Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2019

 

 

30/09/2019 - Lula reitera que não irá pedir progressão penal


30/09/2019 - Reforma sindical: resistência, confronto de ideias e propostas


30/09/2019 - Centrais discutem com Rodrigo Maia economia e estrutura sindical


30/09/2019 - Atenção e cuidado: aberta uma agenda trabalhista complexa


30/09/2019 - Informalidade no mercado de trabalho atinge recorde


30/09/2019 - Brasil precisa capacitar 10,5 milhões de trabalhadores até 2023


30/09/2019 - Proposta cria central para facilitar colocação profissional de jovens no mercado


27/09/2019 - Projeto da carteira de trabalho eletrônica é vetado por Bolsonaro


27/09/2019 - Rodrigo Janot revela que foi ao STF armado para assassinar Gilmar Mendes


27/09/2019 - Paulo Paim critica flexibilização dos direitos trabalhistas


27/09/2019 - Toffoli suspende julgamento e vai propor aplicação limitada – o que pode atingir os direitos de Lula


27/09/2019 - Humberto Costa critica política econômica do governo Bolsonaro


27/09/2019 - CDH realiza audiência pública para debater a PEC Paralela da Previdência


27/09/2019 - Empresários cobram sistema único para informações sobre trabalhadores


27/09/2019 - CDH mantém multa para diferença salarial entre homens e mulheres


26/09/2019 - Após reforma trabalhista, 15% das vagas criadas são intermitentes


26/09/2019 - Bolsonaro aparece em queda em nova pesquisa Ibope


26/09/2019 - CNI-Ibope aponta política econômica de Paulo Guedes como um fracasso para os brasileiros


26/09/2019 - Raoni defende saída de Bolsonaro "antes que algo muito ruim aconteça"


26/09/2019 - Fachin nega recurso que pode anular processos da Lava Jato


26/09/2019 - Brasil tem quinto mês consecutivo com saldo positivo de emprego


26/09/2019 - Projeto susta norma do governo que instituiu comissão tripartite trabalhista


26/09/2019 - Cálculo da aposentadoria deve considerar como atividade principal aquela que gera renda maior


25/09/2019 - Bolsonaro assina lei que cria imposto sobre férias, 13º e horas extras


25/09/2019 - Em derrota para Bolsonaro e Moro, Congresso derruba 18 vetos à lei de Abuso de Autoridade


25/09/2019 - Governo faz revisão de normas de segurança e saúde no trabalho


25/09/2019 - Carteira de Trabalho Digital entra em vigor


25/09/2019 - Ricupero: na ONU, Bolsonaro ‘afetou as perspectivas do agronegócio'


25/09/2019 - Fala de Bolsonaro na ONU leva Brasil a isolamento internacional, diz Humberto Costa


25/09/2019 - STF julga hoje caso que pode anular condenação de Lula


25/09/2019 - Adiamento da discussão sobre a reforma da Previdência não traz prejuízo, diz Paim


25/09/2019 - Reforma da Previdência visa cortar direitos da classe trabalhadora, diz Paulo Rocha


24/09/2019 - Lula já pode pedir semiaberto, mas deve aguardar por 'liberdade plena'


24/09/2019 - Guedes: criar emprego com a nova matriz econômica. Isso é ridículo


24/09/2019 - Dino diz no Roda Viva que Ciro deveria ter apoiado Haddad no segundo turno


24/09/2019 - Bolsonaro é vaiado e alvo de protestos em Nova York


24/09/2019 - Comissões debatem exploração indevida da renda de idosos


24/09/2019 - Paim defende aposentadoria especial para trabalhadores em atividades de risco


24/09/2019 - Prova de vida do INSS poderá ser feita pelo celular


24/09/2019 - Audiência discute MP sobre antecipação do abono anual do INSS


24/09/2019 - Supremo analisa contribuição previdenciária devida por aposentado


24/09/2019 - Mantida validade de norma coletiva que substituía horas extras por diárias


23/09/2019 - Reforma da Previdência pode ser votada em 1º turno nesta terça-feira


23/09/2019 - New York Times chama Bolsonaro de mini-Trump em análise sobre assembleia geral da ONU


23/09/2019 - MP da liberdade econômica é sancionada; veja os principais pontos


23/09/2019 - Orlando Silva afirma que Bolsonaro é "uma vergonha planetária"


23/09/2019 - Vale é condenada a pagar R$ 12 milhões a vítimas de Brumadinho que eram de São Paulo


23/09/2019 - Michelle Bachelet sobre Bolsonaro: me dá pena pelo Brasil


23/09/2019 - CNC prevê a abertura de 8,7 mil pontos comerciais até o fim do ano


23/09/2019 - Confiança da indústria recua 0,2 ponto na prévia de setembro


20/09/2019 - Governo tenta piorar lei trabalhista. Advogados e juízes cobram proteção social


20/09/2019 - Relatório sobre emendas à PEC da Previdência vai a votação na CCJ na terça


20/09/2019 - Dados apresentados pelo governo para reforma da Previdência serão discutidos na CDH


20/09/2019 - TSE pode devastar bancada do PSL na Câmara por causa do laranjal


20/09/2019 - Empregados dos Correios formalizam suspensão da greve no TST


20/09/2019 - Aprovada inclusão de metas de saúde e segurança em participação nos lucros


19/09/2019 - Líder de Bolsonaro no Senado é alvo da PF


19/09/2019 - Centrais preparam dia nacional de luta contra reforma da Previdência


19/09/2019 - Governo Bolsonaro aumenta a desigualdade de renda no país


19/09/2019 - Tasso apresenta relatório da reforma da Previdência nesta quinta-feira


19/09/2019 - Bolsonaro não tem "estatura" para comparecer à ONU, dizem deputados


19/09/2019 - Major Olimpio sobre Flávio Bolsonaro: que se dane se é filho do presidente


19/09/2019 - Política de desvalorização do salário mínimo aumentará pobreza, alerta Paim


19/09/2019 - Na comissão mista, debatedores divergem sobre valor dos saques do FGTS


19/09/2019 - Copom reduz Selic para 5,5% ao ano


19/09/2019 - CAS aprova incentivo à admissão de aprendiz por micro e pequena empresa


18/09/2019 - Feirão de empregos atrai milhares de pessoas na capital paulista


18/09/2019 - Podemos quer filiar Moro e lançá-lo candidato à Presidência em 2022


18/09/2019 - Investigação do Conselho Nacional de Direitos Humanos pode anular condenação de Lula


18/09/2019 - Lewandowski diz que, se plenário demorar, pode decidir sobre anulações na Lava Jato


18/09/2019 - Parlamentares afirmam que Temer deu "tapa na cara do povo' ao assumir golpe


18/09/2019 - "Preço de petróleo é com a Petrobras", diz Guedes


18/09/2019 - CCJ deve analisar relatório da reforma da Previdência na próxima terça


18/09/2019 - Ciro Gomes afirma que Bolsonaro não terminará o governo


18/09/2019 - Realização de perícia para verificar insalubridade é obrigatória mesmo que não haja pedido


17/09/2019 - Governo Bolsonaro quer ter o direito de congelar salário mínimo


17/09/2019 - Procuradores da Lava Jato atuaram para tentar derrubar Gilmar do STF


17/09/2019 - Orçamento do governo para 2020 deve agravar crise econômica e social


17/09/2019 - ‘Esquerda precisa dialogar com futuro, sem abandonar experiência do passado’, diz Pochmann


17/09/2019 - Previdência: aumento da miséria e do trabalho informal preocupa debatedores


17/09/2019 - “Acabou esse assunto”, diz Rodrigo Maia sobre retorno da CPMF


17/09/2019 - Brics Sindical debate futuro do trabalho com direitos e mais empregos


16/09/2019 - CPI na Câmara vai apurar ilegalidades da operação Lava Jato


16/09/2019 - Fundo eleitoral e reforma da Previdência estão na pauta do Plenário


16/09/2019 - Folha prevê que segunda turma do STF vai votar pela suspeição de Moro no caso triplex


16/09/2019 - Os 300 mais ricos do planeta possuem o mesmo do que os 3 bilhões mais pobres


16/09/2019 - TST começa a analisar possibilidade de acumular adicionais


16/09/2019 - Proposta reduz as alíquotas para contribuição para o Sistema S


16/09/2019 - MP que regula saques de FGTS e Pis/Pasep será discutida em audiências públicas


16/09/2019 - Projeto altera regras da CLT sobre segurança e medicina do trabalho


13/09/2019 - Comissão de Direitos Humanos volta a debater reforma da Previdência nesta sexta


13/09/2019 - Demissão de Cintra mostra governo sem rumo, diz Miriam Leitão


13/09/2019 - Flávio Dino: Bolsonaro considera normal o desemprego no país


13/09/2019 - Para debatedores, reforma trabalhista levou a demissões em massa em faculdades


13/09/2019 - Comissão aprova dispensa de empregador de comunicar férias indicadas pelo empregado


13/09/2019 - Agências da Caixa ampliam horário nesta sexta para saques do FGTS


13/09/2019 - Moro e Dallagnol na mira: Oposição protocola pedido para criação de CPI da Lava Jato


13/09/2019 - Assembleia de Minas pede indiciamento de 13 na tragédia de Brumadinho


13/09/2019 - Reforma da Previdência deixará municípios mais pobres, diz auditor


12/09/2019 - Marcos Cintra deixa comando da Receita Federal


12/09/2019 - Presidente da Câmara discutiu a reforma tributária com parlamentares e secretários estaduais da Fazenda


12/09/2019 - Davi se manifesta contra a criação de mais um imposto para os brasileiros


12/09/2019 - Governo vai desbloquear R$ 20 bilhões até o fim do ano, diz Mourão


12/09/2019 - Mudanças feitas na reforma da Previdência não são de mérito, diz Tasso Jereissati


12/09/2019 - O que o movimento sindical não fez ontem e hoje faz falta, por João Juruna


12/09/2019 - Recém-formados agravam o desemprego que Bolsonaro está longe de reverter


12/09/2019 - Atrás de apoio, governo Bolsonaro estuda ampliar fundo eleitoral para até R$ 3,7 bi


12/09/2019 - Proteção aos idosos poderá ter leis feitas pela União e pelos estados


11/09/2019 - 67% dos brasileiros dizem não às privatizações, aponta Datafolha


11/09/2019 - Produção industrial recua em oito dos 15 locais pesquisados em julho


11/09/2019 - Contra privatização, funcionários dos Correios anunciam greve


11/09/2019 - Dallagnol foge de audiência para tratar sobre troca de mensagens entre procuradores


11/09/2019 - Conselho Nacional de Direitos Humanos irá a Curitiba ouvir Lula


11/09/2019 - CDH debate trabalho e Previdência na próxima quinta


11/09/2019 - Governo Bolsonaro comete estelionato eleitoral e quer CPMF de 0,40% sobre saques e depósitos


11/09/2019 - Fim da unicidade sindical é para valorização máxima do capital


11/09/2019 - Sindicato que perdeu ação não terá de pagar honorários advocatícios


11/09/2019 - TST afasta limitação de número de empregados em ação coletiva movida por sindicato


10/09/2019 - Reforma sindical: com o pé na mina! Por Clemente Ganz Lúcio


10/09/2019 - Paulo Guedes admite: governo Bolsonaro quer entregar todas as estatais


10/09/2019 - Dieese: Pacote anunciado por Bolsonaro é insuficiente para reduzir desemprego


10/09/2019 - Nova CPMF quer arrancar R$200 bi do contribuinte


10/09/2019 - 'Vamos vencer a eleição de 2022. Tenho certeza', diz Flávio Dino a Haddad


10/09/2019 - Em dois anos, reforma na CLT não freou desemprego e piorou a vida do trabalhador


10/09/2019 - PEC paralela reabre prazo para servidor migrar de regime previdenciário


10/09/2019 - Indicador Antecedente de Emprego cresce 0,2 ponto em agosto


09/09/2019 - Votação da reforma da Previdência pode ser concluída no Plenário nesta semana


09/09/2019 - Comissão discutirá impactos das novas tecnologias no mundo do trabalho


09/09/2019 - Grito dos Excluídos tem protestos contra retrocessos de Bolsonaro em todo o Brasil


09/09/2019 - Consultor vê sindicalismo na escada rolante e aponta as três opções


09/09/2019 - Paim critica aumento do tempo de contribuição na reforma da Previdência


09/09/2019 - Lava Jato omitiu diálogos de Lula para impedir sua posse na Casa Civil e derrubar Dilma


09/09/2019 - Humberto Costa cobra mais debate sobre reforma da Previdência antes de votação


09/09/2019 - Inflação oficial fica em 0,11% em agosto, diz IBGE


09/09/2019 - Jornada definida por norma interna pode ter prescrição total, fixa TST


09/09/2019 - Câmara rejeita salário-maternidade de micro empresas pago pelo INSS


06/09/2019 - Veja onde serão os atos que farão do 7 de Setembro um "Dia de Luto"


06/09/2019 - Governo Bolsonaro quer ampliar reforma trabalhista e fim da unicidade sindical


06/09/2019 - STF confirma responsabilidade objetiva de empresas por acidentes


06/09/2019 - Depois de Bolsonaro, Paulo Guedes também faz ataque machista a Briggite Macron: "é feia mesmo"


06/09/2019 - Para convidados da CDH, nova Previdência significará trabalhar mais e receber menos


06/09/2019 - Sindicato pressiona, e Senado recua da abertura de agências bancárias aos sábados


06/09/2019 - Inflação para famílias com renda mais baixa cai em agosto


05/09/2019 - O buraco de Bolsonaro: Bolsa tem maior fuga de capitais em 23 anos


05/09/2019 - Alcolumbre cogita votação da reforma da Previdência na próxima semana


05/09/2019 - Michelle Bachelet: 'às vezes, as pessoas elegem não democratas e racistas'


05/09/2019 - Sindicalismo à beira do abismo. É hora de dar meia volta


05/09/2019 - Deputado apresenta projeto para regulamentar negociação coletiva no setor público


05/09/2019 - Nivaldo Santana: Os trabalhadores e os sindicatos na mira de Bolsonaro


05/09/2019 - Governo pretende flexibilizar a legislação do trabalho escravo, diz Paulo Rocha


05/09/2019 - TST fixa em R$ 300 mil indenização que começou em R$ 16 milhões


04/09/2019 - Dirigentes avaliam queda na popularidade de Jair Bolsonaro


04/09/2019 - Cresce a confiança na atuação dos Sindicatos pelos brasileiros


04/09/2019 - Bolsonaro sobre carteira digital: “Vai faltar dinheiro para o PCdoB”


04/09/2019 - Haddad e Dino, uma possível chapa para 2022, gravam vídeo juntos


04/09/2019 - Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto tentar 2022


04/09/2019 - Produção industrial cai 0,3% de junho para julho


04/09/2019 - IBGE aponta que 38,6 milhões de brasileiros trabalham na informalidade. Nível bate recorde


04/09/2019 - Paim questiona regras para aposentadoria especial na reforma


04/09/2019 - Depois do desmonte trabalhista, governo Bolsonaro quer o fim da estabilidade do funcionalismo público


04/09/2019 - Oposição se articula para votação da reforma da Previdência


04/09/2019 - PEC da Reforma da Previdência recebeu mais de 480 sugestões de emenda


03/09/2019 - CDH: Frente parlamentar debaterá nova Previdência com sindicatos e associações


03/09/2019 - Em carta centrais pedem mudanças na reforma da Previdência


03/09/2019 - Mudanças na CLT defendidas por Bolsonaro prejudicam trabalhadores


03/09/2019 - Lançado em São Paulo movimento DireitosJá, de oposição a Bolsonaro


03/09/2019 - Reforma da Previdência: mais de 370 emendas apresentadas ao texto, com votação na quarta


03/09/2019 - Empresa pode suspender dirigente sindical para apurar falta grave


03/09/2019 - Deltan Dallagnol interveio para que instituto atuasse a favor de Moro


02/09/2019 - Reprovação a Bolsonaro dispara e 38% já o avaliam como ruim ou péssimo


02/09/2019 - Governo propõe salário mínimo de R$ 1.039 em 2020


02/09/2019 - “Bandidos estão soltos e o presidente Lula está preso”, diz Paulinho da Força em evento com Toffoli


02/09/2019 - Um assombroso diagnóstico do mundo do trabalho


02/09/2019 - Orçamento de Bolsonaro para 2020 tira metade dos recursos do MEC para pesquisa


02/09/2019 - CDH continua ciclo de debates sobre Previdência e trabalho


02/09/2019 - Greenwald diz que Vaza Jato ainda está mais perto do começo do que do fim


02/09/2019 - Mudanças na Previdência são injustas, concordam debatedores na CDH


02/09/2019 - Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8% em julho, diz IBGE


02/09/2019 - Relator da reforma da Previdência foi sensível ao acatar emendas, diz Paim


 

30/09/2019 - Lula reitera que não irá pedir progressão penal


Na entrevista que concedeu ao Jornal GGN, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao defender sua opinião de que não irá pedir progressão do seu regime para o semiaberto.


Apesar das opiniões favoráveis dos familiares e da namorada, a socióloga Rosângela Silva, para que Lula deixe a masmorra política de Curitiba, onde é mantido preso há um ano e meio, Lula diz que só sai com sua inocência plenamente reconhecida pelo poder Judiciário.


"Não vou pedir progressão. Estou ciente do papel que estou cumprindo e da canalhice que fizeram comigo. Quero sair daqui inocente, 100%, como entrei. Estou aqui por responsabilidade deles", disse Lula na entrevista ao GGN, concedida aos economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Eduardo Moreira.

Fonte: Brasil247

 


 

30/09/2019 - Reforma sindical: resistência, confronto de ideias e propostas


Em defesa dos trabalhadores, o DIAP propõe reunir as entidades sindicais e assessorias jurídicas para formular bases para a modernização, de fato, das relações trabalhistas. Para além da resistência, é preciso confrontar ideias e propostas.


Celso Napolitano*


A vontade política do atual governo em enfraquecer a organização sindical, tendo como pano de fundo a esdruxula desculpa de novas formas de contratação, inovação tecnológica ou reestruturação produtiva, desembocará, inexoravelmente, numa investida destrutiva na forma de representação dos trabalhadores.


Essa intenção está explicitada na Portaria 1.001, que instituiu, unilateralmente, o chamado ‘Grupo de Altos Estudos do Trabalho’ (Gaet), “com o objetivo de avaliar o mercado de trabalho brasileiro sob a ótica da modernização das relações trabalhistas e matérias correlatas”. O Gaet tem prazo de 90 dias para apresentar propostas.


Esse Gaet não é representativo. Mas é praticamente certo que suas propostas serão transformadas em projetos de lei com o objetivo, entre outros, de promover mudanças na forma de organização dos trabalhadores e até nos preceitos constitucionais celebrados no artigo 8º, que a julgar pela visão do presidente da República, dos seus assessores e consultores, tendem a ser prejudiciais às organizações dos trabalhadores.


Pior será se as entidades sindicais se omitirem dos debates, por considerar que participar poderá ter o significado de legitimar o processo.


Na democracia representativa, para garantir o respeito às decisões dos trabalhadores, influir na decisão sobre a forma de organização sindical e impedir o avanço da flexibilização deletéria, o correto é que o movimento sindical se posicione unitariamente e dispute a batalha das ideias e da comunicação, para impor a sua narrativa.


No Estado Democrático de Direito, o importante é que as lideranças estejam preparadas e se qualifiquem para o confronto, de modo a não saírem derrotadas nessa luta, pois, além do poder de mobilização e da firmeza de propósitos na formulação de propostas, o resultado dependerá da capacidade de argumentação perante os demais contendores — governo e empresários. A omissão não é opção.


Omitir-se é aceitar a derrota por antecipação. Não participar é, aí sim, legitimar o processo, pois significará não ter propostas a contrapor, nem argumentos a debater.


Somente no cenário de decisão por consenso teria sentido a opção pela não participação nos debates e pela não formulação de propostas. Nesse contexto, a ausência de manifestação da representação dos trabalhadores teria “poder de veto”, interrompendo a discussão e impedindo mudança. Como não é esse o processo de tomada de decisão, o exemplo da atuação na reforma da Previdência está aí para demonstrar que os debates e os enfrentamentos são inevitáveis e que é fundamental a participação no processo decisório. Sem luta, o resultado teria sido muito pior. Todavia, creio que os danos poderiam ser ainda menores, caso houvesse participação mais efetiva no processo de formulação de propostas.


Com essa perspectiva, o DIAP, cumprindo sua missão institucional de assessorar o movimento sindical e atuar no encaminhamento e defesa de suas reivindicações majoritárias e consensuais no Congresso Nacional, propõe a realização de grande seminário de estudos, em parceria com o Dieese e com a participação das centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos e assessores jurídicos, com a intenção de colocar na frente da discussão o tema do trabalho, organização e estrutura sindical, sistematizando os princípios e fundamentos que deverão orientar a narrativa do movimento sindical no confronto, em defesa dos trabalhadores.


Não podemos, não devemos esperar que governo ou seu Gaet decidam como os trabalhadores devem se organizar. Devemos defender a democracia, desenvolver nossa própria ideia de organização e fazer dessa a bandeira que nos levará ao futuro.


Estou convencido que, ao nos negarmos a debater e participar do processo de formulação de propostas, estaremos abrindo mão da oportunidade de defender nossas posições e de divulgar a nossa narrativa à opinião pública e aos trabalhadores, disputando a batalha da comunicação.


O Congresso Nacional é o campo de batalha. Há que consolidar apoios, convencer indecisos e reverter contrários, sem, todavia, deixar de atuar no “chão de fábrica”. O trabalho de base é fundamental para dar respaldo às lideranças, na defesa dos direitos dos trabalhadores e da organização sindical como atores sociais relevantes.


Já passou o tempo da resistência. É chegado o momento do confronto de ideias e propostas.


(*) Presidente do Diap e da Federação dos Professores do estado de São Paulo (Fepesp)

Fonte: Diap

 


 

30/09/2019 - Centrais discutem com Rodrigo Maia economia e estrutura sindical


Amplos setores do sindicalismo defendem construir pontes com o governo e o Congresso, para tratar de reforma sindical gestada em Brasília. Passo nesse sentido foi dado terça (24), quando Centrais e Confederações patronais se reuniram com Rodrigo Maia, presidente da Câmara. A pauta incluiu, também, a retomada do crescimento econômico, com a geração de empregos.


Pela Força, participaram Miguel Torres, presidente, e o secretário-geral João Carlos Gonçalves. Segundo Miguel, é forte a preocupação do movimento sindical e das entidades patronais com a estagnação econômica. “Há uma apreensão geral com a questão do desenvolvimento. O Brasil está parado e isso afeta duramente a classe trabalhadora”, ele diz.


A organização sindical foi outro tema de pauta. Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil fez críticas ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), instituído pela Secretaria de Trabalho e Previdência Social. Para Wagner, apesar de formado por juristas e pesquisadores, falta ao grupo a representação dos trabalhadores. “É mais medida autoritária do governo, que despreza as boas práticas de participação e o diálogo social”, afirma.


Segundo o cetebista, a ideia é que Centrais e patronato construam juntos um projeto de organização sindical. “Vamos tentar deixar divergências de lado e trabalhar pra apresentar à Câmara nossa proposta o quanto antes”. Wagner Gomes completa: “Caso o grupo o Gaet apresente seu projeto antes, Maia se compromete a incluir nossas sugestões, que serão construídas”.


Unicidade - O governo defende a quebra da unicidade sindical na base. Já amplos setores sindicais combatem o fracionamento da representação classista e por categoria.

Fonte: Agência Sindical

 


 

30/09/2019 - Atenção e cuidado: aberta uma agenda trabalhista complexa


É urgente iniciativas articuladas pelas centrais sindicais de mobilização do movimento sindical brasileiro. A agenda é extensa na temática e com impactos profundos na vida dos trabalhadores e dos sindicatos.


Clemente Ganz Lúcio*


O Conselho Nacional do Trabalho, órgão tripartite (governo, empregadores e trabalhadores) foi recriado pelo governo federal no âmbito da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia. Esse Conselho tem a atribuição de tratar da proteção do trabalhador, das condições de trabalho, de segurança e saúde do trabalho e da revisão de normas.


Complementarmente foi instalado o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), coordenado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, que já atuou com o então deputado, hoje secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, na elaboração da Reforma Trabalhista contida na Lei 13.467/17. O objetivo do Gaet é propor novas mudanças na legislação trabalhista para continuar avançando nesse caminho já iniciado.


O Gaet terá 4 órgãos temáticos que tratarão do seguinte conteúdo:


GT 1 - Economia e trabalho: (1) eficiência do mercado de trabalho e das políticas públicas para os trabalhadores; (2) informalidade; (3) rotatividade; e (4) futuro do trabalho e novas tecnologias.


GT 2 - Direito do trabalho e segurança jurídica: (1) simplificação e desburocratização de normas legais; (2) segurança jurídica; e (3) redução da judicialização.


GT 3 - Trabalho e previdência: (1) insalubridade e periculosidade; (2) regras de notificação de acidentes de trabalho (CAT); (3) nexo técnico epidemiológico; (4) efeitos previdenciários de decisões da Justiça do Trabalho; e (5) direitos do trabalhador decorrentes de benefícios previdenciários.


GT 4 - Liberdade sindical: (1) formato de negociações coletivas; (2) representatividade nas negociações coletivas; e (3) registro sindical.


Os grupos trabalharão, segundo define a Portaria 1.001, de 4/09/19, durante 90 dias. Devem apresentar os relatórios e as propostas em 60 dias. No demais 30 dias, deverão debater as propostas.


A intenção do governo é enviar ao Congresso Nacional, já no 1º semestre de 2020, os projetos de reforma sindical e reformas trabalhistas (PEC e projetos de leis), assim como tomar as medidas administrativas cabíveis.


Está em curso agenda que, observadas as declarações do presidente, ministros e secretários de governo, virá com muitas mudanças para o mundo do trabalho, a vida sindical e o sistema de relações laborais, em linha com a Lei 13.467/17.


É urgente iniciativas articuladas pelas centrais sindicais de mobilização do movimento sindical brasileiro. A agenda é extensa na temática e com impactos profundos na vida dos trabalhadores e dos sindicatos.


(*) Sociólogo. É diretor técnico do Dieese

Fonte: Diap

 


 

30/09/2019 - Informalidade no mercado de trabalho atinge recorde


Trabalhadores sem carteira assinada totalizaram 11,8 milhões


O mercado de trabalho apresentou aumento dos postos de trabalho, para 93,6 milhões, e redução da taxa de desemprego, para 11,8%, no trimestre encerrado em agosto deste ano. No entanto, essa melhora dos indicadores tem sido puxada pelo aumento da informalidade no país.


De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores na informalidade atingiram o recorde de 41,4% do total da população ocupada no país. Esse é o maior nível desde que o indicador passou a ser medido em 2016.


Dos 684 mil novos postos de trabalho criados no trimestre findo em agosto deste ano, 87,1% foram postos informais, ou seja, trabalhos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria (sem CNPJ) e aqueles sem remuneração (ou seja, que ajudam em negócios da família sem receber salário).


Segundo os dados do IBGE, os trabalhadores sem carteira assinada totalizaram 11,8 milhões de pessoas em agosto e aqueles que trabalham por conta própria somaram 24,3 milhões de trabalhadores. Esses são os maiores contingentes dos dois indicadores desde o início da série histórica da Pnad-C, iniciada em 2012.


De acordo com o IBGE, há um movimento de queda do número de trabalhadores que contribuem para a previdência social desde o início do ano. No trimestre encerrado em agosto, o percentual de empregados que contribuíram para o INSS foi de apenas 62,4%.


O rendimento médio real habitual dos trabalhadores permaneceu em R$ 2.298, estável em relação a maio deste ano e a agosto do ano passado. A massa de rendimento real habitual, que é a soma dos rendimentos recebidos por todos os trabalhadores em um mês, também ficou estável em R$ 209,9 bilhões.


“Esse aumento na ocupação não foi suficiente para aumentar a massa de rendimento, porque o emprego gerado foi voltado para postos de trabalho na área informal. E é essa massa de rendimento que movimenta o mercado de trabalho de forma virtuosa”, explicou o diretor adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.


Desalentados

A população subutilizada (ou seja, que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga) ficou em 27,8 milhões de pessoas, ou seja, 2,7% a menos do que maio, mas estável em relação a agosto de 2018.


A taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,3%, inferior aos 25% de maio e estável em relação a agosto do ano passado.


O total de pessoas desalentadas (ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,7 milhões, 3,9% em relação a maio e estável em relação a agosto.


O percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,2%) caiu em relação a maio (4,4%) e ficou estatisticamente estável frente a agosto de 2018.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/09/2019 - Brasil precisa capacitar 10,5 milhões de trabalhadores até 2023


Profissões ligadas à tecnologia terão maior crescimento


O Brasil precisará qualificar 10,5 milhões de trabalhadores industriais até 2023 para suprir a demanda de profissões ligadas à tecnologia. A conclusão consta do Mapa do Trabalho Industrial 2019–2023, lançado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para orientar a oferta de cursos da instituição nos próximos anos.


Segundo o levantamento, a maior parte desses 10,5 milhões de profissionais ligados à indústria precisará passar por cursos de reciclagem ou de aperfeiçoamento, tanto para dar conta da modernização de postos existentes como para repor vagas existentes de trabalhadores que se aposentarão ou se desligarão dos serviços. O estudo, no entanto, detectou o potencial de criação de 33.453 vagas relacionadas às mudanças tecnológicas.


Em números absolutos, as maiores gerações de emprego ocorrerão nas ocupações de instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (14.367), operadores de máquinas de usinagem (5.356) e técnicos mecânicos na manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos (3.560). Essas funções exigem nível técnico ou qualificação de mais de 200 horas.


Em taxas percentuais, o maior crescimento no número de empregados nos próximos quatro anos deverá beneficiar o mercado de condutores de processos robotizados (22,9%), de nível superior. Em seguida, vêm técnicos em mecânica veicular (19,9%) e mais duas ocupações de nível superior: engenheiros ambientais e afins (19,4%) e pesquisadores de engenharia e tecnologia (17,9%). Os desempenhos são superiores à estimativa de 8,5% de crescimento dos empregos na indústria entre 2019 e 2023.


Transversalidade

Em relação à necessidade total de capacitação de trabalhadores (empregados atuais e novos), o Senai constatou que as funções transversais, que permitem ao profissional trabalhar em indústrias de qualquer área exigirão a maior demanda de formação profissional. Dos 10,5 milhões de trabalhadores que precisam ser qualificados, 1,7 milhão atuam nessa categoria, que abrange profissionais de pesquisa e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas industriais, entre outras carreiras.


As demais ocupações que demandarão formação profissional nos próximos anos são metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil) e energia e telecomunicações (359 mil). Embora essas funções se caracterizem por conhecimentos de base industrial, esses trabalhadores podem atuar tanto na indústria quanto em outros setores.


Apenas nos empregos de nível superior, as áreas que mais precisarão de profissionais qualificados até 2023 são informática (368 mil), gestão (254,8 mil), construção (81 mil), metalmecânica (56,4 mil) e produção (40,3 mil). No nível técnico, as demandas se concentram nos segmentos de logística e transporte (495,2 mil), metalmecânica (217,7 mil), energia e telecomunicações (181,4 mil), eletroeletrônica (160,4 mil), informática (160 mil) e construção (120,9 mil).

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/09/2019 - Proposta cria central para facilitar colocação profissional de jovens no mercado


O Projeto de Lei 4306/19 institui a Central do Jovem Trabalhador Inovador (CJTI), um sistema nacional que reunirá informações sobre vagas no mercado de trabalho e sobre cursos de qualificação profissional ofertados por instituições públicas e privadas. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.


A CJTI contará com banco de dados para compartilhamento, entre órgãos de todas as esferas administrativas (União, estados, Distrito Federal e municípios), das informações dos jovens que se inscreverem para cursos ou vagas de emprego.


O projeto altera o Estatuto da Juventude e foi apresentado pelos deputados Zé Vitor (PL-MG), Aline Gurgel (Republicanos-AP) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF). Eles afirmam que a central funcionará como um instrumento de colocação e de capacitação profissional. O objetivo é melhorar a empregabilidade dos jovens e combater o desemprego nessa faixa etária.


Segundo os deputados, dos 13 milhões de trabalhadores sem emprego e sem trabalho no País, 32% têm entre 18 e 24 anos de idade. "É muita gente fora do mercado de trabalho, principalmente no período propício à qualificação profissional", afirmam os parlamentares na justificativa do projeto.


Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Seguridade Social e Família; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/09/2019 - Projeto da carteira de trabalho eletrônica é vetado por Bolsonaro


O projeto que prevê a emissão eletrônica da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) foi integralmente vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em mensagem enviada ao Congresso Nacional, nesta quinta-feira (26), Bolsonaro afirma que o assunto já foi tratado pela Lei da Liberdade Econômica (Lei 13874/19), sancionada na semana passada.


Pela lei, a emissão de novas carteiras de trabalho pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ocorrerá preferencialmente em meio eletrônico. O documento continuará a ser impresso em papel apenas em caráter excepcional. Esse texto difere da proposta vetada, que previa a emissão eletrônica apenas quando houvesse pedido por escrito do trabalhador.


O projeto vetado é oriundo do Senado e foi aprovado na Câmara dos Deputados em junho (PL 7705/14). O texto alterava a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43).

 

O veto será analisado agora pelo Congresso Nacional, que pode derrubá-lo ou mantê-lo.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/09/2019 - Rodrigo Janot revela que foi ao STF armado para assassinar Gilmar Mendes


O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira, 26, que chegou a ir armado para o Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes.


“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou Janot ao jornal O Estado de S. Paulo.


Em maio de 2017, Janot pediu o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.


Ao se defender em ofício à então presidente do STF, Gilmar afirmou que a filha de Janot – Letícia Ladeira Monteiro de Barros – advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o ministro, a filha do ex-PGR poderia na época “ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”.


“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério”, afirmou o ex-procurador-geral.


Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da sessão, e encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. “Ele estava sozinho”, disse. “Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus”, repetiu o procurador ao justificar por que não concretizou a intenção. “Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)”, relatou. “Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’ mesmo”.

Fonte: Brasil247

 


 

27/09/2019 - Paulo Paim critica flexibilização dos direitos trabalhistas


O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta quinta-feira (26), em Plenário, a flexibilização das relações trabalhistas. Para o parlamentar, ao contrário do que o governo alega, o número de contratações não aumentou. O que aconteceu, diz Paim, foi a extinção dos contratos formais, o que gerou mais vagas para o trabalho na modalidade intermitente, em que o trabalhador não tem horário nem salário fixo garantidos.


Essa medida, na visão do senador, fez com que o cidadão destine um tempo maior para as atividades profissionais para manter a renda, deixando de lado o cuidado com o lazer, o cultivo da espiritualidade e das relações de amizade.


— Não é retirando direitos do trabalhador do campo, da cidade, da área pública ou da privada, como vai acontecer na reforma da Previdência e como já aconteceu na reforma trabalhista, que nós vamos melhorar a qualidade de vida das pessoas — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

27/09/2019 - Toffoli suspende julgamento e vai propor aplicação limitada – o que pode atingir os direitos de Lula


O Supremo Tribunal Federal retomou nesta quinta-feira (26) o julgamento de um habeas corpus que defende que réus delatados deveriam apresentar alegações finais após os réus delatores em ação penal. A sessão foi suspensa com um placar de 6 votos a 3 a favor do recurso que argumentava que réus delatados devem falar por último no processo, formando maioria pela possibilidade de anulação de sentenças da Lava Jato.


O julgamento trata especificamente do caso de Márcio de Almeida Ferreira, ex-gerente da Petrobras, em razão da tese aberta no caso do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que teve sua sentença anulada pela mesma Corte. Por se tratar de habeas corpus, não tem repercussão geral, mas deverá servir de orientação para todo o Judiciário.


O relator da matéria, ministro Edson Fachin, votou contrário à tese, que pode levar à anulação de sentenças da Operação Lava Jato. O voto foi realizado na sessão desta quarta, quando foi iniciado o julgamento. Nesta quinta, Fachin foi seguido pelos votos de Luis Roberto Barroso, Luiz Fux e parcialmente Cármen Lúcia.


Primeiro ministro a votar nesta tarde, Alexandre de Moraes abriu divergências com o voto de Fachin. "Interesse do corréu é a sua absolvição. Se precisar instigar o juiz contra o outro corréu, ele o fará, mas o interesse processual do corréu é sua absolvição. Interesse do delator não é sua absolvição, porque ele já fez acordo", argumentou. "O direito de falar por último no processo criminal é do corréu delatado", disse Moraes.


A ministra Rosa Weber acompanhou Moraes na divergência, assim como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.


A ministra Cármen Lúcia concordou que o réu delatado deve se manifestar por último, mas entendeu que no caso em questão não houve prejuízo ao réu.


Após a análise do recurso, que ainda não foi concluída, os ministros passaram a discutir se a tese poderia ser aplicada a outros casos.


O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, suspendeu o julgamento e disse que a discussão será retomada na próxima quarta-feira 2. Ele já antecipou, porém, que vai propor aplicação limitada – o que pode atingir os direitos do ex-presidente Lula.

Fonte: Brasil247

 


 

27/09/2019 - Humberto Costa critica política econômica do governo Bolsonaro


O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou nesta quinta-feira (26), em Plenário, a inoperância do governo federal em relação à política econômica. A população mais pobre tem sentido ainda mais os efeitos da crise, devido ao desmonte acelerado dos programas sociais, alertou. De acordo com ele, os moradores da Região Nordeste são os mais prejudicados.


— Não temos as ações do governo federal importantes para a retomada econômica do Brasil e do Nordeste. A política econômica deste governo se apoia em três pilares: cortar investimentos, retirar direitos e pedir tempo para que essa combinação trágica surta algum resultado. Melhora na condição de vida, não virá nenhuma. Quanto mais tempo este governo tiver, menos investimentos e menos direitos haverá. É por isso que ele tem de acabar o quanto antes — declarou.


Para o senador, os governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff agiram decisivamente para equilibrar a Federação e oferecer oportunidades às áreas mais periféricas. Mas com Bolsonaro, disse, o Nordeste perdeu prioridade e, com isso, os reflexos para a região são extremamente nocivos.


Humberto ressaltou ainda os esforços dos estados nordestinos diante do atual cenário e os resultados expressivos obtidos — que, na avaliação dele, poderiam ser melhores, caso o governo federal tivesse uma política de Estado para a retomada da economia.

Fonte: Agência Senado

 


 

27/09/2019 - CDH realiza audiência pública para debater a PEC Paralela da Previdência


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza audiência pública na próxima segunda-feira (30), às 9h, com a temática “Previdência e Trabalho”, com foco na PEC Paralela (PEC 133/2019). A reunião faz parte do ciclo de audiências sobre Previdência e trabalho proposto pelo presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).


PEC Paralela

A reforma da Previdência (PEC 6/2019) aguarda a votação de emendas de Plenário na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se houver mudanças no Senado, o texto volta à Câmara. Para evitar o retorno da matéria, um grupo de senadores apresentou a PEC Paralela, que reúne pontos não incluídos na proposta original.


O relator da PEC 6/2019, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve manter o texto principal como veio da Câmara, apenas com algumas supressões de dispositivos, como o do Benefício da Prestação Continuada (BPC), alteração que não resultaria em nova análise pelos deputados. Outras mudanças ficarão no texto paralelo.


Além da inclusão de estados e municípios, a PEC Paralela deve trazer a garantia de que a pensão por morte nunca seja inferior a um salário mínimo; o aumento do percentual acrescido à pensão por dependentes menores de idade; e a cobrança de contribuições previdenciárias de entidades filantrópicas, do agronegócio exportador e do Simples, regime simplificado de tributação para pequenas empresas.


Os senadores da oposição criticaram a medida, pois ela poderia perder força ao se desvincular do texto principal e prejudicar as mudanças na reforma que ficaram pendentes. Crítico da proposta, Paulo Paim disse que o tema exige discussão aprofundada, tendo em vista que as alterações na Previdência mexem com a vida de todos os brasileiros.


Convidados

Para a audiência pública foram convidados Diego Monteiro Cherulli, secretário-geral do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP); João Domingos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB); Israel Arimar de Moura, representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel); Paulo Fossatti, presidente da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec); Denise de Paula Romano, representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de MInas Gerais (Sind-UTE/MG); Flávio Toneli Vaz, assessor técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP); Maria Lucia Fattorelli, coordenadora geral da Auditoria Cidadã da Dívida Pública; e representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).


A reunião será realizada na sala 6, da Ala Nilo Coelho, e contará com a possibilidade de participação popular através do Portal e-Cidadania – link: www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado,  no número 0800612211.

Fonte: Agência Senado

 


 

27/09/2019 - Empresários cobram sistema único para informações sobre trabalhadores


Representantes de empresários manifestaram preocupação com a possibilidade de a Receita Federal manter uma plataforma de informações sobre os trabalhadores separada do sistema E-Social. A simplificação do E-Social foi discutida nesta quinta-feira (26) na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara.


Diretora de gestão e produtos da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Valquíria Cruz disse que recentemente a Receita Federal comunicou que as informações previdenciárias e tributárias teriam que ser inseridas em um sistema diferenciado do usado para as informações trabalhistas.


O E-Social foi criado em 2014 para acolher as informações de empregadores domésticos, mas vem sendo gradualmente ampliado para todas as empresas.


Valquíria explicou que o setor empresarial teve que fazer vários investimentos para se adequar ao E-Social, mas que isso tudo foi feito com o objetivo de ter um sistema simplificado e centralizado. Ou seja, para eliminar que os mesmos dados fossem inseridos várias vezes.


"Ao separar os sistemas, o processo no RH da empresa tem que ser modificado. Eles teriam que trabalhar com dois sistemas, em vez de um sistema apenas, no qual eles trabalharam nos últimos dois anos para estabilizar e executar".


Hoje o E-Social tem quase 40 milhões de trabalhadores e quase 6 milhões de empresas. O representante do Ministério da Economia na audiência, Fábio Pina, informou que a Receita Federal ainda não ocupou a sua vaga no comitê gestor do E-Social e pediu aos deputados e associações empresariais que façam um movimento para obter explicações da Receita sobre a questão.


Segundo ele, a Receita alega que perderia arrecadação unificando os sistema. "Eu acho muito difícil, se eles tiverem razão, que pessoas razoáveis não entendam". Procurada pela reportagem, a Receita Federal ainda não se manifestou.


O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), um dos autores do pedido para o debate, disse que é importante manter a ideia inicial do E-Social: um banco de dados único por meio do qual todos todos pudessem ter acesso às informações. “O empresário vai ter que ficar mandando (informações) em dobro e ainda em sistemas diferentes?", indagou.


Coordenador-Geral do e-Social no Ministério da Economia, João Paulo Machado, também disse que nos próximos dias serão publicadas portarias, desobrigando as empresas do envio de pelo menos 15 informações para programas diferentes do governo, pois esses dados já podem ser obtidos no E-Social. Um exemplo é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne dados sobre admissões e demissões no mercado formal de trabalho.

 

Machado ainda informou que a plataforma ficará mais amigável para as empresas e para os empregadores domésticos, que terão acesso a atendentes virtuais e tutoriais.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/09/2019 - CDH mantém multa para diferença salarial entre homens e mulheres


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) rejeitou nesta quinta-feira (26) três emendas de Plenário ao Projeto de Lei da Câmara (PLC 130/2011) que estabelece multa para combater a diferença de remuneração entre homens e mulheres. As emendas, que já haviam sido rejeitadas pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), seguem para a análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).


Ao longo de quase dez anos de tramitação no Senado, o PLC 130/2011 chegou a ser aprovado pela CAS e pela CDH. Também passou por análise da CAE, que, entretanto, não chegou a votá-lo. A matéria foi desarquivada este ano a pedido do senador Paulo Paim (PT-RS), relator na CAS e agora na CDH.


Emendas

O PLC 130/2011 altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.425, de 1943) para estabelecer multa, em favor da trabalhadora vítima de discriminação, equivalente a cinco vezes o valor diferença salarial constatada durante o período de contratação. As três emendas de Plenário pretendiam promover mudanças justamente na fixação dessa multa imposta ao empregador.


A primeira emenda defendia mudança no valor da multa, considerando que carecia de “razoabilidade”. Paim a rejeitou por considerar que a mudança sugerida “falha ao não compreender o duplo caráter educativo e punitivo da multa estabelecida”.


A segunda emenda substituía a multa em favor da trabalhadora por multa administrativa de 3% sobre o valor da diferença apurada. O senador também a recusou por entender que a mudança não só reduz drasticamente o valor da penalidade, como diminui “sobremaneira sua eficácia pedagógico-punitiva”.


A terceira emenda condicionava a imposição da multa à exigência de identidade de funções entre empregados homens e mulheres com discrepância salarial. Paim julgou o comando desnecessário, já que essa previsão está contida no PLC 130/2011 e, portanto, é um elemento a ser levado em conta para a aplicação da pena financeira.


Voto em separado

A senadora Juíza Selma (Podemos-MT) apresentou um voto em separado com emenda substitutiva. A intenção era estabelecer diferenças entre os aspectos punitivo e indenizatório da multa.


De acordo com o voto em separado, a multa administrativa seria fixada em 3%, enquanto a indenização continuaria sendo regida pela CLT. No artigo 461, a legislação em vigor atribui ao juiz a competência para determinar, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa no valor de 50% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.


“Aproveitamos, dessa forma, os aspectos meritórios das três emendas, inclusive a aplicabilidade da prescrição, de modo que o conteúdo de umas preencha as lacunas das outras, escoimando-se os vícios ora apontados, já identificados também pela CAS”, afirmou. O voto em separado de Juíza Selma não chegou a ser analisado, uma vez que a CDH aprovou o relatório do senador Paulo Paim.

Fonte: Agência Senado

 


 

26/09/2019 - Após reforma trabalhista, 15% das vagas criadas são intermitentes


Previsão do governo de criar 2 milhões de postos está longe de ser alcançada


Desde a entrada em vigor da nova lei trabalhista, em novembro de 2017, até julho deste ano, foram criadas 101,6 mil vagas na modalidade de trabalho intermitente, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O número de postos gerados representa 15,4% do total de vagas criadas no período no país (660.390) - ou seja, quase uma em cada seis vagas criadas foi para a modalidade de contrato intermitente.


Ainda assim, até agora as contratações na modalidade estão bem abaixo da expectativa divulgada pelo governo na época da criação da modalidade, de criar 2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por mês. Enquanto isso, o país tem 12,6 milhões de pessoas desempregadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Desde a criação do trabalho intermitente, o saldo de vagas da modalidade foi positivo em todos os meses até agora - diferente do total de vagas formais, que chegou a registrar quedas bruscas em alguns momentos.


O contrato de trabalho intermitente é uma prestação de serviços em períodos alternados, e o trabalhador é remunerado de maneira proporcional, somente pelo período trabalhado. Além disso, a prestação de serviços esporádica deve ser registrada em carteira e há direitos trabalhistas previstos como férias e 13º proporcionais e depósito do FGTS.


As empresas, no entanto, apesar de colocarem vários anúncios de vagas intermitentes em sites de emprego, preferem não falar sobre o assunto. A cautela vem do fato de a forma de contratação ainda gerar dúvidas e estar sendo contestada na Justiça. No Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, há cinco ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contestando a modalidade. Uma delas é da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), que representa 5 milhões de pessoas.


Na ação, a entidade alega que não há garantia de que o intermitente receberá o salário mínimo nem o equivalente ao recebido pelo funcionário da empresa. Por isso, a contratação seria uma forma de empregar mão de obra por um custo menor para realizar o mesmo trabalho dos demais.


A CNTI elenca ainda a necessidade de o trabalhador pagar a diferença ao INSS em caso de receber menos de um salário mínimo - o equivalente a 8% entre o salário recebido e o salário mínimo. "Caso o trabalhador não complemente a contribuição, o mês trabalhado não entra no cálculo para aposentadoria e ele também não terá direito a benefícios previdenciários", afirma na ação.


Por outro lado, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu razão ao Magazine Luíza após o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais considerar nulo o contrato intermitente de um assistente de loja da empresa. O entendimento do TRT de MG foi de que a contratação não deveria servir para atividades rotineiras e contínuas dentro de uma empresa, mas somente em caráter excepcional para não promover a precarização dos direitos do trabalhador.


Mas, para o TST, o trabalho intermitente assegura direitos básicos a trabalhadores que se encontram na informalidade, vivendo de "bicos", sem carteira assinada e sem garantia de direitos trabalhistas fundamentais, além de combater o desemprego, por causa da flexibilização da forma de trabalho e de remuneração. "Não gera precarização, mas segurança jurídica a trabalhadores e empregadores, com regras claras, que estimulam a criação de novos postos de trabalho", disse o tribunal na decisão.


A Magazine Luiza tem atualmente 4,2 mil pessoas contratadas no regime intermitente. "Elas são vitais para garantir que o nível de atendimento do Magazine Luiza permaneça alto, mesmo em eventos como Natal, Black Friday, dia dos pais ou promoções criadas pela empresa, quando o número de clientes nas lojas aumenta muito", informa a empresa.


Segundo a varejista, a modalidade de contratação também é utilizada como banco de talentos. Cerca de 1,8 mil funcionários que entraram na empresa como intermitentes foram efetivados e contratados para cumprir a jornada clássica de 44 horas semanais.


Os setores de comércio e serviços respondem por 72% das vagas intermitentes abertas em 21 meses da lei trabalhista. O setor de serviços concentra a maior parte das vagas: 47% do total (47.661), seguida pelo comércio, com 25% (25.386).


No entanto, empresas varejistas e de serviços como Renner, Grupo Big (Walmart), Caedu e Park Índigo, apesar de anunciarem vagas intermitentes em sites de emprego, preferem não falar sobre o assunto.

Fonte: GazetaWeb

 


 

26/09/2019 - Bolsonaro aparece em queda em nova pesquisa Ibope


Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a nova pesquisa Ibope, que será divulgada no final do dia, aponta que estão em baixa a popularidade do governo, a confiança e a aprovação da população na maneira de Jair Bolsonaro governar.


“Encomendada pela CNI, será divulgada oficialmente no final do dia e mostrará todos os indicadores do presidente ligeiramente abaixo dos registrados na pesquisa anterior, realizada em junho. Esta, por sua vez, já assinalara uma queda ante a pesquisa feita em abril, a primeira do Ibope no governo Bolsonaro”, revela o colunista.


Esse é o retrato que emerge da nova pesquisa Ibope, feita entre os dias 19 e 22 de setembro.


O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 19 e 22 de setembro. O levantamento anterior havia sido realizado de 20 e 26 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima e para baixo.


A confiança em Bolsonaro também minguou. Os que disseram "confiar" no presidente foram 42% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho). Do outro lado, 55% disseram "não confiar" em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho)


Confira os números:

*A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%.


* A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em setembro chegou a 34%.


*Os que consideram o governo "regular" são 32% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%.


Alcançou também um patamar inédito o percentual daqueles que desaprovam a maneira de Bolsonaro governar — a metade da população, segundo o Ibope:


*50% não aprovam (eram 40% em abril e 48% em junho). Aqueles que aprovam somam 44% (eram 51% e 46% nas pesquisas anteriores). Um total de 6% não quiseram responder.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

26/09/2019 - CNI-Ibope aponta política econômica de Paulo Guedes como um fracasso para os brasileiros


A pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira mostrou que o brasileiro já ultrapassou o limite da paciência com Paulo Guedes, ministro da Economia. O índice de entrevistados que desaprova a gestão de impostos do governo federal chegou a 62%, o pior resultado. A política de juros é desaprovada por 61% e o combate ao desemprego é criticado por 59% dos entrevistados.


A reportagem do portal Uol ainda indica outros insucessos do governo: "a desaprovação do governo federal também aumentou na área ambiental. O assunto esteve na imprensa com a polêmica internacional por conta das queimadas na Amazônia, e o índice de brasileiros que desaprovam gestão do meio ambiente passou de 45% para 55%, a maior oscilação das nove áreas incluídas no questionário."


Na comparação com Temer, Bolsonaro vai conquistando a proeza de se aproximar da rejeição que Michel Temer construiu para si, depois do golpe contra a democracia: "outro dado que aponta perda de popularidade de Jair Bolsonaro no Sul é a comparação de sua administração com o governo de Michel Temer. O percentual dos que avaliam que o presidente está sendo melhor que seu antecessor caiu de 63% para 45% entre junho e setembro."

Fonte: Brasil247

 


 

26/09/2019 - Raoni defende saída de Bolsonaro "antes que algo muito ruim aconteça"


Cacique Raoni Metuktire é recebido na Câmara por parlamentares de diferentes partidos após ser alvo do ódio e desrespeito de Bolsonaro na ONU. Deputados expressam apoio à liderança indígena e reforçam sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz.


Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara


Um dia após ter sido atacado por Bolsonaro em discurso na Assembleia Geral da ONU, o cacique Raoni Metuktire foi recebido por parlamentares de diferentes partidos no Parlamento. Conhecido por defender a preservação do meio ambiente e os direitos dos povos indígenas, Raoni foi classificado por Bolsonaro de “peça de manobra”. Segundo o presidente, o líder indígena é usado por estrangeiros para que eles avancem sobre a Amazônia.


Na tentativa de deslegitimar uma das maiores lideranças indígenas do país, Bolsonaro ampliou os holofotes de Raoni. A coletiva desta quarta-feira (25) foi disputada por jornalistas, aliados, indigenistas e ambientalistas. Ao som de “Raoni, sim, Bolsonaro, não”, uma multidão entrou no Salão Verde da Câmara dos Deputados para escutar a primeira manifestação pública de Raoni após o discurso de Bolsonaro.


Em uma fala tranquila, Raoni afirmou que não tem a intenção de ofender ninguém, que sua fala é pelo “bem-viver” e que sua luta é pela preservação do meio ambiente para todos.


“Meu pensamento é pela paz. Bolsonaro falou que não sou uma liderança, mas ele que não é uma liderança e tem que sair. Antes que algo de muito ruim aconteça ele tem que sair, para o bem de todos”, disse Raoni.


A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), destacou a importância do ato. “Essa é a primeira manifestação pública do cacique Raoni depois do desastre diplomático e político do Bolsonaro na ONU. É importante que o Parlamento o acolha como uma representação autêntica dos povos indígenas. Não reconhecemos lideranças que não representam de fato os povos indígenas. Raoni constrói sua luta há anos”, apontou.


Ao eleger Raoni como inimigo, Bolsonaro reforça sua atuação contra os interesses dos povos originários. Para o cacique Megaron Txucarramãe, Bolsonaro “promoveu” seu tio. “Ele falou na ONU para todo mundo. Raoni já era reconhecido, será muito mais agora. Ele promoveu meu tio, mas ele [Raoni] vai continuar defendendo os indígenas, a Amazônia e o meio ambiente”, afirmou o líder indígena.


Representando as mulheres xinguanas, Kaiulu Yawalapiti afirmou que Raoni é “símbolo de resistência e paz” e que o discurso de Bolsonaro não tirará a liderança dele. “Ele nasceu liderança e vai morrer liderança. Tem história de vida e luta na preservação do meio ambiente e da cultura indígena”, disse.


Raoni também participou de reunião do Fórum Nacional Amplo em Defesa da Amazônia, que reúne lideranças políticas, entidades indígenas e indigenistas, organizações não-governamentais, entidades estudantis, entre outras.


Na reunião, Raoni reafirmou sua luta e provocou o presidente da República. “Eu sou uma liderança do meu povo e vou continuar minha luta. Bolsonaro é um louco.”


A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) disse que os ataques de Bolsonaro deixam claro a disputa entre dois projetos de país: o dos que defendem a Amazônia e o dos que querem sua destruição. “No Palácio está quem comanda a destruição da Amazônia. Precisamos de Raoni. Raoni para resistir”, bradou.


Os parlamentares pediram ainda desculpas a Raoni pelo discurso de Bolsonaro e reforçaram sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz.


Mais tarde, o líder indígena foi recebido pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar se comprometeu a não pautar projetos que retirem direitos dos povos indígenas.

Fonte: PCdoB na Câmara

 


 

26/09/2019 - Fachin nega recurso que pode anular processos da Lava Jato

 

Relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin votou contra o recurso que trata da ordem das alegações finais dos réus em um processo e pode afetar uma das sentenças do ex-presidente Lula. A sessão foi concluída após o voto de Fachin.

 

Após o voto que durou três horas e tomou toda a sessão, o julgamento foi suspenso e a sessão encerrada. Na tarde desta quinta (26), o colegiado retoma a análise do caso com o voto do ministro Alexandre de Moraes.


O julgamento discute a ordem de apresentação das alegações finais por parte de corréus colaboradores e não colaboradores em ação penal e tem o poder de anular sentenças da operação Lava Jato, incluindo a do ex-juiz Sérgio Moro que mantém preso há mais de um ano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Em sua explanação, Fachin argumentou que se estaria diante de um debate que não diz respeito a uma questão entre acusação e defesa, mas entre defesa e defesa. "Haveria ilegalidade ou abuso de poder ao não se cumprir regra legal expressa que não existe?", indagou.


"A lei processual diferencia os momentos do MP e da defesa. Não distingue entretanto o momento de participação entre as defesas em razão de eventual postura colaborativa por parte de uma das partes. Há regra ao contrário, porque entende que o corréu não é assistente de acusação", disse.


"A ordem de apresentação de alegações finais por acusação e defesa é para estabelecer um mínimo de equilíbrio de forças. Paridade de armas. Mas esta lógica não se transfere mecanicamente à colaboração premiada. Delação deve ser analisada para ver se é ou não eficiente", concluiu o ministro.

Fonte: Brasil247

 


 

26/09/2019 - Brasil tem quinto mês consecutivo com saldo positivo de emprego


No melhor agosto desde 2013, Caged registra 121 mil postos de trabalho


Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil teve um saldo positivo na geração de emprego formal. Em agosto, o número de vagas adicionais no mercado de trabalho foi 121.387, que é o saldo positivo decorrente 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.


O resultado de agosto representa uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior. Foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013, segundo os números. No acumulado de 2019 foram criados 593.467 novos postos, com variação de 1,55% do estoque do ano anterior. No mesmo período de 2018 houve crescimento de 568.551 empregos.


Entre os principais setores da economia, quatro tiveram saldo positivo de emprego e em dois houve mais fechamento de vagas no mês encerrado em agosto. Lidera o número de empregos gerados a área de serviços (61.730 postos), seguida por comércio (23.626), indústria de transformação (19.517), construção civil (17.306), administração pública (1.391) e extrativa mineral (1.235). Apresentaram saldo negativo a agropecuária (-3.341 postos) e os serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77 postos).

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/09/2019 - Projeto susta norma do governo que instituiu comissão tripartite trabalhista


O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 570/19 susta parte do decreto do governo Bolsonaro que instituiu o Conselho Nacional do Trabalho (CNT) e a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP). A proposta tramita na Câmara dos Deputados.


Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), que apresentou o projeto junto com outros seis membros da bancada do PT, o Decreto 9.944/19 esvaziou todas as instâncias construídas ao longo das últimas décadas para regulamentar as relações capital-trabalho, além de extrapolar o poder regulamentar do Executivo. Publicada em julho, a norma fez parte de um conjunto de medidas anunciadas pelo governo para atualizar as regras trabalhistas.


Mudança

O deputado criticou especialmente a parte do decreto que retira o caráter deliberativo da comissão, que se tornou uma instância de elaboração de estudos sobre segurança e saúde no trabalho. A CTPP foi criada para substituir a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), que era responsável criar e revisar as Normas Regulamentadoras (NRs) trabalhistas.


Bohn Gass também criticou o dispositivo do decreto que revogou a participação da comissão tripartite na Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST). “A redução das atribuições da comissão é nítido retrocesso social”, disse o deputado. “Essa redução abusiva e unilateral, é em si uma afronta à participação conquistada até aqui.”


Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Câmara

 


 

26/09/2019 - Cálculo da aposentadoria deve considerar como atividade principal aquela que gera renda maior


Quando o segurado que exerceu atividades concomitantes não tiver acumulado em nenhuma delas, de forma isolada, tempo de contribuição suficiente para se aposentar, será considerada como atividade principal, para fins de cálculo do benefício, aquela que lhe trouxer o maior proveito econômico.


O entendimento foi reafirmado pela Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a qual o salário de valor mais alto deve ser usado como base para a aposentadoria, pois é o que garante a subsistência do segurado e, portanto, atinge o objetivo primordial do benefício previdenciário: a substituição da renda do trabalhador.


O caso analisado teve origem em ação ajuizada contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o propósito de revisão do cálculo da renda mensal inicial.


O segurado requereu a utilização dos salários de contribuição na qualidade de contribuinte individual no período de dezembro de 1995 a março de 1996, e dos salários de contribuição na condição de empregado entre abril de 1996 e novembro de 1998.


Pedido improcedente

Segundo os autos, o recorrente iniciou sua atividade como empregado em 1964, na prefeitura de Águas de Prata (SP), e posteriormente trabalhou em um banco. Em 1986, declarou-se empresário e, logo em seguida, também proprietário rural. Dez anos mais tarde, em 1996, voltou a ser empregado. Entre uma e outra atividade, ocorreram duplas contribuições, inclusive excedentes ao teto permitido por lei.


Em primeira instância, o pedido de revisão foi julgado improcedente. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) considerou que o segurado contribuiu por mais tempo como contribuinte individual do que como empregado; desse modo, deve ser mantida a sentença de improcedência, pois não se constata qualquer irregularidade no cálculo do benefício.


No recurso especial, o recorrente pediu a reforma do acórdão do TRF3 para determinar que o INSS revisasse a sua aposentadoria tendo como base a atividade principal – aquela que possui as contribuições mais vantajosas, no caso de atividades concomitantes.


Tempo incompleto

O relator do recurso no STJ, Napoleão Nunes Maia Filho, ressaltou que, de acordo com os termos do artigo 32 da Lei 8.213/1991, "será considerada como atividade principal, para fins de cálculo do valor do salário de benefício, aquela na qual o segurado reuniu todas as condições para a concessão do benefício".


Destacou, entretanto, que no caso em análise o segurado não completou o tempo de contribuição suficiente para se aposentar em nenhuma das duas atividades. O ministro afirmou que, nessas situações, o salário de benefício será calculado com base na soma do salário de contribuição da atividade principal e de um percentual da média do salário de contribuição da atividade secundária. Ele mencionou o REsp 1.664.015 e o agravo regimental no REsp 1.412.064, nos quais se aplicou essa mesma tese.


O ministro explicou ainda que "atividade secundária seria aquela que complementa a renda da atividade principal e, por essa razão, o salário de contribuição maior deve ser aquele indicado no cálculo da média como atividade principal".


Sendo assim, o colegiado decidiu, por unanimidade, pela reforma do acórdão recorrido e pelo retorno dos autos ao tribunal de origem para que prossiga no julgamento a partir do entendimento do STJ.

Fonte: STJ

 


 

25/09/2019 - Bolsonaro assina lei que cria imposto sobre férias, 13º e horas extras


A medida tem o objetivo de acabar com a prática de estabelecer valores negociados em acordos trabalhistas como "indenização", obrigando empresas a pagarem impostos


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou uma lei na última sexta-feira (20) que altera a cobrança de imposto sobre valores recebidos por trabalhadores em acordos trabalhistas, sejam judiciais ou não. A medida afeta benefícios como férias, 13º salário e horas extras.


Aprovada em agosto pelo Senado e em setembro pela Câmara, a lei 13.876 estabelece que os valores de acordos trabalhistas não poderão ser mais declarados apenas como indenizatórios se houver também questões de natureza remuneratória envolvidas, o que inclui férias, 13º salário e horas extras.


Portanto, a medida tem o objetivo de acabar com a prática de estabelecer todo o valor negociado como indenização – caso de danos morais, prêmios e bonificações -, prática comum para evitar ou diminuir a cobrança de impostos, como contribuição previdenciária e Imposto de Renda.


Agora, as verbas só podem ser classificadas como indenizatórias caso o pedido original se refira exclusivamente a verbas dessa natureza. Com relação às verbas de natureza remuneratória, a lei coloca que não poderão ter como base de cálculo valores mensais inferiores ao salário mínimo ou ao piso salarial da categoria, caso exista. Os tributos também não devem ser calculados sobre valores menores que a diferença entre o valor devido pelo empregador e o efetivamente já pago ao trabalhador.

Fonte: Revista Forum

 


 

25/09/2019 - Em derrota para Bolsonaro e Moro, Congresso derruba 18 vetos à lei de Abuso de Autoridade


Em votação conjunta, o Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (24) 18 dos 33 pontos vetados por Jair Bolsonaro na Lei de Abuso de Autoridade, numa derrota política para Jair Bolsonaro e também para o ministro da Justiça, Sérgio Moro.


Com isso, esses trechos reinseridos pelos parlamentares, que equivalem a 10 artigos, passam a valer desde já como lei. Já os vetos de Bolsonaro mantidos pelo Congresso ficam definitivamente fora da lei.


Entres os vetos derrubados está o que permite ao ofendido entrar com uma ação penal privada contra a autoridade, se o Ministério Público se omitir.


Outros pontos que voltarão a valer são o que tornam crime de abuso de autoridade a decretação, substituição ou relaxamento de prisão irregular; constranger preso a produzir prova contra si; insistir em interrogatório de pessoa que invoque o exercício do direito ao silêncio ou a presença de advogado; deixar de se identificar ao preso; impedir a comunicação com advogado; e negar acesso aos autos ao advogado.


A sessão foi antecipada em uma semana , por decisão de Alcolumbre, depois da Operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), acusado de receber propina no período em que foi ministro da Integração Nacional.

Fonte: Brasil247

 


 

25/09/2019 - Governo faz revisão de normas de segurança e saúde no trabalho


A modernização de três normas foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.


Estão com nova redação a Norma Regulamentadora NR-3, sobre embargo e interdição; a NR-24, que trata das condições de higiene e conforto nos locais de trabalho; e a NR-28, de fiscalização e penalidades. Com isso, chega a seis o número de normas sobre segurança e saúde dos trabalhadores nas empresas que já passaram por revisão este ano.


Modernização

Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, a modernização das 36 normas reguladoras em vigor na data, iniciada em fevereiro, prevê revisão de todo o conteúdo.


Conduzida pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, a modernização ocorre a partir de discussões na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que tem representantes do governo, de empregadores e trabalhadores. Também estão sendo levadas em conta as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Embargo e Interdição

A norma regulamentadora NR-3, anteriormente vigente, tinha cinco itens, fazendo com que seu conteúdo fosse subjetivo, na avaliação da secretaria. “A nova NR 3 estabelece diretrizes e requisitos técnicos objetivos para caracterização das situações ou condições de trabalho que levem ao embargo e interdição. Esses requisitos técnicos, que até então não eram claro, tem como objetivo auxiliar os auditores a tomarem decisões consistentes e transparentes.”


Condições de Higiene e Conforto nos locais de Trabalho

Para a secretaria, os problemas mais graves da NR-24 estavam relacionados à desatualização da norma. Publicada em 1978, ela ainda estava vigente com a mesma redação e trazia exigências que 41 anos. “Entre os itens obsoletos da regra, estavam a exigência de que as janelas dos alojamentos fossem de madeira ou de ferro; determinava o uso de lâmpadas incandescentes, obrigava a instalação de um banheiro masculino e um feminino para qualquer tipo e tamanho de empreendimento e previa a possibilidade de aplicar mais de 40 multas apenas em um banheiro.”


Pela nova NR-24, estabelecimentos com funções comerciais, administrativas ou similares com até 10 trabalhadores podem ter apenas um banheiro individual de uso comum entre os sexos, desde que garantida a privacidade. Também de acordo com as mudanças, todas as instalações previstas, como sanitários, vestiários e locais para refeições, por exemplo, deverão ser dimensionadas com base no número de trabalhadores usuários do turno com maior contingente.


Fiscalização e penalidades

Com a modernização da NR-28, que estabelece as linhas de fiscalização, caiu para 4 mil o número de possibilidades de multa para todo o setor produtivo. Como é para toda a economia, uma mesma empresa não está submetida a todas essas linhas de fiscalização. Exemplo: a construção civil tem 600 itens aplicáveis, enquanto 534 são do setor de mineração.


Com a revisão das outras 30 NRs, o número terá uma redução ainda maior.


A norma antiga previa aproximadamente 6,8 mil possibilidades de multas. Na nova NR-28, ocorreu um processo de racionalização dessas possibilidades de multas. Tópicos que tratavam do mesmo assunto foram unificados, sem prejuízo aos trabalhadores ou à ação da auditoria fiscal, informou a secretaria.

Fonte: Agência Brasil

 


 

25/09/2019 - Carteira de Trabalho Digital entra em vigor

 

Os brasileiros passam a contar, a partir desta terça-feira (24), com a Carteira de Trabalho Digital, documento totalmente em meio eletrônico e equivalente à antiga Carteira de Trabalho e Previdência Social física.


Segundo a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, a mudança vai assegurar facilidades para trabalhadores e empregados, com redução da burocracia e custos. Por exemplo: ao ser contratado, o novo empregado não precisará mais apresentar a carteira em papel. Bastará informar o número do CPF ao empregador e o registro será realizado diretamente de forma digital.


Prevista na Lei da Liberdade Econômica, sancionada na última sexta-feira (20), a Carteira Digital é disciplinada pela Portaria nº 1.065, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União.


O documento digital está previamente emitido para todos os brasileiros e estrangeiros que estejam registrados no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Cada trabalhador terá de habilitar o documento, com a criação de uma conta de acesso no endereço específico.


eSocial

Empresas que já usam o eSocial poderão contratar funcionários sem a necessidade de exigir deles o documento físico. Isso vai facilitar o acesso ao mercado, pois não será mais necessário apresentar a carteira de trabalho em papel para ingressar em um novo emprego, resultando em simplificação e desburocratização.


Com as novas regras, as anotações que antes ficavam na CTPS de "caderninho azul" passarão a ser realizadas eletronicamente. Para acompanhar essas anotações, o trabalhador poderá utilizar um aplicativo especialmente desenvolvido para celulares (com versões IOS e Android) ou acessar o ambiente.


A Carteira Digital tem como identificação única o número do CPF do trabalhador, que passa a ser o número válido para fins de registro trabalhista.

Fonte: Agência Brasil

 


 

25/09/2019 - Ricupero: na ONU, Bolsonaro ‘afetou as perspectivas do agronegócio'


Subsecretário da ONU entre 1995 e 2004, quando comandou a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o diplomata Rubens Ricupero diz considerar o discurso de Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU) o "mais desastroso de todos os discursos feitos pelo Brasil desde que existe o debate da Assembleia-Geral".


"Os acordos que o Mercosul tinha assinado com a União Europeia e a Área de Livre Comércio Europeu já estavam praticamente mortos. Agora, ele coloca vários pregos no caixão. Ele inviabiliza, no futuro previsível, qualquer esforço de boa vontade para apresentar esses acordos à aprovação dos diversos parlamentos europeus. Isso vai afetar muito as perspectivas do agronegócio brasileiro, da exportação do Brasil em geral", acrescentou ele em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.


De acordo com o diplomata, "aquilo que o Brasil tinha, uma imagem positiva em meio ambiente, ele jogou fora, no lixo. Ele desperdiçou o único trunfo que o Brasil tinha". "Nós não temos poder militar, não temos bomba atômica, nem poder econômico. Mas tinha aquele prestígio da sua diplomacia proativa em matéria ambiental. Agora, nós perdemos isso. Acho que isso vai alimentar essa onda contra nós. Antes de ir a Nova York, eu achava que era difícil piorar a situação. Eu me enganei. Ele conseguiu piorar", disse.


"A chave para a compreensão do discurso dele é a política doméstica brasileira. Bolsonaro é um presidente obcecado pela perda de popularidade, que já está se lançando candidato à reeleição, e já está disputando com rivais como (o governador de São Paulo, João) Doria e outros. Ele radicaliza o discurso para consolidar o seu apoio naquele segmento que deu a vitória a ele", complementou.

Fonte: Brasil247

 


 

25/09/2019 - Fala de Bolsonaro na ONU leva Brasil a isolamento internacional, diz Humberto Costa


O senador Humberto Costa (PT-PE) disse em Plenário, nesta terça-feira (24), que a fala do presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da Assembleia Geral da ONU quebrou a postura sempre equilibrada, altiva e conciliadora construída pelo o Brasil, levando o país a mais isolamento internacional.


Para Humberto, o chefe do Executivo atacou, em seu discurso na ONU, países europeus como França e Alemanha, a imprensa, líderes indígenas e a causa ambientalista, reduzindo, segundo o senador, a importância da Amazônia para que ele possa avançar com o que chamou de plano de desmatamento.


— Estamos atrelados ideologicamente a uma ultradireita de contornos nazistas, que despreza a racionalidade, a ciência, a pesquisa e os direitos humanos mais elementares, que despreza uma visão global de preservação de recursos naturais e um modelo de desenvolvimento sustentável — criticou.


Humberto ainda afirmou que, assim como nas eleições de 2018, quando Bolsonaro "elegeu adversários" que prometia fuzilar e exilar, o chefe do Executivo agora o faz no plano internacional.


— Está oficialmente inaugurada, por ele, uma cruzada internacional do Brasil contra fantasmas que querem nos invadir, como o socialismo, os agentes secretos disfarçados de médicos, o marxismo cultural, as ONGs estrangeiras e os hereges. Que tristeza para quem havia virado um país de tão grande influência. Nada mais medieval, para nossa imensa vergonha — concluiu.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/09/2019 - STF julga hoje caso que pode anular condenação de Lula


"O plenário do Supremo Tribunal Federal prevê julgar na tarde desta quarta-feira (25) pedido de habeas corpus que pode anular uma das sentenças contra o ex-presidente Lula e provocar a principal reviravolta em casos já julgados da operação desde a sua deflagração, em 2014", informa o jornalista Felipe Bachtold, em reportagem publicada na Folha.


Os 11 ministros vão decidir se réus delatores devem apresentar suas considerações finais em processos antes dos demais acusados e se ações que não seguiram esse rito anteriormente devem ter suas sentenças revistas.


"Com a decisão de agosto, o caso de Bendine, que já estava julgado em segunda instância, retrocedeu para a etapa de alegações ainda no primeiro grau. Agora, caso o Supremo concorde que outros réus devem ter esse direito, o mesmo pode acontecer em relação a dezenas de acusados da Lava Jato, incluindo Lula", aponta ainda o jornalista.


Lula foi preso em abril do ano passado pelo ex-juiz Sergio Moro, com a finalidade de ser barrado na disputa presidencial de 2018, que ele venceria com facilidade, abrindo assim espaço para a ascensão do neofascismo no Brasil.

Fonte: Brasil247

 


 

25/09/2019 - Adiamento da discussão sobre a reforma da Previdência não traz prejuízo, diz Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou nesta terça-feira (24), em Plenário, o adiamento da discussão sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que estava marcada para esta quarta-feira (25).


O parlamentar ressaltou que foram sugeridas 748 emendas à proposta, o que, na opinião dele, demonstra claramente “que o Senado não quer essa reforma nos moldes em que está”. Para Paim, os principais pontos a serem revistos são o tempo mínimo de contribuição e a mudança nas regras para aposentadoria especial ou por incapacidade.


— Ainda há tempo. Podemos fazer um grande entendimento para que a gente faça emendas supressivas e emendas modificativas — analisou.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/09/2019 - Reforma da Previdência visa cortar direitos da classe trabalhadora, diz Paulo Rocha


O senador Paulo Rocha (PT-PA) denunciou, nesta segunda-feira (23), em Plenário, que a Reforma da Previdência (PEC 6/2019), defendida pelo governo e, segundo ele, pelas ‘elites rentistas’ do país, tem por único objetivo retirar direitos fundamentais. Direitos que, na sua opinião, foram conquistados pela consciência de classe social e com muita luta pelo exercício do estado democrático de direito.


Para o senador, haverá um grande embate político no Plenário do Senado, em que se apreciará o texto da reforma. Será uma oportunidade para mostrar à sociedade e sensibilizar os pares a repensarem sobre aprovar uma reforma que retira direitos sociais. Segundo Paulo Rocha, o discurso propagado pelo governo e pelos defensores da reforma é que ela se faz necessária para ajustar as contas e solucionar o déficit público. Entretanto, ele entende que essa conta acabará sendo paga pela classe trabalhadora, que perderá muitos direitos adquiridos e garantidos pela Constituição.


— É preciso buscar saída para o desenvolvimento do nosso país; é preciso buscar saída para o crescimento econômico e para a geração de emprego, mas não é em cima da retirada de direitos, da retirada de dinheiro de circulação da nossa moeda perante o comércio local, perante o nosso consumo, que se vai resolver o problema do desenvolvimento. Ao contrário, vai voltar a se acumular de novo nas mãos daqueles que sempre acumularam riquezas em nosso país — enfatizou.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/09/2019 - Lula já pode pedir semiaberto, mas deve aguardar por 'liberdade plena'


Com um sexto da pena cumprida nesta segunda-feira 23, o ex-presidente Lula já tem direito a pedir à 13ª Vara da Justiça Federal a progressão do regime para o semiaberto. Lula está preso há 1 ano, 5 meses e 16 dias na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.


O advogado Cristiano Zanin Martins, que faz a defesa de Lula, no entanto, afirmou Lula busca o restabelecimento de sua liberdade plena, "com o reconhecimento de que foi vítima de processos corrompidos por nulidades, como a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro", indicando que não pretende fazer o pedido.


No Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi definido o substituto do ministro Felix Fischer na 5ª Turma e na 3ª Seção do STJ - afastado por motivo de saúde - a partir desta terça-feira (24). O desembargador Leopoldo Raposo, do TJPE, deverá julgar o pedido da defesa do ex-presidente para ele mudar de regime e cumprir o restante da pena no caso do tríplex em regime aberto.


Em outra via, o Supremo Tribunal Federal deve julgar no segundo semestre - ainda sem data - um habeas corpus que aponta a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro ao julgar o caso de Lula. O HC busca derrubar a condenação de Lula por suspeição de Moro. O ministro Gilmar Mendes disse que pretende levar o caso para julgamento até novembro.

Fonte: Brasil247

 


 

24/09/2019 - Guedes: criar emprego com a nova matriz econômica. Isso é ridículo


O ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista à Jovem Pan, falou sobre romper o teto de gastos e sobre o congelamento do salário mínimo. Questionado, Guedes respondeu: “não faremos essas aventuras”.


Em meio ao agravamento da crise econômica desde a chegada do governo Bolsonaro, o ministro disse que a economia ainda não sentiu os efeitos da agenda do governo por causa da demora da aprovação da reforma da Previdência.


O ministro também afirmou rejeitar medidas econômicas que impliquem no "descontrole dos gastos públicos", provocando mais uma vez a ex-presidente Dilma. “Nós não faremos essas aventuras. As aventuras já foram feitas. Foi por falta de teto que os gastos públicos saíram de 18% do PIB, há 40 anos, e foi a 45% no pico do governo Dilma. E foi exatamente por esse descontrole dos gastos públicos que o crescimento, que era de 7,5% ao ano, sustentável, virou um crescimento medíocre. O Brasil hoje é prisioneiro de uma estagnação econômica".


Com aproximadamente 13 milhões de brasileiros desempregados, Guedes chamou de "ridículo" estratégias como ampliar os gastos e gerar emprego por uma nova matriz econômica.


“‘Vamos soltar o teto’. Ok, voltamos ao governo Dilma, vamos expandir então os gastos. Vamos criar emprego com a nova matriz econômica. Ou seja, isso é absolutamente ridículo. O Brasil não vai nesse caminho", disse.

Fonte: Brasil247

 


 

24/09/2019 - Dino diz no Roda Viva que Ciro deveria ter apoiado Haddad no segundo turno


O governador do Maranhão criticou o fato de Ciro Gomes ter ido para a Europa e se ausentado do segundo turno das eleições no ano passado: "Acreditei que Ciro faria o que Brizola fez em 1989"


Sabatinado pelos jornalistas da bancada do “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (23), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que hoje se coloca como um ferrenho crítico do PT, deveria ter apoiado Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial do ano passado.


Cotado para uma chapa com o PT, Ciro, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, viajou para a Europa e se ausentou do debate político no segundo turno, não declarando apoio nem a Haddad e nem a Jair Bolsonaro.


“Acreditei que Ciro faria o que Brizola fez em 1989. Com todas as divergências, em nome da disputa que se colocava ali, da importância, e em respeito à liderança gigantesca que possui, deveria ter participado do segundo turno. O Haddad estava disputando contra um candidato de extrema direita”, disse o comunista.


Tido como uma das principais lideranças na articulação de uma frente de esquerda para as próximas eleições, Dino, contudo, ponderou: “Mas isso não é condição de excluí-lo [o Ciro Gomes] do debate de 2022. Continuo a achar que ele é um nome que contribui para o debate político porque sustenta bandeiras que temos concordância”, pontuou.


Diante da insistência dos jornalistas em saber se Dino acredita que o PT abriria mão de uma candidatura majoritária para a formação dessa unidade no campo da esquerda, o governador refutou a tese de que o partido deva ser deixado de lado ou abrir mão da bandeira “Lula livre”.


“Esse antipetismo de ocasião não me encontra entre seus adeptos. O PT é imprescindível para encontrar um novo caminho. Não podemos impor que o PT deixe de lançar seus quadros. O que eu sinto do PT é uma disposição bastante ampla para o diálogo. Acho sim, possível [que o PT abra mão de candidatura], não é um obstáculo tão pronunciável como alguns classificam”, afirmou.

Fonte: RevistaForum

 


 

24/09/2019 - Bolsonaro é vaiado e alvo de protestos em Nova York


Jair Bolsonaro chegou nesta segunda-feira, 23, em Nova York, e foi recebido com protestos por brasileiros e norte-americanos. "Amazonia sim, Bolsonaro, não", gritavam os manifestantes, que foram impedidos de se aproximar da entrada do hotel em Manhattan, onde a comitiva de Bolsonaro está hospedado.


Bolsonaro participará dos Debates Gerais da 74ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ). Como é tradição, será o primeiro chefe de Estado ou governo a discursar, na manhã de terça-feira.

Fonte: Brasil247

 


 

24/09/2019 - Comissões debatem exploração indevida da renda de idosos


As comissões Especial de Superendividamento do Consumidor (PL 3515/15); e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa promovem audiência pública nesta quarta-feira (25) para discutir a exploração indevida da renda ou apropriação do patrimônio do idoso.


O pedido para o debate é da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Ela alerta para a violência financeira contra idosos e cita dados do Disque 100, que mostram que mais da metade dos crimes de abuso econômico de idosos envolve os parentes mais próximos. "Administrar as finanças na velhice pode ser uma dificuldade, sobretudo dentro de casa. Dos crimes cometidos contra idosos, a financeira é a terceira maior no Brasil, atrás da psicológica ( intimidação verbal, ameaças, humilhações) e negligência ( abandono dos cuidados do idoso)", destacou Zanotto.


Foram convidados para a audiência, entre outros, representantes da Central Judicial do Idoso do TJDFT; do Conselho Nacional do Ministério Púbico; e da Federação Nacional dos Bancos (Febraban).


O debate ocorre às 14h30 desta quarta, no plenário 12.

Fonte: Agência Câmara

 


 

24/09/2019 - Paim defende aposentadoria especial para trabalhadores em atividades de risco


O senador Paulo Paim (PT-RS) aproveitou o Dia Nacional do Agente de Trânsito, comemorado nesta segunda-feira (23), para pedir aos senadores que retirem da reforma da Previdência (PEC) 06/2019 o dispositivo que acaba com a aposentadoria especial para trabalhadores em área de grande risco, como os 30 mil agentes de trânsito brasileiros. A votação da matéria em primeiro turno está prevista para esta terça-feira (24) no Plenário.


Atualmente, os profissionais que trabalham nessas condições, como vigilantes, eletricitários e guardas municipais, podem se aposentar depois de 25 anos de contribuição, como explicou Paim. Mas, de acordo com o senador, a reforma da Previdência vai acabar com isso.


— Se colocarmos um, dois ou três dependentes na família, chegaremos a mais de 100 mil pessoas que serão prejudicadas de forma direta, só nessa categoria dos profissionais de trânsito. Se pegarmos os vigilantes, são mais de 4 milhões de pessoas no país. Calculemos também aí os guardas municipais, os eletricitários e quem trabalha em áreas consideradas de alto risco. Chegaremos rapidamente a mais de 20 milhões de pessoas — citou.


Paim defendeu outros ajustes no texto. Segundo ele, somente assim será possível reduzir os prejuízos a trabalhadores dos setores público e privado.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/09/2019 - Prova de vida do INSS poderá ser feita pelo celular


Se você recebe benefício da Previdência Social já deve saber que todo ano precisa provar que está vivo. Se isso não for feito, o pagamento pode ser suspenso.


A novidade é que, ainda este ano, a prova de vida pode ser feita pelo telefone celular, se o beneficiário tiver um aparelho mais moderno.


Basta abrir o aplicativo "Meu INSS" e usar a impressão digital ou o reconhecimento facial, da mesma forma que usa para desbloquear a tela do celular. O sistema de reconhecimento biométrico do INSS foi desenvolvido pela Dataprev.


O diretor de Relacionamento e Negócio da Dataprev, André Côrte, destaca que usar a biometria para fazer a prova de vida é mais confortável e seguro.


O diretor da Dataprev destaca, ainda, que o uso da digital e do reconhecimento facial reduz a chance de fraude na prova de vida.


O sistema foi testado por 700 pessoas, em 15 cidades, durante os meses de agosto e setembro. Nesse período, apresentou alguns problemas para reconhecer a biometria.


André Côrte disse que a equipe da Dataprev trabalha para corrigir as falhas antes de começar a aceitar essas novas formas de prova de vida.


Todo mundo que recebe benefício do INSS precisa fazer a prova de vida uma vez por ano, para evitar a suspensão do pagamento. Em alguns casos, a prova pode ser feita por um representante.


Isso ocorre quando o beneficiário mora fora do país, tem alguma doença contagiosa, apresenta dificuldade para se movimentar ou tem mais de 80 anos.


Em alguns casos, o INSS pode agendar uma visita para fazer a prova de vida na casa da pessoa. Se você tiver alguma dúvida, ligue para a Central 135.

Fonte: Portal EBC

 


 

24/09/2019 - Audiência discute MP sobre antecipação do abono anual do INSS


A comissão mista destinada a analisar a Medida Provisória (MP 891/19) realiza nesta quarta-feira (25) sua primeira audiência pública.


A MP torna permanente a política de antecipação de metade do abono anual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que será pago todos os anos em agosto.


Foram convidados para discutir a proposta o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira; o diretor de Programa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Miguel Cabrera Kauam; e o diretor de Programa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Benedito Adalberto Brunca.


A audiência será realizada a partir das 14h30, no plenário 9 da ala Alexandre Costa, no Senado.


O evento será transmitido ao vivo pela internet. Os interessados poderão participar enviando perguntas e sugestões aos convidados.

Fonte: Agência Câmara

 


 

24/09/2019 - Supremo analisa contribuição previdenciária devida por aposentado


Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão analisando, em julgamento virtual, a constitucionalidade da contribuição previdenciária devida por aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que permaneça em atividade ou a essa retorne.


No voto, o relator, ministro Dias Toffoli, afirmou que a classificação adotada pelo Supremo, desde o RE 146.733, para contribuições sociais gerais e para a seguridade social, leva em conta a finalidade apontada na lei instituidora.


"Essa vinculação a uma finalidade é o que a doutrina chama de referibilidade, traço inerente a todas as contribuições sociais, sejam elas gerais ou para a seguridade social. Em relação a essas últimas, o artigo 195 da Constituição expressamente estabelece uma referibilidade ampla, em face do traço marcante da solidariedade no custeio da seguridade social", disse.


Com isso, Toffoli propôs a seguinte tese: "É constitucional a contribuição previdenciária devida por aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que permaneça em atividade ou a essa retorne".


Os ministros Celso de Mello, Alexandre de Moraes e Marco Aurélio já votaram pelo reconhecimento de repercussão do tema. Apenas Marco Aurélio não reconheceu a reafirmação de jurisprudência do caso.


Caso

Os ministros analisam um agravo contra decisão de negativa de seguimento ao recurso extraordinário proferida pela 1ª Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária do Espírito Santo, que entendeu pela impossibilidade da contribuição. ARE 1.224.327

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

24/09/2019 - Mantida validade de norma coletiva que substituía horas extras por diárias


Para a SDI-1, a norma não causou prejuízo nem flexibilizou direito indisponível.


A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho negou a pretensão de um jornalista da RBS Participações S.A. de receber adicional por serviço extraordinário em viagens. De acordo com os ministros, a norma coletiva que substituía a remuneração de horas extras pelo pagamento de diária de viagem não causou prejuízo ao empregado nem alterou direito trabalhista indisponível.


Compensação

O jornalista, que trabalhou para a RBS por 27 anos, sustentava a invalidade da cláusula que previa o pagamento de um dia de trabalho para cada dia de viagem, além do salário normal, a título de compensação pelas horas extras eventualmente prestadas.


O juízo da 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS) julgou improcedente o pedido, mas a decisão foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Para o TRT, a Constituição da República, apesar de reconhecer as convenções e os acordos coletivos de trabalho (artigo 7º, inciso XXVI), não autoriza a supressão de direitos indisponíveis. O Tribunal Regional ainda considerou que o pagamento de valor fixo causa inequívoco prejuízo ao empregado.


Norma válida

Ao julgar o recurso de revista do empregado, a Sexta Turma do TST não constatou renúncia de direitos nem flexibilização de direito absolutamente indisponível. Para a Turma, o pagamento do adicional de viagem é certo, independentemente da prestação de horas extraordinárias, o que evidencia a vantagem da cláusula para o empregado.


Nos embargos à SDI-1, o jornalista apontou decisão em sentido contrário da Oitava Turma do TST em caso semelhante. O relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, no entanto, manteve a conclusão da Sexta Turma. Com base em precedentes da Quinta e da Sétima Turma, ele destacou que a Constituição autoriza a flexibilização de direito relativo à jornada de trabalho mediante norma coletiva, pela compensação de horários ou pela redução da jornada. Na sua avaliação, portanto, não se trata de direito absolutamente indisponível.


A decisão foi unânime. Processo: E-RR-20600-52.2014.5.04.0022

Fonte: TST

 


 

23/09/2019 - Reforma da Previdência pode ser votada em 1º turno nesta terça-feira


A reforma da Previdência terá um capítulo decisivo nesta semana. Está marcada para a próxima terça-feira (24), no plenário do Senado, a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma. Segundo parlamentares, o clima é favorável a uma aprovação.


A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), disse que a reforma da Previdência está “blindada”. Pela manhã, será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório referente às emendas recebidas em plenário. Após, a PEC para o plenário. A expectativa é cumprir o calendário, votando em segundo turno no dia 10 de outubro.


“Na semana seguinte, começarmos a votação em segundo turno. Em 10 de outubro, temos condições de entregar para o Brasil a reforma da Previdência”, disse Tebet.


Na primeira passagem da reforma pela CCJ, o relator da PEC, Tasso Jereissati (PSDB-CE), leu e submeteu seu parecer à comissão, que foi aprovado por 18 votos a 7 e levado ao plenário. No plenário, foram realizadas cinco sessões de discussão do tema.


Nem todas as sessões reservadas à reforma tiveram um quórum alto. Em algumas, poucos senadores pediram espaço para fala. O deputado Paulo Paim (PT-RS) pediu alteração das regras de aposentadoria especial, para profissões danosas à saúde e mudanças nas regras de pensão por morte.


Em seu relatório, referente às emendas de plenário, Jereissati rejeitou 76 emendas recebidas no plenário do Senado que poderiam modificar a proposta e obrigar a volta do texto à análise dos deputados. O relator, no entanto, mudou a redação sobre o ponto que trata da criação de uma alíquota de contribuição mais baixa para os trabalhadores informais.


Cientes de que o relator não fará mudanças que provoquem a volta do texto à Câmara, alguns senadores jogam suas fichas na chamada PEC Paralela. A PEC, também relatada pelo tucano, promete trazer regras mais benéficas aos trabalhadores e foi criada para evitar alterações na PEC principal e, consequentemente, possibilitar uma aprovação em outubro.


A expectativa de Jereissati e Tebet é que haja uma diferença de 15 dias entre as votações da PEC original e as votações da paralela. No caso desta, porém, a aprovação definitiva ainda levará tempo, uma vez que ainda precisa ser apreciada pela Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

 


 

23/09/2019 - New York Times chama Bolsonaro de mini-Trump em análise sobre assembleia geral da ONU


Um artigo assinado pelo chefe do escritório do jornal no Rio, o ex-editorialista Ernesto Londoño fala sobre a destruição da Amazônia e coloca uma pensata: "imagine Bolsonaro sendo julgado por ecocídio em Haia"


Em uma análise dobre a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece a partir desta terça-feira (24), o jornal The New York Times classificou neste domingo (22) Bolsonaro como um “mini-Trump”, ” uma figura polarizadora em casa que, como Trump, descarta os medos sobre as mudanças climáticas e ridiculariza os críticos no Twitter”.


No sábado (21), um artigo assinado pelo chefe do escritório no Rio, o ex-editorialista Ernesto Londoño fala sobre a destruição da Amazônia e coloca uma pensata: “imagine Bolsonaro sendo julgado por ecocídio em Haia”.


Ao editor do NYT, Eloísa Machado, professora de direito da Universidade Getúlio Vargas, em São Paulo, disse que o desmantelamento de proteções ambientais de Bolsonaro, que dizimou as comunidades indígenas da Amazônia, já atende aos critérios de crimes contra a humanidade sob a lei internacional existente. Eles poderiam, disse ela, equivaler a genocídio.


A Amazônia deve ser um dos principais temas do discurso de Jair Bolsonaro, em sua estreia na abertura da assembleia da ONU. Ele diz que fará uma defesa do que chama de “soberania nacional” e da atuação do governo brasileiro na região.


Na sexta-feira (20), em uma breve conversa com jornalistas na entrada da residência oficial do Palácio da Alvorada, o presidente disse que seus antecessores, quando iam à ONU, “falavam e não diziam nada”.


“Eu ouvi pronunciamentos anteriores de outros chefes de Estado do Brasil”, afirmou Bolsonaro. “No passado, tinha muita… Falava, falava, falava e não dizia nada. Temos que falar do patriotismo nosso, da questão da soberania, do que o Brasil representa para o mundo”, completou o presidente.

Fonte: Revista Forum

 


 

23/09/2019 - MP da liberdade econômica é sancionada; veja os principais pontos

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou sexta (20), em cerimônia no Palácio do Planalto, a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, agora convertida em lei. A MP havia sido apresentada pelo governo para diminuir a burocracia e facilitar a abertura de empresas, principalmente de micro e pequeno porte, e já havia sido aprovada pelo Senado Federal no último dia 21 de agosto.


Entre as principais mudanças, a lei flexibiliza regras trabalhistas, como dispensa de registro de ponto para empresas com até 20 empregados, e elimina alvarás para atividades consideradas de baixo risco. O texto também separa o patrimônio dos sócios de empresas das dívidas de uma pessoa jurídica e proíbe que bens de empresas de um mesmo grupo sejam usados para quitar débitos de uma empresa.


Em relação ao texto final aprovado pelo Congresso, houve quatro vetos presidenciais. Um deles, que foi negociado com o próprio Parlamento, eliminou o dispositivo que permitia aprovação automática de licenças ambientais.


O governo vetou um item da MP, alterado pelos parlamentares durante a tramitação, que flexibiliza testes de novos produtos ou serviços. Na justificativa do veto, o presidente argumentou que a redação, tal como veio do Legislativo, "permitiria o uso de cobaias humanas sem qualquer protocolo de proteção, o que viola não só a Constituição mas os tratados internacionais para testes de novos produtos".


Outro dispositivo vetado permitia a criação de um regime de tributação fora do direito tributário. O veto foi solicitado pelo Ministério da Economia, segundo o Palácio do Planalto. Foi vetado ainda o dispositivo que previa a entrada em vigor da nova lei em 90 dias. Com isso, a MP da Liberdade Econômica já entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU), que ocorrerá em edição extra nesta sexta-feira.


"Essa Medida Provisória, segundo estudos da Secretaria de Política Econômica, pode gerar, no prazo de dez anos, 3,7 milhões de empregos e mais de 7% de crescimento da economia. São números muito expressivos e necessários para o nosso país", afirmou o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.


Citando um jargão repetido pelo presidente Jair Bolsonaro, Uebel afirmou que a medida permite que “o estado saia do cangote das empresas” e fomente o cenário de empreendedorismo no país. O secretário citou ainda outras medidas previstos na nova lei, como o fim da validade de algumas certidões, como a de óbito, e a Carteira de Trabalho Digital.


Em um breve discurso, Jair Bolsonaro disse que a aprovação da MP é um primeiro passo para desburocratizar os serviços públicos no país. "Vai ajudar e muito a nossa economia", destacou. "Tenho falado com o Paulo Guedes, com o Paulo Uebel também. Nós devemos estudar um projeto, não o Meu Primeiro Emprego, mas o Minha Primeira Empresa. (...) Nós queremos é dar meios para que as pessoas se encorajem, tenham confiança, uma garantia jurídica de que o negócio, se der errado lá na frente, ele desiste e vai levar sua vida normalmente, e não fugir da Justiça para não ser preso", acrescentou.


O presidente criticou grupos de esquerda que, segundo ele, defendem direitos, mas não deveres. Ele elogiou a reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer. "Alguns criticam, no passado a reforma da CLT, dizendo que ela não resolveu os problemas. Se não fosse ela, feita no governo Temer, o Brasil estaria em situação muito mais difícil do que está hoje. E eu vejo a esquerda potencializando a questão de direitos: tudo é direito, quase nada de deveres", afirmou.


Bolsonaro tuitou sobre a sanção e escreveu, no Twitter, que o "Estado deve deixar de atrapalhar quem produz".

 

Entenda as principais mudanças na MP:


Registro de ponto

- Registro dos horários de entrada e saída do trabalho passa a ser obrigatório somente para empresas com mais de 20 funcionários. Antes, a legislação previa esta obrigação para empresas com mínimo de dez empregados

- Trabalho fora do estabelecimento deverá ser registrado

- Permissão de registro de ponto por exceção, por meio do qual o trabalhador anota apenas os horários que não coincidam com os regulares.

Prática deverá ser autorizada por meio de acordo individual ou coletivo


Alvará e licenças
- Atividades de baixo risco, como a maioria dos pequenos comércios, não exigirão mais alvará de funcionamento

- Poder Executivo definirá atividades de baixo risco na ausência de regras estaduais, distritais ou municipais

- Governo vetou item que dispensava de licenças para atividades de baixo risco que abrangem questões ambientais


Fim do e-Social

- O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social), que unifica o envio de dados de trabalhadores e de empregadores, será substituído por um sistema mais simples, de informações digitais de obrigações previdenciárias e trabalhistas


Carteira de trabalho eletrônica

- Emissão de novas carteiras de Trabalho pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ocorrerá “preferencialmente” em meio eletrônico, com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como identificação única do empregado. As carteiras continuarão a ser impressas em papel, apenas em caráter excepcional

- A partir da admissão do trabalhador, os empregadores terão cinco dias úteis para fazer as anotações na Carteira de Trabalho. Após o registro dos dados, o trabalhador tem até 48 horas para ter acesso às informações inseridas.


Documentos públicos digitais

- Documentos públicos digitalizados terão o mesmo valor jurídico e probatório do documento original


Abuso regulatório
- A MP cria a figura do abuso regulatório, para impedir que o Poder Público edite regras que afetem a “exploração da atividade econômica” ou prejudiquem a concorrência. Entre as situações que configurem a prática estão:

Criação de reservas de mercado para favorecer um grupo econômico
. Criação de barreiras à entrada de competidores nacionais ou estrangeiros em um mercado

. Exigência de especificações técnicas desnecessárias para determinada atividade

. Criação de demanda artificial ou forçada de produtos e serviços, inclusive “cartórios, registros ou cadastros”

. Barreiras à livre formação de sociedades empresariais ou de atividades não proibidas por lei federal

 

Desconsideração da personalidade jurídica

- Proibição de cobrança de bens de outra empresa do mesmo grupo econômico para saldar dívidas de uma empresa

- Patrimônio de sócios, associados, instituidores ou administradores de uma empresa será separado do patrimônio da empresa em caso de falência ou execução de dívidas

- Somente em casos de intenção clara de fraude, sócios poderão ter patrimônio pessoal usado para indenizações


Negócios jurídicos

- Partes de um negócio poderão definir livremente a interpretação de acordo entre eles, mesmo que diferentes das regras previstas em lei


Súmulas tributárias

- Comitê do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal (Carf) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) terá poder para editar súmulas para vincular os atos normativos dos dois órgãos


Fundos de investimento

- MP define regras para o registro, a elaboração de regulamentos e os pedidos de insolvência de fundos de investimentos


Extinção do Fundo Soberano

- Fim do Fundo Soberano, antiga poupança formada com parte do superávit primário de 2008, que está zerado desde maio de 2018

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/09/2019 - Orlando Silva afirma que Bolsonaro é "uma vergonha planetária"


“O governo brasileiro simplesmente foi vetado de discursar na ONU sobre o clima, porque o mundo sabe que BolsoNERO, o piromaníaco, quer fazer da Amazônia uma grande fogueira e depois um imenso pasto. BolsoNERO é uma vergonha planetária”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.


Na quarta-feira (18), a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou veto ao discurso brasileiro na Cúpula para Ação Climática das Nações Unidas, que ocorre nesta segunda-feira (23), em Nova York.


O veto se deu porque o governo do Brasil não apresentou um plano para aumentar o compromisso com o clima.


A ONU pediu aos países que enviassem um projeto para aumentar o engajamento dos compromissos climáticos, já que o Acordo de Paris, assinado em 2015, não foi o suficiente para impedir o aumento da temperatura do planeta. Ao todo, 63 países devem proferir discurso na ONU, entre eles, França e Reino Unido.


Entre os países com discursos vetados, estão os Estados Unidos, Arábia Saudita, Japão, Austrália e Coreia do Sul. Trump disse que vai boicotar a reunião da cúpula sobre o clima. Os EUA serão representados por um funcionário de escalão inferior.


O evento sobre o clima antecede a Assembleia-Geral da ONU, onde Bolsonaro deve fazer um discurso de abertura.

Fonte: PCdoB na Câmara

 


 

23/09/2019 - Vale é condenada a pagar R$ 12 milhões a vítimas de Brumadinho que eram de São Paulo


Família passava férias na cidade mineira no dia do rompimento da barragem, que matou 270 pessoas


O juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara da Comarca de Brumadinho (MG) condenou a mineradora Vale a pagar R$ 12 milhões de indenização pelas mortes de quatro pessoas que passavam férias na cidade quando foram soterradas pelo rompimento da barragem, em janeiro deste ano.


Ao todo, o mar de lama que invadiu a cidade matou 270 pessoas, a maioria trabalhadores da empresa e familiares. Em relação a estes, um acordo fechado em julho garantiu indenizações que chegam a R$ 3,8 milhões por família, mais R$ 400 milhões por danos morais coletivos.


Essa nova decisão, relativa a vítimas que não moravam na cidade, foi divulgada na quinta-feira (19) refere-se às mortes do casal Luiz Taliberti e Fernanda Damian de Almeida, além da irmã de Luiz, Camila Taliberti da Silva. Fernanda estava grávida de Lorenzo, que também foi considerado no cômputo das indenizações.


Morreram ainda os pais de Luiz e Camila – Adriano Ribeiro da Silva e Maria de Lourdes da Costa Bueno, mas o processo desses últimos ainda não foi concluído. Todos eram de São Paulo.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

23/09/2019 - Michelle Bachelet sobre Bolsonaro: me dá pena pelo Brasil


A alta comissária dos Direitos Humanos da ONU e ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou em entrevista à Televisão Nacional do Chile (TVN) que sente "pena pelo Brasil" ao recordar a recente defesa que Jair Bolsonaro fez da ditadura de Augusto Pinochet no Chile, na qual justificou a morte do pai da socialista pelo regime, informa a Folha de S.Paulo neste domingo (22).


"Se há uma pessoa que diz que em seu país nunca houve ditadura, que não houve tortura, bem, que disse que a morte de meu pai por tortura permitiu que (o Chile) não fosse outra Cuba, a verdade é que me dá pena pelo Brasil", disse Bachelet.


Ao falar sobre seu papel na crise da Venezuela, Bachelet respondeu que muitos, de modo equivocado, a observam como a "virgem Maria", aquela que pode solucionar o problema. "Sou Alta Comissária e quero manter minha relação com o Estado venezuelano para seguir trabalhando e para ajudá-los a resolver a situação crítica dos direitos humanos", disse.


Para as Nações Unidas, "Juan Guaidó é o presidente da Assembleia e o presidente eleito é Nicolás Maduro", completou a socialista.

Fonte: Brasil247

 


 

23/09/2019 - CNC prevê a abertura de 8,7 mil pontos comerciais até o fim do ano


Cerca de 8,7 mil pontos comerciais devem ser abertos no país até o fim do ano, segundo levantamento divulgado nessa sexta (20) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


De acordo com a pesquisa, a abertura de novas lojas deve ser 25% inferior ao número registrado em 2018 (11,7 mil).


Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, o resultado é "reflexo do fraco nível de atividade da primeira metade de 2019", quando foram abertos 3,3 mil pontos comerciais.


Em relação ao primeiro semestre, houve queda em relação ao primeiro semestre de 2018, quando foram abertas 5 mil lojas, e em relação ao último semestre do ano passado (6,7 mil lojas).


A abertura de lojas ocorreu em seis dos dez segmentos do varejo, dentre os pontos de venda inaugurados no primeiro semestre de 2019, destacam-se os segmentos de hiper e supermercados (2,7 mil novas lojas), utilidades domésticas e eletroeletrônicos (450) e farmácias, drogarias e perfumarias (397). Por outro lado, as lojas de materiais de construção foram os que mais fecharam as portas (menos 456 lojas).

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/09/2019 - Confiança da indústria recua 0,2 ponto na prévia de setembro


A confiança dos empresários da indústria recuou 0,2 ponto na prévia de setembro deste ano em relação ao resultado consolidado de agosto e chegou 95,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. O dado foi divulgado na sexta (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).


A queda foi provocada pela piora da avaliação do empresariado sobre o futuro, já que o Índice de Expectativas caiu 0,7 ponto e passou para 95 pontos. Por outro lado, a confiança no momento presente subiu 0,2 ponto e atingiu 95,8 pontos.


O resultado preliminar de setembro sinaliza queda de 0,2 ponto percentual do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI), para 75,6%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/09/2019 - Governo tenta piorar lei trabalhista. Advogados e juízes cobram proteção social


Não satisfeito com "reforma" de 2017, que agravou informalidade no mercado de trabalho, governo quer novas mudanças,

com sindicatos na mira. OAB e entidades irão se opor


Enquanto o governo quer ampliar a “reforma” trabalhista implementada em 2017, a título de aprimoramento, entidades do mundo jurídico se organizam para – na direção contrária à do Executivo – apresentar propostas com o objetivo de garantir maior proteção social. “Entendemos que é hora de superação de pequenos atritos pontuais que possam existir na vida das instituições em torno de objetivos maiores. Precisamos produzir técnica e teoricamente saídas. Não basta apenas o discurso de resistência”, afirmou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que lançou ontem (17) a Comissão de Altos Estudos do Direito do Trabalho. Nome parecido com o do governo, que criou o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet).


O objetivo do Ministério da Economia é encaminhar até o final do ano um novo “pacote” trabalhista. Um dos principais itens deverá ser o fim do princípio da unicidade sindical. Pela Constituição, pode haver apenas um sindicato de cada categoria profissional por território (no mínimo, um município).


Em entrevista à Rádio USP, o professor Ruy Braga, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, diz que com a medida o país caminhará da unicidade para o “empreendedorismo sindical”, com provável fragilização da representação dos trabalhadores. As iniciativas do governo, observa, vêm no sentido de uma “desregulação radical” do sindicalismo.


O Gaet inclui vários magistrados, alguns deles entusiastas da “reforma”, alinhados com a visão governista. Faz parte do grupo o ministro Ives Gandra Martins Filho, ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST).


Já a Comissão criada pela OAB conta com representantes da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da Associação dos Procuradores do Trabalho (ANPT), entre outras entidades. A ideia é apresentar propostas de projetos de lei ao Congresso. A presidenta da Anamatra, Noêmia Porto, defendeu a necessidade de buscar “eixos comuns” em um cenário “em que enxergamos o mundo do trabalho absolutamente desestruturado, de tal maneira que causa prejuízo não apenas à cidadania, mas também aos empregadores”.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

20/09/2019 - Relatório sobre emendas à PEC da Previdência vai a votação na CCJ na terça


O relator da reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresentou nesta quinta-feira (19) relatório com a análise das 77 emendas apresentadas em Plenário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019. Ele acatou apenas uma emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à aposentadoria integral de quem recebe vantagens variáveis vinculadas a desempenho no serviço público, e corrigiu a redação do trecho que inclui os informais entre os trabalhadores de baixa renda que terão acesso ao sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas favoráveis.


Foi dada vista coletiva do novo relatório e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), marcou a votação para a próxima terça-feira (24), a partir das 10h. A previsão é que a discussão se prolongue pela tarde, mas que o texto seja entregue para debate em Plenário no mesmo dia.


— O calendário continua valendo: dia 24 pela manhã, discussão e votação na comissão, no período da tarde, votação e cinco dias corridos de novo prazo para alguma emenda de redação em Plenário para, na semana seguinte já começarmos a votação em segundo turno. Em 10 de outubro temos condições de entregar para o Brasil a reforma da Previdência — estimou Simone, em entrevista após a reunião.


Foram rejeitadas as emendas de senadores com temas ligados a servidores públicos, mudanças em pensões, idade mínima, regras de transição, aposentadorias especiais, cálculo da aposentadoria, abono salarial e regras especiais para grupos específicos. Segundo o relator, nas emendas “não se identificaram novos temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ e em relação às conclusões de seu parecer anterior”.


Tasso agradeceu o apoio dos senadores e o respeito e espírito público que permeou toda a discussão da PEC no Senado. Ele recebeu elogios dos senadores Jorginho Melo (PL-SC) e Paulo Rocha (PT-PA) pela gentileza e técnica com que trabalhou no relatório.


— O bonito da democracia é isso, nós aceitarmos e convivermos com as divergências sem que elas levem a qualquer tipo de distanciamento pessoal ou moral em relação a todas essas diferenças — disse Tasso.

Fonte: Agência Senado

 


 

20/09/2019 - Dados apresentados pelo governo para reforma da Previdência serão discutidos na CDH


Nesta sexta-feira (20), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoverá debate interativo sobre "Previdência e Trabalho", com foco nos dados da Previdência apresentados pelo governo. A atividade faz parte do ciclo de audiências públicas, para debater previdência e trabalho, solicitado pelo senador Paulo Paim por meio do Requerimento (REQ) 1/2019.


Entre os convidados, estão o economista Paulo Kliass; o professor - graduado em Ciências Econômicas e mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Pedro Paulo Bastos; o Presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), Décio Bruno Lopes; representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); e representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.


A audiência será realizada em caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Para participar com comentários ou perguntas, basta acessar o Portal e-Cidadania ou ligar para o Alô Senado: 0800 61 22 11.


A audiência será realizada às 10h30, no Plenário nº 6, na Ala Senador Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

 


 

20/09/2019 - TSE pode devastar bancada do PSL na Câmara por causa do laranjal


A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar seis vereadores no Piauí por terem fraudado a cota para candidaturas femininas pode gerar um efeito cascata em diversos estados e na Câmara. Partido de Jair Bolsonaro, o PSL deve perder 7 deputados federais, sendo 6 deputados em Minas e 1 em Pernambuco, que seria Luciano Bivar, o presidente da sigla, acusada de preencher a cota de 30% de mulheres com laranjas. A legenda tem 65 parlamentares na Câmara, de acordo com a agência de notícias da Casa. Em junho, a Polícia Federa prendeu um assessor e dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.


Em Minas, o titular da pasta, deputado federal mais votado no estado, teria patrocinado um esquema de candidaturas laranjas com verba pública da legenda. As quatro candidatas receberam R$ 279 mil. Pelo menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores de Álvaro Antônio. Juntas, as quatro candidaturas somaram apenas cerca de 2 mil votos. O ministro negou irregularidades e afirmou que "a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei".


Bivar teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata "laranja" em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o País. O agora ex-ministro Gustavo Bebianno teria autorizado o repasse.


Também no estado de Pernambuco, Bebianno liberou R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para uma gráfica registrada em endereço de fachada. A gráfica é a mesma usada por Maria de Lourdes. Érika Siqueira Santos, que trabalhou como assessora do partido diretamente com o ministro até agosto, foi candidata a deputada estadual no estado e conseguiu 1.315 votos. Ela foi a oitava pessoa que mais recebeu dinheiro do PSL nacional em todo o país.

Fonte: Brasil247

 


 

20/09/2019 - Empregados dos Correios formalizam suspensão da greve no TST


O Tribunal Superior do Trabalho recebeu na quarta-feira (18/9) o comunicado oficial sobre a suspensão da greve dos trabalhadores dos Correios. A petição da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras da ECT (Findect) foi incluída nos autos do dissídio coletivo da categoria nesta quinta-feira (19)/9.


Em audiência de conciliação no último dia 12, o ministro Maurício Godinho Delgado, relator do processo, propôs a suspensão da greve por parte dos empregados.


Em contrapartida, a empresa se comprometeu a manter os termos do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e do plano de saúde para os pais dos empregados até 2 de outubro, quando o TST deverá julgar o dissídio. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

20/09/2019 - Aprovada inclusão de metas de saúde e segurança em participação nos lucros


A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou nesta quarta-feira (18) projeto que permite a inclusão de metas de saúde e segurança no trabalho, como redução de acidentes, na apuração da participação dos lucros da empresa que é devida aos trabalhadores.


Trata-se do Projeto de Lei 2683/19, do deputado Sanderson (PSL-RS), que recebeu relatório favorável do deputado Laercio Oliveira (PP-SE). O relator disse que a proposta contribui para estimular a participação dos trabalhadores em ações de saúde e segurança do trabalho, com reflexos positivos sobre a produtividade da empresa.


Segundo ele, a medida também beneficiará o Estado. “As empresas sentirão de forma expressiva a redução de ocorrências de acidentes. O Estado, a diminuição dos custos previdenciários”, disse Oliveira.


O texto aprovado altera a Lei 10101/00, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa. Atualmente, essa lei proíbe que metas de saúde e segurança no trabalho adotadas pela empresa sejam consideradas na hora de definir o direito dos trabalhadores à participação dos lucros.


Tramitação

O projeto ainda será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

19/09/2019 - Líder de Bolsonaro no Senado é alvo da PF


Reportagem de Camila Mattoso na Folha de S.Paulo informa que a Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (19) operação no Congresso, que tem como alvo o líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).


A operação mira também o filho do senador, Fernando Coelho Filho, deputado do DEM de Pernambuco, que foi ministro do governo golpista de Michel Temer.


De acordo com a publicação, a PF também mira o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do senador, que foi ministro do golpista Michel Temer.


Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). O inquérito apura desvio de dinheiro público de obras na região Nordeste.


Há outros mandados de busca e apreensão sendo cumpridos, completa a Folha.

Fonte: Brasil247

 


 

19/09/2019 - Centrais preparam dia nacional de luta contra reforma da Previdência


As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CGTB, CSB, Intersindical e Conlutas estiveram reunidas nesta segunda (16), na sede da CUT em São Paulo, para definir a participação das representações dos trabalhadores na Greve Global pelo Clima, na sexta (20), na avenida Paulista, e no Ato contra a reforma da Previdência do dia 24, no Senado Federal, no dia marcado para a votação da PEC 6/2019.


Adilson Araújo, presidente da CTB, aponta a relação direta entre a luta dos trabalhadores e a defesa do meio ambiente. “A grave crise do sistema capitalista, gera desemprego e tragédias ambientais. Em Brumadinho e Mariana, as principais vítimas foram os trabalhadores e seus familiares. No Brasil, com as queimadas e o desastre político do governo Bolsonaro, a coisa só piora”, argumenta Adilson.


Masp - Portanto, no dia 20, os trabalhadores estarão presentes em frente ao Masp, às 17h30, junto com a Coalizão pelo Clima, articulação que reúne quase 70 organizações da sociedade civil, e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, para lutar em defesa do meio ambiente, bandeira que se soma às tradicionais de defesa dos direitos trabalhistas, da aposentadoria e contra o desemprego. Também estão previstas manifestações nas seguintes cidades: Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Recife e Salvador.


Brasília - Douglas Izzo, presidente estadual da CUT, informa que a mobilização em Brasília, no dia 24, começará cedo, com os trabalhadores no aeroporto de Brasília pressionando os senadores que chegam para a votação e durará o dia inteiro no Congresso Nacional. “A luta contra a reforma da Previdência continua, os parlamentares precisam estar cientes do desgaste que terá quem votar contra os trabalhadores. Vamos resistir até o fim”, enfatiza Douglas.


Idade - “A luta contra a idade mínima não está perdida”, diz Wagner Gomes, secretário-geral da CTB. “Em áreas com a construção civil e o comércio, em que é normal que o trabalhador alterne períodos curtos com carteira assinada com outros desempregado, se você exigir 40 anos de registro com 65 de idade, muita gente não conseguirá se aposentar. Precisamos reverter essa e outras maldades da reforma”, diz Gomes.


Mais informações nos sites www.cut.org.br e https://ctb.org.br/

Fonte: Agência Sindical

 


 

19/09/2019 - Governo Bolsonaro aumenta a desigualdade de renda no país


Com uma agenda baseada no corte de direitos e investimentos, o governo Jair Bolsonaro aumentou a desigualdade no País. De acordo com análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada nesta quarta-feira (18), os rendimentos médios mensais das famílias mais ricas cresceram 1,52% na comparação com o segundo trimestre de 2018. Para as mais pobres, houve queda de 1,43%. No primeiro semestre do ano, a população de renda alta já havia apresentado um crescimento de 2,48% em seus ganhos, e mais pobres aumentaram somente em 0,1%.


O Ipea considera a população de renda muito baixa aquela com rendimentos inferiores a R$ 1.628,70. Nas de renda alta os ganhos superam R$ 16.391,58. O desemprego ainda continua elevado, com uma taxa de 11,8%, o que representa quase 13 milhões de desempregados.


"De forma mais concreta, enquanto no primeiro trimestre de 2019 a renda domiciliar do trabalho da faixa de renda alta era 30,1 vezes maior que a da faixa de renda muito baixa, no segundo trimestre a renda domiciliar da faixa mais alta era 30,5 vezes maior, praticamente igualando o pico da série histórica (30,6) atingido no terceiro trimestre de 2018", escrevem os pesquisadores do Ipea no estudo.


O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria —cuja maior parte não tem CNPJ— chegaram a 24,2 milhões, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no fim de agosto. São mais de 35 milhões de trabalhadores na informalidade.


O desemprego só não está maior por causa do grande número de pessoas sem direitos trabalhistas, porém ocupadas no mercado. , porém sem direitos trabalhistas. Maria Andreia Parente ressaltou o aumento da informalidade no setor de trabalho.


"O que puxa é o trabalho informal, sem carteira e por conta própria", disse Maria Andreia Parente, técnica de planejamento do Ipea. "Estamos com um momento forte de ocupação, a taxa de desemprego cai, mas poderia estar caindo mais", disse a técnica do Ipea.

Fonte: Brasil247

 


 

19/09/2019 - Tasso apresenta relatório da reforma da Previdência nesta quinta-feira


Nesta quinta-feira (19), em reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), será lido o relatório da Reforma da Previdência (PEC 6/2019), elaborado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O parecer será dado em relação às 77 emendas apresentadas em Plenário.


Apenas a leitura do relatório será feita nesta quinta, pois a discussão ocorrerá na próxima terça-feira (24).


— Teremos uma reunião extraordinária de acordo com o calendário formulado pelos líderes e aprovado pelo senadores. Na terça-feira, às 10h da manhã, começaremos a discussão final nesta comissão sobre as emendas apresentadas ao projeto de reforma da Previdência — afirmou a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS).


Em entrevista à Rádio Senado, Tasso Jereissati explicou que a ideia é rejeitar as emendas para acolher as mudanças na PEC paralela (PEC 133/2019), que está em tramitação também na CCJ.


— Primeiro a reforma, que vai ser promulgada, e em seguida a PEC paralela. Toda sugestão é bem-vinda, estudamos e, dependendo da nossa análise, aceita-se ou não — ressaltou o relator.


Se aprovada na CCJ na terça-feira, a proposta de reforma da Previdência poderá ser votada pelo Plenário (em primeiro turno) no mesmo dia, à tarde.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/09/2019 - Bolsonaro não tem "estatura" para comparecer à ONU, dizem deputados


Na iminência de não comparecer à abertura da Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24, Jair Bolsonaro causou furor nas redes sociais nesta quarta-feira (18) numa campanha para reforçar esse propósito. Curiosamente, os pedidos são feitos por aliados e oposicionistas.


Diante da possibilidade de protagonizar mais um capítulo vexatório no cenário internacional, deputados teceram apoio ao não comparecimento.


“O Jair Bolsonaro nunca teve, e todo dia comprova, que não tem estatura para a Presidência da República. Na ONU, se for, exporá mais uma vez o Brasil ao ridículo”, afirmou o vice-líder do PCdoB, deputado Márcio Jerry (MA).


Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), Bolsonaro impõem dilemas reais à nação. “O país vive uma situação incômoda essa semana. Se Bolsonaro for à Assembleia da ONU, envergonhará o Brasil diante do mundo dada a sua incapacidade de rimar lé com cré; se desistir, envergonhará pela pusilanimidade. Haverá reação internacional aos seus desmandos. Dilema”, afirmou.


Na última terça-feira (17), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) usou suas redes sociais para lançar uma campanha. No vídeo, de pouco menos de um minuto, ela afirma: “Peço pras pessoas que querem que o Brasil dê certo que me ajudem. A ONU pode esperar. Cuide-se, presidente”, afirmava a aliada de Bolsonaro.


Integrantes do Palácio do Planalto já admitem que o chefe do Executivo pode não comparecer ao evento na próxima semana em Nova York, nos Estados Unidos. Oficialmente, as razões alegadas são apenas restrições médicas. Bolsonaro se recupera de uma cirurgia para correção de uma hérnia, realizada no dia 8 de setembro.


Entretanto, antes mesmo do procedimento médico, alguns assessores avaliavam, reservadamente, que, após polêmicas envolvendo as queimadas da Amazônia, “há um risco político pelas possibilidades de protestos”, informam os jornalistas Jussara Soares e Gustavo Maia, em reportagem publicada no Globo nesta quarta (18).

Fonte: Assessoria de comunicação do deputado Márcio Jerry

Fonte: Portal Vermelho

 


 

19/09/2019 - Major Olimpio sobre Flávio Bolsonaro: que se dane se é filho do presidente


Em entrevista ao Congresso em Foco publicada nesta quarta-feira (18), o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (PSL-SP), disse que o partido não é uma dinastia e que por isso ele defende a saída de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) da sigla.


"Para mim, todos os filiados do PSL são absolutamente iguais e merecem o respeito como filiados. Para mim, eu quero que se dane se é filho do presidente ou não, isso aqui não é dinastia, é um partido político e tem a área de governo", declarou Olimpio.


"Os desentendimentos no PSL se acirraram após Flávio Bolsonaro pressionar senadores a retirarem suas assinaturas para a instalação da CPI da Lava Toga. O auge do desgaste se deu com a saída da senadora Juíza Selma da sigla. Ela foi para o Podemos e anunciou nas redes sociais que o motivo foram os desgastes gerados pelo filho de Jair Bolsonaro. 'Saí do PSL por causa do desentendimento com o senador Flávio Bolsonaro. Não foi apenas pelo fato de ele querer que eu retirasse a assinatura. Foi pela forma indelicada e desrespeitosa com que ele me tratou', afirmou a dissidente do PSL", conta a reportagem.

Fonte: Brasil247

 


 

19/09/2019 - Política de desvalorização do salário mínimo aumentará pobreza, alerta Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta quarta-feira (18), em Plenário, o governo federal por, a cada dia, acabar com a política do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 998,00. Na sua opinião, deixar o salário mínimo sem reajustes terá consequências drásticas à economia do Brasil, além de agravar ainda mais a situação da população de baixa renda.


De acordo com o senador, o Executivo federal já iniciou, na prática, a política de desvalorização do salário mínimo ao extinguir a correção automática do valor pela inflação mais o produto interno bruto (PIB), o que era fixado por lei até 2019. Agora, continuou Paim, ao anunciar o congelamento do valor do salário mínimo por dois anos, além de violar a Constituição que garante a manutenção do poder de compra do salário básico da sociedade, seria desastroso também para o resto da economia nacional.


— É bom lembrar ao governo, que, para cada R$ 1,00 a menos no salário mínimo, ele próprio perde de arrecadar R$ 0,54 em tributos. Onde vamos chegar? Na miséria total da população? Na fome coletiva? Em mais desemprego? Se não existe poder de compra, o empregador não vai produzir estoques para guardar na prateleira. Ele tem de ter para quem vender. Além disso, o salário mínimo não só é termômetro, como é parâmetro também para os outros salários — alertou o senador, calculando que, levando em conta também os benefícios previdenciários, cerca de 100 milhões de brasileiros dependem do salário mínimo.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/09/2019 - Na comissão mista, debatedores divergem sobre valor dos saques do FGTS


A Medida Provisória (MP 889/2019) que institui mudanças no saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e também do PIS/Pasep, inclusive prevendo os saques imediatos, foi discutida em audiência pública por senadores e deputados. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) lembrou que a iniciativa não prejudica os empregadores, já que o valor de depósito do FGTS não será alterado. Uma nova audiência pública na comissão mista que analisa a matéria está marcada para esta quinta-feira (19).

Fonte: Agência Senado

 


 

19/09/2019 - Copom reduz Selic para 5,5% ao ano


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir a taxa básica de juros - a Selic - em 0,5 ponto percentual, com isso, a taxa cai de 6% para 5,5% ao ano. A decisão atendeu ao que era esperado no mercado financeiro. A última pesquisa do Banco Central mostrou que era expectativa do mercado que o Copom mantivesse o ciclo de redução na Selic e fizesse o corte.


Segundo o Copom, a decisão é compatível com a convergência da inflação para a meta. Este ano a meta de inflação é de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%).


O comitê disse que, pelo cenário atual, a trajetória de juros deve encerrar 2019 em 5% ao ano e permanecer nesse patamar até o final de 2020.


Em comunicado, o Copom reiterou a necessidade de avanços nas reformas estruturais da economia brasileira para que os juros permaneçam em níveis baixos por longo tempo. “O Copom avalia que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”, diz o comunicado.

Fonte: Agência Brasil

 


 

19/09/2019 - CAS aprova incentivo à admissão de aprendiz por micro e pequena empresa


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (18) a proposta que cria regras de financiamento diferenciado para pequenas e microempresas que oferecem a seus aprendizes os cursos dos serviços nacionais de aprendizagem. Com isso, o projeto do senador Jayme Campos (DEM-MT), PL 3.470/2019, pretende incentivar a contratação de menores aprendizes.


Pela proposta aprovada, as empresas que admitirem jovens entre 14 e 17 anos terão condições facilitadas e taxas de juros diferenciadas na obtenção de empréstimos de instituições financeiras públicas. A matéria agora segue para votação terminativa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).


Para Jayme Campos, a medida é necessária para diminuir a taxa de desemprego entre jovens dessa faixa etária, que atinge os 44,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O parlamentar ressaltou ainda que o Brasil precisa, urgentemente, de iniciativas que promovam o crescimento econômico e combatam o desemprego.


— O jovem nessa faixa etária pode trabalhar sob condições específicas e atuar, por exemplo, como menor aprendiz. Trata-se de uma excelente oportunidade para aqueles que precisam complementar a renda em casa e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos no mercado de trabalho. Infelizmente, esses jovens não têm encontrado as oportunidades que merecem — lamentou Jayme Campos.


Incremento educacional

O relator do PL 3.470/2019, senador Paulo Paim (PT-RS), recomendou sua aprovação e avaliou a iniciativa como um “procedimento não invasivo de incremento educacional”. Na CAS, ele disse a proposta é “um incentivo para o empreendedor num momento em que o desemprego está alto especialmente entre os jovens”.


— Não deixa de ser uma ajuda para solucionar o grave problema indicado e, ademais, em consonância com a Constituição — analisou Paim no parecer que leu na CAS.

Fonte: Agência Senado

 


 

18/09/2019 - Feirão de empregos atrai milhares de pessoas na capital paulista


Um feirão de empregos realizado nesta terça-feira (17) no centro da capital paulista, organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, atraiu milhares de pessoas interessadas em uma vaga de trabalho. Segundo os organizadores, estão sendo ofertadas cerca de 4 mil oportunidades de emprego.


Os candidatos formaram longas filas em torno do sindicato, na Rua Formosa, no centro da cidade. Ali eles enfrentaram sol e calor, receberam senhas e foram encaminhados para participar de um processo seletivo que será realizado pelas mais de 40 empresas parceiras do feirão. Também estão sendo oferecidos cursos de capacitação para as pessoas com pouca qualificação, que poderão realizar cursos profissionalizantes e gratuitos no Centro Paula Souza, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).


Parte dos candidatos começou a chegar à sede do sindicato na tarde de segunda (16), para garantir uma senha. Muitos deles dormiram no local. Hoje, a fila percorria boa parte do Vale do Anhangabaú, na região central da cidade. De acordo com a organização do evento, serão atendidas cerca de 1,5 mil pessoas por dia até a próxima sexta-feira (20).


Para concorrer a uma vaga, os candidatos precisam estar com os documentos pessoais e um currículo. A média dos salários oferecidos é de R$ 1,5 mil. As oportunidades são, principalmente, para trabalhadores de tecnologia da informação, ajudantes gerais, caixas, repositores, padeiros, confeiteiros, e vendedores.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/09/2019 - Podemos quer filiar Moro e lançá-lo candidato à Presidência em 2022


Está nos planos do Podemos filiar o ex-juiz Sergio Moro caso ele saia do Ministério da Justiça, e lançá-lo candidato à Presidência da República em 2022. “Moro representa muito para o Brasil.


Se ele viesse para o Podemos, seria uma honra”, afirma a presidenta do partido, a deputada Renata Abreu (SP). A informação é da coluna Painel da Folha de S.Paulo.


O Podemos quer ampliar as suas fileiras e reforçar sua marca de partido da Lava Jato recrutando parlamentares do PSL, partido de Jair Bolsonaro.


Segundo a coluna, o partido pretende filiar, além da senadora Juíza Selma (MT), conhecida como "Moro de saias", também o Major Olímpio (SP), outro defensor da CPI da Lava Toga.


“Queremos parlamentares que tenham atuação independente e de combate à corrupção”, diz a presidenta do partido.

Fonte: Brasil247

 


 

18/09/2019 - Investigação do Conselho Nacional de Direitos Humanos pode anular condenação de Lula


Conselheiros do órgão visitaram o ex-presidente para apurar denúncias de violações em processos da operação Lava Jato


Representantes do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) ouviram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre denúncias de seletividade, violações de garantias constitucionais e direitos humanos em processos da operação Lava Jato. A visita aconteceu nesta terça-feira (17) na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), localizada no bairro Santa Cândida.


A conversa com o petista é a primeira etapa da apuração que, posteriormente, também deve ouvir o jornalista Glenn Greenwald — um dos três fundadores do The Intercept, site que deu início à série de reportagens conhecidas como Vaza Jato —, além do procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. "Isso só não acontecerá se eles entenderem não ser pertinente", ponderaram os integrantes do CNDH.


Participaram da escuta os conselheiros Leonardo Pinho (presidente da comissão), Leandro Gaspar Scalabrin (relator) e Ismael José Cesar. Na investigação, também podem ser convocados integrantes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e demais personagens envolvidos nos processos. Cópias de documentos e informações judiciais também podem ser solicitadas durante a apuração.


Órgão vinculado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o CNDH pode emitir recomendações sobre o processo — como a própria anulação, caso entenda que não houve direito à defesa e julgamento —, assim como encaminhar o resultado para comitês internacionais de direitos humanos, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização das Nações Unidas (ONU).


Um relatório da investigação deverá ser emitido até o final do ano para discussão pelo plenário do CNDH, soberano na decisão final sobre o caso. Após a conversa, os conselheiros participaram de entrevista coletiva em que relataram alguns dos elementos da escuta com a “possível vítima”, como comunicou o presidente da comissão.


“O plenário designou um relator para avaliar essa denúncia. Então, essas diligências e escutas são decididas pelo relator. Ele irá juntar e montar o relatório que será submetido ao plenário do Conselho Nacional de Direitos Humanos. É importante frisar que esse plenário é paritário entre sociedade civil e órgãos de Estado — do Executivo, Legislativo e sistema de Justiça”, ressaltou Pinho.


Vaza Jato e outras denúncias

A oitiva — ato de ouvir as testemunhas ou as partes de um processo judicial — aconteceu após uma denúncia feita em junho deste ano pela defesa do petista. Motivada pelas revelações da Vaza Jato, ela foi discutida durante a 48ª reunião plenária do conselho e deferida pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, no último dia 10 de setembro.


“Nos foi afirmado pela parte da defesa e do ex-presidente Lula que são verídicas as informações que vieram a público”, frisou Pinho. No entanto, a investigação não se baseia apenas nas revelações da Vaza Jato, mas também no que diz respeito ao próprio processo judicial.


“Nós recebemos denúncias desde a situação da condução coercitiva dele [Lula], a situação de que ele não pode exercer seus direitos políticos — como de votar nas últimas eleições, concorrer e realizar campanha. [A situação de] Que um habeas corpus que lhe foi concedido pela Justiça brasileira não foi cumprido pela Polícia Federal… E uma série de outras alegações de que não houve paridade e imparcialidade da Justiça no julgamento de seu caso e no tratamento do direito de defesa dado em relação às mesmas oportunidades que foi deferido pelo juízo à acusação”, completou o relator Scalabrin.


Presentes na reunião, os advogados do petista, Cristiano Zanin e Valeska Martins, se mostraram confiantes quanto à decisão do órgão. "A única coisa que o ex-presidente Lula pede é justiça, um processo justo, independente e imparcial. Com certeza, em qualquer um deles, ele provará sua inocência", sustentou Martins.


"O resultado, ao nosso ver — diante de tudo aquilo que nós já levamos [referente] ao processo aqui no Brasil e no Comitê de Direitos Humanos da ONU —, irá reforçar que o ex-presidente Lula é vítima de violação as suas garantias fundamentais e direitos humanos", finalizou Zanin.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

18/09/2019 - Lewandowski diz que, se plenário demorar, pode decidir sobre anulações na Lava Jato


A Lava Jato pode sofrer mais uma dura derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) nas próximas semanas. Isso porque o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que, se o plenário da Corte "demorar muito" para analisar os pedidos de anulação de condenação com base no processo de Aldemir Bendine, ele poderá "decidir sim ou não", individualmente, sobre pedidos semelhantes.


No dia 28 de agosto, a 2ª Turma do Supremo acatou um pedido de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, para anular a condenação da primeira instância, em razão de ele ter sido obrigado a apresentar seu memoriais ao mesmo tempo que os delatores - a forma correta juridicamente seria a defesa falar por último.


Com base nessa decisão, Lewandowski já recebeu quatro pedidos de cancelamento de condenação baseados na mesma lógica. O ministro disse nesta terça-feira 17 que, por ora, não pretende tomar decisões sobre os pedidos já realizados. "Vou aguardar um pouquinho, não sei se o plenário vai pautar. Vamos aguardar", declarou, segundo reportagem da Folha.


Relator da Lava Jato no STF e integrante da Primeira Turma, o ministro Edson Fachin submeteu o caso ao plenário da corte. Ainda não há data para o julgamento.


"Se o Supremo, pelo seu plenário, estiver na iminência de examinar essa questão, não há porque eu me antecipar. Há várias questões, mas vai depender do meu convencimento. Se demorar muito, eu vou decidir sim ou não [sobre os pedidos de anulação]", afirmou ainda Lewandowski.


Também nesta terça-feira 17, o ministro Gilmar Mendes disse que pretende levar para julgamento até novembro o habeas corpus em que a defesa de Lula acusa o ex-juiz e hoje ministro Sergio Moro de atuar com parcialidade no caso que levou o ex-presidente à prisão. “Outubro, novembro a gente julga isso, ainda não tem data”, disse Gilmar.

Fonte: Brasil247

 


 

18/09/2019 - Parlamentares afirmam que Temer deu "tapa na cara do povo' ao assumir golpe


Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (16), o ex-presidente Michel Temer admitiu que o impeachment de Dilma Rousseff foi, na verdade, um golpe. “Primeiro, Janaína Pascoal. Agora, Temer. Os traidores não têm mais vergonha de nada. Temer ter reconhecido o impeachment como golpe é um tapa na cara do povo brasileiro”, tuitou nesta terça-feira (17) a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).


Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara com agências


A parlamentar fez referência a uma postagem no Twitter do dia 12 de setembro de Janaína Pascoal, onde a advogada e hoje deputada estadual pelo PSL afirmou que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e que as “pedaladas fiscais”, usadas como base para justificar o afastamento da presidente foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil?”, escreveu Janaína, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma.


O post foi imediatamente respondido por centenas de leitores, entre eles o jornalista Fábio Pannunzio, que recentemente desligou-se da rede Bandeirantes e, em entrevista ao portal Brasil247, se disse arrependido de ter participado da armação midiática para derrubar a presidente democraticamente eleita. “Janaína dizer isto é o mesmo que Busch admitir que mentiu sobre armas químicas para justificar a guerra ao Iraque. Ela é a patronesse do impeachment. Assim, somos obrigados a reconhecer que Dilma foi, sim, vítima de uma armação para derrubá-la. De um golpe clássico. A farsa acabou.”


“Ele confirma ao negar, cinicamente, que tenha participado da tramoia política”, afirma o vice-líder comunista, deputado Márcio Jerry (MA).


Entrevista de Temer

“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, disse o emedebista, que assumiu a presidência após a queda de Dilma em 2016. Temer não se preocupou em usar o termo “golpe”, algo que nunca tinha feito, e ainda revelou que tentou impedir o avanço do processo do impeachment após um telefonema do ex-presidente Lula, conforme revelado em uma das reportagens do site The Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo.


A reportagem, publicada na última semana, desmontava a tese do então juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato de que Lula teria aceitado o cargo de ministro da Casa Civil durante o governo Dilma para se blindar das acusações da Operação.


As mensagens privadas trocadas entre os procuradores mostram que Moro divulgou apenas parte dos áudios interceptados pela Polícia Federal a partir de um grampo no ex-presidente petista. À época, Moro autorizou a divulgação de uma conversa entre Lula e Dilma, que citava um "termo de posse" para ser utilizado em "caso de necessidade". O então magistrado, no entanto, não poderia tê-lo feito porque o caso envolvia a presidente da República, e a competência seria exclusivamente do Supremo Tribunal Federal (STF).


A reportagem mostra que Lula ligou para Temer para tentar convencê-lo a ajudar a barrar o processo de impeachment, levando em consideração também a influência do PMDB no Congresso. No Roda Viva, Temer reforçou que a movimentação de Lula estava atrelada ao impedimento de Dilma.


“Depois ele [Lula] esteve comigo, no pavilhão das autoridades, conversando comigo sobre o impedimento. O fundamento básico dele foi tentar trazer o PMDB e outros partidos no sentido de negar a possibilidade de impedimento”, disse Temer.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

18/09/2019 - "Preço de petróleo é com a Petrobras", diz Guedes


O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (17), que quem resolve questões relacionadas ao preço do petróleo é a Petrobras. A afirmação do ministro ocorre depois que a estatal informou, por meio de nota, que está monitorando o mercado internacional do produto, em função de ataques a refinarias na Arábia Saudita.


“Petróleo quem resolve é a Petrobras. Preço de petróleo é com a Petrobras”, disse Guedes chegar ao Ministério da Economia, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta terça-feira.


Logo depois dos ataques aéreos à refinaria de Abqaiq, o governo da Arábia Saudita revelou que sua produção diária caiu para cerca da metade. Na abertura dos mercados, a repercussão dos ataques resultou na elevação dos preços internacionais do petróleo.


De acordo com a Petrobras, por enquanto, não há previsão de reajuste de preços nos produtos negociados pela estatal, como os combustíveis e derivados de petróleo.


Segundo a Petrobras, a cotação internacional do petróleo apresenta volatilidade e a alta súbita de preços “pode ser atenuada na medida em que maiores esclarecimentos sobre o impacto na produção mundial sejam conhecidos. A Petrobras decidiu por acompanhar a variação do mercado nos próximos dias e não fazer um ajuste de forma imediata”, diz a nota.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/09/2019 - CCJ deve analisar relatório da reforma da Previdência na próxima terça


Com a volta da reforma da Previdência (PEC 6/2019) à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), caberá ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se manifestar sobre as 78 emendas apresentadas no Plenário. A tendência do relator é de rejeitá-las ou acolher algumas sugestões de mudanças na PEC paralela (PEC 133/2019) para garantir a promulgação da reforma em outubro. A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), convocou sessões extraordinárias para quinta-feira (19), quando será feita a leitura do relatório, e para a próxima terça-feira (24), para a votação do texto.

Fonte: Agência Senado

 


 

18/09/2019 - Ciro Gomes afirma que Bolsonaro não terminará o governo


O ex-ministro Ciro Gomes – que concorreu à Presidência pelo PDT nas eleições 2018 – diz acreditar que a gestão Jair Bolsonaro (PSL) não chegará ao fim. “Acho que ele [Bolsonaro] não termina o governo. Isso é um mero palpite”, afirmou Ciro, em entrevista ao Estadão publicada nesta terça-feira (17). “Espero que não seja pelo suicídio. Meu palpite, é um mero palpite, é que vai ser por renúncia”, especulou.


De passagem por Belo Horizonte – onde participou do ato de filiação da professora e líder transexual Duda Salabert ao PDT –, Ciro declarou que o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, vai influenciar no comportamento do Congresso e dos partidos no próximo período. Segundo ele, “os políticos – que, de alguma forma, foram negados também pelo caráter antipolítico que o Bolsonaro impôs na retórica dele – estão muito ressabiados com a bobagem que fizeram no impedimento da Dilma”.


Ele cita o exemplo do PSDB, que apoiou o golpe com entusiasmo, mas perdeu capital político e eleitoral nos anos subsequentes. “O PSDB sabe que talvez tenha se liquidado mortalmente naquele gesto burro. Se tivesse esperado o tempo fluir, até o final do mandato ruidoso da Dilma, tinha ganho as eleições”, afirma. “O que aconteceu? Interromperam o mandato e passaram a ser corresponsáveis pelo desastre que veio daí adiante com Michel Temer e agora com o Bolsonaro. Produziram o Bolsonaro.”


Por isso, diz Ciro, as chances de um novo processo de impeachment são reduzidas. “Mas as energias são tão negativas e tão rápidas que não vejo como Bolsonaro termine o governo”, agrega. “O Brasil vai passar por muita confusão, por momentos terríveis nos próximos seis meses”, com a “deterioração da economia” e o impacto do “teto de gastos” nas áreas sociais. Em sua opinião, “o ano que vem vai ser terrível. E isso tem um poder de combustão muito grande – de provocar novos alinhamentos na vida brasileira”.

Com informações do Estadão

Fonte: Portal Vermelho

 


 

18/09/2019 - Realização de perícia para verificar insalubridade é obrigatória mesmo que não haja pedido


Segundo a relatora, a medida é imprescindível e não facultativa.


A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou a realização de perícia técnica para apuração da insalubridade na reclamação trabalhista de uma operadora de produção da BRF S.A. Ao dar provimento ao recurso da empresa, a Turma assinalou que, para a caracterização da insalubridade na atividade de trabalho, é “imprescindível e imperativa” a avaliação do perito.


Câmara fria

A operadora relata, na ação, que recebia o adicional em grau médio (20%), por trabalhar em câmara fria, mas que a empresa não teria feito o pagamento entre fevereiro e junho de 2015. A BRF, em sua defesa, sustentou que a empregada havia recebido a parcela quando esta era devida, mas parou de recebê-la quando não era mais.


Laudos técnicos

O juízo da 14ª Vara do Trabalho de Belém (PA) deferiu o adicional. Para isso, considerou que a empresa não havia anexado ao processo os laudos técnicos sobre as condições de trabalho de seus empregados e o ambiente de trabalho nem sobre as medidas de prevenção de riscos e acidentes. Para o juízo, a documentação era necessária para demonstrar se a empregada estava sujeita a agentes insalubres.


O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) manteve a sentença e indeferiu o pedido da BRF para a realização da perícia, por entender que a medida não é obrigatória e deve ser requerida pela defesa.


Obrigatoriedade

A relatora do recurso de revista da BRF, ministra Dora Maria da Costa, observou que a obrigatoriedade de realização da perícia para apurar a existência de agente insalubre decorre da controvérsia sobre as reais condições de trabalho do empregado. “Sua realização é imprescindível, e não faculdade conferida ao julgador que pretende ser auxiliado na formação do seu convencimento”, afirmou.


Segundo a ministra, trata-se de norma obrigatória dirigida ao juiz, e este, quando arguida a insalubridade, deverá determinar a perícia mesmo que não tenha havido solicitação das partes, a não ser nos casos de impossibilidade de sua realização, o que não houve no caso.


A decisão foi unânime. Processo: RR-903-53.2017.5.08.0014

Fonte: TST

 


 

17/09/2019 - Governo Bolsonaro quer ter o direito de congelar salário mínimo


A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro planeja retirar da Constituição Federal a previsão de que o salário mínimo seja corrigido pela inflação.


Segundo informação do Broadcast, a ideia é que, em momentos de desequilíbrio fiscal seja permitido congelar mesmo os reajustes nominais (ou seja, dar a variação da inflação) da remuneração por alguns anos, até que a saúde das contas seja restabelecida.


O congelamento do salário mínimo poderia render uma economia entre R$ 35 bilhões e R$ 37 bilhões.


A ideia tem sido costurada com os deputados Pedro Paulo (DEM-RJ) e Felipe Rigoni (PSB-ES), respectivamente autor e relator de uma proposta que regulamenta a regra de ouro e tenta limitar o crescimento dos gastos obrigatórios.


Hoje, a Constituição prevê que é direito social do cidadão ter acesso a um salário mínimo "com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo".


Até o ano passado, a política de reajuste fixava uma correção pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Com o vencimento desse modelo, o governo se debruça sobre uma mudança.


A política de aumentos reais (acima da inflação) vinha sendo implementada nos últimos anos, após ser proposta pela então presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso.

Fonte: Brasil247

 


 

17/09/2019 - Procuradores da Lava Jato atuaram para tentar derrubar Gilmar do STF


Procuradores da força-tarefa da Lava Jato atuaram em 2017 para tentar derrubar o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. As revelações são do novo capítulo da Vaza Jato, divulgadas na noite desta segunda-feira 16 pelo jornalista Reinaldo Azevedo no programa O É da Coisa, na BandNews FM.


A iniciativa para a redação da minuta veio da procuradora Thaméa Danelon, que é cotada pelo indicado a procurador-geral da República, Augusto Aras, para coordenar a Lava Jato em Brasília. Ela recebeu forte apoio do chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, para que realizasse o trabalho.


Mensagens trocadas em maio de 2017 revelam que Thaméa foi procurada por Modesto Carvalhosa, advogado que atua no setor privado, para redigir um pedido de impeachment contra Gilmar, a fim de que ele o apresentasse.


"Oi. O professor Carvalhosa vai abrir o impeachment do Gilmar. Ele pediu para eu minutar para ele", contou Thaméa ao chefe, Dallagnol. "Sensacional, manda ver", respondeu Dallagnol sobre o ato ilegal. "Seu apoio é muito importante para mim", disse a colega. "Apoiadíssima. Se quiser, podemos olhar depois de você redigir", ofereceu ainda o chefe da força-tarefa. "Quero sim, lógico. Obrigada", concluiu.


Depois de uma sugestão de Dallagnol para que fizesse contato com a equipe da Lava Jato no Rio de Janeiro, que teria "tudo documentado quanto à atuação do sócio da esposa", Thaméa citou ainda um terceiro procurador, El Hage, com quem disse 'já estar em contato' para lhe ajudar no trabalho. Ela se referia ao coordenador da força-tarefa no Rio, Eduardo El Hage.

Fonte: Brasil247

 


 

17/09/2019 - Orçamento do governo para 2020 deve agravar crise econômica e social


24 de 31 áreas terão cortes. Em seis anos, investimento público recua de R$ 94 bi para R$ 19 bi, redução de 80%


Se o ano de 2019 está terminando no contexto de uma grave crise econômica e fiscal, que tem limitado os recursos públicos para diversas áreas, o ano que vem projeta um cenário ainda mais sombrio.


A proposta de orçamento para 2020, enviada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional no fim de agosto, mostra que 24 de 31 áreas de atuação federal terão recursos reduzidos, segundo análise do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Os parlamentares têm até 22 de dezembro para aprovar o projeto.


O Ministério do Turismo é o que teve a maior perda percentual, com redução de 58,3% em relação ao orçamento deste ano. Quando somam-se os recursos da área de turismo a de esporte, que aparecem juntas, a perda atinge mais de 73%.


Em seguida, vem o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com perda de 43,2%. Entre as áreas afetadas, estão políticas de promoção da igualdade racial e ações voltadas para as mulheres, deficientes físicos e povos indígenas.


As áreas de energia (-38%), habitação (-30%) e indústria (-26%) também registram perdas expressivas. Em meio à crise de incêndios na Floresta Amazônica, a maior dos últimos anos, Bolsonaro decidiu cortar cerca de 30% do Ministério do Meio Ambiente.


Até mesmo a área de segurança pública, setor tido como prioritário pelo governo, haverá redução significativa. O ministro Sergio Moro, que esse ano já estava reclamando dos cortes, viu o orçamento de sua pasta ser reduzido em mais 18,6%, passando dos autuais R$ 3,76 bilhões para pouco mais de R$ 3 bilhões no ano que vem.


"É um desmantelamento de políticas públicas, principalmente as políticas públicas que não têm os mínimos constitucionais garantidos, como saúde e educação", afirma Livi Gerbase, assessora política do Inesc.


Teto dos gastos

Um dos vilões da redução do orçamento é a emenda constitucional do Teto dos Gastos, aprovada ainda na gestão de Michel Temer (MDB), que congelou os gastos públicos em 2016 por 20 anos. Significa que, ano após ano, o orçamento público só poderá ser corrigido pela inflação do ano anterior.


Na prática, o Teto afeta principalmente as despesas discricionárias, isto é, aquelas que o governo não tem obrigação legal de investir, como incentivo à pesquisa, modernização de hospitais e construção de estradas.


No Projeto de Lei Orçamentária de 2020, essas despesas sofreram um corte de 13,15%, passando de R$ 102,7 para R$ 89,1 bilhões, um dos piores patamares da história. Desse total de R$ 89,1 bilhões, apenas R$ 19 bilhões são investimentos. O restante é verba de custeio, que serve para pagamento de serviços como energia, segurança, limpeza e compra de insumos.


“O papel do Estado como movimentador da economia está basicamente acabando. Só para se ter uma ideia, a gente tinha R$ 94 bilhões de investimento [público] em 2013 e agora a gente está falando de R$ 19 bilhões, isso já em valores corrigidos. É uma redução muito drástica”, aponta Gerbase.


Crédito extra e isenções fiscais

O projeto orçamentário também prevê a necessidade de crédito extra de R$ 367 bilhões para cobrir uma série de despesas públicas, como benefícios previdenciários, pagamento do Bolsa Família, seguro-desemprego, entre outros. A medida depende de aval do Congresso Nacional, tendo em vista a necessidade de cumprimento da chamada regra de ouro.


Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988, a regra de ouro determina que o governo não pode endividar-se para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública.


Outro problema detectado pelo Inesc no Orçamento 2020 é o imenso volume de recursos que o governo deixará de arrecadar por causa das isenções fiscais para diversos setores da economia. As isenções são políticas de incentivo para o desenvolvimento de determinadas cadeias produtivas – nas quais os empresários recolhem uma porcentagem menor do imposto devido para, em tese, reinvestir na produção e gerar crescimento e empregos.


O problema, segundo o Inesc, é que em muitos casos esses processos não são transparentes nem avaliados, já que os dados tributários são sigilosos.


No ano que vem, a perda com essas desonerações será de R$ 326,1 bilhões, quase três vezes o orçamento da Educação (R$ 138 bilhões) e mais de cem vezes o valor do orçamento para o meio ambiente (R$ 2,77 bilhões). O valor equivale também ao alegado déficit da Previdência, que seria da ordem de R$ 300 bi.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

17/09/2019 - ‘Esquerda precisa dialogar com futuro, sem abandonar experiência do passado’, diz Pochmann


O economista Marcio Pochmann explica como a crise de 2008 fortaleceu a extrema-direita e defende novas formas de organizações políticas e trabalhistas


Enquanto diversos países observam novas formas de mobilização do campo progressista, o Brasil precisa definir uma perspectiva própria na renovação da esquerda, que passa pela negação de um receituário neoliberal e um diálogo com o futuro. Essa é a análise do professor de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann, que também é presidente da Fundação Perseu Abramo.


O professor lembra que, atualmente, há exemplos em outros países que podem servir de espelho para o Brasil, onde se misturam a inovação e a experiência. “Há dois caminhos sendo testados no aspecto da esquerda: a novidade do Podemos, na Espanha, que surge em organização em rede, e dos partidos tradicionais que tem lideranças inéditas, como o Bernie Sanders, no Estados Unidos, e Jeremy Corbyn, na Inglaterra. A esquerda não pode abandonar a experiência do passado, mas precisa dialogar com o futuro”, afirma Pochmann, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual.


Pochmann lembra que a crise de 2008 teve uma repercussão política mundial e colocou em pauta a defesa dos interesses nacionais. A partir disso, grupos de extrema direita emergiram com o discurso anti-globalização, assentado em valores conservadores.


“Vemos no Brasil a emergência de uma nova direita, que conversa com o novo ciclo que se abriu, mas ainda sem um rumo. Há governos com posturas diferentes, como nos Estados Unidos, que se dizem amigos do mercado, mas com políticas de defesa do espaço nacional”, disse o professor. Ele ressalta ainda que, no Brasil, houve uma mudança de perspectiva no setor conservador com a derrubada de Dilma Rousseff. “A expectativa era de que a oposição derrotada em 2014 voltasse ao governo, como ocorreu no governo Temer, e se consolidasse em 2018. Todavia, o bloco do PSDB não conseguiu nem 4% dos votos, ou seja, há um novo centro da direita que ainda é difícil de identificar como funciona”, explica.


Para Pochmann, com a criação de novos cargos informais e precarização do trabalho, a narrativa do empreendedorismo tornou-se um eufemismo. É preciso discutir novas formas de organizações trabalhistas, pois houve um esgotamento da sociedade assentada na presença forte da indústria, o que reduziu a presença de uma parte significativa da classe trabalhadora assalariada.


“Nenhuma sociedade permanece a mesma ao longo do tempo, e isso se aplica ao que estamos vivendo. Os trabalhadores das plataformas digitais já superam 5 milhões das ocupações do Brasil, isso se transforma na categoria com a maior concentração de trabalhadores, depois das domésticas”, destaca.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/09/2019 - Previdência: aumento da miséria e do trabalho informal preocupa debatedores


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu nesta segunda-feira (16) sobre os riscos de aumento da miséria e da informalidade em decorrência da aprovação da reforma da Previdência. A audiência pública reuniu representantes de entidades de assistência social no campo e nas áreas urbanas.


Ao abrir o debate, o presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), afirmou que a maioria dos senadores e deputados sequer conhece o texto da reforma, tida por ele como “a mais cruel de todos os tempos”. A proposta do Executivo (PEC 6/2019) já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e está em análise no Senado. O primeiro turno de votação no Plenário do Senado está previsto para 24 de setembro.


Paim citou preocupações pontuais, como a aposentaria por invalidez, que atualmente é paga levando em conta a integralidade do salário. Ele disse que, a partir da promulgação dessa reforma, quem tiver um problema grave e não puder mais trabalhar vai se aposentar com a metade do salário.


— Isso vai gerar miséria — criticou.


O senador lembrou as aposentadorias especiais, como o caso dos trabalhadores das minas de carvão, que a partir da reforma terão uma idade mínima vinculada ao tempo de contribuição (hoje em dia só o tempo é considerado para fins de aposentadoria). A situação de metalúrgicos, professores e vigilantes também foi destacada pelo senador.


— Essa reforma prejudica gerações do passado, do presente e do futuro. Retira de quem está ganhando no trabalho formal e não resolve nada para aqueles que nem têm chance de um emprego formal.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

17/09/2019 - “Acabou esse assunto”, diz Rodrigo Maia sobre retorno da CPMF


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o tema do retorno da CPMF não deve voltar a ser discutido pelo Congresso, já que o governo mostrou que não tem mais interesse no tema. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro demitiu o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, um dos defensores do retorno da contribuição.


Maia concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (16) após participar de evento em São Paulo. Para ele, criar impostos não é o melhor caminho para resolver os problemas fiscais brasileiros.


“Acabou esse assunto, da parte do Congresso sempre foi muito difícil. E da parte do governo, parece que também não tem mais interesse, como não tem interesse do Executivo e do Legislativo, as coisas não aparecem se não existir algum patrocinador da ideia”, afirmou Rodrigo Maia.


Reforma administrativa

Maia destacou que a redução do gasto público deve ser tratada como prioridade no Congresso Nacional. Segundo ele, não adianta apenas simplificar o sistema tributário se não aprovar a reforma administrativa e um novo pacto federativo.


“As pessoas parecem que não compreenderam que vai ter que ter uma reorganização nas despesas públicas. Não há retorno para a sociedade. É um problema estrutural da economia brasileira, de falta de produtividade, de serviços públicos ineficientes e caros e está afastando o capital privado do País”, disse Rodrigo Maia.

Fonte: Agência Câmara

 


 

17/09/2019 - Brics Sindical debate futuro do trabalho com direitos e mais empregos


O VIII Brics Sindical (Reunião de Representantes Sindicais do Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul) acontecerá entre os dias 16 e 20 de setembro em Brasília. O evento acontece no mesmo período da reunião de líderes dos países que compõem o Brics.


A realização do encontro sindical no Brasil é fundamental neste momento de tentativas de diminuir direitos e enfraquecer o movimento sindical. Os cinco países do bloco representam quase metade da população mundial. “Nossa meta é fortalecer o bloco econômico e compartilhar experiência e mais direitos para os trabalhadores", destacou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, que fará uma exposição no dia 18.


"Todas as Centrais Sindicais farão o possível para que o evento seja um marco importante neste momento de desmonte dos direitos promovido pelo atual governo", afirmou.


O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, destaca que a troca de informação e o ampliação do diálogo entre os sindicalistas do países são instrumentos importante para fortalecer a luta dos trabalhadores. "Continuamos apostando na perspectiva de transformar o Brics numa importante articulação internacional que atue fortemente para na luta por sindicatos fortes e com atuação conujunta contra as tentativas de desmonte dos movimentos sindicais".


Durante a abertura do Fórum de ministros e secretários do trabalho do Brics, que ocorreu nesta segunda-feira, o 1º secretário da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite o Serginho, falou em nome do Fórum Sindical dos Brics. "Cobramos os governos oficialização do Brics Sindical nos organismos oficiais de governança e o combate a precarização no trabalho". Serginho alertou ainda, em sua fala, a necessidade do fortalecimento do diálogo tripartite permanente e equilibrado, valorizando os parceiros sociais e ainda o protagonismo na transição justa no futuro do trabalho".

Fonte: Força Sindical

 


 

16/09/2019 - CPI na Câmara vai apurar ilegalidades da operação Lava Jato


Comissão vai investigar abuso da estrutura do Judiciário e do MPF para fins políticos, com a caracterização de conluio


Após concluir a conferência das assinaturas, a Mesa da Câmara concluiu nesta sexta-feira (13) a análise do requerimento para instalação da CPI da Vaza Jato. No total, 175 deputados assinaram o documento, quatro a mais do que o mínimo regimental. O requerimento foi protocolado ontem e o objetivo da comissão é apurar, a partir das revelações do site The Intercept Brasil, a utilização da estrutura do Judiciário e do Ministério Público Federal para objetivos políticos, com a caracterização de conluio em detrimento das garantias fundamentais.


Segundo o site Congresso em Foco, a iniciativa foi “capitaneada” pela líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), com o apoio de Alessandro Molon (PSB-RJ), André Figueiredo (PDT/CE), Orlando Silva (PcdoB-SP), Daniel Almeida (PcdoB-BA), Paulo Pimenta (PT-RS), Ivan Valente (Psol-SP) e Tadeu Alencar (PSB-PE).


“Era necessária uma resposta institucional para que algo de fato seja feito. Agora queremos a instalação imediata da CPI. É necessário que a Câmara, a partir do presidente (Rodrigo Maia), instale a CPI, que é séria, equilibrada”, explicou Jandira Feghali pelo Twitter. “Não se trata de perseguir ninguém, mas de aprofundar as investigações sobre o ex-juiz (Sergio) Moro , o senhor Deltan (Dallagnol) e os envolvidos, porque precisamos salvar a democracia brasileira.”


“Trata-se de um fato político relevante”, aponta Paulo Pimenta, líder do PT. “Vamos fazer um processo de investigação tranquilo e sereno, garantindo que as investigações sigam a lei. Não vamos repetir as condutas que sempre denunciamos, a seletividade e a manipulação das informações. Não há nada pior para o estado democrático de direito do que não ter segurança jurídica. Isso corrói a democracia”, acrescentou. Pimenta destacou que a CPI será fiel àquilo que estabelece a Constituição.


“A atuação da força-tarefa deve ser revestida de legalidade, técnica, impessoalidade e imparcialidade do juiz da causa”, diz o requerimento. “Provável conluio” e violações de “garantias fundamentais”, “fraude processual, prevaricação, advocacia administrativa e abuso de autoridade” são termos usados pelos parlamentares como justificativa para a comissão.


Se instalada, a CPI da Vaza Jato terá até 180 dias para investigar. Antes, o requerimento precisa ser lido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, então, os partidos devem indicar os membros do colegiado. Maia sofrerá pressão dos aliados do ministro da Justiça, Sergio Moro.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

16/09/2019 - Fundo eleitoral e reforma da Previdência estão na pauta do Plenário


O projeto de lei que altera regras eleitorais (PL 5.029/2019) volta à pauta do Plenário nesta terça-feira (17) para discussão em turno único. O texto, que tramita em regime de urgência, prevê exceções ao limite de gastos de campanhas; estabelece itens nos quais podem ser usados recursos do Fundo Partidário; define critérios para análise de inelegibilidade; e autoriza o retorno da propaganda partidária semestral. Um dos pontos mais polêmicos é a brecha para que seja aumentado o montante do chamado Fundo Eleitoral, que financia as campanhas políticas.


Na última sessão deliberativa, no dia 11, senadores de vários partidos reclamaram do pouco tempo disponível para analisar o projeto, entraram em obstrução e a votação foi cancelada. Os líderes partidários chegaram a um acordo segundo o qual o texto seria analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pela manhã, antes de ser novamente discutido em Plenário.


Para valer nas eleições municipais de 2020, as alterações precisam ser publicadas até um ano antes do pleito, ou seja, até o começo de outubro deste ano.


Reforma da Previdência

A reforma da Previdência (PEC 6/2019) e a PEC Paralela (PEC 133/2019) passarão pela quinta sessão de discussão em primeiro turno no Plenário do Senado.


A PEC 6/2019 deve cumprir a sua última sessão de discussão nesta segunda-feira (16) e voltar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a análise das emendas, só depois será votada no Plenário. Em acordo de líderes partidários, ficou estabelecido que a votação do texto principal da reforma será no próximo dia 24, atendidos todos os prazos regimentais.


Já a PEC Paralela, proposta que traz outras sugestões de alterações na Previdência como a inclusão de estados e municípios, será discutida na quarta-feira (18).


A ideia é que a PEC principal não seja mais alterada. Caso ela seja aprovada pelo Senado, já poderá ser transformada em emenda constitucional. A PEC paralela ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/09/2019 - Folha prevê que segunda turma do STF vai votar pela suspeição de Moro no caso triplex


Celso de Melo e Cármen Lúcia devem votar contra a atuação de Moro, aliando-se à posição de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e isolando Edson Fachin. Cármen estaria irritada por ter sido chamada de "frouxa" por procuradores da Lava Jato


Em artigo publicado nesta segunda-feira (16), Leandro Colon, diretor da Sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo, dá pistas de que a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar pela suspeição do ex-juiz, Sergio Moro, no caso do triplex do Guarujá, em que ele condenou o ex-presidente Lula à prisão.


Segundo Colon, a dica foi dada por Gilmar Mendes em entrevista à Folha, dizendo que a popularidade de Moro não vai influenciar o julgamento na turma do STF, que é composta ainda por Cármen Lúcia, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.


Segundo o jornalista, nos bastidores cresce a aposta que Celso de Melo e Cármen Lúcia devem votar contra a atuação de Moro. Os votos dos dois isolariam Fachin, já que a posição de Mendes e Lewandowski já é conhecida.


Cármen Lúcia estaria impressionada com o teor das mensagens trocadas pelos procuradores da Lava Jato. Em uma das conversas, a ministra foi chamada de “frouxa”.

Fonte: Revista Forum

 


 

16/09/2019 - Os 300 mais ricos do planeta possuem o mesmo do que os 3 bilhões mais pobres


Os dados da concentração de renda e desigualdade são alarmantes e é necessário expor ao máximo.

O sistema tende a cada vez mais piorar tal situação


O grupo dos 2% das pessoas mais ricas possui mais da metade de toda a riqueza do mundo. A grande massa dos 80% mais pobres, detém apenas 6% das riquezas. Em outras palavras, os 300 mais ricos, possuem o mesmo do que os 3 bilhões mais pobres.


As informações levantadas pelo grupo de ativistas The Rules voltaram a circular nas redes sociais em um curto vídeo de 2013 que explica tamanha desproporção. Os números que revelam o “sucesso” do capitalismo global continuam.


De fato, as políticas econômicas globais aplicadas nas últimas dezenas anos, com base em ideologias liberais, resultaram no aumento deste vale; no aumento radical do acúmulo e da expropriação do valor do trabalho. Há 200 anos, os países mais ricos do mundo concentravam cerca de três vezes mais riqueza do que os mais pobres. Nesta década, eles são 80 vezes mais ricos.


Esse número aumenta ano a ano com a fuga de capitais criada a partir do sistema de comércio internacional. Grandes corporações exploram a mão de obra barata de países pobres e expropriam as riquezas dessas nações. Esse é um ponto. Outro ponto apresentado pelo The Rules é a questão da dívida. São cerca de US$ 600 bilhões por ano pagos a organismos como FMI e grandes bancos de dívidas que já foram pagas, mas o que corrói são os juros cobrados.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

16/09/2019 - TST começa a analisar possibilidade de acumular adicionais


A Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho começou a julgar, na quinta-feira (12/9), se é possível a cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade. A discussão depende do voto do presidente do TST, ministro João Batista Brito Pereira.


O julgamento está com sete votos contra essa possibilidade e seis à favor. O relator, ministro Vieira de Mello Filho, votou pela possibilidade de recebimento de ambos adicionais.


"No meu entendimento, a Constituição Federal não estabeleceu nenhum impedimento com relação à cumulação. Apenas diz que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais o 'adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei'", disse.


O entendimento foi seguido pelos ministros Augusto César Leite de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão e Lelio Bentes Corrêa.


Divergência

Inaugurando a divergência, o ministro revisor, Alberto Luiz Bresciani, entendeu que a CLT é clara pela opção de um dos adicionais. "inclusive, essa tese é pacificada na SDI-1", afirmou.


Seguiram a divergência os ministros Breno Medeiros, Márcio Eurico Vitral, Walmir Oliveira da Costa, Alexandre Luiz Ramos, Maria Cristina Peduzzi e Renato de Lacerda Paiva.


Apenas Uma Opção

No caso, os ministros analisam um recurso de um ex-trabalhador da companhia aérea American Airlines, que trabalhava como agente de tráfego. Ele já recebia adicional de insalubridade devido ao ruído das turbinas dos aviões no local.


No recurso, pede também adicional de periculosidade também por estar em contato com produtos inflamáveis no abastecimento das aeronaves.


O trabalhador recorreu contra decisão da 8ª Turma do TST, de 2015, que negou a cumulação dos adicionais por entender que a CLT é clara no sentido de que se deve optar por um dos dois.

Fonte: TST

 


 

16/09/2019 - Proposta reduz as alíquotas para contribuição para o Sistema S


O Projeto de Lei 3866/19 reduz as alíquotas das contribuições destinadas ao Sistema S – Sebrae, Senac, Senai, Senar, Senat, Sesc, Sescoop, Sesi e Sest. Em geral, essas alíquotas incidem sobre a folha de pagamento em cada segmento, e o montante é dividido entre representações nacionais e regionais.


A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados. “O cenário econômico apresenta enormes desafios”, explicou o autor, deputado Darci de Matos (PSD-SC). “Precisamos de iniciativas que aliviem a folha, proporcionando fôlego para que as empresas possam investir na produção e na geração de empregos.”


Conforme a proposta, a alíquota destinada ao Sebrae seria reduzida de 0,3 para 0,21; Senac, de 1 para 0,85; Senai, de 1 para 0,9; Senar, de 2,5 para 2,1; Senat, de 1 para 0,95; Sesc, de 2 para 1,6; Sescoop, de 2,5 para 2,37; Sesi, de 1,5 para 1,2; Sest, de 1,5 para 1,42.


Além das alíquotas, o texto prevê que o percentual destinado às representações nos estados e no Distrito Federal aumente dos atuais 75% para 95% do total arrecadado. Dessa forma, as representações nacionais ficariam com 5% do total.


O deputado Darci de Matos lembrou que o Sistema S surgiu nos anos 1940, com objetivo de formar mão de obra para indústrias. O parlamentar citou ainda dados do Tribunal de Contas da União (TCU) segundo os quais as arrecadações de Senac, Senai, Senar, Sesc e Sesi superaram, juntas, R$ 25 bilhões em 2016.


Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

16/09/2019 - MP que regula saques de FGTS e Pis/Pasep será discutida em audiências públicas


A comissão mista que analisa a medida provisória sobre saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vai debater o tema em audiências públicas marcadas para terça-feira (17) e quinta-feira (19). A MP 889/2019 permite novas possibilidades de saque do FGTS, instituindo a modalidade de saque-aniversário, e disponibiliza o saque integral do Pis/Pasep, entre outras providências.


Devem participar da reunião de quarta, às 14h30, o diretor-executivo de Fundos de Governo da Caixa Econômica Federal, Edilson Carrogi Ribeiro Vianna, o diretor do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) André Tosello Laloni e representantes dos Ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional.


Foram convidados para o debate de quinta-feira, às 10h, representantes do Banco Central, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias e do Fórum Nacional de Reforma Urbana.
As audiências serão feitas na sala 6 da Ala Nilo Coelho.


Estímulo ao consumo

Segundo a exposição de motivos do governo, a MP 889/2019 busca, entre outros objetivos, estimular o consumo das famílias e reduzir o endividamento de parcela expressiva da população.


A medida prevê a distribuição do resultado integral auferido pelo FGTS por meio de crédito nas contas vinculadas de titularidade dos trabalhadores. Hoje esse lucro anual prevê a distribuição de 50% aos trabalhadores.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/09/2019 - Projeto altera regras da CLT sobre segurança e medicina do trabalho


O Projeto de Lei 3818/19 altera todo o capítulo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43) dedicado à engenharia de segurança do trabalho e medicina do trabalho. O objetivo, segundo o autor da proposta, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), é atualizar a lei trabalhista e adequá-la às inovações tecnológicas da chamada indústria 4.0.


Esse termo é usado desde 2011 pelos setores industriais para se referir ao emprego, no processo de manufatura, de novas tecnologias de automação e da internet. “É preciso definir mudanças, prevendo regras para o uso dos avanços tecnológicos como recurso nas atuações de trabalho das diversas atividades econômicas”, disse Zuliani.


O deputado afirma que a mudança na CLT permitirá a atualização das normas regulamentadoras (NRs) que tratam das condições de trabalho.


Segundo o projeto, as normas de engenharia de segurança do trabalho e medicina do trabalho deverão ser seguidas por todas as empresas, beneficiando trabalhadores com ou sem vínculo empregatício. A proposta determina também que as mudanças entrarão em vigor 60 dias após a publicação da lei decorrente do projeto.


Estudos prévios

Todo empreendimento deverá possuir projeto amparado por estudos prévios para as atividades desempenhadas, considerando o impacto nas condições e no meio ambiente de trabalho. Também deverá elaborar e implantar, obrigatoriamente, um Sistema Integrado de Gestão das Condições do Meio Ambiente, do Trabalho e do Social.


O estudo prévio deverá ser comprovado por relatório produzido por engenheiro de segurança do trabalho.


As empresas deverão documentar o histórico laboral de seus trabalhadores, incluindo informações sobre identificação e avaliação da exposição aos riscos, implantação de tecnologias de proteção e conformação às NRs.


Caso sejam constatadas condições de perigo ao trabalhador, o fiscal do trabalho poderá interditar de imediato as atividades da empresa, e até embargar obras. A empresa poderá recorrer à Superintendência Regional do Trabalho (SRT) no prazo atual vigente (10 dias após a interdição). O projeto, porém, permite que o superintendente Regional do Trabalho suspenda a interdição baseado em laudo técnico e independentemente do recurso.


Outros pontos

O projeto do deputado Geninho Zuliani estabelece também:


- as empresas, incluindo as micros, serão obrigadas a manter Serviços Especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho Centralizados, com a responsabilidade de atuar no planejamento e gestão das condições de trabalho;


- as comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas) foram mantidas, mas as atribuições, a composição e o funcionamento serão integralmente regulados pelo Ministério da Economia;


- a empresa deverá ter programas de identificação e análise de riscos, e melhoria contínua do processo de produção, com parâmetros e metas de eliminação dos riscos;


- a empresa deverá ter Programa de Controle Médico de Saúde no Trabalho, para promover e preservar a saúde dos empregados. O Ministério da Economia estabelecerá os parâmetros mínimos e diretrizes gerais do programa;


- a notificação de doenças profissionais só será feita após a comprovação de nexo causal (que liga a doença à atividade desempenhada) feita por engenheiro de segurança;


- os municípios deverão exigir a apresentação de Projeto de Engenharia de Segurança em Edificações e Instalações e de Projeto das Condições e Meio Ambiente de Trabalho antes de aprovar qualquer obra estrutural no local de trabalho;


- a definição de atividades ou operações insalubres deixa de se relacionar a limites fixos de tolerância e passa a ser definida como qualquer atividade que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde. A constatação da exposição será realizada por inspeção no local de trabalho.


Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Seguridade Social e Família; Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/09/2019 - Comissão de Direitos Humanos volta a debater reforma da Previdência nesta sexta


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove nesta sexta-feira (13), às 9h, mais uma audiência pública para discutir a reforma da Previdência (PEC 6/2019). Desta vez, o foco da discussão será “a Previdência que queremos”.


Para a discussão, foram convidados o vice-presidente de Estudos e Assuntos Tributários da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), César Roxo; o secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Gabriel Magno Pereira da Cruz; e o advogado Diego Cherulli, secretário-geral do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).


Também devem participar do debate representantes de centrais sindicais, sindicatos e associações de servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa privada, além de representantes de entidades de aposentados e pensionistas.


A audiência, no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho, é interativa, com a possibilidade de participação popular por meio de comentários ou perguntas.

Fonte: Agência Senado

 


 

13/09/2019 - Demissão de Cintra mostra governo sem rumo, diz Miriam Leitão


"O ministro da Economia demitiu o secretário da Receita, exatamente quem deveria formular a proposta de reforma tributária do governo. A saída de Marcos Cintra foi anunciada nesta quarta-feira. A decisão confirma que o governo está sem um rumo na questão tributária. Enquanto isso, no Congresso tramitam duas propostas, uma no Senado e outra na Câmara. A decisão revela um governo que, na realidade, não tem um projeto de reforma", diz a jornalista Miriam Leitão, em comentário no Globo.


"Cintra não era o único da equipe a defender a nova CPMF. Fosse esse o motivo da demissão, ele não teria saído sozinho", diz ela ainda, insinuando que o próprio Guedes deveria ter sido demitido, uma vez que também defendeu publicamente o imposto.

Fonte: Brasil247

 


 

13/09/2019 - Flávio Dino: Bolsonaro considera normal o desemprego no país


Ao participar de agenda em Goiânia, nesta quarta-feira (11), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista para uma rádio local e foi questionado sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2022. Flávio Dino respondeu que depende de uma série de outros fatores e que não faz parte de uma decisão só dele.


“É uma possibilidade, muitos falam disso, mais do que eu próprio, e eu não posso adotar aquela atitude de dizer ‘não, isso não existe’. É claro que pode existir, como não existir. Depende de uma série de outros fatores fora da minha esfera de decisão. Não é algo que possa ser definido individualmente”, afirmou na entrevista.


Sobre o governo Bolsonaro, Flávio Dino destacou a importância de uma agenda de trabalho para o país e levantou a preocupação com a falta de propostas concretas na gestão federal. “É um governo muito heterogêneo. Nós temos algumas áreas em que os ministros, dirigentes de órgãos têm se esforçado para produzir resultados na parte de investimentos, enfim. Há outras áreas que estão com uma direção totalmente desorientada, perdida, em que não há agenda de trabalho".


Agenda de trabalho

"O que o Brasil precisa é de uma agenda de trabalho, uma agenda concretização de políticas públicas efetivamente, não de retórica, de palavras vazias, fraseologias. Há pessoas que ficam todos os dias criando confusão, crise”, afirma.


Nota 2

Os entrevistadores pediram que Dino desse uma nota ao governo federal e ele frisou que falta na no governo Bolsonaro a preocupação em diminuir o desemprego no país. “É um governo que não fala de emprego, aparentemente acha que o desemprego é normal, quando nós sabemos que destrói famílias. Então, por conta de desses fatores econômicos, sociais e políticos, acho que 2 é uma nota justa”, comentou.


Questionando ainda pelos entrevistadores, Flávio Dino reafirmou o motivo por ter dado uma nota tão baixa. “Eu vou avaliar aquilo que, a meu ver, é predominante, ou seja, uma tendência a conflitos, belicismo, paralisia administrativa, mas reconhecendo o esforço de alguns, eu acho que uma nota 2 seria justa”, pontua.


Injustiça

Mais tarde, em um auditório lotado, Flávio Dino participou de noite da abertura do debate “Lawfare político, instrumento de destruição do inimigo por meio de processo aparentemente legal” na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (ADUFG). Sobre o assunto, o governador adiantou na rádio:


“Nós precisamos fortalecer regras, porque nós não podemos ter na sociedade um vale-tudo. O uso da violência ou da força, porque isso pode conduzir a injustiças, a atos arbitrários. Minha abordagem parte dessa premissa de que os direitos constitucionais e garantias de defesa, produção de provas, devem ser fortalecidas no Brasil em favor de todas as pessoas”, afirma.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

13/09/2019 - Para debatedores, reforma trabalhista levou a demissões em massa em faculdades


Participantes de audiência pública avaliaram que a reforma trabalhista do governo Temer, aprovada em 2017 pelo Congresso Nacional, agravou a situação dos professores da rede particular de ensino superior ao possibilitar demissões em massa da categoria e a contratação de docentes por salários mais baixos. O tema foi discutido na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (12).


De acordo com o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, Celso Napolitano, as instituições privadas de ensino superior querem apenas explorar a educação sem compromisso com a qualidade de ensino. Napolitano afirmou que a rede particular de ensino quer diminuir o custo para aumentar o lucro às custas do rebaixamento salarial do corpo docente.


“Os professores se sujeitam aos baixos salários por falta de emprego, como o caso da (universidade) Estácio de Sá, que demitiu 1.200 pessoas, e disse que fazia isso para aproveitar novas regras de contratação”, criticou.


Napolitano destacou ainda que as grandes empresas de ensino superior “praticamente não pagam imposto” e tem aumentado suas receitas às custas da demissão de professores que ganham mais por professores que ganham menos.


Negociações coletivas

A representante na comissão do Tribunal Superior do Trabalho, Maria Cecília Lemos, afirmou que a mudança trabalhista que permitiu demissões sem a intermediação dos sindicatos aponta para a precarização das relações de trabalho. Lemos destacou que essa posição do Brasil está em contradição com a premissa da Organização Internacional do Trabalho de que o trabalho não pode ser considerado mercadoria. Ela disse que o enfraquecimento da negociação coletiva tem sido denunciado internacionalmente.


“A reforma trabalhista veio num momento em que se preconizou uma série de direitos e o Brasil foi denunciado na última conferência internacional da OIT junto com uma série de países que não estão contribuindo com a obrigatoriedade de priorizar a negociação coletiva”, criticou.


Ensino a distância

O diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, Bruno Coimbra, afirmou que nenhuma instituição de ensino gosta de ser taxada como aquela que demite em massa. Segundo Coimbra, as demissões em massa não ocorrem por uma estratégia mercantilista, mas em razões de acordos coletivos – que exigem que demissões de docentes ocorram só ao final do semestre – e da ampliação do ensino a distância.


“Não faz parte da estratégia mercantilista das instituições, elas avançam por meio das tecnologias. Além disso, o avanço da EAD é um dos mecanismos para atingir as metas previstas no plano nacional de educação”, disse.


O representante do Ministério da Educação na audiência, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior, explicou que o ministério quer que as instituições de ensino superior garantam a sustentabilidade financeira para evitar que entrem em falência, o que prejudica a todos. Oliveira disse ainda que o aumento do EAD tem diminuído os custos e os salários dos professores, mas, em muitos casos, são a única forma dos alunos de concluírem uma graduação.


“Um dos fatores da redução de custo é alcance, a quantidade de alunos atendidos é maior do que um curso presencial, isso justifica um pouco a questão das demissões”, explicou o representante do MEC.


Abuso nas demissões

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que solicitou a audiência, também criticou a demissão em massa de professores para recontratá-los com salários menores.


“As demissões em massa constituem atentado vigoroso aos direitos constitucionais dos trabalhadores-professores e, portanto, merecem apuração, além da justa responsabilização das instituições de ensino pelo abuso do direito de demitir. Como sempre alertamos, a reforma trabalhista desequilibrou completamente as relações de trabalho”, criticou Silva.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/09/2019 - Agências da Caixa ampliam horário nesta sexta para saques do FGTS


As agências da Caixa terão horário ampliado, nesta sexta-feira (13), para atender os trabalhadores que têm direito a sacar até R$ 500 das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Assim, as agências, que normalmente abrem às 11h, vão iniciar o atendimento às 9h. Aquelas que abrem às 10h, iniciarão os trabalhos às 8h e as que abrem às 9h atenderão a partir das 8h e terão uma hora a mais ao final do expediente. No caso de agências que abrem às 8h, serão duas horas a mais ao final do horário de atendimento.


O horário de atendimento ampliado também vale para a próxima segunda (16) e terça-feira (17).


O banco fará o depósito automático para quem tem conta poupança no banco, seguindo calendário do mês de nascimento do trabalhador. Quem nasceu em janeiro, fevereiro, março e abril recebe primeiro. Os próximos a ter acesso ao saque são os nascidos em maio, junho, julho e agosto, no dia 27 deste mês. Em seguida, no dia 9 de outubro, será a vez os nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro.


Segundo a Caixa, cerca de 33 milhões de trabalhadores receberão o crédito automático na conta poupança. Os clientes do banco que não quiserem retirar o dinheiro têm até 30 de abril de 2020 para informar a decisão em um dos canais divulgados pela Caixa: site, Internet Banking ou aplicativo no celular.


Os clientes da Caixa que têm conta corrente podem fazer o pedido de crédito em conta por meio dos canais de atendimento


Para aqueles que não têm conta poupança na Caixa, aberta até o dia 24 de julho de 2019, ou conta-corrente, o calendário começa no dia 18 de outubro, para os nascidos em janeiro, e vai até 6 de março de 2020, para os nascidos em dezembro.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/09/2019 - Comissão aprova dispensa de empregador de comunicar férias indicadas pelo empregado


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou projeto que dispensa o empregador de emitir o aviso prévio de férias quando o período de usufruto for indicado pelo próprio empregado.


Trata-se do Projeto de Lei 7164/14, da deputada Iracema Portella (PP-PI), que recebeu relatório favorável do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA). A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43).


A CLT determina que o empregador deve informar o empregado sobre a concessão das férias com antecedência mínima de 30 dias, e por escrito. A lei, porém, não previu a hipótese em que o trabalhador tem permissão para decidir o período das férias.


A autora do projeto disse que algumas empresas estão sendo multadas pela fiscalização do trabalho por deixarem de comunicar a concessão das férias, mesmo que estas tenham sido indicadas pelo próprio empregado.


O relator concordou com a deputada. Segundo Fernandes, a regra atual provoca um “engessamento das relações de trabalho que não é interessante para nenhuma das partes". Ele apresentou uma emenda apenas para deixar a redação da proposta mais clara.


Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/09/2019 - Moro e Dallagnol na mira: Oposição protocola pedido para criação de CPI da Lava Jato


Mais de 171 deputados aderiram à proposta de criação da comissão para investigar o comportamento de Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato após revelações feitas pelo site The Intercept


Deputados da oposição conseguiram adesão de mais de 171 parlamentares e protocolaram na noite desta quinta-feira (12) um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o comportamento do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa da Lava-Jato diante das reportagens divulgadas nos últimos meses pela Vaza Jato.


O anúncio foi feito pela deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, em sua página no Facebook.


“A oposição ultrapassou a barreira das 171 assinaturas e protocolou na noite de hoje o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa da Lava-Jato, no contexto dos diálogos revelados pelo site The Intercept. Conversas entre Deltan, procuradores e Moro mostram que a operação foi conduzida com objetivos políticos, ferindo a Constituição Brasileira e o Estado Democrático de Direito. ‘A própria Lava Jato denunciaria a Lava Jato'”, publicou Gleisi.

Fonte: Revista Forum

 


 

13/09/2019 - Assembleia de Minas pede indiciamento de 13 na tragédia de Brumadinho


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar as causas da tragédia de Brumadinho (MG) apresentou nesta quinta-feira (12) seu relatório final e pediu o indiciamento de 13 pessoas por homicídio e lesão corporal com dolo eventual, entre outros crimes. O documento, aprovado por unanimidade pelos sete integrantes da CPI, será entregue à Polícia Civil e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), autoridades encarregadas das investigações criminais.


A tragédia de Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro deste ano, quando a barragem B1 da mineradora Vale se rompeu e liberou no meio ambiente uma onda de rejeitos que causou a morte de 249 pessoas, poluição e destruiu comunidades. De acordo com o último levantamento da Defesa Civil de Minas Gerais, 21 pessoas ainda estão desaparecidas.


Entre os 13 apontados pela CPI como responsáveis pela tragédia, 11 são dirigentes ou funcionários da Vale. Entre eles, o diretor-presidente da mineradora à época, Fábio Schvartsman, que se afastou das funções em março. Os demais são os diretores Gerd Peter Poppinga, Lúcio Cavalli e Silmar Magalhães Silva; os gerentes Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Alexandre de Paula Campanha, Joaquim Pedro de Toledo, Rodrigo Artur Gomes Melo e Marilene Christina Oliveira Araújo; o geólogo César Grandchamp; e a engenheira geotécnica Cristina Malheiros.


Também foi pedido indiciamento de Makoto Namba e André Jum Yassuda. Os dois são engenheiros da Tüv Süd, empresa que assinou o laudo de estabilidade de barragem. Alguns dos apontados pela CPI como responsáveis pela tragédia chegaram a ser presos em duas ocasiões, mas obtiveram habeas corpus e estão em liberdade. O relatório final também orienta que a Polícia Civil e o MPMG aprofundem as investigações sobre outros sete funcionários da Vale, acerca dos quais não se obteve elementos suficientes para o indiciamento.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/09/2019 - Reforma da Previdência deixará municípios mais pobres, diz auditor


Os municípios brasileiros devem ficar mais pobres com a aprovação das novas regras previdenciárias contidas na Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019) em tramitação no Senado. Essa é a avaliação dos especialistas ouvidos na segunda-feira (9) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) para debater o impacto da reforma da Previdência nos municípios.


Dados apresentados Álvaro Sólon de França, auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, mostram que em 4.101 municípios brasileiros, 73% do total, o pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) supera o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).


Essa diferença é ainda maior em comparação com a capacidade de arrecadação municipal. Dos 5.570 municípios existentes no País, em 4.896 deles (87,9%) o pagamento de benefícios da Previdência Social supera a arrecadação municipal.


“A Previdência é a âncora social do Brasil. Se não fosse a Previdência Social e seu elenco de benefícios urbanos e rurais, o Brasil já estaria na barbárie social. Se não fosse a Previdência Social, os regimes gerais, nós estaríamos com 30 milhões de pessoas a mais abaixo da linha da pobreza. Isso significa transferência de renda. Isso atende ao preceito constitucional da erradicação da pobreza, da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais”, disse.


A advogada Bruna Martos, especialista em Direito Previdenciário, apresentou vídeos com a reação de duas senhoras. Num dos vídeos aparece a reação de alegria de uma moradora de um município do interior do País ao receber a informação de que havia conseguido se aposentar. Em outro vídeo, que emocionou o senador Paulo Paim (PT-RS), outra cidadã explica o que faz com o recurso que recebe como aposentadoria.


“Esse é o mundo real. A gente sabe que esse mundo continua lá fora. Por isso a gente faz dessa comissão o espaço para que as pessoas mostrem o mundo real. A política tem que ter uma visão humanitária”, disse o senador Paim, presidente da CDH.


O representante do governo, Allex Albert Rodrigues, subsecretário dos Regimes Próprios de Previdência Social da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia (SEPRT), se limitou a defender a aprovação da reforma sob o aspecto do impacto dos regimes próprios de Previdência dos servidores no orçamento dos municípios brasileiros.

PT no Senado (reportagem Rafael Noronha)

Fonte: Portal Vermelho

 


 

12/09/2019 - Marcos Cintra deixa comando da Receita Federal


José de Assis Ferraz Neto assumirá - Anúncio é do Ministério da Economia


O Ministério da Economia anunciou nesta 4ª feira (11.set.2019) a saída do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, do comando do Fisco.


Em nota, o ministério diz que “ainda que não há 1 projeto de reforma tributária finalizado” e que “a equipe econômica trabalha na formulação de 1 novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento”.


“A proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro”, diz o texto.


O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assumirá interinamente o cargo.


Segundo o portal O Antagonista, o motivo da saída de Cintra foi a defesa feita pelo secretário especial adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, de 1 imposto sobre pagamentos –nos moldes da antiga CPMF.


Em seminário nesta 3ª feira (10.set.2019), Marcelo defendeu que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota de 0,4%. Para pagamentos no débito e crédito, a taxa seria de 0,2%.


Hoje, 2 projetos de reforma tributária já caminham no Congresso: 1 na Câmara e outro no Senado. O governo ainda não apresentou oficialmente sua proposta.

Fonte: Poder360

 


 

12/09/2019 - Presidente da Câmara discutiu a reforma tributária com parlamentares e secretários estaduais da Fazenda


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou que a criação de uma nova CMPF dificilmente será aprovada na Câmara. Maia se reuniu com diversos parlamentares nesta quarta-feira (11) na residência oficial para debater a reforma tributária. Participaram do encontro os 27 secretários estaduais de Fazenda.


De acordo com Rodrigo Maia, a reação dos deputados em relação ao retorno do tributo demonstra que há um obstáculo muito grande.


“Não sou daqueles que dizem para não mandar para a Câmara, é direito do governo mandar uma proposta, e a Câmara e o Senado decidirem, mas as reações foram contundentes da dificuldade da CPMF na Câmara dos Deputados”, afirmou.


Maia também afirmou que está sendo construído acordo para atender a algumas demandas dos estados como uma transição mais curta e um fundo de compensação e de desenvolvimento regional. O presidente informou que pretende abrir o prazo, que terminaria hoje, para que os deputados apresentem emendas para a proposta da reforma tributária.


Rodrigo Maia destacou que é importante que o Executivo encaminhe sua proposta de reforma tributária e acredita que o texto deve ser encaminhado para a Câmara nos próximos dias.


“O governo deve encaminhar uma proposta para a gente saber o que ele pensa sobre reforma tributária, porque é uma mudança profunda, não apenas sobre tributos, mas sobre bens e serviços e renda”, disse.

Fonte: Agência Câmara

 


 

12/09/2019 - Davi se manifesta contra a criação de mais um imposto para os brasileiros


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta quarta-feira (11) ser contrário à criação de um imposto sobre transações financeiras, parecido com a antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), como tem sido discutido no governo federal.


— Na minha biografia política eu sempre trabalhei contrário à elevação de impostos e tributos na vida das pessoas. Os brasileiros já pagaram muitas contribuições e impostos — declarou Davi, lembrando que, quando teve a oportunidade, votou contra a prorrogação da CPMF, em 2007, quando a proposta foi extinta pela Câmara dos Deputados.


O novo imposto seria incluído na proposta de reforma tributária que o governo encaminhará em breve ao Congresso Nacional. O presidente do Senado disse estar escutando as manifestações dos setores do governo favoráveis à nova contribuição, mas reconheceu que um novo imposto “não é possível para os brasileiros”.


— Da minha parte eu quero reafirmar que sou contrário pessoalmente a criação de mais um imposto na vida das pessoas — declarou.

Fonte: Agência Senado

 


 

12/09/2019 - Governo vai desbloquear R$ 20 bilhões até o fim do ano, diz Mourão


O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (11) que o governo deve descontingenciar cerca de R$ 20 bilhões do Orçamento até o final do ano. Ele ocupa a Presidência da República esta semana enquanto o presidente Jair Bolsonaro se recupera de uma cirurgia em São Paulo.


"O Ministério da Economia é o dono do dinheiro, então eu acho que, até o final do ano, uns R$ 20 bilhões devem ser liberados", disse Mourão a jornalistas no Palácio do Planalto.


Procurado, o Ministério da Economia informou à Agência Brasil que "está trabalhando para descontingenciar o maior valor possível". Segundo a pasta, "ainda não está definido o prazo para esse desbloqueio".


O governo anuncia os bloqueios e desbloqueios do Orçamento ao divulgar o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a cada dois meses. O próximo relatório será divulgado no dia 20 deste mês e o outro, o último do ano, será anunciado em novembro. Do Orçamento deste ano, o governo bloqueou cerca de R$ 33 bilhões.


A meta fiscal do governo para 2019 é um déficit primário de R$ 139 bilhões para o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo sem o pagamento dos juros da dívida pública.

Fonte: Agência Brasil

 


 

12/09/2019 - Mudanças feitas na reforma da Previdência não são de mérito, diz Tasso Jereissati


O relator da reforma da Previdência (PEC 6/2019), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), entende que a retirada de uma expressão e a criação de uma alíquota menor para trabalhadores informais não configuram mudança de mérito, mas de redação, sem necessidade de retorno da proposta à Câmara dos Deputados. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), confirmou a manutenção do calendário da reforma, que prevê a votação em primeiro turno no dia 24 de setembro.

Fonte: Agência Senado

 


 

12/09/2019 - O que o movimento sindical não fez ontem e hoje faz falta, por João Juruna


Frentes de retrocesso predominam

Lula convocou Fórum do Trabalho

Mais de 500 horas de negociações

Centrais sindicais foram legalizadas

 

Não fizemos ontem e hoje faz falta
Nas últimas décadas nós do movimento sindical militamos pelas causas dos trabalhadores e, nesse tempo, enfrentamos batalhas adversas e fizemos duras caminhadas. Tivemos, em cada momento da nossa história, agora passado, oportunidades para fazer mudanças.


Fizemos algumas e deixamos de fazer outras com as quais poderíamos ter transformado nosso futuro. O nosso presente, agora, era naquele tempo o nosso futuro. Hoje, nesse futuro presente, sentimos as ausências daquilo que deixamos de fazer. Vamos relembrar.


Em 2003 o presidente Lula convocou o Fórum Nacional do Trabalho e para lá fomos com esperança de que faríamos mudanças para tornar o movimento sindical mais pujante. Foram mais de 500 horas de negociações tripartites e centenas de horas de reuniões bilaterais e de atividades preparatórias.


Chegamos ao acordo que o desenho da reestruturação sindical e do modelo de negociação coletiva antecederia as mudanças na legislação trabalhista. Desta forma, quando a modernização trabalhista fosse feita, já saberíamos que tipo de sindicato viria e que força teria a negociação coletiva.


O projeto foi encaminhando para o Congresso Nacional. Ficamos parados, esperando. Nesse tempo conseguimos legalizar as Centrais sindicais, importante iniciativa, mas muito aquém das mudanças mais profundas desenhadas pelo Fórum do Trabalho e que estão consignadas na PEC e Projeto de Lei 396. Hoje o futuro chegou e faz uma falta enorme aquilo que não fizemos.


Com as marchas da classe trabalhadora, desde 2004, levantamos a bandeira da redução da jornada de trabalho, propondo ao Congresso e ao presidente Lula a redução para 40 horas semanais sem redução de salário.


Muitas negociações e, finalmente, o então presidente da Câmara, Michel Temer, apresentou a todas as centrais sindicais, em reunião em São Paulo, uma proposta de redução gradativa da jornada de trabalho, de meia hora por ano.


Aquela proposta tinha chance de passar, pois contava com apoio do Congresso e do presidente Lula. Mas nós, naquele presente, decidimos que queríamos “40 horas já”. Hoje o futuro chegou e continuamos com as 44 horas semanais de jornada de trabalho!


A agenda da terceirização nos ocupou muitos anos, de intensos debates e negociações com o governo, com o Congresso e com os empresários. Avançamos para a formulação de um texto propositivo de regulação da terceirização com bom enfoque na proteção laboral.


O que prevaleceu no movimento sindical, entretanto, foi a posição pelo fim da terceirização. Hoje o futuro chegou e a legislação de 2017 autorizou qualquer tipo de terceirização em qualquer condição.


Na época da Copa do Mundo de 2014 colocamos a agenda do trabalho intermitente. Mais uma vez se avançou na formulação de um regramento interessante, que evitava a proliferação desse tipo de trabalho em qualquer contexto e colocava proteção para quem viesse a ter esse tipo de ocupação. Não fechamos o acordo na época. Hoje, o futuro, a reforma trabalhista autoriza qualquer todo tipo de trabalho intermitente.


São casos concretos nos quais abrimos mão da nossa intervenção propositiva e acabamos perdendo de 7 a 1 no jogo social. E essas derrotas são sentidas pelos trabalhadores na sua condição real de vida e de trabalho. Agora, veja a diferença no futuro quando se decide avançar no presente!


As marchas da classe trabalhadora, anuais desde 2004, tinham como uma das pautas a política de valorização do salário mínimo. Fechamos o acordo de um aumento gradual e a política foi implantada e executada.


Os resultados estão aí: aumento real acumulado de R$ 425,00, sem o qual o valor atual do salário mínimo seria de R$ 573,00 (hoje, por causa desta política o valor é R$ 998,00).


Esse aumento adicionou cerca de R$ 5.525,00 à renda bruta anual de um trabalhador que ganha um salário. Em 2019, o aumento acumulado nesse período adicionará cerca de R$ 265 bilhões à massa de rendimentos do trabalho, ajuda consistente e virtuosa para a dinâmica econômica.


O contexto no qual precisamos avançar hoje é de enorme adversidade. Pior que isso, é cristalino que as frentes de retrocesso predominam. É fundamental reunir forças para resistir, sem dúvida! Contudo, mesmo para resistir, é fundamental ter uma intervenção propositiva nos espaços institucionais, apresentando nossas propostas e projetos de futuro, sendo criativo e tendo visão estratégica.


O futuro fazemos hoje, resistindo e disputando prepositivamente, ou podemos mais uma vez deixar de fazer, como fizemos no passado. Podemos deixar para o futuro ausências irreparáveis.

Fonte: Poder360

 


 

12/09/2019 - Recém-formados agravam o desemprego que Bolsonaro está longe de reverter


Análise de economista leva em conta pesquisa do Dieese que mostra aumento na desocupação entre essa parcela da população que vem, cada vez menos, conseguindo atuar na área de formação


A taxa de desocupação brasileira – que aumentou de 6,9%, em 2014, para 12%, em 2018 –, tem prejudicado inclusive novos profissionais com ensino superior completo, como aponta pesquisa do Dieese. Com dificuldades para conseguir inserção no mercado de trabalho, os recém-formados são uma das parcelas da população que engrossam as taxas de desemprego, que ao todo afeta 12,6 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE. De acordo com a entidade, apenas 35% dos jovens formados, entre 25 a 29 anos, trabalham em postos que exigem formação superior. Quando considerada a classe social, 45% deles, com renda de até um salário mínimo por pessoa, estão fora da sua área de estudo.


“Basicamente o que está acontecendo é que o desemprego está muito alto, então está difícil para todo mundo conseguir entrar no mercado de trabalho”, destaca o economista do Dieese Gustavo Monteiro em entrevista ao repórter Caio Castor do Seu Jornal, da TVT. “No caso de quem acabou de se formar é mais difícil ainda porque eles não têm experiência e enfrentam a concorrência de quem está no mercado de trabalho faz tempo”.


A estudante Andréa Souza conhece na prática os resultados da pesquisa da entidade sobre desemprego, uma realidade entre os seus familiares e amigos. Ainda assim, aluna do cursinho popular da Associação Cultural de Educadores e Pesquisadores da Universidade de São Paulo (Acepusp), Andréa, que não desistiu de cursar o ensino superior e pretende se formar em pedagogia, acredita que conseguirá um trabalho. “Na minha família ninguém concluiu a graduação, poucos têm o ensino médio, a maioria parou no fundamental. Eu acredito que estar na graduação hoje é uma forma de sair um pouco dessa regra que está sendo pré-definida, que é a de pessoas que terminam a graduação e não vão atuar na área que escolheram. Eu realmente quero dar aula e é para isso que estou estudando”, afirma.


Ainda assim, o economista do Dieese alerta que o cenário é menos favorável e demanda ações do governo de Jair Bolsonaro que, em sua análise, ainda está longe de reverter esse quadro do desemprego. “A economia tem que voltar a crescer. Seria essencial que o governo fizesse um empenho para que isso acontecesse, aumentasse o investimento público para isso ter impacto no desemprego. Com o desemprego caindo, seria mais fácil para que essas pessoas conseguissem trabalhos em suas áreas”, explica Monteiro.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

12/09/2019 - Atrás de apoio, governo Bolsonaro estuda ampliar fundo eleitoral para até R$ 3,7 bi


Sem uma base consistente no Congresso, o governo Jair Bolsonaro estuda aumentar o fundo eleitoral destinado ao financiamento de campanhas políticas de R$ 1,87 bilhão para até R$ 3,7 bilhões. O valor é pleiteado pelos líderes partidários que desejam que a nova cota já comece a valer para as eleições do próximo ano, quando serão eleitos prefeitos e vereadores.


A alteração no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, cujo estudo já concluído pelo Ministério da Economia, terá que ser remetido ao Congresso por meio de uma mensagem modificativa, segundo reportagem do jornal o Globo. Em um primeiro momento, o governo chegou a propor a elevação da cota para cerca de R$ 2,5 bilhões, mas recuou alegando um erro ao elaborar as contas, o que baixou o valor para o patamar atual de R$ 1,87 bilhão. Agora, com a pressão dos partidos, especialmente os ligados ao chamado “centrão”, o governo estuda ampliar os valores do fundo eleitoral.


“A questão do fundo eleitoral é uma decisão pluripartidária e de governo. Essa vai ser uma matéria que vai precisar ter convergência. A intenção é que seja por consenso”, disse o relator do projeto na Câmara, deputado Domingos Neto (PSD-CE). Para viabilizar a proposta, contudo, o governo deverá promover uma série de cortes de gastos obrigatórios, liberando recurso para investimentos e para o aumento do fundo eleitoral.

Fonte: Brasil247

 


 

12/09/2019 - Proteção aos idosos poderá ter leis feitas pela União e pelos estados


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (11) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 81/2015, do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que inclui a proteção ao idoso no rol de matérias de competência concorrente da União, de estados e do Distrito Federal. A competência concorrente permite que todos os entes federativos possam legislar sobre determinado tema.


O relator, senador Lasier Martins (Podemos-RS), explicou a proposta, que agora segue para análise no Plenário do Senado.


— A PEC delimitará as atribuições de cada ente federativo no cumprimento do dever estatal insculpido no art. 230, qual seja, o de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.


Na justificação da proposta, o autor afirma que o objetivo é que todo e qualquer assunto referente ao idoso possa ser tratado pela União, em âmbito nacional, e pelos estados, residualmente.

Fonte: Agência Senado

 


 

11/09/2019 - 67% dos brasileiros dizem não às privatizações, aponta Datafolha


Intensa campanha contra empresas públicas não conseguiu convencer população de que vendê-las é bom negócio para o país


Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (10) pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que continua alta entre os brasileiros a rejeição ao projeto de privatização de empresas públicas e desmonte do Estado defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia Paulo Guedes.


Mesmo com apoio unânime dos meios de comunicação de massa à campanha contra as empresas públicas, o governo não conseguiu convencer a população de que se desfazer delas seja o melhor negócio.


Segundo a pesquisa, 67% dos brasileiros são contra as privatizações, enquanto apenas 25% se dizem a favor. Os demais se disseram indiferentes ou não souberam responder.


O resultado mostra pouca alteração em relação ao último levantamento sobre o tema, divulgado em novembro de 2017, quando os números eram 70% contra 20% a favor.


Na pesquisa atual, os maiores índices de aprovação estão entre os eleitores de Bolsonaro (39%) e entre os mais ricos, com ganhos superiores a 10 salários mínimos (50%).

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

11/09/2019 - Produção industrial recua em oito dos 15 locais pesquisados em julho


A produção da indústria caiu em oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de julho para agosto deste ano, seguindo a tendência nacional, já que a produção nacional recuou 0,3%. As maiores quedas foram observadas no Amazonas (-6,2%) e em Pernambuco (-3,9%).


Também tiveram queda na produção a Região Nordeste (-2,6%) e os estados do Rio Grande do Sul (-2,4%), Ceará (-1,5%), São Paulo (-1,4%), Bahia (-1,3%) e Santa Catarina (-0,3%).


Por outro lado, sete estados tiveram alta na produção: Rio de Janeiro (6,8%), Mato Grosso (5,5%), Paraná (2%), Goiás (1,7%), Espírito Santo (1,7%), Pará (0,5%) e Minas Gerais (0,3%).


Na comparação com julho do ano passado, oito locais tiveram alta na produção, com destaque para Paraná e Rio de Janeiro (ambos com 4,8%), e sete apresentaram recuo, entre as quais a maior foi apresentada pelo Espírito Santo (-14,2%).


No acumulado do ano, dez dos 15 locais pesquisados tiveram queda, entre eles Espírito Santo (-12,2%) e Minas Gerais (-4,7%). Já Paraná, com crescimento de 7,2%, e Rio Grande do Sul, com avanço de 6,9%, estiveram entre os cinco estados com alta na produção.


No acumulado de 12 meses, nove dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque para Espírito Santo (-5,9%), enquanto seis locais tiveram alta, sendo a maior delas no Rio Grande do Sul (8,4%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/09/2019 - Contra privatização, funcionários dos Correios anunciam greve


A decisão foi tomada em assembleias dos trabalhadores


Funcionários dos Correios decretaram, na noite desta terça-feira (10/9), greve em todo o Brasil. A decisão foi tomada em assembleias dos trabalhadores que são contra a privatização da Estatal, prevista pelo ministro da Economia Paulo Guedes, e também contra a direção dos Correios, que decidiu não negociar acordo coletivo com a categoria. A paralisação não tem data para terminar.


“A direção da ECT e o governo querem reduzir radicalmente salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios. Entregar o setor postal a empresários loucos por lucro. Jogar no lixo o atendimento a todos os cidadãos, a segurança nacional envolvida nas operações, a integração nacional promovida pelos Correios!”, informou em nota a FindECT, fundação dos trabalhadores dos Correios.

Fonte: Correio Braziliense

 


 

11/09/2019 - Dallagnol foge de audiência para tratar sobre troca de mensagens entre procuradores


O procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, desistiu de participar nesta terça-feira (10) de um debate com o editor do The Intercept Brasil, Leandro Demori, na Comissão de Trabalho (CTASP) da Câmara dos Deputados, para tratar sobre a legalidade na conduta dos agentes públicos envolvidos na troca de mensagens entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava-Jato.


O objetivo da reunião será debater as reportagens do Intercept que noticiaram mensagens trocadas entre Deltan, o então juiz Sérgio Moro (atual ministro da Justiça e da Segurança Pública) e outros integrantes da Lava Jato. Os textos do site levantam a suspeita de que Moro teria atuado com parcialidade em decisões relacionadas à operação.

Fonte: Brasil247

 


 

11/09/2019 - Conselho Nacional de Direitos Humanos irá a Curitiba ouvir Lula


O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) irá a Curitiba no próximo dia 17 para colher depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão de sindicância aberta em julho para analisar a possibilidade de violação de seus direitos à defesa.


O site do ex-presidente relembra que "Lula está preso injustamente desde abril de 2018. A sindicância ocorre após os recentes vazamentos dos diálogos dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sérgio Moro, realizadas pelo site Intercept, que confirmam as denúncias feitas por Lula e seus advogados sobre a prática de lawfare em seus processos."

 

Leia a nota da defesa do ex-presidente Lula:

“A defesa do ex-presidente Lula entende que será uma oportunidade para aprofundar o debate técnico sobre as denúncias de grosseiras violações de direitos humanos que ele vem sofrendo no âmbito da operação Lava Jato. As referidas violações foram comunicadas ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas já em 2016 em um processo com amplo conjunto probatório. Hoje, o processo injusto ao qual Lula foi submetido é cabalmente comprovado pelo importante trabalho jornalístico do The Intercept e outros veículos, no que se denominou vazajato. A injustiça contra o ex-presidente Lula é um dos maiores ataques à nossa democracia.” Valeska T. Zanin Martins.

Fonte: Brasil247

 


 

11/09/2019 - CDH debate trabalho e Previdência na próxima quinta


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta quinta-feira (12) audiência pública interativa sobre o tema Previdência e trabalho. A reunião tem início às 14h na sala 6 da ala Nilo Coelho.


Para o debate foram convidados a juíza Fabiane Ferreira, que integra a comissão legislativa da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); o especialista em direito previdenciário, Clodoaldo Batista Nery Júnior; e representantes de sindicatos, associações de servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada, aposentados e pensionistas.


A iniciativa é do senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a CDH.

Fonte: Agência Senado

 


 

11/09/2019 - Governo Bolsonaro comete estelionato eleitoral e quer CPMF de 0,40% sobre saques e depósitos


Infomoney - O secretário-adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, confirmou, nesta terça-feira (10), que o governo vai enviar a proposta que reintroduz o imposto sobre transações financeiras – batizado de CP (Contribuição sobre Pagamentos) – para reduzir gradualmente os impostos que as empresas pagam sobre a folha de salário dos funcionários.


A nova tributação sofre resistências junto ao parlamento e à opinião pública e é frequentemente comparada à antiga CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira).


Segundo o secretário, cada saque e cada depósito em dinheiro deverá ser taxado com uma alíquota inicial de 0,40% e cada operação de débito e crédito deve ser submetida a uma alíquota de 0,20%. A proposta foi apresentada nesta terça-feira, durante o Fórum Nacional Tributário, organizado pelo Sindifisco Nacional, em Brasília.


A ideia do governo é desonerar a folha de salários – demanda do setor de serviços, mais afetado pelas propostas de simplificação tributária em discussão no parlamento – e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e apresentar um novo tributo, a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que vai unificar PIS e Cofins, com alíquota de 11%.


Este imposto é mais tímido do que o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) discutido na Câmara dos Deputados ou o IVA (Imposto sobre o Valor Agregado), em debate no Senado Federal.

Fonte: Brasil247

 


 

11/09/2019 - Fim da unicidade sindical é para valorização máxima do capital


Trabalhadores e sindicatos na mira do governo Bolsonaro.


Por Nivaldo Santana


“Rogério Marinho, secretário especial da Previdência e Trabalho, constituiu um chamado Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet) com o objetivo, segundo ele, de “cuidar da modernização das relações trabalhistas”. O Gaet, todavia, tem dois objetivos: introduzir no país a “carteira de trabalho verde e amarela” e acabar com a unicidade sindical. O primeiro institucionaliza o trabalho sem direitos; o segundo fragmenta a organização sindical no país.


Essa política de precarização do trabalho no Brasil avançou com o governo de Michel Temer, que conseguiu aprovar, apesar da resistência dos trabalhadores, a terceirização nas atividades-fim e a reforma trabalhista, ambas em 2017. A reforma trabalhista introduziu o conceito de prevalência do negociado sobre o legislado e criou novas modalidades de relações do trabalho, tais como trabalho intermitente e provisório, banco de horas, demissão de comum acordo com redução das indenizações, refeições de 30 minutos etc. Para viabilizar essa agenda regressiva, a reforma em tela fragiliza os sindicatos, com o fim da contribuição sindical obrigatória, acaba com a exigência de homologar as demissões nos sindicatos e dificulta o acesso à Justiça do Trabalho, com a exigência de pagamento de custas e honorários pela parte derrotada.


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O fim da unicidade sindical é o corolário de um conjunto de medidas que buscam a valorização máxima do capital


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Todo este saco de maldades contra os trabalhadores foi radicalizado pelo governo Bolsonaro. Logo no primeiro dia do seu governo, extinguiu o Ministério do Trabalho, que existia desde 1930. Em seguida, apresentou a reforma da Previdência. A bola da vez, agora, é pulverizar a organização sindical.


Estes retrocessos anulam ou diminuem as notáveis conquistas da Constituição de 1988, em especial no capítulo dos direitos sociais, como o artigo 7.º, dos direitos dos trabalhadores; o artigo 8.º, da liberdade e autonomia sindical; e o artigo 9.º, do direito de greve.


A artilharia pesada do governo, neste momento, mira o artigo 8.º da Constituição, que, entre outros pontos, contempla o princípio da unicidade sindical, garante ao sindicato a defesa dos direitos dos trabalhadores, a participação obrigatória nas negociações coletivas do trabalho, a contribuição sindical e veda a dispensa do dirigente sindical.


Setores da magistratura e do próprio movimento sindical, no entanto, advogam a tese de conteúdo liberal segundo a qual o Estado não pode se imiscuir nas relações entre o capital e o trabalho, cabendo exclusivamente às partes pactuar acordos e criar instâncias extrajudiciais para solução de conflitos.


A longa história de lutas do sindicalismo aponta em sentido contrário. Para assegurar vitórias duradouras para os trabalhadores, é fundamental consagrar em lei um piso mínimo de direitos sociais, regras que assegurem a liberdade, autonomia e unidade sindical e também a existência de uma Justiça especializada com poder normativo para arbitrar conflitos trabalhistas.

 

O fim da unicidade sindical é o corolário de um conjunto de medidas que buscam a valorização máxima do capital e a drástica redução do custo da força de trabalho. Tudo isso em um país que convive com trabalho precário, subemprego, absurdas taxas de desemprego e salários cada vez mais aviltados.

 

Nivaldo Santana é secretário de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Fonte: Gazeta do povo

Fonte: Portal Vermelho

 


 

11/09/2019 - Sindicato que perdeu ação não terá de pagar honorários advocatícios


Para a 7ª Turma, a condenação só é devida se tiver havido má-fé


A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho dispensou o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região de pagar honorários advocatícios à Caixa Econômica Federal (CEF) em ação cujo resultado foi desfavorável à sua pretensão. A Turma fundamentou a decisão no Código de Defesa do Consumidor e na Lei da Ação Civil Pública, que preveem a condenação em caso de perda da ação (sucumbência) apenas nas hipóteses de comprovada litigância de má-fé, o que não ocorreu no caso.


Ação coletiva

O sindicato ajuizou ação coletiva em 2016, a fim de discutir a natureza de uma parcela paga aos empregados da CEF e de requerer o pagamento de diferenças salariais. Mas, em janeiro de 2017,desistiu da ação e foi condenado pelo juízo da 2ª Vara do Trabalho de Lages (SC) ao pagamento dos honorários advocatícios de 10% sobre o valor atualizado da causa.


O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) manteve a condenação, com fundamento no item III da Súmula 219 do TST. Essa súmula, que trata dos chamados honorários de sucumbência, estabelece que eles são devidos nas causas em que o sindicato atue como substituto processual e nas causas que não derivem da relação de emprego. Outro fundamento foi o artigo 90 do Código de Processo Civil (CPC), que prevê ser devido o pagamento de despesas e honorários em caso de desistência.


Legitimidade

Ao examinar o recurso de revista do estado, o ministro Vieira de Mello Filho observou que o grande marco no reconhecimento de novos direitos às coletividades foi a edição do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), que regulamentou de forma direta e abrangente os interesses e legitimados para as ações coletivas. O artigo 82, inciso IV, do CDC confere legitimidade às associações legalmente constituídas e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos.


Na avaliação do ministro, os sindicatos se enquadram nessa definição e, portanto, sua atuação coletiva está sujeita às disposições do Código de Defesa do Consumidor e da Lei da Ação Civil Pública, que abrangem os honorários advocatícios. As duas leis, segundo ele, preveem a condenação da parte autora ao pagamento dos honorários somente quando for comprovada a má-fé (artigos 87, parágrafo único, do CDC e 18 da Lei da Ação Civil Pública).


“No caso, uma vez que não foi registrada nenhuma deslealdade processual do sindicato, sua condenação viola o artigo 87 do CDC”, concluiu, ao citar precedentes de diversas Turmas e da Seção Especializada em Dissídios Individuais I (SDI-1) do TST.

Processo: RR-1026-29.2016.5.12.0029

Fonte: TST

 


 

11/09/2019 - TST afasta limitação de número de empregados em ação coletiva movida por sindicato


A restrição do número de substituídos, para a SDI-2, foi abusiva.


A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho manteve a decisão em que o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) havia autorizado a inclusão de toda a lista de empregados apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Plásticos, Cosméticos, Fertilizantes, Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região em ação contra a Mosaic Fertilizantes P&K Ltda., de Uberaba (MG). Segundo a SDI-2, a determinação do juízo de primeiro grau de limitar a 20 o número de empregados substituídos é ilegal e abusiva.


Ação coletiva

Na ação coletiva, o sindicato, em nome de 38 empregados, pretende a condenação da empresa ao pagamento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade. O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Uberaba, no entanto, determinou que a petição inicial fosse emendada para limitar a abrangência da ação ao máximo de 20 empregados agrupados por função, caso contrário, o processo seria extinto. Contra a determinação, o sindicato impetrou o mandado de segurança, concedido pelo TRT.


Prova técnica

No recurso ordinário, a empresa sustentou que a limitação do número de empregados não viola o direito de ação, pois os substituídos podem ajuizar ações individuais ou coletivas, desde que agrupados por similaridade de área, cargo ou atividades. Segundo a Mosaic, a prova pericial, imprescindível para o exame do pedido dos adicionais, seria prejudicada em razão da pluralidade de cargos, funções e áreas a serem inspecionadas pelo perito.


Ilegalidade patente

O relator do recurso, ministro Dezena da Silva, destacou que o juízo da Vara de Uberaba havia exigido do sindicato requisito não previsto em lei para o ajuizamento da ação coletiva. Para ele, é patente a ilegalidade e a abusividade do ato, que causou prejuízo imediato ao sindicato e vulnerou sua ampla legitimidade, prevista no artigo 8º, inciso III, da Constituição da República.


Ainda segundo o relator, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TST reconhece a ampla legitimidade dos sindicatos para atuar como substituto processual em defesa de toda a categoria envolvida mediante o ajuizamento de ações coletivas, sendo dispensada a juntada da lista dos empregados substituídos. “Se não é possível exigir o rol dos substituídos como requisito para o ajuizamento da ação coletiva, por analogia, também é desnecessária a identificação desses autores”, destacou.


Coletividade

O ministro lembrou que todos os elementos exigidos pelo juízo de primeiro grau podem ser verificados no momento oportuno, na fase de instrução processual. Destacou ainda que, por envolver uma coletividade de empregados, a perícia técnica seria realizada de forma ampla no estabelecimento da empregadora e que caberia ao perito, e não ao sindicato, avaliar os agentes ambientais insalubres ou perigosos e os empregados a eles expostos.


Embora a Orientação Jurisprudencial 92 da SDI-2 considere incabível mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante recurso próprio, o relator observou que a subseção tem admitido a impetração contra atos manifestamente abusivos, como no caso.


Por unanimidade, a SDI-2 negou provimento ao recurso ordinário e determinou ao juízo da 1ª Vara de Uberaba o recebimento da petição inicial da ação coletiva sem nenhuma limitação em relação aos empregados substituídos pelo sindicato.

Processo: RO-11048-54.2017.5.03.0000

Fonte: TST

 


 

10/09/2019 - Reforma sindical: com o pé na mina! Por Clemente Ganz Lúcio


Clemente Ganz Lúcio*


O governo federal criou o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), instalado em 30 de agosto e que será coordenado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, o mesmo que atuou na elaboração da reforma trabalhista contida na Lei 13.467/2017.


O objetivo do Gaet é propor novas mudanças na legislação trabalhista para avançar ainda mais na ampla reforma realizada em 2017. Composto por ministros e magistrados da Justiça Trabalhista, o Gaet terá 4 órgãos temáticos, que se reunirão quinzenalmente – o grupo completo se encontrará uma vez por mês. Segundo declaração da juíza do trabalho, do TRT-MG, Ana Fischer, no Twitter: “há muito o que ser feito” para simplificar contratações e revisar o modelo sindical brasileiro (Gazeta do Povo, 30/08/19). Deu para entender?


O Gaet vai tratar, entre outros assuntos, de segurança jurídica, previdência e trabalho. O fim da unicidade sindical, com o objetivo de promover a pluralidade de entidades em todo o país, está destacado na matéria do jornal Gazeta do Povo.


A intenção do governo é enviar ao Congresso Nacional, entre novembro e dezembro, o projeto de reforma sindical e iniciar o processo legislativo para dar continuidade às mudanças trabalhistas. É de se esperar o que virá.


As transformações no mundo do trabalho colocam máquinas no lugar de gente, acabam com o emprego protegido e geram predominantemente trabalho precário, flexível e inseguro. Por exemplo, nos últimos 12 meses, dos 2,2 milhões de ocupações geradas no Brasil, somente 10% foram vagas para assalariados com carteira assinada. Das demais, 54% correspondiam a trabalhadores autônomos ou por conta própria na informalidade; e, no restante, predominavam o emprego doméstico e o trabalhador familiar auxiliar, sem proteção sindical, social e previdenciária. Esse é o novo mundo do trabalho que será legalizado!

 

As empresas se reorganizam e o sistema produtivo passa por mudanças pesadas. Essa dinâmica, por si só, passa a exigir a reestruturação sindical para que os trabalhadores, nesse mundo real, gerem força organizativa que traga proteção sindical e social. Se essa reorganização das entidades que defendem os trabalhadores não ocorrer, o mundo do trabalho deve virar uma selva, onde os direitos serão uma saudosa lembrança ou algo desconhecido para os mais novos.


Nesse mundo em mudança, a “modernização da legislação trabalhista” tem sido feita para autorizar as empresas a promoverem as alterações que quiserem no mundo do trabalho, do jeito que julgarem adequado, retirando dos trabalhadores a proteção da lei, que, aliás, virou instrumento para servir, e servirá cada vez mais, e salvaguardar as empresas, sem a mediação e resistência sindical. A jogada é colocar o sindicato fora do jogo!


Nesse terreno armado, o sindicalismo brasileiro colocou o pé em uma mina, mas em uma mina de guerra, aquela que é acionada ao ser pisada e que explode e mata quando o pé dela se afasta.


O futuro do sindicalismo brasileiro dependerá da inteligência estratégica daqueles dirigentes que sabem fazer história, hoje e amanhã. Riscos existem, muitos e enormes, mas precisam ser encarados. O movimento sindical já mudou o rumo da história várias vezes, em momentos de intensa opressão. A hora exige empenho máximo e urgência nesse processo de reorganização sindical.


(*) Sociólogo. É diretor técnico do Dieese

Fonte: Diap

 


 

10/09/2019 - Paulo Guedes admite: governo Bolsonaro quer entregar todas as estatais


Se depender do governo Bolsonaro (PSL), todas as estatais federais serão vendidas até 2022 – último ano do mandato presidencial. Quem confirma a previsão sombria é o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (9). Segundo Guedes, caberá à gestão federal “preparar” a privataria e, depois, pressionar o Congresso Nacional. “Minha obrigação é fazer o diagnóstico e entregar a prescrição. O Congresso vai decidir. Essa é a proposta.”


Segundo Guedes o próprio presidente Jair Bolsonaro apoia integralmente a privatização. “Todos os dias ele cobra: ‘Poxa Salim [Salim Mattar, secretário de Desestatização e Desinvestimento], tem que vender uma por semana, está demorando muito”. Para justificar a pressa, o ministro recorre ao discurso retórico, mas sem apresentar dados sólidos: “Sim, o Estado brasileiro quebrou. Quebrou em todos os níveis – no federal, no estadual e no municipal. E a principal ameaça de engolir o Brasil é esse crescimento descontrolado da despesa pública obrigatória”.


E qual o caminho para a entrega do patrimônio público? Guedes não esconde: o próximo projeto de emenda constitucional (PEC) será o do pacto federativo. “Estamos mexendo em tudo ao mesmo tempo. É uma transformação sistêmica”, explicou o ministro. Durante a campanha, ele disse que o gasto com juros da dívida seria a segunda grande despesa a ser atacada. Para isso, o governo pretende “desinvestir e desmobilizar ativos públicos”.


Para encurtar o tempo gasto – em geral de um ano e meio – para fazer uma privatização, Guedes quer um “fast track” para a venda e concessão de estatais. “Temos que criar o PAP – Programa de Aceleração das Privatizações”, afirma. Em vez de tratar uma a uma, ele fará a lista das empresas públicas a serem alienadas e submeterá a proposta ao presidente. Aprovada, a lista será enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU) para uma avaliação geral e encaminhada ao Congresso, para aprovação de uma lei autorizando a inclusão dessas companhias no Programa de Desestatização. “Temos daqui para o fim do ano para pensar em coisas muito grandes.”


O novo pacto federativo, segundo ele, tem várias dimensões, cujas partes serão levadas ao Senado. De um lado, há a reforma tributária, que vai contemplar o Imposto sobre Transações Financeiras, o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) Dual e a redução de alíquotas do Imposto de Renda das empresas e das pessoas físicas, que perdem as deduções. De outro lado, o tal “fast-track” de privatizações – nome pomposo para a entrega desbragada e acelerada das estatais, por meio do acordo a ser selado entre os Poderes para encurtar o tempo de venda de uma estatal.

Com informações do Valor Econômico

Fonte: Portal Vermelho

 


 

10/09/2019 - Dieese: Pacote anunciado por Bolsonaro é insuficiente para reduzir desemprego


Equipe econômica estuda lançar conjunto de propostas que devem ampliar participação do setor privado sobre ações públicas e diminuir tributação de empresas, desconsiderando os problemas estruturais do desemprego, segundo entidade


O governo de Jair Bolsonaro estuda lançar um “pacote de combate ao desemprego” que reúne diversas ações que pretendem criar condições que permitam aos empregadores criarem vagas de trabalho. O conjunto de propostas já vem sendo anunciado pela mídia desde a semana passada, mas apenas banqueiros e executivos tiveram acesso às propostas elaboradas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que deve, com aval desses setores, anunciá-las nos próximos dias.


Mas, na análise o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o que se sabe desse pacote “talvez tenha uma baixa eficácia”, como afirmou em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. Para Clemente, o pacote coloca quase que diretamente o trabalhador como responsável pela falta de postos de trabalho e, ao fazer isso, desconsidera as condições da própria economia brasileira. “Porque a dinâmica econômica não é favorável para a criação de vagas”, ressalta Clemente.


As medidas do governo envolvem a liberação de R$ 65 bilhões de depósitos recursais para as empresas financiarem o capital de giro. Ou seja, os valores que hoje estão depositados em juízo para que as companhias arquem com questões trabalhistas, serão liberados desde que elas façam um seguro para compensar a reserva desse recurso para o caso de perderem uma ação na Justiça do Trabalho e assim possam indenizar ex-funcionários.


Outra ação prevista é uma tentativa de organizar uma parceria público-privada para a intermediação de mão de obra. Na prática, essa proposta desloca para as empresas do setor privado o trabalho de agência de emprego, que estão a cargo do Sistema Nacional de Emprego (Sine), responsável desde 1975 por esse trabalho, com aporte de recursos públicos. “(Isso é) para que a intermediação seja pública e não privada, mas o governo Bolsonaro prevê justamente o contrário: ampliar e apoiar a intermediação privada de alocação de pessoas em postos de trabalho”, critica Clemente.


O diretor-técnico do Dieese também contesta a proposta do governo de promover algumas facilidades para que o desempregado se qualifique. Clemente destaca que de fato a formação é um problema para hora da disputa por uma vaga, mas cursos de curta duração, como oferta a equipe econômica, não resultam na qualificação do trabalhador. “Um programa de formação mais extenso, continuado, articulado com o setor empresarial tem se demonstrado muito mais eficaz, coisas que o sistema S faz com maior efetividade”, avalia.


Também é criticável para o especialista duas medidas que preveem estímulos para que as empresas façam algum tipo de investimento em termos de formação, como a redução do PIS/Pasep que os empregadores recolhem, ou ainda da instituição do chamado “emprego verde e amarelo”, que permitirá a desoneração da folha de pagamento e uma redução de 50% no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) às empresas que contratarem um jovem ou profissional desempregado. “O risco disso é que tenhamos uma rotatividade perversa. As empresas demitindo trabalhadores que são contratados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), para contratar desempregados ou jovens, com estímulo fiscal, pagando portanto menos tributos. Numa condição em que a economia apresenta grave distorção em termos de desemprego, esse tipo de iniciativa pode incentivar uma rotatividade perversa”, alerta o especialista do Dieese.


O plano de aquecimento do mercado de trabalho também deve prever a reformulação das regras para o microempreendedor individual (MEI), modalidade usada por trabalhadores autônomos que, com o pacote, poderão contratar até duas pessoas com novas faixas de limite e contribuição, e a reformulação do Sine, que além da junção com o setor privado teria seus serviços informatizados. O desenho das medidas também visa reabilitar trabalhadores afastados por problemas de saúde ou acidente, como programas de reabilitação para quem é faz uso problemático de substâncias psicoativas. “É um problema social importante a ser atacado, mas com baixo impacto sobre a criação do emprego”, explica Clemente.


Das medidas previstas, a única que o diretor-técnico destaca positivamente é a ampliação do microcrédito para as comunidades e trabalhadores autônomos que não têm capacidade de comprovação de renda, o que de acordo com ele pode contribuir para que profissionais que precisam de algum tipo de crédito alavanquem sua atividade econômica e, portanto, beneficiem o país.


Mas, numa análise geral, Clemente destaca que o pacote, que utilizará ainda recursos do Sistema S, não enfrentará de maneira estrutural o problema da falta de postos de trabalho, que atinge hoje 12,6 milhões de pessoas, principalmente por distorcer políticas públicas e promover a privatização. “Não serão essas as medidas que enfrentarão esse grave problema do desemprego”, sintetiza.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/09/2019 - Nova CPMF quer arrancar R$200 bi do contribuinte


O ministro da economia, Paulo Guedes, quer arrecadar R$ 150 bilhões com a “nova CPMF”, outrora tão criticada pelos neoliberais. Mas a bolada não deve ser suficiente para cobrir os diversos rombos do governo. A ideia da equipe econômica é introduzir aos poucos o novo imposto para não doer no contribuinte.


A reportagem do jornal O Globo destaca que "o ponto principal é não aumentar a carga tributária. Ou seja, para cada aumento de alíquota da nova contribuição sobre pagamentos, haveria uma redução proporcional da contribuição sobre folha — como em uma gangorra. A alíquota de entrada seria algo na faixa de 0,4%."


A matéria ainda sublinha que "técnicos ainda estão fazendo ajustes nos cálculos. A pedido do GLOBO, o economista e advogado tributarista Eduardo Fleury estimou que, para arrecadar os R$ 150 bilhões citados pelo ministro, o novo tributo precisaria ter alíquota de 0,7% — 0,35% em cada lado da operação. Para efeito de comparação, a última alíquota da CPMF foi de 0,38%, só em uma das pontas da transação."

Fonte: Brasil247

 


 

10/09/2019 - 'Vamos vencer a eleição de 2022. Tenho certeza', diz Flávio Dino a Haddad


Apontados como possível chapa presidencial em 2022, Fernando Haddad (PT) e Flávio Dino (PCdoB) gravaram juntos um programa exibido nas redes sociais nesta segunda-feira (9). Dino disse: "Temos a eleição de 2020, e acredito que vamos vencer. Teremos um resultado bastante bom em 2020, teremos muitas vitórias de prefeituras, vamos trabalhar para isso. E vamos vencer a eleição presidencial em 2022, tenho certeza disso”.


A reportagem da Revista Fórum destaca que "em dado momento do programa, Haddad perguntou a Dino sobre a importância da unidade entre partidos do campo progressista na oposição ao governo Bolsonaro. Para o petista, a atual articulação entre lideranças de esquerda não é eleitoreira, mas sim programática, com o objetivo de oferecer alternativas à população, através da atuação parlamentar, às políticas do governo federal."


Na sequência, a matéria sublinha: "Dino concordou mas, diferente do petista, foi além e relacionou a unidade da esquerda a um possível êxito eleitoral em 2020 e em 2022. “Acho que temos esta tarefa, da unidade, e creio que temos avançado nesse sentido. Há um clima de muita cortesia entre várias lideranças, e isso é uma pré-condição, a conversa, o diálogo."

Fonte: Brasil247

 


 

10/09/2019 - Em dois anos, reforma na CLT não freou desemprego e piorou a vida do trabalhador


Redução de direitos e falta de políticas servem para criar exército de desocupados e reduzir salários, diz sindicalista


Imposta sob o argumento de que era necessário acabar com direitos dos trabalhadores para que houvesse aumento dos postos de trabalho, a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer (MDB) está prestes a completar dois anos de aplicação sem chegar nem perto de resolver o problema do desemprego no Brasil.


O cenário, ao contrário, piorou. Agora, além de o desemprego não recuar, os que conseguem vaga estão sujeitos à chamada precarização, que é o trabalho em condições piores do que as anteriores, com salários menores e menos benefícios.


“Isso já era previsto”, afirma João Cayres, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Essa reforma não ia gerar emprego; ela só aumenta a precarização, o trabalho intermitente, as pessoas podem contratar do jeito que quiser. Os salários estão baixos e vão baixar mais ainda porque é o objetivo deles. Essa história do desemprego é uma decisão política deles”.


No trimestre terminado em julho – último dado do IBGE –, o desemprego no Brasil chegou a 12,6 milhões de trabalhadores. Além disso, foram identificados 4,8 milhões de desalentados, pessoas que desistiram de procurar ocupação.


Segundo Cayres, a lógica iniciada com Temer e aprofundada por Jair Bolsonaro (PSL) – de deixar que o mercado de trabalho se regule sozinho, com mínima intervenção do Estado – só beneficia os empregadores.


“O que gera emprego é investimento público, primeiro, para que depois as coisas cresçam e os empresários vão atrás. Ficar esperando os empresários fazerem alguma coisa é um discurso que hoje não funciona mais, nunca funcionou e eles sempre pregam isso”, lembra.


Terceirizações

Com menos direitos trabalhistas, menos fiscalização – Bolsonaro extinguiu o Ministério do Trabalho – e mais “flexibilidade” nas relações, aumentaram o uso e a rotatividade de empresas de terceirização por setores econômicos, o que precariza ainda mais os serviços.


Para Cayres, na renovação de contratos e nas disputas das licitações, as empresas vão tentar reduzir ao máximo os custos com salários e benefícios trabalhistas, seguindo um caminho que foi aberto com a reforma.


Um dos setores que mais têm sentido os efeitos dessa política é o de limpeza e conservação, onde a terceirização já era alta.


"Hoje a demanda é grande. Quase todos os setores da economia têm empresas terceirizadas fazendo a limpeza”, disse Edson André dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços e Asseio, Conservação e Limpeza de São Paulo (Siemaco-SP).


Para minimizar os efeitos do desemprego, por conta da alta rotatividade, o sindicato mantém uma central de vagas com os dados de trabalhadores que já atuaram no setor.


“Na época de renovação do contrato, a empresa que vai entrar acaba absorvendo os trabalhadores que lá estão. Isso é uma negociação que o sindicato faz”, disse Santos.


No final do mês agosto, o sindicato fez uma parceria com 800 vagas para portaria, recepção e limpeza, com carteira assinada. Nos três dias de seleção, a fila para fazer o cadastro começou na noite anterior. Em média, foram mais de 4 mil candidatos por dia.


“A grande maioria são pessoas de outros setores que estão desempregados há muito tempo, uns há mais de cinco anos vivendo de bico, e que viram a oportunidade da carteira assinada e vieram”, disse Santos.


No próximo dia 17, a União Geral do Trabalhadores (UGT) fará um novo mutirão com cerca de 7 mil vagas. O atendimento será no Vale do Anhangabaú.


“Já fizemos três mutirões e mais de 40 mil passaram nos anteriores. Detectamos que um dos problemas mais sérios é a qualificação e a capacitação. O Senai, Senac e o Instituto Paula Souza estarão presente”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT.


Na avaliação de Cayres, a rotatividade em setores como o de limpeza vai pressionar a redução dos salários.


“É um serviço que não exige tanto treinamento e vai reduzindo o salário até chegar no salário mínimo. É o que eles querem: deixar um exército de reserva porque não faz pressão sobre os salários. Nos governo Lula e Dilma, até 2014, com desemprego baixo, praticamente pleno emprego, havia uma pressão sobre os salários as pessoas escolhiam para quem trabalhar ”, compara o sindicalista da CUT.


Em São Paulo, a base do sindicato do setor de limpeza e conservação é de 50 mil pessoas. O salário médio é de R$ 1,2 mil, cerca de R$ 200 acima do salário mínimo.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

10/09/2019 - PEC paralela reabre prazo para servidor migrar de regime previdenciário


A PEC paralela (PEC 133/2019), se aprovada, reabrirá por mais seis meses o prazo para que servidores públicos deixem o regime próprio de Previdência e migrem para o INSS e um sistema complementar. Quem fizer a opção ganhará um adicional que leva em conta o tempo no serviço público, o Benefício Especial. Para o senador Paulo Paim (PT–RS), um sistema de capitalização deve seguir o modelo do Funpresp, com a contribuição de empregados e empregadores.

Fonte: Agência Senado

 


 

10/09/2019 - Indicador Antecedente de Emprego cresce 0,2 ponto em agosto


FGV considerou o resultado estatisticamente estável


O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve um crescimento de 0,2 ponto de julho para agosto deste ano. Com a variação, o indicador chegou a 86,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.


Apesar do crescimento em números absolutos, a FGV considerou o resultado estatisticamente estável.


O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses e é medido com base em entrevistas com consumidores e com empresários dos serviços e da indústria.


O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que mede a avaliação dos consumidores sobre a situação atual do desemprego, cresceu 0,9 ponto, para 93,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Neste caso, o crescimento do indicador é negativo, porque significa que os consumidores consideram a situação de desemprego mais desfavorável.


Para a FGV, o consumidor ainda enxerga com cautela as melhoras no mercado de trabalho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/09/2019 - Votação da reforma da Previdência pode ser concluída no Plenário nesta semana


O Plenário do Senado começa nesta terça-feira (10) a analisar a reforma da Previdência Social. As duas propostas de emendas à Constituição (PECs) que tratam do tema terão a primeira sessão de discussão e, a principal delas (PEC 6/2019), pode ser votada ainda durante a semana.


A proposta traz novas regras para o acesso à aposentadoria e pensões, para o cálculo do benefício e para as alíquotas de contribuição. Também contém regras de transição para trabalhadores em atividade.


Uma série de mudanças propostas pelos senadores foram compiladas em um segundo texto (PEC 133/2019), a chamada “PEC paralela”. Entre os seus dispositivos estão a inclusão de estados e municípios, a previsão de novas receitas para a Previdência e, ainda, uma revisão das intervenções da PEC original sobre benefícios assistenciais.


Ambas as PECs estão prontas para serem votadas em primeiro turno. Antes da sessão deliberativa, o Plenário terá uma sessão especial para discutir a reforma, com a presença de economistas, acadêmicos e do secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho.


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, busca um acordo para votar a PEC 6/2019 já na quarta-feira (11), dispensando os prazos regimentais. Se não for possível, ela será discutida por cinco sessões e só depois disso irá a voto. A PEC paralela caminhará junto com o texto principal até a votação de primeiro turno. Depois, retornará à CCJ para receber emendas.


A ideia é que a PEC principal não seja mais alterada. Caso ela seja aprovada pelo Senado, já poderá ser transformada em emenda constitucional. A PEC paralela ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/09/2019 - Comissão discutirá impactos das novas tecnologias no mundo do trabalho


A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados promoverá audiência pública nesta terça-feira (10) para discutir os impactos da indústria 4.0 na vida dos trabalhadores.


O debate foi proposto pelo deputado Carlos Veras (PT-PE). Segundo ele, "a evolução da tecnologia deve servir para aprimorar o trabalho e minimizar os impactos danosos na saúde da vida dos trabalhadores, não para reduzir custo e eliminação dos postos de trabalho".


"A indústria 4.0, também chamada de 4ª revolução industrial, começou na Alemanha. Ela tem como finalidade aumentar a produtividade, a competitividade entre as grandes corporações a partir do uso de alta tecnologia, inteligência artificial, impressão 3D e outros processos digitais. Como consequência, ela traz a substituição da mão de obra humana por máquinas."


Foram convidados para o debate o professor da Universidade de Campinas Ricardo Antunes e o diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.


A audiência será realizada a partir das 14h, no plenário 12.

Fonte: Agência Câmara

 


 

09/09/2019 - Grito dos Excluídos tem protestos contra retrocessos de Bolsonaro em todo o Brasil


Concentração em São Paulo pela manhã foi realizada na Avenida Paulista. Estudantes vestidos de preto cantaram "cara pintada voltou"


Na manhã deste sábado (7) milhares de manifestantes saíram às ruas em todos os estados para participar do 25º Grito dos Excluídos, manifestação realizada anualmente por movimentos populares no Dia da Independência do Brasil. Neste ano, o lema que norteia os protestos é “Este sistema não vale, lutamos por justiça, direitos e liberdade”, denunciando os crimes socioambientais e os ataques aos direitos dos trabalhadores promovidos desde a derrubada da presidenta eleita Dilma Roussef em 2016.


Em São Paulo, a concentração aconteceu pela manhã na Avenida Paulista. Boa parte dos manifestantes vestiu preto, em protesto contra o governo, e entre suas bandeiras destacavam-se a luta por direitos e em defesa da educação e da Amazônia. Vestidos de preto, estudantes gritavam “cara pintada voltou”, fazendo referências aos protestos pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992.


Estudantes também se destacaram na concentração em frente à Torre da TV em Brasília. Nicolas Nascimento, de 20 anos, participou pela 1ª vez do ato. “Este 7 de setembro é um marco pra eles, que defendem tanto a bandeira do Brasil, mas na verdade só querem entregar as riquezas nacionais”, disse, em entrevista ao Brasil de Fato. A deputada federal Erica Kokay (PT-DF) também esteve presente na manifestação e discursou no ato. “Não há soberania nacional e independência verdadeira com Bolsonaro na presidência da República”, disse.


Houve manifestações no interior de São Paulo, em cidades como Campinas e Aparecida. Em Mogi das Cruzes, o ato teve início por volta das 8h50, com discurso do bispo Dom Pedro Luiz Stringhini e às 9h30 foi realizada uma passeata até o Largo do Rosário, na região central.


Na cidade de Fortaleza, manifestantes seguiram da Escola Municipal Frei Tito para a Praça Dom Hélder Câmara, lembrando a tragédia ocorrida em Brumadinho e com palavras de ordem contra os cortes de verbas na educação e pela defesa da região amazônica. Já em Belém o ato teve concentração no Mercado de São Brás, com saída às 10h em caminhada em direção à avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o desfile militar. Segundo a organização, 5 mil pessoas participaram do ato na capital paraense.


A primeira edição do Gritos dos Excluídos foi realizada em 7 de setembro de 1995 em 170 do país, uma iniciativa das pastorais sociais da igreja católica. O tema principal se relacionava com o da Campanha da Fraternidade – “Eras Tu, Senhor”, voltado aos esquecidos da sociedade. Também estão programados atos para o período da tarde deste sábado.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

09/09/2019 - Consultor vê sindicalismo na escada rolante e aponta as três opções


O movimento sindical está numa escada rolante. A partir dessa imagem, o consultor João Guilherme Vargas Neto descreve a situação do sindicalismo brasileiro hoje. Essa metáfora foi exposta em entrevista ao programa Repórter Sindical, exibido quarta (4) e já disponível no Canal YouTube da Agência Sindical.


Ele explica, com clareza: “O sindicalismo tem três opções. Se senta na escada e segue até embaixo. Se precipita escada abaixo e comete suicídio. Ou tenta, contra o movimento da escada, alcançar degraus acima”. A terceira opção, de resistência e mais difícil, é a tarefa que compete, Vargas afirma, ante a conjuntura econômica e política duramente adversa.


Para Vargas Netto, há várias maneiras de subir a escada na contramão. “A resistência nos locais de trabalho, o contato mais constante com a base, a busca de pagamento de PLR (Participação nos Resultados), a sindicalização ou mesmo a ressindicalização de quem, no auge da crise, se afastou da entidade de classe”, recomenda.


O experiente consultor vê reaproximação das bases com suas entidades. E explica: “No pico da crise, devido à própria crise e à propaganda contra, o trabalhador se afastou, passando a procurar saídas - nas igrejas, nos partidos e em outros locais. Não encontrou solução e entendeu que devia voltar para o seu Sindicato”. Para João Guilherme Vargas Netto é hora das direções pavimentarem esse caminho de volta.


Desemprego - Vargas avalia que o pouco apoio ao desempregado é uma das falhas do sindicalismo - mundial - que cobre quem está empregado. Mas ele prega que a ação sindical se amplie. Uma das ideais é garantir passe ao desempregado. “São Paulo tem lei que garante isso, que aguarda regulamentação”, diz. E completa: “Muitos dormem na rua porque não têm dinheiro da condução pra voltar às suas casas”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

09/09/2019 - Paim critica aumento do tempo de contribuição na reforma da Previdência


O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu ao Senado que corrija as injustiças que, segundo ele, existem na reforma da Previdência. De acordo com o parlamentar, se a preocupação é impedir que a PEC 6/2019 volte à Câmara dos Deputados, isso se resolve através da supressão de partes do texto.


Para Paim, o aumento do tempo mínimo de contribuição é um dos maiores problemas porque, na visão dele, vai impedir que os pobres se aposentem, uma vez que eles não alcançarão os 20 anos necessários para a aposentadoria.


— Conseguimos, como a Câmara também conseguiu, amenizar um pouco as crueldades dessa reforma, mas temos claro que os prejuízos para as gerações passadas, presentes e futuras permanecem enormes — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/09/2019 - Lava Jato omitiu diálogos de Lula para impedir sua posse na Casa Civil e derrubar Dilma


Os diálogos mantidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2016, quando ele poderia ter sido ministro da Casa Civil, demonstram que sua intenção jamais foi se blindar da Lava Jato – tese usada por Sergio Moro para vazar o grampo ilegal com a então presidente Dilma Rousseff para a Globo. Lula pretendia apenas garantir a governabilidade de Dilma – o que seria absolutamente lícito e normal. No entanto, tais diálogos foram omitidos, justamente porque contrariavam a tese usada por Moro para manipular a opinião pública. Com a divulgação apenas parcial dos áudios, a Lava Jato contribuiu para impedir a posse de Lula como ministro, derrubar a presidente Dilma por meio de um impeachment fraudulento e permitir a ascensão do neofascismo representado por Jair Bolsonaro. É este o novo capítulo da Vaza Jato.


"Conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravadas pela Polícia Federal em 2016 e mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese usada pelo hoje ministro Sergio Moro para justificar a decisão mais controversa que ele tomou como juiz à frente da Lava Jato", aponta a nova reportagem da Folha em parceria com o Intercept. "Outras ligações interceptadas pela polícia naquele dia, mantidas em sigilo pelos investigadores, punham em xeque a hipótese adotada na época por Moro, que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PSL)."


"Os diálogos, que incluem conversas de Lula com políticos, sindicalistas e o então vice-presidente Michel Temer (MDB), revelam que o petista disse a diferentes interlocutores naquele dia que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o aceitou após sofrer pressões de aliados. O ex-presidente só mencionou as investigações em curso uma vez, para orientar um dos seus advogados a dizer aos jornalistas que o procurassem que o único efeito da nomeação seria mudar seu caso de jurisdição, graças à garantia de foro especial para ministros no Supremo", aponta ainda a reportagem.


O grampo ilegal de Moro foi divulgado pela Globo no dia 16 de março de 2016. Com base nas conversas divulgadas pelo ex-juiz, o ministro Gilmar Mendes, do STF, anulou a posse de Lula dois dias depois, em 18 de março. Com o aprofundamento da crise política, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment em abril e afastou Dilma do cargo, lembra a reportagem.

Fonte: Brasil247

 


 

09/09/2019 - Humberto Costa cobra mais debate sobre reforma da Previdência antes de votação


Em pronunciamento nesta sexta-feira, o senador Humberto Costa (PT-PE) se disse surpreso com a notícia de que o Senado tentará votar a reforma da Previdência em Plenário na quarta-feira (10). Ele citou entrevista do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que disse à imprensa estar buscando um acordo com líderes partidários para, se possível, votar as novas regras de aposentadoria já na quarta-feira.


Humberto afirmou que no colégio de líderes foi acordado que, antes da votação em Plenário, haveria uma série de audiências públicas, sessão temática e possibilidade de apresentação de emendas. Ele cobrou o cumprimento desse acordo e destacou a importância de debater mais a proposta, para que o debate possa esclarecer a população e os parlamentares sobre o quanto a reforma da Previdência é danosa ao povo brasileiro.


— Eu quero crer que tenha sido um arroubo de entusiasmo dele e que esteja mantida a palavra de que só se mude esse calendário mediante um acordo e um entendimento. Porque nós, como Minoria, temos o direito de fazer o debate. Isso nos é assegurado pela Constituição e pelo Regimento da Casa. Temos o direito de denunciar ao país essa reforma e, ao mesmo tempo, junto com a sociedade, tentar convencer o maior número possível de senadores de que essa reforma é danosa e que quem votar por ela vai pagar um preço — disse Humberto Costa.


Como altera a Constituição, a proposta (PEC 6/2019) precisa passar por cinco sessões de discussão em Plenário, antes da votação em primeiro turno. O texto também deverá voltar à Comissão de Constituição e Justiça, para análise de emendas.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/09/2019 - Inflação oficial fica em 0,11% em agosto, diz IBGE


Queda foi puxada, principalmente, pelos alimentos


A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,11% em agosto deste ano. A taxa é inferior ao 0,19% registrado em julho, mas superior à deflação (queda de preços) de 0,09% de agosto do ano passado.


Segundo dados divulgados nesta sexta (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 2,54% no ano e de 3,43% em 12 meses.


A queda da taxa de julho para agosto foi puxada principalmente pela deflação nos grupos de despesa alimentação (-0,35%) e transportes (-0,39%), em agosto. Entre os alimentos, as principais quedas de preços foram observadas no tomate (-24,49%), batata-inglesa (-9,11%), hortaliças e verduras (-6,53%) e carnes (-0,75%).


Já nos transportes, houve quedas de preços nos itens passagens aéreas (-15,66%), gasolina (-0,45%) e óleo diesel (-0,76%).


Outro grupo que registrou deflação foi saúde e cuidados pessoas (-0,03%). Por outro lado, as principais altas de preços foram registradas nos grupos habitação (1,19%), artigos de residência (0,56%) e despesas pessoais (0,31%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/09/2019 - Jornada definida por norma interna pode ter prescrição total, fixa TST


Se a limitação de jornada é prevista por norma interna e não lei, a prescrição pode ser total. Com este entendimento, a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão monocrática em que o ministro Breno Medeiros havia declarado a prescrição total da pretensão de uma empregada da Caixa Econômica Federal de receber horas extras decorrentes da alteração da jornada de seis para oito horas. Segundo a Turma, a alteração contratual decorreu de ato único do empregador e diz respeito a direito não previsto em lei.


O ministro Breno Medeiros, relator do caso, assinalou que o TST entende que a alteração da jornada prevista no Plano de Cargos em Comissão instituído pela Caixa em 1998 configura lesão de trato sucessivo e, portanto, a prescrição é parcial.


No caso, no entanto, como a bancária exercia cargo de confiança, a jornada de seis horas não foi assegurada pela CLT, mas por norma interna da CEF. “Dessa forma, a alteração contratual decorreu de ato único do empregador e diz respeito a direito não previsto em lei, motivo pelo qual se aplica à hipótese a prescrição total prevista pela Súmula 294 do TST”, concluiu.


Na reclamação trabalhista, a empregada disse que foi contratada como escriturária e, portanto, tinha direito à jornada de seis horas dos bancários. Embora tivesse exercido diversas gerências, as atribuições definidas no Plano de Cargos e Salários de 1998 da CEF para esses cargos, segundo ela, eram meramente técnicas e típicas da atividade bancária, e a norma coletiva que estendia a jornada menor a todos os empregados representaria condição mais benéfica que adere ao contrato de trabalho. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

ARR-2335-22.2014.5.03.0089

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

09/09/2019 - Câmara rejeita salário-maternidade de micro empresas pago pelo INSS


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados rejeitou proposta que transfere para a Previdência Social o custeio do salário-maternidade devido às empregadas das microempresas e das empresas de pequeno porte.


Como foi rejeitado por todas as comissões de mérito em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 4999/16, do Senado, será arquivado. Cabe recurso para votação em Plenário. O texto é de autoria da deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), quando era senadora.


Benefício

O salário-maternidade é um benefício previdenciário pago às empregadas seguradas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que acabaram de ter um filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados que adotam uma criança.


Atualmente, as empresas pagam o benefício à empregada e podem solicitar o ressarcimento ao INSS na forma de compensação sobre as contribuições sobre a folha de salários.


Burocracia

Para o relator, deputado Diego Garcia (Pode-PR), a transferência da obrigação para o INSS pode prejudicar as trabalhadoras já que o tempo médio de concessão de benefícios pelo INSS é de 64 dias.


“Havendo sucesso na redução de prazos, pode-se discutir futuramente a medida. No momento, no entanto, pode gerar atrasos excessivos na concessão do salário-maternidade, com significativos prejuízos para a gestante e o adotante”, afirmou.

Fonte: Agência Câmara

 


 

06/09/2019 - Veja onde serão os atos que farão do 7 de Setembro um "Dia de Luto"


A UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) promovem neste sábado, feriado de 7 de Setembro, um Dia de Luto em todo o País. Na data que celebra a independência do Brasil, as entidades estudantis chamam os brasileiros a saírem às ruas de preto, num protesto em defesa da Amazônia e da Educação. Na mesma data, ocorrerá o Grito dos Excluídos 2019. Confira os locais onde haverá manifestações.


Em meio a mais uma crise no setor, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta semana que, em 2020, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) só terá metade do Orçamento de 2019. Na proposta de orçamento para 2020, a perda prevista para todo o MEC é de 9%. É o terceiro anúncio de cortes da Capes só neste ano – 11 mil bolsas de pesquisa estão em risco.


Situação similar passa o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que suspendeu a concessão de novas bolsas e ainda pode não conseguir pagar as atuais a partir deste mês. Os dois órgãos são os principais fomentos à pesquisa no ensino superior.


A crise na Amazônia também parece não ter fim. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia teve mais queimadas e mais alertas de desmatamento entre janeiro e agosto em 2019 do que o registrado no bioma nos mesmos períodos desde 2016. A péssima repercussão internacional gerou uma ameaça à soberania nacional sobre a região, além de ter deixado tratados e acordos econômicos sob ameaça.


O presidente da República, Jair Bolsonaro, rebate os fatos com desinformação e ataques a quem o contesta. Na semana passada ele pediu que as pessoas vistam verde e amarelo no 7 de Setembro para mostrar que a “Amazônia é nossa”. Os estudantes inspirados na geração “Cara Pintada” da década de 90 – movimento responsável pelo “Fora Collor”, que derrubou o presidente do poder – responderam convocando os jovens para que usem preto neste dia.


“Precisamos ir as ruas sim, mas defender a nossa educação e a nossa Amazônia da destruição que esse governo tem feito. Por isso dia 7 eu vou de preto”, afirmou o presidente da UNE, Iago Montalvão.


Veja os atos que estão previstos nas capitais:


Região Sul
- Porto Alegre, 15h: Parque Farroupilha
- Curitiba, 11h: Praça Santos Andrade
- Florianópolis, 8h30: Catedral

Região Sudeste
- São Paulo, 9h: Praça Oswaldo Cruz
- Belo Horizonte, 9h: Viaduto Santa Tereza
- Rio de Janeiro, 9h: Uruguaiana
- Vitória, 8h: Praça do Porto de Santana

Região Centro-Oeste
- Cuiabá, 15h: Praça Cultural
- Brasília, 8h: Rodoviária do Plano Piloto
- Campo Grande, 8h: Rua Candido Mariano
- Goiânia, 8h30: Catedral de Goiânia

Região Norte
- Manaus, 15h: Praça da Saudade
- Belém, 8h: Mercado São Brás
- Porto Velho, 15h: Av. Imigrantes
- Boa Vista, 16h: Avenida S4, ao lado da Escola América Sarmento
- Macapá, 15h: Rua Leopoldo Machado

Região Nordeste
- Salvador, 8h: Praça do Campo Grande
- São Luís, 10h: Areinha
- Recife, 8h: Praça do Derby
- Fortaleza, 8h: Av. Dioguinho
- Natal, 8h: Praça Herói dos Pescadores
- Maceió, 9h: Praça Sinimbu
- Aracaju, 9h: Praça Fausto Cardoso
- Teresina, 8h: Pátio Assembleia Legislativa
 

Fonte: Portal Vermelho

 


 

06/09/2019 - Governo Bolsonaro quer ampliar reforma trabalhista e fim da unicidade sindical


Reuters - O governo pretende ter em três meses uma avaliação ampla de como irá fazer uma nova reforma trabalhista, a partir de estudos que serão apresentado por grupo de trabalho criado nesta quinta-feira, afirmou o Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, acrescentando que um dos objetivos será o fim da unicidade sindical.


“Temos que buscar instrumentos que definam de que maneira sindicatos vão sentar numa mesa de negociação”, afirmou Marinho a jornalistas, frisando que o fim da unicidade sindical -sistema que permite apenas um sindicato por categoria na mesma base territorial- demandaria uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).


O secretário avaliou que o governo deve dar prosseguimento à modernização trabalhista em função das profundas mudanças em curso nas relações de trabalho. Ele citou o grande número de trabalhadores por conta própria, microempreendedores individuais, autônomos e motoristas de aplicativos.


“Precisamos ver de que forma Estado brasileiro pode responder a isso”, acrescentou ele. “Há números que dizem que 60% dos empregos formais que existem hoje não vão existir em 15 anos.”


“Continuação da reforma trabalhista é essencial”, disse o secretário. Segundo ele, as mudanças necessárias demandarão medidas legais e infralegais.


O chamado Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet) terá 60 dias para encerrar seus trabalhos. Após o período, o governo deve consolidar suas conclusões em mais um mês.


Marinho disse esperar ter ao fim desse prazo um “documento para discutirmos de forma mais ampla visão e posição do governo” sobre o tema.


“Ideia não é simplesmente ter projeto de lei”, afirmou.


Carteira Verde e Amarela

Marinho afirmou ainda que o grupo de trabalho não irá se debruçar sobre a eventual criação da chamada carteira de trabalho verde e amarela, uma vez que a iniciativa já saiu da secretaria e foi apresentada ao ministro da Economia, Paulo Guedes.


Marinho não deu detalhes sobre a investida, tampouco comentou se ela retomará a criação de um sistema de capitalização para a Previdência dos novos entrantes, algo que demandaria o encaminhamento de uma nova PEC ao Congresso.


Em ideias já tornadas públicas no início do ano, Guedes defendeu que a carteira verde e amarela seria amparada pelo regime previdenciário de capitalização, no qual cada trabalhador contribui para uma conta individual e retira daí os proventos de sua aposentadoria. Descontado do salário, o dinheiro é administrado por gestores em fundos de pensão.


Esse regime, que vem sendo chamado por integrantes do governo de poupança garantida, difere do atual sistema de repartição, no qual as contribuições dos trabalhadores na ativa são utilizadas para bancar os benefícios dos aposentados.


Guedes também já chegou a dizer que o jovem que optasse pela carteira verde e amarela teria menos direitos trabalhistas, já que as empresas não arcariam com custo sobre a folha de pagamento nessa modalidade. A contrapartida seria, na visão do ministro, um impulso à empregabilidade para reverter a alta taxa de desemprego no país.

Por Marcela Ayres

Fonte: Brasil247

 


 

06/09/2019 - STF confirma responsabilidade objetiva de empresas por acidentes


O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (5) que empresas podem ser responsabilizadas de forma objetiva por acidentes de trabalho. Por 7 votos a 2, a maioria dos ministros entendeu que o trabalhador em atividade de risco tem direito a indenização civil, independentemente da comprovação de culpa da empresa na Justiça.


O entendimento já é aplicado pela Justiça do Trabalho, mas a decisão da Corte pretende pacificar a questão, pois há diversas decisões divergentes em todo o país. Cerca de 300 processos estão parados nos fóruns trabalhistas e aguardam decisão do STF para serem resolvidos.


A decisão do STF foi baseada no voto do ministro Alexandre de Moraes, proferido nesta quarta-feira (4). Para o relator, a regra é responsabilização subjetiva, mas, excepcionalmente, a comprovação da culpa direta por parte da empresa em casos de atividades de risco, como transporte de inflamáveis, contato com explosivos e segurança patrimonial, pode ser reconhecida, de acordo com o Código Civil.


O entendimento foi acompanhado em parte pelos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Gilmar Mendes. Marco Aurélio e Luiz Fux divergiram.


Em geral, a responsabilização ocorre de forma subjetiva, ou seja, deve ser provada no processo a culpa da empresa pelo acidente para que a Justiça determine que o empregado receba uma indenização em dinheiro. Na forma objetiva, a reparação de danos ocorre praticamente de forma automática, sem comprovação de culpa direta do empregador.


O caso que motivou o julgamento trata de um vigilante de uma empresa de transporte de valores que passou a sofrer de problemas psicológicos após ser assaltado enquanto carregava o carro-forte com malotes de dinheiro. A sentença de primeira instância garantiu ao vigilante direito de receber uma indenização mensal pelas perturbações causadas pelo assalto. Insatisfeita com a decisão, a empresa de valores recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e depois ao Supremo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/09/2019 - Depois de Bolsonaro, Paulo Guedes também faz ataque machista a Briggite Macron: "é feia mesmo"


Revista Fórum - Em palestra realizada em Fortaleza (CE) nesta quinta-feira (5), o ministro da Economia fez pouco caso das declarações polêmicas e preconceituosas de Jair Bolsonaro. Durante o seminário “A Nova Economia do Brasil – o impacto para a região Nordeste”, realizado pelo Poder360, ele debochou, assim como fez o presidente brasileiro, da primeira-dama da França, Brigitte Macron.


Guedes classificou que a mídia tenta criar ruído com os “maus modos” de Jair Bolsonaro e defendeu as polêmicas. Ele disse que, quando Bolsonaro chamou Brigitte Macron de “feia” ele agiu corretamente, respondendo a uma declaração do presidente Emmanuel Macron sobre a Amazônia. “Tudo normal”, classificou.


“É tudo verdade. O presidente Jair Bolsonaro falou mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo”, declarou Guedes, reforçando o comentário machista de Bolsonaro. “Não existe mulher feia, existe mulher observada do ângulo errado”, disse. A ironia tirou risos da plateia.


Guedes classificou que a mídia tenta criar ruído com os “maus modos” de Jair Bolsonaro e defendeu as polêmicas. Ele disse que, quando Bolsonaro chamou Brigitte Macron de “feia” ele agiu corretamente, respondendo a uma declaração do presidente Emmanuel Macron sobre a Amazônia.

Fonte: Brasil247

 


 

06/09/2019 - Para convidados da CDH, nova Previdência significará trabalhar mais e receber menos


Com as mudanças previstas na nova Previdência, milhões de brasileiros trabalhadores do campo e da cidade não vão conseguir se aposentar. O alerta foi feito durante a audiência pública interativa promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta quinta-feira (5) para debater os efeitos da reforma previdenciária na aposentadoria rural.


A reunião foi conduzida pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS). Ele disse duvidar das promessas e propagandas do governo federal que afirmam que a reforma da Previdência vai proporcionar mais investimentos públicos em saúde, educação e segurança pública e melhorar a geração de empregos e a distribuição de renda.


— Com essa reforma nós teremos perdas e prejuízos enormes para a geração passada, para a presente e para a geração futura — afirmou Paim.


Primeira convidada a falar, a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Edjane Rodrigues, reconheceu que deputados federais e senadores já conseguiram amenizar os efeitos da reforma original do governo em relação aos trabalhadores rurais. Mesmo assim, o texto atual da reforma traz retrocessos, como os dispositivos que dificultam a comprovação de tempo de serviço por parte do trabalhador rural.


Representando o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a trabalhadora rural e assentada da reforma agrária Antônia Ivoneide afirmou que a reforma da Previdência afeta direitos conquistados e prejudica, em especial, os mais pobres, não mexendo nas grandes aposentadorias, por exemplo.


— A aposentadoria não é uma esmola, não é uma caridade para o trabalhador, é um direito de quem trabalhou a vida toda. E no caso dos trabalhadores rurais, a gente começa a trabalhar muito cedo. Essa reforma está trazendo insegurança sobre o que vai ser da nossa vida. A reforma não mexe nas grandes aposentadorias nem nas aposentadorias dos militares, mexe na aposentadoria de todos os trabalhadores mais pobres do país — afirmou Antônia Ivoneide.


Por sua vez, a secretária de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a professora Graça Costa, afirmou que a reforma previdenciária “vai arrebentar com a economia brasileira e com o desenvolvimento do país”. Além disso, ela avaliou que a reforma vai promover uma grande queda da massa salarial brasileira, prejudicando toda a economia.


— Milhões de brasileiros não vão conseguir se aposentar e as mulheres são as mais afetadas e prejudicadas nessa reforma — afirmou Graça Costa ao comentar o aumento do tempo de serviço e do tempo de contribuição previstos na reforma da Previdência para a maioria dos trabalhadores.


Ela afirmou ainda que os movimentos e entidades populares, sindicais e de trabalhadores vão fazer campanhas constantes para garantir que os deputados e senadores que votaram a favor da reforma da Previdência não sejam reeleitos. A representante da CUT disse que mais de 50% dos parlamentares que apoiaram a reforma trabalhista no governo Michel Temer não foram reeleitos, inclusive os relatores da proposta na Câmara e no Senado.


Já o presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, afirmou que o governo federal vem há meses gastando dinheiro público “fazendo propagandas com mentiras” para promover a reforma da Previdência como essencial para o país. Ele disse que mais de 70% dos municípios brasileiros dependem do dinheiro dos benefícios previdenciários para movimentar suas economias. Com a diminuição dos benefícios que ocorrerá com a nova Previdência, acrescentou Aristides, essas economias locais passarão por sérias dificuldades.


— Há um falso argumento do governo, que a grande mídia abraçou, para retirar direitos e conquistas da classe trabalhadora. Vão economizar um trilhão de onde? Vão tirar desses municípios — afirmou o presidente da Contag.


Representante do Fórum do Direito Sindical do Espírito Santo, Wesley Selante Elói afirmou que são os pequenos agricultores e a agricultura familiar que abastecem com alimentos 75% das mesas de todo o país. Para ele, a reforma da Previdência significa apenas uma coisa: os trabalhadores vão ter que trabalhar muito mais e vão receber aposentadorias e benefícios bem menores.

Fonte: Agência Senado

 


 

06/09/2019 - Sindicato pressiona, e Senado recua da abertura de agências bancárias aos sábados


Presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) acatou o pedido de revisão e anulou trecho em que a MP 881 revogava lei que regula funcionamento dos bancos


Os bancos continuam proibidos de abrir as agências aos sábados. A manutenção da Lei 4.178/62, que regula o funcionamento desses estabelecimentos de segunda a sexta-feira, foi aprovada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre que, nesta terça-feira (3) retirou da Medida Provisória (MP) 881, a chamada MP da Liberdade Econômica, o trecho do texto que permitia que os bancos abrissem aos sábados.


De acordo com a Contraf-CUT, o senador Jaques Wagner (PT-BA) entrou com o pedido de revisão do texto da medida, que foi acatado para a ordem do dia. Alertado pela CUT, o senador apontou ao presidente da Casa que o ponto da MP era inconsistente por ferir direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Convenção Coletivo dos Trabalhadores, que permitem jornadas de seis horas diárias aos trabalhadores bancários.


Alcolumbre deferiu ao pedido de Jacques Wagner sobre o mesmo entendimento de “matéria estranha” que anulou dispositivos da MP que tratavam do trabalho aos domingos e feriados a todas as categorias trabalhistas. “Em respeito à decisão do plenário do Senado Federal defiro a questão de ordem de V. Exa. e determino o envio de novos autógrafos para a Casa Civil, para o Palácio do Planalto, para o Governo Federal”, argumentou o presidente do senado.


Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, comemorou a decisão. “É mais uma vitória da nossa resistência e mobilização, juntamente com a bancada de oposição do Congresso Nacional”, afirmou Ivone. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, logo que a questão foi pautada na MP, a presidenta destacou que a abertura das agências aos sábados, além de ir contra a legislação vigente, prejudicaria as condições de trabalho dos bancários.


Com a nova revogação, o texto da medida, já aprovado em agosto no Plenário do Senado, volta para sanção do presidente Jair Bolsonaro, mas ainda preocupa entidades sindicais por fazer uma espécie de “minirreforma trabalhista”.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

06/09/2019 - Inflação para famílias com renda mais baixa cai em agosto


O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação da cesta de consumo para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,11% em agosto. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa ficou abaixo do IPC-C1 de julho (0,43%).


O indicador acumula taxas de inflação de 3,28% no ano e de 4,11% no período de 12 meses.


Em agosto, o IPC-C1 ficou abaixo do registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a variação da cesta de compras para todas as faixas de renda e que registrou taxa de inflação de 0,17% no mês. No acumulado de 12 meses, no entanto, o IPC-C1 ficou acima do IPC-BR, que teve taxa de 3,97%.


Seis das oito classes de despesas componentes do IPC-C1 registraram queda de suas taxas de variação: alimentação (de 0,20% em julho para -0,46% em agosto), habitação (de 1,32% para 0,95%), saúde e cuidados pessoais (de 0,28% para 0,01%), despesas diversas (de 0,40% para -0,07%), educação, leitura e recreação (de 0,16% para 0,04%) e vestuário (de -0,28% para -0,44%).


Por outro lado, dois grupos tiveram aumento da taxa: transportes (de -0,24% para 0,05%) e comunicação (de 0,04% para 0,68%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

05/09/2019 - O buraco de Bolsonaro: Bolsa tem maior fuga de capitais em 23 anos


A política econômica instável de Guedes de Bolsonaro joga o Brasil cada vez mais no buraco. A busca por proteção contra o risco fez a bolsa de valores sofrer, em agosto, a maior fuga de capital estrangeiro em, pelo menos, 23 anos. A reportagem é do portal Valor Econômico.


Em agosto, as saídas totalizaram R$ 10,79 bilhões, resultado de R$ 190,08 bilhões em compras de ações e de R$ 200,87 bilhões em vendas, segundo dados da B3. Esta é a maior retirada líquida do mercado à vista em um único mês desde o começo da série histórica analisada, em janeiro de 1996.


A reportagem também informa que, até aqui, o maior volume de retirada do mercado à vista foi visto em maio de 2018, quando saíram R$ 8,43 bilhões. Aquele período foi marcado pela greve dos caminhoneiros e pela crise do diesel que derrubou o então presidente da Petrobras, Pedro Parente. Foi, ainda, período de ascensão da tensão comercial entre China e Estados Unidos - na época, o presidente americano, Donald Trump, propôs sobretaxar mais de US$ 100 bilhões em produtos chineses.


Questões como os incêndios na Amazônia não chegaram a motivar a saída de recursos da bolsa, mas também entraram no rol de motivos para o estrangeiro manter uma lupa sobre o Brasil. "Há a percepção de que é necessário elevar os padrões de vida e impulsionar a economia brasileira, com migração de uma base agrícola para outra industrial e de serviços. Isso significa que mais investimentos devem ser encorajados no Brasil e que obedeçam princípios de ESG [ambiental, social e de governança, na sigla em inglês]", diz Mark Mobius, sócio-fundador da Mobius Capital Partners.

Fonte: Brasil247

 


 

05/09/2019 - Alcolumbre cogita votação da reforma da Previdência na próxima semana


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, trabalha com a possibilidade de o plenário da Casa votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência na quarta-feira da próxima semana, dia 11 de setembro. “Há alguma divergência em relação a prazos, mas se não houver objeção de líderes partidários ou partidos políticos, a gente vai tentar botar na quarta-feira da semana que vem, em primeiro turno. Se dentro do entendimento e do acordo estabelecido não prejudicar o calendário, a gente pode adiar para a outra semana para tentar cumprir o acordo de procedimento”, disse o senador a jornalistas.


Após cerca de dez horas de sessão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência e as emendas na tarde desta quarta-feira (4). Agora, a proposta segue para o plenário, onde correrá o prazo de cinco sessões de discussão para votação em primeiro turno.


A votação em segundo turno está marcada para 10 de outubro. O presidente do Senado está otimista quanto à aprovação no próximo mês. “Nosso prazo é ainda o que estabelecemos no acordo, que é de votar em 10 de outubro a PEC número 6 e marcarmos uma sessão para promulgarmos”.


Das emendas votadas individualmente, apenas uma foi aprovada. Essa emenda, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM) estipula que pensionistas não vão poder receber valor inferior a um salário-mínimo.


As demais emendas foram rejeitadas. Em todas haveria queda de receita para a União, conforme argumentou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). Algumas emendas tiveram votação apertada, como a que sugeria a manutenção da regra atual para recebimento do abono salarial. A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), desempatou, rejeitando. Com a rejeição, a PEC mantém a previsão de que o pagamento do benefício só será feito para aqueles que recebem até R$ 1.364 por mês, e não R$ 2 mil, como ocorre atualmente.


Dentre as outras emendas rejeitadas, estão aquelas que sugeriam a redução da idade mínima para aposentadoria no regime geral, a redução da idade mínima para profissões que envolvem exposição a materiais nocivos à saúde e as que determinavam pagamento de pensão integral à mãe após os filhos atingirem a maioridade.

Fonte: Agência Brasil

 


 

05/09/2019 - Michelle Bachelet: 'às vezes, as pessoas elegem não democratas e racistas'


Perguntada indiretamente sobre a agressão que recebeu de Jair Bolsonaro, Michelle Bachelet disse: "a democracia não é perfeita. Mas é o melhor que temos (...) às vezes em alguns países, por vias democráticas, as pessoas elegem pessoas que não são democratas, que não acreditam em direitos humanos, que são racistas. O fato é que isso não estava escondido. Durante a campanha (eleitoral), eles disseram tudo aquilo e as pessoas o elegeram. Portanto, a democracia não é perfeita."


A agressão de Bolsonaro à Alta Comissária para os Direitos Humanos na ONU chocou o mundo e mobilizou uma reação inédita contra o ex-militar que ainda ocupa o cargo de presidente da República.

Fonte: Brasil247

 


 

05/09/2019 - Sindicalismo à beira do abismo. É hora de dar meia volta


O que se apresenta como novo e desafiador é preciso investigar para que não se tente resultados novos e diferentes tendo velhas e carcomidas práticas. Não adianta tentar ou querer enxergar o novo, com olhar velho e embaçado. Novos desafios impõem novas práticas.


Marcos Verlaine*


As notícias em torno do futuro do movimento sindical não são boas. A julgar pela situação atual, o quadro não é positivo e sinaliza que não há saídas sem perdas. Mas como a política não é ciência exata, a lógica em curso pode ser alterada, desde que compreendida a tempo e em sua dimensão adequada. Isto é, é preciso ver o que fazer e tomar decisões.


O governo sinaliza que vai encaminhar para discussão no Congresso Nacional proposta para “modernizar” o sindicalismo brasileiro, como analisa em artigo — Primeiros sinais do conteúdo da reforma sindical — o diretor licenciado do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz. Entretanto, o movimento sindical precisa e pode antecipar-se à proposta do Executivo, pois, com certeza, essa virá na lógica do desmonte da organização e da estrutura sindicais.


O artigo do diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio — É urgente gestar o sindicato do futuro; o atual morrerá — impõe severa reflexão. É necessário olhar além do problema apresentado pela assertiva provocação que Ganz Lúcio sugere e buscar saídas. Quem se contentar em apenas refutá-la não terá êxito. A luta de classes não está acabando ou vai acabar. Está mudando (mudou) de contornos. O que exige novas ferramentas de ação e combate.


E, a partir deste olhar, definir que fazer para não ser “engolido” no debate que se dará no Poder Legislativo, refratário às demandas do movimento sindical, em torno do que o governo pretende apresentar para “modernizar” o movimento sindical.


3 perguntas

1) que movimento sindical — organização e estrutura — surgirá a partir desse debate?


2) como o movimento sindical vai se apresentar para essa demanda, que logo baterá às suas portas?


3) os líderes sindicais — dos sindicatos às centrais — vão aguardar o debate ter início ou irão antecipar-se internamente e assumir seus problemas e demandas, a fim de não serem dragados pelo futuro incerto e desafiador?


Representatividade

A partir destas 3 perguntas, que são estruturantes, seguem ideias objetivas para que o movimento sindical possa buscar o protagonismo — perdido — na luta por direitos ameaçados (suprimidos) e sua manutenção (reconquista).


Inicialmente, é preciso dizer que só sobreviverá o sindicato que for representativo. Aquele que não for, sucumbirá à modernização tecnológica imposta pela inevitável ascensão da inteligência artificial.


Sindicatos com baixa sindicalização perecerão!


Formação

A despeito do incrível retrocesso porque passa a sociedade brasileira, a partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, essa regressão social só poderá ser combatida com eficácia pelo movimento sindical se houver investimentos na formação de novas lideranças.


Essa formação precisa ir além da compreensão política do dirigente. Precisa abarcar outros aspectos da disputa de ideias.


É singular, nesse debate, por exemplo, observar o quanto o movimento sindical está desapetrechado para fazer o debate e, por consequência, a disputa em torno da reforma da Previdência, em particular o sindicalismo do setor privado, cujas mudanças nas regras de aposentadoria são devastadoras para os assalariados.


Comunicação

Na era das redes sociais, o movimento sindical patina nesse quesito. Qualquer organização, ainda mais a dos trabalhadores, precisa investir nessas novas modalidades de interação comunicacional, social e política.


Como fazer comunicação ou como comunicar numa sociedade que não tem o hábito de ler? Adianta fazer “jornais” para quem não vai lê-los?


Diante desse dilema real e objetivo é preciso estudar o quê e como fazer, a fim de tornar a comunicação eficaz, isto é, que ao mesmo tempo que informa, organiza a classe. Isto não é simples. Exige reflexão, estudo, investigação e investimentos materiais e financeiros.


Organização e estrutura

É certo que a proposta do Executivo para “reformar” o movimento sindical siga a mesma lógica da chamada Reforma Trabalhista, em vigor desde 2017, e, também, a previdenciária. Com certeza ninguém espera do atual governo algo que venha para alentar, organizar e estruturar o movimento sindical. Pelo contrário.


Assim, além de trabalhar para tornar as entidades que não são representativas, em entidades que deverão ser, por meio de campanhas permanentes de filiação, de captação de recursos materiais e financeiros, de melhoria da comunicação com a base social de cada sindicato, de fusões, de modo a realizar transições dos sindicatos de categorias para sindicatos por ramo de atividade ou profissão, com propósito de fortalecer a organização e a estrutura sindicais. É necessário perceber que está em jogo mais de 1 século de lutas e acúmulos que podem ser solapados, como fizeram com a CLT.


Nesse processo, é preciso não esquecer a luta de ideias. Na fase atual do capitalismo, há estímulos frenéticos ao individualismo, ao hedonismo, à organização e à rejeição à luta coletiva.


Que fazer diante desse cenário incerto e desafiador?


Disputa no Parlamento

Grande parte das demandas da classe trabalhadora são tratadas no Congresso Nacional. Desse modo, é preciso investir no acompanhamento profissional dessas iniciativas legislativas. Os empresários, as igrejas, os governos federal, estaduais e municipais, enfim todos que têm demandas no Poder Legislativo se apresentam organizados para fazer esse acompanhamento, cujas ações ou inações podem redundar em avanços ou retrocessos nas relações sociais, econômicas e políticas para a classe trabalhadora.


Invariavelmente, quando há disputas em relação a essas demandas, perde quem não está organizado e representado. A disputa no Parlamento é cotidiana. Não cessa porque esse ou aquele problema foi resolvido. Veja os exemplos da reforma da Previdência, da “MP da liberdade econômica” ou da MP do boleto bancário e tantos outros que pululam no debate parlamentar.


A MP do boleto bancário foi derrotada, mas gerou enorme prejuízo à estrutura sindical. Dias depois de “cair”, 2 senadores apresentaram projetos de lei — PL 3.814/19 e PL 4.026/19 — ambos com propósito de restabelecer a norma cujo objetivo não foi outro, senão aquele de desmantelar o movimento sindical.


Assim, diante dos desafios elencados e dos problemas apontados é urgente buscar soluções que fortaleçam o sindicalismo. Algumas dessas soluções passam por voltar a fazer o que deixou de ser feito. E o que se apresenta como novo e desafiador é preciso investigar para que não se tente resultados novos e diferentes tendo velhas e carcomidas práticas. Não adianta tentar ou querer enxergar o novo, com olhar velho e embaçado. Novos desafios impõem novas práticas.


(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Fonte: Diap

 


 

05/09/2019 - Deputado apresenta projeto para regulamentar negociação coletiva no setor público


O deputado Professor Israel Batista (PV-DF) apresentou, na terça-feira (3), projeto de lei à Câmara dos Deputados, cujo objetivo é regulamentar a negociação coletiva no setor público.


O projeto “Dispõe sobre as relações do trabalho, o tratamento de conflitos, o direito de greve e regulamenta a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estabelecendo as diretrizes da negociação coletiva no âmbito da administração pública dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.”


Trata-se do PL 4.792/19, que aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para os colegiados temáticas, a fim de que seja analisado e votado.


O debate torno do tema é recorrente. No final de 2017, a Câmara concluiu favoravelmente o debate em torno de matéria conexa à este projeto de lei, oriundo do Senado, mas a proposta foi vetada integralmente pelo governo Temer.


Tramitação

O texto deverá ser distribuído, inicialmente, para exame e votação, à Comissão de Trabalho, principal colegiado de mérito pelo conteúdo da proposição. A Comissão de Constituição e Justiça deverá concluir a discussão, na fase dos colegiados temáticos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

05/09/2019 - Nivaldo Santana: Os trabalhadores e os sindicatos na mira de Bolsonaro


Rogério Marinho, secretário especial da Previdência e Trabalho, constituiu um chamado Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet) com o objetivo, segundo ele, de “cuidar da modernização das relações trabalhistas”. O Gaet, todavia, tem dois objetivos: introduzir no país a “carteira de trabalho verde e amarela” e acabar com a unicidade sindical. O primeiro institucionaliza o trabalho sem direitos e o segundo fragmenta a organização sindical no país.


Por Nivaldo Santana*


Essa política de precarização do trabalho no Brasil avança com o governo de Michel Temer, que logrou aprovar, apesar resistência dos trabalhadores, a terceirização nas atividades-fim, e a reforma trabalhista, ambas em 2017. A reforma trabalhista introduz o conceito de prevalência do negociado sobre o legislado e cria modalidades de relações do trabalho, tais como trabalho intermitente e provisório, banco de horas, demissão de comum acordo com redução das indenizações, refeições de 30 minutos, etc.


Para viabilizar essa agenda regressiva, a reforma fragiliza os sindicatos, com o fim da contribuição sindical obrigatória; acaba com a exigência de homologar as demissões nos sindicatos; e dificulta o acesso à Justiça do Trabalho, com a exigência de pagamento de custas e honorários pela parte derrotada.


Todo esse saco de maldades contra os trabalhadores é radicalizada pelo governo Bolsonaro. Logo no primeiro dia do seu governo, extingue o Ministério do Trabalho, que existia desde 1930. Em seguida, apresenta a reforma da Previdência. A bola da vez, agora, é pulverizar a organização sindical.


Estes retrocessos anulam ou diminuem as notáveis conquistas da Constituição de 1988, em especial no capítulo dos direitos sociais, como o artigo 7º, dos direitos dos trabalhadores, o artigo 8º, da liberdade e autonomia sindical e o artigo 9º do direito de greve. A artilharia pesada do governo, neste momento, mira o artigo 8º, que, entre outros pontos, contempla o princípio da unicidade sindical, garante ao sindicato a defesa dos direitos dos trabalhadores, a participação obrigatória nas negociações coletivas do trabalho, a contribuição sindical e veda a dispensa do dirigente sindical.


Setores da magistratura e do próprio movimento sindical, no entanto, advogam a tese de conteúdo liberal segundo a qual o Estado não pode se imiscuir nas relações entre o capital e o trabalho, cabendo exclusivamente às partes pactuar acordos e criar instâncias extrajudiciais para solução de conflitos.


A longa história de lutas do sindicalismo aponta em sentido contrário. Para assegurar vitórias duradouras para os trabalhadores, é fundamental consagrar em lei um piso mínimo de direitos sociais, regras que assegurem a liberdade, autonomia e unidade sindical – e também a existência de uma Justiça especializada com poder normativo para arbitrar conflitos trabalhistas.


O fim da unicidade sindical é o corolário de um conjunto de medidas que buscam a valorização máxima do capital e a drástica redução do custo da força de trabalho. Tudo isso em um país que convive com trabalho precário, subemprego, absurdas taxas de desemprego e salários cada vez mais aviltados.


* Nivaldo Santana é secretário de Relações Internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Fonte: Portal Vermelho

 


 

05/09/2019 - Governo pretende flexibilizar a legislação do trabalho escravo, diz Paulo Rocha


O senador Paulo Rocha (PT-PA) criticou, nesta terça-feira (3), em Plenário, a intenção do governo federal de flexibilizar a legislação do trabalho escravo e infantil no Brasil. Possibilidade já aventada pelo presidente Bolsonaro, o que, na sua opinião, é um retrocesso sem precedentes e uma atitude desumana.


De acordo com o senador, o propósito do Executivo federal é deixar de criminalizar e punir o empresariado que submete cidadãos menos favorecidos, e desconhecedores das leis que os protegem, a condições análoga às da escravidão. Para ele, a intenção já propagada é suprimir da Constituição Federal o dispositivo que pune o “empregador com o confisco de sua terra quando utiliza o trabalho escravo em sua propriedade”.


— Foi uma luta de 19 anos no Congresso Nacional, desde que apresentei, em 1995, proposta de emenda à Constituição promulgada pelas mesas da Câmara e do Senado, em 5 de junho de 2014. Quero deixar claro que essa conquista foi um anseio expressivo de parcela da sociedade e contou com mobilização não apenas de representantes de trabalhadores — Contag, OIT, Comissão Pastoral da Terra —, mas igualmente dos integrantes de entidades artísticas, como atores, cantores, compositores, e outros segmentos sociais, todos contra o trabalho escravo — enfatizou.

Fonte: Agência Senado

 


 

05/09/2019 - TST fixa em R$ 300 mil indenização que começou em R$ 16 milhões


Duas empresas condenadas por dano moral coletivo por descumprirem normas de saúde e segurança do trabalho conseguiram reduzir o valor inicial fixado em R$ 16 milhões para R$ 300 mil, quantia considerada razoável pelo 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho.


Após denúncia do Ministério Público do Trabalho, as empresas foram condenadas em primeira instância. A 8ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte fixou a indenização inicialmente em R$ 16 milhões.


A quantia, porém, foi reduzida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região para R$ 1,5 milhão, valor considerado mais compatível com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, com o porte econômico das empresas e com o efeito pedagógico, preventivo e dissuasório.


Mesmo com a redução, a empresa recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho questionando o valor. Relator do recurso, o ministro Márcio Amaro observou que o descumprimento reiterado das normas de saúde e de segurança no trabalho caracteriza lesão a direitos e interesses transindividuais e, por isso, autoriza o deferimento da indenização por dano moral coletivo.


Ressaltou, no entanto, que, de acordo com a jurisprudência do TST, a revisão do valor fixado a título de indenização é possível nas hipóteses em que o montante arbitrado for irrisório ou exorbitante, desatendendo aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Foi o que ocorreu no caso, na sua avaliação. Assim, seguindo o voto do relator, a turma deu provimento ao recurso para reajustar o valor da indenização para R$ 300 mil. Com informações da assessoria de imprensa do TST. RR-2174-66.2011.5.03.0008

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

04/09/2019 - Dirigentes avaliam queda na popularidade de Jair Bolsonaro


Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada segunda (2), revela que a popularidade de Jair Bolsonaro continua em queda, e em ritmo acelerado. A reprovação ao governo saltou de 33%, em julho, para 38%, agora.


Antonio Neto, presidente da CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros -, não se surpreende com os resultados. “Já prevíamos. E vai aprofundar. É só lembrarmos o que aconteceu na Argentina. No início, o governo Macri era incensado pela sua política neoliberal, desregulamentação das entidades sindicais, da Previdência, que lá foi mais profunda. O resultado os argentinos estão vendo agora. Caminhamos para o mesmo destino”, comenta.


A pior avaliação de Bolsonaro aparece entre os mais pobres (22%), os mais jovens (24%) e os menos escolarizados (26%). Mesmo a parcela daqueles que ainda apoiam Bolsonaro vem caindo. Ele é defendido por 29% dos pesquisados, em julho apoio era de 33%.


Calixto - José Calixto Ramos, presidente da CNTI e da Nova Central Sindical, que já negociou com vários governos, avalia como natural o desmoronamento da imagem de Bolsonaro entre os trabalhadores. Explica: “O atual presidente nunca falou sobre a classe trabalhadora na sua campanha. E continuou assim depois de assumir o governo. Pensávamos que iria mudar. Que ele fosse tomar consciência e olhar para os 8,5 milhões de quilômetros do Pais, para os seus 210 milhões de habitantes. Para os mais pobres. Mas o que temos visto são ataques sistemáticos à organização sindical e a extinção de conselhos que tinham a participação de movimentos sociais e trabalhadores”.


Calejado nos embates com patrões e governo, Calixto diz: “Hoje não chegamos a estar em desespero por que já passamos por muitos momentos difíceis e conseguimos sobreviver. Mas vemos um quadro muito preocupante. Por mais que queiramos fazer uma avaliação positiva do governo não conseguimos. A tendência é que essa deterioração de Bolsonaro deva continuar “.


Queda - Sérgio Luiz Leite (Serginho), presidente da Fequimfar - Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Plásticas do Estado de São Paulo - e diretor da Força Sindical - também comenta os resultados da pesquisa. Para Serginho, a queda é fruto do que a população, especialmente os trabalhadores, está sentindo. "As pessoas estão frustradas. Até mesmo as que votaram no Bolsonaro em busca de uma esperança. Não houve queda no desemprego. A economia não anda. Falta confiança e isso vai continuar crescendo por que a cada dia é uma besteira. Ele está desconectado da população mais pobre”.


Mais informações - www.fsindical.org.br, www.fequimfar.com.br, www.ncst.org.br ou www.csb.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

04/09/2019 - Cresce a confiança na atuação dos Sindicatos pelos brasileiros


Pesquisa realizada pelo Ibope/Inteligência no mês de julho, ouviu 2002 pessoas com 16 anos ou mais, em 144 municípios do País, traz uma boa notícia para o movimento sindical. O levantamento revelou que o índice de confiança nos Sindicatos cresceu 10 pontos neste ano em relação a 2018. Passou de 35 pontos no ano passado, para 45 em 2019.


Com esse desempenho, os Sindicatos voltam ao patamar de aprovação que vinham apresentando na última década.


As entidades de classe também passam a participar da lista de instituições que conseguiram retomar o respeito dos brasileiros. E isso não foi à toa.


Segundo José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos metal~urgicos de Guaruçlhos e Região, “este é um momento para se comemorar, mas também de fazer uma reflexão maior sobre o trabalho junto à categoria e à sociedade em geral".


Pereira lembra ainda que “o sindicalismo passou por um momento de extremo desgaste, que se refletiu na aprovação de uma reforma trabalhista favorável, na essência, ao capital”.


A pesquisa ICS, Índice de Confiança Social, é realizada todos os anos desde 2009, sempre no mês de julho.


O IBOPE Inteligência é uma empresa dedicada ao conhecimento do comportamento das pessoas e de todas as suas relações: familiar, social, política, de consumo e de utilização de serviços de dados. www.ibopeinteligencia.com

Fonte: Agência Sindical

 


 

04/09/2019 - Bolsonaro sobre carteira digital: “Vai faltar dinheiro para o PCdoB”


O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira (03/09/2019) que o PCdoB perderá recursos com a assinatura da Medida Provisória (MP) que cria uma carteira de identidade digital para estudantes. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.


“Não vai ter mais que pagar para a UNE, que quem manda lá é o PCdoB. Vai faltar dinheiro para o PCdoB”, disse o presidente.


O objetivo da carteira é esvaziar a carteirinha emitida por entidades estudantis, como faz a União Nacional dos Estudantes (UNE).


A medida provisória que vai instituir a carteirinha digital do estudante é conhecida como “MP da Liberdade Estudantil”. Atualmente, a distribuição de documentos que garantem a meia-entrada para estudantes é feita exclusivamente por entidades como a UNE. Com a MP, essa prerrogativa deve ser retirada – e isso representa grande parte da força da entidade.


A ideia de criação da carteirinha digital surgiu com o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Marcus Vinicius Rodrigues, exonerado em março deste ano.

Fonte: Metropoles

 


 

04/09/2019 - Haddad e Dino, uma possível chapa para 2022, gravam vídeo juntos


O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, foi o mais recente convidado do programa de entrevistas do ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT à Presidência da República em 2018. A aproximação cada vez maior entre ambos faz crescer a possibilidade de uma chapa forte da esquerda para 2022.


O programa de entrevistas conduzido por Haddad irá ao ar na próxima segunda-feira, dia 9.


Flávio Dino saiu da entrevista entusiasmado e tuitou: “Bom diálogo com o amigo Fernando Haddad hoje em São Paulo. Conversamos sobre temas nacionais, desafios e ações do nosso governo no Maranhão. O registro do diálogo será veiculado na internet na próxima segunda-feira, 20h, na internet”, anunciou.


Na segunda-feira (2), o governador maranhense participou de um ato político em São Paulo, que congregou lideranças de vários partidos, de esquerda, centro-esquerda, centro-direita e até mesmo de direita. O movimento DireitosJá foi lançado como um embrião de uma frente ampla contra o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.


“A narrativa que nos une no passado nos une quanto ao projeto de nação, projeto que nos une com amplitude, solidez e patriotismo”, declarou Dino durante o ato, dirigindo-se a todo o espectro político presente.


Vozes destacadas no PT, como o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, têm declarado apoio a uma possível aliança entre o PT e o PCdoB. Tarso retuitou no último sábado uma publicação com a foto de Haddad e Dino com a mensagem “grande chapa”.

Fonte: Brasil247

 


 

04/09/2019 - Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto tentar 2022


O novo capítulo da Vaza Jato, publicado pelo site The Intercept e antecipado pelo programa O É da Coisa, com o jornalista Reinaldo Azevedo na Bandnews, confirma o projeto de poder da Lava Jato. O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto sua candidatura em 2022.


Em mensagens trocadas com ele mesmo, onde mantinha reflexões pessoais no aplicativo Telegram, Deltan diz que "seria facilmente eleito" e também via necessidades de o Ministério Público Federal "lançar um candidato por Estado".


A política é “algo que está no meu destino”, disse ele, em uma mensagem que também se compara a Jesus Cristo.


“Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, escreveu, em 29 de janeiro de 2018, numa longa mensagem enviada para ele mesmo.

Fonte: Brasil247

 


 

04/09/2019 - Produção industrial cai 0,3% de junho para julho


A produção industrial brasileira teve queda de 0,3% na passagem de junho para julho deste ano, o terceiro resultado negativo consecutivo. A perda acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


A produção teve queda ainda maior na comparação com julho do ano passado (-2,5%). A indústria também acumula recuos de 1,7% neste ano e de 1,3% em 12 meses.


Entre as grandes categorias econômicas, a queda de junho para julho foi puxada pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,3%), e pelos bens intermediários - os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,5%).


Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta no período e evitaram um desempenho pior da indústria no mês. Os bens semi e não duráveis cresceram 1,4% no período, enquanto os bens duráveis avançaram 0,5%.


Onze das 26 atividades industriais tiveram queda na passagem de junho para julho, com destaque para outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1%).


Entre as 15 atividades com crescimento, o principal destaque ficou com as indústrias extrativas, que tiveram alta de 6%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

04/09/2019 - IBGE aponta que 38,6 milhões de brasileiros trabalham na informalidade. Nível bate recorde


Após a reforma trabalhista, maior parte das ocupações criadas são sem carteira assinada, em condições mais precárias e com renda mais baixa


O Brasil bate recorde de empregados sem carteira de trabalho assinada, como mostra o IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad). De acordo com os dados, divulgados na sexta-feira (30), 38,6 milhões de trabalhadores estão atuando na informalidade. Isso significa que da força total de trabalho, estimada em 105 milhões de brasileiros, 41% desse total estão inseridas no mercado de trabalho sem proteção social porque não fazem contribuição para a Previdência.


Sem garantir esse fundo, esses trabalhadores ficam impedidos de receber qualquer auxílio previstos no âmbito da seguridade social, além de não garantirem o direito à aposentadoria, sem renda portanto em período de desemprego ou de afastamento por questões de saúde, ou ainda quando idosos. Esse tipo de ocupação, de acordo com o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, cresce desde as mudanças na legislação e, principalmente, após a “reforma” Trabalhista do governo de Michel Temer.


Segundo Clemente, em comentário na Rádio Brasil Atual, de cada 10 empregos criados na economia brasileira, hoje, somente um é de assalariado com carteira assinada, enquanto outras nove estão mais próximas da informalidade, principalmente autônomos, que trabalham por conta própria, trabalhadores domésticos ou familiares. “Todas ocupações bastante precárias, no geral com um salário inferior àquela jornada que as pessoas gostariam e têm disponibilidade para trabalhar, os chamados subutilizados, com renda muita baixa, o que obriga as pessoas a procurarem mais de uma ocupação”, analisa o diretor-técnico.


O rendimento médio também cai nessa modalidade informal, de acordo com o IBGE. Enquanto o trabalhador com carteira assinada arrecada R$ 2.169, o empregado por conta própria recebe R$ 1.427 e, sem o CNPJ, o valor cai ainda para R$ 1.312. “É uma situação no conjunto muito adversa, com uma penalização extrema para os trabalhadores, uma insegurança muito alta e uma falta de perspectiva para ter acesso a um posto de trabalho de qualidade”, afirma Clemente.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

04/09/2019 - Paim questiona regras para aposentadoria especial na reforma


O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta terça-feira (3), em Plenário, estar preocupado com os profissionais que têm direito à aposentadoria especial. Esse benefício é concedido pelo INSS a trabalhadores que desenvolvem atividades consideradas insalubres.


Para o parlamentar, categorias como a de mineiros de subsolo estão sendo injustiçadas no texto da reforma da Previdência (PEC 6/2019).  A proposta mantém o tempo de contribuição de 15 anos, mas assegura a aposentadoria somente após os cinquenta e cinco anos de idade.


— Como é que o mineiro só pode trabalhar 15 anos no subsolo e só pode se aposentar com 55 de idade? Ele começou com 21, mais 15, para 55, faltam 19. O que ele faz nesses 19 anos? — questionou.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/09/2019 - Oposição se articula para votação da reforma da Previdência


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realizou nesta terça-feira (3) a última audiência pública sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019) antes da votação do relatório preliminar da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A oposição se articula pela derrubada da PEC. A votação da reforma está marcada para esta quarta-feira (4) na CCJ. Os senadores Paulo Paim (PT-RS), Zenaide Maia (Pros-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) criticaram a proposta em análise no Senado por entenderem que terá um efeito negativo na área social, especialmente para os mais pobres.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/09/2019 - Depois do desmonte trabalhista, governo Bolsonaro quer o fim da estabilidade do funcionalismo público


Reuters - O governo estuda a possibilidade de encaminhar ao Congresso Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar as regras de estabilidade para servidores públicos dentro de amplo plano de reforma administrativa, afirmou nesta terça-feira o secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin.


Falando a jornalistas após participar de seminário, ele pontuou que a estabilidade é matéria constitucional e, por isso, qualquer mudança nesse sentido demandaria uma PEC. Mas reconheceu que o tema faz parte dos assuntos que estão sendo debatidos pela equipe econômica em meio à avaliação de que o peso do Estado é excessivo para as contas públicas.


Questionado se o fim da estabilidade valeria apenas para os novos funcionários públicos, ele afirmou que o assunto está em debate, mas que essa é a tendência.


“A gente até entende que talvez seja mais factível neste momento você estabelecer uma linha de corte e só fazer discussão que envolva PEC, você fazer isso valer de quem ingressar a partir de agora para frente, nos mesmos moldes do que foi feito quando se instituiu regime de Previdência complementar”, afirmou.


Quem entrou no serviço público federal a partir de 2013 passou a ter aposentadoria limitada ao teto do INSS, podendo aderir à Funpresp para uma previdência complementar.


Segundo Rubin, a equipe econômica está na fase de avaliar quais instrumentos deverá lançar mão para corrigir problemas na estrutura administrativa. Qualquer proposta que tente reduzir a quantidade de carreiras na administração pública —número visto como excessivo pelo governo— deve ser feita por lei.


A eventual extensão a Estados e municípios de alteração nas regras que envolvam avaliação de desempenho demanda projeto de lei complementar.


“As discussões que a gente está fazendo levam em consideração a natureza do ato que tem que ser apresentado para cada tipo de alteração, então você tem uma série de disfunções, cada disfunção tem que ser tratada pelo instrumento adequado”, afirmou Rubin.

Por Marcela Ayres

Fonte: Brasil247

 


 

04/09/2019 - PEC da Reforma da Previdência recebeu mais de 480 sugestões de emenda


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência recebeu mais de 480 sugestões de emendas desde sua chegada no Senado. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) já leu seu relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a votação está programada para esta quarta-feira (4). O número de emendas apresentadas no Senado é quase o dobro do que foi apresentado na Câmara dos Deputados. Lá, foram 277 sugestões de emendas.


O regimento do Senado permite que parlamentares apresentem sugestões de emendas até mesmo durante as discussões do assunto na CCJ. Até as 18h desta terça (3), foram 483 sugestões de emendas apresentadas. Outras ainda poderão vir até o encerramento das discussões. A sessão que votará o relatório de Jereissati está programada para começar às 9h. Serão lidos todos os votos em separado – votos contrários ao relatório do senador tucano – que forem apresentados. Além disso, os senadores poderão pedir a palavra durante a sessão.

(Mais informações: Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

03/09/2019 - CDH: Frente parlamentar debaterá nova Previdência com sindicatos e associações


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta quarta-feira (4), às 14h, um debate sobre a reforma previdenciária. O tema será Previdência e Trabalho, com foco na defesa da Previdência Social e faz parte de um ciclo de palestras proposto pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado.


Desta vez, integrantes e entidades parceiras da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência vão debater o assunto com representantes de entidades sindicais e associações de servidores públicos, trabalhadores privados, aposentados e pensionistas.


A reunião será realizada na sala 15 da Ala Alexandre Costa, no anexo 2 do Senado Federal.

Fonte: Agência Senado

 


 

03/09/2019 - Em carta centrais pedem mudanças na reforma da Previdência


As centrais sindicais enviaram ao relator da reforma da Previdência (PEC 6/19), no senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), carta em que pedem mudanças no texto da proposta.


Entre as mudanças sugeridas, as entidades pedem:


1) a redução da idade mínima;

2) a garantia de que o cálculo do valor do benefício tenha por base 70% da média das 80% maiores contribuições, mais 1 ponto percentual para cada ano de contribuição (partindo de 85%);

3) a melhoria das regras de transição;

4) o enquadramento por periculosidade (com a supressão dessa expressão constante do art. 19, § 1º, inciso I e § 4º do art. 21); e

5) a eliminação da desconstitucionalização das regras dos regimes previdenciários.


Leia abaixo a íntegra da carta que as centrais enviaram ao senador:


Brasília, 29 de agosto de 2019.

Excelentíssimo Senhor


Senador TASSO JEREISSATI (PSDB-CE)

Relator da PEC 6/19 - reforma da Previdência


Como desdobramento da reunião entre Vossa Excelência e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical (FS), União Geral de Trabalhadores (Brasil) (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da qual tive a honra de participar, encaminho a Vossa Excelência as propostas abaixo, que visam corrigir algumas das injustiças e exclusões previdências constantes da PEC 6/19. As principais mudanças são:

• Carência (tempo mínimo de contribuição): supressão do caput do art. 19 da PEC, que prevê a carência de 20 anos para os novos segurados. Assim, todos os segurados do Regime Geral terão carência de 15 anos.

• Pensão por morte inferior a 1 SM: supressão do art. 40, § 7º, e do art. 201, V, alterado pelo art. 1º da PEC, para assegurar o piso de 1 salário mínimo a todas as pensões por morte de servidores e de trabalhadores do INSS.

Aposentadoria especial:

• Supressão das alíneas a, b, c do inciso I do art. 19 da PEC, que prevê a idade mínima de 55, 58 e 60 anos de idade para o acesso à aposentadoria especial.

• Supressão do art. 21 da PEC, que prevê sistema de pontos crescente (66, 76 e 86 que aumentará anualmente até atingir 81, 91 e 101) + tempo mínimo de contribuição (15, 20 ou 25) para o acesso à aposentadoria especial.

• Valor da aposentadoria por incapacidade permanente: supressão do inciso III, do § 2º do art. 26, que reduz o valor da aposentadoria por incapacidade permanente para 60% do valor, acrescido de 2% para cada ano que exceder a 20 anos.

• Elevação do valor da aposentadoria: aprovação da emenda 31, que prevê a supressão do caput e do § 1º do art. 26 da PEC, segundo os quais o cálculo da média do valor da aposentadoria será com 100% das contribuições do segurado. Com a supressão, prevalecerá o critério da lei na fixação da média (que hoje é de 80% das maiores contribuições do segurado).

• Reversibilidade das cotas da pensão por morte: supressão do § 1º do art. 23 da PEC para preservar o valor da pensão por morte, por meio da reversibilidade das cotas. A PEC prevê que, ao perder a condição de dependente, as cotas sejam extintas.

• Contribuição dos servidores inativos a partir de 1 SM: supressão da revogação do § 18 do art. 40 e supressão do § 1-A do art. 149, alterado pela PEC, que preveem que a contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas do RPPS será sobre o valor que exceder o salário mínimo quando houver déficit atuarial. Com a supressão, será mantido a redação atual da CF, com previsão de que a contribuição incida sobre o valor que excede o teto do RGPS (R$ 5,8 mil). A mudança da PEC cria assimetria entre servidores e contribuintes do RGPS, em desfavor dos servidores.

• Alíquota extraordinária no RPPS quando houver déficit atuarial: supressão do § 1º-B e § 1º-C do art. 149, alterado pelo art. 1º da PEC, e do § 8º do art. 9º da PEC, que preveem contribuição extraordinária no RPPS para servidores, aposentados e pensionistas quando houver déficit atuarial. A contribuição extraordinária pode ter caráter confiscatório.

• Abono salarial: supressão dos §§ 3º e 3º-A do art. 239, alterado pelo art. 1º da PEC, e supressão do art. 27 da PEC, que reduzem de 2 SM para R$ 1.364,43 o corte de renda para recebimento do abano salarial. A PEC prejudica 12,7 milhões de trabalhadores que recebem o abono do PIS.

• Contratação por valor inferior ao salário mínimo/contrato de trabalho intermitente: supressão do § 14 do art. 195, alterado pelo art. 1º da PEC, e supressão do art. 29 da PEC, que busca “dar segurança jurídica” para o empresário que contratar trabalhador por valor inferior ao salário mínimo, como no trabalho intermitente. Ele prevê que somente será reconhecida como tempo de contribuição aquela superior à contribuição mínima mensal exigida para a categoria. Além disso, prevê que o segurado que contribui sobre menos de um salário mínimo poderá complementar a contribuição. Isso prejudica os trabalhadores intermitentes e os mais pobres.

• Privatização dos benefícios não programados: supressão do § 10 do art. 201, alterado pelo art. 1º da PEC, que prevê que os benefícios não programados sejam ofertados de forma concorrente pelo INSS e o setor privado. Esses benefícios, que representam cerca de 40% da Previdência Social, são os decorrentes do “inesperado”, ou seja, o segurado não se programou para eles, tais como auxilio doença, auxilio acidente, auxílio maternidade, pensão por morte, aposentadoria por incapacidade.

• Privatização da previdência complementar: supressão do § 15 do art. 40 e dos §§ 4º, 5º e 6º do art. 202, alterados pelo art. 1º da PEC, e supressão do art. 33 da PEC, que permitem que planos administrados pelo por fundos de pensão (Funpresp, Previ, Petros, entre outros) sejam administrados por entidades abertas de previdência (bancos, empresas privadas etc.).

Além das supressões indicadas acima, as centrais solicitam que Vossa Excelência modifique o relatório visando, entre muitos outros pontos:

• redução da idade mínima;

• garantia de que o cálculo do valor do benefício tenha por base 70% da média das 80% maiores contribuições, mais 1 ponto percentual para cada ano de contribuição (partindo de 85%);

• melhoria das regras de transição;

• enquadramento por periculosidade (com a supressão dessa expressão constante do art. 19, § 1º, inciso I e § 4º do art. 21);

• eliminação da desconstitucionalização das regras dos regimes previdenciários.

Fonte: Diap

 


 

03/09/2019 - Mudanças na CLT defendidas por Bolsonaro prejudicam trabalhadores


O grupo recém-criado pelo governo federal para estudar e apontar uma nova leva de mudanças na legislação trabalhista, poderá agravar as alterações da CLT introduzidas ainda no governo Temer, a pretexto de modernizar as relações capital-trabalho.


Participam ministros, desembargadores e juízes, mas sem não há representantes dos trabalhadores ou dos patrões. O grupo começou a trabalhar na sexta (30), em São Paulo.


Desde a entrada em vigor da Lei 13.467 os trabalhadores não tiveram qualquer benefício originado pelas mudanças. Ao contrário. A constatação é do coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura - CNTEEC, professor Oswaldo Augusto de Barros.


Ele diz: “Estão tentando explicar o fracasso da reforma Trabalhista. É preciso um debate amplo, aberto e não formar pequenos grupos pra dar suporte à falada reforma. Os trabalhadores deveriam contribuir nessa discussão. Afinal, já perderam muito - como o trabalho intermitente e o fim do imposto sindical obrigatório - e não houve retomada do emprego e crescimento da renda”.


O grupo vai se reunir periodicamente e atuar na área do Direito do Trabalho e segurança jurídica, buscando reduzir questionamentos legais. Uma das propostas é fulminar a unicidade sindical. Mas para Oswaldo isso não se sustenta. Ele afirma: "Até a classe patronal é contra. O pluralismo sindical torna as negociações mais difíceis. Muitos Sindicatos não terão como fazer boas negociações”.


Diap - No entendimento de André Santos, analista político do Diap, o movimento sindical deve esperar a continuidade das iniciativas do governo Bolsonaro de esfacelar o sindicalismo. “O grupo foi formado por Rogério Marinho, relator da reforma trabalhista, e deve seguir a tendência pró-pluralismo. O que não é novidade. A unicidade já esteve em pauta na Constituinte, na revisão constitucional, foi debatida nos últimos governos. Agora, é assunto de um grupo fechado, sem a participação da classe laboral”.


CNM/CUT - Para Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a classe trabalhadora organizada deve ser propositiva. “Temos de construir, através do diálogo, a manutenção dos Sindicatos com uma proposta que atenda as nossas demandas. Não vamos aceitar um projeto de cima para baixo, que só quer a eliminação pura e simples do trabalhador. Retirar direitos não resolve o desemprego. A prova disso é a reforma trabalhista aprovada em 2017. De lá pra cá o desemprego só aumentou” afirma o dirigente.


Mais informações: www.fstsindical.com.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

03/09/2019 - Lançado em São Paulo movimento DireitosJá, de oposição a Bolsonaro


Partidos que vão da centro-direita à esquerda, do Novo e PL ao PCdoB, e lideranças de movimentos políticos e sociais, lançaram na noite desta segunda-feira (2), em São Paulo, um movimento em defesa da democracia contra as ameaças promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, informa O Globo.


O movimento surge como um embrião da frente ampla de oposição ao governo de extrema-direita de Bolsonaro.


O ato não contou com a presença de dirigentes do PT e PSDB O movimento, batizado "DireitosJá - Fórum pela Democracia", fará reuniões periódicas para denunciar retrocessos.


O ato de lançamento, realizado no teatro da PUC, teve a presença do candidato derrotado do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes. Também participaram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (sem partido).


Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o senador José Serra (PSDB), foram anunciados antes do ato, mas nenhum deles compareceu.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enviou um vídeo em que dizia dar seu "inteiro apoio" ao movimento.


O fórum foi organizado pelo sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do Movimento "PSDB esquerda para valer", que é minoritário entre os tucanos.


Como representante do partido, subiu ao palco o secretário de Inovação da cidade de São Paulo, Daniel Annenberg.


Falaram durante o evento políticos do Novo, PL, PDT, Podemos, Rede, PTB, Cidadania, PV, PSB, Solidariedade e PCdoB.


Ciro Gomes (PDT) disse que o grupo deve discutir de forma urgente nas próximas reuniões quais os erros cometidos que permitiram a chegada de Bolsonaro ao poder.


O presidente do PSD, Gilberto Kassab, manifestou seu apoio ao movimento por meio de um vídeo. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) também gravou um vídeo.


Além dos políticos, participaram professores universitários, juristas e líderanças religiosas, como Dom Claudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo.


O linguista americano Noam Chomsky também fez uma fala.

Fonte: Brasil247

 


 

03/09/2019 - Reforma da Previdência: mais de 370 emendas apresentadas ao texto, com votação na quarta


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve votar, nesta quarta-feira (4), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, a Reforma da Previdência. O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresenta a partir das 9h a complementação de seu voto inicial, lido na reunião do dia 28. Foram 376 emendas com sugestões de mudanças até a manhã desta segunda-feira (2), das quais mais de 200 estão sem parecer.


— Há o complemento de voto às 9h da manhã, abro para possíveis votos em separado, teremos pelo menos um voto em separado. Vamos fixar um prazo para a leitura desses votos e em seguida abrimos para a discussão, encerramos a discussão e vamos para a votação. Provavelmente isso vai adentrar a tarde, acredito que a gente não consegue fechar antes das 4h ou 5h da tarde uma discussão como essa — detalhou a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), em entrevista na semana passada.


PEC paralela

A tendência do relator é manter o texto como veio da Câmara, apenas com algumas supressões de dispositivos como o do Benefício da Prestação Continuada (BPC), alteração que não resulta em nova análise da PEC pelos deputados. As mudanças que Tasso considerou mais relevantes foram apresentadas em uma minuta de nova PEC, para tramitar em paralelo com o texto principal.


Nessa PEC Paralela, que ainda depende de 27 apoios de senadores para iniciar o andamento legislativo, estão mudanças como a inclusão dos estados e municípios na reforma; a garantia de que a pensão por morte nunca seja inferior a um salário mínimo, e que o percentual acrescido à pensão, por dependentes menores de idade, saia dos atuais 10% para 20%.


No texto que tramitará em separado também estão previstas novas fontes de custeio para a seguridade social, com a cobrança gradual de contribuições previdenciárias das entidades educacionais ou de saúde enquadradas como filantrópicas, mas com capacidade financeira, excluídas as Santas Casas de Misericórdia.


Também haverá cobrança de contribuições previdenciárias do agronegócio exportador e do Simples (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), para o financiamento de benefícios concedidos em decorrência de acidente de trabalho ou exposição a agentes nocivos. As novas tributações serão feitas de forma gradual e progressiva, ao longo de cinco anos.


Outras sugestões de mudança, por meio de emendas, podem ser incluídas nesse texto. A intenção de Tasso é não atrasar a votação do texto principal da PEC 6/2019, para que seja votada e promulgada rapidamente.


Calendário

A previsão é de conclusão da votação na CCJ na quarta-feira, com o texto seguindo para análise em Plenário na sequência. A PEC é votada em dois turnos, com cinco sessões de discussão num primeiro momento, e três no segundo.


— Começa a contar o prazo a partir de quinta-feira (5), a primeira sessão de discussão e votação no Plenário. A segunda discussão e votação será na terça (10), já com audiência pública deliberada pela Mesa — explicou Simone, referindo-se à sessão temática agendada no Plenário.
A expectativa é que o calendário esboçado por Simone, que estima a conclusão da votação entre o fim de setembro e o início de outubro, seja seguido rigorosamente. — Por enquanto está dentro do calendário — informou.


A reunião da CCJ ocorrerá na sala 3 da ala senador Alexandre Costa.

Fonte: Agência Senado

 


 

03/09/2019 - Empresa pode suspender dirigente sindical para apurar falta grave

 

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho manteve a suspensão de um empregado, dirigente sindical, para apuração de falta grave. Os ministros entenderam que a empresa tem direito de suspendê-lo até o julgamento definitivo do inquérito.


O relator do recurso, ministro Agra Belmonte, observou que, de acordo com o artigo 494 da CLT, o empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua dispensa só se tornará efetiva após o inquérito mediante o qual se verifique a procedência da acusação. A suspensão, no caso, perdurará até a decisão final do processo.


Com fundamento nesse dispositivo, a Orientação Jurisprudencial 137 da SDI-2 estabelece como direito líquido e certo do empregador a suspensão do empregado, ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que se apure a falta grave.


Ainda segundo o ministro, o indeferimento de tutela provisória com vistas à reintegração do empregado afastado não é passível de discussão por meio de mandado de segurança, em razão do enquadramento na hipótese exceptiva do artigo 494 da CLT, que prevê a suspensão do empregado acusado de falta grave. Por unanimidade, a SDI-2 negou provimento ao recurso. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

RO-22055-79.2018.5.04.0000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

03/09/2019 - Deltan Dallagnol interveio para que instituto atuasse a favor de Moro


Novos vazamentos da Lava Jato publicados pela Agência Pública, em nova parceria com o The Intercept, apontam que o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, sugeriu ao Instituto Mude - Chega de Corrupção que atuasse a favor de Sergio Moro, ex-juiz federal que acabara de ser nomeado ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.


A entidade se dizia "apartidária" e foi criada inicialmente para coletar assinaturas a favor das dez medidas contra a corrupção. De acordo com a reportagem da Pública, Dallagnol era responsável por tomar boa parte das decisões finais a respeito da instituição.


Em uma conversa por Telegram, o procurador propôs a integrantes do Mude que se fizesse uma pesquisa com parlamentares a respeito de um projeto de Sergio Moro, que acabara de ser nomeado ministro da Justiça pelo governo de Jair Bolsonaro. O projeto era sobre a execução provisória da pena.


Integrantes da entidade responderam que era possível, mas precisavam de recursos financeiros para contratar alguém.

Fonte: Brasil247

 


 

02/09/2019 - Reprovação a Bolsonaro dispara e 38% já o avaliam como ruim ou péssimo


Pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo, mostra derretimento da popularidade de Jair Bolsonaro (PSL) em pouco menos de dois meses. Segundo dados da pesquisa nacional, que ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios, a reprovação ao ocupante do Palácio do Planalto subiu de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho.


Sua imagem está em franca deterioração. A aprovação de Bolsonaro também caiu, de 33% em julho para 29% agora.


Mesmo entre os mais ricos Bolsonaro está despencando (aqueles com renda mensal acima de 10 salários mínimos). Neste segmento, a aprovação caiu de 52% em julho para 37% agora.


A pior avaliação de Bolsonaro é entre os mais pobres, as vítimas de seu governo, que ganham até dois salários mínimos (22%), os mais jovens (16 a 24 anos, 24%) e com escolaridade baixa (só ensino fundamental, 26%).


A região Nordeste continua sendo aquela em que Bolsonaro é mais rejeitado. Seu índice de ruim e péssimo subiu de 41% para 52% na região de julho para cá.


Bolsonaro segue sendo o mandatário eleito mais mal avaliado em um primeiro mandato, considerando FHC, Lula e Dilma.

Fonte: Brasil247

 


 

02/09/2019 - Governo propõe salário mínimo de R$ 1.039 em 2020


Valor consta no projeto de lei orçamentária enviado hoje ao Congresso


O salário mínimo proposto pelo governo federal para o ano que vem é de R$ 1.039. O valor consta no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020, que foi enviado sexta-feira (30) para análise do Congresso Nacional, juntamente com o texto do projeto de lei que institui o Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2020 a 2023.


"Esse valor é exatamente o número de 2019 corrigido pelo INPC. Não é nossa política de salário mínimo. Temos até o fim do ano para estabelecer nossa política de salário mínimo", afirmou o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, durante coletiva de apresentação do Orçamento 2020.


Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses dois anos.


O valor previsto agora está abaixo da última projeção, anunciada em abril, que indicou um salário mínimo de R$ 1.040. A revisão para baixo está relacionada à correção do valor do salário mínimo de 2020 ser corrigido pela inflação desse ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou queda nos últimos meses (de 4,19% para 4,09%).


Cada aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca de R$ 298,2 milhões no Orçamento de 2020. A maior parte desse efeito vem dos benefícios da Previdência Social de um salário mínimo.


Mesmo com a ligeira redução, o salário mínimo do ano que vem vai ultrapassar a faixa R$ 1 mil pela primeira vez na história. O reajuste representa uma alta de um pouco mais de 4% em relação ao valor atual (R$ 998).

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/09/2019 - “Bandidos estão soltos e o presidente Lula está preso”, diz Paulinho da Força em evento com Toffoli


"Há setores da sociedade e até do parlamento que não entendem ou não querem entender a consciência dos trabalhadores",

diz presidente do STF



A participação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em evento promovido pela Força Sindical e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na manhã da sexta-feira (30), em São Paulo, foi saudada pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), “num momento em que a democracia corre risco todos os dias” e em uma conjuntura na qual “os bandidos estão soltos e o presidente Lula está preso”.


O governo Jair Bolsonaro, disse o parlamentar, desfere “todos os dias um ataque para tirar direitos dos trabalhadores”. O Executivo está destruindo “o coração do sindicalismo, na medida em que tira a contribuição dos sindicatos”, acrescentou. “Como os sindicatos podem defender o direito dos trabalhadores sem ter recursos nem pra pôr gasolina no carro para ir na porta de uma empresa?”


Toffoli defendeu a Justiça do Trabalho “num país que ainda, infelizmente, é tão desigual socialmente e onde cumprir as leis é tão difícil”. E destacou: A Justiça do Trabalho é extremamente importante para garantir o direito de todos nós, porque todos somos trabalhadores”.


Segundo o ministro do STF, em um evento realizado nesta quinta-feira em Brasília, um jornalista questionou sobre a Justiça dizendo que ela “é muito cara”. “Ele perguntou: por que precisamos de Justiça? Um jornalista, fazendo essa pergunta!” Segundo Toffoli, o repórter era da CBN. “Você acha que o seu patrão, perguntei a ele, pagaria sua remuneração em dia, cumpriria o contrato de trabalho de maneira regular se ele não tivesse como ser cobrado, caso não cumprisse o contrato de trabalho, e se não tivesse a Justiça do Trabalho?”, contou.


Toffoli também comentou a autonomia sindical introduzida pela Constituição de 1988. Até então, “quem organizava as eleições nos sindicatos era o Ministério Público do Trabalho, como se os trabalhadores não tivessem a capacidade de se auto-organizar”, lembrou.


“Essa consciência que têm os trabalhadores brasileiros, infelizmente, há setores da sociedade e até do parlamento que ou não entendem, ou não querem entender. Não sei com que objetivo, mas não é a defesa da democracia”, disse.


Ataques à democracia

No evento, o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que Bolsonaro quer “a destruição de um dos pilares da democracia e da defesa da sociedade, que é o movimento sindical”.


Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, os ataques à democracia já viraram rotina no país e simples críticas ou divergências em relação ao governo bastam para qualquer agente político ser taxado de comunista. “Até o João Doria já virou comunista”, ironizou. Numa “live” colocada no ar na quinta-feira, Bolsonaro afirmou que Doria “era amigão do Lula, da Dilma” e que “quando estava mamando lá, a bandeira era vermelha com um ‘foiçasso’ e um martelo sem problema nenhum, né?”.


Toffoli cobrou que os principais representantes do Judiciário dialoguem diretamente com os trabalhadores e o movimento sindical. “Geralmente, as pessoas vão falar na Fiesp, na Febraban, em locais como o sistema financeiro e com grandes empresários. E a gente também tem que ouvir os trabalhadores. Temos que ouvir aqueles que estão defendendo com bastante dificuldade os interesses da grande maioria da população brasileira.”


O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) declarou que “a presença no sindicato do presidente da Corte constitucional brasileira, um dos poderes da República, é um gesto de apoio à democracia”.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

02/09/2019 - Um assombroso diagnóstico do mundo do trabalho


Além do desemprego, os trabalhadores brasileiros enfrentam um forte arrocho salarial.

Desde abril sem crescimento salarial. Essa é a realidade do trabalhador brasileiro. A soma (“massa”) de todos os rendimentos do trabalho cresce no ritmo mais lento desde agosto de 2017, ao passo de 2,2% ao ano. No mínimo, o zero à esquerda dos salários deveria preocupar quem quer a ressuscitação do PIB, em tese desejo geral. Nem isso. O diagnóstico é do colunista do jornal Folha de S. Paulo, Vinicius Torres Freire.


Segundo ele, desde abril o rendimento médio do trabalho não aumenta ou até cai, se comparado com valores do mesmo mês do ano passado. Não era ruim assim desde 2016, ainda na recessão. “Não causa escândalo. No país da Grande Depressão, o conflito mais expressivo ou evidente é tenebrosamente político. Por exemplo, há grande disputa pelo controle de instituições do sistema de Justiça, do Supremo ao moribundo Coaf, passando por Ministério Público e Polícia Federal”, afirma.


E complementa que “lavajatistas, bolsonaristas e a uberdireita (que quer fechar ou tomar STF e Procuradoria), grupos no Congresso e os diversos partidos da Justiça, todos batem-se pelo poder arbitrário de mandar gente para a cadeia, de fugir da polícia ou de decretar o esbulho de direitos civis, quem sabe políticos”. “Os direitos sociais já vão para o vinagre por inércia”, indigna-se.


Crítica rasa

De acordo com Vinicius Torres Freire, lamenta-se de modo vazio o desemprego, que não terá melhora notável até 2022, se der tudo certo. “Há quem se anime com o aumento do número de pessoas trabalhando, mais 2,2 milhões de um ano para cá. Mais de 80% desses novos empregos são da categoria ‘empregado sem carteira assinada’ e por ‘conta própria’, afirma.


Ele critica a reação à essa calamidade constatando que “a penúltima manifestação trabalhista de nota ocorreu em abril de 2017, contra a reforma da Previdência” e resvala para afirmações sem consistência ao falar que a “reforma” trabalhista passou quase sem um pio. Assim foi o fim da contribuição sindical obrigatória, segundo o “último e maior interesse da burocracia sindical carcomida”. Pode-se criticar certos aspectos da estrutura sindical estabelecida na CLT e na Constituição, mas a essência do problema não está aí. É uma crítica rasa.


O essêncial são os dados do emprego e da renda. Ainda segundo Vinicius Torres Freire, “a nova massa de trabalhadores, que vive de bico, não tem sindicato ou quase representação de outra espécie”. Ele faz também críticas ao comportamento do ministro da Educação e alerta que “há risco alto de que, em 2020, universidades federais tenham de fechar, que falte subsídio para remédio popular e dinheiro para livro didático, isso em um país de governos que gastam quase 40% do PIB por ano”.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

02/09/2019 - Orçamento de Bolsonaro para 2020 tira metade dos recursos do MEC para pesquisa


A proposta orçamentária para 2020, elaborada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), reduz em 18% os recursos totais do Ministério da Educação (MEC) na comparação com 2019. O maior corte ocorre no financiamento de pesquisas e nas contas de grandes universidades federais. Segundo o projeto de Lei Orçamentária de 2020, o MEC terá um orçamento previsto de R$ 101 bilhões, contra R$ 122 bilhões aprovados para 2019.


Na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que financia pesquisadores da pós-graduação e também professores de educação básica, o orçamento vai pela metade: sai de R$ 4,25 bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para R$ 2,20 bilhões em 2020.


A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de verba este ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas em 2019, o que representa 7% do que havia no início do ano.

Fonte: Brasil247

 


 

02/09/2019 - CDH continua ciclo de debates sobre Previdência e trabalho


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza, na próxima terça-feira (3), a partir das 9h, audiência pública para debater a relação entre a Previdência Social e a situação do trabalho no país, com foco na proposta de reforma do sistema (PEC 6/2019).


Os convidados para o evento são o advogado Diego Cherulli, especialista em direito previdenciário; José Celso Cardoso Júnior, presidente da Associação dos Funcionários do Ipea (Afipea); e o economista Rodrigo Ávila, da ONG Auditoria Cidadã da Dívida. Também deverá comparecer um representante do Instituto Brasiliense de Direito Previdenciário (IBDPrev).


A audiência será interativa. Proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), ela faz parte de um ciclo sobre o tema.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/09/2019 - Greenwald diz que Vaza Jato ainda está mais perto do começo do que do fim


O editor do Intercept disse que estão sendo trabalhados outros “muitos tópicos” que considera “extremamente importantes e explosivos”, especialmente no que diz respeito à conduta do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato


Por Fernando Brito, editor do Tijolaço – Em entrevista ao site France 24, o jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept, disse que, em relação aos diálogos travados por aplicativos entre integrantes da Força Tarefa da Operação Lava Jato e também com o ex-juiz Sérgio Moro, “estamos mais perto do começo do que do fim das revelações”.


Greenwald disse que, por conta de seu site ou em parceria com outros veículos de imprensa, estão sendo trabalhados outros “muitos tópicos” que considera “extremamente importantes e explosivos”. E explicou a razão de ter adotado a estratégia de revelar progressivamente as informações, em lugar de publicá-las todas de uma só vez.


—Não há outra maneira de processar essas informações. A única opção seria publicar tudo sem análise. Isto é o que o WikiLeaks fez repetidamente, o que é irresponsável. Seria, no entanto, antiético guardar tudo. Para mim, quando você tiver informações prontas, publique-as. Além disso, se você revelar tudo ao mesmo tempo, é impossível alguém assimilar toda essa quantidade de informações.


Portanto, que não se iludam os “moristas” que acham que acabou a munição do The Intercept.


Vem chumbo ai, e é do grosso, pelo visto.

Fonte: Agência Sindical

 


 

02/09/2019 - Mudanças na Previdência são injustas, concordam debatedores na CDH


Os dados apresentados pelo Executivo sobre a seguridade social não são reais, na opinião do presidente da Federação Nacional dos Servidores Públicos Federais de Fiscalização, Investigação, Regulação e Controle (Fenafirc), Ogib Teixeira de Carvalho Filho. Ele foi um dos debatedores na audiência pública sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019) promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta sexta-feira (30).


Para Ogib, o governo e o sistema financeiro têm feito uma mobilização em massa para convencer a população de que a reforma é um “produto maravilhoso”, sem que haja deficit na Previdência. Ele teceu críticas ao relator da matéria, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmando que os movimentos sociais precisam ocupar as ruas para protestar contra as mudanças.


— É um projeto de destruição social, destruição da economia. Vamos ter aumento de desemprego e queda expressiva da renda. Não estive com o relator, mas sei que é um empresário, um homem que vive do mercado, e não entende o que está fazendo.


Representante da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Vilson Romero discordou da justificativa do governo de que a reforma da Previdência ajudará a combater privilégios. Para ele, o novo modelo de seguridade apenas tornará os brasileiros mais miseráveis. O debatedor disse que o Senado tem sido um simples carimbador das decisões do Executivo e considerou as mudanças propostas por Tasso Jereissati “meras superficialidades”.


— A PEC paralela [sugerida pelo relator] é a grande bandeira para aprovação da PEC principal. É um tiro no escuro. Estamos aos vinte minutos do segundo tempo desse jogo e, infelizmente, trabalhando sem mobilização. Talvez, a maioria dos brasileiros morra sem se aposentar — lamentou.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

02/09/2019 - Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8% em julho, diz IBGE


Índice é inferior aos 12,5% do trimestre encerrado em abril deste ano


A taxa de desemprego do país recuou para 11,8% no trimestre finalizado em julho deste ano. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada sexta-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é inferior aos 12,5% do trimestre encerrado em abril deste ano e aos 12,3% de julho de 2018.


A população desocupada ficou em 12,6 milhões de pessoas no trimestre finalizado em julho, 4,6% abaixo do trimestre encerrado em abril (menos 609 mil pessoas), mas estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.


Já a população ocupada ficou em 93,6 milhões de pessoas e chegou ao maior número da série histórica, iniciada em 2012.


O contingente é 1,3% maior (mais 1,22 milhão de pessoas) do que em relação ao trimestre encerrado em abril e 2,4% superior (mais 2,22 milhões de pessoas) do que o trimestre finalizado em julho do ano passado.

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/09/2019 - Relator da reforma da Previdência foi sensível ao acatar emendas, diz Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) reafirmou nesta sexta-feira (30), em Plenário, que tem mantido constantes conversas com o relator da reforma (PEC 6/2019), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), na busca de entendimentos. Na costura dos acordos, Paim calcula que foi possível que ele acatasse mais de 150 emendas ao texto.


De acordo com Paim, o relator foi sensível ao receber e avaliar coerentemente as demandas e se tem mostrado disposto, pois acolheu as muitas recomendações indicadas pelos senadores. Para ele, uma das mais importantes foi a exclusão das mudanças no Benefício da Prestação Continuada (BPC), defendida por muitos dos senadores.


— A saída do BPC não é porque eu apresentei, porque a Eliziane Gama [Cidadania-MA] apresentou, porque mais sei lá quantos apresentaram... Essa é a vontade da Casa. A Casa quer que essa questão fique em lei ordinária. Neste ponto, o senador teve sensibilidade e acatou.

Fonte: Agência Senado