Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2019
31/10/2019 -
NCST participa de debate sobre reforma sindical na
Câmara dos Deputados
31/10/2019 -
Projeto para regulamentar sobre aposentadoria por
periculosidade deve ser apresentado na próxima
semana
31/10/2019 -
CCJ aprova projeto que retoma restrições à jornada
de trabalho de 12 por 36 horas
31/10/2019 -
Efetividade do Estatuto do Idoso para acesso ao
trabalho será tema de debate
31/10/2019 -
Taxa básica de juros é reduzida para 5%; Banco
Central prevê nova baixa em dezembro
31/10/2019 -
Com Bolsonaro e Guedes, déficit primário do governo
chega R$ 20,372 bi em setembro
30/10/2019 -
Trabalhadores protestam em Brasília nesta quarta por
política econômica com desenvolvimento
30/10/2019 -
Centrais fazem ato dia 4 em defesa dos direitos
sociais e das entidades sindicais
30/10/2019 -
Bolsonaro foi citado por suspeito de matar Marielle
Franco, revelam investigações
30/10/2019 -
STJ concede liminar para suspender julgamento de
Lula no TRF-4
30/10/2019 -
Bolsonaro e Paulo Guedes planejam reduzir salários e
facilitar demissão de servidores
30/10/2019 -
Marco Aurélio recomenda que Bolsonaro tire o pé das
redes sociais
30/10/2019 -
Desemprego atinge 30% dos jovens entre 14 e 29 anos
só em São Paulo
30/10/2019 -
Confiança da indústria cai em outubro e atinge menor
valor em um ano
29/10/2019 -
Líder Eletricitário vê PL 5.552 mais alinhado à base
trabalhadora
29/10/2019 -
No Twitter, Bolsonaro identifica Supremo Tribunal
Federal como um de seus inimigos
29/10/2019 -
Gleisi: Bolsonaro é quem age como hiena, atacando o
Brasil e retirando direitos
29/10/2019 -
Ministros do STF cobram de Toffoli atitude contra
ataques do clã Bolsonaro
29/10/2019 -
Após reforma da Previdência, Guedes prepara ataques
a saúde e educação
29/10/2019 -
PDT pede ao STF suspensão da venda da Casa da Moeda
e mais 5 estatais
29/10/2019 -
STF retomará julgamento sobre prisão após segunda
instância no dia 7
29/10/2019 -
Empresa tem responsabilidade objetiva por doença
ocupacional
28/10/2019 -
Bolsonaro e Guedes preparam lei para autorizar
privatização de todas as estatais
28/10/2019 -
Comissão de Trabalho promove debate sobre reforma
sindical
28/10/2019 -
Centrais e CNI: para enfrentar desafios da
indústria, será preciso contrariar o governo
Bolsonaro
28/10/2019 -
Clemente Ganz: prioridade do país deveria ser gerar
emprego de qualidade
28/10/2019 -
Plenária da Nova Central em São Paulo reforça
unicidade sindical
28/10/2019 -
Saída do Brasil do Mercosul afetaria 2,4 milhões de
empregos
28/10/2019 -
Tomador de serviço também responde por morte de
trabalhador
25/10/2019 -
CNI e centrais sindicais debateram futuro do
trabalho no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
25/10/2019 -
Sindicalistas criticam proposta de derrubar
alíquotas de importação
25/10/2019 -
Bolsonaro sobre áudio de Queiroz: ele cuida da vida
dele e eu cuido da minha
25/10/2019 -
Guedes quer cortar jornada e salários de servidores
em caso de desequilíbrio nas contas
25/10/2019 -
Reforma da Previdência foi muito dura com
trabalhadores, dizem debatedores
25/10/2019 -
Comissão aprova mudança de folga semanal por motivo
religioso
25/10/2019 -
Com placar de 4 a 3 a favor da prisão em segunda
instância, STF suspende julgamento
25/10/2019 -
Guedes propõe redução de direitos trabalhistas para
geração de empregos
24/10/2019 -
Queiroz continua na ativa: "'Tem mais de 500 cargos
lá, cara, na Câmara e no Senado. 20 continho caía
bem"
24/10/2019 -
Líder do PT no Senado defende acordo para
aposentadoria especial
24/10/2019 -
“Em guerra”: desafios para o novo sindicato
24/10/2019 -
Barroso vota favorável à prisão após condenação em
segunda instância
24/10/2019 -
Até os aposentados serão prejudicados com a reforma
da Previdência
24/10/2019 -
Manifestantes protestam contra Bolsonaro e jogam
óleo em frente ao Planalto; houve prisões
23/10/2019 -
Projeto de quatro Centrais e do FST reconhece o
poder das assembleias
23/10/2019 -
Reforma da Previdência é aprovada em segundo turno
no Senado
23/10/2019 -
CCJ vota PEC paralela da Previdência em até 15 dias,
afirma Simone Tebet
23/10/2019 -
Indústria mantém ritmo lento de recuperação, diz
pesquisa da CNI
23/10/2019 -
STF retoma nesta quarta julgamento que pode
favorecer Lula
23/10/2019 -
Na mira da privatização, Eletrobras pode ter mais 3
mil demissões, calcula sindicato
23/10/2019 -
Crédito trabalhista devido aos dependentes é
divisível, decide TST
23/10/2019 -
Projeto obriga presença de empregado da empresa em
audiências de conciliação
22/10/2019 -
Após mudar regras, governo quer entregar
aposentadoria aos bancos
22/10/2019 -
Dieese defende retomada do investimento para a
criação emergencial de empregos
22/10/2019 -
Aposentadoria em áreas que oferecem risco a
trabalhador será debatida na CDH
22/10/2019 -
Maia quer iniciar debate da reforma administrativa
até a próxima semana
22/10/2019 -
Debatedores cobram mais discussão sobre novas normas
de segurança no trabalho
22/10/2019 -
A guerra continua. PSL abre nesta terça processo
contra Eduardo Bolsonaro e mais 18 deputados
22/10/2019 -
Caixa antecipa calendário de saques de até R$ 500 do
FGTS
21/10/2019 -
Grupo de Estudos do governo insiste em reforma da
estrutura sindical
21/10/2019 -
PL articulado pelo Fórum atualiza estrutura, mas
preserva Artigo 8º
21/10/2019 -
Reforma da Previdência é tema de audiência pública
na CDH nesta segunda
21/10/2019 -
Gilmar Mendes suspende MP que faculta editais
públicos em jornais
21/10/2019 -
Subcomissão sobre prevenção de acidentes de trabalho
será instalada nesta quarta-feira
21/10/2019 -
Liminar garante a Lula ficar em Curitiba até
julgamento de suspeição de Moro
21/10/2019 -
Índice de Confiança do Empresário Industrial fica
estável pelo 3º mês
21/10/2019 -
Ao ser perguntado se fica no PSL, Bolsonaro
responde: “Pergunta para eles”
21/10/2019 -
Aviso-prévio indenizado não integra salário de
contribuição para o INSS
18/10/2019 -
Presidente da
CNTI convoca lideranças sindicais para
Ato Nacional na capital paulista
18/10/2019 -
Mesa da Câmara devolve Reforma Sindical (PEC 171)
por insuficiência de assinaturas
18/10/2019 -
CNTI e Nova Central conclamam apoio da base ao PL
5.552, que preserva a unicidade sindical
18/10/2019 -
Marco Aurélio aposta em decisão contra a prisão em
segunda instância
18/10/2019 -
Vaza Jato: MP blindou Temer para garantir o golpe
contra Dilma
18/10/2019 -
Senado conclui discussão da reforma da Previdência
em segundo turno
18/10/2019 -
Paim anuncia duas audiências sobre a reforma da
Previdência antes da votação em segundo turno
18/10/2019 -
Fiesp aponta estabilidade no saldo de empregos na
indústria paulista
18/10/2019 -
País perde quase 23 mil empresas em 2017 comparado a
2016, afirma IBGE
17/10/2019 -
Centrais Sindicais levarão ao Gaet, quinta, agenda
por emprego e renda
17/10/2019 -
Deputado apresenta projeto alternativo à Reforma
Sindical
17/10/2019 -
Paim defende seis alterações na PEC da Previdência
durante sessão de debates
17/10/2019 -
Em nota pública, Força Sindical manifesta apoio à
PEC 171/19
17/10/2019 -
Brasil Bolsonaro: metade dos brasileiros vive com R$
413 mensais
17/10/2019 -
Segunda instância: Toffoli diz que julgamento não
termina nesta quinta
16/10/2019 -
Proposta de Reforma Sindical é reapresentada; agora
é PEC 171
16/10/2019 -
Reforma Sindical do Fórum das Confederações respeita
Constituição
16/10/2019 -
Rogério Marinho aponta risco de aumento da
informalidade com fim da justa causa
16/10/2019 -
Paim critica governo por não cobrar dívidas
previdenciárias das empresas
16/10/2019 -
Salário médio caiu em 2018. CNI comemora queda do
‘custo do trabalho’
16/10/2019 -
Reforma da previdência dos militares é injusta,
dizem debatedores na CDH
16/10/2019 -
Demissão sem homologação no sindicato é nula, decide
TST
15/10/2019 -
FST apresenta PL alternativo à PEC da Reforma
Sindical
15/10/2019 -
Governo forma grupo para discutir ‘liberdade’
sindical e exclui trabalhadores
15/10/2019 -
Centrais convocam mobilização em defesa dos direitos
sociais e das entidades sindicais
15/10/2019 -
Governo vai propor fim da multa de 10% do FGTS para
empregador
15/10/2019 -
Publicado decreto que regulamenta o trabalho
temporário
15/10/2019 -
Orlando Silva: É hora de desmantelar a milícia
digital do bolsonarismo
15/10/2019 -
STF julga na próxima quinta ações contra prisões
após condenação em segunda instância
15/10/2019 -
Comissão de Trabalho debate escalada do desemprego
no Brasil
15/10/2019 -
Senadora Soraya Thronicke pede arquivamento do
projeto do boleto bancário
14/10/2019 -
Ministra do TST diz que país vive ‘banalização da
exploração’ da mão de obra
14/10/2019 -
Haddad atribui colapso da economia à Lava Jato e ao
golpe, mas também critica Dilma
14/10/2019 -
TST suspende até 60% dos processos trabalhistas em
curso no País
14/10/2019 -
Bolsonaro tem obsessão em retirar direitos das
mulheres, denuncia Padilha
14/10/2019 -
CCJ debate término da relação do trabalho por
iniciativa do empregador
14/10/2019 -
AGU rebate ADI contra norma que dispensa autorização
sindical em demissão imotivada
14/10/2019 -
Trabalhador só poderá cobrar FGTS não pago dos
últimos 5 anos
14/10/2019 -
Supremo reafirma validade de terceirização por
concessionárias
11/10/2019 -
PEC da Reforma Sindical é devolvida por falta de
assinaturas
11/10/2019 -
Frente agrega Centrais e Fórum dos Trabalhadores
contra PEC da reforma
11/10/2019 -
Advogados apontam falhas na PEC que altera Artigo 8º
da Constituição
11/10/2019 -
Anamatra afirma que PEC do fim da Justiça do
Trabalho é inconstitucional
11/10/2019 -
Reforma da Previdência passa por 1ª sessão de
debates em 2º turno
11/10/2019 -
Bolsonaro retarda crescimento econômico e justiça
social com salário mínimo sem aumento real
11/10/2019 -
Com piora no serviço, 884 empresas foram
reestatizadas no mundo após privatização
10/10/2019 -
DIAP compara PEC sindical, com artigo 8º, para
ajudar no debate
10/10/2019 -
PEC dos Trabalhadores, será?
10/10/2019 -
Congresso aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2020; texto vai à sanção
10/10/2019 -
Seminário debaterá caminhos para geração de empregos
10/10/2019 -
Partidos de oposição apresentam proposta alternativa
à Reforma Tributária
10/10/2019 -
Em baixa, Bolsonaro tem apoio de apenas 37% da
bancada do PSL na Câmara
10/10/2019 -
CAS aprova isenção de IR para aposentados acima dos
60 anos
10/10/2019 -
Deputado apresenta PEC para acabar com a Justiça do
Trabalho
10/10/2019 -
Dirigente consegue estabilidade após sindicato
desfiliar de federação
09/10/2019 -
Glenn: temos muito mais Vaza Jato, incluindo o papel
de parceria da mídia com Moro e procuradores
09/10/2019 -
Líderes do PSL declaram guerra e partem para cima de
Bolsonaro
09/10/2019 -
Reforma da Previdência deve ser votada em segundo
turno em duas semanas
09/10/2019 -
Maia defende debate sobre monopólio da Caixa em
gestão do FGTS
09/10/2019 -
Dilma: é possível reverter desmonte de direitos
trabalhistas
09/10/2019 -
Produção industrial cresce em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
09/10/2019 -
Valor de multa por descumprimento de liminar em
greve será destinado a sindicato das empresas
08/10/2019 -
Governo analisa mudança de regra para novos
servidores públicos
08/10/2019 -
Justiça decreta sigilo no processo que envolve caixa
2 na campanha de Bolsonaro
08/10/2019 -
No Roda Viva, Gilmar Mendes sinaliza que mensagens
da Vaza Jato podem inocentar Lula
08/10/2019 -
Participantes de audiência da CDH pedem mudanças na
reforma da Previdência
08/10/2019 -
Paim denúncia no Senado uso da PEC da Previdência
como moeda de troca
08/10/2019 -
STF: Ministro suspende cláusulas de acordo que
previam contribuição sindical compulsória
08/10/2019 -
Custo de vida na cidade de São Paulo cai 0,11% em
setembro
08/10/2019 -
Preço de cesta de compras de famílias com renda mais
baixa cai 0,09%
08/10/2019 -
Uso do FGTS para comprar um segundo imóvel está na
pauta da CAS
07/10/2019 -
Bolsonaro discute com Maia fim da estabilidade dos
servidores públicos
07/10/2019 -
O caixa dois de Jair Bolsonaro
07/10/2019 -
CDH dá continuidade a ciclo de debates sobre
Previdência e Trabalho
07/10/2019 -
Guedes quer tirar exclusividade do FGTS da Caixa e
repassá-lo aos bancos privados
07/10/2019 -
Centrais sindicais articulam reforma com Câmara
07/10/2019 -
Pluralismo sindical? EUA: morte lenta de sindicatos
pulverizados
07/10/2019 -
Daniel Almeida: Emprego digno: bom para o
trabalhador, bom para o país
07/10/2019 -
Juíza obriga empresa a pagar trabalhadora até INSS
reconhecer aposentadoria
04/10/2019 -
Uma das maiores credoras, Caixa pede falência da
Odebrecht
04/10/2019 -
Ganho real do salário mínimo poderá entrar na pauta
04/10/2019 -
Paim defende retirada de pontos da reforma da
Previdência
04/10/2019 -
Pesquisa mostra como a desigualdade de renda cresceu
no Brasil
04/10/2019 -
Orlando Silva: A tragédia do trabalho no Brasil
04/10/2019 -
Para STF, empregador é objetivamente responsável por
danos decorrentes de acidente de trabalho
04/10/2019 -
Juiz condena trabalhador a pagar empregador por dano
processual
03/10/2019 -
Previdência: votação do segundo turno deve ficar
para segunda quinzena
03/10/2019 -
Guedes diz que quer "cada bilhão perdido" com
benefício aos mais pobres
03/10/2019 -
Bolsonaro faz terrorismo e diz que Brasil quebra em
dois anos se não aprovar Previdência
03/10/2019 -
Pluralismo sindical enfraquece a luta dos
trabalhadores
03/10/2019 -
Toffoli adia decisão que pode enterrar Lava Jato e
prevê análise junto com 2ª instância
03/10/2019 -
Dieese: diminuir mercado interno, empobrecer
população e cortar direitos não levará ao
crescimento
03/10/2019 -
TST fixa reajuste de 3% e desconta dias parados na
greve dos Correios
02/10/2019 -
Por 56 votos a 19, Senado aprova texto-base da
reforma da Previdência em 1º turno
02/10/2019 -
Senado mantém abono salarial para quem ganha até
dois mínimos
02/10/2019 -
Bolsonaro volta a atacar Raoni e diz que Amazônia
não é do "índio" nem da "porra da árvore", mas do
minério
02/10/2019 -
Centrais se dividem sobre alternativas para reforma
sindical
02/10/2019 -
Centrais pedem suspensão no Senado da votação da PEC
da Previdência
02/10/2019 -
Produção industrial brasileira cresce 0,8%
02/10/2019 -
Barragem de rejeito de lavra de ouro se rompe em MT
01/10/2019 -
Com Guedes e Bolsonaro, dívida bruta do Brasil bate
recorde
01/10/2019 -
‘Não troco minha dignidade pela minha liberdade’,
reafirma Lula sobre semiaberto
01/10/2019 -
Maia e centrais se antecipam à reforma sindical
01/10/2019 -
Contribuição sindical não obrigatória cresce 19% no
1º semestre deste ano, diz Fipe
01/10/2019 -
Reforma da Previdência é prejudicial ao país,
afirmam debatedores na CDH
01/10/2019 -
Reforma da Previdência retira direitos dos idosos,
diz Paim
01/10/2019 -
TST vai julgar constitucionalidade de honorários
sucumbenciais
31/10/2019 -
NCST participa de debate sobre reforma sindical na
Câmara dos Deputados
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores - NCST, José Calixto Ramos,
participou, nesta terça-feira (29), de audiência
pública na Comissão de Trabalho de Administração e
de Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados,
que discutiu reforma sindical. Convocada pela
deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), a audiência
pública surge na esteira das discussões em torno de
propostas que sugerem mudanças da estrutura
sindical. Na ocasião, José Calixto Ramos apresentou
aspectos do Projeto de Lei (PL 5.552/2019), do
deputado Lincoln Portela (PL-MG), cujo texto é
avalizado pela NCST.
A audiência reuniu lideranças sindicais,
parlamentes, especialistas e representantes do
governo e o Ministério Público do Trabalho (MPT),
com objetivo de encontrar alternativas viáveis que,
simultaneamente, acompanhe as mudanças do mercado de
trabalho e resguarde as condições das entidades de
exercerem seu papel político, social e
institucional.
Na oportunidade, o presidente da NCST realizou
apresentação dos princípios que norteiam o PL
5.552/2019, amparado por mais de 20 Confederações
integrantes do Fórum Sindical de Trabalhadores
(FST), bem como as centrais sindicais Nova Central,
CTB, CSB e CGTB.
Assista a participação do presidente da NCST:
https://www.youtube.com/watch?v=8J7a_duWTC4
O subsecretário de Políticas Públicas e Relações do
Trabalho Substituto do Ministério da Economia, Mauro
Rodrigues de Souza, também participou da mesa de
discussões. O representante do governo na audiência
pública deixou claro em sua apresentação que o país
atravessa um momento insipiente para uma discussão
como essa. “O assunto em questão é reformulação da
estrutura sindical brasileira. É um sonho antigo a
ratificação da Convenção 87 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que versa sobre a
plena liberdade sindical. O intrigante é o país
dispor de numerosas entidades em que pese o
regramento da unicidade sindical. As diversas
interpretações para categoria profissional,
facilitou a proliferação de entidades de baixa
representatividade”.
Na sequência Mauro reforçou. “Diante desse quadro,
surgiu o questionamento: que atitude nós teremos em
relação a esse cenário? O GAET, Grupo de Altos
Estudos do Trabalho veio com objetivo de apresentar
alternativas à questão. Não existe uma encomenda de
PL, não existe uma encomenda de PEC. Estamos em fase
de elaboração de relatório e estamos recebendo
ideias e sugestões ao projeto que será desenvolvido
conjuntamente. Teremos o momento de discussões
tripartites, em que pese as afirmações em
contrário”, afirmou o subsecretário.
Adilson Araújo, presidente da CTB, reforçou o temor
resultante do triste cenário político. “Discutir
reforma sindical talvez não fosse o melhor momento
diante de tudo o que se observa no âmbito econômico,
político e social que o país atravessa”, disse.
O líder sindical relacionou princípios
constitucionais consagrados na Constituição Federal
que seguem desrespeitados pelo poder público. “O
distanciamento da agenda do governo no que se refere
aos direitos civis, não ataca e, pior, agrava os
problemas centrais advindos da nossa etapa de
alinhamento com os avanços tecnológicos
contemporâneos. Temos uma série de questões a serem
equacionadas para recuperar ambiente favorável à
retomada dos empregos. Discussões em torno de
mudanças na estrutura sindical não respondem a
questões indispensáveis para o resgate do nosso
crescimento econômico com progresso social.
Precisamos hierarquizar prioridades. O Brasil
necessita de foco ao que realmente torna-se
inadiável e importante”, argumentou o presidente da
CTB.
Sheila Tussi Cunha Barbosa, assessora de Relações
Institucionais da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio - CNTC, reforçou
posicionamento da entidade sobre o tema. “A
pulverização das entidades representativas não
representa interesse dos trabalhadores, mas sim o
interesse dos adversários do movimento sindical.
Defendemos a unicidade, o sistema confederativo e
mecanismos de combate às práticas anti-sindicais”,
argumentou.
Ronaldo Lima dos Santos, coordenador nacional da
Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical do
MPT, destacou aspectos que considera relevantes em
uma proposta de reforma sindical. “Necessitamos de
uma reforma que apresente mecanismos eficazes de
dissolução de conflitos coletivos. Há necessidade de
uma legislação de fomento, que assegure estabilidade
ao movimento sindical, além de segurança jurídica às
suas atividades no âmbito das relações entre capital
e trabalho; e entre servidores e poder público”,
pontuou.
Alice Portugal, deputada e mediadora dos debates na
audiência pública aproveitou ocasião para uma breve
análise de conjuntura. “Com essa correlação de
forças, e com o ambiente político que se apresenta,
considero a discussão de mudança da estrutura
sindical uma precipitação inadequada. Vivemos um
momento de grande escalada do desemprego e do
desalento no universo do trabalho. Precisamos de um
debate mais profundo na busca de soluções para esses
graves problemas, antes de darmos continuidade à
também necessária, mas inviável para o momento,
alterações das leis que regulamentam a estrutura
sindical brasileira. Agora, no caso da persistência
neste debate, outra questão que precisa ser atacada
é a necessidade de convocar as representações
sindicais do setor público para as discussões. Tendo
a regulamentação da negociação coletiva aprovada
pelo parlamento e rejeitada pelo ex-presidente
Temer, essas categorias seguem em condições de
negociações precárias, niveladas ao anarquismo. Faço
apelo para que estas representações estejam
asseguradas nesses debates junto ao governo e demais
organizações sindicais”, concluiu a parlamentar.
Nas considerações finais, José Calixto reforçou o
valor da entidade sindical para o desenvolvimento
nacional e cobrou sensibilidade das autoridades no
trato de questões que impactam o sindicalismo.
“Lembremos que férias de trinta dias, 13º salário,
1/3 de remuneração adicional para férias, bem como e
demais proteções sociais que asseguram um mínimo de
dignidade à classe trabalhadora, foram construídas
por meio de propostas e de grande empenho do
movimento sindical brasileiro. Esses benefícios só
foram possíveis graças à segurança jurídica que
permitiu a atividade sindical executar suas tarefas
institucionais em relativa liberdade. Faço um apelo
que tal circunstância permaneça assegurada em
benefício de milhões de trabalhadores brasileiros,
estes que colaboram, decisivamente, para o progresso
e desenvolvimento do país”, concluiu o presidente da
NCST.
Entenda a motivação das discussões
Tramita na Câmara e no Senado mais de uma dezena de
propostas de emendas à Constituição que tratam da
reforma sindical. No âmbito do Executivo, a
Secretaria de Relações do Trabalho criou um grupo
para elaborar uma proposta de reforma sindical a ser
enviada ao Congresso Nacional.
Com posições unânimes contrárias a um modelo de
reforma sindical que possibilitaria até um sindicato
por empresa, as centrais sindicais divergem sobre
qual alternativa defenderão. Uns defendem
representatividade mínima dos Sindicatos por
categoria, em eventual fim da unicidade sindical.
Outros, como no caso da NCST, querem a continuidade
do modelo atual - conforme o que estabelece o artigo
8º da Constituição Federal - que determina apenas um
sindicato por categoria em cada cidade ou região,
aumentado o poder de representação e,
consequentemente, o peso político da representação
sindical nas negociações das respectivas categorias.
As centrais sindicais iniciaram discussão com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para chegar a
uma proposta de reforma sindical negociada entre
entidades patronais, de trabalhadores e o Congresso.
A intenção é se antecipar à reforma em elaboração
pelo grupo de trabalho formado pelo secretário
especial de Previdência e Trabalho. As entidades
receiam que a proposta do governo venha a ser
encaminhada com viés pró- mercado, desconsiderando
consequências sociais e prejuízos trabalhistas
resultantes de eventuais mudanças.
Assista a íntegra da audiência pública:
https://www.youtube.com/watch?v=oNZvvndslxI
Fonte: NCST
31/10/2019 -
Projeto para regulamentar sobre aposentadoria por
periculosidade deve ser apresentado na próxima
semana
Deve ser enviado ao Congresso na próxima semana o
projeto de lei complementar que tratará das
aposentadorias de trabalhadores em condições de
periculosidade. A informação é do líder do governo
no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que
participou nesta terça-feira (29) de reunião com o
ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário
de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
— Acredito que até o início da próxima semana, na
segunda ou terça-feira, o texto estará disponível
para ser formalizado e a matéria poder ser apreciada
pela Comissão de Constituição e Justiça e, a
depender do entendimento das lideranças, se dar a
urgência necessária para trazer a matéria ao
Plenário — disse Fernando Bezerra.
A sugestão de um projeto para regulamentar o tema se
deu durante a votação, em segundo turno, da proposta
de reforma da Previdência (PEC 6/2019) e fez parte
de um acordo para garantir sua aprovação e posterior
promulgação.
A aprovação de um destaque apresentado pelo Partido
dos Trabalhadores, defendido pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), retirou da PEC 6/2019 o enquadramento por
"periculosidade", já que a inserção da expressão na
Carta Magna poderia impedir os trabalhadores que
exercem atividades perigosas de tentar obter a
aposentadoria especial na Justiça.
Segundo o líder do governo, uma nova reunião está
marcada para quarta-feira (30), às 18 horas, em seu
gabinete. O encontro deve ter a presença de
lideranças partidárias para buscar um entendimento
sobre o texto a ser apresentado. Segundo o líder, o
acordo é de que a promulgação da reforma ocorra após
a aprovação do projeto.
Fonte: Agência Senado
31/10/2019 -
CCJ aprova projeto que retoma restrições à jornada
de trabalho de 12 por 36 horas
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) aprovou nesta quarta-feira (30) um projeto de
lei que revoga trecho da reforma trabalhista
aprovada pelo Congresso em 2017 para restabelecer
restrições à concessão da jornada de 12 horas de
trabalho por 36 horas. O Projeto de Lei do Senado (PLS)
298/2017 segue agora para análise na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.
A reforma trabalhista dispensou de autorização
prévia a adoção de jornadas de trabalho em regime de
12 x 36 e permitiu que fosse feita, mediante acordo
individual escrito entre empregador e empregado,
acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva.
De acordo com o autor, senador Paulo Paim (PT-RS), a
jornada de 12 por 36 deve ser restrita e só poderá
ser aplicada em caráter excepcional e em atividades
que a demandem por características especiais, o que
preservará a saúde do trabalhador.
“A possibilidade da livre adoção desse tipo de
jornada em qualquer tipo de atividade econômica
representa um elevadíssimo risco, não apenas para os
trabalhadores, mas para toda a sociedade. Os
exemplos são fáceis de imaginar. A adoção de tal
jornada por operadores de máquinas pesadas, por
trabalhadores da construção civil e por responsáveis
pelo embarque e desembarque de cargas é
absolutamente inadequada”, argumenta Paim.
O relator da matéria na CCJ, senador Weverton (PDT-MA),
apresentou parecer pela aprovação do projeto em sua
redação original e pela rejeição das Emendas 1 e 2
da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). As emendas
estabelecem que o acordo individual só valeria para
o setor de saúde e que as demais categorias
precisariam registrar a possibilidade da jornada de
12 por 36 em convenção coletiva.
Insalubridade
Para o relator, o projeto em análise corrige a
distorção sancionada na reforma trabalhista. A saúde
do trabalhador não pode ser desconsiderada em prol
dos interesses do empregador, afirma Weverton:
“Se o tomador dos serviços deseja estabelecer
unilateralmente o regime de 12 horas de trabalho por
36 horas de descanso em atividade insalubre, deve
submeter-se à supervisão de autoridade competente, a
fim de não comprometer o bem-estar de seus
empregados. Trata-se de medida de proteção, que deve
ser oferecida pelo ordenamento jurídico brasileiro
em prol de interesses indisponíveis da parte mais
fraca da relação laboral”, argumenta.
Weverton ressaltou que, ao contrário do que consta
no parecer aprovado na CAE, a redação original do
PLS 298/2017 não inibe que as categorias econômicas
e profissionais, de comum acordo, dispensem a
inspeção de autoridade competente para a prorrogação
de jornada em local insalubre. A aprovação do texto
conforme a redação original, afirmou o relator,
atende concomitantemente à saúde do trabalhador e à
força da negociação coletiva.
Fonte: Agência Senado
31/10/2019 -
Efetividade do Estatuto do Idoso para acesso ao
trabalho será tema de debate
A Subcomissão Permanente de Proteção e Defesa da
Pessoa Idosa, ligada à Comissão de Assuntos Sociais
(CAS), fará audiência pública na quinta-feira (31),
às 10h, para debater a efetividade do Estatuto da
Pessoa Idosa (Lei 10.741, de 2003) na garantia do
acesso dessa população ao trabalho digno e adequado
a suas condições.
Devem participar da reunião o jornalista Alexandre
Garcia, o secretário-adjunto da Sociedade Brasileira
de Geriatria e Gerontologia, Hudson Azevedo
Pinheiro, e o representante do Sebrae Nacional,
Getúlio Vaz. Também foram convidados representantes
da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia
e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea). A audiência foi pedida pelo senador Eduardo
Gomes (MDB-TO).
A subcomissão foi criada para debater com a
sociedade diversos temas importantes para a
qualidade de vida das pessoas idosas. Segundo o
plano de trabalho do grupo, além de discutir o
trabalho para os idosos, serão feitas audiências
públicas para debater a gerontotecnologia
(tecnologia voltada para a gerontologia, o estudo do
envelhecimento) e a prevenção e o tratamento de
demências. A subcomissão já debateu educação e
cultura para a pessoa idosa, em agosto.
Desemprego
O estatuto assegura que os idosos devem estar livres
de qualquer discriminação na admissão ou na
atividade profissional, além de prever o direito a
habilitação e capacitação deles para o trabalho.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad), a taxa de desemprego entre idosos
saltou de 18,5% em 2013 para 40,3% em 2018.
Os índices de informalidade nesse segmento também
aumentaram, de acordo com estudo do Ipea a partir de
dados da Pnad. As vagas com carteira assinada
representavam 27,6% do total nesse grupo
populacional no primeiro trimestre de 2016, índice
que diminuiu para 26,6% no primeiro trimestre de
2018. Ou seja, os trabalhos por fora da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) ou por conta própria
ganharam mais espaço.
O plano de trabalho da subcomissão ressalta que o
debate sobre a geração de emprego e renda é medida
essencial nas políticas públicas voltadas para a
valorização do idoso. “Qualquer discussão acerca do
aumento da participação dos idosos no mercado de
trabalho deve enfrentar o eventual paradoxo que
possa ocorrer junto com a proteção social do idoso
enquanto individuo frágil”, diz o documento.
A reunião será na Ala Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
31/10/2019 -
Taxa básica de juros é reduzida para 5%; Banco
Central prevê nova baixa em dezembro
Pela terceira vez seguida, o Banco Central diminuiu
os juros básicos da economia. Por unanimidade, o
Copom, Comitê de Política Monetária, reduziu a taxa
Selic em 0,5 ponto percentual, para 5% ao ano.
Em comunicado, o Copom informou que a manutenção dos
juros no nível mais baixo da história depende da
continuidade das reformas na economia brasileira. O
Banco Central indiciou que deve reduzir a Selic para
4,5% na próxima reunião, em dezembro.
Fonte: Portal EBC
31/10/2019 -
Com Bolsonaro e Guedes, déficit primário do governo
chega R$ 20,372 bi em setembro
O governo central, formado por Tesouro Nacional,
Banco Central e Previdência Social, registrou um
déficit primário de 20,372 bilhões de reais em
setembro, divulgou o Tesouro nesta quarta-feira.
O dado veio melhor que a projeção de economistas do
mercado de um déficit de 22,1 bilhões de reais,
segundo pesquisa Reuters.
Entre janeiro e setembro, o déficit chegou a 72,469
bilhões de reais e, em 12 meses, a 111,8 bilhões de
reais, sendo que para 2019 a meta é de um rombo de
139 bilhões de reais.
Fonte: Brasil247
30/10/2019 -
Trabalhadores protestam em Brasília nesta quarta por
política econômica com desenvolvimento
Ato organizado por centrais sindicais e
movimentos sociais quer mudança de rumos e uma nova
agenda para o país
Trabalhadores de várias categorias vão protestar
nesta quarta-feira (30), em Brasília, para cobrar
mudanças na política econômica e pedir uma agenda de
desenvolvimento para o país. O ato, marcado para as
10h, deverá receber caravanas de outros estados, com
bancários, metalúrgicos, petroleiros, professores e
servidores públicos, entre outros, e também
desempregados. O chamado Ato em Defesa da Soberania,
Direitos e Empregos é convocado por centrais
sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem
Medo. A concentração será no Teatro Nacional,
seguida de passeata até a Esplanada dos Ministérios
e ao Congresso.
Em entrevista na semana passada, o presidente da
CUT, Sérgio Nobre, afirmou que o objetivo do ato é
chamar a atenção para o fato de que o país está no
rumo errado – e que, se mantido, vai comprometer o
futuro. “Se a população já percebeu que o Bolsonaro
não é uma pessoa em condições de governar o país, o
(ministro) Paulo Guedes não é uma pessoa em
condições de dirigir a economia. Se ele levar a cabo
seu plano de abertura comercial, esse liberalismo
exacerbado, vai comprometer o futuro. O país precisa
mudar de rota.”
Recentemente, as centrais, com elaboração do Dieese,
atualizaram a chamada agenda do desenvolvimento,
destacando 23 itens para que o país retome o rumo do
crescimento econômico com justiça social. Segundo
Sérgio Nobre, eleito há 20 dias para a presidência
da central, apenas com investimento público o país
voltará a crescer. “Todos os períodos de crescimento
econômico que nós tivemos foi com intervenção do
Estado, com investimento dos bancos públicos, em
especial BNDES e das empresas estatais, como fez a
Petrobras que ao decidir pela construção de
plataformas no Brasil recuperou o setor naval
brasileiro, gerando milhares de empregos”,
argumenta.
A secretária-adjunta de Relações de Trabalho da CUT,
Amanda Corsino, diz que a presença de desempregados
na manifestação ajuda a mostrar que a venda de
estatais não atinge apenas uma categoria específica,
mas toda a população, prejudicada com aumento de
tarifas e piora no atendimento. “O trabalhador que
não puder ir, avise a família e os amigos
desempregados sobre a importância da participação
deles. Estamos defendendo a soberania nacional e
isso passa pela manutenção das empresas públicas.
Este governo estagnou a economia, não gera emprego,
nem renda e o problema não é só dos trabalhadores
das estatais, é de todo brasileiro que vai pagar a
conta”, diz Amanda, também presidenta do Sintect-DF,
o sindicato dos trabalhadores nos Correios do
Distrito Federal.
As manifestações no Chile e o resultado da eleição
na Argentina são fatores que animam também os
sindicalistas brasileiros, ao apontar que a
população deseja outro rumo. “No dia 30 de outubro
daremos um recado a Bolsonaro e ao Paulo Guedes de
que este país e as empresas estatais são dos
brasileiros e das brasileiras e que não abrimos mão
do patrimônio do povo brasileiro e do nosso futuro”,
afirma o presidente da CUT, com mais uma convocação:
“Quem é normal e não acredita que a Terra é plana
tem de ir pra rua no dia 30 e participar das
mobilizações”.
Com informações da CUT
Fonte: Rede Brasil Atual
30/10/2019 -
Centrais fazem ato dia 4 em defesa dos direitos
sociais e das entidades sindicais
As centrais sindicais CTB, Nova Central e CSB
convocaram para o dia 4 de novembro em São Paulo um
ato em defesa dos direitos dos trabalhadores e das
entidades sindicais, sob ataque do governo
Bolsonaro.
As lideranças das centrais sindicais CTB, Nova
Central e CSB decidiram organizar no dia 4 de
novembro um ato nacional em defesa dos direitos
sociais e das próprias entidades sindicais.
Os organizadores do ato vão elaborar conjuntamente
uma nova proposta de Reforma Sindical preservando a
Unicidade Sindical e o Sistema Confederativo
consagrados no Artigo 8º da Constituição,
considerados como pilares fundamentais da
organização sindical brasileira.
Os sindicalistas assumiram compromisso de realizar
ações unificadas e ampla articulação política para
que o projeto ganhe peso frente a outras propostas
sobre o tema e contam com a participação de outras
entidades ligadas a demais centrais sindicais.
Dia 4/11
Nome: ATO NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS, DAS
ENTIDADES SINDICAIS E DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Local: Sindicato dos Metroviários de SP (localizado
no Bairro do Tatuapé), das 09 às 13h00.
Fonte: Agência Sindical
30/10/2019 -
Bolsonaro foi citado por suspeito de matar Marielle
Franco, revelam investigações
Por lei, nome do presidente em jogo obriga o
Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar o caso
Investigações sobre os assassinatos da vereadora
Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson
Gomes revelaram que o principal suspeito dos crimes
citou o presidente da República Jair Bolsonaro
(PSL). Com isso, as investigações devem ser levadas
para o Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do
foro privilegiado de Bolsonaro.
Segundo revelações do Jornal Nacional na noite desta
terça-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro
teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na
Barra da Tijuca, na zona sul do Rio, onde vivia a
família Bolsonaro e o ex-policial militar Ronnie
Lessa, acusado pelo Ministério Público e pela
Delegacia de Homicídios de ser o autor dos disparos
que mataram a vereadora e seu motorista.
Horas antes do crime, em 14 março de 2018, Élcio
Vieira de Queiroz teria anunciado na portaria do
Condomínio Vivendas da Barra que iria visitar Jair
Bolsonaro e acabou indo até a casa do PM reformado.
Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do
carro usado no crime. Os dois suspeitos foram presos
em 12 de março deste ano.
Conforme o JN, no dia da visita, Bolsonaro estava em
Brasília e não em sua casa no Rio de Janeiro.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros,
divulgou nota pública em que comenta as revelações
do caso Marielle. "Exigimos esclarecimentos
imediatamente. O PSOL nunca fez qualquer ilação
entre o assassinato e Jair Bolsonaro. Mas as
informações veiculadas hoje são gravíssimas. O
Brasil não pode conviver com qualquer dúvida sobre a
relação entre o presidente da República e um
assassinato. Exigimos respostas. Exigimos justiça
para Marielle e Anderson".
*Com informações do Brasil 247.
Fonte: Brasil de Fato
30/10/2019 -
STJ concede liminar para suspender julgamento de
Lula no TRF-4
O ministro Leopoldo Raposo, do Superior Tribunal de
Justiça, concedeu liminar nesta terça-feira (29/10)
para suspender o julgamento que vai decidir se o
processo do sítio de Atibaia deve voltar para a
primeira instância. O caso seria analisado nesta
quarta no Tribunal Federal Regional da 4ª Região.
Mais cedo, a defesa de Lula, representada pelo
advogado Cristiano Zanin, fez a mesma solicitação ao
Supremo Tribunal Federal ao alegar que o STJ não
tinha se manifestado sobre o caso.
"Considerando que o tribunal de origem não se
pronunciou sobre os temas aventados na ação, esta
Corte fica impedida de se debruçar sobre a matéria,
sob a pena de incorrer em indevida supressão de
instância", disse o ministro.
"Fatiamento arbitrário"
Segundo a defesa de Lula, o desembargador Gebran Neto,
do TRF-4, proferiu decisão monocrática incluindo na
pauta da sessão deste dia 30 apenas um dos capítulos
do recurso de apelação interposto em favor de Lula.
"Tal decisão promoveu o fatiamento arbitrário da
Apelação Criminal, atropelando as demais questões
prejudiciais de mérito, que tem abrangência maior do
que a da questão que foi incluída em pauta; atropela
a pendência de julgamento dos Embargos de
Declaração, que estão diretamente relacionados à
análise das já referidas questões prejudiciais de
mérito que influem sobre a totalidade do processo; e
mais uma vez, atropela a ordem cronológica de
julgamento dos recursos", explicou a defesa.
Segundo Zanin, Gebran Neto decidiu de ofício, e sem
amparo legal, incluir em pauta para julgamento em
questão de ordem.
HC 542.355
Fonte: Consultor Jurídico
30/10/2019 -
Bolsonaro e Paulo Guedes planejam reduzir salários e
facilitar demissão de servidores
Proposta de reforma administrativa do governo
prevê demissão mais fácil, menores salários,
estabilidade reduzida e diminuição de carreiras.
Não há vantagens para os servidores
Depois da reforma trabalhista e da reforma da
Previdência o projeto de reforma administrativa do
governo de Jair Bolsonaro trará um novo pacote de
maldades para os trabalhadores, especialmente os
servidores públicos.
Segundo os jornalistas Antonio Temóteo e Ricardo
Marchesan, do UOL, a proposta deve estabelecer novas
regras para contratação de servidores, definir
salários iniciais mais próximos aos do setor
privado, endurecer as regras para promoções,
flexibilizar o processo de demissão de servidores e
reduzir o número de carreiras. O governo planeja
anunciar o projeto ainda nesta semana e precisar
passar pela Câmara e Senado.
Entre as medidas estudadas, estão a redução dos
salários de entrada e a reestruturação da progressão
para que o servidor só chegue ao teto no final da
carreira.
Em relação à estabilidade dos servidores, a proposta
do governo é, após período de dois anos, os
servidores aprovados em concurso poderiam se
enquadrar em três categorias diferentes: sem
estabilidade (podendo ser demitidos sem justa
causa), com estabilidade (para carreiras
específicas, sujeitas a pressões, como auditores) e
por tempo determinado (em que não é possível seguir
carreira e há um limite máximo de tempo no cargo).
Atualmente, para demitir um servidor é preciso
realizar um processo administrativo disciplinar (PAD),
segundo a lei nº 8.112. Tem que ficar comprovado,
entre outros casos, que houve crime contra a
administração pública, abandono do cargo,
improbidade administrativa ou corrupção.
As mudanças só afetariam novos servidores, segundo o
secretário Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital, Paulo Uebel. Quem já está no
funcionalismo não seria afetado, por ter direito
adquirido.
Fonte: Brasil247
30/10/2019 -
Marco Aurélio recomenda que Bolsonaro tire o pé das
redes sociais
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal, recomendou nesta terça-feira (29/10) que
Jair Bolsonaro “tire o pé das redes sociais”, ao
comentar um vídeo compartilhado por um perfil
oficial do presidente no qual o STF é mostrado como
uma das “hienas” que atacam o “leão Bolsonaro”.
Para Marco Aurélio, Twitter é “coisa para a
garotada”. “O presidente Jair Bolsonaro não está
mais em campanha — e deve governar para todos.”
“A responsabilidade dele é ainda maior, porque
quando o presidente fala, a voz dele ressoa. Eu acho
que está na hora de temperança nas coisas que se
diz. O Brasil precisa de trabalho, e acaba que o que
ele faz se perde com essas bobagens.”
Sobre o vídeo em que o Supremo é retratado como uma
das hienas que atacam o presidente da República,
Marco Aurélio afirmou que se sente “triste” com essa
percepção. “É muito ruim [a mensagem do vídeo]. Que
haja transparência na administração pública, mas não
dessa forma. Ele [o presidente] precisa de
serenidade. O STF atua segundo a Constituição
Federal, e nada mais. O STF não está contra quem
quer que seja. De forma alguma. O STF atua quando é
provocado, é o dever dele”, afirmou.
Em meio à polêmica desde esta última segunda (28), a
publicação foi apagada duas horas depois de ficar no
ar. Nesta terça, o Bolsonaro pediu desculpas ao
Supremo e disse que a divulgação foi um erro e que
haverá retratação.
“Todos nós, brasileiros, queremos que o Brasil saia
desse estágio de estagnação. Nossos problemas
sociais são muito sérios. Vamos cuidar da educação,
da saúde, vamos cuidar da retomada do
desenvolvimento. Ajuda, sem dúvida alguma, o
reconhecimento de equívoco [do presidente]”,
prosseguiu Marco Aurélio.
O perfil oficial de Bolsonaro publicou vídeo de um
leão encurralado, prestes a ser atacado por hienas.
Na lista dos predadores do "rei da selva" estavam
STF, ONU, partidos aliados, imprensa, oposição e "isentões".
A fala de Marco Aurélio se soma às críticas
divulgadas em nota também na última segunda, pelo
decano do STF, ministro Celso de Mello, que afirmou
que o "atrevimento presidencial parece não encontrar
limites."
Tanto Marco Aurélio quanto Celso vão deixar o
Supremo durante o governo Bolsonaro. Celso se
aposenta compulsoriamente em novembro de 2020,
quando completará 75 anos. Marco Aurélio, por sua
vez, se despedirá do tribunal em julho de 2021.
Caberá ao então presidente indicar quem vai assumir
as cadeiras de ambos.
Fonte: Consultor Jurídico
30/10/2019 -
Desemprego atinge 30% dos jovens entre 14 e 29 anos
só em São Paulo
Empresas faltam com flexibilidade na contratação
dessa população, que se enxerga cada vez menos no
mercado ou é convencida a trabalhar na
informalidade, abrindo mão de seus direitos
Ao menos 30% dos jovens paulistanos entre 14 e 29
anos estão desempregados, de acordo com a pesquisa
Juventude e Mercado de Trabalho, divulgada nesta
segunda-feira (28) pela Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo. Um dos fatores
que explica essa realidade é a falta de experiência,
que pesa muito na hora de conquistar uma vaga em uma
empresa. Em geral, a demanda é por um profissional
pronto, o que não é o caso dos jovens, como apontam
pesquisadores.
“As empresas precisam olhar com um pouco mais de
entendimento esse momento da pessoa que está saindo
da escola e começando na universidade, e ter um
pouco mais de flexibilidade na contratação e
preparação desses jovens”, propõe o secretário
estadual de Desenvolvimento Econômico, Luciano
Máximo, em entrevista ao repórter André Gianocari,
do Seu Jornal, da TVT.
Os pesquisadores ainda observaram um aspecto do
levantamento, que aponta o crescimento do pessimismo
da juventude em relação ao mercado de trabalho entre
os jovens com maior escolaridade. “O jovem não
consegue se enxergar no mercado de trabalho,
inserido de fato. Então você tem a galera fazendo
Rappi, Uber Eats, Ifood“, aponta a estudante de
Sociologia Gabriela Dayeh, de 21 anos, em referência
aos aplicativos de entrega em que a pessoa trabalha
geralmente na informalidade com jornadas excessivas
e baixa remuneração. “Trabalho em um bar, não sou
CLT e trabalho lá há 11 meses. São coisas que a
gente precisa ir lidando para ter dinheiro e
conseguir pegar a condução para vir na faculdade.
Acho muito frustrante”, relata.
Em um país de mais de 12,5 milhões de desempregados,
não é raro encontrar ainda jovens abrindo mão de
seus direitos trabalhistas para ter uma
oportunidade, sem avaliar o quanto isso será
prejudicial no futuro, uma realidade que já atingiu
pelo menos 30% dos jovens, segundo a pesquisa.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/10/2019 -
Confiança da indústria cai em outubro e atinge menor
valor em um ano
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu um ponto na
passagem de setembro para outubro. Com o recuo, o
indicador caiu para 94,6 pontos, em uma escala de
zero a 200 pontos, o menor valor desde em outubro de
2018 (94,2 pontos).
A confiança dos empresários caiu em dez dos 19
segmentos industriais pesquisados em outubro. O
Índice de Expectativas, que mede a confiança em
relação ao futuro, diminuiu 1,3 ponto, indo para
93,9 pontos, o menor valor desde julho de 2017 (93,1
pontos).
Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança
no presente, recuou 0,5 ponto, para 95,4 pontos. O
Nível de Utilização da Capacidade Instalada do setor
subiu 0,3 ponto percentual voltando para o mesmo
nível de agosto: 75,8%.
Fonte: Agência Brasil
29/10/2019 -
Líder Eletricitário vê PL 5.552 mais alinhado à base
trabalhadora
Entidades que defendem a organização sindical
assegurada na Constituição, especialmente o Artigo
8º, farão plenária dia 4, nos Metroviários de SP. Os
preparativos já começaram. Um deles ocorreu quarta,
23, no Sindicato dos Hoteleiros de São Paulo, por
iniciativa de Confederações de Trabalhadores, das
Centrais CTB, Nova Central, CSB e CGTB, além de
grandes Sindicatos e Federações.
Um dos sindicalistas (fez parte da mesa) é Eduardo
Annunciato, Chicão, presidente do Sindicato dos
Eletricitários de São Paulo. A entidade é filiada à
Força Sindical. A cúpula da Central tende a apoiar a
PEC 171, que afeta a estrutura criada por Getúlio
Vargas e reafirmada pela Assembleia Nacional
Constituinte.
Chicão falou à Agência Sindical. Principais trechos:
• Nova Conclat
“Há tempos, defendo a realização de nova Conclat, pra
que o conjunto do sindicalismo supere divergências e
construa uma agenda unitária de ação, em defesa da
própria estrutura e com as reivindicações reais da
classe trabalhadora, ferida pela recessão
continuada”.
• Definir lado
“Com esse consenso, que requer maturidade, devemos
fazer nossas opções. A PEC 171 está mais perto do
projeto bolsonarista. Diante disso, melhor é o
Projeto de Lei 5.552, do deputado Lincoln Portela -
é mais alinhado aos interesses dos trabalhadores,
pois não agride a Constituição, garante a unicidade
e evita fracionar as categorias”.
• Atuar com as prioridades
“Num ambiente de forte recessão e desemprego, a
prioridade é reverter a política neoliberal. Nesse
contexto, a reforma sindical não é prioritária e nos
divide. A correlação de forças, no sindicalismo e
num Parlamento conservador, orienta a buscar o
caminho do meio, até porque a PEC 171 é repudiada e
o PL 5.552 terá dificuldades na tramitação”.
• Unidade de ação
“Acho que a própria necessidade, e levando-se em conta
o rolo compressor do governo, nos fará lá na frente
articular uma açõa conjunta entre entidades e
correntes sindicais”.
• Críticas
“Nem todo o sindicalismo é atuante. Portanto, a
reforma correta terá que garantir a existência das
entidades que lutam, atuam, negociam e conquistam
para suas categorias”.
Dia 4 - Chicão informa que os Eletricitários
vão participar dia 4 do ato em defesa das conquistas
sindicais e contra a pluralidade, nos Metroviários
de SP.
O dirigente dos Eletricitários informa que, na
quarta, participou da plenária nos Hoteleiros na
condição de presidente do Sindicato e da Federação (Fenatema),
bem como dirigente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria - CNTI.
Mais informações - Acesse o site da Nova
Central e do Fórum Sindical - FST.
Fonte: Agência Sindical
29/10/2019 -
No Twitter, Bolsonaro identifica Supremo Tribunal
Federal como um de seus inimigos
Na internet, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
apontou o Supremo Tribunal Federal como um de seus
inimigos. A manifestação veio por meio de divulgação
de um vídeo em seu Twitter no qual um grupo de
hienas ataca um leão.
O felino é identificado como "presidente Bolsonaro",
e as hienas vão sendo identificadas como várias
entidades, instituições e organizações da sociedade
brasileira. Entre os inimigos do presidente estão o
partido dele, o PSL, e o STF.
Também aparecem como inimigos OAB, ONU, PT, revista
Veja, Folha de S.Paulo, MBL, "isentão", PCdoB, Rede
Globo, O Estado de S. Paulo, Greenpeace, PSol, PSDB,
MST, Jovem Pan, "via sensata", CUT, Lei Rouanet,
Força Sindical e PDT.
No final do vídeo, um outro leão surge para ajudar o
presidente e é identificado como "conservador
patriota". Finaliza com a mensagem: "Vamos apoiar
nosso presidente até o fim e não atacá-lo. Já tem a
oposição para fazer isso".
Fonte: Consultor Jurídico
29/10/2019 -
Gleisi: Bolsonaro é quem age como hiena, atacando o
Brasil e retirando direitos
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann, se manifestou sobre o vídeo publicado por
Jair Bolsonaro em seu Twitter que retrata várias
instituições, entre elas o Supremo Triobunal Federal
e o PT, como hienas que querem ataca-lo,
representado como um leão. Poucas horas após a
publicação do vídeo, ele foi apagado do Twitter de
Bolsonaro.
"Ele [Bolsonaro] está como uma hiena atacando o
Brasil. Retira dos trabalhadores, não está
preocupado com a vida dos mais pobres. A hiena do
fogo na Amazônia, a hiena que retirou o aumento real
do salário mínimo, a hiena do aumento gás para as
famílias brasileiras, a hiena de retirada dos
direitos dos idosos que não vão receber Benefício de
Prestação Continuada, é a hiena que está entregando
o nosso país aos interesses estrangeiros", afirmou
Gleisi.
A deputada disse também que Bolsonaro tenta desviar
o foco das denúncias de corrupção envolvendo o
ex-assessor Fabricio Queiroz. "Ele deveria ter a
responsabilidade de explicar para o Brasil o que ele
fez com o Queiroz. Por que ele está envolvido nessas
denúncias de corrupção? Afinal, não era ele,
Bolsonaro, e seus filhos, arautos da moralidade?",
questiona Gleisi.
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo
Tribunal Federal, reagiu com indignação ao vídeo.
Ele disse que o “atrevimento de Bolsonaro não tem
limites”.
Fonte: Brasil247
29/10/2019 -
Ministros do STF cobram de Toffoli atitude contra
ataques do clã Bolsonaro
A coluna Painel da Folha de S.Paulo informa que
Toffoli foi acionado por uma ala de ministros
segundo os quais a atitude leniente com excessos da
família que hoje ocupa o Planalto não é produtiva em
“um sistema de responsabilidades, porque não educa”.
Estes ministros consideram que é preciso cobrar
Bolsonaro pelas mensagens enviadas em seu nome.
Segundo a coluna, como sempre, Toffoli botou panos
quentes na polêmica.
A publicação do vídeo no qual Bolsonaro é retratado
como um leão atacado por hienas, entre elas o
Supremo, detonou as insatisfações. Integrantes do
tribunal avisaram que não é a primeira vez que a
corte é alvo do clã Bolsonaro.
Está vivo na memória da corte o episódio em que
Eduardo Bolsonaro disse que bastava um cabo e um
soldado para fechar o STF.
Para esses ministros incomodados com as agressões do
clã, esse discurso alimentou a narrativa de
militantes bolsonaristas contra a corte.
Mesmo considerando reservadamente que a publicação
do vídeo foi feita por Carlos Bolsonaro, esses
ministros opinam que a responsabilidade é do pai,
não só sobre a conta, mas sobre o teor do que é
postado nela.
Fonte: Brasil247
29/10/2019 -
Após reforma da Previdência, Guedes prepara ataques
a saúde e educação
Ministro deve enviar ao Congresso PEC que acaba
com a obrigatoriedade de investimentos nessas áreas
Depois de aprovar no Congresso Nacional a reforma da
Previdência que tirou direitos dos trabalhadores e
dificultou a aposentadoria para a maior parte da
população brasileira, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, promete agora avançar sobre as normas
constitucionais que obrigam estados e municípios a
investirem em Saúde e Educação.
O projeto de desmonte do Estado brasileiro e das
garantias previstas na Constituição de 1988 já havia
sido anunciado por Guedes em entrevista no começo de
setembro, quando afirmou que pretende privatizar
todas as estatais de uma vez só, extinguir as
deduções no imposto de renda, demitir servidores
públicos e acabar com os investimentos obrigatórios
em saúde e educação, entras outras medidas. O plano
foi batizado de “Caminho para a Prosperidade”.
Uma das primeiras ações do pacote, segundo noticiou
nesta semana o jornal Folha S.Paulo, será o envio ao
Congresso de uma Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) “liberando” prefeitos e governadores de
investirem percentuais mínimos em saúde e educação.
Pelas regras atuais, pelo menos 15% dos recursos
municipais têm de ser aplicados em saúde, e 25%em
educação. Para os estados, os percentuais são 12% e
25% respectivamente.
A proposta recebeu duras críticas da oposição no
Congresso. A líder da minoria na Câmara, a deputada
Jandira Feghalli (PCdoB-RJ), ressaltou a importância
da regra atual.
“A vinculação é a garantia constitucional das
políticas universais. Para que a maioria da
população, ou toda ela, tenham acesso aos bens e
serviços públicos, principalmente em áreas
estratégicas e fundamentais como a saúde e a
educação”, disse.
O líder da Oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ) destacou que a ideia é impopular e
dificilmente terá sustentação ou apoio.
“A intenção do governo de eliminar o piso para a
Saúde e para a Educação é um acinte. Serviços que já
estão ruins vão piorar. Se esta proposta chegar ao
Congresso, encontrará enorme resistência não só da
oposição, mas de vários partidos, pois estamos
falando de direitos básicos dos brasileiros”, disse
o deputado.
Mesmo pelo viés que os prefeitos e governadores
teriam mais autonomia para trabalhar os seus
orçamentos, a proposta é frágil, pois os gastos da
União nesses dois setores estão diminuindo, por
conta da emenda do teto, e a pressão sobre as
prefeituras e os estados tende a aumentar.
De 2016 a 2019, segundo os dados do Portal
Transparência, o gasto anual da União com Saúde caiu
15,6%. Era de R$ 486,12 por habitante e passou para
R$ 409,85.
Na Educação, a redução foi ainda maior, com uma
queda de R$ 461,81 para R$ 330,27 por brasileiro, um
corte de 28,4%, em três anos. No mesmo período, a
população cresceu 1,9%.
A União, após a lei que congelou os investimentos
públicos por 20 anos, não tem mais obrigação de usar
um percentual da receita com saúde e educação. A
despesa será sempre igual a do ano anterior.
O economista Rodrigo Orair, especialista em finanças
públicas, comentou o efeito dominó que essa redução
causa e porque a intenção de Guedes não deve surtir
o efeito anunciado.
“Vai acontecer o contrário. É um erro achar que está
flexibilizando (…). Na esfera local vai acontecer o
oposto. As prefeituras têm demandas básicas de saúde
e educação, os vereadores e a população vão
pressionar por investimentos nessas áreas, e o
prefeito vai ter que cortar em outros setores. Então
o orçamento estará enrijecendo e não
flexibilizando”, disse.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) diz que as
propostas de Guedes agravam ainda mais a crise
econômica do país.
“Guedes quer fazer malabarismo onde se exige
política e segue a cartilha: precarizar direitos,
cortar no social e atacar o serviço público.
Desvincular recursos será o maior ataque contra a
saúde e educação do povo brasileiro. Verdadeiro
atentado contra os direitos de nossa juventude. O
caos se aprofunda”, disse.
Fonte: Brasil de Fato
29/10/2019 -
PDT pede ao STF suspensão da venda da Casa da Moeda
e mais 5 estatais
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) ajuizou Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6241) contra
duas leis federais (Leis 9.491/1997 e 13.334/2016)
que balizam o Programa Nacional de Desestatização (PND),
além de decretos e resoluções que normatizam a venda
de seis empresas públicas. A ação foi distribuída à
ministra Cármen Lúcia.
Estão em processo de privatização a Casa da Moeda do
Brasil, o Serviço de Processamento de Dados
(Serpro), a Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência Social (Dataprev), a Agência Brasileira
Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S/A (ABGF)
e a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) e o Centro
Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S/A (Ceitec).
Segundo o partido, a venda dessas empresas não pode
ser feita por meio de decretos e resoluções, em
violação ao princípio constitucional da legalidade,
mas por lei específica aprovada pelo Congresso
Nacional.
Segundo o PDT, a política pública de desestatização
vigente deve ser revista, por reservar ao Poder
Executivo a prerrogativa unilateral de transferir à
iniciativa privada o controle de empresas públicas.
A legenda aponta “excepcional perigo de dano” na
probabilidade concreta de irreversibilidade dos atos
de desestatização das empresas e, por isso, pede a
concessão de medida cautelar para anular
parcialmente dispositivos das duas leis que preveem
a desestatização sem autorização legislativa prévia
e específica de empresas públicas e sociedades de
economia mista cuja instituição tenha sido
autorizada por lei específica.
“Atualmente, encontra-se em curso o processo de
desestatização de seis entidades cuja instituição
foi autorizada por lei específica, mas que, sem
autorização legislativa prévia e especifica, foi
deflagrado por Decreto Presidencial ou, ainda no
estágio de recomendação”, disse.
Segundo a legenda, os dispositivos das leis
“descumprem o preceito fundamental da legalidade
(reserva legal), no tocante à privatização de
estatais”.
“Pelo menos sob três aspectos: a inobservância da
simetria ou paralelismo das formas, a delegação
legislativa travestida de autorização genérica e,
enfim, a desproporcionalidade por inadequação de
meios a fins”, pontuou.
Fonte: Comunicação Social do STF e PDT
29/10/2019 -
STF retomará julgamento sobre prisão após segunda
instância no dia 7
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, confirmou que a Corte vai
retomar o julgamento sobre a constitucionalidade da
execução provisória de condenações criminais,
conhecida como prisão após segunda instância, no dia
7 de novembro.
Na quinta-feira (24), o julgamento foi suspenso com
placar de 4 votos a 3 a favor da medida. Faltam os
votos dos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello,
Toffoli e da ministra Cármen Lúcia. A análise da
questão ocorre há quatro sessões.
No dia 17 de outubro, a Corte começou a julgar
definitivamente três ações declaratórias de
constitucionalidade (ADCs), relatadas pelo ministro
Marco Aurélio e protocoladas pela Ordem dos
Advogados, pelo PCdoB e pelo antigo PEN, atual
Patriota.
O entendimento atual do Supremo permite a prisão
após condenação em segunda instância, mesmo que
ainda seja possível recorrer a instâncias
superiores. No entanto, a OAB e os partidos
sustentam que o entendimento é inconstitucional e
uma sentença criminal somente pode ser executada
após o fim de todos os recursos possíveis, fato que
ocorre no STF e não na segunda instância da Justiça,
nos tribunais estaduais e federais. Dessa forma, uma
pessoa condenada só vai cumprir a pena após decisão
definitiva do STF.
A questão foi discutida recentemente pelo Supremo ao
menos quatro vezes. Em 2016, quando houve decisões
temporárias nas ações que estão sendo julgadas, por
6 votos a 5, a prisão em segunda instância foi
autorizada. De 2009 a 2016, prevaleceu o
entendimento contrário, de modo que a sentença só
poderia ser executada após o Supremo julgar os
últimos recursos.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
julgamento terá impacto na situação de 4,8 mil
presos com base na decisão do STF que autorizou a
prisão em segunda instância. Os principais
condenados na Operação Lava Jato podem ser
beneficiados, entre eles, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano
passado, na Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e
lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do
tríplex do Guarujá (SP), além do ex-ministro José
Dirceu e ex-executivos de empreiteiras.
Fonte: Portal EBC
29/10/2019 -
Empresa tem responsabilidade objetiva por doença
ocupacional
Com base no princípio do poluidor pagador e em
decisão do Supremo Tribunal Federal, o juiz Ramon
Magalhães Silva, da 17ª Vara do Trabalho de Manaus,
reconheceu a responsabilidade objetiva de uma
empresa pela doença de um trabalhador.
Segundo o juiz, como a matéria envolve a tutela ao
meio ambiente do trabalho, a responsabilidade da
empresa reclamada deve ser analisada de forma
objetiva, em razão da obrigação de manter o meio
ambiente de trabalho equilibrado e assegurar o
desenvolvimento sustentável, com fundamento no
princípio do poluidor-pagador — que traz a concepção
de que, quem polui, deve responder pelo prejuízo que
causa ao meio ambiente.
O juiz considerou também decisão do Supremo que, em
setembro, definiu que a responsabilidade do
empregador não será analisada única e exclusivamente
de forma subjetiva e declarou constitucional a
imputação da responsabilidade civil objetiva por
danos a trabalhadores decorrentes de relações de
trabalho.
Após a perícia, que constatou a existência de nexo
entre o emprego e parte das doenças desenvolvidas
pelo trabalhador, o juiz condenou a empresa a pagar
R$ 4 mil de danos morais e R$ 947 de danos
materiais, além de honorários periciais e
advocatícios. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRT-11. 0000614-59.2019.5.11.0017
Fonte: Consultor Jurídico
28/10/2019 -
Bolsonaro e Guedes preparam lei para autorizar
privatização de todas as estatais
Bolsonaro volta de sua viagem à Ásia e ao Oriente
Médio disposto a promover a liquidação de uma série
de empresas estatais. A equipe econômica chefiada
por Paulo Guedes está finalizando a elaboração de
uma chamada lei delegada privatizando uma série de
empresas
O governo Bolsonaro vai apresentar nos próximos dias
uma lei delegada estabelecendo um pacote de
privatizações de uma série de empresas estatais -
informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.
A equipe econômica de Paulo Guedes vai promover uma
mudança profunda na lei de desestatizações.
É tão intensa a fúria privatista que a ideia do
governo é deixar o novo marco como uma espécie de
legado da gestão atual.
Segundo a coluna, o governo pretende alterar o
status das estatais, que passariam todas a serem
consideradas como passíveis de venda.
Fonte: Brasil247
28/10/2019 -
Comissão de Trabalho promove debate sobre reforma
sindical
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público debate nesta terça-feira (29) a reforma
sindical. O debate atende a requerimento da deputada
Alice Portugal (PCdoB-BA), que destaca que o debate
sobre a reforma sindical tem ganhado impulso entre
as entidades, no governo e no Parlamento e tende a
ter desdobramento em breve.
Ela explica que o governo federal editou portaria
para instituir Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet)
com o objetivo de avaliar o mercado de trabalho
brasileiro sob a ótica da modernização das relações
trabalhistas e matérias correlatas.
"As centrais sindicais iniciaram discussão com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para
chegar a uma proposta de reforma sindical negociada
entre entidades patronais, de trabalhadores e o
Congresso", afirma. Segundo ela, a intenção é
antecipar à reforma em elaboração pelo grupo de
trabalho do governo.
Foram convidados:
- o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo;
- o presidente da Central Única dos Trabalhadores,
Vagner Freitas;
- o presidente da União Geral dos Trabalhadores,
Ricardo Patah;
- o secretário do Trabalho da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia,
Bruno Dalcomo;
- o presidente da Força Sindical, Miguel Eduardo
Torres;
- o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros,
Miguel Eduardo Torres;
- o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio, Levi Fernandes Pinto; e
- o representante da Federação Nacional de Instalação
de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de
Informática.
A reunião será realizada às 14 horas, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
28/10/2019 -
Centrais e CNI: para enfrentar desafios da
indústria, será preciso contrariar o governo
Bolsonaro
Em seminário no Rio, seis centrais sindicais e a
principal representação dos empregadores da
indústria defenderam políticas públicas para
garantir inserção do setor na economia mundial
Vários obstáculos foram identificados para a
inserção da indústria brasileira na chamada quarta
revolução, a indústria 4.0, pelas seis centrais
sindicais reconhecidas formalmente (CSB, CTB, CUT,
Força Sindical, Nova Central e UGT), que, juntamente
com a Confederação Nacional da Indústria (CNI),
debateram nesta quinta-feira (24), sobre o futuro e
os desafios do setor para promover desenvolvimento
econômico e qualificação profissional, com empregos
dignos e garantia de renda aos trabalhadores. O
encontro ocorreu no Museu no Amanhã, no Rio de
Janeiro.
Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente
Ganz Lúcio, que participou do encontro, explicou que
as mudanças tecnológicas estão alterando as
atividades produtivas, sobretudo as industriais,
como um todo, acabando com postos de trabalho e
criando demanda por novas ocupações. De acordo com
Clemente, diante desse cenário as entidades reunidas
naquele seminário chegaram à conclusão de que é
preciso investimentos em ciência, tecnologia e
inovação, que garantam aos trabalhadores uma
formação qualificada desde a educação básica à
profissional e de nível superior. “Uma formação
adequada para a combinação entre cidadania e a
preparação para o mundo do trabalho”, ressaltou.
Para enfrentar essas transformações, as centrais e a
CNI também debateram a formulação de uma agenda
conjunta com iniciativas que deem conta dessas
transformações tecnológicas, sem abrir mão do debate
sobre direitos dos trabalhadores e do papel da
indústria no desenvolvimento do país.
Segundo Clemente, foram apontadas desde a
necessidade de alterações do parque industrial
brasileiro às graves dificuldades que passa o
sistema produtivo nacional. Também foram feitas
sugestões de políticas públicas para o setor, cujos
teores se mostraram na contramão do governo de Jair
Bolsonaro que vai “no sentido contrário de dar
capacidade e competitividade às nossas indústrias”
dificultando a inserção de produtos nacionais na
economia mundial.
“O desmonte que foi feito de empresas fundamentais,
em especial no setor da construção, mas não só.
Muitas vezes o combate à corrupção tem levado à
destruição do sistema produtivo (do Brasil), o que é
um absurdo, porque o combate à corrupção não pode,
em nenhum momento, afetar a estrutura dos empregos,
a capacidade produtiva do pais. Temos feito isso de
forma equivocada e mal intencionada”, acrescenta.
Na entrevista, Clemente contesta também as políticas
econômicas de Bolsonaro “Num mundo econômico tão
desigual, cabe ao Estado criar condições para o
equilíbrio e capacidade de competição na economia
mundial.”
Fonte: Rede Brasil Atual
28/10/2019 -
Clemente Ganz: prioridade do país deveria ser gerar
emprego de qualidade
Centrais sindicais têm propostas
É preciso retomar o crescimento
As Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, NCST e CSB) acabam de divulgar nova versão da
Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora 2019. O
documento destaca 23 diretrizes propositivas para
enfrentar os graves problemas que atingem os
trabalhadores brasileiros.
1.Criar políticas, programas e ações imediatas para
enfrentar o desemprego e o subemprego crescentes: a.
criar programas voltados para a geração emergencial
de emprego, com atenção especial para os jovens; b.
retomar as obras de infraestrutura econômica e
social que estão paradas; c. políticas de amparo aos
desempregados: aumento das parcelas do
seguro-desemprego, vale-transporte para o
desempregado, vale-gás, subsídio de energia
elétrica, entre outros.
2.Democratizar o sistema de relações de trabalho,
fundado na autonomia sindical, para incentivar as
negociações coletivas, promover solução ágil dos
conflitos, garantir os direitos trabalhistas, o
direito à greve e coibir as práticas antissindicais;
favorecer a reestruturação da organização sindical
para ampliar a representatividade e a organização em
todos os níveis, estimulando a cooperação sindical
entre os trabalhadores, inclusive com o
financiamento solidário democraticamente definido em
assembleia.
3.Regular o direito de negociação coletiva para os
servidores públicos, em todas as esferas de governo,
segundo os princípios da Convenção 151 da OIT
(Organização Internacional do Trabalho).
4.Renovar, para o próximo quadriênio (2020 a 2023),
a política de valorização do salário mínimo.
5.Definir a jornada de trabalho em 40 horas
semanais.
6.Revogar todos os aspectos negativos apontados
pelos trabalhadores na Lei 13.467 (Reforma
Trabalhista) e na Lei 13.429 (Terceirização), que
precarizam os contratos e condições de trabalho, na
perspectiva da construção de 1 novo estatuto, com
valorização do trabalho.
7.Combater a informalidade, a rotatividade, o
trabalho análogo ao escravo e eliminar o trabalho
infantil, no campo e na cidade.
8.Regulamentar o inciso 27o do artigo 7o da
Constituição, que garante proteção trabalhista para
os impactos das transformações tecnológicas e
econômicas.
9.Assegurar o direito e o acesso ao Sistema Público
de Seguridade e Previdência Social, promovendo a
universalização de toda a estrutura; garantir,
diante das mudanças no mundo de trabalho e da
transição demográfica, a sustentabilidade financeira
do Sistema, com permanente participação social na
gestão.
10.Revogar a Emenda Constitucional 95/2016, que
congela os gastos públicos por 20 anos, e criar uma
norma coerente com o papel do Estado no
desenvolvimento do país, cuja elaboração inclua
participação social, que integre também a
avaliação permanente da regra orçamentária.
11.Promover reforma tributária orientada pela
progressividade dos impostos, revisão dos impostos
de consumo e aumento dos impostos sobre renda e
patrimônio (tributação sobre herança e riqueza,
lucros e dividendos), visando à simplificação, à
transparência e ao combate à sonegação.
12.Reestruturar, fortalecer e ampliar a capilaridade
do Sistema Público de Emprego voltado para a
proteção do emprego e o combate à demissão
imotivada; articulando e ampliando a proteção aos
desempregados, os programas de formação
profissional, a intermediação de mão de obra e o
microcrédito produtivo; recuperando a capacidade de
financiamento do FAT – Fundo de Amparo ao
Trabalhador; investindo na efetividade dos conselhos
em todos os níveis.
13.Universalizar o acesso à educação de qualidade
em todos os níveis, orientada pelos princípios da
liberdade, da cidadania e para o aprendizado e o
conhecimento, em um mundo em mudança; rever e
reorganizar o ensino médio e profissionalizante, com
políticas voltadas ao ingresso do jovem no mercado
de trabalho.
14.Fortalecer o Sistema Único de Saúde, com
integralidade e universalidade, ampliando a oferta
de serviços e garantindo o financiamento público.
15.Promover e articular uma política de
desenvolvimento produtivo ambientalmente
sustentável, orientada para o readensamento das
cadeias produtivas, com enfoque estratégico para a
indústria, as empresas nacionais, a presença no
território nacional, a diversidade regional, a
geração de emprego de qualidade e com relações de
trabalho democráticas.
16.Fortalecer a engenharia nacional e reorganizar o
setor da construção para dinamizar e materializar os
investimentos estratégicos em infraestrutura
econômica, social, urbana e rural.
17.Garantir às micro, pequenas, médias empresas e à
economia solidária e popular acesso ao sistema de
inovação tecnológica, favorecer a integração aos
mercados internos e externos, fornecer assistência
para a gestão e promover acesso ao crédito.
18.Fortalecer o papel estratégico das empresas
públicas (sistema da Eletrobras, Petrobras, bancos
públicos, entre outros) para a promoção e
sustentação do desenvolvimento econômico e social.
19.Investir e ampliar o sistema de ciência,
tecnologia e inovação, em articulação com a
estratégia de investimento público e privado em
infraestrutura produtiva, social, urbana e rural.
20.Fortalecer e ampliar as políticas sociais de
combate à pobreza, miséria e redução da
desigualdade social e de renda.
21.Fortalecer as políticas voltadas para a
Agricultura Familiar, a Reforma Agrária e o
desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão no
campo.
22.Ampliar e efetivar políticas, programas e ações
para promover a igualdade para mulheres, negros,
jovens, LGBTQI e migrantes.
23.Construir políticas públicas de promoção da saúde,
prevenção, assistência e reabilitação profissional.
Com essas propostas, as centrais sindicais mostram que
os trabalhadores podem e devem assumir 1
protagonismo propositivo, com o olhar no futuro,
enfrentando os desafios com a responsabilidade
compartilhada de construir 1 projeto de país e de
nação. A luta, neste momento histórico, é para
recolocar o Brasil rumo ao desenvolvimento, com
geração de emprego de qualidade, salários decentes,
combate à informalidade, à precarização e à
insegurança no trabalho, com proteção social e
trabalhista para todos. A Agenda pede democracia,
soberania e desenvolvimento com justiça social.
Fonte: Congresso em Foco
28/10/2019 -
Plenária da Nova Central em São Paulo reforça
unicidade sindical
A estrutura sindical foi tema da plenária estadual
realizada quarta (23) pela Nova Central, no Hotel
Leques, Centro, SP. Sindicalistas de diversas
categorias defenderam a unicidade e criticaram
iniciativas que ameaçam a organização sindical, como
a Proposta de Emenda à Constituição do deputado
Marcelo Ramos (PL-AM).
Chamada PEC da Reforma Sindical, a proposta altera o
Artigo 8º da Constituição e institui a pluralidade.
Mas, por falta de assinaturas ou rasuras, duas vezes
foi retirada da Câmara.
Alternativa - Em contraponto à 171, foi
apresentado pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG) o
Projeto de Lei 5.552/201, apoiado Fórum Sindical dos
Trabalhadores e quatro Centrais.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central,
apresentou o texto do PL à plenária. Ele diz: “Esse
projeto objetiva regular a estrutura sindical, sem
mexer na unicidade sindical. O apoio de todos os
Sindicatos é fundamental neste momento”.
Para o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, propor
o fim da unicidade é sentenciar à morte o movimento.
“O PL 5.552 garante a sobrevivência das entidades”,
afirma.
União - Neuza Barbosa, vice da Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do
Estado de São Paulo (Fetiasp), também combate a
pluralidade. Ela argumenta: “Precisamos de unidade
pra defender o sindicalismo e os trabalhadores de
tantos ataques do governo”.
Ato - A plenária é preparatória do Ato Nacional, dia
4 de novembro, convocado pela CTB, CSB, CGTB e Nova
Central e FST. Será no Sindicato dos Metroviários, à
rua Serra do Japi, 31, Tatuapé, SP, a partir das 9
horas.
Mais - Acesse o site da NCST.
Fonte: Agência Sindical
28/10/2019 -
Saída do Brasil do Mercosul afetaria 2,4 milhões de
empregos
Governo e indústria começam a avaliar os impactos
que uma eventual saída do Mercosul traria para a
economia brasileira, e as primeiras perspectivas não
são das mais otimistas.
As primeiras perspectivas mostram que o golpe no
setor produtivo brasileiro será imenso. Levantamento
elaborado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI) divulgado pelo Jornal de São Paulo mostra que
uma eventual saída do Mercosul, ou mesmo a
flexibilização da Tarifa Externa Comum (TEC) vigente
no bloco, pode afetar 2,4 milhões de empregos e uma
massa salarial de R$ 52 bilhões, e em diversas
localidades onde o presidente Jair Bolsonaro venceu
a eleição com resultados expressivos.
Entre janeiro e agosto, os países do Mercosul
compraram US$ 9,2 bilhões em produtos brasileiros,
que importou US$ 11,8 bilhões de seus parceiros
comerciais. As vendas foram puxadas por segmentos
como calçados, fogões e a indústria têxtil.
Os impactos não seriam sentidos apenas na escala
econômica, mas também em termos sociais – dentre
eles, a necessidade de passaporte com visto para
entrar e sair dos países vizinhos. As famílias que
vivem nesses países teriam sua permanência em risco,
e os diplomas dos estudantes deixariam de ser
válidos. Até mesmo o emplacamento de veículos seria
revisto por conta de uma decisão considerada
“extremada” por assessores nos bastidores políticos.
Durante sua viagem à Ásia, o presidente brasileiro
Jair Bolsonaro disse que “a volta da turma do Foro
de São Paulo e da Cristina Kirchner para o governo
argentino pode, sim, colocar em risco todo o
Mercosul”, segundo informações do jornal Folha de
São Paulo. “E, se possivelmente colocando em risco
todo o Mercosul, repito, possivelmente, você tem de
ter uma alternativa no bolso”, afirmou.
As autoridades brasileiras acreditam que a redução
tarifária em 80% de mais de 10 mil produtos do bloco
poderia levar a uma grande abertura comercial dentro
de quatro anos, afetando principalmente a indústria
automobilística. Essa revisão precisa do aval dos
quatro países-membros (Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai).
Contudo, existe uma resistência da Argentina com
relação a assinatura desse acordo, e a ordem de
avaliar o impacto da saída brasileira do Mercosul
foi dada depois que a chapa formada por Alberto
Fernández e pela ex-presidente Cristina Kirchner
(ambos protecionistas) disparou nas pesquisas
eleitorais para a sucessão presidencial.
Fonte: GGN
28/10/2019 -
Tomador de serviço também responde por morte de
trabalhador
Tanto o empregador quanto o tomador de serviços
devem zelar pelo ambiente de trabalho seguro,
independentemente de serem ou não as empregadoras.
Tendo falhado nesse propósito, ambas respondem
solidariamente ao acidente causado ao trabalhador.
O entendimento foi aplicado pelo juiz Diego
Taglietti Sales, 4ª Vara do Trabalho de Mogi das
Cruzes (SP), ao condenar duas empresas — de carga e
descarga e de logística — a indenizarem em R$ 560
mil os pais de um trabalhador que morreu durante o
serviço.
Enquanto fazia o serviço de carga e descarga, a
porta da doca fechou em cima do trabalhador. Segundo
a perícia, houve falha no dever de segurança.
Somente após a morte do trabalhador foram instaladas
travas que impedem o fechamento da porta em caso de
falha no sistema que a mantém aberta.
Além disso, testemunhas afirmaram que não havia
treinamento para o levantamento e fechamento da
porta. "Como se pode observar de toda a prova
produzida, resta indene de dúvidas a culpa das
reclamadas no acidente de trabalho", afirmou o juiz.
"Sabe-se que o empregador e o tomador devem tomar
todas as cautelas no sentido de manter ambiente de
trabalho apto e seguro para o exercício das
atividades laborais, uma vez que torna-se
responsável pela sua saúde, vida e segurança do
empregado, no desempenho do labor", concluiu.
1001239-58.2018.5.02.0374
Fonte: Consultor Jurídico
25/10/2019 -
CNI e centrais sindicais debateram futuro do
trabalho no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores – NCST, José Calixto Ramos,
participou, nesta quarta-feira (24/10), do
“Seminário Pelo Futuro do Trabalho: Os desafios para
a indústria e a qualificação profissional no
Brasil”, no Rio de Janeiro. Os debates giraram em
torno da revolução tecnológica em curso, que vem
promovendo mudanças radicais nas formas de produzir
e de trabalhar. Diante da necessidade de encontrar
soluções para os desafios que as novas tecnologias e
o advento da Indústria 4.0 impõem ao país, a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as seis
maiores centrais sindicais – principais
representações do setor produtivo e dos
trabalhadores do Brasil – vêm dialogando para a
construção de uma agenda comum para a geração de
emprego e para o futuro da indústria e do trabalho.
Na oportunidade, José Calixto Ramos reforçou a
necessidade de diálogo permanente entre as entidades
dos trabalhadores e patronais, com objetivo de
propiciar “autonomia e participação com paridade de
armas, de informações, promovendo a igualdade de
oportunidades e a eliminação de todas as formas de
discriminação”. O líder sindical conclamou que ambas
representações colaborem para um “futuro com
máquinas, inteligência artificial, com
desenvolvimento industrial, mais acima de tudo com
respeito ao homem, a vida e a dignidade do
trabalhador.”
Assista a participação do presidente da NCST:
https://www.youtube.com/watch?v=f92NlhA94HY
O diálogo foi reforçado por representantes da
sociedade quando a CNI e as centrais sindicais (CUT,
Força Sindical, UGT, CSB, NCST e CTB) consolidaram
parceria em torno das necessárias discussões em
torno do tema. Durante o evento, ocorrido das 8h às
12h30 no Museu do Amanhã, representantes da
indústria e líderes sindicais debateram os desafios
atuais para o emprego e a formação profissional no
país.
O tema foi discutido em dois painéis sobre duas
perspectivas. No primeiro, foi feita uma análise das
transformações no sistema produtivo no Brasil e no
mundo e as implicações no futuro do trabalho. No
segundo, foram debatidos os desafios para se formar
e qualificar o trabalhador do futuro no contexto de
transformação.
Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de
Andrade, essa parceria da indústria com as entidades
sindicais é estratégica para a competitividade do
setor produtivo nacional. “Estamos do mesmo lado
para construir um Brasil melhor. Vamos procurar
trabalhar junto naquilo em que nós convergimos”,
disse.
* Filmagem registrada pela Assessora Jurídica da
NCST, Zilmara Alencar
Fonte: Agência de Notícias CNI com adaptações da
Imprensa NCST
25/10/2019 -
Sindicalistas criticam proposta de derrubar
alíquotas de importação
O governo deve anunciar medidas econômicas, mais uma
vez, sem ouvir as partes interessadas. Segundo o
jornal Valor Econômico da terça (22), a ideia agora
é promover o corte unilateral das alíquotas de
importação dos produtos industriais.
A tarifa média desses bens cairia, em quatro anos,
de 13,6% para 6,4%, o que deixaria o Brasil com
níveis de proteção tarifária equivalentes aos das
nações mais ricas. No caso dos automóveis, haveria
queda de 35% pra 12%.
Na matéria, que abriu também a página 4, o Valor não
ouviu representantes dos trabalhadores. A Agência
Sindical fez essa parte.
Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional
dos Metalúrgicos (CNM/CUT), se preocupa com a
iniciativa, que não foi discutida com entidades de
classe e pode agravar a situação da indústria no
País.
O dirigente observa: “Precisamos de medidas para
proteger o setor, porque nosso grau de
competitividade é diferente do mercado externo.
Corte de alíquota é sempre muito preocupante. Ainda
mais quando atrelado a países que possuem outras
condições. O grau de competitividade é diferente”.
A proposta do Ministério da Economia e do Itamaraty
deve ser apresentada aos sócios do Mercosul
(Argentina, Uruguai e Paraguai). Pela regra, os
quatro países não podem reduzir tarifas de
importação isoladamente.
Cayres avalia que os impactos serão extremamente
negativos ao setor. “São medidas tomadas por quem
desconhece o ramo. Não levam em conta a experiência
do movimento sindical. Vão errar novamente ao não
consultar as bases”, diz.
Desemprego - Segundo o presidente da
Confederação cutista, os efeitos serão drásticos,
“principalmente num momento em que nosso País
enfrenta o fechamento de montadoras”. Cayres lembra
que mais de três mil metalúrgicos ficarão
desempregados com o fim das atividades da Ford, em
São Bernardo, SP.
Indiretamente, o fechamento da fábrica deve impactar
24 mil trabalhadores, estimam o Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e o Dieese. Cayres questiona:
“Não sei a quem interessa fechar mais postos de
trabalho. Não interessa ao País, não interessa às
empresas e menos ainda aos trabalhadores”.
Bahia - Aurino Pedreira, presidente da
Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos e
Mineradores da Bahia, afirma que o País necessita de
políticas de proteção ao emprego e à indústria
nacional. Para o sindicalista, a medida vai na
contramão de países desenvolvidos. “Todos, inclusive
os EUA, adotaram políticas de proteção ao setor
industrial. Só o Brasil faz o contrário, para abrir
o setor ao capital estrangeiro”, critica.
Fonte: Agência Sindical
25/10/2019 -
Bolsonaro sobre áudio de Queiroz: ele cuida da vida
dele e eu cuido da minha
Durante viagem oficial, Jair Bolsonaro foi
questionado sobre o áudio do ex-assessor de Flávio
Bolsonaro, Fabricio Queiroz, divulgado nesta
quinta-feira (24) pelo Globo, no qual ele deixa
claro que, mesmo exonerado há 8 meses, ainda trata
de negociações para cargos na Câmara e no Senado.
Em gravação, de junho deste ano, Queiroz indica a um
interlocutor como montar um esquema ilegal de caixa
dois em gabinetes parlamentares e insinua uma
comissão de "20 continho" para o clã Bolsonaro.
Abordado sobre o tema, Bolsonaro disse que “o
Queiroz cuida da vida dele e eu cuido da minha”. Ele
também afirmou que não fala mais com o ex-assessor
do filho.
Jair Bolsonaro ameaçou encerrar a entrevista por ter
se irritado com a pergunta.
Fonte: Brasil247
25/10/2019 -
Guedes quer cortar jornada e salários de servidores
em caso de desequilíbrio nas contas
Inspirado no modelo norte-americano, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, agora quer que os servidores
públicos paguem o preço do descompasso das contas
públicas. O projeto, que deve ser anunciado na
próxima semana, prevê que governadores e prefeitos
possam reduzir a jornada, os salários, e até mesmo
demitir funcionários em caso de desequilíbrio nas
contas de estados e municípios.
Segundo reportagem do jornal O Globo, a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) criando o “Estado de
Emergência Fiscal” deverá ser entregue ao Congresso
na próxima semana.
Fonte: Brasil247
25/10/2019 -
Reforma da Previdência foi muito dura com
trabalhadores, dizem debatedores
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu nesta
quinta-feira (24) a aprovação da reforma da
Previdência (PEC 6/2019), que aguarda promulgação
pelas mesas da Câmara e do Senado. Para assessores
parlamentares que auxiliaram senadores e deputados
da oposição na análise da proposta, o texto é muito
duro com os trabalhadores, vai causar empobrecimento
da população e não resolverá os problemas do
sistema.
— Os bilhões economizados vão sair do couro do
trabalhador — afirmou Marcos Rogério, assessor da
Liderança do PT no Senado.
O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), e a
senadora Zenaide Maia (Pros-RN) compararam as
mudanças na Previdência brasileira ao que ocorreu
com o sistema do Chile na década de 1980. Segundo
eles, só agora é possível identificar as
consequências das alterações promovidas naquela
época: o empobrecimento geral e o desalento de
idosos e aposentados.
Se o governo não se atentar, opinaram os
parlamentares, algo semelhante pode acontecer no
Brasil. Caso percebam que não há sustento, saúde e
educação, os brasileiros não temerão ir para a luta
para garantir o mínimo, a exemplo do que está
ocorrendo no Chile e em outros países da América
Latina.
— Não tirem de um povo a certeza que ele tem de que
vale a pena viver, não façam um povo acreditar que
não tem nada a perder — aconselhou Zenaide.
O Chile enfrenta um ambiente conflagrado. De acordo
com fontes oficiais, 18 manifestantes morreram desde
o início dos protestos desencadeados pelo aumento da
tarifa do metrô em Santiago. O presidente Sebastián
Piñera chegou a pedir perdão pela retirada de
direitos sociais, trabalhistas e previdenciários no
passado, o que levou o país ao caos, explicou Paulo
Paim.
— Tudo começa a aparecer de forma mais clara, com
efeitos das reformas feitas no Chile antes, e o
Brasil segue esse mesmo receituário — lamentou.
O senador Jaques Wagner (PT-BA) lembrou que o Brasil
voltou a figurar entre os três países em que mais há
concentração de renda no mundo, com cerca de 6
milhões de pessoas de volta à extrema pobreza.
— Todos os que defendemos um país mais social
amanhecemos mais tristes, com a aprovação da PEC.
Mas em respeito a quem nos elegeu não vamos jogar a
toalha, abandonar a batalha — disse.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
25/10/2019 -
Comissão aprova mudança de folga semanal por motivo
religioso
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou o Projeto de Lei 3346/19 garante ao
empregado a possibilidade de alterar o dia de
descanso semanal por motivos religiosos. Conforme o
texto, a mudança deverá ser acordada com o
empregador, sem perdas ou ônus para o empregado.
O relator, deputado Mauro Nazif (PSB-RO), recomendou
a aprovação e promoveu quatro mudanças devido a
adequações no texto. Em debate na Câmara dos
Deputados, a procuradora federal dos Direitos do
Cidadão, Deborah Duprat, disse que a proposta “é
absolutamente compatível com o direito e atende a
imperativos éticos da modernidade”.
Além da mudança da data, o projeto prevê que o
empregado poderá optar por acréscimo de horas
diárias ou troca de turno para compensar eventuais
horas não trabalhadas. A proposta altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que
assegura a todo empregado um dia de descanso
semanal.
Segundo o autor, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), a
influência do cristianismo na sociedade ocidental
teve papel fundamental em transformar o domingo como
dia de repouso semanal. Porém, ressaltou o
parlamentar, outras religiões, como o judaísmo ou o
islamismo, têm dias diferentes de culto.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/10/2019 -
Com placar de 4 a 3 a favor da prisão em segunda
instância, STF suspende julgamento
Caso seja reprovada a tese de prisão após
condenação em segundo grau, o ex-presidente Lula
pode ser beneficiado e, finalmente, deixar a prisão;
julgamento deve retornar em novembro
O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou, nesta
quinta-feira (24), o terceiro dia de julgamento
sobre prisão depois de condenação em segunda
instância. O placar aponta, por enquanto, 4 a 3 a
favor dessa tese. Caso seja reprovada, o
ex-presidente Lula pode ser beneficiado e,
finalmente, deixar a prisão.
Votaram nesta quinta os ministros Rosa Weber, Luiz
Fux e Ricardo Lewandowski. Faltam os votos de Cármen
Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli.
O julgamento deve ser retomado somente em novembro.
No voto mais aguardado do dia, a ministra Rosa Weber
se posicionou contra a prisão depois de condenação
em segundo instância. Ricardo Lewandowski seguiu a
mesma linha, corroborando a posição do relator Marco
Aurélio Mello.
Em contrapartida, Luiz Fux se juntou a Alexandre de
Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, todos
favoráveis à tese.
O último a votar, o ministro Ricardo Lewandowski,
declarou: “Antes de proferrir o voto propriamente
dito, recordo que ao ser empossado no cargo de
ministro do Supremo Tribunal Federal em sessão
realizada no dia 16/03/2006, assumi o solene
compromisso de cumprir a Constituição e as leis da
República sem concessões à opinião pública ou
publicada e nem a grupos de pressão. E desse
compromisso, senhor presidente, jamais me desviei e
não posso desviar-me agora, especialmente quando o
texto normativo não comporta, como é o caso dos
autos, qualquer margem de interpretação”, disse o
ministro.
Definição
Ao término do julgamento, possivelmente em novembro, o
STF vai definir quando uma pessoa condenada poderá
ser presa: se após condenação em segunda instância,
com a execução provisória da sentença, ou se somente
após o chamado trânsito em julgado, quando estiverem
esgotados todos os recursos.
Fonte: RevistaForum
25/10/2019 -
Guedes propõe redução de direitos trabalhistas para
geração de empregos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que,
para gerar empregos, reduzirá direitos trabalhistas.
“Vamos propor um modelo de contratação para os
jovens, que deve valer nos dois primeiros anos de
emprego, com redução dos encargos trabalhistas. Para
mim, seria zero neste período, mas acho que não dá.
Haverá uma redução dos encargos”, disse o titular da
pasta ao blog do Valdo Cruz.
“Está tudo praticamente pronto. Já conversei até com
o presidente sobre elas [medidas], mas temos de
esperar seu retorno da viagem ao exterior para bater
o martelo. É a nova agenda econômica para modernizar
o país depois da aprovação da reforma da
Previdência”, acrescentou.
Fonte: Brasil247
24/10/2019 -
Queiroz continua na ativa: "'Tem mais de 500 cargos
lá, cara, na Câmara e no Senado. 20 continho caía
bem"
O ex-PM Fabrício Queiroz, caixa do clã Bolsonaro,
continua em plena atividade, mesmo depois de
formalmente exonerado do gabinete de Flávio
Bolsonaro há oito meses. Numa gravação obtida pelo
jornal O Globo, de junho deste ano, ele indica a um
interlocutor como montar um esquema ilegal de caixa
dois em gabinetes parlamentares e insinua uma
comissão de "20 continho" para o clã Bolsonaro.
Leia:
"Tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no
Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou,
alguma coisa, sem vincular a eles (clã Bolsonaro) em
nada" Em seguida ele afirma: "20 continho aí para
gente caía bem pra c**".
O escândalo Queiroz, apesar de exposto à luz do dia,
está com suas investigações paralisadas por decisão
do STF e o caixa do clã Bolsonaro prossegue em sua
atividade criminosa sem ser incomodado pelas
autoridades.
No fim de 2018, o Coaf apontou “movimentação
atípica” de R$ 1,2 milhão, em 2016 e 2017, nas
contas de Fabrício Queiroz. Oito assessores do então
deputado estadual Flávio Bolsonaro transferiram
recursos a Queiroz em datas próximas ao pagamento de
servidores da Alerj.
Fonte: Brasil247
24/10/2019 -
Líder do PT no Senado defende acordo para
aposentadoria especial
A medida concede o direito de aposentadoria especial a trabalhadores
expostos a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (RS), defendeu o acordo feito
com o governo para o destaque de Paulo Paim (PT-RS), garantindo a
aposentadoria especial para categorias enquadradas como grau de
periculosidade. Ele destacou, no entanto, diferente do que havia sido
dito pelo secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, que o PL
que vai regular quem tem direito ao benefício será feito no Senado.
Isso porque o acordo é que o
texto tramite com urgência na Casa, onde há entendimento para governo e
oposição votarem a favor. Se o Executivo elaborar o PL, ele dará entrada
pela Câmara. “Haverá um projeto de lei complementar, aqui no Senado, que
vai dizer quem tem direito e quem não tem direito a alegar essas
condições de perigo para pedir essa aposentadoria especial. Nem vai
haver prejuízo para o governo, porque o projeto vai tramitar em regime
de urgência, e nem as pessoas que tem o direito estão impedidas, de
demandar”, afirmou Humberto Costa.
“O que estava acontecendo (no texto da reforma da Previdência) era a
proibição até de demandar (a aposentadoria especial). Agora vai haver
definição de condições para que essa demanda aconteça. Até o governo
admite que há situações que devem ser tratadas. O governo diz que quer
combater as situações absurdas, em que a Justiça tem concedido
aposentadorias especiais por não haver uma lei que regulamente.
Nem elimina o direito de quem poderá arguir ter esse direito, e não vai
ficar uma coisa sem regulamentação”, detalhou o líder do PT.
Fonte: Correio Braziliense
24/10/2019 -
“Em guerra”: desafios para o novo sindicato
Por Clemente Ganz Lúcio - Acionistas decidiram
fechar uma unidade francesa da fábrica alemã Perrin
Industrie. Há dois anos um acordo foi fechado entre
a empresa e os sindicatos dos trabalhadores, o que
implicou no aumento de jornada de trabalho e da
produção sem aumento dos salários, mas com o
compromisso de se preservar os empregos. Os
trabalhadores cumpriram o acordo. Os acionistas
queriam mais lucro e descobriram que ganharão (eles,
os acionistas) muito mais se fecharem a fábrica.
Assim começa “Em guerra”, filme dirigido por
Stéphane Brizé.
São quase duas horas luta sindical, debates e
negociação. A cada instante “a nova empresa” se faz
presente, com os interesses dos novos proprietários
(os acionistas), ocultos e invisíveis, presentes
através dos diretores e CEO mundial, e, também pelos
“cabeças de planilha”, assessores e diretores, com
seus ternos e taiers, olhos vidrados e o discurso da
inevitabilidade dos dados: não atingimos as metas,
os acionistas esperavam melhores resultados – e
aquela cara de enfado. Humanos, nada mais do que
humanos.
Os trabalhadores lutam. Param. A greve se estende e
o processo vai sendo contado por uma câmera que
permanece atenta aos detalhes.
São três sindicatos organizados na base da empresa
(CGT, FO e Independentes), cada um com seus debates,
escolhas e enfrentamentos internos. Atuam e as
situações vão revelando que o pensamento estratégico
exige trabalhar com múltiplas alternativas
situacionais.
O filme “Em Guerra” é a expressão política do
conflito social em decorrência dos interesses
econômicos antagônicos. O poder do dinheiro e a
ganância pelo acúmulo de riqueza financeira como
valores primordiais fazem a cara desse novo mundo
produtivo. Conhecê-lo é tarefa para todo dirigente
sindical; compreendê-lo é uma exigência para quem
quer ter efetividade sindical; enfrentá-lo é dever
de quem busca uma sociedade justa e defende os
interesses dos trabalhadores.
“Em Guerra” apresenta muitos dos elementos que hoje
compõem os desafios do novo sindicalismo. Quem quer
pensar sobre o futuro dos sindicatos e busca
construir o sindicato do futuro tem a obrigação de
assistir esse filme; talvez, várias vezes, para
aprofundar os detalhes.
O diálogo e a negociação estão presentes o tempo
todo nas estratégicas sindicais, mas sua base está
assentada na organização e na mobilização dos
trabalhadores, e tão fundamental quanto, na unidade
inquebrantável de um lado, e na disponibilidade do
outro lado.
“Em Guerra” luta pela paz de quem quer ter o emprego
para prosperar na vida cotidiana pagando suas
contas, comprando a comida e vivendo de maneira
decente. Isso não é óbvio e está em desuso. Nesse
novo mundo, competir para ter mais para ficar rico
ou milionário é um valor que subordina todo o resto.
Há decisões radicais para que o diálogo volte a se
estabelecer. Há decisões radicais que abrem novas
possibilidades de futuro. Abra uma nova janela para
o futuro do sindicalismo: assista “Em Guerra”!
Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, diretor técnico do
DIEESE.
Fonte: Agência Sindical
24/10/2019 -
Barroso vota favorável à prisão após condenação em
segunda instância
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso votou a favor do entendimento da
Corte que autoriza a prisão após a condenação em
segunda instância da Justiça. Até o momento, o
placar do julgamento está em 3 votos a 1 a favor da
medida. Após a manifestação do ministro, a sessão
foi suspensa e será retomada nesta quinta-feira
(24).
Segundo Roberto Barroso, a prisão em segunda
instância sempre foi aceita pelo STF, exceto entre
2009 e 2016. Para Barroso, a decisão provocou um
"poderoso incentivo" à protelação das condenações e
reforçou a seletividade do sistema recursal,
possibilitando que réus ricos consigam evitar a
prisão por terem condições de pagar advogados para
entrar com recursos.
"Vejam o impacto positivo trazido pela mudança da
jurisprudência, que impulsionou a solução de boa
parte dos crimes de colarinho branco, porque o temor
real da punição levou a uma grande quantidade de
colaborações premiadas por réus e de acordos de
leniência de empresas, apenas no âmbito da Operação
Lava Jato", disse.
Barroso também rebateu os advogados que se
manifestaram na semana passada, no primeiro dia de
julgamento. Segundo os profissionais, a permissão da
prisão para cumprimento antecipado da pena contribui
para a superlotação dos presídios. Segundo o
ministro, dados do Departamento Penitenciário
Nacional (Depen) mostram que, a partir de 2016,
quando o STF voltou a permitir a prisão em segunda
instância, o percentual de prisões caiu. Entre 2009
e 2016, a média de aumento de presos foi de 6,25%.
Após 2016, quando volta a possibilidade, a média foi
1,46%, de acordo com o ministro.
"Não foram os pobres que sofreram o impacto da
possibilidade de execução da pena após a condenação
em segundo grau. Não foram os pobres que mobilizaram
os mais brilhantes advogados criminais do país, não
creio nisso", afirmou.
Na sessão desta quarta (23), a favor da prisão em
segunda instância também votaram Alexandre de Moraes
e Edson Fachin. O relator, ministro Marco Aurélio,
votou contra a medida.
Fonte: Agência Brasil
24/10/2019 -
Até os aposentados serão prejudicados com a reforma
da Previdência
A reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro
(PSL) também terá consequências para quem já recebe
uma aposentadoria ou pensão do INSS. As mudanças
aprovadas nesta terça-feira (22) pelo Senado criarão
barreiras para a revisão e o acúmulo de benefícios.
Uma das consequências da reforma é a retirada da
Constituição da garantia de que processos contra a
Previdência possam ser iniciados na Justiça estadual
sempre que não houver Justiça Federal no município.
Ao derrubar essa regra, a reforma permitirá a
aplicação de lei aprovada pelo presidente Jair
Bolsonaro que obriga o segurado a buscar uma unidade
da Justiça Federal, caso a sede esteja num raio de
até 70 quilômetros da sua residência.
O acesso mais distante à Justiça poderá desestimular
aposentados a pedirem revisões de benefícios,
principalmente em localidades afastadas de grandes
centros urbanos, onde a presença de unidades
judiciárias federais é menor. “Isso dificulta o
acesso do cidadão à Justiça, um princípio basilar da
Constituição Federal”, diz Chico Couto de Noronha
Pessoa, presidente da Comissão Nacional de Direito
Previdenciário da OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil).
“O segurado terá de arcar com os custos de
deslocamento para comparecer às audiências e
perícias médicas judiciais”, agrega Chico. A
legislação que passará a valer ainda é menos
rigorosa do que a pretendida pelo governo, cuja
proposta original era obrigar o segurado a se
deslocar até 100 quilômetros para acessar a Justiça
Federal.
Novas interpretações do INSS sobre a validação do
tempo de contribuição, também possíveis a partir da
reforma, podem criar mais empecilhos para as
revisões, segundo Rômulo Saraiva, advogado
especialista em direito previdenciário. A reforma
prevê que o INSS não deve considerar períodos
fictícios como tempo de contribuição.
Esse texto abre brechas, segundo Saraiva, para que
sejam rejeitados períodos trabalhados em empresas
que não repassaram ao governo contribuições
descontadas do empregado. “A interpretação só estará
clara após o INSS publicar suas instruções
normativas”, afirma Saraiva.
O direito ao acúmulo de benefícios será atingido
pelas alterações que a reforma da Previdência fará
na pensão por morte. Hoje, é possível receber o
valor integral no caso de acúmulo de aposentadoria e
pensão. Pelas novas regras, ainda será possível
acumular dois benefícios, mas haverá limitação.
O maior benefício da viúva ou do viúvo será a renda
principal. Sobre o menor, haverá redutores. O
cálculo é feito em duas etapas: primeiro há o
redutor por dependentes. Depois, é feita uma divisão
em fatias do salário mínimo. O primeiro salário
mínimo é pago integralmente. Depois, será pago 60%
do valor que exceder um salário mínimo até dois
salários, por exemplo. As demais faixas vão de 40% a
10%.
O cálculo da pensão que for concedida após a reforma
vai variar de acordo com o número de dependentes.
Hoje, a pensão equivale a 100% da aposentadoria do
segurado que morreu ou ao benefício por invalidez a
que ele teria direito. Com a reforma, o pagamento
será de 50% do benefício, mais 10% por dependente,
até o limite de 100%. A viúva é considerada uma
dependente. Se ela não tiver filhos menores,
receberá 60% da aposentadoria do marido.
No caso do trabalhador que morreu antes de se
aposentar, o redutor na renda será ainda maior. O
motivo é que a aposentadoria será calculada com
todos os salários desde julho de 1994, sem descartar
os 20% menores, como ocorre hoje.
A versão original da reforma da Previdência do
presidente Jair Bolsonaro (PSL) poderia trazer ainda
mais prejuízos a quem já está aposentado, caso não
tivesse passado por modificações durante a
tramitação no Congresso. O texto-base permitiria que
os aposentados que continuam trabalhando recebessem
o depósito mensal do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de contribuição), mas retirava deles a multa
de 40% sobre o saldo em caso de demissão sem justa
causa. Para novos aposentados, além de retirar a
multa, a reforma acabaria com o depósito mensal do
FGTS realizado pelo empregador.
Antes mesmo de aprovar a reforma da Previdência, o
governo conseguiu promover mudanças em regras que
afetam as revisões de benefícios do INSS. No início
do ano, o governo publicou medida provisória para
revisar os benefícios previdenciários. As novas
regras, já convertidas em lei pelo Congresso, também
trouxeram restrições às revisões.
Benefícios cancelados ou negados pelo INSS passaram
a contar com o prazo de dez anos para serem
revisados. A mudança inviabiliza a contestação de
decisões equivocadas do órgão nos casos de segurados
que não apresentaram a reclamação dentro do prazo.
A lei também exige provas materiais e contemporâneas
(produzidas na época) do tempo de serviço para a
revisão de benefícios, inclusive nos casos em que a
análise é realizada por meio de ação judicial. Essa
posição vai contra muitas decisões da Justiça que
concederam revisões com base em depoimentos de
testemunhas ou documentos produzidos fora da época
em que havia o vínculo de trabalho.
Apesar de focar as concessões de pensão por morte,
um outro obstáculo criado pela lei do pente-fino
pode ter consequência nas revisões desse benefício.
Trata-se da exigência de provas materiais e
contemporâneas para a comprovação da união estável.
Em casos extremos, a medida pode levar a erros em
processos de revisão de pensões concedidas por meio
do depoimento de testemunhas.
Com informações do Agora
Fonte: Portal Vermelho
24/10/2019 -
Manifestantes protestam contra Bolsonaro e jogam
óleo em frente ao Planalto; houve prisões
Manifestantes da ONG Greenpeace ocuparam a frente do
Palácio do Planalto nesta quarta-feira (23) e
encenaram no local a tragédia que ocorre no litoral
brasileiro. Alguns ativistas foram presos. O número
de detenções teria chegado a pelo menos 17.
Ação tem como objetivo denunciar a demora e
irresponsabilidade do governo Bolsonaro para
combater o derramamento de óleo na região litorânea
do Nordeste, que já causa impactos ambientais e
econômicos incalculáveis.
O deputado Ivan Valente (PSOL-RJ) elogiou a ação:
"Golaço do @GreenpeaceBR. Eles resolveram jogar óleo
sujo na frente do Palácio do Planalto para denunciar
a letargia do governo para lidar com a tragédia
ambiental no litoral nordestino. Esse governo
precisa ser mesmo desmascarado! #ForaSalles #MeioAmbiente".
Fonte: Brasil247
23/10/2019 -
Projeto de quatro Centrais e do FST reconhece o
poder das assembleias
Amplos setores do sindicalismo defendem o Artigo 8º
da Constituição, que assegura a estrutura sindical,
incluindo organização por categoria e unicidade.
Esse segmento - que agrega quatro Centrais e mais de
20 Confederações - discorda de PEC e outras
iniciativas pluralistas.
A defesa da organização - ou seja, Sindicato,
Federação, Confederação e Central - está
materializada no Projeto de Lei 5.552/2019,
subscrito pelo deputado Lincoln Portela (Partido
Liberal-MG). Um dos pontos principais é a autonomia
das assembleias gerais.
Histórico - O professor Oswaldo Augusto de Barros,
que preside a CNTEEC e coordena o Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), explica: “Nosso projeto nasceu
do debate nas Confederações e entidades filiadas,
teve suporte dos nossos Jurídicos e foi debatido
também com setores do Parlamento e do empresariado”.
O texto já foi encaminhado a todos os deputados, ao
TST e a entidades como Anamatra, OAB e ao próprio
Gaet, criado pelo governo.
Segundo o PL 5.552, o sindicalismo deve representar
o conjunto da categoria. Na apresentação, o texto
diz: “Uma coisa é a liberdade de se filiar ou não à
entidade sindical, de ser sócio; a outra, o dever de
solidariedade, de retribuir a representação pelo
Sindicato nas negociações coletivas, de ser
abrangido por acordo, convenção ou sentença
normativa”.
Com base na Constituição, o PL sustenta que, “desde
o momento em que ingressar na categoria profissional
ou econômica, o trabalhador ou a empresa, conforme o
caso, será representado pelo Sindicato, por uma
garantia da Constituição”. Daí, ou seja, “dessa
vinculação sobrevém a obrigação de contribuir para a
entidade”.
Teto - No que diz respeito ao custeio,
diferentemente da PEC 171, que fala de suposta taxa
negocial, o PL 5.552 estipula: “Fica vedada a
fixação de percentual superior a 1% da remuneração
bruta anual do trabalhador”. Para manutenção da
estrutura, o Projeto propõe “73% para o Sindicato,
16% para a Federação, 6% para a Confederação, 4%
para a Central - desde que o Sindicato esteja
filiado - e 1% para o Conselho Sindical Nacional”.
ATO – Para divulgar o Projeto e ampliar a
mobilização, as entidades convocaram ato nacional,
dia 4, em SP. Será a partir das 9 horas, no
Sindicato dos Metroviários, à rua Serra do Japi, 31,
Tatuapé, Zona Leste de SP.
MAIS - Saiba mais no site do Fórum Sindicato
- www.fst.org.br ou no site da NCST.
Fonte: Agência Sindical
23/10/2019 -
Reforma da Previdência é aprovada em segundo turno
no Senado
Os senadores aprovaram, em segundo turno, com 60
votos favoráveis e 19 contrários, a PEC principal da
reforma da Previdência.
Após a promulgação da nova proposta previdenciária,
passam a valer as novas regras para os trabalhadores
públicos e privados se aposentarem no Brasil.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que acompanhou
o resultado da votação no plenário junto com os
senadores, comemorou o resultado.
A principal mudança previdenciária é a idade mínima
e o aumento no tempo de contribuição para os
trabalhadores.
Com as novas regras, homens passam a se aposentar
aos 65 anos, e as mulheres aos 62, para receberem
60% da média dos salários.
Para receber esse percentual, no setor privado, será
necessário ainda o tempo mínimo de contribuição de
15 anos para as mulheres e 20 para os homens.
Para os homens que já estão no mercado de trabalho,
esse tempo mínimo cai para 15 anos.
No setor público, serão 25 anos tanto para homens
quanto para mulheres.
Quem quiser se aposentar com 100% da remuneração,
respeitando o teto, além da idade mínima, deverá
contribuir por 35 anos, no caso das mulheres, ou 40
anos, para os homens.
Algumas categorias conseguiram regras especiais,
como policiais e professores.
Ao longo do dia, parlamentares favoráveis e contrários
se revezaram na tribuna.
O senador Major Olimpio, do PSL, defende que é
preciso equilibrar as contas públicas, e afirma que
a proposta vai ajudar na recuperação da economia do
país.
Já parlamentares da oposição rebatem, e argumentam
que as novas regras retiram direitos dos
trabalhadores e prejudicam os mais pobres. Líder da
oposição, Randolfe Rodrigues, do partido Rede,
afirma que a reforma vai aumentar a desigualdade no
país.
A PEC aprovada prevê aumento nas alíquotas de
contribuição dos trabalhadores. O desconto pode
chegar a 14% na iniciativa privada, e a 22% no setor
público.
Além disso, o texto estabelece o valor da
aposentadoria a partir da média de todos os
salários, em vez de permitir a exclusão das 20%
menores contribuições, como é até hoje.
O trabalhador que está próximo a se aposentar deve
escolher uma das regras de transição disponíveis.
Fonte: Portal EBC
23/10/2019 -
CCJ vota PEC paralela da Previdência em até 15 dias,
afirma Simone Tebet
A votação da PEC paralela da Previdência (Proposta
de Emenda à Constituição 133/2019) será concluída em
até 15 dias na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) e antes do dia 19 de novembro em Plenário. A
expectativa é da presidente da CCJ, senadora Simone
Tebet (MDB-MS). Ela falou à imprensa nesta
terça-feira (22), após reunião em que o colegiado
concluiu a análise de emendas apresentadas ao texto
principal da reforma (PEC 6/2019).
A CCJ se reúne nesta quarta-feira (23) apara
analisar o relatório do senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) às 168 emendas apresentadas à PEC
paralela. Segundo Simone, será concedida vista
coletiva — prazo para que os senadores analisem o
parecer.
— Lido o relatório amanhã [quarta-feira, 23]
concederemos vista coletiva de pelo menos uma
semana. Podemos dar 15 dias e, pelo calendário
oficial, sem acordo, já é possível até o dia 19 de
novembro termos a aprovação da PEC paralela. Mas com
acordo, que eu acredito ser possível, fechar essa
questão já na primeira quinzena de novembro —
estimou a senadora.
Concluída a votação na CCJ, o texto pode ser votado
em Plenário no mesmo dia, conforme Simone.
Mudanças
A PEC paralela altera o texto principal da reforma da
Previdência. Uma das mudanças é a inclusão de
estados e municípios no novo sistema de
aposentadoria. Os estados poderão, por projeto de
lei ordinária aprovado nas assembleias legislativas,
seguir as mesmas regras da União. Os municípios, se
não aprovarem critérios próprios, vão
automaticamente aderir ao regime da União, aprovado
anteriormente pelo estado do qual fazem parte. O
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ainda não
apresentou parecer à matéria.
Fonte: Agência Senado
23/10/2019 -
Indústria mantém ritmo lento de recuperação, diz
pesquisa da CNI
A atividade industrial está se recuperando
gradualmente, segundo a Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Os empresários do setor já percebem
uma leve melhora no consumo e na situação financeira
das empresas. Além disso, o emprego subiu 0,4 ponto
em setembro em relação a agosto, informa a Sondagem
Industrial, divulgada nesta terça-feira (22) pela
CNI.
Conforme a pesquisa, o indicador de produção ficou
em 48,8 pontos e o de emprego alcançou 49 pontos em
setembro. Os indicadores variam de zero a 100
pontos. Quando acima de 50, indicam aumento da
produção e do emprego.
Segundo a CNI, o indicador de utilização da
capacidade instalada ficou estável em 69% e o índice
de estoques efetivos em relação ao planejado caiu
para 51,4 pontos, mostrando que se reduziu o excesso
de estoques do setor.
“O emprego e o nível de estoques desejados em
relação ao usual melhoraram. Esses são indícios de
que a melhora no mercado de trabalho tem se
refletido na demanda interna, com impacto na
atividade industrial”, mostra o levantamento.
No entanto, a CNI alerta que os indicadores atuais
ainda estão distantes dos observados antes da
recessão. “Essa situação reforça a necessidade de
continuidade dos esforços de reformas estruturais e
melhoria do ambiente de negócios, de modo a superar
os entraves que limitam o ritmo de expansão atual”,
destaca a pesquisa.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
23/10/2019 -
STF retoma nesta quarta julgamento que pode
favorecer Lula
O Supremo Tribunal Federal retoma nesta quarta-feira
(23) o julgamento da constitucionalidade da prisão
de condenados em segunda instância com o voto do
relator das ações sobre o tema, o ministro Marco
Aurélio Mello, informa o jornalista Reynaldo Turollo
Jr. na Folha de S.Paulo.
O ministro Marco Aurélio Mello é da chamada ala
garantista do STF e um defensor da tese de que a
Constituição exige que se esgotem todos os recursos
antes da execução da pena de um condenado.
"Ao tomar posse neste tribunal, há 28 anos, jurei
cumprir a Constituição Federal, observar as leis do
país, e não a me curvar a pronunciamento que não tem
efeito vinculante", escreveu Marco Aurélio,
criticando a jurisprudência que, desde 2016,
autoriza a prisão de condenados em segundo grau.
"De qualquer forma, está-se no Supremo, última
trincheira da cidadania, se é que continua sendo",
alfinetou.
Nos últimos dez anos, o plenário do STF enfrentou
esse tema ao menos cinco vezes, na maioria delas ao
analisar casos concretos de pessoas condenadas, como
fez ao negar um habeas corpus pedido pelo
ex-presidente Lula, lembra a reportagem.
Agora, o tribunal vai julgar o mérito das três ações
que tratam do assunto de maneira abstrata, sem estar
atrelado a um determinado réu. As ações são de
autoria da OAB, do Patriota (antigo PEN) e do PCdoB.
A reportagem informa que como nas vezes anteriores
que abordou o tema, o Supremo está dividido: há
ministros que defendem a prisão em segunda instância
e ministros que entendem que é preciso esperar o
trânsito em julgado (quando se esgotam os recursos).
A expectativa é que a análise das três ações demore
mais três ou quatro sessões plenárias, podendo se
encerrar nesta quinta-feira (24) ou na semana de 6
de novembro, pois não estão previstas sessões nos
dias 30 e 31 de outubro.
Fonte: Brasil247
23/10/2019 -
Na mira da privatização, Eletrobras pode ter mais 3
mil demissões, calcula sindicato
De 2016 para cá, total de trabalhadores de
estatal brasileira de energia elétrica caiu de 26
mil para 14 mil
À caminho da privatização, desejo explicito do
governo Jair Bolsonaro (PSL), a Eletrobrás demitirá
1.041 trabalhadores terceirizados de sua subsidiária
Furnas. O anúncio, feito pela estatal em 16 de
outubro, gerou críticas de especialistas do setor. A
empresa é responsável por quase metade da energia
elétrica consumida no Brasil.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores
Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), em
2016 o sistema Eletrobrás tinha 26 mil empregados.
Hoje, são 14 mil. Há a previsão do fechamento de
mais três mil postos de trabalho até dezembro deste
ano.
A justificativa para as demissões em Furnas é
econômica. De acordo com a estatal, haverá uma
economia de R$ 200 milhões por ano com o
desligamento dos 1.041 funcionários.
Para Cássio Carvalho, engenheiro elétrico da
Universidade Federal do ABC (UFABC), em entrevista à
TVT, o discurso da economia não é coerente, já que o
lucro da estatal no ano pode superar o valor de sua
possível venda para a iniciativa privada.
“O lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 5,5
bilhões. O ministro (Almirante Bento Costa Lima
Leite) afirma que a venda para o capital privado vai
gerar R$ 16 bilhões a R$ 18 bilhões. Ou seja, as
contas não batem”, diz Carvalho.
Ele critica o processo de privatização do setor:
“Vai na contramão das políticas energéticas que vêm
sendo adotadas ao redor do mundo. Uma empresa
[privada] que vai deter a gestão de uma usina
hidrelétrica, ela não vai pensar ao longo do rio,
pra cima ou para baixo, ela vai pensar em gerar
energia. Ela não vai pensar [por exemplo] em abrir
uma comporta para abastecer uma comunidade abaixo do
rio, ela não vai deixar isso acontecer porque isso é
perda de lucro”, explica.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/10/2019 -
Crédito trabalhista devido aos dependentes é
divisível, decide TST
No caso de extinção de contrato por morte do
empregado, o crédito a ser pago aos dependentes
habilitados na Previdência Social é divisível. O
entendimento é da 1ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao decidir que a filha de ex-empregado
receba apenas metade dos valores devidos ao pai.
A decisão foi fundamentada na Lei 6.858/1980,
segundo a qual os dependentes habilitados na
Previdência Social receberão em cotas iguais os
valores que o empregado deveria receber em vida do
empregador. Como a viúva também é dependente, a
filha só receberá o equivalente à metade dos
créditos.
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
havia determinado o pagamento integral dos créditos
à filha, por entender que eles são indivisíveis
quando devidos aos dependentes. Ainda de acordo com
o TRT, a filha, menor de idade, havia sido
representada pela mãe no processo, e a parte materna
deveria ser revertida a ela.
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Hugo Scheuermann, explicou que os créditos
trabalhistas, segundo a Lei 6.858/1980, são
divisíveis e podem ser fracionados em cotas iguais.
Ele observou que a filha do técnico, ao dar início
ao processo, disse que ainda poderia pedir sua
parcela, embora o direito da mãe de requerer a
própria cota estivesse prescrito. “Reconheceu, pois,
a divisibilidade do crédito trabalhista”, concluiu.
A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TST.
RR-817-34.2013.5.12.0007
Fonte: TST
23/10/2019 -
Projeto obriga presença de empregado da empresa em
audiências de conciliação
O Projeto de Lei 5146/19 altera a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e estabelece que a empresa
deverá ser representada por um empregado em
audiências que envolvam questões trabalhistas.
Autor da proposta, o deputado Carlos Bezerra (MDB-MT)
afirma que a reforma trabalhista permitiu que, nos
processos trabalhistas, a empresa seja representada
por qualquer pessoa, empregado ou não, tornando
lícita a contratação de preposto profissional, sem
qualquer vínculo com a reclamada e sem o
conhecimento direto dos fatos.
Segundo Bezerra, a alteração ignora o entendimento
consolidado do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“É razoável exigir o vínculo do preposto com a
empresa, devendo conhecer diretamente os fatos e não
apenas decorar as alegações da defesa”, disse.
O texto do projeto exclui da obrigatoriedade os
empregadores domésticos, os microempreendedores
individuais, as micro e pequenas empresas, os quais,
segundo o autor, comparecem pessoalmente em juízo,
ou se fazem representar por um membro de sua
família.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
22/10/2019 -
Após mudar regras, governo quer entregar
aposentadoria aos bancos
No Chile, onde foi implantada a capitalização,
idosos ganham menos de um salário mínimo
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) trabalha para
manter viva a proposta de um sistema de
capitalização individual para as aposentadorias dos
brasileiros. Após sofrer resistência de
parlamentares, a ideia de privatizar a Previdência
Social foi retirada da reforma, a qual deve ser
votada nesta terça-feira (22), no Senado Federal.
Com a capitalização, o trabalhador seria o único
responsável por fazer uma poupança, vinculada aos
bancos, para a aposentadoria. Pelo sistema atual – o
modelo solidário – empregadores e governo também
contribuem. Estimativa da Associação Nacional dos
Fiscais da Receita Federal (Unafisco) aponta que o
lucro dos bancos com essa mudança chegaria a R$ 388
bilhões por ano.
O plano do governo é, após a aprovação da reforma no
Senado, retomar o projeto de capitalização. A
Secretaria Especial de Previdência Social e Trabalho
informou, em nota, ao Brasil de Fato que “avalia a
conveniência de retomar o debate de criação de um
sistema de capitalização”. O secretário de
Previdência Social e Trabalho, Leonardo Rolim, disse
em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que é
preciso criar um sistema de capitalização “quanto
antes, melhor”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da
implantação deste modelo no Chile, nos anos 1980. No
país vizinho, as primeiras aposentadorias mostraram
que não há garantia de que o valor acumulado nessa
poupança seja suficiente garantir a subsistência dos
idosos.
De 193 países, apenas 30 privatizaram seus sistemas
de Previdência Social, segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Desses países, 18
já reverteram a privatização para o modelo estatal.
“O mesmo método que querem aplicar aqui no Brasil,
no campo do trabalho, da saúde e da Previdência foi
o que o Chile fez e lá aumentou cada vez mais a
concentração de renda. E por isso, está esse caos no
Chile”, apontou o senador Paulo Paim (PT-RS).
Luiz Legnani, secretário-geral da Confederação
Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap),
lembra que, no Chile, muitos não conseguem obter o
salário mínimo e ficam com apenas um terço do
salário para se manter. “É um número grande de
aposentados que estão se suicidando porque estão
passando fome, por causa da miséria. Querem
implantar isso no Brasil e não entendem o exemplo
dos países que voltaram atrás. É desastroso o regime
de capitalização”, avaliou.
Fonte: Brasil de Fato
22/10/2019 -
Dieese defende retomada do investimento para a
criação emergencial de empregos
Em vez de discutir "reforma" sindical, centrais
querem que o governo priorize a retomada do
crescimento com iniciativas como a retomada de obras
paradas
Dirigentes das seis principais centrais sindicais do
país se reuniram na última quinta-feira (17) com o
secretário especial da Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, que anunciou o início da elaboração
de uma nova “reforma” trabalhista por parte do
governo Bolsonaro e também a pretensão de acabar com
unicidade sindical. Em resposta, foi apresentada ao
governo a versão atualizada da “agenda da classe
trabalhadora“, documento com 23 itens que propõe
políticas para a retomada do crescimento econômico.
Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, há um “tema
central e prioritário a ser discutido hoje no país e
esse tema é a geração de empregos, para o Brasil
voltar a crescer”.
O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio,
também tratou das divergências no encontro. “A
preocupação central é a geração de empregos e a
retomada do crescimento econômico. Não é prioridade,
nesse momento, o tratamento da reforma trabalhista,
mas, sim, o tratamento para a geração de empregos de
qualidade, que não é o que estamos observando na
economia brasileira”, afirmou, em entrevista à
jornalista Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil
Atual, nesta segunda-feira (21).
Entre os itens da agenda, Clemente destaca ações
emergenciais para a retomada do emprego no
“curtíssimo prazo”, como investimento público para a
retomada de mais de 10 mil obras paradas. Seria uma
das melhores formas, segundo ele, para a criação de
postos de trabalho na construção civil, setor que,
desde 2014, vem sofrendo com a destruição de
milhares de empregos, por conta da paralisação no
setor causada pelas investigações da Operação Lava
Jato.
Segundo ele, para além das inúmeras irregularidades
cometidas pelos procuradores de Curitiba, em conluio
com o então juiz Sergio Moro, divulgadas na série de
reportagens do The Intercept Brasil, ao criminalizar
as empresas em vez de responsabilizar os seus
executivos, a força-tarefa penalizou a sociedade,
que passou a pagar um “preço injusto” pela forma
“inadequada” do suposto combate à corrupção.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/10/2019 -
Aposentadoria em áreas que oferecem risco a
trabalhador será debatida na CDH
O tema Previdência e Trabalho com foco nas
aposentadorias em atividades com periculosidade será
discutido em audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos (CDH) nesta terça-feira (22), às
14h. O pedido para a audiência é do senador Paulo
Paim (PT-RS), que preside a CDH.
Foram convidados o deputado distrital Chico
Vigilante (PT-DF); o presidente da Confederação
Nacional dos Vigilantes e presidente do Sindicato
dos Vigilantes da Bahia, José Boaventura Santos; o
presidente do Sindicato dos Vigilantes de
Pernambuco, José Inácio Cassiano de Souza; o
presidente do Sindicato dos Vigilantes de
Niterói-RJ, Claudio José de Oliveira; e o presidente
do Sindicato dos Vigilantes de Carro Forte do Estado
do Rio Grande do Norte, Márcio Figueiredo.
A Constituição prevê aposentadoria especial para
pessoas expostas a doenças em hospitais ou a
elementos tóxicos, como o benzeno; e para aqueles
que têm sua integridade física ameaçada, como
vigilantes e eletricitários, porque correm riscos no
exercício diário do ofício.
Reforma
Se a reforma da Previdência (PEC 6/2019) passar com a
atual redação, os segurados que têm direito à
aposentadoria especial por exercerem atividades que
apresentam risco à saúde e até mesmo à vida deixarão
de ter o benefício integral igual à média salarial.
Servidores e segurados do INSS que exercem
atividades com exposição a agentes nocivos químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde também
passarão a ter, na prática, a exigência de idade
mínima para se aposentar. Hoje esses profissionais
precisam ter 15, 20 ou 25 anos de contribuição (o
tempo varia de acordo com o nível de gravidade
atribuída ao agente nocivo). Com a reforma, será
exigida uma soma mínima de idade e tempo de
contribuição.
A audiência acontecerá na sala 13 da Ala Alexandre
Costa.
Fonte: Agência Senado
22/10/2019 -
Maia quer iniciar debate da reforma administrativa
até a próxima semana
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta segunda-feira (21) que pretende dar
início à análise da reforma administrativa na Casa
até a próxima semana. Segundo Maia, existem
propostas sobre o assunto que já tiveram a
admissibilidade aprovada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania e que podem
ser aproveitadas.
“A gente pode reutilizar um texto, que não é do
governo, se o governo não tiver nenhum tipo de
constrangimento e vaidade em relação a isso, para
que a gente já possa começar o debate do mérito nas
próximas semanas na Câmara dos Deputados”, disse
Maia, anunciado que o debate poderá ser iniciado nas
duas Casas mesmo antes de o Poder Executivo também
enviar um texto sobre gastos públicos.
Uma das propostas citadas por Maia é a chamada PEC
dos Gatilhos (Proposta de Emenda à Constituição
438/18) do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ). O texto,
que ainda não foi votado pela CCJ, cria dispositivos
para permitir ao governo reduzir salários e a carga
horária de servidores a partir de determinados
patamares de gastos (gatilhos). O objetivo, segundo
o autor, é limitar o crescimento de despesas
obrigatórias, regulamentar a regra de ouro e
instituir um plano de revisão de despesas da União.
Maia ressaltou que, por envolver assuntos ligados ao
pacto federativo, o texto aprovado pelo Senado
deverá ter prioridade. Segundo ele, esse foi o
entendimento firmado com o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo
Guedes, com quem se reuniu novamente na manhã desta
segunda-feira.
“Ela [reforma] começa pelo Senado e a Câmara vai
andando, porque a gente quer que elas se encontrem
no Plenário”, disse. “Começa pelo Senado, a
prioridade é o texto que será aprovado no Senado. E
a gente vai avançando na PEC do Pedro Paulo,
aprovando admissibilidade, criando a comissão
especial, para quando o Senado aprovar, a gente já
esteja pronto para voltar a matéria também na Câmara
de Deputados”, disse.
Maia também reforçou a intenção de trabalhar em
conjunto com o Senado, por meio de uma comissão
mista, para tratar da reforma tributária.
Fonte: Agência Câmara
22/10/2019 -
Debatedores cobram mais discussão sobre novas normas
de segurança no trabalho
O governo federal apresentou proposta de atualização
das 37 Normas Regulamentadoras de Segurança no
Trabalho (NRs), mas o calendário reduzido
estabelecido para essas mudanças é uma das maiores
preocupações dos debatedores que participaram da
audiência pública sobre o tema, nesta segunda-feira
(21), na Comissão de Direitos Humanos (CDH). O
debate foi sugerido pelo presidente do colegiado,
Paulo Paim (PT-RS), e contou com a participação de
representantes dos sindicatos dos trabalhadores,
integrantes do Ministério Público do Trabalho (MPT)
e auditores.
As NRs são portarias do antigo Ministério do
Trabalho e Emprego (atual Secretaria de Inspeção do
Trabalho do Ministério da Economia) que complementam
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) com
obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por
empregadores e trabalhadores. Elas objetivam a
garantia de trabalho seguro, prevenindo a ocorrência
de doenças e acidentes de trabalho.
Representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP),
Itamar Sanches disse que o governo tem rebaixado ao
menor grau de importância a valorização das
discussões na comissão sobre as questões
trabalhistas, ao não considerar as contribuições
sindicais para manutenção dos princípios básicos que
norteiam as normas. Ele criticou a velocidade
imposta pelo Executivo Federal para a atualização
dessas NRs sem que haja tempo para diálogo com os
trabalhadores e o Ministério Público do Trabalho
(MPT).
— Não teve acordo na CTPP com esse calendário, nem
da nossa parte e nem dos empregadores. Eles
[empregadores] deixaram claro que a velocidade
proposta de alterações não é saudável. Agora a gente
sabe que quem está com a caneta, que é o governo,
falou assim: isso não tem acordo, nós vamos fazer
nessa velocidade. E está fazendo — lamentou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/10/2019 -
A guerra continua. PSL abre nesta terça processo
contra Eduardo Bolsonaro e mais 18 deputados
Nesta terça-feira (22), desenrola-se mais um
episódio da guerra interna no PSL, com a abertura de
processo disciplinar contra o deputado Eduardo
Bolsonaro e mais 18 deputados.
Segundo reportagem do jornal O Globo, entre os alvos
do processo estão o deputado Eduardo Bolsonaro (SP),
e o líder do governo, Vitor Hugo (GO). As
penalidades vão de advertência à expulsão.
O processo disciplinar contra os parlamentares
bolsonaristas do PSL é mais um lance da disputa
interna de poder com o presidente da sigla, deputado
Luciano Bivar (PE), depois de uma nova batalha de
listas para o cargo de líder.
Num intervalo de seis horas, três documentos foram
protocolados na segunda-feira na Mesa Diretora,
alçando à liderança o deputado Eduardo Bolsonaro
(SP), que tratou de destituir os 12 vice-líderes da
sigla, a maioria ligada ao presidente do partido,
Luciano Bivar, informa a reportagem.
A guerra no PSL está diretamente ligada a uma
disputa pelos milionários fundos partidário e
eleitoral do partido.
Além de Eduardo Bolsonaro - cujo assessor se recusou
a receber a notificação do partido - e Vitor Hugo,
serão alvos de processos no conselho de ética do
partido: Alê Silva (MG), Bia Kicis (DF), Bibo Nunes
(RS), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ), Chris
Tonietto (RJ), Coronel Armando (SC), Daniel Silveira
(RJ), Luiz Ovando (MS), Filipe Barros (PR), General
Girão (RN), Guiga Peixoto (SP), Helio Lopes (RJ),
Junio Amaral (MG), Luiz Philippe de Orleans e
Bragança (SP), Marcio Labre (RJ) e Sanderson (RS).
Fonte: Brasil247
22/10/2019 -
Caixa antecipa calendário de saques de até R$ 500 do
FGTS
Os trabalhadores com contas ativas e inativas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão
sacar até R$ 500 de cada conta antes do fim do ano.
A Caixa Econômica Federal antecipou o calendário de
retiradas para não correntistas do banco.
Os saques de até R$ 500 por conta do FGTS começaram
na sexta-feira (18) apenas para os não correntistas
do banco nascidos em janeiro. O calendário original
previa a liberação gradual conforme o mês de
nascimento do trabalhador, até que os nascidos em
dezembro pudessem sacar os recursos em março de
2020.
O novo calendário ficou da seguinte forma:
- Aniversário em janeiro: saque a partir de 18/10
- Aniversário em fevereiro e março: saque a partir
de 25/10
- Aniversário em abril e maio: saque a partir de
8/11
- Aniversário em junho e julho: saque a partir de
22/11
- Aniversário em agosto: saque a partir de 29/11
- Aniversário em setembro e outubro: saque a partir
de 6/12
- Aniversário em novembro e dezembro: saque a partir
de 18/12
Ao todo 62,5 milhões de trabalhadores sem conta na
Caixa Econômica Federal poderão retirar até R$ 25
bilhões. Para os correntistas do banco, o dinheiro
foi depositado automaticamente ao longo do último
mês nas contas-correntes ou de poupança abertas até
24 de julho deste ano. Os depósitos automáticos
beneficiaram 37 milhões de trabalhadores, num total
de R$ 15 bilhões.
Horário especial
Assim como no saque para os nascidos em janeiro, a
Caixa abrirá agências em horários especiais em
determinados dias até todo o dinheiro ser liberado,
no fim de dezembro. As agências que abrem às 9h
terão atendimento uma hora antes e uma hora depois.
Aquelas que abrem às 10h iniciam o atendimento com
duas horas de antecedência. E as que abrem às 11h
também iniciam o atendimento duas horas antes do
horário normal.
Essas agências também abrirão aos sábados, das 9h às
15h (horário local), para fazer pagamentos, tirar
dúvidas, fazer ajustes de cadastro dos trabalhadores
e emitir senha do Cartão Cidadão. A lista das
agências com horário especial de atendimento pode
ser consultada no site da Caixa.
A Caixa abriu canais de atendimento para que o
trabalhador com conta do FGTS, ativa ou inativa,
consulte as formas de retirada dos recursos. O
trabalhador pode verificar o quanto tem direito na
página da Caixa na internet ou por meio do
aplicativo APP FGTS, disponível para os smartphones
com sistema Android e iOS.
Saque aniversário
O saque imediato não tem relação com o saque
aniversário, que prevê a retirada, todos os anos, de
um percentual dos recursos de cada conta do FGTS,
mais um adicional fixo que varia conforme o saldo.
Os saques referentes a 2020 começarão em abril e
seguirão até fevereiro de 2021, conforme o mês de
nascimento do trabalhador. A partir de 2021, a
retirada ocorrerá a partir do mês de aniversário até
dois meses adiante.
A adesão ao saque aniversário é opcional e pode ser
feita a qualquer momento. No entanto, o trabalhador
que escolher essa modalidade não poderá sacar o
total da conta do FGTS em caso de demissão sem justa
causa. O empregado continuará a receber a multa de
40% sobre o valor total caso seja dispensado. O
trabalhador pode voltar à modalidade tradicional,
que só permite o saque do FGTS em situações
especiais, mas somente dois anos após a data em que
informarem a decisão de retorno.
Fonte: Agência Brasil
21/10/2019 -
Grupo de Estudos do governo insiste em reforma da
estrutura sindical
O Grupo de Altos de Estudos do Trabalho (Gaet),
criado pelo governo, deixou claro ontem na reunião
com as Centrais, na UGT, em SP, que seu foco é a
reforma sindical. No dia seguinte (18), o encontro
foi na Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo, Fiesp, de orientação governamental.
O sindicalismo levou ao encontro a Agenda da Classe
Trabalhadora, documento finalizado pelo Dieese em
2018 e atualizado agora. O encontro na UGT, a pedido
do Gaet, teve presença da CUT, CTB, CSB, Força, Nova
Central e UGT, além do Dieese e Diap. O eixo
estratégico da Agenda é a retomada do crescimento
econômico, com mais emprego e renda. O movimento
alerta para a necessidade de políticas públicas de
combate ao desemprego e ao subemprego, que cresce no
País.
Rogério Marinho, secretário de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, coordena o Gaet.
Ele explica que o encontro serviu pra ouvir e
receber propostas sindicais. Argumenta: “Estamos nos
abrindo para ouvir o que a sociedade pensa sobre
relações de trabalho e não fique à margem do
processo de mudanças”. Sobre o Grupo ser integrado
só por especialistas e juristas, ele responde: “O
Gaet é formado por pessoas capazes de produzir, de
forma isenta, e, a partir daí, abrir um processo de
discussão antes de enviar qualquer Projeto ao
Congresso”.
Coordenador do Grupo e Secretário do Trabalho, Bruno
Dalcolmo valorizou o diálogo e pediu às Centrais
aprofundar as propostas da Agenda da Classe
Trabalhadora. “Sem o apoio das pessoas e entidades,
as propostas não cobrem a magnitude do desafio que
temos à frente. Vamos trabalhar com liberdade e
fazer diagnóstico de cada área, para adotar a melhor
regulamentação”, observa.
CTB
Para Adilson Araújo, presidente da CTB, o Gaet é
classista. “Esse Grupo instituído pelo governo
aposta no projeto liberal e atende aos interesses do
capital. Sob pretexto de modernizar, querem
flexibilizar e retirar direitos”, afirma. A tarefa
do Gaet é alterar a estrutura sindical. Adilson
critica: “Estamos à beira de uma tragédia social,
econômica e política. Não será reforma sindical que
vai resolver os problemas do nosso povo. Precisamos
de políticas de desenvolvimento, de emprego e
renda”.
NCST
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central, tenta
ser otimista. Ele comenta: “Achei que ouviríamos
propostas. Foi o contrário. Teremos que apresentar
propostas ao Grupo, fazer o trabalho deles. Tento
ser otimista. Espero não me enganar”.
UGT
Ricardo Patah, presidente da UGT, disse que foi
surpresa a procura do governo para essa primeira
conversa. “O caminho que estamos adotando de diálogo
é melhor. Um movimento dividido não vai impedir
qualquer mudança mais firme que o governo possa
querer fazer”, disse.
Força
Segundo ele Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, o governo deve apresentar o modelo que
existe no Chile, baseado na pluralidade. “Foca na
proposta de um sindicato por empresa, que nós somos
contra”, afirmou.
CSB
Antonio Neto, presidente da CSB diz: “É fundamental
saber como pensa cada coordenador do Grupo. Como
poderemos contribuir se não conhecemos as propostas
do Grupo para cada área?”.
Documento - Clique
aqui e
acesse a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora.
Mais - Acesse o site das Centrais, do Dieese
e do Diap.
Fonte: Agência Sindical
21/10/2019 -
PL articulado pelo Fórum atualiza estrutura, mas
preserva Artigo 8º
O deputado Lincoln Portela (PL-MG) apresentou quarta
(16), na Câmara, o PL 5.552/19, que, entre outras
medidas, regulamenta o Artigo 8º da Constituição,
sobre organização sindical. Esse PL tem linha oposta
à Reforma da PEC 171, subscrita pelo deputado
Marcelo Ramos (PL-AM), com apoio de algumas cúpulas
da burocracia sindical.
Portela afirma: “É um tema polêmico e de grande
complexidade. A organização sindical necessita ser
enfrentada pela sociedade. A legislação necessita de
regulamentação que fortaleça as entidades sindicais,
cada vez mais pressionados pelas mudanças no mundo
do trabalho e pelas reformas na legislação”.
O PL é apoiado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores, constituído pelas confederações. As
Centrais CTB, Nova Central, CSA e CGTB o apoiam. Seu
texto preserva o Inciso II, do Artigo 8º, que “veda
a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores
ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um município”.
Portela, em sua justificação, explica que o texto a
ser levado à discussão na Casa “mantém a unicidade
sindical e molda-se, com exatidão, às normas
constantes do Artigo 8º, notadamente as relativas à
liberdade e à autonomia.” O autor contempla os
Servidores. “Garantem-se todos os direitos dos
trabalhadores no serviço público com relação à
sindicalização, assim como aos trabalhadores avulsos
e às colônias de pescadores”, observa.
Conselho - O deputado mineiro chama atenção
para inovação do projeto, que é a “criação do
Conselho Sindical Nacional, órgão autônomo e com
representação paritária dos trabalhadores e
empregadores, com atribuições especificadas”. E
comenta: “O Conselho tem, em resumo, atribuições pra
decidir sobre assuntos ligados ao sindicalismo,
desde registro e enquadramento. Pode também decidir,
na alçada administrativa, divergências entre
entidades”.
Custeio - O Projeto regula o financiamento da
estrutura e organização sindical, combalidas pelo
fim da contribuição compulsória conforme a Lei
13.467/17, de Michel Temer. Pelo texto, a fim de
evitar “desmandos e abusos”, “limitou-se em 1% da
renda bruta anual do trabalhador o total dos
descontos a título de contribuições da categoria”.
Trâmite - O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia deverá encaminhá-lo, inicialmente, à Comissão
de Trabalho. Em seguida poderá ser apreciado pela de
Finanças e Tributação e, na fase dos colegiados
temáticos, passará pela de Constituição e Justiça.
Fonte: Agência Sindical
21/10/2019 -
Reforma da Previdência é tema de audiência pública
na CDH nesta segunda
Na semana da votação final da reforma da Previdência
(PEC 6/2019), a Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) debaterá na
segunda-feira (21), às 15h, em reunião
extraordinária, a relação entre previdência e
trabalho.
Presidente da CDH, o senador Paulo Paim (PT-RS)
anunciou em 17 de outubro a realização de mais duas
audiências públicas — além desta, está prevista
outra na terça (22) — para discutir a reforma da
Previdência. Que deve ser votada pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo
Plenário na própria terça. Mas para Paim, o "jogo
ainda não terminou" e é importante que os senadores
compreendam que esta é "a reforma da Previdência
mais cruel de todos os tempos".
Em debate em 16 de outubro na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), especialistas argumentaram que os cálculos
referentes ao déficit da Previdência basearam-se em
números manipulados, totalmente errados. O senador
lembrou que o fator previdenciário não foi levado em
conta, como se todos os trabalhadores se
aposentassem com salário integral, quando os
benefícios na verdade são reduzidos em praticamente
de 30 a 40%.
Foram convidados para a audiência desta
segunda-feira o economista Paulo Kliass; o
especialista em Direito Previdenciário Vladimir
Nepomuceno; o assessor técnico da Câmara dos
Deputados Flávio Tonelli Vaz; o presidente da
Comissão Especial de Seguridade Social da Ordem dos
Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB-RS),
Tiago Kidricki; e um representante do Ministério
Público do Trabalho.
A reunião será realizada em caráter interativo. Quem
tiver interesse em participar com comentários ou
perguntas podem fazê-lo por meio do Portal
e-Cidadania e do Alô Senado (0800 61 2211).
Fonte: Agência Senado
21/10/2019 -
Gilmar Mendes suspende MP que faculta editais
públicos em jornais
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes decidiu sexta (18) suspender a Medida
Provisória (MP) 896, editada pelo presidente Jair
Bolsonaro, que facultou o governo federal, estados e
municípios de publicarem editais de licitações,
leilões e concursos em jornais de grande circulação.
Com a medida, as publicações poderiam ser feitas no
site dos órgãos na internet, evitando gastos para a
máquina pública.
A decisão liminar do ministro foi tomada em ação
protocolada pela Rede e pela Associação Nacional de
Jornais (ANJ) e suspendeu os efeitos da medida
provisória até o julgamento definitivo do caso pelo
plenário da Corte. Para Mendes, o texto da MP não
preenche o requisito legal de urgência e poderia
prejudicar a transparência na divulgação de
licitações.
Fonte: Agência Brasil
21/10/2019 -
Subcomissão sobre prevenção de acidentes de trabalho
será instalada nesta quarta-feira
A subcomissão permanente sobre Prevenção de
Acidentes de Trabalho da Comissão de Trabalho
reúne-se nesta quarta-feira (23) para instalação e
eleição do presidente. O debate atende a
requerimento do deputado Orlando Silva (PCdoB).
O objetivo do colegiado é acompanhar, debater,
propor soluções legislativas e outras providências
para aumentar a proteção ao trabalhador no que diz
respeito à segurança no trabalho. Na avaliação dele,
o País caminha no sentido de redução de direitos do
trabalhador.
"A mitigação da proteção ao trabalhador alcança
também as normas de saúde e segurança do trabalho,
que vai desde o enfraquecimento do poder
fiscalizatório do Estado até a extinção de diplomas
e dispositivos legais e infralegais criados para
evitar e reduzir as doenças laborais e os acidentes
de trabalho", afirma.
A reunião será realizada às 8h30, no plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
21/10/2019 -
Liminar garante a Lula ficar em Curitiba até
julgamento de suspeição de Moro
Por meio de seus advogados Cristiano Zanin e Valeska
Teixeira, o ex-presidente Lula formalizou mais uma
vez sua negativa ao benefício do regime semiaberto.
A progressão de pena também não pode ser imposta
pela Justiça Federal do Paraná. Segundo Zanin, uma
decisão liminar do Supremo Tribunal Federal garante
a Lula o direito de ficar em uma cela na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba até
que a Corte julgue um habeas corpus solicitado pela
defesa do petista.
"Sequer uma decisão sobre a progressão pode ser
tomada porque o STF concedeu uma liminar a favor de
Lula para que ele tivesse o direito de permanecer na
PF até o julgamento do Habeas Corpus que trata da
suspeição do ex-juiz e atual ministro Sergio Moro."
O posicionamento de Lula ocorre no último dia do
prazo para que sua defesa se manifestasse sobre o
pedido do Ministério Público Federal do Paraná, que
pediu que o ex-presidente passe a cumprir pena em
regime semiaberto.
Zanin explicou que Lula não reconhece a legitimidade
do processo que o condenou e vai requerer a anulação
do julgamento.
Fonte: Consultor Jurídico
21/10/2019 -
Índice de Confiança do Empresário Industrial fica
estável pelo 3º mês
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(ICEI) ficou praticamente estável em 59,3 pontos em
outubro, pelo terceiro mês consecutivo, informou
sexta (18) pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
Para a entidade, esse resultado mostra que a
confiança do empresário industrial segue elevada.
Com a queda de apenas 0,1 ponto frente a setembro, o
ICEI está 4,7 pontos acima da média histórica e 5,6
pontos superior ao registrado em outubro do ano
passado. Os indicadores da pesquisa variam de zero a
cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram
que os empresários estão confiantes.
O indicador de condições atuais alcançou 52,1 pontos
e está, pelo terceiro mês consecutivo, acima da
linha divisória dos 50 pontos, que separa da
avaliação favorável para a desfavorável. O indicador
de expectativas subiu para 62,8 pontos e está 5
pontos acima do registrado em outubro do ano
passado, mostrando que os industriais estão
otimistas com o desempenho das empresas e da
economia nos próximos seis meses.
Índice sobe nas grandes indústrias
A confiança é maior entre as grandes indústrias. Nesse
segmento, o índice ficou em 60,2 pontos. Nas médias
empresas foi de 59,1 pontos e, nas pequenas, de 57,5
pontos. Nas regiões geográficas, o ICEI é maior
entre os empresários do Norte (62 pontos) e do
Centro-Oeste (61 pontos). No Nordeste, o indicador
ficou em 59,8 pontos, no Sul em 59,2 pontos e, no
Sudeste, em 57,9 pontos.
O ICEI antecipa tendências da economia. Empresários
confiantes têm mais propensão a fazer investimentos,
aumentar a produção e contratar trabalhadores. Tudo
isso é fundamental para acelerar o crescimento da
economia, explica a CNI.
Esta edição do ICEI foi feita entre 1º e 11 de
outubro, com 2.452 empresas. Dessas, 978 são
pequenas, 892 são médias e 582 são grandes.
Fonte: Agência Brasil
21/10/2019 -
Ao ser perguntado se fica no PSL, Bolsonaro
responde: “Pergunta para eles”
A crise de relacionamento entre o presidente e a
legenda se tornou pública após Bolsonaro pedir a um
apoiador para “esquecer o partido” porque Luciano
Bivar, estava “queimado para caramba”
Em meio à crise que assola o PSL em todas as suas
instâncias, nem Jair Bolsonaro parece saber se fica
ou se deixa o partido. Antes de embarcar para o
Japão, na noite deste sábado (19), foi questionado
se ficaria ou não na legenda. Ele respondeu apenas:
“Pergunta para eles”.
A crise de relacionamento entre Bolsonaro e o PSL se
tornou pública há cerca de dez dias, após o
presidente pedir a um apoiador para “esquecer o
partido” porque o comandante da sigla, Luciano Bivar,
estava “queimado para caramba”.
Essa declaração resultou em uma crise que passou a
envolver o Palácio do Planalto, o comando do PSL e a
bancada do partido no Congresso Nacional.
Neste sábado, por exemplo, os deputados Eduardo
Bolsonaro e Joice Hasselmann, ambos do PSL de São
Paulo, se ofenderam pelas redes sociais.
Destituição
Além disso, também no sábado, o deputado Luiz
Lima (RJ) foi destituído da vice-liderança do PSL na
Câmara. Lima integra a ala de Bolsonaro e assinou
uma lista que apoiava Eduardo para a liderança do
PSL no lugar do deputado Delegado Waldir (PSL-G0),
que faz parte do grupo de Bivar.
Fonte: RevistaForum
21/10/2019 -
Aviso-prévio indenizado não integra salário de
contribuição para o INSS
A parcela não se destina a remunerar o trabalho
prestado.
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
afastou a incidência da contribuição previdenciária
sobre o aviso-prévio indenizado devido pela White
Martins Gases Industriais Ltda. a um mecânico
aposentado. Segundo a Turma, a parcela não faz parte
do salário de contribuição, pois não se destina a
retribuir qualquer trabalho.
Recolhimento do INSS
A ação foi ajuizada pelo mecânico em 2017, dispensado
após mais de 32 anos de serviços prestados à empresa
em Iguatama (MG). Ao deferir parte das parcelas
pedidas pelo empregado, o juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Formiga (MG) determinou expressamente o
recolhimento previdenciário sobre as que incidiam
sobre o aviso prévio indenizado. O Tribunal Regional
do Trabalho da 3ª Região (MG) manteve a sentença.
Alteração legislativa
O relator do recurso de revista da White Martins,
ministro Alberto Bresciani, assinalou que a Lei
9.528/1997 alterou a Lei da Previdência Social (Lei
8.212/1991) excluiu o aviso-prévio indenizado do rol
das parcelas que não integram o salário de
contribuição (artigo 28, parágrafo 9º), mas também
alterou esse conceito. O inciso I do artigo 28
define como salário de contribuição a totalidade dos
rendimentos pagos durante o mês “destinados a
retribuir o trabalho”. O aviso-prévio indenizado,
portanto, não se enquadra na definição, por não
retribuir trabalho prestado.
O ministro lembrou ainda que uma instrução normativa
da Secretaria da Receita Previdenciária (IN MPS/SRP
3/2005) dispõe expressamente que as importâncias
recebidas a título de aviso-prévio indenizado não
integram a base de cálculo para incidência de
contribuição previdenciária (artigo 72, inciso VI,
alínea "f").
A decisão foi unânime.
Processo: ARR-10889-34.2017.5.03.0058
Fonte: TST
18/10/2019 -
Presidente da
CNTI convoca lideranças sindicais para
Ato Nacional na capital paulista
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria - CNTI, José Calixto Ramos, gravou
pronunciamento convocando as entidades filiadas à
CNTI e demais organizações sindicais
paulistas a participarem, no dia 4 de novembro, do
“Ato Nacional em Defesa dos Direitos, das Entidades
Sindicais e da Justiça do Trabalho” (saiba mais). O
evento será realizado a partir da 09h00, na sede do
Sindicato dos Metroviários – Rua Serra do Japi, 31 –
Tatuapé.
https://www.youtube.com/watch?v=Wc9blhiiJJg
O presidente da CNTI também assinou um manifesto em
defesa da preservação dos princípios consagrados no
artigo 8º da Constituição Federal.
Manifesto em Defesa dos Direitos dos
Trabalhadores e da Organização Sindical
As organizações sindicais e as instituições ligadas
ao mundo do trabalho subscrevem o presente manifesto
para externar suas opiniões em defesa dos direitos
dos trabalhadores e da autonomia, liberdade e
unidade sindical diante dos retrocessos em curso no
país, ao tempo em que conclamam todos aqueles que
concordem com as premissas aqui expressas a,
igualmente, firmá-lo.
O Brasil vive um período de grave crise política,
econômica e social. Uma das marcas dessa crise é a
profunda desvalorização da força de trabalho,
combinando rebaixamento contínuo dos salários, alto
desemprego e trabalho precário.
Nos últimos anos, propostas do Poder Executivo,
aprovadas no Congresso Nacional, criaram a
terceirização irrestrita, inclusive nas
atividades-fim, e novas modalidades de relações de
trabalho (intermitente, teletrabalho, provisório
etc.), desfigurando a Consolidação das Leis do
Trabalho do país.
Ao lado disso, limitou-se o papel do Justiça do
Trabalho no julgamento de controvérsias trabalhistas
e debilitou-se os sindicatos, com a diminuição do
seu papel de representação e negociação bem como com
medidas contra a sua sustentação material.
Na sequência de tais ações, avança-se na votação da
reforma da Previdência bem como da Medida Provisória
nº 881/2019, apelidada de Liberdade Econômica, que
no fundo é um ataque devastador aos direitos
trabalhistas e sindicais remanescentes.
Para coroar esses ataques aos trabalhadores e à
organização sindical, representantes do Governo
Federal anunciam o propósito de, ainda este ano,
apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) com o objetivo de mutilar o artigo 8º da
Constituição Cidadã de 1988, retirando dos seus
dispositivos o conceito de unicidade sindical,
anteparo essencial para evitar a fragmentação e
pulverização sindical.
Para fazer frente a esta escalada, o presente
manifesto objetiva constituir uma ampla frente de
resistência, incorporando organizações, instituições
e personalidades ligadas ao mundo do Trabalho para
articular na sociedade e no Congresso Nacional um
forte movimento nacional em defesa dos trabalhadores
e dos sindicatos, pilares fundamentais de um país
democrático e socialmente justo.
São Paulo, outubro de 2019.
Ubiraci Dantas de Oliveira (CGTB)
Antônio Neto (CSB)
Adilson Gonçalves de Araújo (CTB)
José Calixto Ramos (CNTI/NCST)
Fonte: NCST
18/10/2019 -
Mesa da Câmara devolve Reforma Sindical (PEC 171)
por insuficiência de assinaturas
Pela 2ª vez, a Secretaria Geral da Mesa (SGM) da
Câmara dos Deputados devolveu ao autor, deputado
Marcelo Ramos (PL-AM), a proposta de emenda à
Constituição (PEC) que trata da Reforma Sindical.
Quando o autor a apresentou pela 1ª vez, a proposta
recebeu o número de PEC 161; na 2ª vez, foi PEC 171.
Após nova conferência de assinaturas realizada pela
SGM, novamente identificou-se que a PEC 171/19 não
alcançou o número suficiente de assinaturas para ser
reapresentada à Casa.
Exigência constitucional/regimental
Para apresentação de PEC, na Câmara, são necessárias,
no mínimo, 171 assinaturas de deputados. No caso da
PEC 171 foram coletadas 211 assinaturas. Dessas,
apenas 170 foram confirmadas, 13 não conferiram, 1 é
de deputado fora do exercício do mandato, portanto
inválida, 18 são repetidas, e, finalmente, 9 foram
retiradas. E, ainda, há requerimentos para mais
retiradas.
Assim, a PEC 171/19 foi considerada inválida e será
devolvida ao autor por não conter as assinaturas
suficientes.
Porém, poderá ser feita nova coleta de assinaturas
para que o texto seja reapresentado à Secretaria
Geral da Mesa da Câmara.
Fonte: Diap
18/10/2019 -
CNTI e Nova Central conclamam apoio da base ao PL
5.552, que preserva a unicidade sindical
A CNTI e Nova Central solicitam às suas bases
filiadas articulação política, com deputados e
senadores, para que a matéria avance no Congresso
Nacional. O autor do Projeto de Lei (PL
5.552/19), deputado Lincoln Portela
(PL-MG) em sua justificação, explica que o texto ora
apresentado para discussão na Casa, “mantém o regime
da unicidade sindical e molda-se, com exatidão, às
normas constantes do artigo 8º da Constituição
Federal, notadamente as relativas à liberdade e à
autonomia”.
No projeto, o autor não esqueceu os servidores
públicos, pois “garantem-se todos os direitos dos
trabalhadores no serviço público com relação à
sindicalização, assim como aos trabalhadores avulsos
e as colônias de pescadores”, alerta.
Conselho Sindical Nacional
O deputado chama a atenção para inovação do projeto,
que é a “criação do Conselho Sindical Nacional,
órgão autônomo e com representação paritária dos
trabalhadores e empregadores, com atribuições já
especificadas.”
“Tal Conselho tem, em resumo, atribuições para
decidir sobre todos os assuntos ligados ao
sindicalismo, desde registro e enquadramento, etc.
São também encarregados de decidir, na alçada
administrativa, as divergências entre entidades
sindicais”, justifica o autor.
Custeio da estrutura sindical
O projeto também trata do financiamento da estrutura e
organização sindical, bastante combalida em razão do
fim da contribuição sindical compulsória
estabelecida na Lei 13.467/17, que versa sobre a
Reforma Trabalhista.
Pelo texto do projeto, a fim de evitar “desmandos e
abusos”, “limitou-se em 1% da renda bruta anual do
trabalhador o total dos descontos a título de
contribuições da categoria.”
Tramitação
Pelo conteúdo da proposição, no despacho o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá
encaminhá-lo, inicialmente, à Comissão de Trabalho.
Em seguida poderá ser apreciado pela de Finanças e
Tributação e, finalmente, na fase dos colegiados
temáticos, passará pela de Constituição e Justiça.
Imprensa NCST com informações do Diap
Fonte: NCST
18/10/2019 -
Marco Aurélio aposta em decisão contra a prisão em
segunda instância
Na entrada do Plenário do Supremo Tribunal Federal
na tarde desta quinta-feira (17/10), o ministro
Marco Aurélio Mello disse o resultado que espera no
julgamento que deverá acabar com a prisão em segunda
instância: 7 a 4.
Na conta do ministro, estão de um lado, além dele,
os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Alexandre
de Moraes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e
Rosa Weber. Do outro, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux,
Cármen Lúcia e Edson Fachin.
Um outro ministro da Corte, que não quis se
identificar, disse duvidar do voto de Rosa Weber.
Apostaria em um placar mais apertado, em 6 a 5.
A Corte começou a julgar as ações do Conselho
Federal da OAB e mais dois partidos políticos, que
pedem que o STF condicione o início do cumprimento
da pena ao esgotamento de todas as possibilidades de
recurso — trânsito em julgado.
O ministro também criticou o presidente do Supremo e
presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, que
suspendeu a liminar dele em 2018 que mandava soltar
todos os presos na situação de prisão em segunda
instância. "É inconcebível visão totalitária e
autoritária no Supremo. Os integrantes ombreiam,
apenas têm acima o colegiado. O presidente é
coordenador e não superior hierárquico dos pares."
"Coordena, simplesmente coordena, os trabalhos do
colegiado. Fora isso é desconhecer a ordem jurídica,
a Constituição Federal, as leis e o regimento
interno, enfraquecendo a instituição, afastando a
legitimidade das decisões que profira. Tempos
estranhos em que verificada até mesmo a autofagia.
Aonde vamos parar", disse.
Discussão
Em dezembro do ano passado, Toffoli derrubou a decisão
do ministro Marco Aurélio que revia a execução
antecipada e mandava soltar todos os presos nessa
situação. De acordo com o presidente da Corte, o
Plenário é quem deveria avaliar o pedido de
revogação da execução antecipada.
Toffoli atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da
República. Em pedido de suspensão de liminar, a PGR
afirmava que Marco Aurélio, ao mandar soltar os
presos em execução antecipada, desrespeitou
precedentes do Supremo e, de forma monocrática,
revogou decisões do Plenário.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República,
Marco Aurélio deu a decisão "simplesmente por com
eles não concordar" com os precedentes, colocando em
risco a estabilidade, unidade e previsibilidade do
sistema jurídico.
ADCs 43, 44 e 54
SL 1.188
Fonte: Consultor Jurídico
18/10/2019 -
Vaza Jato: MP blindou Temer para garantir o golpe
contra Dilma
A Operação Lava Jato, que se vendeu para a opinião
pública como uma ação de combate à corrupção, atuou
decisivamente para garantir a derrubada de uma
presidente reconhecidamente honesta, Dilma Rousseff,
e para garantir a subida ao poder de um grupo
notoriamente corrupto, o PMDB de Michel Temer. É o
que mostra o novo capítulo da Vaza Jato, revelado
nesta sexta-feira pelo jornal El Pais, em parceria
com o Intercept.
Duas semanas antes do golpe de estado, que alguns
chamam de impeachment, os procuradores seguraram uma
acusação sobre corrupção contra Michel Temer para
garantir o golpe de estado contra a ex-presidente
Dilma Rousseff. Com Temer no poder, teve início o
processo de entega do pré-sal e da Embraer, assim
como de retirada de direitos dos trabalhadores.
"Na época, os procuradores consideraram que as
declarações não atendiam ao 'interesse público' e
não aceitaram a proposta de delação. Mas, três anos
depois, essa mesma delação foi utilizada pela Lava
Jato para uma ação penal contra Temer e para pedir a
prisão preventiva dele, já na condição de
ex-presidente. A delação, rejeitada em abril 2016
com anuência do Procuradoria Geral, mas que deu
suporte à prisão de Temer em março de 2019, foi
feita pelo empresário José Antunes Sobrinho, sócio
da construtora Engevix, que relatou um pagamento de
propina para Temer", revela a reportagem do El Pais.
As conversas no chat “Acordos Engevix” no Telegram
mostram que os procuradores de Curitiba, Rio e
Brasília receberam a proposta de Antunes em 4 de
abril de 2016. O menção a Temer, que viria a ser
batizada de “anexo-bomba” mais tarde, dizia que
Antunes fez um pagamento de 1 milhão de reais para
atender a interesses de Temer. O pagamento, segundo
Antunes, foi entregue a um amigo do ex-presidente, o
coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. O
dinheiro não saiu direto dos cofres da Engevix para
Temer, mas de uma companhia prestadora de serviço do
Aeroporto de Brasília, que era controlado pela
Engevix.
Fonte: Brasil247
18/10/2019 -
Senado conclui discussão da reforma da Previdência
em segundo turno
O Senado concluiu nesta quarta a terceira e última
sessão de discussão, em segundo turno, da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que trata da
reforma da Previdência Social. A votação final da
proposta está prevista para a terça-feira (22).
Crítico da reforma, o senador Paulo Paim (PT-SP) se
disse perplexo com os números apresentados por
pesquisadores da Unicamp em audiência pública sobre
a Previdência Social realizada pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pela manhã.
Eles contestam os números do governo, usados para
justificar a reforma.
Paim afirmou que o governo também esqueceu de
trabalhar com o fator previdenciário, que já reduz
em 50% o valor da aposentadoria, o que tornaria
injustificável o deficit apontado pelo governo para
defender a reforma da Previdência.
No dia 22, as nove emendas apresentadas à PEC da
Previdência serão votadas primeiro na CCJ, em sessão
prevista para ter início às 11h. Na parte da tarde,
a proposta será votada em Plenário.
Fonte: Agência Senado
18/10/2019 -
Paim anuncia duas audiências sobre a reforma da
Previdência antes da votação em segundo turno
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta
quinta-feira (17) a realização de mais duas
audiências públicas para discutir a reforma da
Previdência (PEC 6/2019). Os debates ocorrerão na
segunda-feira (21) e na terça (22) pela manhã, já
que à tarde está marcada a votação da matéria em
segundo turno pelo Plenário. O senador, que preside
a Comissão de Direitos Humanos (CDH), garantiu que o
"jogo ainda não terminou" e é importante que os
senadores compreendam que esta é "a reforma da
Previdência mais cruel de todos os tempos".
Paim destacou que no debate ocorrido nesta
quarta-feira (16) na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), especialistas
argumentaram que os cálculos referentes ao déficit
da Previdência basearam-se em números manipulados,
totalmente errados. O senador lembrou que o fator
previdenciário não foi levado em conta, como se
todos os trabalhadores se aposentassem com salário
integral, quando os benefícios na verdade são
reduzidos em praticamente de 30 a 40%.
Outra questão apontada por Paim é o fato de que a
dívida de grandes empreendedores junto à União já se
aproxima de R$ 3 trilhões, de acordo com reportagem
recente do jornal O Globo. Para o senador, se fossem
recuperados 50% desse valor, o governo arrecadaria a
quantia de R$ 1,5 trilhão.
— Daria muito mais do que eles querem economizar em
10 anos com a reforma, que vai ser em torno de R$
800 bilhões. Hoje o cálculo [do governo] é de R$ 800
bilhões — declarou Paim, que também mencionou dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), segundo os quais aumentaram, entre 2017 e
2018, a desigualdade social e a parcela da população
na pobreza absoluta.
Fonte: Agência Senado
18/10/2019 -
Fiesp aponta estabilidade no saldo de empregos na
indústria paulista
O saldo de empregos na indústria paulista encerrou o
mês de setembro praticamente estável. Foram fechados
mil postos de trabalho, o que representou uma
variação negativa de 0,06%. No acumulado do ano, o
saldo é negativo, com o fechamento de 9 mil vagas de
trabalho na indústria. Os dados foram divulgados
nesta quarta-feira (16) pela Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Os principais setores que obtiveram resultados
positivos em setembro foram os de produtos
alimentícios, com a geração de 1.580 vagas; produtos
diversos, com mais 536 postos, e produtos de
borracha e material plástico, com mais 252. Os
destaques negativos ocorreram nos setores de
veículos automotores, reboques e carroceria, que
perderam 1.427 postos; de couro e calçados, com
menos 952 vagas; e de informática, produtos
eletrônicos e ópticos, com o fechamento de 608
vagas.
"Setembro apresentou um resultado levemente melhor
no saldo de empregos na indústria paulista do que o
esperado para o mês, em razão das exportações de
carne para a China, que sofreu com a peste suína em
seu mercado. Apesar dessa leve melhora, o mercado
apresentou perdas no setor automotivo, que sofre com
as exportações, em especial para a Argentina”,
destacou o segundo-vice-presidente da Fiesp, Ricardo
Roriz.
A expectativa da entidade é que a indústria paulista
feche este ao empregando o mesmo número de
trabalhadores que tinha no final de 2018. “Devemos
encerrar o ano com saldo muito próximo ao fechamento
de 2018, com crescimento zero", ressaltou Roriz.
Fonte: Agência Brasil
18/10/2019 -
País perde quase 23 mil empresas em 2017 comparado a
2016, afirma IBGE
O Brasil perdeu quase 23 mil empresas em 2017, na
comparação com o ano anterior. A taxa de entrada foi
15,2% e, a de saída, 15,7%.
Com isso, o saldo de empresas ativas no país, no
período analisado, ficou negativo. Os dados constam
na pesquisa Demografia das Empresas e
Empreendedorismo, divulgada nesta quinta-feira (17),
pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística.
A sondagem considera somente as entidades
empresariais, excluindo todos os órgãos públicos,
empresas públicas, entidades sem fins lucrativos,
Microempreendedor Individual (MEI) e Organização
Social (OS).
As 4 milhões e 458 mil empresas existentes, em 2017,
ocupavam um total de 38,4 milhões de pessoas, sendo
31,9 milhões na condição de assalariado e 6,5
milhões sócios ou proprietários.
Apesar do saldo negativo, o levantamento revela que
a taxa de sobrevivência das empresas, ou seja,
aquelas que permaneceram abertas após ao menos um
ano, chegou a 84,8%.
A técnica da Coordenação de Cadastro e
Classificações do IBGE Denise Guichard Freire,
avalia que os dados apontam para um menor dinamismo
no mercado.
Ela ressalta, no entanto, que o movimento não é
uniforme em todo o país.
A pesquisa mostrou que menos da metade das empresas
abertas no Brasil, na última década, sobreviveu por
mais de cinco anos.
Na série histórica, o melhor saldo foi registrado em
2010, com 262 mil empresas a mais no mercado. O pior
ano foi 2014, quando o saldo ficou negativo em 217
mil empresas. Apesar do saldo permanecer negativo,
desde 2014, o pessoal ocupado assalariado nessas
empresas se mantém positivo, com 360 mil empregados
a mais em 2017. A média dos rendimentos ficou em 2,6
salários mínimos.
Fonte: Portal EBC
17/10/2019 -
Centrais Sindicais levarão ao Gaet, quinta, agenda
por emprego e renda
Desenvolvimento, geração de emprego e distribuição
de renda. Essas serão as principais medidas que as
Centrais Sindicais vão propor nesta quinta (17) ao
Grupo de Altos Estudos do Trabalho - Gaet,
organizado pelo governo. Encontro acontecerá na UGT.
A decisão foi tomada terça (15) no Dieese -
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos. Participaram dirigentes da CTB,
CUT, CSB, Força, Nova Central e UGT. Também
participou o Diap - Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, as entidades entregarão a Agenda da Classe
Trabalhadora atualizada - o documento foi lançado em
meados de 2018. “A discussão será centrada em como o
governo pretende fazer a discussão da pauta
trabalhista. Mas deve ser apenas uma primeira
conversa”, ele diz.
Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não se
diz otimista. “O País não tem perspectiva de
crescimento. A economia está estagnada e o
desemprego é muito elevado. O governo só pensa em
cortar direitos. Como ser otimista?” - questiona.
Para o cetebista, quem ganha são apenas os bancos e
a classe dominante. “Por isso, na quinta centraremos
esforço na defesa de uma política de desenvolvimento
com geração de emprego e renda, conforme a Agenda
Prioritária da Classe Trabalhadora já apontou. Esse
será nosso grande desafio na atual conjuntura
política e econômica”, comenta.
Gaet - É um grupo conservador, alinhado ao
capital, criado pelo governo para reformatar o
modelo sindical e as relações de trabalho no Brasil.
Mais - O Encontro acontece na sede da UGT,
Centro de SP, às 14 horas.
Informações - Acesse o site da CTB e da UGT.
Fonte: Agência Sindical
17/10/2019 -
Deputado apresenta projeto alternativo à Reforma
Sindical
O deputado Lincoln Portela (PL-MG) apresentou, nesta
quarta-feira (16), na Câmara, o
PL 5.552/19, que, entre
outras medidas, regulamenta o artigo 8º da
Constituição, dispondo sobre a organização sindical.
Trata-se, pois, de alternativa à proposta de Reforma
Sindical, configurada na PEC 171/19, apresentada
pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
O tema é controverso, como admite Portela. Trata-se,
pois de “um tema polêmico e de grande complexidade.
O tema da organização sindical necessita ser
enfrentado pela sociedade brasileira. A legislação
hoje vigente, necessita de uma regulamentação que
fortaleça as entidades sindicais, que estão cada vez
mais pressionados pelas mudanças no mundo do
trabalho e pelas reformas na legislação”, pontifica.
O projeto de lei, apoiado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), constituído pelas confederações
laborais e algumas centrais, preserva o inciso II,
do artigo 8º da Constituição, que diz textualmente:
“é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores
ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um município”.
O autor do projeto, em sua justificação, explica que
o texto ora apresentado para discussão na Casa,
“mantém o regime da unicidade sindical e molda-se,
com exatidão, às normas constantes do artigo 8º da
Constituição Federal, notadamente as relativas à
liberdade e à autonomia.”
No projeto, o autor não esqueceu os servidores
públicos, pois “Garantem-se todos os direitos dos
trabalhadores no serviço público com relação à
sindicalização, assim como aos trabalhadores avulsos
e as colônias de pescadores”, alerta.
Conselho Sindical Nacional
O deputado chama a atenção para inovação do projeto,
que é a “criação do Conselhos Sindical Nacional,
que, órgão autônomo e com representação paritária
dos trabalhadores e empregadores, com atribuições já
especificadas.”
“Tal Conselho tem, em resumo, atribuições para
decidir sobre todos os assuntos ligados ao
sindicalismo, desde registro e enquadramento, etc.
São também encarregados de decidir, na alçada
administrativa, as divergências entre entidades
sindicais”, justifica o autor.
Custeio da estrutura sindical
O projeto também trata do financiamento da estrutura e
organização sindical, bastante combalidas em razão
do fim da contribuição sindical compulsória
estabelecida na Lei 13.467/17, que versa sobre a
Reforma Trabalhista.
Pelo texto do projeto, a fim de evitar “desmandos e
abusos”, “limitou-se em 1% da renda bruta anual do
trabalhador o total dos descontos a título de
contribuições da categoria.”
Tramitação
Pelo conteúdo da proposição, no despacho o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá
encaminhá-lo, inicialmente, à Comissão de Trabalho.
Em seguida poderá ser apreciado pela de Finanças e
Tributação e, finalmente, na fase dos colegiados
temáticos, passará pela de Constituição e Justiça.
Fonte: Diap
17/10/2019 -
Paim defende seis alterações na PEC da Previdência
durante sessão de debates
O senador Paulo Paim (PT-RS) detalhou na noite dessa
terça-feira (15) os seis destaques supressivos que
apresentou para serem analisados no segundo turno de
votação da Reforma da Previdência (PEC 06/2019),
previsto para o dia 22. Ele foi o único senador a
ocupar a tribuna na segunda sessão de debates antes
do segundo turno. A terceira e última sessão de
discussão sobre o texto deve ocorrer nesta
quarta-feira (16).
O primeiro destaque é sobre o fim da aposentadoria
especial para trabalhadores em áreas periculosas ou
insalubres. Hoje quem trabalha nessas áreas tem
direito a se aposentar com 25 anos de contribuição,
não vinculados à idade.
— É o caso de vigilantes, guardas noturnos, guardas
municipais, eletricitários, entre outros. Se ele se
aposentar em outubro com 25 anos de contribuição,
consegue ter esses direitos. Agora, se for se
aposentar em novembro, [após a aprovação da PEC],
vai ter de trabalhar até os 65 anos de idade para
ter o benefício integral.
O segundo destaque é o vínculo da idade ao tempo de
contribuição, também para trabalhos penosos ou
insalubres, como o dos metalúrgicos.
— Se ele começou a trabalhar com 20 anos, após 25
anos de contribuição, terá 45 anos de idade. Mas
agora terá de trabalhar até o mínimo de 60 anos como
determinará a nova lei. Como é que ele vai esperar
15 anos para se aposentar? Entrará num limbo — disse
o senador.
A terceira proposta de alteração apresentada por
Paim trata da média dos salários que serve para
estabelecer o valor a ser recebido pelo aposentado.
O texto da PEC considera todos os salários da vida
laboral no cálculo da aposentadoria, enquanto a
regra atual permite que sejam descartadas as 20%
menores contribuições.
— Dependendo o cálculo, ocorrerá uma perda de 10% a
até 40% [com a reforma]. O cidadão quando começa a
trabalhar ganha menos e esses valores serão somados,
abaixando a média salarial.
Acidente
O chamado “trabalho intermitente” é o alvo do quarto
destaque de Paim. De acordo com a PEC, quem não
conseguir completar a quantidade de horas mínimas
correspondente ao mês terá de pagar do próprio bolso
a diferença da contribuição para ter direito à
aposentadoria com o salário mínimo.
O quinto destaque se refere aos casos de
aposentadoria por acidente. O senador lembrou que se
um cidadão sofrer, ainda em outubro, um acidente que
o incapacite para o trabalho se aposentará com
salário integral.
— Mas se sofrer um acidente de carro, um AVC ou
infarto em novembro, vai se aposentar com metade do
benefício — ressaltou.
O último destaque é sobre o bônus de tempo de 40% de
um trabalhador que sai de uma atividade penosa ou
insalubre e vai ao regime normal, também chamado de
tempo de conversão de atividade penosa em atividade
comum.
— Até hoje, se eu trabalho 10 anos em atividade
insalubre, ao mudar ganho mais 4 anos de bônus que
viram 14 anos [de contribuição]. Se eu tinha 20
anos, viram 28. Com a PEC, o trabalhador não levará
mais nada e terá de trabalhar os 40 anos mínimos.
Paim afirmou que, como seus destaques são
supressivos sobre o texto da PEC, caso eles sejam
aprovados no segundo turno de votação, não será
necessário que a proposta retorne à Câmara para nova
análise dos deputados.
— Os senadores têm a oportunidade de, com as emendas
supressivas, corrigir parte dos prejuízos. Tenho uma
grande esperança de diminuir o prejuízo, para que os
trabalhadores possam no futuro continuar a se
aposentar.
Paralela
O senador lembrou que também é possível avançar na
discussão da chamada PEC Paralela (PEC 133/2019),
melhorando pontos que foram aprovados na PEC 06.
Segundo ele, é preciso sugerir mudanças que evitem a
privatização do sistema previdenciário que se daria
se o regime de capitalização for amplamente adotado
no Brasil, como pretende o governo. Paim disse que,
dos 30 países que adotaram o regime de
capitalização, 20 desistiram.
— Se repetirmos o que ocorreu no Chile, onde os
fundos faliram ou aplicaram mal, o aposentado terá
graves prejuízos.
Fonte: Agência Senado
17/10/2019 -
Em nota pública, Força Sindical manifesta apoio à
PEC 171/19
A Força Sindical, por meio de nota pública divulgada
nesta quarta-feira (16), manifestou apoio à Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 171/19, que trata da
Reforma Sindical. O texto da proposição foi
reapresentado na terça-feira (15).
A “Força Sindical não se furtará em participar
ativamente do debate sobre este tema fundamental, no
Parlamento e fora dele, visando a negociação e o
aperfeiçoamento desta e de outras iniciativas
legislativas. Para tanto, conclamamos o conjunto do
movimento sindical para que se integre neste
esforço”, reforça a central.
E acrescenta: “Reafirmamos também a unidade de ação
das centrais sindicais na luta contra o desemprego,
pelo crescimento econômico com distribuição de renda
e uma sociedade mais justa.”
Leia abaixo a íntegra da nota pública da central:
São Paulo, 16 de outubro de 2019
NOTA DA FORÇA SINDICAL SOBRE
A PEC 171/2019 DA REFORMA SINDICAL
A Força Sindical considera positiva a iniciativa do
deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) de submeter à
análise da Câmara dos Deputados uma Proposta de
Emenda Constitucional (PEC nº 171/2019) sobre a
reforma da estrutura sindical, visto que tal
iniciativa reforça o protagonismo do Parlamento em
discutir e deliberar sobre temas candentes da
realidade nacional.
Os trabalhadores, e o movimento sindical, consideram
fundamental que o debate sobre a reforma da
estrutura sindical brasileira seja orientado ao
aperfeiçoamento e à modernização dos mecanismos de
defesa e da promoção dos direitos sindicais e
trabalhistas, da representatividade e da
democratização das organizações sindicais impedindo,
assim, sua maior pulverização ao estímulo e à
valorização da negociação coletiva, questões que a
PEC em pauta não atende de forma satisfatória.
Centrais sindicais, sindicatos, federações e
confederações de trabalhadores acumularam, em sua
larga trajetória, um amplo espectro de opiniões e
experiências sobre o tema da reforma da estrutura
sindical.
Desta forma, a Força Sindical não se furtará em
participar ativamente do debate sobre este tema
fundamental, no Parlamento e fora dele, visando a
negociação e o aperfeiçoamento desta e de outras
iniciativas legislativas. Para tanto, conclamamos o
conjunto do movimento sindical para que se integre
neste esforço.
Reafirmamos também a unidade de ação das centrais
sindicais na luta contra o desemprego, pelo
crescimento econômico com distribuição de renda e
uma sociedade mais justa.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Fonte: Diap
17/10/2019 -
Brasil Bolsonaro: metade dos brasileiros vive com R$
413 mensais
A desigualdade de renda no País alcançou patamar
recorde em 2018, dentro da série histórica da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
informação é do jornal Estado de S.Paulo.
A metade mais pobre da população, quase 104 milhões
de brasileiros, vivia com apenas R$ 413 mensais,
considerando todas as fontes de renda. No outro
extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milhões de
pessoas - tinha renda média de R$ 16.297 por pessoa.
Ou seja, essa pequena fatia mais abastada da
população ganhava quase 40 vezes mais que a metade
da base da pirâmide populacional.
Em todo o País, 10,4 milhões de pessoas (5% da
população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média.
Se considerados os 30% mais pobres, o equivalente a
60,4 milhões de pessoas, a renda média per capita
subia a apenas R$ 269.
Fonte: Brasil247
17/10/2019 -
Segunda instância: Toffoli diz que julgamento não
termina nesta quinta
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, disse nesta quarta-feira (16)
que o julgamento sobre a validade da prisão em
segunda instância deve se estender até a semana que
vem. Segundo Toffoli, na sessão desta quinta-feira
(17), quando o caso começará a ser analisado,
somente as manifestações das partes envolvidas no
processo serão ouvidas. Os votos serão proferidos na
sessão da próxima quarta-feira (23).
A partir desta quinta, a Corte vai julgar
definitivamente três ações declaratórias de
constitucionalidade (ADCs), relatadas pelo ministro
Marco Aurélio e protocoladas pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), pelo PCdoB e pelo antigo
PEN, atual Patriota.
Os processos discutem até onde vigora a presunção de
inocência prevista na Constituição, se até a
confirmação da condenação criminal em segunda
instância da Justiça, ou se até o chamado trânsito
em julgado, quando não cabem mais recursos sequer
nos tribunais superiores, em Brasília.
O assunto é polêmico dentro do próprio Supremo, onde
já foi levado ao menos quatro vezes a plenário desde
2016, quando houve mudança no posicionamento da
Corte, e a prisão em segunda instância foi
autorizada. No entanto, em todas os casos, as
decisões não foram definitivas. De 2009 a 2016,
prevaleceu o entendimento contrário, de modo que a
sentença só poderia ser executada após o Supremo
julgar os últimos recursos.
De acordo com Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
cerca de 4,9 mil pessoas condenadas à prisão em
segunda instância podem ser beneficiadas caso o STF
decida pelo cumprimento de pena somente após o
trânsito em julgado.
Fonte: Agência Brasil
16/10/2019 -
Proposta de Reforma Sindical é reapresentada; agora
é PEC 171
Foi reapresentada nesta terça-feira (15), a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/19,
que trata da Reforma Sindical. Mudou apenas o número
— que era 161 — da proposição que fora protocolizada
na semana passada, mas que foi devolvida ao autor
por falta de assinaturas suficientes para ser
formalizada na Secretaria Geral da Mesa. Isto é, o
texto da PEC 171 é o mesmo da que fora apresentada
com o número 161.
Como não houve nenhuma alteração do conteúdo da
proposta, mudou apenas o número com que vai tramitar
no Congresso, o DIAP reproduz todo trabalho que que
a assessoria colocou no ar na semana passada sobre o
conteúdo da proposta. Na quarta-feira (16) faremos a
mudança de número no material que foi produzido pelo
DIAP: os quadros comparativos.
Assim, onde se lê, no material produzido pelo DIAP,
PEC 161/19, leia-se PEC 171/19.
Para oferecer mais elementos para o debate que vai
ser travado entre o Mundo do Trabalho, o governo e o
Poder Legislativo, colocamos disponível mais dados
sobre as entidades sindicais — dos trabalhadores e
patronais — reunidas em arquivos do Ministério da
Justiça e Segurança Pública.
Tramitação
A proposta (PEC 171/19) será inicialmente analisada
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que
irá debater apenas tecnicamente a matéria. Isto é, o
colegiado debate e vota apenas a constitucionalidade
da PEC, não cabendo alterações de mérito.
A fase de mérito caberá à comissão especial, que
será criada e instalada logo após a deliberação da
CCJ.
Fonte: Diap
16/10/2019 -
Reforma Sindical do Fórum das Confederações respeita
Constituição
O Fórum Sindical dos Trabalhadores, com apoio das
Centrais CTB, CSB e Nova Central, elaborou
anteprojeto de lei sobre estrutura sindical e a fim
de fortalecer o sindicalismo num cenário de rápidas
mudanças no mundo do trabalho. Sem alterar a
Constituição, a iniciativa mantém a unicidade
sindical e garante as Centrais enquanto entidades de
representação política do movimento sindical, como
organização dos trabalhadores.
O vice da Nova Central Sindical de Trabalhadores e
secretário de Educação da CNTI, José Reginaldo
Ignácio, alerta que o momento é de unidade da classe
trabalhadora. “Devemos fazer mudanças no sentido de
melhorar a representação dos trabalhadores, sem
dispersão das entidades”, afirma.
A proposta mantém o Artigo 8º da Carta de 1988, a
autonomia das entidades em relação ao governo e
também a representatividade das categorias
profissionais e econômicas, com autonomia coletiva
dos trabalhadores e do setor patronal organizados
nas entidades sindicais. Será criado um Conselho,
colegiado de dirigentes das entidades, com mandato,
a fim de poder fiscalizar desde a criação de novas
entidades até possíveis desvios de conduta.
Para o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e
Cultura e coordenador do FST, Oswaldo Barros, o
anteprojeto busca atender os anseios das entidades
sindicais. “Nosso projeto é fruto de pensamento e
trabalho coletivo dos diversos setores
representativos do movimento sindical”, destaca.
Apoios - O FST visitou autoridades do Judiciário e
Legislativo e confederações patronais, como a da
indústria (CNI) e do comércio (CNC). Ambas
declararam apoio ao projeto. No Tribunal Superior do
Trabalho, a proposta foi entregue ao ministro Ives
Gandra Martins Filho. O magistrado, que coordena o
Gaet, debateu com os autores a realidade do
movimento após a Reforma Trabalhista e a necessidade
de atualizar o sistema. No Legislativo, os debates
ocorrem com parlamentares de vários partidos.
Fonte: Agência Sindical
16/10/2019 -
Rogério Marinho aponta risco de aumento da
informalidade com fim da justa causa
O fim da demissão por justa causa está prevista
em convenção da OIT que deverá ser analisada pelo
Congresso
Para o secretário especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, Rogério Marinho, se o
Congresso aprovar a adesão do Brasil à Convenção 158
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
acaba com a demissão sem justa causa, a
informalidade no mercado de trabalho tende a
aumentar.
Marinho participou de audiência pública da Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara dos Deputados nesta terça-feira (15). A
mensagem de encaminhamento da convenção está em
análise na CCJ, onde será relatada pelo deputado
Felipe Francischini (PSL-PR), que pediu a realização
da audiência (MSC 59/08).
Proteção
De acordo com a Convenção 158, só é permitida a
demissão de empregados se a empresa comprovar crise
financeira; em conjunturas de mudanças tecnológicas;
ou se ficar demonstrado que o demissionário não tem
mais condições de exercer suas funções. O texto já
foi rejeitado pelas comissões de Relações Exteriores
e de Defesa Nacional e de Trabalho, de Administração
e Serviço Público.
Segundo Rogério Marinho, o País já conta com
proteção suficiente contra a demissão sem justa
causa. “O Fundo de Garantia foi instituído
justamente para isso. E há a multa de 40% do FGTS
por ocasião da demissão. Assim como o auxílio
desemprego”, avaliou.
“A aprovação da convenção significaria uma mudança
estrutural, que traria propensão ainda maior à
informalidade, porque o empregador se sentiria ainda
mais temeroso de estabelecer o vínculo formal, uma
vez que haveria restrição clara para o desligamento
do trabalhador em caso de dificuldade econômica ou
necessidade da empresa”, acredita Marinho.
O secretário também ressaltou que o mercado de
trabalho está em constante mudança, e citou a
aprovação da reforma trabalhista, em 2017, como um
avanço, ao regulamentar novas formas de contratação,
a exemplo do home office e do trabalho intermitente.
Economia 4.0
Professor da Universidade de São Paulo, José Pastore
também defendeu a rejeição do texto. Segundo ele,
desde a assinatura da convenção, em 1982, muita
coisa mudou. “Naquele tempo nem se pensava em
economia 4.0, em trabalho 4.0. A convenção
envelheceu por causa das mudanças meteóricas que
ocorrem no mercado de trabalho”, opinou. Pastore
também ressaltou que, dos 187 países membros da OIT,
apenas 35 ratificaram o acordo.
Antonio Lisboa, da Confederação Nacional do
Comércio, também é contra a convenção que, segundo
ele, foi feita em um contexto de “receio da
substituição do homem pela máquina. Os países que
ratificaram o texto não resolveram a questão do
emprego, pelo contrário”, defendeu.
Retrocesso
Por outro lado, Tadeu Henrique da Cunha, representante
da Procuradoria Geral do Trabalho, defendeu a
convenção. “Concordo que uma lei não cria empregos.
Mas em debates anteriores parecia que o
posicionamento era oposto, como, por exemplo, na
reforma trabalhista” criticou.
Pedro Armengol, diretor executivo da CUT Nacional,
também criticou a reforma trabalhista e defendeu o
acordo internacional. “Nós vivemos um retrocesso das
relações de trabalho, a partir da reforma
trabalhista. A narrativa da geração de novos postos
de trabalho não se deu. Os poucos postos gerados são
de trabalhos precarizados. Não é a legislação que
vai gerar emprego, mas o debate de fundo que está
colocado é de proteção social ao trabalho”, afirmou.
Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça, Luiz Antonio Colussi, a
convenção “não ofende a segurança jurídica, pelo
contrário, traz segurança aos trabalhadores. Não
vejo essa dificuldade de ratificar. Nós fazemos
parte da OIT só para fazer bonito ou porque temos
compromisso sério com os trabalhadores?”, indagou.
O deputado Gilson Marques (Novo-SC), que presidiu a
reunião de audiência pública, criticou o texto.
“Quanto mais direitos nós damos aos trabalhadores,
sob pretexto de proteção, mais se inibe a
contratação. O que cria emprego é liberdade,
criatividade de empreender”, acredita.
A mensagem de encaminhamento da convenção 158 da OIT
ainda precisa ser analisada pela CCJ e pelo
Plenário.
Fonte: Agência Câmara
16/10/2019 -
Paim critica governo por não cobrar dívidas
previdenciárias das empresas
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta
segunda-feira (14) em Plenário o governo federal por
não cobrar as empresas devedoras à Previdência
Social. Matéria do jornal O Globo, mencionada pelo
senador, aponta o endividamento cresceu 84% em 6
anos. Ele ressaltou que, se o governo cobrasse aos
devedores, o país arrecadaria mais do que previsto
com a reforma da Previdência em dez anos. Para o
senador, quem paga a conta é sempre o mais pobre.
— A decisão política é esta que se tomou aqui no
Brasil: 'Não vamos mexer com os tubarões, com os
grandes. Não vamos tocar nos intocáveis,
principalmente do sistema financeiro'. E eu
pergunto: quem, então, vai pagar a conta? Quem
ganha, sim, de um a três salários mínimos. São esses
que estão sendo chamados a pagar a conta — declarou
o senador.
Segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, a dívida dos empresários e banqueiros com
a União é de R$ 2,4 trilhões podendo chegar a R$ 3
trilhões. Ele destacou ainda que a Procuradoria da
Fazenda considera o processo de cobrança demorado
demais, e que 45% do montante devido são
considerados irrecuperáveis.
— Assim é bom, não é? Devo, não nego, não pago.
Depois, consideram [as dívidas] irrecuperáveis e
fica tudo por isso mesmo. Mas vai ver se um pobre
não vai para o tal do SPC. Não paga luz, não paga
água, não paga prestação do carrinho ou de uma
terrinha ou de um apartamento que comprou para ver
se alguém vai considerar irrecuperável. Processam,
cortam e tiram dele o bem. Algo está errado neste
país — afirmou Paim.
Fonte: Agência Senado
16/10/2019 -
Salário médio caiu em 2018. CNI comemora queda do
‘custo do trabalho’
Entidade empresarial torce para que isso se
repita este ano, em nome da competitividade
O salário médio caiu 6,6% em 2018, o real se
desvalorizou em 10,5% frente ao dólar e a
produtividade aumentou 0,8%. Com esses resultados, a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a
queda do chamado “custo do trabalho”, que totalizou
16,1% no ano passado. Em uma lista com 11 países,
apenas na Argentina a retração foi maior: 27,1%. A
entidade espera que os salários continuem caindo
neste ano.
“A expectativa da CNI é que o custo unitário do
trabalho efetivo mantenha a queda neste ano,
contribuindo para o aumento da competitividade da
indústria brasileira”, afirma a confederação. “Os
salários continuam em queda e a taxa de câmbio real
mantém a tendência de depreciação. No entanto, a
produtividade do trabalho tem perdido força, o que
preocupa, pois é um fator importante para o
crescimento sustentado da economia brasileira.”
O custo unitário do trabalho, denominado CUT, caiu
3,9% nos Estados Unidos e 1,8% no Japão, de acordo
com a CNI. E aumentou nos demais países, variando de
0,2% (França) a 3,1% (Alemanha). O indicador
equivale ao custo do trabalho, em dólar, para
produzir determinado produto. Na Argentina, por
exemplo, houve queda de 3,6% na produtividade e de
6,9% no salário, além de uma desvalorização de 32,5%
do peso diante do dólar.
O chamado CUT-Efetivo, que compara o custo médio nos
10 principais parceiros comerciais, caiu 9,5% no
Brasil de 2017 para 2018: a produtividade aumentou
1,1% e os salários caíram 4,3%, com depreciação de
4,4% no câmbio. No período 2008-2018, o CUT-Efetivo
caiu 5,1%, “apesar”, salienta a CNI, do salário
médio efetivo subir 14,3%. A entidade afirma que “o
efeito negativo dos salários sobre a
competitividade” foi compensado pela depreciação do
real (14,4%), enquanto a produtividade aumentou 3%.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/10/2019 -
Reforma da previdência dos militares é injusta,
dizem debatedores na CDH
O projeto de lei que trata da reforma da previdência
dos militares deveria ser revisto ou substituído
porque é injusto, afeta direitos adquiridos e exige
sacrifício de todos os militares, mas só beneficia
as altas patentes. Esta foi a opinião unânime dos
participantes da audiência pública nesta terça-feira
(15) para debater a chamada proposta de previdência
dos militares (PL 1.645/2019) ou Sistema de Proteção
Social dos Militares das Forças Armadas, que está
prestes a ser votada em uma comissão especial na
Câmara dos Deputados.
Na audiência pública, promovida pela Comissão de
Direitos Humanos (CDH), os debatedores sugeriram que
Câmara e Senado ouçam as contribuições de todas as
categorias para o aprimoramento do texto ou até
mesmo que o Executivo, autor da proposta, retire-a
de tramitação e elabore uma nova, com menos
divergências, ouvindo os apelos e sugestões dos
suboficiais.
— Hoje, diferentemente de 20, 30, 40 anos atrás, os
sargentos, os suboficiais, os cabos pensam. Têm
postura, estudaram. Temos em nosso meio mestres e
doutores que podem contribuir, e não atrapalhar,
para a construção de melhorias na carreira militar.
É para isto que chamo a atenção: o mundo em que
vivemos é aquele em que todos sentam para conversar,
não cabe mais no mundo atual a imposição de ideias —
sugeriu o presidente da Federação Nacional dos
Graduados Inativos das Forças Armadas, Márcio
Carvalho.
A mesma visão foi defendida pelo vereador de
Guaratinguetá (SP) Fabrício da Aeronáutica, que é
militar da reserva, e pelo advogado Cláudio Lino,
presidente do Instituto Brasileiro de Análises de
Legislações Militares (Ibalm), para quem o projeto é
“um remendo novo em roupa usada”.
— Tem que haver uma mudança, mas dentro de
critérios, com um estudo aprofundado, chamando
militares da base para que a gente possa contribuir
e não saia uma legislação como esse projeto, uma
verdadeira colcha de retalhos — disse Lino.
Ele advertiu que a categoria irá recorrer ao Poder
Judiciário, se o projeto passar no Congresso com
tantas brechas causadoras de prejuízos,
principalmente aos suboficiais e aos já reformados.
Tanto o advogado quanto o vereador frisaram que a
proposta exige sacrifícios de todos da base, mas os
benefícios são direcionados aos graduados.
Fonte: Agência Senado
16/10/2019 -
Demissão sem homologação no sindicato é nula, decide
TST
Justiça aceitou recurso de trabalhador para
anular seu pedido de demissão e condenar a empresa
ao pagamento das diferenças rescisórias
É nulo pedido de demissão feito por funcionário se
não houver homologação do sindicato. Com esse
entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho aceitou o recurso de uma ex-vendedora para
anular seu pedido de demissão e condenar a empresa
ao pagamento das diferenças rescisórias.
Na reclamação trabalhista, a vendedora disse que foi
coagida a pedir demissão após retornar da
licença-maternidade “e sofrer intensa perseguição
pela empresa”. O juízo da 81ª Vara do Trabalho de
São Paulo e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região, no entanto, consideraram válido o pedido.
Segundo o TRT, a falta da assistência sindical gera
apenas uma presunção favorável ao trabalhador. No
caso, a empresa apresentou o pedido de demissão
assinado pela própria empregada. Esta, por sua vez,
não comprovou a coação alegada.
No recurso de revista ao TST, a vendedora sustentou
que a homologação na forma prevista no artigo 477,
parágrafo 1º, da CLT é imprescindível e, na sua
ausência, seu pedido de demissão deve ser
desconsiderado.
O relator, ministro Alexandre Agra Belmonte,
observou que a Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1) do TST decidiu que a exigência
prevista na CLT é imprescindível à formalidade do
ato.
“Se o empregado tiver mais de um ano de serviço, o
pedido de demissão somente terá validade se
assistido pelo seu sindicato”, concluiu, ressalvando
seu entendimento pessoal sobre a matéria.
“Essa é uma decisão importante da Justiça, pois
reforça que a ausência de assistência do sindicato
na rescisão do contrato de trabalho causa danos aos
direitos dos trabalhadores, seja por cálculos
incorretos; estabilidades não observadas; ou ainda,
eventual coação para que os desligamentos sejam a
pedido ou por comum acordo, essa última uma nova
modalidade trazida pela reforma trabalhista”,
enfatiza João Fukunaga, secretário de assuntos
Jurídicos do Sindicato e dirigente sindical pelo
Banco do Brasil.
“O Sindicato é o legítimo representante do
trabalhador e, por esse motivo, reivindica a
permanência da homologação na entidade”, afirma
Fukunaga.
Fonte: Sindicato dos Bancários
15/10/2019 -
FST apresenta PL alternativo à PEC da Reforma
Sindical
Reunidos no Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST), dirigentes sindicais e assessores jurídicos
das entidades — sindicatos, federações,
confederações e algumas centrais sindicais —
elaboraram
anteprojeto de lei
que busca construir alternativa ao novo cenário das
relações laborais tendo em vista nova representação
sindical.
Sem alterar a Constituição, o projeto elaborado em
conjunto com as entidades, mantém a unicidade
sindical e garante a permanência da centrais
sindicais como entidades de representação política
do movimento sindical, como organização dos
trabalhadores.
O vice-presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) e secretário de Educação da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI), José Reginaldo Ignácio alerta que o momento
é de unidade da classe trabalhadora. “Devemos
promover mudanças no sentido de colaborar para
melhorar a representação dos trabalhadores nesse
momento, sem dispersão das entidades sindicais”.
O centro da proposta é a manutenção do artigo 8º da
Carta de 1988, a autonomia das entidades em relação
ao governo e também a representatividade das
categorias profissionais e econômicas, com autonomia
coletiva dos trabalhadores e do setor patronal
organizados nas entidades sindicais.
A proposta cria 1 conselho que será composto por
colegiado de dirigentes das entidades, com mandato
determinado para exercer o poder de fiscalizar desde
a criação de novas entidades até possíveis desvios
de conduta que possam ser cometidos por dirigentes.
Para o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e
Cultura (CNTEEC) e coordenador do FST, Oswaldo
Barros, o projeto busca atender os anseios das
entidades sindicais. “Não tenho dúvida que o nosso
projeto surpreenderá a todos, pois foi fruto de
pensamento e trabalho coletivo dos diversos setores
representativos do movimento sindical”, destaca.
Apoios
Em busca de ampliar o apoio para a proposta, a direção
do FST visitou autoridades dos poderes Judiciário e
Legislativo e as confederações patronais como a da
indústria (CNI) e do comércio (CNC), ambas declaram
formalmente apoio ao projeto.
Em visita ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), a
proposta foi entregue ao ministro Ives Gandra
Martins Filho. O magistrado que coordena grupo de
trabalho no Poder Executivo sobre o tema recebeu a
proposta e debateu com os autores, a realidade do
movimento sindical após a Reforma Trabalhista e a
necessidade de atualizar o sistema.
No Legislativo, os debates ocorrem com vários
parlamentares. Os dirigentes revelam que as visitas
são para esclarecer dúvidas e corrigir falhas caso
necessário, no sentido de buscar o apoio necessário
para que proposta tenha êxito em sua tramitação.
Fonte: Diap
15/10/2019 -
Governo forma grupo para discutir ‘liberdade’
sindical e exclui trabalhadores
Grupo de "altos estudos" governista destinado a
discutir liberdade sindical tem apenas entusiastas
da "reforma" trabalhista e assessores de entidades
empresariais
Representantes de centrais sindicais vão se reunir
nesta terça-feira (15), na sede do Dieese, em São
Paulo, para discutir a pauta que deverá ser
discutida dois dias depois, com o governo, sobre
temas como rotatividade, futuro do trabalho, “judicialização”,
acidentes de trabalho, direitos previdenciários e
negociação coletiva. Há um sinal amarelo aceso entre
as entidades depois que o Executivo criou um “Grupo
de altos estudos do trabalho”, o Gaet, para discutir
mais mudanças na legislação trabalhista, desta vez
com foco na estrutura sindical.
As centrais querem discutir os objetivos desse grupo
e o andamento das propostas de “reforma” sindical do
Executivo e no Congresso. Na semana passada, um
deputado apresentou proposta de emenda à
Constituição (PEC) que permitia, por exemplo, acabar
com o princípio da unicidade sindical e
estabelecendo regras para negociações coletivas. A
PEC 161, que não tinha consenso no movimento
sindical, não foi adiante por insuficiência de
assinaturas.
Já o chamado Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST),
formado basicamente por várias confederações e parte
das centrais, elaborou um projeto que preserva a
unicidade sindical. Assim como previsto na PEC,
seria criado um “conselho” para fiscalizar a criação
de novas entidades e patrulhar a conduta de
dirigentes. Entidades patronais apoiaram a
iniciativa. O documento foi entregue ao ministro
Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do
Trabalho (TST). Integrante do Gaet, ele é entusiasta
da “reforma” trabalhista, implementada em 2017 com a
suposta finalidade de criar empregos. Quando o então
governo Temer chegou a admitir um adiamento da
tramitação, ele pediu pressa.
Mesma posição “flexibilizadora” tem o professor
Helio Zylberstajn, que também está no grupo,
coordenado pelo secretário de Trabalho do Ministério
da Economia, Bruno Silva Dalcolmo, sob o olhar
atento do secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, responsável, com relator,
pelo projeto de reforma trabalhista aprovado no
Congresso. Deputado federal pelo PSDB potiguar, ele
não foi reeleito, mas acabou convocado pelo governo
Bolsonaro para articular as mudanças na Previdência
e, agora, no meio sindical.
Criado pela Portaria 1.001, de 4 de setembro,
assinada por Marinho, o Gaet formou grupos de
estudos temáticos (GETs). O de liberdade sindical,
por exemplo, tem como coordenador justamente o
professor Zylberstajn. Entre seus membros, estão
ainda Wolnei Tadeu Ferreira (coordenador adjunto),
Magnus Ribas Apostólico e Alencar Rossi, conhecidos
por assessorar entidades patronais, como a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban), Antonio Galvão Peres,
ligado à Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), e o professor Nelson Mannrich, também
vinculado à Fiesp e defensor de um “aprofundamento”
da “reforma” trabalhista de 2017.
Assim, não há nenhum representante de trabalhadores
em um grupo montado para discutir o tema “liberdade
sindical”. A sistemática se repete nos outros três
grupos (Economia, Direito, Trabalho e Previdência).
A reunião entre centrais sindicais e integrantes do
Gaet, na quinta-feira (17) à tarde, está marcada
para a sede da UGT, na região central de São Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/10/2019 -
Centrais convocam mobilização em defesa dos direitos
sociais e das entidades sindicais
As lideranças das centrais sindicais CTB, Nova
Central e CSB decidiram organizar no dia 4 de
novembro um ato nacional em defesa dos direitos
sociais e das próprias entidades sindicais, informa
o Portal da CTB.
Os organizadores do ato vão elaborar conjuntamente
uma nova proposta de Reforma Sindical preservando a
Unicidade Sindical e o Sistema Confederativo
consagrados no Artigo 8º da Constituição,
considerados como pilares fundamentais da
organização sindical brasileira.
Os sindicalistas assumiram compromisso de
realizar ações unificadas e ampla articulação
política para que o projeto ganhe peso frente a
outras propostas sobre o tema e contam com a
participação de outras entidades ligadas a demais
centrais sindicais.
Fonte: Brasil247
15/10/2019 -
Governo vai propor fim da multa de 10% do FGTS para
empregador
Extinção será apresentada em MP que modifica
Orçamento para 2020
A partir do próximo ano, os empregadores podem
deixar de pagar a multa adicional de 10% do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O secretário
especial de Fazenda do Ministério da Economia,
Waldery Rodrigues, disse nesta segunda-feira (14)
que a extinção da multa deverá constar de uma
mensagem modificativa da proposta de Orçamento para
2020.
O fim da multa abrirá uma folga de R$ 6,1 bilhões no
teto de gastos para o próximo ano. Isso porque o
dinheiro da multa adicional deixará de passar pela
conta única do Tesouro Nacional, não sendo mais
computado dentro do limite máximo de despesas do
governo.
Atualmente, as empresas pagam 50% de multa nas
demissões. Desse total, 40% ficam com o trabalhador.
Os 10% restantes vão para a conta única do Tesouro
Nacional, de onde são remetidos para o FGTS.
A engenharia para transferir os recursos da multa
extra ao FGTS pressiona o teto de gastos. Mesmo o
governo não gastando nenhum recurso da multa de 10%,
a simples passagem do dinheiro pela conta única do
Tesouro é registrada no cálculo do teto de gastos.
O sistema atual reduz o espaço do governo para
executar despesas discricionárias (não
obrigatórias), como investimentos e gastos com a
manutenção de órgãos e de serviços públicos (como
água, luz, telefone e limpeza).
A mudança depende de medida provisória (MP) ou de
projeto de lei e precisa ser aprovada pelo
Congresso. O relator da medida provisória que libera
os saques do FGTS, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB),
incluiu o fim da multa de 10% do empregador no
texto. No entanto, o secretário especial de Fazenda
disse que o governo pode incluir a extinção da multa
na MP que modifica o Orçamento.
“Essa multa já cumpriu sua função, foi constituída
na década de 1970. Ela onera o empregador e traz um
incentivo não desejável ao mercado de trabalho. A
medida tem um efeito fiscal, mas do lado da oferta
traz melhoria no custo de contratação”, disse
Rodrigues.
O secretário especial disse que a MP com a mensagem
modificativa do Orçamento apresentará outras medidas
para “recompor o limite orçamentário de 2020”. O
secretário, no entanto, não adiantou nenhuma outra
ação.
Fonte: Agência Brasil
15/10/2019 -
Publicado decreto que regulamenta o trabalho
temporário
O decreto que regulamenta o trabalho temporário, e
que trata a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974,
está publicado no Diário Oficial da União desta
terça-feira (15). O documento assinado nessa
segunda-feira (14) pelo presidente da República,
Jair Bolsonaro, define trabalho temporário como
“aquele prestado por pessoa física contratada por
uma empresa de trabalho temporário que a coloca à
disposição de uma empresa tomadora de serviços ou
cliente, para atender à necessidade de substituição
transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços”.
O decreto diz ainda que ao trabalhador temporário
são assegurados direitos como: remuneração
equivalente àquela percebida pelos empregados da
mesma categoria da empresa tomadora de serviços ou
cliente, calculada à base horária, garantido, em
qualquer hipótese, o salário-mínimo regional;
pagamento de férias proporcionais, calculado na base
de um doze avos do último salário percebido, por mês
trabalhado.
A jornada de trabalho será de, no máximo, 8 horas
diárias, podendo ter duração superior a 8 horas na
hipótese de a empresa tomadora de serviços ou
cliente utilizar jornada de trabalho específica. "As
horas que excederem à jornada normal de trabalho
serão remuneradas com acréscimo de, no mínimo, 50%,
e assegurado o acréscimo de, no mínimo, 20% de sua
remuneração quando trabalhar no período noturno".
Sobre a empresa prestadora de trabalho temporário, o
decreto diz que ela fica obrigada a apresentar à
fiscalização, quando solicitada, o contrato
celebrado com o trabalhador temporário, a
comprovação do recolhimento das contribuições
previdenciárias e os demais documentos
comprobatórios do cumprimento das obrigações
estabelecidas pelo decreto que regulamenta a
atividade.
Leia o
Decreto nº 10.060, de14 de outubro de 2019, que
regulamenta o trabalho temporário. Ele entra em
vigor a partir de hoje, data de sua publicação.
Fonte: Agência Brasil
15/10/2019 -
Orlando Silva: É hora de desmantelar a milícia
digital do bolsonarismo
O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a Polícia
Federal (PF) que investigue a relação entre disparos
de mensagens de WhatsApp de grupo ligados a Jair
Bolsonaro e os ataques sofridos pelos ministros da
Corte nos últimos tempos. Segundo reportagem do UOL,
o pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes
dentro do chamado “inquérito das fake News”.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) estão clara
na opinião pública esse tipo de relação, por isso é
necessário avançar nas investigações para descobrir
quem são os integrantes do que ele chama de milícia
digital criminosa.
“Isso já é de conhecimento público. A milícia
digital criminosa do bolsonarismo ameaça à
democracia e as instituições. É preciso saber quem
paga e desmantelar a quadrilha”, disse nesta
segunda-feira (14) no Twitter.
A reportagem do UOL mostrou que uma rede de
disseminação de fake news pró-Bolsonaro, com uso de
robôs e disparo em massa de mensagens, não foi
completamente desativada depois das eleições.
O gerente de políticas públicas e eleições globais
do WhatsApp, Ben Supple, admitiu na semana passada
que houve disparos em massa ilegais nas eleições do
Brasil.
"Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação
de empresas fornecedoras de envios massivos de
mensagens, que violaram nossos termos de uso para
atingir um grande número de pessoas", afirmou.
Da redação com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
15/10/2019 -
STF julga na próxima quinta ações contra prisões
após condenação em segunda instância
Três ADCs, duas apresentadas ainda em 2016 e a
terceiro em 2018, questionam validade da prisão
antes de esgotados os recursos.
Decisão pode favorecer Lula
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou para a
próxima quinta-feira (17) o julgamento de ações que
questionam a prisão após condenação em segunda
instância. O entendimento da Corte para esse tema
pode influenciar o caso do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, condenado pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4). Foram incluídas na
pautas as Ações Declaratórias de Constitucionalidade
(ADCs) 43 e 44, de 2016, e 54, de 2018.
As duas primeiras foram impetradas pelo PEN e pela
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
respectivamente. A última é do PCdoB, que também
defende que uma pessoa só pode ser considerada
efetivamente culpada, e presa, depois do trânsito em
julgado – quando todos os recursos estiverem
esgotados. O relator das três ações é o ministro
Marco Aurélio Mello. No caso da ADC 44, por exemplo,
ele chegou a conceder medida cautelar, mas foi voto
vencido.
No artigo 5º da Constituição, se estabeleceu que
“ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória”. E o Código
Penal, no artigo 283, reforça: “Ninguém poderá ser
preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita
e fundamentada da autoridade judiciária competente,
em decorrência de sentença condenatória transitada
em julgado, ou, no curso da investigação ou do
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão
preventiva”.
Desde 2016, o Supremo passou a considerar viável –
mas não impositiva – a prisão após a segunda
instância. Uma decisão questionada por Marco
Aurélio, para quem “precipitar a execução da pena
importa antecipação de culpa”. O julgamento das ADCs
estava previsto para abril, mas foi suspenso pelo
presidente da Corte, Dias Toffoli, a pedido da OAB.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/10/2019 -
Comissão de Trabalho debate escalada do desemprego
no Brasil
A Comissão de Trabalho, de Administração e de
Serviços Públicos da Câmara dos Deputados discute
nesta quinta-feira (17) a escalada do desemprego no
Brasil e a manutenção de critérios técnicos e
científicos de aferição do IBGE.
O debate atende a requerimento da deputada Alice
Portugal (PCdoB-BA). Ela destaca dados do IBGE que
apontam que o índice de desemprego no Brasil
aumentou para 12,4% no trimestre encerrado em
fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas.
De acordo com o instituto, acrescenta a deputada, a
alta representa a entrada de 892 mil pessoas na
população desocupada. "Diante da gravidade desses
números, o presidente Jair Bolsonaro, ao contrário
de demonstrar-se preocupado e adotar medidas para
combater a escalada vertiginosa do desemprego,
preferiu a criticar a metodologia empregada pelo
IBGE, para medir a taxa de desemprego no País",
afirma a deputada.
Convidados:
- o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra;
- o presidente do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Bernardino Jesus de Brito;
- o diretor do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de
Queiroz;
- o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Vagner Freitas;
- o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, Adilson Gonçalves de
Araújo; e
- o secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Simonetti Marinho.
A reunião será realizada às 9h30, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
15/10/2019 -
Senadora Soraya Thronicke pede arquivamento do
projeto do boleto bancário
A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) pediu o
arquivamento, na última quarta-feira (9), do seu
projeto de lei (PL
3.814/19), que em síntese
ressuscitava a MP do boleto bancário.
O texto fora apresentado no Senado logo depois que a
MP do boleto perdeu eficácia.
Conteúdo do projeto
O projeto da senadora exigia autorização voluntária e
individual para o recolhimento de contribuições para
os sindicatos, seja sob a denominação de
contribuição sindical ou quaisquer contribuições
facultativas ou mensalidades previstas no estatuto
ou em norma coletiva.
Estabelecia, também, que somente dos filiados
poderiam ser exigidas a contribuição confederativa,
a mensalidade sindical e as demais contribuições
sindicais. E, por fim, revoga o direito de desconto
em folha das contribuições para entidades sindicais.
O projeto foi arquivado.
Outro projeto
Ainda tramita no Senado, projeto de lei (PL
4.026/19), com esse mesmo teor. O texto é de
autoria do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).
O projeto está em discussão na Comissão de
Constituição e Justiça, sob a relatoria do senadora
Rose de Freitas (Podemos-ES). Depois, vai ao exame
da Comissão de Assuntos Sociais.
Fonte: Diap
14/10/2019 -
Ministra do TST diz que país vive ‘banalização da
exploração’ da mão de obra
"Os conceitos estão mudando. Já não se sabe se a
Terra é plana, se é redonda", ironizou a juíza, que
vê um período de "desconstrução" do Direito do
Trabalho
Para a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), o Brasil vive um período
de “banalização da exploração do trabalhador”,
marcado pela terceirização sem limites, pela
possibilidade de dispensas coletivas, pela
prevalência de negociações sobre a lei, trabalho
infantil, escravo e informal, o enfraquecimento da
Justiça especializada e a própria “reforma”
trabalhista, implementada há dois anos. Isso em um
país em que a maioria dos trabalhadores, conforme
observou, tem baixa escolaridade, ganha pouco (mais
de 90% da força de trabalho recebe até cinco
salários mínimos, conforme dados do IBGE) e realiza
jornadas extensas.
“Será que é possível, diante de tudo isso, dizer que
o Direito do Trabalho é dispensável neste país?”,
questionou a ministra, que participou na tarde desta
sexta-feira (11) de debate promovido conjuntamente
pelo TST e pela Associação dos Advogados de São
Paulo (Aasp). Pela manhã, esteve presente o vice do
tribunal, Renato de Lacerda Paiva. “A realidade hoje
é de desconstrução do Direito do Trabalho”, disse
ainda a magistrada.
Ao comentar as transformações no mundo do trabalho,
ela fez uma ironia com a mudança de conceitos sobre
esse e outros temas. “Já não se sabe se a Terra é
plana, se é redonda”, afirmou, provocando risos no
auditório da associação, na região central da
capital paulista. Ao exibir no telão a foto de uma
mulher trabalhando para entregar uma encomenda ao
mesmo tempo em que carregava o filho pequeno,
perguntou: “Isto aqui é modernidade ou não? É
empreendedorismo ou precarização?”. Kátia Arruda
também exibiu uma charge da cartunista Laerte,
mostrando negociadores trabalhistas, em período de
terceirização, convidados a sentar-se à mesa em
cadeiras que indicam um abismo.
Participante do painel seguinte, a ministra Maria
Cristina Peduzzi falou sobre “reformas” trabalhistas
implementadas em países europeus – Alemanha,
Espanha, França, Itália e Portugal – e no Brasil.
Guardadas as diferenças, todas surgiram com o
objetivo de flexibilizar jornada e modalidades de
contratação e dispensa, além de reduzir as
possibilidades de solução judicial do conflito. Para
ela, houve adequação da legislação às inovações
tecnológicas. “Hoje, o problema maior é que o
consumidor já se confunde com o prestador de
serviços”, acrescentou, citando casos em que o
próprio cliente tem que realizar tarefas, como
reservas de hotéis e serviços bancários.
O professor Jorge Boucinhas Filho citou aspectos
positivos e negativos da tecnologia – e observou que
isso trouxe consequências nem sempre percebidas.
“Essa facilidade que a tecnologia nos trouxe, ao
invés de nos libertar, está fazendo com que o
expediente nos escritórios de advocacia vá até mais
tarde”, exemplificou. Além disso, o uso de
ferramentas como celular, WhatsApp e e-mails
dificulta a “desconexão” do trabalhador com seu
serviço.
Segundo Boucinhas, os três países com maior uso de
robôs em relação à força de trabalho (Coreia do Sul,
Cingapura e Japão) apresentam baixos índices de
desemprego. “O problema não são os robôs, mas como a
gente está lidando com esse avanço tecnológico”,
conclui.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/10/2019 -
Haddad atribui colapso da economia à Lava Jato e ao
golpe, mas também critica Dilma
Candidato a ser candidato a presidente da República
em 2022, o ex-prefeito Fernando Haddad criticou a
Lava Jato, o golpe de 2016, mas também a
ex-presidente Dilma Rousseff pelo colapso da
economia brasileira, em artigo publicado neste
sábado. "Em 2015, uma tempestade perfeita promoveu o
colapso da economia.. Em primeiro lugar, cumpre
notar o desacerto da agenda adotada para estimular a
economia. Fortemente influenciadas pela Fiesp, as
desonerações fiscais, o Supersimples, a campanha
pela redução artificial dos custos de energia etc.
revelaram-se equivocadas", disse ele, na crítica a
Dilma.
"Em segundo lugar, vale relembrar a atitude do
PSDB", afirmou, mencionando o apoio do partido ao
golpe de 2016. "Por fim, um fato sempre
negligenciado pela imprensa tradicional. A
destruição, pela Lava Jato, de cadeias produtivas
inteiras. A experiência internacional deveria ter
servido de guia para lidar com grandes empresas
dirigidas por gente corrupta ou imoral", pontuou.
"Hoje, temos um governo desastroso em várias áreas
—política externa, meio ambiente, ciência e
tecnologia, educação etc.—, que pode comprometer a
recuperação e nos condenar, por anos, a um
desempenho econômico medíocre", diz ele.
Fonte: Brasil247
14/10/2019 -
TST suspende até 60% dos processos trabalhistas em
curso no País
Em uma medida consonante com o golpe de 2016, que
massacrea duramente os direitos dos trabalhadores, o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu de 40%
a 60% todos os processos do país que tratem da
validade de norma coletiva que limite ou restrinja
direito trabalhista não assegurado
constitucionalmente. A iniciativa pode inviabilizar
a análise de boa parte das ações trabalhistas até
que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue se pode
ou não prevalecer o negociado sobre o legislado -
possibilidade reforçada pela reforma Trabalhista,
aprovada no governo Michel Temer em 2017 e aprovado
pelo então deputado federal Jair Bolsonaro, atual
ocupante do Planalto.
De acordo com a maioria dos julgadores do TST, a
decisão tomada em julho pelo ministro Gilmar Mendes,
relator da questão no Supremo, foi abrangente, ao
determinar a suspensão nacional “de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que
versem sobre a questão e tramitem no território
nacional”.
A medida do TST é um duro golpe na classe
trabalhadora, que já sente os efeitos nefastos da
reforma trabalhista. O projeto prevê, por exemplo,
que, em caso de perda de ação, o trabalhador pague
honorários dos advogados da parte vencedora e, por
consequência, fez cair o número de processos na
Justiça do Trabalho.
De acordo com o relatório Justiça em Números 2019,
publicado em agosto pelo Conselho Nacional de
Justiça, a quantidade de processos pendentes ao
final de 2018, em todos os órgãos do Poder
Judiciário, foi de 78.691.031 ações, queda de 1,2%
em relação a 2017. O total de casos novos
ingressados foi de 28.052.965 processos, com redução
de 1,9% em relação ao ano anterior.
A reforma trabalhista também prevê trabalho
intermitente, sem jornada fixa regular de trabalho.
A decisão do TST vem gerar mais insegurança
financeira e jurídica para os trabalhadores, sendo
mais um passo que ajuda a manter a estagnação do
consumo e da expansão do PIB (Produto Interno
Bruto). A agenda pós-golpe segue avançando.
Fonte: Brasil247
14/10/2019 -
Bolsonaro tem obsessão em retirar direitos das
mulheres, denuncia Padilha
Alexandre Padilha*
Bolsonaro veta PL aprovado sobre notificação de
casos de violência contra a mulher.
Se depender do governo do presidente Jair Bolsonaro
(PSL), a vida das mulheres brasileiras será um
transtorno sem fim. Parece que Bolsonaro tem uma
obsessão em retirar qualquer avanço dos direitos das
mulheres.
Essa foi a demonstração dada essa semana, ao vetar
integralmente um projeto de lei — PLC 61/2017
aprovado em setembro pelos deputados, na forma do PL
2538/2019 — do Congresso Nacional, que estabelece
obrigação dos hospitais notificarem a Polícia
Militar, ao sistema de segurança, das mulheres
vítimas de agressões e violência.
Esse seria um avanço importante na Portaria 104, de
25 de janeiro de 2011 que fizemos quando ministro da
Saúde do governo Dilma, para transformar o
atendimento às mulheres vítimas de violência em
notificação compulsória. A iniciativa estabelecia
que todos os hospitais e serviços credenciados ao
SUS eram obrigados, ao receber uma mulher, um jovem,
uma criança, qualquer pessoa vítima de violência, a
atendê-la, acolher suas necessidades, orientá-la em
relação ao que ela tem de direito.
O serviço de saúde deveria, por exemplo, orientar a
mulher, quando essa fosse a vítima com relação à
prevenção de uma gravidez não desejada. Orientá-la
em relação ao abortamento legal, oferecer de
imediato o que há em termos de tecnologia para
impedir uma infecção sexualmente transmissível e,
naquele momento, também pegar as informações de
saúde para auxiliarem na entrada de um processo
jurídico para buscar punir o agressor.
Esse projeto de lei aprovado no Congresso Nacional
dava um passo além. Um passo importante. Transformar
o que era notificação obrigatória não apenas para o
serviço de Saúde, mas informar também o serviço de
Segurança. Isso reduz, inclusive, o sofrimento das
mulheres vítimas de agressão, de violência que
muitas vezes têm que se dirigir até o Instituto
Médico Legal (IML), passar por outro constrangimento
para revelar e contar sobre seu agressor.
Bolsonaro veta integralmente esse projeto, usando
como argumento uma consulta feita à ministra da
Mulher, da Família, dos Direitos Humanos e da Paleta
de Cores do Brasil Damares Alves, o que mostra mais
uma vez um viés muito cruel desse governo, que é o
de retirar qualquer direito que as mulheres já
conquistaram e tentar regredir em relação a esses
direitos e impedir que haja avanço.
* Alexandre Padilha é médico infectologista,
sanitarista, professor universitário e deputado
federal (PT-SP). Foi ministro de Assuntos
Institucionais do governo Lula, ex-ministro da Saúde
(Governo Dilma) e ex-secretário de Saúde da
Prefeitura de São Paulo.
Fonte: Brasil de Fato
14/10/2019 -
CCJ debate término da relação do trabalho por
iniciativa do empregador
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
promove audiência pública nesta terça-feira (15)
sobre o término da relação do trabalho por
iniciativa do empregador. O encontro atende
requerimento do deputado Felipe Francischini
(PSL-PR).
Francischini lembra que a Convenção nº 158 de 1982,
da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
restringe a possibilidade de dispensa do empregado.
E que a Constituição Federal de 1988 também trouxe
institutos de proteção ao trabalhador. Mas,
recentemente, lembra o deputado, houve uma reforma
trabalhista em nosso país, o que tornou o tema
controverso.
Confirmaram presença no debate o diretor de Relações
Trabalhistas e Sindicais da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), Adauto Duarte; o presidente do
Conselho Temático de Relações do Trabalho e
Desenvolvimento Social da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Alexandre Furlan; e o presidente do
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho, Carlos Fernando da Silva Filho.
Hora e local
A audiência será às 17 horas, no plenário 1.
Fonte: Agência Câmara
14/10/2019 -
AGU rebate ADI contra norma que dispensa autorização
sindical em demissão imotivada
Norma foi positivada no artigo artigo 477-A da
Consolidação das Leis do Trabalho depois da reforma
trabalhista
‘‘O tratamento jurídico da dispensa imotivada é uma
questão ligada ao espaço legislativo
infraconstitucional. Assim, é legítimo que em sede
de reforma trabalhista, oriunda do processo
normativo ordinário, normatize-se o tema’’.
Este é o fundamento básico da manifestação da
Advocacia-Geral da União enviada ao Supremo Tribunal
Federal — em nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
— em defesa do dispositivo da reforma trabalhista
(Lei 13.467/2017) que é atacado, em ação de
inconstitucionalidade, pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).
Pela nova redação do artigo 477-A da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) deixou de ser obrigatória
a autorização prévia de entidade sindical para a
efetivação de dispensas imotivadas, individuais ou
coletivas.
Na ADI 6.142, a CNTM argumenta que o afastamento da
presença sindical das rescisões de contratos de
trabalho e das homologações de acordos
extrajudiciais é inconstitucional. E lembra que a
Justiça Trabalhista entende que a dispensa em massa
de trabalhadores, se não for filtrada por entidade
sindical, caracteriza abuso de direito. O relator da
ação em questão, ajuizada em maio último, é o
ministro Edson Fachin.
Argumentos do Planalto
Na manifestação presidencial, já de posse do
ministro-relator, destacam-se os seguintes
argumentos:
– ‘‘A Constituição Federal protege a relação de
emprego (inciso I do artigo 7º) para exigir que lei
complementar (inexistente até o momento) estabeleça
a proteção competente à despedida imotivada. Assim,
é indevido extrair a necessidade de participação
obrigatória tutelar dos órgãos de coletivos de
representação na relação de emprego, como se a
Constituição assim determinasse’’.
– ‘‘A desburocratização das relações trabalhistas
passa pela necessidade de tornar mais próxima e
fidedigna a relação empregador/empregado, evitando a
ampliação indevida dos direitos individuais pelos
sindicatos. A opção do constituinte pelo sistema
indenizatório em desfavor do sistema de estabilidade
nos casos de despedida imotivada está expresso tanto
no artigo 10, inciso I, ADCT, quanto no artigo 7º,
inciso I, da Constituição’’.
– ‘‘As alterações vieram também para facilitar e
agilizar o recebimento das verbas rescisórias, além
de combater a cultura do litígio que se estabeleceu
no âmbito do Direito do Trabalho’’.
Fonte: Jota
14/10/2019 -
Trabalhador só poderá cobrar FGTS não pago dos
últimos 5 anos
Mudança ocorre a partir de 12 de novembro, após
julgamento do STF. Hoje, regra abrange 30 anos: mais
de 200 mil empresas têm pendências
A partir do próximo mês, o trabalhador só poderá
cobrar as pendências do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) na Justiça do Trabalho dos últimos
cinco anos. Atualmente, o direito de receber o valor
não creditado pelas empresas é válido pelos últimos
30 anos.
A mudança ocorre após um julgamento do Supremo
Tribunal Federal (STF), em 2014. Na ocasião, o
ministro Gilmar Mendes reduziu o período a ser
pleiteado na Justiça.
O entendimento da Corte foi o de que os atrasados de
FGTS a serem pagos ao trabalhador deveriam ser
restritos a cinco anos, o mesmo limite fixado para
outras questões trabalhistas. As novas regras passam
a valer a partir do dia 12 de novembro.
O recolhimento mensal de 8% do salário feito pelo
empregador é um direito do trabalhador do setor
privado. Embora as empresas sejam obrigadas a fazer
o depósito, muitas deixam de creditar o dinheiro nas
contas vinculadas dos funcionários.
Pela regra, até o dia 7 de cada mês, os empregadores
devem depositar o dinheiro em contas abertas na
Caixa Econômica Federal, em nome de seus empregados
com carteira assinada. O fundo não acarreta desconto
no salário, pois se trata de uma obrigação do
patrão.
Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
228 mil empresas têm dívidas relacionadas ao não
recolhimento de FGTS. O rombo soma R$ 32 bilhões e
muitas pendências são referentes a débitos de até 30
anos.
Mais de oito milhões de trabalhadores têm saldos de
Fundo de Garantia inferiores aos montantes devidos
por falta de depósitos por parte dos empregadores.
A dívida por falta de depósitos do Fundo de Garantia
também afeta o cálculo da multa de 40%, no momento
da rescisão do contrato de trabalho no caso de
demissão sem justa causa.
O trabalhador recebe 40% sobre todo o depósito de
FGTS feito pelo empregador na conta vinculada. Por
isso, quando não há o registro de depósitos, ele
receberá menos do que o devido na demissão.
Entenda o caso
O plenário do STF mudou a jurisprudência para
modificar de 30 anos para cinco anos o prazo de
prescrição aplicável à cobrança de valores não
depositados do FGTS em novembro de 2014.
A discussão começou após uma ação do Banco do Brasil
contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), que reconheceu ser de 30 anos o prazo
prescricional relativo à cobrança de valores não
depositados do FGTS. Ao analisar o caso, o Supremo
declarou a inconstitucionalidade das normas que
previam a prescrição trintenária.
O ministro Gilmar Mendes explicou que o artigo 7º,
inciso III, da Constituição Federal prevê
expressamente o FGTS como um direito dos
trabalhadores urbanos e rurais e destacou que o
prazo de cinco anos aplicável aos créditos
resultantes das relações de trabalho está previsto
na mesma lei.
Fonte: Metropoles
14/10/2019 -
Supremo reafirma validade de terceirização por
concessionárias
Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal
reafirmou que é constitucional o artigo da Lei Geral
de Concessões (Lei 8.987/1995) que permite a
contratação de terceiros para o desenvolvimento de
atividades inerentes, acessórias ou complementares
ao serviço prestado pelas concessionárias.
Em setembro, por meio de sessão virtual, a corte já
havia reconhecido a constitucionalidade do
dispositivo ao julgar outra ação (ADC 26). Agora, ao
julgar um ação da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), o entendimento foi reafirmado.
Na ação, a CNI alegou que, apesar da clareza da lei
quanto à possibilidade de terceirização em
atividades inerentes ao serviço concedido pelo poder
público, os tribunas regionais do trabalho e o
Tribunal Superior do Trabalho não têm julgado a
questão com uniformidade.
“Na maioria das vezes, negam a aplicação integral do
dispositivo, ora afastando-o por alegada
inconstitucionalidade, ora ao fundamento de que a
norma não tem legitimidade para regulamentar
relações de trabalho de direito privado, ora por
entender que, sobre o tema, prevalecem as
delimitações fixadas na Súmula 331 do TST, que veda
a terceirização de atividade-fim”, afirmou a CNI.
ADC 57
Fonte: Consultor Jurídico
11/10/2019 -
PEC da Reforma Sindical é devolvida por falta de
assinaturas
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 161/19,
que altera o artigo 8º da Constituição Federal para
promover a reforma no sistema sindical brasileiro,
foi devolvida ao autor, deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), por falta de assinaturas.
Apesar de subscrita por 192 deputados, a proposta
não alcançou as 171 assinaturas mínimas
indispensáveis para ser protocolizada. Na checagem
realizada pela Secretaria Geral da Mesa da Câmara,
apenas 164 foram consideradas válidas: 12 não
conferiram, 15 estavam repetidas e 1 foi de deputado
fora do exercício do mandato.
Isto significa que o autor terá que iniciar do zero
a coleta de novas assinaturas para reapresentar a
PEC.*
Assim, o número da nova PEC sobre Reforma Sindical
só será conhecido quando houver a apresentação
formal do texto novamente. O número 161 será
destinado a outra PEC que tenha sido ou que venha a
ser apresentada antes da reapresentação do texto.
Embora este deslize não altere substancialmente o
interesse pelo tema, o fato é que começou mal.
*Na verdade, segundo interpretação do ofício da
SGM, no qual informa a devolução do texto e dá
outras informações, enviado para o deputado Marcelo
Ramos, o autor não terá que começar do zero em
relação à coleta das assinaturas. Terá que completar
apenas as que faltam para validar o protocolo. Veja
o ofício abaixo:
Fonte: Diap
11/10/2019 -
Frente agrega Centrais e Fórum dos Trabalhadores
contra PEC da reforma
Amplos setores do sindicalismo rechaçam a PEC do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que altera o Artigo
8º da Constituição Federal e desmonta o sindicalismo
brasileiro. As Centrais CTB, Nova Central e CSB
lideram essa resistência, com apoio também das
Confederações de Trabalhadores, agrupadas no Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST).
Terça, dia 8, elas definiram plano conjunto de
ações, que inclui um Projeto de Lei de reforma
sindical, mais abrangente que a PEC de Ramos, sem
desmontar o Artigo 8º, que contempla a unicidade e o
sistema confederativo, considerados pilares
indispensáveis ao protagonismo sindical brasileiro.
A Frente contra o desmonte se apoia em texto, mais
elaborado e avançado, discutido primeiro no FST e
depois por CSB, CTB e Nova Central. A ideia é, em 4
de novembro, realizar uma ampla e forte plenária em
São Paulo, para debate e divulgação do projeto. O
encontro deverá reunir grande número de dirigentes
de Sindicatos, Federações e Confederações.
Pensa-se, também, em contar com a presença de
lideranças empresariais, líderes de movimentos
populares e representantes dos Poderes Judiciário e
do Legislativo.
Calixto - O presidente da Nova Central e da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria, José Calixto Ramos, falou à Agência
Sindical. “Nós defendemos, e faz tempo, a
representação por categoria. Também a manutenção do
Artigo 8º, construído na Assembleia Nacional
Constituinte”. Para Calixto, o excesso de modelos -
que podem ir de um ou mais Sindicatos por empresa,
Sindicato eclético ou nacional por ramo - só divide
as direções e desorienta as bases.
No projeto, adianta Calixto, também se contempla o
custeio - “nunca superior a 1%”, ele frisa. Nesse PL
está prevista a distribuição dos recursos para,
nessa ordem, Sindicatos, Federações, Confederações e
Centrais.
Audiências - Os integrantes da Frente já
fazem tratativas com parlamentares e buscam agendar
audiência com Rodrigo Maia, presidente da Câmara de
Deputados. A previsão é de que o Projeto de Lei seja
assinado por um deputado do chamado centro político.
Mais informações - Acesse www.ncst.org.br -
www.fst.org.br - www.portalctb.org.br
Fonte: Agência Sindical
11/10/2019 -
Advogados apontam falhas na PEC que altera Artigo 8º
da Constituição
Começa a circular nas redes sociais, e também no
ambiente político de Brasília, a PEC da reforma
sindical, que muda o Artigo 8º da Constituição - o
texto do Artigo segue abaixo, para fins de
comparação.
A principal mudança se dá no Artigo 8º ao alterar
radicalmente a estrutura sindical. O texto da PEC,
maliciosamente, não fala em unicidade sindical ou
pluralidade. Mas a unicidade será fulminada. Assim
como o conceito de categoria profissional.
Para a Agência Sindical, a PEC, tratada na calada
com Rodrigo Maia, presidente da Câmara, não resolve
um só problema dos trabalhadores da base, mas
agasalha interesses da cúpula, sobretudo dos que
perderam pró-labore e outras vantagens.
Advogados - Para Hélio Gherardi, com mais de
40 anos na advocacia trabalhista e assessoria
classista, “a PEC desconstitucionaliza a organização
sindical, na linha do que se pretendia com a reforma
da Previdência, que passaria a ser regida pelas leis
de mercado”.
O dr. Marcelo Mendes Pereira também alerta para o
texto do Inciso V, do eventual novo Artigo 8º. Ele
diz: “As conquistas dos acordos ficarão restritas
aos associados. Ocorre que ninguém é obrigado a se
associar. Além do que no Brasil é muito alta a
rotatividade de mão de obra, e isso dificulta a
sindicalização”. O Inciso termina assim: “as
decisões tomadas nas negociações coletivas só
alcançarão os associados das entidades sindicais”.
Para o advogado, a própria empresa não-filiada a
órgão patronal ficará desobrigada de cumprir os
acordos, “o que, por extensão, alijará seus
empregados”.
Diap - O Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar publica quadro, mostrando
como é o Artigo 8º e como ficará pós-desmonte. A
Agência divulga esse quadro para efeitos
comparativos.
Fonte: Agência Sindical
11/10/2019 -
Anamatra afirma que PEC do fim da Justiça do
Trabalho é inconstitucional
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) divulgou nota técnica afirmando
que é inconstitucional a Proposta de Emenda à
Constituição que prevê o fim da Justiça do Trabalho.
Segundo a entidade, qualquer iniciativa que busque
alterar a organização do Poder Judiciário deve vir
dele mesmo. "A proposta também carece de
impossibilidade de ordem física, tendo em vista a
capilarização da Justiça do Trabalho", afirma.
A PEC foi apresentada pelo deputado federal Paulo
Eduardo Martins (PSC/PR) e propõe que a Justiça
Federal absorva a Justiça do Trabalho e crie varas
especializadas para cuidar de matérias trabalhistas.
Leia abaixo a nota da Anamatra
1 - A proposta é flagrantemente inconstitucional,
pois qualquer iniciativa que pretenda alterar a
organização e a divisão judiciárias seria de
competência privativa e originária do Poder
Judiciário (CF, art. 96, II, d), assim como o é para
a alteração do número de membros dos tribunais e
para a fixação dos subsídios dos magistrados.
2 - A existência da Justiça do Trabalho foi
concebida pela Constituição da República para
conferir efetividade aos direitos e garantias
sociais fundamentais, compondo o modelo republicano
de acesso à plena cidadania. Qualquer retrocesso em
sua estrutura desafia os termos do Pacto de San Jose
da Costa Rica (art. 26); assim como, em perspectiva,
as previsões da Constituição Federal que vedam a
deliberação de PEC tendente a abolir os direitos e
garantidas individuais (art. 60, parágrafo 4º) e que
pugnam pela melhoria da condição social dos
trabalhadores urbanos e rurais (CF, art. 7º).
3 - A ideia de extinção, na verdade, revela a
intenção de alguns parlamentares de desestabilizar o
sistema de Justiça, indo de encontro à realidade
social e econômica do Brasil, que registra, segundo
o IBGE, mais de 13 milhões de desempregados, cerca
de 5 milhões de desalentados e 7 milhões de
subocupados. Nesse encalço, a PEC representa ato de
hostilidade à cidadania.
4 - A proposta também carece de impossibilidade de
ordem física, tendo em vista a capilarização da
Justiça do Trabalho. A absorção de suas competências
contribuiria para um cenário de caos institucional,
além de interferir com as garantias da Magistratura,
contribuindo, ao final, com prejuízos às almejadas
qualidade, celeridade e efetividade da atuação
jurisdicional.
5 - A litigiosidade trabalhista é uma realidade não
pela existência da Justiça do Trabalho, mas sim pelo
desrespeito à legislação brasileira. Nesse ponto,
também peca a proposta de alteração legislativa, que
imputa à Justiça do Trabalho a pecha de interferir
nas relações laborais e econômicas, o que
encorajaria a judicialização e a litigiosidade.
6 - Também não é verdade que a Justiça do Trabalho é
morosa, conforme falsamente denuncia a justificativa
da proposta. No 1º grau, segundo dados recentes do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o julgamento dos
processos é realizado em apenas nove meses, enquanto
no juízo comum esse prazo é de, em média, 1 ano e 10
meses, nas varas federais.
7 - A proposta, contra a Justiça mais eficiente do
país, segundo os dados do CNJ, é um descompromisso
com patamares civilizatórios e tenta negar a
história que vem sendo construída pelos brasileiros,
desde a Constituição de 1934, de levar a sério os
direitos sociais, enquanto direitos que também
atendem ao necessário equilíbrio
econômico-financeiro da sociedade.
8 - A Anamatra repudia a tese de extinção da Justiça
do Trabalho e seguirá defendo a sua plena autonomia.
Nenhuma nação evoluirá com ataques infundados e com
propostas que atinjam as instituições republicanas,
a cidadania e os direitos sociais.
Brasília, 9 de outubro de 2019.
Noemia Aparecida Garcia Porto
Presidente da Anamatra
Fonte: Consultor Jurídico
11/10/2019 -
Reforma da Previdência passa por 1ª sessão de
debates em 2º turno
A reforma da Previdência (PEC 6/19) passou, nesta
quinta-feira (10), pela 1ª das 3 sessões de
discussão em plenário, antes da votação definitiva
em 2º turno e último turno da proposta.
Nas próximas terça (15) e quarta-feira (16) a fase
de discussão vai ser concluída. Depois, o texto
retorna à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
para que o relator, senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), ofereça parecer sobre as emendas que
serão oferecidas ao texto em plenário.
Todas as emendas tendem a ser rejeitadas pelo
relator. Haverá pedidos de vistas do parecer sobre
as emendas, findas as quais o parecer vai ser votado
e aprovado. Finalmente, o texto vai à votos, em 2º e
último turno no plenário da Casa.
Críticas à proposta
Nos debates desta quinta revezaram-se na tribuna do
Senado parlamentares críticos à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/19, considerada por eles até
mesmo como “cruel”.
O texto foi aprovado em 1º turno, com a 1 alteração
no plenário, no dia 1º de outubro.
A previsão para concluir a apreciação da proposta
está agendada para o dia 22.
Nessa fase final de debates e votações só poderão
ser apresentadas emendas de redação, cujo caráter é
supressivo.
Fonte: Diap
11/10/2019 -
Bolsonaro retarda crescimento econômico e justiça
social com salário mínimo sem aumento real
Aprovada nesta quarta (9), proposta orçamentária
para 2020 confirma o fim da política de valorização
do salário mínimo. Diretor técnico do Dieese cobra
mobilização de sindicatos para garantir esse direito
Em meio ao encaminhamento legislativo da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estrutura o
orçamento da União para o próximo ano e estabelece o
fim do aumento real do salário mínimo e dos
benefícios a ele vinculados, o diretor técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio, cobrou, em entrevista à
Rádio Brasil Atual, uma mobilização do movimento
sindical para garantir a renovação da política de
valorização do salário mínimo, estabelecida no
período do governo Lula.
Isso porque, na proposta encaminhada pelo governo de
Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, aprovada nesta
quarta-feira (9) pelos parlamentares, o PLN 5/2019
ratifica que o piso da remuneração será reajustado
apenas pela inflação, sem a aplicação do aumento
real, como ocorre desde 2004, quando as centrais
sindicais conquistaram a aplicação desse critério.
Sem essa política, o governo Bolsonaro projeta para
2020 um salário mínimo de R$ 1.040,00, reajustado
conforme a projeção de inflação pelo INPC-IBGE. Esse
piso ainda pode mudar a depender da variação do
índice.
“Em 1º de janeiro de 2020, o salário mínimo terá um
valor talvez inferior a R$ 1.039,00”, antecipa
Clemente à jornalista Marilu Cabañas. Desde quando
assumiu o mandato, a equipe de Bolsonaro sinaliza o
rompimento com a política de valorização, o que pode
representar um enorme risco aos trabalhadores, de
acordo com o Dieese. Hoje, sem esse reajuste, o
salário mínimo seria de apenas R$ 573 ante os R$
998. “Portanto R$ 425 correspondem ao aumento real
da política de valorização”, calcula o diretor
técnico da entidade.
A única aposta de Clemente para impedir que a LDO
seja sancionada, como prevê o governo, é que nesse
momento de ataque o movimento sindical se articule.
“Porque há no Congresso um projeto de lei de
iniciativa de alguns senadores do PT, o (Projeto de
Lei) PL 605, para a manutenção da política de
valorização do salário mínimo para o período de 2020
a 2023”, destaca sobre a iniciativa dos
parlamentares Humberto Costa (PT-SE), Jean Paul
Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Paim
(PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Instituído em 1934, o salário mínimo tem de fazer
frente, desde a Constituição de 1988, à capacidade
econômica e de sustento das despesas de várias
ordens, mas ainda está longe do ideal. O Dieese
calcula que, para atender a esse preceito, o piso
nacional deveria ser de R$ 4 mil, o que pode ficar
ainda mais distante com a interrupção da política de
valorização do salário mínimo. “Essa política
mostrou que é possível aumentar o poder de compra do
salário e esse crescimento pode ser suportado pela
economia. Com isso, temos não só um salário melhor,
mas também uma dinâmica virtuosa em termos de
crescimento e promoção de justiça social”, finaliza
o diretor técnico.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/10/2019 -
Com piora no serviço, 884 empresas foram
reestatizadas no mundo após privatização
Referência para o sistema capitalista, os EUA
figuram na terceira posição do ranking de
reestatizações; Europa lidera
Uma das pautas prioritárias do governo de Jair
Bolsonaro (PSL), sob o comando do ministro da
Economia Paulo Guedes, a privatização de empresas
públicas brasileiras segue colecionando críticas de
especialistas que afirmam que o Brasil está
caminhando na contramão do mundo.
Uma pesquisa realizada em 2017 pela entidade
holandesa Transnational Institute (TNI) identificou
a ocorrência de pelo menos 884 casos de
reestatização, entre os anos de 2000 e 2017. No
total 835 empresas que haviam sido privatizadas
foram remunicipalizadas e outras 49 foram
renacionalizadas.
Segundo o mapeamento, a tendência se mostra mais
forte na Europa, onde somente Alemanha e França
respondem por 500 casos, mas é observada também em
outros lugares do globo, como Japão, Argentina,
Índia, Canadá e Estados Unidos. Um dos países de
maior referência para o sistema capitalista, os EUA
figuram na terceira posição do ranking, tendo
registrado 67 reestatizações no período monitorado
pela TNI.
A TNI aponta que, nesses lugares, a prestação dos
serviços públicos sofreu alta no preço e queda na
qualidade. Nesse sentido, a presidenta da
Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público
Municipal nas Américas (Contram), Vilani Oliveira,
afirma que a perspectiva neoliberal – que dá
sustentação às privatizações – contrasta com o
interesse público.
“Mesmo nos países mais desenvolvidos no centro do
capitalismo, embora, para eles, seja vantagem, seja
negócio [a venda], pelo fato de ter lucro, quando
sofrem a pressão popular, eles se veem obrigados a
mudar as regras do jogo”, pontua.
O processo de reestatização de empresas públicas
ganhou fôlego especialmente do ano de 2009 para cá,
quando foram registrados mais de 80% dos 884 casos
mapeados. Para o presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Seguridade Social, Sandro
Oliveira Cezar, que acompanha com atenção o tema na
esfera internacional, o marco está ligado à crise
econômica mundial que eclodiu no mesmo ano.
“Prestar alguns serviços essenciais de natureza
pública custa caro e só o Estado é capaz de fazer
com qualidade. Com a crise, o setor privado se
retira porque não consegue obter os lucros absurdos
que ele sempre pretende quando vai pra essa área,
como é o caso das de fornecimento de água e de
limpeza urbana. Investir em infraestrutura nessas
atividades custa caro e sempre é assim: o Estado faz
o melhor investimento e, depois, elas [as empresas]
exploram o serviço. Como isso tem um ciclo, acaba,
no final da história, voltando pro Estado esse papel
porque os serviços são essenciais à população”,
destrincha Cezar.
De Temer a Bolsonaro
No Brasil, o projeto de desestatização de empresas
públicas se intensificou durante o governo do
emedebista Michel Temer (2016-2018), quando se
iniciaram, entre outras coisas, o fatiamento de
empresas da Eletrobras e a tramitação do processo de
fusão da Embraer, companhia brasileira do ramo de
aviação, com a empresa estadunidense Boeing. A
operação atualmente é alvo de questionamentos no
âmbito da Comissão Europeia, Poder Executivo da
União Europeia, que aponta risco de redução da
concorrência no mercado.
Sob o governo Bolsonaro, o país tenta implementar um
plano venda de estatais comandado pelo ministro da
Economia, o ultraliberal Paulo Guedes, que tem
prometido grandes privatizações em 2020. Em agosto,
foi apresentada uma lista com o nome de 17 empresas
a serem vendidas pelo governo, como Correios,
Telebras, Casa da Moeda e Serpro.
Mas a cartilha já começou a ser executada. Em julho,
o governo vendeu parte da BR distribuidora,
subsidiária da Petrobras, pelo preço de R$ 8,6
bilhões. Com isso, a participação da estatal na
empresa reduziu de 71,25% para 41,25%. De modo
geral, a área de energia está entre as mais visadas
pelos atores que defendem as desestatizações. Também
se somam a ela os serviços de água e transporte, por
exemplo.
E se os EUA privatizassem a Nasa?
Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que o
Brasil possui um total de 138 estatais federais. O
número atinge a marca dos 400 quando são
contabilizadas as empresas ligadas a estados e
municípios. Entre os argumentos colocados por Guedes
para defender a venda das companhias, está o de que
o Brasil teria um número excessivo de estatais.
A afirmação é contestada por especialistas, como é o
caso do analista político Marcos Verlaine, do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap), para quem a lista de privatizações do
governo tende a comprometer aspectos considerados
elementares, como a soberania nacional.
“Na verdade, esse debate sobre estatais está
colocado sobre uma base errada. Não é o fato de
termos demais ou de menos, e sim de termos em
setores estratégicos. Dá pra imaginar os Estados
Unidos com a Nasa privatizada? A Nasa é estatal. E é
importante que se diga que o setor estatal é vital
pro desenvolvimento de um país, sobretudo em setor
estratégicos. Água é um ativo estratégico, energia é
estratégica, tecnologia é estratégica”, enumera o
analista.
A pauta das privatizações de empresas públicas
encontra resistência também nos segmentos sociais.
Uma pesquisa Datafolha divulgada no mês passado
mostrou que 67% dos brasileiros rejeitam a ideia.
Fonte: Brasil de Fato
10/10/2019 -
DIAP compara PEC sindical, com artigo 8º, para
ajudar no debate
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) e outros
apresentaram, nesta quarta-feira (9), na Câmara dos
Deputados a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 161/19,
que trata da reforma sindical. O texto dá nova
redação ao artigo 8° da Constituição, a fim de
alterar o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias e cria o Conselho Nacional de
Organização Sindical (CNOS)*.
O debate sobre a proposta vai ser iniciado em torno
da constitucionalidade da matéria, na Comissão de
Constituição e Justiça. Depois vai à comissão
especial, que debaterá o mérito do texto. Veja
quadro
comparativo entre o texto constitucional
(artigo 8º) e a PEC 161, com os comentários do DIAP
sobre o tema. Veja também
quadro comparativo entre as principais propostas
em tramitação na Câmara dos Deputados.
O texto, segundo especula-se, contaria com o apoio
das confederações patronais e também de algumas
centrais sindicais.
A PEC 161 foi apresentada na Câmara dos Deputados,
em cumprimento a acordo do presidente da Casa,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), com algumas lideranças
sindicais — de trabalhadores e patronais — feito
após a caducidade da nefasta MP do boleto bancário
(MP 873/19), que proibia o desconto em folha em
favor das entidades sindicais.
Segundo os interlocutores da matéria, a proposta tem
o objetivo de adequar a estrutura sindical à nova
realidade do mundo do trabalho, com novas
modalidades de contratação.
O DIAP também colocou disponível quadro com as
propostas em
tramitação no Congresso sobre o tema.
Conteúdo da proposta
A nova redação do caput do artigo 8º da Constituição,
que substitui as expressões “É livre a associação
profissional ou sindical” por “É assegurada a plena
liberdade sindical”, tem 3 objetivos:
1) eliminar a unicidade sindical;
2) limitar o âmbito da representação sindical aos
associados; e
3) criar o Conselho Nacional de Organizações
Sindical para:
3.1) atribuir personalidade jurídica às entidades;
3.2) estabelecer requisitos de representatividade,
democracia e transparência;
3.3) estipular o âmbito da negociação coletiva e
alcance de suas decisões; e
3.4) deliberar sobre o sistema de custeio e
financiamento.
Para regulamentar o sistema sindical, segundo a
proposta, será constituído Conselho Nacional de
Organização Sindical (CNOS), que será formado por 6
representantes das centrais sindicais mais
representativas e 6 representantes das confederações
patronais mais representativas, ambas reconhecidas
nos termos da lei.
O texto assegura a forma bipartite e paritária na
representação de trabalhadores e patrões no
Conselho.
Ainda de acordo com o texto, é obrigatória a
participação das entidades sindicais na negociação
coletiva de suas respectivas representações, que
será custeada pelos beneficiários da norma. Por
outro lado, estabelece que ninguém será obrigado a
filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato,
todavia, as decisões tomadas nas negociações
coletivas só alcançarão os associados e beneficiados
das entidades sindicais.
O texto, prevê, também, algumas disposições
transitórias, concedendo prazo para que as atuais
entidades sindicais se adaptem às novas disposições
em seu âmbito de atuação, estimulando a “preservação
de entidades sindicais com maior agregação” e a
adequada proteção ao “sistema negocial coletivo”.
Entre as regras transitórias, estão o prazo de 60
dias para início das atividades do conselho, a
partir da promulgação da emenda constitucional, e
define os prazos e condições para continuidade das
atuais entidades sindicais:
1) no período de 1 ano, desde a promulgação da
emenda, ficarão preservadas a exclusividade e as
prerrogativas das entidades sindicais
pré-constituídas, no seu âmbito de representação,
desde que comprovada a sindicalização mínima de 10%
dos trabalhadores em atividade; e
2) no período de 10 anos, desde a promulgação da
emenda, ficarão preservadas as prerrogativas das
entidades sindicais pré-constituídas, no seu âmbito
de representação, desde que comprovada a
sindicalização mínima de 50% mais um dos
trabalhadores em atividade.
Para efeito da emenda à Constituição, considera-se
integrante do Sistema de Organização Sindical
Brasileira, as centrais sindicais, as confederações,
as federações e os sindicatos, pela parte dos
trabalhadores, e as confederações, as federações e
os sindicatos, pela representação dos empregadores.
Fonte: Diap
10/10/2019 -
PEC dos
Trabalhadores, será?
Hoje corre a notícia, por informativos e agências
que assessoram uma determinada Central Sindical que
foi protocolada pelo Deputado Marcelo Dutra PL/AM, a
PEC 161/19, que supostamente teria sido negociada
com trabalhadores, empresários, centrais sindicais,
Câmara dos Deputados e com o apoio de especialistas
e advogados.
A PEC em nome de uma modernidade inconsistente, fere
de morte o artigo 8º da Constituição Cidadã de 1988,
esta sim construiu o citado artigo com um amplo
debate com sindicalistas, trabalhadores,
empregadores e os Congressistas constituintes.
Poderia então meia dúzia de supostos representantes
dos trabalhadores fazerem frente a todo esse
contingente de abnegados senhores? Qual o
trabalhador, em sã consciência apoia tal agressão a
seus direitos?
Estranho, o que mais se escuta no Mundo da
Inteligência Artificial é a modernidade funcional do
Trabalho x Emprego, a esse tópico, nem uma
expressão. Mais parece uma reforma de conveniências.
Em uma primeira leitura, superficial para este
momento, o que me parece é que a tal PEC, por conter
diversas conveniências esta eivada de
inconstitucionalidades.
Durante todos estes anos nosso Parlamento não cuidou
de regulamentar artigos de nossa Constituição e o
que temos assistido é a uma onda de PEC’s,
deformando o que foi construído com competência e
amplo debate com todos os atores representantes da
sociedade civil brasileira.
Agora, um grupo que não representa os trabalhadores,
mas insistem em se apresentar como tal, sem um
debate com os verdadeiros representantes dos
trabalhadores, ou seja, as entidades sindicais que
fazem parte do SISTEMA CONFEDERATIVO (SINDICATOS,
FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES) afirmam que ainda
existem defeitos na PEC apresentada, visto que o
parlamentar que apresentou tem pouca experiência no
tema Sindical.
Se der certo nós fizemos, se der errado o
parlamentar cometeu o erro.
O verdadeiro trabalho desenvolvido pela classe
trabalhadora (um Projeto de Lei – PL que regulamenta
o art.8º, da CF/88), elaborado pelo Sistema
Confederativo, defendido pelos Trabalhadores e
Empregadores, está por vir. Fruto de amplo debate,
em dezenas de reuniões do Fórum Sindical dos
Trabalhadores – FST que coordena as Confederações de
Trabalhadores, e por Centrais que no anonimato,
acompanharam nosso trabalho e muito contribuíram.
Sem alarde, sem festejos, com muito debate e muito
trabalho, especialmente de esclarecimento de quem
são os verdadeiro representantes da classe
trabalhadora, encontraremos a necessária saída para
o fortalecimento do Movimento Sindical Brasileiro.
PEC dos Trabalhadores, será? #SQN
Por: Oswaldo Augusto de Barros – CNTEEC – FEPAAE –
FST
Fonte: CNTEEC
10/10/2019 -
Congresso aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2020; texto vai à sanção
O Congresso Nacional aprovou, nessa quarta-feira, o
projeto da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias,
para o ano que vem. Foram mais de cinco horas de
debate sobre quais serão as prioridades do governo
para 2020. A LDO orienta a elaboração da Lei
Orçamentária, que é o orçamento propriamente dito.
O principal ponto de debate foi sobre o salário
mínimo. A LDO manteve a proposta original do governo
de reajustar o valor para R$ 1.040 no ano que vem,
sem ganhos reais com relação à inflação.
A oposição criticou e pediu a volta da política de
valorização do salário mínimo adotada de 2005 até
este ano, que determinava aumento real, acima da
inflação. Para esses parlamentares seria um caminho
para tentar superar a crise econômica.
Já parlamentares da base de apoio ao governo
afirmaram que a Lei de Diretrizes Orçamentárias
materializa o compromisso do Palácio do Planalto com
a responsabilidade fiscal.
Agora, o texto da LDO segue para sanção do
presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: Portal EBC
10/10/2019 -
Seminário debaterá caminhos para geração de empregos
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público promove, nesta quinta-feira (10), um
seminário com o tema "Repensando a Economia
Brasileira".
O evento foi solicitado pela deputada Professora
Marcivania (PCdoB-AP). O objetivo, segundo ela, é
debater os caminhos a serem trilhados pelo País para
a retomada do crescimento e a geração de empregos.
"O Brasil vem registrando, já há algum tempo,
tímidas taxas de crescimento econômico, com
consequências negativas sobre o orçamento,
impactando, de forma preocupante, os investimentos
em educação, saúde, infraestrutura, ciência e
tecnologia. A face mais perversa dessa situação se
dá na incapacidade crônica da economia brasileira
gerar novos postos de trabalho", disse Professora
Marcivania.
Foram convidados para discutir o assunto com os
parlamentares os economistas Luiz Gonzaga Belluzzo;
Maria de Lourdes Rollemberg Mollo e Simone Deos.
O seminário está marcado para as 9 horas, no
auditório Nereu Ramos. O evento será transmitido ao
vivo pela internet e os interessados poderão
participar enviando perguntas e sugestões.
Fonte: Agência Câmara
10/10/2019 -
Partidos de oposição apresentam proposta alternativa
à Reforma Tributária
Partidos de oposição na Câmara dos Deputados
apresentaram, na tarde desta terça-feira (8),
proposta alternativa à Reforma Tributária em
tramitação na Casa (PEC 45/19). Intitulada de
Reforma Tributária Justa, Solidária e Sustentável, a
emenda substantiva global unitária, conforme fizeram
questão de chamá-la os líderes partidários, é
documento conjunto elaborado pelas bancadas do PSB,
PT, PCdoB, PDT, PSol e Rede com 40 especialistas na
área. A proposta também teve o apoio dos
governadores do Consórcio Nordeste.
A cerimônia contou com a presença do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para ele, é
importante que o Congresso Nacional esteja unido em
torno do debate de uma Reforma Tributária que vise o
interesse coletivo.
“É preciso pensar em uma reforma em que se olhe mais
os interesses coletivos do que os lobbies e os
interesses individuais, que geram muitas distorções,
com o aumento da pobreza e das desigualdades no
Brasil.”
Presente no evento, a deputada federal Lídice da
Mata (PSB-BA) disse que a Reforma Tributária é
importante, mas não deve ser apenas
desburocratizante, mas justa, solidária, que não
penalize o consumo.
Ela defende que haja taxação de grandes fortunas e
rendimentos, pois são temas que interessam ao
Brasil, independentemente de ideologia. “Vamos
buscar dialogar com diversos partidos”, disse.
Fonte: Diap
10/10/2019 -
Em baixa, Bolsonaro tem apoio de apenas 37% da
bancada do PSL na Câmara
Revista Fórum - Um grupo de 20 deputados federais do
PSL aparece como signatário de uma carta de apoio ao
presidente Jair Bolsonaro em meio à conturbada
relação dele com o presidente nacional da sigla, o
deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). Apesar de
parecer expressivo, esse número representa bem menos
da metade dos 53 deputados que compõem a bancada do
partido na Câmara.
“Mas para que o partido contribua para o
estabelecimento de uma nova política, é preciso que
a atual direção adote novas práticas, com a
instauração de mecanismos que garantam absoluta
transparência na utilização de recursos públicos e
democracia nas decisões”, diz trecho da nota.
Fonte: Brasil247
10/10/2019 -
CAS aprova isenção de IR para aposentados acima dos
60 anos
Rendimentos de pensões e aposentadorias pagas pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), até o
limite do teto Regime Geral da Previdência Social
(hoje em R$ 5,8 mil), poderão ficar livres de
cobrança do Imposto de Renda (IR) quando o segurado
completar 60 anos. A isenção é o que almeja o
Projeto de Lei (PL) 4.198/2019, de autoria do
senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), aprovado nesta
quarta-feira (9) na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS). Agora, a proposta será analisada pela
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A mudança na Lei 7.713, de 1988, que regula o IR,
teve voto favorável do relator, senador Paulo Paim
(PT-RS). Durante a discussão, ele apresentou emenda
para garantir o limite dos rendimentos aptos ao
benefício. Conforme argumentou, a aprovação do PL
4.198/2019 vai possibilitar a recuperação do poder
aquisitivo dos benefícios previdenciários dos
segurados que contribuíram, durante toda a sua vida
laboral, com valores acima do salário mínimo.
Ampliação do limite
Atualmente, a Lei 7.713, de 1988, estabelece isenção
de rendimentos de aposentadoria e pensão, de
transferência para a reserva remunerada ou de
reforma pagos pela Previdência Social da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, por
qualquer pessoa jurídica de direito público interno
ou por entidade de previdência privada, a partir do
mês em que o contribuinte completar 65 anos. A mesma
norma impõe como teto mensal para essa isenção o
valor de R$ 1.903,98.
Assim, ao mesmo tempo em que reduz a faixa etária
que torna o segurado apto à isenção proposta, o PL
4.198/2019 amplia o limite mensal de referência para
o teto de aposentadorias e pensões pagas pelo RGPS:
R$ 5.839,45.
“Queremos contribuir para minimizar a perda dos
aposentados e pensionistas do Regime Geral de
Previdência Social, oferecendo-lhes uma pequena
compensação pela diferença de critério no reajuste
de seus benefícios, em relação ao salário mínimo”,
argumenta Kajuru.
Fonte: Agência Senado
10/10/2019 -
Deputado apresenta PEC para acabar com a Justiça do
Trabalho
O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-SC)
apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição que
extingue a Justiça do Trabalho e migre para a
Justiça Federal.
Segundo o deputado, a Justiça do Trabalho é o maior
e o mais caro dos ramos do Poder Judiciário e
encoraja a judicialização no país. Além disso, diz
que a Reforma Trabalhista de 2017 reduziu o número
de ações, o que leva a repensar a necessidade da
existência deste ramo.
Sua proposta é unificar com a Justiça Federal e
criar varas especializadas para cuidar de matérias
trabalhistas.
"Considerando todos esses fatores, a integração da
Justiça do Trabalho à Justiça Federal contribuirá
para reduzir os custos da União com a prestação
jurisdicional. Fica preservada, vale salientar, o
tratamento da matéria trabalhista por um segmento
judiciário especializado — transferida apenas à
Justiça Federal", afirma.
Paulo Eduardo Martins precisa de 171 assinaturas dos
colegas para que a PEC continue a tramitar.
Clique
aqui para ler a proposta
Fonte: Consultor Jurídico
10/10/2019 -
Dirigente consegue estabilidade após sindicato
desfiliar de federação
O dirigente de federação tem direito à estabilidade
mesmo após a desfiliação de sindicato. Para a 5ª
Turma do Tribunal Superior Trabalho, a desfiliação
do sindicato da federação pode ser equiparada ao fim
do mandato.
O caso envolve uma camareira que exercia o cargo de
diretora suplente da federação representativa de sua
categoria. No mesmo mês em que foi eleita, o
sindicato dos empregados se desfiliou da federação,
mas a empresa só tomou ciência três dias após a
demissão da empregada.
A desfiliação acabou por se tornar objeto de disputa
judicial e só foi confirmada em fevereiro de 2018. O
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR),
ao rejeitar o pedido de reconhecimento do direito à
estabilidade, assinalou que a desfiliação torna a
estabilidade inócua, porque a empresa não teria
“qualquer interesse em evitar movimento
reivindicatório de direitos que não lhe afetam”.
O relator do recurso de revista da camareira,
ministro Breno Medeiros, lembrou que, de acordo com
a Constituição da República (artigo 8º, inciso VIII)
e a CLT, a empregada detinha a estabilidade
provisória a partir do registro de sua candidatura
ao cargo de direção sindical. Essa garantia de
emprego se estenderia por até um ano após o término
do mandato, salvo em caso de dispensa por justa
causa.
No caso, porém, no curso do período da estabilidade
provisória, o sindicato da categoria se desfiliou da
federação e, com isso, deixou de ter a
representatividade dos empregados do hotel. Para o
ministro, essa situação equivale ao fim do mandato.
A conclusão, portanto, foi que a camareira, ao ser
dispensada, ainda era detentora do direito à
estabilidade. A decisão foi por maioria. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
RR-1-22.2017.5.11.0013
Fonte: Consultor Jurídico
09/10/2019 -
Glenn: temos muito mais Vaza Jato, incluindo o papel
de parceria da mídia com Moro e procuradores
O jornalista Glenn Greenwald alertou para novas
revelações mais graves do site Intercept Brasil
sobre as irregularidades da Operação Lava Jato.
"Para aqueles que perguntam: sim, exatamente por
causa desses abusos, temos muito mais #VazaJato para
relatar, incluindo - mas não apenas - como 2
veículos da mídia em particular renunciaram seu
papel de jornalistas e atuaram como parceiros de
Moro e LJ", escreveu o jornalista Twitter ao
destacar a entrevista do ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes ao programa Roda
Viva, concedida na segunda-feira (7).
"Talvez este seja o ponto mais importante que Gilmar
enfatizou: MPF, PF e LJ estão se afogando em
corrupção e crime, especificamente vazamentos
ilegais e seletivas de investigações sigilos para
destruir reputações, que nunca são investigadas.
Quem reside acima da lei são eles", disse.
De acordo com o jornalista, a Lava Jato e a Polícia
Federal "cometem crimes sistematicamente com
vazamentos criminosos: muitos para a Globo/Jornal
Nacional, que lucram com os frutos dos crimes dessas
autoridades". "E esses vazamentos criminosos - ao
contrário dos 'hackers' - *nunca* são investigados",
complementou.
Ao citar a entrevista do ministro, Greenwald reforça
que "Gilmar explica o papel tóxico e destrutivo da
grande mídia em se recusar a ser minimamente crítico
da LJ - ao contrário, atuando como parceiro de forma
inapropriada e criando 'falsos heróis', algo que os
jornalistas honestos (na Folha e Veja por exemplo)
agora reconhecem".
"Aqui Gilmar explica como a LJ e MPF estavam
atacando, de maneira corrupta e criminal, outras
instituições, incluindo o uso de vazamentos
criminosos, com a mídia como parceira, que nunca
foram investigadas. Por que não?", complementou.
O jornalista norte-americano também reproduziu uma
declaração de Gilmar. "Não se combate crime
cometendo crime. Se não ouvisse The Intercept,
provavelmente daqui a pouco, nós teriamos pessoas
vendendo operações - fazendo coisas que estão
fazendo, como, por exemplo, forçando as pessoas a
comprarem palestras. Isso não é republicano", disse
o ministro na entrevista.
Fonte: Brasil247
09/10/2019 -
Líderes do PSL declaram guerra e partem para cima de
Bolsonaro
Parlamentares do PSL já articulam um manifesto em
apoio ao presidente da sigla, Luciano Bivar, e
contra Bolsonaro; já há até deputado do partido
dizendo que o presidente tem o "quintal sujo"
O comentário do presidente da República, Jair
Bolsonaro, em que ele afirmou que o presidente do
PSL, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), está
queimado e que a sigla deve ser esquecida, tem
gerado um grande conflito interno. O senador Major
Olímpio (PSL-SP) disse que ficou “perplexo” com a
declaração e deputados se mobilizam internamente
para emitir nota de apoio ao líder da legenda.
Além de Olímpio, uma ala do PSL não ficou nada
satisfeita com a declaração. Eles defendem a
construção de um manifesto para apoiar Bivar e
exaltar a importância do PSL na eleição de 2018.
Segundo eles, caso a sigla não tivesse cedido às
exigências de Bolsonaro, o atual presidente não
teria partido para concorrer às eleições.
Um dos que defende esta posição é o deputado federal
Júnior Bozzella (PSL-SP). “Combinado não sai caro. O
acertado era que, depois, ele naturalmente retomaria
as funções do partido que fundou”, avaliou em
conversa com a Folha.
“O partido é um partido de bem, conduzido por
pessoas de bem. Se Bivar não tivesse abrido as
portas, o presidente fatalmente não teria tido
legenda para concorrer em 2018. Se hoje ele é o que
é, deve isso ao deputado Bivar e ao PSL”, acrescenta
o deputado.
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-PR),
criticou a declaração de Bolsonaro e disse que ele
não tem nenhuma amarra com o partido, mas que o
“quintal também está sujo”. “Como você fala do
quintal alheio se o seu quintal está sujo? As
candidaturas em Minas Gerais e Pernambuco estão
sendo investigadas. Mas o filho do presidente
também”, declarou Waldir.
Fonte: RevistaForum
09/10/2019 -
Reforma da Previdência deve ser votada em segundo
turno em duas semanas
A votação em segundo turno da reforma da Previdência
no Plenário do Senado Federal deve ser feita na
semana do dia 22 de outubro, avaliaram senadores,
nesta terça-feira (8).
A previsão foi feita após reunião de líderes
partidários conduzida pelo vice-presidente do
Senado, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
— Confirmada a votação da Previdência, a princípio,
para o dia 22. Tudo acordado, houve a aquiescência
geral dos líderes para essa votação — afirmou
Anastasia.
O vice-líder do DEM, senador Marcos Rogério (RO),
disse que o segundo turno da reforma previdenciária
"deve mesmo" ocorrer nessa data porque muitos
senadores estarão em viagem a Roma para a
canonização da Irmã Dulce na semana que vem e a
reforma precisa ser votada com “a Casa cheia”.
— É uma matéria que o país precisa dela e tem
pressa, mas não dá para votar em um ambiente de
risco, é preciso votar com a segurança de que o
texto será aprovado e teremos a promulgação do texto
conforme saiu do primeiro turno — disse Marcos
Rogério.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que, mesmo
ficando para ser concluída no dia 22, a reforma da
Previdência deve passar sem mudanças em relação ao
primeiro turno, já que “não cabem mais emendas de
mérito”.
Fonte: Agência Senado
09/10/2019 -
Maia defende debate sobre monopólio da Caixa em
gestão do FGTS
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu nesta terça-feira (8) que o Congresso abra
o debate sobre o fim do monopólio da Caixa Econômica
Federal como gestor dos recursos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O tema está sendo apreciado pela comissão especial
mista, formada por deputados e senadores para
analisar a Medida Provisória 889/19 (MP 889/19), que
libera os saques do FGTS.
Para o parlamentar, a gestão do banco sobre os
recursos do FGTS tem prejudicado o trabalhador por
ter baixas taxas de rentabilidade e elevada taxa de
administração.
“Queremos abrir o debate: esse monopólio gera um bom
resultado para o trabalhador ou não? Nós entendemos
que, com esse valor de taxa de administração, com
uma taxa de juros de 5,5%, com juro real na ordem de
1,5%, você está gerando uma taxa de juros que
prejudica o trabalhador. Se a gente quer beneficiar
o trabalhador, ou a gente vai quebrar o monopólio,
ou a Caixa precisa se adequar ao mundo real”, disse
Maia.
Mais cedo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães,
defendeu a manutenção do banco como gestor dos
recursos do FGTS. Segundo ele, não partiu do
presidente da República, Jair Bolsonaro, nem do
ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia de
retirar a gestão do fundo da Caixa.
Na segunda-feira (7), o jornal O Globo publicou
matéria dizendo que o governo federal pretendia
aproveitar a tramitação da MP 889/19 para reformular
o acesso aos recursos do fundo e quebrar o monopólio
da Caixa Econômica Federal.
Ainda ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse ser
contra a quebra do monopólio da Caixa na
administração do FGTS, assim como Paulo Guedes e o
ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz
Eduardo Ramos. “Se o Congresso decidir quebrar o
monopólio da Caixa, eu a vetarei segundo orientação
da própria Economia”, escreveu Bolsonaro na sua
página do Facebook.
Sobre um possível veto presidencial, Maia disse que
isso faz parte do processo democrático. “Não há
problema de o governo ter divergências com o
Parlamento. Isso é da democracia. Depois o
Parlamento vai decidir se mantém o veto ou não”,
afirmou o presidente da Câmara.
A Caixa cobra taxa de 1% para gerir os recursos e
usa o dinheiro do FGTS para financiar projetos do
Programa Minha Casa, Minha Vida, de saneamento e de
infraestrutura. O argumento para dar acesso a outros
bancos seria o de diminuir essa taxa de
administração. Segundo Pedro Guimarães, o banco
estuda propor a redução da taxa de administração com
a adoção de novas tecnologias.
Fonte: Agência Brasil
09/10/2019 -
Dilma: é possível reverter desmonte de direitos
trabalhistas
Por Vitor Nuzzi, da RBA - “Ainda estamos afirmando a
democracia”, disse a ex-presidenta Dilma Rousseff,
quase ao final do encerramento do ato de abertura do
13º Congresso Nacional da CUT (Concut), nesta
segunda-feira (7), em Praia Grande. “Temos que
impedir que o desastre se complete”, acrescentou,
tratando do que é ou não possível reverter em um
cenário de retrocesso político, econômico e social.
Leis e decretos podem ser revistos, afirmou Dilma,
vender a Petrobras e o Banco do Brasil (para o Bank
of America) ou destruir a Amazônia não. “Acabar com
os direitos da classe trabalhadora dá para
reverter”, emendou, ganhando aplausos e pedindo
unidade. “Temos que abraçar a diversidade da
esquerda brasileira.”
O discurso de Dilma, encerrado às 23h, enfatizou as
homenagens ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que dá nome ao congresso cutista. Durante o
ato, o ex-candidato Fernando Haddad leu carta de
Lula endereçada aos 2.100 delegados. “Vamos derrotar
o governo Bolsonaro e a tragédia nacional que ele
está causando”, disse o ex-presidente, dizendo se
sentir “muito mais livre do que os meus algozes”.
Democracia radical
Depois, em fala rápida, Haddad afirmou que o PT é um
partido “permeável” à contribuição dos movimentos
sociais, no sentido de incorporar ideias vindas da
base. E defendeu um “projeto democrático radical que
recoloque o trabalho no centro de nossas
preocupações”. Ele chamou ainda a atenção para o
processo de desindustrialização na região e para
governos de extrema-direita que “ameaçam as
instituições democráticas e a organização dos
trabalhadores e dos estudantes”.
Enquanto a presidenta do PT, deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR), afirmava que o capitalismo atual, com
alguma dificuldade de convivência com a democracia,
mostra hoje uma de suas “facetas mais perversas”, a
da financeirização, Dilma identificou um “movimento
de desgaste”, provocado pelas revelações da Vaza
Jato, entre o neoliberalismo e o que chamou de “neofascismo”,
forças que segundo ela concentraram-se sobre o Lula,
impedindo sua candidatura em 2018. A ex-presidenta
afirmou que a Operação Lava Jato causou destruição
no sistema jurídico brasileiro. “Foi necessário um
impeachment sem crime de responsabilidade, a prisão
e a interdição do presidente Lula. No Brasil, o
neoliberalismo precisou limpar o terreno para o
neofascismo”, afirmou, ao observar que na Europa,
por exemplo, o chamado neoliberalismo se deu nos
marcos da democracia liberal. “O nosso neofascismo
não é sequer nacionalista. É entreguista.”
Redistribuição da riqueza
“Por quatro eleições presidenciais consecutivas nós
derrubamos o projeto neoliberal. Nós quem,
cara-pálida?”, emendou Dilma, citando PT, CUT e MST,
entre outros, os “pele-vermelhas”. “Provamos que era
possível uma outra visão do desenvolvimento do
Brasil. Jamais fizemos programas sociais para 10 mil
ou 100 mil, mas para milhões.” Segundo ela, a
“sequência inexorável” do projeto seria avançar na
redistribuição da riqueza, o que também incluiria
uma reforma tributária progressiva.
“Eles tinham um alvo: nos destruir. Isso eles não
levaram”, acrescentou a ex-presidenta, para quem a
esquerda não foi derrotada do ponto de vista
estratégico em 2018. Ela fez referência à expressiva
votação de Haddad no segundo turno e à resistência
dos movimentos. “Os sindicatos estão em pé e
aprendendo a lutar nessa fase adversa. Não só a
democracia foi ameaçada, mas uma das maiores vítimas
foi a verdade.”
Gleisi associou um princípio de avanço social no
Brasil aos governos Lula e Dilma, um “primeiro
degrau do Estado de bem-estar social”, com aumento
reais de salários, política de valorização do
salário mínimo e participação nas políticas
públicas, além de crescimento do emprego com
carteira assinada. Hoje, acrescentou, “o maior
empregados do país são as plataformas de serviço”. A
presidenta do PT afirmou que é preciso se voltar não
apenas para os empregados formais, mas para os que
estão “na precariedade”. Na fase de financeirização
da economia, “as democracias começam a morrer, as
instituições perdem força e as pessoas perdem
confiança nas instituições”.
O brado de “Lula livre” se repetiu em cada fala,
durante todo o primeiro dia do congresso.
Representante da Frente Brasil Popular na abertura,
o líder dos sem-terra Gilmar Mauro disse que o
ex-presidente surpreendeu ao negar uma possível
progressão de regime. “O Lula vai sair pelas mãos do
povo, com a cabeça erguida”, afirmou. “Nós não
seremos interrompidos”, disse um pouco antes Natalia
Szermeta, dos sem-teto, em nome da Frente Povo sem
Medo. Ela usou como mote a música Sujeito de Sorte,
de Belchior, que havia tocado no início do ato. “Ano
passado todos nós morremos um pouco. Mas este ano
todos combinamos continuar vivos.”
Diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto lembrou de
manifestação marcada para o próximo domingo (13), às
14h, na Avenida Paulista, em defesa de Lula. E
reafirmou a responsabilidade do movimento sindical
no processo de resistência. “Está na mão da classe
trabalhadora o futuro deste país.”
Fonte: Brasil247
09/10/2019 -
Produção industrial cresce em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
A produção da indústria cresceu em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de julho para agosto
deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal
Regional, os maiores avanços ocorreram no Amazonas
(7,8%) e no Pará (6,8%).
Outros locais que registraram expansão foram São
Paulo (2,6%), Ceará (2,4%), Pernambuco (2,1%), Rio
de Janeiro (1,3%), Mato Grosso (1,1%), Minas Gerais
(1%), Paraná (0,3%), Região Nordeste (0,2%) e Goiás
(0,2%).
Quatro locais tiveram queda: Rio Grande do Sul
(-3,4%), Santa Catarina (-1,4%), Espírito Santo
(-1,4%) e Bahia (-0,1%).
Queda
Já em relação a agosto de 2018, oito localidades
apresentaram queda, com destaque para o recuo de
16,2% do Espírito Santo, e sete tiveram alta: 13% no
Pará e 12,8% no Amazonas.
No acumulado do ano, nove locais tiveram queda,
sendo a maior delas no Espírito Santo (-12,8%). Dos
seis locais com alta, o melhor resultado foi
observado no Paraná (6,5%).
Já no acumulado de 12 meses, dez locais tiveram
queda, a mais acentuada no Espírito Santo (-7,2%).
Dos cinco locais com alta, o maior avanço ocorreu no
Rio Grande do Sul (6,6%).
Fonte: Agência Brasil
09/10/2019 -
Valor de multa por descumprimento de liminar em
greve será destinado a sindicato das empresas
A destinação é prevista no CPC.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho determinou que o
valor da multa aplicada ao Sindicato dos
Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano
Coletivo de Manaus e no Amazonas (STTRM) decorrente
de abusividade da greve realizada em janeiro de 2017
seja revertido ao Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região
(AM/RR) havia destinado o valor a entidades
beneficentes. Mas, para o TST, a determinação
afronta o Código de Processo Civil.
Greve ilegal
O sindicato das empresas, ao pedir a declaração da
abusividade da greve, sustentou que, apesar de o
sindicato dos empregados ter comunicado a
deflagração, não havia fundamento legal para a
paralisação. Também argumentou que não havia sido
procurado para negociar e que a categoria não tinha
cumprido o patamar mínimo operacional para
atendimento à população.
O TRT deferiu liminar para que os empregados se
abstivessem de realizar a paralisação ou que
respeitassem um patamar mínimo operacional de 70%.
Essa determinação foi descumprida, levando à
aplicação da multa de R$ 150 mil, a ser destinada a
cinco instituições beneficentes.
Louvável
Ao examinar o recurso ordinário do sindicato das
empresas, o relator, ministro Ives Gandra, afirmou
que, embora seja louvável a destinação dos valores
para as entidades filantrópicas, o Código de
Processo Civil (artigo 537, parágrafo 2º) determina
que o valor da multa é devido ao exequente (no caso,
o sindicato das empresas). Entendimento em contrário
possibilitaria ao juízo definir destinação da multa
“a seu livre arbítrio e conforme seus próprios
parâmetros”.
O valor da multa, no entanto, foi reduzido para R$
50 mil, pois os R$ 150 mil foram considerados
desproporcionais, tendo em vista que a paralisação
durou apenas um dia.
Ficaram vencidos os ministros Mauricio Godinho
Delgado e Lelio Bentes Corrêa.
Processo: RO-8-53.2017.5.11.0000
Fonte: TST
08/10/2019 -
Governo analisa mudança de regra para novos
servidores públicos
Porta-voz diz que reforma não deve alterar
estabilidade para os atuais
A reforma administrativa que está em elaboração pelo
Ministério da Economia pode incluir regras
diferentes para quem venha a entrar no serviço
público no futuro. A informação foi divulgada nesta
segunda-feira (7) pelo porta-voz da Presidência da
República, Otávio Rêgo Barros, durante entrevista a
jornalistas, no Palácio do Planalto. Rêgo Barros
ressaltou, no entanto, que o governo não cogita
mexer na situação jurídica dos atuais funcionários
públicos, que devem permanecer, por exemplo, com
estabilidade no cargo.
"O presidente não cogita os atuais funcionários
públicos de terem a sua situação legal modificada.
Que aqueles que venham a adentrar no serviço
público, futuramente, [a estabilidade] está sob
análise da nossas equipes e, a partir dessa análise,
o presidente tomará a decisão, óbvio, em consórcio
com o Congresso que, ao fim e ao cabo, deve tomar a
decisão final", disse Rêgo Barros.
Pela manhã, o próprio presidente da República
afirmou à imprensa que nunca discutiu acabar com o
fim da estabilidade para servidores públicos. A
afirmação, feita hoje na saída do Palácio da
Alvorada, foi em resposta a uma matéria publicada
pelo jornal Correio Braziliense. De acordo com o
jornal, a proposta de reforma administrativa a ser
enviada ao Congresso Nacional previa tal medida.
Ministro do Turismo
O porta-voz do governo também reforçou a posição do
presidente pela manutenção do ministro do Turismo,
Marcelo Álvaro Antonio, que foi denunciado pela
Procuradoria Eleitoral de Minas Gerais pelo suposto
uso de candidaturas-laranjas do PSL no estado nas
eleições do ano passado.
"Não há da parte do presidente, nesse momento,
qualquer indício ou qualquer formulação de ideia no
sentido de substituir o ministro. O ministro se
mantém no cargo e detém a confiança do presidente
Jair Bolsonaro", disse Rêgo Barros.
Segundo a denúncia, na condição de presidente
estadual do partido, Álvaro Antônio participou da
inscrição de candidaturas de fachada de mulheres
para permitir o acesso de recursos do fundo
eleitoral. O ministro nega as acusações.
Fonte: Agência Brasil
08/10/2019 -
Justiça decreta sigilo no processo que envolve caixa
2 na campanha de Bolsonaro
A Justiça decretou sigilo no processo que investiga
a prática de caixa 2 na campanha de Jair Bolsonaro,
o que pode recrudescer a crise política que já se
alastra em Brasília. Pivô do caso, o ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), é suspeito de
três crimes envolvendo candidaturas -laranja do
partido em 2018.
A reportagem do portal G1 destaca que o ministro do
turismo "foi denunciado pelo Ministério Público
Eleitoral na última sexta-feira (4) por falsidade
ideológica, apropriação indébita eleitoral, que é
quando o candidato se apropria com os recursos
destinados ao financiamento eleitoral para proveito
próprio, e associação criminosa. Outras dez pessoas
também foram denunciadas."
A matéria ainda acrescenta que "a decisão de
tramitar o caso em segredo de justiça é do juiz
responsável pelo caso, Flávio Catapani, titular da
26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, que informou
que nenhum desdobramento da denúncia será divulgado.
O indiciamento do ministro pela Polícia Federal foi
na quinta-feira (3), pelo crime eleitoral de omissão
na prestação de contas e também pelo crime de
associação criminosa. As investigações foram feitas
de forma conjunta entre PF e Ministério Público."
Fonte: Brasil247
08/10/2019 -
No Roda Viva, Gilmar Mendes sinaliza que mensagens
da Vaza Jato podem inocentar Lula
Ao falar sobre o recurso do ex-presidente Lula que
pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, Gilmar
disse que provas ilícitas podem ser usadas não para
condenar, mas para absolver; ministro ainda disse
que STF errou e que já devia ter julgado a questão
das ADCs
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV
Cultura, na noite desta segunda-feira (7), o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar
Mendes, sinalizou que as mensagens reveladas pela
série Vaza Jato, do The Intercept Brasil, podem ser
usadas para inocentar o ex-presidente Lula.
Ao falar sobre o recurso do ex-presidente Lula que
pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, Gilmar
disse que provas ilícitas podem ser usadas não para
condenar, mas para absolver. “Afirmada a suspeição,
podemos usar essa prova? Prova ilícita é utilizável
em favor de alguém? O tribunal tem dito que sim. Não
para condenar, mas para absolver. Isso é um debate
que vamos ter”, pontuou.
O magistrado também disse que o STF errou por ainda
não ter feito o julgamento sobre as Ações
Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs), outro
recurso que pode tirar o ex-presidente Lula da
prisão. Segundo Gilmar, as ADCs devem ser votadas
ainda em outubro.
Lavajatismo militante
Além das duras críticas à Lava Jato, o ministro
disparou contra parte da imprensa que apoia
cegamente a operação.
“Vocês assumiram o lavajatismo militante”, disse. De
acordo com o magistrado, “quando a Lava Jato acerta,
tem que ser dito que ela acerta. Quando erra, tem
que ser dito que erra”, afirmou, antes de ir além na
crítica à imprensa: “Vocês criaram falsos heróis”.
Fonte: RevistaForum
08/10/2019 -
Participantes de audiência da CDH pedem mudanças na
reforma da Previdência
A proposta que trata da reforma da Previdência (PEC
6/2019) foi aprovada em primeiro turno pelo Plenário
na semana passada, mas especialistas ainda defendem
alterações no texto no segundo turno de votação.
Eles participaram nesta segunda-feira (7) de mais
uma audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos (CDH) do ciclo de debates sobre Previdência
e trabalho. A reunião foi proposta pelo presidente
do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).
Diego Monteiro Cherulli, diretor do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário, considerou uma
vitória para o trabalhador a retirada de mudança das
regras para concessão do abono salarial. Atualmente
o trabalhador que ganha até dois salários mínimos
(R$ 1.996) tem direito ao benefício e essa regra
conforme o texto aprovado em primeiro turno, será
mantida.
Entretanto, Diego lamentou que ainda persistam na
proposta "erros” que podem não ser corrigidos pela
PEC Paralela, que consolida as mudanças feitas pelo
Senado ao texto aprovado na Câmara (PEC 133/2019),
como defendem alguns senadores. Ele alertou para a
possibilidade de o texto ser considerado
inconstitucional por propor a rediscussão de
conteúdo de proposta de emenda à Constituição
rejeitada ou prejudicada na mesma sessão
legislativa.
— Nós estamos aprovando um texto constitucional
errado e dizendo que vamos consertar por uma PEC
Paralela. Quem disse que essa PEC Paralela vai
passar? Quem disse que ela não pode ser considerada
formalmente inconstitucional? Que legitimidade há
numa proposta de emenda constitucional onde nós
estamos aprovando e falando que está errado. Isso
vai para o judiciário.
Já José Pinto da Mota Filho, Presidente da Sociedade
Brasileira de Previdência Social, ressaltou que,
apesar do avanço na manutenção das regras para o
abono salarial, é preciso certificar na reforma o
valor do financiamento do benefício que, segundo
ele, foi reduzido de 40% para 28%. Esse
financiamento tem origem no Fundo de Amparo ao
Trabalhador e no Fundo do PIS/Pasep, que servem para
custear o seguro desemprego e o abono pecuniário.
— Nós mantivemos o mesmo benefício originalmente
aprovado na Constituição vigente e reduzimos a
parcela que é destinada ao seu custeio na
Constituição. Então isso teria que ser recomposto.
Se o valor do benefício for recomposto, seu
financiamento, em tese, teria que ser recomposto.
Também favorável a mudanças no texto da reforma na
discussão em segundo turno, o consultor do Senado
Luiz Alberto disse que a PEC ainda está muito
distante do que seria aceitável e urgente para o
país. Ele defendeu a aprovação do destaque para
retirar do texto as novas exigências para concessão
da aposentadoria especial.
— É nítido que quem trabalha sujeito a condições
especiais de trabalho e sofre por conta disso um
desgaste físico, que lhe reduz a expectativa de
vida, não pode ser penalizado com exigência de
idade.
O senador Paulo Paim, ressaltou que esse destaque só
não foi aprovado, na votação do primeiro turno da
PEC, por uma diferença de três votos, e lamentou a
decisão dos senadores.
— Por detalhe que nós perdemos, por três votos, nós
não derrubamos a questão da vinculação da idade com
a aposentadoria especial. Mas nós vamos tentar de
novo agora no segundo turno.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
08/10/2019 -
Paim denúncia no Senado uso da PEC da Previdência
como moeda de troca
O senador Paulo Paim (PT-RS) mostrou preocupação
nesta segunda-feira (7) com as informações recentes
que dão conta de negociações que estão ocorrendo
entre parlamentares e o governo Bolsonaro para
destravar a votação em segundo turno da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC 6-2019) – reforma da
Previdência.
Dentre os temas em discussão está a PEC que trata da
divisão dos recursos oriundos do leilão do pré-sal
para estados e municípios. Na avaliação do senador,
esse tipo de discussão não deveria interferir na
tramitação e nos debates em torno das mudanças no
sistema previdenciário.
“No momento estamos no debate em segundo turno. Mas
tem uma negociação ampla [ocorrendo], que não é a
Previdência, e que me preocupa. Podem negociar o que
quiserem, mas não usem como moeda de troca a
Previdência. Eu quero mexer, alterar, a Previdência
nesse segundo turno de votação. Essa proposta é
muito grave e traz um prejuízo enorme ao povo
brasileiro”, disse Paim.
Aprovada em 1º turno pelo plenário do Senado, as
mudanças propostas pelo governo para o sistema de
Previdência precisam ser votadas novamente em
plenário por se tratarem de mudanças na Constituição
Federal.
Proposta inconstitucional
O advogado Diego Monteiro Cherulli, professor
especialista em Direito Previdenciário e Diretor do
Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP),
apontou que, apesar da vitória conquistada na
votação em primeiro turno que manteve as atuais
regras para a concessão do abono salarial
preservando esse direito para mais de 12 milhões de
trabalhadores, a PEC 6 ainda contém diversos
problemas. A regra prevista no texto do relator
Tasso Jereissati (PSDB-CE) previa a redução do
pagamento do benefício para trabalhadores de baixa
renda com salário mensal de até R$ 1.364,43.
“Não podemos permitir que esses erros se perpetuem.
Para que aprovar o texto da PEC 6 matérias que
sabemos estarem erradas e delegar a uma PEC paralela
o conserto desses erros? A PEC paralela é
inconstitucional. Uma coisa é a promulgação fatiada.
Mas a PEC paralela não é uma promulgação fatiada.
Estamos aprovando um texto constitucional errado e
dizendo que vamos consertar com uma PEC paralela.
Quem legitimidade há numa proposta de emenda
constitucional que estamos aprovando dizendo que ela
está errada? ”, questionou. Na avaliação do
especialista, a questão provavelmente será
questionada judicialmente.
Reforma não vai gerar empregos
O consultor Legislativo do Senado, Luiz Alberto,
destacou a falta de compreensão da boa parte da
população brasileira com relação aos impactos da
reforma da Previdência na sociedade e afirmou que
ocorre um erro grave na associação da aprovação da
proposta com “um projeto de salvação nacional”.
“Sem a reforma da Previdência, o que vai acontecer
com o País vai depender da qualidade das políticas
públicas e das medidas adotadas pelo governo para
retomada do desenvolvimento e a geração de empregos.
Não é a reforma da Previdência que vai resolver
esses problemas. O único efeito concreto da reforma
vai ser a redução da despesa pública. E isso pode
agravar a crise econômico, na medida em que tira
dinheiro da economia”, alertou.
Fonte: PT no Senado
08/10/2019 -
STF: Ministro suspende cláusulas de acordo que
previam contribuição sindical compulsória
Termo havia sido homologado em sentença normativa em
dissídio coletivo que tramita na JT.
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, deferiu
liminar para suspender os efeitos de cláusulas de
acordo, homologado por sentença normativa, que
estabeleciam o desconto compulsório da contribuição
sindical de todos os funcionários, filiados ou não,
a sindicatos de trabalhadores de tecnologia da
informação do Estado de SP.
Uma empresa de conteúdo e tecnologia ajuizou
reclamação no STF contra decisão proferida pela
Justiça Trabalhista em dissídio coletivo. A
companhia alegou que a Corte de origem teria
usurpado a competência e afrontado decisão do STF,
na ADIn 5.794, que declarou a constitucionalidade do
fim da contribuição sindical obrigatória, além de
negar vigência à sumula vinculante 40 do Tribunal.
Ao analisar o pedido, o ministro Ricardo Lewandowski
entendeu que, em um exame perfunctório, assiste
razão à reclamante quanto ao pedido liminar, e
destacou que os entes sindicais possuem quatro
fontes de custeio mantidas pelos trabalhadores. São
elas: a contribuição confederativa, a contribuição
assistencial, a contribuição sindical e a
mensalidade sindical.
Em relação à contribuição, pontuou que o plenário do
STF julgou improcedente a ADIn 5.794, validando
dispositivos da CLT alterados pela reforma
trabalhista – lei 13.467/17, que extingue a
compulsoriedade da contribuição.
O ministro considerou que, em análise perfunctória,
parece que o acordo homologado pelo juízo reclamado,
nos pontos em que contestado, esvazia o conteúdo do
comando vinculante ora invocado e das alterações
declaradas constitucionais pelo STF no julgamento da
ADIn, "o que ofende, de maneira incontestável, a
autoridade desta Corte".
Assim, deferiu liminar para suspender os efeitos de
três cláusulas homologadas por sentença normativa no
dissídio coletivo.
O advogado André Luiz Ferreira Alves atua pela
reclamante na causa. Processo: Rcl 36.933
Fonte: Migalhas
08/10/2019 -
Custo de vida na cidade de São Paulo cai 0,11% em
setembro
Transporte e alimentação sobem, habitação e
vestuário caem
O custo de vida na cidade de São Paulo caiu 0,11% em
setembro na comparação com agosto, informou nesta
segunda-feira (7) o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre os 10 grupos que compõem o ICV (Índice do
Custo de Vida), os que mais influenciaram no índice
foi o de saúde, que cresceu 0,30%, e os de
alimentação (-0,44%) e habitação (-0,14%). Além do
grupo saúde, tiveram alta os de despesas diversas
(0,58%); despesas pessoais (0,19%); equipamento
doméstico (0,05%); transporte (0,03%) e educação e
leitura (0,01%). Já os itens habitação (-0,14%);
vestuário (-0,23%); recreação (-0,35%) e alimentação
(-0,44%) tiveram queda.
Entre janeiro e setembro, o índice subiu 1,76%.
Entre os grupos que compõem o indicador, cinco
apresentaram taxas acima do índice: saúde (2,42%);
recreação (2,41%); educação e leitura (2,41%);
habitação (2,36%) e alimentação (1,90%). Por outro
lado, os grupos transporte (0,64%); despesas
pessoais (0,45%); equipamento doméstico (-0,30%);
vestuário (-1,99%) e despesas diversas (-2,85%)
apresentaram queda.
Fonte: Agência Brasil
08/10/2019 -
Preço de cesta de compras de famílias com renda mais
baixa cai 0,09%
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1
(IPC-C1), que calcula a variação de preços da cesta
de compras de famílias com renda até 2,5 salário
mínimos, registrou deflação (queda de preços) de
0,09%. Em agosto, havia sido registrada uma inflação
de 0,11%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IPC-C1 acumula taxas de inflação de 3,19% no ano e
de 3,81% em 12 meses, acima dos 3,51% registrados
pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil
(IPC-BR).
A queda da taxa do IPC-C1 de agosto para setembro
foi puxada pelos grupos de despesas habitação (cuja
taxa caiu de 0,95% para 0,26%), alimentação (de
-0,46% para -0,72%), transportes (de 0,05% para
0,03%) e comunicação (de 0,68% para 0,54%).
Por outro lado, quatro grupos tiveram alta na taxa:
saúde e cuidados pessoais (de 0,01% para 0,22%),
vestuário (de -0,44% para 0,03%), educação, leitura
e recreação (de 0,04% para 0,37%) e despesas
diversas (de -0,07% para 0,13%).
Fonte: Agência Brasil
08/10/2019 -
Uso do FGTS para comprar um segundo imóvel está na
pauta da CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) analisa na
quarta-feira (9) um projeto de Irajá (PSD-TO) que
torna mais flexíveis os saques das contas vinculadas
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
para que o trabalhador possa adquirir um segundo
imóvel, ainda que já tenha anteriormente utilizado
os recursos para a aquisição de moradia própria (PL
2.967/2019). O parecer na CAS, do senador Paulo Paim
(PT-RS), é pela aprovação do projeto. Se ele passar,
poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados,
pois é terminativo na CAS.
“A conta do FGTS deve ser usada no pagamento total
ou parcial de financiamento do Sistema Financeiro da
Habitação, ou ainda de moradia ou lote urbanizado,
de um segundo imóvel. Assim o trabalhador terá mais
uma oportunidade de melhor administrar seu
patrimônio pessoal, ao mesmo tempo em que a medida
contribuirá para o reaquecimento da construção
civil, um dos maiores geradores de empregos na
economia brasileira”, defende Irajá na
justificativa.
O parecer de Paim vai na mesma linha:
“Se o trabalhador julga que a melhor aplicação do seu
dinheiro é a aquisição do segundo imóvel, não pode o
Estado impedir que ele utilize da parte de seu
salário depositada no FGTS para tal finalidade,
ainda mais considerando o baixo retorno que o fundo
confere aos valores nele depositados”, aponta.
Fonte: Agência Senado
07/10/2019 -
Bolsonaro discute com Maia fim da estabilidade dos
servidores públicos
Os servidores públicos, que hoje têm estabilidade no
emprego, podem perdê-la se a reforma administrativa
que começa a ser discutida em Brasília vier a ser
aprovada. "Sem constar na agenda oficial, o
presidente Jair Bolsonaro se encontrou o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, na manhã deste domingo no
Palácio da Alvorada, para discutir o envio nos
próximos dias da reforma da administrativa, que
prevê o fim da estabilidade para servidores
públicos, e outro texto para a regra de ouro, que,
segundo Maia, terá 'gatilhos para controlar as
despesas obrigatórias do governo'", segundo informa
a jornalista Naira Trindade, em reportagem publicada
no jornal O Globo.
"A reunião foi sobre a pauta, os projetos e a
preocupação dele para que se organize a questão da
cessão onerosa. Disse que o presidente Davi (Alcolumbre,
do Senado) está tocando isso e disse que ia dialogar
com senadores e nossos líderes para mostrar que há
unidade nas duas Casas, não vai ter conflito de
jeito nenhum, com projetos do governo que já estão
na Câmara e com os que vão chegar", disse Maia, que
não deu mais detalhes sobre a reforma
administrativa.
Fonte: Brasil247
07/10/2019 -
O caixa
dois de Jair Bolsonaro
A campanha do presidente Jair Bolsonaro foi
abastecida com caixa. A revelação consta de um
depoimento dado à Polícia Federal e de uma planilha
apreendida em uma gráfica. O dinheiro do esquema de
candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais também
foi desviado para a campanha do ministro do Turismo,
Marcelo Álvaro Antônio.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Haissander Souza
de Paula, assessor parlamentar de Álvaro Antônio à
época e coordenador de sua campanha a deputado
federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em seu
depoimento à PF que "acha que parte dos valores
depositados para as campanhas femininas, na verdade,
foi usada para pagar material de campanha de Marcelo
Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro".
Em uma planilha, nomeada como "MarceloAlvaro.xlsx",
há referência ao fornecimento de material eleitoral
para a campanha de Bolsonaro com a expressão "out",
o que significa, na compreensão de investigadores,
pagamento "por fora". O ministro foi indiciado pela
Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público
de Minas Gerais na última sexta (4) sob acusação dos
crimes de falsidade ideológica eleitoral,
apropriação indébita de recurso eleitoral e
associação criminosa.
Haissander foi preso por cinco dias no final de
junho, ao lado de outros dois investigados — entre
eles um atual assessor de Álvaro Antônio no
Turismo—, e jamais havia reconhecido, até então, a
existência de fraude no uso das verbas públicas do
PSL durante a campanha de 2018.
No depoimento em que aponta suspeitas de caixa dois
—que é a movimentação de dinheiro de campanha sem
declaração à Justiça— na campanha de Álvaro Antônio
e de Jair Bolsonaro, Haissander afirma ainda que
"com certeza Lilian não gastou os R$ 65 mil
recebidos".
Fonte: Portal Vermelho
07/10/2019 -
CDH dá continuidade a ciclo de debates sobre
Previdência e Trabalho
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta
segunda-feira (7), a partir das 9h, audiência
pública interativa para debater sobre "Previdência e
Trabalho", com foco na reforma da Previdência. A
atividade faz parte do ciclo de audiências públicas
para debater o assunto solicitado pelo senador Paulo
Paim (PT-RS) no início de 2019 (REQ 1/2019 - CDH).
Na última quarta-feira (2), o Plenário do Senado
concluiu a votação em primeiro turno da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da reforma da
Previdência. Agora a PEC poderá receber apenas
emendas de redação. Depois das três sessões de
discussão, as sugestões de mudanças de redação
seguirão para avaliação do relator na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE). Só então, a proposta ser
votada em segundo turno. E mais uma vez, para ser
aprovada, precisará receber no mínimo 49 votos
favoráveis. Paim já anunciou que apresentará 20
emendas que suprimem trechos do texto aprovado em
primeiro turno.
Foram convidados para o debate o secretário-geral da
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil (Unafisco), Luiz Gonçalves
Bomtempo; o advogado, professor especialista em
direito previdenciário e diretor do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Diego
Monteiro Cherulli; o presidente da Sociedade
Brasileira de Previdência Social (SBPS), José Pinto
da Mota Filho; a advogada tributarista, Jane Lucia
Wilhelm Berwanger; e um representante da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia.
A audiência acontecerá no Plenário nº 6 da Ala
Senador Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
07/10/2019 -
Guedes quer tirar exclusividade do FGTS da Caixa e
repassá-lo aos bancos privados
"O governo quer aproveitar a MP que libera os saques
do FGTS para promover uma ampla reformulação do
Fundo. A principal delas é a quebra do monopólio da
Caixa como operadora do FGTS, permitindo o acesso
aos recursos a bancos privados. Esse dinheiro é
usado no financiamento a projetos de infraestrutura,
saneamento e habitação, em geral com taxas abaixo
das cobradas no mercado. Em 2018, a Caixa
desembolsou R$ 62,3 bilhões em crédito para esses
setores", informam Geralda Doca e Luciana Casemiro,
em reportagem publicada no Globo.
Atualmente, há dois agentes financeiros do FGTS: a
Caixa, com 93% da verba, e o Banco do Brasil, com
7%."O acesso dos bancos privados a esses recursos,
se aprovado, será regulamentado pelo Conselho
Curador do FGTS. A partir disso, eles poderão
estabelecer regras e modelos de negócio próprios.
Hoje, os bancos privados financiam imóveis, em sua
maioria, com dinheiro da poupança", apontam ainda as
jornalistas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, admite que
decisão pode atingir a população mais pobre. "Nos
dez anos do Minha Casa Minha Vida, a participação
dos bancos privados é quase inexistente. Essas
instituições estão presentes preponderantemente no
Sul e no Sudeste, enquanto a Caixa está em 97% dos
municípios brasileiros. Em 711 cidades só existe a
Caixa. Isso quer dizer que o financiamento nas
proximidades dos grandes centros até pode ficar mais
barato, mas a 300 quilômetros de Manaus, o crédito
vai ficar mais caro", afirma.
Fim da multa de 10%
O projeto do governo também acaba com a multa
adicional de 10% paga pelas empresas nos casos de
demissões sem justa causa, para compensar as perdas
causadas pelos planos Verão e Collor. Já a multa de
40% paga pelas companhias ao trabalhador, nesse tipo
de demissão, foi mantida.
Fonte: Brasil247
07/10/2019 -
Centrais sindicais articulam reforma com Câmara
Uma das propostas é adoção de taxa negocial pela
qual só trabalhadores e empresas sindicalizadas
serão beneficiadas nas negociações
Depois de perderem até 80% da arrecadação com a
reforma trabalhista, as centrais sindicais articulam
com o Congresso uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que possibilite a reestruturação
das entidades, tanto dos trabalhadores quanto dos
patrões.
Entre as propostas está a adoção de taxa negocial
pela qual só os trabalhadores e empresas
sindicalizados ou que aceitem pagar a taxa serão
beneficiados pelas negociações salariais.
Na terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), participou de uma reunião em São Paulo com
representantes das principais entidades sindicais e
patronais. Participaram do encontro a Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral
dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Confederação Nacional
da Indústria (CNI), Confederação Nacional do
Comércio (CNC), Confederação Nacional da Agricultura
(CNA) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Elas colocaram na mesa a necessidade de o Congresso
apresentar uma proposta de reestruturação das
entidades que se antecipe ao projeto elaborado pelo
governo Bolsonaro, a cargo, segundo participantes do
encontro, do secretário especial da Previdência,
Rogério Marinho. “O debate sobre reforma sindical
deve ter protagonismo do Congresso, é um tema de
grande interesse social. E assim ficamos livres das
propostas draconianas do Executivo”, disse o
deputado Orlando Silva (PC do B-SP), que também
participou da reunião.
A ideia é criar um Conselho Nacional do Trabalho,
composto de forma paritária por patrões e
trabalhadores. O governo ficaria de fora. A proposta
inicial prevê mudanças no artigo 8o da Constituição,
que fala sobre a unicidade sindical, e o fim da
necessidade de a Secretaria Nacional do Trabalho
emitir a carta sindical para criação de novas
entidades.
“Por que trabalhadores e empresários, que são os
protagonistas do processo, não podem com o
Parlamento criar uma proposta que ajude os
sindicatos que trabalham”, questionou o
secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o
Juruna.
Segundo ele, hoje cerca de 30% dos sindicatos não
fazem acordos coletivos e até a reforma trabalhista
do governo Temer recebiam mesmo assim parcelas do
imposto sindical.
Segundo os sindicalistas, o projeto é inspirado em
modelos adotados há vários anos por outros países. O
objetivo é valorizar o conceito do “negociado sobre
o legislado”, mas para isso é necessário fortalecer,
inclusive financeiramente, as entidades responsáveis
pelas negociações. Nos EUA e em alguns países da
Europa, os sindicatos são financiados por
contribuições dos trabalhadores associados ou pela
taxa negocial.
“A CUT sempre defendeu essa liberdade mas o bom
seria uma representação única”, disse Sergio Nobre,
secretário-geral da CUT. “Em lugar nenhum do mundo o
movimento sindical vive só de mensalidade. Em alguns
países da Europa as entidades dos trabalhadores
praticam atividades econômicas para financiar as
atividades sindicais”, completou o sindicalista.
Procurada, a Febraban não quis comentar.
Fonte: Estado SP
07/10/2019 -
Pluralismo sindical? EUA: morte lenta de sindicatos
pulverizados
Governo e Câmara Federal discutem reforma
sindical no Brasil e miram em um tipo de pluralismo
sindical como o dos Estados Unidos – que mingua, no
modelo de sindicato por empresa.
Ricardo Paoletti*
Em agosto de 1989 os trabalhadores na companha
telefônica de Nova Iorque, nos Estados Unidos,
iniciaram uma greve que iria durar 4 meses. A greve
foi contra a tentativa de transferir os custos de
planos de saúde da empresa para seus funcionários.
A greve foi vitoriosa. Durante os 4 meses, linhas de
piquete não saíram da porta das garagens, em todo o
estado, conforme agendado pela organização local
1122 da CWA, a federação de sindicatos de
trabalhadores em comunicação nos EUA, ou
Communications Workers of America. Eu estava lá.
Passei uma temporada nos Estados Unidos no final dos
anos 80 e, como meu inglês ainda era muito ruim,
continuar na minha profissão de jornalista não era
opção. Dei mais sorte em ocupação que não exigia
tanto no idioma, como trabalhador telefônico. Mas a
sorte não durou muito tempo: havia começado na
empresa em junho e em agosto, com a greve, já estava
sem salário.
Nessa época, escalado para os piquetes, descobri
algo de muito valor nos sindicatos da minha
categoria. Eles haviam acumulado um bom fundo de
greve, ou defense fund, justamente para encarar
alguma luta prolongada. Os grevistas que cumpriam
sua escala no piquete recebiam um auxílio financeiro
semanal. Pagava o supermercado e parte do aluguel.
Manter 1 defense fund era regra de ouro do sindicato
e sustentou a greve até a vitória, grande exemplo
para nossos sindicatos no Brasil.
Mas, agora em que se fala em reforma sindical por
aqui e se mira no exemplo do sindicalismo americano,
sem unicidade, por empresa, o bom exemplo para por
aí.
Os sindicatos estão morrendo nos Estados Unidos.
Cerca de 10,7% dos trabalhadores são hoje
sindicalizados nos EUA, o menor nível em 1 século.
No setor privado, a sindicalização é inferior a 7%
dos empregados.
Sindicatos por empresa
Os sindicatos americanos, ou locals, são organizados
por empresa. As locals tem poder de barganha muito
limitado diante do patronal, quando há sindicato
organizado na empresa.
Em geral, as companhias devem aceitar a
sindicalização de seus empregados quando a maioria
deles assina fichas de sindicalização. E é prática
em grandes empresas denunciar que as fichas foram
assinadas sob coação, e tê-las anuladas no processo.
Se a campanha prossegue, há perseguição, segundo
informa o pesquisador Steven Greenhouse ao jornal
The Guardian: 20% dos organizadores sindicais, em
média, são sistematicamente demitidos quando iniciam
campanhas de sindicalização.
Essas demissões são ilegais, mas grandes companhias
preferem pagar multas pela despedida do que aturar
os sindicatos. E como o sindicato é local, por
empresa, víamos pouca repercussão desses casos.
A Suprema Corte dos EUA também tem papel nesse
declínio, tendo decidido em vários casos que o
direito à propriedade prevalece sobre o direito dos
trabalhadores, impedindo a realização de reuniões ou
distribuição de panfletos nas empresas.
Não há lei que iniba as empresas de exibir vídeo ou
realizar palestras antissindicais no local de
trabalho. “Eles geralmente exigem que os
funcionários participem de reuniões nas quais
consultores caros dizem aos trabalhadores que os
sindicatos são corruptos e só querem dinheiro com
suas mensalidades e que as empresas fecharam locais
de trabalho depois que foram sindicalizadas”, conta
Greenhouse em seu livro Beaten Down, Worked Up
(‘Derrotados, Explorados’ em tradução livre). É de
se imaginar qual seria a reação do STF, aqui no
Brasil, se tal situação se repetisse em uma
organização sindical pulverizada, por empresa.
Perda de influência política
Uma das razões para o declínio na sindicalização e
para a fraqueza das locals no modelo de pluralismo
sindical dos Estados Unidos é sua pequena ou
praticamente inexistente força de lobby, ou de
influência sobre o mundo político, resultado da
pulverização sindical ao longo de décadas.
Levantamentos mostram que os sindicatos aplicam
muito dinheiro, cerca de 48 milhões de dólares por
ano, em ações junto ao Congresso estadunidense para
promover legislação favorável aos trabalhadores ou
combater medidas antissindicais, enquanto as
corporações aplicam muito mais, 2,5 bilhões de
dólares anuais, para defender seus pontos de vista.
Mesmo o grande guarda-chuva de centrais de
trabalhadores por lá, a AFL-CIO, com abrangência
nacional mas que em 2005 rachou com a formação da
central Change to Win, CTW, tem tido pouco sucesso
na reversão desse quadro.
Demissão em massa
Para reforçar a propaganda antissindical, repete-se à
exaustão entre os trabalhadores norte-americanos o
resultado da greve dos controladores de voo do país,
em 1981. Presidente na época, Ronald Reagan decidiu
demitir todos os grevistas de uma vez e contratar
substitutos que faziam filas nos aeroportos. Se isso
acontece com uma categoria tão extensa, o que fazer
em uma empresa ao se negociar direto com o patrão?
Em tempo: 17 anos depois da greve vitoriosa dos
trabalhadores em comunicação de Nova Iorque, a
companhia telefônica decidiu suspender os planos de
saúde por completo, em 2006. O sindicato protestou,
veementemente, mas já não havia mais ânimo para
greve ou piquete naquela época.
(*) Jornalista. Trabalha na Federação dos
Professores do estado de São Paulo (Fepesp)
Fonte: Diap
07/10/2019 -
Daniel Almeida: Emprego digno: bom para o
trabalhador, bom para o país
Prestes a completar dois anos de vigência, a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/17) implodiu a economia
nacional, o trabalho e a dignidade dos brasileiros
cada vez mais desalentados com o futuro.
*Por Daniel Almeida
A bancada do PCdoB resistiu e lutou incessantemente
para tentar impedir que a desestruturação do emprego
entrasse em vigor em novembro de 2017. Como havíamos
denunciado à época, era falso o discurso de que a
nova legislação garantiria a retomada da economia e
geraria vagas de trabalho.
A realidade é bem mais cruel. Hoje o Brasil gera
três vezes mais vagas informais que formais, mostram
dados de agosto do IBGE divulgados no final de
setembro. Em um ano, foram gerados pouco mais de 1,4
milhão de postos sem carteira assinada ou CNPJ,
número bem maior que as 403 mil vagas formais.
Era certo de que haveria precarização do trabalho
com retirada de direitos básicos dos trabalhadores.
A taxa de desemprego diminuiu no trimestre encerrado
em agosto (12,6 milhões), inclusive com a criação de
vagas com carteira assinada. O problema é que a cada
vaga no mercado formal, outras três são oferecidas
sem as garantias trabalhistas. A informalidade
avançou e atingiu recorde de 38,8 milhões, ou 41,4%
da população ocupada – maior nível da série
histórica, conforme o IBGE.
Na prática, foi legalizado o chamado bico com
achatamento de salários. De acordo com o instituto,
7,2 milhões de pessoas trabalham menos horas do que
gostariam, por exemplo. É o que o IBGE chama de
subocupação por insuficiência de horas: não são
desempregados efetivamente, mas gente que,
normalmente, vive de bicos periódicos para pagar as
contas. Outras 4,7 milhões de pessoas simplesmente
desistiram de procurar emprego. São os chamados
desalentados, pois perderam a esperança de encontrar
uma vaga.
A situação é alarmante. A ascensão ao poder do
presidente da República, Jair Bolsonaro, piorou
ainda mais o cenário. Ele tem intensificado os
desmontes, inclusive da estrutura sindical para
impedir a resistência dos trabalhadores à ofensiva
de cortes de direitos. Não há um modelo de
crescimento, que garanta o desenvolvimento econômico
socialmente justo no país. As pessoas estão perdendo
cada vez mais o poder de compra, o que fragiliza
intensamente a economia do Brasil. A desigualdade
social explodiu.
Temos de fazer um debate fundamental para encontrar
saídas dessa crise e definir um novo modelo para que
haja crescimento econômico com distribuição de renda
e garantia de direitos no Brasil.
No dia 10 de outubro, a Liderança da Minoria na
Câmara promoverá seminário com especialistas sobre
esse tema. Não podemos perder a esperança. As horas
mais escuras da noite são as que precedem o
amanhecer. Usemos os desafios de hoje como estímulo
para garantir dias melhores. O futuro que queremos
está sendo construído agora e depende da sua
mobilização. É a hora da virada. Venha lutar
conosco!
*Deputado federal pela Bahia e líder do PCdoB na
Câmara.
Fonte: Portal Vermelho
07/10/2019 -
Juíza obriga empresa a pagar trabalhadora até INSS
reconhecer aposentadoria
A juíza Claudia Rocha Welterlin, da Vara de
Itajubá-MG, decidiu obrigar uma empresa a pagar uma
trabalhadora o valor referente a sua aposentadoria
até que ela tenha seu benefício liberado pelo INSS.
Na ação, a reclamante alega que a empresa não
efetuou o recolhimento de suas contribuições
previdenciárias e que, por isso, ela não conseguiu
completar o tempo mínimo de contribuição necessária
para o pedido do benefício.
Na sentença, a magistrada afirmou que se a empresa
tivesse cumprido suas obrigações a reclamante
“estaria em pleno gozo do benefício previdenciário
da aposentadoria".
Diante disso, a juíza atendeu no pedido da autora da
ação e condenou a empresa a pagar mensalmente o
valor correspondente ao benefício que a segurada
fazia jus à época da percepção de cada parcela
—incluindo a gratificação natalina— até que o INSS
passe a conceder o benefício.
Fonte: Consultor Jurídico
04/10/2019 -
Uma das maiores credoras, Caixa pede falência da
Odebrecht
A Caixa Econômica Federal pediu a falência da
Odebrecht e que os credores da empresa possam nomear
uma nova administração para a companhia. Com dívidas
de R$ 98,5 bilhões, o grupo pediu recuperação
judicial em junho.
O banco estatal é um dos maiores credores da
Odebrecht. Em seu pedido à Justiça, contesta a
decisão da empresa de incluir donos de bônus
emitidos por uma unidade no exterior na recuperação
judicial.
A Caixa entende a medida como estratégia para ter
votos na assembleia de credores e aprovar um plano
que contraria os principais credores.
Fonte: Consultor Jurídico
04/10/2019 -
Ganho real do salário mínimo poderá entrar na pauta
A briga pela volta da correção que garante o ganho
real do salário mínimo começa a avançar no
Congresso. Nesta quarta-feira (2), o deputado
federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho
da Força, e João Batista Inocentini, presidente do
Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi),
tiveram reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) para discutir alternativas que
mantenham o poder de compra do mínimo. No jornal O
Dia
Uma coisa é certa: a antiga correção, que leva em
conta a inflação e o crescimento Produto Interno
Bruto (PIB), não vai voltar a valer.
O presidente da Câmara sugeriu que Paulinho e
Inocentini apresentem propostas para estimular o
debate na Casa. Serão elaboradas 2 ou 3 propostas
para iniciar uma articulação com as lideranças dos
partidos para que a volta do ganho real do salário
mínimo retorne.
"A forma mais justa de garantir ganho real aos
aposentados e consequentemente a quem ganha o
salário mínimo é utilizar uma regra de cálculo que
se o país crescer os aposentados ganham, se não
crescer, o mínimo fica como está", avalia Inocentini.
Como era
Em 2004, após acordo com entidades representativas de
aposentados e o governo foi estipulada regra que
garantia o ganho real do salário mínimo e levava em
conta a inflação pelo INPC do ano anterior mais o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois
anos anteriores.
Caso o crescimento do PIB fosse negativo, o valor
considerado para esse indicador na fórmula seria
zero. Logo depois virou lei, mas acabou perdendo a
validade no ano passado. Ou seja, o mínimo deste ano
só levou em conta a inflação acumulada. Em 2018, o
INPC variou 3,43%.
Fonte: Diap
04/10/2019 -
Paim defende retirada de pontos da reforma da
Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta
quinta-feira (3) em Plenário a apresentação de
emendas supressivas em segundo turno para a retirada
de alguns pontos da reforma da Previdência (PEC
6/2019) que ele considera prejudiciais aos
trabalhadores. A proposta foi aprovada em primeiro
turno nesta semana. Entre os trechos que Paim quer
retirar do texto estão a alíquota extraordinária
para servidores públicos vinculados ao regime
próprio e a exigência de contribuição para o
servidor inativo que recebe menos de cinco
salários-mínimos.
— É importante emenda supressiva na aposentadoria
especial, porque essa vinculação de contribuição com
idade inviabiliza a aposentadoria especial para quem
atua em área insalubre, penosa e periculosa. Ninguém
aqui na aposentadoria especial vai deixar de ter de
trabalhar em torno de 8,5 ou 9 anos a mais daquilo
que tinha para se aposentar — acrescentou.
Paim explicou que, na análise em segundo turno, são
permitidas apenas emendas que retiram parte do texto
já aprovado. Se alguma delas for aprovada, o texto
alterado não precisa voltar para uma análise da
Câmara.
Fonte: Agência Senado
04/10/2019 -
Pesquisa mostra como a desigualdade de renda cresceu
no Brasil
Segundo pesquisador, aumento do desalento e da
informalidade se relacionam com piora nas diferenças
de rendimentos vindos do trabalho
Pesquisa publicada pelo Centro de Estudos da
Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) mostra que as
diferenças de renda aumentaram entre os que estão na
base e no topo da pirâmide dos ganhos advindos do
trabalho. De acordo com o pesquisador da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
Rogério Jerônimo Barbosa, a partir do fim de 2014, a
crise econômica afetou o mercado de trabalho, o que
não só piorou o número de desempregados, como também
o contingente de desalentados – situação em que a
pessoa desiste de procurar emprego – que atualmente
são 4,8 milhões de pessoas.
A trajetória da desigualdade, de acordo com a
pesquisa, que reúne dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2012 ao
primeiro trimestre deste ano, é identificada em
quatro fases. A primeira está na virada da década de
1990 para 2000, com a renda de trabalho melhor
distribuída. Já segunda fase começa em 2014, com a
crise e o aumento do desemprego.
“A terceira fase, iniciada em 2016, mostra que os
trabalhadores que permaneceram empregados ficaram
desigualmente distribuídos. Quem ‘sobreviveu’ está
melhor posicionado, acumula direitos, mas quem está
ingressando é pior remunerado e tem menos direitos.
É aí que a informalidade passa a contabilizar. Já na
última e atual fase, o desemprego estagnou, diminuiu
em taxas muito pequenas e a desigualdade cresce
entre trabalhadores. Há postos cada vez mais
precários sendo gerados de maneira informal”, aponta
Rogério, em entrevista aos jornalistas Marilu
Cabañas e Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual.
O estudo mostra que quem ganha mais aumentou a
renda, e quem ganha menos viu sua renda ser reduzida
ainda mais. Entretanto, os dados são ainda piores.
“A gente trabalhou só com a renda do trabalho. Quem
recebe essa renda não é rico e são exceções que
recebem acima dos R$ 20 mil como salário, pois o
grosso dos mais ricos tem outros meios como fonte e
essas pessoas não estão na pesquisa”, explicou. “A
gente vê que os ‘sobreviventes’ do mercado de
trabalho, mesmo não sendo ricos, já passam a se
distanciar dos demais. Pessoas com empregos
protegidos são privilegiadas, mesmo sem ser. O que
há é uma distância entre pessoas mais protegidas e
as desprotegidas”, acrescentou.
Por meio de cálculos feitos com base na evolução dos
dados da Pnad e Pnad Contínua, Barbosa mostra que,
em meados de 2014, os 50% mais pobres se apropriavam
de cerca de 5,7% de toda a renda do trabalho. No
primeiro trimestre de 2019, o percentual cai para
3,5%. Para este grupo, essa redução de 2,2 pontos
percentuais representa, em termos relativos, uma
queda de quase 40%.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/10/2019 -
Orlando Silva: A tragédia do trabalho no Brasil
O Brasil recebe, em média, uma notificação de
acidente laboral a cada 49 segundos, sendo que um
trabalhador morre a cada 3 horas e 43 minutos. Os
dados chocantes são do Observatório de Segurança e
Saúde no Trabalho, projeto elaborado pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT) em conjunto com a OIT.
Por Orlando Silva*
Entre os anos de 2012 e 2018, o estudo contabilizou
16.455 mortes e mais de 4,5 milhões de acidentes em
virtude do trabalho, verificando ainda uma alta
entre os anos de 2017 e 2018, justamente o período
posterior à entrada em vigor da Reforma Trabalhista.
Não chega a surpreender, pois a nefasta reforma
desestruturou as relações capital-trabalho,
terceirizou e precarizou sobremaneira a mão-de-obra
através de expedientes como o trabalho intermitente
e outros.
O problema é tão alarmante – uma verdadeira epidemia
– que, por minha sugestão, a Comissão de Trabalho,
Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara
dos Deputados criará um grupo permanente, do qual
serei relator, para acompanhar, debater e propor
soluções legislativas para a prevenção de acidentes
e doenças no trabalho.
Atividades como atendimento hospitalar, comércio de
produtos alimentícios, administração pública,
construção de edifícios, transporte de cargas e
Correios são algumas das que estão no topo da lista
de acidentes notificados. Como se pode ver, são
setores econômicos organizados, alguns
regulamentados pelo poder público, pois a pesquisa
trata apenas de relações de emprego formal.
Cabe, então, questionar: se no mercado de trabalho
formal a situação já é tão grave, qual não será o
descalabro que impera diante da precarização e da
“uberização” a que estão submetidos milhões e
milhões de trabalhadores, num momento em que a
informalidade superou as garantias da “carteira
azul”?
Nosso país está entre as 10 maiores economias do
mundo, possui setores dinâmicos em que a tecnologia
e o trabalho especializado são marcantes. Mas esse
Brasil moderno coexiste com o atraso, com formas de
trabalho desumanas e até análogas à escravidão, além
de uma massa crescente de trabalhadores de
aplicativos de entrega que emerge nas grandes
cidades. Esses últimos já somam 3,8 milhões de
“autônomos”, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios do IBGE.
Recente estudo da Associação Aliança Bike mostra que
existem cerca de 30 mil ciclistas na cidade de São
Paulo que trabalham como entregadores para
aplicativos de internet. O perfil deles é de jovens,
entre 18 e 27 anos, das periferias da cidade, que
chegam a trabalhar até 12 horas por dia, durante os
7 dias da semana, para auferir uma remuneração média
de 936 reais.
Outro dia fiquei pasmo ao passar pelo Largo da
Batata e ver pessoas dormindo em barracas na praça
com bicicletas presas ao lado. Conclusão: após a
extenuante jornada diária, muitos desses jovens
sequer estão voltando para suas casas e têm passado
noites ao relento como moradores de rua
transitórios. É inconcebível!
Em julho, causou grande consternação a morte de um
entregador do aplicativo Rappi, que passou mal
enquanto fazia um atendimento. Os clientes entraram
em contato com a empresa, que não se dignou a mover
uma palha pelo trabalhador que agonizava. Ainda
tentaram que um motorista de Uber levasse o rapaz ao
hospital, mas este se recusou. Por fim, como a
atestar a falência também dos serviços públicos, o
Samu não chegou a tempo de evitar a tragédia.
As plataformas digitais vieram para ficar e
representam um novo desafio para o mundo do
trabalho, mas é urgente algum tipo de regulamentação
que não deixe à deriva esse contingente crescente de
pessoas que as utilizam como fonte de renda auxiliar
ou principal.
O Brasil não reencontrará os caminhos para o
crescimento econômico deixando que a selvageria se
instale nas relações de trabalho. Não haverá
desenvolvimento se relegarmos as melhores energias
dos nossos jovens à exploração sem limites. É
necessário encontrar um novo ponto de equilíbrio nas
relações capital-trabalho que, desde o governo
Temer, têm sido desbalanceadas para dar tudo aos
ricos e tirar o couro dos pobres.
*Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB-SP
Fonte: Portal Vermelho
04/10/2019 -
Para STF, empregador é objetivamente responsável por
danos decorrentes de acidente de trabalho
Em análise ao RE 828.040/DF (Tema 932), o STF
manteve, entendendo pela desnecessidade de
comprovação de dolo ou culpa, a responsabilidade
objetiva de empregador por danos decorrentes de
acidente de trabalho.
O caso analisado envolvia um vigilante que, no
exercício de sua função no transporte de valores em
carro forte, sofreu um ataque de assaltantes, com
troca de tiros, quando retirava valores de um caixa
eletrônico. Para a empresa recorrente não há, neste
caso, nexo de causalidade e nem ofensa à dignidade
da pessoa humana. Além disso, sustenta que não teria
agido de forma dolosa ou culposa a ponto de fazer
incidir sua responsabilidade objetiva.
Prevaleceu, contudo, o entendimento do relator, min.
Alexandre de Moraes, segundo o qual este tipo de
responsabilidade não tem um fim sancionador, mas
protetor, sendo o art. 927 do CC (que afasta a
necessidade da comprovação de dolo ou culpa)
compatível com o art. 7º, inc. XXVIII da CF/88, que
dispõe que são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais o seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa.
A tese de repercussão geral será definida
oportunamente.
Fonte: Migalhas
04/10/2019 -
Juiz condena trabalhador a pagar empregador por dano
processual
O juiz Márcio Lima do Amaral, da 2ª Vara do Trabalho
de Esteio (RS), condenou um empregado a pagar à
empregadora uma indenização por dano processual ao
ter afirmado não ter recebido verbas rescisórias em
processo trabalhista. A decisão é do último dia 27.
Na decisão, o magistrado afirmou que, no que diz
respeito à má-fé processual, está evidente que o rol
de pedidos tem como fundamento a alegação do
inadimplemento das verbas resilitórias em si, e não
tem relação com eventuais diferenças.
"Ao reconhecer a validade do TRCT por ele mesmo
juntado, já que impugna o documento exclusivamente
em função das 'diferenças' pleiteadas na inicial,
inclusive quanto aos pagamentos 'por fora',
constata-se que a parte autora deduziu pretensão
contra fato incontroverso. Configurada está a má-fé
do trabalhador", afirmou.
Para o advogado Douglas Pereira de Matos, que
representa a empresa, ambas as partes devem agir com
boa fé no processo, e, nesse caso específico, a
medida era imperiosa diante de fato absolutamente
incontroverso.
"Ainda, as empresas, por meio de suas assessorias
jurídicas especializadas, devem sempre observar
casos como esse e, quando possível, requerer a
penalidade disponível na Carta Consolidada a fim de
reprimir ações tendenciosas e preservar a dignidade
da Justiça Trabalhista", explica.
0020622-67.2018.5.04.0282
Fonte: Consultor Jurídico
03/10/2019 -
Previdência: votação do segundo turno deve ficar
para segunda quinzena
Alcolumbre reviu previsão inicial de votar até o
dia 10 de outubro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou
nesta quarta-feira (2) que a votação do segundo
turno da reforma da Previdência pode ficar para a
segunda quinzena de outubro. Inicialmente, a
expectativa do parlamentar era que a votação da
matéria fosse concluída até o dia 10.
"Se alguns senadores compreenderem que não é
razoável quebrar o interstício – mesmo minha posição
atual e de vários outros líderes sendo favoráveis à
quebra –, para a gente resolver a votação em segundo
turno desta matéria, a gente vai ter que adiar da
semana que vem para a próxima semana. Porque
cumprimos o prazo regimental e teremos o quórum
necessário e aí acaba saindo um pouco do calendário
da primeira quinzena de outubro, passando para a
próxima semana”, afirmou Alcolumbre ao se referir ao
prazo estipulado entre as votações em primeiro e
segundo turno.
O plenário do Senado concluiu a votação em primeiro
turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que
altera as regras da Previdência no início da tarde
de hoje. Para que a matéria seja promulgada, a Casa
ainda precisa aprovar a PEC em segundo turno.
Pacto Federativo
Ontem (1º), Alcolumbre tinha dito que pretende
concluir a votação em segundo turno até o próximo
dia 10. No entanto, governadores insatisfeitos com a
regulamentação da partilha do excedente da cessão
onerosa de petróleo querem adiar a votação para o
dia 15. Parlamentares tem pressionado por mais
agilidade na negociação do um novo pacto federativo.
“As ponderações sobre o pacto federativo estão sendo
feitas a todo o momento pelos senadores e pelos
deputados. A gente fez uma reunião, estabelecemos
sete pontos em uma pauta a respeito do pacto
federativo que o Senado ia capitanear. Mas algumas
matérias dessas já foram votadas no Senado, como a
securitização. O presidente da Câmara [deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ) me disse que já há o
entendimento dos líderes para se votar na semana que
vem a securitização. Então, vai ser um ponto da
pauta do pacto federativo que a gente vai conseguir
resolver”, argumentou o parlamentar.
Segundo o líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra (MDB-PE), a equipe econômica tem dialogado
com lideranças partidárias e com os presidentes de
Câmara e Senado em busca de alternativas para a
partilha dos recursos da cessão onerosa. Bezerra
afirmou ainda que o impasse poderá atrasar a votação
da reforma da Previdência em segundo turno no
Senado.
“Se tivermos com os problemas encaminhados e
resolvidos podemos votar na próxima semana. Se não,
terá que se fazer uma avaliação e eventualmente
poderemos precisar de mais uma semana para poder ter
a matéria deliberada em plenário”, avaliou o
senador.
Fonte: Agência Brasil
03/10/2019 -
Guedes diz que quer "cada bilhão perdido" com
benefício aos mais pobres
"O Senado Federal reduziu em R$ 133,2 bilhões o
impacto da reforma da Previdência no primeiro turno
de votação da proposta. A desidratação inesperada
deflagrou uma megaoperação no governo para evitar
perdas ainda maiores, numa força-tarefa que mira
agora o segundo turno para manter a potência fiscal
de R$ 800,3 bilhões. Além disso, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, ordenou que cada bilhão
perdido no Senado seja compensado no chamado "pacto
federativo", que deve reunir medidas para
descentralizar recursos em favor de Estados e
municípios", informam os jornalista Idiana Tomazelli,
Daniel Weterman e Eduardo Rodrigues, em reportagem
do jornal Estado de S. Paulo.
"A indicação de Guedes a seus auxiliares de que
haverá 'troco' da equipe econômica gerou ainda mais
animosidade no ambiente já conflagrado do Senado",
aponta a reportagem. O motivo da revolta de Guedes,
na prática, é um benefício concedido aos mais
pobres. O plenário impôs na noite de terça-feira uma
derrota ao retirar as mudanças nas regras de
pagamento do abono salarial. O texto da Câmara
restringia o benefício, no valor de um salário
mínimo (R$ 998), a quem recebe até R$ 1.364,43 por
mês. Mas o Senado decidiu manter as regras atuais,
que garantem o repasse a quem ganha até dois
salários mínimos (R$ 1.996). A mudança tirou R$ 76,4
bilhões da reforma.
Fonte: Brasil247
03/10/2019 -
Bolsonaro faz terrorismo e diz que Brasil quebra em
dois anos se não aprovar Previdência
O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta
quarta-feira (2) que a aprovação da reforma da
Previdência é necessária e que o governo "não tem
plano B".
O Senado Federal aprovou na última terça-feira o
texto-base da Reforma da Previdência, por 56 votos a
favor e 19 contrários. Os senadores ainda irão
analisar ao menos 10 destaques sugeridos na Casa em
extraordinária nesta quarta-feira.
De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, a
aprovação da reforma mostra que o país está fazendo
o "seu dever de casa".
"É necessária [a reforma]. Se não fizer, quebra o
Brasil em dois anos. Lamento, tem que aprovar, não
tinha como", disse Bolsonaro ao sair do Palácio do
Planalto nesta manhã.
"É uma maneira que nós temos de dar um sinal de que
estamos fazendo o dever de casa. Não tem plano B nem
para mim nem para ninguém que estivesse em meu
lugar", acrescentou o presidente.
Bolsonaro também afirmou que gostaria de não "mexer
em muita coisa" das regras previdenciárias, mas
reforçou a necessidade da reforma.
"Outros governos tentaram fazer e não conseguiram.
Gostaria de não ter que mexer em muita coisa, mas,
senão mexer, igual de vez em quando tem que dar uma
dura no moleque em casa, mesmo dando dura, às vezes,
sai coisa errada na frente", completou.
Fonte: Brasil247
03/10/2019 -
Pluralismo sindical enfraquece a luta dos
trabalhadores
"O pluralismo sindical é uma concepção liberal que
parte do pressuposto de que os direitos e interesses
individuais devem prevalecer sobre os direitos
coletivos, de classe".
Por Nilvaldo Santana*
Desde 1º de maio de 1943, vigora no país a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com quase
mil artigos, a CLT elevou o patamar de direitos dos
trabalhadores, definiu os parâmetros da organização
sindical e o papel da Justiça do Trabalho para
arbitrar conflitos trabalhistas individuais e
coletivos.
Com o fim do regime militar, novos avanços foram
alcançados na área do trabalho. A Constituição
Federal, em seu capítulo II, dos direitos sociais,
incorporou diversos direitos previstos na CLT e
criou outros novos.
O artigo 7º, por exemplo, tem 34 incisos sobre
direitos sociais, o artigo 8º assegurou a liberdade,
autonomia e unicidade sindical, a estabilidade dos
sindicalistas, a participação obrigatória dos
sindicatos nas negociações coletivas, as fontes de
custeio, etc.
Depois da Constituição de 1988, os sindicatos
ficaram livres para elaborar os seus estatutos (foi
abolido o estatuto-padrão), fixar as cotizações,
aprovar programas de ação, disciplinar o processo
eleitoral, tudo sem interferência ou intervenção do
Estado.
Nos seus 76 anos, a CLT sofreu centenas de
modificações, para adequá-la à evolução do mercado
de trabalho, sem desfigurar o seu conteúdo básico e,
mais do que isso, dando status constitucional a
muitos dos seus artigos.
Essa realidade começa a sofrer um radical retrocesso
a partir do governo ilegítimo de Temer. Em 2017, foi
aprovada a reforma trabalhista e sindical que, entre
outros retrocessos, cria o chamado trabalho
intermitente (legaliza o trabalho precário),
adotando o conceito de prevalência do negociado
sobre o legislado, rasgando, na prática, a CLT e
acaba com a contribuição sindical obrigatória.
Há em curso uma viragem completa nos direitos
trabalhistas e sindicais do país. Antes, a CLT e a
Constituição eram o patamar mínimo de direitos a
partir dos quais os sindicatos negociavam com os
patrões novos avanços. O que era piso, agora virou
teto.
Para facilitar a aplicação desse saco de maldades, o
governo também procura fragilizar os sindicatos,
corta parte importante de suas fontes de custeio, e
limita ao máximo a ação da Justiça do Trabalho, com
a cobrança de custas e multas judiciais dos
trabalhadores.
Mas tragédia pouca é bobagem! Com o governo
Bolsonaro, os ataques aos direitos e à organização
sindical adquirem novo impulso. O programa de
governo bolsonarista prega a criação da carteira de
trabalho verde e amarela e o fim da unicidade
sindical.
Para realizar essa tarefa, foi criado o chamado
Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), com a
missão de preparar uma proposta de emenda
constitucional para construir uma nova legislação
trabalhista e sindical no país.
No terreno da organização sindical, os integrantes
do GAET, grupo que não conta com representação dos
trabalhadores, não escondem os seus objetivos:
querem fragmentar e pulverizar a organização
sindical brasileira, com a adoção do pluralismo.
O pluralismo sindical é uma concepção liberal que
parte do pressuposto de que os direitos e interesses
individuais devem prevalecer sobre os direitos
coletivos, de classe. Setores da cúpula do movimento
sindical, contrariando suas próprias bases, abraçam
essas teses liberais.
Independentemente das concepções sindicais de cada
central, é importante ficar atento à experiência
histórica. Os direitos dos trabalhadores e os
avanços do movimento sindical dependem do ambiente
político, da correlação de forças, da existência de
governos democráticos.
Na conjuntura atual, com um governo de
extrema-direita, é temerário, para não dizer um erro
grave, embarcar na canoa furada de mexer na
Constituição, imaginando que sejam possíveis regras
mais avançadas para os trabalhadores e suas
representações de classe.
Mais do que nunca, as centrais sindicais, as
confederações, as federações e o conjunto do
movimento sindical devem construir uma sólida
unidade em defesa dos direitos dos trabalhadores
consagrados na Constituição e na CLT.
Na questão da organização sindical, mexer no artigo
8º da Constituição, principalmente no dispositivo
que assegura a unicidade sindical é dar um tiro no
pé. O simples debate desta possibilidade joga água
no moinho dos nossos adversários políticos.
São legítimas as diferentes concepções sobre
organização sindical e cada uma das centrais tem o
direito de defender suas propostas. Mas não é disso
que se trata no momento, e sim de uma avaliação
equilibrada da complexidade política atual.
Fica o alerta: o mar não está para peixe, baixar a
guarda agora e abrir um debate a respeito de uma
radical mudança na organização sindical pode ser um
desastre de graves consequências para o sindicalismo
brasileiro.
*Nilvado Santana é Secretário Sindical Nacional do
PCdoB.
Fonte: Blog do Renato Rabelo
03/10/2019 -
Toffoli adia decisão que pode enterrar Lava Jato e
prevê análise junto com 2ª instância
O ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), adiou a discussão sobre
possíveis restrições à abrangência da tese que abre
forte precedente para anular sentenças da Lava Jato.
Em conversas com ministros depois do julgamento
desta quarta-feira (2), Toffoli deu a entender que o
debate só deve ser retomado na segunda quinzena de
outubro.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"a intenção do presidente é levar o tema ao plenário
do Supremo no mesmo dia em que pautar o debate das
ações que questionam a constitucionalidade da prisão
após condenação em segunda instância, uma das
principais bandeiras da Lava Jato."
A matéria ainda acrescenta que "ao pautar os dois
temas simultaneamente, Toffoli faz um gesto à ala da
corte que se posicionou contrária à possibilidade de
se definir quais casos serão afetados pelo novo
entendimento do Supremo sobre os prazos de alegações
finais."
Fonte: Brasil247
03/10/2019 -
Dieese: diminuir mercado interno, empobrecer
população e cortar direitos não levará ao
crescimento
Análise do instituto mostra que o Brasil segue
caminho contrário ao de outros períodos de crise,
quando aumentou investimento e preservou políticas
sociais
“Diminuir o mercado interno, empobrecer a população,
piorar a vida dos trabalhadores e reduzir direitos
sociais e trabalhistas não é maneira de enfrentar os
problemas e estimular o crescimento econômico”,
afirma o Dieese em seu Boletim de Conjuntura, que na
edição mais recente traz o título A perversa marcha
da insensatez. O instituto não vê perspectiva de
recuperação: “O que se assiste é a continuidade da
deterioração das condições de emprego e renda dos
trabalhadores”.
A nota faz referência à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019, de “reforma” da
Previdência, que nesta terça-feira (1º) foi aprovada
na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e
remetida ao plenário da Casa. “Se aprovada,
provocará grande prejuízo social e econômico a quase
100 milhões de brasileiros que dependem direta ou
indiretamente da Previdência Social”, afirma o
Dieese. “Sistemas de seguridade social que
proporcionam condições razoáveis de saúde,
previdência e assistência social encontram-se no
‘olho do furacão’ no mundo todo.”
De acordo com o instituto, mesmo assessorias
empresariais já apontam um longo caminho de
retomada, pulando o próximo ano: ainda que o Produto
Interno Bruto (PIB) retorne em 2021 ao patamar
anterior à crise, o PIB per capita só voltará a esse
nível em 2023. O documento chama a atenção para o
caso da Argentina, “cujo governo aplicou programa
econômico semelhante ao do governo brasileiro”, que
demonstra em certa medida o que pode acontecer aqui.
“Além de crescimento medíocre e do empobrecimento da
população, a instabilidade financeira tornou a
situação dramática no país vizinho. Em 2018, em
decorrência de uma crise cambial, o país teve que
voltar a recorrer ao Fundo Monetário Internacional
(FMI), sob pena de sofrer um processo de quebradeira
financeira. Juros altos, recessão, desemprego nas
alturas e inflação de quase 50%, marcaram a economia
do país nesse período.”
Já o Brasil sofre um “colapso” de investimentos
produtivos, afirma o Dieese, com a taxa de
investimento no menor patamar em mais de meio
século, “mostrando a debilidade da economia nos
gastos com máquinas e equipamentos, construção civil
e inovação”. Com isso e o crescimento do desemprego,
também aumenta a pobreza. “De acordo com o IBGE, os
que vivem abaixo da linha de pobreza extrema (cujos
ganhos não passam de R$ 7 diários) saltaram de 13,5
milhões, em 2016, para 15,2 milhões, em 2017. Quando
consideradas as famílias que vivem com menos de R$
406 por mês, o total subiu de 53,7 milhões, em 2016,
para 55,4 milhões em 2017.”
O Dieese demonstra que o país segue caminho oposto
ao de outros períodos de turbulência. “Em 2008,
quando explodiu a crise mundial, em pleno epicentro
do sistema capitalista, o Brasil soube enfrentar o
tsunami com políticas anticíclicas de crescimento,
manutenção das políticas sociais, expansão do
mercado consumidor interno (via salário mínimo e
geração de empregos) e aumento dos investimentos
públicos (Minha Casa, Minha Vida, por exemplo)”,
lembra. “Agora, com a possibilidade de nova
turbulência global, o governo desmantela as
estruturas econômicas e sociais que poderiam mitigar
os efeitos da crise e ainda acena com ‘reformas mais
severas’.”
Leia
aqui a íntegra da nota.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/10/2019 -
TST fixa reajuste de 3% e desconta dias parados na
greve dos Correios
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta
quarta-feira (2) que os Correios devem conceder
reajuste de 3% nos salários e nos benefícios dos
funcionários da estatal. A questão foi decidida
durante o julgamento do dissídio coletivo da greve
realizada no mês passado.
Pela decisão, os ministros da Seção de Dissídios
Coletivos também decidiram que os dias de
paralisação serão descontados em três parcelas na
folha de pagamento e que as cláusulas do acordo
coletivo anterior serão mantidas.Também foi
determinada a exclusão dos pais dos funcionários do
plano de saúde, com a exceção de quem estiver em
tratamento médico contínuo. A greve não foi
considerada ilegal.
Em nota aos trabalhadores, a Federação Nacional dos
Tralhadores em Empresas de Correios (Fentect) disse
que o reajuste de 3% está próximo ao índice de
inflação, mas não repara a perda do "direito
histórico" de manter pais e mães no plano de saúde.
Segundo a federação, o maior avanço foi a
mobilização da categoria.
Os Correios informaram que vão cumprir a decisão,
mas alertaram para a "delicada situação financeira
da empresa". Segundo a estatal, o prejuízo acumulado
é de R$ 3 bilhões, e os gastos com pessoal estão em
62% dos dispêndios anuais.
"As condições econômicas da estatal foram,
inclusive, contempladas no parecer divulgado pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT) no último dia
30. Em sua avaliação sobre as cláusulas do acordo
coletivo de trabalho da empresa, o órgão considerou
que algumas delas têm percentuais acima do mínimo
previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT)", disse a estatal.
No dia 18 de setembro, os funcionários da estatal
encerraram a paralisação, que foi realizada de 11 a
18 de setembro. Durante o período, um plano de
continuidade de negócios foi montado pela empresa, e
as postagens e entregas de correspondências e de
encomendas Sedex e PAC continuam sendo feitas em
todos os municípios. No entanto, os serviços com
hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) foram
suspensos.
Fonte: Agência Brasil
02/10/2019 -
Por 56 votos a 19, Senado aprova texto-base da
reforma da Previdência em 1º turno
O Plenário do Senado aprovou na noite desta
terça-feira (1), em primeiro turno, o texto-base da
reforma da Previdência, por 56 votos a 19. A
conclusão da votação dependia da análise dos dez
destaques apresentados.
Após a análise dos destaques, a proposta terá de
passar por um segundo turno de votação, previsto
para ocorrer na próxima semana.
Assim como na votação desta terça, a alteração na
Constituição precisará de pelo menos 49 votos
favoráveis para ser aprovada em segundo turno.
Se aprovada, reforma da Previdência será a maior
alteração à Constituição desde 1988, quando foi
promulgada. De acordo com estimativas da equipe
econômica do governo, as mudanças previdenciárias
podem gerar uma economia de cerca de R$ 876 bilhões
em 10 anos.
Antes de ser votada em plenário em primeiro turno, a
proposta passou nesta terça pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Fonte: Brasil247
02/10/2019 -
Senado mantém abono salarial para quem ganha até
dois mínimos
Proposta reduz economia da reforma da Previdência
em R$ 76,4 bilhões
Pressionado pela queda no quórum, o governo sofreu
uma derrota na votação de um dos destaques da
reforma da Previdência. Na madrugada desta
quarta-feira (2), o Plenário do Senado derrubou a
restrição do abono salarial a quem ganha até R$
1.364,43. Com a retirada do ponto da proposta de
emenda à Constituição (PEC), a economia com a
reforma da Previdência cai para R$ 800,2 bilhões nos
próximos dez anos.
Com a derrota, o abono salarial continuará a ser
pago aos trabalhadores - com carteira assinada há
pelo menos cinco anos - que recebem até dois
salários mínimos. A restrição do pagamento do abono
salarial geraria economia de R$ 76,2 bilhões ao
governo nos próximos dez anos, segundo o Ministério
da Economia.
O governo precisava de 49 votos para derrubar o
destaque apresentado pelo Cidadania e manter a
restrição ao abono salarial, que constava do texto
aprovado pela Câmara dos Deputados e pela Comissão
de Constituição e Justiça do Senado, mas teve sete
votos a menos que o necessário. O destaque obteve 42
votos sim (que manteria o texto da Câmara) e 30
votos não (que retiraria o ponto da reforma), mas a
maioria foi insuficiente para manter a restrição.
Destaques rejeitados
Logo depois da derrota, o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), encerrou a sessão e marcou a
continuação da votação dos destaques para as 11h
desta quarta-feira. Antes de perder a votação do
abono salarial, o governo tinha conseguido derrubar
dois destaques com maioria folgada. Um destaque de
autoria do Podemos foi retirado mediante acordo.
De autoria do MDB, o primeiro destaque rejeitado foi
uma emenda de redação que impediu que o texto-base
da PEC da reforma da Previdência fosse alterado e
voltasse para a Câmara. O governo venceu a votação
por 75 a 0.
O segundo destaque rejeitado, apresentado pelo PT,
buscava restabelecer a aposentadoria por
periculosidade para profissões de risco, como
motoboys, vigilantes, guardas municipais e de
trânsito, seguranças e agentes que manuseiam
explosivos. A proposta foi derrubada por 71 votos a
3.
Um destaque do Podemos que buscava restabelecer a
autorização para que prefeituras criassem regimes
próprios de Previdência para os servidores foi
retirado pelo partido, depois de dúvidas se a
proposta alteraria o mérito da reforma da
Previdência e acarretaria o retorno do texto para a
Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Brasil
02/10/2019 -
Bolsonaro volta a atacar Raoni e diz que Amazônia
não é do "índio" nem da "porra da árvore", mas do
minério
Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que "o
interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da
árvore, é no minério". A afirmação ocorreu em
discurso a garimpeiros de Serra Pelada (PA) em
frente ao Palácio do Planalto, após Bolsonaro
receber representantes do grupo. A informação é do
jornal O Globo.
Ele disse que irá divulgar um vídeo sobre a
exploração do grafeno que, ajudaria a "abrir a
cabeça da população", e voltou a criticar o líder
indígena Raoni Metuktire , dizendo que ele não fala
pelos índios.
"Esse vídeo é muito bom para abrir a cabeça da
população de que o interesse na Amazônia não é no
índio nem na porra da árvore, é no minério. E o
Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão, não
fala pelos índios, não. É outro que vive tomando
champanhe e em outros países por aí", declarou.
Os garimpeiros pedem uma "administração militar" da
área. Bolsonaro afirmou que enviará as Forças
Armadas se houver amparo na lei. Ele disse que a
situação será tratada pelo ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, e afirmou que quer dar
uma resposta ainda nesta terça.
"Se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas
lá. Se tiver amparo legal, não vou prometer para
vocês o que não posso fazer. Se tiver amparo legal,
eu boto as Forças Armadas lá, a gente resolve esse
problema aí", disparou.
Fonte: Brasil247
02/10/2019 -
Centrais se dividem sobre alternativas para reforma
sindical
Unânimes na posição contrária a um modelo de
reforma sindical que possibilitaria até 1 sindicato
por empresa, as centrais sindicais estão divididas
sobre qual alternativa defenderão. Força e UGT
defendem representatividade mínima dos sindicatos
por categoria, em eventual fim da unicidade
sindical. Já CTB, NCST, CGTB e CSB querem a
continuidade do modelo atual, em que é permitido
apenas 1 sindicato por categoria em cada cidade ou
região. No portal Valor Econômico
A proposta de novo órgão bipartite para regular a
estrutura sindical também tem relativo acordo entre
as organizações. Já nas alternativas ao
financiamento sindical também há divergências.
As centrais sindicais iniciaram discussão com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para
chegar a uma proposta de reforma sindical negociada
entre entidades patronais, de trabalhadores e o
Congresso. A intenção é se antecipar à reforma em
elaboração por grupo de trabalho formado pelo
secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho (PSDB).
A Força Sindical defende que possa haver mais de 1
sindicato por categoria por região, mas mediante
volume mínimo de representação da categoria, a ser
definido. “Deve haver um prazo de transição entre o
modelo atual e o modelo futuro”, diz Miguel Torres,
presidente da Força, acrescentando que essa
representação não seria feita por número de
filiados, mas por número de trabalhadores que
aceitarem a representação pelo sindicato nas
campanhas salariais.
Ele propõe novo modelo de contribuição sindical, com
adesão voluntária pelos trabalhadores no momento da
campanha salarial. “Uma das propostas é que só tenha
direito às negociações coletivas aquele trabalhador
que financiar a campanha salarial. Quem não
contribuir fica sem ser coberto pelas negociações”,
sugere.
Para Torres, a proposta de reforma sindical em
discussão pelo governo, que prevê pulverização da
representação, com a possibilidade de criação de
sindicatos por empresa, com base na Convenção 87 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem
como objetivo acabar com o movimento sindical. “Essa
proposta nós não aceitamos.”
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), diz que a central não defende o
fim da unicidade sindical, mas que as discussões
tanto no Executivo, quanto no Congresso, estão
tendendo nessa direção. O sindicalista defende
então, nesse contexto, que os sindicatos tenham que
ter representatividade mínima, como 10% da categoria
entre seus filiados. Defende também contribuição
negociada em assembleia por categoria e que as
conquistas das negociações coletivas sejam válidas
para todos.
“Temos uma reunião quarta-feira (2) na UGT para
definir parâmetros mínimos e, no dia 17, haverá
reunião do Rogério Marinho e o [secretário do
Trabalho] Bruno Dalcomo com as centrais”, antecipa.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) e a Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB), por sua vez,
fecharam posição contrária ao fim da unicidade
sindical, diz Adilson Araújo, presidente da CTB. A
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também tem
posicionamento público neste mesmo sentido.
“Se houver a possibilidade de pluralismo, toda vez
que houver uma disputa sindical, as correntes
perdedoras se acharão no direito de fundar uma nova
entidade. É uma fragmentação muito forte do
movimento sindical”, diz Antonio Neto, presidente da
CSB. “Nos surpreende saber que o governo Bolsonaro
está copiando todas as teses do PT e da CUT, que
sempre defenderam a Convenção 87, o pluralismo
sindical e contra a contribuição sindical.”
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de fato
defende historicamente essas posições, mas procurada
pelo Valor disse que não comentaria o assunto.
Fonte: Diap
02/10/2019 -
Centrais pedem suspensão no Senado da votação da PEC
da Previdência
As centrais sindicais dos trabalhadores encaminharam
ao relator da reforma da Previdência (PEC 6/2019),
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), uma mensagem na
qual pedem a ele a suspensão da tramitação da
matéria até que seja apurado as denúncias
encaminhadas por professores da Unicamp dando conta
de que os números apresentados pelo governo
Bolsonaro estão errados.
No documento, os presidentes das centrais dizem que
a acusação é gravíssima. “Os cálculos manipulam os
dados sem respeitar a legislação e inflam o custo
fiscal das aposentadorias atuais para justificar a
reforma e exagerar a economia fiscal e o impacto
positivo (inexistente) sobre a redução da
desigualdade da Nova Previdência”, acusam os
professores.
Durante a análise da proposta nesta terça-feira (1º)
pela manhã, na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), os partidos de oposição vão tentar barrar
quatro pontos considerados extremamente prejudiciais
aos trabalhadores e trabalhadoras:
- O pagamento do abono salarial somente para quem
ganha até R$ 1.364,43. Hoje, recebem trabalhadores
que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00);
- O aumento no tempo de contribuição das
aposentadorias especiais;
- A redução em até 40% no valor do benefício da
pensão por invalidez e;
- E o tempo mínimo de contribuição para se obter a
aposentadoria integral, que, se aprovado, chegará a
40 anos para homens e 35 anos para as mulheres.
Hoje, é de 30 anos para as mulheres e 35 anos para
os homens.
Leia a mensagem que os presidentes das centrais
sindicais encaminharam ao relator da proposta de
Bolsonaro:
Prezados Senadores e Senadoras,
Há muito temos denunciado o caráter perverso e
injusto da Reforma da Previdência proposta pelo
atual governo, por meio da PEC nº 6, de 2019, e suas
terríveis consequências para o país e, sobretudo,
para os trabalhadores e trabalhadoras.
Diante da denúncia de professores da Unicamp –
realizada após análise aprofundada dos dados
fornecidos pelo Ministério da Economia – de que os
números apresentados pelo governo estão errados,
havendo indícios de falsificação, solicitamos a V.
Exas. que, em defesa da democracia e do Estado
democrático de direito, suspendam a tramitação da
PEC 6/19 até o esclarecimento dos fatos.
A acusação é gravíssima. Dizem os professores da
Unicamp que “os cálculos manipulam os dados sem
respeitar a legislação e inflam o custo fiscal das
aposentadorias atuais para justificar a reforma e
exagerar a economia fiscal e o impacto positivo
(inexistente) sobre a redução da desigualdade da
Nova Previdência”.
Ao refazer os cálculos oficiais com o uso das normas
vigentes legalmente, os professores da Unicamp
demonstram que, para o Regime Geral de Previdência
Social (RGPS), o subsídio para as aposentadorias dos
trabalhadores mais pobres diminui, ou seja,
resultado absolutamente diferente do que o
apresentado pelo governo que diz que o benefício
aumenta com a reforma da previdência.
A análise revela ainda que as aposentadorias por
tempo de contribuição (ATC) obtidas nas regras
atuais com idades mais novas (e forte desconto do
Fator Previdenciário) geram superávit para o RGPS e
têm impacto positivo na redução da desigualdade.
Este resultado se verifica inclusive considerando
pensões por morte oriundas de ATCs e é conhecido há
muitos anos, desde pesquisas científicas feitas, por
exemplo, pelo próprio ex-secretário da Previdência
Marcelo Caetano, entre outros.
Diferentemente do que argumenta o governo, a análise
da Unicamp conclui que “a abolição da ATC resulta em
déficit para o RGPS”. Para compensar esse déficit, a
PEC 6/19 muda os critérios de acesso e cálculo,
reduzindo os benefícios e aumentando a pobreza sob o
pretexto de “simplificar” o sistema ao unir regras
de tempo de contribuição e idade mínima.
Com isso, os aposentados por idade com salários
médios até 65% acima do salário mínimo terão
descontos que os levarão a receber apenas um salário
mínimo na aposentadoria, jogando milhões de famílias
dependentes de aposentados na pobreza. Número ainda
maior escapará por pouco da pobreza. Aposentados por
tempo de contribuição que contribuem sobre um
salário mínimo e receberiam o mesmo terão que
esperar por até 16 anos a mais para se aposentar.
Ambos se concentram nos estados mais pobres da
federação, que mais dependem dos benefícios
previdenciários próximos do piso salarial.
A análise conclui, portanto, que o aumento do
subsídio para os mais pobres pós-reforma é falso.
Como o superávit alegado pelo governo com a abolição
da ATC apenas adia aposentadorias, com custo fiscal
maior para as gerações futuras, a estimativa de
economia com a reforma também é enganosa e se
concentra nos mais pobres.
Em audiência pública realizada na Comissão de
Direitos Humanos do Senado Federal, na última
sexta-feira 20/09, o Secretário da Previdência
Social, Leonardo Rolim, responsabilizou a Secretaria
de Política Econômica pelos cálculos errados.
Contudo, ele acompanhou o Ministro da Economia e
Secretario Especial de Previdência e Trabalho em
várias ocasiões em que estes números foram
apresentados e não os criticou antes. Ao invés de
defender a planilha com os cálculos falsos, a
resposta oficial ao estudo da UNICAMP, divulgada
pela Secretaria de Previdência, fez novas afirmações
falsas sobre o uso de valores de Fator
Previdenciário, Sobrevida, Regra 85/95 e Pensão por
Morte que não correspondem ao estudo criticado.
Como pode o Senado Federal, Casa revisora composta
por lideranças experimentadas, tomar conhecimento de
denúncia tão grave e não exigir esclarecimentos
convincentes antes de votar matéria de tamanha
relevância e altíssimo impacto na vida de milhares
de pessoas?
Se já é uma submissão inaceitável o Senado Federal
abrir mão de fazer as alterações na PEC 6/19,
reconhecidas como necessárias pelo relator – tanto
que propôs uma PEC paralela – e ainda por cima votar
o relatório sem que a denúncia de que os números não
correspondem à realidade, apresentada por renomada
Universidade, seja devidamente apurada?
Por estas razões solicitamos, encarecidamente, que a
apreciação da PEC 6/19 seja sobrestada até que as
denúncias dos professores da Unicamp sejam
esclarecidas. Esperamos que V.Exas. adotem esta
medida e exerçam as atribuições constitucionais
reservadas ao Senado Federal – como Casa revisora –
para o bem do povo e do Brasil.
Antonio Neto, Presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB)
Adilson Araújo, presidente da Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT)
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força
Sindical
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
Fonte: Portal Vermelho
02/10/2019 -
Produção industrial brasileira cresce 0,8%
A produção industrial brasileira cresceu 0,8% na
passagem de julho para agosto. Com a alta, a
indústria recuperou parte da perda de 0,9% acumulada
de maio a julho. O dado é da Pesquisa Industrial
Mensal, divulgada nesta terça-feira (1º) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Apesar da alta na comparação com julho, a indústria
teve quedas de 2,3% na comparação com agosto do ano
passado e de 1,7% tanto no acumulado do ano quanto
no acumulado de 12 meses.
A alta da taxa de julho para agosto foi puxada
exclusivamente pelos bens intermediários, isto é, os
insumos industrializados usados no setor produtivo,
que cresceram 1,4% no período.
Ao mesmo tempo, tiveram queda os bens de capital,
isto é, as máquinas e equipamentos (-0,4%), os bens
de consumo duráveis (-1,8%) e os bens de consumo
semi e não duráveis (-0,4%).
Entre as 26 atividades pesquisadas, apenas dez
tiveram alta e sustentaram o crescimento médio da
indústria, com destaque para as indústrias
extrativas, que avançaram 6,6% de julho para agosto.
Também tiveram altas os setores de derivados de
petróleo e biocombustíveis (3,6%) e de produtos
alimentícios (2%).
Entre os 16 segmentos em queda, os destaques ficaram
com veículos automotores (-3%), artigos de vestuário
e acessórios (-7,4%), máquinas e equipamentos
(-2,7%) e produtos farmacoquímicos e farmacêuticos
(-4,9%).
Fonte: Agência Brasil
02/10/2019 -
Barragem de rejeito de lavra de ouro se rompe em MT
A Agência Nacional de Mineração (ANM) confirmou o
rompimento de uma barragem de rejeito de lavra de
ouro, que ocorreu nesta terça-feira (1º), no
município de Nossa Senhora do Livramento, a cerca de
40 quilômetros de Cuiabá, capital do Mato Grosso. A
comunidade de Brejal ficou isolada e teve o
fornecimento de energia e serviços de telefonia
interrompidos. A estrutura tem altura de 15 metros e
volume armazenado de 582,1 mil metros cúbicos de
rejeito.
De acordo com a ANM, não houve identificação de
vítimas e duas pessoas que trabalhavam no local
foram levadas ao hospital.
A Secretaria de Estado Meio Ambiente de Mato Grosso
informou que os rejeitos vazados não atingiram
"drenagens, corpos hídricos ou áreas de preservação
permanente (vegetação nativa)".
Segundo a nota, a lâmina de aproximadamente 10
centímetros "percorreu apenas áreas já antropizadas,
como pastagem ou de uso do próprio empreendimento".
Fonte: Brasil247
01/10/2019 -
Com Guedes e Bolsonaro, dívida bruta do Brasil bate
recorde
O setor público consolidado brasileiro registrou um
déficit primário de 13,448 bilhões de reais em
agosto, divulgou o Banco Central nesta
segunda-feira, com o rombo acumulado em 12 meses
equivalente a 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado veio melhor que a projeção de analistas
em pesquisa Reuters de um déficit de 16,7 bilhões de
reais para o mês.
Em agosto, a dívida bruta subiu a 79,8% do PIB, ante
79,0% em julho, e expectativa de analistas de 79,3%.
Já a dívida líquida diminuiu 1 ponto, a 54,8% do
PIB, contra estimativa de 55,6%.
Por Marcela Ayres
Fonte: Brasil247
01/10/2019 -
‘Não troco minha dignidade pela minha liberdade’,
reafirma Lula sobre semiaberto
Em carta endereçada ao povo brasileiro e à sua
defesa, ex-presidente nega possibilidade do
semiaberto e cobra que STF cumpra seu papel
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou
nesta segunda (30) uma carta destinada ao povo
brasileiro e aos seus advogados, sobre o pedido de
procuradores do Ministério Público de progressão de
sua pena para o regime semi-aberto. Lula rejeita
abertamente a opção, já que classifica sua
condenação como injusta e nula. “Não troco minha
dignidade pela minha liberdade”, afirma em sua
primeira sentença.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, fez a
leitura das palavras de Lula após visita de
orientação jurídica. “O ex-presidente Lula reafirmou
sua posição de que não aceita nenhuma barganha em
relação a sua liberdade (…) Essa carta orienta seus
advogados a respeito da posição dele sobre a questão
que foi posta”, disse.
Zanin explicou que ainda não recebeu nenhuma
intimação da Justiça sobre a proposta, algo que deve
ser oficializado pela juíza responsável pela juíza
de execuções penais em Curitiba, Carolina Lebbos.
“Temos que aguardar a intimação e, no prazo,
apresentaremos a manifestação seguindo essa
orientação dada por Lula. Vamos apresentar
exatamente a posição do ex-presidente. Ele não
aceita qualquer condição porque não reconhece a
legitimidade do processo que o condenou e o trouxe
ao cárcere” disse.
Sobre a possibilidade de descumprimento de uma ordem
judicial, Zanin reafirmou não entender desta forma,
visto que a decisão que condenou Lula é considerada
pela defesa como nula. “Não estamos cogitando
descumprimento, e sim, em uma decisão, a partir do
momento que ele não reconhece a legitimidade da
condenação, ele não está obrigado a aceitar qualquer
condição do Estado. O que ele deseja é que a Suprema
Corte analise os pedidos apresentados, seja sobre
suspeição de Moro e dos procuradores.”
Fonte: Rede Brasil Atual
01/10/2019 -
Maia e centrais se antecipam à reforma sindical
Em mais uma disputa de protagonismo com o governo, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
acertou com centrais sindicais, confederações
patronais (como CNI, CNC, CNA e CNT) e federações,
como a Febraban, a apresentação de uma proposta de
emenda constitucional (PEC) para discutir a reforma
sindical.
A intenção dos trabalhadores, ao procurar Maia, é se
antecipar à reforma sindical em elaboração pelo
secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho (PSDB) - principal responsável pela
reforma trabalhista, que acabou com a contribuição
sindical obrigatória e a tornou opcional.
Marinho montou um grupo de juristas, economistas e
técnicos do governo para elaborar uma proposta até o
fim do ano e deixou de fora sindicatos. O
coordenador do grupo, o secretário do Trabalho,
Bruno Dalcomo, prometeu aos sindicalistas ouvir
sugestões, mas eles não terão direito a decidir na
confecção do texto.
Marinho estaria se espelhando no modelo americano,
de um sindicato para cada empresa, estrutura
completamente diferente da brasileira, onde as
entidades representam categorias por município ou
região, como os metalúrgicos de São Paulo ou os
motoristas de ônibus do ABC.
No modelo dos Estados Unidos, os funcionários do
Banco do Brasil se uniriam em um sindicato
exclusivo, por exemplo, sem a participação dos
empregados de outros bancos. “O governo sinalizou
com o pluralismo por empresa. No Brasil vai haver
milhões de sindicatos, vai ser pior do que era
antes, e com um sindicalismo muito mais
enfraquecido”, disse o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que tem
preferência pelo modelo alemão, de sindicatos
nacionais por categoria.
Ainda não há uma definição consensual sobre o modelo
a ser adotado, mas o fim da unicidade sindical (de
um sindicato por município/ região), antes rechaçado
no meio, agora já é aceito. A Central Única dos
Trabalhadores (CUT) já defendia a mudança nesse
modelo, mas suas bases resistiam.
A Força Sindical, antes contrária, agora é favorável
a disputa entre sindicatos na mesma base. “Todo
mundo está percebendo que, se não atualizar a
legislação, tornar as estruturas mais democráticas,
não há solução”, disse o secretário-geral da Força,
João Carlos Gonçalves, o “Juruna”.
As grandes confederações patronais, como a da
Indústria (CNI), da Agropecuária (CNA), do Comércio
e Serviços (CNC) e dos Transportes (CNT), além de
entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban),
enviaram representantes para a reunião com Maia e
tem participado das discussões com os trabalhadores,
mas também não fecharam uma posição.
Uma proposta em discussão, apurou o Valor, é
autorizar mais de um sindicato da categoria por
cidade, mas só permitir que sentem na mesa de
negociações, para firmar os acordos coletivos, os
que tiverem um percentual mínimo de filiados em
relação ao conjunto da categoria. O percentual exato
ainda está em debate, mas teria uma transição de dez
anos, com aumento gradual. Se mais de um sindicato
alcançar essa representação mínima, ambos terão
direito de negociar com o sindicato patronal os
benefícios dos trabalhadores.
A representatividade seria medida a cada três anos e
a categoria, por plebiscito, poderia delegar a um
deles o direito de falar em nome de todos pelo
período. Para evitar “concorrência desleal” entre os
sindicatos, haveria regras para impedir taxas muito
baixas de modo a esvaziar um sindicato em detrimento
de outro.
Toda essa estrutura deixaria de ser gerida pelo
governo federal, que hoje decide quando há disputas
entre sindicatos - como, por exemplo, se deve ser
autorizada a criação de uma entidade para
representar os lojistas de shopping onde já existe
um sindicato dos lojistas em geral. A proposta em
geral é que essas disputas passem a ser arbitradas
por um novo órgão, bipartite, com representantes dos
sindicatos laborais e empresariais, que também
ficaria responsável por medir a representatividade e
regulamentar as taxas pagas.
Um dos grandes objetivos do movimento com a PEC é
estabelecer formas de financiamento, que despencou
desde o fim do imposto sindical obrigatório. Ainda
há divergências, mas uma ideia é retomar o desconto
na folha de salário dos empregados e o pagamento de
uma taxa quando for fechado com o sindicato patronal
o acordo coletivo da categoria, com a definição do
reajuste salarial e dos demais benefícios. Uma
hipótese em avaliação, mais impopular, é que o
acordo coletivo só tenha validade para os filiados
do sindicato.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse, em
nota, que não existe proposta concreta de reforma
sindical para tomar posição. CNT e CNA não
responderam. Febraban disse que não comenta projetos
em discussão.
(Valor Econômico)
Fonte: Mundo Sindical
01/10/2019 -
Contribuição sindical não obrigatória cresce 19% no
1º semestre deste ano, diz Fipe
O valor da contribuição negocial de sindicatos
(aquela que não é obrigatória) teve um aumento de
19% na comparação entre o primeiro semestre deste
ano e de 2018, segundo dados levantados pelo
Salariômetro da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas), divulgado nesta sexta-feira
(27).
O montante, que é utilizado para bancar o serviço de
negociação que o sindicato presta aos trabalhadores,
teve sua mediana em R$ 71,40 nos seis primeiros
meses deste ano. No mesmo período de 2018, o valor
era de R$ 60.
Segundo o professor de economia da USP e coordenador
do Salariômetro, Hélio Zylberstajn, esse foi um
caminho encontrado pelas entidades para contornar o
fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.
"Isso é reflexo da reforma trabalhista. Porque como
aquela outra fonte que era garantida minguou, eles
estão tentando recuperar nessa outra", afirmou.
O vaivém do imposto sindical
Cada sindicato possui uma nomenclatura para esse tipo
de subsídio, mas em geral o termo mais utilizado é
contribuição negocial.
No começo de março, quando o presidente Jair
Bolsonaro alterou as regras para dificultar o
pagamento da contribuição sindical, as centrais
chegaram a se movimentar para tentar regularizar
essa outra contribuição.
Zylberstajn lembra, porém, que o tema é espinhoso e
que o próprio STF (Supremo Tribunal Federal) já
proibiu que o montante seja descontado do salário do
trabalhador sem sua autorização.
Em junho deste ano, o ministro Luis Roberto Barroso
seguiu interpretação da ministra Carmén Lúcia e
suspendeu um acordo coletivo que permitia o
sindicato em descontar diretamente a contribuição da
folha de pagamento.
"Há uma insegurança jurídica muito grande porque os
sindicatos, quando montam a pauta para pedir
aumento, levam para a mesa também qual vai ser a
contribuição negocial e querem que a empresa
concorde em descontar aquele valor. Só que existe
uma jurisprudência do STF, dizendo que não pode
haver esse desconto sem autorização do trabalhador",
disse.
"Fica um conflito, porque os trabalhadores podem não
gostar, e se a empresa não concordar com o
sindicato, ele pode não assinar o acordo. Então essa
é uma fonte mal resolvida de regulação."
Benefícios
Ainda na comparação entre os semestres deste e do ano
passado, embora a mediana do piso salarial tenha
subido de R$ 1.164 para R$ 1.200, a maioria dos
benefícios teve sua mediana reduzida.
O vale alimentação mensal, por exemplo, recuou de R$
250 para R$ 246, enquanto o vale diário caiu de R$
20 para R$ 19,50. O mesmo ocorreu com a
coparticipação do plano de saúde e de seguro de
vida, cujos valores caíram de R$ 33,65 e R$ 3,26
para R$ 30 e R$ 2,20, respectivamente.
A coparticipação do plano odontológico, no entanto,
subiu de R$ 12,50 para R$ 13,70.
Essas alterações, segundo avaliação do coordenador
do Salariômetro, são muito pequenas e são
consideradas como uma estabilidade.
Ganho Real
O Salariômetro relativo ao mês de agosto deu
continuidade ao movimento de ganho salarial que já
tinha ocorrido em julho. Acordos e convenções
concluídos no oitavo mês do ano tiveram aumento real
de 0,3%.
Esse aumento é resultado da diferença entre o
reajuste nominal (que não considera a inflação) e o
INPC –índice de preços que orienta os salários.
"O que traz o ganho salarial é puramente a inflação.
Quando ela está alta, a probabilidade do ganho real
diminui. Agora nos últimos meses a inflação abaixou,
o reajuste também, mas ficou acima da inflação",
afirmou Zylberstajn.
(Folha de S.Paulo)
Fonte: Mundo Sindical
01/10/2019 -
Reforma da Previdência é prejudicial ao país,
afirmam debatedores na CDH
As propostas de emenda à Constituição que tratam da
reforma da Previdência (PECs 6/2019 e
133/2019) foram criticadas em mais uma audiência
pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta
segunda-feira (30). A reunião é parte do ciclo de
debates sobre Previdência e trabalho proposto pelo
presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta principal da reforma (PEC 6/2019) aguarda
a votação de emendas de Plenário na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se houver
mudanças no Senado, o texto deverá voltar à Câmara
dos Deputados. Para evitar o retorno da matéria, no
entanto, um grupo de senadores apresentou uma PEC
paralela (PEC 133/2019), que reúne pontos não
incluídos na proposta original. Crítico da medida,
Paim defende o aprofundamento da discussão, já que
alterações na Previdência interferem na vida de
todos os brasileiros.
Para o advogado Diego Cherulli, que participou do
debate, a PEC paralela é inconstitucional e
resultará em aumento das judicializações. Ele
classificou o projeto de “o maior engodo jurídico do
país" e considerou o texto um “atestado de
incompetência” assinado pelo Senado. Para o
debatedor, trata-se de uma tentativa de os
parlamentares corrigirem a proposta original a
qualquer custo.
— O Senado está falando: “A PEC 6 está errada, mas,
mesmo assim, eu vou aprovar e mandar uma proposta
paralela para consertar o erro que eu estou
aprovando”. Isso aqui não é saco de pão para ficar
escrevendo poesia, minha gente. É a Constituição
Federal, e os senadores têm que acordar para isso —
ponderou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
01/10/2019 -
Reforma da Previdência retira direitos dos idosos,
diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou nesta
segunda-feira (30) que o Dia Internacional do Idoso
— celebrado em 1º de outubro — tenha sido escolhido
como a data de votação reforma da Previdência (PEC
6/2019) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
e no Plenário, em primeiro turno.
Na opinião do parlamentar, o texto retira direitos
históricos adquiridos pelos idosos e, por isso, eles
são os principais prejudicados com a matéria. Para
Paim, não há motivos para celebrar o dia.
— Não é o envelhecimento da população que vai trazer
o caos à Previdência, mas, sim, a ineficiência do
sistema, a má gestão, o desvio das verbas da
seguridade, apropriação indébita, sonegação. Será
que há motivos para os idosos celebrarem o dia de
amanhã [terça-feira]? Creio que não. E, muito pior,
se o resultado for a aprovação da reforma — disse.
Fonte: Agência Senado
01/10/2019 -
TST vai julgar constitucionalidade de honorários
sucumbenciais
A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho remeteu
ao Tribunal Pleno a discussão sobre a
constitucionalidade do dispositivo da CLT
introduzido pela reforma trabalhista segundo o qual
a parte perdedora, mesmo que seja beneficiária da
justiça gratuita, deve pagar honorários advocatícios
à parte vencedora.
De acordo com o parágrafo 4º do artigo 791-A da CLT,
incluído pela Lei 13.467/2017, a parte perdedora
deve pagar ao advogado da parte contrária honorários
de 5% a 15% da condenação ou do valor da causa. O
parágrafo 4º do dispositivo admite, no caso de a
parte vencida ser beneficiária da justiça gratuita,
a utilização dos créditos provenientes da ação em
que houve a condenação e de outras. Caso não haja
créditos, a execução pode ser suspensa.
A reclamação trabalhista foi ajuizada por um
repositor de supermercados para pleitear o pagamento
de horas extras e a reversão da dispensa por justa
causa. O juízo da 35ª Vara do Trabalho de Belo
Horizonte deferiu parcialmente os pedidos, entre
eles o da justiça gratuita, no valor de R$ 3,4 mil,
mas condenou o empregado ao pagamento dos honorários
advocatícios de 15% na parte em que foi perdedor.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
reduziu os pedidos a R$ 1,2 mil, mas manteve a
cobrança imediata dos honorários. Segundo o TRT,
somente se o empregado não tivesse obtido êxito no
processo é que as obrigações poderiam ser suspensas.
No recurso de revista, o repositor sustenta que o
entendimento do TRT viola os princípios
constitucionais da dignidade da pessoa humana, dos
valores sociais do trabalho, da erradicação da
pobreza e da marginalização, da redução das
desigualdades sociais e do direito de ação e de
assistência jurídica integral e gratuita do cidadão
que comprova insuficiência de recursos para quitar
custas e demais despesas processuais sem prejuízo do
próprio sustento. Aponta, ainda, contrariedade ao
entendimento da Corte Interamericana de Direitos
Humanos sobre a matéria.
No exame do recurso de revista, o ministro Augusto
César observou que a Constituição da República
(artigo 5º, inciso XXXV) prevê o direito fundamental
de acesso ao Poder Judiciário. Na sua avaliação, o
sistema jurídico brasileiro de tutela dos direitos
sociais havia alcançado, antes da Reforma
Trabalhista, estágio mais avançado de proteção ao
garantir a gratuidade plena na Justiça do Trabalho.
A seu ver, é incoerente com esse direito que o
beneficiário da justiça gratuita seja condenado ao
pagamento imediato de honorários sobre valores
destinados à sua subsistência assegurados no
processo. “Ou bem se preserva a compreensão de que
as parcelas trabalhistas, sobretudo as de natureza
salarial, se revestem de caráter alimentar e por
isso são insuscetíveis de compensação, ou bem se
relativiza de vez a correlação entre o direito de
obter alimentos e o princípio da dignidade da pessoa
humana”, afirmou.
Segundo o ministro, a garantia do acesso à justiça a
pessoa sem condição de arcar com os custos do
processo do trabalho “não pode ter regulação
infraconstitucional que a desnature”. “Se é esse o
caso, a lei padece de inconstitucionalidade”,
destacou.
Por maioria, a turma acolheu a arguição de
inconstitucionalidade do artigo 791-A, parágrafo 4º,
da CLT e determinou a remessa dos autos ao exame do
Tribunal Pleno para o processamento do incidente.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RR-10378-28.2018.5.03.0114
Fonte: Consultor Jurídico
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