Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2019
30/09/2019 -
Lula reitera que não irá pedir progressão penal
30/09/2019 -
Reforma sindical: resistência, confronto de ideias e
propostas
30/09/2019 -
Centrais discutem com Rodrigo Maia economia e
estrutura sindical
30/09/2019 -
Atenção e cuidado: aberta uma agenda trabalhista
complexa
30/09/2019 -
Informalidade no mercado de trabalho atinge recorde
30/09/2019 -
Brasil precisa capacitar 10,5 milhões de
trabalhadores até 2023
30/09/2019 -
Proposta
cria central para facilitar colocação profissional
de jovens no mercado
27/09/2019 -
Projeto da carteira de trabalho eletrônica é vetado
por Bolsonaro
27/09/2019 -
Rodrigo Janot revela que foi ao STF armado para
assassinar Gilmar Mendes
27/09/2019 -
Paulo Paim critica flexibilização dos direitos
trabalhistas
27/09/2019 -
Toffoli suspende julgamento e vai propor aplicação
limitada – o que pode atingir os direitos de Lula
27/09/2019 -
Humberto Costa critica política econômica do governo
Bolsonaro
27/09/2019 -
CDH realiza audiência pública para debater a PEC
Paralela da Previdência
27/09/2019 -
Empresários cobram sistema único para informações
sobre trabalhadores
27/09/2019 -
CDH mantém multa para diferença salarial entre
homens e mulheres
26/09/2019 -
Após reforma trabalhista, 15% das vagas criadas são
intermitentes
26/09/2019 -
Bolsonaro aparece em queda em nova pesquisa Ibope
26/09/2019 -
CNI-Ibope aponta política econômica de Paulo Guedes
como um fracasso para os brasileiros
26/09/2019 -
Raoni defende saída de Bolsonaro "antes que algo
muito ruim aconteça"
26/09/2019 -
Fachin nega recurso que pode anular processos da
Lava Jato
26/09/2019 -
Brasil tem quinto mês consecutivo com saldo positivo
de emprego
26/09/2019 -
Projeto susta norma do governo que instituiu
comissão tripartite trabalhista
26/09/2019 -
Cálculo da aposentadoria deve considerar como
atividade principal aquela que gera renda maior
25/09/2019 -
Bolsonaro assina lei que cria imposto sobre férias,
13º e horas extras
25/09/2019 -
Em derrota para Bolsonaro e Moro, Congresso derruba
18 vetos à lei de Abuso de Autoridade
25/09/2019 -
Governo faz revisão de normas de segurança e saúde
no trabalho
25/09/2019 -
Carteira de Trabalho Digital entra em vigor
25/09/2019 -
Ricupero: na ONU, Bolsonaro ‘afetou as perspectivas
do agronegócio'
25/09/2019 -
Fala de Bolsonaro na ONU leva Brasil a isolamento
internacional, diz Humberto Costa
25/09/2019 -
STF julga hoje caso que pode anular condenação de
Lula
25/09/2019 -
Adiamento da discussão sobre a reforma da
Previdência não traz prejuízo, diz Paim
25/09/2019 -
Reforma da Previdência visa cortar direitos da
classe trabalhadora, diz Paulo Rocha
24/09/2019 -
Lula já pode pedir semiaberto, mas deve aguardar por
'liberdade plena'
24/09/2019 -
Guedes: criar emprego com a nova matriz econômica.
Isso é ridículo
24/09/2019 -
Dino diz no Roda Viva que Ciro deveria ter apoiado
Haddad no segundo turno
24/09/2019 -
Bolsonaro é vaiado e alvo de protestos em Nova York
24/09/2019 -
Comissões debatem exploração indevida da renda de
idosos
24/09/2019 -
Paim defende aposentadoria especial para
trabalhadores em atividades de risco
24/09/2019 -
Prova de vida do INSS poderá ser feita pelo celular
24/09/2019 -
Audiência discute MP sobre antecipação do abono
anual do INSS
24/09/2019 -
Supremo analisa contribuição previdenciária devida
por aposentado
24/09/2019 -
Mantida validade de norma coletiva que substituía
horas extras por diárias
23/09/2019 -
Reforma da Previdência pode ser votada em 1º turno
nesta terça-feira
23/09/2019 -
New York Times chama Bolsonaro de mini-Trump em
análise sobre assembleia geral da ONU
23/09/2019 -
MP da liberdade econômica é sancionada; veja os
principais pontos
23/09/2019 -
Orlando Silva afirma que Bolsonaro é "uma vergonha
planetária"
23/09/2019 -
Vale é condenada a pagar R$ 12 milhões a vítimas de
Brumadinho que eram de São Paulo
23/09/2019 -
Michelle Bachelet sobre Bolsonaro: me dá pena pelo
Brasil
23/09/2019 -
CNC prevê a abertura de 8,7 mil pontos comerciais
até o fim do ano
23/09/2019 -
Confiança da indústria recua 0,2 ponto na prévia de
setembro
20/09/2019 -
Governo tenta piorar lei trabalhista. Advogados e
juízes cobram proteção social
20/09/2019 -
Relatório sobre emendas à PEC da Previdência vai a
votação na CCJ na terça
20/09/2019 -
Dados apresentados pelo governo para reforma da
Previdência serão discutidos na CDH
20/09/2019 -
TSE pode devastar bancada do PSL na Câmara por causa
do laranjal
20/09/2019 -
Empregados dos Correios formalizam suspensão da
greve no TST
20/09/2019 -
Aprovada inclusão de metas de saúde e segurança em
participação nos lucros
19/09/2019 -
Líder de Bolsonaro no Senado é alvo da PF
19/09/2019 -
Centrais preparam dia nacional de luta contra
reforma da Previdência
19/09/2019 -
Governo Bolsonaro aumenta a desigualdade de renda no
país
19/09/2019 -
Tasso apresenta relatório da reforma da Previdência
nesta quinta-feira
19/09/2019 -
Bolsonaro não tem "estatura" para comparecer à ONU,
dizem deputados
19/09/2019 -
Major Olimpio sobre Flávio Bolsonaro: que se dane se
é filho do presidente
19/09/2019 -
Política de desvalorização do salário mínimo
aumentará pobreza, alerta Paim
19/09/2019 -
Na comissão mista, debatedores divergem sobre valor
dos saques do FGTS
19/09/2019 -
Copom reduz Selic para 5,5% ao ano
19/09/2019 -
CAS aprova incentivo à admissão de aprendiz por
micro e pequena empresa
18/09/2019 -
Feirão de empregos atrai milhares de pessoas na
capital paulista
18/09/2019 -
Podemos quer filiar Moro e lançá-lo candidato à
Presidência em 2022
18/09/2019 -
Investigação do Conselho Nacional de Direitos
Humanos pode anular condenação de Lula
18/09/2019 -
Lewandowski diz que, se plenário demorar, pode
decidir sobre anulações na Lava Jato
18/09/2019 -
Parlamentares afirmam que Temer deu "tapa na cara do
povo' ao assumir golpe
18/09/2019 -
"Preço de petróleo é com a Petrobras", diz Guedes
18/09/2019 -
CCJ deve analisar relatório da reforma da
Previdência na próxima terça
18/09/2019 -
Ciro Gomes afirma que Bolsonaro não terminará o
governo
18/09/2019 -
Realização de perícia para verificar insalubridade é
obrigatória mesmo que não haja pedido
17/09/2019 -
Governo Bolsonaro quer ter o direito de congelar
salário mínimo
17/09/2019 -
Procuradores da Lava Jato atuaram para tentar
derrubar Gilmar do STF
17/09/2019 -
Orçamento do governo para 2020 deve agravar crise
econômica e social
17/09/2019 -
‘Esquerda precisa dialogar com futuro, sem abandonar
experiência do passado’, diz Pochmann
17/09/2019 -
Previdência: aumento da miséria e do trabalho
informal preocupa debatedores
17/09/2019 -
“Acabou esse assunto”, diz Rodrigo Maia sobre
retorno da CPMF
17/09/2019 -
Brics Sindical debate futuro do trabalho com
direitos e mais empregos
16/09/2019 -
CPI na Câmara vai apurar ilegalidades da operação
Lava Jato
16/09/2019 -
Fundo eleitoral e reforma da Previdência estão na
pauta do Plenário
16/09/2019 -
Folha prevê que segunda turma do STF vai votar pela
suspeição de Moro no caso triplex
16/09/2019 -
Os 300 mais ricos do planeta possuem o mesmo do que
os 3 bilhões mais pobres
16/09/2019 -
TST começa a analisar possibilidade de acumular
adicionais
16/09/2019 -
Proposta reduz as alíquotas para contribuição para o
Sistema S
16/09/2019 -
MP que regula saques de FGTS e Pis/Pasep será
discutida em audiências públicas
16/09/2019 -
Projeto altera regras da CLT sobre segurança e
medicina do trabalho
13/09/2019 -
Comissão de Direitos Humanos volta a debater reforma
da Previdência nesta sexta
13/09/2019 -
Demissão de Cintra mostra governo sem rumo, diz
Miriam Leitão
13/09/2019 -
Flávio Dino: Bolsonaro considera normal o desemprego
no país
13/09/2019 -
Para debatedores, reforma trabalhista levou a
demissões em massa em faculdades
13/09/2019 -
Comissão aprova dispensa de empregador de comunicar
férias indicadas pelo empregado
13/09/2019 -
Agências da Caixa ampliam horário nesta sexta para
saques do FGTS
13/09/2019 -
Moro e Dallagnol na mira: Oposição protocola pedido
para criação de CPI da Lava Jato
13/09/2019 -
Assembleia de Minas pede indiciamento de 13 na
tragédia de Brumadinho
13/09/2019 -
Reforma da Previdência deixará municípios mais
pobres, diz auditor
12/09/2019 -
Marcos Cintra deixa comando da Receita Federal
12/09/2019 -
Presidente da Câmara discutiu a reforma tributária
com parlamentares e secretários estaduais da Fazenda
12/09/2019 -
Davi se manifesta contra a criação de mais um
imposto para os brasileiros
12/09/2019 -
Governo vai desbloquear R$ 20 bilhões até o fim do
ano, diz Mourão
12/09/2019 -
Mudanças feitas na reforma da Previdência não são de
mérito, diz Tasso Jereissati
12/09/2019 -
O que o movimento sindical não fez ontem e hoje faz
falta, por João Juruna
12/09/2019 -
Recém-formados agravam o desemprego que Bolsonaro
está longe de reverter
12/09/2019 -
Atrás de apoio, governo Bolsonaro estuda ampliar
fundo eleitoral para até R$ 3,7 bi
12/09/2019 -
Proteção aos idosos poderá ter leis feitas pela
União e pelos estados
11/09/2019 -
67% dos brasileiros dizem não às privatizações,
aponta Datafolha
11/09/2019 -
Produção industrial recua em oito dos 15 locais
pesquisados em julho
11/09/2019 -
Contra privatização, funcionários dos Correios
anunciam greve
11/09/2019 -
Dallagnol foge de audiência para tratar sobre troca
de mensagens entre procuradores
11/09/2019 -
Conselho Nacional de Direitos Humanos irá a Curitiba
ouvir Lula
11/09/2019 -
CDH debate trabalho e Previdência na próxima quinta
11/09/2019 -
Governo Bolsonaro comete estelionato eleitoral e
quer CPMF de 0,40% sobre saques e depósitos
11/09/2019 -
Fim da unicidade sindical é para valorização máxima
do capital
11/09/2019 -
Sindicato que perdeu ação não terá de pagar
honorários advocatícios
11/09/2019 -
TST afasta limitação de número de empregados em ação
coletiva movida por sindicato
10/09/2019 -
Reforma sindical: com o pé na mina! Por Clemente Ganz Lúcio
10/09/2019 -
Paulo Guedes admite: governo Bolsonaro quer entregar
todas as estatais
10/09/2019 -
Dieese: Pacote anunciado por Bolsonaro é
insuficiente para reduzir desemprego
10/09/2019 -
Nova CPMF quer arrancar R$200 bi do contribuinte
10/09/2019 -
'Vamos vencer a eleição de 2022. Tenho certeza', diz
Flávio Dino a Haddad
10/09/2019 -
Em dois anos, reforma na CLT não freou desemprego e
piorou a vida do trabalhador
10/09/2019 -
PEC paralela reabre prazo para servidor migrar de
regime previdenciário
10/09/2019 -
Indicador Antecedente de Emprego cresce 0,2 ponto em
agosto
09/09/2019 -
Votação da reforma da Previdência pode ser concluída
no Plenário nesta semana
09/09/2019 -
Comissão discutirá impactos das novas tecnologias no
mundo do trabalho
09/09/2019 -
Grito dos Excluídos tem protestos contra retrocessos
de Bolsonaro em todo o Brasil
09/09/2019 -
Consultor vê sindicalismo na escada rolante e aponta
as três opções
09/09/2019 -
Paim critica aumento do tempo de contribuição na
reforma da Previdência
09/09/2019 -
Lava Jato omitiu diálogos de Lula para impedir sua
posse na Casa Civil e derrubar Dilma
09/09/2019 -
Humberto Costa cobra mais debate sobre reforma da
Previdência antes de votação
09/09/2019 -
Inflação oficial fica em 0,11% em agosto, diz IBGE
09/09/2019 -
Jornada definida por norma interna pode ter
prescrição total, fixa TST
09/09/2019 -
Câmara rejeita salário-maternidade de micro empresas
pago pelo INSS
06/09/2019 -
Veja onde serão os atos que farão do 7 de Setembro
um "Dia de Luto"
06/09/2019 -
Governo Bolsonaro quer ampliar reforma trabalhista e
fim da unicidade sindical
06/09/2019 -
STF confirma responsabilidade objetiva de empresas
por acidentes
06/09/2019 -
Depois de Bolsonaro, Paulo Guedes também faz ataque
machista a Briggite Macron: "é feia mesmo"
06/09/2019 -
Para convidados da CDH, nova Previdência significará
trabalhar mais e receber menos
06/09/2019 -
Sindicato pressiona, e Senado recua da abertura de
agências bancárias aos sábados
06/09/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai em
agosto
05/09/2019 -
O buraco de Bolsonaro: Bolsa tem maior fuga de
capitais em 23 anos
05/09/2019 -
Alcolumbre cogita votação da reforma da Previdência
na próxima semana
05/09/2019 -
Michelle Bachelet: 'às vezes, as pessoas elegem não
democratas e racistas'
05/09/2019 -
Sindicalismo à beira do abismo. É hora de dar meia
volta
05/09/2019 -
Deputado apresenta projeto para regulamentar
negociação coletiva no setor público
05/09/2019 -
Nivaldo Santana: Os trabalhadores e os sindicatos na
mira de Bolsonaro
05/09/2019 -
Governo pretende flexibilizar a legislação do
trabalho escravo, diz Paulo Rocha
05/09/2019 -
TST fixa em R$ 300 mil indenização que começou em R$
16 milhões
04/09/2019 -
Dirigentes avaliam queda na popularidade de Jair
Bolsonaro
04/09/2019 -
Cresce a confiança na atuação dos Sindicatos pelos
brasileiros
04/09/2019 -
Bolsonaro sobre carteira digital: “Vai faltar
dinheiro para o PCdoB”
04/09/2019 -
Haddad e Dino, uma possível chapa para 2022, gravam
vídeo juntos
04/09/2019 -
Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em
aberto tentar 2022
04/09/2019 -
Produção industrial cai 0,3% de junho para julho
04/09/2019 -
IBGE aponta que 38,6 milhões de brasileiros
trabalham na informalidade. Nível bate recorde
04/09/2019 -
Paim questiona regras para aposentadoria especial na
reforma
04/09/2019 -
Depois do desmonte trabalhista, governo Bolsonaro
quer o fim da estabilidade do funcionalismo público
04/09/2019 -
Oposição se articula para votação da reforma da
Previdência
04/09/2019 -
PEC da Reforma da Previdência recebeu mais de 480
sugestões de emenda
03/09/2019 -
CDH:
Frente parlamentar debaterá nova Previdência com
sindicatos e associações
03/09/2019 -
Em carta centrais pedem mudanças na reforma da
Previdência
03/09/2019 -
Mudanças na CLT defendidas por Bolsonaro prejudicam
trabalhadores
03/09/2019 -
Lançado em São Paulo movimento DireitosJá, de
oposição a Bolsonaro
03/09/2019 -
Reforma da Previdência: mais de 370 emendas
apresentadas ao texto, com votação na quarta
03/09/2019 -
Empresa pode suspender dirigente sindical para
apurar falta grave
03/09/2019 -
Deltan Dallagnol interveio para que instituto
atuasse a favor de Moro
02/09/2019 -
Reprovação a Bolsonaro dispara e 38% já o avaliam
como ruim ou péssimo
02/09/2019 -
Governo propõe salário mínimo de R$ 1.039 em 2020
02/09/2019 -
“Bandidos estão soltos e o presidente Lula está
preso”, diz Paulinho da Força em evento com Toffoli
02/09/2019 -
Um assombroso diagnóstico do mundo do trabalho
02/09/2019 -
Orçamento de Bolsonaro para 2020 tira metade dos
recursos do MEC para pesquisa
02/09/2019 -
CDH continua ciclo de debates sobre Previdência e
trabalho
02/09/2019 -
Greenwald diz que Vaza Jato ainda está mais perto do
começo do que do fim
02/09/2019 -
Mudanças na Previdência são injustas, concordam
debatedores na CDH
02/09/2019 -
Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8% em
julho, diz IBGE
02/09/2019 -
Relator da reforma da Previdência foi sensível ao
acatar emendas, diz Paim
30/09/2019 -
Lula reitera que não irá pedir progressão penal
Na entrevista que concedeu ao Jornal GGN, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático
ao defender sua opinião de que não irá pedir
progressão do seu regime para o semiaberto.
Apesar das opiniões favoráveis dos familiares e da
namorada, a socióloga Rosângela Silva, para que Lula
deixe a masmorra política de Curitiba, onde é
mantido preso há um ano e meio, Lula diz que só sai
com sua inocência plenamente reconhecida pelo poder
Judiciário.
"Não vou pedir progressão. Estou ciente do papel que
estou cumprindo e da canalhice que fizeram comigo.
Quero sair daqui inocente, 100%, como entrei. Estou
aqui por responsabilidade deles", disse Lula na
entrevista ao GGN, concedida aos economistas Luiz
Gonzaga Belluzzo e Eduardo Moreira.
Fonte: Brasil247
30/09/2019 -
Reforma sindical: resistência, confronto de ideias e
propostas
Em defesa dos trabalhadores, o DIAP propõe
reunir as entidades sindicais e assessorias
jurídicas para formular bases para a modernização,
de fato, das relações trabalhistas. Para além da
resistência, é preciso confrontar ideias e
propostas.
Celso Napolitano*
A vontade política do atual governo em enfraquecer a
organização sindical, tendo como pano de fundo a
esdruxula desculpa de novas formas de contratação,
inovação tecnológica ou reestruturação produtiva,
desembocará, inexoravelmente, numa investida
destrutiva na forma de representação dos
trabalhadores.
Essa intenção está explicitada na Portaria 1.001,
que instituiu, unilateralmente, o chamado ‘Grupo de
Altos Estudos do Trabalho’ (Gaet), “com o objetivo
de avaliar o mercado de trabalho brasileiro sob a
ótica da modernização das relações trabalhistas e
matérias correlatas”. O Gaet tem prazo de 90 dias
para apresentar propostas.
Esse Gaet não é representativo. Mas é praticamente
certo que suas propostas serão transformadas em
projetos de lei com o objetivo, entre outros, de
promover mudanças na forma de organização dos
trabalhadores e até nos preceitos constitucionais
celebrados no artigo 8º, que a julgar pela visão do
presidente da República, dos seus assessores e
consultores, tendem a ser prejudiciais às
organizações dos trabalhadores.
Pior será se as entidades sindicais se omitirem
dos debates, por considerar que participar poderá
ter o significado de legitimar o processo.
Na democracia representativa, para garantir o
respeito às decisões dos trabalhadores, influir na
decisão sobre a forma de organização sindical e
impedir o avanço da flexibilização deletéria, o
correto é que o movimento sindical se posicione
unitariamente e dispute a batalha das ideias e da
comunicação, para impor a sua narrativa.
No Estado Democrático de Direito, o importante é que
as lideranças estejam preparadas e se qualifiquem
para o confronto, de modo a não saírem derrotadas
nessa luta, pois, além do poder de mobilização e da
firmeza de propósitos na formulação de propostas, o
resultado dependerá da capacidade de argumentação
perante os demais contendores — governo e
empresários. A omissão não é opção.
Omitir-se é aceitar a derrota por antecipação. Não
participar é, aí sim, legitimar o processo, pois
significará não ter propostas a contrapor, nem
argumentos a debater.
Somente no cenário de decisão por consenso teria
sentido a opção pela não participação nos debates e
pela não formulação de propostas. Nesse contexto, a
ausência de manifestação da representação dos
trabalhadores teria “poder de veto”, interrompendo a
discussão e impedindo mudança. Como não é esse o
processo de tomada de decisão, o exemplo da atuação
na reforma da Previdência está aí para demonstrar
que os debates e os enfrentamentos são inevitáveis e
que é fundamental a participação no processo
decisório. Sem luta, o resultado teria sido muito
pior. Todavia, creio que os danos poderiam ser ainda
menores, caso houvesse participação mais efetiva no
processo de formulação de propostas.
Com essa perspectiva, o DIAP, cumprindo sua
missão institucional de assessorar o movimento
sindical e atuar no encaminhamento e defesa de suas
reivindicações majoritárias e consensuais no
Congresso Nacional, propõe a realização de grande
seminário de estudos, em parceria com o Dieese e com
a participação das centrais sindicais,
confederações, federações, sindicatos e assessores
jurídicos, com a intenção de colocar na frente da
discussão o tema do trabalho, organização e
estrutura sindical, sistematizando os princípios e
fundamentos que deverão orientar a narrativa do
movimento sindical no confronto, em defesa dos
trabalhadores.
Não podemos, não devemos esperar que governo ou seu
Gaet decidam como os trabalhadores devem se
organizar. Devemos defender a democracia,
desenvolver nossa própria ideia de organização e
fazer dessa a bandeira que nos levará ao futuro.
Estou convencido que, ao nos negarmos a debater e
participar do processo de formulação de propostas,
estaremos abrindo mão da oportunidade de defender
nossas posições e de divulgar a nossa narrativa à
opinião pública e aos trabalhadores, disputando a
batalha da comunicação.
O Congresso Nacional é o campo de batalha. Há que
consolidar apoios, convencer indecisos e reverter
contrários, sem, todavia, deixar de atuar no “chão
de fábrica”. O trabalho de base é fundamental para
dar respaldo às lideranças, na defesa dos direitos
dos trabalhadores e da organização sindical como
atores sociais relevantes.
Já passou o tempo da resistência. É chegado o
momento do confronto de ideias e propostas.
(*) Presidente do Diap e da Federação dos
Professores do estado de São Paulo (Fepesp)
Fonte: Diap
30/09/2019 -
Centrais discutem com Rodrigo Maia economia e
estrutura sindical
Amplos setores do sindicalismo defendem construir
pontes com o governo e o Congresso, para tratar de
reforma sindical gestada em Brasília. Passo nesse
sentido foi dado terça (24), quando Centrais e
Confederações patronais se reuniram com Rodrigo
Maia, presidente da Câmara. A pauta incluiu, também,
a retomada do crescimento econômico, com a geração
de empregos.
Pela Força, participaram Miguel Torres, presidente,
e o secretário-geral João Carlos Gonçalves. Segundo
Miguel, é forte a preocupação do movimento sindical
e das entidades patronais com a estagnação
econômica. “Há uma apreensão geral com a questão do
desenvolvimento. O Brasil está parado e isso afeta
duramente a classe trabalhadora”, ele diz.
A organização sindical foi outro tema de pauta.
Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil fez críticas
ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet),
instituído pela Secretaria de Trabalho e Previdência
Social. Para Wagner, apesar de formado por juristas
e pesquisadores, falta ao grupo a representação dos
trabalhadores. “É mais medida autoritária do
governo, que despreza as boas práticas de
participação e o diálogo social”, afirma.
Segundo o cetebista, a ideia é que Centrais e
patronato construam juntos um projeto de organização
sindical. “Vamos tentar deixar divergências de lado
e trabalhar pra apresentar à Câmara nossa proposta o
quanto antes”. Wagner Gomes completa: “Caso o grupo
o Gaet apresente seu projeto antes, Maia se
compromete a incluir nossas sugestões, que serão
construídas”.
Unicidade - O governo defende a quebra da
unicidade sindical na base. Já amplos setores
sindicais combatem o fracionamento da representação
classista e por categoria.
Fonte: Agência Sindical
30/09/2019 -
Atenção e cuidado: aberta uma agenda trabalhista
complexa
É urgente iniciativas articuladas pelas
centrais sindicais de mobilização do movimento
sindical brasileiro. A agenda é extensa na temática
e com impactos profundos na vida dos trabalhadores e
dos sindicatos.
Clemente Ganz Lúcio*
O Conselho Nacional do Trabalho, órgão tripartite
(governo, empregadores e trabalhadores) foi recriado
pelo governo federal no âmbito da Secretaria do
Trabalho do Ministério da Economia. Esse Conselho
tem a atribuição de tratar da proteção do
trabalhador, das condições de trabalho, de segurança
e saúde do trabalho e da revisão de normas.
Complementarmente foi instalado o Grupo de Altos
Estudos do Trabalho (Gaet), coordenado pelo ministro
do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, que
já atuou com o então deputado, hoje secretário
especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,
na elaboração da Reforma Trabalhista contida na Lei
13.467/17. O objetivo do Gaet é propor novas
mudanças na legislação trabalhista para continuar
avançando nesse caminho já iniciado.
O Gaet terá 4 órgãos temáticos que tratarão do
seguinte conteúdo:
GT 1 - Economia e trabalho: (1) eficiência do
mercado de trabalho e das políticas públicas para os
trabalhadores; (2) informalidade; (3) rotatividade;
e (4) futuro do trabalho e novas tecnologias.
GT 2 - Direito do trabalho e segurança jurídica:
(1) simplificação e desburocratização de normas
legais; (2) segurança jurídica; e (3) redução da
judicialização.
GT 3 - Trabalho e previdência: (1)
insalubridade e periculosidade; (2) regras de
notificação de acidentes de trabalho (CAT); (3) nexo
técnico epidemiológico; (4) efeitos previdenciários
de decisões da Justiça do Trabalho; e (5) direitos
do trabalhador decorrentes de benefícios
previdenciários.
GT 4 - Liberdade sindical: (1) formato de
negociações coletivas; (2) representatividade nas
negociações coletivas; e (3) registro sindical.
Os grupos trabalharão, segundo define a Portaria
1.001, de 4/09/19, durante 90 dias. Devem apresentar
os relatórios e as propostas em 60 dias. No demais
30 dias, deverão debater as propostas.
A intenção do governo é enviar ao Congresso
Nacional, já no 1º semestre de 2020, os projetos de
reforma sindical e reformas trabalhistas (PEC e
projetos de leis), assim como tomar as medidas
administrativas cabíveis.
Está em curso agenda que, observadas as declarações
do presidente, ministros e secretários de governo,
virá com muitas mudanças para o mundo do trabalho, a
vida sindical e o sistema de relações laborais, em
linha com a Lei 13.467/17.
É urgente iniciativas articuladas pelas centrais
sindicais de mobilização do movimento sindical
brasileiro. A agenda é extensa na temática e com
impactos profundos na vida dos trabalhadores e dos
sindicatos.
(*) Sociólogo. É diretor técnico do Dieese
Fonte: Diap
30/09/2019 -
Informalidade no mercado de trabalho atinge recorde
Trabalhadores sem carteira assinada totalizaram
11,8 milhões
O mercado de trabalho apresentou aumento dos postos
de trabalho, para 93,6 milhões, e redução da taxa de
desemprego, para 11,8%, no trimestre encerrado em
agosto deste ano. No entanto, essa melhora dos
indicadores tem sido puxada pelo aumento da
informalidade no país.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada
sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores na
informalidade atingiram o recorde de 41,4% do total
da população ocupada no país. Esse é o maior nível
desde que o indicador passou a ser medido em 2016.
Dos 684 mil novos postos de trabalho criados no
trimestre findo em agosto deste ano, 87,1% foram
postos informais, ou seja, trabalhos sem carteira
assinada, trabalhadores por conta própria (sem CNPJ)
e aqueles sem remuneração (ou seja, que ajudam em
negócios da família sem receber salário).
Segundo os dados do IBGE, os trabalhadores sem
carteira assinada totalizaram 11,8 milhões de
pessoas em agosto e aqueles que trabalham por conta
própria somaram 24,3 milhões de trabalhadores. Esses
são os maiores contingentes dos dois indicadores
desde o início da série histórica da Pnad-C,
iniciada em 2012.
De acordo com o IBGE, há um movimento de queda do
número de trabalhadores que contribuem para a
previdência social desde o início do ano. No
trimestre encerrado em agosto, o percentual de
empregados que contribuíram para o INSS foi de
apenas 62,4%.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores
permaneceu em R$ 2.298, estável em relação a maio
deste ano e a agosto do ano passado. A massa de
rendimento real habitual, que é a soma dos
rendimentos recebidos por todos os trabalhadores em
um mês, também ficou estável em R$ 209,9 bilhões.
“Esse aumento na ocupação não foi suficiente para
aumentar a massa de rendimento, porque o emprego
gerado foi voltado para postos de trabalho na área
informal. E é essa massa de rendimento que movimenta
o mercado de trabalho de forma virtuosa”, explicou o
diretor adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
Desalentados
A população subutilizada (ou seja, que está
desempregada, que trabalha menos do que poderia, que
não procurou emprego mas estava disponível para
trabalhar ou que procurou emprego mas não estava
disponível para a vaga) ficou em 27,8 milhões de
pessoas, ou seja, 2,7% a menos do que maio, mas
estável em relação a agosto de 2018.
A taxa de subutilização da força de trabalho chegou
a 24,3%, inferior aos 25% de maio e estável em
relação a agosto do ano passado.
O total de pessoas desalentadas (ou seja, aquelas
que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,7
milhões, 3,9% em relação a maio e estável em relação
a agosto.
O percentual de desalentados em relação à população
na força de trabalho ou desalentada (4,2%) caiu em
relação a maio (4,4%) e ficou estatisticamente
estável frente a agosto de 2018.
Fonte: Agência Brasil
30/09/2019 -
Brasil precisa capacitar 10,5 milhões de
trabalhadores até 2023
Profissões ligadas à tecnologia terão maior
crescimento
O Brasil precisará qualificar 10,5 milhões de
trabalhadores industriais até 2023 para suprir a
demanda de profissões ligadas à tecnologia. A
conclusão consta do Mapa do Trabalho Industrial
2019–2023, lançado pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai) para orientar a
oferta de cursos da instituição nos próximos anos.
Segundo o levantamento, a maior parte desses 10,5
milhões de profissionais ligados à indústria
precisará passar por cursos de reciclagem ou de
aperfeiçoamento, tanto para dar conta da
modernização de postos existentes como para repor
vagas existentes de trabalhadores que se aposentarão
ou se desligarão dos serviços. O estudo, no entanto,
detectou o potencial de criação de 33.453 vagas
relacionadas às mudanças tecnológicas.
Em números absolutos, as maiores gerações de emprego
ocorrerão nas ocupações de instaladores e
reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos
e de comunicação de dados (14.367), operadores de
máquinas de usinagem (5.356) e técnicos mecânicos na
manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos
(3.560). Essas funções exigem nível técnico ou
qualificação de mais de 200 horas.
Em taxas percentuais, o maior crescimento no número
de empregados nos próximos quatro anos deverá
beneficiar o mercado de condutores de processos
robotizados (22,9%), de nível superior. Em seguida,
vêm técnicos em mecânica veicular (19,9%) e mais
duas ocupações de nível superior: engenheiros
ambientais e afins (19,4%) e pesquisadores de
engenharia e tecnologia (17,9%). Os desempenhos são
superiores à estimativa de 8,5% de crescimento dos
empregos na indústria entre 2019 e 2023.
Transversalidade
Em relação à necessidade total de capacitação de
trabalhadores (empregados atuais e novos), o Senai
constatou que as funções transversais, que permitem
ao profissional trabalhar em indústrias de qualquer
área exigirão a maior demanda de formação
profissional. Dos 10,5 milhões de trabalhadores que
precisam ser qualificados, 1,7 milhão atuam nessa
categoria, que abrange profissionais de pesquisa e
desenvolvimento, técnicos de controle da produção e
desenhistas industriais, entre outras carreiras.
As demais ocupações que demandarão formação
profissional nos próximos anos são metalmecânica
(1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e
transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil),
informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil) e
energia e telecomunicações (359 mil). Embora essas
funções se caracterizem por conhecimentos de base
industrial, esses trabalhadores podem atuar tanto na
indústria quanto em outros setores.
Apenas nos empregos de nível superior, as áreas que
mais precisarão de profissionais qualificados até
2023 são informática (368 mil), gestão (254,8 mil),
construção (81 mil), metalmecânica (56,4 mil) e
produção (40,3 mil). No nível técnico, as demandas
se concentram nos segmentos de logística e
transporte (495,2 mil), metalmecânica (217,7 mil),
energia e telecomunicações (181,4 mil),
eletroeletrônica (160,4 mil), informática (160 mil)
e construção (120,9 mil).
Fonte: Agência Brasil
30/09/2019 -
Proposta cria central para facilitar colocação
profissional de jovens no mercado
O Projeto de Lei 4306/19 institui a Central do Jovem
Trabalhador Inovador (CJTI), um sistema nacional que
reunirá informações sobre vagas no mercado de
trabalho e sobre cursos de qualificação profissional
ofertados por instituições públicas e privadas. A
proposta tramita na Câmara dos Deputados.
A CJTI contará com banco de dados para
compartilhamento, entre órgãos de todas as esferas
administrativas (União, estados, Distrito Federal e
municípios), das informações dos jovens que se
inscreverem para cursos ou vagas de emprego.
O projeto altera o Estatuto da Juventude e foi
apresentado pelos deputados Zé Vitor (PL-MG), Aline
Gurgel (Republicanos-AP) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).
Eles afirmam que a central funcionará como um
instrumento de colocação e de capacitação
profissional. O objetivo é melhorar a
empregabilidade dos jovens e combater o desemprego
nessa faixa etária.
Segundo os deputados, dos 13 milhões de
trabalhadores sem emprego e sem trabalho no País,
32% têm entre 18 e 24 anos de idade. "É muita gente
fora do mercado de trabalho, principalmente no
período propício à qualificação profissional",
afirmam os parlamentares na justificativa do
projeto.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; Seguridade Social e Família; e Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
27/09/2019 -
Projeto da carteira de trabalho eletrônica é vetado
por Bolsonaro
O projeto que prevê a emissão eletrônica da Carteira
de Trabalho e Previdência Social (CTPS) foi
integralmente vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em mensagem enviada ao Congresso Nacional, nesta
quinta-feira (26), Bolsonaro afirma que o assunto já
foi tratado pela Lei da Liberdade Econômica (Lei
13874/19), sancionada na semana passada.
Pela lei, a emissão de novas carteiras de trabalho
pela Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia ocorrerá preferencialmente em meio
eletrônico. O documento continuará a ser impresso em
papel apenas em caráter excepcional. Esse texto
difere da proposta vetada, que previa a emissão
eletrônica apenas quando houvesse pedido por escrito
do trabalhador.
O projeto vetado é oriundo do Senado e foi aprovado
na Câmara dos Deputados em junho (PL 7705/14). O
texto alterava a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT, Decreto-Lei 5.452/43).
O veto será analisado agora pelo Congresso Nacional,
que pode derrubá-lo ou mantê-lo.
Fonte: Agência Câmara
27/09/2019 -
Rodrigo Janot revela que foi ao STF armado para
assassinar Gilmar Mendes
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot
disse nesta quinta-feira, 26, que chegou a ir armado
para o Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção
de assassinar o ministro Gilmar Mendes.
“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia
matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou
Janot ao jornal O Estado de S. Paulo.
Em maio de 2017, Janot pediu o impedimento de Gilmar
na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com
o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar
Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que
advogava para o empresário.
Ao se defender em ofício à então presidente do STF,
Gilmar afirmou que a filha de Janot – Letícia
Ladeira Monteiro de Barros – advogava para a
empreiteira OAS em processo no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o
ministro, a filha do ex-PGR poderia na época “ser
credora por honorários advocatícios de pessoas
jurídicas envolvidas na Lava Jato”.
“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de
suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma
história que a minha filha advogava na parte penal
para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca
advogou na área penal... e aí eu saí do sério”,
afirmou o ex-procurador-geral.
Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da
sessão, e encontrou Gilmar na antessala do cafezinho
da Corte. “Ele estava sozinho”, disse. “Mas foi a
mão de Deus. Foi a mão de Deus”, repetiu o
procurador ao justificar por que não concretizou a
intenção. “Cheguei a entrar no Supremo (com essa
intenção)”, relatou. “Ele estava na sala, na entrada
da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’
mesmo”.
Fonte: Brasil247
27/09/2019 -
Paulo Paim critica flexibilização dos direitos
trabalhistas
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta
quinta-feira (26), em Plenário, a flexibilização das
relações trabalhistas. Para o parlamentar, ao
contrário do que o governo alega, o número de
contratações não aumentou. O que aconteceu, diz
Paim, foi a extinção dos contratos formais, o que
gerou mais vagas para o trabalho na modalidade
intermitente, em que o trabalhador não tem horário
nem salário fixo garantidos.
Essa medida, na visão do senador, fez com que o
cidadão destine um tempo maior para as atividades
profissionais para manter a renda, deixando de lado
o cuidado com o lazer, o cultivo da espiritualidade
e das relações de amizade.
— Não é retirando direitos do trabalhador do campo,
da cidade, da área pública ou da privada, como vai
acontecer na reforma da Previdência e como já
aconteceu na reforma trabalhista, que nós vamos
melhorar a qualidade de vida das pessoas — disse.
Fonte: Agência Senado
27/09/2019 -
Toffoli suspende julgamento e vai propor aplicação
limitada – o que pode atingir os direitos de Lula
O Supremo Tribunal Federal retomou nesta
quinta-feira (26) o julgamento de um habeas corpus
que defende que réus delatados deveriam apresentar
alegações finais após os réus delatores em ação
penal. A sessão foi suspensa com um placar de 6
votos a 3 a favor do recurso que argumentava que
réus delatados devem falar por último no processo,
formando maioria pela possibilidade de anulação de
sentenças da Lava Jato.
O julgamento trata especificamente do caso de Márcio
de Almeida Ferreira, ex-gerente da Petrobras, em
razão da tese aberta no caso do ex-presidente da
Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que
teve sua sentença anulada pela mesma Corte. Por se
tratar de habeas corpus, não tem repercussão geral,
mas deverá servir de orientação para todo o
Judiciário.
O relator da matéria, ministro Edson Fachin, votou
contrário à tese, que pode levar à anulação de
sentenças da Operação Lava Jato. O voto foi
realizado na sessão desta quarta, quando foi
iniciado o julgamento. Nesta quinta, Fachin foi
seguido pelos votos de Luis Roberto Barroso, Luiz
Fux e parcialmente Cármen Lúcia.
Primeiro ministro a votar nesta tarde, Alexandre de
Moraes abriu divergências com o voto de Fachin.
"Interesse do corréu é a sua absolvição. Se precisar
instigar o juiz contra o outro corréu, ele o fará,
mas o interesse processual do corréu é sua
absolvição. Interesse do delator não é sua
absolvição, porque ele já fez acordo", argumentou.
"O direito de falar por último no processo criminal
é do corréu delatado", disse Moraes.
A ministra Rosa Weber acompanhou Moraes na
divergência, assim como Gilmar Mendes, Ricardo
Lewandowski e Celso de Mello.
A ministra Cármen Lúcia concordou que o réu delatado
deve se manifestar por último, mas entendeu que no
caso em questão não houve prejuízo ao réu.
Após a análise do recurso, que ainda não foi
concluída, os ministros passaram a discutir se a
tese poderia ser aplicada a outros casos.
O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli,
suspendeu o julgamento e disse que a discussão será
retomada na próxima quarta-feira 2. Ele já
antecipou, porém, que vai propor aplicação limitada
– o que pode atingir os direitos do ex-presidente
Lula.
Fonte: Brasil247
27/09/2019 -
Humberto Costa critica política econômica do governo
Bolsonaro
O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou nesta
quinta-feira (26), em Plenário, a inoperância do
governo federal em relação à política econômica. A
população mais pobre tem sentido ainda mais os
efeitos da crise, devido ao desmonte acelerado dos
programas sociais, alertou. De acordo com ele, os
moradores da Região Nordeste são os mais
prejudicados.
— Não temos as ações do governo federal importantes
para a retomada econômica do Brasil e do Nordeste. A
política econômica deste governo se apoia em três
pilares: cortar investimentos, retirar direitos e
pedir tempo para que essa combinação trágica surta
algum resultado. Melhora na condição de vida, não
virá nenhuma. Quanto mais tempo este governo tiver,
menos investimentos e menos direitos haverá. É por
isso que ele tem de acabar o quanto antes —
declarou.
Para o senador, os governos dos presidentes Lula e
Dilma Rousseff agiram decisivamente para equilibrar
a Federação e oferecer oportunidades às áreas mais
periféricas. Mas com Bolsonaro, disse, o Nordeste
perdeu prioridade e, com isso, os reflexos para a
região são extremamente nocivos.
Humberto ressaltou ainda os esforços dos estados
nordestinos diante do atual cenário e os resultados
expressivos obtidos — que, na avaliação dele,
poderiam ser melhores, caso o governo federal
tivesse uma política de Estado para a retomada da
economia.
Fonte: Agência Senado
27/09/2019 -
CDH realiza audiência pública para debater a PEC
Paralela da Previdência
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza
audiência pública na próxima segunda-feira (30), às
9h, com a temática “Previdência e Trabalho”, com
foco na PEC Paralela (PEC 133/2019). A reunião faz
parte do ciclo de audiências sobre Previdência e
trabalho proposto pelo presidente do colegiado,
senador Paulo Paim (PT-RS).
PEC Paralela
A reforma da Previdência (PEC 6/2019) aguarda a
votação de emendas de Plenário na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se houver
mudanças no Senado, o texto volta à Câmara. Para
evitar o retorno da matéria, um grupo de senadores
apresentou a PEC Paralela, que reúne pontos não
incluídos na proposta original.
O relator da PEC 6/2019, senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), deve manter o texto principal como veio
da Câmara, apenas com algumas supressões de
dispositivos, como o do Benefício da Prestação
Continuada (BPC), alteração que não resultaria em
nova análise pelos deputados. Outras mudanças
ficarão no texto paralelo.
Além da inclusão de estados e municípios, a PEC
Paralela deve trazer a garantia de que a pensão por
morte nunca seja inferior a um salário mínimo; o
aumento do percentual acrescido à pensão por
dependentes menores de idade; e a cobrança de
contribuições previdenciárias de entidades
filantrópicas, do agronegócio exportador e do
Simples, regime simplificado de tributação para
pequenas empresas.
Os senadores da oposição criticaram a medida, pois
ela poderia perder força ao se desvincular do texto
principal e prejudicar as mudanças na reforma que
ficaram pendentes. Crítico da proposta, Paulo Paim
disse que o tema exige discussão aprofundada, tendo
em vista que as alterações na Previdência mexem com
a vida de todos os brasileiros.
Convidados
Para a audiência pública foram convidados Diego
Monteiro Cherulli, secretário-geral do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP); João
Domingos, presidente da Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil (CSPB); Israel Arimar de Moura,
representante do Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Belo Horizonte (Sindibel); Paulo
Fossatti, presidente da Associação Nacional de
Educação Católica do Brasil (Anec); Denise de Paula
Romano, representante do Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de MInas Gerais (Sind-UTE/MG);
Flávio Toneli Vaz, assessor técnico do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP);
Maria Lucia Fattorelli, coordenadora geral da
Auditoria Cidadã da Dívida Pública; e representantes
da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia e da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).
A reunião será realizada na sala 6, da Ala Nilo
Coelho, e contará com a possibilidade de
participação popular através do Portal e-Cidadania –
link: www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô
Senado, no número 0800612211.
Fonte: Agência Senado
27/09/2019 -
Empresários cobram sistema único para informações
sobre trabalhadores
Representantes de empresários manifestaram
preocupação com a possibilidade de a Receita Federal
manter uma plataforma de informações sobre os
trabalhadores separada do sistema E-Social. A
simplificação do E-Social foi discutida nesta
quinta-feira (26) na Comissão de Desenvolvimento
Econômico da Câmara.
Diretora de gestão e produtos da Associação
Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação
e Comunicação, Valquíria Cruz disse que recentemente
a Receita Federal comunicou que as informações
previdenciárias e tributárias teriam que ser
inseridas em um sistema diferenciado do usado para
as informações trabalhistas.
O E-Social foi criado em 2014 para acolher as
informações de empregadores domésticos, mas vem
sendo gradualmente ampliado para todas as empresas.
Valquíria explicou que o setor empresarial teve que
fazer vários investimentos para se adequar ao
E-Social, mas que isso tudo foi feito com o objetivo
de ter um sistema simplificado e centralizado. Ou
seja, para eliminar que os mesmos dados fossem
inseridos várias vezes.
"Ao separar os sistemas, o processo no RH da empresa
tem que ser modificado. Eles teriam que trabalhar
com dois sistemas, em vez de um sistema apenas, no
qual eles trabalharam nos últimos dois anos para
estabilizar e executar".
Hoje o E-Social tem quase 40 milhões de
trabalhadores e quase 6 milhões de empresas. O
representante do Ministério da Economia na
audiência, Fábio Pina, informou que a Receita
Federal ainda não ocupou a sua vaga no comitê gestor
do E-Social e pediu aos deputados e associações
empresariais que façam um movimento para obter
explicações da Receita sobre a questão.
Segundo ele, a Receita alega que perderia
arrecadação unificando os sistema. "Eu acho muito
difícil, se eles tiverem razão, que pessoas
razoáveis não entendam". Procurada pela reportagem,
a Receita Federal ainda não se manifestou.
O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), um dos autores
do pedido para o debate, disse que é importante
manter a ideia inicial do E-Social: um banco de
dados único por meio do qual todos todos pudessem
ter acesso às informações. “O empresário vai ter que
ficar mandando (informações) em dobro e ainda em
sistemas diferentes?", indagou.
Coordenador-Geral do e-Social no Ministério da
Economia, João Paulo Machado, também disse que nos
próximos dias serão publicadas portarias,
desobrigando as empresas do envio de pelo menos 15
informações para programas diferentes do governo,
pois esses dados já podem ser obtidos no E-Social.
Um exemplo é o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), que reúne dados sobre
admissões e demissões no mercado formal de trabalho.
Machado ainda informou que a plataforma ficará mais
amigável para as empresas e para os empregadores
domésticos, que terão acesso a atendentes virtuais e
tutoriais.
Fonte: Agência Câmara
27/09/2019 -
CDH mantém multa para diferença salarial entre
homens e mulheres
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) rejeitou nesta
quinta-feira (26) três emendas de Plenário ao
Projeto de Lei da Câmara (PLC 130/2011) que
estabelece multa para combater a diferença de
remuneração entre homens e mulheres. As emendas, que
já haviam sido rejeitadas pela Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), seguem para a análise da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).
Ao longo de quase dez anos de tramitação no Senado,
o PLC 130/2011 chegou a ser aprovado pela CAS e pela
CDH. Também passou por análise da CAE, que,
entretanto, não chegou a votá-lo. A matéria foi
desarquivada este ano a pedido do senador Paulo Paim
(PT-RS), relator na CAS e agora na CDH.
Emendas
O PLC 130/2011 altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.425, de 1943) para
estabelecer multa, em favor da trabalhadora vítima
de discriminação, equivalente a cinco vezes o valor
diferença salarial constatada durante o período de
contratação. As três emendas de Plenário pretendiam
promover mudanças justamente na fixação dessa multa
imposta ao empregador.
A primeira emenda defendia mudança no valor da
multa, considerando que carecia de “razoabilidade”.
Paim a rejeitou por considerar que a mudança
sugerida “falha ao não compreender o duplo caráter
educativo e punitivo da multa estabelecida”.
A segunda emenda substituía a multa em favor da
trabalhadora por multa administrativa de 3% sobre o
valor da diferença apurada. O senador também a
recusou por entender que a mudança não só reduz
drasticamente o valor da penalidade, como diminui
“sobremaneira sua eficácia pedagógico-punitiva”.
A terceira emenda condicionava a imposição da multa
à exigência de identidade de funções entre
empregados homens e mulheres com discrepância
salarial. Paim julgou o comando desnecessário, já
que essa previsão está contida no PLC 130/2011 e,
portanto, é um elemento a ser levado em conta para a
aplicação da pena financeira.
Voto em separado
A senadora Juíza Selma (Podemos-MT) apresentou um voto
em separado com emenda substitutiva. A intenção era
estabelecer diferenças entre os aspectos punitivo e
indenizatório da multa.
De acordo com o voto em separado, a multa
administrativa seria fixada em 3%, enquanto a
indenização continuaria sendo regida pela CLT. No
artigo 461, a legislação em vigor atribui ao juiz a
competência para determinar, além do pagamento das
diferenças salariais devidas, multa no valor de 50%
do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
“Aproveitamos, dessa forma, os aspectos meritórios
das três emendas, inclusive a aplicabilidade da
prescrição, de modo que o conteúdo de umas preencha
as lacunas das outras, escoimando-se os vícios ora
apontados, já identificados também pela CAS”,
afirmou. O voto em separado de Juíza Selma não
chegou a ser analisado, uma vez que a CDH aprovou o
relatório do senador Paulo Paim.
Fonte: Agência Senado
26/09/2019 -
Após reforma trabalhista, 15% das vagas criadas são
intermitentes
Previsão do governo de criar 2 milhões de postos
está longe de ser alcançada
Desde a entrada em vigor da nova lei trabalhista, em
novembro de 2017, até julho deste ano, foram criadas
101,6 mil vagas na modalidade de trabalho
intermitente, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da
Economia. O número de postos gerados representa
15,4% do total de vagas criadas no período no país
(660.390) - ou seja, quase uma em cada seis vagas
criadas foi para a modalidade de contrato
intermitente.
Ainda assim, até agora as contratações na modalidade
estão bem abaixo da expectativa divulgada pelo
governo na época da criação da modalidade, de criar
2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por
mês. Enquanto isso, o país tem 12,6 milhões de
pessoas desempregadas, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde a criação do trabalho intermitente, o saldo de
vagas da modalidade foi positivo em todos os meses
até agora - diferente do total de vagas formais, que
chegou a registrar quedas bruscas em alguns
momentos.
O contrato de trabalho intermitente é uma prestação
de serviços em períodos alternados, e o trabalhador
é remunerado de maneira proporcional, somente pelo
período trabalhado. Além disso, a prestação de
serviços esporádica deve ser registrada em carteira
e há direitos trabalhistas previstos como férias e
13º proporcionais e depósito do FGTS.
As empresas, no entanto, apesar de colocarem vários
anúncios de vagas intermitentes em sites de emprego,
preferem não falar sobre o assunto. A cautela vem do
fato de a forma de contratação ainda gerar dúvidas e
estar sendo contestada na Justiça. No Supremo
Tribunal Federal (STF), por exemplo, há cinco ações
diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contestando
a modalidade. Uma delas é da Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), que
representa 5 milhões de pessoas.
Na ação, a entidade alega que não há garantia de que
o intermitente receberá o salário mínimo nem o
equivalente ao recebido pelo funcionário da empresa.
Por isso, a contratação seria uma forma de empregar
mão de obra por um custo menor para realizar o mesmo
trabalho dos demais.
A CNTI elenca ainda a necessidade de o trabalhador
pagar a diferença ao INSS em caso de receber menos
de um salário mínimo - o equivalente a 8% entre o
salário recebido e o salário mínimo. "Caso o
trabalhador não complemente a contribuição, o mês
trabalhado não entra no cálculo para aposentadoria e
ele também não terá direito a benefícios
previdenciários", afirma na ação.
Por outro lado, o Tribunal Superior do Trabalho
(TST) deu razão ao Magazine Luíza após o Tribunal
Regional do Trabalho de Minas Gerais considerar nulo
o contrato intermitente de um assistente de loja da
empresa. O entendimento do TRT de MG foi de que a
contratação não deveria servir para atividades
rotineiras e contínuas dentro de uma empresa, mas
somente em caráter excepcional para não promover a
precarização dos direitos do trabalhador.
Mas, para o TST, o trabalho intermitente assegura
direitos básicos a trabalhadores que se encontram na
informalidade, vivendo de "bicos", sem carteira
assinada e sem garantia de direitos trabalhistas
fundamentais, além de combater o desemprego, por
causa da flexibilização da forma de trabalho e de
remuneração. "Não gera precarização, mas segurança
jurídica a trabalhadores e empregadores, com regras
claras, que estimulam a criação de novos postos de
trabalho", disse o tribunal na decisão.
A Magazine Luiza tem atualmente 4,2 mil pessoas
contratadas no regime intermitente. "Elas são vitais
para garantir que o nível de atendimento do Magazine
Luiza permaneça alto, mesmo em eventos como Natal,
Black Friday, dia dos pais ou promoções criadas pela
empresa, quando o número de clientes nas lojas
aumenta muito", informa a empresa.
Segundo a varejista, a modalidade de contratação
também é utilizada como banco de talentos. Cerca de
1,8 mil funcionários que entraram na empresa como
intermitentes foram efetivados e contratados para
cumprir a jornada clássica de 44 horas semanais.
Os setores de comércio e serviços respondem por 72%
das vagas intermitentes abertas em 21 meses da lei
trabalhista. O setor de serviços concentra a maior
parte das vagas: 47% do total (47.661), seguida pelo
comércio, com 25% (25.386).
No entanto, empresas varejistas e de serviços como
Renner, Grupo Big (Walmart), Caedu e Park Índigo,
apesar de anunciarem vagas intermitentes em sites de
emprego, preferem não falar sobre o assunto.
Fonte: GazetaWeb
26/09/2019 -
Bolsonaro aparece em queda em nova pesquisa Ibope
Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a nova
pesquisa Ibope, que será divulgada no final do dia,
aponta que estão em baixa a popularidade do governo,
a confiança e a aprovação da população na maneira de
Jair Bolsonaro governar.
“Encomendada pela CNI, será divulgada oficialmente
no final do dia e mostrará todos os indicadores do
presidente ligeiramente abaixo dos registrados na
pesquisa anterior, realizada em junho. Esta, por sua
vez, já assinalara uma queda ante a pesquisa feita
em abril, a primeira do Ibope no governo Bolsonaro”,
revela o colunista.
Esse é o retrato que emerge da nova pesquisa Ibope,
feita entre os dias 19 e 22 de setembro.
O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre
19 e 22 de setembro. O levantamento anterior havia
sido realizado de 20 e 26 de junho. A margem de erro
é de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
A confiança em Bolsonaro também minguou. Os que
disseram "confiar" no presidente foram 42% dos
entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51%
(caiu para 46% em junho). Do outro lado, 55%
disseram "não confiar" em Bolsonaro (eram 45% em
abril e 51% em junho)
Confira os números:
*A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo era de
35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em
31%.
* A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua
vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em
setembro chegou a 34%.
*Os que consideram o governo "regular" são 32% (eram
31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não
sabem ou não quiseram responder somaram 3%.
Alcançou também um patamar inédito o percentual
daqueles que desaprovam a maneira de Bolsonaro
governar — a metade da população, segundo o Ibope:
*50% não aprovam (eram 40% em abril e 48% em junho).
Aqueles que aprovam somam 44% (eram 51% e 46% nas
pesquisas anteriores). Um total de 6% não quiseram
responder.
Fonte: Portal Vermelho
26/09/2019 -
CNI-Ibope aponta política econômica de Paulo Guedes
como um fracasso para os brasileiros
A pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira
mostrou que o brasileiro já ultrapassou o limite da
paciência com Paulo Guedes, ministro da Economia. O
índice de entrevistados que desaprova a gestão de
impostos do governo federal chegou a 62%, o pior
resultado. A política de juros é desaprovada por 61%
e o combate ao desemprego é criticado por 59% dos
entrevistados.
A reportagem do portal Uol ainda indica outros
insucessos do governo: "a desaprovação do governo
federal também aumentou na área ambiental. O assunto
esteve na imprensa com a polêmica internacional por
conta das queimadas na Amazônia, e o índice de
brasileiros que desaprovam gestão do meio ambiente
passou de 45% para 55%, a maior oscilação das nove
áreas incluídas no questionário."
Na comparação com Temer, Bolsonaro vai conquistando
a proeza de se aproximar da rejeição que Michel
Temer construiu para si, depois do golpe contra a
democracia: "outro dado que aponta perda de
popularidade de Jair Bolsonaro no Sul é a comparação
de sua administração com o governo de Michel Temer.
O percentual dos que avaliam que o presidente está
sendo melhor que seu antecessor caiu de 63% para 45%
entre junho e setembro."
Fonte: Brasil247
26/09/2019 -
Raoni defende saída de Bolsonaro "antes que algo
muito ruim aconteça"
Cacique Raoni Metuktire é recebido na Câmara por
parlamentares de diferentes partidos após ser alvo
do ódio e desrespeito de Bolsonaro na ONU. Deputados
expressam apoio à liderança indígena e reforçam sua
indicação ao Prêmio Nobel da Paz.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Um dia após ter sido atacado por Bolsonaro em
discurso na Assembleia Geral da ONU, o cacique Raoni
Metuktire foi recebido por parlamentares de
diferentes partidos no Parlamento. Conhecido por
defender a preservação do meio ambiente e os
direitos dos povos indígenas, Raoni foi classificado
por Bolsonaro de “peça de manobra”. Segundo o
presidente, o líder indígena é usado por
estrangeiros para que eles avancem sobre a Amazônia.
Na tentativa de deslegitimar uma das maiores
lideranças indígenas do país, Bolsonaro ampliou os
holofotes de Raoni. A coletiva desta quarta-feira
(25) foi disputada por jornalistas, aliados,
indigenistas e ambientalistas. Ao som de “Raoni,
sim, Bolsonaro, não”, uma multidão entrou no Salão
Verde da Câmara dos Deputados para escutar a
primeira manifestação pública de Raoni após o
discurso de Bolsonaro.
Em uma fala tranquila, Raoni afirmou que não tem a
intenção de ofender ninguém, que sua fala é pelo
“bem-viver” e que sua luta é pela preservação do
meio ambiente para todos.
“Meu pensamento é pela paz. Bolsonaro falou que não
sou uma liderança, mas ele que não é uma liderança e
tem que sair. Antes que algo de muito ruim aconteça
ele tem que sair, para o bem de todos”, disse Raoni.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), destacou a importância do ato. “Essa é a
primeira manifestação pública do cacique Raoni
depois do desastre diplomático e político do
Bolsonaro na ONU. É importante que o Parlamento o
acolha como uma representação autêntica dos povos
indígenas. Não reconhecemos lideranças que não
representam de fato os povos indígenas. Raoni
constrói sua luta há anos”, apontou.
Ao eleger Raoni como inimigo, Bolsonaro reforça sua
atuação contra os interesses dos povos originários.
Para o cacique Megaron Txucarramãe, Bolsonaro
“promoveu” seu tio. “Ele falou na ONU para todo
mundo. Raoni já era reconhecido, será muito mais
agora. Ele promoveu meu tio, mas ele [Raoni] vai
continuar defendendo os indígenas, a Amazônia e o
meio ambiente”, afirmou o líder indígena.
Representando as mulheres xinguanas, Kaiulu
Yawalapiti afirmou que Raoni é “símbolo de
resistência e paz” e que o discurso de Bolsonaro não
tirará a liderança dele. “Ele nasceu liderança e vai
morrer liderança. Tem história de vida e luta na
preservação do meio ambiente e da cultura indígena”,
disse.
Raoni também participou de reunião do Fórum Nacional
Amplo em Defesa da Amazônia, que reúne lideranças
políticas, entidades indígenas e indigenistas,
organizações não-governamentais, entidades
estudantis, entre outras.
Na reunião, Raoni reafirmou sua luta e provocou o
presidente da República. “Eu sou uma liderança do
meu povo e vou continuar minha luta. Bolsonaro é um
louco.”
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) disse que os
ataques de Bolsonaro deixam claro a disputa entre
dois projetos de país: o dos que defendem a Amazônia
e o dos que querem sua destruição. “No Palácio está
quem comanda a destruição da Amazônia. Precisamos de
Raoni. Raoni para resistir”, bradou.
Os parlamentares pediram ainda desculpas a Raoni
pelo discurso de Bolsonaro e reforçaram sua
indicação ao Prêmio Nobel da Paz.
Mais tarde, o líder indígena foi recebido pelo
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O parlamentar se comprometeu a não pautar projetos
que retirem direitos dos povos indígenas.
Fonte: PCdoB na Câmara
26/09/2019 -
Fachin nega recurso que pode anular processos da
Lava Jato
Relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o
ministro Edson Fachin votou contra o recurso que
trata da ordem das alegações finais dos réus em um
processo e pode afetar uma das sentenças do
ex-presidente Lula. A sessão foi concluída após o
voto de Fachin.
Após o voto que durou três horas e tomou toda a
sessão, o julgamento foi suspenso e a sessão
encerrada. Na tarde desta quinta (26), o colegiado
retoma a análise do caso com o voto do ministro
Alexandre de Moraes.
O julgamento discute a ordem de apresentação das
alegações finais por parte de corréus colaboradores
e não colaboradores em ação penal e tem o poder de
anular sentenças da operação Lava Jato, incluindo a
do ex-juiz Sérgio Moro que mantém preso há mais de
um ano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua explanação, Fachin argumentou que se estaria
diante de um debate que não diz respeito a uma
questão entre acusação e defesa, mas entre defesa e
defesa. "Haveria ilegalidade ou abuso de poder ao
não se cumprir regra legal expressa que não
existe?", indagou.
"A lei processual diferencia os momentos do MP e da
defesa. Não distingue entretanto o momento de
participação entre as defesas em razão de eventual
postura colaborativa por parte de uma das partes. Há
regra ao contrário, porque entende que o corréu não
é assistente de acusação", disse.
"A ordem de apresentação de alegações finais por
acusação e defesa é para estabelecer um mínimo de
equilíbrio de forças. Paridade de armas. Mas esta
lógica não se transfere mecanicamente à colaboração
premiada. Delação deve ser analisada para ver se é
ou não eficiente", concluiu o ministro.
Fonte: Brasil247
26/09/2019 -
Brasil tem quinto mês consecutivo com saldo positivo
de emprego
No melhor agosto desde 2013, Caged registra 121
mil postos de trabalho
Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil teve um saldo
positivo na geração de emprego formal. Em agosto, o
número de vagas adicionais no mercado de trabalho
foi 121.387, que é o saldo positivo decorrente
1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. As
informações são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira
(25) pela Secretaria de Trabalho da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia.
O resultado de agosto representa uma variação de
0,31% em relação ao mês anterior. Foi o melhor
resultado para o mês de agosto desde 2013, segundo
os números. No acumulado de 2019 foram criados
593.467 novos postos, com variação de 1,55% do
estoque do ano anterior. No mesmo período de 2018
houve crescimento de 568.551 empregos.
Entre os principais setores da economia, quatro
tiveram saldo positivo de emprego e em dois houve
mais fechamento de vagas no mês encerrado em agosto.
Lidera o número de empregos gerados a área de
serviços (61.730 postos), seguida por comércio
(23.626), indústria de transformação (19.517),
construção civil (17.306), administração pública
(1.391) e extrativa mineral (1.235). Apresentaram
saldo negativo a agropecuária (-3.341 postos) e os
serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77
postos).
Fonte: Agência Brasil
26/09/2019 -
Projeto susta norma do governo que instituiu
comissão tripartite trabalhista
O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 570/19 susta
parte do decreto do governo Bolsonaro que instituiu
o Conselho Nacional do Trabalho (CNT) e a Comissão
Tripartite Paritária Permanente (CTPP). A proposta
tramita na Câmara dos Deputados.
Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), que apresentou o
projeto junto com outros seis membros da bancada do
PT, o Decreto 9.944/19 esvaziou todas as instâncias
construídas ao longo das últimas décadas para
regulamentar as relações capital-trabalho, além de
extrapolar o poder regulamentar do Executivo.
Publicada em julho, a norma fez parte de um conjunto
de medidas anunciadas pelo governo para atualizar as
regras trabalhistas.
Mudança
O deputado criticou especialmente a parte do decreto
que retira o caráter deliberativo da comissão, que
se tornou uma instância de elaboração de estudos
sobre segurança e saúde no trabalho. A CTPP foi
criada para substituir a Comissão Tripartite de
Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), que era
responsável criar e revisar as Normas
Regulamentadoras (NRs) trabalhistas.
Bohn Gass também criticou o dispositivo do decreto
que revogou a participação da comissão tripartite na
Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST).
“A redução das atribuições da comissão é nítido
retrocesso social”, disse o deputado. “Essa redução
abusiva e unilateral, é em si uma afronta à
participação conquistada até aqui.”
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois seguirá para o Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
26/09/2019 -
Cálculo da aposentadoria deve considerar como
atividade principal aquela que gera renda maior
Quando o segurado que exerceu atividades
concomitantes não tiver acumulado em nenhuma delas,
de forma isolada, tempo de contribuição suficiente
para se aposentar, será considerada como atividade
principal, para fins de cálculo do benefício, aquela
que lhe trouxer o maior proveito econômico.
O entendimento foi reafirmado pela Primeira Turma do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a qual o
salário de valor mais alto deve ser usado como base
para a aposentadoria, pois é o que garante a
subsistência do segurado e, portanto, atinge o
objetivo primordial do benefício previdenciário: a
substituição da renda do trabalhador.
O caso analisado teve origem em ação ajuizada contra
o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o
propósito de revisão do cálculo da renda mensal
inicial.
O segurado requereu a utilização dos salários de
contribuição na qualidade de contribuinte individual
no período de dezembro de 1995 a março de 1996, e
dos salários de contribuição na condição de
empregado entre abril de 1996 e novembro de 1998.
Pedido improcedente
Segundo os autos, o recorrente iniciou sua atividade
como empregado em 1964, na prefeitura de Águas de
Prata (SP), e posteriormente trabalhou em um banco.
Em 1986, declarou-se empresário e, logo em seguida,
também proprietário rural. Dez anos mais tarde, em
1996, voltou a ser empregado. Entre uma e outra
atividade, ocorreram duplas contribuições, inclusive
excedentes ao teto permitido por lei.
Em primeira instância, o pedido de revisão foi
julgado improcedente. O Tribunal Regional Federal da
3ª Região (TRF3) considerou que o segurado
contribuiu por mais tempo como contribuinte
individual do que como empregado; desse modo, deve
ser mantida a sentença de improcedência, pois não se
constata qualquer irregularidade no cálculo do
benefício.
No recurso especial, o recorrente pediu a reforma do
acórdão do TRF3 para determinar que o INSS revisasse
a sua aposentadoria tendo como base a atividade
principal – aquela que possui as contribuições mais
vantajosas, no caso de atividades concomitantes.
Tempo incompleto
O relator do recurso no STJ, Napoleão Nunes Maia
Filho, ressaltou que, de acordo com os termos do
artigo 32 da Lei 8.213/1991, "será considerada como
atividade principal, para fins de cálculo do valor
do salário de benefício, aquela na qual o segurado
reuniu todas as condições para a concessão do
benefício".
Destacou, entretanto, que no caso em análise o
segurado não completou o tempo de contribuição
suficiente para se aposentar em nenhuma das duas
atividades. O ministro afirmou que, nessas
situações, o salário de benefício será calculado com
base na soma do salário de contribuição da atividade
principal e de um percentual da média do salário de
contribuição da atividade secundária. Ele mencionou
o REsp 1.664.015 e o agravo regimental no REsp
1.412.064, nos quais se aplicou essa mesma tese.
O ministro explicou ainda que "atividade secundária
seria aquela que complementa a renda da atividade
principal e, por essa razão, o salário de
contribuição maior deve ser aquele indicado no
cálculo da média como atividade principal".
Sendo assim, o colegiado decidiu, por unanimidade,
pela reforma do acórdão recorrido e pelo retorno dos
autos ao tribunal de origem para que prossiga no
julgamento a partir do entendimento do STJ.
Fonte: STJ
25/09/2019 -
Bolsonaro assina lei que cria imposto sobre férias,
13º e horas extras
A medida tem o objetivo de acabar com a prática
de estabelecer valores negociados em acordos
trabalhistas como "indenização", obrigando empresas
a pagarem impostos
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou uma lei
na última sexta-feira (20) que altera a cobrança de
imposto sobre valores recebidos por trabalhadores em
acordos trabalhistas, sejam judiciais ou não. A
medida afeta benefícios como férias, 13º salário e
horas extras.
Aprovada em agosto pelo Senado e em setembro pela
Câmara, a lei 13.876 estabelece que os valores de
acordos trabalhistas não poderão ser mais declarados
apenas como indenizatórios se houver também questões
de natureza remuneratória envolvidas, o que inclui
férias, 13º salário e horas extras.
Portanto, a medida tem o objetivo de acabar com a
prática de estabelecer todo o valor negociado como
indenização – caso de danos morais, prêmios e
bonificações -, prática comum para evitar ou
diminuir a cobrança de impostos, como contribuição
previdenciária e Imposto de Renda.
Agora, as verbas só podem ser classificadas como
indenizatórias caso o pedido original se refira
exclusivamente a verbas dessa natureza. Com relação
às verbas de natureza remuneratória, a lei coloca
que não poderão ter como base de cálculo valores
mensais inferiores ao salário mínimo ou ao piso
salarial da categoria, caso exista. Os tributos
também não devem ser calculados sobre valores
menores que a diferença entre o valor devido pelo
empregador e o efetivamente já pago ao trabalhador.
Fonte: Revista Forum
25/09/2019 -
Em derrota para Bolsonaro e Moro, Congresso derruba
18 vetos à lei de Abuso de Autoridade
Em votação conjunta, o Congresso Nacional derrubou
nesta terça-feira (24) 18 dos 33 pontos vetados por
Jair Bolsonaro na Lei de Abuso de Autoridade, numa
derrota política para Jair Bolsonaro e também para o
ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Com isso, esses trechos reinseridos pelos
parlamentares, que equivalem a 10 artigos, passam a
valer desde já como lei. Já os vetos de Bolsonaro
mantidos pelo Congresso ficam definitivamente fora
da lei.
Entres os vetos derrubados está o que permite ao
ofendido entrar com uma ação penal privada contra a
autoridade, se o Ministério Público se omitir.
Outros pontos que voltarão a valer são o que tornam
crime de abuso de autoridade a decretação,
substituição ou relaxamento de prisão irregular;
constranger preso a produzir prova contra si;
insistir em interrogatório de pessoa que invoque o
exercício do direito ao silêncio ou a presença de
advogado; deixar de se identificar ao preso; impedir
a comunicação com advogado; e negar acesso aos autos
ao advogado.
A sessão foi antecipada em uma semana , por decisão
de Alcolumbre, depois da Operação da Polícia Federal
(PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão no
gabinete do líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), acusado de receber propina
no período em que foi ministro da Integração
Nacional.
Fonte: Brasil247
25/09/2019 -
Governo faz revisão de normas de segurança e saúde
no trabalho
A modernização de três normas foi publicada nesta
terça-feira (24) no Diário Oficial da União pela
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do
Ministério da Economia.
Estão com nova redação a Norma Regulamentadora NR-3,
sobre embargo e interdição; a NR-24, que trata das
condições de higiene e conforto nos locais de
trabalho; e a NR-28, de fiscalização e penalidades.
Com isso, chega a seis o número de normas sobre
segurança e saúde dos trabalhadores nas empresas que
já passaram por revisão este ano.
Modernização
Segundo a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, a modernização das 36 normas reguladoras
em vigor na data, iniciada em fevereiro, prevê
revisão de todo o conteúdo.
Conduzida pela Secretaria do Trabalho da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, a modernização ocorre a partir de
discussões na Comissão Tripartite Paritária
Permanente (CTPP), que tem representantes do
governo, de empregadores e trabalhadores. Também
estão sendo levadas em conta as convenções da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Embargo e Interdição
A norma regulamentadora NR-3, anteriormente vigente,
tinha cinco itens, fazendo com que seu conteúdo
fosse subjetivo, na avaliação da secretaria. “A nova
NR 3 estabelece diretrizes e requisitos técnicos
objetivos para caracterização das situações ou
condições de trabalho que levem ao embargo e
interdição. Esses requisitos técnicos, que até então
não eram claro, tem como objetivo auxiliar os
auditores a tomarem decisões consistentes e
transparentes.”
Condições de Higiene e Conforto nos locais de Trabalho
Para a secretaria, os problemas mais graves da NR-24
estavam relacionados à desatualização da norma.
Publicada em 1978, ela ainda estava vigente com a
mesma redação e trazia exigências que 41 anos.
“Entre os itens obsoletos da regra, estavam a
exigência de que as janelas dos alojamentos fossem
de madeira ou de ferro; determinava o uso de
lâmpadas incandescentes, obrigava a instalação de um
banheiro masculino e um feminino para qualquer tipo
e tamanho de empreendimento e previa a possibilidade
de aplicar mais de 40 multas apenas em um banheiro.”
Pela nova NR-24, estabelecimentos com funções
comerciais, administrativas ou similares com até 10
trabalhadores podem ter apenas um banheiro
individual de uso comum entre os sexos, desde que
garantida a privacidade. Também de acordo com as
mudanças, todas as instalações previstas, como
sanitários, vestiários e locais para refeições, por
exemplo, deverão ser dimensionadas com base no
número de trabalhadores usuários do turno com maior
contingente.
Fiscalização e penalidades
Com a modernização da NR-28, que estabelece as linhas
de fiscalização, caiu para 4 mil o número de
possibilidades de multa para todo o setor produtivo.
Como é para toda a economia, uma mesma empresa não
está submetida a todas essas linhas de fiscalização.
Exemplo: a construção civil tem 600 itens
aplicáveis, enquanto 534 são do setor de mineração.
Com a revisão das outras 30 NRs, o número terá uma
redução ainda maior.
A norma antiga previa aproximadamente 6,8 mil
possibilidades de multas. Na nova NR-28, ocorreu um
processo de racionalização dessas possibilidades de
multas. Tópicos que tratavam do mesmo assunto foram
unificados, sem prejuízo aos trabalhadores ou à ação
da auditoria fiscal, informou a secretaria.
Fonte: Agência Brasil
25/09/2019 -
Carteira de Trabalho Digital entra em vigor
Os brasileiros passam a contar, a partir desta
terça-feira (24), com a Carteira de Trabalho
Digital, documento totalmente em meio eletrônico e
equivalente à antiga Carteira de Trabalho e
Previdência Social física.
Segundo a Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia, a mudança vai assegurar facilidades para
trabalhadores e empregados, com redução da
burocracia e custos. Por exemplo: ao ser contratado,
o novo empregado não precisará mais apresentar a
carteira em papel. Bastará informar o número do CPF
ao empregador e o registro será realizado
diretamente de forma digital.
Prevista na Lei da Liberdade Econômica, sancionada
na última sexta-feira (20), a Carteira Digital é
disciplinada pela Portaria nº 1.065, da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, publicada na edição desta terça-feira do
Diário Oficial da União.
O documento digital está previamente emitido para
todos os brasileiros e estrangeiros que estejam
registrados no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Cada
trabalhador terá de habilitar o documento, com a
criação de uma conta de acesso no endereço
específico.
eSocial
Empresas que já usam o eSocial poderão contratar
funcionários sem a necessidade de exigir deles o
documento físico. Isso vai facilitar o acesso ao
mercado, pois não será mais necessário apresentar a
carteira de trabalho em papel para ingressar em um
novo emprego, resultando em simplificação e
desburocratização.
Com as novas regras, as anotações que antes ficavam
na CTPS de "caderninho azul" passarão a ser
realizadas eletronicamente. Para acompanhar essas
anotações, o trabalhador poderá utilizar um
aplicativo especialmente desenvolvido para celulares
(com versões IOS e Android) ou acessar o ambiente.
A Carteira Digital tem como identificação única o
número do CPF do trabalhador, que passa a ser o
número válido para fins de registro trabalhista.
Fonte: Agência Brasil
25/09/2019 -
Ricupero: na ONU, Bolsonaro ‘afetou as perspectivas
do agronegócio'
Subsecretário da ONU entre 1995 e 2004, quando
comandou a Conferência das Nações Unidas para
Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o diplomata
Rubens Ricupero diz considerar o discurso de Jair
Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU) o
"mais desastroso de todos os discursos feitos pelo
Brasil desde que existe o debate da Assembleia-Geral".
"Os acordos que o Mercosul tinha assinado com a
União Europeia e a Área de Livre Comércio Europeu já
estavam praticamente mortos. Agora, ele coloca
vários pregos no caixão. Ele inviabiliza, no futuro
previsível, qualquer esforço de boa vontade para
apresentar esses acordos à aprovação dos diversos
parlamentos europeus. Isso vai afetar muito as
perspectivas do agronegócio brasileiro, da
exportação do Brasil em geral", acrescentou ele em
entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com o diplomata, "aquilo que o Brasil
tinha, uma imagem positiva em meio ambiente, ele
jogou fora, no lixo. Ele desperdiçou o único trunfo
que o Brasil tinha". "Nós não temos poder militar,
não temos bomba atômica, nem poder econômico. Mas
tinha aquele prestígio da sua diplomacia proativa em
matéria ambiental. Agora, nós perdemos isso. Acho
que isso vai alimentar essa onda contra nós. Antes
de ir a Nova York, eu achava que era difícil piorar
a situação. Eu me enganei. Ele conseguiu piorar",
disse.
"A chave para a compreensão do discurso dele é a
política doméstica brasileira. Bolsonaro é um
presidente obcecado pela perda de popularidade, que
já está se lançando candidato à reeleição, e já está
disputando com rivais como (o governador de São
Paulo, João) Doria e outros. Ele radicaliza o
discurso para consolidar o seu apoio naquele
segmento que deu a vitória a ele", complementou.
Fonte: Brasil247
25/09/2019 -
Fala de Bolsonaro na ONU leva Brasil a isolamento
internacional, diz Humberto Costa
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse em Plenário,
nesta terça-feira (24), que a fala do presidente
Jair Bolsonaro durante a abertura da Assembleia
Geral da ONU quebrou a postura sempre equilibrada,
altiva e conciliadora construída pelo o Brasil,
levando o país a mais isolamento internacional.
Para Humberto, o chefe do Executivo atacou, em seu
discurso na ONU, países europeus como França e
Alemanha, a imprensa, líderes indígenas e a causa
ambientalista, reduzindo, segundo o senador, a
importância da Amazônia para que ele possa avançar
com o que chamou de plano de desmatamento.
— Estamos atrelados ideologicamente a uma
ultradireita de contornos nazistas, que despreza a
racionalidade, a ciência, a pesquisa e os direitos
humanos mais elementares, que despreza uma visão
global de preservação de recursos naturais e um
modelo de desenvolvimento sustentável — criticou.
Humberto ainda afirmou que, assim como nas eleições
de 2018, quando Bolsonaro "elegeu adversários" que
prometia fuzilar e exilar, o chefe do Executivo
agora o faz no plano internacional.
— Está oficialmente inaugurada, por ele, uma cruzada
internacional do Brasil contra fantasmas que querem
nos invadir, como o socialismo, os agentes secretos
disfarçados de médicos, o marxismo cultural, as ONGs
estrangeiras e os hereges. Que tristeza para quem
havia virado um país de tão grande influência. Nada
mais medieval, para nossa imensa vergonha —
concluiu.
Fonte: Agência Senado
25/09/2019 -
STF julga hoje caso que pode anular condenação de
Lula
"O plenário do Supremo Tribunal Federal prevê julgar
na tarde desta quarta-feira (25) pedido de habeas
corpus que pode anular uma das sentenças contra o
ex-presidente Lula e provocar a principal
reviravolta em casos já julgados da operação desde a
sua deflagração, em 2014", informa o jornalista
Felipe Bachtold, em reportagem publicada na Folha.
Os 11 ministros vão decidir se réus delatores devem
apresentar suas considerações finais em processos
antes dos demais acusados e se ações que não
seguiram esse rito anteriormente devem ter suas
sentenças revistas.
"Com a decisão de agosto, o caso de Bendine, que já
estava julgado em segunda instância, retrocedeu para
a etapa de alegações ainda no primeiro grau. Agora,
caso o Supremo concorde que outros réus devem ter
esse direito, o mesmo pode acontecer em relação a
dezenas de acusados da Lava Jato, incluindo Lula",
aponta ainda o jornalista.
Lula foi preso em abril do ano passado pelo ex-juiz
Sergio Moro, com a finalidade de ser barrado na
disputa presidencial de 2018, que ele venceria com
facilidade, abrindo assim espaço para a ascensão do
neofascismo no Brasil.
Fonte: Brasil247
25/09/2019 -
Adiamento da discussão sobre a reforma da
Previdência não traz prejuízo, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou nesta
terça-feira (24), em Plenário, o adiamento da
discussão sobre a reforma da Previdência (PEC
6/2019) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
que estava marcada para esta quarta-feira (25).
O parlamentar ressaltou que foram sugeridas 748
emendas à proposta, o que, na opinião dele,
demonstra claramente “que o Senado não quer essa
reforma nos moldes em que está”. Para Paim, os
principais pontos a serem revistos são o tempo
mínimo de contribuição e a mudança nas regras para
aposentadoria especial ou por incapacidade.
— Ainda há tempo. Podemos fazer um grande
entendimento para que a gente faça emendas
supressivas e emendas modificativas — analisou.
Fonte: Agência Senado
25/09/2019 -
Reforma da Previdência visa cortar direitos da
classe trabalhadora, diz Paulo Rocha
O senador Paulo Rocha (PT-PA) denunciou, nesta
segunda-feira (23), em Plenário, que a Reforma da
Previdência (PEC 6/2019), defendida pelo governo e,
segundo ele, pelas ‘elites rentistas’ do país, tem
por único objetivo retirar direitos fundamentais.
Direitos que, na sua opinião, foram conquistados
pela consciência de classe social e com muita luta
pelo exercício do estado democrático de direito.
Para o senador, haverá um grande embate político no
Plenário do Senado, em que se apreciará o texto da
reforma. Será uma oportunidade para mostrar à
sociedade e sensibilizar os pares a repensarem sobre
aprovar uma reforma que retira direitos sociais.
Segundo Paulo Rocha, o discurso propagado pelo
governo e pelos defensores da reforma é que ela se
faz necessária para ajustar as contas e solucionar o
déficit público. Entretanto, ele entende que essa
conta acabará sendo paga pela classe trabalhadora,
que perderá muitos direitos adquiridos e garantidos
pela Constituição.
— É preciso buscar saída para o desenvolvimento do
nosso país; é preciso buscar saída para o
crescimento econômico e para a geração de emprego,
mas não é em cima da retirada de direitos, da
retirada de dinheiro de circulação da nossa moeda
perante o comércio local, perante o nosso consumo,
que se vai resolver o problema do desenvolvimento.
Ao contrário, vai voltar a se acumular de novo nas
mãos daqueles que sempre acumularam riquezas em
nosso país — enfatizou.
Fonte: Agência Senado
24/09/2019 -
Lula já pode pedir semiaberto, mas deve aguardar por
'liberdade plena'
Com um sexto da pena cumprida nesta segunda-feira
23, o ex-presidente Lula já tem direito a pedir à
13ª Vara da Justiça Federal a progressão do regime
para o semiaberto. Lula está preso há 1 ano, 5 meses
e 16 dias na superintendência da Polícia Federal em
Curitiba.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que faz a defesa
de Lula, no entanto, afirmou Lula busca o
restabelecimento de sua liberdade plena, "com o
reconhecimento de que foi vítima de processos
corrompidos por nulidades, como a suspeição do
ex-juiz Sérgio Moro", indicando que não pretende
fazer o pedido.
No Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi definido
o substituto do ministro Felix Fischer na 5ª Turma e
na 3ª Seção do STJ - afastado por motivo de saúde -
a partir desta terça-feira (24). O desembargador
Leopoldo Raposo, do TJPE, deverá julgar o pedido da
defesa do ex-presidente para ele mudar de regime e
cumprir o restante da pena no caso do tríplex em
regime aberto.
Em outra via, o Supremo Tribunal Federal deve julgar
no segundo semestre - ainda sem data - um habeas
corpus que aponta a parcialidade do ex-juiz Sergio
Moro ao julgar o caso de Lula. O HC busca derrubar a
condenação de Lula por suspeição de Moro. O ministro
Gilmar Mendes disse que pretende levar o caso para
julgamento até novembro.
Fonte: Brasil247
24/09/2019 -
Guedes: criar emprego com a nova matriz econômica.
Isso é ridículo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista
à Jovem Pan, falou sobre romper o teto de gastos e
sobre o congelamento do salário mínimo. Questionado,
Guedes respondeu: “não faremos essas aventuras”.
Em meio ao agravamento da crise econômica desde a
chegada do governo Bolsonaro, o ministro disse que a
economia ainda não sentiu os efeitos da agenda do
governo por causa da demora da aprovação da reforma
da Previdência.
O ministro também afirmou rejeitar medidas
econômicas que impliquem no "descontrole dos gastos
públicos", provocando mais uma vez a ex-presidente
Dilma. “Nós não faremos essas aventuras. As
aventuras já foram feitas. Foi por falta de teto que
os gastos públicos saíram de 18% do PIB, há 40 anos,
e foi a 45% no pico do governo Dilma. E foi
exatamente por esse descontrole dos gastos públicos
que o crescimento, que era de 7,5% ao ano,
sustentável, virou um crescimento medíocre. O Brasil
hoje é prisioneiro de uma estagnação econômica".
Com aproximadamente 13 milhões de brasileiros
desempregados, Guedes chamou de "ridículo"
estratégias como ampliar os gastos e gerar emprego
por uma nova matriz econômica.
“‘Vamos soltar o teto’. Ok, voltamos ao governo
Dilma, vamos expandir então os gastos. Vamos criar
emprego com a nova matriz econômica. Ou seja, isso é
absolutamente ridículo. O Brasil não vai nesse
caminho", disse.
Fonte: Brasil247
24/09/2019 -
Dino diz no Roda Viva que Ciro deveria ter apoiado
Haddad no segundo turno
O governador do Maranhão criticou o fato de Ciro
Gomes ter ido para a Europa e se ausentado do
segundo turno das eleições no ano passado:
"Acreditei que Ciro faria o que Brizola fez em 1989"
Sabatinado pelos jornalistas da bancada do “Roda
Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira
(23), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
afirmou que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que hoje
se coloca como um ferrenho crítico do PT, deveria
ter apoiado Fernando Haddad no segundo turno da
eleição presidencial do ano passado.
Cotado para uma chapa com o PT, Ciro, que ficou em
terceiro lugar no primeiro turno, viajou para a
Europa e se ausentou do debate político no segundo
turno, não declarando apoio nem a Haddad e nem a
Jair Bolsonaro.
“Acreditei que Ciro faria o que Brizola fez em 1989.
Com todas as divergências, em nome da disputa que se
colocava ali, da importância, e em respeito à
liderança gigantesca que possui, deveria ter
participado do segundo turno. O Haddad estava
disputando contra um candidato de extrema direita”,
disse o comunista.
Tido como uma das principais lideranças na
articulação de uma frente de esquerda para as
próximas eleições, Dino, contudo, ponderou: “Mas
isso não é condição de excluí-lo [o Ciro Gomes] do
debate de 2022. Continuo a achar que ele é um nome
que contribui para o debate político porque sustenta
bandeiras que temos concordância”, pontuou.
Diante da insistência dos jornalistas em saber se
Dino acredita que o PT abriria mão de uma
candidatura majoritária para a formação dessa
unidade no campo da esquerda, o governador refutou a
tese de que o partido deva ser deixado de lado ou
abrir mão da bandeira “Lula livre”.
“Esse antipetismo de ocasião não me encontra entre
seus adeptos. O PT é imprescindível para encontrar
um novo caminho. Não podemos impor que o PT deixe de
lançar seus quadros. O que eu sinto do PT é uma
disposição bastante ampla para o diálogo. Acho sim,
possível [que o PT abra mão de candidatura], não é
um obstáculo tão pronunciável como alguns
classificam”, afirmou.
Fonte: RevistaForum
24/09/2019 -
Bolsonaro é vaiado e alvo de protestos em Nova York
Jair Bolsonaro chegou nesta segunda-feira, 23, em
Nova York, e foi recebido com protestos por
brasileiros e norte-americanos. "Amazonia sim,
Bolsonaro, não", gritavam os manifestantes, que
foram impedidos de se aproximar da entrada do hotel
em Manhattan, onde a comitiva de Bolsonaro está
hospedado.
Bolsonaro participará dos Debates Gerais da 74ª
sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas ( ONU ). Como é tradição, será o primeiro
chefe de Estado ou governo a discursar, na manhã de
terça-feira.
Fonte: Brasil247
24/09/2019 -
Comissões debatem exploração indevida da renda de
idosos
As comissões Especial de Superendividamento do
Consumidor (PL 3515/15); e de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa promovem audiência pública nesta
quarta-feira (25) para discutir a exploração
indevida da renda ou apropriação do patrimônio do
idoso.
O pedido para o debate é da deputada Carmen Zanotto
(Cidadania-SC). Ela alerta para a violência
financeira contra idosos e cita dados do Disque 100,
que mostram que mais da metade dos crimes de abuso
econômico de idosos envolve os parentes mais
próximos. "Administrar as finanças na velhice pode
ser uma dificuldade, sobretudo dentro de casa. Dos
crimes cometidos contra idosos, a financeira é a
terceira maior no Brasil, atrás da psicológica (
intimidação verbal, ameaças, humilhações) e
negligência ( abandono dos cuidados do idoso)",
destacou Zanotto.
Foram convidados para a audiência, entre outros,
representantes da Central Judicial do Idoso do TJDFT;
do Conselho Nacional do Ministério Púbico; e da
Federação Nacional dos Bancos (Febraban).
O debate ocorre às 14h30 desta quarta, no plenário
12.
Fonte: Agência Câmara
24/09/2019 -
Paim defende aposentadoria especial para
trabalhadores em atividades de risco
O senador Paulo Paim (PT-RS) aproveitou o Dia
Nacional do Agente de Trânsito, comemorado nesta
segunda-feira (23), para pedir aos senadores que
retirem da reforma da Previdência (PEC) 06/2019 o
dispositivo que acaba com a aposentadoria especial
para trabalhadores em área de grande risco, como os
30 mil agentes de trânsito brasileiros. A votação da
matéria em primeiro turno está prevista para esta
terça-feira (24) no Plenário.
Atualmente, os profissionais que trabalham nessas
condições, como vigilantes, eletricitários e guardas
municipais, podem se aposentar depois de 25 anos de
contribuição, como explicou Paim. Mas, de acordo com
o senador, a reforma da Previdência vai acabar com
isso.
— Se colocarmos um, dois ou três dependentes na
família, chegaremos a mais de 100 mil pessoas que
serão prejudicadas de forma direta, só nessa
categoria dos profissionais de trânsito. Se pegarmos
os vigilantes, são mais de 4 milhões de pessoas no
país. Calculemos também aí os guardas municipais, os
eletricitários e quem trabalha em áreas consideradas
de alto risco. Chegaremos rapidamente a mais de 20
milhões de pessoas — citou.
Paim defendeu outros ajustes no texto. Segundo ele,
somente assim será possível reduzir os prejuízos a
trabalhadores dos setores público e privado.
Fonte: Agência Senado
24/09/2019 -
Prova de vida do INSS poderá ser feita pelo celular
Se você recebe benefício da Previdência Social já
deve saber que todo ano precisa provar que está
vivo. Se isso não for feito, o pagamento pode ser
suspenso.
A novidade é que, ainda este ano, a prova de vida
pode ser feita pelo telefone celular, se o
beneficiário tiver um aparelho mais moderno.
Basta abrir o aplicativo "Meu INSS" e usar a
impressão digital ou o reconhecimento facial, da
mesma forma que usa para desbloquear a tela do
celular. O sistema de reconhecimento biométrico do
INSS foi desenvolvido pela Dataprev.
O diretor de Relacionamento e Negócio da Dataprev,
André Côrte, destaca que usar a biometria para fazer
a prova de vida é mais confortável e seguro.
O diretor da Dataprev destaca, ainda, que o uso da
digital e do reconhecimento facial reduz a chance de
fraude na prova de vida.
O sistema foi testado por 700 pessoas, em 15
cidades, durante os meses de agosto e setembro.
Nesse período, apresentou alguns problemas para
reconhecer a biometria.
André Côrte disse que a equipe da Dataprev trabalha
para corrigir as falhas antes de começar a aceitar
essas novas formas de prova de vida.
Todo mundo que recebe benefício do INSS precisa
fazer a prova de vida uma vez por ano, para evitar a
suspensão do pagamento. Em alguns casos, a prova
pode ser feita por um representante.
Isso ocorre quando o beneficiário mora fora do país,
tem alguma doença contagiosa, apresenta dificuldade
para se movimentar ou tem mais de 80 anos.
Em alguns casos, o INSS pode agendar uma visita para
fazer a prova de vida na casa da pessoa. Se você
tiver alguma dúvida, ligue para a Central 135.
Fonte: Portal EBC
24/09/2019 -
Audiência discute MP sobre antecipação do abono
anual do INSS
A comissão mista destinada a analisar a Medida
Provisória (MP 891/19) realiza nesta quarta-feira
(25) sua primeira audiência pública.
A MP torna permanente a política de antecipação de
metade do abono anual do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), que será pago todos os anos em
agosto.
Foram convidados para discutir a proposta o
presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira; o
diretor de Programa da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Miguel Cabrera Kauam; e o diretor de Programa da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Benedito Adalberto Brunca.
A audiência será realizada a partir das 14h30, no
plenário 9 da ala Alexandre Costa, no Senado.
O evento será transmitido ao vivo pela internet. Os
interessados poderão participar enviando perguntas e
sugestões aos convidados.
Fonte: Agência Câmara
24/09/2019 -
Supremo analisa contribuição previdenciária devida
por aposentado
Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão
analisando, em julgamento virtual, a
constitucionalidade da contribuição previdenciária
devida por aposentado pelo Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) que permaneça em atividade
ou a essa retorne.
No voto, o relator, ministro Dias Toffoli, afirmou
que a classificação adotada pelo Supremo, desde o RE
146.733, para contribuições sociais gerais e para a
seguridade social, leva em conta a finalidade
apontada na lei instituidora.
"Essa vinculação a uma finalidade é o que a doutrina
chama de referibilidade, traço inerente a todas as
contribuições sociais, sejam elas gerais ou para a
seguridade social. Em relação a essas últimas, o
artigo 195 da Constituição expressamente estabelece
uma referibilidade ampla, em face do traço marcante
da solidariedade no custeio da seguridade social",
disse.
Com isso, Toffoli propôs a seguinte tese: "É
constitucional a contribuição previdenciária devida
por aposentado pelo Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) que permaneça em atividade ou a essa
retorne".
Os ministros Celso de Mello, Alexandre de Moraes e
Marco Aurélio já votaram pelo reconhecimento de
repercussão do tema. Apenas Marco Aurélio não
reconheceu a reafirmação de jurisprudência do caso.
Caso
Os ministros analisam um agravo contra decisão de
negativa de seguimento ao recurso extraordinário
proferida pela 1ª Turma Recursal do Juizado Especial
Federal da Seção Judiciária do Espírito Santo, que
entendeu pela impossibilidade da contribuição. ARE
1.224.327
Fonte: Consultor Jurídico
24/09/2019 -
Mantida validade de norma coletiva que substituía
horas extras por diárias
Para a SDI-1, a norma não causou prejuízo nem
flexibilizou direito indisponível.
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho negou a
pretensão de um jornalista da RBS Participações S.A.
de receber adicional por serviço extraordinário em
viagens. De acordo com os ministros, a norma
coletiva que substituía a remuneração de horas
extras pelo pagamento de diária de viagem não causou
prejuízo ao empregado nem alterou direito
trabalhista indisponível.
Compensação
O jornalista, que trabalhou para a RBS por 27 anos,
sustentava a invalidade da cláusula que previa o
pagamento de um dia de trabalho para cada dia de
viagem, além do salário normal, a título de
compensação pelas horas extras eventualmente
prestadas.
O juízo da 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS)
julgou improcedente o pedido, mas a decisão foi
reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região. Para o TRT, a Constituição da República,
apesar de reconhecer as convenções e os acordos
coletivos de trabalho (artigo 7º, inciso XXVI), não
autoriza a supressão de direitos indisponíveis. O
Tribunal Regional ainda considerou que o pagamento
de valor fixo causa inequívoco prejuízo ao
empregado.
Norma válida
Ao julgar o recurso de revista do empregado, a Sexta
Turma do TST não constatou renúncia de direitos nem
flexibilização de direito absolutamente
indisponível. Para a Turma, o pagamento do adicional
de viagem é certo, independentemente da prestação de
horas extraordinárias, o que evidencia a vantagem da
cláusula para o empregado.
Nos embargos à SDI-1, o jornalista apontou decisão
em sentido contrário da Oitava Turma do TST em caso
semelhante. O relator, ministro Walmir Oliveira da
Costa, no entanto, manteve a conclusão da Sexta
Turma. Com base em precedentes da Quinta e da Sétima
Turma, ele destacou que a Constituição autoriza a
flexibilização de direito relativo à jornada de
trabalho mediante norma coletiva, pela compensação
de horários ou pela redução da jornada. Na sua
avaliação, portanto, não se trata de direito
absolutamente indisponível.
A decisão foi unânime. Processo: E-RR-20600-52.2014.5.04.0022
Fonte: TST
23/09/2019 -
Reforma da Previdência pode ser votada em 1º turno
nesta terça-feira
A reforma da Previdência terá um capítulo decisivo
nesta semana. Está marcada para a próxima
terça-feira (24), no plenário do Senado, a votação
em primeiro turno da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) da reforma. Segundo
parlamentares, o clima é favorável a uma aprovação.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), disse que a reforma da
Previdência está “blindada”. Pela manhã, será votado
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o
relatório referente às emendas recebidas em
plenário. Após, a PEC para o plenário. A expectativa
é cumprir o calendário, votando em segundo turno no
dia 10 de outubro.
“Na semana seguinte, começarmos a votação em segundo
turno. Em 10 de outubro, temos condições de entregar
para o Brasil a reforma da Previdência”, disse Tebet.
Na primeira passagem da reforma pela CCJ, o relator
da PEC, Tasso Jereissati (PSDB-CE), leu e submeteu
seu parecer à comissão, que foi aprovado por 18
votos a 7 e levado ao plenário. No plenário, foram
realizadas cinco sessões de discussão do tema.
Nem todas as sessões reservadas à reforma tiveram um
quórum alto. Em algumas, poucos senadores pediram
espaço para fala. O deputado Paulo Paim (PT-RS)
pediu alteração das regras de aposentadoria
especial, para profissões danosas à saúde e mudanças
nas regras de pensão por morte.
Em seu relatório, referente às emendas de plenário,
Jereissati rejeitou 76 emendas recebidas no plenário
do Senado que poderiam modificar a proposta e
obrigar a volta do texto à análise dos deputados. O
relator, no entanto, mudou a redação sobre o ponto
que trata da criação de uma alíquota de contribuição
mais baixa para os trabalhadores informais.
Cientes de que o relator não fará mudanças que
provoquem a volta do texto à Câmara, alguns
senadores jogam suas fichas na chamada PEC Paralela.
A PEC, também relatada pelo tucano, promete trazer
regras mais benéficas aos trabalhadores e foi criada
para evitar alterações na PEC principal e,
consequentemente, possibilitar uma aprovação em
outubro.
A expectativa de Jereissati e Tebet é que haja uma
diferença de 15 dias entre as votações da PEC
original e as votações da paralela. No caso desta,
porém, a aprovação definitiva ainda levará tempo,
uma vez que ainda precisa ser apreciada pela Câmara
dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
23/09/2019 -
New York Times chama Bolsonaro de mini-Trump em
análise sobre assembleia geral da ONU
Um artigo assinado pelo chefe do escritório do
jornal no Rio, o ex-editorialista Ernesto Londoño
fala sobre a destruição da Amazônia e coloca uma
pensata: "imagine Bolsonaro sendo julgado por
ecocídio em Haia"
Em uma análise dobre a assembleia geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece a
partir desta terça-feira (24), o jornal The New York
Times classificou neste domingo (22) Bolsonaro como
um “mini-Trump”, ” uma figura polarizadora em casa
que, como Trump, descarta os medos sobre as mudanças
climáticas e ridiculariza os críticos no Twitter”.
No sábado (21), um artigo assinado pelo chefe do
escritório no Rio, o ex-editorialista Ernesto
Londoño fala sobre a destruição da Amazônia e coloca
uma pensata: “imagine Bolsonaro sendo julgado por
ecocídio em Haia”.
Ao editor do NYT, Eloísa Machado, professora de
direito da Universidade Getúlio Vargas, em São
Paulo, disse que o desmantelamento de proteções
ambientais de Bolsonaro, que dizimou as comunidades
indígenas da Amazônia, já atende aos critérios de
crimes contra a humanidade sob a lei internacional
existente. Eles poderiam, disse ela, equivaler a
genocídio.
A Amazônia deve ser um dos principais temas do
discurso de Jair Bolsonaro, em sua estreia na
abertura da assembleia da ONU. Ele diz que fará uma
defesa do que chama de “soberania nacional” e da
atuação do governo brasileiro na região.
Na sexta-feira (20), em uma breve conversa com
jornalistas na entrada da residência oficial do
Palácio da Alvorada, o presidente disse que seus
antecessores, quando iam à ONU, “falavam e não
diziam nada”.
“Eu ouvi pronunciamentos anteriores de outros chefes
de Estado do Brasil”, afirmou Bolsonaro. “No
passado, tinha muita… Falava, falava, falava e não
dizia nada. Temos que falar do patriotismo nosso, da
questão da soberania, do que o Brasil representa
para o mundo”, completou o presidente.
Fonte: Revista Forum
23/09/2019 -
MP da liberdade econômica é sancionada; veja os
principais pontos
O presidente Jair Bolsonaro sancionou sexta (20), em
cerimônia no Palácio do Planalto, a Medida
Provisória (MP) da Liberdade Econômica, agora
convertida em lei. A MP havia sido apresentada pelo
governo para diminuir a burocracia e facilitar a
abertura de empresas, principalmente de micro e
pequeno porte, e já havia sido aprovada pelo Senado
Federal no último dia 21 de agosto.
Entre as principais mudanças, a lei flexibiliza
regras trabalhistas, como dispensa de registro de
ponto para empresas com até 20 empregados, e elimina
alvarás para atividades consideradas de baixo risco.
O texto também separa o patrimônio dos sócios de
empresas das dívidas de uma pessoa jurídica e proíbe
que bens de empresas de um mesmo grupo sejam usados
para quitar débitos de uma empresa.
Em relação ao texto final aprovado pelo Congresso,
houve quatro vetos presidenciais. Um deles, que foi
negociado com o próprio Parlamento, eliminou o
dispositivo que permitia aprovação automática de
licenças ambientais.
O governo vetou um item da MP, alterado pelos
parlamentares durante a tramitação, que flexibiliza
testes de novos produtos ou serviços. Na
justificativa do veto, o presidente argumentou que a
redação, tal como veio do Legislativo, "permitiria o
uso de cobaias humanas sem qualquer protocolo de
proteção, o que viola não só a Constituição mas os
tratados internacionais para testes de novos
produtos".
Outro dispositivo vetado permitia a criação de um
regime de tributação fora do direito tributário. O
veto foi solicitado pelo Ministério da Economia,
segundo o Palácio do Planalto. Foi vetado ainda o
dispositivo que previa a entrada em vigor da nova
lei em 90 dias. Com isso, a MP da Liberdade
Econômica já entra em vigor a partir da publicação
no Diário Oficial da União (DOU), que ocorrerá em
edição extra nesta sexta-feira.
"Essa Medida Provisória, segundo estudos da
Secretaria de Política Econômica, pode gerar, no
prazo de dez anos, 3,7 milhões de empregos e mais de
7% de crescimento da economia. São números muito
expressivos e necessários para o nosso país",
afirmou o secretário especial de Desburocratização,
Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.
Citando um jargão repetido pelo presidente Jair
Bolsonaro, Uebel afirmou que a medida permite que “o
estado saia do cangote das empresas” e fomente o
cenário de empreendedorismo no país. O secretário
citou ainda outras medidas previstos na nova lei,
como o fim da validade de algumas certidões, como a
de óbito, e a Carteira de Trabalho Digital.
Em um breve discurso, Jair Bolsonaro disse que a
aprovação da MP é um primeiro passo para
desburocratizar os serviços públicos no país. "Vai
ajudar e muito a nossa economia", destacou. "Tenho
falado com o Paulo Guedes, com o Paulo Uebel também.
Nós devemos estudar um projeto, não o Meu Primeiro
Emprego, mas o Minha Primeira Empresa. (...) Nós
queremos é dar meios para que as pessoas se
encorajem, tenham confiança, uma garantia jurídica
de que o negócio, se der errado lá na frente, ele
desiste e vai levar sua vida normalmente, e não
fugir da Justiça para não ser preso", acrescentou.
O presidente criticou grupos de esquerda que,
segundo ele, defendem direitos, mas não deveres. Ele
elogiou a reforma trabalhista aprovada no governo de
Michel Temer. "Alguns criticam, no passado a reforma
da CLT, dizendo que ela não resolveu os problemas.
Se não fosse ela, feita no governo Temer, o Brasil
estaria em situação muito mais difícil do que está
hoje. E eu vejo a esquerda potencializando a questão
de direitos: tudo é direito, quase nada de deveres",
afirmou.
Bolsonaro tuitou sobre a sanção e escreveu, no
Twitter, que o "Estado deve deixar de atrapalhar
quem produz".
Entenda as principais mudanças na MP:
Registro de ponto
- Registro dos horários de entrada e saída do trabalho
passa a ser obrigatório somente para empresas com
mais de 20 funcionários. Antes, a legislação previa
esta obrigação para empresas com mínimo de dez
empregados
- Trabalho fora do estabelecimento deverá ser
registrado
- Permissão de registro de ponto por exceção, por meio
do qual o trabalhador anota apenas os horários que
não coincidam com os regulares.
Prática deverá ser autorizada por meio de acordo
individual ou coletivo
Alvará e licenças
- Atividades de baixo risco, como a maioria dos
pequenos comércios, não exigirão mais alvará de
funcionamento
- Poder Executivo definirá atividades de baixo risco
na ausência de regras estaduais, distritais ou
municipais
- Governo vetou item que dispensava de licenças para
atividades de baixo risco que abrangem questões
ambientais
Fim do e-Social
- O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social),
que unifica o envio de dados de trabalhadores e de
empregadores, será substituído por um sistema mais
simples, de informações digitais de obrigações
previdenciárias e trabalhistas
Carteira de trabalho eletrônica
- Emissão de novas carteiras de Trabalho pela
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia
ocorrerá “preferencialmente” em meio eletrônico, com
o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como
identificação única do empregado. As carteiras
continuarão a ser impressas em papel, apenas em
caráter excepcional
- A partir da admissão do trabalhador, os empregadores
terão cinco dias úteis para fazer as anotações na
Carteira de Trabalho. Após o registro dos dados, o
trabalhador tem até 48 horas para ter acesso às
informações inseridas.
Documentos públicos digitais
- Documentos públicos digitalizados terão o mesmo
valor jurídico e probatório do documento original
Abuso regulatório
- A MP cria a figura do abuso regulatório, para
impedir que o Poder Público edite regras que afetem
a “exploração da atividade econômica” ou prejudiquem
a concorrência. Entre as situações que configurem a
prática estão:
Criação de reservas de mercado para favorecer um
grupo econômico
. Criação de barreiras à entrada de competidores
nacionais ou estrangeiros em um mercado
. Exigência de especificações técnicas desnecessárias
para determinada atividade
. Criação de demanda artificial ou forçada de produtos
e serviços, inclusive “cartórios, registros ou
cadastros”
. Barreiras à livre formação de sociedades
empresariais ou de atividades não proibidas por lei
federal
Desconsideração da personalidade jurídica
- Proibição de cobrança de bens de outra empresa do
mesmo grupo econômico para saldar dívidas de uma
empresa
- Patrimônio de sócios, associados, instituidores ou
administradores de uma empresa será separado do
patrimônio da empresa em caso de falência ou
execução de dívidas
- Somente em casos de intenção clara de fraude, sócios
poderão ter patrimônio pessoal usado para
indenizações
Negócios jurídicos
- Partes de um negócio poderão definir livremente a
interpretação de acordo entre eles, mesmo que
diferentes das regras previstas em lei
Súmulas tributárias
- Comitê do Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais da Receita Federal (Carf) e da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) terá
poder para editar súmulas para vincular os atos
normativos dos dois órgãos
Fundos de investimento
- MP define regras para o registro, a elaboração de
regulamentos e os pedidos de insolvência de fundos
de investimentos
Extinção do Fundo Soberano
- Fim do Fundo Soberano, antiga poupança formada com
parte do superávit primário de 2008, que está zerado
desde maio de 2018
Fonte: Agência Brasil
23/09/2019 -
Orlando Silva afirma que Bolsonaro é "uma vergonha
planetária"
“O governo brasileiro simplesmente foi vetado de
discursar na ONU sobre o clima, porque o mundo sabe
que BolsoNERO, o piromaníaco, quer fazer da Amazônia
uma grande fogueira e depois um imenso pasto.
BolsoNERO é uma vergonha planetária”, escreveu o
parlamentar nas redes sociais.
Na quarta-feira (18), a Organização das Nações
Unidas (ONU) anunciou veto ao discurso brasileiro na
Cúpula para Ação Climática das Nações Unidas, que
ocorre nesta segunda-feira (23), em Nova York.
O veto se deu porque o governo do Brasil não
apresentou um plano para aumentar o compromisso com
o clima.
A ONU pediu aos países que enviassem um projeto para
aumentar o engajamento dos compromissos climáticos,
já que o Acordo de Paris, assinado em 2015, não foi
o suficiente para impedir o aumento da temperatura
do planeta. Ao todo, 63 países devem proferir
discurso na ONU, entre eles, França e Reino Unido.
Entre os países com discursos vetados, estão os
Estados Unidos, Arábia Saudita, Japão, Austrália e
Coreia do Sul. Trump disse que vai boicotar a
reunião da cúpula sobre o clima. Os EUA serão
representados por um funcionário de escalão
inferior.
O evento sobre o clima antecede a Assembleia-Geral
da ONU, onde Bolsonaro deve fazer um discurso de
abertura.
Fonte: PCdoB na Câmara
23/09/2019 -
Vale é condenada a pagar R$ 12 milhões a vítimas de
Brumadinho que eram de São Paulo
Família passava férias na cidade mineira no dia do
rompimento da barragem, que matou 270 pessoas
O juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara da Comarca
de Brumadinho (MG) condenou a mineradora Vale a
pagar R$ 12 milhões de indenização pelas mortes de
quatro pessoas que passavam férias na cidade quando
foram soterradas pelo rompimento da barragem, em
janeiro deste ano.
Ao todo, o mar de lama que invadiu a cidade matou
270 pessoas, a maioria trabalhadores da empresa e
familiares. Em relação a estes, um acordo fechado em
julho garantiu indenizações que chegam a R$ 3,8
milhões por família, mais R$ 400 milhões por danos
morais coletivos.
Essa nova decisão, relativa a vítimas que não
moravam na cidade, foi divulgada na quinta-feira
(19) refere-se às mortes do casal Luiz Taliberti e
Fernanda Damian de Almeida, além da irmã de Luiz,
Camila Taliberti da Silva. Fernanda estava grávida
de Lorenzo, que também foi considerado no cômputo
das indenizações.
Morreram ainda os pais de Luiz e Camila – Adriano
Ribeiro da Silva e Maria de Lourdes da Costa Bueno,
mas o processo desses últimos ainda não foi
concluído. Todos eram de São Paulo.
Fonte: Brasil de Fato
23/09/2019 -
Michelle Bachelet sobre Bolsonaro: me dá pena pelo
Brasil
A alta comissária dos Direitos Humanos da ONU e
ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou em
entrevista à Televisão Nacional do Chile (TVN) que
sente "pena pelo Brasil" ao recordar a recente
defesa que Jair Bolsonaro fez da ditadura de Augusto
Pinochet no Chile, na qual justificou a morte do pai
da socialista pelo regime, informa a Folha de
S.Paulo neste domingo (22).
"Se há uma pessoa que diz que em seu país nunca
houve ditadura, que não houve tortura, bem, que
disse que a morte de meu pai por tortura permitiu
que (o Chile) não fosse outra Cuba, a verdade é que
me dá pena pelo Brasil", disse Bachelet.
Ao falar sobre seu papel na crise da Venezuela,
Bachelet respondeu que muitos, de modo equivocado, a
observam como a "virgem Maria", aquela que pode
solucionar o problema. "Sou Alta Comissária e quero
manter minha relação com o Estado venezuelano para
seguir trabalhando e para ajudá-los a resolver a
situação crítica dos direitos humanos", disse.
Para as Nações Unidas, "Juan Guaidó é o presidente
da Assembleia e o presidente eleito é Nicolás
Maduro", completou a socialista.
Fonte: Brasil247
23/09/2019 -
CNC prevê a abertura de 8,7 mil pontos comerciais
até o fim do ano
Cerca de 8,7 mil pontos comerciais devem ser abertos
no país até o fim do ano, segundo levantamento
divulgado nessa sexta (20) pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC).
De acordo com a pesquisa, a abertura de novas lojas
deve ser 25% inferior ao número registrado em 2018
(11,7 mil).
Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, o
resultado é "reflexo do fraco nível de atividade da
primeira metade de 2019", quando foram abertos 3,3
mil pontos comerciais.
Em relação ao primeiro semestre, houve queda em
relação ao primeiro semestre de 2018, quando foram
abertas 5 mil lojas, e em relação ao último semestre
do ano passado (6,7 mil lojas).
A abertura de lojas ocorreu em seis dos dez
segmentos do varejo, dentre os pontos de venda
inaugurados no primeiro semestre de 2019,
destacam-se os segmentos de hiper e supermercados
(2,7 mil novas lojas), utilidades domésticas e
eletroeletrônicos (450) e farmácias, drogarias e
perfumarias (397). Por outro lado, as lojas de
materiais de construção foram os que mais fecharam
as portas (menos 456 lojas).
Fonte: Agência Brasil
23/09/2019 -
Confiança da indústria recua 0,2 ponto na prévia de
setembro
A confiança dos empresários da indústria recuou 0,2
ponto na prévia de setembro deste ano em relação ao
resultado consolidado de agosto e chegou 95,4
pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. O dado
foi divulgado na sexta (20) pela Fundação Getulio
Vargas (FGV).
A queda foi provocada pela piora da avaliação do
empresariado sobre o futuro, já que o Índice de
Expectativas caiu 0,7 ponto e passou para 95 pontos.
Por outro lado, a confiança no momento presente
subiu 0,2 ponto e atingiu 95,8 pontos.
O resultado preliminar de setembro sinaliza queda de
0,2 ponto percentual do Nível de Utilização da
Capacidade Instalada da Indústria (NUCI), para
75,6%.
Fonte: Agência Brasil
20/09/2019 -
Governo tenta piorar lei trabalhista. Advogados e
juízes cobram proteção social
Não satisfeito com "reforma" de 2017, que agravou
informalidade no mercado de trabalho, governo quer
novas mudanças,
com sindicatos na mira. OAB e entidades irão se
opor
Enquanto o governo quer ampliar a “reforma”
trabalhista implementada em 2017, a título de
aprimoramento, entidades do mundo jurídico se
organizam para – na direção contrária à do Executivo
– apresentar propostas com o objetivo de garantir
maior proteção social. “Entendemos que é hora de
superação de pequenos atritos pontuais que possam
existir na vida das instituições em torno de
objetivos maiores. Precisamos produzir técnica e
teoricamente saídas. Não basta apenas o discurso de
resistência”, afirmou o presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), que lançou ontem (17) a
Comissão de Altos Estudos do Direito do Trabalho.
Nome parecido com o do governo, que criou o Grupo de
Altos Estudos do Trabalho (Gaet).
O objetivo do Ministério da Economia é encaminhar
até o final do ano um novo “pacote” trabalhista. Um
dos principais itens deverá ser o fim do princípio
da unicidade sindical. Pela Constituição, pode haver
apenas um sindicato de cada categoria profissional
por território (no mínimo, um município).
Em entrevista à Rádio USP, o professor Ruy Braga, do
Departamento de Sociologia da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da
Universidade de São Paulo, diz que com a medida o
país caminhará da unicidade para o “empreendedorismo
sindical”, com provável fragilização da
representação dos trabalhadores. As iniciativas do
governo, observa, vêm no sentido de uma
“desregulação radical” do sindicalismo.
O Gaet inclui vários magistrados, alguns deles
entusiastas da “reforma”, alinhados com a visão
governista. Faz parte do grupo o ministro Ives
Gandra Martins Filho, ex-presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST).
Já a Comissão criada pela OAB conta com
representantes da Associação Brasileira de Advogados
Trabalhistas (Abrat), da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), do
Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e da
Associação dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
entre outras entidades. A ideia é apresentar
propostas de projetos de lei ao Congresso. A
presidenta da Anamatra, Noêmia Porto, defendeu a
necessidade de buscar “eixos comuns” em um cenário
“em que enxergamos o mundo do trabalho absolutamente
desestruturado, de tal maneira que causa prejuízo
não apenas à cidadania, mas também aos
empregadores”.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/09/2019 -
Relatório sobre emendas à PEC da Previdência vai a
votação na CCJ na terça
O relator da reforma da Previdência, senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE), apresentou nesta quinta-feira
(19) relatório com a análise das 77 emendas
apresentadas em Plenário à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019. Ele acatou apenas uma
emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à
aposentadoria integral de quem recebe vantagens
variáveis vinculadas a desempenho no serviço
público, e corrigiu a redação do trecho que inclui
os informais entre os trabalhadores de baixa renda
que terão acesso ao sistema especial de inclusão
previdenciária, com alíquotas favoráveis.
Foi dada vista coletiva do novo relatório e a
presidente da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), marcou a votação para
a próxima terça-feira (24), a partir das 10h. A
previsão é que a discussão se prolongue pela tarde,
mas que o texto seja entregue para debate em
Plenário no mesmo dia.
— O calendário continua valendo: dia 24 pela manhã,
discussão e votação na comissão, no período da
tarde, votação e cinco dias corridos de novo prazo
para alguma emenda de redação em Plenário para, na
semana seguinte já começarmos a votação em segundo
turno. Em 10 de outubro temos condições de entregar
para o Brasil a reforma da Previdência — estimou
Simone, em entrevista após a reunião.
Foram rejeitadas as emendas de senadores com temas
ligados a servidores públicos, mudanças em pensões,
idade mínima, regras de transição, aposentadorias
especiais, cálculo da aposentadoria, abono salarial
e regras especiais para grupos específicos. Segundo
o relator, nas emendas “não se identificaram novos
temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ
e em relação às conclusões de seu parecer anterior”.
Tasso agradeceu o apoio dos senadores e o respeito e
espírito público que permeou toda a discussão da PEC
no Senado. Ele recebeu elogios dos senadores
Jorginho Melo (PL-SC) e Paulo Rocha (PT-PA) pela
gentileza e técnica com que trabalhou no relatório.
— O bonito da democracia é isso, nós aceitarmos e
convivermos com as divergências sem que elas levem a
qualquer tipo de distanciamento pessoal ou moral em
relação a todas essas diferenças — disse Tasso.
Fonte: Agência Senado
20/09/2019 -
Dados apresentados pelo governo para reforma da
Previdência serão discutidos na CDH
Nesta sexta-feira (20), a Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoverá
debate interativo sobre "Previdência e Trabalho",
com foco nos dados da Previdência apresentados pelo
governo. A atividade faz parte do ciclo de
audiências públicas, para debater previdência e
trabalho, solicitado pelo senador Paulo Paim por
meio do Requerimento (REQ) 1/2019.
Entre os convidados, estão o economista Paulo Kliass;
o professor - graduado em Ciências Econômicas e
mestre em Ciência Política pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) - Pedro Paulo Bastos;
o Presidente da Associação Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), Décio
Bruno Lopes; representantes da Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); e
representantes da Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia.
A audiência será realizada em caráter interativo,
com a possibilidade de participação popular. Para
participar com comentários ou perguntas, basta
acessar o Portal e-Cidadania ou ligar para o Alô
Senado: 0800 61 22 11.
A audiência será realizada às 10h30, no Plenário nº
6, na Ala Senador Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
20/09/2019 -
TSE pode devastar bancada do PSL na Câmara por causa
do laranjal
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de
cassar seis vereadores no Piauí por terem fraudado a
cota para candidaturas femininas pode gerar um
efeito cascata em diversos estados e na Câmara.
Partido de Jair Bolsonaro, o PSL deve perder 7
deputados federais, sendo 6 deputados em Minas e 1
em Pernambuco, que seria Luciano Bivar, o presidente
da sigla, acusada de preencher a cota de 30% de
mulheres com laranjas. A legenda tem 65
parlamentares na Câmara, de acordo com a agência de
notícias da Casa. Em junho, a Polícia Federa prendeu
um assessor e dois ex-assessores do ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Em Minas, o titular da pasta, deputado federal mais
votado no estado, teria patrocinado um esquema de
candidaturas laranjas com verba pública da legenda.
As quatro candidatas receberam R$ 279 mil. Pelo
menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas
de assessores, parentes ou sócios de assessores de
Álvaro Antônio. Juntas, as quatro candidaturas
somaram apenas cerca de 2 mil votos. O ministro
negou irregularidades e afirmou que "a distribuição
do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu
rigorosamente o que determina a lei".
Bivar teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em
verbas do fundo partidário para uma candidata
"laranja" em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68
anos, teria sido a terceira maior beneficiada com
verba do PSL em todo o País. O agora ex-ministro
Gustavo Bebianno teria autorizado o repasse.
Também no estado de Pernambuco, Bebianno liberou R$
250 mil de verba pública para a campanha de uma
ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para
uma gráfica registrada em endereço de fachada. A
gráfica é a mesma usada por Maria de Lourdes. Érika
Siqueira Santos, que trabalhou como assessora do
partido diretamente com o ministro até agosto, foi
candidata a deputada estadual no estado e conseguiu
1.315 votos. Ela foi a oitava pessoa que mais
recebeu dinheiro do PSL nacional em todo o país.
Fonte: Brasil247
20/09/2019 -
Empregados dos Correios formalizam suspensão da
greve no TST
O Tribunal Superior do Trabalho recebeu na
quarta-feira (18/9) o comunicado oficial sobre a
suspensão da greve dos trabalhadores dos Correios. A
petição da Federação Interestadual dos Sindicatos
dos Trabalhadores e Trabalhadoras da ECT (Findect)
foi incluída nos autos do dissídio coletivo da
categoria nesta quinta-feira (19)/9.
Em audiência de conciliação no último dia 12, o
ministro Maurício Godinho Delgado, relator do
processo, propôs a suspensão da greve por parte dos
empregados.
Em contrapartida, a empresa se comprometeu a manter
os termos do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
e do plano de saúde para os pais dos empregados até
2 de outubro, quando o TST deverá julgar o dissídio.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
20/09/2019 -
Aprovada inclusão de metas de saúde e segurança em
participação nos lucros
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços aprovou nesta quarta-feira (18)
projeto que permite a inclusão de metas de saúde e
segurança no trabalho, como redução de acidentes, na
apuração da participação dos lucros da empresa que é
devida aos trabalhadores.
Trata-se do Projeto de Lei 2683/19, do deputado
Sanderson (PSL-RS), que recebeu relatório favorável
do deputado Laercio Oliveira (PP-SE). O relator
disse que a proposta contribui para estimular a
participação dos trabalhadores em ações de saúde e
segurança do trabalho, com reflexos positivos sobre
a produtividade da empresa.
Segundo ele, a medida também beneficiará o Estado.
“As empresas sentirão de forma expressiva a redução
de ocorrências de acidentes. O Estado, a diminuição
dos custos previdenciários”, disse Oliveira.
O texto aprovado altera a Lei 10101/00, que dispõe
sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados da empresa. Atualmente, essa lei proíbe
que metas de saúde e segurança no trabalho adotadas
pela empresa sejam consideradas na hora de definir o
direito dos trabalhadores à participação dos lucros.
Tramitação
O projeto ainda será analisado em caráter conclusivo
pelas comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
19/09/2019 -
Líder de Bolsonaro no Senado é alvo da PF
Reportagem de Camila Mattoso na Folha de S.Paulo
informa que a Polícia Federal realiza na manhã desta
quinta-feira (19) operação no Congresso, que tem
como alvo o líder do governo de Jair Bolsonaro no
Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
A operação mira também o filho do senador, Fernando
Coelho Filho, deputado do DEM de Pernambuco, que foi
ministro do governo golpista de Michel Temer.
De acordo com a publicação, a PF também mira o
deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do
senador, que foi ministro do golpista Michel Temer.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados
pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo
Tribunal Federal). O inquérito apura desvio de
dinheiro público de obras na região Nordeste.
Há outros mandados de busca e apreensão sendo
cumpridos, completa a Folha.
Fonte: Brasil247
19/09/2019 -
Centrais preparam dia nacional de luta contra
reforma da Previdência
As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
CGTB, CSB, Intersindical e Conlutas estiveram
reunidas nesta segunda (16), na sede da CUT em São
Paulo, para definir a participação das
representações dos trabalhadores na Greve Global
pelo Clima, na sexta (20), na avenida Paulista, e no
Ato contra a reforma da Previdência do dia 24, no
Senado Federal, no dia marcado para a votação da PEC
6/2019.
Adilson Araújo, presidente da CTB, aponta a relação
direta entre a luta dos trabalhadores e a defesa do
meio ambiente. “A grave crise do sistema
capitalista, gera desemprego e tragédias ambientais.
Em Brumadinho e Mariana, as principais vítimas foram
os trabalhadores e seus familiares. No Brasil, com
as queimadas e o desastre político do governo
Bolsonaro, a coisa só piora”, argumenta Adilson.
Masp - Portanto, no dia 20, os trabalhadores estarão
presentes em frente ao Masp, às 17h30, junto com a
Coalizão pelo Clima, articulação que reúne quase 70
organizações da sociedade civil, e as frentes Brasil
Popular e Povo Sem Medo, para lutar em defesa do
meio ambiente, bandeira que se soma às tradicionais
de defesa dos direitos trabalhistas, da
aposentadoria e contra o desemprego. Também estão
previstas manifestações nas seguintes cidades: Belo
Horizonte, Brasília, Florianópolis, Recife e
Salvador.
Brasília - Douglas Izzo, presidente estadual da CUT,
informa que a mobilização em Brasília, no dia 24,
começará cedo, com os trabalhadores no aeroporto de
Brasília pressionando os senadores que chegam para a
votação e durará o dia inteiro no Congresso
Nacional. “A luta contra a reforma da Previdência
continua, os parlamentares precisam estar cientes do
desgaste que terá quem votar contra os
trabalhadores. Vamos resistir até o fim”, enfatiza
Douglas.
Idade - “A luta contra a idade mínima não está
perdida”, diz Wagner Gomes, secretário-geral da CTB.
“Em áreas com a construção civil e o comércio, em
que é normal que o trabalhador alterne períodos
curtos com carteira assinada com outros
desempregado, se você exigir 40 anos de registro com
65 de idade, muita gente não conseguirá se
aposentar. Precisamos reverter essa e outras
maldades da reforma”, diz Gomes.
Mais informações nos sites www.cut.org.br e https://ctb.org.br/
Fonte: Agência Sindical
19/09/2019 -
Governo Bolsonaro aumenta a desigualdade de renda no
país
Com uma agenda baseada no corte de direitos e
investimentos, o governo Jair Bolsonaro aumentou a
desigualdade no País. De acordo com análise do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
divulgada nesta quarta-feira (18), os rendimentos
médios mensais das famílias mais ricas cresceram
1,52% na comparação com o segundo trimestre de 2018.
Para as mais pobres, houve queda de 1,43%. No
primeiro semestre do ano, a população de renda alta
já havia apresentado um crescimento de 2,48% em seus
ganhos, e mais pobres aumentaram somente em 0,1%.
O Ipea considera a população de renda muito baixa
aquela com rendimentos inferiores a R$ 1.628,70. Nas
de renda alta os ganhos superam R$ 16.391,58. O
desemprego ainda continua elevado, com uma taxa de
11,8%, o que representa quase 13 milhões de
desempregados.
"De forma mais concreta, enquanto no primeiro
trimestre de 2019 a renda domiciliar do trabalho da
faixa de renda alta era 30,1 vezes maior que a da
faixa de renda muito baixa, no segundo trimestre a
renda domiciliar da faixa mais alta era 30,5 vezes
maior, praticamente igualando o pico da série
histórica (30,6) atingido no terceiro trimestre de
2018", escrevem os pesquisadores do Ipea no estudo.
O número de empregados sem carteira assinada atingiu
11,7 milhões no trimestre encerrado em julho,
enquanto os trabalhadores por conta própria —cuja
maior parte não tem CNPJ— chegaram a 24,2 milhões,
informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) no fim de agosto. São mais de 35
milhões de trabalhadores na informalidade.
O desemprego só não está maior por causa do grande
número de pessoas sem direitos trabalhistas, porém
ocupadas no mercado. , porém sem direitos
trabalhistas. Maria Andreia Parente ressaltou o
aumento da informalidade no setor de trabalho.
"O que puxa é o trabalho informal, sem carteira e
por conta própria", disse Maria Andreia Parente,
técnica de planejamento do Ipea. "Estamos com um
momento forte de ocupação, a taxa de desemprego cai,
mas poderia estar caindo mais", disse a técnica do
Ipea.
Fonte: Brasil247
19/09/2019 -
Tasso apresenta relatório da reforma da Previdência
nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (19), em reunião extraordinária
da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), será lido o relatório da Reforma da
Previdência (PEC 6/2019), elaborado pelo senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE). O parecer será dado em
relação às 77 emendas apresentadas em Plenário.
Apenas a leitura do relatório será feita nesta
quinta, pois a discussão ocorrerá na próxima
terça-feira (24).
— Teremos uma reunião extraordinária de acordo com o
calendário formulado pelos líderes e aprovado pelo
senadores. Na terça-feira, às 10h da manhã,
começaremos a discussão final nesta comissão sobre
as emendas apresentadas ao projeto de reforma da
Previdência — afirmou a presidente da CCJ, Simone
Tebet (MDB-MS).
Em entrevista à Rádio Senado, Tasso Jereissati
explicou que a ideia é rejeitar as emendas para
acolher as mudanças na PEC paralela (PEC 133/2019),
que está em tramitação também na CCJ.
— Primeiro a reforma, que vai ser promulgada, e em
seguida a PEC paralela. Toda sugestão é bem-vinda,
estudamos e, dependendo da nossa análise, aceita-se
ou não — ressaltou o relator.
Se aprovada na CCJ na terça-feira, a proposta de
reforma da Previdência poderá ser votada pelo
Plenário (em primeiro turno) no mesmo dia, à tarde.
Fonte: Agência Senado
19/09/2019 -
Bolsonaro não tem "estatura" para comparecer à ONU,
dizem deputados
Na iminência de não comparecer à abertura da
Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24, Jair
Bolsonaro causou furor nas redes sociais nesta
quarta-feira (18) numa campanha para reforçar esse
propósito. Curiosamente, os pedidos são feitos por
aliados e oposicionistas.
Diante da possibilidade de protagonizar mais um
capítulo vexatório no cenário internacional,
deputados teceram apoio ao não comparecimento.
“O Jair Bolsonaro nunca teve, e todo dia comprova,
que não tem estatura para a Presidência da
República. Na ONU, se for, exporá mais uma vez o
Brasil ao ridículo”, afirmou o vice-líder do PCdoB,
deputado Márcio Jerry (MA).
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), Bolsonaro
impõem dilemas reais à nação. “O país vive uma
situação incômoda essa semana. Se Bolsonaro for à
Assembleia da ONU, envergonhará o Brasil diante do
mundo dada a sua incapacidade de rimar lé com cré;
se desistir, envergonhará pela pusilanimidade.
Haverá reação internacional aos seus desmandos.
Dilema”, afirmou.
Na última terça-feira (17), a deputada federal Carla
Zambelli (PSL-SP) usou suas redes sociais para
lançar uma campanha. No vídeo, de pouco menos de um
minuto, ela afirma: “Peço pras pessoas que querem
que o Brasil dê certo que me ajudem. A ONU pode
esperar. Cuide-se, presidente”, afirmava a aliada de
Bolsonaro.
Integrantes do Palácio do Planalto já admitem que o
chefe do Executivo pode não comparecer ao evento na
próxima semana em Nova York, nos Estados Unidos.
Oficialmente, as razões alegadas são apenas
restrições médicas. Bolsonaro se recupera de uma
cirurgia para correção de uma hérnia, realizada no
dia 8 de setembro.
Entretanto, antes mesmo do procedimento médico,
alguns assessores avaliavam, reservadamente, que,
após polêmicas envolvendo as queimadas da Amazônia,
“há um risco político pelas possibilidades de
protestos”, informam os jornalistas Jussara Soares e
Gustavo Maia, em reportagem publicada no Globo nesta
quarta (18).
Fonte: Assessoria de comunicação do deputado Márcio
Jerry
Fonte: Portal Vermelho
19/09/2019 -
Major Olimpio sobre Flávio Bolsonaro: que se dane se
é filho do presidente
Em entrevista ao Congresso em Foco publicada nesta
quarta-feira (18), o líder do PSL no Senado, Major
Olimpio (PSL-SP), disse que o partido não é uma
dinastia e que por isso ele defende a saída de
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) da sigla.
"Para mim, todos os filiados do PSL são
absolutamente iguais e merecem o respeito como
filiados. Para mim, eu quero que se dane se é filho
do presidente ou não, isso aqui não é dinastia, é um
partido político e tem a área de governo", declarou
Olimpio.
"Os desentendimentos no PSL se acirraram após Flávio
Bolsonaro pressionar senadores a retirarem suas
assinaturas para a instalação da CPI da Lava Toga. O
auge do desgaste se deu com a saída da senadora
Juíza Selma da sigla. Ela foi para o Podemos e
anunciou nas redes sociais que o motivo foram os
desgastes gerados pelo filho de Jair Bolsonaro. 'Saí
do PSL por causa do desentendimento com o senador
Flávio Bolsonaro. Não foi apenas pelo fato de ele
querer que eu retirasse a assinatura. Foi pela forma
indelicada e desrespeitosa com que ele me tratou',
afirmou a dissidente do PSL", conta a reportagem.
Fonte: Brasil247
19/09/2019 -
Política de desvalorização do salário mínimo
aumentará pobreza, alerta Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta
quarta-feira (18), em Plenário, o governo federal
por, a cada dia, acabar com a política do salário
mínimo, atualmente fixado em R$ 998,00. Na sua
opinião, deixar o salário mínimo sem reajustes terá
consequências drásticas à economia do Brasil, além
de agravar ainda mais a situação da população de
baixa renda.
De acordo com o senador, o Executivo federal já
iniciou, na prática, a política de desvalorização do
salário mínimo ao extinguir a correção automática do
valor pela inflação mais o produto interno bruto
(PIB), o que era fixado por lei até 2019. Agora,
continuou Paim, ao anunciar o congelamento do valor
do salário mínimo por dois anos, além de violar a
Constituição que garante a manutenção do poder de
compra do salário básico da sociedade, seria
desastroso também para o resto da economia nacional.
— É bom lembrar ao governo, que, para cada R$ 1,00 a
menos no salário mínimo, ele próprio perde de
arrecadar R$ 0,54 em tributos. Onde vamos chegar? Na
miséria total da população? Na fome coletiva? Em
mais desemprego? Se não existe poder de compra, o
empregador não vai produzir estoques para guardar na
prateleira. Ele tem de ter para quem vender. Além
disso, o salário mínimo não só é termômetro, como é
parâmetro também para os outros salários — alertou o
senador, calculando que, levando em conta também os
benefícios previdenciários, cerca de 100 milhões de
brasileiros dependem do salário mínimo.
Fonte: Agência Senado
19/09/2019 -
Na comissão mista, debatedores divergem sobre valor
dos saques do FGTS
A Medida Provisória (MP 889/2019) que institui
mudanças no saque do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e também do PIS/Pasep, inclusive
prevendo os saques imediatos, foi discutida em
audiência pública por senadores e deputados. O
senador Chico Rodrigues (DEM-RR) lembrou que a
iniciativa não prejudica os empregadores, já que o
valor de depósito do FGTS não será alterado. Uma
nova audiência pública na comissão mista que analisa
a matéria está marcada para esta quinta-feira (19).
Fonte: Agência Senado
19/09/2019 -
Copom reduz Selic para 5,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir a
taxa básica de juros - a Selic - em 0,5 ponto
percentual, com isso, a taxa cai de 6% para 5,5% ao
ano. A decisão atendeu ao que era esperado no
mercado financeiro. A última pesquisa do Banco
Central mostrou que era expectativa do mercado que o
Copom mantivesse o ciclo de redução na Selic e
fizesse o corte.
Segundo o Copom, a decisão é compatível com a
convergência da inflação para a meta. Este ano a
meta de inflação é de 4,25%, sendo que a margem de
tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de
2,75% a 5,75%).
O comitê disse que, pelo cenário atual, a trajetória
de juros deve encerrar 2019 em 5% ao ano e
permanecer nesse patamar até o final de 2020.
Em comunicado, o Copom reiterou a necessidade de
avanços nas reformas estruturais da economia
brasileira para que os juros permaneçam em níveis
baixos por longo tempo. “O Copom avalia que o
processo de reformas e ajustes necessários na
economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que
perseverar nesse processo é essencial para a queda
da taxa de juros estrutural e para a recuperação
sustentável da economia”, diz o comunicado.
Fonte: Agência Brasil
19/09/2019 -
CAS aprova incentivo à admissão de aprendiz por
micro e pequena empresa
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (18) a proposta que cria regras de
financiamento diferenciado para pequenas e
microempresas que oferecem a seus aprendizes os
cursos dos serviços nacionais de aprendizagem. Com
isso, o projeto do senador Jayme Campos (DEM-MT), PL
3.470/2019, pretende incentivar a contratação de
menores aprendizes.
Pela proposta aprovada, as empresas que admitirem
jovens entre 14 e 17 anos terão condições
facilitadas e taxas de juros diferenciadas na
obtenção de empréstimos de instituições financeiras
públicas. A matéria agora segue para votação
terminativa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Para Jayme Campos, a medida é necessária para
diminuir a taxa de desemprego entre jovens dessa
faixa etária, que atinge os 44,5%, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O parlamentar ressaltou ainda que o Brasil
precisa, urgentemente, de iniciativas que promovam o
crescimento econômico e combatam o desemprego.
— O jovem nessa faixa etária pode trabalhar sob
condições específicas e atuar, por exemplo, como
menor aprendiz. Trata-se de uma excelente
oportunidade para aqueles que precisam complementar
a renda em casa e, ao mesmo tempo, dar os primeiros
passos no mercado de trabalho. Infelizmente, esses
jovens não têm encontrado as oportunidades que
merecem — lamentou Jayme Campos.
Incremento educacional
O relator do PL 3.470/2019, senador Paulo Paim
(PT-RS), recomendou sua aprovação e avaliou a
iniciativa como um “procedimento não invasivo de
incremento educacional”. Na CAS, ele disse a
proposta é “um incentivo para o empreendedor num
momento em que o desemprego está alto especialmente
entre os jovens”.
— Não deixa de ser uma ajuda para solucionar o grave
problema indicado e, ademais, em consonância com a
Constituição — analisou Paim no parecer que leu na
CAS.
Fonte: Agência Senado
18/09/2019 -
Feirão de empregos atrai milhares de pessoas na
capital paulista
Um feirão de empregos realizado nesta terça-feira
(17) no centro da capital paulista, organizado pelo
Sindicato dos Comerciários de São Paulo, atraiu
milhares de pessoas interessadas em uma vaga de
trabalho. Segundo os organizadores, estão sendo
ofertadas cerca de 4 mil oportunidades de emprego.
Os candidatos formaram longas filas em torno do
sindicato, na Rua Formosa, no centro da cidade. Ali
eles enfrentaram sol e calor, receberam senhas e
foram encaminhados para participar de um processo
seletivo que será realizado pelas mais de 40
empresas parceiras do feirão. Também estão sendo
oferecidos cursos de capacitação para as pessoas com
pouca qualificação, que poderão realizar cursos
profissionalizantes e gratuitos no Centro Paula
Souza, no Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) e no Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (Senac).
Parte dos candidatos começou a chegar à sede do
sindicato na tarde de segunda (16), para garantir
uma senha. Muitos deles dormiram no local. Hoje, a
fila percorria boa parte do Vale do Anhangabaú, na
região central da cidade. De acordo com a
organização do evento, serão atendidas cerca de 1,5
mil pessoas por dia até a próxima sexta-feira (20).
Para concorrer a uma vaga, os candidatos precisam
estar com os documentos pessoais e um currículo. A
média dos salários oferecidos é de R$ 1,5 mil. As
oportunidades são, principalmente, para
trabalhadores de tecnologia da informação, ajudantes
gerais, caixas, repositores, padeiros, confeiteiros,
e vendedores.
Fonte: Agência Brasil
18/09/2019 -
Podemos quer filiar Moro e lançá-lo candidato à
Presidência em 2022
Está nos planos do Podemos filiar o ex-juiz Sergio
Moro caso ele saia do Ministério da Justiça, e
lançá-lo candidato à Presidência da República em
2022. “Moro representa muito para o Brasil.
Se ele viesse para o Podemos, seria uma honra”,
afirma a presidenta do partido, a deputada Renata
Abreu (SP). A informação é da coluna Painel da Folha
de S.Paulo.
O Podemos quer ampliar as suas fileiras e reforçar
sua marca de partido da Lava Jato recrutando
parlamentares do PSL, partido de Jair Bolsonaro.
Segundo a coluna, o partido pretende filiar, além da
senadora Juíza Selma (MT), conhecida como "Moro de
saias", também o Major Olímpio (SP), outro defensor
da CPI da Lava Toga.
“Queremos parlamentares que tenham atuação
independente e de combate à corrupção”, diz a
presidenta do partido.
Fonte: Brasil247
18/09/2019 -
Investigação do Conselho Nacional de Direitos
Humanos pode anular condenação de Lula
Conselheiros do órgão visitaram o ex-presidente
para apurar denúncias de violações em processos da
operação Lava Jato
Representantes do Conselho Nacional de Direitos
Humanos (CNDH) ouviram o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) sobre denúncias de seletividade,
violações de garantias constitucionais e direitos
humanos em processos da operação Lava Jato. A visita
aconteceu nesta terça-feira (17) na Superintendência
da Polícia Federal em Curitiba (PR), localizada no
bairro Santa Cândida.
A conversa com o petista é a primeira etapa da
apuração que, posteriormente, também deve ouvir o
jornalista Glenn Greenwald — um dos três fundadores
do The Intercept, site que deu início à série de
reportagens conhecidas como Vaza Jato —, além do
procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz e atual
ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
"Isso só não acontecerá se eles entenderem não ser
pertinente", ponderaram os integrantes do CNDH.
Participaram da escuta os conselheiros Leonardo
Pinho (presidente da comissão), Leandro Gaspar
Scalabrin (relator) e Ismael José Cesar. Na
investigação, também podem ser convocados
integrantes do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4) e demais personagens envolvidos nos
processos. Cópias de documentos e informações
judiciais também podem ser solicitadas durante a
apuração.
Órgão vinculado ao Ministério da Mulher, Família e
Direitos Humanos, o CNDH pode emitir recomendações
sobre o processo — como a própria anulação, caso
entenda que não houve direito à defesa e julgamento
—, assim como encaminhar o resultado para comitês
internacionais de direitos humanos, como a
Organização dos Estados Americanos (OEA) e
Organização das Nações Unidas (ONU).
Um relatório da investigação deverá ser emitido até
o final do ano para discussão pelo plenário do CNDH,
soberano na decisão final sobre o caso. Após a
conversa, os conselheiros participaram de entrevista
coletiva em que relataram alguns dos elementos da
escuta com a “possível vítima”, como comunicou o
presidente da comissão.
“O plenário designou um relator para avaliar essa
denúncia. Então, essas diligências e escutas são
decididas pelo relator. Ele irá juntar e montar o
relatório que será submetido ao plenário do Conselho
Nacional de Direitos Humanos. É importante frisar
que esse plenário é paritário entre sociedade civil
e órgãos de Estado — do Executivo, Legislativo e
sistema de Justiça”, ressaltou Pinho.
Vaza Jato e outras denúncias
A oitiva — ato de ouvir as testemunhas ou as partes de
um processo judicial — aconteceu após uma denúncia
feita em junho deste ano pela defesa do petista.
Motivada pelas revelações da Vaza Jato, ela foi
discutida durante a 48ª reunião plenária do conselho
e deferida pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara
Federal de Curitiba, no último dia 10 de setembro.
“Nos foi afirmado pela parte da defesa e do
ex-presidente Lula que são verídicas as informações
que vieram a público”, frisou Pinho. No entanto, a
investigação não se baseia apenas nas revelações da
Vaza Jato, mas também no que diz respeito ao próprio
processo judicial.
“Nós recebemos denúncias desde a situação da
condução coercitiva dele [Lula], a situação de que
ele não pode exercer seus direitos políticos — como
de votar nas últimas eleições, concorrer e realizar
campanha. [A situação de] Que um habeas corpus que
lhe foi concedido pela Justiça brasileira não foi
cumprido pela Polícia Federal… E uma série de outras
alegações de que não houve paridade e imparcialidade
da Justiça no julgamento de seu caso e no tratamento
do direito de defesa dado em relação às mesmas
oportunidades que foi deferido pelo juízo à
acusação”, completou o relator Scalabrin.
Presentes na reunião, os advogados do petista,
Cristiano Zanin e Valeska Martins, se mostraram
confiantes quanto à decisão do órgão. "A única coisa
que o ex-presidente Lula pede é justiça, um processo
justo, independente e imparcial. Com certeza, em
qualquer um deles, ele provará sua inocência",
sustentou Martins.
"O resultado, ao nosso ver — diante de tudo aquilo
que nós já levamos [referente] ao processo aqui no
Brasil e no Comitê de Direitos Humanos da ONU —, irá
reforçar que o ex-presidente Lula é vítima de
violação as suas garantias fundamentais e direitos
humanos", finalizou Zanin.
Fonte: Brasil de Fato
18/09/2019 -
Lewandowski diz que, se plenário demorar, pode
decidir sobre anulações na Lava Jato
A Lava Jato pode sofrer mais uma dura derrota no
Supremo Tribunal Federal (STF) nas próximas semanas.
Isso porque o ministro Ricardo Lewandowski afirmou
que, se o plenário da Corte "demorar muito" para
analisar os pedidos de anulação de condenação com
base no processo de Aldemir Bendine, ele poderá
"decidir sim ou não", individualmente, sobre pedidos
semelhantes.
No dia 28 de agosto, a 2ª Turma do Supremo acatou um
pedido de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do
Brasil e da Petrobras, para anular a condenação da
primeira instância, em razão de ele ter sido
obrigado a apresentar seu memoriais ao mesmo tempo
que os delatores - a forma correta juridicamente
seria a defesa falar por último.
Com base nessa decisão, Lewandowski já recebeu
quatro pedidos de cancelamento de condenação
baseados na mesma lógica. O ministro disse nesta
terça-feira 17 que, por ora, não pretende tomar
decisões sobre os pedidos já realizados. "Vou
aguardar um pouquinho, não sei se o plenário vai
pautar. Vamos aguardar", declarou, segundo
reportagem da Folha.
Relator da Lava Jato no STF e integrante da Primeira
Turma, o ministro Edson Fachin submeteu o caso ao
plenário da corte. Ainda não há data para o
julgamento.
"Se o Supremo, pelo seu plenário, estiver na
iminência de examinar essa questão, não há porque eu
me antecipar. Há várias questões, mas vai depender
do meu convencimento. Se demorar muito, eu vou
decidir sim ou não [sobre os pedidos de anulação]",
afirmou ainda Lewandowski.
Também nesta terça-feira 17, o ministro Gilmar
Mendes disse que pretende levar para julgamento até
novembro o habeas corpus em que a defesa de Lula
acusa o ex-juiz e hoje ministro Sergio Moro de atuar
com parcialidade no caso que levou o ex-presidente à
prisão. “Outubro, novembro a gente julga isso, ainda
não tem data”, disse Gilmar.
Fonte: Brasil247
18/09/2019 -
Parlamentares afirmam que Temer deu "tapa na cara do
povo' ao assumir golpe
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura,
nesta segunda-feira (16), o ex-presidente Michel
Temer admitiu que o impeachment de Dilma Rousseff
foi, na verdade, um golpe. “Primeiro, Janaína
Pascoal. Agora, Temer. Os traidores não têm mais
vergonha de nada. Temer ter reconhecido o
impeachment como golpe é um tapa na cara do povo
brasileiro”, tuitou nesta terça-feira (17) a líder
da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara com
agências
A parlamentar fez referência a uma postagem no
Twitter do dia 12 de setembro de Janaína Pascoal,
onde a advogada e hoje deputada estadual pelo PSL
afirmou que Dilma não cometeu crime de
responsabilidade e que as “pedaladas fiscais”,
usadas como base para justificar o afastamento da
presidente foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma
caiu por um problema contábil?”, escreveu Janaína,
uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma.
O post foi imediatamente respondido por centenas de
leitores, entre eles o jornalista Fábio Pannunzio,
que recentemente desligou-se da rede Bandeirantes e,
em entrevista ao portal Brasil247, se disse
arrependido de ter participado da armação midiática
para derrubar a presidente democraticamente eleita.
“Janaína dizer isto é o mesmo que Busch admitir que
mentiu sobre armas químicas para justificar a guerra
ao Iraque. Ela é a patronesse do impeachment. Assim,
somos obrigados a reconhecer que Dilma foi, sim,
vítima de uma armação para derrubá-la. De um golpe
clássico. A farsa acabou.”
“Ele confirma ao negar, cinicamente, que tenha
participado da tramoia política”, afirma o
vice-líder comunista, deputado Márcio Jerry (MA).
Entrevista de Temer
“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, disse o
emedebista, que assumiu a presidência após a queda
de Dilma em 2016. Temer não se preocupou em usar o
termo “golpe”, algo que nunca tinha feito, e ainda
revelou que tentou impedir o avanço do processo do
impeachment após um telefonema do ex-presidente
Lula, conforme revelado em uma das reportagens do
site The Intercept Brasil em parceria com o jornal
Folha de S.Paulo.
A reportagem, publicada na última semana, desmontava
a tese do então juiz Sergio Moro e dos procuradores
da Lava Jato de que Lula teria aceitado o cargo de
ministro da Casa Civil durante o governo Dilma para
se blindar das acusações da Operação.
As mensagens privadas trocadas entre os procuradores
mostram que Moro divulgou apenas parte dos áudios
interceptados pela Polícia Federal a partir de um
grampo no ex-presidente petista. À época, Moro
autorizou a divulgação de uma conversa entre Lula e
Dilma, que citava um "termo de posse" para ser
utilizado em "caso de necessidade". O então
magistrado, no entanto, não poderia tê-lo feito
porque o caso envolvia a presidente da República, e
a competência seria exclusivamente do Supremo
Tribunal Federal (STF).
A reportagem mostra que Lula ligou para Temer para
tentar convencê-lo a ajudar a barrar o processo de
impeachment, levando em consideração também a
influência do PMDB no Congresso. No Roda Viva, Temer
reforçou que a movimentação de Lula estava atrelada
ao impedimento de Dilma.
“Depois ele [Lula] esteve comigo, no pavilhão das
autoridades, conversando comigo sobre o impedimento.
O fundamento básico dele foi tentar trazer o PMDB e
outros partidos no sentido de negar a possibilidade
de impedimento”, disse Temer.
Fonte: Portal Vermelho
18/09/2019 -
"Preço de petróleo é com a Petrobras", diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
terça-feira (17), que quem resolve questões
relacionadas ao preço do petróleo é a Petrobras. A
afirmação do ministro ocorre depois que a estatal
informou, por meio de nota, que está monitorando o
mercado internacional do produto, em função de
ataques a refinarias na Arábia Saudita.
“Petróleo quem resolve é a Petrobras. Preço de
petróleo é com a Petrobras”, disse Guedes chegar ao
Ministério da Economia, após uma reunião com o
presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta
terça-feira.
Logo depois dos ataques aéreos à refinaria de Abqaiq,
o governo da Arábia Saudita revelou que sua produção
diária caiu para cerca da metade. Na abertura dos
mercados, a repercussão dos ataques resultou na
elevação dos preços internacionais do petróleo.
De acordo com a Petrobras, por enquanto, não há
previsão de reajuste de preços nos produtos
negociados pela estatal, como os combustíveis e
derivados de petróleo.
Segundo a Petrobras, a cotação internacional do
petróleo apresenta volatilidade e a alta súbita de
preços “pode ser atenuada na medida em que maiores
esclarecimentos sobre o impacto na produção mundial
sejam conhecidos. A Petrobras decidiu por acompanhar
a variação do mercado nos próximos dias e não fazer
um ajuste de forma imediata”, diz a nota.
Fonte: Agência Brasil
18/09/2019 -
CCJ deve analisar relatório da reforma da
Previdência na próxima terça
Com a volta da reforma da Previdência (PEC 6/2019) à
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do
Senado (CCJ), caberá ao senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) se manifestar sobre as 78 emendas
apresentadas no Plenário. A tendência do relator é
de rejeitá-las ou acolher algumas sugestões de
mudanças na PEC paralela (PEC 133/2019) para
garantir a promulgação da reforma em outubro. A
presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS),
convocou sessões extraordinárias para quinta-feira
(19), quando será feita a leitura do relatório, e
para a próxima terça-feira (24), para a votação do
texto.
Fonte: Agência Senado
18/09/2019 -
Ciro Gomes afirma que Bolsonaro não terminará o
governo
O ex-ministro Ciro Gomes – que concorreu à
Presidência pelo PDT nas eleições 2018 – diz
acreditar que a gestão Jair Bolsonaro (PSL) não
chegará ao fim. “Acho que ele [Bolsonaro] não
termina o governo. Isso é um mero palpite”, afirmou
Ciro, em entrevista ao Estadão publicada nesta
terça-feira (17). “Espero que não seja pelo
suicídio. Meu palpite, é um mero palpite, é que vai
ser por renúncia”, especulou.
De passagem por Belo Horizonte – onde participou do
ato de filiação da professora e líder transexual
Duda Salabert ao PDT –, Ciro declarou que o golpe
contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016,
vai influenciar no comportamento do Congresso e dos
partidos no próximo período. Segundo ele, “os
políticos – que, de alguma forma, foram negados
também pelo caráter antipolítico que o Bolsonaro
impôs na retórica dele – estão muito ressabiados com
a bobagem que fizeram no impedimento da Dilma”.
Ele cita o exemplo do PSDB, que apoiou o golpe com
entusiasmo, mas perdeu capital político e eleitoral
nos anos subsequentes. “O PSDB sabe que talvez tenha
se liquidado mortalmente naquele gesto burro. Se
tivesse esperado o tempo fluir, até o final do
mandato ruidoso da Dilma, tinha ganho as eleições”,
afirma. “O que aconteceu? Interromperam o mandato e
passaram a ser corresponsáveis pelo desastre que
veio daí adiante com Michel Temer e agora com o
Bolsonaro. Produziram o Bolsonaro.”
Por isso, diz Ciro, as chances de um novo processo
de impeachment são reduzidas. “Mas as energias são
tão negativas e tão rápidas que não vejo como
Bolsonaro termine o governo”, agrega. “O Brasil vai
passar por muita confusão, por momentos terríveis
nos próximos seis meses”, com a “deterioração da
economia” e o impacto do “teto de gastos” nas áreas
sociais. Em sua opinião, “o ano que vem vai ser
terrível. E isso tem um poder de combustão muito
grande – de provocar novos alinhamentos na vida
brasileira”.
Com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
18/09/2019 -
Realização de perícia para verificar insalubridade é
obrigatória mesmo que não haja pedido
Segundo a relatora, a medida é imprescindível e não
facultativa.
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
determinou a realização de perícia técnica para
apuração da insalubridade na reclamação trabalhista
de uma operadora de produção da BRF S.A. Ao dar
provimento ao recurso da empresa, a Turma assinalou
que, para a caracterização da insalubridade na
atividade de trabalho, é “imprescindível e
imperativa” a avaliação do perito.
Câmara fria
A operadora relata, na ação, que recebia o adicional
em grau médio (20%), por trabalhar em câmara fria,
mas que a empresa não teria feito o pagamento entre
fevereiro e junho de 2015. A BRF, em sua defesa,
sustentou que a empregada havia recebido a parcela
quando esta era devida, mas parou de recebê-la
quando não era mais.
Laudos técnicos
O juízo da 14ª Vara do Trabalho de Belém (PA) deferiu
o adicional. Para isso, considerou que a empresa não
havia anexado ao processo os laudos técnicos sobre
as condições de trabalho de seus empregados e o
ambiente de trabalho nem sobre as medidas de
prevenção de riscos e acidentes. Para o juízo, a
documentação era necessária para demonstrar se a
empregada estava sujeita a agentes insalubres.
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP)
manteve a sentença e indeferiu o pedido da BRF para
a realização da perícia, por entender que a medida
não é obrigatória e deve ser requerida pela defesa.
Obrigatoriedade
A relatora do recurso de revista da BRF, ministra Dora
Maria da Costa, observou que a obrigatoriedade de
realização da perícia para apurar a existência de
agente insalubre decorre da controvérsia sobre as
reais condições de trabalho do empregado. “Sua
realização é imprescindível, e não faculdade
conferida ao julgador que pretende ser auxiliado na
formação do seu convencimento”, afirmou.
Segundo a ministra, trata-se de norma obrigatória
dirigida ao juiz, e este, quando arguida a
insalubridade, deverá determinar a perícia mesmo que
não tenha havido solicitação das partes, a não ser
nos casos de impossibilidade de sua realização, o
que não houve no caso.
A decisão foi unânime. Processo:
RR-903-53.2017.5.08.0014
Fonte: TST
17/09/2019 -
Governo Bolsonaro quer ter o direito de congelar
salário mínimo
A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro
planeja retirar da Constituição Federal a previsão
de que o salário mínimo seja corrigido pela
inflação.
Segundo informação do Broadcast, a ideia é que, em
momentos de desequilíbrio fiscal seja permitido
congelar mesmo os reajustes nominais (ou seja, dar a
variação da inflação) da remuneração por alguns
anos, até que a saúde das contas seja restabelecida.
O congelamento do salário mínimo poderia render uma
economia entre R$ 35 bilhões e R$ 37 bilhões.
A ideia tem sido costurada com os deputados Pedro
Paulo (DEM-RJ) e Felipe Rigoni (PSB-ES),
respectivamente autor e relator de uma proposta que
regulamenta a regra de ouro e tenta limitar o
crescimento dos gastos obrigatórios.
Hoje, a Constituição prevê que é direito social do
cidadão ter acesso a um salário mínimo "com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo".
Até o ano passado, a política de reajuste fixava uma
correção pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC)
do ano anterior mais o Produto Interno Bruto (PIB)
de dois anos antes. Com o vencimento desse modelo, o
governo se debruça sobre uma mudança.
A política de aumentos reais (acima da inflação)
vinha sendo implementada nos últimos anos, após ser
proposta pela então presidente Dilma Rousseff e
aprovada pelo Congresso.
Fonte: Brasil247
17/09/2019 -
Procuradores da Lava Jato atuaram para tentar
derrubar Gilmar do STF
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato atuaram em
2017 para tentar derrubar o ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes. As revelações são do
novo capítulo da Vaza Jato, divulgadas na noite
desta segunda-feira 16 pelo jornalista Reinaldo
Azevedo no programa O É da Coisa, na BandNews FM.
A iniciativa para a redação da minuta veio da
procuradora Thaméa Danelon, que é cotada pelo
indicado a procurador-geral da República, Augusto
Aras, para coordenar a Lava Jato em Brasília. Ela
recebeu forte apoio do chefe da força-tarefa, Deltan
Dallagnol, para que realizasse o trabalho.
Mensagens trocadas em maio de 2017 revelam que
Thaméa foi procurada por Modesto Carvalhosa,
advogado que atua no setor privado, para redigir um
pedido de impeachment contra Gilmar, a fim de que
ele o apresentasse.
"Oi. O professor Carvalhosa vai abrir o impeachment
do Gilmar. Ele pediu para eu minutar para ele",
contou Thaméa ao chefe, Dallagnol. "Sensacional,
manda ver", respondeu Dallagnol sobre o ato ilegal.
"Seu apoio é muito importante para mim", disse a
colega. "Apoiadíssima. Se quiser, podemos olhar
depois de você redigir", ofereceu ainda o chefe da
força-tarefa. "Quero sim, lógico. Obrigada",
concluiu.
Depois de uma sugestão de Dallagnol para que fizesse
contato com a equipe da Lava Jato no Rio de Janeiro,
que teria "tudo documentado quanto à atuação do
sócio da esposa", Thaméa citou ainda um terceiro
procurador, El Hage, com quem disse 'já estar em
contato' para lhe ajudar no trabalho. Ela se referia
ao coordenador da força-tarefa no Rio, Eduardo El
Hage.
Fonte: Brasil247
17/09/2019 -
Orçamento do governo para 2020 deve agravar crise
econômica e social
24 de 31 áreas terão cortes. Em seis anos,
investimento público recua de R$ 94 bi para R$ 19
bi, redução de 80%
Se o ano de 2019 está terminando no contexto de uma
grave crise econômica e fiscal, que tem limitado os
recursos públicos para diversas áreas, o ano que vem
projeta um cenário ainda mais sombrio.
A proposta de orçamento para 2020, enviada pelo
governo Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional
no fim de agosto, mostra que 24 de 31 áreas de
atuação federal terão recursos reduzidos, segundo
análise do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).
Os parlamentares têm até 22 de dezembro para aprovar
o projeto.
O Ministério do Turismo é o que teve a maior perda
percentual, com redução de 58,3% em relação ao
orçamento deste ano. Quando somam-se os recursos da
área de turismo a de esporte, que aparecem juntas, a
perda atinge mais de 73%.
Em seguida, vem o Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos, com perda de 43,2%. Entre as
áreas afetadas, estão políticas de promoção da
igualdade racial e ações voltadas para as mulheres,
deficientes físicos e povos indígenas.
As áreas de energia (-38%), habitação (-30%) e
indústria (-26%) também registram perdas
expressivas. Em meio à crise de incêndios na
Floresta Amazônica, a maior dos últimos anos,
Bolsonaro decidiu cortar cerca de 30% do Ministério
do Meio Ambiente.
Até mesmo a área de segurança pública, setor tido
como prioritário pelo governo, haverá redução
significativa. O ministro Sergio Moro, que esse ano
já estava reclamando dos cortes, viu o orçamento de
sua pasta ser reduzido em mais 18,6%, passando dos
autuais R$ 3,76 bilhões para pouco mais de R$ 3
bilhões no ano que vem.
"É um desmantelamento de políticas públicas,
principalmente as políticas públicas que não têm os
mínimos constitucionais garantidos, como saúde e
educação", afirma Livi Gerbase, assessora política
do Inesc.
Teto dos gastos
Um dos vilões da redução do orçamento é a emenda
constitucional do Teto dos Gastos, aprovada ainda na
gestão de Michel Temer (MDB), que congelou os gastos
públicos em 2016 por 20 anos. Significa que, ano
após ano, o orçamento público só poderá ser
corrigido pela inflação do ano anterior.
Na prática, o Teto afeta principalmente as despesas
discricionárias, isto é, aquelas que o governo não
tem obrigação legal de investir, como incentivo à
pesquisa, modernização de hospitais e construção de
estradas.
No Projeto de Lei Orçamentária de 2020, essas
despesas sofreram um corte de 13,15%, passando de R$
102,7 para R$ 89,1 bilhões, um dos piores patamares
da história. Desse total de R$ 89,1 bilhões, apenas
R$ 19 bilhões são investimentos. O restante é verba
de custeio, que serve para pagamento de serviços
como energia, segurança, limpeza e compra de
insumos.
“O papel do Estado como movimentador da economia
está basicamente acabando. Só para se ter uma ideia,
a gente tinha R$ 94 bilhões de investimento
[público] em 2013 e agora a gente está falando de R$
19 bilhões, isso já em valores corrigidos. É uma
redução muito drástica”, aponta Gerbase.
Crédito extra e isenções fiscais
O projeto orçamentário também prevê a necessidade de
crédito extra de R$ 367 bilhões para cobrir uma
série de despesas públicas, como benefícios
previdenciários, pagamento do Bolsa Família,
seguro-desemprego, entre outros. A medida depende de
aval do Congresso Nacional, tendo em vista a
necessidade de cumprimento da chamada regra de ouro.
Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988,
a regra de ouro determina que o governo não pode
endividar-se para financiar gastos correntes (como a
manutenção da máquina pública), apenas para despesas
de capital (como investimento e amortização da
dívida pública) ou para refinanciar a dívida
pública.
Outro problema detectado pelo Inesc no Orçamento
2020 é o imenso volume de recursos que o governo
deixará de arrecadar por causa das isenções fiscais
para diversos setores da economia. As isenções são
políticas de incentivo para o desenvolvimento de
determinadas cadeias produtivas – nas quais os
empresários recolhem uma porcentagem menor do
imposto devido para, em tese, reinvestir na produção
e gerar crescimento e empregos.
O problema, segundo o Inesc, é que em muitos casos
esses processos não são transparentes nem avaliados,
já que os dados tributários são sigilosos.
No ano que vem, a perda com essas desonerações será
de R$ 326,1 bilhões, quase três vezes o orçamento da
Educação (R$ 138 bilhões) e mais de cem vezes o
valor do orçamento para o meio ambiente (R$ 2,77
bilhões). O valor equivale também ao alegado déficit
da Previdência, que seria da ordem de R$ 300 bi.
Fonte: Brasil de Fato
17/09/2019 -
‘Esquerda precisa dialogar com futuro, sem abandonar
experiência do passado’, diz Pochmann
O economista Marcio Pochmann explica como a crise
de 2008 fortaleceu a extrema-direita e defende novas
formas de organizações políticas e trabalhistas
Enquanto diversos países observam novas formas de
mobilização do campo progressista, o Brasil precisa
definir uma perspectiva própria na renovação da
esquerda, que passa pela negação de um receituário
neoliberal e um diálogo com o futuro. Essa é a
análise do professor de Economia e pesquisador do
Centro de Estudos Sindicais e de Economia do
Trabalho, da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) Marcio Pochmann, que também é presidente
da Fundação Perseu Abramo.
O professor lembra que, atualmente, há exemplos em
outros países que podem servir de espelho para o
Brasil, onde se misturam a inovação e a experiência.
“Há dois caminhos sendo testados no aspecto da
esquerda: a novidade do Podemos, na Espanha, que
surge em organização em rede, e dos partidos
tradicionais que tem lideranças inéditas, como o
Bernie Sanders, no Estados Unidos, e Jeremy Corbyn,
na Inglaterra. A esquerda não pode abandonar a
experiência do passado, mas precisa dialogar com o
futuro”, afirma Pochmann, em entrevista aos
jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio
Brasil Atual.
Pochmann lembra que a crise de 2008 teve uma
repercussão política mundial e colocou em pauta a
defesa dos interesses nacionais. A partir disso,
grupos de extrema direita emergiram com o discurso
anti-globalização, assentado em valores
conservadores.
“Vemos no Brasil a emergência de uma nova direita,
que conversa com o novo ciclo que se abriu, mas
ainda sem um rumo. Há governos com posturas
diferentes, como nos Estados Unidos, que se dizem
amigos do mercado, mas com políticas de defesa do
espaço nacional”, disse o professor. Ele ressalta
ainda que, no Brasil, houve uma mudança de
perspectiva no setor conservador com a derrubada de
Dilma Rousseff. “A expectativa era de que a oposição
derrotada em 2014 voltasse ao governo, como ocorreu
no governo Temer, e se consolidasse em 2018.
Todavia, o bloco do PSDB não conseguiu nem 4% dos
votos, ou seja, há um novo centro da direita que
ainda é difícil de identificar como funciona”,
explica.
Para Pochmann, com a criação de novos cargos
informais e precarização do trabalho, a narrativa do
empreendedorismo tornou-se um eufemismo. É preciso
discutir novas formas de organizações trabalhistas,
pois houve um esgotamento da sociedade assentada na
presença forte da indústria, o que reduziu a
presença de uma parte significativa da classe
trabalhadora assalariada.
“Nenhuma sociedade permanece a mesma ao longo do
tempo, e isso se aplica ao que estamos vivendo. Os
trabalhadores das plataformas digitais já superam 5
milhões das ocupações do Brasil, isso se transforma
na categoria com a maior concentração de
trabalhadores, depois das domésticas”, destaca.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/09/2019 -
Previdência: aumento da miséria e do trabalho
informal preocupa debatedores
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu nesta
segunda-feira (16) sobre os riscos de aumento da
miséria e da informalidade em decorrência da
aprovação da reforma da Previdência. A audiência
pública reuniu representantes de entidades de
assistência social no campo e nas áreas urbanas.
Ao abrir o debate, o presidente da CDH, Paulo Paim
(PT-RS), afirmou que a maioria dos senadores e
deputados sequer conhece o texto da reforma, tida
por ele como “a mais cruel de todos os tempos”. A
proposta do Executivo (PEC 6/2019) já foi aprovada
pela Câmara dos Deputados e está em análise no
Senado. O primeiro turno de votação no Plenário do
Senado está previsto para 24 de setembro.
Paim citou preocupações pontuais, como a aposentaria
por invalidez, que atualmente é paga levando em
conta a integralidade do salário. Ele disse que, a
partir da promulgação dessa reforma, quem tiver um
problema grave e não puder mais trabalhar vai se
aposentar com a metade do salário.
— Isso vai gerar miséria — criticou.
O senador lembrou as aposentadorias especiais, como
o caso dos trabalhadores das minas de carvão, que a
partir da reforma terão uma idade mínima vinculada
ao tempo de contribuição (hoje em dia só o tempo é
considerado para fins de aposentadoria). A situação
de metalúrgicos, professores e vigilantes também foi
destacada pelo senador.
— Essa reforma prejudica gerações do passado, do
presente e do futuro. Retira de quem está ganhando
no trabalho formal e não resolve nada para aqueles
que nem têm chance de um emprego formal.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
17/09/2019 -
“Acabou esse assunto”, diz Rodrigo Maia sobre
retorno da CPMF
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que o tema do retorno da CPMF não deve
voltar a ser discutido pelo Congresso, já que o
governo mostrou que não tem mais interesse no tema.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro
demitiu o secretário da Receita Federal, Marcos
Cintra, um dos defensores do retorno da
contribuição.
Maia concedeu entrevista coletiva nesta
segunda-feira (16) após participar de evento em São
Paulo. Para ele, criar impostos não é o melhor
caminho para resolver os problemas fiscais
brasileiros.
“Acabou esse assunto, da parte do Congresso sempre
foi muito difícil. E da parte do governo, parece que
também não tem mais interesse, como não tem
interesse do Executivo e do Legislativo, as coisas
não aparecem se não existir algum patrocinador da
ideia”, afirmou Rodrigo Maia.
Reforma administrativa
Maia destacou que a redução do gasto público deve ser
tratada como prioridade no Congresso Nacional.
Segundo ele, não adianta apenas simplificar o
sistema tributário se não aprovar a reforma
administrativa e um novo pacto federativo.
“As pessoas parecem que não compreenderam que vai
ter que ter uma reorganização nas despesas públicas.
Não há retorno para a sociedade. É um problema
estrutural da economia brasileira, de falta de
produtividade, de serviços públicos ineficientes e
caros e está afastando o capital privado do País”,
disse Rodrigo Maia.
Fonte: Agência Câmara
17/09/2019 -
Brics Sindical debate futuro do trabalho com
direitos e mais empregos
O VIII Brics Sindical (Reunião de Representantes
Sindicais do Brasil, Russia, Índia, China e África
do Sul) acontecerá entre os dias 16 e 20 de setembro
em Brasília. O evento acontece no mesmo período da
reunião de líderes dos países que compõem o Brics.
A realização do encontro sindical no Brasil é
fundamental neste momento de tentativas de diminuir
direitos e enfraquecer o movimento sindical. Os
cinco países do bloco representam quase metade da
população mundial. “Nossa meta é fortalecer o bloco
econômico e compartilhar experiência e mais direitos
para os trabalhadores", destacou o presidente da
Força Sindical, Miguel Torres, que fará uma
exposição no dia 18.
"Todas as Centrais Sindicais farão o possível para
que o evento seja um marco importante neste momento
de desmonte dos direitos promovido pelo atual
governo", afirmou.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves,
o Juruna, destaca que a troca de informação e o
ampliação do diálogo entre os sindicalistas do
países são instrumentos importante para fortalecer a
luta dos trabalhadores. "Continuamos apostando na
perspectiva de transformar o Brics numa importante
articulação internacional que atue fortemente para
na luta por sindicatos fortes e com atuação
conujunta contra as tentativas de desmonte dos
movimentos sindicais".
Durante a abertura do Fórum de ministros e
secretários do trabalho do Brics, que ocorreu nesta
segunda-feira, o 1º secretário da Força Sindical,
Sérgio Luiz Leite o Serginho, falou em nome do Fórum
Sindical dos Brics. "Cobramos os governos
oficialização do Brics Sindical nos organismos
oficiais de governança e o combate a precarização no
trabalho". Serginho alertou ainda, em sua fala, a
necessidade do fortalecimento do diálogo tripartite
permanente e equilibrado, valorizando os parceiros
sociais e ainda o protagonismo na transição justa no
futuro do trabalho".
Fonte: Força Sindical
16/09/2019 -
CPI na Câmara vai apurar ilegalidades da operação
Lava Jato
Comissão vai investigar abuso da estrutura do
Judiciário e do MPF para fins políticos, com a
caracterização de conluio
Após concluir a conferência das assinaturas, a Mesa
da Câmara concluiu nesta sexta-feira (13) a análise
do requerimento para instalação da CPI da Vaza Jato.
No total, 175 deputados assinaram o documento,
quatro a mais do que o mínimo regimental. O
requerimento foi protocolado ontem e o objetivo da
comissão é apurar, a partir das revelações do site
The Intercept Brasil, a utilização da estrutura do
Judiciário e do Ministério Público Federal para
objetivos políticos, com a caracterização de conluio
em detrimento das garantias fundamentais.
Segundo o site Congresso em Foco, a iniciativa foi
“capitaneada” pela líder da Minoria, Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), com o apoio de Alessandro Molon
(PSB-RJ), André Figueiredo (PDT/CE), Orlando Silva
(PcdoB-SP), Daniel Almeida (PcdoB-BA), Paulo Pimenta
(PT-RS), Ivan Valente (Psol-SP) e Tadeu Alencar
(PSB-PE).
“Era necessária uma resposta institucional para que
algo de fato seja feito. Agora queremos a instalação
imediata da CPI. É necessário que a Câmara, a partir
do presidente (Rodrigo Maia), instale a CPI, que é
séria, equilibrada”, explicou Jandira Feghali pelo
Twitter. “Não se trata de perseguir ninguém, mas de
aprofundar as investigações sobre o ex-juiz (Sergio)
Moro , o senhor Deltan (Dallagnol) e os envolvidos,
porque precisamos salvar a democracia brasileira.”
“Trata-se de um fato político relevante”, aponta
Paulo Pimenta, líder do PT. “Vamos fazer um processo
de investigação tranquilo e sereno, garantindo que
as investigações sigam a lei. Não vamos repetir as
condutas que sempre denunciamos, a seletividade e a
manipulação das informações. Não há nada pior para o
estado democrático de direito do que não ter
segurança jurídica. Isso corrói a democracia”,
acrescentou. Pimenta destacou que a CPI será fiel
àquilo que estabelece a Constituição.
“A atuação da força-tarefa deve ser revestida de
legalidade, técnica, impessoalidade e imparcialidade
do juiz da causa”, diz o requerimento. “Provável
conluio” e violações de “garantias fundamentais”,
“fraude processual, prevaricação, advocacia
administrativa e abuso de autoridade” são termos
usados pelos parlamentares como justificativa para a
comissão.
Se instalada, a CPI da Vaza Jato terá até 180 dias
para investigar. Antes, o requerimento precisa ser
lido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
e, então, os partidos devem indicar os membros do
colegiado. Maia sofrerá pressão dos aliados do
ministro da Justiça, Sergio Moro.
Fonte: Brasil de Fato
16/09/2019 -
Fundo eleitoral e reforma da Previdência estão na
pauta do Plenário
O projeto de lei que altera regras eleitorais (PL
5.029/2019) volta à pauta do Plenário nesta
terça-feira (17) para discussão em turno único. O
texto, que tramita em regime de urgência, prevê
exceções ao limite de gastos de campanhas;
estabelece itens nos quais podem ser usados recursos
do Fundo Partidário; define critérios para análise
de inelegibilidade; e autoriza o retorno da
propaganda partidária semestral. Um dos pontos mais
polêmicos é a brecha para que seja aumentado o
montante do chamado Fundo Eleitoral, que financia as
campanhas políticas.
Na última sessão deliberativa, no dia 11, senadores
de vários partidos reclamaram do pouco tempo
disponível para analisar o projeto, entraram em
obstrução e a votação foi cancelada. Os líderes
partidários chegaram a um acordo segundo o qual o
texto seria analisado pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) pela manhã, antes de ser
novamente discutido em Plenário.
Para valer nas eleições municipais de 2020, as
alterações precisam ser publicadas até um ano antes
do pleito, ou seja, até o começo de outubro deste
ano.
Reforma da Previdência
A reforma da Previdência (PEC 6/2019) e a PEC Paralela
(PEC 133/2019) passarão pela quinta sessão de
discussão em primeiro turno no Plenário do Senado.
A PEC 6/2019 deve cumprir a sua última sessão de
discussão nesta segunda-feira (16) e voltar à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a
análise das emendas, só depois será votada no
Plenário. Em acordo de líderes partidários, ficou
estabelecido que a votação do texto principal da
reforma será no próximo dia 24, atendidos todos os
prazos regimentais.
Já a PEC Paralela, proposta que traz outras
sugestões de alterações na Previdência como a
inclusão de estados e municípios, será discutida na
quarta-feira (18).
A ideia é que a PEC principal não seja mais
alterada. Caso ela seja aprovada pelo Senado, já
poderá ser transformada em emenda constitucional. A
PEC paralela ainda precisa passar pela Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
16/09/2019 -
Folha prevê que segunda turma do STF vai votar pela
suspeição de Moro no caso triplex
Celso de Melo e Cármen Lúcia devem votar contra a
atuação de Moro, aliando-se à posição de Gilmar
Mendes e Ricardo Lewandowski e isolando Edson Fachin.
Cármen estaria irritada por ter sido chamada de
"frouxa" por procuradores da Lava Jato
Em artigo publicado nesta segunda-feira (16),
Leandro Colon, diretor da Sucursal de Brasília da
Folha de S.Paulo, dá pistas de que a segunda turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar pela
suspeição do ex-juiz, Sergio Moro, no caso do
triplex do Guarujá, em que ele condenou o
ex-presidente Lula à prisão.
Segundo Colon, a dica foi dada por Gilmar Mendes em
entrevista à Folha, dizendo que a popularidade de
Moro não vai influenciar o julgamento na turma do
STF, que é composta ainda por Cármen Lúcia, Celso de
Mello, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.
Segundo o jornalista, nos bastidores cresce a aposta
que Celso de Melo e Cármen Lúcia devem votar contra
a atuação de Moro. Os votos dos dois isolariam
Fachin, já que a posição de Mendes e Lewandowski já
é conhecida.
Cármen Lúcia estaria impressionada com o teor das
mensagens trocadas pelos procuradores da Lava Jato.
Em uma das conversas, a ministra foi chamada de
“frouxa”.
Fonte: Revista Forum
16/09/2019 -
Os 300 mais ricos do planeta possuem o mesmo do que
os 3 bilhões mais pobres
Os dados da concentração de renda e desigualdade
são alarmantes e é necessário expor ao máximo.
O sistema tende a cada vez mais piorar tal situação
O grupo dos 2% das pessoas mais ricas possui mais da
metade de toda a riqueza do mundo. A grande massa
dos 80% mais pobres, detém apenas 6% das riquezas.
Em outras palavras, os 300 mais ricos, possuem o
mesmo do que os 3 bilhões mais pobres.
As informações levantadas pelo grupo de ativistas
The Rules voltaram a circular nas redes sociais em
um curto vídeo de 2013 que explica tamanha
desproporção. Os números que revelam o “sucesso” do
capitalismo global continuam.
De fato, as políticas econômicas globais aplicadas
nas últimas dezenas anos, com base em ideologias
liberais, resultaram no aumento deste vale; no
aumento radical do acúmulo e da expropriação do
valor do trabalho. Há 200 anos, os países mais ricos
do mundo concentravam cerca de três vezes mais
riqueza do que os mais pobres. Nesta década, eles
são 80 vezes mais ricos.
Esse número aumenta ano a ano com a fuga de capitais
criada a partir do sistema de comércio
internacional. Grandes corporações exploram a mão de
obra barata de países pobres e expropriam as
riquezas dessas nações. Esse é um ponto. Outro ponto
apresentado pelo The Rules é a questão da dívida.
São cerca de US$ 600 bilhões por ano pagos a
organismos como FMI e grandes bancos de dívidas que
já foram pagas, mas o que corrói são os juros
cobrados.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/09/2019 -
TST começa a analisar possibilidade de acumular
adicionais
A Subseção I da Seção Especializada em Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho começou
a julgar, na quinta-feira (12/9), se é possível a
cumulação dos adicionais de insalubridade e
periculosidade. A discussão depende do voto do
presidente do TST, ministro João Batista Brito
Pereira.
O julgamento está com sete votos contra essa
possibilidade e seis à favor. O relator, ministro
Vieira de Mello Filho, votou pela possibilidade de
recebimento de ambos adicionais.
"No meu entendimento, a Constituição Federal não
estabeleceu nenhum impedimento com relação à
cumulação. Apenas diz que são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais o 'adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas, na forma da lei'", disse.
O entendimento foi seguido pelos ministros Augusto
César Leite de Carvalho, José Roberto Freire
Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio
Mascarenhas Brandão e Lelio Bentes Corrêa.
Divergência
Inaugurando a divergência, o ministro revisor, Alberto
Luiz Bresciani, entendeu que a CLT é clara pela
opção de um dos adicionais. "inclusive, essa tese é
pacificada na SDI-1", afirmou.
Seguiram a divergência os ministros Breno Medeiros,
Márcio Eurico Vitral, Walmir Oliveira da Costa,
Alexandre Luiz Ramos, Maria Cristina Peduzzi e
Renato de Lacerda Paiva.
Apenas Uma Opção
No caso, os ministros analisam um recurso de um
ex-trabalhador da companhia aérea American Airlines,
que trabalhava como agente de tráfego. Ele já
recebia adicional de insalubridade devido ao ruído
das turbinas dos aviões no local.
No recurso, pede também adicional de periculosidade
também por estar em contato com produtos inflamáveis
no abastecimento das aeronaves.
O trabalhador recorreu contra decisão da 8ª Turma do
TST, de 2015, que negou a cumulação dos adicionais
por entender que a CLT é clara no sentido de que se
deve optar por um dos dois.
Fonte: TST
16/09/2019 -
Proposta reduz as alíquotas para contribuição para o
Sistema S
O Projeto de Lei 3866/19 reduz as alíquotas das
contribuições destinadas ao Sistema S – Sebrae,
Senac, Senai, Senar, Senat, Sesc, Sescoop, Sesi e
Sest. Em geral, essas alíquotas incidem sobre a
folha de pagamento em cada segmento, e o montante é
dividido entre representações nacionais e regionais.
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. “O cenário econômico apresenta enormes
desafios”, explicou o autor, deputado Darci de Matos
(PSD-SC). “Precisamos de iniciativas que aliviem a
folha, proporcionando fôlego para que as empresas
possam investir na produção e na geração de
empregos.”
Conforme a proposta, a alíquota destinada ao Sebrae
seria reduzida de 0,3 para 0,21; Senac, de 1 para
0,85; Senai, de 1 para 0,9; Senar, de 2,5 para 2,1;
Senat, de 1 para 0,95; Sesc, de 2 para 1,6; Sescoop,
de 2,5 para 2,37; Sesi, de 1,5 para 1,2; Sest, de
1,5 para 1,42.
Além das alíquotas, o texto prevê que o percentual
destinado às representações nos estados e no
Distrito Federal aumente dos atuais 75% para 95% do
total arrecadado. Dessa forma, as representações
nacionais ficariam com 5% do total.
O deputado Darci de Matos lembrou que o Sistema S
surgiu nos anos 1940, com objetivo de formar mão de
obra para indústrias. O parlamentar citou ainda
dados do Tribunal de Contas da União (TCU) segundo
os quais as arrecadações de Senac, Senai, Senar,
Sesc e Sesi superaram, juntas, R$ 25 bilhões em
2016.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/09/2019 -
MP que regula saques de FGTS e Pis/Pasep será
discutida em audiências públicas
A comissão mista que analisa a medida provisória
sobre saques do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) vai debater o tema em audiências
públicas marcadas para terça-feira (17) e
quinta-feira (19). A MP 889/2019 permite novas
possibilidades de saque do FGTS, instituindo a
modalidade de saque-aniversário, e disponibiliza o
saque integral do Pis/Pasep, entre outras
providências.
Devem participar da reunião de quarta, às 14h30, o
diretor-executivo de Fundos de Governo da Caixa
Econômica Federal, Edilson Carrogi Ribeiro Vianna, o
diretor do Banco de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) André Tosello Laloni e representantes
dos Ministérios da Economia e do Desenvolvimento
Regional.
Foram convidados para o debate de quinta-feira, às
10h, representantes do Banco Central, da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção, da Associação
Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias e do Fórum
Nacional de Reforma Urbana.
As audiências serão feitas na sala 6 da Ala Nilo
Coelho.
Estímulo ao consumo
Segundo a exposição de motivos do governo, a MP
889/2019 busca, entre outros objetivos, estimular o
consumo das famílias e reduzir o endividamento de
parcela expressiva da população.
A medida prevê a distribuição do resultado integral
auferido pelo FGTS por meio de crédito nas contas
vinculadas de titularidade dos trabalhadores. Hoje
esse lucro anual prevê a distribuição de 50% aos
trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
16/09/2019 -
Projeto altera regras da CLT sobre segurança e
medicina do trabalho
O Projeto de Lei 3818/19 altera todo o capítulo da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei
5.452/43) dedicado à engenharia de segurança do
trabalho e medicina do trabalho. O objetivo, segundo
o autor da proposta, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP),
é atualizar a lei trabalhista e adequá-la às
inovações tecnológicas da chamada indústria 4.0.
Esse termo é usado desde 2011 pelos setores
industriais para se referir ao emprego, no processo
de manufatura, de novas tecnologias de automação e
da internet. “É preciso definir mudanças, prevendo
regras para o uso dos avanços tecnológicos como
recurso nas atuações de trabalho das diversas
atividades econômicas”, disse Zuliani.
O deputado afirma que a mudança na CLT permitirá a
atualização das normas regulamentadoras (NRs) que
tratam das condições de trabalho.
Segundo o projeto, as normas de engenharia de
segurança do trabalho e medicina do trabalho deverão
ser seguidas por todas as empresas, beneficiando
trabalhadores com ou sem vínculo empregatício. A
proposta determina também que as mudanças entrarão
em vigor 60 dias após a publicação da lei decorrente
do projeto.
Estudos prévios
Todo empreendimento deverá possuir projeto amparado
por estudos prévios para as atividades
desempenhadas, considerando o impacto nas condições
e no meio ambiente de trabalho. Também deverá
elaborar e implantar, obrigatoriamente, um Sistema
Integrado de Gestão das Condições do Meio Ambiente,
do Trabalho e do Social.
O estudo prévio deverá ser comprovado por relatório
produzido por engenheiro de segurança do trabalho.
As empresas deverão documentar o histórico laboral
de seus trabalhadores, incluindo informações sobre
identificação e avaliação da exposição aos riscos,
implantação de tecnologias de proteção e conformação
às NRs.
Caso sejam constatadas condições de perigo ao
trabalhador, o fiscal do trabalho poderá interditar
de imediato as atividades da empresa, e até embargar
obras. A empresa poderá recorrer à Superintendência
Regional do Trabalho (SRT) no prazo atual vigente
(10 dias após a interdição). O projeto, porém,
permite que o superintendente Regional do Trabalho
suspenda a interdição baseado em laudo técnico e
independentemente do recurso.
Outros pontos
O projeto do deputado Geninho Zuliani estabelece
também:
- as empresas, incluindo as micros, serão obrigadas
a manter Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho
Centralizados, com a responsabilidade de atuar no
planejamento e gestão das condições de trabalho;
- as comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas)
foram mantidas, mas as atribuições, a composição e o
funcionamento serão integralmente regulados pelo
Ministério da Economia;
- a empresa deverá ter programas de identificação e
análise de riscos, e melhoria contínua do processo
de produção, com parâmetros e metas de eliminação
dos riscos;
- a empresa deverá ter Programa de Controle Médico
de Saúde no Trabalho, para promover e preservar a
saúde dos empregados. O Ministério da Economia
estabelecerá os parâmetros mínimos e diretrizes
gerais do programa;
- a notificação de doenças profissionais só será
feita após a comprovação de nexo causal (que liga a
doença à atividade desempenhada) feita por
engenheiro de segurança;
- os municípios deverão exigir a apresentação de
Projeto de Engenharia de Segurança em Edificações e
Instalações e de Projeto das Condições e Meio
Ambiente de Trabalho antes de aprovar qualquer obra
estrutural no local de trabalho;
- a definição de atividades ou operações insalubres
deixa de se relacionar a limites fixos de tolerância
e passa a ser definida como qualquer atividade que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde. A
constatação da exposição será realizada por inspeção
no local de trabalho.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços; Seguridade Social e Família;
Trabalho, de Administração e Serviço Público; e
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
13/09/2019 -
Comissão de Direitos Humanos volta a debater reforma
da Previdência nesta sexta
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove nesta sexta-feira (13),
às 9h, mais uma audiência pública para discutir a
reforma da Previdência (PEC 6/2019). Desta vez, o
foco da discussão será “a Previdência que queremos”.
Para a discussão, foram convidados o vice-presidente
de Estudos e Assuntos Tributários da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip),
César Roxo; o secretário de Assuntos Jurídicos e
Legislativos da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), Gabriel Magno
Pereira da Cruz; e o advogado Diego Cherulli,
secretário-geral do Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário (IBDP).
Também devem participar do debate representantes de
centrais sindicais, sindicatos e associações de
servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa
privada, além de representantes de entidades de
aposentados e pensionistas.
A audiência, no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho, é
interativa, com a possibilidade de participação
popular por meio de comentários ou perguntas.
Fonte: Agência Senado
13/09/2019 -
Demissão de Cintra mostra governo sem rumo, diz
Miriam Leitão
"O ministro da Economia demitiu o secretário da
Receita, exatamente quem deveria formular a proposta
de reforma tributária do governo. A saída de Marcos
Cintra foi anunciada nesta quarta-feira. A decisão
confirma que o governo está sem um rumo na questão
tributária. Enquanto isso, no Congresso tramitam
duas propostas, uma no Senado e outra na Câmara. A
decisão revela um governo que, na realidade, não tem
um projeto de reforma", diz a jornalista Miriam
Leitão, em comentário no Globo.
"Cintra não era o único da equipe a defender a nova
CPMF. Fosse esse o motivo da demissão, ele não teria
saído sozinho", diz ela ainda, insinuando que o
próprio Guedes deveria ter sido demitido, uma vez
que também defendeu publicamente o imposto.
Fonte: Brasil247
13/09/2019 -
Flávio Dino: Bolsonaro considera normal o desemprego
no país
Ao participar de agenda em Goiânia, nesta
quarta-feira (11), o governador do Maranhão, Flávio
Dino (PCdoB) concedeu entrevista para uma rádio
local e foi questionado sobre a possibilidade de ser
candidato à Presidência da República em 2022. Flávio
Dino respondeu que depende de uma série de outros
fatores e que não faz parte de uma decisão só dele.
“É uma possibilidade, muitos falam disso, mais do
que eu próprio, e eu não posso adotar aquela atitude
de dizer ‘não, isso não existe’. É claro que pode
existir, como não existir. Depende de uma série de
outros fatores fora da minha esfera de decisão. Não
é algo que possa ser definido individualmente”,
afirmou na entrevista.
Sobre o governo Bolsonaro, Flávio Dino destacou a
importância de uma agenda de trabalho para o país e
levantou a preocupação com a falta de propostas
concretas na gestão federal. “É um governo muito
heterogêneo. Nós temos algumas áreas em que os
ministros, dirigentes de órgãos têm se esforçado
para produzir resultados na parte de investimentos,
enfim. Há outras áreas que estão com uma direção
totalmente desorientada, perdida, em que não há
agenda de trabalho".
Agenda de trabalho
"O que o Brasil precisa é de uma agenda de trabalho,
uma agenda concretização de políticas públicas
efetivamente, não de retórica, de palavras vazias,
fraseologias. Há pessoas que ficam todos os dias
criando confusão, crise”, afirma.
Nota 2
Os entrevistadores pediram que Dino desse uma nota ao
governo federal e ele frisou que falta na no governo
Bolsonaro a preocupação em diminuir o desemprego no
país. “É um governo que não fala de emprego,
aparentemente acha que o desemprego é normal, quando
nós sabemos que destrói famílias. Então, por conta
de desses fatores econômicos, sociais e políticos,
acho que 2 é uma nota justa”, comentou.
Questionando ainda pelos entrevistadores, Flávio
Dino reafirmou o motivo por ter dado uma nota tão
baixa. “Eu vou avaliar aquilo que, a meu ver, é
predominante, ou seja, uma tendência a conflitos,
belicismo, paralisia administrativa, mas
reconhecendo o esforço de alguns, eu acho que uma
nota 2 seria justa”, pontua.
Injustiça
Mais tarde, em um auditório lotado, Flávio Dino
participou de noite da abertura do debate “Lawfare
político, instrumento de destruição do inimigo por
meio de processo aparentemente legal” na Associação
dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (ADUFG).
Sobre o assunto, o governador adiantou na rádio:
“Nós precisamos fortalecer regras, porque nós não
podemos ter na sociedade um vale-tudo. O uso da
violência ou da força, porque isso pode conduzir a
injustiças, a atos arbitrários. Minha abordagem
parte dessa premissa de que os direitos
constitucionais e garantias de defesa, produção de
provas, devem ser fortalecidas no Brasil em favor de
todas as pessoas”, afirma.
Fonte: Portal Vermelho
13/09/2019 -
Para debatedores, reforma trabalhista levou a
demissões em massa em faculdades
Participantes de audiência pública avaliaram que a
reforma trabalhista do governo Temer, aprovada em
2017 pelo Congresso Nacional, agravou a situação dos
professores da rede particular de ensino superior ao
possibilitar demissões em massa da categoria e a
contratação de docentes por salários mais baixos. O
tema foi discutido na Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público da Câmara dos
Deputados nesta quinta-feira (12).
De acordo com o presidente da Federação dos
Professores do Estado de São Paulo, Celso
Napolitano, as instituições privadas de ensino
superior querem apenas explorar a educação sem
compromisso com a qualidade de ensino. Napolitano
afirmou que a rede particular de ensino quer
diminuir o custo para aumentar o lucro às custas do
rebaixamento salarial do corpo docente.
“Os professores se sujeitam aos baixos salários por
falta de emprego, como o caso da (universidade)
Estácio de Sá, que demitiu 1.200 pessoas, e disse
que fazia isso para aproveitar novas regras de
contratação”, criticou.
Napolitano destacou ainda que as grandes empresas de
ensino superior “praticamente não pagam imposto” e
tem aumentado suas receitas às custas da demissão de
professores que ganham mais por professores que
ganham menos.
Negociações coletivas
A representante na comissão do Tribunal Superior do
Trabalho, Maria Cecília Lemos, afirmou que a mudança
trabalhista que permitiu demissões sem a
intermediação dos sindicatos aponta para a
precarização das relações de trabalho. Lemos
destacou que essa posição do Brasil está em
contradição com a premissa da Organização
Internacional do Trabalho de que o trabalho não pode
ser considerado mercadoria. Ela disse que o
enfraquecimento da negociação coletiva tem sido
denunciado internacionalmente.
“A reforma trabalhista veio num momento em que se
preconizou uma série de direitos e o Brasil foi
denunciado na última conferência internacional da
OIT junto com uma série de países que não estão
contribuindo com a obrigatoriedade de priorizar a
negociação coletiva”, criticou.
Ensino a distância
O diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras de
Ensino Superior, Bruno Coimbra, afirmou que nenhuma
instituição de ensino gosta de ser taxada como
aquela que demite em massa. Segundo Coimbra, as
demissões em massa não ocorrem por uma estratégia
mercantilista, mas em razões de acordos coletivos –
que exigem que demissões de docentes ocorram só ao
final do semestre – e da ampliação do ensino a
distância.
“Não faz parte da estratégia mercantilista das
instituições, elas avançam por meio das tecnologias.
Além disso, o avanço da EAD é um dos mecanismos para
atingir as metas previstas no plano nacional de
educação”, disse.
O representante do Ministério da Educação na
audiência, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior,
explicou que o ministério quer que as instituições
de ensino superior garantam a sustentabilidade
financeira para evitar que entrem em falência, o que
prejudica a todos. Oliveira disse ainda que o
aumento do EAD tem diminuído os custos e os salários
dos professores, mas, em muitos casos, são a única
forma dos alunos de concluírem uma graduação.
“Um dos fatores da redução de custo é alcance, a
quantidade de alunos atendidos é maior do que um
curso presencial, isso justifica um pouco a questão
das demissões”, explicou o representante do MEC.
Abuso nas demissões
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que solicitou a
audiência, também criticou a demissão em massa de
professores para recontratá-los com salários
menores.
“As demissões em massa constituem atentado vigoroso
aos direitos constitucionais dos
trabalhadores-professores e, portanto, merecem
apuração, além da justa responsabilização das
instituições de ensino pelo abuso do direito de
demitir. Como sempre alertamos, a reforma
trabalhista desequilibrou completamente as relações
de trabalho”, criticou Silva.
Fonte: Agência Câmara
13/09/2019 -
Agências da Caixa ampliam horário nesta sexta para
saques do FGTS
As agências da Caixa terão horário ampliado, nesta
sexta-feira (13), para atender os trabalhadores que
têm direito a sacar até R$ 500 das contas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Assim, as
agências, que normalmente abrem às 11h, vão iniciar
o atendimento às 9h. Aquelas que abrem às 10h,
iniciarão os trabalhos às 8h e as que abrem às 9h
atenderão a partir das 8h e terão uma hora a mais ao
final do expediente. No caso de agências que abrem
às 8h, serão duas horas a mais ao final do horário
de atendimento.
O horário de atendimento ampliado também vale para a
próxima segunda (16) e terça-feira (17).
O banco fará o depósito automático para quem tem
conta poupança no banco, seguindo calendário do mês
de nascimento do trabalhador. Quem nasceu em
janeiro, fevereiro, março e abril recebe primeiro.
Os próximos a ter acesso ao saque são os nascidos em
maio, junho, julho e agosto, no dia 27 deste mês. Em
seguida, no dia 9 de outubro, será a vez os nascidos
em setembro, outubro, novembro e dezembro.
Segundo a Caixa, cerca de 33 milhões de
trabalhadores receberão o crédito automático na
conta poupança. Os clientes do banco que não
quiserem retirar o dinheiro têm até 30 de abril de
2020 para informar a decisão em um dos canais
divulgados pela Caixa: site, Internet Banking ou
aplicativo no celular.
Os clientes da Caixa que têm conta corrente podem
fazer o pedido de crédito em conta por meio dos
canais de atendimento
Para aqueles que não têm conta poupança na Caixa,
aberta até o dia 24 de julho de 2019, ou
conta-corrente, o calendário começa no dia 18 de
outubro, para os nascidos em janeiro, e vai até 6 de
março de 2020, para os nascidos em dezembro.
Fonte: Agência Brasil
13/09/2019 -
Comissão aprova dispensa de empregador de comunicar
férias indicadas pelo empregado
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou projeto que
dispensa o empregador de emitir o aviso prévio de
férias quando o período de usufruto for indicado
pelo próprio empregado.
Trata-se do Projeto de Lei 7164/14, da deputada
Iracema Portella (PP-PI), que recebeu relatório
favorável do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA).
A proposta altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43).
A CLT determina que o empregador deve informar o
empregado sobre a concessão das férias com
antecedência mínima de 30 dias, e por escrito. A
lei, porém, não previu a hipótese em que o
trabalhador tem permissão para decidir o período das
férias.
A autora do projeto disse que algumas empresas estão
sendo multadas pela fiscalização do trabalho por
deixarem de comunicar a concessão das férias, mesmo
que estas tenham sido indicadas pelo próprio
empregado.
O relator concordou com a deputada. Segundo
Fernandes, a regra atual provoca um “engessamento
das relações de trabalho que não é interessante para
nenhuma das partes". Ele apresentou uma emenda
apenas para deixar a redação da proposta mais clara.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será
analisado agora pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
13/09/2019 -
Moro e Dallagnol na mira: Oposição protocola pedido
para criação de CPI da Lava Jato
Mais de 171 deputados aderiram à proposta de
criação da comissão para investigar o comportamento
de Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato após
revelações feitas pelo site The Intercept
Deputados da oposição conseguiram adesão de mais de
171 parlamentares e protocolaram na noite desta
quinta-feira (12) um pedido de criação de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para
investigar o comportamento do ex-juiz Sérgio Moro e
dos procuradores que integram a força-tarefa da
Lava-Jato diante das reportagens divulgadas nos
últimos meses pela Vaza Jato.
O anúncio foi feito pela deputada Gleisi Hoffmann,
presidenta nacional do PT, em sua página no
Facebook.
“A oposição ultrapassou a barreira das 171
assinaturas e protocolou na noite de hoje o pedido
de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio
Moro e dos procuradores que integram a força-tarefa
da Lava-Jato, no contexto dos diálogos revelados
pelo site The Intercept. Conversas entre Deltan,
procuradores e Moro mostram que a operação foi
conduzida com objetivos políticos, ferindo a
Constituição Brasileira e o Estado Democrático de
Direito. ‘A própria Lava Jato denunciaria a Lava
Jato'”, publicou Gleisi.
Fonte: Revista Forum
13/09/2019 -
Assembleia de Minas pede indiciamento de 13 na
tragédia de Brumadinho
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada
pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
para investigar as causas da tragédia de Brumadinho
(MG) apresentou nesta quinta-feira (12) seu
relatório final e pediu o indiciamento de 13 pessoas
por homicídio e lesão corporal com dolo eventual,
entre outros crimes. O documento, aprovado por
unanimidade pelos sete integrantes da CPI, será
entregue à Polícia Civil e ao Ministério Público de
Minas Gerais (MPMG), autoridades encarregadas das
investigações criminais.
A tragédia de Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro
deste ano, quando a barragem B1 da mineradora Vale
se rompeu e liberou no meio ambiente uma onda de
rejeitos que causou a morte de 249 pessoas, poluição
e destruiu comunidades. De acordo com o último
levantamento da Defesa Civil de Minas Gerais, 21
pessoas ainda estão desaparecidas.
Entre os 13 apontados pela CPI como responsáveis
pela tragédia, 11 são dirigentes ou funcionários da
Vale. Entre eles, o diretor-presidente da mineradora
à época, Fábio Schvartsman, que se afastou das
funções em março. Os demais são os diretores Gerd
Peter Poppinga, Lúcio Cavalli e Silmar Magalhães
Silva; os gerentes Renzo Albieri Guimarães Carvalho,
Alexandre de Paula Campanha, Joaquim Pedro de
Toledo, Rodrigo Artur Gomes Melo e Marilene
Christina Oliveira Araújo; o geólogo César
Grandchamp; e a engenheira geotécnica Cristina
Malheiros.
Também foi pedido indiciamento de Makoto Namba e
André Jum Yassuda. Os dois são engenheiros da Tüv
Süd, empresa que assinou o laudo de estabilidade de
barragem. Alguns dos apontados pela CPI como
responsáveis pela tragédia chegaram a ser presos em
duas ocasiões, mas obtiveram habeas corpus e estão
em liberdade. O relatório final também orienta que a
Polícia Civil e o MPMG aprofundem as investigações
sobre outros sete funcionários da Vale, acerca dos
quais não se obteve elementos suficientes para o
indiciamento.
Fonte: Agência Brasil
13/09/2019 -
Reforma da Previdência deixará municípios mais
pobres, diz auditor
Os municípios brasileiros devem ficar mais pobres
com a aprovação das novas regras previdenciárias
contidas na Proposta de Emenda Constitucional (PEC
6/2019) em tramitação no Senado. Essa é a avaliação
dos especialistas ouvidos na segunda-feira (9) pela
Comissão de Direitos Humanos (CDH) para debater o
impacto da reforma da Previdência nos municípios.
Dados apresentados Álvaro Sólon de França, auditor
fiscal da Receita Federal do Brasil, mostram que em
4.101 municípios brasileiros, 73% do total, o
pagamento de benefícios do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) supera o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM).
Essa diferença é ainda maior em comparação com a
capacidade de arrecadação municipal. Dos 5.570
municípios existentes no País, em 4.896 deles
(87,9%) o pagamento de benefícios da Previdência
Social supera a arrecadação municipal.
“A Previdência é a âncora social do Brasil. Se não
fosse a Previdência Social e seu elenco de
benefícios urbanos e rurais, o Brasil já estaria na
barbárie social. Se não fosse a Previdência Social,
os regimes gerais, nós estaríamos com 30 milhões de
pessoas a mais abaixo da linha da pobreza. Isso
significa transferência de renda. Isso atende ao
preceito constitucional da erradicação da pobreza,
da marginalização e a redução das desigualdades
sociais e regionais”, disse.
A advogada Bruna Martos, especialista em Direito
Previdenciário, apresentou vídeos com a reação de
duas senhoras. Num dos vídeos aparece a reação de
alegria de uma moradora de um município do interior
do País ao receber a informação de que havia
conseguido se aposentar. Em outro vídeo, que
emocionou o senador Paulo Paim (PT-RS), outra cidadã
explica o que faz com o recurso que recebe como
aposentadoria.
“Esse é o mundo real. A gente sabe que esse mundo
continua lá fora. Por isso a gente faz dessa
comissão o espaço para que as pessoas mostrem o
mundo real. A política tem que ter uma visão
humanitária”, disse o senador Paim, presidente da
CDH.
O representante do governo, Allex Albert Rodrigues,
subsecretário dos Regimes Próprios de Previdência
Social da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia (SEPRT), se
limitou a defender a aprovação da reforma sob o
aspecto do impacto dos regimes próprios de
Previdência dos servidores no orçamento dos
municípios brasileiros.
PT no Senado (reportagem Rafael Noronha)
Fonte: Portal Vermelho
12/09/2019 -
Marcos Cintra deixa comando da Receita Federal
José de Assis Ferraz Neto assumirá - Anúncio é do
Ministério da Economia
O Ministério da Economia anunciou nesta 4ª feira
(11.set.2019) a saída do secretário especial da
Receita Federal, Marcos Cintra, do comando do Fisco.
Em nota, o ministério diz que “ainda que não há 1
projeto de reforma tributária finalizado” e que “a
equipe econômica trabalha na formulação de 1 novo
regime tributário para corrigir distorções,
simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga
tributária sobre as famílias e desonerar a folha de
pagamento”.
“A proposta somente será divulgada depois do aval do
ministro Paulo Guedes e do presidente da República,
Jair Bolsonaro”, diz o texto.
O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assumirá
interinamente o cargo.
Segundo o portal O Antagonista, o motivo da saída de
Cintra foi a defesa feita pelo secretário especial
adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, de 1
imposto sobre pagamentos –nos moldes da antiga CPMF.
Em seminário nesta 3ª feira (10.set.2019), Marcelo
defendeu que saques e depósitos em dinheiro sejam
taxados com uma alíquota de 0,4%. Para pagamentos no
débito e crédito, a taxa seria de 0,2%.
Hoje, 2 projetos de reforma tributária já caminham
no Congresso: 1 na Câmara e outro no Senado. O
governo ainda não apresentou oficialmente sua
proposta.
Fonte: Poder360
12/09/2019 -
Presidente da Câmara discutiu a reforma tributária
com parlamentares e secretários estaduais da Fazenda
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
avaliou que a criação de uma nova CMPF dificilmente
será aprovada na Câmara. Maia se reuniu com diversos
parlamentares nesta quarta-feira (11) na residência
oficial para debater a reforma tributária.
Participaram do encontro os 27 secretários estaduais
de Fazenda.
De acordo com Rodrigo Maia, a reação dos deputados
em relação ao retorno do tributo demonstra que há um
obstáculo muito grande.
“Não sou daqueles que dizem para não mandar para a
Câmara, é direito do governo mandar uma proposta, e
a Câmara e o Senado decidirem, mas as reações foram
contundentes da dificuldade da CPMF na Câmara dos
Deputados”, afirmou.
Maia também afirmou que está sendo construído acordo
para atender a algumas demandas dos estados como uma
transição mais curta e um fundo de compensação e de
desenvolvimento regional. O presidente informou que
pretende abrir o prazo, que terminaria hoje, para
que os deputados apresentem emendas para a proposta
da reforma tributária.
Rodrigo Maia destacou que é importante que o
Executivo encaminhe sua proposta de reforma
tributária e acredita que o texto deve ser
encaminhado para a Câmara nos próximos dias.
“O governo deve encaminhar uma proposta para a gente
saber o que ele pensa sobre reforma tributária,
porque é uma mudança profunda, não apenas sobre
tributos, mas sobre bens e serviços e renda”, disse.
Fonte: Agência Câmara
12/09/2019 -
Davi se manifesta contra a criação de mais um
imposto para os brasileiros
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou
nesta quarta-feira (11) ser contrário à criação de
um imposto sobre transações financeiras, parecido
com a antiga Contribuição Provisória Sobre
Movimentação Financeira (CPMF), como tem sido
discutido no governo federal.
— Na minha biografia política eu sempre trabalhei
contrário à elevação de impostos e tributos na vida
das pessoas. Os brasileiros já pagaram muitas
contribuições e impostos — declarou Davi, lembrando
que, quando teve a oportunidade, votou contra a
prorrogação da CPMF, em 2007, quando a proposta foi
extinta pela Câmara dos Deputados.
O novo imposto seria incluído na proposta de reforma
tributária que o governo encaminhará em breve ao
Congresso Nacional. O presidente do Senado disse
estar escutando as manifestações dos setores do
governo favoráveis à nova contribuição, mas
reconheceu que um novo imposto “não é possível para
os brasileiros”.
— Da minha parte eu quero reafirmar que sou
contrário pessoalmente a criação de mais um imposto
na vida das pessoas — declarou.
Fonte: Agência Senado
12/09/2019 -
Governo vai desbloquear R$ 20 bilhões até o fim do
ano, diz Mourão
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou
nesta quarta-feira (11) que o governo deve
descontingenciar cerca de R$ 20 bilhões do Orçamento
até o final do ano. Ele ocupa a Presidência da
República esta semana enquanto o presidente Jair
Bolsonaro se recupera de uma cirurgia em São Paulo.
"O Ministério da Economia é o dono do dinheiro,
então eu acho que, até o final do ano, uns R$ 20
bilhões devem ser liberados", disse Mourão a
jornalistas no Palácio do Planalto.
Procurado, o Ministério da Economia informou à
Agência Brasil que "está trabalhando para
descontingenciar o maior valor possível". Segundo a
pasta, "ainda não está definido o prazo para esse
desbloqueio".
O governo anuncia os bloqueios e desbloqueios do
Orçamento ao divulgar o Relatório de Avaliação de
Receitas e Despesas, a cada dois meses. O próximo
relatório será divulgado no dia 20 deste mês e o
outro, o último do ano, será anunciado em novembro.
Do Orçamento deste ano, o governo bloqueou cerca de
R$ 33 bilhões.
A meta fiscal do governo para 2019 é um déficit
primário de R$ 139 bilhões para o Governo Central –
Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco
Central. O déficit primário é o resultado negativo
nas contas do governo sem o pagamento dos juros da
dívida pública.
Fonte: Agência Brasil
12/09/2019 -
Mudanças feitas na reforma da Previdência não são de
mérito, diz Tasso Jereissati
O relator da reforma da Previdência (PEC 6/2019),
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), entende que a
retirada de uma expressão e a criação de uma
alíquota menor para trabalhadores informais não
configuram mudança de mérito, mas de redação, sem
necessidade de retorno da proposta à Câmara dos
Deputados. A presidente da Comissão de Constituição
e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), confirmou
a manutenção do calendário da reforma, que prevê a
votação em primeiro turno no dia 24 de setembro.
Fonte: Agência Senado
12/09/2019 -
O que o movimento sindical não fez ontem e hoje faz
falta, por João Juruna
Frentes de retrocesso predominam
Lula convocou Fórum do Trabalho
Mais de 500 horas de negociações
Centrais sindicais foram legalizadas
Não fizemos ontem e hoje faz falta
Nas últimas décadas nós do movimento sindical
militamos pelas causas dos trabalhadores e, nesse
tempo, enfrentamos batalhas adversas e fizemos duras
caminhadas. Tivemos, em cada momento da nossa
história, agora passado, oportunidades para fazer
mudanças.
Fizemos algumas e deixamos de fazer outras com as
quais poderíamos ter transformado nosso futuro. O
nosso presente, agora, era naquele tempo o nosso
futuro. Hoje, nesse futuro presente, sentimos as
ausências daquilo que deixamos de fazer. Vamos
relembrar.
Em 2003 o presidente Lula convocou o Fórum Nacional
do Trabalho e para lá fomos com esperança de que
faríamos mudanças para tornar o movimento sindical
mais pujante. Foram mais de 500 horas de negociações
tripartites e centenas de horas de reuniões
bilaterais e de atividades preparatórias.
Chegamos ao acordo que o desenho da reestruturação
sindical e do modelo de negociação coletiva
antecederia as mudanças na legislação trabalhista.
Desta forma, quando a modernização trabalhista fosse
feita, já saberíamos que tipo de sindicato viria e
que força teria a negociação coletiva.
O projeto foi encaminhando para o Congresso
Nacional. Ficamos parados, esperando. Nesse tempo
conseguimos legalizar as Centrais sindicais,
importante iniciativa, mas muito aquém das mudanças
mais profundas desenhadas pelo Fórum do Trabalho e
que estão consignadas na PEC e Projeto de Lei 396.
Hoje o futuro chegou e faz uma falta enorme aquilo
que não fizemos.
Com as marchas da classe trabalhadora, desde 2004,
levantamos a bandeira da redução da jornada de
trabalho, propondo ao Congresso e ao presidente Lula
a redução para 40 horas semanais sem redução de
salário.
Muitas negociações e, finalmente, o então presidente
da Câmara, Michel Temer, apresentou a todas as
centrais sindicais, em reunião em São Paulo, uma
proposta de redução gradativa da jornada de
trabalho, de meia hora por ano.
Aquela proposta tinha chance de passar, pois contava
com apoio do Congresso e do presidente Lula. Mas
nós, naquele presente, decidimos que queríamos “40
horas já”. Hoje o futuro chegou e continuamos com as
44 horas semanais de jornada de trabalho!
A agenda da terceirização nos ocupou muitos anos, de
intensos debates e negociações com o governo, com o
Congresso e com os empresários. Avançamos para a
formulação de um texto propositivo de regulação da
terceirização com bom enfoque na proteção laboral.
O que prevaleceu no movimento sindical, entretanto,
foi a posição pelo fim da terceirização. Hoje o
futuro chegou e a legislação de 2017 autorizou
qualquer tipo de terceirização em qualquer condição.
Na época da Copa do Mundo de 2014 colocamos a agenda
do trabalho intermitente. Mais uma vez se avançou na
formulação de um regramento interessante, que
evitava a proliferação desse tipo de trabalho em
qualquer contexto e colocava proteção para quem
viesse a ter esse tipo de ocupação. Não fechamos o
acordo na época. Hoje, o futuro, a reforma
trabalhista autoriza qualquer todo tipo de trabalho
intermitente.
São casos concretos nos quais abrimos mão da nossa
intervenção propositiva e acabamos perdendo de 7 a 1
no jogo social. E essas derrotas são sentidas pelos
trabalhadores na sua condição real de vida e de
trabalho. Agora, veja a diferença no futuro quando
se decide avançar no presente!
As marchas da classe trabalhadora, anuais desde
2004, tinham como uma das pautas a política de
valorização do salário mínimo. Fechamos o acordo de
um aumento gradual e a política foi implantada e
executada.
Os resultados estão aí: aumento real acumulado de R$
425,00, sem o qual o valor atual do salário mínimo
seria de R$ 573,00 (hoje, por causa desta política o
valor é R$ 998,00).
Esse aumento adicionou cerca de R$ 5.525,00 à renda
bruta anual de um trabalhador que ganha um salário.
Em 2019, o aumento acumulado nesse período
adicionará cerca de R$ 265 bilhões à massa de
rendimentos do trabalho, ajuda consistente e
virtuosa para a dinâmica econômica.
O contexto no qual precisamos avançar hoje é de
enorme adversidade. Pior que isso, é cristalino que
as frentes de retrocesso predominam. É fundamental
reunir forças para resistir, sem dúvida! Contudo,
mesmo para resistir, é fundamental ter uma
intervenção propositiva nos espaços institucionais,
apresentando nossas propostas e projetos de futuro,
sendo criativo e tendo visão estratégica.
O futuro fazemos hoje, resistindo e disputando
prepositivamente, ou podemos mais uma vez deixar de
fazer, como fizemos no passado. Podemos deixar para
o futuro ausências irreparáveis.
Fonte: Poder360
12/09/2019 -
Recém-formados agravam o desemprego que Bolsonaro
está longe de reverter
Análise de economista leva em conta pesquisa do
Dieese que mostra aumento na desocupação entre essa
parcela da população que vem, cada vez menos,
conseguindo atuar na área de formação
A taxa de desocupação brasileira – que aumentou de
6,9%, em 2014, para 12%, em 2018 –, tem prejudicado
inclusive novos profissionais com ensino superior
completo, como aponta pesquisa do Dieese. Com
dificuldades para conseguir inserção no mercado de
trabalho, os recém-formados são uma das parcelas da
população que engrossam as taxas de desemprego, que
ao todo afeta 12,6 milhões de brasileiros, segundo
dados do IBGE. De acordo com a entidade, apenas 35%
dos jovens formados, entre 25 a 29 anos, trabalham
em postos que exigem formação superior. Quando
considerada a classe social, 45% deles, com renda de
até um salário mínimo por pessoa, estão fora da sua
área de estudo.
“Basicamente o que está acontecendo é que o
desemprego está muito alto, então está difícil para
todo mundo conseguir entrar no mercado de trabalho”,
destaca o economista do Dieese Gustavo Monteiro em
entrevista ao repórter Caio Castor do Seu Jornal, da
TVT. “No caso de quem acabou de se formar é mais
difícil ainda porque eles não têm experiência e
enfrentam a concorrência de quem está no mercado de
trabalho faz tempo”.
A estudante Andréa Souza conhece na prática os
resultados da pesquisa da entidade sobre desemprego,
uma realidade entre os seus familiares e amigos.
Ainda assim, aluna do cursinho popular da Associação
Cultural de Educadores e Pesquisadores da
Universidade de São Paulo (Acepusp), Andréa, que não
desistiu de cursar o ensino superior e pretende se
formar em pedagogia, acredita que conseguirá um
trabalho. “Na minha família ninguém concluiu a
graduação, poucos têm o ensino médio, a maioria
parou no fundamental. Eu acredito que estar na
graduação hoje é uma forma de sair um pouco dessa
regra que está sendo pré-definida, que é a de
pessoas que terminam a graduação e não vão atuar na
área que escolheram. Eu realmente quero dar aula e é
para isso que estou estudando”, afirma.
Ainda assim, o economista do Dieese alerta que o
cenário é menos favorável e demanda ações do governo
de Jair Bolsonaro que, em sua análise, ainda está
longe de reverter esse quadro do desemprego. “A
economia tem que voltar a crescer. Seria essencial
que o governo fizesse um empenho para que isso
acontecesse, aumentasse o investimento público para
isso ter impacto no desemprego. Com o desemprego
caindo, seria mais fácil para que essas pessoas
conseguissem trabalhos em suas áreas”, explica
Monteiro.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/09/2019 -
Atrás de apoio, governo Bolsonaro estuda ampliar
fundo eleitoral para até R$ 3,7 bi
Sem uma base consistente no Congresso, o governo
Jair Bolsonaro estuda aumentar o fundo eleitoral
destinado ao financiamento de campanhas políticas de
R$ 1,87 bilhão para até R$ 3,7 bilhões. O valor é
pleiteado pelos líderes partidários que desejam que
a nova cota já comece a valer para as eleições do
próximo ano, quando serão eleitos prefeitos e
vereadores.
A alteração no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)
de 2020, cujo estudo já concluído pelo Ministério da
Economia, terá que ser remetido ao Congresso por
meio de uma mensagem modificativa, segundo
reportagem do jornal o Globo. Em um primeiro
momento, o governo chegou a propor a elevação da
cota para cerca de R$ 2,5 bilhões, mas recuou
alegando um erro ao elaborar as contas, o que baixou
o valor para o patamar atual de R$ 1,87 bilhão.
Agora, com a pressão dos partidos, especialmente os
ligados ao chamado “centrão”, o governo estuda
ampliar os valores do fundo eleitoral.
“A questão do fundo eleitoral é uma decisão
pluripartidária e de governo. Essa vai ser uma
matéria que vai precisar ter convergência. A
intenção é que seja por consenso”, disse o relator
do projeto na Câmara, deputado Domingos Neto
(PSD-CE). Para viabilizar a proposta, contudo, o
governo deverá promover uma série de cortes de
gastos obrigatórios, liberando recurso para
investimentos e para o aumento do fundo eleitoral.
Fonte: Brasil247
12/09/2019 -
Proteção aos idosos poderá ter leis feitas pela
União e pelos estados
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (11) a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 81/2015, do senador Wellington
Fagundes (PL-MT), que inclui a proteção ao idoso no
rol de matérias de competência concorrente da União,
de estados e do Distrito Federal. A competência
concorrente permite que todos os entes federativos
possam legislar sobre determinado tema.
O relator, senador Lasier Martins (Podemos-RS),
explicou a proposta, que agora segue para análise no
Plenário do Senado.
— A PEC delimitará as atribuições de cada ente
federativo no cumprimento do dever estatal
insculpido no art. 230, qual seja, o de amparar as
pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.
Na justificação da proposta, o autor afirma que o
objetivo é que todo e qualquer assunto referente ao
idoso possa ser tratado pela União, em âmbito
nacional, e pelos estados, residualmente.
Fonte: Agência Senado
11/09/2019 -
67% dos brasileiros dizem não às privatizações,
aponta Datafolha
Intensa campanha contra empresas públicas não
conseguiu convencer população de que vendê-las é bom
negócio para o país
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (10)
pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que continua
alta entre os brasileiros a rejeição ao projeto de
privatização de empresas públicas e desmonte do
Estado defendido pelo presidente Jair Bolsonaro
(PSL) e seu ministro da Economia Paulo Guedes.
Mesmo com apoio unânime dos meios de comunicação de
massa à campanha contra as empresas públicas, o
governo não conseguiu convencer a população de que
se desfazer delas seja o melhor negócio.
Segundo a pesquisa, 67% dos brasileiros são contra
as privatizações, enquanto apenas 25% se dizem a
favor. Os demais se disseram indiferentes ou não
souberam responder.
O resultado mostra pouca alteração em relação ao
último levantamento sobre o tema, divulgado em
novembro de 2017, quando os números eram 70% contra
20% a favor.
Na pesquisa atual, os maiores índices de aprovação
estão entre os eleitores de Bolsonaro (39%) e entre
os mais ricos, com ganhos superiores a 10 salários
mínimos (50%).
Fonte: Rede Brasil Atual
11/09/2019 -
Produção industrial recua em oito dos 15 locais
pesquisados em julho
A produção da indústria caiu em oito dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), de julho para agosto deste ano,
seguindo a tendência nacional, já que a produção
nacional recuou 0,3%. As maiores quedas foram
observadas no Amazonas (-6,2%) e em Pernambuco
(-3,9%).
Também tiveram queda na produção a Região Nordeste
(-2,6%) e os estados do Rio Grande do Sul (-2,4%),
Ceará (-1,5%), São Paulo (-1,4%), Bahia (-1,3%) e
Santa Catarina (-0,3%).
Por outro lado, sete estados tiveram alta na
produção: Rio de Janeiro (6,8%), Mato Grosso (5,5%),
Paraná (2%), Goiás (1,7%), Espírito Santo (1,7%),
Pará (0,5%) e Minas Gerais (0,3%).
Na comparação com julho do ano passado, oito locais
tiveram alta na produção, com destaque para Paraná e
Rio de Janeiro (ambos com 4,8%), e sete apresentaram
recuo, entre as quais a maior foi apresentada pelo
Espírito Santo (-14,2%).
No acumulado do ano, dez dos 15 locais pesquisados
tiveram queda, entre eles Espírito Santo (-12,2%) e
Minas Gerais (-4,7%). Já Paraná, com crescimento de
7,2%, e Rio Grande do Sul, com avanço de 6,9%,
estiveram entre os cinco estados com alta na
produção.
No acumulado de 12 meses, nove dos quinze locais
pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque
para Espírito Santo (-5,9%), enquanto seis locais
tiveram alta, sendo a maior delas no Rio Grande do
Sul (8,4%).
Fonte: Agência Brasil
11/09/2019 -
Contra privatização, funcionários dos Correios
anunciam greve
A decisão foi tomada em assembleias dos
trabalhadores
Funcionários dos Correios decretaram, na noite desta
terça-feira (10/9), greve em todo o Brasil. A
decisão foi tomada em assembleias dos trabalhadores
que são contra a privatização da Estatal, prevista
pelo ministro da Economia Paulo Guedes, e também
contra a direção dos Correios, que decidiu não
negociar acordo coletivo com a categoria. A
paralisação não tem data para terminar.
“A direção da ECT e o governo querem reduzir
radicalmente salários e benefícios para diminuir
custos e privatizar os Correios. Entregar o setor
postal a empresários loucos por lucro. Jogar no lixo
o atendimento a todos os cidadãos, a segurança
nacional envolvida nas operações, a integração
nacional promovida pelos Correios!”, informou em
nota a FindECT, fundação dos trabalhadores dos
Correios.
Fonte: Correio Braziliense
11/09/2019 -
Dallagnol foge de audiência para tratar sobre troca
de mensagens entre procuradores
O procurador e coordenador da força-tarefa da Lava
Jato, Deltan Dallagnol, desistiu de participar nesta
terça-feira (10) de um debate com o editor do The
Intercept Brasil, Leandro Demori, na Comissão de
Trabalho (CTASP) da Câmara dos Deputados, para
tratar sobre a legalidade na conduta dos agentes
públicos envolvidos na troca de mensagens entre o
ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava-Jato.
O objetivo da reunião será debater as reportagens do
Intercept que noticiaram mensagens trocadas entre
Deltan, o então juiz Sérgio Moro (atual ministro da
Justiça e da Segurança Pública) e outros integrantes
da Lava Jato. Os textos do site levantam a suspeita
de que Moro teria atuado com parcialidade em
decisões relacionadas à operação.
Fonte: Brasil247
11/09/2019 -
Conselho Nacional de Direitos Humanos irá a Curitiba
ouvir Lula
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) irá
a Curitiba no próximo dia 17 para colher depoimento
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão
de sindicância aberta em julho para analisar a
possibilidade de violação de seus direitos à defesa.
O site do ex-presidente relembra que "Lula está
preso injustamente desde abril de 2018. A
sindicância ocorre após os recentes vazamentos dos
diálogos dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz
Sérgio Moro, realizadas pelo site Intercept, que
confirmam as denúncias feitas por Lula e seus
advogados sobre a prática de lawfare em seus
processos."
Leia a nota da defesa do ex-presidente Lula:
“A defesa do ex-presidente Lula entende que será uma
oportunidade para aprofundar o debate técnico sobre
as denúncias de grosseiras violações de direitos
humanos que ele vem sofrendo no âmbito da operação
Lava Jato. As referidas violações foram comunicadas
ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas já
em 2016 em um processo com amplo conjunto
probatório. Hoje, o processo injusto ao qual Lula
foi submetido é cabalmente comprovado pelo
importante trabalho jornalístico do The Intercept e
outros veículos, no que se denominou vazajato. A
injustiça contra o ex-presidente Lula é um dos
maiores ataques à nossa democracia.” Valeska T.
Zanin Martins.
Fonte: Brasil247
11/09/2019 -
CDH debate trabalho e Previdência na próxima quinta
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta
quinta-feira (12) audiência pública interativa sobre
o tema Previdência e trabalho. A reunião tem início
às 14h na sala 6 da ala Nilo Coelho.
Para o debate foram convidados a juíza Fabiane
Ferreira, que integra a comissão legislativa da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra); o especialista em direito
previdenciário, Clodoaldo Batista Nery Júnior; e
representantes de sindicatos, associações de
servidores públicos, trabalhadores da iniciativa
privada, aposentados e pensionistas.
A iniciativa é do senador Paulo Paim (PT-RS), que
preside a CDH.
Fonte: Agência Senado
11/09/2019 -
Governo Bolsonaro comete estelionato eleitoral e
quer CPMF de 0,40% sobre saques e depósitos
Infomoney - O secretário-adjunto da Receita Federal,
Marcelo de Sousa Silva, confirmou, nesta terça-feira
(10), que o governo vai enviar a proposta que
reintroduz o imposto sobre transações financeiras –
batizado de CP (Contribuição sobre Pagamentos) –
para reduzir gradualmente os impostos que as
empresas pagam sobre a folha de salário dos
funcionários.
A nova tributação sofre resistências junto ao
parlamento e à opinião pública e é frequentemente
comparada à antiga CPMF (Contribuição Provisória
Sobre Movimentação Financeira).
Segundo o secretário, cada saque e cada depósito em
dinheiro deverá ser taxado com uma alíquota inicial
de 0,40% e cada operação de débito e crédito deve
ser submetida a uma alíquota de 0,20%. A proposta
foi apresentada nesta terça-feira, durante o Fórum
Nacional Tributário, organizado pelo Sindifisco
Nacional, em Brasília.
A ideia do governo é desonerar a folha de salários –
demanda do setor de serviços, mais afetado pelas
propostas de simplificação tributária em discussão
no parlamento – e o IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras) e apresentar um novo tributo, a CBS
(Contribuição sobre Bens e Serviços), que vai
unificar PIS e Cofins, com alíquota de 11%.
Este imposto é mais tímido do que o IBS (Imposto
sobre Bens e Serviços) discutido na Câmara dos
Deputados ou o IVA (Imposto sobre o Valor Agregado),
em debate no Senado Federal.
Fonte: Brasil247
11/09/2019 -
Fim da unicidade sindical é para valorização máxima
do capital
Trabalhadores e sindicatos na mira do governo
Bolsonaro.
Por Nivaldo Santana
“Rogério Marinho, secretário especial da Previdência
e Trabalho, constituiu um chamado Grupo de Altos
Estudos do Trabalho (Gaet) com o objetivo, segundo
ele, de “cuidar da modernização das relações
trabalhistas”. O Gaet, todavia, tem dois objetivos:
introduzir no país a “carteira de trabalho verde e
amarela” e acabar com a unicidade sindical. O
primeiro institucionaliza o trabalho sem direitos; o
segundo fragmenta a organização sindical no país.
Essa política de precarização do trabalho no Brasil
avançou com o governo de Michel Temer, que conseguiu
aprovar, apesar da resistência dos trabalhadores, a
terceirização nas atividades-fim e a reforma
trabalhista, ambas em 2017. A reforma trabalhista
introduziu o conceito de prevalência do negociado
sobre o legislado e criou novas modalidades de
relações do trabalho, tais como trabalho
intermitente e provisório, banco de horas, demissão
de comum acordo com redução das indenizações,
refeições de 30 minutos etc. Para viabilizar essa
agenda regressiva, a reforma em tela fragiliza os
sindicatos, com o fim da contribuição sindical
obrigatória, acaba com a exigência de homologar as
demissões nos sindicatos e dificulta o acesso à
Justiça do Trabalho, com a exigência de pagamento de
custas e honorários pela parte derrotada.
________________________
O fim da unicidade sindical é o corolário de um
conjunto de medidas que buscam a valorização máxima
do capital
________________________
Todo este saco de maldades contra os trabalhadores
foi radicalizado pelo governo Bolsonaro. Logo no
primeiro dia do seu governo, extinguiu o Ministério
do Trabalho, que existia desde 1930. Em seguida,
apresentou a reforma da Previdência. A bola da vez,
agora, é pulverizar a organização sindical.
Estes retrocessos anulam ou diminuem as notáveis
conquistas da Constituição de 1988, em especial no
capítulo dos direitos sociais, como o artigo 7.º,
dos direitos dos trabalhadores; o artigo 8.º, da
liberdade e autonomia sindical; e o artigo 9.º, do
direito de greve.
A artilharia pesada do governo, neste momento, mira
o artigo 8.º da Constituição, que, entre outros
pontos, contempla o princípio da unicidade sindical,
garante ao sindicato a defesa dos direitos dos
trabalhadores, a participação obrigatória nas
negociações coletivas do trabalho, a contribuição
sindical e veda a dispensa do dirigente sindical.
Setores da magistratura e do próprio movimento
sindical, no entanto, advogam a tese de conteúdo
liberal segundo a qual o Estado não pode se imiscuir
nas relações entre o capital e o trabalho, cabendo
exclusivamente às partes pactuar acordos e criar
instâncias extrajudiciais para solução de conflitos.
A longa história de lutas do sindicalismo aponta em
sentido contrário. Para assegurar vitórias
duradouras para os trabalhadores, é fundamental
consagrar em lei um piso mínimo de direitos sociais,
regras que assegurem a liberdade, autonomia e
unidade sindical e também a existência de uma
Justiça especializada com poder normativo para
arbitrar conflitos trabalhistas.
O fim da unicidade sindical é o corolário de um
conjunto de medidas que buscam a valorização máxima
do capital e a drástica redução do custo da força de
trabalho. Tudo isso em um país que convive com
trabalho precário, subemprego, absurdas taxas de
desemprego e salários cada vez mais aviltados.
Nivaldo Santana é secretário de Relações
Internacionais da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Fonte: Gazeta do povo
Fonte: Portal Vermelho
11/09/2019 -
Sindicato que perdeu ação não terá de pagar
honorários advocatícios
Para a 7ª Turma, a condenação só é devida se
tiver havido má-fé
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
dispensou o Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região
de pagar honorários advocatícios à Caixa Econômica
Federal (CEF) em ação cujo resultado foi
desfavorável à sua pretensão. A Turma fundamentou a
decisão no Código de Defesa do Consumidor e na Lei
da Ação Civil Pública, que preveem a condenação em
caso de perda da ação (sucumbência) apenas nas
hipóteses de comprovada litigância de má-fé, o que
não ocorreu no caso.
Ação coletiva
O sindicato ajuizou ação coletiva em 2016, a fim de
discutir a natureza de uma parcela paga aos
empregados da CEF e de requerer o pagamento de
diferenças salariais. Mas, em janeiro de
2017,desistiu da ação e foi condenado pelo juízo da
2ª Vara do Trabalho de Lages (SC) ao pagamento dos
honorários advocatícios de 10% sobre o valor
atualizado da causa.
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
manteve a condenação, com fundamento no item III da
Súmula 219 do TST. Essa súmula, que trata dos
chamados honorários de sucumbência, estabelece que
eles são devidos nas causas em que o sindicato atue
como substituto processual e nas causas que não
derivem da relação de emprego. Outro fundamento foi
o artigo 90 do Código de Processo Civil (CPC), que
prevê ser devido o pagamento de despesas e
honorários em caso de desistência.
Legitimidade
Ao examinar o recurso de revista do estado, o ministro
Vieira de Mello Filho observou que o grande marco no
reconhecimento de novos direitos às coletividades
foi a edição do Código de Defesa do Consumidor (Lei
8.078/1990), que regulamentou de forma direta e
abrangente os interesses e legitimados para as ações
coletivas. O artigo 82, inciso IV, do CDC confere
legitimidade às associações legalmente constituídas
e que incluam entre seus fins institucionais a
defesa dos interesses e direitos difusos e
coletivos.
Na avaliação do ministro, os sindicatos se enquadram
nessa definição e, portanto, sua atuação coletiva
está sujeita às disposições do Código de Defesa do
Consumidor e da Lei da Ação Civil Pública, que
abrangem os honorários advocatícios. As duas leis,
segundo ele, preveem a condenação da parte autora ao
pagamento dos honorários somente quando for
comprovada a má-fé (artigos 87, parágrafo único, do
CDC e 18 da Lei da Ação Civil Pública).
“No caso, uma vez que não foi registrada nenhuma
deslealdade processual do sindicato, sua condenação
viola o artigo 87 do CDC”, concluiu, ao citar
precedentes de diversas Turmas e da Seção
Especializada em Dissídios Individuais I (SDI-1) do
TST.
Processo: RR-1026-29.2016.5.12.0029
Fonte: TST
11/09/2019 -
TST afasta limitação de número de empregados em ação
coletiva movida por sindicato
A restrição do número de substituídos, para a SDI-2,
foi abusiva.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho manteve a
decisão em que o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG) havia autorizado a inclusão de toda a
lista de empregados apresentada pelo Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de
Álcool, Plásticos, Cosméticos, Fertilizantes,
Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região em ação
contra a Mosaic Fertilizantes P&K Ltda., de Uberaba
(MG). Segundo a SDI-2, a determinação do juízo de
primeiro grau de limitar a 20 o número de empregados
substituídos é ilegal e abusiva.
Ação coletiva
Na ação coletiva, o sindicato, em nome de 38
empregados, pretende a condenação da empresa ao
pagamento dos adicionais de insalubridade e de
periculosidade. O juízo da 1ª Vara do Trabalho de
Uberaba, no entanto, determinou que a petição
inicial fosse emendada para limitar a abrangência da
ação ao máximo de 20 empregados agrupados por
função, caso contrário, o processo seria extinto.
Contra a determinação, o sindicato impetrou o
mandado de segurança, concedido pelo TRT.
Prova técnica
No recurso ordinário, a empresa sustentou que a
limitação do número de empregados não viola o
direito de ação, pois os substituídos podem ajuizar
ações individuais ou coletivas, desde que agrupados
por similaridade de área, cargo ou atividades.
Segundo a Mosaic, a prova pericial, imprescindível
para o exame do pedido dos adicionais, seria
prejudicada em razão da pluralidade de cargos,
funções e áreas a serem inspecionadas pelo perito.
Ilegalidade patente
O relator do recurso, ministro Dezena da Silva,
destacou que o juízo da Vara de Uberaba havia
exigido do sindicato requisito não previsto em lei
para o ajuizamento da ação coletiva. Para ele, é
patente a ilegalidade e a abusividade do ato, que
causou prejuízo imediato ao sindicato e vulnerou sua
ampla legitimidade, prevista no artigo 8º, inciso
III, da Constituição da República.
Ainda segundo o relator, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do TST reconhece a ampla
legitimidade dos sindicatos para atuar como
substituto processual em defesa de toda a categoria
envolvida mediante o ajuizamento de ações coletivas,
sendo dispensada a juntada da lista dos empregados
substituídos. “Se não é possível exigir o rol dos
substituídos como requisito para o ajuizamento da
ação coletiva, por analogia, também é desnecessária
a identificação desses autores”, destacou.
Coletividade
O ministro lembrou que todos os elementos exigidos
pelo juízo de primeiro grau podem ser verificados no
momento oportuno, na fase de instrução processual.
Destacou ainda que, por envolver uma coletividade de
empregados, a perícia técnica seria realizada de
forma ampla no estabelecimento da empregadora e que
caberia ao perito, e não ao sindicato, avaliar os
agentes ambientais insalubres ou perigosos e os
empregados a eles expostos.
Embora a Orientação Jurisprudencial 92 da SDI-2
considere incabível mandado de segurança contra
decisão judicial passível de reforma mediante
recurso próprio, o relator observou que a subseção
tem admitido a impetração contra atos manifestamente
abusivos, como no caso.
Por unanimidade, a SDI-2 negou provimento ao recurso
ordinário e determinou ao juízo da 1ª Vara de
Uberaba o recebimento da petição inicial da ação
coletiva sem nenhuma limitação em relação aos
empregados substituídos pelo sindicato.
Processo: RO-11048-54.2017.5.03.0000
Fonte: TST
10/09/2019 -
Reforma sindical: com o pé na mina! Por Clemente
Ganz Lúcio
Clemente Ganz Lúcio*
O governo federal criou o Grupo de Altos Estudos do
Trabalho (Gaet), instalado em 30 de agosto e que
será coordenado pelo ministro do Tribunal Superior
do Trabalho, Ives Gandra, o mesmo que atuou na
elaboração da reforma trabalhista contida na Lei
13.467/2017.
O objetivo do Gaet é propor novas mudanças na
legislação trabalhista para avançar ainda mais na
ampla reforma realizada em 2017. Composto por
ministros e magistrados da Justiça Trabalhista, o
Gaet terá 4 órgãos temáticos, que se reunirão
quinzenalmente – o grupo completo se encontrará uma
vez por mês. Segundo declaração da juíza do
trabalho, do TRT-MG, Ana Fischer, no Twitter: “há
muito o que ser feito” para simplificar contratações
e revisar o modelo sindical brasileiro (Gazeta do
Povo, 30/08/19). Deu para entender?
O Gaet vai tratar, entre outros assuntos, de
segurança jurídica, previdência e trabalho. O fim da
unicidade sindical, com o objetivo de promover a
pluralidade de entidades em todo o país, está
destacado na matéria do jornal Gazeta do Povo.
A intenção do governo é enviar ao Congresso
Nacional, entre novembro e dezembro, o projeto de
reforma sindical e iniciar o processo legislativo
para dar continuidade às mudanças trabalhistas. É de
se esperar o que virá.
As transformações no mundo do trabalho colocam
máquinas no lugar de gente, acabam com o emprego
protegido e geram predominantemente trabalho
precário, flexível e inseguro. Por exemplo, nos
últimos 12 meses, dos 2,2 milhões de ocupações
geradas no Brasil, somente 10% foram vagas para
assalariados com carteira assinada. Das demais, 54%
correspondiam a trabalhadores autônomos ou por conta
própria na informalidade; e, no restante,
predominavam o emprego doméstico e o trabalhador
familiar auxiliar, sem proteção sindical, social e
previdenciária. Esse é o novo mundo do trabalho que
será legalizado!
As empresas se reorganizam e o sistema produtivo passa
por mudanças pesadas. Essa dinâmica, por si só,
passa a exigir a reestruturação sindical para que os
trabalhadores, nesse mundo real, gerem força
organizativa que traga proteção sindical e social.
Se essa reorganização das entidades que defendem os
trabalhadores não ocorrer, o mundo do trabalho deve
virar uma selva, onde os direitos serão uma saudosa
lembrança ou algo desconhecido para os mais novos.
Nesse mundo em mudança, a “modernização da
legislação trabalhista” tem sido feita para
autorizar as empresas a promoverem as alterações que
quiserem no mundo do trabalho, do jeito que julgarem
adequado, retirando dos trabalhadores a proteção da
lei, que, aliás, virou instrumento para servir, e
servirá cada vez mais, e salvaguardar as empresas,
sem a mediação e resistência sindical. A jogada é
colocar o sindicato fora do jogo!
Nesse terreno armado, o sindicalismo brasileiro
colocou o pé em uma mina, mas em uma mina de guerra,
aquela que é acionada ao ser pisada e que explode e
mata quando o pé dela se afasta.
O futuro do sindicalismo brasileiro dependerá da
inteligência estratégica daqueles dirigentes que
sabem fazer história, hoje e amanhã. Riscos existem,
muitos e enormes, mas precisam ser encarados. O
movimento sindical já mudou o rumo da história
várias vezes, em momentos de intensa opressão. A
hora exige empenho máximo e urgência nesse processo
de reorganização sindical.
(*) Sociólogo. É diretor técnico do Dieese
Fonte: Diap
10/09/2019 -
Paulo Guedes admite: governo Bolsonaro quer entregar
todas as estatais
Se depender do governo Bolsonaro (PSL), todas as
estatais federais serão vendidas até 2022 – último
ano do mandato presidencial. Quem confirma a
previsão sombria é o ministro da Economia, Paulo
Guedes, em entrevista ao jornal Valor Econômico
publicada nesta segunda-feira (9). Segundo Guedes,
caberá à gestão federal “preparar” a privataria e,
depois, pressionar o Congresso Nacional. “Minha
obrigação é fazer o diagnóstico e entregar a
prescrição. O Congresso vai decidir. Essa é a
proposta.”
Segundo Guedes o próprio presidente Jair Bolsonaro
apoia integralmente a privatização. “Todos os dias
ele cobra: ‘Poxa Salim [Salim Mattar, secretário de
Desestatização e Desinvestimento], tem que vender
uma por semana, está demorando muito”. Para
justificar a pressa, o ministro recorre ao discurso
retórico, mas sem apresentar dados sólidos: “Sim, o
Estado brasileiro quebrou. Quebrou em todos os
níveis – no federal, no estadual e no municipal. E a
principal ameaça de engolir o Brasil é esse
crescimento descontrolado da despesa pública
obrigatória”.
E qual o caminho para a entrega do patrimônio
público? Guedes não esconde: o próximo projeto de
emenda constitucional (PEC) será o do pacto
federativo. “Estamos mexendo em tudo ao mesmo tempo.
É uma transformação sistêmica”, explicou o ministro.
Durante a campanha, ele disse que o gasto com juros
da dívida seria a segunda grande despesa a ser
atacada. Para isso, o governo pretende “desinvestir
e desmobilizar ativos públicos”.
Para encurtar o tempo gasto – em geral de um ano e
meio – para fazer uma privatização, Guedes quer um
“fast track” para a venda e concessão de estatais.
“Temos que criar o PAP – Programa de Aceleração das
Privatizações”, afirma. Em vez de tratar uma a uma,
ele fará a lista das empresas públicas a serem
alienadas e submeterá a proposta ao presidente.
Aprovada, a lista será enviada ao Tribunal de Contas
da União (TCU) para uma avaliação geral e
encaminhada ao Congresso, para aprovação de uma lei
autorizando a inclusão dessas companhias no Programa
de Desestatização. “Temos daqui para o fim do ano
para pensar em coisas muito grandes.”
O novo pacto federativo, segundo ele, tem várias
dimensões, cujas partes serão levadas ao Senado. De
um lado, há a reforma tributária, que vai contemplar
o Imposto sobre Transações Financeiras, o Imposto
sobre Valor Adicionado (IVA) Dual e a redução de
alíquotas do Imposto de Renda das empresas e das
pessoas físicas, que perdem as deduções. De outro
lado, o tal “fast-track” de privatizações – nome
pomposo para a entrega desbragada e acelerada das
estatais, por meio do acordo a ser selado entre os
Poderes para encurtar o tempo de venda de uma
estatal.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
10/09/2019 -
Dieese: Pacote anunciado por Bolsonaro é
insuficiente para reduzir desemprego
Equipe econômica estuda lançar conjunto de
propostas que devem ampliar participação do setor
privado sobre ações públicas e diminuir tributação
de empresas, desconsiderando os problemas
estruturais do desemprego, segundo entidade
O governo de Jair Bolsonaro estuda lançar um “pacote
de combate ao desemprego” que reúne diversas ações
que pretendem criar condições que permitam aos
empregadores criarem vagas de trabalho. O conjunto
de propostas já vem sendo anunciado pela mídia desde
a semana passada, mas apenas banqueiros e executivos
tiveram acesso às propostas elaboradas pelo ministro
da Economia, Paulo Guedes, que deve, com aval desses
setores, anunciá-las nos próximos dias.
Mas, na análise o diretor-técnico do Dieese,
Clemente Ganz Lúcio, o que se sabe desse pacote
“talvez tenha uma baixa eficácia”, como afirmou em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual. Para Clemente, o pacote coloca quase
que diretamente o trabalhador como responsável pela
falta de postos de trabalho e, ao fazer isso,
desconsidera as condições da própria economia
brasileira. “Porque a dinâmica econômica não é
favorável para a criação de vagas”, ressalta
Clemente.
As medidas do governo envolvem a liberação de R$ 65
bilhões de depósitos recursais para as empresas
financiarem o capital de giro. Ou seja, os valores
que hoje estão depositados em juízo para que as
companhias arquem com questões trabalhistas, serão
liberados desde que elas façam um seguro para
compensar a reserva desse recurso para o caso de
perderem uma ação na Justiça do Trabalho e assim
possam indenizar ex-funcionários.
Outra ação prevista é uma tentativa de organizar uma
parceria público-privada para a intermediação de mão
de obra. Na prática, essa proposta desloca para as
empresas do setor privado o trabalho de agência de
emprego, que estão a cargo do Sistema Nacional de
Emprego (Sine), responsável desde 1975 por esse
trabalho, com aporte de recursos públicos. “(Isso é)
para que a intermediação seja pública e não privada,
mas o governo Bolsonaro prevê justamente o
contrário: ampliar e apoiar a intermediação privada
de alocação de pessoas em postos de trabalho”,
critica Clemente.
O diretor-técnico do Dieese também contesta a
proposta do governo de promover algumas facilidades
para que o desempregado se qualifique. Clemente
destaca que de fato a formação é um problema para
hora da disputa por uma vaga, mas cursos de curta
duração, como oferta a equipe econômica, não
resultam na qualificação do trabalhador. “Um
programa de formação mais extenso, continuado,
articulado com o setor empresarial tem se
demonstrado muito mais eficaz, coisas que o sistema
S faz com maior efetividade”, avalia.
Também é criticável para o especialista duas medidas
que preveem estímulos para que as empresas façam
algum tipo de investimento em termos de formação,
como a redução do PIS/Pasep que os empregadores
recolhem, ou ainda da instituição do chamado
“emprego verde e amarelo”, que permitirá a
desoneração da folha de pagamento e uma redução de
50% no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
às empresas que contratarem um jovem ou profissional
desempregado. “O risco disso é que tenhamos uma
rotatividade perversa. As empresas demitindo
trabalhadores que são contratados pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), para contratar
desempregados ou jovens, com estímulo fiscal,
pagando portanto menos tributos. Numa condição em
que a economia apresenta grave distorção em termos
de desemprego, esse tipo de iniciativa pode
incentivar uma rotatividade perversa”, alerta o
especialista do Dieese.
O plano de aquecimento do mercado de trabalho também
deve prever a reformulação das regras para o
microempreendedor individual (MEI), modalidade usada
por trabalhadores autônomos que, com o pacote,
poderão contratar até duas pessoas com novas faixas
de limite e contribuição, e a reformulação do Sine,
que além da junção com o setor privado teria seus
serviços informatizados. O desenho das medidas
também visa reabilitar trabalhadores afastados por
problemas de saúde ou acidente, como programas de
reabilitação para quem é faz uso problemático de
substâncias psicoativas. “É um problema social
importante a ser atacado, mas com baixo impacto
sobre a criação do emprego”, explica Clemente.
Das medidas previstas, a única que o diretor-técnico
destaca positivamente é a ampliação do microcrédito
para as comunidades e trabalhadores autônomos que
não têm capacidade de comprovação de renda, o que de
acordo com ele pode contribuir para que
profissionais que precisam de algum tipo de crédito
alavanquem sua atividade econômica e, portanto,
beneficiem o país.
Mas, numa análise geral, Clemente destaca que o
pacote, que utilizará ainda recursos do Sistema S,
não enfrentará de maneira estrutural o problema da
falta de postos de trabalho, que atinge hoje 12,6
milhões de pessoas, principalmente por distorcer
políticas públicas e promover a privatização. “Não
serão essas as medidas que enfrentarão esse grave
problema do desemprego”, sintetiza.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/09/2019 -
Nova CPMF quer arrancar R$200 bi do contribuinte
O ministro da economia, Paulo Guedes, quer arrecadar
R$ 150 bilhões com a “nova CPMF”, outrora tão
criticada pelos neoliberais. Mas a bolada não deve
ser suficiente para cobrir os diversos rombos do
governo. A ideia da equipe econômica é introduzir
aos poucos o novo imposto para não doer no
contribuinte.
A reportagem do jornal O Globo destaca que "o ponto
principal é não aumentar a carga tributária. Ou
seja, para cada aumento de alíquota da nova
contribuição sobre pagamentos, haveria uma redução
proporcional da contribuição sobre folha — como em
uma gangorra. A alíquota de entrada seria algo na
faixa de 0,4%."
A matéria ainda sublinha que "técnicos ainda estão
fazendo ajustes nos cálculos. A pedido do GLOBO, o
economista e advogado tributarista Eduardo Fleury
estimou que, para arrecadar os R$ 150 bilhões
citados pelo ministro, o novo tributo precisaria ter
alíquota de 0,7% — 0,35% em cada lado da operação.
Para efeito de comparação, a última alíquota da CPMF
foi de 0,38%, só em uma das pontas da transação."
Fonte: Brasil247
10/09/2019 -
'Vamos vencer a eleição de 2022. Tenho certeza', diz
Flávio Dino a Haddad
Apontados como possível chapa presidencial em 2022,
Fernando Haddad (PT) e Flávio Dino (PCdoB) gravaram
juntos um programa exibido nas redes sociais nesta
segunda-feira (9). Dino disse: "Temos a eleição de
2020, e acredito que vamos vencer. Teremos um
resultado bastante bom em 2020, teremos muitas
vitórias de prefeituras, vamos trabalhar para isso.
E vamos vencer a eleição presidencial em 2022, tenho
certeza disso”.
A reportagem da Revista Fórum destaca que "em dado
momento do programa, Haddad perguntou a Dino sobre a
importância da unidade entre partidos do campo
progressista na oposição ao governo Bolsonaro. Para
o petista, a atual articulação entre lideranças de
esquerda não é eleitoreira, mas sim programática,
com o objetivo de oferecer alternativas à população,
através da atuação parlamentar, às políticas do
governo federal."
Na sequência, a matéria sublinha: "Dino concordou
mas, diferente do petista, foi além e relacionou a
unidade da esquerda a um possível êxito eleitoral em
2020 e em 2022. “Acho que temos esta tarefa, da
unidade, e creio que temos avançado nesse sentido.
Há um clima de muita cortesia entre várias
lideranças, e isso é uma pré-condição, a conversa, o
diálogo."
Fonte: Brasil247
10/09/2019 -
Em dois anos, reforma na CLT não freou desemprego e
piorou a vida do trabalhador
Redução de direitos e falta de políticas servem
para criar exército de desocupados e reduzir
salários, diz sindicalista
Imposta sob o argumento de que era necessário acabar
com direitos dos trabalhadores para que houvesse
aumento dos postos de trabalho, a reforma
trabalhista aprovada no governo Michel Temer (MDB)
está prestes a completar dois anos de aplicação sem
chegar nem perto de resolver o problema do
desemprego no Brasil.
O cenário, ao contrário, piorou. Agora, além de o
desemprego não recuar, os que conseguem vaga estão
sujeitos à chamada precarização, que é o trabalho em
condições piores do que as anteriores, com salários
menores e menos benefícios.
“Isso já era previsto”, afirma João Cayres, da
Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Essa reforma
não ia gerar emprego; ela só aumenta a precarização,
o trabalho intermitente, as pessoas podem contratar
do jeito que quiser. Os salários estão baixos e vão
baixar mais ainda porque é o objetivo deles. Essa
história do desemprego é uma decisão política
deles”.
No trimestre terminado em julho – último dado do
IBGE –, o desemprego no Brasil chegou a 12,6 milhões
de trabalhadores. Além disso, foram identificados
4,8 milhões de desalentados, pessoas que desistiram
de procurar ocupação.
Segundo Cayres, a lógica iniciada com Temer e
aprofundada por Jair Bolsonaro (PSL) – de deixar que
o mercado de trabalho se regule sozinho, com mínima
intervenção do Estado – só beneficia os
empregadores.
“O que gera emprego é investimento público,
primeiro, para que depois as coisas cresçam e os
empresários vão atrás. Ficar esperando os
empresários fazerem alguma coisa é um discurso que
hoje não funciona mais, nunca funcionou e eles
sempre pregam isso”, lembra.
Terceirizações
Com menos direitos trabalhistas, menos fiscalização –
Bolsonaro extinguiu o Ministério do Trabalho – e
mais “flexibilidade” nas relações, aumentaram o uso
e a rotatividade de empresas de terceirização por
setores econômicos, o que precariza ainda mais os
serviços.
Para Cayres, na renovação de contratos e nas
disputas das licitações, as empresas vão tentar
reduzir ao máximo os custos com salários e
benefícios trabalhistas, seguindo um caminho que foi
aberto com a reforma.
Um dos setores que mais têm sentido os efeitos dessa
política é o de limpeza e conservação, onde a
terceirização já era alta.
"Hoje a demanda é grande. Quase todos os setores da
economia têm empresas terceirizadas fazendo a
limpeza”, disse Edson André dos Santos, diretor do
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação
de Serviços e Asseio, Conservação e Limpeza de São
Paulo (Siemaco-SP).
Para minimizar os efeitos do desemprego, por conta
da alta rotatividade, o sindicato mantém uma central
de vagas com os dados de trabalhadores que já
atuaram no setor.
“Na época de renovação do contrato, a empresa que
vai entrar acaba absorvendo os trabalhadores que lá
estão. Isso é uma negociação que o sindicato faz”,
disse Santos.
No final do mês agosto, o sindicato fez uma parceria
com 800 vagas para portaria, recepção e limpeza, com
carteira assinada. Nos três dias de seleção, a fila
para fazer o cadastro começou na noite anterior. Em
média, foram mais de 4 mil candidatos por dia.
“A grande maioria são pessoas de outros setores que
estão desempregados há muito tempo, uns há mais de
cinco anos vivendo de bico, e que viram a
oportunidade da carteira assinada e vieram”, disse
Santos.
No próximo dia 17, a União Geral do Trabalhadores (UGT)
fará um novo mutirão com cerca de 7 mil vagas. O
atendimento será no Vale do Anhangabaú.
“Já fizemos três mutirões e mais de 40 mil passaram
nos anteriores. Detectamos que um dos problemas mais
sérios é a qualificação e a capacitação. O Senai,
Senac e o Instituto Paula Souza estarão presente”,
disse Ricardo Patah, presidente da UGT.
Na avaliação de Cayres, a rotatividade em setores
como o de limpeza vai pressionar a redução dos
salários.
“É um serviço que não exige tanto treinamento e vai
reduzindo o salário até chegar no salário mínimo. É
o que eles querem: deixar um exército de reserva
porque não faz pressão sobre os salários. Nos
governo Lula e Dilma, até 2014, com desemprego
baixo, praticamente pleno emprego, havia uma pressão
sobre os salários as pessoas escolhiam para quem
trabalhar ”, compara o sindicalista da CUT.
Em São Paulo, a base do sindicato do setor de
limpeza e conservação é de 50 mil pessoas. O salário
médio é de R$ 1,2 mil, cerca de R$ 200 acima do
salário mínimo.
Fonte: Brasil de Fato
10/09/2019 -
PEC paralela reabre prazo para servidor migrar de
regime previdenciário
A PEC paralela (PEC 133/2019), se aprovada, reabrirá
por mais seis meses o prazo para que servidores
públicos deixem o regime próprio de Previdência e
migrem para o INSS e um sistema complementar. Quem
fizer a opção ganhará um adicional que leva em conta
o tempo no serviço público, o Benefício Especial.
Para o senador Paulo Paim (PT–RS), um sistema de
capitalização deve seguir o modelo do Funpresp, com
a contribuição de empregados e empregadores.
Fonte: Agência Senado
10/09/2019 -
Indicador Antecedente de Emprego cresce 0,2 ponto em
agosto
FGV considerou o resultado estatisticamente
estável
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve um
crescimento de 0,2 ponto de julho para agosto deste
ano. Com a variação, o indicador chegou a 86,8
pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
Apesar do crescimento em números absolutos, a FGV
considerou o resultado estatisticamente estável.
O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de
trabalho para os próximos meses e é medido com base
em entrevistas com consumidores e com empresários
dos serviços e da indústria.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que
mede a avaliação dos consumidores sobre a situação
atual do desemprego, cresceu 0,9 ponto, para 93,5
pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Neste
caso, o crescimento do indicador é negativo, porque
significa que os consumidores consideram a situação
de desemprego mais desfavorável.
Para a FGV, o consumidor ainda enxerga com cautela
as melhoras no mercado de trabalho.
Fonte: Agência Brasil
09/09/2019 -
Votação da reforma da Previdência pode ser concluída
no Plenário nesta semana
O Plenário do Senado começa nesta terça-feira (10) a
analisar a reforma da Previdência Social. As duas
propostas de emendas à Constituição (PECs) que
tratam do tema terão a primeira sessão de discussão
e, a principal delas (PEC 6/2019), pode ser votada
ainda durante a semana.
A proposta traz novas regras para o acesso à
aposentadoria e pensões, para o cálculo do benefício
e para as alíquotas de contribuição. Também contém
regras de transição para trabalhadores em atividade.
Uma série de mudanças propostas pelos senadores
foram compiladas em um segundo texto (PEC 133/2019),
a chamada “PEC paralela”. Entre os seus dispositivos
estão a inclusão de estados e municípios, a previsão
de novas receitas para a Previdência e, ainda, uma
revisão das intervenções da PEC original sobre
benefícios assistenciais.
Ambas as PECs estão prontas para serem votadas em
primeiro turno. Antes da sessão deliberativa, o
Plenário terá uma sessão especial para discutir a
reforma, com a presença de economistas, acadêmicos e
do secretário especial de Trabalho e Previdência do
Ministério da Economia, Rogério Marinho.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, busca um
acordo para votar a PEC 6/2019 já na quarta-feira
(11), dispensando os prazos regimentais. Se não for
possível, ela será discutida por cinco sessões e só
depois disso irá a voto. A PEC paralela caminhará
junto com o texto principal até a votação de
primeiro turno. Depois, retornará à CCJ para receber
emendas.
A ideia é que a PEC principal não seja mais
alterada. Caso ela seja aprovada pelo Senado, já
poderá ser transformada em emenda constitucional. A
PEC paralela ainda precisa passar pela Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
09/09/2019 -
Comissão discutirá impactos das novas tecnologias no
mundo do trabalho
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promoverá audiência pública nesta terça-feira (10)
para discutir os impactos da indústria 4.0 na vida
dos trabalhadores.
O debate foi proposto pelo deputado Carlos Veras
(PT-PE). Segundo ele, "a evolução da tecnologia deve
servir para aprimorar o trabalho e minimizar os
impactos danosos na saúde da vida dos trabalhadores,
não para reduzir custo e eliminação dos postos de
trabalho".
"A indústria 4.0, também chamada de 4ª revolução
industrial, começou na Alemanha. Ela tem como
finalidade aumentar a produtividade, a
competitividade entre as grandes corporações a
partir do uso de alta tecnologia, inteligência
artificial, impressão 3D e outros processos
digitais. Como consequência, ela traz a substituição
da mão de obra humana por máquinas."
Foram convidados para o debate o professor da
Universidade de Campinas Ricardo Antunes e o diretor
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócio Econômicos (Dieese), Clemente Ganz
Lúcio.
A audiência será realizada a partir das 14h, no
plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
09/09/2019 -
Grito dos Excluídos tem protestos contra retrocessos
de Bolsonaro em todo o Brasil
Concentração em São Paulo pela manhã foi
realizada na Avenida Paulista. Estudantes vestidos
de preto cantaram "cara pintada voltou"
Na manhã deste sábado (7) milhares de manifestantes
saíram às ruas em todos os estados para participar
do 25º Grito dos Excluídos, manifestação realizada
anualmente por movimentos populares no Dia da
Independência do Brasil. Neste ano, o lema que
norteia os protestos é “Este sistema não vale,
lutamos por justiça, direitos e liberdade”,
denunciando os crimes socioambientais e os ataques
aos direitos dos trabalhadores promovidos desde a
derrubada da presidenta eleita Dilma Roussef em
2016.
Em São Paulo, a concentração aconteceu pela manhã na
Avenida Paulista. Boa parte dos manifestantes vestiu
preto, em protesto contra o governo, e entre suas
bandeiras destacavam-se a luta por direitos e em
defesa da educação e da Amazônia. Vestidos de preto,
estudantes gritavam “cara pintada voltou”, fazendo
referências aos protestos pelo impeachment do então
presidente Fernando Collor, em 1992.
Estudantes também se destacaram na concentração em
frente à Torre da TV em Brasília. Nicolas
Nascimento, de 20 anos, participou pela 1ª vez do
ato. “Este 7 de setembro é um marco pra eles, que
defendem tanto a bandeira do Brasil, mas na verdade
só querem entregar as riquezas nacionais”, disse, em
entrevista ao Brasil de Fato. A deputada federal
Erica Kokay (PT-DF) também esteve presente na
manifestação e discursou no ato. “Não há soberania
nacional e independência verdadeira com Bolsonaro na
presidência da República”, disse.
Houve manifestações no interior de São Paulo, em
cidades como Campinas e Aparecida. Em Mogi das
Cruzes, o ato teve início por volta das 8h50, com
discurso do bispo Dom Pedro Luiz Stringhini e às
9h30 foi realizada uma passeata até o Largo do
Rosário, na região central.
Na cidade de Fortaleza, manifestantes seguiram da
Escola Municipal Frei Tito para a Praça Dom Hélder
Câmara, lembrando a tragédia ocorrida em Brumadinho
e com palavras de ordem contra os cortes de verbas
na educação e pela defesa da região amazônica. Já em
Belém o ato teve concentração no Mercado de São
Brás, com saída às 10h em caminhada em direção à
avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o desfile
militar. Segundo a organização, 5 mil pessoas
participaram do ato na capital paraense.
A primeira edição do Gritos dos Excluídos foi
realizada em 7 de setembro de 1995 em 170 do país,
uma iniciativa das pastorais sociais da igreja
católica. O tema principal se relacionava com o da
Campanha da Fraternidade – “Eras Tu, Senhor”,
voltado aos esquecidos da sociedade. Também estão
programados atos para o período da tarde deste
sábado.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/09/2019 -
Consultor vê sindicalismo na escada rolante e aponta
as três opções
O movimento sindical está numa escada rolante. A
partir dessa imagem, o consultor João Guilherme
Vargas Neto descreve a situação do sindicalismo
brasileiro hoje. Essa metáfora foi exposta em
entrevista ao programa Repórter Sindical, exibido
quarta (4) e já disponível no Canal YouTube da
Agência Sindical.
Ele explica, com clareza: “O sindicalismo tem três
opções. Se senta na escada e segue até embaixo. Se
precipita escada abaixo e comete suicídio. Ou tenta,
contra o movimento da escada, alcançar degraus
acima”. A terceira opção, de resistência e mais
difícil, é a tarefa que compete, Vargas afirma, ante
a conjuntura econômica e política duramente adversa.
Para Vargas Netto, há várias maneiras de subir a
escada na contramão. “A resistência nos locais de
trabalho, o contato mais constante com a base, a
busca de pagamento de PLR (Participação nos
Resultados), a sindicalização ou mesmo a
ressindicalização de quem, no auge da crise, se
afastou da entidade de classe”, recomenda.
O experiente consultor vê reaproximação das bases
com suas entidades. E explica: “No pico da crise,
devido à própria crise e à propaganda contra, o
trabalhador se afastou, passando a procurar saídas -
nas igrejas, nos partidos e em outros locais. Não
encontrou solução e entendeu que devia voltar para o
seu Sindicato”. Para João Guilherme Vargas Netto é
hora das direções pavimentarem esse caminho de
volta.
Desemprego - Vargas avalia que o pouco apoio
ao desempregado é uma das falhas do sindicalismo -
mundial - que cobre quem está empregado. Mas ele
prega que a ação sindical se amplie. Uma das ideais
é garantir passe ao desempregado. “São Paulo tem lei
que garante isso, que aguarda regulamentação”, diz.
E completa: “Muitos dormem na rua porque não têm
dinheiro da condução pra voltar às suas casas”.
Fonte: Agência Sindical
09/09/2019 -
Paim critica aumento do tempo de contribuição na
reforma da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu ao Senado que
corrija as injustiças que, segundo ele, existem na
reforma da Previdência. De acordo com o parlamentar,
se a preocupação é impedir que a PEC 6/2019 volte à
Câmara dos Deputados, isso se resolve através da
supressão de partes do texto.
Para Paim, o aumento do tempo mínimo de contribuição
é um dos maiores problemas porque, na visão dele,
vai impedir que os pobres se aposentem, uma vez que
eles não alcançarão os 20 anos necessários para a
aposentadoria.
— Conseguimos, como a Câmara também conseguiu,
amenizar um pouco as crueldades dessa reforma, mas
temos claro que os prejuízos para as gerações
passadas, presentes e futuras permanecem enormes —
disse.
Fonte: Agência Senado
09/09/2019 -
Lava Jato omitiu diálogos de Lula para impedir sua
posse na Casa Civil e derrubar Dilma
Os diálogos mantidos pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em 2016, quando ele poderia ter sido
ministro da Casa Civil, demonstram que sua intenção
jamais foi se blindar da Lava Jato – tese usada por
Sergio Moro para vazar o grampo ilegal com a então
presidente Dilma Rousseff para a Globo. Lula
pretendia apenas garantir a governabilidade de Dilma
– o que seria absolutamente lícito e normal. No
entanto, tais diálogos foram omitidos, justamente
porque contrariavam a tese usada por Moro para
manipular a opinião pública. Com a divulgação apenas
parcial dos áudios, a Lava Jato contribuiu para
impedir a posse de Lula como ministro, derrubar a
presidente Dilma por meio de um impeachment
fraudulento e permitir a ascensão do neofascismo
representado por Jair Bolsonaro. É este o novo
capítulo da Vaza Jato.
"Conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) gravadas pela Polícia Federal em 2016 e
mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese
usada pelo hoje ministro Sergio Moro para justificar
a decisão mais controversa que ele tomou como juiz à
frente da Lava Jato", aponta a nova reportagem da
Folha em parceria com o Intercept. "Outras ligações
interceptadas pela polícia naquele dia, mantidas em
sigilo pelos investigadores, punham em xeque a
hipótese adotada na época por Moro, que deixou a
magistratura para assumir o Ministério da Justiça no
governo Jair Bolsonaro (PSL)."
"Os diálogos, que incluem conversas de Lula com
políticos, sindicalistas e o então vice-presidente
Michel Temer (MDB), revelam que o petista disse a
diferentes interlocutores naquele dia que relutou em
aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o
aceitou após sofrer pressões de aliados. O
ex-presidente só mencionou as investigações em curso
uma vez, para orientar um dos seus advogados a dizer
aos jornalistas que o procurassem que o único efeito
da nomeação seria mudar seu caso de jurisdição,
graças à garantia de foro especial para ministros no
Supremo", aponta ainda a reportagem.
O grampo ilegal de Moro foi divulgado pela Globo no
dia 16 de março de 2016. Com base nas conversas
divulgadas pelo ex-juiz, o ministro Gilmar Mendes,
do STF, anulou a posse de Lula dois dias depois, em
18 de março. Com o aprofundamento da crise política,
a Câmara aprovou a abertura do processo de
impeachment em abril e afastou Dilma do cargo,
lembra a reportagem.
Fonte: Brasil247
09/09/2019 -
Humberto Costa cobra mais debate sobre reforma da
Previdência antes de votação
Em pronunciamento nesta sexta-feira, o senador
Humberto Costa (PT-PE) se disse surpreso com a
notícia de que o Senado tentará votar a reforma da
Previdência em Plenário na quarta-feira (10). Ele
citou entrevista do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, que disse à imprensa estar buscando um
acordo com líderes partidários para, se possível,
votar as novas regras de aposentadoria já na
quarta-feira.
Humberto afirmou que no colégio de líderes foi
acordado que, antes da votação em Plenário, haveria
uma série de audiências públicas, sessão temática e
possibilidade de apresentação de emendas. Ele cobrou
o cumprimento desse acordo e destacou a importância
de debater mais a proposta, para que o debate possa
esclarecer a população e os parlamentares sobre o
quanto a reforma da Previdência é danosa ao povo
brasileiro.
— Eu quero crer que tenha sido um arroubo de
entusiasmo dele e que esteja mantida a palavra de
que só se mude esse calendário mediante um acordo e
um entendimento. Porque nós, como Minoria, temos o
direito de fazer o debate. Isso nos é assegurado
pela Constituição e pelo Regimento da Casa. Temos o
direito de denunciar ao país essa reforma e, ao
mesmo tempo, junto com a sociedade, tentar convencer
o maior número possível de senadores de que essa
reforma é danosa e que quem votar por ela vai pagar
um preço — disse Humberto Costa.
Como altera a Constituição, a proposta (PEC 6/2019)
precisa passar por cinco sessões de discussão em
Plenário, antes da votação em primeiro turno. O
texto também deverá voltar à Comissão de
Constituição e Justiça, para análise de emendas.
Fonte: Agência Senado
09/09/2019 -
Inflação oficial fica em 0,11% em agosto, diz IBGE
Queda foi puxada, principalmente, pelos alimentos
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,11% em
agosto deste ano. A taxa é inferior ao 0,19%
registrado em julho, mas superior à deflação (queda
de preços) de 0,09% de agosto do ano passado.
Segundo dados divulgados nesta sexta (6) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 2,54% no
ano e de 3,43% em 12 meses.
A queda da taxa de julho para agosto foi puxada
principalmente pela deflação nos grupos de despesa
alimentação (-0,35%) e transportes (-0,39%), em
agosto. Entre os alimentos, as principais quedas de
preços foram observadas no tomate (-24,49%),
batata-inglesa (-9,11%), hortaliças e verduras
(-6,53%) e carnes (-0,75%).
Já nos transportes, houve quedas de preços nos itens
passagens aéreas (-15,66%), gasolina (-0,45%) e óleo
diesel (-0,76%).
Outro grupo que registrou deflação foi saúde e
cuidados pessoas (-0,03%). Por outro lado, as
principais altas de preços foram registradas nos
grupos habitação (1,19%), artigos de residência
(0,56%) e despesas pessoais (0,31%).
Fonte: Agência Brasil
09/09/2019 -
Jornada definida por norma interna pode ter
prescrição total, fixa TST
Se a limitação de jornada é prevista por norma
interna e não lei, a prescrição pode ser total. Com
este entendimento, a 5ª Turma do Tribunal Superior
do Trabalho manteve decisão monocrática em que o
ministro Breno Medeiros havia declarado a prescrição
total da pretensão de uma empregada da Caixa
Econômica Federal de receber horas extras
decorrentes da alteração da jornada de seis para
oito horas. Segundo a Turma, a alteração contratual
decorreu de ato único do empregador e diz respeito a
direito não previsto em lei.
O ministro Breno Medeiros, relator do caso,
assinalou que o TST entende que a alteração da
jornada prevista no Plano de Cargos em Comissão
instituído pela Caixa em 1998 configura lesão de
trato sucessivo e, portanto, a prescrição é parcial.
No caso, no entanto, como a bancária exercia cargo
de confiança, a jornada de seis horas não foi
assegurada pela CLT, mas por norma interna da CEF.
“Dessa forma, a alteração contratual decorreu de ato
único do empregador e diz respeito a direito não
previsto em lei, motivo pelo qual se aplica à
hipótese a prescrição total prevista pela Súmula 294
do TST”, concluiu.
Na reclamação trabalhista, a empregada disse que foi
contratada como escriturária e, portanto, tinha
direito à jornada de seis horas dos bancários.
Embora tivesse exercido diversas gerências, as
atribuições definidas no Plano de Cargos e Salários
de 1998 da CEF para esses cargos, segundo ela, eram
meramente técnicas e típicas da atividade bancária,
e a norma coletiva que estendia a jornada menor a
todos os empregados representaria condição mais
benéfica que adere ao contrato de trabalho. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
ARR-2335-22.2014.5.03.0089
Fonte: Consultor Jurídico
09/09/2019 -
Câmara rejeita salário-maternidade de micro empresas
pago pelo INSS
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados rejeitou proposta que transfere para a
Previdência Social o custeio do salário-maternidade
devido às empregadas das microempresas e das
empresas de pequeno porte.
Como foi rejeitado por todas as comissões de mérito
em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 4999/16, do
Senado, será arquivado. Cabe recurso para votação em
Plenário. O texto é de autoria da deputada Gleisi
Hoffman (PT-PR), quando era senadora.
Benefício
O salário-maternidade é um benefício previdenciário
pago às empregadas seguradas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) que acabaram de ter um
filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados
que adotam uma criança.
Atualmente, as empresas pagam o benefício à
empregada e podem solicitar o ressarcimento ao INSS
na forma de compensação sobre as contribuições sobre
a folha de salários.
Burocracia
Para o relator, deputado Diego Garcia (Pode-PR), a
transferência da obrigação para o INSS pode
prejudicar as trabalhadoras já que o tempo médio de
concessão de benefícios pelo INSS é de 64 dias.
“Havendo sucesso na redução de prazos, pode-se
discutir futuramente a medida. No momento, no
entanto, pode gerar atrasos excessivos na concessão
do salário-maternidade, com significativos prejuízos
para a gestante e o adotante”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
06/09/2019 -
Veja onde serão os atos que farão do 7 de Setembro
um "Dia de Luto"
A UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG
(Associação Nacional de Pós-Graduandos) promovem
neste sábado, feriado de 7 de Setembro, um Dia de
Luto em todo o País. Na data que celebra a
independência do Brasil, as entidades estudantis
chamam os brasileiros a saírem às ruas de preto, num
protesto em defesa da Amazônia e da Educação. Na
mesma data, ocorrerá o Grito dos Excluídos 2019.
Confira os locais onde haverá manifestações.
Em meio a mais uma crise no setor, o Ministério da
Educação (MEC) divulgou nesta semana que, em 2020, a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível
Superior (Capes) só terá metade do Orçamento de
2019. Na proposta de orçamento para 2020, a perda
prevista para todo o MEC é de 9%. É o terceiro
anúncio de cortes da Capes só neste ano – 11 mil
bolsas de pesquisa estão em risco.
Situação similar passa o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que
suspendeu a concessão de novas bolsas e ainda pode
não conseguir pagar as atuais a partir deste mês. Os
dois órgãos são os principais fomentos à pesquisa no
ensino superior.
A crise na Amazônia também parece não ter fim. De
acordo com dados do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia teve mais
queimadas e mais alertas de desmatamento entre
janeiro e agosto em 2019 do que o registrado no
bioma nos mesmos períodos desde 2016. A péssima
repercussão internacional gerou uma ameaça à
soberania nacional sobre a região, além de ter
deixado tratados e acordos econômicos sob ameaça.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, rebate os
fatos com desinformação e ataques a quem o contesta.
Na semana passada ele pediu que as pessoas vistam
verde e amarelo no 7 de Setembro para mostrar que a
“Amazônia é nossa”. Os estudantes inspirados na
geração “Cara Pintada” da década de 90 – movimento
responsável pelo “Fora Collor”, que derrubou o
presidente do poder – responderam convocando os
jovens para que usem preto neste dia.
“Precisamos ir as ruas sim, mas defender a nossa
educação e a nossa Amazônia da destruição que esse
governo tem feito. Por isso dia 7 eu vou de preto”,
afirmou o presidente da UNE, Iago Montalvão.
Veja os atos que estão previstos nas capitais:
Região Sul
- Porto Alegre, 15h: Parque Farroupilha
- Curitiba, 11h: Praça Santos Andrade
- Florianópolis, 8h30: Catedral
Região Sudeste
- São Paulo, 9h: Praça Oswaldo Cruz
- Belo Horizonte, 9h: Viaduto Santa Tereza
- Rio de Janeiro, 9h: Uruguaiana
- Vitória, 8h: Praça do Porto de Santana
Região Centro-Oeste
- Cuiabá, 15h: Praça Cultural
- Brasília, 8h: Rodoviária do Plano Piloto
- Campo Grande, 8h: Rua Candido Mariano
- Goiânia, 8h30: Catedral de Goiânia
Região Norte
- Manaus, 15h: Praça da Saudade
- Belém, 8h: Mercado São Brás
- Porto Velho, 15h: Av. Imigrantes
- Boa Vista, 16h: Avenida S4, ao lado da Escola
América Sarmento
- Macapá, 15h: Rua Leopoldo Machado
Região Nordeste
- Salvador, 8h: Praça do Campo Grande
- São Luís, 10h: Areinha
- Recife, 8h: Praça do Derby
- Fortaleza, 8h: Av. Dioguinho
- Natal, 8h: Praça Herói dos Pescadores
- Maceió, 9h: Praça Sinimbu
- Aracaju, 9h: Praça Fausto Cardoso
- Teresina, 8h: Pátio Assembleia Legislativa
Fonte: Portal Vermelho
06/09/2019 -
Governo Bolsonaro quer ampliar reforma trabalhista e
fim da unicidade sindical
Reuters - O governo pretende ter em três meses uma
avaliação ampla de como irá fazer uma nova reforma
trabalhista, a partir de estudos que serão
apresentado por grupo de trabalho criado nesta
quinta-feira, afirmou o Secretário Especial de
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,
acrescentando que um dos objetivos será o fim da
unicidade sindical.
“Temos que buscar instrumentos que definam de que
maneira sindicatos vão sentar numa mesa de
negociação”, afirmou Marinho a jornalistas, frisando
que o fim da unicidade sindical -sistema que permite
apenas um sindicato por categoria na mesma base
territorial- demandaria uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC).
O secretário avaliou que o governo deve dar
prosseguimento à modernização trabalhista em função
das profundas mudanças em curso nas relações de
trabalho. Ele citou o grande número de trabalhadores
por conta própria, microempreendedores individuais,
autônomos e motoristas de aplicativos.
“Precisamos ver de que forma Estado brasileiro pode
responder a isso”, acrescentou ele. “Há números que
dizem que 60% dos empregos formais que existem hoje
não vão existir em 15 anos.”
“Continuação da reforma trabalhista é essencial”,
disse o secretário. Segundo ele, as mudanças
necessárias demandarão medidas legais e infralegais.
O chamado Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet)
terá 60 dias para encerrar seus trabalhos. Após o
período, o governo deve consolidar suas conclusões
em mais um mês.
Marinho disse esperar ter ao fim desse prazo um
“documento para discutirmos de forma mais ampla
visão e posição do governo” sobre o tema.
“Ideia não é simplesmente ter projeto de lei”,
afirmou.
Carteira Verde e Amarela
Marinho afirmou ainda que o grupo de trabalho não irá
se debruçar sobre a eventual criação da chamada
carteira de trabalho verde e amarela, uma vez que a
iniciativa já saiu da secretaria e foi apresentada
ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Marinho não deu detalhes sobre a investida, tampouco
comentou se ela retomará a criação de um sistema de
capitalização para a Previdência dos novos
entrantes, algo que demandaria o encaminhamento de
uma nova PEC ao Congresso.
Em ideias já tornadas públicas no início do ano,
Guedes defendeu que a carteira verde e amarela seria
amparada pelo regime previdenciário de
capitalização, no qual cada trabalhador contribui
para uma conta individual e retira daí os proventos
de sua aposentadoria. Descontado do salário, o
dinheiro é administrado por gestores em fundos de
pensão.
Esse regime, que vem sendo chamado por integrantes
do governo de poupança garantida, difere do atual
sistema de repartição, no qual as contribuições dos
trabalhadores na ativa são utilizadas para bancar os
benefícios dos aposentados.
Guedes também já chegou a dizer que o jovem que
optasse pela carteira verde e amarela teria menos
direitos trabalhistas, já que as empresas não
arcariam com custo sobre a folha de pagamento nessa
modalidade. A contrapartida seria, na visão do
ministro, um impulso à empregabilidade para reverter
a alta taxa de desemprego no país.
Por Marcela Ayres
Fonte: Brasil247
06/09/2019 -
STF confirma responsabilidade objetiva de empresas
por acidentes
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta
quinta-feira (5) que empresas podem ser
responsabilizadas de forma objetiva por acidentes de
trabalho. Por 7 votos a 2, a maioria dos ministros
entendeu que o trabalhador em atividade de risco tem
direito a indenização civil, independentemente da
comprovação de culpa da empresa na Justiça.
O entendimento já é aplicado pela Justiça do
Trabalho, mas a decisão da Corte pretende pacificar
a questão, pois há diversas decisões divergentes em
todo o país. Cerca de 300 processos estão parados
nos fóruns trabalhistas e aguardam decisão do STF
para serem resolvidos.
A decisão do STF foi baseada no voto do ministro
Alexandre de Moraes, proferido nesta quarta-feira
(4). Para o relator, a regra é responsabilização
subjetiva, mas, excepcionalmente, a comprovação da
culpa direta por parte da empresa em casos de
atividades de risco, como transporte de inflamáveis,
contato com explosivos e segurança patrimonial, pode
ser reconhecida, de acordo com o Código Civil.
O entendimento foi acompanhado em parte pelos
ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cármen
Lúcia, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Gilmar
Mendes. Marco Aurélio e Luiz Fux divergiram.
Em geral, a responsabilização ocorre de forma
subjetiva, ou seja, deve ser provada no processo a
culpa da empresa pelo acidente para que a Justiça
determine que o empregado receba uma indenização em
dinheiro. Na forma objetiva, a reparação de danos
ocorre praticamente de forma automática, sem
comprovação de culpa direta do empregador.
O caso que motivou o julgamento trata de um
vigilante de uma empresa de transporte de valores
que passou a sofrer de problemas psicológicos após
ser assaltado enquanto carregava o carro-forte com
malotes de dinheiro. A sentença de primeira
instância garantiu ao vigilante direito de receber
uma indenização mensal pelas perturbações causadas
pelo assalto. Insatisfeita com a decisão, a empresa
de valores recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho
(TST) e depois ao Supremo.
Fonte: Agência Brasil
06/09/2019 -
Depois de Bolsonaro, Paulo Guedes também faz ataque
machista a Briggite Macron: "é feia mesmo"
Revista Fórum - Em palestra realizada em Fortaleza
(CE) nesta quinta-feira (5), o ministro da Economia
fez pouco caso das declarações polêmicas e
preconceituosas de Jair Bolsonaro. Durante o
seminário “A Nova Economia do Brasil – o impacto
para a região Nordeste”, realizado pelo Poder360,
ele debochou, assim como fez o presidente
brasileiro, da primeira-dama da França, Brigitte
Macron.
Guedes classificou que a mídia tenta criar ruído com
os “maus modos” de Jair Bolsonaro e defendeu as
polêmicas. Ele disse que, quando Bolsonaro chamou
Brigitte Macron de “feia” ele agiu corretamente,
respondendo a uma declaração do presidente Emmanuel
Macron sobre a Amazônia. “Tudo normal”, classificou.
“É tudo verdade. O presidente Jair Bolsonaro falou
mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo”,
declarou Guedes, reforçando o comentário machista de
Bolsonaro. “Não existe mulher feia, existe mulher
observada do ângulo errado”, disse. A ironia tirou
risos da plateia.
Guedes classificou que a mídia tenta criar ruído com
os “maus modos” de Jair Bolsonaro e defendeu as
polêmicas. Ele disse que, quando Bolsonaro chamou
Brigitte Macron de “feia” ele agiu corretamente,
respondendo a uma declaração do presidente Emmanuel
Macron sobre a Amazônia.
Fonte: Brasil247
06/09/2019 -
Para convidados da CDH, nova Previdência significará
trabalhar mais e receber menos
Com as mudanças previstas na nova Previdência,
milhões de brasileiros trabalhadores do campo e da
cidade não vão conseguir se aposentar. O alerta foi
feito durante a audiência pública interativa
promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH),
nesta quinta-feira (5) para debater os efeitos da
reforma previdenciária na aposentadoria rural.
A reunião foi conduzida pelo presidente da CDH,
senador Paulo Paim (PT-RS). Ele disse duvidar das
promessas e propagandas do governo federal que
afirmam que a reforma da Previdência vai
proporcionar mais investimentos públicos em saúde,
educação e segurança pública e melhorar a geração de
empregos e a distribuição de renda.
— Com essa reforma nós teremos perdas e prejuízos
enormes para a geração passada, para a presente e
para a geração futura — afirmou Paim.
Primeira convidada a falar, a secretária de
Políticas Sociais da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), Edjane
Rodrigues, reconheceu que deputados federais e
senadores já conseguiram amenizar os efeitos da
reforma original do governo em relação aos
trabalhadores rurais. Mesmo assim, o texto atual da
reforma traz retrocessos, como os dispositivos que
dificultam a comprovação de tempo de serviço por
parte do trabalhador rural.
Representando o Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra (MST), a trabalhadora rural e assentada da
reforma agrária Antônia Ivoneide afirmou que a
reforma da Previdência afeta direitos conquistados e
prejudica, em especial, os mais pobres, não mexendo
nas grandes aposentadorias, por exemplo.
— A aposentadoria não é uma esmola, não é uma
caridade para o trabalhador, é um direito de quem
trabalhou a vida toda. E no caso dos trabalhadores
rurais, a gente começa a trabalhar muito cedo. Essa
reforma está trazendo insegurança sobre o que vai
ser da nossa vida. A reforma não mexe nas grandes
aposentadorias nem nas aposentadorias dos militares,
mexe na aposentadoria de todos os trabalhadores mais
pobres do país — afirmou Antônia Ivoneide.
Por sua vez, a secretária de Relações do Trabalho da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), a professora
Graça Costa, afirmou que a reforma previdenciária
“vai arrebentar com a economia brasileira e com o
desenvolvimento do país”. Além disso, ela avaliou
que a reforma vai promover uma grande queda da massa
salarial brasileira, prejudicando toda a economia.
— Milhões de brasileiros não vão conseguir se
aposentar e as mulheres são as mais afetadas e
prejudicadas nessa reforma — afirmou Graça Costa ao
comentar o aumento do tempo de serviço e do tempo de
contribuição previstos na reforma da Previdência
para a maioria dos trabalhadores.
Ela afirmou ainda que os movimentos e entidades
populares, sindicais e de trabalhadores vão fazer
campanhas constantes para garantir que os deputados
e senadores que votaram a favor da reforma da
Previdência não sejam reeleitos. A representante da
CUT disse que mais de 50% dos parlamentares que
apoiaram a reforma trabalhista no governo Michel
Temer não foram reeleitos, inclusive os relatores da
proposta na Câmara e no Senado.
Já o presidente da Contag, Aristides Veras dos
Santos, afirmou que o governo federal vem há meses
gastando dinheiro público “fazendo propagandas com
mentiras” para promover a reforma da Previdência
como essencial para o país. Ele disse que mais de
70% dos municípios brasileiros dependem do dinheiro
dos benefícios previdenciários para movimentar suas
economias. Com a diminuição dos benefícios que
ocorrerá com a nova Previdência, acrescentou
Aristides, essas economias locais passarão por
sérias dificuldades.
— Há um falso argumento do governo, que a grande
mídia abraçou, para retirar direitos e conquistas da
classe trabalhadora. Vão economizar um trilhão de
onde? Vão tirar desses municípios — afirmou o
presidente da Contag.
Representante do Fórum do Direito Sindical do
Espírito Santo, Wesley Selante Elói afirmou que são
os pequenos agricultores e a agricultura familiar
que abastecem com alimentos 75% das mesas de todo o
país. Para ele, a reforma da Previdência significa
apenas uma coisa: os trabalhadores vão ter que
trabalhar muito mais e vão receber aposentadorias e
benefícios bem menores.
Fonte: Agência Senado
06/09/2019 -
Sindicato pressiona, e Senado recua da abertura de
agências bancárias aos sábados
Presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
acatou o pedido de revisão e anulou trecho em que a
MP 881 revogava lei que regula funcionamento dos
bancos
Os bancos continuam proibidos de abrir as agências
aos sábados. A manutenção da Lei 4.178/62, que
regula o funcionamento desses estabelecimentos de
segunda a sexta-feira, foi aprovada pelo presidente
do Senado, Davi Alcolumbre que, nesta terça-feira
(3) retirou da Medida Provisória (MP) 881, a chamada
MP da Liberdade Econômica, o trecho do texto que
permitia que os bancos abrissem aos sábados.
De acordo com a Contraf-CUT, o senador Jaques Wagner
(PT-BA) entrou com o pedido de revisão do texto da
medida, que foi acatado para a ordem do dia.
Alertado pela CUT, o senador apontou ao presidente
da Casa que o ponto da MP era inconsistente por
ferir direitos garantidos na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e na Convenção Coletivo dos
Trabalhadores, que permitem jornadas de seis horas
diárias aos trabalhadores bancários.
Alcolumbre deferiu ao pedido de Jacques Wagner sobre
o mesmo entendimento de “matéria estranha” que
anulou dispositivos da MP que tratavam do trabalho
aos domingos e feriados a todas as categorias
trabalhistas. “Em respeito à decisão do plenário do
Senado Federal defiro a questão de ordem de V. Exa.
e determino o envio de novos autógrafos para a Casa
Civil, para o Palácio do Planalto, para o Governo
Federal”, argumentou o presidente do senado.
Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Ivone Silva, comemorou a decisão. “É mais uma
vitória da nossa resistência e mobilização,
juntamente com a bancada de oposição do Congresso
Nacional”, afirmou Ivone. Em entrevista à Rádio
Brasil Atual, logo que a questão foi pautada na MP,
a presidenta destacou que a abertura das agências
aos sábados, além de ir contra a legislação vigente,
prejudicaria as condições de trabalho dos bancários.
Com a nova revogação, o texto da medida, já aprovado
em agosto no Plenário do Senado, volta para sanção
do presidente Jair Bolsonaro, mas ainda preocupa
entidades sindicais por fazer uma espécie de
“minirreforma trabalhista”.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/09/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai em
agosto
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1
(IPC-C1), que mede a variação da cesta de consumo
para famílias com renda até 2,5 salários mínimos,
registrou inflação de 0,11% em agosto. Segundo a
Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa ficou abaixo
do IPC-C1 de julho (0,43%).
O indicador acumula taxas de inflação de 3,28% no
ano e de 4,11% no período de 12 meses.
Em agosto, o IPC-C1 ficou abaixo do registrado pelo
Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR),
que mede a variação da cesta de compras para todas
as faixas de renda e que registrou taxa de inflação
de 0,17% no mês. No acumulado de 12 meses, no
entanto, o IPC-C1 ficou acima do IPC-BR, que teve
taxa de 3,97%.
Seis das oito classes de despesas componentes do
IPC-C1 registraram queda de suas taxas de variação:
alimentação (de 0,20% em julho para -0,46% em
agosto), habitação (de 1,32% para 0,95%), saúde e
cuidados pessoais (de 0,28% para 0,01%), despesas
diversas (de 0,40% para -0,07%), educação, leitura e
recreação (de 0,16% para 0,04%) e vestuário (de
-0,28% para -0,44%).
Por outro lado, dois grupos tiveram aumento da taxa:
transportes (de -0,24% para 0,05%) e comunicação (de
0,04% para 0,68%).
Fonte: Agência Brasil
05/09/2019 -
O buraco de Bolsonaro: Bolsa tem maior fuga de
capitais em 23 anos
A política econômica instável de Guedes de Bolsonaro
joga o Brasil cada vez mais no buraco. A busca por
proteção contra o risco fez a bolsa de valores
sofrer, em agosto, a maior fuga de capital
estrangeiro em, pelo menos, 23 anos. A reportagem é
do portal Valor Econômico.
Em agosto, as saídas totalizaram R$ 10,79 bilhões,
resultado de R$ 190,08 bilhões em compras de ações e
de R$ 200,87 bilhões em vendas, segundo dados da B3.
Esta é a maior retirada líquida do mercado à vista
em um único mês desde o começo da série histórica
analisada, em janeiro de 1996.
A reportagem também informa que, até aqui, o maior
volume de retirada do mercado à vista foi visto em
maio de 2018, quando saíram R$ 8,43 bilhões. Aquele
período foi marcado pela greve dos caminhoneiros e
pela crise do diesel que derrubou o então presidente
da Petrobras, Pedro Parente. Foi, ainda, período de
ascensão da tensão comercial entre China e Estados
Unidos - na época, o presidente americano, Donald
Trump, propôs sobretaxar mais de US$ 100 bilhões em
produtos chineses.
Questões como os incêndios na Amazônia não chegaram
a motivar a saída de recursos da bolsa, mas também
entraram no rol de motivos para o estrangeiro manter
uma lupa sobre o Brasil. "Há a percepção de que é
necessário elevar os padrões de vida e impulsionar a
economia brasileira, com migração de uma base
agrícola para outra industrial e de serviços. Isso
significa que mais investimentos devem ser
encorajados no Brasil e que obedeçam princípios de
ESG [ambiental, social e de governança, na sigla em
inglês]", diz Mark Mobius, sócio-fundador da Mobius
Capital Partners.
Fonte: Brasil247
05/09/2019 -
Alcolumbre cogita votação da reforma da Previdência
na próxima semana
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, trabalha
com a possibilidade de o plenário da Casa votar a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma
da Previdência na quarta-feira da próxima semana,
dia 11 de setembro. “Há alguma divergência em
relação a prazos, mas se não houver objeção de
líderes partidários ou partidos políticos, a gente
vai tentar botar na quarta-feira da semana que vem,
em primeiro turno. Se dentro do entendimento e do
acordo estabelecido não prejudicar o calendário, a
gente pode adiar para a outra semana para tentar
cumprir o acordo de procedimento”, disse o senador a
jornalistas.
Após cerca de dez horas de sessão, a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o texto-base da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma
da Previdência e as emendas na tarde desta
quarta-feira (4). Agora, a proposta segue para o
plenário, onde correrá o prazo de cinco sessões de
discussão para votação em primeiro turno.
A votação em segundo turno está marcada para 10 de
outubro. O presidente do Senado está otimista quanto
à aprovação no próximo mês. “Nosso prazo é ainda o
que estabelecemos no acordo, que é de votar em 10 de
outubro a PEC número 6 e marcarmos uma sessão para
promulgarmos”.
Das emendas votadas individualmente, apenas uma foi
aprovada. Essa emenda, de autoria do senador Eduardo
Braga (MDB-AM) estipula que pensionistas não vão
poder receber valor inferior a um salário-mínimo.
As demais emendas foram rejeitadas. Em todas haveria
queda de receita para a União, conforme argumentou o
líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Algumas emendas tiveram votação apertada, como a que
sugeria a manutenção da regra atual para recebimento
do abono salarial. A presidente da CCJ, Simone Tebet
(MDB-MS), desempatou, rejeitando. Com a rejeição, a
PEC mantém a previsão de que o pagamento do
benefício só será feito para aqueles que recebem até
R$ 1.364 por mês, e não R$ 2 mil, como ocorre
atualmente.
Dentre as outras emendas rejeitadas, estão aquelas
que sugeriam a redução da idade mínima para
aposentadoria no regime geral, a redução da idade
mínima para profissões que envolvem exposição a
materiais nocivos à saúde e as que determinavam
pagamento de pensão integral à mãe após os filhos
atingirem a maioridade.
Fonte: Agência Brasil
05/09/2019 -
Michelle Bachelet: 'às vezes, as pessoas elegem não
democratas e racistas'
Perguntada indiretamente sobre a agressão que
recebeu de Jair Bolsonaro, Michelle Bachelet disse:
"a democracia não é perfeita. Mas é o melhor que
temos (...) às vezes em alguns países, por vias
democráticas, as pessoas elegem pessoas que não são
democratas, que não acreditam em direitos humanos,
que são racistas. O fato é que isso não estava
escondido. Durante a campanha (eleitoral), eles
disseram tudo aquilo e as pessoas o elegeram.
Portanto, a democracia não é perfeita."
A agressão de Bolsonaro à Alta Comissária para os
Direitos Humanos na ONU chocou o mundo e mobilizou
uma reação inédita contra o ex-militar que ainda
ocupa o cargo de presidente da República.
Fonte: Brasil247
05/09/2019 -
Sindicalismo à beira do abismo. É hora de dar meia
volta
O que se apresenta como novo e desafiador é
preciso investigar para que não se tente resultados
novos e diferentes tendo velhas e carcomidas
práticas. Não adianta tentar ou querer enxergar o
novo, com olhar velho e embaçado. Novos desafios
impõem novas práticas.
Marcos Verlaine*
As notícias em torno do futuro do movimento sindical
não são boas. A julgar pela situação atual, o quadro
não é positivo e sinaliza que não há saídas sem
perdas. Mas como a política não é ciência exata, a
lógica em curso pode ser alterada, desde que
compreendida a tempo e em sua dimensão adequada.
Isto é, é preciso ver o que fazer e tomar decisões.
O governo sinaliza que vai encaminhar para discussão
no Congresso Nacional proposta para “modernizar” o
sindicalismo brasileiro, como analisa em artigo —
Primeiros sinais do conteúdo da reforma sindical — o
diretor licenciado do DIAP, Antônio Augusto de
Queiroz. Entretanto, o movimento sindical precisa e
pode antecipar-se à proposta do Executivo, pois, com
certeza, essa virá na lógica do desmonte da
organização e da estrutura sindicais.
O artigo do diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio — É urgente gestar o sindicato do futuro; o
atual morrerá — impõe severa reflexão. É necessário
olhar além do problema apresentado pela assertiva
provocação que Ganz Lúcio sugere e buscar saídas.
Quem se contentar em apenas refutá-la não terá
êxito. A luta de classes não está acabando ou vai
acabar. Está mudando (mudou) de contornos. O que
exige novas ferramentas de ação e combate.
E, a partir deste olhar, definir que fazer para não
ser “engolido” no debate que se dará no Poder
Legislativo, refratário às demandas do movimento
sindical, em torno do que o governo pretende
apresentar para “modernizar” o movimento sindical.
3 perguntas
1) que movimento sindical — organização e estrutura —
surgirá a partir desse debate?
2) como o movimento sindical vai se apresentar para
essa demanda, que logo baterá às suas portas?
3) os líderes sindicais — dos sindicatos às centrais
— vão aguardar o debate ter início ou irão
antecipar-se internamente e assumir seus problemas e
demandas, a fim de não serem dragados pelo futuro
incerto e desafiador?
Representatividade
A partir destas 3 perguntas, que são estruturantes,
seguem ideias objetivas para que o movimento
sindical possa buscar o protagonismo — perdido — na
luta por direitos ameaçados (suprimidos) e sua
manutenção (reconquista).
Inicialmente, é preciso dizer que só sobreviverá o
sindicato que for representativo. Aquele que não
for, sucumbirá à modernização tecnológica imposta
pela inevitável ascensão da inteligência artificial.
Sindicatos com baixa sindicalização perecerão!
Formação
A despeito do incrível retrocesso porque passa a
sociedade brasileira, a partir do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff, essa regressão social
só poderá ser combatida com eficácia pelo movimento
sindical se houver investimentos na formação de
novas lideranças.
Essa formação precisa ir além da compreensão
política do dirigente. Precisa abarcar outros
aspectos da disputa de ideias.
É singular, nesse debate, por exemplo, observar o
quanto o movimento sindical está desapetrechado para
fazer o debate e, por consequência, a disputa em
torno da reforma da Previdência, em particular o
sindicalismo do setor privado, cujas mudanças nas
regras de aposentadoria são devastadoras para os
assalariados.
Comunicação
Na era das redes sociais, o movimento sindical patina
nesse quesito. Qualquer organização, ainda mais a
dos trabalhadores, precisa investir nessas novas
modalidades de interação comunicacional, social e
política.
Como fazer comunicação ou como comunicar numa
sociedade que não tem o hábito de ler? Adianta fazer
“jornais” para quem não vai lê-los?
Diante desse dilema real e objetivo é preciso
estudar o quê e como fazer, a fim de tornar a
comunicação eficaz, isto é, que ao mesmo tempo que
informa, organiza a classe. Isto não é simples.
Exige reflexão, estudo, investigação e investimentos
materiais e financeiros.
Organização e estrutura
É certo que a proposta do Executivo para “reformar” o
movimento sindical siga a mesma lógica da chamada
Reforma Trabalhista, em vigor desde 2017, e, também,
a previdenciária. Com certeza ninguém espera do
atual governo algo que venha para alentar, organizar
e estruturar o movimento sindical. Pelo contrário.
Assim, além de trabalhar para tornar as entidades
que não são representativas, em entidades que
deverão ser, por meio de campanhas permanentes de
filiação, de captação de recursos materiais e
financeiros, de melhoria da comunicação com a base
social de cada sindicato, de fusões, de modo a
realizar transições dos sindicatos de categorias
para sindicatos por ramo de atividade ou profissão,
com propósito de fortalecer a organização e a
estrutura sindicais. É necessário perceber que está
em jogo mais de 1 século de lutas e acúmulos que
podem ser solapados, como fizeram com a CLT.
Nesse processo, é preciso não esquecer a luta de
ideias. Na fase atual do capitalismo, há estímulos
frenéticos ao individualismo, ao hedonismo, à
organização e à rejeição à luta coletiva.
Que fazer diante desse cenário incerto e desafiador?
Disputa no Parlamento
Grande parte das demandas da classe trabalhadora são
tratadas no Congresso Nacional. Desse modo, é
preciso investir no acompanhamento profissional
dessas iniciativas legislativas. Os empresários, as
igrejas, os governos federal, estaduais e
municipais, enfim todos que têm demandas no Poder
Legislativo se apresentam organizados para fazer
esse acompanhamento, cujas ações ou inações podem
redundar em avanços ou retrocessos nas relações
sociais, econômicas e políticas para a classe
trabalhadora.
Invariavelmente, quando há disputas em relação a
essas demandas, perde quem não está organizado e
representado. A disputa no Parlamento é cotidiana.
Não cessa porque esse ou aquele problema foi
resolvido. Veja os exemplos da reforma da
Previdência, da “MP da liberdade econômica” ou da MP
do boleto bancário e tantos outros que pululam no
debate parlamentar.
A MP do boleto bancário foi derrotada, mas gerou
enorme prejuízo à estrutura sindical. Dias depois de
“cair”, 2 senadores apresentaram projetos de lei —
PL 3.814/19 e PL 4.026/19 — ambos com propósito de
restabelecer a norma cujo objetivo não foi outro,
senão aquele de desmantelar o movimento sindical.
Assim, diante dos desafios elencados e dos problemas
apontados é urgente buscar soluções que fortaleçam o
sindicalismo. Algumas dessas soluções passam por
voltar a fazer o que deixou de ser feito. E o que se
apresenta como novo e desafiador é preciso
investigar para que não se tente resultados novos e
diferentes tendo velhas e carcomidas práticas. Não
adianta tentar ou querer enxergar o novo, com olhar
velho e embaçado. Novos desafios impõem novas
práticas.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
05/09/2019 -
Deputado apresenta projeto para regulamentar
negociação coletiva no setor público
O deputado Professor Israel Batista (PV-DF)
apresentou, na terça-feira (3), projeto de lei à
Câmara dos Deputados, cujo objetivo é regulamentar a
negociação coletiva no setor público.
O projeto “Dispõe sobre as relações do trabalho, o
tratamento de conflitos, o direito de greve e
regulamenta a Convenção 151 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), estabelecendo as
diretrizes da negociação coletiva no âmbito da
administração pública dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.”
Trata-se do PL 4.792/19, que aguarda despacho do
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
para os colegiados temáticas, a fim de que seja
analisado e votado.
O debate torno do tema é recorrente. No final de
2017, a Câmara concluiu favoravelmente o debate em
torno de matéria conexa à este projeto de lei,
oriundo do Senado, mas a proposta foi vetada
integralmente pelo governo Temer.
Tramitação
O texto deverá ser distribuído, inicialmente, para
exame e votação, à Comissão de Trabalho, principal
colegiado de mérito pelo conteúdo da proposição. A
Comissão de Constituição e Justiça deverá concluir a
discussão, na fase dos colegiados temáticos.
Fonte: Agência Câmara
05/09/2019 -
Nivaldo Santana: Os trabalhadores e os sindicatos na
mira de Bolsonaro
Rogério Marinho, secretário especial da Previdência
e Trabalho, constituiu um chamado Grupo de Altos
Estudos do Trabalho (Gaet) com o objetivo, segundo
ele, de “cuidar da modernização das relações
trabalhistas”. O Gaet, todavia, tem dois objetivos:
introduzir no país a “carteira de trabalho verde e
amarela” e acabar com a unicidade sindical. O
primeiro institucionaliza o trabalho sem direitos e
o segundo fragmenta a organização sindical no país.
Por Nivaldo Santana*
Essa política de precarização do trabalho no Brasil
avança com o governo de Michel Temer, que logrou
aprovar, apesar resistência dos trabalhadores, a
terceirização nas atividades-fim, e a reforma
trabalhista, ambas em 2017. A reforma trabalhista
introduz o conceito de prevalência do negociado
sobre o legislado e cria modalidades de relações do
trabalho, tais como trabalho intermitente e
provisório, banco de horas, demissão de comum acordo
com redução das indenizações, refeições de 30
minutos, etc.
Para viabilizar essa agenda regressiva, a reforma
fragiliza os sindicatos, com o fim da contribuição
sindical obrigatória; acaba com a exigência de
homologar as demissões nos sindicatos; e dificulta o
acesso à Justiça do Trabalho, com a exigência de
pagamento de custas e honorários pela parte
derrotada.
Todo esse saco de maldades contra os trabalhadores é
radicalizada pelo governo Bolsonaro. Logo no
primeiro dia do seu governo, extingue o Ministério
do Trabalho, que existia desde 1930. Em seguida,
apresenta a reforma da Previdência. A bola da vez,
agora, é pulverizar a organização sindical.
Estes retrocessos anulam ou diminuem as notáveis
conquistas da Constituição de 1988, em especial no
capítulo dos direitos sociais, como o artigo 7º, dos
direitos dos trabalhadores, o artigo 8º, da
liberdade e autonomia sindical e o artigo 9º do
direito de greve. A artilharia pesada do governo,
neste momento, mira o artigo 8º, que, entre outros
pontos, contempla o princípio da unicidade sindical,
garante ao sindicato a defesa dos direitos dos
trabalhadores, a participação obrigatória nas
negociações coletivas do trabalho, a contribuição
sindical e veda a dispensa do dirigente sindical.
Setores da magistratura e do próprio movimento
sindical, no entanto, advogam a tese de conteúdo
liberal segundo a qual o Estado não pode se imiscuir
nas relações entre o capital e o trabalho, cabendo
exclusivamente às partes pactuar acordos e criar
instâncias extrajudiciais para solução de conflitos.
A longa história de lutas do sindicalismo aponta em
sentido contrário. Para assegurar vitórias
duradouras para os trabalhadores, é fundamental
consagrar em lei um piso mínimo de direitos sociais,
regras que assegurem a liberdade, autonomia e
unidade sindical – e também a existência de uma
Justiça especializada com poder normativo para
arbitrar conflitos trabalhistas.
O fim da unicidade sindical é o corolário de um
conjunto de medidas que buscam a valorização máxima
do capital e a drástica redução do custo da força de
trabalho. Tudo isso em um país que convive com
trabalho precário, subemprego, absurdas taxas de
desemprego e salários cada vez mais aviltados.
* Nivaldo Santana é secretário de Relações
Internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil)
Fonte: Portal Vermelho
05/09/2019 -
Governo pretende flexibilizar a legislação do
trabalho escravo, diz Paulo Rocha
O senador Paulo Rocha (PT-PA) criticou, nesta
terça-feira (3), em Plenário, a intenção do governo
federal de flexibilizar a legislação do trabalho
escravo e infantil no Brasil. Possibilidade já
aventada pelo presidente Bolsonaro, o que, na sua
opinião, é um retrocesso sem precedentes e uma
atitude desumana.
De acordo com o senador, o propósito do Executivo
federal é deixar de criminalizar e punir o
empresariado que submete cidadãos menos favorecidos,
e desconhecedores das leis que os protegem, a
condições análoga às da escravidão. Para ele, a
intenção já propagada é suprimir da Constituição
Federal o dispositivo que pune o “empregador com o
confisco de sua terra quando utiliza o trabalho
escravo em sua propriedade”.
— Foi uma luta de 19 anos no Congresso Nacional,
desde que apresentei, em 1995, proposta de emenda à
Constituição promulgada pelas mesas da Câmara e do
Senado, em 5 de junho de 2014. Quero deixar claro
que essa conquista foi um anseio expressivo de
parcela da sociedade e contou com mobilização não
apenas de representantes de trabalhadores — Contag,
OIT, Comissão Pastoral da Terra —, mas igualmente
dos integrantes de entidades artísticas, como
atores, cantores, compositores, e outros segmentos
sociais, todos contra o trabalho escravo —
enfatizou.
Fonte: Agência Senado
05/09/2019 -
TST fixa em R$ 300 mil indenização que começou em R$
16 milhões
Duas empresas condenadas por dano moral coletivo por
descumprirem normas de saúde e segurança do trabalho
conseguiram reduzir o valor inicial fixado em R$ 16
milhões para R$ 300 mil, quantia considerada
razoável pelo 8ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho.
Após denúncia do Ministério Público do Trabalho, as
empresas foram condenadas em primeira instância. A
8ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte fixou a
indenização inicialmente em R$ 16 milhões.
A quantia, porém, foi reduzida pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região para R$ 1,5
milhão, valor considerado mais compatível com os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
com o porte econômico das empresas e com o efeito
pedagógico, preventivo e dissuasório.
Mesmo com a redução, a empresa recorreu ao Tribunal
Superior do Trabalho questionando o valor. Relator
do recurso, o ministro Márcio Amaro observou que o
descumprimento reiterado das normas de saúde e de
segurança no trabalho caracteriza lesão a direitos e
interesses transindividuais e, por isso, autoriza o
deferimento da indenização por dano moral coletivo.
Ressaltou, no entanto, que, de acordo com a
jurisprudência do TST, a revisão do valor fixado a
título de indenização é possível nas hipóteses em
que o montante arbitrado for irrisório ou
exorbitante, desatendendo aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Foi o que
ocorreu no caso, na sua avaliação. Assim, seguindo o
voto do relator, a turma deu provimento ao recurso
para reajustar o valor da indenização para R$ 300
mil. Com informações da assessoria de imprensa do
TST. RR-2174-66.2011.5.03.0008
Fonte: Consultor Jurídico
04/09/2019 -
Dirigentes avaliam queda na popularidade de Jair
Bolsonaro
Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada segunda
(2), revela que a popularidade de Jair Bolsonaro
continua em queda, e em ritmo acelerado. A
reprovação ao governo saltou de 33%, em julho, para
38%, agora.
Antonio Neto, presidente da CSB - Central dos
Sindicatos Brasileiros -, não se surpreende com os
resultados. “Já prevíamos. E vai aprofundar. É só
lembrarmos o que aconteceu na Argentina. No início,
o governo Macri era incensado pela sua política
neoliberal, desregulamentação das entidades
sindicais, da Previdência, que lá foi mais profunda.
O resultado os argentinos estão vendo agora.
Caminhamos para o mesmo destino”, comenta.
A pior avaliação de Bolsonaro aparece entre os mais
pobres (22%), os mais jovens (24%) e os menos
escolarizados (26%). Mesmo a parcela daqueles que
ainda apoiam Bolsonaro vem caindo. Ele é defendido
por 29% dos pesquisados, em julho apoio era de 33%.
Calixto - José Calixto Ramos, presidente da
CNTI e da Nova Central Sindical, que já negociou com
vários governos, avalia como natural o
desmoronamento da imagem de Bolsonaro entre os
trabalhadores. Explica: “O atual presidente nunca
falou sobre a classe trabalhadora na sua campanha. E
continuou assim depois de assumir o governo.
Pensávamos que iria mudar. Que ele fosse tomar
consciência e olhar para os 8,5 milhões de
quilômetros do Pais, para os seus 210 milhões de
habitantes. Para os mais pobres. Mas o que temos
visto são ataques sistemáticos à organização
sindical e a extinção de conselhos que tinham a
participação de movimentos sociais e trabalhadores”.
Calejado nos embates com patrões e governo, Calixto
diz: “Hoje não chegamos a estar em desespero por que
já passamos por muitos momentos difíceis e
conseguimos sobreviver. Mas vemos um quadro muito
preocupante. Por mais que queiramos fazer uma
avaliação positiva do governo não conseguimos. A
tendência é que essa deterioração de Bolsonaro deva
continuar “.
Queda - Sérgio Luiz Leite (Serginho),
presidente da Fequimfar - Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas
e Plásticas do Estado de São Paulo - e diretor da
Força Sindical - também comenta os resultados da
pesquisa. Para Serginho, a queda é fruto do que a
população, especialmente os trabalhadores, está
sentindo. "As pessoas estão frustradas. Até mesmo as
que votaram no Bolsonaro em busca de uma esperança.
Não houve queda no desemprego. A economia não anda.
Falta confiança e isso vai continuar crescendo por
que a cada dia é uma besteira. Ele está desconectado
da população mais pobre”.
Mais informações - www.fsindical.org.br,
www.fequimfar.com.br, www.ncst.org.br ou
www.csb.org.br
Fonte: Agência Sindical
04/09/2019 -
Cresce a confiança na atuação dos Sindicatos pelos
brasileiros
Pesquisa realizada pelo Ibope/Inteligência no mês de
julho, ouviu 2002 pessoas com 16 anos ou mais, em
144 municípios do País, traz uma boa notícia para o
movimento sindical. O levantamento revelou que o
índice de confiança nos Sindicatos cresceu 10 pontos
neste ano em relação a 2018. Passou de 35 pontos no
ano passado, para 45 em 2019.
Com esse desempenho, os Sindicatos voltam ao patamar
de aprovação que vinham apresentando na última
década.
As entidades de classe também passam a participar da
lista de instituições que conseguiram retomar o
respeito dos brasileiros. E isso não foi à toa.
Segundo José Pereira dos Santos, presidente do
Sindicato dos metal~urgicos de Guaruçlhos e Região,
“este é um momento para se comemorar, mas também de
fazer uma reflexão maior sobre o trabalho junto à
categoria e à sociedade em geral".
Pereira lembra ainda que “o sindicalismo passou por
um momento de extremo desgaste, que se refletiu na
aprovação de uma reforma trabalhista favorável, na
essência, ao capital”.
A pesquisa ICS, Índice de Confiança Social, é
realizada todos os anos desde 2009, sempre no mês de
julho.
O IBOPE Inteligência é uma empresa dedicada ao
conhecimento do comportamento das pessoas e de todas
as suas relações: familiar, social, política, de
consumo e de utilização de serviços de dados.
www.ibopeinteligencia.com
Fonte: Agência Sindical
04/09/2019 -
Bolsonaro sobre carteira digital: “Vai faltar
dinheiro para o PCdoB”
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL),
afirmou nesta terça-feira (03/09/2019) que o PCdoB
perderá recursos com a assinatura da Medida
Provisória (MP) que cria uma carteira de identidade
digital para estudantes. As informações são do
jornal Folha de S. Paulo.
“Não vai ter mais que pagar para a UNE, que quem
manda lá é o PCdoB. Vai faltar dinheiro para o
PCdoB”, disse o presidente.
O objetivo da carteira é esvaziar a carteirinha
emitida por entidades estudantis, como faz a União
Nacional dos Estudantes (UNE).
A medida provisória que vai instituir a carteirinha
digital do estudante é conhecida como “MP da
Liberdade Estudantil”. Atualmente, a distribuição de
documentos que garantem a meia-entrada para
estudantes é feita exclusivamente por entidades como
a UNE. Com a MP, essa prerrogativa deve ser retirada
– e isso representa grande parte da força da
entidade.
A ideia de criação da carteirinha digital surgiu com
o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Marcus
Vinicius Rodrigues, exonerado em março deste ano.
Fonte: Metropoles
04/09/2019 -
Haddad e Dino, uma possível chapa para 2022, gravam
vídeo juntos
O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, foi
o mais recente convidado do programa de entrevistas
do ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT à
Presidência da República em 2018. A aproximação cada
vez maior entre ambos faz crescer a possibilidade de
uma chapa forte da esquerda para 2022.
O programa de entrevistas conduzido por Haddad irá
ao ar na próxima segunda-feira, dia 9.
Flávio Dino saiu da entrevista entusiasmado e tuitou:
“Bom diálogo com o amigo Fernando Haddad hoje em São
Paulo. Conversamos sobre temas nacionais, desafios e
ações do nosso governo no Maranhão. O registro do
diálogo será veiculado na internet na próxima
segunda-feira, 20h, na internet”, anunciou.
Na segunda-feira (2), o governador maranhense
participou de um ato político em São Paulo, que
congregou lideranças de vários partidos, de
esquerda, centro-esquerda, centro-direita e até
mesmo de direita. O movimento DireitosJá foi lançado
como um embrião de uma frente ampla contra o governo
de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
“A narrativa que nos une no passado nos une quanto
ao projeto de nação, projeto que nos une com
amplitude, solidez e patriotismo”, declarou Dino
durante o ato, dirigindo-se a todo o espectro
político presente.
Vozes destacadas no PT, como o ex-governador do Rio
Grande do Sul Tarso Genro, têm declarado apoio a uma
possível aliança entre o PT e o PCdoB. Tarso
retuitou no último sábado uma publicação com a foto
de Haddad e Dino com a mensagem “grande chapa”.
Fonte: Brasil247
04/09/2019 -
Deltan cogitou concorrer ao Senado e deixou em
aberto tentar 2022
O novo capítulo da Vaza Jato, publicado pelo site
The Intercept e antecipado pelo programa O É da
Coisa, com o jornalista Reinaldo Azevedo na Bandnews,
confirma o projeto de poder da Lava Jato. O
coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol,
cogitou concorrer ao Senado e deixou em aberto sua
candidatura em 2022.
Em mensagens trocadas com ele mesmo, onde mantinha
reflexões pessoais no aplicativo Telegram, Deltan
diz que "seria facilmente eleito" e também via
necessidades de o Ministério Público Federal "lançar
um candidato por Estado".
A política é “algo que está no meu destino”, disse
ele, em uma mensagem que também se compara a Jesus
Cristo.
“Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus
no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de
em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro
Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano
focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo
como efeito manter essa porta aberta”, escreveu, em
29 de janeiro de 2018, numa longa mensagem enviada
para ele mesmo.
Fonte: Brasil247
04/09/2019 -
Produção industrial cai 0,3% de junho para julho
A produção industrial brasileira teve queda de 0,3%
na passagem de junho para julho deste ano, o
terceiro resultado negativo consecutivo. A perda
acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da
Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta
terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A produção teve queda ainda maior na comparação com
julho do ano passado (-2,5%). A indústria também
acumula recuos de 1,7% neste ano e de 1,3% em 12
meses.
Entre as grandes categorias econômicas, a queda de
junho para julho foi puxada pelos bens de capital,
isto é, as máquinas e equipamentos (-0,3%), e pelos
bens intermediários - os insumos industrializados
usados no setor produtivo (-0,5%).
Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta no
período e evitaram um desempenho pior da indústria
no mês. Os bens semi e não duráveis cresceram 1,4%
no período, enquanto os bens duráveis avançaram
0,5%.
Onze das 26 atividades industriais tiveram queda na
passagem de junho para julho, com destaque para
outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e
produtos alimentícios (-1%).
Entre as 15 atividades com crescimento, o principal
destaque ficou com as indústrias extrativas, que
tiveram alta de 6%.
Fonte: Agência Brasil
04/09/2019 -
IBGE aponta que 38,6 milhões de brasileiros
trabalham na informalidade. Nível bate recorde
Após a reforma trabalhista, maior parte das
ocupações criadas são sem carteira assinada, em
condições mais precárias e com renda mais baixa
O Brasil bate recorde de empregados sem carteira de
trabalho assinada, como mostra o IBGE por meio da
Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad).
De acordo com os dados, divulgados na sexta-feira
(30), 38,6 milhões de trabalhadores estão atuando na
informalidade. Isso significa que da força total de
trabalho, estimada em 105 milhões de brasileiros,
41% desse total estão inseridas no mercado de
trabalho sem proteção social porque não fazem
contribuição para a Previdência.
Sem garantir esse fundo, esses trabalhadores ficam
impedidos de receber qualquer auxílio previstos no
âmbito da seguridade social, além de não garantirem
o direito à aposentadoria, sem renda portanto em
período de desemprego ou de afastamento por questões
de saúde, ou ainda quando idosos. Esse tipo de
ocupação, de acordo com o diretor técnico do Dieese,
Clemente Ganz Lúcio, cresce desde as mudanças na
legislação e, principalmente, após a “reforma”
Trabalhista do governo de Michel Temer.
Segundo Clemente, em comentário na Rádio Brasil
Atual, de cada 10 empregos criados na economia
brasileira, hoje, somente um é de assalariado com
carteira assinada, enquanto outras nove estão mais
próximas da informalidade, principalmente autônomos,
que trabalham por conta própria, trabalhadores
domésticos ou familiares. “Todas ocupações bastante
precárias, no geral com um salário inferior àquela
jornada que as pessoas gostariam e têm
disponibilidade para trabalhar, os chamados
subutilizados, com renda muita baixa, o que obriga
as pessoas a procurarem mais de uma ocupação”,
analisa o diretor-técnico.
O rendimento médio também cai nessa modalidade
informal, de acordo com o IBGE. Enquanto o
trabalhador com carteira assinada arrecada R$ 2.169,
o empregado por conta própria recebe R$ 1.427 e, sem
o CNPJ, o valor cai ainda para R$ 1.312. “É uma
situação no conjunto muito adversa, com uma
penalização extrema para os trabalhadores, uma
insegurança muito alta e uma falta de perspectiva
para ter acesso a um posto de trabalho de
qualidade”, afirma Clemente.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/09/2019 -
Paim questiona regras para aposentadoria especial na
reforma
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta
terça-feira (3), em Plenário, estar preocupado com
os profissionais que têm direito à aposentadoria
especial. Esse benefício é concedido pelo INSS a
trabalhadores que desenvolvem atividades
consideradas insalubres.
Para o parlamentar, categorias como a de mineiros de
subsolo estão sendo injustiçadas no texto da reforma
da Previdência (PEC 6/2019). A proposta mantém o
tempo de contribuição de 15 anos, mas assegura a
aposentadoria somente após os cinquenta e cinco anos
de idade.
— Como é que o mineiro só pode trabalhar 15 anos no
subsolo e só pode se aposentar com 55 de idade? Ele
começou com 21, mais 15, para 55, faltam 19. O que
ele faz nesses 19 anos? — questionou.
Fonte: Agência Senado
04/09/2019 -
Oposição se articula para votação da reforma da
Previdência
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realizou nesta
terça-feira (3) a última audiência pública sobre a
reforma da Previdência (PEC 6/2019) antes da votação
do relatório preliminar da proposta na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). A oposição se articula
pela derrubada da PEC. A votação da reforma está
marcada para esta quarta-feira (4) na CCJ. Os
senadores Paulo Paim (PT-RS), Zenaide Maia (Pros-RN),
Jaques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE)
criticaram a proposta em análise no Senado por
entenderem que terá um efeito negativo na área
social, especialmente para os mais pobres.
Fonte: Agência Senado
04/09/2019 -
Depois do desmonte trabalhista, governo Bolsonaro
quer o fim da estabilidade do funcionalismo público
Reuters - O governo estuda a possibilidade de
encaminhar ao Congresso Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) para alterar as regras de
estabilidade para servidores públicos dentro de
amplo plano de reforma administrativa, afirmou nesta
terça-feira o secretário especial adjunto de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
Ministério da Economia, Gleisson Rubin.
Falando a jornalistas após participar de seminário,
ele pontuou que a estabilidade é matéria
constitucional e, por isso, qualquer mudança nesse
sentido demandaria uma PEC. Mas reconheceu que o
tema faz parte dos assuntos que estão sendo
debatidos pela equipe econômica em meio à avaliação
de que o peso do Estado é excessivo para as contas
públicas.
Questionado se o fim da estabilidade valeria apenas
para os novos funcionários públicos, ele afirmou que
o assunto está em debate, mas que essa é a
tendência.
“A gente até entende que talvez seja mais factível
neste momento você estabelecer uma linha de corte e
só fazer discussão que envolva PEC, você fazer isso
valer de quem ingressar a partir de agora para
frente, nos mesmos moldes do que foi feito quando se
instituiu regime de Previdência complementar”,
afirmou.
Quem entrou no serviço público federal a partir de
2013 passou a ter aposentadoria limitada ao teto do
INSS, podendo aderir à Funpresp para uma previdência
complementar.
Segundo Rubin, a equipe econômica está na fase de
avaliar quais instrumentos deverá lançar mão para
corrigir problemas na estrutura administrativa.
Qualquer proposta que tente reduzir a quantidade de
carreiras na administração pública —número visto
como excessivo pelo governo— deve ser feita por lei.
A eventual extensão a Estados e municípios de
alteração nas regras que envolvam avaliação de
desempenho demanda projeto de lei complementar.
“As discussões que a gente está fazendo levam em
consideração a natureza do ato que tem que ser
apresentado para cada tipo de alteração, então você
tem uma série de disfunções, cada disfunção tem que
ser tratada pelo instrumento adequado”, afirmou
Rubin.
Por Marcela Ayres
Fonte: Brasil247
04/09/2019 -
PEC da Reforma da Previdência recebeu mais de 480
sugestões de emenda
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma
da Previdência recebeu mais de 480 sugestões de
emendas desde sua chegada no Senado. O senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE) já leu seu relatório na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a votação
está programada para esta quarta-feira (4). O número
de emendas apresentadas no Senado é quase o dobro do
que foi apresentado na Câmara dos Deputados. Lá,
foram 277 sugestões de emendas.
O regimento do Senado permite que parlamentares
apresentem sugestões de emendas até mesmo durante as
discussões do assunto na CCJ. Até as 18h desta terça
(3), foram 483 sugestões de emendas apresentadas.
Outras ainda poderão vir até o encerramento das
discussões. A sessão que votará o relatório de
Jereissati está programada para começar às 9h. Serão
lidos todos os votos em separado – votos contrários
ao relatório do senador tucano – que forem
apresentados. Além disso, os senadores poderão pedir
a palavra durante a sessão.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
03/09/2019 -
CDH: Frente parlamentar debaterá nova Previdência
com sindicatos e associações
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta
quarta-feira (4), às 14h, um debate sobre a reforma
previdenciária. O tema será Previdência e Trabalho,
com foco na defesa da Previdência Social e faz parte
de um ciclo de palestras proposto pelo senador Paulo
Paim (PT-RS), presidente do colegiado.
Desta vez, integrantes e entidades parceiras da
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
vão debater o assunto com representantes de
entidades sindicais e associações de servidores
públicos, trabalhadores privados, aposentados e
pensionistas.
A reunião será realizada na sala 15 da Ala Alexandre
Costa, no anexo 2 do Senado Federal.
Fonte: Agência Senado
03/09/2019 -
Em carta centrais pedem mudanças na reforma da
Previdência
As centrais sindicais enviaram ao relator da
reforma da Previdência (PEC 6/19), no senado, Tasso
Jereissati (PSDB-CE), carta em que pedem mudanças no
texto da proposta.
Entre as mudanças sugeridas, as entidades pedem:
1) a redução da idade mínima;
2) a garantia de que o cálculo do valor do benefício
tenha por base 70% da média das 80% maiores
contribuições, mais 1 ponto percentual para cada ano
de contribuição (partindo de 85%);
3) a melhoria das regras de transição;
4) o enquadramento por periculosidade (com a supressão
dessa expressão constante do art. 19, § 1º, inciso I
e § 4º do art. 21); e
5) a eliminação da desconstitucionalização das regras
dos regimes previdenciários.
Leia abaixo a íntegra da carta que as centrais
enviaram ao senador:
Brasília, 29 de agosto de 2019.
Excelentíssimo Senhor
Senador TASSO JEREISSATI (PSDB-CE)
Relator da PEC 6/19 - reforma da Previdência
Como desdobramento da reunião entre Vossa Excelência
e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força
Sindical (FS), União Geral de Trabalhadores (Brasil)
(UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST), Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), da qual tive a honra
de participar, encaminho a Vossa Excelência as
propostas abaixo, que visam corrigir algumas das
injustiças e exclusões previdências constantes da
PEC 6/19. As principais mudanças são:
• Carência (tempo mínimo de contribuição): supressão
do caput do art. 19 da PEC, que prevê a carência de
20 anos para os novos segurados. Assim, todos os
segurados do Regime Geral terão carência de 15 anos.
• Pensão por morte inferior a 1 SM: supressão do
art. 40, § 7º, e do art. 201, V, alterado pelo art.
1º da PEC, para assegurar o piso de 1 salário mínimo
a todas as pensões por morte de servidores e de
trabalhadores do INSS.
Aposentadoria especial:
• Supressão das alíneas a, b, c do inciso I do art.
19 da PEC, que prevê a idade mínima de 55, 58 e 60
anos de idade para o acesso à aposentadoria
especial.
• Supressão do art. 21 da PEC, que prevê sistema de
pontos crescente (66, 76 e 86 que aumentará
anualmente até atingir 81, 91 e 101) + tempo mínimo
de contribuição (15, 20 ou 25) para o acesso à
aposentadoria especial.
• Valor da aposentadoria por incapacidade
permanente: supressão do inciso III, do § 2º do art.
26, que reduz o valor da aposentadoria por
incapacidade permanente para 60% do valor, acrescido
de 2% para cada ano que exceder a 20 anos.
• Elevação do valor da aposentadoria: aprovação da
emenda 31, que prevê a supressão do caput e do § 1º
do art. 26 da PEC, segundo os quais o cálculo da
média do valor da aposentadoria será com 100% das
contribuições do segurado. Com a supressão,
prevalecerá o critério da lei na fixação da média
(que hoje é de 80% das maiores contribuições do
segurado).
• Reversibilidade das cotas da pensão por morte:
supressão do § 1º do art. 23 da PEC para preservar o
valor da pensão por morte, por meio da
reversibilidade das cotas. A PEC prevê que, ao
perder a condição de dependente, as cotas sejam
extintas.
• Contribuição dos servidores inativos a partir de 1
SM: supressão da revogação do § 18 do art. 40 e
supressão do § 1-A do art. 149, alterado pela PEC,
que preveem que a contribuição previdenciária dos
aposentados e pensionistas do RPPS será sobre o
valor que exceder o salário mínimo quando houver
déficit atuarial. Com a supressão, será mantido a
redação atual da CF, com previsão de que a
contribuição incida sobre o valor que excede o teto
do RGPS (R$ 5,8 mil). A mudança da PEC cria
assimetria entre servidores e contribuintes do RGPS,
em desfavor dos servidores.
• Alíquota extraordinária no RPPS quando houver
déficit atuarial: supressão do § 1º-B e § 1º-C do
art. 149, alterado pelo art. 1º da PEC, e do § 8º do
art. 9º da PEC, que preveem contribuição
extraordinária no RPPS para servidores, aposentados
e pensionistas quando houver déficit atuarial. A
contribuição extraordinária pode ter caráter
confiscatório.
• Abono salarial: supressão dos §§ 3º e 3º-A do art.
239, alterado pelo art. 1º da PEC, e supressão do
art. 27 da PEC, que reduzem de 2 SM para R$ 1.364,43
o corte de renda para recebimento do abano salarial.
A PEC prejudica 12,7 milhões de trabalhadores que
recebem o abono do PIS.
• Contratação por valor inferior ao salário
mínimo/contrato de trabalho intermitente: supressão
do § 14 do art. 195, alterado pelo art. 1º da PEC, e
supressão do art. 29 da PEC, que busca “dar
segurança jurídica” para o empresário que contratar
trabalhador por valor inferior ao salário mínimo,
como no trabalho intermitente. Ele prevê que somente
será reconhecida como tempo de contribuição aquela
superior à contribuição mínima mensal exigida para a
categoria. Além disso, prevê que o segurado que
contribui sobre menos de um salário mínimo poderá
complementar a contribuição. Isso prejudica os
trabalhadores intermitentes e os mais pobres.
• Privatização dos benefícios não programados:
supressão do § 10 do art. 201, alterado pelo art. 1º
da PEC, que prevê que os benefícios não programados
sejam ofertados de forma concorrente pelo INSS e o
setor privado. Esses benefícios, que representam
cerca de 40% da Previdência Social, são os
decorrentes do “inesperado”, ou seja, o segurado não
se programou para eles, tais como auxilio doença,
auxilio acidente, auxílio maternidade, pensão por
morte, aposentadoria por incapacidade.
• Privatização da previdência complementar:
supressão do § 15 do art. 40 e dos §§ 4º, 5º e 6º do
art. 202, alterados pelo art. 1º da PEC, e supressão
do art. 33 da PEC, que permitem que planos
administrados pelo por fundos de pensão (Funpresp,
Previ, Petros, entre outros) sejam administrados por
entidades abertas de previdência (bancos, empresas
privadas etc.).
Além das supressões indicadas acima, as centrais
solicitam que Vossa Excelência modifique o relatório
visando, entre muitos outros pontos:
• redução da idade mínima;
• garantia de que o cálculo do valor do benefício
tenha por base 70% da média das 80% maiores
contribuições, mais 1 ponto percentual para cada ano
de contribuição (partindo de 85%);
• melhoria das regras de transição;
• enquadramento por periculosidade (com a supressão
dessa expressão constante do art. 19, § 1º, inciso I
e § 4º do art. 21);
• eliminação da desconstitucionalização das regras
dos regimes previdenciários.
Fonte: Diap
03/09/2019 -
Mudanças na CLT defendidas por Bolsonaro prejudicam
trabalhadores
O grupo recém-criado pelo governo federal para
estudar e apontar uma nova leva de mudanças na
legislação trabalhista, poderá agravar as alterações
da CLT introduzidas ainda no governo Temer, a
pretexto de modernizar as relações capital-trabalho.
Participam ministros, desembargadores e juízes, mas
sem não há representantes dos trabalhadores ou dos
patrões. O grupo começou a trabalhar na sexta (30),
em São Paulo.
Desde a entrada em vigor da Lei 13.467 os
trabalhadores não tiveram qualquer benefício
originado pelas mudanças. Ao contrário. A
constatação é do coordenador do Fórum Sindical dos
Trabalhadores e presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura - CNTEEC, professor Oswaldo Augusto de
Barros.
Ele diz: “Estão tentando explicar o fracasso da
reforma Trabalhista. É preciso um debate amplo,
aberto e não formar pequenos grupos pra dar suporte
à falada reforma. Os trabalhadores deveriam
contribuir nessa discussão. Afinal, já perderam
muito - como o trabalho intermitente e o fim do
imposto sindical obrigatório - e não houve retomada
do emprego e crescimento da renda”.
O grupo vai se reunir periodicamente e atuar na área
do Direito do Trabalho e segurança jurídica,
buscando reduzir questionamentos legais. Uma das
propostas é fulminar a unicidade sindical. Mas para
Oswaldo isso não se sustenta. Ele afirma: "Até a
classe patronal é contra. O pluralismo sindical
torna as negociações mais difíceis. Muitos
Sindicatos não terão como fazer boas negociações”.
Diap - No entendimento de André Santos,
analista político do Diap, o movimento sindical deve
esperar a continuidade das iniciativas do governo
Bolsonaro de esfacelar o sindicalismo. “O grupo foi
formado por Rogério Marinho, relator da reforma
trabalhista, e deve seguir a tendência
pró-pluralismo. O que não é novidade. A unicidade já
esteve em pauta na Constituinte, na revisão
constitucional, foi debatida nos últimos governos.
Agora, é assunto de um grupo fechado, sem a
participação da classe laboral”.
CNM/CUT - Para Paulo Cayres, presidente da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a
classe trabalhadora organizada deve ser propositiva.
“Temos de construir, através do diálogo, a
manutenção dos Sindicatos com uma proposta que
atenda as nossas demandas. Não vamos aceitar um
projeto de cima para baixo, que só quer a eliminação
pura e simples do trabalhador. Retirar direitos não
resolve o desemprego. A prova disso é a reforma
trabalhista aprovada em 2017. De lá pra cá o
desemprego só aumentou” afirma o dirigente.
Mais informações: www.fstsindical.com.br
Fonte: Agência Sindical
03/09/2019 -
Lançado em São Paulo movimento DireitosJá, de
oposição a Bolsonaro
Partidos que vão da centro-direita à esquerda, do
Novo e PL ao PCdoB, e lideranças de movimentos
políticos e sociais, lançaram na noite desta
segunda-feira (2), em São Paulo, um movimento em
defesa da democracia contra as ameaças promovidas
pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, informa O
Globo.
O movimento surge como um embrião da frente ampla de
oposição ao governo de extrema-direita de Bolsonaro.
O ato não contou com a presença de dirigentes do PT
e PSDB O movimento, batizado "DireitosJá - Fórum
pela Democracia", fará reuniões periódicas para
denunciar retrocessos.
O ato de lançamento, realizado no teatro da PUC,
teve a presença do candidato derrotado do PDT à
Presidência da República, Ciro Gomes. Também
participaram o governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), e o ex-governador de São Paulo Márcio
França (PSB) e a ex-prefeita de São Paulo Marta
Suplicy (sem partido).
Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM), e o senador José Serra (PSDB), foram
anunciados antes do ato, mas nenhum deles
compareceu.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
enviou um vídeo em que dizia dar seu "inteiro apoio"
ao movimento.
O fórum foi organizado pelo sociólogo Fernando
Guimarães, coordenador do Movimento "PSDB esquerda
para valer", que é minoritário entre os tucanos.
Como representante do partido, subiu ao palco o
secretário de Inovação da cidade de São Paulo,
Daniel Annenberg.
Falaram durante o evento políticos do Novo, PL, PDT,
Podemos, Rede, PTB, Cidadania, PV, PSB,
Solidariedade e PCdoB.
Ciro Gomes (PDT) disse que o grupo deve discutir de
forma urgente nas próximas reuniões quais os erros
cometidos que permitiram a chegada de Bolsonaro ao
poder.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, manifestou seu
apoio ao movimento por meio de um vídeo. O senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG) também gravou um vídeo.
Além dos políticos, participaram professores
universitários, juristas e líderanças religiosas,
como Dom Claudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo.
O linguista americano Noam Chomsky também fez uma
fala.
Fonte: Brasil247
03/09/2019 -
Reforma da Previdência: mais de 370 emendas
apresentadas ao texto, com votação na quarta
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) deve votar, nesta quarta-feira (4), a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, a Reforma da
Previdência. O relator, senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), apresenta a partir das 9h a
complementação de seu voto inicial, lido na reunião
do dia 28. Foram 376 emendas com sugestões de
mudanças até a manhã desta segunda-feira (2), das
quais mais de 200 estão sem parecer.
— Há o complemento de voto às 9h da manhã, abro para
possíveis votos em separado, teremos pelo menos um
voto em separado. Vamos fixar um prazo para a
leitura desses votos e em seguida abrimos para a
discussão, encerramos a discussão e vamos para a
votação. Provavelmente isso vai adentrar a tarde,
acredito que a gente não consegue fechar antes das
4h ou 5h da tarde uma discussão como essa — detalhou
a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), em
entrevista na semana passada.
PEC paralela
A tendência do relator é manter o texto como veio da
Câmara, apenas com algumas supressões de
dispositivos como o do Benefício da Prestação
Continuada (BPC), alteração que não resulta em nova
análise da PEC pelos deputados. As mudanças que
Tasso considerou mais relevantes foram apresentadas
em uma minuta de nova PEC, para tramitar em paralelo
com o texto principal.
Nessa PEC Paralela, que ainda depende de 27 apoios
de senadores para iniciar o andamento legislativo,
estão mudanças como a inclusão dos estados e
municípios na reforma; a garantia de que a pensão
por morte nunca seja inferior a um salário mínimo, e
que o percentual acrescido à pensão, por dependentes
menores de idade, saia dos atuais 10% para 20%.
No texto que tramitará em separado também estão
previstas novas fontes de custeio para a seguridade
social, com a cobrança gradual de contribuições
previdenciárias das entidades educacionais ou de
saúde enquadradas como filantrópicas, mas com
capacidade financeira, excluídas as Santas Casas de
Misericórdia.
Também haverá cobrança de contribuições
previdenciárias do agronegócio exportador e do
Simples (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos
e Contribuições das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte), para o financiamento de benefícios
concedidos em decorrência de acidente de trabalho ou
exposição a agentes nocivos. As novas tributações
serão feitas de forma gradual e progressiva, ao
longo de cinco anos.
Outras sugestões de mudança, por meio de emendas,
podem ser incluídas nesse texto. A intenção de Tasso
é não atrasar a votação do texto principal da PEC
6/2019, para que seja votada e promulgada
rapidamente.
Calendário
A previsão é de conclusão da votação na CCJ na
quarta-feira, com o texto seguindo para análise em
Plenário na sequência. A PEC é votada em dois
turnos, com cinco sessões de discussão num primeiro
momento, e três no segundo.
— Começa a contar o prazo a partir de quinta-feira
(5), a primeira sessão de discussão e votação no
Plenário. A segunda discussão e votação será na
terça (10), já com audiência pública deliberada pela
Mesa — explicou Simone, referindo-se à sessão
temática agendada no Plenário.
A expectativa é que o calendário esboçado por
Simone, que estima a conclusão da votação entre o
fim de setembro e o início de outubro, seja seguido
rigorosamente. — Por enquanto está dentro do
calendário — informou.
A reunião da CCJ ocorrerá na sala 3 da ala senador
Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
03/09/2019 -
Empresa pode suspender dirigente sindical para
apurar falta grave
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2)
do Tribunal Superior do Trabalho manteve a suspensão
de um empregado, dirigente sindical, para apuração
de falta grave. Os ministros entenderam que a
empresa tem direito de suspendê-lo até o julgamento
definitivo do inquérito.
O relator do recurso, ministro Agra Belmonte,
observou que, de acordo com o artigo 494 da CLT, o
empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso
de suas funções, mas a sua dispensa só se tornará
efetiva após o inquérito mediante o qual se
verifique a procedência da acusação. A suspensão, no
caso, perdurará até a decisão final do processo.
Com fundamento nesse dispositivo, a Orientação
Jurisprudencial 137 da SDI-2 estabelece como direito
líquido e certo do empregador a suspensão do
empregado, ainda que detentor de estabilidade
sindical, até a decisão final do inquérito em que se
apure a falta grave.
Ainda segundo o ministro, o indeferimento de tutela
provisória com vistas à reintegração do empregado
afastado não é passível de discussão por meio de
mandado de segurança, em razão do enquadramento na
hipótese exceptiva do artigo 494 da CLT, que prevê a
suspensão do empregado acusado de falta grave. Por
unanimidade, a SDI-2 negou provimento ao recurso.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RO-22055-79.2018.5.04.0000
Fonte: Consultor Jurídico
03/09/2019 -
Deltan Dallagnol interveio para que instituto
atuasse a favor de Moro
Novos vazamentos da Lava Jato publicados pela
Agência Pública, em nova parceria com o The
Intercept, apontam que o procurador Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa, sugeriu ao Instituto
Mude - Chega de Corrupção que atuasse a favor de
Sergio Moro, ex-juiz federal que acabara de ser
nomeado ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
A entidade se dizia "apartidária" e foi criada
inicialmente para coletar assinaturas a favor das
dez medidas contra a corrupção. De acordo com a
reportagem da Pública, Dallagnol era responsável por
tomar boa parte das decisões finais a respeito da
instituição.
Em uma conversa por Telegram, o procurador propôs a
integrantes do Mude que se fizesse uma pesquisa com
parlamentares a respeito de um projeto de Sergio
Moro, que acabara de ser nomeado ministro da Justiça
pelo governo de Jair Bolsonaro. O projeto era sobre
a execução provisória da pena.
Integrantes da entidade responderam que era
possível, mas precisavam de recursos financeiros
para contratar alguém.
Fonte: Brasil247
02/09/2019 -
Reprovação a Bolsonaro dispara e 38% já o avaliam
como ruim ou péssimo
Pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta
segunda-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo,
mostra derretimento da popularidade de Jair
Bolsonaro (PSL) em pouco menos de dois meses.
Segundo dados da pesquisa nacional, que ouviu 2.878
pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios, a
reprovação ao ocupante do Palácio do Planalto subiu
de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior
do instituto, feito no início de julho.
Sua imagem está em franca deterioração. A aprovação
de Bolsonaro também caiu, de 33% em julho para 29%
agora.
Mesmo entre os mais ricos Bolsonaro está despencando
(aqueles com renda mensal acima de 10 salários
mínimos). Neste segmento, a aprovação caiu de 52% em
julho para 37% agora.
A pior avaliação de Bolsonaro é entre os mais
pobres, as vítimas de seu governo, que ganham até
dois salários mínimos (22%), os mais jovens (16 a 24
anos, 24%) e com escolaridade baixa (só ensino
fundamental, 26%).
A região Nordeste continua sendo aquela em que
Bolsonaro é mais rejeitado. Seu índice de ruim e
péssimo subiu de 41% para 52% na região de julho
para cá.
Bolsonaro segue sendo o mandatário eleito mais mal
avaliado em um primeiro mandato, considerando FHC,
Lula e Dilma.
Fonte: Brasil247
02/09/2019 -
Governo propõe salário mínimo de R$ 1.039 em 2020
Valor consta no projeto de lei orçamentária
enviado hoje ao Congresso
O salário mínimo proposto pelo governo federal para
o ano que vem é de R$ 1.039. O valor consta no
Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020, que foi
enviado sexta-feira (30) para análise do Congresso
Nacional, juntamente com o texto do projeto de lei
que institui o Plano Plurianual (PPA) da União para
o período de 2020 a 2023.
"Esse valor é exatamente o número de 2019 corrigido
pelo INPC. Não é nossa política de salário mínimo.
Temos até o fim do ano para estabelecer nossa
política de salário mínimo", afirmou o secretário
especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, durante
coletiva de apresentação do Orçamento 2020.
Até o ano passado, a política de reajuste do salário
mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela
inflação mais a variação do Produto Interno Bruto
(PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem
sempre houve aumento real nesse período porque o PIB
do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com
queda de 7% nos acumulado desses dois anos.
O valor previsto agora está abaixo da última
projeção, anunciada em abril, que indicou um salário
mínimo de R$ 1.040. A revisão para baixo está
relacionada à correção do valor do salário mínimo de
2020 ser corrigido pela inflação desse ano, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que registrou queda nos últimos meses (de 4,19% para
4,09%).
Cada aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca
de R$ 298,2 milhões no Orçamento de 2020. A maior
parte desse efeito vem dos benefícios da Previdência
Social de um salário mínimo.
Mesmo com a ligeira redução, o salário mínimo do ano
que vem vai ultrapassar a faixa R$ 1 mil pela
primeira vez na história. O reajuste representa uma
alta de um pouco mais de 4% em relação ao valor
atual (R$ 998).
Fonte: Agência Brasil
02/09/2019 -
“Bandidos estão soltos e o presidente Lula está
preso”, diz Paulinho da Força em evento com Toffoli
"Há setores da sociedade e até do parlamento que
não entendem ou não querem entender a consciência
dos trabalhadores",
diz presidente do STF
A participação do presidente do Supremo Tribunal
Federal, Dias Toffoli, em evento promovido pela
Força Sindical e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo, na manhã da sexta-feira (30), em São
Paulo, foi saudada pelo deputado federal Paulo
Pereira da Silva (Solidariedade-SP), “num momento em
que a democracia corre risco todos os dias” e em uma
conjuntura na qual “os bandidos estão soltos e o
presidente Lula está preso”.
O governo Jair Bolsonaro, disse o parlamentar,
desfere “todos os dias um ataque para tirar direitos
dos trabalhadores”. O Executivo está destruindo “o
coração do sindicalismo, na medida em que tira a
contribuição dos sindicatos”, acrescentou. “Como os
sindicatos podem defender o direito dos
trabalhadores sem ter recursos nem pra pôr gasolina
no carro para ir na porta de uma empresa?”
Toffoli defendeu a Justiça do Trabalho “num país que
ainda, infelizmente, é tão desigual socialmente e
onde cumprir as leis é tão difícil”. E destacou: A
Justiça do Trabalho é extremamente importante para
garantir o direito de todos nós, porque todos somos
trabalhadores”.
Segundo o ministro do STF, em um evento realizado
nesta quinta-feira em Brasília, um jornalista
questionou sobre a Justiça dizendo que ela “é muito
cara”. “Ele perguntou: por que precisamos de
Justiça? Um jornalista, fazendo essa pergunta!”
Segundo Toffoli, o repórter era da CBN. “Você acha
que o seu patrão, perguntei a ele, pagaria sua
remuneração em dia, cumpriria o contrato de trabalho
de maneira regular se ele não tivesse como ser
cobrado, caso não cumprisse o contrato de trabalho,
e se não tivesse a Justiça do Trabalho?”, contou.
Toffoli também comentou a autonomia sindical
introduzida pela Constituição de 1988. Até então,
“quem organizava as eleições nos sindicatos era o
Ministério Público do Trabalho, como se os
trabalhadores não tivessem a capacidade de se
auto-organizar”, lembrou.
“Essa consciência que têm os trabalhadores
brasileiros, infelizmente, há setores da sociedade e
até do parlamento que ou não entendem, ou não querem
entender. Não sei com que objetivo, mas não é a
defesa da democracia”, disse.
Ataques à democracia
No evento, o presidente nacional da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que
Bolsonaro quer “a destruição de um dos pilares da
democracia e da defesa da sociedade, que é o
movimento sindical”.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
os ataques à democracia já viraram rotina no país e
simples críticas ou divergências em relação ao
governo bastam para qualquer agente político ser
taxado de comunista. “Até o João Doria já virou
comunista”, ironizou. Numa “live” colocada no ar na
quinta-feira, Bolsonaro afirmou que Doria “era
amigão do Lula, da Dilma” e que “quando estava
mamando lá, a bandeira era vermelha com um
‘foiçasso’ e um martelo sem problema nenhum, né?”.
Toffoli cobrou que os principais representantes do
Judiciário dialoguem diretamente com os
trabalhadores e o movimento sindical. “Geralmente,
as pessoas vão falar na Fiesp, na Febraban, em
locais como o sistema financeiro e com grandes
empresários. E a gente também tem que ouvir os
trabalhadores. Temos que ouvir aqueles que estão
defendendo com bastante dificuldade os interesses da
grande maioria da população brasileira.”
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) declarou
que “a presença no sindicato do presidente da Corte
constitucional brasileira, um dos poderes da
República, é um gesto de apoio à democracia”.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/09/2019 -
Um assombroso diagnóstico do mundo do trabalho
Além do desemprego, os trabalhadores brasileiros
enfrentam um forte arrocho salarial.
Desde abril sem crescimento salarial. Essa é a
realidade do trabalhador brasileiro. A soma
(“massa”) de todos os rendimentos do trabalho cresce
no ritmo mais lento desde agosto de 2017, ao passo
de 2,2% ao ano. No mínimo, o zero à esquerda dos
salários deveria preocupar quem quer a ressuscitação
do PIB, em tese desejo geral. Nem isso. O
diagnóstico é do colunista do jornal Folha de S.
Paulo, Vinicius Torres Freire.
Segundo ele, desde abril o rendimento médio do
trabalho não aumenta ou até cai, se comparado com
valores do mesmo mês do ano passado. Não era ruim
assim desde 2016, ainda na recessão. “Não causa
escândalo. No país da Grande Depressão, o conflito
mais expressivo ou evidente é tenebrosamente
político. Por exemplo, há grande disputa pelo
controle de instituições do sistema de Justiça, do
Supremo ao moribundo Coaf, passando por Ministério
Público e Polícia Federal”, afirma.
E complementa que “lavajatistas, bolsonaristas e a
uberdireita (que quer fechar ou tomar STF e
Procuradoria), grupos no Congresso e os diversos
partidos da Justiça, todos batem-se pelo poder
arbitrário de mandar gente para a cadeia, de fugir
da polícia ou de decretar o esbulho de direitos
civis, quem sabe políticos”. “Os direitos sociais já
vão para o vinagre por inércia”, indigna-se.
Crítica rasa
De acordo com Vinicius Torres Freire, lamenta-se de
modo vazio o desemprego, que não terá melhora
notável até 2022, se der tudo certo. “Há quem se
anime com o aumento do número de pessoas
trabalhando, mais 2,2 milhões de um ano para cá.
Mais de 80% desses novos empregos são da categoria
‘empregado sem carteira assinada’ e por ‘conta
própria’, afirma.
Ele critica a reação à essa calamidade constatando
que “a penúltima manifestação trabalhista de nota
ocorreu em abril de 2017, contra a reforma da
Previdência” e resvala para afirmações sem
consistência ao falar que a “reforma” trabalhista
passou quase sem um pio. Assim foi o fim da
contribuição sindical obrigatória, segundo o “último
e maior interesse da burocracia sindical carcomida”.
Pode-se criticar certos aspectos da estrutura
sindical estabelecida na CLT e na Constituição, mas
a essência do problema não está aí. É uma crítica
rasa.
O essêncial são os dados do emprego e da renda.
Ainda segundo Vinicius Torres Freire, “a nova massa
de trabalhadores, que vive de bico, não tem
sindicato ou quase representação de outra espécie”.
Ele faz também críticas ao comportamento do ministro
da Educação e alerta que “há risco alto de que, em
2020, universidades federais tenham de fechar, que
falte subsídio para remédio popular e dinheiro para
livro didático, isso em um país de governos que
gastam quase 40% do PIB por ano”.
Fonte: Portal Vermelho
02/09/2019 -
Orçamento de Bolsonaro para 2020 tira metade dos
recursos do MEC para pesquisa
A proposta orçamentária para 2020, elaborada pelo
governo Jair Bolsonaro (PSL), reduz em 18% os
recursos totais do Ministério da Educação (MEC) na
comparação com 2019. O maior corte ocorre no
financiamento de pesquisas e nas contas de grandes
universidades federais. Segundo o projeto de Lei
Orçamentária de 2020, o MEC terá um orçamento
previsto de R$ 101 bilhões, contra R$ 122 bilhões
aprovados para 2019.
Na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), que financia pesquisadores
da pós-graduação e também professores de educação
básica, o orçamento vai pela metade: sai de R$ 4,25
bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para
R$ 2,20 bilhões em 2020.
A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de
verba este ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas em
2019, o que representa 7% do que havia no início do
ano.
Fonte: Brasil247
02/09/2019 -
CDH continua ciclo de debates sobre Previdência e
trabalho
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza, na
próxima terça-feira (3), a partir das 9h, audiência
pública para debater a relação entre a Previdência
Social e a situação do trabalho no país, com foco na
proposta de reforma do sistema (PEC 6/2019).
Os convidados para o evento são o advogado Diego
Cherulli, especialista em direito previdenciário;
José Celso Cardoso Júnior, presidente da Associação
dos Funcionários do Ipea (Afipea); e o economista
Rodrigo Ávila, da ONG Auditoria Cidadã da Dívida.
Também deverá comparecer um representante do
Instituto Brasiliense de Direito Previdenciário (IBDPrev).
A audiência será interativa. Proposta pelo senador
Paulo Paim (PT-RS), ela faz parte de um ciclo sobre
o tema.
Fonte: Agência Senado
02/09/2019 -
Greenwald diz que Vaza Jato ainda está mais perto do
começo do que do fim
O editor do Intercept disse que estão sendo
trabalhados outros “muitos tópicos” que considera
“extremamente importantes e explosivos”,
especialmente no que diz respeito à conduta do
ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço – Em
entrevista ao site France 24, o jornalista Glenn
Greenwald, editor do The Intercept, disse que, em
relação aos diálogos travados por aplicativos entre
integrantes da Força Tarefa da Operação Lava Jato e
também com o ex-juiz Sérgio Moro, “estamos mais
perto do começo do que do fim das revelações”.
Greenwald disse que, por conta de seu site ou em
parceria com outros veículos de imprensa, estão
sendo trabalhados outros “muitos tópicos” que
considera “extremamente importantes e explosivos”. E
explicou a razão de ter adotado a estratégia de
revelar progressivamente as informações, em lugar de
publicá-las todas de uma só vez.
—Não há outra maneira de processar essas
informações. A única opção seria publicar tudo sem
análise. Isto é o que o WikiLeaks fez repetidamente,
o que é irresponsável. Seria, no entanto, antiético
guardar tudo. Para mim, quando você tiver
informações prontas, publique-as. Além disso, se
você revelar tudo ao mesmo tempo, é impossível
alguém assimilar toda essa quantidade de
informações.
Portanto, que não se iludam os “moristas” que acham
que acabou a munição do The Intercept.
Vem chumbo ai, e é do grosso, pelo visto.
Fonte: Agência Sindical
02/09/2019 -
Mudanças na Previdência são injustas, concordam
debatedores na CDH
Os dados apresentados pelo Executivo sobre a
seguridade social não são reais, na opinião do
presidente da Federação Nacional dos Servidores
Públicos Federais de Fiscalização, Investigação,
Regulação e Controle (Fenafirc), Ogib Teixeira de
Carvalho Filho. Ele foi um dos debatedores na
audiência pública sobre a reforma da Previdência
(PEC 6/2019) promovida pela Comissão de Direitos
Humanos (CDH), nesta sexta-feira (30).
Para Ogib, o governo e o sistema financeiro têm
feito uma mobilização em massa para convencer a
população de que a reforma é um “produto
maravilhoso”, sem que haja deficit na Previdência.
Ele teceu críticas ao relator da matéria, senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmando que os
movimentos sociais precisam ocupar as ruas para
protestar contra as mudanças.
— É um projeto de destruição social, destruição da
economia. Vamos ter aumento de desemprego e queda
expressiva da renda. Não estive com o relator, mas
sei que é um empresário, um homem que vive do
mercado, e não entende o que está fazendo.
Representante da Associação Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Vilson
Romero discordou da justificativa do governo de que
a reforma da Previdência ajudará a combater
privilégios. Para ele, o novo modelo de seguridade
apenas tornará os brasileiros mais miseráveis. O
debatedor disse que o Senado tem sido um simples
carimbador das decisões do Executivo e considerou as
mudanças propostas por Tasso Jereissati “meras
superficialidades”.
— A PEC paralela [sugerida pelo relator] é a grande
bandeira para aprovação da PEC principal. É um tiro
no escuro. Estamos aos vinte minutos do segundo
tempo desse jogo e, infelizmente, trabalhando sem
mobilização. Talvez, a maioria dos brasileiros morra
sem se aposentar — lamentou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
02/09/2019 -
Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8% em
julho, diz IBGE
Índice é inferior aos 12,5% do trimestre
encerrado em abril deste ano
A taxa de desemprego do país recuou para 11,8% no
trimestre finalizado em julho deste ano. Segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), divulgada sexta-feira (30), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a taxa é inferior aos 12,5% do
trimestre encerrado em abril deste ano e aos 12,3%
de julho de 2018.
A população desocupada ficou em 12,6 milhões de
pessoas no trimestre finalizado em julho, 4,6%
abaixo do trimestre encerrado em abril (menos 609
mil pessoas), mas estatisticamente estável em
relação a igual período de 2018.
Já a população ocupada ficou em 93,6 milhões de
pessoas e chegou ao maior número da série histórica,
iniciada em 2012.
O contingente é 1,3% maior (mais 1,22 milhão de
pessoas) do que em relação ao trimestre encerrado em
abril e 2,4% superior (mais 2,22 milhões de pessoas)
do que o trimestre finalizado em julho do ano
passado.
Fonte: Agência Brasil
02/09/2019 -
Relator da reforma da Previdência foi sensível ao
acatar emendas, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) reafirmou nesta
sexta-feira (30), em Plenário, que tem mantido
constantes conversas com o relator da reforma (PEC
6/2019), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), na
busca de entendimentos. Na costura dos acordos, Paim
calcula que foi possível que ele acatasse mais de
150 emendas ao texto.
De acordo com Paim, o relator foi sensível ao
receber e avaliar coerentemente as demandas e se tem
mostrado disposto, pois acolheu as muitas
recomendações indicadas pelos senadores. Para ele,
uma das mais importantes foi a exclusão das mudanças
no Benefício da Prestação Continuada (BPC),
defendida por muitos dos senadores.
— A saída do BPC não é porque eu apresentei, porque
a Eliziane Gama [Cidadania-MA] apresentou, porque
mais sei lá quantos apresentaram... Essa é a vontade
da Casa. A Casa quer que essa questão fique em lei
ordinária. Neste ponto, o senador teve sensibilidade
e acatou.
Fonte: Agência Senado
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