Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2021
30/09/2021 -
Pesquisa
PoderData: Líder, Lula cresce 3 pontos, chega a 40%
e vence todos no segundo turno
30/09/2021 -
Lira quer
discutir criação de fundo para estabilizar preços
dos combustíveis
30/09/2021 -
Desemprego do Governo Bolsonaro deixará sequelas
para além da pandemia
30/09/2021 -
“Custo covid-19” no Brasil foi maior, por Márcio
Pochmann
30/09/2021 -
IBGE: inflação da indústria tem alta de 1,86% em
agosto
30/09/2021 -
Diesel sobe e impacta diversos setores
29/09/2021 -
Manifestações contra Bolsonaro reunirá lideranças de
diversos partidos no próximo sábado (2)
29/09/2021 -
Bolsonaro governa para 1% mais rico; maioria não tem
o que comemorar
29/09/2021 -
Lira: Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7
e o gás a R$ 120
29/09/2021 -
Congresso
promulga PEC da reforma eleitoral e novas regras já
valem em 2022
29/09/2021 -
Recusa a retornar ao trabalho não afasta direito de
membro da Cipa, diz TST
28/09/2021 -
Ministério do
Trabalho não existe em site de transparência
federal; pasta foi criada há 2 meses
28/09/2021 -
Dossiê mostra que empresas não deram proteção
adequada contra covid-19 para trabalhadores
28/09/2021 -
Reforma administrativa representa o desmonte do
Estado, alerta senador
28/09/2021 -
Bolsonaro sobre inflação: “nada está tão ruim que
não possa piorar”
28/09/2021 -
Ocupação avança e desemprego recua de 15,1% em março
para 13,7% em junho
28/09/2021 -
Sistema 12 x 36 horas dá direito a remuneração em
dobro em feriados
28/09/2021 -
Congresso
derruba veto de Bolsonaro e garante suspensão de
despejos
27/09/2021 -
Datafolha: STF
tem aprovação de 25%; reprovação chega a 35%
27/09/2021 -
Há mil dias no
poder, Bolsonaro coleciona mentiras e casos de
violações aos direitos humanos
27/09/2021 -
Bolsonaro perdeu
35% dos que votaram nele em 2018 e 23% já declaram
voto em Lula
27/09/2021 -
Renda média do
trabalho é a menor desde 2017
27/09/2021 -
Sindicato consegue cobrar honorários advocatícios
junto com a contribuição assistencial
27/09/2021 -
TST vai decidir se Covid-19 pode ser doença do
trabalho
27/09/2021 -
Câmara aprova isenção de IR para aposentados com
sequelas de Covid-19
24/09/2021 -
2 de Outubro:
Centrais Sindicais convocam para ato Fora Bolsonaro
24/09/2021 -
Comissão da
Câmara aprova PEC 32, da reforma administrativa
24/09/2021 -
Pandemia empurrou até 132 milhões de pessoas para a
fome crônica
24/09/2021 -
Reajuste salarial fica abaixo da inflação em agosto
24/09/2021 -
Alta de juros não deve conter inflação e ‘esfria’ a
economia, alerta Dieese
24/09/2021 -
Pacheco prorroga prazo de medida provisória que
recriou Ministério do Trabalho
23/09/2021 -
Palanque da Mentira
na ONU – José Reginaldo
23/09/2021 -
Todos e tudo contra a PEC 32, alertam entidades
23/09/2021 -
Balanço da Agenda Legislativa das centrais sindicais
2021
23/09/2021 -
Brasil está longe de despertar interesse
internacional, alerta diretor do Dieese
23/09/2021 -
Ipec: Com 48%,
Lula venceria já em 1° turno na margem de erro;
Bolsonaro tem 23%
23/09/2021 -
Comissão aprova assistência de sindicato em demissão
de analfabeto ou maior de 60 anos
22/09/2021 -
Onyx sinaliza que pacote trabalhista voltará ao
Congresso após rejeição no Senado
22/09/2021 -
Bolsonaro mente e distorce dados em discurso na
abertura da Assembleia Geral da ONU
22/09/2021 -
Brasileiros comem menos, e mal
22/09/2021 -
Para bancar programa social, Congresso estuda
negociar precatórios
22/09/2021 -
Justiça do Trabalho não pode julgar suspensão de
portarias sobre segurança laboral
22/09/2021 -
STF reitera
validade de intervalo de 15 minutos a mulheres antes
de horas extras
22/09/2021 -
STF: cabe à Justiça do Trabalho julgar ações sobre
reflexos de verbas nas contribuições de previdência
privada
21/09/2021 -
Aumento do IOF reduz chances de recuperação da
economia, alerta Dieese
21/09/2021 -
Mais de 70% culpam governo por inflação e
desemprego, diz Datafolha
21/09/2021 -
Transferência de pagamento de perícias médicas aos
segurados do INSS é criticada em debate
21/09/2021 -
Justiça do Trabalho inicia Semana Nacional de
Conciliação
21/09/2021 -
Lei que veta sindicatos nas agências reguladoras é
constitucional, decide STF
21/09/2021 -
Sem acordo,
relator da reforma administrativa se reúne nesta
terça com líderes e Lira
21/09/2021 -
Relatório da CPI
da Covid pode ficar para outubro, diz Renan
20/09/2021 -
Mesmo sem convenção coletiva, trabalhador tem
direito a reajuste salarial
20/09/2021 -
Representantes
de trabalhadores temem impacto de mudanças nas
regras do FGTS
20/09/2021 -
56% dos
brasileiros são a favor de impeachment de Bolsonaro,
aponta Datafolha
20/09/2021 -
Quase 2 milhões de pessoas morrem por ano de causas
ligadas ao trabalho
20/09/2021 -
Ipea: 46 milhões de brasileiros vivem em lares sem
renda do trabalho
20/09/2021 -
Brasil tem 34,4%
dos trabalhadores vivendo com até um salário mínimo
17/09/2021 -
Executivo do
Fórum das Centrais se reúne: balanço da Agenda
Legislativa
17/09/2021 -
Paulo Paim alerta pra mudança lesiva no INSS
17/09/2021 -
Reprovação a
Bolsonaro bate recorde e chega a 53%, diz Datafolha
17/09/2021 -
Reforma eleitoral será apreciada até o final de
setembro, diz Pacheco
17/09/2021 -
Relatório da ‘reforma’ administrativa terá nova
mudança, e votação fica para a próxima semana
17/09/2021 -
INSS é responsável por remuneração de gestantes
afastadas por causa da epidemia
17/09/2021 -
STF inicia
julgamento que define verba para Renda Brasil de
Bolsonaro
17/09/2021 -
Para Zenaide, Executivo precisa de plano nacional
capaz de gerar emprego e renda
16/09/2021 -
Partidos de oposição marcam novas manifestações
pró-impeachment de Bolsonaro
16/09/2021 -
Greves no primeiro semestre: por empresa, de curta
duração e para manter direitos
16/09/2021 -
Comissão aprova proposta que prorroga a desoneração
da folha de pagamentos até 2026
16/09/2021 -
TSE vai apurar
propaganda antecipada no 7 de setembro
16/09/2021 -
Servidores mobilizam contra PEC 32
16/09/2021 -
Inflação em 12
meses já é 32% mais alta para os pobres
16/09/2021 -
Comissão aprova projeto que cria selo para empresa
que cumpre lei de cotas para pessoas com deficiência
15/09/2021 -
Ministro do Trabalho espera criação de 2,5 milhões
de empregos formais até o fim do ano
15/09/2021 -
Servidores protestam em Brasília
15/09/2021 -
Presidenta do TST diz que empresas podem demitir
quem recusar a vacina
15/09/2021 -
Rachadinha configura enriquecimento ilícito, decide
TSE
15/09/2021 -
Lewandowski
suspende mais duas ações da Lava Jato contra Lula
15/09/2021 -
Marcio Bittar vai relatar privatização dos Correios,
ele quer 2 audiências para debater projeto no Senado
14/09/2021 -
Dieese: crise econômica mostra que não há projeto de
Paulo Guedes, só ‘reformas’
14/09/2021 -
Redução da
jornada de trabalho: um debate necessário
14/09/2021 -
Emprego informal representa 70% dos novos empregos
na América Latina
14/09/2021 -
Bolsonaro deixará como herança a mais grave crise de
energia do país
14/09/2021 -
Comissão debaterá propostas que alteram a Lei do
FGTS
14/09/2021 -
Por falta de justa causa e prescrição, Justiça
arquiva mais um processo contra Lula
13/09/2021 -
Luta contra reforma administrativa avança
13/09/2021 -
NCST apoia luta
indígena contra o ‘Marco Temporal’, que altera a regra
das demarcações
13/09/2021 -
Combate ao
desemprego exige políticas efetivas, sem MPs,
‘jabutis’ e artimanhas
13/09/2021 -
Recuperação
judicial de empresa não afasta direito à
estabilidade de dirigente sindical
13/09/2021 -
Pobreza aumenta
e milhões de brasileiros não conseguem acesso aos
programas sociais
10/09/2021 -
Bolsonaro recua
e diz que ameaças foram feitas no “calor do momento”
10/09/2021 -
Um dia depois do outro – Vargas Netto
10/09/2021 -
Barroso rebate Bolsonaro: ‘Conhecereis a mentira e a
mentira te aprisionará’
10/09/2021 -
Ministros do
Supremo veem com desconfiança recuo de Bolsonaro
10/09/2021 -
Em julho, indústria recua em sete dos 15 locais
pesquisados
10/09/2021 -
Dieese: cesta básica sobe em 13 das 17 capitais
pesquisadas
10/09/2021 -
Puxada pelos combustíveis, inflação oficial fecha agosto
em 0,87%
09/09/2021 -
Centrais se manifestam sobre 7 de Setembro
09/09/2021 -
Ataques contra STF são práticas antidemocráticas e
ilícitas, diz Fux
09/09/2021 -
Lira afirma que não há mais espaço para radicalismo
político
09/09/2021 -
DEM e PSL negociam fusão e emitem nota conjunta com
críticas a Bolsonaro
09/09/2021 -
Ameaça de Bolsonaro configura crime de
responsabilidade para juristas
08/09/2021 -
“Digo aos
canalhas que não serei preso”, discursa Bolsonaro em
SP
08/09/2021 -
Panelaços
explodem pelo país em reação ao golpismo de
Bolsonaro
08/09/2021 -
PSDB convoca
reunião para discutir impeachment de presidente Jair
Bolsonaro
08/09/2021 -
Bolsonaro mantém desaprovação recorde, segundo
pesquisa PoderData
08/09/2021 -
Dieese alerta:
Mudanças na PEC 32 ignoram demandas dos
trabalhadores
08/09/2021 -
Ministros do STF
se reúnem para avaliar as manifestações
08/09/2021 -
TST mantém
indenização a empregada que teve carteira de
trabalho extraviada
03/09/2021 -
Centrais propõem
“debate sobre políticas de geração, proteção e
recuperação de empregos e de renda”
03/09/2021 -
Senado derruba
resolução que limitava contribuição de estatais a
planos de saúde
03/09/2021 -
Crise se
aprofunda e produção industrial cai 1,3% em julho,
diz IBGE
03/09/2021 -
Relator da PEC
32 amplia possibilidades de demissão de servidores
públicos
03/09/2021 -
Bolsonaro tenta
acabar com representação de trabalhadores nos
conselhos de empresas públicas
03/09/2021 -
Trabalhadores no
setor de brinquedos conquistam reajuste salarial
02/09/2021 -
Senado derrota
Bolsonaro e derruba MP da “minirreforma trabalhista”
02/09/2021 -
Lula bate 47% em pesquisa Quaest e pode vencer no
primeiro turno
02/09/2021 -
Todas as Centrais Sindicais apelam por manutenção da
Proguaru e dos empregos
02/09/2021 -
Desoneração mantém empregos, diz Patah
02/09/2021 -
Deputados
aprovam texto-base de projeto que altera regras do
Imposto de Renda
02/09/2021 -
PIB fica estável no segundo trimestre deste ano
02/09/2021 -
Justiça garante ato "fora, Bolsonaro" e grito dos
excluídos em SP no dia 7 /9
02/09/2021 -
Para o TST, valores disponíveis em conta corrente
podem ser bloqueados
01/09/2021 -
Luta hoje é em torno da MP 1.045
01/09/2021 -
Orçamento de 2022 prevê salário mínimo de R$ 1.169
01/09/2021 -
Com “bicos” e precarização, trabalho por conta
própria bate recorde
01/09/2021 -
Senado vota
nesta quarta MP que cria minirreforma trabalhista
01/09/2021 -
Lira recebe
relatório da reforma administrativa, que será votado
nos dias 14 e 15 na comissão
01/09/2021 -
A possível reinvenção da política, por Marcio
Pochmann
30/09/2021 -
Pesquisa PoderData: Líder, Lula cresce 3 pontos,
chega a 40% e vence todos no segundo turno
Em simulação de segundo turno contra Jair
Bolsonaro, petista soma 56% das intenções de voto,
contra 33% do atual presidente
Nova pesquisa eleitoral PoderData, do site Poder360,
divulgada nesta quarta-feira (29), aponta que o
ex-presidente Lula (PT) segue estável como líder na
disputa pela presidência em 2022. No último
levantamento do PoderData, feito há um mês, o
petista tinha 37% das intenções de voto e, agora,
subiu três pontos e chegou a 40%.
O presidente Jair Bolsonaro, que figura em segundo
lugar, também teve oscilação positiva e foi de 28%
para 30% das intenções de voto.
Já Ciro Gomes (PDT), em terceiro lugar, caiu de 8%
para 5% e fica cada vez mais próximo do último
pelotão em que os pré-candidatos aparecem todos
praticamente empatados. Este grupo é composto por
José Luiz Datena (PSL), com 4%; João Doria (PSDB) e
Luiz Henrique Mandetta (DEM), ambos com 3%; Rodrigo
Pacheco (DEM), com 2%; e finalmente Alessandro
Vieira (Cidadania) e Aldo Rebeleo (sem partido),
ambos com 1%.
Brancos e nulos somam 9%, enquanto outros 2% dos
entrevistados não sabem ou não responderam.
Cenário sem Doria e com Eduardo Leite
Em um outro cenário estimulado pela pesquisa,
considerando Eduardo Leite, e não João Doria, como
candidato do PSDB, Lula segue na liderança e soma
ainda mais intenções de voto: 43%.
Bolsonaro, por sua vez, aparece em segundo lugar com
28%. Na sequência constam Ciro Gomes (5%), Eduardo
Leite (4%), Mandetta (3%), Datena (2%), Pacheco
(1%), Alessandro Vieira (1%) e Aldo Rebelo (1%).
Brancos e nulos, neste cenário, representam 10%,
enquanto o índice dos que não sabem ou não
responderam é de 1%.
Segundo turno
Em simulação de segundo turno, segundo a pesquisa
PoderData, Lula venceria todos os eventuais
candidatos, incluindo Bolsonaro.
Contra o atual presidente, o petista soma 56% das
intenções de voto, enquanto o chefe do Executivo
aparece com 33%. Brancos e nulos representam 10%, e
1% não sabe ou não respondeu.
O levantamento contou com 2.500 entrevistas, feitas
em todo o país entre os dias 27 e 29 de setembro. A
margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais
ou para menos.
Fonte: RevistaForum
30/09/2021 -
Lira quer discutir criação de fundo para estabilizar
preços dos combustíveis
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
afirmou que tem discutido com líderes da base do
governo propostas que busquem melhorar a composição
de preços dos combustíveis de forma a mantê-los mais
estáveis diante das variações do dólar e do barril
do petróleo. Uma das propostas, segundo Lira, seria
a criação de um fundo “para dar conforto às
oscilações”. Ele também voltou a abordar a proposta
que altera a cobrança do ICMS unificando a tarifa e
mantendo um valor fixo para o imposto estadual.
“Não podemos dizer que é o ICMS que puxa o aumento,
mas contribui com alguns excessos para que fique
mais caro. Queremos discutir um fundo de
estabilização, sem mexer no preço da Petrobras, para
não agredir com taxação ou definição de valores, mas
para dar conforto para essas oscilações. Vamos
passar a semana discutindo rapidamente, porque esse
assunto não pode ser protelado”, afirmou o
presidente em entrevista, ao chegar à Câmara.
Lira disse que pretende se reunir com os
governadores assim que um texto for apresentado. Ele
ressaltou que a proposta não é contra nenhum estado
especificamente, mas disse que, com as mudanças da
cobrança do ICMS, não haveria compensação, já que a
arrecadação dos entes federados tem aumentado muito
nos últimos meses. “Não fazemos política populista
na Câmara”, ressaltou Lira.
“A partir do momento em que chegarmos a um texto,
lógico que vamos ouvir os governadores, os
secretários de fazenda. Não há nenhum movimento
contra os governadores ou a favor da Petrobras. É um
movimento para resolver um problema sério no Brasil,
para encontrarmos a melhor alternativa que atenda a
todos”, defendeu.
Fonte: Agência Câmara
30/09/2021 -
Desemprego do Governo Bolsonaro deixará sequelas
para além da pandemia
Para Clemente Ganz Lúcio, desemprego,
informalidade e precarização permanecerão em 2022.
Os elevados níveis de desemprego e de subocupação,
atingidos pelo Brasil durante o Governo Bolsonaro,
só poderão ser revertidos com uma virada na política
econômica. Sob a cartilha do ministro Paulo Guedes,
avesso à presença do Estado na economia, o mercado
de trabalho chegou a um patamar de precarização em
que o desenvolvimento do país ficou comprometido
para além dos efeitos da pandemia.
O alerta é do sociólogo Clemente Ganz Lúcio,
ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
segundo o qual há postos sendo retomados agora, mas
ainda em patamar de insegurança pelo nível da
pandemia. No segundo trimestre de 2021, o desemprego
ficou em 14,1% medido pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“No ano que vem, como está sendo indicado um
crescimento muito baixo da economia brasileira, vão
permanecer o desemprego, a informalidade e a
precarização elevada como características presentes
na economia brasileira”, prevê o sociólogo.
Ele lembra que o Brasil passa por um longo período
de desindustrialização, desde os anos 1990, processo
que foi desacelerado apenas no Governo Lula, que
trouxe a perspectiva de um projeto de
desenvolvimento em que o Estado tinha um papel
industrial: “Não é o caso do governo Bolsonaro. Mas,
na América Latina, ou o governo faz isso ou não será
o mercado que vai ditar uma economia exitosa desse
tipo”.
Informalidade
Com a desindustrialização, os melhores postos de
trabalho são atingidos, ocasionando perda de renda e
de capacidade de consumo, o que rebate em outros
empregos mobilizados pelo emprego industrial. “A
pandemia se sobrepôs a essa dinâmica de baixo
crescimento econômico e desindustrialização. E, como
o impacto da crise sanitária foi bastante grande
especialmente no setor de serviços, tende a ser
agravado o problema da informalidade. A
informalização somente não cresceu porque foram
destruídos também postos de trabalho informais”,
ressalva.
O especialista lembra que, embora o país tenha a
categoria do Microempresário Individual (MEI) como
instrumento para enfrentar a informalidade, os MEIs
são postos de trabalho com baixa renda. “Não adianta
ter MEI se a renda é tão baixa que a pessoa não
consegue contribuir com a Previdência porque precisa
usar essa renda para comer”, critica.
Falta de investimentos
Na opinião do ex-diretor técnico do Dieese, ainda que
conforme a vacinação avance a tendência seja de que
o desemprego se reduza, o país não conseguirá voltar
ao patamar de postos de trabalho anterior à
pandemia: “Algumas atividades não retomam. Vai
depender da perspectiva econômica do Brasil daqui
para a frente, mas o contexto político torna o
cenário muito nebuloso e os investidores não têm
segurança de fazer investimentos”.
Neste sentido, as sequelas deixadas pelo Governo
Bolsonaro ao trabalhador brasileiro não serão
curadas no curto-prazo. “A economia voltada para o
investimento, a pesquisa em inovação, o adensamento
da base industrial, puxam um setor de serviços mais
dinâmico, mais moderno, de melhor qualidade. Esse
ciclo mais estruturante propicia um mundo do
trabalho mais protegido. Mas, sempre que é perdido o
dinamismo industrial e, portanto, há um desincentivo
a investimento em educação, o que se tem é o aumento
da defasagem entre a tecnologia e a formação dos
trabalhadores”, disse Ganz Lúcio. “É o que está
acontecendo durante o Governo Bolsonaro. “As pessoas
não investem em formação de ponta porque vão
trabalhar como Uber. E, para reverter esse processo,
apenas um mandato de governo não resolve: podem ser
necessárias até duas décadas de política
continuada”, estima.
Fonte: Portal Vermelho
30/09/2021 -
“Custo covid-19” no Brasil foi maior, por Márcio
Pochmann
Pesquisa estima o custo econômico nacional da
pandemia da Covid-19 no Brasil.
por Marcio Pochmann
No ano de 2020, a pandemia da Covid-19 impactou
profunda e negativamente a economia brasileira. A
partir de pesquisa realizada com o objetivo de
estimar o custo econômico nacional da pandemia do
coronavírus no Brasil, chegou-se ao resultado de R$
4,4 trilhões, o que equivaleu a quase 60% do Produto
Interno Bruto do ano passado.
Ao se considerar o conjunto dos domicílios do país
(72,4 milhões), constata-se o valor monetário de
61,1 mil reais de custo econômico para cada moradia
no ano de 2020. Se repartir o mesmo custo econômico
nacional pelo número de habitantes (211,8 milhões),
o valor per capita atinge a quantia individual de R$
20,9 mil.
O resultado do custo econômico nacional decorre da
composição de duas partes distintas principais.
A primeira, referente à atividade produtiva,
alcançou o prejuízo estimado em R$ 2,7 trilhões, o
que representa 60% do valor total estimado para o
custo econômico nacional.
A atividade produtiva se encontra constituída pelos
seguintes itens observados: a capacidade de
produção, que considera o fechamento das unidades
produtivas; o nível de produção, que trata do
declínio do valor agregado; a situação da ocupação e
renda, que contabiliza o adicional do desemprego e
da subutilização dos trabalhadores; e as contas
públicas, vinculadas ao acréscimo do déficit nominal
por decorrência da pandemia.
A segunda parte da composição do valor monetário do
custo econômico nacional responde pela atividade
humana, que contabiliza R$1,7 trilhão ou 40% do
valor total, sendo constituída por dois itens: a
perda humana plena, representada pelo conjunto de
mortes prematuramente ceifadas pela Covid-19 e a
perda humana parcial, decorrente dos efeitos da
contaminação e sequelas direta e indiretamente
conferidas pela situação geral do próprio contexto
da pandemia no Brasil.
Diante disso, percebe-se o quanto a pandemia da
Covid-19 iniciada em 2020 assume uma grandiosidade
perversa para a sociedade e a economia nacional. A
estimativa do seu impacto no Brasil deveria servir,
pelo menos, de conscientização a respeito da
leviandade com que as autoridades do país,
especialmente as do poder executivo, “enfrentaram” a
maior crise sanitária e seus efeitos econômicos de
todo o período republicano.
Fonte: Portal Vermelho
30/09/2021 -
IBGE: inflação da indústria tem alta de 1,86% em
agosto
Índice de Preços ao Produtor apura variação na
porta das fábricas
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,86% em
agosto, na comparação com julho. O indicador,
divulgado nesta quarta-feira (29), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mede a variação de preços de
produtos na porta das fábricas, sem impostos e
frete. No ano, o aumento acumulado nos preços da
indústria chegou a 23,55%. Em 12 meses, a alta é de
33,08%.
Segundo o IBGE, todas as 24 atividades analisadas
tiveram alta, o que só havia ocorrido em agosto de
2020. O gerente do IPP, Manuel Souza Neto, disse que
a demanda aquecida do comércio internacional e a
desvalorização do real frente ao dólar impactam os
preços industriais no mercado interno.
“O movimento dos preços do minério de ferro e do
óleo bruto do petróleo, por exemplo, afeta de forma
quase direta os setores de químicos, de refino e de
metalurgia. No setor alimentício, as exportações de
commodities, como soja e milho, pressionam para cima
os custos das rações para animais e, por
consequência, das carnes”, explicou.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
30/09/2021 -
Diesel sobe e impacta diversos setores
A Petrobras anunciou nesta terça (28) que o litro do
diesel passa por reajuste de 8,89%. Agora, o
combustível passa de R$ 2,81 a R$ 3,06 o litro. Esse
valor será praticado para as distribuidoras a partir
desta quarta (29).
Para o consumidor, o valor pago na bomba também
ficará maior. Desse preço praticado, cerca de R$
2,70 será repassado à estatal. Esse reajuste chega
após 85 dias de estabilidade.
Segundo o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e
Luna, o papel de zelar pelos preços dos combustíveis
é do governo federal e dos ministérios de Minas e
Energia, da Economia e da Casa Civil.
Influências – Para o economista responsável pela
subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região, Rodolfo Viana, essa alta no
diesel também poderá ser refletida em toda a cadeia
produtiva.
“Os preços dos alimentos deverão sofrer aumento. O
preço do diesel deverá contribuir mais pra isso”,
avalia Rodolfo. Na visão do economista, os produtos
dos supermercados ainda sofrem influência de outros
fatores para aumentar o valor praticado com o
consumidor.
“O desmantelamento da política nacional de
abastecimento, o descontrole do câmbio, a falta de
crédito ao pequeno agricultor, ausência de política
que priorize o mercado interno. Tudo isso também
afeta os valores dos alimentos”, destaca o
economista.
Já no setor metalúrgico, explica Rodolfo, essa alta
no valor do diesel também poderá impactar
negativamente. “As mercadorias são transportadas, em
sua maioria, por caminhão. Isso deverá ter repasse.
O setor produtivo já deve ser bem atingido com os
aumentos da energia elétrica. E isso agora vem
somar”, ressalta.
Empregos – Tantas altas assim fazem o empresário
contratar menos. É o que acredita Rodolfo Viana. “A
renda vai sendo ‘comida’ pelo aumento do preço. E,
ao invés de consumirmos mais produtos e isso
demandar mais produção e emprego, o efeito deverá
ser o contrário”, conclui o economista do Dieese.
Mais – Acesse o site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
29/09/2021 -
Manifestações contra Bolsonaro reunirá lideranças de
diversos partidos no próximo sábado (2)
Além de Haddad (PT) e Boulos (Psol), já estão
confirmadas presenças de Randolfe Rodrigues (Rede),
Luciana Santos (PCdoB)
Os pouco mais de mil dias do governo Jair Bolsonaro
serão marcados por mais uma jornada de protestos
pelo impeachment do atual presidente da República.
Desta vez, a campanha nacional pelo Fora Bolsonaro
anuncia a união de diferentes lideranças dos maiores
partidos progressistas do país.
Na manifestação com maior potencial de repercussão
nacional e internacional, em São Paulo, já
confirmaram presença presidentes de cinco partidos.
Desse modo, se encontrarão na Avenida Paulista os
presidentes do PDT, Carlos Lupi; do PSB, Carlos
Siqueira; PCdoB, Luciana Santos; PT, Gleisi
Hoffmann; e do Psol, Juliano Medeiros. Devem ainda
anunciar adesão lideranças do Solidariedade, PV e
Cidadania.
Além dos presidentes da legendas, a sexta
manifestação nacional pelo Fora Bolsonaro reunirá na
frente do Masp lideranças como Ciro Gomes (PDT),
Guilherme Boulos (Psol), o senador Randolfe
Rodrigues (Rede Sustentabilidade) e o ex-ministro
Fernando Haddad (PT). A participação formal das
lideranças políticas e partidárias acrescenta novo
componente às manifestações. Isso porque os partidos
de diferentes perfis acabam reforçando as dezenas de
organizações populares reunidas em torno das frentes
Brasil Popular e Povo sem Medo, e do movimento
estudantil, das centrais sindicais e do movimento
negro.
“A participação ampla de diversos partidos e
personalidades políticas só comprova o que estamos
sentindo cada vez mais nas ruas e nas articulações
que estamos fazendo nos últimos meses. O grau de
insatisfação com o presidente e seu governo
destruidor de direitos sociais, que atenta à
democracia e ao meio ambiente e só faz aumentar o
desemprego, a fome, a miséria e a perseguição a
comunidades, como indígenas e a população preta,
cresce e se traduz na necessidade mais do que
imediata para afastá-lo do cargo”, avalia Juliana
Donato, uma das líderes do ato.
“Sem falar nas atrocidades que vemos diariamente na
CPI da Covid. Por isso, a voz das ruas precisa ecoar
cada vez mais forte e São Paulo, neste dia 2 de
outubro, irá se transformar na capital nacional da
mobilização pelo impeachment de Bolsonaro.”
Organização e proteção
Em todo o Brasil já são mais de 80 atos confirmados
pelo Fora Bolsonaro. Pelo menos mais 10 países
também programaram manifestações pelo impeachment do
presidente da República. O site da Campanha Fora
Bolsonaro reúne informações atualizadas sobre os
protestos confirmados.
A organização lembra que todas as pessoas e famílias
que forem às ruas devem continuar seguindo as
medidas de proteção e combate à covid-19, com uso de
máscara e de álcool em gel, além de manter o
distanciamento social.
Fonte: Brasil de Fato
29/09/2021 -
Bolsonaro governa para 1% mais rico; maioria não tem
o que comemorar
Para a pesquisadora Denise Mantovani, Bolsonaro
não tem o que mostrar, em termos de realizações,
porque optou por uma agenda de destruição nas mais
diversas áreas
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro,
juntamente com seus ministros, deve realizar uma
série de inaugurações de obras para marcar os mil
dias do seu governo. Trata-se de uma tentativa de
emplacar uma “agenda positiva”, buscando estancar a
queda de popularidade, bastante evidente nas últimas
pesquisas. Mas, de acordo com a pós-doutora em
Ciência Política pela Universidade de Brasília
(UnB), pesquisadora no campo de Mídia, Política e
Gênero, Denise Mantovani, a maioria da população não
tem o que comemorar.
Denise avalia que apenas os grandes grupos
financeiros e empresariais registraram ganhos nesse
período. O restante da população estaria à mercê de
um governo de destruição nas mais diversas áreas.
São esses grupos, somados a oligarquias regionais
representadas no Centrão, que sustentam Bolsonaro no
poder, que também se apoia numa reduzida fração do
eleitorado mais radical.
Ainda assim, essa mesma elite busca uma alternativa
com a chamada “terceira via”. Essa estratégia
baseia-se numa “falsa simetria” entre Bolsonaro e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo,
Bolsonaro ultrapassa os limites do regime
democrático. Caso essa alternativa não se viabilize,
Denise acredita que a elite deve permanecer ao lado
do atual presidente nas próximas eleições.
“Nesses mil dias, quem pode comemorar são os grandes
grupos econômicos, grandes empresários, aquele 1%
que de fato é o grupo social e econômico que mais
enriqueceu nesse período. Hoje, detém cerca de 50%
da renda e produção da riqueza no Brasil, enquanto
todo o restante da população está perdendo”, afirmou
a pesquisadora, em entrevista a Glauco Faria, para o
Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (28).
Destruição nacional
Para marcar a tônica desses mil dias de governo,
Denise resgata declarações de Bolsonaro, em 2019,
durante jantar na embaixada do Brasil em Washington.
Na ocasião, em companhia do escritor Olavo de
Carvalho e do ideólogo da extrema-direita
estadunidense Steve Bannon, Bolsonaro afirmou que
sua missão seria “descontruir” e “desfazer muita
coisa”.
“Certamente é um governante que está preocupado em
usar do poder para se beneficiar. E não tem lidado
com as questões ligadas à governança pública. A
sociedade, a população como um todo, segue sem
governo. Então não tem o que mostrar. De fato, o que
vemos é apenas um governo da destruição, como ele
próprio disse naquele famoso jantar nos Estados
Unidos. É isso que ele tem feito. Não tem outra
coisa para mostrar”, destacou.
Dentre os elementos que compõem esse cenário de
destruição, segundo a pesquisadora, estão a alta do
desemprego e da inflação, a devastação ambiental, o
desmantelamento das políticas de educação e
pesquisa, além da série de crimes cometidos durante
a pandemia. Para ela, em vez de governar, a
principal preocupação de Bolsonaro é evitar a sua
prisão, bem como a dos próprios filhos.
Falsa simetria entre Bolsonaro e Lula
Para Denise, os eventuais candidatos da chamada
terceira via aparecem como alternativa ao próprio
Bolsonaro. Contudo, esse esforço em achar um
candidato é sustentado por essa mesma elite que se
beneficiou com a destruição provocada pelo governo
atual. Ainda assim, além de incomodados com os “maus
modos” do presidente, temem que ele não consiga
fazer frente a Lula, favorito nas eleições de 2022.
“A terceira via tenta se constituir a partir dessa
ideia binária, de que eu não sou nem A nem B.
Quando, no fundo, essa terceira via representa a
possível substituição de Bolsonaro. Então essas
ideias elitistas – de manutenção de uma sociedade
onde a distribuição não está acontecendo, onde
existe a destruição do patrimônio público, a venda
de estatais e privatização de sistemas e serviços
essenciais – continuam ali, postas na terceira via.
É a mesma elite liberal que está tentado ocupar esse
espaço.”
Fonte: Rede Brasil Atual
29/09/2021 -
Lira: Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7
e o gás a R$ 120
Segundo o presidente, Colégio de Líderes vai
discutir alternativas nesta quinta-feira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que os deputados vão buscar
alternativas legislativas para evitar novos aumentos
nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. O
tema vai ser discutido na reunião do Colégio de
Líderes prevista para a próxima quinta-feira.
Segundo Lira, o Brasil não pode tolerar gasolina a
quase R$ 7 e o gás a R$ 120. Ele criticou o diretor
da Petrobras Cláudio Mastella, que avalia um aumento
nos preços em razão da alta do dólar.
“O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que
estuda com “carinho” um aumento de preços diante
desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para
buscar outras soluções que não o simples repasse
frequente”, afirmou Lira por meio de suas redes
sociais.
Lira disse que a Câmara está fazendo seu dever de
casa para ajudar na retomada do crescimento
econômico, com respeito aos limites fiscais e sendo
responsável em todas as suas sinalizações para o
mercado.
“Mesmo assim, o dólar persiste num patamar alto.
Junto com a valorização do barril de petróleo, a
pressão no preço dos combustíveis é insustentável”,
disse o presidente.
Há 15 dias, Lira já havia cobrado mais
esclarecimentos públicos da Petrobras em relação aos
preços dos combustíveis e da logística do gás.
Segundo ele, a estatal precisa ter uma política de
preços clara e pensar no País, sobretudo neste
momento de crise energética e de saída da pandemia.
Lira chegou a afirmar que o Congresso iria tomar
providências para corrigir eventuais erros na
empresa, sem prejudicar a economia e sem intervir na
estatal nem retomar a política de controle de
preços.
Fonte: Agência Câmara
29/09/2021 -
Congresso promulga PEC da reforma eleitoral e novas
regras já valem em 2022
O Congresso Nacional promulgou nesta terça-feira
(28/9) a PEC da reforma eleitoral (PEC 28/2021) que
altera regras eleitorais. O texto havia sido
aprovado no último dia 22 de setembro. As alterações
precisavam ser promulgadas até o dia 2 de outubro
para que pudessem ser aplicadas nas eleições de
2022.
A PEC rejeita a possibilidade de volta das
coligações nas eleições proporcionais e mantém
dispositivos para promover a candidatura de mais
mulheres e pessoas negras.
O novo regramento também altera o dia da posse do
presidente da República (para 5 de janeiro) e dos
governadores (para 6 de janeiro). Atualmente as
posses do presidente e dos governadores ocorrem no
dia 1º de janeiro. Essa regra só valerá a partir de
janeiro de 2027.
A emenda também determina que os deputados federais,
estaduais e distritais que saírem do partido pelo
qual foram eleitos só não irão perder o mandato se a
legenda concordar com a saída.
Por fim, a PEC estabeleceu regras para a realização
de consultas populares sobre questões locais, que
devem ser feitas junto com as eleições municipais.
Essas consultas deverão ser aprovadas pelas câmaras
municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral em até
90 dias antes das eleições. Os candidatos não
poderão se manifestar sobre o objeto dessas
consultas em propaganda gratuita de rádio e
televisão. Com informações da Agência Senado.
Fonte: Consultor Jurídico
29/09/2021 -
Recusa a retornar ao trabalho não afasta direito de
membro da Cipa, diz TST
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou
um condomínio e uma construtora do Recife a pagar a
indenização substitutiva referente à garantia de
emprego de um carpinteiro que era membro da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Cipa).
Para o colegiado, a recusa à reintegração proposta
pela empresa não afasta o direito à estabilidade.
O carpinteiro foi dispensado quando integrava a Cipa.
A empresa, ao ser notificada da reclamação
trabalhista, formalizou convite para que ele
retornasse ao trabalho, mas o empregado disse que
não tinha interesse na reintegração, pois já estava
empregado em outro local.
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 6ª Região (PE) entendeu ser indevida a
indenização substitutiva, mesmo diante da condição
de membro da Cipa que o empregado detinha. Para o
TRT, a estabilidade do cipeiro não é uma vantagem
pessoal, mas uma garantia para o exercício da
representação dos trabalhadores enquanto membro da
comissão.
Considerando que ele já havia obtido novo emprego, o
deferimento da indenização correspondente à
totalidade do período estabilitário implicaria a
obtenção de vantagem indevida.
Para a Turma do TST, no entanto, a garantia de
emprego prevista na lei é vantagem que visa à
proteção da atividade do membro da Cipa, com a
finalidade de coibir a dispensa arbitrária. Nesse
sentido, de acordo com a jurisprudência do tribunal,
a ausência de pedido de reintegração ao emprego ou a
própria recusa da oportunidade de retorno ao
trabalho não caracterizam renúncia ao direito à
estabilidade.
No caso, o TRT registrou ser incontroverso que, no
momento da rescisão contratual, o empregado era
detentor da garantia provisória de emprego do
cipeiro. Assim, a relatora do recurso de revista do
empregado, ministra Maria Helena Mallmann, ao negar
o direito ao recebimento de indenização pela
estabilidade em razão da recusa em retornar ao
trabalho, o TRT adotou entendimento contrário ao do
TST sobre a matéria.A decisão foi unânime. Com
informações do TST.
RRAg-529-92.2015.5.06.0004
Fonte: Consultor Jurídico
28/09/2021 -
Ministério do Trabalho não existe em site de
transparência federal; pasta foi criada há 2 meses
Plataforma de acesso à informação não inclui o
órgão, blindando-o de pedidos baseados na Lei de
Acesso à Informação
Depois de 2 meses de sua recriação na estrutura
administrativa do governo federal, o Ministério do
Trabalho e da Previdência Social (MTPS) não existe
no Fala.BR, plataforma que integra os serviços de
Ouvidoria e Acesso à Informação mantidos pelo
Executivo.
Como não é reconhecido como um órgão passível do
recebimento de manifestações no sistema eletrônico,
a pasta está há exatos 60 dias totalmente blindada
do recebimento de pedidos de acesso à informação,
baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Em nota, o MTPS afirmou "que os serviços de
ouvidoria e acesso à informação do Trabalho e da
Previdência continuam sendo prestados normalmente
aos cidadãos, com apoio do Ministério da Economia -
até que seja editado o Decreto de estrutura
definitivo do Ministério do Trabalho e Previdência,
conforme previsão legal".
A pasta apontou que o Decreto nº 10.761, de 2021,
que aprovou a estrutura provisória do MTPS,
determina o apoio administrativo do Ministério da
Economia na gestão do Sistema de Ouvidoria do Poder
Executivo Federal. No Fala.BR, contudo, a informação
não consta para os usuários.
O MTPS não respondeu se foi demandado por alguma
manifestação no FALA.BR desde a recriação da pasta
em 28 de julho.
O MTPS também não consta no Consulta E-Sic, site
governamental que reúne em tempo real todas as
respostas a pedidos de acesso à informação que
tramitam no Executivo.
A pasta foi refundada em junho deste ano para
acomodar seu atual chefe, o ministro Onyx Lorenzoni,
que já ocupou outras três pastas no governo do
presidente Jair Bolsonaro. Criado em 1930, o
Ministério do Trabalho havia sido incorporado ao
Ministério da Economia no começo da gestão.
Publicada em 28 de julho no Diário Oficial da União,
a MP 1.058 estabeleceu a transferência de
competência e órgãos da pasta chefiada por Paulo
Guedes para o novo ministério.
O texto, que alterou a Lei 13.844, de 2019, que
trata da organização básica dos órgãos da
Presidência da República e dos Ministérios, previu
também a transferência de pessoal para a nova pasta
e a transformação de cargos em comissão e funções de
confiança.
O novo ministério é responsável por áreas como
previdência; política e diretrizes para geração de
emprego e renda; política salarial; e fiscalização
do trabalho. Entre os órgãos que compõem a pasta,
estão o Conselho Curador do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) e o Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Fonte: Brasil de Fato
28/09/2021 -
Dossiê mostra que empresas não deram proteção
adequada contra covid-19 para trabalhadores
Funcionários dos serviços essenciais denunciam
falta de máscaras, álcool e pouca ventilação
Dados do Dossiê Covid no Trabalho mostram que os
trabalhadores de serviços essenciais, que não
puderam parar durante a pandemia, não receberam
proteção adequada como máscaras, álcool em gel e
orientação sobre como se prevenir da covid-19.
Falta de máscaras de boa qualidade e em número
suficiente, falta de álcool em gel 70% ou de água e
sabão para limpar mãos, contato próximo com pessoas
e ambientes com pouca ventilação. Esses foram alguns
dos problemas apontados por trabalhadores dos
serviços essenciais que não puderam trabalhar
remotamente durante a pandemia.
Os resultados são do primeiro boletim do Dossiê
Covid no Trabalho, pesquisa da Associação e Saúde
Ambiental e Sustentabilidade e do Instituto Walter
Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política,
com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A maior parte dos trabalhadores relatou também ter
recebido pouca ou nenhuma orientação sobre como se
prevenir do novo coronavírus. Dentre os
trabalhadores que se contaminaram com o novo
coronavírus, a maior parte relatou acreditar que
isso ocorreu no ambiente de trabalho e tiveram
negados os pedidos para registrar Carta de Acidente
de Trabalho.
Acidente de trabalho
A doutora em saúde pública Maria Maeno, que faz parte
do grupo de pesquisadores, detalha que, pelos
relatos dos trabalhadores, as empresas não se
adequaram para garantir a segurança dos
profissionais.
“A maioria dos trabalhadores não recebem uma máscara
adequada. Nos bancos, por exemplo, estão dando um
kit de máscara de pano. Outra questão é sobre a
falta de orientações sobre a máscara. Outro ponto
importante é a ventilação e a proximidade física,
que são pontos cruciais para evitar a exposição ao
vírus”, relatou ela ao repórter Rodrigo Gomes, da
Rádio Brasil Atual.
A pesquisadora destaca que existe um risco presumido
do trabalhador que precisa comparecer
presencialmente de que seja contaminado pelo novo
coronavírus em decorrência do trabalho ou do trajeto
ao local. “Se você fica em casa, a possibilidade de
pegar covid-19 é quase zero. Agora, se você sai
todos os dias para trabalhar, corre um risco
adicional. Portanto, do ponto de vista legal, se
você tem exposição ao vírus no trajeto, é uma doença
adquirida no trabalho.”
Maria Maeno orienta ainda que os trabalhadores
busquem os sindicatos ou serviços de saúde do
trabalhador para registrar a Carta de Acidente de
Trabalho e ter reconhecida sua contaminação como
sendo doença relacionada ao trabalho. Segundo ela,
já há decisões na justiça do trabalho que
reconheceram o nexo entre trabalho e contaminação
por covid-19.
Categorias expostas
O dossiê destaca a situação das trabalhadoras
domésticas, categoria que sofreu diversos tipos de
abusos durante a pandemia. Segundo o estudo, 60%
dessas trabalhadoras tiveram contato próximo com
outras pessoas, sendo que 35% conviveram com alguém
contaminado no trabalho.
Dentre as que se contaminaram, 94% não tiveram o
reconhecimento da relação entre o trabalho
presencial e infecção pelo novo coronavírus. É o
caso da trabalhadora doméstica Maria Célia, que só
pode se afastar por 14 dias no início da pandemia,
por pressão da filha, mas teve que passar a dormir
no trabalho, sem qualquer melhoria salarial e tendo
que comprar a própria máscara.
“No começo de tudo, ninguém me disse para ficar em
casa. Quando fui trabalhar, pediram para ficar lá e
voltar pra casa só aos finais de semana. Não deram
nenhum material pra gente se cuidar, não”, conta
Célia.
Operador de trem no Metrô de São Paulo, o Diretor da
Federação Nacional dos Metroferroviários, Alex
Santana, relatou que foi preciso muita pressão para
conseguir o fornecimento de máscara, álcool gel e o
afastamento de trabalhadores com comorbidades.
“Desde o início, a gente buscava EPI. Mas havia
álcool-gel vencido nos postos, a gente também não
podia usar frasco individual de álcool. Fizemos
várias ações no MPT para fornecimento desses
produtos. Não queria fornecer a máscara PFF2, mas
quando forneceram mandavam a gente reutilizar por 14
dias”, afirmou.
Santana relatou ainda que o Metrô paulista não
admite que a covid-19 seja considerada doença do
trabalho e sempre nega pedidos de abertura de Carta
de Acidente de Trabalho, que são feitas
exclusivamente pelo sindicato. Até agosto desse ano,
26% dos trabalhadores do Metrô tiveram covid-19, um
dos mais altos índices entre trabalhadores do país.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/09/2021 -
Reforma administrativa representa o desmonte do
Estado, alerta senador
O texto aprovado pela comissão especial da Câmara
permite que a União, estados e municípios realizem
contratos temporários pelo prazo de 10 anos, sem
concurso público e sem estabilidade
O líder da minoria, senador Jean Paul Prates
(PT-RN), afirmou que a reforma administrativa
(Proposta de Emenda à Constituição 32) representa o
desmonte do estado. Ela precariza o serviço público
e os contratos de trabalho em toda esfera federal,
estadual e municipal.
O texto aprovado pela comissão especial da Câmara
permite que a União, estados e municípios realizem
contratos temporários pelo prazo de 10 anos, sem
concurso público e sem estabilidade.
A PEC privatiza a gestão pública, possibilitando a
parceria privada para execução de serviços públicos
por estados e municípios.
Ela retira direitos dos servidores ao permitir a
redução de 25% de jornada e salários de servidores
em caso de crise econômica. Além disso, permite a
demissão de servidor estável em caso de avaliação de
desempenho insatisfatória ou de desnecessidade do
cargo.
“Essa PEC prejudica os atuais e futuros servidores,
mas prejudica sobretudo o cidadão que precisa do
serviço público. É o desmonte do estado de proteção
social. Ela amplia as indicações políticas ao invés
de estimular o concurso público, o que vai aumentar
a corrupção. É por isso que é chamada de PEC da
Rachadinha”, afirmou o líder.
O parlamentar potiguar lembra que áreas como saúde e
educação serão profundamente afetadas pela reforma.
“A proposta fará com que vários serviços públicos
passem a ser ofertados por organizações sociais ou
por pessoas com vínculos de trabalho temporários,
que podem ser demitidas sumariamente a qualquer
momento”, criticou.
“Imagine, por exemplo, um servidor contratado nesse
regime se recusar a ministrar medicação sem
comprovação científica a um parente de algum
político. Ou um professor universitário publicar um
artigo científico que desagrade algum ente público.
Eles serão demitidos na hora! Será o fim da
liberdade de cátedra. Não podemos aceitar mais esse
retrocesso no país”, completou.
A Comissão Especial da Reforma Administrativa
aprovou, por 28 votos contra 18, o substitutivo do
relator, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA) à
Proposta de Emenda à Constituição 32/20. Agora, a
proposta será analisada pelo Plenário da Câmara e,
caso seja aprovada, seguirá para análise dos
senadores.
Fonte: Assessoria de comunicação do senador Jean Paul
28/09/2021 -
Bolsonaro sobre inflação: “nada está tão ruim que
não possa piorar”
Presidente soltou a frase durante solenidade dos
mil dias do seu governo
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) afirmou
nesta segunda-feira (27), em evento comemorativo dos
mil dias de seu governo, que os problemas econômicos
enfrentados na sua gestão, sobretudo a inflação no
preço dos combustíveis, é uma realidade mundial e
não acontece por ‘maldade’. O presidente,
entretanto, citou que “nada está tão ruim que não
possa piorar”.
“Mas nós temos o percurso, temos muitos obstáculos.
São intransponíveis? Não, mas depende do
entendimento de cada um. Alguém acha que eu não
queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50
ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma
realidade. E tem um ditado que diz: ‘Nada está tão
ruim que não possa piorar’. Não queremos isso porque
temos o coração aberto, e tem uma passagem bíblica
que diz: “Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser
a morte eterna”, disse o presidente.
O IPCA-15 de setembro atingiu 10% em setembro. O
indicador mede as variações de preços entre os dias
15 de cada mês e, por isso, serve como uma prévia do
IPCA, usado nas metas de inflação do governo.
Com informações do Globo
Fonte: RevistaForum
28/09/2021 -
Ocupação avança e desemprego recua de 15,1% em março
para 13,7% em junho
Crescimento é concentrado nos setores informais
do mercado
Após registrar taxa de 15,1% em março deste ano, a
desocupação recuou para 13,7% em junho, de acordo
com a análise de desempenho recente do mercado de
trabalho, feita a partir da desagregação dos
trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira
(27/9), mostra também que taxa de desocupação
dessazonalizada em junho (13,8%) é a menor apurada
desde maio de 2020.
O avanço recente das contratações está ocorrendo
principalmente em setores que empregam relativamente
mais mão de obra informal, como setores de
construção; agricultura; e serviços domésticos, que
registraram crescimento anual da população ocupada
de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente. Desta forma,
no segundo trimestre de 2021, na comparação
interanual, observa-se uma expansão de 16% dos
empregados no setor privado sem carteira e de 14,7%
dos trabalhadores por conta própria.
De acordo com os dados obtidos na PNAD Contínua, o
aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de
forma disseminada para todos os segmentos da
população quando comparado com o mesmo período do
ano anterior. O destaque foi para a expansão da
ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores
com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%,
11,8% e 7,0%, respectivamente.
Apesar dos resultados positivos, alguns indicadores
importantes mostram que outras dimensões do mercado
de trabalho brasileiro ainda seguem em patamares bem
desfavoráveis. Além da já mencionada alta na
informalidade, observa-se a manutenção da
subocupacão em patamar elevado e o aumento do tempo
de permanência no desemprego. De acordo com os
microdados de transição extraídos da PNAD Contínua,
o percentual de trabalhadores desocupados que
estavam nesta situação por dois trimestres
consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre
de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021. Por
outro lado, a parcela de desempregados que obtiveram
uma colocação no trimestre subsequente recuou de
26,1% para 17,8% no mesmo período.
Fonte: Ipea
28/09/2021 -
Sistema 12 x 36 horas dá direito a remuneração em
dobro em feriados
O trabalhador submetido ao regime de 12 x 36 horas
tem direito à remuneração em dobro nos feriados
trabalhados. Esse entendimento foi utilizado pela 4ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho para condenar
uma cooperativa médica de Santa Catarina a fazer
esse pagamento a um técnico de enfermagem.
De acordo com o colegiado, a lei busca assegurar ao
trabalhador o direito ao repouso em datas
comemorativas específicas, e essa norma está
intimamente ligada à medicina e à segurança do
trabalho.
O técnico da Unimed de Joinville (SC) - Cooperativa
de Trabalho Médico pediu na reclamação trabalhista o
pagamento em dobro do trabalho realizado nos dias de
feriado. O juízo de primeiro grau indeferiu o pedido
e o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
manteve a sentença. Para a corte regional, diante da
legalidade do regime de compensação 12 x 36, não
havia como deferir o pagamento, pois esse sistema de
jornada já se presta a compensar o trabalho
realizado nesses dias.
No entanto, o relator do recurso de revista do
técnico, ministro Caputo Bastos, explicou que, de
acordo com o entendimento do TST (Súmula 444), o
empregado sujeito ao regime de 12 x 36 tem direito à
remuneração em dobro ao trabalho realizado nos
feriados. Ele lembrou ainda que o artigo 9º da Lei
605/1949 busca assegurar ao trabalhador o direito ao
repouso em datas comemorativas específicas, norma
que está ligada à medicina e à segurança do
trabalho. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 5213-93.2010.5.12.0028
Fonte: Consultor Jurídico
28/09/2021 -
Congresso derruba veto de Bolsonaro e garante
suspensão de despejos
Nesta segunda-feira (27/9), o Congresso rejeitou o
veto total do presidente Jair Bolsonaro ao projeto
de lei que proíbe despejos ou desocupações de
imóveis até o final do ano. O texto, portanto, será
convertido em lei.
O projeto suspende qualquer ato ou decisão de
despejo, desocupação ou remoção forçada coletiva de
imóvel privado ou público no meio urbano, tanto de
moradia quanto para produção. A regra vale para
todos os atos praticados desde março de 2020, exceto
as desocupações já concluídas.
Também fica proibida a concessão de liminar de
desocupação de imóveis urbanos alugados nos casos de
inquilinos com aluguel atrasado, fim do prazo
pactuado, demissão do locatário em contrato
vinculado ao emprego ou permanência de sublocatário
no imóvel.
O PL havia sido aprovado no final de junho. No
início de agosto, porém, Bolsonaro considerou que a
proposta contrariava o interesse público e vetou
integralmente o texto. Tanto a Câmara quanto o
Senado analisaram e derrubaram o veto nesta
segunda-feira.
Fonte: Consultor Jurídico
27/09/2021 -
Datafolha: STF tem aprovação de 25%; reprovação
chega a 35%
Pesquisa Datafolha revelou que, mesmo após os
ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e
as manifestações do 7 de setembro, os índices de
aprovação e rejeição da corte se mantiveram
estáveis, levando em consideração a margem de erro
de dois pontos para baixo ou para cima. No
levantamento realizado entre 13 e 15 de setembro,
35% dos entrevistados avaliaram o Supremo Tribunal
Federal (STF) como ruim/péssimo e 25% como
bom/ótimo.
Na pesquisa anterior, ocorrida em julho, percebeu-se
uma queda da avaliação dentro da margem de erro, de
dois pontos percentuais para mais ou menos: 24%
aprovavam o trabalho do STF, 36% o consideravam
regular e 33%, o reprovavam.
Pessoas com curso superior (42%) e os mais ricos
(48% recebem de 5 a 10 salários mínimos, 51% com
mais de 10 mínimos mensais) são os que têm uma pior
percepção do STF do que a média.
Fonte: Congresso em Foco
27/09/2021 -
Há mil dias no poder, Bolsonaro coleciona mentiras e
casos de violações aos direitos humanos
Anistia Internacional reuniu 32 casos de
violações aos direitos humanos cometidas por
Bolsonaro desde sua posse
Eleito com um discurso abertamente contrário aos
direitos humanos, Jair Bolsonaro (sem partido) e sua
agenda política tem representado um risco à
sobrevivência de diversos grupos sociais.
É o que aponta a Anistia Internacional Brasil no
documento “1000 dias sem direitos – As violações do
governo Bolsonaro”. A organização catalogou, desde a
posse do presidente, um total de 32 situações que
levaram a violações de direitos humanos por parte do
Governo Federal.
O negacionismo, a omissão de dados, e a falta de
assistência aos profissionais de saúde estão entre
as violações catalogadas em meio à crise sanitária e
econômica no país, que teve início em março de 2020.
Também é lembrado pela Anistia a falta de um plano
de vacinação efetiva para as populações
tradicionais.
Ao longo da crise, tanto a Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (APIB), como a Coordenação
Nacional de Articulação das Comunidades Negras
Rurais Quilombolas (CONAQ) tiveram que recorrer ao
Supremo Tribunal Federal (STF) para pleitear medidas
de proteção à saúde básicas para essas populações.
Como resultado, planos emergenciais foram criados
pelo Governo Federal, mas poucas medidas concretas
foram adotadas.
A organização também pontuou como violações as
reverências públicas do capitão reformado e seus
ministros ao período militar.
Dias antes do 55º aniversário do Golpe Militar, em
março de 2019, Bolsonaro declarou que a ocasião
deveria ser celebrada. O Planalto chegou a divulgar
um um vídeo exaltando a data.
Em junho de 2019, exonerou, por meio do Decreto
9.831, os 11 membros do Mecanismo Nacional de
Prevenção e Combate à Tortura, que monitora as
violações nos presídios e sistema socioeducativo.
Apenas um mês depois, atacou Fernando Santa Cruz,
desaparecido no período militar. O militante é pai
de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e opositor político de
Bolsonaro.
Já em abril de 2020, Bolsonaro compareceu ao
Quartel-General do Exército, em Brasília, para
participar de ato em favor da intervenção militar.
Entre outras ações e manifestações de Bolsonaro
levantados pela Anistia, estão: o afrouxamento no
controle de armas no Brasil, a partir de decretos
federais, especialmente em áreas rurais; o conjunto
de intimidações e agressões verbais em sua relação
com a imprensa; as ameaças ao estado de direito em
atos públicos; a perseguição às organizações não
governamentais (ONG´s) e os discursos falaciosos
realizados por Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU
- que chegou a culpar os próprios indígenas pelos
incêndios e a devastação da Amazônia.
Em meio a este cenário, na próxima sexta-feira (1),
um manifesto assinado por 11 personalidades que
chefiaram a pasta de Direitos Humanos nos governos
de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e Dilma Roussef (PT), será
lançado em evento do Instituto de Estudos Avançados
(IEA-USP).
O objetivo do documento, para além da denúncia dos
discursos de ódio de Bolsonaro, é defender a
institucionalidade da política de Estado dos
direitos humanos, desmontada após o ingresso da
extrema direita ao poder.
Institucionalizada pela extinta Secretaria de Estado
de Direitos Humanos, em 1996, a pasta guiou mudanças
drásticas na estrutura política brasileira no
período de redemocratização - ainda marcada pelos
resquícios autoritários da ditadura.
Fonte: Brasil de Fato
27/09/2021 -
Bolsonaro perdeu 35% dos que votaram nele em 2018 e
23% já declaram voto em Lula
Percentual de arrependidos é crescente e revela
que muitos dos que foram manipulados nas eleições de
2018 regressaram a Lula
O detalhamento da pesquisa Datafolha revela um
número crescente de arrependidos entre os eleitores
que votaram em Jair Bolsonaro em 2018. "Em geral, se
comparado com a média da população, o eleitor de
Bolsonaro tem melhor avaliação do governo e
responsabiliza menos o presidente por mazelas como
desemprego, inflação e crise de energia. Mas uma
parte se descolou do bolsonarismo e não repetiria
seu voto, chegando a avaliar o governo como péssimo,
a defender impeachment e a declarar escolha por
Lula", aponta reportagem da Folha deste domingo.
"O Datafolha mostra que 24% dos que elegeram
Bolsonaro querem que o Congresso analise seu
impeachment. Outros 73% não querem isso. Na
população, a proporção é de 56% favoráveis e 41%
contrários. As três questões mostram que cerca de um
quarto do eleitorado de Bolsonaro agora está em
terreno de oposição a ele. É próximo do montante de
eleitores do presidente que declara voto em Lula,
num segundo turno contra Bolsonaro — 23%. A maioria
repete o voto (65%), e 12% declararam voto em
nenhum, nulo ou branco", prossegue a reportagem. Ou
seja: ele perdeu 35% do eleitorado.
No primeiro turno, no principal cenário avaliado
pelo Datafolha, a população declara voto em Lula
(44%); Bolsonaro (26%); Ciro Gomes (PDT, 9%), João
Doria (PSDB, 4%), Luiz Henrique Mandetta (DEM, 3%) e
branco, nulo ou nenhum (11%).
Fonte: Brasil247
27/09/2021 -
Renda média do trabalho é a menor desde 2017
Segundo análise da consultoria IDados, baseada em
fontes da PNAD/IBGE, a renda média do trabalhador
brasileiro ficou em R$ 2.433 no 2° trimestre deste
ano.
Apesar da vacinação e retomada de atividades
econômicas que estavam paralisadas pela pandemia no
Brasil, sobretudo no mercado informal, a economia
ainda não engatou e o momento crítico está refletido
na renda média dos trabalhadores. Segundo análise da
consultoria IDados, baseada em fontes da PNAD/IBGE,
a renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$
2.433 no 2° trimestre deste ano. É a menor desde
2017.
Em comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando
ainda não existia pandemia, a queda foi de 7%.
Naquele período, a renda média do trabalhador era de
R$ 2.613, já descontada a inflação (veja mais
abaixo).
A tendência, acreditam os analistas do IDados, é de
um achatamento ainda maior ao longo dos próximos
meses, sobretudo porque o número de desempregados
ainda é muito alto, superior a 14 milhões de
pessoas, e que devem desembocar, boa parte, em
setores que concentram remuneração mais baixa.
A realidade é a evidência de que as mudanças da
reforma trabalhista iniciada no governo Temer, ao
invés de estimular a criação de empregos, conforme a
promessa oficial, teve apenas o objetivo de ampliar
os lucros capitalistas aumentando o grau de
exploração da força de trabalho. Seus resultados
concretos são a degradação das ocupações e a redução
da renda da classe explorada no capitalismo.
O recuo da renda da população trabalhadora tem um
efeito perverso sobre a economia na medida em que
reduz o consumo e emagrece o mercado interno,
deprimindo o comércio e a indústria e desta forma
realimentando a crise econômica.
Perspectivas nada boas
Em entrevista ao G1, o autor do estudo e pesquisador
do IDados, Bruno Ottoni, disse que a perspectiva de
aumento da inflação joga um tempero a mais no
quadro, ajudando ainda mais essa queda na renda
média.
“Quando as pessoas começarem a conseguir novamente
empregos nesses serviços tradicionais, como a renda
desse setor é mais baixa, isso provavelmente também
vai puxar o rendimento médio para baixo”, disse ele
sobre setores como lazer, serviços domésticos e
restaurantes, historicamente os que pagam menos em
conjunto com a agricultura.
Série histórica da renda média no 2° trimestre,
segundo dados da PNAD/IBGE
– 2014: R$ 2.452;
– 2015: R$ 2.450;
– 2016: R$ 2.360;
– 2017: R$ 2.399;
– 2018: R$ 2.444;
– 2019: R$ 2.437;
– 2020: R$ 2.613;
– 2021: R$ 2.433.
Com informações da Isto É Dinheiro
Fonte: Portal Vermelho
27/09/2021 -
Sindicato consegue cobrar honorários advocatícios
junto com a contribuição assistencial
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
recurso em que o Ministério Público do Trabalho
questionava a legalidade da cobrança, pelo Sindicato
dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Tecnologia da
Informação no Estado do Pará, de honorários
advocatícios contratuais junto com os assistenciais.
De acordo com os ministros, a cobrança aprovada em
assembleia-geral e com efetiva participação do
sindicato da categoria é válida, em razão do
princípio da liberdade sindical.
Honorários advocatícios
O MPT recebeu denúncia de que o sindicato descontava
15%, a título de honorários advocatícios
contratuais, dos créditos recebidos pelos filiados
numa ação coletiva. Ao se recusar a assinar Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), o sindicato sustentou
que a cobrança fora ratificada em assembleia-geral,
no caso dos filiados, e por contrato particular de
prestação de serviços advocatícios, no caso dos não
associados.
Para o MPT, a cobrança é ilegal quando o assistente
jurídico já é contemplado por honorários
assistenciais (honorários de sucumbência). Na ação
civil pública, pretendia que o sindicato se
abstivesse de vincular a defesa dos direitos e dos
interesses da categoria ao pagamento de honorários a
escritório ou a advogado contratado ou indicado pela
própria entidade.
Natureza privada
Após o juízo da 8ª Vara do Trabalho de Belém (PA)
julgar parcialmente procedente o pedido do MPT, o
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP)
julgou improcedente a ação civil pública. Para o
TRT, o sindicato profissional pode estabelecer
contratos de honorários entre os substituídos e os
advogados, em razão da natureza privada da relação,
que se sujeita às regras próprias da liberdade de
contratar e da autonomia da vontade.
Cobrança legal
A relatora do recurso de revista do MPT, ministra
Delaíde Miranda Arantes, afirmou que a cobrança de
honorários advocatícios contratuais aprovada em
assembleia-geral e com efetiva participação do
sindicato da categoria profissional deve, em regra,
ser tida como válida, pois o artigo 7º, inciso XXVI,
da Constituição da República impõe o reconhecimento
das convenções e dos acordos coletivos de trabalho.
De acordo com a ministra, a Constituição assegura a
liberdade sindical e veda ao poder público a
interferência e a intervenção na organização
sindical. “Portanto, é possível a percepção, pelo
sindicato, dos honorários assistenciais
concomitantemente com a cobrança de honorários
contratuais dos substituídos”, concluiu.
A ministra assinalou, ainda, que o artigo da CLT que
tratava da contribuição sindical obrigatória foi
profundamente alterado com a reforma trabalhista
(Lei 13.467/2017) não para extingui-la, mas para
condicioná-la à autorização pessoal prévia dos
empregados, para que seja promovido o desconto no
seu salário. A decisão foi unânime. Com informações
da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do
Trabalho.
RR 1010-18.2017.5.08.0008
Fonte: Consultor Jurídico
27/09/2021 -
TST vai decidir se Covid-19 pode ser doença do
trabalho
O Tribunal Superior do Trabalho vai julgar se a
Covid-19 pode ser considerada doença do trabalho. O
recurso será analisado pela 2ª Turma da corte, em
data ainda não estipulada, sob relatoria do ministro
José Roberto Freire Pimenta.
A ação originalmente foi movida pelo Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Região
Metropolitana de São Paulo e Zona Postal de Sorocaba
(Sindect). A entidade acusava a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT) de não controlar
adequadamente a disseminação da doença em uma
unidade na grande São Paulo.
A Vara do Trabalho de Poá (SP) impôs diversas
obrigações aos Correios quanto a protocolos
sanitários. A ECT recorreu, mas o Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região considerou que as medidas
adotadas não foram suficientes e manteve a decisão
de primeiro grau.
Na ocasião, o TRT-2 também confirmou a obrigação de
os Correios expedirem comunicações de acidente de
trabalho (CATs) relativas aos empregados que
contraíram Covid-19. O entendimento contrariou um
dispositivo da Medida Provisória 927/2020, cuja
vigência já se encerrou, e segundo a qual os casos
de Covid-19 não seriam considerados ocupacionais,
exceto se comprovado o nexo causal.
1000708-47.2020.5.02.0391
Fonte: Consultor Jurídico
27/09/2021 -
Câmara aprova isenção de IR para aposentados com
sequelas de Covid-19
Segundo a proposta, serão isentos os proventos de
aposentadoria, reforma ou pensão
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (22)
o Projeto de Lei 1100/21, dos deputados Wolney
Queiroz (PDT-PE) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que
concede isenção do Imposto de Renda para os
proventos de aposentadoria, reforma ou pensão
recebidos por pessoa com sequelas da Covid-19. A
matéria será enviada ao Senado.
O texto foi aprovado na forma do substitutivo do
relator, deputado André de Paula (PSD-PE), segundo o
qual a isenção deverá ser concedida com base em
conclusão da medicina especializada e valerá mesmo
que a doença tenha sido contraída depois da
aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou
concessão da pensão.
Segundo o texto, o benefício valerá a partir de 1º
de janeiro do ano seguinte ao de publicação da
futura lei.
Autor do projeto, Wolney Queiroz comemorou a
aprovação, destacando a abrangência das sequelas da
Covid-19. “Essas complicações produzem efeitos
severos sobre a vida do paciente, podendo
acompanhá-lo por vários anos ou mesmo pelo resto de
sua vida, implicando a redução de sua capacidade de
trabalho e a exigência de se submeter a tratamentos
permanentes ou de longo prazo”, declarou.
Já o relator ressaltou que “não se pode
desconsiderar o contexto grave da crise de saúde
pública e de vulnerabilidade dos trabalhadores,
sendo injusto exigir deles que comprovem ter
contraído a doença no ambiente laboral”. André de
Paula referiu-se à regra atual sobre reconhecimento
da Covid-19 como doença laboral para fins de
dispensa de carência de benefícios previdenciários.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
24/09/2021 -
2 de Outubro: Centrais Sindicais convocam para ato
Fora Bolsonaro
Das ruas não nos retiraremos até libertar o
Brasil deste presidente criminoso
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
CSP-Conlutas, Intersindical e Pública, de forma
unitária, convocam toda a classe trabalhadora aos
atos Fora Bolsonaro, no dia 02 de outubro, em todos
os Estados do Brasil, e também em outros países.
Vamos ocupar as ruas em protesto contra o caos que
representa, ao país, ter o mitômano Jair Bolsonaro
na Presidência da República: desemprego recorde,
fome, carestia, inflação, corrupção, retirada de
direitos, desmonte dos serviços públicos e das
estatais, ataques à democracia, à soberania e às
liberdades, atropelo da ciência e desprezo à vida.
Cada dia a mais que Bolsonaro acorda como presidente
da República, o Brasil afunda, perde e se perde do
mundo, mantendo-se como pária atado à espiral de
crises (sanitária, política, econômica,
institucional e diplomática) geradas pela
incompetência e projeto pessoal de poder de
Bolsonaro e da sua inepta equipe de governo.
Em um país com 212 milhões de habitantes, cuja
maioria, segundo todas as pesquisas, rejeita e
desaprova Bolsonaro, é urgente que o Congresso
Nacional atenda o clamor popular e acate a abertura
de processo de impeachment para que Bolsonaro seja
afastado e seus crimes apurados e julgados. Já são
mais de 130 pedidos engavetados na presidência da
Câmara dos Deputados, enquanto o país afunda no lodo
presidencial.
A voz das ruas tem que ser ouvida, e nós seremos
essas vozes no 2 de outubro e em todas as datas que
vierem, até que Bolsonaro seja afastado para ser
julgado pelos crimes que cometeu e comete
diariamente contra os brasileiros, até que ele
responda pelo genocídio que tirou as vidas de quase
600 mil pessoas na pandemia de Covid-19, pelo
desemprego que atinge 100 milhões e pelo desalento
que causa miséria e fome.
As Centrais Sindicais ocuparão as ruas no 2 de
outubro ao lado das mais de 80 entidades
representadas pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem
Medo, Frente Nacional Fora Bolsonaro e partidos
políticos. Estão convocando aos atos todos os entes
e sindicatos de base, em todo o país, para protestar
nas ruas, nas praças, além de assembleiais e
panfletagens nos locais de trabalho e terminais de
transporte público. Com segurança e respeito aos
protocolos sanitários, uso de máscara e de álcool em
gel.
Das ruas não nos retiraremos até libertar o Brasil
desse presidente criminoso.
Brasil 23 de setembro de 2021
Assinam:
Sérgio Nobre
Presidente da CUT - Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST - Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Antonio Neto
Presidente da CSB - Central dos Sindicatos
Brasileiros
Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional - CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio
Secretário-geral - Intersindical - Central da Classe
Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente - Pública Central do Servidor
Fonte: Centrais Sindicais
24/09/2021 -
Comissão da Câmara aprova PEC 32, da reforma
administrativa
Com o lema "se votar não volta", oposição
pressiona para que o texto seja derrubado no
plenário
Apesar de forte pressão da oposição, a comissão
especial que analisa a reforma administrativa de
Paulo Guedes aprovou relatório favorável à PEC 32,
nesta quinta-feira (23). Os oposicionistas acreditam
que conseguem barrar a proposta do governo no
plenário.
A reunião, prevista para a noite de quarta-feira
(22), foi transferida para esta quinta depois dos
parlamentares da oposição denunciarem manobra na
comissão. O relator, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA),
apresentou mudanças no texto depois de 26 destaques
terem sido colocados e queria aprovar a PEC na
calada da noite.
A sessão noturna foi interrompida sob ameaças de
acionamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quinta, no entanto, a comissão rejeitou novo
adiamento e aprovou o relatório de Maia. Foram 28
votos favoráveis e 18 contrários. Votaram a favor
PSL, PL, PP, PSD, PSDB, MDB, Republicanos, DEM, PSC,
Pros, PTB, Novo e Cidadania. Confira aqui como votou
cada parlamentar.
PEC da corrupção
PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Rede, Solidariedade e PV
fecharam questão contra a PEC desde a última semana.
Rogério Correia (PT-MG) deu alguns apelidos à PEC
durante a sessão. “Essa é a PEC da deforma
administrativa, do desmonte do serviço público, do
retrocesso, da rachadinha, da corrupção, do mercado,
do fim do SUS, do fim do Fundeb. Essa é a PEC do
Bolsonaro e do Paulo Guedes”, disse.
“No plenário a possibilidade de derrota dessa PEC é
muito grande. Esta PEC possibilita uma privatização
em massa do serviço público”, garantiu Correia. “O
absurdo é tão grande que se inseriu aqui a
possibilidade de 25% de corte do salário e de
jornada do servidor e da prestação do serviço
público. Isso não é por acaso. Na semana passada, o
genocida Bolsonaro disse que tem excesso de
professores. O relator, então, incluiu isso no
texto”, completou.
“Quem votar não volta”
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), líder do PSOL,
apontou que a PEC atinge principalmente os
servidores que recebem menos. “Essa PEC vai atingir
os 71% dos servidores que ganhar até 3 mil reais, a
enfermeira, a merendeira. Essa PEC vai atingir 87%
dos que ganhar até o teto do INSS. Vai fragilizar o
serviço público. É um absurdo. É importante que quem
está votando escute a voz dos servidores
brasileiros: quem votar não volta. Quem votar estará
sendo capacho de Bolsonaro”, declarou.
Após a fala da parlamentar, os deputados puxaram o
grito de “quem votar não volta”.
Ricardo Barros
O líder do PV, Professor Israel (PV-SP), também
reforçou que a PEC favorece a corrupção e lembrou de
esquema que foi montado após o líder do governo,
Ricardo Barros (PP-PR), passar pelo Ministério da
Saúde. “Quem apresentou a PEC aqui na Câmara foi o
deputado Ricardo Barros. Ele é o mesmo deputado que,
quando foi ministro da Saúde, destruiu o setor de
distribuição de vacinas no Ministério e colocou na
VTCLog, que hoje está sendo investigada por
superfaturamento”, disse.
Fonte: RevistaForum
24/09/2021 -
Pandemia empurrou até 132 milhões de pessoas para a
fome crônica
A pandemia de Covid-19 prejudicou vários esforços
para o alcance da Agenda 2030 dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
Em um novo relatório, a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, revela
que entre 83 milhões a 132 milhões de pessoas foram
empurradas para a fome crônica em 2020.
O documento da agência foi divulgado para coincidir
com a Conferência da ONU sobre Sistemas Alimentares,
que acontece nesta quinta-feira, em Nova Iorque.
Situação alarmante
O evento de alto nível busca chamar a atenção global
para a urgência de uma reforma na produção e
distribuição de alimentos e também para a
importância de se erradicar a fome e reduzir doenças
relacionadas à má alimentação.
O chefe de Estatísticas da FAO, Pietro Gennari,
declarou que a situação é “alarmante” e que agora,
ficou mais difícil alcançar a Agenda 2030.
Praticamente 14% dos alimentos são perdidos ao longo
da cadeia de abastecimento, isso antes de mesmo de
chegar aos consumidores. Produtores de pequena
escala continuam na desvantagem: as mulheres dos
países em desenvolvimento ganham menos do que os
homens, mesmo quando produzem mais.
Alta no preço dos alimentos
A pandemia de Covid e as medidas de confinamento para
conter a transmissão do vírus tiveram também um
impacto na volatilidade dos preços dos alimentos,
que aumentaram.
O relatório destaca ainda que a escassez de água é
muito alta em várias regiões do mundo, o que também
ameaça os progressos para o desenvolvimento
sustentável.
Mas o documento relaciona alguns avanços do setor:
implementação de decisões para combater a pesca
ilegal, manejo sustentável de florestas, políticas
para eliminar o subsídio das exportações agrícolas e
investimentos para ampliar a produtividade em países
em desenvolvimento.
A agência recomenda aos países uma séria de medidas,
incluindo aumentar o investimento na agricultura,
apoiar pequenos produtores e adotar medidas para
conter a alta no preço dos alimentos.
Fonte: ONU News
24/09/2021 -
Reajuste salarial fica abaixo da inflação em agosto
Informação é do boletim Salariômetro, divulgado
pela Fipe
No mês de agosto, o reajuste salarial mediano no
país ficou 1,4 ponto percentual abaixo da inflação,
considerando como base o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações
resultaram em ganhos reais, de acordo com o boletim
Salariômetro, divulgado nesta quinta-feira (23) pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O reajuste médio negociado foi de 8,5% em agosto,
enquanto o INPC, no acumulado de 12 meses, ficou em
9,9%. O piso salarial mediano - modelo que corrige
discrepâncias - negociado foi de R$ 1.255 em agosto,
enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.
O Salariômetro analisa os resultados de 40
negociações salariais coletivas, que são depositados
no Portal Medidor, do Ministério da Economia.
Não houve aumento mediano real como resultado das
negociações em nenhum dos últimos 12 meses, conforme
a fundação. Desde setembro do ano passado, o índice
tem oscilado de -1,4% a zero.
Segundo a Fipe, a inflação projetada para as
próximas datas-base ficará perto dos 10%, o que
deverá comprimir o espaço para ganhos reais no
futuro.
Fonte: Agência Sindical
24/09/2021 -
Alta de juros não deve conter inflação e ‘esfria’ a
economia, alerta Dieese
Inflação está ligada a aumento dos preços dos
combustíveis e da energia elétrica, além da alta das
commodities no mercado internacional
Nessa quarta-feira (22), o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou em
1 ponto percentual a taxa básica de juros. A Selic
passou de 5,25% para 6,25%, atingindo o maior nível
desde julho de 2019. De acordo com a autoridade
monetária, a decisão se deu em função da preocupação
com a elevação geral dos preços. Em agosto, segundo
IBGE, a inflação de medida pelo IPCA registrou alta
de 0,87%, a maior para o mês desde o ano 2000.
Contudo, esse aumento não está relacionado ao
crescimento da demanda interna.
Nesse sentindo, a subida da Selic deve ter pouco
impacto na inflação. E ainda deve trazer outras
consequências negativas, esfriando ainda as
perspectivas de retomada da economia, que foi
abalada pela pandemia.
“A atual variação da inflação tem muito mais a ver
com os preços administrados – como energia elétrica
e combustíveis – e com os preços internacionais de
commodities (produtos agrícolas e minerais)
vinculados ao dólar”, explicou o diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior, em entrevista a
Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
quinta (23).
Como efeitos negativos, Fausto cita o encarecimento
do crédito para famílias e empresas. Além disso,
também encarece o financiamento da dívida pública.
“Ou seja, mexer na taxa básica não vai alterar nos
elementos que estão causando a inflação nesse
momento. Por outro lado, vai esfriar ainda mais a
economia. Vamos ter mais recursos indo para mercado
financeiro de um lado, e uma piora geral da economia
para o brasileiro comum, do outro”, afirmou.
Modelo ultrapassado
Desde fevereiro, quando foi sancionada a lei que
garante autonomia ao Banco Central, a autoridade
monetária passou operar, em tese, a partir do modelo
de “mandato duplo”. Além da meta de inflação, também
devem “suavizar as flutuações do nível de atividade
econômica e fomentar o pleno emprego”. Contudo,
essas novas atribuições parecem não estar sendo
seguidas à risca, ou até mesmo ignoradas, segundo
Fausto.
“Não é possível um país com quase 15 milhões de
desempregados ter sucessivos aumentos na taxa de
juros, aumentando o custo do capital. Durante a
pandemia, estamos com uma quebradeira de empresas,
que vão precisar de mais créditos. E o crédito fica
mais caro. Além disso, o governo também aumentou o
IOF. Tudo vai ao contrário das demandas reais para
sair desse momento ruim que estamos vivendo”,
ressaltou.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/09/2021 -
Pacheco prorroga prazo de medida provisória que
recriou Ministério do Trabalho
O presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador
Rodrigo Pacheco, prorrogou por 60 dias a vigência da
MP 1.058/2021, que recriou o Ministério do Trabalho.
A medida provisória, que perderia a validade na
próxima semana, aguarda deliberação na Câmara dos
Deputados e também precisa passar por votação no
Senado. O ato de Rodrigo Pacheco foi publicado nesta
quinta-feira (23) no Diário Oficial da União.
A MP também nomeou Onyx Lorenzoni como titular da
pasta. Criado em 1930, o Ministério do Trabalho
havia sido incorporado ao Ministério da Economia no
começo do governo do presidente Jair Bolsonaro. A
medida provisória estabelece a transferência de
competência e órgãos da pasta chefiada por Paulo
Guedes para o novo Ministério do Trabalho e
Previdência.
O texto (que altera a Lei 13.844, de 2019, que trata
da organização básica dos órgãos da Presidência da
República e dos ministérios) prevê ainda a
transferência de pessoal para a nova pasta e a
transformação de cargos em comissão e funções de
confiança. O novo ministério será responsável por
áreas como Previdência, política e diretrizes para
geração de emprego e renda, política salarial e
fiscalização do trabalho.
Entre os órgãos que compõem a pasta, estão o
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e o Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).
Fonte: Agência Senado
23/09/2021 -
Palanque da Mentira na ONU – José Reginaldo
José Reginaldo Inácio é presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Desde seu primeiro dia na cadeira presidencial, o
atual mandatário do Executivo nacional não tem feito
outra coisa que não seja uma campanha eleitoral
permanente, sem tréguas, cuja estratégia central é
dar sequência e amplitude a uma avalanche de
mentiras que, de maneira muito bem-sucedida e
organizada, consegue se multiplicar no submundo da
desinformação compartilhada em milhares de grupos de
aplicativo alimentados pelo “gabinete do ódio” e
seus clones digitais.
Na véspera do privilegiado espaço de diálogo
internacional, a Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), o presidente do Brasil,
previsivelmente, diga-se, repetiu mentiras sem o
menor pudor de ser desmentido pela quase totalidade
da imprensa nacional e internacional (saiba
mais).
Não bastasse o conjunto de absurdos ditos, pouco
depois do desembarque em solo norte-americano,
Bolsonaro foi advertido pelo prefeito de Nova York,
Bill de Blasio (saiba
mais) de que se ele não quiser se vacinar, “nem
precisa vir à cidade”. O presidente do Brasil e seus
asseclas na comitiva enviada às “terras do Tio Sam”
continuam protagonizando cenas deploráveis, que
desconstroem a boa imagem do Brasil acumulada por
anos de boa tradição diplomática. Viramos piada
mundial! (saiba
mais).
A fuga de capitais, o desinvestimento, o desemprego,
a fome, as quase 600 mil mortes pela Covid-19, a
miséria e a inflação fora de controle são alguns dos
sintomas de um governo que insiste em não governar,
que dedica quase 100% de suas energias a destruir
todas as conquistas civilizatórias até aqui
acumuladas.
O GOVERNO, com seu arsenal de mentiras
eficientemente compartilhado, especializou-se em
distrair boa parte da população, capitaneado,
inclusive, por setores da mídia e, em grande medida,
da imprensa a ele alinhada. Distração, esta, que tem
se revelado bastante conveniente aos propósitos
inconfessáveis de saquear as riquezas nacionais e
destruir todo o arcabouço de Leis de proteção
trabalhista e social, atendendo a interesses
mesquinhos de uma elite perversa, que atura a
continuidade da barbárie desde que seus lucros sejam
potencializados com sangue, suor e lágrimas da
riqueza resultante da exploração máxima do trabalho.
A Nova Central está atenta a esses movimentos e
busca, por meio de seus mecanismos de comunicação,
levar ao cidadão brasileiro temas que são realmente
relevantes, que merecem atenção especial para
construir uma consciência coletiva crítica,
protegida das armadilhas retoricas que visam nos
alienar.
Vencemos a MP 1045 (saiba
mais) e estamos em uma verdadeira cruzada para
derrotar a PEC 32 no Congresso Nacional (saiba
mais). Estas sim, agendas prioritárias que podem
impedir a tentativa do governo brasileiro e seus
apoiadores no parlamento de submeter o cidadão a
todo tipo de humilhação, de submissão.
Seguiremos firmes nessa luta na certeza de que
escolhemos o bom combate, aquele alinhado com a
construção de um país civilizado, moderno e de
oportunidades para todos os brasileiros.
Acesse –
www.ncst.org.br
Fonte: Agência Sindical
23/09/2021 -
Todos e tudo contra a PEC 32, alertam entidades
No ataque o governo, na resistência os Servidores,
no meio a reforma administrativa. Alijada, a
sociedade, que não foi chamada a debater um assunto
de seu interesse. Até porque a PEC 32 desmonta áreas
vitais do Estado e abre a privatização de serviços
públicos essenciais.
Coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores,
Oswaldo Augusto de Barros sintetiza: “O funcionário
deixará de ser servidor público pra virar empregado
do político de plantão”.
A terça foi de forte ação sindical em Brasília.
Entre os objetivos, abrir diálogo com parlamentares
pra que a Proposta de Emenda à Constituição 32/2020
não vá a voto. Houve ações no aeroporto, no
desembarque de deputados. À tarde, ato em frente à
Câmara.
Deputado Rogério Correia (PT-MG) avalia que governo
não tem votos suficientes pra aprovar a matéria na
Comissão Especial. “Isso se deve à forte mobilização
das entidades”, afirma. Mas ressalva que a pressão
dever persistir, porque, a qualquer vacilo, a PEC
vai a voto.
Presidente da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil, João Domingos, defende que se retire o
Artigo 37-A da Proposta – destrutivo aos serviços
públicos. “A essência da PEC é o 37-A, que privatiza
serviços vitais”, alerta.
O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, esteve nas
manifestações em Brasília. Ele reafirma: “A
valorização dos serviços públicos é crucial para o
Estado e o povo brasileiro”.
Pressão – O professor Oswaldo, do Fórum,
ressalta que as entidades de base têm feito corpo a
corpo efetivo com parlamentares e seus apoiadores.
Ele pede que se intensifique o trabalho pelas redes
sociais. “Temos pressa. É tudo pra ontem”, afirma.
Mais –
Contra a PEC 32 e
FST.
Fonte: Agência Sindical
23/09/2021 -
Balanço da Agenda Legislativa das centrais sindicais
2021
Após o lançamento da “Agenda Legislativa das
Centrais Sindicais”, em maio passado, já é possível
fazer balanço preliminar sobre as 23 proposições
destacadas como prioridade para atuação das centrais
sindicais — CSB, NCST, Força Sindical, CUT, UGT,
CTB, Pública, Intersindical e CSP Conlutas —, no
âmbito do Congresso Nacional.
André Santos¹ e Neuriberg Dias²
Diante da conjuntura desafiadora em todos os
sentidos e em ritmo acelerado de votações imposta
pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
pode-se apontar que 5 matérias daquelas destacadas
na agenda e que concluíram a tramitação nesse
período, 3 são consideradas positivas e 2 negativas
para os trabalhadores e à sociedade.
As positivas foram a derrota das MP (Medidas
Provisórias) 1.045/21 e 1.046/21. Quanto a 1.045, os
senadores ficaram do lado dos trabalhadores ao
rejeitarem a nova reforma trabalhista e a criação de
programas para geração de emprego em bases
precarizantes, com redução de direitos e salário
para jovens.
A segunda boa notícia foi a aprovação e remessa para
sanção presidencial do PL 823/21, do deputado Pedro
Uczai (PT-SC), que renova o acesso ao auxilio e
medidas emergenciais de amparo a agricultores.
Soma-se também como positiva, a aprovação no Senado
do PDL 342/21 que sustou a resolução do governo que
aumentava os custos de planos de saúde para os
empregados de estatais.
A matéria não constava inicialmente na agenda
prioritária, mas é considerada importante vitória
para esse segmento de trabalhadores.
Auxílio emergencial
Mesmo com forte pressão e diálogo das centrais
sindicais no Parlamento, não foi votada a MP 1.039,
na qual defende-se o aumento para R$ 600 do auxílio
emergencial para garantir renda justa para as
famílias nesse momento de pandemia, inflação
galopante e alto índice de desemprego.
Entre as matérias negativas para os trabalhadores,
destaque para a aprovação da privatização da
Eletrobrás (MP 1.031/21), transformada na Lei
14.182/21, que aponta para aumento de cerca de 20%
nas contas de energia das residências.
Importantes avanços
Em relação às 18 proposições remanescentes da agenda e
que continuam em análise, pode-se mencionar
importantes avanços nas etapas de tramitação no
Congresso Nacional.
As propostas que tratam de mudanças estruturais e
saques no FGTS — PL 2.751/20, 714/20 e 6.223/16 —,
devem passar por mais debates entre trabalhadores,
empresários e o governo, em especial, na Comissão de
Trabalho da Câmara dos Deputados.
Foi aprovada a igualdade de salário entre homens e
mulheres (PL 1.558/21), que tinha sido enviada para
sanção presidencial, mas retornou para a Câmara dos
Deputados após manobra regimental do presidente da
Câmara para analisar as mudanças feitas pelos
senadores.
PEC 32 tem graves problemas
A PEC 32/20, que trata da Reforma Administrativa,
continua com graves problemas e com monitoramento
constante das centrais para brecar os retrocessos
que a proposta traz no substitutivo apresentado pelo
relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA); a
desaceleração da privatização dos Correios (PL
591/21) no Senado é positiva; e houve a designação
do deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) para relatoria
na Comissão de Ciência e Tecnologia, do PL 7.488/17,
que extingue o monopólio dos serviços postais.
Destaque-se, ainda, que outras matérias tiveram
movimentação relevante neste período, como o PL
5.228/19, da Lei do Primeiro Emprego, que foi
aprovado no Senado e está agora CCJ da Câmara, sob
relatoria do deputado Gilson Marques (Novo-SC). A
matéria pode ter o debate retomado, que trata da
política de geração de emprego.
Trabalho sob Demanda
Voltou a ser debatido o PL 3.748/20, da deputada
Tabata Amaral (PDT-SP), que trata do regime de
Trabalho sob Demanda, agora sob a relatoria do
deputado Augusto Coutinho (SD-PE).
Ainda sobre a temática, na Câmara, constou na pauta
do plenário o PL 1.665/20, do deputado Ivan Valente
(PSol-SP), que define direitos dos entregadores que
prestam serviços a aplicativos de entrega durante a
pandemia do novo coronavírus. O relator é o deputado
Fabio Trad (PSD-MT).
Atuação de lideranças políticas e sociais
E houve, ainda, a instalação da comissão especial do
PL 1.595/19, que tata da criminalização da atuação
de lideranças, movimentos de base e organização da
sociedade civil. Em relação à matéria é importe a
realização de audiências públicas já que o parecer
do relator, deputado Sanderson (PSL-RS), retoma o
debate e deliberação de tema controverso e polêmico.
A relevância do trabalho parlamentar, assim como a
importância da iniciativa de elaboração da “Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais 2021”, como
instrumento de manutenção do diálogo social aberto
com os partidos, parlamentares e líderes de bancadas
do Congresso demonstram que o movimento sindical
está no caminho certo, em defesa da democracia e com
a permanente tarefa de defender os trabalhadores e a
sociedade no âmbito do Parlamento.
¹ Jornalista, analista político, é especialista
em Política e Representação Parlamentar e assessor
técnico licenciado do Diap e sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política.
² Jornalista, analista política, assessor técnico
do Diap e sócio-diretor da Contatos Assessoria
Política.
Eis a
íntegra das proposições mais relevantes em
tramitação no Congresso
Fonte: Diap
23/09/2021 -
Brasil está longe de despertar interesse
internacional, alerta diretor do Dieese
Bolsonaro diz que o Brasil seria um dos melhores
destinos para investimentos estrangeiros, mas país
deve crescer abaixo da média mundial
Em discurso na abertura da 76ª Assembleia Geral da
ONU, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que está
resgatando a credibilidade do Brasil no exterior. Os
dados da realidade, no entanto, desmentem essa
afirmação. De acordo com relatório da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
a economia brasileira deve crescer 5,2% em 2021,
abaixo da previsão de crescimento do PIB mundial,
que é de 5,7%.
Ainda assim, para o diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior, essas previsões da OCDE para
o Brasil estão defasadas. O boletim Focus divulgado
pelo Banco Central (BC) nesta semana indica
crescimento de 5,04% em 2021. Para o ano que vem, as
estimativas de acrescimento do PIB foram reduzidas
de 1,72% para 1,63%.
Fausto diz que falta ao Brasil um plano estratégico
para a retomada da economia. E as tensões criadas
pelo governo Bolsonaro, que ataca a Constituição e a
própria democracia, acabam afastando investidores
estrangeiros.
“O Brasil está longe de despertar interesse
internacional”, disse Fausto, em entrevista a Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
quarta-feira (22). “Quem investe quer retorno com o
mínimo de risco possível. E o Brasil está longe ser
um país de baixo risco. Ao contrário, esse risco
está cada vez maior”, acrescentou.
Investimentos
Bolsonaro também afirmou que o Brasil seria hoje um
dos melhores destinos para os investimentos
estrangeiros. Os números, mais uma vez, contrariam a
versão apresentada pelo presidente. O país despencou
da 6ª para a 11ª posição no ranking da ONU dos
locais que mais receberam recursos externos em 2020.
Esses fluxos de investimento se reduziram para
patamares de 20 anos atrás. E a previsão é que só
haverá recuperação a partir de 2023.
“O governo não dá nenhum tipo de segurança, nem no
curto nem no longo prazo, uma vez que não apresenta
claramente as diretrizes da sua política econômica.
Nem diz qual a sua proposta de investimento. Além de
tudo, gosta de criar confusão com parceiros
importantes, como a China e os Estados Unidos”,
destacou Fausto.
Colaboram ainda para a falta de interesse do
investidor estrangeiro os recordes de desemprego no
Brasil, o que reduz o mercado interno. Sobram apenas
eventuais privatizações de empresas estatais e
demais ativos públicos, naquilo que Fausto
classificou como “entrega” do patrimônio nacional.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/09/2021 -
Ipec: Com 48%, Lula venceria já em 1° turno na
margem de erro; Bolsonaro tem 23%
Levantamento mostra que ex-presidente segue bem à
frente do atual e que, no cenário atual, seria
possível ganhar a corrida ao Planalto sem uma
disputa no 2° turno
Uma pesquisa Ipec divulgada na noite desta
quarta-feira (22) pelo Jornal Nacional, da TV Globo,
indica que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
venceria a próxima eleição para o Palácio do
Planalto já em 1° turno, ainda que na margem de erro
na pior das hipóteses.
Lula (PT) aparece com 48% das intenções de voto,
enquanto Jair Bolsonaro (sem partido) está com 23%.
Na sequência aparecem Ciro Gomes, do PDT, (8%), João
Doria, do PSDB, (3%) e Luiz Henrique Mandetta, do
DEM, (3%). Votos em branco e nulos totalizam 10%,
enquanto 4% disseram não saber responder.
Dois cenários foram apresentados pelo Ipec aos
eleitores. No primeiro deles, Lula mantém 11 pontos
percentuais à frente da somatória de todos os outros
candidatos, o que garantiria sua vitória em 1° turno
com folga. Já no segundo, o ex-presidente petista
aparece com 45% do total de intenções de voto,
enquanto Jair Bolsonaro é a preferência de 22%,
seguido por Ciro Gomes (6%), Sergio Moro (5%),
Datena (3%), João Doria (2%), Luiz Henrique Mandetta
(1%) e Rodrigo Pacheco (1%). Ainda assim, Lula seria
eleito em 1° turno, dentro da margem de erro.
O levantamento foi realizado entre os dias 16 e 20
de setembro, com 2002 entrevistados em 141
municípios de todas as regiões brasileiras, com
margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou
para menos e com 95% de confiança.
Fonte: RevistaForum
23/09/2021 -
Comissão aprova assistência de sindicato em demissão
de analfabeto ou maior de 60 anos
Texto inclui a regra na Consolidação das Leis do
Trabalho
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que
altera a legislação trabalhista para determinar que
o pedido de demissão ou a rescisão contratual de
empregado analfabeto ou maior de 60 anos só será
válido com a assistência do sindicato da categoria
ou de órgão do Ministério do Trabalho e Previdência.
O texto aprovado é o Projeto de Lei 10467/18, que
inclui a regra na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). O relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP),
apresentou um substitutivo para deixar claro que
caberá ao empregado definir qual dos órgãos prestará
a assistência.
O projeto foi elaborado pela Comissão de Legislação
Participativa da Câmara, com base em sugestão (SUG
153/18) do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços
Gerais Onshore e Offshore de Macaé e Adjacentes
(RJ).
Kataguiri afirmou que a proposta é uma questão de
justiça. “O trabalhador maior de 60 anos de idade ou
analfabeto pode ter sérias dificuldades de
compreensão acerca do teor da extinção do vínculo
empregatício, bem como se estão ou não corretas as
parcelas indenizatórias que lhe são devidas”, disse.
Tramitação
O projeto será analisado agora pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois
seguirá para o Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
22/09/2021 -
Onyx sinaliza que pacote trabalhista voltará ao
Congresso após rejeição no Senado
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx
Lorenzoni, sinalizou que o governo tentará emplacar
novamente o pacotão trabalhista rejeitado
recentemente no Senado. Em evento ao lado do
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o
chefe da pasta defendeu oportunidades no mercado de
trabalho fora da carteira assinada.
No dia 1º de setembro, o Senado rejeitou medida
provisória (MP 1.045/21) que instituía novos
programas trabalhistas, alterando a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), promovendo a
contratação sem carteira assinada.
As mudanças foram criticadas por centrais sindicais
e parlamentares.
Nesta segunda-feira (20), durante convenção da Abras
(Associação Brasileira de Supermercados), Onyx
defendeu a flexibilização da legislação trabalhista
e novos programas de emprego e qualificação
profissional.
“Foi isso que passou pelo Congresso e vai voltar
porque precisamos juntar 2 coisas no Brasil para
além da carteira assinada: é oportunidade e
qualificação. O Brasil precisa cada vez que esse
binômio seja compreendido e entendido no mercado do
trabalho”, disse o ministro.
Fonte: Diap
22/09/2021 -
Bolsonaro mente e distorce dados em discurso na
abertura da Assembleia Geral da ONU
Em Nova Iorque, presidente brasileiro falou por
13 minutos sobre temas como meio ambiente, indígenas
e pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorceu
dados e mentiu durante discurso na 76ª sessão da
Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta
terça-feira (21).
Após chamar atenção ao circular por Nova Iorque sem
estar vacinado, o chefe de Estado brasileiro
declarou oficialmente na abertura do evento que "os
recursos para fiscalização, nos órgãos ambientais,
foram dobrados. E os resultados já começam a
aparecer.”
Em abril, o governo aprovou corte de 24% no
orçamento do meio ambiente para 2021 em relação ao
ano passado.
Bolsonaro também mentiu sobre dados de desmatamento
na Amazônia em agosto. Ele falou em 32% de redução
em relação ao mesmo mês de 2020. Segundo o Imazon,
houve aumento de 7%, um recorde desde 2012.
“Nenhum país do mundo possui uma legislação
ambiental tão completa quanto a nossa. Nossa
agricultura é sustentável e de baixo carbono",
afirmou o presidente brasileiro. Bolsonaro
acrescentou que “indígenas desejam utilizar suas
terras para agricultura e outras atividades.”
O discurso reforçou a polarização política interna,
mentindo que as manifestações pró-governo do último
dia 7 foram "as maiores da história do país."
“Estávamos à beira do socialismo. Apresento agora um
novo Brasil, com credibilidade reconhecida em todo o
mundo”, disse o presidente. Em seguida, mentiu mais
uma vez, dizendo que não houve nenhum caso de
corrupção em seu governo – apesar de todos os
indícios levantados pela CPI da Covid.
Sobre a pandemia, ele disse que sempre defendeu
"combater o vírus e o desemprego com a mesma
responsabilidade."
Para o capitão reformado, “as medidas de lockdown
deixaram um legado de inflação”, e as pessoas foram
"obrigadas a ficar em casa" por prefeitos e
governadores.
O discurso durou, ao todo, 13 minutos.
Jair Bolsonaro valorizou os números da vacinação no
Brasil, embora nunca tenha feito um pronunciamento
incentivando os cidadãos a se imunizarem.
"Fiz tratamento inicial [contra a covid]. Nosso
governo é contra a vacinação obrigatória",
ressaltou.
“Meu governo recuperou a credibilidade, e hoje o
Brasil se apresenta como um dos melhores destinos
para investimentos”, disse ainda o capitão
reformado, citando os programas de concessão e
privatização no setor de infraestrutura.
Fonte: Brasil de Fato
22/09/2021 -
Brasileiros comem menos, e mal
A crise econômica atinge o estômago dos brasileiros.
O Datafolha mostra que 67% cortaram o consumo de
carne vermelha e 46% reduziram despesas com leite,
queijo e iogurte.
Pesquisa ouviu 3.667 pessoas em 190 municípios. A
enquete mostra que 85% reduziram o consumo de algum
alimento desde o começo do ano.
Mostra o Datafolha: 67% cortaram a carne vermelha;
46%, leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de
forma e outros pães tiveram 41% de redução. Arroz,
feijão e macarrão estão sendo menos consumidos,
respectivamente, por 34%, 36% e 38% da população.
Uma das consequências da alta no preço das carnes é
o aumento do consumo de ovos: 50%.
Cesta – O Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese
aponta que a cesta básica custou R$ 650,50 em
agosto; aumento de 1,56% sobre julho. Patrícia Lino
Costa, coordenadora da pesquisa do órgão, confirma o
Datafolha: “As pessoas saem da carne vermelha,
passam para a de porco, para a de frango e depois
ficam no ovo”.
Mais – www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
22/09/2021 -
Para bancar programa social, Congresso estuda
negociar precatórios
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
recebeu nesta terça-feira (21) na residência
oficial, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-PI); o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o
líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE),
para debater o pagamento de precatórios.
A PEC proposta pelo governo muda a regra de
parcelamento das dívidas. Porém, a medida é
amplamente criticada por parlamentares e juristas,
que consideram a mudança um calote e também
inconstitucional.
Para conseguir fazer a pauta avançar, a reunião da
manhã focou em uma outra alternativa: a
possibilidade de negociar em 2022 a parcela de
precatórios que extrapolar o teto de gastos.
Pacheco frisou que as dívidas precisam ser honradas
e que as regras fiscais devem ser respeitadas. Tudo
isso, destacou, para solucionar a preocupação maior:
abrir espaço fiscal para bancar o programa social
Auxílio Brasil.
O presidente do Senado explicou que, caso o
Congresso concorde com a proposta discutida nesta
terça, cerca de R$ 39,8 bilhões em precatórios
seriam quitados neste ano. O restante, cerca de R$
50 bilhões, poderiam ser renegociados, com a
possibilidade de quitações alternativas, como em
outorgas, títulos e ativos da União.
A ideia será submetida aos líderes da Câmara e do
Senado e, se acatada, deverá ser incorporada à PEC.
Fonte: Congresso em Foco
22/09/2021 -
Justiça do Trabalho não pode julgar suspensão de
portarias sobre segurança laboral
A competência para julgar a suspensão de um ato
normativo de uma secretaria de governo é da Justiça
Federal, e não da Justiça do Trabalho. Assim, a 15ª
Vara do Trabalho de Brasília extinguiu, sem
resolução de mérito, uma ação que questionava
portarias da Secretaria Especial de Previdência
sobre segurança no trabalho.
As Portarias 915/2019 e 6.730/2020 revisaram a Norma
Regulamentadora 1 (NR-1), que serve como base para
regulamentações de saúde e segurança do trabalho. O
Ministério Público do Trabalho pedia a anulação das
alterações.
De acordo com o MPT, as portarias teriam revisado de
forma acelerada todas as normas de saúde, segurança,
higiene e conforto no trabalho e, para isso, teria
descumprido regramentos legais e constitucionais,
bem como convenções da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
O órgão apontava restrições ao rastreamento de
riscos de adoecimentos e acidentes de trabalho. Além
disso, ao estabelecer um tratamento diferenciado às
pequenas empresas, as portarias teriam discriminado
trabalhadores submetidos a riscos idênticos e
extrapolado o seu poder regulamentar.
A Advocacia-Geral da União contestou o pedido e
argumentou que a Justiça do Trabalho seria
incompetente para julgar a demanda. A tese foi
acolhida pela juíza Laura Ramos Morais.
Segundo a magistrada, a competência da Justiça do
Trabalho não envolve questões sobre mudanças
regulamentares ou a anulação de atos normativos.
Como a ação não se referiu a nenhuma relação de
trabalho, não seria possível analisar o mérito.
"A nova redação da NR-1 trouxe grandes avanços
materiais à proteção do trabalhador, prezando pela
prevenção de riscos no ambiente laboral. Eventual
suspensão ou declaração de nulidade das portarias
implicaria em exclusão de outros riscos —
ergonômicos, psicossociais, de queda, mecânicos,
elétricos, em espaços confinados — do Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR)", defende Lívia Pinto
Câmara de Andrade, advogada da União. Com
informações da assessoria de imprensa da AGU.
Clique
aqui para ler a decisão
0000532-90.2021.5.10.0015
Fonte: Consultor Jurídico
22/09/2021 -
STF reitera validade de intervalo de 15 minutos a
mulheres antes de horas extras
Por considerá-la "justificada e proporcional", o
Plenário do Supremo Tribunal declarou a
constitucionalidade da antiga regra da CLT que
exigia um descanso mínimo de 15 minutos às mulheres
antes das horas extras. O julgamento foi feito no
Plenário virtual, em sessão encerrada no último dia
14.
O tema teve repercussão geral reconhecida. A norma
já foi revogada pela reforma trabalhista e, por
isso, a tese só vale para contratos firmados ou
ações ajuizadas antes de 2017.
Uma rede de supermercados questionava um acórdão do
Tribunal Superior do Trabalho que a havia condenado
a pagar as horas extras com um adicional de 50%. Na
ocasião, a corte trabalhista ressaltou a
constitucionalidade da regra.
Em recurso ao STF, a empresa alegou que a decisão
violaria a igualdade entre homens e mulheres e o
princípio da isonomia, além de estimular a
discriminação no trabalho.
Em 2014, o Plenário do Supremo manteve a decisão do
TST. Porém, o acórdão foi posteriormente anulado,
devido à falta de intimação do advogado da empresa.
Foi determinado um novo julgamento, mas em 2016 o
ministro Gilmar Mendes pediu vista dos autos. No ano
seguinte, a reforma trabalhista entrou em vigor.
Fundamentação
Em seu novo voto, o ministro relator, Dias Toffoli,
manteve o entendimento apresentado em 2014. Ele
indicou que a Constituição permite um tratamento
diferenciado entre homens e mulheres, desde que para
a ampliação dos direitos das mulheres e com
compensação das diferenças.
No caso concreto, a norma dos 15 minutos
demonstraria uma "desigualdade de forma
proporcional". Não haveria qualquer tratamento
arbitrário ou prejudicial ao homem. "Não há como
negar que há diferenças quanto à capacidade física
das mulheres em relação aos homens — inclusive com
levantamentos científicos", destacou Toffoli.
Segundo o ministro, não haveria "fundamento
sociológico", levantamento técnico ou comprovação
científica de que a regra dificultaria a inserção da
mulher no mercado de trabalho, ou de que levaria o
empregador a contratar homens em vez de mulheres.
Para Toffoli, se houvesse de fato prejuízo à
inserção da mulher no mercado de trabalho, o mesmo
aconteceria devido a outras regras como o salário e
a licença-maternidade, a proibição de dispensa
devido a matrimônio ou gravidez etc.
O relator também apontou que a regra não poderia ser
ampliada também aos homens. "Adotar a tese
ampliativa acabaria por mitigar a conquista obtida
pelas mulheres", pontuou.
Seu voto foi acompanhado por unanimidade. Toffoli
apenas incorporou ao seu voto o apontamento de
Gilmar, que ressaltava a necessidade de restringir a
tese aos casos anteriores à reforma.
Clique
aqui para ler o voto do relator
Clique
aqui paa ler o voto de Gilmar
RE 658.312
Fonte: Consultor Jurídico
22/09/2021 -
STF: cabe à Justiça do Trabalho julgar ações sobre
reflexos de verbas nas contribuições de previdência
privada
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a
Justiça do Trabalho é competente para julgar ação
que tenha por objeto diferenças salariais com
reflexos nas contribuições previdenciárias. A
decisão se deu no julgamento de Recurso
Extraordinário (RE 1265564) com repercussão geral
reconhecida (Tema 1.166).
O colegiado aplicou ao caso a jurisprudência do
Tribunal de que, em demandas em que não se discuta a
concessão de aposentadoria complementar, mas os
reflexos de parcelas salariais pleiteadas em
reclamação trabalhista, deve ser mantida a
competência da Justiça especializada.
Diferenças
O caso teve origem em reclamação trabalhista ajuizada
por um empregado do Banco do Brasil que pretendia o
pagamento de horas extras e sua repercussão nos
recolhimentos das contribuições adicionais para a
Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do
Brasil) e no Plano de Benefício Especial Temporário
(BET). O recurso ao STF foi interposto pelo BB
contra decisão da Sexta Turma do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), que reconheceu a competência da
Justiça do Trabalho para julgar o pedido e o
condenou a recolher a parcela para fins de
previdência complementar.
Competência
O relator do caso no STF, ministro Luiz Fux, lembrou
que o Plenário já assentou que compete à Justiça
comum julgar as causas ajuizadas contra as entidades
de previdência privada relativas à complementação de
aposentadoria. No entanto, no caso em questão, a
ação não trata da complementação: o empregado pede a
condenação do banco ao recolhimento das respectivas
contribuições como resultado da incidência sobre as
horas extras. Assim, a decisão do TST está em
sintonia com a jurisprudência do STF.
(Com informações do STF)
Fonte: TST
21/09/2021 -
Aumento do IOF reduz chances de recuperação da
economia, alerta Dieese
Para contornar o teto de gastos, governo aumenta
imposto sobre transações financeiras, encarecendo o
crédito para pessoas físicas e empresas
Começou a valer nesta segunda-feira (20) o aumento
do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na
semana passada, o presidente Jair Bolsonaro publicou
um decreto elevando o tributo e, para pessoas
físicas, a alíquota subiu de 3% para 4,08%. Para as
empresas, passou de 1,5% para 2,04%. Com a medida,
que deve valer até o final do ano, o governo espera
arrecadar R$ 2,14 bilhões a mais. A justificativa é
que esse montante será aplicado para custar o
Auxílio Brasil, nova versão do programa Bolsa
Família.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, o aumento do IOF encarece o crédito
e, consequentemente, jogando um “balde de água fria”
nas perspectivas já frágeis de recuperação da
economia.
“Estamos vendo uma recuperação gradativa, muito
aquém do esperado. E para que haja essa recuperação,
é preciso ter crédito. Mas o crédito está cada vez
mais caro, tanto pelos sucessivos aumentos na taxa
básica de juros (a Selic), como, agora, com o
aumento do IOF”, disse Fausto em entrevista a Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual.
Teto
O diretor do Dieese afirma que o aumento do IOF é uma
tentativa de contornar o teto de gastos, que
congelou os investimentos sociais. Mas não há
qualquer garantia de que esses recursos serão
aplicados efetivamente com o programa social que nem
sequer foi anunciado. Além disso, destaca que a
elevação paulatina da Selic ao longo do ano também
acaba consumindo parcela importante da arrecadação
do governo federal.
“O teto de gastos é a principal discussão que o
Brasil precisa trilhar. Há uma pressão do mercado
pela sua manutenção, mas esse teto é inviável. Já
está paralisando boa parte dos investimentos, não
apenas sociais, mas também aqueles que poderiam
puxar o desenvolvimento econômico. As atividades
econômicas foram praticamente paralisadas em função
da pandemia, e precisam ser retomadas. No entanto,
não temos os mecanismos de arranque para que a
economia volte a patamares anteriores”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/09/2021 -
Mais de 70% culpam governo por inflação e
desemprego, diz Datafolha
Levantamento realizado pelo Datafolha aponta que
sete em cada dez brasileiros consideram que o
governo de Jair Bolsonaro tem responsabilidade no
aumento da inflação e desemprego no país. O dado foi
publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta
segunda-feira (20).
A pesquisa foi feita de 13 a 15 de setembro, com
3.667 entrevistas realizadas em 190 municípios do
país. A margem de erro é de dois pontos percentuais,
para mais ou para menos.
Sobre a alta da inflação, hoje acumulada em 9,68%
nos últimos 12 meses, 41% dos entrevistados
afirmaram que o governo Bolsonaro tem muita
responsabilidade, 34% consideram que tem um pouco de
responsabilidade, 23% dizem que não há nenhuma
responsabilidade e 2% não souberam responder.
Já sobre o desemprego, que hoje afeta 14,4 milhões
de brasileiros, a pesquisa aponta que 39% dizem que
o governo tem muita responsabilidade, 32% um pouco
de responsabilidade, 27% dizem que não há nenhuma
responsabilidade e 2% não souberam responder.
A responsabilização é maior entre pessoas com ensino
superior (84%), com renda superior a dez mínimos
(81%) e assalariados registrados (82%).
Fonte: Agência Sindical
21/09/2021 -
Transferência de pagamento de perícias médicas aos
segurados do INSS é criticada em debate
O Projeto de Lei 3.914/2020, que transfere para os
segurados o ônus do pagamento dos custos das
perícias médicas em ações contra o INSS sofreu
críticas nesta segunda-feira (20) pelo Senado. A
matéria é de autoria do deputado Hiran Gonçalves
(PP-RR) e foi aprovada pela Câmara dos Deputados em
17 de agosto. No Senado, o texto seria enviado
diretamente a Plenário, com relatório a ser
apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Antes, porém, o senador Paulo Paim (PT-RS)
apresentou requerimento para a sessão de debate
temático, a fim de aprofundar a discussão.
Atualmente, a obrigação de custear as perícias de
quem possui gratuidade da Justiça é do próprio
tribunal em que o processo tramita. Em 2019, a Lei
13.876 deu ao Poder Executivo a missão de custear
essa perícia nos processos de benefício por
incapacidade durante dois anos. Como a norma foi
publicada em 23 de setembro de 2019, o prazo termina
na próxima quinta-feira (23). A senadora Zenaide
Maia (Pros-RN) sugeriu que o governo apresente uma
medida provisória a fim de que esse limite seja
estendido pelo menos até dezembro, a fim de que os
senadores consigam se alinhar. Para ela, não se pode
“continuar esmagando quem gera riqueza, que é o
trabalhador”.
— Não me peçam para colocar a digital em algo tão
cruel e tão indigno quanto isso.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
21/09/2021 -
Justiça do Trabalho inicia Semana Nacional de
Conciliação
Empregadores e empregados poderão resolver
litígios trabalhistas
A Justiça do Trabalho iniciou nesta segunda-feira
(20) a Semana Nacional de Conciliação e Execução
Trabalhista. Até sexta-feira (24), empregados e
empregadores que tenham intenção de resolver
consensualmente um litígio trabalhista poderão
procurar os fóruns de todo país.
Neste ano, a campanha tem o slogan Cada solução, um
começo e faz alusão às dificuldades impostas pela
pandemia de covid-19. Para a Justiça do Trabalho, a
retomada gradual das atividades econômicas pode ser
uma oportunidade para as empresas quitarem as
pendências judiciais.
Para participar, as partes interessadas podem se
inscrever nas atividades da semana nacional
diretamente nos Tribunais Regionais do Trabalho de
sua região e agendar uma sessão de conciliação no
setor pré-processual dos Centros Judiciários de
Solução de Disputas (Cejuscs). No caso de processos
que já estavam em andamento, a inclusão nas
conciliações foi agendada pelos respectivos juízos.
Criada em 2014, a semana nacional tem histórico de
873 mil pessoas atendidas e 113 mil acordos
homologados. Desde a criação, foram movimentados
mais de R$ 3,4 bilhões para pagamento de dívidas
trabalhistas, R$ 129,4 milhões em recolhimentos
previdenciários e R$ 18,5 milhões em recolhimentos
fiscais. No ano passado, o evento não foi realizado
devido à pandemia de covid-19.
Fonte: Agência Brasil
21/09/2021 -
Lei que veta sindicatos nas agências reguladoras é
constitucional, decide STF
É constitucional a norma que proíbe a participação
de representantes de organizações sindicais,
representativa de interesses patronais ou
trabalhistas ligados às atividades reguladas, na
direção de agências reguladoras. Por unanimidade,
este foi o entendimento fixado pelo Supremo Tribunal
Federal em julgamento no Plenário Virtual encerrado
na última sexta-feira (17/9).
Prevaleceu a tese do relator, ministro Luiz Edson
Fachin, na qual rejeitou Ação Direta de
Inconstitucionalidade apresentada pela Confederação
Nacional dos Transportes (CNT) contra dispositivo da
Lei 13.848/2019, aprovada pelo Congresso, que
introduziu estas modificações. Segundo ele, a lei
tem o objetivo de "diminuir o risco de influências
nos atos proferidos pelas agências com vistas a uma
adequada regulação e prestação dos serviços
públicos".
A CNT havia ajuizado no STF a ADI 6.276 contra as
alterações introduzidas pela Lei 13.848/2019 na Lei
9.986/2000, que dispõe sobre a indicação de membros
na estrutura diretiva das agências reguladoras.
Os incisos III e VII do artigo 8º-A da norma proíbem
a indicação para o Conselho Diretor ou para a
Diretoria Colegiada dessas entidades de pessoa que
exerça cargo em organização sindical e de membro de
conselho ou de diretoria de associação
representativa de interesses patronais ou
trabalhistas ligados às atividades reguladas pela
respectiva agência.
Na avaliação da CNT, os dispositivos discriminam os
sindicalistas e trazem a presunção de que pessoas
que exercem atividades sindicais teriam interesses
escusos e poderiam causar danos às agências
reguladoras.
Para a confederação, as questões classistas
(patronais e trabalhistas) não são cerne da atuação
desses órgãos. Por isso, sustenta que não há
incompatibilidade ou qualquer outro motivo que
justifique a restrição.
Não foi esse, contudo, o entendimento do ministro
Fachin. "No caso, diferente do que alega a
requerente, não houve, pelo Parlamento, imposição de
discriminação injustificada, estereótipos de pessoas
que exercem atividades sindicais ou presunção de que
estas teriam interesses escusos e poderiam causar
danos às entidades tuteladas. Houve legítima cautela
ao garantir o distanciamento de outros interesses e
embates do escopo de atuação das agências
reguladoras, considerada sua importância e seu papel
desempenhado frente à sociedade", diz ele em seu
voto.
Ao analisar o caso, o relator afirma que a criação
das agências reguladoras no Brasil decorre da adoção
de um novo modelo de serviço público em que as
entidades privadas se encarregam de sua execução
direta. À administração pública incube a gestão e a
regulação da prestação de serviços, valendo-se dos
princípios constitucionais que norteiam o direito
administrativo brasileiro.
No Brasil, o modelo de agências adotado a partir da
década de 1990 busca aprimorar a regulação econômica
com uma atuação independente, tecnicamente
justificada e levada a efeito por órgãos colegiados
de atuação setorial. A independência das agências é
justificada, assim, pela possibilidade de atribuir a
um órgão técnico e dotado de notória especialização
a realização de uma intervenção adequada e
eficiente, de acordo com o ministro.
"A autonomia, no entanto, não é um conceito
uniforme, sendo sua conformação balizada pela
atuação legislativa. O regime jurídico do Conselho
Diretor ou Diretoria colegiada das Agências guarda
também essa orientação, pois não há livre exoneração
e tampouco livre nomeação", pontua Fachin.
Na opinião do ministro, o Conselho Diretor ou a
Diretoria Colegiada, considerando a necessidade de
tomada de decisões imparciais, devem ser isentos de
influências políticas, sociais e econômicas externas
à própria finalidade dessas autarquias.
"Evidencia-se, de pronto, a clara necessidade de se
evitar a captura de suas gestões, compreendida como
qualquer desvirtuação da finalidade conferida às
agências, quando estas atuam em favor de interesses
comerciais, especiais ou políticos, em detrimento do
interesse da coletividade", salienta.
Fachin reconhece que há, no âmbito de atuação destes
órgãos, inúmeros interesses contrapostos, tanto dos
entes privados, quanto dos regulados, bem como
interesses dos consumidores e até do próprio Estado.
Para ele, “evitar a captura significa exercer a
imparcialidade quando do processo decisório, a fim
de assegurar a eficiência do Estado Regulador”.
"O Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada devem
ser, portanto, estritamente técnicos e imparciais, a
fim de evitar o desequilíbrio em favor de quaisquer
partes e, sobretudo, a subversão da regulação, razão
pela qual não se demonstra desarrazoada a vedação
ora impugnada. Trata-se, assim, de opção legislativa
legítima. Sabe-se que a exigência de preenchimento
de certos requisitos para ocupação de cargos
públicos, quando devidamente justificada e por meio
legal, não implica discriminação ilegal", diz o
relator, ao rejeitar as argumentações da CNT.
Clique
aqui para ler o voto do ministro Fachin
ADI 6.276
Fonte: Consultor Jurídico
21/09/2021 -
Sem acordo, relator da reforma administrativa se
reúne nesta terça com líderes e Lira
A comissão especial da PEC 32/2020, da reforma
administrativa, deve adiar mais uma vez a votação do
texto. Os líderes definiram em reunião na tarde
desta segunda-feira (20) que, nesta terça (21),
voltam a se reunir para, junto com o relator,
deputado Arthur Maia (DEM-BA), e o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-PI), tentar avançar nos
pontos sobre os quais ainda não há acordo.
Inicialmente, a votação do texto estava marcada para
começar às 10h desta terça. Na última sexta-feira
(18), Maia apresentou aos membros da comissão mais
uma proposta de substitutivo. Porém, a versão segue
sendo discutida e não chegou a ser protocolada
oficialmente. Entre as indefinições está a inclusão
ou não dos membros do Judiciário na PEC.
Ao Insider, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG),
presidente da Frente Parlamentar Mista da Reforma
Administrativa, reiterou a defesa da inclusão dos
magistrados na reforma e ainda da inclusão dos
atuais servidores nas vedações estabelecidas no
texto.
Mesmo sem estar “100%” de acordo com o texto,
Mitraud avaliou que seria possível já votar a
proposta e fazer eventuais mudanças por meio dos
destaques, como pontos relacionados às polícias.
Fonte: Congresso em Foco
21/09/2021 -
Relatório da CPI da Covid pode ficar para outubro,
diz Renan
O relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros
(MDB-AL), afirmou nesta segunda-feira (20) que a
apresentação do relatório à comissão, inicialmente
prevista para o fim desta semana, deve ser adiada
para o início de outubro.
Segundo Calheiros, "desdobramentos óbvios dos
últimos dias" foram decisivos para o adiamento, como
a operação de busca e apreensão de documentos em
endereços da Precisa Medicamentos, uma das empresas
investigadas pela CPI.
Em entrevista ao UOL, Renan disse que as informações
obtidas pela CPI através da PF devem prolongar os
trabalhos da comissão por mais uma ou duas semanas,
para que pelo menos mais seis depoimentos sejam
realizados.
O senador disse que o relatório pode ficar pronto a
qualquer momento a partir de quinta-feira (23),
quando acontece o último depoimento da semana, mas
os dados da Precisa não podem ser desprezados.
"Por enquanto, estamos acessando as últimas
informações e ainda vamos colher os depoimentos",
afirmou.
Renan Calheiros acrescentou que o relatório terá
novidades em relação ao ex-governador do Rio Wilson
Witzel e ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ),
a quem chama de “verdadeiro dono" dos hospitais
federais do Rio de Janeiro.
Fonte: Brasil247
20/09/2021 -
Mesmo sem convenção coletiva, trabalhador tem
direito a reajuste salarial
Mesmo sem convenção coletiva, empregado tem direito
à correção monetária de seu salário. Com base nessa
premissa, constante da Lei 7.238/1984, a 1ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
negou recurso do jornal Estado de Minas e manteve
sentença que o condenou a reajustar o salário de um
funcionário e pagar as diferenças salariais desde
julho de 2018.
Na ação, o empregado argumentou que não recebe
reajuste salarial desde julho de 2018, data base da
classe, por falta de acordo entre os sindicatos
patronal e da categoria. Em sua defesa, o Estado de
Minas apontou que sempre concedeu os reajustes
previstos nas convenções coletivas.
A juíza Jane Dias do Amaral, da 13ª Vara do Trabalho
de Belo Horizonte, disse que, mesmo sem norma
coletiva estabelecendo reajuste salarial, o
trabalhador tem direito à correção de seus
vencimentos, de forma a evitar a perda do poder
aquisitivo.
A julgadora citou a Lei 7.238/1984. A norma prevê a
correção semestral dos salários, de acordo com o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O Estado de Minas recorreu, apontando que seguiu as
normas coletivas da categoria. Também sustentou que
o autor não demonstrou nenhuma irregularidade da
empresa.
Porém, a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
da 3ª Região entendeu que o Estado de Minas não
apresentou elementos que justificassem a revisão da
sentença. Segundo os desembargadores, o jornal fez
alegações sem força probatória.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0010805-82.2020.5.03.0137
Fonte: Consultor Jurídico
20/09/2021 -
Representantes de trabalhadores temem impacto de
mudanças nas regras do FGTS
Propostas em análise na Câmara ampliam hipóteses
de saques e, segundo debatedores, podem comprometer
sustentabilidade do fundo
Representantes de trabalhadores defenderam, em
audiência na Comissão de Trabalho, Administração e
Serviço Público, que a Câmara dos Deputados não
modifique as hipóteses de uso do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) para não comprometer a
sustentabilidade do fundo.
Segundo o diretor de Fundos de Governo da Caixa
Econômica Federal, Edilson Carrogi, em 121 projetos
em tramitação analisados, o impacto financeiro
estimado é de R$ 4,6 trilhões, o que é oito vezes
maior que o ativo atual do fundo.
Hoje, o dinheiro do fundo é usado pelos
trabalhadores em várias situações, principalmente
nas demissões sem justa causa, que respondem por 60%
dos saques. Mas o dinheiro em caixa é aplicado em
habitação, saneamento, infraestrutura e saúde.
O presidente do Instituto Fundo de Garantia do
Trabalhador, Mário Avelino, afirma que é necessário
ampliar os empréstimos para saneamento, que hoje
correspondem a apenas 5,43% do total. Mas condena os
projetos em tramitação que pretendem autorizar
saques para hipóteses como compra de segundo imóvel,
pagar despesas com educação, garantia de contrato de
aluguel e custeio de inseminação artificial. A Covid-19
também é citada em propostas mais recentes.
Como mais de 90% dos empréstimos do FGTS são para
habitação de baixa renda, Maria Henriqueta Alves, da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirma que
é preciso manter a sustentabilidade do fundo.
Segundo ela, o déficit de moradias no País é de 5,8
milhões, sendo que 42% de famílias que ganham até um
salário mínimo.
Gustavo Tilmann, diretor de FGTS no Ministério da
Economia, disse que o momento atual, com pandemia e
restrições fiscais, não é bom para mudar as regras
do fundo. Isso porque o Orçamento da União não tem
como absorver o que o FGTS não conseguir financiar.
Mudanças sugeridas
Mário Avelino defende, porém, projetos que aumentam o
prazo prescricional das ações contra as empresas,
reduzido de 30 para 5 anos pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) em 2014 (PECs 13/15, 99/15 e 385/17).
Ele também apoia os projetos que permitem o uso do
fundo para compra de órteses e próteses para
dependentes (PLs 388/19, 4994/16 e 1232/19).
O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) disse que a comissão
pode analisar todas as propostas para ver as que
poderiam ser aproveitadas. “Vamos tentar fazer essa
sistematização na Comissão de Trabalho para ver qual
o caminho a seguir e quais propostas que
seletivamente poderiam, em última análise,
dependendo da destinação do atendimento, ainda serem
considerada”, ponderou.
Mário Avelino e o presidente da Central Sindical
União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah,
defenderam a substituição da TR como índice de
correção do fundo. Segundo eles, o FGTS já teria
perdido R$ 584 bilhões desde 1999 ao comparar-se a
variação pelo INPC.
Segundo Avelino, o fundo rende TR mais 3% ao ano,
mas a TR tem sido de zero desde setembro de 2017.
“Para um trabalhador que trabalha há 21 anos
ganhando salário mínimo, começou em janeiro de 1999,
ele já perdeu R$ 11 mil em rendimentos.
Oficialmente, ele está com R$ 19.500 na conta de
FGTS daquela empresa quando deveria ter R$ 30 mil”,
exemplificou.
Fonte: Agência Câmara
20/09/2021 -
56% dos brasileiros são a favor de impeachment de
Bolsonaro, aponta Datafolha
De acordo com o Datafolha, a maioria dos
brasileiros, 56%, diz ser a favor da abertura do
processo de impeachment de Jair Bolsonaro.
O percentual de pessoas a favor do impeachment de
Bolsonaro oscilou dois pontos para cima desde o
último levantamento, em julho deste ano. Desde
janeiro, a parcela a favor do impeachment tem
aumentado sistematicamente. À época, 42% eram
favoráveis à abertura do processo de impedimento do
presidente, ante 53% favoráveis. Em maio, 49% se
diziam a favor e 46% contrários à abertura do
impeachment pelo Congresso.
Agora, se declararam contra a abertura do processo
41% dos entrevistados e 3% disseram não saber (eram
42% e 4% na pesquisa anterior, respectivamente).
Entre os segmentos da população mais favoráveis à
queda de Bolsonaro estão homosssexuais e bisexuais
(83%), estudantes (68%) e habitantes do Nordeste
(67%).
Já os que se mostram contrários ao processo de
impeachment empresários (69%), os que têm renda
mensal maior que dez salários mínimos (55%), e
evangélicos (53%).
Fonte: Agência Câmara
20/09/2021 -
Quase 2 milhões de pessoas morrem por ano de causas
ligadas ao trabalho
Doenças e lesões ligadas à vida profissional causam
a morte de 1,9 milhão de pessoas por ano, de acordo
com a primeira estimativa conjunta da Organização
Mundial da Saúde, OMS, e da Organização
Internacional do Trabalho, OIT.
Longas jornadas
A maioria das mortes tem relação com doenças
respiratórias ou cardiovasculares. Enfermidades
crônicas do pulmão causam cerca de 450 mil mortes
por ano; acidente vascular cerebral causa 400 mil
mortes e doenças do coração, 350 mil. O impacto
causado por lesões ocupacionais representa 19%, ou
360 mil mortes.
O estudo considera 19 fatores de risco no trabalho,
incluindo jornadas muito longas e exposição à
poluição do ar, a cancerígenos, ao barulho e a
fatores de risco ergonômicos. O principal risco está
associado a muitas horas seguidas de trabalho, um
padrão que afeta a saúde das pessoas e que chega a
causar 750 mil mortes por ano.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou
que o relatório serve para que países e empresas
“acordem para a importância de melhorar e proteger a
saúde e a segurança dos trabalhadores, fornecendo
cobertura universal para serviços de saúde
ocupacional”.
Mudança de padrão
As mortes e lesões ligadas à atividade profissional
podem ter um “impacto catastrófico nas rendas das
famílias”. O relatório destaca que as mortes por
doença do coração ou por AVC associadas a longas
horas de trabalho subiram, respectivamente, 41% e
19%, entre 2000 e 2016.
O relatório mostra a necessidade de mais ações para
garantir ambientes de trabalho mais saudáveis,
seguros, resilientes e justos. A OMS e a OIT
sugerem, por exemplo, acordos sobre um limite máximo
de horas de trabalho que seja saudável.
Já para reduzir a exposição à poluição do ar, a
recomendação é para melhorar a ventilação dos locais
de trabalho, controlar a poeira e sempre fornecer
equipamento de proteção.
O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, explica que os
fatores de risco podem ser eliminados com mudanças
nos padrões de trabalho e pede a governos e a
empregadores para tomarem medidas para reduzir a
exposição a esses riscos.
Fonte: ONU News
20/09/2021 -
Ipea: 46 milhões de brasileiros vivem em lares sem
renda do trabalho
Na crise sanitária, o total de brasileiros sem
essa renda registrou aumento de 9,5 milhões de
pessoas
Com o governo Jair Bolsonaro e a pandemia de
Covid-19, cresceu o percentual de lares sem renda do
trabalho no Brasil. Mesmo com o arrefecimento da
crise sanitária, a recuperação do quadro ainda não
ocorreu de maneira completa. É o que indica estudo
divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
No segundo trimestre de 2021, a proporção de
domicílios sem renda do trabalho foi estimada em
28,5% – quase três em cada dez. Na prática, o
percentual significa que 46 milhões de pessoas
sobreviviam em residências sem dinheiro obtido por
meio de atividades profissionais, estima o
pesquisador do Ipea Sandro Sacchet, autor do estudo.
O sustento, nesses casos, pode vir de programas de
transferência de recursos, como o auxílio
emergencial, aposentadorias e pensões.
No quarto trimestre de 2019, antes da pandemia, a
proporção era menor, de 23,54%, o equivalente a 36,5
milhões de pessoas. Ou seja, na crise, o total de
brasileiros nessa situação registra aumento
aproximado de 9,5 milhões de pessoas. A proporção de
famílias sem renda do trabalho chegou a alcançar, no
segundo trimestre de 2020, a marca de 31,56%. O
percentual perdeu fôlego em seguida, embora ainda
continue em patamar alto.
“As contratações devem aumentar com a movimentação
deste final de ano. A questão é ver em qual patamar
o percentual vai se estabilizar depois ou não”,
indica Sacchet. Seu estudo foi produzido com base em
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua). A Pnad é feita pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em linhas gerais, o Ipea conclui que houve no
mercado de trabalho “um forte impacto inicial da
pandemia e uma lenta recuperação, que ainda se
encontrava incompleta” até o período de análise.
Conforme o estudo, o rendimento habitual médio dos
trabalhadores ocupados, em termos reais, apresentou
uma queda de 6,6% no segundo trimestre de 2021, na
comparação com o mesmo período de 2020.
O movimento, contudo, é “apenas o inverso” do
observado no início da pandemia, “quando os
rendimentos habituais apresentaram um crescimento
acelerado”, diz o levantamento. Isso ocorreu porque,
no começo da crise sanitária, a perda de ocupações
se concentrou em vagas com remuneração menor, em
setores como construção, comércio e alojamento e
alimentação, além de afetar os empregados sem
carteira assinada e principalmente os trabalhadores
por conta própria.
Os profissionais que permaneceram ocupados à época
foram aqueles com renda relativamente mais alta,
segundo o levantamento. A situação acabou levando
para cima os ganhos médios com o trabalho. O cenário
agora apresenta diferenças. Com a volta de informais
e trabalhadores por conta própria ao mercado, o
rendimento habitual, em média, passa a cair.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
20/09/2021 -
Brasil tem 34,4% dos trabalhadores vivendo com até
um salário mínimo
Nunca tantos brasileiros viveram com uma
remuneração que equivale ao piso nacional ou menos:
30,2 milhões de pessoas
O Brasil tem hoje um número recorde de 30,2 milhões
de trabalhadores remunerados com até um salário
mínimo (R$ 1,1 mil) por mês, o que equivale a 34,4%
do total ocupado no país. O percentual também é o
mais alto já apurado desde o início da série
histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2012.
Os dados, sistematizados em um estudo elaborado pela
consultoria IDados, com base nas estatísticas do
segundo trimestre deste ano e divulgados pelo portal
G1, refletem também a desigualdade brasileira, já
que as remunerações mais baixas afetam em especial
alguns segmentos sociais. O levantamento mostra que
43,1% dos negros ocupados recebem até um salário
mínimo. No melhor momento da série, no quarto
trimestre de 2015, este percentual era de 34,4%.
O cenário é ainda pior para o trabalhador quando são
considerados os efeitos da inflação no salário
mínimo. De acordo com o Dieese, o custo da cesta
básica subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas em
agosto. No período de 12 meses, a cesta subiu em
todas, com aumentos que variaram entre 11,90%, em
Recife, e 34,13%, em Brasília.
Ainda de acordo com a entidade, o trabalhador
remunerado pelo piso nacional comprometeu, em
agosto, 55,93% do salário mínimo líquido, já
descontada a contribuição previdenciária, para
comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Sem política de valorização
O piso nacional não tem reajuste acima da inflação há
seis anos e a proposta do governo Bolsonaro para o
salário mínimo nos próximos três anos acaba de vez
com a política de valorização.
Em 2004, as centrais sindicais lançaram uma campanha
de valorização, que teve como resultado a elevação
do piso nacional acima da inflação em três anos
seguidos, até a implementação, no segundo mandato do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da política
permanente. Ela levava em conta critérios como o
repasse da inflação do período, o aumento real pela
variação do Produto Interno Bruto (PIB), além da
antecipação da data base de sua correção até ser
fixada em janeiro, como é hoje.
Com a política de valorização, houve aumento de
poder de compra no período. Para efeito de
comparação, em 1995 o salário mínimo comprava 1,2
cesta básica, já em 2016, o trabalhador podia
adquirir 2,4 cestas.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/09/2021 -
Executivo do Fórum das Centrais se reúne: balanço da
Agenda Legislativa
O Grupo Executivo do Fórum das Centrais Sindicais se
reúne na próxima semana. Na pauta, balanço da ação
das centrais no Congresso Nacional.
Na reunião virtual, na próxima terça-feira (21), a
partir das 9 horas, o “trabalho cotidiano no
Congresso Nacional” vai ser avaliado.
As centrais sindicais organizaram grupos de trabalho
em todas as regiões do País e, por meio da
realização de encontros, tendo como referência a
“Agenda Legislativa das Centrais Sindicais 2021”,
vem sendo desenvolvimento trabalho de acompanhamento
sistemático dessa agenda no Congresso.
E, naturalmente, o trabalho de pressão, por estado,
entre os deputados e senadores, para que tomem
conhecimento das posições das centrais em relação às
proposições listadas na Agenda Legislativa.
Na oportunidade, informa o Grupo Executivo da Agenda
Legislativa, vai ser lançado “documento de balanço
da 'Agenda Legislativa das Centrais Sindicais' (maio
a setembro) e trataremos das prioridades
legislativas para setembro e outubro.”
Fonte: Diap
17/09/2021 -
Paulo Paim alerta pra mudança lesiva no INSS
Querem privatizar tudo, até o INSS. É o que explicita
o Projeto de Lei 3.914/2020, oriundo da Câmara dos
Deputados, que altera regras relativas ao pagamento
dos peritos nas ações em que o INSS seja parte. O
alerta é do senador Paulo Paim (PT-RS).
Hoje, o Poder Executivo arca com os honorários da
perícia médica por processo. Mas o PL busca impor ao
segurado a obrigação de pagar, a partir de janeiro,
de forma antecipada os honorários dos peritos.
Matéria chega ao Senado. Paim apresenta Emenda
Substitutiva Global.
FST – O Fórum Sindical dos Trabalhadores já
mobiliza as Confederações e demais filiadas para
atuar junto ao Senado. Oswaldo Augusto de Barros,
coordenador, afirma: “Vamos falar com cada senador e
procurar o presidente Rodrigo Pacheco. Esse PL eu
chamo de aberração. O que se busca é privatizar o
INSS”.
Paulo Paim apresenta emenda substitutiva global.
Segue:
“O Poder Executivo pagará os honorários das perícias
realizadas até o fim de 2022. A partir de 2023, o
Executivo fica obrigado a pagar uma perícia por
processo judicial. De forma excepcional, instâncias
superiores do Judiciário poderão realizar outra
perícia médica.
Suprime a revogação de dispositivo que trata do
processamento dos litígios relativos a acidentes de
trabalho, de modo a assegurar a continuidade de sua
tramitação na esfera administrativa, pelos órgãos da
Previdência, segundo as regras e prazos aplicáveis
às demais prestações, com prioridade para conclusão;
na via judicial, pela Justiça dos Estados e do DF,
segundo o rito sumaríssimo.
Exclui-se a exigência, na petição inicial, da
descrição clara da doença e das limitações que ela
impõe e das possíveis inconsistências da avaliação
médico-pericial discutida, posto que tais matérias
devem ser objeto de prova a ser apresentada,
tempestivamente, mediante perícia, e não por meio de
prova pré-constituída.agar uma perícia por processo
judicial.
De forma excepcional, instâncias superiores do Poder
Judiciário poderão realizar outra perícia médica”.
Benefícios – Principais, hoje:
aposentadorias, salário-maternidade, pensão por
morte, auxílio-doença, auxílio-acidente e outros
benefícios, pertencentes ao núcleo das Atividades
Exclusivas de Estado, para aqueles que adquirirem o
direito a estes benefícios segundo o previsto pela
lei.
FST – O Fórum Sindical dos Trabalhadores já
mobiliza as Confederações e demais filiadas para
atuar junto ao Senado.
Acesse – fstsindical.com.br
Fonte: Agência Sindical
17/09/2021 -
Reprovação a Bolsonaro bate recorde e chega a 53%,
diz Datafolha
Em julho, Bolsonaro já havia atingido seu ápice
de reprovação, chegando a 51%. O novo levantamento
foi realizado na semana seguinte aos protestos
golpistas de 7 de setembro
Jair Bolsonaro continua em declínio de popularidade.
Sua reprovação bateu novo recorde, chegando a 53%,
segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta
quinta-feira (16).
O levantamento ouviu presencialmente 3.667 pessoas
entre 13 e 15 de setembro, uma semana após as
manifestações golpistas convocadas pelo chefe do
governo federal, realizadas em 7 de setembro. A
margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Em julho, Bolsonaro já havia batido recorde no
quesito reprovação: 51%. O movimento crescente
acontece desde dezembro de 2020. A oscilação da
última pesquisa para a nova está dentro da margem de
erro.
Somente 22% avaliam Bolsonaro como ótimo ou bom, uma
queda de dois pontos percentuais em relação à
pesquisa anterior, que já indicava o pior índice de
seu mandato. O consideram regular 24%, mesmo índice
de julho.
Fonte: Brasil247
17/09/2021 -
Reforma eleitoral será apreciada até o final de
setembro, diz Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
informou que a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) da reforma eleitoral que tramita na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa deve ser
analisada pelos senadores até o final de setembro.
“Aprovando ou rejeitando é preciso que se aprecie a
PEC que veio da Câmara dos Deputados”, disse.
Um dos principais pontos do texto que tramita na CCJ
é a volta das coligações partidárias. A relatora da
PEC é a senadora Simone Tebet (MDB-MS) que
apresentou o relatório contra a proposta na
quarta-feira (15).
Existem mais duas propostas tramitando no Senado
sobre reforma eleitoral. De acordo com Pacheco, os
parlamentares ainda vão avaliar se será possível
analisar todas até o fim deste mês para que as novas
regras se tornem vigentes até as eleições de outubro
de 2022.
A reunião de líderes no Senado está prevista para
acontecer na tarde desta quinta-feira (16). Ontem
(15), as lideranças partidárias da Câmara e do
Senado se reuniram. Segundo o senador Álvaro Dias (Podemos-PR),
não há acordo para votar a PEC da reforma eleitoral
no Senado. “A proposta não pode ser votada de forma
apressada. A reunião acabou sem qualquer acordo”,
publicou em seu twitter.
Outros líderes procurados pelo Congresso em Foco
informaram que a decisão deve ser tomada nesta
tarde, mas que o clima é de não encaminhamento do
projeto.
Fonte: Congresso em Foco
17/09/2021 -
Relatório da ‘reforma’ administrativa terá nova
mudança, e votação fica para a próxima semana
Oposição destaca vitória parcial com adiamento,
mas lembra que governistas “não desistiram de
destruir o serviço público”
A votação do parecer sobre a “reforma”
administrativa em comissão especial da Câmara foi
transferida para a semana que vem, possivelmente
para terça-feira (21). Com várias críticas ao
projeto, mesmo alterado, o relator, deputado Arthur
Oliveira Maia (DEM-BA), fará novas alterações.
Parlamentares ainda podem apresentar destaques.
O debate já havia sido encerrado, e a comissão se
preparava para votar o parecer nesta quinta-feira
(16), mas a sessão foi cancelada. Ontem, Maia
declarou que não tinha feito grandes alterações. “O
texto apresentado já abriga várias mudanças em
relação ao que veio do governo. Na verdade, foi
elaborado um novo texto”, declarou, falando ainda em
segurança jurídica. “Toda a organização do Estado
brasileiro precisa ter uma clara ideia de onde se
encontra neste momento e aonde quer chegar.”
Sem “modernização”
A oposição sustenta que, apesar das mudanças, o
projeto de “reforma” administrativa que será
apresentado para votação não tem nada de
“modernização”: apenas beneficia o setor privado,
sem melhorar o serviço público. Durante as
discussões, alguns deputados chegaram a comentar que
a proposta, se aprovada na Câmara, terá dificuldades
na tramitação no Senado. “Dificilmente o Senado vai
votar esta PEC até o fim do ano, por conta de várias
matérias que estão represadas”, disse José Guimarães
(PT-CE). A prioridade é o Código Eleitoral e a
reforma tributária.”
Dois itens recebem a maior parte das críticas: a
possibilidade de aumento de contratações temporárias
e mecanismos de parceria com o setor privado. Para
os deputados da oposição, isso pode causar redução
de concursos públicos e de servidores estáveis. Eles
citam ainda a possibilidade de demissão devido a
cargos considerados “obsoletos” ou desnecessários.
Salário e jornada
Para o consultor legislativo Luiz Alberto dos Santos,
técnico do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), as mudanças já apresentadas
mantém problemas apresentados anteriores. Segundo
ele, a alteração de maior destaque é que suprime a
possibilidade de redução de salário e jornada.
Pela bancada do PT, o deputado Rogério Correia (MG)
apresentou voto em separado recomendando a rejeição
da PEC e aprovação de emenda substitutiva. “Tivemos
hoje vitória parcial com a votação adiada para a
próxima terça”, declarou. “Eles não desistiram de
destruir o serviço público. A essência da PEC eles
não vão alterar.” O deputado avalia que, neste
momento, o governo não tem os votos necessários no
plenário.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/09/2021 -
INSS é responsável por remuneração de gestantes
afastadas por causa da epidemia
Empresas com pequenas estruturas e que exigem
atividades manuais não são capazes de suportar o
encargo pela remuneração de gestantes
impossibilitadas de exercer a profissão em meio à
crise de Covid-19. Assim, em liminar, a 1ª Vara
Federal de Cachoeira do Sul (RS) enquadrou como
salário-maternidade os valores pagos às
trabalhadoras grávidas de uma empresa alimentícia.
O afastamento presencial das empregadas gestantes
durante a crise sanitária, sem prejuízo ao salário,
foi determinado pela Lei 14.151/2021. Porém, a norma
não definiu quem seria o responsável pelo pagamento
da remuneração quando a atividade das trabalhadoras
é incompatível com o trabalho remoto.
A autora contou que, de um total de sete
funcionários, duas estão no início da gestação.
Alegou que precisaria contratar outros empregados
para compensar a ausência física das afastadas, já
que elas não podem exercer suas funções à distância.
Na decisão, a juíza Mariana Camargo Contessa
ressaltou a necessidade de proteção da maternidade e
da saúde da mulher, especialmente devido à falta de
políticas públicas sobre o tema. Além disso, segundo
ela, um benefício trabalhista que onera o empregador
pode reduzir a empregabilidade ou a remuneração.
"No mundo real, seguem problemas não antevistos pela
legislação, a saber: a ainda maior restrição do
mercado de trabalho das mulheres, de um lado, e, de
outro, a imposição de ônus excessivo à atividade
privada, em especial, quando explorada por micro e
pequenas empresas e empresários individuais",
acrescentou.
No último mês, a mesma determinação foi contemplada
por uma liminar do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região. Antes disso, a Justiça Federal de São Paulo
já havia adotado o mesmo entendimento. Com
informações da assessoria de imprensa da Justiça
Federal do Rio Grande do Sul.
Fonte: Consultor Jurídico
17/09/2021 -
STF inicia julgamento que define verba para Renda
Brasil de Bolsonaro
STF julga verbas para pagamento de precatórios,
tema decisivo para o governo garantir programa
social.
Gilmar Mendes pede vista e interrompe votação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a decidir
nesta quinta (16) se estados podem sofrer sequestro
de verbas no caso de parcelamento compulsório de
precatórios, títulos de dívidas do governo que devem
ser pagos aos credores após decisão definitiva da
Justiça. O tema é visto com atenção por Paulo
Guedes, ministro da Fazenda, que teria recursos para
garantir o programa Renda Brasil, que Bolsonaro vê
como uma forma de melhorar sua popularidade em
queda.
Apesar do início do julgamento, a análise da questão
foi suspensa por um pedido de vista do ministro
Gilmar Mendes. Apenas o voto do relator, ministro
Edson Fachin, foi proferido. Para o ministro, o
sequestro de verbas é constitucional e pode ser
determinado pela Justiça, conforme o parágrafo 4º do
artigo 78 do ADCT. Com isso, o parecer do relator
favorece o governo. Não há previsão para a retomada
do julgamento.
Fala-se que a nota retórica de Bolsonaro recuando
dos ataques ao STF no 7 de setembro, tinha como uma
das motivações, justamente a preocupação com o
resultado deste julgamento. Com esse respiro no
orçamento, Bolsonaro poderia fazer um importante
reajuste no Bolsa Família, reformulando-o para dar
seu carimbo ao programa, mudando o nome para Renda
Brasil.
Os ministros julgam um recurso da procuradoria do
estado do Rio de Janeiro contra uma decisão que
reconheceu o sequestro de verbas para garantir
pagamento de precatórios devidos a uma construtora.
O tema encontra-se em discussão no Congresso por
meio de uma proposta de emenda constitucional (PEC)
enviada neste mês pelo governo, que deseja adiar o
pagamento de precatórios muito altos, abrindo espaço
no orçamento para outros gastos.
Assim, a questão do pagamento de precatórios é tema
de discussão entre os Três Poderes. No mês passado,
os presidentes do STF, da Câmara dos Deputados e do
Senado se reuniram para tentar uma alternativa para
parcelar os precatórios devidos pela União e que
estão previstos na proposta orçamentária para 2022.
Fux sugeriu uma fórmula que prevê um teto no
orçamento do ano que vem para o pagamento dos
precatórios – dívidas do poder público decorrentes
de sentenças judiciais inapeláveis. O ministro disse
que a tendência é que seja considerada
inconstitucional qualquer proposta que postergue “a
perder de vista” os pagamentos.
Pela proposta de Fux, o próximo orçamento para pagar
precatórios ficaria limitado ao valor total desse
tipo de dívida em 2016, ano de promulgação da emenda
constitucional do teto de gastos, corrigido pela
inflação – algo em torno de R$ 40 bilhões. Qualquer
quantia acima disso seria parcelado para pagamento
em anos posteriores, no que Fux chamou de “microparcelmento”.
A proposta foi bem recebida pelo ministro da
economia, Paulo Guedes, que disse ser “muito
interessante” por limitar o pagamento dos
precatórios à variação da inflação, mesma regra
utilizada para todas as demais despesas sujeitas ao
teto de gastos.
Em 2022, de acordo com o Poder Judiciário, está
previsto o pagamento de cerca de R$ 90 bilhões em
precatórios, um aumento de 143% no comparativo com
os valores pagos em 2018.
Fonte: Portal Vermelho
17/09/2021 -
Para Zenaide, Executivo precisa de plano nacional
capaz de gerar emprego e renda
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (15), a
senadora Zenaide Maia (Pros-RN) declarou que o
governo federal, “infelizmente”, não tem um plano
nacional para a geração de emprego e renda. Para a
senadora, sem um plano objetivo é impossível
resolver os problemas da saúde, da educação e da
ciência e tecnologia.
Zenaide ressaltou que o Senado precisa debater sobre
esses temas para defender a vida de milhares de
brasileiros que estão enfrentando situações difíceis
com o desemprego e a fome. Para ela, essa é, sim,
uma decisão política.
— Nós ainda estamos vivendo um momento em que
geração de emprego e renda não é um plano de
governo. O ministro da Economia diz, em todas as
audiências públicas sobre a covid-19, que é o
mercado que dita. Precisamos, sim, de uma renda
mínima. Precisamos, o povo precisa, o povo está
clamando por ter trabalho, por um lugar para morar.
Infelizmente, eu não vejo um plano — declarou a
senadora.
Fonte: Agência Senado
16/09/2021 -
Partidos de oposição marcam novas manifestações
pró-impeachment de Bolsonaro
Os partidos PDT, Solidariedade, PSB, PT, PV, PSOL,
PCdoB, Rede e Cidadania se reuniram hoje para
definir como serão as próximas manifestações a favor
do impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
A primeira data que será no dia 2 de outubro será na
Avenida Paulista às 15 horas e na parte da manhã em
outros estados. Os líderes dos partidos pretendem
convidar governadores e prefeitos de suas legendas
para que estejam nas ruas nos protestos.
Apesar de todo o problema na última manifestação do
dia 12 de setembro, que foi organizada pelo
Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, os
partidos fecharam uma aproximação com esses grupos
para participarem dos atos, inclusive o partido Novo
será convidado.
“Estamos conversando com vários partidos de centro,
PSB, o próprio MDB, o DEM, estamos conversando
também com o PSDB. Cada um tem seu tempo, seu
processo de consulta, mas estamos conversando”,
disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.
Cabe lembrar que na manifestação do dia 12,
colocaram Lula e Bolsonaro, um paralelo que tentam
emplacar para criar outro candidato viável para
2022. Isso pode ser um problema.
Fonte: Mundo Sindical
16/09/2021 -
Greves no primeiro semestre: por empresa, de curta
duração e para manter direitos
Mais de 90% das paralisações analisadas pelo
Dieese tiveram como motivação descumprimento de
acordo ou manutenção de direitos
O perfil das greves no primeiro semestre ratifica um
perfil predominante nos últimos anos, das chamadas
paralisações defensivas, aquelas deflagradas por
descumprimento de acordo ou por manutenção de
direitos. Segundo levantamento divulgado pelo
Dieese, 92% das greves “incluíram itens de caráter
defensivo na pauta de reivindicações”. Assim, o
cenário “parece acenar para a permanência de um
longo tempo de dificuldades”.
No total, o instituto acompanhou 366 paralisações de
janeiro a junho, sendo a maior parte (69%) no setor
privado, com predominância do setor de serviço. A
análise apontou ainda movimentos de curta duração e
por empresa.
De acordo com o Dieese, a maioria das greves (55%)
no primeiro semestre terminou no mesmo dia em que
foram deflagradas. Só 12% passou dos 10 dias de
duração. Predominaram as paralisações em um local de
trabalho (67%), ante 32% de categorias
profissionais.
Salário atrasado
Apenas 65 greves tinham informações disponíveis sobre
o número de trabalhadores envolvidos. Destas, 71%
reuniram no máximo 200 grevistas. Já as paralisações
com mais de 2 mil trabalhadores representaram só
1,5% do total.
As reivindicações mais frequentes foram relacionadas
a pagamento de salários atrasados, além de férias e
13º: 42% do total. Em seguida, com 28%, estava a
exigência de melhores condições de segurança,
principalmente no aspecto sanitário, um efeito da
pandemia de covid-19.
No setor privado, 95% das greves tiveram itens de
caráter defensivo, com destaque para pagamentos em
atraso. Nas estatais, esse número ficou próximo
(93,5%), caindo um pouco entre o funcionalismo
público (82,5%).
Confira aqui a íntegra do estudo.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/09/2021 -
TSE vai apurar propaganda antecipada no 7 de
setembro
TSE decide investigar se atos com Bolsonaro no 7
de Setembro foram financiados e por quem, como
sugere vídeo que circula na internet.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu apurar
se houve ajuda financeira ilegal para a realização
dos atos de 7 de setembro, o que pode configurar
campanha eleitoral antecipada.
A apuração será comandada pelo corregedor da Justiça
Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, e vai
verificar se houve também abuso de poder econômico.
O caso será incluído em outra apuração que foi
aberta no TSE para investigar uma suposta rede para
disseminação de notícias falsas para descreditar a
legitimidade das eleições de 2022.
O corregedor quer saber se houve pagamento de
transporte e diárias para manifestantes e quem
esteve por trás da organização do evento. Essas
novas apurações são consideradas a primeira
consequência judicial dos atos, principalmente
porque vão se concentrar em esclarecer se a
manifestação foi espontânea e se teve conteúdo
eleitoral.
A abertura da apuração foi motivada pela divulgação
de um vídeo que circula nas redes sociais e mostra a
suposta distribuição de dinheiro em espécie e
camisetas para apoiadores que compareceriam ao
evento.
“Considerando que o conteúdo do vídeo e também as
notórias notícias veiculadas podem ter conotação de
abuso de poder econômico e político, de modo a
inserir-se no escopo deste inquérito administrativo,
determino a juntada aos autos do respectivo arquivo
de vídeo e seu encaminhamento à autoridade policial
federal responsável pelas apurações em curso neste
procedimento”, decidiu o ministro.
Fonte: Portal Vermelho
16/09/2021 -
Servidores mobilizam contra PEC 32
Os Servidores públicos de todo o País estão
engajados na luta contra a Proposta de Emenda à
Constituição 32/2020. Nesta semana, os trabalhadores
promovem atos contra a PEC da reforma administrativa
em Brasília (DF). O objetivo da mobilização é
pressionar deputados a não votarem favoráveis à
proposta.
Segundo entidades representativas dos Servidores, a
ideia da ocupação na Capital durante três dias vem
da expectativa de análise da PEC pela Comissão
Especial da Câmara dos Deputados.
Os trabalhadores denunciam que, caso seja aprovada a
reforma administrativa, os prejuízos não serão
apenas do funcionalismo, mas de toda a população que
mais necessita da intervenção do estado.
Substitutivo – Segundo João Domingos Gomes dos
Santos, presidente da Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil (CSPB), alerta que está em curso
uma perigosa desinformação, que é o substitutivo do
texto da reforma administrativa.
João Domingos diz: “O texto preserva integralmente o
Artigo 37 A, que é justamente o texto que acaba com
o serviço público”. Segundo o dirigente, esse
substitutivo é pior do que a PEC 32, porque tem
potencial desmobilizador. “Vários parlamentares que
estão indecisos se nos apoiam, têm consultado esse
substitutivo”, ele conta.
União – Para Sérgio Nobre, presidente da CUT, a luta
contra a reforma administrativa deve unir os
trabalhadores do setor público e da iniciativa
privada numa grande luta nacional. “É urgente
construirmos uma unidade. Juntos, construiremos uma
greve geral contra a PEC, pelo emprego, em defesa
das estatais e contra a fome”, afirma o dirigente.
Ocupação – A pressão se iniciou logo pela manhã de
terça (14). Já no aeroporto, Servidores receberam
deputados e senadores que chegavam à Capital para o
início dos trabalhos da semana. Na parte da tarde,
houve carreata da Esplanada dos Ministérios até à
Câmara. A mobilização segue até esta quinta (16).
Mais – Acesse os sites da CSPB e CUT.
Fonte: Agência Sindical
16/09/2021 -
Comissão aprova proposta que prorroga a desoneração
da folha de pagamentos até 2026
Objetivo da prorrogação é preservar empregos; fim
da desoneração está previsto para dezembro próximo
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei 2541/21, que
prorroga de dezembro de 2021 para dezembro de 2026 a
desoneração da folha de pagamentos para 17 setores
da economia, considerados alguns dos mais intensivos
em mão de obra.
Os setores são: calçados, call center, comunicação,
confecção/vestuário, construção civil, empresas de
construção e obras de infraestrutura, couro,
fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e
equipamentos, proteína animal, têxtil, TI
(tecnologia da informação), TIC (tecnologia de
comunicação), projeto de circuitos integrados,
transporte metroferroviário de passageiros,
transporte rodoviário coletivo e transporte
rodoviário de cargas.
A comissão acolheu parecer favorável do relator,
deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). “A extinção da
desoneração da folha representaria obstáculo à
manutenção e à geração de empregos, pois agravaria
custos de contração para os importantes setores da
indústria, dos serviços, dos transportes e da
construção”, disse.
“A pandemia da Covid-19 impõe incertezas sobre a
recuperação econômica no curto prazo. O ritmo da
retomada não se encontra num patamar satisfatório, e
os segmentos mais diretamente afetados pelo
distanciamento social continuam bastante deprimidos.
Por isso, não parece oportuno retirar os estímulos
fiscais hoje existentes, em especial os de natureza
tributária”, afirmou Georgen.
A proposta aprovada altera a Lei 12.546/11, que
trata de temas tributários. O texto também eleva em
um ponto percentual a alíquota de Cofins-Importação
para um conjunto de produtos, de forma a equilibrar
os custos entre bens produzidos no Brasil e no
exterior.
“Proponho a continuidade da desoneração da folha de
pagamentos para todos os setores que atualmente se
valem dela, a fim de promover o bem-estar social e o
desenvolvimento econômico”, disse o autor, deputado
Efraim Filho (DEM-PB). Já o aumento da
Cofins-Importação visa proteger os fabricantes
brasileiros.
Vetos presidenciais
Em 2020, o Congresso Nacional aprovou o aumento da
Cofins-Importação nos itens que concorrem com a
produção de setores beneficiados pela desoneração da
folha de pagamentos. No entanto, ao sancionar a Lei
14.020/20, o presidente Jair Bolsonaro vetou esse
ponto, e o Congresso manteve o veto.
Na ocasião, Bolsonaro também vetou a prorrogação,
até o próximo dia 31 de dezembro, da desoneração da
folha para os mesmos 17 setores. O Congresso, no
entanto, derrubou esse veto. Na Câmara dos Deputados
foram 430 votos a 33 em defesa da desoneração. No
Senado, 64 votos a 2.
Segundo o governo, a desoneração até o final deste
ano custará R$ 10 bilhões aos cofres públicos. O
mecanismo permite que as empresas paguem alíquotas
de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de 20%
sobre a folha de salários. Os setores beneficiados
dizem que isso ajuda a manter 6 milhões de empregos.
No projeto, Efraim Filho não estimou os custos da
eventual nova prorrogação. “A análise do impacto
orçamentário e das possíveis compensações, assim
como de medidas para a boa governança e a prudência
fiscal, poderá ocorrer durante o processo
legislativo, com o oportuno diálogo com o Poder
Executivo”, disse.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/09/2021 -
Inflação em 12 meses já é 32% mais alta para os
pobres
Segundo Paulo Kliass, elevação dos preços acentua
a concentração de renda e agrava a desigualdade
social e econômica.
A carestia do Governo Bolsonaro que recaiu sobre os
mais pobres foi 32% maior do que a que atingiu o
bolso dos brasileiros de alta renda nos últimos 12
meses. O cálculo foi realizado pelo doutor em
economia e membro da carreira de Especialistas em
Políticas Públicas e Gestão Governamental Paulo
Kliass, para o qual a alta dos preços também está
empurrando mais pessoas para a pobreza, na qual
passaram a viver 27 milhões de brasileiros, quase o
triplo do número dos que se encontravam nesta
condição em agosto do ano passado.
“A inflação acentua a concentração de renda e agrava
a desigualdade social e econômica. Quem recebe menos
está, proporcionalmente, pagando mais”, afirma. O
Indicador de Inflação por Faixa de Renda, apurado
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
apontou que, em 12 meses, a taxa de inflação das
famílias de renda muito baixa (10,63%) se mantém em
patamar acima da observada na faixa de renda alta
(8,04%).
De acordo com Kliass, quanto maior a inflação, menor
a renda real dessas famílias, que é a renda
monetária descontada a inflação: “Se a pessoa
ganhava pouco e não teve reajuste, o poder real de
compra dela diminuiu, o que significa que o que ela
ganha não dá para comprar o que necessita. Dessa
foram, estamos vendo pessoas que viviam na miséria
indo para a extrema miséria e os que viviam na
pobreza caindo na pobreza extrema”.
Kliass explica que, como os padrões de consumo são
diferentes, a inflação afeta as classes de forma
distinta. A população de baixa renda está sofrendo
mais com a inflação porque já tem uma cesta de
consumo muito reduzida e concentrada nos itens de
primeira necessidade – como aluguel, alimentação e
transporte -, os que mais subiram.
Já a população de alta renda tem uma cesta mais
variada, composta também por bens que não sofreram
elevações tão grandes: “A alta renda gasta com
supérfluos, aquisição de produtos, viagens,
refeições fora de casa. Enquanto isso, os itens
básicos da alimentação subiram muito e a população
de mais baixa renda está deixando de comer proteína
animal. Por isso, o efeito da inflação sobre a renda
da família de alta e baixa renda é desproporcional.
Penaliza os mais pobres”.
O preço da energia também vem contribuindo para esta
distorção. “O peso da conta de luz em uma renda
baixa mensal é maior do que para a alta renda. O
mesmo acontece com a alta do combustível: aumentaram
a gasolina e o diesel, encarecendo o transporte.
Também subiu o gás de cozinha e as pessoas chegaram
a um nível de precisarem substituir o botijão pela
lenha. É esse risco de acidente, para a saúde, que a
população pobre agora precisa enfrentar”, lamenta.
Fonte: Portal Vermelho
16/09/2021 -
Comissão aprova projeto que cria selo para empresa
que cumpre lei de cotas para pessoas com deficiência
Selo poderá ser utilizado em documentos de
comunicação institucional, produtos,
correspondências e peças publicitárias
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto
de lei que cria um selo de qualidade para as
empresas que cumpram a cota de empregabilidade de
pessoas com deficiência (PL 704/21).
O texto aprovado insere a medida na Lei 8.213/91,
que determina que empresas com 100 empregados ou
mais preencham de 2% a 5% de seus cargos com pessoas
com deficiência.
O projeto foi apresentado pelo deputado licenciado
Carlos Bezerra (MT) e recebeu parecer favorável da
relatora, deputada Erika Kokay (PT-DF). Ela afirmou
que o selo é um “incentivo positivo” aos
empregadores.
“A certificação não só dará o devido reconhecimento
ao esforço e ao mérito das empresas que cumprem a
lei, como também produzirá um ativo cobiçado pelos
empreendedores, tendo em vista o mercado consumidor
cada vez mais interessado nas ações de
responsabilidade social”, disse Kokay.
Pela proposta, as empresas que preencherem com
regularidade as cotas poderão requerer ao Poder
Executivo a certificação, com o selo correspondente,
que poderá ser utilizado em documentos de
comunicação institucional, produtos,
correspondências e peças publicitárias.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
15/09/2021 -
Ministro do Trabalho espera criação de 2,5 milhões
de empregos formais até o fim do ano
Deputados elogiaram recriação do ministério, que
havia sido transformado em secretaria do Ministério
da Economia no início do governo Bolsonaro
O ministro Onyx Lorenzoni afirmou em audiência
pública da Comissão de Trabalho da Câmara dos
Deputados nesta terça-feira (14) que o foco do
combate ao desemprego serão os jovens, e que a
expectativa é criar, até o final deste ano, 2,5
milhões de postos formais de trabalho. Outro desafio
é diminuir a fila de espera pela concessão de
benefícios da Previdência Social, que hoje chega a
1,8 milhão de pessoas.
Lorenzoni, que estava na Secretaria-Geral da
Presidência, tomou posse como ministro do Trabalho e
Previdência Social em 3 de agosto, logo após a Pasta
ter sido desmembrada do Ministério da Economia.
Deputados da base do governo e da oposição elogiaram
a recriação do ministério, e o presidente da
Comissão de Trabalho da Câmara, deputado Afonso
Motta (PDT-RS), apontou a preocupação com os 14
milhões de desempregados, situação agravada pela
pandemia de Covid-19.
O ministro Onyx Lorenzoni criticou o lockdown
imposto pela crise sanitária, que teve consequências
econômicas, e chamou de “catastrofismo” as projeções
feitas sobre o aumento dos índices de desemprego em
decorrência da pandemia.
Ele lamentou que o Congresso não tenha aprovado a
Medida Provisória 1045/21, que criou um novo
programa emergencial de manutenção do emprego e da
renda. E disse que quem mais “paga a conta” do
desemprego é a população entre 18 e 29 anos, segundo
a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Os jovens que começam a procurar emprego ao longo
de crises econômicas têm a pior história laboral,
têm a menor remuneração, têm o menor número de
oportunidades ao longo da sua vida. Esses dados são
de estudos internacionais comandados pela OIT”.
Informalidade
O ministro foi questionado pelo deputado Vicentinho
(PT-SP) sobre ações efetivas para reduzir a
informalidade. “Qual a proposta do ministério para
formalizar as pessoas que tentam sobreviver por
conta própria, se esse contingente aumenta
significativamente pela falta de emprego, mas a
maioria nesse grupo não tem CNPJ?”, indagou o
deputado.
O ministro Onyx Lorenzoni defendeu a adequação das
leis às novas modalidades de trabalho, como o home
office e o trabalho intermitente. Ele comparou o
caminho até o trabalho formal a uma espécie de
rampa: na base estão os programas de renda e,
conforme se avança, surgem alternativas como o
serviço voluntário e o trabalho incentivado.
“A CLT não atende às necessidades hoje das regiões
Norte e Nordeste do Brasil, atende de maneira
relativa ao Centro-Oeste e parte do Sudeste. Ela
estaria adequada hoje, pelo perfil econômico, para
atender o Sul e parte do Sudeste apenas”, afirmou.
Previdência
O novo ministro informou que a Previdência Social
perdeu cerca de 10 mil funcionários nos últimos dois
anos, mas que algumas providências estão sendo
tomadas para acelerar a análise dos processos de
concessão de benefícios.
“Com a ampliação da capacidade de análise em mais
500 mil processos mensais, a gente vai caminhar
celeremente para ver se, no início do ano que vem, a
gente já consegue ter uma fila, senão completamente
zerada, civilizada”, prometeu.
O deputado Carlos Veras (PT-PE) sugeriu a realização
de mutirões para diminuir a espera da população.
“Temos um problema na perícia, nos auxílios doença.
Não é a regra, nós entendemos isso, mas há casos de
beneficiários que estão passando mais de seis meses
pra poder fazer a perícia médica. O auxílio doença é
imediato: você passa 15 dias, 30 dias sem receber
esse recurso, você vai ter que voltar a trabalhar
doente, porque você não tem outra alternativa”,
lamentou.
Deputados de oposição também cobraram do ministro
Onyx Lorenzoni uma política para o salário mínimo e
a fiscalização de trabalho análogo à escravidão.
Fonte: Agência Câmara
15/09/2021 -
Servidores protestam em Brasília
Servidores públicos de todo o País, liderados por
suas entidades sindicais, realizam grande
manifestação nesta semana em Brasília (DF). O ato
começa terça (14) e se estende até quinta (16). O
objetivo da ação é alertar ao Congresso Nacional
sobre os perigos da PEC 32 – reforma administrativa.
A ideia da ocupação durante três dias vem da
expectativa de análise da Proposta pela Comissão
Especial da Câmara dos Deputados, que será feita
entre os dias 14 e 16. Servidores ressaltam que,
caso seja aprovada essa reforma, os prejuízos serão
não apenas do funcionalismo, mas de toda a
população.
Segundo Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef-CUT), a pressão tem sido
efetiva e, a partir disso, alguns parlamentares já
mudaram seu voto.
“O fruto dessa Comissão é que vai pautar o debate no
Plenário da Câmara, por isso, é uma questão de honra
conseguir uma avaliação contra a PEC. A pressão,
portanto, é fundamental pra conseguirmos barrar”,
afirma o sindicalista.
Para o coordenador do Movimento Basta! e presidente
da Conacate, Antonio Carlos Fernandes Lima Júnior,
os Servidores têm ganhado apoio de trabalhadores do
setor privado nesta luta e a mobilização contra a
reforma administrativa avança. “Estão mais
conscientes da agressividade dessa PEC, que tem
vícios terríveis e faria o Congresso Nacional
cometer uma insanidade”, avalia.
Ocupação – A pressão do funcionalismo se inicia hoje
logo pela manhã. Já no aeroporto da Capital, haverá
pressão sobre os parlamentares que se encaminham ao
Congresso para os trabalhos da semana. Além disso,
será feita panfletagem à população alertando sobre
os riscos da reforma administrativa.
Na parte da tarde, a partir das 14 horas, haverá
concentração no Espaço do Servidor, na Esplanada dos
Ministérios. De lá, os trabalhadores seguem em
carreata até à Câmara. Na quarta e na quinta, o dia
está reservado para que os Servidores visitem
gabinetes de parlamentares para dialogar a fim de
que não seja aprovada a PEC 32.
Força – Presidente da Força Sindical, Miguel Torres
está em Brasília para somar ao movimento. O
dirigente afirma: “É uma luta muito importante.
Vamos tentar impedir a votação da reforma
administrativa, que vai precarizar o serviço público
no País. E quem vai sofrer é a imensa maioria da
população, que, sem esse serviço, vai sofrer e
muito. Somos contra”, conclui Miguel.
Mais – Páginas da Condsef, Movimento Basta!,
Conacate e Força Sindical.
Fonte: Agência Sindical
15/09/2021 -
Presidenta do TST diz que empresas podem demitir
quem recusar a vacina
A presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Maria Cristina Peduzzi, afirmou no UOL Entrevista
que trabalhadores e trabalhadoras que se recusarem a
tomar a vacina contra a Covid-19 podem ser
demitidos, inclusive com justa causa.
A ministra arguentou que não se imunizar mesmo tendo
a vacina pode comprometer o bem-estar coletivo, que
é mais importante do que o direito individual de
escolher tomar ou não a vacina.
Assista a entrevista da ministra aos jornalistas
Fabíola Cidral, Carla Araújo e o Filipe Andretta.
"O direito da coletividade se sobrepõe ao direito
individual e se um empregado se recusa à vacinação,
ele vai comprometer o meio ambiente de trabalho que
necessariamente deve ser promovido, por meio do
empregador, da forma mais saudável possível, por
isso que há uma justificativa que tem embasado
decisões nesse sentido", disse a presidente do TST.
A ministra fez uma ressalva. A empresa não pode
demitir o trabalhador que não se vacinou por algum
problema de saúde. Nesses casos, a empresa deve
demitir e deve permitir o trabalho remoto, disse.
Fonte: Mundo Sindical
15/09/2021 -
Rachadinha configura enriquecimento ilícito, decide
TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por
unanimidade que a prática de "rachadinha" -
apropriação de parte do salário de servidores pelos
políticos que os nomearam - configura enriquecimento
ilícito e dano ao patrimônio público. Com a decisão,
Maria Helena Pereira Fontes (PSL), candidata a
vereadora do município de São Paulo (SP) em 2020,
teve o registro de candidatura cassado e foi
condenada à inelegibilidade por oito anos. O relator
do processo foi o ministro Alexandre de Moraes.
Maria Helena foi processada pelo Ministério Público
Eleitoral (MPE) por praticar "rachadinha" desde
janeiro de 1997, obrigando funcionários
comissionados a devolver para ela parte da
remuneração que recebiam, sob pena de exoneração.
Segundo o MPE, coma prática ilegal, Maria Helena
acumulou R$ 146, 3 mil em patrimônio.
O julgamento da ex-vereadora teve início no dia 8 de
abril deste ano. Durante a análise do caso, ela foi
interrompida por pedido de vista do Ministro Luis
Felipe Salomão. Ele apresentou o voto no plenário
virtual do TSE. Os ministros acompanharam o
entendimento do relator, Alexandre de Moraes sobre o
caso. Para o magistrado, a ação de Maria Helena
configura-se em ato doloso de improbidade
administrativa, com enriquecimento ilícito e dano ao
patrimônio do município de São Paulo.
O crime de rachadinhas ganhou visibilidade após o
filho do presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio
Bolsonaro (Patriota-RJ), ser denunciado por praticar
o ato enquanto ocupava uma cadeira na Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Nesta
segunda-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF)
adiou o julgamento do foro privilegiado do
parlamentar na investigação sobre os casos de
rachadinha pelo Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro. A decisão de retirada de pauta foi do
Ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro para
ocupar uma cadeira na Corte. Ainda não há uma nova
data para o julgamento.
Fonte: Congresso em Foco
15/09/2021 -
Lewandowski suspende mais duas ações da Lava Jato
contra Lula
O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo
Lewandowski suspendeu mais duas ações contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da
Operação Lava Jato.
A defesa de Lula pediu o trancamento das apurações
ao ministro do STF nesta segunda-feira (13). As
ações se referem aos casos do imóvel para o
Instituto Lula e doações para o Instituto Lula,
transferidos para a Justiça Federal do Distrito
Federal após o reconhecimento da incompetência da
13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba para julgar
os processos referentes ao petista.
Lewandowski concedeu liminar para barrar o andamento
das investigações e optou por não pedir manifestação
do mérito à Procuradoria-Geral da República,
informou o site O Bastidor.
O advogado Cristiano Zanin, que defende o
ex-presidente Lula, explica que a decisão do
ministro Lewandowski impede qualquer nova iniciativa
em relação às duas ações mencionadas, que já foram
anuladas pelo STF.
Inicialmente, com base na informação do site 'O
Bastidor', divulgamos que se tratavam das últimas
ações da Lava Jato contra Lula, mas a informação
está incorreta. Ainda resta a ação referente aos
caças suecos na Justiça do Distrito Federal.
A suspensão acontece após a sucessão de
arquivamentos, anulações e trancamentos que se
seguiram às decisões do STF nas últimas semanas.
Léo Pinheiro voltou atrás em acusações contra
Lula
O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, escreveu uma
carta de próprio punho para voltar atrás em
acusações que fez contra o ex-presidente Lula na sua
delação premiada firmada com a Lava Jato.
A carta do empreiteiro foi um dos elementos que fez
a investigação que acusava o petista de corrupção e
tráfico de influência, junto ao governo da Costa
Rica, ser arquivado, somando a 19ª vitória de Lula
na Justiça.
Fonte: Brasil247
15/09/2021 -
Marcio Bittar vai relatar privatização dos Correios,
ele quer 2 audiências para debater projeto no Senado
O senador Marcio Bittar (MDB-AC) é o relator
do PL (Projeto de Lei) 591/21, do Poder Executivo,
que permite a privatização dos Correios. O anúncio
foi feito nesta terça-feira (14) pelo presidente da
CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), senador Otto
Alencar (PSD-BA). Bittar é alinhadíssimo ao governo.
Bittar disse que deve apresentar na próxima semana
plano de trabalho para a discussão da matéria. Ele
prevê a promoção de 2 audiências públicas com
debatedores contra e a favor do projeto.
“Vamos tentar fazer na mesma semana para ouvir as 2
versões básicas sobre o assunto. Ele [o projeto]
prevê a possibilidade de concessão de uma parte do
serviço essencial, que a Constituição garante que
tem que ser monopólio da União, e, de outra parte, a
privatização do que pode ser feito. O juízo de valor
sobre o mérito não é agora”, comentou.
Novo relator
O PL 591/21 foi aprovado pela Câmara dos Deputados em
agosto. O texto foi inicialmente distribuído para a
relatoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR),
mas ele devolveu o projeto para a designação de novo
relator.
A matéria apresentada pelo Poder Executivo autoriza
a União a vender a ECT (Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos) para a iniciativa privada.
Por 18 meses após a privatização, os atuais
empregados só podem ser demitidos por justa causa.
Mas podem aderir a PDV (plano de demissão
voluntária) em até 180 dias.
Conteúdo do projeto
O projeto aprovado pela Câmara autoriza a exploração
pela iniciativa privada de todos os serviços
postais. A proposta estabelece condições para a
desestatização da ECT e remete a regulação do setor
à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
O texto fixa ainda condições para a desestatização
da empresa, como a prestação dos serviços com
abrangência nacional, contrato de concessão com
modicidade de tarifas para os serviços postais
universais e mudança do nome para Correios do
Brasil.
No Senado, tramita sugestão popular que pede que os
Correios sejam retirados do programa de
desestatização.
Fonte: Diap
14/09/2021 -
Dieese: crise econômica mostra que não há projeto de
Paulo Guedes, só ‘reformas’
“A economia está parada. Não há projeto desse
governo, que defende só reformas que destroem
direitos e criam instabilidade”, aponta diretor
técnico do Dieese
Diante da inflação em alta e da falta de perspectiva
de melhora, a crise econômica do Brasil prova que
não há projeto do ministro Paulo Guedes, pelo
contrário: seu objetivo é só apresentar “reformas” e
destruir mais direitos. A avaliação é do diretor
técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, em
entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta
segunda-feira (13).
Na última sexta (10), Paulo Guedes afirmou a
investidores estrangeiros que a crise institucional,
alimentada pelo presidente Jair Bolsonaro, pode
prejudicar a economia do país e acrescentou que a
economia estava na “direção correta”. A leitura do
ministro da Economia é equivocada, segundo Fausto.
“A economia está longe de um caminho correto, com
uma inflação próxima dos 10% e com o desemprego
acima dos 14 milhões. Estamos longe do rumo certo,
tanto é que as expectativas de crescimento econômico
no ano que vem estão abaixo dos 2%”, afirmou o
diretor do Dieese.
Na última semana, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (PCA) quebrou um recorde de 21 anos
para meses de agosto e chegou a 9,86% no acumulado
de 12 meses. Para o especialista, não há projeto
econômico do governo federal.
“A economia está parada. Não há projeto desse
governo, que defende só reformas que destroem
direitos e criam instabilidade. As pessoas estão com
a vida piorada, vendo o gás, a gasolina e o mercado
cada vez mais caros. A única coisa que esse governo
está implementando é a instabilidade contra
democracia”, criticou Fausto.
Fausto lembra ainda que a estabilidade institucional
nunca foi prioridade para Paulo Guedes e acrescenta
que a crise econômica do Brasil criou a “nova
carestia”. “Guedes esteve próximo à ditadura do
Pinochet, no Chile. Portanto, a democracia para ele
é um mero detalhe. Além disso, estamos vendo um
governo perdido, sem saber para onde caminhar.
Antes, a proposta do governo era extinguir o Bolsa
Família, tanto é que houve um esvaziamento do
programa, agora busca o Auxílio Brasil por
populismo. A renda está caindo, não há composição
salarial, nem emprego.”
Fonte: Rede Brasil Atual
14/09/2021 -
Redução da jornada de trabalho: um debate necessário
Apesar dos avanços tecnológicos uma parte
expressiva da classe trabalhadora mundial ainda
cumpre jornadas superiores a 48 horas semanais,
enquanto outra proporção se encontra em condições de
subemprego, trata-se de jornadas insuficientes que
não asseguram sequer a própria sobrevivência.
por Marilane Oliveira Teixeira
É inegável a relevância do debate sobre a jornada de
trabalho para a organização da vida social uma vez
que a distribuição do tempo é um dos problemas
centrais de todas as sociedades.
Os tempos são recorrentemente transformados pelas
mudanças econômicas, sociais e culturais, mas tais
mudanças não se processam unicamente na esfera
produtiva com o controle da extensão, distribuição e
intensidade da jornada relativa ao trabalho
remunerado, mas na forma como o trabalho reprodutivo
está organizado e como mulheres e homens distribuem
o seu tempo entre essas duas dimensões de forma
articulada entre si.
Apesar da grande capacidade do capitalismo em
transformar as condições de trabalho, ele não foi
capaz de eliminar a necessidade de um tempo
necessário para a reprodução social de mulheres e
homens.
A primeira norma internacional que trata da jornada
de trabalho é de 1919, mas foi em 1935 que a OIT
recomendou a adoção da jornada de 40 horas semanais
como um padrão social a ser alcançado, naquele
momento o mundo vivia as adversidades da segunda
guerra mundial e a taxa de desemprego estava em
alta, passados mais de 75 anos apenas 15 países a
ratificaram.
Atualmente se discute a semana de quatro dias em
várias partes do mundo, contudo, na maioria dos
países da América Latina os dados mostram que as
horas trabalhadas em atividades remuneradas sofreram
pouco ou nenhuma alteração nas últimas décadas e as
mudanças tem avançado em outra direção: jornadas
mais diversificadas, descentralizadas e
individualizadas.
A característica comum a estas novas modalidades que
se intensificam na era neoliberal é a corrosão de
formas de emprego institucionalizadas próprias da
organização da produção industrial em que se
distinguia claramente local de trabalho e casa,
tempo de trabalho e tempo livre, trabalho remunerado
e trabalho não remunerado. A erosão de tais
fronteiras é um processo fundamentalmente facilitado
pelas novas tecnologias de informação e comunicação
e pelas políticas neoliberais que colocam a
discussão sobre o tempo social em um outro patamar
uma vez que a disputa sobre o uso do tempo é um dos
principais embates da classe trabalhadora neste
último século.
Apesar dos avanços tecnológicos uma parte expressiva
da classe trabalhadora mundial ainda cumpre jornadas
superiores a 48 horas semanais, enquanto outra
proporção se encontra em condições de subemprego,
trata-se de jornadas insuficientes que não asseguram
sequer a própria sobrevivência.
Por outro lado, o declino do trabalho na indústria e
a expansão da participação relativa da ocupação no
setor de serviços segue como uma tendência desde
primeira revolução industrial e dadas as
características deste segmento que combina
diferentes arranjos sobre o uso do tempo, o debate
mais geral na sociedade sobre a redução da jornada
de trabalho também se complexifica. Em vários países
da América Latina a redução da jornada de trabalho
ganhou centralidade na agenda política e sindical
nos anos de 1980 sendo progressivamente esvaziado
pela despadronização da jornada de trabalho em
vários setores econômicos e pela ampliação de
contratações atípicas como pessoas jurídicas,
autônomos, trabalho por conta própria, dentre
outras.
Além disso, os desdobramentos da revolução
tecnológica têm potencial para substituir uma
parcela significativa da força de trabalho, conforme
indicam estudos da OIT. Embora a discussão sobre
possibilidades de os empregos serem automatizados
esteja mais presente nos países desenvolvidos, os
seus efeitos evidentemente podem alcançar o conjunto
das economias uma vez que as cadeias globais de
valor estão em mãos de poucas empresas.
Evidentemente que são considerados vários aspectos
na definição ou não pela automação, trata-se de
considerações de caráter técnico, mas também
econômico, como os custos da força de trabalho,
investimentos em tecnologia e países com custos de
mão de obra baixos a possibilidade de transferir
processos manuais para robôs é reduzida.
A redução da jornada de trabalho nos parece a resposta
mais adequada diante de uma sociedade que tende a
absorver cada vez menos trabalho vivo. As
tecnologias sempre eliminaram empregos absorvidos
pelos novos investimentos, atualmente as novas
fronteiras de investimentos já não mobilizam a
capacidade produtiva na intensidade em que precisa
gerar trabalho, além de dissolver padrões de
trabalho tradicionalmente associados as ocupações.
Reduzir o tempo de trabalho necessário é a única
forma de enfrentar os problemas estruturais do
trabalho no capitalismo.
Quando se analisa a potencialidade do debate sobre a
redução da jornada de trabalho é fundamental que se
considere os seguintes aspectos: as tendências de
flexibilização estão presentes desde os anos de 1970
e com mais vigor em nossos países a partir dos anos
de 1980 e 1990 e são respostas ao processo cada vez
mais intenso de integração de nossas economias a uma
lógica de inserção internacional e construção de um
determinado padrão de relações de trabalho baseado
na competitividade espúria em que busca obter
vantagens comparativas com base na redução dos
custos do trabalho, na flexibilização e na retirada
de direitos. A informalidade no Brasil responde por
mais de 50% das ocupações.
O segundo aspecto é apresentar uma saída para o
problema estrutural de falta de trabalho. Dadas as
inovações tecnológicas poupadoras de trabalho, o
simples crescimento econômico – apesar de ser uma
condição necessária – não é suficiente para gerar
postos de trabalhos decentes a toda força de
trabalho disponível. É crucial garantir trabalho a
todas as pessoas e que estes trabalhos sejam
reconhecidos como relevantes socialmente para o
coletivo da comunidade e não fiquem restritos ao
circuito de acumulação capitalista.
Portanto, é fundamental recolocar a centralidade da
redução da jornada de trabalho como forma de gerar e
distribuir empregos para todas as pessoas. Os
avanços tecnológicos permitem tecnicamente reduzir a
jornada de trabalho e, como sempre ocorreu na
história do capitalismo, a questão é política e
ideológica. A defesa da redução da jornada poderia
estar associada ao debate mais geral sobre a
distribuição do tempo entre o trabalho e
não-trabalho e na própria distribuição das
responsabilidades familiares por todos os seus
membros.
Portanto, trata-se de um debate político e deve ser
abordado como uma estratégia para resolver os graves
problemas de emprego, uma resposta política ao
problema da pobreza, da desigualdade e da
precariedade que afeta a maioria da classe
trabalhadora. Ampliar o tempo livre para que as
pessoas podem ter uma vida digna e com qualidade.
*A autora é economista, doutora em
desenvolvimento econômico e social, pesquisadora e
assessora sindical.
Fonte: Radio Peão Brasil
14/09/2021 -
Emprego informal representa 70% dos novos empregos
na América Latina
Mulheres, jovens e trabalhadores com menos
habilidade são os mais afetados
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela
que o trabalho informal representa 70% dos empregos
criados desde o segundo semestre de 2020 em vários
países da América Latina. No Brasil, por exemplo, a
taxa é de 68%.
Segundo a agência da ONU, o desemprego e a queda da
participação na força de trabalho persistem devido
aos impactos da pandemia de Covid-19 na economia. A
OIT pede mais ação para combater a crise e a criação
de postos de trabalho de melhor qualidade.
Qualidade baixa
A recuperação econômica na região não é suficiente
para trazer de volta os postos de emprego perdidos
durante a pandemia. Com isso, o mercado de trabalho
está marcado por uma alta taxa de desemprego e por
uma forte prevalência do trabalho informal.
O diretor da OIT para América Latina e Caribe,
Vinícius Pinheiro, declarou que a região não está
criando empregos “com a qualidade e a quantidade”
necessárias. Pinheiro avalia que a situação é
“complexa, com desafios de grande magnitude.”
O representante lembra que os postos de trabalho
informais geralmente “são instáveis, com salários
baixos e sem direitos ou proteção social.” Vinícios
Pinheiro destaca que a ligação entre emprego
informal e desigualdades ficou ainda mais evidente.
Mulheres afetadas de forma desproporcional
A análise da agência da ONU revela ainda que medidas
para combater a crise de saúde tiveram um forte
impacto na renda das pessoas que já trabalhavam de
forma informal. Os que ficaram sem trabalho não
tiveram acesso à proteção social nem a possibilidade
de realizar as funções de forma remota.
Segundo a OIT, ainda é preciso recuperar cerca de
30% dos empregos que foram perdidos desde o início
da pandemia. Mulheres, jovens e pessoas com poucas
habilidades profissionais foram afetados de forma
desproporcional.
A agência explica que há mais de 15 anos, não se
registrava na América Latina uma taxa tão baixa de
participação econômica das mulheres.
Fonte: ONU News
14/09/2021 -
Bolsonaro deixará como herança a mais grave crise de
energia do país
Para o engenheiro da Eletronorte e diretor do
Sindicato dos Urbanitários no DF Ikaro Chaves, além
da eminência de um apagão em 2021, país sofrerá em
2022 com efeito da falta de investimentos em
hidrelétricas.
O presidente Jair Bolsonaro deixará o pior legado de
um governo no setor elétrico brasileiro, incluindo a
crise energética de 2001. “O Governo Fernando
Henrique precisou lidar com o apagão, mas deixou
para o presidente Lula, em 2003, um país com sobra
de energia. Agora sem grandes obras, a crise hoje é
muito mais grave e, por conta da política de
privatização do governo Bolsonaro, não somente
estamos na eminência de um blecaute em 2021 como
teremos ainda um 2022 muito ruim no setor elétrico”,
alerta o engenheiro da Eletronorte e diretor do
Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF) Ikaro
Chaves.
Os desdobramentos negativos da política bolsonarista
de desinvestimento não são de curto-prazo, conforme
explica Chaves: “O governo Bolsonaro proibiu a
Eletrobras de investir, querendo a privatização e
não houve como fazermos hidrelétricas. Em
consequência, hoje, 20 anos depois, o sistema é
muito pior do que o de 2001. Mesmo com a eleição do
Lula, esse quadro não se reverterá rapidamente
porque uma hidrelétrica não se faz de uma hora para
a outra”.
Ele lembra que o país enfrenta um problema de
geração associado à escassez hídrica. “Em julho e
agosto não choveu. As nossas termelétricas foram
projetadas para atuarem em situações de emergência,
mas não temos gás natural para alimentá-las. As
eólicas também não oferecem a segurança que o
sistema precisa. O que é um apagão? A energia tem
que ser gerada na mesma quantidade do consumo ou
acontece uma sobrecarga e uma queda no sistema, algo
que está prestes a acontecer. E, como a previsão é
que teremos um período chuvoso fraco, no ano que vem
haverá uma queda ainda mais séria”, prevê.
Outro aspecto que diferencia a situação da atual do
setor elétrico da verificada há 20 anos é que já
houve uma educação da população para o consumo
consciente. “Com o racionamento feito pelo Governo
Fernando Henrique, houve uma redução no consumo e
depois as pessoas não voltaram a consumir tanto.
Elas desligaram o freezer, passaram a usar lâmpadas
incandescentes. Hoje já não se compra mais ar
condicionado sem selo do Procel. Ou seja, agora as
pessoas não têm mais muito onde cortar”, acredita.
Em razão da redução no espaço para economia de
energia, o engenheiro diz que os apelos do governo
para que as pessoas reduzam o consumo não são
eficazes. “O governo está contando com a sorte e a
boa vontade das pessoas. Seria mais prudente o
governo estabelecer um racionamento. Com um
racionamento de 5% de economia, talvez possamos
recuperar a segurança do sistema esse ano”, estima.
Na atual toada, no entanto, o cenário é
catastrófico. “Depois da pandemia, teremos um
apagão. Se não houver um racionamento compulsório,
como o que foi feito em 2001, vamos chegar a
novembro desse ano sem água nos reservatórios e
haverá blecaute. Isso significa vermos São Paulo às
19h com todos os semáforos desligados”, exemplifica.
Chaves é crítico ainda do sistema de premiação para
quem economizar: “Trata-se de um sistema muito
injusto. É mais fácil reduzir para quem tem piscina
e pode desligar o aquecimento elétrico. Quem vai
pagar a conta são os outros, que já não têm onde
cortar. A solução não é essa”.
O engenheiro ressalta que os mais pobres já são os
que mais sofrem com a alta da energia. “Somente
neste ano, até agosto, a tarifa de energia subiu
mais de 30%. É uma alta equivalente a que observamos
nos quase cinco anos anteriores, o período desde o
Governo Temer até janeiro de 2021. Isso significa
que uma família que pagava uma conta de energia de
R$ 200 no início do ano, agora está pagando R$ 300.
Imagine o impacto de uma despesa de R$ 100 a mais
para quem recebe um salário mínimo, sem contar o
impacto inflacionário da energia”, aponta.
Fonte: Portal Vermelho
14/09/2021 -
Comissão debaterá propostas que alteram a Lei do
FGTS
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados realiza audiência
pública nesta sexta-feira (17) para discutir
propostas de mudanças na Lei 8.036/90, que
regulamenta o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
O debate atende a pedido do deputado Paulo Ramos
(PDT-RJ). "Dos mais de 130 projetos, acima de 90%
são inviáveis e colocam a estabilidade e
sustentabilidade do Fundo de Garantia em risco", diz
o deputado.
Para ele, é importante discutir como ficarão os
investimentos sociais do FGTS em habitação popular,
saneamento básico e infraestrutura urbana.
"Anualmente, o Fundo de Garantia investe em média R$
100 bilhões nessas áreas, além de injetar na
economia mais de R$ 120 bilhões em saques, e ainda é
responsável pela manutenção de mais de 4,5 milhões
de empregos diretos no Brasil, e milhares de
empresas que dependem desse fundo para existir",
ressalta Ramos. "Temos que ter noção dos limites
dessa poupança, ou seja, o FGTS não é um saco sem
fundo", conclui.
Convidados
Foram convidados para discutir o assunto:
- o diretor do Departamento de FGTS no Ministério da
Economia, Gustavo Alves Tillmann;
- o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro
Guimarães;
- o presidente da Central Sindical União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah;
- o presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Robson Braga de Andrade;
- o presidente do Instituto Fundo de Garantia do
Trabalhador, Mario Avelinio.
A audiência será interativa e está marcada para as
9h30, no plenário 12. Os interessados poderão enviar
perguntas, críticas e sugestões por meio do portal
e-Democracia.
Fonte: Agência Câmara
14/09/2021 -
Por falta de justa causa e prescrição, Justiça
arquiva mais um processo contra Lula
Por ausência de justa causa e prescrição da
pretensão punitiva, a 9ª Vara Federal de São Paulo,
acolheu pedido da defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para determinar o trancamento
de uma investigação de tráfico internacional de
influência e corrupção ativa em transação comercial
internacional.
A investigação em tela foi instaurada a partir da
delação premiada de Leo Pinheiro. Segundo ele, Lula
teria sido contratado pela OAS para promover
palestra na Costa Rica a fim de influenciar os
dirigentes daquele país a fazer negócios com a
construtora.
Segundo a defesa do ex-presidente, feita pelos
advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Z.
Martins, nenhuma pessoa ouvida pela Polícia Federal
confirmou a versão apresentada por Leo Pinheiro no
momento de sua delação premiada. O próprio executivo
negou qualquer pagamento de vantagem indevida a Lula
em novo depoimento.
A juiz federal Maria Carolina Akel Ayoub sustentou a
ausência de justa causa para prosseguimento das
investigações, uma vez que já decorreu o prazo
prescricional da pretensão punitiva estatal. Todos
os crimes possuem prazo prescricional de 12 anos;
como Lula tem mais de 70 anos de idade, o prazo
passa a ser de seis anos, explicou.
Decorridos mais de seis anos entre a data dos fatos
e o presente momento, a magistrada declarou extinta
a punibilidade do ex-presidente e determinou o
arquivamento do inquérito.
Para a defesa de Lula, o arquivamento do 19º
procedimento investigatório instaurado contra ele,
com base em acusações infundadas, confirma que o
ex-presidente foi vítima de lawfare. Revela, ainda,
que a "lava lato" colocou em xeque o Estado de
Direito ao promover delações premiadas sabidamente
descabidas com o nítido objetivo de atingir e
aniquilar alvos pré-definidos.
"Da avalanche de processos abertos contra Lula
permanece em aberto apenas um deles — relativo ao
caso dos caças —, no qual já apresentamos pedido de
arquivamento após termos demonstrado que ele foi
construído pela 'lava jato' com a plena ciência de
que o ex-presidente não havia praticado qualquer ato
ilegal", afirmam.
5003916-52.2019.4.03.6181
Fonte: Consultor Jurídico
13/09/2021 -
Luta contra reforma administrativa avança
Mobilizados nacionalmente contra a reforma
administrativa, os Servidores públicos constatam
crescimento da mobilização e das tratativas com
parlamentares. A avaliação é do presidente da
Conacate e coordenador do Movimento Basta!, Antonio
Carlos Fernandes Lima Júnior.
“Os Servidores estão mais conscientes da
agressividade dessa PEC, que tem vícios terríveis e
faria, caso aprovada, o Congresso Nacional cometer
uma insanidade”, ele avalia.
Dia 18 de agosto, houve ato nacional dos Servidores.
De lá para cá, cresceu o corpo a corpo com os
parlamentares e multiplicaram-se as audiências
públicas, nas Câmaras e Assembleias Legislativas. As
entidades coordenadoras do movimento, incluindo as
Centrais, têm, devido ao distanciamento pela
pandemia, intensificado os contatos pelas redes
sociais.
Para o coordenador do Basta!, “muitos deputados
começam a se questionar se vale a pena votar essa
PEC terrivelmente impopular, desastrosa, e correr o
risco de vê-la depois reprovada no Senado”, como
ocorreu com a MP 1.045.
Prazo – A expectativa é que a Proposta vá a
voto ainda em meados de setembro. O dirigente pede
atenção da categoria, pois, em março, “Câmara e
Senado aprovaram, em cinco dias, uma PEC que altera
a Constituição”, alerta. O certo seria a matéria
passar pelas Comissões e haver audiências públicas.
“Temos que tentar fazer com que a reforma
administrativa não saia da Câmara”, diz Antonio
Carlos.
Maldades – Para o presidente da Conacate, “a
PEC plena de erros e maldades. Acaba com a
estabilidade e o próprio direito adquirido. Desmonta
de forma irresponsável o Estado, ensejando
terceirização, precarização e corte de serviços
básicos.” Para Antonio Carlos Fernandes Lima Júnior,
“haverá impacto negativo em toda a economia e no
próprio Estado”.
Comando – A mobilização dos Servidores da
União, Estados e Municípios está a cargo de 14
entidades sindicais e inclui também a Frente
Parlamentar em Defesa dos Serviços Públicos.
Mais – Sites do
Basta! e
Conacate.
Fonte: Congresso em Foco
13/09/2021 -
Combate ao desemprego exige políticas efetivas, sem
MPs, ‘jabutis’ e artimanhas
Para Clemente Ganz Lúcio, assessor do Fórum das
Centrais, governo Bolsonaro erra ao precarizar ainda
mais a legislação trabalhista como forma de criar
empregos
Diante do avanço persistente do desemprego, que
ficou 14,1% no segundo trimestre de 2021, de acordo
com o IBGE, faltam políticas públicas efetivas que
estimulem a criação de postos de trabalho. Por outro
lado, o trabalho informal corresponde a 40,6% do
total de ocupados. Ainda assim, a aposta do governo
Bolsonaro tem sido aprofundar a flexibilização da
legislação trabalhista. Trata-se da mesma estratégia
que vem sendo adotada desde a “reforma” trabalhista
de 2017, que não registrou os resultados esperados.
Mais recentemente, o cenário de ataques aos
trabalhadores se agravou, não apenas no conteúdo,
mas também na forma. No mais recente episódio, foram
incluídos na Medida Provisória (MP) 1.045
dispositivos que criavam regimes de contratação sem
nenhum direito. A medida acabou sendo rejeitada pelo
Senado na semana passada.
Para o assessor do Fórum das Centrais Sindicais,
ex-diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio,
trata-se de um desvirtuamento da função das MPs. Com
validade imediata, esse dispositivo legislativo deve
ser usado para temas urgentes e relevantes, que
demandam atuação célere do Executivo. Contudo, o
atual governo vem utilizando tal expediente como se
fosse uma espécie de “decreto”.
“Não quer dizer que não sejam necessários programas
e medidas legislativas para enfrentar o grave
problema do desemprego. Mas isso exige programas que
deem às pessoas ocupação com qualidade, geração de
emprego e renda, com políticas que enfrentem o
problema de forma decente”, disse Clemente em
entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil
Atual, nesta sexta-feira (10).
Jabutis
Além de desrespeitar os princípios da urgência e
relevância, o governo também tem se servido
conteúdos estranhos, os chamados “jabutis”,
inseridos nos textos da MPs. Ambas estratégias já
foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). “O governo manda a MP com um
determinado assunto – por exemplo, foi assim na do
programa de redução de jornadas e salários, onde
havia um objetivo muito claro e imediato, que era
criar uma política de proteção aos empregos.
Entretanto, durante sua tramitação no Congresso
Nacional, a base do governo acabou incluindo uma
série de mudanças trabalhistas que não tinham nada a
ver com o tema original”, explicou Clemente.
Aposta errada contra o desemprego
Além das deturpações no processo legislativo, Clemente
aponta a exaustão dessa fórmula baseada na
precarização dos empregos. A crença é que, com quase
nenhum direito, mais pontos de trabalho seriam
criados, colaborando para o crescimento da economia
e combate ao desemprego. No mundo real, as coisas
funcionam de forma distinta, segundo o analista. Não
se trata apenas de reduzir o custo da mão de obra.
Acabam, até mesmo, tendo efeitos inversos daqueles
pretendidos.
“Não é a flexibilização, arrocho ou retirada de
direitos que vai gerar emprego. Pelo contrário.
Quando se percebe que há queda na renda, na massa
salarial, inviabilizando um determinado padrão de
consumo, as empresas deixam de investir. Sem
investir, não aumentam a produção. Portanto, não há
crescimento do emprego, nem a possibilidade das
empresas terem melhores resultados e, assim, pagarem
maiores salários”.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/09/2021 -
Recuperação judicial de empresa não afasta direito à
estabilidade de dirigente sindical
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou recurso da Companhia Agrícola Nova Olinda,
em recuperação judicial, e de outras empresas do
mesmo grupo contra decisão que determinara a
reintegração no emprego de um dirigente sindical.
Conforme o colegiado, a recuperação judicial é
distinta da extinção da atividade empresarial na
base territorial do sindicato, situação que afasta o
direito à estabilidade.
Dirigente sindical desde 1998
Admitido pela Nova Olinda em 1995, o empregado foi
demitido em 2017, quando exercia o cargo de auxiliar
administrativo da Agrisul Agrícola Ltda., do mesmo
grupo, em Sidrolândia (MS). Ele fora eleito
dirigente sindical em 1998, e seu mandato,
sucessivamente renovado nas eleições seguintes,
expirava em junho de 2019. Na ação, ele argumentou
que teria direito à estabilidade provisória até um
ano após o término do mandato.
Em audiência, empregadores e trabalhador afirmaram
que, após a interrupção da produção na unidade de
Sidrolândia, em 2014, permaneceram trabalhando
apenas três vigias.
Empresa em atuação
O juízo de primeiro grau não reconheceu a estabilidade
sindical, considerando que a dispensa decorrera do
encerramento da atividade produtiva da empresa.
Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª
Região (MS) concluiu que as empresas não foram
extintas, mas estavam em recuperação judicial e,
portanto, continuava a atuar no mercado, “mesmo que
com a capacidade mínima de produção”. Determinou,
assim, a reintegração do auxiliar.
Naturezas distintas
O relator do recurso de revista das empresas, ministro
Agra Belmonte, observou que o item IV da Súmula 369
do TST afasta a estabilidade do dirigente sindical
quando há extinção da atividade empresarial na base
territorial do sindicato. Segundo ele, porém, esse
entendimento não se aplica ao caso, porque a
extinção das sociedades empresariais tem não apenas
natureza distinta da recuperação judicial, mas,
também, consequências jurídicas diversas.
O ministro explicou que, enquanto a extinção da
empresa representa o seu fim no mundo jurídico, num
processo que se assemelha à morte da pessoa natural,
a recuperação judicial visa à superação do momento
de crise, a fim de conservar a atividade produtiva,
os interesses dos credores e os empregos dos
trabalhadores, nos termos do artigo 47 da Lei de
Falências (Lei 11.101/2005).
A decisão foi unânime.
Processo: ARR-25268-51.2017.5.24.0007
Fonte: TST
13/09/2021 -
Pobreza aumenta e milhões de brasileiros não
conseguem acesso aos programas sociais
3 milhões de brasileiros estão passando necessidades
básicas inscritos na interminável fila para
ingressar no Bolsa Família ou receber benefícios a
que têm direito no INSS.
As dificuldades de acesso ao Bolsa Família agravam a
vulnerabilidade de muitos brasileiros carentes a
pouco mais de um mês do fim do auxílio emergencial
para 39,3 milhões de pessoas. Segundo estudos do
pesquisador Marcelo Neri, da FGV, a pobreza já
atinge 27,7 milhões de brasileiros, o equivalente a
13% da população. Em 2017, segundo sua metodologia,
eram 11,2%.
Os problemas sociais, no entanto, foram ignorados
pelo presidente Jair Bolsonaro nos atos
antidemocráticos do Sete de Setembro. Os atos
agravaram a crise política e criaram mais obstáculos
para projetos como o Auxílio Brasil, que o governo
pretende colocar no lugar do Bolsa Família para
aumentar o alcance e o valor dos repasses. O
programa não avançou no Congresso, que aprova o
Orçamento.
Com o clima eleitoral antecipado por Bolsonaro,
aumenta a pressão sobre o ministro da Economia,
Paulo Guedes, para viabilizar o Auxílio Brasil ou
prorrogar o auxílio emergencial até o fim do ano.
Mas não é uma solução simples.
Em agosto, o Bolsa Família foi pago a 14,6 milhões
de famílias. De acordo com dados do Ministério da
Cidadania, havia outras 1.186.755 pessoas que
atendem aos critérios do programa no Cadastro Único,
mas não foram incluídas por falta de recursos. A
proposta de Orçamento para 2022 prevê R$ 34,7
bilhões para 14,7 milhões de famílias. Ou seja: não
haveria espaço para zerar a fila nem para aumentar o
valor do benefício. Já o Auxílio Brasil, que tem a
pretensão de atender a 17 milhões de famílias, tem
mais incertezas que definições até o momento. Pelas
regras fiscais atuais, não há espaço orçamentário
para atingir seus objetivos.
A fila do INSS tem causas estruturais, como falta de
investimento em sistemas e em pessoal, deficiências
que foram agravadas pelo fechamento de agências por
causa da pandemia e uma greve de médicos peritos.
Dos 1.500 postos, 200 ainda não reabriram por falta
de protocolos de segurança. O governo chegou a
prometer zerar a fila do INSS com medidas
provisórias para contratação de temporários e
pagamento de bônus para servidores agilizarem a
análise de processos. Mas as MPs não foram votadas
no Congresso e perderam a validade.
A recriação do Ministério do Trabalho e Previdência
há um mês ainda não trouxe alento a quem segue na
fila. Ademir de Almeida, 64 anos, esperou seis meses
pela análise do pedido de aposentadoria por
invalidez, o dobro do prazo legal. O pedido feito em
fevereiro caiu em “exigência”. E terá de esperar
mais.
A fila do Bolsa Família é mais complexa. A quinta e
última parcela do auxílio emergencial começa a ser
depositada em 20 de outubro, com saques até 19 de
novembro. O governo precisa definir qual folha de
pagamento vai rodar neste mês: a do Bolsa Família
tradicional ou de sua versão recauchutada, que
depende de confirmação do Congresso.
Para a ex-secretária nacional adjunta de Renda de
Cidadania Letícia Bartholo, a tendência é o novo
programa repetir os valores do Bolsa Família em
2022, como está na previsão orçamentária atual.
“Isso significa não só que as filas seguirão, mas
que o efeito da transferência de renda estará cada
vez mais comprometido, pois as linhas (de
classificação) e valores dos benefícios estão
defasados, descolados da pobreza concreta”, diz ela.
Para a economista-chefe do banco Bocom BBM, Cecília
Machado, o Auxílio Brasil nascerá defasado se sair
do papel.
“Mesmo não mudando absolutamente nada, o que a gente
teve na crise foram mais pessoas entrando em
situação de pobreza, fora a inflação. Manter o mesmo
orçamento (em 2022) não é consistente com os
impactos da crise na população mais pobre” diz
Cecília, que também é professora da FGV. Ela
enfatiza que o valor do benefício está sendo
corroído.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considera que é
hora de acabar com o pesadelo vivido por milhões de
brasileiros e defende o impeachment do presidente da
República. “O governo Bolsonaro mata os pobres de
Covid ou de fome”, cravou o parlamentar.
Fonte: Portal Vermelho
10/09/2021 -
Bolsonaro recua e diz que ameaças foram feitas no
“calor do momento”
Após repercussão negativa com relação ao seu
discurso na Avenida Paulista durante os atos de Sete
de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro emitiu uma
nota pronunciando-se em tom mais baixo sobre suas
falas quanto às ações movidas no judiciário contra
seus aliados, em especial em relação à postura do
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de
Moraes.
O presidente destaca em diversos momentos que a
harmonia entre os poderes é um dever constitucional,
e que não possui interesse em violar suas
prerrogativas legais. Na nota, Bolsonaro considera o
conflito com o ministro como mero conflito de
entendimento. “Sei que boa parte dessas divergências
decorrem de conflitos de entendimento acerca das
decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes
no âmbito do inquérito das fake news”, declarou.
As palavras proferidas na Avenida Paulista, de
acordo com o chefe de Estado, “decorreram do calor
do momento e dos embates que sempre visaram o bem
comum”. O presidente acrescenta que sempre esteve
disposto a “manter diálogo permanente com os demais
Poderes pela manutenção da harmonia e independência
entre eles”.
Confira a seguir o conteúdo completo da nota:
Declaração à Nação
No instante em que o país se encontra dividido entre
instituições é meu dever, como Presidente da
República, vir a público para dizer:
1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer
dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade
minha, mas determinação constitucional que todos,
sem exceção, devem respeitar.
2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de
conflitos de entendimento acerca das decisões
adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito
do inquérito das fake news.
3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o
poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a
ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua
economia.
4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por
vezes contundentes, decorreram do calor do momento e
dos embates que sempre visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e
professor, existem naturais divergências em algumas
decisões do Ministro Alexandre de Moraes.
6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas
por medidas judiciais que serão tomadas de forma a
assegurar a observância dos direitos e garantias
fundamentais previsto no Art 5º da Constituição
Federal.
7. Reitero meu respeito pelas instituições da
República, forças motoras que ajudam a governar o
país.
8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e
Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e
todos respeitando a Constituição.
9. Sempre estive disposto a manter diálogo
permanente com os demais Poderes pela manutenção da
harmonia e independência entre eles.
10. Finalmente, quero registrar e agradecer o
extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem
alinho meus princípios e valores, e conduzo os
destinos do nosso Brasil.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
Jair Bolsonaro
Presidente da República federativa do Brasil
Fonte: Congresso em Foco
10/09/2021 -
Um dia depois do outro – Vargas Netto
Felizmente os terremotos previstos para acontecer no
7 de Setembro não derrubaram nada, embora façam
tremer a superfície e invertam a sabedoria
portuguesa: as piores consequências já aconteciam
antes.
Com efeito, os problemas do povo e particularmente
dos trabalhadores continuaram como antes – doença,
desemprego, carestia – e muito pouco se falou de seu
enfrentamento (exceto algumas manifestações no campo
oposicionista, com destaque para o pronunciamento do
ex-presidente Lula na véspera do 7 de Setembro), e
muito menos o presidente da República, obcecado por
sua pregação golpista, minoritária e contestada.
Para o movimento sindical, cuja cúpula dirigente se
dividiu sobre as manifestações e continua se
dividindo agora em torno da Avenida Paulista, urge
reconstruir a unidade de ação com subida às bases, o
que deve ser feito sem recriminações, sem bravatas e
com inteligência.
Para tanto, os dirigentes devem se preocupar
prioritariamente com os problemas que afligem os
trabalhadores, sem prejuízo de uma orientação
oposicionista clara e democrática.
As campanhas salariais em curso precisam ser
intensificadas. Os ganhos reais de salário sofrem
ataques mais fortes com uma inflação crescente, os
direitos conquistados são contestados e a grande
vitória na luta contra a MP 1.045 precisa ser
consolidada.
A ação sindical – principalmente nas
campanhas salariais – deve se preocupar com a
urgente e necessária aproximação entre as direções e
os trabalhadores representados, consultando-os em
suas necessidades e orientando-os em sua unidade e
luta.
Costuma-se dizer que um dia depois do outro deve ser
vivido; os dias que antecederam ao 7 de Setembro
prefiguram os que lhe seguem, porque a luta
continua.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
10/09/2021 -
Barroso rebate Bolsonaro: ‘Conhecereis a mentira e a
mentira te aprisionará’
Presidente do TSE disse ser “cansativo” ter que
“desmentir falsidades” de forma cotidiana
Na abertura da sessão do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) na manhã desta quinta-feira (9), o presidente
da Corte e também ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Luís Roberto Barroso realizou um
pronunciamento respondendo às acusações feitas, mais
uma vez, pelo presidente Jair Bolsonaro contra o
sistema eleitoral no 7 de Setembro.
“Como presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
cabe apenas rebater o que se diz de inverídico em
relação à Justiça Eleitoral. Faço isso em nome dos
milhares de juízes e servidores que servem ao Brasil
com patriotismo, não o da retórica de palanque, mas
o do trabalho e dedicado, e que não devem ficar
indefesos diante da linguagem abusiva e da mentira”,
disse Barroso, que afirmou ser “cansativo” ter que
“desmentir falsidades” cotidianamente.
O ministro analisou e rebateu ponto a ponto as
mentiras reiteradas de Bolsonaro. Chegou a emular
uma das frases bíblicas repetidas pelo presidente:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”,
dizendo “conhecereis a mentira e a mentira te
aprisionará”.
Também foi assertivo em relação à postura de
Bolsonaro que chega a contestar até mesmo os
resultados das eleições em que ele mesmo se sagrou
vencedor, em 2018. “Todos sabem que não houve fraude
e quem é o farsante nessa história”, pontuou.
“Quando fracasso bate à porta, é preciso encontrar
culpados.”
“Insulto não é argumento, ofensa não é coragem, a
incivilidade é uma derrota do espírito, a falta de
compostura nos envergonha pelo mundo. Somos vítimas
de chacota e desprezo no mundo”, apontou ainda
Barroso. “A democracia só não tem lugar para quem
pretenda destruí-la.”
Comissão de Transparência
Barroso também anunciou a instituição de uma Comissão
de Transparência das Eleições, criada com o objetivo
de “ampliar a transparência e a segurança de todas
as etapas de preparação e realização das eleições”.
A Comissão vai analisar o plano de ação do TSE para
a ampliação da transparência do processo eleitoral,
além de acompanhar e fiscalizar as fases de
desenvolvimento dos sistemas eleitorais e de
auditoria do processo, podendo avaliar e recomendar
outras ações para assegurar a máxima transparência.
Fazem parte do colegiado representantes de
instituições, órgãos públicos e da sociedade civil,
e especialistas em tecnologia.
Fonte: Brasil de Fato
10/09/2021 -
Ministros do Supremo veem com desconfiança recuo de
Bolsonaro
Avaliação no STF é que Bolsonaro empreendeu um
recuo tático por medo
O recuo tático de Jair Bolsonaro foi recebido com
desconfiança pelos ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), informa a coluna de Fausto Macedo no
Estado de S.Paulo.
A percepção predominante no Supremo é de que o
motivo pelo qual Bolsonaro publicou na quinta-feira
(9) uma carta acenando com recuo no conflito com a
Corte foi o medo.
A estratégia adotada pelos ministros do STF é a de
aguardar para ver se Bolsonaro manterá o recuo.
Segundo ministros do Supremo, o 7 de Setembro deu
errado para Bolsonaro, com menos pessoas nas ruas do
que esperavam os organizadores. Além disso,
Bolsonaro não conseguiu que policiais militares
desencadeassem motins nos estados.
A greve dos caminhoneiros, articulada por Bolsonaro
para pressionar o chefe do Congresso, senador
Rodrigo Pacheco, a reconsiderar sua posição e abrir
o processo de impeachment contra o ministro do STF
Alexandre de Moraes, acabou acarretando mais
problemas para o ocupante do Palácio do Planalto.
Michel Temer fez ver a Bolsonaro que se a greve
persistir por mais uma semana sua permanência no
Palácio do Planalto ficará ameaçada. A avaliação é
compartilhada por ministros do Supremo.
Quanto à relação com o Supremo, Bolsonaro acabou
vendo o perigo de que a Corte apoiasse a deflagração
de um processo de impeachment ou que o TSE acelere a
decisão sobre a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão
por crimes cometidos na campanha de 2018. Na Corte
tramitam quatro inquéritos contra Bolsonaro e a
Segunda Turma do Supremo decidirá em breve o futuro
do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) no caso
das rachadinhas.
Fonte: Brasil247
10/09/2021 -
Em julho, indústria recua em sete dos 15 locais
pesquisados
Amazonas teve queda de 14,4%, diz pesquisa do
IBGE
A produção industrial brasileira apresentou queda em
sete dos 15 locais analisados pela Pesquisa
Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de
junho para julho. O Amazonas teve o maior recuo:
-14,4%. A retração em São Paulo (-2,9%) foi a
segunda maior, mas a primeira em influência no
resultado, por conta do peso da indústria paulista
na produção nacional. Os resultados foram divulgados
nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A produção industrial nacional caiu 1,3%, como
divulgado pelo IBGE na semana passada.
Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o mês
de julho demonstra, em primeiro plano, o retrato da
indústria regional que já era visto antes da
pandemia. “Com o avanço da vacinação e uma maior
circulação de pessoas, a indústria começa a mostrar
sua realidade pré-pandemia, mas com condições que se
acentuaram, como o desemprego e a inflação”,
afirmou, em nota.
Cenário econômico
Citando os últimos resultados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o
pesquisador acrescentou que “o resultado da
indústria regional reflete o momento econômico
demonstrado pelas demais pesquisas do IBGE”.
Depois de quatro taxas positivas, a queda no
Amazonas, em julho, eliminou parte do crescimento de
18,6% acumulado entre março e junho. “Dois setores
muito influentes no estado tiveram baixo desempenho:
bebidas e o de outros equipamentos de transporte”,
explicou Almeida.
Principal influência negativa e local com a segunda
maior queda absoluta, São Paulo registrou a segunda
taxa negativa seguida, acumulando em dois meses uma
perda de 3,7%. “Essa queda de julho se refere muito
ao setor de veículos, o que mais se destacou
negativamente, e, como já se sabe, um dos maiores da
indústria paulista”, disse o analista.
Pelo lado dos resultados positivos, a Bahia (6,7%)
teve o maior crescimento na produção e foi a segunda
maior influência positiva, impulsionada pelo setor
de derivados do petróleo.
Nos últimos dois meses (junho-julho), a indústria
baiana acumula ganho de 20,6%. A primeira influência
foi do Paraná (3,3%), resultado puxado pelo setor de
veículos e pelo de derivados do petróleo. Espírito
Santo (3,7%), Região Nordeste (3,4%), Pernambuco
(2,5%), Ceará (1,5%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás
(0,8%) registraram os demais resultados positivos
regionais em julho.
Fonte: Agência Brasil
10/09/2021 -
Dieese: cesta básica sobe em 13 das 17 capitais
pesquisadas
Cesta mais cara é a de Porto Alegre, que custa R$
664,67
O custo médio da cesta básica em agosto teve alta em
13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). O levantamento, divulgado
quarta (8), mostra que os maiores aumentos foram em
Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e
Brasília (2,10%).
As quedas nos preços foram registradas em Aracaju
(-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e
João Pessoa (-0,28%).
A cesta mais cara é a de Porto Alegre que custa R$
664,67 e teve alta de 1,18 % em agosto. A de
Florianópolis é a segunda mais cara (R$ 659), com
elevação de 0,7% no mês. A de São Paulo ficou em R$
650,50, com variação de 1,56%.
A cesta básica mais barata é a de Aracaju, no valor
de R$ 456,40, seguida pela de Salvador (R$ 485,44) e
de João Pessoa (R$ 490,93).
Em Brasília, a cesta básica acumula alta de 34,13%
em relação a agosto de 2020 e custa, hoje, R$
594,59. Na comparação com agosto do ano passado, o
conjunto básico de alimentos teve elevação nos
preços em todas as capitais pesquisadas.
Nos primeiros oito meses de 2021, a cesta básica
teve aumento de 11,12% em Curitiba, o maior no
período, com valor atual de R$ 600,47.
Produtos
Entre os produtos que ajudaram a puxar a alta no
custo, está o café em pó que subiu em todas as
capitais. A elevação chegou a 24,78% em Vitória. O
açúcar teve alta em 16 capitais, com aumentos que
ficaram em 10,54% em Florianópolis e 9,03% em
Curitiba.
O litro do leite integral subiu em 14 capitais
pesquisadas, com alta de 5,7% em Aracaju e de 2,41%
em João Pessoa.
Fonte: Agência Brasil
10/09/2021 -
Puxada pelos combustíveis, inflação oficial fecha
agosto em 0,87%
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de
0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000.
Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano
e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado
desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou
10,36%. Em agosto do ano passado, a variação foi de
0,24%. Os dados foram divulgado nesta quinta (9)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Entre os nove grupos e serviços pesquisados pelo
instituto, oito subiram em agosto, com destaque para
os transportes, com alta de 1,46%, puxado pelos
combustíveis. A gasolina subiu 2,80% o etanol 4,50%,
gás veicular 2,06% e óleo diesel 1,79%.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 ponto percentual
abaixo do resultado de julho, quando a alta foi de
1,02%. No ano, o indicador acumula elevação de 5,94%
e em 12 meses chega a 10,42%, acima dos 9,85%
observados nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano
passado, a taxa variou 0,36%.
Para o INPC, a principal influência foram dos
produtos alimentícios, que subiram 1,29% em agosto,
acima de 0,66% observado em julho. Os produtos não
alimentícios desacelararam e tiveram alta de 0,75%
no mês, após variação positiva de 1,13% em julho.
Fonte: Agência Brasil
09/09/2021 -
Centrais se manifestam sobre 7 de Setembro
As Centrais Sindicais emitiram Nota conjunta nesta
quarta (8) sobre as manifestações ocorridas no Dia
da Independência do Brasil. Segundo as entidades, o
presidente da República, Jair Bolsonaro, ultrapassou
todos os limites.
Para as Centrais, a participação de Bolsonaro nos
atos antidemocráticos foi deplorável. “É
inquestionável que o objetivo do presidente e de
seus apoiadores é dividir a Nação, empurrar o País
para a insegurança, o caos e a anarquia”, diz o
documento.
Ainda de acordo com a Nota, agitar contra a
democracia e o Supremo Tribunal Federal é crime
tipificado na Constituição da República. “Crime de
responsabilidade, no qual ele deve ser enquadrado
imediatamente, abrindo-se o processo de
impeachment”, ressaltam as Centrais Sindicais.
Nota – Leia abaixo na íntegra.
Bolsonaro ultrapassou todos os limites. A hora
é de decisão!
Foi deplorável a participação do Presidente Jair
Bolsonaro nos atos antidemocráticos realizados no
dia que deveríamos comemorar o 199º aniversário da
Independência do Brasil. É inquestionável que o
objetivo do Presidente e de seus apoiadores é
dividir a Nação, empurrar o país para a insegurança,
o caos e a anarquia, resultado da reiterada
incitação ao rompimento da legalidade institucional,
do descumprimento dos preceitos contidos na nossa
Constituição democrática.
Os discursos do Presidente soam como confissão:
agitar contra a democracia e o Supremo Tribunal
Federal é crime tipificado na Constituição da
República Federativa do Brasil – crime de
responsabilidade, no qual ele deve ser enquadrado
imediatamente, abrindo-se o processo de impeachment.
A Câmara dos Deputados, o Senado Federal, a
Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal
Federal tem a obrigação de cumprir com seu papel
constitucional e implementar o processo de
impedimento, sem tergiversações.
A pauta única de Bolsonaro, golpista e
antidemocrática, é tão evidente que não ouvimos do
presidente nenhuma palavra para aliviar a situação
grave do emprego, do preço da carne e,
principalmente, da cesta básica, dos aumentos da
energia elétrica e dos combustíveis, dos baixos
salários, ou seja, nada que interesse à população e
aos trabalhadores ou que aponte para um projeto para
o pais. Seu único interesse é permanecer aferrado ao
poder mesmo que isso signifique romper a legalidade
democrática, visto que é cada vez mais evidente seu
isolamento político e a perda de apoio popular, em
suma, seu projeto de reeleição escorre entre os
dedos.
Conclamamos todos os setores políticos democráticos,
as organizações representativas da sociedade civil,
o mundo da ciência e da cultura, os trabalhadores e
suas entidades sindicais a cerrar fileiras em defesa
da democracia e das instituições da República. A
maioria da população tem pronunciado que não aceita
os ataques do presidente às instituições
constituídas.
No próximo dia 12 de setembro será realizado um
grande ato na Av. Paulista, em São Paulo/SP, pelo
impeachment de Bolsonaro, ato que convocamos e
participaremos. Nossa linha é, sempre, frente ampla
em defesa do Brasil e da democracia!
É hora de decisão e a decisão clara é impeachment
já!
São Paulo, 8 de setembro de 2021.
Fonte: Agência Sindical
09/09/2021 -
Ataques contra STF são práticas antidemocráticas e
ilícitas, diz Fux
Os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro ao
Supremo Tribunal Federal constituem práticas
antidemocráticas e ilícitas, disse o presidente da
Corte, ministro Luiz Fux, na abertura da sessão
desta quarta-feira (8/9). O presidente do tribunal
disse que o desrespeito a decisões do STF são crime
de responsabilidade e tais atitudes devem ser
analisadas pelo Congresso. "Ninguém fechará esta
Corte. Nós a manteremos de pé, com suor e
perseverança", disse Fux.
O pronunciamento de Fux é uma dura resposta aos
reiterados ataques do presidente da República, que
culminaram nesta terça-feira (7/9) com atos
antidemocráticos em Brasília e em São Paulo e nos
quais Bolsonaro voltou a criticar os ministros
Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, também
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
suas manifestações a apoiadores, Bolsonaro chegou a
dizer que desrespeitaria decisões emanadas pelo
ministro Alexandre.
“O Supremo Tribunal Federal também não tolerará
ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo
às decisões judiciais ocorre por iniciativa do Chefe
de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de
representar atentado à democracia, configura crime
de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso
Nacional”, disse Fux.
Em resposta aos discursos de Bolsonaro, o presidente
do STF foi claro. “Ofender a honra dos ministros,
incitar a população a propagar discurso de ódio
contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e
incentivar o descumprimento de decisões judiciais
são práticas antidemocráticas, ilícitas e
intoleráveis em respeito ao juramento constitucional
que todos nós fizemos ao assumirmos uma cadeira
nesta Corte”, salientou.
Fux não citou nominalmente Bolsonaro, a quem chamou
de chefe da nação, mas foi direto em suas críticas.
"Infelizmente, tem sido cada vez mais comum que
alguns movimentos invoquem a democracia como
pretexto para a promoção de ideias antidemocráticas.
Estejamos atentos a esses falsos profetas do
patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras
não admitem que se coloque o povo contra o povo, ou
o povo contra as suas próprias instituições", disse.
"Povo brasileiro, não caia na tentação das
narrativas fáceis e messiânicas, que criam falsos
inimigos da nação", enfatizou.
E prosseguiu :“Estejamos atentos a esses falsos
profetas. Todos sabem que quem propaga o discurso do
‘nós contra eles’ não propaga a democracia, mas o
discurso do caos. Povo brasileiro, não caia nas
narrativas falsas e messiânicas. O verdadeiro
patriota não fecha os olhos para os problemas reais
do país”.
Em seguida, o procurador-geral da República, Augusto
Aras, tomou a palavra e disse que “a voz das
instituições também é voz da liberdade”. Para ele,
“discordâncias, sejam políticas ou processuais, hão
de ser tratadas respeitando o devido processo legal
e constitucional”.
Aras também afirmou que as manifestações ocorridas
na terça-feira foram uma “festa cívica com
manifestações pacíficas, que ocorreram
hegemonicamente de forma ordeira pelas vias públicas
do Brasil”.
“Foram uma expressão de uma sociedade plural e
aberta, característica do regime democrático. Após
longo período em distanciamento social, a vacinação
já possibilita que manifestantes de reúnam. A voz da
rua é a voz da liberdade do povo”, sustentou o PGR.
Leia a
manifestação de Fux
Leia o
discurso de Aras
Fonte: Consultor Jurídico
09/09/2021 -
Lira afirma que não há mais espaço para radicalismo
político
Em pronunciamento feito nesta quarta-feira (8),
relativo aos acontecimentos do Sete de Setembro, o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que o Parlamento vai ser uma ponte
de pacificação entre os Poderes Executivo e
Judiciário. Ontem, durante manifestações de apoio ao
governo, Bolsonaro afirmou que não iria mais cumprir
ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defendeu o
“enquadramento do ministro”.
“É hora de dar um basta a esta escalada, em um
infinito looping negativo. Bravatas em redes
sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser
um elemento virtual e passaram a impactar o dia a
dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina
chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e
a redução de expectativas. Uma crise que,
infelizmente, é superdimensionada pelas redes
sociais, que, apesar de amplificar a democracia,
estimula incitações e excessos”, afirmou Lira.
Sem citar o presidente Bolsonaro, que defendeu ontem
o voto impresso, proposta derrubada pela Câmara no
mês passado, Lira afirmou que essa é uma questão
superada. “Não posso admitir questionamentos sobre
decisões tomadas e superadas – como a do voto
impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim
como também vou seguir defendendo o direito dos
parlamentares à livre expressão – e a nossa
prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com
sua soberania e independência entender que cruzaram
a linha”, disse.
Arthur Lira reafirmou o respeito à Constituição e
disse que ela “jamais será rasgada”. “O único
compromisso inadiável e inquestionável que temos em
nosso calendário está marcado para 3 de outubro de
2022. Com as urnas eletrônicas. São nas cabines
eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo
expressa sua soberania”, defendeu Lira.
Lira lembrou as ações da Câmara no combate à
pandemia e à crise econômica. Segundo ele, o
Legislativo não faltou ao povo e vai seguir adiante
com as reformas. “A Casa do Povo seguiu adiante com
as pautas do Brasil – especialmente as reformas.
Nunca faltamos para com os brasileiros. A Câmara não
parou diante de crises que só fazem o Brasil perder
tempo, perder vidas e perder oportunidades de
progredir, de ser mais justo e de construir uma
nação melhor para todos", afirmou.
Fonte: Agência Câmara
09/09/2021 -
DEM e PSL negociam fusão e emitem nota conjunta com
críticas a Bolsonaro
Em vias de se fundirem em uma única sigla, o DEM e o
PSL emitiram uma nota conjunta nesta quarta (8) na
qual criticam os discursos do presidente Jair
Bolsonaro durante os atos do Sete de Setembro. O tom
é de crítica e eles acusam o presidente de ter se
insurgido contra as instituições democráticas. Este
é o primeiro documento construído de maneira
alinhada entre eles e apresentado à público.
Também na nota, os partidos falam em "dar um basta
às tensões políticas, ódios, conflitos e
desentendimentos". A fusão entre democratas e
integrantes do PSL tem vistas as eleições
presidenciais do próximo ano. Caso a fusão ocorra, é
possível que o novo partido, que ainda não tem nome
definido, se converta no maior da Câmara dos
Deputados. O PSL conta, atualmente, 53 deputados
federais e o DEM, 28.
Internamente, se estuda o lançamento de um candidato
próprio para o pleito presidencial. Cortejado pelo
presidente do PSD, Gilberto Kassab, o atual
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é democrata e
visto como possível pré-candidato ao Executivo
Federal. Pacheco, no entanto, estuda migrar para a
sigla pessedista.
Leia a íntegra da nota:
O PSL e o Democratas entendem que a liberdade é o
principal instrumento democrático e não pode ser
usada para fins de discórdia, disseminação de ódio,
nem ameaças aos pilares da própria Democracia.
Por isso, repudiamos com veemência o discurso do
senhor presidente da República ao insurgir-se contra
as instituições de nosso país.
Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões
políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos
que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos
impedem de darmos respostas efetivas aos milhões de
pais e mães de família angustiados com a inflação
dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o
desemprego e a inconstância da renda.
Não existe independência onde ao cidadão não se
garantem as condições para uma vida digna. O Brasil
real pede respostas enérgicas e imediatas.
Coloquemos as mãos à obra.
Fonte: Congresso em Foco
09/09/2021 -
Ameaça de Bolsonaro configura crime de
responsabilidade para juristas
Presidente diz que não vai cumprir decisões da
Suprema Corte e afronta diretamente a Constituição
brasileira.
Juristas ouvidos pela TV Globo e a GloboNews
afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL)
cometeu crime de responsabilidade ao afrontar
princípios constitucionais, como ao dizer que não
vai cumprir decisões do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os crimes de
responsabilidade são a motivação para um
impeachment.
Segundo os especialistas, os atos insuflados pelo
presidente Jair Bolsonaro e as ameaças aos ministros
do STF e ao Tribunal Superior Eleitoral afrontam
diretamente a Constituição brasileira. Os juristas
se basearam em manifestações reiteradas de Bolsonaro
durante manifestações antidemocráticas ocorridas em
Brasília e São Paulo.
Entre os especialistas do direito que defenderam a
tese está Gustavo Binenbojm, doutor em Direito
Público e professor da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro, o ex-presidente do Supremo Carlos Ayres
Britto, o ex-ministro do STF Celso de Mello e o
professor de Direito Penal da fundação Getúlio
Vargas, Thiago Bottino.
A ideia do presidente querer enquadrar as decisões
judiciais de um ministro do STF está claramente fora
das linhas da Constituição, que prevê a
independência dos poderes, justamente para garantir
o equilíbrio democrático. A simples declaração de
que vai descumprir decisões judiciais de um
ministro, “que não existe mais para ele”, seria
outro crime de responsabilidade.
Os juristas ouvidos destacaram o artigo 85 da
Constituição: “São crimes de responsabilidade os
atos do Presidente que atentem contra a Constituição
e, especialmente, contra: o livre exercício do Poder
Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e
dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação; o cumprimento das leis e das decisões
judiciais.”
Foi mencionado ainda que as declarações do
presidente, assim como as reivindicações dos
manifestantes, revelam incompreensão do
funcionamento das instituições republicanas. No jogo
constitucional, quem entra em campo é o legislativo
e o executivo, enquanto o STF é o árbitro da
partida, a quem os outros dois poderes cabe acatar a
decisão. Desta forma, Bolsonaro estaria indo contra
a própria lógica e sentido fundamental das
instituições republicanas.
Além disso, somam-se os ataques ao sistema
eleitoral, acusando-o de não funcionar, após ter
sido eleito oito vezes pelo mesmo sistema. Este foi
outro elemento lembrado pelos juristas. Descumprir a
decisão das urnas também caracteriza um crime de
responsabilidade, por ser a decisão soberana dos
eleitores.
Aspas
“Dizer a vocês, que qualquer decisão do senhor
Alexandre de Moraes, esse presidente não mais
cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou,
ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar
da sua vida. Ele, para nós, não existe mais.”
“Ou esse ministro [Alexandre de Moraes] se enquadra
ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma
pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa
liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo
ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar
seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de
ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro,
deixe de censurar o seu povo. Mais do que isso, nós
devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês,
determinar que todos os presos políticos sejam
postos em liberdade”.
“A paciência do nosso povo já se esgotou Nós
acreditamos e queremos a democracia. A alma da
democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema
eleitoral que não fornece qualquer segurança. Nós
queremos eleições limpas, democráticas, com voto
auditável e contagem pública dos votos. Não podemos
ter eleições onde pairem dúvidas sobre os eleitores.
Não posso participar de uma farsa como essa
patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior
Eleitoral. Não vamos mais admitir que pessoas como
Alexandre de Moraes continue a açoitar a nossa
democracia e desrespeitar a nossa Constituição. Ele
teve todas as oportunidades de agir com respeito a
todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua
a não agir”.
“Não podemos admitir um sistema eleitoral que não
oferece qualquer segurança; em uma ocasião das
eleições. Dizer também que não é uma pessoa no
Tribunal Superior Eleitoral que vai nos dizer que
esse processo é seguro e confiável”.
“Vocês passaram momentos difíceis com a pandemia,
mas pior que o vírus foram as ações de alguns
governadores e de alguns prefeitos que simplesmente
ignoraram a nossa Constituição e tolheram a
liberdade de expressão, tolheram o direito de ir e
vir, proibiram vocês de trabalhar e de frequentar
templos e igrejas para sua oração”.
“Preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas,
que eu nunca serei preso”.
Fonte: Portal Vermelho
08/09/2021 -
“Digo aos canalhas que não serei preso”, discursa
Bolsonaro em SP
"Temos um ministro do Supremo que ou se enquadra ou
pede para sair [...] Não vamos permitir mais pessoas
como Alexandre de Moraes açoitar a nossa democracia
e desrespeitar a nossa Constituição", disparou Jair
Bolsonaro (sem partido) em seu discurso para
apoiadores presentes às manifestações pró-governo.
Bolsonaro repetiu algo que dissera recentemente. Que
só sairá do atual mandato “preso, morto ou com a
vitória”. E completou: “Digo aos canalhas que não
serei preso”.
O presidente fez críticas ao presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e ao
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre
de Moraes. Voltou a pregar a necessidade de
“eleições limpas, com voto auditável”.
O sistema eleitoral brasileiro é considerado um dos
mais confiáveis do mundo, e o voto na urna
eletrônica é auditável. O sistema de impressão de
voto que Bolsonaro defende, que era objeto de uma
PEC da deputada Bia Kicis (PSL-DF), foi derrotado em
votação na Câmara dos Deputados.
Bolsonaro desembarcou na capital paulista por volta
das 13h30 e se dirigiu ao hotel de trânsito,
acompanhado de ministros e aliados políticos. Da
mesma forma como fez pela manhã em Brasília, o
presidente sobrevoou a Avenida Paulista para avaliar
a mobilização dos seus apoiadores.
Fonte: Congresso em Foco
08/09/2021 -
Panelaços explodem pelo país em reação ao golpismo
de Bolsonaro
Em reação aos atos antidemocráticos e das
declarações de caráter golpista proferidas por Jair
Bolsonaro neste 7 de Setembro, panelaços foram
registrados em diversas cidades na noite desta
terça-feira.
Após o ato que convocou e do qual participou pela
manhã em Brasília, Jair Bolsonaro discursou na
Avenida Paulista, em São Paulo. Ele manteve ataques
ao Supremo Tribunal Federal e voltou a questionar o
sistema eleitoral. Diferentemente do discurso
anterior, na Praça dos Três Poderes, citou o
ministro do STF Alexandre de Moraes, chamando-o de
“canalha”, e avisou que deixará de cumprir decisões
da Corte.
“Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha.
Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de
censurar o seu povo”, disse. “Digo aos canalhas que
nunca serei preso”, garantiu. “Nós devemos sim,
porque eu falo em nome de vocês, determinar que
todos os presos políticos sejam postos em liberdade.
Alexandre de Moraes, esse presidente não mais
cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou.”
Fonte: Brasil247
08/09/2021 -
PSDB convoca reunião para discutir impeachment de
presidente Jair Bolsonaro
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo,
convocou uma reunião extraordinária da Executiva do
partido para quarta-feira (8/9) com o objetivo de
discutir a possível abertura de um processo de
impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
A convocação vem após Bolsonaro, mais uma vez,
ameaçar o Supremo Tribunal Federal, especialmente o
ministro Alexandre de Moraes, e prometer não aceitar
medidas, ações ou sentenças que venham do que chamou
de “fora das quatro linhas da Constituição”.
Em anúncio da reunião, Bruno Araújo qualificou as
declarações do presidente nesta terça (7/9) como
"gravíssimas".
O PSDB conta com 33 deputados e sete senadores. O
partido teve papel importante na articulação do
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em
2016. Para ser instaurado, o processo de impeachment
ter ser admitido pelo presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), que ainda não avaliou nenhum dos mais
de 100 pedidos do tipo contra Bolsonaro.
Após a convocação da sigla, João Doria (PSDB),
governador de São Paulo, declarou pela primeira vez
seu apoio à destituição de Bolsonaro, no Centro de
Operações da Polícia Militar. Para ele, "sem sequer
estar ouvindo, ele, Bolsonaro, claramente afronta a
Constituição, ele desafia a democracia e empareda a
Suprema Corte brasileira".
Fonte: Consultor Jurídico
08/09/2021 -
Bolsonaro mantém desaprovação recorde, segundo
pesquisa PoderData
Os moradores da região Nordeste (61%) e os que
cursaram até o ensino fundamental (61%) são os que
mais rejeitam Bolsonaro
O governo Bolsonaro anda de mal a pior na avaliação
da população brasileira. Segundo pesquisa PoderData,
realizada entre segunda e quarta-feira (1º) desta
semana, o índice de desaprovação do governo chega a
63% da população, a segunda pior marca. Só fica
atrás do último levantamento, feito há 15 dias,
quando bateu nos 64%, mas dentro da margem de erro.
Os moradores da região Nordeste (61% ) e os que
cursaram até o ensino fundamental (61%) são os que
mais rejeitam Bolsonaro.
A diferença entre aprovação e desaprovação também
foi ao recorde e marcou 36 pontos percentuais. Era
de 33 pontos 15 dias antes. Em agosto de 2020,
Bolsonaro chegou a ter aprovação 12 pontos superior
à desaprovação. O cenário, favorável ao Planalto,
manteve-se até meados de novembro.
Em relação ao trabalho pessoal de Bolsonaro, o
quadro ficou estável em relação ao de 15 dias antes,
com variações na margem de erro. Os que acham o
presidente “ruim” ou “péssimo” são 55%, ante 56% na
rodada anterior. Os que o classificam como “ótimo”
ou “bom” são 25%, contra 28% no último levantamento.
Há também 14% que dizem que Bolsonaro é “regular”
–variação positiva de 1 ponto percentual. Outros 6%
não souberam responder.
O gap entre as avaliações positiva e negativa ficou
em 30 pontos percentuais, igualando o pior resultado
já registrado para Bolsonaro, na rodada de 19 a 21
de julho. Como na avaliação do governo, o presidente
também registrou quadro mais confortável de agosto a
novembro de 2020 –época em que o auxílio emergencial
era pago a milhões de brasileiros. No fim de agosto,
a vantagem de Bolsonaro foi de 8 pontos percentuais.
Esta pesquisa foi realizada no período de 30 de
agosto a 1º de setembro de 2021 pelo PoderData, a
divisão de estudos estatísticos do Poder360. Foram
2.500 entrevistas em 472 municípios nas 27 unidades
da Federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Com informações do Poder 360
Fonte: Portal Vermelho
08/09/2021 -
Dieese alerta: Mudanças na PEC 32 ignoram demandas
dos trabalhadores
Após a derrota da MP 1045 no Senado o movimento
sindical defronta-se com um novo desafio urgente. A
luta contra a Proposta de Emenda Constitucional 32,
que traduz a reforma administrativa do governo
Bolsonaro.
O propósito da iniciativa governamental é avançar na
privatização do setor e dos serviços públicos, o que
inclui destruir direitos conquistados pelos
trabalhadores e trabalhadoras do setor, a começar
pela estabilidade.
O parecer do deputado Arthur Oliveira Maia (DEM/BA),
relator da PEC na Comissão Especial que trata do
tema na Câmara dos Deputados, fez uma série de
alterações no texto original da propositura, mas não
alterou sua essência neoliberal.
As mudanças englobam os dispositivos relacionados
aos vínculos de contratação, à gestão e avaliação de
desempenho, estabilidade dos servidores e outros
tópicos, inclusive alheios à reforma administrativa.
Em geral, conforme análise feita pelo Dieese, as
alterações não envolvem o núcleo e o sentido da
reforma em relação ao texto original apresentado
pelo Executivo.
As modificações não contemplaram as críticas feitas
pela sociedade e pelo movimento sindical, durante
audiências públicas, e o documento mantém os
principais pontos da proposta original.
Entre outras coisas, o parecer do relator enfatiza
os contratos por tempo determinado e piora as
condições para esse tipo de contrato. Primeiramente,
as normas gerais que determinarão as formas de
seleção, os direitos, os deveres, as vedações e a
duração máxima do contrato serão definidas, de forma
privativa, pela União, o que representa quebra da
autonomia dos entes subnacionais.
Uma lei ordinária estabelecerá os casos de
contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária. Enquanto essa lei não for
editada, a definição dada no texto substitutivo é de
que a contratação de pessoal por tempo determinado
será feita de acordo com o regramento existente nos
entes a respeito da questão, sendo facultada a eles
a utilização do regramento federal de forma
subsidiária.
O trabalhador contratado como temporário será
privados de uma série de direitos aos quais os
trabalhadores urbanos e rurais hoje fazem jus. O
parecer do relator também ataca o direito de greve
do servidor.
Conheça mais detalhes da análise do Dieese acessando
a íntegra da Síntese Especial sobre a PEC 32
aqui.
Fonte: Mundo Sindical
08/09/2021 -
Ministros do STF se reúnem para avaliar as
manifestações
Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
reuniram-se, segundo a assessoria da corte para
avaliar as manifestações deste terça (7).
Os ministros avaliaram as manifestações que
ocorreram pelo país e os discursos com ameaças ao
Supremo Tribunal Federal (STF) e aos ministros Luís
Roberto Barroso e Alexandre de Moraes proferidos
pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em
Brasília e em São Paulo.
Por meio de seu presidente, o ministro Luís Fux, o
STF comunicou em nota que se manifestará nesta
quarta-feira (8), no início da sessão da Corte, a
respeito dos atos do dia 7 de Setembro.
Fonte: Congresso em Foco
08/09/2021 -
TST mantém indenização a empregada que teve carteira
de trabalho extraviada
Com o entendimento de que o mandado de segurança não
é o meio processual adequado para a situação, a
Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2)
do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o recurso
de uma microempresária de Brasília que foi condenada
a indenizar uma funcionária pelo extravio de sua
carteira de trabalho (CTPS).
Na reclamação trabalhista ajuizada pela
trabalhadora, foi firmado acordo para o pagamento de
R$ 3 mil a título de quitação dos valores
pleiteados. A carteira de trabalho foi entregue à
empregadora, proprietária de uma franquia da rede
Bubblekill, para que fosse registrada a baixa e
devolvida à secretaria da vara do Trabalho para ser
retirada pela empregada.
Contudo, a microempresária informou o extravio do
documento. Sem carteira assinada e com dificuldades
de conseguir novo emprego, a profissional entendeu
que deveria ser indenizada e o juízo fixou a
indenização em R$ 2,5 mil, "em razão do descuido
para com a guarda de documento alheio tão
importante".
A microempresária, então, impetrou mandado de
segurança com o argumento de que o acordo homologado
em juízo faria coisa julgada e, portanto, não
poderia ser alterado posteriormente, com a inclusão
da indenização. O processo, no entanto, foi extinto
pelo TRT.
O relator do recurso da empresária, ministro Agra
Belmonte, ressaltou que o mandado de segurança é
cabível somente nas hipóteses em que o impetrante
está prestes a sofrer prejuízos irreparáveis, desde
que não exista recurso próprio com fim específico.
Esse entendimento só é superado quando a situação,
por sua anormalidade, justificar a atuação imediata
em favor do jurisdicionado, o que não é o caso. E,
embora a indenização seja uma imposição condenatória
não prevista na sentença de homologação do acordo,
esse obstáculo processual é intransponível.
Segundo o ministro, a empresária deveria ter
primeiro interposto agravo de instrumento contra a
decisão monocrática que estabeleceu a indenização,
mas preferiu interpor agravo de petição (recurso
típico da fase de execução). "Com isso, restou
cristalizada a coisa julgada no processo principal,
impossibilitando seu questionamento por meio de
mandado de segurança", afirmou o relator. A decisão
foi unânime. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
ROT 370-77.2020.5.10.0000
Fonte: Consultor Jurídico
03/09/2021 -
Centrais propõem “debate sobre políticas de geração,
proteção e recuperação de empregos e de renda”
Ainda sob as comemorações pela derrota imposta ao
governo pelo Senado, ao rejeitar a MP 1.045/21 na
quarta-feira (1º), as centrais sindicais editaram
nota sobre a importante vitória dessa batalha contra
a precarização do trabalho que a MP aprovada pelos
deputados impunha aos trabalhadores.
Em nota, as centrais propõem, “desde já, que se abra
um debate sobre políticas de geração, proteção e
recuperação de empregos e de renda, de economia
solidária e popular, de concessão de crédito e
valorização de micro e pequenas empresas.”
“A derrota desta nefasta artimanha do governo
resulta da organização das entidades sindicais, da
unidade das centrais sindicais, da persistência dos
sindicatos, federações, confederações, que não
pouparam esforços em buscar um diálogo com o Senado
e expor rapidamente os prejuízos sociais e
econômicos contemplados na medida”, consta na nota
divulgada nesta quinta-feira (2) pelas entidades.
A derrota da MP, “Resulta [, portanto,] do
compromisso do Senado Federal, como Casa revisora,
com a sociedade, evitando uma nova onda de retirada
de direitos dos trabalhadores.”
EIS A ÍNTREGRA DA NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
Fonte: Diap
03/09/2021 -
Crise se aprofunda e produção industrial cai 1,3% em
julho, diz IBGE
O setor com a maior variação negativa foi o de
bebidas; resultado vem um dia após o PIB também
registrar queda
A produção industrial nacional caiu 1,3 em julho
frente a junho. De acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) é o segundo
resultado negativo consecutivo, acumulando nesse
período perda de 1,5%.
Entre as atividades industriais com pior resultado,
destaque para a de bebidas (-10,2%); produtos
alimentícios (-1,8%); o setor de automóveis também
apresentou recuo com -2,8%; máquinas e equipamentos
(-4,0); outros equipamentos de transporte (-15,6%) e
indústrias extrativas com recuo de -1,2%.
Também registraram quedas o setor de bens de consumo
duráveis (-2,7%) e bens intermediários (-0,6%).
O levantamento do IBGE também mostra que a média
móvel trimestral da indústria mostrou variação
negativa de 0,1%.
PIB tem queda de 0,1% em relação ao primeiro
trimestre
O Produto Interno Brasileiro (PIB) apresentou queda de
0,1% no segundo trimestre deste ano na comparação
com os últimos três meses de 2020, revelou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta quarta-feira (1).
A projeção do mercada trabalhava com a possibilidade
de uma alta de 0,2% na comparação trimestral e de
12,7% na anual.
Próximo trimestre pode ser ainda pior, diz Márcio
Pochmann
Em entrevista à Fórum, o economista e professor da
Unicamp (Universidade de Campinas) Márcio Pochmann
comentou o resultado do PIB e afirmou que ele
reflete a ausência de uma equipe econômica no
governo federal e que hoje a economia brasileira é
uma “fazenda”.
“Os dados do IBGE já têm a dimensão do fazendão em
que se transforma a economia brasileira, porque o
desempenho da economia passa a depender do
desempenho do agronegócio”, analisa Pochmann.
Pochmann também comenta sobre a crise hídrica do
Brasil, compara com os governos de FHC (1994-2002) e
afirma que o próximo trimestre pode ser ainda pior.
“As informações apontam que em outubro o país pode
parar porque não vai ter energia. A solução que o
governo encontra é a solução do mercado: aumenta o
valor da energia, como se o mercado por si só
organizasse a atividade econômica. Se isso se
confirmar, nós teremos um trimestre muito ruim, o
quarto trimestre pode ser muito ruim”, alerta o
economista.
Fonte: RevistaForum
03/09/2021 -
Senado derruba resolução que limitava contribuição
de estatais a planos de saúde
Resolução sobre os planos de saúde que foi
suspensa feria direitos adquiridos dos empregados
das estatais, que estariam assegurados em
negociações coletivas e em estatutos
Em sessão nesta quarta-feira (1º), o plenário do
Senado aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL)
342/2021, que suspende os efeitos da Resolução 23,
de 2018, do antigo Ministério do Planejamento. Essa
resolução trata das regras do custeio das empresas
estatais federais sobre benefícios de assistência à
saúde aos empregados — entre as várias medidas que
estabelece está a limitação da contribuição das
empresas estatais aos planos de saúde dos empregados
que forem organizados sob a forma de autogestão. A
aprovação do texto, que vai a promulgação, foi
saudada por servidores de estatais que acompanharam
a votação.
Segundo a autora do projeto, deputada federal Erika
Kokay (PT-DF), a resolução — agora revogada — limita
a contribuição das empresas estatais aos planos de
saúde dos empregados que forem organizados sob a
forma de autogestão. De acordo com ela, a resolução
exorbita o poder regulamentar do Executivo por
contrariar as regras da Lei dos Planos de Saúde (Lei
9.656, de 1998) e ferir direitos adquiridos dos
empregados das estatais, que estariam assegurados em
negociações coletivas e em estatutos. A deputada
também argumenta que a resolução é inconstitucional
por violar o direito à liberdade associativa.
Relator da matéria no Senado, Romário (PL-RJ)
apresentou voto favorável ao projeto de Erika Kokay.
O senador afirmou que a resolução é inconstitucional
por restringir indevidamente o direito dos
empregados à saúde e violar direitos adquiridos dos
trabalhadores à manutenção das condições do contrato
de trabalho.
“Apesar de declarar que estabelece diretrizes e
parâmetros para o custeio das empresas estatais
federais sobre benefícios de assistência à saúde aos
empregados, na realidade [a resolução] restringe o
direito à saúde dos empregados de empresas estatais.
É que em várias dessas empresas públicas e
sociedades de economia mista foi instituído plano de
saúde para os empregados, na modalidade autogestão,
com uma determinada participação financeira da
empresa e dos empregados. Com a citada resolução, o
que se tem é o empregador simplesmente declarando
que contribuirá a menor para o citado plano, sem
qualquer tipo de compensação, contrapartida ou mesmo
transição”, disse Romário ao ler seu relatório.
O senador também argumentou que a resolução, por ter
status normativo-hierárquico infralegal, não pode
contrariar o que diz a lei.
“Ora, se a lei não exige esse requisito e, mais
ainda, expressamente exclui essa exigência, jamais
poderia uma resolução instituí-lo. Ao fazer isso,
nitidamente exorbita do poder regulamentar, o que
exige sua sustação pelo Congresso Nacional.”
Com informação da Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
03/09/2021 -
Relator da PEC 32 amplia possibilidades de demissão
de servidores públicos
Para o diretor do Dieese Fausto Augusto Junior,
versão apresentada pelo deputado Arthur Maia (DEM-BA)
estimula privatizações e terceirizações dos serviços
públicos com objetivo de reduzir o tamanho do Estado
O relator da reforma administrativa, deputado Arthur
Maia (DEM-BA), decidiu manter a estabilidade para os
servidores públicos. Contudo, no substitutivo
apresentado nesta quarta-feira (1º) relativo à PEC
32, foram ampliadas as possibilidades de demissão
dos servidores. Isso porque Maia incluiu a
possibilidade de desligar servidores estáveis que
ocupam cargos tidos como “obsoletos”. Além disso, a
proposta também implementa um rito acelerado em
casos de demissão por desempenho insuficiente e
também traz regras para regulamentar o contrato
temporário, reduzindo a probabilidade de realização
de novos concursos.
De acordo com o diretor técnico do Dieese Fausto
Augusto Junior, o texto do relator mantém o espírito
da proposta apresentada pelo governo Bolsonaro, que
é “terceirizar, privatizar e demitir” com o objetivo
de reduzir o tamanho do Estado brasileiro.
“O principal é que foi mantido todo o art. 37 A, que
se refere à relação entre o Estado e a iniciativa
privada. Nele estão previstas condições de ampliação
de concessões e privatizações dos serviços públicos,
além da terceirização dos servidores”, disse Fausto,
em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil
Atual, nesta quinta (2).
Segundo o diretor do Dieese, as garantias de
estabilidade são “bastante relativas”. “Com a
possibilidade de contratação temporária, significa
que, na prática, vão ser inviabilizados muitos
concursos que poderiam garantir efetivamente a
estabilidade”, alertou. Ele destacou que são
bastante amplos os conceitos que vão estabelecer se
determinados cargos são “obsoletos” ou
“desnecessários”, o que também deve estimular
demissões.
Processos de avaliação na reforma administrativa
De acordo com a Constituição Federal, o servidor só
poderá ser demitido por desempenho insuficiente após
o processo administrativo tramitar em julgado
(concluído em última instância). Mas se a versão de
Maia para a reforma administrativa for aprovada, a
demissão ocorreria logo após passar por decisão de
um colegiado interno.
O relator ainda propõe avaliação de desempenho pelos
próprios usuários em plataforma digital. “Ele poderá
entrar no site para dar opinião sobre o serviço que
está sendo prestado, seja pela professora do seu
filho, pelo atendimento que teve quando foi tirar
uma carteira de habilitação”, exemplificou Maia.
Para Fausto, esse tipo de mecanismo deturpa
mecanismos de participação coletiva na gestão do
Estado. Segundo ele, a Constituição prevê espaços
coletivos para a participação da sociedade civil,
por meio de fóruns e conselhos. A avaliação
individual abriria brechas para a perseguição de
servidores. Ele cita, por exemplo, o caso dos
usuários do SUS que querem escolher os imunizantes
para tomar, que poderiam avaliar mal o servidor
responsável pela efetivação das políticas de
imunização.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/09/2021 -
Bolsonaro tenta acabar com representação de
trabalhadores nos conselhos de empresas públicas
Coerção, processos e assédio da cúpula da Caixa
contra representante dos trabalhadores são um dos
exemplos que marcam a postura do governo frente às
empresas públicas
Brasil Popular – Como se não bastasse o caos
econômico em que o Brasil foi atirado desde 2016,
com a situação piorada pelo governo Jair Bolsonaro,
mais uma ação antidemocrática quer calar a voz dos
trabalhadores, visto o que está ocorrendo na
representação do Conselho de Administração da Caixa
Econômica Federal. A conselheira, representante dos
empregados, Maria Rita Serrano, que está no seu
segundo mandato, eleita com mais de 80% dos votos no
primeiro turno, enfrenta coerção, processos,
intimidação e assédio da cúpula da Caixa.
Mas a perseguição política e as ameaças não param
por aí. As ações se repetem em outros conselhos,
como no Banco Nacional de Desenvolvimento Social
(BNDES), em que o representante eleito teve de
recorrer à Justiça para garantir sua posse. O
Conselho Deliberativo da Federação Nacional das
Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal
quer garantir a representação da conselheira Maria
Rita Serrano e aprovou uma moção em apoio ao seu
nome, no dia 20 de agosto.
No documento, destaca “a luta das entidades
sindicais, associativas e dos trabalhadores contra a
retirada de direitos”. Encaminharam ainda denúncias
em diversos canais sindicais e também por meio de
ações dos 27 presidentes das associações de pessoal
da Caixa e nas representações sindicais.
A eleição de representantes dos empregados nos
Conselhos de Administração de empresas públicas é
garantida por lei desde 2010. Como explica o
presidente da Federação Nacional das Associações do
Pessoal da Caixa (Fenae), Sérgio Takemoto, em
entrevista concedida ao Jornal Brasil Popular. Ele
destaca que isso pode abrir caminho também para que
seja encaminhada até mesmo a privatização da Caixa
Econômica.
Ele ressalta a falta de transparência do governo
Bolsonaro, que “não quer a participação da sociedade
na administração e na gestão das empresas públicas”.
Takemto reforça a luta histórica do movimento
sindical e da sociedade organizada nesta
representação.
“Nós entendemos que as empresas públicas são
patrimônios da sociedade, então é importante que a
sociedade tenha participação na gestão dessas
empresas. Então a conquista da eleição de um
representante dos empregados foi muito comemorada lá
em 2010, por um decreto do presidente Lula que
estabeleceu a eleição de representantes dos
empregados nesses conselhos. Nossa reivindicação
sempre foi que tivesse representação dos empregados
e da sociedade também e agora esse governo tenta
acabar com esses espaços. Importante ressaltar que a
nossa representante no Conselho de Administração,
Maria Rita Serrano, está no seu segundo mandato e
neste segundo mandato ela foi eleita com mais de 80%
dos votos no primeiro turno. Isto é um
reconhecimento do trabalho que ela vem fazendo mais
do que isso é a vontade dos trabalhadores de ter no
Conselho de Administração uma pessoa que realmente
represente os interesses dos trabalhadores e da
sociedade”, declara.
E completa: “Defenda uma Caixa 100% pública, 100%
atuante em favor da sociedade. E isso incomoda esse
governo, incomoda a gestão da Caixa. Então é por
isso que tentam de todas as formas calar essa voz,
fazem perseguição, assédio, que infelizmente a gente
não pode detalhar porque tem a questão do sigilo.
Mas ela já está respondendo a uns processos, porque
é uma forma de intimidar. Não só na Caixa mas em
outros conselhos de administração”. A gente tem o
exemplo do conselheiro eleito do BNDES que também
foi eleito no primeiro turno com expressiva votação,
que pra poder assumir teve de recorrer à Justiça e
garantir o seu direito de tomar posse. Então ele
ficou mais de seis meses para poder tomar posse e
agora com a Rita tentam calar a voz dela de todas as
formas”.
A conselheira Maria Rita Serrano também vai se
reunir com representantes de conselheiros de outras
empresas públicas para manter a mobilização.
Por decreto, no início de seu governo, Bolsonaro
diminuiu de 700 para 50 o número de conselhos
previstos pela Política Nacional de Participação
Social (PNPS) e pelo Sistema Nacional de
Participação Social (SNPS), criados no governo da
presidenta Dilma Rousseff.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/09/2021 -
Trabalhadores no setor de brinquedos conquistam
reajuste salarial
Os trabalhadores do setor de brinquedos do estado de
São Paulo conquistou a renovação da Convenção
Coletiva de Trabalho. Além da manutenção das
cláusulas sociais por mais dois anos, a categoria
que é representada pelo STTI Instrumentos Musicais e
Brinquedos de SP, terá reajuste salarial de 8,90%,
repondo as perdas salariais do período. “A união da
categoria foi fundamental para que pudéssemos
conquistar o reajuste salarial de 8,90%, que será
retroativo a data-base de 1º de junho de 2021, e a
manutenção das cláusulas sociais por dois anos”,
disse Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do
STTI Instrumentos Musicais e Brinquedos. e as
econômicas anual.
Campanha Salarial dos instrumentos musicais
também foi vitoriosa
Os trabalhadores do setor de instrumentos musicais do
estado de São Paulo também tiveram renovadas as
cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho
por dois anos, além do reajuste salarial de 100% do
INPC, que foi de 8,90%.
Fonte: Mundo Sindical
02/09/2021 -
Senado derrota Bolsonaro e derruba MP da
“minirreforma trabalhista”
O Senado impôs uma grande derrota ao governo
Bolsonaro. Por 44 votos a 27, e uma abstenção, os
senadores derrubaram a MP 1.045, que reinstituiu o
programa que permite redução de jornada e salário ou
suspensão de contratos na pandemia. Os parlamentares
rejeitaram os pressupostos de urgência e
constitucionalidade da MP. O texto, que havia sido
aprovado pela Câmara, vai ao arquivo.
A MP 1045 foi editada em abril com o objetivo de
instituir o Novo Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda, autorizando a suspensão de
contratos e redução da jornada de trabalho, com
redução salarial. Os deputados, no entanto,
incluíram vários trechos na MP, promovendo mudanças
na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). As
alterações foram tantas que fizeram a proposta ser
chamada de minirreforma trabalhista.
A medida provisória propunha também a criação de um
novo regime de contratação para jovens e um programa
para contratação sem direito a férias, 13º salário e
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). De
acordo com Onyx Lornzoni, Ministro do Trabalho e
Previdência, os programas poderiam gerar 3 milhões
de novas vagas nos próximos meses, entretanto nem
todos esses contratos seriam contabilizados como
emprego formal.
Numa tentativa de garantir a aprovar da MP, o
senador e líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra (MDB-PE) disse que um acordo com a Câmara
para não alterar o texto aprovado pelos senadores
estaria garantido na Câmara dos Deputados. "Se o
relatório do senador Confúcio, aprovado aqui nesta
Casa não for respeitado pela Câmara, eu me retiro da
liderança do governo. Não tenho condições de
continuar", argumentou Bezerra.
Fonte: Congresso em Foco
02/09/2021 -
Lula bate 47% em pesquisa Quaest e pode vencer no
primeiro turno
Pesquisa Quaest/Genial Investimentos mostra que,
somadas, as intenções de votos em Bolsonaro, Ciro e
Doria ficam 5 pontos porcentuais abaixo do índice
alcançado por Lula
O ex-presidente Lula chegou a 47% das intenções de
votos em um dos cinco cenários simulados na pesquisa
Quaest encomendada pela Genial Investimentos
divulgada nesta quarta-feira (1º). O resultado
mostra que há chance do petista vencer as eleições
presidenciais ainda no primeiro turno.
Segundo o estudo, Lula soma 47% contra 26% de Jair
Bolsonaro (Sem partido) no cenário em que aparecem
ainda Ciro Gomes (PDT), com 9%, e João Doria (PSDB),
com 6%. Somados, os índices dos três adversários
ficam 5 pontos porcentuais abaixo do ex-presidente.
Na simulação com Rodrigo Pacheco (DEM), que soma 1%,
Lula fica com 46%, Bolsonaro mantém os 26%, Ciro vai
a 8% e Doria, 6%.
Com Simone Tebet (MDB), que tem 2%, Lula, Bolsonaro
e Ciro mantêm os mesmos porcentuais, enquanto Doria
via a 5%.
Com o apresentador José Luiz Datena (PSL), que tem
7% das intenções de voto, Lula marca 44% e Bolsonaro
25%.
A pesquisa Genial Investimentos/Quaest ouviu 2 mil
eleitores nas 27 unidades da federação entre os dias
26 e 29 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos
para mais ou para menos e o nível de confiabilidade
de 95%.
Fonte: RevistaForum
02/09/2021 -
Todas as Centrais Sindicais apelam por manutenção da
Proguaru e dos empregos
Sr. Prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa -
Guti
Sr. Presidente da Câmara Municipal, Fausto Miguel
Martello
Desde dezembro, a cidade vive atemorizada pelo
fechamento da empresa de economia mista Proguaru e
as mais de 4,5 mil demissões.
Esse temor, devido a Projeto de Lei aprovado na
Câmara, em 18 de dezembro, vem agora se agravar com
o decreto de extinção da empresa (38.316) publicado
no Diário Oficial do município, dia 27 de agosto.
Vale lembrar que, quando candidato à reeleição, Guti
gravou vídeo garantindo a continuidade da empresa.
Vale lembrar que em momento algum se debateu com a
sociedade, o Sindicato da categoria (Stap) ou o
Legislativo.
Embora o PL de fechamento da empresa tenha sido
aprovado em dezembro de 2020, só em julho deste ano
o governo municipal apresentou documento da Fipe, o
qual alega ser a Proguaru inviável.
Ocorre que, em 7 de julho de 2020, a Proguaru
publicou seu balanço no Diário Oficial do Estado,
apresentando lucro de R$ 5.979 milhões. O balanço
também anunciava compra de máquinas e equipamentos e
intenção de expandir serviços.
Vale registrar o impressionante volume de serviços
prestados pela empresa: “Em 2020, as equipes de
varrição fize- ram a limpeza de 76.995.157,36 m², o
que equivale a mais de 10 mil campos de futebol. Os
serviços de capina e roça- gem foram realizados em
5.719.739,99 m², mais de 801 campos de futebol” -
informações do próprio site da Proguaru.
O PL de fechamento da empresa e o decreto de sua
extinção chocam os seus trabalhadores, que já
realizaram diver- sos protestos e duas paralisações.
O fato também segue contestado na Justiça. O Projeto
de Lei terá que ser subme- tido a referendo popular,
em data a ser definida pelo Tribunal Regional
Eleitoral.
O sr. Prefeito conhece a qualidade dos serviços da
Proguaru (365 dias do ano, 24 horas por dia). Sabe
também que não há garantias sobre a qualidade de
serviços por terceirizadas, tampouco quanto ao
respeito a direitos trabalhistas por empresas que se
apresentarão para substituir a Proguaru.
Sendo assim, pedimos que reveja sua posição.
Aos srs. vereadores pedimos apoio para que esse
massacre não se consuma.
A grave e prolongada crise que afeta nosso País
requer diálogo e moderação. Requer, acima de tudo,
compromisso social com os mais fracos e
desprotegidos.
São Paulo, 31 de agosto de 2021.
Atenciosamente,
- Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
- Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
- Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
- Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
- José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
- Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
- Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
- Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
- José Gozze, Presidente da Pública, Central do
Servidor
- Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta
Fonte: Centrais Sindicais
02/09/2021 -
Desoneração mantém empregos, diz Patah
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores, atua pra manter a desoneração da
folha de pagamentos em 17 setores da economia. Ele é
dirigente comerciário, mas lembra que o comércio não
se inclui nesses setores. “Defendo o emprego dos
brasileiros. Não se trata de proteger setor A ou B”,
afirma o sindicalista.
Dia 25, houve audiência na Câmara dos Deputados, em
Brasília. Representantes de diversos setores da
economia defenderam manter a desoneração da folha
pra que não haja aumento do desemprego. De acordo
com pesquisa do IBGE, divulgada terça (31), 14,1%
dos trabalhadores estão desempregados.
Na desoneração da folha de pagamentos, pelo critério
atual, as empresas recolhem tributos sobre uma
parcela da receita bruta em vez da contribuição
patronal previdenciária. O modelo segue até final do
ano.
Segundo o líder ugetista, os setores empresariais
beneficiados devem oferecer contrapartidas.
“Precisam garantir os empregos, creio que em torno
de 1,5 milhão de vagas, mas também abrir
oportunidades ao jovem e oferecer qualificação
profissional”, observa Ricardo Patah.
Mas a luta não é só manter postos de trabalho. Patah
alerta que, “atrás do desemprego vem toda ordem de
problemas, como miséria, despejos e desagregação das
famílias”. Para o sindicalista, o situação do País
está muito grave. Ele adverte: “Temos que lutar pelo
emprego de um e pelos empregos de todos”.
Ricardo Patah tem participado de audiências públicas
e debates sobre a questão da desoneração.
Fonte: Agência Sindical
02/09/2021 -
Deputados aprovam texto-base de projeto que altera
regras do Imposto de Renda
A Câmara dos Deputados aprovou, por 398 votos a 77,
o projeto que altera regras do Imposto Renda (PL
2337/21). O texto-base aprovado é o substitutivo do
relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), que poderá
ser modificado por meio de destaques.
De acordo com o texto votado em Plenário, os lucros
e dividendos serão taxados em 20% a título de
Imposto de Renda na fonte, mas fundos de
investimento em ações ficam de fora. Na versão
anterior, a alíquota era de 5,88%.
Já a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ) fica menor que a versão anterior (6,5%),
fazendo com que o tributo passe dos atuais 15% para
8%.
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
diminui 0,5 pontos percentuais em duas etapas,
condicionadas à redução de deduções tributárias que
aumentarão a arrecadação. Assim, o total, após o fim
das deduções, será de 1 ponto percentual a menos,
passando de 9% para 8% no caso geral. Bancos
passarão de 15% para 14%; e demais instituições
financeiras, de 15% para 14%.
Encaminhada pelo Poder Executivo, a proposta é a
segunda fase da reforma tributária.
Fonte: Agência Câmara
02/09/2021 -
PIB fica estável no segundo trimestre deste ano
Estabilidade ocorre após três trimestres seguidos
de crescimento
O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país - ficou estável
no segundo trimestre de 2021, na comparação com o
primeiro trimestre do ano. Houve variação negativa
de 0,1%, o que o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) considera como estabilidade. Os
dados são do Sistema de Contas Nacionais
Trimestrais, divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo
IBGE.
Segundo o instituto, a estabilidade ocorre depois de
três trimestres seguidos de crescimento da economia
do país e o PIB continua no patamar do fim de 2019
ao início de 2020, período pré-pandemia de covid-19.
Mas ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da
atividade econômica na série histórica, alcançado no
primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o
PIB chegou a R$ 2,1 trilhões.
“Com esse resultado, a economia brasileira avançou
6,4% no primeiro semestre. Nos últimos quatro
trimestres, acumula alta de 1,8%, e na comparação
com o segundo trimestre do ano passado, cresceu
12,4%”, informou o IBGE.
Fonte: Agência Brasil
02/09/2021 -
Justiça garante ato "fora, Bolsonaro" e grito dos
excluídos em SP no dia 7 /9
Os organizadores da Campanha Fora Bolsonaro e do
Grito dos Excluídos de São Paulo divulgaram nota
segunda-feira (30) informando que a Justiça garantiu
à oposição a realização do ato no Vale do Anhangabau,
na capital paulista, no dia 7 de setembro.
Com a autorização para realização do ato e
determinação judicial para que a Polícia Militar do
estado de São Paulo garanta a segurança dos
participantes, o vice-presidente da CUT, Vagner
Freitas, convocou a militância a comparecer em peso
ao ato na capital.
“O juiz garantiu que nossa manifestação será, sim,
realizada no Vale do Anhangabau no dia 7 de setembro
e todos e todas devem participar porque é em nome da
democracia, pelo ‘fora, Bolsonaro’ e pelo Grito dos
Excluídos”, disse Vagner, que ressaltou: E a PM será
obrigada a garantir a segurança de quem estiver no
ato.
A decisão, de acordo com a nota, é do juiz Randolfo
Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública. O
juiz assegurou a realização dos atos da oposição no
dia 7 de setembro reafirmando “que as manifestações
independem de autorização do Poder Público, não
podendo ser vetadas por quaisquer agentes”.
Ainda de acordo com a nota, o juiz ressalta em seu
despacho que “os Batalhões da Polícia Militar
responsáveis pelo policiamento da Avenida Paulista e
do Vale do Anhangabaú são distintos, de modo que não
procede o argumento de falta de contingente”.
O despacho diz, ainda que se a determinação judicial
for desrespeitada, os gestores poderão ser
responsabilizados civil e criminalmente. dos
gestores responsáveis.
Fonte: Mundo Sindical
01/09/2021 -
Luta
hoje é em torno da MP 1.045
O movimento sindical concentra seus esforços terça e
quarta junto ao Senado. O objetivo é evitar a
votação da Medida Provisória 1.045/2020, aprovada na
Câmara com diversas mudanças estranhas ao texto
original.
Ainda na madrugada da terça (31), o presidente da
Força Sindical, Miguel Torres, gravou vídeo que
informava a ida à Brasília e falava das
possibilidades de encaminhamento. Para o
sindicalismo, “o ideal seria que a Medida
caducasse”, avalia Clemente Ganz Lúcio, assessor das
Centrais. Data-limite é 7 de setembro.
Mas essa possibilidade não parece a mais concreta.
Buscava-se, por isso, “impugnar as mudanças
estranhas ao texto inicial”. A MP 1.045 dispõe sobre
medidas trabalhistas pra enfrentar a pandemia. Seria
uma atualização da MP 936, publicada em abril de
2020, conhecida como Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda.
O movimento sindical, além de Brasília, tem feito
contatos com senadores nos Estados, junto às suas
bases eleitorais. No meio da tarde, havia ainda a
possibilidade de se falar com o relator, senador
Confúcio Moura (RO). Se o relator alterar seu texto,
retirando o que chamam de “jabutis”, prevaleceria o
texto original.
As empresas tinham até 25 de julho pra aderir ao
Programa proposto na MP. “Portanto, as mudanças, pra
pior, lesam o trabalhador, mas não cumprem as
finalidade originais de proteger emprego e renda”,
lembra o professor Clemente Ganz.
Paim – Ressalte-se o empenho do senador Paulo
Paim (PT-RS) em buscar uma saída que preserve os
direitos dos trabalhadores.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais.
Fonte: Portal Vermelho
01/09/2021 -
Orçamento de 2022 prevê salário mínimo de R$ 1.169
Valor é R$ 22 maior que o aprovado na LDO
A alta da inflação nos últimos meses fez o governo
elevar a previsão para o salário mínimo no próximo
ano. O projeto da lei orçamentária de 2022, enviado
nesta terça (31) ao Congresso Nacional, prevê
salário mínimo de R$ 1.169, R$ 22 mais alto que o
valor de R$ 1.147 aprovado na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO).
A Constituição determina a manutenção do poder de
compra do salário mínimo. Tradicionalmente, a equipe
econômica usa o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) do ano corrente para corrigir o
salário mínimo do Orçamento seguinte.
Com a alta de itens básicos, como alimentos,
combustíveis e energia, a previsão para o INPC em
2021 saltou de 4,3% para 6,2%. O valor do salário
mínimo pode ficar ainda maior, caso a inflação
supere a previsão até o fim do ano.
PIB
O projeto do Orçamento teve poucas alterações em
relação às estimativas de crescimento econômico para
o próximo ano na comparação com os parâmetros da
LDO. A projeção de crescimento do PIB passou de 2,5%
para 2,51% em 2022. Já a previsão para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado
como índice oficial de inflação, foi mantida em 3,5%
para o próximo ano.
Outros parâmetros foram revisados. Por causa das
altas recentes da Selic (juros básicos da economia),
a proposta do Orçamento prevê que a taxa encerrará
2022 em 6,63% ao ano, contra projeção de 4,74% ao
ano que constava na LDO.
A previsão para o dólar médio foi mantida em R$
5,15.
Fonte: Agência Brasil
01/09/2021 -
Com “bicos” e precarização, trabalho por conta
própria bate recorde
De cada dez novos postos de trabalho gerados no
País no último ano, sete foram por conta própria. E,
dos 24,8 milhões que atuam por conta própria, apenas
5,7 milhões têm CNPJ
O desemprego no Brasil atinge 14,4 milhões de
trabalhadores e só não é maior por conta da
precarização. Com o fenômeno da “uberização”, o
trabalho por conta própria – que também engloba
também os chamados “bicos” bateu, no segundo
trimestre um recorde: há 24,8 milhões de pessoas
trabalhando nessas condições, o que corresponde a
28,3% de toda a população ocupada.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e fazem parte da nova Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), expondo o
“novo normal” no mercado de trabalho do País. Esse
contingente “por conta própria” representa um
crescimento de 4,2% (mais 1 milhão de pessoas) na
comparação com o trimestre anterior. Em um ano,
houve 14,7% de avanço – ou 3,2 milhões de pessoas a
mais nesse tipo de ocupação.
O salto do número dos trabalhadores por conta
própria foi o grande responsável pelo aumento do
número de ocupados no País e pela redução da taxa de
desemprego. Na comparação com o mesmo período do ano
passado, aumentou em 5,3% (mais 4,4 milhões) o
número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho.
Porém, desse total, 71% (3,175 milhões) eram
trabalhadores por conta própria.
Ou seja, de cada dez novos postos de trabalho
gerados no País no último ano, sete foram por conta
própria. E, dos 24,8 milhões que atuam por conta
própria, apenas 5,7 milhões têm CNPJ. O total sem
CNPJ chegou a 19,1 milhões, contra 16,3 milhões há
um ano. Segundo o IBGE, 52,2% da alta da ocupação na
comparação mensal e 62,7% do avanço na comparação
anual vieram do aumento dos informais.
Com isso, a taxa de desemprego no Brasil ficou em
14,1% no segundo trimestre, ante 14,7% no primeiro.
Já o número de desempregados caiu de 14,8 milhões
para 14,4 milhões.
O aumento da ocupação no segundo trimestre se
concentrou, principalmente, em atividades
relacionadas à alojamento e alimentação (alta de
9,1% na comparação com o primeiro trimestre),
construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e
agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura (3,8%).
Os trabalhadores informais – que incluem aqueles sem
carteira assinada (empregados do setor privado ou
trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou
empregados por conta própria) ou trabalhadores sem
remuneração – somaram 35,6 milhões de pessoas e uma
taxa de 40,6%. No trimestre anterior, a taxa foi de
39,6%, com 34 milhões de informais. Há um ano, eram
menores esse contingente (30,8 milhões) e a taxa de
informalidade (36,9%).
O rendimento médio dos trabalhadores por conta
própria no segundo trimestre foi de R$ 1.828, bem
abaixo da média do País (R$ 2.515) e do trabalho com
carteira assinada (R$ 2.375). Para quem atua por
conta própria sem CNPJ, foi ainda menor: R$ 1.423.
Com informações do G1
Fonte: Portal Vermelho
01/09/2021 -
Senado vota nesta quarta MP que cria minirreforma
trabalhista
O Plenário vota nesta quarta-feira (1º) a medida
provisória (MP) 1.045/2021, que cria o novo Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e promove uma
minirreforma na legislação trabalhista. O texto
chegou ao Senado há duas semanas, recebeu quase 200
emendas e aguarda a designação de um relator. A
matéria perde a validade no dia 7 de setembro.
O texto original apenas prorrogava o programa de
redução ou suspensão de salários e jornada de
trabalho durante a pandemia de covid-19. A medida
provisória sofreu alterações na Câmara dos Deputados
e é considerada uma minirreforma trabalhista. A
matéria agora trata de três programas de geração de
emprego e qualificação profissional, além de alterar
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o Código
de Processo Civil e uma série de outras leis.
Segundo a MP 1.045/2021, o Novo Programa Emergencial
de Manutenção do Emprego e da Renda garante o
pagamento de uma parte do seguro-desemprego ao
trabalhador que tiver o contrato suspenso ou o
salário e a jornada reduzidos em razão da pandemia
de covid-19. As regras valem por 120 dias contados
da edição da MP (em 27 de abril) e podem ser
prorrogadas pelo Poder Executivo apenas para as
gestantes.
Fonte: Agência Senado
01/09/2021 -
Lira recebe relatório da reforma administrativa, que
será votado nos dias 14 e 15 na comissão
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
recebeu o relatório da proposta de emenda à
Constituição da reforma administrativa (PEC 32/20).
Lira afirmou que todos os trechos que deram origem a
falsas versões foram banidos do texto. Ele reforçou
que a proposta não atinge os direitos adquiridos dos
atuais servidores públicos e adiantou que a
estabilidade no emprego será prevista, inclusive,
para os futuros servidores. A proposta deve ser
votada entre os dias 14 e 15 de setembro na comissão
especial.
Para Lira, trata-se de uma reforma que visa
redesenhar a administração pública brasileira e
melhorar os serviços públicos para a
população. “Vamos dar um Estado mais leve, mais
moderno e que realmente possa mensurar o serviço
publico dos brasileiros. Não vamos fazer verificação
de funcionário, mas, sim, do serviço público”, disse
Lira.
O relator, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA),
explicou que a estabilidade está garantida, de forma
que nenhum servidor público atual ou futuro poderá
ser demitido de maneira imotivada. Segundo Maia,
qualquer demissão estará submetida à avaliação de
desempenho do servidor.
O parlamentar destacou que, embora uma lei futura vá
regulamentar os pontos da avaliação de desempenho, a
PEC já estabelece algumas orientações. Entre elas
estão a que prevê que essa avaliação seja feita em
plataforma digital, bem como tenha a presença de um
usuário do serviço para dar a opinião do serviço
prestado.
“Estamos colocando elementos que necessariamente
estarão presentes na lei que vai regulamentar a
avaliação de desempenho e evitar a perseguição
política [aos servidores]”, explicou o relator.
Arthur Maia também destacou que retirou da proposta
original do texto encaminhado pelo Poder Executivo a
previsão do vínculo de experiência e manteve o
estágio probatório, instrumento jurídico de vínculo
provisório do servidor antes de alcançar a
estabilidade. Maia explicou que, em vez de ser
apenas uma avaliação ao final do estágio probatório,
os novos entrantes deverão prestar seis avaliações,
antes de conseguir a estabilidade.
O presidente da comissão especial, deputado Fernando
Monteiro (PP-PE), afirmou que o trabalho na comissão
especial foi exaustivo e que foi o primeiro passo
para reorganizar o serviço público no País. “Vamos
tentar trazer o Brasil para o século 21 e respeitar
o cidadão que paga uma alta carga de impostos”,
disse o deputado.
Fonte: Agência Câmara
01/09/2021 -
A possível reinvenção da política, por Marcio
Pochmann
Fim do ciclo político da Nova República
instituído pelo golpe de 2016 refletiu o esgotamento
da política enquanto gestão democrática, rapidamente
dominada pela versão da política como negócio
rentável
Na última década do século passado, o ingresso
desastrado na globalização desencadeou a forma pela
qual o “andar de cima” da sociedade brasileira foi
desembarcando do projeto político emancipador de
nação. Parcela significativa da burguesia industrial
jogou a toalha, tornando-se rentista pela
substituição dos lucros na produção pelo capital
dependente dos juros elevadíssimos ou comerciante
amante da supervalorização do real para auferir
ganhos na venda de mercadorias montadas internamente
a partir da importação de componentes e insumos
externos.
Em ambos os casos, o Estado brasileiro, submetido ao
assalto neoliberal, foi o principal sustentáculo da
orgia valorizadora do estoque de riqueza no “andar
de cima”. Tanto assim que o total da despesa pública
agregada (União, estados e municípios) saiu de 28,5%
do PIB, em 1990, para 45,3% do PIB, em 2020.
Sem dinamismo econômico, o capitalismo passou a
percorrer trajetória declinante, assumindo certo
sentido neocolonial da espera por um “milagre de
fora”, conforme revelara Sérgio Buarque de Holanda
ao tratar do passado patriarcal e agrário brasileiro
no seu livro Visão do Paraíso. Na dependência de
oportunidades forjadas a partir do exterior, restava
somente a espontaneidade a uma economia mobilizada
pontualmente e de tempos em tempos.
Assim, o Brasil da globalização neoliberal dos anos
1990 se fragilizou frente aos instáveis fluxos
internacionais das commodities de produção primária,
devastando biomas, se necessário, para mais
rapidamente extrair dinheiros da natureza. Pela
lógica neoextrativista, o avanço da pauta de
exportação transcorreu associada, muitas vezes, à
dependência tanto externa de tecnologia e insumos
importados quanto interna da ruína nas comunidades
originárias e das “flexibilizações das legislações
trabalhistas” a rebaixar o trabalho a condições
análogas ao passado escravista.
A resposta da política do distributivismo “à la
Proudhon” teve o grande mérito de postergar o
desastre que se avizinhava. Os vibrantes impulsos à
modernização consumista não se mostraram suficientes
para soerguer a estrutura produtiva, embora
terminassem fortalecendo os fundamentos da
sociabilidade do dinheiro, cujo descarte social
passou a assumir centralidade na dinâmica do
individualismo, do salve-se quem puder.
A transformação na política
Diante do horizonte da desmontagem da sociedade
industrial que asfixiou a mobilidade social
ascendente por massivo desemprego aberto e ocupações
crescentemente precarizadas, mesmo com a elevação da
escolaridade, o “andar de baixo” da sociedade
brasileira começou a entrar em cena. A seu jeito,
expressou crescente inquietude com a lógica
eleitoral da Nova República, reduzindo a política à
mera gestão, permeada por ranking de indicadores de
melhoras, que quase nada alterava as condições
estruturais de vida e trabalho das massas sobrantes
nas periferias urbanas e nos mercados de terras
rurais.
Foi nesse contexto que a direita brasileira
encontrou a via própria para responder e crescer,
transformando a política em negócio rentável. Seus
representantes surfaram a onda dos influenciadores e
celebridades em redes sociais monetizadas,
conectando as mais diversas estratégias de
sobrevivência legais ou ilegais em proliferação,
justamente no “andar de baixo” da sociedade.
Os negócios na política prosperaram, conformando os
mercados das emendas impositivas e das famosas
“rachadinhas”, atraindo proximidade com as práticas
do fanatismo religioso e banditismo social expresso
por certas igrejas, milícias e crime organizado.
Isso porque foram essas “instituições” que
conseguiram armar, em nova base material, o novo
tripé de comando de ocupação e renda que emergiu da
própria ruína da sociedade industrial.
O fim do ciclo político da Nova República instituído
pelo golpe de 2016 refletiu o esgotamento da
política enquanto gestão democrática, rapidamente
dominada pela versão da política como negócio
rentável. O impasse dos sobrantes (ou inorgânicos ao
capitalismo acomodado) que decorreu da desistência
histórica do “andar de cima” da sociedade há mais de
três décadas está de volta.
Conforme já identificado por Caio Prado Júnior
(Formação do Brasil Contemporâneo), grande parte da
população herdada do período escravocrata, por não
caber no projeto de capitalismo nascente, foi
transformada em sobrantes, acolhidos pelo fanatismo
religioso e banditismo social presente na República
Velha (1889-1930). A saída disso foi construída pela
Revolução de 1930, que procurou incorporá-los na
forma de classe trabalhadora ocupada com identidade
salarial e pertencimento à cidadania regulada
através da urbanização e industrialização nacional.
A partir de 1990, a desindustrialização promovida
pela forma de entrada na globalização interrompeu o
avanço na taxa de assalariamento, acompanhada por
uma diversidade de reformas trabalhistas redutoras
de direitos sociais e trabalhistas. Concomitante com
o desemprego e a ocupação precária, a nova população
sobrante cresceu, exposta à dinâmica do
empreendedorismo de sobrevivência e ao
assistencialismo de última instância ofertado por
igrejas e filantropia.
Em vista da lógica dos trambiques de qualquer
natureza, dos fraudadores de todas as esferas, de
empreendedores do acaso e dos depredadores de
rapina, somente a reinvenção da política pode
oferecer guarida ao novo rumo de País. Que não seja
a política enquanto gestão, tampouco aquela dos
negócios, rentáveis ou não – mas a política da outra
maioria que, ao saber diferenciar os adversários,
transforma a realidade de todos para melhor,
sobretudo daqueles situados no “andar de baixo” da
sociedade.
Publicado originalmente no Outras Palavras
Fonte: Portal Vermelho
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