Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2018
28/09/2018 -
Centrais Sindicais: Vice de Bolsonaro quer
escravizar trabalhador
28/09/2018 -
Ciro rechaça Mourão por defender fim do 13º salário
28/09/2018 -
Haddad: “Mourão abre mão do 13° dele?”
28/09/2018 -
Pagamento do 13º beneficia 83 milhões e aquece
economia, aponta Dieese
28/09/2018 -
Confederação questiona adoção de jornada de 12x36
por meio de acordo individual
28/09/2018 -
Confiança da Indústria tem primeira queda trimestral
em quase 2 anos
28/09/2018 -
É nula cláusula que prevê contribuição patronal a
sindicato de trabalhadores
27/09/2018 -
Sindicalismo critica terceirização irrestrita no
serviço público
27/09/2018 -
Ibope: Bolsonaro tem 27% e Haddad, 21%; petista
vence no 2º turno
27/09/2018 -
Desemprego cresce em São Paulo e atinge 1,9 milhão.
Renda cai
27/09/2018 -
TSE autoriza PT a dizer que “Haddad é Lula”
27/09/2018 -
Guardia quer aprovar reforma da Previdência este ano
sem mais mudanças
27/09/2018 -
Confiança do Comércio cai 1,2 ponto de agosto para
setembro, diz FGV
27/09/2018 -
Seguindo STF, TST nega vínculo direto a empregado de
empresa terceirizada
27/09/2018 -
Servidores não filiados a sindicatos não pagarão
contribuição sindical
27/09/2018 -
Ministério discute futuro do trabalho em reunião da
OIT no Panamá
26/09/2018 -
Adesão da CUT reforça manifesto sindical contra
Bolsonaro
26/09/2018 -
Renda dos brasileiros é comprometida pelos reajustes
das tarifas públicas
26/09/2018 -
Crédito consignado com uso do FGTS começa a operar
nesta quarta-feira (26) em todo o país
26/09/2018 -
Temer admite suspender intervenção no Rio para votar
Previdência
26/09/2018 -
"Terceirização irrestrita no setor público estimula
a corrupção"
26/09/2018 -
Centrais argentinas paralisam país contra governo
Macri e o FMI
26/09/2018 -
Proposta pune sindicato que descontar valor sem
autorização de filiado
26/09/2018 -
Proposta cria multa administrativa por discriminação
salarial por gênero ou etnia
25/09/2018 -
Nova pesquisa Ibope: Haddad segue em alta, vai a 22%
e Bolsonaro para em 28%
25/09/2018 -
Crescem as críticas do movimento sindical ao plano
trabalhista de Bolsonaro
25/09/2018 -
Perspectiva sombria para o emprego
25/09/2018 -
Atividade industrial chega a 69% da capacidade em
agosto, diz CNI
25/09/2018 -
Temer promulga decreto que libera geral
terceirização no setor público
25/09/2018 -
TST nega gratuidade de justiça a sindicato de
trabalhadores
25/09/2018 -
Dispensa motivada pelo exercício do direito de greve
viola liberdade sindical
25/09/2018 -
CAS pode votar seguro-desemprego para extrativista
vegetal
24/09/2018 -
Centrais se unem para repudiar Bolsonaro,
'anti-trabalhador e antidemocrático'
24/09/2018 -
Bolsonaro tem 26% e Haddad 22% e empatam no 2º
turno, diz DataPoder360
24/09/2018 -
Trabalhador autônomo tem renda menor que o CLT,
aponta Dieese
24/09/2018 -
País registra criação de 110 mil novas vagas de
trabalho em agosto
24/09/2018 -
Dados sobre negociação coletiva mostram importância
dos sindicatos
24/09/2018 -
Restrição de acesso ao local de assembleia invalida
criação de novo sindicato
21/09/2018 -
Ministério do Trabalho confirma: a reforma
trabalhista é um desastre
21/09/2018 -
'Bolsonaro é ameaça para o Brasil e América Latina',
afirma 'The Economist'
21/09/2018 -
Empresário da indústria está menos confiante, diz
CNI
21/09/2018 -
STF mantém decisão que manda corrigir saldo do FGTS
no Plano Collor 2
21/09/2018 -
Terceirização: um golpe contra os trabalhadores
21/09/2018 -
Exame para identificação de diabetes pode ser
obrigatório para o trabalhador
21/09/2018 -
Plano de saúde não pode ser cancelado no caso de
aposentadoria por invalidez
21/09/2018 -
Redução de intervalo é inválida em empresa que usa
compensação de horas
20/09/2018 -
Datafolha: Haddad cresce três pontos e vai a 16%.
Bolsonaro oscila dois e está com 28%
20/09/2018 -
Bolsonaro repete Temer: ataque a direitos e
precarização do emprego
20/09/2018 -
Ipea confirma tendência ao desalento no mercado de
trabalho
20/09/2018 -
Diretor do Diap reforça necessidade da pauta
trabalhista chegar aos candidatos
20/09/2018 -
Comitê discute o futuro do trabalho no Brasil
20/09/2018 -
Indicador de custos industriais cresce 3,7% no
segundo trimestre
20/09/2018 -
Banco Central mantém juros básicos em 6,5% ao ano
19/09/2018 -
Pesquisa Ibope: Haddad sobe para 19% e consolida 2º
lugar. Bolsonaro lidera
19/09/2018 -
Investigado na Registro Espúrio, Tiago Cedraz presta
depoimento
19/09/2018 -
Dieese contabilizou 1.566 greves em 2017 no setor
público e privado
19/09/2018 -
Indústria paulista fecha 2,5 mil postos de trabalho
em agosto
19/09/2018 -
Trabalhadores traçam plano de ação para fortalecer
indústria nacional
19/09/2018 -
Reforma trabalhista é objeto de novas ações no STF
19/09/2018 -
Próximo presidente terá que fazer reforma da
Previdência, diz Temer
19/09/2018 -
Juíza manda Sabesp substituir tubulação de amianto
no interior de SP
19/09/2018 -
Proposta prevê que salário-maternidade seja pago em
no máximo 30 dias
18/09/2018 -
Polícia Federal deflagra quarta fase da Operação
Registro Espúrio
18/09/2018 -
Sindicalistas promovem plenárias com Ciro (PDT) e
Haddad (PT)
18/09/2018 -
Trabalho intermitente cresce e é legitimado por
Alckmin e Bolsonaro
18/09/2018 -
TSE define urna eletrônica e confirma 13 candidatos
à Presidência
18/09/2018 -
Pesquisas mostram que transferência de votos
Lula-Haddad começou
18/09/2018 -
Crítico da reforma trabalhista torna-se
desembargador: 'Exploração e sofrimento'
18/09/2018 -
Justiça determina aumento de benefício de aposentado
em 53%
17/09/2018 -
ADI das centrais sobre destinação do imposto
sindical pode ser julgada nesta semana
17/09/2018 -
Presidente da Nova Central SP defende reforço ao
voto classista
17/09/2018 -
Haddad atribui crescimento em pesquisas a propostas
de inclusão
17/09/2018 -
Expansão do emprego formal aconteceu durante o
governo Lula
17/09/2018 -
Vox Populi: Trabalhadores desaprovam terceirização
da atividade-fim
17/09/2018 -
Renda das mulheres é 42,7% menor que a dos homens,
diz Pnud
14/09/2018 -
Relator da reforma trabalhista tem majoritariamente
doações de empresários
14/09/2018 -
Nova Central reafirma autonomia e nega alinhamento a
candidaturas
14/09/2018 -
País gera 392 mil empregos no primeiro semestre de
2018
14/09/2018 -
Haddad venceria o 2º turno, diz Vox Populi
14/09/2018 -
Servidores públicos poderão reduzir jornada de
trabalho
14/09/2018 -
Demissões superam contratações no comércio de São
Paulo
14/09/2018 -
Pochmann: é preciso um novo estatuto do trabalho
14/09/2018 -
Projeto garante à gestante provedora seis meses de
salário-maternidade sem ônus para empregador
14/09/2018 -
A cada dez benefícios pagos pelo INSS, um é
resultado de decisão judicial
14/09/2018 -
Mantida condenação de empresa que duvidou de
gravidez de empregada
13/09/2018 -
'Com apoio de Lula, Haddad vai para o segundo
turno', diz analista do Diap
13/09/2018 -
Vox Populi: Haddad já assume liderança com 22%
13/09/2018 -
Projeto criminaliza suspensão da atividade
empresarial para impedir negociação trabalhista
13/09/2018 -
Trabalhadores terão crédito mais barato a partir de
26 de setembro
13/09/2018 -
Advogada Zilmara Alencar, do DIAP, sistematiza a
terceirização
13/09/2018 -
Condenação por jornada exaustiva dispensa provas de
prejuízo para empregado
13/09/2018 -
Norma que prevê pagamento de salários após quinto
dia útil é inválida
12/09/2018 -
Ibope: sem Lula, Bolsonaro vai a 26%. Pesquisa ainda
não testou 'Haddad é Lula'
12/09/2018 -
PT indica Haddad no lugar de Lula na disputa
presidencial
12/09/2018 -
Dirigentes esperam Portaria que deve liberar imposto
sindical retido
12/09/2018 -
Indústria recua em oito dos 15 locais pesquisados
pelo IBGE em julho
12/09/2018 -
Beto Richa é preso em Curitiba acusado de corrupção
12/09/2018 -
Ibope: 23% votam com certeza em Haddad e 15% podem
votar
12/09/2018 -
Valor disponível para Abono 2016 chega R$ 1,44
bilhão
12/09/2018 -
Senador propõe maior controle para gestantes que
trabalham em condição de insalubridade
12/09/2018 -
Após laudo de invalidez, segurado tem um ano para
pedir indenização, diz TJ-MS
12/09/2018 -
Fiscalização autua Santander em R$ 5,3 milhões por
descumprir leis trabalhistas
11/09/2018 -
Sindicalistas planejam plenária ampla de apoio a
Ciro Gomes
11/09/2018 -
Datafolha: Bolsonaro lidera em cenário sem Lula, mas
perde de todos concorrentes em segundo turno
11/09/2018 -
Reforma da Previdência em 2018 é novo golpe contra
trabalhador
11/09/2018 -
Terceirização não libera “pejotização”, diz
procurador
11/09/2018 -
Trabalhadores do serviço público entram no STF
contra calote de Temer
11/09/2018 -
Pochmann: Brasil não está nas cordas por causa das
reservas dos governos do PT
11/09/2018 -
Custo de vida diminui 0,09% em São Paulo
11/09/2018 -
Sindicato não pode acionar empresa para cobrar
contribuição
11/09/2018 -
Armazenamento de inflamáveis gera adicional de
periculosidade a industriário
10/09/2018 -
Sem Lula, Haddad vai a 14%; Bolsonaro tem 20% mas
rejeição chega a 62%
10/09/2018 -
Após facada, Jair Bolsonaro vai a 30%; Haddad tem
8%, diz BTG Pactual
10/09/2018 -
Lei Maria da Penha é um avanço que precisa ser mais
bem implementado, aponta debate
10/09/2018 -
Ministro do TSE proíbe PT de apresentar Lula como
candidato
10/09/2018 -
Rosa Weber nega prorrogação de prazo para PT
substituir Lula na chapa
10/09/2018 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
fica em 0,04%
10/09/2018 -
Paulo Paim diz que vai lutar contra medida
provisória sobre saneamento
10/09/2018 -
Sindicato pode atuar na fase de execução em nome de
seus representados
10/09/2018 -
Prometer plano de demissão voluntária e não cumprir
causa dano moral
10/09/2018 -
Indenização deve considerar capacidade financeira da
empresa, diz TST
06/09/2018 -
Governo promete Portaria até dia 12 para liberar
recursos sindicais devidos
06/09/2018 -
Ibope: Bolsonaro tem 22% das intenções de voto; Ciro
e Marina, 12%
06/09/2018 -
Estudo do Diap mostra como congressistas votaram
sobre direitos dos trabalhadores
06/09/2018 -
Preço da cesta básica registra queda em 17 capitais
brasileiras
06/09/2018 -
Auxílio para aposentado que precisa de cuidador está
em debate na Câmara há três anos
06/09/2018 -
Chaves quer sindicatos atuando na autorização de
grávidas que trabalhem em condições insalubres
06/09/2018 -
Senado aprova projeto que beneficia advogados de
sindicatos e associações
06/09/2018 -
Primeira Seção vai julgar pedido de uniformização
sobre renda inicial de aposentadoria
05/09/2018 -
Bolsonaro vota na Câmara contra os trabalhadores e o
povo
05/09/2018 -
Marun vira alvo em investigação por fraudes em
registros sindicais
05/09/2018 -
Ibope consulta TSE sobre Lula e adia divulgação de
pesquisa presidencial
05/09/2018 -
Produção industrial cai 0,2% de junho para julho
05/09/2018 -
Paim lamenta destruição do Museu Nacional e critica
ministro de Temer
05/09/2018 -
Meirelles desempregou milhões, mas diz que criará 10
milhões de vagas
05/09/2018 -
Comissão debate 12 anos de vigência da Lei Maria da
Penha
05/09/2018 -
Governo e oposição criticam aumento de 16,38% para
ministros do STF
05/09/2018 -
Em processo eletrônico, agravante não precisa juntar
cópia de recurso na origem
04/09/2018 -
Paulo Paim afirma que Reforma Trabalhista reduziu
salários
04/09/2018 -
Reajuste da tabela do imposto de renda será tema de
audiência nesta terça
04/09/2018 -
Ministro da Fazenda defende manutenção do teto dos
gastos públicos
04/09/2018 -
PIB indica dificuldade de retomada do crescimento
econômico
04/09/2018 -
PT recorrerá de novo à ONU e ao STF para garantir
Lula como candidato
04/09/2018 -
Na primeira pesquisa após cassação do TSE, Lula
lidera com 37%
04/09/2018 -
Atividade industrial apresenta queda em julho, diz
CNI
04/09/2018 -
Reajustes nos custos de planos de saúde serão
debatidos novamente pela CAS
04/09/2018 -
Oferecer emprego de volta não exime pagamento de
estabilidade para grávida
04/09/2018 -
Funcionário pode acumular adicionais de
insalubridade e penosidade, decide TST
03/09/2018 -
Centrais Sindicais: Terceirização tira direitos e
não gera emprego
03/09/2018 -
Portaria regulamentará repasse de saldo residual do
imposto sindical
03/09/2018 -
PT diz que vai recorrer da decisão que impediu
candidatura de Lula
03/09/2018 -
Governo edita MP que adia reajuste dos servidores
para 2020
03/09/2018 -
Governo aumenta para R$ 1.006 previsão para salário
mínimo em 2019
03/09/2018 -
Projeto transforma em voluntárias contribuições para
entidades do “Sistema S”
03/09/2018 -
Projeto garante recontratação de representante
sindical por empresa terceirizada substituta
03/09/2018 -
OAB questiona obrigação imposta pela reforma
trabalhista para peticionar
03/09/2018 -
Ex-empregado não tem direito à permanência em plano
de saúde custeado exclusivamente pelo empregador
28/09/2018 -
Centrais Sindicais: Vice de Bolsonaro quer
escravizar trabalhador
Trabalhador sem direito a 13º salário e sem
adicional de férias. É o que defendeu o general
Hamilton Mourão (PRTB) na terça-feira (25) diante de
dirigentes lojistas em Uruguaiana (RS). Ele é o vice
do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) que
também tem dito que trabalhador tem que escolher
entre direitos ou emprego. Dirigentes de centrais
sindicais afirmaram ao Portal Vermelho que Bolsonaro
e Mourão querem escravizar trabalhador.
O vice de Bolsonaro disse que o empregador carrega
algumas “jabuticabas nas costas” se referindo ao
13º. “Se a gente arrecada doze, como é que nós
pagamos treze? É complicado, e é o único lugar em
que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no
Brasil. São coisas nossas, a legislação que está aí,
é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu
dos outros, não é com o chapéu do governo”, declarou
Mourão.
“Jabuticaba são as regalias do judiciário e das
forças armadas. Essa declaração é um absurdo e de
alguém que tem uma visão míope da sociedade. Sem
direitos o trabalhador vira escravo e essa
declaração mostra que o Bolsonaro é o candidato
contra o trabalhador”, afirmou Luiz Gonçalves, o
Luizinho, presidente em São Paulo da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST).
Marcelino da Rocha, presidente da Federação
Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do
Brasil (Fitmetal) disse que "a cria é como a
criatura". "Mourão fala exatamente o que pensa o
Bolsonaro. Eles convergem no ataque às mulheres, no
ataque aos direitos trabalhistas, na defesada
ditadura. Essa declaração precisa ser repudiada por
todos os democratas. Após a reforma trabalhista de
Temer a relação trabalhista no Brasil virou algo
próximo da escravidão. A declaração de Mourão vem
consagrar o retorno da escravidão no Brasil".
Para Divanilton Pereira, vice-presidente da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o
general Hamilton Mourão mostrou a farsa programática
que é a candidatura de Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro)
se apresenta como paladino da moralidade e do
combate à corrupção mas isso é fachada para fugir do
debate de programas. Ele não tem o que apresentar
quando se trata de dizer o que pensa do Estado, do
papel do Estado. Mourão mostrou qual é o viés do
Bolsonaro, claramente contra o trabalhador”.
De acordo com Sérgio Nobre, secretário-geral da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), a declaração
de Mourão mostra que Bolsonaro quer a volta da
barbárie. Quando o trabalhador não tinha direitos
ele era um escravo. O povo quer avançar com emprego,
liberdade e melhoria de vida e vai repudiar nas
urnas esse tipo de comportamento da chapa Bolsonaro
e Mourão e do Temer, que quer impedir o trabalhador
de se aposentar trazendo de volta a reforma a
previdência”.
Na opinião de João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, a declaração de
Mourão não deixa dúvidas de que a candidatura de
Jair Bolsonaro deve ser repudiada no dia 7 de
outubro. “As declarações falam da volta da barbárie.
Os direitos que temos hoje é fruto de conquistas de
anos. Sem esses direitos diminui o poder de compra
do trabalhador e também é um retrocesso nas
condições de vida. Ele (general Mourão) quer
retroceder a um momento da humidade em que
trabalhadores não tinham direitos”.
Centrais unidas contra Bolsonaro
Manifesto lançado neste mês por sete centrais
sindicais alerta que a candidatura de Jair Bolsonaro
e Hamilton Mourão é ameaça para democracia,
trabalhadores e direitos sociais e trabalhistas. "“O
horizonte que ele ( Bolsonaro) nos apresenta é de um
país marcado pela exploração do trabalhador, pela
violência, pelo racismo, pela discriminação, pela
repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional,
pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo
desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na
constituição, e ameaça de retorno a ditadura
militar”, diz trecho do manifesto.
O documento "Sindicalistas contra projeto fascista
de Bolsonaro" é assinado por Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical,
Nova Central Sindical, Intersindical, Conlutas e
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Fonte: Portal Vermelho

28/09/2018 -
Ciro rechaça Mourão por defender fim do 13º salário
O candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes,
rechaçou as declarações do candidato a
vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), Hamilton
Mourão (PRTB), que defendeu o fim do décimo-terceiro
salário, afirmando que se trata de uma "jabuticaba".
"Se você ainda não tinha um motivo para não votar em
Bolsonaro, agora tem", disse Ciro.
Fonte: Brasil247

28/09/2018 -
Haddad: “Mourão abre mão do 13° dele?”
O candidato do PT, Fernando Haddad, rebateu nesta
quinta-feira 27, durante campanha em Porto Alegre,
no Rio Grande do Sul, as declarações do candidato a
vice-presidente General Mourão (PRTB), da chapa de
Jair Bolsonaro (PSL). Mourão fez críticas ao 13º
salário, que definiu como uma "jabuticaba", ou seja,
só existe no Brasil.
"Quando você abre a porteira da maldade, você não
sabe onde o processo vai dar (...). O Temer começou
com a reforma trabalhista. Hoje o vice [de
Bolsonaro] disse que talvez não seja uma boa ideia
pagar o 13º salário. Vai perguntar para ele [Mourão]
se ele abre mão do dele", discursou Haddad. Para o
petista, declarações como essa mostram que o grupo
de Mourão está "com a cabeça no século 19".
"Mas abolimos a escravidão e eles não acordaram para
isso ainda. Nós abolimos a escravidão formalmente,
mas queremos abolir a escravidão materialmente",
acrescentou, segundo reportagem da Folha.
Sobre o chamado "mercado", Haddad fez uma ironia:
"Quando a gente subiu nas pesquisas, disseram que eu
tinha de fazer um aceno para o mercado. Então eu
resolvi vir aqui, olhar para esse mercado bonito que
vocês têm aqui (Mercado Público de Porto Alegre),
que é o único que eu conheço. O mercado é uma
entidade abstrata, que aterroriza as pessoas,
aterroriza os trabalhadores".
Fonte: Brasil247

28/09/2018 -
Pagamento do 13º beneficia 83 milhões e aquece
economia, aponta Dieese
A luta pelo direito a um 13º salário começou ainda
nos anos 40. Na época, as categorias urbanas, mais
organizadas, reivindicavam o então chamado “abono
natalino”. Sua consolidação se deu no governo do
presidente João Goulart (PTB), que sancionou a Lei
4.090/62, a partir da qual o 13º passou a integrar a
renda do trabalhador, alavancar vendas no comércio e
estimular a produção industrial para as compras de
final de ano.
Dieese - A Agência Sindical entrevistou
Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). Ele explica: “O 13º, na prática,
significa aumento de 8,80% no salário do
trabalhador. Ou seja, aumenta a renda e ajuda a
distribuir melhor parte da riqueza produzida pela
Nação”.
Segundo informou o Dieese, em 2017 o benefício
injetou cerca de R$ 200 bilhões na economia. O
dinheiro alcança mais de 83 milhões de brasileiros.
“Vale lembrar”, comenta o coordenador do Dieese,
“que hoje aposentados também recebem 13º salário,
ajudando a melhor distribuir renda em todo o
território nacional”.
Para Clemente, o pagamento do antigo abono natalino
é aguardado não só pelos trabalhadores e
aposentados. “O comércio sabe que terá um pico de
vendas e negócios no final de ano. E não só, entre
agosto, setembro e outubro, a indústria aumenta sua
produção justamente para dar conta da demanda que
virá do comércio”, ele observa.
Aposentadoria - Além de também receber o
benefício, o aposentado é favorecido pelo 13º
percebido na ativa, que aumenta sua renda média e
incide no futuro cálculo do provento que será pago
pela Previdência. Entre os 83,3 milhões que
brasileiros que receberam 13º no ano passado, 57,8%
eram trabalhadores da ativa. Aposentados e
pensionistas somavam 40,9%.
Constituição - Em que pese a vontade manifestada
pelo vice de Bolsonaro, general Mourão, de acabar
com o 13º salário, vale ressaltar que sua garantia
está fixada na Constituição, conforme o Artigo 7º,
inciso VIII e parágrafo único.
Fonte: Agência Sindical

28/09/2018 -
Confederação questiona adoção de jornada de 12x36
por meio de acordo individual
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS)
ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
5994, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que
seja declarada a incompatibilidade com a
Constituição Federal da expressão “acordo individual
escrito” contida no artigo 59-A da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) com a redação dada pela
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017).
O dispositivo questionado faculta às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer
horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36
horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
A CNTS sustenta que, ao permitir a adoção de jornada
de 12x36 por meio de acordo individual, a nova
redação do artigo da CLT viola o disposto no inciso
XXIII do artigo 7º da Constituição Federal, que
estabelece a garantia de “duração do trabalho normal
não superior a 8 horas diárias e 44 semanais”,
condicionando a fixação de jornadas ininterruptas à
celebração de acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
“A missão institucional da confederação autora é
defender e debater, além da dignidade profissional,
os potenciais riscos à saúde dos trabalhadores
brasileiros do setor da saúde, que inadvertidamente,
ou muito possivelmente pela necessidade premente do
emprego, submetam-se às condições de trabalho
extraordinárias sem a necessária supervisão externa,
o que somente é possível pela pactuação do
instrumento normativo e coletivo de trabalho”,
afirma a CNTS.
A entidade sustenta ofensa ao princípio da vedação
ao retrocesso no âmbito do direito do trabalho. Sob
o ângulo do risco, aponta os efeitos danosos
decorrentes da adoção, mediante acordo escrito
individual, de jornada de trabalho ininterrupta, sem
a intervenção das entidades sindicais.
Rito abreviado
Relator da ação, o ministro Marco Aurélio adotou o
rito abreviado previsto na Lei das ADIs (Lei
9.868/1999), que permite que a ação seja julgada
diretamente no mérito pelo Plenário, sem prévia
análise do pedido de liminar. O relator requisitou
informações aos presidentes da República, da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal, bem como as
manifestações da Advocacia-Geral da União (AGU) e
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: STF

28/09/2018 -
Confiança da Indústria tem primeira queda trimestral
em quase 2 anos
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,6
pontos em setembro, indo para 96,1 pontos, o menor
índice desde os 95,9 de outubro do ano passado.
Com o resultado, o indicador fecha o terceiro
trimestre em 98,6 pontos, acusando queda de 2,1
pontos em relação ao trimestre anterior – a primeira
desde o quarto trimestre de 2016.
Os dados relativos ao Índice de Confiança da
Indústria foram divulgados nesta quinta-feira (27),
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.
O resultado negativo reflete as incertezas do
período eleitoral e a queda se deu de forma
generalizada e disseminada pelos segmentos e
componentes, como explica o coordenador da Sondagem
da Indústria da FGV, Tabi Thuler Santos.
“A magnitude da queda da confiança em setembro pode
ser associada à volatilidade intrínseca ao período
eleitoral. Porém, a disseminação negativa por quase
75% dos segmentos e por todos os indicadores que
compõem o ICI reforça a percepção de deterioração
dos negócios do setor, com efeitos que podem
perdurar no quarto trimestre”, disse.
Queda
Os dados indicam que, em setembro, o Índice da
Situação Atual (ISA) caiu 2,7 pontos para 95,2
pontos, a segunda queda consecutiva.
Com recuo mais acentuado de 4,3 pontos, o Índice de
Expectativas (IE) atinge 97,1 pontos e retorna ao
nível moderadamente baixo (abaixo de 100 pontos) que
havia deixado para trás no início deste ano.
Segundo a FGV, tanto o ISA quanto o IE apresentaram
queda difusa: na situação atual, atingiu 12 dos 19
segmentos; nas expectativas, 14 de 19.
“Em termos agregados, houve piora da confiança em 14
dos 19 segmentos industriais pesquisados e em todos
os quesitos que compõem o ICI”, ressalta a fundação.
Percepção da situação atual
A avaliação dos economistas da FGV é que o indicador
que mede a percepção sobre a situação atual dos
negócios foi a principal influência na queda do
Índice de Situação Atual em setembro, com recuo de
3,4 pontos, para 93,5 pontos.
“O percentual de empresas considerando bom o
ambiente de negócios caiu de 18,0% para 16,1%,
enquanto a parcela que o considera fraco subiu de
22,6% para 23,6% do total”, diz a pesquisa.
Já as estimativas dos empresários sobre a produção
nos próximos três meses foram o principal componente
a influenciar o recuo do Índice de Expectativa. O
indicador chegou a cair 8,1 pontos, indo para 98,4
pontos, o menor nível desde os 98,0 pontos de
janeiro.
A proporção de empresas prevendo aumento da produção
caiu de 43,7% para 36,6%, enquanto a parcela das que
esperam redução aumentou de 17,7% para 23,1% do
total.
Apesar dos números predominantemente negativos, o
Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci)
avançou 0,9 ponto percentual em setembro, atingindo
76,9%.
A FGV ressalta, porém, que mesmo com esse resultado,
o Nuci fecha o terceiro trimestre em 76,2%,
resultado 0,2 ponto percentual abaixo do anotado no
segundo trimestre.
A edição da pesquisa de setembro de 2018 coletou
informações de 1.153 empresas entre os dias 3 e 25
deste mês.
Fonte: Agência Brasil

28/09/2018 -
É nula cláusula que prevê contribuição patronal a
sindicato de trabalhadores
É nula cláusula coletiva que prevê o repasse de
valores por uma empresa em favor do sindicato de
trabalhadores da categoria — a chamada subvenção
patronal. Esse foi o entendimento da 6ª Câmara do
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).
A decisão foi tomada em ação civil pública movida
pelo Ministério Público do Trabalho contra o
Sindicato dos Trabalhadores Marítimos, Fluviais e
Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e
Atividades Afins no Estado de Santa Catarina
(Simetasc).
Diante da constatação de que o Simetasc possui
diversos acordos coletivos com previsão de
contribuições mensais pelos empregadores, o MPT
ingressou com ação, pedindo que o sindicato se
abstivesse de instituir ou exigir de empregador ou
de entidade sindical patronal financiamento,
subvenção ou qualquer outra vantagem em dinheiro. O
Ministério Público alegou que a cobrança feita às
empresas prejudica a atuação do sindicato na defesa
dos trabalhadores, configurando uma subvenção
patronal em prol da entidade.
Na defesa, o sindicato sustentou a legalidade da
cobrança, destacando que o MPT não apontou qualquer
ato de ingerência ou violação à Convenção 98 da OIT,
que trata da independência e autonomia dos
sindicatos. A entidade ponderou ainda que a
contribuição patronal não a torna refém do
empregador, pois é originária da liberdade de livre
negociação e que sempre prestou a devida assistência
aos trabalhadores.
Ao analisar o caso, a 2ª Vara do Trabalho de Itajaí
julgou improcedente a ação, considerando válidas as
cláusulas. No entendimento do juízo de primeiro
grau, as contribuições têm por finalidade o fomento
de atividades sociais em benefício dos
sindicalizados, e não ao custeio de políticas
sindicais. “Ademais, não vislumbro nenhum indício de
prova de ingerência por algum empregador signatário
dos ACT's na entidade sindical”, sentenciou o juiz
Ubiratan Alberto Pereira, concluindo que “nem toda
subvenção financeira de empregador a sindicato pode
ser interpretada como conduta antissindical”.
Subvenção patronal
O MPT recorreu da sentença, sustentando que a
instituição de contribuição patronal implica
violação ao princípio da liberdade sindical e que,
para preservar a autonomia, os sindicatos
profissionais não podem ter sua atuação custeada por
receitas advindas das empresas.
No tribunal, o recurso foi acolhido pela
desembargadora relatora, Lília Leonor de Abreu. Para
ela, o repasse de contribuição empresarial ao
sindicato dos trabalhadores viola a Convenção 98 da
OIT e configura subvenção patronal, comprometendo a
liberdade de atuação do sindicato quanto aos
interesses dos empregados.
“Como diz o ditado popular, ‘quem paga a banda
escolhe a música’. Ao ser sustentado por uma
entidade externa (patronal) que tem interesses
contrários aos da categoria dos trabalhadores, o
sindicato coloca em risco a autonomia e
independência necessárias para enfrentar os
conflitos corriqueiros com os empregadores ao longo
da vida sindical”, assinalou a relatora, que ainda
condenou a entidade ao pagamento de R$ 20 mil por
dano moral coletivo.
O processo está aguardando julgamento de embargos de
declaração interpostos pelo Simetasc contra a
decisão de segundo grau. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-12. Processo
0001466-12.2017.5.12.0022
Fonte: Consultor Jurídico

28/09/2018 -
Centrais Sindicais: Vice de Bolsonaro quer
escravizar trabalhador
Trabalhador sem direito a 13º salário e sem
adicional de férias. É o que defendeu o general
Hamilton Mourão (PRTB) na terça-feira (25) diante de
dirigentes lojistas em Uruguaiana (RS). Ele é o vice
do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) que
também tem dito que trabalhador tem que escolher
entre direitos ou emprego. Dirigentes de centrais
sindicais afirmaram ao Portal Vermelho que Bolsonaro
e Mourão querem escravizar trabalhador.
O vice de Bolsonaro disse que o empregador carrega
algumas “jabuticabas nas costas” se referindo ao
13º. “Se a gente arrecada doze, como é que nós
pagamos treze? É complicado, e é o único lugar em
que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no
Brasil. São coisas nossas, a legislação que está aí,
é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu
dos outros, não é com o chapéu do governo”, declarou
Mourão.
“Jabuticaba são as regalias do judiciário e das
forças armadas. Essa declaração é um absurdo e de
alguém que tem uma visão míope da sociedade. Sem
direitos o trabalhador vira escravo e essa
declaração mostra que o Bolsonaro é o candidato
contra o trabalhador”, afirmou Luiz Gonçalves, o
Luizinho, presidente em São Paulo da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST).
Marcelino da Rocha, presidente da Federação
Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do
Brasil (Fitmetal) disse que "a cria é como a
criatura". "Mourão fala exatamente o que pensa o
Bolsonaro. Eles convergem no ataque às mulheres, no
ataque aos direitos trabalhistas, na defesada
ditadura. Essa declaração precisa ser repudiada por
todos os democratas. Após a reforma trabalhista de
Temer a relação trabalhista no Brasil virou algo
próximo da escravidão. A declaração de Mourão vem
consagrar o retorno da escravidão no Brasil".
Para Divanilton Pereira, vice-presidente da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o
general Hamilton Mourão mostrou a farsa programática
que é a candidatura de Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro)
se apresenta como paladino da moralidade e do
combate à corrupção mas isso é fachada para fugir do
debate de programas. Ele não tem o que apresentar
quando se trata de dizer o que pensa do Estado, do
papel do Estado. Mourão mostrou qual é o viés do
Bolsonaro, claramente contra o trabalhador”.
De acordo com Sérgio Nobre, secretário-geral da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), a declaração
de Mourão mostra que Bolsonaro quer a volta da
barbárie. Quando o trabalhador não tinha direitos
ele era um escravo. O povo quer avançar com emprego,
liberdade e melhoria de vida e vai repudiar nas
urnas esse tipo de comportamento da chapa Bolsonaro
e Mourão e do Temer, que quer impedir o trabalhador
de se aposentar trazendo de volta a reforma a
previdência”.
Na opinião de João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, a declaração de
Mourão não deixa dúvidas de que a candidatura de
Jair Bolsonaro deve ser repudiada no dia 7 de
outubro. “As declarações falam da volta da barbárie.
Os direitos que temos hoje é fruto de conquistas de
anos. Sem esses direitos diminui o poder de compra
do trabalhador e também é um retrocesso nas
condições de vida. Ele (general Mourão) quer
retroceder a um momento da humidade em que
trabalhadores não tinham direitos”.
Centrais unidas contra Bolsonaro
Manifesto lançado neste mês por sete centrais
sindicais alerta que a candidatura de Jair Bolsonaro
e Hamilton Mourão é ameaça para democracia,
trabalhadores e direitos sociais e trabalhistas. "“O
horizonte que ele ( Bolsonaro) nos apresenta é de um
país marcado pela exploração do trabalhador, pela
violência, pelo racismo, pela discriminação, pela
repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional,
pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo
desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na
constituição, e ameaça de retorno a ditadura
militar”, diz trecho do manifesto.
O documento "Sindicalistas contra projeto fascista
de Bolsonaro" é assinado por Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical,
Nova Central Sindical, Intersindical, Conlutas e
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Fonte: Portal Vermelho

28/09/2018 -
Ciro rechaça Mourão por defender fim do 13º salário
O candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes,
rechaçou as declarações do candidato a
vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), Hamilton
Mourão (PRTB), que defendeu o fim do décimo-terceiro
salário, afirmando que se trata de uma "jabuticaba".
"Se você ainda não tinha um motivo para não votar em
Bolsonaro, agora tem", disse Ciro.
Fonte: Brasil247

28/09/2018 -
Haddad: “Mourão abre mão do 13° dele?”
O candidato do PT, Fernando Haddad, rebateu nesta
quinta-feira 27, durante campanha em Porto Alegre,
no Rio Grande do Sul, as declarações do candidato a
vice-presidente General Mourão (PRTB), da chapa de
Jair Bolsonaro (PSL). Mourão fez críticas ao 13º
salário, que definiu como uma "jabuticaba", ou seja,
só existe no Brasil.
"Quando você abre a porteira da maldade, você não
sabe onde o processo vai dar (...). O Temer começou
com a reforma trabalhista. Hoje o vice [de
Bolsonaro] disse que talvez não seja uma boa ideia
pagar o 13º salário. Vai perguntar para ele [Mourão]
se ele abre mão do dele", discursou Haddad. Para o
petista, declarações como essa mostram que o grupo
de Mourão está "com a cabeça no século 19".
"Mas abolimos a escravidão e eles não acordaram para
isso ainda. Nós abolimos a escravidão formalmente,
mas queremos abolir a escravidão materialmente",
acrescentou, segundo reportagem da Folha.
Sobre o chamado "mercado", Haddad fez uma ironia:
"Quando a gente subiu nas pesquisas, disseram que eu
tinha de fazer um aceno para o mercado. Então eu
resolvi vir aqui, olhar para esse mercado bonito que
vocês têm aqui (Mercado Público de Porto Alegre),
que é o único que eu conheço. O mercado é uma
entidade abstrata, que aterroriza as pessoas,
aterroriza os trabalhadores".
Fonte: Brasil247

28/09/2018 -
Pagamento do 13º beneficia 83 milhões e aquece
economia, aponta Dieese
A luta pelo direito a um 13º salário começou ainda
nos anos 40. Na época, as categorias urbanas, mais
organizadas, reivindicavam o então chamado “abono
natalino”. Sua consolidação se deu no governo do
presidente João Goulart (PTB), que sancionou a Lei
4.090/62, a partir da qual o 13º passou a integrar a
renda do trabalhador, alavancar vendas no comércio e
estimular a produção industrial para as compras de
final de ano.
Dieese - A Agência Sindical entrevistou
Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). Ele explica: “O 13º, na prática,
significa aumento de 8,80% no salário do
trabalhador. Ou seja, aumenta a renda e ajuda a
distribuir melhor parte da riqueza produzida pela
Nação”.
Segundo informou o Dieese, em 2017 o benefício
injetou cerca de R$ 200 bilhões na economia. O
dinheiro alcança mais de 83 milhões de brasileiros.
“Vale lembrar”, comenta o coordenador do Dieese,
“que hoje aposentados também recebem 13º salário,
ajudando a melhor distribuir renda em todo o
território nacional”.
Para Clemente, o pagamento do antigo abono natalino
é aguardado não só pelos trabalhadores e
aposentados. “O comércio sabe que terá um pico de
vendas e negócios no final de ano. E não só, entre
agosto, setembro e outubro, a indústria aumenta sua
produção justamente para dar conta da demanda que
virá do comércio”, ele observa.
Aposentadoria - Além de também receber o
benefício, o aposentado é favorecido pelo 13º
percebido na ativa, que aumenta sua renda média e
incide no futuro cálculo do provento que será pago
pela Previdência. Entre os 83,3 milhões que
brasileiros que receberam 13º no ano passado, 57,8%
eram trabalhadores da ativa. Aposentados e
pensionistas somavam 40,9%.
Constituição - Em que pese a vontade manifestada
pelo vice de Bolsonaro, general Mourão, de acabar
com o 13º salário, vale ressaltar que sua garantia
está fixada na Constituição, conforme o Artigo 7º,
inciso VIII e parágrafo único.
Fonte: Agência Sindical

28/09/2018 -
Confederação questiona adoção de jornada de 12x36
por meio de acordo individual
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS)
ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
5994, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que
seja declarada a incompatibilidade com a
Constituição Federal da expressão “acordo individual
escrito” contida no artigo 59-A da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) com a redação dada pela
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017).
O dispositivo questionado faculta às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer
horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36
horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
A CNTS sustenta que, ao permitir a adoção de jornada
de 12x36 por meio de acordo individual, a nova
redação do artigo da CLT viola o disposto no inciso
XXIII do artigo 7º da Constituição Federal, que
estabelece a garantia de “duração do trabalho normal
não superior a 8 horas diárias e 44 semanais”,
condicionando a fixação de jornadas ininterruptas à
celebração de acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
“A missão institucional da confederação autora é
defender e debater, além da dignidade profissional,
os potenciais riscos à saúde dos trabalhadores
brasileiros do setor da saúde, que inadvertidamente,
ou muito possivelmente pela necessidade premente do
emprego, submetam-se às condições de trabalho
extraordinárias sem a necessária supervisão externa,
o que somente é possível pela pactuação do
instrumento normativo e coletivo de trabalho”,
afirma a CNTS.
A entidade sustenta ofensa ao princípio da vedação
ao retrocesso no âmbito do direito do trabalho. Sob
o ângulo do risco, aponta os efeitos danosos
decorrentes da adoção, mediante acordo escrito
individual, de jornada de trabalho ininterrupta, sem
a intervenção das entidades sindicais.
Rito abreviado
Relator da ação, o ministro Marco Aurélio adotou o
rito abreviado previsto na Lei das ADIs (Lei
9.868/1999), que permite que a ação seja julgada
diretamente no mérito pelo Plenário, sem prévia
análise do pedido de liminar. O relator requisitou
informações aos presidentes da República, da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal, bem como as
manifestações da Advocacia-Geral da União (AGU) e
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: STF

28/09/2018 -
Confiança da Indústria tem primeira queda trimestral
em quase 2 anos
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,6
pontos em setembro, indo para 96,1 pontos, o menor
índice desde os 95,9 de outubro do ano passado.
Com o resultado, o indicador fecha o terceiro
trimestre em 98,6 pontos, acusando queda de 2,1
pontos em relação ao trimestre anterior – a primeira
desde o quarto trimestre de 2016.
Os dados relativos ao Índice de Confiança da
Indústria foram divulgados nesta quinta-feira (27),
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.
O resultado negativo reflete as incertezas do
período eleitoral e a queda se deu de forma
generalizada e disseminada pelos segmentos e
componentes, como explica o coordenador da Sondagem
da Indústria da FGV, Tabi Thuler Santos.
“A magnitude da queda da confiança em setembro pode
ser associada à volatilidade intrínseca ao período
eleitoral. Porém, a disseminação negativa por quase
75% dos segmentos e por todos os indicadores que
compõem o ICI reforça a percepção de deterioração
dos negócios do setor, com efeitos que podem
perdurar no quarto trimestre”, disse.
Queda
Os dados indicam que, em setembro, o Índice da
Situação Atual (ISA) caiu 2,7 pontos para 95,2
pontos, a segunda queda consecutiva.
Com recuo mais acentuado de 4,3 pontos, o Índice de
Expectativas (IE) atinge 97,1 pontos e retorna ao
nível moderadamente baixo (abaixo de 100 pontos) que
havia deixado para trás no início deste ano.
Segundo a FGV, tanto o ISA quanto o IE apresentaram
queda difusa: na situação atual, atingiu 12 dos 19
segmentos; nas expectativas, 14 de 19.
“Em termos agregados, houve piora da confiança em 14
dos 19 segmentos industriais pesquisados e em todos
os quesitos que compõem o ICI”, ressalta a fundação.
Percepção da situação atual
A avaliação dos economistas da FGV é que o indicador
que mede a percepção sobre a situação atual dos
negócios foi a principal influência na queda do
Índice de Situação Atual em setembro, com recuo de
3,4 pontos, para 93,5 pontos.
“O percentual de empresas considerando bom o
ambiente de negócios caiu de 18,0% para 16,1%,
enquanto a parcela que o considera fraco subiu de
22,6% para 23,6% do total”, diz a pesquisa.
Já as estimativas dos empresários sobre a produção
nos próximos três meses foram o principal componente
a influenciar o recuo do Índice de Expectativa. O
indicador chegou a cair 8,1 pontos, indo para 98,4
pontos, o menor nível desde os 98,0 pontos de
janeiro.
A proporção de empresas prevendo aumento da produção
caiu de 43,7% para 36,6%, enquanto a parcela das que
esperam redução aumentou de 17,7% para 23,1% do
total.
Apesar dos números predominantemente negativos, o
Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci)
avançou 0,9 ponto percentual em setembro, atingindo
76,9%.
A FGV ressalta, porém, que mesmo com esse resultado,
o Nuci fecha o terceiro trimestre em 76,2%,
resultado 0,2 ponto percentual abaixo do anotado no
segundo trimestre.
A edição da pesquisa de setembro de 2018 coletou
informações de 1.153 empresas entre os dias 3 e 25
deste mês.
Fonte: Agência Brasil

28/09/2018 -
É nula cláusula que prevê contribuição patronal a
sindicato de trabalhadores
É nula cláusula coletiva que prevê o repasse de
valores por uma empresa em favor do sindicato de
trabalhadores da categoria — a chamada subvenção
patronal. Esse foi o entendimento da 6ª Câmara do
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).
A decisão foi tomada em ação civil pública movida
pelo Ministério Público do Trabalho contra o
Sindicato dos Trabalhadores Marítimos, Fluviais e
Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e
Atividades Afins no Estado de Santa Catarina (Simetasc).
Diante da constatação de que o Simetasc possui
diversos acordos coletivos com previsão de
contribuições mensais pelos empregadores, o MPT
ingressou com ação, pedindo que o sindicato se
abstivesse de instituir ou exigir de empregador ou
de entidade sindical patronal financiamento,
subvenção ou qualquer outra vantagem em dinheiro. O
Ministério Público alegou que a cobrança feita às
empresas prejudica a atuação do sindicato na defesa
dos trabalhadores, configurando uma subvenção
patronal em prol da entidade.
Na defesa, o sindicato sustentou a legalidade da
cobrança, destacando que o MPT não apontou qualquer
ato de ingerência ou violação à Convenção 98 da OIT,
que trata da independência e autonomia dos
sindicatos. A entidade ponderou ainda que a
contribuição patronal não a torna refém do
empregador, pois é originária da liberdade de livre
negociação e que sempre prestou a devida assistência
aos trabalhadores.
Ao analisar o caso, a 2ª Vara do Trabalho de Itajaí
julgou improcedente a ação, considerando válidas as
cláusulas. No entendimento do juízo de primeiro
grau, as contribuições têm por finalidade o fomento
de atividades sociais em benefício dos
sindicalizados, e não ao custeio de políticas
sindicais. “Ademais, não vislumbro nenhum indício de
prova de ingerência por algum empregador signatário
dos ACT's na entidade sindical”, sentenciou o juiz
Ubiratan Alberto Pereira, concluindo que “nem toda
subvenção financeira de empregador a sindicato pode
ser interpretada como conduta antissindical”.
Subvenção patronal
O MPT recorreu da sentença, sustentando que a
instituição de contribuição patronal implica
violação ao princípio da liberdade sindical e que,
para preservar a autonomia, os sindicatos
profissionais não podem ter sua atuação custeada por
receitas advindas das empresas.
No tribunal, o recurso foi acolhido pela
desembargadora relatora, Lília Leonor de Abreu. Para
ela, o repasse de contribuição empresarial ao
sindicato dos trabalhadores viola a Convenção 98 da
OIT e configura subvenção patronal, comprometendo a
liberdade de atuação do sindicato quanto aos
interesses dos empregados.
“Como diz o ditado popular, ‘quem paga a banda
escolhe a música’. Ao ser sustentado por uma
entidade externa (patronal) que tem interesses
contrários aos da categoria dos trabalhadores, o
sindicato coloca em risco a autonomia e
independência necessárias para enfrentar os
conflitos corriqueiros com os empregadores ao longo
da vida sindical”, assinalou a relatora, que ainda
condenou a entidade ao pagamento de R$ 20 mil por
dano moral coletivo.
O processo está aguardando julgamento de embargos de
declaração interpostos pelo Simetasc contra a
decisão de segundo grau. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-12. Processo
0001466-12.2017.5.12.0022
Fonte: Consultor Jurídico

27/09/2018 -
Sindicalismo critica terceirização irrestrita no
serviço público
O governo federal baixou na semana passada o Decreto
9.507, que regulamenta a terceirização de serviços
na administração direta e em autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista
controladas pela União.
A medida, publicada na edição de sexta (21) do
Diário Oficial da União, libera a contratação de mão
de obra terceirizada em toda estrutura que não
estiver relacionada a tomadas de decisão, muito
embora todas as funções que deem apoio a isso possam
ser contratadas.
Houve reação imediata no sindicalismo à publicação
do decreto. A Força Sindical divulgou nota,
lamentando a medida. “A decisão do presidente
representa um retrocesso grandioso no serviço
público, assim como a terceirização em todos os
níveis no setor privado, precarizando ainda mais a
relação capital e trabalho em nosso País”, diz o
texto.
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef), disse à Agência Sindical que a
entidade está analisando o decreto, a fim de
analisar um caminho jurídico para anular a medida.
Para o dirigente “o decreto tem potencial para
fragilizar ainda mais o setor público, que já vem
sendo fortemente atacado”.
Apesar do texto deixar de fora algumas categorias de
servidores, particularmente aquelas relacionadas ao
poder de polícia, de regulação, de outorga de
serviços públicos e de aplicação de sanção, o
decreto preocupa o Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais do Trabalho.
“O Sinait recebeu a medida com muita indignação.
Quem garante que, até o final do mandato, não venha
uma portaria ou outro decreto que atinja a
fiscalização”, alerta Rosa Maria Campos Jorge,
vice-presidente do Sindicato.
Fiscalização - Segundo a dirigente, tramita no
Senado projeto de Antônio Anastasia que libera a
terceirização em todas as áreas de fiscalização
federal. “Fiscais do trabalho, da saúde, enfim,
poderão ser contratados terceirizados, sob a
alegação de que faltam fiscais”, destaca.
As entidades que representam o funcionalismo temem
que a medida seja um passo para a extinção dos
concursos públicos. A terceirização poderá ser
aplicada mesmo em casos em que a empresa contratada
venha a fornecer mão de obra com atribuições
idênticas às de profissionais que já atuam no poder
público.
Mais informações: www.sinait.org.br
Fonte: Agência Sindical

27/09/2018 -
Ibope: Bolsonaro tem 27% e Haddad, 21%; petista
vence no 2º turno
O Ibope divulgou nesta quarta-feira 26 mais uma
pesquisa de intenção de voto para presidente, desta
vez encomendada pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em
126 municípios entre os dias 22 e 24 (de sábado a
segunda-feira).
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mantém a
liderança, com 27% das intenções de voto - variação
negativa de um ponto percentual diante da última
pesquisa, divulgada nesta segunda, onde aparecia com
28%. Fernando Haddad, do PT, também variou
negativamente um ponto, de 22% para 21%.
Já Ciro Gomes, do PDT, foi de 11% para 12%, à frente
de Geraldo Alckmin, que se manteve com 8%. Marina
Silva saiu de 5% para 6%. Os indecisos oscilaram de
6% para 7% e os brancos ou nulos, de 12% para 11%.
Confira os números:
Jair Bolsonaro (PSL): 27%
Fernando Haddad (PT): 21%
Ciro Gomes (PDT): 12%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 6%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 11%
Não sabe/não respondeu: 7%
Nas simulações de segundo turno, o levantamento
mostra ainda vitória de Haddad sobre Bolsonaro, por
42% a 38%. O candidato do PSL perde também de Ciro
(44% x 35%) e Alckmin (40% x 36%), e registra empate
técnico contra Marina Silva (40% x 38%).
Fonte: Brasil247

27/09/2018 -
Desemprego cresce em São Paulo e atinge 1,9 milhão.
Renda cai
As poucas vagas criadas não apontam crescimento,
mas estabilidade, segundo o Seade e o Dieese
A taxa de desemprego na região metropolitana de São
Paulo, calculada pela Fundação Seade e pelo Dieese,
subiu para 17,4% em agosto, ante 17% no mês anterior
– e ficou abaixo de agosto do ano passado (17,9%). O
número de desempregados foi estimado em 1,923
milhão, 54 mil a mais no mês. O aumento se dá pela
diferença entre o total de pessoas que entraram no
mercado e os postos de trabalho abertos: a população
economicamente ativa (PEA) cresceu 10 vezes mais que
o número de vagas, 60 mil a 6 mil.
Na comparação com agosto de 2017, o efeito foi
contrário. O desemprego diminuiu, principalmente,
pela diminuição de pessoas no mercado: 54 mil a
menos. Como foram abertas 11 mil vagas – resultado
que aponta estabilidade (0,1%) –, o total de
desempregados se reduziu em 65 mil em 12 meses.
De julho para agosto, a taxa de desemprego aumentou
na chamada sub-região leste, que inclui municípios
como Guarulhos e Mogi das Cruzes, de 19% para 19,8%.
Na capital, subiu de 16,2% para 16,7%. E na
sub-região sudeste (Grande ABC), variou de 18,2%
para 18%.
Ainda no mês, o emprego cresceu nos serviços (49
mil, 0,9%) e no comércio/reparação de veículos (10
mil, 0,6%). E caiu na construção civil (menos 36
mil, -6%) e na indústria de transformação (-18 mil,
-1,3%). Em 12 meses, indústria (74 mil) e comércio
(56 mil) crescem, construção (-45 mil) e serviços
(-57 mil) têm queda.
O emprego com carteira avançou pouco (0,4%),
enquanto o sem carteira aumentou 2,5%. Houve
estabilidade no setor público (0,2%) e redução entre
autônomos (-0,5%) e empregados domésticos (-2,9%).
Ante agosto de 2017, destaque para o trabalho
formal, com alta de 1,5% (mais 70 mil vagas).
Estimado em R$ 2.048, o rendimento médio dos
ocupados caiu 2,1% de junho para julho (nesse item,
há defasagem de um mês). Em 12 meses, despenca:
5,4%. A queda chega a 8,7% no comércio, 7,1% entre
empregados com carteira assinada e autônomos e a
6,2% na indústria de transformação, com retração de
5,7% na massa de rendimentos.
Fonte: Rede Brasil Atual

27/09/2018 -
TSE autoriza PT a dizer que “Haddad é Lula”
O Tribunal Superior Eleitoral autorizou na noite
desta quarta-feira (26), por 6 votos a 1, que a
campanha do candidato do PT à Presidência, Fernando
Haddad, utilize como slogan “Haddad é Lula”.
Os ministros analisaram e rejeitaram uma
representação apresentada pelo Partido Novo
questionando propagandas da coligação do PT. Eles
decidiram que a assinatura não gera confusão entre
os eleitores sobre quem é o presidenciável da
legenda.
O ministro Sérgio Banhos, relator da matéria, votou
para considerar a assinatura da campanha petista
irregular. Mas ele acabou isolado. O ministro Edson
Fachin foi o primeiro a divergir e sustentou que não
se verifica no caso qualquer desinformação. A
posição de Fachin foi seguida pelos ministros
Alexandre de Moraes, Jorge Mussi, Og Fernandes,
Tarcísio Vieira de Carvalho e Rosa Weber.
“A figura do apoiador vitaminado, hipertrofiado é
ilícita? Não é. Gera confusão? Não gera. Fica muito
claro que o candidato Haddad se socorre do
ex-presidente Lula para obtenção de votos. Mas em
momento algum aqui parece há tentativa de se ter
Lula como candidato. Olha, eu sou o candidato do
Lula. Em alguns locais Haddad é chamado de Andrade,
mas é chamado de candidato do Lula. Não dizem que é
vice de Lula. É escancarado que Haddad é o candidato
do Lula”, argumentou Moraes.
Fonte: Brasil247

27/09/2018 -
Guardia quer aprovar reforma da Previdência este ano
sem mais mudanças
Texto atual foi votado em maio de 2017 na
comissão especial da Câmara
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse nesta
quarta-feira (26) que a reforma da Previdência é uma
necessidade para o país e reafirmou a disposição do
governo federal de trabalhar pela sua aprovação
ainda este ano, passadas as eleições. No início da
semana, durante viagem aos Estados Unidos, o
presidente da República, Michel Temer, já havia
anunciado a intenção de recolocar o assunto em
pauta.
Guardia sinalizou que a expectativa do governo é
colocar para votar a proposta já aprovada na
Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados.
Ele estima que seria possível economizar R$ 650
bilhões ao longo dos próximos 10 anos, mas defendeu
o texto atual, sem outras mudanças. “Se nós mudarmos
o que está lá, começa a complicar o cenário. A
reforma que está lá, que foi aprovada na comissão,
está apta a ir a plenário”.
Apresentada pelo governo federal como decisiva para
equilibrar as finanças da União, a versão original
da PEC 287/2016 estabelecia, entre outras medidas, a
fixação de uma idade mínima de 65 anos para requerer
aposentadoria e a elevação do tempo mínimo de
contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), de 15 anos para 25 anos. Além disso, seria
necessário contribuir por 49 anos para obter a
aposentadoria integral, cujo valor equivale a 100%
da média dos salários recebidos desde 1994. Nesta
versão, o governo esperava economizar cerca de R$
800 bilhões em 10 anos.
Mas a Comissão Especial criada pela Câmara dos
Deputados para analisar a proposta aprovou, em maio
do ano passado, um substitutivo com algumas mudanças
nas regras. O tempo mínimo de contribuição foi
mantido como na versão original, mas a idade mínima
foi fixada em 65 anos para homens e 62 anos para
mulheres. Também foi alterada a forma de calcular o
valor da aposentadoria, possibilitando que se
alcance a integralidade com 40 anos.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil

27/09/2018 -
Confiança do Comércio cai 1,2 ponto de agosto para
setembro, diz FGV
O Índice de Confiança do Comércio, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,2 ponto de
agosto para setembro e chegou a 88,7 pontos em uma
escala de zero a 200.
Com o resultado, o indicador atingiu o menor patamar
desde agosto do ano passado (84,4 pontos).
A queda da confiança em setembro ocorreu entre
empresários de nove dos treze segmentos do comércio
pesquisados pela FGV.
O recuo do indicador foi provocado por uma menor
confiança no futuro, já que o Índice de Expectativas
caiu 2,4 pontos, chegando a 92,2, influenciado pela
piora do indicador de tendência dos negócios nos
seis meses seguintes.
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no
momento presente, ficou estável em 85,7 pontos, após
quatro quedas consecutivas.
Segundo o coordenador da pesquisa, Rodolpho Tobler,
a queda do Índice de Confiança parece refletir a
incerteza em relação ao ritmo esperado para a
economia nos últimos meses do ano.
Os resultados, de acordo com Tobler, mostram que os
empresários ainda estão preocupados com o rumo da
economia.
Fonte: Agência Brasil

27/09/2018 -
Seguindo STF, TST nega vínculo direto a empregado de
empresa terceirizada
25 dias depois da liberação da terceirização para
atividade-fim, a 5ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho analisou, nesta quarta-feira (25/9), o
primeiro caso na Corte sobre o assunto e, por
unanimidade, julgou improcedente o vínculo
empregatício.
No caso analisado, o Tribunal Regional do Trabalho
da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, havia decidido
que a contratação de trabalhadores por empresa
interposta é ilegal e reconheceu o vínculo
empregatício diretamente com a empresa tomadora dos
serviços.
Um empregado da Conecta Empreendimentos Ltda teve o
reconhecimento de vínculo de emprego com outra
empresa em razão da aplicação do Item I da Súmula
331 do TST. A empresa recorreu com base na
Constituição Federal e no atual entendimento do STF.
No julgamento desta quarta, a Quinta Turma do TST
derrubou a decisão anterior do TRT-4 ao analisar o
recurso. “É uma decisão lícita mesmo sem haver o
acórdão publicado. A decisão, então, é por mudar o
entendimento tradicional que se constituía em fraude
a terceirização”, disse o relator, ministro Breno
Medeiros. Os três ministros do colegiado Emmanoel
Pereira e Douglas Alencar Rodrigues seguiram
entendimento do Supremo na decisão.
Decisão Suprema
Em agosto, por 7 votos a 4, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal declarou constitucional a
terceirização de serviços na atividade-meio e na
atividade-fim das empresas. Com a decisão, cerca de
4 mil processos sobrestados nas instâncias
inferiores do Judiciário poderão ter andamento. A
discussão se deu a partir da Súmula 331 do Tribunal
Superior do Trabalho, que proíbe a terceirização.
Para a maioria dos ministros, não há lei que proíba
a prática nem comprovação de que essa modalidade de
prestação de serviço precariza o trabalho ou viola a
dignidade do trabalhador.
Conforme o entendimento prevalecente, não se pode
violar a livre-iniciativa e a livre concorrência,
uma vez que há princípios que asseguram às empresas
liberdade em busca de melhores resultados e maior
competitividade. "A Constituição Federal não impõe a
adoção de um modelo específico de produção. A
Constituição Federal não veda a terceirização",
afirmou o ministro Luís Roberto Barroso, relator de
uma das ações em discussão.
Para o advogado da empresa Conecta, Fernando Abdala,
a decisão da 5ª Turma foi correta ao seguir o
entendimento do Supremo. “A observância da decisão
do STF pela 5ª Turma do TST demonstra uma coerência
louvável, pois respeitar o entendimento da Suprema
Corte resolve o problema da falta de segurança
jurídica que as empresas vinham sofrendo pela lacuna
legal relativa a terceirização", disse.
Segundo Abdala, havia o receio de que alguns juízes
trabalhistas tentassem evitar a aplicação da decisão
do Supremo se valendo de outros argumentos
relacionados à fraude e subordinação. "Felizmente, o
TST seguiu entendimento firmado”, afirmou.
RR-21072-95.2014.5.04.0202
Fonte: Consultor Jurídico

27/09/2018 -
Servidores não filiados a sindicatos não pagarão
contribuição sindical
Os servidores públicos da administração direta e
indireta da União, estados, Distrito Federal e
municípios só terão desconto em folha de
contribuição sindical se forem comprovadamente
filiados aos sindicatos de suas categorias
profissionais; caso contrário, será proibida a
cobrança do tributo. É o que propõe o senador
Raimundo Lira (PSD-PB) em projeto que atualmente
tramita na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) do Senado.
Segundo o senador, a prática indiscriminada do
desconto em folha da contribuição sindical tem
prejudicado os servidores que exercem seu direito
reconhecido pela Constituição de não fazer parte de
sindicatos.
— Se a filiação sindical é livre, segue como
decorrência lógica que a contribuição para a
manutenção dos sindicatos também deve ser fruto de
um ato volitivo pessoal, atingindo compulsoriamente
apenas aqueles servidores efetivamente associados e
essas entidades — esclarece o autor.
A CCJ aguarda o relatório do senador Armando
Monteiro (PTB-PE) sobre o PLS 51/2017. A decisão da
CCJ sobre a proposição é terminativa.
Fonte: Agência Senado

27/09/2018 -
Ministério discute futuro do trabalho em reunião da
OIT no Panamá
Encontro ocorre entre os dias 2 e 5 de outubro;
documento vai subsidiar discussões de conferência em
2019
O ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello,
representará o Brasil na 19ª Reunião Regional
Americana da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), realizada de 2 a 5 de outubro, na Cidade do
Panamá (Panamá). O tema central do encontro,
realizado a cada quatro anos, será o Futuro do
Trabalho. Este ano, o Brasil preside o grupo dos
países da América Latina e Caribe (Grulac) na OIT.
Em seu pronunciamento, o ministro destacará os
avanços das discussões sobre o tema no país, em
particular com a criação do Comitê de Estudos
Avançados sobre o Futuro do Trabalho. O encontro da
OIT também servirá de base para a evolução das
discussões no comitê.
A reunião objetiva promover o debate sobre o tema
entre os países participantes. As principais
posições da região serão consolidadas em um
documento tripartite (governo, empregadores e
empregados) e pactuará o compromisso de todos em
relação ao futuro de trabalho nas Américas. O
documento servirá de subsídio para as discussões que
acontecem na Conferência Internacional do Trabalho
em 2019.
Estudos Avançados
O Ministério do Trabalho constituiu o Comitê de
Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, em 18
de setembro, formado por governo, instituições,
empregadores, empregados e lideranças sindicais, com
a missão de discutir o futuro do trabalho no país e
propor formas de proteção ao emprego diante dos
avanços tecnológicos.
A sociedade pode contribuir com sugestões como o
impacto das novas tecnologias nas atividades
econômicas e no mercado de trabalho e propor a
adoção de políticas públicas que promovam a inclusão
de trabalhadores no processo de transformação. As
propostas serão analisadas pelo comitê, e o
resultado, compilado para discussão no Conselho
Nacional do Trabalho (CNT). As sugestões devem ser
enviadas para o e-mail futurodotrabalho@mte.gov.br.
Fonte: MTb

26/09/2018 -
Adesão da CUT reforça manifesto sindical contra
Bolsonaro
O documento unitário do sindicalismo contra Jair
Bolsonaro acaba de ser subscrito também pela CUT
(Central Única dos Trabalhadores), que detém a
liderança no índice de representatividade das
Centrais Sindicais do País. A nota, lançada no
sábado (22) com assinaturas da Força, CTB, Nova
Central, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas defende
eleições livres, valoriza o processo democrático e
combate o extremado reacionarismo bolsonarista.
A informação de que a CUT, com assinaturas de seu
presidente Vagner Freitas e o secretário-geral
Sérgio Nobre, endossa a manifestação é de João
Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da
Força. Agora, entre as principais Centrais, falta
apenas a UGT subscrever o manifesto.
O documento das Centrais vem se somar a uma série de
outras manifestações e cartas – mulheres, artistas,
intelectuais, grupos étnicos e até torcidas
organizadas de futebol – que expressam repúdio ao
extremismo e à agressividade do candidato do PSL.
No caso do sindicalismo, também teve muito peso
junto às direções sindicais o projeto sindical de
Bolsonaro em seu Plano de Governo – o catatau de 81
páginas destina apenas 113 palavras ao mundo do
trabalho. E contra.
Adesões - A Agência Sindical ouviu Miguel Torres,
dirigente metalúrgico de SP e presidente nacional da
Força Sindical, que propõe a ampla propagação do
manifesto. Ele diz: “A recomendação é que
Sindicatos, Federações e Confederações utilizem suas
redes de comunicação para massificar o documento e
denunciar às suas bases as agressões de Bolsonaro à
classe trabalhadora, às categorias e ao
sindicalismo”.
Leia a seguir a íntegra da Nota:
Sindicalistas contra o projeto fascista de
Bolsonaro
Nós, sindicalistas brasileiros, das mais variadas
tendências, que apoiamos candidatos de diversos
partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos
o projeto fascista de Bolsonaro.
Repudiamos pela já conhecida postura do candidato
contra a organização sindical, portanto,
anti-trabalhadores, por sua postura antidemocrática,
intolerante com minorias, que faz apologia da
violência, e pela sua conivência com práticas
repugnantes, como a defesa de torturadores.
Além disso, o repudiamos pelo seu já famoso machismo
e misoginia. Sua postura em relação às mulheres tem
provocado na sociedade uma forte onda de repulsa
expressa em manifestações que pipocam nacionalmente.
Nos solidarizamos com tais manifestações.
O horizonte que ele nos apresenta é de um país
marcado pela exploração do trabalhador, pela
violência, pelo racismo, pela discriminação, pela
repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional,
pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo
desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na
constituição, e ameaça de retorno a ditadura
militar.
E nossa luta, como sindicalistas, é justamente o
oposto disso: queremos um país com geração de
empregos, trabalhadores valorizados e com poder
aquisitivo, com licença-maternidade, férias,
décimo-terceiro salário, com a PEC das domésticas,
com aposentadoria e respeito aos aposentados,
valorização dos servidores públicos, um país marcado
pela convivência pacífica e produtiva entre pessoas
das mais diversas raças, origens, gêneros e
culturas, queremos um Estado laico e, sobretudo,
respeito às mulheres, respeito aos direitos sociais
e democráticos garantidos pela Constituição e à
soberania nacional.
Por eleições democráticas e por dias melhores para o
Brasil, conclamamos a que todos digam não a
Bolsonaro!
São Paulo, 22 de setembro de 2018
Miguel Torres - Presidente interino da Força
Sindical
João Carlos Gonçalves (Juruna) – Secretário-geral da
Força Sindical
Vagner Freitas - Presidente da CUT
Sérgio Nobre - Secretário Geral da CUT
Adilson Araújo - Presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Wagner Gomes - Secretário-geral da CTB
José Avelino Pereira (Chinelo) - Presidente interino
da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Álvaro Egea - Secretário-geral da CSB
José Calixto Ramos - Presidente da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Moacyr Auersvald - Secretário-geral da NCST
Edson Índio - Secretário-geral da Intersindical
Nilza Pereira - Direção nacional da Intersindical
Atnágoras Lopes - Secretaria Executiva Nacional da
CSP-Conlutas
Joaninha de Oliveira - Secretaria Executiva Nacional
da CSP-Conlutas
Fonte: Agência Sindical

26/09/2018 -
Renda dos brasileiros é comprometida pelos reajustes
das tarifas públicas
De acordo com diretor técnico do Dieese, 25% do
orçamento familiar hoje é usado para o pagamento de
serviços considerados essenciais, mas que seguem
alta superior à inflação
A atual política de tarifas públicas – preços
administrados pelo Estado – tem consumido 1/4 do
orçamento dos trabalhadores brasileiros, segundo o
diretor técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio. "Em
parte, isso repercute para as empresas, mas
prejudica a renda do trabalho, principalmente nesse
momento de desemprego", afirma ele, em sua análise
nesta terça-feira (25) na Rádio Brasil Atual.
De janeiro a agosto, de acordo com reportagem
publicada pelo Estadão, os preços administrados
tiveram uma alta de 6,64%, mais que o dobro da
inflação geral de 2,85% no período, medida pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por
corresponderem a gastos obrigatórios dos brasileiros
como energia, combustível e transporte, estes custos
trazem impactos direitos no orçamento familiar.
Aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, o
diretor técnico do Dieese explica que a política de
preços vigente tem comportamento oposto ao que
deveria ser adotado, no sentido de ampliar o poder
de consumo dos trabalhadores.
"É evidente que o Estado e as empresas públicas têm
que procurar os meios para fazer com que os preços
desses serviços e produtos seja adequado ao custo de
vida dos cidadãos e da renda brasileira e isso,
muitas vezes, não é percebido, especialmente quando
as empresas públicas passam a ser geridas como se
fossem empresas privadas", critica Ganz Lúcio.
Fonte: Rede Brasil Atual

26/09/2018 -
Crédito consignado com uso do FGTS começa a operar
nesta quarta-feira (26) em todo o país
Modalidade estará disponível para 36,9 milhões de
trabalhadores com juro mensal máximo de 3,5%
A partir desta quarta-feira (26) os trabalhadores
brasileiros poderão contar com uma nova opção de
crédito, com o início das operações de empréstimo
consignado com uso do FGTS como garantia. A Caixa
será o primeiro banco a operar a modalidade, que
estará disponível em todo o país.
A alternativa será uma oportunidade aos
trabalhadores da iniciativa privada em dificuldades
para quitar dívidas, limpar o nome, fazer pequenas
reformas ou um novo investimento. A nova linha de
financiamento terá taxas mais baratas e estará à
disposição de 36,9 milhões de trabalhadores com
carteira assinada.
Para garantir que o crédito seja realmente
acessível, os juros não poderão ultrapassar 3,5% ao
mês, percentual até 50% menor do que o de outras
operações de crédito disponíveis no mercado. O prazo
de pagamento será de até 48 meses (quatro anos).
“Nosso objetivo é disponibilizar aos trabalhadores
uma linha de financiamento que seja realmente viável
tanto para tomar o dinheiro quanto para pagar
depois”, explica o ministro do Trabalho, Caio Vieira
de Mello, que preside o Conselho Curador do FGTS.
Os valores emprestados dependerão do quanto os
trabalhadores têm depositado na conta vinculada do
FGTS. Pelas regras, eles podem dar como garantia até
10% do saldo da conta e a totalidade da multa em
caso de demissão sem justa causa, valores que podem
ser retidos pelo banco no momento em que o
trabalhador perder o vínculo com a empresa em que
estava quando fez o empréstimo consignado.
O uso de FGTS para crédito consignado foi aprovado
pelo Conselho Curador do FGTS, presidido pelo
Ministério do Trabalho, e está previsto na Lei
13.313/2016. Além de Caixa, outros bancos também
poderão disponibilizar a nova linha de crédito.
Basta seguirem as regras estabelecidas em lei.
Fonte: MTb

26/09/2018 -
Temer admite suspender intervenção no Rio para votar
Previdência
Presidente concedeu entrevista exclusiva para EBC
nos Estados Unidos
Em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de
Comunicação (EBC), o presidente Michel Temer admitiu
suspender, provisoriamente ou definitivamente, a
intervenção federal na segurança pública do Rio de
Janeiro para votar a reforma da Previdência ainda
este ano. Conforme a lei, a intervenção impede a
votação de emendas constitucionais, como é o caso da
tramitação da PEC 287/2016, que altera as regras de
aposentadoria e pensão.
“Como depende de votação em 1º e 2º turnos, de
repente pode suspender a intervenção”, disse o
presidente em entrevista nesta terça-feira (25) à
jornalista Paola de Orte, em Nova York (EUA). Ele
assinalou que “o combate ao crime [no Rio] deu
resultado” e admitiu até o fim da intervenção no
estado.
“Vamos dizer que [caso] se encerre a intervenção, é
preciso manter a estrutura que lá foi montada”,
afirmou. A intervenção está prevista para terminar
em 31 de dezembro de 2018. De acordo com Temer, a
decisão vai depender de conversações entre o 1º e 2º
turnos das eleições (7 e 28 de outubro) e também da
vontade de seu sucessor.
Além de discursar nas Nações Unidas ontem (25),
Michel Temer se reuniu segunda (24) em Nova York com
cerca de 100 empresários norte-americanos, e disse
que “a mensagem que passou ao mercado” é a de que
haverá reforma da Previdência Social,
independentemente de quem venha a ser escolhido como
novo presidente da República. A intenção de Temer é
levar para os plenários da Câmara dos Deputados e do
Senado o projeto aprovado em comissão especial da
Câmara desde o primeiro semestre do ano passado.
O presidente garantiu aos empresários
norte-americanos que “passadas as eleições, quem
chegar vai ter que continuar as reformas que
fizemos”. Michel Temer lembrou na entrevista que
durante o seu mandato reduziu a inflação, baixou a
taxa de juros (Selic) e aprovou reformas como a
mudança na legislação trabalhista e a emenda
constitucional que estabelece o teto de gastos.
“Eu duvido que quem seja eleito tente derrubar e,
portanto, consiga apoio no Congresso para derrubar o
teto de gastos públicos”, sublinhou. “Eu quero ver
quem vai chegar e vai dizer: ‘Eu quero mudar tudo
isso. Eu quero inflação de 10%.Eu quero juros de
14,25%’”.
Transição
Segundo o presidente, o governo está preparado para
fazer uma “transição tranquila”. Uma comissão para
fazer a transição já foi “desenhada” no Palácio do
Planalto e estão prontos “cadernos do governo” sobre
as realizações em cada estado da Federação. Os
ministérios também preparam relatórios individuais,
informou Temer.
Fonte: Portal EBC

26/09/2018 -
"Terceirização irrestrita no setor público estimula
a corrupção"
Novo decreto do governo Temer “consolida a tragédia”
também na esfera pública, diz o sociólogo Ricardo
Antunes, estudioso das relações trabalhistas.
Por Sérgio Lírio*
Enquanto a opinião pública se concentra cada dia
mais no intenso debate eleitoral, o governo Temer
aproveita para aprofundar a demolição das relações
trabalhistas do País, alerta o sociólogo Ricardo
Antunes, professor da Unicamp. O decreto 9.507,
editado na sexta-feira (21), “abre a porteira” para
as terceirizações no setor público, afirma o
acadêmico, e “consolida uma tragédia”.
O texto praticamente derruba os limites para a
contratação sem vínculo direto com o Estado no setor
público. A terceirização só fica impedida nas
atividades que envolvam tomadas de decisão ou
posicionamento institucional, aquelas consideradas
estratégicas ou relacionadas ao poder de polícia e
regulação.
Segundo Antunes, autor de diversos livros e estudos
sobre o emprego e as relações trabalhistas no Brasil
e no mundo, entre eles “Os Sentidos do Trabalho”, a
ampliação do serviço terceirizado, ao contrário do
que pregam os defensores da ideia, não reduz os
custos e estimula a corrupção.
“A medida introduz cunhas de interesses privados no
interior do serviço público”, afirma. “Como uma
empresa detentora de um contrato com a administração
pública atuará para manter sua posição e
eventualmente ampliá-la?”
O professor da Unicamp alerta ainda para o aumento
dos riscos de acidentes de trabalho e cita o exemplo
da Petrobras, que em uma década e meia mudou
radicalmente o perfil dos contratados. Hoje, os
terceirizados formam dois terço de toda a
mão-de-obra da petroleira. “Essa expansão”, avalia,
“coincide com uma elevação dos acidentes, inclusive
fatais, registrados na companhia”. Antunes cita as
experiências mal sucedidas na saúde, cuja febre de
contratação de médicos sem vínculos empregatícios
diretos com os estados e municípios foi incapaz de
melhorar o atendimento à população.
O sociólogo não se surpreende com a edição do
decreto, publicado semanas depois de o Supremo
Tribunal Federal aprovar a terceirização irrestrita.
Primeiro, diz, pelo fato de a medida estar alinhada
à forte pressão para “adequar” o setor público aos
valores da gestão privada, embora os objetivos não
sejam os mesmos. “Vivemos o auge da hegemonia dos
valores neoliberais”.
Segundo, pelas características de quem ocupa o
Palácio do Planalto. “Temer foi terceirizado no
comando do País, alçado ao posto com a incumbência
de operar a devastação do Estado exigida pelo poder
econômico. E ele tem cumprido a função com
competência, é preciso admitir. Só não conseguiu
aprovar até agora a reforma da Previdência”.
Fonte: Carta Capital

26/09/2018 -
Centrais argentinas paralisam país contra governo
Macri e o FMI
Centrais sindicais e organizações sociais da
Argentina promovem desde segunda (24) manifestações
e uma greve geral de 36 horas em repúdio às medidas
de arrocho fiscal adotadas pelo presidente Mauricio
Macri.
O protesto paralisa transportes e serviços no país,
como bancos, comércio, escolas e universidades. Voos
também foram cancelados. Pelo menos 15 milhões de
pessoas estão sendo afetadas pela paralisação, que
atinge o funcionamento de ônibus, metrô e trens.
A greve, convocada pela Central de Trabalhadores da
Argentina (CTA), CTA-Autônoma e Confederação Geral
dos Trabalhadores (CGT), teve adesão de diversas
entidades como a Associação dos Trabalhadores do
Estado (ATE) e importantes categorias, entre elas
metalúrgicos, bancários, docentes e transportes.
Esta é a quarta greve geral contra a política
econômica do governo de Mauricio Macri. A
paralisação visa protestar contra os ajustes do
governo em meio à crise que afeta o país pela
desvalorização da moeda, aumento da taxa de juros e
da inflação, alta do desemprego, demissões em massa,
aumento do custo de vida e da pobreza.
Apoio - A Força Sindical divulgou nota nesta terça
(25), manifestando apoio e solidariedade aos
trabalhadores e ao movimento sindical argentino. A
Central destaca que, assim como no Brasil, as
reformas na Argentina “retiram direitos” e atacam o
movimento sindical.
“É importante destacar que a política do governo do
presidente Macri na Argentina não é mera
coincidência ou um caso isolado, mas sim um grande
movimento promovido pela maioria da classe
empresarial e corporações financeiras internacionais
que investem pesadamente na aprovação de reformas
que tiram direitos”, diz o texto.
A Federação Sindical Mundial (FSM) também divulgou
nota em apoio à paralisação e denunciou a repressão
violenta aos protestos sociais. “O panorama de
futuro com estas políticas anti-trabalhadores é
sombrio para o povo argentino”, destaca o
comunicado.
Fonte: Agência Sindical

26/09/2018 -
Proposta pune sindicato que descontar valor sem
autorização de filiado
Em análise na Câmara dos Deputados o PL 9845/18, do
deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), obriga os
sindicatos a devolver, em dobro, o valor descontado
sem autorização nos salários, aposentadorias ou
rendimentos de seus filiados.
A medida insere artigo na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) (Decreto-Lei nº 5.452 de 1943).
“Com isso, garante-se a plena liberdade ao
trabalhador brasileiro, que somente contribuirá
financeiramente com o seu sindicato, se reputar que
este atua, de fato, na defesa dos seus interesses”,
justificou o autor.
Hoje, o desconto da contribuição sindical depende de
autorização prévia e expressa dos filiados (Lei nº
13.467 de 2017).
Tramitação
A proposta será analisada de forma conclusiva pelas
comissões de Seguridade Social e Família; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

26/09/2018 -
Proposta cria multa administrativa por discriminação
salarial por gênero ou etnia
A Câmara analisa o Projeto de Lei 10158/18, do
Senado, que prevê multa administrativa ao empregador
que incorrer em discriminação salarial por motivo de
sexo ou etnia. O texto também cria uma lista para
incluir os empregadores que praticarem esse tido de
discriminação.
A proposta inclui dispositivos na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43). A
recente reforma trabalhista (Lei 13.467/17) incluiu
na CLT a previsão de multa em caso de discriminação
por gênero ou etnia, mas segundo o Senado isso
depende de um processo judicial.
Rapidez
Para tornar mais rápida a penalidade ao infrator, o PL
10158/18 estabelece que, ao constatar a
discriminação, a fiscalização deverá aplicar multa
administrativa à empresa. A ideia é desestimular a
conduta discriminatória.
O valor da multa administrativa por empregado
discriminado será equivalente a 50% do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), atualmente R$ 2.822,00. Para a empresa que
reincidir na prática, será dobrada. No caso das
pequenas e microempresas, as multas deverão
corresponder à metade desses valores.
Ainda segundo a proposta, o Ministério do Trabalho
deverá divulgar anualmente, na internet, a lista das
empresas multadas por discriminação salarial por
gênero ou etnia. A permanência do empregador nessa
lista elevará o valor das multas e determinará
fiscalização periódica.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade e será
analisada pelas comissões de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de
Trabalho, de Administração e Serviço Público; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara

25/09/2018 -
Nova pesquisa Ibope: Haddad segue em alta, vai a 22%
e Bolsonaro para em 28%
Candidato do PT cresce 14 pontos desde registro
da candidatura, há 13 dias, e já ameaça liderança do
ex-militar.
Candidato do PSL já não vence em nenhuma hipótese
de segundo turno
A curva de crescimento do candidato do PT à
Presidência segue acentuada, segundo pesquisa Ibope
divulgada nesta segunda-feira (24). Fernando Haddad
subiu mais quatro pontos em relação à semana
anterior e chegou a 22%. Treze dias depois do
registro oficial de sua candidatura no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), em 11 de setembro, o
substituto de Luiz Inácio Lula da Silva subiu 14
pontos. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), estacionou
nos mesmos 28% das intenções de voto da semana
passada.
A nova pesquisa Ibope confirma também a
estabilização de Ciro Gomes (PDT) em terceiro lugar,
com 11%, mesma pontuação dos últimos dois
levantamentos.
O Ibope traz Geraldo Alckmin (PSDB) em quarto e
Marina Silva (Rede) em quinto. Há 13 dias, o tucano
tinha 9%, caiu para 7% e agora está com 8%. A
candidata da Rede, que havia caído de 9% para 6%,
agora está com 5%.
João Amoêdo (Novo) tem 3%, Álvaro Dias (Pode) e
Henrique Meirelles (MDB) 2% e Guilherme Boulos (Psol)m
1%. Cabo Daciolo (Patriotas), Vera Lúcia (PSTU),
Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não
pontuaram.
Segundo turno
O Ibope fez simulações para as seguintes hipóteses de
segundo turno:
Haddad 43% x 37% Bolsonaro
Ciro 46% x 35% Bolsonaro
Alckmin 41% x 36% Bolsonaro
Marina 39% x 39% Bolsonaro
Bolsonaro é o candidato com maior taxa de rejeição,
por 46% dos pesquisados. Depois vêm Haddad, 30%,
Marina, 25%, Alckmin, 20% e Ciro, 18%. O instituto
entrevistou 2.506 pessoas em todo o país. A margem
de erro é de dois pontos percentuais, e o nível de
confiança de 95%.
A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S.
Paulo e pela TV Globo. O instituto deve apresentar
novo levantamento na quarta-feira (26), por
encomenda da Confederação Nacional da Indústria
(CNI). O Datafolha divulgará resultado de nova
sondagem na sexta-feira (28).
Fonte: Rede Brasil Atual

25/09/2018 -
Crescem as críticas do movimento sindical ao plano
trabalhista de Bolsonaro
Nos últimos dias, cresceram as críticas ao plano
ultra conservador de Jair Bolsonato (PSL), no
tocante aos trabalhadores e ao sindicalismo. Artigo
de João Guilherme Vargas Neto ("Cuidado com as
letras"), publicações da Agência Sindical, Portal
Vermelho e de alguns sites haviam alertado sobre o
Plano de Governo no tocante ao mundo do trabalho -
“Modernização da legislação trabalhista”. Neste
final de semana, as Centrais produziram documento de
repúdio. Mulheres de todo o mundo se juntam ao
repúdio.
Para um Plano com um total de 4.583 palavras,
Bolsonaro destina 113 aos trabalhadores. O conteúdo
é radicalmente neoliberal, ao atentar contra o
contrato mediado pelas garantias da Convenção
Coletiva, ao criar uma Carteira para os contratados
de forma precária e ao garantir permissão legal para
que o trabalhador escolha o seu Sindicato, o que
solapa o conceito de categoria profissional, uma das
mais valiosas conquistas do sindicalismo brasileiro.
O Plano inteiro - em PDF - preenche 81 páginas. O
conteúdo referente aos trabalhadores está na página
64. A íntegra:
“Criaremos uma nova Carteira de Trabalho verde e
amarela, voluntária, para novos trabalhadores.
Assim, todo jovem que ingresse no mercado de
trabalho poderá escolher entre um vínculo
empregatício baseado na carteira de trabalho
tradicional (azul) - mantendo o ordenamento jurídico
atual, ou uma Carteira verde e amarela (onde o
contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo
todos os direitos constitucionais).
Além disso, propomos a permissão legal para a
escolha entre sindicatos, viabilizando uma saudável
competição que, em última instância, beneficia o
trabalhador.
O Sindicato precisa convencer o trabalhador a
voluntariamente se filiar, através de bons serviços
prestados à categoria.
Somos contra o retorno do imposto sindical”.
Lixo tóxico - Celso Napolitano, presidente do
Diap e da Federação dos Professores do Estado de São
Paulo, disse à Agência que o Plano desnuda o viés
fascista do candidato. “Ele quer criar trabalhadores
de segunda classe, com a tal carteira verde amarela,
que nada mais é do que a volta à escravidão. Esse
plano tem que ser jogado em depósito de lixo
tóxico”, critica.
Vargas - Em artigo publicado neste boletim no
mês passado, quando saiu a primeira versão do
Programa, por conta do registro das candidaturas no
TSE, o consultor João Guilherme Vargas Netto fez
duras críticas. Ele destacou que as propostas
merecem “repulsa” por ser “um ultraje à história de
resistência e de organização dos trabalhadores”.
“Reativando antigas propostas neoliberais e
agravando ainda mais os efeitos danosos da lei
trabalhista celerada, compactuam com uma maior
desorganização sindical e agridem de maneira letal a
própria Constituição”, denuncia o texto.
Fonte: Agência Sindical

25/09/2018 -
Perspectiva sombria para o emprego
Há um fenômeno estrutural de aumento dos empregos
vulneráveis (trabalhadores por conta própria,
trabalhadores familiares auxiliares e assalariados
sem registro) em um contexto de altas taxas de
desemprego de longa duração".
Por Clemente Gaz Lúcio*
Com as diversas inovações tecnológicas, o sistema
produtivo, a geração de energia, a comunicação e o
transporte têm se modificado intensamente,
facilitando a articulação das cadeias produtivas
globais e a estruturação de uma nova divisão
internacional do trabalho. O sistema financeiro
compra empresas e patrimônios naturais, amplia
formas de gerar lucro e de acumular e concentrar
renda e riqueza. Esse processo exige a prospecção
sobre o que será o futuro do trabalho e do emprego.
Um bom ponto de partida é entender a situação da
dinâmica econômica e regulatória do mercado de
trabalho, o que está acontecendo e quais as
perspectivas para o emprego. A OIT (Organização
Internacional do Trabalho) disponibilizou duas
importantes publicações: Perspectivas Sociales y del
Empleo en el Mundo – tendencias 2018 (OIT, Genebra,
2018) e Panorama Laboral 2017 América Latina y
Caribe (OIT, Lima, 2017). Esses documentos reúnem
informações e análises preciosas.
A força de trabalho mundial é da ordem de 3,3
bilhões de pessoas, das quais mais de 190 milhões
estão desempregadas. Aumenta o contingente dos
desalentados, pessoas que desistem de procurar
empregos.
A América Latina e o Caribe reúnem uma força de
trabalho de 300 milhões de pessoas, com 20 milhões
de desempregados e quase 36% dos ocupados em
empregos vulneráveis.
A OIT estima que 42% dos empregos no mundo são
desprotegidos, número que cresce desde 2012. Há,
portanto, um fenômeno estrutural de aumento dos
empregos vulneráveis (trabalhadores por conta
própria, trabalhadores familiares auxiliares e
assalariados sem registro) em um contexto de altas
taxas de desemprego de longa duração. Nos países
emergentes, os empregos vulneráveis atingem 76% das
ocupações.
Cerca de 300 milhões de trabalhadores recebem
salários inferiores a 1,90 dólar por dia. Nos países
em desenvolvimento, a força de trabalho em situação
de extrema pobreza ultrapassa 114 milhões de
pessoas, o que equivale a 40% de todos aqueles que
estão empregados nessas regiões. A pobreza moderada
(situação na qual está quem recebe entre 1,9 e 3,1
dólares por dia) atinge 430 milhões de
trabalhadores.
São imensas as desigualdades de gênero: as mulheres
ganham menos e ocupam a maioria dos empregos
vulneráveis. Os jovens enfrentam restrições para o
acesso a um posto de trabalho precário e convivem
com taxas de desemprego três vezes superiores às dos
adultos.
O emprego rural já não é mais substituído pelo
industrial e urbano. A ocupação rural é eliminada e
agora suprida por um posto no segmento dos serviços,
a maioria de baixa qualidade, precária e vulnerável,
com pequenos salários. Enquanto isso, o emprego
industrial entra em declínio. A desindustrialização
precoce dos países emergentes compromete o desafio
de alçar e emparelhar o desenvolvimento produtivo
dessas nações ao das desenvolvidas.
O crescimento econômico está anêmico, com baixo
investimento privado, escassez de demanda (baixos
salários, empregos precários e inseguros etc.),
desigualdade crescente de renda e riqueza, o que
esteriliza ainda mais a demanda.
O processo civilizatório a partir do emprego
regride. Montam-se armadilhas e os conflitos vão
aumentar. Tempos de tempestades.
*Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e professor
universitário. Diretor técnico do Dieese desde 2003.
É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social.
Fonte: Portal Vermelho

25/09/2018 -
Atividade industrial chega a 69% da capacidade em
agosto, diz CNI
A atividade industrial de agosto chegou a 69% da
utilização da capacidade instalada, 1 ponto
percentual a mais que em julho, o que indica um
movimento de queda na ociosidade na indústria,
segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
É o maior valor para o mês registrado desde 2015. As
informações são da pesquisa Sondagem Industrial,
divulgada nesta segunda-feira (24) pela CNI.
A pesquisa indica ainda crescimento da produção
industrial em agosto. O índice de evolução da
produção ficou em 54,1 pontos, acima da linha
divisória de 50 pontos, mostrando aumento da
produção. O índice das grandes empresas alcançou
55,4 pontos, acima do total da indústria. O
indicador de produção varia de zero a 100 pontos.
Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da
produção.
Apesar da queda na ociosidade, a recuperação da
indústria segue em marcha lenta, com percentual
ainda abaixo da média do mês para o período entre
2011 e 2014. De acordo com a CNI, esse aumento na
atividade é comum nesse período de final de ano, mas
ele foi menos forte que em outros anos.
O emprego no setor continua caindo, embora a queda
tenha sido mais suave do que no mês anterior. O
índice de evolução do número de empregados aumentou
de 48,5 para 49,1 pontos em agosto, ficando abaixo
da linha de 50 pontos, que separa a queda do aumento
do emprego. A pesquisa aponta, entretanto, uma
expectativa de estabilidade para o emprego nos
próximos seis meses.
A Sondagem Industrial também mostrou um acúmulo
indesejado nos estoques, que ficaram acima do
planejado em agosto. É o segundo mês de aumento
consecutivo do estoque indesejado em um período de
atividade que deveria ser normalmente um pouco mais
forte. O índice de nível de estoque efetivo em
relação ao planejado ficou em 51,2 pontos,
acumulando 0,8 ponto de crescimento nos últimos dois
meses.
A pesquisa também mostra que houve uma redução do
otimismo em relação à demanda, às vendas ao exterior
e à compra de matérias-primas. De acordo com a CNI,
isso está relacionado com a frustração da demanda,
que pode ser percebida pelo acúmulo indesejado nos
estoques, e com o aumento da incerteza.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 3
e 13 de setembro com 2.240 empresas. Dessas, 921 são
pequenas, 812 são médias e 507 são de grande porte.
A pesquisa completa está disponível na página da
CNI.
Fonte: Agência Brasil

25/09/2018 -
Temer promulga decreto que libera geral
terceirização no setor público
Poucas funções seguirão sob controle exclusivo de
funcionários de carreira, como atos administrativos
e ações de planejamento, coordenação, supervisão e
controle
O presidente Michel Temer (MDB) promulgou na última
sexta-feira (21) o Decreto 9.507, que trata da
terceirização de serviços na administração direta e
em autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista controladas pelo
governo federal.
A medida libera a contratação de mão de obra
terceirizada em toda a estrutura da União que não
estiver relacionada a tomadas de decisão, muito
embora todas as funções que deem apoio a isso possam
ser contratadas. A medida é um passo ao que pode ser
a extinção dos concursos públicos.
Podem ser terceirizados, por exemplo, os professores
de universidade federais, os trabalhadores da
Petrobras, da Caixa Econômica Federal, Banco do
Brasil e outras empresas públicas, dos portos e
aeroportos, servidores dos ministérios, entre
outros.
A terceirização poderá ser aplicada mesmo em casos
em que a empresa contratada venha a fornecer mão de
obra com atribuições idênticas às de profissionais
que já atuam no poder público. Caberá aos Conselhos
de Administração ou órgão equivalente das empresas
públicas definir as atividades passíveis de execução
indireta.
Dentre as regras de contratação, destaca-se a
determinação do governo federal de se eximir de
qualquer responsabilidade pela quitação de eventuais
encargos trabalhistas decorrentes dos contratos, por
exemplo, em caso de a empresa terceirizada falir.
O Projeto de Lei (PL) 4.302/98, que autoriza a
terceirização em todos os ramos de uma empresa foi
aprovado em março do ano passado. Em 30 de agosto
deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF)
considerou legal a terceirização irrestrita, mesmo
em atividades-fim.
Fonte: Rede Brasil Atual

25/09/2018 -
TST nega gratuidade de justiça a sindicato de
trabalhadores
A entidade não comprovou que não poderia arcar com
as despesas processuais.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho indeferiu o pedido
de concessão do benefício da gratuidade de justiça
feito pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material
Elétrico e Eletrônico da Grande Porto Alegre (RS).
Na decisão, a SDC considerou que a entidade não
havia apresentado nenhum documento que comprovasse a
impossibilidade de arcar com as despesas
processuais.
O resultado foi proferido no julgamento de recurso
em dissídio coletivo ajuizado pelo sindicato dos
trabalhadores contra o Centro Nacional de Tecnologia
Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec) e o Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material
Elétrico e Eletrônico do Estado do Rio Grande do
Sul. O dissídio, de natureza econômica, tinha por
objeto a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho para
a data-base de 2016 em benefício dos empregados da
empresa pública.
Descalabro financeiro
Ao analisar o caso, o Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (RS) julgou extinto o processo sem
resolução do mérito porque a vigência da norma
coletiva havia expirado meses antes do ajuizamento
da ação, e o sindicato não havia tomado medidas para
preservar a data-base.
No recurso ordinário ao TST, além de questionar a
extinção do processo, o sindicato requereu a
concessão da justiça gratuita com base nos artigos
14 da Lei 5.584/70, 98 do CPC e 5º, inciso LXXIV, da
Constituição da República. Segundo alegou, as
entidades sindicais estão sofrendo “verdadeira
situação de descalabro financeiro, uma vez que a
contribuição sindical foi extinta pela Lei
13.467/17”. Assim, a única fonte de custeio passou a
ser as mensalidades dos associados.
Prova inequívoca
O relator do recurso, ministro Ives Gandra Martins
Filho, destacou que, de acordo com a jurisprudência
do TST, não basta, para a concessão do benefício a
pessoa jurídica, a mera alegação da insuficiência
financeira. “É necessária a prova inequívoca da
impossibilidade de arcar com as despesas
processuais”, afirmou.
Além de não ter juntado ao processo nenhum documento
para comprovar essa circunstância, o sindicato
recolheu o valor das custas processuais fixadas pelo
Tribunal Regional, no valor de R$ 720, o que,
segundo o relator, “se mostra incompatível com o
alegado pela parte”.
Por unanimidade, a SDC indeferiu o pedido. Processo:
RO-21923-90.2016.5.04.0000
Fonte: TST

25/09/2018 -
Dispensa motivada pelo exercício do direito de greve
viola liberdade sindical
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão em
que a Laboratil Farmacêutica Ltda. foi condenada a
reintegrar empregados dispensados durante greve na
empresa. Para a SDC, a dispensa motivada pelo
simples exercício do direito de greve constitui
grave violação da liberdade sindical.
O movimento grevista ocorreu em fevereiro de 2017 e
teve como motivo o não cumprimento pela empresa de
diversas obrigações trabalhistas. Sem acordo, o
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas,
Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo,
Taboão da Serra, Embu, Embu-Guaçu e Caieiras ajuizou
dissídio coletivo de greve, julgado parcialmente
procedente pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região (SP).
Além de condenar a Laboratil ao pagamento dos
valores correspondentes aos dias em que houve
paralisação, o TRT concedeu estabilidade provisória
de 90 dias aos empregados que aderiram ao movimento
e determinou a reintegração dos dispensados no curso
do dissídio coletivo.
Crise financeira
No recurso ordinário, a Laboratil sustentou que as
dispensas decorreram da grave crise financeira pela
qual passa. Afirmou, ainda, que o quadro de
funcionários ainda não foi reposto por falta de
recursos.
O sindicato, por sua vez, tem argumentado que uma
empresa do ramo farmacêutico não pode alegar crise
financeira para não pagar salários e demais direitos
trabalhistas, pois é notório que o setor “é um dos
poucos que vem apresentando considerável crescimento
e não foi afetado pela crise”.
Liberdade sindical
A relatora do recurso, ministra Kátia Magalhães
Arruda, destacou que a Constituição da República
assegura o direito de greve, e a dispensa de
empregados em razão do simples exercício desse
direito é vedada. No caso, observou que, de acordo
com o Tribunal Regional, é incontroversa a dispensa
de empregados durante a greve e o processamento do
dissídio coletivo, o que contraria o artigo 7º,
parágrafo único, da Lei 7.783/89 (Lei de Greve).
“A dispensa motivada pelo exercício do direito de
greve constitui grave violação da liberdade
sindical”, afirmou a ministra, que citou, na
fundamentação de seu voto, a jurisprudência da SDC e
do Comitê de Liberdade Sindical do Conselho de
Administração da Organização Internacional do
Trabalho (OIT). Por unanimidade, a SDC negou
integralmente provimento ao recurso ordinário da
Laboratil.
Processo: RO-1000344-89.2017.5.02.0000
Fonte: TST

25/09/2018 -
CAS pode votar seguro-desemprego para extrativista
vegetal
O trabalhador extrativista vegetal deve ter direito
ao seguro-desemprego durante os períodos em que não
for possível exercer sua atividade. É o que
estabelece projeto de lei (PLS 156/2018) aprovado na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e que deve ser
votado neste semestre na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS). A senadora Simone Tebet (MDB-MS)
chegou a manifestar preocupação na CAE com o impacto
do benefício no Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). Mas, para não atrasar a matéria, Simone optou
por deixar essa discussão para a CAS.
Fonte: Agência Senado

24/09/2018 -
Centrais se unem para repudiar Bolsonaro,
'anti-trabalhador e antidemocrático'
Entidades destacam "sua já conhecida postura
contra a organização sindical, por sua postura
antidemocrática"
Centrais sindicais brasileiras, cujos dirigentes
apoiam diferentes candidatos à Presidência da
República, se uniram contra Jair Bolsonaro (PSL).
"Repudiamos (o candidato) por sua já conhecida
postura contra a organização sindical, portanto,
anti-trabalhadores, por sua postura antidemocrática,
intolerante com minorias, que faz apologia da
violência, e pela sua conivência com práticas
repugnantes, como a defesa de torturadores",
afirmam, em nota divulgada neste sábado (22).
Para as centrais, uma possível eleição do
presidenciável apontaria um país "marcado pela
exploração do trabalhador, pela violência, pelo
racismo, pela discriminação, pela repressão, pela
dilapidação do patrimônio nacional, pelo desrespeito
aos direitos humanos e pelo desrespeito aos direitos
democráticos, garantidos na Constituição, e ameaça
de retorno a ditadura militar".
Os sindicalistas acrescentam que defendem exatamente
o oposto de tudo o que Bolsonaro representa. Por
isso, pedem "não" ao candidato, em nome de "eleições
democráticas e por dias melhores para o Brasil".
Leia a íntegra do manifesto.
Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro
Nós, sindicalistas brasileiros, das mais variadas
tendências, que apoiamos candidatos de diversos
partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos
o candidato Jair Bolsonaro.
Repudiamos por sua já conhecida postura contra a
organização sindical, portanto, anti-trabalhadores,
por sua postura antidemocrática, intolerante com
minorias, que faz apologia da violência, e pela sua
conivência com práticas repugnantes, como a defesa
de torturadores.
O horizonte que ele nos apresenta é de um país
marcado pela exploração do trabalhador, pela
violência, pelo racismo, pela discriminação, pela
repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional,
pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo
desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na
Constituição, e ameaça de retorno a ditadura
militar.
E nossa luta, como sindicalistas, é justamente o
oposto disso: queremos um país com geração de
empregos, trabalhadores valorizados e com poder
aquisitivo, com licença-maternidade, férias,
décimo-terceiro salário, com a PEC das domésticas,
com aposentadoria e respeito aos aposentados,
valorização dos servidores públicos, um país marcado
pela convivência pacífica e produtiva entre pessoas
das mais diversas raças, origens, gêneros e
culturas, queremos um Estado laico e, sobretudo,
respeito aos direitos sociais e democráticos
garantidos pela Constituição e à soberania nacional.
Por eleições democráticas e por dias melhores para o
Brasil, conclamamos a que todos digam não a
Bolsonaro!
São Paulo, 22 de setembro de 2018
Miguel Torres, Presidente interino da Força
Sindical
João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário
Geral da Força Sindical
Adilson Araújo, Presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Wagner Gomes, Secretário Geral da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
José Avelino Pereira, Chinelo, Presidente
interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Álvaro Egea, Secretário Geral da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos, Presidente da Nova
Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Moacyr Auersvald, Secretário Geral da Nova
Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Edson Índio, Secretário Geral da
Intersindical
Nilza Pereira, da Direção Nacional da
Intersindical
Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva
Nacional da CSP-Conlutas
Joaninha de Oliveira, secretaria Executiva
Nacional da CSP-Conlutas
Fonte: Rede Brasil Atual

24/09/2018 -
Bolsonaro tem 26% e Haddad 22% e empatam no 2º
turno, diz DataPoder360
Ciro Gomes (PDT) aparece consolidado em terceiro
lugar, com 14% das intenções de voto
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) aparecem
tecnicamente empatados em nova edição da pesquisa
DataPoder360. O candidato do PSL aparece com 26% das
intenções de voto e o petista tem 22%, Ambos em
situação de empate técnico no limite da margem de
erro, que é de 2 pontos percentuais, para mais ou
para menos.
Ciro Gomes (PDT) aparece consolidado em terceiro
lugar, com 14% das intenções de voto. Empatados
tecnicamente aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) e
Marina Silva (Rede) com 6% e 4%, respectivamente.
Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB)
aparecem numericamente empatados com 3%. Guilherme
Boulos (Psol) aparece com 2% e têm 1% os candidatos
Cabo Daciolo (Patriota), Eymael (DC), João Amoêdo
(Novo) e João Goulart Filho (PPL).
Vera Lucia (PSTU) não pontuou e os votos nulos e
brancos somaram 12% das intenções e 3% não souberam
ou não responderam.
2º turno
A sondagem fez quatro simulações para o 2º turno,
colocando o candidato melhor posicionado no primeiro
turno, Bolsonaro, contra seus concorrentes mais
competitivos neste momento.
O militar fica à frente numericamente de Alckmin
(37% x 36%) e de Marina (39% x 37%), mas empatado na
margem de erro da pesquisa.Contra Haddad, o placar é
de 43% para o petista e 40% para Bolsonaro,
configurando também um empate estatístico, há que a
margem de erro é de 2 pontos percentuais.
A pesquisa aponta que Ciro Gomes é o único que
venceria Bolsonaro em confronto direto se a eleição
fosse hoje, com 42% a 36%. Não há empate técnico
neste caso e o pedetista ganharia de maneira clara
se a disputa fosse hoje.
A pesquisa foi realizada em 19 e 20 de setembro com
4.000 entrevistas por telefone (fixos e celulares)
em 422 cidades nas 27 unidades da Federação. A
margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais
ou para menos e o registro na Justiça Eleitoral é
BR-02039/2018.
Fonte: InfoMoney

24/09/2018 -
Trabalhador autônomo tem renda menor que o CLT,
aponta Dieese
Diretor técnico instituto mostra contradição em
pesquisa do Datafolha, que afirma preferência do
trabalhador por se manter autônomo, em vez de ter
emprego com carteira assinada
Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, o diretor
técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, contesta
pesquisa do Datafolha que conclui que os
trabalhadores preferem ser autônomos em vez de ter
um emprego com carteira assinada e regido pela CLT,
caso o salário seja mais alto e os descontos e
impostos, menores. Para o analista, esse cenário
descrito pelo jornal é ilusório, já que a renda do
autônomo é, em média, menor que a do trabalhador
regularmente empregado.
Clemente explica que a carteira assinada garante
direitos como 13º salário e férias remuneradas –
além dos específicos da convenção coletiva de sua
categoria, como vale-refeição, vale-transporte e
convênio médico. Por outro lado, há também as
deduções, como a contribuição mensal ao INSS, de 8%
a 11%, imposto de renda descontado na fonte,
contribuição sindical e outros.
O diretor do Dieese afirma que é normal a
preferência por uma relação laboral mais livre e a
expectativa por uma melhor remuneração, mas que a
pesquisa Datafolha é contraditória. "A situação do
trabalho autônomo é diferente, porque são
trabalhadores que não têm proteção social, nem
participação contributiva na Previdência. As pessoas
com salário baixo têm a expectativa, no trabalho
autônomo, de terem maior renda mas, no geral, a
renda do autônomo é menor do que a do assalariado,
porque esse trabalhador vive fora de uma proteção em
termos de renda."
Fonte: Rede Brasil Atual

24/09/2018 -
País registra criação de 110 mil novas vagas de
trabalho em agosto
Puxado pelo setor de Serviços, o emprego formal
registrou crescimento de 0,29% em agosto, fechando o
mês com um saldo positivo de 110,4 mil novas vagas.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado sexta-feira (21)
pelo Ministério do Trabalho, houve no mês passado
pouco mais de 1,353 milhão de admissões, contra
1,243 milhão de desligamentos.
Este é o oitavo mês consecutivo em que o número de
novos contratos de trabalho supera as demissões.
Segundo o ministério do Trabalho, o mercado formal
tem apresentado resultados positivos no acumulado do
ano e nos últimos doze meses. De janeiro a agosto,
houve acréscimo de aproximadamente 568 mil vagas. Já
na série histórica desde setembro do ano passado, o
saldo positivo é de 357 mil postos de trabalho.
Com os dados, o nível de estoque do emprego formal
aumentou para 38,4 milhões, número superior que os
38 milhões de agosto de 2017 mas abaixo do
apresentado no mesmo período nos anos anteriores,
desde 2012. A informação dos novos empregos com
carteira assinada foi comemorada ontem pelo
presidente Michel Temer pelo twitter.
Entre 2010 e 2014, o Brasil apresentou desempenho
positivo nos dados do Caged, apresentando grandes
quedas em 2015 e 2016. Em 2017 o saldo também foi
negativo, mas menor, com 123 mil postos de trabalho
fechados. Este ano, com um saldo de meio milhão de
novos empregos, o país registra bons resultados em
praticamente todos os setores de atividade
econômica, como indústria de transformação, serviços
e agricultura. A exceção é o setor de comércio,
impulsionado pelas demissões no comércio varejista.
Fonte: Agência Brasil

24/09/2018 -
Dados sobre negociação coletiva mostram importância
dos sindicatos
Instituições são fundamentais para a sociedade
O debate sobre o papel dos sindicatos no Brasil
apresenta dados díspares sobre o número de entidades
existentes no país e o trabalho por elas
desenvolvido.
Ultimamente, informações que não refletem a
realidade são utilizadas para justificar medidas que
atacam o financiamento sindical, baseadas no
argumento de que a maior parte das instituições
possui pouca ou nenhuma representatividade junto aos
trabalhadores e, efetivamente, não negocia.
Nessa visão simplista e, por vezes,
mal-intencionada, os sindicatos que não negociam
deveriam simplesmente ser fechados. O ataque ao
custeio dessas instituições serviria para quebrá-las
financeiramente.
Os sindicatos laborais são instituições criadas
pelos trabalhadores desde a 1ª Revolução Industrial
no século 21. Os trabalhadores se associam e reúnem
força política para produzir e defender seus
direitos.
São instituições fundamentais para a sociedade, pois
atuam para gerar equilíbrio nos sistemas de relações
de trabalho, visando criar obstáculos à exploração
dos trabalhadores e à submissão dos indivíduos ao
poder do empregador.
A negociação é uma das dimensões da atuação
sindical, parte essencial de um leque de inúmeras
outras atribuições dessas entidades, que representam
trabalhadores assalariados, servidores públicos,
autônomos, agricultores familiares, trabalhadores
avulsos e profissionais liberais.
Negociar é um dos principais meios para se chegar a
qualquer acordo ou regulação. O poder efetivo da
negociação varia segundo as características do
modelo de relações de trabalho vigente em cada país.
A ação sindical se materializa em movimentos de
reivindicação e defesa de direitos, muitos dos quais
são tratados nas negociações coletivas e podem ser
assegurados em acordos e convenções. Outros serão
tratados na regulação geral da legislação ou em
instrumentos normativos aprovados ou deliberados no
âmbito do Legislativo, Executivo ou Judiciário.
No Brasil, tanto trabalhadores como empregadores se
organizam em sindicatos.
Uma análise sobre o número e a atuação de entidades
sindicais no Brasil pode ser realizada hoje por meio
do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (Cnes) e
do Sistema Mediador, ambos mantidos pelo Ministério
do Trabalho (MTb).
O Cnes possibilita pesquisa sobre número e perfil de
entidades de trabalhadores e patronais legalmente
constituídas no país.
Já o Mediador é um sistema para protocolar
convenções e acordos coletivos firmados após
negociação entre entidades patronais (ou empresas) e
sindicatos de trabalhadores, que permite, em tese,
pesquisar todos os documentos resultantes das
negociações realizadas no país desde 2009, quando o
registro se tornou obrigatório. São dois importantes
bancos de dados que devem ser analisados quando se
quer avaliar o papel dos sindicatos.
Segundo o Cnes-MTb, há, no país, 17.516 entidades
sindicais (informações de maio/2018). Aquelas que
representam trabalhadores totalizam 12.052, enquanto
as patronais são 5.464.
Para a representação patronal, há 14 confederações,
178 federações e 5.272 sindicatos. Já a estrutura
que representa os trabalhadores reúne 11.578
sindicatos, 424 federações, 36 confederações e 14
centrais sindicais.
A seguir, o número de sindicatos de trabalhadores,
de acordo com o tipo de profissionais representados,
e a quantidade de acordos e convenções registrada no
Mediador para cada grupo:
- 880 sindicatos de trabalhadores (empregados
assalariados). Desses, 89% (4.354) negociaram e
protocolaram acordos e/ou convenções coletivas no
Sistema;
- 952 sindicatos de trabalhadores rurais, dos quais
33% depositaram instrumentos coletivos negociados no
Mediador. A maioria (67%) não possui registro no
Sistema, o que pode ser explicado, em parte, pelo
fato de muitas entidades representarem trabalhadores
da agricultura familiar;
- 200 sindicatos de servidores públicos, dos quais 11%
inseriram algum instrumento coletivo no Mediador,
representando servidor assalariado celetista. A
maioria (89%) das entidades não possui nenhum
registro, pois o direito de negociação coletiva
ainda não foi regulamentado no setor público;
- 657 sindicatos de categorias diferenciadas, dos
quais 73% dispõem de instrumentos coletivos no
Sistema Mediador;
- 475 sindicatos de profissionais liberais, entre os
quais, 48% possuem registro de acordo ou convenção
no Sistema;
- 268 sindicatos de trabalhadores autônomos, dos quais
14% registraram instrumento coletivo no Sistema; e
- 137 sindicatos de trabalhadores avulsos, 51% com
acordo ou convenção inserido no Mediador.
Como mostram os números, 6.400 sindicatos de
trabalhadores (55% das entidades sindicais de base)
negociam e registraram instrumentos coletivos no
Sistema Mediador.
Entre os 5.178 sindicatos ausentes do Sistema, cerca
de 80% (3.930) representam trabalhadores rurais ou
servidores públicos, que, conforme já mencionado
anteriormente, pouco praticam a negociação coletiva
de trabalho – os rurais pelo peso considerável da
agricultura familiar e os servidores, por não terem
o direito à negociação regulamentado.
As demais entidades que não inseriram documentos no
Mediador (1.248) – e que correspondem a pouco mais
de 10% do total de sindicatos de trabalhadores – não
negociaram em função da natureza de sua
representação.
Uma parcela delas representa trabalhadores cujas
condições de trabalho e remuneração não são sujeitas
à negociação coletiva – como avulsos, autônomos e
profissionais liberais, entre outros; a outra parte
representa trabalhadores que podem ser abrangidos
por convenções e acordos coletivos negociados por
outras entidades sindicais, como, por exemplo, as
majoritárias na representação de funcionários de uma
empresa.
Diferentemente do que defendem alguns, os dados
estatísticos do Ministério do Trabalho revelam que
aproximadamente 90% das entidades sindicais de
trabalhadores que devem e podem estabelecer acordos
ou convenções coletivas exercem essa tarefa.
Em outras palavras, a maioria esmagadora das
entidades sindicais de representação dos
trabalhadores realiza plenamente as funções que são
de sua responsabilidade, negociando e produzindo
direitos trabalhistas, por meio de instrumentos
coletivos de trabalho, na contramão do que tem sido
declarado publicamente. Afirmar o oposto, sem
fundamentação, é buscar quebrar e aniquilar essas
instituições e, com isso, tirar dos trabalhadores um
instrumento eficaz para a resistência à exploração.
*Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e professor
universitário. Diretor técnico do Dieese desde 2003.
É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social
Fonte: Poder360

24/09/2018 -
Restrição de acesso ao local de assembleia invalida
criação de novo sindicato
A direção do hotel onde foi realizado o evento
impediu a entrada de pessoas.
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
anulou os atos constitutivos da criação do Sindicato
dos Propagandistas, Propagandistas-Vendedores e
Vendedores de Produtos Farmacêuticos do Estado do
Ceará (Sindiproface) em razão das restrições de
acesso ao local da assembleia. Com a anulação, a
Turma afastou a representatividade sindical da nova
entidade.
O novo ente sindical adviria do desmembramento do
Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do
Comércio, Propagandistas, Propagandistas-Vendedores
e Vendedores de Produtos Farmacêuticos do Estado do
Ceará (Sinprovence), autor da reclamação trabalhista
em que pedia a anulação. Segundo o Sinprovence, a
assembleia em que se decidiria o desmembramento
havia sido convocada para um hotel em Fortaleza, mas
diversos integrantes da categoria foram barrados na
porta.
Conflito
O Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (CE)
registrou "a existência de um verdadeiro conflito”
entre as testemunhas de ambos os lados a respeito do
alegado impedimento de entrada de membros ao evento.
Algumas relataram restrição ao local, outras
disseram que o acesso era livre para todos. A
conclusão do TRT foi de que os obstáculos não foram
criados pelos membros do sindicato, mas por
terceiros. Manteve, assim, a validade da assembleia.
Desmembramento
Segundo o relator do recurso de revista do Sinprovence,
ministro Cláudio Brandão, a jurisprudência do TST
está sedimentada quanto à possibilidade de
desmembramento ou dissociação de sindicatos, desde
que respeitados os limites territoriais e de
categoria impostos pela Constituição da República.
“Também é preciso verificar a viabilidade de defesa
efetiva dos interesses da categoria pela nova
entidade, de modo a evitar que a pulverização de
sindicatos os enfraqueça e lhes retire o poder de
negociação frente ao empregador”, assinalou.
Restrição ao local da assembleia
No caso, entretanto, o ministro destacou que, embora o
sindicato original tenha sido convidado a participar
da deliberação sobre o desmembramento, não se deu
oportunidade de participação a todos os integrantes
da nova categoria para respaldar a validade da
dissociação. “O processo de formação da entidade
sindical é ato complexo, marcado por sucessivas
ações da categoria profissional, que envolve
reuniões preparatórias e assembleias e até a
formação de uma diretoria provisória”, explicou.
No caso, na avaliação do relator, a escolha do local
para a realização da assembleia impediu, ainda que
de forma indireta, o amplo acesso da categoria ao
evento, em desrespeito à liberdade sindical
coletiva. Isso porque a direção do hotel, em razão
da aglomeração de pessoas e de reclamação de
hóspedes e temendo a ocorrência de conflitos que
pudessem causar danos no interior do
estabelecimento, restringiu o ingresso de pessoas ao
local.
Inexistência da representatividade
Por unanimidade, a Turma concluiu que a situação
violou a participação democrática coletiva dos
trabalhadores da formação da nova entidade sindical.
Com isso, restabeleceu a sentença em que o juízo de
primeiro grau havia anulado os atos constitutivos do
sindicato e declarou a inexistência da
representatividade do Sindiproface. Processo:
RR-209900-32.2007.5.07.0010
Fonte: TST

21/09/2018 -
Ministério do Trabalho confirma: a reforma
trabalhista é um desastre
Dos 50 mil empregos formais criados até julho,
cerca de 80% correspondem a contratos intermitentes
ou parciais
Lu Sudré
“A reforma trabalhista vai gerar 6 milhões de
empregos”, prometeu Henrique Meirelles (MDB),
ex-ministro da Fazenda do governo de Michel Temer
(MDB), em defesa das alterações na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), aprovadas pelo Congresso em
dezembro de 2017. No entanto, como previam
especialistas, o argumento do peemedebista não se
tornou realidade.
De acordo com estatísticas sistematizadas pelo
Ministério do Trabalho, baseadas no saldo de
empregos de julho, desde a aprovação da Lei
13.467/17 foram gerados apenas 50.545 postos de
empregos formais. Os dados correspondem ao período
de novembro de 2017 a julho deste ano, ou seja,
evidenciam o impacto da reforma nos 9 meses
posteriores a sua aprovação.
Por outro lado, entre dezembro de 2014 e dezembro de
2017, 2,9 milhões de empregos com carteira assinada
foram fechados, uma média de 79,5 mil postos de
trabalho a menos por mês.
Bárbara Vallejos, integrante do Grupo de Trabalho
sobre a Reforma Trabalhista do Instituto de Economia
da Unicamp, mestre em Desenvolvimento Econômico e
técnica do Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
relembra que o principal argumento usado em defesa
da reforma era o de que a antiga legislação
trabalhista atrapalhava a geração de novos trabalhos
e a flexibilização da lei potencializaria o
crescimento do mercado de trabalho.
“Essa é uma tese infundada. A geração de emprego dos
anos 2000, com carteira assinada, foi muito
expressiva e não tivemos alterações significativas
nos direitos do trabalho porque havia um cenário de
crescimento econômico. Esse é o determinante”,
argumenta.
“O efeito dessa reforma no mercado de trabalho, do
ponto de vista do nível de emprego, vai ser quase
nulo. Efetivamente, analisando os dados, o que vemos
é que a crítica que era feita à reforma se
confirmou. Esse saldo de 50,5 mil novos postos da
reforma é um saldo irrisório frente a uma força de
trabalho que tem 104 milhões de pessoas. É um
crescimento muito inexpressivo. Em síntese, a
reforma não está ajudando a gerar mais empregos”,
analisa Vallejos.
Precarização
A especialista ressalta que, além de não impactar na
criação de novos postos de trabalho, o principal
problema da reforma trabalhista é o aumento de vagas
de trabalho precarizadas.
No último período, foram gerados 26.300 postos
intermitentes e 13.320 parciais, ou seja, 78,4% dos
saldos de empregos formais criados desde novembro
correspondem a esses dois tipos de contratação.
O contrato intermitente pode ou não ser provisório,
mas, nessa modalidade, o trabalhador é remunerado
apenas pela hora efetivamente trabalhada no mês, com
a necessidade de estar à disposição do empregador,
sem salário fixo. Já o contrato parcial é uma
jornada fixa porém reduzida.
'Eu já sabia'
O grupo de trabalho do qual Vallejos faz parte estuda
as implicações de reformas trabalhistas parecidas
com a implementada no Brasil, antes de sua
aplicação. A partir dessa análise, os especialistas
alertaram quais seriam as consequências.
“Quando observamos como as reformas trabalhistas
impactaram o mercado de trabalho, o que ocorreu foi
um movimento de substituição dos postos formais, do
que seria equivalente a uma CLT, com salário fixo,
por formas precárias e atípicas de contratação.
Então, vão se constituindo mercados de trabalhos
mais flexíveis, em que os trabalhadores tem menos
previsibilidade do seu salário e evidentemente tem
uma perda também de seu poder de compra", explica a
técnica do Dieese.
José Eymard Loguércio, advogado trabalhista e membro
da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
(ABJD), concorda com a crítica. “Quem estava
desempregado, permanece desempregado. Quem estava
empregado, passa a estar desempregado e é
recontratado por outra modalidade [contratual]. Não
se aumenta postos de trabalho, simplesmente se
distribui os postos que já existem. Substitui-se
contratos regulares, permanentes, por contratos
precários”.
A ampliação desses contratos concentrou-se em
setores econômicos com maior rotatividade e menores
salários, ou seja, profissões historicamente
vulneráveis. Mais de 60% dos contratos intermitentes
estão nos setores de Comércio ou Serviços. As
ocupações com maior saldo dessa nova modalidade de
trabalho são assistente de venda, servente de obras,
alimentador da linha de produção, faxineiro,
vigilante e garçom. As profissões se repetem na
relação de contratos parciais.
Acordos
O advogado trabalhista também destaca que os números
do “desligamento por comum acordo”, criado pela
reforma, também são expressivos.
Foram 94,5 mil desligamentos nessa modalidade, na
qual o trabalhador não acessa integralmente verbas
rescisórias, nem o seguro desemprego. “O que indica,
indica porque não há como dizer que todos são assim,
é que muitos desses acordos foram realizados para
que as pessoas se desligassem da contratação regular
e voltassem a ser contratados com outro tipo de
contrato”.
O jurista critica a fala de Meirelles e aponta que o
argumento de que a reforma trabalhista gera emprego
não se sustenta e a deslegitima completamente.
“É um discurso simplesmente para conseguir apoio,
portanto, discurso que não tem base empírica, não
tem base de realidade. E a prova disso é o que
aconteceu na prática depois desse período. Em
pouquíssimo tempo, se comprova o fato de que a
reforma tem por único e exclusivo objetivo,
precarizar as relações e diminuir o custo da mão de
obra”, enfatiza.
O impacto do desemprego e da precarização do
trabalho na economia também preocupa os
especialistas. Segundo Vallejos, sem poder de compra
e consumo, a população não participa ativamente da
movimentação econômica do país, fator que impede seu
crescimento.
Fonte: Brasil de Fato

21/09/2018 -
'Bolsonaro é ameaça para o Brasil e América Latina',
afirma 'The Economist'
Revista britânica lembra que candidato dedicou
seu voto no impeachment para destituir Dilma
Rousseff ao torturador do Exército Carlos Alberto
Brilhante Ustra e diz que eleição é chance de país
recomeçar
Matéria de capa da revista britânica The Economist,
considerada legítima representante do liberalismo
econômico, afirma que uma eventual eleição de Jair
Bolsonaro no Brasil “poderia colocar em risco a
própria sobrevivência da democracia no maior país da
América Latina”. Mais do que isso, a publicação,
lançada nesta quinta-feira (20), afirma que o
candidato “é uma ameaça para o Brasil e para a
América Latina”.
A publicação semanal, lida no mundo todo por um
público considerado de “alto nível”, começa citando
o ditado popular “Deus é brasileiro”, título também
de um filme de Cacá Diegues, para dizer na sequência
que “hoje em dia os brasileiros devem se perguntar
se, como a divindade do filme, Deus saiu de férias”.
“A economia é um desastre, as finanças públicas
estão sob pressão e a política está completamente
podre. O crime de rua está aumentando. Sete cidades
brasileiras estão entre as 20 mais violentas do
mundo.”
No artigo, intitulado “Jair Bolsonaro, a mais
recente ameaça da América Latina”, a The Economist
pondera que as eleições nacionais de outubro “dão ao
Brasil a chance de começar de novo”. Porém, destaca
também a “autoflagelação e corrupção da elite” que
tomam conta do país.
A publicação se refere ao candidato do PSL como um
político que tem longa história de ser
“grosseiramente agressivo, e ilustra a afirmação
lembrando situações como o deputado ter dito “que
não iria violentar uma congressista (a deputada
Maria do Rosário, do PT gaúcho) porque ela era
'feia'”.
Outros exemplos citados são as declarações do
candidato de extrema-direita (que o semanário
prefere caracterizar como de direita) de que
preferiria um filho morto a um que fosse gay e ter
sugerido que quilombolas “são gordos e preguiçosos”.
Para a população, ele aparece como alguém disposto a
quebrar tabus e diferente dos políticos de Brasília,
diz a revista.
“Se enfrentar Fernando Haddad, o candidato do
Partido dos Trabalhadores de Lula, de esquerda, no
segundo turno, no final de outubro, muitos eleitores
de classe média e alta, que culpam Lula e o PT acima
de tudo pelos problemas do Brasil, poderiam cair em
seus braços", afirma a publicação, em mais uma
insinuação, comum em veículos da mídia tradicional
neste período pré-eleitoral, que pode favorecer o
candidato do PDT, Ciro Gomes.
A The Economist lembra que Bolsonaro “dedicou seu
voto para destituir Dilma Rousseff ao comandante
(coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra)
de uma unidade responsável por 500 casos de tortura
e 40 assassinatos sob o regime militar, que governou
o Brasil de 1964 a 1985”.
A revista também faz um trocadilho sobre a célebre
sentença brasileira sobre corrupção (“rouba, mas
faz”), para dizer que, no caso do candidato que
lidera as pesquisas eleitorais, a frase poderia ser
“eles torturaram, mas agiram”.
“Bolsonaro pode não ser capaz de converter seu
populismo em ditadura ao estilo de Pinochet, mesmo
que quisesse. Mas a democracia do Brasil ainda é
jovem. Até mesmo um flerte com o autoritarismo é
preocupante. Todos os presidentes brasileiros
precisam de uma coalizão no Congresso. O senhor
Bolsonaro tem poucos amigos políticos. Para
governar, ele poderia ser levado a degradar ainda
mais a política, potencialmente pavimentando o
caminho para algo ainda pior”, finaliza a revista
britânica.
Fonte: Rede Brasil Atual

21/09/2018 -
Empresário da indústria está menos confiante, diz
CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei) do mês de setembro mostrou queda de 0,5 ponto
em relação a agosto. O índice fechou em 52,8 pontos
e interrompe uma sequência de recuperação iniciada
após a forte redução observada em junho por causa da
greve dos caminhoneiros em maio. Naquele momento, a
queda do Icei chegou a 5,9 pontos e os dois meses
seguintes mostraram uma recuperação de 3,7 pontos.
Os dados são da pesquisa divulgada nesta
quinta-feira (20) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Os dois índices que formam o Icei, condições atuais
e o de expectativas, diminuíram em setembro, na
comparação com agosto. O primeiro caiu 0,5 ponto, e
foi de 47,2 para 46,7 pontos; e o segundo caiu 0,4
ponto, ficando em 55,9 pontos.
Apesar do recuo, o indicador continua acima da linha
divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da
falta de confiança. Porém, está 1,3 ponto abaixo da
média histórica, calculada com o valor médio do Icei
de todas as observações realizadas desde 1999.
O Icei é um indicador que ajuda a entender as
tendências da indústria e da economia. Empresários
confiantes tendem a ampliar a produção e os
investimentos, o que estimula o crescimento da
economia, informou a CNI.
Nesta edição, a pesquisa foi realizada entre 3 e 13
de setembro com 2.806 empresas, sendo 1.112
pequenas, 1.059 médias e 635 de grande porte.
Fonte: Agência Brasil

21/09/2018 -
STF mantém decisão que manda corrigir saldo do FGTS
no Plano Collor 2
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
quinta-feira (20) manter decisão da Justiça Federal
que determinou o pagamento de correção monetária
sobre o saldo de contas do FGTS em função de perdas
inflacionárias ocorridas na vigência do Plano Collor
2, em 1991.
O caso chegou ao Supremo em 2010 e teve a votação do
Recurso Extraordinário (RE) 61150 finalizada nesta
tarde. A Caixa Econômica Federal recorreu ao Supremo
por entender que a decisão que obrigou ao pagamento
da correção violou o entendimento da Corte sobre
expurgos inflacionários. De acordo com o banco, as
regras sobre correção do saldo das contas são as
definidas por lei vigente à época, além de
questionar artigos do Código de Processo Civil
(CPC).
A decisão terá impacto em 753 processos que aguardam
decisão definitiva da Corte e estavam suspensos em
todo o país.
A votação estava parada desde 1º de junho de 2016,
após pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski.
Na ocasião, o plenário já havia formado maioria
contra o pedido da Caixa para reformar a decisão.
Após o voto do ministro Teori Zavascki, que era o
relator, negando provimento ao recurso, votaram no
mesmo sentido os ministros Edson Fachin, Luís
Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli,
Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso
de Mello.
Fonte: Agência Brasil

21/09/2018 -
Terceirização: um golpe contra os trabalhadores
A terceirização ampla penaliza imensamente os
trabalhadores, pois precariza os direitos pactuados,
controlados por uma convenção coletiva, criando,
desta forma, trabalhadores de segunda ou terceira
categorias, sem o amparo de uma legislação
específica.
Miguel Torres*
Nefasta e um verdadeiro atentado contra a classe
trabalhadora a aprovação, no último dia 30, por
parte do Supremo Tribunal Federal (STF), a
terceirização irrestrita de qualquer tipo de
atividade laboral, ou seja: não apenas a
terceirização das atividades-meio, mas também da
atividade-fim, que identifica o tipo de trabalho
executado pela empresa. O placar foi de sete votos a
quatro a favor da validação da terceirização total.
Para atestarmos que a adoção da terceirização em
qualquer atividade é um efetivo atentado contra os
trabalhadores, basta dizer que a Associação Nacional
dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), criticou
duramente a decisão do STF por entender que a
terceirização irrestrita viola o regime
constitucional da proteção ao emprego e agrava
problemas, como alimentar a alta rotatividade dos
trabalhadores.
Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI),
representante dos empresários, comemorou a decisão
do STF e afirmou que o entendimento da Corte oferece
segurança jurídica para os contratos de trabalho.
Desta forma, a terceirização ampla penaliza
imensamente os trabalhadores, pois precariza os
direitos pactuados, controlados por uma convenção
coletiva, criando, desta forma, trabalhadores de
segunda ou terceira categorias, sem o amparo de uma
legislação específica.
A decisão, contrariamente ao que argumentaram os
ministros do STF que aprovaram a terceirização
irrestrita, não cria empregos. Ela apenas torna os
trabalhadores desprotegidos, reduz salários (segundo
um levantamento do Dieese, o salário dos
trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos
empregados formais) e prejudica quaisquer
negociações por benefícios e reajustes salariais.
Trata-se, então, de um grande equívoco que só fará
precarizar ainda mais os direitos que até então os
protegiam e ampliar os problemas já existentes. Ou
seja: a terceirização de todas as atividades de uma
empresa nada mais é do que uma “modernização” que
traz em seu bojo um enorme retrocesso para todos os
trabalhadores brasileiros. Um golpe contra a classe
trabalhadora!
(*) Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo e Mogi das Cruzes, da Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e
interino da Força Sindical.
Fonte: Diap

21/09/2018 -
Exame para identificação de diabetes pode ser
obrigatório para o trabalhador
Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de
Lei 9937/18, do Senado Federal, que torna
obrigatório exame para a identificação da diabetes
mellitus na admissão e no desligamento do
trabalhador. O texto altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e a Lei dos Diabéticos (Lei
11.347/06).
Na justificativa, o autor defende a importância dos
exames de rastreamento do diabetes que podem
“reduzir as taxas de morbidade e mortalidade
relacionadas à doença, bem como os efeitos da
hiperglicemia crônica”.
O texto também prevê a distribuição gratuita de
medicamentos e materiais necessários à monitoração
da glicemia e sobre a prevenção e o diagnóstico
precoce do diabetes mellitus.
Ainda segundo o projeto, o poder público deverá
implementar políticas que assegurem a prevenção e o
diagnóstico precoce do diabetes mellitus.
Tramitação
A proposta tramita com prioridade e será analisada de
forma conclusiva pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

21/09/2018 -
Plano de saúde não pode ser cancelado no caso de
aposentadoria por invalidez
A situação enseja a reparação por danos morais.
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Companhia Energética do Maranhão (CEMAR)
por ter cancelado o plano de saúde e odontológico de
uma industriária aposentada por invalidez. A decisão
segue o entendimento do TST de que a situação enseja
a reparação por danos morais.
Na reclamação trabalhista, a aposentada afirmou que,
com o cancelamento, teve de pagar por procedimentos
médicos. Ela pedia o restabelecimento dos planos e a
condenação da empresa ao pagamento de indenização. A
Cemar, em sua defesa, sustentou a legalidade da
suspensão, alegando que, com a aposentadoria, teria
ocorrido corte nas contribuições feitas pela
trabalhadora.
O Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA)
determinou o restabelecimento dos planos, mas julgou
indevida a reparação por dano moral por não haver
ficado configurada ofensa de cunho moral nem ato
ilícito. Segundo o TRT, o dever de reparar é cabível
somente na ocorrência de ato que cause dano, e não
em “dissabores do cotidiano”.
Para a relatora do recurso de revista da aposentada,
ministra Maria Cristina Peduzzi, a decisão do TRT
deveria ser revista por estar em desacordo com a
jurisprudência do TST, diante da comprovação do
cancelamento indevido do plano e das despesas
médicas daí decorrentes. Por unanimidade, a Turma
deu provimento ao recurso e fixou a indenização em
R$ 10 mil. Processo: RR-16899-71.2014.5.16.0015
Fonte: TST

21/09/2018 -
Redução de intervalo é inválida em empresa que usa
compensação de horas
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou que o regime de compensação semanal de
horas invalida a redução do intervalo intrajornada
para descanso e alimentação aplicado pela WEG
Equipamentos Elétricos S.A. com base em autorização
do Ministério do Trabalho. Com esse entendimento, a
Turma condenou a empresa a pagar horas extras a um
operador de retífica em razão da redução do
intervalo.
Compensação
O operador cumpria jornada diária de 8h48min de
segunda a sexta-feira. Os 48 minutos além do tempo
normal (8h) compensavam a dispensa de trabalho aos
sábados. Segundo ele, durante anos, o empregador
reduziu o intervalo intrajornada de uma hora (artigo
71 da CLT) para 30 minutos com respaldo na
autorização do Ministério.
A CLT, no parágrafo 3º do artigo 71, permite a
diminuição do período de repouso e alimentação desde
que haja a autorização do MT e que os empregados não
estejam submetidos à prorrogação de jornada. Na
Justiça do Trabalho, o empregado pediu a invalidade
da redução e, consequentemente, o pagamento de horas
extras decorrentes da retirada de 30 minutos do
intervalo.
Autorização
O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Jaraguá do Sul (SC)
e o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
indeferiram o pagamento das horas extras no período
em que a WEB tinha autorização do Ministério. Para o
TRT, não houve prestação habitual de serviço
extraordinário capaz de invalidar a redução do
intervalo. O Tribunal Regional entendeu ainda que o
acordo de compensação semanal não foi o bastante
para desconstituir os efeitos jurídicos da portaria
ministerial que permitiu a retirada de parte do
período de descanso.
Invalidade
O relator do recurso de revista do operador, ministro
Breno Medeiros, afirmou ser inválida a redução do
intervalo, independentemente de autorização
específica do Ministério do Trabalho, quando há
ampliação da jornada, ainda que mediante acordo de
compensação semanal. O entendimento decorre da
limitação prevista no artigo 71, parágrafo 3º, e tem
se firmado como jurisprudência no TST.
Por unanimidade, a Quinta Turma acompanhou o relator
para deferir o pagamento das horas extras.
Processo: RR-324-21.2013.5.12.0019
Fonte: TST

20/09/2018 -
Datafolha: Haddad cresce três pontos e vai a 16%.
Bolsonaro oscila dois e está com 28%
Pesquisa ratifica trajetória de ascensão do
petista. Candidato do PSL ainda lidera. Ciro (13%) e
Alckmin (9%) não oscilaram. Marina está com 7%
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad,
mantém seu movimento de captação das intenções de
votos de Luiz Inácio Lula da Silva e subiu mais três
pontos na preferência do eleitorado, segundo o
Datafolha, que divulgou pesquisa no início desta
quinta-feira (20). Haddad chegou a 16%, ante 13% da
última sexta-feira (14). Jair Bolsonaro (PSL) segue
na liderança, oscilando dois pontos para cima, com
28%.
A diferença entre os dois candidatos, que apresentam
o maior índice de definição de voto, oscilou um
ponto, de 13% para 12%.
Ciro Gomes (PDT) continua com os mesmos 13% da
sondagem, assim como Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%.
Marina Silva (Rede) que agora tem 7% (antes, 8%),
mantém movimento de queda.
O Datafolha ouviu 8.601 pessoas em 323 cidades. A
margem de erro é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela
TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo.
Bolsonaro apresenta a maior taxa de rejeição, com
43% dizendo que não votariam nele de jeito nenhum,
seguido por Marina Silva, com 32%. Haddad tem 29%,
Alckmin 24% e Ciro 22%.
Nas simulações do mais provável segundo turno, de
acordo com todas as pesquisas da última semana,
Haddad, em campanha oficial há apenas nove dias, já
empata com Bolsonaro, ambos com 41%. As outras
hipóteses levadas em conta são: Bolsonaro 42% x 41%
Marina, Ciro 41% x 34% Alckmin, Alckmin 40% x 39%
Bolsonaro, Alckmin 39% x 36% Marina, Ciro 45% x 39%,
Alckmin 39% x 35% Haddad, Ciro 45% x 31% Marina,
Marina 37% x 37% Haddad, Ciro 42% x 31% Haddad.
Fonte: Rede Brasil Atual

20/09/2018 -
Bolsonaro repete Temer: ataque a direitos e
precarização do emprego
O candidato à presidência Jair Bolsonaro tem aversão
a direitos trabalhistas. Durante a campanha afirmou
no Jornal Nacional que o trabalhador tem que
escolher entre emprego ou direitos. Sobre a reforma
trabalhista o candidato do PSL afirma que vai ser
aprofundada. Para o advogado do Trabalho Magnus
Farkatt, Bolsonaro é ameaça aos direitos
trabalhistas que restaram na legislação após o
impacto destrutivo da reforma trabalhista.
Por Railídia Carvalho
De acordo com o advogado, que é assessor da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a
reforma trabalhista de Michel Temer (que Jair
Bolsonaro ajudou a aprovar) provocou muitos danos à
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Mas não há
dano ruim que não possa piorar. A tendência do
Bolsonaro é tentar desregulamentar a proteção legal
que sobrou e ampliar a prevalência do negociado
sobre o legislado. Isso é aprofundar a reforma
trabalhista”.
Magnus citou como exemplo as normas vigentes sobre
as condições de trabalho em temperaturas muito altas
ou muito baixas. “As condições de conforto térmico
dentro do local de trabalho obedecem a uma série de
normas da CLT e do Ministério do Trabalho que exigem
equipamento de proteção individual e coletivo para
minimizar esse desgaste ao trabalhador. Esse direito
não foi objeto da reforma trabalhista mas pode vir a
ser se um candidato diz que vai aprofundar a
reforma”.
Reforma provocou desemprego e precariedade
A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) implementada
pelo governo Temer alterou cerca de 117 artigos e
aproximadamente 200 dispositivos (entre artigos,
incisos e alíneas). A lei entrou em vigor em
novembro do ano passado e ao contrário das promessas
da equipe econômica de Michel Temer os poucos
empregos gerados oferecem renda insuficiente e não
garantem a proteção social.
Dados do Cadastro do Emprego e Desemprego de julho
mostram que nove meses após a reforma trabalhista
foram criados cerca de 50 mil empregos, desses 78%
são contratos precários entre eles o trabalho
intermitente e o trabalho a tempo parcial.
“À exceção de candidaturas como a de Fernando Haddad
e Ciro Gomes, o tema do desemprego não está na
centralidade do debate. Bolsonaro secundarizou o
debate de um tema tão importante em nome da
segurança e da corrupção como forma de atingir mais
fácil o eleitor”, argumentou Magnus.
Governo Lula: Pleno emprego com proteção
Para o advogado o discurso do candidato do PSL que
opõe direitos trabalhistas à geração de empregos
reproduz um discurso falso e desconhecimento da
realidade brasileira. Magnus lembrou que no período
de 2003 a 2012 o trabalhador brasileiro viveu uma
fase de pleno emprego em que os postos criados eram
protegidos.
“Atualmente os postos de trabalho são
desqualificados, precários, sem proteção ao
trabalhador. Retiraram direitos e não criaram
empregos. De 2003 a 2012 vivemos um ciclo de
crescimento econômico no país que promoveu o aumento
da produção, o aumento da prestação de serviços e
simultaneamente houve alargamento da proteção
social”, enfatizou Magnus.
O período a que Magnus se refere se inicia no
primeiro mandato do ex-presidente Lula. O petista
recebeu o país com taxa de desemprego acima de 11%.
“Essa taxa foi sendo reduzida até chegar em 4,9% em
2014. Além da redução do desemprego, os empregos
criados não eram desqualificados como os atuais.
Eram ocupações protegidas. Dizer que para promover
crescimento é preciso precarizar os direitos do
trabalhador é um discurso enganoso”.
Na opinião de Magnus, Bolsonaro mostra despreparo
quando o tema é econômico. Uma prova disso é que
iniciou a campanha com o discurso de preservação das
estatais e atualmente defende a privatização,
lembrou o advogado. “Ele foi abrindo mão do discurso
inicial. O coordenador da campanha do Bolsonaro fala
que tem que se privatizar tudo e o Estado não tem
que ter papel na economia. É o mercado que tem que
dirigir a economia".
“No período em que houve crescimento econômico e
pleno emprego no Brasil o Estado atuou como indutor
do desenvolvimento emprestando, por exemplo,
dinheiro a juros mais baixos. A política de
desoneração para algumas empresas cumpriu o papel de
estimular o crescimento. A plataforma de Bolsonaro é
flexibilizar direitos e o mercado regular tudo”,
reiterou Magnus.
Fonte: Portal Vermelho

20/09/2018 -
Ipea confirma tendência ao desalento no mercado de
trabalho
O fenômeno cresceu no segundo trimestre deste ano
As mulheres, parte da população da Região Nordeste,
pessoas com baixa escolaridade, jovens adultos (de
18 a 24 anos) e pessoas que não são chefes de
família são os grupos sociais que mais desistem de
ingressar no mercado de trabalho ou retornar alguma
ocupação para ter renda.
O fenômeno, chamado de desalento pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é
confirmado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada. O Ipea publica nesta quinta-feira (20)
estudo que avaliou os microdados extraídos da
Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), feita pelo IBGE, relativos ao 2º
trimestre de 2018.
No período, 4,833 milhões de pessoas desocupadas
deixaram de procurar trabalho, 203 mil mais do que
no trimestre anterior. O Ipea observa que dessas,
59% moram no Nordeste, 54,3% são mulheres, 50% não
concluíram o ensino fundamental e quase 70% não são
chefes de família.
A taxa de desalento considera as pessoas que não
procuraram emprego nos 30 dias antes de responder à
Pnad. Apesar de menos afetados pelo desalento, a
proporção de homens nessa condição aumentou em um
ano, entre o 2º trimestre de 2017 (44,1%) e 2º
trimestre de 2018 (45,3%).
Entre os dois períodos também cresceu a proporção de
pessoas qualificadas que, apesar do desemprego,
desistiram de buscar uma ocupação. Esse é o caso de
quem tem nível superior (aumento da taxa de
desalento de 4,8% para 5,3%) e de quem tem o ensino
médio (de 21% para 22,8%).
Além da observação entre os períodos, o Ipea
comparou o perfil das pessoas desalentadas com o
perfil da população em idade ativa (PIA). “Pelo
perfil etário, observa-se que, enquanto os jovens
entre 18 e 24 anos representam 15% da PIA, eles
correspondem a aproximadamente 25% dos
desalentados”, descreve o estudo.
Conjuntural e estrutural
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Ipea,
Ernesto Lozardo, assinalou que a redução das taxas
de desalento e de desocupação dependem da retomada
do crescimento do Produto Interno Bruto e também da
melhor formação da força de trabalho.
Segundo Lozardo, a retomada do crescimento segue em
aberto à espera da aprovação de reformas econômicas,
como da Previdência Social e tributária. Ele lembra
que as reformas equacionam um “problema
conjuntural”, o endividamento do Estado, incentivam
investimentos empresariais que geram emprego e podem
dar garantias para o financiamento público para
áreas estratégicas, como a educação.
A educação é um “aspecto estrutural”, lembra Lozardo
ao descrever que a qualificação da mão de obra no
Brasil tem em média quatro a cinco anos a menos de
escolaridade em comparação a de outros países.
Conforme o presidente do Ipea, a qualidade do ensino
público no país, acessado pela maioria da população,
também afeta a empregabilidade. “A formação que
receberam não se adequa às exigências do mercado de
trabalho, quer na área de serviço, quer na área
industrial. Isso é estrutural”, explicou.
Fonte: Agência Brasil

20/09/2018 -
Diretor do Diap reforça necessidade da pauta
trabalhista chegar aos candidatos
Com a aproximação do pleito de 7 de outubro, o
debate eleitoral se intensifica e a luta pelo voto
fica mais acirrada. O sindicalismo se empenha a fim
de levar para dentro da agenda dos candidatos a
pauta sindical unitária.
A Agência Sindical conversou sobre esse cenário com
o jornalista Antônio Augusto de Queiroz, analista
político e diretor do Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar). Após
participar de debate no X Congresso Nacional dos
Engenheiros, em São Paulo, ele falou da postura a
ser adotada pelas entidades de trabalhadores.
Toninho recomenda forte atuação antes, durante e
depois do pleito, na defesa da Agenda Prioritária da
Classe Trabalhadora, cujo objetivo é a retomada do
crescimento, com geração de renda e preservação de
direitos.
Presidenciáveis - “O sindicalismo, por meio das
Centrais, fez sua pauta chegar aos candidatos à
Presidência. Portanto, eles já têm conhecimento
dela. Em caso de segundo turno, é preciso procurar
os presidenciáveis e reiterar essa agenda. Eleito um
candidato, procurar novamente, chamar a atenção para
os 22 itens num diálogo mais claro e efetivo”, diz.
O diretor do Diap destaca a importância desse
movimento. Ele alerta: “Se a gente apenas entregar,
formalmente, e não ficar em cima, isso não vai ser
priorizado, porque os outros setores que têm
demandas se farão presentes, acompanhando e
cobrando”.
Parlamento - Para Toninho, é fundamental que
a Agenda Unitária também chegue aos candidatos
proporcionais. “É o Legislativo que aprova e valida
as políticas públicas. É quem dá a palavra final em
matéria de legislação”, explica.
“É preciso arrancar o compromisso do candidato a
deputado e senador, documentar isso, pra depois
cobrar. Muitos deles ainda não receberam a pauta
trabalhista e é importante que isso seja feito ainda
no curso da campanha”, defende. O jornalista
enfatiza que o apoio a candidatos deve levar em
conta o compromisso com a revogação de leis como a
reforma trabalhista, a terceirização e a Emenda 95,
que impõe o teto de gastos sociais.
Fonte: Agência Sindical

20/09/2018 -
Comitê discute o futuro do trabalho no Brasil
Com representantes do governo, do Judiciário, do
meio acadêmico, de entidades de classe e sindicais
de empregados e empregadores, o Comitê de Estudos
Avançados sobre o Futuro do Trabalho realizou sua
primeira reunião nesta terça-feira (18), em Brasília
A proteção do emprego passa pela qualificação dos
trabalhadores brasileiros, de maneira que tenham
condições de enfrentar um futuro com novas
tecnologias e grandes desafios relacionados ao
aumento da produtividade e competitividade. Essa foi
a tônica da 1ª Reunião do Comitê de Estudos
Avançados sobre o Futuro do Trabalho, realizada
nesta terça-feira (18), na sede do Ministério do
Trabalho, em Brasília.
Participaram do encontro o ministro do Trabalho,
Caio Vieira de Mello, e demais membros do comitê,
constituído por representantes do governo, do
Judiciário, do meio acadêmico, de entidades de
classe e sindicais (de empregados e empregadores). O
comitê, criado em 18 de setembro, tem a missão de
discutir e propor formas de proteção ao emprego
diante do avanço da automação.
“A própria Constituição Federal já nos dá o
princípio da proteção do trabalhador em relação à
automação. A mudança e o progresso devem existir,
mas precisamos garantir a valorização do trabalho”,
destacou o ministro Caio Vieira de Mello. Segundo
ele, existe uma grande necessidade em se ampliar as
ações voltadas para a qualificação profissional, bem
como para a Aprendizagem Profissional, focadas nas
novas tecnologias, nos moldes do que já ocorre com o
projeto da Escola do Trabalhador.
Durante a reunião foram apresentados estudos e
trabalhos técnicos sobre a evolução do trabalho e
seus desafios futuros. Participaram das
apresentações o Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socieconômicos), Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
Observatório Nacional do Mercado de Trabalho e
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os
trabalhos servirão de embasamento para o próximo
debate do comitê. A segunda reunião está prevista
para 2 de outubro.
Nos próximos dois meses serão realizadas reuniões do
comitê e audiências públicas, previstas para as
cidades de São Paulo, Florianópolis e Recife, para a
discussão de assuntos relacionados à indústria 4.0,
inteligência artificial e economia compartilhada. O
relatório final com as proposições do grupo deve ser
apresentado dia 23 de novembro.
Consulta pública – O Ministério do Trabalho também
quer receber contribuições dos brasileiros sobre o
futuro do trabalho. A consulta pública está sendo
realizada por meio do e-mail institucional
futurodotrabalho@mte.gov.br. O objetivo é abrir
diálogo direto com a população sobre o futuro do
trabalho. As propostas serão analisadas pelo comitê,
e o resultado, compilado para discussão no Conselho
Nacional do Trabalho (CNT).
Incialmente foram delimitados três assuntos que
deverão ser abordados na consulta pública: presença
das novas tecnologias nas atividades econômicas,
impacto dessas tecnologias no mercado de trabalho e
políticas públicas que promovam a inclusão de
trabalhadores no processo de transformação. O e-mail
institucional funcionará como ferramenta de consulta
pública e será administrado pelo comitê, aberto a
todos que queiram contribuir com conhecimentos
qualificados sobre os assuntos. Também serão
realizados encontros regionais do comitê em várias
capitas brasileiras.
Fonte: MTb

20/09/2018 -
Indicador de custos industriais cresce 3,7% no
segundo trimestre
O indicador de custos industriais apresentou
crescimento de 3,7% no segundo trimestre de 2018 na
comparação com o primeiro trimestre, na série livre
de efeitos sazonais, informou nesta quarta-feira
(19) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Esse foi o maior aumento registrado desde o quarto
trimestre de 2015, quando a expansão chegou a 3,8%.
Apesar da alta nos custos industriais, a CNI diz que
a indústria preservou a sua lucratividade no
trimestre, pois o crescimento de preços dos produtos
manufaturados foi de 3,8%, indicando capacidade de a
indústria repassar o aumento de custos do trimestre
aos consumidores.
De acordo com o estudo trimestral, três fatores
contribuíram para a alta nos custos da indústria: a
desvalorização do real, a alta do preço do óleo
combustível e a paralisação no transporte de carga
rodoviária em maio de 2018.
A moeda brasileira se desvalorizou 11,2% no segundo
trimestre de 2018, na comparação com o primeiro
trimestre deste ano. Com isso, os custos dos bens
intermediários importados pela indústria brasileira
para a produção apresentaram alta de 15,2%.
Outro efeito da alta do dólar foi sobre o preço do
óleo combustível, que apresentou crescimento de
24,4% no segundo trimestre de 2018 em relação ao
primeiro trimestre, alta influenciada também pelo
aumento de 11% no preço internacional do petróleo no
período. Esses fatores elevaram 8,5% os custos da
indústria brasileira com energia no segundo
trimestre.
O terceiro efeito foi a greve dos caminhoneiros
sobre o preço dos insumos domésticos. A paralisação
gerou uma escassez, que, por sua vez, elevou o preço
dos intermediários domésticos em 4,9% também no
segundo trimestre de 2018.
O custo com capital de giro apresentou queda de 3,8%
e se destaca com a nona retratação seguida. É o
maior período de queda ininterrupta dos juros desde
o início da série em 2006.
Fonte: Agência Brasil

20/09/2018 -
Banco Central mantém juros básicos em 6,5% ao ano
Pela quarta vez seguida, o Banco Central não alterou
os juros básicos da economia. Por unanimidade, o
Comitê de Política Monetária manteve nesta
quarta-feira (19) a taxa Selic em 6,5% ao ano. A
decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Fonte: Portal EBC

19/09/2018 -
Pesquisa Ibope: Haddad sobe para 19% e consolida 2º
lugar. Bolsonaro lidera
Candidato do PT cresce 11 pontos em uma semana,
enquanto presidenciável do PSL oscila dois e vai a
28%.
Diferença entre os dois caiu pela metade
O Ibope divulgou na noite desta terça-feira (18)
mais um levantamento sobre as intenções de voto para
a Presidência da República. O candidato do PSL, Jair
Bolsonaro, segue na liderança, com 28%, oscilando
positivamente dois pontos em relação à pesquisa
anterior.
A novidade é o candidato do PT, Fernando Haddad, se
isolando na segunda colocação, com 19%, mais do que
dobrando as intenções de voto da última sondagem –
eram de 8% no dia 11, quando a candidatura foi
registrada no Tribunal Superior Eleitoral.
Em seguida, aparece Ciro Gomes (PDT), com 11%, mesmo
percentual do levantamento anterior. Geraldo Alckmin
(PSDB) oscilou negativamente dois pontos, de 9% para
7%, enquanto Marina Silva (Rede) caiu três pontos,
de 9% para 6%. Álvaro Dias (Pode) tem 2%, mesmo
percentual de João Amoêdo (Novo) e Henrique
Meirelles (MDB). Cabo Daciolo (Patriota) tem 1%.
Votos brancos e nulos somam 14% e não souberam ou
não quiseram opinar 7% dos entrevistados.
O nível de confiança da pesquisa – feita nos últimos
três dias e registrada no TSE sob número
BR-09678/2018 – é de 95%, com margem de erro de dois
pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nas simulações de segundo turno, só Marina Silva
perderia para Bolsonaro, por 41% a 36%. O candidato
do PSL empata com Haddad em 40%, com Ciro (39% e 40%
do pedetista) e com Alckmin (40% a 38% para o
tucano).
Na segunda-feira (17), a Confederação Nacional do
Transporte (CNT) divulgou a pesquisa CNT/MDA,
realizada entre os dias 12 e 15, com Bolsonaro à
frente com 28,2%, seguido de Haddad, 17,6%, no
segundo lugar. Depois aparecem Ciro, com 10,8%,
Alckmin, 6,1%; Marina, 4,1%, e Amoêdo, 2,8%.
Fonte: Rede Brasil Atual

19/09/2018 -
Investigado na Registro Espúrio, Tiago Cedraz presta
depoimento
O advogado Tiago Cedraz Leite Oliveira, filho do
ministro Aroldo Cedraz do Tribunal de Contas da
União (TCU), prestou depoimento nesta terça-feira
(18) na Polícia Federal (PF) e liberado. Ele é
investigado na quarta fase da Operação Registro
Espúrio deflagrada nesta terça-feira pela PF.
A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), atendeu ao pedido da procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, e apura desvios de valores
da Conta Especial Emprego e Salário.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da
República informaram o cumprimento de 16 mandados de
busca e apreensão e 9 de prisão temporária em
Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e
Londrina (PR).
Há investigações sobre os crimes de peculato,
corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de
documento público e lavagem de dinheiro.
Histórico
Em agosto, Tiago Cedraz foi alvo da Operação Lava Jato
na sua 45ª fase. Ele foi citado durante depoimento
que apurava favorecimentos no esquema de corrupção
da Petrobras para o MDB. Na ocasião, a defesa de
Cedraz afirmou que ele apenas intermediou contatos.
A Agência Brasil, até o momento da publicação,
tentou contato com o escritório Cedraz Advogados,
mas não obteve retorno.
Fonte: Agência Brasil

19/09/2018 -
Dieese contabilizou 1.566 greves em 2017 no setor
público e privado
Durante todo o ano passado foram registradas em todo
o país 1.566 greves, uma queda de 26% em relação a
2016, segundo dados do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
divulgados nesta terça-feira (18). Trabalhadores da
esfera pública fizeram 814 paralisações e os do
setor privado 746.
Nos três níveis administrativos do funcionalismo
público, foram contabilizadas 58 mil horas paradas.
Os servidores municipais responderam por 62% do
total dessas horas paradas. No setor privado, foram
33 mil horas paradas. As greves ocorridas no setor
de serviços corresponderam a 76% dessas
mobilizações.
Em 2017, 54% das greves encerraram-se no mesmo dia
em que foram deflagradas. As greves que se alongaram
por mais de 10 dias representaram 16%. A maioria das
greves (81%) teve como motivação itens de caráter
defensivo na pauta de reivindicações, sendo que mais
da metade (56%) reclamava de descumprimento de
direitos.
A exigência de regularização de vencimentos em
atraso (salários, férias, décimo terceiro salário ou
vale salarial) esteve na pauta de 44% das greves e
foi a principal reivindicação em 2017. A
reivindicação por reajuste de salários e pisos vem a
seguir, presente em 32% das paralisações.
Sobre o desfecho das paralisações, a pesquisa do
Dieese apontou que 570 greves (36% do total) tiveram
índice de 78% de êxito no atendimento às
reivindicações.
Fonte: Agência Brasil

19/09/2018 -
Indústria paulista fecha 2,5 mil postos de trabalho
em agosto
A indústria paulista fechou 2,5 mil postos de
trabalho em agosto, uma queda de 0,11% na comparação
com o mês anterior, sem ajuste sazonal, aponta a
pesquisa de Nível de Emprego da Federação e Centro
das Indústrias do Estado de São Paulo, divulgada
nesta terça-feira (18).
Nos últimos 12 meses, o setor acumula 1,28% de
decréscimo na oferta de emprego. Foram encerradas 28
mil postos desde agosto de 2017. Considerando os
oito meses de 2018, no entanto, o saldo é positivo,
com elevação de 0,64%.
Dos 22 setores verificados na pesquisa, nove tiveram
resultado negativo. O principal destaque foi o setor
de produtos têxteis, com o fechamento de 1.040
vagas, seguido pelo setor de produtos de metal
(excluindo máquinas e equipamentos), com menos 1.021
postos de trabalho, e pelo setor de couro de
calçados, que encerrou 955 vagas.
Também foram nove os setores que tiveram resultados
positivos. O destaque foi área de Produtos de
minerais não-metálicos com geração de 851 vagas. Em
seguida estão os setores de veículos automotores e
autopeças (560), máquinas e equipamentos (382) e
produtos químicos (234).
A previsão da entidade é que o ano deve fechar com
emprego negativo. Entre os fatores que contribuíram
para o cenário de afastamento dos investimentos, na
avaliação da Fiesp, está a greve dos caminhoneiros,
a indefinição política com as eleições e a
preocupação com o cenário internacional.
“É o ambiente sadio de negócios que traz o emprego e
faz com que a economia volte a melhorar. Temos no
mercado interno uma ociosidade em torno de 35%”,
disse, em nota, José Ricardo Roriz Coelho,
presidente em exercício da federação.
Fonte: Agência Brasil

19/09/2018 -
Trabalhadores traçam plano de ação para fortalecer
indústria nacional
Projeto defende política industrial que promova
desenvolvimento regional com criação de empregos de
qualidade e renda digna, e que seja alinhada com a
preservação do meio ambiente
O Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento (TID-Brasil)
lançou, na última sexta-feira (14), documento que
traça um plano para fortalecer a indústria nacional
nos próximos 10 anos. O objetivo é defender uma
política industrial alinhada com a preservação do
meio ambiente, promover o desenvolvimento regional e
empregos de qualidade.
O TID-Brasil é uma iniciativa do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, da Federação Estadual dos
Metalúrgicos da CUT em São Paulo, a FEM-CUT, com o
objetivo de articular os trabalhadores na indústria
em suas lutas e pautas. O instituto reúne ainda
outras cinco entidades nacionais de trabalhadores de
setores industriais.
"É importante fortalecer a indústria porque é um
setor que alavanca outros setores da economia. Ela
desenvolve tecnologia e gera ganho de produtividade
que transbordam para os outros setores da economia.
Se não investir na indústria, dificilmente a gente
vai conseguir ter um crescimento sustentável também
em outras áreas", afirma Adriana Marcolino,
socióloga do Dieese.
O documento defende que o fortalecimento da
indústria também deve combater a desigualdade social
e melhorar a qualidade de vida das pessoas, com
soluções para corrigir os déficits de habitação,
educação e saúde. "Países industrializados são
países de renda média subindo para renda alta. Se
você ficar somente com uma indústria intermediária e
secundária, será um país pobre. Para isso é preciso
ter financiamento", explica o presidente do
TID-Brasil, Rafael Marques.
O programa "Indústria 10+" surgiu a partir das
demandas do “Seminário Desafios da Indústria no
Brasil e dos Trabalhadores e Trabalhadoras” e da
“Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”, de
autoria de centrais sindicais, com um total de 22
propostas, sendo sete delas relacionadas à
indústria.
De acordo com Rafael, o objetivo é debater o plano
industrial dos trabalhadores com outros setores da
sociedade. "Uma indústria relevante brasileira, em
sintonia com os países do mundo industrializado, só
vai existir se tiver decisão política para isso. Não
há nenhum país com uma indústria forte sem o Estado
desse país apostar fortemente nela", conclui.
Fonte: Rede Brasil Atual

19/09/2018 -
Reforma trabalhista é objeto de novas ações no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu três novas
ações que têm por objeto as alterações introduzidas
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017). As Ações
Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 58 e 59
tratam dos dispositivos relativos aos índices de
atualização dos débitos e depósitos trabalhistas. A
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6002
questiona a exigência de indicação do valor do
pedido na reclamação trabalhista.
Correção monetária
As ADCs 58 e 59 foram propostas, respectivamente, pela
Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif)
e por três entidades patronais: a Confederação
Nacional da Tecnologia da Informação e Comunicação (Contic),
a Associação das Operadoras de Celulares (Acel) e a
Associação Brasileira de Telesserviços (ABT). O
objetivo é que o STF declare a constitucionalidade
da nova redação dos artigos 879, parágrafo 7º, e
899, parágrafo 4º, da CLT, que definem a Taxa
Referencial (TR) para a correção dos valores
decorrentes das condenações trabalhistas e do
depósito recursal.
As entidades alegam que a Justiça do Trabalho, em
diversas decisões, tem declarado a
inconstitucionalidade do novo preceito e definido o
IPCA-E para a atualização, seguindo entendimento do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo a
argumentação, a negativa de aplicação da TR ofende o
princípio constitucional da Separação de Poderes e a
competência constitucionalmente atribuída ao
Congresso Nacional para legislar sobre direito
monetário, além de descumprir a cláusula de reserva
de plenário para declaração de constitucionalidade
(artigo 97 da Constituição e Súmula Vinculante 10 do
STF).
As associações sustentam que o Poder Legislativo
estabeleceu um sistema de correção dos débitos
trabalhistas que não viola qualquer norma
constitucional expressa. Assim, defendem que não
compete ao Judiciário substituir a decisão
legislativa legítima “por outra que lhe pareça mais
oportuna ou conveniente”.
Nas duas ações, há pedido de liminar para determinar
que os juízes e tribunais do trabalho suspendam o
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da
lei e que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho
e o TST se abstenham de alterar a Tabela de
Atualização das Dívidas Trabalhistas, mantendo-se a
aplicação da TR. As ADCs foram distribuídas por
prevenção ao ministro Gilmar Mendes, relator da Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5867, em que a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) pede a declaração da
inconstitucionalidade dos mesmos dispositivos.
Valor do pedido
Na ADI 6002, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) se volta contra as alterações
introduzidas pela Lei 13.467/2017 no artigo 840,
parágrafos 1º e 3º, da CLT. O parágrafo 1º
estabelece que o pedido, na inicial da reclamação
trabalhista, “deverá ser certo, determinado e com
indicação de seu valor”. O parágrafo 3º prevê a
extinção dos processos que não atenderem essa
exigência.
Segundo a OAB, a nova exigência processual, ao
atribuir ao trabalhador o ônus de precisar o valor
da demanda antes mesmo da apresentação da
contestação e da juntada de documentação pelo
empregador, sob pena de extinção do processo,
configura óbice ao acesso à justiça. A entidade
aponta vulneração de diversas outras garantias
constitucionais, como a da proteção do trabalho e do
salário, a da tutela judicial dos créditos
trabalhistas e a da segurança jurídica.
A OAB sustenta que a nova redação “subverteu a base
principiológica do direito do trabalho” ao exigir
conhecimento técnico para a propositura das ações e
o domínio de documentos que, em sua maioria, não
estão na posse do trabalhador Argumenta ainda que a
norma prejudica a proteção do salário e do trabalho.
“No caso de o reclamante apresentar cálculo a menor
do que realmente lhe é devido quando da liquidação
na inicial, será manifesto o prejuízo daí advindo em
verba de natureza alimentar”, afirma.
Relator
O relator da ADI é o ministro Ricardo Lewandowski, que
aplicou ao caso o rito do artigo 10 da Lei
9.868/1999 e solicitou informações aos presidentes
da República, do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados, responsáveis pela edição da norma, e a
manifestação da advogada-geral da União e da
procuradora-geral da República para subsidiar a
análise do pedido de liminar.
Fonte: STF

19/09/2018 -
Próximo presidente terá que fazer reforma da
Previdência, diz Temer
O presidente da República, Michel Temer, disse na
noite desta terça-feira (18) que o próximo
presidente eleito não conseguirá deixar a trilha
traçada por seu governo. Temer, que discursou em
evento de empresários na capital paulista, ressaltou
ainda que o futuro mandatário da nação terá de fazer
“necessariamente” a reforma da Previdência.
“Tenho a mais absoluta convicção que seja quem venha
a ser eleito, ele não vai conseguir sair da trilha
que nós traçamos. E se quiser sair, vai ter de dizer
o seguinte: eu não quero essa inflação ridícula de
3,5%, 4%, eu quero 10%, 11%; eu não quero juros a
6,5%, eu quero 14,25%; eu não quero a modernização
trabalhista, a modernização do ensino médico, a
responsabilidade fiscal”, disse, em discurso no
Prêmio 2018 da Associação Nacional dos Comerciantes
de Material de Construção (Anamaco).
Temer listou diversas ações do seu governo, como a
aprovação do limite do teto dos gastos públicos, a
liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), a abertura de 500 mil novas vagas
do ensino em tempo integral, a reforma trabalhista e
a reforma do ensino médio.
“Dificilmente alguém que venha a ser eleito, por
mais que se faça propaganda eleitoral dizendo ‘nós
vamos terminar com tudo isso que foi feito no
governo’, não vai conseguir, porque a consciência
popular hoje já tomou ciência de que é indispensável
continuar com as reformas”, disse.
De acordo com o presidente, a reforma da Previdência
saiu da pauta legislativa em razão das eleições, mas
não saiu da pauta política. “Não haverá presidente
que venha a ser eleito que não tenha que fazer
necessariamente a reforma da Previdência”, disse.
“Os deputados, senadores estarão recém-eleitos,
portanto adequados, com disposição, para fazer a
reforma previdenciária”.
Michel Temer foi premiado na solenidade com uma
colher de pedreiro dourada, uma homenagem da
entidade organizadora ao operário número um da
construção.
Fonte: Agência Brasil

19/09/2018 -
Juíza manda Sabesp substituir tubulação de amianto
no interior de SP
O amianto é uma substância que causa risco à saúde,
com potencial cancerígeno, reconhecido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, uma
juíza da comarca de Rosana, no interior de São
Paulo, determinou que a Companhia de Saneamento
Básico de São Paulo (Sabesp) deve trocar a tubulação
que fornece água no município e que tenha amianto na
composição.
A decisão da juíza Patrícia Érica Luna da Silva dá
18 meses para que a Sabesp faça a substituição de
toda a tubulação, sob pena de multa de R$ 50 mil por
dia de atraso.
Ao acolher o pedido do Ministério Público, a
magistrada considerou que a obra apresenta riscos
para os trabalhadores e, por isso, o processo de
substituição deve atender o limite estabelecido no
artigo 4º da Lei Estadual 12.684/2007, ou seja, de
um décimo de fibras de amianto por centímetro cúbico
em todos os locais de trabalho.
No processo, a Sabesp alegou que inexiste “certeza
científica quanto aos malefícios do amianto na
tubulação” e também pontuou sobre o risco dos
trabalhadores submetidos durante a obra.
O amianto é usado na construção civil por não ser
inflamável, ter resistência mecânica superior a do
aço e apresentar grande durabilidade. A maior parte
da variedade crisotila é aplicada hoje no Brasil na
indústria de fibrocimento, para fabricação de
telhas.
Para o advogado Robson Thomas, a decisão demonstra
"avanço legislativo permitido pela Constituição
Federal, onde, erigiu-se a 'saúde pública' como bem
principal, independente de eventuais efeitos à
cadeira produtora de produtos onde incorpora-se e
utiliza-se do amianto".
Ação Civil Pública
Em maio, o Ministério Público de São Paulo instaurou
uma ação civil pública para pedir que a Sabesp faça
a troca das tubulações de amianto por outras "mais
viáveis", como tubo de PVC, PVA e polipropileno.
A ação decorre de uma representação de Associação de
Moradores e tem como principal base a Lei
12.684/2007, que proíbe o uso do amianto no Estado e
foi declarada constitucional no Supremo Tribunal
Federal.
"Antes mesmo da decisão do Supremo Tribunal Federal,
as Resoluções 235, 307, 348 e 452 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente – Conama, já consideravam
o amianto como substância nociva à saúde humana",
apontou o documento, assinado pelo Promotor de
Justiça Renato Queiroz de Lima.
O promotor argumentou que a substância foi banida em
75 países e que a Constituição da República assegura
a saúde como “direito de todos e dever do Estado”.
Além disso, ele destacou que a Sabesp detém o
controle do sistema de abastecimento de água, “sendo
sua a responsabilidade de zelar pela saúde de todos
os usuários do serviço público que presta”.
Fonte: Consultor Jurídico

19/09/2018 -
Proposta prevê que salário-maternidade seja pago em
no máximo 30 dias
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
10021/18, do Senado, que estabelece um prazo máximo
de 30 dias para o pagamento do salário-maternidade,
a contar a partir de seu requerimento. De acordo com
o texto, caso o prazo não seja cumprido, o benefício
será então concedido automaticamente, de maneira
provisória.
O texto altera a Lei de Benefícios da Previdência
Social (8.213/91). O autor da proposta, senador
Telmário Mota (PTB-RR), afirma que “a morosidade na
concessão de benefícios previdenciários é histórica,
caracterizando grave problema social na medida em
que a natureza alimentar não admite o deferimento
tardio”.
Recentemente, por meio de uma parceria do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) com cartórios,
passou a ser possível a concessão do benefício já a
partir do registro de nascimento da criança, mas
somente nos estabelecimentos que aderiram ao Sistema
Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc). Os
demais casos continuam sujeitos à solicitação junto
ao INSS.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Seguridade Social e
Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

18/09/2018 -
Polícia Federal deflagra quarta fase da Operação
Registro Espúrio
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (18) a quarta
fase da Operação Registro Espúrio, com o objetivo de
apurar desvios de valores da Conta Especial Emprego
e Salário (CEES).
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão
e nove mandados de prisão temporária em Brasília,
Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina. Os mandados
foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações indicam a atuação de uma
organização criminosa em entidades interessadas em
obter, de forma fraudulenta, restituições de
contribuições sindicais recolhidas indevidamente da
CEES.
Os pedidos de restituição eram manipulados pelo
grupo com o intuito de adquirir direitos a créditos,
conforme indicou também o Ministério da
Transparência e a Controladoria-Geral da União.
Esquema
Os valores eram transferidos da CEES para as contas
bancárias das entidades, com posterior repasse de um
percentual para os servidores públicos e advogados
integrantes do esquema.
Os investigados responderão pelos crimes de
peculato, corrupção passiva, corrupção ativa,
falsificação de documento público e lavagem de
dinheiro.
Registro Espúrio
A Operação Registro Espúrio foi desencadeada com o
objetivo de desarticular organização criminosa que
atua na concessão fraudulenta de registros sindicais
no Ministério do Trabalho.
Fonte: Agência Brasil

18/09/2018 -
Sindicalistas promovem plenárias com Ciro (PDT) e
Haddad (PT)
Perto da reta final das campanhas, os candidatos do
campo progressista buscam ajustar suas pautas às
demandas trabalhistas. Esta semana será marcada por
duas plenárias.
Quarta - Dia 19, a plenária será com Ciro
Gomes (PDT). O evento está marcado para as 15 horas,
nos Metalúrgicos da Capital, Liberdade, região
central. O candidato pedetista condena a reforma
trabalhista de Temer e defende que ela seja
rediscutida.
Segundo o metalúrgico Milton Cavalo, presidente do
Movimento Trabalhista do PDT, o encontro reunirá
sindicalistas de várias categorias e de diferentes
Centrais. Uma das novidades será o lançamento do
Boletim Sindical de Ciro, com 12 pontos indicados
pelo Movimento Trabalhista do Partido, mais os eixos
principais da Agenda Prioritária da Classe
Trabalhadora, das Centrais e do Dieese.
Quinta - No dia seguinte, sindicalistas de
diversas categorias se reúnem com Fernando Haddad
(PT), na Quadra dos Bancários, rua Tabatinguera,
Centro velho de São Paulo, a partir das 18 horas.
O ato começa com uma concentração no Largo do Café,
às 16 horas. Os manifestantes sairão em caminhada
pelas ruas centrais da cidade. No evento, serão
entregues ao candidato a Agenda Prioritária da
Classe Trabalhadora e um documento assinado por
mulheres sindicalistas. O objetivo é que Haddad
assuma um compromisso público com a pauta dos
trabalhadores.
Em artigo publicado nesta segunda (17), o consultor
sindical João Guilherme Vargas Netto avalia que,
independente dos nomes a serem apoiados, a busca do
compromisso com a agenda unitária da classe
trabalhadora legitima as iniciativas.
Ele afirma: “O movimento sindical pode e deve
defender sua pauta unitária, sua agenda prioritária
de 22 pontos com os quais aquilata e valoriza seu
apoio aos candidatos tornando-a, por ser unitária e
coerente com seus interesses, a pedra de toque de
sua escolha e de sua propaganda”.
Fonte: Agência Sindical

18/09/2018 -
Trabalho intermitente cresce e é legitimado por
Alckmin e Bolsonaro
A reforma trabalhista aprovada e implementada por
Michel Temer criou o contrato intermitente. Na
opinião de Clemente Ganz, do Departamento
Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos, a
modalidade “é uma prática perversa que desprotege o
trabalhador”. Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair
Bolsonaro (PSL) vão manter a reforma como está,
portanto, o trabalho intermitente não deve ser
alterado. Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) se
comprometeram a revogar a reforma trabalhista.
Por Railídia Carvalho
Dados de julho do Cadastro de Emprego e Desemprego
do Ministério do Trabalho mostraram que dos 50 mil
postos criados nove meses após a implementação da
reforma trabalhista 78% são empregos intermitentes
ou a tempo parcial. Além de não criar os empregos
prometidos por Temer, a reforma potencializou
modalidades de contrato em que o trabalhador não tem
nenhuma proteção.
“Não vamos revogar nenhum dos principais pontos da
reforma trabalhista”, afirmou Alckmin em julho após
assegurar o apoio do centrão (DEM, PP, PR, PRB e
Solidariedade) à sua candidatura. Em nome de Jair
Bolsonaro, o economista Paulo Guedes afirmou que a
reforma trabalhista será aprofundada. Bolsonaro e o
filho Eduardo votaram a favor da reforma em abril do
ano passado.
Contrato intermitente cria escravo do capital
No trabalho intermitente o trabalhador é contratado
por horas e depende do chamado do empregador. Se não
comparecer poderá pagar multa para o patrão.
Clemente reafirmou que o contrato intermitente é
precário porque não garante ao trabalhador
remuneração suficiente para a sobrevivência e nem a
contribuição previdenciária para garantir a proteção
social.
Humberto Martins, jornalista e assessor da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
escreveu: “Será uma nova espécie de escravo do
capital, que será acionado de acordo com as
necessidades da produção capitalista e, ainda que
tenha a carteira assinada, poderá ganhar menos do
que um salário mínimo”.
Em agosto, Paloma Santos dirigente sindical na
baixada Santista denunciou em matéria publicada no
portal da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que
trabalhadores receberam R$ 320,00 ao final do mês
após um mês de trabalho. Ela é presidenta do
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e
Conservação de Cubatão, Praia Grande, São Vicente,
Santos, Guarujá e Bertioga (Sindilimpeza).
Reforma generalizou precariedade
No final de julho, Clemente alertou em entrevista ao
Portal Vermelho para o aumento do contrato
intermitente neste período. “Com a reforma em pleno
vigor e a justiça sinalizando em favor da legalidade
desses contratos as empresas devem testar essa
contratação no segundo semestre e no final do ano”,
afirmou.
Na opinião dele, a única forma de combater o
trabalho precário é a revisão da reforma
trabalhista. Segundo Clemente, o trabalho
intermitente não deveria ser generalizado. “Esse
contrato não deveria substituir o contrato
permanente mas o que a reforma fez foi impor o
contrato intermitente ao trabalhador que deseja
vínculo e estabilidade. Isso foi um absurdo”.
Vantagem para empregador
Paloma confirmou que os trabalhadores do setor com
jornada de 8 horas por dia tem sido demitidos e
recontratados de forma parcial, ou seja, para fazer
o mesmo serviço em apenas 4 horas. Os contratos
costumam ser das 11h às 15h.
“Além da sobrecarga de trabalho e do rebaixamento de
direitos, esse horário é estratégico para o patrão,
pois prende o trabalhador e assim ele não consegue
ter tempo disponível para trabalhar em outro lugar”,
criticou a dirigente.
Clemente lembrou que a precariedade trazida pela
reforma trabalhista tem atingido trabalhadores do
comércio e serviços. “Mais uma vez os menos
qualificados, os mais fragilizados na organização
econômica do trabalho serão prejudicados na
proteção”.
Fonte: Portal Vermelho

18/09/2018 -
TSE define urna eletrônica e confirma 13 candidatos
à Presidência
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou nesta
segunda-feira (17) o sistema de registro de
candidaturas à presidência da República que será
inserido nas urnas eletrônicas para a votação no
primeiro turno das eleições, que será realizado no
dia 7 de outubro. Com a medida, ficam confirmados os
nomes de 13 candidatos à presidência da República e
seus respectivos vices que tiveram os registros
aceitos pelo tribunal.
Os nome do candidato Fernando Haddad (PT) e sua
vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), foram considerados
aptos para inserção nas urnas, apesar de o registro
de candidatura ainda não ter sido julgado pela
Corte. Haddad teve o nome confirmado pelo PT após o
TSE barrar a candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. O prazo para que algum
candidato, partido ou o Ministério Público Eleitoral
(MPE) faça a impugnação do registro do petista
termina amanhã (18), no entanto, até o momento,
nenhuma contestação foi apresentada ao tribunal.
De acordo com o TSE, os dados dos presidenciáveis
são enviados aos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs),
que serão responsáveis pelo carregamento das urnas
com os dados de todos que vão participar do pleito.
Os tribunais locais também vão inserir as
informações dos candidatos aos governos estaduais,
deputados estaduais, federais e senadores.
Fonte: Agência Brasil

18/09/2018 -
Pesquisas mostram que transferência de votos
Lula-Haddad começou
Em apenas uma semana de campanha após ter sido
indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva como seu substituto nas eleições
presidenciais, Fernando Haddad altera o quadro
eleitoral e em duas pesquisas e intenções de voto
cresce e salta para a segunda posição.
Segundo levantamento feito pela FSB Pesquisa,
contratada pelo banco de investimentos BTG Pactual,
Haddad passou de 8% para 16%. Pela margem de erro
ele empata com Ciro Gomes (PDT) na 2ª colocação.
Já a pesquisa CNT/MDA, encomendado pela Confederação
Nacional de Transportes (CNT), mostra que o
candidato de Lula e companheiro de chapa de Manuela
tem 17,6% das intenções de votos na pesquisa
estimulada, quando os candidatos são apresentados
aos entrevistados.
Haddad aparece isolado na segunda posição, com
17,6%, seguido por Ciro Gomes, do PDT (10,8%).
O salto da Haddad mostra o potencial de crescimento
de sua candidatura e revela que a transferência de
votos de Lula para o ex-prefeito - que a imprensa
papagueava diuturnamente que não iria ocorrer, está
acontecendo.
Na pesquisa espontânea feito pelo MDA, quando nenhum
nome é apresentado, Haddad também é o segundo mais
votado, com 9,1% das intenções de votos.
Entre aqueles que escolheram o candidato da
coligação PT-PCdoB-Pros, 75,4% afirmaram que a
decisão é definitiva. Na pergunta que mede a
intenção de votar em determinado candidato, a
preferência por Haddad também se mostra alta: 13,1%
do eleitorado diz que é o único em quem votaria e
27,2% diz que é um candidato em quem poderia votar.
O crescimento de Haddad já provoca efeitos na
campanha e o petista já é alvo direto dos
adversários. Jair Bolsonaro (PSL) que lidera as
pesquisas com 28,2%, segundo MDA, e 33% na BTG
Pactual, fez uma transmissão pelo Facebook em que
falou pela primeira vez desde o ataque de faca. O
seu alvo foi Haddad.
Durante uma live transmitida nesta domingo (16),
Bolsonaro disse estar preocupado com a possibilidade
de fraude nas eleições presidenciais em benefício do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Io candidato
disse que “a possibilidade de fraude no 2º turno,
talvez até no 1º, é concreta”.
A estratégia de Bolsonaro é criar um factoide para
frear o crescimento do candidato. Diante desses
números e do potencial dde Haddad, nas próximas
semanas o ataques devem aumentar.
Fonte: Portal Vermelho

18/09/2018 -
Crítico da reforma trabalhista torna-se
desembargador: 'Exploração e sofrimento'
Segundo Souto Maior, lei é uma "expressão da
maldade", com o real propósito de "deixar de joelhos
a classe trabalhadora", embora tenha sido
apresentada como modelo de modernização
Em cerimônia programada para as 17h desta
segunda-feira (17), o juiz Jorge Luiz Souto Maior
tomará posse como desembargador no Tribunal Regional
do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas,
interior paulista. Juiz do Trabalho desde 1993 e
professor livre-docente na Universidade de São Paulo
(USP), ele também é um dos principais críticos da
Lei 13.467, a "reforma" trabalhista, ainda desde a
tramitação do projeto no Congresso. No programa Roda
Viva, da TV Cultura, por exemplo, foi talvez o único
a confrontar, com argumentos, o relator do texto,
deputado Rogerio Marinho (PSDB-RN), que desfigurou a
proposta original.
Formalmente, Souto Maior tomou posse em 16 de
agosto, assumindo vaga no lugar de Carlos Augusto
Escanfella, que se aposentou. "Sem dúvida é uma
grande honra fazer parte deste Tribunal e desta
instituição tão indevidamente maltratada que é a
Justiça do Trabalho", afirmou na ocasião.
Em artigo publicado no início do mês em seu blog, o
mineiro de Belo Horizonte, nascido em 1964, associou
a "reforma" à precarização e à diminuição da renda
do trabalho. "O que fica para os trabalhadores e
trabalhadoras no Brasil é aumento da exploração e do
sofrimento", escreveu.
Ele cita noticiário recente, que dá conta da
demissão de 800 empregados da Editora Abril e 1.200
na companhia aérea Latam, entre outros. "Não que
tais fatos já não tivessem ocorrido antes na
realidade das relações de trabalho no Brasil, mas o
que impressiona agora é a naturalidade e a
insensibilidade com que se encara a situação",
afirma.
"Este modo naturalizado de visualizar o sofrimento
alheio, aliás, é um dos efeitos mais nefastos da
denominada 'reforma' trabalhista, que, de fato,
chega a ser uma expressão de maldade, já que,
escamoteando o seu real propósito de deixar de
joelhos a classe trabalhadora, para satisfazer a
necessidade do poder econômico, foi 'vendida' à
população por meio de argumentos falaciosos, como os
da 'modernização' e da 'criação de empregos',
acrescenta Souto Maior.
A lei nunca esteve perto de criar 2 milhões de
empregos, como chegou a ser dito durante a
tramitação do projeto, "até porque, efetivamente,
este nunca foi, repita-se, o real objetivo das
alterações legislativas propostas, que se
implementaram única e exclusivamente para baratear o
custo da mão de obra por meio da difusão de
contratos precários, aumento da jornada de trabalho,
redução salarial e fragilização da atuação sindical
dos trabalhadores, acompanhada da criação de
obstáculos para que os trabalhadores pudessem ter
acesso à Justiça do Trabalho para buscarem a
efetividade de seus direitos (já reduzidos)", diz o
agora desembargador.
Ele lembra ainda que boa parte dos empregos criados
recentemente, que ele chama de "supostos", é de
trabalhadores intermitentes. "Que, embora, pela
legislação atual, tenham carteira assinada, são, de
fato, desempregados, em razão da precariedade de
direitos que lhe foram direcionados", observa.
Ele aponta ainda outros aspectos da degradação do
mercado de trabalho. "É importante lembrar que a
precarização do trabalho implica menor recolhimento
de impostos e de contribuições previdenciárias,
reduzindo as potencialidades da coisa pública, ainda
mais se considerarmos também os termos da Emenda
Constitucional 95/16 (que ganhou popularidade
enquanto ainda era a PEC 241 ou 'PEC do fim do
mundo', como era chamada), aprovada nesse mesmo
período histórico, que congelou por 20 anos os
gastos públicos", afirma.
"Com tudo isso, parcela considerável da riqueza
produzida pelo trabalho que poderia ficar
diretamente com a classe trabalhadora, ou que
deveria ser direcionada ao conjunto da sociedade,
por meio do investimento em políticas públicas de
inserção social ou pela implementação dos serviços
públicos relativos à previdência social, educação,
saúde, cultura, ciência e tecnologia fica na posse
exclusiva das grandes empresas e como estas são, na
sua quase totalidade, empresas multinacionais, com
sede em outros países, operando com capital
internacional especulativo, esse lucro adicional não
fica no país."
Fonte: Rede Brasil Atual

18/09/2018 -
Justiça determina aumento de benefício de aposentado
em 53%
Justiça manda INSS incluir contribuições
previdenciárias anteriores a 1994 no cálculo da
aposentadoria
Mais um aposentado conseguiu na Justiça o direito a
incluir as contribuições previdenciárias anteriores
a 1994 no cálculo do benefício do INSS. Essa
correção é conhecida como “revisão da vida toda”. A
atualização considera as maiores contribuições
feitas antes de julho de 1994 e não só a média das
80% maiores após a criação do Plano Real. Com isso o
benefício passará de R$ 3.669,57 para R$ 5.645,80,
alta de 53,82%.
A decisão abre precedente para outros aposentados.
“A regra em vigor, amparada na Lei 9.876/99,
considera para o cálculo das aposentadorias somente
as contribuições feitas a partir de julho de 1994. E
a Justiça passou a levar em conta o recolhimento
anterior a este período”, informou Murilo Aith, do
escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.
O advogado conta que, neste caso específico, o
trabalhador J.C.C., de 76 anos de idade, morador de
Curitiba, se aposentou em 1987 e teve o benefício
calculado sobre a média das 80% maiores
contribuições posteriores ao Plano Real. Com isso o
INSS só considerou as contribuições feitas a partir
de julho de 1994, ano que determina a lei no cálculo
inicial. A limitação causou prejuízo ao segurado,
pois havia contribuído com valores maiores que
àqueles feitos quando entrou em vigor a lei que
limita as revisões.
“O reconhecimento do direito além de readequar o
valor do benefício ao teto do INSS (R$ 5.645,80)
deve render atrasados de R$ 250 mil”, comemora o
especialista. O instituto recorreu da decisão
judicial, mas 10º Vara Previdenciária Federal de
Curitiba manteve a readequação dos valores.
Um ponto que o advogado destaca é que muitas pessoas
que se aposentaram antes de 1988 têm o direito a
pedir a revisão do benefício previdenciário, mas não
sabem que têm esse direito.
Decisões abrem precedentes
As decisões judiciais a favor da revisão da vida toda
abrem precedentes para outros aposentados, segundo
especialistas. Em maio passado, a 6ª Vara da Justiça
Federal determinou que o instituto revisasse o
benefício de uma aposentada levando em conta as
contribuições anteriores a 1994. Com a decisão, a
pensão da aposentada passará de R$3.155,98 a R$
4.228,20. Cabem atrasados, mas segundo a Cristiane
Saredo, do escritório Vieira e Vieira Assessoria
Jurídica e Previdenciária, o próprio INSS é quem vai
determinar quanto deve ser pago retroativamente.
“Nós pedimos sempre a diferença atualizada e com
correção desde a concessão da aposentadoria. É o
INSS que apresenta os cálculos quando o juiz manda,
mas só quando acaba o recurso”, diz Cristiane.
Em Resende, no Sul Fluminense, a Justiça também
reconheceu o direito à revisão da vida toda. O
segurado E.R.V, de 59 anos, recebeu atrasados
menores (R$ 28.348,71), e seu benefício sofreu
aumento significativo. Antes da ação, ele recebia
R$3.801,09, agora com as contribuições que não
entraram no cálculo do benefício, a pensão do
segurado passará para R$ 4.249,54.
“Cada vez mais a Justiça tem aumentado a esperança
para aposentados terem recalculados seus benefícios,
incluindo contribuições que o INSS não considerou,
dando a chance de melhora mensal do benefício”,
avalia o advogado Murilo Aith.
Fonte: Jusbrasil

17/09/2018 -
ADI das centrais sobre destinação do imposto
sindical pode ser julgada nesta semana
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4067,
que discute a validade de dispositivos da Lei
11.648/08, que regulamentou o funcionamento das
centrais sindicais, sobre a destinação do imposto
sindical para as centrais, foi adiado para a próxima
quarta-feira (19), tendo em vista que não foi
pautada na quarta (11). A votação está empatada em 3
a 3.
A ADI 4067 foi ajuizada pelo Democratas (DEM), que
sustenta que os recursos da contribuição sindical
têm finalidade específica, “expressamente
constitucional”, e não podem ser utilizados para o
custeio de atividades que extrapolem os limites das
categorias profissionais.
Segundo o partido, as centrais não têm como
finalidade primordial a defesa de interesses de uma
ou outra categoria. Outro ponto questionado é a
possibilidade de que as centrais participem de
fóruns e órgãos públicos organizados de forma
tripartite (com representantes do Estado, dos
trabalhadores e patronais).
O julgamento foi iniciado em 2009 e estava suspenso
desde 2010, com vista para o ministro Ayres Britto
(aposentado). O relator, ministro Joaquim Barbosa
(aposentado), votou pela inconstitucionalidade da
regra que prevê a destinação de percentual da
contribuição às centrais, por entender que não
integram a estrutura sindical e não podem substituir
as entidades sindicais (sindicatos, federações e
confederações) nas situações definidas na
Constituição Federal ou na lei.
Desta forma, não poderiam igualmente receber parte
da receita gerada por tributo destinado a custear as
atividades sindicais. Seguiram esse entendimento os
ministros Cezar Peluso (aposentado) e Ricardo
Lewandowski.
Fonte: Diap

17/09/2018 -
Presidente da Nova Central SP defende reforço ao
voto classista
A TV Agência Sindical apresentou quinta (13) o
segundo programa da série “Voto consciente e
classista”. O entrevistado do Repórter Sindical na
Web foi o sindicalista do setor de transportes Luiz
Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central no
Estado de São Paulo.
O dirigente avalia que o voto classista é resultado
do esforço na formação política dos quadros
sindicais. “Temos uma cultura de submissão. Porém,
nos últimos anos temos procurado fazer um esforço no
sentido de romper com essa concepção junto à classe
trabalhadora e o povo”. E acrescenta: “O povo
precisa aprender que só existem dois lados. O do
explorador e o dos exploradores”.
Ofensiva - Luizinho acredita que nestas
eleições devemos retomar a ofensiva. “O movimento
sindical sofreu um grande ataque com a reforma
trabalhista, com a emenda 95 que acabou com os
recursos da saúde e educação e outros. A derrota foi
grande, mas não vamos recuar. Vamos retomar a
ofensiva”, afirma.
Orientação - O sindicalista explica que, pelo
menos duas vezes por semana, a Nova Central faz
divulgação dos candidatos que votaram a favor e dos
que votaram contra a classe trabalhadora. “Temos
grupo das estaduais do Brasil que divulga cartazes
com fotos dos parlamentares”.
Dia 20 - Na próxima quinta, haverá plenária
na quadra dos bancários, a partir das 18 horas.
“Vamos fazer panfletagem às 16 horas e, na sequencia,
uma caminhada até a quadra, a fim de fazer uma
plenária de sindicalistas com candidatos
progressistas”, conclui.
Assista - O Repórter Sindical na Web com Luiz
Gonçalves (Luizinho) já está disponível em nosso
canal do
YouTube.
Fonte: Agência Sindical

17/09/2018 -
Haddad atribui crescimento em pesquisas a propostas
de inclusão
Candidato do PT à presidência voltou a dizer na
Avenida Paulista na tarde deste domingo que defende
projeto de desenvolvimento para o país, e que o povo
é solução, não problema
O candidato do PT à presidência, Fernando Haddad,
afirmou na tarde deste domingo (16) na Av. Paulista,
ao participar do Festival Lula Livre, que atribui
seu aumento nas pesquisas de intenção de voto “ao
projeto que nós representamos, que inclui o povo. É
o desenvolvimento com inclusão, o povo é solução,
não é problema”. Depois que foi confirmado como
candidato, Haddad foi a 13%, empatando com Ciro
Gomes (PDT) em intenção de voto, segundo pesquisa do
Instituto Datafolha, divulgada na sexta-feira (14).
Na pesquisa anterior, Haddad contava com 9% da
preferência.
Haddad também defendeu a liberdade do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba. “O
presidente Lula, na ocasião do registro de sua
candidatura, pediu para que seu processo fosse
julgado com imparcialidade, como recomendou a
organização das Nações Unidas. A ONU está pedindo um
julgamento justo para o Lula. Então, se é a ONU que
está pedindo, deve ter alguma razão. Os vícios do
processo chamaram a atenção de vários chefes de
Estado do mundo inteiro.”
Em curta entrevista que ofereceu aos jornalistas no
meio do público, o candidato voltou a falar da
entrevista do senador tucano Tasso Jereissati, que
admitiu ter errado na estratégia de seu partido ao
apoiar o governo de Michel Temer. “Tem muitas
pessoas que apoiaram o golpe de 2016 e estão revendo
suas posições em razão do fracasso do governo de
Michel Temer com o PSDB. Isso está acontecendo. A
prova é que o PSDB fez uma autocrítica, de que não
deveria ter entrado no governo. Essa autocrítica do
PSDB é muito importante, porque isso constrói a
possibilidade de diálogo, depois das eleições.
Então, todo mundo que estiver fazendo uma
autocrítica em relação do golpe de 2016 nós
precisamos ouvir, porque é um momento de um ajuste
de contas do país”, defendeu.
Fonte: Rede Brasil Atual

17/09/2018 -
Expansão do emprego formal aconteceu durante o
governo Lula
Segundo a Rais, de 2003 a 2010 foram criados
15,384 milhões de postos de trabalho. Nesse período,
PIB cresceu em média 4% ao ano
Uma afirmação recorrente nos anos 1990 e parte dos
2000 era de que o emprego formal, com carteira
assinada, estava em extinção, diante das
transformações do mercado de trabalho. Outra
corrente de analistas sustentava que a criação de
vagas não era uma questão de custo de contratação,
mas de crescimento da atividade econômica. No final
do governo FHC, esboçou-se até uma "reforma"
trabalhista, com o mesmo argumento de agora: era
preciso flexibilizar para que houvesse alta do
emprego.
Mas o emprego com carteira teve expansão sem
necessidade, justamente em um período de crescimento
da economia, durante o governo Lula, quando o
Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em média, 4% ao
ano. Quando ele assumiu, em janeiro de 2003, o
estoque de vagas formais era de 28,7 milhões,
segundo a Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), do Ministério do Trabalho. Em seu último mês
de mandato, dezembro de 2010, o estoque era de 44,1
milhões. Nestes oito anos, o saldo aumentou em
exatos 15.384.442 postos de trabalho.
No período anterior, os oito anos de Fernando
Henrique, também houve aumento do emprego, de acordo
com a Rais, mas em ritmo menor: de 23,7 milhões, em
1995, para 28,7 milhões em 2002. Aproximadamente 5
milhões. O crescimento médio do PIB foi de 2,3% ao
ano.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), também do Ministério do
Trabalho, mostram resultados semelhantes. De 1995 a
2002, a diferença entre empregos formais criados e
fechados foi de 800 mil. Já de 2003 a 2010, na
gestão Lula, o saldo foi de 11,3 milhões.
O emprego continuou crescendo no primeiro governo
Dilma (2011-2014), que registrou saldo de 4,8
milhões. Começou a cair a partir de 2015. Ainda
assim, uma comparação entre 2002 e 2015 mostra que o
estoque de vagas formais, segundo o Caged, passou de
22,8 milhões para 39,7 milhões, sempre no mês de
dezembro. Em dois anos, a maior parte sob Temer, o
estoque caiu em quase 2 milhões: em dezembro do ano
passado, era de 37,9 milhões. Apenas em 2017, o
emprego formal ficou estável. O resultado da Rais
ainda não saiu.
Fonte: Rede Brasil Atual

17/09/2018 -
Vox Populi: Trabalhadores desaprovam terceirização
da atividade-fim
De acordo com a pesquisa CUT/Vox Populi, a maioria
dos trabalhadores e trabalhadoras desaprova a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar
a terceirização nas atividades-fim das empresas.
O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 11 de
setembro, 36% dos entrevistados, a terceirização
irrestrita só é boa para os patrões. Apenas 2%
consideram a terceirização boa para os
trabalhadores.
Outros 17% avaliam que não é boa para ninguém e 15%
acham que é boa para ambos - trabalhadores e
patrões. 29% não souberam ou não quiseram responder.
Os mais críticos da terceirização da mão de obra no
país são do sexo feminino (37%), adultos (38%), com
ensino superior (42%) e com renda de mais de 2 até 5
salários mínimos (40%).
Do total dos entrevistados, 41% sabiam da decisão
dos ministros do STF de aprovar a terceirização
irrestrita, 57% não sabiam e 1% não soube ou não
quis responder a pergunta.
Os impactos negativos desta ampliação da
terceirização serão enormes tanto para o país quanto
para a classe trabalhadora e para a sociedade em
geral, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.
“Com esta decisão do STF, um trabalhador contratado
diretamente pela empresa, com melhores salários,
benefícios e condições de segurança, pode ser
demitido e abrir uma vaga para um terceirizado que
custará menos, apesar de não ter a mesma experiência
e qualificação profissional porque o que interessa
para o patrão é o lucro”, diz Vagner.
Além disso, continua o dirigente, “como ganha menos,
tem menos direitos e corre até mais riscos de sofrer
um acidente de trabalho por falta de segurança, o
terceirizado troca de emprego frequentemente, o que
contribui para aumentar a rotatividade e diminuir as
contribuições ao INSS, colocando em risco a
Previdência Social”.
Para o presidente da CUT, o resultado da pesquisa
CUT/Vox mostra que, quem conhece essa forma de
intermediação de mão de obra, sabe que é ruim para
os trabalhadores e para o país, pelos seus impactos
negativos na economia e na qualidade dos serviços
prestados à população.
Além disso, diz Vagner, “ao trocar um trabalhador ou
trabalhadora qualificada, preparada para atuar em
áreas como as da saúde, educação ou do setor
elétrico, que garantem o atendimento médico, o
futuro das nossas crianças e a energia que chega a
nossas casas, por um que não tem experiência e
aceita ganhar menos e trabalhar mais, os gestores
colaboram para acabar com a qualidade e eficácia do
serviço prestado”.
Pesquisa feita pela CUT em conjunto com o Dieese
confirma as afirmações do presidente da CUT de que a
terceirização dá segurança jurídica para as empresas
ampliarem a precarização das condições de trabalho e
aumentarem seus lucros. Confira aqui.
Para Vagner, o STF colocou as relações de trabalho
do Brasil no século passado. E isso quando já foi
provado em vários países do mundo que a
terceirização é ruim para todos, como o caso da
Rússia, que percorre caminho inverso ao que foi
aprovado no Brasil. Em 2015, a Assembleia Federal
decidiu acabar com esse modelo de contratação.
Segundo os trabalhadores daquele país, a prática não
aumentou a oferta de emprego, reduziu a arrecadação
de impostos e ainda diminuiu salários e benefícios
dos trabalhadores, como férias remuneradas e abonos
de fim de ano.
Fonte: Portal Vermelho

17/09/2018 -
Renda das mulheres é 42,7% menor que a dos homens,
diz Pnud
Apesar de as mulheres apresentarem melhor desempenho
na educação e terem maior expectativa de vida no
Brasil, a renda delas é 42,7% menor que a dos homens
(10,073 para mulheres contra 17,566 para homens),
segundo dados divulgados sexta-feira (13) pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A média de renda per capita do país é de 13,755.
Ao apresentar o novo Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) do país e do mundo, o órgão destacou a
desigualdade de gênero na taxa que considera o
acesso da população à educação, saúde e perspectivas
econômicas.
De acordo com o levantamento, no Brasil, enquanto o
IDH dos homens é de 0,761, na escala que varia de 0
a 1 ponto, o das mulheres é de 0,755 – quanto mais
próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. A
expectativa de vida das brasileiras é de 79,3 anos
contra 72,1 anos dos homens. No quesito educação, a
projeção de uma menina que entra no ensino em idade
regular é permanecer estudando por 15,9 anos e ter
uma média de estudo de 8 anos, contra,
respectivamente, 14,9 e 7,7 para os meninos.
Países como Uruguai, Venezuela e Argentina mantêm
padrões muito mais equitativos entre homens e
mulheres, ainda que todos eles sustentem a
disparidade econômica por gênero de quase 50% entre
a renda de um e outro.
Parte da justificativa pode estar no menor tempo que
a mulher dispõe para o mercado de trabalho formal.
Um dos dados divulgados pelo Pnud aponta que o
Brasil é o país da região onde há menor divisão das
tarefas domésticas entre homens e mulheres. De
acordo com o levantamento, elas gastam 13,3% mais do
tempo em atividades não remuneradas dentro de casa,
trabalhando 4,3 vezes mais nestas funções do que os
brasileiros. O número ainda pode ser maior,
considerando a subnotificação, neste levantamento,
do tempo disposto para cuidar de filhos, idosos e
familiares doentes.
Com relação à participação política, as mulheres
ocupam 11,3% das cadeiras do Congresso Nacional. O
número representa o pior resultado da América do Sul
e o terceiro pior da América Latina, atrás somente
de Belize (11,1%) e das Ilhas Marshall (9,1%). O
país com menor IDH do mundo, Níger, tem mais
mulheres com assento no Parlamento (17%) do que o
Brasil.
Fonte: Agência Brasil

14/09/2018 -
Relator da reforma trabalhista tem majoritariamente
doações de empresários
Informações sobre receitas de campanha mostram a
presença de executivos do setor do varejo,
principalmente. Lei proíbe contribuição de empresas,
mas permite a de pessoas físicas
Candidato à reeleição, o deputado federal Rogerio
Marinho (PSDB-RN) tem recebido, majoritariamente,
doações de empresários do varejo, conforme mostra o
aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
sobre receitas e despesas eleitorais.
Marinho foi autor do relatório do projeto de
"reforma" trabalhista, enviado à Câmara pelo
Executivo no ano passado. O texto original tratava
de poucos itens, mas o parlamentar alterou o
projeto, multiplicando o número de artigos atingidos
pela "reforma", que acabou aprovada e, depois de
passar também pelo Senado, transformou-se na Lei
13.467, criticada por representações de
trabalhadores e da Justiça do Trabalho.
Em 2016, a doação de empresas tornou-se proibida.
Pela Lei 9.504/1997, candidatos só podem contar com
financiamento de pessoas físicas, além de obedecer a
um limite de gastos. Marinho é da coligação Trabalho
e Superação, que inclui PRB, PTB, PR, PPS, PMB, PTC,
PSB, PSD, Avante e Pros, além dos tucanos.
A última atualização é de terça-feira (11). Até
agora, o deputado potiguar contabiliza R$ 822.315,60
em receitas, aproximadamente um terço do limite
legal (R$ 2,5 milhões). Dois empresários do grupo
Riachuelo, Nevaldo Rocha e Flávio Gurgel Rocha,
aparecem como doadores, o primeiro com R$ 100 mil
(12,16% do total) e o segundo com R$ 50 mil (6,08%).
Assim, apenas essa empresa representa 18% da receita
atual. Os empresários, originalmente, são do Rio
Grande do Norte, estado do parlamentar.
Flávio Rocha envolveu-se em polêmica com uma
procuradora do Trabalho por causa de uma ação sobre
terceirização no interior do estado. O empresário
afirmou estar sendo perseguido e criticou a
procuradora. Chegou a ser condenado em primeira
instância por injúria. Ele também apresentou sua
candidatura à Presidência pelo PRB, retirada
posteriormente.
O primeiro lugar na lista de Rogerio Marinho é da
própria direção nacional do PSDB: R$ 200 mil, quase
um quarto (24,32%) do total. Logo depois de Nevaldo
Rocha, aparece o nome de Renato Rique, executivo da
Aliansce Shopping Centers, com R$ 70 mil (8,51%).
Em quarto, está Sebastião Bomfim (dono da Centauro,
de artigos esportivos, que já anunciou voto em Jair
Bolsonaro), com R$ 51 mil (6,2%). Também com R$ 50
mil está José Sallim Mattar Jr., do grupo Localiza.
Seguem Antonio Carlos Pipponzi (Droga Raia), R$ 23
mil, e Alberto Saraiva (Habib´s, empresa que fez
propaganda de apoio ao impeachment) e João
Appolinário (Polishop), com R$ 20 mil cada. Dona do
Magazine Luiza, Luiza Trajano aparece com R$ 15 mil.
A relação inclui ainda Julio Kakumoto (Fastshop) e
Mario Habka (supermercados Big Box), com R$ 10 mil
cada.
O deputado não comentou. Ao jornal Valor Econômico,
Appolinário disse que exerceu direito de apoiar
candidatos que provem desenvolvimento econômico e
social. Rique e Pipponzi citaram a "modernização"
das leis trabalhistas.
A lei da "reforma" entrou em vigor há 10 meses, a
partir de 11 de novembro. Pelo menos três candidatos
à Presidência da República falam em revogação do
texto: Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e
Guilherme Boulos (Psol).
Fonte: Rede Brasil Atual

14/09/2018 -
Nova Central reafirma autonomia e nega alinhamento a
candidaturas
Com apoio em sua Carta de Princípios, onde se define
como eclética e suprapartidária, a Nova Central
Sindical de Trabalhadores nega alinhamento a
candidatos e a partidos. Em vídeo, seu presidente
José Calixto Ramos reafirma a autonomia da entidade.
E diz: “Ninguém está autorizado a emprestar o nome
da Central a candidaturas. O dirigente, enquanto
cidadão, tem natural liberdade de fazer suas
opções”.
A manifestação de Calixto Ramos, embora ele não
explicite, desautoriza publicações, inclusive no
Painel da Folha de S.Paulo, de que a Central estaria
na organização de plenária sindical em apoio a Ciro
Gomes, cogitada para ser realizada na capital
paulista.
No vídeo, José Calixto Ramos lembra que “o cidadão
Zé Calixto”, sempre que oportuno, expressa sua
intenção de voto, como fez, ele diz, nas duas
eleições de Lula e depois com Dilma. Mas, ressalta,
“nossa Central não se filia a partido, nem será
serventuária de nenhum governo”.
URL do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=W_PiqZBN-Cw
Fonte: Agência Sindical

14/09/2018 -
País gera 392 mil empregos no primeiro semestre de
2018
Número é 452% superior ao registrado no mesmo
período de 2017
O saldo de empregos com carteira assinada gerados no
primeiro semestre deste ano foi de 392 mil em todo o
país, um valor 452,37% superior ao mesmo período de
2017, quando foram criados 71 mil novas vagas. Os
dados são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira
(13) pelo Ministério do Trabalho. Com esse
resultado, na comparação entre os primeiros seis
meses de cada ano, em 2018 foram criadas 321 mil
vagas a mais do que no ano anterior.
Dos oito setores da economia, sete tiveram saldo
positivo nos primeiros seis meses deste ano. O
melhor desempenho foi no segmento de serviços, que
chegou ao final do primeiro semestre com 279.130
postos de trabalho criados, seguido pela indústria
de transformação, que gerou 75.726 vagas, e a
agropecuária, que gerou 70.334 empregos novos. Já o
comércio fechou 94.839 postos de trabalho com
carteira assinada.
A taxa de desemprego, segundo a mais recente
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), divulgada em agosto pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
abrange 12,3% da população economicamente ativa,
volume 0,6% menor do que o apurado em março. O
número representa um contingente de 12,9 milhões de
pessoas sem trabalho no país.
Jovens empregados
Em uma análise por faixa etária, o levantamento mostra
que a maior parte dos empregos gerados no primeiro
semestre desse ano (104 mil) inclui jovens entre 18
e 24 anos. Houve também uma reversão no fechamento
de vagas nas faixas etárias entre 25 a 29 anos e de
30 a 39 anos. Enquanto na primeira metade do ano
passado esses dois grupos perderam 66 mil vagas de
emprego, neste ano já foram abertas, nessas duas
faixas, 46,3 mil novos postos de trabalho.
Por outro lado, continuaram sendo fechadas vagas
para trabalhadores nas faixas de 40 a 49 anos (-16,2
mil), 50 a 64 anos (-122,1 mil) e acima de 64 (-29,6
mil), mas em ritmo menor do que no primeiro semestre
de 2017, quando essas três faixas etárias viram o
fechamento de 266,4 mil postos de trabalho com
carteira assinada em todo o país.
Escolaridade
Dos 394 mil empregos gerados na primeira metade deste
ano, 266 mil foram para trabalhadores com ensino
médio completo, seguido de 166 mil para quem tem
ensino superior completo, 26,4 mil para quem tem
ensino superior incompleto e 6,6 mil vagas para quem
tem ensino médio incompleto. Não houve abertura de
novas vagas para trabalhadores com escolaridade
inferior a essas.
Entre os empregos para quem tem ensino médio
completo e incompleto, os que absorveram a maior
parte das vagas foram alimentador de linha de
produção (49 mil), faxineiro (32,3 mil) e auxiliar
de escritório (24,2 mil). Para quem tem ensino
superior completo ou incompleto, a maior parte das
vagas foram como auxiliar de escritório (17 mil) e
assistente administrativo (14,5 mil).
Fonte: Agência Brasil

14/09/2018 -
Haddad venceria o 2º turno, diz Vox Populi
A pesquisa Cut/Vox Populi divulgada nesta
quinta-feira (13) aponta que Fernando Haddad,
indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para assumir a cabeça da chapa em seu lugar,
venceria todos os demais postulantes em um eventual
segundo turno. Segundo o levantamento, caso o
adversário seja Jair Bolsonaro (PSL), Haddad
ganharia com 36% da preferência do eleitorado,
contra 24% do ex-capitão. Bolsonaro também perderia
caso o rival seja Ciro Gomes (PDT). Neste caso, o
trabalhista teria 32% das intenções de votos contra
22% de Bolsonaro.
Se o segundo turno for disputado ntre Bolsonaro e
Geraldo Alckmin (PSDB), o presidenciável tucano
perderia a disputa. Neste caso, Alckmin teria 18%
enquanto o rival ficaria com 25%. No cenário em que
Marina é colocada no segundo turno, ela aparece
tecnicamente empatada com Bolsonaro, com 26% a 24%.
Tanto Haddad como Ciro venceriam tdos os demais
candidatos. A pesquisa, porém, não simulou um
possível confronto entre eles.
A pesquisa Cut/Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em
121 municípios de todo o Brasil entre 7 e 11 de
setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos
percentuais, para cima ou para baixo e o índice de
confiança chega a 95%.
Fonte: Brasil247

14/09/2018 -
Servidores públicos poderão reduzir jornada de
trabalho
A remuneração será proporcional às horas
trabalhadas
Servidores públicos federais poderão pedir redução
de jornada de oito horas diárias para seis ou quadro
horas por dia, com redução proporcional da
remuneração. É o que estabelece a Instrução
Normativa nº 2 do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, publicada hoje (13) no
Diário Oficial da União.
A medida vale para mais de 200 órgãos da
administração pública federal direta, autarquias e
fundações públicas federais e estabelece ainda os
critérios e procedimentos relativos à jornada de
trabalho, ao controle de horários na acumulação de
cargos, empregos e funções, ao banco de horas e à
utilização do sobreaviso para servidores públicos
federais.
A redução de jornada deverá ser autorizada
observando-se o interesse da administração pública, e
poderá ser revertida novamente em integral, a pedido
do servidor ou por decisão do órgão.
Servidores de alguns cargos e carreiras não poderão
requerer o benefício, como advogados e assistentes
jurídicos da Advocacia-Geral da União ou órgãos
vinculados; delegados, escrivães e policiais
federais; e auditores-fiscais da Receita Federal,
Previdência Social e do Trabalho. Também não é
permitida a concessão de jornada reduzida aos
servidores efetivos submetidos à dedicação exclusiva
ou sujeitos à duração de trabalho prevista em leis
especiais.
Banco de horas
A adoção do banco de horas será feita pelos dirigentes
dos órgãos e entidades, caso seja do interesse da
administração federal. As horas extras para o banco,
deverão ser autorizadas pela chefia e não poderão
ultrapassar duas horas diárias, para a execução de
tarefas, projetos e programas de relevância para o
serviço público.
Por meio de um sistema eletrônico de frequência, as
horas excedentes, além da jornada regular do
servidor, serão computadas como crédito e as horas
não trabalhadas, como débito. De acordo com a
instrução do Ministério do Planejamento, as horas
excedentes contabilizadas no banco, em nenhuma
hipótese, serão caracterizadas como serviço
extraordinário ou convertidas em pagamento em
dinheiro.
A instrução normativa tem ainda orientações para a
utilização do sobreaviso, ou seja, o período em que
o servidor público permanece à disposição do órgão
aguardando chamado para ir trabalhar. Para
utilização desse regime, os órgãos devem estabelecer
as escalas de sobreaviso com antecedência.
Nesse caso, o servidor deve permanecer em regime de
prontidão, mesmo durante seus períodos de descanso,
fora de seu horário e local de trabalho. Mas somente
as horas efetivamente trabalhadas poderão ser
contabilizadas no banco de horas.
Fonte: Agência Brasil

14/09/2018 -
Demissões superam contratações no comércio de São
Paulo
A Fecomercio-SP informou que o saldo de empregos do
mês de julho do varejo paulista é o pior desde 2015.
O resultado deixa claro que o aprofundamento das
políticas do golpe, seja na esfera federal, seja na
esfera estadual, é uma realidade: foram 175
demissões a mais que o número total de contratações.
Em 2017, por exemplo, a diferença entre os dois
índices foi positiva: 6.205 admissões.
O desempenho pífio de candidatos alinhados ao
mercado somado à fracassada política de preços da
Petrobras executada pelo tucano Pedro Parente
contribuíram para o desempenho excepcionalmente ruim
do primeiro semestre, afirma Jaime Vasconcellos,
assessor econômico da entidade (ele chama a
fragilidade das candidaturas da direita de
"incerteza eleitoral" e o caos de Pedro Parente de
"greve dos caminhoneiros").
Segundo Vasconcellos destaca na reportagem do jornal
Folha de S. Paulo, "a expectativa é que o típico
aquecimento da segunda metade do ano, causado pelas
vendas do Natal e pelo recebimento do 13º terceiro,
compense parte das perdas".
Fonte: Brasil247

14/09/2018 -
Pochmann: é preciso um novo estatuto do trabalho
O economista Márcio Pochmann criticou a Reforma
Trabalhista aprovada pelo governo Michel Temer, no
ano passado. "Em 9 meses de reforma trabalhista, 8 a
cada 10 empregos abertos são atípicos, generalizando
a precarização do trabalho, com elevação da
rotatividade e rendimento familiar abaixo da linha
de pobreza. Defendo novo estatuto do trabalho em
resposta ao desemprego e à precarização", escreveu o
parlamentar no Twitter.
O governo previa que a reforma ajudaria na criação
de 1 milhão de empregos em 2018, mas, de acordo com
estimativas oficiais, o número não chegará nem à
metade. A proposta gera dificuldades para alavancar
o consumo das famílias por falta de segurança
jurídica na luta por direitos trabalhistas e poucas
perspectivas financeiras devido à falta de uma
jornada fixa regular de trabalho.
O estudioso também criticou a política ambiental da
atual gestão. "O eixo de transição ecológica para o
Brasil do século 21, presente no programa Lula de
governo, enfrenta problemas como o verificado no
estado de São Paulo que é o segundo em consumo de
agrotóxicos e registra, por consequência,
significativa contaminação de rios e fontes água".
Fonte: Brasil247

14/09/2018 -
Projeto garante à gestante provedora seis meses de
salário-maternidade sem ônus para empregador
Tramita na Câmara dos Deputados proposta que garante
à gestante provedora seis meses de
salário-maternidade, sem ônus para o empregador, até
o final do sexto mês de gozo da licença maternidade.
O texto considera gestante provedora aquela
responsável por mais de 70% da renda familiar.
A medida consta no Projeto de Lei 9739/18, do
deputado Flavinho (PSC-SP), e visa incentivar a
contratação de mulheres no período gestacional. “Em
diversas ocasiões, excelentes candidatas deixam de
ser admitidas em vagas de emprego em decorrência do
seu estado gestacional, que gera maior custo para a
empresa”, justificou.
Isenção
Ao instituir o Programa Nacional de Promoção e
Proteção ao Emprego da Gestante Provedora, o projeto
isenta o empregador que contratar esta gestante do
recolhimento previdenciário no período em que for
pago o benefício do salário-maternidade a ela.
Pelo texto, a lei, se aprovada, entrará em vigor no
exercício fiscal seguinte ao de sua publicação e
será regulamentada em até 180 dias pelo Poder
Executivo. A gestante provedora deverá, ao término
da licença, comprovar perante ao órgão competente da
Seguridade Social a sua situação de principal
mantenedora do lar.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de
Seguridade Social e Família; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

14/09/2018 -
A cada dez benefícios pagos pelo INSS, um é
resultado de decisão judicial
A cada dez benefícios pagos pelo INSS, um é
resultado de decisão judicial. Em 2017, dos R$ 609
bilhões pagos, R$ 92 bilhões foram para benefícios
determinados pela Justiça.
Os dados, divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo,
são de uma fiscalização do Tribunal de Contas da
União que servirá de base para discutir a
judicialização envolvendo o INSS, o maior litigante
do país. O TCU fará uma audiência pública sobre o
tema no próximo dia 26.
Entre 2014 e 2017, nos casos de aposentadoria
especial e de auxílio-acidente, a concessão judicial
chega a ser maior que a administrativa.
A auditoria mostra ainda uma divergência entre o
INSS e o Judiciário em diversos aspectos, como o
critério de miserabilidade para concessão de
benefício assistencial, validade de provas no caso
da aposentadoria rural e existência ou duração da
incapacidade no caso de aposentadoria por invalidez.
Segundo o TCU, há ainda uma falta de interesse dos
advogados em resolver o problema
administrativamente. "Há relatos de que advogados
chegam a ficar com o montante entre 50% e 100% dos
atrasados. A demora na conclusão dos processos, até
o final do pagamento dos créditos, estimula a
litigância ao aumentar o valor da condenação e, por
conseguinte, dos honorários dos advogados", diz o
relatório.
Juízes e procuradores que participaram do
levantamento criticam ainda a ausência de risco no
acesso à Justiça. Participaram da pesquisa 348
magistrados e 844 procuradores federais.
Fonte: Consultor Jurídico

14/09/2018 -
Mantida condenação de empresa que duvidou de
gravidez de empregada
Uma analista de recursos humanos receberá R$ 12 mil
por ter sido obrigada a apresentar dois exames para
comprovar a sua gravidez. A Quarta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho considerou proporcional e
razoável o valor da condenação a ser pago pela B2IT
Serviços de Multimídia e Telecom Ltda., de Brasília
(DF), que, suspeitando da veracidade do atestado
apresentado pela empregada, exigiu um segundo exame
comprovatório e, horas depois, a dispensou.
Na reclamação trabalhista, a empregada afirmou que,
ao receber o comunicado de aviso-prévio, apresentou
o primeiro exame ao setor de Recursos Humanos. A
empresa, no entanto, solicitou a realização de novo
exame para comprovar a veracidade do primeiro.
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF-TO),
ao julgar o pedido de indenização por danos morais,
considerou que o ato de dispensa de empregada
grávida, mesmo tendo ciência do fato, causou
constrangimento à empregada. Contudo, o juízo
considerou o valor de R$ 90 mil fixados na sentença
desproporcional ao dano causado e o reduziu para R$
12 mil.
O recurso de revista interposto pela empregada foi
indeferido no TRT, e a Quarta Turma do TST negou
provimento ao seu agravo de instrumento afirmando
não verificar violação aos artigos 944 do Código
Civil e 5º, inciso V, da Constituição da República,
que tratam do dever de indenizar. A decisão foi
unânime. Processo: AIRR-214-41.2015.5.10.0008
Fonte: TST

13/09/2018 -
'Com apoio de Lula, Haddad vai para o segundo
turno', diz analista do Diap
À Rádio Brasil Atual, diretor do instituto
avaliou que próximas pesquisas de intenção de votos
devem trazer dois fenômenos: a entrada de Haddad na
disputa e ausência de Bolsonaro em sua campanha
Na avaliação do analista político e diretor do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) Antônio Augusto de Queiroz, as próximas
pesquisas de intenção de voto para presidente da
República devem apontar o crescimento do candidato
do PT, Fernando Haddad, indicando a possibilidade de
ele passar para o segundo turno. À jornalista da
Rádio Brasil Atual Marilu Cabañas, ele ponderou que
Haddad deve receber cerca de 35% dos votos que
seriam destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Na proporção final, segundo os cálculos do
especialista, Haddad pode acumular 22% das intenções
de voto – ultrapassando todas as outras siglas, com
exceção de Jair Bolsonaro (PSL), que atualmente
varia entre 24% a 26%.
"Tudo indica que ele vai para o segundo turno tanto
pela qualidade do candidato e por ser uma
candidatura muito competitiva", afirma Queiroz, em
referência ao petista. Para ele, as próximas
pesquisas devem apontar ainda o impacto da ausência
de Bolsonaro na campanha, o que é determinante para
fidelizar seus apoiadores.
Isso explica, de acordo com o diretor do Diap, o
índice de 26% registrado pela pesquisa eleitoral do
Ibope que realizou a avaliação entre os dias 8 e 10,
período de comoção em relação ao ataque sofrido por
Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). Segundo ele, na
comparação com o levantamento do Datafolha, no dia
10, o candidato do PSL perde 2% dos votos.
Fonte: Rede Brasil Atual

13/09/2018 -
Vox Populi: Haddad já assume liderança com 22%
Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13)
indica: Fernando Haddad já assume a liderança da
corrida presidencial, com 22% de intenção de votos.
Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva
tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%.
O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios
entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais, para cima ou para baixo. O
índice de confiança chega a 95%.
O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a
informação de que é apoiado por Lula. Veja no
quadro:
Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%)
reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente.
O petista, confirmado na terça-feira 11 como o
cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o
menos conhecido entre os postulantes a ocupar o
Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se
trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O
petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior
desempenho na região Sul (11%), mesmo quando
associado ao ex-presidente.
O deputado, internado desde a sexta-feira 7 no
Hospital Albert Einstein, em São Paulo, registra
contudo o maior percentual de menções espontâneas
(13%), contra 4% de Ciro e Haddad, 3% de Marina e 2%
de Alckmin.
O fato de as citações espontâneas se aproximarem da
porcentagem registrada por Bolsonaro nas respostas
estimuladas demonstra, ao mesmo tempo, um teto do
candidato do PSL e uma resiliência que tende a
leva-lo à próxima fase da disputa presidencial.
O Vox realizou diversas simulações de segundo turno.
Bolsonaro venceria Alckmin (25% a 18%), empataria
tecnicamente com Marina (24% a 26%) e perderia para
Ciro (22% a 32%) e Haddad (24% a 36%). O pedetista e
o petista vencem os demais. O instituto não fez a
simulação de um confronto entre os dois.
Por fim, a pesquisa mediu a percepção dos eleitores
em relação ao ataque a Bolsonaro ocorrido em Juiz de
Fora em 6 de setembro. A maioria absoluta, 64%,
associa a facada a um ato solitário de um indivíduo
desequilibrado, "com problemas mentais". Outros 35%
acreditam tratar-se de um atentado organizado e
planejado, com fins políticos.
A maior parte dos entrevistados (49% contra 33%) não
crê que o episódio possa influenciar a decisão de
voto dos brasileiros.
Fonte: Brasil247

13/09/2018 -
Projeto criminaliza suspensão da atividade
empresarial para impedir negociação trabalhista
O empresário que paralisar as atividades da empresa
com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar
o atendimento de reivindicação dos empregados poderá
ficar sujeito à pena de detenção de seis meses a um
ano, além do pagamento de multa. A paralisação dos
empregadores é conhecida como locaute.
É o que determina o Projeto de Lei 9723/18, do
deputado Bebeto (PSB-BA), em tramitação na Câmara. O
projeto altera o Código Penal (Decreto-lei
2.848/40).
Segundo a proposta, a pena atinge empregadores
individuais, diretores, administradores, membros de
conselho, gerentes e mandatários de pessoa jurídica.
A condenação implicará na proibição de contratação
com o poder público, e recebimento de subsídios, por
um período de até cinco anos.
Atualmente, a lei que regulamenta o direito de greve
(7.783/89) proíbe o locaute. Apesar disso, segundo
Bebeto, a prática continua vigente no País. “Esse
tipo de abuso, que causa enorme prejuízo aos
trabalhadores, retirando-lhes o trabalho e, muitas
vezes, até o sustento, configura crime contra a
liberdade de trabalho”, disse o deputado. Com a
criminalização da conduta, ele espera inibir a
prática da paralisação patronal.
Tramitação
O PL 9723/18 tramita de forma conclusiva e será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

13/09/2018 -
Trabalhadores terão crédito mais barato a partir de
26 de setembro
Data marca o início das operações de empréstimo
consignado com uso do FGTS como garantia
Trabalhadores da iniciativa privada em dificuldades
para quitar dívidas, limpar o nome, fazer pequenas
reformas ou um novo investimento contarão até o fim
do mês com uma nova opção de crédito: o empréstimo
consignado com uso do FGTS como garantia. A Caixa
será o primeiro banco a operar a modalidade, que
entra em funcionamento em duas semanas, no dia 26 de
setembro. A nova linha de financiamento terá taxas
mais baratas e estará à disposição de 36,9 milhões
de trabalhadores com carteira assinada.
Para garantir que o crédito seja realmente acessível
aos trabalhadores, os juros não poderão ultrapassar
3,5% ao mês, percentual até 50% menor do que o de
outras operações de crédito disponíveis no mercado.
O prazo de pagamento será de até 48 meses, ou seja,
quatro anos. “Nosso objetivo é disponibilizar aos
trabalhadores uma linha de financiamento que seja
realmente viável tanto para tomar o dinheiro quanto
para pagar depois”, explica o ministro do Trabalho,
Caio Vieira de Mello.
Os valores emprestados dependerão do quanto os
trabalhadores têm depositado na conta vinculada do
FGTS. Pelas regras, eles podem dar como garantia até
10% do saldo da conta e a totalidade da multa em
caso de demissão sem justa causa, valores que podem
ser retidos pelo banco no momento em que o
trabalhador perder o vínculo com a empresa em que
estava quando fez o empréstimo consignado.
O uso de FGTS para crédito consignado foi aprovado
pelo Conselho Curador do FGTS, presidido pelo
Ministério do Trabalho, e está previsto na Lei
13.313/2016. Além de Caixa, outros bancos também
poderão disponibilizar a nova linha de crédito.
Basta seguirem as regras estabelecidas em lei.
Fonte: MTb

13/09/2018 -
Advogada Zilmara Alencar, do DIAP, sistematiza a
terceirização
Constitucionalizada em decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), a terceirização geral
(atividades-meio e fim) das empresas exige a
necessidade de ser compreendida a fundo. Isto porque
empresas estão a confundir terceirização com
pejotização, que são relações de trabalho distintas.
Com o objetivo de esclarecer o publico em geral e o
movimentos sindical, em particular, o escritório
Zilmara Alencar Consultoria Jurídica (ZAC) elaborou
a série ZAC “Brava gente brasileira”, que
disponibiliza material sistematizado sobre o tema.
O propósito do trabalho — segundo a advogada
trabalhista Zilmara Alencar, que é do corpo técnico
do DIAP — é para que o movimento sindical possa
“analisar e construir estratégias, com o objetivo de
evitar a precarização das relações de trabalho,
garantindo o seu equilíbrio, inclusive por
intermédio das entidades sindicais que podem
restringir e minimizar os efeitos prejudiciais da
terceirização.”
A série é composta de 5 edições sobre o tema, com o
propósito de aprofundar e tirar, na medida do
possível, todas as dúvidas relacionadas à questão
que está inserida em 2 leis ordinárias: uma
específica, que tratou da terceirização (Lei
13.429/17); e outra, a da Reforma Trabalhista, mais
abrangente que também incorporou o tema (Lei
13.467/17).
A
1ª edição da
série, “Afinal, o que é Terceirização?”,
explica os conceitos gerais de terceirização,
discorre sinteticamente sobre sua origem, aborda a
diferença entre terceirização e pejotização,
percorre brevemente como se dá a terceirização no
mundo e esclarece que a OIT (Organização
Internacional do Trabalho), “até o momento não
regulamentou nenhum documento, recomendação,
convenção e muito menos uma declaração que
estabeleça condições mínimas para os trabalhadores
terceirizados.”
Fonte: Diap

13/09/2018 -
Norma que prevê pagamento de salários após quinto
dia útil é inválida
Prevaleceu o entendimento de que a autonomia
coletiva não é absoluta.
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho considerou
inválida a norma coletiva firmada entre os
professores e uma instituição de ensino de Marília
(SP) que autorizava o pagamento de salários depois
do quinto dia útil. Prevaleceu, no julgamento, o
entendimento de que a autonomia da norma coletiva
não é absoluta e deve se submeter ao princípio da
reserva legal.
Convenção x acordo coletivo
O caso teve início numa reclamação trabalhista
proposta por um professor de Engenharia Civil da
Associação de Ensino de Marília Ltda. que pedia,
entre outras parcelas, o pagamento de multa por
atraso de salários, prevista na convenção coletiva
da categoria. Segundo ele, os pagamentos ocorriam
muitas vezes após o 10ª dia útil, enquanto a
convenção garantia o repasse no quinto dia útil.
O estabelecimento, em sua defesa, sustentou que um
acordo firmado diretamente com os professores
alterou a data limite de pagamento para até o dia 10
de cada mês, de forma a adequá-lo ao recebimento das
mensalidades dos alunos, com vencimento no dia 5.
Prazo máximo
Tanto o juízo do primeiro grau quanto o Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP)
consideraram inválida a alteração da data de
pagamento de salários e condenaram a associação ao
pagamento da multa. Segundo as decisões, o prazo
máximo a ser observado para cumprimento da obrigação
deve ser o de cinco dias, previsto no parágrafo
único do artigo 459 da CLT.
A Quinta Turma do TST, no exame de recurso de
revista do estabelecimento de ensino, excluiu da
condenação as multas decorrentes de atraso com base
no artigo 7º, inciso VI, da Constituição da
República. “Se o processo negocial pode atingir
questões basilares como salário e jornada, não há
razão para excluir-se desse diálogo temas que os
circunscrevem”, concluiu a Turma.
Reserva legal
No julgamento dos embargos do professor à SDI-1, o
relator, ministro Alberto Bresciani, observou que os
acordos e as convenções coletivas devem ser
prestigiados, pois fazem parte dos direitos
garantidos constitucionalmente aos trabalhadores.
Entretanto, assinalou que a autonomia das categorias
e a eficácia das normas coletivas não são absolutas.
“A instituição, em lei, de um limite máximo de
tolerância para o pagamento dos salários impede que,
em negociação coletiva, as partes avancem em campo
que o Poder Legislativo ocupou”, afirmou. O ministro
apontou ainda a prevalência das convenções
coletivas, firmadas entre sindicatos, em relação aos
acordos coletivos de trabalho.
Por maioria, a SDI-1 deu provimento aos embargos
para restabelecer a condenação ao pagamento da
multa. Ficaram vencidos os ministros Guilherme
Caputo Bastos, Breno Medeiros, Maria Cristina
Peduzzi e Brito Pereira. Processo: E-ED-RR-86400-85.2008.5.15.0101
Fonte: TST

13/09/2018 -
Condenação por jornada exaustiva dispensa provas de
prejuízo para empregado
Nessa situação, o dano é presumido.
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Companhia de Geração Térmica de Energia
Elétrica (RS) a pagar R$ 20 mil de indenização a um
eletricitário que cumpriu jornada exorbitante no
período em que trabalhou para a empresa. Segundo o
relator, ministro José Roberto Freire Pimenta, não
se tratava de mero cumprimento habitual de horas
extras, “mas de jornada exaustiva, indigna e
inconstitucional”, situação em que o dano é
presumido.
Abuso
Na reclamação trabalhista, o assistente técnico
sustentou que houve abuso de direito da empregadora,
“que, ao invés de contratar empregados para fazer
frente à falta de pessoal, optou por exceder
reiteradamente o limite da jornada”, em claro
prejuízo à saúde e ao lazer dele. O pedido, no
entanto, foi julgado improcedente pelo juízo da 1ª
Vara do Trabalho de Bagé. Embora registrando que o
empregado trabalhava habitualmente em turnos de 12
horas e em dias reservados para compensação e
descanso semanal remunerado, o juízo deferiu apenas
o pagamento do excesso de jornada como horas extras.
Provas de prejuízo
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
manteve a sentença, com o entendimento de que houve
descumprimento da legislação trabalhista, “mas não
ato ilícito, na acepção legal do termo". Para o TRT,
os prejuízos decorrentes do excesso de trabalho
deveriam necessariamente ser provados.
Confisco de tempo
No recurso revista, o eletricitário, já aposentado,
alegou que sempre foi submetido a jornada de
trabalho muito além dos limites previstos na
Constituição da República e nos acordos coletivos,
“como bem reconhece o julgado”.
No exame do caso, o ministro José Roberto Freire
Pimenta destacou que, de acordo com o entendimento
do TST, a submissão habitual dos trabalhadores a
jornada excessiva ocasiona dano existencial.
Conforme o ministro, esse tipo de dano implica
“confisco irreversível de tempo que poderia
legitimamente se destinar ao descanso, ao convívio
familiar, ao lazer, aos estudos, à reciclagem
profissional e a tantas outras situações, para não
falar em recomposição das forças físicas e mentais
naturalmente desgastadas por sua prestação de
trabalho”.
No caso, além de não haver controvérsia sobre a
jornada exorbitante indicada pelo trabalhador, ela
também ficou suficientemente registrada na decisão
do TRT. Por isso, o relator considerou que ficou
comprovado o abuso do poder diretivo do empregador.
Processo: RR-20509-83.2015.5.04.0811
Fonte: TST

12/09/2018 -
Ibope: sem Lula, Bolsonaro vai a 26%. Pesquisa ainda
não testou 'Haddad é Lula'
Candidato da extrema-direita aparece na
liderança, seguido por Ciro Gomes (PDT), Marina
Silva (Rede),
Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT)
Em nova pesquisa de intenção de votos para a
Presidência, divulgada na noite desta terça-feira
(11), o Ibope mostra Jair Bolsonaro (PSL) com 26%.
Ciro Gomes (PDT), com 11%, Marina (Rede), com 9%,
mesmo percentual de Geraldo Alckmin (PSDB), e
Fernando Haddad (PT), com 8%, estão tecnicamente
empatados. Álvaro Dias (Pode), João Amoêdo (Novo) e
Henrique Meirelles (MDB), vêm mais atrás, com 3%
cada. Por fim, pontuam Cabo Daciolo (Patri) e Vera
(PSTU), com 1%.
O cenário avaliou a temperatura política nacional de
sábado (8) até segunda (10). Alguns fatos políticos
marcaram a conjuntura desde a última pesquisa,
divulgada no dia 5: uma semana de propaganda
eleitoral em rádio e televisão, a rejeição
definitiva da candidatura de Luiz Inácio Lula da
Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o
atentado contra Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira
(6).
O ex-presidente Lula liderava, até então, todas as
pesquisas, apontando mesmo para uma possível vitória
no primeiro turno. Haddad foi oficializado ontem
para substituir como o candidato do PT.
A pesquisa mostra crescimento de Bolsonaro, que
aparecia com 22% na última pesquisa. Haddad tinha
6%. Ciro oscilou de 12% para 11%, Alckmin manteve os
9% e Marina sofreu a maior queda – no cenário
anterior, a candidata da Rede aparecia com 12%.
Brancos e nulos somam 19% do eleitorado e 7%
declararam não saber ou não responderam.
Bolsonaro segue com a maior rejeição: 41% do
eleitorado afirma que não votaria nele, seguido por
Marina, com 24%, Haddad, 23%, Alckmin, 19%, e Ciro,
17%.
Os cenários possíveis para o segundo turno divergem
da pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha, que
mostrava Bolsonaro derrotado contra todos os
candidatos. O Ibope já aponta o candidato do PSL
como vencedor em apenas um cenário, contra Haddad,
por 40% a 36%, também em situação de empate técnico,
dentro da margem de erro. Contra Ciro, perde de 40%
a 37%. Contra Alckmin e Marina, novos empates
técnicos, 38% a 37% e 38% a 38%, respectivamente.
Fonte: Rede Brasil Atual

12/09/2018 -
PT indica Haddad no lugar de Lula na disputa
presidencial
Manuela d'Ávila, do PCdoB, será vice na chapa
A Executiva Nacional do PT confirmou, no começo da
tarde desta terça-feira (11) em Curitiba, o nome de
Fernando Haddad, ex-ministro e ex-prefeito de São
Paulo, em substituição ao do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na disputa pela Presidência
este ano. Lula está detido na Superintendência da
Polícia Federal, na capital paranaense, desde abril,
após condenação em segunda instância pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do
triplex de Guarujá (SP). O ex-presidente teve o
registro de candidatura indeferido no início do mês
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A substituição foi definida por unanimidade em
reunião da cúpula do partido. O deputado José
Guimarães (PT-CE), que participou do encontro,
afirmou que a ex-deputada federal Manuela d'Ávila
(PCdoB) será confirmada como vice na chapa de
Haddad. Manuela desistiu de se candidatar à
Presidência após decisão do seu partido de apoiar o
PT.
O TSE determinou que o PT deveria anunciar até hoje
a substituição do nome de Lula na chapa
presidencial, sob risco de o partido não poder
lançar candidatura ao Palácio do Planalto.
Propaganda
A Justiça Eleitoral definiu também que o PT retire do
ar as inserções e programas eleitorais em que o
ex-presidente aparece como candidato. Se a medida
for descumprida, há o risco de a coligação ter a
propaganda suspensa pelos integrantes da Corte.
Fonte: Agência Brasil

12/09/2018 -
Dirigentes esperam Portaria que deve liberar imposto
sindical retido
Portaria que poderá desbloquear recursos da
contribuição sindical, retidos indevidamente no
Ministério do Trabalho, deve sair nesta quarta (12).
É a expectativa do sindicalismo, com base em
promessa feita por Temer e outros integrantes do seu
staff, durante reunião com dirigentes no final de
agosto.
Lourenço do Prado, dirigente nacional da UGT e
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec),
esteve no encontro. Ele disse à Agência Sindical que
a perspectiva é concreta. “Acredito que dessa vez a
quitação será feita e o governo deve publicar a
Portaria nos próximos dias", afirma.
Para o dirigente, o fato de ter sido um encontro com
altos integrantes do governo reforça a expectativa.
“Naquela reunião estavam o presidente da República,
o ministro do Trabalho Caio Vieira Mello, a
advogada-geral da União Grace Mendonça e também o
ministro da Fazenda Eduardo Guardia. Ao receber de
novo nosso pleito, Temer orientou que a demanda
fosse atendida”, conta Lourenço.
Além do dirigente da UGT, participaram do encontro o
presidente interino da Força Sindical Miguel Torres,
que preside a Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), e o portuário
Mário Teixeira, da CTB. A reunião retomou tratativas
que eram feitas até a Pasta do Trabalho ser
envolvida no imbróglio Cristiane Brasil e outros
escândalos.
Chamado de “buraco negro”, o volume de recursos
represados é ainda desconhecido, mas são verbas não
repassadas a entidades por oito anos. Ao que consta,
a liberação favoreceria Confederações, Federações,
Sindicatos e também Centrais.
Para o presidente interino da Força Sindical, Miguel
Torres, são reais as chances da liberação. “Além da
disposição demonstrada por Temer, a Advocacia-Geral
e o Ministério da Fazenda afirmaram ser favoráveis
ao desembaraço dos recursos das entidades”, relata.
Miguel destaca que os dirigentes não foram ao
governo tratar de novas formas de custeio. “O que
fizemos foi retomar tratativas interrompidas em
março. O que é nosso, comprovadamente, não pode
ficar retido”, diz.
Corte - Vale lembrar que a Lei 13.467 acaba
com a contribuição sindical compulsória, o que afeta
gravemente as finanças sindicais. Já o Sistema S -
controlado pelas federações patronais - foi mantido
intacto, e soma em torno de R$ 19 bilhões.
Fonte: Agência Sindical

12/09/2018 -
Indústria recua em oito dos 15 locais pesquisados
pelo IBGE em julho
A produção industrial recuou em oito dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de junho para julho deste ano. As
maiores quedas foram observadas em Goiás (2,1%),
Paraná (1,3%), São Paulo (1,1%) e Minas Gerais (1%).
Também tiveram quedas acima da média nacional
(0,2%), os estados do Mato Grosso (0,9%) e do Rio de
Janeiro (0,3%). Outros recuos foram observados no
Ceará e em Pernambuco, ambos de 0,2%.
Por outro lado, tiveram crescimento as produções do
Espírito Santo (5,8%), Rio Grande do Sul (4,6%),
Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%)
e Bahia (1%). A Região Nordeste que é avaliada em
conjunto teve uma alta de 0,5%.
Outras comparações
Na comparação com julho de 2017, a indústria cresceu
em 12 dos 15 locais, com destaque para o Rio Grande
do Sul (13,9%) e Pará (13,7%). Nos outros três
locais, a maior queda foi registrada em Goiás
(4,9%).
No acumulado do ano, houve alta em 11 dos 15 locais,
sendo a maior delas no Amazonas (14,1%). Dentre os
quatro locais em queda, se destacam Goiás (3,8%) e
Espírito Santo (3,7%).
Já no acumulado de 12 meses, houve taxas positivas
em 13 dos 15 locais, com destaque para o Amazonas
(11,3%) e o Pará (10%). Dois locais tiveram recuo na
produção: Espírito Santo (2,3%) e Minas Gerais
(0,8%).
Fonte: Agência Brasil

12/09/2018 -
Beto Richa é preso em Curitiba acusado de corrupção
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB),
candidato ao Senado, foi preso nesta terça-feira
(11), em Curitiba. Também foram presos Fernanda
Richa, esposa do tucano, e Deonilson Roldo, ex-chefe
de gabinete do ex-governador. As três prisões são
temporárias, com validade de cinco dias, e estão
relacionadas a investigações sobre o programa
Patrulha Rural.
Os mandados foram cumpridos pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A
casa onde o casal mora ainda é alvo de busca e
apreensão da nova etapa da Operação Lava Jato,
batizada de Piloto, deflagrada também nesta manhã.
Deonilson Rodo ainda é alvo de prisão da Polícia
Federal (PF) na 53ª fase da Lava Jato, que cumpre,
ao todo, 36 ordens judiciais no Paraná, na Bahia e
em São Paulo. A investigação apura o pagamento
milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor
de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, o
departamento de propina da empreiteira, para agentes
públicos e privados no Estado Paraná.
Segundo os delatores, a contrapartida era o
direcionamento do processo licitatório para
investimento na duplicação, manutenção e operação da
rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria
público-privada. Pesam contra os acusados as
suspeitas de terem cometido os crimes de corrupção
ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de
dinheiro.
Fonte: Poder360

12/09/2018 -
Ibope: 23% votam com certeza em Haddad e 15% podem
votar
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 11,
mostra que continua grande o potencial de
transferência de votos do ex-presidente Lula para
Fernando Haddad, seu substituto como candidato a
presidente pelo PT.
Segundo Ibope, o percentual de eleitores que
disseram que votariam “com certeza” em Fernando
Haddad subiu de 22% para 23% em relação à última
pesquisa. Já os que admitiram que poderiam votar no
ex-prefeito somaram 15%, uma redução de dois pontos
percentuais.
Ao todo, segundo o Ibope, Haddad apresenta potencial
de chegar 38% da preferência dos eleitores. Na
pesquisa Datafolha, divulgada nessa segunda-feira,
este percentual é de 49%.
No Nordeste, Haddad tem alto potencial de
crescimento, onde 38% do eleitorado declara intenção
de votar nele “com certeza” quando é citado como o
candidato de Lula.
Na modalidade estimulada da pesquisa Ibope, Jair
Bolsonaro lidera com 26%, seguido por Ciro Gomes
(PDT), com 11%; Marina Silva (Rede) e Geraldo
Alckmin (PSDB) com 9% e Fernando Haddad (PT) com 8%.
Alvaro Dias (Podemos) tem 3%; João Amoêdo (Novo),
3%; Henrique Meirelles (MDB), 3%; Vera (PSTU), 1%;
Cabo Daciolo (Patriota), 1%; Guilherme Boulos (PSOL),
0%; João Goulart Filho (PPL), 0% e Eymael (DC), 0%.
Votos brancos e nulos chegam a 19% e indecisos, 7%.
A pesquisa ouviu 2.002 eleitores entre sábado (8) e
segunda-feira (10). A margem de erro é de dois
pontos para mais ou para menos.
Fonte: Brasil247

12/09/2018 -
Valor disponível para Abono 2016 chega R$ 1,44
bilhão
Benefício ainda não foi retirado por cerca de 2
milhões de pessoas
Trabalhadores brasileiros com direito ao Abono
Salarial ano-base 2016 têm até 28 de dezembro para
procurar uma agência bancária e sacar o benefício.
Há ainda R$ 1,44 bilhão disponível para quase 2
milhões de trabalhadores, o que corresponde a 7,97%
do total de pessoas com direito ao recurso (veja
tabela abaixo). Inicialmente, o prazo limite era 29
de junho, mas a prorrogação foi autorizada em 11 de
julho, após resolução do Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
Tem direito ao abono salarial ano-base 2016 quem
estava inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco
anos, trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias
em 2016 com remuneração mensal média de até dois
salários mínimos e teve seus dados informados
corretamente pelo empregador na Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS).
A quantia a que cada trabalhador tem direito depende
do tempo em que ele trabalhou formalmente em 2016.
Quem esteve empregado o ano todo recebe o valor
cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954).
Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor
mínimo, que é de 1/12, e assim sucessivamente.
Trabalhadores da iniciativa privada devem procurar a
Caixa Econômica Federal. A consulta pode ser feita
pessoalmente, pela internet ou pelo telefone
0800-726 02 07. Para servidores públicos, a
referência é o Banco do Brasil, que também fornece
informações pessoalmente, pela internet ou pelo
telefone 0800-729 00 01.
Fonte: MTb

12/09/2018 -
Senador propõe maior controle para gestantes que
trabalham em condição de insalubridade
Gestantes só poderão trabalhar em condição mínima ou
média de insalubridade com a apresentação de
atestado médico e a aprovação do sindicato
representativo da categoria, propõe o senador Pedro
Chaves (PRB-MS) no PLS 373/2018. O senador considera
o texto da reforma trabalhista (PLC 38/2017)
aprovada no ano passado muito permissivo, o que pode
levar a abusos de empregadores de má-fé.
Fonte: Agência Senado

12/09/2018 -
Após laudo de invalidez, segurado tem um ano para
pedir indenização, diz TJ-MS
Comprovada a invalidez por doença, o segurado tem
até um ano para solicitar indenização junto à
seguradora. Esse foi o entendimento da 4ª Câmara
Cível do Mato Grosso do Sul ao manter decisão que
negou indenização sob argumento de prescrição do
prazo para o pedido.
Em 2012, o autor da ação foi diagnosticado com
aneurisma dissecante de aorta torácica, somando a
aneurisma de aorta abdominal. Ele passou por
cirurgia para correção endovascular e, ao final do
tratamento, foi emitido laudo médico afirmando que
naquele momento teria apresentado invalidez de
natureza definitiva, o que o fez solicitar a
indenização junto à seguradora.
A empresa, defendida pelo advogado Thiago Kastner,
do escritório Jacó Coelho Advogados, enfatizou que o
requerente buscou ser indenizado fora do período
previsto e, por isso, não tem direito ao benefício.
O pedido foi feito em 2015.
“Foi realizada perícia médica e comprovado que a
invalidez é resultado do primeiro procedimento
cirúrgico, realizado em 2012, e não ao final do
tratamento. Ou seja, ele teria até 2013 para
solicitar a indenização. Portanto, considerando a
firmação de um perito oficial, especializado em sua
área de atuação, com capacidade técnica para apurar
o momento exato da ciência inequívoca da patologia,
resta veementemente prescrita a respectiva demanda”,
ressaltou Kastner na ação.
O relator do caso no TJ-MS, desembargador Odemilson
Roberto Castro Fassa, validou a tese da defesa
seguido por unanimidade pelos demais membros do
colegiado ao rejeitar os embargos de declaração do
segurado. O magistrado ressaltou que ao analisar os
documentos juntados no processo, é possível concluir
que a invalidez foi declarada em 2012 e não em 2015
como argumentava o autor.
“Assim, considerando o prazo de um ano para o
ajuizamento da ação de cobrança, o autor poderia ter
ajuizado a ação até 11 de julho de 2013, entretanto,
a ação foi interposta apenas em 10 de junho de
2015", afirmou o relator. "Na verdade, o embargante
visa à rediscussão da matéria, o que, como se sabe,
é inadmissível em sede de embargos de declaração”,
concluiu. Processo 0801144-29.2015.8.12.0005/50000
Fonte: Consultor Jurídico

12/09/2018 -
Fiscalização autua Santander em R$ 5,3 milhões por
descumprir leis trabalhistas
Banco recebeu 1.369 autos de infração por
submeter funcionários a metas abusivas e jornada
excessiva de trabalho
O Ministério do Trabalho aplicou 1.369 autos de
infração com multa estimada no valor de R$ 5,3
milhões ao Banco Santander em Minas Gerais por
desrespeito à legislação trabalhista. A fiscalização
inspecionou 51 agências em Belo Horizonte e duas na
região metropolitana entre março e agosto.
Os fiscais concluíram que o banco cobrava metas
abusivas, com a exposição de resultados por meio de
rankings, murais nas agências, reuniões, mensagens,
prorrogava com frequência a jornada de trabalho de
seis horas sem remuneração aos funcionários, o que
configura assédio moral e causa adoecimento dos
trabalhadores.
“Num total de 81 entrevistas realizadas com
trabalhadores, 70% deles relataram sofrer ameaça de
demissão por não cumprimento de metas, 66%
consideram a meta cobrada excessiva e mais de 45%
não conseguem atender as metas habitualmente”, disse
a auditora-fiscal Odete Reis, que participou da
operação da equipe do Projeto Intervenções em Bancos
e Teleatendimento da Superintendência Regional do
Trabalho de Minas Gerais.
Segundo a auditora, o banco não levava em conta na
sua política de produtividade os riscos à saúde dos
trabalhadores e não adotava medidas para seu
controle, eliminação ou minimização. Com isso, os
trabalhadores estavam expostos a situações que
poderiam provocar o surgimento de doenças físicas e
psicossociais.
Falhas
Uma das autuações aplicadas ao banco foi por falta de
preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho
(CAT), documento obrigatório em caso de ocorrência
de doenças relacionadas ao trabalho. Segundo a
auditora Odete Reis, a fiscalização teve acesso
somente aos afastamentos com emissão de CAT – a
empresa se negou a apresentar os dados completos de
afastamentos.
Outra autuação foi por conta da jornada de trabalho
estendida sem pagamento de horas extras.
“Verificamos que o banco não remunera o trabalho
excedente às seis horas laboradas como
extraordinárias para os ocupantes dos cargos de
gerente de relacionamento ou dos ocupantes dos
cargos de assistente comercial e coordenador de
atendimento”, afirmou.
A auditoria verificou que o controle de jornada
adotado nas agências fiscalizadas também não obedece
aos requisitos legais, uma vez que é utilizado
“sistema alternativo eletrônico de jornada de
trabalho”, que não tinha a chancela do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo
Horizonte e Região nem atendia as normas legais
estabelecidas de controle de ponto.
Foi encontrado também falhas no banco de horas. O
Santander implantou um sistema que expõe os
trabalhadores a jornadas exaustivas de até dez horas
diárias, segundo a fiscalização. “A Lei 13.467 e a
Constituição Federal, no seu artigo sétimo, inciso
XIII, deixa claro que toda compensação de horários e
redução de jornada só pode vigorar mediante acordo
ou convenção coletiva”, explica a auditora.
“Transformar a jornada de trabalho do bancário em
oito horas e aumentá-la para dez através de um banco
de horas implantado contraria a Constituição
Federal. Além de ser uma grave lesão aos direitos
dos trabalhadores, representa também um grave risco
à sua integridade física e psíquica”, disse Odete
Reis.
Fonte: MTb

11/09/2018 -
Sindicalistas planejam plenária ampla de apoio a
Ciro Gomes
Cresce o apoio sindical a Ciro Gomes (PDT) na reta
final da campanha. Dirigentes e simpatizantes, que
se reuniram em São Paulo nesta segunda (10), querem
realizar plenária ampla nos próximos 15 dias, com a
presença do candidato pedetista.
O local indicado para a plenária unitária, com
dirigentes e ativistas de diversas categorias
profissionais, é o Sindicato dos Metalúrgicos, na
zona central de SP. A expectativa é de que, na data,
Ciro Gomes também visite uma grande fábrica na
capital.
Em encontros sindicais e entrevistas à grande mídia,
Ciro tem prometido rever a lei trabalhista,
qualificada por ele de “selvageria contra os
trabalhadores”. Essa posição ele reafirmou em debate
com industriais da CNI, em Brasília.
Presentes - O encontro desta segunda, em São
Paulo, contou com sindicalistas de entidades ligadas
às Centrais Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central.
O PDT estruturou movimento trabalhista próprio,
presidido por Milton Cavalo, dirigente metalúrgico
de Osasco. Ao Senado concorre Antonio Neto,
presidente licenciado da Central de Sindicatos
Brasileiros (CSB).
Fonte: Agência Sindical

11/09/2018 -
Datafolha: Bolsonaro lidera em cenário sem Lula, mas
perde de todos concorrentes em segundo turno
Candidato de extrema-direita perde para Ciro
Gomes (PDT), Alckmin (PSDB), Marina (Rede) e
Fernando Haddad (PT)
em possíveis encontros diretos. Rejeição cresceu
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na
noite de hoje (10), é a primeira após o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) rejeitar a candidatura do
líder de todas as pesquisas, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Também foi a primeira
após a facada contra o então segundo lugar, deputado
Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar de
extrema-direita lidera com 24% das intenções de
voto.
Atrás de Bolsonaro, aparece o candidato do PDT, Ciro
Gomes, com 13% das intenções de voto, seguido por
Marina Silva (Rede), com 11%, Geraldo Alckmin
(PSDB), 10%. Fernando Haddad (PT), com 9% – ainda
não ratificado como substituto de Lula, o petista
foi quem mais cresceu, pois tinha 4% na pesquisa de
20 de agosto. Ciro subiu três pontos, Marina caiu
cinco e Alckmin ficou estável.
Álvaro Dias (Pode), João Amoedo (Novo) e Henrique
Meirelles (MDB), estão com 3%. Guilherme Boulos (Psol),
Vera (PSTU) e Cabo Daciolo (Patri), fecham o ranking
dos candidatos que pontuam, com 1% cada. A margem de
erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
Comparando com o cenário da última pesquisa,
Bolsonaro oscilou de 22% para 24%, um crescimento
discreto, mesmo após sofrer o atentado em Juiz de
Fora (MG) na sexta-feira (7). Um possível teto de
eleitores do parlamentar, defensor de ideias de
ódio, é expresso pela alta rejeição. Bolsonaro é o
candidato com maior reprovação dentro de todo o
cenário. Dos entrevistados, 43% não votariam nunca
no carioca (eram 39%).
A rejeição de Bolsonaro é mais forte entre mulheres
(49%), entre os jovens (55%), entre aqueles que
possuem ensino superior completo (48%) e os
nordestinos (51%). Tal rejeição ampla é expressa nos
cenários de segundo turno, em que Bolsonaro sai
perdedor em todos os casos. Contra Marina, 43% a
37%; contra Ciro, 45% a 35%; contra Haddad, 39% a
38%; contra Alckmin, 43% a 34%.
Em outros cenários possíveis para o segundo turno,
Ciro ganha de Alckmin de 39% a 35%; Marina ganha de
Alckmin de 38% a 37%; Alckmin ganha de Haddad de 43%
a 29%; Ciro ganha de Marina de 41% a 35%; Marina
ganha de Haddad de 42% a 31%.
Fonte: Rede Brasil Atual

11/09/2018 -
Reforma da Previdência em 2018 é novo golpe contra
trabalhador
Em entrevista nesta segunda-feira (10) ao Valor
Econômico o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia,
declarou que sem a reforma da Previdência "não tem
conversa". Segundo o ministro, a articulação no
Congresso está avançada para aprovar a reforma até
novembro. Dirigentes da Força Sindical e CTB
criticaram a posição do governo federal e afirmam
que a reforma é "golpe" contra o direito da
população à aposentadoria.
"O que Guardia chama de ‘gesto de grandeza de Temer'
eu chamo de golpe contra o direito a aposentadoria
do nosso povo. Após tantos retrocessos, a sanha dos
golpistas miram um direito elementar para a
sobrevivência dos trabalharam ao longo de toda uma
vida", afirmou Adilson Araújo, presidente da Central
de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em
matéria no portal CTB.
Em entrevista ao Portal Vermelho, João Carlos
Gonçalves, o Juruna, afirmou que uma reforma da
previdência neste ano compromete a decisão do voto.
"É um erro grave e parece ser um golpe contra os
trabalhadores. Acredito que a decisão eleitoral
implica em posicionamento em torno do programa da
Previdência e de propostas que os candidatos façam à
Previdência, então querer dizer que vai ter reforma
ainda este ano é exagero e comprometer a decisão do
voto".
Adilson reiterou que a reforma da previdência
defendida pelo governo Temer vai resultar em colapso
financeiro em mais de 4 mil municípios. "Reformar a
Previdência é sentenciar à morte milhões e enterrar
ainda mais o Brasil na crise política e econômica".
Segundo o sindicalista "as eleições 2018 tornam-se
fundamentais para reverter as reformas já
realizadas, barrar mais essa agenda e proteger o
maior programa de distribuição de renda na América
Latina: a Previdência Social".
Juruna enfatizou que as centrais sindicais devem
debater a reforma. "Para que no momento exato as
centrais possam reagir diante da população em torno
do voto e de futuras mobilizações".
Fonte: Portal Vermelho

11/09/2018 -
Terceirização não libera “pejotização”, diz
procurador
A terceirização de todas as atividades de uma
empresa, a qual foi considerada constitucional pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) na última
quinta-feira (30), não permite a contratação de
empregados diretamente subordinados como Pessoa
Jurídica (PJ) ou que empresas sejam abertas apenas
para intermediar mão de obra. O alerta é do
procurador Murilo Muniz, do Ministério Público do
Trabalho (MPT), que acompanhou as sessões do
supremo. “[A terceirização] não autoriza fraude”,
disse à Agência Brasil.
Muniz explicou que a intermediação de mão de obra é
vedada por ser considerada “comércio de pessoas” e
fere, portanto, os princípios internacionais do
direito do trabalho. “É justamente essa hipótese de
colocar um mero intermediário com a finalidade de
precarizar direitos, isso continua proibido”,
destacou. O MPT tinha posição contrária à liberação
para atividade-fim, pois entende que, na prática,
ela se confunde com essa intermediação.
Para o procurador, a “pejotização”, como é conhecida
a prática de contratação de um funcionário via PJ,
facilitada por meio do registro de Microempreendedor
Individual (MEI), também deve ser combatida.
“Qualquer que seja a roupagem formal da relação, se
tiverem presentes os requisitos dos artigos 2 e 3 da
CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] ou tiver
expediente para fraudar ou precarizar direitos, a
liberação da terceirização pelo Supremo não afasta a
possibilidade de se combater a fraude e, se tiver
subordinação e pessoalidade, se declarar o vínculo
empregatício”.
O sociólogo do trabalho Ruy Braga, professor da
Universidade de São Paulo (USP), é mais pessimista
quanto aos limites da terceirização irrestrita.
“Potencialmente ela, agora, atinge a todos, tanto
setor privado quanto público, e consequentemente, o
que nós prevemos é uma alteração da estrutura do
mercado de trabalho no país com substituição
progressiva, porém certeira, de trabalho diretamente
contratado por trabalho terceirizado”, destacou. Ele
estima que a proporção entre trabalho diretamente
contratado e terceirizado, que hoje é de 75% e 25%,
deve se inverter em cerca de 5 anos.
Braga é crítico à mudança pelas características do
trabalho terceirizado verificadas atualmente. “É um
tipo de trabalho muito conhecido pela literatura
especializada, que tende a ser fatalmente pior
remunerado, submetido a jornadas mais longas e tende
a afastar o trabalhador de certos direitos ou
benefícios [como férias e décimo terceiro salário]”,
justificou. Ele avalia que poucas categorias
conseguiram resistir às mudanças decorrente da
terceirização. “Por enquanto estamos falando do
subemprego como informalidade, mas logo teremos o
aumento do subemprego como trabalho terceirizado e
precário”, disse.
Sindicatos
Para Ivo Dall'Acqua, vice-presidente da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de
São Paulo (FecomercioSP), a liberação da
terceirização é positiva, pois põe fim à incerteza
jurídica em torno do tema. Ele avalia que não é
possível estimar aumento na oferta de vagas de
emprego. “A gente precisa de um pequeno ciclo de
memória para poder medir os efeitos, mas o ambiente
que se criou é que é muito interessante”, disse. Ele
acredita que a medida deve aumentar a formalidade no
mercado de trabalho.
Graça Costa, secretária nacional de Relações do
Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
avalia que a liberação da terceirização trará
impactos negativos para a economia. “Se vamos ter
redução de pelo menos 25% da massa salarial dos
trabalhadores, pois fizemos um estudo que mostrou
que terceirizados ganham pelo menos salários 25%
menores em relação aos diretamente contratados. Se
vamos ter terceirização generalizada, vamos ter, no
mínimo, 25% de rebaixamento da massa salarial, isso
vai ter impacto na economia do país”, disse. Ela
destacou também impactos na Previdência Social, pela
diminuição da arrecadação.
Um estudo divulgado em 2014 pela CUT e pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), apontou que os
trabalhadores terceirizados, que somavam cerca de
12,7 milhões de indivíduos (6,8%) do mercado de
trabalho em 2013, recebiam, em dezembro daquele ano,
24,7% a menos do que os que tinham contratos diretos
com as empresas, tinham uma jornada semanal de três
horas a mais e estavam mais suscetíveis a acidentes
de trabalho.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
comemorou a decisão do STF, pois, na avaliação da
entidade, “reconheceu como lícita esta forma moderna
de contratação, que já é utilizada no resto do mundo
como um modelo de negócio e uma alternativa de
organização de empresas que buscam por
especialização de serviços”.
A Força Sindical, por sua vez, qualificou a
liberação da terceirização como “lamentável e
nefasta”. “Ao acabar com os direitos pactuados,
regidos por uma convenção coletiva em cada atividade
profissional, ela cria trabalhadores de segunda
categoria, sem o amparo de uma legislação
específica”, disse em nota a central sindical. Para
a entidade, a terceirização irrestrita impede que
trabalhadores acessem direitos como participação nos
lucros ou resultados, vale-transporte e
vale-alimentação.
Fonte: Agência Brasil

11/09/2018 -
Trabalhadores do serviço público entram no STF
contra calote de Temer
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
(CSPB) protocolou Ação Direta de
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
contra a medida provisória (MP 849/18), que adia
para 2020 o reajuste do funcionalismo federal,
previsto em lei para o ano que vem.
Depois de idas e vindas, por pressão do “mercado”, o
presidente editou a MP que foi publicada no sábado,
dia 1º, em edição extra do Diário Oficial da União.
Segundo o texto da ação, a medida provisória “está
eivada de nítida inconstitucionalidade, já
reconhecida expressamente em decisão proferida pelo
ministro Ricardo Lewandowski na ADI n. 5.809/DF”. A
entidade lembra que, no ano passado, o ministro
concedeu liminar suspendendo o adiamento do reajuste
de 2018 para 2019.
A iniciativa da CSPB faz parte da ofensiva da
categoria, que decidiu se mobilizar em várias
frentes para impedir o calote de Temer nos salários.
Além de entrar na Justiça – a Associação Nacional
dos Médicos Peritos da Previdência Social e a União
Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de
Finanças e Controle também acionaram o STF – estão
sendo preparadas manifestações e não estão
descartadas paralisações.
“O governo acabou. Temer está perdido, sem moral pra
fazer qualquer coisa”, reagiu o secretário-geral da
CSPB e Secretário Nacional do Plano dos Servidores
Públicos da Nova Central, Lineu Neves Mazano. Em
entrevista à Agência Sindical, logo após a decisão
do governo, ele destacou que o funcionalismo não
ficaria parado ante o ataque à lei.
Em outra frente, os servidores já iniciaram o corpo
a corpo com parlamentares para convencê-los a não
apoiar a MP. “Vai ser uma batalha para impedir que a
MP seja aprovada no Congresso Nacional, mas vamos
fazer pressão, muita pressão”, afirma Lineu.
Para o presidente da Confederação, João Domingos
Gomes dos Santos, o governo “age
inescrupulosamente”. “Em vários itens ele poderia
cortar despesas, principalmente, no escandaloso
pagamento do serviço da dívida, cujos juros engordam
os bolsos de banqueiros e consome mais de 50% do
orçamento. Essa ilegalidade terá pronta resistência
da CSPB”, diz.
A Adin da entidade conta com apoio do Fórum Nacional
Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Outras associações representativas do setor, como
Polícia Federal (ADPF), Receita Federal (Anfip) e
servidores do Ipea (Afipea), também preparam ações
na Justiça.
Fonte: Portal Vermelho

11/09/2018 -
Pochmann: Brasil não está nas cordas por causa das
reservas dos governos do PT
O economista Márcio Pochmann afirmou que "a
construção das reservas externas pelos governos do
PT evitam de o Brasil estar nas cordas, como
atualmente na Argentina, não mais dependendo do FMI,
como em 2002".
"Mesmo assim, o Banco Mundial insiste nas teses
contra o Estado, em defesa da privatização do
Sistema Único de Saúde", disse ele no Twitter.
De acordo com o estudioso, o "programa Lula de
Governo tem, a partir de 2019, melhores condições de
retirar a economia da armadilha recessiva, com
estabilidade monetária e arranjo das finanças
públicas, do que o realizado em 2003, com elevação
da renda disponível ao consumo e financiamento dos
investimentos".
Pochmann também afirmou ser "hora de virar a página
do desgoverno Temer, que derrubou o investimento em
infraestrutura, manteve desânimo econômico e
desemprego massivo". "O Brasil volta a crescer, com
pleno emprego e melhora na vida do povo, mudando o
comando pelo voto no programa desenvolvimentista de
Lula".
Fonte: Brasil247

11/09/2018 -
Custo de vida diminui 0,09% em São Paulo
O índice que estima o custo de vida no município de
São Paulo recuou 0,09% em agosto, na comparação com
julho, segundo cálculo do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No acumulado de setembro de 2017 a agosto deste ano,
a taxa foi de 4,16%. Nos oito primeiros meses do
ano, o índice foi de 2,60%.
Na comparação por renda, o estrato 1, que engloba as
famílias de menor renda, foi de -0,04%. Para o
estrato 2, a taxa foi de -0,09%. O estrato 3, das
famílias com maior renda, o índice ficou em -0,10%.
Nos oito meses de 2018, a variação foi de 2,72% para
as famílias pertencentes ao estrato 1, de 2,52% para
as do estrato 2 e de 2,62% para as do estrato 3.
Fonte: Agência Brasil

11/09/2018 -
Sindicato não pode acionar empresa para cobrar
contribuição
O sindicato tem legitimidade para postular a
contribuição sindical. No entanto, essa ação não
pode ser contra a empresa, e sim contra os
empregados. Isso porque a medida afeta diretamente
um direito do empregado, devendo ser garantido a ele
o exercício da legítima defesa.
Com esse fundamento, a 5ª Câmara do Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) reformou
decisão que havia obrigado uma indústria a descontar
a contribuição sindical. Como a corte reconheceu a
ilegitimidade da indústria em figurar como réu, a
ação foi extinta sem julgamento do mérito.
O caso começou quando o Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção e Mobiliário de
Blumenau ajuizou ação, em fevereiro deste ano,
pretendendo que a empresa promovesse o desconto e o
recolhimento da contribuição sindical, equivalente a
um dia de trabalho por ano, conforme previa a CLT
antes das mudanças trazidas pela Lei 13.467/2017
(Reforma Trabalhista).
O argumento era de que os novos dispositivos da lei
seriam inconstitucionais, uma vez que a contribuição
sindical seria um tributo e como tal não poderia ter
sido modificada por lei ordinária — tese derrubada
em julgamento recente do Supremo Tribunal Federal.
Na defesa, a empresa alegou que não poderia ser
incluída no processo, destacando que a contribuição
sindical passou a ter caráter facultativo após a
entrada em vigor da nova legislação, que ainda
condicionou o desconto à autorização prévia e
expressa do trabalhador. No entanto, ao julgar o
caso, o juiz Reinaldo Branco de Moraes, da Vara do
Trabalho de Indaial, concordou à época com a tese do
sindicato e acolheu o pedido, determinando que a
empresa realizasse o desconto.
Ao recorrer da sentença, a empresa contestou mais
uma vez a legitimidade do sindicato para propor
ação, reiterando também que não deveria estar no
polo passivo da demanda, ou seja, como réu, pois é
“mera repassadora” da contribuição sindical. A
desembargadora Gisele Pereira Alexandrino, relatora
do recurso, não teve dúvida sobre a legitimidade do
sindicato, porém concordou com a empresa quanto a
sua ilegitimidade para figurar no polo passivo.
Para desembargadora, a obrigação imposta à ré — que
é apenas de repasse — afeta direitos de terceiros,
ou seja, dos empregados da empresa, que teriam os
valores descontados de seus salários sem que fosse
garantido a eles o direito de defesa.
"Os legitimados para figurar no polo passivo da
demanda na qual o Sindicato da categoria
profissional pleiteia a realização dos descontos da
contribuição sindical independentemente da
autorização prévia dos empregados, são os próprios
empregados, e não a empregadora. Isso porque a
obrigação eventualmente a essa imposta — que é
apenas de repasse — implicaria a afetação de
direitos de terceiros, sem que lhes fosse assegurado
o amplo direito de defesa", registrou a relatora no
acórdão. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TRT-12.
0000096-28.2018.5.12.0033
Fonte: Consultor Jurídico

11/09/2018 -
Armazenamento de inflamáveis gera adicional de
periculosidade a industriário
A norma vigente não limita quantidade mínima de
inflamáveis
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Pirelli Pneus Ltda. a pagar o adicional
de periculosidade a um industriário que trabalhava
em área de risco em razão do armazenamento de
produtos inflamáveis. Segundo a decisão, o adicional
é devido independentemente da quantidade de produto
armazenada.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
havia isentado a empresa do pagamento da parcela por
considerar que os produtos armazenados não superavam
os 200 litros estabelecidos na Norma Regulamentadora
16 do Ministério do Trabalho. O TRT levou em conta
ainda a conclusão do perito de que as atividades do
industriário não se enquadravam como perigosas de
acordo com o Anexo 2 da NR 16.
Quantidade mínima
O empregado recorreu ao TST sustentando que a norma
não limita a quantidade de inflamáveis para
caracterizar o local como de área de risco. A
relatora do recurso de revista, ministra Maria
Helena Mallmann, observou que o TST entende que é
devido o pagamento do adicional ao empregado que
trabalha em área de risco em que há armazenamento de
inflamáveis. “O limite mínimo de 200 litros
estabelecidos no Anexo 2 da NR-16 refere-se apenas
ao transporte de inflamáveis”, explicou.
Condenação
Por unanimidade, a Turma condenou a Pirelli ao
pagamento do adicional de periculosidade por todo o
período em que o industriário trabalhou exposto aos
agentes infamáveis e sua repercussão nas demais
parcelas.
Processo: RR-551-76.2013.5.04.0231
Fonte: TST

10/09/2018 -
Sem Lula, Haddad vai a 14%; Bolsonaro tem 20% mas
rejeição chega a 62%
A exatamente um mês das eleições nova pesquisa XP/Ipespe,
realizada entre 3 e 5 de setembro, mostra o
ex-prefeito Fernando Haddad (PT) com 14% das
intenções de votos quando identificado como o
candidato apoiado por Lula. Jair Bolsonaro (PSL)
assume a dianteira com 20%, Ciro Gomes (PDT) vem em
seguida com 10%, e Marina Silva (Rede) e Geraldo
Alckmin (PSDB) empatam com 8%. A rejeição a
Bolsonaro, medida pelo levantamento, chega a 62%, um
recorde.
Realizada antes do ataque ao candidato do PSL e
cinco dias após o início da propaganda eleitoral, a
pesquisa ouviu 2.000 entrevistados e tem margem de
erro de 2,2 pontos percentuais.
Quando o levantamento pergunta sobre um cenário em
que o ex-presidente Lula (PT) figura na disputa, ele
mantém a liderança, com com 33% das intenções de
voto, contra 22% de Bolsonaro, 8% de Ciro, 7% de
Alckmin e 6% de Marina.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre
os candidatos em que não votariam sob nenhuma
hipótese. Bolsonaro e Marina figuram em primeiro
lugar na rejeição, com 62%. Lula possui 61%, Alckmin
e Ciro 59% e Haddad 57%.
Quatro a cada cinco eleitores, 79% do total,
disseram ter sido impactados pela propaganda na
televisão, no qual Alckmin possui 40% do tempo.
Fonte: Portal Vermelho

10/09/2018 -
Após facada, Jair Bolsonaro vai a 30%; Haddad tem
8%, diz BTG Pactual
Alckmin fica estacionado em 8% - Ciro Gomes está em
2º com 12%
A 1ª pesquisa realizada inteiramente após o atentado
sofrido na última 5ª feira pelo candidato do PSL a
presidente, Jair Bolsonaro, indica que ele chegou a
30% das intenções de voto. O levantamento foi
realizado pela FSB Pesquisa, que foi contratada pelo
banco de investimentos BTG Pactual.
O estudo teve 2.000 entrevistas em todo o país, nos
dia 8 e 9 de setembro (sábado e domingo). A margem
de erro é de 2 pontos percentuais. O registro no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-01522/2018.
Em 2º lugar aparece Ciro Gomes (PDT), com 12% —que
na realidade está empatado tecnicamente na margem de
erro com os 3 candidatos que vêm a seguir, todos com
8%: Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e
Fernando Haddad (PT).
Fonte: Poder360

10/09/2018 -
Lei Maria da Penha é um avanço que precisa ser mais
bem implementado, aponta debate
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) trouxe
avanços em relação ao combate à violência contra
mulheres. Porém, ainda faltam políticas públicas
para que o dispositivo seja implementado de forma
efetiva no país. Essa foi a avaliação dos convidados
da audiência pública realizada na quinta-feira (6)
na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a reunião
teve como objetivo debater os 12 anos de vigência da
referida legislação.
— Sem dúvida, a Lei Maria da Penha é de extrema
importância. Se com a lei acontecem essas agressões,
imagina se ela não existisse — disse Paim.
A defensora pública federal Patrícia Ubal Przybylski
disse não ter dúvidas em relação à efetividade da
lei, mas ressaltou que é preciso avançar. Para ela,
há aspectos fundamentais que precisam ser
trabalhados.
— Muitas mulheres cometem crimes e são condenadas
por sofrer violência psicológica, que é o discurso
de menos valia, silencioso, que mina a autoestima da
mulher. Outro aspecto é o papel da mídia na
cobertura de crimes. A gente espera que os veículos
de comunicação sejam aliados à causa e não cometam
sensacionalismo. Por último, os agressores precisam
de uma Justiça restaurativa, com uma pena com
caráter pedagógico — apontou.
A secretária de Políticas para as Mulheres do
Ministério dos Direitos Humanos, Andreza Colatto,
lembrou da importância do Ligue 180, o
disque-denúncia para mulher em situação de
violência. Segundo ela, o canal de atendimento está
sendo incorporado a uma rede de apoio às mulheres
que denunciam seus agressores.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado

10/09/2018 -
Ministro do TSE proíbe PT de apresentar Lula como
candidato
O ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçou, neste
domingo (9), a proibição do uso do nome de Luiz
Inácio Lula da Silva como candidato ao cargo de
presidente da República.
Segundo o magistrado, se a coligação "O povo feliz
de novo" - que reúne PT, PCdoB e Pros - insistir na
veiculação de propagandas com o ex-presidente
encabeçando a chapa pode ter o tempo no rádio e na
televisão suspensos.
“Determino à Coligação “O Povo Feliz de Novo” e a
Luiz Inácio Lula da Silva que se abstenham, em
qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral, de
apresentar Luiz Inácio Lula da Silva como candidato
ao cargo de Presidente da República e apoiá-lo na
condição de candidato, sob pena de, em caso de novo
descumprimento, ser suspensa a propaganda eleitoral
da coligação no rádio e na televisão”, decidiu.
Segundo o ministro, a decisão pode ser implementada,
a partir de agora, diretamente por juízes
auxiliares.
Decisão foi uma resposta ao Ministério Público
Eleitoral
A determinação de Barroso foi uma resposta ao
Ministério Público Eleitoral que acusou o PT de
descumprir a decisão proferida pelo TSE no último
dia 31, quando a Corte negou o pedido de registro de
candidatura de Lula.
Nos dias seguintes, ainda foram veiculadas
propagandas com a formação original da chapa.
A área jurídica do PT, responsável pela campanha,
negou que tenha sido uma afronta à Justiça
eleitoral.
Na última quarta-feira (5), o advogado Eugênio
Aragão explicou que as mídias foram refeitas, mas
que não foi possível trocar em todas as emissoras em
tempo hábil.
Segundo ele, a legenda foi notificada quanto ao
problema, mas não recebeu qualquer multa.
O partido ainda não foi oficialmente informado sobre
a decisão de Barroso e não se pronunciou.
Fonte: Agência Brasil

10/09/2018 -
Rosa Weber nega prorrogação de prazo para PT
substituir Lula na chapa
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo para o PT
substituir o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva na cabeça de chapa presidencial.
Com a decisão, o PT tem até amanhã (11) para fazer a
troca de nomes. Se não definir, o partido pode ficar
sem coligação na disputa à Presidência da República.
Nas articulações políticas, o nome que ganha força
para substituir Lula é o do candidato a
vice-presidente Fernando Haddad, ex-prefeito de São
Paulo e ex-ministro da Educação.
Para Rosa Weber, não há motivos para prorrogar o
prazo para o PT substituir o nome do ex-presidente
na chapa. “Não se justifica, contudo, o deferimento
do pedido de sustação da eficácia do acórdão
recorrido, ainda que na pretensa extensão mínima”,
diz a decisão.
A defesa de Lula pediu a ampliação de prazo para o
dia 17, a próxima segunda-feira. Os advogados
justificam que é necessário considerar o apelo
popular de Lula e as intenções de votos atribuídas a
ele nas pesquisas de opiniãoe. A defesa já recorreu
da decisão da presidente do TSE.
Fonte: Agência Brasil

10/09/2018 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
fica em 0,04%
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1
(IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras
para famílias com renda até 2,5 salários mínimos,
ficou em 0,04% em agosto deste ano. A taxa é
inferior ao IPC-C1 registrado em julho: 0,25%. O
dado é da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o IPC-C1 acumula taxas de 3,34% no
ano e de 3,7% nos últimos 12 meses.
O IPC-C1 ficou abaixo dos índices registrados pelo
Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR) em
agosto (0,07%) e no acumulado em 12 meses (4,15%).
A queda da taxa, de julho para agosto, foi puxada
pelas despesas com habitação (cuja taxa caiu de 1,4%
para 0,39%) e comunicação (de 0,29% para -0,10%).
Por outro lado, os outros seis grupos de despesa
tiveram alta da taxa: alimentação (de -0,45% para
-0,40%), transportes (de -0,05% para 0,07%),
vestuário (de -0,64% para -0,45%), despesas diversas
(de 0,16% para 0,74%), saúde e cuidados pessoais (de
0,2% para 0,27%) e educação, leitura e recreação (de
0,28% para 0,41%).
Fonte: Agência Brasil

10/09/2018 -
Paulo Paim diz que vai lutar contra medida
provisória sobre saneamento
O senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu em Plenário,
na quinta-feira (6), lutar contra a aprovação da
Medida Provisória 844/2018, chamada por ele de “MP
da Sede”. Segundo o parlamentar, a proposta, que
reformula o marco legal do saneamento no país, vai
permitir a privatização da água no Brasil, visto que
trata o tema sob o ponto de vista unicamente
mercadológico.
— É um setor estratégico, assim como a energia
elétrica, e não pode ser privatizado. Como será a
situação de um país onde uns poderão tomar água e
outros não? Quem tem dinheiro bebe água e quem não
tem não bebe? — indagou.
O senador lembrou que o assunto foi tema de uma
audiência pública realizada pela Comissão de
Direitos Humanos, quando os especialistas foram
unânimes em criticar a proposição.
— Espero que essa medida provisória sequer seja
votada ou que seja rejeitada pelo Plenário em
outubro. Até o momento não conseguiram nem instalar
a comissão mista, felizmente, por mobilização de
parlamentares e da sociedade civil — afirmou.
Paim disse ainda que esteve com o presidente do
Senado, Eunício Oliveira, que informou não ter
compromisso algum com a aprovação do texto. Agora
Paim pretende se reunir com o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que é
relator de uma ação direta de inconstitucionalidade
contra a MP 844.
Fonte: Agência Senado

10/09/2018 -
Sindicato pode atuar na fase de execução em nome de
seus representados
Apesar das situações individuais, a origem da
lesão é comum.
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou o Sindicato dos Empregados em Empresas de
Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo (SEEVISSP)
legítimo para executar os valores reconhecidos em
favor de seus representados em ação coletiva movida
contra a Lógica Segurança e Vigilância Ltda. e o
Município de São Paulo. “Não se pode conceber que,
por um lado, o sindicato tenha legitimidade para
postular os direitos trabalhistas em nome da
categoria e, por outro lado, a sua presença venha a
configurar um obstáculo à execução da sentença da
forma mais célere e efetiva para os trabalhadores”,
afirmou a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda.
Cesta básica
A empresa e o município foram condenados a fornecer
cesta básica de R$ 105,25 por mês aos vigilantes
contratados para prestar serviços à Secretaria
Municipal do Verde e do Meio Ambiente. A obrigação
abrangia todo o período do contrato. A sentença,
porém, determinou a habilitação individual de cada
empregado representado para promover a execução. O
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
manteve a sentença, determinando o ajuizamento de
ações individuais para o cumprimento das obrigações.
Legitimidade
O sindicato, no recurso de revista, sustentou que a
atuação das entidades sindicais em favor da
categoria que representam é ampla, geral e
irrestrita e deve ser exercida durante todas as
fases do processo, “notadamente na execução, com a
apresentação de cálculos e todas as demais
providências decorrentes”.
Segundo a relatora do recurso, ministra Kátia
Magalhães Arruda, a decisão do TRT violou o artigo
8º, inciso III, da Constituição da República, que
atribui ao sindicato a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria.
Para ela, as circunstâncias individuais de cada
trabalhador substituído não afastam a origem comum
da lesão ao direito e não impedem que o sindicato,
que atuou como substituto processual na fase de
conhecimento, ajuíze a ação de execução da sentença
coletiva.
A ministra citou precedente (RE-210.029) em que o
Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a
legitimidade dos sindicatos é ampla e abrange a
liquidação e a execução dos créditos reconhecidos
aos trabalhadores. “Por se tratar de típica hipótese
de substituição processual, é desnecessária qualquer
autorização dos substituídos”, concluiu. A decisão
foi unânime.
Processo: ARR-509-78.2014.5.02.0059
Fonte: TST

10/09/2018 -
Prometer plano de demissão voluntária e não cumprir
causa dano moral
Prometer a um trabalhador condições para entrar em
um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e não cumprir
causa dano moral. Esse é o entendimento do Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) ao condenar o
município Lagoa da Prata a indenizar um funcionário.
O trabalhador alegou que foi iludido pelo então
secretário de administração municipal, com a
promessa de que aqueles que aderissem ao PDV
receberiam o FGTS acrescido de 25%, o que não
aconteceu.
Segundo o funcionário, ele só entrou no programa
porque acreditou que levantaria o valor do fundo de
garantia depositado durante todo o tempo de
trabalho, com os acréscimos de 25%. Ele foi admitido
mediante aprovação em concurso público, em setembro
de 1998, para exercer a função de operador de
máquinas pesadas, nos moldes da CLT. O contrato
durou 15 anos, até 2013, quando aderiu ao PDV.
Uma vereadora da cidade, ouvida como testemunha no
processo, declarou que o secretário teria prometido
a liberação do fundo a quem aderisse ao PDV. Ela
confirmou que, na época da votação do projeto que
instituiu o PDV no âmbito do município de Lagoa da
Prata, foi discutida a questão relacionada à
liberação do FGTS. E que essa medida, no final das
contas, não constou da lei oriunda do projeto. Ela
contou ainda que o próprio assessor jurídico da
pasta confirmou que o secretário havia garantido a
liberação do saque.
Desse modo, o desembargador Manoel Barbosa da Silva,
relator no recurso, deu razão ao autor da ação.
Segundo ele, a expectativa gerada ao trabalhador e
frustrada, após abrir mão de um contrato de trabalho
de quase 15 anos, constituiu dano moral ensejador de
reparação.
O magistrado condenou o réu a pagar ao
ex-funcionário o valor de R$ 5 mil. Determinou ainda
“expedição de cópia do processo ao Ministério
Público Estadual para que esse tome as medidas
necessárias para ressarcimento do Erário Municipal
em razão da conduta ilícita dos agentes públicos
envolvidos nos atos que acarretaram o litígio”. Há
recurso ainda no TRT-MG pendente de decisão. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-3.
PJe 0011356-71.2016.5.03.0050 (RO)
Fonte: Consultor Jurídico

10/09/2018 -
Indenização deve considerar capacidade financeira da
empresa, diz TST
Indenizações servem para compensar alguém que sofreu
algum tipo de dano, mas não podem inviabilizar
financeiramente a parte que foi condenada. Por isso
a 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reduziu
de R$ 1,5 milhões para R$ 200 mil uma indenização
por dano moral coletivo contra duas empresas
condenadas por condições degradantes de trabalho.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério
Público do Trabalho da 1ª Região sob o argumento de
que as empresas Telsul Serviços. e Telemar Norte
Leste mantinham trabalhadores arregimentados na
Bahia e levados para o Rio de Janeiro para a
construção de galerias e na colocação de tubos
subterrâneos para cabeamento da rede de
telecomunicações. Os locais de serviços, de acordo
com o órgão, eram precários, sem água potável e sem
lugar adequado para refeições.
Ao acatar a tese do MPT, o juízo da 14ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro fixou a indenização em R$
200 mil. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região aumentou a condenação para R$ 1,5 milhão,
“com o fito primordial de coibir tratamento violador
da dignidade da pessoa humana por estas empresas e
de servir de exemplo, também, a tantas outras”.
As empresas ajuizaram um recurso de revista no qual
o relator, ministro Walmir Oliveira da Costa,
avaliou que o valor fixado pelo TRT foi excessivo,
desproporcional e desprovido de razoabilidade. O
ministro citou diversos precedentes de outras Turmas
que tratavam de situações semelhantes para concluir
que, mesmo levando-se em conta a capacidade
econômica das empresas, a interferência excepcional
do TST é justificada, “observado o tripé: punir,
compensar e prevenir”. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TST.
RR 103000-49.2005.5.01.0014
Fonte: Consultor Jurídico

06/09/2018 -
Governo promete Portaria até dia 12 para liberar
recursos sindicais devidos
Dia 30, sindicalistas da Força Sindical, UGT e CTB
reuniram-se em Brasília com Michel Temer e seu staff
para tratar da prometida liberação de recursos
sindicais retidos indevidamente no Ministério do
Trabalho. O encontro retomou tratativas que eram
feitas até a Pasta do Trabalho ser envolvida no
imbróglio Cristiane Brasil e em escândalos
posteriores.
Chamado de “buraco negro”, o volume de recursos é
ainda desconhecido, mas se trata de verba não
repassada a entidades de classe por oito anos. Ao
que consta, a liberação favoreceria Confederações,
Federações, alguns Sindicatos e também Centrais.
Miguel - Miguel Torres, presidente da Força e
da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos), foi um dos sindicalistas presentes ao
encontro com Temer. A reunião teve participação do
ministro do Trabalho Caio Vieira Mello, a
advogada-geral da União Grace Mendonça e
representante do Ministério da Fazenda. Compareceram
também Lourenço Prado, dirigente nacional da UGT, e
Mário Teixeira, da CTB.
Em contato com a Agência Sindical, o forcista Miguel
Torres informa que o governo prometeu, “até dia 12
de setembro, publicar a Portaria da liberação dos
recursos, com as normas para o acesso pelas
entidades com direito comprovado, após identificação
dos depósitos”.
Ele acredita que são grandes as chances da liberação
ocorrer. “Além da disposição demonstrada por Temer,
a Advocacia Geral e o Ministério da Fazenda
afirmaram durante a reunião ser favoráveis ao
desembaraço dos recursos para as entidades”, relata.
Para o dirigente da Força Sindical, é importante
deixar claro que as entidades não foram ao governo
tratar de eventuais novas formas de custeio. “O que
fizemos foi retomar tratativas interrompidas em
março. O que é nosso, comprovadamente, não tem razão
pra ficar retido”, ele argumenta.
Corte - Vale lembrar que a lei trabalhista
13.467 acaba com a contribuição sindical
compulsória, o que afeta gravemente as finanças
sindicais. Já o Sistema S - controlado pelas
federações patronais - foi mantido intacto, montado
em algo próximo a R$ 19 bilhões.
Fonte: Agência Sindical

06/09/2018 -
Ibope: Bolsonaro tem 22% das intenções de voto; Ciro
e Marina, 12%
Alckmin aparece com 9% e Haddad com 6%
O Ibope divulgou nesta quarta-feira (5) nova
pesquisa de intenção de votos a candidato a
presidente.
De acordo com a pesquisa, o presidenciável Jair
Bolsonaro (PSL) tem 22% das intenções de voto.
Empatados em segundo lugar aparecem Ciro Gomes (PDT)
e Marina Silva (Rede) com 12% cada um. Geraldo
Alckmin (PSDB) tem 9% e Fernando Haddad (PT) tem 6%
das intenções de votos.
Ainda segundo a pesquisa do Ibope, Alvaro Dias
(Podemos) e João Amoêdo (Novo) obtiveram 3% das
intenções de voto cada um. Henrique Meirelles (PMDB)
foi indicado por 2% dos eleitores. Guilherme Boulos
(PSOL), Vera Lúcia Salgado (PSTU) e João Goulart
Filho (PPL) registraram 1% cada um. Cabo Daciolo
(Patriota) e José Maria Eymael (DC) não atingiram
1%.
Dos entrevistados, 20% declararam a intenção de
anular ou votar em branco; 7% disseram não saber ou
preferiram não declarar.
A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S.
Paulo e pela TV Globo. O levantamento ouviu 2.002
eleitores, em 142 municípios, entre os dias 1º e 3
de setembro. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais e para menos. A pesquisa foi
registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com
o número BR‐05003/2018.
O questionário aplicado na pesquisa não incluiu o
nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). Não foram divulgados resultados de intenção de
voto espontânea, isto é sem apresentação dos nomes
dos candidatos em cartela.
Na madrugada do dia 1º, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) indeferiu o registro da candidatura
de Lula. “Diante disso, na manhã de sábado, antes da
realização da pesquisa, e para estar de acordo com o
julgamento e as determinações do TSE, o Ibope não
pesquisou o cenário com Lula”, expôs o instituto em
nota.
Pesquisa anterior
Na pesquisa anterior, divulgada no dia 20 de agosto,
Jair Bolsonaro (PSL) tinha 18%. Marina Silva,
candidata da Rede, 6% das intenções; Ciro Gomes
(PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), com 5% cada um;
Alvaro Dias (Podemos), 3%. Com 1% das intenções dos
votos, apareciam Guilherme Boulos (PSOL), Henrique
Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e José Maria
Eymael (DC). Os candidatos Cabo Daciolo (Patriota),
Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL) não
atingiram 1%.
Naquele levantamento, a intenção de votos em branco
e nulos era de 29%; e 9% declararam não saber ou não
quiseram responder.
Rejeição
A pesquisa, divulgada hoje, também verificou a taxa de
rejeição das candidaturas, quando o eleitor aponta
em qual candidato não votaria. O resultado é:
Bolsonaro com 44%; Marina, 26%; Haddad, 23%;
Alckmin, 22%; Ciro, 20%; Meirelles, 14%; Cabo
Daciolo, 14%; Eymael, 14%; Alvaro Dias, 13%; Boulos,
13%; Vera, 13%; Amoêdo, 12% e João Goulart Filho,
11%.
2º turno
O Ibope ainda testou quatro cenários de disputa do
segundo turno com a presença de Jair Bolsonaro e
outro candidato.
Conforme o instituto, em eventual segundo turno,
Ciro Gomes obteria 44% dos votos e Bolsonaro, 33%
(branco/nulo: 19%; não sabe/não respondeu: 4%).
Se a disputa fosse com Alckmin, o tucano atingiria
41% e Bolsonaro 32% (branco/nulo: 23%; não sabe/não
respondeu: 4%).
Se a concorrência fosse com a candidata da Rede,
Marina teria 43% e Bolsonaro, 33% (branco/nulo: 20%;
não sabe/não respondeu: 3%).
Na simulação com Haddad, a diferença fica dentro da
margem de erro, o petista receberia 36% e Bolsonaro,
37% (branco/nulo: 22%; não sabe/não respondeu: 5%).
Fonte: Agência Brasil

06/09/2018 -
Estudo do Diap mostra como congressistas votaram
sobre direitos dos trabalhadores
Posicionamento na entrega do pré-sal, na
terceirização sem limites, na "reforma" trabalhista,
no teto de gastos sociais e em outros golpes nos
trabalhadores podem ajudar o eleitor a decidir como
votar
O Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap) divulgou em seu site estudo em
que mapeia como votaram deputados e senadores em
temas relacionados aos direitos dos trabalhadores e
à soberania nacional na última legislatura.
Sobretudo depois do golpe de 2016.
O impeachment sem crime de responsabilidade contra
Dilma Rousseff, que completou dois anos de execução
no último dia 31, só foi possível a partir de uma
ação que agregou, além do MDB de Michel Temer e
Henrique Meirelles, o PSDB de Geraldo Alckmin, os
partidos que estão em sua coligação (DEM, PP, PRB,
PR, PTB, PSD, PPS e SD) e o PSL de Jair Bolsonaro.
Todos ou passaram a exercer o governo ao lado de
Temer desde então, ou a apoiar as medidas que
encaminhou para o Congresso, desfigurando o projeto
que havia sido escolhido pelos eleitores em 2014.
Até Marina Silva (Rede) defendeu a destituição de
Dilma, embora parte de sua legenda tenha discordado.
O que esses políticos e partidos fizeram com o país
depois explica o golpe. O estudo do Diap ajuda a
entender por que tão importante quanto a eleição do
presidente da República é a eleição dos deputados e
senadores que darão ao próximo eleito – ou não darão
– sustentação à ideia de revogar as principais
medidas tomadas durante o governo Temer, como
defende o movimento sindical e partidos como PT,
PCdoB, Psol e PDT.
O levantamento feito pelo instituto mostra como
votaram os congressistas no impeachment de Dilma, na
cassação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha,
na entrega do pré-al aos estrangeiros, na
terceirização da mão-de-obra sem limites, nas
denúncias de corrupção contra Temer, na reforma
trabalhista, na PEC que levou ao congelamento dos
gastos públicos, na tentativa de reforma da
Previdência – como informa reportagem de Luiz
Carvalho, no Portal CUT.
O banco de dados será atualizado até o fim das
eleições, em 28 de outubro. Para saber como votaram
os parlamentares em relação aos projetos e escolher
bem o parlamentar que elegerá para o próximo
mandato, acesse abaixo o estudo completo.
Fonte: Rede Brasil Atual

06/09/2018 -
Preço da cesta básica registra queda em 17 capitais
brasileiras
O preço dos alimentos essenciais que compõem a cesta
básica caiu em 17 de 20 capitais brasileiras em
agosto. O levantamento foi divulgado nesta
quarta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As
reduções mais expressivas foram em Porto Alegre
(-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%).
As únicas altas ocorreram em Florianópolis (3,86%),
Manaus (1,41%) e Aracaju (0,01%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81),
seguida pela de Florianópolis (R$ 431,30), Porto
Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05). Os
menores valores médios foram observados em Salvador
(R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42).
No acumulado de 12 meses, os preços médios da cesta
caíram em 13 cidades, com destaque para São Luís
(-6,51%), Goiânia (-6,29%) e Salvador (-6,08%). Nas
outras sete capitais, onde os valores médios
aumentaram, os destaques foram Campo Grande (2,70%)
e Cuiabá (2,57%).
Nos primeiros oito meses deste ano, seis capitais
acumularam taxa negativa, com destaque para Porto
Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís
(-1,41%). Entre as que tiveram aumento, as
principais variações foram 0,49% em Goiânia e 3,79%
em Curitiba.
O Dieese calculou o salário mínimo ideal em agosto,
baseado na cesta mais cara, de São Paulo. O valor
mínimo mensal necessário para a manutenção de uma
família de quatro pessoas deveria ser de R$
3.636,04, equivalente a 3,81 vezes o salário mínimo
atual, de R$ 954. Em julho, o salário deveria ter
sido R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do
país.
Fonte: Agência Brasil

06/09/2018 -
Auxílio para aposentado que precisa de cuidador está
em debate na Câmara há três anos
O pagamento desse adicional foi determinado
recentemente pelo STJ. Aposentados e parlamentares
consideram o valor insuficiente
Parlamentares e associações de aposentados avaliam
como insuficiente o acréscimo de 25% em todas as
modalidades de aposentadoria pagas pelo INSS quando
comprovada a necessidade de auxílio permanente de
cuidador. O direito ao adicional foi determinado
pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até então,
o percentual a mais no benefício era limitado aos
aposentados por invalidez que comprovassem a
necessidade do auxílio permanente de terceiros.
Segundo a decisão do STJ, o aumento sobre o valor da
aposentadoria deve ser pago ainda que a pessoa
receba o teto fixado pelo INSS, hoje em R$ 5.645.
Para o assessor econômico da Confederação Brasileira
de Aposentados, Maurício Oliveira, o valor definido
pelo tribunal não é suficiente.
"Esses 25% vão agregar apenas um valor muito pequeno
porque 2/3 de todos os aposentados ganham um salário
mínimo e se você colocar 25% em cima de um salário
mínimo vai dar R$ 250 mais ou menos. O ideal seria
escalonar esse percentual. Por exemplo, quem ganha
até um salário mínimo, que é maioria absoluta, teria
que ter um aumento de 150%."
O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) também
considera o valor concedido pelo STJ insuficiente.
"O cuidador é mão de obra especializada e isso exige
um salário digno que dê condição a essa pessoa de
exercer essa função em quase período integral.
Dependendo da pensão e da aposentadoria pode ser que
contribua, mas pode ser que isso fique aquém da
necessidade."
Auxílio-dependência
Barbosa é autor de um projeto (PL 4840/12) que cria o
auxílio-dependência, a ser concedido ao segurado da
Previdência que necessitar de assistência permanente
de outra pessoa para exercer suas atividades.
O benefício será concedido inclusive à pessoa com
deficiência e ao aposentado que retornar à
atividade.
O texto define o valor do auxílio-dependência em 60%
do salário de benefício e será devido a partir do
fim do auxílio-doença ou da data em que a
necessidade de ajuda permanente de outra pessoa for
constatada pela perícia médica do INSS.
O projeto de Barbosa aguarda votação na Comissão de
Seguridade Social.
Fonte: Agência Câmara

06/09/2018 -
Chaves quer sindicatos atuando na autorização de
grávidas que trabalhem em condições insalubres
O senador Pedro Chaves (PRB-MS) apresentou um
projeto defendendo a atuação de sindicatos ou da
autoridade administrativa do trabalho na autorização
do trabalho de gestantes em condições insalubres (PLS
373/2018). A apresentação do projeto foi feita
durante pronunciamento nesta quarta-feira (5) no
Plenário do Senado.
O senador lembrou que a reforma trabalhista (Lei
13.467, de 2017) passou a permitir o trabalho de
gestantes em graus médio ou mínimo de insalubridade,
desde que havendo a autorização de um médico de
confiança da trabalhadora.
- O fato é que este artigo abriu uma grande porta
para empregadores mal intencionados, que não se
preocupam com a saúde dos seus funcionários. Este
ponto da reforma sempre me incomodou demais e a não
aprovação da Medida Provisória 808/2017, que buscava
corrigir esta distorção, manteve a pendência. Quero
a solução definitiva deste problema - disse.
Pelo texto do projeto, uma gestante só poderá
trabalhar em insalubridade mínima ou média após a
concordância do sindicato que a represente. Caso não
exista este sindicato, a autorização deverá então
partir da agência ou gerência regional do trabalho
competente. Além desta condição, fica mantido também
o atestado médico de um profissional de confiança da
gestante. A proposta será analisada pelas comissões
de Assuntos Econômicos (CAE), de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais
(CAS) - esta última em decisão terminativa.
Fonte: Agência Senado

06/09/2018 -
Senado aprova projeto que beneficia advogados de
sindicatos e associações
Advogados de sindicatos e associações poderão
receber, cumulativamente, os honorários contratados
com a entidade que representam e os honorários de
sucumbência assistenciais, devidos pela parte
vencida ao vencedor da causa. É o que estabelece um
projeto aprovado nesta quarta-feira (5) pelo
Plenário do Senado e encaminhado à sanção.
Segundo assinalou a relatora, senadora Simone Tebet
(PMDB-MS), o projeto (PLC 139/2017) “elimina
controvérsia ainda existente e persistente” sobre a
questão. Isso será possível, conforme acrescentou,
com a harmonização da Lei 5.584/1970 (que dispõe
sobre normas de Direito Processual do Trabalho) com
a Lei 13.467/2017, que promoveu a reforma
trabalhista.
Entre as mudanças realizadas na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) pela reforma, foram previstos
os honorários de sucumbência no âmbito da Justiça do
Trabalho. Eles seriam devidos, inclusive, nas ações
em que a parte estiver sendo assistida ou
substituída pelo sindicato de sua categoria.
“A presente proposição em nada onera o reclamado,
pois a discussão aqui travada cinge-se à
titularidade dos honorários assistenciais deferidos
na sentença condenatória, o que não gera nenhum ônus
adicional a ninguém”, argumenta Simone Tebet em seu
relatório. O único propósito da proposta, diz a
senadora, é reafirmar que o advogado é o titular dos
honorários assistenciais fixados em ações coletivas
propostas por entidades de classe, diferenciando
duas espécies de verbas honorárias (sucumbencial
assistencial e contratual).
Para viabilizar o recebimento cumulativo dos
honorários contratuais e de sucumbência
assistenciais, o projeto altera o Estatuto da
Advocacia e revoga dispositivo da Lei 5.584/1970. O
objetivo é eliminar obstáculos impostos pela Justiça
do Trabalho à cumulatividade desses honorários.
“Os honorários assistenciais possuem idêntica
natureza dos honorários sucumbenciais fixados nos
moldes do Código de Processo Civil, sendo devidos
pelo vencido ao advogado vencedor da causa”, defende
o autor do projeto, deputado federal licenciado
Rogério Rosso (PSD-DF).
Fonte: Agência Senado

06/09/2018 -
Primeira Seção vai julgar pedido de uniformização
sobre renda inicial de aposentadoria
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Herman Benjamin admitiu um pedido de uniformização
de interpretação de lei a respeito da sistemática
utilizada para apurar a renda média inicial de
benefício concedido pelo INSS.
O pedido do INSS foi formulado após decisão da Turma
Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais (TNU), que negou a pretensão da autarquia.
A TNU afirmou que a decisão atacada estava de acordo
com o entendimento das turmas recursais, segundo a
qual, a atualização dos salários de contribuição é
feita até o mês anterior à data do benefício, e não
apenas até a data em que foram preenchidos os
requisitos para a sua concessão.
De acordo com a TNU, é inadequada a metodologia de
cálculo da renda mensal inicial prevista no
parágrafo único do artigo 187 do Regulamento da
Previdência Social, previsto no Decreto 3.048/99.
No pedido de uniformização dirigido ao STJ, o INSS
citou jurisprudência do tribunal no sentido da
aplicabilidade do artigo 187 para fins de cálculo da
renda média inicial.
Legislação vigente
O INSS afirmou que a renda média inicial do benefício
deve ser calculada em conformidade com a legislação
vigente ao tempo em que foram preenchidos os
requisitos para concessão do benefício
previdenciário – no caso, a regra do artigo 187 do
Decreto 3.048/99.
O ministro Herman Benjamin destacou que, conforme
apontado pelo INSS, há divergência do entendimento
da TNU com julgado da Segunda Turma do STJ. Segundo
o ministro, a divergência justifica o processamento
do pedido de uniformização.
O ministro comunicou a decisão ao presidente da TNU
e aos presidentes das turmas recursais, abrindo
vista para o Ministério Público Federal.
Posteriormente, o mérito do pedido será julgado
pelos ministros da Primeira Seção do STJ.
Fonte: STJ

05/09/2018 -
Bolsonaro vota na Câmara contra os trabalhadores e o
povo
Em todas essas votações elencadas pelo DIAP, o
presidenciável Jair Bolsonaro foi incoerente com que
hoje propõe como candidato ao Palácio do Planalto.
Isto é, ele votou contra os interesses do povo e dos
trabalhadores na Câmara dos Deputados.
Marcos Verlaine*
A 1 mês das eleições é preciso dizer e fazer ampla
divulgação, que o candidato do PSL às eleições
presidenciais, deputado Jair Bolsonaro (RJ) vota
contra o povo e os trabalhadores na Câmara dos
Deputados. Neste momento do debate
político-eleitoral é preciso divulgar como os
deputados votaram em proposições de interesse do
povo. Denunciando, assim, a incoerência do discurso
com o voto.
Para efeito de análise, o DIAP destacou 4
importantes votações de imenso impacto econômico e
social para o País na Câmara dos Deputados. E em
todas essas votações, o presidenciável Jair
Bolsonaro foi incoerente com que hoje propõe como
candidato ao Palácio do Planalto.
Estamos falando de temas como a Reforma Trabalhista,
a terceirização da mão de obra, o Teto de Gastos e o
pré-sal. Munidos destas informações, os dirigentes
sindicais precisam fazer chegar ao conhecimento dos
trabalhadores quem são os inimigos da classe
trabalhadora, que na campanha dizem uma coisa e na
prática fazem outra.
Reforma Trabalhista
O projeto de lei (PL 6.787/16) do governo do
presidente Michel Temer (MDB) foi aprovado, no dia
26 de abril de 2017, com o voto favorável do
deputado Jair Bolsonaro no plenário da Câmara dos
Deputados, por 296 a 177.
A Reforma Trabalhista, configurada na Lei 13.467/17,
entre outros retrocessos nas relações de trabalho,
reduziu e/ou retirou direitos dos assalariados,
instituiu novas formas de contratação precária,
limitou o acesso gratuito à Justiça trabalhista e
enfraqueceu a estrutura e a organização sindicais.
Teto de Gastos Públicos
O deputado, que na campanha promete resolver graves
problemas do Estado brasileiro, não terá condições
de fazê-lo, pois ajudou o governo a aprovar, no dia
10 de outubro de 2016, por 366 votos a 111, a PEC
241/16, do governo Temer.
Transformada na Emenda à Constituição (EC) 95/16
congelou por 20 anos as despesas, com revisão em 10,
os gastos públicos. Por essa regra, o gasto primário
do governo federal fica limitado por um teto
definido pelo montante gasto do ano anterior
reajustados pela inflação acumulada, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). Assim, o novo regime fiscal implica em
congelamento real das despesas do governo federal,
que pressupõe redução do gasto público relativamente
ao PIB e ao número de habitantes (devido ao
crescimento da população ao longo dos anos).
Terceirização geral
A Câmara dos Deputados aprovou, com abstenção do
deputado, o que equivale a voto favorável, no dia 22
de março de 2017, por 232 a 188 e 8 abstenções, o PL
4.302/98, que permitiu a terceirização da mão de
obra em todas as áreas (atividade-fim e
atividade-meio) das empresas.
Foi aprovado substitutivo do Senado para a matéria,
que também aumentou de 3 para 6 meses o tempo do
trabalho temporário, prazo que pode ser alterado por
meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Enviado à sanção presidencial foi transformado na
Lei 13.429/17.
Pré-sal
A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 5 de outubro de
2016, com voto favorável do deputado, o PL 4.567/16
(PLS 131/15), do senador José Serra (PSDB-SP), que
desobrigou a Petrobras de ser a operadora única dos
blocos de exploração do pré-sal no regime de
partilha de produção. Foram 292 votos a favor e 101
contra. Sancionado, foi transformado na Lei
13.365/16.
A aprovação do PL 4.567/16 trouxe, pelo menos, 3
graves consequências para o País:
1) o fundo social, que destinava 50% do lucro com os
royalties do petróleo do pré-sal em investimentos na
educação (75%) e saúde (25%), agora tem menos
recursos. Já que, atualmente, quem opera com menor
custo a exploração do pré-sal é a Petrobras, a US$ 8
o barril. Qualquer outra empresa não faria por menos
de US$ 16;
2) menos emprego, pois como operadora única do
pré-sal, a Petrobras também faria o planejamento e o
desenvolvimento da cadeia nacional de fornecedores,
gerando emprego no País; e
3) além disso, a ampliação na produção e exploração
geraria mais conhecimento e qualificação da
tecnologia de perfuração e produção, num
desenvolvimento também da engenharia nacional, fato
que não ocorrerá mais para o desenvolvimento do
País.
Como se vê, o discurso do deputado e seus votos na
Câmara dos Deputados são, em geral, descomprometidos
com o povo e os trabalhadores brasileiros. Isto
precisa ser amplamente denunciado.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap

05/09/2018 -
Marun vira alvo em investigação por fraudes em
registros sindicais
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun
(MDB), passou a ser formalmente investigado no
inquérito da Operação Registro Espúrio, que apura
fraudes na concessão de registros sindicais pelo
Ministério do Trabalho. Marun é suspeito de ter
incorrido nos crimes de corrupção, lavagem de
dinheiro e associação criminosa. Além do emedebista,
o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) Edson
Fachin também determinou a abertura de investigação
contra cinco deputados e dois senadores.
Os parlamentares investigados são os senadores
Dalírio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT e os
deputados federais Jovair Arantes (PTB-GO),
Cristiane Brasil (PTB-RJ), Paulinho da Força
Sindical (SD-SP), Wilson Santiago Filho (PTB-PB) e
Nelson Marquezelli (PTB-SP). Eles devem apresentar
suas defesas em um prazo de até 15 dias.
O STF também já havia aceitado denúncia contra
outros 21 implicado no esquema, incluindo o
ex-ministro do Trabalho Helton Yomura e o presidente
nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Por meio de nota, Marun nega as acusações feitas
pela Procuradoria-Geral da República. "Nada fiz que
extrapole as minhas funções previstas no ordenamento
jurídico e não recebi nenhuma vantagem, devida ou
indevida, pelas ações que desenvolvi em prol de
Sindicatos de MS", afirma.
Fonte: Brasil247

05/09/2018 -
Ibope consulta TSE sobre Lula e adia divulgação de
pesquisa presidencial
Empresa não testou cenário com ex-presidente
O Ibope adiou a divulgação do resultado da pesquisa
nacional de intenção de voto para presidente
prevista para esta 3ª feira (4.set.2018). Em nota
divulgada no Jornal Nacional, da TV Globo, a empresa
disse que aguarda uma manifestação do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) sobre a legalidade da veiculação
da pesquisa.
O Ibope fez o registro do levantamento no TSE em 29
de setembro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) ainda era candidato da chapa do PT. Na
madrugada de sábado (1º.set.2018), a Corte eleitoral
barrou a candidatura do ex-presidente.
Foram registrados 2 cenários 1 com o presidente Lula
e 1 com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad,
provável substituto de Lula em caso de indeferimento
da candidatura.
Segundo o Ibope, diante da decisão do TSE, tomada
“sem aviso prévio”, a empresa não pesquisou o
cenário de com Lula na manhã de sábado. Esta atitude
contrariou o próprio formulário de perguntas da
pesquisa registrado pela empresa. Por essa razão, a
empresa preferiu consultar a Corte eleitoral antes
de divulgar 0s resultados do levantamento.
Fonte: Poder360

05/09/2018 -
Produção industrial cai 0,2% de junho para julho
A produção industrial brasileira recuou 0,2% na
passagem de junho para julho, segundo dados da
Produção Industrial Mensal divulgados nesta
terça-feira (4), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda veio depois de uma alta de 12,9% na passagem
de maio para junho.
A indústria nacional cresceu 4% na comparação com
julho de 2018, 2,5% no acumulado do ano e 3,2% no
acumulado de 12 meses.
Apesar da queda na média, 16 dos 26 ramos
industriais pesquisados tiveram alta de junho para
julho, com destaque para outros produtos químicos
(4,3%), outros equipamentos de transporte (16,7%),
máquinas e equipamentos (2,9%) e coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (1%).
Dez atividades industriais foram responsáveis pela
queda da indústria, entre elas, veículos
automotores, reboques e carrocerias (-4,5%),
produtos alimentícios (-1,7%), equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,2%),
produtos de minerais não metálicos (-3,0%) e couro,
artigos para viagem e calçados (-5,4%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, três
tiveram queda, com destaque para bens de capital,
isto é, máquinas e equipamentos (-6,2%).
Também tiveram queda os bens de consumo duráveis
(-0,4%) e os bens de consumo semi e não duráveis
(-0,5%). Os bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo,
avançaram 1%.
Fonte: Agência Brasil

05/09/2018 -
Paim lamenta destruição do Museu Nacional e critica
ministro de Temer
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou nesta
terça-feira (4) em Plenário o incêndio que no último
domingo destruiu 90% do acervo do Museu Nacional,
localizado na Quinta da Boa Vista, no bairro de São
Cristóvão, no Rio de Janeiro. Criado por Dom João VI
em 1818, o museu era referência em História Natural.
Paim lembrou que os prejuízos são incalculáveis, uma
vez que o museu tinha mais 20 milhões de itens
catalogados, muitos deles raríssimos ou únicos, e
das mais diversas áreas do conhecimento.
O senador ainda criticou o ministro Carlos Marun, da
Articulação Política, que chegou a afirmar que se o
Congresso Nacional tivesse aprovado a reforma da
Previdência, o governo teria dinheiro para destinar
à manutenção dos museus do país.
— Foi de uma infelicidade enorme. Qualquer outra
desculpa que ele apresentasse, eu poderia não
gostar, mas tinha que dizer que foi uma opinião
dele. Mas querer culpar a Previdência, os
aposentados e pensionistas devido ao incêndio no
museu, que foi um crime contra a humanidade, isso é
de uma irresponsabilidade total. Eu espero que ele
peça desculpas ao povo brasileiro.
Aprendizes
Paim também declarou-se contrário a qualquer medida no
sentido de reduzir as vagas que médias e grandes
empresas devem destinar aos menores aprendizes.
Segundo Paim, a informação dessa possível redução do
número de vagas foi repassada por Denise Bambrilla,
coordenadora do fórum gaúcho de formação
profissional.
Pela lei atual, 5% das vagas nessas empresas devem
ser voltadas para jovens com idade entre 14 e 24
anos, vinculados a programa de formação.
Os beneficiários podem ficar no cargo por até dois
anos, explicou Paim, ao lembrar que o desemprego é
um drama que atinge as pessoas de todas as faixas
etárias, mas é muito maior entre os jovens.
Por isso, se o governo realmente promover essa
redução, a formação profissional e a inclusão dos
jovens no mercado de trabalho podem ficar
comprometidas, lamentou o senador.
— A Lei do Aprendiz é um dos principais instrumentos
disponíveis para garantir a renovação da nossa força
de trabalho e para preservação de um pacto
transgeracional de transferência de experiência e
engajamento profissional.
Fonte: Agência Senado

05/09/2018 -
Meirelles desempregou milhões, mas diz que criará 10
milhões de vagas
O candidato de Michel Temer ao Palácio do Planalto,
o Henrique Meirelles (MDB), afirmou que vai criar 10
milhões de empregos no país caso seja eleito. No
entanto, em dois anos como Ministro da Fazenda de
Temer, sua gestão aumentou o desemprego, subindo de
11,2% – equivalente a 11,4 milhões de pessoas – para
13,1% – 13,7 milhões de pessoas.
A declaração de Meirelles foi durante uma caminhada
nesta terça-feira (4) junto com o candidato ao
governo de São Paulo, Paulo Skaf, presidente
licenciado da Fiesp.
Questionado sobre como resolveria o problema da
informalidade que aumentou com o desemprego e a
reforma trabalhista, Meirelles afirmou que a solução
é fazer a economia voltar a crescer.
Com declarações vagas e cheia de frases feitas,
Meirelles disse que "essas pessoas não vão ficar sem
trabalho porque o Brasil vai crescer”. “Com uma
gestão pública competente nós vamos criar 10 milhões
de empregos nos próximos 4 anos", disse.
Assim como faz em sua campanha eleitoral, em que
tenta surfar nos avanços promovidos pela política
dos governos Lula, Meirelles disse que tudo seria
igual "como aconteceu quando eu assumi o Banco
Central em 2003”. Ele repete a frase como um mantra,
na vã ilusão de que alguém vai acreditar que sem ele
o governo Lula teria sido outro.
“A confiança subiu no mesmo dia e o Brasil cresceu.
Como ministro da Fazenda também. Agora está todo
mundo preocupado com candidatos extremistas. No
momento que eu ganhar a eleição a confiança vai
voltar no mesmo dia", declarou o mágico Meirelles.
Questionado sobre o papel do governo Temer, do qual
fez parte como ministro, na tragédia do incêndio que
destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro,
Meirelles responsabilizou a administração da UFRJ e
num discurso de criminalização da política, disse
que a direção da universidade é comandada por um
partido de oposição.
"A universidade tem autonomia. Tem inclusive um
determinado partido político de oposição que é
aquele que administra a universidade. Temos que
aprender no Brasil a dar responsabilidade para quem
tem. Fazer a cobrança a quem de fato tem o poder
efetivo para resolver o problema e não resolve",
disse.
Fonte: Portal Vermelho

05/09/2018 -
Comissão debate 12 anos de vigência da Lei Maria da
Penha
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove na quinta-feira (6)
audiência pública interativa para debater os 12 anos
de vigência da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).
A reunião tem início às 9h na sala 6 da ala Nilo
Coelho.
Para o debate, foram convidadas a secretária de
Políticas para as Mulheres do Ministério dos
Direitos Humanos, Andreza Colatto; a gerente de
Programas da ONU Mulheres no Brasil, Joana Chagas; e
a representante do Comitê Latino-Americano e do
Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem),
Myllena Calasans de Matos;
O debate também contará com a participação da
defensora pública federal, Patrícia Ubal Pyzbyslki;
da promotora de Justiça Liz-Elainne de Silvério e
Oliveira Mendes; da representante do Conselho
Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência,
Ana Cláudia Mendes de Figueiredo; e da
subprocuradora-geral da República, Luiza Cristina
Frischeisen, entre outros.
A audiência tem iniciativa do senador Paulo Paim
(PT-RS) e será realizada em caráter interativo, com
a possibilidade de participação popular. As pessoas
que tenham interesse em participar com comentários
ou perguntas, podem fazê-lo por meio do Portal
e-Cidadania e do Alô Senado, através do
número-0800612211.
Fonte: Agência Senado

05/09/2018 -
Governo e oposição criticam aumento de 16,38% para
ministros do STF
Medida terá efeito cascata sobre salários dos
servidores e despesa anual deve aumentar em R$ 4
bilhões
Parlamentares do governo e da oposição disseram ser
contra o aumento salarial dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) de 16,38%. Como a
remuneração, que irá de R$ 33.700 para R$ 39.700,
corresponde ao teto do funcionalismo público, a
medida terá um efeito cascata nos três poderes e
também em estados e municípios.
O aumento, negociado entre Executivo e Judiciário
como moeda de troca para o fim do auxílio-moradia de
juízes, foi incluído na proposta de Lei Orçamentária
Anual (LOA) para 2019, entregue pelo Executivo ao
Congresso na sexta-feira (31).
Para o vice-líder do governo Darcísio Perondi (MDB-RS),
o “buraco fiscal” ainda é muito grande para permitir
o aumento. A meta fiscal estabelecida pelo Executivo
na PLOA 2019 é um deficit de R$ 139 bilhões. “O
governo vai continuar focado em reduzir o deficit
fiscal”, disse.
Perondi também defendeu o adiamento do reajuste de
servidores federais para 2020, conforme a Medida
Provisória (MP) 849/18. “Todos precisam doar um
pouco de si para esse momento difícil da economia
brasileira. Não existe dinheiro, não recebe
reajuste”, afirmou Perondi. A economia prevista pelo
governo com o adiamento é de R$ 4,7 bilhões.
O vice-líder da Minoria Henrique Fontana (PT-RS)
disse que é insustentável um reajuste para o teto do
funcionalismo no momento atual. “Isso fica mais
claro ainda quando se sabe que o governo atual
propõe que não haja reajuste para as demais
categorias dos servidores públicos”, afirmou.
Derrubar o aumento
Para o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2019 (LDO, Lei 13.707/18), senador Dalirio Beber
(PSDB-SC), o Congresso Nacional irá derrubar o
aumento. Ele defendeu a manutenção do teto de gastos
para reduzir o deficit.
“Nada contra o Judiciário. Mas o momento de
dificuldade que está induzindo o Executivo a fazer o
adiamento do reajuste concedido há mais tempo”,
disse Beber. Segundo ele, o Judiciário também
precisa “suportar as mesmas dificuldades” que o
Executivo e o Legislativo.
Mais de 5,7 mil servidores do Executivo já ganham
acima do teto e têm parte de sua remuneração cortada
pelo chamado “abate-teto”. Com os demais poderes nos
níveis federal, estadual e municipal, o efeito
cascata nos salários de servidores públicos de todo
o País pode chegar a R$ 4 bilhões anuais, segundo
estimativa das consultorias da Câmara e do Senado.
Fonte: Agência Câmara

05/09/2018 -
Em processo eletrônico, agravante não precisa juntar
cópia de recurso na origem
Para a Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), quando houver tramitação eletrônica
do feito em primeira e segunda instância, o
agravante não terá de requerer a juntada da cópia da
petição do agravo de instrumento, do comprovante de
sua interposição e da relação dos documentos que o
instruem, bastando comunicar o fato ao juiz da
causa.
Segundo o colegiado, essa é a melhor interpretação
para a determinação contida no parágrafo 2º do
artigo 1.018 do Código de Processo Civil de 2015,
pois no Brasil ainda existem autos físicos
tramitando em comarcas e tribunais. Dessa forma, se
o processo tramitar de forma eletrônica na primeira
e na segunda instância, o agravante não terá a
obrigação de juntar a cópia do recurso na origem.
Recurso não conhecido
No caso analisado pela turma, uma mulher interpôs
agravo de instrumento nos autos de ação de
inventário. O Tribunal de Justiça, baseado no artigo
1.018 do CPC, não conheceu do recurso alegando que
ela não juntou a cópia integral das razões do agravo
de instrumento perante o primeiro grau, o que teria
impedido o exercício do juízo de retratação.
Ao recorrer ao STJ, a mulher sustentou que não seria
obrigatória a juntada da cópia da petição do agravo
de instrumento na origem porque o feito originário
tramitava de forma eletrônica no juízo de primeiro
grau, não importando que o agravo de instrumento
tivesse tramitação física no Tribunal de Justiça
local.
Acesso eletrônico
O relator, ministro Moura Ribeiro, explicou que a
finalidade dos parágrafos do artigo 1.018 do CPC é
possibilitar que o juiz de primeiro grau exerça
juízo de retratação sobre suas decisões
interlocutórias e que possa haver o contraditório da
parte adversária, a partir do efetivo conhecimento
do manejo do agravo de instrumento.
Nos casos em que houver processo eletrônico, segundo
o ministro, o juízo de primeiro grau poderá ter
acesso eletronicamente ao agravo interposto, o que
afasta a obrigatoriedade de o agravante juntar cópia
da petição e demais documentos.
“Quando houver tramitação eletrônica dos feitos na
origem e no Tribunal de Justiça, o agravante não
terá o ônus de requerer a juntada da cópia da
petição do agravo de instrumento, do comprovante de
sua interposição e da relação dos documentos que o
instruem, bastando apenas que comunique tal fato ao
juiz da causa ou que tal providência seja feita pela
secretaria judiciária da comarca, porque o acesso a
ele seria simples”, ressaltou.
Por outro lado, Moura Ribeiro destacou que, se o
processo tramitar fisicamente na Justiça de primeiro
grau, permanece a obrigatoriedade de comunicar a
interposição do agravo de instrumento no tribunal e
também de levar ao magistrado a cópia das peças,
para que possa ser exercido o juízo de retratação.
Como a agravante, no caso em análise, comunicou a
interposição do agravo de instrumento ao juízo, o
ministro Moura Ribeiro, aplicando os princípios da
não surpresa e da primazia do mérito e o artigo 932
do CPC, decidiu pela cassação do acórdão recorrido,
com a concessão de prazo de cinco dias para que a
recorrente complemente a documentação exigida.
Fonte: STJ

04/09/2018 -
Paulo Paim afirma que Reforma Trabalhista reduziu
salários
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta
segunda-feira (3) ser favorável à derrubada do veto
presidencial à criação do piso salarial dos agentes
comunitários de saúde.
Ele também defendeu a aprovação de projeto que prevê
a impressão do voto de algumas urnas eletrônicas,
com o objetivo de verificar a confiabilidade do
sistema adotado pelo país.
Paulo Paim aproveitou para comentar a sua atuação na
defesa dos direitos previdenciários e trabalhistas
dos brasileiros. Na opinião dele, a Reforma
Trabalhista fez com que 30 milhões de trabalhadores,
entre os desempregados, os desalentados e os que
atuam na informalidade, passassem a viver de um
salário precário.
— Os próprios empresários sabem hoje que foi um tiro
no pé essa Reforma Trabalhista. É ruim para todo
mundo. Para reativar o mercado interno e fortalecer
a própria economia, é preciso, como disse o próprio
Henry Ford, que é um dos pais do capitalismo, que a
sociedade pague bem seus trabalhadores, porque eles
são os consumidores em potencial — declarou.
Fonte: Agência Senado

04/09/2018 -
Reajuste da tabela do imposto de renda será tema de
audiência nesta terça
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados vai discutir nesta terça-feira (4) projeto
de lei que reajusta os valores das tabelas
progressivas mensais do Imposto de Renda de pessoas
físicas quanto às deduções por dependente e despesas
com educação (PL 6094/13).
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que propôs o
debate, espera focar as discussões nas deduções das
despesas com educação. "Nós temos uma deficiência do
Estado e isso obriga as pessoas a buscarem a
educação digna dos seus filhos, pagando aquilo que o
imposto já paga pro Estado.”
O projeto de lei que altera as tabelas do Imposto de
Renda é analisado junto com outras cinco propostas
sobre o assunto.
O relator da matéria, deputado Eduardo Cury
(PSDB-SP), apresentou texto alternativo a todas as
propostas, focando na correção da tabela do Imposto
de Renda, de acordo com a inflação dos últimos três
anos, período no qual não houve atualização nos
limites e isenções de cobrança.
Debatedores
Foram convidados para a audiência pública o ministro
da Fazenda, Eduardo Guardia; o secretário da Receita
Federal, Jorge Rachid; além de representantes da
Ordem dos Advogados do Brasil e do mercado de
capitais.
Tramitação
Os projetos que reajustam a tabela do Imposto de Renda
têm de ser votados por duas comissões, mas não
precisam passar pelo Plenário da Câmara. Se forem
aprovados nas comissões, poderão seguir direto para
análise do Senado.
A audiência será realizada a partir das 14 horas em
local a definir.
Fonte: Agência Câmara

04/09/2018 -
Ministro da Fazenda defende manutenção do teto dos
gastos públicos
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, saiu em
defesa nesta segunda-feira (3) das políticas de
austeridade do governo federal, especialmente no que
se refere ao teto de gastos, definido pela Emenda
Constitucional nº 95. “Uma alternativa seria aumento
dos impostos, que me parece uma solução inadequada
para a realidade brasileira”, disse. Ele defendeu o
retorno aos patamares de gasto público em torno de
15%, mantidos até 2006. “Hoje temos um gasto em
torno de 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de
todos os bens e serviços produzidos no país)”, disse
durante o Congresso de Mercado de Capitais, na
capital paulista.
Segundo Guardia, o teto dos gastos não leva ao
congelamento de despesas para áreas sociais. “Temos
piso constitucional para saúde e educação”, lembrou.
O mecanismo do teto, disse o ministro, impõe
disciplina aos demais poderes na elaboração do
orçamento e evita contingenciamentos.
Guardia destacou a necessidade da aprovação da
reforma da Previdência em um próximo governo. E
defendeu que antes do debate sobre tornar o sistema
capitalizado, sejam resolvidas questões como “a
desigualdade e a insustentabilidade” da Previdência
atual. “É muito difícil fazer qualquer solução
fiscal, tanto de capitalização como os demais
ajustes que serão necessários, porque o que está por
trás do crescimento acelerado do gasto público é o
desequilíbrio do sistema de Previdência”, disse.
Em relação à necessidade da reforma tributária,
Guardia disse que deve ser considerada apenas depois
de aprovada a reforma da Previdência. “O mundo
inteiro reduziu a tributação para pessoa jurídica,
para em torno de 22%, e o Brasil continua com 34%.
Isso nos criará um problema de competitividade. Isso
precisa ser enfrentado”, disse.
Lembrou, no entanto, que não deve ser feita a
redução da tributação abrindo mão do ajuste fiscal.
E apontou a necessidade de que sejam revistos os
gastos tributários com incentivos, que hoje giram em
torno de 4,5% do PIB.
Fonte: Agência Brasil

04/09/2018 -
PIB indica dificuldade de retomada do crescimento
econômico
Para diretor-técnico do Dieese, resultado divulgado
na sexta (31) está longe do ideal para aponta
recuperação. É preciso que o país tenha outra
dinâmica, afirma.
A variação do Produto Interno Bruto (PIB) do
primeiro para o segundo trimestre, de 0,2%, indicou
resultado discretamente positivo, mas mostra também
que o Brasil apresenta sérias dificuldades para a
retomada do crescimento. "Se comparada a anos
anteriores, em que o Brasil também viveu uma
recessão, a economia tinha uma velocidade três vezes
maior do que a observada atualmente", explica o
diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em
sua coluna na edição desta segunda-feira (3) no
Jornal Brasil Atual.
A quatro meses do fim do governo Temer, Clemente
afirma que os resultados indicam uma quase
estagnação da economia brasileira, com baixos
investimentos públicos e privados, ao desemprego que
afeta 13 milhões de pessoas, segundo estimativa do
IBGE, e a consequente queda no consumo da população
– em contraponto ao período de 2009, por exemplo,
quando o Brasil vivia os impactos da crise global.
"É evidente que o Brasil precisa de ter uma outra
dinâmica econômica para recuperar o dinamismo em
temos de crescimento. E, principalmente, se quer que
esse dinamismo se transforme em renda e emprego para
os trabalhadores", afirma o diretor-técnico,
acrescentando que, para recuperar os postos de
trabalho fechados, é preciso um crescimento do PIB
na ordem de 4% a 5% ao ano.
Fonte: Portal Vermelho

04/09/2018 -
PT recorrerá de novo à ONU e ao STF para garantir
Lula como candidato
A direção do PT anunciou nesta segunda-feira (3) que
pretende recorrer novamente ao Comitê de Direitos
Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
consiga ser registrado como candidato à Presidência
da República nas eleições de outubro.
O PT prepara ainda dois recursos ao Supremo Tribunal
Federal (STF), abordando questões eleitorais e
criminais, para que não ocorra a necessidade de
substituição do nome na chapa no prazo de dez dias,
conforme definido pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que negou o pedido de candidatura na última
sexta-feira (31).
De acordo com o TSE, Lula não pode aparecer em
propaganda política como candidato e está excluído
da cédula eleitoral.
A decisão de recorrer à ONU e ao STF foi tomada após
reunião de Lula com o ex-ministro e vice na chapa
Fernando Haddad e a presidente nacional do PT,
senadora Gleisi Hoffmann (PR).
“Denunciaremos à ONU o não cumprimento do que
determinou em relação à candidatura de Lula, assim
como entraremos com recursos judiciais cabíveis para
defender essa candidatura”, afirmou Gleisi nas redes
sociais. As informações são do Partido dos
Trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil

04/09/2018 -
Na primeira pesquisa após cassação do TSE, Lula
lidera com 37%
Pesquisa do BTG Pactual feita poucas horas depois da
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
cassou o registro da candidatura do ex-presidente, e
divulgada nesta segunda-feira (3), mostra que Lula
mantém a liderança na disputa ao Palácio do
Planalto.
Na pesquisa feita nos dias 25 e 26 de agosto, Lula
tinha 35% e Jair Bolsonaro, do PSL, tinha 22%.
Agora, no levantamento feito nos dias 1º e 2 de
setembro, Lula subiu para 37% contra os mesmos 22%
de Bolsonaro.
Ciro Gomes fica na terceira posição, com 7% das
intenções de voto, seguido por Geraldo Alckmin (6%),
Marina Silva (5%) e João Amoêdo (4%).
A pesquisa foi feita sob o impacto da decisão do
TSE, que ignorou a liminar concedida pelo Comitê de
Direitos Humanos da ONU, assegurando o direito
político de Lula ser candidato. Fato esse que a
grande mídia também tratou de esconder, apesar de
representar uma grave violação aos tratados
internacionais de direitos humanos.
A enxurrada de notícias de que a suposta
inelegibilidade de Lula era fato consumado provocou
certo impacto. Na pesquisa espontânea, em que não
são apresentados os nomes dos candidatos, o eleitor
optou pela escolha do que, pela narrativa da mídia,
parecia certo e não pelo duvidoso. A intenção de
voto a Lula teve ligeira queda e empatou com
Bolsonaro, ambos com 21%. No mesmo cenário da
pesquisa BTG/FSB realizada há uma semana, Lula tinha
26% e Bolsonaro, 19%.
Os outros candidatos aparecem todos empatados na
margem de erro, com menos de 5%.
Sem Lula na disputa, como quer a direita
conservadora, o cenário muda novamente. O candidato
Ciro Gomes (PDT) eleva o seu índice de intenção de
voto, indo para o segundo turno das eleições 2018.
Bolsonaro teria 26% dos votos, enquanto Ciro teria
12%. Logo depois, viria Marina Silva (Rede), com
11%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%; Fernando Haddad
(como candidato do PT), com 6%; e João Amoêdo
(Nono), com 4%.
A pesquisa do BTG Pactual, registrada no Tribunal
Superior Eleitoral como TSE: BR-01057/2018 foi feita
com dois mil entrevistados, por telefone, entre 1º e
2 de setembro. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: Portal Vermelho

04/09/2018 -
Atividade industrial apresenta queda em julho, diz
CNI
Faturamento liderou recuo do setor - Falta fôlego
na recuperação industrial
Dos 6 Indicadores Industriais utilizados pela CNI
(Confederação Nacional da Indústria), 4 registraram
queda em julho, na comparação com o mês anterior. O
faturamento real liderou o recuo do setor, com baixa
de 3,8%.
Os dados foram divulgados nesta 2ª feira
(3.set.2018) e são parte dos Indicadores Industriais
da CNI.
Em junho, o faturamento industrial teve alta de
26,4%. Ainda com a queda expressiva ante ao mês
anterior, o índice registrado em julho é 6,8% maior
do que o resultado do mesmo mês de 2017.
As horas trabalhadas na produção caíram 2,4%, em
julho deste ano, e os empregos, 1,3%. Desde maio,
mês da greve dos caminhoneiros, o indicador de
empregos acumula 4,3% de retração. Ante julho do ano
passado o emprego industrial mostrou crescimento de
0,4%.
Para a CNI, a retração confirma o padrão oscilante
da atividade industrial em 2018, principalmente após
a crise dos transportes rodoviários.
Após 3 meses consecutivos em queda, o rendimento
médio real dos trabalhadores do setor industrial se
manteve estável, com pequeno recuo de 0,1%. Na
comparação com o mesmo período de 2017, o rendimento
apresenta queda de 3,2%.
As únicas altas de julho foram na massa salarial, de
0,4%, e a UCI (Utilização da Capacidade Instalada),
registrando 77,6%. Apesar de acumular alta de 1,4
ponto percentual, o resultado de julho da UCI ainda
é menor que o de abril, 78,1%, e “é insuficiente
para retomar o nível registrado em abril”, afirma a
CNI.
Embora na comparação com julho de 2017 os resultados
sigam positivos a CNI afirma que os resultados de
julho apontam falta de fôlego no ritmo de
recuperação da indústria, “em especial no caso das
horas trabalhadas e do emprego”.
Fonte: Poder360

04/09/2018 -
Reajustes nos custos de planos de saúde serão
debatidos novamente pela CAS
Mudanças nos preços dos planos de saúde individuais
e familiares serão tema de audiência pública da
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta terça-feira
(4). Solicitada pela senadora Marta Suplicy (MDB-SP),
a audiência pública ocorre após a Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) ter revogado a Resolução
Normativa 433/2018, que estabelecia novas regras
para a prática de coparticipação e franquia em
planos de saúde.
O assunto foi debatido no Senado no mês de julho,
tanto na CAS quanto na Comissão Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH). Uma decisão
provisória da presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministra Cármen Lúcia, chegou a suspender
as novas regras de franquia e coparticipação dos
segurados.
Pela resolução revogada, era permitido cobrar até
40% de cada procedimento dos seus usuários. Ficou
determinado ainda um limite mensal (que não
ultrapassasse o valor da mensalidade) e um anual
(sem ultrapassar o equivalente a 12 mensalidades), a
serem pagos pelo consumidor por coparticipação e
franquia.
As manifestações de insatisfação de parlamentares e
da sociedade contribuíram para que a ANS decidisse
reabrir as discussões das novas regras "devido às
manifestações de apreensão da sociedade". Em nota,
divulgada no dia 30 de julho, a agência manifestou o
desejo de continuar o diálogo com a sociedade, por
meio de audiência pública.
Convidados
Foram convidados para o debate, Leandro Fonseca da
Silva, diretor-presidente da ANS; Ana Lúcia Kenickel
Vasconcelos, secretária nacional de Relações de
Consumo do Ministério da Justiça; Igor Rodrigues
Britto, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa
do Consumidor (Idec); José Luiz Toro da Silva,
assessor jurídico da União Nacional das Instituições
de Autogestão em Saúde; José Cechin, diretor
executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar
(Fenasaúde); e José Cláudio Ribeiro Oliveira,
advogado da Central Nacional Unimed (CNU).
A reunião está marcada para às 14h, na sala 9 da Ala
Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado. A audiência
será realizada em caráter interativo, com
possibilidade de participação popular pelo Portal
e-Cidadania e pelo Alô Senado (0800-612211).
Fonte: Agência Senado

04/09/2018 -
Oferecer emprego de volta não exime pagamento de
estabilidade para grávida
Oferecer o emprego de volta a uma gestante demitida
não exime a empresa de pagar o período de
estabilidade. Com este entendimento, a 4ª Câmara do
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região manteve
decisão que condenou uma empresa de telemarketing a
indenizar uma ex-funcionária.
A relatora do acórdão, a desembargadora Eleonora
Bordini Coca, afirmou que, uma vez que se comprovou
que a trabalhadora manteve contrato de emprego por
prazo determinado e que, por ocasião do
desligamento, estava grávida, a verba do período de
estabilidade deve ser paga.
"O direito à garantia de emprego da empregada
gestante, ainda que contratada por prazo
determinado, independentemente da ciência do
empregador acerca do seu estado gravídico,
encontra-se pacificado pela jurisprudência
trabalhista", conforme entendimento reunido em torno
da Súmula 244, itens I e III, do Tribunal Superior
do Trabalho. Assim, com base na súmula e no fato de
a estabilidade à gestante "proteger não só a
maternidade, mas também a infância do recém-nascido,
correta a sentença", concluiu o acórdão.
O colegiado também afastou o argumento de que não
seria devida a indenização pois, durante uma
audiência, a trabalhadora havia recusado oferta de
retornar ao serviço pois havia encontrado um novo
emprego.
Já quanto ao pedido da trabalhadora, relativo à
indenização por danos morais, pelo fato de a
dispensa ter ocorrido durante sua gravidez, o
colegiado entendeu que ela não tem razão. "Não há
como presumir o conhecimento da gravidez pela
empregadora, mormente porque o término da relação de
emprego se deu no início da gestação", afirmou a
relatora. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TRT-15.
Processo 0011025-43.2015.5.15.0001
Fonte: Consultor Jurídico

04/09/2018 -
Funcionário pode acumular adicionais de
insalubridade e penosidade, decide TST
É inadmissível exigir que o empregado opte entre os
adicionais de penosidade e insalubridade, pois o
último é um direito fundamental irrenunciável. Assim
entendeu a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
ao reconhecer a possibilidade de cumulação dos
adicionais a uma agente da Fundação de Atendimento
Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul.
Por maioria, a turma entendeu que esse tipo de
transação implica na renúncia a direito previsto em
norma constitucional e trabalhista de caráter
obrigatório, com prejuízo para o empregado.
“Trata-se, no âmbito dos direitos fundamentais, de
situação diferenciada de trabalho para a qual se
impõe tratamento distinto”, afirmou o relator,
ministro Augusto César Leite de Carvalho. Segundo
ele, “não cabe condicionar o exercício desse direito
à não fruição de qualquer outro direito”.
Agente socioeducadora, a autora da ação sustentou
ter direito ao adicional de insalubridade por ter
contato direto com adolescentes portadores de
doenças infectocontagiosas.
Segundo o processo, a fundação pedia para os
funcionários assinarem uma declaração em que podiam
optar pelo adicional de penosidade, correspondente a
40% do salário básico. No entendimento da
funcionária, o termo de opção pelo adicional de
penosidade seria nulo, pois impediria a aplicação de
preceitos trabalhistas irrenunciáveis.
O pedido foi julgado improcedente pelo juízo da 1ª
Vara do Trabalho de Uruguaiana e pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). Segundo o
TRT, a norma interna da fundação, ao instituir o
adicional de penosidade, é expressa ao condicionar
seu pagamento à opção.
Ao examinar o recurso, no entanto, o relator do caso
no TST apontou que o direito ao adicional de
insalubridade, assegurado no artigo 192 da CLT e no
artigo 7º, XXIII, da Constituição da República, é
norma de ordem pública relacionada às condições de
trabalho insalubres acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. Por isso,
a turma deu provimento ao recurso e determinou a
remessa do processo ao TRT para apreciação do pedido
relativo ao adicional de insalubridade. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Processo: 150-45.2015.5.04.0801
Fonte: Consultor Jurídico

03/09/2018 -
Centrais Sindicais: Terceirização tira direitos e
não gera emprego
A aprovação no Supremo Tribunal Federal (STF) da
terceirização para atividade-fim gerou protestos das
centrais sindicais brasileiras desde a divulgação
nesta quinta-feira (30). As entidades sempre se
opuseram à terceirização sem limites e classificaram
a decisão do Supremo como nefasta, desastrosa e
trágica. As centrais também contestaram o voto de
alguns ministros do STF e negaram que a
terceirização da atividade-fim criará empregos.
Por Railídia Carvalho
Foram 7 votos a 4 a favor da terceirização para a
atividade-fim, que era proibida pela Súmula 331 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Antes da
decisão do STF, uma escola poderia apenas contratar
terceirizados para trabalhar na limpeza e
vigilância, agora pode contratar também professores
que atuam na atividade-fim da empresa.
Na prática, empregadores têm usado a terceirização
no Brasil para reduzir custos, maximizar lucros e
violar direitos trabalhistas, afirmou ao Portal
Vermelho o advogado trabalhista Magnus Farkatt.
“Ou seja, um empresário monta uma empresa e não
precisa contratar nenhum funcionário. Basta
terceirizar tudo”, afirmou nota da Intersindical. De
acordo com a central, “os mais altos integrantes do
Judiciário” estão sintonizados com os “interesses
exclusivos dos grandes grupos econômicos”. Segundo a
nota, o combate à terceirização continua sendo pauta
central dos trabalhadores.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil afirmou que “o dia de hoje (30) comprovou que
a Casa Grande é cega e veste toga”. O presidente da
central, Adilson Araújo, lembrou que a terceirização
sem limites é uma reivindicação antiga da classe
empresarial. Segundo ele, os defensores da reforma
trabalhista (que formalizou em novembro de 2017 a
terceirização para atividade-fim) também diziam que
empregos seriam gerados.
“Após a implantação da lei [reforma trabalhista], o
que vimos hoje é a degradação do trabalho.” Adilson
afirmou que, ao aprovar terceirização para a
atividade-fim, o “STF parece desconhecer” o
“desastre social, econômico e político” instalado no
Brasil e que “afetou 65,6 milhões de brasileiros,
que, fora da força de trabalho, vivem no desalento”.
“Ampliar a terceirização é um grande equívoco, que
só fará ampliar os problemas já existentes”, diz
trecho da nota da Força Sindical assinada pelo
presidente em exercício Miguel Torres e pelo
secretário-geral João Carlos Gonçalves, o Juruna. Os
sindicalistas lembraram que um dos efeitos práticos
para o trabalhador terceirizado é a perda de
conquistas como Participação nos Lucros ou
Resultados, vale-transporte e vale-alimentação.
“A terceirização da atividade-fim não cria empregos,
reduz os salários e divide a representação sindical,
prejudicando as negociações por benefícios e
melhores salários”, conclui a nota.
Para a Central Única dos Trabalhadores, a decisão do
Supremo coloca em risco a vida dos trabalhadores.
Estudos da entidade e do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
constataram que terceirizados recebem 24,7% a menos
do que trabalhadores contratados diretamente,
trabalham três horas a mais e estão mais expostos ao
adoecimento e à morte numa proporção de 8/10.
“Ao autorizar a terceirização indiscriminada, a
Suprema Corte, que é a Casa revisora do Brasil,
perdeu a oportunidade de revisar um ato
inconstitucional cometido pela Câmara dos Deputados,
que trouxe insegurança jurídica e precarizou a vida
dos trabalhadores e trabalhadoras", afirmou Vagner
Freitas, presidente da CUT, em matéria publicada na
Rede Brasil Atual.
A reforma trabalhista implementada em novembro do
ano passado reforçou a terceirização da
atividade-fim. Em março de 2017, Michel Temer
sancionou a Lei 13.429 que também liberava a
terceirização sem limites. A decisão do Supremo, que
se apoiou nos mesmos argumentos da reforma
trabalhista, fortaleceu as iniciativas do governo de
Michel Temer e recebeu elogios da Confederação
Nacional da Indústria (CNI). “O STF reconheceu que a
terceirização não precariza”, afirmou à Folha de S.
Paulo o assessor jurídico da CNI, Cássio Borges.
Na opinião da CUT, a decisão foi mais uma prova de
que “de que vivemos em um Estado de Exceção, no qual
os poderes da República estão sequestrados pelos
interesses do grande capital”.
Fonte: Portal Vermelho

03/09/2018 -
Portaria regulamentará repasse de saldo residual do
imposto sindical
Após nova cobrança das centrais sindicais, o governo
federal se comprometeu, na quinta-feira, 30, a
publicar uma portaria para regulamentar as regras de
acesso a um saldo residual de recursos do imposto
sindical obrigatório, extinto depois da reforma
trabalhista.
De acordo com o presidente em exercício da Força
Sindical, Miguel Torres, o governo indicou que pode
publicar o documento até 11 de setembro, mas a
assessoria de imprensa da Presidência da República
informou que não há prazo para tal publicação. O
governo ainda realizará novas reuniões com o
Ministério do Trabalho para definir os termos da
portaria.
As centrais sindicais reivindicam o acesso a
recursos que teriam sido arrecadados com o imposto
sindical mas que foram repassados ao Ministério do
Trabalho por conta de erros no preenchimento das
guias de recolhimento do tributo. Estes recursos já
deveriam ter sido entregues às entidades. O valor
seria de cerca de R$ 150 milhões.
Em outubro do ano passado, foi firmado um acordo
entre o Ministério do Trabalho e as centrais
sindicais, com a mediação do Ministério Público do
Trabalho, para a devolução dos recursos. Em
fevereiro deste ano, no entanto, a Controladoria
Geral da União (CGU) determinou a suspensão dos
repasses após ter identificado fraudes.
Segundo Torres, a partir da publicação da portaria,
o Ministério do Trabalho fará o levantamento do
valor que deve ser repassado ao movimento sindical.
Só após a conclusão deste trabalho é que se poderá
entrar com o pedido de pagamento.
A questão foi discutida na quinta em reunião no
Palácio do Planalto. Participaram o presidente
Michel Temer, os ministros da Fazenda, Eduardo
Guardia, e do Trabalho, Caio Vieira de Mello, a
Advogada-Geral da União, Grace Mendonça, e
representantes de sindicatos. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Jornal do Brasil

03/09/2018 -
PT diz que vai recorrer da decisão que impediu
candidatura de Lula
Em nota divulgada, antes mesmo do encerramento da
votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
indeferiu o registro da candidatura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o PT informou que vai
recorrer da decisão e que “continuará lutando por
todos os meios para garantir sua candidatura nas
eleições de 7 de outubro”.
O partido classificou a decisão de “violência contra
os direitos de Lula e do povo que quer elegê-lo
presidente da República”. A manifestação do PT foi
feita quando ainda votava a presidente do TSE,
ministra Rosa Weber, mas com placar de 6 a 1,
resultado que formava maioria contra a candidatura
do ex-presidente.
Na nota, o partido diz que pretende apresentar
“todos os recursos aos tribunais para que sejam
reconhecidos os direitos políticos de Lula previstos
na lei e nos tratados internacionais ratificados
pelo Brasil”. Diz ainda que pretende defender o
candidato nas ruas, “junto com o povo, porque ele é
o candidato da esperança".
Programa eleitoral
Além da nota, o PT também divulgou na página do
partido o primeiro vídeo do programa eleitoral de
Lula, acompanhado do título “O vídeo de Lula que
Barroso não quer que o Brasil assista”. No voto do
relator Luís Roberto Barroso, acompanhado pela
maioria dos ministros, o partido fica proibido de
fazer campanha por Lula e ganha prazo de 10 dias
para trocar a candidatura. A propaganda eleitoral no
rádio e na TV dos candidatos a presidente começou
sábado (1º).
Fonte: Agência Brasil

03/09/2018 -
Governo edita MP que adia reajuste dos servidores
para 2020
O Diário Oficial da União publicou, no último sábado
(1º), em edição extra, a Medida Provisória (MP)
849/18, que adia para 2020 o reajuste de servidores
públicos federais, até então programado para 2019. A
decisão foi comunicada na sexta-feira (31) pelo
ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante
apresentação do Projeto de Lei Orçamentária (Ploa)
de 2019.
Ao justificar o adiamento do reajuste, que deveria
estar em vigor desde o ano passado, Guardia citou a
necessidade de ajuste fiscal e disse que o atual
momento do país não comporta o crescimento de gastos
públicos obrigatórios. Segundo o ministro, a
previsão do reajuste, entretanto, está mantida no
Projeto de Lei Orçamentária, caso a MP que adia o
aumento salarial não seja aprovada no Congresso
Nacional.
O adiamento do reajuste a servidores públicos
federais, segundo o Planalto, dará flexibilidade de
R$ 4,7 bilhões para o próximo governo gastar com
outras despesas, como investimentos federais (obras
públicas e compra de equipamentos). Originalmente, o
impacto seria de R$ 6,9 bilhões, mas Guardia
explicou que um total de R$ 2,2 bilhões de reajustes
previstos não foi regulamentado e perdeu a validade.
Contradições
Alguns fatos conflitam ou colidem com o congelamento
salarial dos servidores federais: o aumento de 13%
do diesel, e a decisão de o Judiciário aumentar seus
salários, ao mesmo tempo em que o STF
constitucionalizou a terceirização geral da mão de
obra.
Fonte: Diap

03/09/2018 -
Governo aumenta para R$ 1.006 previsão para salário
mínimo em 2019
O aumento das estimativas de inflação fez o governo
revisar para cima o valor do salário mínimo para o
próximo ano. A proposta do Orçamento Geral da União
para 2019, enviada sexta-feira (31) ao Congresso
Nacional, fixou em R$ 1.006 o salário mínimo para o
primeiro ano do próximo governo.
Em 2019, a fórmula atual de reajuste será aplicada
pela última vez. Pela regra, o mínimo deve ser
corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais
a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos
bens e dos serviços produzidos no país) dos dois
anos anteriores.
De acordo com os Ministérios da Fazenda e do
Planejamento, o valor do mínimo foi revisado para
cima porque a estimativa de inflação pelo INPC em
2018 passou de 3,3% para 4,2%. O INPC mede a
variação de preços das famílias mais pobres, com
renda mensal de um a cinco salários mínimos.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que fixa
parâmetros para o Orçamento do ano seguinte,
estabeleceu o salário mínimo em R$ 99 . A previsão
considerou o crescimento de 1% do PIB de 2017 mais
estimativa de inflação pelo INPC de 3,3%.
Inicialmente, o governo tinha proposto salário
mínimo de R$ 1.002.
Fonte: Agência Brasil

03/09/2018 -
Projeto transforma em voluntárias contribuições para
entidades do “Sistema S”
Hoje as contribuições mensais a entidades como
Senai e Senac são compulsórias
A Câmara dos Deputados analisa proposta que veda as
transferências involuntárias de recursos às
entidades do “Sistema S”. Pelo Projeto de Lei
9509/18, as contribuições mensais a entidades como
Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (Senai)
e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)
passarão a ser voluntárias.
Autor do texto, o deputado João Gualberto (PSDB-BA)
diz que em 2016 as entidades “Sistema S”
arrecadaram, por meio de repasses realizados pela
Receita Federal, mais de R$ 16 Bilhões. “Tal valor,
se comparado à projeção de déficit das contas
públicas brasileiras do ano 2017, que somará,
segundo as próprias estimativas do Ministério da
Fazenda, quase R$ 160 Bilhões, é de extrema
relevância”, disse.
Para o parlamentar, a destinação desse montante
volumoso de recursos a entes particulares deve ser
revisitada. “A utilização de valores arrecadados por
meio dos tributos exigidos dos contribuintes
representa, ao fim, uma apropriação não autorizada,
senão indevida, dos recursos destinados à consecução
dos objetivos governamentais”, opinou.
O projeto altera a legislação dos diversos serviços,
transformando em voluntárias as contribuições
mensais compulsórias previstas na legislações
atuais.
São alterados, por exemplo, o Decreto-Lei 4.048/42,
que trata do Senai; o Decreto-Lei 8.621/46, que
dispõe sobre o Senac; a Lei 8.029/90, que
regulamenta o Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e
Média Empresa (Cebrae); a Lei 8.315/91, sobre o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); a
Lei 8.706/93, sobre o Serviço Social do Transporte (Sest)
e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat); e a Medida Provisória 2.168-40/01, que
trata do Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop).
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Desenvolvimento Econômico,
Indústria, Comércio e Serviços; de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

03/09/2018 -
Projeto garante recontratação de representante
sindical por empresa terceirizada substituta
Proposta em análise na Câmara dos Deputados altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei
5.452/43) para garantir ao empregado representante
sindical o direito de ser recontratado por empresa
terceirizada substituta ao fim do contrato da
empregadora anterior.
Autor da proposta – Projeto de Lei 9655/18 –, o
deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) argumenta que a
medida pretende assegurar o direito à atividade
sindical mesmo diante das novas práticas
trabalhistas, como é o caso da terceirização de
serviços.
“Há necessidade de tomarmos medidas que a assegurem
a cobertura da organização sindical a todos as
categorias de trabalhadores. Caso contrário, o
empregado eleito para entidade sindical da categoria
corre o risco de não ser contratado pela nova
empresa se tiver demonstrado uma atuação combativa e
eficiente na defesa dos interesses da categoria
quando atuava na antiga empresa”, disse.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter
conclusivo.
Fonte: Agência Câmara

03/09/2018 -
OAB questiona obrigação imposta pela reforma
trabalhista para peticionar
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
ajuizou, no Supremo Tribunal Federal, uma ação
direita de inconstitucionalidade contra a exigência
de o trabalhador ter que indicar valores certos e
determinados na petição de uma reclamatória, sob
pena de extinção do processo sem julgamento de
mérito. A obrigação foi instituída pela reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017).
A OAB afirma que a nova norma processual dos
parágrafos 1º e 3º do artigo 840 da CLT, em momento
anterior à apresentação da contestação e à juntada
de documentos, impede o acesso à Justiça, garantido
pela Constituição. Também ficam vulneráveis com a
mudança as garantias relacionadas à proteção do
trabalho, proteção do salário, à tutela judicial dos
créditos trabalhistas e da segurança jurídica.
“Ao exigir que as reclamações trabalhistas estejam
liquidadas desde a propositura, o artigo 840,
parágrafo 1º, impôs uma obrigação de difícil e, na
maioria das vezes, de impossível cumprimento pelo
reclamante”, afirmou o conselho no pedido. “Não
devem existir óbices para que o cidadão efetivamente
tenha a oportunidade de se beneficiar da tutela
jurisdicional, necessária para a garantia de seus
direitos e para o respeito aos deveres alheios.”
A OAB apresentou dados sobre a redução do número de
ações trabalhistas desde que a reforma entrou em
vigor. “Pesquisas apontam a redução de mais de 50%
da quantidade de processos na maioria dos tribunais,
quando comparado o mês de dezembro de 2017 com o
mesmo período do ano anterior. Em números, trata-se
de uma redução de 193.515 para 84.226 ações
trabalhistas”, diz, citando dados do Tribunal
Superior do Trabalho.
Para justificar o pedido de liminar, a OAB alegou a
relevância da matéria, o perigo da demora
relacionado à incerteza na interpretação dos novos
dispositivos com os quais as decisões estão
aplicando “de maneira excessivamente restritiva o
requisito de pedido ‘certo, determinado e com
indicação de seu valor’, inclusive inadmitindo a
emenda da inicial”.
Os direitos fundamentais dos trabalhadores,
sustentou a entidade, não são passíveis de reparação
diante de uma demora no julgamento da ação direita
de inconstitucionalidade pelo STF.
“A exigência de prévia liquidação da inicial de
reclamação trabalhista é medida que apenas favorece
os empregadores, dificultando sobremaneira a atuação
em juízo dos trabalhadores, parte hipossuficiente na
relação empregatícia e, portanto, objeto de tutela
específica no Direito Processual do Trabalho, por
meio do princípio específico da proteção”, concluiu.
Fonte: Consultor Jurídico

03/09/2018 -
Ex-empregado não tem direito à permanência em plano
de saúde custeado exclusivamente pelo empregador
Na hipótese de planos coletivos de saúde custeados
exclusivamente pelo empregador, o ex-empregado
aposentado ou demitido sem justa causa não tem
direito a permanecer como beneficiário, salvo
disposição expressa em contrato, acordo ou convenção
coletiva de trabalho. Nessas situações, o pagamento
de coparticipação não é caracterizado como
contribuição. Além disso, a oferta de serviços
médicos pelo empregador, diretamente ou por meio de
operadora de plano de saúde, não configura salário
indireto.
A tese foi fixada pela Segunda Seção do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar dois recursos
especiais repetitivos (Tema 989). Com o julgamento –
que consolida para os efeitos jurídicos de
repetitivo um entendimento já pacificado no âmbito
do STJ –, pelo menos 615 ações que estavam suspensas
poderão agora ter solução definitiva nos tribunais
de todo o país.
De forma unânime, o colegiado seguiu o voto do
relator, ministro Villas Bôas Cueva. O ministro
destacou inicialmente que, nos termos dos artigos 30
e 31 da Lei 9.656/98, é assegurado ao trabalhador
demitido sem justa causa ou aposentado que
contribuiu para o plano de saúde o direito de
manutenção como beneficiário, nas mesmas condições
de cobertura assistencial do período em que estava
vigente o contrato de trabalho, desde que assuma o
pagamento integral do plano.
Coparticipação
O ministro também lembrou que, segundo os mesmos
artigos da Lei 9.656/98, não é considerada
contribuição a coparticipação do consumidor
exclusivamente em procedimentos médicos. Por
consequência, apontou, contribuir para o plano de
saúde significa pagar uma mensalidade,
independentemente do usufruto dos serviços de
assistência médica.
“Logo, quanto aos planos de saúde coletivos
custeados exclusivamente pelo empregador, não há
direito de permanência do ex-empregado aposentado ou
demitido sem justa causa como beneficiário, salvo
disposição contrária expressa prevista em contrato
ou em convenção coletiva de trabalho, sendo
irrelevante a existência de coparticipação, pois,
como visto, esta não se confunde com contribuição”,
afirmou o relator.
No entanto, Villas Bôas Cueva ponderou que, na
hipótese de empregados que sejam incluídos em outro
plano privado de assistência à saúde, com pagamento
de valor periódico fixo, oferecido pelo empregador
em substituição ao originalmente disponibilizado sem
a sua participação, há a incidência dos direitos de
permanência previstos na Lei 9.656/98.
Salário indireto
“Quanto à caracterização como salário indireto do
plano de assistência médica, hospitalar e
odontológica concedido pelo empregador, o artigo
458, parágrafo 2º, IV, da CLT é expresso em dispor
que esse benefício não possui índole salarial, sejam
os serviços prestados diretamente pela empresa ou
por determinada operadora”, apontou o ministro.
Ao fixar a tese, o ministro ressaltou que o Tribunal
Superior do Trabalho também adota o entendimento de
que é indevida a manutenção do plano de saúde para
os empregados desligados quando o plano é custeado
inteiramente pelo empregador.
Em um dos casos analisados pelo colegiado, o
ex-empregado ajuizou ação de obrigação de fazer
objetivando sua manutenção no plano de saúde
coletivo empresarial nas mesmas condições de
cobertura do período em que estava vigente o
contrato de trabalho. Em primeiro grau, o magistrado
havia julgado procedente o pedido por considerar,
entre outros fundamentos, que a assistência à saúde
constituiria salário indireto. A decisão foi mantida
pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Após a fixação da tese, a seção deu provimento ao
recurso especial da administradora do plano para
julgar improcedentes os pedidos da ação, já que, de
acordo com os autos, o autor não contribuiu para o
plano no decurso do contrato de trabalho.
Fonte: STJ

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