Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2020
30/10/2020 -
Centrais promovem ato pelo auxílio emergencial de R$
600 no dia 3 em São Paulo
30/10/2020 -
Resultado de
setembro não reverte queda do emprego formal: menos
559 mil vagas em 2020
30/10/2020 -
Décimo terceiro salário deve injetar R$ 208 bi na
economia
30/10/2020 -
Ciro se
reposiciona e defende diálogo com Lula e impeachment
de Bolsonaro
30/10/2020 -
CNI diz que setores mais otimistas são os de
borracha e metalurgia
30/10/2020 -
Proposta cria modalidade de saque do FGTS e prevê
extinção de regras atuais
30/10/2020 -
Empregado diferenciado não integra categoria
sindical principal da empresa
30/10/2020 -
Proposta parcela
multa rescisória do FGTS em demissão de empregado
aposentado
29/10/2020 -
Bolsonaro recua
e anuncia revogação de decreto que abre caminho para
privatizar o SUS
29/10/2020 -
Ciro e Lula
selaram as pazes em encontro intermediado por Camilo
Santana
29/10/2020 -
Lula defende aliança ampla contra Bolsonaro em 2022
29/10/2020 -
ONU:
Investimentos no Brasil caem quase 50% em 2020, a
maior queda entre países emergentes
29/10/2020 -
Menos da metade das mulheres negras brasileiras
exerce trabalho remunerado
29/10/2020 -
OAB defende
inconstitucionalidade de plebiscito para convocar
nova Constituinte
29/10/2020 -
Banco Central
mantém juros em 2% e monitora “com atenção” a
inflação
28/10/2020 -
Maia afirma que
pode incluir na pauta a MP do auxílio emergencial
28/10/2020 -
Privatização do
SUS: Conselho de Saúde denuncia decreto publicado
por Bolsonaro
28/10/2020 -
Pandemia não
acabou: Brasil perde mais 549 vidas para o novo
coronavírus
28/10/2020 -
Depois de ‘reforma’ trabalhista, emprego precário
cresce e salários caem
28/10/2020 -
Lula: "Estou
muito disposto a brigar por esse país, recuperar a
soberania e a dignidade dessa nação"
28/10/2020 -
Paulo Guedes detalha gastos contra pandemia na
comissão da covid
28/10/2020 -
Flávio Dino
refuta agressão de Bolsonaro
27/10/2020 -
Proposta do
governo tira parcelas extras de seguro-desemprego de
mais de 3 milhões
27/10/2020 -
Empregos formais
aumentaram timidamente em 2019, mas trabalhadores
ganham menos
27/10/2020 -
CNT/MDA: para
76% dos brasileiros, corrupção aumentou ou
permaneceu igual nos últimos dois anos
27/10/2020 -
Bolsonaro castiga o povo com desemprego recorde
27/10/2020 -
CNT/MDA:
Ótimo/Bom de Bolsonaro supera os 40% pela primeira
vez
27/10/2020 -
Líder de
Bolsonaro defende nova Constituição, com mais
deveres aos cidadãos
27/10/2020 -
Guedes diz que
acordos políticos dificultam privatizações
26/10/2020 -
Sindicalistas pressionam por mais parcelas do
seguro-desemprego
26/10/2020 -
Lei do Primeiro
Emprego e independência do BC podem ser votadas no
Senado
26/10/2020 -
Saiba quais os
cortes nos auxílios a trabalhadores que Bolsonaro
pretende fazer
26/10/2020 -
Bolsonaro é o
governo que mais liberou emendas parlamentar desde
2015
26/10/2020 -
IBGE: número de desempregados chega a 13,5 milhões
em setembro
26/10/2020 -
Senadora
apresenta projetos de lei para combate à violência
contra a mulher
26/10/2020 -
TST concede
indenização por danos materiais a costureira que
recusou cirurgia
23/10/2020 -
Governo promove
revogaço de normas trabalhistas
23/10/2020 -
Avanço da automação vai ampliar ‘abismo social’,
alerta Dieese
23/10/2020 -
Cresce pauta
sobre home office nas negociações trabalhistas
23/10/2020 -
Pobres perdem 32% da renda com a pandemia, enquanto
ricos apenas 3%, diz estudo
23/10/2020 -
Sem lei,
Judiciário não pode autorizar saque de FGTS por
epidemia de Covid-19
23/10/2020 -
Sem cartão de ponto, empresa tem de pagar horas
extras a empregado
23/10/2020 -
Proposta estabelece regime especial de trabalho
durante pandemias
22/10/2020 -
Boletim do Dieese indica piora nas negociações
coletivas dos últimos dois anos
22/10/2020 -
Sindicalismo defende derrubar veto à desoneração da
folha
22/10/2020 -
Pandemia faz
aumentar para 35,2% o número de jovens não estudam
nem trabalham
22/10/2020 -
CCJ aprova o
nome de Kassio Nunes Marques para o STF
22/10/2020 -
Confiança da indústria atinge maior nível em nove
anos
22/10/2020 -
Vetar a
CoronaVac é um crime contra a saúde do povo, afirmam
partidos
22/10/2020 -
Ideia legislativa propõe mudança no cálculo da
aposentadoria por invalidez
22/10/2020 -
Proposta obriga empresa a aplicar medidas de
proteção ao trabalhador durante calamidade
21/10/2020 -
Reflexo da desestruturação do mercado, 63% dos
brasileiros temem perder emprego
21/10/2020 -
Auxílio emergencial e disputa pelo Orçamento travam
votações do Plenário
21/10/2020 -
Teve contrato suspenso? Veja como ficam férias e 13º
21/10/2020 -
Ato do governo
federal sobre o imposto sindical de servidor público
é ilegal
21/10/2020 -
Alexandre de
Moraes é o novo relator do inquérito de Jair
Bolsonaro
21/10/2020 -
48% acham que Bolsonaro criou auxílio emergencial;
42% atribuem ao Congresso
20/10/2020 -
Com hora extra e terceirização à frente, cresce
número de processos trabalhistas
20/10/2020 -
Bolsonaro se
mantém contra valor de R$ 600 para o auxílio: "É
muito para o Brasil"
20/10/2020 -
87% dos
trabalhadores querem manter opção de trabalho
remoto, diz pesquisa
20/10/2020 -
Bolsonaro vai
acabar com aumento real do piso salarial de
professor
20/10/2020 -
Secretaria da
Mulher divulga estudo sobre participação feminina
nas eleições deste ano
20/10/2020 -
Desemprego é
ainda mais severo para pessoas com deficiência na
pandemia
20/10/2020 -
Estabilidade é negada a mulher que descobriu
gravidez após pedir demissão
20/10/2020 -
Proposta prevê
seguro-desemprego para funcionário de empresa que
suspender atividades na pandemia
19/10/2020 -
A reforma
trabalhista/sindical para 2021
19/10/2020 -
Desemprego
atinge 14 milhões de pessoas na quarta semana de
setembro
19/10/2020 -
Maia promete a
investidores que não vai estender estado de
calamidade
19/10/2020 -
Teletrabalho
pode trazer risco à saúde, alerta Diesat
19/10/2020 -
TST determina
homologação de acordo extrajudicial entre sindicato
e empresa
19/10/2020 -
Demissão nas
férias por ação contra a empresa gera indenização
por dano moral
16/10/2020 -
Clodesmidt Riani
100 anos, um exemplo de trabalhador brasileiro
16/10/2020 -
Bolsonaro tenta
se desvencilhar de senador com dinheiro na cueca e
culpa partidos por indicação de vice-líder
16/10/2020 -
Proposta altera
Orçamento de 2020 para cobrir gasto extra de R$ 3 bi
no seguro-desemprego
14/10/2020 -
Aumenta a pressão por votação do Auxílio de R$
600,00
14/10/2020 -
Dieese:
resultado das negociações mostra ‘resistência’ dos
trabalhadores
14/10/2020 -
Como o trabalho informal multiplicou os casos e as
mortes por Covid-19
14/10/2020 -
Com fracasso de Bolsonaro, Brasil terá queda recorde
na renda média
14/10/2020 -
Caixa amplia margem do empréstimo consignado para
35%
14/10/2020 -
FGTS pode ser usado para amortizar prestações de
financiamento, diz TRF-1
14/10/2020 -
TST libera testemunho de trabalhadora contra empresa
que ela processa
13/10/2020 -
Mirando a
reeleição, Bolsonaro flerta cada vez mais com o
"centrão" e tenta ocupar espaço de Doria, Huck e
Moro
13/10/2020 -
Maia sobre
reforma administrativa: “Eu focaria nos novos
servidores”
13/10/2020 -
Maia espera
votar até o fim do ano a PEC da prisão em 2ª
instância
13/10/2020 -
Secretaria da
Mulher discute aplicação de lei que garante exames
para detectar câncer em 30 dias
13/10/2020 -
Comissão da reforma tributária só voltará após as
eleições
13/10/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,87% em setembro
13/10/2020 -
STF barra
retrocesso e reafirma proibição de trabalho a
menores de 16 anos
09/10/2020 -
Pesquisa:
avaliação positiva de Bolsonaro cai de 37,5% para
34,9%
09/10/2020 -
Reforma trabalhista não resolveu problemas do
mercado e veio ‘enquadrar’ Judiciário
09/10/2020 -
Deputados defendem regulamentação do teletrabalho
09/10/2020 -
Indústria cresce em 12 locais em agosto e seis
superam pré-pandemia
09/10/2020 -
Para Rodrigo
Maia, PEC Emergencial é prioridade número 1
09/10/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego caem 10,6% em setembro
09/10/2020 -
Fim do auxílio
emergencial jogará 16 milhões de brasileiros na
pobreza
08/10/2020 -
Guedes e Maia
negam estender auxílio e orçamento de guerra para
2021
08/10/2020 -
Desmembramento
da Economia deve começar por Trabalho e Previdência
08/10/2020 -
Propostas de Bolsonaro para bancar Renda Cidadã
ameaçam direitos de trabalhadores e idosos
08/10/2020 -
Maia se une a
Guedes contra Rogério Marinho pelo Teto de Gastos
08/10/2020 -
Desemprego e
falta de governabilidade são maiores riscos no
Brasil, diz Fórum Econômico Mundial
08/10/2020 -
Senado aprova
projeto que facilita denúncias de maus-tratos contra
idosos
08/10/2020 -
Congresso tem que retomar debate sobre valorização
do salário mínimo, diz Paim
07/10/2020 -
Fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões de
brasileiros desamparados, diz FGV
07/10/2020 -
Centrais
sindicais pressionam Congresso para a votação da
prorrogação do auxílio emergencial
07/10/2020 -
Oposição anuncia
obstrução de votações na Câmara em defesa do auxílio
de R$ 600
07/10/2020 -
Governo estuda
prorrogar coronavoucher até março de 2021
07/10/2020 -
Faturamento da indústria supera período
pré-pandemia, diz CNI
07/10/2020 -
Guedes quer
congelar benefícios de quem ganha acima do mínimo
para bancar Renda Brasil
07/10/2020 -
Preços de alimentos básicos sobem em 17 capitais em
setembro
07/10/2020 -
Agravar doença ocupacional gera condenação ao
empregador, diz TST
06/10/2020 -
Governo proíbe órgãos federais de recolher imposto
sindical
06/10/2020 -
Deputado propõe
sustar proibição de contribuição sindical no governo
06/10/2020 -
Para Maia, prioridade agora é resolver a situação
fiscal do país
06/10/2020 -
MPT: ‘home
office’ deve conciliar necessidades empresariais e
vida familiar
06/10/2020 -
Moro deve sair
do Brasil e desistir de disputar eleições
06/10/2020 -
Paulo Guedes
tentou usar reforma administrativa para privatizar
estatais
06/10/2020 -
Celso prorroga outra vez inquérito sobre
interferência de Bolsonaro na PF
06/10/2020 -
STF decide que
Petrobras pode vender refinaria sem aval do
Congresso
06/10/2020 -
Dispensa de trabalhadora com câncer é
discriminatória e gera dever de indenizar
05/10/2020 -
Centrais Sindicais: Toda pressão sobre os deputados
pelos 600 reais
05/10/2020 -
Governo quer
financiar Renda Cidadã com aperto na classe média
05/10/2020 -
Greves no primeiro semestre foram mais defensivas,
aponta Dieese
05/10/2020 -
Ação sobre
enquadramento sindical deve incluir sindicato que
recebe contribuição
05/10/2020 -
Desemprego maior
entre os jovens provoca maior perda de renda
02/10/2020 -
Bolsonaro
oficializa ao Senado indicação de Kassio Nunes ao
STF
02/10/2020 -
Em SP, Bolsonaro tem 41,9% de ruim e péssimo e 29,9%
de ótimo e bom
02/10/2020 -
Salles tem 48
horas para explicar decisão que acaba com proteção a
manguezais e restingas, determina Rosa Weber
02/10/2020 -
Ipea prevê queda econômica menor em 2020; ociosidade
bate recorde
02/10/2020 -
Orlando Silva prevê votação de projeto sobre fake
news na próxima semana
02/10/2020 -
Fachin nega pedido de Lula para suspender processo
do triplex
02/10/2020 -
MP amplia margem
de crédito consignado para beneficiários do INSS
02/10/2020 -
Governo sanciona
lei que muda regras de segurança de barragens
02/10/2020 -
Férias quitadas fora do prazo dão motivo para
pagamento em dobro
01/10/2020 -
José Calixto
conclama parlamentares a resgatarem auxílio de R$
600
01/10/2020 -
Taxa de
desemprego bate recorde e atinge mais de 13 milhões,
diz IBGE
01/10/2020 -
Número de
empregados com carteira chega a menor nível desde
2012
01/10/2020 -
Deputados
comemoram suspensão das decisões do Conama sobre
manguezais
01/10/2020 -
Guedes está
desequilibrado, diz Maia após ministro acusá-lo de
barrar privatizações
01/10/2020 -
Sem texto do
governo, relatório da reforma tributária fica sem
previsão de entrega
01/10/2020 -
Celso de Mello
retira recurso sobre depoimento presencial de
Bolsonaro do plenário virtual
30/10/2020 -
Centrais promovem ato pelo auxílio emergencial de R$
600 no dia 3 em São Paulo
Atividade marcada para a próxima terça, diante da
sede do BC, defende desoneração de empresas.
Presidente da Força não participará: está com covid
As centrais sindicais voltarão às ruas na próxima
terça-feira (3), para um ato em São Paulo, diante da
sede do Banco Central, na Avenida Paulista. Na pauta
das centrais está a manutenção do auxílio
emergencial no valor de R$ 600 e a desoneração da
folha de pagamento para que empresas possam reagir
aos efeitos da pandemia e manter empregos. A
manifestação está marcada para as 11h.
A questão do auxílio emergencial de R$ 600 é tema de
campanha das centrais desde setembro, quando o
governo editou a Medida Provisória (MP) 1.000. O
benefício foi prorrogado até dezembro, mas o
Planalto cortou o valor pela metade, para R$ 300. A
oposição na Câmara e as centrais querem que a MP
entre na pauta, que está obstruída há um mês. Nesta
semana, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse que poderia incluir o tema na ordem do dia.
Já a manutenção da desoneração da folha, para 17
setores da economia, foi vetada por Jair Bolsonaro.
A princípio, termina em dezembro. Mas o Congresso
está se mobilizando para derrubar o veto. O
presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), marcou para a próxima quarta (4) uma
sessão conjunta para analisar vetos presidenciais e
projetos de lei.
Positivo para a covid
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, testou
positivo para a covid-19. Em vídeo, ele afirmou não
ter nenhum sintoma grave e que está respirando
normalmente. Já medicado, ficará de quarentena em
casa. Com a confirmação, a família do dirigente está
realizando testes.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/10/2020 -
Resultado de setembro não reverte queda do emprego
formal: menos 559 mil vagas em 2020
Comércio e setor de serviços são os que mais
eliminam postos de trabalho
O emprego formal teve crescimento em setembro,
segundo o “novo” Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira
(29) pelo Ministério da Economia. Entre admissões e
desligamentos, o saldo foi de 313.564 postos de
trabalho com carteira assinada. Mas o resultado
positivo do mês não reverteu a queda acumulada no
ano. Agora, o país perde 558.597 vagas em 2020.
Com os dados desta quinta-feira, o estoque de
empregos formais no país chegou a 38.251.026. Há um
ano, era de aproximadamente 39,2 milhões. Em
setembro de 2014, chegava a quase 41,6 milhões.
Apenas em setembro, a indústria abriu 110.868 vagas
com carteira e os serviços, 80.481. O segmento que
inclui comércio e reparação de veículos criou 69.239
e a construção, 45.249.
Comércio e serviços, queda livre
A situação muda com os números acumulados no ano. O
crescimento se concentra na agropecuária (102.467,
alta de 6,9% no estoque) e na construção (102.108,
4,7%). Um pouco menos na administração pública:
64.770 (1,3%) O comércio elimina 345.677 postos de
trabalho (-3,7%) e os serviços fecham 418.040
(-2,3%). Indústria e setor doméstico ficam estáveis.
O chamado trabalho intermitente acumula saldo de
42.532 vagas de janeiro a setembro, enquanto o
trabalho parcial fechou 13.137. Os desligamentos
“por acordo” somam 131.343.
O salário médio de admissão foi estimado em R$
1.710,97, abaixo de agosto e acima de setembro do
ano passado (sem desconto da inflação). O Ministério
da Economia deixou de divulgar o salário dos
demitidos, invariavelmente maior que o dos
contratados.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/10/2020 -
Décimo terceiro salário deve injetar R$ 208 bi na
economia
O montante é 5,4% inferior ao registrado em 2019,
diz CNC
O pagamento do décimo terceiro salário aos
trabalhadores brasileiros deve injetar R$ 208
bilhões na economia brasileiro neste ano. Em valores
reais, o montante é 5,4% inferior ao registrado em
2019, de acordo com estimativa da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), divulgada nesta quinta-feira (29).
A queda de 5,4% é a maior retração anual desde o
início do acompanhamento realizado pela CNC, em
2012. Um dos motivos para a queda é a Medida
Provisória (MP) 936 deste ano, que autorizou a
redução do salário proporcional à jornada e a
suspensão temporária do contrato de trabalho, com a
justificativa de preservar empregos em meio à
pandemia da covid-19.
A CNC cita dados do Ministério da Economia que
mostram que, entre abril e agosto foram firmados
16,1 milhões de acordos entre patrões e empregados
no âmbito da MP 936, sendo 7,2 milhões de suspensão
do contrato de trabalho 3,5 milhões de redução de
70% da jornada.
Segundo a CNC, o vencimento médio pago em 2020 (R$
2.192,71) terá um recuo de 6,6% em comparação ao
valor de 2019 (R$ 2.347,55). O presidente da CNC,
José Roberto Tadros, atribui a queda do montante do
décimo terceiro ao recuo expressivo da atividade
econômica e do avanço da informalidade.
Fonte: Agência Brasil
30/10/2020 -
Ciro se reposiciona e defende diálogo com Lula e
impeachment de Bolsonaro
Presidenciável do PDT publicou uma sequência de
tweets em que pregou o diálogo nacional em nome de
uma causa maior:
a derrubada de Jair Bolsonaro
O presidenciável do PDT em 2018 e ex-ministro Ciro
Gomes publicou uma sequência de tweets nesta
quinta-feira (29) em defende diálogo com o
ex-presidente Lula em nome de uma causa maior: o
impeachment de Jair Bolsonaro.
Nesta manhã, reportagem do jornal O Globo revelou
que Lula e Ciro se encontraram em setembro, durante
uma tarde inteira no Instituto Lula, em São Paulo,
onde selaram as pazes em torno de uma aliança para
2022.
“Considero-me mais que autorizado, sinto-me obrigado
a construir, no que estiver ao meu alcance, o
diálogo possível com quem for necessário para
proteger a nação brasileira”, diz ele.
Confira a sequência de postagens de Ciro feitas
no Twitter após a repercussão da notícia:
- Promover o impeachment desse presidente genocida e
irresponsável para proteger a democracia brasileira
e punir seus reiterados crimes de responsabilidade;
- discutir alternativas de mudanças ao modelo
econômico para reverter a maior crise socioeconômica
da história brasileira; e proteger o patrimônio
nacional contra a entrega corrupta a barões locais e
potências estrangeiras.
- Ao redor desses valores, considero-me mais que
autorizado, sinto-me obrigado a construir, no que
estiver ao meu alcance, o diálogo possível com quem
for necessário para proteger a nação brasileira.
- Isso não muda em nada minha compreensão ao redor
do atual momento brasileiro. Para além dos
gravíssimos problemas estruturais, estamos na
eminência de eleições municipais.
- Dessa forma, trabalho para que o voto do nosso
povo tenha um duplo objetivo: escolher bons
prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, que
serão essenciais para mitigar a gravíssima extensão
da crise, que se agravará em 2021, data de suas
posses.
- E, também, estou tentando ajudar para que esse
voto auxilie na construção de um caminho
alternativo, que ofereça ao Brasil as bases de um
novo projeto nacional de desenvolvimento, encerrando
a confrontação odienta e despolitizada que tem
dividido de forma perigosa a nação.
Fonte: Brasil247
30/10/2020 -
CNI diz que setores mais otimistas são os de
borracha e metalurgia
Houve alta em 13 segmentos industriais e recuo em
16
O Índice de Confiança do Empresário (Icei), edição
de outubro, registrou alta em todos os 30 setores
analisados pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Na comparação com setembro, houve aumento em
13 setores industriais e recuo em 16.
O setor que teve maior pontuação foi o de produtos
de borracha (64,8 pontos), seguido por metalurgia
(64,5); produtos de minerais não metálicos (64,1); e
produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos
(64).
Segundo pesquisa da CNI, os setores com menor
confiança foram os de biocombustíveis (54 pontos);
obras de infraestrutura (54,3); equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e outros (56,7);
couros e artefatos de couro (57,4); e produtos de
limpeza, perfumaria e higiene pessoal (57,4).
O Icei varia de zero a 100 pontos. Quando acima de
50 pontos, ele indica confiança por parte do
empresariado. Quanto maior for o índice, maior a
confiança do setor.
Comparação
Os setores que apresentaram maior alta, na comparação
com o levantamento anterior, foram os da indústria
extrativa, que aumentou 3,8 pontos, atingindo 63,7;
produtos de metal (alta de 3,4 pontos, chegando a
64); e o de impressão e reprodução de gravações, que
cresceu 3 pontos, chegando a 58,6 pontos.
Já as maiores quedas ficaram com os setores de
equipamentos de informática, que declinou 6,3
pontos; o de biocombustíveis (queda de 4,6 pontos);
e o de produtos de material plástico, que apresentou
queda de 3,9 pontos, ficando com 61,1 pontos.
Fonte: Agência Brasil
30/10/2020 -
Proposta cria modalidade de saque do FGTS e prevê
extinção de regras atuais
A partir de 2023, trabalhador deve ter total
liberdade para movimentar sua conta
O Projeto de Lei 3718/20 cria o saque por interesse,
uma nova sistemática de movimentação da conta do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Pela proposta, que tramita na Câmara dos
Deputados, o titular poderá sacar a qualquer momento
até um salário mínimo da sua conta (R$1.045 em
2020).
O texto também altera o saque-aniversário,
permitindo que o trabalhador retire até 90% do saldo
na conta do FGTS no mês do seu aniversário. Hoje, o
percentual de retirada varia entre 5% e 50%.
O projeto determina ainda que as regras atuais de
saque do FGTS vão vigorar até 2022. A partir do ano
seguinte o trabalhador terá total liberdade para
movimentar a conta, conforme regras que serão
definidas pela Caixa Econômica Federal.
A proposta altera a lei do FTGS e foi apresentada
pelo deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) e os
outros oito deputados do PTB. Os parlamentares
explicam que o objetivo é oferecer mais liberdade ao
trabalhador para movimentar o próprio dinheiro na
conta do FGTS, sem comprometer a sobrevivência do
fundo.
Para os deputados, as regras representam uma
intervenção estatal indevida no dinheiro do
trabalhador. “Fere a cidadania do indivíduo e sua
liberdade de escolha, como que esse fosse incapaz de
gerir seu próprio dinheiro”, afirmam.
Fonte: Agência Câmara
30/10/2020 -
Empregado diferenciado não integra categoria
sindical principal da empresa
Por regra, o enquadramento sindical de um empregado
é definido pela atividade preponderante do
empregador. A exceção: quando se trata de
trabalhador de categoria diferenciada. Esse
entendimento foi adotado pela 1ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho para, de forma unânime, afastar
a aplicação das normas coletivas dos empregados na
indústria de bebidas a um vendedor da Companhia de
Bebidas das Américas (Ambev) em Pernambuco.
Na reclamação trabalhista, o vendedor baseou suas
pretensões nos instrumentos coletivos firmados com o
Sindicato dos Empregados nas Indústrias de Cerveja e
Bebidas em Geral, do Vinho e Água Mineral (Sindbeb/PE).
Ele pedia, entre outras parcelas, prêmios, salário-
substituição, horas extras e indenização por lanche
e jantar não concedidos.
Em sua defesa, a Ambev sustentou que deveriam ser
aplicadas ao vendedor pernambucano as disposições
pactuadas nos acordos coletivos celebrados com o
Sindicato dos Empregados Vendedores, Viajantes
Comerciais, Propagandistas, Propagandistas
Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos do
Estado de Pernambuco.
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 6ª Região (PE) deram razão ao empregado.
Segundo o TRT, independentemente do local em que o
vendedor era lotado, não ficou comprovado que ele
exercia funções típicas de trabalhador integrante de
categoria diferenciada. "Em verdade, era ele
vendedor da empresa, cujo objeto é a fabricação e a
comercialização de cerveja e bebidas em geral, com
unidade fabril e diversos centros de distribuição no
Estado", diz trecho do acórdão da corte estadual.
A 1ª Turma do TST, porém, teve entendimento
diferente. O relator do recurso de revista da
empresa, ministro Dezena da Silva, explicou que o
enquadramento sindical se define pela atividade
preponderante do empregador, exceto quando se tratar
de categoria profissional diferenciada. Segundo ele,
o TST já se manifestou no sentido de enquadrar
empregados da Ambev que exercem a função de vendedor
na categoria diferenciada correspondente.
"Dessa forma, não se aplicam a ele as normas
coletivas referentes à categoria representativa dos
empregados exercentes das funções relacionadas à
atividade preponderante da empresa", argumentou o
ministro. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
RR 646-68.2011.5.06.0313
Clique
aqui para ler o acórdão
Fonte: Consultor Jurídico
30/10/2020 -
Proposta parcela multa rescisória do FGTS em
demissão de empregado aposentado
O Projeto de Lei 4960/20 permite que o empregador
pague em até seis vezes a multa rescisória do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para
empregado já aposentado que se desligar do trabalho
de comum acordo. O texto tramita na Câmara dos
Deputados.
A proposta é da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e
altera da Lei do FGTS. A lei prevê que em caso de
demissão sem justa causa o empregador depositará na
conta do FGTS do trabalhador o equivalente a 40% dos
depósitos efetuados durante o período que ele
permaneceu no emprego.
Ventura explica que é comum que empregados
aposentados continuem no emprego, garantindo assim
duas fontes de renda. Nesses casos, o saldo do FGTS,
que servirá de base para o pagamento da multa
rescisória, costuma ser elevado. Para o empregador
isso significa um ônus pesado em caso de demissão.
“Faz sentido, assim, permitir que o empregador possa
parcelar essas multas em até seis vezes, facilitando
assim o entendimento entre as partes e o
desligamento desejado pelo empregado”, disse.
Fonte: Agência Câmara
29/10/2020 -
Bolsonaro recua e anuncia revogação de decreto que
abre caminho para privatizar o SUS
Após mobilização de parlamentares no Congresso e
da sociedade em geral nas redes sociais, Jair
Bolsonaro revogou o decreto que autorizava estudos
para privatizar Unidades Básicas de Saúde, mas diz
que, a depender de entendimentos futuros, “o mesmo
poderá ser reeditado”
Após forte pressão da oposição e da população nas
redes sociais, Jair Bolsonaro anunciou que irá
revogar o decreto que abria caminho para a
privatização do SUS, especialmente em relação às
Unidade Básica de Saúde (UBSs).
Segundo reportagem da CNN, ele admitiu que decidiu
revogar o decreto após a repercussão negativa e
criticou as avaliações de que os estudos poderiam
resultar em um tipo de “privatização” do SUS, o que
ele nega. Entidades da área de saúde e parlamentares
de oposição já tentavam reverter a medida.
Em postagem feita no Facebook às 17h40, ele afirmou
que o decreto "já [está] revogado" e nega que ele
tinha como propósito a privatização do SUS, mas
apenas a conclusão de obras com capital privado e
dar acesso de pacientes a hospitais privados. "Em
havendo entendimento futuro dos benefícios propostos
pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado",
anunciou.
Confira o texto publicado:
- O SUS e sua falsa privatização.
- Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de
Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA)
inacabadas.
- Faltam recursos financeiros para conclusão das
obras, aquisição de equipamentos e contratação de
pessoal.
- O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava
o término dessas obras, bem como permitir aos
usuários buscar a rede privada com despesas pagas
pela União.
- A simples leitura do Decreto em momento algum
sinalizava para a privatização do SUS.
- Em havendo entendimento futuro dos benefícios
propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado.
Fonte: Brasil247
29/10/2020 -
Ciro e Lula selaram as pazes em encontro
intermediado por Camilo Santana
Encontro ocorreu na sede do Instituto Lula, em
que Ciro listou suas mágoas e o ex-presidente falou
dos ataques ao PT. Em entrevista recente, Lula
chegou até a incluí-lo na lista de presidenciáveis
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
candidato do PDT à presidência em 2018, que estavam
rompidos, selaram as pazes em uma conversa. O gesto
pode significar o início de uma reaproximação entre
os partidos de esquerda de olho na disputa
presidencial de 2022, apesar de o assunto não ter
sido abordado no encontro.
O encontro entre os líderes petista e pedetista
ocorreu na sede do Instituto Lula, em que Ciro
listou suas mágoas e o ex-presidente falou dos
ataques ao PT. Em entrevista recente, Lula chegou
até a incluí-lo na lista de presidenciáveis.
A trégua foi intermediada pelo governador do Ceará,
Camilo Santana, filiado ao PT, mas aliado dos irmãos
Ferreira Gomes em seu estado. As tratativas para
viabilizar a conversa duraram mais de um mês,
informa O Globo.
A reunião, no começo de setembro, ocorreu na sede do
Instituto Lula, em São Paulo, e durou uma tarde
inteira. Ciro falou de suas mágoas com o PT,
enquanto Lula lembrou os ataques do ex-ministro ao
partido.
Os dois líderes políticos concentraram a conversa na
análise da situação do país sob o governo de extrema
direita de Jair Bolsonaro. Diagnósticos sobre as
razões do resultado eleitoral também foram
apresentados.
Desde o encontro, Ciro e Lula mudaram o tom ao se
referirem um ao outro e cessaram os ataques mútuos.
Fonte: Brasil247
29/10/2020 -
Lula defende aliança ampla contra Bolsonaro em 2022
Em entrevista à agência de notícias alemã DPA, o
ex-presidente Lula (PT) defendeu “uma ampla coalizão
contra Bolsonaro em 2022”. Ele deixou abertas as
possibilidades de ser candidato à presidência ou de
apoiar algum outro nome capaz de formar uma aliança
da esquerda contra Jair Bolsonaro.
“O que eu quero, como candidato ou como apoiante de
um candidato, é ajudar a vencer o atraso que se
criou no Brasil. Podemos ter uma ampla coalizão
contra o Bolsonaro em 2022 para recuperar o direitos
do povo brasileiro”, diz.
Desde a prisão de Lula, o PT se isolou do resto da
oposição ao manter como bandeira quase única a
libertação do ex-presidente. Agora, solto, Lula dá
sinais de mudança de postura.
“A candidatura presidencial não é uma questão de
desejo pessoal. Em 2018, eu queria concorrer porque
sabia que, com minha experiência, poderia fazer
muito mais. Eu era o favorito para ganhar a eleição,
mas eles criaram uma farsa para impedir minha
candidatura”, afirma.
A declaração de Lula foi recebida com certo
ceticismo em partidos de esquerda. Fonte ouvida pelo
Congresso em Foco diz que o ex-presidente já deu
sinalizações no mesmo sentido em outros momentos.
“O Lula faz movimento em zig zag desde que saiu da
cadeia. Ele já falou sobre uma coalizão outras
vezes, mas aí passa uma semana e ele diz que para o
PT apoiar alguém tem que ser mais forte que o
candidato do próprio PT”, avalia.
Outro ponto destacado pela fonte é a posição do PT
nas eleições municipais. Em São Paulo e no Recife,
partidos próximos ao PT têm candidatos fortes -
Guilherme Boulos (Psol) e João Campos (PSB) -, ainda
assim, a despeito de tentativas de composição, o PT
não abriu mão de candidatura própria.
“O Lula é, ao mesmo tempo, nossa solução e nosso
problema” resumiu a fonte.
Fonte: Congresso em Foco
29/10/2020 -
ONU: Investimentos no Brasil caem quase 50% em 2020,
a maior queda entre países emergentes
Descontrole do avanço da Covid-19 no país teria
sido um dos fatores, segundo relatório da entidade
O descontrole do avanço da Covid-19 no Brasil,
matando mais de 157 mil pessoas, foi um dos fatores
que levou o país a perder 48% dos investimentos nos
seis primeiros meses de 2020. A queda foi a maior
registrada entre os países emergentes, superando a
média de toda a América Latina. Os dados serão
publicados nesta quarta-feira (28) pela Conferência
da ONU para Desenvolvimento e Comércio.
O Brasil sob Jair Bolsonaro atraiu um total de US$
18 bilhões entre janeiro e junho deste ano, sendo o
sexto destino de investimentos no mundo. Em 2019, o
país ocupava a quarta posição entre os maiores
destinos de investimentos. A informação é de Jamil
Chade, no UOL.
A média do Brasil é similar à queda de 49%
registrada em todo o mundo. De acordo com o
relatório, o número é resultado direto dos impactos
da pandemia nos países, que obrigou medidas de
isolamento e fez multinacionais adiarem projetos.
O resultado brasileiro, no entanto, é pior que a
média dos países emergentes e mais negativo que o
resultado registrado na América Latina. Na África,
por exemplo, a redução foi de 28%, contra 25% na
América Latina e 12% na Ásia.
“Enquanto o primeiro trimestre foi relativamente não
afetado pela crise econômica induzida pela Covid, os
fluxos caíram no segundo trimestre levando a
declínios na maioria das principais economias, com
exceção do México e Chile”, diz o informe, que
também aponta a interrupção dos projetos de
privatização de Paulo Guedes como motivo para a
queda de investimentos no Brasil.
Fonte: RevistaForum
29/10/2020 -
Menos da metade das mulheres negras brasileiras
exerce trabalho remunerado
Entre as que trabalham, metade já escutou piadas
racistas no ambiente de trabalho. Apenas 8% delas
ocupam cargos de liderança
A maioria das mulheres negras no Brasil não exerce
trabalho remunerado. De acordo com uma pesquisa
realizada pela consultoria Indique Uma Preta e pela
empresa Box1824, divulgada em reportagem da Folha de
S.Paulo, 54% das entrevistadas afirmaram não exercer
trabalho remunerado e 39% estão em busca por
emprego.
Dados como esses mostram a importância de ações
afirmativas para incluir pessoas negras no mercado
de trabalho, como o programa de trainee para negros
da Magazine Luiza. As responsáveis pelo levantamento
também destacam a necessidade das empresas estarem
atentas à evolução desses funcionários na carreira,
já que apenas 8% das mulheres negras ocupam cargos
de gerente, diretora ou sócia proprietária.
Além das dificuldades de acesso ao mercado de
trabalho e evolução na carreira, mulheres negras que
trabalham também sofrem com piadas racistas durante
o expediente. Das entrevistadas, 51% relataram já
ter escutado piadas relacionadas a cor, cabelo ou
aparência no ambiente de trabalho.
Ainda, 49% disseram já terem se sentido
desqualificadas profissionalmente, mesmo tendo a
formação necessária para o cargo, e 37% contaram que
tiveram uma opinião, posicionamento ou ideia
silenciada, enquanto a opinião de pessoas brancas
eram ouvidas ou valorizadas.
A pesquisa “Potências (in)visíveis: a realidade da
mulher negra no mercado de trabalho” ouviu 1 mil
mulheres negras, com idades entre 18 e 65 anos,
entre março e setembro deste ano.
Fonte: RevistaForum
29/10/2020 -
OAB defende inconstitucionalidade de plebiscito para
convocar nova Constituinte
É incabível a proposta de elaboração de uma nova
Constituição para o Brasil a partir de plebiscito
que discuta a convocação de uma Assembleia
Constituinte. É o que defende o Conselho Federal da
OAB acerca da afirmação do deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR)
última segunda-feira (26/10).
Segundo o parlamentar, o país precisa de uma nova
Constituinte. Pegando carona no plebiscito do Chile,
que definiu a necessidade de redigir uma nova
Constituição para o país, o deputado afirmou que a
Carta Maior brasileira tornou o país "ingovernável".
A ideia é amplamente rechaçada pela comunidade
jurídica.
No parecer, a OAB retoma o processo histórico que
deu origem à Constituição de 1988 e afirma que ele
"distingue por completo a situação brasileira
daquela hoje atravessada pelo Chile, que busca, por
um processo constituinte, superar a Constituição de
1980 herdada da ditadura de Pinochet".
Não só. De acordo com o documento, a Constituição
brasileira prevê a adaptação da Carta "a partir de
mecanismos por ela previstos". Segundo os advogados,
essa medida "reafirma o descabimento dos discursos
que pleiteiam a ruptura constitucional com a ordem
atualmente vigente que, sob diversos aspectos, é
ainda incipiente, dado que a constituição recém
completou 30 anos".
"Em nossa ordem constitucional, o plebiscito
constitui um instrumento de democracia direta
enquanto via de participação popular nos negócios
públicos", diz a entidade.
"O plebiscito não pode ser desvirtuado para servir
de facilitador a uma tentativa de mudança
inconstitucional da Constituição, uma vez que não
segue os procedimentos nela previstos, nem se
encontram colocadas as condições para exercício do
poder constituinte originário em ruptura com a ordem
atual."
O advogado Felipe Santa Cruz, presidente da
entidade, diz que a proposta ventilada revela um
"processo chileno às avessas: uma tentativa de
derrubar uma Constituição Democrática, que pôs fim à
ditadura, por vias inconstitucionais".
Além de Santa Cruz, assinam o parecer o advogado
Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente da
comissão de Estudos Constitucionais; e Nabor A.
Bulhões, presidente da comissão de Defesa da
República e da Democracia.
Clique
aqui para ler o parecer
Fonte: Consultor Jurídico
29/10/2020 -
Banco Central mantém juros em 2% e monitora “com
atenção” a inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
justifica a manutenção da Selic em 2% ao ano pela
necessidade de manter o estímulo econômico.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central confirmou as expectativas do mercado e
decidiu, por unanimidade, manter a Selic, taxa
básica de juros da economia, em 2% ao ano. Em
comunicado divulgado na página do BC, a autoridade
monetária fez uma atualização da avaliação sobre o
cenário econômico e afirmou que monitora “com
atenção” a inflação.
Apesar de esperar a manutenção da Selic no atual
patamar, o mais baixo da história, nos dias antes da
reunião o mercado deu sinais de que via com
preocupação a inflação acima das expectativas, e já
projeta a elevação futura dos juros básicos.
A taxa Selic, que influencia os demais juros da
economia, é o principal instrumento do Banco Central
para controle da inflação. Quando a pressão
inflacionária se intensifica, o BC eleva os juros
para estimular a poupança e desestimular o gasto.
O Copom justifica a manutenção da Selic em 2% ao ano
pela necessidade de manter o estímulo econômico. O
comitê observou que, no cenário externo, a retomada
em alguns setores produtivos desacelerou, em parte
devido à segunda da pandemia do novo coronavírus em
algumas das principais economias do mundo.
“Há bastante incerteza sobre a evolução desse
cenário, frente a uma possível redução dos estímulos
governamentais e a própria evolução da Covid-19.
Contudo, a moderação na volatilidade dos ativos
financeiros segue resultando em um ambiente
relativamente favorável para economias emergentes”,
diz o BC, que, no entanto, mostra dúvidas também
quanto à recuperação da economia brasileira.
“Em relação à atividade econômica brasileira,
indicadores recentes sugerem uma recuperação
desigual entre setores, similar à que ocorre em
outras economias. Os setores mais diretamente
afetados pelo distanciamento social permanecem
deprimidos. Prospectivamente, a incerteza sobre o
ritmo de crescimento da economia permanece acima da
usual, sobretudo para o período a partir do final
deste ano, concomitantemente ao esperado
arrefecimento dos efeitos dos auxílios
emergenciais”, afirma o comunicado.
Com relação à inflação, o BC destaca que “as últimas
leituras foram acima do esperado”, o que levou o
Copom a revisar sua projeção inflacionária para os
meses restantes de 2020. “Contribuem para essa
revisão a continuidade da alta nos preços dos
alimentos e de bens industriais, consequência da
depreciação persistente do real, da elevação de
preço das commodities e dos programas de
transferência de renda”, avalia o Banco Central.
No entanto, a autoridade monetária mantém sua
previsão de que o choque inflacionário é
“temporário”, embora admita que “monitora sua
evolução com atenção”.
Fonte: Portal Vermelho
28/10/2020 -
Maia afirma que pode incluir na pauta a MP do
auxílio emergencial
Centrais e oposição querem que valor volte a R$
600. Governo cortou pela metade
Com 264 emendas e alguns pedidos para inclusão na
ordem do dia, a Medida Provisória (MP) 1.000 pode
ser incluída na pauta da Câmara dos Deputados, disse
nesta terça-feira (27) o seu presidente, Rodrigo
Maia (DEM-RJ). Ele criticou o governo pela obstrução
que paralisou os trabalhos na Casa. A oposição e as
centrais sindicais querem que a MP do auxílio
emergencial vá a votação.
“Quando tiver uma medida provisória importante que
vá vencer, talvez outros façam obstrução, para que o
governo entenda que a Câmara tem de trabalhar. A
esquerda, de forma legítima, faz protesto pela MP
1.000”, disse Maia, em entrevista coletiva. “Cabe à
base avançar com as medidas provisórias, pelo
menos.”
Apresentada pelo Executivo em 3 de setembro, a MP
1.000 cria um auxílio emergencial “residual”, com
pagamento de até quatro parcelas, até dezembro. Mas
o governo reduziu pela metade o valor do auxílio,
para R$ 300. As centrais estão em campanha para que
seja mantida a quantia original.
Maia pediu “responsabilidade” dos partidos
governistas para acabar com a obstrução no plenário.
“Espero que a responsabilidade prevaleça. Se o
governo não tem interesse nestas medidas
provisórias, eu não tenho o que fazer. Eu pauto, a
base obstrui e eu cancelo a sessão.”
O presidente da Câmara já considera inevitável o
cancelamento do recesso legislativo em janeiro. Isso
para viabilizar a votação da Proposta de Emenda à
Constituição 186, a chamada PEC Emergencial, que
regulamenta o teto de gastos. “Pelo calendário mais
otimista, vota (a PEC) até dia 15 de janeiro”,
afirmou. “A gente precisa de um ambiente de menos
conflito para votar matérias dificílimas, começando
pela regulamentação do teto de gastos.” Em seguida,
seria a vez do orçamento, lembrou.
Com informações da Agência Câmara de Notícias e
do site Congresso em Foco
Fonte: Rede Brasil Atual
28/10/2020 -
Privatização do SUS: Conselho de Saúde denuncia
decreto publicado por Bolsonaro
Parlamentares também foram às redes contra o
decreto 10.530; "Ninguém ali conhece o SUS",
criticou o ex-ministro Alexandre Padilha
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS),
Fernando Pigatto, criticou nesta terça-feira (27) o
Decreto Nº 10.530, publicado pelo presidente Jair
Bolsonaro, que abre espaço para a privatização de
serviços do Sistema Único de Saúde em meio à
pandemia do novo coronavírus. Parlamentares também
se mobilizaram contra o texto.
“Vamos tomar as medidas cabíveis. Precisamos
fortalecer o SUS contra qualquer tipo de
privatização e retirada de direitos”, disse Pigatto
à Rede Brasil Atual. Segundo ele, a Câmara Técnica
da Atenção Básica à Saúde está fazendo uma avaliação
do decreto, que abre caminho para a privatização das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil.
O decreto diz o seguinte: “Fica qualificada, no
âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da
Presidência da República – PPI, a política de
fomento ao setor de atenção primária à saúde, para
fins de elaboração de estudos de alternativas de
parcerias com a iniciativa privada para a
construção, a modernização e a operação de Unidades
Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios”. A medida ainda passa ao Ministério
da Economia a decisão sobre as “parcerias”.
Nas redes sociais, diversos parlamentares
denunciaram o conteúdo do texto.
“Em plena pandemia da Covid, Bolsonaro assinou
decreto que abre caminho para a privatização do SUS.
Já está publicado no Diário Oficial e em tese já
valendo, retirando da União a obrigação
constitucional de cuidar das brasileiras e
brasileiros. Não podemos ser ingênuos: essa
“parceria com a iniciativa privada” nas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) é, na verdade, um passo
fundamental para privatizar o SUS. Por isso mesmo
acabei de protocolar projeto de decreto legislativo
sustando os efeitos da medida”, alertou o deputado
federal Rogério Correa (PT-MG), pelo Twitter.
O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre
Padilha também criticou o texto, recordando uma
declaração do ministro Eduardo Pazuello. “A guerra
com os estados na vacina COVID19 e decreto o de
Parcerias Privadas nas unidades de saúde dos
municípios mostram que, além do Ministro da Saúde,
ninguém ali conhece o SUS. Querem vender a mãe dos
outros (dos municípios) e não entregar”, tuitou.
“Bolsonaro fez publicar decreto absurdo que lança
graves suspeitas sobre o que planeja para o Sistema
Único de Saúde. Está nítida a intenção de
enfraquecer o SUS, quando os brasileiros precisam
tanto de um SUS mais forte, com mais recursos para
garantir saúde para todos”, escreveu o vice-líder do
PCdoB na Câmara, Marcio Jerry (PCdoB-MA).
Fonte: RevistaForum
28/10/2020 -
Pandemia não acabou: Brasil perde mais 549 vidas
para o novo coronavírus
Apesar de negacionistas queimarem máscaras e
duvidarem da doença, Ministério da Saúde registra
29.787 novos casos de Covid-19
Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta
terça-feira (27) mostra que mais 549 mortes por
Covid-19 foram registradas nas últimas 24 horas no
Brasil. O dado eleva para 157.946 os óbitos totais
no país por causa da doença.
O dado mostra que a pandemia não acabou no país.
Isso a despeito de um grupo de bolsonaristas ter ido
à porta da Assembleia Legislativa de São Paulo
queimar máscaras, a que chamaram de focinheiras, aos
gritos de “fora nazista comunista”, e de terem
duvidado da existência da pandemia, a que chamaram
de “fraudemia”.
As autoridades sanitárias indicam que o uso de
máscara evita a propagação do novo coronavírus, que
é um vírus respiratório, transmitido na maior parte
das vezes por meio da fala, tosse ou espirros da
pessoa contaminada.
E que continua sendo transmitido, de acordo com os
números do boletim. Foram 29.787 novas contaminações
pelo novo coronavírus, levando o total de infectados
a 5.439.641 desde o início da pandemia.
O boletim mostra ainda que 4.904.046 pacientes se
curaram e outros 377.649 seguem em observação.
Fonte: RevistaForum
28/10/2020 -
Depois de ‘reforma’ trabalhista, emprego precário
cresce e salários caem
Mapa do trabalho formal no país, a Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), divulgada segunda (26)
pelo Ministério da Economia, mostrou crescimento no
estoque de empregos em 2019. Mas os dados mostram
também queda na remuneração média – pelo segundo ano
seguido. E uma explosão de vínculos precários, como
os contratos intermitente e a tempo parcial, criados
pela “reforma” trabalhista, implementada em 2017.
O estoque de empregos formais, que incluem
celetistas e estatutários, chegou a 47.554.211. Em
números absolutos, 923.096 a mais do que em 2018.
Aumento de 1,98%. O trabalho intermitente (estoque
de 156.756) cresceu 154,04%. E o parcial (417.450),
138,25%. Essas duas modalidades representam 62% do
acréscimo registrado no ano passado. O melhor
resultado da Rais é de 2014, com quase 50 milhões de
vínculos (49,572 milhões).
Estoque da Rais soma 47,5 milhões. Maior parte do
crescimento em 2019 se concentra no trabalho
intermitente ou parcial.
Serviços têm maioria
Entre os setores de atividades, os serviços concentram
26,936 milhões de empregos, com crescimento de 1,01%
sobre 2018. O comércio cresceu 2,56% e chegou a
9,385 milhões. Com alta de 1,78%, a indústria
atingiu 7,556 milhões. O maior aumento (9,64%) foi
na construção civil, cujo estoque é de 2,168
milhões. A agropecuária caiu 1% (1,483 milhão). E os
serviços domésticos despencaram: -21,52%, para 2,013
milhões.
Segundo os dados da Rais para 2019, o emprego
cresceu principalmente nas empresas pequenas ou
médias. Naquelas com 20 a 49 vínculos formais, por
exemplo, alta foi de 6,17%. De 50 a 99, 5,10%. E de
100 a 249 vínculos, 3,86%. Nos estabelecimentos com
mais de mil, queda de 1,76%. De 2018 para 2019, o
número de estabelecimentos no país caiu 1,33%. São
107.331 a menos, para um total de 7.974.757.
Mulheres representam 44%
As mulheres, por sua vez, representam 44% do total de
empregos, número que se mantém estável nos últimos
anos. Em 2010, eram 41,6%. No recorte por idade, a
maior fatia está na faixa de 40 a 49 anos (30,66%),
seguida de 30 a 39 (23,33%). E praticamente metade
(49,76%) têm ensino médio completo, crescendo na
comparação com 2010 (41,85%). Assim, como o ensino
superior, cuja participação subiu de 16,50% para
22,91%.
Os brancos representam pouco mais da metade do
estoque (54,18%). Eram 62,94% em 2010. Os pretos e
pardos (classificação adotada pelo IBGE) passaram de
36,05% para 44,85%.
Renda em queda
A remuneração média foi calculada em R$ 3.156,02,
queda de 1,31% no ano. Ou menos R$ 42,03 em valores.
Nos serviços, essa retração foi de 4,78% (R$ 181,10
a menos). Na indústria, de 3,25% – R$ 108,50 a menos
no bolso). A renda caiu 2,55% na construção, 1,82%
na agropecuária e 1,14% no comércio.
Entre as unidades da federação, o rendimento vai de
R$ 2.404,01 (Paraíba) a R$ 5.902,15 (Distrito
Federal). No primeiro, queda de 1,46%, e no segundo,
alta de 2,45%. Em São Paulo, onde a renda média foi
de R$ 3.510,79, houve diminuição de 0,56%.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/10/2020 -
Lula: "Estou muito disposto a brigar por esse país,
recuperar a soberania e a dignidade dessa nação"
"Sou muito grato a tudo que o povo brasileiro fez
por mim", disse ainda o ex-presidente, que ontem
completou 75 anos e luta pela devolução de seus
direitos políticos, que foram arrancados por meio de
um processo de lawfare que permitiu a volta do
neoliberalismo ao Brasil e também a chegada da
extrema-direita ao poder
Estou muito emocionado com as homenagens que recebi
hoje. Emocionado com as mensagens dos meus
companheiros de partido, dos nossos amigos do PSOL,
do PCDOB, do PDT, do PSB, de tantos amigos da luta
internacional, da luta sindical, dos artistas,
personalidades, cada um de vocês que mandou uma
mensagem carinhosa.
Ao longo do dia me emocionei muitas vezes, desde o
discurso da Gleisi Hoffmann na Câmara dos Deputados,
até a homenagem a meu neto Arthur, que me fez chorar
de saudades.
Sou muito grato a tudo que o povo brasileiro fez por
mim. Espero ao completar meus 75 anos que eu
continue com a energia de 30 e o tesão de 20. Estou
muito disposto a brigar por esse país, reconquistar
a soberania e a dignidade dessa nação. Meu abraço em
cada um de vocês. Muito obrigado.
Fonte: Brasil247
28/10/2020 -
Paulo Guedes detalha gastos contra pandemia na
comissão da covid
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa na
próxima quinta-feira (29) de uma videoconferência da
comissão mista que fiscaliza a atuação do Poder
Executivo no combate ao coronavírus. A reunião
remota está marcada para as 10h.
Durante o encontro, Guedes deve expor a situação
fiscal e a execução orçamentária e financeira das
medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19. A
reunião mensal com o ministro da Economia está
prevista no Decreto Legislativo 6, de 2020, que
reconhece o estado de calamidade pública e cria a
comissão mista do Congresso Nacional.
De acordo com o Porta Siga Brasil, mantido pelo
Senado, o Poder Executivo autorizou R$ 605 bilhões
em despesas para o combate ao coronavírus. Até
agora, R$ 457,9 bilhões foram efetivamente pagos — o
equivalente a 75,6%. Os dados se referem a gastos
realizados até o dia 25 de outubro.
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) é o presidente e a
senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é a
vice-presidente da comissão mista. O deputado
Francisco Jr. (PSD-GO) desempenha o papel de relator
do colegiado.
Fonte: Agência Senado
28/10/2020 -
Flávio Dino refuta agressão de Bolsonaro
O governador respondeu às críticas do presidente
que defendeu tirar o PCdoB do Maranhão
Num encontro com apoiadores, o presidente Jair
Bolsonaro criticou o governador do Maranhão, Flávio
Dino, e disse que era preciso tirar o PCdoB daquele
estado. Em resposta, Dino afirmou que ele precisa
disputar as eleições com um candidato bolsonarista
assumido em 2022, deixando a entender que nas atuais
eleições os concorrentes escondem o nome do
presidente. O governador ainda lembrou que, em 2018,
os bolsonaristas não chegaram a 10% naquele estado.
“Tem que tirar o PCdoB de lá, pelo amor de Deus. Só
aqui no Brasil mesmo comunista falando que é
democrático”, disse Bolsonaro a apoiadores.
“Se Bolsonaro quer me tirar do governo do Maranhão,
um bom caminho é lançar um bolsonarista assumido na
eleição de 2022. Em 2018, não chegaram a 10% no
Maranhão”, respondeu o governador no Twitter.
Segundo Dino, desde a semana passada, Bolsonaro cria
confusão com uma suposta visita ao Maranhão. “No que
depender de mim, ele pode ir onde quiser, não
enfrentará protestos e terá a proteção da polícia do
Maranhão. Não precisa ter medo. Aqui somos sérios e
temos muito trabalho que nos ocupa”, afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
28/10/2020 -
Titularidade de empresa não impede a concessão de
seguro-desemprego, diz TRF-4
Manter uma empresa que não gera renda não afasta o
direito do trabalhador desempregado de receber o seu
seguro-desemprego. Afinal, nesta situação, não se
pode falar em "renda alternativa", apta a garantir a
manutenção do trabalhador.
Nesta linha de entendimento, a 4ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região manteve liminar que
obrigou a União a restabelecer o pagamento do
seguro-desemprego a trabalhador que tem uma empresa
de engenharia no seu nome, mas sem registro de
faturamento.
Para resguardar o seu direito, o trabalhador teve de
impetrar mandado de segurança contra ato do gerente
regional do Ministério do Trabalho e Emprego em São
Leopoldo (RS), que indeferiu o pedido na via
administrativa. A tutela de urgência foi concedida
pelo juízo da 1ª Vara Federal de Santa Cruz do Sul
(RS).
Agravo de instrumento
No agravo de instrumento em que combate a decisão
liminar, a União alegou que a existência de pessoa
jurídica em nome do trabalhador desempregado presume
percepção de renda. Disse ser possível a existência
de atividade econômica sem registro de "formal
escrituração". Enfim, se a empresa está inativa, o
autor deveria proceder à baixa junto à Receita
Federal. Pediu a concessão de efeito suspensivo.
"Os documentos acostados indicam que a parte
impetrante [o trabalhador] não obteve renda própria,
por conta de sua vinculação à aludida empresa, bem
como a mera manutenção do registro de empresa não
está elencada nas hipóteses de cancelamento ou
suspensão do seguro-desemprego, ou de negativa de
sua concessão, como é o caso, de forma que não é
possível inferir que a parte percebia renda própria
suficiente a sua manutenção e de sua família",
escreveu no voto.
O acórdão, com decisão unânime, foi lavrado na
sessão de 21 de outubro.
5003862-57.2020.4.04.7108/RS
Fonte: Consultor Jurídico
27/10/2020 -
Proposta do governo tira parcelas extras de
seguro-desemprego de mais de 3 milhões
Representantes dos trabalhadores queriam
pagamentos a quem perdeu vaga até 31 de dezembro,
mas contraproposta do governo limita benefício a
demitidos de 20 de março a 31 de julho
Mais de 3 milhões de pessoas que poderiam ser
beneficiadas com duas parcelas extras do
seguro-desemprego devem ser excluídas do benefício,
pensado a quem perdeu sua vaga com a pandemia do
novo coronavírus.
O governo Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou,
nesta segunda-feira (26), uma proposta para pagar
mais duas parcelas do seguro-desemprego a quem foi
demitido entre 20 de março e 31 de julho deste ano.
Mas, pela proposta, o pagamento dessas parcelas tem
que ser feito até o dia 31 de dezembro. A estimativa
é atender cerca de 2,7 milhões de pessoas.
O pedido original dos representantes dos
trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador) era conceder as duas
parcelas extras a todas as pessoas que forem
demitidas até o dia 31 de dezembro deste ano. A
expectativa era atender 6 milhões de desempregados.
Mas o governo não concordou porque: 1) o impacto
seria de R$ 16,1 bilhões nas contas públicas; 2) os
pagamentos se estenderiam até 2021 e não poderiam
entrar no decreto de calamidade pública devido à
pandemia.
Então, depois de enrolar desde julho, fez agora a
proposta que concede as duas parcelas, com um prazo
menor de data de demissão e pagamento limitado a
2020. Pelas contas da equipe econômica, liderada por
Paulo Guedes, a proposta custará R$ 7,3 bilhões.
Quem perde o emprego sem justa causa tem direito de
3 a 5 parcelas do seguro-desemprego. Na prática,
quem perdeu o emprego em julho e começou a receber o
benefício em agosto pode nem conseguir receber os
pagamentos extras.
Isso porque as cinco parcelas a que a pessoa teria
direito, caso permaneça desempregada, vencem
justamente em dezembro.
O trâmite da proposta
A oferta do governo deve ser votada na próxima
sexta-feira (30) na reunião do Codefat. O conselho
tem seis representantes de trabalhadores, seis de
entidades patronais e outros seis do governo. Ela
precisa de 10 votos para ser aprovada.
Se passar no conselho, o governo deverá enviar uma
MP ao Congresso para abrir um crédito extraordinário
no Orçamento, liberando assim os recursos para o
pagamento extra.
Com informações do UOL
Fonte: RevistaForum
27/10/2020 -
Empregos formais aumentaram timidamente em 2019, mas
trabalhadores ganham menos
Mesmo com a alta de 2019 em relação a 2018, o
número de empregos formais segue abaixo de 2013,
2014 e 2015 - antes do golpe de 2016
O número de empregos formais no País avançou quase
2% em 2019, segundo balanço da Rais (Relação Anual
de Informações Sociais) do Ministério da Economia. A
alta é a maior desde 2013, mas a média salarial dos
trabalhadores caiu 1,31% em relação a 2018.
Assim, foram criados alguns empregos, mas a
população está ganhando menos - ao mesmo tempo em
que o custo de vida aumenta. Mesmo com a alta de
2019 em relação a 2018, o número de empregos formais
segue abaixo de 2013, 2014 e 2015 - antes do golpe
de 2016.
A menor alta foi no Nordeste (0,42%) enquanto a
região Centro-Oeste foi a única que teve redução no
estoque de emprego, com queda de 0,91% em relação ao
ano anterior. O maior crescimento foi no Sul
(3,31%), seguido pelo Sudeste (2,79%) e pelo Norte
(0,53%).
A remuneração média caiu de R$ 3.213,14, em 2017,
para R$ 3.198,05, em 2018, e para R$ 3.156,02 no ano
passado. Os números foram corrigidos pela inflação.
A redução foi registrada nas cinco regiões do País.
Fonte: Brasil247
27/10/2020 -
CNT/MDA: para 76% dos brasileiros, corrupção
aumentou ou permaneceu igual nos últimos dois anos
Nova pesquisa nacional CNT/MDA divulgada na tarde
desta segunda-feira, 26, indicou que 39,3% da
população brasileira acredita que a corrupção
aumentou nos últimos dois anos. Para 36,6%, o desvio
de verbas públicas permaneceu igual. Apenas 21,7%
acredita que a corrupção reduziu.
Sobre um possível encerramento da Operação Lava
Jato, 84,0% a consideram como importante e que deve
continuar, enquanto 10,9% avaliam que já pode ser
encerrada porque ela já fez o que era necessário.
O levantamento também mostrou melhora na avaliação
positiva do governo federal, que foi de 32% em maio
para 41%. E queda na avaliação negativa, de 43% para
27%.
Sobre um possível encerramento da Operação Lava
Jato, 84,0% a consideram como importante e que deve
continuar, enquanto 10,9% avaliam que já pode ser
encerrada porque ela já fez o que era necessário.
O levantamento também mostrou melhora na avaliação
positiva do governo federal, que foi de 32% em maio
para 41%. E queda na avaliação negativa, de 43% para
27%.
Fonte: Brasil247
27/10/2020 -
Bolsonaro castiga o povo com desemprego recorde
Os desastres sociais provocados pelo governo do
presidente Jair Bolsonaro parecem não ter fim.
Pode-se alinhar, entre outras medidas, o corte pela
metade da ajuda emergencial, o veto às vacinas
contra a Covid-19, a forte recessão e a escalada do
desemprego. Há ainda a prévia da inflação, que,
pressionada por alimentos, vai a 0,94% em outubro,
maior alta para o mês desde 1995. Isso explica as
razões de Bolsonaro ser um péssimo cabo eleitoral
nas grandes cidades nessas eleições municipais.
O número de pessoas desocupadas no Brasil, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), chegou a 13,5 milhões em setembro,
equivalente a 14% dos trabalhadores, maior taxa
mensal da série histórica. Em maio, a população
desocupada era de 10,1 milhões, saltando para 12,9
milhões em agosto e 13,5 milhões no mês passado.
Isso representa alta de 33,1% desde o início da
pesquisa. Em agosto a taxa de desocupação era de
13,6%.
Outro dado revelador sobre as consequências da
política econômica bolsonarista acaba de ser
revelado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Uma pesquisa da entidade mostra que o setor
industrial brasileiro está com dificuldade de obter
insumos para a produção.
De acordo com o estudo, 68% das indústrias relataram
problemas para encontrar matérias-primas no mercado
doméstico em outubro. Com o estoque reduzido, 44%
das empresas já têm deixado de atender clientes ou
atrasado entregas. As pequenas empresas são as mais
afetadas. Enquanto 66% das grandes têm dificuldade
de atender os clientes, o número sobe para 70% nas
pequenas.
As consequências são sentidas em toda a economia,
mas o povo que depende de trabalho para sobreviver é
o mais atingido. Com o agravante de que, pela
intenção do governo, nem renda emergencial haverá a
partir do ano que vem. Até lá, segundo a intenção de
Bolsonaro e de seu ministro da Economia, Paulo
Guedes, quem depende desse recurso terá de se virar
com metade do que vinha recebendo – a maioria, com
parcos R$ 300 por mês.
Esse cenário mostra com nitidez o previsível
fracasso de uma política econômica voltada pera a
administração do Estado a serviço do parasitismo
financeiro. Para garantir o funcionamento desse
sistema, a imensa maioria do povo é levada a
sacrifícios desumanos. Recursos que deveriam estar à
disposição de urgências como o auxílio emergencial e
ajuda às micro, pequenas e médias empresas são
blindados para alimentar a farra financeira.
O pior de tudo é a manifesta intenção do governo de
não mover uma palha no sentido de buscar amenizar os
efeitos da crise econômica, que tende a se estender
e se aprofundar numa espiral sem fim a vista, o que
prenuncia uma catástrofe social de dimensões
imprevisíveis. Não é possível vislumbrar medidas
para combater os efeitos da recessão, agravados com
a pandemia, sem uma política de Estado voltada para
as necessidades básicas da imensa maioria da
população.
São constatações que reforçam a importância de uma
ampla unidade na busca de alternativas ao que propõe
o governo Bolsonaro. Suas promessas de cortar cada
vez mais recursos do orçamento público destinados ao
atendimento das questões sociais e investimentos,
atingindo de maneira drásticas itens como Saúde e
Educação, são receitas certas para aumentar o drama
social que já castiga duramente o país.
Fonte: Portal Vermelho
27/10/2020 -
CNT/MDA: Ótimo/Bom de Bolsonaro supera os 40% pela
primeira vez
Levantamento divulgado nesta segunda-feira (26)
mostra presidente em alta
Levantamento divulgado pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT) nesta segunda-feira (26) mostra que
o presidente Jair Bolsonaro teve um aumento
relevante em sua aprovação entre maio e outubro de
2020. Pela primeira vez o Ótimo/Bom do governo do
ex-capitão supera os 40% nas pesquisas CNT/MDA.
Segundo a pesquisa, 41,2% consideram o governo
Bolsonaro como Ótimo ou Bom, um grande salto com
relação aos dados do mês de maio, que apontavam 32%.
Com o índice, a gestão do ex-presidente atinge sua
melhor avaliação desde a primeira medição, realizada
em fevereiro de 2019. Na ocasião, a avaliação
positiva era de 39%.
A maior oscilação entre maio e outubro foi no grupo
que que considera o governo Ruim ou Péssimo. O que
antes era composto por 47% da população, agora é de
apenas 27%. São 30% os que avaliam como Regular.
A aprovação pessoal do presidente também subiu,
chegando a 52%. Antes eram 39%.
Coronavírus
A pesquisa ainda mostra que houve uma melhora na
avaliação da atuação do governo diante da pandemia
do novo coronavírus. 57,1% aprovam a gestão do
governo diante da pandemia, contra 39,1% que
desaprova.
Os dados indicam ainda um certo receio da população
diante de uma possível vacina contra a Covid. Apenas
40,8% afirmam que pretendem se imunizar tão logo ela
seja liberada. 46,9% disseram que vão aguardar os
resultados da vacinação em outras pessoas e 11,7%
não pretendem tomar a dose.
A volta às aulas sofre grande rejeição, como vêm
mostrado a Pesquisa Fórum. 81,1% não se sentem
seguros para para enviar os filhos para a escola
contra 17,8% que sim.
Fonte: RevistaForum
27/10/2020 -
Líder de Bolsonaro defende nova Constituição, com
mais deveres aos cidadãos
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo
Bolsonaro na Câmara dos deputados, defendeu na manhã
desta segunda-feira (26) que o país convoque um
plebiscito para decidir pela composição de uma nova
Assembleia Nacional Constituinte.
Segundo Barros, a atual Constituição tornou o país
ingovernável. As declarações foram dadas em um
evento da Academia Brasileira de Direito
Constitucional.
“Sarney dizia que a constituição tornaria o país
ingovernável. O dia chegou. Temos um sistema
ingovernável. Estamos há seis anos com déficit
fiscal primário. Não temos mais capacidade de
aumentar a carga tributária e não demos conta de
entregar todos os direitos que a Constituição
decidiu em favor dos cidadãos”, explicou.
“Eu defendo uma nova Assembleia Nacional
Constituinte. Devemos fazer um plebiscito como fez o
Chile para que possamos refazer a carta magna e
escrever lá muitas vezes a palavra ‘deveres’, porque
nossa Constituição fala pouco em deveres e muito em
direitos”.
Segundo Barros, a nova Constituição deve
reequilibrar os poderes, diminuindo as
possibilidades de ativismo políticos do Poder
Judiciário e responsabilidades agentes de
fiscalização do Estado fiscais da Receita, agentes
da Controladoria Geral da União e membros do
Ministério Público.
Reações
A fala de Barros gerou críticas de juristas e
deputados.
Fonte: Congresso em Foco
27/10/2020 -
Guedes diz que acordos políticos dificultam
privatizações
Para ministro, divergências em relação à vacina
são naturais
Acordos políticos dificultam as privatizações, disse
nesta segunda-feira (26) à noite o ministro da
Economia, Paulo Guedes. Em evento promovido pela
Academia Brasileira de Direito Constitucional, ele
declarou que o presidente Jair Bolsonaro tem cobrado
privatizações de empresas estatais, mas que a
“engrenagem” dificulta os avanços nessa pauta.
“Não conseguimos até agora privatizar empresas. Há
acordos políticos que dificultam, há uma mentalidade
cultural equivocada”, disse o ministro. “O
presidente tem cobrado [privatizações]. Por alguma
razão, a engrenagem política não tem permitido que
essas privatizações aconteçam.”
Segundo Guedes, as privatizações não foram
prioridade no início do mandato porque o governo
concentrou esforços na aprovação da reforma da
Previdência e mantinha o foco na reforma do pacto
federativo. Com o início da pandemia do novo
coronavírus, o governo passou a dedicar-se no
enfrentamento à covid-19.
Apesar dos atrasos provocados pela pandemia, Guedes
disse que o governo conseguiu aprovar projetos que
pretendem destravar o investimento, como o novo
marco regulatório do saneamento. Ele destacou
iniciativas em tramitação no Congresso, como a
liberalização dos mercados de gás natural, petróleo,
cabotagem, setor elétrico e ferrovias. Para o
ministro, a recuperação do consumo, em boa parte
propiciada pelo auxílio emergencial, conseguiu
segurar a economia, mas o Brasil só voltará a
crescer com uma onda de investimentos.
Vacina
Guedes disse considerar naturais as divergências em
relação à vacina contra a covid-19. Ele classificou
de “liberdade de opinião” os posicionamentos do
presidente Jair Bolsonaro em relação ao tema. “Não
podemos nos emocionar, nos apaixonar e começar a
derrapar para a intolerância porque alguém está
falando algo que não gostamos. É a liberdade de
opinião, de manifestação. Vai tomar vacina ou não
vai? Uns dizem que deve ser voluntário, outros que
deve ser obrigatório. É natural que haja diferença
de opinião”, disse.
No evento, intitulado Um Dia pela Democracia, o
ministro disse não acreditar que a democracia
brasileira esteja em risco. Citou a China e a Coreia
do Norte como países que não dão liberdade aos
cidadãos e disse acreditar que os Poderes tem
funcionado de maneira independente e normal no
Brasil.
“A democracia tem poderes independentes, é normal
que haja demarcação de espaços. Às vezes dois
poderes se juntam para conter excesso de um
terceiro. É normal”, declarou Guedes.
Fonte: Agência Brasil
26/10/2020 -
Sindicalistas pressionam por mais parcelas do
seguro-desemprego
Preocupadas com milhões de demitidos durante a
pandemia, as Centrais Sindicais pleiteiam mais duas
parcelas do seguro-desemprego. A proposta
apresentada no Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador, pela bancada dos
trabalhadores (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova
Central e UGT), esbarra na resistência do governo.
O Brasil tem hoje ao menos 137 milhões de
desempregados. Quase 4 milhões a mais do que em
maio, segundo o IBGE. Atualmente, pessoa demitida
sem justa causa recebe de três a cinco parcelas. As
parcelas variam de R$ 1.039,00 a R$ 1.813,03,
conforme a média salarial.
Sérgio Luiz Leite, presidente da Fequimfar e
representante da Força no Codefat, argumenta que o
desempregado levará muito tempo pra conseguir um
novo emprego e voltar a ter salário. “Por isso, é
urgente uma proteção de renda a todos aqueles se
encontram nessa situação”, afirma.
Segundo o dirigente, muitos demitidos na pandemia,
que acessaram o seguro-desemprego, ficaram impedidos
de receber o Auxílio Emergencial ou qualquer outra
assistência do governo. “As parcelas do seguro
acabaram e essas pessoas não têm como obter outro
tipo de benefício para sobreviver até encontrar
emprego”, diz preocupado.
Dieese – O economista do Dieese, Clóvis Scherer,
acompanha a discussão no Grupo de Trabalho criado
para avaliar a proposta. “Como alternativa, o
governo quer criar um abono especial aos demitidos
durante a pandemia. Mas essa proposta pode deixar de
fora milhares que receberam as parcelas do
seguro-desemprego e ficarão desassistidas até
dezembro”.
Economia – Assessor técnico do Fórum das Centrais,
Clemente Ganz Lúcio alerta que a ampliação do
seguro-desemprego não é importante apenas aos
trabalhadores, mas também na recuperação do
comércio. “Com renda, as pessoas consomem e ajudam a
sustentar a demanda, o que faz a economia girar,
principalmente o comércio local. Todos ganham”, ele
diz.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais ou
Codefat.
Fonte: Agência Sindical
26/10/2020 -
Lei do Primeiro Emprego e independência do BC podem
ser votadas no Senado
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM/AP),
poderá colocar em votação pelo sistema remoto o PL
5228/2019, que institui a Nova Lei do Primeiro
Emprego, de autoria do senador Irajá (PSD/TO). O
projeto que conta com a articulação do relator da
matéria, o senador Flávio Bolsonaro (Republicano/RJ)
flexibiliza direitos dos trabalhadores para com a
justificativa de facilitar a contratação no primeiro
emprego.
O projeto cria um sistema especial para a
contratação de jovens em sua primeira experiência
profissional, desde que este esteja cursando ensino
superior ou profissionalizante. Além disso, o
projeto prevê a redução do depósito do FGTS de 8%
para 2% nesses contratos.
Caso os senadores aprovem a proposta, o projeto será
analisado ainda na Câmara dos Deputados. Ainda
segundo o presidente do Senado, mais três projetos
devem compor a pauta de votações da Casa no início
de novembro.
O primeiro item previsto é o PL 3.819/2020, projeto
de lei do senador Marcos Rogério (DEM-RO) que trata
do transporte terrestre coletivo interestadual. O
segundo é o PL 3.877/2020, projeto de lei do senador
Rogério Carvalho (PT-SE) que trata de depósitos
voluntários das instituições financeiras. E o
terceiro é o PLP 19/2019, projeto de lei
complementar do senador Plínio Valério (PSDB-AM) que
prevê a independência do Banco Central.
Congresso
Davi também informou que está convocada uma sessão do
Congresso Nacional para o dia 4 de novembro. Ele
solicitou aos líderes que entrem em acordo sobre as
matérias que entrarão na pauta de votação.
O presidente do Congresso disse que está tentando um
entendimento há dois meses sobre a pauta, mas ainda
não conseguiu um acordo com deputados e senadores.
“São muitos vetos e projetos importantes. Precisamos
deliberar sobre essas matérias” ressaltou.
Fonte: Com Informações da Agência Senado
Fonte: Diap
26/10/2020 -
Saiba quais os cortes nos auxílios a trabalhadores
que Bolsonaro pretende fazer
Para pagar seu programa eleitoreiro, chamado de
Renda Cidadã, Jair Bolsonaro deve congelar
aposentadorias, extinguir o abono salarial e mexer
no auxílio alimentação dos servidores, entre outras
medidas
O presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) disse que não
tiraria dos pobres para dar aos paupérrimos, quando
foi cobrado por querer reduzir o poder de compra dos
aposentados e tirar o pão da boca das famílias dos
trabalhadores e trabalhadoras para criar o Renda
Cidadã, mas isso não é verdade.
Nos subterrâneos do Palácio do Planalto todos sabem
que ele não desistiu de cortar auxílios e direitos
dos trabalhadores que ganham menos, de aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), de servidores, e desta vez, até os militares
entraram na lista dos que podem ser prejudicados,
apenas para que ele mantenha o seu capital político,
já de olho nas eleições de 2022.
O motivo é simples: o presidente da República quer
mais dinheiro para pôr de pé o programa Renda
Cidadã, que vai substituir o Bolsa Família, criado
pelo ex-presidente Lula, e não sabe ou não tem de
onde tirar sem furar o teto de gastos.
Para pagar um pouco a mais para os beneficiários do
novo programa, o governo estuda tirar dos pobres
mesmo, e é isso que os técnicos do governo estão
elaborando. Nem Bolsonaro nem os técnicos têm
vontade política para taxar os mais ricos e promover
uma reforma Tributária justa, em que quem pode mais,
paga mais, como defendem a CUT e economistas
progressistas.
A equipe econômica do governo vem soltando aos
poucos na imprensa as medidas que poderão ser
tomadas, até mesmo para avaliar o impacto na opinião
pública e no Congresso Nacional, que tem de aprovar
a criação do Renda Cidadã.
Esta semana foi o jornal O Estado de São Paulo que
listou uma série de medidas que o governo vem
analisando. Todas são prejudiciais aos pobres. As
propostas da equipe econômica já estão sendo
costuradas com parlamentares aliados de Bolsonaro.
Confira a lista das maldades:
Corte no abono salarial
Atualmente o trabalhador que ganha até dois salários
mínimos (R$ 2.090,00) com carteira assinada, tem
direito a um salário (R$ 1.045,00) ao ano.
O governo quer acabar com o abono a partir de
janeiro de 2021, com uma regra de transição. O
benefício seria pago a quem ganha até um salário
mínimo enquanto o trabalhador mantiver o vínculo no
emprego. A “economia” seria de R$ 16,9 bilhões em
2022.
Congelamento do valor da aposentadoria
O governo quer congelar por dois anos o valor das
aposentadorias e benefícios do INSS para quem ganha
acima de três salários mínimos (R$ 3.135,00). Antes
mesmo da reforma da Previdência ser aprovada, em
dezembro de 2019, o ministro da Economia, o
banqueiro Paulo Guedes, disse que aposentado que
ganha mais de R$ 2.300,00 é rico, como reportou o
Portal CUT, em abril do ano passado.
A suspensão da correção dos benefícios do INSS pode
render R$ 3,5 bilhões no primeiro ano e R$ 7 bilhões
no segundo ano.
Diminuir valor do auxílio alimentação do
funcionalismo público
A proposta é cortar R$ 179,00 do auxílio
alimentação, por dois anos. Hoje são pagos por mês
R$ 479,00, o governo quer diminuir para R$ 300,00. A
“economia” estimada é de R$ 1,826 bilhão por ano.
Diminuir valor de assistência pré-escolar
Hoje é pago, em média, R$ 380,00 por mês do
benefício com assistência pré-escolar. A ideia é
diminuir por prazo determinado, ainda a ser
definido, para R$ 300,00. O custo ficaria em R$ 148
milhões abaixo do atual.
Redução de jornada e salários de Poderes
A proposta é reduzir em 12,5% a jornada de trabalho
e consequentemente os salários na mesma proporção.
Seriam atingidos magistrados, procuradores,
promotores, parlamentares, servidores civis e
militares.
Os cortes renderiam ao governo R$ 10 bilhões por
ano.
Corte no auxílio farda dos militares
Hoje os militares recebem dois soldos anualmente
como auxílio fardamento. A ideia é limitar
temporariamente para um soldo. Esta proposta, claro
que não é de Bolsonaro, já que ele costuma dar mais
benesses aos militares, retirando de civis. Segundo
o Estadão, a ideia partiu de um parlamentar. Também
não foi detalhada sobre o tempo que a medida
valeria.
Hoje são gastos com fardamento dos militares R$ 458
milhões. Com o corte pela metade, a economia será de
R$ 236 milhões.
Emendas parlamentares e remanejamentos de
recursos
Segundo o Estadão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL),
entre outros, defendem um corte das emendas em 2021
para financiar o Renda Cidadã. Calheiros sugeriu R$
5 bilhões. Mas já circulam propostas para o uso até
mesmo de 100% da reserva das emendas individuais (de
R$ 9,7 bilhões) e de parte da reserva de emendas de
bancada (de R$ 8,6 bilhões).
Também há propostas no Congresso Nacional, de
remanejamento de orçamento de programas, mas não há
detalhes de como eles seriam realizados.
Entre elas está o remanejamento do seguro-defeso
pago aos pescadores artesanais no período em que a
pesca é proibida. Com isso, o governo garantiria
mais R$ 3,1 bilhões para o Renda Cidadã.
O reforço ao novo programa viria também do
remanejamento de R$ 34,850 bilhões do atual Bolsa
Família. Também seriam remanejados mais R$ 551
milhões da remuneração que é dada aos Estados e
municípios pela boa gestão do Bolsa Família, Índice
de Gestão Descentralizada (IGD), indicador
desenvolvido pelo Ministério da Cidadania que mostra
a qualidade da gestão local na administração do
Bolsa Família e do Cadastro Único (CadÚnico). Os
recursos são utilizados para ações de cadastramento.
Fonte: CUT
26/10/2020 -
Bolsonaro é o governo que mais liberou emendas
parlamentar desde 2015
Eleito com o discurso de que não fazia conchavo e de
que seu governo seria técnico, sem acordo político,
o governo Jair Bolsonaro registrou uma execução
recorde de emendas parlamentares. É o famoso tama
lá, dá cá.
De acordo com reportagem da Folha, foram R$ 17,2
bilhões pagos até meados de outubro, o que já
representa um crescimento de 67% em relação a todo o
ano de 2019. O valor é o mais alto na série
compilada pelo Senado com início em 2015 (e
atualizada pela inflação).
As emendas possibilitam aos deputados e senadores
decidirem o destino de recursos do Orçamento federal
e, assim, enviar dinheiro a redutos políticos. Em
pleno ano eleitoral, as emendas ganham ainda maior
importância.
Até 2019 as emendas executadas representavam uma
média de 5% das despesas discricionárias
(não-obrigatórias) do Tesouro Nacional. Em 2020 esse
percentual foi praticamente triplicado e representa
15% dos gastos opcionais previstos para o ano.
O percentual cresce para 26% caso a comparação seja
feita com os gastos discricionários até setembro,
último dado disponível.
Fonte: Brasil247
26/10/2020 -
IBGE: número de desempregados chega a 13,5 milhões
em setembro
Aumento foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio,
mostra pesquisa
A edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Covid-19 estimou que a população
desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da
pesquisa, em maio, passou para 13,5 milhões em
setembro, um recorde da série histórica. O aumento
foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio. Os dados
foram divulgados sexta-feira (23) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Há um aumento da população desocupada ao longo de
todos esses meses. Esse crescimento se dá em função
tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o
mês de julho quanto das pessoas que começam a sair
do distanciamento social e voltam a pressionar o
mercado de trabalho”, disse, em nota, a coordenadora
da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
A pesquisa estimou a população ocupada do país em
82,9 milhões de pessoas em setembro, aumento de 1%
frente ao mês anterior e retração de 1,7% em relação
a maio. “A população ocupada era de 84,4 milhões em
maio e caiu até o mês de julho, quando volta a ter
variações positivas, chegando ao contingente de 82,9
milhões em setembro. Ainda está abaixo do número que
tínhamos em maio, mas já mostrando uma leve
recuperação nos meses de agosto e setembro”, afirmou
a pesquisadora.
A força de trabalho, soma da população ocupada e da
desocupada, passou de 94,5 milhões, em maio, para
96,4 milhões em setembro. O número de pessoas fora
da força de trabalho caiu 1,5% em relação a agosto,
chegando a 74,1 milhões. Já a taxa de desemprego
passou de 13,6%, em agosto, para 14%, a maior da
série histórica da pesquisa.
Fonte: Agência Brasil
26/10/2020 -
Senadora apresenta projetos de lei para combate à
violência contra a mulher
A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) apresentou
nesta semana três projetos de lei visando ao combate
da violência contra mulher: o
PL 4.970/2020, o
PL 4.972/2020 e o
PL 4.973/2020. Uma das medidas previstas nessas
propostas torna imprescritível o crime praticado
contra a mulher. Outra prevê que as secretarias de
segurança pública estaduais terão de publicar
mensalmente as estatísticas sobre violência
doméstica e familiar contra a mulher e terão de
remeter suas informações criminais para o Ministério
da Justiça.
Fonte: Agência Senado
26/10/2020 -
TST concede indenização por danos materiais a
costureira que recusou cirurgia
Ninguém pode ser constrangido a realizar tratamento
médico ou intervenção cirúrgica, conforme o artigo
15 do Código Civil, sobretudo para fazer valer o seu
direito indenizatório.
Dessa forma, a 3ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) reverteu uma decisão que excluía o
pagamento de indenização por danos materiais a uma
costureira que desenvolveu lesões que a tornaram
incapaz de exercer seu trabalho. A mulher
recusara-se a passar por procedimentos cirúrgicos e
fisioterápicos, mas o tribunal considerou que isso
não afastava o direito à reparação.
Na reclamação trabalhista, a empregada contou que
realizava movimentos repetitivos, sentada em cadeira
de madeira sem apoio para os braços ou ajuste de
altura. O equipamento ergonomicamente inadequado e a
falta de treinamento postural resultaram em lesões
nos membros superiores.
A 1ª Vara do Trabalho de Aracaju (SE) condenou a
empregadora a pagar R$ 5 mil por danos morais,
devido ao comprometimento total da capacidade da
costureira exercer sua profissão. Entretanto, negou
indenização por danos materiais, por considerar que
as intervenções cirúrgica e fisioterápica recusadas
pela mulher poderiam ter revertido sua situação. A
sentença foi mantida pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 20ª Região, com o entendimento de que a
incapacidade não seria multiprofissional, mas sim
restrita à função de costureira.
Já no TST, o ministro Alexandre Agra Belmonte,
relator do caso, assinalou que não haveria base
científica nos autos para concluir que os
procedimentos recusados teriam evitado o
comprometimento das capacidades da costureira. Além
disso, destacou o trecho do Código Civil que barra
essa hipótese.
Com isso, ele considerou que a costureira era
merecedora de pensão mensal equivalente a 50% da
remuneração, já que o trabalho atuou como concausa
da patologia. Com a mesma justificativa, o
magistrado aumentou para R$ 15 mil a indenização por
danos morais. Seu voto foi acompanhado por
unanimidade. Com informações da assessoria do TST.
1740-85.2015.5.20.0001
Fonte: Consultor Jurídico
23/10/2020 -
Governo promove revogaço de normas trabalhistas
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) a
revogação de quase 50 normas trabalhistas avaliadas
como "inúteis" pelo ministério da Economia. Também
foi apresentada uma nova norma regulamentadora
voltada ao agronegócio e a simplificação do
preenchimento do sistema eSocial para empregadores.
A medida integra o pacote "Descomplica Trabalhista",
do ministro da Economia, Paulo Guedes, que busca
desburocratizar as relações entre funcionários e
empregadores e gerar empregos. O programa vai
revisar dois mil documentos do antigo Ministério do
Trabalho, que serão consolidados em menos de dez
atos, "em uma ou duas semanas".
"Essas portarias simplesmente já estavam muito
obsoletas. Elas fazem parte da gestão do antigo
Ministério do Trabalho e são exemplo do quão grande
podem se tornar as burocracias estatais", disse o
secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo.
Guedes afirmou que o governo está fazendo o "dever
de casa". "Essa solenidade é a simplificação e a
desburocratização dentro do espírito que o senhor
(Bolsonaro) colocou aqui", afirmou. "Esse espírito
que o senhor passou para a equipe desde o início do
governo, que temos que ajudar a produção, temos que
transformar a economia", disse.
eSocial
Segundo a pasta, o número do Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) passará a ser a única identificação do
trabalhador no eSocial, assim o empregador fica
dispensado de fazer referência a outros números
cadastrais como PIS e Pasep. Os números de RG e CNH
também foram excluídos dos pedidos.
Além disso, está prevista uma parceria do eSocial
com as juntas comerciais para registrar os
empregados no momento de inscrição da empresa.
Já os módulos de Empregador Doméstico e do
Microempreendedor Individual (MEI) passaram por
transformações que incluem a inclusão de um
assistente virtual e o lançamento compulsório do 13º
salário.
Agronegócio
Guedes também assinou a nova norma regulamentadora da
saúde e segurança em agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Um
dos pontos focais da revisão é o fim da exigência de
aplicação de normas urbanas no meio rural.
De acordo com o Ministério da Economia, o item era
objeto de confusão do produtor rural, que não tinha
clareza dobre qual norma atender. Esse item, diz a
pasta, gerava uma grande insegurança jurídica e
autuações, além de causar confusão no produtor rural
sobre qual norma ele deveria seguir.
"Alguém que tem seis vaquinhas, está tirando leite e
precisava de contador, precisava preencher um
formulário com duas mil perguntas. E se não fizesse
isso ainda recebia multa", apontou Guedes.
"Não havia uma diferença entre grandes e pequenas
empresas. Então você exige a mesma coisa para todas
elas. Se exigia que houvesse a disponibilização de
alojamento e estrutura sanitária a fins para equipes
que estão se deslocando no território. Por exemplo,
quem está tocando uma boiada pelo território. É
razoável se exigir estrutura física? É claro que
não. Uma agroindústria tinha que encomendar beliches
em especificações que nada tem a ver com a saúde e
segurança do trabalhador", afirmou o secretário de
Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.
Fonte: Congresso em Foco
23/10/2020 -
Avanço da automação vai ampliar ‘abismo social’,
alerta Dieese
Novas tecnologias vão exterminar postos de
trabalhos e oportunidades criadas serão apropriadas
por uma minoria,
devido a critérios de renda e formação
Relatório do Fórum Econômico Mundial publicado na
terça-feira (20) aponta que a pandemia de covid-19
deve acelerar a implementação de novas tecnologias
no setor produtivo. O avanço da automação, porém,
deve causar a extinção de cerca de 85 milhões de
empregos, nos próximos cinco anos, em pelo 15
setores de 26 economias do mundo, entre elas a
brasileira. O alerta é do diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior, em sua coluna no Jornal
Brasil Atual desta quinta (22).
Além da perda de postos de trabalho, esse processo
também deve aprofundar o “abismo social” entre ricos
e pobres no Brasil. Segundo Fausto, isso se dá
porque as camadas mais pobres da população não têm
as mesmas oportunidades de acessar essas novas
tecnologias.
Como exemplo, ele cita a dificuldade que as crianças
de famílias mais pobres vêm tendo com o ensino
remoto durante a pandemia. Já que grande parte
dessas famílias não tem renda para comprar
computadores e pagar pela internet de alta
velocidade – isso quando a região em que reside têm
oferta deste serviço pelas operadoras.
Em ele lembrou ainda que a evolução tecnológica cria
novas oportunidades de trabalho, mas que ficarão
cada vez mais restritas a segmentos específicos da
população. Como uma das consequências de mais essa
desigualdade, afirmou que a informalidade deve se
aprofundar nesse novo cenário. “O próprio avanço
tecnológico vai ampliando o abismo entre ricos e
pobres. Não é só do ponto de vista de recursos
financeiros disponíveis, mas também do capital
social e cultural em que as classes mais altas e
mais baixas passam a se diferenciar. Cada vez mais a
tecnologia exige tipos de conhecimento, habilidades.
Exige o próprio acesso cotidiano a novas
tecnologias, que as classes mais pobres não têm.”
Desafios para os sindicatos
A implementação dessas novas formas de produção também
impõe desafios para o movimento sindical brasileiro.
Com as ferramentas de trabalho remoto, os laços
entre os trabalhadores, e até mesmo suas
identidades, ficam mais frágeis. Por outro lado,
essas mesmas tecnologias podem servir para a
mobilização. Ele destacou, como exemplo, a
assembleia nacional dos bancários que, neste ano,
contou com a participação virtual de cerca de 120
mil trabalhadores. “O trabalho muda. A forma como os
trabalhadores estão alocados muda. Então,
inevitavelmente o movimento sindical também vai
mudar a sua forma de atuação. E já vem mudando”,
disse Fausto. “É claro que é preciso certo tempo
para as organizações sindicais se prepararem e se
atualizarem. Mas é uma inevitabilidade”, completou.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/10/2020 -
Cresce pauta sobre home office nas negociações
trabalhistas
Levantamento é da Fipe, com base em dados do
Ministério da Economia
A presença de uma pauta referente ao trabalho remoto
- home office - nas negociações trabalhistas de 2020
teve elevação de mais de seis vezes em comparação ao
ano passado. O levantamento, divulgado é da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feito com
base em dados do Ministério da Economia.
Segundo a pesquisa, o trabalho remoto já está
presente em 15,9% das negociações coletivas em 2020.
Esse número era de 2,4% no ano passado, o que
representa um aumento de 6,6 vezes da presença da
pauta nas negociações trabalhistas no comparativo de
2020 e 2019, até o mês de setembro. Segundo a Fipe,
o crescimento do home office nos acordos ocorreu
após o início da pandemia de covid-19.
Negociações salariais
De acordo com o levantamento, no acumulado do ano até
setembro, os trabalhadores conseguiram aumento real,
ou seja, elevação do salário acima do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em 45,9%
das negociações coletivas. Em 29,6% delas, o
reajuste foi igual ao INPC; e em 24,5%, abaixo do
índice.
Em setembro, o piso salarial obtido pelos
trabalhadores nas negociações coletivas foi de R$
1.300, 24,4% superior ao salário-mínimo nacional, de
R$ 1.045.
Fonte: Agência Brasil
23/10/2020 -
Pobres perdem 32% da renda com a pandemia, enquanto
ricos apenas 3%, diz estudo
O boletim tem como base os dados sobre renda da
Pnad, do IBGE, referentes aos segundos trimestres de
2020 e 2019
Todos perderam com a pandemia do Coronavírus. Mas os
pobres perderam muito mais, ao menos nas regiões
metropolitanas. Isto é o que aponta o primeiro
boletim “Desigualdade nas Metrópoles”, que compara
dados do segundo trimestre de 2020 com o mesmo
período do ano passado, antes da pandemia.
De acordo com os números, na média das 22 regiões
metropolitanas, os 40% mais pobres perderam 32,1% da
renda, os 50% intermediários perderam 5,6% e os 10%
mais ricos perderam 3,2%.
O estudo é de pesquisadores da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),
Observatório das Metrópoles e Observatório da Dívida
Social na América Latina (RedODSAL).
O boletim tem como base os dados sobre renda da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do
IBGE, referentes aos segundos trimestres de 2020 e
2019.
Salvador, de acordo com o estudo, foi a metrópole
onde os mais pobres perderam mais renda, com uma
queda de 57,4%.
O coeficiente de Gini chegou a 0,640 no segundo
trimestre de 2020, na média das 22 regiões
metropolitanas estudadas. No mesmo período de 2019,
ele estava em 0,610. Em comparação ao primeiro
trimestre deste ano, a distância entre topo e base
também aumentou, de 0,610 para 0,640.
Na escala do Coeficiente de Gini, zero significa
igualdade total de renda. Quanto mais próximo de um,
por sua vez, maior será a desigualdade.
Quanto à desigualdade racial, negros receberam 57,4%
da renda dos brancos no segundo trimestre de 2020.
As regiões com menos diferença de renda entre
brancos e negros são as de Macapá (73,1%),
Florianópolis (70,6%) e Goiânia (70, 4%). O boletim
ressalta que nestas regiões a desigualdade geral é
menor.
Com informação da Folha
Fonte: RevistaForum
23/10/2020 -
Sem lei, Judiciário não pode autorizar saque de FGTS
por epidemia de Covid-19
Na falta de legislação, Judiciário não pode
estabelecer regras para saque de FGTS devido à
epidemia de coronavírus. Com esse entendimento, a 3ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região
manteve decisão que negou a liberação do fundo a um
trabalhador em razão da Covid-19.
O trabalhador pediu autorização para saque da
totalidade de sua conta vinculada do FGTS em razão
da epidemia de Covid-19, fundamentando seu pedido na
existência de força maior, nos termos do disposto no
inciso I do artigo 20 da Lei 8.036/90. Alegou,
ainda, que a hipótese também estaria enquadrada na
alínea "a" do inciso XVI do artigo 20 da Lei
8.036/90, que prevê o saque em decorrência do estado
de calamidade pública.
O juiz Paulo Cesar Moreira Santos Junior, em
exercício na 80ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro,
negou o pedido, sob o fundamento de que a MP
946/2020 encontrava-se vigente, e, portanto, deviam
ser observados os critérios ali dispostos para saque
do FGTS. Diante disso, o julgador disse que o pedido
deveria ter sido feito junto à Caixa Econômica
Federal.
Ao analisar o recurso, o relator do caso,
desembargador Rildo Albuquerque Mousinho de Brito,
observou que a Lei 8.036/90 (que prevê o saque em
decorrência do estado de calamidade pública) demanda
um regulamento específico a ser editado para cada
caso concreto, definindo a forma, o prazo e os
limites para o saque. Segundo suas palavras, isso
deve ocorrer “sob pena de puro e simples
esvaziamento do fundo mediante atuação arbitrária do
Poder Judiciário, em detrimento das demais funções
sociais atendidas por esses recursos”.
O magistrado ressaltou que, neste ano foi editada a
MP 946/2020, que estabeleceu diretrizes para o saque
do FGTS, em decorrência da atual pandemia, com prazo
e teto para que ele fosse feito pelos titulares das
contas. Entretanto, a MP perdeu sua eficácia em 5 de
agosto de 2020. De qualquer maneira, o magistrado
observou que, "ainda que a citada MP estivesse em
vigor, seria o caso de o empregado requerer, pela
via administrativa, o saque do FGTS, conforme
diretrizes e limites por ela estabelecidos".
Por fim, o magistrado concluiu que "na ausência de
qualquer regulamento vigente que autorize o saque do
FGTS em razão da pandemia, não cabe ao Poder
Judiciário suprir a falta dessa legislação, de modo
que o pedido deve ser julgado improcedente". Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-1.
Processo 0100348-30.2020.5.01.0080
Fonte: Consultor Jurídico
23/10/2020 -
Sem cartão de ponto, empresa tem de pagar horas
extras a empregado
É dever do empregador constituir prova em relação à
jornada de trabalho do empregado, e a ausência de
parte dos controles de ponto autoriza a presumir
como verdadeira a jornada alegada pelo trabalhador.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou um supermercado
paulista a pagar horas extras a uma atendente de
loja. A decisão foi tomada por unanimidade.
A atendente alegou na ação trabalhista que o
Supermercado Alta Rotação Ltda., de Jandira (SP),
deixou de pagar horas extras relativas ao período em
que não foram apresentados os registros de ponto. O
juízo da Vara do Trabalho de Jandira julgou
procedente o pedido, mas o Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral
paulista) reformou a sentença.
De acordo com a corte regional, apesar da ausência
dos registros de ponto no período de seis meses,
"não há prova de que a realidade tenha sido diversa
da dos outros nesses curtos períodos". A decisão
destaca que o critério de apuração, considerada a
média física das horas extras nos meses em que não
foram apresentados os cartões de ponto, "prestigia o
princípio da busca da verdade real que norteia o
processo do trabalho".
No TST, porém, o entendimento foi outro. O relator
do recurso de revista da atendente, ministro Alberto
Bresciani, observou que, de acordo com o item I da
Súmula 338 do TST, é ônus do empregador que conta
com mais de dez empregados o registro da jornada de
trabalho, e a não apresentação injustificada dos
controles de frequência gera presunção relativa de
veracidade das alegações do empregado, que podem ser
superadas caso haja prova em contrário.
Assim, a 3ª Turma deferiu as horas extras e suas
repercussões nas demais parcelas apenas em relação
ao período em que os controles não foram anexados.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RR 1000786-69.2017.5.02.0351
Fonte: Consultor Jurídico
23/10/2020 -
Proposta estabelece regime especial de trabalho
durante pandemias
Períodos de suspensão da atividade laboral não
poderão ser considerados como antecipação de férias
nem gerar desconto de dias não trabalhados
O Projeto de Lei 657/20 disciplina as relações de
trabalho durante pandemias e prevê que o empregador
cometerá crime de infração a emergência sanitária se
descumprir as normas durante eventual quarentena. O
texto está em análise na Câmara dos Deputados.
Conforme a proposta, períodos de suspensão da
atividade laboral devido a emergências sanitárias
não poderão ser considerados como antecipação de
férias nem gerar desconto de dias não trabalhados.
Nesse caso, o desconto ilegal sujeitará o empregador
a multas.
Em situação de emergência sanitária, toda atividade
laboral capaz de ser realizada na forma de
teletrabalho deve ser convertida para essa
modalidade. No retorno após quarentena ou
teletrabalho, todo empregado terá direito à
estabilidade por 60 dias.
“A proteção dos empregos e dos trabalhadores durante
os períodos de crises sanitárias é necessária para
evitar um colapso, com demissões em massa ou com
abusos por parte de empregadores”, afirmou o autor,
deputado Helder Salomão (PT-ES).
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
22/10/2020 -
Boletim do Dieese indica piora nas negociações
coletivas dos últimos dois anos
A pandemia, a crise financeira e o governo
Bolsonaro (sem partido) dificultam as negociações
A pandemia, a crise financeira e o governo Bolsonaro
(sem partido) fizeram as negociações coletivas
piorar nos últimos dois anos. É o que aponta o
Boletim “De olho nas negociações”, do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), com base na análise dos
reajustes registrados no mediador, do Ministério da
Economia. A pesquisa analisou 4.938 reajustes
salariais de categorias com data-base entre janeiro
e agosto de 2020, registrados até a primeira
quinzena de setembro.
Se, em 2018, 9,3% das negociações ocorreram com
reajustes abaixo do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), esses números cresceram para
23,9% em 2019 e para 28,1% em 2020, em um cenário em
que a inflação diminuiu no país.
A reposição do INPC ocorreu em 28,9% das negociações
deste ano. Os ganhos acima da inflação estão
presentes em 43% das negociações, indicando uma
queda expressiva em relação a 2018, quando74,8% das
negociações trouxeram reajustes acima do INPC.
“As dificuldades em negociar reajustes salariais
durante a pandemia são grandes. Vários acordos ou
convenções coletivas explicitaram a crise gerada
pela covid-19 como motivo para o adiamento da
negociação”, explica o Boletim. Outra consequência
da crise foi o aumento do número de categorias que
definiram o reajuste em 0% em 2020. Ao todo, foram
373 até 31 de agosto (8,4% do total considerado).
Fonte: Rede Brasil Atual
22/10/2020 -
Sindicalismo defende derrubar veto à desoneração da
folha
Mais de 1,5 milhões de empregos podem ser perdidos a
partir de 2021 por força do veto presidencial à
prorrogação da desoneração da folha de pagamento.
Quem alerta é o presidente da UGT, Ricardo Patah.
Ele diz: “A desoneração ajuda empresário e
trabalhador. Se o veto prevalecer, perderemos muitos
postos de trabalho, o que só agravaria a crise”.
A medida permite que as empresas substituam a
contribuição previdenciária, de 20% do salário
bruto, por uma alíquota que varia entre 1,5% e 4,5%
da receita bruta.
Ato – Trabalhadores protestaram terça (20) contra o
veto, que prejudica 17 setores. Juntos, eles
empregam mais de seis milhões de pessoas. Só o setor
de telecomunicações prevê demissão de 500 mil.
Sindicatos das áreas de TI, comunicação, indústria
têxtil e telecomunicações participaram de uma
caminhada do Ministério da Economia até a Praça dos
Três Poderes. Os sindicalistas pedem que o
presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP),
paute a análise do veto de Bolsonaro. A pauta do
Congresso está trancada desde início de agosto.
Ricardo Patah afirma: “É nosso terceiro ato e não
vamos parar. Desonerar a folha é fundamental pra
manter esses empregos. Estamos dialogando com
Alcolumbre sobre a necessidade de colocar em pauta a
votação. Estou otimista”.
O ato contou com o senador Major Olímpio (PSL). Ele
defende análise e votação do veto em 4 de novembro,
data para a qual Alcolumbre marcou sessão. “Dia 4
esgota o limite das empresas se adequarem. Imagine
alguém da construção civil que fosse contratar obra
hoje. Se vai haver custo adicional de 8% do pessoal
em janeiro na sua fatura, como fazer previsão de
gastos?”, questiona Olímpio.
Fonte: Agência Sindical
22/10/2020 -
Pandemia faz aumentar para 35,2% o número de jovens
não estudam nem trabalham
Número representa o maior patamar já visto no
país. Crescimento similar também foi registrado na
faixa entre 25 e 29 anos
Por causa da pandemia do coronavírus, 35,2% dos
jovens entre 20 e 24 anos estão sem estudar ou
trabalhar no país. O número representa um aumento de
6,6% em relação ao último trimestre de 2019, que
registrou 28,6% de pessoas nessa situação. Trata-se
do maior patamar já visto e o maior avanço já
registrado, especialmente em um intervalo de apenas
seis meses.
De acordo com o levantamento da FGV Social, jovens
entre 25 e 29 anos também sofrem da mesma situação.
A população de “nem-nem” nesse grupo subiu de 25,5%
para 33% no mesmo período.
“O problema está no mercado de trabalho,
principalmente para os que estão se formando.
Junta-se a crescente desigualdade educacional com a
dificuldade dos jovens formados de se inserir no
mercado de trabalho”, afirma o economista Marcelo
Neri, diretor da FGV Social, em entrevista ao jornal
O Globo.
De acordo com Thiago Xavier, economista da
Tendências Consultoria, para o jovens que têm entre
18 e 24 anos, a queda no emprego foi de 21,9% no
segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo
período de 2019. Na média, a perda foi de 10,7%.
O último levantamento divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já
apontava para um aumento do desemprego no país
durante a pandemia. Segundo o estudo, 15,3 milhões
de trabalhadores estão sem procurar vaga. A
estimativa é que parte dessas pessoas vá para
informalidade e outra deixe o mercado
definitivamente após a pandemia, já que a
concorrência será grande.
Fonte: RevistaForum
22/10/2020 -
CCJ aprova o nome de Kassio Nunes Marques para o STF
O juiz do Tribunal Regional Federal da Primeira
Região Kassio Nunes Marques teve o seu nome aprovado
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para
ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa é a primeira indicação do presidente Jair
Bolsonaro para o STF, corte que é composta por 11
membro e tem como objetivo ser a guardiã da
Constituição.
Fonte: Agência Senado
22/10/2020 -
Confiança da indústria atinge maior nível em nove
anos
Índice de Confiança da Indústria brasileira sobe
4 pontos
O Índice de Confiança da Indústria brasileira teve
uma alta de 4 pontos na prévia de outubro, na
comparação com o número consolidado de setembro. Com
isso, o indicador chegou a 110,7 pontos, o maior
patamar desde abril de 2011 (111,6 pontos), segundo
informou nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro,
a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A alta de setembro para a prévia de outubro foi
puxada principalmente pelo Índice da Situação Atual,
que mede a confiança do empresário em relação ao
presente e que subiu 5,9 pontos, chegando a 113,2
pontos.
O Índice de Expectativas, que mede a percepção dos
empresários sobre o futuro, cresceu 2,2 pontos e
atingiu 108,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria (Nuci) subiu 1,7 ponto percentual e chegou
a 79,9%, o maior desde novembro de 2014 (80,3%). O
resultado consolidado de outubro será divulgado pela
FGV em 28 de outubro.
Fonte: Agência Brasil
22/10/2020 -
Vetar a CoronaVac é um crime contra a saúde do povo,
afirmam partidos
Partidos políticos acusam Bolsonaro de fazer
demagogia e prometem impedir que o presidente cometa
crimes contra a saúde pública
Oito partidos políticos emitiram nota nesta
quarta-feira (21) repudiando a decisão do presidente
Jair Bolsonaro de cancelar o protocolo assinado pelo
Ministério da Saúde para aquisição da vacina a ser
produzida pela parceria Sinovac Biotech/Instituto
Butantan. Acusam ainda o presidente de ferir o pacto
federativo na medida em que os governadores de
estado acompanharam e referendaram a assinatura do
protocolo.
Os dirigentes partidários afirmam que a vacina está
sendo testada com autorização da Anvisa, que dará a
palavra final sobre a segurança e eficácia do
medicamento. Neste sentido, acusam Bolsonaro de
fazer demagogia ao dizer que pretende evitar que o
povo sirva de cobaia. Por fim, os partidos afirmam
que atuarão, junto com outras forças democráticas,
para impedir a ação nociva do presidente da
República, que deverá responder por crime contra o
Brasil.
Leia a íntegra da nota:
Repudiamos e consideramos um verdadeiro crime contra a
saúde do povo brasileiro, o possível veto do
presidente Jair Bolsonaro à vacina CoronaVac, que
está sendo produzida pela empresa chinesa Sinovac
Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São
Paulo.
Ferindo uma vez mais Pacto Federativo, Bolsonaro
cancelou um protocolo de compra da CoronaVac
assinado pelo seu próprio ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, numa reunião oficial de trabalho com os
governadores do país.
É pura demagogia do presidente afirmar que com este
gesto insano pretende evitar que o nosso povo seja
usado como “cobaia”.
O Instituto Butantan, respeitado internacionalmente,
tem longa tradição na produção de vacinas. A
testagem final da CoronaVac está registrada e
autorizada pela Anvisa e obedece aos protocolos
exigidos. E, evidentemente, somente será aplicada se
a Anvisa aprovar considerando-a segura e eficaz.
Nós, partidos que assinamos está nota, iremos em
conjunto com outras forças democráticas do Congresso
Nacional, atuar para evitar ação nociva do
presidente da República à saúde pública e exigir que
responda, nos termos da lei e da Constituição, a
mais esse crime contra o Brasil.
Brasília, 21 de outubro de 2020
Luciana Santos – Presidenta Nacional do PCdoB
Gleisi Hoffman – Presidenta Nacional do PT
Carlos Lupi – Presidente Nacional do PDT
Juliano Medeiros – Presidente Nacional do PSOL
Carlos Siqueira – Presidente Nacional do PSB
Roberto Freire – Presidente Nacional do Cidadania
José Luís Penna – Presidente Nacional do PV
Pedro Ivo Batista e Laís Garcia – Porta Vozes
Nacionais da Rede Sustentabilidade
Fonte: Portal Vermelho
22/10/2020 -
Ideia legislativa propõe mudança no cálculo da
aposentadoria por invalidez
Será analisada pela Comissão de Direitos Humanos
(CDH) uma ideia legislativa que sugere mudar o
cálculo da aposentadoria por invalidez. A proposta,
apresentada em junho deste ano por meio do Portal
e-Cidadania, alcançou o número necessário de apoios
de outros usuários: 20 mil. Agora, será transformada
em sugestão legislativa e, se aprovada pela
comissão, se tornará um projeto de lei.
A ideia legislativa altera o cálculo da
aposentadoria por invalidez, hoje chamada de
aposentadoria por incapacidade permanente, dos
atuais 60% para 80% da média contributiva do
segurado. Pelo texto, continua valendo o acréscimo
de 2% ao ano acima de 20 anos de tempo de
contribuição.
As regras da antiga aposentadoria por invalidez —
atualmente chamada de incapacidade permanente —
foram alteradas com a Reforma da Previdência (Emenda
Constitucional 103). Com a reforma, o benefício,
antes equivalente ao valor integral da média
salarial do trabalhador, foi significativamente
reduzido para os segurados com menos tempo de
contribuição.
Segundo o canal INSS Passo a Passo, do YouTube,
responsável pela ideia legislativa, a Previdência
Social é como uma seguradora que teria que garantir
os segurados contra riscos sociais, mas, em vez
disso, está transferindo esses riscos para eles.
“Dentre os benefícios pagos pela Previdência, temos
dois tipos: de risco programado (aposentadoria por
tempo e idade) e não programado (auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez, pensão por morte). A EC
103 generalizou a forma de cálculo para os dois
tipos, transferindo o risco para o segurado”,
justifica.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/10/2020 -
Proposta obriga empresa a aplicar medidas de
proteção ao trabalhador durante calamidade
O teletrabalho deve ser a preferência. Para quem
precisar trabalhar presencialmente, o projeto prevê
flexibilização dos horários, para reduzir o número
de pessoas no mesmo ambiente
O Projeto de Lei 655/20 obriga as empresas a
adotarem medidas de proteção aos trabalhadores em
caso de emergência em saúde pública. A proposta
tramita na Câmara dos Deputados.
Entre outros pontos, o texto prevê o teletrabalho,
reuniões por videoconferência e restrições ao
exercício de atividades que elevem os riscos de
contaminação. No caso do trabalho remoto, deverá ser
aplicado ao maior número de empregados possível, com
prioridade para os integrantes de grupos de risco.
A proposta também determina a flexibilização dos
horários de trabalho, para reduzir o número de
pessoas no mesmo ambiente, e a distribuição de
equipamentos de proteção individual e materiais de
higiene.
O projeto é da deputada Shéridan (PSDB-RR) e altera
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Há
inúmeras providências que podem ser tomadas pelas
empresas com o fim de proteger seus trabalhadores e,
assim, contribuir para a efetiva contenção de
doenças”, disse a deputada.
Fonte: Agência Câmara
21/10/2020 -
Reflexo da desestruturação do mercado, 63% dos
brasileiros temem perder emprego
Diretor técnico do Dieese explica que
desestruturação do mercado de trabalho e o avanço da
automação contribuem para quadro de instabilidade
Seis em cada 10 trabalhadores brasileiros têm medo
de perder o emprego nos próximos 12 meses, segundo
pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido do
Fórum Econômico Mundial (FEM). O Brasil está entre
os dez países que têm a maior proporção de
empregados com este temor.
O levantamento mostra que a Rússia possui mais
trabalhadores com medo do desemprego (75%), seguida
pela Espanha (73%). Em nono, o Brasil possui 63%.
Entretanto, os brasileiros possuem um nível alto de
preocupação, e 32% se disseram muito preocupados com
a ameaça de demissão.
Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese,
afirma que o medo dos brasileiros de perder o
emprego está vinculado à estruturação do mercado de
trabalho. “Os países como Brasil e Rússia, que
possuem um mercado desestruturado, levam um receio
muito grande para seus trabalhadores em relação à
perda do emprego”, explicou, em participação no
Jornal Brasil Atual.
No Brasil, a elevada taxa de desocupação tem
aumentado ainda mais desde o início da pandemia. Na
penúltima semana de setembro, o Brasil atingiu a
marca de 14 milhões de brasileiros sem emprego, de
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Automação do emprego
Segundo o especialista do Dieese, o baixo crescimento
que já existia mesmo antes da pandemia é um fator
importante para explicar o aumento do desemprego,
mas os trabalhadores formais também começam a perder
espaço com o avanço da tecnologia e automação da mão
de obra, processo que pode ter se acelerado nos
último meses.
“Existe a tecnologia chegando e substituindo a mão
de obra dos trabalhadores formais e uma alta
vulnerabilidade no setor informal. Tudo isso diante
de uma desaceleração econômica com ampliação da taxa
de desemprego, o que não permite às pessoas entrarem
no mercado de trabalho. Elas passam a viver uma
instabilidade grande”, explica o diretor técnico do
Dieese.
A pesquisa mostra ainda que o temor pelo desemprego
é em parte superado pela expectativa de
requalificação profissional, promovida pelo próprio
empregador, para atender às novas demandas. No
Brasil, 79% dos trabalhadores disseram estar
confiantes com a possível requalificação no
trabalho.
Fausta acredita que a requalificação é importante,
porém, é insuficiente diante do quadro atual. “A
qualificação profissional sempre foi vendida como um
mecanismo para o trabalhador se reintegrar ao
mercado, mas não vemos isso. As pessoas que estão na
base da pirâmide estão voltando em condições de
maior vulnerabilidade e menos renda”, apontou.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/10/2020 -
Auxílio emergencial e disputa pelo Orçamento travam
votações do Plenário
Com apenas 207 deputados com presença registrada no
painel eletrônico, o Plenário da Câmara dos
Deputados teve de encerrar a Ordem do Dia e adiar a
votação de projetos marcados para esta terça-feira.
Ainda não foi marcada uma nova data para a próxima
sessão deliberativa.
Registraram sua presença no painel eletrônico apenas
207 deputados até as 14h25, quando o deputado Luis
Miranda (DEM-DF), na presidência dos trabalhos,
declarou o cancelamento das votações.
A votação está sendo obstruída por partidos de
oposição e da base aliada. PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL
e Rede anunciaram obstrução para pautar a Medida
Provisória 1000/20, com o objetivo de aumentar o
valor das últimas parcelas do auxílio emergencial de
R$ 300 para R$ 600.
Já Avante, PL, PP e PSDB estão em obstrução por
causa de disputas na instalação da Comissão Mista de
Orçamento e da sucessão da Presidência da Câmara,
que ocorrerá em fevereiro do ano que vem.
No fim de semana, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, apelou aos líderes partidários para que deixem
de lado as disputas e retomem a agenda de votações.
Durante a sessão, o deputado General Girão (PSL-RN)
lamentou a obstrução e disse ter vergonha pelo fato
de a Câmara estar há quase um mês sem votar
propostas. "Não é possível que a Casa fique
paralisada em função de interesses individuais e
partidários, que não podem chegar a um consenso",
reclamou. "Vamos completar quase um mês sem nenhuma
sessão plenária, sem nenhuma votação."
Auxílio emergencial
"Enquanto não se pautar a MP 1000, seguiremos em
obstrução", explicou a líder do PSOL, Sâmia Bomfim
(SP). "Não há nada mais importante neste momento do
que corrigir esta injustiça. As famílias brasileiras
não conseguem colocar comida na mesa e pagar as
contas. O Orçamento de Guerra foi aprovado pela
Câmara até o fim do ano."
A vice-líder da [[g Minoria]] Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), cobrou dos partidos da base do governo
explicações sobre os motivos de entrarem em
obstrução. "Que fique claro quais são os acordos não
resolvidos. Certamente não é por conta da MP 1000."
Jandira Feghali também lamentou a falta de debate
sobre o Orçamento de 2021. "Está retirando dinheiro
do SUS, da Educação, da Ciência e Tecnologia. O teto
de gastos impede que o recurso vá aonde precisa."
Fonte: Agência Câmara
21/10/2020 -
Teve contrato suspenso? Veja como ficam férias e 13º
Milhões de trabalhadores tiveram os contratos de
trabalho suspensos durante o período de isolamento
social provocado pela pandemia da Covid-19. Segundo
dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), 10 milhões foram impactados
com a medida.
A Medida Provisória 936 permite que empresas
suspendam contratos e façam redução de jornadas e
salários dos funcionários. A MP já foi prorrogada
por três vezes pelo governo e agora vale até
dezembro, que é quando se encerra o decreto de
calamidade. Agora, os trabalhadores não sabem se vão
receber férias e 13º salário.
Suspensão de contrato
Férias – Quem teve o contrato suspenso, será
desconsiderado o período em que ficou fora do
trabalho. Ou seja, se o trabalhador ficou três meses
suspenso, esse tempo não contará para as férias, que
deverão ser prorrogadas para quando completar
realmente um ano. O salário, no entanto, será de
acordo com a remuneração que o empregado recebe e
não sofrerá alteração.
13º – De acordo com as mudanças nas regras
trabalhistas, a suspensão do contrato impacta no
valor do 13º salário a ser recebido. Ou seja, nesse
caso, só será pago pelo empregador o valor de acordo
com o tempo trabalhado.
Redução de jornada e salário
Férias – A redução não irá comprometer o
salário e o tempo de contagem para as férias do
trabalhador. Ele deverá receber com base no que
recebia antes.
13º salário – Aqui, o cálculo da remuneração
deve ser feito de acordo com o que o funcionário
recebia antes da MP. Ou seja, o salário cheio
contado a partir dos meses trabalhados no ano.
Fonte: Agência Sindical
21/10/2020 -
Ato do governo federal sobre o imposto sindical de
servidor público é ilegal
Por Jorge Fausto de Souza Neto
Em no último dia 5, o Ministério da Economia
publicou a Portaria Nº 21.595, de 1º de outubro de
2020, orientando os órgãos e entidades integrantes
do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal
(Sipec) a não mais realizarem a cobrança da
contribuição sindical.
Conhecida como imposto sindical e prevista no Artigo
578 da CLT, ela é paga anualmente pelos servidores
públicos da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional.
A nova portaria recomenda que o recolhimento da
contribuição sindical apenas seja possível quando
houver previsão legal que disponha sobre a prévia e
expressa autorização do servidor público federal,
para que o desconto seja feito em favor da
respectiva entidade representativa.
No entanto, a sugestão de não recolhimento do
imposto sindical dos servidores público federais,
previsto na portaria sob análise, não está em
harmonia com a legislação vigente e carrega consigo
a intenção do governo federal de enfraquecer as
entidades de classe.
A alínea "c" do Artigo 240 da Lei nº 8.112/1990
prevê o desconto em folha do servidor público
federal, tanto do imposto sindical — objeto do
presente assunto — quanto da mensalidade sindical,
ambas definidas em assembleia geral da categoria:
"Artigo 240 — Ao servidor público civil é
assegurado, nos termos da Constituição Federal, o
direito à livre associação sindical e os seguintes
direitos, entre outros, dela decorrentes: (...)
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade
sindical a que for filiado, o valor das mensalidades
e contribuições definidas em assembleia geral da
categoria".
Da leitura do texto legal, é perceptível, inclusive,
que o desconto em folha do imposto sindical e das
mensalidades compõe, junto a outras prerrogativas, o
direito à livre associação sindical.
Outrossim, percebe-se que o ato do governo federal
alveja uma das principais fontes de custeio dos
sindicatos: a contribuição, paga uma vez a cada ano,
também denominada imposto sindical.
Por sua vez, quanto à mensalidade sindical, não há
dúvidas quanto à prévia anuência de recolhimento
pelo servidor, pois assim decidiu quando se filiou à
entidade de classe.
Dessa feita, a orientação do Ministério da Economia
de que não seja feito o desconto do imposto sindical
até que seja editada lei que disponha sobre a
faculdade do recolhimento contraria não apenas a
garantia do desconto contida no texto legal acima
transcrito como a Constituição Federal, ao proibir
expressamente, no inciso I do Artigo 8º, a
interferência e a intervenção do poder público na
organização sindical.
Isto porque é inquestionável que, ao "recomendar"
que não seja realizada uma das principais fontes de
custeio das entidades de classe, o governo federal
interfere e intervém na organização dos sindicatos,
de modo que, ainda que transitoriamente, as
entidades agonizarão com a escassez de recursos,
pois serão tolhidas de praticar ações destinadas a
atender aos ideais institucionais na defesa dos
direitos dos seus filiados.
Dessa feita, se a real intenção do governo federal é
de que seja resguardada a expressão da vontade do
servidor público federal em recolher o imposto
sindical, em sintonia com o Artigo 578 da CLT e com
a redação trazida pela reforma trabalhista, o ato
correto, legal, razoável e proporcional seria a
publicação de portaria disciplinadora da sistemática
para a prévia expressão da vontade do servidor
federal quanto ao recolhimento do imposto, mas não
vetar o desconto até que seja editada nova lei a
respeito. Afinal, se o recolhimento do imposto
sindical do servidor público em nada prejudica a
Administração Pública ou o erário, por que, então,
impedir o seu recolhimento até que nova lei sobre a
faculdade do recolhimento seja editada? É nítida a
imprestabilidade do ato.
Outrossim, cabe lembrar que o governo federal já
tentou revogar a alínea "c" do Artigo 240 da Lei nº
8.112/1990 através da Medida Provisória nº 873/2019.
Porém, como não foi votada pelas duas casas do
Congresso Nacional, a MP teve o seu prazo de
validade expirado e perdeu a sua eficácia.
Desta vez, busca, através de outro caminho, o
governo federal atacar o financiamento dos
sindicatos dos servidores públicos federais, criando
enorme embaraço e deixando as entidades de classe à
mercê de atuação do Poder Legislativo.
As tentativas do Poder Executivo de enfraquecer os
sindicatos merecem grande preocupação. Ao recomendar
que não haja o recolhimento de contribuições
sindicais dos servidores públicos federais, até que
sobrevenha lei que disponha sobre a faculdade do
desconto, a Portaria Nº 21.595 é ilegal, dispensável
e de intenção antidemocrática, pois vilipendia a
atividade sindical, fundamental em um Estado
democrático.
Jorge Fausto de Souza Neto é advogado da área de
Direito Administrativo do escritório Martorelli
Advogados.
Fonte: Consultor Jurídico
21/10/2020 -
Alexandre de Moraes é o novo relator do inquérito de
Jair Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes, é o novo relator do inquérito
4831, que investiga se houve interferência de Jair
Bolsonaro na Polícia Federal. A redistribuição
acontece após determinação do presidente da corte,
Luiz Fux, para impedir que o ministro indicado por
Bolsonaro seja relator do caso, que investiga se
houve interferência do presidente na Polícia
Federal.
A redistribuição se deu por meio de sorteio
eletrônico nesta terça-feira (20) e caberá a ele a
relatoria da investigação no lugar de Celso de
Mello, que se aposentou no último dia 13.
A movimentação aconteceu a pedido dos advogados do
ex-ministro Sergio Moro. Após o desembarque do
Ministério da Justiça e Segurança Pública em abril,
o ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir
na cúpula da Polícia Federal.
Nesta quarta-feira (21), o indicado de Bolsonaro ao
STF, o desembargador Kassio Nunes Marques, será
sabatinado pelo Senado. Caso aprovado, o magistrado
vai herdar todos os processos de Celso de Mello, com
exceção deste inquérito redistribuído hoje.
Alexandre de Moraes também é relator dos inquéritos
sobre as fake news e que investiga manifestações
antidemocráticas contra o Supremo.
Fonte: Congresso em Foco
21/10/2020 -
48% acham que Bolsonaro criou auxílio emergencial;
42% atribuem ao Congresso
Levantamento do PoderData mostra que 48% da
população acredita que a criação do auxílio
emergencial de R$ 600 é mérito do governo Bolsonaro.
São 42% os que acreditam que o Congresso Nacional é
o responsável pela medida.
O auxílio emergencial foi criado para mitigar os
efeitos da crise econômica causada pela pandemia de
covid-19 –doença respiratória provocada pelo novo
coronavírus. Com o isolamento social, milhões de
brasileiros ficaram sem trabalhar.
A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos
de R$ 200 cada –durante a tramitação no Congresso, o
valor subiu para R$ 600. Com a continuidade da
pandemia no país, o benefício foi prorrogado com
mais duas parcelas no mesmo valor.
Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o
governo estendeu novamente o auxílio: mais 4
parcelas de R$ 300. O valor começou a ser pago em 18
de setembro a beneficiários do Bolsa Família, e em
30 de setembro aos demais.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de
estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do
levantamento é feita em parceria editorial com o
Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 12 a 14 de outubro, por
meio de ligações para celulares e telefones fixos.
Foram 2.500 entrevistas em 503 municípios, nas 27
unidades da Federação.
Highlights Demográficos
Dentre os que creem que a medida foi implantada pelo
governo Bolsonaro, destacam-se os homens (54%), o
que têm mais de 60 anos (54%) e os que ganham mais
de 10 salários mínimos (53%).
Entre os que acreditam que o auxílio emergencial foi
uma medida criada pelo Congresso, estão os que
ganham de 5 a 10 salários mínimos (57%), os que têm
de 25 a 44 anos (50%) e os que estudaram até o
ensino superior (49%).
Bolsonaristas dão crédito ao Governo
No cruzamento com a avaliação de Bolsonaro, 72% dos
que consideram o presidente “ótimo” ou “bom” afirmam
que o benefício foi uma medida do governo federal.
De outro lado, 71% do grupo que avalia o mandatário
como “ruim”ou “péssimo” diz que a medida foi criada
pelo Congresso.
Fonte: Poder360
20/10/2020 -
Com hora extra e terceirização à frente, cresce
número de processos trabalhistas
Foram quase 314 mil neste ano. Setor público e
bancos se destacam na lista de ações
O Tribunal Superior do Trabalho recebeu 313.837
processos de janeiro a setembro, 19,3% a mais do que
em igual período de 2019. As ações julgadas somaram
251.845, crescimento de 8%. Os dados são da edição
mais recente do Relatório de Movimentação
Processual, divulgado pelo TST.
Do total recebido, 276.687 são casos novos. Há ainda
36.590 recursos internos e 560 retornos para nova
decisão. Dos julgados, a maioria (152.571) foi em
decisões monocráticas (individuais). Os demais
98.914, em sessões.
Estoque maior, tempo menor
Já o total de processos pendentes de julgamento
aumentou 50,7% em relação ao ano passado. Assim o
acervo de ações na principal Corte trabalhista
cresceu 16,7%, para 495.252 em setembro.
Por sua vez, o tempo médio de julgamento caiu 1,3%,
para 234 dias. Esse prazo fica abaixo de uma das
metas previstas pelo planejamento estratégico do
TST, que é de 320 dias.
Principais devedores
Os principais temas dos processos são horas extras
(35.295), tomador de serviços/terceirização
(29.936), negativa de prestação jurisdicional
(29.773), valor da execução/cálculo/correção
(25.173) e honorários advocatícios (24.991). Entre
os “top 10 litigantes”, os que têm maior número de
ações, estão Petrobras (8.064 ações), União (7.395),
Banco do Brasil (6.249), Bradesco (5.868), Correios
(5.715) e Caixa Econômica Federal (4.621).
A lista se completa com Estado do Rio de Janeiro
(4.358), Itaú (4.103), Santander (3.276) e
Telefônica (3.273). Em relação a dezembro do ano
passado, o total de processos trabalhistas
envolvendo esses 10 caiu 18,2%.
Em relação à origem dos casos novos, a maior parcela
vem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª
Região, que abrange a Grande São Paulo e a Baixada
Santista: 45.678. Logo depois, está o TRT da 15ª
Região, no interior paulista, com 44.582. Em
seguida, vêm a 1ª (Rio de Janeiro), com 33.366, e a
3ª (Minas Gerais), com 32.139. O menor número de
novas ações – 1.573 – tem como origem a 19ª Região,
em Alagoas.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/10/2020 -
Bolsonaro se mantém contra valor de R$ 600 para o
auxílio: "É muito para o Brasil"
"Presidente nunca se comprometeu de verdade com
quem mais precisa", afirma líder do PSB
Em novas manifestações sobre a demanda para se
estender o auxílio emergencial de R$ 600, que teve
redução de 50% no valor, o presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) deu mais uma sinalização, nesta
segunda-feira (19), de que não pretende ceder à
pressão política e popular. Ele afirmou que o valor
“é muito para o Brasil”.
“Sei que os R$ 600 são pouco para quem recebe, mas é
muito para o Brasil, dá R$ 50 bilhões por mês. Tem
que ter responsabilidade para usar a caneta Bic aí.
Não dá para viver, ficar muito tempo mais com este
auxílio porque, realmente, o endividamento nosso é
monstruoso", disse a apoiadores na porta do Palácio
da Alvorada, em Brasília (DF).
Assim como o chefe do Executivo, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem feito
manifestações de resistência à continuidade do
benefício com o valor reivindicado. Nesta segunda,
após uma reportagem da CNN indicar que ele não seria
contrário à manutenção do auxílio, Maia negou a
informação e recuperou o discurso do ajuste fiscal.
“Eu não disse isso. Já deixei claro publicamente que
sou contra a prorrogação do decreto de calamidade e
que é preciso encontrar uma solução dentro do Teto
de Gastos”, disse. A declaração é mais um aceno ao
mercado financeiro e a outros investidores que
monitoram os movimentos do governo e pressionam pela
manutenção da agenda ultraliberal. Na gestão
Bolsonaro, a cartilha é conduzida especialmente pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, que desde o
início dos debates sobre o auxílio tem manifestado
oposição à proposta.
"Governo nunca quis"
“Esse jogo vem sendo jogado desde sempre. Se a gente
pegar o histórico do auxílio, a gente vê que o
governo vem jogando com as pessoas, até por
sobrevivência. É sempre importante a gente dizer que
o governo nunca quis os R$ 600 nem os R$1.200 [duas
cotas] pra mães solo. Ele lutou até o último minuto
pra que não fosse esse valor”, relembra a diretora
de Relações Institucionais da Rede Brasileira de
Renda Básica, Paola Carvalho.
Paralelamente, o governo tenta evitar que o
Congresso Nacional vote a Medida Provisória nº
1.000, que institui o valor de R$ 300 até dezembro.
Por ser uma MP, o texto tem efeitos imediatos, o que
faz com que o auxílio já tenha entrado em vigor sem
a anuência do Legislativo. Nos bastidores, a
estratégia do governo é escapar de um eventual
aumento da quantia, já que o parlamento tem a
prerrogativa de fazer esse tipo de alteração.
A demanda pelo aumento do valor encontra apoio em
parlamentares de diferentes siglas, mas a batalha se
concentra nos partidos mais próximos da esquerda,
que são PT, PSB, PDT, Psol e Rede. O líder da
bancada pessebista na Câmara, Alessandro Molon (RJ),
por exemplo, reagiu à nova manifestação do
presidente.
"Não se enganem. Bolsonaro nunca se comprometeu de
verdade com quem mais precisa. É por isso que ele
não faz a menor questão de manter o auxílio
emergencial em R$600 enquanto a pandemia durar”,
criticou, em nota publicada na noite desta segunda.
Fonte: Brasil de Fato
20/10/2020 -
87% dos trabalhadores querem manter opção de
trabalho remoto, diz pesquisa
Cerca de 9 em cada 10 trabalhadores querem poder
escolher se trabalham em casa ou no escritório
quando as restrições da covid-19 no ambiente de
trabalho forem suavizadas e ter mais autonomia sobre
seus horários, de acordo com uma pesquisa da Cisco
Systems.
A pandemia mudou rapidamente as atitudes em relação
ao trabalho em casa, mostrou a pesquisa, já que dois
terços dos trabalhadores passaram a valorizar mais
os benefícios e desafios de cumprir suas funções
remotamente.
Embora só 5% dos entrevistados trabalhassem em
domicílio a maior parte do tempo antes dos lockdowns,
agora 87% querem poder decidir onde, como e quando
trabalham, alternando entre a atuação na empresa e à
distância, de acordo com a pesquisa Cisco.
Gordon Thomson, vice-presidente da Cisco, disse que
as empresas teriam que reformular como operam para
ajudar a atender as novas exigências dos
trabalhadores, que priorizaram a comunicação
eficiente e a colaboração acima de tudo.
Ele disse que a tecnologia também será usada para
garantir a segurança de funcionários e seus dados em
seu ambiente de trabalho, seja em casa ou no
escritório.
Isto pode incluir, por exemplo, sensores que
monitoram o calor e a luz em uma estação de trabalho
domiciliar, ou uma tecnologia que verifique o
distanciamento social e se as pessoas estão usando
máscaras no escritório, explicou.
"Não se trata mais somente de conectar pessoas,
trata-se da experiência que você mostra as pessoas
quando estão conectadas”.
Fonte: UOL
20/10/2020 -
Bolsonaro vai acabar com aumento real do piso
salarial de professor
Governo Bolsonaro prossegue ataque à educação e
agora quer vincular o reajuste do piso salarial dos
professores da educação básica à inflação, o que
elimina o ganho real garantido pela lei atual
O governo Bolsonaro promove mais ataque à área
educacional, desta vez para acabar com uma conquista
histórica dos professores. Segundo informações do
jornal Folha de S.Paulo, o governo quer vincular o
reajuste do piso salarial dos professores da
educação básica à inflação, o que elimina o ganho
real garantido pela lei atual. A proposta do governo
é alterar a lei do piso na regulamentação do Fundeb.
A Lei do Piso, de 2008, vincula reajuste anual à
variação do valor por aluno do Fundeb, o que reflete
em aumentos acima da inflação, mas pressiona as
contas de estados e municípios. O governo quer que a
atualização seja só pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor).
A reportagem também denunciou que o governo disparou
mais fake news no dia dos professores, 15 de
outubro, e fez propaganda nas redes sociais do
aumento 12,84% do piso, como se fosse realização da
gestão, apesar de ser lei.
"Maior reajuste salarial para professores da
educação básica desde 2012", diz mensagem da
Secretaria de Comunicação.
Fonte: Brasil247
20/10/2020 -
Secretaria da Mulher divulga estudo sobre
participação feminina nas eleições deste ano
A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados
reúne-se hoje para divulgar um estudo feito pela
Consultoria Legislativa da Casa sobre a participação
da mulher nas eleições de 2020. A reunião será
realizada por videoconferência a partir das 10h30.
O levantamento foi solicitado pela Secretaria da
Mulher se mostra que, do ponto de vista nacional,
todos os partidos preencheram a cota mínima de 30%
para candidatas mulheres, prevista na Lei Eleitoral.
A maior parte dos partidos preencheu de 32% a 35%.
Do ponto de vista municipal, no entanto, o estudo
aponta que vários partidos não preencheram as cotas
efetivas nas chapas inscritas.
A Secretaria da Mulher informou que, diante disso,
enviou ofícios para o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), a Procuradoria Geral Eleitoral e o Grupo
Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) da
Procuradoria-Geral da República.
Aumento tímido
Apesar de as mulheres serem 52,5% do eleitorado, elas
representam apenas 33,3% do total de candidaturas
neste ano, para prefeita, vice-prefeita ou
vereadora.
Foram pouco mais de 522 mil pedidos de registro de
candidatura, segundo o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), sendo cerca de 183 mil de mulheres. Mesmo
abaixo de uma real representação da população
brasileira, esses dados são um recorde para as
eleições municipais: em 2016, as candidaturas
femininas foram 31,9% do total e, em 2012, 31,5%.
Fonte: Agência Câmara
20/10/2020 -
Desemprego é ainda mais severo para pessoas com
deficiência na pandemia
Segundo o Dieese, demissões dos trabalhadores com
deficiência se iniciaram ainda em janeiro, e foram
aprofundadas com a pandemia
Nota técnica do Dieese divulgada na última
quarta-feira (16) afirma que as pessoas com
deficiência foram atingidas ainda mais severamente
pelo desemprego durante a pandemia. Contudo, o
fechamento de postos para trabalhadores com
deficiência teve início ainda em janeiro, antes da
chegada da covid-19 no Brasil.
No período de janeiro a agosto de 2020 foram
fechados 849 mil postos de postos de trabalho
formais no país, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados), do Ministério da
Economia. Do total de vagas fechadas, 171,6 mil
(cerca de 20%) eram destinadas a esse grupo de
trabalhadores.
Segundo o economista do Dieese Leandro Horie, a
situação real de desemprego entre pessoas com
deficiência é ainda mais grave do que mostram os
dados, já que os números do Caged captam apenas a
movimentação do mercado formal de trabalho.
“Ou seja, a crise foi muito mais acentuada para os
trabalhadores com deficiência do que no mercado de
trabalho formal em geral. As empresas desligaram
muito mais do que contrataram. Elas mandaram embora
216 mil trabalhadores e trabalhadoras com
deficiência, e contrataram só 40.000. Essa diferença
é de pessoas que saíram e não voltaram para o
mercado de trabalho”, afirmou o economista em
entrevista ao Jornal Brasil Atual.
Até 2018, os trabalhadores com deficiência com
carteira assinada chegavam próximo a 500 mil no
país. Portanto, o fechamento de vagas de janeiro até
agosto é equivalente a mais de 30% desse total.
O cenário nesse segmento do mercado de trabalho é
ainda mais preocupante. Segundo Horie, o governo do
presidente Jair Bolsonaro ataca os direitos desses
trabalhadores, colocando em xeque a Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa Com Deficiência (Lei Nº
13.146/2015). Não apenas o Poder Público, mas também
parte das empresas são também corresponsáveis por
essa ofensiva do governo federal.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/10/2020 -
Estabilidade é negada a mulher que descobriu
gravidez após pedir demissão
Se uma funcionária se demite e logo depois descobre
que está grávida, ela não tem direito à
estabilidade. Esse foi o entendimento da 13ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região ao
negar pedido de reintegração de ex-funcionária na
empresa. Segundo a decisão, o pedido de demissão foi
espontâneo, o que afasta a estabilidade.
Em julho de 2019, a mulher foi admitida como
analista de recursos humanos e, em outubro do mesmo
ano, pediu demissão. Ela explicou que descobriu sua
gravidez apenas depois de apresentar sua demissão;
assim, requereu seu retorno ao trabalho, o que não
foi atendido pela empresa.
Recebendo a recusa da empresa, a ex-funcionária
acionou a Justiça com o pedido de reconhecimento da
estabilidade provisória no emprego e da nulidade do
pedido de demissão. Também pediu sua imediata
reintegração ao emprego e recebimento dos salários e
demais verbas correspondentes ao período da ruptura
do contrato até o momento da reintegração.
O juízo de primeiro grau determinou que a empresa
anulasse o pedido de demissão da ex-funcionária e a
reintegrasse ao quadro de funcionários. A empresa
ainda precisou pagar salários a contar da data do
afastamento.
Analisando o recurso da empresa contra a decisão, a
desembargadora Tania Bizarro Quirino De Morais,
relatora, destacou que "a descoberta do estado
gravídico depois de regular pedido de demissão não
impede o rompimento do contrato de trabalho por
iniciativa da empregada, que, por seus atos,
renunciou ao direito à estabilidade gestacional".
Dessa forma, o colegiado, com o entendimento da
relatora, afastou a estabilidade e a reintegração da
gestante.
1002248-29.2019.5.02.0242
Fonte: Consultor Jurídico
20/10/2020 -
Proposta prevê seguro-desemprego para funcionário de
empresa que suspender atividades na pandemia
O benefício poderá ser concedido por 90 dias
O Projeto de Lei 779/20 permite que as empresas
obrigadas a parar durante calamidade pública ou
emergência em saúde pública suspendam, por 90 dias,
os contratos dos seus empregados, que passarão a
receber seguro-desemprego durante o período. O texto
tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta do deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ)
prevê também o pagamento excepcional de
seguro-desemprego, por 90 dias, aos trabalhadores
desempregados que já tenham ou estejam recebendo o
benefício.
Calero afirma que o projeto visa aliviar a situação
das empresas obrigadas a fechar por força de decreto
local ou federal durante calamidade pública e, ao
mesmo tempo, proteger os trabalhadores.
O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e a Lei do Seguro-Desemprego.
Tramitação
O projeto tramita em cárater conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ). Os trabalhos das comissões estão
suspensos em razão da pandemia de Covid-19 e, por
esse motivo, o texto poderá ser analisado
diretamente no Plenário.
Fonte: Agência Câmara
19/10/2020 -
A
reforma trabalhista/sindical para 2021
Neuriberg Dias*
Desde o início do mandato do presidente Jair
Bolsonaro houve várias tentativas de ampliar a
reforma trabalhista e sindical da Lei nº 13.467/2017
não concluída com as Medidas Provisórias nº 873, 881
e 905, e, durante a pandemia, com as Mp´s 927 e 936.
Uma nova investida nessa reforma – dessa vez mais
organizada – deve ser empreendida no pós-pandemia
sob a coordenação do Grupo de Altos Estudos do
Trabalho (GAET), criado no âmbito do Ministério da
Economia e com um novo ambiente de articulação
política do governo junto ao Congresso Nacional.
A desregulamentação de direitos trabalhistas só não
foi maior graças à atuação dos movimentos sindical e
social e da oposição que aproveitou o momento
difícil na relação do governo com o Congresso
Nacional, bem como a saída do secretário de Trabalho
e Previdência para o ministério do Desenvolvimento
Regional. O ministro Rogério Marinho foi relator da
reforma trabalhista na Câmara dos Deputados e um dos
principais articuladores do governo Bolsonaro na
reforma da previdência aprovada em 2019.
Vale lembrar que o grupo de estudos que vai
apresentar um amplo marco regulatório com mudanças
constitucionais e infraconstitucionais para a
reforma trabalhista e sindical foi criado pela
Portaria nº 1.001/2019, que tem como prerrogativa
elaborar propostas sobre quatro eixos distribuídos
em Grupos de Estudos Temáticos (GET), a saber:
1) economia e trabalho: a) eficiência do mercado de
trabalho e das políticas públicas para os
trabalhadores; b) informalidade; c) rotatividade; d)
futuro do trabalho e novas tecnologias;
2) direito do trabalho e segurança jurídica: a)
simplificação e desburocratização de normas legais;
b) segurança jurídica; e c) redução da
judicialização.
3) trabalho e previdência: a) insalubridade e
periculosidade; b) regras de notificação de
acidentes de trabalho; c) nexo técnico
epidemiológico; d) efeitos previdenciários de
decisões da Justiça do Trabalho; e e) direitos do
trabalhador decorrentes de benefícios
previdenciários.
4) liberdade sindical: a) formato de negociações
coletivas; b) representatividade nas negociações
coletivas; e c) registro sindical.
E, conforme adiantou o Diap, a composição dos Grupos
de Estudos Temáticos é majoritariamente formada por
representantes vinculados aos interesses das
confederações patronais como o conhecido economista
Hélio Zylberstajn, coordenador do grupo de trabalho
sindical, e o ministro Tribunal Superior do Trabalho
(TST), Ives Gandra Filho, coordenador do grupo de
direito do trabalho e segurança jurídica. Clique
aqui e veja o perfil dos grupos temáticos.
Até o momento as propostas não são conhecidas pelo
movimento sindical, mas é possível antecipar que o
tema do direito do trabalho, segurança jurídica e
liberdade sindical, a partir do histórico de
tentativas centradas na carteira verde e amarela,
são prioritários e, em linhas gerais, devem ser
elaboradas minutas tratando dos seguintes assuntos:
a) definir a responsabilidade subjetiva do
empregador no caso do Covid19 (para evitar a
responsabilidade objetiva);
b) regulamentar o teletrabalho;
c) regulamentar o trabalho em plataformas digitais;
d) definir a correção monetária e os juros nos
débitos trabalhistas,
e) estabelecer temas processuais como a edição de
súmulas e enunciados;
f) limitar a substituição processual para beneficiar
os associados, como forma, no seu entendimento, de
estimular a sindicalização;
g) regulamentar a jornada de trabalho do bancário;
h) definir hora noturna de modo que volte a ter 60
minutos, com limitações;
i) estabelecer que os acordos judiciais sejam
homologados ou não homologados, sem possibilidade de
o juiz examinar para homologar uma parte e não
homologar outra;
j) reconhecer o conflito como inerente às relações
capital/trabalho;
k) definir negociação coletiva como preponderante;
l) regulamentar liberdade sindical como fundamento;
m) estabelecer representação e proteção dos não
assalariados e das novas formas de contratação; e
n) unificar os programas e fundos como
seguro-desemprego, fundo de garantia e bolsa-família
para melhor focalizar, simplificar com
transparência, unificar, dar incentivos e aumentar a
eficiência.
Não há dúvida de que os impactos da pandemia na
economia e no mundo do trabalho, de um lado, e um
novo relacionamento político do governo com o
Parlamento, de outro, podem motivar uma maior
agilidade na apresentação das propostas do Grupos de
Estudos Temáticos. E, essas propostas – mantidos os
cenários econômicos e políticos – tendem a ser
tratadas de forma mais organizada e mais célere
tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo.
De todo modo, as propostas dos Grupos de Estudos
Temáticos devem passar pelo aval do governo, em
particular da Casa Civil, e, em função da
articulação política, também poderá ser conhecida
com antecedência pelos líderes do governo e
presidentes das Casas do Parlamento antes do envio
ao Congresso Nacional.
Além disso, dada a relevância dos temas, há rumores
de recriação do ministério do Trabalho e Emprego,
que daria mais organização política e técnica, além
de uma maior participação dos atores econômicos e
sociais na elaboração, acompanhamento e controle das
propostas submetidas ao Poder Legislativo.
O desafio está mais uma vez colocado para o
movimento sindical de mobilizar a sociedade, o
governo e o Parlamento numa unidade de ação e de
amplo diálogo com o Congresso Nacional e com os
trabalhadores de modo a evitar qualquer tentativa de
atropelo do governo com uma nova proposta de reforma
trabalhista e sindical que retire direitos e aumente
as desigualdades econômicas e sociais.
(*) Neuriberg Dias – Jornalista, analista
político, assessor técnico do Diap e sócio diretor
da Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
19/10/2020 -
Desemprego atinge 14 milhões de pessoas na quarta
semana de setembro
O número de desempregados chegou a 14 milhões de
pessoas na quarta semana de setembro, ficando
estatisticamente estável em relação à semana
anterior (13,3 milhões). Com isso, a taxa de
desocupação (14,4%) ficou estável em relação à
semana anterior (13,7%) e cresceu frente à primeira
semana de maio (10,5%), quando o levantamento foi
iniciado.
Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgada sexta-feira
(16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Esta é a última divulgação da
Pnad Covid-19 semanal. A coleta de dados por
telefone continuará para subsidiar as edições
mensais da pesquisa, que devem continuar até o fim
do ano.
“Embora as informações sobre a desocupação tenham
ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem
que mais pessoas estejam pressionando o mercado em
busca de trabalho, em meio à flexibilização das
medidas de distanciamento social e à retomada das
atividades econômicas”, disse, em nota, a
coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
A população ocupada ficou em 83 milhões,
estatisticamente estável na comparação com a
terceira semana de setembro. “Vínhamos observando,
nas últimas quatro semanas, variações positivas,
embora não significativas da população ocupada. Na
quarta semana de setembro, a variação foi negativa,
mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”,
afirmou a pesquisadora.
Fonte: Agência Brasil
19/10/2020 -
Maia promete a investidores que não vai estender
estado de calamidade
O presidente da Câmara dos Deputados é um grande
defensor do teto de gastos
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
anunciou neste sábado (17) que “deixou bem claro” a
investidores que o Brasil não vai estender o estado
de calamidade até o ano que vem. A medida foi
implementada este ano com o objetivo de garantir
maiores investimentos no combate à pandemia do novo
coronavírus.
“Hoje, conversando com investidores, deixei bem
claro que a Câmara não irá, em nenhuma hipótese,
prorrogar o estado de calamidade para o ano que vem.
Soluções serão encontradas dentro deste orçamento,
com a regulamentação do teto de gastos”, escreveu
Maia no Twitter.
O parlamentar ainda falou que “ideias criativas, em
um passado não tão distante” geraram “desastres
econômicos”. “Eu, como primeiro signatário da PEC da
Guerra, não posso aceitar que ela seja desvirtuada
para desorganizar o nosso Estado, a economia”,
completou.
“Sabemos que o orçamento ficou muito apertado pela
queda rápida da inflação, mas este é um dado da
realidade. O importante é ressaltar que não há
caminho fora do teto de gastos”, finalizou o
parlamentar, que se juntou a Guedes em uma espécie
de “coalizão” em defesa do teto de gastos.
Fonte: RevistaForum
19/10/2020 -
Teletrabalho pode trazer risco à saúde, alerta
Diesat
O isolamento social, adotado como medida pela
contenção do risco de contaminação pelo coronavírus,
acarretou em mais transformações no mundo do
trabalho, principalmente com o aumento de pessoas em
trabalho remoto.
Essas mudanças podem trazer risco à saúde. É o que
alerta o Diesat em artigo denominado “Teletrabalho e
home office: de que forma isso afeta a saúde da
classe trabalhadora?”.
O estudo da entidade afirma que o mundo do trabalho
já sofre há tempos com essas transformações que
levaram à precarização da classe trabalhadora, com a
informalidade, expropriação de direitos e a
predominância de serviços por aplicativos que
utilizam a mão de obra sem o assalariamento fixo
mensal.
Teletrabalho – De acordo com a Lei
13.467/2017, que altera a CLT, considera-se
teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologia de
informação e de comunicação que não se constituam
como trabalho externo. A Lei informa ainda que o
comparecimento às dependências do empregador para
realização de atividades não descaracteriza o regime
de teletrabalho.
Nesta modalidade, porém, não está caracterizada a
jornada de trabalho ou o controle dela. O
contratante opta apenas pelo produto e não pela
execução do trabalho, como um todo.
Home office – Diferentemente do teletrabalho,
o home office não está regulamentado por Lei ou algo
que o valha. Aqui, é uma espécie de trabalho com o
controle de jornada, cumprimento de direitos
trabalhistas e, inclusive, fornecimento de EPIs,
além de custeio com equipamentos. Nesse caso, o
contrato se mantém sem aditivos, mas é importante
que a sua prática seja documentada.
Saúde – No contexto da pandemia, grande
quantidade de trabalhadores passou a trabalhar de
forma remota, o que expôs riscos à saúde da classe,
além da exploração e falta de proteção social.
Fonte: Agência Sindical
19/10/2020 -
TST determina homologação de acordo extrajudicial
entre sindicato e empresa
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho determinou a
homologação do acordo celebrado diretamente entre o
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas
do Estado de Mato Grosso (STIU-MT) e a Energisa Mato
Grosso — Distribuidora de Energia S.A., que havia
sido negada pelo Tribunal Regional do Trabalho da
23ª Região (MT). Para os ministros, no entanto, o
pedido feito pela entidade sindical deve ser
acolhido desde que resguardada a faculdade de a
Justiça não homologar cláusulas que afrontem o
ordenamento jurídico.
A Energisa ajuizou o dissídio coletivo contra o STIU,
com o intuito de obter a declaração de abusividade
da paralisação prevista para ocorrer em 28/8/2019. O
motivo do conflito era a forma de pagamento da
Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Contudo,
antes do julgamento, as partes chegaram a acordo, e
o movimento paredista não ocorreu.
Nessa circunstância, o TRT-23 extinguiu o dissídio
coletivo e considerou desnecessário homologar o
acordo, nos termos da Orientação Jurisprudencial (OJ)
34 da SDC do TST. Conforme essa jurisprudência, para
que surta efeito, basta que o acordo celebrado
extrajudicialmente seja formalizado no extinto
Ministério do Trabalho (atual Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho), sem a necessidade de
homologação pela Justiça do Trabalho.
Homologação
O relator do recurso ordinário do sindicato, ministro
Ives Gandra, votou pelo retorno dos autos ao TRT, a
fim de que o acordo relativo à PLR seja homologado,
desde que suas cláusulas não afrontem o ordenamento
jurídico. De acordo com o ministro, apesar de a
decisão do TRT ter sido fundamentada na OJ 34, houve
pedido expresso do sindicato no sentido da
homologação, e essa circunstância se sobrepõe à
ressalva jurisprudencial. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria do TST.
ROT-237-09.2019.5.23.0000
Fonte: Consultor Jurídico
19/10/2020 -
Demissão nas férias por ação contra a empresa gera
indenização por dano moral
Se um empregado é demitido durante as suas férias
porque ajuizou reclamação trabalhista contra a
empresa, ele tem o direito de receber indenização
por danos morais.
Esse foi o entendimento adotado pela 7ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho ao rejeitar recurso da
Express Transportes Urbanos Ltda., de São Paulo,
contra a condenação ao pagamento de indenização a um
mecânico que foi dispensado durante as férias por
ter ajuizado reclamação trabalhista. O colegiado não
verificou o requisito da transcendência da matéria
discutida, o que inviabiliza o exame do recurso.
No dia em que retornou de suas férias, o mecânico
foi comunicado pelo porteiro da empresa que não
poderia entrar no prédio porque tinha sido demitido.
O motivo: o setor de recursos humanos da Express
descobriu o ajuizamento da reclamação trabalhista.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande
São Paulo e litoral paulista) condenou a empresa a
pagar indenização de R$ 10 mil a título de danos
morais, em virtude da gravidade da violação da
garantia fundamental de acesso ao Poder Judiciário e
da maneira como a dispensa foi feita, sem qualquer
aviso prévio.
No recurso de revista ao TST, a Express alegou que o
valor da condenação era muito alto e afrontava os
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Porém, o relator, ministro Cláudio Brandão, não
verificou a transcendência econômica da causa, pois
o valor da indenização é inferior aos fixados no
Código de Processo Civil (artigo 496, parágrafo 3º)
e adotados pela turma como parâmetro.
O relator afastou também a transcendência política,
perante a não indicação da empresa das razões pelas
quais considerava o valor inadequado, e social, que
se aplicaria apenas aos recursos do empregado. Da
mesma maneira, não verificou a transcendência
jurídica, que diz respeito à interpretação e à
aplicação de novas leis ou de alterações de lei já
existente e, de acordo com a turma, a possíveis
violações de direitos e garantias constitucionais
relevantes. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
1000715-91.2016.5.02.0613
Fonte: Consultor Jurídico
16/10/2020 -
Clodesmidt Riani 100 anos, um exemplo de trabalhador
brasileiro
Em 1920 o Brasil, uma República ainda jovem, vivia sob
poder oligárquico que tradicionalmente se revezava
entre São Paulo e Minas Gerais. Com apenas 30 anos
do fim do regime colonial e da escravidão, aquele
período, embora regido por uma nova Constituição,
mantinha em sua mentalidade coletiva, os valores que
marcaram os 300 anos anteriores.
Vivendo e trabalhando naquelas condições, sem
direito a férias, 13º salário, ou mesmo a um salário
mínimo, Orlando Riani, ferroviário da Leopoldina
Railway Company, e Maria Riani, não desfrutavam dos
mesmos direitos e da mesma estrutura de organização
que os trabalhadores tem hoje, 100 anos depois.
Legislação trabalhista, até existia, mas era
precária e não havia fiscalização que garantisse seu
cumprimento.
Foi neste Brasil que nasceu, no dia 15 de outubro de
1920, em Rio Casca (MG), o filho de Orlando e Maria,
Clodesmidt Riani. Um Brasil essencialmente agrário,
cujos trabalhadores eram submetidos aos desmandos de
uma mentalidade escravocrata.
Os últimos 100 anos foram, pode-se dizer, de
construção de um país urbano e industrial. E para
Riani, estas transformações não foram apenas
presenciadas. Foram, em muitos casos, resultados de
ações nas quais o sindicalista esteve diretamente
envolvido.
Se Orlando, seu pai, amargou anos de trabalho sem os
direitos previstos na CLT, o próprio Clodesmidt só
viria a conhecê-la dez anos depois do ano em que
começou a trabalhar numa fábrica de tecidos.
Desde pequeno aprendeu com o pai a consciência sobre
as injustiças sociais e a necessidade da luta por
conquistas para a classe trabalhadora.
Foi esta consciência que o empurrou para os embates
políticos e classistas, já no fim da década de 1940,
época de grande efervescência, marcada pela derrota
do nazifascismo, com fim da 2ª guerra mundial e, no
Brasil, pelo fim da ditadura do Estado Novo e pela
promulgação da Constituição de 1946.
Por seu perfil trabalhista era natural que Riani
ingressasse no PTB de Vargas e de Jango, o que
ocorreu em 1950. Pelo PTB foi deputado estadual,
além de ter sido praticamente um conselheiro de João
Goulart, tanto em seu período como Ministro do
Trabalho, quanto como Presidente da República.
Mas ele nunca deixou de lado a luta sindical.
Envolveu-se nas negociações que criaram o salário
mínimo e o 13º salário. Ativista reconhecido e bem
quisto por seus pares chegou à presidente da CNTI
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria) e do combativo CGT (Comando Geral dos
Trabalhadores), embrião das centrais sindicais
contemporâneas.
Riani é uma das raras pessoas que ainda guardam na
memória episódios fundamentais da nossa história,
eventos honrosamente protagonizados pelos
trabalhadores, como a Greve dos 300 mil, de 1953, e
a Greve dos 700 mil, dez anos depois.
Eventos que não só tornaram o sindicalismo mais
politizado, como deu força para que o movimento
passasse a intervir diretamente na política. Deste
profícuo casamento entre política e sindicalismo,
selado na década de 1950, Clodesmidit Riani é um dos
maiores exemplos.
Como líder combativo e reconhecido que era, Riani
foi cassado e preso pelos militares na ocasião do
golpe de 31 de março de 1964. Foram anos duros, de
repressão e de perdas. Mas ele não poderia estar de
outro lado que não o daqueles que sofreram as
agruras do golpe, assim como Gregório Bezerra,
Hércules Correia, Afonso Dellelis, o ferroviário
Raphael Martinelli, seu amigo do CGT, a tecelã Maria
Sallas Dib, entre tantos outros.
Com a anistia, Clodesmidt foi pouco a pouco
retomando sua ação política, sempre fiel aos
compromissos com os trabalhadores.
Ainda que ao tratar dos anos de ditadura não se
possa falar em justiça, alguma reparação começou a
acontecer no ano 2000, quando, através do projeto de
lei do deputado Durval Ângelo, Riani teve direito a
uma indenização pelas atrocidades contra ele
executadas.
Em 2014, por recomendação das centrais sindicais,
ele foi um dos homenageados pelo Grupo dos
Trabalhadores na Comissão Nacional da Verdade. No
ato de entrega do o relatório sobre a perseguição à
classe trabalhadora durante o período do regime
militar, à Dra Rosa Cardoso, coordenadora do grupo,
em dezembro daquele ano, homenageamos Clodesmidt
Riani e Raphael Martinelli, líder ferroviário e
também ex-membro do CGT, que infelizmente nos deixou
em fevereiro deste ano.
Agora, no ano de seu centenário, prestamos mais uma
justa e merecida homenagem.
Riani abriu o caminho de lutas e conquistas e chega
a edificante marca dos 100 anos em um Brasil
diferente daquele em que deu seus primeiros passos.
Embora a desigualdade social seja ainda um entrave
para o desenvolvimento econômico e civilizatório do
país, a situação atual da classe trabalhadora não se
compara à miséria a que estava submetida até a
década de 1930. A Consolidação das Leis Trabalhistas
de 1943, a conquista e a universalização do salário
mínimo, a Greve dos 300 mil, em 1953, o CGT, a lei
do 13º salário, a resistência à ditadura militar e
todo o processo de redemocratização e de construção
da Constituição Cidadã, na década de 1980, o
amadurecimento dos sindicatos e das centrais
sindicais brasileiras, separam o trabalhador de hoje
do de cem anos atrás.
Quantos dedicaram a vida por esta nobre causa?
Quantos sacrificaram a convivência familiar,
submeteram-se à repressão, à tortura e até à morte
para que os trabalhadores tivessem direitos,
cidadania e dignidade? Direitos tão duramente
conquistados e que, em um mundo marcado por uma
cruel divisão de classes, são de tão frágil
manutenção. Direitos que vemos pouco a pouco escapar
pelos vãos dos dedos.
Por isso tudo é necessário que todos conheçam a
história dos homens que lutaram e lutam por todos.
Que todos saibam que os direitos não se tornam
realidade através de passes de mágica. E que , por
isso, requerem vigília permanente. Precisamos que
todos saibam da história de Clodesmidt Riani. Mais
do que isso, o Brasil precisa de mais Clodesmidts
Rianis.
Sérgio Nobre, Presidente da CUT - Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT - União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, Presidente da CTB - Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos, Presidente da NCST - Nova
Central Sindical de Trabalhadores
José Avelino Pereira, Presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros
Fonte: Centrais Sindicais
16/10/2020 -
Proposta altera Orçamento de 2020 para cobrir gasto
extra de R$ 3 bi no seguro-desemprego
No total, o projeto destina R$ 6,2 bilhões em
crédito suplementar para reforço de dotações do
governo
O Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional
proposta para reforçar com quase R$ 3 bilhões os
pagamentos de seguro-desemprego devido à pandemia (PLN
40/20). Acabou nesta quinta-feira (15) o prazo para
entrega de textos que atualizam o Orçamento de 2020.
Esse dinheiro representa 48% do total previsto no
projeto, que destina crédito suplementar superior a
R$ 6,2 bilhões para o reforço de dotações da
Presidência da República e de dez ministérios e para
a quitação de obrigações do Brasil com organismos
internacionais.
O texto faz várias alterações na lei orçamentária,
em receitas e despesas, a fim de cobrir gastos
extras com seguro-desemprego e, ao mesmo tempo,
assegurar o cumprimento da regra do teto dos gastos
e de decisões recentes do Tribunal de Contas da
União (TCU).
As despesas com seguro-desemprego e abono salarial
somam juntas R$ 60,6 bilhões no Orçamento deste ano,
mas projeções feitas em setembro pelo Ministério da
Economia indicam que essas duas ações deverão
consumir cerca de R$ 63,0 bilhões até dezembro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) constatou no mês passado que o desemprego no
Brasil havia crescido 27,6% durante a pandemia,
considerando os dados a partir de março. Em agosto,
12,9 milhões de pessoas estavam sem trabalho no
País.
Espaço fiscal
No último dia 7, o TCU decidiu que o governo poderá
utilizar eventual espaço fiscal no teto de gastos
para cobrir dispêndios extras causados por ações
emergenciais em razão da Covid-19. Mas deverá ser
mantido o limite do teto neste ano (R$ 1,455
trilhão).
Graças ao “orçamento de guerra”, medidas provisórias
abriram créditos extraordinários que, na prática,
acabaram substituindo dotações ordinárias. O auxílio
emergencial de R$ 600, por exemplo, foi pago, devido
ao maior valor, aos beneficiários do Bolsa Família.
Assim, alguns recursos previstos na lei orçamentária
ficaram “empoçados”, sem atingir o destino.
Inicialmente o TCU criou restrições, mas depois
cedeu à equipe econômica e liberou o uso desse
dinheiro “empoçado”, desde que em ações relacionadas
à Covid-19.
Emendas parlamentares
Para reforçar o seguro-desemprego com os R$ 3 bilhões,
a equipe econômica revisou quatro MPs de crédito
extraordinário (924, 941, 942 e 967). Esses textos
envolveram emendas parlamentares remanejadas após
acordo entre deputados, senadores e governo.
“As MPs cancelaram R$ 7,7 bilhões em despesas dentro
do teto e suplementaram dotações fora do teto,
abrindo espaço fiscal em igual montante”, explicou o
ministro da Economia, Paulo Guedes, na exposição de
motivos que acompanha a proposta.
Foram canceladas ainda dotações condicionadas no
Orçamento à aprovação, neste ano, da Proposta de
Emenda Constitucional 186/19. A chamada PEC
Emergencial prevê o corte de salários e jornada de
servidores a fim de liberar dinheiro para outros
gastos.
Na última terça-feira (13), o secretário de
Orçamento Federal, George Soares, afirmou em
videoconferência que, sem a aprovação pelo Congresso
dessas alterações neste ano, restará ao governo
cortar despesas discricionárias (de livre
utilização) do Executivo.
Tramitação
O reforço no seguro-desemprego e outras oito propostas
formam pacote enviado nesta quinta que altera o
Orçamento deste ano em R$ 10,2 bilhões. Os nove
textos devem ser analisados pela Comissão Mista de
Orçamento (CMO) e depois pelo Congresso.
A CMO ainda não foi instalada nesta sessão
legislativa. Mas ato das Mesas da Câmara e do Senado
regulamenta a deliberação de propostas orçamentárias
durante a pandemia, em casos de urgência ou
relacionados à Covid-19 e com apoio de líderes
partidários.
Fonte: Agência Câmara
16/10/2020 -
Bolsonaro tenta se desvencilhar de senador com
dinheiro na cueca e culpa partidos por indicação de
vice-líder
Em sua live semanal pelas redes sociais, Jair
Bolsonaro disse também que é possível que haja
corrupção em seu governo. “Pode estar havendo
corrupção em algum setor? Pode, não é fácil você
administrar", afirmou
Jair Bolsonaro se eximiu na noite desta quinta-feira
(15) de qualquer ligação com o senador Chico
Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo até essa
quarta-feira (14), que foi pego pela Polícia Federal
com dinheiro na cueca e entre as nádegas.
Durante sua live semanal pelas redes sociais,
Bolsonaro atacou a imprensa por tentar associar o
caso ao governo. “Alguns querem dizer que o caso de
Roraima tem a ver com o governo porque ele é o meu
vice-líder. Olha, pessoal. Eu tenho, no total, 18
vice-líderes no Congresso. Quinze na Câmara, que
foram indicados pelos líderes partidários, e três no
Senado, que é de comum acordo”, disse Bolsonaro.
Em vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro
aparece ao lado do senador do DEM e diz que tem uma
"união estável" com Chico Rodrigues.
Ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça, do
chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner
Rosário, Bolsonaro admitiu que é possível haver
corrupção em seu governo.
“Pode estar havendo corrupção em algum setor? Pode,
não é fácil você administrar. Por exemplo: o Rogério
Marinho tem 20 mil obras em execução. Como ele vai
tomar conta dessas 20 mil obras? Ele faz em cima do
critério da confiança, pede apoio da CGU”, afirmou.
Fonte: Brasil247
14/10/2020 -
Aumenta a pressão por votação do Auxílio de R$
600,00
https://www.facebook.com/cutbrasil/videos/1684813045012571/?t=57
As Centrais Sindicais Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central e CSB aumentaram ainda mais a pressão sobre
a Câmara Federal pela votação e aprovação da
manutenção do Auxílio Emergencial em R$ 600.
Nesta semana, começa a ser veiculada em emissoras de
rádio comunitárias, web e parceiras chamadas para
denunciar que reduzir o Auxílio Emergencial para R$
300, como decidiu o governo de Jair Bolsonaro, é um
crime contra o povo brasileiro.
A peça nas emissoras de rádio é mais uma ação da
campanha unitária das centrais sindicais “600 Pelo
Brasil – Coloca o Auxílio Emergencial pra votar,
Maia”, lançada em 17 de setembro.
O objetivo é ampliar a pressão sobre os
parlamentares para votar, imediatamente, a Medida
Provisória (MP) nº 1.000/2020, publicada no dia 3 de
setembro pelo governo Bolsonaro. A MP prorroga o
beneficio até dezembro, mas o reduz para R$ 300.
A campanha tem também ferramentas virtuais para
pressionar os deputados: o site “NaPressão” e o
abaixo-assinado online (https://bit.ly/3cP7SPY).
Em ação presencial, os presidentes das centrais
sindicais foram a Brasília, se reunir com líderes
das bancadas, para defender e entregar documento que
pede a votação imediata e aprovação dos R$ 600.
Sérgio Nobre, presidente da CUT lembra que o Auxílio
no valor de R$ 600 é uma conquista das centrais
sindicais, movimentos sociais e partidos. “Hoje,
mais de 65 milhões de brasileiros dependem
exclusivamente desse valor para sobreviver”, diz
ele.
Ele completa: “São trabalhadores que perderam os
empregos ou ficaram impossibilitados de atuar desde
que os governos tomaram medidas como isolamento
social para conter a pandemia do novo coronavírus
(Covid-19), agravada no País pelo negacionismo e
desgoverno de Bolsonaro”.
Fonte: Agência Sindical
14/10/2020 -
Dieese: resultado das negociações mostra
‘resistência’ dos trabalhadores
Pesquisa mostra acordos com índices iguais ou
acima da inflação. Mas cresceu o número de
categorias sem reajuste
Os resultados das negociações salariais “vêm
provando certo poder de resistência” dos
trabalhadores em meio a uma situação econômica
grave, analisa o Dieese. O instituto analisou dados
divulgados pelo Ministério da Economia, que mostra a
maioria das campanhas com reajustes iguais ou
superiores à variação acumulada do INPC-IBGE.
Segundo as informações disponíveis, aproximadamente
43% das negociações resultaram em aumento real
(acima da inflação) e 29% corresponderam à variação
do INPC. As demais 28% tiveram perdas. A pesquisa
inclui 4.938 reajustes salariais, com categorias que
têm data-base de janeiro até agosto. Na média do
ano, a variação é ligeiramente negativa: -0,07%.
O melhor resultado foi registrado em junho, com 53%
dos reajustes acima da inflação e só 14% abaixo. O
pior foi em janeiro: ganhos reais em 30% e perdas em
36% dos acordos.
Cresceu o número de categorias sem reajuste. Até
agosto, foram 373 – 8,4% do total. Em igual período
de 2019, eram 33 (0,4%). “Apesar das perdas causadas
pelos reajustes de 0%, na média, as categorias que
alcançaram reajustes em 2020 conseguiram repor a
inflação, resultado importante, levando em conta o
cenário complicado do ano”, diz o Dieese.
Incertezas
O instituto aponta ainda dificuldades adicionais na
sequência das campanhas salariais. “O aumento da
inflação nos últimos meses, captado pelo IBGE, e
também pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos do Dieese, traz incertezas para as
negociações de fim de ano. A situação fica mais
imprevisível ainda por causa da situação econômica
do país.”
Confira aqui na íntegra a análise do Dieese
sobre negociações salariais.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/10/2020 -
Como o trabalho informal multiplicou os casos e as
mortes por Covid-19
Cidades brasileiras mais afetadas pela pandemia
do novo coronavírus são aquelas com maior quantidade
de trabalhadores informais
A crescente precarização do trabalho foi uma das
causas da explosão do número de casos e de mortes
por Covid-19 no Brasil. É o que aponta um estudo
feito em parceria pela UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro) e pelo IRD (Instituto Francês de
Pesquisa e Desenvolvimento), com base em indicadores
socioeconômicos de todos os 5.570 municípios do
País.
Conforme o levantamento, as cidades brasileiras mais
afetadas pela pandemia do novo coronavírus são
aquelas com maior quantidade de trabalhadores
informais. Para cada dez pontos percentuais a mais
de pessoas empregadas sem registro na população, a
taxa de contágio aumenta em 29%, enquanto a taxa de
mortalidade pela doença cresce, em média, 38%. O
estudo indica, assim, que, para cada 1 milhão de
habitantes, são registrados, em média, um adicional
de 3.130 infectados e 88 mortes.
“Os municípios onde os trabalhadores informais são
mais numerosos também são os mais afetados, para
além do efeito amplificador das taxas de pobreza
mais elevadas”, afirma o texto da pesquisa. “Podemos
supor que a falta de seguridade social e a
necessidade de se deslocar no exercício de seu
trabalho contribuem para essa especificidade
daqueles que estão na informalidade.”
Em Florianópolis (SC) – onde 23% dos trabalhadores
são informais –, havia 938 contaminados e 15 mortes
para cada 100 mil habitantes. O município, com pouco
mais de 500 mil habitantes, tinha 4.697 casos em 11
de agosto.
Já Boa Vista (RR), com 41% dos trabalhadores na
informalidade, registrava na mesma data 6.847
infectados e 108 óbitos por 100 mil habitantes. A
população da cidade é de 399,2 mil habitantes.
A correlação entre trabalho informal e avanço do
coronavírus também ocorre em outras capitais.
Curitiba (1,9 milhão de habitantes e 25% de
informais) tinha 20.629 casos em 11 de agosto, com
678 mortes (o equivalente a 35 pessoas a cada grupo
de 100 mil habitantes). Já Fortaleza (2,7 milhões de
habitantes e 36% de informais) tinha na mesma data
tinha 44.009 casos e 3.742 mortes (ou 140 por 100
mil habitantes).
“O trabalhador informal, além de ter uma renda
menor, fica mais exposto aos riscos da Covid-19”,
diz o pesquisador François Roubaud, um dos autores
do estudo. “A natureza da atividade exige contato
com o público, locomoção constante e, não raro,
convívio com áreas que têm condições sanitárias
piores.”
Segundo o estudo da UFRJ, o indicador de pobreza –
medido pela taxa de beneficiários do auxílio
emergencial – também foi considerado como um fator
de risco. Um aumento de dez pontos percentuais no
total de pobres em cada cidade leva ao aumento nos
óbitos em 73% – ou 167 a mais por milhão de
habitante. O total de casos tem um acréscimo de 52%
(ou 5.667 novos contaminados).
O auxílio emergencial de R$ 600 teve um efeito
mitigador duplo: reduziu tanto os riscos associados
à informalidade no trabalho (ao evitar que a pessoa
saia de casa) quanto o impacto da pobreza (ao elevar
a renda de muitas famílias). Cruzando-se os dados, a
constatação é que o número de mortes seria menor nos
lugares onde a população informal tivesse conseguido
mais apoio governamental.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Rede Brasil Atual
14/10/2020 -
Com fracasso de Bolsonaro, Brasil terá queda recorde
na renda média
Mesmo na comparação global, o Brasil está abaixo
da média geral
Incapaz de enfrentar à altura a crise imposta pela
pandemia do novo coronavírus, o governo Jair
Bolsonaro tem levado a economia brasileira a uma
série de recordes negativos. A nova (má) notícia é
que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita
brasileiro – ou seja, a renda média da população –
terá uma das quedas mais acentadas entre as nações
emergentes.
Conforme novas projeções do Fundo Monetário
Internacional (FMI), o PIB per capita do Brasil vai
encolher 6,4% neste ano e crescer apenas 2,2% em
2021. A média dos emergentes é de uma retração bem
menor em 2020 (-4,7%) e uma alta superior no próximo
ano (4,8%).
Mesmo na comparação global, o Brasil está abaixo da
média geral: a estimativa do Fundo para o conjunto
dos países é de queda de 5,6% neste ano e expansão
de 4% no calendário seguinte. Isso quer dizer que a
vantagem que o brasileiro tinha de renda em relação
à média dos países emergentes e em desenvolvimento
vai encolher não só neste ano como também no
próximo.
Dados divulgados pelo FMI em outubro de 2019 também
mostravam que o PIB per capita do Brasil naquele ano
seria de US$ 14,4 mil, ante US$ 11,4 mil dos
emergentes e em desenvolvimento – uma vantagem de
26%. Cinco antes, o organismo projetava que o PIB
per capita brasileiro seria de US$ 18,2 mil em 2019
– o que representaria 36% mais que seus pares.
O cenário para a economia brasileira não se
confirmou. Pior: além da forte recessão iniciada
ainda em 2015, houve uma fraca recuperação que a
seguir – uma das 10% mais lentas vistas no mundo nos
últimos 50 anos, segundo o FMI.
O cenário tampouco não é de otimismo. Sob o governo
Bolsonaro, o Fundo estima que o PIB do país vai
encolher 5,8% neste ano, seguido por uma recuperação
de apenas 2,8% em 2021. Segundo a entidade, a
economia nacional vai seguir em ritmo fraco até pelo
menos 2025, quando a projeção é de crescimento de
2,2%, menos da metade da prevista para os emergentes
(4,7%).
O emprego também vai ficar para trás, conforme as
projeções do FMI. Como o Ministério da Economia não
tem propostas concretas para reativas a economia, o
FMI prevê que a taxa de desemprego vai fechar 2020
em 13,4% (ante 11,9%) e vai subir para 14,1% no ano
que vem. Dos países das América, só Venezuela e
México vão ver o desemprego aumentar em 2021 pelas
previsões.
Com informações do Valor
Fonte: Portal Vermelho
14/10/2020 -
Caixa amplia margem do empréstimo consignado para
35%
Novo limite vai até o fim do ano, quando termina
período de calamidade
A Caixa Econômica Federal ampliou de 30% para até
35% a margem consignável dos empréstimos que podem
ser obtidos por aposentados e pensionistas do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O novo
limite vale até o fim do ano, quando se encerra o
período de calamidade pública em decorrência da
pandemia de covid-10, tanto para novos contratos
como para renovações.
De acordo com o banco, as taxas cobradas variam
entre 1,34% e 1,50% por um prazo de até 84 parcelas.
“Além de ampliar o percentual de comprometimento de
renda destinado a empréstimos, a medida destina um
percentual de até 5% do total do valor do benefício
para saques ou pagamento da fatura do cartão de
crédito, totalizando 40%”, informou a Caixa, em
nota.
No caso de novos contratos, renovações ou
portabilidade de outros bancos, é possível usar
prazo de carência de até 90 dias para começar a
pagar as prestações.
“O prazo do contrato original também pode ser
aumentado na renovação, seja para diminuir o valor
das parcelas mensais ou para aumentar o valor do
crédito a receber”, acrescenta o banco, ao lembrar
que aposentados e pensionistas que têm o empréstimo
consignado contratado em outro banco podem solicitar
a portabilidade da operação de crédito.
Com a nova margem, um beneficiado que recebe R$ 2
mil mensais pelo INSS e podia obter empréstimo de
até R$ 29,6 mil, com a margem margem consignável em
30%, passa a poder contratar empréstimos de até R$
34,5 mil, com a nova margem (35%). Para os que
recebem benefício de R$ 5 mil, o valor do empréstimo
passa de R$ 68,5 mil para R$ 79,9 mil.
A contratação ou renovação de empréstimo consignado
pode ser feita por meio de algumas plataformas
disponibilizadas pela Caixa, entre as quais a
Plataforma Agora SIM; o Internet Banking; e o
correspondente Caixa Aqui Negocial. A operação ´pode
ser feita também dns agências da Caixa e de seus
canais de autoatendimento.
Fonte: Agência Brasil
14/10/2020 -
FGTS pode ser usado para amortizar prestações de
financiamento, diz TRF-1
A Lei 8.036/90, que trata do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, não define qualquer vedação à
utilização dos recursos para a quitação de
prestações de financiamento imobiliário fora do
Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região reconheceu o direito
de uma mutuária da Caixa Econômica Federal usar o
dinheiro do FGTS para amortização do saldo devedor
em contrato de financiamento de imóvel.
Ao analisar o caso, o relator, juiz federal
convocado Ilan Presser, apontou que a Lei 8.036/90
elenca no artigo 20 as situações em que o
trabalhador poderá movimentar o saldo de sua conta
vinculada ao FGTS. Não há, porém, vedação sobre o
uso dos recursos para a quitação de prestações de
financiamento imobiliário fora do SFH.
O magistrado ressaltou, ainda, que o Decreto
Regulamentador 99.684/1990 autoriza expressamente
que o saldo da conta vinculada ao FGTS pode ser
usado no pagamento total ou parcial do preço de
aquisição de moradia própria.
A decisão manteve a sentença do juízo Federal da 3ª
Vara de Uberlândia (MG). No recurso ao TRF, a Caixa
sustentava que o saldo da conta vinculada do FGTS só
poderia ser movimentado para amortizar as prestações
de contratos habitacionais firmados no SFH,
diferente do caso dos autos. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRF-1.
Processo 1000028-27.2017.4.01.3803
Fonte: Consultor Jurídico
14/10/2020 -
TST libera testemunho de trabalhadora contra empresa
que ela processa
Uma pessoa não pode ser impedida de atuar como
testemunha em demanda trabalhista contra uma empresa
se ela própria também move ação contra essa mesma
empresa. Esse entendimento foi adotado por
unanimidade pela 6ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho para afastar a suspeição de uma testemunha
indicada por uma operadora de máquinas em um
processo contra sua ex-empregadora.
Pleiteando o pagamento de diversas parcelas e também
indenização por danos morais, a trabalhadora moveu
ação contra a FRA-P Indústria e Comércio de Produtos
Gráficos e Plásticos Ltda., de Guarulhos (SP). O
juízo da 11ª Vara do Trabalho de Guarulhos, ao
instruir o processo, convocou as testemunhas
apontadas pela empregada e pela empregadora para
prestarem depoimento. Após o procedimento, emitiu
sentença condenatória à empresa, acolhendo
parcialmente os pedidos da operadora.
No recurso apresentado ao Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral
paulista), a empresa disse que havia pedido o
afastamento da testemunha da operadora por possível
troca de favores, pois as duas haviam ajuizado ações
semelhantes, com indicação recíproca de testemunha.
O TRT deferiu o recurso ao entender que ficou
caracterizada a suspeição, pois a pessoa indicada
não teria a isenção de ânimo necessária para o
depoimento.
A decisão, porém, foi modificada na corte superior.
O relator do recurso de revista da operadora,
ministro Augusto César, explicou que, de acordo com
a Súmula 357 do TST, o simples fato de estar
litigando ou de ter litigado contra o mesmo
empregador não torna a testemunha suspeita. Segundo
ele, esse entendimento incide mesmo nos casos nos
quais há oitivas recíprocas do autor e da
testemunha.
Assim, a 6ª Turma determinou o retorno dos autos ao
TRT para o exame das questões levantadas nos
recursos ordinários da operadora e da empresa,
levando em conta o que foi dito pela testemunha, a
fim de proferir novo julgamento. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
RR 1000029-39.2015.5.02.0321
Fonte: Consultor Jurídico
13/10/2020 -
Mirando a reeleição, Bolsonaro flerta cada vez mais
com o "centrão" e tenta ocupar espaço de Doria, Huck
e Moro
Auxiliares e integrantes do centrão observam uma
mudança de postura em Jair Bolsonaro, que
aproxima-se cada vez mais do “centrão” buscando
ocupar espaço de João Doria (PSDB-SP), Luciano Huck
e Sergio Moro
Auxiliares e integrantes do grupo político do
“centrão” observam uma mudança de postura em Jair
Bolsonaro, que aproxima-se cada vez mais do
“centrão” buscando ocupar espaço de João Doria
(PSDB-SP), Luciano Huck e Sergio Moro. A informação
é do jornal Folha de S.Paulo.
Neste momento, Bolsonaro mira na reeleição e aliados
já começam a falar em Bolsonaro em 2023 como algo
certo. A tese tem sido bastante discutida no Palácio
do Planalto com o objetivo de continuar incentivando
os movimentos do presidente.
A postura de Bolsonaro tem gerado rompimentos com
sua base. Figuras como o empresário Evangélico Silas
Malafaia e a extremista Sara Miringoni “Winter”
usaram suas redes sociais para condenar a nomeação
do desembargador Kássio Nunes Marques para o STF.
Segundo os bolsonaristas descontentes, Bolsonaro
quer indicar para a Corte Suprema um “petista”
“amigo de Dilma”.
Bolsonaro ignorou as críticas e seguiu com a
nomeação do desembargador.
No entanto, a mudança de perfil de Bolsonaro “como
menos radical” não é consenso. Flávio Dino (PCdoB-MA),
governador do Maranhão, disse à reportagem que
“basta ouvir os palavrões e destemperos de Bolsonaro
para entender que, por baixo da moderação, está o
verdadeiro Bolsonaro, extremista e agressivo”.
Fonte: Congresso em Foco
13/10/2020 -
Maia sobre reforma administrativa: “Eu focaria nos
novos servidores”
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu neste domingo (11) que a reforma
administrativa atinja apenas os novos servidores.
“Pela minha experiência, eu focaria nos novos
servidores públicos”, disse ele em entrevista à
GloboNews. “Pessoalmente, acho que esse conflito vai
nos levar a um atraso e a, certamente, muitas ações
no Poder Judiciário.”
Na semana passada, a Frente Parlamentar Mista da
Reforma Administrativa apresentou sugestões à
proposta de emenda à Constituição (PEC 32/2020), a
reforma administrativa enviada à Câmara pelo
governo. A frente defende a inclusão dos atuais
servidores na reformulação. O texto original do
Poder Executivo apenas diz respeito aos servidores
contratados após a vigência da mudança
constitucional. “Eu acho que é gastar energia com o
passado enquanto a gente pode construir um futuro”,
afirmou Maia sobre a proposta.
Maia disse concordar que os prazos de tramitação
inviabilizam a votação da reforma administrativa
ainda em 2020, mas disse estar confiante com a
aprovação da reforma do sistema tributário. “Ainda
sou otimista em relação à [reforma] tributária”,
pontuou.
Sobre o processo de sucessão às presidências da
Câmara e do Senado, Maia voltou a reiterar que não é
candidato à reeleição porque precisa ajudar na
tramitação dos projetos no Parlamento.
Fonte: Congresso em Foco
13/10/2020 -
Maia espera votar até o fim do ano a PEC da prisão
em 2ª instância
Os trabalhos da comissão que analisa a proposta
estão suspensos em razão da pandemia de Covid-19
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse nesta sexta-feira (9) que espera votar até o
fim do ano a proposta de emenda à Constituição que
permite o cumprimento da pena após condenação em
segunda instância (PEC 199/19).
Maia não especificou data para o retorno da comissão
especial que analisa o tema, mas disse que o assunto
entrará na pauta da Câmara nos próximos meses, após
concluída a análise de propostas consideradas
prioritárias – como a PEC Emergencial e a reforma
tributária – e depois que tiverem diminuído os casos
de Covid-19 no País.
Os trabalhos da comissão da PEC da prisão em segunda
instância estão suspensos em razão da pandemia
causada pelo coronavírus. O colegiado é presidido
pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM) e tem como
relator o deputado Fábio Trad (PSD-MS).
A proposta
A PEC permite a prisão de pessoas condenadas após o
julgamento em segunda instância, ao definir que o
trânsito em julgado de uma ação se dá nessa fase. O
julgamento em segunda instância é realizado por
tribunais, que revisam casos julgados por juízes de
primeira instância. Na Justiça comum, a segunda
instância são os tribunais de Justiça dos estados.
Na Justiça federal, são os cinco tribunais regionais
federais (TRFs).
Atualmente, a possibilidade de recursos se estende
ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo
Tribunal Federal (STF), o que pode retardar o
trânsito em julgado em muitos anos.
As declarações de Maia sobre a PEC da prisão em
segunda instância foram feitas em entrevista ao site
O Antagonista.
Fonte: Agência Câmara
13/10/2020 -
Secretaria da Mulher discute aplicação de lei que
garante exames para detectar câncer em 30 dias
A Secretaria da Mulher discute na próxima
sexta-feira (16) o impacto da chamada “Lei dos 30
dias” na vida das mulheres com suspeita de câncer.
Essa legislação garante a pacientes do Sistema Único
de Saúde (SUS) com suspeita de câncer o direito à
realização de exames no prazo máximo de 30 dias.
O debate faz parte da programação do Outubro Rosa
deste ano e tem o apoio da Primeira-Secretaria e da
Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara, em
parceria com o Senado, por meio da Procuradoria
Especial da Mulher, da Comissão Permanente Mista de
Combate à Violência contra a Mulher, do Programa
Pró-Equidade de Gênero e Raça e da Liga do Bem.
A audiência será realizada por meio de
videoconferência, no plenário 3, a partir das 10
horas.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as
mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de
pele não melanoma. Acima dos 35 anos, sua incidência
cresce progressivamente, especialmente após os 50
anos. Cerca de 14 mil mulheres morrem anualmente no
País por causa do câncer de mama. Mas isso pode ser
evitado por meio de exames rotineiros.
Outubro Rosa
Movimento internacional de conscientização para o
controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi
criado no início da década de 1990 pela Fundação
Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada
anualmente, com o objetivo de compartilhar
informações e promover a conscientização sobre a
doença; proporcionar maior acesso aos serviços de
diagnóstico e de tratamento e contribuir para a
redução da mortalidade.
Fonte: Agência Câmara
13/10/2020 -
Comissão da reforma tributária só voltará após as
eleições
A comissão do Congresso Nacional que analisa a
reforma tributária está sem atividade prevista até o
fim das eleições municipais, que acabam no dia 30 de
novembro. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA),
presidente do colegiado, confirmou a informação ao
Congresso em Foco.
Prevista para funcionar até esta segunda-feira (12),
o senador declarou que ela foi prorrogada até o dia
10 de dezembro.
Questionado se a falta de consenso sobre quais
mudanças o sistema tributário deve ter causou o
atraso, o senador disse que "a pandemia e as
convenções partidárias atrasaram".
O relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
sobre a reforma tributária está sem data prevista de
entrega. O deputado tem a missão de unir os textos
das propostas de emenda à Constituição (PECs)
45/2019 e 110/2019, que tramitam na Câmara e no
Senado respectivamente. Aguinaldo também analisa
sugestões do governo.
O Poder Executivo enviou no fim de julho ao
Congresso a primeira proposta do governo, que é um
projeto de lei que unifica impostos federais sobre o
consumo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda
pretende enviar um novo texto, com uma desoneração
ampla na folha de pagamento e a criação de um
tributo sobre movimentações financeiras similar a
extinta CPMF. No entanto, a segunda fase de
sugestões não deve acontecer durante o período das
eleições municipais.
Fonte: Congresso em Foco
13/10/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,87% em setembro
Taxa ficou acima do 0,36% registrado pelo INPC em
agosto, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias brasileiras com
renda até cinco salários mínimos, teve alta de
preços de 0,87% em setembro deste ano. A taxa ficou
acima do 0,36% registrado pelo INPC em agosto e é o
maior índice de inflação para um mês de setembro
desde 1995 (1,17%).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), com o resultado de setembro, o
INPC passou a acumular taxas de 2,04% no ano e de
3,89% em 12 meses.
As taxas do INPC ficaram acima daquelas observadas
pela inflação oficial (IPCA), que foram de 0,64% em
setembro, 1,34% no ano e 3,14% em 12 meses.
De acordo com o INPC, em setembro os produtos
alimentícios subiram 2,63%, bem acima da taxa de
agosto (0,80%). Já os não alimentícios apresentaram
alta de preços de 0,35%, também acima da taxa de
agosto (0,23%).
Fonte: Agência Brasil
13/10/2020 -
STF barra retrocesso e reafirma proibição de
trabalho a menores de 16 anos
Impor que crianças e adolescentes sejam responsáveis
pelo sustento da própria família, além de financiar
seus estudos, subverte o papel constitucionalmente
atribuído à família, à sociedade e ao Estado.
Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal
declarou a constitucionalidade da Emenda
Constitucional 20/1998, que proibiu o trabalho de
adolescentes menores de 16 anos. O julgamento no
Plenário Virtual foi unânime e encerrou na última
sexta-feira (9/10).
Os ministros concordaram com o relator, ministro
Celso de Mello, que afirmou que o aumento da idade
mínima para o trabalho do adolescentes, conforme
previsto na Emenda, está em conformidade com os
princípios e diretrizes da Constituição Federal,
além de estar em harmonia com os objetivos
fundamentais da República e tratados internacionais.
O decano chamou a atenção para a inversão de
responsabilidades e perversidade que seria colocar
sob a criança e o adolescente, por meio do trabalho
remunerado, o ônus de sustentar a própria família,
financiar os estudos e de manter-se afastado da
violência.
Com base de fundamentação no disposto no artigo 227
da Constituição Federal, Celso reafirmou que o dever
de assegurar as condições para as crianças é da
família, sociedade e do Estado.
A ação chegou ao Supremo em 1999, ajuizada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI), que defendeu que “a realidade social
brasileira exige o trabalho de menores, a partir dos
14 anos de idade”.
A entidade sustentou que o trabalho de menores de 16
anos seria “imprescindível à sobrevivência e ao
sustento do próprio trabalhador adolescente e de sua
família”. “É melhor manter o emprego do que ver
passando fome o próprio menor e, não raras vezes, a
sua família”, alegou.
Ao analisar o pedido, no entanto, Celso de Mello
discordou da ideia de que o trabalho infantil teria
a “virtude de afastar a criança humilde e o
adolescente pobre da marginalização e da
delinquência, o que justificaria, nessa linha de
pensamento, sacrificar o melhor interesse da criança
em ordem a preservar a paz e a segurança pública”. O
decano afirmou que as alegações sugerem a
“restauração da teoria menorista fundada na doutrina
da situação irregular”.
“É fácil constatar que essa equivocada visão de
mundo, além de fazer recair sobre a criança e o
adolescente indevida e preconceituosa desconfiança
motivada por razões de índole financeira, configura
manifesta subversão do papel constitucionalmente
atribuído à família, à sociedade e ao Estado, a quem
incumbe, com absoluta prioridade , em relação à
criança e ao adolescente, o dever de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.”
O ministro também considerou as sequelas físicas,
emocionais e sociais das crianças e adolescentes
expostas a exploração do trabalho infantil; defendeu
que esses motivos justificam a “proteção especial e
prioritária destinada a esse grupo vulnerável”.
Foi categórico ao classificar como perversa a
exploração do trabalho infantojuvenil, que afasta a
criança da escola, “cujo ensino traz consigo todo o
encantamento do saber e o horizonte da esperança”.
Ao final de seu voto, Celso reafirma ainda a
cláusula que proíbe o retrocesso social.
Clique
aqui para ler o voto do relator
ADI 2.096
Fonte: Consultor Jurídico
09/10/2020 -
Pesquisa: avaliação positiva de Bolsonaro cai de
37,5% para 34,9%
A Pesquisa Fórum apontou que a aprovação (quesitos
"ótimo" e "bom") do governo Jair Bolsonaro caiu de
37,5% em agosto para 34,9% em outubro. A
desaprovação (quesitos "ruim" e "péssimo") aumentou
de 35,3% para 36,5% no período.
De acordo com os dados, os que veem o governo como
regular passou de 24,1% para 26,2%. Os que não
quiseram ou não souberam responder somaram 2,5%.
Além de responder às opções "ótimo", "bom", "ruim",
"péssimo" e "regular", os entrevistados foram
questionados sobre se aprovam ou não o governo
Bolsonaro. Ao todo, 51,9% disseram que o aprovam e
48,1% desaprovam. Em agosto, os índices eram de
52,9% de aprovação e 47,1% de desaprovação.
O levantamento foi realizado entre os dias 30 de
setembro e 5 de outubro, em parceria com a Offerwise.
A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Fonte: Brasil247
09/10/2020 -
Reforma trabalhista não resolveu problemas do
mercado e veio ‘enquadrar’ Judiciário
“O que impressiona é que essas mudanças são
sempre desfavoráveis aos trabalhadores e favoráveis
às empresas”, diz pesquisador
Em um mercado historicamente desestruturado, a
“reforma” trabalhista de 2017 agravou os problemas,
aumentou a insegurança e restringiu a ação do
Judiciário. A análise é do professor José Dari Krein,
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que
na manhã desta quinta-feira (8) participou de painel
do 20ª Congresso Nacional de Direito do Trabalho e
Processual do Trabalho, promovido pelo Tribunal
(TRT) da 15ª Região, no interior paulista. O tema do
evento, que vai até amanhã, é a “Humanização nas
Relações do Trabalho”. Confira aqui o link para
inscrição e informações.
Na apresentação, o diretor do Centro de Estudos
Sindicais e do Trabalho (o Cesit, do Instituto de
Economia da Unicamp), Denis Maracci Gimenez, lembrou
que o Brasil tem quatro décadas de “péssimos
resultados”. Um percurso parcialmente interrompido
no período 2004-2012, com reflexos positivos até
2014.
‘Ajuste’ e austeridade
Depois disso, acrescentou, a crise e políticas de
“ajuste” e austeridade fiscal não só atingiram a
competitividade, como agravaram “brutalmente” a
situação. Essas políticas tiveram “resultados
desastrosos”, afirmou o professor. E se mostraram
incapazes de apresentar qualquer resultado mais
significativo do ponto de vista dos objetivos
anunciados (retomada da atividade).
Antes da pandemia, a economia já mostrava
desaceleração e um “mercado de trabalho em péssimas
condições”. O que se traduziu em empregos de baixa
qualidade, sem capacidade de proteção.
Dari Krein lembrou que o mercado de trabalho
brasileiro nunca chegou a ser estruturado. “A agenda
da reforma está presente desde os anos 90”, observou
, para acrescentar que a atual reforma, implementada
ainda no governo Temer, veio “consolidar dinâmicas
já presentes”.
Nenhuma promessa se cumpriu
As afirmações da época, de que as mudanças seriam
necessárias para dinamizar a economia e, assim,
abrir vagas, não se sustentaram. “Essas promessas
não encontram respaldo na realidade empírica”,
afirmou o professor Dari. “Nenhuma das promessas de
que a reforma seria capaz de ativar a economia se
concretiza. Antes da pandemia, os indicadores
econômicos mostram que o país não estava em
recuperação”, completou, citando, entre outros,
dados como balança comercial, crédito e
produtividade. Além do próprio desemprego e as
crescentes informalidade e subutilização de mão de
obra.
O que aconteceu, na verdade – e continua a ocorrer
no atual governo –, foi a “consolidação do padrão de
regulação mais flexível, mais conveniente para as
empresas”. As mudanças não valorizaram a negociação
coletiva (outro argumento dos defensores da
flexibilização), mas fortaleceram a flexibilização.
Nova agenda, menos proteção
“A reforma vai sendo feita em ondas. Agora, (há uma)
nova agenda de reformas sendo proposta pelo governo,
como forma de resolver os problemas do mercado de
trabalho”, observou o pesquisador. Para ele,
trata-se de um novo processo de diminuição da
proteção social. “O que impressiona é que essas
mudanças são sempre desfavoráveis aos trabalhadores
e favoráveis às empresas.” Além disso, apontou, a
reforma “veio para enquadrar a Justiça do Trabalho”.
As alterações também limitaram o acesso ao
Judiciário.
O professor da Unicamp concluiu afirmando que a
pandemia está mostrando que esse tema da regulação
terá de ser repensado, como já ocorre em outros
países. “É preciso ter algum grau de proteção para
quem trabalha.” Assim, o crescimento não é uma
questão de regulação, observou. Passa pelo “modelo
de desenvolvimento, a organização mais geral da
economia”.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/10/2020 -
Deputados defendem regulamentação do teletrabalho
Adotado de forma emergencial por causa da
pandemia de Covid 19, o teletrabalho já era uma
prática para algumas empresas. Como forma de regular
esse modelo de trabalho para o pós-pandemia, a
Câmara dos Deputados está analisando vários projetos
sobre o assunto.
Um deles (PL 3915/20) determina que o empregador
forneça a infraestrutura necessária para o
cumprimento do trabalho, como internet e
computadores, e que a manutenção ou compra desses
equipamentos por parte do trabalhador seja
ressarcida, sem prejuízo ao salário.
A proposta também retira o teletrabalho das exceções
de jornada de trabalho previstas na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
O autor da proposta, deputado Bosco Costa (PL-SE),
explica que a tecnologia já permite ao empregador
controlar a jornada de trabalho mesmo de longe e
essa exceção pode levar a um abuso na jornada de
teletrabalho.
“O acesso à internet tem que ser mais robusto para a
troca de arquivos, usar sistemas, vídeos. Fora isso,
há outras questões de possibilitar para cada
profissão o necessário para que as tarefas sejam
desenvolvidas”, diz.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), somente
com uma regulamentação bem feita pelo Congresso
Nacional será possível garantir os direitos
trabalhistas para quem optar pelo teletrabalho.
“No período da pandemia, o home office ficou
intensificado, mas não foram dadas as garantias de
proteção aos direitos dos trabalhadores; portanto, a
fiscalização, além da regulamentação, será
fundamental”.
Orientações
O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou
recentemente uma nota técnica com vários itens que
devem ser observados no teletrabalho. Entre eles, a
privacidade da família, a ergonomia para o
trabalhador e o direito à desconexão. Mas, o
documento gerou críticas de especialistas do setor,
que afirmam que as normas são difusas e extrapolam o
que foi definido na reforma trabalhista de 2017.
Para o jurista Ives Gandra, ex-presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, não compete ao MPT
legislar sobre o teletrabalho, porque ele tem que
ser analisado caso a caso, em contratos individuais
ou negociação coletiva.
Fonte: Agência Câmara
09/10/2020 -
Indústria cresce em 12 locais em agosto e seis
superam pré-pandemia
O setor industrial nacional teve alta em 12 dos 15
locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional),
na passagem de julho para agosto. O resultado mostra
que seis locais já superaram o patamar pré-pandemia
da covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará
(5%), Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco
(0,7%) estão acima do nível de produção de fevereiro
de 2020.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A produção industrial nacional cresceu 3,2% em
agosto, quarta alta seguida. O gerente da pesquisa,
Bernardo Almeida, explicou que esse resultado está
ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento
social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a
ampliação do movimento de retorno à produção de
unidades produtivas, após paralisações e
interrupções por conta da pandemia”.
Na comparação com agosto de 2019, a produção
industrial apresentou queda de 2,7%, com retração de
nove dos 15 locais pesquisados.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/10/2020 -
Para Rodrigo Maia, PEC Emergencial é prioridade
número 1
O presidente da Câmara também não descarta a
possibilidade de votar ainda neste ano a reforma
tributária, que ainda depende de acordo
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira
(8), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que a chamada PEC Emergencial (PEC 186/19) é
o principal tema da pauta do Congresso neste ano. “O
Congresso precisa ter como pauta número 1 a PEC
Emergencial. Ela é a mais difícil, que vai gerar
desgaste a curto prazo, mas soluções em 2021”,
classificou. “Se fosse escolher só uma matéria para
votar neste ano, seria a PEC Emergencial. É a
reforma das reformas no curto prazo de 2020.”
Rodrigo Maia observou que as despesas públicas
crescem mais do que a inflação. “Não adianta
arranjar receita nova ou cortar incentivo. Não
adianta regulamentar o teto, porque não resolve o
nosso problema. Estamos indo ao precipício”,
alertou. “Para atender os brasileiros que estão fora
do Bolsa Família, precisamos cortar despesa de um
lado e melhorar ambiente de negócios de outro. São
dois caminhos urgentes”, apontou.
Reforma tributária
Já a reforma tributária seria o item 2 entre as
prioridades de Maia. Ele disse que está otimista e
espera que seja votada ainda neste ano. “A reforma
já avançou muito, tivemos desencontros, encontros.
Mas sem acordo não sairá”, comentou.
Três propostas estão em análise no Legislativo: uma
da Câmara (PEC 45/19); uma do Senado (PEC 110/19) e
uma proposta do Executivo (PL 3887/10). Uma comissão
mista foi criada para chegar a um texto único
acordado entre os partidos e que poderá ser incluído
na pauta do Plenário da Câmara, pois já foram
cumpridos os prazos regimentais da matéria.
Fonte: Agência Câmara
09/10/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego caem 10,6% em setembro
No acumulado do ano, total de requerimentos subiu
5,7%
Depois de dispararem no primeiro semestre por causa
da pandemia do novo coronavírus, os pedidos de
seguro-desemprego de trabalhadores com carteira
assinada continuam a cair no segundo semestre. Em
setembro, o total de pedidos recuou 10,6% em relação
ao mesmo mês do ano passado.
Desde o início de junho, o indicador está em queda.
Em setembro, 466.255 benefícios de seguro-desemprego
foram requeridos, contra 521.572 pedidos registrados
no mesmo mês de 2019. Ao todo, 61,8% dos benefícios
foram pedidos pela internet no mês passado, contra
apenas 2,9% em setembro de 2019.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (8)
pela Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia, e considera os atendimentos presenciais –
nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e
das Superintendências Regionais do Trabalho – e os
requerimentos virtuais.
Acumulado
Apesar da queda em setembro, os pedidos de
seguro-desemprego continuam em alta no acumulado do
ano, tendo somado 5.451.312, de 2 janeiro a 30 de
setembro de 2020. O total representa aumento de 5,7%
em relação ao acumulado no mesmo período do ano
passado, que totalizou 5.157.026.
No acumulado do ano, 56,1% dos requerimentos de
seguro-desemprego (3.059.828) foram pedidos pela
internet, pelo portal gov.br e pelo aplicativo da
carteira de trabalho digital; 43,9% dos benefícios
(2.391.484) foram pedidos presencialmente. No mesmo
período do ano passado, 98,3% dos requerimentos
(5.068.033) tinham sido feitos nos postos do Sine e
nas superintendências regionais e apenas 1,7%
(88.993) tinha sido solicitado pela internet.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/10/2020 -
Fim do auxílio emergencial jogará 16 milhões de
brasileiros na pobreza
Número de pobres no País deve saltar de 23,6%
(50,1 milhões de pessoas) para 31% (66,2 milhões)
Se o auxílio emergencial não for prorrogado e
terminar definitivamente em 2020, ao menos 16
milhões de brasileiros serão empurrados para a
pobreza. São os beneficiários do programa que, uma
vez privados dessa renda, passarão a viver, em
média, com menos de R$ 522,50 ao mês.
Conquista do PCdoB e da oposição ao governo Jair
Bolsonaro, o auxílio emergencial chegou às contas
bancárias de mais de 65 milhões de pessoas. Ao
beneficiar, sobretudo, trabalhadores desempregados
ou informais, essa iniciativa ajudou a reduzir a
pobreza no País a um patamar recorde.
Mas o fim do auxílio, em contrapartida, deve elevar
o número de brasileiros pobres de 23,6% (50,1
milhões de pessoas) para 31% (66,2 milhões). É o que
projeta a FGV Social, com base na PnadC (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e na
PNAD Covid, do IBGE.
No segundo trimestre – auge da pandemia do novo
coronavírus –, a renda média dos brasileiros
despencou 20%. Só que a renda dos 50% mais pobres
caiu ainda mais: 28%. O auxilio teve um efeito
imediato ao agir mitigar os danos sociais e
econômicos da pandemia, especialmente na versão
inicial, de R$ 600 – hoje o valor é de R$ 300.
“Enquanto o País vivia numa espécie de inferno
trabalhista, abriu-se um céu em termos de melhora na
renda”, afirmou à Folha de S.Paulo Marcelo Neri,
diretor da FGV Social. O custo do auxílio
emergencial ao longo de nove meses equivale a nove
anos de orçamento do Bolsa Família. “Em qualquer
hipótese, os valores de um novo programa de ajuda
serão irrisórios em comparação ao auxílio”, agrega
Neri.
As regiões mais afetadas serão o Nordeste e o Norte,
“justamente onde a popularidade de Bolsonaro cresceu
com o pagamento do auxílio emergencial”, conforme
destaca reportagem da Folha: “Para que a pobreza não
aumente tanto, a economia e o emprego teriam de
passar por uma recuperação muito forte, com impactos
positivos sobre a renda – algo fora da maioria das
previsões”. Estima-se que as taxas de desemprego, no
início de 2021, variem de 17% a 19%.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Portal Vermelho
08/10/2020 -
Guedes e Maia negam estender auxílio e orçamento de
guerra para 2021
O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou
nesta quarta-feira (7) que o auxílio emergencial
seja prorrogado para 2021. Pela configuração atual,
o benefício vai existir até dezembro deste ano.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
endossou a fala de Guedes. "A posição da presidência
da Câmara é a mesma", disse o deputado no Twitter.
"O plano de auxílio e o estado de calamidade se
encerram em dezembro. Não há prorrogação da
calamidade. Essa articulação pela prorrogação do
auxílio não existe. O ministro descredencia qualquer
informação nesse sentido", afirmou o chefe da equipe
econômica do governo federal.
A declaração do ministro foi dada durante evento com
jornalistas, que contou com a participação do
ministro das Comunicações, Fábio Faria.
O ministro também negou que o orçamento de guerra e
o estado de calamidade pública sejam estendidos para
o próximo ano. As duas medidas foram articuladas e
aprovadas pelo Congresso para criar um orçamento
paralelo de combate à pandemia sem que sejam
descumpridas regras fiscais, como o teto de gastos e
a regra de ouro.
O governo tem dificuldade para definir fontes de
financiamento para o Renda Cidadã, expansão do Bolsa
Família. A extensão dos instrumentos de exceção
fiscal seria uma forma de dar fôlego ao Planalto
para que o auxílio emergencial dure mais e haja mais
tempo para o Executivo definir o novo programa
social.
Fonte: Congresso em Foco
08/10/2020 -
Desmembramento da Economia deve começar por Trabalho
e Previdência
Divisão será por etapas - Para Guedes, não é
dramático
O governo está preparando 1 possível desmembramento
do Ministério da Economia. Essa divisão, porém, será
feita por etapas. Na 1ª devem ser desmembradas as
áreas de Previdência e Trabalho.
O Poder360 apurou que o ministro Paulo Guedes não vê
a mudança como dramática. O motivo: ambas as áreas
já tiveram reformas. A trabalhista, no governo
Temer, e a previdenciária, na gestão Bolsonaro.
Ao assumir o Planalto, Bolsonaro resolveu criar 1
superministério para Guedes: Fazenda; Planejamento;
Trabalho; e Indústria, Comércio Exterior e Serviços
foram agrupadas em 1 só.
Guedes se transformou em 1 dos ministros mais fortes
da história. Além de comandar 4 pastas, nomeou
sozinho os presidentes das principais estatais
(Petrobras, Banco do Brasil e Caixa) e de inúmeras
autarquias. Isso nunca havia acontecido desde a
redemocratização, em 1985.
Não deu certo
Há 1 consenso entre os apoiadores políticos de
Bolsonaro: fracassou a estratégia de concentrar
tanto poder na mão de 1 só ministro. A ideia é
reverter a fusão no início de 2021.
Fonte: Poder360
08/10/2020 -
Propostas de Bolsonaro para bancar Renda Cidadã
ameaçam direitos de trabalhadores e idosos
Demora para definir programa ocorre porque
medidas impopulares podem atrapalhar eleições
municipais por meio das quais presidente pretende
“varrer o PT”
Segue a novela do governo Jair Bolsonaro para
definir de onde virão os recursos para pagar o Renda
Cidadã. Com o programa, o presidente da República
pretende substituir o Bolsa Família, criado pelo
governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tarefa
difícil diante do Teto dos Gastos aprovado durante a
gestão de Michel Temer com o voto de Bolsonaro
inclusive.
Em reuniões realizadas entre integrantes da equipe
econômica do governo federal e lideranças do
Congresso Nacional, vêm sendo estudadas medidas que
podem retirar até R$ 45,4 bilhões do orçamento para
bancar o Renda Cidadã. A informação é da Folha de
S.Paulo.
Bolsonaro, no entanto, quer esperar as eleições
municipais passarem para divulgar as medidas, por
serem impopulares. De acordo com o Estadão
Broadcast, a ordem do governo é ficar “quietinho”.
Já que as duras medidas poderiam atrapalhar a
estratégia traçada por Bolsonaro e seus aliados de
“varrer o PT” do Nordeste.
Aliados, no entanto, alertam que não será possível
Bolsonaro esperar as eleições para definir as
medidas que vão bancar o Renda Cidadã, diante do
nervosismo do mercado.
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou
a opção preferencial da equipe de Bolsonaro em
continuar governando para assegurar ganhos e
interesses das classes dominantes e dos ricos
brasileiros. “Ora, 38 milhões de brasileiros ficarão
sem renda a partir de dezembro com o fim do auxílio
emergencial”, alerta. “Enquanto isso, Bolsonaro não
tem nada para colocar no lugar e rejeita taxar os
bilionários, que elevaram patrimônio em R$ 177
bilhões na pandemia. Está claro para quem essa turma
governa.”
Tragédia anunciada
O auxílio emergencial criado durante a pandemia no
novo coronavírus acaba em 31 de dezembro deste ano.
Já no primeiro dia do ano que vem, cerca de 38
milhões de brasileiros ficarão totalmente
desamparados, segundo estudo da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (6).
De acordo com o estudo, informa o site Recontaí,
esses brasileiros representam 61% da parcela da
população que recebeu o auxílio emergencial. Além
disso, 64% são informais e 74% têm renda de até R$
1.254. Em sua maioria, são pessoas de baixa
escolaridade, com no máximo o ensino fundamental
(55%). São cidadãos que não estão inscritos no
Cadastro Único para Programas Sociais e nem recebem
o Bolsa Família. Ou seja, não terão nenhum apoio
financeiro quando o auxílio emergencial acabar.
Pimenta nos olhos dos carentes
Todas as medidas avaliadas pela equipe de Bolsonaro
para bancar o Renda Cidadã tiram recursos dos
trabalhadores. Uma delas é elevar para seis meses o
tempo mínimo que o empregado com carteira assinada
precisa trabalhar para ter direito ao abono salarial
(espécie de 14º salário, de no máximo um salário
mínimo, pago a quem ganha até R$ 2.090). Atualmente
é pago um valor proporcional do abono, no ano, a
partir de um mês de carteira assinada. O valor
cresce mês a mês na proporção de 1/12 avos do
salário mínimo.
A equipe econômica de Bolsonaro pode, ainda, mudar a
regra do Benefício de Prestação Continuada (BPC),
pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa
renda. O acesso seria concedido a quem tem renda de
até R$ 280 por pessoa na família. E seriam
necessárias análises de condições de miserabilidade
e vulnerabilidade. O governo pretende, ainda,
revisar a regra de permanência no Bolsa Família,
proibindo acúmulo com outros benefícios sociais.
Depois de desistir das verbas do Fundeb e do
dinheiro destinado para o pagamento de precatórios,
o governo federal estuda também eliminar a
declaração simplificada do imposto de renda. Nela, o
contribuinte abre mão de qualquer dedução e recebe
um desconto geral de 20% em relação ao valor devido.
A medida atingiria os trabalhadores que ganham
menos.
A volta do FMI
Economistas do Fundo Monetário Internacional, o FMI,
que determinava os rumos da economia nacional até os
anos 2000, recomendaram ao Brasil de Bolsonaro e do
ministro da Fazenda, Paulo Guedes, impor mais
arrocho e manter a política de austeridade fiscal. O
objetivo: manter a confiança do mercado.
“Na ausência de evidências inequívocas da manutenção
do teto de gastos, qualquer despesa adicional
poderia minar a confiança do mercado e elevar as
taxas de juros”, diz o relatório do FMI. O fundo
prevê queda da atividade econômica brasileira de
5,8% neste ano. É o maior recuo do Produto Interno
Brasileiro (PIB) nas últimas décadas.
“Guedes segue cegamente a cartilha neoliberal e
defende teto dos gastos, que congelou investimentos
por 20 anos os gastos em saúde e educação, enquanto
aposta na iniciativa privada para sair da crise”,
critica Gleisi.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/10/2020 -
Maia se une a Guedes contra Rogério Marinho pelo
Teto de Gastos
Recém-reconciliada, a dupla une esforços para
conter os investimentos pretendidos pelo ex-tucano
A reconciliação do ministro Paulo Guedes, da
Economia, com o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM), parece que vai fazer crescer a
pressão contra o ministro do Desenvolvimento
Regional, Rogério Marinho, e seus planos de
implementar um programa de desenvolvimento.
Segundo informações do jornalista Igor Gadelha, da
CNN Brasil, Maia teria dito em conversa com Marinho
que o ministro está errado ao defender o aumento de
gastos. O ex-tucano é classificado por Guedes como
“fura-teto”.
Após os embates públicos, a dupla Maia e Guedes
parece estar disposta a manter o teto de gastos a
qualquer custo, enquanto Marinho e deputados do
bloco do centrão tentam convencer o presidente Jair
Bolsonaro de que é necessário fazer mais
investimentos em meio à crise instaurada pela
pandemia do novo coronavírus.
Um dos pontos mais críticos é a criação do Renda
Cidadã, que tem como objetivo substituir o Bolsa
Família e atender aos beneficiários do auxílio
emergencial, que acaba em dezembro. O programa seria
lançado nesta quarta, mas Bolsonaro desistiu em
razão das dúvidas sobre as fontes de financiamento.
Nesta quarta, Guedes ainda garantiu que o auxílio
não será estendido até 2021 e Maia declarou que
pretende votar o texto do substituto até dezembro.
Fonte: RevistaForum
08/10/2020 -
Desemprego e falta de governabilidade são maiores
riscos no Brasil, diz Fórum Econômico Mundial
Crise fiscal e instabilidade social também estão no
topo das preocupações de empresários
Os maiores riscos para se fazer negócios no Brasil
atualmente são o desemprego e o temor de fracasso da
governabilidade do país, segundo levantamento feito
pelo Fórum Econômico Mundial junto a 12 mil
empresários de 128 países.
O desemprego atingiu recorde de 13,8% no trimestre
encerrado em julho, segundo dados do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), com 13,1
milhões de desocupados. A perspectiva é de que a
taxa continue a crescer nos próximos meses, com a
volta das pessoas à busca por emprego, que deverá
ser acelerar com o término do auxílio emergencial em
dezembro.
A precariedade do mercado de trabalho foi apontada
como maior ameaça aos negócios no Brasil por 56% dos
entrevistados, enquanto 52% citaram o risco de
fracasso da governança nacional.
Conforme o Fórum de Davos, esse risco “captura a
incapacidade de governar uma nação com eficiência,
que é a causa ou resultado de fatores como fraco
Estado de direito, corrupção, comércio ilícito,
crime organizado, impunidade e impasse político”.
Em seguida, entre as principais preocupações dos
empresários com relação ao Brasil estão a crise
fiscal (38%), empatada com o risco de “profunda
instabilidade social” (38%).
A propagação de doenças infecciosas está apenas em
quinto lugar na lista de preocupações dos líderes de
negócios, citada por 37% dos entrevistados, mesmo
diante do efeito avassalador da pandemia sobre o
país, que é o segundo em número de mortes no mundo,
atrás apenas dos Estados Unidos.
Globalmente, o desemprego também é a maior
preocupação do empresariado. Mas em seguida, na
lista de aflições, vêm o risco das doenças
contagiosas, as crises fiscais, ataques cibernéticos
e instabilidade social profunda.
Na América Latina e Caribe, o temor de fracasso da
governança nacional lidera o ranking, com o México
puxando a lista, com o problema citado por 65% dos
empresários.
A organização do Fórum Econômico Mundial anunciou
nesta quarta-feira (7) que sua reunião anual será
entre os dias 18 e 21 de maio de 2021, e não mais no
inverno europeu. Além da nova estação, o encontro do
próximo ano será em outra região da Suíça, em
Lucerne-Bürgenstock, e não em Davos. O encontro terá
como tema central “O Grande Recomeço”.
Fonte: Folha SP
08/10/2020 -
Senado aprova projeto que facilita denúncias de
maus-tratos contra idosos
O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) projeto
que inclui, entre atividades financiadas pelo Fundo
Nacional da Pessoa Idosa, a contribuição para a
divulgação e aprimoramento dos canais de denúncias
sobre maus-tratos e sobre violações dos direitos
humanos, como o Disque 100 (Disque Direitos
Humanos). O texto aprovado segue para a análise da
Câmara dos Deputados.
Dois projetos voltados para a defesa dos idosos
tramitavam conjuntamente, e a relatora, senadora
Rose de Freitas (Podemos-ES), optou pelo PL
5.981/2019, do senador Lasier Martins (Podemos-RS),
que já havia sido analisado pela Comissão de
Direitos Humanos (CDH), sob a relatoria do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), tendo recebido
parecer pela aprovação com uma emenda de redação.
Projeto relacionado ao tema, o PL 4.537/2020, do
senador Izalci Lucas (PSDB-DF), foi rejeitado pela
relatora. O texto previa a criação do "SOS:
maus-tratos contra idosos", um serviço exclusivo
para receber denúncias ou suspeitas de abusos contra
idosos em todo o território nacional.
(Mais informações: Ag.Senado)
Fonte: Agência Senado
08/10/2020 -
Congresso tem que retomar debate sobre valorização
do salário mínimo, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, em
pronunciamento nesta quarta-feira (7), que o
Congresso retome o debate sobre a política de
valorização do salário mínimo que, segundo ele, foi
destruída pelo atual governo.
De acordo com Paim, o mínimo é o melhor distribuidor
de renda e serve como referencial para os valores
pagos ao trabalhador.
— Em programas sociais, aumentar a renda das camadas
mais pobres leva ao aumento de produção e de
consumo, melhorando, inclusive, a qualidade de vida,
criando um círculo virtuoso. Hoje 49 milhões recebem
o mínimo, que atinge mais 100 milhões de pessoas —
afirmou.
Para o senador, a recomposição do mínimo deve ser
feita pelo PIB e a variação da inflação.
— O país tem que valorizar o salário-mínimo. O
Congresso tem que retomar esse assunto — defendeu.
Fonte: Agência Senado
07/10/2020 -
Fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões de
brasileiros desamparados, diz FGV
Mais da metade são trabalhadores informais,
enquanto 74% deles têm renda até R$ 1.254
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que o
fim das parcelas do auxílio emergencial em dezembro
deve deixar 38 milhões de brasileiros sem
assistência. O número corresponde às pessoas que
recebem o auxílio, mas não são cadastradas no Bolsa
Família.
Os 38 milhões representam 61% da parcela da
população que recebeu o auxílio emergencial. De
acordo com o estudo, mais da metade são
trabalhadores informais (64%), enquanto 74% deles
têm renda até R$ 1.254 e são em sua maioria pessoas
de baixa escolaridade, com no máximo o ensino
fundamental (55%).
A pesquisa da FGV foi feita a partir dos dados do
mês de agosto da Pnad Covid-19, pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) criada para medir os efeitos da pandemia
sobre o mercado de trabalho e a saúde dos
brasileiros. As informações são de reportagem da
Folha de S.Paulo.
Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de
ampliar programas de assistência social quando o
auxílio emergencial acabar. O governo Bolsonaro, no
entanto, ainda não estabeleceu de que forma deve
aplicar o Renda Brasil, ou Renda Cidadã, programa de
transferência de renda defendido pelo centrão como
forma de substituir o Bolsa Família.
O ex-capitão, no entanto, chegou a se reunir nesta
segunda-feira (5) com o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, para debater sobre o futuro
do Renda Cidadã em meio à troca de farpas públicas
entre o parlamentar e o ministro da Economia, Paulo
Guedes. A pauta da conversa consistiu basicamente na
forma de financiamento do programa.
Fonte: RevistaForum
07/10/2020 -
Centrais sindicais pressionam Congresso para a
votação da prorrogação do auxílio emergencial
Sindicalistas também defendem a manutenção do
valor do auxílio em R$ 600
Representantes das centrais sindicais lançaram um
movimento para pressionar o Congresso Nacional a
votar o mais rapidamente possível a medida
provisória que prorroga o auxílio emergencial até
dezembro deste ano (MP 1000/20). Pelo texto da MP, o
auxílio será estendido até dezembro, mas no valor de
R$ 300. Representantes da CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas,
Intersindical Instrumento de Luta e Pública e seus
sindicatos procuraram parlamentares para defender a
manutenção do valor atual do auxílio em R$ 600.
Segundo o secretário geral da Força Sindical, José
Carlos Gonçalves, é preciso manter o valor de R$
600, tendo em vista que esse dinheiro foi o que
garantiu o sustento de mais de 4 milhões de família
em agosto deste ano. “As famílias estão enfrentando
a fome e a dificuldade do desemprego neste momento.
É importantíssimo que se mantenha o valor mensal de
R$ 600 também para a economia, porque isso gira o
mercado e isso gira a indústria do nosso País.”
O deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) destacou que
nos pequenos municípios são os recursos do auxílio
emergencial que estão movimentando a economia e por
isso ele não deve ser suspenso, nem reduzido. “As
pequenas e médias cidades que vivem do repasse do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e também
dos repasses da previdência, passaram a ter uma
outra fonte fundamental de renda”.
Já o vice-líder do governo, deputado Giovani Cherini
(PL-RS), lembrou que o governo precisa ter os
recursos necessários para realizar esses repasses.
“Essa MP precisa ser muito bem avaliada, porque na
medida em que ela entrar na Câmara é muito difícil
para um parlamentar dizer que uma pessoa não deve
receber 600 e deve receber 300. Justamente, nós que
estamos no governo precisamos pensar se tem o
recurso e o governo já fez o cálculo e já percebeu
que os recursos estão escassos.”
Fonte: Agência Câmara
07/10/2020 -
Oposição anuncia obstrução de votações na Câmara em
defesa do auxílio de R$ 600
Os líderes de partidos de oposição anunciaram nesta
terça-feira (6), em entrevista coletiva no Salão
Verde, que vão obstruir a pauta do Plenário até a
votação da Medida Provisária 1000/20, que prorroga o
auxílio emergencial até dezembro, porém com o valor
reduzido pela metade – de R$ 600 para R$ 300
mensais. O líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE),
acusou o governo de trabalhar contra a votação da MP
para evitar a aprovação de emendas que mantivessem o
valor do auxílio em R$ 600. “O governo faz de tudo
para deixar a MP caducar porque já está com seus
efeitos produzidos. O governo comete
irresponsabilidade com o Congresso”, reclamou.
Guimarães observou que a renda cresceu 32% por conta
do auxílio emergencial. “Não podemos prescindir do
principal sustento da economia brasileira”, apelou.
O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), lamentou o
fato de a MP 1000/20 não ter sido ainda lida pelo
presidente da Câmara. “Por isso, entende-se que a MP
não tranca a pauta. Não temos nenhuma garantia que
venha a ser votada ou sequer debatida”, lamentou.
“Não é razoável que o presidente da República baixe
pela metade o valor do auxílio emergencial aprovado
pelo Congresso, e o Congresso não se manifeste.”
Na opinião da líder do Psol, Sâmia Bomfim (SP), o
auxílio emergencial foi uma conquista dos partidos
de oposição. “O governo Bolsonaro nunca teve
disposição de aprovar o auxílio emergencial. Sem
ele, milhões de brasileiros teriam passado fome. A
redução de R$ 600 para R$ 300 foi cruel. Quem perde
é justamente a população mais pobre.”
A líder do PcdoB, Perpétua Almeida (AC), lembrou que
muitos dos 67 milhões de beneficiários do auxílio
emergencial estão fora do Cadastro Único. “Depois de
1º de janeiro, nem o Bolsa Família vão receber”,
alertou. “De fevereiro para cá, foram 12 milhões de
trabalhadores desempregados. A tendência é piorar em
2021.”
Já a representante da Rede, Joenia Wapichana (RR),
observou que o auxílio emergencial é necessário não
apenas para desempregados, mas também para
trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas.
Fonte: Agência Câmara
07/10/2020 -
Governo estuda prorrogar coronavoucher até março de
2021
Seria ponte até novo programa - Cresceria chance
de aprovação
O governo federal estuda prorrogar novamente o
auxílio emergencial. A ideia, gestada pela equipe
econômica, é estender o benefício por mais 3 meses,
até março de 2021.
Essa proposta é resultado da dificuldade em definir
o projeto do Renda Cidadã e a votação na Câmara e no
Senado ainda em 2020. O programa servirá como
substituição permanente ao auxílio emergencial.
Prorrogar o benefício provisório, portanto, é o
plano B do governo até que a nova proposta seja
viabilizada.
Também poderia ser aprovado o novo tributo sobre
transações digitais a ser em parte destinado a
financiar o benefício. Contribuições precisam ser
chanceladas pelo Congresso 90 dias antes de entrar
em vigor. Não foi tomada decisão, porém, sobre o uso
dessa alternativa ainda.
Ainda não está definido qual será o valor caso a
alternativa seja encampada pelo governo. As parcelas
iniciais do coronavoucher eram de R$ 600. As que
estão sendo pagas atualmente até o fim do ano são de
R$ 300.
A atual extensão, que está valendo até dezembro, foi
realizada por medida provisória. A nova exigiria
mensagem do governo, pedindo prorrogação do estado
de calamidade. Seria aprovado decreto legislativo,
com maioria simples. Depois viria MP para o
benefício.
Líderes de partidos no Congresso acham que não há
clima para aprovar nada durante as eleições. Depois
da abertura das urnas será possível negociar.
Vitórias de candidatos bolsonaristas em capitais
fortaleceriam a proposta.
Na oposição, qualquer discussão que não eleve o
auxílio novamente a R$ 600 deve ser barrada. “O
mantra é obstruir, obstruir, obstruir”, disse ao
Poder360 o líder da minoria na Câmara, José
Guimarães (PT-CE).
Fonte: Poder360
07/10/2020 -
Faturamento da indústria supera período
pré-pandemia, diz CNI
Empregos na indústria cresceram 1,9% em agosto
O faturamento real da indústria da transformação
ultrapassou o patamar pré-pandemia do início do ano,
e a atividade industrial se manteve em crescimento
em agosto. As informações são da pesquisa
Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira
(6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o levantamento, o faturamento aumentou 2,3%
na comparação com julho e 37,8% em relação a abril,
mês auge da crise no setor provocada pela pandemia
de covid-19. Ainda assim, segundo a entidade, devido
à forte queda de março e abril, no acumulado do ano,
o valor se encontra 3,9% abaixo do registrado no
mesmo período de 2019.
Agosto foi o primeiro mês de crescimento do emprego
industrial em 2020, com alta de 1,9%. Segundo a CNI,
com esse desempenho, o nível de emprego já se
encontra próximo ao patamar pré-crise. As horas
trabalhadas aumentaram 2,9% entre julho e agosto e
acumulam um crescimento de 25,1% em relação a abril.
Nesse caso, ainda não retornou ao patamar pré-crise.
Recuperação
A avaliação da entidade é que os números reforçam a
percepção de recuperação em V da atividade
industrial, que veio acompanhada pelo crescimento do
emprego, o que sugere maior confiança do empresário.
Recuperação em V é um termo usado por economistas
para relatar uma retomada intensa depois de uma
queda vertiginosa na atividade econômica.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de agosto
alcançou 78,1% e se encontra 0,8 ponto percentual
abaixo do percentual de fevereiro deste ano. Além
disso, a massa salarial registrou aumento de 4,5% em
agosto, na comparação com julho. Para a CNI, o
crescimento mais que compensou a queda do mês
anterior, mas o indicador ainda está distante do
patamar pré-pandemia e algumas empresas ainda estão
adotando suspensão de contrato ou redução de jornada
de trabalho.
De acordo com a pesquisa, acompanhando o movimento
da massa salarial, o rendimento médio real pago aos
trabalhadores cresceu 2,8% em agosto na comparação
com julho, após ajuste sazonal. Nesse caso, o
rendimento médio também é afetado pelos acordos de
redução de jornada ou suspensão de contrato, e se
encontra distante da realidade pré-pandemia. Na
comparação com agosto de 2019, a queda é de 2,2%.
Fonte: Agência Brasil
07/10/2020 -
Guedes quer congelar benefícios de quem ganha acima
do mínimo para bancar Renda Brasil
Corte estudado pela equipe do ministro ainda não
seria o suficiente para bancar o programa social
Para manter o teto de gastos, a equipe do ministro
da Economia, Paulo Guedes, continua a planejar
cortes como forma de viabilizar o Renda Brasil. Uma
das alternativas estudadas pela pasta é congelar
benefícios previdenciários de quem ganha mais do que
um salário mínimo.
De acordo com o Painel, da Folha de S.Paulo, a
medida ainda não alcançaria o valor necessário para
bancar o programa social. A economia gerada com a
medida seria inferior aos R$ 25 bilhões que o
governo busca para tirar o projeto do papel.
O programa seria apresentado nesta terça-feira (6),
mas o presidente Jair Bolsonaro desistiu do
lançamento em razão das disputas internas no governo
sobre as possíveis fontes de financiamento da
iniciativa que tem como objetivo substituir o Bolsa
Família e atender aos beneficiários do auxílio
emergencial, que acaba em dezembro.
Segundo informações do O Globo, o presidente teria
travado a tramitação do programa em razão das
alternativas impopulares trazidas pelo relator
Marcio Bittar (MDB-AC), pelo presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, e por Paulo Guedes. O plano
apresentado por Bittar, por exemplo, envolveria o
congelamento de salários e progressões de
servidores, além de redução de jornada e
remuneração.
A solução de usar precatórias e Fundeb para driblar
o teto também não foi bem vista por Guedes, mas
aceita como uma espécie de última opção. Essa
fórmula foi vista como uma espécie de “pedalada”.
Pela proposta, o governo prevê limitar a 2% da
receita corrente líquida o gasto com precatórios
(ordem para pagamento de dívidas de órgãos públicos
federais). O que sobrasse, até R$ 55 bilhões, seria
usado para financiar o Renda Cidadã. Além disso, o
governo quer usar 5% dos recursos novos do Fundeb.
Fonte: RevistaForum
07/10/2020 -
Preços de alimentos básicos sobem em 17 capitais em
setembro
Maiores altas foram em Florianópolis, Salvador e
Aracaju
Os preços do conjunto de alimentos básicos,
necessários para as refeições de uma pessoa adulta
durante um mês, aumentaram nas 17 capitais
brasileiras pesquisadas em setembro. As maiores
altas foram observadas em Florianópolis (9,80%),
Salvador (9,70%) e Aracaju (7,13%), de acordo com a
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos,
realizada pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em São Paulo, a cesta custou R$ 563,35, com elevação
de 4,33% na comparação com agosto. No ano, o preço
do conjunto de alimentos subiu 11,22% e, em 12
meses, 18,89%. Segundo o estudo, com base na cesta
mais cara (Florianópolis R$ 582,40), o salário
mínimo necessário para adquirir os produtos deveria
ter sido de R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68
vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
07/10/2020 -
Agravar doença ocupacional gera condenação ao
empregador, diz TST
Deixar de reduzir os riscos inerentes ao trabalho,
agravando ou gerando doença ocupacional, gera
condenação à empresa. O entendimento é da 5ª Turma
do Tribunal Superior do Trabalho.
A corte condenou empregador a pagar R$ 12 mil de
indenização por danos morais a um trabalhador que
adquiriu doenças ocupacionais no braço esquerdo e na
coluna em decorrência de sua atuação em uma empresa
de construção.
De acordo com os autos, o autor movimentava
diariamente cerca de 160 chapas de aço de 20kg.
Também cortava chapas em guilhotina e as conduzia
aos locais de montagem. Laudos mostraram que a
condição poderia ter sido amenizada se a empresa
tivesse oferecido programa de ginástica laboral.
Em manifestação, a empresa disse que o empregado era
responsável pela doença, já que ele passou a atuar
em outra companhia, exercendo atividades mais
pesadas. Também alegou que o autor joga futebol
amador e anda de bicicleta, condições que
supostamente evidenciam sua boa saúde. O TST
discordou.
"A incapacidade do trabalhador é determinada não em
razão da sua impossibilidade de prestar serviço a
outros empregadores, exercendo ofícios distintos,
mas em razão da impossibilidade de continuar
exercendo, com a mesma produtividade e empenho de
esforço, as atividades que antes executava", afirmou
em seu voto o ministro Douglas Alencar Rodrigues,
relator do processo.
Ainda de acordo com ele, as atividades físicas do
reclamante são terapêuticas e preventivas de novas
lesões na coluna, já que fortalecem a musculatura
"mas não devolvem ao trabalhador a capacidade
laboral perdida".
RR 7468-62.2011.5.12.0004
Fonte: Consultor Jurídico
06/10/2020 -
Governo proíbe órgãos federais de recolher imposto
sindical
O Ministério da Economia publicou nesta
segunda-feira (5) uma
portaria na qual recomenda aos órgãos do governo
federal a não cobrarem a contribuição sindical. O
imposto para financiar os sindicatos não é
obrigatório desde 2017, quando a reforma trabalhista
entrou em vigor. A instrução foi editada pela
Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital e pela Secretaria de Gestão e
Desempenho de Pessoal.
De acordo com o texto, o recolhimento do imposto
sindical só pode ser cobrado após a criação de uma
lei que torna facultativa a cobrança e mediante
autorização prévia do servidor.
"Somente após edição de lei, dispondo sobre a
faculdade do recolhimento de contribuição sindical
pelo servidor público, será viável o desconto, desde
que autorizado prévia e expressamente pelo servidor,
em favor da respectiva entidade representativa dos
interesses do servidor", diz o trecho da norma
publicada no Diário Oficial da União.
Fonte: Congresso em Foco
06/10/2020 -
Deputado propõe sustar proibição de contribuição
sindical no governo
O deputado André Figueiredo (PDT-CE), líder da
oposição na Câmara, apresentou um Projeto de Decreto
Legislativo para sustar uma portaria na qual o
Ministério da Economia recomenda aos órgãos do
governo federal não recolherem a contribuição
sindical dos servidores. O imposto para financiar os
sindicatos não é obrigatório desde 2017, quando a
reforma trabalhista entrou em vigor. A instrução foi
editada pela Secretaria Especial de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital e pela
Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal.
Na justificativa, Figueiredo afirmou que a portaria
do governo inviabiliza a possibilidade de desconto
da contribuição em folha antes da edição de lei que
preveja a autorização prévia pelo servidor.
“Apesar de, em seu art. 2°, prever a garantia do
direito à livre associação sindical, trata-se de
disposição inócua e enganosa, uma vez que a portaria
impede completamente o exercício desse direito, que
é um direito fundamental, previsto no art. 8° da
Constituição Federal. Isso porque, diante da
inexistência de lei regulamentadora, não há
previsão, nem mesmo de formas alternativas que
garanta o adimplemento das prestações sindicais
pelos servidores públicos. Ou seja, o servidor e as
entidades sindicais foram colocados em uma situação
de completa ausência regulatória, que causa
insegurança jurídica e ameaça a atividade sindical.”
O deputado argumenta ainda que esta não é a primeira
vez que o governo de Jair Bolsonaro atenta contra a
liberdade sindical.
“O governo Bolsonaro editou a Medida Provisória
873/2019, que impedia qualquer forma de custeio da
atividade sindical no país, em flagrante agressão a
Constituição de 1988, que em seu artigo 8º, IV, é
categórica: “a assembleia geral fixará a
contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio
do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição
prevista em lei”. Justamente pelo absurdo que
trazia, a referida medida provisória perdeu sua
validade”, diz a justificativa.
Fonte: Congresso em Foco
06/10/2020 -
Para Maia, prioridade agora é resolver a situação
fiscal do país
“Só assim será possível encontrar a solução para
garantir recursos para programas sociais", afirmou
Em seu primeiro compromisso oficial depois de se
recuperar da Covid-19, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu-se nesta segunda-feira
de manhã com o presidente Jair Bolsonaro e o relator
do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), em
café da manhã no Palácio do Alvorada. Eles
conversaram sobre o Orçamento de 2021, que deve
contar com um déficit substancial nas contas
públicas por causa da pandemia do coronavírus.
“A nossa prioridade é resolver a situação fiscal do
nosso País”, declarou Maia em suas redes sociais.
“Só assim será possível encontrar a solução para
garantir recursos para programas sociais e mais
investimentos sem romper o teto de gastos públicos.
Esse cuidado é fundamental para manter as despesas
públicas sob controle.”
Na semana passada, o Plenário da Câmara começou a
discutir alternativas para financiar o programa
Renda Cidadã, que deve substituir o Bolsa Família a
partir do ano que vem. Deputados da oposição
criticaram a proposta do governo de utilizar
recursos de precatórios e da Educação.
Rodrigo Maia ainda deve se encontrar nesta
segunda-feira com o ministro da Economia, Paulo
Guedes. Eles vão participar de jantar na casa do
ministro do Tribunal de Contas da União Bruno
Dantas.
Fonte: Agência Câmara
06/10/2020 -
MPT: ‘home office’ deve conciliar necessidades
empresariais e vida familiar
Recomendações propõem separação mais definida
entre trabalho e descanso. Tema já é objeto de
acordos específicos
O Ministério Público do Trabalho divulgou
recentemente protocolo com 17 recomendações para o
chamado home office ou trabalho remoto. Segundo o
MPT, uma das preocupações é a “com a
compatibilização das necessidades empresariais” e a
“vida familiar” na elaboração de escalas. E preciso
separar serviço e descanso, declarou o
procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro.
De acordo com o Ministério Público, o documento –
destinado a empresas, sindicatos e administração
pública – inclui medidas como respeito à jornada
contratual, direito à desconexão e ergonomia para
trabalhadores de teleatendimento e telemarketing. “A
instituição também defende a adoção de etiqueta
digital em que se oriente toda a equipe, com
especificação de horários para atendimento virtual
da demanda, assegurando os repousos legais e o
direito à desconexão, bem como medidas que evitem o
bullying no ambiente de trabalho.”
Saúde mental
Já existente no mundo do trabalho, o home office
passou a ser mais adotado devido à pandemia. Acordos
específicos começaram a ser discutidos, como no caso
dos funcionários do Bradesco. Segundo o IBGE, a
prática é utilizada por mais de 8 milhões de pessoas
no país, exigindo mais atenção à modalidade e suas
consequências. Inclusive do ponto de vista da saúde
mental.
O documento cita a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17),
do Ministério da Economia, com regras de ergonomia
para o setor de teleatendimento e telemarketing. “O
MPT destaca que a NR-17 prevê períodos e
procedimentos adequados de capacitação e adaptação a
novos métodos ou dispositivos tecnológicos que
alterem a rotina de trabalho dos profissionais, além
da garantia de pausas e intervalos para descanso,
repouso e alimentação.”
Confira
aqui a integra do documento.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/10/2020 -
Moro deve sair do Brasil e desistir de disputar
eleições
Ex-juiz que condenou o ex-presidente Lula e
ajudou a eleger Jair Bolsonaro daria aulas no
exterior
O ex-juiz Sergio Moro, que prendeu o ex-presidente
Luiz Inácio da Silva, ajudou a eleger Jair
Bolsonaro, foi ministro da Justiça e depois saiu do
governo com a pecha de "traidor" deve sair do
Brasil. É o que informa a jornalista Mônica Bergamo,
em sua coluna. "O ex-ministro da Justiça Sergio Moro
está sendo pressionado pela família a sair do
Brasil. A ideia é que ele passe uma temporada dando
aulas de Direito em outro país. E, assim, fique
distante da política e de eventual projeto eleitoral
de concorrer à Presidência", escreve Mônica.
"A mulher dele, Rosângela Moro, tem repetido a
interlocutores que o marido já deu a contribuição
que tinha que dar ao país e que a política
partidária, com seus embates selvagens, não seria
para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da
vida pessoal e profissional", acrescenta. Moro tem
demonstrado pouco apetite para uma disputa
eleitoral, embora seja um dos potenciais nomes da
direita brasileira, embora abaixo de Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
06/10/2020 -
Paulo Guedes tentou usar reforma administrativa para
privatizar estatais
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou
incluir na proposta de reforma administrativa
dispositivo para facilitar a privatização de
empresas estatais da União, Estados e Municípios
A proposta original da reforma administrativa, de
autoria do ministro da Economia, Paulo Guedes,
continha trechos que previam a privatização de
empresas estatais de todos os entes da Federação.
Esses dispositivos propostos pelo governo foram
depois retirados do texto enviado ao Congresso
Nacional.
Esses dispositivos privatistas constam de documentos
do Ministério da Economia e revelam que o ministro
Paulo Guedes tentou incluir na proposta de reforma
administrativa dispositivo para facilitar a
privatização de empresas estatais de todos os entes
da Federação.
Segundo o jornal O Globo, a ideia estava na versão
da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que
Guedes enviou ao Planalto em fevereiro deste ano.
O trecho foi retirado antes do envio da proposta ao
Congresso, o que só ocorreu no mês passado. O texto
original de Guedes ainda tentava suspender o salário
de servidores de carreira que concorressem durante
as eleições, o que não acontece hoje, e ainda previa
a exoneração dos ocupantes de cargos de confiança
que registrassem suas candidaturas.
Esses documentos, agora revelados, estavam sob
sigilo no Ministério da Economia, informa o jornal.
Fonte: Brasil247
06/10/2020 -
Celso prorroga outra vez inquérito sobre
interferência de Bolsonaro na PF
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, prorrogou por mais 30 dias o inquérito que
investiga as declarações do ex-ministro da Justiça
Sergio Moro sobre o presidente Jair Bolsonaro. O
despacho foi publicado nesta segunda-feira (5/10).
O pedido foi apresentado pela delegada da Polícia
Federal responsável pelo caso para terminar
diligências.
Ainda não há definição sobre como será a tomada de
depoimento de Bolsonaro. O caso havia sido pautado
para julgamento em Plenário Virtual pelo vice-decano
da corte, ministro Marco Aurélio, que havia assumido
o caso interinamente enquanto Celso de Mello estava
afastado para tratamento médico. Para Marco Aurélio,
Bolsonaro pode prestar depoimento por escrito. Ao
voltar aos trabalhos, Celso retirou o julgamento de
pauta.
A abertura do inquérito foi autorizada em abril. O
ministro entendeu que os crimes supostamente
praticados por Jair Bolsonaro, conforme narrado por
Moro, podem ser conexos ao exercício do mandato
presidencial.
Inicialmente, o ministro também entendeu que o
inquérito não pode ser sigiloso, como forma de
garantir o direito de liberdade de imprensa e acesso
da população. O decano também decidiu liberar o
vídeo e a transcrição da reunião de 22 de abril do
presidente com seus ministros. Apenas duas rápidas
menções a outros países foram suprimidas.
O inquérito já foi prorrogado outras duas vezes, em
junho e julho, acolhendo os pedidos da PF.
Inq 4.831
Fonte: Consultor Jurídico
06/10/2020 -
STF decide que Petrobras pode vender refinaria sem
aval do Congresso
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido das
mesas da Câmara e do Senado para proibir a venda de
refinarias pela Petrobras sem consulta ao Congresso
Nacional. O entendimento da maioria dos ministros
foi de que a ação não significaria privatização
fatiada da empresa. Para o presidente da Frente
Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, senador
Jean Paul Prates (PT-RN), ao desmembrar ativos, como
refinarias, a empresa vem se movimentando para
liquidar seu patrimônio sem fiscalização do
Legislativo. Ele acredita que o entendimento do STF
será alterado quando o mérito da ação for julgado.
Fonte: Agência Senado
06/10/2020 -
Dispensa de trabalhadora com câncer é
discriminatória e gera dever de indenizar
A dispensa de empregada que tem câncer é
discriminatória e, como tal, dá direito a reparação
por danos morais, entre outras punições — salvo
quando há uma boa justificativa para a dispensa. O
entendimento foi estabelecido pela Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do
Tribunal Superior do Trabalho, que condenou uma
empresa que não foi capaz de provar que a dispensa
não foi um ato de discriminação.
Assim, a Temon Técnica de Montagens e Construções
Ltda., de São Paulo, terá de providenciar a
conversão da reintegração em indenização, a
reparação por danos morais de R$ 50 mil e a
manutenção do plano de saúde até o fim do
tratamento, entre outras coisas.
A auxiliar administrativa foi diagnosticada com o
câncer no dia 24 de novembro de 2012 e informou o
fato a seu chefe, por e-mail, duas semanas depois. A
partir daí, segundo seu relato, ela se submeteu a
tratamento médico e cirurgia e, mesmo afastada,
continuou trabalhando, em casa ou na empresa, no
controle das despesas e das receitas das obras da
empresa.
No entanto, após a alta previdenciária, em agosto de
2013, suas atividades foram sendo esvaziadas até que
a rescisão contratual ocorreu em 25 de novembro
daquele ano, dia de seu aniversário.
Na reclamação trabalhista, a trabalhadora sustentou
que sua dispensa foi discriminatória. O juízo de
primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 2
ª Região (Grande São Paulo e litoral paulista)
julgaram procedente o pedido da auxiliar, pois a
empresa não apresentou justificativa para que a
empregada não fosse realocada em outro departamento,
nem demonstrou que tivesse tentado preservar seu
emprego.
A 8ª Turma do TST, porém, acolheu o recurso da Temon
e afastou a hipótese de discriminação. Para o
colegiado, o câncer não tem natureza contagiosa e
estigmatizante, como preconiza a Súmula 443 do TST,
e, por isso, caberia à empregada provar a motivação
discriminatória da dispensa.
Na SDI-1, entretanto, o entendimento foi outro. O
relator dos embargos da trabalhadora, ministro
Alexandre Ramos, observou que a subseção, ao
interpretar a Súmula 443 do TST, fixou a tese de que
se presume discriminatória a dispensa do empregado
portador de câncer. "Essa presunção só pode ser
afastada mediante prova robusta em sentido
contrário, a cargo da empresa", afirmou o ministro.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
E-ED-RR-2493-66.2014.5.02.0037
Fonte: Consultor Jurídico
05/10/2020 -
Centrais Sindicais: Toda pressão sobre os deputados
pelos 600 reais
Com o compromisso de defender a totalidade dos
trabalhadores brasileiros, a CUT, Força, UGT, CTB,
CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical,
Intersindical Instrumento de Luta e Pública convocam
todos os seus entes e sindicatos a fazer um mutirão
de pressão sobre os deputados e deputadas que ocupam
as lideranças partidárias na Câmara para que votem e
aprovem o auxílio emergencial de R$ 600,00 (saiba
mais).
O orientação é massificar a divulgação da ferramenta
NaPressão
http://bit.ly/600PeloBrasil e do
Abaixo-assinado
https://bit.ly/3cP7SPY, por meio de banner nos
sites e compartilhar nas redes e listas de
transmissão e grupos de whatsapp. Na impossibilidade
de banner, usar esse texto como base para uma
matéria, que fale da importância de apoiar, aderir,
divulgar e compartilhar as ações nos veículos de
comunicação dos sindicatos (sites, jornais), redes,
e aplicativos de mensagens, destacando os links do
NaPressão e do abaixo-assinado.
Tenho carteira assinada, não preciso do auxílio
emergencial
Não é bem assim. Entenda.
Hoje, 65 milhões de brasileiros e brasileiras dependem
exclusivamente do auxílio emergencial para
sobreviver, em consequência dos efeitos da pandemia,
da crise econômica e do desgoverno Bolsonaro. Isso
significa que 30 em cada 100 cidadãos, boa parte
crianças, não teriam como comer sem esse dinheiro.
O auxílio impacta diretamente na economia de forma
positiva, porque atende trabalhadores informais,
alimenta o consumo, a atividade nas empresas e
protege milhões de empregos. Faz a roda da economia
girar e, desde abril, impede que o Brasil mergulhe
em uma crise econômica ainda maior, o que afetaria
também os empregos trabalhadores(as) formalizados.
Os R$ 600,00 tiveram impacto positivo na massa de
rendimentos das famílias que, transformada em
consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB
brasileiro em 2020. Ajudou as receitas fiscais de
municípios, Estados e da União e Previdência Social.
Além disso, as centrais sindicais têm a decisão de
defender todos os trabalhadores, sejam eles
informais, desempregados, formalizados. Foi o
movimento sindical, com os partidos de oposição, que
conseguiram transformar o auxílio em um grande
programa emergencial de distribuição de renda.
A mobilização, ação e pressão das centrais sindicais
junto ao Congresso Nacional foi decisiva para
garantir os R$ 600 na primeira fase do programa,
porque o governo federal queria pagar apenas R$ 200.
O auxílio foi prorrogado até dezembro de 2020 por
meio da Medida Provisória 1.000, mas o governo
reduziu as parcelas para R$ 300,00.
A MP tem e ser votada e aprovada pela Câmara dos
Deputado, porque caduca em dezembro, o que interessa
ao governo. A medida recebeu 262 emendas, boa parte
propõe elevar o valor, daí a importância de
pressionar pela sua votação imediata.
Por tudo isso, pressionar pela manutenção do valor
de R$ 600,00, no bojo da votação da MP. É luta
prioritária de toda a classe trabalhadora, que,
direta ou indiretamente, será prejudicada se o valor
permanecer em R$ 300,00.
NaPressão:
http://bit.ly/600PeloBrasil
Abaixo-assinado:
https://bit.ly/3cP7SPY
Sérgio Nobre
Presidente da CUT
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo
Presidente da CTB
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
Alvaro Egea
Secretário Geral da CSB
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB
Joaninha de Oliveira
Secretaria Executiva Nacional da CSP - Conlutas
Nilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças - Intersindical - Central da
Classe Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente - Pública Central do Servidor
São Paulo, 1º de outubro de 2020
Clique
AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
05/10/2020 -
Governo quer financiar Renda Cidadã com aperto na
classe média
A equipe econômica de Paulo Guedes está preparando
mais uma facada no bolso do contribuinte. Desta vez,
com um corte nas deduções de quem opta pela
declaração simplificada do Imposto de Renda, que dá
desconto automático de 20%. A medida pode prejudicar
mais de 17 milhões de pessoas.
A declaração simplificada é vantajosa porque garante
um desconto padrão de 20% automático,
independentemente de o contribuinte ter ou não
despesas a deduzir.
A meta do governo é usar o recurso proveniente desse
corte para financiar o programa Renda Cidadã.
Inicialmente, a ideia do ministro Paulo Guedes
(Economia) era acabar com as deduções médicas e de
educação. Com a extinção da declaração simplificada,
essas deduções permanecerão, informa reportagem de
Bernardo Caram na Folha de S.Paulo.
A proposta será apresentada pelo Ministério da
Economia a Jair Bolsonaro como uma das soluções para
o impasse que envolve o novo programa social do
governo, que a equipe de Guedes insiste em batizar
de Renda Cidadã.
A equipe econômica pretende que a matéria seja
aprovada a toque de caixa, antes mesmo de um pacote
mais amplo da reforma tributária.
A equipe do ministro Paulo Guedes continua
defendendo outros programas sociais existentes hoje
sejam condensados para formar o Renda Cidadã.
Fonte: Brasil247
05/10/2020 -
Greves no primeiro semestre foram mais defensivas,
aponta Dieese
Levantamento mostra que só no primeiro semestre
do ano foram registradas 355 paralisações
O Dieese apresentou um balanço sobre as greves de
trabalhadores no primeiro semestre. O estudo mostra
que nove a cada 10 paralisações tiveram o chamado
caráter defensivo: pautaram a manutenção de direitos
e cumprimento de condições mínimas de trabalho.
O levantamento mostra que só neste primeiro semestre
foram registradas 355 greves. Ao todo, os
trabalhadores da esfera privada promoveram 195
paralisações, já os funcionários do setor público
fizeram 160 greves.
Paulo Jager, economista e supervisor do Dieese,
afirma que 90% das greves tiveram esse viés
defensivo. As reivindicações relacionadas ao
pagamento de salários em atraso foram as mais
frequentes: 37%. O especialista explica que as ações
dos trabalhadores são reflexo do desmonte dos
direitos trabalhistas no Brasil.
“Essa postura defensiva mostra que o cenário é
desfavorável, um reflexo da situação do país. Existe
uma investida do patronato e do governo, desde
Michel Temer, para alterar a legislação e retirar
direitos. Ainda estamos durante a pandemia, que
agravou o cenário, e depois que o vírus passar
haverá novas consequências, seja no mercado de
trabalho ou na organização dos trabalhadores”,
explicou, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Greves e pandemia
O Dieese mostra ainda que das 355 greves registradas
no primeiro semestre apenas em 103 foi possível
obter informações a respeito do desfecho. Deste
total, 73% lograram algum êxito no atendimento às
reivindicações.
A maior parte das paralisações no setor privado
atingiu os trabalhadores de transporte (87 vezes),
do setor de Turismo e Hospitalidade (32 vezes) e
profissionais da educação (10 vezes). Na indústria,
a maioria dos movimentos foi realizada por
metalúrgicos, promovendo 25 greves no semestre.
De acordo com o especialista a pandemia de covid-19
fez nascer alguns novos movimentos, como a
paralisação dos entregadores de aplicativos.
Entretanto, também freou ações importantes, como a
greve nacional na educação, pelo reajuste do Piso
Nacional do Magistério.
“Haveria uma paralisação nacional da educação em
março, mas por conta da pandemia, ela foi
interrompida. Com a quarentena e o distanciamento
social, praticamente algumas greves ficaram
inviabilizadas. Por outro lado, os trabalhadores de
serviços essenciais fizeram paralisações por
melhorias salariais e também por proteção à saúde”,
afirma Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/10/2020 -
Ação sobre enquadramento sindical deve incluir
sindicato que recebe contribuição
O sindicato que recebe contribuições de
trabalhadores da categoria que representa deve ser
incluído na reclamação em que outro sindicato
questiona o enquadramento sindical. Assim decidiu a
5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que
entendeu que a medida é admissível para resguardar o
ente sindical do prejuízo decorrente do alegado
recolhimento da contribuição a outra entidade.
A decisão da 5ª Turma atendeu a um pedido da filial
da Elevadores Atlas Schindler S.A no Ceará. Na ação,
o Sindicato dos Trabalhadores em Montagens
Industriais em Geral do Estado do Ceará (Sintramonti/CE)
pedia que fosse declarado representante dos
empregados da empresa para fins de negociação e de
recolhimento das taxas assistenciais ou da
contribuição sindical.
Na audiência, a Schindler pediu que fosse incluído
na ação o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Metalúrgicas, Siderúrgicas, Mecânicas, de Materiais
Elétricos e Eletrônicos, de Informática e de
Empresas de Montagem do Estado do Ceará (Sindimetal),
que, a seu ver, representava seus empregados, uma
vez que sua atividade preponderante é a metalurgia,
e para o qual recolhia regularmente a contribuição
sindical. A preocupação da Schindler era a
possibilidade de o Sindimetal, caso prejudicado pela
decisão, reclamasse judicialmente os prejuízos
decorrentes.
Em primeira instância, o pedido foi indeferido, e o
mesmo ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho da 7ª
Região (CE). Segundo a corte estadual, o fato de a
empregadora ter recolhido indevidamente a
contribuição sindical a sindicato que não a
representava não obriga o magistrado a acolher o
pedido de inclusão dessa entidade no processo
(denunciação da lide), pois o Sindimetal não teria
responsabilidade pelo eventual recolhimento indevido
feito pela empresa.
No entanto, o relator do recurso de revista da
Schindler, ministro Breno Medeiros, entendeu que não
há impedimento ao deferimento da inclusão do
Sindimetal para defender a sua representatividade.
Ele explicou que o instituto da denunciação da lide
é admissível para resguardar o denunciante (o
sindicato chamado a participar do processo) do
prejuízo advindo do alegado recolhimento da
contribuição sindical a outro sindicato que não o
autor.
Com a decisão, a 5ª Turma do TST determinou o
retorno dos autos à vara do trabalho de origem, a
fim de que promova a citação do Sindimetal. A
decisão foi unânime. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
RRAg 289-06.2016.5.07.0016
Fonte: Consultor Jurídico
05/10/2020 -
Desemprego maior entre os jovens provoca maior perda
de renda
Desemprego entre os jovens é mais que o dobro da
média nacional e perda de renda varia entre 26% e
34%
Levantamento do Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) aponta que
pessoas de 15 a 19 anos foram as que tiveram o maior
recuo na renda entre 2015 e 2019, com uma queda de
24%, seguidas por aquelas que tinham entre 20 e 24
anos, cujos rendimentos caíram 11%. Agora, entre o
primeiro e o segundo trimestre deste ano, esses
grupos perderam 34,2% e 26% da renda,
respectivamente.
A queda acentuada do rendimento dos jovens é
explicada pelo fato de eles serem os mais atingidos
pelo desemprego. No segundo trimestre, enquanto a
taxa de desemprego no País chegou a 13,3%, entre a
população de 18 a 24 anos, ela alcançou 29,7%.
O desemprego é historicamente mais alto entre os
jovens. A questão é que essa distância entre a média
do País e a registrada entre eles aumentou na crise
de 2015/2016, nunca mais voltou ao patamar anterior
e, na pandemia, disparou ainda mais.
Antes de 2015, a diferença da taxa de desemprego
entre a população brasileira em geral e os jovens
era de 8,3 pontos porcentuais. Em 2017, chegou a
14,2 pontos e, com a recuperação – ainda que lenta –
da economia em 2018 e 2019, passou a diminuir. Mas a
crise do coronavírus fez essa diferença alcançar
16,4 pontos porcentuais entre abril e junho de 2020.
O problema é ainda maior quando se considera o
chamado efeito cicatriz, isto é, um efeito de longo
prazo na carreira dos jovens que entram no mercado
de trabalho em meio a uma recessão.
O economista Lucas Assis, da consultoria Tendências,
lembra que, globalmente, os jovens já têm uma
dificuldade maior para se inserir no mercado devido
a um problema de “assimetria informacional”, isto é,
faltam informações para os empregadores sobre a
produtividade de quem está no início da vida laboral.
“No Brasil, isso é mais grave por causa da baixa
escolaridade. Jovens tendem a ter menos anos de
estudo e concorrem com pessoas desempregadas de
maior qualificação”, diz Assis.
Nordeste e segmentos mais pobres têm índices
maiores de desemprego
O cenário é mais desolador para os jovens nordestinos
e das classes mais pobres. A taxa de desemprego
entre a população de 18 a 24 anos no Nordeste ficou
em 34,5% no segundo trimestre. Nas classes D e E,
chegou a 41,3%.
Além de a situação atual já ser bastante ruim, o
futuro para o casal não é nada promissor.
Estimativas da consultoria Tendências apontam para
um crescimento fraco do Produto Interno Bruto (PIB)
na próxima década, com uma média de 2,4% ao ano até
2029. O mercado de trabalho deverá responder de modo
bastante gradual a isso, com a taxa de desemprego em
dois dígitos pelo menos até 2029, quando deverá
alcançar 10,3% – hoje está em 13,8%.
“O desemprego vai ficar mais alto no ano que vem,
prevemos 15,7%, com pessoas que hoje estão fora do
mercado começando a procurar ocupação. Para o
mercado de trabalho dos jovens, não vislumbramos um
cenário otimista”, diz Assis.
Se o cenário previsto pela Tendências se
concretizar, os jovens brasileiros terão enfrentado,
até o fim da próxima década, 15 anos de crise
laboral, o que poderá marcar toda a trajetória
profissional deles. Estudos apontam que as condições
iniciais do mercado de trabalho podem interferir no
salário e no emprego dos jovens durante toda sua
vida. Assim, quanto maior o desemprego no começo da
carreira, menor o rendimento futuro.
“O jovem, quando sai da escola, precisa experimentar
várias ocupações para saber qual combina melhor com
suas habilidades. Se entra no mercado de trabalho
numa recessão, ele não tem essa possibilidade de
experimentar ou fica desmotivado, perdendo
conhecimento”, diz o economista Naercio Menezes
Filho, professor do Insper.
O economista afirma ainda que estudos feitos na
Inglaterra mostram que recessões no início da
carreira profissional também aumentam a
probabilidade de os jovens entrarem para o crime,
além de reduzirem a produtividade do país. “Ou ele
pode começar no crime ou ir trabalhar como
entregador de aplicativo, que é o que tem hoje. Ele
não vai alcançar a produtividade que teria nem a
satisfação pessoal. Vai se acomodar em um nível mais
baixo, com salário inferior. O país todo perde.”
O economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social,
lembra que a crise dos anos 1980 no Brasil foi um
dos fatores que levaram a taxa de criminalidade no
País a patamares mais altos nos 15 anos seguintes.
Segundo ele, o “efeito diploma” também pode perder
sua eficácia. “Logo que alguém consegue um título, o
ganho de renda costuma ser maior. Se se perde essa
janela de oportunidade por causa da pandemia, é
possível que não haja uma recuperação depois.”
Apesar do quadro desanimador para o jovem, há um
fator da pandemia que pode ajudar essa faixa da
população. A quarentena imposta pelo coronavírus tem
acelerado a transformação digital das empresas e os
jovens têm mais facilidade para lidar com essa nova
economia. “Mesmo tendo sido mais afetados pela
crise, eles dispõe de instrumentos para tentar se
inserir dentro das novas tendências”, acrescenta
Neri.
Fonte: Estadão
02/10/2020 -
Bolsonaro oficializa ao Senado indicação de Kassio
Nunes ao STF
Em despacho no Diário Oficial da União, Bolsonaro
se antecipou à aposentadoria de Celso de Mello, no
próximo dia 13, e solicitou ao Senado que submeta
nome de Kassio Nunes à sabatina para a vaga no STF
Em despacho publicado na edição desta sexta-feira
(2) do Diário Oficial da União (DOU), Jair Bolsonaro
oficializou ao Senado a indicação do desembargador
Kassio Nunes para ocupar a vaga do decano Celso de
Mello no Supremo Tribunal Federal.
A indicação foi feita antes mesmo de Mello deixar a
corte, no próximo dia 13, e o nome de Kassio Nunes
atende a indicações de políticos do Centrão,
principalmente do PP.
“Considerando a necessidade de prévia organização
para o funcionamento das deliberações dessa Casa, em
virtude do estado de calamidade pública decorrente
da pandemia do coronavírus, submeto à apreciação do
Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III,
combinado com o art. 84, inciso XIV, da
Constituição, o nome do Juiz do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região KASSIO NUNES MARQUES para
exercer o cargo de Ministro do Supremo Tribunal
Federal em vaga decorrente da aposentadoria
voluntária do Ministro José Celso de Mello Filho, a
partir de 13 de outubro de 2020”, diz o despacho de
Bolsonaro.
Fonte: RevistaForum
02/10/2020 -
Em SP, Bolsonaro tem 41,9% de ruim e péssimo e 29,9%
de ótimo e bom
Já a administração de João Doria é ruim ou
péssima para 40,4% dos paulistanos
O governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem
Partido-RJ) é ruim ou péssimo para 41,9% dos
paulistanos, de acordo com levantamento do Instituto
Paraná Pesquisas. Já 29,9% consideram ótima ou boa a
administração de Bolsonaro.
Apesar de baixa, a avaliação do presidente melhorou
alguns pontos nos últimos meses. Em julho, 46,1% dos
entrevistados consideravam sua administração ruim ou
péssima; este número passou para 41,2% em agosto e
oscilou para 41,9 agora em outubro.
Já a porcentagem dos que consideram ótima ou boa a
administração de Bolsonaro oscilou alguns pontos
para cima. Em julho, 27,5 elogiavam o governo; o
número cresceu para 30,3% em agosto e oscilou para
29,9 em outubro.
Doria
O instituto Paraná Pesquisas avaliou também a
administração do governador João Doria. Para 40,4% a
sua administração é ruim ou péssima e para 20,1% ela
é ótima ou boa.
Ao contrário do que ocorre com Bolsonaro, a
avaliação positiva do governo de Doria caiu um pouco
nos últimos meses. Em julho, 23,3% considerava a
administração do governador ótima ou boa; oscilou
para 23,8 em agosto e em outubro alcançou 20,1.
Já os que consideravam a administração de João Doria
péssima ou ruim em julho eram 38,1%; foi para 39,8
em agosto e subiu para 40,4% agora em outubro.
Fonte: RevistaForum
02/10/2020 -
Salles tem 48 horas para explicar decisão que acaba
com proteção a manguezais e restingas, determina
Rosa Weber
Na segunda-feira, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), presidido por Ricardo Salles,
revogou normas que garantiam restrições ao
desmatamento e ocupação de áreas de preservação
ambiental, como restingas e manguezais. O ato foi
questionado pelo PT no STF
A ministra do STF Rosa Weber deu 48 horas para que o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, preste
esclarecimentos sobre decisões do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama), presidido pelo ministro,
que derrubaram normas que garantiam restrições ao
desmatamento e ocupação de áreas de preservação
ambiental, como restingas e manguezais.
A decisão do Conama já foi suspensa pela Justiça
Federal do Rio de Janeiro na terça-feira (29), mas a
deliberação foi questionada no STF pelo PT. O caso
está sob a relatoria de Rosa Weber.
"Diante da urgência qualificadora da tutela
provisória requerida e da relevância do problema
jurídico-constitucional posto, requisitem-se
informações prévias ao Ministro de Estado do Meio
Ambiente , a serem prestadas no prazo de 48 horas.
Dê-se ainda vista ao Advogado-Geral da União e ao
Procurador-Geral da República, no mesmo prazo",
determinou a magistrada.
Fonte: Brasil247
02/10/2020 -
Ipea prevê queda econômica menor em 2020; ociosidade
bate recorde
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
revisou a previsão de queda no Produto Interno Bruto
(PIB) de 2020 para 5%, um ponto percentual a menos
que os 6% previstos anteriormente. Especialistas
consideraram o desempenho do último trimestre melhor
do que o esperado.
Apesar da leve melhora na previsão, o instituto
alerta para um alto índice de ociosidade da
economia. Segundo o Ipea, o grau de ociosidade
saltou de 4,2%, no primeiro trimestre, para os
inéditos 13,9%, no terceiro trimestre. A projeção de
crescimento do PIB para 2021 foi mantida na casa dos
3,6%.
O penúltimo trimestre do ano foi marcado também pelo
um aumento da inflação, considerando o aumento nos
preços dos alimentos. Até agosto deste ano,
avaliando os 12 meses anteriores, os produtos
alimentícios responderam por 70% da variação do
IPCA, o que levou a previsão de inflação geral de
2020 crescer de 1,8% para 2,3%. Para o próximo ano,
a previsão é que a inflação fique em 3,3%.
Fonte: Congresso em Foco
02/10/2020 -
Orlando Silva prevê votação de projeto sobre fake
news na próxima semana
Coordenador do grupo de trabalho que analisou o
tema na Casa, o deputado já apresentou substitutivo
ao texto do Senado a Rodrigo Maia (DEM-RJ)
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), coordenador do
grupo de trabalho que analisou o PL que visa
combater a disseminação de fake news na Câmara,
afirmou que o projeto pode ser votado pela Casa na
próxima semana. “A minha impressão é de que esse
texto vai ser votado na próxima quarta-feira”, disse
em live promovida pela Coalizão Direitos na Rede.
“Não tem uma definição do presidente. Inclusive,
entre os líderes há um debate sobre o funcionamento
nesse período do período eleitoral, apesar do
funcionamento remoto. Na minha percepção no
curtíssimo prazo imagino que haja tempo para a gente
construir convergências”, disse ele. A decisão sobre
colocar o projeto na pauta de votações depende do
presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), após consulta a
líderes partidários.
Silva ponderou que o rito especial de deliberações
vigente durante a pandemia impede as discussões em
torno da matéria em comissões, mas afirmou que ainda
assim o debate foi assegurado em um grupo informal
de deputados, que promoveu uma série de discussões
temáticas nos últimos meses.
Principais pontos
O deputado Orlando Silva apresentou uma minuta na qual
altera pontos-chave do texto aprovado pelo Senado em
junho. Entre as mudanças feitas está a remoção do
mecanismo de rastreabilidade de mensagens
encaminhadas por aplicativos como o WhatsApp. Os
senadores definiram que as empresas devem guardar,
por três meses, o registro de encaminhamento de uma
mesma mensagem a mais de cinco usuários. O ponto era
considerado uma coleta massiva de dados e ameaça à
privacidade dos usuários.
Além disso, o texto preliminar de Silva reduz os
mecanismos de identificação dos usuários e proíbe a
monetização de canais por políticos, parlamentares e
detentores de cargos eletivos.
Outro ponto importante refere-se à tipificação penal
para quem promover, constituir, financiar, ou
integrar ação coordenada para efetuar disparo em
massa de mensagens com conteúdo passível de sanção
criminal ou fatos “sabidamente inverídicos”. Esses
casos poderão ser punidos com prisão, de um a cinco
anos, e multa.
O texto também institui um mecanismo de
autorregulação regulada através de uma entidade
formada por provedores de aplicação associados e que
será reconhecida pelo Conselho de Transparência e
Responsabilidade na Internet. Essa entidade deverá
elaborar relatórios trimestrais a respeito de
denúncias sobre conteúdos e contas e medidas de
moderação.
Fonte: Congresso Em Foco
02/10/2020 -
Fachin nega pedido de Lula para suspender processo
do triplex
Defesa quer suspensão do processo até STF julgar
habeas corpus
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), negou na quarta (30)
um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
para suspender o andamento de um recurso no Superior
Tribunal de Justiça (STJ) sobre o caso do triplex do
Guarujá (SP).
A defesa quer que o julgamento do recurso no STJ
seja interrompido até que o STF julgue dois habeas
corpus com os quais os advogados buscam anular todo
o processo, com base em alegada parcialidade do
ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores que atuaram
no caso.
O mesmo pedido de suspensão do andamento do recurso
especial já havia sido negado pelo relator da Lava
Jato no STJ, ministro Félix Fischer, motivo pelo
qual a defesa acionou o STF. Fachin, no entanto,
julgou não haver “ilegalidade evidente” que
justificasse a medida.
Lula foi condenado em primeira e segunda instâncias
no caso do triplex. O STJ também confirmou a
condenação, mas ainda há recursos pendentes de
julgamento naquele tribunal.
Fonte: Agência Brasil
02/10/2020 -
MP amplia margem de crédito consignado para
beneficiários do INSS
Aposentado ou pensionista poderá comprometer até
40% do salário
Uma medida provisória assinada pelo presidente Jair
Bolsonaro amplia a margem para concessão de crédito
consignado para beneficiários do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS). O texto será publicado na
edição do Diário Oficial da União nesta sexta-feira
(2), informou a Secretaria Geral da Presidência da
República.
Atualmente, aposentados e pensionistas do INSS podem
requerer empréstimos consignados que comprometam até
35% do valor do benefício no mês, mais 5% para uso
de cartão de crédito na modalidade saque. Com a
ampliação, os empréstimos poderão comprometer até
40% do valor do benefício, mais 5% para uso de
cartão de crédito na modalidade saque. Os novos
limites devem valer para empréstimos concedidos até
o dia 31 de dezembro deste ano, segundo o governo.
Fonte: Agência Brasil
02/10/2020 -
Governo sanciona lei que muda regras de segurança de
barragens
A Lei 14.066/20, que muda as regras de segurança de
barragens, foi sancionada nesta quinta-feira (1º/10)
pelo presidente Jair Bolsonaro. A nova lei
estabelece a Política Nacional de Segurança de
Barragens (PNSB), aumenta as exigências de segurança
e estipula multas administrativas às empresas que
descumprirem as normas — os valores podem chegar a
R$ 1 bilhão.
As multas não são as únicas sansões previstas para
os infratores, que podem sofrer penalidades que vão
de advertência até a perda dos direitos de
exploração mineral ou de benefícios fiscais
concedidos. A lei proíbe o uso de barragens
construídas pelo método chamado a montante — quando
a construção ocorre por meio do acréscimo de camadas
sucessivas de degraus com o próprio material de
rejeito de mineração sob o dique inicial.
Esse método foi utilizado pela Vale nas barragens de
Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, que romperam
nos anos de 2015 e 2019, respectivamente, matando
mais de 250 pessoas. Com a nova lei, as empresas têm
até 25 de fevereiro de 2022 para desmontar as
barragens. O prazo, contudo, pode ser prorrogado
pela Agência Nacional de Mineração (ANM) em razão de
inviabilidade técnica para a execução do serviço
nesse período.
Além disso, a Lei 14.066/20 determina que as áreas
degradadas por acidentes ou desastres ambientais,
como as de Mariana e Brumadinho, têm prioridade para
receber recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente
(FNMA).
Outro trecho do texto legal diz que os responsáveis
pelas barragens notifiquem imediatamente o órgão
fiscalizador, o órgão ambiental e o órgão de Defesa
Civil sobre qualquer alteração nas condições de
segurança da barragem que possa resultar em
acidente. Com informações da Agência Brasil.
Clique
aqui para ler o texto da nova lei.
Fonte: Consultor Jurídico
02/10/2020 -
Férias quitadas fora do prazo dão motivo para
pagamento em dobro
Se o trabalhador usufrui das suas férias na época
própria, mas o pagamento relativo a esse direito é
feito com atraso, ele deve receber as férias em
dobro. Esse entendimento foi utilizado pela 3ª Turma
do Tribunal Superior do Trabalho para condenar, de
maneira unânime, o Município de Imperatriz (MA) a
indenizar uma servidora pública concursada
contratada pelo regime CLT. A decisão segue a
jurisprudência firmada na Súmula 450 do TST.
Na reclamação trabalhista, a servidora relatou que
durante todo o contrato de trabalho nunca havia
recebido por suas férias conforme ordena a lei.
Segundo ela, o pagamento era feito "como qualquer
outro mês, ou seja, até o quinto dia útil do mês
seguinte", e a parcela do terço constitucional
somente era paga no ano posterior.
Em sua defesa, o município sustentou que, como a
servidora havia usufruído das férias no período
concessivo, não havia razão para que o pagamento
fosse feito em dobro.
O município foi condenado a fazer o pagamento em
dobro pela 2ª Vara do Trabalho de Imperatriz (MA),
mas o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região
(MA) reformou a sentença. Para a corte de segunda
instância, o que gera a obrigação de pagamento em
dobro das férias é a sua não concessão e a CLT não
dispõe sobre a remuneração fora do prazo.
O TST, porém, modificou a decisão. O relator do
recurso de revista da trabalhadora, ministro
Mauricio Godinho Delgado, assinalou que as férias
têm caráter multidimensional, que abrange não
somente as noções de prazo e de pagamento, mas
também a ideia de plena disponibilidade para o
trabalhador se desconectar do ambiente de trabalho,
a fim de ter um descanso significativo. "Seus
objetivos são também múltiplos, de caráter
individual, familiar e até mesmo comunitário",
alegou o relator.
Segundo o ministro, para viabilizar o efetivo
usufruto das férias, "inclusive sob a ótica prática,
econômico-financeira", a lei determina que a
remuneração, com o terço constitucional, seja paga
antecipadamente, até dois dias antes do início do
respectivo período.
"Após longa maturação jurídica, firmou-se a
jurisprudência de que a omissão empresarial em
antecipar o conjunto dos pagamentos de férias
compromete o real usufruto do direito, ensejando a
incidência da dobra aventada pelo artigo 137 do
capítulo da CLT das férias anuais remuneradas." Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
RR 17818-31.2017.5.16.0023
Fonte: Consultor Jurídico
01/10/2020 -
José Calixto conclama parlamentares a resgatarem
auxílio de R$ 600
Em vídeo, o presidente da Nova Central sindical de
Trabalhadores - NCST, José Calixto Ramos, alerta
para os danos sociais, econômicos e sanitários da
diminuição repentina do benefício e conclama aos
parlamentares e à sociedade civil organizada que
impeçam a continuidade do "gigantesco retrocesso".
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=iZwvdKOnj4E&feature=emb_logo
Colabore com a campanha nacional!
No início deste mês, o governo publicou a Medida
Provisória (MP) 1000/20, que reduz o valor do
auxílio emergencial pela metade. Isso é inaceitável!
Num país em que a cesta está custando cada vez mais
caro, diminuir o auxílio para R$300 é deixar as
famílias mais pobres ainda mais desprotegidas.
Pressione agora os parlamentares de seu estado e
o presidente da Câmara para retomar a renda
emergencial no valor de #600AteDezembro:
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dezembro
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pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até
dezembro
Fonte: NCST
01/10/2020 -
Taxa de desemprego bate recorde e atinge mais de 13
milhões, diz IBGE
O quadro é considerado gravíssimo e é resultado
de uma agenda destrutiva implementada pelo governo
Bolsonaro que não ajuda as empresas, não protege
empregos, corta investimentos, acaba com políticas
sociais e ataca o serviço público
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) divulgou nesta quarta-feira (30) que o
desemprego no país bateu recorde subindo 13,8% entre
maio e junho. Trata-se do pior estágio da séria
histórica criada em 2012. Segundo a pesquisa do Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
Contínua, são 13,1 milhões de brasileiros
desempregados.
Em relação ao trimestre móvel anterior foram mais
4,5% (561 mil pessoas) que somaram na fila do
desemprego. A taxa da população ocupada caiu 8,1%,
sendo menos 7,2 milhões de pessoas no emprego. Outro
recorde foi registrado entre os desalentados, ou
seja, aqueles que deixaram de procurar uma ocupação.
São 5,8 milhões de brasileiros nessa condição, uma
alta de 15,3% (mais 771 mil pessoas) em relação ao
trimestre anterior.
“O número de empregados com carteira de trabalho
assinada no setor privado (exclusive trabalhadores
domésticos), estimado em 29,4 milhões, foi o menor
da série, caindo 8,8% (menos 2,8 milhões de pessoas)
frente ao trimestre anterior e de 11,3% (menos 3,8
milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019”,
diz nota do IBGE.
A taxa de informalidade chegou a 37,4% da população
ocupada (ou 30,7 milhões de trabalhadores
informais). No trimestre anterior, a taxa foi 38,8%
e, no mesmo trimestre de 2019, 41,3%.
Situação grave
O quadro é considerado gravíssimo e é resultado de uma
agenda destrutiva implementada pelo governo
Bolsonaro que não ajuda as empresas, não protege
empregos, corta investimentos, acaba com políticas
sociais e ataca o serviço público. Antes do golpe
parlamentar que afastou a presidenta Dilma Rousseff,
a taxa de desemprego permaneceu abaixo de 9% e
chegou a 4,3% em 2014.
A perspectiva é que essa política neoliberal do
ministro Paulo Guedes (Economia) aprofunde ainda
mais a situação com corte de 50% no auxílio
emergencial de R$ 600, garantidos pela oposição no
Congresso Nacional.
Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), por
intermédio do IBRE (Instituto Brasileiro de
Economia), revelou que uma em cada quatro empresas
do setor de serviço admite demitir ou encerrar suas
atividades quando terminar o período de vigência dos
programas emergências. De acordo com o levantamento,
entre as empresas que preservaram o emprego com
redução de jornada e suspensão de contratos, 55%
dizem que vão fechar por não conseguirem pagar a
folha.
Fonte: Portal Vermelho
01/10/2020 -
Número de empregados com carteira chega a menor
nível desde 2012
Setor privado registrou 29,4 milhões de
trabalhadores formais
O número de empregados com carteira de trabalho
assinada no setor privado, não incluindo
trabalhadores domésticos, entre maio e julho de
2020, foi estimado em 29,4 milhões – menor número já
registrado na série histórica, iniciada em 2012.
Isso representa queda de 8,8% (redução de 2,8
milhões de trabalhadores) em relação ao trimestre
móvel anterior e de 11,3% (menos 3,8 milhões), na
comparação com o mesmo período de 2019.
O número de empregados sem carteira assinada no
setor privado chegou a 8,7 milhões de pessoas - um
recuo de 14,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) ante o
trimestre móvel e de 25,4% (menos 3 milhões) na
comparação com o mesmo trimestre de 2019.
Já o número de trabalhadores por conta própria, que
soma 21,4 milhões de pessoas, teve queda de 8,4%
(menos 2 milhões de trabalhadores), na relação com o
trimestre móvel anterior e de 11,6% (menos 2,8
milhões) na comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),
divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Agência Brasil
01/10/2020 -
Deputados comemoram suspensão das decisões do Conama
sobre manguezais
No início da semana, colegiado comandado pelo
ministro do Meio Ambiente tinha revogado regras de
proteção de manguezais e restingas. Justiça Federal
do Rio de Janeiro suspendeu decisão.
Deputados do PCdoB comemoraram a decisão da Justiça
Federal do Rio de Janeiro de suspender a decisão do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que
acaba com a proteção de manguezais e restingas. De
acordo com a Justiça, esta foi mais uma
“irresponsabilidade criminosa” cometida pelo governo
de Jair Bolsonaro (sem partido).
Por meio de liminar, na noite desta terça-feira
(29), a 23ª Vara Federal Criminal atendeu uma ação
popular que pedia a anulação das decisões proferidas
na última reunião do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), ocasião em que Ricardo Salles,
ministro do Meio Ambiente, comandou a revogação de
normas de proteção ambiental estabelecidas para o
país.
“Justiça Federal derruba a irresponsabilidade
criminosa do governo Bolsonaro em retirar proteção a
manguezais e restingas”, comemorou o deputado Márcio
Jerry (MA), vice-líder do PCdoB na Câmara.
A deputada Alice Portugal (BA) também celebrou a
decisão. “Vitória! Esse desgoverno não vai destruir
o nosso patrimônio ambiental”, declarou.
Autora do Projeto de Decreto Legislativo 416/2020,
que pretende revogar essas decisões do Conama, a
deputada Jandira Feghali (RJ) também anunciou a
decisão judicial nas suas redes. Para ela, “é uma
imoralidade as manobras que o governo Bolsonaro têm
feito para destruir o país”.
As anulações haviam sido anunciadas na última
segunda e causaram uma enorme onda de protestos
entre políticos e entidades representativas. Duas
das revogações restringiam o desmatamento e a
ocupação em áreas de preservação ambiental de
vegetação nativa, como restingas e manguezais.
Na mesma reunião, o Conama havia liberado a queima
de lixo tóxico em fornos usados para a produção de
cimento e também derrubado uma outra resolução que
determinava critérios de eficiência de consumo de
água e energia para que projetos de irrigação fossem
aprovados.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara
01/10/2020 -
Guedes está desequilibrado, diz Maia após ministro
acusá-lo de barrar privatizações
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltaram a entrar
em choque nesta quarta-feira (30). Guedes disse, em
entrevista coletiva, que há "boatos" de que Maia
tenha se aliado à esquerda para não pautar projetos
de privatização. “Não há razão para interditar as
privatizações”, afirmou. Guedes usou o mesmo verbo
para rebater crítica dirigida a ele por Maia nessa
terça-feira (20). "Por que Paulo Guedes interditou o
debate da reforma tributária?", questionou o
deputado no Twitter.
A indagação foi feita por Maia um dia após o governo
protelar o envio de sua segunda leva de propostas
para a reforma tributária, alegando não ter chegado
a um acordo sobre a fonte de recursos para compensar
a desoneração da folha de pagamento. Procurado pelo
jornal O Estado de S. Paulo, Rodrigo Maia reagiu à
provocação de Guedes: "Paulo Guedes está
desequilibrado".
A nova discussão pública aumenta a lista de atritos
entre o responsável pela política econômica e o
principal articulador político do Congresso, um
embate que ameaça dificultar o andamento de pautas
importantes da área da economia no Parlamento.
Maia é um dos maiores defensores no Congresso de uma
reforma tributária, mas focada na unificação de
impostos. O presidente da Câmara já se manifestou
diversas vezes contra a recriação do imposto sobre
transações.
Guedes e Maia estão rompidos há quase um mês. O
deputado do DEM do Rio de Janeiro disse em
entrevista à Globo News no início de setembro que o
ministro proibiu a equipe econômica do governo de
ter reuniões com ele. O ministro está insatisfeito
com a atuação de Maia na reforma e tem dito que ele
age para endividar a União e favorecer estados e
municípios.
As declarações desta quarta foram dadas pelo
ministro durante uma reunião em que foram anunciados
resultados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). O relatório apontou a
abertura de 249.388 vagas no mês de agosto.
"Superamos a fase em que precisávamos manter os
sinais vitais da economia brasileira. Começamos a
retomada do crescimento econômico em V, apesar do
pessimismo e das críticas”, declarou Guedes.
Ele negou ter abandonado a pauta liberal a fim de
atender a interesses eleitorais do presidente Jair
Bolsonaro e reafirmou seu compromisso com as
reformas. “Estamos voltando para o trilho das
reformas estruturantes. Vamos simplificar impostos e
reduzir na reforma tributária. Tem muita articulação
política em andamento ainda”, disse. Segundo o
ministro, o Brasil receberá R$ 1,2 trilhão de
investimentos em dez anos.
Fonte: Congresso em Foco
01/10/2020 -
Sem texto do governo, relatório da reforma
tributária fica sem previsão de entrega
O relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
sobre a reforma tributária está sem data prevista de
entrega. O deputado tem a missão de unir os textos
das propostas de emenda à Constituição (PECs)
45/2019 e 110/2019, que tramitam na Câmara e no
Senado respectivamente.
Além disso, Aguinaldo ouve as sugestões do Planalto.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR),
se reuniu com o relator na terça-feira (29) e
pretende fazer novas conversas com ele.
Barros disse ao Congresso em Foco que Aguinaldo não
deu previsão de quando o parecer deve ficar pronto.
"Não, ainda não, porque o governo também não enviou
as contribuições dele, talvez fique adiado, mas a
gente vai resolver", declarou.
O presidente da comissão mista da reforma, senador
Roberto Rocha (PSDB-MA), também respondeu ao site
que desconhece quando será a apresentação do texto.
O Poder Executivo enviou no final de julho a
primeira participação, que é um projeto de lei que
unifica impostos federais sobre o consumo.
O governo ainda pretende enviar um novo texto, com
uma desoneração ampla na folha de pagamento e a
criação de um tributo sobre movimentações
financeiras similar a extinta CPMF. No entanto, a
segunda fase de sugestões não deve acontecer durante
o período das eleições municipais, que só vai acabar
no final de novembro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
acusou na terça o ministro da Economia, Paulo
Guedes, de interditar o debate sobre a reforma
tributária. Os dois divergem em alguns pontos da
reforma. Em relação a nova CPMF, Maia é contra e
Guedes é a favor. Já sobre a construção de um fundo
para compensar eventuais perdas que estados e
municípios tenham após as mudanças tributárias, há o
apoio de Maia, mas a rejeição de Guedes.
Apesar disso, o governo tem buscado diálogo com
aliados de Maia. Além das reuniões entre Aguinaldo e
Barros, na semana passada, o presidente nacional do
MDB e líder da sigla na Câmara, Baleia Rossi (SP),
participou de uma reunião com o líder do governo e
Paulo Guedes.
Fonte: Congresso em Foco
01/10/2020 -
Celso de Mello retira recurso sobre depoimento
presencial de Bolsonaro do plenário virtual
Ministro Marco Aurélio enviou caso para análise
virtual durante licença médica de Celso de Mello.
Julgamento deve ser um dos últimos do decano, que se
aposenta no próximo dia 13
O ministro Celso de Mello decidiu nesta terça-feira
(29) retirar do plenário virtual do Supremo Tribunal
Federal (STF) o recurso que discute se Jair
Bolsonaro pode prestar depoimento por escrito.
O recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), que
defende o direito de Bolsonaro prestar depoimento
por escrito, foi enviado ao plenário virtual pelo
ministro Marco Aurélio Mello, que atuou como relator
substituto durante a licença de Celso de Mello.
O ministro Celso de Mello é o relator do inquérito
no STF, mas estava afastado por uma licença médica
desde o dia 19 de agosto – ele retomou o trabalho na
última sexta (25). No mesmo dia, o ministro divulgou
que decidiu antecipar sua aposentadoria para o dia
13 de outubro.
Fonte: Brasil247
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