, afirmou o
presidente da Fiesp, em entrevista à Folha de S.
Paulo. “Não deveríamos estar discutindo, a esta
altura do campeonato, a urna eletrônica, e sim uma
agenda para o país, como fomentar o
desenvolvimento”, disse ainda o empresário,
acrescentando que não há como se ignorar a
insegurança criada pela contestação da
confiabilidade do sistema eleitoral e do Judiciário.
Segundo Josué, é preciso defender o que é central
para a democracia, o processo eleitoral, que, no
Brasil, é um processo seguro, já amplamente
demonstrado, e que tem feito eleições desde 1996 com
sucesso e sem questionamento. Na entrevista, ele
menciona a tradição nos Estados Unidos de o
candidato derrotado ligar para o vencedor, logo após
os resultados, para fazer a “concessão”. “E quando
isso não ocorreu, acabamos vendo cenas lamentáveis
como 6 de janeiro. Nós não podemos aceitar que um 6
de janeiro aconteça no Brasil”, disse, referindo-se
ao fato de o ex-presidente americano Donald Trump
não ter aceitado prontamente a derrota para o
democrata Joe Biden na eleição de 2020, estimulando
a invasão do Capitólio.
Josué é filho do vice do ex-presidente Lula, José
Alencar (1931-2011). Bolsonaro fez críticas ao
manifesto, que acusou de ser político, e disse que o
documento defende “um ladrão”. De acordo com o G1,
empresários relataram ter sofrido pressão do
presidente para não assinarem o manifesto.
Interlocutores do presidente teriam ligado para
dirigentes de entidades empresariais. Embora o
documento tenha recebido ampla adesão de
representantes da sociedade civil, das 131 entidades
filiadas à Fiesp, apenas 18 assinaram o texto.
“Nosso manifesto nada tem de partidário, ele defende
um valor que atende os interesses tanto da direita
quanto da esquerda, a direita pode ganhar a eleição,
e se vier a ser questionada?”, contestou. “É
apartidário, isso está mais do que demonstrado pelo
arco de pessoas que assinaram”, reforçou.
Fonte: Portal Vermelho
09/08/2022 -
New York Times: Bolsonaro está com medo de ser
preso, e tem motivos de sobra para estar
Segundo a colunista Vanessa Barbara, Bolsonaro
"está prestes a perder" a eleição e teme ser preso
após a derrota: "escândalos de corrupção definiram
seu mandato"
Jair Bolsonaro (PL) está com medo de ser preso em
caso de derrota na eleição, e tem motivos para
estar, diz texto de Vanessa Barbara publicado no The
New York Times nesta segunda-feira (8).
A publicação cita o caso da ex-presidente golpista
da Bolívia Jeanine Áñez, presa por atos
antidemocráticos e por conspirar por um golpe em seu
país. "O destino de Jeanine Áñez paira no ar".
Barbara destaca que Bolsonaro tem demonstrado
preocupação com uma possível prisão após o pleito de
outubro, que "ele está prestes a perder". "Esse medo
explica suas tentativas enérgicas de desacreditar a
eleição antes que ela aconteça – como, por exemplo,
reunir dezenas de diplomatas estrangeiros para
fulminar o sistema de votação eletrônica do país.
(...) A verdade é que Bolsonaro tem motivos de sobra
para temer a prisão".
Acusações na Justiça não faltam para que Bolsonaro
possa ser condenado, diz a colunista. "Está ficando
difícil acompanhar todas as acusações contra o
presidente e seu governo".
Bolsonaro é acusado de estar ligado a uma "milícia
digital" e de propagar desinformação de maneira
deliberada, por exemplo. Mas "as irregularidades de
Bolsonaro dificilmente se limitam ao mundo digital.
Escândalos de corrupção definiram seu mandato, e a
podridão começa em casa", cita a colunista,
destacando as acusações de rachadinha contra o
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos). "Acusações semelhantes,
relativas ao seu período como legislador, foram
dirigidas ao próprio presidente. Em março, ele foi
acusado de improbidade administrativa por manter um
funcionário fantasma como seu assessor parlamentar
por 15 anos", lembra.
Há ainda o escândalo de corrupção no MEC e a
responsabilidade direta de Bolsonaro por muitas das
quase 700 mil mortes por Covid-19 no país.
Bolsonaro responde às acusações impondo sigilos de
100 anos ou tentando obstruir as investigações,
destaca o texto. "Para exercer esse poder, porém,
ele precisa manter seu emprego. Com isso em mente,
Bolsonaro vem distribuindo altos cargos no governo e
usando um pote de fundos, chamado de 'orçamento
secreto' por sua falta de transparência, para
garantir o apoio de legisladores centristas".
Além disso, Bolsonaro conseguiu por meio do
Congresso aprovar a distribuição de R$ 41 milhões em
benefícios sociais às vésperas da eleição. "Se vai
ajudar a causa do presidente, quem sabe. Mas o sinal
que envia é inconfundível: Bolsonaro está
desesperado para evitar a derrota. E ele tem toda a
razão de ser".
Fonte: Brasil247
09/08/2022 -
Nova pesquisa mostra Lula com 41% e Bolsonaro com
34%
Três a cada quatro eleitores optam por votar ou
no ex-presidente ou no atual no pleito de 2 de
outubro
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL)
continuam polarizando a preferência do eleitorado na
disputa ao Planalto. Nova pesquisa da FSB
Comunicação, encomendada pelo banco BTG e divulgada
nesta segunda-feira, mostra que três a cada quatro
eleitores optam por votar ou no ex-presidente ou no
atual no pleito de 2 de outubro.
Lula tem 41% das intenções de voto, enquanto
Bolsonaro tem 34%. Em seguida aparecem o ex-ministro
Ciro Gomes (PDT, 7%) e a senadora Simone Tebet (MDB,
3%). Outros 2% citaram o deputado federal André
Janones (Avante), que abriu mão da disputa na semana
passada para apoiar Lula.
Num eventual segundo turno, Lula bateria qualquer
adversário. Contra Bolsonaro, venceria por 51% a
39%. Nesse cenário, o ex-presidente contaria com 55%
dos eleitores de Tebet no primeiro turno, 44% dos
eleitores de Ciro e 45% de outros candidatos. A
vantagem de Lula no segundo turno seria menor contra
Ciro (47% a 32%), mas bem maior contra Tebet (50% a
29%).
Hoje, 53% dos eleitores declaram que não votariam
“de jeito nenhum” em Bolsonaro. É a mais alta
rejeição entre todos os presidenciáveis, à frente
das taxas de Ciro (49%) e Lula (45%). Em
contrapartida, 32% dizem que só votariam em Lula, e
27%, apenas em Bolsonaro.
A pesquisa FSB/BTG ouviu 2 mil eleitores, de 5 a 7
de agosto. A margem de erro é de dois pontos
percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
08/08/2022 -
‘Reforma’ trabalhista deve ser revista: reforçou
desigualdade e não beneficiou a economia
Para sociólogo, lei de 2017 fez o contrário do que
prometeu: enfraqueceu os sindicatos e exacerbou a
relação individual de trabalho
Com algumas discordâncias em relação a objetivos e
resultados, debate em torno da “reforma” trabalhista
de 2017 (Lei 13.467) convergiu para a necessidade de
revisão da lei, ainda que parcial. “Essa reforma
entregou o país a uma produtividade espúria”,
afirmou o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ao
ressaltar, mais de uma vez, a importância da
negociação coletiva – o que não foi o caso da lei.
“Países que fizeram processos de transformação
pactuaram modelos de desenvolvimento”, destacou.
Isso se deu, completou Clemente, por meio de acordos
sociais em torno da produtividade e da distribuição
de seus resultados.
O ex-diretor técnico do Dieese participou do debate
promovido pela Fundação FHC, quarta (3), com o
presidente do Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial (Iedi), Dan Ioschpe,
também vice da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp). O empresário afirmou que qualquer
mudança, para funcionar, precisa de quatro pilares:
tranquilidade institucional, equilíbrio de contas
públicas, melhor distribuição de renda e
sustentabilidade ambiental.
Quem negocia?
Ele considera que a reforma de 2017 teve aspectos
importantes: “Era preciso começar algum tipo de
modernização. Entre erros e acertos, tentou se
atualizar”. Mas concordou que a lei “talvez tenha
pecado” na questão da representação. Ou seja, dos
interlocutores, dos negociadores das mudanças. Uma
possível revisão da Lei 13.467 faz parte do debate
da campanha presidencial. Há quem proponha a
revogação pura e simples. As recentes mudanças na
Espanha esquentaram o tema.
Nesse sentido, acentua Clemente, a lei fez o
contrário do que foi anunciado. “Temos que
transferir aos atores sociais as formas de regular
as relações de trabalho. Então, a reforma
trabalhista fez o oposto. Tirou o poder do sindicato
e enalteceu a relação individual”, observou. No
Brasil, acrescentou o sociólogo, as iniciativas
legais parecem sempre caminhar para excluir a
representação sindical. Ele citou o exemplo da
recente Medida Provisória (MP) 1.108, que
regulamentou o teletrabalho (home office) sem
previsão d negociação coletiva: “O sindicato está
fora desse jogo regulatório”.
Desigual e precário
Assim, observou ainda Clemente, a reforma consolidou
um mercado de trabalho desigual e precário, sem
levar em conta a heterogeneidade de sua estrutura.
Além disso, “consolidou a destruição do sistema
previdenciário brasileiro”. Hoje, grande parte das
pessoas que trabalham não tem qualquer proteção
social, trabalhista ou previdenciária. “Temos que
criar um sistema de proteção que seja universal e
resultado de uma repartição oriunda da negociação.”
Essa “mudança estrutural”, como diz o representante
do Fórum das Centrais, precisa considerar também o
tamanho das empresas no Brasil. Segundo Clemente, as
micro, pequenas e médias empresas concentram 60% dos
empregos, mas apenas 10% da produtividade. Assim, a
organização sindical precisa ampliar sua base de
representação. Ele criticou uma das alterações
impostas pela lei, a exclusão dos sindicatos das
homologações contratuais. Até então, a presença do
sindicato era obrigatória quando o empregado tinha
mais de um ano de casa. “Tirar o sindicato das
rescisões expõe o trabalhador a risco, estimulando
um tipo de fraude que infelizmente está presente em
um momento dramático, que é o da rescisão.”
Mais diretrizes, menos detalhes
Dan Ioschpe observou que a “reforma” fez cair o número
de processos trabalhistas. “Temos uma legislação em
geral muito complexa. E a insegurança jurídica está
em geral associada a um detalhamento exagerado”,
disse o executivo, pedindo “mais diretrizes, menos
detalhamentos na lei”. Já a representação sindical –
tanto dos trabalhadores como patronal – é
“bem-vinda”, segundo ele, desde que “bem
fundamentada, bem constituída, democraticamente
obtida”. Clemente salientou que as entidades de
trabalhadores também são contra a “judicialização” e
defendeu mecanismos de solução de conflitos nos
próprios locais de trabalho.
Quase no final, o diretor geral da Fundação FHC,
Sergio Fausto, quis saber qual o grau de mudança da
Fiesp, com nova direção após quase duas décadas.
Ioschpe, que também integrou a gestão anterior, se
esquivou como pôde: “O que tem que nos orientar é a
mesma visão do Iedi, do desenvolvimento
socioeconômico. O que ocorre é que não vamos achar
caminhos fáceis e únicos. Por outro lado, a gente
precisa de uma agenda razoavelmente simples”.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/08/2022 -
Chapa Lula-Alckmin está registrada no TSE
Coligação Brasil da Esperança reúne nove partidos e
é a maior já construída pelo ex-presidente Lula
Foi feito neste sábado (6) o pedido de registro da
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e do ex-governador de São Paulo Geraldo
Alckmin (PSB) junto ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para as eleições presidenciais do próximo 2 de
outubro.
A Coligação Brasil da Esperança, com Lula e Alckmin
à cabeça, reúne nove partidos e é a maior já
construída pelo ex-presidente. Estão nela a
Federação FE Brasil, que conta com PT, PV e PC do B,
além da Federação PSOL/REDE. Completam o time o PSB
de Geraldo Alckmin e Márcio França, além de
Solidariedade, Avante e Agir.
Nas eleições de 1994, perdidas para Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), a coligação entorno de Lula
e do Partido dos Trabalhadores reuniu sete partidos
no total. Essa tinha sido a maior coligação até este
ano. Nas eleições vencidas pelo ex-presidente houve
um total de cinco partidos na coligação em 2002 e
três em 2006.
O registro da candidatura levou a assinatura de
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e
representante da Coligação, além dos escritórios de
advocacia Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins
Advogados. A chapa lidera as principais pesquisas
eleitorais, com 47% de intenções de votos segundo o
Datafolha e tem chances de sair vencedora já em dois
de outubro, no primeiro turno.
Fonte: RevistaForum
08/08/2022 -
DIAP lança “Quem foi Quem” no Congresso Nacional
DIAP apresenta, no formato de plataforma, a
histórica publicação do “Quem foi Quem” no Congresso
Nacional, que disponibiliza os votos de deputados e
senadores em temas relevantes de interesse dos
trabalhadores e da sociedade, o que permite ao
cidadão-eleitor conhecer como atuaram os
representantes no Congresso Nacional.
Rodrigo Britto*
A plataforma — desenvolvida para aferir o desempenho
parlamentar em temas que impactam os direitos dos
trabalhadores e os serviços prestados à sociedade —,
faz parte de novo projeto de acompanhamento e
compartilhamento de informações de domínio público,
como forma de estimular a participação política e o
voto consciente.
Como qualquer iniciativa que pretende fornecer dados
e informações à sociedade, essa possui recorte e
esse sempre possui algum grau de subjetividade. Para
reduzir ao máximo esse viés, buscou-se a definição
de critérios na escolha de votações de matérias que
representem o pensamento majoritário dos segmentos
afetados pelas políticas públicas, positiva ou
negativamente.
Para a escolha das votações, a equipe técnica do
DIAP utilizou 5 critérios:
1) a importância da matéria sob os pontos de
vistas político, econômico e/ou social;
2) o registro nominal do voto de cada
parlamentar, excetuando as de forma simbólica quando
não há registro do voto por tratarem de matérias
consensuais ou em função de manobras regimentais;
3) o grau de disputa entre governo e
oposição, exigindo-se em cada votação oposição
superior a 20% da Casa do Congresso, no caso da
Câmara com divergência superior a 100 votos;
4) o aspecto temporal das propostas de leis
submetidas para votação pelos parlamentares com
vigência permanente ou temporária das políticas
públicas; e
5) a clareza do dispositivo votado em relação
ao objetivo pretendido, de modo a não deixar margens
para dúvidas sobre o conteúdo da votação.
Universo abrangente
O universo de temas é abrangente, indo desde votações
de interesse direto e imediato dos trabalhadores,
passando por deliberações sobre temas de interesse
geral, como mudanças estruturais que impactem o
papel do Estado e marcos regulatórios específicos
como de meio ambiente, fiscal e econômico, dentre
outros.
Para essas votações inseridas na plataforma, dentro
dos critérios mencionados acima, serão classificadas
as de mérito quando haverá a indicação de posição
favorável ou contrário aos trabalhadores e sociedade
e/ou aquelas informativas que não serão indicadas
posição pelo DIAP, mas ficarão à disposição para o
conhecimento da população.
Algumas matérias, em virtude dos critérios definidos
e o fato de terem sido votadas de forma consensual
no Congresso merecem registro especial nesta
plataforma pela importância para o combate dos
efeitos econômicos e sociais causados pela pandemia
da covid-19 e de algumas de caráter permanente
aprovadas, inclusive, com derrubada de vetos
presidenciais, que garantiram direitos aos
trabalhadores e à sociedade.
Orçamento de guerra
Dentre esses, houve a aprovação do orçamento de
guerra, que abriu espaço fiscal para aprovação do
auxilio emergencial de R$ 600, medidas para
manutenção de empregos e renda, acesso a crédito
para evitar o fechamento de empresas e
fortalecimento das ações de saúde dos estados e
municípios.
Bem como dar apoio a vários setores importantes como
cultura, turismo, agricultura e serviços, bem como a
votação de matérias que garantiram a continuidade do
Fundeb, a tributação sobre lucros e dividendos, o
Auxilio Brasil, auxílio gás para famílias de baixa
renda e piso da enfermagem, dentre outras
iniciativas de autoria dos congressistas.
Pelo vínculo com as causas que patrocina e defende,
a plataforma é apoiada e reflete o pensamento
majoritário das entidades sindicais afiliadas ao
DIAP, tal como os rankings de avaliação parlamentar
existentes no País.
E buscam ainda prestar serviço de utilidade pública,
informando aos representados — a população
brasileira — como votaram os parlamentares nos temas
de interesse geral e específico dessa.
Linque da plataforma para acompanhar e compartilhar
as votações:
www.quemfoiquem.org.br, cujos conteúdos estarão
disponíveis a partir da próxima quarta-feira (10).
(*) Presidente em exercício do DIAP
Fonte: Diap
08/08/2022 -
Projeto estabelece piso salarial para trabalhadores
da limpeza urbana
Um projeto de lei
apresentado no Senado prevê um piso salarial de R$
1.850 mensais para os trabalhadores da limpeza
urbana. Esse projeto (PL 3.253/2019) foi aprovado
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e
aguarda análise na Câmara dos Deputados.
A proposta, de autoria do senador Paulo Paim
(PT-RS), tem o objetivo de regulamentar a profissão
de agente de coleta de resíduos, de limpeza e de
conservação de áreas públicas.
O texto especifica as
atribuições da categoria, a jornada de trabalho e as
exigências para exercer essas funções. Também prevê
adicional para o trabalhador que for exposto a
agentes nocivos à saúde, além de estabelecer piso
salarial.
A matéria tramitou na CAS em decisão terminativa.
Por essa razão, como não foi apresentado recurso
para votação do texto no Plenário do Senado, o
projeto foi enviado diretamente para a Câmara dos
Deputados (acompanhe
a tramitação da proposta, tanto no Senado quanto na
Câmara, neste link).
A verificação da informação sobre o PL 3.253/2019
foi solicitada por meio do serviço Senado Verifica:
Fato ou Fake?, criado pelo Senado Federal em 2020
para o combate à desinformação.
Fonte: Agência Senado
08/08/2022 -
Pequenos negócios geram 72% das vagas de emprego no
primeiro semestre
As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação
de empregos formais no primeiro semestre. Dos cerca
de 1,33 milhão de postos de trabalho formais criados
no Brasil de janeiro a junho, 961,2 mil, o
equivalente a 72,1% do total, originaram-se em
pequenos negócios.
A conclusão consta de levantamento do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),
com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. O
desempenho das MPE é bastante superior ao das médias
e grandes empresas, que abriram 279,1 mil vagas nos
seis primeiros meses de 2022.
Apenas em junho, os negócios de menor porte foram
responsáveis pela abertura de 63,6% das vagas
formais no mês, com 176,8 mil de um total de 277,9
mil postos de trabalho criados no mês passado. As
médias e grandes empresas abriram 73,9 mil vagas
(26,6% do total).
Fonte: Agência Brasil
05/08/2022 -
Movimento Sindical celebra o Bicentenário da
Independência com o projeto “Brasil em 200 nomes”
Para comemorar o bicentenário da independência as
centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central e CSB apresentarão uma seleção de 200
nomes de personalidades que tiveram impacto positivo
na vida dos trabalhadores desde 1822.
Organizada por ordem de nascimento, a seleção
constituirá um panorama dos últimos 200 anos, desde
as lutas pela independência, pela República, pela
abolição, passando pelo modernismo, pelo trabalhismo
dos anos de 1930, pelas primeiras lutas sindicais e
políticas, pela resistência à ditadura militar, pela
redemocratização, construção das centrais sindicais,
até os dias atuais.
São nomes pesquisados, levantados e indicados por um
amplo grupo de trabalho que se formou em torno das
centrais. A ideia foi dar à seleção um caráter
diversificado – contemplando diversos setores da
sociedade, progressista – relacionando aqueles que
de alguma forma são guiados por uma concepção
progressista da sociedade, e popular – com nomes
conhecidos e de grande projeção, ao lado daqueles
que merecem projeção e revitalização da memória.
O projeto Brasil em 200 nomes será lançado no dia 15
de agosto de 2022, às 10 horas, na Câmara Municipal
de São Paulo, com a palestras e a apresentação da
Corporação Musical Operária da Lapa.
Após esta data o projeto ficará disponível no site
do Centro de Memória Sindical que hospedará a lista,
o material “Brasil em 200 obras”, além de artigos e
uma linha do tempo das lutas dos trabalhadores.
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/08/2022 -
Senado confirma MP do ‘home office’ e
auxílio-alimentação, que segue para sanção
Presidente deve vetar item que permite saque do
vale-refeição após 60 dias. Congresso acelera
votação de matéria sem nenhuma discussão prévia
Além da Medida Provisória 1.109, de flexibilização
trabalhista em regime de calamidade pública, o
Senado aprovou ainda quarta (3) à noite,
simbolicamente, a MP 1.108, que regulamenta o
teletrabalho (home office) e muda regras do
auxílio-alimentação. Como o texto não foi alterado,
segue para sanção presidencial. Mas é quase certo o
veto de pelo menos um item.
Assim, sem discussão, o Congresso votou nos últimos
dias matérias que estavam para “caducar”. O próprio
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
pediu pressa ontem, porque seria a única sessão
deliberativa da semana. Foi assim com o Projeto de
Lei de Conversão (PLV) 21, originário da MP 1.108,
aprovado na Câmara no mesmo dia. O relator foi o
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que manteve o
parecer do deputado Paulinho da Força (SD-SP) e
rejeitou emendas.
Sem debate prévio nem negociação coletiva
Vários parlamentares reclamaram da falta de tempo para
discussão e do fato de a matéria ter sido objetivo
de MP em vez de projeto de lei. E afirmaram que o
texto retira direitos. Pachedo disse que a MP 1.108
era uma “excepcionalidade”.
De acordo com o texto aprovado, o
auxílio-alimentação, ou vale-refeição, se destina
exclusivamente ao pagamento de refeição em
restaurantes ou de gêneros alimentícios comprados no
comércio. Além disso, as empresas ficam proibidas de
receber descontos na contratação de fornecedoras de
tíquetes. O relator na Câmara acrescentou a
possibilidade de o trabalhador sacar o saldo após 60
dias, mas é quase certo que o presidente vete esse
dispositivo.
Já o teletrabalho é definido como a prestação de
serviço fora das dependências da empresa, de maneira
preponderante ou híbrida. Essa prestação de serviços
deverá constar expressamente do contrato individual.
As centrais sindicais reivindicam que o tema fosse
objeto de negociação coletiva.
Confira algumas regras da MP do Teletrabalho
- Os empregadores são dispensados de controlar o
número de horas trabalhadas por empregados
contratados por produção ou tarefa;
- A presença do trabalhador no ambiente de trabalho
para tarefas específicas, ainda que de forma
habitual, não descaracteriza o trabalho remoto;
- O contrato poderá dispor sobre os horários e os
meios de comunicação entre empregado e empregador,
desde que assegurados os repousos legais;
- O uso de infraestrutura e ferramentas digitais
pelo empregado fora da jornada não constitui tempo à
disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso,
exceto se houver acordo;
- O empregado admitido no Brasil que pratique
teletrabalho fora do país está sujeito à legislação
brasileira, exceto em caso de legislação específica
ou acordo entre as partes;
- O empregador não será responsável pelas despesas
ao retorno presencial do empregado que mora fora da
sede, salvo acordo.
Com informações das agências Câmara e Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
05/08/2022 -
Bolsonaro cai 2 pontos e Lula mantém 43%, diz
pesquisa
Tendência de redução no número de candidaturas
favorece o petista
A 59 dias para as eleições 2022, a disputa
polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro
(PL), indica estabilidade nas intenções de voto. É o
que indica a nova pesquisa PoderData, realizada de
31 de julho a 2 de agosto e divulgada nesta
quinta-feira (4) pelo Poder360.
Em relação à pesquisa anterior, de 15 dias atrás,
Bolsonaro oscilou dois pontos percentuais para
baixo, dentro da margem de erro, indo de 37% para
35%. Já Lula se segue na liderança, mantendo o mesmo
patamar – 43%. Na sequência, aparecem Ciro Gomes
(PDT, 7%), Simone Tebet (MDB, 4%), André Janones
(Avante, 2%), Eymael (DC, 1%) e Felipe d’Avila
(Novo, 1%). Os demais candidatos não pontuaram.
Esses números apontam para a necessidade de um
segundo turno, já que o líder da pesquisa, Lula, não
alcança 50% dos votos válidos. Porém, a tendência é
de redução no número de candidaturas, o que favorece
o petista. Janones, por exemplo, pode anunciar nesta
quinta seu apoio a Lula. Dois nomes com menos de 1%
de intenções de votos – Luciano Bivar (UB) e Pablo
Marçal (Pros) – não serão mais candidatos.
Nos recortes da pesquisa, segundo o Poder360, “Lula
tem seus melhores desempenhos entre jovens de 16 a
24 anos (50%), na região Nordeste (48%) e entre os
que têm renda familiar de até 2 salários (48%).
Bolsonaro pontua mais entre homens (40%) pessoas de
45 a 59 anos (39%), na região Centro-Oeste (46%) e
entre os que têm renda de mais de 5 salários (42%)”.
Num eventual segundo turno, Lula bateria Bolsonaro
por dez pontos de diferença – 50% a 40%. A vantagem
entre eles foi encurtada. Há 15 dias, era de 13
pontos – 51% a 38%. Ainda assim, os dois
pré-candidatos tiveram oscilações dentro da margem
de erro.
A pesquisa PoderData ouviu, por telefone, 3.500
eleitores, em 322 municípios de todos os estados do
Brasil. A margem de erro é de dois pontos
percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
05/08/2022 -
Sancionada lei que libera consignado para o Auxílio
Brasil
Medida também amplia margem desse crédito a
segurados da Previdência
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a
Lei nº 14.431/2022 que libera o crédito
consignado a beneficiários do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e de programas federais de
transferência de renda, como o Auxílio Brasil. A
medida também amplia a margem de crédito consignado
aos empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e aos segurados da Previdência
Social.
A lei foi publicada nesta quinta-feira (4) no Diário
Oficial da União e teve origem na Medida Provisória
1.106/2022, editada em março deste ano.
O texto foi aprovado no Congresso em julho. O
empréstimo consignado é aquele concedido com
desconto automático das parcelas em folha de
pagamento ou benefício.
Os beneficiários do Auxílio Brasil poderão fazer
empréstimos de até 40% do valor do benefício e
autorizar a União a descontar o valor da parcela dos
repasses mensais. De acordo com o texto, a
responsabilidade sobre a dívida “será direta e
exclusiva do beneficiário. A União não poderá ser
responsabilizada, ainda que subsidiariamente, em
qualquer hipótese”, determina a lei.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou
que a medida visa “atenuar os efeitos da crise
econômica que atingiu as famílias brasileiras
durante o período de pandemia, uma vez que o
benefício previdenciário ou assistencial é, muitas
vezes, a única fonte de renda familiar”.
A partir deste mês, até dezembro, o valor do Auxílio
Brasil passará de R$ 400 para R$ 600.
Fonte: Agência Brasil
05/08/2022 -
Senado aprova regras que podem dispensar perícia
médica do INSS
Texto segue agora para sanção presidencial
O Senado aprovou a Medida Provisória (MP)
1.113/2022, que muda o modelo de análise de pedidos
de benefícios ao Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
De acordo com o texto aprovado nesta quarta-feira
(3), fica dispensada a passagem por exame da perícia
médica federal para requerimentos de auxílio por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). O
texto segue para sanção presidencial.
Dessa forma, o Ministério do Trabalho e Previdência
vai definir as condições para a dispensa do exame. A
pasta definirá quando a concessão do auxílio por
incapacidade temporária estará sujeita apenas à
análise documental, incluídos atestados e laudos
médicos. Esse modelo foi usado nos anos de 2020 e
2021 devido às restrições causadas pela pandemia de
covid-19.
Segundo o governo federal, o objetivo da MP é
reduzir o prazo de espera do agendamento do Serviço
de Perícia Médica Federal, que atualmente leva em
média 60 dias e conta com 738 mil pedidos pendentes.
Fonte: Agência Brasil
05/08/2022 -
Câmara aprova urgência para medidas de proteção a
mulheres no trabalho
Proposta poderá ser votada pelo Plenário sem
precisar passar antes pelas comissões
A Câmara dos Deputados aprovou requerimento de
urgência para o Projeto de Lei 1906/22, que prevê
medidas para proteger mulheres no mercado de
trabalho e permite o flagrante delito quando o
agressor for filmado ou fotografado cometendo
violência contra a mulher. Com a urgência, a
proposta poderá ser votada pelo Plenário sem
precisar passar antes pelas comissões permanentes.
Segundo o autor da proposta, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), o projeto foi sugerido pela
procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela
Samadello Monteiro de Barros, que foi agredida pelo
procurador Demétrius Oliveira Macedo em 20 de junho.
"Ela atuou decisivamente na construção deste
projeto, pela própria experiência que teve", relatou
Samuel Moreira. "Esta não é uma luta só das
mulheres, mas de todos os homens também. Esta é uma
pauta atual e urgente."
Entre as medidas previstas no projeto estão:
- pena de detenção de seis meses a dois anos para
autoridades que se negarem a atender a mulher vítima
de violência ou deixarem de prender em flagrante o
agressor;
- condiciona a exame criminológico a progressão do
regime para os condenados por crimes cometidos com
violência ou grave ameaça contra mulher;
- obriga o uso da tornozeleira eletrônica para os
condenados que têm prisão domiciliar;
- permite ao juiz afastar o acusado do exercício de
cargo quando o crime for cometido contra servidora
do mesmo órgão ou no mesmo ambiente de trabalho.
Proteção
A deputada Erika Kokay (PT-DF) espera que a proposta
combata a violência de gênero e dê maior proteção às
mulheres. "É muito importante que asseguremos os
direitos das mulheres com mecanismos punitivos para
quem provoca a violência de gênero."
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) ressaltou que as
agressões sofridas pela promotora choraram o País.
"O que fazemos hoje aqui é importante para
demonstrar que a Câmara responde a esta agressão,
buscando proteger a vida das mulheres, incluindo o
seu local de trabalho", afirmou.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que foi
relatora da Lei Maria da Penha, cobrou o cumprimento
da legislação de combate a violência contra a
mulher. "Os estados e os municípios precisam
destinar orçamento para proteção às mulheres",
defendeu.
Fonte: Agência Câmara
05/08/2022 -
Câmara aprova projeto que obriga planos a cobrir
tratamentos fora do rol da ANS
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(3/8) o Projeto de Lei 2033/22, que trata da
cobertura pelas operadoras dos planos de saúde de
tratamentos médicos não incluídos no rol de
procedimentos da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). O PL estabelece hipóteses de
cobertura de exames ou tratamentos que não estão
incluídos no rol.
A aprovação ocorre após o Superior Tribunal de
Justiça determinar, em junho, que o rol de
procedimentos tem caráter taxativo. Sendo assim, as
operadoras não são obrigadas, salvo em situações
excepcionais, a arcar com tratamentos que não
constem desta lista se nela houver alternativa
igualmente eficaz, efetiva, segura e já incorporada.
A proposta segue agora para análise do Senado. O
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou
que a votação poderá ocorrer na próxima terça-feira
(9/8).
Entre os pontos da regulamentação, o PL aprovado
determina que a lista de procedimentos e eventos
cobertos por planos de saúde será atualizada pela
ANS a cada incorporação. O rol servirá de referência
para os planos contratados desde 1º de janeiro de
1999.
Quando o tratamento ou procedimento prescrito não
estiver previsto no rol, a cobertura deverá ser
autorizada se: existir comprovação da eficácia, à
luz das ciências da saúde, baseada em evidências
científicas e plano terapêutico; haver recomendações
pela Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS; ou existir recomendação de, no
mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em
saúde que tenha renome internacional. Com
informações da Agência Câmara de Notícias.
Fonte: Consultor Jurídico
04/08/2022 -
Quaest: Lula lidera com 44% das intenções de voto
contra 32% de Bolsonaro
Em um eventual segundo turno, o ex-presidente
teria 51% dos votos, contra 37% do atual presidente
O ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida para
ocupar a presidência da República com 44% das
intenções de voto contra 32% do presidente Jair
Bolsonaro (PL), segundo nova rodada a pesquisa
Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (3).
Considerando apenas os votos válidos, ou seja,
descartando os brancos e nulos, Lula teria 51% se a
eleição fosse hoje.
Os dados da pesquisa mostram que o petista tem
chance de vencer no primeiro turno. Ele tem mais
votos do que a soma (42%) dos demais candidatos.
Confira:
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) é o terceiro
colocado, com 5% das intenções de voto. O deputado
federal André Janones (Avante-MG) e a senadora
Simone Tebet (MDB-MS) têm 2% de intenções de voto
cada um, e Pablo Marçal (Pros), 1%.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, o ex-presidente teria
51% dos votos e Bolsonaro, 37%. Contra Ciro, Lula
venceria por 51% a 27%. Contra Simone Tebet, seriam
55% a 22%.
O índice de rejeição de Bolsonaro é de 55%, contra
44% de Lula. De acordo com a pesquisa, 53% dizem que
não votariam em Ciro Gomes.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas com mais
de 16 anos entre os dias 28 e 31 de julho, em
entrevistas nas casas dos eleitores em 27 estados.
O número de registro na Justiça Eleitoral é
BR-02546/2022.
Fonte: CUT
04/08/2022 -
Câmara aprova MP que regulamenta teletrabalho e
altera regras do auxílio-alimentação
Medida provisória precisa ser aprovada nesta
semana pelo Senado
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu a
votação da Medida Provisória 1108/22, que
regulamenta o teletrabalho e altera regras do
auxílio-alimentação (o popular vale-refeição ou
vale-alimentação).
A previsão de acordos individuais entre empregado e
patrão sobre regras do teletrabalho foi o ponto mais
polêmico da discussão, pois partidos de oposição
defenderam a negociação coletiva entre o sindicato e
os empregadores como regra, mas foram derrotados na
votação dos destaques.
A medida provisória foi aprovada na forma de um
projeto de lei de conversão (PLV) apresentado pelo
relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
A MP, que caduca no próximo domingo (7), será votada
agora pelo Senado.
O relator incluiu na proposta a obrigatoriedade de
repasse às centrais sindicais de eventuais saldos
residuais das contribuições sindicais. “Há saldos
que não foram repassados às centrais sindicais em
razão de ausência de regulamentação pelo Poder
Executivo”, explicou Paulinho da Força.
O relator afirmou que o texto final é resultado de
uma ampla negociação. “Não é o parecer que eu
gostaria de ter feito. Fizemos um relatório baseado
numa negociação, primeiro na casa do presidente [da
Câmara], Arthur Lira, junto com os líderes da base,
e depois com a oposição”, disse.
Acordo individual
O ponto mais discutido no Plenário foi o teletrabalho.
Paulinho da Força propôs, inicialmente, que as
regras do trabalho remoto fossem definidas em
negociação coletiva entre sindicatos e empresas, mas
acatou a previsão de contrato individual, defendida
pelo governo na MP original, para garantir a
aprovação do parecer. Apesar disso, ele defendeu a
negociação coletiva.
“Eu imagino que quem entende melhor de cada uma das
categorias são os trabalhadores e o empresários do
setor, e a negociação coletiva poderia resolver”,
afirmou Paulinho. “Estamos fazendo uma lei que daqui
um tempo teremos que corrigir”, concluiu.
Oposição vê retrocesso
Para a oposição, a manutenção exclusiva do acordo
individual para o teletrabalho é um retrocesso aos
trabalhadores, que ficarão à mercê das regras
impostas pelos empregadores. “Os trabalhadores vão
ficar na mão de chefes imediatos, que vão fazer o
que quiser”, disse o deputado Carlos Zarattini
(PT-SP).
Contrário à oposição, o deputado Tiago Mitraud
elogiou a manutenção do acordo individual para
definir o teletrabalho. “Deixa o contratante e o
contratado resolverem a pendência da forma que eles
acharem melhor”, disse.
Trabalho remoto
O parecer aprovado define teletrabalho (ou trabalho
remoto) como a prestação de serviços fora das
dependências da empresa, de maneira preponderante ou
híbrida, que, por sua natureza, não pode ser
caracterizada como trabalho externo. A prestação de
serviços nessa modalidade deverá constar
expressamente do contrato individual de trabalho.
Paulinho da Força destaca que a experiência com
teletrabalho foi positiva e, por isso, é necessário
incluir esse novo regime na lei. “Os ajustes
promovidos pela medida provisória são fruto de
experiência e merecem acolhida”, disse.
As novas regras incluídas na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) são:
- Os empregadores são dispensados de controlar o
número de horas trabalhadas por empregados
contratados por produção ou tarefa;
- A presença do trabalhador no ambiente de trabalho
para tarefas específicas, ainda que de forma
habitual, não descaracteriza o trabalho remoto;
- O contrato poderá dispor sobre os horários e os
meios de comunicação entre empregado e empregador,
desde que assegurados os repousos legais;
- O uso de infraestrutura e ferramentas digitais
pelo empregado fora da jornada não será tempo à
disposição, prontidão ou sobreaviso, exceto se
houver acordo;
- O regime de trabalho também poderá ser aplicado a
aprendizes e estagiários;
- O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se
confunde e nem se equipara à ocupação de operador de
telemarketing ou de teleatendimento;
- O empregado admitido no Brasil que pratique
teletrabalho fora do País está sujeito à legislação
brasileira, exceto legislação específica ou acordo
entre as partes;
- O empregador não será responsável pelas despesas
ao retorno presencial do empregado que mora fora da
sede, salvo acordo;
- Terão prioridade no teletrabalho os empregados com
deficiência, e com filhos ou criança sob guarda
judicial até quatro anos.
Auxílio-alimentação
Em relação ao auxílio-alimentação, a MP 1108/22
determina que ele seja destinado exclusivamente ao
pagamento de refeição em restaurantes ou de gêneros
alimentícios comprados no comércio.
A medida provisória também proíbe as empresas de
receber descontos na contratação de empresas
fornecedoras de tíquetes de alimentação. Hoje,
alguns empregadores têm um abatimento no processo de
contratação.
O governo afirma que o custo do desconto é,
posteriormente, transferido aos restaurantes e
supermercados por meio de tarifas mais altas, e
destes aos trabalhadores.
A medida, segundo o relator, busca reparar prejuízos
que o setor teve durante o período de isolamento da
pandemia, especialmente nos negócios menores. “ Os
prejuízos que o setor teve de suportar tornou
impossível a convivência com uma situação já antiga,
decorrente de sua posição mais frágil na cadeia de
operações do benefício do auxílio-alimentação”,
explicou.
O relator incluiu na proposta a possibilidade de
portabilidade gratuita do serviço, mediante a
solicitação expressa do trabalhador, e a restituição
do saldo que não tenha sido utilizado ao final de
sessenta dias.
Fonte: Agência Câmara
04/08/2022 -
Medidas eleitorais de Bolsonaro terão custo a mais
de R$ 180 bilhões em 2023
Além de menos recursos para o Tesouro Nacional,
presidente reduzirá cofres estaduais e municipais em
outros R$ 100 bilhões, segundo informa o jornal O
Estado de S. Paulo.
Por conta das medidas eleitoreiras, Bolsonaro
deixará como legado quase R$ 180 bilhões a menos no
cofre do Tesouro Nacional para o próximo presidente
da República enquanto a limitação da alíquota do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) dos combustíveis, energia, transporte e
comunicações e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) representará uma redução de
R$ 100 bilhões a menos nos cofres para governadores
e prefeitos.
“A fatura já apareceu na conta do Tesouro Nacional
nos últimos dias depois que ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) suspenderam o pagamento de
parcelas de dívidas dos Estados com a União para
compensar a perda de arrecadação com a desoneração
do ICMS. O movimento tende a crescer e assusta o
Ministério da Economia com o risco de uma nova
guerra nos tribunais”, afirma o Estado de S. Paulo.
Em razão da queda na arrecadação do ICMS, o STF já
concedeu a quatro estados a suspensão do pagamento
da dívida pública: São Paulo, Piauí, Maranhão e
Alagoas.
Reajuste dos servidores
De acordo com os cálculos, realizados pelo
economista-sênior da consultoria LCA, Bráulio
Borges, a pedido do jornal, além das medidas
eleitorais, com a inclusão de um possível reajuste
no salário dos servidores federais, o valor pode
ultrapassar R$ 300 bilhões. O economista considerou
a possibilidade de um reajuste de 10%, que não repõe
nem metade da inflação acumulada de 25% prevista
para o período de 2020 a 2022.
Ao jornal, o economista afirmou que o pacote
consolida a perspectiva de uma espécie de “voo de
galinha turbinado por um ciclo político-eleitoral”
de expansão dos gastos públicos e de desoneração
tributária. A expressão voo de galinha usada por ele
é um jargão utilizado pelo mercado para expressar um
crescimento de curto-prazo do Produto Interno Bruto
(PIB), sem que se vislumbre uma recuperação
sustentada da atividade econômica.
Também está previsto no cálculo um custo adicional
de pelo menos R$ 60 bilhões para financiar em 2023 a
permanência do piso de R$ 600 do benefício do
Auxílio Brasil. Segundo o Estado de S. Paulo, mesmo
esse valor de R$ 60 bilhões é considerado
conservador diante da inclusão de um número maior de
famílias no programa para zerar a fila e, na área
econômica, técnicos admitem que o aumento do custo
do Auxílio Brasil poderá chegar a R$ 70 bilhões,
além do orçamento atual de R$ 89 bilhões.
Fonte: Portal Vermelho
04/08/2022 -
Centrais sindicais debatem fortalecimento da
democracia com presidente da FIESP
Sindicalistas da Força Sindical, CUT e UGT estiveram
reunidos na tarde desta terça-feira (3) com o
presidente da FIESP, Josué Gomes Alencar.
Participaram do encontro, representando a Força
Sindical o vice-presidente, Sergio Luiz Leite
(Serginho) e o secretário-geral, João Carlos
Gonçalves (Juruna).
Serginho destaca que, entre outros assuntos, os
sindicalistas saudaram a posição da FIESP na defesa
da democracia. “Debatemos as perspectivas econômicas
e sociais e a abertura de um debate sobre as
convergências entre as proposta das Centrais sobre o
desenvolvimento industrial”, completa o sindicalista
que também é presidente da FEQUIMFAR.
Juruna destaca que os dirigentes das Centrais também
entregaram as resoluções da CONCLAT, agenda
judiciária e legislativa e as propostas da
IndustriALL Brasil. “São propostas formuladas pelos
trabalhadores para o desenvolvimento industrial
sustentável, com geração de empregos com direitos”,
destacou Juruna no encontro.
Fonte: Força Sindical
04/08/2022 -
Projeto garante ao pai usar licença-maternidade em
caso de incapacidade da mãe
Um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) garante que
o pai use a licença-maternidade quando a mãe tiver
incapacidade física ou psicológica que a impeça de
cuidar do filho (PLS 442/2017). O relatório da
senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) já foi apresentado
e está pronto para ser votado pela Comissão de
Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
04/08/2022 -
Abalado, Bolsonaro chama de "cartinha" manifesto
pela democracia que já reúne mais de 700 mil
apoiadores
Novo ataque de Bolsonaro contra o manifesto foi
feito durante um culto promovido pela bancada
evangélica do Congresso
Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a “Carta aos
Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado
Democrático de Direito”, que já reúne cerca 700 mil
assinaturas e pode virar uma marcha pela democracia,
chamou o documento de “cartinha” e afirmou “pedir a
Deus que o povo não sinta as dores do comunismo". As
declarações de Bolsonaro foram feitas nesta
quarta-feira (3) em um culto promovido pela bancada
evangélica do Congresso, uma de suas bases de apoio.
"Nenhum de vocês que assinaram cartinhas por aí se
manifestaram naquele momento", disse Bolsonaro em
referência às medidas de isolamento social adotadas
por governadores e prefeitos para conter o avanço da
pandemia de Covid-19 no Brasil. "Vocês todos
sentiram um pouco do que é ditadura", completou, de
acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Bolsonaro,
contudo, é um defensor contumaz da ditadura militar
instalada no país em 1964, que prendeu, torturou e
matou milhares de brasileiros ao longo de 21 anos.
No evento, Bolsonaro demonstrou receio de perder a
eleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) ao afirmar que tem a “missão” de evitar o
"comunismo" no Brasil. "Tenho o hábito de todo dia,
quando me levanto, me concentro, agradeço pela
missão, mas peço a Deus que meu povo, nosso povo,
não sinta as dores do comunismo". "Nós somos a
maioria, nós somos do bem, e tenho certeza que
venceremos essa batalha", emendou.
No discurso, ele também voltou a disparar fake news
contra a esquerda ao afirmar que os adversários
querem impor a ideologia de gênero e sexualizar
crianças "de cinco, seis anos".
Fonte: Brasil247
03/08/2022 -
Movimento ‘Fora Bolsonaro’ fará mobilização única em
defesa da democracia dia 11
Movimentos que compõem a campanha adiam atos
marcados para o próximo sábado, para se somar às
leituras da “Carta aos Brasileiros” e do manifesto
por democracia e justiça
Movimentos sociais, movimento estudantil e centrais
sindicais que compõem as frentes Povo Sem Medo e
Brasil Popular irão unificar as manifestações antes
previstas para o próximo sábado (6) da campanha
“Fora, Bolsonaro”, com os atos públicos em todo o
país que ocorrerão no próximo dia 11. Com o mote
“Voltar às ruas em defesa da democracia e de
eleições livres e contra a violência política”, a
mobilização é mais uma reação à escalada golpista do
atual ocupante do Palácio do Planalto. Estão
mantidos os protestos pelo “Fora, Bolsonaro”
previstos para 10 de setembro.
De acordo com o coordenador nacional da Central de
Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, um dos
líderes da Campanha “Fora, Bolsonaro”, os ataques do
presidente às urnas eletrônicas e às instituições do
país exigem uma resposta imediata de amplos setores
da sociedade civil comprometidos com a democracia.
“Diante das declarações golpistas do Bolsonaro
retomaremos às mobilizações de rua. Vamos defender a
democracia e as eleições livres em respeito à
soberania popular do voto. Não aceitaremos o golpe
pretendido pelo presidente da República. Em outubro,
vamos às ruas pôr fim neste governo autoritário e
genocida. O Brasil não aguenta mais Bolsonaro e sua
turma”, disse Bonfim.
Do mesmo modo, a presidenta da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, também convocou para
as manifestações. Assim, além das ameaças à
democracia, ela destacou os cortes do governo
Bolsonaro na Educação. “Será a partir da nossa luta
e do enfrentamento ao fascismo que nossas
universidades poderão se unificar para conseguir
defender o ensino público e o Brasil”, tuitou.
Reação democrática
Em carta divulgada na semana passada, a coordenação da
campanha diz que “a escalada autoritária e golpista”
de Jair Bolsonaro (PL) “exige a mobilização de todas
as vozes comprometidas com a democracia e com a luta
por direitos sociais, contra a violência, a
destruição do meio ambiente, o desemprego e a fome.”
Desta forma, o 11 de agosto começa com a leitura do
manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça, na
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
(USP), organizado por empresários e assinado também
por entidades de trabalhadores. Na sequência, alunos
e ex-alunos da universidade lerão a Carta à
Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado
Democrático de Direito.
Também em São Paulo, ato público será realizado partir
das 17h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.
O calendário das mobilizações nas demais cidades do
país ainda será divulgado pelas entidades que
participam da campanha “Fora, Bolsonaro”.
As manifestações em defesa da democracia são uma
resposta às recentes investidas autoritárias de
Bolsonaro. As reações ao golpismo se precipitaram
principalmente nas ultimas semanas. Principalmente
após o presidente se reunir com embaixadores, há
duas semanas, quando ameaçou não respeitar o
resultado das urnas em outubro.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/08/2022 -
Trabalhadores querem negociação coletiva para
decidir sobre teletrabalho
Na volta do recesso parlamentar, a Câmara dos
Deputados pautou a medida provisória do
teletrabalho. Mas as centrais sindicais fazem
ressalvas ao texto e querem que o assunto seja
definido em negociação coletiva
Após o recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados
retoma suas atividades nesta segunda-feira (1º) com
uma agenda carregada de medidas provisórias,
incluindo a MP 1.108/22 que regulamenta o
teletrabalho e ainda altera regras do
auxílio-alimentação. As centrais sindicais defendem
que os assuntos sejam objetos de negociação
coletiva.
A norma define teletrabalho (ou trabalho remoto)
como a prestação de serviços fora das dependências
da empresa, de maneira preponderante ou híbrida,
que, por sua natureza, não pode ser caracterizada
como trabalho externo.
O texto também muda regras do auxílio-alimentação (o
popular vale-refeição ou vale-alimentação).
“O fortalecimento da negociação coletiva é o melhor
caminho para o avanço e democratização da relação
capital e trabalho, assim sendo toda e qualquer
alteração no regramento dos direitos trabalhistas
precisam garantir a participação das entidades
sindicais representativas”, diz as centrais em nota
conjunta sobre a MP.
De acordo com as centrais, o valor e as formas de
pagamento do auxílio-alimentação previsto na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também
precisam ser objetos de debates numa negociação
coletiva.
“Assim, no que tange ao que está contido na Medida
Provisória nº 1.108 de 2022, as Centrais Sindicais
entendem que o valor e as formas de pagamento do
auxílio-alimentação previsto na Consolidação das
Leis do Trabalho que tem como objetivo melhorar as
condições nutricionais dos trabalhadores, bem como o
que se refere as formas e condições referentes ao
teletrabalho devém ser objeto de negociação
coletiva”, diz o documento.
Também está na pauta a MP 1116/22, que institui o
Programa Emprega + Mulheres e Jovens, para inserção
e manutenção desse público no mercado de trabalho.
A norma cria medidas para impulsionar a
empregabilidade das mulheres, como a flexibilização
do regime de trabalho – com adoção de jornada
parcial e banco de horas, por exemplo; qualificação
em áreas estratégicas a fim de estimular a ascensão
profissional; e apoio na volta ao trabalho após a
licença-maternidade.
Congresso
No início dos trabalhos legislativos deste segundo
semestre, a pauta do Congresso Nacional tem 13 vetos
para análise dos parlamentares. As votações do
primeiro semestre limparam boa parte das pendências,
mas quatro vetos já trancam a pauta de votações do
Congresso e precisarão ser votados antes de outros
itens, como projetos de lei. Entre eles, estão os
vetos que tratam do Marco Legal das Ferrovias, da
punição para fake news e da gratuidade do despacho
de bagagem.
Com informações das agências Câmara e Senado
Fonte: Portal Vermelho
03/08/2022 -
Centrais participam de ato no Senado
A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne
mais de 200 organizações da sociedade civil,
incluindo as Centrais Sindicais, encaminhou nesta
terça (2) uma Carta ao Congresso Nacional em repúdio
aos constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro
ao processo eleitoral brasileiro, a Justiça
Eleitoral, seus Juízes e Servidores. A entrega do
documento ocorreu durante ato no Senado.
Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT,
representou as Centrais. Em seu discurso, Nobre
ressaltou que o plano golpista de Bolsonaro não
vingará no País, porque a classe trabalhadora não
irá permitir. “A democracia para os trabalhadores é
muito mais do que direito de votar em quem quiser,
de se expressar de maneira livre. É na democracia
que a classe trabalhadora pode se organizar,
reivindicar, conquistar e ampliar direitos. Na
ditadura, é o contrário, é opressão”, afirma o
dirigente cutista.
As entidades presentes no ato reafirmaram o
compromisso com a lisura e a integridade do processo
eleitoral e com as instituições da Justiça
Eleitoral. Também pediram que o Congresso reaja às
ameaças de Bolsonaro e se manifeste claramente
contrário a qualquer aventura golpista.
Além dos representantes das organizações da
sociedade civil, dentre eles os dirigentes
sindicais, estiveram também neste ato representantes
das embaixadas da Alemanha, Áustria, Bélgica,
Sérvia, União Europeia, Eslováquia, Suíça,
Austrália, Irlanda, Guiné Equatorial, Eslovênia e
Portugal.
Sérgio Nobre aproveitou a presença dos diplomatas e
relembrou a reunião entre Bolsonaro e embaixadores,
no dia 18 de julho, em que o chefe do Executivo fez
duros ataques à confiabilidade das urnas eletrônicas
e do processo eleitoral brasileiro.
“Fico muito envergonhado por esse episódio tão
grotesco que Bolsonaro promoveu pra atacar o sistema
eleitoral. Ele fez isso porque sabe que vai perder
as eleições em 2 de outubro e que o Brasil vai mudar
de rumo”, concluiu o presidente da CUT.
Próximos – No dia 11 de agosto, as Centrais
Sindicais participam do ato no Largo São Francisco,
em São Paulo, para a leitura pública do Manifesto
pela Democracia e também a Carta às Brasileiras e
Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de
Direito. As Centrais sao signatárias dos dois
documentos, que também defendem o sistema eleitoral.
Mais – Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
03/08/2022 -
Em Brasília, presidente da NCST participa de reunião
do TSE
Nesta segunda-feira (01/08), o presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST), professor
Oswaldo Augusto de Barros, participou da
apresentação dos procedimentos de fiscalização e
auditoria do sistema eletrônico de votação no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. A
reunião foi convocada pelo presidente do TSE, Edson
Fachin, com as entidades fiscalizadoras, elencadas
no art.6 da Resolução n° 23.673/2021.
“O TSE está preparado para realizar uma eleição
geral plena, segura e legítima. E que não haverá
espaço para o ‘negacionismo eleitoral’; que ‘contra
posturas anti-democráticas: doses maciças de vacina
de democracia’ ocorrem(rão)’, afirmou Fachin em
recente declaração à imprensa.
“O Brasil tem um sistema eleitoral confiável. Votar
é uma lição séria de cidadania e devemos estar
prontos a fazê-la. Assim como cobrar dos eleitos”,
disse professor Oswaldo.
Fonte: NCST
03/08/2022 -
Congresso analisa regras trabalhistas diferenciadas
em situações de calamidade
O Congresso Nacional deve analisar nesta semana uma
medida provisória que autoriza regras trabalhistas
diferenciadas e o pagamento de benefício emergencial
em situações de calamidade pública. A MP
1109/2022 precisa ser votada até o dia 7 de agosto
para não perder a validade. O senador Confúcio Moura
(MDB-RO), que foi o relator da proposta de criação
do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda, destacou os efeitos positivos do pagamento
do benefício emergencial durante a pandemia.
Fonte: Agência Senado
03/08/2022 -
Produção industrial fecha primeiro semestre em
queda, com resultado negativo na maioria dos setores
Setor continua abaixo do nível anterior à
pandemia e muito aquém do patamar recorde,
registrado em 2011
A produção industrial recuou 0,4% de maio para junho
e 0,5% na comparação com igual mês de 2021, segundo
informou o IBGE nesta terça-feira (2). Assim, no
primeiro semestre a atividade cai 2,2%, com queda na
maioria dos setores pesquisados. Em 12 meses, a
retração é de 2,8%.
De acordo com o instituto, em junho houve redução em
três das quatro categorias econômicas e 15 dos 26
ramos. “Com isso, o setor industrial ainda se
encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia
(fevereiro de 2020) e 18,0% abaixo do nível recorde
alcançado em maio de 2011”, informa o IBGE.
Entre os setores, o de produtos farmoquímicos e
farmacêuticos caiu -14,1% e o de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis recuou 1,3%,
após registrar alta nos dois meses anteriores. Além
disso, a atividade de máquinas e equipamentos teve
retração de 2% e a de metalurgia, 1,8%). Já o
segmento que inclui veículos automotores, reboques e
carrocerias subiu 6,1%.
Menor dinamismo
Nos primeiros seis meses do ano, o IBGE apurou
resultado negativo nas quatro categorias econômicas
em 18 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 62,6% dos 805
produtos pesquisados As principais influências
negativas vieram de veículos automotores, reboques e
carrocerias (-5,4%), produtos de metal (-12,1%),
produtos de borracha e de material plástico (-10%),
indústrias extrativas (-3,3%) e máquinas, aparelhos
e materiais elétricos (-14,6%). O instituto destaca
ainda metalurgia (-5,4%), produtos têxteis (-15,3%)
e produtos farmoquímicos/farmacêuticos (-9,1%),
entre outros. Já a atividade de coque e derivados do
petróleo cresceu 10,3%).
“Entre as grandes categorias econômicas, o perfil
dos resultados para o primeiro semestre de 2022
mostrou menor dinamismo para bens de consumo
duráveis (-11,7%), pressionada, em grande parte,
pelas reduções verificadas na fabricação de
eletrodomésticos da “linha branca” (-21,7%) e da
“linha marrom” (-12,6%) e de automóveis (-7,0%)”,
diz ainda o IBGE.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/08/2022 -
Aumento do Auxílio Brasil é insuficiente para 56%
revela pesquisa Datafolha
O aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 reais é a
aposta do presidente da República Jair Bolsonaro
(PL) para conquistar parte do eleitorado brasileiro,
mas não é o que mostra pesquisa do Datafolha.
O levantamento do instituto que ouviu 2.556 pessoas
em 183 cidades de forma presencial na quarta (27) e
quinta-feira (28), mostra que 56% das pessoas diz
que é insuficiente o novo valor do Auxílio Brasil,
36% classificam como suficiente e 7% avaliam o
montante como mais do que suficiente.
Aqueles que recebem o benefício, 54% consideram o
valor insuficiente, 38% avaliam como suficiente e 8%
afirmam ser mais do que suficiente.
A mesma pesquisa foi realizada em maio quando o
valor ainda era de R$ 400 e 69% dos beneficiários
disseram que o valor era insuficiente, 29%
classificavam como suficiente e 2%, como mais do que
suficiente.
Benefício eleitoreiro
A pesquisa também teve a pergunta se o pacote de
benefícios teria motivação eleitoral, já que o
pagamento dos benefícios acabará no final do ano,
61% afirmaram que o principal objetivo é o de ganhar
votos para o presidente.
Para 31%, o objetivo é ajudar as pessoas e 6% veem
as duas motivações em conjunto.
Mesmo com os benefícios que serão pagos e as
reduções no preço do combustível, Bolsonaro ainda
continua em segundo lugar nas pesquisas.
Fonte: Folha de S.Paulo
02/08/2022 -
Para vencer no 1º turno, Lula mira eleição com menos
presidenciáveis
Desistências de Bivar e Janones tendem a
fortalecer pré-campanha de Lula
A reta final das convenções partidárias tem
redesenhado o quadro para as eleições presidenciais
de 2022. As principais candidaturas – as de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro
Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – já foram
deliberadas. Agora, para vencer o pleito já no
primeiro turno, em 2 de outubro, Lula trabalha para
viabilizar uma disputa com o menor número possível
de presidenciáveis.
É por mirar esse cenário mais enxuto que Lula tenta
convencer outros pré-candidatos a desistirem de
concorrer ao Planalto. No domingo (31), após
negociações com o petista, o deputado Luciano Bivar
anunciou que não será mais candidato a presidente
pelo União Brasil – e que vai disputar a reeleição à
Câmara Federal. O partido, fruto da fusão entre PSL
e DEM, não deve apoiar formalmente a campanha de
Lula.
A exemplo do que ocorre com o PSD, há diretórios
estaduais do União Brasil que devem aderir a
pré-candidatos do PT a governador e a senador, sem
que o partido tenha um caminho único nacionalmente.
O União Brasil especula até mesmo lançar a
candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS)
Presidência da República.
Em outra frente, é esperado que, até a próxima
sexta-feira (5), o também deputado André Janones
(Avante) abra mão de sua pré-candidatura
presidencial. Nesse caso, porém, a sinalização de
apoio a Lula é explícita e parte do próprio Janones.
Uma reunião entre eles – Janones e Lula –, na
quinta-feira (4), pode determinar o rumo do Avante
nas eleições.
“Vou encontrar o Lula e, se ele acampar as minhas
principais propostas, eu desisto da candidatura”,
declarou Janones ao UOL News. “Não vou entrar em
propostas vagas. Vamos cobrar medidas objetivas e
colocarei ele contra a parede.”
Segundo a jornalista Ana Flor, da GloboNews, “apesar
de a mais recente pesquisa Datafolha mostrar um
quadro de vitória de Lula no primeiro turno, as
campanhas avaliam que a maior probabilidade é de que
a eleição vá para o segundo turno, numa disputa com
o presidente Jair Bolsonaro”. Por isso, a campanha
do ex-presidente quer costurar, desde já, apoios que
garantam um terceiro mandato para Lula.
Fonte: Portal Vermelho
02/08/2022 -
Brasil tem quase 40 milhões de trabalhadores
informais
Em três meses, 1,1 milhão de pessoas se juntaram
ao grupo que reúne trabalhadores sem carteira
assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ e os
chamados trabalhadores familiares auxiliares
Embora registrem alta na ocupação, pesquisas
recentes sobre emprego revelam extrema precarização
do mercado de trabalho, com queda no rendimento e
número maior de pessoas em situação de
informalidade.
Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira
(29), no segundo trimestre deste ano, o Brasil
chegou a um contingente de 39,3 milhões de
trabalhadores informais, o maior da série histórica
iniciada no quarto trimestre de 2015.
Na comparação com o primeiro trimestre deste ano,
houve alta de 2,8%, o que significa dizer que, em
três meses, 1,1 milhão de pessoas se juntaram ao
grupo que reúne trabalhadores sem carteira assinada,
empregadores e conta própria sem CNPJ e os chamados
trabalhadores familiares auxiliares.
No setor privado, o número de empregos sem carteira
chegou a 13 milhões de pessoas, o maior da série
histórica, em alta de 6,8% com relação ao primeiro
trimestre de 2022 e 23% na comparação com mesmo
trimestre do ano passado. Em um ano, um contingente
de 2,4 milhões de pessoas se juntaram ao grupo.
Urgência para solução
O desemprego e a precarização do mercado de trabalho
são preocupações constantes do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Em suas manifestações públicas
ele tem destacado a necessidade urgente de buscar
solução para gerar empregos de qualidade e com
proteção social.
Em entrevista ao portal UOL, na quarta-feira (27),
ele afirmou que “o Brasil precisa de muita urgência
para recuperar seu emprego e a qualidade de vida do
povo”.
As diretrizes do programa de governo do movimento
Vamos Juntos pelo Brasil, da Chapa Lula Alckmin, que
está em construção com contribuição popular,
reconhecem que o desemprego e a subutilização da
força de trabalho seguem extremamente elevados,
enquanto a precarização avança e propõem soluções.
A diretriz 8 registra o compromisso com a justiça
social e inclusão com direitos, trabalho, emprego,
renda e segurança alimentar para combater a fome, a
pobreza, o desemprego, a precarização do trabalho e
do emprego, e a desigualdade e a concentração de
renda e de riquezas.
Já a diretriz 15 aponta o caminho para a solução
propondo a retomada dos investimentos em
infraestrutura e em habitação; a reindustrialização
nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; a
reforma agrária e o estímulo à economia solidária, à
economia criativa e à economia verde inclusiva,
baseada na conservação, na restauração e no uso
sustentável da nossa biodiversidade.
Fonte: Lula.org.br
02/08/2022 -
Grupo de trabalho sobre adoção do sistema
semipresidencialista vota parecer na quarta
O grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que
analisa temas relacionados ao sistema de governo
semipresidencialista reúne-se nesta quarta-feira (3)
para discutir e votar o parecer do coordenador,
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
O texto foi apresentado em julho e é favorável à
realização de plebiscito a ser convocado por decreto
legislativo. De acordo com o parecer, nos seis meses
que antecederem a consulta, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) deverá fazer a divulgação nos
veículos de comunicação dos principais pontos do
sistema semipresidencialista: eleição popular do
presidente, primeiro-ministro com apoio de maioria
parlamentar e distinção entre chefia de Estado e de
governo.
O grupo
O grupo de trabalho foi criado pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para debater o
semipresidencialismo – sistema de governo no qual o
presidente da República compartilha o poder com um
primeiro-ministro, eleito pelo Congresso Nacional.
O grupo, formado por dez deputados, foi criado em
março e realizou diversas audiências sobre o tema
desde então.
A reunião está marcada para as 14 horas, no plenário
8.
Fonte: Agência Câmara
02/08/2022 -
Deputado do União Brasil diz que não há espaço para
3ª via e defende apoio a Lula
“A gente não pode ficar com demagogia barata. Nem
Lula nem Bolsonaro? Vai ser o Espírito Santo? É mais
fácil ganhar do Bolsonaro com Lula”, afirmou Junior
Bozzella
O deputado federal Junior Bozzella (União
Brasil-SP), vice-líder do partido na Câmara e
vice-presidente do diretório paulista, foi
responsável pela filiação do ex-juiz Sergio Moro ao
União Brasil. Apesar disso, ele defendeu que todas
as forças democráticas se unam em apoio à
candidatura do ex-presidente Lula (PT). Em sua
avaliação, é a forma e evitar que Jair Bolsonaro
(PL) tente aplicar um golpe.
“A gente não pode ficar com demagogia barata. Nem
Lula nem Bolsonaro? Vai ser o Espírito Santo? Lula é
o mais bem posicionado. É mais fácil ganhar do
Bolsonaro com Lula. Não defendo que o partido apoie
Lula, mas que as forças democráticas se juntem e
freiem o golpe em curso”, disse Bozella, em
entrevista a Edson Sardinha, no Congresso em Foco.
Lavajatista assumido, Bozzella afirmou que não há
espaço para terceira via e que Lula, líder em todas
as pesquisas, é o caminho mais viável para derrotar
Bolsonaro e salvar a democracia. O parlamentar
destacou, ainda, que é preciso deixar as convicções
ideológicas de lado, neste momento, para impedir a
ruptura institucional.
Veja algumas afirmações de Junior Bozzella na
entrevista:
“Nunca votei no PT ou no Lula. Sou lavajatista, trouxe
o Moro para o partido. Mas há momentos em que temos
de fazer uma análise por causa da defesa da
democracia. Se a natureza não apresentar
alternativa, a política vai ter de encontrar. Esse
deve ser o nosso esforço”.
“O 7 de Setembro representará a escalada. Ele
[Bolsonaro] está dando senha para o golpe. Ele quer
que as pessoas peguem em armas. Vai acirrar ainda
mais os ânimos”.
“Talvez ele nem espere as eleições (para dar o
golpe). Temos de unir forças para tirar o discurso e
o poder dele. Quanto mais se dividem os democratas,
mais força se dá a Bolsonaro. Pessoas com discurso
de anos contra o PT ficam com medo e elas não se
posicionam. Elas têm de entender que são os
democratas contra o autoritarismo”.
“Cada um faz discurso para a sua bolha e quer salvar
sua própria pele. Precisa ver quem vai ter coragem.
Não tem terceira alternativa que vai resultar num
caminho paralelo à polarização. A gente não pode
ficar com demagogia barata. Para fazer omelete, tem
de quebrar ovos. Temos de cortar na pele”.
“Janones está sendo coerente, é por aí mesmo (ele
pode desistir da candidatura à presidência para
apoiar Lula). Ele não tem muita dificuldade, está
tendo responsabilidade. É mais fácil para Janones do
que para Bivar porque ele não é presidente de
partido. Pode ter mais desprendimento. É uma figura
mais individualizada, com seus milhões de seguidores
nas redes. No nosso caso, é um grande partido, com
13 candidatos a governador. Qualquer movimento mais
acentuado do Bivar, que também é presidente do
União, tem uma avenida a ser atravessada. Cada um
tem seu caminho para chegar ao poder, tem de
entender como o cara vai se comportar”.
Fonte: RevistaForum
02/08/2022 -
Desempenho da pequena indústria melhora;
matéria-prima preocupa
As micro e pequenas empresas brasileiras
apresentaram bom desempenho no segundo trimestre de
2022, mas estão preocupadas com a falta ou com o
alto custo dos insumos usados como matéria-prima,
segundo levantamento divulgado nesta segunda (1º)
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o Panorama da Pequena Indústria, há nas
empresas de menor porte uma percepção de melhora da
situação financeira, na comparação com o mesmo
trimestre de anos anteriores.
“Os empresários seguem otimistas e as perspectivas
para a pequena indústria seguem em patamar
positivo”, indica o documento da CNI ao informar que
o “desempenho médio do trimestre” em 2022, para a
pequena indústria, ficou em 47,4 pontos.
O resultado do segundo trimestre está acima do
anotado no primeiro trimestre de 2022 (45,5 pontos),
bem como da média do segundo trimestre de 2021 (46,5
pontos).
Em junho, o índice de desempenho registrou 47,5
pontos, uma alta de 4,8 pontos na comparação com a
média dos meses de junho para anos anteriores. O
Panorama da Pequena Indústria é um levantamento
trimestral que elenca quatro indicadores:
desempenho, situação financeira, perspectivas e
índice de confiança. Todos os índices variam de zero
a 100 pontos. Quanto maior for, melhor é a
performance do setor.
Matérias-primas
A indicação de otimismo, no entanto, vem acompanhada
de “preocupação com a falta ou o alto custo das
matérias-primas que continua em alta para a pequena
indústria”, que aponta esse problema como “desafio
para as micro e pequenas indústrias brasileiras”.
No segundo trimestre deste ano, a falta ou o alto
custo da matéria-prima foi o “problema mais
assinalado” com 51,8% das citações no ranking que
abrange pequenas empresas dos setores extrativo, de
transformação e de construção, seguido de elevada
carga tributária (35,8%). Em terceiro lugar, entre
os principais problemas enfrentados pela pequena
indústria, está a preocupação com “demanda interna
insuficiente”.
“O problema [de falta ou alto custo da
matéria-prima] continua em primeiro lugar para todos
os segmentos industriais e, apesar de ter sofrido
redução nas assinalações para a transformação (-6,9
pontos percentuais) e para a extrativa e (-6,8
pontos percentuais), o percentual aumentou para a
indústria da construção (+5,4 pontos percentuais) no
segundo trimestre de 2022”, informa a pesquisa.
Fonte: Agência Brasil
01/08/2022 -
Desemprego cede, mas renda cai e número de
trabalhadores informais é recorde
Segundo os dados do IBGE, o emprego sem carteira
cresce duas vezes mais que o com carteira. E número
de autônomos também é recorde
A taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em
junho em 9,3%, mantendo a trajetória de queda dos
últimos meses. Foi o menor índice para o período
desde 2015. Mas, ao mesmo tempo, a renda cai e a
informalidade é recorde (40%). Segundo o IBGE, o
número de trabalhadores informais atingiu o recorde
da série histórica: 39,3 milhões.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
sexta-feira (29), o país tem agora 10,080 milhões de
desempregados, 1,869 milhão a menos no trimestre
(-15,6%) e menos 4,571 milhões em 12 meses (-32%).
Os ocupados somam 98,269 milhões, número recorde,
com altas de 3,1% e 9,9%, respectivamente.
São 25,7 milhões por conta própria na luta contra
o desemprego
O emprego com carteira cresce, mas o sem carteira
aumenta em ritmo duas vezes maior. Em 12 meses,
segundo o IBGE, houve alta de 11,6% no número de
empregados com carteira no setor privado (mais 3,685
milhões). Já os sem carteira subiram 23% (acréscimo
de 2,438 milhões). O trabalho por conta própria
perdeu ritmo e teve alta de 4,3% no mesmo período
(1,071 milhão a mais.). Mas o número é o maior da
série histórica: 25,714 milhões.
Assim, os com carteira agora representam 36,4% dos
ocupados, apenas meio ponto percentual a mais do que
há um ano (35,9%). E os sem carteira 1,4 ponto, de
11,9% para 13,3% do total de ocupados.
Os subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar
mais, agora somam 24,736 milhões, -7,7% no trimestre
e -24,1% em um ano. A taxa de subutilização foi de
21,2%, a menor desde 2016. Os desalentados, por sua
vez, são 4,265 milhões, quedas de 7,1% e 22,5%,
respectivamente. Eles agora representam 3,8% da
força de trabalho – eram 5% há um ano.
Rendimento cai 5%
No serviço doméstico, o total subiu 4,4% no trimestre,
para 5,856 milhões. Em 12 meses, o aumento é de
19,4%.
Estimado em R$ 2652, o rendimento médio ficou
estável no trimestre e caiu 5,1% em 12 meses. A
massa de rendimentos soma R$ 255,707 bilhões, com
aumento de 4,4% e 4,8%, devido ao maior número de
ocupados.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/08/2022 -
Rodrigo Maia chama terceira via de “ficção” e
critica ataques de Ciro contra Lula: “ofensas não
vão levar a lugar algum”
Ex-presidente da Câmara fez duras críticas ao
centrão e rebateu discurso de “nem Lula, nem
Bolsonaro”
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, concedeu
entrevista ao jornal O Globo neste domingo (31) e
fez duras críticas às estratégias eleitorais do
grupo centrão.
Questionado sobre “onde está o erro da terceira
via”, ele respondeu: “Esse nome já é um erro. A
terceira via tornou-se uma peça de ficção mal
colocada em que todos se prendem equivocadamente a
esse discurso de “nem Lula nem Bolsonaro”. Há uma
dificuldade de entendimento de como deveria ser
construída uma alternativa. As pesquisas mostram que
é quase impossível tirar o Lula do segundo turno e
que a vaga a ser conquistada é a que está com
Bolsonaro. Ao mesmo tempo, e por mais que pareça
contraditório, o campo a se crescer e conseguir
votos é o do Lula”.
“Dos mais de 45% das intenções de voto do Lula, ele
tem 30% que não deixarão de votar nele. De resto, há
um eleitor histórico do PSDB que está com o PT agora
apenas como antítese ao Bolsonaro. Quais são os
motivos? Como se converte este voto? Certamente não
é ofendendo o Lula, como o Ciro Gomes tem feito. Ele
escolheu esse caminho, e isso não vai levar a lugar
nenhum. Outro erro do nosso campo foi o de não
entender ainda como atrair o eleitor que votou em
Bolsonaro em 2018, se arrependeu e quer outra opção
nessa eleição. Fazendo esses dois movimentos
isolaríamos o Bolsonaro na extrema-direita e
constituiríamos uma candidatura de centro-direita”,
acrescentou.
Fonte: Brasil247
01/08/2022 -
Fecomercio assina carta pela democracia da Fiesp e
amplia isolamento de Bolsonaro
Bolsonaro perde cada vez mais apoio entre a elite
financeira do país
A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) decidiu
também aderir ao manifesto público de entidades em
defesa da democracia, organizado pela Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A
adesão da Fecomercio amplia ainda mais o isolamento
de Jair Bolsonaro (PL).
O manifesto será divulgado em 11 de agosto na
Faculdade de Direito da USP. No mesmo local e na
mesma data será lida a "Carta às brasileiras e aos
brasileiros em defesa do Estado democrático de
Direito", que já reúne mais de 400 mil assinaturas.
Em comunicado oficial obtido pela CNN Brasil, a
FecomercioSP diz que "como representante de alguns
dos setores empresariais mais importantes para a
economia do país, a Entidade entende que os
preceitos democráticos são inegociáveis, tais como o
Estado democrático de direito e a lisura do processo
eleitoral".
Fonte: Brasil247
01/08/2022 -
Garantia de empenho - João Guilherme
Seguem de pé para serem realizadas as grandes
tarefas sindicais de mobilização.
Em primeiro lugar a luta para a antecipação das
negociações coletivas com reajustes imediatos de
salários que compensem a perda provocada pela
inflação com a disparada dos preços da cesta básica.
Os números são estarrecedores: para uma inflação
média a ser compensada à frente, a carestia pesou
até agora quase três vezes mais. A antecipação é a
garantia da conquista de aumento real considerada a
data base original.
A outra grande tarefa é a solidariedade classista e
popular, com o movimento sindical organizado dando
exemplo à sociedade e atendendo às angustias dos
trabalhadores e das trabalhadoras desempregados (as)
e de seus familiares.
A terceira tarefa é a de viabilizar, com todos os
meios disponíveis, uma campanha contra a carestia,
contra o aumento cruel dos preços (principalmente
dos que compõem a cesta básica) que tem levado
milhões à fome e ao desespero.
Estas são as tarefas imediatas do movimento sindical
que contribuem para que se reforce aspiração de
esperança e de mudança nos embates político –
eleitorais.
E por falar em eleições, a defesa intransigente de
sua realização e o respeito aos resultados das urnas
eletrônicas, conforme afirmado em documento coletivo
das centrais sindicais, é a confirmação do anseio
democrático do povo trabalhador.
Desde já cada dirigente ou cada ativista deve compor
a sua chapa de votação – chapa completa: presidente,
governador, senador, deputado federal e deputado
estadual (para os 3 últimos cargos, só há o primeiro
turno) – demonstração de sua coerência, da
possibilidade de convencer os outros e garantia de
seu empenho.
Fonte: Agência Sindical
01/08/2022 -
Reforma tributária deve ficar para 2023
As tentativas de votar a Reforma Tributária (PEC
110/2019) no Senado no primeiro semestre não
avançaram. E com a pauta do segundo semestre
comprometida pela corrida eleitoral, em outubro, a
votação da Reforma ficará mesmo para 2023. Para Omar
Aziz (PSD-AM), o acordo precisa ser firmado pelos
novos senadores eleitos em outubro. Já o relator,
Roberto Rocha (PTB-MA), teme que o texto continue
encontrando resistência por beneficiar especialmente
os mais pobres.
Fonte: Agência Senado
01/08/2022 -
Líder de Bolsonaro pede dinheiro a empresário em
troca de ajuda no Inmetro
Os diálogos foram encontrados no celular de um
amigo do parlamentar, o empresário Jorge Rodrigues
Alves, que foi alvo da Operação Lavanderia e atua
nos setores de construção civil e iluminação
O líder do governo no Congresso, senador licenciado
Eduardo Gomes (PL-TO), pediu depósitos bancários a
um empresário ao qual prometeu ajudar e adiar uma
portaria do Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O suposto esquema
de corrupção foi revelado pelo jornal O Globo que
teve acesso a troca de mensagens entre eles
interceptadas pela Polícia Federal (PF).
De acordo com a PF, os diálogos foram encontrados no
celular de um amigo do parlamentar, o empresário
Jorge Rodrigues Alves, que foi alvo da Operação
Lavanderia e atua nos setores de construção civil e
iluminação.
A ação policial foi deflagrada para investigar um
suposto esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em
licitações no Tocantins.
Após constatarem que se tratava de um senador, que
tem foro privilegiado, a PF solicitou o envio do
relatório sigiloso da 4ª Vara Federal do Tocantins
para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Há, por fim, diversas conversas entre Jorge e o
senador Eduardo Gomes, indicando que Jorge
aparentemente paga contas para o senador e lhe envia
dinheiro, assim como lhe pede favores e intercessão
em assuntos de suas empresas”, diz a PF.
Segundo apurou o O Globo, consta no relatório da PF,
em 3 de abril de 2020, que o senador enviou ao
empresário os dados bancários de um assessor
parlamentar, João Bosco Pinto da Silva, e pediu que
fosse feito um pagamento para uma conta indicada.
“Acha que consegue 20?”, perguntou Gomes. Na
sequência, Alves respondeu: “Opa! Certeza!”.
Num diálogo anterior, o empresário prestou contas a
Gomes sobre depósitos solicitados pelo parlamentar.
De acordo com as mensagens obtidas pela PF, em 11 de
junho de 2019, o senador apresentou uma lista de
favorecidos a Alves para a realização de pagamentos.
“Me passa o que fez, por favor”, escreveu o
parlamentar ao seu amigo, que, logo em seguida,
enviou comprovantes de transferências bancárias
feitas a cinco pessoas e empresas que totalizam R$
42.255.
Em 31 de janeiro de 2019, na véspera de tomar posse
no Senado, Gomes solicitou ao empresário um novo
repasse “para custear o buffet de uma festa”,
segundo relatório policial. Diante do pedido, Alves
respondeu: “Como seria? Direto no buffet? Quanto?
Estamos juntos, amigo”. Gomes, então, forneceu os
dados bancários de uma mulher para a efetivação do
pagamento.
Com informações de O Globo
Fonte: Portal Vermelho
01/08/2022 -
Datafolha: 71% estão decididos sobre voto; maioria
dos eleitores de Ciro e Tebet ainda podem mudar
Lula e Bolsonaro têm os eleitores mais decididos
sobre o voto
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28)
mostra que além de líder em intenções de voto, o
ex-presidente Lula (PT) também tem, juntamente com
Jair Bolsonaro (PL), os eleitores mais decididos
sobre o voto a presidente.
Tanto entre os eleitores de Lula como de Bolsonaro,
79% afirmam que a decisão já está totalmente tomada.
Entre os que preferem Lula, 20% dizem que podem
mudar. Entre os bolsonaristas, são 21%.
Os eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet
(MDB) são os mais indecisos no pelotão da frente da
pesquisa. Entre os ciristas, 34% estão decididos e
65% podem mudar. Entre os apoiadores de Tebet, 39%
já tomaram sua decisão e 59% ainda podem mudar.
A pesquisa ouviu 2.556 eleitores entre 27 e 28 de
julho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem
de erro de dois pontos percentuais. O levantamento
está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
sob o protocolo BR-01192/2022.
Fonte: Brasil247
01/08/2022 -
Projeto permite saque do FGTS a trabalhador que pede
demissão
Atualmente, os recursos podem ser sacados se a
rescisão se dá por iniciativa do empregador
O Projeto de Lei 1747/22 autoriza o trabalhador que
pedir demissão a sacar os valores na sua conta
vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Laercio Oliveira (PP-SE) e
altera a lei que regulamenta o fundo (Lei 8.036/90).
Atualmente, o trabalhador que pede demissão não pode
movimentar o saldo no FGTS. Os créditos são
liberados apenas quando a rescisão se dá por
iniciativa do empregador. Para Oliveira, a regra
trata de forma desigual os dois polos da relação
trabalhista (empregado e empregador).
“Não é justo que o trabalhador arque com o custo da
rescisão. O empregado sem acesso imediato ao seu
FGTS e sem o seguro-desemprego, que foram adquiridos
com o exercício do seu trabalho, fica sem poder
exercer um direito consolidado”, diz o deputado.
Além da demissão sem justa causa, a lei permite que
o trabalhador movimente o saldo no FGTS em outras
situações, como aposentadoria e pagamento de
financiamento imobiliário.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
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