Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2024
30/08/2024 -
Entidades
sindicais receberão recursos do FAT; e de
parlamentares
30/08/2024 -
Nas eleições, trabalhador precisa votar em
trabalhador
30/08/2024 -
Inflação em agosto desacelera, fica abaixo do
esperado e surpreende mercado
30/08/2024 -
STF decide que pedido de pensão alimentícia pode ser
feito sem advogado
30/08/2024 -
TST inclui no convênio da Petrobras filho incapaz de
empregado aposentado
29/08/2024 -
Brasil gera 1,49 milhão de vagas formais em 2024 e
supera total de 2023
29/08/2024 -
Governo Lula dá aval para sindicatos usarem recursos
de fundo bilionário e emendas
29/08/2024 -
Centrais e MPT juntos no combate ao assédio
eleitoral
29/08/2024 -
Comissão de Trabalho da Câmara debate greve no INSS
29/08/2024 -
Processos no TST
passam a tramitar integralmente no PJe
29/08/2024 -
Especialistas cobram efetividade na aplicação da Lei
Maria da Penha
28/08/2024 -
Sete anos após a reforma trabalhista, 70% dos
informais querem voltar a ser CLT, diz pesquisa
28/08/2024 -
Entidades sindicais defendem no TST que decisão
sobre contribuição assistencial seja em assembleias
28/08/2024 -
Prévia da inflação oficial recua para 0,19% em
agosto
28/08/2024 -
STF vai reiniciar análise de modulação de decisão da
'revisão da vida toda'
28/08/2024 -
Taxa Selic deve ser usada em correção monetária de
indenização trabalhista
27/08/2024 -
O papel dos sindicatos pós-reforma: desafios e
perspectivas
27/08/2024 -
Dados do Caged sobre emprego em julho virão fortes,
diz ministro do Trabalho
27/08/2024 -
Agenda dos trabalhadores e as eleições – Nivaldo
Santana
27/08/2024 -
Apenas 21% das empresas enviaram relatório de
transparência salarial
26/08/2024 -
"Estou feliz", diz Lula, após anúncio recorde de
investimentos pelo setor de papel e celulose
26/08/2024 -
Supremo adia novamente julgamento sobre trabalho
intermitente
26/08/2024 -
STF valida saída do país de convenção contra
demissão sem justa causa
26/08/2024 -
TST sedia curso sobre normas internacionais do
trabalho, promovido pela OIT
26/08/2024 -
Debate na Câmara discute o impacto da Lei Maria da
Penha no combate à violência contra mulher
23/08/2024 -
Contribuição assistencial: assista ao vivo à
audiência pública no TST
23/08/2024 -
Sindicatos de aposentados pedem mudanças na
Previdência
23/08/2024 -
Imposto de renda zero nas PLRs; opinião de João
Guilherme
23/08/2024 -
Entenda proposta aprovada sobre reoneração da folha
de pagamento
23/08/2024 -
Comissão aprova projeto que obriga empresa a manter
plano de saúde para vítima de violência sexual no
trabalho
23/08/2024 -
Empregado em trabalho remoto pode entrar com ação no
local onde mora
22/08/2024 -
Senado aprova e envia à Câmara PL que reonera folha
a partir de 2025
22/08/2024 -
GTI encaminha regulamentação da negociação dos
servidores
22/08/2024 -
Para presidente do TST, reforma trabalhista não
entregou o prometido
22/08/2024 -
Entrega do Relatório de Transparência Salarial
termina dia 30
21/08/2024 -
Centrais, confederações e especialistas vão discutir
contribuição sindical no TST
21/08/2024 -
Salários de militares reformados custam 16 vezes
mais aos cofres públicos que aposentados do INSS
21/08/2024 -
Comissão aprova medidas para proteger mulher
agredida no ambiente de trabalho
21/08/2024 -
Mineradora não pode afastar controle de jornada
apenas para empregados com nível superior
20/08/2024 -
Modelo brasileiro de Previdência pública é defendido
em debate na CDH
20/08/2024 -
Com Lula, Brasil registra a menor taxa de desemprego
da série histórica e a maior renda real do
trabalhador
20/08/2024 -
Acidentes de Trabalho na Construção: 2.888 mortes em
2023
20/08/2024 -
TRT-10 rejeita cobrança de taxa assistencial a
trabalhadores não sindicalizados
20/08/2024 -
Mulheres negras têm menos capacidade contributiva à
Previdência
19/08/2024 -
As emendas parlamentares e o interesse público
19/08/2024 -
Fórum BNDES-Trabalho realiza o Seminário
“Desenvolvimento e Mundo do Trabalho”
19/08/2024 -
Lula reafirma isenção de imposto de renda para quem
ganha até R$ 5 mil
19/08/2024 -
Prorrogação da licença-maternidade em caso de
internação vai à Câmara
19/08/2024 -
Lula defende fim de imposto sobre PLR de
trabalhadores
19/08/2024 -
STJ: IR, parcela do empregado e benefícios compõem
base da contribuição previdenciária
16/08/2024 -
FST alinha participação em audiência pública
convocada pelo TST
16/08/2024 -
Centrais sindicais saem em defesa de Alexandre de
Moraes
16/08/2024 -
Taxa de desemprego recua em 15 estados no segundo
trimestre, diz IBGE
16/08/2024 -
Inflação desacelera para famílias de renda baixa,
diz Ipea
16/08/2024 -
Análise da desoneração da folha de pagamento é
adiada para terça
16/08/2024 -
Comissão aprova projeto que amplia deduções no IR
para trabalhadores incapacitados e pessoas idosas
15/08/2024 -
Ministério do Trabalho e Emprego instala Grupo de
Trabalho sobre Inteligência Artificial (GT-IA)
15/08/2024 -
Pedidos de demissão crescem 14% e chegam a 4,2
milhões no primeiro semestre
15/08/2024 -
Um em cada cinco jovens brasileiros não trabalha nem
estuda, diz OIT
15/08/2024 -
Campos Neto se recusa a responder sobre empresas em
paraíso fiscal
15/08/2024 -
Não há ilegalidade de Moraes nos inquéritos das fake
news e das milícias digitais, avaliam ministros do
STF
14/08/2024 -
Tendências e desafios das eleições municipais de
2024
14/08/2024 -
38% das pessoas no Brasil têm formação superior à
exigida pelo emprego que ocupam
14/08/2024 -
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aprendizagem de jovens
14/08/2024 -
Ministro Aloysio Corrêa da Veiga é eleito presidente
do TST
13/08/2024 -
Subprocurador Marques de Lima diz que Conalis não
pode sobrepor CCR
13/08/2024 -
Campos Neto vem à Câmara explicar política monetária
do Banco Central
13/08/2024 -
Fim da desoneração da folha volta à pauta do
Plenário de quarta-feira
13/08/2024 -
O sindicalismo e a arena digital – Eduardo
Annunciato
13/08/2024 -
Confiança do empresário industrial volta a crescer
depois de quedas
13/08/2024 -
Definir quantas vezes trabalhador vai ao banheiro
não gera condenação
12/08/2024 -
Inflação de julho sobe puxada pela alta da gasolina
e passagens aéreas
12/08/2024 -
FGTS distribuirá R$ 15,2 bi a trabalhadores; veja
como será o cálculo
12/08/2024 -
Em SC, Lula promete continuar aumentando salário
mínimo, inclusive para aposentados
12/08/2024 -
Ponto de vista sindical – João Guilherme Vargas
Netto
12/08/2024 -
Lula projeta Brasil como 8ª economia após encontrar
país devastado
09/08/2024 -
Sindicalismo de olho nas pautas trabalhistas do
Congresso para o 2º semestre
09/08/2024 -
Financiamento sindical: livro digital aborda Justiça
do Trabalho e ‘Direito’ de oposição à taxa
assistencial
09/08/2024 -
IA pode afetar 37 milhões de trabalhadores no
Brasil, diz OIT
09/08/2024 -
Justiça do Trabalho tem novo meio exclusivo para
publicação de atos processuais
09/08/2024 -
Fim da desoneração da folha deve ser votado na
semana que vem
09/08/2024 -
Projeto define regras para consultas a processo
trabalhista
08/08/2024 -
Conflito distributivo do Orçamento e transparência
no seu uso
08/08/2024 -
Terceirização é legítima, mas falta de vínculo é
‘bomba’ na Previdência, diz Dino
08/08/2024 -
Dieese aponta: Cesta básica cai em 17 capitais
08/08/2024 -
Maria da Penha analisa 18 anos da lei: “não precisa
ser alterada, precisa ser corretamente implementada”
07/08/2024 -
STF suspende julgamento sobre equiparação de
licença-maternidade
07/08/2024 -
Relatório da Lei de Igualdade Salarial deve ser
preenchido até 30/8
07/08/2024 -
‘Pejotização’ é lícita, diz Fux ao derrubar decisão
que reconheceu vínculo
07/08/2024 -
CAE aprova isenção de FGTS e INSS para aposentados
07/08/2024 -
Zanin suspende análise de inclusão de empresa do
mesmo grupo em sentença trabalhista
07/08/2024 -
CAE pode votar estímulos para a contratação de
aposentados
06/08/2024 -
O caráter do governo Lula
06/08/2024 -
CAE vota nesta terça isenção de FGTS e INSS para
trabalhadores aposentados
06/08/2024 -
Indústria brasileira tem melhor resultado desde 2020
06/08/2024 -
Transição da desoneração da folha está na pauta do
Plenário nesta quarta
05/08/2024 -
Ação sindical nas cadeias produtivas sobre direitos
humanos trabalhistas
05/08/2024 -
Eleições municipais 2024: orientação a eleitores e
candidatos
05/08/2024 -
Micro e pequenas empresas geram seis de cada dez
empregos em junho
05/08/2024 -
TST começa segundo semestre com 100% dos novos
processos no PJe
02/08/2024 -
Violência política de gênero é tema de live da Nova
Central
02/08/2024 -
Inteligência artificial deve “alavancar o
desenvolvimento” do Brasil
02/08/2024 -
"Só falta a gente reduzir a taxa de juros", diz Lula
02/08/2024 -
Nova lei flexibiliza comprovação de feriados locais
em recursos no Judiciário
02/08/2024 -
Importante reunião – João Guilherme Vargas Netto
02/08/2024 -
TST aumenta indenização a ser paga por empresas que
desistiram de recontratar mulher grávida
02/08/2024 -
Projeto permite citar por edital empregador não
localizado em ação trabalhista sumária
01/08/2024 -
Desemprego cai para 6,9%, menor índice do trimestre
desde 2014
01/08/2024 -
Em 18 meses, governo Lula gera 2,7 milhões de
empregos formais
01/08/2024 -
Nova Central e demais centrais pedem queda nas taxas
de juros
01/08/2024 -
Mão de obra não qualificada é desafio para
indústrias de construção, diz CNI
01/08/2024 -
Greve no INSS: paralisação será intensificada, diz
sindicato dos servidores
01/08/2024 -
Copom mantém juros básicos em 10,5% ao ano
30/08/2024 -
Entidades sindicais receberão recursos do FAT; e de
parlamentares
O governo do presidente Lula (PT) publicou, na
última sexta-feira (23), no DOU (Diário Oficial da
União), a
Resolução Codefat/MTE 1.008, de 21 de agosto de
2024, que permite às entidades sindicais —
confederações, centrais e sindicais —, e outras
organizações da sociedade civil utilizarem recursos
do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), bem como
emendas parlamentares — exceto as impositivas — para
financiar projetos relacionados ao Sine (Sistema
Nacional de Emprego). Acesse também a
Nota Técnica SEI 4.056/2024/MTE.
A norma, aprovada pelo Codefat (Conselho
Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador),
estabelece diretrizes para a criação de
projeto-piloto para a implementação de unidades do
Sine sob a gestão de OSC (Organizações da Sociedade
Civil).
A resolução tem validade imediata, ou seja, os
sindicatos já podem fazer uso dos recursos do FAT e
das emendas.
FAT
O FAT é um fundo especial criado na década de 1990,
destinado ao financiamento de programas como o
seguro-desemprego, abono salarial e promoção de
políticas públicas de emprego.
Trata-se de uma das principais fontes de recursos
para ações que visam combater o desemprego e
fomentar o trabalho no Brasil.
Este fundo é financiado por percentual das
contribuições do PIS (Programa de Integração Social)
e do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público), cobrado de cada trabalhador
fichado ou formalizado.
Até o fim de junho de 2024, o saldo total do FAT era
de R$ 517,5 bilhões, oriundos dos descontos em folha
dos trabalhadores, segundo dados do MTE.
Colegiado tripartite
O Codefat, que aprovou a proposta, é colegiado
tripartite do MTE, composto por representantes dos
trabalhadores, empregadores e governo, presidido
pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O colegiado atua como gestor dos recursos do FAT.
Na ocasião, Marinho explicou a proposta e afirmou
que as instituições devem apresentar os planos de
trabalho, bem como a execução ao MTE.
“O projeto-piloto terá prazo de 2 anos, com início
já em 2025, quando vamos poder testar sua
viabilidade para transformar numa política
permanente”, disse.
“Projeto-piloto”
A proposta também é vista como forma de o governo
recompor perdas dos sindicatos causadas pela
extinção do imposto sindical, no governo do
ex-presidente Michel Temer (MDB), na Reforma
Trabalhista, em vigor desde 2017.
Desde então, as entidades vêm reclamando de desmonte
das atividades que visam proteger o trabalhador.
Em nota, o Ministério do Trabalho afirmou que se
trata de “projeto-piloto” tem por objetivo “testar
novas abordagens e modelos de gestão no âmbito do
Sine antes de uma eventual implementação em larga
escala”.
O texto ainda destaca que, apesar da
descentralização das políticas de emprego do Sine, a
gestão do seguro-desemprego continuará sob a
responsabilidade exclusiva do MTE, enquanto o Sine e
outros órgãos colaborarão em ações complementares.
Sine
O Sine tem hoje, espalhados em todo País, 1.475 postos
de atendimento, que alcançam 1.173 municípios, em
parceria do TEM, com estados e municípios. Este ano,
o Codefat disponibilizou ao MTE R$ 86 milhões para
custeio do Sistema em todo País.
Nos últimos anos, com exceção de 2023, quando foram
disponibilizados R$ 100 milhões, esse valor foi
muito menor, abaixo do que seria necessário para
manutenção e funcionamento do sistema.
Fonte: Diap
30/08/2024 -
Nas eleições, trabalhador precisa votar em
trabalhador
Entenda por que trabalhador precisa votar em
candidatos que representem sua realidade e defendam
seus interesses nas eleições municipais.
Em outubro, os brasileiros vão às urnas para eleger
seus representantes em mais de 5,5 mil municípios e
o trabalhador precisa votar em trabalhador.
É nas cidades que o eleitor sente mais de perto os
reflexos de sua escolha, como a qualidade do sistema
público de saúde, a oferta de empregos, o
funcionamento do transporte público e a conservação
de ruas e praças.
Apesar de um sistema pouco democrático, em que
candidaturas de esquerda, por exemplo, não têm tempo
de TV e podem ser até excluídas dos debates, o voto
precisa ser coerente com a nossa realidade. Por
isso, trabalhador deve votar em trabalhador.
Quem vive do suor do seu trabalho, quem bate cartão
na fábrica ou ganha seu sustento nos serviços
precarizados dos aplicativos precisa eleger gente da
mesma origem.
No último Congresso realizado na categoria, em 2022,
os metalúrgicos aprovaram uma resolução que vai
nessa linha:
“Nas eleições, devemos apresentar um programa e uma
saída revolucionária para o país, a partir do ponto
de vista dos(as) trabalhadores(as). Um programa que
parta das nossas demandas mais sentidas e que aponte
para romper com este sistema e construir uma nova
sociedade socialista, sem exploração e com
democracia operária. Que incentivemos candidaturas
defensoras da independência de classe, que não
depositem nenhuma confiança nos patrões e suas
instituições, que defendam a auto-organização
dos(as) trabalhadores(as) e sua emancipação”,
destaca a resolução de número 30.
Não apoie os candidatos dos patrões
Uma das maiores armadilhas em que o trabalhador pode
cair é votar em representantes que defendem
justamente os ataques que recaem sobre o povo. Ou
seja, os candidatos dos patrões.
Infelizmente, eles são a maioria entre os candidatos
e fazem da política um meio para se enriquecerem
ainda mais e, claro, o grupo que defendem: os mais
ricos.
Não à toa, entra governo e sai governo, e vemos na
rica São José dos Campos bairros ainda vivendo na
clandestinidade, sem acesso à energia elétrica e aos
mais elementares serviços.
Isso também é a realidade nas cidades vizinhas. Por
isso, é preciso fugir dos candidatos dos patrões.
Ainda em São José, o candidato Eduardo Cury (PL)
sempre esteve do outro lado e, até pouco tempo, era
assessor, em Brasília, do parlamentar que foi o
relator da reforma trabalhista, que dizimou direitos
da nossa classe.
Já o prefeito Anderson Farias (PSD) é conhecido, de
igual forma, por não se preocupar com as reais
necessidades dos trabalhadores nos bairros da
cidade.
“Chamamos a nossa categoria a eleger companheiros e
companheiras comprometidos com a nossa luta”, disse
o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São
José dos Campos em exercício, Valmir Mariano.
Raio-x das eleições
Eleição se dará em: todos os mais de 5,5 mil
municípios brasileiros
Cargos em disputa: prefeito e vereador
1º turno: 6 de outubro, das 8h às 17h
2º turno: 27 de outubro, das 8h às 17h (para cidades
com mais de 200 mil eleitores e cujo primeiro
colocado a prefeito no 1º turno não tenha obtido
mais de 50% dos votos)
Fonte: Rádio Peão Brasil
30/08/2024 -
Inflação em agosto desacelera, fica abaixo do
esperado e surpreende mercado
Índice IGP-M da Fundação Getúlio Vargas supera
expectativas e mostra estabilidade
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de agosto
de 2024 apresentou uma desaceleração da inflação no
comparativo com julho, superando as expectativas do
mercado sobre o aumento de preços para o mês.
Enquanto a maioria das previsões indicavam uma taxa
de inflação entre 0,3 e 0,66 para agosto, o índice
apresentado ficou em 0,29%. Em julho, a inflação
registrada foi de 0,61%.
“Os três índices componentes do IGP-M mostraram
desaceleração na transição de julho para agosto. No
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os
principais fatores de queda foram as commodities,
como minério de ferro, farelo de soja e feijão. No
Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo
alimentação destacou-se com uma queda mais
acentuada, influenciada pela boa safra de produtos
in natura, superando a redução observada no mês
anterior. Por fim, o Índice Nacional de Custo da
Construção (INCC) registrou uma alta menos intensa
nos custos de mão de obra, resultando em uma menor
pressão inflacionária no segmento em agosto", afirma
André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da
FGV.
Entre os destaques em agosto, estão a queda dos
alimentos in natura de -7,11%, tarifa de
eletricidade residencial (-0,71%) e artigos de
higiene pessoal (-0,71%).A expectativa de alta
inflacionária é o grande motivação para manutenção
da taxa de juros em altos patamares pelo Banco
Central do Brasil.
Com a redução do índice em agosto, o órgão ganha
mais espaço para reduzir a alta de juros e aquecer a
atividade econômica do país, ponto de conflito entre
o atual presidente do banco e o governo federal.
Fonte: RevistaForum
30/08/2024 -
STF decide que pedido de pensão alimentícia pode ser
feito sem advogado
Com a decisão, basta que a pessoa se apresente
pessoalmente diante do juiz para expor seus
argumentos
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por 10
votos a 1, que não é preciso ter um advogado para
dar entrada no pedido de pensão alimentícia. Com a
decisão, basta que a pessoa se apresente
pessoalmente diante do juiz para expor seus
argumentos.
Essa já é uma previsão legal, mas a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) acionou o STF pedindo que
a legislação fosse declarada incompatível com a
Constituição porque, na avaliação da entidade, viola
o direito à defesa técnica, o devido processo legal
e a isonomia do processo.
A lei em questão está em vigor desde 1968 – antes,
portanto, da promulgação da Constituição Federal.
Ela dispensa a presença do advogado na audiência
inicial da ação de alimentos. Depois disso, a pessoa
precisa constituir defesa ou o juiz deve fazer isso
por ela.
O julgamento foi concluído no plenário virtual do
STF. Nessa modalidade, os ministros registram os
votos na plataforma virtual, sem debate presencial
ou por videoconferência.
Prevaleceu o posicionamento do ministro Cristiano
Zanin, relator do processo, que defendeu que o rito
especial para a ação de alimentos tem como objetivo
garantir o acesso à Justiça com urgência.
“A meu ver, a dispensabilidade do advogado nesse
momento específico e inicial da ação de alimentos é
uma medida de natureza cautelar que busca preservar
a própria integridade do alimentando. É, ainda, uma
etapa prévia à constituição da lide justificada na
urgência da pretensão deduzida, momento em que não
se observam partes em conflito”, argumentou em seu
voto.
Apenas o ministro Edson Fachin ficou vencido.
Fonte: CNNBrasil
30/08/2024 -
TST inclui no convênio da Petrobras filho incapaz de
empregado aposentado
A decisão se baseou na dignidade da pessoa humana
e na função social da empresa.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
do TST rejeitou o recurso apresentado pela Petrobras
contra a decisão que a obriga a incluir o filho de
28 anos, considerado incapaz, de um empregado
aposentado, em seu plano de saúde. A decisão do
colegiado teve como base o princípio da dignidade da
pessoa humana e a prevalência do valor social do
trabalho.
O caso teve início quando o empregado aposentado
solicitou administrativamente a inclusão de seu
filho, diagnosticado com distúrbio psiquiátrico
grave e declarado incapaz em ação de interdição, no
plano de saúde da empresa. Diante da negativa da
Petrobras, o empregado recorreu à Justiça.
A 10ª vara do Trabalho de Natal/RN deferiu a
inclusão, fundamentando sua decisão nos princípios
da dignidade da pessoa humana, da função social da
empresa e do primado do trabalho. A Petrobras,
então, interpôs recurso, mas a decisão foi mantida
pelo TRT da 21ª região.
No recurso ao TST, a empresa argumentou que a
inclusão do filho do empregado aposentado no plano
de saúde violaria o regulamento interno e a
negociação coletiva, já que a incapacidade foi
reconhecida após o filho completar 21 anos.
Contudo, o relator do caso no TST, ministro Douglas
Alencar, destacou que a sentença proferida em
primeira instância baseou-se em dispositivos
constitucionais, os quais não foram refutados pela
Petrobras em suas alegações.
Diante disso, o recurso da empresa foi rejeitado por
unanimidade.
Processo: 0000568-40.2022.5.21.0000
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/quentes/414111/tst-inclui-no-plano-da-petrobras-filho-incapaz-de-empregado
Fonte: Migalhas
29/08/2024 -
Brasil gera 1,49 milhão de vagas formais em 2024 e
supera total de 2023
Mercado de trabalho mostra sinais de aquecimento.
O setor de serviços foi o principal responsável pela
geração de empregos
Nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil gerou
1,49 milhão de vagas formais, superando o saldo
total de 2023, que foi de 1,48 milhão. Em julho, o
saldo positivo foi de 188 mil novos postos de
trabalho com carteira assinada, de acordo com os
dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. O número total de pessoas
empregadas formalmente atingiu 47 milhões, o maior
da série histórica.
O setor de serviços foi o principal responsável pela
geração de empregos em julho, com 79 mil vagas,
seguido pela indústria (49 mil) e comércio (33 mil).
O acumulado de 12 meses indica a criação de 1,7
milhão de empregos, um crescimento de 13% em relação
ao mesmo período anterior. A maior parte dos novos
postos de trabalho foi gerada na região Sudeste, com
destaque para São Paulo, que registrou o maior saldo
de contratações, com 61 mil vagas no mês.
No acumulado do ano, o setor de serviços também
lidera, com 798 mil empregos criados, seguido pela
indústria (292 mil) e construção civil (200 mil). O
salário médio de admissão em julho foi de R$
2.161,37, representando um aumento em relação a
junho de 2024 e a julho de 2023. O mercado formal
segue aquecido em todas as regiões e setores, com
exceção de Alagoas, onde houve perda de vagas devido
à desmobilização da cana-de-açúcar.
Fonte: Brasil247
29/08/2024 -
Governo Lula dá aval para sindicatos usarem recursos
de fundo bilionário e emendas
Ministros e centrais sindicais aprovaram
resolução vista como medida de salvação de
sindicatos, que enfrentam crise
O conselho que administra os recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT) aprovou uma resolução
autorizando sindicatos e centrais sindicais a
administrar projetos do Sistema Nacional de Emprego
(Sine) do Ministério do Trabalho, voltado para
programas de auxílio aos trabalhadores. O colegiado
também autorizou deputados e senadores a destinar
dinheiro de emendas parlamentares para esse sistema,
que hoje é totalmente financiado pelo FAT.
Na prática, a mudança, aprovada sem alarde na última
quarta-feira (21), abre espaço para as entidades
sindicais passarem a receber uma fatia das verbas do
fundo – que só neste ano terá R$ 107 bilhões, vindos
da contribuição descontada na folha de pagamento dos
trabalhadores –, e de quase todo tipo de emenda
parlamentar, com exceção das impositivas.
O FAT é administrado por um conselho presidido pelo
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e que é
tripartite. Tem seis representantes de ministérios
de Lula, seis das centrais sindicais e mais seis de
confederações patronais. Os secretários de Trabalho
dos estados, que também gerem os recursos,
participam das reuniões, mas não têm direito a voto.
Pela resolução aprovada na semana passada, o Sine
terá um novo modelo que está sendo chamado de
projeto piloto: a gestão de unidades por
confederações ou centrais sindicais, sindicatos e
organizações da sociedade civil (ONGs) começa a
funcionar já a partir de 2025 e tem prazo de duração
de dois anos, quando será avaliada a viabilidade da
proposta a longo prazo.
Nos bastidores, a medida é vista como uma forma de o
governo Lula compensar as entidades, que entraram em
crise financeira desde que o imposto sindical foi
extinto pela reforma trabalhista no governo Michel
Temer, em 2017, e fazer um agrado aos sindicalistas
depois de dois anos de greves prolongadas no
funcionalismo público. O última grande movimento
grevista, o das universidades públicas, foi
encerrado em junho passado.
Matéria completa:
https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/08/governo-lula-aprova-regra-que-autoriza-sindicatos-a-usar-
recursos-do-fat-e-de-emendas.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=malugaspar
Fonte: Blog OGlobo
29/08/2024 -
Centrais e MPT juntos no combate ao assédio
eleitoral
Proteja sua liberdade de voto e a integridade do
processo eleitoral. Descubra como combater o assédio
eleitoral com a Campanha lançada pelas Centrais
Sindicais e o MPT.
As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
CSB, NCST e Intersindical e o MPT (Ministério
Público do Trabalho) lançarão na próxima terça-feira
(03 de setembro), às 10:00 horas (horário de
Brasília) uma Campanha Contra o Assédio Eleitoral.
O lançamento acontecerá durante uma reunião on-line
entre representantes das centrais sindicais e MPT.
Centrais e MPT juntos esclarecem e combatem
A campanha é uma ação que visa esclarecer e combater o
assédio eleitoral, protegendo a liberdade individual
de voto e a integridade do processo eleitoral. Este
ano acontecem eleições municipais no Brasil e os
eleitores escolherão os prefeitos, vice-prefeitos e
vereadores dos mais de cinco mil municípios do país.
A iniciativa tem como objetivo orientar as vítimas
acerca de como identificar o assédio eleitoral e
fornecer passos claros sobre como denunciar essas
práticas.
As Centrais Sindicais também assinam o “Pacto
Institucional para a Defesa da Democracia nas
Relações de Trabalho”, de iniciativa do MPT.
Assédio eleitoral
O assédio eleitoral consiste em coações, pressões e
promessas de benefícios em troca de apoio político,
o que tem se tornado comum, especialmente, no
ambiente de trabalho.
De acordo com o relatório do MPT, em 2022, houve um
aumento significativo nas denúncias de assédio
eleitoral. Foram registradas, até o fim de outubro,
2.360 denúncias contra 1.808 empresas. É o que
aponta o relatório.
O assedio eleitoral pode ser identificado também
dentro do serviço público e em outros espaços
institucionais, demandando atuação, para além do
campo eleitoral, de todo o Ministério Público
brasileiro.
Cartilha Assédio Eleitoral
Fonte: Rádio Peão Brasil
29/08/2024 -
Comissão de Trabalho da Câmara debate greve no INSS
A Comissão de Administração e Serviço Público da
Câmara dos Deputados debate, nesta quinta-feira
(29), a greve dos servidores do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS). O debate atende a pedido da
deputada Erika Kokay (PT-DF). Os servidores estão em
greve desde o dia 16 de julho.
A parlamentar explica que a categoria luta pela
valorização do vencimento básico; incorporação das
gratificações; melhores condições de trabalho nas
agências do INSS; reestruturação da Carreira do
Seguro Social, com exigência de nível superior para
ingresso ao cargo de Técnico do Seguro Social; e
reajuste salarial para corrigir as perdas
inflacionárias dos últimos sete anos.
“Atender às reivindicações da categoria do INSS
significa garantir condições laborais dignas e
adequadas às reais necessidades de quem atua
cotidianamente por uma Administração Pública mais
moderna, eficiente e eficaz”, diz Erika.
O debate será realizado às 10 horas, em local a ser
definido.
Fonte: Agência Câmara
29/08/2024 -
Processos no TST passam a tramitar integralmente no
PJe
Todos os casos novos, tanto ações originárias
quanto recursos, terão tramitação exclusivamente
eletrônica
Desde 1º de agosto, os processos do Tribunal
Superior do Trabalho passaram a tramitar com mais
agilidade, e as consultas processuais e
peticionamentos podem ser feitas em um único
sistema. Todos os casos novos, tanto ações
originárias quanto recursos, agora tramitam
exclusivamente pelo Processo Judicial Eletrônico (PJe).
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro
Lelio Bentes Corrêa, anunciou a mudança na abertura
das atividades do segundo semestre. “Finalmente,
podemos dizer que a Justiça do Trabalho é 100% PJe”,
afirmou.
Anteriormente, todos os processos que chegavam ao
TST provenientes dos Tribunais Regionais do Trabalho
(TRTs) eram convertidos para tramitar no Sistema
Eletrônico de Informações Judiciárias (eSIJ). Após o
julgamento, eram novamente convertidos ao PJe para
retornarem ao tribunal de origem.
Colaboração entre órgãos
A implementação completa do PJe no TST era uma das
principais metas da gestão do ministro Lelio Bentes.
O objetivo foi garantir que todos os recursos também
tramitassem no sistema.
Para fazer a migração, foi necessário mapear e
identificar, do recebimento à baixa do processo, os
pontos que impactavam a tramitação por meio do
sistema PJe, considerando as necessidades
específicas do TST e sempre observando seu Regimento
Interno.
O coordenador nacional do PJe na Justiça do Trabalho
e secretário-geral do CSJT, juiz Bráulio Gusmão,
explica que a unificação foi um trabalho conjunto
entre as equipes do TST e do CSJT, que mapearam e
identificaram os pontos críticos na tramitação dos
processos.
Dados
De janeiro a junho deste ano, o TST julgou 247.934
processos, 6,7% a mais do que o número do mesmo
período em 2023, quando 70% dos novos casos já
tramitavam pelo PJe.
Fonte: TST
29/08/2024 -
Especialistas cobram efetividade na aplicação da Lei
Maria da Penha
O próprio atendimento dos órgãos públicos às
mulheres vítimas é apontado como falho
Ao discutir na Câmara a Lei Maria da Penha, que
completa 18 anos em 2024, debatedoras ressaltaram a
importância dessa legislação e cobraram políticas
públicas que garantam a aplicação dos direitos que
ela assegura para mulheres vítimas de violência
doméstica e familiar. A ouvidora do Ministério das
Mulheres, Graziele Carra Dias, reivindicou que o
Estado assegure atendimento especializado de fato às
mulheres que buscam os órgãos públicos. De acordo
com a ouvidora, a violência institucional responde
por grande parte das denúncias que o órgão recebe,
atrás apenas dos casos de assédio.
Graziele Dias explica que um caso comum de violência
institucional ocorre no Judiciário, quando juízes
não levam as diferenças de gênero em consideração
nas decisões e recolocam a mulher em situação de
violência. Ainda de acordo com a ouvidora, há
inclusive casos recentes de juízes que negaram
medida protetiva com base em opiniões pessoais sobre
a vida da vítima.
A cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria
da Penha, Regina Célia Barbosa, defende também que o
sistema de acolhimento de mulheres precisa
reconhecer outras formas de agressão, como violência
patrimonial, psicológica, moral e sexual. Segundo
disse, a violência física ainda é praticamente a
única “prova cabal” aceita para que o caso tenha
prosseguimento.
“Infelizmente, a gente acaba entrando na mesma rota
que a Maria da Penha Maia Fernandes entrou: ela
sofreu as duas tentativas de feminicídio, mas levou
19 anos e seis meses sofrendo violência
institucional”, apontou.
Autora do pedido para a realização do debate na
Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a
deputada Reginete Bispo (PT-RS) concorda que é
fundamental criar uma estrutura de acolhimento
adequado às mulheres que sofrem violência.
“Não basta ter uma delegacia da mulher se quem
atende faz essa seletividade – se é preta, pobre,
periférica, recebe um atendimento; se é classe
média, branca, recebe outro atendimento. Os
equipamentos públicos de atendimento têm que estar
muito bem preparados, muito bem formados para fazer
esse acolhimento às mulheres, independentemente da
sua condição social, da sua cor, da sua religião”,
afirmou.
De acordo com a diretora de Promoção de Direitos do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, Letícia
de Almeida Peçanha, o ministério está trabalhando na
construção de salas reservadas para atendimento a
mulheres não só em delegacias, mas nos institutos
médicos legais e no sistema de Justiça. Esses
espaços, conforme a gestora, vão contar com
profissionais especializados, preferencialmente do
sexo feminino, para evitar a revitimização da
mulher.
Lei Maria da Penha
Em vigor desde 2006, a Lei Maria da Penha é uma
homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, que
sofreu violência doméstica por quase 20 anos e ficou
paraplégica em consequência das agressões. Além de
tipificar os crimes de violência doméstica e
familiar contra a mulher, a lei prevê atendimento
especializado às vítimas e medidas de prevenção.
Pela legislação, é crime “qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial" à vítima.
Fonte: Agência Câmara
28/08/2024 -
Sete anos após a reforma trabalhista, 70% dos
informais querem voltar a ser CLT, diz pesquisa
Reforma de Michel Temer falhou em criar empregos
e aumentou a insegurança financeira, aponta a FGV
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da
FGV (FGV-Ibre) revela que 67,7% dos trabalhadores
autônomos, incentivados pela reforma trabalhista a
aderirem à informalidade, agora desejam um emprego
com carteira assinada, informa o portal UOL. Esse
dado expõe a fragilidade da medida que, aprovada há
sete anos, em vez de criar oportunidades, aprofundou
a precariedade do trabalho no país.
Alterando mais de cem pontos da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), a reforma trouxe mudanças
significativas, como a prevalência de acordos entre
patrões e empregados sobre a legislação, a permissão
de parcelamento de férias e a eliminação da
contribuição sindical obrigatória — decisão
posteriormente retificada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). Apesar de a promessa ser a redução do
desemprego que subia desde a crise
político-econômica de 2015, a realidade foi outra.
Em julho de 2017, a taxa de desocupação já estava em
12,9%, disparando ainda mais nos anos seguintes e
atingindo 14,9% em março de 2021, em meio à pandemia
de Covid-19.
Hoje, 25,4 milhões de brasileiros trabalham como
autônomos, e a insegurança financeira é uma
constante para esses trabalhadores. Cerca de 44% dos
autônomos ganham até um salário mínimo, e 45% deles
não conseguem prever sua renda para os próximos seis
meses — um percentual que chega a 67,5% entre os
empregados formais. Além disso, a variação salarial
é uma realidade para 19,8% dos autônomos, enquanto
apenas 4,7% dos trabalhadores com carteira assinada
enfrentam essa oscilação.
O desejo pela segurança do emprego formal é ainda
mais intenso entre os mais pobres: 75,6% dos
autônomos que ganham até um salário mínimo preferem
a CLT. Entre aqueles com rendimentos de um a três
salários mínimos, esse índice é de 70,8%. Apenas
entre os que ganham acima de três salários mínimos,
a preferência pela carteira assinada cai para 54,6%.
A precarização do trabalho recai mais pesadamente
sobre os homens negros, que representam 54,5% dos
autônomos, e sobre aqueles na faixa etária de 45 a
65 anos.
Fonte: Brasil247
28/08/2024 -
Entidades sindicais defendem no TST que decisão
sobre contribuição assistencial seja em assembleias
A audiência pública realizada pelo TST
(Tribunal Superior do Trabalho), nos dias 21 e 22 de
agosto, trouxe à tona a discussão sobre contribuição
assistencial e o direito de oposição à cobrança. O
debate teve como objetivo aprimorar a compreensão
sobre o procedimento e ouvir representantes de
entidades sindicais e patronais sobre as condições
em que trabalhadores não sindicalizados possam se
opor ao pagamento da taxa.
Mais de 200 pessoas participaram da audiência, que
também foi transmitida ao vivo pelo canal do TST no
YouTube.
Importante ressaltar que a Reforma Trabalhista, de
2017, trouxe mudanças significativas no
financiamento dos sindicatos, incluindo a extinção
da contribuição sindical obrigatória. Anteriormente,
todos os trabalhadores, sindicalizados ou não,
tinham 1 dia de salário descontado anualmente para
financiar atividades sindicais.
Com a nova legislação, o desconto da contribuição
sindical passou a depender da autorização expressa
do trabalhador. Essa alteração impactou
drasticamente na receita dos sindicatos, que
perderam importante fonte de recursos materiais e
financeiras. E, naturalmente, comprometeu a
organização e estrutura sindicais.
Disputa judicial
Em 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a
legalidade do desconto da contribuição assistencial
para toda a categoria, desde que os trabalhadores
não sindicalizados tenham o direito de se opor ao
desconto. No entanto, a ausência de regras claras
sobre como exercer esse direito gerou diversas
disputas judiciais País afora.
O ministro Caputo Bastos, relator do caso que será
julgado pelo TST, convocou a audiência pública para
esclarecer e discutir o tema. Na avaliação, Bastos
destacou a tranquilidade e a cordialidade do debate.
“O clima foi absolutamente tranquilo e cordial.
Todos puderam apresentar suas ideias e contrapostas
em um ambiente democrático e gentil”, afirmou o
ministro.
Ele ressaltou que o objetivo da audiência foi
alcançado, proporcionando espaço para que diferentes
perspectivas fossem ouvidas.
“Cada segmento tem uma realidade. É necessário que
exponha efetivamente para que a gente possa, ao
final, propiciar uma decisão que seja adequada,
exequível, sobretudo, mas, adequada para essa
questão tão sensível no ambiente social”, ministro
Caputo Bastos.
Defesa sindical
Cristiano Brito Alves Meira, representante da Cnteec
(Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura), defendeu
que as decisões sobre o modo, momento e lugar
apropriados para a oposição ao pagamento da
contribuição assistencial devem ser tomadas
coletivamente nas assembleias sindicais.
“Se o TST avançar na análise do IRDR, que seja para
delimitar que os trabalhadores devem, de forma
coletiva nas assembleias, definir o modo, o momento
e o lugar apropriado para o empregado não
sindicalizado exercer o seu direito de oposição”.
Já o presidente da Federação Nacional de
Securitário, da UGT, que também representa a Contec
(Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Comércio), denunciou práticas
que considerou imorais, como a pressão sobre
trabalhadores para que exerçam oposição ao
pagamento.
“É um desrespeito para nós, a indústria dar a carta
[de oposição]. É uma indecência, imoralidade. O
direito de oposição, sim, mas, a forma que é feito,
não! Temos práticas antissindicais veladas. Alguns
associados que nós temos é escondido, eles se
associam, mas dizem ‘não desconta do meu
contracheque, eu tenho que pagar escondido porque se
o meu patrão souber ele me demite”, relatou.
Márcio Lobato, da Maate (Advocacia Trabalhista
Independente), fez análise sobre a evolução das
normas e a relação entre direitos individuais e
coletivos, enfatizando a importância de a proteção
dos direitos fundamentais em contexto coletivo.
“Os direitos fundamentais coletivos existem para
proteger os direitos fundamentais individuais e os
direitos fundamentais individuais somente existem
quando eles são protegidos pelos direitos
fundamentais coletivos.”
O subprocurador geral do Trabalho, João Machado
Junior, do MPT (Ministério Público do Trabalho),
destacou a necessidade de esclarecer se todos os
trabalhadores compreendem que, após a Reforma
Trabalhista de 2017, apenas os sindicalizados têm
obrigação de contribuir para o sistema sindical e
destacou a importância de esclarecer que “as normas
coletivas de trabalho alcançam a todos e todas, não
apenas os filiados ao sindicato.”
Machado expressou preocupação com as discussões com
os representantes patronais, destacando a
necessidade de ter maior solidariedade no processo.
A audiência também contou com participação do
advogado Antônio Nunes, da Comissão Especial de
Direito Sindical do Conselho Federal da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil); Bob Carvalho Machado,
presidente do Sinait (Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho); e Jovândia Moreira
Leite, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro.
Solução jurídica
O próximo passo é o julgamento pelo Pleno do TST do
IRDR (Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas), que busca uniformizar a interpretação
da lei em casos semelhantes e fornecer solução
jurídica clara e abrangente.
Paralelamente às discussões no TST, a Câmara dos
Deputados analisa proposta de lei que estabelece
prazo de 60 dias para que trabalhadores não
sindicalizados possam manifestar oposição ao
desconto da contribuição assistencial. A proposta,
já aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça), permite que a manifestação seja feita por
e-mail, WhatsApp ou qualquer outro meio escrito, e
aguarda votação no plenário da Câmara.
As entidades sindicais precisam estar atentas às
próximas decisões judiciais e legislativas, pois
irão definir as diretrizes sobre a cobrança da
contribuição assistencial e a possibilidade de
oposição.
Fonte: Diap
28/08/2024 -
Prévia da inflação oficial recua para 0,19% em
agosto
Com resultado, taxa acumulada neste ano fica em
3,02%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial,
ficou em 0,19% em agosto deste ano. A taxa é
inferior às observadas nas prévias de julho deste
ano (0,30%) e de agosto do ano passado (0,28%).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta
terça-feira (27).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 3,02%
nos oito meses deste ano, e de 4,35% em 12 meses. O
acumulado em 12 meses ficou abaixo dos 4,45%
registrados nos 12 meses anteriores, ou seja, de
agosto de 2023 a julho deste ano.
Na prévia de agosto, oito dos nove grupos de despesa
pesquisados pelo IBGE registraram alta de preços,
com destaque para os transportes (0,83%), que
tiveram o maior impacto no IPCA-15 do período.
O resultado dos transportes foi influenciado pelas
altas de itens como gasolina (3,33%), combustíveis
(3,47%), etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo
diesel (0,85%).
Por outro lado, os alimentos foram a única classe de
despesas com deflação (queda de preços), de 0,8%,
repetindo o comportamento da prévia do mês anterior,
quando teve taxa de -0,44%.
Entre os itens alimentícios que registraram deflação
estão tomate (-26,59%), batata-inglesa (-13,13%) e
cebola (-11,22%). A refeição fora do domicílio, no
entanto, teve inflação de 0,49%.
Os demais grupos de despesas apresentaram as
seguintes taxas de inflação: educação (0,75%),
artigos de residência (0,71%), despesas pessoais
(0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,27%),
habitação (0,18%), comunicação (0,09%) e vestuário
(0,09%).
Fonte: Agência Brasil
28/08/2024 -
STF vai reiniciar análise de modulação de decisão da
'revisão da vida toda'
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, pediu destaque nesta segunda-feira (26/8) e
suspendeu o julgamento no qual o Plenário da corte
analisava a modulação de efeitos da decisão
contrária à “revisão da vida toda”.
Com isso, o caso será reiniciado em sessão
presencial, ainda sem data marcada. Até então, a
análise ocorria no Plenário Virtual, com término
previsto para a próxima sexta (30/8).
Os ministros analisavam embargos de declaração
apresentados pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e pelo Instituto
de Estudos Previdenciários (Ieprev).
O pedido de modulação era para excluir do alcance da
decisão os aposentados e pensionistas que tenham
ajuizado ações de revisão da vida toda até a data de
conclusão do julgamento anterior (21 de março deste
ano).
Quatro votos
Antes do pedido de destaque, quatro ministros já
haviam rejeitado os embargos de declaração e negado
a modulação.
O ministro Kassio Nunes Marques, relator da matéria,
considerou que o tema foi devidamente debatido no
julgamento original e que os precedentes citados
pelos recorrentes não tinham relação com o caso.
Com relação aos embargos do Ieprev, ele ainda
ressaltou que amici curiae (amigos da corte, que têm
a função de trazer informações relevantes para o
processo) não têm legitimidade para interpor
recursos em ações do tipo.
Ele foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin,
Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Clique
aqui para ler o voto de Kassio
ADI 2.110
ADI 2.111
Fonte: Consultor Jurídico
28/08/2024 -
Taxa Selic deve ser usada em correção monetária de
indenização trabalhista
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho determinou
a aplicação da taxa Selic no cálculo dos juros e da
correção monetária de uma indenização a ser paga por
um banco a um bancário, em uma ação trabalhista
iniciada em 2011. A decisão do colegiado responsável
pela uniformização da jurisprudência das turmas do
TST segue entendimentos recentes do próprio tribunal
e do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria.
Anteriormente, o entendimento do TST (Súmula 439)
era de que os juros de mora das condenações por
danos morais e materiais deveriam ser contados da
data do ajuizamento da ação. No entanto, a correção
monetária se daria a partir da decisão que arbitrou
ou alterou os valores das condenações, ou seja, no
momento em que o direito à verba indenizatória era
reconhecido.
No julgamento do caso, o Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS) tinha estabelecido que o
índice da correção monetária seria o IPCA-E, e a
decisão foi mantida pela 7ª Turma do TST, em 2017.
Para o colegiado, não havia no caso ofensa direta e
literal à Constituição, única forma de cabimento de
recurso de revista quando o processo está em fase de
execução.
Em 2020, o Supremo firmou o entendimento vinculante
(a ser observado em todas as instâncias) de que os
créditos trabalhistas devem ser corrigidos da mesma
forma que as condenações cíveis: na fase
pré-judicial, pelo IPCA-E; e, a partir do
ajuizamento da ação, pela Selic. Ficou decidido
ainda que, nos processos em fase de execução com
débitos ainda não quitados e sem índice de correção
definido, deveriam seguir esse precedente.
O relator dos embargos do banco à SDI-1, ministro
Breno Medeiros, explicou que, com a decisão do STF,
se o índice de correção não tiver sido estabelecido
na decisão definitiva, a taxa Selic deve ser
utilizada de forma geral tanto para a correção
quanto para os juros de mora. A decisão foi unânime.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
E-RR 202-65.2011.5.04.0030
Fonte: Consultor Jurídico
27/08/2024 -
O papel dos sindicatos pós-reforma: desafios e
perspectivas
A Reforma Trabalhista de 2017, aprovada pela
Lei 13.467, de 2017, trouxe significativas mudanças
nas relações de trabalho no Brasil, impactando de
forma substancial a atuação dos sindicatos.
Ítalo Bezerra*
Uma das principais modificações foi o fim da
obrigatoriedade da contribuição sindical, o que
resultou na drástica redução de recursos para essas
entidades, comprometendo a capacidade de mobilização
e negociação em prol dos trabalhadores. Essa reforma
gerou profundas repercussões para a defesa dos
direitos sociais no País.
Impacto da Reforma Trabalhista de 2017
Antes de a Reforma Trabalhista, o sindicalismo no
Brasil era financiado em parte por contribuição
sindical obrigatória que garantia recursos
financeiros estáveis para as entidades. No entanto,
com a nova legislação, essa contribuição passou a
ser facultativa, resultando em queda vertiginosa na
arrecadação das entidades sindicais, comprometendo a
estrutura administrativa e a capacidade de
representar os trabalhadores em negociações
coletivas. Dados indicam que, de 2017 a 2021, a
arrecadação sindical foi reduzida em 99%, tornando
muitas entidades praticamente insolventes¹.
Além disso, a reforma também introduziu o princípio
da prevalência do negociado sobre o legislado, o que
exigiu maior capacidade de negociação dos sindicatos
para evitar a perda de direitos trabalhistas. No
entanto, com sindicatos enfraquecidos pela falta de
recursos, muitos trabalhadores se viram
desprotegidos e à mercê de acordos coletivos menos
favoráveis.
Outro ponto relevante para a atuação sindical foi o
julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a
contribuição assistencial, modalidade de
contribuição fixada em assembleias e comumente
utilizada para reforçar o caixa dos sindicatos.
Embora essa contribuição seja voluntária, essa é
prática aceita pela OIT (Organização Internacional
do Trabalho), desde que implementada de forma
legítima e sem abusos. No entanto, a decisão do STF
em 2017 (ADI 5.794) reforçou que todas as
contribuições, além de voluntárias, necessitam de
autorização prévia e expressa dos não filiados. Essa
decisão ampliou ainda mais o desafio de
financiamento para os sindicatos, que passaram a
enfrentar realidade de asfixia financeira.
Enfraquecimento dos sindicatos e o ciclo vicioso
O enfraquecimento das entidades sindicais após a
reforma gerou efeito em cadeia. Com menos recursos e
menor capacidade de atuação, os sindicatos perderam
força para negociar em pé de igualdade com as
empresas, resultando em acordos coletivos mais
fracos e, consequentemente, em perda de direitos
para os trabalhadores. Esse enfraquecimento também
gerou ciclo vicioso: com sindicatos menos
eficientes, os trabalhadores se desfiliam, o que,
por sua vez, diminui ainda mais os recursos das
entidades.
Além disso, os dados indicam que a taxa de cobertura
das negociações coletivas — que mede o percentual de
trabalhadores beneficiados por convenções coletivas
— despencou após a reforma, levando o Brasil a cair
3 posições no ranking mundial de cobertura, de
acordo com a OIT. Essa queda reflete o impacto
negativo da reforma não apenas para os sindicatos,
mas também para o IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) do País, vez que maior taxa de cobertura
está correlacionada à melhor qualidade de vida para
os trabalhadores².
Desafios para a democracia sindical
O papel dos sindicatos, na construção de sociedade
mais justa e equitativa é inegável. Historicamente,
o movimento sindical no Brasil exerceu papel vital
na luta pela democracia e pelos direitos sociais
trabalhistas³. No entanto, a crise enfrentada pelas
entidades após a Reforma Trabalhista, de 2017, é
profunda e multifacetada. Além da falta de recursos,
a ofensiva do Estado, com a edição de leis
restritivas de direitos e jurisprudência
antissindical, tem minado ainda mais a força dos
sindicatos.
A desarticulação dos sindicatos representa ameaça
não apenas para os direitos dos trabalhadores, mas
também para a democracia no Brasil. O
enfraquecimento das entidades sindicais compromete a
negociação coletiva e impede que os trabalhadores
tenham representação forte e eficaz. Sem sindicatos
robustos, o equilíbrio de poder entre empregadores e
empregados fica comprometido, o que resulta em maior
vulnerabilidade dos trabalhadores.
Perspectivas futuras: modernização e reinvenção
Apesar dos desafios, há caminhos para que os
sindicatos possam se reinventar e recuperar
relevância. Uma dessas oportunidades está na
modernização das entidades, utilizando tecnologias
digitais para se aproximar dos trabalhadores,
promover campanhas de filiação e facilitar a
participação em assembleias e votações on-line. Além
disso, a busca por novas formas de financiamento,
como parcerias com instituições internacionais e a
criação de programas de benefícios diretos para os
trabalhadores, pode ajudar a recuperar a
sustentabilidade financeira dos sindicatos.
No entanto, é fundamental que se pense em revisão
das políticas implementadas pela reforma, de modo a
reequilibrar a relação entre capital e trabalho. A
autonomia coletiva de vontade, em cenário de
fragilidade sindical, precisa ser repensada para
garantir negociação coletiva autêntica e justa.
Contribuição assistencial, Tema 935 e mudança de
entendimento do STF
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o
Tema 935, decidiu que a contribuição assistencial
pode ser cobrada de todos os trabalhadores,
incluindo não sindicalizados, desde que seja
garantido o direito de oposição.
Essa contribuição visa substituir o antigo imposto
sindical, tornado facultativo — na prática, extinto
— pela Reforma Trabalhista de 2017. A decisão gera
debate, pois alguns argumentam que essa cria
insegurança jurídica e pode comprometer a liberdade
sindical, ao permitir a cobrança sem filiação, mesmo
com a possibilidade de recusa.
Conclusão
A Reforma Trabalhista de 2017 impôs grandes desafios
para os sindicatos no Brasil, fragilizando a
capacidade de representar os trabalhadores e
defender seus direitos. O enfraquecimento dessas
entidades não impacta apenas as relações laborais,
mas também a própria democracia, vez que os
sindicatos são atores fundamentais no equilíbrio de
poder entre capital e trabalho.
Para que os sindicatos recuperem relevância, será
necessário modernizar as práticas, buscar novas
formas de financiamento e fortalecer a representação
dos trabalhadores. Apenas assim será possível
garantir que o movimento sindical continue
desempenhando papel crucial em defesa dos direitos
sociais e na promoção de sociedade mais justa e
equitativa.
A decisão do STF, embora não resolva totalmente a
questão do financiamento sindical, é avanço
significativo para amenizar as dificuldades
financeiras das entidades. A medida pode tirar os
sindicatos de situação crítica, mas a aplicação da
contribuição assistencial deve ser feita com
cautela, respeitando limites razoáveis e sem
interferência dos empregadores na relação entre
trabalhadores e sindicatos. Seria prudente que
centrais e confederações se reunissem para definir
diretrizes claras sobre a contribuição, preparando o
terreno para futura regulamentação legislativa.
(*) Advogado fundador do escritório Ítalo Bezerra
Advogados e assessor jurídico de diversas entidades
sindicais.
______________________
1 LIMA, Francisco Gérson Marques de. Sindicatos em
números: reflexões pontuais sobre o sindicalismo
brasileiro após 2017. Disponível em https://www.excolasocial.com.br/sindicatosem-numeros-reflexoes-apos-2017/
, publicado em 19.08.2022, acesso em 28/07/2024
2 Idem.
3 PEREIRA, R. J. M. B.; DIAS, A. C. C.; SOUZA, C.
M.; VARANDAS, D. M. M.; SANTANA, M. E. N.. O
ENFRAQUECIMENTO SINDICAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO E
OS RISCOS À DEMOCRACIA. In: DELGADO, Maurício
Godinho; PEREIRA, Ricardo Macedo de Britto; DIAS,
Valéria de Oliveira; MENEZES, Aline Bessa de;
BERNARDES, Simone Soares; RODRIGUES, Yuli Barros
Monteiro. (Org.). Democracia, Sindicalismo e Justiça
Social: Parâmetros Estruturais e Desafios no Século
21. 1ed.Salvador, BA: JusPODIVIM, 2022, v. 1, p.
467-494.
Fonte: Diap
27/08/2024 -
Dados do Caged sobre emprego em julho virão fortes,
diz ministro do Trabalho
Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de
trabalho. No segundo trimestre, a taxa de desemprego
caiu de 7,9% para 6,9%, menor índice desde 2014
Reuters - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, disse nesta segunda-feira que os dados do
Caged que serão divulgados esta semana sobre o
desempenho do emprego formal em julho virão
"fortes".
Segundo Marinho, que falou em evento sobre mercado
de trabalho e relações trabalhistas no Rio de
Janeiro, os empregos formais criados de janeiro a
julho superaram o saldo de todo o ano passado.
No primeiro semestre, o país criou 1,3 milhão de
postos de trabalho formais, segundo o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), acima dos
1,03 milhão criados no mesmo período de 2023. Em
todo o ano de 2023 foram criadas 1,484 milhão de
vagas, segundo dado divulgado em janeiro.
Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de
trabalho, acima do esperado pelos economistas
consultados pela Reuters. Para julho, a expectativa
é de criação líquida de 190.000 vagas.
Fonte: Brasil247
27/08/2024 -
Agenda dos trabalhadores e as eleições – Nivaldo
Santana
O movimento sindical brasileiro produziu ao longo
dos últimos anos uma agenda que orienta a ação
classista no país. O centro dessa agenda é a luta
pelo desenvolvimento com valorização do trabalho e
dos trabalhadores.
Para viabilizar esta agenda, a imensa maioria do
sindicalismo participou ativamente da campanha
presidencial de 2022, para garantir a vitória do
presidente Lula, derrotar a extrema-direita e abrir
nova fase no país.
O esforço valeu a pena. O balanço destes vinte meses
do governo Lula III é positivo. O Brasil voltou a
respirar democracia e ampliaram-se os espaços de
participação social, inclusive do movimento
sindical.
Reconstrução nacional
Neste novo quadro, foi possível iniciar o processo de
reconstrução nacional. O governo lançou, entre
outros programas estruturantes, a NIB (Nova Política
Industrial), retomou o PAC e iniciou a reforma
tributária.
Além disso, foi aprovada a política de valorização
do salário-mínimo, igualdade de salários entre
homens e mulheres e programas sociais como o Bolsa
Família, Minha Casa Minha Vida, Pé-de-Meia, etc.
Todas essas iniciativas, é preciso reconhecer,
impactaram positivamente os indicadores econômicos e
sociais: crescimento do PIB, diminuição do
desemprego e da inflação e aumento dos salários.
Desafios
Esse lado positivo do balanço do governo não pode
nublar, no entanto, os grandes obstáculos que ainda
precisam ser superados. Um dos mais relevantes é a
composição majoritariamente conservadora do
Congresso.
Com minoria no parlamento, o governo não tem tido
espaço para medidas mais incisivas como uma reforma
tributária que permita a taxação dos ganhos
financeiros, dos lucros e dividendos e das grandes
fortunas.
Na economia, o governo Lula não conseguiu reverter o
poder econômico paralelo do Banco Central, que tem
atuado com independência para definir as abusivas
taxas de juros atualmente praticadas no Brasil.
Do mesmo modo, a pauta trabalhista, principalmente a
recuperação dos direitos e o financiamento sindical,
não consegue avançar no Congresso, que se mantém
refratário a mudanças progressistas.
Há um longo caminho a ser percorrido para recuperar
esses direitos. Mantém-se como necessária a
revogação dos marcos regressivos da reforma
trabalhista que atacou duramente o trabalho e os
sindicatos.
Para viabilizar a política de redução do custo da
força de trabalho, a reforma trabalhista retirou dos
sindicatos fonte importante de sua sustentação
material e diminuiu seu papel de representação e
negociação.
Eleições
O sindicalismo vai tomando consciência que, além da
luta econômica, precisa participar da luta política
e eleger governantes e parlamentares comprometidos
com a pauta trabalhista.
É aí que se inserem as próximas eleições municipais.
Para além das necessárias discussões dos temas
locais, as eleições serão palco da acirrada disputa
política entre o campo progressista e a
extrema-direita.
Dessa forma, o movimento sindical de orientação
classista precisa reorganizar a sua agenda e colocar
no topo das prioridades a participação firme e
decidida na campanha eleitoral.
Eleger prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras
identificados com a democracia, o desenvolvimento
nacional e a pauta classista dos trabalhadores é
fundamental.
Nivaldo Santana é Secretário Sindical Nacional do
PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB
Fonte: Agência Sindical
27/08/2024 -
Apenas 21% das empresas enviaram relatório de
transparência salarial
Documento é exigência da Lei de Igualdade
Salarial. De 50 mil empresas que precisam prestar
informações, até o momento 10,5 mil fizeram o envio
Até o momento, apenas 21% das quase 50 mil empresas
com 100 ou mais trabalhadores entregarem o Relatório
de Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios. O prazo para o envio das informações
ao Ministério do Trabalho e Emprego se encerra no
próximo dia 31.
O percentual alcançado até agora corresponde a 10,5
mil companhias. A prestação dessas informações
responde aos termos estabelecidos pela Lei
14.611/2023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que tem como objetivo buscar a
igualdade salarial e de critérios remuneratórios
entre homens e mulheres na mesma função.
Com base nas informações recebidas, o MTE elaborará
um relatório que será enviado às empresas até o dia
16 de setembro.
As empresas, então, devem garantir a visibilidade
dessas informações, publicando-as em locais
acessíveis, como sites, redes sociais ou outros
meios similares, até o dia 30 de setembro. A
divulgação deve ser ampla, visando alcançar seus
empregados, trabalhadores e o público em geral.
Após a publicação dos dados pelas empresas, o MTE e
o Ministério das Mulheres irão divulgar os dados
gerais dos relatórios entregues, fornecendo um
panorama da transparência salarial no país.
Apesar das medidas, uma redução expressiva na
desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda
não é esperada neste segundo relatório. “Ainda é
cedo para falar em uma mudança significativa.
Precisamos transformar a cultura que perpetua a
desigualdade salarial e a precarização das mulheres
no mercado de trabalho,” afirma Paula Montagner,
subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho
do MTE.
Primeiro relatório
Os dados do primeiro relatório, divulgados em maio e
fornecidos por mais de 49, 5 mil empresas, mostraram
que as mulheres ganham 19,4% a menos do que os
homens na mesma função. Além disso, somente 32,6%
dessas companhias têm políticas de incentivo para a
contratação de mulheres.
O percentual é ainda menor quando se consideram
grupos específicos de mulheres: negras (26,4%); com
deficiência (23,3%); LBTQIAP+ (20,6%); chefes de
família (22,4%); e vítimas de violência (5,4%). Já
as empresas que adotam políticas de promoção de
mulheres a cargos de direção ou gerência são 38,3%.
Ainda conforme o documento, 51,6% das empresas
possuem planos de cargos e salários ou plano de
carreira. No que diz respeito à remuneração, cuja
média no Brasil é de R$ 4.472, ficou constatado que
os homens não negros recebem R$ 5.718 e as mulheres
não negras aparecem na sequência com R$ 4.452. Já os
homens negros ganham R$ 3.844 e as mulheres negras
têm salários médios de R$ 3.041.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
26/08/2024 -
"Estou feliz", diz Lula, após anúncio recorde de
investimentos pelo setor de papel e celulose
Serão criados 36 mil novos empregos por um dos
setores que mais exporta na economia brasileira
Durante uma reunião no Palácio do Planalto, a
Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), que
representa o setor de papel e celulose, anunciou
investimentos de R$ 105 bilhões até 2028, que
incluem a construção de novas fábricas e ampliação
das já existentes, além do desenvolvimento de
infraestrutura logística.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
participou do encontro ao lado do vice-presidente e
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, Geraldo Alckmin, expressou seu
contentamento com as novidades. "Estou feliz com a
reunião de hoje, que trouxe o anúncio do setor de
celulose para o país. Serão R$ 105 bilhões em
investimentos até 2028, com potencial para gerar 36
mil empregos durante as obras e 7,3 mil na operação
das unidades industriais. Voltamos a governar este
país para recuperá-lo e recuperar também o seu
potencial industrial de maneira mais sustentável.
Estamos trabalhando para isso. Boa noite a todos e
até amanhã", declarou o presidente.
Estes investimentos prometem não apenas impulsionar
o setor industrial, mas também fortalecer a economia
em regiões de baixo dinamismo econômico,
principalmente através da substituição de pastagens
por florestas cultivadas. O vice-presidente Alckmin
ressaltou que o setor de papel e celulose é
fundamental para o saldo da balança comercial
brasileira, destacando sua inovação, competitividade
e compromisso com a sustentabilidade.
Fonte: Brasil247
26/08/2024 -
Supremo adia novamente julgamento sobre trabalho
intermitente
O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou, na
quarta-feira (21), a retomada do julgamento sobre a
constitucionalidade do contrato de trabalho
intermitente, inserido na CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho) pela Reforma Trabalhista de 2017 — Lei
13.467.
Os 3 processos que tratam da questão estavam na
pauta da sessão de quarta-feira, todavia não foram
chamados para julgamento.
O julgamento foi suspenso em 2020, quando foi formado
placar de 2 votos a 1 pela validade das regras do
trabalho intermitente.
O ministro-relator das ações Edson Fachin,
considerou o modelo de trabalho inconstitucional.
Segundo Fachin, essa forma de contratação deixa o
trabalhador em posição de fragilidade e
vulnerabilidade social em razão da característica de
imprevisibilidade dessa forma de contratação.
Relações de trabalho fragilizadas
A contrarreforma trabalhista mudou profundamente as
relações de trabalho no Brasil. Precarizou-se a
negociação coletiva, que antes era realizada sob a
proteção de legislação trabalhista que permitia, em
geral, ampliar direitos, por meio da convenção e/ou
acordo coletivo.
Agora, pós contrarreforma, os sindicatos
contratualizam para buscar direitos perdidos, manter
empregos, com salários rebaixados e manutenção de
direitos mínimos. Fragilizou sobremodo a organização
e estrutura dos sindicatos laborais.
Votos a favor
Nunes Marques e Alexandre de Moraes votaram a favor da
modalidade, por entenderem que as regras são
constitucionais e objetivam diminuir a informalidade
no mercado de trabalho.
Ainda faltam os votos de 8 ministros da Corte
Suprema.
Contrato precário
Conforme definido na Reforma Trabalhista, o
trabalhador intermitente recebe por horas ou dias
trabalhados.
Ele recebe férias, FGTS e 13º salário de forma
proporcional ao período trabalhado. No contrato, é
definido o valor da hora de trabalho, que não pode
ser inferior ao salário mínimo por hora ou à
remuneração dos demais empregados que exerçam a
mesma função.
O empregado deve ser convocado com, no mínimo, 3
dias corridos de antecedência. No período de
inatividade, pode prestar serviços à outras
empresas.
Entidades acionam Corte
A legalidade do contrato de trabalho intermitente foi
questionada pela Fenepospetro (Federação Nacional
dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis
e Derivados de Petróleo), Fenattel (Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas)
e CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria).
Para as entidades, o modelo favorece a precarização
da relação de emprego e trabalho, o pagamento de
remunerações abaixo do salário mínimo, além de
impedir a organização coletiva dos trabalhadores.
Ações
O STF começou a julgar as ADI — dia 2 de dezembro e
2020 —, 5826, 5829 e 6154, que questionam os
dispositivos que criaram o contrato de trabalho
intermitente.
A Reforma Trabalhista regulamentou, na CLT, o
contrato de trabalho intermitente. Essa modalidade
de prestação de serviços, com relação de
subordinação, alterna períodos de prestação de
serviços e de inatividade, que podem ser
determinados em horas, dias ou meses.
A regra é válida para todas as atividades, exceto
para os aeronautas, regidos por legislação própria.
Voto do ministro-relator
No voto apresentado, Fachin observou que a
Constituição Federal não impede, de forma expressa,
a criação do contrato de trabalho intermitente.
No entanto, para que essa modalidade de relação
trabalhista seja válida, é necessário que se
assegure a proteção aos direitos trabalhistas
fundamentais a garantia de remuneração não inferior
ao salário mínimo.
Para o ministro, o contrato intermitente, na forma
da Lei 13.467, é insuficiente para proteger os
direitos fundamentais sociais trabalhistas, pois não
fixa horas mínimas de trabalho nem rendimentos
mínimos, ainda que estimados.
Sistema de relações do trabalho
Segundo o relator, a criação de modalidade de contrato
de trabalho que não corresponda à real probabilidade
de prestação de serviços e de pagamento de salário
ao final de período determinado e previsível
representa a ruptura com o atual sistema
constitucional de relações do trabalho.
Fachin destacou que, segundo a lei impugnada, os
direitos fundamentais sociais expressamente
garantidos nos artigos 6º e 7º da Constituição
Federal, como 13º salário, férias remuneradas e
seguro-desemprego, ficarão suspensos por todo o
período em que o trabalhador, apesar de formalmente
contratado, não estiver prestando serviços.
Entenda o contrato intermitente
Esse modelo de contratação é contrato de trabalho sob
demanda, em que o trabalhador só trabalha quando é
chamado pela empresa. O contrato pode ser
determinado em horas, dias ou meses, e não existe
jornada fixa para o trabalhador.
O contrato é por prazo indeterminado e não existe
transição para outra modalidade de contrato.
O trabalhador intermitente recebe por horas ou dias
trabalhados, e tem direito às férias, FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) e 13º salário de forma
proporcional ao período trabalhado.
Em caso de demissão sem justa causa, o trabalhador
tem direito ao seguro-desemprego durante 5 meses ou
até que se encontre novo trabalho.
O contrato de trabalho intermitente é amparado pelo
artigo 452-A da CLT, inserido nas normas jurídicas
brasileiras pela Lei 13.467/17.
Desde que entrou em vigor a Reforma Trabalhista, o
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) inclui os
dados sobre trabalho intermitente no Caged (Cadastro
Geral de Empregador e Desempregados), que é
responsável por medir oficialmente o número de
contratações e demissões do mercado formal.
Fonte: Diap
26/08/2024 -
STF valida saída do país de convenção contra
demissão sem justa causa
Processo tramita há 27 anos
O Supremo Tribunal Federal (STF) (foto) validou na
quinta-feira (22), em Brasília, decreto do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que retirou
o Brasil da Convenção 158 da Organização Mundial do
Trabalho (OIT), norma internacional que proíbe
demissões sem causa justificada nos países aderentes
ao acordo. O processo tramita na Corte há 27 anos.
Durante a sessão, os ministros proclamaram o
resultado do julgamento da questão. Em maio do ano
passado, o STF obteve maioria de votos para manter a
validade do decreto.
A aplicação da convenção está suspensa desde 1996. O
ato presidencial foi editado meses após o Congresso
Nacional ter aprovado a adesão do país à convenção.
Em 1997, a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Agricultura (Contag) e a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) recorreram ao Supremo. Para as
entidades, a saída do Brasil da convenção deveria
ter o aval do Congresso.
No ano passado, a maioria dos ministros entendeu que
o presidente da República não pode decidir retirar o
país de tratados internacionais sem a anuência do
Congresso Nacional. Contudo, o entendimento não pode
ser aplicado ao caso concreto, que virou um marco
temporal sobre a questão.
Convenção
A Convenção 158 da OIT trata do término da relação de
trabalho por iniciativa do empregador.
A norma internacional estabelece que a dispensa de
funcionário só pode ocorrer com causas justificadas
que estiverem relacionadas com a capacidade ou
comportamento do empregado, além de situações
baseadas nas necessidades de funcionamento das
empresas.
A convenção impede que questões envolvendo raça,
cor, sexo, estado civil, religião e opiniões
políticas sejam usadas como critérios para demissão.
Criada em 1982, a convenção foi ratificada e está
vigente em 35 países dos 180 que compõem a OIT.
Entre as nações que aprovaram e aplicam a norma
estão a Austrália, Espanha, França, Finlândia,
Camarões, Portugal, Suécia e Turquia, entre outras.
Fonte: Agência Brasil
26/08/2024 -
TST sedia curso sobre normas internacionais do
trabalho, promovido pela OIT
Com abordagem prática, curso presencial oferece
oportunidade para participantes interagirem com
representantes de órgãos internacionais e
especialistas da OIT
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) sediará, de 9
a 13 de setembro, em Brasília, o curso “Normas
Internacionais do Trabalho (NIT) para Magistrados,
Juristas e Docentes em Direito".
As inscrições estão abertas e devem ser feitas na
página da OIT.
A capacitação presencial é promovida pelo Centro
Internacional de Treinamento da OIT (ITCILO), em
colaboração com o TST, o Departamento de Normas
Internacionais do Trabalho da OIT, os Escritórios da
OIT para a América Latina e o Caribe e para o
Brasil.
O treinamento abordará as normas internacionais do
trabalho com o objetivo de reforçar conhecimentos e
competências que permitam utilizar fontes sobre
direito internacional do trabalho em nível nacional,
além de esclarecer sua utilização na resolução
judicial de conflitos laborais, entre outros pontos.
Com abordagem prática, o curso é destinado a
integrantes da magistratura, advogados e advogadas
trabalhistas, consultoras e consultores jurídicos de
organizações de empregadores e de trabalhadores e
docentes de Direito.
O programa do curso cobre os seguintes temas:
• O sistema das NIT: principais características e
procedimentos, desde o seu desenvolvimento até à sua
aplicação a nível nacional.
• Quando e como juízes(as) e advogados(as) podem
utilizar o direito internacional do trabalho.
• O trabalho dos órgãos de supervisão da OIT e a sua
relevância para juízes(as) e juristas.
• Conteúdo e relevância das NIT em termos de liberdade
sindical, direito à negociação coletiva, igualdade
de oportunidades e tratamento no emprego e na
ocupação, violência e assédio no mundo do trabalho,
povos Indígenas e tribais.
• As bases de dados da OIT e do CIFOIT sobre as NIT e
as decisões judiciais em que foram utilizadas.
O curso será ministrado em espanhol com tradução
simultânea para português. O treinamento de alto
nível oferece ainda a oportunidade de os
participantes interagirem com membros de órgãos
internacionais de supervisão e especialistas da OIT.
As inscrições vão até o dia 23 de agosto, no
site da OIT.
Fonte: TST
26/08/2024 -
Debate na Câmara discute o impacto da Lei Maria da
Penha no combate à violência contra mulher
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados promove, nesta segunda-feira
(26), audiência pública sobre o impacto da Lei Maria
da Penha da luta pelo enfrentamento à violência
contra as mulheres no Brasil.
O debate atende a pedido da deputada Reginete Bispo
(PT-RS) e será realizado a partir das 14h30, no
plenário 14.
Em vigor há 18 anos, a Lei Maria da Penha estabelece
medidas de proteção para as mulheres em situação de
violência doméstica e prevê a criação de juizados
especiais para esses crimes.
Com essa lei, a violência doméstica e familiar
contra as mulheres deixou de ser considerada um
crime de menor potencial ofensivo e passou a ser
classificada como violação dos direitos humanos.
Desafios
"Apesar dos avanços proporcionados pela legislação,
ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como a
falta de estrutura e recursos adequados para a
efetiva implementação da lei, a impunidade dos
agressores e a necessidade de conscientização e
educação da sociedade", afirma Reginete Bispo.
A audiência pretende discutir os avanços, os
desafios e as necessidades de aprimoramento da
legislação, e permitir a participação da sociedade
civil, de especialistas, gestores públicos e demais
interessados na construção de políticas públicas
efetivas para a prevenção e combate à violência de
gênero.
Fonte: Agência Câmara
23/08/2024 -
Contribuição assistencial: assista ao vivo à
audiência pública no TST
Centrais, confederações e especialistas discutem
como formalizar o direito de oposição ao desconto
Nesta quinta (22) e sexta-feira (23), o Tribunal
Superior do Trabalho (TST) promove uma audiência
pública que discute um tema que afeta milhões de
pessoas: o direito de oposição ao pagamento da
contribuição assistencial. A iniciativa busca reunir
argumentos para que sejam estabelecidos critérios
claros e objetivos para que quem não é sindicalizado
possa exercer esse direito de forma simples e
efetiva. A questão jurídica será apreciada no futuro
julgamento de um incidente de resolução de demandas
repetitivas (IRDR-1000154-39.2024.5.00.0000), sob a
relatoria do ministro Caputo Bastos, e a tese a ser
definida pelo TST deverá orientar as demais decisões
da Justiça do Trabalho sobre o tema.
O relator selecionou 44 expositores, e cada um terá
10 minutos para suas apresentações. Entre eles estão
representantes das principais centrais sindicais, de
confederações de diferentes categorias e de diversos
setores da economia, da academia, de entidades
ligadas ao direito do trabalho, de órgãos públicos e
do Ministério Público do Trabalho.
Acompanhe ao vivo:
https://www.youtube.com/watch?v=szAkaVl7z7c
Nesta sexta-feira, a audiência vai das 10h às 12h,
no Plenário Ministro Arnaldo Süssekind, no térreo do
bloco “B” do edifício-sede do Tribunal.
Entenda o que está em jogo
A Reforma Trabalhista de 2017 trouxe mudanças
significativas na forma de financiamento dos
sindicatos de trabalhadores. Uma das principais
alterações foi a extinção da contribuição sindical
obrigatória, conhecida como "imposto sindical".
Antes da reforma, todos os trabalhadores,
sindicalizados ou não, tinham um dia de salário
descontado anualmente para custear as atividades
sindicais. Com a nova lei, o desconto da
contribuição sindical só pode ser feito com a
autorização expressa do trabalhador. Essa mudança
impactou drasticamente as finanças dos sindicatos,
que perderam uma importante fonte de receita.
Fonte: TST
23/08/2024 -
Sindicatos de aposentados pedem mudanças na
Previdência
Representantes da categoria discutiram o assunto
na Câmara dos Deputados
Representantes de sindicatos se reuniram na Câmara
dos Deputados para pedir mudanças na Previdência que
aumentem a renda dos aposentados. A mobilização foi
organizada pela Confederação Brasileira de
Aposentados e Pensionistas e Idosos (Cobap) com
apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos
Aposentados e Pensionistas.
Além da Cobap, participaram representantes de vários
sindicatos de aposentados, como o sindicato nacional
da categoria ligado à CUT (Sintapi). O representante
na audiência, Guilherme Santos, afirma que as
pessoas mais jovens, e toda a classe trabalhadora,
precisam se engajar na defesa do sistema
previdenciário.
“O que a gente quer é participar sempre dos debates
para que a gente não fique de fora numa possível
nova reforma previdenciária e também resgatar aquilo
que nós perdemos na última reforma de 2019”, disse.
O representante do Sindicato dos Aposentados do
Brasil, José Avelino Pereira, ressalta a importância
da união dos sindicatos na reunião. Ele defende o
estabelecimento de uma data-base única para os
aposentados.
“É importante essa unidade para que possamos começar
a convencer os deputados da importância [do tema].
Inclusive, se tiver a reforma, que possamos colocar
um ponto de equilíbrio no reajuste das
aposentadorias porque hoje a base das aposentadorias
no Brasil está em cima do salário mínimo, e aí não
se compra remédio”, reclamou.
É o que defende o senador Paulo Paim (PT-RS) no
Projeto de Lei 4434/08, que tramita na Câmara. Para
ele, a contribuição pra manter a Previdência deve
ser feita sobre o faturamento da empresa, e não
sobre a folha de pagamentos.
Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista em
Defesa dos Aposentados e Pensionistas, deputado
Cleber Verde (MDB-MA), a proposta recupera as perdas
dos aposentados ao longo dos anos ao modificar o
índice de correção previdenciária. Essa proposição
defende a adoção de índice próprio em vez de usar o
salário mínimo como indexador.
“Ao longo dos anos passados, houve um acumulo de
prejuízos a aposentados, que não têm tido a correção
da aposentadoria e pensão baseada no processo
inflacionário. Ou seja: o pão, o açúcar, a manteiga,
o óleo, a cesta básica aumentam os valores, o
remédio tem inflação acima das expectativas da
correção das aposentadorias e, com isso, quem ganha
um salário mínimo vai ter cada vez mais diminuído o
poder de compra”, apontou.
Fonte: Agência Câmara
23/08/2024 -
Imposto de renda zero nas PLRs; opinião de João
Guilherme
Na quinta-feira da semana passada na sede da Renault
(no Paraná) aconteceu uma importante reunião em
defesa do fortalecimento da indústria automotiva.
Além da empresa anfitriã participaram o presidente
da República e ministros (inclusive o
vice-presidente), representantes do setor
automotivo, autoridades políticas e partidárias. O
sindicato dos metalúrgicos da Grande Curitiba e seus
diretores foram também convidados e, juntamente com
os delegados de fábrica e trabalhadores, deram força
e sustentação ao evento.
O presidente do sindicato, Sergio Butka, em sua
intervenção destacou a importância do setor
automotivo no esforço pela industrialização da
economia e fez uma sugestão e uma reivindicação que
se transformaram – do ponto de vista sindical – no
ponto alto da reunião.
A sugestão foi a da constituição de câmaras
setoriais tripartites (governo, empresários e
trabalhadores) para discutir aspectos específicos da
política industrial de uma forma que já era visível
e efetiva na própria reunião em curso.
A reivindicação foi a da eliminação de cobrança do
imposto de renda sobre os valores das PLRs
conquistadas pelos trabalhadores, que passaram a ter
grande peso em seus ganhos.
A sugestão sobre as câmaras setoriais, experiência
já efetivada antes, merece atenção das direções
sindicais, do ministério da Indústria e do
Conselhão.
A reivindicação foi imediatamente encampada pelo
presidente Lula que se pronunciou energicamente a
favor e reafirmou seu compromisso de zerar o imposto
de renda até cinco mil reais ao fim de seu mandato.
Ele demonstrou a necessidade de garantir uma
correlação de forças favorável, principalmente no
Congresso Nacional, para sua execução que é justa
porque os acionistas são isentos enquanto os
trabalhadores são gravados.
Cabe agora aos dirigentes sindicais e ativistas que
exigem o fim do imposto de renda nas PLRs organizar,
desde já, um esforço continuado de convencimento dos
deputados e senadores sobre a possibilidade e as
vantagens da medida.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
23/08/2024 -
Entenda proposta aprovada sobre reoneração da folha
de pagamento
Matéria ainda será analisada pela Câmara dos
Deputados
Empresas de 17 setores da economia e municípios com
menos de 156 mil habitantes poderão ter que voltar a
pagar imposto previdenciário sobre a folha de
pagamento a partir do ano que vem. A proposta que
prevê a reoneração gradual da folha de pagamento foi
aprovada no Senado na última terça-feira (20), mas
ainda terá que passar por análise da Câmara dos
Deputados e sanção presidencial para começar a
valer.
A política de desoneração foi criada em 2011 como
forma de cobrar menos imposto de empresas de setores
específicos. Em vez de pagar 20% de INSS relativo
aos funcionários com carteira assinada, as empresas
beneficiadas podem optar pelo pagamento das
contribuições sociais sobre a receita bruta, com
alíquotas de 1% a 4,5%.
O projeto aprovado no Senado mantém a desoneração da
folha de pagamento para esses setores integralmente
em 2024 e prevê a reoneração gradual entre 2025 e
2027. Neste período, também haverá redução gradual
da cobrança de imposto sobre o faturamento das
empresas.
Segundo o projeto, a partir de 2025 a tributação
sobre a folha terá alíquota de 5%. Em 2026, serão
cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando ocorreria o fim
da desoneração. Durante toda a transição, a folha de
pagamento do décimo terceiro salário continuará
integralmente desonerada.
No ano passado, o Congresso havia aprovado a
manutenção da desoneração da folha até 2027, mas o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou trechos
da Lei 14.784, de 2023. O Congresso derrubou o veto
e o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal,
que deu prazo até 11 de setembro para que o
Congresso e o Executivo buscassem um acordo sobre a
desoneração.
Empregos
A ideia inicial da política de desoneração da folha de
pagamento era reduzir os encargos trabalhistas e
estimular a contratação de empregados por esses
setores, tidos como os maiores empregadores.
Empresários alegam que o fim da desoneração poderá
implicar redução de postos de trabalho. Mas o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera a
desoneração total da folha de pagamentos de alguns
setores como “privilégio” e afirma que a medida, que
seria temporária, não cumpriu o objetivo de aumentar
as vagas de emprego.
Um artigo do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) mostra que os setores beneficiados
pela medida não são os que mais empregam no país,
assim como não figuram entre os campeões de criação
de trabalho com carteira assinada nos últimos 10
anos.
Os setores beneficiados são: calçados, call center,
comunicação, confecção/vestuário, construção civil,
empresas de construção e obras de infraestrutura,
couro, fabricação de veículos e carrocerias,
máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil,
tecnologia da informação, tecnologia de comunicação,
projeto de circuitos integrados, transporte
metroferroviário de passageiros, transporte
rodoviário coletivo e transporte rodoviário de
cargas.
Compensação
O texto aprovado no Senado também prevê oito medidas
para compensar a perda de arrecadação da União com a
desoneração. Segundo o Ministério da Fazenda, o
impacto da desoneração da folha de pagamentos em 17
setores da economia e em pequenos municípios será de
R$ 18 bilhões em 2024.
As medidas foram incorporadas ao projeto após acordo
entre o governo e o Congresso.
Entre as soluções temporárias propostas estão a
captura de depósitos esquecidos em contas judiciais
por mais de cinco anos, a abertura de novo prazo de
repatriação de recursos no exterior com taxas
menores, a possibilidade de regularização na
declaração de Imposto de Renda, com desconto na
cobrança e um programa de descontos para empresas
que tenham multas vencidas em agências reguladoras.
Fonte: Agência Brasil
23/08/2024 -
Comissão aprova projeto que obriga empresa a manter
plano de saúde para vítima de violência sexual no
trabalho
O plano deverá ser mantido até que a vítima tenha
alta dos tratamentos a que esteja sendo submetida
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou projeto que obriga empresas ou órgãos
públicos a manter o plano de saúde da vítima de
violência sexual ocorrida no ambiente de trabalho.
O plano deverá ser mantido até que a vítima receba
alta do tratamento médico ou psicológico a que
esteja sendo submetida em decorrência da violência
sexual, mesmo que seja eventualmente demitida.
A medida será incluída na Lei 12.845/13, que trata
do atendimento obrigatório e integral de pessoas em
situação de violência sexual.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Fernanda Pessoa (União-CE), ao Projeto de
Lei 1597/23, da deputada Silvia Waiãpi (PL-AP). Para
Fernanda, assegurar a continuidade da assistência
médica à vítima de violência sexual no trabalho é
uma questão de justiça.
“O dever de vigilância do empregador, as relações
hierarquizadas que levam empregados à submissão pelo
medo da despedida arbitrária e a própria fragilidade
corpórea da mulher são causas que deveriam tornar o
empregador mais atento à defesa de suas empregadas
ou servidoras”, acrescentou a relatora.
A deputada alterou o texto original para incluir o
tempo que o plano de saúde deverá ser assegurado à
vítima.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Para virar lei, o texto precisa ser aprovado também
no Senado.
Fonte: Agência Câmara
23/08/2024 -
Empregado em trabalho remoto pode entrar com ação no
local onde mora
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2)
do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que o juízo
da 2ª Vara do Trabalho de Americana (SP) deve julgar
a ação de um analista de segurança da informação que
reside na cidade contra uma empresa com sede em
Chapecó (SC). Ele prestava serviços na modalidade de
trabalho remoto e, para o colegiado, não há motivo
para que se mude o local da ação escolhido pelo
trabalhador, sobretudo pela modalidade de trabalho e
porque a companhia atua em diversos estados.
Na ação, o analista pediu a anulação do contrato
firmado como pessoa jurídica, pelo qual prestou
serviços de 2021 a 2023, e a declaração da
competência do juízo de Americana para julgar o
processo, alegando que prestou serviços à empresa na
modalidade de teletrabalho.
A companhia, no entanto, argumentou que, nos casos
de teletrabalho, a competência para julgar a ação
deve ser a da localidade em que está estabelecida,
porque, “de onde vier, o trabalho virtual estará a
ela relacionado”. Segundo a empresa, enquanto a lei
não tiver normas claras e específicas sobre a
competência territorial para o trabalho remoto, deve
valer a regra geral da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
Várias filiais
A Vara de Americana determinou a remessa do caso para
São Paulo, pois o analista se reportava a essa
filial, mas o juízo da 73ª Vara do Trabalho de São
Paulo solicitou que o TST decidisse a quem caberia
examinar o processo. Entre outros pontos, ponderou a
possibilidade de prejuízo ao trabalhador e a
capacidade econômica da empresa, que tem filiais em
diversas cidades.
O relator no TST, ministro Douglas Alencar, observou
que o contrato de trabalho foi celebrado em Chapecó
para prestação de serviços em teletrabalho. E também
constatou que, segundo informações fornecidas em seu
site, a empresa atua em diversos estados e em outros
países.
De acordo com o ministro, os critérios previstos no
artigo 651 da CLT, que estabelecem como foro o local
da prestação de serviços, “se lidos e aplicados de
forma estritamente dogmática”, podem inviabilizar o
acesso à Justiça, garantido na Constituição Federal.
Diante da necessidade de assegurar ao trabalhador
esse acesso, e também garantir ao empregador o amplo
exercício do direito de defesa, o relator assinalou
que, quando a empresa envolvida tem atuação
nacional, o TST admite que a ação corra no local do
domicílio do trabalhador. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
CCCiv 1000142-25.2024.5.00.0000
Fonte: Consultor Jurídico
22/08/2024 -
Senado aprova e envia à Câmara PL que reonera folha
a partir de 2025
O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira
(20), o projeto de lei — PL 1.847/24 —, do senador
licenciado Efraim Filho (União Brasil-PB), que trata
da compensação, aos cofres federais, com desoneração
da folha de pagamentos para empresas de 17 setores
da economia e das prefeituras.
O texto aprovado pelo Senado Federal prevê que a
reoneração da folha será iniciada em 2025, até 2027.
O relator da matéria e líder do governo no Senado,
Jaques Wagner (PT-BA), promoveu mudanças no parecer
para contemplar emendas apresentadas por líderes
partidários. O texto foi aprovado sem a necessidade
de análise de destaques.
Conforme o projeto, a reoneração gradual da folha de
pagamento terá duração de 3 anos, e começa em 2025.
Reoneração gradual
O projeto mantém a desoneração integral em 2024 e
estabelece a retomada gradual da tributação a partir
de 2025 — com alíquota de 5% sobre a folha de
pagamento.
Em 2026 serão cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando
ocorrerá o fim da desoneração e, por conseguinte, a
retomada da tributação da folha.
Durante toda a transição, a folha de pagamento do
13º salário continuará integralmente desonerada.
Municípios
O relator argumentou que substitutivo apresentado já
traz solução dialogada para a desoneração da folha
dos municípios.
Pelo projeto, a retomada da contribuição
previdenciária dos municípios com população inferior
a 156 mil habitantes também será escalonada. Até o
fim deste ano, vai ser de 8%. No ano que vem, o
percentual será de 12%. Em 2026 será de 16%,
chegando aos 20% em 2027, no fim do período de
transição.
O texto segue agora para análise da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Diap
22/08/2024 -
GTI encaminha regulamentação da negociação dos
servidores
A ausência de regulamentação para implementar
a Convenção 151, da OIT (Organização Internacional
do Trabalho) ratificada no Brasil é questão crucial
para a modernização das relações de trabalho no
setor público e melhoria do serviço público.
Neuriberg Dias*
Para enfrentar essa lacuna, foi instituído GTI
(Grupo de Trabalho Interministerial), responsável
pela elaboração de proposta de regulamentação com
representantes do governo federal e dos sindicatos,
coordenado pela SRT (Secretaria de Relações de
Trabalho) do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação
em Serviços Públicos).
A minuta elaborada pelo GTI, na forma de projeto de
lei visa preencher essas lacunas, estabelecendo
marco legal que regule as relações de trabalho. Mas
também regula o direito de greve e o financiamento e
representação sindical dos servidores e empregados
públicos da Administração direta, autárquica e
fundacional.
Em resumo, a proposta possui como pilares a
regulamentação:
1) das relações de trabalho: estabelecimento de
diretrizes e princípios que guiem as negociações das
condições de trabalho entre a Administração Pública
e os servidores;
2) do direito de greve: regulamentação, com a
introdução de limitações e obrigações para garantir
a continuidade dos serviços públicos essenciais
durante paralisações; e
3) do financiamento e representação sindical:
definição das normas para a representação sindical
dos servidores e a instituição de contribuição para
o financiamento das atividades sindicais.
Princípios fundamentais
O projeto estabelece princípios fundamentais que devem
orientar as negociações coletivas, tais como:
• democratização das relações de trabalho: promoção da
igualdade e participação ativa dos servidores nas
negociações;
• transparência: abertura de todo o processo
negocial, assegurando o acesso às informações por
todas as partes envolvidas;
• boa-fé: compromisso de todos os participantes em
agir de maneira honesta e justa durante as
negociações; e
• efetividade dos acordos: garantia de que os
acordos firmados sejam implementados de forma
eficaz.
Principais objetivos
Os principais objetivos incluem a definição de
padrões remuneratórios dignos:
• estabelecimento de critérios justos para a
remuneração dos servidores;
• prevenção de assédio: implementação de medidas
para prevenir o assédio no ambiente de trabalho; e
• redução da judicialização e greves no setor
público: criação de mecanismos que diminuam a
necessidade de ações judiciais e greves.
Processo negocial
Nas relações de trabalho, a proposta prevê a criação
de sistema permanente de negociação entre a
Administração Pública e as entidades sindicais,
garantindo estrutura contínua para o diálogo e a
resolução de conflitos.
Também são definidas as entidades sindicais
responsáveis pela representação dos servidores nas
negociações, assim como a introdução de contribuição
financeira para sustentar as atividades sindicais,
assegurando a manutenção e eficiência da
representação.
Direito de greve
O direito de greve proposto prevê a inclusão de
limitações específicas e garantias que visam a
manutenção dos serviços essenciais durante períodos
de paralisação.
Também são definidos comportamentos ilícitos e
abusivos, tanto por parte dos grevistas quanto da
Administração Pública, visando a proteção do
interesse público. O projeto de lei revoga o artigo
16 da Lei 7.783, de 1989, que estipula que o direito
de greve deve ser regulamentado por lei complementar
e, e por fim, estabelece prazo de 90 dias para
entrada em vigor após a publicação.
Avanço significativo
Esta proposta legislativa, construída com a
participação dos trabalhadores, representa avanço
significativo na regulamentação das relações de
trabalho no setor público, e busca equilibrar os
direitos dos servidores, com a necessidade de
garantir a continuidade e eficiência dos serviços
públicos.
Agora, a responsabilidade recai sobre o governo,
especialmente no exame técnico e jurídico da
Consultoria Jurídica do MGI e na avaliação pela Casa
Civil, para que o projeto seja enviado ao Congresso
Nacional.
O cenário atual é desafiador, marcado pela PEC
32/20, da Reforma Administrativa, em tramitação na
Câmara, está na contramão da valorização do serviço
público e dos servidores. Esse contexto para debater
a regulamentação exigirá muita mobilização das
categorias para assegurar que direitos sejam
protegidos e que a proposta avance nesse ambiente
legislativo.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap. É sócio-diretor da Contatos
Assessoria Política.
Fonte: Diap
22/08/2024 -
Para presidente do TST, reforma trabalhista não
entregou o prometido
Ministro também abordou a relação entre TST e STF e
destacou relevância do diálogo entre as Cortes
Em entrevista concedida durante o lançamento dos
Protocolos para Atuação e Julgamento na Justiça do
Trabalho, o presidente do TST, ministro Lelio Bentes
Corrêa, afirmou que a reforma trabalhista de 2017
não priorizou a resolução das disputas laborais e
deixou de entregar os resultados prometidos.
O ministro também comentou a atual relação entre a
Corte trabalhista e o STF, e destacou a importância
da tecnologia nos tribunais nacionais.
Reforma trabalhista
Lelio Bentes Corrêa criticou os efeitos da reforma
trabalhista, afirmando que ela adotou uma
perspectiva que priorizou a resolução formal dos
conflitos, sem abordar adequadamente a essência das
disputas.
Um exemplo citado foi a imposição dos encargos de
sucumbência ao trabalhador beneficiário da Justiça
Gratuita, medida que, na visão do ministro, não
resolve o problema de acesso à Justiça de maneira
eficaz.
Lelio Corrêa afirmou que a reforma não entregou os
resultados prometidos.
Citou também o exemplo do enfraquecimento da
representação sindical. Para o ministro, o caminho
deveria ter sido o fortalecimento dos sindicatos,
permitindo que as próprias partes interessadas
pudessem negociar intermediadas por eles.
Relação com o STF
O presidente do TST destacou a importância do diálogo
e da cooperação entre a Corte trabalhista e o STF.
Segundo Lelio Corrêa, embora o STF seja responsável
pela reforma de decisões tomadas pelo TST, o que
naturalmente pode causar desconforto, os ministros
da Justiça do Trabalho têm plena consciência de seu
papel dentro da hierarquia dos poderes.
"O STF é a Corte nacional e sempre teve nosso
respeito", afirmou.
O ministro ressaltou ainda que a Justiça do Trabalho
tem atuado para apaziguar conflitos no país,
buscando sinalizar a jurisprudência de maneira clara
e coesa.
Mulheres e tecnologia
O presidente do TST também compartilhou relato de que
ao assumir a presidência do TST foi informado que
"não existiam mulher na Justiça do Trabalho
interessadas em tecnologia".
Desacreditando tal afirmação, o ministro investiu na
criação de um programa de liderança digital feminina
voltado para magistradas e servidoras interessadas
em tecnologia.
A primeira edição do programa contou com 400
inscritas, e a última, realizada há 30 dias, atraiu
a participação de 2 mil pessoas.
Para o ministro, o interesse das mulheres pela
tecnologia é evidente, e a ideia de que elas não se
interessam por esse campo é um preconceito
infundado.
IA na Justiça do Trabalho
O uso da IA - inteligência artificial na Justiça do
Trabalho também foi abordado pelo ministro, que
destacou a necessidade de se discutir os aspectos
éticos envolvidos na aplicação dessa tecnologia.
"Quem a IA vai beneficiar? Quem participará da
elaboração dos algoritmos?", questionou.
Para Lelio, é crucial que a IA seja utilizada em
benefício dos jurisdicionados e não apenas para o
conforto dos magistrados.
O ministro alertou para os perigos de uma
perspectiva viciada nos algoritmos, reiterando que a
tecnologia deve servir à Justiça de maneira
equitativa e inclusiva.
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/quentes/413641/para-presidente-do-tst-reforma-trabalhista-nao-entregou-o-prometido
Fonte: Migalhas
22/08/2024 -
Entrega do Relatório de Transparência Salarial
termina dia 30
Documento é obrigatório para empresas com mais de
100 funcionários
Empresas brasileiras que empregam a partir de 100
funcionários tem até o próximo dia 30 para preencher
o segundo Relatório de Transparência Salarial e de
Critérios Remuneratórios, disponível no
portal
Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE).
A divulgação das informações é uma exigência da
chamada Lei da Igualdade Salarial (Lei
nº 14.611), de 2023, que estabelece a
obrigatoriedade de homens e mulheres que executem
uma mesma função ou trabalho de igual valor recebam
o mesmo salário.
De posse das informações fornecidas pelas empresas,
o MTE produz um relatório consolidado, que será
disponibilizado até 16 de setembro para que as
companhias reproduzam o conteúdo entre seus
empregados e para o público em geral. A empresa que
não dê publicidade aos resultados da consulta pode
ser multada em até 3% de sua folha salarial, sem
prejuízo das sanções aplicáveis aos casos de
discriminação salarial previstos em lei.
Este será o segundo relatório elaborado este ano.
Mais de 49,58 mil estabelecimentos responderam ao
anterior, revelando que, de forma geral, as mulheres
ganham 19,4% a menos do que os homens que exerçam as
mesmas funções. Os resultados divulgados em março
também apontam que só 32,6% das empresas que
preencheram o documento têm políticas de incentivos
à contratação de mulheres.
O valor é ainda menor quando se consideram grupos
específicos de mulheres: negras (26,4%); com
deficiência (23,3%); LBTQIAP+ (20,6%); chefes de
família (22,4%); e vítimas de violência (5,4%). Já
as empresas que adotam políticas de promoção de
mulheres a cargos de direção ou gerência são 38,3%.
O documento divulgado pelo MTE também mostrou que a
remuneração média no Brasil é R$ 4.472, mas enquanto
homens não negros recebem R$ 5.718 e mulheres não
negras, R$ 4.452, homens negros ganham R$ 3.844 e
mulheres negras, R$ 3.041.
Para a subsecretária de Estatísticas e Estudos do
Trabalho do MTE, Paula Montagner, a tendência é que
o diagnóstico se repita no próximo levantamento,
principalmente no que diz respeito à diferença
salarial entre gêneros.
“Ainda é cedo para falar em uma redução
significativa da desigualdade salarial entre homens
e mulheres. Precisamos mudar a cultura que perpetua
a ideia de que as mulheres ganham menos e são as
primeiras a serem demitidas”, afirma a subsecretária
em nota divulgada pelo ministério.
Fonte: Agência Brasil
21/08/2024 -
Centrais, confederações e especialistas vão discutir
contribuição sindical no TST
Entenda o que está no foco da audiência pública
que o Tribunal realiza na quinta e na sexta-feira
(22 e 23) para tratar do direito de oposição ao
desconto
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) promoverá nos
dias 22 e 23 de agosto uma audiência pública para
discutir um tema que afeta milhões de pessoas: o
direito de oposição ao pagamento da contribuição
assistencial. A iniciativa busca reunir argumentos
para que sejam estabelecidos critérios claros e
objetivos para que quem não é sindicalizado possa
exercer esse direito de forma simples e efetiva. A
questão jurídica será apreciada no futuro julgamento
de um incidente de resolução de demandas repetitivas
(IRDR-1000154-39.2024.5.00.0000), sob a relatoria do
ministro Caputo Bastos, e a tese a ser definida pelo
TST deverá orientar as demais decisões da Justiça do
Trabalho sobre o tema.
Participarão da audiência 44 expositores e cada um
terá 10 minutos para suas apresentações. Entre eles
estão representantes das principais centrais
sindicais, de confederações de diferentes categorias
e de diversos setores da economia, da academia, de
entidades ligadas ao direito do trabalho, de órgãos
públicos e do Ministério Público do Trabalho.
Confira aqui a lista completa dos expositores.
Na quinta-feira, as exposições começam às 10h e
terminam às 18h. Na sexta-feira, a audiência vai das
10h às 12h, no Plenário Ministro Arnaldo Süssekind,
no térreo do bloco “B” do edifício-sede do Tribunal.
Além dos expositores, 243 pessoas já se inscreveram
como ouvintes. Quem não se inscreveu previamente
também poderá acompanhar a audiência no local,
conforme a capacidade do auditório, que é de 576
lugares. A audiência será transmitida ao vivo pelo
canal do TST no YouTube.
Entenda o que está em jogo
A Reforma Trabalhista de 2017 trouxe mudanças
significativas na forma de financiamento dos
sindicatos de trabalhadores. Uma das principais
alterações foi a extinção da contribuição sindical
obrigatória, conhecida como "imposto sindical".
Antes da reforma, todos os trabalhadores,
sindicalizados ou não, tinham um dia de salário
descontado anualmente para custear as atividades
sindicais. Com a nova lei, o desconto da
contribuição sindical só pode ser feito com a
autorização expressa do trabalhador. Essa mudança
impactou drasticamente as finanças dos sindicatos,
que perderam uma importante fonte de receita.
Diferentemente da contribuição sindical, a
contribuição assistencial tem valor definido em
acordos ou convenções coletivas e varia de acordo
com cada categoria profissional. Os recursos
arrecadados são utilizados principalmente para
financiar negociações coletivas que beneficiam toda
a categoria, mesmo quem não é filiado a sindicato.
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou
a legalidade do desconto da contribuição
assistencial para toda a categoria, desde que os não
sindicalizados tenham o direito de se opor ao
desconto. No entanto, a falta de regras claras sobre
como exercer esse direito de oposição tem gerado
diversas disputas judiciais em todo o país.
Para pacificar esses conflitos, o Pleno do TST vai
julgar um Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas (IRDR).
O que é um incidente de resolução de demandas
repetitivas?
O IRDR é um mecanismo utilizado pelo TST para
uniformizar a interpretação da lei em casos
semelhantes. Ao analisar um caso que envolve uma
questão jurídica recorrente, o Tribunal Superior do
Trabalho estabelece um entendimento único que deve
ser seguido por todos os Tribunais Regionais do
Trabalho do país.
Escuta ativa do Tribunal
A audiência pública será uma oportunidade para que
representantes da sociedade civil apresentem
argumentos ao TST para contribuir na construção de
uma solução jurídica que assegure o exercício desse
direito. Hoje, o procedimento para manifestar a
oposição é frequentemente burocrático,
despadronizado e pouco transparente, o que causa
confusão e dificulta seu acesso pelos trabalhadores
não filiados a sindicato.
Legislação no horizonte
Paralelamente às discussões no TST, a Câmara dos
Deputados discute uma proposta de lei sobre o tema.
A proposição, já aprovada na Comissão de
Constituição e Justiça, estabelece um prazo de 60
dias, contados do início do contrato de trabalho ou
da norma coletiva, para que trabalhadores não
sindicalizados possam se manifestar contra o
desconto da contribuição assistencial em seus
salários. Essa manifestação poderia ser feita de
forma simples, por meio de e-mail, WhatsApp ou
qualquer outro documento escrito, e enviada ao
empregador. O sindicato, por sua vez, confirmaria o
exercício desse direito quando solicitado.
A proposta aguarda votação no plenário da Câmara.
Fonte: TST
21/08/2024 -
Salários de militares reformados custam 16 vezes
mais aos cofres públicos que aposentados do INSS
TCU revela rombo de R$ 49,7 bilhões com
aposentadorias de militares; cada militar custa, em
média, R$ 158,8 mil por ano, um aposentado do INSS
R$ 9.400
Um relatório recente do Tribunal de Contas da União
(TCU) expôs uma significativa disparidade nos gastos
previdenciários da União, especialmente no que diz
respeito às aposentadorias militares. De acordo com
o levantamento, os salários dos militares reformados
geram um impacto financeiro per capita 16 vezes
maior do que os aposentados do INSS, mesmo
representando apenas 11,6% do déficit previdenciário
total, destaca reportagem da Revista Sociedade
Militar.
Em 2023, o rombo previdenciário da União alcançou R$
428 bilhões. Desse total, os salários dos militares
reformados somaram R$ 49,7 bilhões, posicionando-se
como a segunda maior despesa, atrás apenas dos
servidores públicos, que acumularam R$ 54,8 bilhões
(12,8%). No entanto, o maior peso continua a ser dos
aposentados do INSS, que geraram um déficit de R$
315,7 bilhões, ou 73,7% do total. A diferença nos
custos per capita é gritante: enquanto cada militar
aposentado custa, em média, R$ 158,8 mil por ano, o
valor por servidor público é de R$ 69 mil, e o de um
aposentado do INSS, apenas R$ 9.400.
As Forças Armadas, no entanto, questionam a
metodologia utilizada pelo TCU. Elas afirmam que os
gastos com militares são frequentemente
classificados de forma inadequada, sendo alocados em
orçamentos distintos, o que, segundo elas, distorce
a real situação financeira.
Fonte: Brasil247
21/08/2024 -
Comissão aprova medidas para proteger mulher
agredida no ambiente de trabalho
O juiz poderá determinar providências específicas
quando o agressor frequentar o mesmo local de
trabalho
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê a
possibilidade de o juiz determinar providências
específicas para proteger mulher agredida no
ambiente de trabalho, quando o agressor frequentar o
mesmo local.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), ao Projeto de Lei
816/24, do deputado Alberto Fraga (PL-DF).
“Nada mais justo para a mulher que sofreu a
violência, na hipótese do marido ou o agressor
trabalhar no mesmo ambiente que ela”, avaliou a
relatora. Ela apresentou substitutivo apenas para
adequar a redação do projeto.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a
Lei Maria da Penha e inclui essas providências entre
as medidas protetivas de urgência que o juiz pode
adotar em casos de violência contra a mulher.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/08/2024 -
Mineradora não pode afastar controle de jornada
apenas para empregados com nível superior
Para a 6ª Turma, a medida dificulta o pagamento
de horas extras
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou o recurso da Mineração Corumbaense Reunida
S.A. contra a condenação ao pagamento de horas
extras a um geólogo. Para o colegiado, a norma
coletiva que exclui o controle de jornada para
empregados com nível superior completo é inválida,
porque ofende o princípio da isonomia e dificulta o
pagamento de horas extras.
Geólogo pediu horas extras
Contratado em setembro de 2012 e dispensado em 2016, o
geólogo disse que sempre trabalhou além da jornada
prevista em lei e nunca recebeu o adicional de 25%
sobre as horas de trabalho acima de seis horas por
dia. Na ação, ele pediu o pagamento de 45 minutos de
hora extra por dia.
Para mineradora, ponto era desnecessário
Em defesa, a Corumbaense sustentou que o Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com o sindicato
dos empregados excluiu a necessidade do controle de
ponto para os cargos de nível superior. Disse também
que o empregado havia sido orientado sobre a duração
do trabalho e da proibição de extrapolar os limites
previstos na lei. Afirmou ainda que, caso precisasse
estender a jornada, ele poderia compensar depois.
O juízo da Vara de Trabalho de Corumbá e o Tribunal
Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) julgaram
procedente a ação do empregado. Para o TRT, a
empresa somente estaria dispensada de efetuar o
registro da jornada se o cargo fosse de confiança.
Falta de controle impede verificação de horas
extras
No exame do recurso de revista da mineradora, o
relator, desembargador convocado José Pedro Camargo,
também concluiu pelo direito às horas extras para o
geólogo. Ele destacou que a norma coletiva não pode
suplantar preceitos básicos e ignorar o direito
fundamental trabalhista de limitação e controle da
jornada de trabalho. Ainda segundo Camargo, a
distinção no controle de jornada ofende o princípio
da isonomia e fragiliza o pagamento de horas extras.
A decisão foi unânime.
Fonte: TST
20/08/2024 -
Modelo brasileiro de Previdência pública é defendido
em debate na CDH
A proteção do atual modelo brasileiro de Previdência
Social foi defendida por debatedores ouvidos pela
Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta
segunda-feira (19). Autor do requerimento para a
audiência pública, o presidente do colegiado,
senador Paulo Paim (PT-RS), demonstrou preocupação
com propostas de uma possível nova reforma
previdenciária.
Intitulado “A Previdência pública é viável”, o
debate teve a participação de representantes de
órgãos como o Ministério da Previdência Social, a
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal e a Confederação Brasileira de Aposentados e
Pensionistas.
Para Paim, ideias de privatização ou capitalização
do sistema previdenciário ventiladas por
especialistas são inaceitáveis, pois só servem aos
interesses do setor financeiro, dos bancos e das
empresas de previdência privada. O senador mencionou
o relatório final da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Previdência, aprovado por
unanimidade no Senado em 2017, segundo o qual o
sistema previdenciário é viável e rentável. De
acordo com Paim, a CPI da Previdência identificou
que os problemas enfrentados pelo sistema são, na
verdade, questões de gestão, arrecadação,
fiscalização, sonegação, corrupção e desonerações.
— O relatório da CPI identificou uma dívida de R$
450 bilhões de empresas privadas à Previdência. E
para piorar essa situação, conforme a Procuradoria
da Fazenda Nacional, somente R$ 175 bilhões
correspondem a débitos recuperáveis. Os grandes
devedores devem ser obrigados a quitar suas dívidas,
e os recursos da Previdência precisam ser destinados
exclusivamente ao pagamento de benefícios para
aqueles que contribuíram ao longo de toda a vida, ou
seja, o povo trabalhador brasileiro, os aposentados
e pensionistas — disse o senador.
Paim defendeu que o dinheiro da Previdência deve
ficar na Previdência, não podendo ser desviado para
outros fins. Ele também considerou imprescindível
assegurar e proteger o atual modelo brasileiro de
Previdência Social, “que atua como um verdadeiro
seguro para o trabalhador, garantindo os meios
indispensáveis para a manutenção dele e de seus
familiares em situações de incapacidade, desemprego
involuntário, idade avançada, tempo de serviço,
prisão ou morte”.
— Qualquer governo, antes de apresentar propostas de
reforma, deve compreender que, por trás dos números
e gráficos, existem vidas, corações que batem, almas
que choram, mãos calejadas pelo suor de anos de
trabalho e sonhos que não podem ser apagados —
declarou o senador.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/08/2024 -
Com Lula, Brasil registra a menor taxa de desemprego
da série histórica e a maior renda real do
trabalhador
Taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%, menor
índice desde 2014. Rendimento médio real
habitualmente recebido cresceu 12,4% sobre o
registrado em 2022
O mercado de trabalho brasileiro vive um dos seus
melhores momentos, com uma taxa de desemprego em
6,9%, nível comparável ao de 2014, considerado o
mais baixo da série histórica. Segundo o jornal O
Globo, especialistas esperam que essa taxa caia para
perto de 6% até o final do ano, um patamar que pode
ser visto como inferior ao pleno emprego.
De acordo com Bráulio Borges, economista da LCA
Consultores, o pleno emprego já foi atingido em
janeiro, quando a taxa de desemprego estava próxima
de 8%. Borges calcula que esse é o nível que não
exerce pressão sobre a inflação. Ele destaca que
essa taxa de equilíbrio caiu, sendo que em 2021 ele
a estimava em 9,5%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua do IBGE mostra que no segundo trimestre
deste ano, 352 mil pessoas foram contratadas na
construção civil, um aumento de 4,9%, acima da média
geral de 3%. Além do mercado aquecido, a
digitalização acelerada durante a pandemia criou
alternativas de trabalho mais atraentes, como em
plataformas digitais, que competem com o trabalho
braçal nos canteiros de obras.
Apesar disso, ainda existem 7,5 milhões de
brasileiros em busca de emprego. Especialistas
apontam que a alta rotatividade e a rigidez do
mercado de trabalho, somadas à falta de qualificação
e baixa produtividade, são alguns dos fatores que
explicam essa contradição. No setor de restaurantes,
por exemplo, a rotatividade chega a 50%, o que
significa que metade do pessoal é reposta a cada
ano.
Mesmo com a taxa de desemprego no Brasil em níveis
baixos, ela ainda é maior do que a média dos países
do G20, a média mundial, dos países de alta renda e
da América Latina, segundo Marcos Hecksher,
pesquisador do Ipea. Além disso, o país ainda tem
mais pessoas desalentadas e trabalhando menos horas
do que gostariam, em comparação com 2014.
O setor de serviços, que lidera a oferta de vagas
formais e foi fortemente impactado pela pandemia,
agora enfrenta dificuldades para contratar. Segundo
a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o
setor opera com 20% menos mão de obra do que antes
da pandemia, apesar do aumento de 15% nas vendas. Há
uma demanda por 300 mil trabalhadores, conforme
relata Paulo Solmucci, presidente da entidade. Com a
crise, o setor de serviços viu uma queda de 6
milhões para 5,10 milhões de trabalhadores. A
automação é uma saída para o gargalo, com cozinhas
adotando fornos combinados que realizam várias
funções ao mesmo tempo.
Ainda conforme a reportagem, a maior abrangência dos
benefícios sociais pode estar contribuindo para a
diminuição da participação dos trabalhadores menos
qualificados no mercado de trabalho, cujos ganhos
subiram 19,47% de 2019 a 2024. Mesmo assim, esses
trabalhadores ainda ganham em média R$ 1.399, menos
que o salário mínimo formal de R$ 1.412. Apesar
disso, o rendimento médio real habitualmente
recebido cresceu 12,4% sobre o registrado em 2022.
Fonte: Brasil247
20/08/2024 -
Acidentes de Trabalho na Construção: 2.888 mortes em
2023
Dados recentes revelam número alarmante de mortes
e acidentes típicos, especialmente na construção,
diz MTE.
Dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) indicam que o Brasil registrou 2.888 mortes
por acidentes de trabalho em 2023, com o setor da
construção liderando a lista de vítimas. Além disso,
o sistema eSocial do MTE contabilizou quase meio
milhão (499.955) de acidentes típicos no mesmo
período. Contudo, especialistas alertam que esses
números podem não refletir a realidade completa do
setor.
Luiz Carlos de Queiroz, vice-presidente da
Confederação Nacional dos Sindicatos de
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da
Madeira (CONTICOM), aponta que a informalidade
predominante na construção pode estar subnotificando
a verdadeira gravidade da situação. Segundo Queiroz,
cerca de 40% dos trabalhadores no setor são
informais, realizando “bicos” e trabalhando sem
registro em carteira. “A estatística do governo não
abrange esses trabalhadores, o que pode levar a uma
subestimação dos acidentes”, destaca.
Queiroz, também diretor do Sindicato da Construção e
Mobiliário de Mogi das Cruzes (SintraMog) e técnico
em segurança do trabalho, aponta outra preocupação:
a precarização do setor devido às terceirizações.
Ele critica a prática comum de empresas que ganham
licitações públicas e, em vez de contratar
diretamente, terceirizam ou até quarteirizam
serviços, muitas vezes desconsiderando normas de
segurança essenciais.
Os dados do MTE revelam que as principais causas de
acidentes na construção incluem quedas de altura,
soterramentos e choques elétricos. Queiroz afirma
que a fiscalização dos sindicatos frequentemente
encontra negligência em medidas básicas de
segurança, como a instalação de guarda-corpos e
andaimes.
A fiscalização insuficiente é outro fator crítico. O
setor da construção é altamente dinâmico, tornando
difícil para os fiscais acompanhar as condições de
segurança em constante mudança. Queiroz menciona que
as denúncias frequentemente se tornam obsoletas
antes que os fiscais possam agir devido ao tempo de
resposta das autoridades.
A situação é agravada pela escassez de auditores
fiscais do trabalho no Brasil. De acordo com o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
(Sinait), o país tem 1.888 fiscais ativos para uma
demanda muito maior, com um déficit de 1.756 vagas.
Em resposta a essa carência, o Governo Federal
realizará um concurso para preencher 900 dessas
vagas neste mês de agosto, mas ainda assim, apenas
metade do déficit atual.
Rosa Jorge, diretora do Sinait, explica que a
atuação dos auditores vai além da fiscalização de
segurança, englobando também a supervisão de
questões como trabalho escravo e infantil, e o
cumprimento de cotas para aprendizes e pessoas com
deficiência. Ela enfatiza que a falta de auditores
prejudica significativamente a capacidade de
fiscalização preventiva.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), o Brasil precisaria de 4.660 auditores
fiscais para cobrir adequadamente o mercado de
trabalho formal, baseado na proporção recomendada de
um auditor para cada 10 mil trabalhadores. Com 46,6
milhões de postos formais, isso indica um déficit
ainda maior de 2.772 fiscais, ressaltando a
magnitude do desafio enfrentado pelo país.
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/08/2024 -
TRT-10 rejeita cobrança de taxa assistencial a
trabalhadores não sindicalizados
Corte destacou distinção da contribuição sindical, e
destacou que a taxa é devida apenas por
sindicalizados.
Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Recreativas
Assistenciais do DF não poderá cobrar taxa
assistencial de trabalhadores não sindicalizados.
Assim decidiu a 1ª turma do TRT da 10ª região ao
julgar improcedente uma ação movida pelo sindicato.
O sindicato ajuizou a ação de cobrança de taxa
assistencial, pactuada em instrumento coletivo
celebrado entre as partes, para os casos em que não
recolhida a contribuição assistencial de seus
empregados. Postulou, assim, o pagamento do valor de
R$ 120,00 por trabalhador e, ainda, a instituição de
multa de um salário-mínimo.
O juízo de 1º grau negou o pedido, alegando que a
cobrança é condicionada à ampla e prévia informação
dos trabalhadores ao direito de oposição, o que não
ocorreu.
Em recurso, o sindicato disse que houve devida
publicação de edital mencionando a cobrança da taxa,
e que, independentemente de autorização expressa,
pela decisão do STF a contribuição estaria
autorizada.
Mas o colegiado entendeu que as formas de custeio do
sistema sindical têm natureza de tributo e, como
tais, devem estar previstas em lei, não podendo
convenção coletiva instituí-la a não filiados.
Afirmou, ainda, que, segundo a decisão do STF, ao
contrário do que afirmado pelo recorrente, somente a
contribuição sindical, prevista especificamente na
CLT, por ter caráter tributário, é exigível a toda a
categoria, independentemente de filiação. "Como o
caso aqui é de 'taxa assistencial', aquele
entendimento não se aplica, uma vez que detém
natureza distinta da contribuição sindical."
Luciano Andrade Pinheiro, advogado da empresa parte
no processo, Dumont & Vieira Esportes LTDA, e sócio
da banca Corrêa da Veiga Advogados, destacou que
"quando o STF autorizou a cobrança por parte dos
sindicatos da chamada contribuição assistencial com
possibilidade de oposição do trabalhador, certamente
não permitiu que isso fosse feito de qualquer
forma".
"Neste caso, o sindicato, além de não divulgar
devidamente o prazo de oposição, ainda tenta imputar
o pagamento às empresas. É absolutamente ilegal e
desproporcional transferir o pagamento de
contribuição assistencial dos empregados para uma
empresa. São lados opostos na relação. As empresas
financiarem o sindicato dos empregados, porque o
empregado não pagou e nem se opôs ao pagamento da
contribuição assistencial, não é medida legal nem
salutar para as relações."
Processo: 0000029-97.2024.5.10.0004
Link:https://www.migalhas.com.br/quentes/413258/trt-10-rejeita-taxa-assistencial-a-trabalhadores-nao-sindicalizados
Fonte: Migalhas
20/08/2024 -
Mulheres negras têm menos capacidade contributiva à
Previdência
Plataforma do Ipea mapeia principais
desigualdades que marcam o Brasil e que atingem
sobremaneira as mulheres negras, parcela mais
vulnerável da população
O processo de precarização do trabalho e da
previdência que o Brasil vem vivenciando, sobretudo
na última década, afeta principalmente a parcela
mais vulnerável da população: as mulheres negras.
Entre os anos de 2016 e 2022, por exemplo, a
proteção previdenciária da população brasileira
ocupada, entre os 16 e os 59 anos, caiu. Mas, a
queda foi ainda maior para essa fatia da população,
que já enfrenta uma série de adversidades
resultantes do machismo e do racismo estrutural.
Segundo a plataforma “Retrato das Desigualdades de
Gênero e Raça”, lançada pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) na quinta-feira (15), na
média geral, o percentual de pessoas desprotegidas
pela Previdência e sem capacidade contributiva na
população ocupada com idade entre 16 a 59 aumentou,
passando de 11% em 2016, para 13% seis anos depois.
No caso das mulheres negras, o percentual é bem
pior: 21% delas estavam nessa situação em 2022. Os
homens negros vinham em seguida, 14%; depois, as
mulheres brancas, 11%, e os homens brancos, 7% — o
que significa que este grupo é o mais bem protegido
entre os quatro. Em 2016, esses índices eram de,
respectivamente, 19%, 11%, 9% e 5%.
Quando a análise é feita sobre a população idosa,
com 60 anos ou mais, é possível verificar que a
desproteção também aumentou para todos esses quatro
recortes, quase na mesma sequência anterior,
invertendo apenas no caso das mulheres brancas e
negras, o que explicita que a população feminina em
geral figura em pior situação em relação à
masculina.
A cobertura de riscos previdenciários nessa faixa
etária em 2022 era de 88,5% (91% em 2016) no caso de
homens brancos; de 85% (88% em 2016) entre os homens
negros; de 81% (83% em 2016) entre as mulheres
negras e de 80% (82% em 2016) entre as brancas.
“A proporção de idosos desprotegidos é mais elevada
entre as mulheres, sejam brancas ou negras, mas o
crescimento dos desprotegidos foi mais elevado entre
os homens, em especial entre os negros. Esse
crescimento foi também mais acentuado entre os
idosos mais jovens, de 60 a 69 anos. O crescimento
da desproteção dos dois grupos reflete as condições
precárias do mercado de trabalho e poderá pressionar
a demanda por benefícios assistenciais”, analisa o
Ipea.
Mercado de trabalho
Outro dado da plataforma que mostra a desigualdade
entre negros e brancos, mulheres e homens diz
respeito à ocupação no mercado de trabalho. Em 2022,
63% da população geral, com idade para trabalhar (16
anos ou mais), participava da força de trabalho.
No mesmo ano, apenas 52% das mulheres negras e 54%
das mulheres brancas participavam do mercado de
trabalho remunerado. Por outro lado, 75% dos homens
negros e 74% dos homens brancos se encaixavam nesse
cenário.
Já entre as pessoas em idade produtiva que não foram
absorvidas de forma plena, mesmo desejando
trabalhar, estão 18% das mulheres negras, 15% dos
homens negros, 12% das mulheres brancas e 10% dos
homens brancos.
Trabalho não remunerado
Os dados do Ipea também reafirmam que são elas que
dedicam mais tempo às tarefas domésticas e de
cuidado não remunerado: em média, as mulheres gastam
dez horas a mais por semana na comparação com os
homens.
A diferença de classes é outro marcador bastante
presente no caso do trabalho doméstico não
remunerado. Entre as brancas, a diferença das mais
ricas para as mais pobres foi de 12 horas e entre as
negras foi de dez horas. Já no que diz respeito aos
homens brancos, a diferença dos mais ricos para os
mais pobres foi de quatro horas semanais, enquanto
entre os negros foi de apenas três horas semanais.
“A desigualdade de gênero no trabalho doméstico e de
cuidado não remunerado tem impacto negativo na vida
das mulheres, em especial das mulheres em pobreza. A
dificuldade para se dedicar mais ao mercado de
trabalho, para ocupar melhores posições e de maiores
rendimentos, a perda de autonomia, a pobreza de
tempo, a sobrecarga mental e emocional, além dos
rebatimentos na saúde das mulheres, são algumas
dessas limitações”, afirma o Ipea.
Além disso, o instituto defende que “uma organização
social do cuidado mais justa, que distribua os
afazeres domésticos e o cuidado entre homens e
mulheres, e entre as famílias, o Estado e o Mercado,
são imprescindíveis para impulsionar a economia e
propiciar uma vida plena a todos nós”.
Com informações do Ipea
Fonte: Portal Vermelho
19/08/2024 -
As emendas parlamentares e o interesse público
O crescimento exponencial das chamadas
“emendas PIX”, que se caracterizam pela
transferência direta de recursos públicos às
prefeituras e estados sem a necessidade de rígida
prestação de contas, criada pela EC (Emenda à
Constituição) 105/19¹, tem gerado ambiente propício
para a falta de transparência, dificuldade de
fiscalização e uso inadequado dos recursos públicos.
Neuriberg Dias*
Embora possamos inferir que a maioria dos gestores
emprega corretamente os recursos que recebem, a
ausência de mecanismos de prestação de contas em
relação às “emendas PIX” culmina na dificuldade de
verificação do destino e finalidade desses recursos
como revelou o levantamento da Transparência Brasil,
que menos de 1% dos R$ 8,2 bilhões em “emendas PIX”
inseridas na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024
identificam o destino e para que o recurso será
utilizado.
Já as emendas sem nenhuma informação sobre como o
parlamentar planejou sua utilização somam R$ 5,9
bilhões (70%).
Isso traz impactos significativos na sociedade,
como: 1) aumento da desigualdade regional e
social, 2) uso eleitoral dos recursos
públicos, 3) desperdício desses recursos
públicos, 4) comprometimento do planejamento
governamental, e 5) enfraquecimento das
instituições públicas.
A falta de transparência nas “emendas PIX” pode
agravar as desigualdades regionais e sociais.
Recursos destinados de forma arbitrária, sem
critérios claros de distribuição, podem privilegiar
áreas que não necessariamente precisam de
investimento urgente, enquanto regiões mais carentes
permanecem desassistidas.
Quanto ao uso eleitoral dos recursos públicos, sem a
devida transparência, há o risco de que esses
recursos sejam utilizados para fins eleitorais,
favorecendo determinados políticos ou grupos em
detrimento do bem-estar coletivo. Essa prática
desvirtua o objetivo das políticas públicas e
compromete a equidade na distribuição dos recursos.
A falta de prestação de contas e de fiscalização
efetivas pelos TCE (tribunais de contas dos estados)
pode levar ao desperdício de recursos públicos.
Projetos e programas mal planejados ou mal
executados podem resultar em investimentos
ineficazes, isto é, que não atendem às reais
necessidades da população.
O caráter obrigatório e a falta de transparência têm
prejudicado o planejamento governamental. A situação
se agrava pela necessidade de respeitar o teto de
gasto definido pelo arcabouço fiscal e das despesas
obrigatórias, o que compromete a capacidade de
alocação dos recursos públicos.
Para o governo, isso limita a execução de políticas
públicas estratégicas, a resposta às necessidades
emergenciais e dificulta ainda a adaptação às
demandas sociais e econômicas.
Por fim, o enfraquecimento das instituições públicas
ocorre porque a prática das “emendas PIX”, sem a
devida transparência e fiscalização, fragiliza as
instituições de Estado, o que leva a comprometer a
confiança da população na Administração Pública.
Isso pode gerar ambiente de desconfiança e
descrédito nas instituições responsáveis pela gestão
dos recursos públicos.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal),
proferida nas ADI 7.695 e 7.688 declararam a
inconstitucionalidade das “emendas PIX”. O
ministro-relator, Flávio Dino, destacou que essas
determinações podem ser revistas caso o Executivo e
o Legislativo apresentem medidas concretas para
corrigir as falhas de transparência.
Para corrigir as falhas no uso das “Emendas PIX”,
pesquisadores da FGV/Ibre, enumeram algumas
sugestões, quem contribuem efetivamente para
aprimorar a interação entre Legislativo e Executivo
na execução e fiscalização orçamentária:
1) capacitar o Congresso Nacional, melhorando
a estrutura técnica e qualificando o método de
definição de emendas;
2) promover avaliação de retorno econômico e
social das emendas, estabelecendo critérios mínimos
para inclusão no Orçamento Público;
3) regulamentar a indicação de beneficiários
das emendas de comissão, mitigando a volta da
dinâmica do “orçamento secreto”, em que o
parlamentar pode dispor do recurso da forma que
quiser;
4) criar condições para fiscalizar as
transferências especiais, as chamadas “emendas PIX”;
e
5) em médio e longo prazos, fortalecer as
comissões temáticas (que tratam de saúde, educação
etc.) para ampliar a interação com as áreas
setoriais do governo, ao mesmo tempo que devem
ganhar mais força política no Congresso Nacional.
Estas propostas, associadas à vinculação de
prioridades do Poder Executivo, que são definidas
nas políticas públicas elaborada pelos ministérios,
devem ser incorporadas à LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual) para
2025. Isso permitirá avaliação da eficiência e
eficácia dos investimentos realizados em benefício
de toda a sociedade.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap. É sócio-diretor da Contatos
Assessoria Política
__________________
¹EC
105/19, oriunda das PEC 61/15 e 48/19
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/121353
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2197504
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/especiais/56a-legislatura/pec-048-19-transf-estados-mun-emendas-a-loa
https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/57986
Fonte: Diap
19/08/2024 -
Fórum BNDES-Trabalho realiza o Seminário
“Desenvolvimento e Mundo do Trabalho”
Saiba mais sobre o Seminário ‘Desenvolvimento e
Mundo do Trabalho’ promovido pelo Fórum
BNDES-Trabalho em parceria com o Ministério do
Trabalho e Emprego e as centrais sindicais.
O Fórum BNDES-Trabalho, iniciativa do BNDES em
parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e
com as centrais sindicais vai realizar o Seminário
Internacional “Desenvolvimento e Mundo do Trabalho –
Desafios para as políticas públicas e para as
negociações coletivas”.
A primeira etapa do Seminário Internacional será
realizada no próximo dia 26 de agosto, no Rio de
Janeiro.
Durante o encontro, especialistas vão debater como o
atual projeto de desenvolvimento econômico e
socioambiental brasileiro pode apoiar:
- a geração de empregos,
- o crescimento da renda,
- a proteção trabalhista e previdenciária e
- as transformações necessária para o Brasil se tornar
uma nação desenvolvida
O evento contará com a presença do Ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, do presidente do
BNDES, Aloizio Mercadante, além de diversas
lideranças políticas e sindicais.
A segunda etapa, realizada de forma virtual, tratará
do sistema de relações de trabalho e as mudanças no
mundo do trabalho.
Para participar de ambos os encontros é necessário
fazer inscrição através do link:
https://web.bndes.gov.br/pesquisa/index.php/451178?newtest=Y&lang=pt-BR.
AGENDA:
Seminário Internacional “Desenvolvimento e Mundo do
Trabalho – Desafios para as políticas públicas e
para as negociações coletivas”
Data: 26 de agosto, segunda-feira
Horário: das 8h30 às 18h
Local: Teatro BNDES
Endereço: Av. República do Chile 100, Centro,
Rio de Janeiro –RJ
Programação e inscrição:
https://acesse.one/6VidL
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/08/2024 -
Lula reafirma isenção de imposto de renda para quem
ganha até R$ 5 mil
Presidente também disse que o governo governo
avalia o fim da cobrança do imposto de renda sobre a
participação nos lucros e resultados dos
trabalhadores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
reafirmou seu compromisso de isentar do pagamento do
imposto de renda quem recebe até R$ 5 mil por mês. A
proposta, apresentada durante a campanha, ainda não
foi implementada, mas o presidente afirmou que a
isenção "está de pé", e que existe a necessidade de
definir uma medida compensatória para mitigar os
impactos no sistema tributário.
“Tá de pé, e vamos fazer. Vamos fazer porque, veja
eu sei que é difícil mudar as coisas porque toda vez
que você vai isentar uma pessoa de pagar alguma
coisa você precisa ver o que vai colocar no lugar.
Mas veja, é humanamente injusto que o trabalhador
brasileiro, seja, quem paga imposto de renda, pq é
descontado na fonte [...] Então é justo que as
pessoas que recebem até R$ 5 mil tenham mais
dinheiro para comer, para cuidar da família”, disse
o presidente em entrevista à Rádio Gaúcha nesta
sexta-feira (16).
Ainda segundo Lula, o governo está avaliando o fim
da cobrança do imposto de renda sobre a participação
nos lucros e resultados (PLR) dos trabalhadores.
”Nós cobramos imposto de renda do PLR, da
participação do lucro dos trabalhadores. Essa é uma
coisa que eu estou pensando em como a gente vai
conseguir não cobrar do PLR, porque o trabalhador
trabalha o ano inteiro, produz, chega o final do
ano, recebe o PLR e paga 27% do imposto de renda”,
destacou.
Fonte: Brasil247
19/08/2024 -
Prorrogação da licença-maternidade em caso de
internação vai à Câmara
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) concluiu na
quarta-feira (14) a votação do PL 2.840/2022, do
senador Fabiano Contarato (PT-ES), que aumenta a
licença-maternidade e o salário-maternidade em caso
de internação da mãe ou do recém-nascido. O prazo
passa a ser contado da alta hospitalar da mãe ou do
recém-nascido. Durante a discussão no colegiado, as
senadoras Leila Barros (PDT-DF) e Damares Alves
(Republicanos-DF) defenderam a ampliação do
benefício.
O projeto segue para a análise da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
19/08/2024 -
Lula defende fim de imposto sobre PLR de
trabalhadores
Presidente disse esperar momento certo para
aprovar medida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na
quinta-feira (15) que vai atuar para isentar
trabalhadores do Imposto de Renda (IR) sobre os
bônus pagos por Participação nos Lucros e Resultados
(PLR) das empresas. A declaração foi dada durante
discurso após visitar as instalações da fábrica da
Renault, em São José dos Pinhais (PR), cidade da
região metropolitana de Curitiba.
"Eu só quero dizer para vocês que essa questão do
PLR está na minha cabeça há muito tempo. Nós
aprovamos uma reforma tributária, ela ainda não foi
aprovada totalmente. E vocês podem ter certeza que,
pela primeira vez na vida, esse país tem um
presidente que tem compromisso de fazer que aquilo
que é salário não pode ser tratado como renda",
disse o presidente, arrancando aplausos de centenas
de operários que acompanharam a cerimônia de visita
à montadora. A pauta é uma reivindicação antiga de
sindicatos de trabalhadores.
Ao defender a isenção, Lula comparou com o fato de
que acionistas e sócios de empresas já terem esse
tipo de benefício fiscal. "Um cidadão que ganha R$ 2
milhões de bônus não paga Imposto de Renda. E o
pobre, o trabalhador, aquele que recebe contracheque
no final do mês, que não tem como escapar porque vem
descontado na folha de pagamento dele. Eu só estou
esperando a oportunidade para que a gente possa dar
o bote e aprovar o fim do Imposto de Renda no PLR
para o povo brasileiro", destacou.
Um projeto de lei (PL) que tramita atualmente na
Câmara dos Deputados, o PL 581/2019, altera a Lei de
Participação nos Lucros das Empresas para conferir
aos empregados o mesmo tratamento fiscal dado a
sócios e acionistas no momento da distribuição de
lucros ou dividendos. O texto já foi aprovado no
Senado e agora depende da aprovação dos deputados.
Ainda em seu discurso, Lula exaltou os investimentos
do setor automotivo no país. "Aqui, na fábrica da
Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, desde
sua instalação, já foram investidos mais de R$ 12
bilhões no país. Agora, no ciclo de 2023 a 2025,
serão mais R$ 2 bilhões, com mais de 5 mil
funcionários e funcionárias, sem falar dos 25 mil
empregos indiretos em todo o estado." A montadora
francesa está presente no país, com sua fábrica no
Paraná, há cerca de 25 anos.
Fonte: Agência Brasil
19/08/2024 -
STJ: IR, parcela do empregado e benefícios compõem
base da contribuição previdenciária
Para ministros, fato de os valores serem
repassados ao fisco constitui simples técnica de
arrecadação e não altera conceito de salário
Por unanimidade, os ministros da 1ª Seção do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que o
Imposto de Renda e a contribuição previdenciária do
empregado, descontados na folha de pagamento, assim
como as parcelas relativas ao vale-transporte,
vale-refeição e alimentação e plano de assistência à
saúde, compõem a base de cálculo da contribuição
previdenciária patronal.
Prevaleceu a tese do relator, ministro Herman
Benjamin, de que o fato de os valores serem
repassados ao fisco constitui simples técnica de
arrecadação, não alterando o conceito de salário ou
salário de contribuição. O julgamento ocorreu pela
sistemática de recursos repetitivos, o que obriga os
tribunais em todo o Brasil a aplicar o entendimento
do STJ em casos idênticos.
O advogado Ricardo Anderle, representante de um dos
contribuintes parte no processo, defendeu em
sustentação oral que a contribuição do empregado e o
IR Fonte descontados na folha não se enquadram no
conceito de remuneração, já que não têm caráter
retributivo à prestação de serviços. Anderle
observou ainda que os valores apenas transitam pela
conta dos empregados, sendo repassados ao fisco. Ele
fez um paralelo com o Tema 69, do STF, em que a
Corte excluiu o ICMS da base de PIS e Cofins, entre
outros motivos, por se tratar de valor que apenas
transita pela contabilidade das empresas, não
acrescentando ao patrimônio.
Já a advogada Cristiane Matsumoto, representante de
outra parte, defendeu a exclusão da base de cálculo
da contribuição patronal dos valores relativos a
benefícios indiretos, como vale-transporte,
vale-refeição e plano de saúde. Segundo ela, são
pressupostos da contribuição previdenciária a
habitualidade e previsibilidade da verba, assim como
seu caráter retributivo. Além disso, a advogada
observou que, ao arcar com esses benefícios, o
empregador assume o papel do Estado, não podendo ser
onerado por isso.
Porém, a turma acompanhou o voto do relator,
ministro Herman Benjamin, que propôs a seguinte
tese: “As parcelas relativas ao vale-transporte,
vale-refeição/alimentação, plano de assistência à
saúde, ao Imposto de Renda Retido na fonte dos
empregados e à contribuição previdenciária dos
empregados, descontados na folha de pagamento do
trabalhador, constituem simples técnica de
arrecadação ou de garantia para recebimento do
credor, e não modificam o conceito de salário ou de
salário de contribuição e, portanto, não modificam a
base de cálculo da contribuição previdenciária
patronal, do SAT e da contribuição de terceiros.
Caso foi julgado nos REsp 2.005.029, Resp 2.005.087
e outros (Tema 1174), e envolve a Poligraph Sistemas
e Representações Ltda, além de outras empresas.
Fonte: Jota
16/08/2024 -
FST alinha participação em audiência pública
convocada pelo TST
FST alinha participação em audiência pública
convocada pelo TST para tratar dobre o Direito de
Oposição ao Pagamento da Contribuição Assistencial
Nesta quarta-feira (14), o Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), entidade parceira da Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST), realizou
uma reunião virtual com os presidentes e
representantes jurídicos das confederações para
alinhar a participação das entidades do sistema
confederativo na audiência pública convocada pelo
Tribunal Superior do Trabalho (TST), programada para
os dias 22 e 23 de agosto.
Durante o encontro, os dirigentes discutiram
minuciosamente os pontos que serão abordados na
audiência, convocada pelo ministro Caputo Bastos,
relator do processo IRDR nº
1000154-39.2024.5.00.0000. O foco do debate será o
modo, momento e local apropriados para que o
empregado não sindicalizado exerça o direito de
oposição ao pagamento da contribuição assistencial.
Os participantes, em consenso, reafirmaram a
necessidade de evidenciar, mais uma vez, a
diversidade das categorias, os inúmeros direitos
conquistados anualmente pelo movimento sindical e a
importância da assembleia em decidir o que é melhor
para cada categoria. A assembleia é o órgão máximo
das entidades e lá de forma coletiva pelos
trabalhadores deve ser definido o modo, momento e
local apropriados para que o empregado não
sindicalizado exerça o direito de oposição.
Estiveram presentes na reunião presidentes e
representantes das seguintes Confederações: CNTC,
FECOMERCIÁRIOS-SP, CNTI, CNPL, CSPB, CNTTT, CONACATE,
CNTA, CNTEEC, CONTRATUH e os assessores jurídicos da
Nova Central.
Fonte: NCST
16/08/2024 -
Centrais sindicais saem em defesa de Alexandre de
Moraes
Proteger a democracia e os direitos dos
trabalhadores é essencial para enfrentar as
estranhas ameaças que o Brasil enfrenta
Em nota, divulgada no final da tarde desta
quarta-feira, as centrais sindicais – CUT, Força
Sindical, UGT e CTB – ressaltaram que a luta contra
estranhas ameaças ao Brasil e suas instituições
enfrentam, continuam na ordem do dia.
Estranhas ameaças ao Brasil
Os sindicalistas fazem um alerta os atuais movimentos
visando atacar e fragilizar a Democracia,
utilizando-se, como método, da desestabilização do
Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“São reações de setores inconformados com o seu
importante papel para salvaguardar a ordem
constitucional e o bem-estar do País.”
O dirigentes das centrais consideram nefastos os
ataques sofridos pelo Ministro principalmente pelo
seu papel de combate às chamadas “fake news”
produzidas em larga escala por milícias digitais.
“A sociedade brasileira precisa ficar vigilante
contra os ataques que visam abalar os pilares da
Democracia, na confusão deliberada entre opinião e
mentira e entre fato e versão”, alertam.
Veja a nota na íntegra:
Nota das centrais sindicais
As centrais sindicais brasileiras, que sempre
pautaram pela defesa intransigente dos direitos dos
trabalhadores (as) da democracia e da justiça
social, consideram que a luta contra estranhas
ameaças que o Brasil e suas instituições enfrentam,
continuam na ordem do dia.
Alertamos a sociedade que os atuais movimentos
visando atacar e fragilizar a Democracia,
utilizando-se, como método, da desestabilização do
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, são reações de
setores inconformados com o seu importante papel
para salvaguardar a ordem constitucional e o
bem-estar do País.
Os nefastos ataques que o Ministro vem sofrendo,
principalmente pelo seu papel de combate às chamadas
“fake news” produzidas em larga escala por milícias
digitais, são demonstrações claras que a sociedade
brasileira precisa ficar vigilante contra os ataques
que visam abalar os pilares da Democracia, na
confusão deliberada entre opinião e mentira e entre
fato e versão.
As centrais sindicais, portanto, condenam
julgamentos precipitados, matérias apelativas e
reafirmam sua posição de princípio de que o STF e
todo o Poder Judiciário brasileiro deve atuar na
defesa da Constituição e do Estado Democrático de
Direito, para que momentos de provocada turbulência
do país sejam superados pela via Democrática.
São Paulo, 14 de agosto de 2024
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/08/2024 -
Taxa de desemprego recua em 15 estados no segundo
trimestre, diz IBGE
Nas outras 12 unidades da federação, a taxa se
manteve estável
A taxa de desemprego recuou em 15 das 27 unidades da
federação no segundo trimestre deste ano em relação
ao primeiro trimestre. Nos demais locais, a taxa
ficou estável. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada
nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A maior queda foi observada na Bahia (-2,9 pontos
percentuais), já que o estado passou de uma taxa de
desocupação de 14% no primeiro trimestre para 11,1%
no segundo trimestre. Apesar disso, o mercado de
trabalho baiano apresenta o segundo maior índice do
país, ficando atrás apenas de Pernambuco (11,5%).
A média da taxa de desemprego no país caiu 1 ponto
percentual, passando de 7,9% para 6,9% no período,
conforme divulgado no fim de julho.
Além da Bahia, outros nove estados tiveram queda
acima da média nacional: Piauí (-2,4 pontos
percentuais, ao passar de 10% para 7,6%), Amazonas
(-1,9 ponto percentual, ao passar de 9,8% para
7,9%), Alagoas (-1,8 ponto percentual, ao passar de
9,9% para 8,1%), Tocantins (-1,7 ponto percentual,
ao passar de 6% para 4,3%), Acre (-1,7 ponto
percentual, ao passar de 8,9% para 7,2%), Espírito
Santo (-1,4 ponto percentual, ao passar de 5,9% para
4,5%), Maranhão (-1,1 ponto percentual, ao passar de
8,4% para 7,3%), Ceará (-1,1 ponto percentual, ao
passar de 8,6% para 7,5%) e Pará (-1,1 ponto
percentual, ao passar de 8,5% para 7,4%).
Minas Gerais e São Paulo tiveram a mesma queda da
média nacional, sendo que o primeiro recuou de 6,3%
para 5,3% e o segundo, de 7,4% para 6,4%.
Com quedas menos intensas do que a média nacional,
aparecem Goiás (-0,9 ponto percentual, ao passar de
6,1% para 5,2%), Rio de Janeiro (-0,7 ponto
percentual, ao passar de 10,3% para 9,6%) e Santa
Catarina (-0,6 ponto percentual, ao passar de 3,8%
para 3,2%). Este último estado apresentou a taxa
mais baixa entre todas as unidades da federação.
Mato Grosso e Rondônia mantiveram-se estáveis e com
taxas semelhantes a Santa Catarina (3,3%). Ainda na
casa dos 3 pontos, aparece Mato Grosso do Sul, com
3,8%.
Além desses, apresentaram estabilidade na taxa de
desocupação, Paraná (4,4%), Rio Grande do Sul
(5,9%), Roraima (7,1%), Paraíba (8,6%), Amapá (9%),
Sergipe (9,1%), Rio Grande do Norte (9,1%), Distrito
Federal (9,7%) e Pernambuco (11,5%).
Rendimento
Apenas quatro estados tiveram aumento de rendimento
médio real mensal habitual do primeiro para o
segundo trimestre deste ano: Rondônia (8,7%),
Pernambuco (8,5%), Ceará (7,2%) e Rio Grande do Sul
(5%). As demais unidades da federação mantiveram os
valores estáveis.
Na comparação com o segundo trimestre do ano
passado, no entanto, o rendimento cresceu em dez
estados: Rio Grande do Norte (19,8%), Bahia (15,9%),
Rondônia (13,3%), Maranhão (9,2%), Rio Grande do Sul
(8,9%), Minas Gerais (7,5%), Paraná (6,7%), Mato
Grosso (6,3%), São Paulo (6%) e Santa Catarina
(5,5%).
O Distrito Federal continua com o maior rendimento
médio (R$ 5.154), enquanto o Maranhão segue com o
menor valor (R$ 2.088).
Fonte: Agência Brasil
16/08/2024 -
Inflação desacelera para famílias de renda baixa,
diz Ipea
Famílias de renda muito baixa têm a menor
inflação em 12 meses (4,05%)
A inflação desacelerou para as famílias de renda
baixa e muito baixa em julho, mas voltou a registrar
alta entre as demais classes na comparação com
junho. É o que aponta o Indicador Ipea de Inflação
por Faixa de Renda referente a julho, divulgado
nesta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os dados do Ipea indicam que a taxa de inflação para
as famílias de renda alta ficou em 0,80% no mês
passado, frente a 0,04% em junho. Entre as famílias
de renda muito baixa e baixa, as taxas foram,
respectivamente, de 0,09% e 0,18% no mês passado,
recuando em relação ao percentual de 0,29% de junho.
As famílias de renda muito baixa seguem apresentando
a menor taxa de inflação acumulada em 12 meses
(4,05%), enquanto a faixa de renda alta tem a taxa
mais elevada (5,09%).
O grupo alimentos e bebidas foi o principal ponto de
descompressão inflacionária para todas as faixas de
renda, tendo em vista a queda de preços observada em
10 dos 16 segmentos que formam esse conjunto de
produtos.
Fonte: Agência Brasil
16/08/2024 -
Análise da desoneração da folha de pagamento é
adiada para terça
Foi adiada para a próxima terça-feira (20) a
deliberação do projeto de lei que trata do regime de
transição para o fim da desoneração da folha de
pagamento de 17 setores da economia. O presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, acatou o pedido de seguir
com a discussão da matéria na próxima sessão
deliberativa. Nesta quinta-feira (15), o senador
Jaques Wagner (PT-BA) apresentou ao Plenário seu
substitutivo (texto alternativo) ao PL 1.847/2024,
do senador licenciado Efraim Filho (União-PB).
Jaques Wagner elogiou os esforços na busca de um
consenso em torno das regras de transição. Ele disse
que o projeto concretiza o acordo alcançado entre os
Poderes Executivo e Legislativo para instituição de
um regime de transição com as devidas medidas
compensatórias.
— É fato notório que tal política de desoneração não
atingiu de forma satisfatória os efeitos sobre o
mercado de trabalho que dela eram esperados. Além
disso, o governo federal está realizando um
substancial esforço para preservação do equilíbrio
fiscal, o que demanda uma racionalização dos
benefícios tributários concedidos — registrou Jaques
Wagner, ao ler seu relatório em Plenário.
Como há muitos destaques apresentados ao texto, o
relator disse que tentará incorporar o que for
possível para apresentar seu texto final na próxima
semana. Não houve quem quisesse discutir a matéria
na data de hoje.
Fonte: Agência Senado
16/08/2024 -
Comissão aprova projeto que amplia deduções no IR
para trabalhadores incapacitados e pessoas idosas
Essa dedução será limitada a 20% do imposto
devido; a Câmara dos Deputados continua analisando a
proposta
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o
Projeto de Lei 78/24, que permite deduzir do Imposto
de Renda (IR) o gasto com produtos e serviços que
busquem melhorar a qualidade de vida de pessoa
incapacitada para o trabalho.
A relatora, deputada Flávia Morais (PDT-GO),
recomendou a aprovação do projeto. “Essa proposta
contribui para o aperfeiçoamento jurídico do regime
de proteção às pessoas com incapacidade permanente
para o trabalho”, destacou ela.
O texto aprovado altera a Lei 9.250/95, que já prevê
o desconto de gastos com saúde, entre outros, do
Imposto de Renda devido. O novo benefício será
limitado a 20% do tributo devido e também deverá
favorecer pessoas com 65 anos ou mais.
“É crucial desenvolver iniciativas que preservem e
promovam a qualidade de vida, garantindo um processo
de envelhecimento digno, saudável e autônomo”,
afirmou a autora da proposta, deputada Fernanda
Melchionna (Psol-RS).
Novos abatimentos
Pela proposta, desde que comprovados com receituário,
laudo médico e nota fiscal em nome do contribuinte,
poderão ser deduzidas as despesas com:
- medicamentos;
- equipamentos e aparelhos de uso contínuo para
mobilidade e sentidos;
- cuidadores; e
- clínicas geriátricas.
Se essas deduções excederem o limite de 20% do IR
devido, o contribuinte poderá reservar o saldo para
abater e outros anos.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar
lei, também terá de ser aprovado pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara
15/08/2024 -
Ministério do Trabalho e Emprego instala Grupo de
Trabalho sobre Inteligência Artificial (GT-IA)
Criado pela Portaria nº 1234, o GT reúne
representantes das secretarias do Ministério e vai
identificar oportunidades no desenvolvimento de
produtos e serviços baseados em IA que promovam a
inclusão social e gerem novos empregos
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou nesta terça-feira (13) da implantação do
Grupo de Trabalho sobre Inteligência Artificial (GT-IA)
do MTE. Na solenidade ele afirmou que os desafios
impostos pela velocidade da implementação da
Inteligência Artificial são sérios e precisam ser
avaliados em todas as suas dimensões, inclusive,
ética, alertando que a sociedade precisa debater
como promover a apropriação das inovações
tecnológicas. Marinho destacou que a criação do
GT-IA reflete o compromisso do MTE em assumir um
papel de protagonismo na condução de políticas
públicas, garantindo que as mudanças impulsionadas
pela Inteligência Artificial (IA) beneficiem os
trabalhadores brasileiros e, ao mesmo tempo, reduzam
os riscos de exclusão do mercado de trabalho.
“Muitas vezes, as inovações são apropriadas por
poucos, o que aumenta as desigualdades”, alertou o
ministro.
O GT-IA terá atribuições de realizar estudos e
pesquisas sobre o impacto da IA tanto no mercado de
trabalho quanto no atendimento dos serviços
públicos, com foco em identificar tendências e
perspectivas futuras. O grupo também se dedicará a
identificar oportunidades para o desenvolvimento de
produtos e serviços baseados em IA que promovam a
inclusão social e gerem novos empregos.
De acordo com a coordenadora do GT-IA, Paula
Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos
do Trabalho, o grupo buscará inicialmente, por meio
de debates e fóruns de discussão, facilitar a troca
de experiências e conhecimentos entre seus membros e
outros especialistas de universidades, instituições
públicas e privadas. O objetivo, segundo explicou, é
explorar as técnicas, métodos e inovações mais
recentes já disponíveis, tanto no Brasil quanto no
exterior. O grupo vai buscar a colaboração de
representantes das universidades, do Sistema S, das
empresas e sindicatos que já atuam com o tema da
Inteligência Artificial. “Num segundo momento, outra
função fundamental do grupo será propor diretrizes
para a criação de programas de capacitação e
requalificação profissional, preparando os
trabalhadores para as novas demandas do mercado de
trabalho”, ressaltou Montagner. Ela explicou que o
GT-IA do MTE segue as diretrizes do primeiro Plano
Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028,
apresentado ao Presidente Lula em julho.
Participantes - O GT-IA se reunirá quinzenalmente e
as unidades representadas no grupo são a
Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho,
que coordenará os trabalhos; a Diretoria de
Tecnologia e Informação; além das secretarias de
Inspeção do Trabalho, Proteção ao Trabalhador,
Relações do Trabalho, Qualificação, Emprego e Renda,
e Secretaria Nacional de Economia Popular e
Solidária.
Fonte: MTE
15/08/2024 -
Pedidos de demissão crescem 14% e chegam a 4,2
milhões no primeiro semestre
Ganhar mais ainda é o principal motivo das
solicitações, mas cresce também a busca por
reconhecimento e menos estresse
No ano passado 7,3 milhões de pessoas pediram
demissão de seus empregos. O número foi 7% a mais do
que o registrado em igual período de 2022. Mas,
neste ano, o movimento também continua forte e já
foram 4.259 milhões de pedidos de desligamentos de
janeiro a junho, alta de 14%, conforme sondagem
feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Se for mantido o ritmo, o ano pode terminar com novo
recorde.
O mercado de trabalho mais aquecido tem facilitado a
troca de emprego. Em 2010, outro período de grande
mobilidade trabalhista, 4,6 milhões de pessoas
haviam pedido demissão ao longo do ano. Isso
significa que os dados obtidos em 2023 representam
um aumento de 60,8% nos pedidos de desligamento ante
2010.
Ainda, em meio ano de 2024, o resultado é
praticamente o mesmo de todo o ano de 2010.
Motivos das demissões
Entre os “Motivos dos Desligamentos a Pedido”, nome do
levantamento realizado pelo MTE, a busca por um
salário mais alto ainda é a grande motivação de
saída de empregados com carteira assinada. No
entanto, a procura por reconhecimento, menos
estresse, um chefe com quem se relacionar melhor e
até encontrar uma empresa com valores mais alinhados
aos seus também entraram na lista de motivos dos
pedidos neste ano.
Veja os principais motivos para o pedido de
desligamento, segundo o MTE:
- 32,5% tinham como motivação o baixo salário;
- 36,5% já tinham outro emprego em vista;
- 24,7% indicaram que seu trabalho não era
reconhecido;
- 24,5% problemas éticos com a forma de trabalho da
empresa;
- 16,2% tinham problemas com a chefia imediata;
- 15,7% citaram a inexistência de flexibilidade da
jornada.
A sondagem do ministério tinha como objetivo coletar
informações sobre as motivações das pessoas que
solicitam desligamento, buscando caracterizar a
situação entre 3,77 milhões de trabalhadores que
pediram demissão de novembro de 2023 a abril de
2024.
A Carteira de Trabalho Digital foi o principal
instrumento para fazer o levantamento.
O questionário foi enviado para 951 trabalhadores,
que podiam acessá-lo pelo aplicativo de celulares ou
internet. Do total, 70.963 responderam ao
questionário, mas nem todos admitiram o pedido de
demissão, mesmo ele estando registrado na base do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). Apenas 53,7 mil confirmaram a solicitação
de dispensa.
Em média, 58% disseram que conseguiram salário
maior. O melhor mês foi abril deste ano, quando 62%
dos que pediram demissão foram recontratados
ganhando mais. O levantamento ainda mostrou que
entre as mulheres que pediram demissão, 29% citaram
o adoecimento mental provocado pelo estresse do
trabalho, percentual acima dos citados pelos homens,
que chegou a 18%.
Cerca de 36% dos respondentes estão em São Paulo,
23% Região Sul e 20% nos demais estados do Sudeste.
Diante desse cenário de aumento de demissões, é
essencial que as empresas revisitem suas estratégias
de retenção de talentos, segundo a chefe do RH do
Will Bank, Luiza Gomide. “Embora isso não substitua
a necessidade de uma política de remuneração
competitiva, sabemos que salário já não é mais o
único fator para garantir a retenção e a felicidade
dos colaboradores”, disse.
Fonte: InfoMoney
15/08/2024 -
Um em cada cinco jovens brasileiros não trabalha nem
estuda, diz OIT
Conhecidos como “nem-nem”, jovens entre 15 e 24
anos sem oportunidades seguem como preocupação mesmo
que o desemprego seja o menor da década
No Brasil é chamado de “nem-nem” os jovens que não
estudam e não trabalham. Com idades entre 15 e 24
anos, ocupam uma parcela relevante da sociedade. E
de acordo com o relatório Tendências Globais de
Emprego Juvenil 2024, da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), a taxa de jovens brasileiros
“nem-nem” no ano passado foi de 20,6%, ou seja, um
em cada cinco. Houve um leve recuo em comparação com
2022, quando a taxa ficou em 20,9%.
O dado liga o sinal de alerta do governo, ainda que
o país tenha apresentado as menores taxas de
desemprego da última década e realizado grande
movimentos para evitar a evasão escolar, a exemplo
do programa Pé-de-Meia.
O número da OIT é pior do que em comparação com
economias menos dinâmicas que a brasileira no
continente. No Chile os jovens dessa faixa etária
que não estudam e não trabalham são 15,3%, na
Argentina 15% e na Bolívia 9,5%, conforme trouxe a
CNN com base em coletiva da OIT. O Valor destaca que
na China essa taxa é de 12,9%, enquanto na Rússia é
12,2%, na Índia 25,9% e na África do Sul 31,7%.
No ano passado, a média mundial dos “nem-nem” era de
20,4%, o que representa 256 milhões de jovens na
faixa etária indicada. Desse valor, duas em cada
três dos que não trabalham ou estudam eram mulheres.
A taxa é similar à média nacional, portanto o Brasil
encontra-se exatamente no péssimo ritmo mundial em
que não se oferece oportunidades aos jovens.
Os resultados mundiais “daqueles que não estudam nem
trabalham entre as mulheres jovens duplicou em
comparação com a dos homens jovens, com 28,1% e
13,1%, respectivamente, em 2023”, revela o
relatório.
Falta de trabalho decente
O relatório indica que as taxas crescentes de
desemprego em todo o mundo durante a pandemia de
COVID-19 apresentaram recuperação após o período, no
entanto, não de forma universal.
Este fenômeno que ocorre em todo o mundo, conforme o
estudo, provoca ansiedade nos jovens – que são
considerados os mais instruídos da história.
“Nenhum de nós pode esperar um futuro estável quando
milhões de jovens ao redor do mundo não têm trabalho
decente e, como resultado, estão se sentindo
inseguros e incapazes de construir uma vida melhor
para si e suas famílias. Sociedades pacíficas
dependem de três ingredientes principais:
estabilidade, inclusão e justiça social; e o
trabalho decente para os jovens está no cerne de
todos os três”, diz Gilbert F. Houngbo,
diretor-geral da OIT.
O documento da OIT defende como medidas que ocorra
investimentos maiores para a criação de empregos, em
especial para jovens mulheres, além do
fortalecimento de instituições que apoiam jovens em
programas de treinamento para o mercado de trabalhos
e educação.
Fonte: Portal Vermelho
15/08/2024 -
Campos Neto se recusa a responder sobre empresas em
paraíso fiscal
O presidente do BC disse que não responderia
questionamentos do ponto de vista pessoal e que já
prestou contas ao comitê de ética do banco
Em meio a enxurradas de críticas pela sua
insistência na alta taxas de juros da economia e sua
inoperância para conter a alta do dólar, o
presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos
Neto, saiu da audiência pública nesta terça-feira
(13), na Câmara dos Deputados, sem responder se
havia lucrado com as empresas offshores que possui
em paraíso fiscal.
Com a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF1), que derrubou uma liminar favorável ao
presidente do BC para não ser investigado, a
comissão de ética da Presidência da República vai
averiguar se existe conflito de interesse na sua
ação no BC com as empresas no exterior.
“Nesses fundos exclusivos que o senhor é
proprietário, existem título remunerados pela taxa
Selic ou IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo)?, questionou o deputado federal
Lindbergh Farias (PT-RJ) durante reunião conjunta
das comissões de Finanças e Tributação e de
Desenvolvimento Econômico.
“Vou fazer uma pergunta direta: quanto o senhor
tinha em offshores antes e quanto tem agora, após
ser presidente do BC?”, voltou à carga o deputado
Glauber Braga (PSOL-RJ).
Neto disse que não responderia questionamentos do
ponto de vista pessoal e que já prestou contas ao
Comitê de Ética do BC.
“Acho que a gente está aqui para fazer um debate
mais construtivo”, disse ele. “Mas o senhor é uma
autoridade pública”, devolveu Braga.
“Tudo que eu tenho já foi examinado pelo comitê de
ética, já foi apresentado, todos relatórios foram
apresentados, estou muito tranquilo”, limitou-se.
O deputado Paulo Guedes (PT-MG) lembrou as
especulações no país em torno da alta do dólar. “O
Banco Central ficou calado mesmo com US$ 365 bilhões
de reservas cambiais. Não fez nada. E eu pergunto
por quê?”, indagou o deputado.
“O câmbio é flutuante. Nestes momentos de stress,
nós discutimos o tempo todo sobre fazer intervenção.
Em alguns dias, ficamos olhando outras variáveis,
vendo se outras moedas estavam sofrendo muito, por
que o Brasil estava sofrendo mais… Mas é uma decisão
de colegiado. O colegiado hoje tem oito diretores
indicados pelo governo atual e discutimos no dia a
dia”, respondeu Neto.
Diante da terceira maior taxa de juros (10,5%) do
planeta, o presidente do BC afirmou que não tem taxa
de juros exorbitante, mas alta.
“A taxa de juros no Brasil é alta? É muito alta,
porque a taxa de juros neutra no Brasil é muito
alta. Ou seja, a taxa de juros no Brasil que não
gera inflação é alta”, disse Neto.
Juros
Ocorre que essa política de juros do BC faz com que o
Brasil transfira montanhas de recursos ao mercado
financeiro.
Nos últimos 12 meses, o país gastou R$ 835,7 bilhões
apenas no pagamento de juros da dívida pública. São
recursos que estão indo para o mercado financeiro em
detrimento dos investimentos em áreas fundamentais
como saúde e educação.
Fonte: Portal Vermelho
15/08/2024 -
Não há ilegalidade de Moraes nos inquéritos das fake
news e das milícias digitais, avaliam ministros do
STF
Diante de um ataque da Folha de S. Paulo ao
ministro, bolsonaristas aproveitam a brecha para
questionar a imparcialidade de Moraes
O colegiado do Supremo Tribunal Federal (STF)
garante a legalidade das ações conduzidas pelo
ministro Alexandre de Moraes nos inquéritos que
investigam a disseminação de fake news e a atuação
de milícias digitais, relata reportagem do Estado de
S. Paulo. O magistrado tem, até agora, apoio público
de seus colegas no Supremo no que diz respeito à
condução dos processos.
Na terça-feira (13), Moraes foi alvo de um ataque da
Folha de S. Paulo por meio de matéria que sugere que
o ministro teria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
"fora do rito" para fundamentar suas decisões contra
aliados de Jair Bolsonaro (PL). Moraes presidiu o
TSE durante o período em que Bolsonaro foi julgado e
considerado inelegível até 2030, em decorrência de
práticas abusivas de poder político e uso inadequado
dos meios de comunicação.
Aliados de Bolsonaro viram na reportagem uma
oportunidade de questionar a imparcialidade de
Moraes na condução dos inquéritos e planejam pedir a
reconsideração dos casos que envolvem o
ex-mandatário.
Em resposta às acusações, o gabinete de Moraes
destacou que o TSE, no exercício de seu "poder de
polícia", tem competência para produzir relatórios
sobre atividades ilícitas, como desinformação,
discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de
Estado e atentado à democracia. Segundo a nota, os
relatórios solicitados pelo ministro foram oficiais
e estão devidamente documentados nos inquéritos e
investigações em curso no STF, com a "integral
participação" da Procuradoria Geral da República.
Fonte: Brasil247
14/08/2024 -
Tendências e desafios das eleições municipais de
2024
Em oficina realizada no município de Quixadá
(CE), abordei algumas tendências e desafios das
eleições municipais que desempenham papel crucial na
definição das políticas locais e, por extensão,
nacional, vez que prefeitos e vereadores eleitos
poderão influenciar, significativamente, as
prioridades e o andamento das políticas públicas em
curso no País.
Neuriberg Dias*
A primeira tendência vem do ambiente
polarizado na disputa das eleições, que definirá o
futuro do estado e a correlação de forças nas
próximas eleições gerais.
A escolha do eleitor tem 2 caminhos: fortalecer a
democracia, o Estado e as iniciativas em curso à
proteção social, direitos trabalhistas e melhoria
dos serviços públicos. Ou enfraquecê-los e voltar o
risco da agenda de desmonte do Estado e de
fragilização antidemocrática.
Candidaturas
A segunda tendência, debatida com as lideranças
locais, foi sobre as candidaturas. Estas eleições
possuem mobilização maior de deputados e senadores.
De um lado, que beneficiou com recursos de emendas
parlamentares os aliados locais. De outro lado,
somado à vantagem dos candidatos com mandato —
vereador e prefeito —, e/ou com experiência anterior
para se reeleger aos cargos, algo que prejudicará a
renovação política e alternância no poder municipal.
Novas regras
A terceira tendência será entender as novas
regras eleitorais e seus efeitos nessas eleições.
Dentre essas, a diminuição do número de partidos
representados nas câmaras de vereadores devido aos
efeitos da cláusula de barreira, fim das coligações
e do novo cálculo da distribuição das cadeiras no
Poder Legislativo municipal.
Isso pode levar à simplificação do cenário
partidário, que certamente vai impactar a
governabilidade e a formação de coalizões.
A quarta tendência esperada nestas eleições
municipais será o confronto de agendas e ideias
entre candidatos. Haverá, fortemente, o uso de
questões controversas e polarizadoras e
desinformação nas redes com uso de IA (Inteligência
Artificial) para disseminar fake news, deepfake,
dentre outros, para desviar o debate sobre propostas
concretas para resolver os problemas reais e
concretos da população.
Condições indispensáveis aos postulantes e
eleitores
E quinta, foram orientações gerais para
candidatos e eleitores. No primeiro caso,
sobre as condições indispensáveis para os
candidatos: dedicação total do
pleiteante/concorrente.
Para isso, ter o apoio da família e amigos;
estruturar a campanha: pessoal, financiamento,
gestão, comunicação e propostas; criar redes e
preparar multiplicadores da campanha; dominar as
regras do jogo eleitoral e político; e conhecer os
concorrentes e eleitores.
E no segundo, condições indispensáveis para
os eleitores: informação sobre o histórico dos
candidatos e partidos; compreender as funções do
vereador e prefeito eleito; análise crítica da mídia
e propaganda por meio de anúncios, notícias e
debates; denunciar abusos dos partidos e candidatos
sobre disseminação de desinformação, compra de
votos, e seus diversos crimes eleitorais; participar
ou assistir aos debates, fóruns e outras discussões
sobre os candidatos; consulta a fontes diversas para
decidir o voto.
Principais tendências e desafios neste pleito
municipal:
1. Definirá o futuro do estado e a correlação
de forças nas próximas eleições gerais;
2. O voto vai: 2.1) fortalecer o Estado e a
democracia, ou 2.2) enfraquecer e voltar o risco de
desmonte do Estado e ataques antidemocráticos;
3. Polarização de 2022 continua pavimentada
por pautas conservadoras. A agenda positiva do
governo atual x desviar o foco para questões
controversas e polarizadoras;
4. Eleitor quer voto de segurança: candidatos
em mandato e/ou histórico conhecido como revelou o
último pleito;
5. Domínio de partidos de centro e à direita
diante do cenário político atual;
6. Partidos com maiores bancadas federais que
possuem mais recursos dos fundos partidário e
eleitoral e com mais tempo de TV e Rádio atraem
candidatos competitivos;
7. Candidatos no mandato tem vantagens em
relação aos novatos e inexperientes;
8. Disputa acirrada no Nordeste entre grupos
de apoio a Lula e Bolsonaro, ambos os partidos,
destacaram quadros para centralizar as articulações
de candidaturas e palanques;
9. Além do PT e PL se rivalizando, o PP,
Republicanos e União Brasil, PSD e MDB vão travar as
disputas majoritárias e proporcionais;
10. Novas lentes: apoio do Executivo versus
apoio de deputados e senadores (emendas individuais,
de comissão e de relator) — descolamento;
11. Parlamentares dedicados na eleição:
candidaturas e licenças de mandato na Câmara e
Senado;
12. Redes sociais cada vez mais fortes nas
campanhas. Mas muito poluídas, o que exigirá
enfrentar a desinformação e o uso de IA;
13. Candidatos devem investir em formação,
análise de dados, conhecimento sobre a realidade
local e relacionar com a nacional para apresentar
propostas firmes ao eleitorado;
14. Definir plataforma de candidatos e apoiar
nomes comprometidos com os trabalhadores; e
15. Aplicação de novas regras eleitorais nas
eleições municipais.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. É sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
14/08/2024 -
38% das pessoas no Brasil têm formação superior à
exigida pelo emprego que ocupam
A chamada população sobre-educada passou de 26%
em 2012 para 38% entre 2020 e 2023. Incidência é
maior entre homens e jovens
Entre 2012 e 2023, houve um aumento na proporção de
trabalhadores sobre-educados no Brasil, ou seja,
aqueles com escolaridade superior à exigida por suas
ocupações no mercado de trabalho. Em 2012, cerca de
26% dos trabalhadores estavam nessa situação,
percentual que cresceu para 38% em 2020,
permanecendo estável até 2023.
É o que indica o estudo “ A Evolução da
Sobre-Educação no Brasil e o Papel do Ciclo
Econômico Entre 2012 e 2023 ”, recém-publicado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo revela um crescimento da população
sobre-educada no país, ou seja, pessoas com mais
anos de estudo do que o nível máximo considerado
indispensável para a função desempenhada,
principalmente entre aqueles com ensino médio
completo e que estão em ocupações para as quais se
exige apenas o fundamental. O texto para discussão
destaca também a necessidade de mudanças estruturais
para ampliar a oferta de empregos de melhor
qualidade, de forma a adequar a qualificação dos
trabalhadores às exigências do mercado de trabalho.
Sandro Sacchet, técnico de planejamento e pesquisa
do Ipea e um dos autores da publicação, explica: “A
sobre-educação é maior e cresceu mais entre aqueles
com ensino médio completo (e que, portanto, estão em
ocupações que exigem até o ensino fundamental). Mas
o crescimento da sobre-educação entre aqueles com
ensino superior também foi expressivo. A
sobre-educação também aumentou mais entre os
informais, no caso, os trabalhadores por conta
própria e empregados sem carteira assinada”.
Em relação ao gênero, os homens não apenas
apresentam maior incidência de sobre-educação, como
a diferença em relação às mulheres se ampliou ao
longo do tempo. No que diz respeito à idade, nota-se
que a sobre-educação é maior entre os jovens, mas o
aumento mais acentuado ocorreu no grupo com idade
entre 35 e 49 anos.
Os resultados por setor de atividade revelam
aumentos na sobre-educação em todos setores entre
2012 e 2023. Setores como agricultura e alojamento e
alimentação, que geralmente não demandam alta
escolaridade, tiveram um aumento significativo de
quase 20 pontos percentuais na sobre-educação. Por
outro lado, os setores de serviços financeiros e
serviços prestados a empresas, nos quais há maior
necessidade de trabalhadores mais qualificados,
houve uma leve diminuição na taxa de sobre-educação,
inferior a 1 ponto percentual.
A população sobre-educada é formada por “aqueles que
completaram um número de anos de estudo maior que o
nível máximo considerado indispensável para a sua
ocupação”. O sistema de dados utilizado foi a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo o período
de 2012 a 2023, e levando em conta a distribuição
educacional, bem como os setores de atividade e
grupos ocupacionais dos sobre-educados.
“Ter uma população mais educada é positivo, pois
esses são os trabalhadores mais produtivos. Contudo,
esse desequilíbrio entre o requerimento de
escolaridade das ocupações e a escolaridade dos
trabalhadores tem muitos aspectos negativos. Por
exemplo, remunerações mais baixas para os anos de
escolaridade acima do nível de exigência da ocupação
do que para os anos de estudo correspondentes às
necessidades da ocupação. Isso indica que parte do
investimento educacional não está sendo plenamente
aproveitado no mercado de trabalho”, finaliza o
autor.
Por Ipea
Link:
https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/15252-estudo-revela-aumento-de-trabalhadores-com-formacao-superior-a-exigida-pelo-mercado
Fonte: Agência Gov
14/08/2024 -
Ministério do Trabalho assina acordo pela
aprendizagem de jovens
Coalizão Aprendiz Legal tem participação da
Fundação Roberto Marinho
O Ministério do Trabalho e Emprego e a Fundação
Roberto Marinho assinaram a Coalizão Aprendiz Legal,
um acordo para impulsionar a inclusão produtiva de
jovens em todo o país com trabalho regular, direitos
garantidos e formação profissional de qualidade.
A Coalizão Aprendiz é um movimento de alcance
nacional, uma iniciativa da Fundação Roberto
Marinho. Com base no sucesso do programa Aprendiz
Legal, a coalizão propõe uma solução completa e
gratuita para pequenos e médios implementadores, com
o objetivo de democratizar, ampliar e qualificar o
acesso à aprendizagem profissional em todo o Brasil.
A Coalizão Aprendiz Legal contará com a participação
do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do
secretário geral da Fundação Roberto Marinho, João
Alegria; de Gustavo Heidrich, do Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), de Erik Feraz, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), e
representantes da sociedade civil que têm como
principal foco de atuação as inserções produtivas
das juventudes.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, até
junho de 2024 havia no Brasil 614.575 mil aprendizes
– o segundo melhor número da história do programa,
sendo o primeiro colocado o mês de maio deste mesmo
ano, com 615.401 mil jovens.
De acordo com a Lei de Aprendizagem, as empresas de
qualquer natureza, que tenham pelo menos sete
empregados, são obrigadas a contratar aprendizes,
incluindo empresas públicas e sociedades de economia
mista. O percentual pode variar entre 5% e 15%, de
acordo com o número de funcionários. É facultativa a
contratação de aprendizes pelas microempresas,
empresas de pequeno porte e entidades sem fins
lucrativos, que tenham por objetivo a educação
profissional.
“Se levarmos em conta que a cota mínima, 5%,
representa 1 milhão de aprendizes, estamos ainda bem
distantes da meta. Já o potencial máximo de
aprendizagem é de 3 milhões de aprendizes. Ou seja,
há ainda muitas oportunidades para os jovens e
empresas nessa jornada”, disse a Fundação Roberto
Marinho.
Para participar da Coalizão Aprendiz Legal, as
instituições implementadoras devem acessar o site do
Aprendiz Legal, onde vão encontrar todas as
informações necessárias para a inscrição.
A Coalizão Aprendiz Legal acredita que a aproximação
com o mundo do trabalho deve acontecer de forma
gradual, iniciando já nos anos finais do ensino
fundamental, com projetos temáticos e atividades que
ajudam adolescentes a descobrir seus interesses e a
pensar no seu futuro. Para isso, a proposta se
estrutura em duas frentes principais:
Aprendiz Legal: compartilhamento gratuito da solução
Aprendiz Legal, reconhecida como uma das melhores do
Brasil na área de aprendizagem profissional, com
pequenos e médios implementadores, em todo o país,
democratizando assim o acesso a uma metodologia de
excelência com resultados comprovados, e
Pré-Aprendizagem: oferta de um conjunto de circuitos
de aprendizagem para instituições que trabalham com
adolescentes e jovens a partir do ensino fundamental
II, visando prepará-los para o mundo do trabalho de
forma gradual e eficiente.
As instituições implementadoras terão acesso a uma
metodologia socioeducacional exclusiva, desenvolvida
ao longo de 20 anos, com formação inicial e contínua
para educadores, materiais didáticos conforme a
legislação, suporte técnico e pedagógico, e uma
estratégia contínua de monitoramento e avaliação.
Esses recursos abrangem: qualificação social e
profissional alinhada às demandas atuais e futuras
do mercado de trabalho; desenvolvimento pessoal,
social e profissional dos adolescentes, jovens e
pessoas com deficiência; desenvolvimento de
competências socioemocionais, digitais e das
competências requeridas para as ocupações do
programa de aprendizagem.
Fonte: Agência Brasil
14/08/2024 -
Ministro Aloysio Corrêa da Veiga é eleito presidente
do TST
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho elegeu
nesta segunda-feira (12/8) a nova administração da
corte. O ministro Aloysio Corrêa da Veiga será o
presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça
do Trabalho (CSJT). O ministro Mauricio Godinho
Delgado será o vice-presidente e o ministro Vieira
de Mello Filho, o corregedor-geral da Justiça do
Trabalho.
A votação normalmente é secreta, mas houve um
consenso prévio sobre os três nomes, que foram
eleitos por aclamação. Para o atual presidente do
TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, isso revela a
maturidade do tribunal ao adotar uma transição
serena e voltada para o interesse maior da
sociedade.
Em seu agradecimento, Corrêa da Veiga ressaltou o
papel social da Justiça do Trabalho em seus mais de
80 anos de existência. “Precisamos firmar nossa
vocação para que nossas decisões tenham estabilidade
e segurança”, afirmou ele, ao defender a adoção de
considerações precedentes. O novo presidente também
ressaltou a importância da autonomia da vontade e da
busca de soluções consensuais para os conflitos
trabalhistas, bandeiras que já vêm conduzindo à
frente da vice-presidência da corte.
Godinho Delgado também defendeu a afirmação da
Justiça e do Direito do Trabalho e afirmou que a
vice-presidência estará aberta a toda a sociedade,
no sentido de consolidar a justiça social.
Bem-estar da sociedade
O futuro corregedor-geral, Vieira de Mello Filho,
ressaltou a união do tribunal e disse que sua
atuação à frente da Corregedoria será pautada por
uma visão republicana da instituição, voltada para o
bem-estar da sociedade brasileira.
De acordo com o Regimento Interno do TST, os cargos
de direção (presidente, vice-presidente e
corregedor-geral da Justiça do Trabalho) são
preenchidos mediante eleição, em que concorrem os
ministros mais antigos do tribunal, em número
correspondente ao dos cargos.
O mandato do atual presidente vai se encerrar no dia
13 de outubro, e a posse dos eleitos está prevista
para o dia 10 do mesmo mês. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
13/08/2024 -
Campos Neto vem à Câmara explicar política monetária
do Banco Central
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
virá à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13)
explicar a política monetária da autarquia aos
integrantes das comissões de Desenvolvimento
Econômico; e de Finanças e Tributação.
A audiência pública conjunta será realizada no
plenário 2, às 10 horas. O debate atende a
requerimentos dos deputados Félix Mendonça Júnior
(PDT-BA) e Mário Negromonte Jr. (PP-BA).
Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros
da economia brasileira em 10,5% ao ano. A decisão
contrariou pedidos de representantes de empresários,
trabalhadores e de membros do governo, que defendiam
a redução da Selic.
Em nota à imprensa, o Banco Central afirmou que o
"ambiente externo mantém-se adverso, em função da
incerteza sobre os impactos e a extensão da
flexibilização da política monetária nos Estados
Unidos e sobre as dinâmicas de atividade e de
inflação em diversos países".
Até agosto de 2023, a Selic estava em 13,75%. De lá
até maio de 2024, a taxa caiu paulatinamente até
alcançar o patamar atual.
Fonte: Agência Câmara
13/08/2024 -
Fim da desoneração da folha volta à pauta do
Plenário de quarta-feira
O projeto de lei que cria um regime de transição para
o fim da desoneração da folha de pagamento de 17
setores da economia é uma das três propostas da
pauta da sessão deliberativa do Plenário, da
quarta-feira (14). A sessão está marcada para as 14h
e tem outros dois itens na pauta.
O PL 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho
(União-PB), chegou a entrar na pauta da semana
passada, mas a análise acabou sendo adiada. O texto
busca atender ao acordo firmado entre o Poder
Executivo e o Congresso Nacional sobre a Lei 14.784,
de 2023, que prorrogou a desoneração por quatro
anos.
Conforme o projeto, a reoneração gradual da folha de
pagamento terá duração de três anos (de 2025 a
2027). O gradualismo da transição proposto por
Efraim é uma tentativa de reduzir o impacto tanto no
mercado de trabalho como na arrecadação de tributos.
O projeto mantém a desoneração integral em 2024 e
estabelece a retomada gradual da tributação a partir
de 2025 (com alíquota de 5% sobre a folha de
pagamento). Em 2026 serão cobrados 10% e, em 2027,
20%, quando ocorreria o fim da desoneração.
Durante toda a transição, a folha de pagamento do
13º salário continuará integralmente desonerada.
Senado e governo ainda discutem como compensar essa
desoneração. O relator da matéria, senador Jaques
Wagner (PT-BA), ainda não apresentou o seu parecer.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), estendeu até 11 de setembro o prazo para que
os Poderes Legislativo e Executivo busquem uma
solução consensual sobre a desoneração da folha de
pagamentos.
Ainda que o governo e o Legislativo concordem com a
manutenção da desoneração em 2024 e com a reoneração
gradual até 2027, não há acordo sobre as fontes de
compensação, o que vem motivando o adiamento da
votação.
Fonte: Agência Senado
13/08/2024 -
O sindicalismo e a arena digital – Eduardo
Annunciato
Podemos entender ou não de política; podemos gostar
ou não de política; podemos nos envolver ou não na
política. Certo é que nossas vidas são afetadas pela
política. Portanto, se queremos ser livres e
conscientes para decidir nosso futuro, devemos falar
sobre política e interferir nela.
Nos últimos anos, a política passou a ocupar com
maestria (para o bem ou para o mal) as redes
sociais, o que ampliou, de forma considerável, o
alcance dos discursos populistas (no sentido de se
aproveitar das expectativas da sociedade de forma
leviana) ou verdadeiros. A maioria dos indivíduos
recebe informações sobre a política nacional todos
os dias. Mas a maioria das pessoas não tem o hábito
de verificar se as informações recebidas são
verdadeiras, o que compromete a capacidade de o povo
interferir no processo político do país.
A arena (lugar onde se realizam desafios,
discussões, debates e lutas) digital virou uma terra
de ninguém, sem leis e praticamente sem ética, além
de ser alienadora de pessoas, o que é inaceitável,
em plena era da informação. A sociedade precisa
reagir e posicionar-se de forma contrária às
frequentes e cada vez mais violentas e mentirosas
publicações que circulam nas redes sociais. Não se
trata de defender a censura, mas sim, de
responsabilizar os covardes que se escondem atrás da
liberdade de expressão para atacar a democracia e
seus defensores.
Martin Luther King, um dos maiores pacifistas e
defensor das igualdades da história da humanidade,
deve estar sempre presente em qualquer sociedade que
almeje ser democrática, por causa da célebre
frase:“o que me preocupa não é o grito dos maus. É o
silêncio dos bons”. Será que o movimento sindical
não deveria utilizar, de forma mais adequada,
assertiva, objetiva e conscientizadora as redes
sociais? A extrema-direita nacional, que, apesar de
seus discursos não terem um projeto nacional, não se
preocupa com os mais pobres e ainda usa a pauta
conservadora para esconder sua incapacidade de
debater os temas que mais importam para o nosso povo
e para o nosso país, ganhando mais engajamento nas
redes sociais do que os movimentos e lideranças
progressistas.
As entidades sindicais (algumas delas já se deram
conta) precisam ocupar um espaço maior na arena
digital, produzindo materiais e divulgando
informações que, além de úteis na defesa dos
interesses da classe trabalhadora, também promovam a
consciência coletiva de que participar da política é
mais do que uma questão ideológica, é uma questão de
disputa de poder, de debate sobre que tipo de
sociedade queremos e de respeito aos direitos
humanos mais básicos (como trabalho, saúde,
educação, segurança, habitação, igualdade de
oportunidades, dentre outros).
Recentemente, tivemos uma grande mobilização digital
e também nas ruas, contrária aos projetos de lei
sobre o aborto e sobre a penalização de quem presta
ajuda humanitária a moradores em situação de rua. O
mesmo nível de participação popular deve ocorrer em
temas o como fim da impunidade aos políticos
criminosos, da farra com o dinheiro público, com a
anistia para os indivíduos, políticos ou não, devida
e republicamente julgados por crimes contra o Estado
Democrático de Direito. O povo precisa
conscientizar-se da sua força coletiva, que aumenta
em função da solidariedade e da prática cidadã — e
não do individualismo e do preconceito.
A questão a ser respondida é: todas as entidades
sindicais estão conscientes e preparadas para ocupar
o seu espaço na arena digital? A linguagem usada é
adequada aos diferentes públicos e segmentos
existentes no mundo do trabalho? Os dirigentes
sindicais estão devidamente preparados para falar de
política com os trabalhadores, sindicalizados ou
não? Os temas de interesse coletivo e que vão além
das relações de trabalho têm recebido a atenção
necessária e adequada, por parte, principalmente,
das centrais sindicais? As recentes eleições
francesas mostraram que, quando o ego é deixado de
lado e o compromisso com a Democracia e o bem-estar
coletivo são priorizados, as ideias progressistas
são mais bem compreendidas pela sociedade.
Finalizando, mais uma vez fica clara a importância e
a atualidade do pensamento de Martin Luther King:
“A covardia coloca a questão: é seguro?
O comodismo coloca a questão: é popular?
A etiqueta coloca a questão: é elegante?
Mas a consciência coloca a questão: é correto”
Já cantava Geraldo Vandré: Quem sabe, faz a hora…
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores
em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e do
Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo
– STIEESP
Fonte: Agência Sindical
13/08/2024 -
Confiança do empresário industrial volta a crescer
depois de quedas
Icei subiu 1,6 ponto de julho para agosto,
segundo a CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei) cresceu 1,6 ponto em agosto deste ano, na
comparação com o mês anterior. A alta veio depois de
dois meses em queda, segundo dados divulgados nesta
segunda-feira (12), pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
O indicador subiu de 50,1 pontos em julho para 51,7
pontos em agosto, em uma escala de zero a 100
pontos. Segundo a CNI, valores abaixo de 50 pontos
sinalizam falta de confiança do empresário e quanto
menor é a pontuação, maior e mais disseminada é a
confiança.
Apesar do crescimento de julho para agosto, o
resultado ainda está abaixo do registrado em agosto
de 2023 (53,2 pontos) e é o menor patamar para meses
de agosto desde 2017.
Segundo a CNI, as avaliações sobre as condições
atuais subiram 2,8 pontos (de 44,4 em julho para
47,2 em agosto). As avaliações dos empresários sobre
a economia brasileira avançaram três pontos (de 37,6
para 40,6) no período, enquanto a percepção sobre a
própria empresa subiu 2,6 pontos (de 47,8 para
50,4).
Em relação às expectativas para os próximos meses,
houve alta de um ponto (de 52,9 para 53,9). As
avaliações em relação à economia subiram dois pontos
(de 44,2 para 46,2) e à situação da empresa
cresceram 0,6 ponto (de 57,2 para 57,8).
Na avaliação da CNI, o crescimento de julho para
agosto foi puxado pelo aumento recente da produção
industrial, do emprego na indústria e do faturamento
no setor. Apesar disso, a interrupção nos cortes da
taxa básica de juros (Selic) e a flutuação recente
do câmbio ainda preocupam os industriais.
Fonte: Agência Brasil
13/08/2024 -
Definir quantas vezes trabalhador vai ao banheiro
não gera condenação
A organização da rotina de trabalho dos empregados,
inclusive no que diz respeito às pausas para ir ao
banheiro, faz parte do poder de direção do
empregador e não geram condenação.
O entendimento é da 3ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região, que manteve decisão que negou
indenização por dano moral a favor de uma
trabalhadora de teleatendimento que acionou o
Judiciário por ter o uso do banheiro limitado.
Segundo a ação, a trabalhadora só podia ir ao
banheiro em horário de intervalo definido pela
empresa, passível de autorização dos supervisores, o
que por diversas vezes teria sido negado. Ela pediu
R$ 15 mil por situação vexatória e ofensa à
intimidade.
A empresa argumentou que a média de uso sanitário,
segundo a literatura médica, é de três vezes durante
uma jornada de seis horas diárias, salvo em
situações excepcionais, o que não ficou demonstrado
no caso da autora. A desembargadora Dulce Maria
Soler Gomes Rijo, relatora do caso, concordou.
“Fato de haver controle pelo empregador de eventuais
afastamentos dos empregados do local de serviço,
como nas idas ao banheiro, não constitui
constrangimento capaz de justificar o pagamento de
indenização por dano moral.”
Ainda segundo a decisão, a organização, por parte da
empresa, não deve ser confundida com impedimento de
acesso ao banheiro. A regra valeria para todos os
profissionais da companhia. Com informações da
assessoria de comunicação do TRT-2.
Fonte: Consultor Jurídico
12/08/2024 -
Inflação de julho sobe puxada pela alta da gasolina
e passagens aéreas
IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12
meses, de 4,5%
A inflação do mês de julho ficou em 0,38%, uma alta
de 0,17 ponto percentual em relação ao mês anterior,
puxada pelos preços da gasolina e das passagens
aéreas. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do
país, foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. No
ano, o indicador acumula alta de 2,87% e, nos
últimos 12 meses, de 4,50%.
Dos nove grupos de produtos e serviços avaliados
pelo índice, sete registraram alta em julho. No
grupo Transportes, as passagens aéreas tiveram a
maior variação, de 19,39%, e o maior impacto foi a
gasolina, com 3,15%. O gerente da pesquisa, André
Almeida, dá os detalhes.Já o grupo Alimentação e
Bebidas ajudou a conter a inflação de julho, com
recuo de 1% nos preços. A alimentação em domicílio
registrou queda de 1,51%, depois de nove meses
consecutivos de alta. André Almeida destaca que a
maior oferta de diversos produtos agrícolas ajudou a
segurar os preços. As principais quedas foram do
tomate, cenoura, cebola, batata inglesa e frutas.
O IBGE também divulgou o Indice Nacional de
Preços ao Consumidor INPC (INPC, que teve
ligeira alta de 0,26% em julho. No ano, o
índice alcançou 2,95% e, nos últimos 12 meses,
4,06%. O INPC abrange famílias com rendimentos
de um a cinco salários-mínimos de 16 regiões
diferentes do país, enquanto o IPCA engloba parcela
maior da população, apontando a variação do custo de
vida médio de quem está na faixa de um a quarenta
salários-mínimos.
Fonte: Agência Brasil
12/08/2024 -
FGTS distribuirá R$ 15,2 bi a trabalhadores; veja
como será o cálculo
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) aprovou na quinta-feira (8) a
distribuição de R$ 15,19 bilhões entre os
trabalhadores que têm contas vinculadas ao fundo.
O valor é 65% do total de lucro registrado em 2023,
que foi de R$ 23,4 bilhões.
Segundo o Conselho Curador, com essa distribuição, a
rentabilidade das contas vinculadas do FGTS em 2023
vai superar o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) em 3,16 pontos percentuais,
sendo a maior rentabilidade desde 2016.
Todos os trabalhadores com saldo nas contas
vinculadas do FGTS no dia 31 de dezembro de 2023 têm
direito a receber os valores que serão distribuídos.
Como calcular
O dinheiro é distribuído proporcionalmente ao saldo de
cada conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano
anterior. Para saber a parcela do lucro que será
depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo
por 0,02693258. Ou seja, a cada R$ 1 mil de saldo, o
cotista receberá R$ 26,93.
O valor deverá ser creditado pela Caixa até o dia 31
de agosto nas 218,6 milhões de contas vinculadas com
direito à distribuição de titularidade de 130,8
milhões de trabalhadores.
O montante recebido pelos trabalhadores vai direto
para o saldo do FGTS e só pode ser sacado nos casos
previstos na legislação, ou seja, de doenças graves,
dispensa sem justa causa, aposentadoria e desastres
naturais. O saldo do FGTS também pode ser usado na
aquisição de imóvel residencial.
Como consultar o saldo
O trabalhador pode verificar o saldo no fundo por meio
do aplicativo FGTS, disponível para os telefones com
sistema Android e iOS. Quem não puder fazer a
consulta pela internet deve ir a qualquer agência da
Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento.
O banco também envia o extrato do FGTS em papel a
cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou
de residência deve procurar uma agência da Caixa ou
ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo
endereço.
Rendimento
Pela legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa
referencial (TR). Recentemente, o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu que o fundo deverá ter
correção mínima pelo IPCA, mas a correção não é
retroativa sobre o estoque das contas e só vale a
partir da publicação do resultado do julgamento.
Se o resultado da distribuição do lucro, somado ao
rendimento de 3% ao ano mais TR, ficar menor que a
inflação, o Conselho Curador é obrigado a definir
uma forma de compensação para que a correção alcance
o IPCA.
Lucro
O resultado positivo do FGTS em 2023, de R$ 23,4
bilhões, representa quase o dobro dos R$ 12,1
bilhões registrados em 2022. Do ganho total de 2023,
R$ 16,8 bilhões decorrem do lucro recorrente do
FGTS, resultante de aplicações do fundo em títulos
públicos e em investimentos em habitação,
saneamento, infraestrutura e saúde.
Os outros R$ 6,6 bilhões decorrem da reestruturação
do fundo que financia a reconstrução do Porto
Maravilha, no Rio de Janeiro. O acordo foi assinado
em agosto do ano passado para dar prosseguimento às
obras na região portuária, que começaram em 2010.
Fonte: Agência Brasil
12/08/2024 -
Em SC, Lula promete continuar aumentando salário
mínimo, inclusive para aposentados
A fala do presidente é uma reação a sugestões de
desvincular os benefícios da Previdência Social do
salário mínimo como forma de preservar as contas do
governo federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse,
nesta sexta-feira (9), que continuará aumentando o
salário mínimo e estendendo o benefício para
aposentados.
A fala do presidente é uma reação a sugestões de
desvincular os benefícios da Previdência Social do
salário mínimo como forma de preservar as contas do
governo sem parar de aumentar a remuneração mínima
pelo trabalho.
“Estou feliz porque, nesses 2 anos, nós já
aumentamos o salário mínimo em 11%”, disse o
petista, que participou da cerimônia de inauguração
do Contorno Viário de Florianópolis (SC), em Santa
Catarina.
“Tem gente que acha que eu não deveria aumentar o
mínimo porque atrapalha a Previdência. E eu vou
continuar aumentando o mínimo porque quem ganha um
salário mínimo tem que ser respeitado e tem que
trabalhar para comer. Por que eu vou tirar o direito
de um aposentado receber o aumento do salário
mínimo?”, questionou Lula.
O presidente da República falou, ainda, sobre o
Programa Pé-de-Meia, que oferece bolsas para ensino
médio voltado a estudantes de baixa renda, e
desqualificou críticos da ação.
“Tem gente que fala: ‘o Lula está gastando dinheiro
desnecessário’. Quem pensa isso tem o filho
estudando no estrangeiro”, criticou.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: InfoMoney
12/08/2024 -
Ponto de vista sindical – João Guilherme Vargas
Netto
O ponto de vista de uma pessoa sobre qualquer
assunto é o resumo instantâneo de sua ideologia
dominante.
Para meu ponto de vista nada é mais esclarecedor do
que um acompanhamento do que anda acontecendo no
mundo sindical (ainda que predominantemente em São
Paulo), demonstração de sua vitalidade.
As metalúrgicas da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) realizaram seu
segundo congresso reunindo mais de 300 ativistas, em
um esforço para aumentar a participação feminina nas
lutas sindicais considerada essencial para o avanço
da igualdade entre homens e mulheres.
Ainda no setor metalúrgico deve ser valorizada a
eleição no sindicato de São Paulo e Mogi das Cruzes,
ocorrida durante três dias da semana. Com chapa
única a eleição proporcionou uma verdadeira
ressindicalização, com os eleitores demonstrando sua
proximidade com o sindicato.
A Federação Estadual dos Comerciários de São Paulo
realizou a XVI reunião anual de seus advogados e
advogadas, com uma pauta abrangente de temas que
confirma seu papel nas negociações, unifica seus
procedimentos e reforça a ação sindical dos 72
sindicatos filiados.
Os trabalhadores dos Correios, em campanha salarial,
dirigidos pelo sindicato de São Paulo fizeram um dia
de greve na segunda-feira como demonstração de força
e unidade reafirmando suas reivindicações; foi um
esquenta na campanha.
E, em diversas carreiras de servidores federais,
continuam as discussões nas mesas de negociação
ainda que simultaneamente inúmeras outras têm feito
greve. O governo fixou uma data-limite para estas
negociações porque precisa enviar ao Congresso
Nacional, em setembro, a proposta de orçamento para
o próximo ano.
Os negociadores dos ministérios envolvidos têm agido
como o chinês que equilibra pratinhos, atendendo
umas e outras reivindicações, mas sujeitas todas a
uma dinâmica que talvez crie mais dificuldades que
soluções, difíceis de serem equilibradas todas.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de
entidades sindicais de trabalhadores.
Fonte: Agência Sindical
12/08/2024 -
Lula projeta Brasil como 8ª economia após encontrar
país devastado
Com o golpe parlamentar de 2016 em Dilma, o país
despencou no ranking econômico global. No desgoverno
Bolsonaro, saiu das dez maiores economias do mundo
para 12ª posição
Depois de chegar a sétima economia do mundo nos
governos Lula 1 e 2 e de Dilma Rousseff, o Brasil
está voltando a posição de oitava finança do
planeta, ultrapassando a Itália. Trata-se de uma
façanha enorme levando em conta apenas um ano e meio
do atual governo.
Afinal, Lula encontrou um país “devastado” como
disse no seu último pronunciamento em cadeia de
rádio e tevê.
Com o golpe parlamentar de 2016 em Dilma, o país
despencou no ranking econômico global. No desgoverno
Bolsonaro, saiu das dez maiores economias do mundo
para 12ª posição.
“Com responsabilidade fiscal e compromisso com a
redução das desigualdades, o Brasil caminha para ser
a oitava economia mundial em 2024”, destaca Lula
numa reunião com empresários chilenos durante sua
última viagem internacional.
O presidente faz a afirmação baseado no crescimento
de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro
trimestre de 2024.
Projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) já
coloca o País uma posição à frente no ranking que
posicionou o país em nono lugar em 2023. Estudo da
agência Austin Rating já põe o Brasil à frente da
Itália.
Para chegar a essa situação, o governo destaca os
resultados dos investimentos no social e na economia
como o resgate de 24 milhões de pessoas em situação
de insegurança alimentar e a menor taxa de
desemprego em dez anos.
De acordo com a equipe econômica, a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua
revelou, em maio passado, que a população ocupada
chegou a 100,8 milhões. Na avaliação do IBGE, o
contingente cresceu 2,8% na comparação anual, o que
equivale a mais 2,8 milhões de postos de trabalho
frente ao mesmo trimestre móvel de 2023.
Com isso, o número de trabalhadores com carteira
assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da
série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da
mesma forma, o contingente de trabalhadores sem
carteira também foi recorde, chegando a 13,5
milhões.
Outra medida da evolução do mercado de trabalho, o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), que registra os empregos com carteira
assinada, recentemente confirmou a boa fase da
economia. Com a criação de mais de 240 mil empregos
formais em abril, o Governo Lula gerou, desde
janeiro de 2023, mais de 2,2 milhões de vagas com
carteira de trabalho.
A renda média dos trabalhadores, estagnada há
aproximadamente dez anos, também ganhou fôlego no
Governo Lula. Em 2023, cresceu 6,6% em um ano e
massa salarial atingiu recorde histórico. O
rendimento médio das pessoas ocupadas teve alta de
1,5% no trimestre e de 4% na comparação anual.
Outros indicadores positivos têm pavimentado o
caminho. O rendimento médio das famílias – incluindo
renda de emprego, outras fontes e também programas
sociais – bateu recorde em 2023.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita
chegou ao maior valor da série histórica da
pesquisa: R$ 1.848, com alta de 11,5% ante 2022. Em
relação a 2019 (R$ 1.744), ano que anteriormente
havia registrado o valor máximo da série histórica,
a elevação foi de 6,0%.
Com informações da agência gov
Fonte: Portal Vermelho
09/08/2024 -
Sindicalismo de olho nas pautas trabalhistas do
Congresso para o 2º semestre
Saiba quais são as pautas trabalhistas no radar do
sindicalismo para o segundo semestre. Mantenha-se
informado com nosso artigo.
No site do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), o jornalista Neuriberg Dias
chama atenção para possíveis votações de projetos
que interessam a classe trabalhadora.
De acordo com o analista político, o período de 1
ano e 6 meses de governo Lula foi marcado por
vitórias nas agendas econômicas e sociais.
Mas, com derrotas parciais na chamada “agenda
conservadora”, como evidenciado pela aprovação de
urgência de propostas e derrubada de vetos,
incluindo alteração na lei antiaborto — ‘PL do
Estuprador’ — e a lei das saidinhas pelo Congresso.
Dias aponta que o segundo semestre tem a expectativa
de ritmo de votações mais lento e estratégico. Isso
por que as atenções estarão nas eleições municipais
e a sucessão das presidências do Congresso Nacional.
“Esse período eleitoral, naturalmente, desvia o foco
dos parlamentares para as chamadas bases eleitorais,
buscando a eleição de aliados políticos, o que
diminui a intensidade das atividades legislativas”,
diz.
Mas, conforme o jornalista, não significa que o
Congresso ficará inativo.
“Câmara e Senado devem definir calendário de sessões
(conhecido como esforço concentrado) para votação de
projetos de grande relevância, especialmente os que
possuem consenso entre os diferentes partidos e que
têm urgência para a sociedade”, afirma.
Entre os temas prioritários que podem ganhar
destaque estão:
- PLP 68/24, que regulamenta a Reforma Tributária, no
Senado Federal;
- PLP 12/24, que regulamenta os motoristas de
aplicativo, na Câmara dos Deputados;
- PL 1.847/24, que estabelece novo regime para
desoneração da folha de pagamento; e
- PL 2.830/19 e PL 2.099/23, que regulamentam o
direito de oposição à contribuição assistencial no
Senado, entre outras pautas.
Pauta Trabalhista
Segundo Neuriberg Dias, o governo deve enviar novas
propostas para apreciação no Congresso. Os
ministérios e diversos grupos de trabalho têm
concluído propostas, como a do fortalecimento da
negociação coletiva para sindicatos e a
regulamentação da negociação coletiva para os
servidores públicos.
Também se discute, no âmbito do Ministério do
Trabalho e Emprego, o novo saque-aniversário do
trabalhador e nova portaria sobre o trabalho aos
domingos e feriados.
Fonte: Rádio Peão Brasil
09/08/2024 -
Financiamento sindical: livro digital aborda Justiça
do Trabalho e ‘Direito’ de oposição à taxa
assistencial
Acaba de ser lançado o livro digital (e-book) — “O
Supremo Tribunal Federal, a Justiça do Trabalho e o
‘Direito’ de Oposição à Contribuição Assistencial”
—, que analisa, detalhadamente, sobre as recentes
decisões judiciais e impactos no financiamento
sindical no Brasil.
De autoria de Gabriel Medeiros Meira e Cristiano
Brito Alves Meira, a publicação examina a decisão do
STF (Supremo Tribunal Federal), que permite a
cobrança da contribuição assistencial de todos os
trabalhadores, desde que garantido o direito de
oposição, e o impacto da Reforma Trabalhista de
2017, que tornou a contribuição sindical, que era
compulsória — obrigatória —, em facultativa.
A partir disso, houve a necessidade de adaptação das
entidades sindicais para garantir a sustentabilidade
financeira das organizações sindicais.
No e-book, os autores destacam a importância do
financiamento sindical para a efetividade das
negociações coletivas e a proteção dos direitos dos
trabalhadores, oferecendo visão crítica e
fundamentada sobre as mudanças legislativas.
Na obra, também, é abordada a autonomia das
assembleias sindicais na definição das contribuições
assistenciais e a relevância de as decisões
coletivas no exercício do direito de oposição.
O livro ainda analisa os desafios enfrentados pelas
entidades sindicais no atual contexto legislativo e
judicial, e apresenta soluções e estratégias para
fortalecer a atuação sindical. E, assim, fortalecer
a organização sindical.
Trata-se, pois, de leitura essencial para líderes e
dirigentes sindicais e todos os interessados nas
relações trabalhistas no Brasil, a fim de entender
este cenário e obter importantes informações para a
construção de sistema sindical mais eficaz.
O e-book pode ser adquirido na loja virtual Amazon.
Acesse em amazon.com.br ou clique no link
https://a.co/d/89Kxqyj
Fonte: Diap
09/08/2024 -
IA pode afetar 37 milhões de trabalhadores no
Brasil, diz OIT
Organização aponta que mulheres tendem a ser mais
impactadas. Mas, afirma ser mais provável que a
tecnologia aumente e transforme os empregos do que
os automatize totalmente
A inteligência artificial generativa (IAGen) pode
impactar cerca de 37 milhões de trabalhadores no
Brasil, o que corresponde a 37% dos postos de
trabalho, e as mulheres têm maior risco de serem
substituídas pela tecnologia, segundo estudo da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com relatório da entidade, entre 26% e 38%
dos empregos na América Latina e Caribe podem ser
influenciados pela IAGen — ou seja, o impacto no
Brasil está entre os mais altos estimados para a
região. A inteligência artificial generativa é
aquela usada para gerar conteúdos, como textos,
imagens e músicas, por exemplo.
Segundo a OIT, no entanto, “é mais provável que a
tecnologia aumente e transforme os empregos, em vez
de os automatizar totalmente. Especificamente, entre
8% e 14% dos empregos poderiam ter melhor
produtividade graças à IAGen, enquanto apenas entre
2% e 5% enfrentam o risco de automatização total”.
Na média da região, assim como no Brasil, a OIT
destaca que o percentual de risco de automação é
duas vezes maior para mulheres do que para homens.
Segundo o documento, “mulheres que trabalham em
áreas urbanas, são mais jovens, não são pobres,
atuam em setores formais (principalmente nos setores
bancário, de finanças ou administração pública), ou
que tenham maior grau de instrução, estão mais
expostas à automação pela IAGen”.
Além disso, destaca, “a possível perda de empregos
bem remunerados, formais e qualificados causada pela
automação possibilitada pela IAGen em setores
dominados por mulheres teria impactos negativos para
as já altamente desiguais e informais economias na
região”.
Recomendações
Para lidar com a nova realidade que pode ser gerada
pelo uso dessa tecnologia, a OIT aponta algumas
recomendações dirigidas aos governos e legisladores.
“Os governos devem estabelecer políticas públicas
que visem proteger os empregos, minimizar as
disrupções provocadas pela perda de empregos
resultante da IAGen, e maximizar os possíveis
benefícios à produtividade à medida que a IAGen seja
mais difundida no ambiente de trabalho”, destaca a
entidade.
Neste sentido, sugere, entre outras medidas, a
implantação de programas permanentes de aprendizagem
para mitigar as perdas de empregos e aumentar a
produtividade e o fortalecimento das competências
fundamentais dos trabalhadores para que usem as
novas ferramentas de IAGen no trabalho, visando
aumentar sua produtividade e criatividade.
Além disso, chama atenção para a importância do
aumento da proteção social “para estabilizar
transições e lidar com lacunas de gênero, uma vez
que os trabalhos predominantemente realizados por
mulheres estão expostos à automação de maneira
desproporcional”.
Fonte: Portal Vermelho
09/08/2024 -
Justiça do Trabalho tem novo meio exclusivo para
publicação de atos processuais
O DJEN substituirá os cadernos judiciários do
DEJT para publicações enviadas pelo PJe
Desde o dia 1ª de agosto, o Diário de Justiça
Eletrônico Nacional (DJEN) é o novo meio exclusivo
para a disponibilização dos atos processuais do
Processo Judicial Eletrônico (PJe) na Justiça do
Trabalho. Ele substituirá os cadernos judiciários do
Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) para
publicações enviadas pelo PJe para quaisquer efeitos
legais, com exceção dos casos que exigem intimação
ou vista pessoal.
As matérias são disponibilizadas no DJEN de segunda
a sexta-feira, a partir da 0h, a não ser em feriados
nacionais e regionais registrados no sistema
processual. Será considerada como data de publicação
o primeiro dia útil seguinte à disponibilização. Já
a contagem dos prazos processuais se iniciará no
primeiro dia útil seguinte à data considerada de
publicação.
Comunicações processuais
Com a aprovação do Novo Código de Processo Civil (Lei
13.105/2015), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
instituiu três produtos tecnológicos para o tema das
comunicações processuais no âmbito do Poder
Judiciário, entre eles o Diário de Justiça
Eletrônico Nacional (Resolução CNJ 234/2016). O DJEN,
assim, substitui os atuais Diários de Justiça
eletrônicos mantidos pelos órgãos do Poder
Judiciário.
Na Justiça do Trabalho, o funcionamento do DJEN está
disposto no Ato Conjunto /TST.CSJT.GP 77/2023, que
trata da publicação dos atos judiciais.
O DJEN está
disponível para consulta no portal do CNJ, neste
endereço.
Fonte: TST
09/08/2024 -
Fim da desoneração da folha deve ser votado na
semana que vem
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou para
a semana que vem a votação do projeto de lei que
cria um regime de transição para o fim da
desoneração da folha de pagamento de 17 setores da
economia.
O PL 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho
(União-PB), atende a acordo firmado entre o Poder
Executivo e o Congresso Nacional sobre a Lei 14.784,
de 2023, que prorrogou a desoneração por quatro
anos.
Conforme o projeto, a reoneração gradual da folha de
pagamento terá duração de três anos (2025 a 2027). O
gradualismo da transição proposto por Efraim é uma
tentativa de reduzir o impacto tanto no mercado de
trabalho como na arrecadação de tributos.
O projeto mantém a desoneração integral em 2024 e
estabelece a retomada gradual da tributação a partir
de 2025 (com alíquota de 5% sobre a folha de
pagamento). Em 2026 seriam cobrados 10% e, em 2027,
20%, quando ocorreria o fim da desoneração.
Durante toda a transição, a folha de pagamento do
13º salário continuará integralmente desonerada.
Senado e governo ainda discutem como compensar essa
desoneração.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), estendeu até 11 de setembro o prazo para que
os Poderes Legislativo e Executivo busquem uma
solução consensual sobre a desoneração da folha de
pagamentos.
Ainda que o governo e o Legislativo concordem com a
manutenção da desoneração em 2024 e com a reoneração
gradual até 2027, não há consenso sobre as fontes de
compensação, o que vem motivando o adiamento da
votação.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
09/08/2024 -
Projeto define regras para consultas a processo
trabalhista
Não será permitida a pesquisa pelos nomes ou CPF
das partes no processo; a Câmara analisa a proposta
O Projeto de Lei 1016/24 estabelece regras para o
acesso público a processos trabalhistas. As
consultas devem permitir localizar e identificar
dados básicos a partir dos números do processo, dos
nomes dos advogados e do registro do processo junto
à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Será proibida
a pesquisa pelos nomes ou CPF das partes no
processo.
As partes devem autorizar qualquer informação sobre
seu processo por entidades públicas ou privadas, com
exceção de publicações oficiais do Judiciário.
"Lista suja"
Segundo o deputado Felipe Saliba (PRD-MG), autor da
proposta, desde 2010, a Justiça brasileira vem
buscando impedir buscas genéricas sobre autores de
processos trabalhistas a partir de nome ou CPF para
evitar a criação de “listas sujas” de empregados.
A chamada “lista suja” identifica trabalhadores que
em algum momento recorreram à Justiça do Trabalho
para reclamar seus direitos trabalhistas.
“Funciona como um mecanismo que ameaça e tornam
dóceis os candidatos a uma vaga de trabalho,
temerosos de exercerem, ao longo de suas vidas
laborais, seus direitos garantidos pela constituição
e pelas leis”, critica Saliba.
Punições
Quem descumprir as regras previstas no Projeto de Lei
1016/24 pode ser punido com advertência e até
suspensão das atividades da entidade em caso de
reincidência.
Há ainda previsão de multa de até 2% do faturamento
da empresa, limitado a R$ 50 milhões por infração.
Proteção ao trabalhador
Saliba afirma que o projeto traz para a lei os atos
infralegais que hoje protegem os trabalhadores e
garante que os dados só sejam públicos com
autorização específica da parte.
“As sanções são inspiradas na Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais, para combater atentados à
privacidade e dignidade humanas por bancos de
dados”, explica Saliba.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Para virar lei, também terá de ser aprovada pelo
Senado.
Fonte: Agência Câmara
08/08/2024 -
Conflito distributivo do Orçamento e transparência
no seu uso
A disputa pelos recursos do Orçamento federal,
além das contendas intragovernamentais,
especialmente entre as áreas econômica e social, que
ganhou nova dimensão com o avanço dos partidos e dos
setores organizados da economia sobre o Orçamento
Público. As emendas impositivas e os aumentos dos
fundos eleitorais e partidários intensificaram essa
pressão pela integridade e uso eficiente dos gastos
públicos, incluindo o combate a desvios mediante a
transparência pública.
Antônio Augusto de Queiroz*
A luta por mais recursos entre as áreas econômicas e
sociais é constante em todos os governos, embora seu
escopo e intensidade variem conforme o perfil
político e ideológico das administrações. Em
governos de esquerda e centro-esquerda, que buscam
maior equidade, a prioridade é incluir os pobres no
Orçamento e viabilizar obras de infraestrutura que
impulsionem a atividade produtiva. Já em governos de
direita e com visão neoliberal, o foco está na
realização de despesas financeiras para honrar
compromissos com credores internos e externos e na
consequente contenção de despesas com direitos
sociais e de custeio da máquina pública.
O avanço dos parlamentares e dos partidos sobre o
orçamento público se manifesta, por um lado, pelo
aumento do valor e do alcance das emendas
impositivas e, por outro, pelo crescimento dos
recursos destinados aos fundos eleitoral e
partidário. Esses aumentos são justificados pela
ampliação da participação legítima dos parlamentares
na destinação de recursos para suas bases eleitorais
e pela necessidade de financiamento público dos
partidos e das eleições, considerados essenciais à
democracia.
Contudo, o aumento exagerado dessas rubricas no
Orçamento e o uso sem transparência desses recursos,
como visto nas emendas PIX, persistiu mesmo após a
decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o
orçamento secreto no julgamento das ADPF (Arguições
de Descumprimento de Preceito Fundamental) 850, 851,
854 e 1014, em dezembro de 2022.
Isso levou a Corte, em decisão do ministro Flavio
Dino, atual relator do tema no STF, dia 2 de agosto
de 2024, após ouvir representantes do Executivo,
Legislativo, TCU (Tribunal de Contas da União), CGU
(Controladoria-Geral da União) e Ministério Público,
em audiência de conciliação para cumprimento da
decisão da Corte, de 2022, a exigir auditoria nos
repasses desses recursos, o que inevitavelmente
resultará na descoberta de desvios, punição dos
responsáveis e regulamentação que amplie a
transparência na transferência e emprego de recursos
do Orçamento federal.
Os setores organizados da economia participam da
receita da União de 2 formas:
• apropriação de parte da carga tributária para a
manutenção de Serviços Sociais Autônomos,
beneficiando setores empresariais; e
• desonerações, renúncias, incentivos fiscais e
outras formas de favorecimento (os chamados “gastos
tributários”), em alguns casos em detrimento do
conjunto da sociedade.
No caso dos Serviços Sociais Autônomos,
especialmente o “Sistema S”, além da falta de
transparência no uso desses recursos, parte desses é
destinada a financiar o movimento sindical patronal,
gerando desequilíbrio em relação ao movimento
sindical laboral, cujas receitas não incluem
participação de recursos orçamentários desde a
Reforma Trabalhista do governo Temer.
Os setores beneficiados por desonerações, incentivos
e renúncias, frente à perda de legitimidade das
representações patronais, muitas vezes financiadas
artificialmente com recursos públicos e dirigidas
por empresários falidos, passaram a contar com o
apoio de frentes parlamentares. Essas frentes são um
dos instrumentos mais eficazes de defesa de
interesses, pois envolvem parlamentares de diversos
partidos com assento no Congresso Nacional.
O conflito distributivo do Orçamento federal é
realidade persistente, influenciada por fatores
políticos, econômicos e sociais. A transparência no
uso desses recursos é crucial para combater desvios
e garantir a eficiência dos gastos públicos. A
exigência de auditorias e a regulamentação do uso
das emendas parlamentares, inclusive emendas de
comissão, que tiveram enorme crescimento em 2023 e
2024, e outros recursos orçamentários, como as
“emendas PIX”, representam passos importantes para
aumentar a transparência e a justiça na distribuição
dos recursos públicos, equilibrando os interesses
econômicos e sociais e promovendo gestão mais
responsável e equitativa.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo (FGV). É
sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, foi diretor de Documentação do Diap e é
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República - Conselhão.
Fonte: Diap
08/08/2024 -
Terceirização é legítima, mas falta de vínculo é
‘bomba’ na Previdência, diz Dino
Sob argumento de que Constituição permite
relações alternativas à CLT, Supremo tem derrubado
decisões que reconheceram a relação de emprego de
trabalhadores terceirizados
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal
(STF), disse que a terceirização é “legítima”, mas
que a falta de vínculo empregatício pode “criar uma
bomba fiscal no sistema previdenciário”. Ele
defendeu que o Supremo debata as nuances da
terceirização da atividade-fim das empresas, “à luz
da tese acertada no Supremo” que permitiu a prática
em 2020.
Sob o argumento de que a Constituição permite
relações alternativas à CLT, o Supremo tem derrubado
decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram a
relação de emprego de trabalhadores terceirizados.
Dino, assim como o ministro Edson Fachin, têm se
posicionado contra a maioria.
“Não podemos dizer que qualquer relação diferente da
relação de emprego é inconstitucional, não
compartilho dessa tese. Mas, por outro lado, não
podemos afastar automaticamente, mecanicamente, de
modo uniformizador, aquele que não é uniforme”,
afirmou o ministro.
O ministro Luiz Fux se opôs à manifestação de Dino.
“A terceirização da atividade-fim e o reconhecimento
de vínculo empregatício não combinam. Ou pode, ou
não pode. Se pode terceirizar, não é empregador”,
afirmou.
As declarações foram feitas durante sessão da 1ª
Turma do Supremo na tarde desta terça-feira (6). O
colegiado julgou uma reclamação contra decisão da
Justiça do Trabalho que reconheceu vínculo de um
entregador com uma empresa que faz intermediação com
o iFood. Além disso, a decisão condenou o iFood a
responder subsidiariamente pela dívida trabalhista.
A maioria dos ministros decidiu negar a reclamação,
em parte porque o iFood não foi o autor da ação e
não se manifestou. “Aqui, ao meu ver, o correto
seria afastar a responsabilidade subsidiária do
iFood, mas o iFood não é o reclamante”, disse o
ministro Alexandre de Moraes ao votar.
A autora da ação foi uma empresa intermediadora
entre o entregador e o iFood. O relator, Cristiano
Zanin, entendeu que há relação de trabalho neste
caso porque a empresa “colocava uma relação de
subordinação, com horário fixo, a configurar relação
de trabalho, e essa empresa prestava os serviços
para o iFood”.
Fonte: Estadao Conteudo
08/08/2024 -
Dieese aponta: Cesta básica cai em 17 capitais
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou nesta
terça-feira (6) sua pesquisa sobre o custo da cesta
básica no mês de julho. Segundo o estudo, o valor da
cesta básica caiu em 17 capitais brasileiras.
Entre as principais reduções em comparação com
junho, destacam-se as quedas no Rio de Janeiro
(-6,97%), Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%),
Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador
(-5,46%). São Paulo registrou o maior custo para a
cesta básica, totalizando R$ 809,77, uma queda de
2,75% em relação ao mês anterior. Em seguida,
Florianópolis teve um custo de R$ 782,73, com uma
redução de 4,08%, e Porto Alegre, com um custo de R$
769,96, apresentou uma queda de 4,34%. No Rio de
Janeiro, a cesta básica custou R$ 757,64.
A pesquisa revelou que as capitais da região Norte e
Nordeste apresentam valores mais baixos para a cesta
básica. Aracaju lidera com R$ 524,28, seguida por
Recife com R$ 548,43 e João Pessoa com R$ 572,38.
Em comparação entre julho de 2023 e julho de 2024, o
custo da cesta básica subiu em 11 cidades. Goiânia
registrou o maior aumento, de 5,82%, seguida por
Campo Grande (MS) com 5,54% e São Paulo (SP) com
5,71%. Entre as cidades que apresentaram redução nos
preços estão Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%).
De janeiro a julho deste ano, 15 cidades enfrentaram
alta nos preços médios, com destaque para Belo
Horizonte (0,06%) e Fortaleza (7,48%). As reduções
foram observadas em Brasília (-0,63%) e Vitória
(-0,06%).
Com base na determinação constitucional de que o
salário mínimo deve cobrir as despesas básicas de um
trabalhador e sua família, o Dieese estima que o
valor necessário do salário mínimo deveria ser de R$
6.802,88, equivalente a 4,82 vezes o atual valor de
R$ 1.412,00. Em junho, a estimativa era de R$
6.995,44, ou 4,95 vezes o piso mínimo.
A pesquisa também revelou que em julho o trabalhador
precisou de 105 horas e 8 minutos, em média, para
comprar a cesta básica, uma redução em relação às
109 horas e 53 minutos necessárias em junho. Em
julho de 2023, o tempo médio era de 111 horas e 8
minutos.
Ao comparar o custo da cesta básica com o salário
mínimo líquido (após desconto de 7,5% para a
Previdência Social), o Dieese constatou que, em
média, o trabalhador comprometeu 51,66% de seu
rendimento para adquirir alimentos, uma melhora em
relação aos 54% registrados em junho.
O impacto da catástrofe climática em maio no Rio
Grande do Sul, que afetou produtores de arroz, e o
subsequente anúncio do governo sobre a importação do
produto, resultaram em uma redução do preço do arroz
em julho em 13 capitais, com variações de -0,37% em
Recife a 3,9% em Belo Horizonte. O preço do feijão
também caiu em 13 capitais, com quedas variando de
0,66% a 3,04%. Em contraste, o pão francês teve
aumento em 12 capitais, com altas de 2,03% em
Florianópolis e 2,44% em João Pessoa.
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/08/2024 -
Maria da Penha analisa 18 anos da lei: “não precisa
ser alterada, precisa ser corretamente implementada”
Pouco mais de 380 mil casos de violência contra
mulher foram registrados na Justiça brasileira em
apenas cinco meses
A Lei Maria da Penha, considerada um marco na defesa
dos direitos das mulheres, completa 18 anos nesta
quarta-feira (7), mas os desafios ainda são imensos
perante o número de agressões e feminicídios.
De acordo com a CNN Brasil, pouco mais de 380 mil
casos de violência contra a mulher foram registrados
na Justiça brasileira em apenas cinco meses de 2024,
mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram
vítimas de feminicídio no ano passado – ou seja,
cerca de 1 caso a cada 6 horas. O número é 1,6%
maior que o de 2022.
De acordo com Maria da Penha à reportagem, a lei
"não precisa ser alterada". "Ela precisa ser
corretamente implementada".
Maria da Penha Maia Fernandes é uma biofarmacêutica
brasileira que se tornou um símbolo da luta contra a
violência doméstica no Brasil. Em 1983, ela sofreu
uma tentativa de homicídio por parte de seu marido,
que a deixou paraplégica. Após anos de luta por
justiça, seu caso foi levado à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da OEA,
resultando na condenação do Brasil por negligência e
omissão.
Em 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha (Lei nº
11.340), que cria mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo
medidas de proteção e ampliando as penas para
agressores. A lei é considerada um marco na defesa
dos direitos das mulheres no país.
Fonte: Brasil247
07/08/2024 -
STF suspende julgamento sobre equiparação de
licença-maternidade
Julgamento estava previsto para acabar na próxima
sexta-feira (9)
Um pedido de vista (mais tempo para análise) do
ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal
(STF) (foto), suspendeu o julgamento da ação que
pretende equiparar a licença-maternidade e adotante
de servidoras públicas às das empregadas celetistas.
O julgamento começou na última sexta-feira (2), no
plenário virtual. Até o pedido de vista de Dino,
apenas o relator, ministro Alexandre de Moraes,
havia votado. Ele decidiu por equiparar o tempo de
gozo das licenças maternidade e adotante das
servidoras, mas negou a equiparação com as
trabalhadoras formais.
O julgamento estava previsto para durar até a
próxima sexta-feira (9). Agora, Flávio Dino tem 90
dias para devolver a ação, mas não há data
predeterminada para a retomada do julgamento, o que
depende da agenda elaborada pela presidência do
Supremo.
A ação fora protocolada pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) em outubro de 2023 e pretende
estender o mesmo tempo das licenças-maternidades e
adotante previsto na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), regra da iniciativa privada, para as
servidoras públicas, que são regidas pela Lei
8.112/1990, conhecida como Estatuto dos Servidores
Públicos, e a Lei Complementar 75/1993, o Estatuto
do Ministério Público.
Pela CLT, as mães biológicas e adotantes têm direito
a 120 dias de licença, prazo que pode ser prorrogado
por mais 60 dias em companhias que participaram do
Programa Empresa Cidadã.
Sem prorrogação
As servidoras gestantes também podem tirar 120 dias de
licença, mas sem a possibilidade de prorrogação. As
adotantes só têm direito a 90 dias. A licença para
mulher adotante cai para 30 dias no Ministério
Público.
Para PGR, o tratamento desigual em relação ao regime
de contratação da mulher é inconstitucional.
"Entre os bens jurídicos tutelados pela
licença-maternidade está a dignidade humana daquele
que, pelo parto ou pela adoção, passa a integrar a
família na condição de pessoa em desenvolvimento,
titular e destinatária da construção da relação
afetiva. Qualquer diferenciação que não se coadune
com esse pressuposto há de ser reputada injusta e,
por corolário, violadora da Constituição Federal",
argumentou a PGR.
Ao votar sobre a questão, o ministro Alexandre de
Moraes concordou com a PGR que a diferenciação entre
maternidade biológica e adotiva é inconstitucional.
"Os dispositivos impugnados estão em nítido
confronto com os preceitos constitucionais
invocados, especialmente o dever de proteção da
maternidade, da infância e da família, e o direito
da criança adotada à convivência familiar a salvo de
toda forma de discriminação", argumentou o
magistrado.
Moraes, contudo, rejeitou a parte da ação que visava
equiparar as licenças concedidas a servidoras
estatutárias às que têm direito trabalhadoras
contratadas pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
A PGR havia pedido também que as licenças
paternidade e maternidade - em qualquer regime de
contratação - pudessem ser gozadas com divisão livre
do tempo entre pai e mãe. Moraes também votou por
rejeitar esse ponto. O ministro afirmou que o
Supremo já declarou a omissão do Congresso Nacional
em regulamentar a licença-paternidade e deu prazo
para que uma legislação seja aprovada, motivo pelo
qual não poderia agora estabelecer - por conta
própria - uma regra sobre o assunto.
Fonte: Agência Brasil
07/08/2024 -
Relatório da Lei de Igualdade Salarial deve ser
preenchido até 30/8
Empresas com 100 funcionários ou mais devem
preencher documento que o MTE disponibiliza a fim de
acompanhar o cumprimento da legislação
Conforme determina a Lei de Igualdade Salarial, as
empresas com 100 ou mais funcionários devem
preencher o segundo Relatório de Transparência
Salarial e de Critérios Remuneratórios até o dia 30
de agosto. A partir dessas informações, o Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) produzirá novo
relatório, que será disponibilizado às empresas até
o dia 16 de setembro.
Os dados do primeiro relatório, fornecidos por mais
de 49, 5 mil empresas, mostraram que as mulheres
ganham 19,4% a menos do que os homens na mesma
função.
“Ainda é cedo para falar em uma redução
significativa da desigualdade salarial entre homens
e mulheres. Precisamos mudar a cultura que perpetua
a ideia de que as mulheres ganham menos e são as
primeiras a serem demitidas,” afirma Paula Montagner,
subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho
do MTE.
Segundo Paula, a desigualdade salarial entre homens
e mulheres é uma luta global. Alguns países, a
maioria do G20, regulam esse assunto com uma Lei de
Transparência Salarial, como o Brasil, para
incentivar a igualdade salarial entre homens e
mulheres na mesma função.
A Lei da Igualdade Salarial, portanto, posiciona o
Brasil na vanguarda do “enfrentamento às
discriminações de gênero ao fomentar práticas
voltadas à entrada, permanência e ascensão das
mulheres no mundo do trabalho”, destaca a secretária
Nacional de Autonomia Econômica e Política de
Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane Silva.
De posse deste relatório do MTE, as empresas devem
promover a visibilidade das informações até o dia 30
de setembro, publicando em site, redes sociais ou em
instrumentos similares, sempre em local visível,
garantindo a ampla divulgação para seus empregados,
trabalhadores e público em geral. No mesmo dia, o
MTE e o Ministério das Mulheres deverão divulgar os
dados gerais dos relatórios entregues.
De acordo com o MTE, a fiscalização seguirá sendo
feita para garantir o cumprimento da lei. Caso a
empresa não promova a publicidade do relatório, é
aplicada multa administrativa, cujo valor
corresponderá a até 3% da folha de salários do
empregador, limitado a 100 salários-mínimos, sem
prejuízo das sanções aplicáveis aos casos de
discriminação salarial e de critérios remuneratórios
entre mulheres e homens, conforme determina a Lei
14.611/2023.
Também estão sendo fiscalizadas as empresas com
indícios de desigualdades apresentados pelo
relatório. Neste caso, a fiscalização, busca as
maiores desigualdades para verificar se realmente
representam discriminação.
Primeiro relatório
A Lei 14.611/2023 é uma reivindicação histórica das
mulheres e foi sancionada em julho do ano passado.
Segundo a legislação, empresas com 100 ou mais
empregados devem adotar medidas para garantir a
igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma
função.
Dentre essas medidas estão a transparência salarial,
a fiscalização contra discriminação, canais de
denúncia, programas de diversidade e inclusão, e
apoio à capacitação de mulheres.
De acordo com o primeiro relatório, divulgado em
março, das 49.587 empresas que responderam, somente
32,6% têm políticas de incentivo para a contratação
de mulheres.
O percentual é ainda menor quando se consideram
grupos específicos de mulheres: negras (26,4%); com
deficiência (23,3%); LBTQIAP+ (20,6%); chefes de
família (22,4%); e vítimas de violência (5,4%). Já
as empresas que adotam políticas de promoção de
mulheres a cargos de direção ou gerência são 38,3%.
Ainda conforme o documento, 51,6% das empresas
possuem planos de cargos e salários ou plano de
carreira. No que diz respeito à remuneração, cuja
média no Brasil é de R$ 4.472, ficou constatado que
os homens não negros recebem R$ 5.718 e as mulheres
não negras aparecem na sequência com R$ 4.452. Já os
homens negros ganham R$ 3.844 e as mulheres negras
têm salários médios de R$ 3.041.
Com informações do MTE
Fonte: Portal Vermelho
07/08/2024 -
‘Pejotização’ é lícita, diz Fux ao derrubar decisão
que reconheceu vínculo
A terceirização, por meio da chamada “pejotização”,
é lícita. Com base nesse entendimento, o ministro
Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, derrubou
decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região que reconheceu vínculo empregatício entre uma
empresa de construção e uma arquiteta. A decisão foi
dada em 8 de julho, durante o recesso do Judiciário.
O caso concreto envolve uma arquiteta que atuava no
regime CLT e migrou para o sistema PJ, passando a
emitir notas. O TRT reconheceu o vínculo. No pedido,
a autora afirma que houve fraude na contratação,
porque, enquanto PJ, ela seguia a mesma dinâmica de
trabalho de quando trabalhava no regime CLT.
A empresa entrou com reclamação argumentando afronta
ao definido na ADPF 324, ADC 48 e ADIS 3.961 e
5.625. Nas decisões, o tribunal entendeu, entre
outras coisas, pela possibilidade da terceirização
de qualquer atividade, e que a prestação
constitucional ao trabalho não impõe que toda e
qualquer prestação remunerada configure relação de
emprego.
Fux concordou com o argumento de afronta aos
precedentes estabelecidos pelo Supremo. “Entendo
que, ao afastar a terceirização da atividade-fim por
‘pejotização’, reconhecendo o vínculo empregatício
com a empresa reclamante, no caso sub examine, o
acórdão reclamado violou a autoridade da decisão
proferida por esta corte”, afirmou.
Ainda segundo o ministro, a decisão do TRT
desconsiderou o entendimento fixado pelo STF que
contempla, “a partir dos princípios da livre
iniciativa e da livre concorrência, a
constitucionalidade de diversos modelos de prestação
de serviço no mercado de trabalho”.
Sem equiparação
Segundo explica o advogado e professor de Direito do
Trabalho do Insper Ricardo Calcini, a decisão do
supremo reafirma a lógica do Supremo no sentido de
que profissionais liberais, como a arquiteta do caso
concreto, assumem um novo formato de trabalho
alternativo ao celetista quando prestam serviço via
“pejotização”.
“Em tais condições, esses profissionais com formação
universitária, maior poder aquisitivo e plena
capacidade de discernimento, não podem se equiparar
aos empregados regidos pelo sistema celetista, e que
a lei atribui a condição de vulnerabilidade e
hipossuficiência”, disse.
“Além disso, o STF já consolidou o seu entendimento
de que é possível a terceirização de toda e qualquer
atividade empresarial, inclusive na atividade-fim,
razão pela qual se não há vício de consentimento em
tal pactuação entre pessoas jurídicas, há que se
referendar as ditas formas alternativas de trabalho
que não se confundem com a relação de emprego
propriamente dita”, conclui.
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 68.964
Fonte: Consultor Jurídico
07/08/2024 -
CAE aprova isenção de FGTS e INSS para aposentados
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (6) o projeto de lei (PL)
3.670/2023, que isenta os trabalhadores já
aposentados do recolhimento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição
previdenciária. O texto também obriga o Sistema
Nacional de Emprego (Sine) a manter e divulgar uma
lista de pessoas aposentadas aptas ao retorno ao
mercado de trabalho.
O projeto do ex-senador Mauro Carvalho Junior (MT)
recebeu relatório favorável da senadora Margareth
Buzetti (PSD-MT) e segue para o Plenário. A
parlamentar sugeriu uma emenda para limitar o número
de aposentados que ficariam isentos das
contribuições. De acordo com a senadora, sem esse
limite, a admissão de idosos poderia prejudicar
jovens em busca de emprego.
Segundo o PL 3.670/2023, empresas com até dez
empregados podem contratar uma pessoa aposentada e
obter a isenção do FGTS e da contribuição
previdenciária. Empresas com 11 a 20 trabalhadores
ficam autorizadas a contratar até dois aposentados.
No caso de empresas maiores, a isenção é limitada a
5% do total de funcionários.
De acordo com a proposta, a isenção do FGTS só vale
para empresas que comprovem aumento no número total
de empregados. Na hora da demissão do funcionário
aposentado, a empresa fica dispensada de recolher o
FGTS referente ao mês da rescisão e ao mês anterior.
Também é dispensado o pagamento da indenização de
40% sobre todos os depósitos realizados durante a
vigência do contrato.
— A participação da mão de obra de pessoas idosas,
especialmente aquelas com 60 anos ou mais e
aposentadas, é influenciada pelo desempenho
econômico, sendo crucial o estímulo estatal à sua
contratação. Diante disso, propõe-se a isenção das
contribuições previdenciárias devidas tanto pelos
trabalhadores quanto pelos empregadores nos casos de
contratação de empregados ou trabalhadores avulsos
já aposentados — explicou a relatora.
O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA),
votou contra o projeto. Para o parlamentar, o poder
público deve priorizar o acesso de jovens ao mercado
de trabalho.
— Hoje, a taxa de desemprego na faixa acima de 60
anos é de 3%. Para jovens até 17 anos, é de 30%.
Entendo o espírito da origem do projeto. Só chamo a
atenção de que, na verdade, nosso problema maior é
exatamente na garotada até 24 anos, que tem uma taxa
de desemprego que vai de 17% a 30% — argumentou.
Já o senador Flavio Azevedo (PL-RN) argumentou que
jovens e idosos não competem pelas mesas vagas no
mercado de trabalho.
— A faixa de menos idade possui habilidades
diferentes da faixa etária a partir dos 60 anos.
Elas não competem. Hoje, a maioria dos funcionários
de empresas privadas com 60 anos já estão
aposentados — e no auge da sua capacidade produtiva.
O funcionário com 60 anos está apto, mais do que
todos, a exercer suas funções dentro da empresa
privada — disse.
Fonte: Agência Senado
07/08/2024 -
Zanin suspende análise de inclusão de empresa do
mesmo grupo em sentença trabalhista
STF vai definir se juízes podem cobrar ou
bloquear patrimônio de empresa que faça parte do
mesmo grupo econômico de outra condenada
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), pediu destaque e suspendeu o
julgamento que discute a inclusão de empresas
integrantes do mesmo grupo econômico na fase de
cobrança de condenações trabalhistas.
A análise ocorria no plenário virtual e tinha
conclusão prevista para esta terça-feira (6). O
pedido de destaque transfere a discussão para o
plenário físico e a data será definida pelo
presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
Até a suspensão, haviam 4 votos na linha proposta
pelo relator, Dias Toffoli. Ele defendeu a inclusão
de empresas na fase de cobrança mesmo que elas não
tenham participado da fase de produção de provas do
processo, mas ressaltou que esse procedimento deve
observar o direito ao contraditório, à ampla defesa
e ao devido processo legal. Ele foi acompanhado
pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e
Gilmar Mendes. Com o pedido de destaque, o placar é
reiniciado.
O que está em jogo?
Nesta ação, que afeta todos os processos que tratam do
tema na Justiça, o STF vai definir se juízes podem
cobrar ou bloquear o patrimônio de empresa que faça
parte do mesmo grupo econômico de outra empresa
condenada, mesmo que ela não tenha participado do
processo desde o início.
O argumento das companhias é que tal prática impede
o exercício de defesa, inclusive para comprovar que
a empresa não integra o grupo econômico devedor. Por
outro lado, tribunais trabalhistas têm entendido que
as empresas que compõem o grupo são “responsáveis
solidárias” pela dívida.
Os processos que versam sobre esse tema na Justiça
do Trabalho estão suspensos desde maio de 2023 por
liminar do relator, Dias Toffoli. De acordo com o
ministro, os tribunais trabalhistas têm aplicado
decisões conflitantes a respeito do assunto há mais
de duas décadas. A suspensão vale até o julgamento
do mérito ser concluído.
Fonte: Estadao Conteudo
07/08/2024 -
CAE pode votar estímulos para a contratação de
aposentados
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar
nesta terça-feira (6) projeto para incentivar a
contratação de idosos aposentados. O PL
3.670/2023 isenta de contribuições e de obrigações
empresas que aumentarem o quadro de funcionários com
aposentados. O senador Jayme Campos (União-MT)
elogiou a iniciativa, mas o líder do governo, Jaques
Wagner (PT-BA), alertou para impacto de R$ 70
bilhões da medida nos cofres públicos.
Fonte: Agência Senado
06/08/2024 -
O caráter do
governo Lula
Depois de quase 5 mandatos, o lulismo já disse
a que veio, daí para mais é preciso colocar nesse
processo o fator povo, no sentido orgânico. Isto é,
não apenas como elemento retórico e/ou simbólico. A
despeito de críticas, principalmente à esquerda, é
preciso entender os limites do lulismo.
Marcos Verlaine*
Para daí construir, se for o caso, a ponte para
conduzi-lo a algo mais avançado, política e
economicamente. Essa agenda não é etérea ou
romântica. É preciso ser pensada e organizada. Quem
e o que vão construir essa possibilidade ou
alternativa?
Todavia, antes de entender esse fenômeno político e
social, que é o lulismo, é preciso entender o
principal protagonista desse processo.
O presidente Lula e os quase 5 governos que ele
protagonizou não nasceram de rupturas políticas. Ao
contrário. São, na verdade, resultados de
negociações e conciliações.
Lá no primeiro mandato, para ganhar a confiança dos
que de fato mandam no País, foi apresentada a famosa
“Carta ao povo brasileiro”.
Esse documento, assinado em junho de 2002, pelo
então candidato à Presidência da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, em síntese, assegurava que, em
caso de vitória, ele e o PT respeitariam os
contratos nacionais e internacionais.
Vitorioso, Lula cumpriu à risca o pacto. O que lhe
proporcionou o segundo mandato e ainda lhe permitiu
eleger a sucessora por mais 2 gestões. Daí em diante
todos sabem o que ocorreu. Dilma, no caso, era
liderança derivada do protagonismo e liderança de
Lula.
Este quinto mandato — o terceiro de Lula
propriamente —, em grande medida, é resultado do
desastre que o impedimento de Dilma causou ao País,
quando o acordo que erigiu a “Nova República” foi
comprometido. E se rompeu com a eleição de
Bolsonaro, em 2018.
O que foi 1 das causas do desabrochar da
extrema-direita virulenta no Brasil, que está às
voltas, desde 2013, contra a democracia liberal.
Feita esta necessária introdução, vamos ao caráter
do governo Lula no plano econômico, político e
social, pois sem entender isto dar o passo seguinte
será mais difícil.
Reformismos forte e fraco
Na tese de doutorado que virou livro —
Os sentidos do lulismo —, o professor e
cientista político André Singer afirma que há 2 PT:
1 antes e outro depois de 2002. O de antes era “um
partido reformista forte”. O de depois virou “um
partido reformista fraco”. “O partido de 2 almas”.
Na construção política do PT pós 2002, não há 1
linha sequer que proponha rupturas ou
radicalizações, a fim de buscar transformações
estruturais na sociedade brasileira.
Na economia, o governo passa longe de mexer nas
contrarreformas — neoliberais — da Previdência e
Trabalhista. Para dar 2 exemplos concretos. A
correlação de forças no Congresso nem permite isso,
já que qualquer alteração passa pelo Legislativo,
agora mais resistente à essas e outras mudanças de
paradigma.
Na agenda social, Lula, o governo, o PT e os aliados
à esquerda, seguem a receita liberal clássica que,
ao contrário do neoliberalismo, dialoga com o Estado
para aliviar, minimamente, as dificuldades do povo,
sobretudo, a parcela mais pobre, que é a maioria do
povo brasileiro. Com adoção de políticas
distributivas — destinadas a grupos específicos da
população —, e redistributivas, que buscam promover
o bem-estar social. Esta é mais difícil de fazer,
pois pressupõe retirar de setores já contemplados
para redistribuir. Ou seja, na economia, o governo é
liberal neokeynesiano.
O que tem de extraordinário neste slogan repetido
por Lula ao longo da campanha de 2022: “Colocar o
pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”?
Nada. Absolutamente nada. Em todas as democracias
liberais do mundo é assim.
E os vice-presidentes de Lula e Dilma? José de
Alencar, grande empresário do setor textil, e agora
Geraldo Alckmin, político liberal de centro-direita,
convertido ao lulismo. E Michel Temer, político
liberal de centro-direita.
Extrema-direita
Na verdade, no Brasil atual, a força que propõe
ruptura, no caso, antidemocrática, é a
extrema-direita, que era residual, hoje disputa o
poder real. O progressismo — que saiu da ditadura
fortalecido, até a primeira eleição de Dilma (2010)
—, incluído aí a esquerda, está na contenção para
evitar o pior, que seria o retrocesso
antidemocrático.
Os fatos e exemplos são fartos e variados:
• 8 de janeiro de 2023 (invasão e depredação
das sedes dos poderes em Brasília, principando
tentativa de golpe de Estado);
• 24 de dezembro de 2022 (tentativa de atentado
à bomba no aeroporto de Brasília, com intenção de
provocar caos e desordem para estimular intervenção
das FFAA);
• 12 de dezembro de 2022 (quebra-quebra no
centro da capital, no dia da diplomação de Lula no
TSE);
• 30 de outubro de 2022 (tentativa de impedir
que os eleitores de Lula votassem, principalmente no
Nordeste);
• os dias que sucederam o segundo turno
(bloqueios nas estradas e acampamentos às portas dos
quartéis clamando por intervenção militar — golpe de
Estado) são exemplos de tentativas violentas de
interrupção do Estado Democrático de Direto; e
• pode-se citar ainda o 7 de setembro de 2021 e
2022, ao conclamar apoiadores — em Brasília, Rio
de Janeiro e São Paulo — para comparecerem às
manifestações, o então presidente não economizou em
declarações que colocaram no espectro político a
ameaça de que ele tinha pretensão de tomar medidas
extremas para a recondução à Presidência.
Sem contar as inúmeras vezes que os ex-presidente,
durante o mandato, abriu fogo contra as instituições
republicanas: os poderes, a imprensa livre e as
liberdades democráticas. Além de conspirar, até o
fim e depois do fim do mandato, contra a democracia,
a favor de golpe de Estado.
Nesse processo todo havia inclusive plano de
intervenção no TSE, sequestro e assassinato de
ministros do STF. Isto está contido na famosa
“minuta do golpe”, encontrada na casa do ex-ministro
da Justiça de Bolsonaro.
Frente ampla
No plano político, o governo liderado por Lula se
movimenta no limite do possível, em razão do perfil
e das características que o performam: amplíssimo,
contraditório e em disputa. Já o foi assim nas 4
gestões anteriores.
Mas, agora, o quadro é bem diferente e pior. A
disputa está mais aguda e acirrada. A sociedade está
dividida, o Congresso, mais conservador e
majoritariamente neoliberal, com orçamento próprio,
tem poder de agenda, que antes não tinha, e que
muitas vezes se choca com a do governo; e oposição
extremada e disruptiva.
Diante desse quadro, as possibilidades de
retrocessos são mais intensas, o que faz o governo
mais cauteloso e muitas vezes tímido para propor
agendas mais avançadas. E, se não o fez isso
anteriormente, cujo quadro era mais estável e
favorável, terá mais dificuldades de propor agora.
Conclusão: o governo Lula, embora cheio de
contradições e limitações objetivas, é o que se tem
de melhor e mais avançado no País para, além de
impedir que a extrema-direita volte ao poder, se
possa melhorar a sociedade brasileira para aqueles
que mais precisam de governo, com alguma agenda
social, que atenda à maioria da população.
Assim, é preciso evitar, na medida do possível, o
criticismo, que cabe à oposição, e o governismo
acrítico, que não ajuda o governo a avançar. Ou pelo
menos tentar avançar.
Certamente, tudo indica, para ser reeleito terá de
repetir a tática eleitoral de 2022. Isto, se a
condução da economia tiver êxito.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
06/08/2024 -
CAE vota nesta terça isenção de FGTS e INSS para
trabalhadores aposentados
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar
na próxima terça-feira (6) o projeto de lei (PL)
3.670/2023, que acaba com o desconto do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da
contribuição previdenciária para trabalhadores que
já estejam aposentados. A reunião está marcada para
as 10h e tem 14 itens na pauta.
O PL 3.670/2023 foi proposto pelo ex-senador Mauro
Carvalho Junior e recebeu relatório favorável da
senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). Além da isenção
do FGTS e da contribuição ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), o texto prevê a criação de um
cadastro específico de vagas de trabalho para
aposentados no Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Fonte: Agência Senado
06/08/2024 -
Indústria brasileira tem melhor resultado desde 2020
Com esse desempenho, setor ultrapassou nível
pré-pandemia. Segmentos que mais contribuíram foram
os de derivados do petróleo e biocombustíveis,
químicos e alimentícios
A produção industrial brasileira cresceu 4,1% entre
maio e junho, melhor resultado desde julho de 2020,
segundo informações da Pesquisa Industrial Mensal (PIM)
do IBGE, divulgada na sexta-feira (2). Com esse
resultado, o setor ultrapassou o nível pré-pandemia,
de 2,8% em fevereiro de 2020.
Ainda de acordo com o levantamento, das 25
atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram
em junho. As influências positivas mais
significativas vieram de coque, produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos
químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e
indústrias extrativas (2,5%).
“Em linhas gerais, cabe destacar que o avanço mais
acentuado observado em junho de 2024 está
relacionado não só com a base de comparação
depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos
de queda na produção (-1,8%), mas também pela volta
à produção de várias unidades produtivas que foram
direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas
ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024”,
explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
O setor de produtos químicos, com a alta de 6,5% em
junho, eliminou o recuo de 2,7% observado no mês
anterior. “Esse é um setor que, de forma direta ou
indireta, sofreu com os impactos das chuvas que
afetaram o Rio Grande do Sul. Algumas plantas
industriais tiveram paralisações. Com isso, o avanço
observado em junho é, primordialmente, um fator de
compensação, mas que suplanta a queda assinalada em
maio”, avalia o gerente.
Com relação a outra das atividades com maior
influência positiva, o setor de produtos
alimentícias (2,7%) — que representa cerca de 15% da
atividade industrial do Brasil —, Macedo aponta que
houve alta na produção de produtos importantes, como
açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja
e carnes de aves.
Já para as indústrias extrativas (2,5%), os dois
produtos de maior importância dentro da atividade
mostraram expansões: minério de ferro e petróleo.
Também contribuíram para o avanço os segmentos de
metalurgia (5,0%), de veículos automotores, reboques
e carrocerias (3,1%), de bebidas (3,5%), de máquinas
e equipamentos (2,4%), de produtos do fumo (19,8%) e
de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).
Por outro lado, entre as nove atividades que
apontaram redução na produção, outros equipamentos
de transporte (-5,5%) exerceu o principal impacto em
junho de 2024 e interrompeu dois meses consecutivos
de taxas positivas, período em que acumulou ganho de
4,8%.
Com informações do IBGE
Fonte: Portal Vermelho
06/08/2024 -
Transição da desoneração da folha está na pauta do
Plenário nesta quarta
O projeto de lei que prevê um regime de transição
para a desoneração da folha de pagamento de 17
setores da economia está na pauta do Plenário nesta
quarta-feira (7). A sessão deliberativa inicia-se às
14h.
O PL 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho
(União-PB), atende a acordo firmado entre o Poder
Executivo e o Congresso Nacional em maio sobre a Lei
14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração por
quatro anos.
Conforme o projeto, durante toda a transição, a
folha de pagamento do 13º salário continuará
integralmente desonerada. Essa transição terá
duração de três anos, com início em 2025 e término
em 2027. Senado e governo discutem como compensar
essa desoneração.
A matéria teve sua análise primeiramente adiada em
16 de julho, quando o governo federal e o Senado
ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com um
pedido de prorrogação do prazo até 30 de agosto para
definir uma solução para a compensação financeira da
desoneração da folha de pagamento. A petição foi
feita pela Advocacia-Geral da União (AGU) em
conjunto com a Advocacia do Senado.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), estendeu até 11 de setembro o prazo para que
os Poderes Legislativo e Executivo busquem uma
solução consensual sobre a desoneração da folha de
pagamentos. Assim, a deliberação do projeto, que
ocorreria no dia 17 de julho foi adiada para agosto.
Fonte: Agência Senado
05/08/2024 -
Ação sindical nas cadeias produtivas sobre direitos
humanos trabalhistas
A pauta, a organização, a mobilização, a
negociação e a greve compõem parte substantiva do
trabalho sindical permanente para enfrentar e
superar os problemas presentes na vida dos
trabalhadores e das trabalhadoras nos locais de
trabalho. Cada sindicato faz esse trabalho no âmbito
da representação setorial, construindo convenções
coletivas ou acordos coletivos com empresas.
Clemente Ganz Lúcio*
Mas há problemas que ultrapassam esses limites
clássicos da ação sindical — o setor e a empresa —,
e, ao mesmo tempo, existem instrumentos
institucionais que abrem possibilidades para novos
campos de atuação para as entidades sindicais. Esses
problemas e instrumentos ganham importância maior se
inseridos no contexto das profundas mudanças na
organização do sistema produtivo, que acarretam
extensos impactos sobre o mundo do trabalho. Nesse
contexto, abrem-se oportunidades para a expansão e a
inovação do trabalho sindical.
Destacamos como estratégico a incidência sindical ao
longo das cadeias produtivas para garantir que as
empresas, em especial as multinacionais, promovam a
efetividade dos direitos trabalhistas e sindicais
conforme definem mecanismos nacionais e
internacionais de proteção de direitos humanos.
Há experiências sindicais em diferentes países,
inclusive no Brasil, que indicam que a atuação na
cadeia produtiva favorece processos de maior
agregação organizativa e a elaboração de pautas
inovadoras para serem tratadas em novos âmbitos de
mobilização e de negociação.
Essa abordagem da cadeia produtiva permite articular
os âmbitos local, setorial, regional, nacional e
internacional, requerendo pautas e propostas
inovadoras, exigindo novos processos de mobilização
e de representação dos/as trabalhadores/as que
tratem dos inúmeros problemas que afetam a vida da
classe trabalhadora e que estão presentes em todas
as formas de relação de trabalho e de contratação
(assalariado, servidor, autônomo, conta própria,
cooperado, sem carteira, intermitente, terceirizado,
pejotizado, entre outros).
A globalização das cadeias produtivas, combinada com
a terceirização sem limites e as formas flexíveis de
contratação, multiplicaram e agravaram problemas
trabalhistas. Os ataques ao sindicalismo e a
desvalorização da negociação algumas vezes
restringiram a atuação para respostas defensivas.
Por outro lado, a conectividade e a internet criaram
tipo de comunicação direta e em tempo real,
potencializando que os problemas e as lutas se
tornem rapidamente públicos e publicizáveis. Ao
mesmo tempo, as instituições multilaterais e os
governos nacionais passaram a criar mecanismos de
responsabilização das empresas sobre temas como o
trabalho análogo ao escravo, trabalho infantil,
trabalho decente, saúde e segurança no trabalho,
igualdade de gênero e de raça, entre outros.
A ONU (Organização das Nações Unidas), OIT
(Organização Internacional do Trabalho), OEA
(Organização dos Estados Americanos), OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), UE (União Europeia), entre outras
instituições internacionais, bem como as jurisdições
nacionais, inclusive a brasileira, criaram
instrumentos para efetivar a devida diligência das
empresas multinacionais com todas as empresas que
participam da sua cadeia produtiva, designando a
obrigação de implementar mecanismos para investigar
problemas, atuar preventivamente e de forma
transparente em relação a riscos e impactos
adversos, reais ou potenciais, das operações,
produtos, serviços e relações comerciais
relacionados aos direitos humanos. Isso abre enorme
campo para a atuação sindical em todas as frentes.
Essa abordagem de responsabilidade se estende para
toda a cadeia produtiva, ou seja, as empresas devem
promover trabalho decente e assegurar direitos de
todos os trabalhadores envolvidos nos processos
produtivos, da origem dos insumos até o consumidor
final, independentemente se os trabalhadores são ou
não empregados diretos. As empresas devem monitorar
riscos e impactos e promover ações para
enfrentá-los. Espaço para a intervenção sindical.
Essa institucionalidade é oportunidade e desafio
para a ação sindical. Oportunidade para analisar sob
nova perspectiva os velhos e os novos problemas do
mundo do trabalho e suas interconexões. Desafio para
formular pautas, desenvolver formas de organização e
de mobilização, criar âmbitos de negociação,
articular a cooperação intersindical e avançar nas
lutas e conquistas.
Há 2 publicações recentes que são essenciais para
quem quer inovar sindicalmente com atuação nas
cadeias produtivas para promover direitos humanos
trabalhistas e sindicais. São essas:
• “Investigação de cadeias produtivas: como
responsabilizar empresas que se beneficiam de
violações de direitos humanos”1, obra de Marques
Casara, Maria Helena de Pinho e Daniel Giovanaz. O
trabalho traz um enunciado teórico e institucional
sobre o tema e apresenta uma proposta metodológica
para o desenvolvimento do trabalho nas cadeias
produtivas. Em seguida, apresenta a aplicação dessa
metodologia no trabalho que realizaram no Brasil nas
cadeias produtivas do café, da cana-de-açúcar, da
carnaúba e da laranja.
• “O Guia de Litígio Estratégico Internacional”2,
produzido pela equipe do Instituto Lavoro, é
publicação para o movimento sindical brasileiro.
Apresenta os caminhos de denúncia e incidência para
violações de direitos humanos trabalhistas e
sindicais. Como na obra anterior, traz referências
normativas internacionais e nacionais, inclusive
brasileiras. O trabalho também apresenta roteiro de
ação sindical na cadeia produtiva e para a condução
de uma iniciativa de litígio estratégico, que é
entendido como qualquer ação dirigida a órgãos
judiciais ou similares para obter uma decisão
relacionada a um direito tido por violado ou que
poderá ser violado.
Os estudos relatam e analisam casos concretos, o que
permite vislumbrar caminhos para a atuação sindical
nas cadeias produtivas.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da
Presidência da República, membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004/2020).
______________________
1 Disponível em: https://papelsocial.com.br/metodologia.
No site da Papel Social há série de outras cadeias
produtivas analisadas.
2 Disponível em: https://institutolavoro.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Guia-de-Litigio-Estrategico-Internacional.pdf
Fonte: Diap
05/08/2024 -
Eleições municipais 2024: orientação a eleitores e
candidatos
Em cumprimento ao compromisso institucional do DIAP,
o órgão atualizou e coloca disponível a cartilha
sobre as orientações aos candidatos e eleitores
relativas às eleições municipais de outubro deste
ano. Foi elaborada pelo ex-diretor de Documentação
do órgão, Antônio Augusto de Queiroz.
Esta publicação faz parte do acervo do órgão
relativo à Série Educação Política, “com o propósito
de resgatar o sentido da participação cívica no
processo eleitoral.”
Aos eleitores
A publicação “está dividido em 2 blocos.” O primeiro,
“é destinado ao eleitor, com dicas que poderão
contribuir para o voto consciente e o combate à
corrupção eleitoral.”
Além disso, alerta “para a importância de apoiar
nomes comprometidos com os pleitos, os interesses e
as aspirações gerais do povo e, particularmente,
daqueles que vivem de seus salários, como os
trabalhadores, os servidores públicos, os
aposentados e os pensionistas.”
Aos candidatos e candidatas
O segundo é “para as candidatas ou candidatos,
proporcionando visão global e estratégica das etapas
da campanha, com informações úteis desde o
financiamento e a prestação de contas, passando pelo
planejamento, até a propaganda e o marketing.”
E ainda fornece “dados sobre a legislação referente
ao pleito eleitoral e ao exercício das funções
públicas.”
Voto consciente
O voto consciente “é instrumento importante para
orientar boas escolhas e evitar os reiterados
escândalos na política brasileira, que criam
desilusão e afastam os eleitores, principalmente os
jovens, do exercício do direito de voto.”
“Além, [é claro] de ser fundamental para eleger
cidadãos com visão republicana e vocacionados ao
exercício de mandatos e da liderança política.”
A omissão das pessoas conscientes e corretas, [do
ponto de vista ético], nas disputas eleitorais faz
com que políticos inescrupulosos sejam eleitos e
coloquem seus interesses particulares e de grupos
acima dos interesses coletivos.
Para evitar essas e ouras falsidades, os eleitores e
eleitoras conscientes precisam ocupar os espações
sociais e políticos, a fim de eleger os melhores
quadros da sociedade brasileira.
Acesse a íntegra da publicação “Eleições
municipais 2024: orientação a eleitores e a
candidatas e candidatos”.
Fonte: Diap
05/08/2024 -
PIB brasileiro vai crescer mais que 2% este ano,
avalia IFI
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer
mais do que o esperado em 2024, segundo avaliação da
Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgada na
quinta-feira (1º). De acordo com a IFI, o aumento do
PIB deve ficar em 2,3% este ano se o bom resultado
econômico do primeiro semestre se repetir no
restante do ano.
“Apesar do impacto das enchentes no Rio Grande do
Sul, a atividade econômica evoluiu acima do esperado
ao longo do segundo trimestre, indicando um viés de
alta para a projeção da IFI para o PIB de 2024”,
afirma a instituição no Comentário da IFI nº 22.
Segundo o documento, os últimos dados do Banco
Central e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) confirmam
que a atividade econômica nacional cresceu no
segundo trimestre e a trajetória deve continuar
positiva até o final do ano.
Mesmo com os altos prejuízos econômicos da tragédia
no Rio Grande do Sul, diz a IFI, o consumo de bens e
serviços teve bons resultados no restante do país em
2024 graças “ao dinamismo do mercado de trabalho,
marcado pelo aumento do emprego e do rendimento
real”. A última expectativa da IFI era de
crescimento do PIB em 2024 de 2%, conforme o
Relatório de Acompanhamento Fiscal de junho.
De acordo com a IFI, o aumento acima de 2% também é
projetado pela FGV (2,2%), pelo FMI (2,1%) e pelo
Ministério da Fazenda (2,5%). Em 2023 o crescimento
do PIB brasileiro foi de 2,9%, totalizando R$ 10,9
trilhões.
O PIB é o principal indicador da atividade econômica
de um país e reflete o valor de todos os bens e
serviços finais produzidos dentro do território de
um país no mercado formal. A comparação entre tudo o
que se produziu em um ano com o total do ano
anterior indica se a economia está em um ciclo de
prosperidade ou de crise.
Fonte: Agência Senado
05/08/2024 -
Micro e pequenas empresas geram seis de cada dez
empregos em junho
Pesquisa é do Sebrae
As micro e pequenas empresas (MPEs) foram
responsáveis por 57,5% dos 201.705 criados no país
com carteira assinada em junho, informou sexta-feira
(1º) o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae).
No mês, as micro e pequenas empresas geraram 115.907
empregos, enquanto as médias e grandes empresas (MGEs)
contribuíram com 63.953 dos novos postos de
trabalho. Assim, de cada dez empregos gerados, seis
estão nas MPEs.
Levantamento do Sebrae - com base em dados do novo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
- mostra que os setores que lideraram a geração de
empregos, entre as MPEs, foram de Serviços (49.018
vagas); Comércio (27.443) e Construção (18.753).
No item das médias e grandes empresas os segmentos
que mais criaram postos de trabalho foram: Serviços
(32.024 novas vagas), Indústria da Transformação
(13.101) e Agropecuária (8.343).
Proporcionalmente, os estados em que as MPEs mais
criaram empregos foram o Amazonas (2.532), com saldo
de 16,47 empregos a cada mil gerados; Acre (629
empregos e saldo de 15,31 a cada mil postos
gerados); e o Maranhão, com 3.494 e saldo de 15,28 a
cada mil empregos criados.
Menor volume
Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul foram
os que apresentaram o menor volume de criação de
empregos proporcionalmente. O Rio Grande do Sul -
atingido por enchentes entre abril e maio - ficou
com uma geração negativa de -5.100 vagas e saldo
negativo de -3,67 empregos a cada mil gerados.
O Paraná criou 6.619 empregos, tendo saldo de 4,66
empregos a cada mil gerados. Mato Grosso do Sul
criou 1.392 empregos e teve saldo de 4,72 postos a
cada mil gerados.
O levantamento do Sebrae mostra ainda que, em junho,
as MPEs geraram, na região Norte, 115.907 vagas com
carteira assinada, saldo de 11,8 empregos a cada mil
criados.
O Nordeste criou 29.725 postos de trabalho e
registrou saldo de 9,63 empregos a cada mil gerados.
O Sudeste gerou 54.896 5,72 vagas em junho, com
saldo de 9,63 a cada mil empregos; o Centro-Oeste
teve 13.688 vagas e saldo de 8,09 a cada mil
gerados. O Sul ficou com 7.258 novas vagas e saldo
de 1,85 a cada mil empregos gerados.
No acumulado até junho, o país fechou o primeiro
semestre com saldo positivo de 1.300.044 novas
vagas. “Desse total, as MPEs foram responsáveis por
777.222 vagas, o que equivale a 59,8% do saldo de
empregos gerados, enquanto MGEs formalizaram
395.850, 30,4% do total de empregos”, finalizou o
Sebrae.
Fonte: Agência Brasil
05/08/2024 -
TST começa segundo semestre com 100% dos novos
processos no PJe
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Lelio Bentes Corrêa, anunciou nesta
quinta-feira (1º/8), na abertura das atividades do
segundo semestre, que todos os novos casos recebidos
pela corte serão processados pelo Processo Judicial
Eletrônico (PJe).
“Finalmente, podemos dizer que a Justiça do Trabalho
é 100% PJe”, afirmou ele na sessão do Órgão Especial
que marcou a retomada dos julgamentos do TST.
O ministro lembrou que esse processo se iniciou há
muito tempo e teve a contribuição decisiva da
ministra Maria Cristina Peduzzi em sua gestão na
presidência, quando foi iniciada a migração dos
processos para o PJe, “de forma lenta e segura,
contornando todas as dificuldades que apareceram no
caminho”.
Conversão e reconversão
Para exemplificar o que a mudança representa em termos
de economia de tempo e pessoal, o presidente
observou que todos os processos que subiam dos
Tribunais Regionais do Trabalho vinham no PJe e, no
TST, eram convertidos para um outro sistema, e, ao
fim do processamento, era feita a reconversão.
De acordo com o ministro, de janeiro a junho deste
ano, o TST julgou 247.934 processos, 6,7% a mais do
que no mesmo período em 2023, quando 70% dos novos
casos já tramitavam pelo PJe. “A expectativa é de
que a produtividade seja ainda maior e consigamos
vencer o desafio de um número crescente de processos
a cada ano.”
Outro anúncio feito na sessão foi o lançamento do
novo painel da movimentação processual do TST, em
que as informações são tratadas por inteligência
artificial. O painel permite a visualização dos
resultados de cada gabinete com exatidão de -1, ou
seja, com as informações do dia anterior. Para o
presidente, trata-se de uma ferramenta de gestão
importantíssima para os gabinetes e um avanço também
na transparência, porque os dados estarão
disponíveis a toda a comunidade jurídica e a quem se
interessar. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
02/08/2024 -
Inteligência artificial deve “alavancar o
desenvolvimento” do Brasil
“Partimos da compreensão de que a IA é uma força
tecnológica transformadora, que impacta
profundamente a sociedade e o Planeta”, afirmou Luis
Fernandes, do MCTI
Após uma espera de 14 anos, a Conferência Nacional
de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) voltou. E
sua quinta edição, aberta nesta terça-feira (30), já
tem um tema em clara evidência: a inteligência
artificial (IA).
Se a abertura da conferência, pela manhã, foi
marcada pela entrega da proposta do 1º Plano
Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) ao
presidente Lula, uma plenária, à noite, detalhou o
projeto ao público. A programação é realizada pelo
MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação),
em Brasília.
O PBIA foi construído ao longo de quatro meses, sob
encomenda da Presidência da República. A
força-tarefa ficou a cargo do Conselho Nacional de
Ciência e Tecnologia, sob coordenação de Luis
Fernandes, secretário-executivo do MCTI. O Conselho
aprovou a proposta do plano nesta segunda-feira
(29), em reunião presidida pela ministra da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Foi o próprio Luis Fernandes que apresentou o PBIA
na plenária “Um Plano Estratégico para o
Desenvolvimento e a Utilização da Inteligência
Artificial no Brasil”, uma das mais concorridas da
5ª Conferência. O Conselho, segundo o
secretário-executivo, batizou o plano de “IA para o
Bem de Todos”.
Antes disso, porém, Fernandes destacou as “bases de
formulação estratégica” que orientaram a construção
do plano. “Partimos da compreensão de que a IA é uma
força tecnológica transformadora, que impacta
profundamente a sociedade e o Planeta. A
concentração excessiva de poder, dados e recursos em
poucas empresas – ou poucos países – pode ter como
consequência a exclusão de grande parte da
humanidade dos benefícios dessa tecnologia”,
afirmou.
Para que a inteligência artificial seja capaz de
“alavancar o desenvolvimento social e econômico do
Brasil”, o PBIA demanda uma “iniciativa estratégica
coordenada entre governo, comunidade
científico-tecnológica, empresas e sociedade civil”.
É essa parceria que torna viáveis os cinco objetivos
do plano:
• Transformar a vida dos brasileiros por meio de
inovações sustentáveis e inclusivas baseadas em
Inteligência Artificial.
• Equipar o Brasil de infraestrutura tecnológica
avançada com alta capacidade de processamento,
incluindo um dos cinco supercomputadores mais
potentes do mundo, alimentada por energias
renováveis.
• Desenvolver modelos avançados de linguagem em
português, com dados nacionais que abarcam nossa
diversidade cultural, social e linguística, para
fortalecer a soberania em IA.
• Formar, capacitar e requalificar pessoas em IA em
grande escala para valorizar o trabalhador e suprir
a alta demanda por profissionais qualificados.
• Promover o protagonismo global do Brasil em IA por
meio do desenvolvimento tecnológico nacional e ações
estratégicas de colaboração internacional.
Com investimentos da ordem de R$ 23 bilhões, o PBIA
é o resultado de um processo que teve mais de 30
reuniões bilaterais, mobilizando representantes de
117 instituições públicas, privadas e da sociedade
civil. Os 38 documentos recebidos pelo CCT no
período incluíam mais de 300 sugestões.
Segundo Luis Fernandes, o adiamento da 5ª CNCTI, em
decorrência da tragédia no Rio Grande do Sul,
garantiu ao Conselho um tempo extra que se revelou
decisivo para a conclusão do projeto. “Até ontem,
ainda estávamos recebendo propostas”, disse o
secretário-executivo. De acordo com ele, a vigência
do PBIA será de 2024 a 2028.
A plenária sobre inteligência artificial foi mediada
por Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.Br), ligado ao MCTI.
Participaram também da mesa os professores Silvio
Meira, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do
Recife da Universidade Federal de Pernambuco
(Cesar/UFPE), e Laura Schertel, do Instituto
Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP);
Rodrigo Mulinari, diretor de Tecnologia do Banco do
Brasil; e Nelson Leoni, CEO da Widelabs.
Fonte: Portal Vermelho
02/08/2024 -
"Só falta a gente reduzir a taxa de juros", diz Lula
O presidente fez sua declaração antes da decisão
do Copom que manteve a Selic em 10,5% ao ano
Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou nesta quarta-feira, enquanto discorria sobre
conquistas de sua gestão, que o país ainda precisa
baixar a taxa de juros.
A declaração de Lula, um crítico recorrente do
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e
de sua política monetária, ocorreu minutos antes do
anúncio de decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) do BC sobre a taxa básica de juros, a Selic.
"A inflação está controlada, só falta a gente
reduzir a taxa de juros, que não depende só do
governo, mas que a gente vai conseguir também",
disse Lula durante evento sobre obras de ampliação e
aeroportos em Mato Grosso.
Pouco depois, o Banco Central anunciou que o Copom
havia decidido manter a Selic em 10,50% ao ano. De
acordo com o BC, a atual conjuntura, com tendência
de desinflação mais lenta, ampliação da desancoragem
das expectativas para os preços e cenário global
desafiador, demanda serenidade na condução da
política monetária.
Entre o fim de junho e o início de julho, críticas
de Lula às decisões do BC e a Campos Neto foram mal
recebidas no mercado, fazendo o dólar chegar a ser
cotado próximo de 5,70 reais.
Fonte: Brasil247
02/08/2024 -
Nova lei flexibiliza comprovação de feriados locais
em recursos no Judiciário
A falta de comprovação de feriados locais deixará de
ser um empecilho para a análise de recursos
apresentados em processos judiciais. Foi publicada
nesta quarta-feira (31) no Diário Oficial da União,
a Lei 14.939, de 2024, que dispensa essa
apresentação no ato da interposição do recurso. A
lei, sancionada na terça-feira (30), é oriunda do PL
4563/2021, aprovado em julho pela Câmara com
mudanças feitas pelo Senado.
O projeto, do ex-deputado Carlos Bezerra, foi
relatado no Senado pelo senador Eduardo Girão
(Novo-CE). As alterações promovidas pela nova lei
são no Código de Processo Civil (Lei 13.105, de
2015).
A mudança era uma reivindicação antiga de advogados,
que apontavam entraves burocráticos à análise de
recursos. Pelo texto sancionado, se o recorrente não
comprovar o feriado local ao apresentar o recurso, o
tribunal poderá determinar a correção desse erro em
nova oportunidade ou até mesmo desconsiderar essa
omissão caso a informação já conste no processo
eletrônico.
Fonte: Agência Senado
02/08/2024 -
Importante reunião – João Guilherme Vargas Netto
Retomo meus textos das quintas-feiras depois de dias
de doença, que superei.
As observações sobre o movimento sindical devem
sempre sobrepor-se às dificuldades de comunicação
nas redes de internet e ao permanente
desconhecimento dos fatos sindicais pela mídia
grande.
Porque, de fato, a vida sindical se mostra ativa
como sempre é registrado pelos Arquivos Trabalho –
Rádio Peão Brasil, com notícias que retratam o dia a
dia dos sindicatos, dos trabalhadores e das
trabalhadoras.
São campanhas salariais que têm garantido, em 90%
das negociações, ganhos reais dos salários; são
manifestações, como a das centrais sindicais contra
os juros altos; são as divulgações regionalizadas no
Paraná do importante papel das conquistas dos
metalúrgicos (reajustes, PLRs, vale-mercado) na vida
das cidades; são denúncias de agressões e até de
assassinatos de trabalhadores.
Mas quero destacar a importante reunião do L20
realizada em Fortaleza, nos dias 23 e 24 de julho,
que apesar de preparatória ao G20 (que agrupa
dirigentes de países com 90% do PIB mundial) a ser
realizado em novembro no Rio de Janeiro, teve exígua
cobertura midiática.
O L20 – Labour 20 (que em português deveria se
chamar T20 – Trabalho 20) reuniu 459 participantes
trabalhistas e sindicais do mundo inteiro que
aprovaram a Declaração de Fortaleza – Construindo um
mundo justo e um planeta sustentável por meio de Um
Novo Contrato Social – para a apreciação do G20,
sustentada pelo acordo estratégico entre os
presidentes Lula e Biden.
Quatro presidentes de centrais sindicais brasileiras
(UGT, Nova Central, FS e CUT), além de
representantes de outras e de inúmeros dirigentes
sindicais qualificaram o evento e foram relevantes
nas discussões e nas formulações aprovadas.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor sindical.
Fonte: Agência Sindical
02/08/2024 -
TST aumenta indenização a ser paga por empresas que
desistiram de recontratar mulher grávida
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho aumentou
para R$ 18 mil o valor da indenização a ser paga a
uma trabalhadora por uma franqueadora e uma agência
de viagens que desistiram de recontratá-la após ela
informar que estava grávida.
Para o colegiado, o valor de R$ 6 mil fixado na
instância anterior era muito baixo para reparar o
dano moral sofrido pela autora da ação trabalhista.
Conduta discriminatória
Nos autos, a profissional contou que havia prestado
serviços para a agência de viagens de julho de 2017
a outubro de 2018. Em maio de 2019, recebeu
mensagens de WhatsApp da dona da empresa
convidando-a para retornar ao emprego porque os
clientes pediam muito que ela voltasse.
Dias depois, ao conversaram pessoalmente, a
trabalhadora informou que estava grávida, então a
proprietária passou a dizer que seria necessário
levar o fato à franqueadora.
Na sequência, a autora recebeu um e-mail que dizia
que a empresa não havia autorizado a recontratação,
e a dona da agência, pelo aplicativo de mensagens,
perguntou se havia possibilidade de voltarem a
conversar após o nascimento do bebê. A conversa foi
apresentada na ação como prova da discriminação.
Lamentável realidade brasileira
O juízo da Vara do Trabalho de Xanxerê (SC) reconheceu
a conduta discriminatória das empresas e condenou-as
solidariamente a pagar R$ 18,5 mil de indenização.
Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC) reduziu esse valor para R$ 6 mil, por
considerar que a negociação se deu em tom amigável e
não causou maiores transtornos à profissional, que
não chegou a sair do emprego que tinha na época.
O relator do recurso de revista da trabalhadora,
ministro Mauricio Godinho Delgado, ressaltou que a
Constituição Federal proíbe qualquer prática
discriminatória contra a mulher no contexto de
trabalho.
No entanto, “lamentavelmente, na realidade
brasileira”, também segundo o relator, ainda há um
grau elevado de tolerância à discriminação,
incluindo as fases de celebração e término do
contrato de trabalho.
Nesses casos, a indenização tem de ser razoável e
proporcional à gravidade da conduta, para que ela
não fique impune e para desestimular práticas
inadequadas aos parâmetros da lei, argumentou também
o relator ao ampliar o valor a ser pago para a
trabalhadora. A decisão foi unânime. Com informações
da assessoria de imprensa do TST.
Processo RR-1227-28.2019.5.12.0025
Fonte: Consultor Jurídico
02/08/2024 -
Projeto permite citar por edital empregador não
localizado em ação trabalhista sumária
O Projeto de Lei 1120/24 autoriza a Justiça a citar
o empregador por meio de edital, em processos
trabalhistas sujeitos a procedimento sumaríssimo,
quando não for possível localizá-lo. Nesse caso, o
rito sumaríssimo será convertido em ordinário.
A Câmara dos Deputados analisa a proposta, que
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Atualmente, de acordo com a CLT, são julgados em
procedimentos sumaríssimos os processos envolvendo
até 40 salários mínimos, os quais são instruídos e
julgados em única audiência entre as partes.
Nesses casos, no entanto, não é permitida a citação
por edital, cabendo ao autor da reclamação fazer a
correta indicação do nome e endereço da empresa, sob
pena de arquivamento do processo.
Autor do projeto, o deputado Alberto Fraga (PL-DF)
sugere alterar a CLT para permitir a conversão do
rito sumaríssimo em ordinário quando for
imprescindível citar o reclamado por edital.
Na prática, o texto de Fraga preserva as regras do
rito sumaríssimo previstas na CLT e inclui a
possibilidade de abertura de instância na justiça
trabalhista, o que atualmente é uma prerrogativa do
presidente do tribunal, do procurador da justiça do
trabalho e dos sindicatos.
Por fim, a proposta estabelece que o arquivamento
pela falta de endereço do empregador só ocorrerá nos
casos em que reclamante não justificar os motivos da
não indicação.
Próximos passos
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas
comissões de Trabalho; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
01/08/2024 -
Desemprego cai para 6,9%, menor índice do trimestre
desde 2014
Dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo
IBGE
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho
caiu para 6,9%, esse é o menor resultado para um
trimestre desde janeiro de 2015, quando também
marcou 6,9%. Observando apenas para o período de
três meses que vai até junho, é o menor resultado
desde 2014 (igualmente 6,9%). Os dados fazem parte
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No trimestre móvel anterior, fechado em março, a
taxa de desemprego estava em 7,9%. Já no segundo
trimestre de 2023, o índice era de 8%. A marca
atingida em junho é menos da metade do pico da série
histórica do IBGE, em março de 2021, quando a taxa
alcançou 14,9%. À época, era o auge da pandemia de
covid-19. A série se inicia em 2012.
No trimestre encerrado em junho, o número de pessoas
que procuravam trabalho ficou em 7,5 milhões – o
menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de
2015. Isso representa queda de 12,5% no trimestre.
Já em relação ao mesmo período do ano passado, a
redução foi 12,8%.
A população ocupada renovou mais um recorde,
atingindo 101,8 milhões de pessoas. Esse contingente
é 1,6% maior que o do trimestre anterior e 3%
superior ao do mesmo período do ano passado.
O número de empregados no setor privado também foi o
máximo já registrado, 52,2 milhões, impulsionado por
novos recordes do total de trabalhadores com
carteira assinada (38,4 milhões) e sem carteira
(13,8 milhões).
A população desalentada, ou seja, aquela que
desistiu de procurar emprego por pensar que não
encontrará, recuou para 3,3 milhões no trimestre
encerrado em junho. Isso representa uma redução de
9,6% no trimestre. É também o menor contingente
desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2
milhões).
A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado
de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva
em conta todas as formas de ocupação, seja emprego
com ou sem carteira assinada, temporário e por conta
própria, por exemplo. São visitados 211 mil
domicílios.
Caged
A divulgação do IBGE acontece um dia depois de serem
conhecidos os dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. Diferentemente da
Pnad, o Caged traz dados apenas de emprego com
carteira assinada.
O Brasil fechou o mês de junho com saldo positivo de
201.705 empregos, o que representa expansão de 29,5%
ante o mesmo mês do ano passado. O resultado
decorreu de 2.071.649 admissões e de 1.869.944
desligamentos.
Brasil tem saldo de 201 mil empregos em junho, alta
de 29,5%. Segundo Ministério do Trabalho, no
acumulado do ano (janeiro/2024 a junho/2024), o
saldo foi de 1.300.044 empregos e, nos últimos 12
meses (julho/2023 a junho/2024), foi registrado
1.727.733 empregos.
No acumulado do ano até junho, o saldo é de 1,3
milhão de vagas e, nos últimos 12 meses, 1,7 milhão.
Fonte: Agência Brasil
01/08/2024 -
Em 18 meses, governo Lula gera 2,7 milhões de
empregos formais
Se durante os 12 meses do ano passado o saldo foi
de 1,4 milhão de vagas, em seis meses deste ano já
está em 1,3 milhão
Desde o início do terceiro governo Lula, o mercado
de trabalho brasileiro acumula um saldo de 2,7
milhões de empregos formais. Graças a essa retomada,
o País alcançou um estoque recorde de mais de 46
milhões de trabalhadores com carteira assinada – ou,
mais precisamente, 46.817.319.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (30) pelo
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foram extraídos
do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados). A cada mês, o indicador mostra a
relação entre admissões e desligamentos.
Um olhar atento a esse período de 18 meses (de
janeiro de 2023 a junho de 2024) mostra um mercado
de trabalho aquecido. Em junho de 2023, foram
gerados 157,1 mil postos de trabalho. Agora, em
junho deste ano, foram 201,7 mil.
Houve expansão do emprego nos cinco grandes
grupamentos de atividades econômicas: Serviços
(87.708 vagas a mais), Comércio (33.412), Indústria
(32.023), Agropecuária (27.129) e Construção Civil
(21.449). Já ao longo do ano, os setores que mais
tiveram saldo positivo de novas carteiras assinadas
foram Serviços (716.909), Indústria (242 mil),
Construção Civil (180.779), Comércio (86.254) e
Agropecuária (73.809).
Mesmo com a tragédia do Rio Grande do Sul – único
estado que registrou perda em junho no estoque de
empregos –, o balanço de 2024 já é praticamente
igual ao de 2023. Se durante os 12 meses do ano
passado o saldo foi de 1,4 milhão de vagas, em seis
meses deste ano já está em 1,3 milhão.
Fonte: Portal Vermelho
01/08/2024 -
Nova Central e demais centrais pedem queda nas taxas
de juros
Nesta terça-feira (30), as Centrais Sindicais – Nova
Central, Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CSB,
Intersindical e Pública – realizaram ato contra
juros altos por todo Brasil.
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, acredita no
apoio da mobilização social para conter os juros: “É
preciso que sociedade, a classe trabalhadora mais
prejudicada, esteja junto com a gente nesta luta.
Por isso, estamos nas ruas na tentativa de
sensibilizar os membros do Copom (Comitê de
Políticas Monetárias) do Banco Central quanto a
urgência da redução da Taxa Selic”.
Destaque para manifestação em frente à sede do Banco
Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, que
reuniu centenas de dirigentes sindicais para
protestar.
Fonte: NCST
01/08/2024 -
Mão de obra não qualificada é desafio para
indústrias de construção, diz CNI
Sondagem realizada pela Confederação Nacional da
Indústria aponta principais desafios para setor no
segundo trimestre de 2023. A elevada carga
tributária ainda é o problema mais lembrado, sendo
citado por 28,3%
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou,
nesta segunda-feira (29/7), um levantamento que
revela os principais desafios enfrentados pelos
empresários do setor de indústria de construção. De
acordo com os dados do segundo trimestre de 2023, da
Sondagem Indústria da Construção, a falta ou o alto
custo da mão de obra não qualificada foi lembrado
como segundo maior problema para o segmento, pelos
próprios empresários.
Na última análise, realizada no primeiro trimestre
do ano, o mesmo problema foi recordado por 14,9% dos
empresários. Três meses depois, 24,7% dos
participantes da pesquisa afirmaram que a mão de
obra não qualificada era um dos principais desafios
para o setor. A elevada carga tributária ainda é o
mais lembrado, sendo citada por 28,3%.
“É possível notar que os jovens não têm se sentido
muito atraídos por ingressar nessa profissão. Então,
a idade média dos empregados da indústria da
construção está mais elevada e isso vem ocorrendo
concomitante a uma falta de entrada de novas
pessoas, principalmente os jovens”, avalia a
economista Paula Verlangeiro, da CNI. Na sequência,
completam o top 5 a taxa de juros elevada (24,0%) e
a burocracia excessiva (20,1%).
Atividade estável
Em junho, o índice do nível de atividade industrial
avançou apenas 2 pontos, e passou de 47,9 pontos
para 49,9 pontos, próximo ao limite que indica
estabilidade do nível de emprego no setor. “(Isso)
Não é comum para o período. Normalmente, para este
período do ano, a atividade mostra uma queda, e
nesse período se mostrou inalterada, então ficou
estável”, analisa Verlangeiro.
Também em junho, a confiança do empresário da
indústria registrou queda de 1,1 ponto. O principal
fator para a queda foi a percepção do setor sobre as
condições atuais da economia brasileira. Neste mês,
o indicador caiu 2,3 pontos, de 47,8 para 45,5
pontos, ou seja, abaixo da linha de confiança (50
pontos).
“Isso acontece por conta da avaliação que os
empresários têm das condições atuais, tanto das
condições para empresa quanto para a economia
brasileira. Porém, as perspectivas para os próximos
seis meses continuam favoráveis, os empresários
continuam otimistas com todos os indicadores”,
ressalta a economista.
Fonte: Correio Braziliense
01/08/2024 -
Greve no INSS: paralisação será intensificada, diz
sindicato dos servidores
Autarquia diz que serviços não estão sendo
comprometidos e aconselha beneficiários que
precisarem a acessar site ou app Meu INSS
O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e
Previdência (Sinssp-BR) anunciou que a greve no
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vem
crescendo a cada dia e deve se intensificar até o
início de agosto. Segundo a entidade, houve uma
queda substancial na produtividade tanto no serviços
presenciais como nos semipresenciais ou remotos.
A média geral da força de trabalho, com o
monitoramento operacional de benefícios (MOB) e
manutenção, caiu em torno de 80,64%. O cumprimento
das metas dos servidores, que em junho chegava a
88%, caiu para menos de 20% em julho. “O INSS perdeu
cerca de 60% da força de trabalho a partir da
greve”, informou o sindicato em nota. Os dados
gerais mostram que um terço das agências de
atendimento estão parcialmente ou totalmente
fechadas e adesão de cerca de 40% dos servidores do
teletrabalho.
O INSS chegou a entrar com ação judicial no Superior
Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que 85% das
equipes retornem ao trabalho.
Para a entidade, a decisão da juíza do STJ, ministra
Maria Thereza de Assis Moura, não fala em
ilegalidade da greve, “ao contrário, ela julgou a
greve como sendo legal, porém temos de manter 85%
das unidades do INSS funcionando”. A decisão está
sendo analisada pelo departamento jurídico do
sindicato.
Procurado, o INSS informou que os serviços não estão
comprometidos por conta da paralisação dos
servidores. A autarquia informa ainda que os
cidadãos que queiram dar entrada em pedido de
aposentadoria, pensão, salário-maternidade,
benefício por incapacidade, entre outros, podem
utilizar o Meu INSS, disponível para site e
aplicativo. Ou, ainda, ligar para a Central 135 para
fazer sua solicitação.
Em caso de afastamento do trabalho (auxílio-doença)
por até 180 dias, os segurados podem utilizar a
ferramenta Atestmed, que substitui a perícia médica
presencial por análise documental. “Inclusive, os
segurados que estejam com perícia marcada dentro
dessas condições (afastamento de até 180 dias) podem
ligar para a Central 135 e solicitar a troca da
perícia presencial por análise documental.
“Lembrado que, por determinação do STJ, 85% dos
servidores precisam estar presencialmente. O
quantitativo é por unidade/local de trabalho. A
multa por descumprimento da decisão chega a R$ 500
mil diários.”
O que os servidores querem?
Entre as pautas dos servidores estão:
1. Exigência de nível superior para o ingresso no
cargo de Técnico do Seguro Social;
2. Atribuições exclusivas para os servidores que
compõem a Carreira do Seguro Social;
3. enquadramento como Carreira Típica de Estado ou ”
Estratégica Finalística/Transversal Estruturante”;
4. Reestruturação da tabela remuneratória de acordo a
NT13 (com Adicional de Qualificação); e
5. abertura das Mesas Setoriais com prazo
improrrogável (Defesa do teletrabalho, novas regras
para o Bônus e pontuação).
Fonte: InfoMoney
01/08/2024 -
Copom mantém juros básicos em 10,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária do Banco Central
(Copom) decidiu, por unanimidade, nesta quarta-feira
(31) manter a taxa Selic, os juros básicos da
economia, em 10,5% ao ano.
Na reunião anterior, em junho, o Copom interrompeu o
ciclo de cortes de juros iniciado há quase um ano.
De agosto do ano passado até março deste ano, o
Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto
percentual a cada reunião. Em maio, a taxa tinha
sido cortada em 0,25 ponto percentual.
Em nota, o Copom explicou que a decisão foi motivada
pelo ambiente externo adverso e pelo conjunto dos
indicadores de atividade econômica e do mercado de
trabalho doméstico que seguem apresentando dinamismo
maior do que o esperado.
“O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de
juros inalterada, destacando que o cenário global
incerto e o cenário doméstico marcado por
resiliência na atividade, elevação das projeções de
inflação e expectativas desancoradas demandam
acompanhamento diligente e ainda maior cautela”, diz
a nota.
A decisão, de acordo com o comitê, teve como
objetivo consolidar o processo de desinflação. “A
política monetária deve se manter contracionista por
tempo suficiente em patamar que consolide não apenas
o processo de desinflação como também a ancoragem
das expectativas em torno da meta”, diz.
O Comitê diz que se manterá vigilante e relembra que
eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão
ditados pelo firme compromisso de convergência da
inflação à meta.
Fonte: Agência Brasil
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