Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2023
29/09/2023 -
Centrais sindicais divulgam documento sobre
contribuição negocial
29/09/2023 -
Aumento real nas negociações coletivas de agosto
fica 1,5% acima da inflação, mostra Fipe
29/09/2023 -
Empresas devem agir para prevenir transtornos
mentais no ambiente de trabalho, dizem especialistas
29/09/2023 -
Teletrabalho: Quase metade das empresas industriais
adotou em 2022
29/09/2023 -
Compromisso global – João Guilherme Vargas Netto
28/09/2023 -
Vistas adia votação de projeto contrário à
contribuição assistencial no Senado
28/09/2023 -
Bolsonaro vira réu por incitação ao crime de estupro
28/09/2023 -
Em Brasília, dirigente da Nova Central participa de
GTI sobre igualdade salarial
28/09/2023 -
Após anos de desentendimento, trabalhadores e
Correios vão assinar acordo coletivo
28/09/2023 -
Comissão aprova campanha Abril Verde para prevenção
de acidentes de trabalho
28/09/2023 -
Empregado que ignora norma de segurança tem culpa
exclusiva por acidente
27/09/2023 -
Em Brasília, Mulheres das Centrais pedem pela
ratificação da Convenção 190 e 156 da OIT
27/09/2023 -
Nova Central participa de encontro com a ministra
Cida Gonçalves
27/09/2023 -
Comissão do Senado pode votar projeto que proíbe
contribuição de não sindicalizado
27/09/2023 -
Prévia da inflação oficial de setembro fica em
0,35%, aponta IBGE
27/09/2023 -
Lula promete ofensiva contra precarização do
trabalho
26/09/2023 -
Chega de assustar o trabalhador com “valores” da
contribuição assistencial!
26/09/2023 -
Centrais Sindicais, Dieese e Movimentos Sociais
promovem debate sobre Tarifa Zero no transporte
público de Curitiba
26/09/2023 -
Especialistas defendem aprovação do Estatuto do
Trabalho
26/09/2023 -
Luís Roberto Barroso assume presidência do STF na
próxima quinta-feira (28)
26/09/2023 -
Marco temporal, reforma tributária e adicional de
periculosidade a motoristas estão na agenda das
comissões
26/09/2023 -
CDH aprova penas maiores para crimes contra a mulher
26/09/2023 -
Obtenção de novo emprego não isenta instituto de
pagar aviso-prévio a analista
25/09/2023 -
Inimigos da classe trabalhadora inicia campanha
contra seus legítimos representantes
25/09/2023 -
Financiamento
sindical e cólera ultraliberal
25/09/2023 -
Comissão debate riscos psicossociais no ambiente de
trabalho
25/09/2023 -
Maioria do TSE
mantém decisão que declarou Bolsonaro inelegível
25/09/2023 -
Comissão de Trabalho debate crime de demissão por
motivo ideológico
25/09/2023 -
Continuação com números novos – João Guilherme
Vargas Netto
22/09/2023 -
Senadores apresentam proposta contrária à
contribuição assistencial
22/09/2023 -
Ministro da Previdência anuncia meta de reduzir a
fila do INSS até dezembro
22/09/2023 -
Brasil e Estados Unidos lançam parceria por direitos
trabalhistas em Nova York
22/09/2023 -
Em delação, Mauro Cid afirma que Bolsonaro fez
reunião com militares para avaliar golpe
22/09/2023 -
Paim apoia parceria Brasil e Estados Unidos em
defesa dos direitos trabalhistas
21/09/2023 -
Indústria e
sindicatos divergem sobre grau de redução dos juros
21/09/2023 -
A Contribuição Assistencial em 2023
21/09/2023 -
Economia cresce 2,7% no trimestre encerrado em julho
21/09/2023 -
País perde R$ 99 bilhões em impostos para beneficiar
apenas 26 empresas
21/09/2023 -
Lula diz que encontro com Biden é “renascer” de
relação entre Brasil e EUA
21/09/2023 -
Ofertas de emprego devem mencionar nome da empresa,
aprova CAS
20/09/2023 -
Responsável pelo recurso da contribuição
assistencial no STF, jurista afirma que a
Constituição foi respeitada
20/09/2023 -
Centrais pedem queda da taxa Selic em ato na
Paulista
20/09/2023 -
Presidente Lula valoriza sindicalismo na viagem aos
EUA
20/09/2023 -
Os 10 maiores bilionários tem mais riqueza que os
40% mais pobres, critica Lula na ONU
20/09/2023 -
Justiça do Trabalho inicia Semana Nacional da
Execução Trabalhista 2023 em todo o país
19/09/2023 -
Juro alto gera protesto nesta terça
19/09/2023 -
É impossível zerar fila do INSS, afirma ministro da
Previdência
19/09/2023 -
Aumentos reais caem, e muito, aponta Dieese
19/09/2023 -
Bolsonaro usou R$ 1 bilhão da Defesa para criar 2º
orçamento secreto
19/09/2023 -
Bancos renegociaram R$ 13,2 bilhões em dívidas pelo
Desenrola
19/09/2023 -
Governo melhora projeção de alta do PIB em 2023 de
2,5% para 3,2%
18/09/2023 -
Nova Central e demais centrais realizam ato contra
os juros altos na próxima terça (19)
18/09/2023 -
IBGE aponta que 9,2% das pessoas ocupadas são
sindicalizadas
18/09/2023 -
Lula e Biden
lançarão iniciativa pela valorização dos direitos
trabalhistas
18/09/2023 -
Mulheres vítimas de violência terão direito a
auxílio-aluguel
18/09/2023 -
Servidores e
empregados do Poder Executivo têm reajuste de 9%
18/09/2023 -
Salário pode variar, mas não ser inferior ao mínimo,
diz TST
15/09/2023 -
Sem imposto, sindicatos podem fechar o ano com duas
contribuições
15/09/2023 -
Paim diz que redução da jornada de trabalho é importante
para o Brasil
15/09/2023 -
Normalização e luta permanente – João Guilherme
Vargas Netto
15/09/2023 -
Saque-aniversário fragilizou o FGTS, diz Luiz Marinho
15/09/2023 -
Agosto tem nova queda da cesta básica, diz pesquisa
do Dieese
14/09/2023 -
Luiz Marinho diz que sindicatos frágeis enfraquecem
democracia
14/09/2023 -
Deputados apresentam projetos contrários à
contribuição assistencial
14/09/2023 -
Para advogados, contribuição assistencial a
sindicatos valoriza negociação coletiva
14/09/2023 -
Saque-aniversário fragilizou o FGTS, diz Luiz
Marinho
13/09/2023 -
Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto
13/09/2023 -
Paulo Paim continua luta por um salário mínimo digno
13/09/2023 -
Eletricitários fecham posição contra a tentativa de
acordo da Eletrobrás sobre o poder de voto da União
13/09/2023 -
Senado volta a analisar desoneração da folha
12/09/2023 -
STF decide a
favor da contribuição assistencial a sindicatos
12/09/2023 -
Nova Central mobiliza entidades para ajuda após
catástrofe climática no RS e doa cestas básicas aos
desabrigados
12/09/2023 -
Governo lança pesquisa sobre conflitos no ambiente
de trabalho
12/09/2023 -
Em vídeo transmitido pelo Youtube MPT fala sobre
importância dos sindicatos; assista
12/09/2023 -
FGTS: governo pode mudar saque-aniversário e
desbloquear saldo a demitidos
11/09/2023 -
Inscreva-se! O link do ‘Revoga Já!’ já está
disponível. Confirme agora mesmo a sua adesão ao
movimento!
11/09/2023 -
Rosa Weber vota
favorável ao financiamento sindical por meio da
contribuição assistencial
11/09/2023 -
DIEESE mostra mercado de trabalho melhor
11/09/2023 -
Produção
industrial cai 0,6% de junho para julho
11/09/2023 -
CAE aprova incentivos para contratação de pessoas
com mais de 60 anos
11/09/2023 -
Projeto abre crédito para pagamento de saldos do
PIS/Pasep
06/09/2023 -
A relação do
governo Lula com a classe trabalhadora
06/09/2023 -
Tragédia em Cabreúva: é urgente investir em saúde e
segurança no trabalho
06/09/2023 -
Justiça suspende desligamentos do PDV da Eletrobras;
entenda
05/09/2023 -
CNTI protocola no STF parecer favorável à ação que
discute poder de voto da União na Eletrobrás
05/09/2023 -
Que está por trás do debate sobre o financiamento
sindical?
05/09/2023 -
Micro e pequenas
empresas lideram geração de empregos em julho
04/09/2023 -
Orçamento de 2024 prevê salário mínimo de R$ 1.421
04/09/2023 -
Moraes vota e forma maioria no STF pela contribuição
assistencial
04/09/2023 -
Nunes Marques,
do STF, libera julgamento sobre correção do FGTS
04/09/2023 -
Greves caem ao
menor patamar em dez anos, diz DIEESE
04/09/2023 -
Nova Central e demais centrais aderem ao Pacto Nacional
pelo Combate às Desigualdades
01/09/2023 -
Desembargador que participará do ‘Revoga Já’ defende
a legalidade da Contribuição Assistencial e a
necessidade de o Estado sustentar o Movimento
Sindical
01/09/2023 -
Desemprego cai a 7,9% em julho e segue com a menor
taxa desde 2014, mostra IBGE
01/09/2023 -
Lula sanciona arcabouço; Congresso aprova mudança no
Carf e desonerações
01/09/2023 -
Bancada Sindical vê com indignação a falta de proposta
de reajuste do Governo e falta de prioridade para pautas
não remuneratórias
01/09/2023 -
Grandes vitórias – João Guilherme Vargas Netto
01/09/2023 -
Zanin vota em favor de trabalhadores no STF e
governo Lula aplaude
29/09/2023 -
Centrais sindicais divulgam documento sobre
contribuição negocial
Após a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
para a cobrança da contribuição negocial de todos os
trabalhadores, sindicalizados ou não, ocorreram
relatos de sindicatos cobrando a contribuição com a
negociação já em andamento ou querendo cobrar o
valor retroativo, o que tem causado problemas e
principalmente, a imprensa utilizando essas
situações para deslegitimar o sindicalismo.
Pensando nisso, as centrais sindicais (CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB), estão divulgando um
documento chamado: Termo de Autorregulação das
Centrais Sindicais (TACS) referente a Contribuição
Negocial, que apresenta alguns pontos que devem ser
observadas por todas as entidades como: cobranças
abusivas, permitir a participação de sindicalizados
e não sindicalizados, entre outros.
(leia
o documento completo)
Fonte: Mundo Sindical
29/09/2023 -
Aumento real nas negociações coletivas de agosto
fica 1,5% acima da inflação, mostra Fipe
Reajuste médio foi de 5% para repor uma inflação
acumulada em 3,5% em 12 meses pelo INPC
A inflação relativamente baixa tem propiciado aos
sindicatos de trabalhadores alcançarem aumentos
reais nas negociações coletivas. Em agosto, por
exemplo, os aumentos salariais ficaram, em média,
1,5% acima da inflação. Foi o que constatou o
Salariômetro – Mercado de Trabalho e Negociações
Coletiva, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe).
O reajuste médio foi de 5% para repor uma inflação
acumulada em 3,5% em 12 meses pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC). “O INPC aumentou
0,5% em relação a julho e empurrou o reajuste
mediano para cima, também 0,5% em relação a julho”,
afirmaram os técnicos da Fipe responsáveis pelo
estudo.
Mostra ainda o Salariômetro que a proporção de
reajustes acima da inflação em agosto continuou
alta, em 82%, embora abaixo dos 89,1% registrados em
julho. De janeiro a agosto, 79,2% dos reajustes
foram maiores que o INPC. Em 2022, no mesmo período,
essa proporção foi de 23,6%.
Sinal amarelo se acende para setembro, mês para o
qual, segundo a Fipe, a prévia indica arrefecimento
no ímpeto dos reajustes salariais.
O reajuste mediano nominal continua igual a 5%, mas
o reajuste real está apenas 0,9% acima do INPC
acumulado até agosto.
“O INPC cresceu, mas não conseguiu empurrar o
reajuste real”, afirmam os técnicos da Fipe,
acrescentando que o piso salarial de agosto ficou em
R$ 1.522, 15, ou 3% acima do salário mínimo.
Fonte: InfoMoney
29/09/2023 -
Empresas devem agir para prevenir transtornos
mentais no ambiente de trabalho, dizem especialistas
No ano passado, 209 mil pessoas se afastaram do
emprego no Brasil por conta de problemas como
depressão e ansiedade
Especialistas defenderam na quarta-feira (27) a
adoção no serviço público e na iniciativa privada de
medidas para prevenir a ocorrência de transtornos
mentais no ambiente de trabalho. Segundo o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), mais de 209 mil
pessoas se afastaram do emprego em 2022 no Brasil
por problemas como depressão, ansiedade e Alzheimer.
A prevenção aos chamados riscos psicossociais
(fatores que podem contribuir ou causar estresse e
adoecimento mental nos funcionários) foi tema de
debate na Comissão de Trabalho da Câmara dos
Deputados.
A procuradora do Ministério Público do Trabalho
Cirlene Zimmermann ressaltou que o risco
psicossocial pode estar presente em qualquer órgão
ou empresa e necessita ser combatido. "Os superiores
hierárquicos devem estimular tratamento justo e
respeitoso nas relações no ambiente de trabalho",
disse.
Ela acrescentou que as normas trabalhistas precisam
funcionar, de fato, como um conjunto de regras que
orientam empregadores a tornarem seus espaços de
trabalho mais seguros e saudáveis. E isso tem de ser
adotado, ressaltou, independentemente do tamanho ou
faturamento da corporação.
Projeto de lei
A audiência pública foi uma iniciativa do deputado
Carlos Veras (PT-PE). Ele lembrou que a Comissão de
Trabalho analisa o Projeto de Lei 3588/20, do
deputado licenciado Alexandre Padilha (SP), que
obriga o governo federal a editar norma
regulamentadora com medidas de prevenção e gestão de
riscos no ambiente de trabalho que podem afetar a
saúde mental dos trabalhadores.
Veras acrescentou que, além de impactar a saúde
mental dos funcionários, os riscos psicossociais
prejudicam as relações interpessoais e a
produtividade.
Autonomia
A representante da Coordenação-geral de Vigilância em
Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Anne
Caroline da Silva, destacou que o ambiente de
trabalho deveria ser um local de proteção para a
saúde mental, mas, muitas vezes, acaba tornando-se
um fator de risco.
“A gente não tem autonomia. São diferentes formas de
assédio, de violência no ambiente de trabalho, de
exigências de resultados. Tudo isso isso afeta nossa
saúde mental”, comentou.
A profissional acrescentou que os gestores devem
atuar também como promotores de saúde nos locais de
trabalho. “Para isso, precisamos conhecer os fatores
de risco de cada processo e agir na prevenção.”
Setembro Amarelo
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada
em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 10,2% das pessoas com 18 anos ou
mais receberam diagnóstico de depressão.
Cirlene Zimmermann reafirmou a importância de se
falar sobre os riscos psicossociais ainda em
setembro, mês que há uma série ações no País de
combate ao suicídio.
Carlos Veras destacou que o Setembro Amarelo é
importante para dar visibilidade ao tema, mas que é
preciso trabalhar também em todos os outros dias do
ano para que a população possa ter garantia nas leis
trabalhistas, e que o Estado faça com que elas sejam
cumpridas. “Os governos precisam cuidar do seu maior
patrimônio que é a sua população, o seu povo, a
classe trabalhadora.”
Importante: o Centro de Valorização da Vida (CVV)
realiza apoio emocional e é um aliado na prevenção
do suicídio. O CVV atende de forma voluntária e
gratuita todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob sigilo. É possível entrar em contato
pelo telefone 188, como também por e-mail e chat.
Não hesite em procurar ajuda!
Fonte: Agência Câmara
29/09/2023 -
Teletrabalho: Quase metade das empresas industriais
adotou em 2022
Quase metade das empresas industriais com 100 ou
mais funcionários adotaram o teletrabalho em algum
nível, de acordo com a Pesquisa de Inovação
Semestral 2022, divulgada pelo IBGE.
O teletrabalho, que tem crescido globalmente, foi
explicado pelo IBGE como a realização de tarefas
fora das instalações da empresa, mantendo a relação
empregatícia e as regras trabalhistas.
Na área de administração, 94,5% das empresas
digitalizadas adotaram o teletrabalho em 2022, com
quase metade delas sendo empresas de 100 a 249
funcionários.
Teletrabalho nos setores econômicos
Setores como comercialização e desenvolvimento de
projetos também viram o teletrabalho crescer,
especialmente entre empresas de porte médio.
No entanto, na produção, apenas 38,7% das empresas
utilizaram o teletrabalho em 2022, com empresas
maiores contribuindo menos para essa estatística.
Os setores líderes na adoção de teletrabalho
incluíram fabricação de produtos farmoquímicos e
farmacêuticos, fabricação de bebidas e fabricação de
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos.
No âmbito da tecnologia digital avançada, a pesquisa
revelou que 84,9% das empresas industriais com mais
de 100 funcionários adotaram pelo menos uma
tecnologia digital avançada. A computação em nuvem
liderou, seguida por internet das coisas e robótica.
Os setores mais digitalizados incluíram fabricação
de máquinas e equipamentos, indústrias extrativas e
fabricação de produtos diversos.
No que diz respeito à segurança da informação, a
pesquisa indicou que 82,5% das empresas adotaram
medidas para proteger seus dados digitais, com o uso
de antivírus e métodos de controle de acesso à rede
sendo os mais comuns.
Tele trabalho e os sindicatos
A flexibilidade nos processos e o aumento da
eficiência foram os principais benefícios das
tecnologias digitais avançadas, enquanto os altos
custos foram a maior barreira para sua adoção.
O teletrabalho é um assunto tratado pelos
sindicatos, no momento da negociação da Convenção
Coletiva, buscando as melhores condições e
adaptações ao novo sistema. o DIEESE lançou um
estudo, no momento em que as empresas começaram a
utilizar a modalidade em plena pandemia da CONVID
19.
Com Agência Brasil
Fonte: Rádio Peão Brasil
29/09/2023 -
Compromisso global – João Guilherme Vargas Netto
Merece destaque especial, principalmente nesta
quadra de solidariedade global aos metalúrgicos
estadunidenses em greve, a declaração conjunta
Brasil-EUA sobre a parceria pelo direito dos
trabalhadores anunciada pelos presidentes Lula e
Biden em uma reunião conjunta com participação do
ministro do Trabalho do Brasil, do diretor-geral da
OIT e de delegações sindicais brasileiras e
norte-americanas.
“Os trabalhadores e os seus Sindicatos lutaram pela
proteção no local de trabalho, pela justiça na
economia e pela democracia nas nossas sociedades –
eles estão no centro das economias dinâmicas e do
mundo saudável e sustentável que procuramos
construir para nossos filhos”, diz a apresentação do
compromisso para, em seguida, listar os cinco eixos
principais de preocupação:
1) Proteger os direitos dos trabalhadores;
2) Promover o trabalho digno, saudável e decente;
3) Promover abordagens centradas nos trabalhadores
para as transições digitais;
4) Aproveitar a tecnologia para benefício de todos; e
5) Combater a discriminação no local de trabalho.
É uma grande contribuição à luta sindical permanente
e já começou a ser difundido na reunião sindical dos
Brics, na África do Sul, pela delegação brasileira.
Em nosso País, que aprovou recentemente, com a Lei
14.611, a garantia de igualdade de gênero no
trabalho (com punição severa dos infratores) e o
ministro do Trabalho que conduz uma cruzada para
garantir os direitos dos trabalhadores em
aplicativos são exemplos práticos do compromisso
global.
Talvez fosse a ocasião também, sensibilizado o mundo
político pelo alcance do compromisso, de se
regulamentar o Inciso XXVII do Artigo 7º da
Constituição (dos direitos dos trabalhadores), que
diz: “proteção em face da automação, na forma da
lei”, uma das contribuições fortes do Dieese na
elaboração da Constituição de 1988
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
28/09/2023 -
Vistas adia votação de projeto contrário à
contribuição assistencial no Senado
O projeto de lei — PL 2.099/23 — que estava pautado
para votação na CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos) do Senado Federal teve a votação adiada,
nesta terça-feira (26), em razão de pedido de vistas
coletiva.
Desse modo, o texto poderá voltar à pauta na reunião
ordinária do colegiado, na próxima terça-feira (3).
A direita bolsonarista no Congresso “abraçou”
posição contrária à existência digna dos sindicatos
no Brasil. O que o movimento sindical pretende fazer
contra essa posição? Que é mais que política, é
ideológica.
O projeto de lei em questão versa sobre a proibição
da “exigência de contribuição sindical de membros de
categorias econômicas e profissionais não
sindicalizados.”
O projeto de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN)
é relatado, com parecer favorável, pelo senador
Rogério Marinho (PL-RN).
Após ser apreciado pela CAE, o projeto vai ao exame
da CAS (Comissão de Assuntos Sociais).
Fonte: Diap
28/09/2023 -
Bolsonaro vira réu por incitação ao crime de estupro
Ex-presidente é réu por incitação ao crime de
estupro
A Justiça do Distrito Federal autorizou o
prosseguimento da ação penal na qual o ex-presidente
Jair Bolsonaro é réu por incitação ao crime de
estupro.
O caso envolve o discurso proferido por Bolsonaro no
plenário da Câmara dos Deputados em dezembro de
2014, quando ele era deputado federal.
Na ocasião, o então parlamentar disse que só não
estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS)
porque "ela não merecia". Após as declarações,
Bolsonaro foi processado pelo Ministério Público
Federal (MPF) e por Maria do Rosário.
Bolsonaro passou a responder às acusações no Supremo
Tribunal Federal (STF), mas o processo foi suspenso
após ele assumir a Presidência da República, em
2019. Com o fim do mandato e do foro privilegiado, o
caso seguiu para a primeira instância da Justiça.
A decisão que retomou o processo contra Bolsonaro
foi assinada no dia 24 de agosto e divulgada nesta
terça-feira.
Defesa
Pelas redes sociais, o ex-presidente se manifestou
sobre a decisão.
"Mais uma: agora de fato de 2014. A perseguição não
para! Defendemos desde sempre punição mais severa
para quem cometa esse tipo de crime e justamente
quem defende o criminoso agora vira a “vítima”. Fui
insultado, me defendo e mais uma vez a ordem dos
fatos é modificada para confirmar mais uma
perseguição política conhecida por todos!,"
declarou.
Fonte: Agência Brasil
28/09/2023 -
Em Brasília, dirigente da Nova Central participa de
GTI sobre igualdade salarial
A Nova Central Sindical, representada pela diretora
de Promoção da Igualdade Racial e Gênero, Cátia
Aparecida Laurindo, nesta terça-feira (26) em
Brasília, participou da primeira reunião do Grupo de
Trabalho Interministerial (GTI) do novo Plano
Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre
Mulheres e Homens.
O GTI foi criado a partir do decreto 11.514 de 1º de
maio de 2023 — Dia das Trabalhadoras e dos
Trabalhadores — assinado pelo presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, coordenado
pelo Ministério das Mulheres e do Trabalho e
Emprego, para regular e enfrentar essa realidade de
desigualdade no mundo do trabalho.
Na reunião de ontem foi debatido a elaboração de
regras para a Lei n° 14.611/2023. O objetivo é
garantir a maior eficácia dos instrumentos de
enfrentamento às desigualdades.
Foram também criados grupos de trabalhos nos quais
participarão representantes de ministérios, do
Legislativo, organizações da sociedade civil,
sindicatos, universidades, entre outros.
Os sindicatos terão um papel importante na
fiscalização da Lei de Igualdade. Caso seja
identificada a desigualdade salarial ou de critérios
remuneratórios, a empresa deverá apresentar e
implementar plano de ação para diminuir a
desigualdade, com metas e prazos.
Na hipótese de descumprimento das disposições será
aplicada multa administrativa no valor de até 3% da
folha mensal de salários do empregador, limitado a
100 salários mínimos.
A Lei 14.611/23 estabelece as seguintes medidas para
garantir a igualdade salarial e de critérios
remuneratórios entre mulheres e homens:
• estabelecimento de mecanismos de transparência
salarial e de critérios remuneratórios;
• incremento da fiscalização contra a discriminação
salarial e de critérios remuneratórios entre
mulheres e homens;
• disponibilização de canais específicos para
denúncias de discriminação salarial;
• promoção e implementação de programas de diversidade
e inclusão no ambiente de trabalho que abranjam a
capacitação de gestores, de lideranças e de
empregados sobre o tema da equidade entre homens e
mulheres no mercado de trabalho, com aferição de
resultados; e
• fomento à capacitação e à formação de mulheres para
o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de
trabalho em igualdade de condições com os homens.
Informações da Secretaria Nacional para Assuntos
da Mulher da Nova Central
Fonte: NCST
28/09/2023 -
Após anos de desentendimento, trabalhadores e
Correios vão assinar acordo coletivo
Número de cláusulas sobe de 37 para 78. Acordo
inclui reajuste pela inflação, abono e vale extra.
Negociação continua na Petrobras
Depois de sucessivas campanhas salariais marcadas
por desentendimento, retirada de direitos, dissídios
e greve, neste ano, trabalhadores assinarão acordo
coletivo com a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (ECT). Dos 31 sindicatos filiados à
Fentect (federação nacional da categoria), 28
aprovaram a proposta dos Correios, em assembleias
realizadas até o último dia 21.
De acordo com a Fentect, o novo acordo passa a ter
78 cláusulas, ante 37 do anterior, com recuperação
de itens abolidos nos últimos anos. Entre essas
cláusulas, estão questões como combate ao assédio
moral e sexual, licença-maternidade de seis meses e
manutenção do tíquete-alimentação por até 90 dias
mesmo em caso de licença média pelo INSS, entre
outros.
A pauta de reivindicações foi entregue em 21 de
julho e as assembleias foram concluídas exatamente
dois meses depois. A categoria tem data-base em 1º
de agosto. Foi o segundo ano seguido sem dissídio
coletivo. No ano passado, a negociação foi
intermediada pela Justiça do Trabalho.
Abono, reajuste e vale no acordo com Correios
Na área econômica, a proposta inclui abono de R$ 250 a
partir de janeiro para quem recebe até R$ 7 mil, que
será incorporado em julho, “impactando de forma
proporcional nas demais verbas compensatórias”. Para
quem ganha acima de R$ 7 mil, reajuste de 3,53%.
Além disso, o acordo prevê abono salarial de R$
1.500 também em janeiro, e vale-alimentação extra,
no valor de R$ 1 mil, que será pago cinco dias úteis
após a assinatura do acordo coletivo.
“O novo acordo prevê ainda o aumento dos valores de
repouso remunerado para 200%, adiantamento do
salário nas férias e parcelamento em cinco vezes, e
aumento dos valores de horas extras”, acrescenta a
federação. Para o comando de negociação, o acordo
abre “novo momento” na ECT, com proteção social,
abertura de diálogo e retirada da empresa da lista
de privatizações.
Petrobras ainda sem acordo
No caso da Petrobras, as negociações com a Federação
Única dos Petroleiros foram retomadas ontem (26),
após rejeição da primeira proposta. A FUP informou
que a AMS – programa multidisciplinar de saúde da
campanha – é o tema mais importante da campanha. “Se
não encontrarmos uma solução efetiva para as
questões da AMS, esse ACT (acordo coletivo de
trabalho) não será fechado”, afirmou o
coordenador-geral da federação, Deyvid Bacelar.
Enquanto o acordo não é renovado, os funcionários
receberão na próxima sexta-feira (29) a antecipação
do aumento salarial com base na inflação. A correção
será de 4,61% (IPCA acumulado) e retroativo à
data-base dos petroleiros (1º de setembro).
Fonte: Rede Brasil Atual
28/09/2023 -
Comissão aprova campanha Abril Verde para prevenção
de acidentes de trabalho
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (27) um projeto de lei que institui a
campanha Abril Verde para prevenção de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais. A
proposição (PL 1.063/2022), do senador Paulo Paim
(PT-RS), recebeu relatório favorável do senador
Izalci Lucas (PSDB-DF), lido na reunião pelo senador
Laércio Oliveira (PP-SE). O texto segue para a
Comissão de Educação (CE).
O PL 1.063/2022 cria uma campanha nacional em prol
da segurança do trabalho, a ser celebrada anualmente
em abril. Durante o mês, devem ser promovidas
atividades para conscientização sobre a prevenção
dos acidentes de trabalho e do adoecimento
ocupacional. Alguns órgãos públicos (como o
Ministério Público do Trabalho) e instituições já
dedicam o mês de abril a ações de conscientização, e
o projeto aprovado na CAS institucionaliza essa
prática.
De acordo com o texto, a campanha (cujo símbolo é um
laço esverdeado) tem como objetivo divulgar os
direitos relacionados à segurança e à medicina do
trabalho, assegurados pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT — Decreto-Lei 5.452, de 1943).
Os órgãos públicos podem ainda promover eventos
sobre o tema e divulgar materiais de
conscientização. Segundo o projeto, a campanha deve
ser custeada com recursos orçamentários destinados
ao Ministério do Trabalho e Emprego, à Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho (Fundacentro) e ao Ministério Público do
Trabalho.
Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) adotou o dia 28 de abril como o Dia Mundial da
Segurança e Saúde no Trabalho. Além disso, como
lembra Paim, no dia 7 desse mês, é comemorado o Dia
Mundial da Saúde. “A segurança do trabalho é uma
preocupação antiga, mas que está cada vez mais
presente na atualidade”, afirma na justificativa do
projeto.
Segundo dados do Anuário Estatístico da Previdência
Social, foram registrados 576.951 acidentes de
trabalho em 2017. Dessas ocorrências, 2.098 causaram
mortes. De acordo com o relatório de Izalci Lucas,
lido por Laércio Oliveira, a informalidade dificulta
a prevenção de acidentes e de doenças ligados ao
exercício profissional.
“Há novos personagens no trabalho, trabalhando com
motocicletas ou bicicletas, sem vínculos
empregatícios, que se acidentam ou adoecem em função
da elevada competitividade e do estresse envolvidos
no trânsito”, argumenta o relator.
Fonte: Agência Senado
28/09/2023 -
Empregado que ignora norma de segurança tem culpa
exclusiva por acidente
Se o trabalhador, tendo sido devidamente treinado e
na posse de equipamento de proteção, desobedece as
regras de segurança da empresa, tem culpa exclusiva
pelo acidente sofrido e, dessa maneira, não faz jus
a qualquer tipo de indenização.
Com base nesse entendimento, a 4ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho manteve a improcedência dos
pedidos de compensação por danos morais e materiais
de um motorista que perdeu a visão do olho esquerdo
em consequência de um acidente de trabalho. Isso
porque ele havia retirado os óculos de proteção
fornecidos pela empregadora.
Na ação, o empregado relatou que exercia a tarefa de
motorista de caminhão por estradas particulares em
áreas rurais em que a empresa fazia extração de
madeira. Durante o reparo da esteira de uma máquina
florestal, um colega de trabalho marretou um pino
que lançou uma esfera metálica no seu olho esquerdo,
ocasionando a perda da visão.
O motorista argumentou que sua atividade
profissional em área de corte e extração de grandes
toras de madeira por estradas particulares o
colocava em uma situação de risco. Por essa razão,
argumentou que, independentemente de culpa da
empresa no acidente, ela teria o dever de compensar
o dano sofrido.
Culpa exclusiva
Ao analisar as provas, porém, o Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região (MG) manteve a conclusão do
juízo de primeira instância de que o acidente
ocorreu por culpa exclusiva do motorista. Segundo o
TRT, o próprio empregado havia admitido em
depoimento que estava em posse dos equipamentos de
segurança necessários no dia do acidente, inclusive
os óculos de proteção. Ele também informou que foi
devidamente treinado sobre a necessidade e a forma
de sua utilização.
Dessa maneira, a conclusão foi de que, ao retirar o
equipamento e permanecer sem ele próximo à zona que
sabia ser de risco, o motorista desobedeceu os
procedimentos de segurança da empresa, conforme
treinamento recebido.
Com base nessas premissas, o ministro Alexandre
Ramos, relator do recurso do motorista ao TST,
concordou que a conduta do empregado foi a causa do
acidente de trabalho, sem que tenha sido configurada
ação ou omissão da empregadora capaz de atrair a sua
responsabilidade pelo dano sofrido. A conclusão do
TRT apenas poderia ser modificada com o reexame dos
fatos e das provas, o que é inviável em recurso ao
TST. A decisão foi unânime. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
AIRR 11419-05.2021.5.03.0056
Fonte: Consultor Jurídico
27/09/2023 -
Em Brasília, Mulheres das Centrais pedem pela
ratificação da Convenção 190 e 156 da OIT
O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais (FNMT) nesta segunda-feira (25),
além da agenda no Ministério da Mulher, participou
de uma reunião na sede da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), em Brasília, para construir
estratégias para ratificação da Convenção 190 e 156
da OIT.
Além da validação das Convenções, o grupo debateu
também a massiva conscientização dos trabalhadores e
trabalhadoras, da sociedade em geral e o trabalho na
Câmara com os deputados que compõe as comissões e os
demais da Casa.
Sobre as Convenções
A Convenção Nº 190 da OIT (ou simplesmente C190) é o
primeiro tratado internacional a reconhecer o
direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho
livre de violência e assédio, incluindo violência e
assédio com base em gênero.
C156 trata da Igualdade de Oportunidades e de
Tratamento para Homens e Mulheres Trabalhadores:
Trabalhadores com Encargos de Família.
Fonte: NCST
27/09/2023 -
Nova Central participa de encontro com a ministra
Cida Gonçalves
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou em
seu Instagram, nesta segunda-feira (25), que segue
"empenhada em fazer com que diferentes setores
movimentem-se pelo enfrentamento à misoginia, que é
o ódio contra as mulheres e a raiz de todas as
violências".
Para isso a ministra se reuniu com as representantes
das centrais sindicais para um papo honesto sobre
como enfrentar a misoginia dentro desses espaços de
representação popular.
Representou a Nova Central Sindical de Trabalhadores
– NCST e a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Indústria - CNTI, a Secretária Nacional para
Assuntos da Mulher, Sônia Maria Zerino da Silva.
Com informações do Instagram da ministra Cida
Gongalves: @cidagmulher Fotos: Diogo Zacarias / @diogozacarias_
Fonte: NCST
27/09/2023 -
Comissão do Senado pode votar projeto que proíbe
contribuição de não sindicalizado
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado
Federal pode votar, nesta terça-feira (26), o
PL (Projeto de Lei) 2.099/23, do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), que proíbe “a
exigência de contribuição sindical de membros de
categorias econômicas e profissionais não
sindicalizados.”
O projeto de lei foi incluído na pauta da CAE nesta
segunda-feira (25) e pode ser votado nesta
terça-feira. Caso seja apreciado e aprovado, em
seguida, vai ao exame da CAS (Comissão de Assuntos
Sociais) e, finalmente, pode ser apreciado pelo
plenário.
O relator, senador Rogério Marinho (PL-RN), que
também relatou a Reforma Trabalhista, ofereceu,
naturalmente, parecer favorável ao projeto, com 3
emendas de autoria dele.
Declarado inimigo dos trabalhadores e dos
sindicatos, Marinho está “preocupado” com possíveis
excessos que, talvez, algumas poucas entidades
cometem, se é que isso seja verdade.
Assim, aproveita-se para lançar mão de ação
legislativa para não permitir que os sindicatos
tenham acesso a recursos financeiros para não
sucumbirem diante dos ataques patronais, que
boicotam, sistematicamente, o trabalho sindical.
Ação legislativa contra os sindicatos
Desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) validou a
cobrança da contribuição assistencial vários
parlamentares — deputados e senadores — apresentaram
projetos de lei e PEC (proposta de emenda à
Constituição) para proibir ou dificultar a cobrança
dessa contribuição.
Esses parlamentares têm lançado mão de todos os
ardis para se contraporem a esse custeio,
principalmente a mentira, pois afirmam
despudoramente que se trata de a volta da
“contribuição sindical disfarçada”.
Pelo levantamento do DIAP foram apresentados até o
presente momento 4 projetos de lei na Câmara e 2 no
Senado, além de 1 PEC, cujo propósito é regulamentar
a contribuição assistencial, eufemismo que significa
dificultar ou proibir a cobrança, que no fim tem o
mesmo propósito — enfraquecer ou destruir os
sindicatos:
Câmara dos Deputados
PL 4.310/23 - deputado Kim Kataguiri (União
Brasil-SP), que “Altera o art. 513 do Decreto-Lei nº
5.452, de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho)
para dispor sobre mecanismo eletrônico para o
trabalhador optar por não pagar a contribuição
assistencial destinada a sindicatos.” Tramitação:
anexado ao
PL 11.206/18, em discussão na Comissão de
Trabalho.
PL 4.415/23 - deputado Mendonça Filho (União
Brasil-PE), que “Dispõe sobre o direito de oposição
do trabalhador à contribuição assistencial fixada em
Acordo ou Convenção Coletiva de trabalho.”
Tramitação: anexado ao PL 11.206/18, em discussão na
Comissão de Trabalho.
PL 4.496/23 - deputada Greyce Elias (Avante-MG),
que “Aperfeiçoa a interpretação da contribuição
assistencial para custear atividades sindicais.”
Tramitação: anexado ao PL 11.206/18, em discussão na
Comissão de Trabalho.
PL 4.571/23 - deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que
“Disciplina o direito de oposição ao pagamento de
contribuição assistencial prevista em acordo ou
convenção coletiva de trabalho.” Tramitação: aguarda
despacho da Presidência da Câmara.
Senado Federal
PL 4.300/23 - senador Alessandro Vieira (PSDB-SE),
que “Altera o Decreto-Lei nº 5.452/1953
(Consolidação das Leis do Trabalho) para fixar a
exigência prévia de autorização dos membros de
categorias econômicas ou profissionais ou das
profissões liberais representadas para fins de
cobrança da contribuição assistencial de que cuida o
art. 513, 'e', do mesmo diploma.” Tramitaçã: aguarda
dessignação de relator na CAE.
PEC 46/23 - senador Cleitinho (Republicanos-MG)
e outros, que “Altera o inciso IV do art. 8º da
Constituição Federal, para vedar, salvo prévia
aquiescência individual dos membros das categorias
profissionais e econômicas, a cobrança de
contribuições de trabalhadores ou empregadores não
filiados ao respectivo sindicato.” Tramitação:
aguarda designação de relator na CCJ.
Fonte: Diap
27/09/2023 -
Prévia da inflação oficial de setembro fica em
0,35%, aponta IBGE
IPCA-15 foi influenciado pela alta da gasolina
A prévia da inflação oficial ficou em 0,35% em
setembro, 0,07 ponto percentual acima da taxa de
agosto, de 0,28%. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgado nesta
terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), soma 3,74% ao longo
deste ano e 5% nos últimos 12 meses. Em agosto, o
acumulado de 12 meses ficou em 4,24%.
Tiveram alta em setembro seis dos nove grupos de
produtos e serviços pesquisados. O aumento de 5,18%
no preço da gasolina fez o item transporte ter o
maior impacto no IPCA-15, representando 0,41 ponto
percentual do resultado. O grupo habitação
apresentou alta de 0,30%, uma desaceleração em
relação ao mês anterior, de 1,08%.
Em saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,17%, o
destaque foi a alta no item plano de saúde de 0,71%,
devido aos reajustes autorizados pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos
contratados antes da Lei nº 9.656/98, que dispõe
sobre os planos e seguros privados de assistência à
saúde, com vigência retroativa a partir de julho.
“Desse modo, no IPCA-15 de setembro foram
apropriadas as frações mensais dos planos antigos
relativas aos meses de julho, agosto e setembro”,
explica o IBGE.
Alimentação em casa
A alimentação em casa ficou mais barata 1,25% pelo
terceiro mês seguido, segundo a pesquisa do IBGE. O
grupo alimentação e bebida teve uma retração de
0,77%. Entre os produtos que ajudaram a puxar os
preços para baixo estão a batata-inglesa (-10,51%),
cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite
longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%) e frango em
pedaços (-1,99%).
O IBGE divulgou também o IPCA-E, equivalente ao
IPCA-15 acumulado no trimestre julho, agosto e
setembro, que ficou em 0,56%.
Fonte: Agência Brasil
27/09/2023 -
Lula promete ofensiva contra precarização do
trabalho
Na retomado do programa Conversa Com o
Presidente, Lula e Marcos Uchoa receberam os
ministros da Educação e na Saúde, Camilo Santana e
Nísia Trindade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou
nesta terça (26) as intenções do governo federal em
combater a precarização do trabalho no Brasil. Lula
fez menção especial aos trabalhadores de aplicativo
de entrega e motoristas.
A declaração foi dada na retomado do programa
Conversa Com o Presidente, da EBC, apresentado pelo
jornalista Marco Uchoa. A edição desta terça contou
com a participação da ministra da Saúde, Nísia
Trindade, e o ministro da Educação, Camilo Santana.
“Não é humano carregar comida nas costas e estar com
o estômago vazio”, disse Lula.
Em meio a participação na Assembleia Geral da ONU,
na semana passada, Lula teve um encontro bilateral
com o presidente norte-americano, Joe Biden, quando
lançaram a “Parceria pelos Direitos dos
Trabalhadores e Trabalhadoras”.
“Tive um encontro extremamente importante com o
presidente Joe Biden para falar das condições de
trabalho no mundo. O governo brasileiro e o governo
americano estão conectados para garantir que os
trabalhadores de plataforma, os empreendedores
individuais, tenham garantia e seguridade. Vamos
construir uma proposta para tratar essas pessoas com
carinho e dignidade”, disse o presidente Lula.
Lula pressiona o ministro do Trabalho, Luiz Marinho
(PT), para a realização de uma proposta para
regulamentar essa forma de trabalho.
Em maio deste ano, o governo criou um grupo de
trabalho (GT) interministerial para se debruçar
sobre a questão dos trabalhadores de aplicativo. O
GT quer estudar soluções para a “prestação de
serviços, transporte de bens, transporte de pessoas
e outras atividades executadas por intermédio de
plataformas tecnológicas”.
(Mais informações: Portal Vermelho)
Fonte: Portal Vermelho
26/09/2023 -
Chega de assustar o trabalhador com “valores” da
contribuição assistencial!
Sindicatos, Federações e trabalhadores em geral
estão tendo muita dificuldade para entender melhor a
contribuição assistencial aos sindicatos, recém
definida pelo Supremo Tribunal Federal – STF. Muita
confusão há na divulgação do que foi aprovado e
“fake news” são espalhadas pelas redes sociais,
inclusive por alguns segmentos do jornalismo
brasileiro, confundindo ainda mais a situação.
Para tentar estabelecer um caminho certo a se
seguir, a CONTRATUH resolveu, que nesta terça-feira,
dia 26, fará um encontro de todos os seus filiados,
através de um evento virtual, dando oportunidade
para que cada um fale e dê sua opinião e exponha
pensamentos e visões, para posteriormente o advogado
da Nova Central, Cristiano Meira, que foi o
responsável pelos recursos da Confederação Nacional
dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), entidade que
entrou com o embargo para que a contribuição fosse
destinada a sócios e não sócios da categoria, dê
rumos unificados da luta sindical. Cristiano tem
alertado a todos que a contribuição assistencial é
muito diferente do imposto sindical obrigatório, que
já não existe mais desde a Reforma Trabalhista
decretada por Temer e consolidada por Bolsonaro.
Tribuna Livre
O encontro desta terça-feira, às 14h, foi denominado
pelo presidente da Contratuh e diretor de finanças
da NCST, Wilson Pereira, de “Tribuna Livre”.
“Será uma oportunidade para que todos tenham voz e
vez e que possamos extrair de todas as manifestações
um direcionamento para nossas ações em busca do
melhor pelo Movimento Sindical, sem medo de estar
indo contra aos interesses soberanos dos
trabalhadores, pelos quais sempre lutamos”, frisou
Wilson.
A grande preocupação e o “cavalo de batalha” dos
oposicionistas tem sido o percentual ou valores a
serem estabelecidos pela nova contribuição
assistencial. Sem qualquer base ou fundamento,
vários setores, inclusive da Imprensa, estão dando
como certos números astronômicos e que vem
inquietando a classe trabalhadora.
“Temos que dar um basta nestas especulações e
clarear muito bem nossos sindicatos, federações e
confederados para agirmos dentro do que for fixado e
longe dessas ameaças irresponsáveis”, alertou o
advogado Cristiano ao participar de uma reunião na
última sexta-feira com os dirigentes da Contratuh.
Em debate o Sistema Sindical, a negociação coletiva
e a manutenção financeira dos sindicatos. É uma
pauta ampla e que interessa a todos os filiados.
A videoconferência será transmitida pela plataforma
Google Meet, em forma de “Tribuna Livre CONTRATUH”,
onde todos darão sugestões e exporão suas opiniões
sobre os rumos do sindicalismo.
Nas discussões cada inscrito poderá escolher o tema
que deseja debater. A palavra será livre e usada
democraticamente. O objetivo é que se extraiam de
cada ideia exposta as soluções mais viáveis e
desejadas para o movimento sindical.
“Queremos todos participando e trazendo suas
opiniões”, alertou o presidente Wilson Pereira.
“Precisamos que a nossa Tribuna Livre seja a mais
democrática possível, com cada um se manifestando e
buscando os esclarecimentos necessários”. Será um
encontro para elucidar e dirimir todas as dúvidas
dos filiados da Contratuh.
Fonte: Imprensa CONTRATUH
26/09/2023 -
Centrais Sindicais, Dieese e Movimentos Sociais
promovem debate sobre Tarifa Zero no transporte
público de Curitiba
Na última sexta-feira, 22 de setembro, no auditório
da FETRACONSPAR, representantes de centrais
sindicais e especialistas em mobilidade se reuniram
para discutir a implementação da Tarifa Zero no
Transporte Público de Curitiba. O evento, que contou
com o apoio de diversas entidades, debateu formas de
garantir políticas públicas que proporcionem
transporte de qualidade e gratuito para a classe
trabalhadora.
Na última segunda-feira, um grupo composto por
representantes das centrais sindicais e do Dieese
visitou a Câmara de Vereadores de Curitiba, onde se
encontraram com membros da comissão responsável por
debater o tema no legislativo municipal. Durante a
reunião, foram exploradas diversas possibilidades
para a implementação da Tarifa Zero em Curitiba,
incluindo exemplos de outras cidades brasileiras que
já adotaram medidas semelhantes.
Uma das iniciativas que estão sendo discutidas é a
PEC 25/23, em tramitação no Congresso Nacional, que
visa estabelecer um Sistema Único de Transporte em
todo o Brasil. O objetivo é tornar o transporte
público um direito social efetivo, uma vez que, em
teoria, outra emenda à Constituição, aprovada em
2015, já reconheceu esse direito. Especialistas
apontam que, atualmente, o subsídio público
fornecido às empresas de transporte público em
várias regiões do Brasil não resulta na redução das
tarifas para a população nem na melhoria da
qualidade dos serviços prestados.
Além do debate sobre a Tarifa Zero, outros aspectos
relacionados ao transporte público em Curitiba
também estão sendo analisados.
O contrato atual entre a prefeitura e as empresas de
transporte público da cidade vence em 2025, e há
preocupações de longa data sobre a transparência, o
controle social e os mecanismos que determinam as
tarifas. Em 2013, uma comissão fez várias sugestões
nesse sentido, e o relatório do Tribunal de Contas
do Estado também abordou a questão. No entanto,
poucos avanços práticos foram observados até o
momento.
O evento de hoje proporcionou um espaço para a
discussão desses temas cruciais e para a busca de
soluções que possam beneficiar os cidadãos de
Curitiba, garantindo um transporte público acessível
e de qualidade.
O debate sobre a Tarifa Zero no Transporte Público
de Curitiba é um passo importante na busca por um
sistema de transporte mais eficiente e inclusivo na
cidade. A participação de centrais sindicais,
especialistas e representantes da sociedade civil
demonstra o compromisso com a melhoria das condições
de mobilidade urbana e o acesso equitativo aos
serviços de transporte público.
Fonte: Imprensa NCST/ Paraná
26/09/2023 -
Especialistas defendem aprovação do Estatuto do
Trabalho
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) realizou audiência pública nesta
segunda-feira (25) sobre a criação do Estatuto do
Trabalho, conforme a sugestão legislativa (SUG)
12/2018, encaminhada ao Senado por quatro
associações vinculadas à Justiça do Trabalho. Os
convidados criticaram as alterações nas leis
trabalhistas ocorridas nos últimos anos, como a
autorização para a terceirização da atividade-fim e
o esvaziamento de competências da Justiça do
Trabalho.
A audiência pública atendeu a requerimento (REQ
8/2023) do senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu
a reunião. Segundo Paim, a sugestão popular foi uma
reação à aprovação da reforma trabalhista em 2017
(Lei 13.467, de 2017) e seus retrocessos quanto aos
direitos laborais.
— Isto que nós queremos: trabalho decente para
todos. Não dá mais para sermos notícia internacional
como país que ainda tem trabalho escravo, por
exemplo — declarou o senador.
Terceirizações
O presidente da Associação Latino-americana de Juízes
do Trabalho (ALJT), Hugo Cavalcanti Melo Filho,
explicou que o trabalho análogo à escravidão se
desenvolve com a “possibilidade de terceirizações
sem limites”. Segundo Melo Filho, essa é uma das
três questões “mais angustiantes para a classe
trabalhadora”, juntamente com o fim da contribuição
sindical e a falta de vínculo profissional entre
trabalhadores de aplicativos e as respectivas
empresas de tecnologia.
— Talvez [a terceirização da atividade-fim seja] o
problema mais grave gerado pela reforma trabalhista.
No extremo, chegamos no trabalho escravo. Temos
constatado que os últimos resgates [de
trabalhadores] mostraram que as empresas
terceirizadas que arregimentam trabalhadores, que
depois são submetidos a condições análogas à
escravidão. A outra questão, a incapacidade dos
sindicatos de mobilização da classe trabalhista e a
redução da militância, isso muito como efeito da
eliminação das fontes de custeio dos sindicatos.
Como terceira questão, o [problema] dos
trabalhadores de plataformas [aplicativos de
celular]. Parece que caminhamos por uma via que
reconhece direitos mínimos a esses trabalhadores,
mas sem qualquer possibilidade de equiparar a
trabalhador em geral — afirmou o magistrado.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
26/09/2023 -
Luís Roberto Barroso assume presidência do STF na
próxima quinta-feira (28)
Ministro vai comandar o Supremo pelos próximos
dois anos; Edson Fachin será vice-presidente da
Corte
O ministro Luís Roberto Barroso toma posse como
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) na
próxima quinta-feira (28) para cumprir um mandato de
dois anos.
Barroso foi eleito em agosto deste ano em uma
votação simbólica, bem como o ministro Edson Fachin
que assume a vice-presidência da Corte. No STF, a
sucessão ocorre seguindo o critério de antiguidade.
Barroso possui 65 anos de idade e passa a ser
presidente com a aposentadoria compulsória de Rosa
Weber. Natural de Vassouras (RJ), é doutor em
direito público pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (Uerj) e professor de direito
constitucional da mesma instituição. Entre os
juristas, seu posicionamento é considerado
progressista e liberal.
O ministro fez carreira na advocacia e também já foi
procurador do estado do Rio de Janeiro de 1985 até
2013. Como advogado, Barroso atuou em casos
emblemáticos do STF, como a liberação de pesquisas
com células-tronco embrionárias, a defesa do
reconhecimento das uniões homoafetivas e o direito
de interrupção da gravidez em caso de feto
anencéfalo.
Tornou-se ministro por indicação da ex-presidenta
Dilma Rousseff em 2013 e nos últimos dez anos
relatou processos de grande repercussão. Entre eles,
a análise de recursos do mensalão, a que suspendeu
despejos e desocupações em áreas urbanas e rurais em
razão da pandemia de covid-19 e, mais recentemente,
sobre o piso da enfermagem.
Fonte: Brasil de Fato
26/09/2023 -
Marco temporal, reforma tributária e adicional de
periculosidade a motoristas estão na agenda das
comissões
A agenda das comissões do Senado desta semana inclui
a votação na Comissão de Constituição, Justiça e
cidadania (CCJ) do marco temporal para
reconhecimento de terras indígenas (PL 2.903/2023).
Também estão na pauta das comissões a não incidência
de adicional de periculosidade por combustível
contido no tanque do veículo (PL1949/2021), a
concessão de pensão a órfãos em razão do crime de
feminicídio (PL 976/2022); a instituição da educação
integral (PLS 756/2015); e benefícios para quem
adotar crianças com mais de três anos (PL
3.040/2023). Também estão previstos cinco debates
sobre a reforma tributária.
Fonte: Agência Senado
26/09/2023 -
CDH aprova penas maiores para crimes contra a mulher
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na última
quarta-feira (20) um projeto que altera cinco leis
em vigor para tornar mais rigorosa a punição à
violência contra a mulher (PL 4.266/2023). De
autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), o
chamado pacote antifeminicídio propõe medidas para
punir com mais rigor os crimes de lesão corporal e
de descumprimento de medidas protetivas, entre
outros. O objetivo da proposta, diz a autora, é
coibir a escalada de violência que em geral antecede
o feminicídio. O texto também prevê o aumento da
pena mínima para o crime de feminicídio de 12 para
20 anos de prisão, e a máxima, de 30 para 40 anos. A
relatora, senadora Damares Alves (Republicanos-DF),
avaliou as medidas como relevantes para coibir a
violência contra as mulheres no país. Proposta segue
para a Comissão de Constituição e Justiça.
Fonte: Agência Senado
26/09/2023 -
Obtenção de novo emprego não isenta instituto de
pagar aviso-prévio a analista
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou o um instituto voltado ao setor de saúde,
com sede em Jaraguá (GO), a pagar aviso-prévio
indenizado a uma analista administrativa.
O valor não tinha sido pago pela empresa porque a
analista havia obtido novo emprego. Mas, segundo o
colegiado, para a exclusão da parcela, seria preciso
ainda que ela tivesse pedido a dispensa do aviso.
Na ação trabalhista, a analista pedia a rescisão
indireta do contrato de trabalho por descumprimento
das obrigações trabalhistas pelo IBGH. Nessa
circunstância, equivalente à "justa causa do
empregador", são devidas todas as parcelas
rescisórias correspondentes à dispensa imotivada,
entre elas o aviso-prévio.
A sentença foi favorável à analista, mas o instituto
obteve, em recurso ao Tribunal Regional do Trabalho
da 18ª Região (GO), a exclusão do aviso-prévio, com
o argumento de que a empregada fora admitida por
outro empregador imediatamente após a rescisão.
Segundo o TRT, a finalidade do aviso-prévio é
propiciar a oportunidade de obtenção de um novo
emprego. Neste contexto, a finalidade do instituto
deixou de existir.
Requerimento
O relator do recurso de revista da analista, ministro
Alexandre Ramos, observou que, conforme a Súmula
276, o direito ao aviso-prévio é irrenunciável pelo
empregado, e o pedido de dispensa de cumprimento não
exime o empregador de pagar o respectivo valor.
Logo, o empregador somente será dispensado do
pagamento quando for comprovado que o trabalhador,
além de ter obtido novo emprego, requereu a dispensa
do cumprimento. No caso, não ficou demonstrado que
tenha ela requerido dispensa. A decisão foi unânime.
Com informações da assessoria de comunicação do
Tribunal Superior do Trabalho.
Processo 10334-31.2021.5.18.0261
Fonte: Consultor Jurídico
25/09/2023 -
Inimigos da classe trabalhadora inicia campanha
contra seus legítimos representantes
Por Nailton Porreta*
Só foram os ministros do STF – Supremo Tribunal
Federal, ter aprovado a instituição de Contribuição
Assistencial para sindicato, por meio da celebração
da convenção e/ou acordo coletivo, desde que
assegurado aos trabalhadores e trabalhadoras o
direito de oposição, que parlamentares, advogados
patronais e setores da mídia tradicional se
movimentam para desqualificar o papel do MSB –
Movimento Sindical Brasileiro, principalmente, dos
que representam a classe trabalhadora.
De uma hora para outra divulgaram uma pesquisa do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), que aponta queda do número de
associados a sindicatos no Brasil em 2022. Ou seja,
o contingente de ocupados que eram sindicalizados
recuou para 9,1 milhões no ano passado. Sendo que é
a primeira vez que o número fica abaixo de 10
milhões na série histórica da Pnad Contínua
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua), iniciada em 2012.
Segundo a pesquisa esse contingente de
sindicalizados representavam apenas 9,2% do total de
99,6 milhões de ocupados com algum tipo de trabalho
no país, e para Adriana Beringuy, coordenadora de
pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, o
quadro pode ser associado a uma combinação de
fatores, como o impacto da reforma trabalhista, que
entrou em vigor em novembro de 2017 que acabou com a
cobrança da contribuição obrigatória para os
sindicatos, chamada de imposto sindical.
Os que se posicionam contrários à democracia e o
direito do trabalhador e trabalhadora decidir sobre
a contribuição assistencial que será destinada
exclusivamente a remunerar atividades voltadas a
assistência ao empregado e custeio, por exemplo, de
negociações coletivas, que não possui natureza
tributária, inclusive, com fundamento legal previsto
no Artigo 513, alínea e, da CLT – Consolidação das
Leis do Trabalho.
Pela decisão do STF todos devem participar
democraticamente do debate sobre a fonte de custeio
de sua entidade em assembleia soberana. Dessa forma,
a entidade que eventualmente por omissão não
negocia, certamente não terá essa receita para se
manter, mas aquela atuante poderá cobrar de
associados ou não, e continuará com a missão de
representar, organizar, mobilizar, defender os
direitos e interesses imediatos e históricos dos
seus representados, como fazem atualmente.
A continuidade dessas garantias, de acordo com José
Reginaldo, diretor executivo da CNTI (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria) e diretor
Nacional de Formação Sindical e Qualificação
Profissional da NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores), dependerá de credibilidade e
legitimidade dos dirigentes, que precisam incorporar
ou reforçar novos posturas e condutas, tais como:
1) a ampliação dos espaços de diálogo e participação
dos trabalhadores nas entidades sindicais;
2) a realização frequente de campanhas de filiação;
3) a promoção de programas de formação e qualificação
da base, em geral, e do militante, em particular;
4) campanhas e ações para aguçar o sentido de
solidariedade, consciência política e cidadã da
base;
5) o respeito à capacidade contributiva dos
trabalhadores no momento de instituir taxas além da
associativa, com limites em relação à remuneração;
6) fixação de remuneração de dirigentes, quando paga
pela entidade sindical, compatível com a realidade
de mercado e das finanças da organização sindical;
7) perfil das entidades de base como parte da
estratégia de atuação de processos de afastamento,
com direito de defesa, de dirigentes que
negligenciem a representação e defesa dos direitos e
interesses dos trabalhadores;
8) transparência na prestação de contas regulares;
9) processo eleitoral democrático, com eleições
periódicas e livres;
10) razoabilidade na duração de mandato, proibida a
prorrogação indefinida de mandato;
e 11) razoabilidade na definição do número de
dirigentes e representantes sindicais, que deve ser
proporcional ao tamanho da categoria, entre outras
medidas que aproximem os representantes dos
representados.
Para Reginaldo esse conjunto de novas e boas
práticas certamente contribuirá para aumentar a
legitimidade e, sobretudo, a representatividade
sindical. E a representatividade se mede, entre
outros fatores:
1) pela taxa de sindicalização;
2) pelo número de convenções e acordos assinados
proporcionalmente ao número de empresas na base;
3) pela capacidade de mobilização;
4) pela ocorrência de greves; e
5) pela postura da imprensa da entidade frente ao
governo e patrões.
Em sua opinião, algumas dessas medidas sugeridas em
relação às posturas e práticas sindicais, podem ter
outro conteúdo e não devem se limitar às
mencionadas, por vezes até implicam em mudança
estatutária, porém a maioria depende mais de mudança
cultural, de postura e de comportamento das
lideranças e dirigentes sindicais, do que de mudança
legal ou institucional.
Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta),
diretor Nacional de Relações Sindicais da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores) e vice-presidente
da FTTRESP (Federação dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviário do Estado de São Paulo)*
Fonte: NCST
25/09/2023 -
Financiamento sindical e cólera ultraliberal
A contrarreforma trabalhista, cristalizada na
esteira do processo golpista que havia derrubado a
presidente Rousseff, instaurou, significativamente,
a diretriz reacionária de que a estrutura sindical
dos proletários – a classe já considerada
hipossuficiente pelo Direito Laboral vigente –
passaria então a ter uma relação ainda mais
assimétrica vis-à-vis os seus meios de
financiamento. Eis a intenção inconfessa e o efeito
prático da Lei no 13.467/2017, que dispõe sobre a
contribuição via folha de pagamento, mas impõe às
pessoas que a fazem, “prévia e expressamente”, os
totais pesos e ônus da iniciativa. O propósito foi
uma obviedade: criar óbices adicionais às entidades
representativas de massas.
Logo, além de proibir arrecadações pelo modo antes
previsto legalmente, a norma coloca os trabalhadores
sob a pressão patronal direta, na medida em que
promove um método prático de ameaça e controle
antissindical. Tal expediente já ocorreu na luta
recém-travada pelo professorado vinculado às
indústrias privadas educacionais de Minas Gerais.
Depois de uma semana de paralisação com importante
vitória parcial, encerrada em assembleia de mil
grevistas, o Sinprominas fez o alerta: “os
professores devem ficar atentos, porque algumas
escolas podem querer incentivar a oposição” – isto
é, prerrogativa individual de negar-se ao ato
solidário –, “visando a enfraquecer as lutas da
categoria”.
Eis o sentido claro, expresso na gritaria geral dos
ideólogos, políticos e mídia ultraliberais em face
da peça decisória do STF que admitiu, em 12/9/2023,
“a cobrança da contribuição assistencial prevista no
art. 513 da Consolidação das Leis do Trabalho,
inclusive aos não filiados ao sistema sindical”,
mesmo que tenha garantido explicitamente “o direito
de oposição”. A histeria externada pelo deputado
federal Kataguiri, notório porta-voz do capital
monopolista-financeiro, rotulou a taxa de caráter
assistencial como “coisa de milícia”. Ou é um
ignorante que nem sabe distinguir milícia de
sindicato, ou quer destruir a concorrência de sua
própria milícia especializada em defender os lucros
dos magnatas.
O parlamentar, que posa de leão contra os
sindicatos, nem mesmo é um gatinho perante o STF.
Será que julga os ministros, igualmente, milicianos?
Mais importante que repelir devaneios é realçar o
sentido que articula o contencioso e transpõe as
lutas entre classes à sociedade política, seja no
âmbito jurídico, seja nas esferas governamental e
parlamentar. Rolará mais água embaixo da ponte.
Resta esperar o Acórdão, que poderá esclarecer o
conteúdo real de “oposição”. Caso represente a
divergência em assembleia, tudo bem. Mas se abrir a
brecha individualista para capitular sob a coação
patronal e mesmo assim usufruir do benefício
atingido pela categoria, não será uma última
palavra.
Fonte: Vereda Popular
25/09/2023 -
Comissão debate riscos psicossociais no ambiente de
trabalho
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promove audiência pública na quarta-feira (27) sobre
o Projeto de Lei 3588/20, que estabelece norma para
prevenir riscos psicossociais no ambiente de
trabalho. A reunião ocorre às 10h30, no plenário 12.
O pedido para a realização do debate foi apresentado
pelo relator da proposta na comissão, deputado
Carlos Veras (PT-PE). Ele quer colher contribuições
para elaboração de seu parecer. "Os riscos
psicossociais no ambiente de trabalho podem ter uma
série de consequências significativas, a exemplo do
impacto na saúde mental, prejuízo nas relações
interpessoais, baixo desempenho e produtividade,
custos para a sociedade, entre outras questões",
enumerou Veras.
Fonte: Agência Câmara
25/09/2023 -
Maioria do TSE mantém decisão que declarou Bolsonaro
inelegível
Em julgamento virtual, ministros negaram recurso
do ex-presidente
A maioria dos ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) negou hoje (22) recurso para
derrubar a decisão que tornou o ex-presidente Jair
Bolsonaro inelegível por oito anos. O julgamento do
caso foi iniciado na madrugada desta sexta-feira no
plenário virtual do tribunal.
Em junho deste ano, Bolsonaro foi condenado pelo TSE
por abuso de poder político e uso indevido dos meios
de comunicação pela reunião realizada com
embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da
Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de
votação. A legalidade do encontro foi questionada
pelo PDT.
Até o momento, quatro dos sete integrantes do TSE
rejeitaram o recurso da defesa. Além do relator,
Benedito Gonçalves, votaram no mesmo sentido
Alexandre de Moraes, André Ramos Tavares e Cármen
Lúcia. Faltam os votos de Raul Araújo, Floriano de
Azevedo Marques e Nunes Marques.
No recurso apresentado ao TSE, os advogados de
Bolsonaro alegaram que houve cerceamento de defesa
no julgamento pela falta de análise de todos os
argumentos apresentados pela defesa e para
apresentação de testemunhas.
O caso é analisado no julgamento virtual, no qual os
ministros inserem os votos no sistema eletrônico e
não há deliberação presencial. A análise do recurso
está prevista para terminar no dia 28 deste mês.
Fonte: Agência Brasil
25/09/2023 -
Comissão de Trabalho debate crime de demissão por
motivo ideológico
A Comissão de Trabalho da Câmara promove debate na
quinta-feira (28) sobre o Projeto de Lei 494/19, que
busca tipificar o crime de demissão por motivo
ideológico e atribuir à justiça trabalhista a
competência para processar e julgar os crimes contra
o empregador. A reunião ocorre às 14h30, no plenário
12.
O pedido para o debate é do deputado Prof. Paulo
Fernando (Republicanos-DF). "A discussão permitirá
avaliar os impactos, a viabilidade e a necessidade
dessa alteração ao Código Penal, assegurando o
equilíbrio entre os direitos dos empregados e a
liberdade de gestão das empresas, com ênfase na
promoção do respeito às garantias fundamentais dos
trabalhadores".
A relatora da proposta na comissão, deputada Erika
Kokay (PT-DF), apresentou parecer pela aprovação.
Fonte: Agência Câmara
25/09/2023 -
Continuação com números novos – João Guilherme
Vargas Netto
Queria continuar escrevendo sobre a normalização e a
luta permanente destacando um acontecimento na ação
sindical esclarecedor da dialética entre o normal e
o excepcional: a greve.
Qualquer greve é um fato extraordinário, marcador
das etapas da vida sindical. Mas o recurso à greve é
uma opção normal, na maioria dos casos preparada
diligentemente pela direção e pelos ativistas e no
Brasil garantido pela Constituição e, às vezes,
arbitrado pela Justiça do Trabalho.
Há muitos tipos de greve conforme sua abrangência,
motivação, duração, institucionalidade e a adesão a
ela dos trabalhadores. Mas, em definitivo, há
somente dois tipos de greve: a vitoriosa e a
derrotada.
E sobre seu caráter extraordinário nada melhor que
lembrar o dito espirituoso de Walter Barelli, “greve
não dá duas safras”.
Mas é preciso que eu escreva agora sobre os números
relevantes para o sindicalismo anunciados pelo
DIEESE e pelo IBGE.
Conforme o DIEESE nas negociações de acordos e
convenções coletivas em julho deste ano apenas 0,3%
sofreram perdas, confirmando baixíssimas
porcentagens também nos dois meses anteriores. Mas
em agosto essa porcentagem subiu para 16,4%. Ainda
que se deva estudar a sazonalidade dos eventos e a
lista das categorias envolvidas, avanço a opinião de
que a conjuntura favorável levou paradoxalmente ao
relaxamento nas campanhas e negociações. É um alerta
para necessidade de mais empenho em setembro
corrente e nos próximos meses com grandes categorias
em campanhas salariais.
Para o IBGE a taxa de sindicalização que era de
16,1% em 2012 despencou para 9,2% em 2022, os
sindicatos sofrendo perdas de 5,3 milhões de
associados em 10 anos.
As causas deste decréscimo constante são o
bombardeio da ideologia neoliberal do “eu sozinho”,
a deforma trabalhista de Temer, as agressões
bolsonaristas e as mudanças na estrutura produtiva e
nas relações de trabalho. Exige hoje do movimento
sindical uma resposta estratégica, com campanhas de
sindicalização efetivas relacionadas às vitórias
pontuais no dia a dia sindical.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
22/09/2023 -
Senadores apresentam proposta contrária à
contribuição assistencial
A proposta foi apresentada, nesta terça-feira
(19), e determina que para fazer o desconto da
chamada contribuição assistencial é preciso que o
trabalhador concorde prévia e individualmente com
tal desconto.
Por obvio, tal iniciativa é para inviabilizar que
recursos financeiros sejam repassados aos
sindicatos.
Trata-se, pois, da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 46/23, cujo primeiro signatário é o
senador bolsonarista Cleitinho (Republicanos-MG).
Pela proposta, fica vedada, “salvo prévia
aquiescência individual dos membros das categorias
profissionais e econômicas, a cobrança de
contribuições de trabalhadores ou empregadores não
filiados ao respectivo sindicato.”
Má-fé ou desinformação
A proposta é claramente antissindical. Mas também pode
ser má-fé ou desinformação. Desse modo, é preciso
atuar, no âmbito do Congresso para esclarecer os
parlamentares que não se trata de contribuição
compulsória, como era a chamada contribuição
sindical.
A proposta é antissindical, porque quer inviabilizar
que os sindicatos obtenham recursos financeiros,
como se algo nessa vida pudesse ser realizado sem
dinheiro.
Tem má-fé, porque já está mais que esclarecido que
não se trata repasse obrigatório, pois a
contribuição será objeto de deliberação de
assembleia, cujo percentual vai ser definido pelos
trabalhadores, com direito de oposição.
Será fruto de processo negocial — convenção ou
acordo coletivo — em que todos os trabalhadores,
indistintamente, sindicalizados ou não, ganham.
Assim, nada mais justo, como ficou esclarecido no
julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), na
semana passada, que todos contribuam.
Câmara dos Deputados
Na Casa, deputados também apresentaram projeto de lei
contrário ao desconto da taxa assistencial. Essas
iniciativas demonstram que é preciso que o movimento
sindical atual no Congresso — na Câmara e no Senado
— a fim de esclarecer que a contribuição
assistencial nada tem a ver com a sindical.
Essa sim, compulsória, cuja obrigatoriedade foi
cancelada pela contrarreforma trabalhista — Lei
13.467/17 — e que deixou os sindicatos à míngua, já
que retirou a compulsoriedade sem nenhuma regra de
transição.
O objetivo dessa alteração foi tentar destruir os
sindicatos. É preciso lutar contra essas propostas
concreta e objetivamente, pois tem o mesmo caráter e
objetivo da extinção da obrigatoriedade da
contribuição sindical — é antissindical e vislumbra
extinguir ou enfraquecer os sindicatos.
Quem é o senador Cleitinho
Cleiton Gontijo de Azevedo, mais conhecido como
Cleitinho, é empresário. Foi eleito senador em 2022.
O mandato dele vai até 2030. Foi vereador em
Divinópolis (MG), em 2016, cidade natal. Depois foi
eleito deputado estadual, em 2019.
A eleição para o Senado se deu no contexto do
reacionarismo que tomou conta de parte do eleitorado
brasileiro, que elegeu o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), em 2018, e daí em diante
desorganizou mais ainda o debate político
brasileiro.
Fonte: Diap
22/09/2023 -
Ministro da Previdência anuncia meta de reduzir a
fila do INSS até dezembro
Carlos Lupi disse que houve recorde de pedidos de
benefícios previdenciários neste ano
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou nesta
quarta-feira (20) a meta de reduzir, até o fim do
ano, a fila de concessão de benefícios. Ele aposta
em “ações estruturantes”, como informatização,
análise documental sem passar pela perícia, por meio
do serviço ATESTMED, cruzamento de dados com outras
instituições federais (Marinha e Ministérios do
Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento e
Assistência Social) e lançamento do Programa
PREVMóvel para atendimento itinerante.
Segundo Lupi, a redução da fila é o principal
desafio da Previdência, sobretudo diante da recente
alta na solicitação de benefícios. “Em agosto, mais
de 1 milhão de brasileiros entraram com algum pedido
dentro “Meu INSS” ou na Previdência Social. Pedido
de todo tipo, como aposentadoria, pensão,
salário-acidente, salário-gestante, entre outros. É
o recorde da nossa história", ressaltou.
Conforme Lupi, além de resolver o problema da fila
"herdado" de governos passados, é preciso analisar
os pedidos atuais. "O nosso esforço é que, até o fim
de dezembro, consigamos enquadrar esses pedidos no
prazo máximo permitido por lei, que é de 45 dias.
Coloco isso como o maior desafio da minha vida”.
Lupi reafirmou o papel estratégico da Previdência,
que hoje atende mais de 38 milhões de brasileiros ao
custo mensal de R$ 50 bilhões. “60% dos municípios
brasileiros são sustentados pelo dinheiro da
Previdência: por nossos aposentados, pensionistas.
Não se pode tratar esse grande programa social
apenas com o número matemático de superavitário ou
deficitário”.
Emendas e projetos
O debate ocorreu na Comissão de Previdência da Câmara,
onde vários deputados – como Márcio Honaiser (PDT-MA),
Rogéria Santos (Republicanos-BA), Leo Prates
(PDT-BA) e Capitão Alberto Neto (PL-AM) – prometeram
apoio orçamentário ao Programa PREVMóvel por meio de
emendas individuais.
A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ressaltou a
contribuição de dois projetos de lei recentemente
relatados por ela: o primeiro, já aprovado pelo
Plenário da Câmara, protege idosos e vulneráveis
contra fraudes nos empréstimos consignados (PL
2131/07), enquanto o segundo, aprovado na Comissão
de Previdência, facilita a “teleperícia” e a análise
remota de documentos (PL 1140/23).
Juros do crédito consignado
O empréstimo consignado foi o tema da audiência de
Carlos Lupi, que teve a convocação transformada em
convite na Comissão de Previdência. A iniciativa foi
do deputado Capitão Alberto Neto, para quem as
recentes mudanças nas taxas de juro do consignado
vêm empurrando idosos e carentes para “créditos
predatórios”. Neto argumenta que o empréstimo
consignado é usado principalmente na compra de
remédios e pagamento de dívidas.
“Nós estamos no menor índice de oferta de
consignados desde 2017. Não é só a taxa Selic, a
gente tem que entender toda a cadeia: o custo
operacional, a captação do recurso e a distribuição,
porque, se não tiver gente para ofertar lá na ponta,
os mais vulneráveis, sem acesso à rede bancária, não
vão ter acesso ao crédito mais barato e vão ser
alvos do crédito mais caro”.
O ministro explicou que as alterações na taxa de
juros foram determinadas pelo Conselho Nacional da
Previdência Social (CNPS), do qual participam
representantes de governo, empregadores,
aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa.
Sob argumentos de aumentar a sustentabilidade
econômica do sistema, passou-se a usar nova taxa de
referência (de 16,10% para 20,12%), que, combinada
com a inflação, determina a atual taxação de 1,91%
do consignado em benefícios previdenciários.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) apontou
“perversidade” do empréstimo consignado, por causa
do desconto compulsório no contracheque do
beneficiário, que fica sem poder de negociação da
dívida.
Fonte: Agência Câmara
22/09/2023 -
Brasil e Estados Unidos lançam parceria por direitos
trabalhistas em Nova York
“Não há democracia sem sindicato forte, porque o
sindicato é quem fala pelo trabalhador para tentar
defender os seus direitos”, disse Lula ao lado do
norte-americano Joe Biden
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos
lançaram nesta quarta-feira (20) em Nova York a
Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, no âmbito
da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Luiz
Inácio Lula da Silva e Joe Biden se reuniram
publicamente e, depois, a portas fechadas, quando
conversaram não só sobre a nova parceria pelos
direitos trabalhistas como a respeito de outros
temas.
“Não há democracia sem sindicato forte, porque o
sindicato é quem fala pelo trabalhador para tentar
defender os seus direitos”, disse Lula ao lado do
norte-americano. A reunião é de significativo
interesse de Biden, que precisa recuperar sua
popularidade junto à classe trabalhadora da qual
sempre teve voto. A eleição para a sucessão na Casa
Branca ocorre em novembro de 2024.
“Não queremos só que uma classe se saia bem,
queremos que os pobres tenham a oportunidade de
subir na vida. Os ricos não pagam impostos
suficientes. Essa visão é impulsionada por uma força
trabalhista forte. Orgulho-me que meu governo tem
sido caracterizado com o mais pró-sindicato na
história dos EUA”, disse Biden no lançamento da
parceria pelos direitos trabalhistas.
Iniciativa global
O texto divulgado pelos dois países afirma que, hoje,
EUA e Brasil lançam a “nossa iniciativa global
conjunta para elevar o papel central e crítico que
os trabalhadores e trabalhadoras desempenham num
mundo sustentável, democrático, equitativo e
pacífico”.
O documento lista cinco desafios “mais urgentes”
enfrentados atualmente pelos trabalhadores:
1) proteger os direitos tal como descritos nas
convenções fundamentais da Organização internacional
do Trabalho (OIT);
2) incentivar do trabalho seguro, saudável e decente;
3) promover abordagens centradas no trabalho para a
transição digital e de energia limpa;
4) aproveitar a tecnologia para o benefício de todos;
5) combater a discriminação no local de trabalho,
especialmente contra mulheres, pessoas LGBTQI+ e
grupos raciais e étnicos marginalizados.
Questão ambiental
Biden afirmou que a parceria tem objetivos claramente
vinculados a questões ambientais, outro tema que
historicamente ele tem como prioridade.
“Trabalharemos juntos para enfrentar a crise do
clima, mobilizando centenas de milhões de dólares
para preservar a Amazônia e os ecossistemas cruciais
da América Latina. Trabalharemos juntos na parceria
da Cooperação Atlântica, promovendo crescimento
inclusivo econômico. É uma honra lançar essa
parceria”, disse o democrata.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/09/2023 -
Em delação, Mauro Cid afirma que Bolsonaro fez
reunião com militares para avaliar golpe
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
do ex-presidente Jair Bolsonaro,, afirmou em delação
premiada à Polícia Federal que Bolsonaro se reuniu,
em 2022, com a cúpula das Forças Armadas e ministros
da ala militar de seu governo para discutir detalhes
de uma minuta que abriria possibilidade para uma
intervenção militar.
A delação de Mauro Cid foi homologada pelo ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes, que também garantiu a liberdade provisória
de Cid, que estava detido desde maio deste ano.
Os detalhes da delação foram divulgados pelo O
Globo, e confirmadas pelo Congresso em Foco. Segundo
a delação à Polícia Federal, logo após o segundo
turno das eleições presidenciais em que saiu
derrotado, o então presidente Jair Bolsonaro recebeu
de um assessor uma minuta de decreto para convocar
novas eleições, que incluía a prisão de adversários.
O assessor que entregou a minuta, segundo Cid, foi
Filipe Martins, assessor para assuntos
internacionais do governo Bolsonaro, réu por gesto
racista.
De acordo com a delação, Mauro Cid afirmou que o
então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier,
manifestou-se favoravelmente ao plano golpista
durante as conversas de bastidores, mas não houve
adesão do Alto Comando do Exército.
O advogado de Mauro Cid, Cézar Bitencourt, afirmou
ao Congresso em Foco que não teve acesso aos
depoimentos, uma vez que estão sob sigilo. “A defesa
constituída de MAURO CESAR BARBOSA CID, em razão das
matérias citadas na imprensa através da UOL e O
GLOBO e demais veículos acerca de “possíveis
reuniões com a cúpula militar para avaliar golpe no
país”, vem a público informar que não tem os
referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa
mesma razão não confirma seu conteúdo”.
Fonte: Congresso em Foco
22/09/2023 -
Paim apoia parceria Brasil e Estados Unidos em
defesa dos direitos trabalhistas
O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou, em
pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (20),
que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe
Biden, dos Estados Unidos, lançaram uma Parceria
pelos Direitos dos Trabalhadores, em
Nova York (EUA). Segundo Paim, é uma iniciativa
histórica em defesa do trabalho digno, direitos
trabalhistas e emprego de qualidade.
—Brasil e Estados Unidos estarão juntos, em
colaboração com parceiros, inclusive sindicais,
empresariais e a própria OIT (Organização
Internacional do Trabalho). Pretendem também
envolver outros países, com o objetivo de estimular
um desenvolvimento inclusivo, sustentável e
amplamente compartilhado com todos os trabalhadores
e os empreendedores — explicou.
O senador disse que a precarização do mundo do
trabalho é um problema crônico e ressaltou a
necessidade de promover um crescimento econômico
global. Os pontos cruciais da Declaração Conjunta
Brasil-EUA, de acordo com ele, se concentram em
aumentar o conhecimento público sobre os direitos
trabalhistas, capacitar os trabalhadores e
fortalecer o papel central dos trabalhadores na
transição para fontes de energia limpa. Além disso,
mencionou a experiência de redução da jornada de
trabalho em alguns países como uma abordagem
positiva.
— Vi com muito bons olhos essa parceria. Promover
esforços para capacitar e proteger os direitos de
todos para avançarmos, inclusive, nas plataformas
digitais, envolver parceiros do setor privado em
abordagens inovadoras para criar empregos com cada
vez mais qualidade, empregos dignos nas principais
cadeias de produção e combater todo tipo de
violência no mundo do trabalho que porventura possa
acontecer, até por condições de trabalho escravo,
que todos combatemos no Brasil — afirmou.
Fonte: Agência Senado
21/09/2023 -
Indústria e sindicatos divergem sobre grau de
redução dos juros
CNI elogia queda, mas CUT e Força Sindical cobram
cortes maiores
O corte de 0,5 ponto percentual nos juros básicos
foi recebido de maneira distinta pelas entidades do
setor produtivo. A indústria considera adequado o
ritmo de redução, mas as centrais sindicais cobram
cortes maiores e consideram que a política monetária
ainda está restritiva.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI),
a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom)
foi adequada. A entidade ressalta que a expectativa
de cortes nas próximas reuniões ajudará a reduzir
pressões negativas sobre a economia.
“A redução da Selic é necessária, não compromete o
processo de combate à inflação e evita mais
restrições à atividade industrial”, afirmou em nota
o presidente da CNI, Robson Andrade.
Ele afirmou ser necessário reverter o quadro
negativo de concessão de crédito às empresas, que
caiu 5% nos sete primeiros meses do ano na
comparação com o mesmo período do ano passado.
Em nota divulgada à imprensa, a Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
avalia que “a contínua redução nos preços correntes
tem contribuído para a diminuição das expectativas
inflacionárias. Em especial, a dinâmica mais benigna
da inflação de serviços tem desempenhado um papel
importante nesse processo. Além disso, a
desaceleração do mercado de trabalho é um elemento
que torna mais evidente o ritmo mais lento da
economia, já projetado para este segundo semestre”.
A entidade defende ainda a aprovação das reformas
tributária e administrativa para melhorar o ambiente
de negócios e estimular o crescimento econômico.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também
considerou positiva a redução da Selic, mas pede
cortes maiores. Para a entidade, os juros básicos em
12,75% ao ano travam a economia. A central destacou
que os movimentos sociais continuam com a campanha #JurosBaixosJá
para que os juros alcancem um nível que gere emprego
e renda.
“Essa mudança de rumo [do Banco Central] é positiva,
mas, como sociedade civil organizada, como
trabalhadores e trabalhadoras, precisamos manter a
pressão. Se puxarmos o histórico, veremos que as
decisões do Copom são sempre baseadas no mercado e
não nos interesses da população e do desenvolvimento
do país. Essa inflexão, portanto, é fruto dessa
clareza que a população vem ganhando sobre a
obrigação dessa entidade nos rumos da economia do
país”, avaliou a presidenta da Contraf-CUT e
vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira.
A Força Sindical lamentou a decisão do BC,
considerando extremamente tímida a queda de apenas
0,5 ponto percentual na taxa básica de juros.
“Entendemos que com esta queda conta-gotas, o Banco
Central perdeu uma ótima oportunidade de fazer uma
drástica redução na taxa de básica de juros, que
poderia funcionar como um estímulo para a criação de
empregos e para o aumento da produção no país.
Infelizmente, a taxa, que agora é de 12,75% ainda
inibe o consumo e trava o crédito”, ressaltou a
entidade.
Fonte: Agência Brasil
21/09/2023 -
A
Contribuição Assistencial em 2023
No dia 11 de setembro, o Supremo Tribunal
Federal – STF fez renascer (ARE 1.018.459), com
segurança jurídica, a possibilidade de cobrança da
contribuição assistencial dos empregados não
associados ao sindicato. Nada mais justo.
Até então, o Precedente Normativo 119 e a Orientação
Jurisprudencial nº 17, ambos do Tribunal Superior do
Trabalho, inviabilizavam essa cobrança de todos os
trabalhadores, apesar do art. 8º, III, da
Constituição Federal obrigar os sindicatos a
celebrarem convenções e acordos coletivos para todos
trabalhadores, indistintamente.
Com o novo entendimento do STF (10 votos favoráveis
e 1 contra), os sindicatos estão autorizados,
juntamente com os trabalhadores representados, a
estipular uma contribuição com fundamento no art.
513, “e”, da Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT.
Nos termos do voto do Ministro Luís Roberto Barroso,
que foi incorporado ao voto do Relator Gilmar
Mendes, “a contribuição assistencial é destinada a
remunerar atividades que o sindicato pratica em
assistência ao empregado e custeia, por exemplo,
negociações coletivas. Ela não possui natureza
tributária e tem fundamento legal na previsão
genérica do art. 513, e, da CLT”. Ressalte-se que
esse voto foi acompanhado pelos demais Ministros, à
exceção de Marco Aurélio Mello, que já havia votado
e se aposentou.
Sendo assim, agora todos os trabalhadores
participarão democraticamente do debate sobre a
fonte de custeio de sua entidade e a assembleia,
soberana, decidirá. Dessa forma, sindicato que por
omissão não negocia, certamente não conseguirá se
manter, mas aquele sindicato atuante poderá cobrar
de associados ou não.
Imaginemos que dois quarteirões de uma cidade
recebam a notícia de que ficarão sem energia por um
mês. De plano, os moradores se unem e combinam o
aluguel de um gerador para que todos possam se
beneficiar da energia proporcionada (evitando-se
perda de alimentos na geladeira, possibilidade de
banhos quentes, utilização de máquina de lavar, TV,
computador etc). Assim, rateiam um valor módico a
ser pago por todos, dividindo o custo para a
manutenção da necessária energia, via gerador. No
entanto, ao final do mês, ao ser recolhido o valor
dos moradores envolvidos, um deles se recusa
imotivadamente a pagar o rateio apesar de ter se
beneficiado das vantagens trazidas pelo gerador.
Ora, não nos parece justo o comportamento
individualista apresentado por um dos moradores
depois de ter se beneficiado da atitude coletiva, e,
para o movimento sindical, está claro que com
relação ao custeio sindical, se o trabalhador não
associado se beneficiou da Norma Coletiva assinada
pelo sindicato, com cláusulas econômicas (reajustes
salariais, por exemplo, que não tem previsão em Lei)
e cláusulas sociais, todos deverão ser atingidos
pela decisão da assembleia no que se refere à
contribuição.
Ocorre que a decisão do STF acabou por inovar
criando um novo procedimento, qual seja, a
possibilidade de oposição individual em assembleia,
vejamos o texto do acórdão: “Trata-se de assegurar
ao empregado o direito de se opor ao pagamento da
contribuição assistencial. Convoca-se a assembleia
com garantia de ampla informação a respeito da
cobrança e, na ocasião, permite-se que o trabalhador
se oponha àquele pagamento”. (o grifo é nosso).
Exatamente esse texto reproduzido acima, trecho do
acórdão do Ministro Barroso, foi incorporado pelo
Relator Gilmar Mendes e acompanhado pela maioria do
Ministros, como já explicitado.
É certo que o debate sobre o momento da oposição
ainda está aberto e alguns podem interpretar de
forma diferente, mas é regra que o fundamento de uma
sentença nunca pode ser desconsiderado.
Portanto, agora é preciso adequação, cautela e
temperança por parte das entidades na implementação
dessa fonte de custeio para que eventuais abusos ou
arroubos não coloquem em risco esses tão aguardados
avanços. É certo que precisamos nos esforçar para
que as entidades sindicais, e não o STF, possam
dirimir as eventuais dúvidas acerca do efetivo
cumprimento dessa festejada decisão.
César Augusto de Mello, Consultor Jurídico da
Força Sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
21/09/2023 -
Economia cresce 2,7% no trimestre encerrado em julho
Pesquisa da FGV comparou PIB com mesmo período do
ano passado
O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país - cresceu 2,7% no
trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de
maio a julho, na comparação com o mesmo período do
ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação
Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira
(20).
Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade
econômica do país recuou 0,3% em relação a junho
deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho
do ano passado.
Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação
do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo
período de 2022 foi puxado pelo consumo das
famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que
cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das
importações também contribuiu para o desempenho
positivo do PIB nacional.
Por outro lado, a formação bruta de capital fixo -
isto é, os investimentos - recuou 3,2%,
principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de
máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB
acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano
é de R$ 6,11 trilhões.
Fonte: Agência Brasil
21/09/2023 -
País perde R$ 99 bilhões em impostos para beneficiar
apenas 26 empresas
Dados da “caixa-preta das renúncias fiscais”
foram revelados pela Receita Federal a pedido do
ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O Brasil deixou de arrecadar R$ 215 bilhões num
único ano em função de isenções fiscais para 24 mil
organizações (pessoas jurídicas). Desse total, R$ 99
bilhões correspondem a incentivos para apenas 26
empresas. Cada uma delas ganhou ao menos R$ 1 bilhão
em benefícios do governo Jair Bolsonaro (PL) em
2021.
Os dados da “caixa-preta das renúncias fiscais”
foram revelados pela Receita Federal a pedido do
ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Alguns
benefícios fiscais têm um sentido mais razoável,
como aqueles relacionados à Zona Franca de Manaus e
à atuação em regiões como a Amazônia e o Nordeste –
o que reduz as desigualdades regionais no País. A
Samsung e a LG, por exemplo, tiveram incentivos por
instalarem suas fábricas em Manaus.
Mas boa parte dessas empresas ficou isenta de pagar
tributos federais, como IPI, PIS e Cofins, sem
apresentar contrapartidas claras. Esses três
impostos devem ser extintos com a reforma
tributária, inviabilizando algumas modalidades de
isenção.
Entre as 26 empresas, há duas criadas como estatais
no governo Getúlio Vargas à frente do ranking. A
Petrobras, hoje uma empresa mista, de capital
aberto, que tem a União como acionista majoritário,
teve R$ 29 bilhões em renúncia fiscais. A companhia
foi seguida pela Vale S.A., a multinacional da
mineração, que acumulou R$ 19 bilhões em incentivos.
O setor automotivo mostra força na lista, com sete
das 26 empresas – Fiat, General Motors, Volkswagen,
Mercedes-Benz, Scania, Renault e Volvo. Nesse caso,
como não existem montadoras nacionais, o governo
liberou bilhões em incentivos multinacionais
estrangeiras.
Foi no começo de 2021, por sinal, que uma das
gigantes do setor, a Ford, anunciou o fechamento de
suas três fábricas no País – em Camaçari (BA),
Horizonte (CE) e Taubaté (SP). Segundo a Receita
Federal, a empresa norte-americana recebeu mais de
R$ 20 bilhões em incentivos fiscais de 1999 a 2020.
Só para o governo da Bahia, a Ford pagou R$ 2,5
bilhões em devoluções de incentivos.
O caso Ford foi fruto de uma célebre guerra fiscal
entre Rio Grande do Sul e Bahia – a montadora
pressionou os dois lados para ter incentivos
graúdos. O governo baiano levou a melhor – e a
empresa ainda recebeu isenções ligadas à importação
e exportação de veículos, como as demais montadoras.
De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), a
perda de arrecadação com as chamadas “Políticas
Automotivas de Desenvolvimento Nacional” foi de
cerca de R$ 50 bilhões desde 2010, com “pouco de
desenvolvimento regional aos territórios
beneficiados”. Cada emprego gerado custou, em média,
R$ 34 mil mensais.
Outros segmentos com montantes elevados de
incentivos fiscais foram a aviação (com cinco
empresas), o setor de petróleo (quatro empresas) e o
agronegócio (quatro empresas, todas ligadas à
produção de insumos e máquinas agrícolas). Um caso
que chama a atenção é o da Mosaic Fertilizantes,
produtora de agrotóxicos, que associou os benefícios
à “redução do custo da cesta básica”.
Em abril, numa entrevista ao Estadão, Haddad afirmou
que o “buraco no orçamento” provocado pelas
renúncias fiscais chegavam a R$ 600 bilhões. Na
ocasião, o ministro que sua prioridade era cortar
cerca de R$ 150 bilhões desses “jabutis
tributários”.
Fonte: Portal Vermelho
21/09/2023 -
Lula diz que encontro com Biden é “renascer” de
relação entre Brasil e EUA
Presidente brasileiro reforçou intenção de
aperfeiçoar laços entre os dois países
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta
quarta-feira (20), durante reunião bilateral com o
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova
York, que o encontro entre ambos significava um
“renascer” nas relações entre Brasil e EUA.
Em declaração ao lado de Biden para marcar uma
parceria entre os dois países para promover o
trabalho digno, Lula disse ser necessário que Brasil
e EUA trabalhem juntos e que os laços entre os dois
países devem ser aperfeiçoados.
Ex-líder sindical, Lula disse ainda que nunca viu um
presidente dos EUA que falasse tão bem dos
trabalhadores como Biden.
Fonte: Reuters
21/09/2023 -
Ofertas de emprego devem mencionar nome da empresa,
aprova CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (20) o Projeto de Lei do Senado (PLS)
520/2015, que obriga empresas que anunciam vagas a
informar seu nome fantasia ou razão social.
Apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a
proposta recebeu voto favorável do senador Wilder
Morais (PL-GO), com emendas. O texto agora segue
para análise da Câmara dos Deputados, salvo se no
mínimo nove senadores apresentarem recurso para
análise no Plenário.
Para o relator, a proposta dá mais segurança ao
trabalhador e evita golpes financeiros em que o
criminoso utiliza falsas ofertas de emprego para
acessar dados pessoais e sigilosos dos candidatos.
— [O projeto] fortalece a proteção aos trabalhadores
no tocante à ação de eventuais pessoas desonestas.
Como se sabe, um dos muitos estratagemas que
golpistas se valem para lesar pessoas que estão
muitas vezes em condições de necessidade é
justamente por meio da divulgação de falsa
oportunidade de emprego — disse Wilder.
Fonte: Agência Senado
20/09/2023 -
Presidente Lula valoriza sindicalismo na viagem aos
EUA
Presidente viaja aos Estados Unidos na condição de
um dos grandes estadistas atuais. Além do discurso
na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, ele deve
se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden,
nesta quarta, dia 20.
As seis Centrais brasileiras vão participar: CUT,
Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB.
Viajaram a convite de Lula.
O encontro dos dois chefes de Estado deve produzir o
documento “Coalização pelo Trabalho Decente”.
A reunião será precedida de Seminário da Organização
Internacional do Trabalho, com painel do ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Ele falará de
“Prioridades dos governos dos USA e Brasil para a
promoção do trabalho decente”. Centrais brasileiras
e entidades de classe norte-americanas participam.
Trabalho decente é bandeira prioritária na política
global da OIT. A questão ganhou mais impacto, ainda,
com o crescimento mundial do número de trabalhadores
em Aplicativos, quase sempre à margem da lei,
mal-pagos e desprotegidos. Biden é homem ligado a
Sindicatos.
A pauta ambiental fará parte dos temas a serem
tratados no encontro do presidente brasileiro com
Biden, que terá presença, ainda, da AFL-CIO, a
Central Sindical norte-americana.
CUT – Sérgio Nobre, presidente da CUT integra a
comitiva. Outros dirigentes cutistas participam.
Caso do professor Antonio Lisboa, Secretário de
Relações Internacionais. Ele afirma: “A presença das
Centrais com Lula reforça nossa participação efetiva
nas ações e políticas de governo. Mostra que haverá
diálogo constante relativo às decisões a serem
tomadas a partir de agora.”
Diferença – Após anos de ataques pelos governos
Temer e Bolsonaro, no governo Lula o sindicalismo
brasileiro volta a ter voz e vez.
Mais – Sites das Centrais, Agência Brasil e
OIT-Brasil.
Fonte: Agência Sindical
20/09/2023 -
Responsável pelo recurso da contribuição
assistencial no STF, jurista afirma que a
Constituição foi respeitada
Na última segunda-feira (11), o Supremo Tribunal
Federal (STF) declarou constitucional a cobrança da
contribuição assistencial sindical para filiados e
não filiados, com o intuito de auxiliar na
negociação dos benefícios em convenções e acordos
coletivos e, em razão disso, estipular uma
contribuição para o respectivo sindicato da
categoria representada.
A decisão revê o posicionamento adotado no primeiro
semestre de 2017, antes da reforma trabalhista,
quando o STF considerou inconstitucional a
mencionada contribuição para os não filiados aos
sindicatos. "O Supremo respeitou a Constituição
Federal. Os embargos de declaração apresentados não
se relacionam com a reforma. Não se trata da volta
do chamado imposto sindical, como muitos querem
acreditar. A contribuição assistencial já existe há
décadas", esclarece o advogado Cristiano Meira,
responsável pelos recursos da Confederação Nacional
dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), entidade que
entrou com o embargo para que a contribuição fosse
destinada a sócios e não sócios da categoria.
Cristiano Meira ressalta a distinção entre as
modalidades de contribuição, enfatizando que a
assistencial busca respaldar o sindicato nas
negociações com as empresas. "O trabalhador, ao
ingressar em uma categoria, independentemente de seu
conhecimento sobre o sindicato, é por ele
representado. Os benefícios conquistados pelo
sindicato podem representar até 30% do vencimento
desse profissional. Tais benefícios são garantidos a
toda a categoria. Todos os trabalhadores recebem por
estarem vinculados, não dependendo de filiação. A
vinculação à determinada categoria nada tem a ver
com filiação", argumenta.
Segundo o jurista, é na questão dos benefícios que a
contribuição assistencial mostra a sua real
importância. "Essas negociações têm um custo alto
para a entidade. São meses e até anos de discussões
e formação de maioria nas assembleias, para que o
sindicato tenha força de barganha com as empresas.
Muitos benefícios foram conquistados há décadas, e
permanecem até hoje em razão do trabalho do sistema
confederativo", completa Cristiano Meira.
O advogado lamenta ainda que o tema tenha pouca
repercussão na sociedade e critica o foco excessivo
na questão financeira. Meira acredita que os
benefícios conquistados pelo sistema confederativo é
que devem ser ressaltados, pois serão fortalecidos
com a decisão. "Décimo terceiro, férias remuneradas,
salário mínimo, redução de jornada de trabalho,
seguro-desemprego, estabilidades, pensão e várias
outras garantias que a legislação trabalhista
concede aos trabalhadores são conquistas sindicais.
São dezenas de benefícios sociais e econômicos
garantidos todos os anos pelo sindicalismo”,
defende.
Centrais sindicais endossam decisão do STF
Na sequência da validação do STF sobre a cobrança da
contribuição assistencial, líderes sindicais têm
expressado suas opiniões sobre o tema. Moacyr
Auersvald, presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), manifestou-se favoravelmente à
decisão e ao embasamento apresentado por Meira, que
também advoga para a central sindical.
"Estamos em um momento crucial para os sindicatos e
os trabalhadores brasileiros. A decisão do Supremo
representa um reconhecimento da importância das
contribuições na sustentação das atividades
sindicais. Essa contribuição, que por anos foi
interpretada de maneira inadequada, agora se alinha
de forma mais harmônica com a Constituição. É uma
vitória para o direito do trabalhador e para a força
coletiva", destacou Auersvald.
"Ninguém quer a volta do imposto sindical, nem nós!"
Moacyr Auersvald, ao abordar a controvérsia em torno
do imposto sindical, foi enfático ao afirmar que as
centrais sindicais nem cogitam a volta da cobrança.
"Ninguém, nem nós, tem interesse na volta desse
instrumento. A contribuição assistencial é a maneira
mais justa de toda a classe trabalhadora apoiar o
sindicalismo na defesa dos direitos e na manutenção
dos benefícios conquistados", coloca.
O presidente da Nova Central Sindical avalia que é
importante a população olhar além das polêmicas
momentâneas e focar no essencial, as discussões
acerca dos direitos trabalhistas. "Em um mundo em
constante transformação, assegurar que cada
trabalhador seja devidamente representado e que os
frutos dessa representação beneficiem a todos,
filiados ou não, é um compromisso que levamos muito
a sério. A decisão do STF reforça a legitimidade
desse propósito", destacou Auersvald.
Fonte: NCST
20/09/2023 -
Centrais pedem queda da taxa Selic em ato na
Paulista
Queda da taxa Selic é fundamental para aumentar
investimento na produção e a geração de novos postos
de trabalho
As centrais sindicais, CUT, Força Sindical, UGT, CTB
e Nova Central, realizaram, nesta terça-feira (19),
em frente ao Banco Central, em São Paulo, protesto
contra os juros altos.
Os trabalhadores se concentraram na manhã desta
terça-feira (19) em frente ao prédio do Banco
Central, na avenida Paulista, nº 1.804 para pedir a
redução da taxa Selic.
Queda da taxa Selic
O objetivo da manifestação, além de sensibilizar a
sociedade sobre a necessidade de reduzir os juros,
foi exigir a redução na taxa básica de juros que
atualmente está em 13,25% ao ano, uma das maiores do
mundo.
Com bandeiras e um carro de som, ocupando a calçada
em frente ao edifício sede do Banco Central, em São
Paulo, os manifestantes alertaram quanto aos riscos
de uma taxa de juros tão elevada.
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/09/2023 -
Os 10 maiores bilionários tem mais riqueza que os
40% mais pobres, critica Lula na ONU
Aplaudido, Lula abre 78ª Assembleia Geral com
forte discurso contra as desigualdades. Presidente
defendeu reformas nos organismos internacionais e
criticou o neoliberalismo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um
discurso duro contra a desigualdade no mundo, na
abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU.
Lula criticou a concentração de riqueza na mão de
poucos, enquanto muitos vivem sob as ameaças da
fome. “O destino de cada criança que nasce neste
planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe… O
mundo está cada vez mais desigual. Os 10 maiores
bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais
pobres da humanidade”, disse Lula.
No púlpito das Nações Unidas, Lula reprovou o modelo
econômico neoliberal que criou “uma massa de
deserdados e excluídos”.
“O desemprego e a precarização do trabalho minaram a
confiança das pessoas em tempos melhores, em
especial os jovens. Os governos precisam romper com
a dissonância cada vez maior entre a ‘voz dos
mercados’ e a ‘voz das ruas’. O neoliberalismo
agravou a desigualdade econômica e política que hoje
assola as democracias. Seu legado é uma massa de
deserdados e excluídos.
Para o presidente, além da fome e da precarização, o
neoliberalismo produziu personagens políticos
autoritários de extrema-direita.
“Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de
extrema direita que negam a política e vendem
soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos
sucumbiram à tentação de substituir um
neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo,
conservador e autoritário”.
Lula condenou o gasto excessivo com a indústria
bélica ao passo que a fome “atinge hoje 735 milhões
de seres humanos”. “Investe-se muito em armamentos e
pouco em desenvolvimento. No ano passado os gastos
militares somaram mais de 2 trilhões de dólares. As
despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões
de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento
regular da ONU. Estabilidade e segurança não serão
alcançadas onde há exclusão social e desigualdade”,
disse.
Como solução, o brasileiro sugeriu mudanças em
órgãos internacionais para que o mundo possa
“resgatar as melhores tradições humanistas que
inspiraram a criação da ONU”. Para Lula, uma nova
organização mundial está surgindo devido à
incapacidade das Nações Unidas e outros órgãos de
solucionar conflitos.
“O princípio sobre o qual se assenta o
multilateralismo – o da igualdade soberana entre as
nações – vem sendo corroído. Nas principais
instâncias da governança global, negociações em que
todos os países têm voz e voto perderam fôlego.
Quando as instituições reproduzem as desigualdades,
elas fazem parte do problema, e não da solução”,
afirmou.
Lula exemplificou a desigualdade nos órgãos
internacionais usando o caso do Fundo Monetário
Internacional. “No ano passado, o FMI disponibilizou
160 bilhões de dólares em direitos especiais de
saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para
países africanos. A representação desigual e
distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é
inaceitável”, disse.
O brasileiro fez menção ao Brics, bloco econômico
formado por países emergentes, como uma alternativa
para as nações mais pobres conseguirem atingir o
desenvolvimento econômico sustentável para a
população mais pobre.
“As bases de uma nova governança econômica não foram
lançadas. O BRICS surgiu na esteira desse
imobilismo, e constitui uma plataforma estratégica
para promover a cooperação entre países emergentes.
A ampliação recente do grupo na Cúpula de
Joanesburgo fortalece a luta por uma ordem que
acomode a pluralidade econômica, geográfica e
política do século 21. Somos uma força que trabalha
em prol de um comércio global mais justo num
contexto de grave crise do multilateralismo”,
concluiu.
Fonte: Portal Vermelho
20/09/2023 -
Justiça do Trabalho inicia Semana Nacional da
Execução Trabalhista 2023 em todo o país
Desta segunda (18) até sexta-feira (22), a Justiça
do Trabalho em todo o país estará mobilizada na 13ª
edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista. O
Tribunal Superior do Trabalho (TST), os 24 Tribunais
Regionais do Trabalho (TRTs), as varas do trabalho e
os fóruns trabalhistas estarão empenhados em buscar
a solução definitiva de processos que estão na fase
de execução - ações em que não há mais possibilidade
de recurso e que aguardam o pagamento do que foi
definido em juízo. O evento é promovido pelo
Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), em
parceria com os Tribunais Regionais do Trabalho
(TRTs).
Estão previstas milhares de audiências de
conciliação e maratonas de pesquisa patrimonial
visando à liberação de recursos para quem aguarda a
solução final de uma decisão judicial. Durante a
semana temática, processos que não estão em fase de
execução também podem ser objeto de conciliação.
Processos são vidas
Em mensagem de vídeo enviada à magistratura
trabalhista, a servidores e servidores, a membros da
advocacia e do Ministério Público do Trabalho (MPT)
e às pessoas e empresas que têm ações na Justiça do
Trabalho, o ministro Cláudio Brandão, do Tribunal
Superior do Trabalho, coordenador nacional da
Comissão Nacional de Efetividade da Execução
Trabalhista (CNEET), destacou o impacto de uma
decisão judicial e lembrou processos envolvem vidas.
“É uma semana inteira em que as atenções do
Judiciário trabalhista se voltam para os processos
de execução, que enfrentam uma etapa mais difícil de
solução porque implicam a concretização da decisão
judicial”, afirmou.
Fonte: TST
19/09/2023 -
Juro alto gera protesto nesta terça
As Centrais Sindicais realizam amanhã (19) protesto,
em São Paulo, contra os juros altos. Os
manifestantes vão se concentrar às 10 horas, junto
ao Banco Central, Avenida Paulista, 1.804.
O ato é concomitante à reunião do Comitê de Política
Monetária, órgão do Banco Central, que acontece nos
dias 19 e 20 de setembro e debaterá a taxa Selic,
hoje está em 13,25%. O movimento cobra corte nos
juros.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
os juros altos inibem o consumo, afeta a produção e
gera desemprego.
Ato contra Juros e Desemprego
Data: 19 de setembro. Horário: 10 horas. Local: Banco
Central
Endereço: Avenida Paulista, 1.804, SP, Capital.
Fonte: Agência Sindical
19/09/2023 -
É impossível zerar fila do INSS, afirma ministro da
Previdência
Carlos Lupi explica que fila nunca será zerada
porque é preciso atender o pedido do mês e ainda
resolver o que ficou acumulado
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
ser “impossível” zerar a fila de espera do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), mas reafirmou o
compromisso de chegar, até o final de dezembro, com
o prazo de, no máximo 45 dias, para atendimento.
“Zerar a fila é impossível porque, todo mês, você
tem que atender o pedido do mês e ainda resolver o
que estava acumulado anteriormente”, disse, em
entrevista ao Papo com Editor, do jornal “O Estado
de S. Paulo. “Por isso, nunca será zerada a fila,
sempre terá pedido dentro da lei. Eu espero que, até
final de dezembro, a gente consiga atingir o prazo
máximo de 45 dias (prazo regular).”
Um mês após o início do Programa de Enfrentamento à
Fila da Previdência Social, dados do Portal da
Transparência Previdenciária, compilados pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apontam
que o estoque de solicitações pendentes passou de
1,79 milhão, em junho, para 1,69 milhão em agosto
(até o dia 28) – uma queda de 5,7%.
O programa de enfrentamento à fila, prevendo o
pagamento de bônus por produtividade aos servidores
públicos, foi lançado no dia 18 de julho. Se forem
considerados apenas os pedidos com prazo acima de 45
dias, o porcentual não é muito diferente: uma
redução de 7,95% – de 1,1 milhão de requerimentos
para 1,05 milhão, no mesmo período. O presidente do
INSS, Alessandro Stefanutto, avaliou que os números,
de fato, ficaram “aquém” do esperado.
Lupi, contudo, não concorda com a avaliação. “Não é
minha opinião que ritmo de redução da fila do INSS
está abaixo do esperado”. Segundo ele, o processo de
redução de filas não é simples e, portanto, o número
registrado em agosto é considerado “volumoso”.
Na visão do ministro, o alto volume da fila é uma
“herança maldita” do governo anterior, sob gestão de
Jair Bolsonaro.
Fonte: InfoMoney
19/09/2023 -
Aumentos reais caem, e muito, aponta Dieese
A pesquisa regular do Dieese acerca das negociações
coletivas acende o sinal amarelo. Em agosto, 79,1%
das negociações com data-base no mês tiveram
reajuste acima da inflação dos últimos 12 meses, pelo
INPC (4,06%). O índice de reajuste inferior à
inflação saltou pra 16,4%.
Os dados são preocupantes. Compare-se a maio.
Naquele mês, os ganhos reais contemplaram 90,96% dos
acordos. As perdas para o INPC ficaram, então, em
1,6%. Os 16,4% de agora significam 10 vezes mais que
o 1,6% de maio.
A Agência Sindical tentou ouvir o Dieese, mas foi
informado pela assessoria de imprensa que o técnico
ligado a esse campo de análise está de férias.
Perguntada se havia “plano B”, ou seja, outro
técnico disponível, a jornalista Carolina disse que
na hora não e teria que ver.
Bancários – Agosto é data-base de categorias fortes,
como bancários e metalúrgicos ligados à CUT no
Estado de SP. Os bancários amarraram acordo nacional
em 2022 com ganhos efetivos. Aquela negociação fixou
o reajuste de 2023, que é de 0,5% real para salários
e benefícios.
Quanto à FEM-CUT, a entidade tem se reunido com os
patronais Siescomet, Sindratar, G8.3 (Simefre,
Siamfesp e Sinafer), Sifesp (fundição), Siniem
(estamparia) e Sindicel. Haverá rodadas também com o
G.2 (Sinaees e Sindimaq), G.3 (Sindipeças,
Sindiforja e Sinpa) e Sicetel. Segundo seu
presidente, Erick Silva, não houve avanços
econômicos, embora alguns grupos patronais
considerem a reposição do INPC acumulado, de 4,06%.
Sindicalização – Outro indicador alerta o movimento.
O índice de sindicalizados ficou em 9,2%, informa o
IBGE. A Agência Sindical consultou uma entidade
fabril da Grande SP, o Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região. No caso, há 22,2% de associados.
Ou seja, mais que o dobro da média nacional. A
entidade realiza trabalho permanente de
sindicalização.
Fonte: Agência Sindical
19/09/2023 -
Bolsonaro usou R$ 1 bilhão da Defesa para criar 2º
orçamento secreto
Ao menos 23 parlamentares do Centrão indicaram o
destino de recursos do programa Calha Norte, que
financiava obras de infraestrutura no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
O governo Bolsonaro desviou R$ 1 bilhão do
Ministério da Defesa, em 2021 e 2022, para criar um
segundo orçamento secreto e atender a pedidos de sua
base. A manobra – que burlou uma decisão do STF
(Supremo Tribunal Federal) – foi liderada pelo
general Walter Braga Netto (PL), então ministro da
Defesa.
Conforme reportagem do UOL, divulgada nesta
segunda-feira (18), ao menos 23 parlamentares do
Centrão foram beneficiados. Identificados apenas via
LAI (Lei de Acesso à Informação), eles indicaram o
destino de recursos do programa Calha Norte, que
estava sob responsabilidade da Defesa e financiava
obras de infraestrutura no Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
Tudo começou em novembro de 2021, quando uma liminar
da ministra Rosa Weber, do STF, suspendeu o
orçamento secreto. Para manter pagamentos que já
estavam previstos, Braga Netto pediu suplementação
orçamentária ao Ministério da Economia, sob a
justificativa de turbinar o Calha Norte.
O primeiro lote que chegou à Defesa foi da ordem de
R$ 328 milhões, e o segundo, de R$ 703 milhões – os
dois aportes foram encaminhados em dezembro.
Em março de 2022, Braga Netto deixou o ministério
para concorrer a vice-presidente na chapa de
Bolsonaro. Ele foi substituído pelo general Paulo
Sérgio Nogueira, que manteve o mecanismo.
Parte do destino da verba não é identificada,
aparecendo como uma espécie de emenda do relator. Só
o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) recebeu ao
menos R$ 39 milhões, pelo fato de ser o
relator-geral do orçamento de 2022. Ele não
precisava indicar quem indicou as obras executadas
com esses recursos.
Fonte: Portal Vermelho
19/09/2023 -
Bancos renegociaram R$ 13,2 bilhões em dívidas pelo
Desenrola
Segundo a Febraban, entre 17 de julho a 15 de
setembro, os bancos renegociaram um número de
contratos que chega a 1,9 milhão e beneficiam 1,460
milhão de clientes
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou
uma nota, nesta segunda-feira (18), que informa que
em dois meses (17 de julho a 15 de setembro) do
Programa Desenrola Brasil, do governo federal, foram
renegociados R$ 13,2 bilhões em dívidas.
O volume atendeu a chamada faixa 2 do programa
(clientes com renda entre dois salários mínimos e
até R$ 20 mil e dívidas negativadas até 31 de
dezembro de 2022) destinada a débitos bancários.
No total, como informa a nota, o “número de contratos
de dívidas negociados chega a 1,9 milhão,
beneficiando um universo de 1,460 milhão de clientes
bancários”.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou que
“o programa cumpre papel essencial no momento
delicado das finanças das famílias brasileiras, ao
procurar reduzir dívidas da maior quantidade
possível de pessoas”.
Como exemplo de renegociações, o Banco do Brasil
ofertou descontos de até 25% nas taxas de juros de
renegociação, descontos de até 96% nas dívidas e
prazo de até 120 meses para pagamento, além de
disponibilizar todos os seus canais de atendimento
aos beneficiários do Programa clientes do Banco.
Sucesso do Desenrola
A primeira fase do programa ainda contemplou 6 milhões
de clientes que tiveram os nomes limpos (desnegativados).
Estas pessoas possuíam até R$ 100 (cem reais) em
dívidas e estavam nos cadastros negativos dos
bancos.
Agora, com os nomes retirados dessas listas, estas
pessoas podem projetar melhores condições para se
reestabelecer financeiramente e realizar projetos,
além de contribuir para o reaquecimento da economia.
A iniciativa trouxe um maior movimento bancário,
pois gerou competição entre as instituições e fez
com que a maioria participasse de todo o programa.
Faixa 1 em setembro
Em setembro, ainda sem data definida, o Desenrola será
disponibilizado para quem tem dívidas de até R$5
mil, público classificado como Faixa 1 (renda de até
dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscrição no
Cadastro Único – CadÚnico).
Parar participar da renegociação é necessário ter
cadastro na plataforma gov.br – ambiente digital o
cidadão consegue ter acesso a serviços digitais
junto ao governo de forma gratuita.
Fonte: Portal Vermelho
19/09/2023 -
Governo melhora projeção de alta do PIB em 2023 de
2,5% para 3,2%
Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo), a equipe econômica
manteve a estimativa em 4,85% em 2023
Reuters - A Secretaria de Política Econômica (SPE)
do Ministério da Fazenda melhorou nesta
segunda-feira a projeção oficial para o desempenho
da atividade econômica neste ano, passando a prever
um crescimento de 3,2%, contra previsão de 2,5%
feita em julho.
A secretaria também apresentou projeção para o
Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, uma estimativa
de alta de 2,3%, a mesma prevista em julho.
Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo), a equipe econômica
manteve sua estimativa em 4,85% em 2023. Para 2024,
o patamar foi estimado em 3,40%, ligeiramente acima
da previsão feita em julho, de 3,30%.
Fonte: Brasil247
18/09/2023 -
Nova Central e demais centrais realizam ato contra
os juros altos na próxima terça (19)
A Nova Central e as demais centrais sindicais irão
realizar um Ato Contra Juros Altos na próxima
terça-feira (19), em frente ao Banco Central na
Avenida Paulista, 1804, São Paulo.
Os sindicalistas definiram pressionar o Copom
(Comitê de Políticas Monetárias) do Banco Central a
reduzir a Taxa Básica de juros (Selic), que
atualmente está em 13,25% ao ano.
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, acredita no
apoio da mobilização social para conter os juros: “É
preciso que sociedade, a classe trabalhadora mais
prejudicada, esteja junto com a gente nesta luta.
Por isso, vamos às ruas na tentativa de sensibilizar
quanto a urgência da redução da Taxa Selic. O Brasil
não pode parar”.
Agenda: Ato contra os juros altos
Data: 19 de setembro
Horário: 10 horas
Local: em frente ao Banco Central
Endereço: Av. Paulista, 1804 - Cerqueira César,
São Paulo/SP
Fonte: Agência Brasil
18/09/2023 -
IBGE aponta que 9,2% das pessoas ocupadas são
sindicalizadas
Dados são da Pnad Contínua do Mercado de Trabalho
2022
Em 2022, das 99,6 milhões de pessoas ocupadas no
país, 9,2%, ou 9,1 milhões de pessoas, eram
associadas a sindicatos. Esse é o menor contingente
da série iniciada em 2012, quando havia 14,4 milhões
de trabalhadores sindicalizados, o que corresponde a
16,1%. Em 2019, essa taxa era de 11%, 10,5 milhões
de sindicalizados. As regiões Nordeste (10,8%) e Sul
(11%) permaneceram com os valores mais altos,
enquanto a Norte (7,7%) e a Centro-Oeste (7,6%), os
menores.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15), na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad
Contínua) - Características Adicionais do Mercado de
Trabalho 2022.
De 2012 a 2019, o percentual de homens
sindicalizados superava o de mulheres
sindicalizadas; porém essa diferença diminui ao
longo dos anos e, em 2022, a sindicalização entre as
mulheres (9,3%) era superior à dos homens (9,1%).
Todas as grandes regiões tiveram redução na taxa de
sindicalização em 2022. Frente a 2012, a maior queda
foi no Sul (9,2 pontos percentuais) e em relação a
2019, no Sudeste (2,4 p.p.).
Exceto por serviços domésticos, a taxa de
sindicalização recuou em todos os grupamentos de
atividades, tanto em relação a 2019 como a 2012. A
maior queda foi em transporte, armazenagem e
correios: de 20,7% em 2012 para 11,8% em 2019 e 8,2%
em 2022.
Em 2022, o grupamento de atividade da agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
alcançou a maior taxa de sindicalização6 (16,5%).
Essa atividade tem participação importante dos
sindicatos de trabalhadores rurais, muitos deles de
pequeno porte da agricultura familiar,
principalmente, nas regiões Nordeste e Sul.
Também com importante cobertura sindical, a
administração pública, defesa e seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais (15,8%)
seguiram em queda em 2022. O mesmo movimento foi
demonstrado pela indústria geral, que até 2015
exibia taxa de sindicalização próxima a 20%,
baixando a estimativa para 11,5% em 2022.
Os empregados com carteira assinada no setor privado
e os empregados no setor público, que tinham as
maiores taxas de sindicalização (respectivamente,
11% e 19,9%), registraram as principais perdas: de
2,9 p.p. e 2,2 p.p, respectivamente, frente a 2019 e
de 9,9 p.p. e 8,1 p.p. ante 2012.
Em 2022, dos 9,1 milhões de trabalhadores
sindicalizados, 70,7% (6,5 milhões) tinham, pelo
menos, o ensino médio completo e 35,3% (3,2 milhões)
tinham ensino superior completo. A menor taxa de
sindicalização era a dos ocupados com ensino
fundamental completo ou com médio incompleto, 6,3%,
e a maior era dos ocupados com ensino superior
completo, de 14,5%.
No mesmo período, a população ocupada atingiu seu
maior efetivo: 99,6 milhões de pessoas, com alta de
4,9% frente a 2019 (95 milhões) e de 11% ante 2012
(89,7 milhões).
“Percebe-se, então, que a expansão da população
ocupada nos últimos anos não se converteu em aumento
da cobertura sindical no país. Esse resultado pode
estar relacionado a diversos elementos, como a forma
de inserção do trabalhador na ocupação, as
modalidades contratuais mais flexíveis introduzidas
pela Lei 13.467, de 13.07.2017, conhecida como
reforma trabalhista, e o uso crescente de contratos
temporários no setor público etc”, explica o IBGE.
CNPJ
Entre os 30,2 milhões de empregadores e trabalhadores
por conta própria no país, 10,3 milhões (ou 34,2%)
estavam em empreendimentos registrados no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), uma alta em
relação a 2019 (29,3%).
A maioria das pessoas ocupadas nos dois grupos (10,3
milhões) era formada por homens, 63,6% (6,6
milhões), sendo que esse percentual já atingiu 68,1%
em 2012, diminuindo nos anos seguintes.
Frente a 2019, a cobertura no CNPJ cresceu entre os
trabalhadores por conta própria (de 20,2% para
26,3%) e ficou praticamente estável (de 80,5% para
80,9%) entre os empregadores.
“Os empregadores e os trabalhadores por conta
própria estavam principalmente concentrados nas
atividades do comércio e serviços, com estimativas
de 22,4% e 41,3%, respectivamente. Essas duas
atividades também apresentavam as maiores taxas de
coberturas no CNPJ, de 49% e 39,6%, respectivamente.
Importante destacar a indústria geral, que respondia
por somente 8,8% da ocupação de empregadores e de
conta própria, porém registrava a terceira maior
taxa de cobertura no CNPJ, de 32,2%. Com valores
menores estavam a agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura (10,1%) e a
construção (19,3%)”, diz o IBGE.
Do total de empregadores ou conta própria no
trabalho principal, 5,3% (1,6 milhão de pessoas)
eram associados à cooperativa de trabalho ou
produção, o que mostra a baixa adesão dos
trabalhadores a esse tipo de arranjo produtivo no
Brasil. A maior proporção ocorreu em 2012 (6,3%) e,
desde 2015, vinha baixando até chegar ao menor valor
em 2019 (5,1%). A Região Sul (9,1%) tem o maior
percentual, seguida pela Região Norte (5,5%);
Nordeste (4,6%), Sudeste (4,5%) e Centro-Oeste
(3,8%).
Fonte: Agência Brasil
18/09/2023 -
Lula e Biden lançarão iniciativa pela valorização
dos direitos trabalhistas
As duas lideranças discutirão como geração de
emprego, salário, jornada e trabalho análogo à
escravidão. Veja na reportagem de Pedro Paiva,
correspondente do 247 nos EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o
presidente do Estados Unidos, Joe Biden, vão ter um
encontro na próxima quarta-feira (4), e vão
conversar sobre formas e impactos da retomada dos
direitos dos trabalhadores para qualquer país. "Os
dois lançarão a iniciativa global Lula-Biden para o
avanço dos direitos trabalhistas no século 21",
confirmou o jornalista Pedro Paiva, correspondente
do 247 em Nova York (EUA).
O tema da assembleia faz parte da chamada Agenda
2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193
países-membros da ONU até 2030. De acordo com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), o
conceito leva em consideração indicadores, como
oportunidades de emprego, rendimentos, jornada e
trabalho análogo à escravidão.
Na próxima terça-feira (19), Lula vai abrir a
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU). "Ele foi militante do movimento sindicalista.
É uma história que não podemos esquecer. Os Estados
Unidos têm muito a aprender com o povo do Brasil",
afirmou Gabriela Silva, que mora nos EUA desde os
três anos.
Antes de chegar aos EUA, Lula chegou em Havana,
capital cubana, onde participou da cúpula do
G77+China, em que lideranças discutiram alternativas
para o crescimento econômico e a importância da
Ciência, Tecnologia e Inovação para a soberania
nacional de nações subdesenvolvidas.
No evento, que reúne 133 países em desenvolvimento,
o petista afirmou o embargo econômico do governo
estadunidense contra Cuba é "ilegal" e condenou a
inclusão da ilha caribenha na lista norte-americana
de nações patrocinadoras do terrorismo.
Em seu discurso, o presidente Lula defendeu uma
"revolução digital" nos países em desenvolvimento e
anunciou uma proposta do governo brasileiro na
presidência do G20 (dezembro de 2023 a novembro de
2024).
Fonte: Brasil247
18/09/2023 -
Mulheres vítimas de violência terão direito a
auxílio-aluguel
Mulheres vítimas de violência doméstica e em
situação de vulnerabilidade socioeconômica poderão
receber um auxílio-aluguel para se protegerem do
relacionamento abusivo. A medida consta em lei
sancionada na quinta-feira (14) pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. O texto, que altera a Lei
Maria da Penha, havia sido aprovado no mês passado
pelo Congresso Nacional.
O auxílio-aluguel não poderá ter duração superior a
seis meses, e será pago por estados, municípios ou
Distrito Federal, utilizando os recursos destinados
à assistência social. Já a decisão de pagar o
aluguel deve partir do juiz responsável pelo caso de
violência doméstica.
Segundo o governo federal, a proposta contou com
parecer favorável do Ministério das Mulheres levando
em conta que apenas 134 municípios brasileiros
contam com casas-abrigo para mulheres vítimas de
violência, além de outras 43 unidades mantidas por
governos estaduais em todo o país.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública estimou que
cerca de 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de
violência no Brasil em 2022. Em média, as vítimas
foram agredidas quatro vezes ao longo do ano
passado. Entre as divorciadas, a média foi de nove
agressões em 2022.
Fonte: Agência Brasil
18/09/2023 -
Servidores e empregados do Poder Executivo têm
reajuste de 9%
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, sancionou a Lei 14.673, de 2023, que concede
reajuste de 9% a todos os servidores federais civis
do Poder Executivo, autarquias e fundações,
incluindo aposentados e pensionistas com direito à
paridade. A norma foi publicada no Diário Oficial da
União desta sexta-feira (15).
A lei é resultado da medida provisória (MP)
1.170/2023, aprovada com alterações pelo Congresso
Nacional. O aumento é retroativo a 1º de maio de
2023, e os salários corrigidos começaram a ser pagos
em junho.
O reajuste é linear a todos os servidores, que
acumulavam perdas estimadas em 34% nos últimos
quatro anos. O aumento resultou de acordo entre o
governo e mais de 100 entidades representativas dos
servidores na mesa de negociação permanente,
suspensa desde 2016 e retomada no atual governo. O
auxílio-alimentação também aumentou 43%, passando de
R$ 458 para R$ 658 mensais.
Segundo o Poder Executivo, a correção alcança mais
de 1,1 milhão de pessoas, dos quais 520 mil
servidores civis ativos, 13,6 mil empregados
públicos, 450 mil aposentados e 167 mil
pensionistas. O custo será de R$ 9,62 bilhões para o
exercício orçamentário de 2023 e de R$ 13,82 bilhões
anualizados a partir do próximo ano.
Fonte: Agência Senado
18/09/2023 -
Salário pode variar, mas não ser inferior ao mínimo,
diz TST
A remuneração do empregado pode até variar de acordo
com a quantidade de horas trabalhadas ou de unidades
produzidas, mas não pode ser inferior ao valor do
salário mínimo mensal.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou a Digisec Certificação
Digital, microempresa de Goiânia (GO), a pagar
diferenças salariais a uma auxiliar administrativa
que recebia menos que o salário mínimo.
Na reclamação trabalhista, a trabalhadora disse que
fora contratada em 2017 mediante remuneração por
hora para atender advogados de Anápolis que
contratavam a certificação digital fornecida pela
empresa, com jornada semanal de 44h. Isso resultaria
numa remuneração de R$ 1.174, mas ela só recebia
entre R$ 300 e R$ 500 mensais.
A empresa, em sua defesa, alegou que ela tinha
vínculo de emprego com a Caixa de Assistência dos
Advogados de Goiás e ficava à sua disposição apenas
uma hora por dia, quando atuava como agente de
registro.
O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO)
manteve a sentença que indeferiu o pedido de
diferenças salariais. Para o TRT, o valor do salário
mínimo não deveria ser tomado em caráter absoluto e
inflexível, uma vez que a trabalhadora ficava à
disposição do empregador apenas algumas horas por
dia.
Salário mínimo mensal
O ministro Mauricio Godinho Delgado, relator do
recurso de revista da empregada, explicou que, em
regra, não se pode contratar alguém para receber
salário inferior ao mínimo legal, sobretudo no caso,
em que não foi demonstrada nenhuma cláusula
contratual ou prévia negociação coletiva a respeito
das condições de trabalho.
Em seu voto, o ministro destacou que a divisão do
salário em frações diárias e horárias não compromete
a garantia constitucional de recebimento de um valor
mínimo mensal baseado no salário mínimo. Essa
divisão, segundo ele, é apenas um parâmetro para
cálculo e não afeta a remuneração mínima garantida
pela Constituição Federal (artigo 7, incisos IV e
VII). Isso significa que os trabalhadores têm
direito a receber um salário mínimo por mês,
independentemente da possibilidade de sua divisão em
frações menores.
Além desse fundamento, o ministro Godinho Delgado
também observou que a empresa não conseguiu provar
que havia previsão contratual de jornada reduzida ou
mesmo a quantidade de horas efetivamente trabalhadas
pela empregada, uma vez que não apresentou cartões
de ponto.
A decisão foi unânime. Com informações da assessoria
de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.
Fonte: Consultor Jurídico
15/09/2023 -
Sem imposto, sindicatos podem fechar o ano com duas
contribuições
Bancadas empresariais no Congresso, com o
megafone da grande mídia na mão, buscam estigmatizar
também as contribuições, assim como fizeram com o
imposto sindical
O sindicalismo brasileiro pode chegar ao final de
2023 com duas novas modalidades de financiamento
devidamente legalizadas – a contribuição
assistencial e a contribuição negocial. Nenhuma
delas corresponde ao imposto (ou contribuição)
sindical, extinto pela reforma trabalhista de 2017.
Mas a duas representam importantes avanços para o
movimento sindical.
A contribuição assistencial, em particular, emerge
com força. Na segunda-feira (11), o STF (Supremo
Tribunal Federal) concluiu o julgamento de uma ação
ajuizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande
Curitiba. Por dez votos a um, o plenário da corte
validou essa contribuição.
Com isso, cada sindicato pode cobrar de sua base (de
sócios e não sócios) uma taxa anual a ser deliberada
em assembleia. Não se trata de um imposto, porém,
porque a cobrança não é compulsória – o trabalhador
contrário à medida pode apresentar uma carta de
oposição e deixar de pagá-la.
Especialistas apontam que, a despeito de sua não
obrigatoriedade, a contribuição assistencial é capaz
de equivaler, em termos financeiros, ao velho
imposto sindical. “Com esse custeio, os sindicatos
já conseguiriam repor os valores que perderam com a
contribuição sindical, pela possibilidade de
negociarem os valores livremente com cada
categoria”, avalia o Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar).
Quando a pauta entrou em votação pela primeira vez
no STF, em 2018, o relator Gilmar Mendes liderou a
posição do Judiciário contra a contribuição
assistencial. Ao mudar de posição, Mendes afirmou
não defender “o retorno do imposto sindical” – mas,
sim, a “mera recomposição do sistema de
financiamento dos sindicatos”.
A outra modalidade em debate, a contribuição
negocial, já é aplicada por diversos sindicatos em
negociações de campanha salarial, PLR (Participação
nos Lucros e Resultados) e outras pautas econômicas.
Trata-se de uma taxa vinculada diretamente à
negociação coletiva. Se o sindicato conquista ganhos
econômicos para sua categoria e toda base é
beneficiada, em contrapartida a entidade receberá,
de cada trabalhador, uma taxa.
A proposta é uma das pautas prioritárias de um grupo
de trabalho organizado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, com a participação de empresários e
trabalhadores. Segundo o ministro Luiz Marinho, a
contribuição negocial será compulsória, desde que
aprovada em assembleia por maioria de votos. Hoje,
na maioria dos acordos coletivos, a cobrança pode
ser rechaçada via carta de oposição.
“Para representar bem os trabalhadores, os
sindicatos precisam ter capacidade. Quem pode
propiciar essa condição aos sindicatos é a categoria
– e a decisão deve ser por assembleia”, diz Marinho.
“O que a assembleia deliberar, todos têm de cumprir.
É assim que as entidades democráticas decidem as
coisas”, acrescenta o ministro, comparando o
sindicato a um condomínio.
A contribuição negocial deve chegar ao Congresso
neste mês, por meio de um projeto do Executivo. Um
dos artigos da proposta vai definir o teto da
cobrança, para evitar abusos. Se uma negociação for
a dissídio e tiver sua resolução adiada para outro
ano, não haverá contribuição.
As bancadas empresariais no Congresso, com o
megafone da grande mídia na mão, buscam estigmatizar
também as contribuições, assim como fizeram com o
imposto sindical. Ainda assim, a história do
movimento sindical demonstra que o imposto foi uma
das mais importantes contribuições da Era Vargas
para a organização dos trabalhadores. Sua criação,
regulamentada pelo Decreto-Lei 2.377/1940, precedeu
a própria CLT (Consolidação das Leis do Trabalho, de
1943).
O fim da obrigatoriedade do imposto sindical foi uma
tentativa do governo Michel temer de asfixiar o
movimento sindical. Centrais sindicais,
confederações e federações – que não têm base direta
de trabalhadores – foram as entidades mais afetadas.
As novas contribuições fazem justiça à luta dos
trabalhadores e procuram corrigir um erro. Os
trabalhadores nada têm a ganhar com sindicatos
precarizados e enfraquecidos.
Fonte: Portal Vermelho
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18/09/2023 -
Paim diz que redução da jornada de trabalho é
importante para o Brasil
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em
pronunciamento nesta quinta-feira (14), que a
discussão da redução da jornada de trabalho é um
tema de extrema importância para o Brasil. O
parlamentar ressaltou que a diminuição do tempo de
trabalho não significa perda salarial e nem prejuízo
por parte do empregador. Segundo Paim, estudo do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) mostra que a redução de 44
para 40 horas semanais poderia gerar mais de 3
milhões de novos postos de trabalho.
— Essa proposta não apenas é viável, mas pode ser um
elemento fundamental para a geração de emprego e
renda. A questão é importante, este debate tem um
grande significado na linha do bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras do nosso país. Ela
pode ser a chave para restabelecer o equilíbrio
entre a vida pessoal e profissional, uma conquista
que todos nós almejamos.
O parlamentar ressaltou que o assunto está ganhando
força ao redor do mundo, com vários países testando
modelos de quatro dias de trabalho semanais. Paim
afirmou que os resultados têm sido positivos, com o
aumento da produtividade e da qualidade de vida,
dando um espaço maior para a formação técnica dos
trabalhadores. Segundo o senador, cerca de 40
empresas brasileiras também estão experimentando
essa mudança.
— O Brasil precisa de novas oportunidades de
trabalho digno e podemos alcançar isso, mantendo a
remuneração e a produtividade crescendo por parte
dos trabalhadores sem nenhum prejuízo nem para
empregado nem para empregador. Especialistas afirmam
que o futuro do trabalho é a redução da jornada. Se
queremos que o Brasil cresça e se desenvolva,
precisamos pensar em uma jornada mais curta e, ao
mesmo tempo, temos que pensar no preparo, na
formação, que eu chamo de campo da educação,
principalmente o ensino técnico, profissional.
Fonte: Agência Senado
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18/09/2023 -
Normalização e luta permanente – João Guilherme
Vargas Netto
Na guerra, na política e na ação sindical a falta de
acontecimentos extraordinários que mereçam uma
repercussão estrondosa não significa que não esteja
sempre acontecendo algo.
A isto chamamos normalização, ou seja, o fluxo de
acontecimentos corriqueiros e naturais indicam a
normalidade nos fatos e a necessidade permanente de
agir conforme as exigências que eles impõem, sem
espetacularidade.
Na ação sindical a própria campanha salarial é um
fato corriqueiro e natural, embora em alguma ocasião
possa se transformar em um acontecimento
extraordinário. O mesmo raciocínio aplica-se às mais
diversas ações porventura empreendidas pelo
movimento sindical: campanha de sindicalização,
campanha de reconhecimento e cobrança das PLRs,
campanha de comunicação com os associados, campanha
de fortalecimento das CIPAs e contra as mortes,
acidentes e doenças do trabalho, campanha de
requalificação dos dirigentes, congressos, encontros
ou seminários e as próprias eleições estatutárias e
periódicas.
Na atual conjuntura favorável aos sindicatos,
economicamente, politicamente e juridicamente, a
normalização (com a ausência de acontecimentos
extraordinários) impõe a persistência daquelas
iniciativas definidoras do dia a dia do trabalho
conjunto com as bases dos trabalhadores e
trabalhadoras.
Mesmo a recente posição quase unânime do STF
favorável a uma pretensão e a uma prática sindicais,
que é um acontecimento extraordinário (ainda que o
bom senso e a não precipitação mande esperar a
publicação do acórdão definitivo), deve impulsionar
com novo ânimo e vontade firme o conjunto de
iniciativas para garantir a relevância efetiva do
movimento sindical: campanhas salariais, PLRs, CIPAs,
requalificação dos dirigentes e a “subida” às bases.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical de
entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
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18/09/2023 -
Saque-aniversário fragilizou o FGTS, diz Luiz
Marinho
Modalidade permite que o trabalhador faça
retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
repetiu nesta quarta-feira (13) que a criação do
saque-aniversário no governo anterior fragilizou o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ele voltou a argumentar que o instrumento seria até
mesmo inconstitucional e defendeu que, mesmo que
tenha aderido ao saque-aniversário, o trabalhador
possa acessar os recursos do FGTS em caso de
demissão.
“Quando você fragiliza o fundo, você fragiliza
investimentos, quando estamos discutindo subsídios
para o Minha Casa Minha Vida”, afirmou, em
entrevista à EBC.
E completou: “Não está em debate o fim do
saque-aniversário. Mas vamos encaminhar ao Congresso
a correção de uma grande injustiça que o
saque-aniversário trouxe ao trabalhador que aderiu
ao sistema e eventualmente foi demitido.”
Entenda
Criado por lei em 2019, na gestão Jair Bolsonaro, o
saque-aniversário permite que o trabalhador faça
retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário.
Em compensação, em caso de demissão, ele fica
impedido de acessar o montante acumulado na conta do
FGTS vinculada àquele emprego.
Pelas regras, o trabalhador só pode retornar à
modalidade de saque-rescisão (que permite o resgate
em caso de demissão sem justa causa) depois de 24
meses.
Marinho e sua equipe são críticos da modalidade e
avaliam que o FGTS foi criado justamente para
socorrer o trabalhador em caso de demissão e que,
portanto, a finalidade foi desvirtuada. Técnicos do
Ministério do Trabalho entendem ainda que a regra,
ao permitir saques anuais, fere outro objetivo do
FGTS, que é formar uma poupança para bancar
investimentos em infraestrutura.
O fim do saque-aniversário foi uma promessa feita
pelo ministro assim que assumiu o cargo, mas o
assunto é espinhoso devido ao volume de adesões. No
início do ano, segundo números do FGTS, 28 milhões
de trabalhadores estavam na modalidade. Além disso,
muitos beneficiários tomaram empréstimos bancários
tendo esse dinheiro como garantia.
O Projeto de Lei faz, inclusive, menção a esse
público. Determina que os trabalhadores demitidos
que contrataram financiamentos com essa garantia
tenham, obrigatoriamente, de quitar os débitos com o
valor resgatado. “Vamos imaginar um cidadão que
tenha R$ 30 mil de saldo (no FGTS) e que tomou um
empréstimo de R$ 10 mil. Ele salda o que deve ao
banco e terá direito de sacar o que lhe resta no
fundo”, explicou o ministro.
Fonte: InfoMoney
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18/09/2023 -
Agosto tem nova queda da cesta básica, diz pesquisa
do Dieese
Em agosto, pesquisa do Dieese voltou a mostrar queda
nos alimentos da cesta básica nas principais
capitais do País. O valor caiu em 16 das 17 cidades
incluídas na sondagem.
O resultado é ainda melhor do que o de julho, quando
o levantamento apontava queda em 13 dos 17 locais
avaliados.
No balanço de agosto, as quedas mais importantes na
cesta ocorreram em Natal (-5,29%), Salvador
(-3,39%), Fortaleza (-2,85%), João Pessoa (-2,79%) e
São Paulo (-2,79%). Os preços só subiram, segundo o
Dieese, em Brasília (0,35%).
Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos
alimentos básicos apresentou o maior custo (R$
760,59), seguida de São Paulo (R$ 748,47),
Florianópolis (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$
722,78).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a
composição da cesta é diferente, os menores valores
médios foram registrados em Aracaju (R$ 542,67),
João Pessoa (R$ 565,07), Salvador (R$ 575,81) e
Recife (R$ 580,72).
No ano – Nos oito meses de 2023, o custo da cesta
básica diminuiu em 12 cidades, com taxas mais
expressivas em Vitória (-9,32%), Goiânia (-8,96%),
Belo Horizonte (-7,22%) e Campo Grande (-7,06%). Os
maiores percentuais foram registrados em Aracaju
(4,15%) e Recife (2,77%).
Comparação – A comparação da cesta de agosto de
2023, com agosto do ano passado, mostrou que nove
capitais tiveram redução do preço médio, com
variações que oscilaram entre -5,24%, em Vitória, e
-0,08%, em Curitiba. Outras oito cidades
apresentaram elevação, com destaque para os
percentuais de Fortaleza (2,50%), Porto Alegre
(1,67%) e Belo Horizonte (1,23%).
Salário – Com base na cesta mais cara, em agosto
(Porto Alegre), neste mês o salário mínimo
necessário para a manutenção de uma família de
quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.389,72 ou
4,84 vezes o mínimo em vigor, de R$ 1.320,00.
Para estimar esse valor, o Dieese considera a
determinação constitucional que estabelece que o
salário mínimo deve suprir despesas de um
trabalhador e sua família com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência.
Ainda sobre o salário mínimo, em julho, o valor
necessário seria de R$ 6.528,93.
Mais – Acesse a Pesquisa do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
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14/09/2023 -
Luiz Marinho diz que sindicatos frágeis enfraquecem
democracia
Ele comentou decisão do Supremo de validar
contribuição sindical
Ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) de validar a legalidade da contribuição
assistencial para custear o funcionamento de
sindicatos., o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, disse nesta quarta-feira (13) que o tema
pertence ao Legislativo e que o Congresso Nacional
precisa “legislar mais”. A declaração foi feita
durante entrevista a emissoras de rádio no programa
Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC).
“A decisão do Supremo ajuda no debate, mas, na minha
opinião, não resolve totalmente. Não sei qual vai
ser a modulação, porque agora tem a modulação da
decisão. Acho também que o Congresso tem que
legislar mais. Reclamam de o Supremo estar
legislando e que outras instituições estão
legislando, porque há ausência do Parlamento na
legislação. Esse é um tema legislativo.”
Para Marinho, a proibição da contribuição levou ao
desmonte de diversos sindicatos pelo país e,
consequentemente, a um cenário de “fragilidade
terrível”. “É importante ter noção do papel que os
sindicatos representam na sociedade. Seguramente,
sindicatos frágeis enfraquecem a democracia. E aí
ocorre o que assistimos no dia 8 de janeiro deste
ano. Uma democracia que se preze seguramente, uma
democracia verdadeira tem sindicatos
representativos”.
“Quando se fala em sindicatos, muitas vezes o
pessoal só olha para os sindicatos dos
trabalhadores. Os sindicatos representam partes,
trabalhadores e empregadores”, disse. “É fundamental
que os sindicatos sejam representativos para
produzir bons produtos. Quais são esses produtos?
Contratos coletivos, acordos coletivos, convenções
coletivas que trazem o conjunto das cláusulas
sociais, econômicas, você pode debater questão
ambiental, segurança, saúde, condições de trabalho
de cada segmento da economia brasileira.”
Entenda
Um grupo de trabalho envolvendo centrais sindicais,
representantes de organizações patronais e do
governo estão construindo uma proposta para criar
uma contribuição financeira para as entidades
sindicais. A ideia é que a contribuição esteja
vinculada às negociações de acordos e convenções
coletivas de trabalho, negociada entre sindicatos de
empregadores e de trabalhadores. A medida valeria
para as entidades patronais e para as de
trabalhadores e só entraria em vigor se aprovada em
assembleias pelas respectivas categorias.
De acordo com o ministério, a proposta em discussão
nada tem a ver com o antigo imposto sindical,
extinto pela reforma trabalhista aprovada em 2017,
durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O
modelo anterior era no formato de imposto e
recolhido anualmente a partir do desconto de um dia
de trabalho dos empregados com carteira assinada. O
formato da nova contribuição prevê um teto máximo de
até 1% da renda anual do trabalhador.
Fonte: Agência Brasil
14/09/2023 -
Deputados apresentam projetos contrários à
contribuição assistencial
Mal o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou a
constitucionalidade do desconto da contribuição
assistencial em favor dos sindicatos, alguns
deputados apresentaram à Câmara Federal projetos de
lei, com propósito de inviabilizar esse repasse.
A primeira iniciativa foi do deputado Kim Kataguiri
(União Brasil-SP). Trata-se do
PL 4.310/23, apresentado dia 5 de setembro, cujo
objetivo é criar “mecanismo eletrônico para o
trabalhador optar por não pagar a contribuição
assistencial destinada a sindicatos.”
Asfixia financeira
Essa é uma maneira de tentar inviabilizar a
organização sindical, de modo a manter o
desmantelamento da estrutura organizada das
entidades por meio da asfixia financeira. A
contrarreforma trabalhista — Lei 13.467/17 — fez
isto desobrigando o repasse da contribuição
sindical; tornando-a voluntária.
A contribuição não foi extinta. Todavia, para que
haja tal repasse, o trabalhador precisa ir ao
sindicato pessoalmente e, de forma expressa,
autorizar o desconto em folha de pagamento.
O outro projeto, de iniciativa do deputado Mendonça
Filho (União Brasil-PE),
PL 4.415/23, “Dispõe sobre o direito de oposição
do trabalhador à contribuição assistencial fixada em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.” O texto
foi apresentado nesta terça-feira (12).
Segundo o projeto, o “objetivo é garantir ao
empregado o direito de oposição à contribuição
assistencial destinada aos sindicatos de forma clara
e acessível, permitindo o exercício do referido
direito por meio eletrônico.”
Falsa proteção ou defesa
Ambos os projetos não visam proteger o trabalhador
proporcionando-lhe o “direito” de opor-se à tal
contribuição, pois isto o Supremo garantiu no
contexto da permissão de o sindicato cobrá-la em
razão da celebração de convenção ou acordo coletivo
de trabalho.
Essa decisão do Supremo está fundada em 2 razões: a
primeira é o fato de a contribuição sindical ter
sido desobrigada, com severos prejuízos à
organização e estrutura sindicais; e a segunda é o
fato de que a convenção e/ou acordo coletivo
beneficia a todos os trabalhadores,
independentemente de serem ou não filiados ao
sindicato.
Desse modo, ainda sob a compreensão dos ministros do
Supremo, que aprovaram tal contribuição aos
sindicatos, por 10 votos contra 1, se todos são
beneficiados pela celebração da convenção e/ou
acordo coletivos, é justo que todos contribuam. E,
ao mesmo tempo, permite que aqueles que não sejam
filiados ou sindicalizados, possam se opor a tal
desconto.
Solução intermediária
Assim, ainda no entendimento do STF, que aprovou
solução intermediária, para atender à 2 demandas: de
1 lado prestigia a liberdade sindical e, ao mesmo
tempo, garante aos sindicatos alguma forma de
financiamento.
Decisão essa, justa, clara, objetiva e equilibrada,
sob a lógica de que países democráticos precisam ter
sindicatos fortes, representativos e em condições de
defender seus representados. Ainda que muitos optem
por não serem membros do sindicato, cujo direito é
inequívoco.
Fonte: Diap
14/09/2023 -
Para advogados, contribuição assistencial a
sindicatos valoriza negociação coletiva
Advogados trabalhistas consultados pela revista
eletrônica Consultor Jurídico sustentam que a
decisão do Supremo Tribunal Federal que validou a
cobrança da contribuição assistencial imposta por
acordo ou convenção coletiva aos trabalhadores,
desde que lhes seja garantido o direito de oposição,
valoriza as negociações coletivas.
A contribuição assistencial é destinada ao custeio
de atividades envolvendo negociações coletivas do
sindicato, como tratativas por reajuste salarial e
extensão de benefícios. Com a decisão do Supremo, a
cobrança pode ser exigida de todos os trabalhadores,
mesmo dos não sindicalizados, desde que aprovada em
acordos ou convenções coletivas firmados entre
sindicatos de trabalhadores e patrões.
A cobrança é feita por meio de desconto na folha. O
pagamento, no entanto, não é obrigatório: o
trabalhador poderá manifestar oposição caso não
queira contribuir. O valor e a periodicidade da
contribuição serão estabelecidos nos acordos ou
convenções coletivos.
Segundo Pedro Maciel, sócio do escritório Advocacia
Maciel, a decisão do Supremo valoriza a negociação
coletiva, os sindicatos e torna os acordos mais
eficazes.
"Se o Supremo Tribunal Federal decidisse que apenas
os sindicalizados teriam direito aos benefícios
estipulados nos acordos coletivos, isso criaria um
problema. Teríamos situações em que trabalhadores na
mesma empresa, desempenhando as mesmas funções, com
a mesma experiência e localização, receberiam
salários diferentes e benefícios distintos", explica
o especialista.
"A decisão busca promover a valorização da
negociação coletiva, preservando sua eficácia. Caso
contrário, não haveria incentivo para que os
trabalhadores contribuíssem para o sindicato, uma
vez que todos receberiam os mesmos benefícios
independentemente de sua contribuição", prossegue
ele.
Para o professor Ricardo Calcini, colunista da
ConJur e sócio do Calcini Advogados, não é possível
dizer que a decisão do Supremo ressuscita o imposto
sindical.
"A contribuição assistencial, além de não ter a
rejeição do imposto sindical, é vinculada a uma
atuação sindical em prol da conquista de novos
direitos à categoria pela formalização dos
instrumentos coletivos de trabalho, enquanto o
imposto não estava atrelado a nenhuma finalidade que
não fosse socorrer os próprios sindicatos."
Calcini também destaca que o Supremo, para manter a
coerência com a jurisprudência construída pela corte
nos últimos anos, permitiu o direito de oposição ao
pagamento. De acordo com ele, no entanto, não está
claro se essa oposição será feita de modo individual
ou coletivo.
Fim da assimetria
De acordo com Tainã Góis, doutoranda em Direito do
Trabalho pela USP, a decisão do Supremo abranda uma
assimetria criada pela reforma trabalhista de 2017.
À época, explica ela, parte dos sindicatos pleiteava
uma estrutura menos burocrática e a manutenção de
contribuições que garantissem o funcionamento da
estrutura sindical.
Com a reforma, afirma Góis, foi mantida a estrutura
burocrática, ao mesmo tempo em que o poder dos
sindicatos foi esvaziado com o fim das contribuições
obrigatórias.
"Em vez de combater o modelo burocrático, a reforma
acabou com o imposto ao mesmo tempo que manteve
todas as restrições envolvendo a atividade sindical.
Com isso, os sindicatos perderam um grande poder de
barganha e de garantir direitos."
Com a decisão do Supremo, prossegue a especialista,
a estrutura sindical pode ser fortalecida. "Com a
contribuição, os sindicatos têm mais condições de
buscar melhores condições de trabalho. Não se trata
do retorno do imposto obrigatório, mas da
recomposição de um modelo que estava juntando o pior
dos dois mundos. É uma anomalia um sindicato com a
limitação de categorias e base territorial e, ao
mesmo tempo, sem contribuição obrigatória."
Camilo Onoda Caldas, sócio do Gomes, Almeida e
Caldas Advocacia, ressalta que a decisão do Supremo
não cria um pagamento obrigatório, mas inverte o
modo em que se dá a oposição do trabalhador à
cobrança.
"Trata-se da contribuição assistencial, em relação à
qual havia o entendimento de que somente poderia
haver cobrança se os trabalhadores da categoria
autorizassem expressamente a cobrança. Agora, o
posicionamento do STF inverteu-se e a regra será
autorizar a cobrança, a menos que o empregado
manifeste expressamente a oposição."
Para ele, não se trata da volta do imposto sindical,
já que nessa modalidade o trabalhador não podia
fazer nenhum tipo de oposição. "Esse julgamento deve
aumentar significativamente a arrecadação dos
sindicatos e a capacidade de ação deles, uma vez que
sofreram fortes impactos com as mudanças advindas em
2017."
Por sua vez, Karolen Gualda Beber também defende não
ser possível falar em volta do imposto sindical,
dada a natureza da contribuição assistencial e a
possibilidade de oposição.
"Mudando o entendimento anterior sobre o mesmo tema,
agora os ministros entenderam que é válida a
obrigação do recolhimento da cobrança. Já o
trabalhador, caso não queira pagar, terá de fazer a
oposição à tal cobrança. O entendimento foi no
sentido de que os benefícios obtidos em uma
negociação coletiva se estendem a todos os
empregados de uma categoria, independentemente de
serem ou não filiados."
Para Antonio Pereira Neto, sócio da área trabalhista
do escritório Terciotti, Andrade, Gomes, Donato
Advogados, não houve restrição à liberdade dos
trabalhadores com a decisão do Supremo. "No meu
entender, o novo posicionamento não fere a liberdade
individual, na medida em que a cobrança é autorizada
mas o empregado passa a deter a faculdade de se opor
ao pagamento. Há inversão da regra. Se antes
precisava da autorização para cobrança (artigo 578
da CLT), agora o empregado passa a ter a faculdade
de se opor à dita cobrança."
Fonte: Consultor Jurídico
13/09/2023 -
Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto
Taxa é superior às do mês anterior e de agosto do
ano passado
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação da cesta de compras para
famílias com renda até cinco salários mínimos, teve
inflação de 0,2% em agosto deste ano. A taxa é
superior às observadas no mês anterior e em agosto
do ano passado, que haviam registrado deflações
(quedas de preço) de 0,09% e 0,31%, respectivamente.
O INPC acumula taxas de inflação de 2,8% no ano e de
4,06% em 12 meses. Portanto, o indicador apresenta
taxas inferiores às apuradas pelo IPCA, que mede a
inflação oficial e que apresentou altas de 0,23% em
agosto deste ano, 3,23% no acumulado do ano e 4,61%
em 12 meses.
A inflação de agosto do INPC foi puxada pelos
produtos não alimentícios, que subiram 0,56% no mês,
depois de uma inflação de 0,07% em julho. Já os
alimentícios tiveram deflação ainda mais acentuada
em agosto (-0,91%) do que no mês anterior (-0,59%).
Fonte: Agência Brasil
13/09/2023 -
Paulo Paim continua luta por um salário mínimo digno
Na manhã desta segunda-feira (11), o senador Paulo
Paim (PT-RS) recebeu em seu gabinete o presidente da
Nova Central Sindical de Trabalhadores, Moacyr
Auersvald, e Wilson Pereira, presidente da Contratuh
e tesoureiro da Nova Central, para uma conversa
sobre a luta do parlamentar pelo salário mínimo. Na
oportunidade, Paim reforçou mais uma vez a sua
grande preocupação política que é de valorizar o
salário mínimo, aproveitando a disposição do governo
Lula que pretende dar uma injeção no ganho da classe
trabalhadora e aposentada brasileira, entre outros
segmentos que sofrem a influência direta do mínimo.
Constituição
Paim lembrou que desde a elaboração da Constituinte
vigente, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso,
batalhou para a elaboração de um texto que
contemplasse a valorização do ganho básico do
trabalhador. Contou que trabalhou incansavelmente na
época, visitando 27 regiões brasileiras e destacou o
papel importante do senador Renan Calheiros, como
presidente o Congresso Nacional.
“Foram nos governos Lula e Dilma que alcançamos os
melhores índices para o salário, que chegou a valer
até 350 dólares, saindo dos 60 ou 80 dólares até
então praticados”.
Ele lamentou que o que está escrito na Constituição
desde 1988, até hoje, infelizmente, jamais foi
cumprido, sofrendo um grande golpe junto com a
derrubada de Dilma Rousseff, quando o
vice-presidente Temer assumiu e revogou a lei que
estabelecia que o salário mínimo acompanharia sempre
a Inflação mais o PIB nacional. E mais castigada
ainda no governo Bolsonaro, quando os aposentados
também foram desvinculados.
Economia
Na conversa com os dirigentes da Nova Central e
Contratuh, o senador Paim lembrou também que a
importância do salário mínimo é fundamental para o
desenvolvimento econômico do país, representando
muito mais do que o Fundo de Participação dos
Municípios e a sua desvalorização é fatal.
"Não comparando, mas relacionando o que se ganha
hoje nos EUA e no Brasil, há uma discrepância quase
inatingível já que no solo americano o salário
mínimo hoje vale em torno de mil dólares, contra o
nosso minguado R$ 1.320,00 só agora sancionado pelo
presidente Lula, na primeira meta de corrigir as
inconsequentes determinações presidenciais dos seus
dois antecessores."
Prefeituras
O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, quis saber
do senador o porquê de muitos prefeitos conspirarem
contra o aumento do Salário Mínimo, alegando que a
elevação pode significar a quebra de muitas
prefeituras. Nisso o senador Paim foi muito direto:
“Não há uma só prefeitura neste Brasil que tenha
sofrido com os aumentos do salário mínimo. No Sul
praticamente não há funcionários assalariados neste
nível, geralmente ganham muito mais e no Nordeste é
incrível que muitas prefeituras contabilizem o
repasse sem consolidá-lo na prática. Há muito
funcionário recebendo abaixo do mínimo em inúmeras
prefeituras.”
Sobre os alegados encargos sempre reclamado pelos
empresários, Paim também argumenta que é
inconcebível que num país onde mais se produz
alimentação tenhamos tanta fome. “Mais do que 50% de
tudo que se produz acaba nas mãos de poucos, que
lucram e concentram renda. É lamentável que ainda
haja lamúrias empresariais, quando a especulação
financeira é o que sustenta as grandes fortunas”.
Luta incansável de Paim
Moacyr Auersvald agradeceu a luta incansável do
senador Paim pela Política Nacional de Valorização
do Salário Mínimo: " Para nós é muito importante ter
ao nosso lado alguém como o senador Paulo Paim.
Sempre em defesa das camadas sociais mais simples e
sofridas do nosso Brasil. E dentre suas lutas,
talvez a maior delas seja pela valorização do
salário mínimo. Paim nunca se importou com qualquer
"bullying" ao defender que nosso salário chegasse a
100 doláres. um fato histórico. Por isso, toda nossa
gratidão ao seu trabalho e envolvimento com o
movimento sindical. Se estamos vivendo esse momento
hoje é por sua causa".
Segundo Paim, a valorização da legislação que está
prevista na Constituição começa a ganhar força com o
retorno do governo Lula. “O presidente Lula já
sancionou este ano a lei que restabelece o aumento
do SM baseado nos índices inflacionários mais o PIB,
o que foi aprovado lá atrás. Hoje a população
brasileira é formada por cerca de 80 milhões de
pessoas que recebem o salário mínimo. No entanto no
desdobramento da responsabilidade desses
assalariados, chegamos a uma população de 100
milhões de brasileiros que dependem diretamente do
salário mínimo, asseverou o senador.
Daí a sua grande preocupação e dos movimentos
sindicais para que a valorização do salário mínimo
volte a acontecer e contribua para o desenvolvimento
nacional, premiando aqueles que produzem e que
cumprem jornadas com uma paga tão diminuta.
Nova Central atuante
"Contem comigo. A Nova Central sempre esteve do lado
certo da história. A entidade que tem lado e faz o
bem a qualquer momento", enfatizou o senador Paulo
Paim.
Por Imprensa Nova Central e Contratuh
Fonte: NCST
13/09/2023 -
Eletricitários fecham posição contra a tentativa de
acordo da Eletrobrás sobre o poder de voto da União
Atualmente, o governo federal detém 43% das ações
da empresa, mas, por um dispositivo ilegal, o Estado
Brasileiro vota com apenas 10% das ações nas
Assembleia de Acionistas
Integrantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários
protestaram contra uma tentativa de acordo
organizado pela direção da empresa sobre o poder de
voto da União nas assembleias de acionistas da
empresa. A companhia foi privatizada no governo Jair
Bolsonaro (PL), faltando quatro meses para a eleição
presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Atualmente, o governo federal detém 43% das ações da
empresa, mas por um dispositivo ilegal, o Estado
Brasileiro vota com apenas 10% das ações nas
Assembleia de Acionistas.
"Para os trabalhadores do setor elétrico, só
interessa a retomada dos 43% do poder de voto da
União na Eletrobrás". "Uma agenda de novas
manifestações está em curso", afirmou o coletivo. Os
atos dos trabalhadores aconteceu na última
quinta-feia (7). Segundo a entidade, "desde a
privatização a empresa tem sido depenada com
demissões, desinvestimentos e vendas de ativos como
a Usina de Candiota, perseguições políticas de
dirigentes sindicais e resultados pífios. A direção
da Eletrobrás tem aumentado exponencialmente seus
salários e bonificações, assim como a distribuição
de dividendos para os acionistas".
A Advocacia Geral da União e o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) ingressaram em maio no
Supremo Tribunal Federal (STF) com a Ação Direta de
Inconstitucionalidade 7385/2023. A ação discute
inconstitucionalidade na interpretação de
dispositivos da Lei 14182/2021 (privatização da
Eletrobrás) e que limita o poder de voto da União na
empresa.Em agosto, a Procuradoria-Geral da República
demonstrou posição alinhada com a do governo e
questionou o dispositivo que aborda a diminuição da
participação da União nas votações do conselho da
Eletrobrás.
Em agosto, a Procuradoria-Geral da República
demonstrou posição alinhada com a do governo e
questionou o dispositivo que aborda a diminuição da
participação da União nas votações do conselho da
Eletrobrás.
Fonte: Brasil247
13/09/2023 -
Senado volta a analisar desoneração da folha
Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023,
que prorroga a desoneração da folha de pagamentos
para 17 setores da economia até 31 de dezembro de
2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB),
foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados
no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela
Câmara, está a que estende a diminuição da
contribuição previdenciária a todos os municípios
brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia
essa lista a municípios menores.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às
empresas dos setores beneficiados o pagamento de
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi
introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo
menos dez anos abrange todos os setores hoje
incluídos.
A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos
trabalhistas dos setores desonerados e estimule a
contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante
o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que,
segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor
produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara,
o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar
com a desoneração.
— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar
emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga
com quem produz, dialoga com sindicatos de
trabalhadores, faz com que pais e mães de família e
jovens que estão na fila do desemprego possam
conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor
do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de
ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem
trabalha e consegue dar um encaminhamento importante
para o Brasil — disse Efraim.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
12/09/2023 -
STF decide a favor da contribuição assistencial a
sindicatos
Contribuição assistencial é destinada ao custeio
das atividades de negociação coletiva dos sindicatos
com os empregadores
O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta
segunda-feira 11 a favor da contribuição
assistencial imposta por acordo ou convenção
coletiva a trabalhadores, mesmo aqueles não
sindicalizados.
O julgamento, realizado no plenário virtual, estava
previsto para terminar às 23h59 desta segunda, mas
já conta com o voto dos 11 ministros. O voto
contrário, ficou apenas com Marco Aurélio Mello,
aposentado do STF desde 2021.
Na época do voto, o ministro havia acompanhado o
entendimento de Gilmar, que era contrário à
contribuição e mudou seu entendimento em abril deste
ano. Apesar disso, o voto do ministro aposentado
continuou computado. André Mendonça, que entrou na
vaga de Marco Aurélio, não participou desse
julgamento.
A contribuição assistencial é destinada ao custeio
das atividades de negociação coletiva dos sindicatos
com os empregadores por benefícios dos
trabalhadores. As conquistas nas negociações podem
se estender a toda a categoria, independentemente de
sindicalização.
Essa contribuição não se trata do imposto sindical,
considerado inconstitucional pelo Supremo.
“Nesse modelo, não há incentivos para o trabalhador
se filiar ao sindicato. Não há razão para que ele,
voluntariamente, pague por algo que não é
obrigatório, ainda que obtenha vantagens do sistema.
Todo o custeio fica a cargo de quem é filiado.
Trata-se de uma desequiparação injusta entre
empregados da mesma categoria”, assinalou Barroso em
seu voto.
A solução alternativa proposta pelo ministro se
resume em garantir o direito do empregado de se opor
ao pagamento da contribuição assistencial.
“Ele continuará se beneficiando do resultado da
negociação, mas, nesse caso, a lógica é invertida:
em regra admite-se a cobrança e, caso o trabalhador
se oponha, ela deixa de ser cobrada”, explicou.
Fonte: Carta Capital
12/09/2023 -
Nova Central mobiliza entidades para ajuda após
catástrofe climática no RS e doa cestas básicas aos
desabrigados
NOTA OFICIAL DA NCST
Brasília-DF, 07 de setembro de 2023
A Nova Central Sindical de Trabalhadores vem, por
meio desta nota, expressar sua solidariedade ao povo
gaúcho, profundamente afetado pelas fortes chuvas e
pelo ciclone extratropical que assolaram diversos
municípios do Rio Grande do Sul. A força da natureza
deixou marcas de destruição, causando vítimas fatais
e inúmeros prejuízos a famílias e comunidades, em
especial àquelas que dependem do trabalho diário
para sustento.
Reconhecemos que essa catástrofe é reflexo das
mudanças climáticas exacerbadas por práticas
insustentáveis. O constante desmatamento, poluição
das águas e do ar, são claros sintomas da ação
humana que, infelizmente, se intensificam no Brasil
e no mundo, deixando as populações mais vulneráveis
como as principais vítimas.
Deste modo, a Nova Central convoca o sindicalismo
brasileiro, com especial atenção às entidades
gaúchas, a unir esforços para auxiliar na
reconstrução das áreas atingidas. Comprometemo-nos
com o envio de cestas básicas para entidades locais
que trabalham no apoio aos desabrigados e
prejudicados por esta calamidade.
Além disso, instamos as autoridades municipais,
estaduais e federais a implementar medidas
emergenciais de assistência às vítimas. Mais do que
respostas imediatas, é imperativo que instituições
de controle, justiça e demais entes sociais e
privados, juntamente com a população, atuem na
formulação e execução de políticas públicas voltadas
para a prevenção, controle e mitigação dos efeitos
das mudanças climáticas, bem como para a urbanização
sustentável.
Somente através de ações conjuntas e coordenadas
poderemos, enquanto nação, prevenir e mitigar
futuros desastres, garantindo a segurança e o
bem-estar do povo gaúcho e de todos os brasileiros e
brasileiras.
Às famílias, trabalhadoras e trabalhadores que
enfrentam os desafios trazidos por essa adversidade,
oferecemos nossos mais sinceros sentimentos e votos
de resiliência e força. Que a solidariedade seja a
luz nesse momento de escuridão.
Pela diretoria,
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST)
Fonte: NCST
12/09/2023 -
Governo lança pesquisa sobre conflitos no ambiente
de trabalho
O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos) instituiu GTI (Grupo de Trabalho
Interministerial) com o objetivo de enfrentar o
assédio e a discriminação na Administração Pública
federal. Este problema é bastante antigo e demanda
solução urgente.
Como parte desse trabalho, o grupo lançou pesquisa
para conhecer a percepção de servidores e
colaboradores sobre esses problemas.
O levantamento conta com o apoio técnico do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e busca
identificar os principais problemas relacionados ao
assédio e à discriminação no serviço público.
Além disso, o anonimato dos que responderem à
pesquisa é garantido, pois o formulário não exige
identificação.
Como ocorre em pesquisas como essa, quanto mais
pessoas responderem, maior a garantia de construção
de plano de ação eficaz.
O tempo estimado para o preenchimento da pesquisa é
de 10 minutos, e o prazo final para participação é
dia 19 de setembro, até às 18h. Em caso de dúvida, é
possível entrar em contato pelo e-mail
pesquisa.gti@gestao.gov.br. Para participar da
pesquisa,
clique aqui.
Fonte: Diap
12/09/2023 -
Em vídeo transmitido pelo Youtube MPT fala sobre
importância dos sindicatos; assista
“Você pode não perceber, mas enquanto você trabalha,
o sindicato trabalha por você. Um sindicato forte
garante negociações justas com empregador [patrão].”
Assim começa o vídeo do MPT (Ministério Público do
Trabalho), que dura menos de 2 minutos, sobre a
importância dos sindicatos.
“Foram eles [os sindicatos], que historicamente,
garantiram direitos trabalhistas básicos: aumento
salarial, limite de jornada, 13º salário, férias,
licença-maternidade e participação nos lucros, são
exemplos de conquistas do sindicato para você,
[trabalhador e trabalhadora].”
“Sem os sindicatos, os seus direitos são retirados
sem que você tenha força e voz. Valorize o seu
sindicato, pois sem ele, o negociado será você.”
Lula presidente
Com a vitória de Lula, abrem-se novos caminhos para
reconstruir o movimento sindical, desmantelado pela
Reforma Trabalhista do ex-presidente Michel Temer
(MDB), e aprofundada pelo ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL).
Há discussão neste sentido, no STF (Supremo Tribunal
Federal), por meio do reestabelecimento da
contribuição assistencial. E, ainda, no governo, que
montou GT (grupo de trabalho), que vai propor
alterações na Lei 13.467/17, a contrarreforma
trabalhista.
A Comissão de Trabalho da Câmara também entrou neste
debate, com a criação de GT que vai debater sobre a
organização e o custeio das entidades sindicais.
Em todos esses processos, as centrais sindicais
estão acompanhando e participando, a fim de
encontrar caminhos para a reconstrução do movimento
sindical brasileiro.
Para assistir o vídeo clique no link:
https://www.youtube.com/watch?v=EQb4VNdX9rw
Fonte: Diap
12/09/2023 -
FGTS: governo pode mudar saque-aniversário e
desbloquear saldo a demitidos
Pessoas que contrataram empréstimos atrelados ao
saque-aniversário teriam que quitar obrigatoriamente
os débitos com parte do valor resgatado
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deve submeter
na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva um projeto de lei que muda as regras do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o qual pode
ter impacto de até R$ 14 bilhões na economia.
O texto, que já está na Casa Civil, libera o saldo
do FGTS a trabalhadores demitidos sem justa causa
que tenham aderido ao saque-aniversário – e, por
isso, ficaram impedidos de acessar os recursos em
caso de desligamento. A informação foi publicada
pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão.
“O projeto é simplesmente para corrigir uma
distorção, uma injustiça contra o trabalhador, que
fez a adesão ao saque-aniversário”, afirmou o
ministro em vídeo enviado ao Estadão. “Nós vamos, na
semana que vem, submeter à apreciação do presidente
Lula, depois de uma conversa com os ministros
diretamente responsáveis”, disse Marinho, destacando
que o Congresso Nacional “saberá tomar a decisão
devida”.
Criado por lei em 2019, na gestão Jair Bolsonaro, o
saque-aniversário permite que o trabalhador faça
retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário.
Em compensação, em caso de demissão, ele fica
impedido de acessar o montante acumulado na conta do
FGTS vinculada àquele emprego.
Pelas regras, o trabalhador só pode retornar à
modalidade de saque-rescisão (que permite o resgate
em caso de demissão sem justa causa) depois de 24
meses.
Marinho e sua equipe são críticos da modalidade e
avaliam que o FGTS foi criado justamente para
socorrer o trabalhador em caso de demissão e que,
portanto, a finalidade foi desvirtuada. Técnicos do
Ministério do Trabalho entendem ainda que a regra,
ao permitir saques anuais, fere outro objetivo do
FGTS, que é formar uma poupança para bancar
investimentos em infraestrutura.
O fim do saque-aniversário foi uma promessa feita
pelo ministro assim que assumiu o cargo, mas o
assunto é espinhoso devido ao volume de adesões. No
início do ano, segundo números do FGTS, 28 milhões
de trabalhadores estavam na modalidade. Além disso,
muitos beneficiários tomaram empréstimos bancários
tendo esse dinheiro como garantia.
O Projeto de Lei faz, inclusive, menção a esse
público. Determina que os trabalhadores demitidos
que contrataram financiamentos com essa garantia
tenham, obrigatoriamente, de quitar os débitos com o
valor resgatado. “Vamos imaginar um cidadão que
tenha R$ 30 mil de saldo (no FGTS) e que tomou um
empréstimo de R$ 10 mil. Ele salda o que deve ao
banco e terá direito de sacar o que lhe resta no
fundo”, explica o ministro.
O Estadão apurou que o ministério avalia a
possibilidade de impedir que esse trabalhador
demitido retorne ao saque-aniversário depois de
sacar o saldo remanescente do FGTS. Dessa forma, ele
voltaria a ficar vinculado apenas ao saque-rescisão
– evitando as retiradas periódicas do fundo.
Fonte: Estadão
11/09/2023 -
Inscreva-se! O link do ‘Revoga Já!’ já está
disponível. Confirme agora mesmo a sua adesão ao
movimento!
O cadastro dos participantes é fundamental para
os encaminhamentos do movimento que luta por uma
urgente contra reforma trabalhista
Dia 12 de setembro se aproxima. A data será um novo
marco para a história do movimento sindical laboral
brasileiro, uma vez que neste dia, a partir das 19
horas, o Fórum Sindical Ampliado (FSA) reunirá
lideranças sindicais e trabalhadores de todo o país
para um debate entre magistrados sobre a necessidade
urgente de ‘REVOGA JÁ!’ das reformas
trabalhista e previdenciária, impostas após o golpe
de 2016.
Para confirmar a sua participação no evento e
receber o link da videoconferência
CLIQUE
AQUI. Após enviar os dados você terá acesso ao
link de onde o evento será realizado, com a
respectiva senha de acesso, na plataforma Zoom. O
evento terá início às 19 horas da próxima
terça-feira, dia 12, e reunirá lideranças sindicais
e a classe trabalhadora do campo e da cidade, da
indústria, do comércio e do setor de serviços, tanto
de entidades públicas quanto da iniciativa privada.
O Fórum Sindical Ampliado reúne mais de 900
entidades sindicais laborais, sindicatos,
federações, confederações e centrais sindicais de
todo o país e de todas as categorias e se mantém na
ativa para sensibilizar o Governo do presidente Lula
em implementar uma contra reforma de modo a reverter
os efeitos nefastos advindos com as reformas de
Temer e Bolsonaro.
O movimento reúne a classe trabalhadora para evitar
a implosão do sistema sindical, a implosão das
estruturas de proteção social (Justiça do Trabalho,
Ministério Público do Trabalho e Ministério do
Trabalho) e a implosão dos direitos dos
trabalhadores; e será mediado pelo Desembargador do
TRT-4, Dr. Marcelo Ferlin D´Ambroso, com a
participação dos também Desembargadores, Dr. Luiz
Alberto de Vargas (TRT-4); Dr. Jorge Luiz Souto
Maior (TRT-15 – aposentado); Dr. Mário Sérgio
Medeiros Pinheiro (TRT-1); Dra. Brígida Joaquina
Charão Barcelos (TRT-4) e a Juíza do Trabalho, Dra.
Ana Paula Alvarenga Martins.
A meta do Fórum Sindical Ampliado é ampliar a adesão
das mais de 900 entidades sindicais laborais que
subscrevem o Projeto de Lei encaminhado ao Ministro
do Trabalho e Governo do Presidente Lula, propondo a
contra reforma trabalhista e o fortalecimento do
movimento sindical e o resgate dos direitos da
classe trabalhadora.
Junte-se a nós e seja parte dessa luta pela
valorização dos direitos da classe trabalhadora!
#ReformaTrabalhista #MovimentoRevogaJá
#FórumSindicalAmpliado #Adesão #Debate
#LutaTrabalhista #DireitosTrabalhistas #PresidenteLula
#ClasseTrabalhadora
Fonte: Fetiesc
11/09/2023 -
Rosa Weber vota favorável ao financiamento sindical
por meio da contribuição assistencial
O STF (Supremo Tribunal Federal) segue o
julgamento, por meio do plenário virtual, para
validar ou constitucionalizar a chamada
“contribuição assistencial” aos sindicatos.
A ministra Rosa Weber, presidente da Corte Suprema,
apresentou voto favorável, na última sexta-feira
(8), para que os sindicatos descontem a contribuição
assistencial resultado da aprovação da convenção ou
acordo coletivo.
Agora, já são 7 votos a favor de que a contribuição
seja descontada em folha de pagamento, pelas
empresas, com porcentual definido em assembleia. O
objetivo dessa contribuição é custear as atividades
coletivas dos sindicatos, como as campanhas de
dissídio salarial coletivo. O julgamento se encerra
nesta segunda-feira (11).
Voto da ministra
Segundo a ministra, “não há exercício da ampla
representatividade da categoria sem o respectivo
custeio das entidades sindicais. O financiamento
constitui elemento indispensável à estruturação
saudável dos sindicatos.”
“Esse cenário de enorme prejuízo na arrecadação do
sistema sindical brasileiro acarreta profundos
reflexos na atuação das entidades sindicais como
agentes centrais da representação coletiva
trabalhista”, acrescentou no voto.
Emendou: “O enfraquecimento das entidades sindicais
equivale à debilitação da negociação coletiva como
instrumento de concretização da melhoria das
condições de gestão da força de trabalho no mercado
econômico.”
E votou: “Nesse contexto, reafirmo os fundamentos
expostos no julgamento da ADI 5794 e acompanho o
ministro relator no que dá provimento aos embargos
de declaração a fim de retificar a tese de
repercussão geral (Tema 935) nos termos propostos.”
Lin
Leia a
íntegra do voto da ministra
Fonte: Diap
11/09/2023 -
DIEESE mostra mercado de trabalho melhor
Melhoram as condições do emprego no Brasil.
Constatação feita pelo Dieese por meio da Pesquisa
Índice da Condição do Trabalho (ICT), referente ao
segundo trimestre deste ano. Base são os dados da
PnadC/IBGE.
Os resultados mostram melhorias nos três indicadores
adotados pelo Dieese.
Conclusão – O ICT-Dieese continua a indicar
melhora do mercado do trabalho no segundo trimestre
de 2023. E aponta razões: “Pela redução da
desocupação, aumento do emprego formal e do
rendimento médio e melhora na distribuição da renda
do trabalho”.
O Dieese também relaciona “o aumento do emprego com
Carteira assinada e no salário mínimo”. E mais: “A
queda na inflação contribui para a recuperação do
salário real”.
Observações – Afirma o boletim do Dieese: “Há
ainda longo caminho pra voltarmos ao patamar mais
alto na série histórica, em 2014. Para tanto, é
necessário continuar a geração de postos de trabalho
com Carteira, mais recuperação da renda”.
Parâmetros – Quanto mais próximo o valor do
índice estiver de 1, melhor a situação geral do
mercado. Quanto mais próximo de zero, pior.
Qualidade – Economista do Dieese, César
Andaku, destaca a subida nos registros em carteira
assinada nesse trimestre. Ele comenta: “É muito
expressivo que melhorou a qualidade das ocupações, o
que também empurra para cima a média salarial.”
Sobre o salário mínimo, César aposta que a regra de
valorização contínua estabelecida por Lula tem
efeitos imediatos já no planejamento das empresas.
“A expectativa é boa. Então, a melhora a longo prazo
dependerá se os resultados da economia acompanharão
esse crescimento.”
Indicadores – O ICT ficou em 0,57 no segundo
trimestre – 0,13 ponto acima do mesmo trimestre de
2022. Houve elevação nas três dimensões: Inserção
Ocupacional (de 0,28 pra 0,42), Desocupação (de 0,61
pra 0,70) e Rendimento (de 0,44 pra 0,58).
Inserção – Resultado decorre de aumento de
trabalhadores com Carteira assinada, de
contribuintes à Previdência e pessoas empregadas há
mais de 12 meses.
Desocupação – Recuo na taxa de desocupação e
desalento e na proporção de pessoas desocupadas há
mais de cinco meses.
Rendimento – Houve aumento do rendimento
médio e melhora também na distribuição da renda do
trabalho.
Mais – consulte nota metodológica do ICT no
site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
11/09/2023 -
Produção industrial cai 0,6% de junho para julho
A produção industrial brasileira teve queda de 0,6%
em julho deste ano, na comparação com o mês
anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal –
Produção Física (PIM-PF), divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com julho do ano passado, a queda
chega a 1,1%. O setor também apresenta queda
acumulada de 0,4% neste ano. No acumulado de 12
meses, a indústria apresenta estabilidade.
“Com esses resultados, o setor industrial se
encontra 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, ou
seja, fevereiro de 2020, e 18,7% abaixo do nível
recorde alcançado em maio de 2011”, destaca o
pesquisador do IBGE André Macedo.
Quinze das 25 atividades industriais pesquisadas
apresentaram queda na produção na passagem de junho
para julho deste ano. Os principais recuos foram
observados nos ramos de veículos automotores,
reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias
extrativas (-1,4%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e
equipamentos (-5%).
Por outro lado, nove atividades tiveram alta na
produção, com destaques para produtos farmoquímicos
e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%)
e coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (0,7%).
Na análise das quatro grandes categorias econômicas
da indústria, três tiveram queda de junho para
julho: os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (-7,4%),os
bens de consumo duráveis (-4,1%) e os bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (-0,6%). Apenas os bens de
consumo semi e não duráveis tiveram aumento no
período (1,5%).
Fonte: Agência Brasil
11/09/2023 -
CAE aprova incentivos para contratação de pessoas
com mais de 60 anos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na
terça-feira (5) incentivos fiscais para empresas que
contratarem pessoas com 60 anos ou mais. O relator
na CAE, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), defendeu
a adoção de políticas públicas para combater e
reverter a discriminação por idade. Se não houver
pedido para nova votação no Plenário do Senado, a
proposta (PL 4.890/2019) seguirá para a análise da
Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
11/09/2023 -
Projeto abre crédito para pagamento de saldos do
PIS/Pasep
Cerca de 10 milhões de pessoas teriam direito a
R$ 24,6 bilhões acumulados nas contas
O governo enviou ao Congresso Nacional projeto que
abre crédito especial de R$ 85,2 milhões no
Orçamento de 2023 (PLN 27/23) para pagar a cotistas
saldos acumulados em contas de PIS/Pasep. A
estimativa do governo é beneficiar 8 mil pessoas que
pediram o resgate dos valores. O saldo médio é de R$
10.650.
Em 2022, a Emenda Constitucional 126 determinou que
contas de PIS/Pasep cujos saldos não fossem
reclamados por mais 20 anos seriam encerradas 60
dias após publicação de aviso no Diário Oficial da
União. Os valores foram declarados como abandonados
e apropriados pelo Tesouro Nacional, mas o
interessado pode pedir ressarcimento à União até 5
anos após o encerramento das contas.
Os recursos sairão da programação do programa
Bolsa-Família, mas o Ministério do Desenvolvimento
Social informou que os pagamentos do benefício não
sofrerão prejuízo. “O remanejamento foi decidido com
base em projeções de suas possibilidades de
dispêndio até o final do exercício”, explica a
mensagem que acompanha a proposta.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, cerca de 10
milhões de pessoas teriam direito a R$ 24,6 bilhões
acumulados no PIS/Pasep.
Fonte: Agência Câmara
06/09/2023 -
A relação do governo Lula com a classe trabalhadora
Desde a posse do presidente Lula, em 1º de
janeiro de 2023, os trabalhadores em geral, privados
e públicos, e suas entidades representativas
voltaram a ser tratados com dignidade e respeito,
coisa que não aconteceu durante os governos Temer e
Bolsonaro.
Antônio Augusto de Queiroz*
O ambiente mudou de hostil para colaborativo, por
parte do governo. Rápido balanço dos últimos 8 meses
ilustra a retomada do protagonismo desses 2 atores
do mundo do trabalho.
Trabalhadores do setor privado
Para os trabalhadores do setor privado, em primeiro
lugar, o novo governo interrompeu o ciclo de
retrocessos nos direitos sociais, que foi iniciado
no governo Temer e aprofundado no governo Bolsonaro,
o que levou à fragmentação, à segmentação, à
fragilização, à ampliação da informalidade do
trabalho, à perda de direitos e à degradação das
condições de trabalho.
Esses 2 governos — Temer e Bolsonaro — foram de
terra arrasada para o País e para os trabalhadores,
com políticas de desmonte que não apenas destruíam
empregos e negaram acesso aos serviços públicos, mas
com consequências conjunturais e estruturais, como:
1) aumento da informalidade no emprego;
2) redução da arrecadação previdenciária;
3) redução dos ganhos e do acesso das famílias ao
crédito;
4) desindustrialização;
5) desnacionalização;
6) enfraquecimento do movimento sindical; e
7) aumento da desigualdade e da miséria.
A Reforma Trabalhista do governo Temer atingiu os
principais pilares das relações de trabalho,
atacando simultaneamente os 4 eixos centrais das
relações de trabalho:
1) as condições de trabalho;
2) a organização sindical;
3) a negociação coletiva; e
4) a Justiça do Trabalho.
Em segundo lugar, a proposta encomendada pelo
governo Bolsonaro ao Gaet (Grupo de Altos Estudos do
Trabalho) foi arquivada já no primeiro dia do
terceiro mandato do presidente Lula. Pretendia
aprofundar o desmonte trabalhistas e sindical,
mediante:
1) desregulamentação das relações de trabalho;
2) eliminação da hipossuficiência do empregado nas
relações de trabalho;
3) substituição, na prática, do Direito do Trabalho
pelo Direito Comum, cujo pressuposto é o princípio
da igualdade das partes;
4) fim do seguro-desemprego;
5) eliminação da multa de 40% sobre o FGTS na demissão
imotivada;
6) extinção, na prática, da figura da convenção
coletiva de trabalho; e
7) adoção do sindicato por empresa, inclusive com a
ampliação da negociação direta e individual entre
patrões e empregados.
Em terceiro lugar, o governo Lula pretende promover
revisão na Reforma Trabalhista de Temer,
naturalmente de modo incremental e com a calibragem
necessária em razão da correlação de forças, além de
já ter reativado os serviços de inspeção e
fiscalização do trabalho, completamente
desaparelhados no governo Bolsonaro.
A pauta do governo Lula no mundo do trabalho, em
lugar da proposta de desmonte do Gaet, terá por
referência a Conclat (Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora), realizada em 2022, cujas diretrizes
sinalizam para o desenvolvimento social e econômico,
com vistas a:
1) superar as desigualdades;
2) gerar empregos formais de qualidade;
3) promover crescimento dos salários;
4) garantir proteção social, trabalhista e
previdenciária ao trabalhador;
5) assegurar a sustentabilidade ambiental; e
6) fomentar a inovação.
Algumas entregas já foram feitas nesses 8 meses de
governo, a começar pelo aumento real do salário
mínimo em 2023, pela lei que instituiu a política de
valorização do salário mínimo e a correção da tabela
do Imposto de Renda, pela aprovação da lei de
igualdade salarial entre homens e mulheres, e pela
criação dos grupos de trabalhos para a revisão da
legislação trabalhista, bem como a reativação do
Conselho Nacional do Trabalho.
Os grupos de trabalho tripartites debaterão, por
exemplo:
1) retomada da ultratividade — manutenção da validade
de acordo coletivo de trabalho e os direitos
conquistados até que novo acordo seja assinado;
2) fim dos acordos individualizados;
3) revisão das regras do trabalho intermitente;
4) mudança nas políticas de terceirização
generalizada;
5) regulamentação para os trabalhadores de aplicativos
de transporte e tele entrega; e
6) redução de jornada de trabalho para 40 horas
Servidores públicos
Para os servidores públicos, além de interromper o
desmonte do serviço público e perseguição aos
servidores, não fará reformas previdenciárias nem
administrativas, que retire ou suprima direitos dos
servidores. Ao contrário.
No caso da Reforma da Previdência, por exemplo, em
lugar da instituição da capitalização, que era o
sonho de Guedes, poderão ser revistos alguns pontos,
como a questão das aposentadorias por invalidez.
Além disso, o governo Lula, por exemplo, não
pretende implementar o dispositivo da EC 103/19, que
autoriza os entes federativos a cobrarem
contribuição de aposentados e pensionistas do
serviço público sobre o valor de R$ 6.187,49, que
atualmente é isento, mediante a redução do limite de
isenção do teto do INSS — R$ 7.507,49 — para 1
salário mínimo — R$ 1.320.
Nem irá instituir contribuições extraordinárias,
também autorizada pela Reforma da Previdência, sobre
a remuneração dos servidores ativos nem dos
proventos de aposentados e pensionistas do Serviço
Público federal.
Quanto à PEC 32, da Reforma Administrativa, embora o
presidente da Câmara insista em sua votação, o
presidente Lula não tem nenhum interesse em sua
aprovação, já que afronta todos os princípios de
Administração e Gestão Pública, que o governo
defende.
Nesses 8 meses já deu demonstrações de boa vontade,
ao reajustar os salários dos servidores em 2023,
criar a Mesa Nacional de Negociação Permanente e
anunciar que promoverá novos concursos para repor
quadro no serviço público.
Movimento sindical
No terceiro governo Lula, o movimento sindical retomou
protagonismo, passando a ser ator relevante, numa
relação complemente diferente dos governos Temer e
Bolsonaro, quando havia completo desprezo pela
representação dos trabalhadores, que era solenemente
ignorada nos debates relevantes de interesse dos
assalariados.
Os espaços de diálogos e de negociação foram
retomados e até o Judiciário passou a reconhecer os
excessos daqueles 2 governos — Temer e Bolsonaro —,
inclusive em relação à contribuição assistencial,
fonte de custeio que havia sido proibida pela
Reforma Trabalhista.
O novo governo não apenas resgatou a importância e o
protagonismo do movimento sindical, como está
disposto a rever alguns aspectos da legislação que
enfraqueceu as entidades sindicais, dentre os quais:
1) restabelecer a rescisão no sindicato (homologação),
só permitindo na empresa se esta for a opção do
trabalhador;
2) fortalecimento da negociação coletiva; e
3) revisão das fontes de financiamento das entidades
sindicais, com a revogação dos dispositivos da CLT
que proíbem o desconto de contribuição sindical sem
concordância previa do trabalhador.
Poder Legislativo
Entretanto, se no Poder Executivo, liderado pelo
presidente Lula, os trabalhadores e suas entidades
encontram ambiente favorável, o mesmo não ocorre no
Congresso Nacional, onde a correlação de forças é
desfavorável aos trabalhadores. Por isso, é preciso
ter muita prudência nesse momento de transição.
É nesse cenário, com governo com agenda mais social
e de reconstrução do Estado, porém com Congresso
refratário (resistente) à essa pauta, que os
trabalhadores em geral e as lideranças sindicais, em
particular, terão que defender sua agenda e
enfrentar os desafios dos próximos 4 anos.
Por isso, é fundamental que os trabalhadores — do
setor público e do setor privado — e o movimento
tenham clareza de que a correlação de forças ainda
lhes é muito desfavorável no Congresso Nacional e na
sociedade, e esta constatação exige muita calibragem
nas propostas, sob pena de inviabilizar avanços,
mesmo que incrementais.
Na relação com o governo Lula será benigna e será
possível e factível avançar com segurança, e de modo
firme, porém sem aventuras ou propostas que não
levem em consideração a correlação de forças. Em
ambientes com essas características, a defesa do
ideal pode comprometer o possível.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo pela FGV.
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”. Foi diretor de Documentação do Diap.
Membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República (Conselhão). Publicado originalmente na
revista eletrônica Teoria&Debate.
Fonte: Diap
06/09/2023 -
Tragédia em Cabreúva: é urgente investir em saúde e
segurança no trabalho
A notícia de 5 mortes e mais de 30 feridos em uma
metalúrgica em Cabreúva, interior de São Paulo,
entristece e revolta. É uma tragedia que mostra como
é fundamental a luta por mais investimentos em saúde
e segurança e pelo meio ambiente saudável no
trabalho. Uma luta que, infelizmente, foi
prejudicada pela retirada de direitos trabalhistas e
pela retrógrada visão de que investir em proteção é
despesa.
Conforme informou a imprensa, a metalúrgica não
tinha AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros),
documento que assegura que o espaço tenha condições
para lidar com situações de incêndio e pânico, que
necessitem de rápida evacuação.
Isso é mais um reflexo de uma política de descaso
com o povo, que vivemos nos governos de Michel Temer
e Jair Bolsonaro. Foram governos que se esforçaram
para destruir a proteção e as perspectivas dos
trabalhadores, desmontando o Ministério do Trabalho,
acabando com a fiscalização e inspeção, e,
principalmente, atacando os sindicatos e a luta dos
trabalhadores e trabalhadoras por condições dignas e
seguras no exercício de suas funções.
A história nos ensina que só coletivamente podemos
dar solução aos problemas sociais, e isso nada mais
é que a expressão de um Sindicato Forte.
Precisamos de Sindicatos Fortes para que notícias
como a das mortes e feridos em Cabreúva parem de
ocorrer. É necessário fortalecer uma política de
Estado que efetive o sistema de prevenção de doenças
e acidentes de trabalho e garanta instrumentos
legais para a fiscalização em defesa do meio
ambiente profissional e da saúde do trabalhador.
Exigimos dos governos e das autoridades uma
investigação rigorosa com responsabilização e
punição dos culpados. O trabalho deve ser um meio de
vida e não o caminho para a morte.
Expressamos nossa solidariedade aos familiares
enlutados e aos acidentados.
São Paulo, 2 de setembro de 2023
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
Fonte: NCST
06/09/2023 -
Justiça suspende desligamentos do PDV da Eletrobras;
entenda
Eletrobras suspende desligamentos de funcionários
que aderiram ao PDV após decisão judicial. Entenda
os detalhes desta ação
A Eletrobras informou nesta segunda-feira (4) que, por
decisão judicial, suspendeu os desligamentos de
funcionários que aderiram ao Plano de Demissão
Voluntária (PDV).
A decisão vale para os processos que ainda não
tenham sido homologados. A empresa também suspendeu
as datas-limite do PDV.
Na última sexta-feira (1º), o ministro Agra
Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
havia determinado a suspensão por 15 dias dos
desligamentos ainda não homologados.
Sindicatos pressionam por suspensão de PDV
As entidades sindicais de trabalhadores que fizeram o
pedido de suspensão.
A decisão judicial foi tomada no âmbito do dissídio
coletivo que tramita no TST e que busca definir a
cláusula do acordo coletivo 2020/2022 que trata da
dispensa em massa e dos planos de demissão
voluntária.
Segundo o TST, em 16 de agosto o ministro Agra
Belmonte apresentou, em uma audiência de
conciliação, a proposta de reabertura do PDV nas
mesmas condições para todos.
Mas, mesmo depois do prazo judicial, os sindicatos
informaram que a empresa não havia apresentado sua
contraproposta e que ela estaria condicionando a
negociação à desistência do dissídio.
Por outro lado, a Eletrobras havia pedido a
interrupção, por 15 dias, para continuar as
negociações e encerrar o impasse de forma amigável.
Mas, como a Eletrobras não suspendeu os
desligamentos, nem mesmo preventivamente, o ministro
do TST decidiu suspendê-los.
“Por fim, em razão das tratativas que parecem estar
sendo encaminhadas, o relator julgou prudente
determinar a suspensão do dissídio por 15 dias e a
suspensão dos desligamentos e das datas-limites do
PDV 2023, sob pena de multa de R$1 mil por cada
trabalhador em caso de descumprimento”, informa nota
do TST, divulgada no sábado (2).
De acordo com a Eletrobras, 353 rescisões de
contratos realizadas em 31 de agosto e que não
tinham sido homologadas foram suspensas. Antes
disso, em junho e julho, a empresa já havia
desligado 87 funcionários.
Ao todo, de acordo com a Eletrobras, 1.437
funcionários se inscreveram no PDV, em junho e
julho. A empresa informou ainda que está adotando as
medidas “necessárias à defesa de seus interesses”.
Em nota divulgada na sexta-feira (1º), a Eletrobras
informou que, para garantir a continuidade de suas
operações, não desligará nenhum funcionário de
usinas e subestações de transmissão até 31 de
dezembro.
De acordo com a empresa, 102 novos profissionais
foram contratados. Até dezembro, serão mais 730
contratações para as áreas de operação e manutenção
das empresas do grupo.
A privatização da Eletrobras aconteceu em junho de
2022. Em junho deste ano, a empresa lançou seu PDV.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/09/2023 -
CNTI protocola no STF parecer favorável à ação que
discute poder de voto da União na Eletrobrás
Parecer foi elaborado pelo professor André Ramos
Tavares, titular de Direito Econômico da USP
O professor André Ramos Tavares, titular de Direito
Econômico da USP, elaborou parecer favorável à ADI
apresentada pelo governo Lula (PT) contra a
supressão do direito de voto das ações da União na
Eletrobrás. Segundo o parecer, o subsistema formado
pelas alíneas a, b e c, do inciso III, do art. 3º da
Lei n. 14.182/2021 não deve ser interpretado com o
propósito de limitar os direitos políticos detidos
pelo Estado brasileiro.
"Independentemente de sua privatização e do modelo
operacional que venha a ser adotado, e, ainda,
independentemente de uma governança corporativa que
proteja os acionistas minoritários, a União tem um
dever constitucional, de zelar pelo interesse
nacional, instrumentalizado pelo seu direito
societário de voto proporcional nas assembleias da
companhia. Ao menos que se queira assumir de pronto
a adoção de mecanismos potencialmente
inconstitucionais, a observância das cláusulas
constitucionais acima destacadas [previsões
incutidas no art. 22, inc. IV (normativa), no art.
21, inc. XII, “b” (material) e no art. 176, §1º
(outorga)] deve ser sempre a premissa básica para a
análise e aplicação de todo o restante do
Ordenamento Jurídico", argumenta Tavares.
"Assim, quando se discute a adoção de mecanismos,
como o voting cap, para a limitação do uso de ações
ordinárias – que na linguagem societária significa
limite de direito societário de voto em assembleias
de acionistas – é imprescindível compatibilizar a
incidência desse mecanismo dentro do contexto
público no qual está inserida a empresa. Estamos
falando de uma empresa que presta serviço de
natureza essencial, no qual uma das acionistas é a
União, entidade de Direito Público que possui
patrimônio e obrigações constitucionais (desde a
continuidade da prestação de serviço público
essencial à proteção dos recursos naturais, como
veremos adiante) que não podem ser limitados sem
qualquer compensação funcional (e, aqui, exclui-se o
mecanismo da golden share enquanto contrapartida,
visto que não se presta a essa finalidade). E não se
admite essa limitação nem por Lei, nem por Estatuto,
tampouco por outro mecanismo societário",
complementa.
O parecer foi protocolado nesta quinta-feira (31)
nos autos da ADI 7385 pelo escritório Souza Neto e
Tartarini Advogados, representante da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e
entidades representativas dos trabalhadores da
Eletrobrás.
Fonte: Brasil247
05/09/2023 -
Que está por trás do debate sobre o financiamento
sindical?
Na última quinta-feira (31), o plenário
virtual do STF (Supremo Tribunal Federal) formou,
até o momento, maioria de 6 a 0, com voto do
ministro Alexandre de Moraes para constitucionalizar
a chamada “contribuição assistencial” aos
sindicatos.
Marcos Verlaine*
Assim, com objetivo de subsidiar este debate,
reduzido e amesquinhado, pela imprensa grande,
mercado e capital, a apenas ao custeio dos
sindicatos, sem considerar o papel dessas entidades
sindicais no desenvolvimento das relações de
trabalho, com conquistas relevantes para os
trabalhadores, e manutenção de direitos, sem os
quais, hoje, a vida desses trabalhadores seria,
infinitamente, mais difícil e precária.
Essa contribuição consiste em desconto feito em
folha de pagamento, pelas empresas, com porcentual
definido em assembleia. O objetivo dessa
contribuição é custear as atividades coletivas dos
sindicatos, como as campanhas de dissídio salarial
coletivo.
O dissídio coletivo de trabalho representa o
processo jurídico para resolver conflitos coletivos
no ambiente laboral, envolvendo interesses comuns de
grupos de trabalhadores e empregadores (patrões),
mediados por entidades sindicais, em particular, os
sindicatos.
Esse debate voltou a ganhar os holofotes, com a
vitória do presidente Lula (PT), que reabriu a
discussão em torno do financiamento sindical,
desmantelado pela Reforma Trabalhista, no contexto
da Lei 13.467/17, que entre outras medidas
drásticas, extinguiu o chamado imposto sindical
obrigatório, que 1 vez por ano cobrava de todos os
trabalhadores formais 1 dia de trabalho, com
desconto compulsório em folha.
Contribuição desobrigada
Essa contribuição não foi extinta. Foi tornada
voluntária e para que seja descontada no
contracheque, o trabalhador deve ir pessoalmente ao
sindicato e autorizar, formalmente, por meio de
documento assinado, o repasse ao sindicato.
Mas qual trabalhador vai fazer isso, com a
demonização da contribuição sindical, e pior, do
sindicato? Essa demonização está na mídia e é feita
cotidianamente pelos patrões, pelo chamado mercado e
o capital, que são inimigos dos direitos dos
trabalhadores, cujos defensores desses direitos, são
os sindicatos.
Essa demonização, levada aos estertores, serviu de
caldo de cultura para fomentar a chamada Reforma
Trabalhista, aprovada pelo Congresso, e sancionada
pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017, que
entre outras questões alterou profundamente as
relações de trabalho no Brasil¹.
Entenda o retorno da contribuição assistencial
Sobre a chamada “contribuição assistencial”, o STF
fixou, em 2017, a seguinte tese: “É inconstitucional
a instituição, por acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa, de contribuições que se imponham
compulsoriamente a empregados da categoria não
sindicalizados” (STF, Pleno, RG-ARE 1.018.459/PR,
relator ministro Gilmar Mendes, j. 23.02.2017, DJe
10.03.2017).
Todavia, 6 anos depois, no mesmo processo,
apreciando recurso de embargos de declaração (com a
finalidade específica de esclarecer contradição),
após voto-vista do ministro Luís Roberto Barroso, e
dos votos de outros ministros, o relator, Gilmar
Mendes acolheu o recurso, com efeitos infringentes
(capacidade de reformar ou modificar decisão
judicial), para admitir a cobrança da contribuição
assistencial, inclusive dos trabalhadores não
filiados, assegurando ao trabalhador o direito de
oposição, fixando a seguinte tese (Tema 935 da
Repercussão Geral): “É constitucional a instituição,
por acordo ou convenção coletivos, de contribuições
assistenciais a serem impostas a todos os empregados
da categoria, ainda que não sindicalizados, desde
que assegurado o direito de oposição” (STF, Pleno,
sessão virtual, de 14/4/23 a 24/4/23).
Em resumo, a fundamentação do ministro Luís Roberto
Barroso, para dar efeito modificativo à decisão foi:
• que as contribuições assistenciais não se
confundem com a contribuição sindical — também
conhecida como “imposto sindical” —, cuja cobrança
deixou de ser obrigatória, a partir da Reforma
Trabalhista, de 2017;
• que a cobrança das contribuições assistenciais
está prevista na CLT desde 1946, ao contrário da
contribuição ou “imposto” sindical;
• que a arrecadação das contribuições assistenciais
só pode ocorrer para financiar atuações específicas
dos sindicatos em negociações coletivas;
• que, como a jurisprudência do STF, construída ao
longo dos últimos anos, passou a conferir maior
poder de negociação aos sindicatos, identificou-se
contradição entre prestigiar a negociação coletiva
e, ao mesmo tempo, esvaziar a possibilidade de sua
realização, ao impedir que os sindicatos recebam por
atuação efetiva em favor da categoria profissional;
e
• que, por esse motivo, no seu novo voto permite-se
a cobrança das contribuições assistenciais previstas
em acordo ou convenção coletiva de trabalho,
assegurado ao trabalhador o direito de se opor ao
desconto, tratando-se de solução intermediária, que
prestigia a liberdade sindical e, ao mesmo tempo,
garante aos sindicatos alguma forma de
financiamento.
Desobrigação sem regra de transição
O objetivo do fim do desconto obrigatório do imposto
ou contribuição sindical não foi para proteger o
trabalhador “espoliado” pelo sindicato. Teve o
objetivo, isto sim, de desmontar, destruir o
sindicato, para que essa barreira de contenção
contra o apetite patronal contra os direitos dos
trabalhadores deixasse, efetivamente, de existir.
Sem sindicatos fortes, organizados, com recursos
materiais e financeiros, seria mais fácil destruir
direitos e conquistas. Essa foi a razão central do
fim compulsório da contribuição sindical.
E como o objetivo não era privilegiar a negociação
coletiva, sequer, na lei foi escrita alguma regra de
transição, para que os sindicatos pudessem se
preparar para as turbulências naturais que adviriam
com o fim da obrigatoriedade de repasses desses
recursos.
CLT sempre privilegiou a negociação sobre a lei
Em nota técnica, ainda no calor do debate no
Congresso, da contrarreforma trabalhista, o MPT
(Ministério Público do Trabalho) esclareceu que o
objetivo de explicitar em lei, o chamado “negociado
pelo legislado” não foi para beneficiar ou
privilegiar os acordos ou convenções coletivas. Ao
contrário.
Até porque, segundo a nota técnica, isto sempre
existiu. As convenções coletivas sempre procuravam
avançar em relação à CLT. Não era necessário tentar
garantir o que já estava consignado na legislação
trabalhista. E os acordos coletivos, esses
procuravam avançar em relação às convenções. Isto é,
esse comando implícito não era para retirar
direitos. Ao explícitá-lo, o objetivo era suprimir
direitos.
Assim, o objetivo implícito de apor em lei o
“negociado sobre o legislado” era destruir direitos
e conquistas. Isto, agora, está explícito.
Sindicato é mais que impostos ou contribuições
Com a decisão majoritária do Supremo, a imprensa
grande, o mercado e o capital abriram as baterias,
novamente, contra o movimento sindical. Embora todas
estas instituições saibam, muito bem, a diferença
entre a “contribuição sindical”, obrigatória,
obrigatoriedade essa extinta pela Lei 13.467 e a
“contribuição assistencial”, fruto do processo
negocial entre patrões e suas entidades
representativas, e os trabalhadores e suas entidades
representativas, cujo desconto e percentual, com
limites, se dá por meio de assembleia convocada para
tal fim.
Mídia grande — jornais, portais, TV, rádios, blogs e
canais digitais de direita — que defende os
interesses patronais, mercado (empresas), voraz que
quer suplantar direitos para obtenção de lucros
maiores, e capital, cujo propósito central é o lucro
e sua manutenção acima de tudo, reduzem esse debate,
viciado, à apenas a questão do financiamento dos
sindicatos.
Assim, parecer ser mais fácil enganar os
trabalhadores, que são estimulados, por todos os
meios, a demonizar os sindicatos e qualquer tipo de
luta coletiva para conquistar direitos e mantê-los.
Papel dos sindicatos
Invenção inteligente e relativamente simples, surgida
no século 19, o sindicato, é o “advogado” do
trabalhador, que defende os direitos e conquistas
dos segmentos profissionais representados pelo
sindicato.
Sem os sindicatos, talvez, até o ar que se respira
seria pago, porque no capitalismo, tudo é
transformado em mercadoria.
As organizações sindicais de modo geral, e os
sindicatos, em particular, exercem 4 macrofunções,
quais sejam: 1) organizar, representar e
defender os direitos e interesses dos trabalhadores
da categoria profissional, inclusive como substituto
processual; 2) negociar ou promover a
contratação coletiva, podendo, para tanto, realizar
movimentos paredistas (greve) na hipótese de recusa
patronal; 3) formar para a cidadania, o que
consiste em promover cursos, seminários, simpósios,
congressos e mobilizações para desenvolver o senso
crítico dos trabalhadores; e 4) lutar por
justiça social, o que pressupõe participar e
influenciar as decisões e processos políticos para
que haja equidade na distribuição da riqueza, com
garantia de dignidade ao trabalhador durante sua
vida laboral e na aposentadoria².
Entenda as fontes do financiamento sindical
Se os trabalhadores e trabalhadoras não sustentarem
seus sindicatos, quem vai sustentá-los? É como dizem
os britânicos: “não tem almoço de graça”.
Os patrões — como classe social — têm clareza disso,
por isso fazem de tudo para enfraquecer os
sindicatos e outras organizações que representam os
trabalhadores, os direitos e as conquistas desses,
como classe social. O objetivo é dispersar,
desorganizar — como classe social —, a fim de
impedir avanços econômicos e sociais.
As fontes de custeio sindical são 4: contribuição
sindical, contribuição assistencial, contribuição
confederativa e contribuição associativa.
A sindical, que era obrigatória, e 1 vez por ano era
descontado 1 dia de trabalho de todos na categoria
profissional, teve a obrigatoriedade extinta pela
chamada “Reforma Trabalhista”.
A assistencial, busca custear as atividades
assistenciais do sindicato, principalmente as
negociações coletivas em que todos os trabalhadores
são beneficiados sejam filiados, ou não. Este foi o
entendimento que o Supremo formou maioria para
validar a cobrança da contribuição.
A confederativa é aplicável apenas aos empregados
filiados ao sindicato e o valor varia, sendo
definido anualmente em assembleia, conforme
determina a Constituição Federal. Destina-se à
manutenção dos serviços prestados pela entidade aos
trabalhadores.
A associativa é a mensalidade cobrada pelos
sindicatos apenas de trabalhadores sindicalizados,
que obtêm série de benefícios, como convênios e
descontos em serviços.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
¹ Síntese dessas mudanças introduzidas pela
contrarreforma trabalhista:
• acordos coletivos passaram a prevalecer sobre a
legislação. Com isso, o que for acertado entre
empregado e empregador não é vetado pela lei,
respeitados os direitos essenciais, como férias e
13º salário;
• pagamento da contribuição sindical, equivalente a
1 dia de trabalho, deixou de ser obrigatório;
• jornada de trabalho, antes limitada a 8 horas
diárias e 44 horas semanais, pode ser agora pactuada
em 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso,
respeitadas as 220 horas mensais;
• férias, de 30 dias corridos por ano, agora podem
ser parceladas em até 3 vezes;
• possibilidade do trabalho intermitente, com
direito a férias, FGTS, contribuição previdenciária
e 13º salários proporcionais. O salário não pode ser
inferior ao mínimo, nem aos vencimentos de
profissionais na mesma função na empresa. Todavia,
os contratos intermitentes remuneram apenas as horas
trabalhadas e nada mais; e
• grávidas e lactantes só poderão trabalhar em
locais com insalubridade de grau médio ou mínimo.
Mesmo assim, se for por vontade própria e desde que
apresentem laudo médico com a autorização.
² Para que serve e o que faz o movimento sindical,
3ª edição atualizada e ampliada (DIAP).
Fonte: Diap
05/09/2023 -
Micro e pequenas empresas lideram geração de
empregos em julho
As micro e pequenas empresas (MPEs) são o
carro-chefe da criação de empregos com carteira
assinada no país. Em julho, 79,8% das vagas abertas
no Brasil foram absorvidas pelos pequenos negócios.
Isso representa 113,8 mil postos de trabalho de um
total de 142,7 mil. O levantamento foi feito pelo
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae) e obtido em primeira mão pela
Agência Brasil. Esse montante representa uma média
de 3.670 vagas formais geradas a cada dia.
O volume total criado pelas MPEs é quase seis vezes
maior que o número de contratações das médias e
grandes empresas (MGEs), que concentraram 13,5% das
vagas criadas (19.229). Os demais segmentos são
instituições sem fins lucrativos (3.813), pessoas
físicas (6.032) e administração pública (-200).
No levantamento do Sebrae, são consideradas
microempresas as firmas com até nove empregados
(agropecuária, comércio e serviço) ou 19
funcionários (indústria e mineração). Pequenas
empresas são as que têm até 49 trabalhadores
(agropecuária, comércio e serviço) ou 99 empregados
(indústria e mineração).
Fonte: Agência Brasil
04/09/2023 -
Orçamento de 2024 prevê salário mínimo de R$ 1.421
Valor é R$ 32 maior que o aprovado na LDO
A nova regra de correção fez o governo elevar a
previsão para o salário mínimo no próximo ano. O
projeto da Lei Orçamentária de 2024, que será
enviado até o fim da tarde desta quinta-feira (31)
ao Congresso, prevê o mínimo de R$ 1.421, R$ 32 mais
alto que o valor de R$ 1.389 proposto na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O valor, confirmado pela ministra do Planejamento,
Simone Tebet, representa aumento real (acima da
inflação) de 7,7% em relação a 2023. A alta obedece
ao retorno da regra de correção automática do
salário mínimo, sancionada nesta semana pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido
extinta em 2019.
Essa regra estabelece que o salário mínimo subirá o
equivalente ao Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro
do ano anterior mais o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no
país) de dois anos antes. Para 2024, a correção
considera o PIB de 2022, que cresceu 2,9%.
O valor final do salário mínimo em 2024 pode ficar
ainda maior, caso o INPC até novembro suba mais que
o esperado até novembro. Com base na inflação
acumulada entre dezembro de 2022 e novembro de 2023,
o governo enviará uma mensagem modificativa ao
Congresso no início de dezembro.
A previsão oficial para o INPC em 2023 está 4,48%. O
valor consta no último Relatório de Avaliação de
Receitas e Despesas, divulgado no fim de julho. A
próxima estimativa será divulgada no fim de
setembro, na nova edição do Boletim Macrofiscal pela
Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Fazenda.
Fonte: Agência Brasil
04/09/2023 -
Moraes vota e forma maioria no STF pela contribuição
assistencial
Moraes vota e forma maioria no STF a favor da
cobrança de contribuição assistencial em assembleias
sindicais.
Na quinta-feira, 31, o ministro do STF Alexandre de
Moraes, que havia liberado o caso para julgamento em
26 de junho de 2023 depois de pedir vista, votou a
favor da cobrança de contribuição assistencial de
trabalhadores não sindicalizados com valor
determinado em assembleias.
Dessa forma ele formou maioria em favor dos
Sindicatos. Em seu voto Moraes disse que:
“A contribuição assistencial tem por escopo
principal custear as negociações coletivas. Logo, se
não puder ser cobrada dos trabalhadores não
filiados, é previsível que haja decréscimo nesse
tipo de arrecadação com repercussão negativa nas
negociações coletivas, como apontado pelo Min.
ROBERTO BARROSO e ratificado pelo Min. GILMAR
MENDES”.
Também votaram a favor da contribuição assistencial
os ministros Gilmar Mendes (que mudou seu
entendimento), Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson
Fachin e Dias Toffoli.
O advogado César Augusto de Mello , assessor jurídico
da Força Sindical, explicou para o Rádio Peão Brasil
a importância do voto de Moraes:
“Está tramitando no STF a ação que tratava da
contribuição assistencial aprovada em assembleia.
Até então o STF tinha o entendimento que
contribuição poderia ser estipulada em assembleia
somente para associados ao sindicato.
Recentemente o STF retomou o julgamento da ação e
revertou seu entendimento anterior, inovando na
decisão no sentido de que o sindicato pode estipular
a contribuição assistencial em assembleia nos termos
do art. 513, e, da CLT é essa contribuição deverá
ser pagar por todos os integrantes da categoria,
associados ou não ao sindicato.
Agora falta definir se a oposição será feita na
assembleia ou num prazo a ser estipulado pelo
sindicato. Com o voto de hoje, de Alexandre de
Moraes, esse entendimento já é maioria no STF (são
06 votos favoráveis de um total de 11), sem
possibilidade de reversão da tese.
Não é o ideal, mas sem dúvida um grande avanço
considerando as decisões anteriores”.
A importância da contribuição assistencial
A contribuição assistencial desempenha um papel
crucial na sustentação das estruturas sindicais,
fortalecendo sua capacidade de lutar pelos direitos
trabalhistas.
Primeiramente, ela permite que os sindicatos
representem os interesses dos trabalhadores perante
os empregadores e o governo de forma eficaz.
Além disso, viabiliza a realização de negociações
coletivas que estabelecem melhores condições de
trabalho, salários justos e benefícios essenciais.
A contribuição assistencial também é fundamental
para manter a estrutura administrativa e jurídica
dos sindicatos.
Isso inclui a contratação de advogados
especializados em direito trabalhista, que podem
defender os interesses dos trabalhadores em casos de
conflito com os empregadores.
Essa contribuição auxilia na organização de
campanhas de conscientização e mobilização,
permitindo que os sindicatos informem os
trabalhadores sobre seus direitos e incentivem a
participação ativa na defesa de suas condições de
trabalho.
Sem a contribuição assistencial, os sindicatos
enfrentariam dificuldades para manter suas operações
e, consequentemente, a representação dos
trabalhadores seria enfraquecida.
Portanto, a contribuição assistencial desempenha um
papel vital na preservação dos sindicatos como
entidades capazes de proteger os direitos
trabalhistas.
Ela garante que os sindicatos possam cumprir sua
missão de assegurar condições laborais justas e
dignas, promovendo a equidade e a segurança no
ambiente de trabalho.
Fonte: Rádio Peão Brasil
04/09/2023 -
Nunes Marques, do STF, libera julgamento sobre
correção do FGTS
Julgamento tem 2 votos a favor para, no mínimo,
equiparar o rendimento do fundo ao da poupança; 8
ministros ainda vão se manifestar no processo
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal
Federal (STF), liberou para julgamento o processo
que discute a correção monetária do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Nunes Marques havia pedido vista em abril. Até a
análise ser suspensa, o placar estava em 2 a 0 para
que a correção dos valores do fundo seja no mínimo
igual à da caderneta da poupança. Ainda não há data
para o julgamento ser retomado.
Atualmente, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial
(TR) +3%. O Solidariedade, que propôs a ação,
argumenta que desde 1999 esse índice não é
suficiente para repor o poder aquisitivo dos
trabalhadores.
Por isso, a legenda pede que a TR seja substituída
por um índice ligado à inflação, como o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O relator, Luís Roberto Barroso, acolheu
parcialmente o pedido. Para o ministro, não há
inconstitucionalidade no uso da TR, nem previsão
constitucional para que os valores do FGTS sejam
indexados à inflação.
Mas, como o FGTS se assemelha a uma poupança
compulsória, ele entende que a correção não deve
ficar abaixo dos juros da poupança. Ele foi seguido
por André Mendonça.
O ministro defendeu, ainda, que a decisão não pode
retroagir – ou seja, só deve valer a partir da
publicação da ata do julgamento.
A proposta contraria segurados do fundo, que
esperavam obter a correção retroativa. Mas agrada ao
governo, que alega um impacto de R$ 295 bilhões aos
cofres públicos se o Supremo determinar o pagamento
dos valores atualizados até 1999.
Fonte: InfoMoney
04/09/2023 -
Greves caem ao menor patamar em dez anos, diz DIEESE
Greves: Foram feitas, segundo a pesquisa, 558
paralisações de trabalhadores de janeiro a junho.
Descontado os dois anos da pandemia de covid-19, o
primeiro semestre de 2023 teve o menor número de
greves desde 2014, segundo o levantamento do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). . Em 2022, no mesmo
período, foram 679. Em 2014, foram 1.233
mobilizações nos primeiros seis meses do ano.
A maioria das greves e dos movimentos realizados
neste ano partiu de funcionários do setor público
(60,8%). Em 37,5% as greves foram feitas por
funcionários de empresa privadas, enquanto 1,8% das
paralisações envolveu as duas categorias de
trabalhadores.
Reajuste do Salário
O reajuste salarial é a reivindicação que mais aparece
como motivação das greves (41,6%), seguida por
pagamento do piso salarial para as categorias
(32,8%). No entanto, também são significativos os
movimentos que têm na pauta a melhoria das condições
de trabalho (21,5%) e o pagamento de salários em
atraso (20,1%). Em 65% dos conflitos, houve
atendimento ao menos parcial das demandas.
Nas greves do serviço público, a maior parte partiu
de trabalhadores municipais (74%), enquanto
servidores estaduais protagonizaram 20,7% dos
movimentos e federais 4,3%. Nesses movimentos, o
reajuste salarial e pagamento dos pisos de categoria
continuam a ser as reivindicações mais importantes,
presentes em 54,5% e 52,3% das mobilizações,
respectivamente. Porém, a melhoria das condições de
trabalho tem maior importância na pauta dessas
paralisações, presente em 30% das pautas, e a
melhoria dos serviços públicos também foi
reivindicada em 27,9% dessas greves.
Nas greves do setor privado, 49,3% das mobilizações
pediam pagamento de salários em atraso. As
reivindicações sobre alimentação, como pagamento de
vales e auxílios, vêm em segundo lugar de
importância, presentes em 36,4% dos movimentos
enquanto os pedidos de reajuste salarial aparecem em
terceiro lugar, em 23,4% das greves.
Confira o documento do DIEESE – balanço das greves
Incertezas
Para o sociólogo do Dieese, Rodrigo Linhares, a
redução do número de greves se deve, em parte, a uma
menor sensação de segurança dos trabalhadores devido
às sucessivas crises nos últimos anos. “Os
movimentos de greves são sempre deflagrados tendo em
conta uma expectativa plausível de ganho”, enfatiza.
“Quando existe insegurança no ar, isso já é um
motivo para que nas assembleias trabalhadores de
empresas privadas ou do Estado fiquem mais
reticentes na hora de votar a deflagração de uma
greve”, acrescenta.
Além disso, as reformas trabalhista e sindical
impactaram, segundo o especialista, na capacidade
dos sindicatos em promover mobilizações e
negociações. “Os sindicatos tinham que se virar com
um corte grande de recursos, dispensar funcionários,
assessores”, diz.
Fonte: Agência Brasil
04/09/2023 -
Nova Central e demais centrais aderem ao Pacto
Nacional pelo Combate às Desigualdades
A Nova Central e as demais centrais aderiram ao
Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades e
destacaram em um documento 10 iniciativas sindicais
para atuar no sentido da superação desses problemas.
Leia a íntegra do documento
10 INICIATIVAS SINDICAIS PARA O COMBATE ÀS
DESIGUALDADES
A formação econômica do Brasil é marcada por um
modelo que promove e reproduz várias formas de
desigualdades e que são fortemente sentidas pelas
mulheres, pelos negros e negras, pela classe
trabalhadora, pela população periférica, pelos povos
indígenas, pelas pessoas com deficiência, pela
população LGBTQIAPN+, entre outros.
As desigualdades são obstáculos estruturais para o
país alçar a um padrão de desenvolvimento econômico,
social e ambiental sustentável e capaz de oferecer à
nação condições de vida justas, relações solidárias,
participação social e inclusão inovadora.
As Centrais Sindicais se somam a outras organizações
nesse movimento do Pacto Nacional de Combate às
Desigualdades e propõe 10 iniciativas sindicais para
atuar no sentido da superação desses problemas:
1. Atuar para manter a Política Nacional de
Valorização do Salário Mínimo, visando elevar o
salário base (piso nacional) da economia, proteger
trabalhadores e beneficiários da seguridade social e
diminuir a desigualdade entre os menores e maiores
salários.
2. Incluir cláusulas com regras e políticas que
assegurem o princípio de “trabalho igual, salário
igual” para mulheres, população negra e pessoas com
deficiência, nos Acordos e nas Convenções Coletivas
de Trabalho, por meio das negociações coletivas.
3. Promover a negociação de melhores condições de
trabalho, de proteção trabalhista e previdenciária
para os trabalhadores e trabalhadoras mediados por
plataformas e aplicativos.
4. Ampliar a base de cobertura e de proteção
sindical para toda a classe trabalhadora em todas as
formas de vínculo, de ocupação ou de relação de
trabalho, atuando para estender as proteções
trabalhistas e previdenciárias a todos.
5. Atuar para reorganizar e fortalecer o Sistema
Público de Emprego, Trabalho e Renda para promover
políticas de proteção dos empregos, assistir aos
desempregados, garantir acesso à intermediação de
mão-de-obra e ao microcrédito produtivo, com
especial atenção à promoção da qualificação
profissional continuada, com gestão tripartite no
setor público e “sistema S” e participação das
organizações da sociedade civil na sua promoção.
6. Defender nos espaços de participação social, em
todos os níveis de governo, a centralidade das
políticas de trabalho e emprego, com atenção
prioritária ao combate à informalidade, à geração de
empregos de qualidade e à redução da jornada de
trabalho.
7. Valorizar e promover a negociação coletiva
conduzida por entidades sindicais representativas
como principal meio para tratar das inúmeras
questões desafiadores decorrentes das mudanças no
mundo do trabalho, com a implementação do direito de
negociação coletiva para os trabalhadores do setor
público em todos os níveis e esferas, fortalecendo a
contratação coletiva e o sistema sindical no setor
público e privado.
8. Assegurar que os acordos e as convenções
coletivas, ao tratar das mudanças na estrutura e no
processo produtivo decorrentes de iniciativas para
uma economia de baixo carbono, considerem os
princípios da Transição Justa, valorizando a
negociação coletiva, a proteção ao trabalho, a
implementação de políticas públicas compensatórias,
o respeito pelos direitos humanos e a cultura de
comunidades impactadas e em consonância com os ODS –
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
9. Desenvolver iniciativas para a promoção da
reforma agrária, de valorização da agricultura
familiar e de fortalecimento das micro e pequenas
empresas.
10.Promover a ampliação da participação das mulheres
e dos negros nas estruturas sindicais, eliminando
desigualdades de representação política nas
entidades sindicais.
Brasília, 30 de agosto de 2023
Fonte: NCST
01/09/2023 -
Desembargador que participará do ‘Revoga Já’ defende
a legalidade da Contribuição Assistencial e a
necessidade de o Estado sustentar o Movimento
Sindical
Dr. Luiz Alberto de Vargas será um dos
debatedores do evento que acontece no dia 12 de
setembro
O Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT-4), Dr. Luiz Alberto de Vargas, é presença
confirmada no movimento ‘Revoga Já!’, organizado
pelo Fórum Sindical Ampliado (FSA), que acontecerá
via videoconferência, no próximo dia 12, a partir
das 19 horas, numa mobilização nacional da classe
trabalhadora pela revogação da reforma trabalhista
de 2017.
Reconhecido pela sua atuação em defesa dos
trabalhadores, Dr. Vargas é um ferrenho defensor da
urgente necessidade de se tomar medidas de interesse
da classe trabalhadora brasileira, dentre as quais o
financiamento sindical à luz da Constituição
Federal.
Traçando um panorama atual da realidade brasileira,
Vargas revela que ⅓ das famílias estão endividadas,
fruto do achatamento salarial promovido
consecutivamente pelos últimos governos neoliberais,
além da alta da inflação e a queda do Produto
Interno Bruto (PIB), sustentados pelos altos juros
impostos pelo Banco Central.
Tais variáveis, conforme o magistrado, dão a
importância de o Estado sustentar o movimento
sindical brasileiro que, há décadas, se coloca na
defesa de relações profícuas de trabalho, além da
defesa dos direitos da classe trabalhadora. “Atrás
de cada sentença de um juiz tem o trabalho de um
advogado e a atuação de um sindicato”, resume
Vargas, ao lembrar que toda vez que um trabalhador é
demitido ele se socorre no sindicato, pois é aí que
recebe a sustentação jurídica e o apoio.
Vargas também lembra que há muito a contribuição
sindical foi estigmatizada e colocada como um grande
absurdo pela mídia. No entanto, conforme ele, ela é
necessária para garantir a luta sindical, a qual foi
aniquilada pela Reforma Trabalhista de 2017, que a
colocou como facultativa.
Acrescenta ainda que “Não há nada de incorreta e
ilegal, há não ser o preconceito patronal. Isso é um
absurdo, é um problema para o país, porque se não
tem sindicato não se tem convenção coletiva”,
assevera.
Neste sentido, Vargas entende ser urgente se fazer
uma “Reforma da Deforma Trabalhista de 2017, para
retomar o poder dos sindicatos”, de modo que todo o
trabalhador com contrato de trabalhado com mais de
um ano volte a ter a rescisão homologada pelo
sindicato, de modo que se garanta que ele receba o
que lhe é devido pelo empregador.
Outro ponto defendido entusiasticamente pelo
magistrado é a questão da unicidade sindical. “A
força de vocês mostra que é só quando o trabalhador
se une pela base, pelos seus interesses, é que a voz
dele passa a ser ouvida. É pela unidade que se ganha
força! Por isso é que o sindicato deve ser forte, e
isso é muito bom para o país, sendo que a própria
Constituição afirma que o sindicato é o grande
defensor dos direitos individuais e coletivos do
trabalhador”, avalia o magistrado ao mesmo tempo em
que adverte que as conquistas garantidas pela
Constituição não serão efetivas se a classe
trabalhadora não lutar por elas.
Além de Vargas, a mobilização do dia 12 de setembro
conta com a participação dos também desembargadores:
Dr. Marcelo Ferlin D´Ambroso (TRT-4); Dr. Jorge Luiz
Souto Maior (TRT-15 – aposentado); Dr. Mário Sérgio
Medeiros Pinheiro (TRT-1); Dra. Brígida Joaquina
Charão Barcelos (TRT-4) e a Juíza do Trabalho, Dra.
Ana Paula Alvarenga Martins. O link do evento será
divulgado oportunamente.
Para mais informações sobre o Fórum Sindical
Ampliado entre para o Grupo do WhatsApp
CLICANDO AQUI
#RevogaJá #LutaSindical #DireitosTrabalhistas #União
#Solidariedade #ResgateDosDireitos #MovimentoSindical
#TransformaçãoSocial
Fonte: Fetiesc
01/09/2023 -
Desemprego cai a 7,9% em julho e segue com a menor
taxa desde 2014, mostra IBGE
De acordo com dados da Pnad Contínua, divulgados
nesta quinta (31), o número de desempregados caiu
para 8,5 milhões de maio a julho. Foram menos 573
mil pessoas desocupadas em relação ao trimestre
encerrado em junho
A taxa de desemprego no Brasil registrou novo recuo
ao cair para 7,9% no trimestre encerrado em julho. O
resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado nesta
quinta-feira (31) pelo IBGE, segue no menor nível
para o período desde 2014, quando atingiu 6,7%, como
registrado também em junho. Com a queda, o número de
desempregados é de 8,5 milhões. São 573 mil pessoas
desocupadas a menos na comparação com o mês
anterior.
De acordo com a coordenadora de Pesquisas por
Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy, “esse recuo
no trimestre encerrado em julho ocorreu
principalmente pela expansão do número de pessoas
trabalhando”, observa. O total de pessoas ocupadas
no país voltou a crescer após dois trimestre em
queda. São 99,3 milhões em postos de trabalho, um
aumento de 1,3% em relação ao trimestre anterior,
com 1,3 milhão de pessoas a mais.
Perfil dos desempregados: com ou sem carteira
O número de empregados com carteira de trabalho
assinada no setor privado, contudo, ficou estável em
relação ao trimestre anterior. São 37 milhões em
postos de trabalho formais. Na comparação anual,
houve um crescimento de 3,4%. O que representa mais
1,2 milhão de pessoas com carteira assinada. A Pnad
Contínua também levanta a quantidade de pessoas
prestadoras de serviços e e trabalhos informais.
Nesse caso, 13,2 milhões empregados estão sem
carteira assinada no setor privado. Comparado ao
trimestre anterior, esse número cresceu 4%, com 503
mil pessoas a mais entre os trabalhadores por conta
própria. Mas ficou estável em relação ao último ano.
Queda no desemprego levar a menor taxa de
subutilização
A pesquisa sobre desemprego mostrou também que o total
de pessoas subutilizadas – que indica as que
gostariam de trabalhar mais – está em 20,3 milhões.
O que representa uma queda de 3,1% em relação ao
trimestre anterior. A taxa de subutilização também
caiu na comparação anual, com menos 3,4 ponto
percentual. E foi ainda menor do que relação a igual
trimestre do ano passado, com queda de 16,4%,
atingindo o menor contingente de pessoas
subutilizadas desde o trimestre encerrado em
fevereiro de 2016.
No período, o contingente de pessoas em desalento
fechou em 3,7 milhões. O número é estável em relação
ao trimestre e representa uma queda de 13,4% no ano.
Ao todo, foram menos 568 mil as que saíram da
situação de chegar a desistir de buscar por emprego.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/09/2023 -
Lula sanciona arcabouço; Congresso aprova mudança no
Carf e desonerações
Texto que limita gastos na União virou lei,
enquanto projeto do Carf segue para sanção
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
sancionou nesta quinta-feira (31) o texto do novo
arcabouço fiscal. Com isso, a regra virou lei e
encerrou definitivamente a vigência do chamado Teto
de Gastos, aprovado durante o governo de Michel
Temer (MDB).
O novo arcabouço prevê que os gastos do governo
podem aumentar, no máximo, 70% do crescimento da
arrecadação. A intenção do limite é estabilizar a
dívida pública nacional.
Diferentemente do Teto de Gastos, o arcabouço também
tem regras que garantem um crescimento mínimo para
as despesas, assegurando assim o funcionamento das
instituições do Estado e de programas sociais.
Congresso
Já o Senado aprovou na noite de quarta-feira (30) o
projeto de lei proposto pelo governo para mudanças
nas regras de julgamento do Conselho de
Administração de Recursos Fiscais (Carf).
O Carf é uma espécie de tribunal administrativo (não
pertence ao Judiciário) que julga principalmente
recursos de empresas contra autuações da Receita
Federal. Por exemplo: um auditor vai a uma fábrica e
detecta a sonegação de um tributo federal. A
fiscalização vira uma cobrança, que pode ser
questionada pela fábrica na própria Receita e,
depois, no Carf.
O texto, que segue agora para sanção, volta a dar ao
governo vitória em caso de julgamentos que terminem
empatados no órgão, como acontecia até mudanças na
gestão Bolsonaro em 20020.
A nova regra deve gerar uma arrecadação de até R$ 70
bilhões ao ano.
Incentivo para a produção
Já a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação da
desoneração em folha de pagamento dos 17 setores que
mais empregam no país, até até 2027. Podem se
beneficiar os setores de construção civil,
comunicação, transporte rodoviário, indústrias
têxtil, de calçados, máquinas e equipamentos e
proteína animal.
Lideranças do PT no Congresso reclamaram da medida,
que pode tirar do caixa do governo R$ 9,4 bilhões.
Ela agora será analisada pelo Senado.
Fonte: Brasil de Fato
01/09/2023 -
Bancada Sindical vê com indignação a falta de
proposta de reajuste do Governo e falta de
prioridade para pautas não remuneratórias
A Bancada Sindical, representando os (as)
trabalhadores (as) de diferentes setores do serviço
público federal, torna pública sua indignação frente
à proposta apresentada pelo governo durante a 4ª
Rodada da Mesa Nacional de Negociação. A proposta em
questão não prevê índice de reajuste salarial em
2024, uma vez que o Ministério da Gestão e Inovação
informou que foi feita uma reserva no orçamento
federal de 2024, de R$1,5 bilhão de reais, para
tratar de questões relativas aos(às) servidores(as)
públicos federais. Assim, no conjunto dos gastos, se
houver recomposição, esta será inferior a 1%!
A Bancada ressalta que este valor é considerado
insuficiente para suprir a demanda de recomposição
salarial necessária para cobrir as perdas
inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo
público. Em um cenário em que os(as) servidores(as)
públicos federais, durante a última década, sofreram
perdas salariais agudas, é imperativo que os
reajustes recomponham os salários, para que o
serviço público seja atrativo para os(as)
trabalhadores(as).
Além disso, a Bancada expressa sua preocupação
quanto à falta de prioridade dada às pautas não
remuneratórias e, em particular, a ausência de
qualquer manifestação a respeito da revogação do
Decreto 10.620/2021. Essa legislação, que versa
sobre a criação da unidade gestora previdenciária, é
uma questão que afeta diretamente os interesses dos
trabalhadores(as) e merece a devida atenção do
governo.
A Bancada Sindical reconhece a relevância da Mesa
Permanente na manutenção do diálogo entre os
trabalhadores públicos e o governo, mas exige que as
respostas do MGI às propostas feitas na mesa sejam
feitas de maneira mais objetiva. A valorização
dos(as) servidores(as) públicos e a atenção às suas
demandas são essenciais para um serviço público de
qualidade e uma sociedade mais justa. No entanto, os
dirigentes sindicais compartilham sua indignação
diante da proposta de reajuste e da desconsideração
das pautas não remuneratórias.
Ao final da reunião, os representantes sindicais
decidiram convocar uma plenária nacional dos
servidores públicos para discutir um calendário de
mobilização, inclusive com possibilidade de greve.
Está na hora de irmos para as ruas pressionar,
cobrar parlamentares e denunciar à sociedade em
geral. Se preciso for, iremos construir a greve
geral do funcionalismo público federal e resgatar a
dignidade.
Na luta sempre, em defesa do trabalhador do serviço
público!
Brasília, 29 de agosto de 2023
Fonte: NCST
01/09/2023 -
Grandes vitórias – João Guilherme Vargas Netto
No dia 28 de agosto do ano de 2023, 202º da
Independência e 135º da República, o presidente Lula
cumpriu promessas de campanha e promulgou a lei do
salário mínimo vigente e de sua política permanente
de valorização.
No mesmo dia e no mesmo ato isentou a faixa inicial
do imposto de renda (de até dois salários mínimos) e
anunciou a criação de um grupo de trabalho para
refazer a aprovação da Convenção 151 da OIT, dos
direitos sindicais do funcionalismo público,
aprovação que havia sido desfeita no governo Temer.
Para compreender o alcance histórico das vitórias é
preciso lembrar que a medida provisória que
estabelecia o salário mínimo atual poderia caducar
até o próprio dia 28; além disso, o governo havia
enviado um projeto de lei para que se estabelecesse
a política permanente de valorização do salário
mínimo com pedido de urgência, que não havia sido
atendido.
Na aprovação final pela Câmara dos Deputados da
medida provisória do salário mínimo foi feito um
projeto de lei de conversão e o relator, o deputado
Merlong Solano, do PT do Piauí (com a aquiescência
do presidente da Câmara) incluiu a política
permanente de valorização em seu texto, que foi
aprovado, sendo promulgada como a lei número 14.663.
Um “jabuti” do bem…
O cumprimento das promessas é uma vitória pessoal do
presidente Lula e interessa a milhões de
trabalhadores e trabalhadoras, aos aposentados e
pensionistas e atende uma reivindicação premente do
funcionalismo público.
Cabe às direções sindicais, que tinham em sua pauta
da CONCLAT 2022 essas reivindicações agora
atendidas, garantirem a maior divulgação possível
desses fatos informando os trabalhadores e a
sociedade, até mesmo porque a mídia grande e as
redes sociais dispersivas praticamente os ignoraram,
incomodados pelas iniciativas para a taxação justa
das grandes fortunas, também anunciada.
Para o movimento sindical que teve no mês de julho,
segundo o DIEESE, 90% das negociações com ganhos
reais, o dia 28 de agosto é uma data a ser
comemorada porque reflete e consolida seu papel e
relevância.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
01/09/2023 -
Zanin vota em favor de trabalhadores no STF e
governo Lula aplaude
Decisões do novo ministro tiveram viés
trabalhista, em detrimento do capital
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cristiano Zanin, proferiu uma série de votos em
apoio aos trabalhadores em questões trabalhistas
recentemente em análise na Corte. Estas decisões
receberam elogios tanto do governo liderado por Luiz
Inácio Lula da Silva quanto de advogados
especializados na área, segundo informa a jornalista
Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. Com um
histórico sindicalista, Lula mantém uma base de
apoio sólida entre sindicatos e grupos que
representam os trabalhadores, tornando os votos de
Zanin altamente alinhados com essa agenda.
No primeiro caso, Zanin emitiu um voto contrário a
um recurso apresentado pelas Lojas Riachuelo S.A.
junto ao STF. A empresa argumentava que a igualdade
entre homens e mulheres justificava um regime de
revezamento de trabalho aos domingos menos benéfico
para as trabalhadoras, com folgas a cada três
semanas. Entretanto, o ministro assegurou a
prevalência das normas especiais de proteção ao
trabalho da mulher, conforme estabelecido na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). O artigo 386
dessa lei estipula que as mulheres devem ter uma
escala de revezamento quinzenal aos domingos, mesmo
quando atuam no setor de comércio.
Em um segundo voto de destaque, Zanin negou
seguimento a uma Reclamação Constitucional
apresentada pela Consultoria de Imóveis S/A. Esta
decisão manteve o reconhecimento de vínculo
empregatício entre um corretor de imóveis e a
empresa. O corretor havia assinado um contrato como
pessoa jurídica, mas apresentou documentos à Justiça
do Trabalho para comprovar que, apesar de
formalmente ter um registro como "pejotizado", na
prática, era um empregado.
Fonte: Brasil247
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