Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2021
29/10/2021 -
Centrais sindicais anunciam apoio a greve dos
caminhoneiros
29/10/2021 -
Por unanimidade, TSE arquiva pedido de cassação da
chapa Bolsonaro-Mourão
29/10/2021 -
Nova pesquisa confirma vitória de Lula em todos os
cenários para 2022
29/10/2021 -
Menos direitos, menos renda: Governo Bolsonaro
acelera a precarização
29/10/2021 -
Comissão aprova acúmulo integral de benefício
previdenciário com origem na Covid-19
29/10/2021 -
TST passa a exigir comprovante de vacina contra
Covid para ingresso e circulação
28/10/2021 -
Atraso na
vacinação tirou empregos no Brasil, diz OIT
28/10/2021 -
Bolsonaro tenta
se salvar da CPI e entra com mandado de segurança no
STF
28/10/2021 -
Vacinação é
crucial para recuperação de postos de trabalho,
alerta OIT
28/10/2021 -
Com mais gente na informalidade, desemprego para de
subir. E rendimento cai
28/10/2021 -
Preços da
indústria têm inflação de 0,40%, revela pesquisa do
IBGE
28/10/2021 -
Juiz pode
conceder indenização por dano moral acima do teto da
CLT, diz Gilmar
27/10/2021 -
"O sindicalismo
é uma chama que não se apaga", disse Inácio
presidente da NCST lembrando José Calixto
27/10/2021 -
Combustíveis e energia alimentam inflação, e
‘prévia’ tem maior alta para outubro desde 1995
27/10/2021 -
Governo mente ao
vincular Auxílio Brasil à aprovação da Reforma
Administrativa
27/10/2021 -
Renan Calheiros sugere indiciamento de 81; Bolsonaro
é o 1º da lista
27/10/2021 -
Caged: Brasil
gera 313,9 mil empregos formais em setembro
27/10/2021 -
Estagflação atinge os pobres
26/10/2021 -
Centrais fazem
ato pra manter Desoneração da Folha
26/10/2021 -
TSE julga nesta
terça-feira pedido de cassação da chapa
Bolsonaro-Mourão
26/10/2021 -
Entre mercado e a fome, governo Bolsonaro não
sinaliza para políticas sociais
26/10/2021 -
Pacheco é
anunciado candidato à Presidência pelo PSD
26/10/2021 -
Paulo Guedes:
“Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos” por isso
tem que vender
26/10/2021 -
Juiz autoriza salário-maternidade a gestantes
afastadas por causa da epidemia
26/10/2021 -
Encerramento de atividades não isenta fábrica de
indenizar empregada acidentada
25/10/2021 -
Ciro reafirma
compromisso sindical
25/10/2021 -
Centrais
sindicais marcam ato, nesta segunda-feira (25) a
favor da desoneração da folha
25/10/2021 -
Reajustes salariais em setembro ficam abaixo do INPC
25/10/2021 -
Guedes diz que
reformas compensam furo no teto e Pacheco vira alvo
25/10/2021 -
Rejeição ao governo Bolsonaro chega a 53%, diz
pesquisa Exame/Ideia
25/10/2021 -
Estado deve pagar perícia do INSS se autor derrotado
tem Justiça gratuita
25/10/2021 -
Correios tem
data pra ser privatizado
22/10/2021 -
Nova Central e CNTI repudiam veto de Bolsonaro
22/10/2021 -
Centrais sindicais defendem auxílio de R$ 600
22/10/2021 -
Paim: STF fez justiça ao derrubar dispositivos da
reforma trabalhista
22/10/2021 -
Câmara aprova projeto que prioriza vaga de emprego
no Sine para mulher vítima de violência
21/10/2021 -
Medo de desgaste faz Câmara segurar PEC 32
21/10/2021 -
Nota das Centrais sobre o Julgamento da ADI nº 5.766
pelo STF - Pleno acesso gratuito à Justiça do
Trabalho
21/10/2021 -
Lula apoia Auxílio de 400,00
21/10/2021 -
Trabalhador com
acesso gratuito à Justiça não deve pagar honorários,
decide STF
20/10/2021 -
Governo cancela
cerimônia de lançamento do Auxílio Brasil
20/10/2021 -
Centrais sindicais saem em defesa da presidenta da
UNE
20/10/2021 -
PIB recua 1% em agosto, aponta Ibre/FGV
20/10/2021 -
Bolsonaro, inimigo dos trabalhadores
20/10/2021 -
Lira cobra do
Senado votação do projeto que muda regras do Imposto
de Renda
20/10/2021 -
TST vai usar reconhecimento facial em prova de vida
para aposentados
20/10/2021 -
Trabalhadores dos Correios seguem sem Acordo
19/10/2021 -
Dieese mostra arrocho salarial
19/10/2021 -
Estudo mostra que teto de gastos e outras reformas
reduzem direitos e ampliam desigualdade
19/10/2021 -
Reforma Administrativa tem chances médias na Câmara
e baixas no Senado
19/10/2021 -
Saúde mental dos trabalhadores piora na pandemia:
70% estão nervosos, tensos ou preocupados
19/10/2021 -
Comissão aprova pagamento do 13º salário em dobro
aos segurados da Previdência Social
19/10/2021 -
Reversão de justa causa não garante indenização por
danos morais, decide TST
18/10/2021 -
Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros quer pedir
indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes; veja quais
18/10/2021 -
STF: relator
vota por manter desoneração da folha até dezembro
18/10/2021 -
Caminhoneiros
vão parar se Bolsonaro não baixar diesel e
estabelecer frete mínimo
18/10/2021 -
Prerrogativas repudia cobrança de custas e
sucumbência em ações trabalhistas
18/10/2021 -
Paim pede volta da política de valorização do
salário mínimo
15/10/2021 -
STF tem mais um
voto a favor da ‘reforma’ trabalhista em ação sobre
acesso à Justiça
15/10/2021 -
Guedes defende venda da Petrobrás e ameniza alta de
combustíveis
15/10/2021 -
Comissão da
Câmara aprova projeto de 14º salário a aposentados
15/10/2021 -
36 milhões de trabalhadores estão na informalidade,
número dobrou em 5 anos
15/10/2021 -
Boa parte dos
eleitores de Bolsonaro está disposta a migrar para
Lula
14/10/2021 -
Desigualdade cresce mais no Brasil por culpa do
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14/10/2021 -
STF começa julgamento de recurso do governo contra a
desoneração da folha
14/10/2021 -
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14/10/2021 -
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14/10/2021 -
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13/10/2021 -
59% dizem não
votar em Bolsonaro, maior índice de rejeição desde
Collor
13/10/2021 -
Centrais
defendem Desoneração da Folha
13/10/2021 -
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13/10/2021 -
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vinculada ao trabalho
13/10/2021 -
80% dos empregos
criados desde 2020 são informais, sem direitos nem
renda garantida
13/10/2021 -
Comissão aprova proposta que obriga INSS a enviar
extrato de contribuições ao trabalhador
08/10/2021 -
Câmara aprova retorno de gestantes ao trabalho
presencial após imunização contra Covid-19
08/10/2021 -
Cadê os empregos da reforma trabalhista?
08/10/2021 -
"Fome é fruto da irresponsabilidade de quem nos
governa", diz Lula
08/10/2021 -
Lei suspende obrigatoriedade da prova de vida para
benefícios do INSS até o final deste ano
08/10/2021 -
Cesta básica dispara. Em SP, chega a R$ 673,45
07/10/2021 -
Maioria das negociações fica abaixo da inflação
07/10/2021 -
Rejeição ao governo Bolsonaro cresce e vai a 53%,
aponta pesquisa
07/10/2021 -
Bolsonaro muda de opinião, diz que quer depor
presencialmente à PF e STF adia julgamento
07/10/2021 -
Comissão rejeita
proposta que torna facultativas contribuições ao
"Sistema S"
07/10/2021 -
Governo
Bolsonaro levou 9 milhões de brasileiros para o mapa
da fome
07/10/2021 -
Retração na indústria aponta para ‘ciclo vicioso’,
alerta Dieese
07/10/2021 -
Ação de trabalhador contra sindicato deve ser
julgada pela Justiça do Trabalho
06/10/2021 -
Depois da Câmara, Senado aprova convite para Guedes
explicar sua empresa em paraíso fiscal
06/10/2021 -
Articulação frágil e alta rejeição enfraquecem
previsões do governo para reforma administrativa
06/10/2021 -
Renan anuncia que CPI irá indiciar Bolsonaro e seus
ministros
06/10/2021 -
Controle de jornada por WhatsApp gera direito a hora
extra em trabalho externo
06/10/2021 -
Produção industrial cai pelo terceiro mês seguido
05/10/2021 -
Atos contra Bolsonaro devem aumentar com a
proximidade das eleições
05/10/2021 -
Diretor do Dieese cobra refinanciamento da conta de
luz para famílias de baixa renda
05/10/2021 -
Presença sindical robustece ato anti-Bolsonaro
05/10/2021 -
Maioria de postos de trabalho foi criada por micro e
pequena empresas
05/10/2021 -
Centrais repudiam agressões a Ciro Gomes em Ato pelo
#ForaBolsonaro
04/10/2021 -
Marcos Verlaine: Bolsonaro é um presidente quase
“perfeito”
04/10/2021 -
No ABC, Lula
promete reindustrialização, combate a fome e geração
de emprego
04/10/2021 -
PT quer acionar
Ministério Público contra Guedes
04/10/2021 -
Pesquisa Ipespe: Bolsonaro tem rejeição recorde e a
maioria apoia o impeachment
04/10/2021 -
Empresa deve
indenizar trabalhadora por limitar uso do banheiro
01/10/2021 -
Brasil não
aguenta mais 15 meses de insanidade e incompetência,
afirmam centrais
01/10/2021 -
Ipespe: Lula
cresce e venceria todos no segundo turno
01/10/2021 -
Taxa de desemprego estaciona, informalidade cresce e
renda despenca
01/10/2021 -
Brasil está mais vulnerável diante de turbulências
externas, alerta Dieese
29/10/2021 -
Centrais sindicais anunciam apoio a greve dos
caminhoneiros
As Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, CTB,
UGT, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Intersindical (Central
da Classe Trabalhadora), PÚBLICA, Central do
Servidor e Intersindical instrumento de Luta
divulgaram nota oficial em apoio a mobilização
nacional dos trabalhadores caminhoneiros.
A categoria está organizando uma greve a partir do
próximo dia 01 de novembro na qual, segundo as
lideranças sindicais, em defesa de uma pauta de
interesse da categoria, cujas repercussões são de
interesse de toda a classe trabalhadora.
Na nota, as centrais citam, entre as reivindicações,
a redução do preço do diesel e revisão da política
de preços de Petrobras. “As Centrais Sindicais
apoiam o movimento dos caminhoneiros e convocam todo
o movimento sindical a expressar sua solidariedade à
essa luta que é de todos trabalhadores”, finalizam o
documento.
Confira a seguir a íntegra da nota:
Centrais Sindicais apoiam a pauta e a greve dos
caminhoneiros
As Centrais Sindicais apoiam a mobilização nacional
dos trabalhadores caminhoneiros, que realizarão uma
greve a partir do próximo dia 01 de novembro, em
defesa de uma pauta de interesse da categoria, cujas
repercussões são de interesse de toda a classe
trabalhadora.
Os caminhoneiros, através das suas organizações, têm
atuado para viabilizar as demandas e propostas há
muito apresentadas e que não tem obtido retorno por
parte do governo federal. Não só não há retorno como
os problemas têm se agravado.
Nesse caso, a inflação se expressa na alta dos
preços da energia elétrica e dos combustíveis que
são de responsabilidade do governo federal que, mais
uma vez, nada faz. Neste ano a gasolina já acumula
um aumento de 74% e o diesel 65%. O impacto sobre os
preços promove a carestia, como no caso do botijão
de gás que custa em torno de R$ 100,00. A inflação
anual já beira os 10%.
A privatização da Petrobras, a desmobilização da
produção nacional de refino de petróleo, a gestão
voltada aos interesses de curto prazo dos acionistas
e que não responde aos interesses do país e da
nação, têm levado a esse descalabro no preço dos
combustíveis com impactos nefastos para o custo de
vida.
A pauta dos caminhoneiros que, entre outros pontos,
destaca:
- Redução do preço do diesel e revisão da política
de preços de Petrobras;
- Piso mínimo de frete;
- Retorno da aposentadoria especial com 25 anos de
contribuição;
- Aprovação do novo Marco Regulatório de Transporte
Rodoviário de Carga (PLC 75/2018);
- Criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso
(Lei 13.103/2015).
Por tudo isso as Centrais Sindicais apoiam o
movimento dos caminhoneiros e convocam todo o
movimento sindical a expressar sua solidariedade à
essa luta que é de todos trabalhadores.
São Paulo, 28 de outubro de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da Pública, Central do
Servidor
Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta
Fonte: Radio Peão Brasil
29/10/2021 -
Por unanimidade, TSE arquiva pedido de cassação da
chapa Bolsonaro-Mourão
Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) votaram pelo arquivamento do pedido
de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão em sessão
plenária nesta quinta-feira (28).
Apesar de reconhecer a existência de atos ilícitos
nos disparos de mensagens em massa, o colegiado
entendeu que houve falta de evidências de prejuízo
aos resultados das eleições de 2018. O tribunal
estabeleceu ainda que deverá ser mais rigoroso no
uso de disparos nas redes sociais nas eleições de
2022, já que a ferramenta pode configurar abuso de
poder econômico e uso indevido de meios de
comunicação.
Todos os sete ministros da Corte seguiram o voto
contrário do relator Luis Felipe Salomão. Segundo
ele, os autores do processo usaram notícias
jornalísticas como provas. Ele ponderou que, apesar
de não duvidar da credibilidade das matérias, elas
não podem ser utilizadas como evidências no
processo.
O processo foi aberto por meio de ações movidas pela
coligação formada por PT, PCdo e Pros; que acusam a
chapa de ter feito disparos em massa de notícias
falsas via Whatsapp durante o período eleitoral, a
partir de um esquema ilegal de aquisição de nome e
CPF de idosos para registro dos chips de celular.
Durante a leitura do voto, o ministro Ricardo
Barroso, presidente do TSE, qualificou como
“estrutura piramidal mafiosa” a disseminação de
notícias falsas nas redes sociais. Disse ainda que,
apesar do desfecho do julgamento desta manhã, a
decisão não ficará no passado e servirá para
estabelecer os contornos das eleições do próximo
ano.
Já o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a “a
Justiça pode ser cega, mas não é tola”, e que mesmo
com o resultado contra cassação da chapa por atos
cometidos em 2018, a repetição de uso das mesmas
ferramentas não serão permitidas pela Corte.
“Não vamos admitir que essas milícias digitais
tentem novamente desestabilizar as eleições, as
instituições democráticas a partir de financiamentos
espúrios não declarados, a partir de interesses
econômicos também não declarados e que estão também
sendo investigados”, afirmou.
Fonte: Congresso em Foco
29/10/2021 -
Nova pesquisa confirma vitória de Lula em todos os
cenários para 2022
A pesquisa da Modalmais/Futura apontou o
ex-presidente Lula com 34,7% das intenções de voto,
contra 32,1% de Jair Bolsonaro. Na simulação de
segundo turno, o petista vence por 49,2% a 37,4%
A pesquisa da Modalmais/Futura, divulgada nessa
quarta-feira (27), apontou o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva com 34,7% das intenções de
voto, contra 32,1% de Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o levantamento, Sérgio Moro (sem
partido) apareceu na terceira posição, com 11,2%,
seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes, do PDT (9,7%).
Em quarto lugar ficou o governador de São Paulo,
João Doria (PSDB), com 2,6%, e, em quinto, o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com
0,5%.
Quando o nome de João Doria foi substituído pelo do
governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite
(PSDB), com quem o governador de São Paulo disputa
as prévias tucanas, a vantagem de Lula aumentou e o
petista atingiu 39,5% dos votos. Bolsonaro conseguiu
32,2%, seguido por Moro (9,7%) e por Ciro (8%).
Leite ficou atrás com 2% e Pacheco, com 0,5%.
Sem Lula na disputa, Bolsonaro conseguiu 33,5%,
seguido por Ciro (17,9%) e por Moro (12,1%).
Com Bolsonaro fora da disputa, Lula atingiu 39,9%
contra 15,3% de Moro e 11,2% de Ciro.
Na simulação de segundo turno, o ex-presidente Lula
conseguiu 49,2%, contra 37,4% de Bolsonaro.
Foram entrevistados 2 mil leitores, com margem de
erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para
menos.
Fonte: Brasil247
29/10/2021 -
Menos direitos, menos renda: Governo Bolsonaro
acelera a precarização
População ocupada chegou a 90,2 milhões de
pessoas, 4% a mais em relação ao trimestre móvel
anterior. Quase 70% desse aumento, no entanto, foi
de vagas informais – sem carteira de trabalho
assinada ou por conta própria.
A queda da taxa de desemprego no Brasil, além de
lenta, esconde uma realidade sombria. Sob a gestão
Jair Bolsonaro, os novos postos de trabalho são mais
precários, impondo mais horas de serviço, menos
renda e menos direitos para os trabalhadores. O
governo tem estimulado esse fenômeno, fazendo jus a
sua falsa dicotomia “ou menos direitos e mais
empregos, ou menos empregos e mais direitos”.
No trimestre móvel encerrado em agosto, a taxa de
desemprego caiu para 13,2%, conforme a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Mas essa suposta recuperação do mercado de trabalho
se baseia no aumento do número de trabalhadores
informais e queda recorde da renda. Na opinião de
economistas, as perspectivas no médio prazo são
negativas, diante de um cenário de menor atividade
econômica, já estimado pelo mercado.
Em agosto, a população ocupada chegou a 90,2 milhões
de pessoas, 4% a mais em relação ao trimestre móvel
anterior. Quase 70% desse aumento, no entanto, foi
de vagas informais – sem carteira de trabalho
assinada ou por conta própria. Este último grupo,
inclusive, atingiu novo recorde, de 25,409 milhões.
“O movimento é puxado por empregos de baixa
qualidade e muito em razão do retorno desses
trabalhadores à força de trabalho”, afirma Tiago
Barreira, economista da consultoria iDados. “Esse
tipo de atividade urbana, de serviços e de baixa
remuneração tende a crescer de maneira mais vigorosa
em relação a outras atividades.”
Outro indicador de recuperação precária foi a queda
do rendimento médio real dos trabalhadores (soma de
todos os trabalhos), que foi de R$ 2.489 no
trimestre móvel até agosto. O valor indica quedas
recordes de 4,3% ante o trimestre móvel anterior (R$
112 a menos) e de 10,2% (R$ 282 a menos) na
comparação interanual. Contribuíram para isso o
maior contingente de trabalhadores informais no
mercado e a própria inflação.
“O rendimento caiu bastante. Ainda vamos ver um
período de renda média bastante estagnada ou em
queda”, diz Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
“Isso deve durar até voltarmos a uma normalidade
econômica, à qual ainda não chegamos. Temos, antes,
de absorver trabalhadores que ficaram fora do
mercado na pandemia para, então, voltar ao período
de normalidade. Isso vai levar no mínimo seis meses,
se a economia tiver normalizada. Se o Produto
Interno Bruto (PIB) cair no que vem, não há o que
possa salvar a renda.”
Segundo Rodolfo Margato, economista da XP, “inflação
persistentemente alta, ampla ociosidade no mercado
de trabalho e mudanças na composição da população
ocupada (com participação crescente das categorias
de emprego informal que, em média, possuem
rendimentos mais baixos) explicam a manutenção do
rendimento médio da economia brasileira em níveis
deprimidos”. Já Cosmo Donato, da LCA Consultores,
compara: “É como se muitos informais estivessem
voltando para o mercado de trabalho, mas precisando
dividir o mesmo bolo de uma economia debilitada.
Então, é uma deterioração grande do emprego que está
voltando agora”.
Segundo o economista, não deve haver melhoras desse
cenário no médio prazo dadas as perspectivas de
atividade econômica mais fraca nos próximos meses.
“A economia talvez não permita pessoas entrarem no
mercado na velocidade que poderiam se o ritmo da
economia estivesse melhor. A economia mais fraca
começa a se configurar como um obstáculo”, afirma
Donato.
Segundo ele, a expectativa anterior era que a
população ocupada fosse retornar ao nível
pré-pandemia no fim de 2021. “Mas isso talvez fique
para o primeiro semestre de 2022”, diz. Ele prevê
recuperação do mercado de trabalho até o fim deste
ano, quando a queda da taxa de desemprego deve
começar a desacelerar.
Em relatório enviado a clientes, Alberto Ramos,
economista-chefe do banco Goldman Sachs para América
Latina, afirmou que o mercado de trabalho deve
permanecer fraco, dada a expectativa de baixo
crescimento da economia. De acordo com Ramos, é
provável que a taxa de desemprego permanecer na casa
dos dois dígitos por um longo período de tempo.
Um número ainda considerável de pessoas fora da
força de trabalho começa a procurar emprego e
retorna à força de trabalho em um ritmo mais rápido
do que o de criação de novas vagas. A XP projeta
taxa de desemprego média de 13,7% para 2021 e de
12,4% para 2022. A estimativa da LCA é 12,8% para
este ano.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
29/10/2021 -
Comissão aprova acúmulo integral de benefício
previdenciário com origem na Covid-19
Hoje, apenas o benefício mais vantajoso deve ser
pago integralmente, sendo devidos de 10% a 60% do
benefício de menor valor
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou proposta que permite ao
segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
acumular o recebimento integral de dois benefícios
previdenciários – pensão por morte e aposentadoria
–, desde que um deles tenha sido motivado pela
Covid-19.
O texto aprovado é o substitutivo do relator,
deputado Dr. Zacharias Calil (DEM-GO), ao Projeto de
Lei Complementar 153/20, da deputada Dra. Soraya
Manato (PSL-ES). O projeto original vinculava a
medida à Lei 13.979/20, que estabeleceu medidas
emergenciais de combate ao novo coronavírus. Caliu
desvinculou a proposta dessa lei, porque ela não
está mais em vigor.
"A mudança deve ser atualizada, permitindo-se que os
benefícios sejam acumulados independentemente das
datas de concessão”, disse o relator.
Na justificativa do projeto, a autora lembrou que a
reforma da Previdência limitou os valores de
aposentadorias e pensões que podem ser acumulados.
Embora tenha autorizado a acumulação de pensão
deixada por cônjuge ou companheiro com
aposentadoria, a emenda estipulou que apenas o
benefício mais vantajoso deve ser pago
integralmente, sendo devidos 10% a 60% do benefício
de menor valor.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade e será
ainda examinada pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania, antes de ir ao Plenário.
Fonte: Agência Câmara
29/10/2021 -
TST passa a exigir comprovante de vacina contra
Covid para ingresso e circulação
O Tribunal Superior do Trabalho começará a exigir, a
partir da próxima quarta-feira (3/11), a
apresentação de comprovante de vacinação contra a
Covid-19 para ingresso e circulação em suas
dependências.
A medida está prevista no Ato GP.GVP.CGJT 279/2021,
assinado pela presidente do TST, ministra Maria
Cristina Peduzzi, pelo vice-presidente, ministro
Vieira de Mello Filho, e pelo corregedor-geral da
Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da
Veiga.
A exigência leva em conta, entre outros aspectos, o
estágio atual de vacinação da população do Distrito
Federal e o poder-dever da administração pública de
proteger a saúde e a integridade física de
servidores, colaboradores e usuários de seus
serviços.
A vacinação será comprovada mediante a apresentação
de certificado físico ou digital (ConecteSUS) que
contenha a vacina, a data da aplicação, o lote e o
nome do fabricante do imunizante. O acesso de
pessoas não vacinadas se dará mediante apresentação
de testes RT-PCR ou de antígeno não reagentes para a
doença feito nas últimas 72h.
O uso de máscaras de proteção facial para ingresso e
permanência nas dependências do Tribunal continua
obrigatório, inclusive aos que apresentarem
comprovante de vacinação. As demais determinações
estabelecidas nos Atos Conjuntos TST.GP.GVP.CGJT
316/2020 e 217/2021, que tratam da retomada gradual
dos serviços presenciais, também deverão ser
observadas integralmente. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
28/10/2021 -
Atraso na vacinação tirou empregos no Brasil, diz
OIT
Segundo a OIT, recuperação do mercado de trabalho
no Brasil segue ritmo mais lento que a média mundial
Desde o começo da pandemia de Covid-19, Jair
Bolsonaro foi um inimigo da vacinação. Antes da
criminosa associação das doses com o vírus HIV,
feita na semana passada, ele anunciou aos quatro
ventos que não se imunizaria, perguntou “para que a
pressa” e negou sistematicamente ofertas de venda
que poderiam ter feito o Brasil ser um dos primeiros
países a vacinar sua população.
Ao agir dessa forma, o atual presidente certamente
provocou a morte de centenas de milhares de pessoas.
E também causou muito desemprego, aponta estudo
divulgado pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
Segundo o jornal Valor Econômico, projeção feita
pela agência da ONU mostra que o número de horas
trabalhadas no Brasil neste ano ainda ficará 5,6%
abaixo dos níveis observados no quarto trimestre de
2019, antes da pandemia. É um resultado pior do que
a média mundial, cujo índice será de 4,3%, e faz com
que a recuperação do emprego no país seja mais lenta
do que a OIT esperava.
Menos horas trabalhadas significam menos pessoas
empregadas. Essa queda de 5,6% representa um total
de 4,2 milhões de vagas com horário integral,
explica a OIT, que aponta a velocidade da vacinação
como o principal motor da recuperação econômica.
De acordo com a agência, cada 14 pessoas
completamente imunizadas representam a criação de um
emprego pleno. Assim, os países que mais vacinaram
são os que mais veem suas economias se recuperando.
Se Bolsonaro de fato estivesse preocupado com a
população e o futuro do país, não teria criado a
falsa dicotomia entre prevenção e economia. Teria
trabalhado incansavelmente para trazer as vacinas o
mais rapidamente possível.
Em vez disso, investiu em compras tardias de vacinas
que claramente envolviam esquemas de corrupção
enquanto fazia propaganda para drogas sem eficácia
que encheram o bolso de aliados, foram a base de
experimentos científicos que lembram os horrores do
nazismo e mataram pessoas. O Brasil não merecia um
criminoso desses na Presidência, ainda mais em um
momento tão difícil da história.
Fonte: PT Nacional
28/10/2021 -
Bolsonaro tenta se salvar da CPI e entra com mandado
de segurança no STF
Presidente pretende anular atos propostos no
relatório final da comissão em que é acusado de nove
crimes
Inconformado com o relatório final da CPI do
Genocídio, que o acusa de nove crimes, Jair
Bolsonaro ingressou, nesta quarta-feira (27), com um
mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal
(STF).
O objetivo da ação, impetrada pela Advocacia-Geral
da União (AGU), em nome do presidente, é solicitar
que a Corte interprete como “ilegal” e “arbitrária”
a transferência dos dados do sigilo telemático de
Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR) e
ao próprio STF.
A AGU pede, ainda, que seja considerada ilegal a
solicitação da Comissão Parlamentar de Inquérito
visando a suspensão das contas do presidente nas
redes sociais.
Relatório entregue
Os senadores da direção da CPI, o chamado “G7”,
entregaram nesta quarta ao procurador-geral da
República, Augusto Aras, o relatório final da
comissão, que foi aprovado na noite desta
terça-feira (26).
O ato de entrega do relatório aconteceu na sede da
PGR, em Brasília e, em seguida, os parlamentares
foram ao STF para entregar o documento ao ministro
Alexandre de Moraes.
A partir de agora, cabe a PGR e ao STF avaliar e dar
prosseguimento a medidas relacionadas a políticos
com foro privilegiado.
Fonte: RevistaForum
28/10/2021 -
Vacinação é crucial para recuperação de postos de
trabalho, alerta OIT
Em relação ao final de 2019, período anterior à
pandemia, perda equivale a 137 milhões de vagas
“Os avanços registrados no processo de vacinação
representam um fator primordial para a recuperação
do mercado de trabalho”, diz a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) em novo relatório,
divulgado nesta quarta-feira (27), sobre os impactos
da covid-19. Mas a entidade alerta que esse processo
tem sido desigual entre os países, variando de 1,6%
a 59,8% de pessoas completamente imunizadas. A média
mundial estava em 34,5% no início deste mês.
A OIT cita estimativas segundo as quais um aumento
de 10 pontos percentuais na proporção da população
vacinada propicia uma recuperação de 1,9% de horas
trabalhadas. Isso equivale a aproximadamente 52
milhões de empregos com jornada integral. Assim, no
segundo trimestre deste ano, por exemplo, a cada 14
vacinados criou um posto de trabalho.
Recuperação ‘estancou’
Em escala mundial, porém, a recuperação do mercado de
trabalho após os efeitos da pandemia “estancou”
neste ano. “Foram registrados avanços escassos desde
o quarto trimestre de 2020”, informa a OIT.
“Estima-se que a quantidade de horas trabalhadas em
2021 continue em nível muito inferior ao alcançado
no último trimestre de 2019.”
A diferença entre aquele período e o primeiro
trimestre de 2021 está em torno de 4,5%. Isso
equivale a 131 milhões de empregos, de acordo com a
estimativa da entidade. E aumenta para 4,8% em
relação ao segundo trimestre (menos 140 milhões) –
seria de 6% sem vacina. Ou 4,7% na comparação com o
terceiro (menos 137 milhões). “Mas esses dados
ocultam amplas diferenças entre os países”, observa
a OIT.
Se do último trimestre de 2019 para o terceiro deste
ano a perda mundial equivale a 4,7%, nas Américas
essa retração é de 5,4% (menos 20,6 milhões). Vai a
5,6% na África e a 2,5% na Europa (incluindo a Ásia
central).
Menos 125 milhões de vagas
A organização revisou sua estimativa de “déficit” de
empregos neste ano, também em relação ao final de
2019. A previsão feita em junho, de 100 milhões de
vagas, aumentou para 125 milhões. A expectativa é
apenas de uma leve recuperação no último período do
ano.
Assim, além de medidas como incentivos fiscais, a
vacinação torna-se um fator “crucial”, ressalta a
OIT. “É fundamental para propiciar a abertura da
economia e mitigar o risco associado às atividades
cotidianas de consumo e produção.”
Em 2020, a América Latina e Caribe viu aumentar a
taxa de desemprego para 10,6%, ante 8,1% no ano
anterior. O percentual correspondeu a 30,1 milhões
de desempregados.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/10/2021 -
Com mais gente na informalidade, desemprego para de
subir. E rendimento cai
Emprego sem carteira teve as maiores altas da série.
E número de trabalhadores por conta própria é
recorde, assim como a queda na renda. Informais são
37 milhões, 41% dos ocupados
A taxa de desemprego no Brasil parou de crescer,
devido, em boa parte, ao mercado informal. O aumento
no número de ocupados no trimestre encerrado em
agosto vem principalmente do trabalho sem carteira
(com as maiores altas da série histórica) ou por
conta própria. Com empregos mais precários, o
rendimento diminuiu, também com recorde. Os dados
estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (27)
pelo IBGE.
Assim, a taxa média foi a 13,2%, ante 14,6% em maio
e 14,4% há um ano. Esse percentual equivale a uma
estimativa de 13,656 milhões de desempregados –
menos 1,139 milhão no trimestre (-7,7%) e
praticamente estável em relação a agosto do ano
passado (-1%).
Sem carteira cresce mais
De acordo com a pesquisa, o número de ocupados chega
a 90,188 milhões. São 3,480 milhões a mais no
trimestre, crescimento de 4%. O emprego com carteira
no setor privado cresceu 4,2% e o sem carteira,
10,1%. Já o autônomo subiu 4,3%.
A diferença fica mais visível na comparação anual.
Em relação a agosto de 2020, o mercado de trabalho
tem 8,522 milhões de ocupados a mais, alta de 10,4%.
Mas enquanto o emprego com carteira sobe 6,8%, o sem
carteira aumenta 23,3%. E o trabalho por conta
própria cresce 18,1%: esse contingente de autônomos
é agora de 25,409 milhões, também o maior da série
da Pnad.
Assim, segundo o IBGE, a taxa de informalidade foi a
41,1% da população ocupada, ou 37,1 milhões de
trabalhadores. Tinha sido de 40% no trimestre
anterior e 38% há um ano.
Em um ano, rendimento cai 10%
A chamada subutilização, que compreende pessoas que
gostariam de trabalhar mais, teve taxa de 27,4%,
caindo na comparação trimestral e anual. Agora, são
31,135 milhões. Já o numero de desalentados, que
também diminuiu, soma 5,343 milhões, o equivalente a
4,9% da força de trabalho.
O número de trabalhadores domésticos (5,578
milhões), setor com mais informalidade, cresceu 9,9%
em um trimestre e 21,2% em um ano. Nos dois casos,
variações recordes. Quase 75% desses trabalhadores
não têm registro em carteira.
Estimado em R$ 2.489, o rendimento médio caiu 4,3%
no trimestre. Na comparação com 2020, a queda é
ainda maior: 10,2%. Também foram retrações recordes.
A massa de rendimentos (R$ 219,164 bilhões) ficou
estável.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/10/2021 -
Preços da indústria têm inflação de 0,40%, revela
pesquisa do IBGE
Indicador acumula 24,08% no ano
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos na saída das
fábricas, registrou inflação de 0,40% em setembro. A
taxa é menor que as observadas em agosto (1,89%) e
em setembro de 2020 (2,34%), segundo dados
divulgados nesta quarta-feira (27), no Rio de
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPP acumula inflação de 24,08% no
ano. Em 12 meses, o acumulado é de 30,59%, abaixo
dos 33,12% observados em agosto de 2021.
Em agosto, 20 das 24 atividades industriais
pesquisadas tiveram inflação, com destaque para
alimentos (2,48%), outros produtos químicos (4,41%)
e refino de petróleo e produtos de álcool (1,82%).
Quatro atividades tiveram recuo de preços
(deflação), com destaque para indústrias extrativas
(-16,48%).
Das quatro grandes categorias econômicas da
indústria, as maiores taxas de inflação em setembro
foram observadas em bens de capital, isto é, as
máquinas e equipamentos (1,30%) e nos bens de
consumo semi e não duráveis (1,49%). Os bens de
consumo duráveis tiveram alta de preços de 0,73%.
Já os bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo, anotaram
deflação de 0,27%.
Fonte: Agência Brasil
28/10/2021 -
Juiz pode conceder indenização por dano moral acima
do teto da CLT, diz Gilmar
Os dispositivos da reforma trabalhista (Lei
13.467/2017) que estabeleceram tetos para as
indenizações por danos extrapatrimoniais devem ser
interpretados como parâmetros a serem seguidos pelos
juízes. Isso não os impede, porém, de conceder
reparações acima de tais limites, desde que
observados os princípios da proporcionalidade,
razoabilidade e igualdade. Além disso, fica
garantida a possibilidade de indenização por dano
reflexo ou por ricochete.
Esse foi o entendimento do ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes ao votar, nesta
quarta-feira (27/10), para conferir interpretação
conforme a Constituição aos artigos 223-A a 223-G da
CLT. O julgamento foi interrompido por pedido de
vista do ministro Nunes Marques.
A reforma trabalhista definiu que os valores de
indenização por danos extrapatrimoniais deveriam ter
como referência o último salário contratual do
empregado — até três vezes, quando a ofensa é de
natureza leve, chegando a no máximo 50 vezes, em
casos gravíssimos. Se o ofendido for pessoa
jurídica, o parâmetro da indenização será o salário
contratual do ofensor. Na reincidência entre partes
idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da
indenização.
Gilmar Mendes, relator das ações diretas de
inconstitucionalidade, afirmou que a reforma
trabalhista não violou a Constituição ao restringir
indenizações por danos morais. Afinal, a norma não
impediu a aplicação de princípios do Direito do
Trabalho — e nem poderia fazê-lo, apontou o
ministro.
De acordo com ele, os fatores que o juiz deve
considerar ao avaliar pedido de indenização por dano
extrapatrimonial, listados no artigo 223-G da CLT,
são critérios para proferir a decisão, mas que não
excluem a discricionariedade do magistrado.
"Não há inconstitucionalidade na opção legislativa
que não esvazia, apenas restringe a
discricionariedade judicial, ao listar critérios
para a decisão", declarou Gilmar, ressaltando que o
juiz pode conceder indenização acima dos tetos
fixados pela reforma trabalhista, desde que observe
os princípios da proporcionalidade, razoabilidade e
igualdade.
Gilmar Mendes também destacou que o artigo 223-B da
CLT não pode ser interpretado de forma a impedir
indenização por dano reflexo ou por ricochete —
quando o dano causado a uma pessoa gera danos a
outros, como seus familiares. O dispositivo
estabelece que "causa dano de natureza
extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a
esfera moral ou existencial da pessoa física ou
jurídica, as quais são as titulares exclusivas do
direito à reparação".
AGU e PGR
Em sustentação oral feita em 21 de outubro, o
advogado-geral da União, Bruno Bianco, afirmou que
os dispositivos questionados (artigos 223-A e 223-G,
parágrafos 1º e 2º, da CLT) estão em consonância com
padrões de razoabilidade e proporcionalidade e com a
proteção conferida ao trabalhador pela Constituição
de 1988.
Segundo o AGU, antes da reforma trabalhista, havia
decisões totalmente distintas para casos
semelhantes, "situação desproporcional que gerava
insegurança jurídica". De acordo com Bianco, a
Constituição não proíbe o legislador de estabelecer
parâmetros para indenizações.
Já o procurador-geral da República, Augusto Aras,
opinou pela declaração de inconstitucionalidade dos
artigos 223-A e 223-G, parágrafo 1º, I a IV, e, por
arrastamento, do artigo 223-C e dos parágrafos 2º e
3º do artigo 223-G, da CLT.
Conforme Aras, os valores morais compõem o
patrimônio subjetivo do cidadão, protegido no
ordenamento jurídico contra qualquer espécie de
lesão. Além disso, a responsabilidade civil exige
ampla e irrestrita recomposição dos interesses
ofendidos, impedindo que qualquer tipo de dano
ocorra sem o correspondente ressarcimento, declarou
o PGR.
ADIs 5.870, 6.050, 6.069 e 6.082
Fonte: Consultor Jurídico
27/10/2021 -
"O sindicalismo é uma chama que não se apaga", disse
Inácio presidente da NCST lembrando José Calixto
José
Reginaldo Inácio, presidente da NCST, é cientista
social e eletricitário. Ele iniciou no movimento
sindical em Minas Gerais no Sindicato dos
Eletricitários do Sul de Minas e na Federação das
Indústrias Urbanas de Minas Gerais.
Ele assumiu este ano a presidência da central em um
momento difícil para a entidade e movimento sindical
com a morte do José Calixto devido às complicações
da covid-19 e como José Reginaldo que o Calixto é um
dos maiores sindicalistas da história.
Nesta entrevista ele fala sobre o sindicalismo, sua
importância para a defesa dos trabalhadores e a
atual conjuntura da economia que na mão do Bolsonaro
só tem piorado cada dia mais.
Mundo Sindical: Como foi assumir a central após o
falecimento do Calixto, que é um grande sindicalista
e líder?
José Reginaldo Inácio: Não tem sido fácil.
Afinal não se trata apenas de questões internas da
central como, políticas, administrativas e
econômicas, de uma sucessão normal de uma entidade
sindical.
Ao assumir a presidência de uma central, por si só,
já é um enorme desafio, isso numa situação de
normalidade política, social e econômica.
Diante da realidade vivida no país e no mundo,
sobretudo às classes trabalhadoras: desemprego,
inflação, ruptura de direitos, inflação, fome,
violência, adoecimento, mortes..., se torna maior as
dificuldades.
Agora, quando se soma às situações postas, suceder
Calixto, uma das maiores lideranças sindicais de
nossa história, amplia nossa responsabilidade,
principalmente nas circunstâncias em que ocorreu.
Além da sua trágica morte, temos de lembrar que ele
lutou até seu derradeiro suspiro e foi uma das
vítimas do genocídio que assola o país. Apesar desse
momento de tamanha dificuldade, a presença de
Calixto em nossa história e os motivos que o
mantinham em ação têm sido nossa grande inspiração e
especial estímulo para acreditar na superação da
dura realidade em que vivemos, pois tenho certeza é
isso que ele consideraria para essa difícil
travessia.
Mundo Sindical: Desde a reforma trabalhista que o
movimento sindical e os trabalhadores vêm passando
por dificuldades. O que o sindicalismo precisa fazer
nesse momento para melhorar as coisas?
José Reginaldo Inácio: Primeiro, como dizia
Calixto, é acreditar que “o sindicalismo é uma chama
que não se apaga”. Essa convicção, ainda que
despercebida entre nós, desde a Revolução
Industrial, sempre foi determinante em todos os
momentos críticos pelos quais passou a humanidade,
sobretudo a classe trabalhadora.
Segundo, reconhecer sua identidade classista. O
pertencimento ao mundo do trabalho. O que quero
dizer com isso: a necessidade urgente de o
sindicalismo romper com a ação sindical formal.
Subverter a formalidade imposta se torna
estruturante ao ato sindical. Representa a
totalidade da classe trabalhadora, seja ela formal
ou informal, empregada ou desempregada. O sentido
fragmentário, desagregador, separatista, precarizado,
que desestruturou as classes que vivem do trabalho
não pode ter espaço na ação sindical. Romper com
essa lógica impulsionada, desde a terceirização
irrestrita se tornou regra, e conseguiu piorar as
condições de trabalho ao se mover na lógica de
degradação contínua com a intermitência contratual
decorrente da Lei 13.467/17. Enfim, o sindicalismo
não deve acompanhar a precarização, fragmentar-se
como que obedecendo a lógica que corrói não só
direitos, mas as condições e ambientes de trabalho.
A pulverização da ação sindical, o divisionismo da
representação classista é a síntese do que o capital
espera para impor suas políticas de exploração e
aviltamento de direitos, portanto conter esse
processo entre nós é determinante para enfrentar as
dificuldades atuais que, inclusive, podem se ampliar
caso a nossa unidade não se consolide como um dos
objetivos prioritários do sindicalismo.
Mundo Sindical: O fim do imposto sindical foi o
grande prejuízo para o sindicalismo e trabalhadores?
José Reginaldo Inácio: Foi um dos prejuízos.
Acredito que a quebra da autonomia das assembleias
seja mais prejudicial, porque para além da estrutura
econômica e administrativa sindical, também
compromete a dimensão e o sentido político
originário da organização trabalhadora e a base que
sustenta a luta de classe, sua resistência e
conquistas históricas.
Mundo Sindical: Como o senhor enxerga a atual
conjuntura econômica do país?
José Reginaldo Inácio: Quando a conjuntura
econômica escancara que o Estado se limita a
proteger e alimentar o mercado, a população tem que
buscar no lixo seu alimento. Fazer fila até para
catar osso, espinha de peixe ou até ter que pagar
por eles para alimentar os seus. A miséria, a fome,
o desemprego, a inflação são os sinais de uma
economia carcomida. Uma economia cujo nível de
desigualdade expõe as vísceras de uma sociedade com
intensa desigualdade e injustiça social, na qual as
decisões e ações do governo e da maioria daqueles
que fazem e fiscalizam as leis, não estão
preocupados em reverter essa ordem. Quando medidas
como a PEC 32 ou a derrotada MP 1045 são fluxos
ativos para sustentar a economia, então a visão que
se tem da conjuntura é a pior miragem que se pode
enxergar.
A pandemia do covid-19 potencializou as
desigualdades sociais, temos que reconhecer, e
lançou uma nuvem pestilenta sobre os grupos
considerados vulneráveis, como jovens, negros,
mulheres, indígenas e a população LGBTQIA+, por
exemplo. A violência, letalidade da população negra
e em situação de rua, a falta ou a interrupção de
políticas públicas, como a dificuldade de acesso à
renda, conduziram o país ao pior cenário de pobreza
das últimas décadas.
Mundo Sindical: A união das centrais sindicais é
o caminho para a melhora da economia e defesa do
trabalhador?
José Reginaldo Inácio: Sim. Desde 2019, mas
ainda com o enfrentamento da pandemia do covid-19, a
unidade das centrais ganhou expressão e tem sido
determinante à derrota de medidas e ações
governamentais e do Congresso Nacional contra as
classes trabalhadoras. A derrota das MPs 905, 927,
1045, por exemplo, além de alterações importantes em
diversas outras, somadas às mudanças e aos
impedimentos de projetos de lei e de emendas
constitucionais.
Fonte: Redação Mundo Sindical - Manoel Paulo
27/10/2021 -
Combustíveis e energia alimentam inflação, e
‘prévia’ tem maior alta para outubro desde 1995
O IPCA-15 se mantém acima dos 10% em 12 meses.
Apenas gasolina acumula alta de 40%. O gás de
botijão sobe 32% só neste ano
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15) somou 1,20% neste mês, maior taxa para
outubro desde 1995. Segundo o IBGE, que divulgou os
dados nesta terça-feira (26), também foi o maior
resultado mensal em mais de cinco anos. Agora, a
“prévia” da inflação oficial no país acumula alta de
8,30% no ano e de 10,34% em 12 meses.
De acordo com o instituto, oito dos nove grupos
pesquisados tiveram alta na “prévia” da inflação em
outubro. Combustíveis e energia elétrica, entre
outros itens, continuam impulsionando a inflação.
Gasolina acumula 40%
Com alta de 2,06% no mês, o grupo Transportes teve as
passagens aéreas (34,35%) contribuindo com 0,16
ponto percentual no resultado geral. Os combustíveis
subiram 2,03% – a gasolina teve aumentou de 1,85% e
acumula 40,44% em 12 meses. O etanol subiu 3,20%, o
óleo diesel, 2,87% e o gás veicular, 0,36%. Ontem, a
Petrobras confirmou novos aumentos.
No mesmo grupo, o IBGE apurou ainda altas nos itens
automóveis novos (1,64%) e usados (1,56%, a 13ª
seguida, somando 13,21%), além de motocicletas
(1,27%). Também aumentaram os preços médios de pneu
(1,71%) e óleo lubrificante (1,36%) – agora,
acumulam 31,03% e 19,19% em 12 meses,
respectivamente. Já o ônibus intermunicipal variou
0,16%, com reajustes de tarifas aplicados em
Fortaleza.
Conta de luz mais cara
Em Habitação (1,87%), destaque novamente para a
energia elétrica. Com alta de 3,91% em outubro, esse
item responde sozinho por 0,19 ponto na taxa total.
Com aumento (o 17º seguido) de 3,80% neste mês, o
gás de botijão soma 31,65% no ano.
Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,38%. A
alimentação no domicílio acelero para 1,54% e fora,
para 0,97%. Segundo o IBGE, os preços das frutas
aumentaram 6,41%, em média, respondendo por 0,06
ponto. Também estão mais caros produtos como tomate
(23,15%), batata inglesa (8,57%), frango em pedaços
(5,11%), café moído (4,34%), frango inteiro (4,20%)
e queijo (3,94%). Caíram os preços da cebola
(-2,72%) e do arroz (-1,06%, a nona queda). Após 16
meses, caiu o preço das carnes (-0,31%). O custo do
lanche subiu 1,71% e o da refeição, 0,52%.
Altas em todo o país
Entre as áreas pesquisadas, o menor índice foi apurado
em Belém (0,51%) e o maior, na região metropolitana
de Curitiba (1,58%). Na Grande São Paulo, o IPCA-15
subiu 1,34%. No acumulado em 12 meses, a taxa vai de
9,05% (Brasília) a 13,42% (Curitiba). Também supera
os dois dígitos em Porto Alegre (11,85%), Fortaleza
(11,14%), Goiânia (10,44%), Recife (10,29%), Belo
Horizonte (10,19%) e Belém (10,01%). Vai a 9,80% em
São Paulo e a 9,14% no Rio de Janeiro.
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 10 de
novembro.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/10/2021 -
Governo mente ao vincular Auxílio Brasil à aprovação
da Reforma Administrativa
Deputados rechaçam necessidade de aprovação da PEC
32 para garantir recursos para auxílio à população
carente e criticam caráter eleitoreiro do novo
programa social de Bolsonaro, que substituirá o
Bolsa Família.
Na tentativa de destravar o andamento da Reforma
Administrativa (PEC 32/2020) e pressionar pelo
aumento de votos para aprovar a famigerada proposta,
Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes,
lançaram mão de nova fake news. A bola da vez foi
vincular o pagamento dos R$ 400 previstos no
programa Auxílio Brasil – que desbancará o
reconhecido Bolsa Família – à aprovação do texto.
No último domingo (24), Bolsonaro e Guedes afirmaram
que a Reforma Administrativa poderia compensar parte
da conta de R$ 30 bilhões que o governo precisa para
acomodar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 até o
fim de 2022.
Segundo Guedes, com uma economia de R$ 300 bilhões
prevista no acumulado da próxima década a partir da
aprovação da reforma, “não teria problema” em
conceder o auxílio para os vulneráveis neste
momento.
A afirmação foi contestada pela deputada Alice
Portugal (PCdoB-BA). “Em plena semana do servidor, o
governo volta a fazer ameaças e mente ao vincular a
PEC 32 com o programa Auxílio Brasil. Precisamos
manter a mobilização. Essa reforma nada tem de bom!
Destrói o serviço púbico e só prejudica os
servidores”, alegou a parlamentar que desde a
votação na comissão especial vem apontando a
crescente dificuldade de o governo emplacar a
Reforma Administrativa mesmo entre seus aliados.
Antes de utilizar a PEC 32 como justificativa para
garantir recursos para o novo auxílio, o governo já
havia tentado emplacar o mesmo discurso em relação à
PEC dos Precatórios, aprovada na última semana em
comissão geral. No entanto, o programa que deve
substituir o Bolsa Família vem sofrendo críticas
reiteradas da Oposição por seu caráter eleitoreiro,
visto que só tem previsão de funcionamento até 2022.
“É um completo improviso que valerá apenas em ano
eleitoral. É muito triste ver que este governo quer
acabar com Bolsa Família, para se valer de um
programa eleitoreiro. Ele devia era fortalecer o
Bolsa Família”, disse o líder do PCdoB, deputado
Renildo Calheiros (PE).
Fonte: PCdoB na Câmara
27/10/2021 -
Renan Calheiros sugere indiciamento de 81; Bolsonaro
é o 1º da lista
A relação traz ainda os nomes de seis ministros
ou ex-ministros. São eles: Eduardo Pazuello, Marcelo
Queiroga, Onix Lorenzoni, Ernesto Araújo, Wagner
Rosário e Walter Braga Netto
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) leu os nomes de
81 pessoas e empresas com pedidos de indiciamento
sugeridos pela CPI da Covid. Segundo o relator, o
“primeiro indiciado” é o presidente da República,
Jair Bolsonaro. A relação traz ainda os nomes de
seis ministros ou ex-ministros. São eles: Eduardo
Pazuello, Marcelo Queiroga, Onix Lorenzoni, Ernesto
Araújo, Wagner Rosário e Walter Braga Netto.
A lista inclui ainda três dos quatro filhos do
presidente Jair Bolsonaro: o senador Flavio
Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Renan sugere ainda o indiciamento dos deputados
federais Bia Kicis (PSL-SP), Carla Zambelli
(PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Osmar Terra (MDB-RS)
e Ricardo Barros (PP-PR).
O relator também recomenda o indiciamento de
integrantes do gabinete paralelo, como a oncologista
da Nise Yamaguchi, e de pessoas suspeitas de
disseminar fake news. Entre elas, os empresários
Luciano Hang e Carlos Wizard, além do senador Luis
Carlos Heinze (PP-RS).
Fonte: Agência Senado
27/10/2021 -
Caged: Brasil gera 313,9 mil empregos formais em
setembro
Acumulado do ano chega a 2,5 milhões de novas
vagas
O Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em
setembro deste ano, resultado de 1.780.161 admissões
e de 1.466.259 desligamentos de empregos com
carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo
positivo é de 2.512.937 novos trabalhadores no
mercado formal. Os dados são do Ministério do
Trabalho e Previdência, que divulgou hoje (29) as
Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.
O estoque de empregos formais no país, que é a
quantidade total de vínculos celetistas ativos,
chegou a 41.875.905, em setembro, o que representa
uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência,
Onyx Lorenzoni, o país está mantendo a tendência dos
últimos três meses de mais de 300 mil empregos novos
por mês, o que é uma “demonstração clara da
recuperação formal da economia”. Para ele, a
campanha de vacinação contra covid-19 tem sido
fundamental nessa retomada das atividades
econômicas, mas ainda é preciso avançar em programas
de qualificação e recolocação profissional.
“O governo vibra muito com esse número, mas não
esquece de olhar para aqueles que estão hoje na
informalidade, quer por falta de oportunidade, quer
por falta de qualificação. E nós precisamos ter esse
olhar duplo, de um lado aquele que tem hoje o seu
emprego formal mantido, garantido e ampliado no
Brasil e por outro lado aquela parcela de quase 40
milhões de brasileiros e brasileiras que precisa que
o Estado olhe para eles e crie uma rampa de ascensão
para a formalização”, disse, durante coletiva
virtual.
Em setembro, o Senado rejeitou o texto da Medida
Provisória (MP) 1.045/2021, que flexibilizava as
regras trabalhistas para jovens. Incrementado pela
Câmara e apelidado de minirreforma trabalhista, o
projeto inicialmente restituia o programa de redução
de jornada e salários para a manutenção de empregos
durante a pandemia, mas foi expandido para incluir
programas de incentivo ao emprego e à contratação de
jovens.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
27/10/2021 -
Estagflação atinge os pobres
Nos anos 80, principalmente, se ouvia muito
economista falar em estagflação. E, de fato, o
problema existia – o fenômeno da estagnação
combinado com aumento da taxa de desemprego e
aumento contínuo de preços, ou seja, inflação.
O que não se imaginava é ver o problema voltar com
força e o vocábulo ser retomado com frequência pelos
economistas e comentaristas da área econômica nos
veículos de mídia.
No que diz respeito ao emprego, a situação do Brasil
hoje mostra que a desocupação é maior entre os de
baixa escolaridade, que também levam mais tempo para
se recolocar no mercado de trabalho.
Jornal – O Valor Econômico, edição final de semana,
trouxe matéria sobre o tema da estagflação. Por
exemplo: a taxa de desemprego entre os mais pobres
chega a 22,66%. Essa faixa de pessoas vive hoje um
desemprego 7,3% acima do que vivia antes da
pandemia.
A inflação também atinge a base social pobre de
forma mais dura. Em agosto, os mais pobres tiveram
1.30% de inflação; os de renda maior enfrentaram
inflação de 1,09%. No acumulado, as famílias pobres
tiveram 2,1% de aumento no custo de vida frente às
mais ricas.
Muitos preços e tarifas contribuem para a elevação
do custo de vida, mas, diz o Valor Econômico, pesam
mais no cenário da estagflação os aumentos no gás,
ovos e carnes em geral.
Fonte: Valor Econômico
26/10/2021 -
Centrais fazem ato pra manter Desoneração da Folha
Centrais Sindicais promoveram ato segunda (25) na
Avenida Paulista pela continuidade da desoneração da
folha de pagamentos. A matéria tramita na Câmara dos
Deputados. As entidades pedem manutenção da isenção
fiscal sobre os salários. A medida beneficia 17
setores e, argumentam, ajuda a manter cerca de 6
milhões de empregos.
Segundo os sindicalistas, a medida é essencial pra
que a taxa de desemprego não aumente e a fim de que
se valorize também a ação sindical pró-mercado de
trabalho.
De acordo com Antonio de Sousa Ramalho, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil
de SP, o setor patronal está mobilizado pela
desoneração da folha. “Se não for aprovado o
projeto, teremos um desemprego maior ainda, o que é
ruim pra todos”, alerta.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna), defende a causa. “A pressão das
Centrais é legítima e atende aos gerais interesse da
sociedade”, afirma.
UGT – O presidente Ricardo Patah explica que a
medida foi aprovada em comissão especial, mas o
governo tenta obstruir o voto na Câmara. Segundo o
líder ugetista, o argumento é que a medida
derrubaria R$ 9 bilhões da arrecadação. Porém, o
governo não faz a conta de quanto custará o
desemprego.
“Já há 15 milhões de desempregados. A desoneração é
fundamental pra impedir que milhões sejam demitidos
em janeiro”, adverte. Ricardo Patah lembra que
trabalhador também é consumidor. “Quem consome, além
de aquecer a economia, paga impostos pro Estado”,
diz.
Mais – Sites do Sintracon SP, Força Sindical e UGT.
Fonte: Agência Sindical
26/10/2021 -
TSE julga nesta terça-feira pedido de cassação da
chapa Bolsonaro-Mourão
A chapa Bolsonaro-Mourão é acusada de abuso de
poder econômico e uso indevido de meio de
comunicação
O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se
reúne nesta terça-feira (26) para julgar dois
processos que pedem a cassação da chapa Jair
Bolsonaro-Hamilton Mourão.
Os processos, abertos a pedido da coligação liderada
pelo PT, sustentam que Bolsonaro e Mourão fizeram
uso irregular do disparo de mensagens de WhatsApp
durante o pleito de 2018.
O processo será julgado pelos sete ministros do TSE,
incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto
Barroso, e Alexandre de Moraes, que conduz três
inquéritos contra Bolsonaro e presidirá o tribunal à
época das eleições de 2022. O relator deste caso é o
ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do TSE,
informa o UOL.
Segundo os advogados do PT, a chegada desses
documentos ao processo poderia comprovar que a chapa
de Bolsonaro e Mourão praticou "abuso de poder
econômico e uso indevido de meio de comunicação".
A defesa de Bolsonaro afirma que os inquéritos do
STF não têm "qualquer conteúdo pertinente ou
relevante".
Fonte: Brasil247
26/10/2021 -
Entre mercado e a fome, governo Bolsonaro não
sinaliza para políticas sociais
Dieese afirma que atual gestão desmontou área
social e deixa população sem respaldo
Sob pressão do mercado e sem apoio da população, o
governo Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo
Guedes, não apresentaram ainda o programa Auxílio
Brasil, que viria a ser o substituto do Bolsa
Família. Sem programas e políticas sociais, o
governo federal deixa a população sem respaldo, com
mais da metade dos brasileiros vivendo com
insegurança alimentar.
De acordo com a análise do diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior, a demora para
apresentação do Auxílio Brasil é a demonstração que
o governo não sabe se continua trabalhando sob a
batuta do mercado ou melhora sua desgastada imagem
com a população.
“É uma novela que dura meses. O governo tenta
implantar uma política para melhorar sua imagem
perante a população, ao mesmo tempo que o mercado
impõe um limite ao Estado, desde 2016, o que amarra
as ações sociais. Entretanto, o mercado e o atual
governo andam lado a lado há bastante tempo,
retirando direitos de trabalhadores, com as reformas
que retiram direitos sociais. Porém, o governo se
deu conta de que não dá para vencer a eleição com a
população passando fome e gerou essas tensões”,
afirmou Fausto à Rádio Brasil Atual.
O governo Bolsonaro cancelou, na última terça-feira
(19), o lançamento do chamado Auxílio Brasil. A
indecisão se deu em função da falta de consenso em
relação ao valor do benefício que deve substituir o
Bolsa Família, programa que completa 18 anos. Além
disso, houve reação histérica dos agentes do mercado
financeiro, que não aceitam que os gastos com o novo
programa ultrapassem o teto de gastos.
Desmonte social
Fausto Augusto critica a extinção do Bolsa Família sem
programa substituto. Ele afirma que o programa não
era só um projeto de um partido, implantado nos
governos petistas, mas que colocou a fome como um
problema a ser equacionado no Brasil e a segurança
alimentar tornou-se um direito social.
“Bolsa Família é uma política de Estado, mas vimos o
governo Bolsonaro destruir a previdência, o Estado e
a tributação. O chamado Abono Brasil também é uma
dessas maneiras de desconstruir o legado do Bolsa
Família. Vamos lembrar que ainda estamos numa
pandemia, com a economia desorganizada pelo próprio
governo. Por isso, uma política social é necessária
para respaldar a população e garantir a segurança
alimentar. O atual governo não tem política alguma,
apenas de desconstrução de direito”, defendeu o
especialista do Dieese.
Com o desmonte total da área social, desde 2016,
Fausto acrescenta que um novo governo eleito em 2022
enfrentará dificuldades para recuperar o país e
precisará colocar a renda como principal foco. Lidar
com a desigualdade é um projeto de longo prazo.
Houvemos um período de distribuição de renda e
desenvolvimento econômico, entre 2002 e 2015, que
reorganizou toda a assistência social. A valorização
do salário mínimo é um exemplo disso. Desde 2016, a
vida das pessoas deixou de melhorar e a questão da
renda precisa estar ao centro do debate”,
acrescentou.
O diretor técnico também ironizou o fato do governo
federal ameaçar mexer na questão fiscal sem alterar
o teto de gastos e comparou com as implicações
sofridas pela ex-presidenta Dilma Rousseff. “É
inegável que vai gastar mais do que disse que iria.
Vamos lembrar que essa contabilidade criativa de
ajustes das contas que a Dilma sofreu o golpe de
2016. Agora, vemos mais uma vez e ninguém falando
sobre responsabilidade fiscal e impeachment.”
Fonte: Rede Brasil Atual
26/10/2021 -
Pacheco é anunciado candidato à Presidência pelo PSD
No último sábado (23), o presidente do Senado
Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi anunciado
como candidato à Presidência da República pelo PSD.
Na sexta-feira (22), ele publicou nas redes sociais
que iria se filiar ao partido.
“Rodrigo Pacheco, o PSD e seus novos companheiros
estão prontos para abraçar o seu projeto, para
abraçar as suas propostas, para caminhar ao seu
lado, não apenas para ser candidato na sua campanha,
mas para que você seja um grande presidente da
República, você tem todas as condições de vencer”,
escreveu o presidente nacional do partido, Gilberto
Kassab.
O anúncio aconteceu durante evento do PSD, no Rio de
Janeiro.
As portas do PSD estão abertas há pelo menos 6 meses
para Pacheco. O objetivo é que o presidente do
Senado lidere projeto presidencial dentro da chamada
terceira via.
Kassab aproveitou o espaço para descarregar elogios
ao candidato da sigla. Segundo ele, Pacheco “é um
ser humano generoso, qualificado, preparado e que,
nos últimos anos, mostrou que tem talento para a
vida pública”.
Sexta-feira (22), nas redes sociais dele, o
presidente do Senado anunciou a filiação. “Comunico
que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao
PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab.
Agradeço aos filiados, colegas e amigos do
Democratas de Minas Gerais e de todo o país o
período de convivência partidária saudável e
respeitosa" escreveu.
O ato político de filiação formal de Pacheco ao PSD
vai acontecer nesta quarta-feira (27), em Brasília.
Fonte: Diap
26/10/2021 -
Paulo Guedes: “Petrobras vai valer zero daqui a 30
anos” por isso tem que vender
Segundo ministro, que tem US$ 9.55 milhões num
paraíso fiscal, energia no futuro será elétrica, de
hidrogênio, de nêutron e nuclear". Dinheiro
conseguido com a venda seria revertido para "os mais
frágeis"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, mal se
desvencilhou do terremoto político que resultou em
sua desmoralização frente ao “mercado” por conta da
política de rompimento do teto de gastos do governo,
e já voltou à carga. Na tarde desta segunda-feira
(25), o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro afirmou
que “a Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos” e
que por isso é preciso vendê-la.
“E se daqui a 20 anos o mundo todo migrar para a
energia elétrica, hidrogênio, nêutron, energia
nuclear e o fóssil for abandonado? A Petrobras vai
valer zero daqui a 30 anos. O que nós fizemos?
Deixamos o petróleo lá embaixo, com uma placa de
monopólio de estatal ali em cima”, disse o ministro
durante um evento sobre Desenvolvimento Verde, em
Brasília.
“O objetivo é tirar esse petróleo o mais rápido
possível e transformar em educação, investimento e
tecnologia. “E se agora o petróleo só sobe, o que o
povo ganha com isso? Bastou o presidente dizer
‘olha, vamos estudar isso’, o negócio subiu 6%
instantaneamente. Se isso acontece mais uma semanas,
aparecem R$ 150 bilhões. Isso poderia ir para os
mais frágeis”, opinou Guedes, justificando que a
venda seria revertida aos pobres.
A fala do economista ultraliberal que lidera a pasta
das finanças do governo Bolsonaro veio sincronizada
com a de seu chefe, que citou pela manhã sobre a
intenção de vender a gigante brasileira do petróleo,
e com a informação do senador Fernando Bezerra (MDB-PE),
líder do governo no Senado, que contou à agência
Reuters sobre as intenções do Planalto de se
desfazer da estatal por meio de um projeto de lei,
que consistiria, na verdade, numa manobra.
Fonte: RevistaForum
26/10/2021 -
Juiz autoriza salário-maternidade a gestantes
afastadas por causa da epidemia
A Convenção 103 da Organização Internacional do
Trabalho, internalizada pelos decretos 58.820/66 e
10.088/19, estabelece que as prestações sociais
devidas a trabalhadoras devem ser custeadas por
seguros obrigatórios ou fundos públicos, e não pelo
empregador.
Com esse entendimento, a 1ª Vara Federal de Corumbá
(MS) autorizou o afastamento e o pagamento de
salário-maternidade a gestantes de uma empresa em
virtude da epidemia da Covid-19. A companhia atua na
área de recreação e lazer e não há possibilidade de
as empregadas desenvolverem as funções à distância.
Ao conceder a tutela de urgência, o juiz federal
Felipe Bittencourt Potrich determinou à empresa o
pagamento do salário-maternidade, mediante
compensação com os valores devidos a título de
contribuição social sobre a folha de salários e
demais rendimentos pagos.
A ação foi proposta sob a alegação de que não está
claro na Lei 14.151/2021, que trata do afastamento
da empregada gestante durante a epidemia, a quem
cabe o custeio da remuneração no período e de que o
ônus não deve ser atribuído à empregadora.
Documentos juntados aos autos demonstraram que a
empresa desenvolve atividades exclusivamente
presenciais de recreação e de lazer e conta com
diversas empregadas, sendo algumas delas gestantes.
Ao analisar o caso, o julgador ponderou que a
legislação determinou que grávidas fossem afastadas
das atividades presenciais para exercerem as funções
remotamente sem prejuízo da remuneração. No entanto,
segundo ele, a norma não tratou dos casos em que o
trabalho é empreendido de forma exclusivamente
presencial e de quem seria a responsabilidade pelo
pagamento.
"Seja por força da Constituição Federal, seja por
norma supralegal, cabe efetivamente ao Estado a
proteção dos bens jurídicos em questão", ressaltou.
O juiz também lembrou que o artigo 394-A da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467/17, prevê o pagamento
do auxílio-maternidade quando não for possível que a
gestante ou a lactante afastada exerça suas
atividades em local salubre na empresa.
Assim, concedeu tutela de urgência e autorizou a
empresa afastar as empregadas gestantes com
atribuições não compatíveis com o trabalho à
distância, na forma da Lei 14.151/2021, e determinou
à empresa o pagamento do salário-maternidade,
mediante compensação com os valores devidos a título
de contribuição social sobre a folha de salários e
demais rendimentos pagos. Com informações da
assessoria de comunicação social do TRF-3.
5000587-10.2021.4.03.6004
Fonte: Consultor Jurídico
26/10/2021 -
Encerramento de atividades não isenta fábrica de
indenizar empregada acidentada
Em face do caráter social do qual se reveste a
estabilidade decorrente de acidente de trabalho,
esta prevalece, resolvendo-se em perdas e danos,
mesmo no caso de encerramento das atividades da
empresa.
Com base nessa premissa, a 8ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou uma empresa de massas
ao pagamento dos salários referentes ao período de
estabilidade de uma auxiliar de produção que sofreu
acidente de trabalho.
No acidente, ocorrido em janeiro de 2010, a
empregada teve a mão esquerda esmagada por uma
cilindreira de massas, com sequelas irreversíveis.
Em razão disso, ficou afastada pela Previdência
Social por cinco anos, e foi dispensada em 2016, no
dia seguinte ao término do benefício.
Na reclamação trabalhista, ela sustentou ter direito
à estabilidade de um ano após a alta. Disse, ainda,
que a empresa teria encerrado suas atividades logo
após o acidente de trabalho.
O juízo de primeira instância julgou improcedente o
pedido relativo à estabilidade provisória, com
fundamento na extinção da atividade empresarial. De
acordo com a sentença, o objetivo do instituto é
proteger o empregado que retorna do afastamento de
represálias por parte do empregador, e, por isso,
não cabe a garantia quando a empresa encerra sua
atividade, pois esse risco deixa de existir. O
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região manteve a
decisão.
A relatora do recurso de revista da auxiliar,
ministra Dora Maria da Costa, explicou que, o artigo
118 da Lei 8.213/91 assegura ao empregado vítima de
acidente do trabalho ou acometido de moléstia
ocupacional o direito à manutenção do seu contrato
de trabalho pelo prazo mínimo de doze meses após a
cessação do benefício previdenciário, com o
propósito de garantir ao trabalhador os meios
necessários para seu sustento e de sua família até
que recupere a plena capacidade para o trabalho.
Nesse sentido, o entendimento do TST é de que a
estabilidade decorrente do acidente de trabalho tem
caráter social e, portanto, prevalece, mesmo na
hipótese de encerramento das atividades da empresa,
lembrou a ministra.
Constatada violação ao citado artigo 118, a relatora
condenou a empresa ao pagamento dos salários e
reflexos legais referentes ao período estabilitário.
Clique
aqui para ler a decisão
101998-96.2016.5.01.0551
Fonte: Consultor Jurídico
25/10/2021 -
Ciro
reafirma compromisso sindical
Pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes
participou de debate quinta (21) no Sindicato dos
Metalúrgicos de Guarulhos e Região (Força Sindical).
No auditório João Goulart, ele fez o diagnóstico da
crise, enfatizou a necessidade do País voltar a
crescer e prometeu diálogo com o sindicalismo.
Para o ex-ministro da Fazenda, “sem crescimento, sem
emprego, sem renda e sem escala, o Brasil não rompe
o ciclo de crescimento zero que já dura 10 anos”.
Seu livro “Projeto Nacional – O dever da esperança”
explicita essas propostas.
O jornalista João Franzin, da Agência Sindical,
perguntou a Ciro como enfrentar o desemprego e qual
será sua relação, se eleito Presidente, com o
movimento sindical.
O candidato trabalhista, que combate o padrão
neoliberal na economia, propõe um sindicalismo
“avançado, moderno e bem financiado”. Ou seja, com
garantias de custeio. A reforma de Michel Temer
inviabiliza financeiramente as entidades. Para Ciro,
as reformas trabalhista e previdenciária “produziram
a maior precarização da história”.
Na visão do pedetista, “o Sindicato deve ser
interlocutor, pressionando as estruturas
governamentais pelo avanço das proteções”. Também
garantiu: “O sindicalismo vai ser elemento central
desse diálogo”.
A solução pra que a economia se levante, argumenta o
ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, é um modelo
econômico que prestigie o trabalho e a produção.
Ciro anuncia também que promoverá a desconcentração
bancária.
Vídeo – Assista entrevista de Ciro ao jornalista
João Franzin, assessor do Sindicato.
Fonte: Agência Sindical
25/10/2021 -
Centrais sindicais marcam ato, nesta segunda-feira
(25) a favor da desoneração da folha
Manifestação pela manutenção da desoneração até
2026 vai acontecer às 15h em frente à sede do
governo federal em SP
As centrais sindicais promovem nesta segunda-feira
(25) uma manifestação contra o fim da desoneração da
folha de pagamento dos setores que mais empregam. O
ato está marcado para acontecer às 15h, na esquina
da av. Paulista com a rua Augusta, em frente à sede
do governo federal em São Paulo.
De acordo com o anúncio de convocação para o ato,
até 6 milhões de trabalhadores podem perder o
emprego, nos próximos meses, caso a desoneração da
folha seja encerrada. O tema está em discussão na
Câmara dos Deputados e pode prorrogar a medida até
2026. Pelo modelo atual, a desoneração acabaria no
fim de 2021. O texto contempla os 17 setores que
mais empregam no país.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, alerta
que acabar com a desoneração neste momento de
profunda crise é mais um tiro no pé deste governo.
“Manter a desoneração além de preservar milhares de
empregos, vai ajudar na recuperação econômica do
nosso País”, ressalta Torres.
De acordo com o comunicado da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), entre três e seis milhões de
trabalhadores podem perder os empregos nos próximos
meses.
Antônio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP
(Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de
São Paulo) defende uma forte mobilização de todos
nesta segunda-feira para não deixar o governo
Bolsonaro, que mais uma vez pretende adotar medida
que engessa a geração de empregos, acabe com a
desoneração da folha de pagamento. “Nossa luta pela
continuidade da desoneração da folha é para
salvarmos os empregos que existem e, principalmente
gerar mais empregos”, diz Ramalho.
Indústrias têxtil, de calçados, máquinas e
equipamentos, proteína animal, construção civil,
comunicação, transporte rodoviário e call center são
alguns dos 17 setores principais que empregam 6
milhões de trabalhadores, especialmente jovens. “Se
a desoneração não for aprovada, transportes e
alimentação terão aumento de 10%, num primeiro
momento, e 1 milhão perderão o emprego
imediatamente”, afirma o sindicalista.
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/10/2021 -
Reajustes salariais em setembro ficam abaixo do INPC
Aumento ficou 1,9 ponto percentual menor que o
índice
O reajuste médio dos salários obtidos nas
negociações em setembro ficou 1,9 ponto percentual
abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) acumulado dos últimos 12 meses: 10,4%.
Essa foi a maior perda dos últimos 12 meses, de
acordo com dados do boletim mensal da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),
Salariômetro-Mercado de Trabalho e Negociações
Coletivas.
Segundo o boletim, divulgado sexta-feira (22) em São
Paulo, somente 9,5% das negociações resultaram em
ganhos reais, acima do INPC. Já a proporção de
reajustes abaixo do INPC foi de 67%, enquanto as que
conseguiram aumentos iguais ao índice somam 23,5%.
O setor de comércio atacadista e varejista realizou
26 negociações e não obteve sucesso em nenhuma
delas. Indústrias de alimentos tiveram 13
negociações com reajuste mediano real de -0,9%.
Entre as organizações não governamentais também
houve 13 negociações sem avanços nos salários.
Gráficas e editoras conseguiram reajuste mediano
real de 0,1% em duas negociações. O percentual foi o
mesmo para o setor de artefatos de borracha que
participou de cinco rodadas de entendimentos.
Os estados onde o êxito foi maior são dois: Amapá
(1,7% de sucesso na única negociação ocorrida) e
Minas Gerais (1,1% entre três negociações).
Fonte: Agência Brasil
25/10/2021 -
Guedes diz que reformas compensam furo no teto e
Pacheco vira alvo
Ao lado Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo
Guedes voltou a defender, neste domingo (24), o furo
no teto de gastos para viabilizar o pagamento do
Auxílio Brasil, de R$ 400. Segundo Guedes, a
aprovação de reformas, como a administrativa e do
Imposto de Renda, compensa a manobra. Neste sentido,
criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
que é pré-candidato ao Palácio em 2022, pela demora
em analisar as propostas que trariam as compensações
financeiras para barrar um temido desajuste fiscal
decorrente do furo.
“Se ele [Pacheco] quiser se viabilizar politicamente
como uma alternativa séria precisa nos ajudar com as
reformas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer
avançar, e precisamos que o Senado ajude também”,
disse em alusão a uma possível candidatura de
Pacheco.
Ainda durante a entrevista, Paulo Guedes chamou de
“barulho” os alertas de especialistas do mercado
financeiro sobre efeitos fiscais desta decisão.
O ministro também argumentou que somente seria
possível criar políticas de socorro a pessoas em
estado de pobreza e extrema-pobreza caso o teto de
gastos seja furado.
“Sou defensor do teto, vou continuar a defender o
teto. Agora, o presidente precisa tomar decisões
políticas muito difíceis. Se ele respeitar o teto,
ele deixa 17 milhões de famílias passando fome”,
disse.
O ministro comentou que, de acordo com a Receita
Federal, o país bateu recorde de arrecadação. Com
isso, rechaçou ameaças de retrocesso do crescimento
econômico e projetou um crescimento de 5% para o PIB
neste ano. “Essa história de que o Brasil não vai
crescer é narrativa política”, completou.
Bolsonaro repete que Guedes fica
Durante a entrevista, Jair Bolsonaro negou os rumores
de demissão do ministro. “A gente vai sair juntos.
Fiquem tranquilos”. O presidente vistou neste
domingo uma feira de exposições na Granja do Torto,
em Brasília, e levou o ministro junto.
Na última semana, a ala econômica do governo
vivenciou crises na equipe após quatro secretários
de Guedes pedirem exoneração dos cargos por não
concordarem com a proposta de furar o teto para
bancar o Auxílio Brasil, benefício que irá
substituir o Bolsa Família em 2022.
O secretário do Orçamento, Bruno Funchal, e do
Tesouro, Jeferson Bittencourt, alegaram razões
pessoais para deixar os cargos, mas isso passou a
investidores o mais claro sinal de que o governo não
estará disposto a cumprir sua política fiscal de
cumprimento ao teto de gastos.
Em conversa com jornalistas na sexta-feira (22),
Guedes disse considerar “natural” a saídas deles e
comentou que soube da decisão pela demissão de ambos
apenas 24 horas antes. Isso ocorreu logo depois que
a equipe enviou sugestões para a PEC dos Precatórios
ao relator do texto na Câmara, o deputado Hugo Motta
(Republicanos-PB).
Fonte: Congresso em Foco
25/10/2021 -
Rejeição ao governo Bolsonaro chega a 53%, diz
pesquisa Exame/Ideia
De acordo com o levantamento, 23,4% aprovam a
gestão. Quando questionados sobre a maneira como
Jair Bolsonaro lida com o seu trabalho, 53,9% dos
entrevistados afirmaram que desaprovam
Pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta sexta-feira
(22), apontou que a rejeição (ruim/péssima) ao
governo Jair Bolsonaro chegou a 52,8%. De acordo com
o levantamento, 23,4% aprovam a gestão (ótima/boa) e
21,1% a consideram regular. Os que não souberam ou
não responderam somaram 2,7%.
Quando questionados sobre a maneira como Bolsonaro
lida com o seu trabalho, 53,9% dos entrevistados
disseram que desaprovam e 23% aprovam. Ao todo,
20,2% consideram regular e 2,9% não souberam ou não
responderam.
Foram entrevistadas 1.295 pessoas por telefone, com
ligações tanto para fixos residenciais quanto para
celulares. A pesquisa foi realizada entre os dias 18
a 21 de outubro. A margem de erro é de três pontos
percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
25/10/2021 -
Estado deve pagar perícia do INSS se autor derrotado
tem Justiça gratuita
Nas ações de acidente do trabalho, os honorários
periciais adiantados pelo INSS constituirão despesa
a cargo do estado nos casos em que sucumbente a
parte autora beneficiária da isenção de ônus
sucumbenciais prevista no parágrafo único do artigo
129 da Lei 8.213/1991.
Essa foi a tese fixada pela 1ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça, que nesta quinta-feira (21/10)
julgou dois recursos especiais e afastou a obrigação
de o próprio INSS arcar com o pagamento definitivo
dos honorários periciais, depois de se sagrar
vencedor em ação acidentária.
A decisão foi unânime, conforme voto da relatora,
ministra Assusete Magalhães. Ambos os casos vêm do
Paraná, em que as partes ajuizaram ação acidentária,
a qual é isenta do pagamento de quaisquer custas e
de verbas relativas à sucumbência segundo o artigo
129, parágrafo único da Lei 8.213/1991.
Nessas hipóteses, o INSS adianta o pagamento de
honorários periciais para permitir a tramitação da
análise, por força do artigo 8º, parágrafo 2º da Lei
8.620/1993. A dúvida que restava dirimir era se, com
a vitória do INSS na ação, a quem caberia arcar com
os pagamentos definitivos dos honorários.
Em tese, a sucumbência recairia sobre os autores
derrotados da ação, mas isso não é possível pela
presunção de hipossuficiência dada pela Lei
8.213/1991.
Ao julgar o tema, o Tribunal de Justiça do Paraná
havia entendido que a norma legal cria uma isenção
para os autores das ações, o que faz com que o INSS
deva responder pelo pagamento dos peritos, vencido
ou vencedor na ação.
Relatora, a ministra Assusete Magalhães afirmou que
a previsão do artigo 129, parágrafo único da Lei
8.213/1991 não pode conduzir à conclusão de que o
INSS será o responsável definitivo por pagar os
honorários periciais.
E apontou a jurisprudência do STJ, segundo a qual,
quando sucumbente o autor da ação acidentária
beneficiário da assistência judiciária ou da justiça
gratuita, o dever de prestar a assistência jurídica
integral é do estado, nos moldes do que previsto
pela Constituição Federal.
Portanto, em ambos os casos caberá ao estado do
Paraná fazer o pagamento dos peritos, não ao INSS.
REsp 1.823.402
REsp 1.824.823
Fonte: Consultor Jurídico
25/10/2021 -
Correios tem data pra ser privatizado
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou
nesta semana que o governo pretende privatizar a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
até julho de 2022. Ele aponta que essa data é
estimada após levar consideração a aprovação da
proposta no Congresso e a avaliação do Tribunal de
Contas da União (TCU).
“Caso seja aprovado no Senado, o projeto vai pra uma
consulta pública. Depois, o governo demora em torno
de 30 dias pra encaminhar o edital para o TCU, que
deve demorar de 30 a 90 dias, até voltar para o
governo realizar a privatização”, disse o ministro.
Ainda segundo ele, a pressa para privatizar os
Correios é porque a empresa tem perdido receitas e,
caso não seja feita agora, não haverá mais interesse
da iniciativa privada em adquirir a estatal.
“É a última janela que nós temos. Tenho certeza do
que estou falando, não temos condição nenhuma de
voltarmos a discutir a privatização dos Correios
daqui três, quatro anos. Ninguém vai ter interesse”,
avaliou Fábio Faria.
Contraponto – O discurso do ministro das
Comunicações serviu para mobilizar os trabalhadores,
que defendem a empresa pública e sua soberania.
Agora, os funcionários da ECT tentam diálogo no
Congresso Nacional.
De acordo com Esmeralci Silva, dirigente do
Sindicato do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), é
necessário força e unidade neste momento.
“Precisamos retomar com força e unidade a
mobilização sobre os Senadores, fazendo pressão nas
redes sociais, nas ruas, nas bases eleitorais e nos
gabinetes”, afirma.
O dirigente conta ainda que a mobilização dos
trabalhadores tem também a finalidade de mostrar a
todos os brasileiros a importância de ter os
Correios públicos para o bem de toda a sociedade.
“Vamos cobrar que abandonem a proposta, que está na
contramão do desenvolvimento e fortalecimento do
Brasil”, conclui Esmeralci.
Fonte: Agência Sindical
22/10/2021 -
Renda em queda: duas de cada três campanhas
salariais têm índice abaixo da inflação
Inflação é um complicador para as negociações:
índice de agosto foi o maior para uma data-base em
mais de cinco anos
Dois terços das campanhas salariais de categorias
com data-base em agosto tiveram reajuste abaixo da
inflação acumulada (INPC-IBGE). Foram 66,3% com
perdas, ante 16,8% em igual período do ano passado.
Os dados foram compilados pelo Dieese, com base em
informações do Ministério do Trabalho. A inflação
crescente piora um cenário que já era ruim com a
crise econômica e a pandemia.
Agosto tem o pior resultado de 2021, em um ano que
registrou acordos abaixo do INPC em seis de oito
meses. As informações referem-se a negociações
concluídas até o início de setembro. Categorias como
metalúrgicos e químicos, em São Paulo, recentemente
fecharam acordo com o INPC integral. Os bancários,
que fazem campanha nacional, firmaram em 2020 acordo
coletivo com validade de dois anos. Os trabalhadores
nos Correios, que têm data-base em agosto, estão com
dissídio em julgamento no Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
Dos acordos fechados até agora relativos a agosto,
apenas 8,8% das campanhas salariais chegaram a
reajuste acima do INPC. Outros 25% ficaram com
índice equivalente ao da inflação, que segue sendo
um “inimigo” das negociações. O Dieese lembra que o
INPC de 0,88% em agosto representou “o maior
percentual de reajuste necessário para uma
data-base” desde fevereiro de 2016.
A taxa mantém trajetória de crescimento, somando
10,42% em 12 meses. Há um ano, esse mesmo índice
acumulado era de 2,94%. Em setembro, com nova alta,
o INPC chegou a 10,78%, enquanto a inflação oficial
(IPCA) também atingiu os dois dígitos (10,25%).
Quase metade abaixo do INPC
No acumulado de janeiro a agosto, o resultado também é
ruim. Quase metade dos reajustes (48,5%) ficou
abaixo do INPC. Um terço (33,2%) equivale ao índice
oficial e apenas 18,2% ficam acima. A variação real
média dos reajustes salariais mostra perda: -0,71%.
No recorte por setor econômico, o de serviços tem
61,2% de acordos (de um total de 3.686) perdendo
para a inflação. A indústria (2.814) tem 35,7% e o
comércio (1.164), 32,1%. O maior percentual de
reajustes acima do INPC é do setor industrial
(24,7%).
Fonte: Rede Brasil Atual
22/10/2021 -
Centrais sindicais defendem auxílio de R$ 600
As 10 principais centrais sindicais do país, por
meio de nota, destacam que
“proteger a população e combater a fome é o que há
de mais urgente”
por Vera Batista
“Que a renda de proteção seja de R$ 600,00, com as
mesmas regras aplicadas pelo Auxílio Emergencial
para os casos especiais (p.ex. mães chefe de família
R$ 1.200,00). Que sejam reativadas e criadas
políticas de geração de emprego e renda, integradas
ao Programa Bolsa Família. Que a tributação sobre as
fortunas, altas rendas e lucros e dividendos seja
implementada imediatamente para financiar a proteção
social e o investimento público para gerar
empregos”, reforçam.
Veja a nota:
As centrais sindicais defendem a imediata expansão
da proteção de renda para a população carente e
vulnerável, para todos que vivem na pobreza, sem
emprego e sem nenhum tipo de proteção, através da
ampliação do Programa Bolsa Família.
O desgoverno Bolsonaro abandonou a nação à própria
sorte. Foge das suas responsabilidades de enfrentar
a crise sanitária, atrasa o provimento de vacina,
reduz o valor do Auxílio Emergencial e não apresenta
política econômica de desenvolvimento, acentuando o
desemprego ou gerando emprego precário sem proteção
laboral, social, previdenciária e sindical.
O resultado se expressa em cenas dantescas como
aquela fotografia capturada no instante em que
brasileiros procuravam comida em um caminhão de lixo
em Fortaleza ou aquela em que moradores do Rio de
Janeiro aglomeraram-se para pegar restos de carne
rejeitados por supermercados.
São apenas dois exemplos da triste imagem do Brasil
com sua política ultraliberal que despreza o povo,
configurada na postura intransigente do mercado em
defesa do nefasto Teto de Gastos.
Em números essas imagens expressam o alarmante
índice de 55% da população sofrendo insegurança
alimentar. São quase 90 milhões de pessoas que
passam fome. Também são quase 32 milhões de
trabalhadores que estão desempregados, desalentados,
trabalham jornada parcial de forma precária ou estão
na inatividade precisando de um emprego. A base
desta tragédia é a combinação entre desemprego
recorde, volta da inflação e carestia.
Diante disso, propomos que o Congresso Nacional
trate com urgência máxima a ampliação da cobertura
da proteção de renda através do Programa Bolsa
Família que integra ações de proteção de renda,
educação, saúde e assistência, articulado com os
Municípios e Estados.
Que a renda de proteção seja de R$ 600,00, com as
mesmas regras aplicadas pelo Auxílio Emergencial
para os casos especiais (p.ex. mães chefe de família
R$ 1.200,00).
Que sejam reativadas e criadas políticas de geração
de emprego e renda, integradas ao Programa Bolsa
Família.
Que a tributação sobre as fortunas, altas rendas e
lucros e dividendos seja implementada imediatamente
para financiar a proteção social e o investimento
público para gerar empregos.
É urgente a imediata revisão da Lei de Teto de
Gasto, permitindo que o Estado cumpra suas funções
primordiais de indutor do crescimento econômico e
promotor da justiça social, com fonte de
financiamento estável.
São Paulo, 20 de outubro de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta”
Fonte: Correio Braziliense com Centrais Sindicais
22/10/2021 -
Nova Central e CNTI repudiam veto de Bolsonaro
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI) emitiram Nota de repúdio ao veto do
presidente Jair Bolsonaro à Lei 14.214/2021, que
prevê a distribuição gratuita de absorventes.
As entidades sindicais lembram que a intenção do
projeto é de combater a precaridade menstrual, que
significa falta de acesso ou falta de recursos para
a compra dos produtos de higiene íntima. A
distribuição desses produtos seria para estudantes
de escolas públicas, mulheres privadas de liberdade
e também em situação de rua.
De acordo com a Nova Central e a CNTI, essa Lei
beneficiaria mais de 5,6 milhões de mulheres em
situação de vulnerabilidade social. “O veto é uma
agressão à dignidade humana das mulheres e viola
seus direitos sexuais e reprodutivos, coloca em
risco a saúde de muitas, em especial as jovens e
adolescentes”, diz a Nota.
Saúde precária – Segundo dados recentes da Unicef,
cerca de 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro
ou chuveiro em casa e mais de 4 milhões não têm
acesso a itens básicos de higiene íntima no Brasil.
A Nova Central e a CNTI defendem que as mulheres
devam ter acesso à políticas de garantia a condições
de higiene adequadas e necessárias no período
menstrual. Além disso, diz a Nota, “essa pauta deve
incluir questões trabalhistas, garantindo que os
empregadores respeitem as necessidades das mulheres
ao uso mais frequente de banheiros durante o período
menstrual”.
Leia – Clique
aqui e leia a Nota na íntegra.
Fonte: Agência Sindical
22/10/2021 -
Paim: STF fez justiça ao derrubar dispositivos da
reforma trabalhista
Em pronunciamento, nesta quinta-feira (21), o
senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a decisão do
Supremo Tribunal Federal de declarar
inconstitucionais aspectos da reforma trabalhista
(Lei 13.467/2017). Ele destacou que se trata dos
dispositivos que determinavam que os trabalhadores
ficassem responsáveis pelo pagamento dos honorários
periciais e das custas do processo, mesmo quando
beneficiários da justiça gratuita.
— Nós tínhamos alertado que isso cairia no Supremo.
Felizmente, a decisão repara uma injustiça contra o
povo trabalhador, que estava sendo intimidado a não
buscar o que tem de direito, o recebimento de verbas
trabalhistas não recebidas, porque tinha medo de, se
perdesse, ter que pagar tudo, afirmou.
O parlamentar destacou que outros aspectos da
reforma trabalhista derrubados pelo STF foram a
questão da mulher gestante e lactante em trabalhos
insalubres, assim como o pagamento de perícia médica
pelo segurado do INSS.
Paim alertou que a privatização dos Correios, se
ocorrer de forma atropelada, "como estão querendo",
também vai acabar no Supremo. Acrescentou que o
Senado precisa aprofundar o debate sobre esse tema.
—Temos que realizar debates ouvindo as duas partes,
sessão temática, ouvir a Comissão de Constituição e
Justiça, alargar o horizonte de discussão, analisar
com profundidade. Não podemos legislar somente pelo
interesse daqueles mais afoitos, visando ao lucro.
Fonte: Agência Senado
22/10/2021 -
Câmara aprova projeto que prioriza vaga de emprego
no Sine para mulher vítima de violência
Vagas remanescentes poderão ser preenchidas por
mulheres e, não havendo, pelo público em geral
O Plenário da Câmara aprovou o Projeto de Lei
3878/20, do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM),
que reserva 10% das vagas intermediadas pelo Sistema
Nacional de Emprego (Sine) às mulheres em situação
de violência doméstica ou familiar.
Conforme a proposta, não havendo o preenchimento das
vagas por ausência de mulheres em situação de
violência doméstica ou familiar, as vagas
remanescentes poderão ser preenchidas por mulheres
e, não havendo, pelo público em geral.
O texto, que agora vai ao Senado, é um substitutivo
elaborado pela relatora, deputada Tabata Amaral
(PSB-SP), que destacou a importância da aprovação.
“Toda proposta que vise criar condições que auxiliem
as mulheres a se manterem afastadas das situações de
violência doméstica é bem-vinda e deve ser analisada
com o máximo empenho e rapidez”, disse.
Durante o debate, a líder da bancada feminina,
deputada Celina Leão (PP-DF), defendeu a proposta.
“Nós sabemos que uma das formas de libertação da
violência doméstica é a independência financeira”,
afirmou.
O autor do projeto, deputado Alberto Neto (Republicanos-AM),
afirmou que o projeto visa contribuir para melhorar
a situação das mulheres vítimas de violência,
incentivando-as a entrar no mercado de trabalho. Ele
lembrou que o Brasil é o quinto país do mundo em
número de feminicídios.
“Esse projeto visa fazer com que a mulher tenha
independência financeira para sustentar seus filhos,
para ser feliz, para se salvar”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
21/10/2021 -
Medo de desgaste faz Câmara segurar PEC 32
Crescem as dificuldades governistas pra levar a voto a
reforma administrativa – PEC 32. Deputados temem
“votar e não voltar”, como pregam entidades do
funcionalismo. Outro temor da Câmara é de se
desgastar, caso aprove, e o Senado depois rejeite a
matéria.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segundo
o Valor Econômico, sinaliza que a reforma
“permanecerá na gaveta até que haja mobilização dos
interessados em aprová-la”. Mas isso só deve ocorrer
após as eleições de 2022. Bolsonaro, candidato à
reeleição presidencial, também teme se queimar.
A reforma, feita de cima pra baixo, tromba em
obstáculos. Juízes e promotores ficaram de fora, sob
pretexto de que seria inconstitucional tratar dessas
categorias via Legislativo. Mudanças previdenciárias
específicas a policiais atendem à bancada da bala,
mas contrariariam metas originais da PEC 32.
André Santos, assessor parlamentar, com larga
experiência no Congresso, vê o governo “tirar o pé
da reforma administrativa e dar mais atenção à PEC
dos Precatórios”. A administrativa seria antipática
e levaria à perda de votos.
Em jantar quarta (13), na residência do ministro
Ciro Nogueira (PP-AL), da Casa Civil, com a presença
de Arthur Lira, teria se decidido engavetar a
matéria, segundo disse Paulinho da Força (SD-SP),
durante encontro com sindicalistas, dia 15, em
Guarulhos.
Responsabilidade – “Todo o esforço das
entidades é pra que prevaleça a responsabilidade e
os interesses da sociedade sejam preservados”,
afirma Antonio Carlos Fernandes Lima Junior,
presidente da Conacate e coordenador do Movimento
Basta! De todo modo, ele assegura: “Não baixaremos a
guarda”.
Mais –
Portal Contra PEC 32.
Fonte: Agência Sindical
21/10/2021 -
Nota das Centrais sobre o Julgamento da ADI nº 5.766
pelo STF - Pleno acesso gratuito à Justiça do
Trabalho
Na sessão plenária do dia 14 de outubro de 2021, o
Supremo Tribunal Federal deu continuidade ao
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) nº 5.766, que discute a constitucionalidade de
dispositivos da Lei nº 13.467/17 relativos ao acesso
de pessoas pobres à Justiça do Trabalho e à
responsabilidade pelo pagamento dos custos do
processo. A questão controvertida é específica: a
efetividade do benefício da justiça gratuita ante os
limites impostos pela “Reforma Trabalhista”.
O Ministro Luiz Fux, Presidente do Tribunal,
alinhou-se ao voto do Ministro Relator Luís Roberto
Barroso, para promover uma “análise econômica do
Direito”, argumentando que a “Reforma Trabalhista”
buscou evitar o que chamou de “demandas frívolas”.
Os dois votos, lamentavelmente, seguem a mesma linha
e desconhecem por completo a realidade das
trabalhadoras e trabalhadores brasileiros com ou sem
registro em carteira. Dialogam com um mundo
abstrato, citando autores e a Constituição
estadunidense. Dialogam, apenas, com o grande
capital e seus perversos efeitos sobre os mais
pobres. Ignoram, abertamente, estudos promovidos por
entidades como o Dieese, Cesit, Ipea e outras
instituições que utilizam dados da realidade
brasileira.
No Brasil, há recordes de taxas de rotatividade.
Segundo dados e fontes seguras, mais de 60% da mão
de obra empregada (vínculo formal) deixa o trabalho
anualmente (taxa global que considera todos os tipos
de desligamento). O que representa, em números, a
totalidade da população de muitos países europeus.
Parte expressiva dessas pessoas recebem até 2
salários- mínimos e não receberam seus direitos
básicos. O número de processos judiciais deveria ser
baixo, se isso fosse o resultado do elevado
cumprimento dos direitos dos trabalhadores.
Exigir que o trabalhador procure a Justiça apenas se
tiver “certeza” de procedência de seus pedidos é
exigir um cálculo impossível de ser realizado.
Limita, inclusive, o exercício da própria
jurisdição. Seria o caso, então, de se condenar em
dobro sempre que se reconheça um direito não
satisfeito ao seu tempo? Disso não se fala, ao
contrário, na ADC nº 58, ao limitar a aplicação de
juros e correção monetária nos créditos trabalhistas
judiciais, incentivou-se o mal pagador e a demora no
pagamento de créditos de natureza salarial.
A “Reforma Trabalhista” foi apresentada como medida
eficiente para gerar empregos. Não gerou. Não vai
gerar. O que ela produz é mais precariedade, menos
recursos para a grande maioria da população
brasileira, empregos de péssima qualidade e
desproteção social. É causa de insegurança jurídica
e econômica para a grande parcela da população
brasileira que vive exclusivamente de salário e não
de renda financeira.
Para os Ministros, é legítima a atuação do Poder
Legislativo buscando diminuir os números de
litigiosidade aventureira no País, desconhecendo
que, conforme estatística do Tribunal Superior do
Trabalho1, a esmagadora maioria dos processos pedem
pagamento de aviso-prévio, multa de 40% do FGTS,
multa por atraso no pagamento, férias, 13º salário e
outros itens básicos de puro descumprimento da
legislação trabalhista.
Essa lógica de sequestro do Direito pela economia é
atentatória aos Direitos dos mais vulnerabilizados;
contraria a busca por emprego justo, salário decente
e vida digna; impõe um cálculo de “custo dos
direitos” a partir de princípios de eficiência e
acumulação de renda e riqueza dos mais poderosos;
afasta-se da perspectiva de bem-estar e da redução
efetiva da pobreza; mantém uma economia de
sobreviventes, com o discurso do mínimo existencial.
Enfim, seria preciso perguntar: quanto custa não ter
Direitos?
O processo deverá ser retomado na próxima
quarta-feira, na sessão telepresencial do dia 20 de
outubro, colhendo os votos dos demais Ministros e
Ministras.
Registre-se o voto divergente apresentado pelo
Ministro Edson Fachin, que declarou a integral e
completa inconstitucionalidade dos dispositivos
questionados, ressaltando que “a gratuidade da
Justiça se apresenta como um pressuposto para o
exercício do direito fundamental ao acesso à própria
Justiça”. Bem como a manifestação do Ministro
Ricardo Lewandowski, que, na primeira sessão em que
o processo foi examinado, fez um breve aparte para
chamar a atenção dos colegas sobre a aplicação
temerária da corrente “Análise Econômica do
Direito”. Ressaltou que direitos fundamentais, como
o princípio da dignidade da pessoa humana, não devem
ser interpretados conforme critérios de eficiência e
utilitarismo.
Essa é a linha decisória que nos anima a expressar o
desejo de que o Supremo Tribunal Federal possa
caminhar por rumo oposto aos dos votos apresentados
pelos Ministros Luiz Fux e Roberto Barroso.
Não esperamos que o Supremo Tribunal Federal esteja
à frente de seu tempo! Mas também não podemos
concordar que esteja alinhado às teorias econômicas
que debilitam o Estado Social e Democrático de
Direito. O enfraquecimento dos direitos sociais, do
acesso amplo à Justiça e da proteção social destroem
a Democracia, tanto quanto as práticas políticas que
abertamente a desprezam e precisam ser combatidas.
As importantes decisões proferidas por esta Corte em
matéria de diversidade, saúde no trabalho e contra
os ataques antidemocráticos ocorridos nos últimos
tempos, devem ter o seu equivalente na afirmação dos
direitos sociais e econômicos. Ambos são
inseparáveis. Sem estes, também se está debilitando
a Democracia e estimulando formas autoritárias e
neofacistas, como se tem visto no Brasil e em parte
do mundo.
Há uma extensa agenda trabalhista e sindical sendo
examinada pela Corte que estão a exigir mais
diálogo, mais abertura para ouvir e compreender os
dados da realidade brasileira e a afirmação da
Constituição de 1988, que fez prevalecer a
valorização do trabalho humano sobre a liberdade
econômica.
Brasília, 17 de outubro de 2021.
Sérgio Nobre
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antônio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros
Edson Carneiro da Silva (Índio) Secretário Geral
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Luiz Carlos Prates (Mancha)
Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
José Gozze
Presidente - Pública Central do Servidor
Fonte: Centrais Sindicais
21/10/2021 -
Lula apoia
Auxílio de 400,00
Num dia em que mercado e grande mídia reagem
histéricos aos R$ 400,00 de Auxílio anunciados pelo
presidente Bolsonaro, a voz lúcida que se levanta em
defesa do benefício é a do ex-presidente Lula.
LULA – Em postagem nas redes sociais, ele
escreve, literalmente: “Tô vendo o Bolsonaro dizer
agora que vai dar R$ 400,00 de Auxílio. Tem gente
dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos
aceitar. Não penso assim. O PT defende um Auxílio de
R$ 600,00, desde o ano passado. O povo precisa. Ele
tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema
dele”.
Dar algum tipo de dinheiro, ou auxílio, aos pobres
mexe com os brios dos endinheirados. Manchete do
Valor Econômico desta quarta (20) diz: “Valor do
auxílio ameaça teto de gastos e abala mercados”. No
jornal Folha de S.Paulo: “Bolsonaro mira eleição e
pede auxílio de R$ 400, que fura o teto”.
R$ 600,00 – Vale lembrar que o Auxílio de R$
600,00 vigorou até dezembro, mas foi suspenso por
Bolsonaro. O Emergencial foi obtido no Congresso
Nacional por pressão do sindicalismo, especialmente
das Centrais Sindicais. Bolsonaro/Guedes não queriam
dar nada, depois falaram em R$ 140,00, chegaram a R$
300,00, mas tiveram que engolir um valor que é o
dobro disso.
Fonte: Agência Sindical
21/10/2021 -
Trabalhador com acesso gratuito à Justiça não deve
pagar honorários, decide STF
Por 6 a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal)
votou, nesta quarta-feira (20), pela
inconstitucionalidade dos dispositivos da Reforma
Trabalhista que fazem com que o trabalhador pague
honorários periciais e os advocatícios sucumbenciais,
caso seja a parte vencida, mesmo que seja
beneficiário da Justiça gratuita.
Permaneceu apenas a cobrança do pagamento das custas
processuais em caso de arquivamento injustificado
por ausência em audiência.
Com esta votação, o Supremo conclui a apreciação da
ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.766,
que discutiu a constitucionalidade de dispositivos
da Lei 13.467/17 relativos ao acesso de pessoas
pobres à Justiça do Trabalho e à responsabilidade
pelo pagamento dos custos do processo.
Trata-se, pois, de questão controvertida e
específica, que é a efetividade do benefício da
justiça gratuita ante os limites impostos pela
Reforma Trabalhista”.
Esta é mais uma da série de ações que questionam a
Reforma Trabalhista, sancionada pelo governo de
Michel Temer e é uma perda para os defensores das
modificações feitas em 2017.
Especialistas, todavia, acreditam que a posição
firmada não garante que a Corte se posicionará
contra a Reforma Trabalhista em todos os itens. Para
eles, a análise será feita caso a caso.
O STF ainda tem importantes itens da Reforma
Trabalhista a serem julgados:
1) trabalho intermitente; 2) se as cláusulas de
acordos coletivos podem integrar os contratos
individuais de trabalho; 3) teto indenizatório por
danos morais e extrapatrimoniais nas ações perante a
Justiça do Trabalho; e a 4) prevalência do acordado
sobre o legislado.
Fonte: Diap
20/10/2021 -
Governo cancela cerimônia de lançamento do Auxílio
Brasil
Metrópoles - O governo cancelou a cerimônia de
lançamento do Auxílio Brasil, programa social que
vai substituir o Bolsa Família e está sendo pensado
como forma ajudar a recuperar popularidade da gestão
Jair Bolsonaro. O evento estava previsto para as 17h
desta terça-feira (19/10), no Palácio do Planalto.
A assessoria de imprensa do Ministério da Cidadania
informou o cancelamento e não forneceu detalhes
sobre nova data para o evento.
O salão nobre do palácio, onde costumam ocorrer
cerimônias do tipo, havia sido organizado para o
evento, mas não havia nenhuma placa alusiva ao
Auxílio Brasil.
Fonte: Brasil247
20/10/2021 -
Centrais sindicais saem em defesa da presidenta da
UNE
Em nota publicada, na tarde desta segunda-feira
(18), os presidentes das centrais sindicais – Força
Sindical, UGT, CTB, CSB e NCST saíram em defesa da
presidenta da UNE (União Nacional dos Estudantes),
Bruna Brelaz, em razão dos ataques sofridos por
parte de pessoas que compartilham do seu próprio
espectro político.
Em entrevista à Folha SP desta segunda (18), Bruna
revelou que o motivo dos ataques é sua postura ampla
e aberta ao diálogo com diferentes partidos. “São
ataques que militam em prol de velhos dogmas, que
dificultam a organização e o avanço do campo
progressista e que, infelizmente, não são novidade”,
dizem os sindicalistas.
As lideranças sindicais defendem que práticas como
essas, que só atrapalham a construção de uma boa
política e, consequentemente, de uma boa nação,
devem ser superadas e substituídas por práticas mais
civilizadas, que agreguem maior representatividade e
diversidade na luta social.
Os sindicalistas saudaram a coragem com que Bruna
Brelaz revelou situações duras que vem passando,
colocando-se de forma responsável e politicamente
madura. “Repudiamos as expressões e ações de ódio,
tanto dos extremistas da direita quanto dos da
esquerda”, completam.
Leia a seguir a nota na íntegra:
Nota de solidariedade a Bruna Brelaz,
presidenta da UNE
Em entrevista publicada nesta segunda-feira (18), na
Folha de São Paulo, a presidente da União Nacional
dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, revelou que, em
razão de sua postura ampla e aberta ao diálogo com
diferentes partidos, tem sofrido ataques por parte
de pessoas que compartilham do seu próprio espectro
político.
São ataques que militam em prol de velhos dogmas,
que dificultam a organização e o avanço do campo
progressista e que, infelizmente, não são novidade.
Trata-se de uma história manjada: uma artilharia
pronta para atacar todos e todas que ousam romper os
limites impostos por grupos minoritários, porém
muito ativos, que pregam o sectarismo e o
hegemonismo na política.
Práticas como essas, que só atrapalham a construção
de uma boa política e, consequentemente, de uma boa
nação, devem ser superadas e substituídas por
práticas mais civilizadas, que agreguem maior
representatividade e diversidade na luta social.
Neste sentido, saudamos a coragem com que Bruna
Brelaz revelou situações duras que vem passando,
colocando-se de forma responsável e politicamente
madura.
Repudiamos as expressões e ações de ódio, tanto dos
extremistas da direita quanto dos da esquerda. As
divergências políticas existem e devem ser
respeitadas, dentro do campo da paz, da democracia e
da construção de um País melhor para todos.
Com sua postura ampla, progressista e aberta ao
diálogo, a presidente da UNE, Bruna Brelaz, honra a
entidade que representa e aponta o caminho certo
para a retomada do desenvolvimento com justiça
social. Merece todo apoio!
São Paulo, 18 de outubro de 2021
Miguel Torres
presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Antonio Neto
presidente da CSB – Central dos Sindicatos
Brasileiros
Adilson Araújo
presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
presidente da NCST – Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Fonte: Radio Peão Brasil
20/10/2021 -
PIB recua 1% em agosto, aponta Ibre/FGV
Na comparação interanual, a economia avançou 4,4%
A atividade econômica registrou em agosto um recuo
de 1% em relação ao mês anterior e alta de 0,7% no
trimestre móvel encerrado no oitavo mês do ano, se
comparado ao período concluído em maio. Foi o que
apontou a análise da série dessazonalizada do
Monitor do PIB-FGV, divulgada hoje (19) pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV). Já na comparação interanual, a
economia avançou 4,4% em agosto e 6,7% no trimestre
móvel terminado no mesmo mês. Em termos monetários,
a estimativa é de que no acumulado do ano até agosto
de 2021, em valores correntes, o Produto Interno
Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços
produzidos no país), ficou em R$ 5,680 trilhões.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
20/10/2021 -
Bolsonaro, inimigo dos trabalhadores
A trajetória política de Jair Bolsonaro – de capitão
reformado do Exército a presidente da República,
passando por oito mandatos parlamentares – ilustra a
força do capital na atração de lideranças de origem
corporativa. Militar de carreira inexpressiva, sem
destaque por nenhum serviço maior prestado às Forças
Armadas, Bolsonaro se notabilizou inicialmente como
uma espécie de líder sindical de um segmento da
corporação.
Em 1986, chegou a ficar preso por 15 dias no
Exército após escrever um artigo na revista Veja em
que criticava a corporação e reivindicava melhores
salários. Um ano depois, acusado de planejar ataques
a bomba para chamar atenção para sua pauta
“trabalhista”, foi inocentado no Superior Tribunal
Militar. O comando do Exército recriminava sua
indisciplina, mas seus pleitos eram acolhidos por
expressiva parcela da tropa. Estava criada a base
eleitoral que o levou à Câmara dos Vereadores do Rio
de Janeiro, em 1988, e à Câmara Federal, a partir de
1990.
O parlamentar Bolsonaro se manteve como defensor dos
militares e já manifestava abertamente suas
convicções mais reacionárias, como o anticomunismo
doentio, a homofobia e a misoginia, além do culto à
ditadura militar (1964-1985). Por vários mandatos,
posicionou-se, invariavelmente, contra as
privatizações. Da mesma maneira, evitava ser
porta-voz de medidas que atacavam os servidores ou o
conjunto dos trabalhadores.
Muita coisa mudou com o projeto presidencial. Na
preparação de sua campanha ao Planalto, Bolsonaro
abraçou o ideário ultraliberal – encarnado na figura
do economista Paulo Guedes – e passou a vocalizar a
plataforma patronal. Como candidato, aliou-se
prioritariamente ao agronegócio, foi aplaudido em
entidades empresariais e caiu no gosto no sistema
financeiro.
Seu antecessor da Presidência, Michel Temer
(2016-2018), já havia promovido um ataque sem
precedentes aos trabalhadores, com o fim da política
de valorização do salário mínimo, a reforma
trabalhista e a liberação da terceirização
irrestrita. Mudar a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) era necessário – dizia Temer – para
modernizar a legislação e gerar empregos. Mas ao fim
de seu governo, em dezembro de 2018, o Brasil
contabilizava 12,2 milhões de desempregados e 4,7
milhões de desalentados, conforme a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Bolsonaro, como candidato, era mais explícito: se
eleito, cortaria direitos, sim. Em entrevista ao
vivo no Jornal Nacional, a menos de 40 dias da
eleição presidencial, ele condenou a histórica PEC
das domésticas e criticou a luta por igualdade
salarial entre homens e mulheres. Para firmar seu
compromisso com a “classe empregadora”, Bolsonaro
repetiu um mantra de sua campanha: “O trabalhador
terá que escolher entre mais direito e menos
emprego, ou menos direito e mais emprego”.
A gestão Bolsonaro deu sequência ao desmonte do
governo Temer já nos primeiros dias em Brasília. O
Ministério do Trabalho foi extinto e a fiscalização
das condições de trabalho reduzida. Num golpe ao
direito de se aposentar, foi aprovada a pior reforma
da Previdência da história do País. Guedes voltou a
falar numa Carteira de Trabalho Verde-Amarela –
versão precarizada da carteira de trabalho. A fim de
diminuir as responsabilidades dos patrões perante os
trabalhadores, o presidente também lançou o Programa
Permanente de Consolidação, Simplificação e
Desburocratização de Normas Trabalhistas.
Como se sabe, nada disso ajudou a classe
trabalhadora brasileira e, pior, não culminou na
geração de empregos. A prolongada crise da economia
se agravou devido não apenas à pandemia de Covid-19
– mas também às escolhas do governo Bolsonaro.
Segundo a mais recente Pnad Contínua, havia 14,1
milhões de desempregados e 5,4 milhões de
desalentados no segundo trimestre deste ano.
A precarização igualmente avançou: em um ano, o
número de trabalhadores que não têm carteira
assinada, CNPJ ou remuneração disparou de 30,7
milhões para 36,3 milhões. A “uberização do
trabalho”, um fenômeno mundial, ganhou escala muito
acima da média no Brasil, com a multiplicação de
empregos atrelados a aplicativos (apps) e marcados
por condições precárias, sem salário fixo nem
direitos.
Tudo isso, somado à inflação – em especial, a de
alimentos –, levou ao crescimento da miséria.
Segundo a FGV Social, 13% dos brasileiros vivem com
renda per capita mensal inferior a R$ 261 por mês –
ou seja, na extrema pobreza. Em dez anos, a renda
média dos trabalhadores regrediu 26,2%.
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta
quarta-feira (13), com base em dados da Rede
Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mostra o
legado social do governo Bolsonaro. Os “aglomerados
subnormais”, como as favelas, eram 3,2 milhões em
2010 e passaram a 5,1 milhões em 2019. Além disso,
55% dos brasileiros enfrentavam algum tipo de
insegurança alimentar (grave, moderada ou leve) em
dezembro de 2020.
“Quase 20 milhões de brasileiros, um Chile, declaram
passar 24 horas ou mais sem ter o que comer em
alguns dias”, informa o jornal. “Mais 24,5 milhões
não têm certeza de como se alimentarão no dia a dia
e já reduziram quantidade e qualidade do que comem.
Outros 74 milhões vivem inseguros sobre se vão
acabar passando por isso.”
A gestão Bolsonaro não é apenas incapaz de enfrentar
a crise econômica, social e política. O bolsonarismo
é, hoje, o centro da crise. Não bastassem os
numerosos crimes de responsabilidade e crimes comuns
que seu governo cometeu, há um crime humanitário: é
um governo genocida, de destruição e morte. Barrar
Bolsonaro é o imperativo urgente para a salvação do
Brasil.
Fonte: Portal Vermelho
20/10/2021 -
Lira cobra do Senado votação do projeto que muda
regras do Imposto de Renda
Para ele, texto aprovado pela Câmara faz justiça
tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
criticou nesta terça-feira (19) a demora dos
senadores em votar a proposta que altera as regras
do Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas e
estabelece a cobrança de dividendos, já aprovada
pela Câmara.
Hoje, o governo recuou no anúncio do valor do Renda
Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família.
O governo pretendia pagar R$ 400 até o final de
2022, mas houve reação da equipe econômica e do
mercado financeiro. Parte dos recursos para
financiar o novo programa viria da arrecadação
obtida se aprovada a reforma da legislação do
Imposto de Tenda. De acordo com a proposta do
governo, parte do valor do Renda Brasil seria pago
pelo orçamento previsto pelo antigo Bolsa Família
(R$ 300). Os outros R$ 100 restantes seriam pagos
fora do teto, mas como um pagamento temporário.
“O Senado está parado com votações de reformas
estruturantes. Até agora, nenhuma posição sobre o
Imposto de Renda, e sabemos que é base de cálculo
para novas fontes. O governo está trabalhando
alternativas, caso o Senado não vote o texto
aprovado pela Câmara”, disse Lira.
Lira disse que o Senado não é obrigado a discutir a
matéria, nas afirmou que o texto faz justiça
tributária e negou que seja uma proposta
eleitoreira, como foi dito pelo relator no
Senado. “Votamos uma proposta que contrariou muitos
interesses no Brasil e tem um contexto certo. Taxa
quem ganha R$ 320 bilhões e não paga imposto”,
disse.
Precatórios
Lira afirmou que, se a comissão que debate a proposta
que regulamenta o pagamento dos precatórios aprovar
o texto nesta quarta-feira, no fim do dia a PEC pode
ir para o Plenário. O texto da comissão prevê um
limite de R$ 40 bilhões para o pagamento dos
precatórios em 2022.
Fonte: Agência Câmara
20/10/2021 -
TST vai usar reconhecimento facial em prova de vida
para aposentados
A distância e por meio digital desde o início de
2021, o recadastramento de magistrados e servidores
aposentados e pensionistas do Tribunal Superior do
Trabalho terá mais uma novidade: a prova de vida
poderá ser feita por meio de reconhecimento facial
no aplicativo "gov.br".
A iniciativa, inédita no Poder Judiciário, é fruto
da parceria entre a presidência do TST e a
Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia.
"O TST é o primeiro órgão do Judiciário a utilizar
essa tecnologia para fins de prova de vida. É um
serviço que melhora o atendimento aos servidores
inativos e aos pensionistas, pois permite que todo o
processo seja executado de forma remota, segura e
célere", destaca a presidente do TST, ministra Maria
Cristina Peduzzi.
A implantação da prova de vida com a utilização da
biometria facial torna o processo do recadastramento
mais acessível aos aposentados e aos pensionistas do
TST, considerando que poderão cumprir essa exigência
legal de qualquer lugar do mundo, bastando, para
tanto, ter acesso a um dispositivo móvel e conexão
com a internet.
A nova modalidade de recadastramento surge também
como forma de preservar os que se mostram
vulneráveis nesse período de pandemia.
A solução é integrada à plataforma "gov.br" e
permite a comprovação para fins de recebimento dos
proventos. O procedimento além de mais rápido, evita
fraudes e pagamentos indevidos e, por isso, deve
ocorrer periodicamente.
(Mais informações: Conjur)
Fonte: Consultor Jurídico
20/10/2021 -
Trabalhadores dos Correios seguem sem Acordo
Em julgamento nesta segunda (18), o relator do
dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho
(TST), ministro Alexandre Agra Belmonte, fixou o
reajuste salarial aos trabalhadores dos Correios em
9,75%. Porém, o ministro Ives Gandra Filho anunciou
divergência parcial e pediu vista ao processo. Desta
forma, os funcionários da empresa seguem sem Acordo.
Este índice, apesar de estar abaixo do INPC
acumulado dos 12 meses da data-base (1º de agosto),
seria aplicado nos salários e nos vales alimentação
e refeição.
O representante jurídico da Federação Nacional dos
Trabalhadores nos Correios (Fentect), Alexandre
Lindoso, afirma que a empresa é intransigente nas
negociações com os sindicalistas. Segundo ele, essa
postura patronal é adotada desde 2019. Em 2020, em
outro julgamento de dissídio coletivo, o TST excluiu
a maior parte das cláusulas do Acordo Coletivo.
Os funcionários da estatal afirmam que, desde 2017,
o discurso empresarial é o mesmo: de que os Correios
passam por dificuldades financeiras. Apesar disso,
os lucros são exorbitantes. Em 2020, o lucro foi de
R$ 1,5 bilhão. Neste ano, apenas no primeiro
semestre, já foram pouco mais de R$ 808 milhões.
Em Nota, o Sindicato de São Paulo (Sintect-SP) diz
que fará um informe jurídico sobre as pautas para
que sejam analisadas na prática o que mudou nas
pendências do dissídio anterior.
Elias Cesário (Diviza), presidente do Sintect-SP,
afirma que a luta pelos direitos e reajuste
continua. “Reafirmamos nosso compromisso de buscar
negociar e trazer o melhor pra categoria”, conta o
dirigente.
Processo – Com a suspensão do processo de dissídio
coletivo dos Correios, a pauta será retomada na
próxima sessão, marcada para novembro, sem data fixa
para ocorrer.
Fonte: Agência Sindical
19/10/2021 -
Dieese
mostra arrocho salarial
As categorias profissionais estão perdendo pra
inflação. O arrocho salarial já é uma realidade no
Brasil. A maioria dos reajustes nas negociações
coletivas não consegue repor as perdas frente a um
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que
já supera os 10%.
Agosto foi um mês péssimo, mostra o boletim número
12 do Dieese “Retrato das Negociações”. Nesse mês,
apenas 8,8% das negociações obtiveram reajuste acima
do INPC. O saldo: 66,3% das negociações ficaram
abaixo da inflação; 25% empataram com o INPC; e 8,8%
conseguiram ganho superior ao índice inflacionário –
em julho, os ganhos haviam ficado em 20,3%.
Setembro pode apresentar alguma melhora e desbancar
o arrocho, tendo em vista o acordo nacional dos
bancários, firmado em 2020 e com validade para dois
anos, e também a data-base de alguns setores do
comércio.
Campanhas – Categorias com maior poder de
negociação, como químicos e metalúrgicos, estão em
campanha salarial. Pode ser que a curva das perdas
perca força até novembro. Pode ser.
É o que espera o economista Rodolfo Viana,
responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos
Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Ele informa que
o estudo da entidade indica que uma inflação maior
somada a uma atividade mais fraca resulta em
negociações com esses parâmetros analisados.
“Importante destacar que, ainda que a parte
econômica não tenha reposto o INPC, as Convenções e
Acordos Coletivos assinados garantem uma série de
outros direitos”, afirma Rodolfo. Para ele, o bom
acordo é aquele aprovado pela categoria. “Mas para
além disso, tem todo o trabalho de mobilização”,
avalia.
Mais – Clique
aqui e acesse o boletim De Olho nas Negociações
do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
19/10/2021 -
Estudo mostra que teto de gastos e outras reformas
reduzem direitos e ampliam desigualdade
Levantamento que analisou normas já aprovadas e
outras propostas ainda em tramitação mostra que o
argumento de que elas iriam promover crescimento
econômico é uma “falácia”
Desde 2016, quando um golpe derrubou a presidenta
Dilma Rousseff (PT), o Estado brasileiro vem sendo
alvo de várias reformas, sob alegação de criar
empregos e promover desenvolvimento e crescimento
econômico. Mas, longe de entregar o prometido, o que
o teto de gastos e as reformas conseguiram até agora
foi destruir avanços nas áreas sociais conquistados
nas últimas décadas, precarizando os serviços
públicos e reforçando as desigualdades.
É o que destaca o estudo “Não é uma crise, é um
projeto: os efeitos das Reformas do Estado entre
2016 e 2021 na educação” produzido pela Campanha
Nacional pelo Direito à Educação, com apoio da
organização internacional ActionAid e outras
entidades. O documento revela como as reformas
liquidam, na prática, direitos estabelecidos. De
acordo com a coordenadora do estudo,Vanessa Pipinis,
ela fazem parte de uma agenda ampla, combinada e
complementar.
“A justificativa que estava por trás da medida era
de que a redução da dívida pública e dos gastos
públicos implicariam necessariamente em um
crescimento econômico. E a gente percebe nas
análises que isso não é verdade”, explica.
Retrocessos
“Congelando as medidas por 20 anos, o que vemos é um
desfinanciamento das políticas públicas. E o impacto
é uma promoção do corte de investimento público em
educação. O que percebemos é que a Emenda
Constitucional 95 coloca em risco direitos
históricos, conquistados pelo brasileiro na
Constituição de 1988. E, em relação à educação,
especialmente a Emenda 95, ela limita os
investimentos federais na área da educação,
exatamente em um momento histórico. Precisaríamos de
mais investimento e mais aportes para a área
educacional em um contexto que temos evasão
(escolar) e uma série de questões que afetam as e os
estudantes brasileiros”, completa Vanessa.
Além do Teto de Gastos, o estudo também analisa a
Emenda Constitucional do Controle das Despesas
Públicas e a “reforma” trabalhista. Também são
observados os impactos de propostas ainda em
tramitação. Entre elas, a reforma tributária, a
reforma administrativa e a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 13/2021 que permite o
descumprimento do piso mínimo de investimento em
educação.
O levantamento demonstra que as medidas estudadas
não promoveram crescimento econômico, geração de
emprego ou distribuição de renda. Além de piorar
muito a oferta de serviços públicos.
Agenda falida
A coordenadora da Campanha, Andressa Pellanda, destaca
que as atuais reformas que se procura implementar no
Brasil são uma continuidade do Consenso de
Washington. Criado nos anos 1990, essa série de
reformas que já são mundialmente reconhecidas como
uma agenda falida, mas que ainda encontra defensores
apaixonados no Brasil.
“No Brasil a gente tem o governo Bolsonaro deixando
cortes e mais cortes. O mais recente e absurdo, o
corte no CNPq, na contramão de todas essas
recomendações internacionais e nacionais de como
superar essa grande crise global. Isso acontece
porque o nosso ministro da Economia, Paulo Guedes,
estudou inclusive na Escola de Chicago durante esse
período da formulação das reformas do Consenso de
Washington. Mas ele não se atualizou, ao que parece,
e nem está preocupado com os direitos humanos”,
contesta.
Impactos das reformas
Embora a Emenda Constitucional do Teto de Gastos tenha
vigência de duas décadas, em apenas três anos ela já
provocou uma grave redução de recursos. Desde que
foi promulgado, o Teto de Gastos levou a uma redução
de 17% nos investimentos a nível federal. Além de
reduzir a verba do Fundo Nacional para o
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da alimentação
escolar.
A doutora em economia Ana Luiza Matos destaca que o
teto de gastos já está cortando direitos e
possibilidades dos brasileiros, sobretudo quando
observados os gastos em educação.
“Por exemplo, colocando em risco o Plano Nacional de
Educação. Em 2015, o investimento do nosso PIB em
educação era de 6,5%. Estava próximo do que
esperávamos na meta 20 do PNE de chegar até 2019 com
7% do PIB. Contudo, a partir de 2016, tivemos uma
queda desse valor investido. Em 2019, a gente contou
com 5,6%, muito abaixo do esperado e muito abaixo do
esperado para o final desse processo de 2024”,
aponta a economista.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/10/2021 -
Reforma Administrativa tem chances médias na Câmara
e baixas no Senado
Polêmica e criticada pela maioria das
organizações ligadas ao funcionalismo público, a PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) 32/20, da
Reforma Administrativa, passou com alguma
dificuldade na comissão especial e agora aguarda
análise pelo plenário da Câmara.
Novamente, o texto deve ter novas dificuldades pelo
caminho. No plenário, a matéria terá de passar por 2
turnos de votações. Para ser aprovada necessita de,
pelo menos, 308 votos. E o governo (ainda) não
possui isso.
Viabilidade de aprovação
Levantamento mostra que há chances medianas de
aprovação da reforma na Câmara. Mas baixas no
Senado. Na verdade, reforçando impressão que já se
tem, de que hoje o Senado tem sido uma Casa bem mais
difícil para a aprovação dos temas de interesse do
governo federal.
Como há baixas possibilidades de a matéria ser
aprovada no Senado, os deputados ficam mais
reticentes para aprovar o texto chancelado na
comissão especial. Eles pensam: fazemos a maldade
aqui com os servidores e o povo. Chega no Senado e a
proposta trava. Nos comprometemos em vésperas de
eleições e os senadores ficam como os “salvadores da
pátria”.
Eis a
matéria completa no Portal Congresso Em Foco
Fonte: Diap
19/10/2021 -
Saúde mental dos trabalhadores piora na pandemia:
70% estão nervosos, tensos ou preocupados
Pesquisa inédita do IBPAD mostra que 70% dos
entrevistados se dizem tensos, nervosos ou
preocupados
Apesar de saúde mental ainda ser tabu na relação
entre funcionários e empresas, o tema tem um apelo
crescente, que foi reforçado na pandemia. Desde o
início da crise sanitária global que também afetou
relações pessoais e profissionais, a saúde mental
dos trabalhadores brasileiros piorou.
Ao menos 70% se dizem mais nervosos, tensos ou
preocupados nesse um ano e meio sob a ameaça da
Covid e com muita gente trabalhando em casa. Os
dados são de um estudo inédito realizado pelo
movimento #MenteEmFoco com o Instituto Brasileiro de
Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
Ansiedade acentuada foi citada por 55%, além de
estresse (51%) e tristeza (49%). Dos ouvidos, 62%
disseram que a empresa onde trabalham não ofereceu
qualquer suporte relacionado à saúde mental.
— É preciso trazer consciência sobre a saúde mental,
e as empresas têm papel nisso. A pesquisa indica
essa urgência — diz o diretor executivo do IBPAD,
Max Stabile.
Também chama atenção o fato de poucos procurarem
ajuda especializada. Só 16% foram a psicólogos ou
psiquiatras. A maioria (57%) não buscou ajuda, e os
demais recorreram a familiares ou amigos.
— Existe uma percepção de que faz parte sentir-se
tenso, nervoso ou preocupado quando se trabalha
muito. Há uma naturalização de que o mundo do
trabalho é assim mesmo — observa Stabile. — Mas isso
é preocupante, porque todos estão passando por isso
e falando pouco ou quase nada. Não se pede ajuda. É
papel das empresas mostrar que a cultura corporativa
não deve ser essa.
Compromisso das empresas
Entre os ouvidos, 29% relataram dificuldade de exercer
alguma função por não se sentirem bem mentalmente, o
que afeta também as empresas. Acumulam mais sintomas
os jovens de até 34 anos.
Nesse cenário, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU
e a InPress Porter Novelli, em parceria com a
Sociedade Brasileira de Psicologia, lançaram o #MenteEmFoco,
que convida empresas a se comprometerem com a saúde
mental no ambiente de trabalho.
— Vivemos uma pandemia de burnout. Mas, muitas
vezes, falar de saúde mental é visto como sinal de
fraqueza. Um dos objetivos é quebrar isso — diz
Carlo Pereira, diretor executivo da Rede Brasil do
Pacto Global da ONU.
Já aderiram à iniciativa 38 empresas, com mais de
200 mil empregados. Elas se comprometem a ter
profissionais de referência para atendimento e
aconselhamento e a promover ações em favor da saúde
mental e da redução do estigma. A meta é superar mil
empresas e 10 milhões de pessoas até 2030.
Fonte: Jornal Extra
19/10/2021 -
Comissão aprova pagamento do 13º salário em dobro
aos segurados da Previdência Social
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou proposta que prevê a concessão
em dobro do abono anual, o chamado “13º salário”, da
Previdência Social pago a aposentados, pensionistas
e beneficiários de auxílios diversos (por morte,
doença, acidente ou reclusão).
Foi aprovado o substitutivo da relatora, deputada
Flávia Morais (PDT-GO), ao Projeto de Lei 4367/20,
do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). Flávia
incorporou ao texto o apensado (PL 5641/20). “A
concessão em dobro do benefício poderá estimular a
recuperação econômica, tão necessária para a redução
do desemprego e da fome, que vêm se disseminando”,
afirmou.
Conforme o substitutivo aprovado, o pagamento
dobrado do abono anual para os segurados da
Previdência Social deverá ocorrer, se sancionada a
futura lei, até 2023. “A concessão excepcional
dessas parcelas contribuirá para os recursos
necessários às famílias nas despesas de final de
ano”, observou a relatora.
Autor do projeto original, Pompeo de Mattos afirmou
ainda que o pagamento de mais uma parcela do abono
previdenciário será relevante diante da pandemia de
Covid-19. “Valores do 13º salário recebidos por
aposentados e pensionistas são elementos importantes
na dinâmica econômica do País”, ressaltou.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisada pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
19/10/2021 -
Reversão de justa causa não garante indenização por
danos morais, decide TST
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
o pedido de indenização de um gerente de uma
administradora de imóveis, demitido sob a acusação
de ter sido negligente na fiscalização do tesoureiro
da empresa, que desviou cerca de R$ 160 mil. A
dispensa por justa causa foi revertida pela Justiça
do Trabalho, mas o gerente não conseguiu comprovar
os danos morais decorrentes da demissão.
Na reclamação trabalhista, o profissional, gerente
administrativo por mais de 15 anos e demitido sob a
acusação de desídia, disse que o tesoureiro, numa
operação fraudulenta e criminosa, falsificara
documentos da empresa para viabilizar a
transferências dos valores para a conta de sua
esposa. Ele argumentou, entre outros pontos, que não
tinha obrigação de fiscalizar, controlar ou revisar
do trabalho do tesoureiro.
O juízo de primeira instância reverteu a justa
causa, por entender que o gerente administrativo
financeiro e o gerente comercial tinham igual
responsabilidade, mas o último não sofrera nenhuma
punição. A sentença também condenou a empresa a
pagar indenização de R$ 25 mil, considerando que a
reputação do empregado fora abalada pela demissão
por uma justa causa inexistente, que o relacionava à
fraude praticada por outra pessoa.
Em sede de recurso, o Tribunal Regional do Trabalho
da 10ª Região manteve a sentença quanto à reversão
da justa causa, mas afastou a indenização. Segundo o
TRT-10, não houve exposição do empregado em razão da
dispensa nem foi evidenciado efetivo transtorno
“além dos naturais infortúnios” decorrentes do ato.
O relator do recurso de revista do gerente, ministro
Agra Belmonte, observou que, conforme a
jurisprudência do TST, a reversão da justa causa em
juízo só justifica o dever de reparação quando for
fundada em ato de improbidade não comprovado,
configurando ato ilícito atentatório à honra e à
imagem do empregado. Para o magistrado, esse não é o
caso dos autos.
Além disso, o ministro destacou que, no trecho da
decisão do TRT transcrito no recurso, não era
possível verificar as circunstâncias que
fundamentaram a aplicação da justa causa. Assim, em
razão da transcrição insuficiente, não foi
demonstrado, de forma satisfatória, o
prequestionamento da matéria objeto do recurso, como
exige o artigo 896, parágrafo 1º-A, inciso I, da
CLT. Com informações da assessoria de imprensa do
TST.
679-95.2016.5.10.0014
Fonte: Consultor Jurídico
18/10/2021 -
Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros quer pedir
indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes; veja quais
Dentre os 11 crimes, Bolsonaro será indiciado por
homicídio do tipo comissivo,
em que ele será acusado de provocar mortes por
descumprir seus deveres
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL),
pretende pedir o indiciamento de Jair Bolsonaro por
homicídio. Este é um dos 11 crimes que serão
atribuídos a ele pelo parlamentar, cujo relatório
será lido na próxima terça-feira (19). A informação
é do portal CNN.
A reportagem conversou com senadores e técnicos da
investigação que trabalham na versão final do texto
para entender a construção da lista de crimes. A
classificação de homicídio seria pelo tipo
comissivo, em que Jair Bolsonaro será acusado de
provocar mortes por descumprir seus deveres. O
entendimento do grupo majoritário da comissão é que
Bolsonaro tinha a obrigação de agir para evitar as
mortes pela Covid-19, o que, segundo a cúpula da
CPI, não teria ocorrido.
O crime de responsabilidade também consta na
relação, o que pode fundamentar um novo pedido de
impeachment. Apesar de não existir ambiente fático
para que o processo seja aberto, o relatório da CPI
engrossa a lista de acusações.
Também irá pesar contra Bolsonaro o crime contra
humanidade, o que pode ser julgado pelo Tribunal
Penal Internacional.
Veja a lista de crimes:
1) Crime de epidemia com resultado morte;
2) Prevaricação;
3) Crime de infração de medidas sanitárias
4) Charlatanismo
5) Emprego irregular de verba pública
6) Incitação ao crime
7) Falsificação de documento particular
8) Genocídio de indígena
9) Crime contra humanidade
10) Crime de responsabilidade
11) Crime de homicídio comissivo
Fonte: Brasil247
18/10/2021 -
STF: relator vota por manter desoneração da folha
até dezembro
Lewandowski foi o único ministro a votar
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), votou nesta sexta-feira (15) por
manter a prorrogação da desoneração da folha de
pagamentos até o final de 2021, conforme aprovado
pelo Congresso.
Lewandowski é relator de uma ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) aberta pela Presidência
da República questionando a prorrogação. Ele foi o
único ministro a votar até o momento.
O tema começou a ser julgado nesta sexta-feira (15)
no plenário virtual, em que não há debate em tempo
real, mas a análise foi interrompida após o ministro
Alexandre de Moraes fazer um pedido de destaque,
remetendo a ação para julgamento em sessão ao vivo
do plenário convencional. Ainda não há data para que
isso ocorra.
Entenda
A desoneração da folha de pagamentos em questão foi
instituída via medida provisória no ano passado,
como medida emergencial de combate à crise econômica
provocada pela pandemia de covid-19.
A medida reduz a contribuição previdenciária
patronal e beneficia 17 setores que empregam cerca
de 6 milhões de pessoas. A previsão inicial do
governo era de que o benefício durasse até dezembro
de 2020.
O Congresso, contudo, estendeu a medida até dezembro
de 2021, no momento em que converteu a MP em lei. O
prolongamento foi aprovado por ampla maioria.
Bolsonaro chegou a vetar o alongamento, alegando
falta de previsão orçamentária, mas os parlamentares
acabaram por derrubar o veto.
O presidente Jair Bolsonaro assinou então uma
petição ao Supremo alegando que o prolongamento
seria inconstitucional, por furar o teto do
orçamento, além de violar a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), entre outros pontos.
Voto
Para Lewandowski, contudo, a desoneração faz parte do
esforço para combater o desemprego durante a
pandemia de covid-19, sendo que a própria
Constituição, bem como a LRF, trazem possibilidade
de flexibilização de regras em caso de calamidade
pública.
“Neste aspecto, é possível afirmar que a reoneração
da folha, caso fosse implementada em janeiro de
2021, levaria a inúmeras demissões, levando-se em
conta, ainda, que o desemprego já alcança o recorde
de 14,7% da população ativa do País para o 1º
trimestre de 2021, e corresponde a 14,8 milhões de
pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística”, escreveu o ministro.
O relator seguiu ainda parecer da Procuradoria-Geral
da República, que se colocou favorável à
prorrogação, argumentando que se a desoneração fosse
interrompida em dezembro de 2020 causaria prejuízo
às medidas destinadas a minimizar os impactos da
pandemia.
Enquanto isso, tramita na Câmara projeto de lei que
visa prorrogar ainda mais o benefício, até 2026. A
proposta foi aprovada em setembro na Comissão de
Finanças e Tributação.
Fonte: Agência Brasil
18/10/2021 -
Caminhoneiros vão parar se Bolsonaro não baixar
diesel e estabelecer frete mínimo
“Se as nossas reivindicações, principalmente com
relação ao preço do diesel,
não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia
1º", disse Chorão
Grupos de caminhoneiros se reuniram neste sábado
(16), no Rio de Janeiro, e deram prazo de 15 dias
para que o governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido)
atenda as reivindicações da categoria. Caso isso não
ocorra, os motoristas vão fazer uma paralização de
15 dias a partir de 1º de novembro.
Entre as reivindicações estão o estabelecimento e
cumprimento de um frete mínimo, redução do preço do
diesel e revisão da política de preços da Petrobras.
“Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo
responder”, declarou Luciano Santos Carvalho, do
Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários
Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do
Ribeira). “Se não houver resposta de forma concreta
em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia
1º de novembro, Brasil todo parado aí.”
Chorão, uma das principais lideranças de
caminhoneiros autônomos do país e presidente da
Abrava (Associação Brasileira de Condutores de
Veículos Automotores), confirmou a informação:
“A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje
ficou decidido que estamos em estado de greve pelos
próximos dias. E se as nossas reivindicações,
principalmente com relação ao preço do diesel, não
forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”,
disse Chorão.
Estiveram reunidos a CNTTL (Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o
CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de
Cargas) e a Abrava (Associação Brasileira de
Condutores de Veículos Automotores). As entidades
são ligadas aos caminhoneiros autônomos que
participaram da greve de 2018.
Reivindicações
Veja abaixo a lista de demandas para suspenderem a
paralisação:
Redução do preço do diesel e revisão da política de
preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de
Paridade de Importação);
Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de
contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo
caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de
Transporte Eletrônico;
Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte
Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);
Aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no
Senado.
Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso
(Lei 13.103/2015).
Fonte: RevistaForum
18/10/2021 -
Prerrogativas repudia cobrança de custas e
sucumbência em ações trabalhistas
O grupo Prerrogativas, composto por profissionais e
docentes da área jurídica, publicou nota nesta
sexta-feira (15/10) manifestando sua preocupação com
os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz
Fux na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.766.
A ADI aprecia a constitucionalidade de artigos da
CLT modificados pela Reforma Trabalhista de 2017. O
julgamento, retomado nesta quinta-feira (14/10),
conta com dois votos contra um pela
constitucionalidade do pagamento de custas
processuais, honorários advocatícios e perícias de
sucumbência pelos perdedores dos litígios, mesmo no
caso de trabalhadores que tenham obtido direito à
Justiça gratuita.
Se essa tese prosperar, segundo o Prerrogativas,
existe o risco de acolhimento de normas que ameaçam
o preceito da inafastabilidade do controle judicial,
como garantia fundamental dos direitos materiais, do
exercício de cidadania e da finalidade social de
existência digna, previstos na Constituição.
A justificativa dos votos cerceadores do acesso à
Justiça às pessoas pobres seria o imperativo
pragmático de contenção das chamadas "demandas
frívolas", que serviriam apenas para sobrecarregar o
Poder Judiciário, exigindo medidas de desestímulo a
"aventuras judiciais".
"Trata-se de uma ilação enganosa, que busca atribuir
uma pesada e indevida carga aos trabalhadores
reclamantes e aos seus advogados, decorrente da
suposição de previsibilidade de resultados, que
sabemos ser impossível de exercitar", escreveu o
Prerrogativas.
O simples fato de haver insucesso numa ação judicial
não significa ter existido atitude maliciosa da
parte autora ou de seu patrono, defendeu o grupo na
manifestação.
Segundo a nota, a lei já prevê consequências danosas
aos protagonistas das chamadas "litigâncias de
má-fé", situações excepcionais que em nada se
assemelham ao tema que está sendo julgado no STF.
De acordo com o grupo, esse votos exprimem um grave
equívoco, que parte de uma "perspectiva econômica"
deformada do Direito e da jurisdição, chegando a
conceber uma noção arbitrária de acesso
"responsável" à Justiça, "adjetivação inexistente em
nosso texto constitucional e alheia à doutrina
jurídica específica".
"A continuidade do julgamento do tema proporciona a
chance de reversão dessa desacertada tendência, para
afastar obstáculos de acesso à Justiça em relação
aos trabalhadores e assegurar o cumprimento do
comando constitucional que prevê a assistência
jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos", continuou a nota.
Não se deve inibir a contestação judicial de lesões
a direitos trabalhistas básicos, sobretudo por
aqueles trabalhadores despossuídos de mínimos
recursos econômicos, destacou o grupo. "Impor ônus
financeiros dissuasórios a estes indivíduos
representa uma perversa subtração de suas esperanças
na autêntica função do Poder Judiciário."
Por fim, o Prerrogativas concluiu dizendo que os
verdadeiros problemas do Direito do Trabalho no
Brasil não estão concentrados em "demandas
frívolas", mas sim na falta de efetividade da tutela
jurisdicional e em uma cultura do inadimplemento de
obrigações trabalhistas por parte de algumas
empresas.
Fonte: Consultor Jurídico
18/10/2021 -
Paim pede volta da política de valorização do
salário mínimo
Em pronunciamento, na quarta-feira (13), o senador
Paulo Paim (PT-RS) pediu o restabelecimento com
urgência da política de valorização do salário
mínimo, para que o seu valor incorpore, anualmente,
o aumento da inflação e do Produto Interno Bruto, o
PIB.
Para o parlamentar, o salário mínimo é um poderoso
instrumento de geração de emprego e renda, como foi
apontado por David Card, um dos ganhadores do Prêmio
Nobel de Economia deste ano. O senador gaúcho
enumerou os benefícios que a sua valorização traz
para diversos setores econômicos.
— Melhora a situação do comércio local – mercados,
padarias, lojas -, aplicando oxigênio na arrecadação
dos municípios. A economia gira, todos ganham,
disse.
Paulo Paim afirmou que mais de 100 milhões de
brasileiros dependem do salário mínimo, inclusive
70% dos 35 milhões de aposentados do INSS.
Ele lembrou que há mais de 30 anos vem batendo na
mesma tecla: a importância da valorização do salário
mínimo, política que foi estabelecida oficialmente
no governo de Dilma Rousseff, em 2011, embora já
tenha havido aumentos expressivos no governo de Luiz
Inácio Lula da Silva.
— Saímos, então, de uma variação de décadas entre
US$50 e US$60 e ultrapassamos os US$100, alcançando,
enfim, lá na frente, US$350, fato inédito. Hoje, nós
diminuímos de US$350 para menos de US$200, lamentou.
Fonte: Agência Senado
15/10/2021 -
STF tem mais um voto a favor da ‘reforma’
trabalhista em ação sobre acesso à Justiça
Para a Procuradoria-Geral da República, medidas
questionadas enfraquecem o trabalhador e favorecem o
descumprimento de direitos
Depois de praticamente três anos parado, o
julgamento sobre temas ligadas ao acesso à Justiça
do Trabalho foi retomado a conta-gotas, nesta
semana. Hoje (14), o ministro Luiz Fux, presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o
relator pela constitucionalidade das mudanças
introduzidas na “reforma” trabalhista de 2017. E
pregou “maior responsabilidade processual” de quem
recorre ao Judiciário.
O voto de Fux foi apenas o terceiro no julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.766, da
Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora são
dois ministros a favor das mudanças trazidas pela
Lei 13.467. Além de Fux, ministro revisor, o do
relator, Luís Roberto Barroso. Já Edson Fachin se
manifestou pela “completa inconstitucionalidade nas
restrições impostas”. Com a sessão encerrada às 18h,
o julgamento será retomado na próxima quarta-feira
(20), com o voto do ministro Nunes Marques.
Restrições à gratuidade
A ação da PGR abrange três artigos da lei sancionada
em 2017. São os 790-B (pagamento de custas
periciais), 791 (honorários de sucumbência, devidos
pela parte perdedora) e 844 (pagamento de custas em
caso da ausência injustificada do reclamante na
audiência). “Os dispositivos apontados apresentam
inconstitucionalidade material, por impor restrições
inconstitucionais à garantia de gratuidade
judiciária aos que comprovem insuficiência de
recursos”, afirma a Procuradoria.
Na parte da perícia, por exemplo, a lei determina que
o pagamento cabe a quem perdeu, mesmo que se trate
de beneficiário da Justiça gratuita. Isso não
ocorreria apenas se ele não tiver obtido, em juízo,
“créditos capazes de suportar a despesa”. Com as
mudanças na lei, um trabalhador, por exemplo, pode
ter que pagar caso perca um direito reclamado.
Desestimular o trabalhador
A medida foi feita com a intenção explícita de
desestimular os recursos à Justiça do Trabalho, que
na maioria dos casos dá ganho ao trabalhador. Para
Fux, há muitos casos de litigância (ações) “frívola”
ou “abusiva”.
Mas em grande parte dos processos as causas são por
descumprimento de direitos. Segundo o anuário da
Justiça do Trabalho, em 2020, por exemplo, os
assuntos mais recorrentes foram – nesta ordem –
aviso prévio, multa de 40% do FGTS e multa por
atraso de verbas rescisórias. Outros temas comuns
são férias proporcionais, horas extras e 13º
proporcional.
No início de julgamento, em maio de 2018, Barroso
defendeu que os honorários não podem exceder em 30%
os créditos do próprio processo, entre outras
situações. No caso das custas por ausência
injustificada, o pagamento é devido se não houver
uma justificativa em prazo de 15 dias. Fachin, na
discordância, afirmou que “é preciso restabelecer a
integralidade do direito fundamental de acesso à
Justiça trabalhista pelos necessitados ou
hipossuficientes”.
Para a PGR, as normas da “reforma” trabalhista que
estão sendo questionadas enfraquecem o trabalhador
“com baixo padrão salarial”. E causa nele receio
temor de perda de verbas salariais para pagar essas
despesas em caso de sucumbência, o que enseja
restrição de acesso à jurisdição trabalhista e
prestigia o descumprimento de direitos laborais,
especialmente os relacionados à saúde e segurança do
trabalho, cuja apuração judicial depende de perícia.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/10/2021 -
Guedes defende venda da Petrobrás e ameniza alta de
combustíveis
O ministro defendeu a venda da estatal e tentou
amenizar a alta nos preços de produtos que têm o
petróleo na composição
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu
vender a Petrobrás. "Vamos levar a Petrobrás para o
novo mercado? Hoje o governo controla a Petrobras
com ações ordinárias. Se você falar que vai para o
novo mercado, os cálculos são que a Petrobrás pode
ganhar entre [R$] 100 [bilhões] e [R$] 150 bilhões
de valor adicional", afirmou em conversa com
jornalistas nessa quarta-feira (13) em Washington
(EUA).
O titular da pasta também tentou amenizar a alta nos
preços de produtos que têm o petróleo na composição.
"E pode subir mais ainda se eu falar que eu vou
privatizar, abrir mão do controle", afirmou. O
relato dele foi publicado pelo jornal Folha de
S.Paulo.
"No caso da Petrobrás, ela [a ação] pode subir
porque você vai para o novo mercado. Vai acabar essa
diferença entre [ações] ordinárias e preferenciais.
Então o governo, que tem hoje o controle, ele pode
continuar com a golden share, qualquer coisa assim,
mas na hora em que as ações ficarem todas da mesma
qualidade, o mercado vai aplicar um múltiplo de
empresa privada, e vai valer muito mais",
acrescentou.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou que o
botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo
(GLP) chega a custar R$ 135 e a média geral do preço
passou de R$ 98,47 para R$ 98,67, alta de 90% desde
março deste ano.
A gasolina também aumentou após reajuste da
Petrobrás, subindo em média 0,4% nos postos. No ano,
a gasolina registra alta de 57,3%.
Fonte: Brasil247
15/10/2021 -
Comissão da Câmara aprova projeto de 14º salário a
aposentados
Proposta deve ir a plenário depois de passar pela
CCJ ou antes, caso o autor da proposta consiga
convencer mais deputados a encaminhar o PL direto
para o plenário
Já aprovado pela Comissão de Seguridade Social e
Família da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL)
nº 4367/2020, que prevê o pagamento do 14º salário
para aposentados e pensionistas do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), recebeu parecer
favorável do relator da Comissão de Finanças e
Tributação, Fábio Mitidieri (PSD-SE). Se aprovado
pelos demais deputados desta comissão, seguirá para
apreciação da Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), último passo antes de ser votado no
plenário da Casa.
Mas, a proposta, que prevê o 14º dos aposentados em
caráter excepcional, até 2023, pode tramitar mais
rapidamente na Câmara e ser enviado para apreciação
do Senado e, se aprovado, para sanção do presidente
Jair Bolsonaro (ex-PSL). Caso haja vetos, o
Congresso pode derrubá-los total ou parcialmente.
Deputado quer acelerar tramitação
Para acelerar a tramitação do projeto, o autor da
proposta, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), quer
levar o texto direto para o plenário, sem passar
pela CCJ, segundo o colunista Chico Alves, do UOL.
Na próxima semana, o deputado pretende pressionar os
colegas da Câmara para conseguir esse objetivo. "A
recepção dos deputados tem sido boa, muitos querem a
mesma coisa", afirmou Pompeo de Mattos ao colunista.
Para deputados favoráveis ao PL, o 14º salário é
necessário para cobrir os gastos de fim de ano dos
segurados da Previdência Social, já que em 2020 e
2021 houve antecipação do 13º em razão da pandemia
de novo coronavírus. Por causa da pandemia, os
aposentados e pensionistas receberam o 13º salário
em duas parcelas, depositadas em maio e junho, e
ficarão sem a renda extra no fim do ano.
Na Comissão de Finanças, o texto recebeu uma emenda
saneadora que determina que a implementação da lei
"fica condicionada à existência de dotação
orçamentária prévia suficiente para a cobertura das
despesas".
Um dos argumentos do relator para dar parecer
favorável à proposta foi a falta de capacidade
laboral dos aposentados para poder recompor o
sustento por meio de trabalho. “Eles veem sua
capacidade de consumo ser reduzida todos os meses
pela chegada da inflação”, disse Fábio Mitidieri.
"Nesse contexto, o presente Projeto de Lei visa
exatamente proporcionar um benefício temporário para
esse grupo tão fragilizado da população", justificou
o deputado no relatório.
No Senado, está tramitando outro projeto que prevê o
pagamento do abono extra. É o projeto de Lei (PL)
3657/2020, do senador Paulo Paim (PT-RS), que teve
origem em uma proposta de iniciativa popular de
autoria do advogado Sandro Gonçalves, que contou com
mais de 20 mil assinaturas em todo o país.
“As pessoas estão ficando desesperadas porque não
conseguem emprego e não têm como se manter e então
recorrem à família, recorrem aos [parentes],
pensionistas do INSS”, disse Paim ao Portal CUT em
dezembro do ano passado.
Fonte: CUT
15/10/2021 -
36 milhões de trabalhadores estão na informalidade,
número dobrou em 5 anos
Demolição da CLT após o golpe de 2016 jogou os
trabalhadores do país no vácuo da precarização do
emprego e reduziu a renda. Destruição avança com
Bolsonaro
A “reforma trabalhista” de Michel Temer não passou
de mera demolição, lançando as condições para o
atual cenário de terra arrasada no mercado de
trabalho brasileiro. A precarização e o subemprego
avançam enquanto o rendimento do trabalho segue em
queda livre, apontam os números da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Hoje, há no país 36,3 milhões de trabalhadores na
informalidade, e 89 milhões que ainda encontram
ocupação. Os desempregados são outros 14,1 milhões,
sendo que mais de 4 milhões não encontram
oportunidades há mais de dois anos —o dobro em
relação ao início de 2016. E há ainda 32 milhões
trabalham menos do que gostariam ou estão fora do
mercado.
“O ritmo na criação de empregos informais dobrou no
Brasil em cinco anos e tem sido a principal marca da
medíocre recuperação econômica desde 2017”, afirma
reportagem da Folha de S. Paulo.
“Nos últimos anos, milhões de brasileiros que
estudaram mais ou concluíram faculdade visando
aumentar a renda acabaram na informalidade,
subutilizados ou desempregados numa economia que
cresce pouco”, prossegue a matéria. “Apesar do
aumento de 27% nos anos de estudo na metade mais
pobre do país, sua renda caiu 26,2% em dez anos.”
A Pnad Contínua revela que o número de pessoas
trabalhando cresceu 8,6% no trimestre encerrado em
julho de 2021, em comparação com o mesmo período do
ano passado. Do total, 80% foram para serviços
informais. Pouco mais da metade (53%), em atividades
por conta própria (como camelôs, vendedores de
comida de rua ou pequenos empreendedores), e todos
sem nenhum registro oficial ou segurança social.
Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV),
ressalta que um dos principais efeitos do aumento da
informalidade é a redução da renda. Os dados da Pnad
Contínua mostram que o rendimento médio caiu 8,8%,
em comparação com o trimestre encerrado em julho do
ano passado. Isso representa R$ 242 a menos no fim
do mês para os trabalhadores. Em média, segundo a
pesquisa, o salário é de R$ 2.508.
“Uma maior informalidade significa trabalhadores com
rendimentos mais voláteis, que não sabem muito bem o
que esperar no fim do mês, no mês seguinte”,
acrescenta Duque. “Não há qualquer tipo de
segurança, benefício ou seguridade. Então, temos um
número muito grande de trabalhadores com uma
incerteza no mercado de trabalho.”
“Emprego informal, subocupação e renda baixa são a
realidade do brasileiro, 36,3 milhões de pessoas sem
nenhum direito, nem férias, FGTS ou previdência. É o
efeito da malfadada reforma trabalhista, que não
gerou emprego como diziam os golpistas e só
deteriorou mercado de trabalho”, criticou a
presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR), em postagem em seu perfil no Twitter.
Promessas vazias de Temer
Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) resumiu as
consequências da “ponte para o futuro” de Michel
Temer: “O Golpe contra o governo de Dilma foi para
retirar os direitos do povo, e aí o resultado da
mentira dos ricos está sendo revelado agora: fome,
desemprego, falta de saúde e miséria, é tudo o que
eles fazem pelo Brasil”.
Ao invés de promover a criação de 2 milhões de vagas
em dois anos e 6 milhões em dez anos, como
prometido, o resultado da “reforma trabalhista” de
Temer foi o oposto. Quase quatro anos após a
extinção de mais de 130 itens da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), o trimestre encerrado em
julho de 2021 fechou com taxa de desocupação de
13,7%. Quase dois pontos percentuais a mais que os
11,8% do último trimestre de 2017, quando entrou em
vigor a Lei nº 13.467.
A Pnad Contínua também revela que o número de
desempregados subiu de 12,3 milhões para 14,1
milhões no período. A promessa de redução da
informalidade também não se concretizou. A taxa
cresceu de 40,5% em 2017 para 40,8% em 2021,
indicando que a informalidade avança sobre a
extinção de postos de trabalho formais.
“Assistimos a um aumento nada significativo em
relação ao que tinha sido apresentado como números
possíveis de abertura de novas vagas. E
testemunhamos um processo de precarização dos postos
de trabalho formais e aumento do número de
trabalhadores informais”, disse a professora da
Fundação Getúlio Vargas (FGV) Alessandra Benedito a
respeito da “reforma trabalhista” de Temer.
Doutora e Mestre em Direito Político e Econômico,
ela atacou a criação da modalidade de trabalho
intermitente, que não dá segurança jurídica aos
trabalhadores. Criticou ainda a regra da negociação
direta entre empregados e empregadores, ao mesmo
tempo em que foi extinta a obrigatoriedade da
contribuição sindical.
A reforma também reduziu o acesso das pessoas à
Justiça do Trabalho, porque quem perde a ação, mesmo
sendo beneficiário da Justiça gratuita, é obrigado a
pagar honorários para os advogados da parte
vencedora. Em 2020, a Justiça do Trabalho recebeu
2.867.673 processos, queda de 27,7% em relação a
2017.
Favorável à “flexibilização das regras
trabalhistas”, o professor do Insper Alexandre Chaia
lamentou a desindustrialização ocorrida no país
desde o golpe de 2016. “Não tem crescimento no
Brasil. Os empresários não estão investindo, as
fábricas estão fechando”, afirmou, lembrando a
partida de empresas como Ford, Mercedes e Sony.
Bolsonaro amplia a destruição
Jair Bolsonaro, cujo lema mesmo antes das eleições de
2018 já era “menos direito e emprego ou todos os
direitos e desemprego”, contou com o apoio dos
aliados na Câmara dos Deputados para aprovar sua
própria “reforma trabalhista”: a Medida Provisória
(MP) nº 1045. A proposta, que retirava diversos
direitos garantidos na Constituição, foi derrubada
no Senado no início de setembro.
Foi a segunda tentativa frustrada de Bolsonaro de
avançar ainda mais na destruição de marcos legais de
proteção do trabalho iniciada por Temer. Isso não
quer dizer que seu desgoverno não obtenha sucessos
pontuais na ofensiva contra os trabalhadores.
A começar pela falta de rumos da “gestão” do
ministro-banqueiro Paulo Guedes – mais preocupado em
proteger o pé-de-meia em “offshores” nos paraísos
fiscais que em poupar a população da dolarização da
economia, do desemprego, da queda da renda, da
inflação galopante e da fome. A ela se somam a
inexistência de política industrial, o encolhimento
dos investimentos em ciência e Tecnologia, a
corrosão do Ministério da Educação e a entrega de
patrimônio público aos endinheirados bolsonaristas.
(PT Nacional)
Fonte: Portal Vermelho
15/10/2021 -
Boa parte dos eleitores de Bolsonaro está disposta a
migrar para Lula
De acordo com pesquisa Genial/Quaest, 52% dos que
escolheram Jair Bolsonaro no segundo turno em 2018
repetiriam o voto nele e pelo menos 21% migrariam
para o ex-presidente Lula
Jair Bolsonaro (sem partido) perdeu eleitores para o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre
os que votaram nele no segundo turno da eleição de
2018. De acordo com pesquisa Genial/Quaest, 52% dos
que escolheram Bolsonaro para no segundo turno
repetiriam o voto nele; 21% migrariam para o petista
e outros 12% afirmaram que votariam em branco, nulo
ou ainda não souberam dizer.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, entre os que
votaram em Fernando Haddad (PT) no segundo turno de
2018, 79% votariam em Lula e somente 1%, em
Bolsonaro. Outros 12% escolheriam o ex-ministro Ciro
Gomes (PDT-CE), 3% votariam no governador de São
Paulo, João Doria (PSDB-SP), e 5% branco ou nulo.
A pesquisa presencial e domiciliar foi feita com
2.048 pessoas, entre 30 de setembro e 3 de outubro.
A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais para
mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
14/10/2021 -
Desigualdade cresce mais no Brasil por culpa do
governo Bolsonaro, diz Dieese
Brasil tem pior desempenho entre 40 países na
percepção da população em relação a políticas de
saúde, educação e meio ambiente
Segundo pesquisa feita pelo Centro de Políticas
Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), a
desigualdade aumentou mais no Brasil durante a
pandemia quando comparada a outros 40 países. O
levantamento utilizou dados sobre a percepção da
população em relação às políticas públicas de saúde,
educação e meio ambiente. De acordo com o diretor
técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, trata-se
de um modelo econômico adotado nos últimos anos que
vem ampliando o “abismo social” no país.
“De alguma forma, o que a gente está assistindo até
agora é um processo de ampliação do abismo social no
Brasil. E não há nenhuma política efetiva para
reverter essa situação”, disse Fausto, em entrevista
a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
quarta-feira (13).
Além de não haver projetos de inclusão, nem criação
de emprego e renda, Fausto destaca que a pauta
principal do governo é “descontruir” os direitos
sociais adquiridos a partir da Constituição de 1988.
Como exemplo, ele cita a PEC 32, da chamada
“reforma” administrativa, que vai transformar o que
resta desses direitos em mercadoria.
“Tem a ver diretamente com a visão de que o mercado
irá resolver tudo. Quando, na verdade, a gente sabe
que deixar o mercado ao seu bel-prazer significa
maior concentração de renda e ampliação da pobreza”,
destacou.
Escolhas erradas
Primeiramente, Fausto ressalta que o governo Bolsonaro
negou a pandemia. Nesse sentido, foi o Congresso
Nacional que liderou a discussão para a
implementação do auxílio emergencial. Além disso,
outras ações do governo, como a política de preços
da Petrobras e as tarifas de energia, vêm
colaborando para o aumento da inflação e da
desigualdade.
“Além de tudo isso, é bom lembrar que o governo
atual injeta bastante insegurança do ponto de vista
do investimento”, acrescenta o diretor técnico do
Dieese. “Na verdade, o governo não tem política
econômica, nem política social. De alguma forma não
tem um projeto do Brasil, que não seja desmontar o
que foi construído anteriormente, principalmente a
partir da Constituição de 88 e dos governos Lula e
Dilma.”
Fonte: Rede Brasil Atual
14/10/2021 -
STF começa julgamento de recurso do governo contra a
desoneração da folha
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve começar a
julgar na sexta-feira (15), no plenário virtual, a
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6632, na
qual o governo contesta a prorrogação até o dia 31
de dezembro deste ano da desoneração da folha de
pagamento de 17 setores da economia.
A desoneração terminaria no ano passado, mas o
Congresso a prorrogou por um ano. O presidente Jair
Bolsonaro vetou a prorrogação e o veto acabou
derrubado pelo Congresso, levando à contestação
judicial.
A Advocacia Geral da União (AGU) alega que a
prorrogação foi feita sem a devida previsão sobre de
onde sairiam os recursos, o que fere a Lei de
Responsabilidade Fiscal. De acordo com estimava
projetada pela União do impacto para os cofres
públicos é de R$ 9,7 bilhões.
Já para a quarta-feira (13) a pauta do STF conta com
o julgamento da constitucionalidade da cobrança do
pagamento de custas processuais daquele que pede a
justiça gratuita, mas falta sem justificativa à
audiência. De relatoria do ministro Luis Roberto
Barroso, esta ação corresponde a um dos processos
que ainda devem regulamentar a reforma trabalhista
de 2017 na Suprema Corte. Na ocasião, o então
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se
insurgiu contra o trecho da reforma trabalhista que
foi aprovada naquele ano.
O caso havia começado a ser julgado em 2018. Na
ocasião, Barroso considerou o trecho da lei
inconstitucional, e propôs a tese de que é legítima
a cobrança de custas judiciais, em razão da ausência
do reclamante à audiência, mediante prévia intimação
pessoal para que tenha a oportunidade de justificar
o não comparecimento.
O Ministro Edson Fachin considerou a ação
integralmente procedente. O caso irá retornar com
vistas do ministro Luiz Fux, que hoje preside a
Corte.
O caso, no entanto, deve ser julgado apenas após a
conclusão de uma ação que julga a
constitucionalidade da venda de sibutramina e outras
substâncias similares. A sibutramina é um fármaco
usado no tratamento da obesidade.
Fonte: Congresso em Foco
14/10/2021 -
Sindicalismo avança por meio das Convenções
As Convenções Coletivas de Trabalho garantem
proteção econômica e social aos trabalhadores
Instituída por Getúlio Vargas, a CLT estabeleceu um
conjunto de normas protetoras do trabalho. A
Consolidação veio à luz pelo Decreto-Lei 5.452, de
1º de maio de 1943, unificando toda a legislação
trabalhista.
Com o avanço da industrialização, comércio e
serviços, o sindicalismo procurou ampliar o que
garantia a CLT. Esse avanço se dá por meio de
Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordos Coletivos,
negociados e firmados pelos Sindicatos.
Globo – Quarta (7), o Bom Dia São Paulo, da Globo,
entrevistou o presidente do Sindicato da Construção
Civil, Antonio de Sousa Ramalho, sobre o programa
“Café na Obra”, que garante café, leite, pão,
manteiga, frios e fruta. Ramalho, entre outras
vantagens, cita a redução nos acidentes. “Já
conseguimos benefício em 102 canteiros. E queremos
pra todos”, ressalta.
Vale – As conquistas referentes à alimentação seguem
rota ascendente nas Convenções Coletivas. No caso do
transporte de valores no Estado de SP, o
tíquete-refeição é de R$ 40,00, informa João Passos,
presidente do SindForte, com dois adicionais se a
pessoa não faltar.
Escola – A categoria dos trabalhadores em
estabelecimentos de ensino privado, no âmbito da
Fepaae, tem a garantia de duas vagas gratuitas na
escola onde trabalhe o funcionário, pra ele e um
dependente. “Pode ser escola simples ou de elite,
como o Dante Alighieri”, ressalta Oswaldo Augusto de
Barros, professor e presidente da Federação da
categoria.
PAT – Essas conquistas correram risco, recentemente,
na reforma tributária do governo. O relatório de
Celso Sabino (PSL-PA) acabava com o Programa de
Alimentação do Trabalhador, criado em 1976. A forte
reação sindical evitou o retrocesso.
Mais – Sintracon-SP, SindForte-SP e Fepaae.
Fonte: Agência Sindical
14/10/2021 -
Guedes quis legislar em causa própria sobre offshore
em paraíso fiscal
O ministro da Economia de Bolsonaro defendeu
retirar de projeto regra que tributaria recursos de
brasileiros em paraíso fiscal, isto é, pouco tempo
antes do consórcio de jornalista do Pandora Papers
revelar que ele, esposa e filha possuem offshore com
US$ 9,55 milhões nas Ilhas Virgens Britânicas
Em entrevista a Fórum, o deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP) avaliou como conflito de interesse a
defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, em
retirar do projeto de lei do Imposto de Renda a
regra que tributaria recursos de brasileiros em
paraísos fiscais. O ministro de Bolsonaro fez a
salvaguarda em julho deste ano, isto é, pouco tempo
antes do consórcio de jornalista do Pandora Papers
revelar que ele, esposa e filha possuem offshore com
US$ 9,55 milhões nas Ilhas Virgens Britânicas.
Orlando Silva, que é vice-líder do PCdoB na Câmara,
diz que há “há um conflito de interesses óbvio”.
“Paulo Guedes quis legislar em causa própria.
Gasolina a 7 reais, inflação superando 10%. Tá ruim
para todo mundo, menos para o ministro, que
enriquece com a alta do dólar”, criticou.
Na avaliação do parlamentar, a revelação do Pandora
Papers é um escândalo. “Paulo Guedes tem uma
offshore em paraíso fiscal com 9,5 milhões de
dólares. Dito de outro modo: O ministro da Fazenda
do Brasil tem uma empresa ativa, com sede fora do
país, com 50 milhões de reais de ativos”, afirmou o
deputado.
Na mesma reportagem, o economista Eduardo Moreira
criticou chamar empresa de offshore. “Essa história
de dizer que offshore é uma ‘empresa’ é enganação
pra esconder a realidade. Empresa produz algo,
presta algum serviço. Offshore é esquema pra ter
conta em banco gringo que não paga imposto e esconde
o dono. Normalmente porque a origem é ilegal. Em
português claro”, definiu.
Fonte: Portal Vermelho
14/10/2021 -
TRT manda empresa anotar CTPS e homem devolver
seguro-desemprego
O fato de um trabalhador receber seguro-desemprego
de outro contrato de trabalho não retira do novo
empregador a obrigatoriedade de proceder às
anotações corretas na sua carteira de trabalho. Esse
é o entendimento da 2ª Turma do TRT-18 (GO), que
publicou acórdão reconhecendo o vínculo empregatício
de um atendente de lanchonete que não teve os três
primeiros meses de trabalho anotados na carteira por
estar recebendo seguro-desemprego.
A empresa alegou em recurso que o empregado teria
omitido estar recebendo o benefício no início do
contrato e também teria se recusado a apresentar o
documento para anotação no prazo legal. A relatora
do processo, desembargadora Kathia Maria Bomtempo,
confirmou a sentença que destacou a obrigação de
quem emprega de fazer a anotação da carteira de
trabalho (CTPS) no prazo de cinco dias úteis a
partir da data de admissão, conforme o artigo 29 da
CLT.
A relatora explicou que, mesmo tendo o trabalhador
se negado a apresentar o documento no período
determinado em lei, cabe à empresa aplicar as
penalidades que entender cabíveis, utilizando para
isso as prerrogativas de seu poder diretivo. O
simples fato de o funcionário não ter levado a
carteira não tira a responsabilidade da lanchonete
de registrar o contrato de trabalho nas datas
exatas.
Além do acórdão confirmar a sentença, que reconheceu
o vínculo anterior à anotação, a relatora também
destacou a ilegalidade do recebimento de
seguro-desemprego após o trabalhador já ter sido
recolocado no mercado.
Para a relatora, o seguro-desemprego é um benefício
da seguridade social cuja finalidade é promover a
assistência temporária do trabalhador em caso de
desemprego involuntário. Assim, a conduta do
funcionário de receber o benefício já estando
trabalhando é ilícita e revela fraude contra o
sistema da seguridade social, devendo o recebimento
indevido ser comunicado ao Ministério do Trabalho.
Tal providência foi determinada pelo juízo de
primeiro grau a fim de que o autor devolva os
valores percebidos impropriamente da seguridade
social, conforme previsto no artigo 8º, III, da Lei
7.998/90. Com informações da assessoria de imprensa
do TRT-18.
0010985-48.2020.5.18.0051
Fonte: Consultor Jurídico
13/10/2021 -
59% dizem não votar em Bolsonaro, maior índice de
rejeição desde Collor
A Folha de S.Paulo pesquisou as oito eleições
anteriores ocorridas desde a redemocratização e
chegou à conclusão de que o atual presidente entra
na disputa de 2022 com a maior carga eleitoral
negativa da história
Levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo
aponta que 59% dos brasileiros declaram hoje não
votar de jeito nenhum a favor da reeleição de
Bolsonaro. São 21 pontos percentuais a mais do que
seu principal adversário até agora na disputa, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que
tem 38%.
Com base nesses dados, o jornal pesquisou as oito
eleições anteriores ocorridas desde a
redemocratização e chegou à conclusão de que o atual
presidente entra na disputa de 2022 com a maior
carga eleitoral negativa da história.
O estudo leva em conta 1989, quando Fernando Collor
foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto
após o fim da ditadura militar (1964-1985), a 2018.
“A atual rejeição a Bolsonaro é, disparada, a maior
medida pelo Datafolha na comparação com a dos
presidentes que foram eleitos nas oito disputas
anteriores, incluindo ele próprio em 2018. Nunca o
eleito, de 1989 a 2014, teve mais do que cerca de um
terço do eleitorado declarando não votar nele de
jeito nenhum”, revelou a reportagem.
O jornal diz ainda que, de 1989 a 2018, só dois
candidatos conseguiram reduzir de forma
significativa, em torno de 10 pontos percentuais, a
rejeição alta que tinham no início. “Foram eles
Ulysses Guimarães (MDB) e Paulo Maluf (PDS), em
1989, mas isso de nada adiantou. O chamado Senhor
Diretas, apelido alusivo à sua fundamental
participação na campanha Diretas Já, e o principal
político vinculado à época à ditadura ficaram em
sétimo e quinto lugares, respectivamente”, revelou.
De acordo com a última pesquisa do Datafolha,
realizada nos dias 13, 14 e 15 de setembro, Lula
estava na liderança da disputa, com 42% a 46% das
intenções de voto, dependendo do cenário pesquisado,
com Bolsonaro marcando 25%/26%, em segundo lugar. A
margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
“Bolsonaro tem um caminho difícil pela frente e
conta apenas com o exército das fake news e com o
poder do Estado. Terá que mudar muito o
comportamento e adotar medidas econômicas populares
para reverter o quadro negativo atual”, afirmou
Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Portal Vermelho
13/10/2021 -
Centrais defendem Desoneração da Folha
As Centrais Sindicais CUT, Força, UGT, CTB, CSB e
NCST emitiram Nota dia 6 em defesa da desoneração da
folha de pagamentos. Segundo as entidades, essa
medida é fundamental para a manutenção de empregos.
A política da desoneração está em debate legislativo
na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei
2.541/2021, de autoria de Efraim Filho (DEM-PB).
Para as Centrais, a renovação da desoneração da
folha de pagamento e a manutenção da contribuição
previdenciária bruta para os 17 setores indicados no
PL 2.541 são oportunas.
“Nosso posicionamento está relacionado ao grave
problema do desemprego. Consideramos essencial que
esses setores e empresas abrangidos pela medida
mantenham o nível de emprego, valorizem a relação
sindical e atuem pela ampliação da formalização do
mercado de trabalho no País”, diz a Nota.
Leia – Abaixo a Nota na íntegra
A DESONERAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA MANTER
EMPREGOS
Está em debate legislativo na Câmara dos Deputados a
renovação da política de desoneração da folha de
pagamento, agora tratada no texto do PL 2541/2021 –
autoria do Deputado Federal Efraim Filho (DEM/PB) e
relatado na Comissão CCJ pelo Deputado Delegado
Marcelo Freitas (PSL/MG), que trata da manutenção da
política da Contribuição Previdenciária sobre a
Receita Bruta – CPRB, substituindo a incidência
sobre a folha de pagamento.
As Centrais consideram oportuno a renovação da
desoneração da folha de pagamento e a manutenção da
contribuição previdenciária sobre a receita bruta
para os 17 setores indicados no PL 2541/21, por um
período de no máximo dois anos, podendo ser revista
a qualquer tempo no âmbito de uma reforma tributária
que trate do assunto.
Nosso posicionamento está relacionado ao grave
problema do desemprego, que foi agravado pela
pandemia, bem como em função dos reflexos adversos
que a crise sanitária teve sobre muitos dos 17
setores abrangidos pela medida legislativa. Esses
setores abrangem segmentos da indústria, serviços,
agropecuária, construção civil, transportes, call
center e tecnologia e são responsáveis por mais de 8
milhões de empregos diretos.
Consideramos essencial ainda que esses setores e
empresas abrangidos pela medida mantenham o nível de
emprego, valorizem a relação sindical com a
representação dos trabalhadores e atuem para a
ampliação da formalização do mercado de trabalho no
país.
Por fim, consideramos que a extinção dessa política,
sem qualquer alternativa viável política e
economicamente no curto prazo, resultará em efeitos
perversos para a economia nacional, sobre os
empregos, sobre a competitividade das empresas,
sobre os custos e preços. É fundamental também que a
política tributária seja amplamente reformulada e,
nesse contexto, a questão do financiamento da
previdência social seja objeto de ampla avaliação e
reformulação para prover sustentabilidade à
Previdência Social e competitividades às empresas
nacionais.
São Paulo, 06 de outubro de 2021
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical
– FS
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Fonte: Agência Sindical
13/10/2021 -
Inflação oficial fica em 1,16% em setembro, diz IBGE
Índice é o maior para o mês desde 1994
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) de setembro chegou a 1,16%. O índice,
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), é o maior para o mês de setembro
desde 1994. Naquele mês, o índice marcou 1,53%. O
IPCA ficou 0,29 ponto percentual acima da taxa
registrada em agosto, que foi de 0,87%. Em 12 meses,
o índice está em 10,25%, acima dos 9,68% registrados
nos 12 meses anteriores. Este ano, o índice, que é a
inflação oficial no país, acumula uma alta de 6,90%.
O percentual de setembro foi puxado pelos grupos
habitação, com alta de 2,56% (0,41 ponto percentual)
e transporte, 1,82% (0,38 ponto percentual). Segundo
a análise do IBGE, o reajuste da tarifa de energia
elétrica (6,47%) puxou a alta em habitação. Em
relação aos transportes, o resultado foi causado
pelos aumentos nos preços dos combustíveis (2,43%).
O IPCA é medido em 15 capitais brasileiras e o
Distrito Federal para famílias com renda de um a 40
salários-mínimos.
INPC sobe 1,20%
O índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de
setembro subiu 1,20%, registrando 0,32 ponto
percentual acima do mês de agosto (0,88%). Assim
como o IPCA, o INPC deste mês foi o maior para
setembro desde 1994, quando ficou em 1,40%. O INPC
registra a inflação para famílias de um a cinco
salários mínimos.
Fonte: Agência Brasil
13/10/2021 -
Covid só é considerada doença ocupacional quando
vinculada ao trabalho
A Covid-19 pode ser reconhecida como doença
ocupacional, mas, para tanto, é necessário que se
caracterize o nexo causal entre o desempenho das
atividades profissionais e a infecção. Esse
entendimento pautou duas decisões recentes do
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
Em um dos processos, um auxiliar de lavagem que
atuava em uma distribuidora de automóveis não
conseguiu comprovar que havia contraído a doença por
culpa do empregador. A 9ª Turma do TRT-2 confirmou
entendimento do juízo de primeiro grau, que não
reconheceu o acometimento de doença ocupacional e
indeferiu o pagamento de danos morais e materiais.
Para o colegiado, cabia ao trabalhador o ônus de
provar as alegações, o que não ocorreu.
O desembargador-relator do acórdão, Mauro Vignotto,
explicou que, mesmo que o auxiliar tenha apresentado
um exame de sorologia com resultado positivo, "o
citado método não é o adequado e seguro para a
constatação da doença, pois depende de verificação
mediante exame de PCR, o qual não detectou o
coronavírus no organismo do reclamante".
Além disso, em seu próprio testemunho, o
profissional contou que o empregador forneceu
equipamentos de proteção, que pegava metrô e ônibus
para chegar ao trabalho e que atuava como engraxate
nos finais de semana, atendendo clientes em
domicílio.
"De conseguinte, e porque sequer comprovado que o
obreiro contraiu Covid-19 durante o contrato de
trabalho, resta prejudicada a análise da suposta
doença ocupacional, bem como os pleiteados danos
moral e material daí decorrentes", concluiu o
relator.
Acidente de trabalho
O outro caso é de uma ação trabalhista que tem como
reclamantes o espólio de um trabalhador, a viúva e
seu filho em face de uma fábrica de cigarros. O
obreiro havia contraído Covid-19 e morreu por
complicações da doença. A família pleiteou no
processo, entre outros, o reconhecimento de doença
profissional equiparada a acidente de trabalho, com
o pagamento de indenização por danos morais e
materiais, além da fixação de pensão vitalícia.
Por unanimidade, os magistrados da 5ª Turma do TRT-2
negaram provimento ao pedido dos autores, mantendo
assim a decisão de piso. Eles entenderam que não
havia sido comprovado a existência de nexo causal
entre a doença que vitimou o trabalhador e a
atividade por ele desenvolvida na empresa.
"Os elementos dos autos não são suficientes à
caracterização da doença como de cunho eminentemente
laboral, ou seja, não há como se ter certeza de que
a doença que acometeu o obreiro se deu,
estritamente, em razão de sua atividade laboral.
Meros indícios, como se sabe, não bastam para
eventual condenação", afirmou a juíza-relatora do
acórdão, Patrícia Cokeli Seller.
Além disso, segundo análise de prova oral,
concluiu-se que a ré adotou as medidas necessárias
para preservar a higidez física dos seus
colaboradores, inclusive permitindo àqueles com
comorbidades o trabalho remoto, ou, ainda,
oferecendo táxi ou transporte por aplicativos para
os deslocamentos dos empregados à empresa. *Com
informações da assessoria de comunicação do TRT-2.
1000396-57.2021.5.02.0061
1001350-68.2020.5.02.0084
Fonte: Consultor Jurídico
13/10/2021 -
80% dos empregos criados desde 2020 são informais,
sem direitos nem renda garantida
O número de pessoas trabalhando no Brasil (89
milhões) cresceu 8,6%, no trimestre encerrado em
julho de 2021 na comparação com o mesmo período do
ano passado, mas 80% das vagas criadas desde 2020,
quando começou a pandemia, são informais, sem
direitos, segundo dados da Pnad Continua do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE).
Desses 80%, cerca de 53%dos desempregados recorreram
a atividades “por conta própria”, como camelôs,
vendedores de comida de rua ou pequenos
empreendimentos por não conseguir emprego formal,
com direitos a férias, 13ª salário, Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros
benefícios.
Os informais sofrem também com a queda da renda e as
incertezas sobre quanto vão conseguir no fim do mês.
Com isso, precisam cortar muitas despesas, inclusive
itens da alimentação, e mesmo assim não têm como
contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) para ter um auxílio em caso de acidente de
trabalho ou aposentadoria.
Os dados da Pnad Contínua mostram que o rendimento
médio caiu 8,8%, na comparação com o trimestre
encerrado em julho do ano passado. Isso representa
R$ 242 a menos no fim do mês para os trabalhadores.
Em média, segundo a pesquisa, o salário é de R$
2.508.
Já o Observatório das Metrópoles que faz, em
parceria com a Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Rede de Observatórios
da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), o
Boletim Desigualdade Social nas Metrópolis, mostra
um nível de renda per capita ainda menor nas grandes
cidades.
Segundo o boletim, no segundo trimestre de 2021, a
renda domiciliar per capita do trabalho foi estimada
em R$ 1.326 nas regiões metropolitanas, uma baixa de
0,1% em relação aos três meses anteriores. Valor
inferior a esse só foi verificado no começo da série
histórica do estudo, no primeiro trimestre de 2012:
R$ 1.323.
Levando em conta o salário mínimo ideal de uma
família de dois adultos e duas crianças que, segundo
o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), deveria ser de
mais de R$ 5.657,66 em setembro, dá para entender
porque muitas famílias estão disputando ossos e
restos de peixes no país.
Taxa de desemprego
Como a Pnad so considera desempregado quem procura
emprego no período e milhares estão fazendo bico, a
taxa de desemprego recuou para 13,7% no trimestre
encerrado em julho, segundo o IBGE.
No total, o país tem 14,1 milhões de desempregados e
31,7 milhões de subutilizados no mercado de
trabalho. No levantamento anterior, referente ao
trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego
ficou em 14,1%, atingindo 14,4 milhões de pessoas.
Fonte: CUT
13/10/2021 -
Comissão aprova proposta que obriga INSS a enviar
extrato de contribuições ao trabalhador
Proposta ainda será votada por mais duas
comissões
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou proposta que obriga o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a enviar
anualmente ao trabalhador um extrato detalhando os
recolhimentos das contribuições previdenciárias
realizados pelo empregador nos meses de janeiro a
dezembro do ano anterior.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Flávia Morais (PDT-GO), que inclui a
alteração na Lei Orgânica da Previdência Social (Lei
8.212/91), em vez de criar uma lei autônoma, como
prevê o projeto original (PL 51/20, do deputado
Alexandre Frota (PSDB-SP).
“A lei atualmente já estabelece o envio desse
extrato mediante requisição, seja das empresas ou
dos segurados. A proposição em exame avança no
sentido de estabelecer a obrigatoriedade do envio,
assim como estabelecer o prazo de envio até o
segundo mês do ano subsequente ao da arrecadação”,
observa a relatora.
Atualmente, o INSS já permite que, por meio da
internet, o cidadão tenha acesso ao extrato
previdenciário com todos os vínculos trabalhistas e
previdenciários constantes no seu Cadastro Nacional
de Informações Sociais (CNIS).
Tramitação
O texto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Seguridade Social e Família; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
08/10/2021 -
Câmara aprova retorno de gestantes ao trabalho
presencial após imunização contra Covid-19
Proposta será enviada ao Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(6) o Projeto de Lei 2058/21, que estabelece medidas
sobre o trabalho de gestantes durante a pandemia,
prevendo sua volta ao presencial após imunização. A
proposta será enviada ao Senado.
De autoria do deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO),
o texto muda a Lei 14.151/21, que garantiu o
afastamento da gestante do trabalho presencial com
remuneração integral durante a emergência de saúde
pública do novo coronavírus.
O projeto foi aprovado na forma do substitutivo da
relatora, deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), e
garante o afastamento apenas se a gestante não tenha
ainda sido totalmente imunizada (15 dias após a
segunda dose). Hoje, não há esse critério.
Exceto se o empregador optar por manter a
trabalhadora em teletrabalho com a remuneração
integral, a empregada gestante deverá retornar à
atividade presencial nas hipóteses de:
- encerramento do estado de emergência;
- após sua vacinação, a partir do dia em que o
Ministério da Saúde considerar completa a
imunização;
- se ela se recusar a se vacinar contra o novo
coronavírus, com termo de responsabilidade; ou
- se houver aborto espontâneo com recebimento da
salário-maternidade nas duas semanas de afastamento
garantidas pela CLT.
Para a relatora, o texto garante o afastamento
enquanto não há a proteção da imunização e também
resolve o problema do setor produtivo. “Hoje, 100%
está sendo pago pelo setor produtivo e, muitas
vezes, o microempresário não tem condições de fazer
esse pagamento. Várias mulheres querem retornar ao
trabalho, pois muitas vezes elas têm uma perda
salarial porque ganham comissão, hora extra”, disse
Paula Belmonte.
O autor destacou as vantagens da solução encontrada.
“O projeto assegura a saúde das gestantes e o
afastamento dos casos necessários com sua renda
integral, mas temos que tomar uma medida porque o
empresário que está lá na ponta, tendo que garantir
o salário do afastamento da gestante e contratando a
substituta, não aguenta continuar pagando por isso”,
ponderou Tiago Dimas.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
08/10/2021 -
Cadê os empregos da reforma trabalhista?
Quase quatro anos da famigerada reforma trabalhista
que prometia gerar 2 milhões de empregos no país e o
que é visto hoje está muito longe do prometido e era
algo que sindicalistas já alertavam, que não é
tirando direito dos trabalhadores que geraria
emprego.
O que os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) mostram é que o desemprego
está maior. O último balanço divulgado pelo
instituto mostra que a desocupação no Brasil é de
13,7%, o que representa 14,1 milhões de brasileiros.
Hoje, no Twitter, o presidente da CSB, Antonio Neto,
lembrou sobre a reforma trabalhista compartilhando
reportagem do UOL sobre o assunto. Ele disse:
“Durante a Reforma, Temer e Meirelles prometeram
gerar 6 milhões de empregos com o desmonte da
legislação trabalhista. O resultado foi mais
desemprego e a completa desregulação do mercado de
trabalho. De lá pra cá a vida do povo trabalhador só
piorou.”
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
quer tirar ainda mais direitos trabalhistas e tentou
por duas vezes passar outras reformas trabalhistas.
Recentemente propôs a criação de modalidade de
trabalho sem carteira assinada e sem férias, 13º
salário e FGTS.
O texto da reforma trabalhista de 2017 foi aprovado
durante o governo do presidente Michel Temer, em
julho daquele ano e entrou em vigor em novembro do
mesmo ano.
Temer chegou a reconhecer no ano passado, que seus
ministros superestimaram os números de geração de
emprego na propaganda da reforma trabalhista.
“Quero concordar com a sua afirmação [...] de que os
nossos ministros [da Fazenda, Henrique] Meirelles e
[do Trabalho] Ronaldo Nogueira exageraram nas suas
previsões, em um evento no Paraná.
É questionado o porquê da flexibilização das leis
trabalhistas não trouxe emprego? A reportagem do UOL
ouviu especialistas que disseram algo que dentro do
movimento sindical era óbvio, sem melhora econômica
e dos investimentos que geram empregos e não a
redução ou extinção dos direitos trabalhistas.
Informalidade
A promessa do governo Temer era diminuir a
informalidade, mas só aumentou, principalmente
durante a pandemia.
O IBGE mostra o aumento da informalidade que era
40,5% de trabalhadores antes da reforma trabalhista
e agora está em 40,8%.
Fonte: Mundo Sindical
08/10/2021 -
"Fome é fruto da irresponsabilidade de quem nos
governa", diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpou o
governo de Jair Bolsonaro pelo avanço da fome no
Brasil. Durante encontro com catadores de materiais
recicláveis nesta quinta-feira (7), em Brasília,
Lula questionou como é possível haver fome no
Brasil, um dos líderes na produção de alimentos do
mundo.
"A fome não é um fenômeno da natureza, a fome é um
fonêmeno da irresponsabilidade das pessoas que
governam este país", disse Lula aos catadores. "Se
as pessoas soubessem o que é a fome, a gente não
tinha fome", acrescentou.
Em discurso, o petista pediu uma atitude "humanista"
com os catadores e cobrou mais respeito à categoria
por parte de governantes. "Não trate essa gente como
se fosse objeto, trate com respeito, porque eles
estão fazendo pela cidade possivelmente aquilo que
você não está fazendo", disse.
"Aos governadores do Brasil, se estiverem ouvindo
alguma coisa do que estou falando, por favor, vamos
humanizar, vamos profissionalizar e vamos melhorar a
coleta de lixo nos estados e nas cidades. Vamos dar
importância a essas mulheres e a esses homens",
cobrou Lula.
Na capital federal, Lula se reuniu com lideranças de
diversos partidos políticos, como PSOL, PSB, PROS,
PCdoB e MDB.
Fonte: Brasil247
08/10/2021 -
Lei suspende obrigatoriedade da prova de vida para
benefícios do INSS até o final deste ano
A medida depende ainda de portaria do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS)
O Diário Oficial da União desta quarta-feira (6)
divulgou a promulgação de um artigo da lei
14.199/2021 que suspende a obrigatoriedade da prova
de vida para os beneficiários do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) até final deste ano de 2021.
A medida depende ainda de portaria do INSS.
A determinação governamental é que a exigência da
prova de vida para aposentados e pensionistas seja
retomada em 2022.
E a posição do governo?
A suspensão havia sido vetada pelo presidente Jair
Bolsonaro (sem partido), mas o Congresso Nacional
derrubou o veto, no dia 27 de setembro, e manteve a
interrupção até 31 de dezembro.
Como justificativa, o capitão reformado informou aos
parlamentares que “a suspensão da comprovação
poderia implicar na manutenção e no pagamento
indevido de benefícios que deveriam ser cessados”.
Ele também argumentou que a prova de vida pode ser
realizada por biometria, sem a necessidade de se
deslocar até uma das agências do INSS.
Regulamentação
Até o momento da publicação desta matéria, o INSS não
tinha divulgado portaria para regulamentar a medida.
Também não há informações até o momento sobre a
situação de quem teve o benefício cortado neste ano
por falta de prova de vida.
Provas seguem
O INSS lembra que, apesar da suspensão da
obrigatoriedade da prova de vida, não há nenhum
impedimento para aqueles que quiserem comprovar que
estão vivos.
Os beneficiários com mais de 80 anos ou que tenham
60 anos ou mais e possuem algum tipo de dificuldade
de locomoção podem fazer o procedimento em
domicílio. Para isso, é necessário fazer um
agendamento pelo número 135 ou pelo aplicativo “Meu
INSS”.
Os beneficiários com biometria cadastrada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Departamento
Estadual de Trânsito (Detran) podem fazer a prova de
vida digital, também por meio do aplicativo.
Fonte: Brasil de Fato
08/10/2021 -
Cesta básica dispara. Em SP, chega a R$ 673,45
O custo de vida segue em alta. Segundo o Dieese, o
custo médio da cesta básica, em setembro, aumentou
em 11 cidades, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta
Básica de Alimentos, feita em 17 Capitais. Aumento
em Brasília foi de 3,88%; em SP, 3,53%.
SP – É a cesta mais cara: R$ 673,45. Em seguida,
Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85)
e Rio de Janeiro (R$ 643,06). De setembro de 2020 a
setembro de 2021, o preço dos alimentos básicos
subiu em todas as Capitais: Brasília (38,56%), Campo
Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e SP
(19,54%).
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, a cesta básica aumenta conforme se acelera a
inflação, turbinada principalmente pelo preço dos
alimentos, combustíveis e energia elétrica. “No caso
dos alimentos, dois fatores elevam o preço: a seca,
que afeta produtos como feijão e hortaliças; e o
câmbio, que puxa os alimentos referenciados pelo
dólar, como soja, farinha de trigo, arroz e carne”,
explica.
Mínimo – Com base na cesta mais cara (São
Paulo), o Dieese estima que o salário mínimo deveria
equivaler a R$ 5.657,66. Isso corresponde a 5,14
vezes o mínimo, de R$ 1.100,00. O cálculo leva em
consideração família de quatro pessoas, com dois
adultos e duas crianças.
Preços elevados e salário arrochado, diz Fausto,
empurram o Brasil ao mapa da fome. Ele alerta:
“Quase metade da população vive insegurança
alimentar. E 20 milhões passam fome”.
Trabalho – O tempo médio necessário pra
adquirir os produtos da cesta, em setembro, foi de
115 horas e dois minutos (nas 17 Capitais) – em
agosto, 113 horas e 49 minutos. Quando se compara o
custo da cesta básica com o salário mínimo líquido,
após o desconto à Previdência (7,5%), verifica-se
que o trabalhador remunerado pelo mínimo
comprometeu, em setembro, 56,53% do líquido pra
comprar os alimentos básicos.
Com esse desgaste do salário, o brasileiro se
endivida e entra na lista da inadimplência. “Você
precisa de mais renda pra consumir aquilo que não
faz parte de alimentos e acaba se endividando com
outras contas”, afirma o professor Fausto.
Mais – Clique
aqui e acesse a pesquisa completa do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
07/10/2021 -
Maioria das negociações fica abaixo da inflação
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) divulgou a edição número
12 do boletim De Olho nas Negociações. Na
publicação, a entidade alerta que dois terços dos
reajustes com data-base em agosto, encerradas até o
início de setembro, ficaram abaixo da inflação
medida pelo INPC.
De acordo com a pesquisa, cerca de 48,5% das
negociações não contemplaram os trabalhadores com a
reposição da inflação. Enquanto isso, 33,2% garantiu
a reposição. Apenas 18,2% obtiveram aumento real.
O INPC medido em agosto de 2021, no acumulado de 12
meses, chegou a 10,42%. Segundo o boletim do Dieese,
esse é o maior percentual de reajuste necessário
para uma data-base desde fevereiro de 2016.
Para Rodolfo Viana, economista responsável pela
subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região, esse estudo indica que uma
inflação maior somada a uma atividade econômica mais
fraca resulta em negociações com esses parâmetros.
“Importante destacar que, ainda que a parte
econômica não tenha reposto o INPC, as Convenções e
Acordos Coletivos assinados garantem uma série de
outros direitos”, afirma Rodolfo.
Para ele, o bom acordo é aquele aprovado pela
categoria. “Mas para além disso, tem todo o trabalho
de mobilização”, avalia. Segundo o economista, a
estimativa para a inflação de setembro, contemplando
os últimos 12 meses, é de 9,66. “Mas pode aumentar,
cair, ficar igual”, ressalta.
Metalúrgicos – Em Campanha Salarial, o Sindicato de
Guarulhos e Região garantiu na última data-base a
reposição integral da inflação, o que possibilitou a
injeção de R$ 87 milhões na economia local. “Neste
ano, ainda que o montante seja maior, o poder de
compra do trabalhador, nesse caso, será o mesmo”,
acredita Rodolfo.
Mais – Clique
aqui e acesse o boletim De Olho nas Negociações
do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
07/10/2021 -
Rejeição ao governo Bolsonaro cresce e vai a 53%,
aponta pesquisa
Houve um aumento de cinco pontos percentuais na
desaprovação ao governo
A rejeição popular ao governo Jair Bolsonaro
continua a crescer. Segundo pesquisa da Quaest
Consultoria, encomendada pela Genial Investimentos e
divulgada nesta terça-feira (5), 53% dos brasileiros
avaliam a gestão bolsonarista de forma negativa.
Houve um aumento de cinco pontos percentuais na
desaprovação ao governo, na comparação com a rodada
anterior, feita no início de setembro. Para 24%, o
governo é regular (eram 26%). A gestão só é vista
como positiva por 20% (eram 23%).
O levantamento também indicou a perda de apoio do
governo em sua base de eleitores em 2018. Conforme a
pesquisa, 41% dos que votaram em Bolsonaro há três
anos analisam o governo de forma positiva, ante 47%
na pesquisa anterior. Para 32%, ele é regular. Para
26%, é negativo (eram 19%).
Entre os eleitores de Fernando Haddad, 81% veem o
governo de forma negativa (eram 74%). A gestão é
regular para 15% (eram 18%) e positiva para 3% (eram
6%).
Já na sondagem para as eleições de 2022, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera em
todos os cenários. As intenções de voto no petista
variam entre 43% e 46% no primeiro turno.
Na média estimada dos oito cenários apresentados
para o primeiro turno, Lula aparece com 45%, seguido
por Bolsonaro, com 26%. O ex-ministro Ciro Gomes
(PDT) marca 11%. A pesquisa contou pela primeira vez
com uma simulação envolvendo uma virtual candidatura
de Luiza Trajano, da rede Magazine Luiza, que tem
sido cotada para ser vice em chapa encabeçada por
Lula. A empresária, que nega as especulações,
desponta com 4% das intenções de voto.
No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro (53% a
29%), Ciro (49% a 26%), o ex-juiz Sergio Moro (52% a
26%), Luiza Trajano (54% a 17%), o governador
paulista João Doria, do PSDB (54% a 16%), o
governador gaúcho Eduardo Leite, também tucano (55%
a 15%), e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do
PSD (56% a 14%).
O levantamento também aponta Lula como o melhor
candidato para resolver problemas centrais do
Brasil. Para 37%, ele é o mais indicado para
enfrentar os problemas ligados à Saúde (Bolsonaro
tem 19%). Lula ainda é o preferido para lidar com
desafios na segurança pública (29%), na corrupção
(28%), na economia (44%) e na resolução de brigas
políticas (35%).
A pesquisa Quaest/Consultoria ouviu 2.048 pessoas,
em 123 municípios brasileiro, de 30 de setembro a 3
de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Com informações da CartaCapital
Fonte: Portal Vermelho
07/10/2021 -
Bolsonaro muda de opinião, diz que quer depor
presencialmente à PF e STF adia julgamento
A decisão, anunciada no plenário do STF pela
Advocacia Geral da União (AGU) provocou novamente o
adiamento do julgamento que definiria se Bolsonaro
poderia, ou não, prestar depoimento por escrito
nesse caso
Jair Bolsonaro informou nesta quarta-feira (6) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que pretende depor
presencialmente no inquérito que apura suposta
interferência política na Polícia Federal.
A decisão, anunciada no plenário do STF pela
Advocacia Geral da União (AGU) provocou novamente o
adiamento do julgamento que definiria se Bolsonaro
poderia, ou não, prestar depoimento por escrito
nesse caso. Até agora, Bolsonaro vinha pedindo
permissão da Justiça para se manifestar por escrito.
Em outubro de 2020, o STF começou a julgar o caso da
PF. Na época o relator era o ministro Celso de
Mello, que afirmou não ser admissível a concessão de
"privilégios" e "tratamento seletivo" e defendeu que
Bolsonaro depusesse presencialmente à polícia.
Alexandre de Moraes, que substituiu Celso de Mello
na relatoria, negou o pedido do presidente para não
depor, afirmando que caberá ao plenário definir como
será o interrogatório, se presencial ou por escrito.
Fonte: Brasil247
07/10/2021 -
Comissão rejeita proposta que torna facultativas
contribuições ao "Sistema S"
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto
de Lei 6505/19, segundo o qual a contribuição das
empresas ao "Sistema S" será facultativa e limitada
a 1% da remuneração dos empregados. O texto destina
ainda 30% dessa arrecadação à seguridade social.
O projeto rejeitado prevê que as regras envolverão
as contribuições aos serviços sociais do comércio
(Sesc), da indústria (Sesi) e do transporte (Sest),
bem como os serviços nacionais de aprendizagem do
comércio (Senac), do cooperativismo (Sescoop), da
indústria (Senai) e do transporte (Senat), além do
rural (Senar).
O colegiado acolheu o parecer do relator, deputado
Daniel Almeida (PCdoB-BA). "O tema é extremamente
complexo e relevante, e a proposta, ousada",
avaliou. "Que empresário iria livremente contribuir?
A resposta é obviamente no sentido de que o custeio
e o equilíbrio do "Sistema S" iriam à bancarrota."
Para Almeida, com isso haveria o risco de fechamento
das unidades deficitárias, em prejuízo especialmente
dos pequenos municípios. "Desestruturar o 'Sistema
S' é um tiro no pé da formação profissional que
garante a reposição de quadros e o avanço da
competitividade dos negócios”, avaliou o relator.
O autor da proposta, deputado Eli Borges
(Solidariedade-TO), no entanto, argumenta que o
"Sistema S" onera o empregador, já que parte da
arrecadação incide sobre a folha de pagamento.
"Entendo o anseio por redução da carga tributária,
mas o algoz não é o 'Sistema S', e sim a sanha
arrecadatória dos entes federativos", rebateu o
relator.
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania. Com informações da Agência
Câmara.
Fonte: Consultor Jurídico
07/10/2021 -
Governo Bolsonaro levou 9 milhões de brasileiros
para o mapa da fome
Com a pandemia da Covid-19, cerca de 116,8
milhões estão em algum grau de insegurança alimentar
Nos dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, o
mapa da fome no Brasil avançou e atingiu mais nove
milhões de pessoas. O levantamento mais recente da
Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que,
agora, 19,1 milhões de pessoas se enquadram nesse
perfil – o equivalente a 9% da população brasileira.
O estudo foi realizado em dezembro do ano passado,
em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil,
tanto em áreas urbanas como rurais. A entidade
também concluiu que, com a pandemia da Covid-19,
cerca de 116,8 milhões estão em algum grau de
insegurança alimentar (leve, moderado ou grave).
De acordo com a Rede Penssan, a insegurança
alimentar acontece quando o indivíduo não tem acesso
pleno a alimentos. Os dados da pesquisa indicam que
o número corresponde a mais da metade da população
brasileira, estimada em 213,6 milhões.
O Nordeste foi a região brasileira com o maior
número absoluto de pessoas nessa condição. De acordo
com o estudo, são quase 7,7 milhões de nordestinos
que passam fome, dentro do que se considera grave
insegurança alimentar.
A região Norte, por sua vez, representa 14,9% das
pessoas que não têm o que comer no país. Apesar de
ocupar uma parcela significativa nesse ranking, os
estados nortistas abrigam apenas 7,5% da população
do país.
Na última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF),
relativa a 2017-2018, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) estimava que 10,3
milhões de famílias moravam em domicílios com
insegurança alimentar grave. Assim, desse período
até 2020 — que corresponde à primeira metade do
governo Bolsonaro –, a quantidade de cidadãos
passando fome no território nacional cresceu em 8,8
milhões.
Com informações da CNN
Fonte: Portal Vermelho
07/10/2021 -
Retração na indústria aponta para ‘ciclo vicioso’,
alerta Dieese
O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, atribui a queda no produção industrial à
redução no consumo das famílias. Com menos empregos
no setor, massa salarial deve cair ainda mais
A produção industrial registrou queda de 0,7% em
agosto na comparação com o mês anterior, de acordo
com dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (5).
É a terceira retração mensal consecutiva. Com esse
resultado, a produção na indústria setor ficou 2,9%
abaixo do patamar de registrado em fevereiro de
2020, ainda antes da pandemia. E 19,1% abaixo do
nível recorde registrado em maio de 2011.
Para o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, a queda no setor industrial aponta para a
frágil retomada da economia. Uma das causas dessa
retração, segundo ele, está relacionada com a
redução do consumo das famílias. Nesse sentido, ele
aponta para o risco de um “ciclo vicioso” que deve
agravar ainda mais as perspectivas de recuperação.
Isso porque a indústria é responsável pelos empregos
mais qualificados, que pagam os melhores salários.
Logo, a redução da produção industrial aponta para o
aumento do desemprego nesse setor, reduzindo ainda
mais a massa salarial, impactando negativamente no
consumo.
“Conforme a renda das famílias vem caindo, vai
travando esse setor que é bastante significativo.
Por outro lado, estamos assistindo a um processo de
intensificação das importações, substituindo a
produção nacional por produtos que vêm de fora”,
explicou Fausto em entrevista a Glauco Faria, para o
Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (6).
Outros fatores da queda na indústria
Dentre os setores industriais, a produção de bens de
consumos duráveis é um dos mais impactados pela
perda de dinamismo. Já são oito meses seguidos com
taxas negativas, acumulando queda de 25,5% no
período. Além da redução do poder de compra da
população, Fausto também aponta para o aumento da
taxa básica de juros com um dos fatores que
contribuem para essa retração. Além disso, as
indústrias também tem sofrido com sucessivos
aumentos nos preços dos combustíveis e da energia
elétrica, insumos básicos para a produção.
De acordo com o diretor-técnico do Dieese, a
indústria sofre com a falta de uma política
estratégica. Nesse sentido, ele destaca o
desmantelamento do Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços, que foi incorporado ao
Ministério da Economia, no início do governo
Bolsonaro. O setor também carece de linhas
específicas de financiamento. “Até mesmo a divisão
industrial do BNDES, a principal base de
investimento, foi desmontada”.
A saída, segundo Fausto, é apostar no fortalecimento
do mercado interno, o que poderia inverter esse
ciclo. A valorização dos salários, por exemplo,
acarretaria na elevação do consumo das famílias que,
por sua vez, impactaria no aumento da produção. Mas
tudo isso depende de decisões políticas que foram
abandonadas pelo atual governo.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/10/2021 -
Ação de trabalhador contra sindicato deve ser
julgada pela Justiça do Trabalho
A competência da Justiça do Trabalho não diz
respeito apenas aos conflitos de representação
sindical, mas também a outros assuntos que envolvam
sindicato e trabalhador. Com esse entendimento, a 6ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que
cabe à Justiça trabalhista julgar a ação em que um
operador de máquinas pretende receber indenização
por danos morais em razão da suposta omissão de uma
entidade sindical em defender seus interesses.
O trabalhador relatou na reclamação trabalhista que,
em março de 2015, foi demitido pela Ford Motor
Company do Brasil Ltda., juntamente com 136 colegas,
sem a presença do Sindicato dos Metalúrgicos de
Taubaté (SP) e Região. Os empregados estavam em
regime de lay off (suspensão do contrato de trabalho
mediante acordo com o governo federal) e esperavam
ser reconvocados.
Segundo ele, o sindicato, "de forma conivente com a
empresa", permitiu que se organizasse uma "arapuca"
para o grupo ao reiterar o convite para a reunião em
que foram demitidos de surpresa, por meio de plano
de demissão voluntária (PDV). O trabalhador ainda
destacou que a adesão ao PDV deveria ter sido feita
com a assistência da entidade, que só a validou em
outro momento, depois das assinaturas dos
dispensados.
Ao pedir a indenização, ele sustentou que os
trabalhadores foram coagidos e submetidos a ato
"absolutamente indigno e vexatório" em razão da
"omissão negligente" do sindicato, que também foi
denunciada ao Ministério Público do Trabalho.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Taubaté julgou
improcedente o pedido de indenização por entender
que a conduta do sindicato em ratificar e estimular
a participação no PDV foi no sentido de atenuar os
efeitos das demissões, previstas pela Ford no fim de
2014.
O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(interior de São Paulo), ao julgar o recurso,
declarou a incompetência da Justiça do Trabalho para
analisar o caso e encaminhou o processo à Justiça
comum. Segundo a corte regional, não se trata de
processo sobre representação sindical e a ação
indenizatória deve decorrer diretamente da relação
de emprego.
No entanto, a relatora do recurso de revista do
metalúrgico, ministra Kátia Arruda, explicou que o
artigo 114, inciso III, da Constituição da República
prevê regra de competência da Justiça do Trabalho em
razão da matéria (ações sobre representação
sindical) e em razão da pessoa (ações entre
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre
sindicatos e empregadores). "Dessa forma,
tratando-se de ação entre sindicato e trabalhador, é
competente a Justiça do Trabalho para julgar a
demanda, conforme expressa previsão constitucional",
argumentou ela.
Por unanimidade, a 6ª Turma acompanhou o voto da
relatora e o processo retornará ao TRT para que,
reconhecida a competência, julgue recurso contra a
decisão de primeiro grau. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 10086-80.2017.5.15.0102
Fonte: Consultor Jurídico
06/10/2021 -
Depois da Câmara, Senado aprova convite para Guedes
explicar sua empresa em paraíso fiscal
O convite se estende ao presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto. A intenção é realizar
a audiência no dia 19 de outubro
A Comissão de Assuntos Econômicos da Casa aprovou
nesta terça-feira (5) convite para que o ministro da
Economia, Paulo Guedes, preste informações sobre o
escândalo da offshore que ele possui nas Ilhas
Virgens Britânicas. O convite se estende ao
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
que também possui uma offshore no arquipélago
caribenho.
De acordo com os senadores e Jean Paul Prates
(PT-RN) e Paulo Rocha (PT-PA), que apresentaram o
requerimento, a ação de Guedes configura “um
evidente conflito de interesses”. Os parlamentares
haviam pedido a convocação de Guedes, mas, após
acordo, decidiu-se por um convite.
“O projeto de lei nº 2337, de 2021, que modifica as
regras do imposto de renda e que atualmente tramita
nesta Comissão, previa, no artigo 6º da versão
original enviada pelo governo, a tributação sobre os
lucros de recursos de pessoas físicas residentes no
Brasil alocados em empresas estrangeiras (as
offshores) que estejam sediadas em paraísos fiscais.
De acordo com a proposta, a cobrança seria feita
mesmo se o dinheiro não fosse trazido ao Brasil e
deveria compor a declaração de ajuste anual do
Imposto de Renda. Segundo o texto, até mesmo o
rendimento resultante de variação cambial deveria
ser tributado por ser considerado ganho de capital.
O ministro Paulo Guedes chegou a afirmar que esta
versão tinha sido elaborada pela área técnica da
Receita Federal e que precisava ser aperfeiçoada”,
diz um trecho do requerimento.
A intenção é realizar a audiência no dia 19 de
outubro, informa o jornalista Leonardo Sakamoto, no
UOL. A Comissão de Trabalho, de Administração e
Serviço Público da Câmara dos Deputados também
aprovou nesta terça a convocação de Guedes. Campos
Neto não foi convocado pela Câmara.
O ministro abriu uma offshore, em 2014, nas Ilhas
Virgens Britânicas, e, com a alta do dólar,
valorizou o seu patrimônio em pelo menos R$ 14
milhões de 2019 em diante.
Fonte: Brasil247
06/10/2021 -
Articulação frágil e alta rejeição enfraquecem
previsões do governo para reforma administrativa
Disputa é marcada por diferentes protestos de
servidores públicos contra PEC 32 nos estados e em
Brasília (DF)
Aprovada no último dia 23 em comissão especial na
Câmara dos Deputados, a reforma administrativa
continua sendo o maior dos atuais pesadelos do
funcionalismo. O segmento aproveita o intervalo
entre a última votação e a avaliação da proposta
pelo plenário para bombardear a medida que faz
brilhar os olhos do ministro da Economia, Paulo
Guedes, defensor da agenda de Estado mínimo.
Entidades que reúnem servidores têm dividido a
energia entre as articulações políticas nas bases
estaduais e as agendas na capital federal. As ações
vão desde a organização de shows e peças de teatro
com artistas populares para divulgar a campanha
contra a reforma e popularizar o tema até o corpo a
corpo direto com parlamentares na sede da Câmara.
O foco hoje está principalmente nos deputados
aparentemente indecisos, apontados como aqueles que
não fizeram qualquer manifestação pública contrária
ou favorável à PEC.
Entre os oposicionistas, PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB,
REDE, Solidariedade e PV fecharam questão contra a
reforma. Juntas, as oito siglas reúnem uma média de
150 votos, menos de um terço do total de 513
cadeiras da Casa. Para aprovar o texto, o governo
precisa de 308 votos.
Não há um levantamento matemático que indique quais
parlamentares exatamente estariam no grupo dos
indecisos e o funcionalismo volta suas baterias
principalmente para os deputados de fora da
oposição.
Com o jogo ainda amorfo, o resultado é a falta de
previsão sobre o dia em que a matéria será votada, o
que não foi anunciado até o momento pelo presidente
da Casa, Arthur Lira (PP-AL), apesar da articulação
e do coro do pepista nas últimas semanas pela
celeridade da matéria.
“É a pressão que nós estamos fazendo com os
parlamentares de não poupar ninguém e de afirmar
categoricamente: ‘Se voltar, não volta’”, atribui o
coordenador-geral do Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional
e Tecnológica (Sinasefe), David Lobão.
A identificação é a mesma do líder da oposição,
Alessandro Molon (PSB-RJ), para quem as articulações
dentro e fora da Câmara ajudam a dar ainda mais
elasticidade ao calendário de tramitação da PEC.
04.10.21 Molon_Cris (1:00) “O governo não tem votos
ainda pra votar isso no plenário e tenho muita
dúvida se em algum momento terá porque é uma reforma
extremamente impopular, agressiva com servidores,
que nem o governo quer defender, mas que o Arthur
Lira colocou na cabeça que quer aprovar (1:18)”,
acrescenta o pessebista, ao mencionar a falta de
manifestações públicas de Bolsonaro em favor do
texto.
A declaração de Molon é também uma referência às
interrogações que pairam hoje no jogo político a
respeito do futuro da proposta. É comum entre
parlamentares e analistas políticos, por exemplo, a
leitura de que não há clima para se votar a PEC
neste momento no Senado, onde o governo Bolsonaro
enfrenta hoje um terreno político menos fértil do
que já teve em outros momentos.
Com chances de a medida emperrar após sair da
Câmara, diminui entre deputados a expectativa de se
votar o texto, inclusive por conta do período
pré-eleitoral. Por ter alta rejeição popular, a PEC
é vista como pauta antiestratégica para se colocar
neste cenário.
“É por isso que acho difícil o texto chegar a ser
votado se o governo não conseguir emplacar essa
votação até mais ou menos o final de outubro”,
acredita o analista político Marcos Verlaine, do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap).
Ele destaca o cenário de aridez para que a PEC 32
receba sinal verde do plenário e menciona a
insatisfação do próprio governo com a versão atual
do texto, que preservou, por exemplo, a estabilidade
dos servidores, uma das reivindicações dos
opositores.
Enquanto a oposição batalhou para desidratar o texto
original durante os debates na comissão especial, a
gestão segue defendendo uma reforma mais rígida. E,
no meio dessa queda de braço, deputados de
diferentes legendas de direita ainda têm
resistências com a PEC e por isso tentam priorizar
outras medidas.
“Um problema que dificulta a inclusão dessa matéria na
pauta também é que tem várias outras matérias
urgentes, como as pautas dos precatórios e o
problema dos combustíveis. Outra coisa é que o
governo não tem grandes articuladores políticos. Não
tem ninguém que vá ao Congresso pra sentar com os
deputados e tentar convencê-los. O Paulo Guedes não
faz isso, por exemplo. O texto corre o risco de não
andar mais por conta desse contexto”, analisa
Verlaine.
Fonte: Brasil de Fato
06/10/2021 -
Renan anuncia que CPI irá indiciar Bolsonaro e seus
ministros
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL),
afirmou nesta terça-feira (5) que o relatório final
"com certeza" pedirá o indiciamento de Jair
Bolsonaro. A previsão é de que o relatório seja
apresentado e votado na segunda quinzena deste mês.
"Com certeza será [indiciado]. Nós não vamos falar
grosso na investigação e miar no relatório. Ele com
certeza será, sim, pelo o que praticou", disse o
parlamentar a jornalistas antes de chegar à Comissão
Parlamentar de Inquérito. "O presidente da
República, os ministros, aquelas pessoas que tiveram
participação efetiva no gabinete paralelo e todos
aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de
dinheiro público e na roubalheira. Então essas
pessoas serão responsabilizadas", afirmou.
A CPI aprovar o relatório, o documento será enviado
ao Ministério Público, que decidirá se acata ou não
os pedidos de indiciamento.
"Utilizaremos os tipos penais do crime comum, crime
de responsabilidade, do crime contra a vida, do
crime contra a humanidade e estamos avaliando com
relação a indígenas do genocídio", complementou.
Fonte: Brasil247
06/10/2021 -
Controle de jornada por WhatsApp gera direito a hora
extra em trabalho externo
O trabalho feito externamente, por só si, não afasta
o regime de horas extras. É necessário que fique
demonstrada a impossibilidade de fiscalização.
Com base nesse entendimento, o juízo da 3ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, condenou
uma empresa de telecomunicações a pagar horas extras
a um ex-funcionário que cumpria jornada externa para
visitar e captar clientes.
No processo restou provado que, apesar de o
trabalhador não bater ponto, tinha sua jornada
controlada pela empresa por outros meios, como o
aplicativo WhatsApp.
Ao analisar o caso, o relator, desembargador Milton
Vasques Thibau de Almeida, entendeu pelo
indeferimento de recurso apresentado pela empresa. O
entendimento foi seguido por unanimidade pelo
colegiado.
No recurso, a empresa sustentou que o trabalhador
exercia jornada externa e que isso o enquadraria no
artigo 62, I, da CLT e afastaria o direito à
percepção de horas extras já que ele não teria sua
jornada controlada por cartão de ponto.
O relator, contudo, apontou que ao alegar que o
trabalhador atuava sem possibilidade de controle de
sua jornada, a empresa assumiu o encargo de provar o
argumento. Ele lembrou que prova testemunhal apontou
que havia teleconferências diárias para
acompanhamento de resultados, além de contatos
diários via WhatsApp.
Os funcionários possuíam telefone corporativo tinham
que cumprir a exigência de manter contato com os
seus superiores por WhatsApp e enviar fotos das
ações em cada local de visita.
"Isso demonstra que era plenamente possível à
reclamada acompanhar em tempo real o deslocamento e
as atividades desenvolvidas pelo autor e, por tal
razão, realmente não se aplica ao caso a exceção do
artigo 62, I, da CLT", concluiu o relator.
Como a empresa não apresentou controles de ponto,
foi mantido o entendimento adotado na sentença de se
fixar a jornada com base nos horários apontados na
petição inicial, mas nos limites impostos pelo
depoimento do trabalhador, em atenção ao princípio
da razoabilidade. Isso resultou na jornada de
segunda a sexta-feira, de 7h30 até 21h; aos sábados,
de 8h até 14h e, aos domingos, de 8h até 13h, tendo
sido mantida a condenação da empresa de pagar ao
trabalhador as horas extras decorrentes.
0010818-69.2018.5.03.0002
Fonte: Consultor Jurídico
06/10/2021 -
Produção industrial cai pelo terceiro mês seguido
Indicador registrou queda de 0,7% em agosto
A produção industrial do Brasil caiu pelo terceiro
mês seguido, registrando retração de 0,7% na
passagem de julho para agosto. Com esse resultado, o
setor acumula ganho de 9,2% no ano e de 7,2% nos
últimos 12 meses. A indústria ainda está 2,9% abaixo
do patamar de fevereiro de 2020, na pré-pandemia da
covid-19, e 19,1% abaixo do nível recorde,
registrado em maio de 2011.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e
foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O gerente da pesquisa, André Macedo, explica
que o resultado do mês segue a tendência acompanhada
durante o ano.
“O resultado de agosto não difere muito do panorama
que a gente já vem apresentando ao longo de 2021.
Claro que isso tem os efeitos da pandemia sobre os
processos produtivos. Fica bem evidente esse
desarranjo das cadeias produtivas, bem exemplificado
pelo desabastecimento de matérias-primas, de insumos
para a produção de bens finais. Fica também muito
bem evidenciado o encarecimento dos custos de
produção, isso sob a ótica da oferta”, disse André
Macedo.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
05/10/2021 -
Atos contra Bolsonaro devem aumentar com a
proximidade das eleições
O número de manifestações contra o governo de Jair
Bolsonaro, como que a ocorreu no último sábado (2),
deve aumentar à medida que o país se aproxima da
eleição presidencial de 2022. A expectativa
predomina entre parlamentares de centro-direita e
esquerda ouvidos pelos Congresso em Foco. A
manifestação deste sábado foi a sexta realizada
neste ano.
Na avaliação destes parlamentares os próximos meses
serão marcados por um crescimento acentuado no
barulho das ruas. Como consequências, eles entendem
que haverá reflexos nas próximas pesquisas
eleitorais. Nas últimas pesquisas – Datafolha e Ipec
(ex-Ibope) o presidente Bolsonaro amargava índices
recordes de brasileiros que consideraram o seu
governo ruim ou péssimo. Em 21 de setembro, quando
foi divulgada a última pesquisa Datafolha, por
exemplo, este percentual chegou a 53%.
"Com a contínua queda de popularidade de Bolsonaro,
a tendência é que a pressão pelo impeachment na
sociedade aumente, e as manifestações fiquem cada
vez mais cheias", disse o líder da oposição na
Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ).
O consultor legislativo do Senado Luiz Alberto dos
Santos também concorda com o líder e prevê
intensificação do povo nas ruas.
"Os atos da oposição têm aumentado seu público, até
porque há mais gente vacinada e que pode sair às
ruas. Reduziu-se o medo do contágio, o que favorece
a mobilização. Assim, o crescimento de Lula nas
pesquisas tende a incentivar essa mobilização; e não
há mais o que se via antes, que era a timidez da
esquerda em participar de atos. Com a aproximação da
campanha eleitoral, isso vai se intensificar ainda
mais", afirmou Santos.
Um ponto levantado pelos entrevistados diz respeito
à ausência do ex-presidente Lula em todas as seis
manifestações lideradas pela oposição neste ano. A
leitura feita é de que o ex-presidente tem evitado
comparecer aos atos para não ser acusado - como
Bolsonaro foi – de fazer campanha eleitoral
antecipada, algo considerado crime pela justiça
eleitoral.
Para Alberto, o petista já possui uma simbologia que
é subtendida à sua ausência. "Ele não precisa estar
presente para que as bandeiras do PT e da esquerda
estejam presentes. Lula irá apoiar as causas
sociais, democracia, inclusão, igualdade, combate à
pobreza, mais emprego, comida na mesa, vacina etc. A
simbologia de Lula substitui a sua eventual ausência
física", declarou.
Aliados do ex-presidente também afirmam que Lula
está à espera do momento "certo" para participar das
manifestações.
"Lula sempre esteve presente, não dá pra dizer que
ele não participou. Ainda vai ter o momento certo
onde ele vai também estar presente no ato em si",
disse Bohn Gass (PT-RS).
O mesmo também foi avaliado pelo vice do PSL na
Câmara, Júnior Bozzella (SP): "Não tenho como
afirmar qual é o motivo da ausência do Lula, mas
tudo indica que ele está esperando o melhor momento
pra entrar em campo".
Convocados em 251 cidades, as manifestações pelo
impeachment do presidente Bolsonaro foram apoiadas
por ao menos 21 partidos. De linhas ideológicas
diferentes, Molon e Bozzella entraram em um consenso
sobre a participação de novas legendas.
Eles afirmaram ao Congresso em Foco que esta união é
mais um passo para o processo de abertura de
impeachment contra Bolsonaro.
"Acredito que cada vez mais partidos têm claro que
precisam estar do lado oposto ao de Bolsonaro. A
rejeição a Bolsonaro cresce continuamente. Assim, a
tendência é que cada vez mais partidos aderem à luta
pelo impeachment de Bolsonaro", disse Alessandro
Molon.
Apesar de terem declarado apoio e, até mesmo enviado
vídeos, presidenciáveis de outras siglas como do
MDB, PSDB, Cidadania e Novo não participaram dos
atos deste sábado. Eles tinham, entretanto, ido às
manifestações ocorridas em setembro e organizadas
pelo MBL. O PT e o Psol não participaram daqueles
protestos sob alegação de o que movimento encabeçou
as manifestações pela destituição da presidente
Dilma Rousseff.
Fonte: Congresso em Foco
05/10/2021 -
Diretor do Dieese cobra refinanciamento da conta de
luz para famílias de baixa renda
Com fim da suspensão dos cortes em função da
pandemia, famílias correm o risco de ficarem às
escuras
Desde a última sexta-feira (1º), voltou a ser
permitido o corte de energia por falta de pagamento
no caso dos consumidores de baixa renda. Resolução
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que
impedia os cortes, editada em março deste ano em
função da pandemia, acabou expirando. E ainda não há
sinais de nova ação nesse sentido.
O diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior,
cobra sensibilidade do governo Bolsonaro, e também
do Congresso Nacional, para evitar que as famílias
mais pobres fiquem às escuras. Como saídas, ele
sugere o perdão das dívidas ou um programa de
refinanciamento.
“É importante voltar à normalidade enquanto a
pandemia vai sendo controlada. Mas é preciso ter o
mínimo de cuidado social com as pessoas que mais
precisam num momento tão difícil como esse. Vale
lembrar que a inflação atingiu a casa dos 10%, a
maior parte das famílias vive em insegurança
alimentar“, destacou Fausto, em entrevista a Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
segunda-feira (4).
Além disso, a população também sofre com a elevação
no custo da energia, com a implementação da bandeira
da escassez hídrica. Nesse sentido, Fausto destaca
que o governo tenta colocar a culpa na natureza. No
entanto, faltaram investimentos em geração e
distribuição de energia nos últimos anos e as
políticas de devastação ambiental desempenhadas pelo
governo Bolsonaro também agravam a crise hídrica.
“As empresas estão endividadas, as pequenas estão
falindo. As famílias com dificuldades em fechar suas
contas. Tudo deveria ser feito com mais
tranquilidade e negociação, ouvindo o conjunto da
população. E, minimamente, construindo saídas, como
perdão de dívidas ou refinanciamento, coisas que o
governo simplesmente não discute. A única coisa que
propõe são reformas que, na verdade, representam
retirada de direitos, como estamos vendo agora com a
PEC 32 e tantas outras”, disse Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/10/2021 -
Presença sindical robustece ato anti-Bolsonaro
O protesto de sábado, dia 2, foi, entre todos os
atos contra o governo, o que teve presença sindical
mais marcante. A participação sindical, por meio de
Centrais e Sindicatos, colocou na Avenida Paulista o
tema do custo de vida: botijão de gás a R$ 125,00,
consumo de osso de boi e outros problemas que o povo
pobre enfrenta no cotidiano.
CUT – Segundo Sérgio Nobre, presidente nacional da
CUT, o ato do sábado acumula forças para a grande
manifestação nacional que se pretende realizar em 15
de novembro. Sem abrir mão do brado ‘Fora,
Bolsonaro’, o dirigente cutista avalia que “questões
como o aumento no gás, na conta de luz, no preço da
carne e da gasolina passam a fazer parte da pauta
dos atos contra o governo”.
Trabalhadora em Guarulhos (Grande SP) e dirigente
dos Sindicato dos Metalúrgicos (Força Sindical),
Raquel de Jesus vê o bolsonarismo perder apoio na
base trabalhadora. Ela estava no protesto sábado.
Raquel diz: “Na fábrica onde trabalho e no meu
bairro, o descrédito em Bolsonaro cresceu muito. No
bairro, o pessoal reclama bastante do aumento nos
produtos e perda no poder de compra”.
A Agência Sindical ouviu também Carolini Gonçalves,
do núcleo religioso do PSDB. “Sou evangélica, da
Igreja Nova Guiné. Quem é cristão de verdade preza a
vida humana e não deixa o próximo passar fome”,
disse, em crítica à política recessiva de
Guedes/Bolsonaro. Os movimentos do PSDB passam a
participar da frente ampla contra Bolsonaro.
Jovens – Boa parte do público no protesto na
Paulista, dia 2, sábado, era composta de jovens, a
maioria ativista de movimentos sociais.
Centrais – As 10 Centrais Sindicais participaram do
protesto.
Mais – Acesse o site das Centrais, Brasil 247 e Rede
Brasil Atual.
Fonte: Agência Sindical
05/10/2021 -
Maioria de postos de trabalho foi criada por micro e
pequena empresas
Levantamento é do Sebrae, com informações do
Caged
Dos 372,2 mil postos de trabalho criados em agosto,
os pequenos negócios foram responsáveis por 265,1
mil, o que representa sete em cada dez postos de
trabalho. Os dados são do levantamento feito pelo
Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
A maioria das vagas, 46%, foi aberta pelo setor de
serviços, um dos mais impactados pela pandemia da
covid-19, que contratou 119,3 mil trabalhadores,
quase o dobro das médias e grandes empresas desse
setor que, em agosto, abriu 60,8 mil novos postos de
trabalho. Na sequência, aparecem o setor do comércio
com 69,8 mil; indústria de transformação (40,6 mil);
construção (30,7 mil) e agropecuária (2,5 mil),
sendo que apenas nesse setor, o número de novos
postos foi inferior ao das médias e pequenas
empresas, que abriram 6,7 mil postos.
De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles,
esse é o oitavo mês consecutivo tanto para os
pequenos negócios quanto para as médias e grandes
empresas e a administração pública, em que houve um
saldo positivo. No acumulado do ano, as micro e
pequenas empresas foram responsáveis por
aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados
no país. Das 2,2 milhões de vagas criadas nos oito
primeiros meses de 2021, mais de 1,5 milhão foram
dos pequenos negócios, contra 507 mil das médias e
grandes empresas. Quando comparado com o mesmo
período do ano passado, os dados do Caged revelam
uma recuperação da economia e da criação de empregos
no Brasil.
“Os pequenos negócios são os primeiros a sentir os
efeitos de uma grande crise, mas também são os
primeiros a conseguir se recuperar, inclusive pela
sua estrutura mais enxuta. É por isso que é tão
importante a criação e manutenção de políticas
públicas que incentivem esse segmento”, disse Melles.
Ele lembrou que entre janeiro e agosto de 2020, o
saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios
havia sido negativo, com o encerramento de 524,3 mil
vagas e as médias e grandes haviam fechado um pouco
mais de 466 mil empregos.
Fonte: Agência Brasil
05/10/2021 -
Centrais repudiam agressões a Ciro Gomes em Ato pelo
#ForaBolsonaro
Segundo as entidades, trata-se de “um evento
totalmente inaceitável”
As centrais sindicais lançaram nota pública, neste
domingo (3), para repudiar as agressões sofridas por
militantes do PDT, como o ex-ministro Ciro Gomes,
que foram vaiados e atacados no Ato pelo #ForaBolsonaro
no sábado (2), em São Paulo. Segundo as entidades,
trata-se de “um evento totalmente inaceitável”.
“Já se tornaram comuns nas manifestações contra o
desgoverno de Jair Bolsonaro as provocações e os
ataques de grupos minoritários sem expressão e sem
representatividade”, denuncia nota, que é assinada
por dirigentes da Força Sindical, UGT, CSB, CTB,
NCST, Pública Central do Servidor e Intersindical
Central da Classe Trabalhadora. Confira a íntegra do
documento.
Lutamos por uma nação baseada na democracia,
na tolerância e no respeito ao próximo
As manifestações contra o governo Bolsonaro no dia 2
de outubro tiveram êxito e mostraram, em sua
maioria, o caráter democrático do movimento.
Mostraram que podemos sim realizar ações unitárias e
que o campo progressista com seus partidos,
sindicatos e movimentos sociais está vivo e forte.
O objetivo das nossas ações unitárias é
inequivocadamente defender a nação brasileira,
combater o autoritarismo e construir uma democracia
que acolha e valorize o povo.
Na nota em que convocamos o ato afirmamos claramente
que: “Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do
nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara
dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é
questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste
momento, um dos mais graves da nossa história, é
necessário focar no que nos une, e não no que nos
separa. Para podermos continuar a ter o direito de
discordar, de disputar eleições livres e de manter a
nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já”.
Por isso não podemos deixar de apontar um grave
problema que não apenas tem se repetido, como tem
aumentado nas manifestações em São Paulo: a
intolerância, a postura autoritária e, pior, a
violência física.
A violência que militantes do PDT e, em especial o
ex-ministro Ciro Gomes, sofreram no sábado, dia 2,
foi um evento totalmente inaceitável. Outros
representantes do movimento sindical e popular
também foram prejudicados no momento de suas falas.
Já se tornaram comuns nas manifestações contra o
desgoverno de Jair Bolsonaro as provocações e os
ataques de grupos minoritários sem expressão e sem
representatividade.
Eles se posicionam estrategicamente em frente ao
carro de som para atrapalhar todos aqueles que não
seguem sua cartilha sectária.
Parece que não está claro para eles qual o
verdadeiro foco da manifestação e, com isso, nos
resta concluir, que agitações como essas que
prejudicam e dividem o próprio campo progressista
tem apenas uma consequência: fortalecer o atual
governo de extrema direita.
Não é esse o Brasil que queremos e pelo qual estamos
lutando. Não queremos uma politica baseada na
intolerância, na coerção, no fanatismo e na
violência física.
Queremos sim construir uma democracia onde todos e
todas tenham vez e tenham voz. Uma democracia
popular baseada no respeito ao próximo.
É para isso que seguimos lutando.
São Paulo, 3 de outubro de 2021
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
Adilson Araújo, presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
José Gozze, presidente da Pública Central do
Servidor
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Fonte: Portal Vermelho
04/10/2021 -
Marcos Verlaine: Bolsonaro é um presidente quase
“perfeito”
Se o presidente da República Jair Bolsonaro
tivesse inteligência acima da média, o Brasil,
provavelmente, estaria mais ferrado. Felizmente não
tem. Na verdade, o presidente está abaixo da média,
para a relevância do cargo que ocupa e a importância
do País no cenário internacional. Mas isto não o
atrapalha. Talvez, ao contrário.
Marcos Verlaine*
Para o que o presidente se dispôs a fazer, a
mediocridade intelectual e política talvez sejam
parceiras. Bolsonaro é quase “perfeito”, porque,
para o bem ou para o mal, ele vem cumprindo o script
que lhe foi definido quando foi escolhido, por quem
manda no País, ser o chefe da Nação.
Ele cumpre, com relativa competência e denodo, a
tarefa que lhe foi passada. Não tenham dúvida disso.
Outros, com a mesma orientação política (direita) e
econômica (neoliberal), talvez não tivessem a mesma
capacidade, em razão da complexidade, profundidade e
radicalidade que a burguesia pretendia operar essas
mudanças no País, num grande “salto para trás”.
Em circunstâncias absolutamente normais, Bolsonaro
não seria candidato à Presidência da República,
sendo, seria ridicularizado; não seria levado a
sério. Mas por tudo que aconteceu com o Brasil,
desde a eleição de Lula, em 2002, o País foi sendo
tirado do eixo. E ninguém que poderia ter evitado
isso se deu conta do que estava sendo gestado.
A situação aparentemente calma e tranquila levou o
País ao autoengano. Lembre-se, em 2005, houve o
chamado mensalão, biombo usado pela direita para
desestabilizar o governo, a fim de apeá-lo. Naquele
contexto, foi eleito o obscuro Severino Cavalcanti
(PP-PE) para a presidência da Câmara.
Fraco, o deputado não teve capacidade política para
cumprir o desígnio para o qual fora eleito: abrir
processo de impeachment contra Lula. Foi sacado.
Em nova eleição para comandar a Câmara foi escolhido
o então deputado Aldo Rebelo, que era do PCdoB. Ele
disputou com José Thomaz Nonô (AL), que era do
antigo PFL.
Nonô, na época, era um dos quadros da direita
nacional no Congresso. Talvez, se tivesse sido
eleito, tudo que aconteceu anos depois, teria
ocorrido logo após a vitória dele. Talvez, então,
sob esse mesmo diapasão, a vitória de Aldo Rebelo
(SP) tenha interrompido, por alguns anos, a loucura
que o Brasil ora vive.
Alguns anos depois, surgiu o chamado o petrolão e a
Operação Lava Jato, que dragaram o País para a crise
que ora vivemos e, talvez, sejam responsáveis por
tudo que surgiu na esteira dessa crise. Inclusive a
eleição do obscuro e obtuso Bolsonaro.
A pandemia é caso aparte. Como Bolsonaro não fez o
óbvio, o futuro dele está agendado. Melhor assim.
Bolsonaro é quase “perfeito”
O presidente da República é quase “perfeito”, porque
talvez outros, mais inteligentes e preparados, não
tivessem condições de fazer o que ele fez e está
fazendo.
Não fez e não vai fazer mais, porque passou da conta
e teve de ser contido. Ele acreditou, tolo que é,
que poderia “fazer o que a ditadura não fez”, nas
palavras dele. E assim, o espírito democrático das
instituições republicanas e da sociedade brasileira
o impediram.
A agenda que o governo Bolsonaro “toca” no Congresso
não é dele propriamente. Essa é a agenda neoliberal,
cuja maioria do Congresso concorda, nessa nova fase
do capitalismo financeirizado.
Ele é quase “perfeito”, porque consegue — mesmo não
tendo as competências formais necessárias para ser
presidente da República —, fazer a agenda neoliberal
seguir o curso, ao mesmo tempo em que pauta debate e
agenda absolutamente secundárias, que faz com que a
oposição tenha muito mais dificuldades para atuar.
Isso obriga a oposição, no Congresso, nas ruas e nas
redes, a combater, ao mesmo tempo, a agenda
neoliberal que destrói o Brasil, e a campanha de
ódio que dilacera a sociedade, numa guerra cultural
que pulveriza o debate político sobre o que de fato
interessa ao País e ao povo.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar licenciado do Diap
Fonte: Diap
04/10/2021 -
No ABC, Lula promete reindustrialização, combate a
fome e geração de emprego
O ex-presidente Lula firmou nesta sexta-feira (1º)
um compromisso com a reindustrialização do Brasil,
com investimentos em qualificação de trabalhadores e
trabalhadoras, geração de emprego e renda e combate
à fome, durante visita à metalúrgica Delga no
município de Diadema, no ABC Paulista.
"Como um país quer se desenvolver se não fortalece o
crescimento da indústria?", questionou Lula se
dirigindo aos metalúrgicos e metalúrgicas que
lotaram o pátio da fábrica.
Lula também destacou a necessidade de mais
investimento em qualificação de trabalhadores e
lembrou do trabalho realizado no seu governo na área
da educação, tanto formal quanto profissional.
"Fizemos mais escolas técnicas do que fizeram em cem
anos. É possível garantir que o pobre vá para
universidade. O pobre não é problema, é a solução. A
gente vai colocar o trabalhador no orçamento. Qual o
emprego que estamos gerando?", questionou mais uma
vez.
O ex-presidente alertou os metalúrgicos para o
problema da volta da fome no Brasil, outro problema
que nos governos do PT foi resolvido, mas começou a
voltar depois do golpe que destituiu a presidenta
Dilma Rousseff.
"O estado do Mato Grosso tem 30 milhões de cabeças
de gado e pouco mais 3 milhões de habitantes. Ou
seja, dez gados pra cada pessoa. Enquanto isso, em
Cuiabá o povo esperando na fila do osso. E a gente
vai aceitar isso como normal?! Que mundo hipócrita é
esse?!"
"Eu me cobrei muito durante o tempo que passei na
prisão pra não sair com sentimento de vingança. Hoje
eu tenho claro que minha vingança vai ser a gente
voltar a governar esse país, gerar mais emprego,
fazer a economia voltar a crescer e garantir comida
na mesa do povo", acrescentou.
"A gente não pode desanimar nunca. Eu fico com a
frase da minha mãe que é uma coisa sagrada pra mim.
Se hoje não tem, amanhã vai ter. Somos maioria e
vamos reconstruir o país que a gente quer. A gente
quer paz, quer respeito. Chega de ódio".
Fonte: Mundo Sindical
04/10/2021 -
PT quer acionar Ministério Público contra Guedes
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos
Deputados, Bohn Gass (RS) quer acionar a
Procuradoria-Geral da República contra o ministro da
Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto. A decisão surgiu após
a informação de que que ambos mantêm empresas
offshore milionárias em paraíso fiscal. A revelação
faz parte da investigação Pandora Papers, divulgada
neste domingo (3/10).
Em nota, o deputado afirma que os membros da equipe
econômica do governo devem ser investigados sob
suspeita de "autofavorecimento".
"Estamos falando de dois dos mais importantes
responsáveis pela condução da política econômica do
País neste momento. Em nome da lisura e da
transparência, o povo brasileiro tem o direito a
essas informações”, disse.
O líder também questiona a participação de Guedes e
Campos Neto no Conselho Monetário Nacional e afirma
que pedirá prestação de esclarecimentos de ambos no
Congresso Nacional.
“E causa estranheza que tanto Guedes quanto Campos
Neto, como integrantes do Conselho Monetário
Nacional, tenham participado diretamente da decisão
do atual governo de elevar de 100 mil dólares para 1
milhão de dólares o valor que se pode ter no
exterior sem informar ao Banco Central”, disse Bohn
Gass.
Offshores
Segundo as revelações, o ministro Paulo Guedes ainda
possui uma empresa em paraíso fiscal desde 2014. O
presidente do BC, no entanto, esteve à frente por
quase 16 anos da empresa Cor Assets S.A., uma
offshore no Panamá. Fundada em 2004, foi investido
1,09 milhão de dólares, valendo 3,3 milhões na
época.
O presidente do BC permaneceu com as aplicações por
15 meses, desde que entrou na equipe econômica do
governo. Os acionistas decidiram por fechar a
empresa em 12 de agosto de 2020. Sendo assim, ele
poderia ser enquadrado no artigo 5º do Código de
Conduta, tal como Guedes.
Fonte: Congresso em Foco
04/10/2021 -
Pesquisa Ipespe: Bolsonaro tem rejeição recorde e a
maioria apoia o impeachment
Em seu pior momento, Bolsonaro é rejeitado por
55% dos entrevistados, o governo é desaprovado por
64% e 51% apoia o impeachment
A avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro
chegou ao pior índice desde o início do mandato e
55% consideram a gestão como ruim ou péssima. A
pesquisa Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (30),
mostra que governo Bolsonaro é visto como bom ou
ótimo por 23% e como regular por 18%.
A desaprovação ao governo também bateu novo recorde
e subiu de 63% para 64%. A aprovação, que era de
29%, oscilou para 30% e 6% não responderam.
Bolsonaro terminou 2020 com uma avaliação positiva
de sua gestão maior do que a negativa, com 38% de
ótimo ou bom, 25% de regular e 35% de ruim ou
péssimo. Desde então, o cenário só piorou para o
presidente. Em janeiro, a avaliação de ótimo ou bom
caiu para 32% e de ruim ou péssimo subiu para 40%.
Outros 26% avaliavam como regular.
Em agosto, a percepção negativa era de 54% (neste
mês oscilou para 55%) e a positiva, de 23% (mesmo
percentual de setembro). Para 20%, era regular
(agora são 20%).
Segundo a pesquisa, a maioria da população apoiaria
o impeachment do presidente neste momento: 51% são a
favor e 45% contra. Dos entrevistados, 4% não
responderam.
Dos entrevistados, 37% consideram a atuação dos
ministros do STF como ruim ou péssima, 28% como
regular e 30% como ótima ou boa, e 5% não
responderam.
A pesquisa indica que a população tem uma confiança
maior nas Forças Armadas (58%) e na imprensa (38%)
do que no presidente da República (33%). A
instituição com melhor avaliação é a ONU, com a
confiança de 59% — seguida pelas Forças Armadas e
pela Igreja Católica (57%). Em último lugar na
escala de confiança estão os partidos políticos, com
apenas 9% da população declarando confiança e 86%
afirmando que não confia.
A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias
22 e 24 de setembro, com mil pessoas acima de 16
anos. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais,
para mais ou para menos, com um intervalo de
confiança de 95,5%.
Fonte: Valor
04/10/2021 -
Empresa deve indenizar trabalhadora por limitar uso
do banheiro
As empresas devem permitir que os trabalhadores
deixem seus postos a qualquer momento da jornada
para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Com
esse entendimento, a 13ª Vara do Trabalho de São
Paulo condenou uma empresa de sistemas de alarmes a
indenizar uma funcionária em R$ 10 mil por
restringir suas idas ao banheiro.
A autora contou que seu acesso ao sanitário era
limitado, inclusive durante o período em que teve
uma infecção urinária e precisou usá-lo com maior
frequência. A empresa negou as acusações e alegou
que seus prepostos no máximo teriam orientado a
mulher a "evitar" o uso devido à frequência "um
pouco além da normalidade".
O juiz Walter Rosati Vegas Júnior observou que o
superior hierárquico da autora questionou o uso do
banheiro por meio de mensagens no WhatsApp. Mesmo
sabendo do problema de saúde, o homem repreendeu a
empregada por fazer uma pausa para usar o sanitário
cinco minutos antes do seu intervalo.
O magistrado classificou as ações do superior como
injustificáveis: "Evidente que tal conduta demonstra
efetiva ofensa aos direitos da personalidade da
autora". Ainda segundo ele, o empregador teria
ultrapassado a boa-fé por meio do ato de seu
preposto.
"Uma vez demonstrado o fato constitutivo, ou seja, a
ação ilícita, não se faz necessária a prova efetiva
do sofrimento, da dor ou da humilhação, a qual
decorre da natureza humana dos indivíduos",
completou o juiz.
A empresa ainda foi condenada a pagar horas extras,
intervalo interjornada e reflexos. A trabalhadora
foi representada pelos advogados Hudhson Andrade e
Rodrigo dos Santos Figueira.
Clique
aqui para ler a decisão
1000818-16.2020.5.02.0013
Fonte: Consultor Jurídico
01/10/2021 -
Brasil não aguenta mais 15 meses de insanidade e
incompetência, afirmam centrais
Para os dirigentes, esperar o próximo ataque à
democracia “pode ser fatal”.
Representantes de 21 partidos se juntarão ao ato
dos movimentos pelo Fora Bolsonaro neste sábado
“O Brasil não aguenta mais 15 meses de
incompetência, negacionismo e insanidade”, afirmam,
em nota, as centrais sindicais, pedindo ampliação do
leque político para aprovar o impedimento do
presidente da República. “Não podemos esperar até o
próximo ataque à nossa democracia, que pode ser
fatal.” No próximo sábado (2), haverá novas
manifestações de protesto, no Brasil e no exterior
pelo Fora Bolsonaro.
Segundo os dirigentes, é uma questão de “matemática”
e não de ideologia. “Para derrubar Bolsonaro, é
preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de
342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o
impeachment“, lembram. “Neste momento, um dos mais
graves da nossa história, é necessário focar no que
nos une, e não no que nos separa. Para podermos
continuar a ter o direito de discordar, de disputar
eleições livres e de manter a nossa democracia,
Bolsonaro tem que sair já.”
Mais de 20 partidos
Representantes de pelo menos 21 partidos políticos
estarão na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a
colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. De
todos os espectros políticos. Também participam as
frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das
centrais e outros movimentos sociais. Até o
fechamento deste texto, havia confirmação de 260
atos em 251 cidades e 16 países –
#2OutForaBolsonaro.
Os sindicalistas querem insistir na pressão sobre o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que
inclua na pauta “um dos mais de 130 pedidos de
impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas
gavetas”. Caso contrário, acrescentam, será cúmplice
nos crimes de responsabilidade.
Íntegra da nota das centrais sobre o Fora
Bolsonaro
Centrais apoiam ampliação dos atos para outros
campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso
unidade entre diferentes neste momento grave
As Centrais Sindicais têm participado de todas as
manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria
de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe
Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e
Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do
pior presidente do Brasil de todos os tempos.
Além de milhares de trabalhadores, estudantes e
ativistas de movimentos sociais, desta vez também
estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes
de partidos de todos os campos do espectro político
– todos unidos pelo Fora Bolsonaro.
As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da
diversidade de atores nas ruas pois entendem que
nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro
continue o seu desgoverno criminoso. Um governo
responsável por grande parte das quase 600 mil
mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela
devastação ambiental, pela volta da inflação e da
carestia.
E que ameaça diariamente a nossa democracia e as
nossas instituições, apesar de falsos recuos
momentâneos e estratégicos que não enganam mais
ninguém.
Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso
campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos
Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão
de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento,
um dos mais graves da nossa história, é necessário
focar no que nos une, e não no que nos separa.
Para podermos continuar a ter o direito de
discordar, de disputar eleições livres e de manter a
nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.
O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência,
negacionismo e insanidade. Não podemos esperar até o
próximo ataque à nossa democracia, que pode ser
fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos
juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur
Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de
impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas
gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará
sendo cúmplice dos inúmeros crimes de
responsabilidade de Bolsonaro contra o povo
brasileiro.
Brasil, 30 de setembro de 2021
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos
Brasileiros
Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional – CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio
Secretário-geral – Intersindical Central da Classe
Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor
Fonte: Rede Brasil Atual
01/10/2021 -
Ipespe: Lula cresce e venceria todos no segundo
turno
Levantamento divulgado pelo instituto mostra o
ex-presidente com 43% no primeiro turno
Pesquisa divulgada pelo instituto Ipespe nesta
quinta-feira (30) mostra que o ex-presidente Lula
(PT) segue disparado na liderança em todos os
cenários para as eleições de 2022. O ex-mandatário
também venceria qualquer adversário no segundo
turno.
Segundo o levantamento, Lula cresceu 3 pontos entre
agosto e setembro e agora possui 43% das intenções
de voto. Na sequencia está o presidente Jair
Bolsonaro (Sem Partido), com 28%. Bolsonaro cresceu
4 pontos no mesmo período.
Ciro Gomes (PDT), com 11%, João Doria (PSDB), com
5%, Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 4%, e Rodrigo
Pacheco (DEM), com 2%, aparecem na sequencia.
Cenário 2
Mesmo em um cenário com mais candidatos, Lula segue
com ampla vantagem. O petista tem 42%, seguido de
Bolsonaro, 25%, Ciro, 9%, e Sergio Moro (Sem
Partido), 7%.
Nessa projeção, Mandetta, Datena (PSL) e Eduardo
Leite (PSDB) tem 3%. Simone Tebet (MDB) e Pacheco
aparecem com 1%. Alessandro Vieira (Cidadania) não
pontuou.
Lula vence no segundo turno
No segundo turno, Lula venceria todos os adversários
testados pelo Ipespe. Contra Bolsonaro, o
ex-presidente teria uma vitória por 50% a 31%.
Contra o ex-juiz Sergio Moro, Lula alcançaria 53% a
34%. Em uma disputa com Ciro, Lula venceria por 49%
a 30%.
O ex-presidente também triunfaria contra as duas
opções tucanas: contra Leite, por 49% a 30%; e
contra Doria, por 50% a 27%.
O Ipespe entrevistou 1.000 pessoas de 16 anos ou
mais, de todas as regiões do Brasil, entre 22 e 24
de setembro. Ao contrário das anteriores, essa
pesquisa não foi encomendada pela XP Investimentos.
Com informações de Carta Capital e Brasil 247
Fonte: RevistaForum
01/10/2021 -
Taxa de desemprego estaciona, informalidade cresce e
renda despenca
Crescimento de vagas se deve mais ao emprego sem
carteira e ao trabalho por conta própria, que é
recorde
A taxa média de desemprego no país, de 13,7%, parou
de subir no trimestre encerrado em julho, mas segue
em nível elevado, com crescimento da informalidade e
queda na renda.
Estimado em 14,085 milhões, o número de
desempregados caiu no trimestre (menos 676 mil), mas
cresceu em 12 meses (mais 955 mil). Boa parte dos
empregos criados desde abril é sem carteira ou por
conta própria. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada
nesta quinta-feira (30) pelo IBGE.
Segundo o instituto, o número de ocupados cresceu
3,6% no trimestre, o equivalente a 3,102 milhões de
pessoas a mais no mercado. Pela pesquisa, o emprego
sem carteira no setor privado aumentou mais do que o
com carteira: 6% e 3,5%, respectivamente. E o
trabalho por conta própria subiu 4,7%,
principalmente entre os que não tinham CNPJ (5,5%).
O número de trabalhadores nesse caso é recorde:
25,172 milhões. E o de pessoas sem CNPJ é o menor da
série histórica.
Mais “sem” do que “com” carteira
Na comparação com julho de 2020, a diferença se
ressalta. A ocupação tem crescimento de 8,6% –
acréscimo de 7,014 milhões de pessoas. O emprego com
carteira sobe 4,2% (1,246 milhão) e o sem carteira,
19% (1,648 milhão). Já o trabalho por conta própria
aumenta 17,6% (3,766 milhões).
Assim, informa o IBGE, a taxa de informalidade subiu
para 40,8% da população ocupada. Era de 39,8% há
três meses e de 37,4% em julho do ano passado. Esse
grupo inclui empregados sem carteira assinada,
trabalhadores domésticos, sem CNPJ ou sem
remuneração. Um universo de 36,3 milhões de pessoas.
Avanço da informalidade: 5,6 milhões
“Em um ano, o número de informais cresceu 5,6 milhões.
O avanço da informalidade tem proporcionado a
recuperação da ocupação da Pnad Contínua”, explica a
analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
“Embora tenha havido um crescimento bastante
acentuado no período, o número de trabalhadores
informais ainda está distante do máximo registrado
no trimestre fechado em outubro de 2019, quando
tínhamos 38,8 milhões de pessoas na informalidade”,
acrescenta.
Em relação a abril (14,7%), a taxa de desemprego
caiu 1 ponto percentual. Na comparação anual (13,8%)
ficou estável.
Desalentados e subutilizados
A chamada taxa de subutilização, que inclui pessoas
que gostariam de trabalhar mais, foi de 28%, ante
29,7% em abril e 30,1% há um ano. Agora, são 31,7
milhões de pessoas nessa situação. Os desalentados
somam 5,4 milhões, 10% a menos no trimestre e 7,3%
em 12 meses. Há menos pessoas fora da força de
trabalho – atualmente 74,1 milhões.
Outro sinal de que o mercado tem absorvido pessoal
de menor remuneração está no serviço doméstico. O
total de trabalhadores nesse setor chegou a 5,332
milhões, crescimento de 7,7% no trimestre e e 16,1%
(739 mil) em um ano.
Calculado em R$ 2.508, o rendimento médio caiu 2,9%
no trimestre e 8,8% em um ano. A massa de
rendimentos, que soma R$ 218 bilhões, ficou estável
nos dois casos.
Fonte: Brasil de Fato
01/10/2021 -
Brasil está mais vulnerável diante de turbulências
externas, alerta Dieese
“A depender do que acontece no cenário
internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami
aqui no Brasil”, disse o diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior
Isolado internacionalmente, o Brasil não conta com
as ferramentas de outrora para reagir a turbulências
no mercado internacional. Nesta quarta-feira (29),
as principais bolsas do planeta fecharam em queda,
arrastando também o mercado brasileiro. Diante das
incertezas em relação à recuperação da economia dos
Estados Unidos e com a alta dos derivados do
petróleo, que afetam todos os demais países, os
brasileiros sofrem com a alta generalizada dos
preços.
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, falta ao Brasil um projeto autônomo de
desenvolvimento. Em entrevista a Glauco Faria, no
Jornal Brasil Atual, nesta quinta (30), ele
relacionou as flutuações nos mercados internacionais
ao receio de que as economias centrais cresçam menos
do que o esperado.
“No mundo, as coisas não estão correndo tão bem como
muita gente imaginava. A conta da pandemia não vai
sair barata. É um cenário internacional bastante
delicado, de muita insegurança ainda. No Brasil,
estamos bem longe de construir pontes efetivas para
sair deste momento”, afirmou.
“Ou seja, a depender do que acontece no cenário
internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami
aqui no Brasil. É o que nós estamos assistindo
agora”, acrescentou.
Custo da crise
Diante dessas incertezas, além da alta do petróleo, o
Brasil enfrenta a desvalorização do real frente ao
dólar. É o que explica a alta dos preços,
principalmente dos combustíveis e dos alimentos.
“Quem paga o preço, principalmente, são os mais
pobres”, destacou Fausto.
Nesse sentido, ele afirmou que a decisão do Banco
Central de elevar a taxa básica de juros (a Selic)
contribui para o “esfriamento” ainda mais acentuado
da economia brasileira. A elevação dos juros não tem
o efeito pretendido sobre a inflação. Também não
serve para atrair investimentos externos, dada a
degradação da imagem do país no cenário
internacional. A principal consequência é o
encarecimento do crédito para famílias e empresas.
Debilidades
Para reagir à crise internacional de 2008/2009, o
governo Lula apostou no fortalecimento do mercado
interno. Bancos públicos baratearam o crédito para
estimular o consumo, mantendo assim os níveis de
emprego. Desde 2016, e principalmente agora, durante
o governo Bolsonaro, a aposta é em reformas
ultraliberais, que fragilizaram ainda mais o mercado
de trabalho.
Além disso, no plano internacional, optou-se por um
maior alinhamento à economia estadunidense, em vez
do multilateralismo adotado no período anterior,
segundo Fausto. Com isso, o Brasil vem enfrentando
dificuldades, como nas negociações do Mercosul com a
União Europeia. Também perdeu protagonismo em
organismos internacionais como o G20, e enfraqueceu
as relações com o bloco dos Brics.
Fonte: Rede Brasil Atual
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