Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2023
31/10/2023 -
15° Fórum Sindical Sul reúne lideranças sindicais de
quatro estados durante três dias
31/10/2023 -
STF publica acórdão confirmando constitucionalidade
da cobrança da contribuição assistencial dos não
sócios
31/10/2023 -
AGU busca entendimento com STF sobre correção do
FGTS
31/10/2023 -
Caged registra criação de 211,7 mil postos de
trabalho em setembro
31/10/2023 -
Pacto trabalhista quer ampliar a formalização no
setor de café
30/10/2023 -
Ministro divulga Caged de setembro nesta
segunda-feira (30) no MTE
30/10/2023 -
Aprovado projeto que isenta trabalhador já
aposentado de recolher FGTS
30/10/2023 -
TST decide que trabalho escravo é imprescritível
30/10/2023 -
Custo da cesta básica cai em todas as regiões do
país em setembro
30/10/2023 -
Mediação entre metalúrgicos e GM termina sem acordo,
e greve continua
27/10/2023 -
Aprovada desoneração da folha até 2027 para 17
setores da economia
27/10/2023 -
Senado vai analisar projeto que cria programa para
reduzir fila do INSS
27/10/2023 -
IBGE: trabalhadores por aplicativos têm jornadas
maiores, ganham menos e estão na informalidade
27/10/2023 -
Câmara aprova projeto de lei de taxação para
super-ricos
27/10/2023 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,21% em outubro,
informa IBGE
26/10/2023 -
Nova Central Sindical participa do lançamento da
campanha Brasil Sem Misoginia
26/10/2023 -
Nova Central realiza
reunião da Diretoria Executiva
26/10/2023 -
Nova Central participa do lançamento da revista em
quadrinhos do MPT que aborda “Sindicalismo e
Diversidade”
26/10/2023 -
Acordos salariais de 2023 superam inflação em 78%
das negociações
26/10/2023 -
STF marca para 8 de novembro julgamento sobre
correção de saldos do FGTS
25/10/2023 -
Acabar com filas por perícias é maior desafio da
seguridade, aponta debate na CAS
25/10/2023 -
PL do trabalho por aplicativo: governo deve enviar
proposta de regulamentação para o Congresso até a
próxima semana
25/10/2023 -
CAE rejeita mudanças da Câmara e projeto da
desoneração segue para Plenário
25/10/2023 -
Cancelado debate sobre mudanças trabalhistas
propostas em texto que atualiza Estatuto da
Microempresa
25/10/2023 -
Sindicatos se unem para reverter demissões em massa
na GM do Brasil
24/10/2023 -
FGTS Digital: novo sistema obrigatório a partir de
janeiro de 2024
24/10/2023 -
Ministro Marinho: Correios deveriam pensar em entrar
no mercado de aplicativos
24/10/2023 -
Bancos ‘se rendem’ e projetam inflação de 4,65%,
abaixo do teto da meta para 2023
24/10/2023 -
Comissão aprova direito à seguridade especial de
mulheres do campo identificadas como donas de casa
23/10/2023 -
Desoneração da
folha: comissão analisa na terça se aceita mudanças
da Câmara
23/10/2023 -
Bolsonaro é condenado a indenizar jornalistas por
danos morais
23/10/2023 -
Justiça do Trabalho lança Programa de Enfrentamento
ao Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas e Proteção
ao Trabalho do Migrante
23/10/2023 -
STF torna obrigatória tarifa de transporte gratuita
durante eleições
23/10/2023 -
Comissão aprova projeto que prevê aplicação rápida
de medidas protetivas de natureza cível para a
mulher
23/10/2023 -
CAS aprova
projeto que concede PIS a empregado doméstico
23/10/2023 -
Inelegível,
Bolsonaro prepara novos membros do clã para disputa
eleitoral
20/10/2023 -
Paim vai tentar
acordo para aprovar projeto sobre a contribuição
assistencial
20/10/2023 -
Nova Central debate defesa do Sistema Confederativo
em reunião do FST
20/10/2023 -
Lupi diz que espera reduzir fila do INSS até o final
deste ano
20/10/2023 -
TSE rejeita, por
unanimidade, segunda ação de Bolsonaro contra Lula e
Alckmin
20/10/2023 -
CNI diz que
demanda baixa, carga tributária e juros continuam
como os maiores problemas da indústria
20/10/2023 -
Comissão discute
mudanças trabalhistas propostas em texto que
atualiza Estatuto da Microempresa
19/10/2023 -
A contribuição assistencial e os oportunistas de
plantão
19/10/2023 -
Denunciante de crime de empregador poderá ter
estabilidade, aprova CAS
19/10/2023 -
CAE adia para próxima terça (24) votação do projeto
que desonera folha de pagamento
19/10/2023 -
Piso e Previdência – João Guilherme Vargas Netto
18/10/2023 -
Barroso adia julgamento sobre correção do FGTS após
pedido do governo
18/10/2023 -
MTE e OIT discutem agenda do Trabalho Decente
18/10/2023 -
“Vai abrir mão dos benefícios?”, diz Marinho sobre
oposição à contribuição sindical
18/10/2023 -
STF vai discutir contribuição previdenciária de
empregada sobre salário-maternidade
17/10/2023 -
Panorama sindical brasileiro
17/10/2023 -
Dieese publica “Dicionário sindical” para entender
as lides sindicais
17/10/2023 -
Trabalhadores e Eletrobras fazem acordo sobre PDV,
com mediação da Justiça do Trabalho
17/10/2023 -
STF volta a julgar correção do FGTS na quarta (18):
o que pode mudar?
17/10/2023 -
Com avanço no PIB, Brasil pode se tornar 9ª economia
mundial em 2023
16/10/2023 -
INPC registra alta de 0,11% em setembro
16/10/2023 -
Moacyr chama sindicalistas para a luta
16/10/2023 -
“Economia suportaria”, diz ministro do Trabalho
sobre semana de 4 dias de jornada
16/10/2023 -
“Contribuição a
sindicato é responsabilidade de todos que se
beneficiam de conquistas”, afirma ministro
16/10/2023 -
Revisão da Vida Toda: INSS não deve ser anistiado
pelo STF, diz Ayres Britto
16/10/2023 -
CDH aprova
proibição de empréstimo consignado sem autorização
do idoso
11/10/2023 -
“Nós desejamos ser um país moderno, um país que
produz direitos com garantias”, diz Luiz Marinho
sobre as políticas públicas do ministério
11/10/2023 -
Lula sanciona leis que reforçam direitos das
mulheres no trabalho
11/10/2023 -
TSE julga mais três ações contra Bolsonaro, acusado
de abuso de poder político na campanha de 2022
11/10/2023 -
STF: Barroso leva discussão da licença-paternidade
ao plenário físico
10/10/2023 -
Nota das centrais sindicais sobre o conflito entre
Israel e Palestina
10/10/2023 -
Contribuição sindical não obrigatória marca debate
com ministro do Trabalho
10/10/2023 -
Senado vai analisar projeto que reduz fila de
perícias no INSS
10/10/2023 -
Decisões do STF em reclamações têm erodido Direito
do Trabalho, diz estudo
10/10/2023 -
Milho e carnaúba: operações resgatam 49
trabalhadores em Goiás e 17 no Piauí
09/10/2023 -
Presidente do
STF se encontra com representantes de centrais
09/10/2023 -
Nova Central participa de reunião tripartite com
Luiz Marinho
09/10/2023 -
Presidente do TST recebe centrais sindicais para
tratar sobre negociação coletiva e reforma sindical
09/10/2023 -
Governo atualiza ‘lista suja’ do trabalho escravo,
com mais de 200 nomes e 19 no serviço doméstico
09/10/2023 -
Sindicatos podem
perder registro se não atualizarem dados junto ao
MTE
09/10/2023 -
STF garante direitos para gestantes temporárias e
comissionadas
06/10/2023 -
Registro de entidades sindicais é retomado com menos
burocracia
06/10/2023 -
DIAP divulga lista de lideranças no Congresso
Nacional
06/10/2023 -
Centrais sindicais celebram os 35 anos da
Constituição
06/10/2023 -
Preço da cesta básica cai na maioria das capitais, e
salário mínimo ‘compra’ mais produtos
06/10/2023 -
Norma coletiva pode afastar pagamento de horas de
deslocamento
05/10/2023 -
Ação contra o veto à contribuição assistencial no
Senado, que vai ao exame da Comissão de Assuntos
Sociais
05/10/2023 -
Ministro do Trabalho descarta volta do imposto
sindical obrigatório
05/10/2023 -
Redução de jornada volta à pauta de debates
05/10/2023 -
Centrais sindicais repudiam prisões de trabalhadores
na Embraer
05/10/2023 -
Justiça do Trabalho tenta mediar acordo sobre plano
de demissão voluntária na Eletrobras
04/10/2023 -
Nova Central e demais centrais entregam proposta de
regulação da contribuição negocial a Pacheco
04/10/2023 -
CAE aprova projeto que impede sindicato de cobrar
contribuição sem autorização
04/10/2023 -
Produção industrial cresce 0,4% de julho para agosto
04/10/2023 -
Para reduzir fila, INSS passa a conceder auxílio
doença sem perícia
04/10/2023 -
Governo Lula estuda mudanças no saque-aniversário no
FGTS, diz secretário em debate na Câmara
03/10/2023 -
Comissão discute planos do governo de recriar
imposto sindical
03/10/2023 -
Senador Rogério Marinho volta a disparar
03/10/2023 -
Brasil registra geração de 220,8 mil empregos em
agosto
03/10/2023 -
Comissão vai debater 20 anos do Estatuto da Pessoa
Idosa
03/10/2023 -
Comissão vai debater regulamentação de trabalhadores
de aplicativos
03/10/2023 -
Comissões discutem possibilidade de fim do
saque-aniversário do FGTS
02/10/2023 -
Projeto que veda
contribuição sindical obrigatória está na pauta da
CAE
02/10/2023 -
Barroso:
Trabalhador não deveria se recusar a pagar o
sindicato
02/10/2023 -
Com menor taxa desde 2015, país tem 1,3 milhão de
desempregados a menos em um ano. Renda sobe
02/10/2023 -
STF decide que
Congresso deve regulamentar a licença-paternidade
02/10/2023 -
Especialistas divergem sobre possibilidade de a
Justiça do Trabalho julgar crimes
31/10/2023 -
15° Fórum Sindical Sul reúne lideranças sindicais de
quatro estados durante três dias
Evento aconteceu na cidade de Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul, dos dias 25 a 27 de outubro
Centenas de lideranças sindicais e sindicalistas de
quatro estados participaram do 15° Fórum Sindical
Sul, realizado de quarta-feira, 25, até sexta-feira,
27, na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do
Sul. Em pauta, a conjuntura do movimento de
trabalhista no Brasil e na América Latina.
O evento foi organizado por diversas federações de
trabalhadores dos estados do Mato Grosso do Sul,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Nova
Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina
(NCST-SC) também esteve presente.
Na abertura do evento, o presidente da NCST-SC,
Izaias Otaviano, foi um dos a discursar. Ele
destacou a importância de um evento como esse para a
reconstrução do movimento sindical trabalhista, que
vem enfrentando diversas investidas nos últimos anos
para atacar os direitos dos trabalhadores.
A Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado
de Santa Catarina (FETIESC), filiada à NCST-SC, foi
uma das organizadoras do evento. Na abertura, o
presidente da Federação, Idemar Antônio Martini,
enfatizou a necessidade de se manter firme e forte o
movimento sindical para manter as entidades
sindicais após a reforma trabalhista de 2017, que
buscou destruir ou enfraquecer as entidades que
defendem os trabalhadores.
Palestras
O 15° Fórum Sindical Sul foi marcado por vários
debates provocados pelas palestras realizadas ao
longo dos três dias. Na quarta-feira, o jornalista
Marcos Verlaine, assessor do DIAP, falou sobre "A
conjuntura político-econômica e o custeio do
movimento sindical". A explanação foi a primeira do
evento, abrindo a série de debates do 15° Fórum
Sindical Sul.
No mesmo dia, à tarde, foi a vez do senador Paulo Paim
(PT/RS), fazer explanação. O tema da apresentação do
parlamentar gaúcho foi "O estatuto do trabalho". A
conversa com o público presente fechou o segundo dia
do evento.
Já na sexta-feira, 27, os trabalhos foram abertos
pela deputada estadual catarinense Vanessa da Rosa
(PT). Na ocasião, ela discorreu sobre o tema "A
inserção da mulher no sindicalismo, nas reações de
gêneros e nos espaços de poder político".
Para fechar o evento, o sindicalista argentino
Ernesto Quiqui Trigo, presidente do Sindicato das
Manufaturas e secretário-adjunto da Federação dos
Trabalhadores da Argentina de Artefatos de Couro e
Afins, ministrou palestra. O assunto foi "Análise da
conjuntura política e econômica da Argentina e a
integração Latino-americana do setor do vestiário,
couro e calçados".
O 15° Fórum Sindical Sul foi realizado no Hotel
Campo Grande, reunindo sete federações e 85
sindicatos, além de centrais sindicais dos quatro
estados.
Fonte: Imprensa NCST-SC
31/10/2023 -
STF publica acórdão confirmando constitucionalidade
da cobrança da contribuição assistencial dos não
sócios
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta
segunda-feira (30) acórdão confirmando a
constitucionalidade da cobrança da contribuição
assistencial a todos os trabalhadores e
trabalhadoras que pertencem à base dos sindicatos,
independentes de serem ou não sócios. O Tribunal
manteve o direito individual de oposição de quem não
é associado e se recusa a contribuir.
A decisão veio ao encontro do entendimento e da
demanda do movimento sindical. “É justa, vai
contribuir para a luta em defesa dos direitos
sociais e do desenvolvimento nacional, e representa
um alívio para as finanças dos sindicatos”, comentou
o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Financiamento das lutas
“Foi e ainda é o movimento sindical quem conquistou e
segue conquistando, com muita mobilização e luta, os
direitos e benefícios gozados pela classe
trabalhadora e não apenas para os que são sócios,
mas também para os não sócios. É não só justo que
estes também contribuam como esta contribuição é
essencial para financiar as lutas, de forma a
preservar os direitos e ampliar as conquistas. Os
trabalhadores não vão perder com isto, pelo
contrário o fortalecimento dos sindicatos vai
resultar na ampliação dos benefícios e direitos
conquistados”, argumentou.
A decisão final foi adotada pela Corte em abril
desta ano, reformando entendimento anterior que
restringia a cobrança da contribuição assistencial
aos sócios. No relatório sobre a sentença, o
ministro Gilmar Mendes justifica a mudança de
opinião à malfadada reforma sindical aprovada
durante o governo Temer, que não só subtraiu e
flexibilizou direitos previstos na CLT como acabou
com a obrigatoriedade da Contribuição Sindical,
também chamada de Imposto Sindical por sua natureza
tributária.
“O ordenamento jurídico brasileiro, até o advento da
Lei 13.467/2017, baseava seu sistema sindical na
conjugação da unidade sindical (princípio segundo o
qual é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa da
categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial – Constituição, art. 8º, II), e da
contribuição sindical obrigatória”, salientou o
decano do STF.
Fake News na mídia burguesa
Lembrou, ainda, que “com o fim da natureza tributária
da exação, os sindicatos perderam sua principal
fonte de receita”, o que resultou no esvaziamento
dos sindicatos, “pois a representação sindical,
ausentes os recursos financeiros necessários à sua
manutenção, tornou-se apenas nominal (sem relevância
prática). Os trabalhadores, por consequência,
perderam acesso a essa essencial instância de
deliberação e negociação coletiva frente a seus
empregadores”.
A nova compreensão do Supremo provocou reações
histéricas na extrema direita e em setores da mídia
burguesa hostis aos movimentos e às lutas sociais,
que tentaram manipular a opinião pública e os
trabalhadores sustentando que a decisão representava
uma volta do Imposto Sindical. Uma Fake News.
Gilmar Mendes refutou esta interpretação, explicando
que o novo entendimento “não significa o retorno do
“imposto sindical”, conforme noticiado em alguns
meios de comunicação. Trata-se, ao invés, de mera
recomposição do sistema de financiamento dos
sindicatos, em face da nova realidade normativa
inaugurada pela Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017)”.
Deixou claro, ainda, que a contribuição assistencial
“só poderá ser cobrada dos empregados da categoria
não sindicalizados (i) se pactuada em acordou ou
convenção coletiva; e (ii) caso os referidos
empregados não sindicalizados deixem de exercer seu
direito à oposição. Não haveria, portanto, qualquer
espécie de violação à liberdade sindical do
empregado. Pelo contrário. A posição reafirma a
relevância e a legitimidade das negociações
coletivas. Nesses termos, a constitucionalidade das
chamadas contribuições assistenciais, respeitado o
direito de oposição, faculta a trabalhadores e
sindicatos instrumento capaz de, ao mesmo tempo,
recompor a autonomia financeira do sistema sindical
e concretizar o direito à representação sindical sem
ferir a liberdade de associação dos trabalhadores.”
A decisão foi resumida nos seguintes termos. “É
constitucional a instituição, por acordo ou
convenção coletivos, de contribuições assistenciais
a serem impostas a todos os empregados da categoria,
ainda que não sindicalizados, desde que assegurado o
direito de oposição”.
Na opinião do presidente da CTB, decisão do STF vai
fortalecer o movimento sindical e beneficiar a
classe trabalhadora.
Fonte: Mundo Sindical
31/10/2023 -
AGU busca entendimento com STF sobre correção do
FGTS
Informação é do advogado-geral da União, Jorge
Messias
O governo ainda busca um entendimento com o Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre o índice de correção do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A
informação é do advogado-geral da União, Jorge
Messias. O STF deve retomar o julgamento sobre a
legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para
correção das contas do fundo no dia 8 de novembro.
“Estamos trabalhando. Há uma expectativa de que o
julgamento seja na próxima semana. Há uma grande
preocupação do governo com relação ao impacto desse
julgamento, principalmente, na sustentabilidade no
Sistema Financeiro de Habitação. Temos apresentado
ao Supremo as nossas preocupações”, disse Messias
após participar nesta segunda-feira (30) da abertura
do Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, na sede
do banco, no centro do Rio.
Messias contou ainda que o governo já apresentou os
dados dos cálculos sobre a correção para os
ministros do STF. “Todos os ministros tiveram a
oportunidade de receber os dados e as preocupações
do governo. Nós ainda estamos tentando construir um
entendimento que preserve a higidez do Sistema
Financeiro da Habitação e que garanta poder de
compra do trabalhador, que é uma preocupação do
nosso governo. E estou trabalhando para que a gente
consiga uma solução que seja satisfatória para todas
as partes envolvidas”, relatou.
O presidente do STF e do Conselho Nacional de
Justiça, Luís Roberto Barroso, disse que não poderia
comentar sobre um assunto que está em andamento no
Supremo, mas a Corte vai buscar a melhor solução
para a questão. “Vamos fazer o que seja justo e bom
para o Brasil”, assegurou após a abertura do fórum.
A causa do julgamento no Supremo é uma ação
protocolada em 2014 pelo Solidariedade. O partido
defende que a correção pela TR, com rendimento
próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente
os correntistas, perdendo para a inflação real.
O FGTS foi criado em 1966 para substituir a garantia
de estabilidade no emprego e funciona como uma
poupança compulsória e proteção financeira contra o
desemprego. Se for dispensado sem justa causa, o
empregado recebe o saldo do FGTS, acrescido de uma
multa de 40% sobre o montante.
A posição do governo pela extinção da ação é
defendida pela Advocacia-Geral da União. Para a AGU,
as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 estabeleceram a
distribuição de lucros aos cotistas e por isso,
conforme o órgão, não é mais possível afirmar que a
aplicação da TR gera remuneração menor que a
inflação real.
Fonte: Agência Brasil
31/10/2023 -
Caged registra criação de 211,7 mil postos de
trabalho em setembro
No acumulado do ano, foram abertas 1.599.918
vagas
Após subir em agosto, a criação de emprego formal
caiu em setembro. Segundo dados divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego,
211.764 postos de trabalho com carteira assinada
foram abertos no último mês. O indicador mede a
diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos caiu 23,4% em relação ao mesmo
mês do ano passado. Em setembro de 2022, tinham sido
criados 278.023 postos de trabalho, nos dados com
ajuste, que consideram declarações entregues em
atraso pelos empregadores.
Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas
1.599.918 vagas. Esse resultado é 26,6% mais baixo
que no mesmo período do ano passado. A comparação
considera os dados com ajustes, quando o Ministério
do Trabalho registra declarações entregues fora do
prazo pelos empregadores e retifica os dados de
meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged
não torna possível a comparação com anos anteriores
a 2020.
Apesar da desaceleração em setembro, o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, manteve a projeção de
criação de 2 milhões de postos de trabalho neste
ano. Ele, no entanto, não descartou a possibilidade
de uma variação para baixo, com o número ficando em
1,9 milhão.
Segundo o ministro, as medidas de estímulo à
economia tomadas pelo governo e a queda de juros
pelo Banco Central levarão algum tempo para
produzirem efeitos sobre a economia real. “A
reorganização dos processos leva tempo maior que o
nosso desejo. O mundo real é mais lento que as
vontades de governos”, declarou.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco
setores pesquisados criaram empregos formais em
setembro. A estatística foi liderada pelos serviços,
com a abertura de 98.206 postos, seguidos pelo
comércio, com 43.465 postos a mais. Em terceiro
lugar, vem indústria (de transformação, de extração
e de outros tipos), com a criação de 43.214 postos
de trabalho.
O nível de emprego aumentou na constrição civil, com
a abertura de 20.941 postos. Mesmo com a pressão
pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária
criou 5.942 vagas no mês passado, puxada pela
colheita da cana-de-açúcar no Nordeste.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo
segmento de informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas, com a abertura de 41.724 postos
formais. A categoria de administração pública,
defesa e seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais abriu 20.383 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a
indústria de transformação, que contratou 41.952
trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo
lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.082
vagas.
As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020
não detalham as contratações e demissões por
segmentos do comércio. A série histórica anterior
separava os dados do comércio atacadista e
varejista.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos
com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou
a abertura de vagas, com 82.350 postos a mais,
seguido pelo Nordeste, com 75.108 postos. Em
seguida, vem o Sul, com 22.330 postos. O Norte abriu
16.850 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou
14.793 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, todas as 27
registraram saldo positivo. Os destaques na criação
de empregos foram São Paulo (+47.306 postos),
Pernambuco (+18.864) e Rio de Janeiro (+17.998). Os
números mais baixos de abertura de vagas foram
registrados no Amapá (+1.027), em Roraima (+763) e
no Acre (+360).
Fonte: Agência Brasil
31/10/2023 -
Pacto trabalhista quer ampliar a formalização no
setor de café
Acordo visa também a combater prática do trabalho
análogo à escravidão
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) instalou
nesta segunda-feira (30) a primeira reunião da
chamada Mesa Tripartite de Diálogo Permanente Para a
Cafeicultura, para discutir boas práticas
trabalhistas no setor. O acordo envolvendo
representantes do governo, das entidades dos
trabalhadores e patronais foi assinado em 30 de
agosto. Também participam o Ministério Público do
Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
Um dos focos é a formalização do trabalhador. O
ministro Luiz Marinho acredita que o exemplo pode se
espalhar. “Nós queremos trabalhar para que os
setores da economia desenvolvam seus mecanismos de
autocontrole e regulação, para evitar algum elo
entre cadeias produtivas e o trabalho análogo à
escravidão. O setor da cafeicultura pode dar uma
demonstração e um efeito farol para os outros.”
Proteção social
Quando o pacto foi firmado, dois meses atrás, o
governo já informava que o objetivo é de ampliar a
proteção social. Assim, o pacto garante, por
exemplo, também que a assinatura da carteira de
trabalho para empregados no setor não causará a
saída do Programa Bolsa Família.
A próxima reunião foi marcada para 11 de dezembro. O
pacto foi firmado pelo MTE, Ministério do
Desenvolvimento, Assistência Social, Família e
Combate à Fome (MDS), MPT, OIT, Confederação
Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e
Agricultoras Familiares (Contag), Confederação
Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Assalariados Rurais (Contar) e Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O MTE já havia assinado pacto pelo chamado trabalho
decente com entidades da cafeicultura no Espírito
Santo e em Minas Gerais.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/10/2023 -
Ministro divulga Caged de setembro nesta
segunda-feira (30) no MTE
Por volta de 14h, os dados serão atualizados no
Painel de Informações do Novo Caged disponível no
link: http://pdet.mte.gov.br/caged
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) relativo ao mês de
setembro serão divulgados nesta segunda-feira (30 de
outubro), em entrevista coletiva presencial, às
14h30, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, e equipe.
O acesso aos jornalistas setoristas que vierem de
forma presencial ocorrerá pela portaria principal do
Bloco F na Esplanada dos Ministérios. A entrevista
será transmitida ao vivo pelo canal do MTE no
YouTube
https://youtube.com/live/JIh4D1L1MZM?feature=share.
Por volta de 14h, os dados serão atualizados no
Painel de Informações do Novo Caged disponível no
link:
http://pdet.mte.gov.br/caged
Serviço
Divulgação Novo Caged setembro
Data: segunda-feira, 30 de outubro de 2023
Horário: 14h30
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios - Bloco F
Fonte: MTE
30/10/2023 -
Aprovado projeto que isenta trabalhador já
aposentado de recolher FGTS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (25) um projeto de lei que isenta do
recolhimento do FGTS e da contribuição
previdenciária o empregado que já é aposentado, mas
continua a trabalhar. De autoria do senador Mauro
Carvalho Junior (União-MT), o PL 3.670/2023 foi
relatado na comissão pelo senador Jayme Campos (União-MT).
Se não houver recurso para votação em Plenário, o
texto seguirá diretamente para a Câmara dos
Deputados.
O projeto altera as Leis 8.036, de 1990, e 8.212, de
1991, para retirar a obrigatoriedade do recolhimento
do FGTS e da contribuição previdenciária sobre a
remuneração recebida por empregados que já sejam
aposentados; e a Lei 13.667, de 2018, para criar
cadastro específico de vagas para aposentados no
Sistema Nacional de Emprego (Sine). A ideia é
incentivar a reintegração dos idosos no mercado de
trabalho.
No entanto, só poderão deixar de recolher o FGTS as
empresas que, com a contratação de aposentados,
tenham aumento do número total de empregados e de
empregados aposentados, considerando o mês de
janeiro do ano da publicação da lei.
Por outro lado, na rescisão de contrato de trabalho
com o empregado aposentado, a empresa fica
dispensada de recolher o FGTS referente ao mês da
rescisão e ao mês anterior e também do pagamento da
indenização de 40% de todos os depósitos realizados
durante a vigência do contrato.
O texto também obriga os órgãos estaduais,
municipais e distritais executores das ações e
serviços do Sine a manterem e divulgarem amplamente
uma lista de pessoas aposentadas aptas ao retorno ao
mercado de trabalho.
Estímulo à contratação
Em seu relatório, Jayme Campos explica que o STF
decidiu que, com a legislação atual, não é possível
a “desaposentação”, com o recálculo da
aposentadoria. O tribunal entendeu que apenas por
meio de lei é possível fixar critérios para que os
benefícios sejam recalculados com base em novas
contribuições, decorrentes da permanência ou volta
do trabalhador ao mercado de trabalho após a
concessão da aposentadoria.
— Tal decisão prejudica os aposentados que continuam
a trabalhar, pois não terão direito ao recálculo do
valor dos seus benefícios, razão pela qual, em
conjunto com uma política de estímulo à contratação
desses trabalhadores, propõe-se a isenção das
contribuições previdenciárias — afirmou no dia 18,
quando ocorreu a leitura do parecer na CAS.
O relator lembrou ainda que o Estatuto do Idoso (Lei
10.741, de 2003) estabelece que o poder público deve
criar e estimular programas de profissionalização
especializada para os idosos, aproveitando seus
potenciais e habilidades, e também incentivar as
empresas privadas a contratarem maiores de 60 anos.
— O Brasil tem atualmente 17 milhões de pessoas
aposentadas que não estão inseridas no mercado de
trabalho. E eu tenho certeza absoluta de que uma
grande parcela desses cidadãos e cidadãs tem
capacidade ainda plena, não só física, como mental,
para estar inserida no mercado de trabalho —
completou.
Fonte: Agência Senado
30/10/2023 -
TST decide que trabalho escravo é imprescritível
Para ministros, trabalho escravo é crime contra a
humanidade e não se enquadra na norma geral de
prescrição
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que
casos envolvendo trabalho escravo são
imprescritíveis na esfera trabalhista. Ao acolher o
recurso do Ministério Publico do Trabalho (MPT), os
ministros reconheceram que submeter trabalhadores à
condições análogas à escravidão é um crime contra a
humanidade e, portanto, não se enquadra na norma
geral de prescrição. O julgamento ocorreu no último
dia 18/10 e o acórdão foi publicado nesta
sexta-feira (27/10).
Na ação, a corte revisou o entendimento do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT 2) sobre ação
civil pública ajuizada pelo MPT-SP que exigia a
reparação de danos em favor de trabalhadora
doméstica resgatada sob condições análogas. O caso
aconteceu em 2020, quando o Ministério Público e a
Polícia Civil de São Paulo resgataram, no bairro do
Alto Pinheiros, uma trabalhadora submetida a uma
série de violações pela família que a empregava
desde 1998. De acordo com o MPT, a trabalhadora foi
vítima de agressão, maus tratos, constrangimento,
tortura psíquica, violência patrimonial e exploração
do trabalho.
Ao avaliar a ação, o TRT 2 entendeu que o caso
estaria submetido à prescrição quinquenal, que
estabelece a reparação de danos trabalhistas
referentes até os últimos 5 anos.
Entretanto, para a relatora da ação no TST, ministra
Liana Chaib,, “aplicar prazos prescricionais
trabalhistas a um indivíduo submetido a trabalho em
condição análoga à escravidão seria como puni-lo
duplamente, ou mesmo revitimizá-lo, anuindo a uma
atitude criminosa e absolvendo aquele que violou
direito fundamental absoluto”.
Além disso, a ministra afirmou que a incidência da
prescrição, somada a demora na resolução das ações
envolvendo trabalho escravo, enseja a impunidade e
citou casos famosos, como o da Fazenda Brasil Verde
e do casal Boneti, que ganhou repercussão após o
podcast “A Mulher da Casa Abandonada”. “São
lamentáveis registros de impunidade, como esse, que
deixam clara a necessidade de rápida e de
contundente mudança no ordenamento jurídico
brasileiro, seja por meio da atuação legislativa
mais contundente, seja através da jurisprudência
firmada nas Cortes do Poder Judiciário”, afirmou.
Para a magistrada, não é possível aplicar a
prescrição no trabalho escravo porque não existe
correlação entre um emprego regular registrado na
carteira de trabalho e um emprego com privação de
liberdade, sujeito às violências e sem as garantias
previstas na legislação trabalhista. A ministra
Liana Chaib destacou que “por se estar diante de um
crime contra a humanidade e de uma absurda violação
aos direitos humanos fundamentais do homem, a
submissão de trabalhador à condição análoga a
escravo, prática odiosa e de tamanha gravidade e
perversidade que permite excepcionar a norma geral
sobre a prescrição trabalhista”.
“Como explicar ao trabalhador que esteve submetido,
às vezes por décadas, à condição análoga à
escravidão, que os seus direitos mais basilares
foram consumidos pela prescrição? Antes de encerrar
a concretização de uma grave violação aos direitos
humanos, aplicar a prescrição, em tal circunstância,
importa na premiação ao transgressor das garantias
fundamentais do ser humano enquanto trabalhador”,
acrescentou.
O TST aplicou o entendimento firmado na Súmula nº
647 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
reconheceu imprescritibilidade das ações
indenizatórias por danos morais e materiais
decorrentes de atos de perseguição política com
violação de direitos fundamentais durante a ditadura
militar.
Em nota, a Coordenadoria Nacional de Erradicação de
Combate ao Trabalho Escravo e Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas (Conaete) do MPT destacou que a
decisão é importante avanço no combate ao trabalho
escravo no país porque reconhece a
imprescritibilidade do direito de requerer
judicialmente a reparação dos danos individuais e
coletivos decorrentes do trabalho escravo. “Isso
significa que não se aplica a prescrição aos casos
de trabalho escravo no Brasil. A qualquer tempo, a
vítima de trabalho escravo ou os órgãos com
legitimidade, inclusive o MPT, podem ajuizar ações
pedindo a reparação dos danos”, explicou Aragão.
A decisão determinou que os empregadores paguem uma
indenização por danos morais coletivos fixada em
R$200 mil e R$100 mil pela condenação.
O Acórdão está disponível com número TST-RRAg-1000612-76.2020.5.02.0053
Fonte: Jota
30/10/2023 -
Custo da cesta básica cai em todas as regiões do
país em setembro
Em setembro, o custo da cesta básica Abrasmercado,
composta por 35 produtos de largo consumo, caiu em
todas as regiões do país, informou, nesta
quinta-feira (26), a Associação Brasileira de
Supermercados (Abras). A queda foi de 1,72% na
comparação com agosto.
Segundo a Abras, nesse período, o preço médio da
cesta recuou de R$ 717,55 para R$ 705,22. A maior
queda foi registrada na Região Sul (-2,19%), seguida
pelas regiões Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%),
Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (-0,71%).
Quando se considera a cesta de alimentos básicos,
com 12 produtos, a queda foi de 1,93% em setembro em
relação a agosto, com o preço médio saindo de R$
305,00 para R$ 299,10.
Já o item consumo nos lares brasileiros manteve-se
em setembro no patamar de crescimento de agosto, em
torno de 0,80%. Na comparação com setembro do ano
passado, o crescimento foi de 1,10%. No ano, a alta
é de 2,62% em relação a 2022.
“O consumo se mantém firme e tende a seguir nesse
ritmo até o final do ano, uma vez que passamos a
compará-lo com uma base forte de crescimento. Há de
se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2
bilhões na economia com a PEC [proposta de emenda à
Constituição] dos Benefícios no ano anterior, que
impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste
ano, os recursos escalonados e mais previsíveis
movimentam a economia e sustentam o consumo no
domicílio, assim como as quedas consecutivas nos
preços dos alimentos ”, disse, em nota, o
vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Fonte: Agência Brasil
30/10/2023 -
Mediação entre metalúrgicos e GM termina sem acordo,
e greve continua
Empresa não aceita cancelar as demissões feitas
em três fábricas
Terminou sem acordo, nesta sexta-feira (27), a
primeira reunião entre representantes dos
metalúrgicos e da General Motors depois de a GM
iniciar demissões em três fábricas. Dirigentes dos
sindicatos de São Caetano do Sul, São José dos
Campos e São Paulo/Mogi das Cruzes cobraram o
cancelamento de todos os cortes feitos desde o
último sábado (21). Trabalhadores das três unidades
estão em greve há cinco dias.
A reunião de hoje, uma mediação coletiva, foi
organizada pela Superintendência Regional do
Trabalho de São Paulo, a representação local do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foi marcada
nova reunião para a próxima terça-feira (31).
A tentativa de mediação foi feita a partir de
solicitações dos três sindicatos, que também já se
reuniram com integrantes do governo estadual
paulista. A GM demitiu em torno de 1,2 mil
trabalhadores – 800 em São José, 300 em São Caetano
e 100 em Mogi das Cruzes. O número exato não foi
confirmado até agora.
Os metalúrgicos argumentam que é preciso haver
negociação prévia em caso de demissões em massa,
conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, há em vigor um acordo que prevê
estabilidade no emprego, que também teria sido
desrespeitado.
“Seguiremos cobrando medidas pelo cancelamento das
demissões na GM não só do governo Lula, mas também
do governo de São Paulo e das prefeituras. Nossa
prioridade é a manutenção dos postos de trabalho nas
três plantas”, afirmou o presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São José, Weller Gonçalves. Em
assembleia diante da fábrica, o presidente do
sindicato de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva,
o Cidão, disse que a empresa “usurpou o direito dos
trabalhadores”.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/10/2023 -
Aprovada desoneração da folha até 2027 para 17
setores da economia
O Plenário do Senado aprovou o projeto de lei que
prorroga, por mais quatro anos, a chamada
desoneração da folha salarial, espécie de incentivo
fiscal destinado a 17 grandes setores da economia
brasileira que mais empregam. O PL 334/2023 segue
agora para sanção ou veto da Presidência da
República.
O autor do projeto é o senador Efraim Filho (União-PB).
A desoneração da folha de pagamentos foi implantada
como medida temporária em 2012, tendo sido
prorrogada desde então. A desoneração atual tem
validade até 31 de dezembro de 2023, ou seja, o
projeto aprovado determina a prorrogação de 1º de
janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2027.
— As empresas precisam de segurança jurídica para
poder ter tempo de abrir novas filiais, ampliar os
seus negócios e, portanto, contratar mais pessoas,
que é a finalidade dessa política pública, tirar
pais, mães e jovens da fila do desemprego e, com o
suor do seu rosto, colocar o pão na mesa da sua casa
— afirmou Efraim.
A matéria, relatada pelo senador Angelo Coronel
(PSD-BA), desonera a folha de pagamentos ao permitir
que a empresa substitua o recolhimento de 20% de
imposto sobre sua folha de salários por alíquotas de
1% até 4,5% sobre a receita bruta.
— São os setores que mais empregam no Brasil, e a
manutenção da desoneração é de suma importância para
manter postos de trabalho — disse o relator.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
27/10/2023 -
Senado vai analisar projeto que cria programa para
reduzir fila do INSS
Foi encaminhado ao Senado um projeto que prevê
bonificação para os funcionários do INSS que
analisarem processos administrativos e perícias
médicas. Já aprovado na Câmara, o PL 4.426/2023
substitui uma medida provisória (MP 1.181/2023) que
tratava do tema. Além do programa de enfrentamento à
fila, a proposta regulamenta a telemedicina para
perícias médicas e autoriza o reajuste salarial das
forças de segurança do Distrito Federal. O texto
está em regime de urgência.
Fonte: Agência Senado
27/10/2023 -
IBGE: trabalhadores por aplicativos têm jornadas
maiores, ganham menos e estão na informalidade
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira reforça que
a precariedade do setor. Ou seja, esses
“empreendedores” na realidade são explorados por
empresas altamente lucrativas
Pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (25)
reforça que os trabalhadores por aplicativos no
Brasil têm jornadas maiores e salários mais baixos
que os do setor privado em geral. Ou seja, esses
“empreendedores” na realidade são explorados por
empresas altamente lucrativas. Segundo o
levantamento, no final de 2022 havia no país 1,5
milhão de pessoas trabalhando por meio de
plataformas digitais em serviços de transporte de
pessoas e aplicativos de serviços. O dado é
equivalente a 1,7% da população ocupada no setor
privado.
Desse total, 52,2%, que representa 778 mil pessoas,
tinham como atividade principal o transporte de
passageiros. Já 39,5% (ou 589 mil) eram entregadores
de comida pronta e outros produtos. Os trabalhadores
de aplicativos na área de prestação de serviços
somavam 13,2% (197 mil).
Desse universo de trabalhadores, 77,1% não têm
vínculo empregatício algum, atuando por conta
própria. E 9,3% são empregados do setor privado, mas
sem carteira assinada. Para complicar o cenário,
todos têm jornadas muito maiores que o total dos
empregados de empresas. Os chamados
“plataformizados” trabalhavam mais horas semanais
(46h x 39,6h). E apenas 35,7% deles contribuíam para
a Previdência.
Desvantagem em todas as áreas
Frente aos não plataformizados na atividade, os
entregadores vinculados a aplicativo tinham menor
rendimento (R$ 1.784 x R$ 2.210). E também menor
proporção de contribuintes para previdência (22,3% x
39,8%) e trabalhavam mais horas semanais (47,6h x
42,8h).
Os pesquisadores do IBGE constataram também que a
ampla maioria dos chamados trabalhadores
plataformizados (81,3%) era do sexo masculino –
prevalência muito maior do que os ocupados no setor
privado (59,1%). Quanto à escolaridade, essa força
de trabalho concentra, em sua maioria (61,3%),
aqueles com níveis intermediários de formação.
Principalmente no nível médio completo ou superior
incompleto (61,3%).
As desvantagens desses trabalhadores por plataformas
digitais vão além: o rendimento médio dos que têm
nível superior é de R$ 4.319, menor que o dos
ocupados não plataformizados com a mesma
escolaridade, de R$ 5.348. Além disso, enquanto
44,2% dos ocupados no setor privado estavam na
informalidade, entre os que trabalham para essas
plataformas o percentual era de 70,1%.
Empresas fixam valores pagos aos “empreendedores”
A submissão é dos trabalhadores a imposição das
empresas do setor é grande. Os motoristas de
aplicativos de transporte de passageiros e os
entregadores tinham alto grau de dependência das
plataformas: 97,3% e 84,3%, respectivamente,
afirmaram ser o aplicativo que determinava o valor a
ser recebido por cada tarefa realizada e para 87,2%
e 85,3%, respectivamente, o aplicativo determinava
os clientes a serem atendidos.
Os dados apresentados pelo IBGE pertencem ao inédito
módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de
Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. As
estatísticas são experimentais, ou seja, estão em
fase de teste e sob avaliação.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/10/2023 -
Câmara aprova projeto de lei de taxação para
super-ricos
Aprovada por 323 votos a favor e 119 contra,
proposta faz parte de pacote da Fazenda para
compensar regressão tributária e elevar a
arrecadação fiscal do governo
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta (25), o
projeto de lei de tributação dos investimentos em
offshore e em fundos exclusivos. O PL 4.173 teve 323
votos a favor e 119 contra, além de uma abstenção.
O projeto é uma das prioridades do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e segue para
apreciação dos senadores. O governo defende que a
proposta aprovada, além de garantir mais
arrecadação, busca alcançar mais justiça tributária.
Dados do Observatório Brasileiro das Desigualdades
revelam o tamanho da regressividade do Sistema
Tributário brasileiro. Os que ganham menos são os
que pagam mais impostos: os 10% mais pobres pagam
26,4% da renda em tributos, bem acima dos 19,2%
pagos pelos 10% mais ricos.
Além de esperar arrecadar R$3,2 bilhões este ano
para compensar o aumento da faixa de isenção do
Imposto de Renda da Pessoa Física, e cerca de R$20
bilhões em 2024, o objetivo do governo é “colocar o
pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”.
“A solução do Brasil vai ser encontrada quando a
gente colocar o rico no Imposto de Renda e o pobre
no Orçamento. Nós fizemos uma isenção de Imposto de
Renda para quem ganha até R$ 2.640. Antes só era
isento quem ganhava até R$ 1.900. E, ao mesmo tempo,
fizemos um projeto de lei para taxar as pessoas mais
ricas e as que têm offshore, sobretudo no exterior.
Essas pessoas ganham muito dinheiro e não pagam nada
de Imposto de Renda”, disse o presidente Lula em
entrevista em agosto.
Sem a aprovação do PL, os donos de offshore e fundos
de investimentos acabam não recolhendo Imposto de
Renda sobre rendimentos por causa das brechas
previstas na própria legislação.
Segundo o texto aprovado, os lucros obtidos com
recursos em offshores serão tributados em 15% sobre
os ganhos, uma vez por ano, independentemente de o
indivíduo resgatar ou não esses investimentos e
trazê-los ao Brasil.
Inicialmente, a proposta do governo federal indicava
uma tributação em até 22,5% sobres os ganhos, mas o
relator da matéria, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ),
reduziu essa alíquota para alinhar com a mesma taxa
para os fundos exclusivos.
Já os fundos exclusivos, pagarão a alíquota de 15%
sobre os rendimentos a ser paga nos meses de maio e
novembro de cada ano.
Atualmente, o tributo é recolhido apenas no resgate
das cotas ou na liquidação do fundo, sem o chamado
“come-cotas” —cobrança semestral sobre os ganhos, já
aplicada a demais fundos existentes no Brasil.
Os fundos exclusivos são usados pelos super-ricos
para investir milhões de reais em ações ou renda
fixa pagando menos Imposto de Renda.
De acordo com dados do Ministério da Fazenda, o país
tem hoje cerca de 2,5 mil brasileiros com dinheiro
investido nesses fundos de alta renda, que acumulam
mais de R$ 800 bilhões em patrimônio. Só a taxa de
administração desse tipo de fundo gira em torno de
R$ 150 mil anuais.
Fonte: Portal Vermelho
27/10/2023 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,21% em outubro,
informa IBGE
Resultado foi influenciado pela alta no preço das
passagens aéreas
A prévia da inflação oficial no mês de outubro ficou
em 0,21%, abaixo da taxa de setembro, que foi 0,35%.
O resultado divulgado nesta quinta-feira (26) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) foi influenciado, principalmente, pela alta
nos preços das passagens aéreas, que subiram 23,75%
e representam 0,16 ponto percentual (p.p.) do
índice.
No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo-15 (IPCA-15) soma 3,96%. No acumulado de 12
meses foi de 5,05%, acima dos 5% registrados em
setembro.
Influências
Apesar de o item transporte ter representado o maior
impacto positivo na taxa - subiu 0,78% e respondeu
por 0,16 p.p do IPCA-15, o comportamento dos preços
dos combustíveis ajudou a inflação não ser maior,
com queda de 0,44%, motivado pelas baixas da
gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular
(-0,27%). Apenas o diesel teve alta, 1,55%.
Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em
outubro. Os outros itens com resultado positivo
foram habitação, artigos de residência, vestuário,
saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, e
educação.
Alimentação
O item alimentação e bebidas foi o que mais segurou a
prévia da inflação. Houve um recuo de 0,31% nos
preços, o que respondeu por -0,07 p.p. no IPCA-15.
Entre os alimentos que fizeram o custo da
alimentação no domicilio ficar menor, destacam-se o
leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%),
ovo de galinha (-5,04%) e carnes (-0,44%).
Metodologia
Para medir a prévia da inflação, o IBGE coletou as
informações de preços no período de 15 de setembro a
13 de outubro. O indicador refere-se às famílias com
rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém,
Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e
do município de Goiânia.
Em setembro, o IPCA cheio, ou seja, a inflação
oficial, foi de 0,26%.
Fonte: Agência Brasil
26/10/2023 -
Acordos salariais de 2023 superam inflação em 78%
das negociações
Dieese analisou resultados de 13 mil acordos de
janeiro a setembro. Variação é positiva há 13 meses
As campanhas salariais de 2023 seguem mostrando
desempenho positivo, com 78,1% dos acordos feitos
até agora incluindo reajustes salariais acima da
inflação. Os equivalentes ao INPC-IBGE totalizam
16,7% do total, enquanto 5,3% estão abaixo do
índice. O ganho real médio é de 1,14% além do INPC.
Os dados constam de pesquisa do Dieese, divulgada
nesta terça-feira (24), com base em 13.024
negociações coletivas de janeiro a setembro.
Entre os setores de atividade, a indústria apresenta
83,7% acordos com ganho real. Já o setor de serviços
tem 80% de negociações com reajuste superior à
variação da inflação. O comércio tem 57,5%.
Piso salarial
Ainda no período de janeiro a setembro, o valor médio
dos 13.216 pisos salariais analisados foi de R$
1.626,52, 23% acima do salário mínimo oficial (R$
1.320). Entre os setores, o maior valor médio foi
registrado nos serviços (R$ 1.656,81) e o menor, na
área rural (R$ 1.551,85).
Apenas no mês de setembro, de um total de 256
negociações, 71,9% tiveram ganho acima do INPC.
Outras 13,7% ficaram com reajuste equivalente à
inflação e 14,5%, abaixo. A variação real média dos
reajustes caiu para 0,78% acima do índice, mas segue
positiva há 13 meses.
O que pode ter contribuído para esse aumento real
menor é um certo avanço da inflação. O reajuste
necessário para as categorias com data-base em
outubro é de 4,51%, terceira alta consecutiva – em
julho, estava em 3%. Mas chegava a 11,92% em igual
mês de 2022.
Confira aqui a íntegra da análise do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/10/2023 -
STF marca para 8 de novembro julgamento sobre
correção de saldos do FGTS
AGU estima impacto de R$ 8,6 bi caso prevaleça
tese de Barroso, que é relator da ação
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís
Roberto Barroso, incluiu na pauta do dia 8 de
novembro o processo que discute a correção monetária
do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O
julgamento foi adiado na semana passada após pedido
do governo. Na última segunda-feira (22), o ministro
da Fazenda, Fernando Haddad e o advogado-geral da
União (AGU), Jorge Messias, se reuniram com Barroso
para relatar preocupações com o tema.
A AGU estima impacto de R$ 8,6 bilhões caso
prevaleça a tese apresentada por Barroso, que é
relator da ação. Ao votar em abril, ele defendeu que
a atualização dos valores não deve ser abaixo da
caderneta da poupança. Ele também votou para o
resultado do julgamento valer apenas para o futuro,
o que diminui o rombo para os cofres públicos. A AGU
alega impacto de R$ 295 bilhões aos cofres públicos
se o Supremo determinar o pagamento dos valores
atualizados até 1999.
Barroso foi acompanhado nessa posição pelo ministro
André Mendonça. Em seguida, o julgamento foi
suspenso por pedido de vista do ministro Kássio
Nunes Marques. O placar ficou em 2 a 0.
Atualmente, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial
(TR) + 3%. O Solidariedade, autor do processo,
argumenta que desde 1999 esse índice não é
suficiente para repor o poder aquisitivo dos
trabalhadores. Por isso, a legenda pede que a TR
seja substituída por um índice ligado à inflação,
como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
Fonte: InfoMoney
25/10/2023 -
Acabar com filas por perícias é maior desafio da
seguridade, aponta debate na CAS
Acabar com as longas filas por perícias médicas no
país continua sendo um dos maiores desafios da
Previdência Social atualmente. Em audiência pública
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), à qual
compareceu o ministro da Previdência, Carlos Lupi,
nesta terça-feira (24), senadores consideraram
inaceitável o fato, por exemplo, de pacientes em
tratamento de câncer hoje terem a perícia agendada
somente para os próximos cinco meses. Os
parlamentares pediram a realização de concurso
público para preencher as cerca de 21 mil vagas em
aberto e a continuidade dos mutirões de avaliação
social e perícia médica realizados pela pasta para
atendimento dos cerca de 500 mil processos de
seguridade em andamento.
Caos
O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) considerou caótica a
situação de estados no Norte, como Rondônia, em
relação às perícias médicas e avaliou que um dos
maiores dilemas da Previdência Social atualmente é
zerar essa fila. Para o parlamentar, é intolerável,
por exemplo, o fato de pacientes em quimioterapia
terem a perícia prevista somente para março de 2024.
Para o senador Weverton (PDT-MA), a missão do
Ministério da Previdência está entre as mais
desafiadoras do país, não apenas pelas grandes filas
por perícias, mas pela forma como esse gerenciamento
tem ocorrido ao longo dos anos. Ele criticou o fato
de haver atualmente somente 3.333 peritos em ação e
questionou a falta de concurso público para a
categoria desde 2011.
— Muitos brasileiros têm de caminhar cerca de 300,
400 quilômetros e, ao chegar ao posto do INSS, têm
de retornar e ter seu atendimento reagendado devido
à falta de profissionais. É o Brasil que está aí, e
ao qual a gente precisa apresentar soluções. Feliz
mesmo será o dia em que chegaremos aqui e diremos
que não temos mais filas e que essa burocracia virou
apenas burocracia, e isso vai acontecer — avaliou.
Humanização
Carlos Lupi reconheceu que a Previdência apresenta
“gigantescos problemas”, mas disse que o governo
começou a recuperar o poder de compra dessas
pessoas, por meio do aumento real do salário mínimo,
implementado pelo Poder Executivo. O ministro
defendeu a humanização dos serviços e disse que a
pasta tem se esforçado para implementar o trabalho
presencial por completo, em todas as unidades do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir
de janeiro de 2024. Além disso, o convidado disse
que pretende chegar ao fim do próximo ano com 80%
dos serviços em plataforma digital, “não para
substituir os funcionários, mas facilitar o acesso
das pessoas”:
— Quero todos dentro das agências porque percebo a
necessidade da população, inclusive de falar, de
ouvir. Muitos aposentados vão às unidades para terem
com quem conversar. Não vamos impor nada a ninguém,
mas quero 100% [dos funcionários] trabalhando nas
agências, nas gerências da seguridade social.
Direito do cidadão
O requerimento de convite a Carlos Lupi foi feito pelo
presidente da CAS, senador Humberto Costa (PT-PE),
que conduziu a reunião e considerou a seguridade
social um direito fundamental dos cidadãos.
Já a senadora Leila Barros (PDT-DF) reforçou o
pedido pela continuidade dos mutirões de atendimento
e também falou da necessidade da realização de
concurso público. Hoje, somente 19 mil servidores da
Previdência estão na ativa, de um total de 40 mil
vagas ao redor do país.
— Estamos acompanhando o trabalho dessa equipe em
melhorar as condições do INSS e sabemos que essas
medidas não vão sanar todo o problema, mas ajudarão
a pelo menos diminuir essas filas —analisou a
senadora.
Lupi concordou que a espera dos cidadãos por
perícias médicas é vergonhosa e se comprometeu em
dar continuidade aos mutirões feitos pela pasta em
novembro, especialmente nas regiões mais carentes do
país:
— É um absurdo essa espera; tenho vergonha em ver as
pessoas mais necessitadas nessa situação, mas temos
o empenho de resolver essa questão e os senhores
podem me cobrar. Primeiro porque é nosso papel a
prestação de contas e depois, devido à necessidade
da população — declarou o ministro.
Fonte: Agência Senado
25/10/2023 -
PL do trabalho por aplicativo: governo deve enviar
proposta de regulamentação para o Congresso até a
próxima semana
Após reunião com Lula, ministro do Trabalho disse
que PL sobre saque-aniversário do FGTS também deve
ser finalizado
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
disse nesta segunda-feira (23) que a proposta sobre
regulamentação do ofício de trabalhadores de
aplicativo deve ser concluída até a próxima semana.
Ele discutiu o assunto com o presidente Lula (PT)
durante uma agenda no Palácio do Planalto e disse à
imprensa que já foi fechada "a base de um acordo com
os aplicativos de transporte de pessoas", mas não
detalhou o assunto.
"Resta somente finalizar a redação. Daqui pra semana
que vem estará consolidado pra gente apresentar em
definitivo ao presidente e transformar em projeto de
lei e submeter ao Congresso Nacional. Antes de
submeter ao Congresso, vamos conversar com os
presidentes Lira e Pacheco. Em relação aos
trabalhadores de entrega, não tem acordo. Nós
devemos preparar um PL pra submeter ao presidente
com base nos conceitos fechados para o transporte de
pessoas", indicou. "Os conceitos serão mantidos,
evidente que terão adaptações de conceitos de quatro
rodas para duas rodas. Mas será a base", acrescentou
o ministro.
O tema da regulamentação do trabalho da categoria
tem sido destaque nos últimos anos, depois que o
segmento passou a se mobilizar contra a precarização
a que são submetidos os motoristas. Em julho, por
exemplo, foi realizado em diferentes cidades um
breque por melhores condições de trabalho. O
movimento ocorreu em capitais como São Paulo, Porto
Alegre e Niterói e se deu cerca de um mês depois de
o governo federal criar a chamada Mesa do Grupo de
Trabalho (GT) dos Aplicativos. De caráter
tripartite, o GT é composto por nomes do governo,
das empresas e dos trabalhadores. É dos diálogos
promovidos no âmbito desse grupo que parte a
proposta que será enviada pela gestão Lula ao Poder
Legislativo.
FGTS
Luiz Marinho também sinalizou nesta segunda que
pretende enviar ao Congresso Nacional até a próxima
semana a proposta que modifica normas relativas ao
saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). Criada no primeiro ano do governo
Bolsonaro por meio da Lei 13.932/19, essa modalidade
permite que o trabalhador retire uma parcela do
saldo das contas ativas e inativas do fundo no mês
do seu aniversário. Por outro lado, se a pessoa for
demitida do emprego, fica impedida de sacar o valor
integral do FGTS porque a legislação somente permite
o saque total após completados dois anos de adesão a
essa modalidade.
Luiz Marinho defendia, no início do governo Lula,
que a gestão acabasse com esse tipo de saque. Em
linhas gerais, a administração petista vê nesse tipo
de permissão um enfraquecimento da política do fundo
de garantia e um dano ao trabalhador por conta do
impedimento relativo ao saque total. O ministro
ainda não detalhou o PL que será enviado para
avaliação dos parlamentares. "Vamos despachar com o
presidente, conjuntamente Casa Civil, Caixa
Econômica, [Ministério da Fazenda], nos próximos
dias, provavelmente ainda esta semana, para bater o
martelo final."
Lula
O ministro também comentou o estado de saúde do
presidente Lula, que teve com Luiz Marinho a sua
primeira agenda no Palácio do Planalto depois das
duas cirurgias a que foi submetido em setembro. O
petista fez um procedimento nas pálpebras e outro no
quadril, este último ocasionado por uma artrose na
região.
"Ele está muito bem, andando sozinho. Eu cheguei,
ele estava sentado e levantou pra me cumprimentar.
Fiquei surpreso em ver o estado de bem-estar em que
está o presidente. Perguntei sobre as dores que ele
tinha e [ele disse que] essa dor não existe. Existe
um resquício de dor da cirurgia em si, do corte, e
isso o tempo rapidamente se resolverá. Mas, do ponto
de vista da dor que ele tinha [no quadril], a
cirurgia resolveu plenamente. Portanto, ele está
tranquilo, sereno, andando pra lá e pra cá sozinho
no gabinete."
Fonte: Brasil de Fato
25/10/2023 -
CAE rejeita mudanças da Câmara e projeto da
desoneração segue para Plenário
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) decidiu, na
reunião desta terça-feira (24), rejeitar o
substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto que
prorroga por quatro anos a desoneração da folha de
pagamento para 17 setores da economia. Já aprovado
no Senado, o PL 334/2023 foi relatado pelo senador
Angelo Coronel (PSD-BA), que rejeitou todas as
alterações propostas pelos deputados, entre elas a
que estendia a diminuição da contribuição
previdenciária, de 20% para 8%, a todos os
municípios brasileiros. Com a decisão, foi retomado
o texto, como saiu do Senado em junho de 2023, que
restringe a lista a municípios com população
inferior a 142,6 mil habitantes. A proposta segue
agora para votação em Plenário, com requerimento de
urgência aprovado.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às
empresas dos setores beneficiados o pagamento de
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20% sobre a folha de salários. A permissão foi
introduzida há 12 anos para algumas áreas e
atualmente abrange 17 setores. O projeto mantém a
desoneração até 31 de dezembro de 2027.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
25/10/2023 -
Cancelado debate sobre mudanças trabalhistas
propostas em texto que atualiza Estatuto da
Microempresa
A Subcomissão de Apoio e Desenvolvimento das Micro e
Pequenas Empresas cancelou o debate que faria nesta
terça-feira (24) sobre as questões trabalhistas que
envolvem o projeto e atualiza o Estatuto da Micro e
Pequena Empresa (PLP 125/23).
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/23, prevê,
entre outros pontos, a ampliação de acesso dos
pequenos negócios no Simples Nacional e faz ajustes
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre
horas extras e compensação de jornada.
Fonte: Agência Câmara
25/10/2023 -
Sindicatos se unem para reverter demissões em massa
na GM do Brasil
Centenas de trabalhadores foram avisados do corte
por telegrama ou e-mail, em pleno final de semana.
As demissões em massa feitas pela General Motors
(GM) do Brasil revoltaram o movimento sindical. No
sábado (21), a montadora desligou centenas de
trabalhadores em suas três fábricas no estado de São
Paulo – em São José dos Campos, São Caetano do Sul e
Mogi das Cruzes. Centenas de trabalhadores foram
avisados do corte por telegrama ou e-mail, em pleno
final de semana.
Uma greve unificada foi aprovada neste domingo (22),
por tempo indeterminado, nas três bases. Os
trabalhadores exigem o cancelamento imediato das
demissões. Já nesta segunda-feira (23), houve
assembleias nas três plantas e reunião entre os
sindicatos dos metalúrgicos dessas bases.
“A demissão coletiva foi covarde e arbitrária, já
que ocorreu sem negociação prévia com os sindicatos,
o que contraria a legislação nacional”, afirmaram as
entidades, em nota conjunta, após a reunião. De
acordo com o texto, “em São José dos Campos e Mogi
das Cruzes, a GM descumpriu acordos de layoff
firmados com os sindicatos, que garantiam a
estabilidade no emprego para todos das duas
plantas”.
Os sindicatos também cobram apoio dos governos
federal e estadual, bem como do Ministério do
Trabalho e do Ministério Público do Trabalho. Até o
momento, a GM nem sequer informou quantos
trabalhadores foram demitidos.
“Esta greve confirma a tradição de luta dos
metalúrgicos da General Motors. Vamos pressionar o
presidente Lula, o governador Tarcísio, o prefeito
Anderson e a própria empresa”, diz Valmir Mariano,
vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São
José dos Campos. “A GM agiu de forma ilegal, por
desrespeitar o acordo e a legislação, e imoral, por
desrespeitar os trabalhadores. Não vamos produzir um
parafuso sequer enquanto as demissões não forem
canceladas.”
Diversas entidades manifestaram solidariedade à luta
contra a GM. É o caso da Fitmetal (Federação
Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do
Brasil), que acusou a montadora de ter agido “de
modo ilegal” contra seus funcionários. “A Fitmetal
se solidariza com esses trabalhadores, manifesta
apoio aos sindicatos e se soma à luta unitária pela
reintegração imediata dos metalúrgicos demitidos”,
declarou a federação.
Fonte: Portal Vermelho
24/10/2023 -
FGTS Digital: novo sistema obrigatório a partir de
janeiro de 2024
Com o advento do e-social, foi criada uma plataforma
para gerenciar a arrecadação do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço), uma pedra angular dos
direitos trabalhistas no Brasil, assegurando aos
trabalhadores a proteção financeira em momentos
cruciais de suas vidas profissionais. No entanto, a
administração desse fundo, até recentemente, era
caracterizada por uma série de desafios burocráticos
e procedimentos que, muitas vezes, se mostravam
ineficientes e onerosos. Em resposta a essas
questões, foi criado o FGTS Digital, um conjunto
inovador de sistemas integrados que promete
revolucionar a gestão desse importante fundo.
A plataforma contará com serviço de caixa postal,
parcelamento de débitos e emissão de guias
individualizadas e possibilitará o recolhimento de
várias competências e tipos de débitos em apenas um
documento.
Benefícios do FGTS Digital
- Eliminação de burocracias e custos adicionais: um
dos principais objetivos do FGTS Digital é reduzir a
burocracia associada ao recolhimento do FGTS,
aliviando a carga de trabalho tanto para
empregadores quanto para os trabalhadores. Isso não
apenas simplifica o processo, mas também elimina
custos adicionais relacionados à papelada e
procedimentos manuais.
- Redução de custos operacionais: o sistema
digitalização permite que as empresas reduzam
significativamente seus custos operacionais
associados ao FGTS, tornando a gestão financeira
mais eficiente.
- Digitalização de serviços: o FGTS Digital agiliza
e automatiza procedimentos, facilitando a emissão de
guias de pagamento, consulta de extratos,
individualização de pagamentos e verificação de
débitos em aberto.
- Melhoria nos serviços para trabalhadores e
empregadores: ao fornecer serviços mais ágeis e
acessíveis, o FGTS Digital melhora a experiência
tanto para os trabalhadores quanto para os
empregadores, aumentando a eficiência e a
satisfação.
- Segurança e integridade de dados: o sistema
garante a segurança, integridade e confiabilidade
dos dados e informações armazenados e processados,
proporcionando tranquilidade para todos os
envolvidos.
- Maior controle do débito e processo de
recolhimento: a individualização dos valores devidos
desde a origem, usando o CPF do trabalhador como
identificação, aumenta o controle sobre o processo
de recolhimento do FGTS, tornando-o mais confiável.
Facilidades adicionais do FGTS Digital
- Emissão de guias rápidas e personalizadas.
- Consulta de extratos de pagamentos realizados.
- Individualização dos extratos de pagamento.
- Verificação de débitos em aberto.
- Pagamento da multa indenizatória a partir das
remunerações devidas de todo o período trabalhado.
O Papel do Pix na modernização
Uma das escolhas estratégicas do FGTS Digital foi a
integração do Pix, o mecanismo de pagamento
instantâneo, como ferramenta de pagamento do FGTS.
Isso proporciona confiabilidade, agilidade e
facilidade, otimizando o processo de
individualização na conta do trabalhador. As guias
de pagamentos do Fundo agora podem ser emitidas
tanto no portal do FGTS Digital quanto no ambiente
web do e-social.
Adaptação às mudanças legislativas
O desenvolvimento e implementação do Projeto FGTS
Digital também estão em conformidade com as
alterações legislativas recentes, como a Lei nº
13.932, de 11 de dezembro de 2019, que trouxe novas
obrigações e condições às operações relacionadas ao
Fundo de Garantia. O FGTS Digital atende a essas
mudanças, proporcionando uma plataforma adaptada às
exigências legais mais recentes.
Colaboração entre setores
A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em nome do
Ministério do Trabalho e Emprego, lidera o Projeto
FGTS Digital e trabalha em estreita colaboração com
representantes da sociedade civil. O objetivo é
criar uma ferramenta verdadeiramente inovadora que
atenda às necessidades e expectativas dos
empregadores, garantindo a eficiência na gestão do
Fundo.
Multa por empregado
Baseadas na Instrução Normativa 02/2021, a partir de
janeiro de 2024, as multas podem chegar a até R$ 300
por trabalhador, representando um aumento
substancial em comparação com as penalidades atuais.
A fase de testes do FGTS Digital está em andamento,
e os empregadores têm até 10 de novembro para se
adaptarem a essa nova ferramenta, que será
obrigatória em 2024.
As multas serão de 30% sobre o débito atualizado
apurado e confessado pelo empregador, podendo variar
de R$ 100 a R$ 300 por trabalhador prejudicado em
caso de erros ou omissões. A formalização do
parcelamento do débito suspenderá a ação punitiva.
Essa mudança representa um aumento considerável nas
multas em relação ao sistema anterior, onde as
multas variavam de R$ 10,60 a R$ 106,00 por
empregado prejudicado.
Em face deste cenário, é importante que todo
empregador esteja atento às mudanças e realize os
testes disponibilizados pela plataforma, a fim de
evitar incidência de multas desnecessárias.
Fonte: Consultor Jurídico
24/10/2023 -
Ministro Marinho: Correios deveriam pensar em entrar
no mercado de aplicativos
Ministro do Trabalho e Emprego reforçou seu apoio
a criação de uma alternativa estatal ao Uber
Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta
segunda-feira (23), o ministro do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho (PT-SP) defendeu novamente a criação de
alternativas ao Uber e ao iFood através da Empresa
Brasileira de Correios.
Marinho anunciou que as empresas de transporte
pessoal (como Uber e 99) tem um acordo em andamento
com os motoristas para estabelecimento de uma
regulamentação entre trabalhadores e companhias.
“Está prestes a ser consolidado”, afirmou o chefe da
pasta.
Porém, os aplicativos de entrega (como iFood e Rappi)
não parecem ter tido um acordo com os motoboys. Ele
afirma que as empresas não aceitam as demandas dos
entregadores.
Marinho também anunciou que, a partir do acordo de
transporte pessoal, vai criar uma legislação e
enviá-la para o Congresso. “Nós vamos preparar um
projeto de lei a partir relacionado ao transporte de
pessoas e vamos enviar o PL dos entregadores. Espero
que o Congresso tenha a responsabilidade para
regulamentar e enquadrar as empresas de plataforma
de entrega aqui no Brasil também”, afirma.
E o aplicativo dos Correios?
De acordo com Marinho, a entrada de uma empresa
pública não só faz parte de uma noção de serviços -
para melhorar na qualidade dos direitos para os
trabalhadores - mas também para a consolidação de um
mercado lucrativo para as estatais brasileiras.
Na visão do ministro, o debate vale para o eixo de
negócios da Empresa Brasileira de Correios. "Eu fiz
uma provocação para os Correios e reforço a
provocação. Acho que o Correio deveria sim pensar
num aplicativo até pensando no ponto de vista do seu
negócio, e acho que o Correio tem que dar uma
atualizada. Espero que o Correio estude a valer esse
assunto, ou outras empresas públicas que tem esse
perfil", completou Marinho.
Fonte: RevistaForum
24/10/2023 -
Bancos ‘se rendem’ e projetam inflação de 4,65%,
abaixo do teto da meta para 2023
Índice de aumento de preços no país não fica
dentro do estipulado por governo desde 2020
Economistas-chefes de bancos brasileiros estimam que
a inflação no país deve fechar o ano em 4,65%. A
previsão foi registrada na última edição do Boletim
Focus, divulgada pelo Banco Central nesta
segunda-feira (23).
Esta é a segunda semana seguida que o boletim marca
que economistas ligados ao mercado financeiro
esperam que a inflação estará em 4,75% ou abaixo
disso em 2023. É segunda vez, portanto, que esses
mesmos economistas estimam que o índice oficial de
aumento de preços do país estará dentro da meta
estipulada para o ano desde de que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse, em janeiro.
A meta de inflação para 2023 é 3,25%, com tolerância
de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Isso significa
que, na prática, a inflação pode chegar até 4,75% em
2023.
Essa meta foi estipulada pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) ainda em 2020, durante o governo do
presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde aquele ano,
autoridades monetárias do país não conseguem fazer
com que o índice fique dentro do estipulado, apesar
do aumento recorde da taxa básica de juros, a Selic,
entre 2021 e 2022.
O CNM estipulou que, em 2021, a inflação acumulada
medida pelo IPCA deveria ficar entre 2,25% a 5,25%.
O índice ficou em 10,06%, com alta puxada pelo preço
dos combustíveis.
Em 2022, o CNM estabeleceu que a inflação deveria
ficar entre 2% e 5%. O índice apurado pelo IBGE
superou essa meta por 1,29 pontos percentuais.
Começo desconfiado
Economistas ligados a bancos iniciaram o ano estimando
uma inflação acima dos 5% – ou seja, fora da meta.
Com o passar dos meses, aumentaram essas estimativas
para cerca de 6%, apesar de o governo ratificar seu
compromisso com controle da alta dos preços.
A partir do final de maio, as previsões para a
inflação começaram a melhorar. Em junho, o BC cortou
a Selic pela primeira vez em três anos e as
expectativas sobre o aumento de preços continuaram
melhorando.
Em outubro, enfim, as previsões dos economistas
indicam que a inflação estará na meta.
Os economistas também estimam agora que o Produto
Interno Bruto (PIB) cresça 2,90% neste ano. Em
janeiro, estimavam 0,5%.
Estimam ainda que a Selic caia para 11,75% até o fim
de dezembro. Hoje, ela está em 12,75%, uma das mais
altas taxas básicas de juros do mundo.
Fonte: Brasil de Fato
24/10/2023 -
Comissão aprova direito à seguridade especial de
mulheres do campo identificadas como donas de casa
Projeto ainda será analisado por outras três
comissões da Câmara
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados aprovou projeto que estabelece
que a qualificação da mulher do campo como "do lar",
"dona de casa", "doméstica" ou outras similares, em
documentos apresentados à Previdência, não impedirá
o reconhecimento de sua qualidade de segurada
especial na condição de trabalhadora rural,
rurícola, lavradora ou agricultora (PL 2047/23).
A relatora na comissão, deputada Lêda Borges
(PSDB-GO), apresentou parecer pela aprovação da
proposta. Segundo ela, o fato de as mulheres não
serem qualificadas como trabalhadores rurais, em
alguns documentos, reflete, sobretudo, uma visão
machista do papel social exercido pelas mulheres que
trabalham no campo. Na avaliação da parlamentar,
essa visão preconceituosa não espelha a dura
realidade da dupla ou tripla jornada de trabalho a
que elas estão sujeitas diariamente, tanto na
lavoura como em casa.
“Nada mais justo que essas mulheres recebam o
reconhecimento do seu trabalho e esforço na produção
da riqueza do campo, quando sentirem que têm
necessidade de solicitar a aposentadoria justa e
digna”, disse.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda
será analisado pelas comissões de Previdência,
Assistência Social, Infância, Adolescência e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
23/10/2023 -
Desoneração da folha: comissão analisa na terça se
aceita mudanças da Câmara
O impasse entre os senadores e um pedido de vista
adiaram, na terça-feira (17), na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), a votação do Projeto de
Lei 334/2023, que prorroga desoneração da folha de
pagamentos. Pelas regras vigentes, o benefício
termina em dezembro deste ano e, com a prorrogação,
17 setores da economia continuariam a ser
beneficiados até 2027. O voto do relator, senador
Angelo Coronel (PSD-BA), é pela rejeição das
mudanças feitas pela Câmara dos Deputados ao aprovar
a proposta. A expectativa é que a CAE vote o projeto
na próxima terça (24).
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às
empresas dos setores beneficiados o pagamento de
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi
introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo
menos dez anos abrange todos os 17 setores hoje
incluídos.
Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a
desoneração desses 17 setores é importante, pois
eles têm alta empregabilidade.
— São setores cuja folha de pagamento representa
muito para o custo dessas empresas e é natural que
haja um programa de desoneração prorrogado por mais
alguns anos que é o projeto que está sendo
apresentado. Então eu acredito que na semana que vem
a gente tenha isso resolvido e que ele possa sair a
sanção do presidente da República. Também,
rapidamente, chegando se houver o recurso ou alguma
modificação que imponha a apreciação pelo plenário,
nós votaremos no plenário o mais brevemente
possível— disse Pacheco.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
23/10/2023 -
Bolsonaro é condenado a indenizar jornalistas por
danos morais
Decisão foi do Tribunal de Justiça de São Paulo
Transitou em julgado a decisão que condenou o
ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, a pagar
indenização coletiva a jornalistas por danos morais
em R$ 50 mil.
A decisão foi promulgada pela 4ª Câmara de Direito
Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. O valor
da multa será revertido ao Fundo Estadual de Defesa
dos Direitos Difusos de São Paulo.
A ação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Estado de São Paulo alegou que Bolsonaro atacava
sistematicamente a categoria de forma agressiva em
seus pronunciamentos e na rede social.
O sindicato registrou 175 agressões de Bolsonaro
contra a imprensa em 2020. A fonte é o relatório
“Violência contra jornalistas e liberdade de
imprensa no Brasil, da Federação Nacional dos
Jornalistas.
O relatório apresenta exemplos, como os ataques
homofóbicos, xingamentos, agressões às mulheres
jornalistas durante entrevistas e até a ameaça de
dar socos em um profissional.
Tentamos contato com a assessoria do ex-presidente
Bolsonaro, mas não conseguimos contato até o
fechamento dessa reportagem.
Fonte: Agência Brasil
23/10/2023 -
Justiça do Trabalho lança Programa de Enfrentamento
ao Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas e Proteção
ao Trabalho do Migrante
A ação faz parte da Política Judiciária Nacional
de Trabalho Decente
Complementando as ações previstas na Política
Judiciária Nacional de Trabalho Decente, instituída
em agosto de 2023, a Justiça do Trabalho lançou, na
quarta-feira (18), o Programa de Enfrentamento ao
Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e de
Proteção ao Trabalho do Migrante. O objetivo é
desenvolver ações permanentes para a erradicação do
trabalho escravo e do tráfico de pessoas e para a
proteção do trabalho de migrantes.
Dignidade humana
Na cerimônia de lançamento, o presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Lelio Bentes
Corrêa, destacou que ainda hoje há decisões
judiciais que naturalizam condições de trabalho
degradantes, como a falta de instalações sanitárias
dignas, especialmente no trabalho rural, sob o
argumento de que se trata de questões culturais.
Segundo ele, com esse programa, a Justiça do
Trabalho reitera seu papel de garantidora da
cidadania e do trabalho decente, com ações concretas
e eficazes.
Ministros Cláudio Brandão, Lelio Bentes e Augusto
César“Ao estado brasileiro, que historicamente vem
investindo no sequestro, no tráfico, na escravização
e no genocídio da população negra, cabe a formulação
urgente e prioritária de políticas públicas eficazes
de reparação, garantindo efetivamente cidadania e
trabalho decente para essas pessoas., defendeu.
Cidadania
O ministro Augusto César, coordenador do programa,
comentou que a escravidão contemporânea, “antítese
da justiça social”, e o tráfico de pessoas estão
entre as mais graves violações à dignidade humana.
“As vítimas preferenciais dessas violências são
pessoas em condições de extrema vulnerabilidade,
como é o caso da população migrante, a quem se impõe
o constante desafio de acesso ao trabalho decente”,
observou. “O programa que hoje lançamos une esforços
a outras iniciativas já existentes e constituirá um
marco para a consolidação do direito ao trabalho
digno para todas as pessoas.
Princípios
As ações do programa “Enfrentamento ao Trabalho
Escravo, ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao
Trabalho do Migrante” serão orientadas pelos
seguintes princípios, entre outros:
- igualdade de tratamento e soluções dialogadas para
os conflitos no trabalho;
- respeito à diversidade;
- garantia de um ambiente de trabalho sadio e seguro;
- progressividade dos direitos sociais.
Resgates
Segundo dados do Observatório da Erradicação do
Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas no Brasil,
entre 2015 e 2022, 57.772 pessoas foram resgatadas
de condições de trabalho análogas à escravidão no
Brasil, o que representa uma média de 2.063 pessoas
por ano.
A maior parte das vítimas são homens com idade entre
18 e 29 anos, e o Estado do Pará é a unidade da
federação que apresenta a situação mais grave, com
13.384 vítimas, o que representa 23% de todas as
pessoas resgatadas no país.
Fonte: TST
23/10/2023 -
STF torna obrigatória tarifa de transporte gratuita
durante eleições
O STF (Supremo Tribunal Federal), tornou
obrigatória a oferta de transporte público gratuito
durante as eleições. A medida foi aprovada, na
quarta-feira (18), por unanimidade, e passa a valer
já para o pleito de 2024. No portal iG
A decisão contempla o primeiro e o segundo turnos
das eleições e a discussão sobre o assunto ocorria
no Judiciário desde o ano passado, a partir de ação
movida pela Rede Sustentabilidade, que pedia que o
transporte público fosse oferecido gratuitamente nos
dias de votação.
A proposta visa contribuir para a participação de
eleitores de baixa renda, que deixam de comparecer
às zonas eleitorais por não ter como pagar as
passagens.
Pelo voto do ministro-relator, Luís Roberto Barroso,
o transporte público gratuito deve ser oferecido em
nível municipal, intermunicipal e metropolitano em
todos os modais disponíveis, com a mesma frequência
praticada durante os dias úteis.
Sem política pública
Ainda no entendimento do ministro da Corte Suprema, há
“omissão institucional” do Legislativo sobre o tema,
por não existir atualmente política pública de
gratuidade durante as eleições.
Enquanto o Congresso não aprovar projeto de lei
sobre o tema, os termos de obrigatoriedade definidos
pelo STF seguem em vigor. Como não foi definido
prazo para os parlamentares elaborarem essa
proposta, caso, ficará a cargo do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) regulamentar o tema.
Prefeitos e governadores já devem incluir os gastos
públicos com o benefício ao discutir as respectivas
leis orçamentárias, independentemente da existência
de lei sobre o tema.
Fonte: Diap
23/10/2023 -
Comissão aprova projeto que prevê aplicação rápida
de medidas protetivas de natureza cível para a
mulher
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
5609/19, do Senado, que procura tornar mais rápidas
as ações judiciais de natureza cível para proteção
da mulher vítima de violência.
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ),
recomendou a aprovação. “Cabe salientar que o
acréscimo de recursos disponíveis para a proteção da
vítima em situação de perigo não implica prejulgar o
acusado”, explicou a relatora.
A proposta altera a Lei Maria da Penha (11.340/06).
Com isso, medidas protetivas de urgência de natureza
cível, inclusive as de prestação de alimentos, serão
título executivo judicial de pleno direito e
dispensarão a ação principal.
Segundo o ex-senador Fernando Bezerra Coelho (PE),
autor da proposta, o ajuste na norma é necessário
para que o juiz possa aplicar a lei processual
vigente e adotar as providências necessárias,
garantindo a eficácia das medidas protetivas.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
23/10/2023 -
CAS aprova projeto que concede PIS a empregado
doméstico
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou o
projeto de lei complementar (PLP 147/2023), que
concede abono salarial do Programa de Integração
Social (PIS) a empregados domésticos. Sugerida pelo
Instituto Doméstica Legal (SUG 4/2023) e relatada
pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a proposta seguiu
para exame da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Fonte: Agência Senado
23/10/2023 -
Inelegível, Bolsonaro prepara novos membros do clã
para disputa eleitoral
Com três dos seus cinco filhos na política, Jair
Bolsonaro vai tentar expandir a presença de seu
sobrenome
Com três dos seus cinco filhos na política, Jair
Bolsonaro vai tentar expandir a presença de seu
sobrenome nos Legislativos do país: ele trabalha
para lançar mais integrantes da família em disputas
eleitorais nos próximos anos. De acordo com
reportagem da jornalista Gabriela Saboia, no O
Globo, “a estratégia tem como objetivo manter o clã
em evidência mesmo diante da condenação que o tornou
inelegível, o que o impede de concorrer até 2030.
Um dos nomes que deve aparecer nas urnas eletrônicas
pela primeira vez no ano que vem é o de Jair Renan
Bolsonaro, segundo filho mais novo. Aos 25 anos, ele
vem sendo preparado pelo pai para disputar uma vaga
de vereador em Balneário Camboriú (SC), cidade onde
passou a morar desde que ganhou um cargo no gabinete
do senador Jorge Seif (PL-SC), ex-secretário de
Pesca do governo passado”.
“Outra figura que se prepara para buscar uma vaga no
Legislativo é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro,
que deve tentar uma cadeira no Senado pelo Distrito
Federal em 2026. Após ganhar um cargo no PL Mulher,
Michelle tem percorrido o país em eventos nos quais
defende uma maior participação feminina na
política”, acrescenta a jornalista.
Fonte: Brasil247
20/10/2023 -
Paim vai tentar acordo para aprovar projeto sobre a
contribuição assistencial
Senador Paulo Paim é o relator do projeto na
Comissão de Assuntos Sociais. O tema, que enfrenta
resistência no Congresso, nada tem a ver com o
imposto sindical, extinto em 2017
O projeto sobre a contribuição assistencial (ou
negocial) para entidades sindicais tem como relator
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado um
especialista no tema. Paulo Paim (PT-RS) já adiantou
que vai buscar um texto de consenso, ouvindo
representantes dos trabalhadores e dos empregadores.
Segundo observadores, é a melhor alternativa para
tentar garantir uma fonte de custeio.
É um tema ao mesmo tempo crucial para as entidades e
que enfrenta resistência no Congresso, com viés
antissindical. Especialmente na figura do senador
Rogério Marinho (PL-RN), relator do Projeto de Lei
2.099 na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Marinho também foi o relator da “reforma”
trabalhista de 2017, que está na origem do problema.
O projeto que resultou na Lei 13.467 extinguiu o
imposto sindical, mas não ofereceu alternativas de
financiamento para as representações.
STF considerou constitucional a cobrança da
contibuição assistencial
A história se repete. O parecer de Marinho na CAE veda
repasse, aos sindicatos, da chamada contribuição
assistencial ou negocial. Foi uma resposta quase
imediata à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
que considerou constitucional a cobrança para
trabalhadores não associados.
Mas a contribuição assistencial nada tem a ver com o
antigo imposto sindical, extinto em 2017. Esse
equivalia a um dia do salário do trabalhador,
cobrado uma vez por ano. Também era cobrado no setor
patronal, com base no capital social. Já a
assistencial (ou negocial) deve ser aprovada em
assembleia, garantido o direito de oposição para
quem não quiser contribuir. Os sindicatos lembram
que os acordos coletivos são válidos para toda a
categoria, sendo sócios ou não. Por isso, todos
deveriam contribuir para a manutenção das entidades
representativas. Seis centrais também criaram um
sistema de autorregulação sobre o tema.
Equilíbrio na relação de trabalho
Para Paim, o fortalecimento dos sindicatos é bom,
inclusive, para a economia. Além disso, é preciso
haver equilíbrio nas relações de trabalho. “Podemos
chamar de contribuição negocial ou assistencial, mas
definitivamente não somos a favor do imposto
sindical. Mas ao mesmo tempo não dá para as
entidades não terem nenhuma forma de manter suas
estruturas, para que possam ser boas negociadoras. E
o diálogo que defendemos não é só com os empregados,
é com empregados e empregadores”, afirmou
recentemente.
O texto tem caráter terminativo. Ou seja, caso
aprovado na CAS – e não houver contestação – não
passará pelo plenário do Senado e seguirá direto
para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/10/2023 -
Nova Central debate defesa do Sistema Confederativo
em reunião do FST
Nesta quarta-feira (18), o Fórum Sindical dos
Trabalhadores ( FST) realizou na sede da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
(CNTC), em Brasília, reunião para alinhar os rumos e
a atuação do FST em defesa do Sistema Confederativo.
Participaram da reunião presidentes e representantes
das seguintes Confederações: CNTC, CNTI, CONTRATUH,
CNTTT, CNTA, CNTEEC, CONACATE, CONTTMAF, CONTRICOM,
CNPL. Além da participação dos dirigentes
confederativos, o encontro contou com a participação
do presidente da Nova Central Sindical, Moacyr
Auersvald, do analista político e sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política, André Santos, e do
assessor jurídico da Nova Central, Dr. Cristiano
Meira.
O coordenador-nacional do FST, Lourival Figueiredo,
diretor-secretário geral da CNTC e presidente da
Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do
Comércio do Estado de São Paulo (FEAAC), ressaltou a
importância das Confederações no movimento sindical.
“O momento é de reconstrução. E nós queremos
participar das decisões importantes dentro do
movimento e nas causas ligadas à classe trabalhadora
no Congresso Nacional. Queremos construir um caminho
de diálogo com a convergência de ideias. E o Sistema
Confederativo precisa ter a sua autonomia
respeitada”, disse o coordenador do FST.
O presidente da NCST, Moacyr Auersvald, falou da
defesa do sistema pela entidade: "A Nova Central
acredita no FST, na sua história de luta, e no
Sistema Confederativo. E nós temos que criar uma
teia em defesa do que acreditamos. Nós ganhamos o
governo, mas preciso conquistar o Congresso, para
que se discuta as pautas do movimento".
O presidente da CNTC e deputado federal, Luiz Carlos
Motta (PL-SP), chegou no final da reunião e se
posicionou sobre a atuação do FST. “É muito
importante a unidade que tem no FST. Estou junto com
vocês ”, declarou.
Fonte: NCST
20/10/2023 -
Lupi diz que espera reduzir fila do INSS até o final
deste ano
Tempo de espera deve cair para 45 dias, conforme
a lei
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
nesta quarta (18), em São Paulo, que espera reduzir
a fila de concessão de benefícios do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) até o final deste
ano. A expectativa do governo federal é que, até
dezembro, o tempo médio de espera por uma perícia
médica caia para 45 dias, conforme é previsto em
lei.
“Acredito que, até o final do ano, vamos ter a fila
para os 45 dias da lei. A lei permite até 45 dias. E
no ano que vem, espero viver um outro patamar para
melhorar ainda mais esse serviço”, disse Lupi a
jornalistas, após falar no 44º Congresso Brasileiro
de Previdência Privada (CBPP), que acontece até o
dia 20 de outubro no Transamerica Expo Center, na
capital paulista.
Segundo o ministro, isso será possível porque o
ministério vem adotando uma série de medidas para
reduzir as filas, entre elas o Programa de
Enfrentamento da Fila (PEF), a inauguração de novas
agências e também a melhoria da plataforma Meu INSS.
“Nós também estamos tomando medidas que são
permanentes como o Atestmed, que já está aberto em
todas as agências da Previdência Social”, disse o
ministro.
A plataforma Atestemed foi criada para que segurados
do INSS que precisam solicitar o benefício por
incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
façam o requerimento por meio de análise documental
(Atestmed), sem precisar passar pela perícia médica.
A jornalistas, o diretor-presidente da Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp), Jarbas Antônio de Biagi,
disse que a entidade pretende aproveitar a visita do
ministro ao Congresso para conversar sobre algumas
demandas do setor. “Temos tido um diálogo muito
direto com o Ministério da Previdência. Então temos
demandas como a inscrição automática, a revisão das
regras de investimentos e a liberdade das entidades
dos fundos de pensão poderem fazer investimento em
fomento”, disse.
De acordo com Biagi, o setor também tem demandas
referentes à questão tributária, que pretende
encaminhar ao governo federal.
“Temos uma pauta muito forte junto ao Ministério da
Previdência, mas temos também uma pauta muito forte
em relação à questão tributária. Temos projetos que
visam incentivar o trabalhador a poupar. Não se
trata de renúncia, mas simplesmente de um
diferimento para quando ele for receber o benefício,
ele paga o tributo. Temos então uma pauta de sete
projetos de lei na parte tributária. Nessa parte de
benefícios, temos simplificação, desoneração dos
fundos, transparência. Temos feito as demandas junto
ao ministério e temos sido bem atendidos. Sentimos
que o ministro tem trabalhado no fortalecimento da
Previdência Privada Fechada”.
Em vídeo exibido durante o Congresso, o
vice-presidente da República, Geraldo Alckmin falou
que o setor é “importantíssimo para a alavancagem da
economia brasileira”. “O setor incentiva a poupança
de longo prazo dos trabalhadores e contribui para o
crescimento do mercado de capitais fornecendo
capital para as empresas e projetos que impulsionam
a economia. É um setor que deve ser incentivado com
fomento ao patrocínio institucional e tratamento
tributário adequado”, afirmou Alckmin.
Fonte: Agência Brasil
20/10/2023 -
TSE rejeita, por unanimidade, segunda ação de
Bolsonaro contra Lula e Alckmin
Mais cedo, o Tribunal negou outro pedido do
ex-ocupante do Palácio do Planalto que buscava
declarar a inelegibilidade de Lula e Alckmin
Em decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) rejeitou nesta quinta-feira (19) a segunda
ação proposta contra o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A
ação, originada da campanha de Jair Bolsonaro,
apontava suposto uso indevido dos meios de
comunicação em 2 de outubro do ano passado.
Não é a primeira vez esta semana que o TSE descarta
alegações de Bolsonaro. Em uma decisão nesta quinta,
também tomada por unanimidade, o Tribunal negou
outro pedido do ex-ocupante do Palácio do Planalto
que buscava declarar a inelegibilidade de Lula e
Alckmin por suposta irregularidade no uso de links
patrocinados no Google Ads durante a campanha
eleitoral de 2022.
As decisões vêm após um histórico recente de
enfrentamentos no TSE envolvendo Bolsonaro. Nesta, o
Tribunal decidiu afastar três novas condenações
contra Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, ambas
relacionadas a abusos de poder político nas eleições
de 2022. Além disso, em 30 de junho, o TSE, por 5
votos a 2, determinou que Bolsonaro ficará
inelegível por um período de 8 anos, a contar de
2022, por abuso de poder político e uso indevido dos
meios de comunicação.
Fonte: Brasil247
20/10/2023 -
CNI diz que demanda baixa, carga tributária e juros
continuam como os maiores problemas da indústria
Pesquisa, no entanto, mostrou crescimento com
preocupações mais operacionais, como competição e
qualificação de mão de obra
Os principais problemas enfrentados pela indústria
continuam sendo a demanda interna insuficiente, a
elevada carga tributária e as taxas de juros altas
(25,3%). É o que mostra Sondagem Industrial da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) com dados
do terceiro trimestre e divulgada nesta quinta-feira
(19).
Segundo a entidade, é normal que esses fatores sejam
citados como os de maior impacto na atividade
industrial. A novidade é que, no trimestre, houve um
recuo de até seis pontos porcentuais nas citações
quando comparado com o segundo trimestre do ano.
A demanda interna insuficiente foi apontada por
33,9% das empresas entrevistadas, um recuo de 3,1
ponto porcentual em relação ao trimestre anterior.
O segundo problema mais reportado pelos empresários
industriais foi a alta carga tributária, com 32,6%.
Entre o segundo e o terceiro trimestre, no entanto,
esse porcentual teve um recuo de 1,1 p.p nos
apontamentos.
Em terceiro lugar nas assinalações, as elevadas
taxas de juros, com 25,3%, uma queda de 6 pontos
porcentuais ante o trimestre anterior. A CNI atribui
essa melhora no indicador ao ciclo de cortes na
Selic, iniciado em agosto deste ano.
Por outro lado, os porcentuais de outros entraves
elencados pelos empresários industriais tiveram
aumento, como a competição desleal (alta de 1 p.p,
para 16,5%) e falta ou alto custo de trabalhador
qualificado (alta de 0,5 p.p, para 16,1%).
“Na pesquisa, é solicitado que o empresário marque
até três itens que constituíram problemas reais para
a empresa e, com isso, esses outros dois figuraram
ali na quarta e quinta posição”, explica o gerente
de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
A Sondagem foi realizada entre os dias 2 e 13 de
outubro, sendo entrevistadas cerca de 1.700 empresas
de pequeno, médio e grande porte.
Fonte: InfoMoney
20/10/2023 -
Comissão discute mudanças trabalhistas propostas em
texto que atualiza Estatuto da Microempresa
A Subcomissão de Apoio e Desenvolvimento das Micro e
Pequenas Empresas debate na próxima terça-feira (24)
as questões trabalhistas que envolvem o projeto e
atualiza o Estatuto da Micro e Pequena Empresa (PLP
125/23).
O debate foi solicitado pelo deputado Jorge Goetten
(PL-SC), presidente da subcomissão, que é vinculada
à Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da
Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/23, prevê,
entre outros pontos, a ampliação de acesso dos
pequenos negócios no Simples Nacional e faz ajustes
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre
horas extras e compensação de jornada.
A audiência será realizada a partir das 15h30, no
plenário 5.
Fonte: Agência Câmara
19/10/2023 -
A contribuição assistencial e os oportunistas de
plantão
O custeio sindical tem sido um tema frequente na
imprensa e nas mídias sociais, depois que os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram
o ARE 1018459 ED, em que se discute a
constitucionalidade da chamada contribuição
assistencial.
Em 2014, quando ainda existia a contribuição
sindical compulsória descontada de cada trabalhador,
no importe de 1/30 da remuneração dos meses de março
de cada ano e recolhida aos cofres sindicais, o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) fez bem em
editar o Precedente Normativo n.º 119, sobre as
contribuições, com o seguinte teor: “A Constituição
da República, em seus artigos 5.º, XX, e 8.º, V,
assegura o direito de livre associação e
sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de
liberdade cláusula constante de acordo, convenção
coletiva ou sentença normativa estabelecendo
contribuição em favor de entidade sindical a título
de taxa para custeio do sistema confederativo,
assistencial, revigoramento ou fortalecimento
sindical e outras da mesma espécie, obrigando
trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as
estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se
passíveis de devolução os valores irregularmente
descontados”.
Pouco tempo depois, em 2015, na mesma esteira de
entendimento do TST, o STF publicou a súmula
vinculante n.º 40, dispondo que “a contribuição
confederativa de que trata o art. 8.º, IV, da
Constituição federal só é exigível dos filiados ao
sindicato respectivo”.
Dessa forma fechavam-se as portas para a arrecadação
sindical segura por meio de outra fonte que não
fosse a então vigente contribuição sindical.
Entretanto, em 2017 entrou em vigor a abrangente
reforma trabalhista, que também alterou algumas
regras quanto à organização sindical brasileira, e,
entre elas, determinou o fim da obrigatoriedade da
contribuição sindical prevista no art. 578 e
seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Desse modo, após a reforma trabalhista, abruptamente
a arrecadação sindical passou a ser menor a cada
ano. Em 2017 (último ano do pagamento obrigatório),
a arrecadação foi de R$ 3,05 bilhões, enquanto em
2020 foram arrecadados R$ 76,8 milhões e, em 2021, o
valor caiu para R$ 65,5 milhões (montante 97,5%
menor do que em 2017). As entidades sindicais
patronais também tiveram queda na arrecadação, no
importe de 94%, passando de R$ 812,7 milhões, em
2017, para R$ 44,05 milhões, em 2021 (conforme dados
do Ministério do Trabalho).
Neste cenário, com a impossibilidade de
implementação do custeio sindical por decisão
assemblear em razão da jurisprudência das Cortes
Superiores e o fim da contribuição sindical
obrigatória promovido pela reforma trabalhista,
houve uma evidente asfixia financeira das entidades
sindicais.
Ocorre que uma ação em trâmite desde 2012 no
Judiciário trabalhista – em que se pede a declaração
de constitucionalidade da contribuição assistencial
prevista no art. 513, e da CLT – chegou ao STF (ARE
1018459) e o ministro Luís Roberto Barroso alterou o
curso do rio que corria no sentido da jurisprudência
supracitada.
Em seu voto, que foi acompanhado por 10 dos 11
ministros, Barroso argumentou que, “com a alteração
legislativa, os sindicatos perderam a sua principal
fonte de custeio. Caso mantido o entendimento de que
a contribuição assistencial também não pode ser
cobrada dos trabalhadores não filiados, o
financiamento da atividade sindical será prejudicado
de maneira severa”, concluindo que, “portanto,
deve-se assegurar ao empregado o direito de se opor
ao pagamento da contribuição assistencial.
Convoca-se a assembleia com garantia de ampla
informação a respeito da cobrança e, na ocasião,
permite-se que o trabalhador se oponha àquele
pagamento”.
Ocorre que a audiência de julgamento virtual no STF,
encerrada em 11/9/2023, aguçou a fúria arrecadatória
de algumas entidades, que, de plano, insinuaram a
possibilidade de uma cobrança retroativa e a
estipulação de valores exorbitantes quanto à
contribuição. Ato contínuo, por meio de um Termo de
Autorregulação tornado público em 28/9/2023, as
centrais sindicais se posicionaram no sentido de
coibir essas eventuais atitudes afoitas e
desarrazoadas, alertando os seus filiados sobre a
cautela e a responsabilidade que deverão ter ao
tratar do tema.
Um dos casos que chegou à Central Força Sindical, e
nos parece até algo relacionado a crime, é que
enviam boletos e ameaçam a negativação do nome do
trabalhador, além de exigirem pagamentos via PIX.
Nestes casos, é necessária uma apuração para
verificar o que está por trás disso tudo e
responsabilizar os culpados.
É bem verdade que tais casos são exceções, mas o
estrago é sempre grande, pois esse tipo de notícia
se propaga nas mídias sociais em progressão
geométrica, enquanto os esclarecimentos corretos
seguem em progressão aritmética. O fato é que as
entidades sindicais, com base nesta nova decisão do
STF, deverão adotar procedimentos democráticos para
incentivar a participação dos trabalhadores nas
assembleias estendidas, que serão o fórum adequado,
enquanto órgão soberano das entidades sindicais para
a discussão do custeio sindical.
Assim, os sindicatos omissos quanto à negociação
coletiva e que não tenham nada para oferecer em
termos de reajustes e conquistas aos seus
representados dificilmente conseguirão aprovar
qualquer tipo de contribuição, se depender da
vontade desses trabalhadores desamparados; mas
aquele sindicato comprometido e atuante terá
subsídios para permanecer negociando condições mais
favoráveis para toda a categoria, incluídos aí os
não sindicalizados.
Publicado no jornal O Estado de São Paulo
César Augusto de Mello, advogado, assessor
jurídico da da Força Sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/10/2023 -
Denunciante de crime de empregador poderá ter
estabilidade, aprova CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (18) o projeto da senadora Augusta
Brito (PT-CE) que assegura uma estabilidade no
emprego de seis meses, ou o pagamento de uma
indenização a testemunhas, informantes e
colaboradores que denunciem crimes cometidos por
seus empregadores (PL 1.640/2023). O texto foi
aprovado com emenda do relator, senador Alessandro
Vieira (MDB-SE) e segue para análise da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ).
O PL 1.640/2023 garante que as denúncias de
empregados sejam feitas em segredo de justiça,
visando evitar retaliações. A estabilidade no
emprego ou o recebimento de indenização não impede a
adoção de outras medidas necessárias à proteção dos
denunciantes e testemunhas.
Na justificativa do projeto, Augusta Brito afirma
que a inspiração para o projeto partiu do caso de
fraudes corporativas envolvendo as Lojas Americanas.
Ela citou depoimento do ex-CEO das Americanas,
Sergio Rial, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
em março, quando o executivo sugeriu uma lei
possibilitando a empregados, de qualquer nível
hierárquico, uma proteção visando incentivá-los a
denunciarem crimes e fraudes de empregadores. Também
seguindo recomendações de Rial, o PL 1.640/2023
trata de provas e fatos para consubstanciar as
eventuais denúncias.
O relatório pela aprovação, de Alessandro Vieira (MDB-SE),
foi lido pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP).
Destaca que a criação de uma estabilidade provisória
de emprego para quem denunciar crimes, assim como
questões relativas ao sigilo das informações
prestadas, são medidas de "extrema relevância", ao
servirem como escudos contra retaliações, garantindo
que o trabalhador não seja demitido como represália.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
19/10/2023 -
CAE adia para próxima terça (24) votação do projeto
que desonera folha de pagamento
Os senadores da CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos) pediram mais tempo para analisar o
relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA),
contrário às modificações feitas pela Câmara no
projeto de desoneração da folha de pagamento de 17
setores da economia até 2027 (PL 334/23). O projeto
volta à pauta na próxima terça (24). Na Rádio Senado
O projeto (PL 334/23) que prorroga até 2027 a
desoneração da folha de pagamentos para 17 setores
da economia voltou ao Senado por causa de mudanças
feitas pela Câmara; entre elas, a diminuição da
contribuição previdenciária para todos os municípios
e não apenas para os de menor população, como
aprovaram os senadores.
Os deputados propuseram tabela progressiva para essa
redução, com alíquotas variando entre 8% e 18%,
conforme o PIB de cada cidade.
Retorno ao texto anterior
O relator, Angelo Coronel (PSD-BA), argumentou que a
alteração aumenta as alíquotas médias na maioria dos
municípios; e defendeu o retorno ao texto anterior,
com a redução da contribuição previdenciária de 20%
para 8% nos municípios com menos de 142 mil
habitantes:
“O que se vê hoje é quase R$ 100 bilhões de passivo
nos municípios para com a Previdência e todo ano tem
sempre 1 Refis, 1 Refis, 1 Refis; então, é melhor a
gente reduzir alíquota e os municípios passarem a
ser adimplentes do que continuar com uma alíquota
cavalar e a inadimplência dos municípios crescer a
cada dia.”
A votação do relatório na CAE foi adiada por pedido
de vista coletiva e o texto deve voltar à pauta na
próxima terça-feira (24). O autor, senador Efraim
Filho (União Brasil-PB), lembrou que o prazo da
desoneração termina em dezembro e defendeu a
aprovação do projeto sem as alterações feitas na
Câmara:
“Desoneração ampla e universal, atingindo todos os
setores da economia, esse é nosso sonho, esse é o
ideal, que talvez na segunda fase da Reforma
Tributária, isso será tratado. Nesse momento, a
única situação que é permitida do ponto de vista
constitucional é prorrogar o benefício que já
existe, inclusive existiu no governo anterior”,
disse o autor do projeto.
Conteúdo do projeto
A prorrogação da desoneração por mais 4 anos é
aguardada pela construção civil, pela indústria
têxtil e por outros setores que, juntos, empregam
quase 9 milhões de pessoas.
A política pública permite à essas empresas pagarem
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20% sobre a folha de salários. Se o projeto for
aprovado, sem modificações, esse poderá seguir
direto para a sanção presidencial. Caso contrário,
terá de passar por nova votação em plenário.
Fonte: Agência Senado
19/10/2023 -
Piso e Previdência – João Guilherme Vargas Netto
Ao longo de quase três séculos, paulatinamente, o
capitalismo vigente vem se globalizando, eliminando
ou incorporando formas anteriores de exploração do
trabalho humano, sofrendo crises sucessivas e
reorganizando a cada nova etapa as relações de
trabalho e as expressões coletivas dos
trabalhadores.
A cada desorganização seguia-se uma reorganização,
ritmo que foi perturbado na atualidade (desde o
desmantelamento da União Soviética), quando à
desorganização seguiu-se a continuidade da própria
desorganização, tornada possível pelos modernos
meios técnicos à disposição dos capitalistas.
Um exemplo dessa situação, aqui no Brasil e no resto
do mundo, são os trabalhadores por aplicativo, uma
forma descontrolada e abrangente de relações de
trabalho precarizadas, ao lado da terceirização, da
informalidade, do desemprego e das redes sociais de
“empreendedores”.
O ministro do Trabalho, empenhado numa cruzada
meritória de enfrentamento desta disfunção procura,
com a ajuda de um grupo de trabalho onde têm voz os
trabalhadores, as plataformas e as empresas,
apresenta um projeto de lei que garante um mínimo de
direitos e de cidadania neste setor.
A primeira grande dificuldade para uma solução mais
ampla decorre da própria heterogeneidade e
inexperiência dos trabalhadores (cujas
características e pretensões mereceriam a realização
de uma pesquisa qualitativa séria), que nos fazem
lembrar as observações de Marx no “18 Brumário”
sobre os camponeses franceses: “cujos indivíduos
vivem em situação idêntica sem que, no entanto,
existam entre eles muitas relações”… “da mesma forma
como as batatas de um saco formam um saco de
batatas”.
Para enfrentar o problema o ministro propõe um plano
mínimo, baseado em dois “pês” – Piso e Previdência
(um piso com salário mínimo por hora escalonado e
contribuição previdenciária das empresas e dos
trabalhadores) – o eixo de uma regulamentação
possível que deve ser apoiada pelo movimento
sindical dos trabalhadores.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
18/10/2023 -
Barroso adia julgamento sobre correção do FGTS após
pedido do governo
Decisão foi tomada após encontro do presidente do
STF com ministro Haddad e demais representantes
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís
Roberto Barroso, remarcou o julgamento sobre
correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (16) pelo
ministros após um pedido feito pelo governo.
Inicialmente o julgamento ocorreria na quarta-feira
(18), mas foi adiado para 8 de novembro.
O julgamento é sobre uma ação que trata do uso da
Taxa Referencial (TR) para correção dos saldos do
FGTS.
Barroso se encontrou no final desta tarde com o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debater o
processo que trata da correção das contas do FGTS no
final da tarde desta segunda, no Conselho Nacional
de Justiça (CNJ).
Além de Haddad, participaram da reunião os ministros
Jorge Messias (Advogado-Geral da União), Jader Filho
(Cidades) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) — e a
presidente da Caixa, Rita Serrano, além de outros
técnicos do banco.
O governo federal apresentou na reunião
“preocupações de natureza fiscal e social a respeito
do julgamento sobre a correção do FGTS”.
Em nota, o ministro reiterou sua posição de que
considera os pontos importantes, mas que vê como
“injusto o financiamento habitacional ser feito por
via da remuneração do FGTS do trabalhador abaixo dos
índices da caderneta de poupança.”
“As partes acordaram em ter mais uma rodada de
conversas em busca de uma solução que compatibilize
os interesses em jogo”, diz o texto.
A Corte começou a analisar o tema em abril. Um
pedido de vista do ministro Kássio Nunes Marques
interrompeu o julgamento na ocasião.
Até o momento, há dois votos a favor de alterar o
cálculo de correção do fundo, para que não seja
inferior ao rendimento da poupança. Um é do relator
do processo, Roberto Barroso, e o outro é do
ministro André Mendonça.
Com a nova data de julgamento, o governo fica também
responsável por apresentar novos cálculos em busca
de uma solução que será levada pelo presidente aos
demais ministros do STF.
Fonte: CNN Brasil
18/10/2023 -
MTE e OIT discutem agenda do Trabalho Decente
Luiz Marinho recebeu diretor da OIT no Brasil
para tratar sobre o tema, uma das prioridades do
Novo Marco de Cooperação que guiará parceria
Brasil-ONU até 2027
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
recebeu nesta segunda-feira (16) em seu gabinete o
diretor do escritório da Organização Internacional
do Trabalho no Brasil, Vinícius Pinheiro. Na
audiência, trataram da agenda do trabalho decente,
uma das principais prioridades do Ministério e da
Organização Internacional.
O diretor da OIT ressaltou no encontro o Novo Marco
de Cooperação Brasil-ONU 2023-2027, assinado em
agosto último quando da visita da
vice-secretária-geral da ONU, Amina J. Mohammed, ao
país. O Marco de Cooperação das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (UNSDCF) guiará a
parceria Brasil-ONU até 2027, sendo. o principal
documento de planejamento, implementação e
monitoramento das ações do Sistema ONU no país,
tendo como referência o Plano Plurianual e a
Estratégia Federal de Desenvolvimento 2020-2031,
possibilitando que a contribuição do sistema ONU ao
Brasil se dê de forma complementar e objetiva aos
esforços nacionais para os grandes temas de
desenvolvimento do país.
O novo Marco definiu 5 eixos temáticos:
Transformação Econômica para o Desenvolvimento
Sustentável, Inclusão Social para o Desenvolvimento
Sustentável, Meio Ambiente e Mudança do Clima para o
Desenvolvimento Sustentável, Governança e
Capacidades Institucionais e Relação das Ações
Humanitárias e de Desenvolvimento Sustentável.
O ministro defendeu que é preciso “respeitar a
lógica do trabalho decente” em todas as contratações
e políticas direcionadas aos trabalhadores,
destacando os esforços do Ministério nesse quesito,
como nas políticas de combate ao trabalho análogo à
escravidão e infantil e também nos vários GTs que o
ministério tem criado, tendo o trabalho decente como
premissa inegociável.
Foi acordado na audiência a definição de um programa
de trabalho entre o MTE e a OIT, tendo como
prioridade a agenda do trabalho decente, já
definindo um processo de entendimento com bancadas e
atores sociais, com participação de entidades de
trabalhadores e empregadores.
Fonte: MTE
18/10/2023 -
“Vai abrir mão dos benefícios?”, diz Marinho sobre
oposição à contribuição sindical
O ministro Marinho ressalta que os debates em
torno da contribuição assistencial a sindicatos não
cogitam a volta do imposto sindical
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
disse no último dia 9, em audiência no Senado que os
debates em torno da contribuição assistencial a
sindicatos buscam compensar injustiças cometidas
contra entidades representativas de trabalhadores na
Reforma Trabalhista de 2017.
Todos os trabalhadores – associados ou não – se
beneficiam das conquistas dos sindicatos das
categorias, logo deveriam contribuir com o custeio
da estrutura sindical, argumenta Marinho.
“No Brasil, um acordo fechado vale para
trabalhadores associados e não associados. Não é
justo que os não associados, como chupim, participem
do resultado e não tenham nenhuma contribuição”,
afirmou o ministro.
Ele ressaltou novamente que a discussão não se trata
da “volta do imposto sindical” e quem diz isso é
“bolsominion” na tentativa de jogar a sociedade
contra os sindicatos.
De acordo com o que explicou o ministro, nem sequer
há reivindicação da volta do imposto por parte de
ninguém, nem das centrais sindicais, nem do governo.
“Não existe esse debate (da volta do imposto
sindical), não tem nem a reivindicação desse debate.
Quem fala isso são os ‘bolsominion’ da vida”,
afirmou. “Existe o debate sobre como criar um
mecanismo em que os sindicatos possam estar
autorizados a, além da mensalidade, ter outra fonte
vinculada à negociação coletiva, vinculada a uma
prestação de serviço. Se tiver uma prestação
efetiva, por parte de sindicatos de empregadores e
trabalhadores, há a possibilidade de ter a
contribuição”, afirmou.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que a cobrança da
contribuição assistencial é constitucional, contanto
que se assegure o direito à oposição.
Marinho e as centrais defendem que a oposição seja
feita em assembleia, como acontece nas assembleias
de condomínio, em que a proposta vencedora vale para
todos os condôminos, já que todos vão usufruir, por
exemplo, de uma melhoria aprovada.
O “pai” da reforma trabalhista, o senador
bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), relatou um
projeto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) do Senado que permite que o trabalhador
oponha-se à pagar a contribuição sindical cobrada
devido a um benefício conquista por “meio
eletrônico”, mas continuará usufruindo do benefício
financiado pelos contribuintes.
“Numa organização coletiva se decide coletivamente.
Não tem decisão individual”, disse o ministro na
audiência. “O povo da extrema direita que fica
dizendo: ‘ah não pode, tem de ter o direito, ele
pode comunicar por ‘zap’ que não vai pagar’. Como
comunicar por ‘zap’ que não vai pagar? Uma
organização coletiva não tem decisão individual e o
sindicato é uma organização coletiva. Ele
[trabalhador] abre mão do aumento salarial
negociado? Das cláusulas sociais? Das garantias que
a negociação trouxe?”
Luiz Marinho lembrou ainda das entidades patronais,
que conseguiram se manter fortes devido ao valor que
é obrigatoriamente pago pelas empresas ao Sistema S,
enquanto os sindicatos dos trabalhadores não contam
com qualquer recurso do tipo, embora o valor
repassado ao Sistema S venha da folha de pagamento
dos trabalhadores.
“As empresas podem se recusar a pagar a contribuição
do Sistema S? Vamos abrir essa possibilidade? Se
vale para um, vale para outro”, argumentou.
Na última sexta-feira (6), em sua participação na
plenária da CSB em São Paulo, o ministro do Trabalho
também falou sobre a contribuição sindical.
Ele explicou que o objetivo do governo é que os
sindicatos dos dois lados – patronal e trabalhadores
– sejam fortes e possam negociar com equilíbrio.
Porém, “não existe sindicato forte cambaleando nas
finanças”, disse.
“O que o Congresso fez [na reforma trabalhista] foi
desmontar os sindicatos de trabalhadores, mas não
mexeu uma virgula em relação aos dos empregadores,
portanto eles continuam fortes. É preciso ter
equilíbrio”, afirmou.
Ele deu o exemplo da Marcha das Margaridas,
realizada em agosto deste ano em Brasília.
Na ocasião mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil
foram até a capital federal reivindicar seus
direitos.
“Os seus sindicatos custearam grande parte da
mobilização.”
A presidente da CSB Mulher e do Sisipsemg, Antonieta
de Faria, participou do evento.
“Alguém se perguntou quanto custou a Marcha das
Margaridas? Quem pagou? Foram os sindicatos!
Sindicatos do Brasil todo que criaram as condições
para aquelas 100 mil mulheres irem lá dizer: nós
queremos ser ouvidas, nós queremos mais direitos. É
pra isso que precisa de sindicato forte. Para que se
possa custear quantas marchas forem necessárias para
todos reivindicarem seus direitos, para dizer ao
empresariado de que é necessário criar melhores
condições de vida e no ambiente de trabalho. Ou nós
estamos numa maravilha?”
Informações da CSB
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/10/2023 -
STF vai discutir contribuição previdenciária de
empregada sobre salário-maternidade
O Supremo Tribunal Federal vai discutir a
constitucionalidade da incidência de contribuição
previdenciária a cargo da empregada sobre o
salário-maternidade pago pela Previdência Social. A
matéria, tratada em Recurso Extraordinário, teve
repercussão geral reconhecida por unanimidade pela
Corte (Tema 1.274).
Inicialmente, a 1ª Vara Federal de Jaraguá do Sul
(SC) julgou o pedido da contribuinte improcedente,
por entender que o caso era distinto do tratado pelo
STF no RE 576.967, em que foi declarada
inconstitucional a cobrança da contribuição
previdenciária patronal sobre o salário-maternidade
(Tema 72).
Essa decisão, porém, foi modificada pela 3ª Turma
Recursal Federal em Santa Catarina em favor da
contribuinte e contra a União, que foi condenada a
restituir os valores recolhidos.
No RE apresentado ao Supremo, a União argumenta,
entre outros pontos, que os ganhos dos empregados
devem ser incluídos na base de cálculo das
contribuições previdenciárias. Também sustenta que,
ao se desonerar a empregada da contribuição
previdenciária sobre o salário-maternidade, esse
tempo deixará de contar para fins de aposentadoria.
Repercussão geral
Ao se manifestar pela repercussão geral, a relatora,
ministra Rosa Weber (aposentada), considerou que o
caso tem acentuada repercussão jurídica, social e
econômica, e lembrou que há pelo menos 83 processos
no Supremo sobre o tema.
Ela explicou que a matéria envolve o custeio da
seguridade social, o equilíbrio atuarial e
financeiro do fundo previdenciário e a
compatibilidade da contribuição previdenciária a
cargo da empregada com o entendimento firmado pelo
STF em precedente vinculante. Ainda não há data para
o julgamento de mérito do recurso. Com informações
da assessoria de imprensa do Supremo Tribunal
Federal.
RE 1.455.643
Fonte: Consultor Jurídico
17/10/2023 -
Panorama
sindical brasileiro
O sindicalismo volta à pauta dos debates
públicos, a partir das questões que tratam da
negociação coletiva, do custeio e das suas
iniciativas e lutas. Também volta a ter destaque,
porque governos reconhecem o papel dos sindicatos na
organização das sociedades, em especial, na
repartição do produto econômico do trabalho de todos
entre lucros e salários e em defesa e sustentação
das democracias.
Clemente Ganz Lúcio*
Os ataques à ação sindical dos trabalhadores são
persistentes, intensos e as práticas antissindicais
são contínuas. Nenhuma novidade em relação aos 2
últimos séculos de enfrentamentos. Nesse ambiente
repleto de adversidades, os sindicatos brasileiros
não deixaram a peteca cair.
Nos últimos anos enfrentaram as agruras que agora
procuram superar. Por exemplo, os sindicatos
continuam celebrando anualmente mais de 40 mil
acordos e convenções coletivas de trabalho,
protegendo milhões de trabalhadores, sindicalizados
e não sindicalizados, conquistando aumento de
salário e melhoria nos benefícios — saúde,
alimentação, transporte, formação profissional —,
ampliando direitos e proteções à saúde e segurança,
entre outros temas.
As centrais sindicais atuam na agenda macro, como na
construção da política de valorização do salário
mínimo, na regulação do trabalho mediado por
plataformas e aplicativos, no projeto de valorização
da negociação coletiva.
A complexidade desse quadro é analisada no balanço
da trajetória recente do sindicalismo brasileiro e,
especialmente, nos apontamentos de iniciativas que
buscam enfrentar e superar os desafios decorrentes
das mudanças no mundo do trabalho, reunido na
publicação da FES Brasil - Friedrich Ebert Stiftung
- “Panorama do sindicalismo no Brasil 2015-2021”¹.
A pesquisa selecionou 27 experiências, 1 por estado
e no Distrito Federal, de diferentes categorias e
foi conduzida por timaço de pesquisadores do mundo
do trabalho².
O trabalho identifica o problema da fragmentação da
organização de representação e apresenta a evolução
da sindicalização entre os assalariados formais no
período de 2001 a 2019, com inúmeros recortes como:
sexo, região, setor, grupos educacionais, faixa
etária, raça/cor, tamanho do estabelecimento, entre
outros aspectos. Esses dados são muito interessantes
para contextualizar a interpretação da pesquisa
recém divulgada pelo IBGE³, que indicou queda na
taxa de sindicalização no Brasil, o que será objeto
de outro artigo.
O trabalho estrutura a análise das experiências
sindicais destacadas a partir de 4 dimensões
constitutivas das atribuições historicamente
desenvolvidas nas lutas dos trabalhadores e aquelas
decorrente dos processos de institucionalização dos
sindicatos:
1) considerando a capacidade desse sujeito coletivo
de expressar seu poder estrutural de organizar,
mobilizar, elaborar pautas e conduzir lutas;
2) poder associativo de filiação;
3) poder institucional, por meio das negociações
coletivas, representação e participação; e
4) pode social, ou seja, como vocaliza a questão do
trabalho na sociedade.
O balanço final indica o enfraquecimento do poder
estrutural em decorrência das profundas mudanças no
mundo do trabalho e na organização do sistema
produtivo, da flexibilização das formas de
contratação e os persistentes ataques às
organizações sindicais para desqualificá-la.
Cabe ressaltar os esforços e as iniciativas, diante
de toda a adversidade enfrentada, para responder aos
desafios e a busca por caminhos de superação. As
experiências destacadas no estudo procuram superar
as adversidades, nos mais variados contextos
setoriais, de categorias e políticas sindicais.
Segundo os autores, “para compensar as fragilidades
identificadas em seu poder estrutural, os esforços
das organizações pesquisadas se voltam para
investidas nos poderes associativos, social e
institucional, mobilizando capacidades de
intermediação, de relacionamento, de articulação e
de aprendizagem”.
Outras 3 estratégias são frequentes: novas formas de
comunicação e de trabalho com a base, o oferecimento
de serviços como jurídico, saúde, convênios, lazer e
o apoio das instituições públicas.
O estudo evidencia a necessidade de investimento
coletivo e articulado das organizações sindicais,
para compreender o contexto e as perspectivas das
mudanças no mundo do trabalho visando conceber e
criar formas de organização e de luta, atuar de
maneira articulada e cooperada, para fortalecer seu
poder estrutural de mobilizar e representar os
interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável) da
Presidência da República, membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004-2020).
¹
Publicação disponível em https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/19776-20221202.pdf
² Ana Paula Fregnani Colombi, Anderson Campos,
Andrea Galvão, Elaine Regina Aguiar Amorim, Flávia
Ferreira Ribeiro, Hugo Miguel Oliveira Rodrigues
Dias, José Dari Krein e Patrícia Vieira Trópia.
³ IBGE, in https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37913-taxa-de-sindicalizacao-cai-a-9-2-em-2022-menor-nivel-da-serie
Fonte: Diap
17/10/2023 -
Dieese publica “Dicionário sindical” para entender
as lides sindicais
Segundo o Dieese, a “publicação é uma
coletânea de 100 verbetes — definições e pequenos
comentários —, sobre alguns dos principais termos
técnicos utilizados por dirigentes sindicais,
militantes e assessores nas questões ligadas às
diversas dimensões do trabalho sindical.”
“Essas questões aparecem em várias situações: no
contato direto com os trabalhadores da base, no
trabalho de formação sindical, nas campanhas para
renovação de acordos e convenções coletivas de
trabalho, nas mesas de negociação propriamente
ditas, na imprensa sindical, nos processos judiciais
de que os sindicatos participam como representantes
dos trabalhadores — dissídios individuais e
coletivos na Justiça do Trabalho —, nas entrevistas
de dirigentes, ativistas e assessores sindicais à
imprensa etc.”
“Trata-se de versão ampliada e atualizada de
publicação antiga do Dieese, datada de 1986,
intitulada ‘Dicionário de Campanha Salarial’”.
“Esse título foi substituído na presente publicação,
para ‘Dicionário
da Atividade Sindical’, por ser mais amplo e
representativo da variada gama de atividades
desenvolvidas pelas entidades sindicais e também
porque não limita a ação sindical nas campanhas pela
renovação dos acordos e convenções coletivas de
trabalho às questões meramente salariais ou
econômicas, que, naquela época de elevadíssimas
taxas de inflação, praticamente definiam as
negociações coletivas.”
“Para facilitar a consulta, os verbetes estão
organizados por grandes grupos temáticos e também em
ordem alfabética”, conclui o Dieese, na apresentação
do dicionário.
Fonte: Diap
17/10/2023 -
Trabalhadores e Eletrobras fazem acordo sobre PDV,
com mediação da Justiça do Trabalho
Programa será reaberto por 30 dias, com limite
para 101 inscrições, depois de 1.475 adesões ao
plano que havia sido suspenso
Representantes dos trabalhadores e da Eletrobras
fecharam acordo relativo a um plano de demissões
voluntárias (PDV), após várias rodadas de negociação
no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O acordo foi
mediado e homologado pelo ministro Agra Belmonte. A
empresa foi privatizada em junho do ano passado.
De acordo com o TST, o plano será reaberto por 30
dias, nas mesmas condições oferecidas em julho, com
limite de inscrição para 101 funcionários. Quem
trabalha em atividades de operação e manutenção ou
no Centro de Serviços Compartilhados (CSC) serão
desligados a partir de 1º de janeiro de 2024.
Inscritos de outras áreas serão desligados de forma
escalonada, em outubro, novembro e dezembro deste
ano.
Com o acordo, ficou revogada liminar deferida pelo
próprio ministro em 1º de setembro. Na ocasião,
foram suspensos os processos de desligamento do
programa anterior. Assim, a empresa interrompeu as
demissões de funcionários que haviam aderido ao PDV,
mas que ainda não tinham feito as homologações.
Balanço divulgado anteriormente mostra que 353
rescisões realizadas em agosto e não homologadas
haviam sido suspensas. Nos dois meses anteriores,
saíram 87 funcionários. A adesão total ao PDV teria
sido de 1.475 trabalhadores. A Eletrobras fechou o
segundo semestre com 8.438 empregados, 19,7% a menos
do que em igual período de 2022.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/10/2023 -
STF volta a julgar correção do FGTS na quarta (18):
o que pode mudar?
Fundo é corrigido pela Taxa Referencial (TR) +3%,
mas ação argumenta que, desde 1999, índice não é
suficiente para repor poder aquisitivo dos
trabalhadores
Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), marcou para esta quarta-feira
(18) a retomada do julgamento sobre a revisão da
correção monetária dos valores do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS).
Nunes Marques havia pedido vista em abril. Até a
análise ser suspensa, o placar estava em 2 a 0 para
que a correção dos valores do fundo seja no mínimo
igual à da caderneta da poupança.
Atualmente, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial
(TR) +3%. O Solidariedade, que propôs a ação,
argumenta que desde 1999 esse índice não é
suficiente para repor o poder aquisitivo dos
trabalhadores.
Por isso, a legenda pede que a TR seja substituída
por um índice ligado à inflação, como o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A proposta contraria segurados do fundo, que
esperavam obter a correção retroativa. Mas agrada ao
governo, que alega um impacto de R$ 295 bilhões aos
cofres públicos se o Supremo determinar o pagamento
dos valores atualizados até 1999.
O que pode mudar?
Os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça já
votaram para que a remuneração do fundo não seja
inferior à da caderneta. Relator do processo,
Barroso afirmou em seu voto que a atual correção de
3% ao ano + Taxa Referencial (TR) não repõe a
inflação, mas defendeu que a decisão não seja
retroativa.
“Se a maioria dos ministros seguir a decisão do
relator, a mudança no cálculo só vai valer após o
julgamento, o que não afeta os valores recebidos até
então”, ressalta Solon Tepedino, advogado
trabalhista. Isso encerraria todos os processos que
tramitam no Judiciário pedindo a reposição das
perdas para a inflação — e evitaria um impacto de ao
menos R$ 661 bilhões aos cofres da União, segundo a
AGU (Advocacia-Geral da União).
Nunes Marques será o próximo a votar, seguido por
Cristiano Zanin.
Os votos de Barroso e Mendonça podem não alterar
significativamente o rendimento futuro do FGTS, pois
o fundo já superou a poupança entre 2018 e 2021. Em
2022 o rendimento da caderneta foi maior, mas o
conselho curador do FGTS ainda não distribuiu os
lucros do ano passado aos trabalhadores (o que deve
acontecer até agosto e vai aumentar a remuneração
dos cotistas).
“Prevalecendo o voto do ministro Barroso, neste
momento, não haverá nenhum impacto favorável ao
trabalhador, principalmente porque a expectativa é
de que a distribuição de lucros faça os ganhos do
FGTS superarem a poupança”, afirma o advogado Pedro
Abreu, sócio do escritório DC Associados.
Para Arthur Longo Ferreira, sócio da banca Henneberg,
Ferreira e Linard Advogados, “a depender das
variáveis (distribuição do lucro do FGTS
relativamente alta e remuneração da poupança baixa),
a decisão pode não mudar efetivamente para o
trabalhador em certos períodos no futuro”.
O advogado trabalhista Wagner Gusmão diz que, se
prevalecer o voto de Barroso, “o impacto dessa nova
interpretação, ainda que seja pequeno, representa
uma inegável melhora na correção das contas de FGTS
para o trabalhador”. Para Gusmão, o rendimento maior
da poupança (e a TR no patamar atual) “atenuarão a
perda que os trabalhadores atualmente sofrem
deixando seu dinheiro no fundo”.
Financiamento imobiliário
O julgamento do Supremo pode impactar também os
financiamentos imobiliários e o programa
habitacional Minha Casa, Minha Vida, além das
construtoras voltadas a clientes de baixa renda.
Análise do Bradesco BBI afirma que, “no pior
cenário”, a decisão do Supremo pode “destruir” o
FGTS e “muito provavelmente levaria à extinção do
programa”.
“O FGTS tem uma finalidade social, pois seus recursos
são aplicados pela Caixa Econômica Federal em
financiamentos imobiliários de longo prazo, pelo
Sistema Financeiro de Habitação (SFH)”, explica
Gusmão. “A finalidade é reduzir o déficit
habitacional brasileiro, por isso a legislação
previu uma correção tão baixa”.
Mas Barroso fez questão de destacar em seu voto que
a função social do FGTS não pode prejudicar os
trabalhadores, pois o fundo funciona como uma
“poupança forçada” e não tem liquidez.
*Com Estadão Conteúdo
Fonte: InfoMoney
17/10/2023 -
Com avanço no PIB, Brasil pode se tornar 9ª economia
mundial em 2023
Mesmo em meio a uma desaceleração no cenário
internacional, relatório do FMI projeta crescimento
de 3,1% no PIB brasileiro neste ano, acima da média
global
O Brasil pode sair da 11ª posição e alcançar a nona
entre as maiores economias do mundo ainda em 2023,
mesmo diante de um cenário de desaceleração global.
A previsão é do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entre os fatores apontados para a melhora no
desempenho estão o crescimento acima do esperado do
Produto Interno Bruto (PIB) e o câmbio mais
favorável, além de fatores internos, como o
desempenho da agricultura e do setor de serviços.
“No Brasil, o crescimento tem sido mais resiliente
do que o esperado em 2023”, diz relatório do FMI
divulgado há poucos dias. Em abril, o fundo previa
que esta posição só seria alcançada pelo país em
2024, a partir de um avanço de 0,9%. Em julho, a
previsão era de 2,1%.
Mas, com as novas projeções relativas ao crescimento
brasileiro, a expectativa mudou. Agora, o organismo
aponta para um avanço de 3,1%, de maneira que o PIB
deverá ficar em torno de US$ 2,127 trilhões,
desbancando o Canadá e tendo na sequência a Itália.
O percentual esperado para o Brasil está acima da
média global de 3% e próximo da expectativa de 3,2%
por parte do Ministério da Fazenda.
“A revisão em alta para 2023 desde julho reflete um
crescimento mais forte do que o esperado no Brasil,
impulsionado pela agricultura dinâmica e serviços
resilientes no primeiro semestre de 2023”, afirma o
FMI. Além disso, o relatório destaca que “o consumo
também se manteve forte, apoiado pelo estímulo
fiscal”.
O FMI também vê melhora no cenário brasileiro quanto
à inflação, saindo dos 9,3% registrados em 2022 para
4,7% neste ano. Para 2024, o índice pode ficar em
torno de 4,5%.
“A recente decisão do Brasil de adotar uma meta
contínua (em vez de ano-calendário) de inflação de
3% a partir de 2025 é um exemplo concreto de uma
melhoria na eficácia operacional e na estratégia de
comunicação, ajudando a reduzir a incerteza e a
aumentar a eficácia da política monetária”, diz o
FMI. O documento também cita a importância do início
do processo de redução dos juros no Brasil.
Outro aspecto positivo apontado pelo FMI diz
respeito ao desemprego, que deve ficar em 8,3% neste
ano, contra 9,3% em 2022 — para 2024, o percentual
deve ser de 8,2%.
A avaliação feita pelo FMI converge com análises de
outros organismos internacionais. Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto o
mundo registra desaceleração, o Brasil poderá
avançar 3,3% neste ano. No caso do Banco Mundial, o
percentual de crescimento esperado é bem mais
modesto, de 2,6% — ainda assim, é maior do que o
projetado para a América Latina e Caribe, em torno
de 2%.
Fonte: Portal Vermelho
16/10/2023 -
INPC registra alta de 0,11% em setembro
Resultado ficou abaixo do índice de agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação nacional da cesta de compras de
famílias com renda de até cinco salários mínimos,
avançou 0,11% em setembro. O resultado está abaixo
da variação registrada em agosto, quando ficou em
0,20%. No acumulado do ano, o indicador atingiu
2,91%. Nos últimos 12 meses, o índice soma alta de
4,51%, enquanto nos 12 meses imediatamente
anteriores tinha acumulado 4,06%. Em setembro de
2022, a taxa apresentou queda de 0,32%.
De acordo com o IBGE, que divulgou os dados do
indicador na quarta-feira (11), depois de recuarem
0,91% em agosto, os preços dos produtos alimentícios
caíram 0,74% em setembro. O movimento é contrário ao
dos preços dos produtos não alimentícios, que
tiveram alta de 0,38%, mas ainda assim, menor do que
no mês anterior, quando subiram 0,56%.
Regiões
Cinco áreas dos índices regionais apresentaram queda
em setembro. Goiânia teve o menor resultado
(-0,28%), em consequência da queda de 2,97% na
energia elétrica residencial. A maior variação ficou
com Rio Branco (0,53%), influenciada pela alta da
gasolina (3,60%).
INPC
As famílias com rendimentos de um a cinco salários
mínimos, que servem de base para o cálculo do INPC,
são residentes nas regiões metropolitanas de Belém,
Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto
Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de
Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e
Aracaju.
Fonte: Agência Brasil
16/10/2023 -
Moacyr chama sindicalistas para a luta
Na terça-feira (10), durante uma reunião de trabalho
da Contratuh, o presidente da Nova Central, Moacyr
Auersvald, apresentou uma série de considerações
sobre a dificuldade que o setor sindical está
enfrentando no momento, até mesmo dentro do próprio
setor, chamando a atenção de todos para a
sobrevivência do movimento sindical.
Moacyr historiou os últimos seis anos de
dificuldades e lembrou que com a eleição de Lula
mudou a situação sindical. Há mais diálogo, segundo
comentou. Lembrou que durante a campanha Lula
prometia trazer o projeto da Espanha, que
significava um “revogaço” de tudo de ruim que os
governos Temer e Bolsonaro proporcionaram para o
setor.
“Nesses seis anos, eles conseguiram colocar na
cabeça do trabalhador que o sindicalismo era o
problema. E nós não conseguimos eleger uma bancada
trabalhista que fizesse frente a atual BBB, que hoje
domina o Congresso: da Bíblia, da Bala e do Boi. E a
pior de todas é a que pensa na organização deles e
depois nos demais, a outra é da automação para
eliminar a resistência e por fim a que foca na
escravidão geral do trabalhador.”
Antissindical
Moacyr desabafou que os anseios e vitórias do setor
sindical está perdendo para a inoperância, quando o
próprio trabalhador está se convencendo que o mais
importante não é pagar o sindicato, mas se
beneficiar de suas conquistas.
Para ele o jogo de poder é forte e as Centrais
viraram um campo de batalha.
“Como o poder corrompe os anseios do ser humano, o
importante é resistir. A Nova Central tem feito a
sua parte e a Contratuh tem sido um exemplo de
administração, presidida pelo Wilson Pereira, quando
muitos estão fechando suas portas e vendendo suas
sedes para sobreviver.
A luta tem sido de trabalhar contra interesses
individuais das três Centrais que se uniram para
açambarcar a representação dos trabalhadores
brasileiros. Quando vamos às reuniões das Centrais,
eles sempre aparecem com as ideias prontas, tratando
de aniquilar o desejo das demais.
Moacyr defendeu também a luta pela unicidade
sindical e o respeito ao art. 8º da Constituição,
pelo custeio das entidades, pelas assembleias
soberanas, a discussão do negociado sobre o
legislado, a estabilidade do dirigente sindical e o
marco regulatório, entre outras questões do setor.
Fonte: Imprensa Contratuh
16/10/2023 -
“Economia suportaria”, diz ministro do Trabalho
sobre semana de 4 dias de jornada
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
afirmou, que a economia brasileira “suportaria”
jornada de 4 dias de trabalho. A declaração ocorreu
na manhã da última segunda-feira (9), na Comissão de
Direitos Humanos do Senado Federal. No portal
Metrópoles
Na opinião do ministro, o debate para tratar da nova
regulamentação da jornada de trabalho “passou da
hora”. Porém, Marinho informou que ainda não
conversou sobre o assunto com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu acredito que passou da hora [tratar da nova
regulamentação da jornada]. Não tratei disso com o
presidente Lula. É a minha opinião, não de governo.
Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria
bloquear um debate, em que a sociedade reivindique
que o Parlamento analise a possibilidade de redução
da jornada de trabalho sem redução dos salários
evidentemente. Eu acho que a economia brasileira
suportaria”, disse Marinho na Comissão de Direitos
Humanos do Senado.
Além da economia
O ministro esteve no Senado a convite do presidente do
colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), para discutir
a regulamentação de direitos trabalhistas de
prestadores de serviço por aplicativos.
A proposta de regulamentação de direitos
trabalhistas de prestadores de serviço por
aplicativos como motoristas e entregadores, mantém
esses trabalhadores como autônomos.
No entanto, o projeto cria uma contribuição
obrigatória para a Previdência para a categoria e
para as plataformas, a ser descontada na fonte e
recolhida pelas empresas.
Fonte: Diap
16/10/2023 -
“Contribuição a sindicato é responsabilidade de
todos que se beneficiam de conquistas”, afirma
ministro
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
defendeu, na última segunda-feira (9), a necessidade
de se garantir que as entidades representativas dos
trabalhadores tenham estrutura e autonomia para
defender suas pautas, beneficiando filiados e não
filiados. A declaração foi feita durante debate na
Comissão de Direitos Humanos no Senado Federal. No
Hora do Povo
“No Brasil, um acordo fechado vale para
trabalhadores associados e não-associados. Não é
justo que os não-associados participem do resultado
e não deem nenhuma contribuição”, afirmou Marinho.
De acordo com Marinho, o governo não defende o
retorno da contribuição como era antes da “reforma”
trabalhista, mas que é preciso criar mecanismo de
financiamento dos sindicatos, definido por meio de
assembleia de cada categoria.
O ministro salienta que os trabalhadores, associados
ou não, se beneficiam das conquistas dos sindicatos
e, portanto, precisam contribuir com a categoria.
“O síndico vem e diz que precisa fazer uma melhoria
e reúne a assembleia. A assembleia aprova ou não
aprova o investimento. Se aprovar, tem rateio. ‘Ah,
mas eu não quero, não vou pagar, sou contra’ [um
morador pode dizer]. Ele pode não pagar? Não pode”,
disse.
Acordo é coletivo e não individual
Para Marinho, é preciso entender a questão como
“acordo coletivo”, e não individual. Todos os
trabalhadores terão a opção de se opor aos valores
propostos pelos sindicatos nas assembleias
promovidas pelas centrais sindicais.
A “reforma” trabalhista aprovada no governo de
Michel Temer, em 2017, além de destruir os direitos
trabalhistas, também enfraqueceu as estruturas de
luta dos trabalhadores ao tentar pôr fim nas
entidades sindicais por meio de inanição financeira.
O resultado da reforma foi desgraça para a
organização sindical, com a falência dos sindicatos,
federações, confederações e centrais como entidades
autônomas. O ataque resultou na queda da arrecadação
das entidades laborais de R$ 1,47 bilhão para R$
12,5 milhões (-98%).
Gestão do “Sistema S”
Enquanto os sindicatos dos trabalhadores perdem a
capacidade de organização, os patronais arrecadam,
via Receita Federal, R$ 13,5 bilhões por meio do
“Sistema S”.
Para o ministro, quem é contra os trabalhadores que
defendam essa posição, quem quer os “trabalhadores
massacrados, com as entidades fracas, que não
conseguem representar? Quem é contra [os
trabalhadores] têm que assumir essa posição. Para
mim esse é o debate”, declarou.
Durante reunião do Grupo de Trabalho formado para
discutir a reforma sindical, realizada no último dia
5, Marinho, defendeu que uma das possibilidades é
que as entidades patronais, que hoje comandam o
“Sistema S”, que poderem dividam a gestão e os
recursos que recebem com sindicatos.
Fonte: Diap
16/10/2023 -
Revisão da Vida Toda: INSS não deve ser anistiado
pelo STF, diz Ayres Britto
O Ieprev (Instituto de Estudos
Previdenciários) acionou o STF (Supremo Tribunal
Federal), na última quinta-feira (5), com pedido de
não modulação do julgamento em que a Corte máxima
garantiu Revisão da Vida Toda — direito de
aposentados e pensionistas optarem pela regra
previdenciária que lhes for mais favorável. No
portal do Estadão
A entidade é representada pelo ministro aposentado
do STF, Carlos Ayres Britto.
Com os advogados João Badari, Saul Tourinho e Murilo
Aith, Aires Britto defende a impossibilidade de
estabelecer espécie de marco para incidência da
decisão do STF sobre o direito dos segurados a
Revisão da Vida Toda. Atualmente, a discussão está
suspensa em razão de pedido de vista — mais tempo
para análise — feito pelo ministro Cristiano Zanin.
O Ieprev argumenta ao STF que a intenção do INSS —
que recorreu da decisão dada pela Corte em dezembro
do ano passado — é “modificar inteiramente” o
entendimento firmado pelos ministros. O instituto
pede que a decisão seja aplicada apenas para o
futuro, vedando, assim, o pagamento de valores
anteriores a 13 de abril, quando o Supremo publicou
o acórdão do julgamento.
Anistia ao INSS
Nessa linha, o Ieprev sustenta que modular a decisão
sobre a Revisão de Vida Toda “seria anistiar o INSS
do pagamento em retribuição às contribuições
vertidas, por conta do cálculo prejudicial e
ilegalmente realizado.”
Não há data para que o STF retome a discussão sobre
a modulação da Revisão da Vida Toda. Zanin tem até
meados de novembro para liberar o caso para
julgamento e então caberá ao presidente da Corte,
Luís Roberto Barroso, recolocar o tema em pauta.
Votos dos ministros
Até o momento, foram apresentados 2 votos sobre a
modulação: o do relator, Alexandre de Moraes, e o da
ministra aposentada Rosa Weber, que antecipou o voto
antes de deixar a Corte máxima, no final de
setembro.
O voto de Moraes impôs derrota ao INSS. O ministro
defendeu que a Corte acolha parcialmente recurso da
Previdência e module os efeitos do julgamento quanto
a 2 pontos: benefícios já extintos e benefícios já
pagos por ordem da Justiça.
A ministra Rosa Weber, de outro lado, sugeriu corte
anterior para a revisão dos benefícios — a data do
julgamento em que o STJ validou a Revisão da Vida
Toda, em dezembro de 2019. Segundo a ministra, o
Supremo apenas confirmou a decisão da outra Corte,
mantendo o entendimento por essa fixado.
Fonte: Diap
16/10/2023 -
CDH aprova proibição de empréstimo consignado sem
autorização do idoso
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (11)
projeto de lei que proíbe a concessão de empréstimo
consignado sem a autorização expressa do idoso (PL
4.089/2023). O texto ainda considera discriminação
exigências não feitas a outros públicos, como
comparecer presencialmente a agências. A proposta,
relatada pelo presidente do colegiado, senador Paulo
Paim (PT-RS), segue para análise da Comissão de
Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e
Defesa do Consumidor (CTFC).
Fonte: Agência Senado
11/10/2023 -
“Nós desejamos ser um país moderno, um país que
produz direitos com garantias”, diz Luiz Marinho
sobre as políticas públicas do ministério
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou da Audiência pública da Comissão de
Direitos Humanos, uma iniciativa do presidente do
colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), para debater
as ações e planos da pasta nesta segunda-feira (9),
no Senado Federal, em Brasília.
Luiz Marinho falou aos senadores sobre temas
relacionados ao mundo do trabalho como enfrentamento
ao desemprego, valorização do salário mínimo,
trabalho análogo à escravidão, sindicatos, redução
da jornada de trabalho, trabalho em plataformas de
aplicativos, entre outros.
Desemprego – O ministro destacou a
importância do crescimento econômico para geração de
emprego. “Quanto mais crescer a economia, mais
oportunidades de trabalho nós teremos. De acordo com
os dados do Caged, o emprego formal gerou 1.388.062
vagas no acumulado do ano (jan a ago). Somente no
mês de agosto foram geradas 220.844 novas vagas.
Possivelmente, setembro, outubro e novembro
correspondam com essa equivalência. Dezembro é um
mês de retração, do ponto de vista do mercado
formal, acaba tendo mais demissão do que
contratação, mas acredito que a soma do ano deve
chegar a 2 milhões de empregos registrados pelo
Caged”.
Valorização do salário mínimo – Luiz Marinho
ressaltou que, em maio de 2023, foi registrado o
valor de R$1.320, com um ganho real significativo,
mas que ainda está aquém das necessidades da classe
trabalhadora, sendo a distribuição de renda baixa.
“É importante ter clareza disso. Mas a política de
valorização traz um processo permanente de provocar
a distribuição de renda. Não há solução se não
distribuir renda no país. A fome, a miséria, a
felicidade das pessoas, o tamanho do mercado de
trabalho, a geração de emprego e renda de qualidade
se dá por distribuição de renda, não por outra
ferramenta”.
Trabalho Análogo à Escravidão – De acordo com
o ministro, a sociedade precisa se envolver para
evitar que o trabalho degradante ocorra. “Nossa
missão não é simplesmente resgatar trabalhadores em
condição análoga à escravidão ou da exploração de
mão de obra de trabalho infantil. Nossa missão é
anterior a isso, é evitar que aconteça. Mas isso não
acabará se a sociedade não se envolver. Se não
conseguirmos convencer o empresariado a fazer
diferente”.
E completou: “nós desejamos ser um país moderno, um
país que produz direitos com garantias. E não se tem
garantias degradando a condição de trabalho. O
ambiente hostil do trabalho leva à doença mental,
acidente, infelicidade, absenteísmo brutal. Um
ambiente acolhedor evita esse conjunto de questões”.
Sindicatos – Luiz Marinho lembrou também da
importância dos sindicatos para melhorar as relações
de trabalho. “Uma negociação bem feita, bem
azeitada, não tem conversa uma vez por ano, tem
diálogo permanente que ataca o problema na hora que
ele surge. Então os sindicatos são um vetor de
solução dos problemas, de captar o problema e
antecipar a solução para evitar, por exemplo, uma
ação na justiça do trabalho. É assim que funciona e
vale para o setor público também. Então precisamos
aperfeiçoar muito as relações de trabalho”.
Contribuição Sindical – O ministro reafirmou
que não está em debate a volta do imposto sindical.
“Não há qualquer possibilidade sobre o nosso governo
de pautarmos o retorno do imposto sindical como era.
O que está em debate é a necessidade de reconhecer
que os sindicatos necessitam de recursos para tocar
as suas atividades, para representar bem os
trabalhadores e trabalhadoras, o que envolve a
necessidade de ter finanças. Se trata de uma
contribuição solidária no processo de construção”.
Saque aniversário do FGTS – Luiz Marinho
explicou que o Projeto de Lei do Fundo de Garantia é
uma sugestão para corrigir uma distorção, uma
injustiça contra o trabalhador que faz adesão ao
saque-aniversário por meio de um empréstimo
consignado com o FGTS de respaldo. “Nós estamos
trabalhando para corrigir, mas está mais lento do
que eu gostaria, tanto do governo como a nossa
relação com o parlamento, mas tenho certeza de que
chegaremos lá.
O texto deve permitir ao trabalhador que optar pela
modalidade de saque-aniversário a possibilidade de
sacar também o saldo da conta, não apenas a multa
rescisória. O Projeto de Lei sugerido pelo MTE está
na Casa Civil.
Plataformas de aplicativos – O ministro
atualizou as informações sobre o assunto. “Estamos
praticamente acordado com o setor de aplicativos de
transporte de pessoas, as bases estão acordadas. Com
relação aos entregadores, ainda não houve acordo,
não está sendo fácil, provavelmente nós teremos que
remeter ao Congresso Nacional arbitrando do que vai
acontecer, pois as empresas estão muito duras com
relação a isso”.
Além disso, Luiz Marinho disse acreditar que a
sociedade, quando chamada à reflexão sobre esse
tema, vai concordar que é necessário um debate sobre
o assunto. “Nós precisamos cuidar da qualidade desse
trabalho, da remuneração desse jovem, da garantia
dele. Se ele tem proteção social, previdência,
seguro, jornada respeitada e salário respeitoso.
Esses valores precisam ser discutidos”.
Redução da jornada – O ministro destacou que
o debate sobre a jornada de trabalho é muito
importante. “Não é um debate meramente de governo, é
um debate para a sociedade, e quem é o responsável
pelo debate final é o parlamento. Portanto, é
preciso se movimentar em relação a isso para que o
Congresso possa refletir, avaliar, e tomar a decisão
se é o momento de fazer uma nova regulagem de
jornada. Eu, particularmente, acredito que passou da
hora”.
O ministro falou ainda sobre o FGTS, Imposto de Renda,
política salarial entre homens e mulheres, FAT,
Escola do Trabalhador 4.0, Concurso dos Auditores
Fiscais do Trabalho, os AFTs, Grupos de Trabalhos,
entre outros temas.
Fonte: MTE
11/10/2023 -
Lula sanciona leis que reforçam direitos das
mulheres no trabalho
Selos Empresa Amiga da Mulher e da Amamentação
incentivam práticas inclusivas para vítimas de
violência doméstica e apoiam o aleitamento materno
no trabalho
O governo federal do Brasil sancionou recentemente
duas leis que visam fortalecer os direitos das
mulheres no ambiente de trabalho. As medidas
intituladas “Empresa Amiga da Mulher” e “Empresa
Amiga da Amamentação”, foram assinadas pelo
presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e
publicadas no final de setembro no Diário Oficial da
União (DOU). As novas normas buscam promover a
igualdade de gênero e a inclusão das mulheres em
diversos setores profissionais.
Empresa Amiga da Mulher
A Lei nº 14.682/2023, que institui o selo “Empresa
Amiga da Mulher”, tem o objetivo de certificar
empresas que adotam práticas externas para a
inclusão profissional de mulheres vítimas de
violência doméstica e familiar. Para conquistar o
selo, as empresas deverão cumprir pelo menos dois
dos quatro requisitos estabelecidos pela lei. Os
requisitos incluem:
- reservar no mínimo de 2% do quadro de pessoal à
contratação de mulheres vítimas de violência
doméstica e familiar, garantido o anonimato dessa
condição;
- possuir política de ampliação da participação da
mulher na ocupação dos cargos da alta administração
da empresa;
- adotar práticas educativas e de promoção dos
direitos das mulheres e de prevenção da violência
doméstica e familiar, nos termos do regulamento;
- garantir a equiparação salarial entre homens e
mulheres, na forma do art. 461 da Consolidação das
Leis do Trabalho.
A certificação tem validade de dois anos, renováveis
pelo tempo em que a empresa continuar a atender aos
critérios. Além disso, também poderá servir como
fator de desempate em licitações públicas. A lei
ainda será regulamentada para definição dos
procedimentos de concessão, de renovação e de perda
do selo.
Empresa Amiga da Amamentação
Já a Lei n° 14.683/2023 cria o selo “Empresa Amiga da
Amamentação”, cujo objetivo é estimular o
aleitamento materno no local de trabalho. Para obter
a certificação, as empresas precisam atender os
seguintes requisitos:
- cumprir os direitos da empregada lactante;
- manter local adequado para amamentação ou coleta de
leite materno;
- promover campanhas internas para conscientização da
importância do aleitamento materno, para estímulo à
doação aos bancos de leite humano e sobre os
malefícios do fumo, do consumo de álcool e de drogas
ilícitas para o desenvolvimento fetal, além do
combate à automedicação;
- participar da campanha mundial Agosto Dourado, de
incentivo ao aleitamento materno.
A certificação terá validade por um ano e poderá ser
revogada em caso de descumprimento da legislação
trabalhista, advertência, multa ou outras
deliberações. Empresas anteriormente condenadas pela
exploração do trabalho infantil não estão aptas a
obter este selo.
Outras leis
Além dessas medidas, o governo brasileiro aprovou
diversas leis ao longo deste ano em benefício das
mulheres e na luta contra a desigualdade de gênero.
Recentemente, o presidente Lula (PT), sancionou uma
lei que fornece auxílio-aluguel por até seis meses a
mulheres vítimas de violência doméstica e em
situação de vulnerabilidade socioeconômica, que se
retiram de seus lares.
No mês de julho, Lula sancionou três leis
fundamentais para as mulheres: uma que assegura a
igualdade salarial entre homens e mulheres, outra
que amplia os direitos do Programa Bolsa Atleta para
esportistas gestantes ou em fase de amamentação, e a
terceira que modifica o Estatuto da Advocacia e da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para incluir
assédio moral, sexual e discriminação como infrações
ético-disciplinares.
com informações do Governo Federal
Fonte: Portal Vermelho
11/10/2023 -
TSE julga mais três ações contra Bolsonaro, acusado
de abuso de poder político na campanha de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral analisa nesta terça
mais duas ações do PDT e uma da coligação de Lula
contra a chapa do ex-presidente e seu vice, o
general Braga Netto
O ex-presidente Jair Bolsonaro volta a ser julgado
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta
terça-feira (10) por suas condutas na campanha
eleitoral do ano passado. Ele é alvo de três ações
na Corte que pedem sua condenação por abuso de poder
político em sua busca pela reeleição. As acusações
miram a chapa formada por Bolsonaro e seu candidato
a vice-presidente, o general Braga Netto.
Em caso de condenação, o ex-presidente pode ficar
inelegível pela segunda vez. Em junho, o TSE anulou
os direitos políticos de Bolsonaro por oito anos ao
analisar uma ação do PDT. No processo, o partido
questionava a reunião, realizada em julho de 2022
pelo então mandatário, com embaixadores estrangeiros
no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro
proferiu mentiras sobre o sistema eletrônico de
votação do país e atacou ministros do TSE. O
tribunal entendeu a ação como abuso de poder
político e uso indevido dos meios de comunicação.
Agora, a Justiça Eleitoral analisa duas Ações de
Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) apresentadas
também pelo PDT contra Bolsonaro e Braga Netto, que
pode, igualmente, ser alcançado pela
inelegibilidade. O general, em julho, acabou sendo
absolvido no julgamento por não ter participado do
encontro.
As ações contra Bolsonaro
A chapa, contudo, é alvo dos processos que afirmam que
o ex-presidente usou suas lives semanas –
transmitidas dos palácios da Alvorada e do Planalto
– para pedir votos para si e para aliados políticos.
Em uma das transmissões, realizada em 18 de agosto
do ano passado, Bolsonaro chegou a mostrar os
“santinhos” de sua campanha e de apoiadores, segundo
a legenda. Na terceira peça de acusação, as
coligações do PT e do Psol destacam que o agora
inelegível cometeu abuso de poder político ao usar a
estrutura pública para anunciar apoio político de
governadores e cantores sertanejos no segundo turno.
Na defesa prévia enviada ao TSE, os advogados dos
ex-candidatos afirmaram que não houve abuso de poder
e que as transmissões não “ensejaram ganho
competitivo” por não terem sido veiculados símbolos
oficiais, como o brasão da República. A defesa
também declarou que a campanha usou redes sociais
privadas e pessoais para realizar as lives.
Novamente inelegível?
Embora, em tese, essas ações possam levar a novas
declaração de inelegibilidade contra Bolsonaro, a
avaliação de especialistas que acompanham os
processos é que o tribunal não o puna com a cassação
de seu direito à disputa eleitoral por oito anos.
Segundo essas fontes disseram ao jornal Folha de S.
Paulo, o mais provável é que, em caso de condenação,
haja no máximo a aplicação de multa.
Mesmo que o ex-capitão venha a ser condenado
novamente à inelegibilidade, não dever haver mudança
em relação ao prazo que ele está impedido de
concorrer. Há ainda especialistas que apostam na
rejeição das ações. O diagnóstico desta vez é que as
condutas apontadas nas ações em análise no TSE, não
são tão graves como as que foram julgadas em junho
pela Justiça Eleitoral. Além de não terem
interferido na normalidade das eleições, avaliam.
Ao contrário do que ocorreu no julgamento anterior,
a Procuradoria-Geral Eleitoral também se manifestou
pela rejeição das ações. O parecer é assinado pelo
vice-procurador-geral Paulo Gonet.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/10/2023 -
STF: Barroso leva discussão da licença-paternidade
ao plenário físico
Pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso
interrompeu julgamento no plenário virtual acerca da
regulamentação da licença-paternidade. Ainda sem
data prevista, julgamento será levado ao plenário
físico do STF.
Na última quarta-feira, 4, o presidente do Supremo,
ministro Luís Roberto Barroso pediu destaque na ADO
20, que julga a omissão do Legislativo na elaboração
de lei para implementação da licença-paternidade.
A licença-paternidade é prevista no art. 7º da CF,
desde a promulgação, mas nunca foi regulamentada. O
que há, atualmente, é uma norma de transição que
estabelece prazo de cinco dias de
licença-paternidade até que lei discipline a
matéria.
O caso estava sendo julgado no plenário virtual, e
tinha previsão de encerramento na última
sexta-feira, 6. Entretanto, com o requerimento de S.
Exa., o processo passará a ser analisado em plenário
físico.
A Corte já havia formado maioria de 7 a 1 para
determinar que o Congresso aprove lei para a
implementação da licença em 18 meses, mas divergiu a
respeito de qual modelo seria aplicável enquanto o
prazo para elaboração da lei não transcorrer ou caso
a omissão persista.
Ministro Edson Fachin e ministras Cármen Lúcia e
Rosa Weber (atualmente, aposentada) votaram no
sentido de equiparar a licença-paternidade à
maternidade, de seis meses, enquanto não elaborada
lei. Barroso, por sua vez, havia entendido que, se a
lei não fosse produzida dentro dos 18 meses,
passaria a valer a equiparação.
Ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de
Moraes compreenderam que o atual prazo de cinco dias
deveria ser mantido enquanto inexistente legislação
que regulamente o benefício.
Processo: ADO 20.
Fonte: Migalhas
10/10/2023 -
Nota das centrais sindicais sobre o conflito entre
Israel e Palestina
Em nota, centrais sindicais lutam pelo
estabelecimento da paz, acima de tudo em conflito
entre Israel e Palestina
Confira a íntegra da nota assinada pela Força
Sindical, UGT, CTB e Pública
A paz, acima de tudo
É lamentável que o mundo assista ao início de uma
nova guerra, desta vez entre Palestina e Israel, em
mais uma etapa de um conflito que se estende por
décadas, vitimando milhares de pessoas inocentes.
Apesar do noticiário tendencioso, é necessário
reconhecer que se trata de uma conjuntura
geopolítica complexa. Acima de tudo lutamos pelo
estabelecimento da paz, através do diálogo e da
justiça.
Apoiamos o governo Lula em seus esforços para evitar
a escalada do conflito e nos solidarizamos com a
rápida atitude do governo em repatriar brasileiros
que se encontram na zona do conflito.
É hora da ONU e seu Conselho de Segurança
demonstrarem verdadeira capacidade de ação e
trabalho na construção da paz entre os dois Estados,
garantindo a independência e soberania de ambos e
fazendo valer o respeito aos tratados internacionais
assinados.
São Paulo, 08 de outubro de 2024
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/10/2023 -
Contribuição sindical não obrigatória marca debate
com ministro do Trabalho
Aprovado no início de outubro na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) e agora em análise na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o projeto
que impede sindicatos de exigirem pagamento da
contribuição sindical sem a autorização do
empregado foi um dos temas debatidos na audiência
pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) com o
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nesta
segunda-feira (9).
O PL 2.099/2023, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), foi
aprovado na CAE após o Supremo Tribunal Federal
(STF) decidir pela legalidade da cobrança da
contribuição de empregados não filiados a sindicatos
em caso de acordo, convenção coletiva ou sentença
judicial. O STF também garantiu ao trabalhador o
direito de se opor à cobrança, desde que o faça
expressamente. Mas o texto que tramita no Senado
determina que, mesmo que seja filiado a sindicato, o
empregado precisa autorizar a cobrança para que ela
ocorra.
O presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), disse que
trabalhará para que a CAS construa um texto de
consenso, ouvindo empregados e empregadores, pois
entende que sindicatos fortes favorecem a economia
nacional. De acordo com o senador, a base governista
não quer a volta da contribuição compulsória como o
antigo imposto sindical, mas entende que o Senado
precisa levar em conta a relevância dos sindicatos
visando a um maior equilíbrio nas relações
trabalhistas.
— Podemos chamar de contribuição negocial ou
assistencial, mas definitivamente não somos a favor
do imposto sindical. Mas ao mesmo tempo não dá para
as entidades não terem nenhuma forma de manter suas
estruturas, para que possam ser boas negociadoras. E
o diálogo que defendemos não é só com os empregados,
é com empregados e empregadores — afirmou Paim.
Segundo Marinho, o governo também não atua a favor
da volta do imposto sindical, mas entende que a
precarização da representação trabalhista não
favorece o país. Disse que conquistas trabalhistas,
fruto da luta sindical, precisam ser reconhecidas. E
comparou melhorias salariais e das condições de
trabalho, que seriam resultados da atuação sindical,
a melhorias para quem mora em condomínios, por
exemplo. O ministro enfatizou que condôminos não têm
a opção de não contribuir em caso de taxas ou
cobranças específicas visando a melhoria da
infraestrutura, desde que aprovadas em assembleias.
Para o ministro, a mesma lógica precisa ser
respeitada nas relações trabalhistas.
— Os sindicatos fragilizaram demais após o fim do
imposto sindical em 2017, mas é interessante
fragilizar a representação trabalhista? O governo
nem cogita o retorno do imposto sindical, mas
precisamos reconhecer que o sindicato precisa de
recursos para que possa exercer uma boa
representação. Essas receitas vêm de mensalidades e
serviços prestados à categoria. Isso porque, quando
um sindicato fecha um acordo benéfico, trabalhadores
associados e não associados são beneficiados. Não é
justo que os não associados, como chupins
[parasitas], participem do resultado sem dar
qualquer contribuição — disse.
Trabalhadores de APPs
Marinho também detalhou ações que o governo pretende
adotar sobre os trabalhadores de aplicativos, como
motoristas ou entregadores. O ministro lembrou do
pacto feito entre os presidentes Luís Inácio Lula da
Silva e Joe Biden, dos Estados Unidos, para ampliar
direitos trabalhistas dessas categorias. De acordo
com ele, o tema já é debatido mundialmente, com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o
Mercosul avançando na determinação de protocolos.
Para o ministro, o Brasil pretende ser um ator nessa
regulamentação, com as negociações já em pleno
andamento.
— Já temos acordado com o setor de aplicativos de
quatro rodas, de transporte de pessoas, as bases já
estão acordadas e deverão ser chanceladas em breve.
Após a chancela, enviaremos essa regulamentação ao
Parlamento. Já no que tange a quem trabalha para
aplicativos de entregadores ainda não chegamos a um
acordo, não está fácil, então, nesse caso,
enviaremos um projeto arbitrando o que deve ocorrer,
porque as empresas donas do negócio estão muito
duras em relação às negociações - informou.
Cotas para negros
Marinho ainda detalhou o sistema de cotas que o
Ministério do Trabalho adotará no concurso público
que realizará em breve, visando ao preenchimento de
900 vagas para auditores-fiscais. Segundo o
ministro, 2% das vagas serão destinadas a pessoas
trans, 2% e a quilombolas e a povos indígenas. já a
cota de pessoas com deficiência aumentará de 5% para
6%.
— O restante das vagas será dividido entre brancos
e negros, com 45% das vagas para negros — detalhou.
Fonte: Agência Senado
10/10/2023 -
Senado vai analisar projeto que reduz fila de
perícias no INSS
O Senado deverá apreciar o projeto de lei do
Executivo que cria um programa para diminuir a fila
de espera por perícias no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS). O PL 4.426/2023 foi aprovado
em regime de urgência na quarta-feira (4) no
Plenário da Câmara, sob a forma de substitutivo
apresentado pelo relator, deputado André Figueiredo
(PDT-CE), e encaminhado ao Senado.
Além de instituir o Programa de Enfrentamento à Fila
da Previdência Social (PEFPS), o projeto dispõe
sobre a transformação de cargos efetivos vagos do
Poder Executivo federal. O texto também concede
reajuste salarial para policiais do Distrito Federal
e prorroga contratos temporários de pessoal da
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entre
outros temas.
Enviado ao Congresso para substituir medida
provisória editada em julho sobre o mesmo tema (MP
1.181/2023), o PL 4.426/2023 cria o PEFPS para
reduzir o tempo para análise dos processos
represados sobre benefícios. Em setembro de 2023, de
acordo com o governo, havia 6,4 milhões de
requerimentos de benefícios pendentes de diversas
análises. O longo período em que as agências da
Previdência Social não estiveram em condições de
realizar atendimentos presenciais, em razão da
pandemia de covid-19, impactou de forma
significativa a demanda de perícia médica. Em
algumas regiões, a espera por agendamento supera 200
dias. Atualmente há 1.062.802 agendamentos pendentes
de perícias presenciais, totalizando, no âmbito da
perícia médica, 1.168.581 demandas represadas.
Uma das inovações no texto de André Figueiredo é a
possibilidade de uso da telemedicina para a perícia.
O PEFPS terá prazo de duração de nove meses,
contados da publicação da futura lei que resultar da
eventual aprovação do projeto, prorrogáveis por mais
três meses, a depender de parecer de um comitê de
acompanhamento.
Para acelerar o andamento dos processos relativos a
servidores públicos, a proposta também permite ao
Executivo aceitar atestado médico ou odontológico
emitido até a data de publicação da futura lei — se
aprovada nos termos atuais — para fins de concessão
de licença para tratamento da própria saúde ou de
licença por motivo de doença em pessoa da família,
com dispensa de realização da perícia oficial.
O programa de redução de fila abrangerá os processos
com prazo de análise maior que 45 dias ou cujo prazo
judicial de análise tenha expirado.
Em relação aos serviços médicos periciais, serão
contemplados aqueles realizados nas unidades de
atendimento da Previdência Social sem oferta regular
desse serviço ou realizados em unidades com prazo de
agendamento superior a 30 dias, assim como os
relativos a servidores públicos federais ou com
prazo judicial expirado. A análise de documentos
pelo médico perito só será contada se realizada em
dias não úteis.
Fonte: Agência Senado
10/10/2023 -
Decisões do STF em reclamações têm erodido Direito
do Trabalho, diz estudo
Decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF),
em reclamações, que derrubaram decisões trabalhistas
que reconheceram vínculo em casos de terceirização
de mão de obra e pejotização têm gerado uma erosão
do Direito do Trabalho. Este é o entendimento
manifestado em estudo lançado nesta quinta-feira
(5/10) por magistrados trabalhistas e pesquisadores
da Universidade de São Paulo (USP). A análise foi
elaborada pelo Núcleo de Extensão e Pesquisa “O
Trabalho Além do Direito do Trabalho”, vinculado à
Faculdade de Direito da universidade, em parceria
com a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho (Anamatra).
“A competência da Justiça do Trabalho tem sido
restringida severamente, talvez para níveis
anteriores aos de 5 de outubro de 1988. Essa é a
razão do nosso estudo”, disse o juiz do Trabalho
Guilherme Feliciano, professor da USP e um dos
coordenadores da pesquisa. O docente foi um dos
participantes do seminário “Jurisdição
Constitucional e Competência Material da Justiça do
Trabalho: 35 anos da Constituição de 88”, realizado
na quinta-feira no Tribunal Regional do Trabalho da
2ª Região (TRT2), em São Paulo, para marcar o
lançamento do estudo.
Segundo os autores, nos últimos anos, o STF se pôs a
julgar a validade de decisões trabalhistas que
afastaram contratos alternativos estabelecidos entre
as partes e reconheceram o vínculo empregatício.
Individual ou colegiadamente, os ministros do
Supremo consolidam uma tendência de anular os
efeitos das decisões trabalhistas, sob o fundamento
de desrespeito a entendimentos da Corte sobre a
constitucionalidade da terceirização em todas as
atividades empresariais. Leia a íntegra do estudo.
“Estamos vivendo hoje um retorno ou uma nova forma
de destruição lenta, gradual e segura do Direito do
Trabalho e da Justiça do Trabalho por consequência”,
disse a desembargadora aposentada Silvana Abramo,
coordenadora do grupo da USP. Na visão da
especialista, com isso corre-se o risco de
precarizar as formas de trabalho de milhares de
brasileiros e, por consequência, apertar ainda mais
o sistema de seguridade social e tributário do país.
No evento, também foi citada a mais recente coluna
de Cássio Casagrande, procurador do Trabalho e
professor de Direito Constitucional da UFF,
publicada no JOTA. “Como disse o doutor Cassio
Casagrande em artigo recentemente publicado, o
Supremo está se impondo como tribunal de exceção,
produzindo uma intervenção traumática, porque de
fato usurpa uma competência que pertence a Justiça
do Trabalho e, pela súmula 279, não poderia fazê-lo,
porque é uma matéria de fatos e provas”, afirmou
Mauro Menezes, advogado trabalhista.
Competência do STF?
A pesquisa analisou, qualitativamente, 303 ações
relativas ao tema da competência da Justiça do
Trabalho no STF. Dessas, foram selecionadas para
exame de conteúdo 113 causas, 88 delas reclamações
constitucionais. Apenas 15% delas, 13 no total,
foram julgadas improcedentes pelo STF. Entre as
ações examinadas estão processos relativos a
trabalhadores de plataformas, motoristas autônomos
de cargas, parceiros em salões de beleza, corretores
de imóveis, médicos, representantes comerciais e
advogados associados.
De acordo com os pesquisadores, os precedentes mais
invocados são os da ADPF 324 e do RE 958.252
(terceirização), da ADC 48 (transportador autônomo
de cargas) e da ADI 5.625 (parceiros em salões de
beleza). Em todos esses casos, o STF validou formas
alternativas de relação de trabalho. Um trecho do
voto do ministro Luiz Fux na RCL 54.738 é
representativo do cenário: “o plenário do Supremo
Tribunal Federal já decidiu em inúmeros precedentes
o reconhecimento de modalidades de relação de
trabalho diversas das relações de emprego dispostas
na CLT”.
Os pesquisadores argumentam que cabe à Justiça do
Trabalho, e não ao STF, deliberar acerca de relações
de trabalho diversas das previstas na CLT. “O artigo
114 da Constituição Federal estabelece que quem tem
a competência constitucional para analisar se
existem requisitos de vínculo de emprego é e sempre
vai ser a Justiça do Trabalho”, afirmou a
pesquisadora e advogada Mariana Del Monaco.
Segundo o estudo, houve um acúmulo de decisões do
STF em 2023 que replicaram o padrão de afastar a
competência da Justiça especializada. Uma das mais
notórias foi proferida na RCL 59.795, sobre vínculo
entre um motorista e a empresa de transporte por
aplicativo Cabify. O relator, ministro Alexandre de
Moraes, julgou que a relação estabelecida entre o
motorista e a empresa se assemelhava mais a um
transportador autônomo. O ministro não apenas cassou
os atos da Justiça do Trabalho, mas determinou a
remessa dos autos à Justiça Comum.
A Anamatra e o grupo da USP argumentam não haver um
precedente padrão a respeito dos trabalhadores de
plataformas e que seria necessário o uso do
distinguishing (técnica de não aplicação de um
precedente por se reconhecer que a situação não se
enquadra nos mesmos parâmetros).
Os autores também afirmam que a decisão de Moraes é
equivocada, porque a revisão do entendimento da
Justiça Trabalhista exigiria a reanálise das provas
e da situação fática, o que não é possível por meio
de reclamação constitucional.
“Todos aqui respeitam o STF e os ministros, ninguém
aqui apoia algo como o 8 de janeiro, mas na academia
nos permitimos questionar o que o Supremo tem feito
no âmbito trabalhista”, diz Felipe Bernardes,
pesquisador da USP.
Nesta quinta-feira (5/10), o JOTA noticiou que o
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), também cassou, de forma monocrática, uma
decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho
da 2ª Região (TRT2) que reconhecia o vínculo entre
um médico ginecologista e a Amico Saúde e
determinava o pagamento de verbas trabalhistas.
A decisão é importante por ser a primeira em que o
ministro Edson Fachin toma no mesmo sentido que os
colegas. Ele ressalva sua posição pessoal contrária
ao cabimento de reclamações contra as decisões da
Justiça do Trabalho que verificaram fraude
trabalhista em contratações de PJ, mas aponta que
ambas as Turmas do STF têm decidido encaminhar
discussões sobre supostas fraudes à Justiça Comum.
Fonte: Jota
10/10/2023 -
Milho e carnaúba: operações resgatam 49
trabalhadores em Goiás e 17 no Piauí
Trabalhadores não tinham vínculo empregatício,
estavam alojados em condições precárias e sem acesso
a água potável, entre outros problemas
Duas operações de grupos móveis de fiscalização,
realizadas nos últimos dias, resgataram 66
trabalhadores de situação análoga à escravidão. Os
casos ocorreram em Goiás e no Piauí.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na
última terça-feira (3) a Secretaria de Inspeção do
Trabalho (SIT) resgatou 49 pessoas que prestavam
serviço na extração de palha de milho em Santa
Bárbara de Goiás. O material seria usado para
produzir cigarros de palha, para uma empresa
localizada em São Paulo (Sales de Oliveira). Também
participaram da operação o Ministério Público do
Trabalho (MPT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com os fiscais, esses trabalhadores haviam
sido recrutados no Maranhão, em Minas Gerais e em
São Paulo. Estavam alojados em duas pensões no
município de Trindade, em condições precárias.
Tinham jornada de até 12 horas, sem intervalo para
refeição.
Além disso, eles não recebiam nenhum tipo de
equipamento de proteção e não tinham acesso a
banheiro ou a água potável. A empresa pagou as
rescisões, no valor total de R$ 402 mil. Os
trabalhadores terão acesso a três parcelas do
seguro-desemprego.
Condições degradantes
Já em Castelo do Piauí, o grupo móvel de fiscalização
encontrou – entre 25 de setembro e 4 de outubro – 17
trabalhadores atuando na extração de folhas da
carnaúba e submetidos “a condições degradantes de
trabalho”. Onze deles não tinham vínculo
empregatício. “Não havia contratos registrados,
direitos trabalhistas não eram respeitados e suas
renumerações eram por meio de diárias. Além disso,
as medidas básicas de segurança no trabalho não
foram respeitadas, e as ferramentas de utilizadas na
extração das folhas eram adquiridas pelos próprios
trabalhadores”, informa o MTE.
Ainda segundo a fiscalização, a moradia fornecida
pelo contratante estava superlotada e em péssimo
estado de conservação. “Não havia camas, e os
trabalhadores eram obrigados a dormirem em redes. A
única instalação sanitária e chuveiro existente na
casa era insuficiente, obrigando os funcionários a
realizarem suas necessidades fisiológicas e seus
banhos em um riacho próximo ao alojamento.” A
alimentação foi considerada inadequada e
insuficiente. Também não havia acesso a água
potável.
O empregador se comprometeu a regularizar o vínculo
de emprego e pagar as verbas rescisórias, que somam
R$ 84 mil, aproximadamente Todos também terão
direito a três parcelas do seguro-desemprego.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/10/2023 -
Presidente do STF se encontra com representantes de
centrais
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Luís Roberto Barroso, reuniu-se nesta
sexta-feira (6), em São Paulo, com dirigentes das
três maiores centrais sindicais do país: Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e
União Geral dos Trabalhadores (UGT). Entre os
assuntos discutidos no encontro, de acordo com o
STF, estiveram a contribuição assistencial e
questões relativas ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
Diálogo
“O encontro estabeleceu um canal de diálogo com o
Poder Judiciário a respeito de questões nacionais de
interesse dos trabalhadores”, disse o Supremo, em
nota. “O encontro faz parte de uma das diretrizes da
gestão do ministro, que é aprimorar o relacionamento
com a sociedade”, acrescenta o texto. De acordo com
o STF, o encontro havia sido combinado durante a
posse de Barroso na presidência da Corte, na semana
passada.
A reunião aconteceu depois de o Supremo ter marcado
para 18 de outubro a retomada do julgamento sobre a
correção pela inflação do saldo das contas do FGTS.
A análise do tema começou em abril, mas acabou
suspensa por um pedido de vista do ministro Nunes
Marques.
Contribuição assistencial
Já a contribuição assistencial tem sido tema de ruídos
com o Congresso Nacional desde que o Supremo, no mês
passado, acolheu um recurso e autorizou a cobrança
de contribuição assistencial, relacionada ao custeio
das ações do sindicato que resultem em benefícios à
categoria, mesmo de trabalhadores não filiados,
ainda que resguardado o direito de recusa.
Na prática, a partir do novo entendimento do
Supremo, o trabalhador da categoria representada
precisa apresentar negativa caso não queira
contribuir com uma assistência aprovada em
assembleia.
O fim da contribuição sindical obrigatória
Em 2018, o Supremo declarou a constitucionalidade do
fim da contribuição sindical obrigatória,
equivalente a um dia de trabalho por ano e extinta
pela reforma trabalhista de 2017. A partir desse
entendimento, os trabalhadores que quisessem
contribuir passaram a ter que se manifestar
voluntariamente.
Em seguida à nova decisão, o Senado aprovou na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) um projeto de
lei que prevê a proibição de qualquer cobrança sem
autorização expressa do trabalhador, seja de
contribuição sindical, assistencial ou de outra
natureza.
Em declarações públicas recentes, Barroso tem
defendido a contribuição assistencial, que teria
natureza diferente do antigo “imposto sindical”. Em
sua visão, trata-se de um direito dos sindicatos, de
serem recompensados pelas vantagens que
eventualmente obtenham para os trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
09/10/2023 -
Nova Central participa de reunião tripartite com
Luiz Marinho
Em Brasília, a Nova Central Sindical participou
nesta quinta-feira (5) de reunião do Grupo de
Trabalho Interministerial, presidido pelo ministro
do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para tratar da
reestruturação das relações de trabalho e
valorização da negociação.
A bancada dos trabalhadores apresentou no GT pontos
cruciais para o encaminhamento de uma proposta que
possa ser debatida e enviada ao Congresso Nacional.
“O governo vai respeitar a decisão do GT e enviar um
projeto de Lei ao Congresso com o que for acordado
entre as partes”, afirmou o ministro Luiz Marinho
aos participantes.
As discussões ocorrem de forma bilateral entre as
partes e são apresentadas no GT, criado pelo governo
pelo Decreto 11.447 para elaborar uma proposta
negocial. O objetivo é finalizar uma minuta de
projeto de lei para ser enviada ao Congresso que
proponha, entre várias diretrizes, o fortalecimento
da negociação coletiva e das entidades sindicais.
Coordenado pelo Ministério do Trabalho, o GT é
tripartite e composto por 12 representantes de cada
uma das partes: centrais sindicais, entidades
patronais e governo.
A proposta apresentada no GT pela representação dos
trabalhadores será avaliada pelo setor patronal e o
governo. São pontos considerados pela bancada
imprescindíveis, como o financiamento das entidades
sindical, contribuição sindical, regulação, além do
fortalecimento da negociação coletiva, que é uma das
diretrizes apoiada por todas as bancadas. Muitos
pontos, segundo defende a bancada, nem dependem de
mudança de Lei, bastando um entendimento entre as
partes para que possam ser aplicados e para tanto,
querem uma melhor regra para validade dos acordos ou
convenção coletiva e ainda uma reorganização do
sistema, principalmente no que se refere a
autorregulação dos sindicatos, com dispositivos que
garantam legalidade aos atos dos acordos, regras
democráticas e sistema sindical representativo.
O ministro recebeu a proposta da bancada dos
trabalhadores e aguarda um posicionamento da bancada
empresarial. O GT tem um prazo até 20 de novembro
para apresentar ao presidente Lula uma proposta de
consenso para ser encaminhada ao Congresso Nacional.
Informações do Ministério do Trabalho e Emprego com
adaptações da Imprensa NCST
Fonte: NCST
09/10/2023 -
Presidente do TST recebe centrais sindicais para
tratar sobre negociação coletiva e reforma sindical
Na quarta-feira (4), o assessor jurídico da Nova
Central, Dr. Cristiano Meira, participou de uma
reunião com o presidente do TST, ministro Lelio
Bentes Corrêa, e demais representantes das centrais
sindicais, que formam o Grupo de Trabalho
Interministerial (GTI), para tratar da elaboração de
proposta de reestruturação das relações de trabalho
e valorização da negociação coletiva.
Criado pelo Decreto 11.447, de 06 de abril desse
ano, o Grupo de Trabalho Interministerial é composto
por 36 membros representantes do governo,
trabalhadores e empregadores para apresentar, em 90
dias, uma proposta sobre a democratização das
relações do trabalho e fortalecimento do diálogo
social.
Fonte: NCST
09/10/2023 -
Governo atualiza ‘lista suja’ do trabalho escravo,
com mais de 200 nomes e 19 no serviço doméstico
Segundo o Ministério do Trabalho, carvoarias e
áreas de criação de gado têm o maior número de casos
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou
nesta quinta-feira (5) versão atualizada da chamada
“lista suja”, relação de empregadores envolvidos com
trabalho análogo à escravidão. Desta vez, segundo a
Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), são 204
nomes, a maior quantidade já registrada. Desse
total, 19 referem-se a trabalho doméstico. A relação
completa pode ser conferida
aqui.
De acordo com o MTE, a atualização tem “decisões
irrecorríveis” referentes a casos identificados pela
Inspeção do Trabalho desde 2018. Esses casos
abrangem 25 das 27 unidades da federação – as
exceções são Acre e Amapá. Entre os estados com
maior quantidade, estão Minas Gerais (37), São Paulo
(32), Pará (17), Bahia e Piauí (14 cada), Maranhão
(13), Goiás (11) e Rio Grande do Sul (8).
Carvão, bovinos, domésticos
Ainda segundo a SIT, as atividades econômicas com
maior número de empregadores incluídos são produção
de carvão vegetal (23) e criação de bovinos para
corte (22). Em seguida, vêm serviços domésticos
(19), cultivo de café (12) e extração e britamento
de pedras (11).
“A inclusão de pessoas físicas ou jurídicas no
Cadastro de Empregadores só ocorre quando da
conclusão do processo administrativo que julgou o
auto específico de trabalho análogo à escravidão, no
qual tenha havido decisão administrativa
irrecorrível de procedência”, ressalta o MTE. A
atualização, semestral, visa a “dar transparência
aos atos administrativos que decorrem das ações
fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão”
realizadas por auditores-fiscais do Trabalho.
Mais de 1.400 resgates em 2023
Essas operações costumam incluir agentes de outros
órgãos públicos, como Defensoria Pública da União (DPU),
Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Trabalho
(MPT), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária
Federal (PRF). Os nomes dos empregadores devem
permanecer publicados durante dois anos. Por isso, a
atual lista teve 12 excluídos.
Das centenas de casos, dois se destacam pela
quantidade de trabalhadores resgatados. Foram 138 na
Fazenda São Franck, da Agro Pecuária Nova Gália, em
Acreúna (GO). E 78 em instalações de uma fábrica, ao
lado de igreja em Ceilândia, no Distrito Federal,
envolvendo o pastor Alírio Caetano dos Santos
Junior.
De acordo com os dados disponíveis na SIT, neste
ano, até agora, foram resgatados 1.443 trabalhadores
de situação análoga à escravidão. Em todo o ano de
2022, foram 2.587. Desde que as operações tiveram
início, em 1995, o total chega a 61.711.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/10/2023 -
Sindicatos podem perder registro se não atualizarem
dados junto ao MTE
Atualmente, 1.057 sindicatos estão com informações
defasadas há pelo menos sete anos – e, portanto,
podem deixar o CNES.
As entidades sindicais que não atualizarem seus
dados junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
correm o risco de perder o registro. A informação
consta na Portaria Nº 3.472 do MTE, que foi
publicada nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial
da União.
Com regras para a criação, fusão e incorporação de
entidades, a nova norma também trata de
procedimentos para a atualização de dados no
Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES).
Segundo o MTE, um dos objetivos é a “simplificação
do atendimento” aos sindicatos, bem como a
“racionalização de métodos e procedimentos de
controle”.
O texto lembra que uma portaria anterior, de 18 de
abril de 2005, já previa a necessidade de
recadastramento de todos as entidades registradas
antes daquela data. Agora, sindicatos, federações e
confederações pendentes terão de atualizar seus
dados até 31 de março de 2024, “sob pena de
cancelamento do registro”.
Além disso, conforme o artigo 38 da nova portaria, o
registro sindical também será cancelado se a
entidade não atualizar informações sobre sua
diretoria. Os “dados do mandato” não podem ficar
“vencidos” por mais de oito anos. Atualmente, 1.057
sindicatos estão com essas informações defasadas há
pelo menos sete anos – e, portanto, podem deixar o
CNES.
Fazia quase um ano que as análises de registro
sindical estavam paradas no MTE. Por isso, as
centrais sindicais saudaram a edição da portaria – e
já começaram a correr para orientar suas bases sobre
como atualizar os dados no CNES.
Fonte: Portal Vermelho
09/10/2023 -
STF garante direitos para gestantes temporárias e
comissionadas
Gestantes tem direito à licença-maternidade e
estabilidade desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto; decisão da Corte foi
unânime
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta
quinta-feira (5) que as gestantes contratadas pela
administração pública por prazo determinado ou em
cargo em comissão tem direito à licença-maternidade
e à estabilidade provisória desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. A decisão,
por unanimidade, seguindo a proposta apresentada
pelo relator, o ministro Luiz Fux.
A repercussão dessa decisão vai além do caso
analisado, pois servirá de referência para situações
semelhantes em todas as instâncias da Justiça
brasileira. O caso em pauta envolve uma professora
contratada por prazo determinado em Santa Catarina,
cujos direitos de licença-maternidade e estabilidade
provisória foram contestados pelo Estado.
A tese de julgamento pelos ministros é clara: ““A
trabalhadora gestante tem direito ao gozo da
licença-maternidade e à estabilidade provisória,
independentemente do regime jurídico aplicado, se
contratual ou administrativo, ainda que ocupe cargo
em comissão ou seja contratada por tempo
determinado”.
O ministro Fux, ao apresentar seu voto, enfatizou
que a proteção à maternidade vai além de uma
previsão constitucional, representando valores
fundamentais para a sociedade. Ele ressaltou a
importância de políticas públicas para corrigir as
falhas de mercado que afetam a maternidade. Estudos
também foram citados para destacar a vulnerabilidade
das mães no pós-parto e a necessidade de assistência
nesse período.
“A proteção à maternidade não decorre apenas das
circunstâncias jurídicas. Esta ela prevista
expressamente na Constituição com o direto, mas como
realidade natural de que ela representa a própria
preservação da espécie humana e também como uma
responsabilidade adicional que recai sobre as
mulheres”, afirmou o ministro. A estabilidade
provisória foi destacada como um direito relacionado
à dignidade da vida da mulher e da pessoa humana,
garantindo a efetividade prática dessa norma.
Fux reforçou que a prioridade é proteger a mãe e a
criança, superando possíveis restrições à liberdade
decisória de agentes públicos. “Ainda que possa de
certa forma causar restrição a liberdade decisória
de agentes públicos, a proteção constitucional
observa prioridade mais elevada, a de proteger a mãe
e a criança. O custo social de não reconhecimento de
tais diretos é consideravelmente maior que a
restrição da prerrogativa de nomear e exonerar de
gestores públicos”, salientou.
Essa decisão do STF representa um avanço
significativo na garantia dos direitos das gestantes
que atuam no serviço público, apoiando a importância
da licença-maternidade e da estabilidade provisória
para a preservação da saúde física e emocional das
mães e do bem-estar dos recém-nascidos.
com agências e o STF
Fonte: Portal Vermelho
06/10/2023 -
Registro de entidades sindicais é retomado com menos
burocracia
Regras para solução de conflitos entre entidades
também mudam
Após a suspensão, desde o início de agosto, das
análises e publicações de registros sindicais, o
Ministério do Trabalho e Emprego retomou os
procedimentos com a publicação de uma
portaria nesta quinta-feira (5), no Diário
Oficial da União, que traz novas regras. A adequação
de procedimentos administrativos e normativos
diminuem a burocracia e aumentam a transparência do
processo.
Uma das mudanças na solicitação do registro, que era
feito no portal gov.br e agora passou para o sistema
de Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES),
é a dispensa de apresentação de comprovante de
pagamento de uma guia de recolhimento da União para
custear as publicações no Diário Oficial. A
publicidade por meio do Diário Oficial e de jornais
foi mantida.
As normas agora exigem mais transparência sobre o
processo de escolha da diretoria, como forma de
eleição, chapas concorrentes, período de mandato e
informações sobre os escolhidos como CPF, empregador
e número de inscrição no conselho profissional, por
exemplo. Uma autodeclaração de pertencimento à
categoria também passa a ser necessária. Foi
estabelecido prazo entre o lançamento de edital para
convocação dos membros da categoria e a realização
da assembleia geral de fundação, ou ratificação da
fundação, do sindicato. São 20 dias, para a entidade
com base municipal, intermunicipal, ou estadual e 45
dias para as que têm base interestadual, ou
nacional.
Após solicitação no CNES de alteração estatutária, o
prazo para envio de documentação à Coordenação-Geral
de Registro Sindical é de 30 dias. A regulamentação
anterior deixava o processo aberto, sem prazo
estabelecido. Também foi acrescido o fornecimento de
informações sobre os assinantes da documentação
apresentada.
Os pedidos de registro de fusão e incorporação
seguem o mesmo caminho, com dispensa de apresentação
de comprovantes de pagamento e maior fornecimento de
informações sobre os assinantes dos documentos e
sobre os dirigentes sindicais. Outra mudança impede
a ampliação da representação do sindical em casos de
fusão, ou incorporação, já que o número de
dirigentes da entidade resultante não poderá ser
maior que a soma da representação dos sindicatos
preexistentes.
Federações e confederações
As mudanças no processo de registro de entidade de
grau superior, como federações e confederações,
seguem as mesmas linhas de desburocratização e
transparência, com a exigência de apresentação de
mais informações sobre as entidades fundadoras.
Mediação
As regras para solução de conflitos de representação
entre as entidades também mudaram. Uma delas é a
possibilidade de solicitação de mediação à
Secretaria de Relações do Trabalho ou às
superintendências regionais do Trabalho e Emprego.
A revisão do registro das entidades sindicais é uma
das políticas públicas adotadas pelo governo federal
em busca da reestruturação das relações de trabalho
e valorização da negociação coletiva. Esses temas
são debatidos por um grupo de trabalho
interministerial que elabora propostas pela
democratização das relações do trabalho e se reunirá
na tarde de hoje, com a participação do ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Fonte: Agência Brasil
06/10/2023 -
DIAP divulga lista de lideranças no Congresso
Nacional
Anualmente, o Diap (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar) divulga os nomes dos
deputados federais e senadores mais influentes no
Congresso. O levantamento, sério, é chamado de
“Cabeças” e reúne 100 parlamentares, selecionados
entre os 594 total.
A edição 2023 desse levantamento foi divulgada na
sexta, 29/9. A intenção do órgão é apontar aqueles
parlamentares que conseguem se diferenciar dos
demais pelo exercício de todas ou algumas das
qualidades e habilidades descritas.
Para o sindicalismo brasileiro, a pesquisa do Diap
ajuda na hora de dialogar com a Câmara e o Senado a
respeito dos vários temas de interesse dos
trabalhadores.
Vale destacar, também, que esse é um dos “produtos”
realizados pelo Departamento que é usado como
ferramenta pelas entidades sindicais.
Seleção – A escolha dos “cabeças” de 2023,
neste 1º ano da 57ª Legislatura, foi impactada por 3
vetores: alternância do poder na Presidência da
República, reeleição dos presidentes das casas
legislativas e formação de federações partidárias.
Entre os atributos que caracterizam protagonista do
processo legislativo, se destacam a capacidade de
conduzir debates, negociações, votações,
articulações e formulações, seja pelo saber, senso
de oportunidade, eficiência na leitura da realidade.
Vetores – No primeiro caso, pelo deslocamento
de partidos e parlamentares da situação para a
oposição e vice-versa. No segundo, pelo poder que
tem o presidente da Casa reeleito para alocar
aliados nos espaços do poder no interior da Casa
legislativa. E, no terceiro, pelo arranjo partidário
decorrente da união de partidos durante toda a
legislatura.
A pesquisa inclui apenas os parlamentares que
estavam no efetivo exercício do mandato no período
de avaliação, que vai do 1º trimestre de 2023 até
setembro de 2023. Assim, quem esteve ou está
licenciado do mandato, mesmo influente, não faz
parte da lista. Por isto, não constam entre os 100
mais influentes de 2023, os deputados que estão
licenciados do mandato, cumprindo missão no Poder
Executivo.
Entre os 100 parlamentares que comandam o processo
decisório no Congresso Nacional em, 71 são
deputados, e 29 são senadores. Desses, 69% pertencem
à base de sustentação do governo e 31%, à oposição.
Sindicatos – Como ferramenta necessária à
luta sindical, recomenda-se que dirigentes e
assessores dos Sindicatos – pelo menos – analisem a
pesquisa e usem no dia a dia.
Influentes – Além dos 100 “Cabeças”, desde a
7ª edição da série, o Diap divulga levantamento
incluindo na publicação anexo com outros que, mesmo
não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes,
têm recebido missões partidárias, podendo, mantida a
trajetória ascendente, estar futuramente na elite
parlamentar. Pode-se dizer que estão entre os 150
mais influentes.
Consulte aqui os nomes dos 100 parlamentares
citados na pesquisa.
Mais – Acesse o site do Diap.
Fonte: Agência Sindical
06/10/2023 -
Centrais sindicais celebram os 35 anos da
Constituição
Centrais sindicais celebram os 35 anos da
Constituição que iniciou o mais longo período
democrático no Brasil
Em nota conjunta, divulgada nesta quinta-feira (5),
as centrais sindicais celebraram os 35 de
promulgação da Constituição Federal que, de acordo
com elas, “iniciou o mais longo período democrático
no Brasil, garantindo a consolidação das
instituições e da representatividade”.
Os presidentes das centrais destacam que na
Constituição os direitos trabalhistas foram
aprimorados. Na nota elas citam alguns dos
principais avanços, entre os quais:
- a criação do seguro desemprego;
- a unificação do salário mínimo;
- a redução da jornada de trabalho de 48 para 44
horas;
- a ampliação da licença maternidade e da licença
paternidade;
- o estabelecimento das férias remuneradas e
- os direitos trabalhistas a empregados domésticos.
As lideranças das centrais ressaltam também o
fortalecimento dos sindicatos através do
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
trabalho e da autonomia sindical e liberdade de
organização, estendida aos servidores públicos.
Além disso, os sindicalistas destacam a unicidade
sindical, o sistema confederativo, a Contribuição
Sindical e outras fontes de sustentação da luta
sindical que foram mantidos.
Leia a íntegra do documento:
Nota das Centrais Sindicais – 35 anos da
Constituição de 1988
Seu caráter social e democrático deve ser
valorizado e validado
Promulgada há 35 anos, a Constituição de 1988
iniciou o mais longo período democrático no Brasil,
garantindo a consolidação das instituições e da
representatividade. É uma Carta de profunda
inspiração, que reflete a paixão dos que lutaram por
um país mais justo e livre do entulho autoritário da
ditadura militar.
Nela os direitos trabalhistas foram aprimorados.
Trabalhadores rurais foram plenamente equiparados
aos trabalhadores urbanos, foi criado o seguro
desemprego, o salário mínimo foi unificado, foi
reduzida a jornada de trabalho de 48 para 44 horas,
ampliada a licença maternidade e a licença
paternidade, estabelecidas férias remuneradas e
direitos trabalhistas a empregados domésticos.
Os sindicatos foram fortalecidos através do
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
trabalho e da autonomia sindical e liberdade de
organização, estendida aos servidores públicos. Além
disso, a unicidade sindical, o sistema
confederativo, a Contribuição Sindical e outras
fontes de sustentação da luta sindical foram
mantidos.
Destacamos também o reconhecimento e proteção dos
direitos dos povos indígenas, incluindo a demarcação
de terras, a introdução dos princípios e regras para
a proteção do meio ambiente e, principalmente, a
criação de um sistema de saúde público avançado
acessível a todos os brasileiros e brasileiras,
independentemente de renda ou status social: o
Sistema Único de Saúde (SUS).
Forjada no fogo de profundas divergências e
batalhas, forças conservadoras e reacionárias
conseguiram barrar avanços ainda maiores, impedindo,
entre outras coisas, a jornada semanal de 40 horas,
o pleno reconhecimento dos direitos das empregadas
domésticas e a reforma agrária.
Mas seu caráter social sobressai e marca um novo
tempo para a história do Brasil. A precisão e
profundidade com que cada artigo foi inscrito
garantiu a firmeza de seus propósitos civilizatórios
e valeu à Carta o sugestivo apelido de Constituição
Cidadã, criado pelo presidente da Câmara e da
Constituinte, Ulysses Guimarães.
Em seus 35 anos, a Constituição Cidadã se mantém
firme, imune à ataques golpistas e a tentativas de
desmontes por setores herdeiros do atraso. Ela deve
ser constantemente aprimorada, valorizada e
validada. A Constituição é um guia para a construção
da democracia, da convivência social e do respeito e
dignidade para todos e por todos.
São Paulo, 05 de outubro de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
06/10/2023 -
Preço da cesta básica cai na maioria das capitais, e
salário mínimo ‘compra’ mais produtos
Quem ganha o piso comprometeu menos renda com os
produtos básicos. Carne, batata e café caem de
preço, enquanto o arroz aumenta
O valor médio da cesta básica caiu, em setembro, em
14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo
pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5). Na
comparação com setembro do ano passado, os preços
subiram em nove e caíram em oito cidades. Mas no
acumulado do ano a predominância é de queda: o custo
diminuiu em 12 capitais, com destaque para as do
Centro-Oeste: Goiânia (-10,46%), Campo Grande
(-9,21%) e Brasília (-9,14%). Já as mais altas foram
apuradas na região Nordeste: Natal (2,50%), Aracaju
(2,17%) e Recife (0,90%).
Apenas em setembro, as principais quedas ocorreram
em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo
Grande (-2,32%), enquanto as elevações foram
registradas em Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e
Florianópolis (0,50%).
O maior custo foi o da capital catarinense (R$
747,64) e o menor, em Aracaju (R$ 532,34). A
composição da cesta no Nordeste é diferente.
Salário mínimo necessário para adquirir a cesta
básica
Assim, com base na cesta mais cara, o Dieese calculou
em R$ 6.280,93 o salário mínimo necessário para as
despesas básicas de um trabalhador e sua família
(com quatro integrantes). A proporção é de 4,76
vezes o mínimo oficial (de R$ 1.320). Caiu em
relação a agosto (4,84) e a setembro de 2022 (5,20).
Além disso, o tempo médio de trabalho para poder
adquirir os produtos da cesta vem diminuindo. Em
setembro, foi de 108 horas e 2 minutos, praticamente
uma hora a menos do que no mês anterior. E 10 horas
a menos em relação a setembro do ano passado (118
horas e 14 minutos). Segundo o Dieese, o trabalhador
remunerado pelo mínimo comprometeu 53,09% da renda
líquida com os produtos básicos. Os dados mostram
que o piso oficial tem mais poder de compra: em
agosto, a parcela da renda líquida foi de 53,57%, e
há um ano estava em 58,10%.
Preço da carne diminui
Entre os produtos, o preço da batata caiu em nove das
10 cidades do Centro-Sul, onde é pesquisado. Em
Brasília, por exemplo, a redução chegou a 26,01%. Já
o preço médio da carne bovina de primeira diminuiu
em 15 das 17 capitais – as exceções foram Natal e
Vitória. No acumulado em 12 meses, a redução foi
generalizada. No caso do leite integral e da
manteiga, o Dieese apurou queda em 14 cidades.
Pesquisados em regiões diferentes, o feijão
carioquinha teve redução de preço, enquanto o tipo
preto registrou alta. Os preços médios do café em pó
caíram em 13 capitais, e o do arroz agulhinha
aumentou em 15.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/10/2023 -
Norma coletiva pode afastar pagamento de horas de
deslocamento
O Supremo Tribunal Federal já decidiu que direitos
trabalhistas não previstos na Constituição podem ser
restringidos por meio de negociação coletiva. Assim,
empregados e empregadores podem negociar para
limitar ou mesmo suprimir o direito às horas de
deslocamento.
Com esse entendimento, a Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho validou uma cláusula coletiva que
isentava uma empresa alimentícia de pagar as horas
de deslocamento.
A ação foi movida por um operador de produção que
buscava integrar as horas de deslocamento à jornada
de trabalho e receber as horas extras
correspondentes.
A 3ª Turma do TST invalidou a cláusula coletiva que
suprimia o pagamento das horas de deslocamento.
Segundo o colegiado, a remuneração referente a esse
tempo é uma das garantias mínimas dos trabalhadores.
Ao julgar embargos interpostos pela empresa, o
ministro relator, Breno Medeiros, discordou da
fundamentação. Ele ressaltou que as horas de
deslocamento não são garantidas pela Constituição.
O presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa,
ressaltou que a validade de cláusulas do tipo já é
adotado pela maioria das turmas da Corte. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
ARR 10643-86.2017.5.18.0101
Fonte: Consultor Jurídico
05/10/2023 -
Ação contra o veto à contribuição assistencial no
Senado, que vai ao exame da Comissão de Assuntos
Sociais
Depois de aprovado na CAE (Comissões de
Assuntos Econômicos), nesta terça-feira (3), o PL
2.099/23, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
que impede os sindicatos de exigirem o pagamento da
contribuição sindical ou assistencial sem
autorização do empregado vai ser examinado pela CAS
(Comissão de Assuntos Sociais).
Nesse segundo colegiado, cujo presidente é o senador
Humberto Costa (PT-PE), o projeto tem caráter
terminativo. Isto é, caso seja aprovado, salvo
recurso ao plenário, o texto vai direto ao exame da
Câmara dos Deputados.
Procedimentos
Primeiro procedimento é pedir ao presidente do
colegiado que avoque a relatoria do projeto ou que
distribua para relator que possa debater de forma
democrática modelo de financiamento para a atividade
sindical antes de apresentar parecer para votação no
colegiado.
O segundo passo é tirar o caráter de urgência dessa
proposição para que se possa debater de forma mais
ampla e democrática, a questão do custeio às
organizações sindicais.
Outros movimentos
O passo seguinte é dialogar com os demais membros do
colegiado para esclarecer as funções das entidades
sindicais no processo democrático, com objetivo de
pacificar a sociedade e contribuir com o objetivo de
reduzir as desigualdades sociais e melhorar
distribuição de renda no País.
Para isso é necessário conversar, pessoalmente, com
os membros da comissão.
Concomitantemente, o movimento sindical pode
articular com os senadores para que o projeto, por
meio de requerimento, seja apreciado por outras
comissões, como a de Direitos Humanos e Legislação
participativa, cujo presidente é o senador Paulo
Paim (PT-RS), para ampliar o debate e esclarecer aos
senadores a importância das entidades de
representação de classe no contexto da democracia.
Outra iniciativa é, por meio de requerimento,
solicitar a realização de pelo menos uma audiência
pública, na CAS, a fim de esclarecer a necessidade
do financiamento do sistema sindical, seja por meio
da contribuição assistencial, que teve a
constitucionalidade estabelecida pela Suprema Corte,
ou qualquer outro modelo que possa garantir o pleno
funcionamento dos sindicatos e demais entidades do
sistema sindical.
Todo esse trabalho vai exigir dos dirigentes
sindicais ação presencial. Apenas o contato com esse
ou aquele líder não será suficiente para esclarecer
o assunto e desmistificar a função das entidades
sindicais no processo de representação dos
trabalhadores, assim como do setor empresarial.
A asfixia financeira das entidades dos trabalhadores
não é o melhor caminho para solucionar as
divergências pontuais que possam existir.
Fonte: Diap
05/10/2023 -
Ministro do Trabalho descarta volta do imposto
sindical obrigatório
Segundo ele, o que está em debate é uma
contribuição negocial aprovada em assembleia
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
descartou a volta do imposto sindical obrigatório ao
participar de audiência pública nesta quarta-feira
(4) na Câmara dos Deputados. “Isso não está em
debate”, afirmou.
“O imposto sindical acabou e não volta mais”,
reforçou o ministro do Trabalho. “O que está em
debate é a possibilidade de uma contribuição
negocial, desde que a assembleia delibere e aprove,
portanto não será obrigatória”, continuou ele.
O imposto sindical obrigatório – equivalente a um
dia de trabalho, descontado anualmente – foi extinto
pela reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em
2017. Com isso, quaisquer contribuições aos
sindicatos se tornaram opcionais.
Luiz Marinho disse que o governo deverá apresentar
ao Congresso uma proposta de mudança na estrutura
sindical, com novos mecanismos para o financiamento
dos sindicatos patronais e de trabalhadores. “Será
para os dois lados”, ressaltou.
Diferentes visões
O debate na Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle ocorreu a pedido da deputada Bia Kicis
(PL-DF), presidente do colegiado, e dos deputados
Evair Vieira de Melo (PP-ES), Kim Kataguiri (União-SP)
e Nikolas Ferreira (PL-MG).
“De fato, temos o compromisso de que não tem um
anseio no governo Lula pelo imposto sindical
obrigatório”, disse Nikolas Ferreira. Na avaliação
de Bia Kicis, os sindicatos terão de prestar bons
serviços para que o trabalhador queira pagar.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) apoiou o debate
sobre a reforma sindical. “Acerta o governo quando
discute alternativas para o sindicalismo no Brasil,
para o seu funcionamento, o seu fortalecimento e o
seu financiamento”, afirmou.
Outros assuntos
O ministro Luiz Marinho reiterou críticas às regras
sobre terceirização criadas em 2017. “O problema é
liberar para qualquer atividade, isso gera
diminuição brutal nos salários. A terceirização se
tornou irmã gêmea do trabalho escravo”, afirmou.
Luiz Marinho disse ainda que o governo enviará uma
proposta com mudanças no saque-aniversário do FGTS,
alvo de debate ontem na Câmara. “Vamos corrigir um
erro na lei, pelo qual o trabalhador hoje não pode
sacar todo o saldo”, explicou.
No debate, Kim Kataguiri questionou a autonomeação
do ministro para um dos conselhos do Serviço Social
do Comércio (Sesc). O deputado foi à Justiça contra
o ato. Luiz Marinho afirmou que, por lei, a pasta
ocupa vagas em várias entidades.
Já Evair Vieira de Melo criticou a atuação de
sindicatos no Espírito Santo e disse que enviará
denúncias ao ministério, e Luiz Marinho o apoiou. O
deputado pediu ainda a ajuda do governo em um
projeto sobre parcerias agrícolas (PL 3097/20).
Também participaram do debate os deputados Adriana
Ventura (Novo-SP), Junio Amaral (PL-MG), Jorge Solla
(PT-BA), Padre João (PT-MG), Rubens Pereira Júnior (PT-MA)
e Tadeu Veneri (PT-PR).
Fonte: Agência Câmara
05/10/2023 -
Redução de jornada volta à pauta de debates
As centrais sindicais por anos a fio têm
debatido sobre o tema da redução da jornada de
trabalho. A medida já foi objeto de PEC (Proposta de
Emenda à Constituição), de projetos de lei e é
sempre tema de discussão nas pautas de reivindicação
das entidades sindicais em suas diversas categoria.
André Santos*
Vale destacar que as propostas que tratam sobre a
redução de jornada, sem redução de salário.
O tema foi objeto de abaixo assinado organizado
pelas centrais sindicais em 2008, que entregou ao
Congresso Nacional mais de 1.585.000 assinaturas
solicitando a redução de jornada de trabalho sem
redução de salário.
O ato fez parte de audiência pública especial
presidida pelo então presidente da Câmara dos
Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O evento
contou com lideranças sindicais e representantes do
Dieese, DIAP, Ipea e também de representantes de
entidades patronais.
Sensibilizado com demandas das entidades e dos
trabalhadores, o então presidente da Câmara dos
Deputados, Michel Temer (MDB-SP), chegou a propor
alternativa às reivindicações dos trabalhadores,
jornada de 42 horas semanais, como pode ser
observado em texto publicado há época intitulado
“Qual a justa jornada”.
Irônica e contraditoriamente, Temer, quando assumiu
a Presidência da República, após impeachment de a
então presidente Dilma Rousseff (PT), encaminhou o
projeto de lei (PL 6.787/16) que deu origem à
Reforma Trabalhista — na verdade contrarreforma,
pois desmantelou e sobrepujou as relações de
trabalho erigidas pela CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho).
Depois de drasticamente alterado pelo Congresso
Nacional, Temer sancionou a proposta que, segundo
dirigentes das entidades sindicais e advogados
trabalhistas, precarizou as relações de trabalho.
Após o período pandêmico e depois de anos de
reivindicação dos trabalhadores e dirigentes
sindicais, pesquisas começam a mostrar resultados
positivos para redução da jornada sem redução de
salário. Os benefícios vão desde a melhor
concentração dos trabalhadores durante a jornada
laboral até o melhor convívio dos trabalhadores com
a família.
A Nota Técnica 57, do Dieese — “Reduzir a jornada de
trabalho é gerar empregos de qualidade” —, publicada
em 2007, demostrava as vantagens da redução, que
passa por maior geração de emprego e qualidade de
vida dos trabalhadores e foi tema da 4ª Marcha dos
Trabalhadores, organizada pelas centrais sindicais.
Agora, passados mais de 1 década das reivindicações
e de ampla defesa dos trabalhadores, com base em
dados e visando melhora para os sociedade laboral,
setores da econômica começam a ver as vantagens e
podem aderir a este dispositivo.
No Congresso Nacional, tramitam várias propostas que
versam sobre a redução da jornada de trabalho. As
justificativas são variadas, desde menor carga
horária de trabalho para cuidar de filho, com alguma
necessidade, ou até mesmo, o próprio trabalhador que
possa justificar a necessidade de redução em sua
carga laboral.
O Fantástico, revista eletrônica veiculada domingo,
pela Rede Globo, apresentou os resultados de
pesquisa que surpreende pelos resultados positivos.
Por 180 dias, 60 empresas britânicas continuaram
pagando a totalidade dos salários, com redução de
80% da carga horária, correspondendo 1 dia por
semana a menos. Como o programa trouxe resultados
positivos, ao fim do teste, 91% das empresas
decidiram seguir com o programa.
Principais pontos:
• saúde e sensação de bem-estar melhoraram muito;
• tiveram mais tempo pra fazer atividade física;
• disseram estar mais satisfeitos com o trabalho e
com a vida em geral — menos estressados, ansiosos;
• economizaram um dinheiro, em média, quase 300
libras por mês — cerca de R$ 1,6 mil; e
• passaram a gastar menos, por exemplo, com
transporte e creche para os filhos, já que podiam
ficar com as crianças 1 dia a mais.
Vantagens para as empresas
Para as empresas, as vantagens são interessantes:
maior assiduidade dos funcionários, queda nas
licenças médicas, entre outros motivos de ausências
justificadas dos trabalhadores. E o mais importante
para o setor econômico, é que a pesquisa revelou que
o faturamento das empresas aumentou.
Contudo, é hora de as entidades sindicais buscarem
entendimento com as entidades patronais e retomar o
debate, com a possibilidade de redução gradual ou de
imediato para os trabalhadores, observando as
vantagens para ambos os lados — o do trabalhador e o
da empresa.
(*) Analista político licenciado do Diap,
jornalista, especialista em Política e Representação
Parlamentar e sócio-diretor da Contatos Assessoria
Política.
Fonte: Diap
05/10/2023 -
Centrais sindicais repudiam prisões de trabalhadores
na Embraer
Confira a íntegra da nota:
Repressão na greve da Embraer: trabalhadores
detidos injustamente na Polícia Federal!
Nesta terça-feira (3) os metalúrgicos da Embraer
sofreram repressão da Polícia Militar do Estado de
São Paulo durante um movimento legítimo por
reivindicação salarial, no contexto da Campanha
Salarial da categoria.
A PM deslocou dez viaturas para a portaria da
Embraer e, no momento em que os trabalhadores em
assembleia aprovavam uma paralisação parcial para
exigir aumento real de salário e manutenção dos
direitos, o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos
de São José dos Campos e Região, José Dantas
Sobrinho, e o militante do movimento por moradia
Luta Popular, Ederlando Carlos da Silva, foram
agredidos e presos arbitrariamente.
Eles foram levados para a delegacia da Polícia
Federal, na região central de São José dos Campos, e
ainda no estacionamento da PF, foram mantidos nas
viaturas por mais de uma hora, numa ação de claro
constrangimento contra os militantes.
As centrais sindicais exigem a libertação imediata
de José Dantas Sobrinho e Ederlando Carlos da Silva
e se solidarizam com os trabalhadores da Embraer.
Lutar é um direito!
São Paulo, 03 de outubro de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/10/2023 -
Justiça do Trabalho tenta mediar acordo sobre plano
de demissão voluntária na Eletrobras
Um ano após privatização, número de empregados
caiu 20%
Em reunião com seguidos vaivéns, o Tribunal Superior
do Trabalho (TST) ainda não conseguiu acordo entre
representantes dos empregados e da recém-privatizada
Eletrobras sobre um plano de demissões voluntárias
(PDV). As partes conseguiram alguns avanços nesta
terça-feira (3), mas voltarão a se reunir daqui a
três dias.
Em 1º de setembro, o ministro Agra Belmonte, relator
do dissídio coletivo ajuizado pelos sindicatos, que
questionam o PDV, concedeu liminar para suspender as
demissões de funcionários que tivessem aderido ao
plano mas cuja homologação ainda não tinha sido
feita. Além disso, foram suspensas as datas-limite
de adesão ao PDV. Três dias depois, a Eletrobras
informou que os desligamentos estavam suspensos,
assim como as datas. Além de critérios, a discussão
se dá em torno de limites à redução.
Rescisões suspensas
Segundo a companhia, 353 rescisões realizadas em 31 de
agosto, não homologadas, foram suspensas. Em junho e
julho, 87 funcionários foram desligados. No total,
1.475 teriam aderido ao PDV.
Assim, a empresa fechou o segundo semestre com 8.438
funcionários. Em igual período do ano passado, eram
10.508. São 2.070 a menos em um ano, redução de
19,7%.
Quase 30% da geração de energia
Responsável por 29% da geração de energia do país, a
Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 3,64
bilhões em 2022, 36% a menos do que no ano anterior.
Fechou 2022 com pouco mais de 10 mil funcionários –
3.129 na região Sudeste, 2.869 no Nordeste, 1.443 no
Norte, 1.364 no Sul e 1.214 no Centro-Oeste.
Em outubro de 2022, ou seja, apenas quatro meses
após a privatização, os novos controladores lançaram
o primeiro PDV, direcionado a aposentados ou
“aposentáveis” até 30 de abril deste ano. Ainda
segundo a companhia 2.494, de um total de 2.711
elegíveis, aderiram ao plano.
A empresa foi privatizada em junho do ano passado.
Há um movimento para que o governo reveja a
desestatização. Com 43% das ações, o governo tem
apenas 10% dos votos, o que levou o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a ajuizar em maio último uma
ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7.385),
por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). A Lei
14.182, da privatização, proíbe acionistas (ou grupo
de acionistas) de ter mais de 10% dos votos. A ação
está com o ministro Nunes Marques, nomeado pelo
antecessor de Lula.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/10/2023 -
Nova Central e demais centrais entregam proposta de
regulação da contribuição negocial a Pacheco
A Nova Central — representada por Wilson Pereira,
presidente da Contratuh e diretor de finanças da
NCST, e Dr.Cristiano Meira, assessor jurídico da
NCST —participou nesta segunda-feira (2) de uma
reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), para entregar a proposta de
regulação da contribuição assistencial das centrais.
O documento traz esclarecimentos aos trabalhadores e
trabalhadoras sobre a contribuição
negocial/assistencial e orientações para os
sindicatos referentes à decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), que considerou a cobrança da
contribuição assistencial/negocial constitucional.
O encontro, que contou com a participação dos
representantes das demais centrais sindicais,
ocorreu no dia anterior à reunião da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) que vota hoje projeto de
lei para proibir esse tipo de cobrança (PL
2099/2023).
O PL 2099 impede os sindicatos de exigirem qualquer
contribuição dos trabalhadores sem autorização
prévia e expressa. A proposta tem relatório
favorável do senador Rogério Marinho (PL-RN). O
projeto ainda precisará passar pela Comissão de
Assuntos Sociais (CAS), que terá a palavra final.
Após o encontro com os sindicalistas, Pacheco
afirmou que o Senado vai trabalhar para construir um
consenso em favor da sustentabilidade dos
sindicatos. Ele garantiu que não se cogita a
retomada da antiga contribuição sindical
obrigatória, extinta com a reforma trabalhista de
2017 (Lei 13.467, de 2017), mas explicou que a
contribuição assistencial é um instrumento
diferente.
— A primeira premissa é que não há na decisão do STF
a revogação do que foi feito pelo Congresso na
reforma trabalhista. Ela se mantém intacta, com a
faculdade da contribuição sindical, que continua
sendo não-obrigatória. A contribuição assistencial
pressupõe o êxito do sindicato na negociação
coletiva, e esse êxito, compartilhado com os
empregados. Estamos buscando há algum tempo uma
forma de fomento dos sindicatos. É importante haver
a vida sindical no Brasil e haver condições para
esses sindicatos dialogarem — disse Pacheco.
O presidente Nova Central Sindical, Moacyr Auersvald,
e os presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB e
CSB assinaram o “Termo de Autorregulação das
Centrais Sindicais - Tacs contribuição negocial”,
elaborado em conjunto pelas seis centrais e
divulgado na última quinta-feira (28).
Com informações da Agência Senado
Fonte: NCST
04/10/2023 -
CAE aprova projeto que impede sindicato de cobrar
contribuição sem autorização
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (3) o projeto de lei (PL)
2.099/2023, que impede os sindicatos de exigirem
o pagamento da contribuição sindical sem autorização
do empregado. O texto do senador Styvenson Valentim
(Podemos-RN) recebeu relatório favorável do senador
Rogerio Marinho (PL-RN) e segue para a Comissão de
Assuntos Sociais (CAS).
A proposição altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT — Decreto-Lei 5.452, de 1943). De
acordo com o projeto, mesmo que seja filiado, o
trabalhador deve autorizar prévia e expressamente a
cobrança de contribuições aos sindicatos da
categoria econômica ou profissional.
Histórico
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), antes de 2017 a contribuição sindical,
federativa e assistencial tinha natureza tributária
e, portanto, era obrigatória inclusive para
trabalhadores não sindicalizados. Com a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467, de 2017), a contribuição
passou a ser facultativa aos não associados.
Em setembro deste ano, a Corte decidiu pela
constitucionalidade da cobrança de contribuição
assistencial dos empregados não filiados ao
sindicato em caso de acordo, convenção coletiva de
trabalho ou sentença judicial. Mas o STF garantiu ao
trabalhador o direito de se opor à cobrança, o que
terá de ser feito expressamente.
Cobrança
O relator, senador Rogerio Marinho, alterou a proposta
original para garantir o direito de oposição,
segundo o novo entendimento do STF. O texto proíbe a
cobrança de não sindicalizados e exige inclusive
autorização prévia do trabalhador ou profissional
liberal sindicalizado para que a contribuição
sindical seja recolhida.
A cobrança só pode ser feita a todos os envolvidos
na negociação coletiva, associados e não associados,
por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho
e garantido o direito de oposição. A contribuição
vinculada à negociação coletiva só pode ser cobrada
uma única vez ao ano e na vigência do acordo ou
convenção.
A cobrança deve ser feita exclusivamente por meio de
boleto bancário ou sistemas de pagamentos
instantâneos criados pelo Banco Central, como o PIX.
Caso exista previsão em acordo ou convenção
coletiva, o empregador pode descontar a contribuição
no contracheque e repassá-la ao sindicato, mas não é
obrigado a fazê-lo.
Na contratação
No ato da contratação, o empregador deve informar ao
empregado por escrito qual é o sindicato que
representa sua categoria e o valor da contribuição
assistencial cobrada. Também deve esclarecer ao
trabalhador sobre o direito de não se filiar ao
sindicato e não pagar a contribuição.
Quando da assinatura do acordo ou da convenção
coletiva, o contratante e o sindicato devem informar
o empregado, em até 5 dias úteis, a respeito do
valor a ser cobrado e do seu direito de oposição ao
pagamento. O empregado pode se opor ao pagamento da
contribuição no ato da contratação ou em até 60 dias
do início do contrato de trabalho ou da assinatura
do acordo ou da convenção coletiva.
O trabalhador também pode exercer o direito de
oposição em assembleia, que deverá ser aberta aos
associados e não associados e convocada com pauta de
discussão ou aprovação da negociação coletiva. Para
se opor, o empregado pode usar qualquer meio de
comunicação, como e-mail, aplicativos de mensagem,
ou comparecer pessoalmente ao sindicato.
A manifestação deve ser por escrito e com cópia para
o empregador. Sindicato e contratante devem arquivar
o pedido por pelo menos cinco anos.
O projeto proíbe o envio de boleto ou guia para
pagamento à residência do empregado ou à sede da
empresa, caso o trabalhador já tenha exercido seu
direito de não pagar. Em caso de desobediência, o
sindicato fica sujeito a multa.
Nenhum valor pode ser cobrado do empregado que
exerce o direito de não pagar a contribuição. O
trabalhador pode desistir da oposição e pagar a
contribuição a qualquer tempo.
Divulgação
O projeto obriga os sindicatos a dar ampla publicidade
ao direito de oposição por todos os mecanismos
disponíveis, como páginas na internet, aplicativos
de mensagens ou e-mails. As entidades não podem
exigir a contribuição de empregados ou empregadores,
sob qualquer pretexto — mesmo que referendada por
negociação coletiva, assembleia-geral ou outro meio
previsto no estatuto da entidade.
Rogério Marinho disse ter recebido dezenas de
relatos de trabalhadores submetidos “obstruções e
constrangimentos” ao direito de não pagar a
contribuição. O parlamentar cita o caso de um
sindicato de Sorocaba (SP) que, após convenção
coletiva, passou a descontar 12% de contribuição
assistencial ao ano sobre o valor do salário ou
exigir o pagamento de uma taxa de R$ 150 de quem não
quiser pagar a contribuição.
— Assistimos a um festival de arbitrariedades
cometidas por alguns sindicatos, que podem ser
generalizados caso não tenhamos a possibilidade de
regulamentar essa situação. Salário é verba de
natureza alimentar. Você deveria ter o arbítrio de
determinar se deve ou não permitir o rateio com uma
entidade que eventualmente você considere importante
para sua vida laboral — afirmou Rogério Marinho.
O líder do Governo, senador Jaques Wagner (PT-BA),
criticou o impacto do PL 2.099/2023 sobre a
organização trabalhadores. Para efeito de
comparação, ele citou o caso de sindicatos patronais
que recebem recursos recolhidos compulsoriamente
sobre a folha de pagamentos.
— Não me consta que nenhum empresário pague a
contribuição do Sistema S e não bote na sua planilha
de custo. Sai do bolso do trabalhador. Isso é parte
do Custo Brasil, mas nisso não se mexe. Quem está
pagando é o trabalhador, que sustenta o sistema
sindical patronal. Enquanto essas coisas não se
equipararem, não se pode pedir que alguém tenha uma
arma, e o outro entre nessa batalha desarmado —
criticou Wagner.
Fonte: Agência Senado
04/10/2023 -
Produção industrial cresce 0,4% de julho para agosto
É o que revela pesquisa do IBGE
A produção industrial do país cresceu 0,4% em agosto
deste ano, na comparação com julho. O resultado veio
depois de uma queda de 0,6% em julho. Os dados são
da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta
terça-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor apresentou alta de 0,5% na comparação com
agosto de 2022. No entanto, ele soma quedas de 0,3%
no acumulado do ano e de 0,1% no acumulado de 12
meses.
“Mesmo com o resultado de crescimento em agosto de
2023, a indústria permanece distante de recuperar as
perdas do passado recente, estando, nesse momento,
1,8% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja,
fevereiro de 2020, e 18,3% abaixo do ponto mais
elevado da série histórica, que foi alcançado em
maio de 2011”, disse o gerente da pesquisa, André
Macedo.
Aumento de produção
Na passagem de julho para agosto, 18 dos 25 ramos
industriais pesquisados pelo IBGE apresentaram
aumento na produção, com destaques para
farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos
automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos (16,6%).
Entre as seis atividades em queda, os principais
recuos ficaram com indústrias extrativas (-2,7%),
produtos diversos (-8,0%), couro, artigos para
viagem e calçados (-4,2%) e de metalurgia (-1,1%).
Celulose, papel e produtos de papel integram um
segmento que apresentou estabilidade no mês.
Na análise das quatro grandes categorias econômicas
da indústria, três tiveram alta: bens de consumo
duráveis (8%), bens de consumo semi e não duráveis
(1%) e bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (4,3%). No
sentido oposto, os bens intermediários, isto é, os
insumos industrializados usados no setor produtivo
tiveram queda, de 0,3%.
Fonte: Agência Brasil
04/10/2023 -
Para reduzir fila, INSS passa a conceder auxílio
doença sem perícia
Benefício será concedido com análise documental
de atestados médicos
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está
autorizado a conceder o benefício de auxílio doença
somente com análise documental de atestados e laudos
médicos, sem que o trabalhador formal precise
agendar uma pericia presencial com médico federal.
A medida foi adotada pelo Ministério da Previdência
Social, que enfrenta um acúmulo de pedidos de
auxílio por incapacidade temporária, nome oficial do
benefício conhecido como auxílio doença.
Hoje, a fila conta com mais de 1,1 milhão de
trabalhadores com carteira assinada no aguardo do
auxílio. Desses, mais de 600 mil ainda aguardam o
agendamento de perícia.
Por meio de portaria publicada no Diário Oficial da
União (DOU) na semana passada, o ministério
regulamentou a concessão do benefício. Para
solicitar, o segurado do INSS deve enviar toda
documentação, com assinatura verificável de
profissionais registrados, por meio da plataforma
Atestmed, criada especificamente para isso.
No caso de acidente de trabalho, é obrigatória a
apresentação também da Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). Se todos os documentos estiverem de
acordo com as regras, o auxílio doença deverá ser
concedido “com dispensa de parecer conclusivo da
Perícia Médica Federal quanto à incapacidade
laboral”, diz a norma sobre o assunto.
O governo tem tentado também outras estratégias para
reduzir a fila do auxílio doença, como a ligação
direta para que assegurados antecipem perícias já
agendadas. Outra iniciativa é o pagamento de bônus
por produtividade aos peritos e outros servidores.
Fonte: Agência Brasil
04/10/2023 -
Governo Lula estuda mudanças no saque-aniversário no
FGTS, diz secretário em debate na Câmara
Ele afirmou também que sem o saque-aniversário,
entre 2020 e 2022, cerca de 662 mil famílias
poderiam ter sido beneficiadas com programas de
habitação popular
O governo Lula estuda mudanças no saque-aniversário
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ao
optar por essa modalidade, o trabalhador pode
anualmente resgatar parte do saldo na conta
vinculada no mês do aniversário, mas fica impedido
de pegar o resto em uma eventual demissão por justa
causa.
Na segunda-feira (2), o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o presidente Lula
autorizou o envio ao Congresso de um projeto de lei
“corrigindo a injustiça do saque-aniversário que
proíbe as pessoas de ter o direito de resgatar o que
é seu”. O ministro não deu detalhes.
Extinção do saque-aniversário
Nesta terça-feira (3), durante audiência pública na
Câmara dos Deputados para avaliar a possibilidade de
extinção do saque-aniversário, o secretário de
Proteção ao Trabalhador do ministério, Carlos
Augusto Simões Gonçalves Júnior, falou sobre o tema
ao ser questionado pelo deputado Capitão Alberto
Neto (PL-AM).
“É de conhecimento público que o ministro
protagonizou uma iniciativa e está discutindo com o
governo, mas não há nada definido”, afirmou
Gonçalves Júnior. “Não estamos propondo a extinção
do saque-aniversário”, ressaltou. No início do ano,
Luiz Marinho havia cogitado o fim do
saque-aniversário, mas depois recuou.
Segundo o secretário, a ideia agora é conciliar três
aspectos do FGTS:
- a proteção dos trabalhadores em caso de demissão,
- o financiamento de políticas públicas e
- a distribuição de resultados para os cotistas do
fundo.
“Vamos ser claros, mantidas as regras existentes, o
FGTS não é sustentável a médio e longo prazos”,
alertou.
Financiamento habitacional prejudicado
Gonçalves Júnior ainda explicou que, pelos cálculos da
Caixa Econômica Federal, operadora do FGTS, caso não
existisse o saque-aniversário, entre 2020 e 2022,
cerca de 662 mil famílias poderiam ter sido
beneficiadas por programas de habitação popular.
Além disso, essas obras teriam gerado mais de 609
mil empregos.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (CBIC), José Carlos Martins, e o
representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) no Conselho Curador do FGTS, José Abelha Neto,
também citaram riscos para financiamento
habitacional.
Operações do FGTS no setor somaram R$ 389,6 bilhões
em 2022.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
03/10/2023 -
Comissão discute planos do governo de recriar
imposto sindical
O imposto sindical era obrigatório até 2017, com
a aprovação da reforma trabalhista passou a ser
opcional
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da
Câmara dos Deputados realiza audiência pública na
quarta-feira (4) para ouvir o ministro do Trabalho,
Luiz Marinho, sobre a recriação do imposto sindical.
A reunião será realizada no plenário 9, às 10h30.
O imposto sindical obrigatório (equivalente a um dia
de trabalho, descontado anualmente) foi extinto em
2017, quando entrou em vigor a reforma trabalhista.
Com a mudança, a contribuição passou a ser opcional.
O debate foi proposto pela deputada Bia Kicis
(PL-DF) e pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG),
Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Kim Kataguiri (União-SP).
Formato diferente
Em entrevista à Voz do Brasil no fim de agosto, o
ministro disse que a proposta em discussão é
diferente. O formato da nova contribuição, explicou
Marinho, prevê um teto máximo de até 1% da renda
anual do trabalhador. "Esse é o teto, mas assembleia
pode decidir que é 0,5%, é 0,25%, pode decidir que é
nada", acrescentou.
Bia Kicis e Nikolas Ferreira calculam que a cobrança
de 1% do rendimento anual do trabalhador pode
representar até o triplo do valor extinto pela
reforma trabalhista.
Segundo estudo do Departamento Intersindical de
Estatística (Dieese) citado por Vieira de Melo, o
orçamento sindical reduziu de R$ 3,6 bilhões em 2017
para R$ 68 milhões em 2023.
Terceirização e trabalho escravo
Já o deputado Kim Kataguiri quer explicações do
ministro sobre comparação da reforma trabalhista com
o trabalho escravo.
Em abril, em audiência na Câmara, Marinho disse que
“a Lei de Terceirização hoje é irmã gêmea do
trabalho escravo. Para ele, a terceirização, como
está, trouxe “perversidade, desregulação e incentivo
ao trabalho informal”.
"A terceirização é uma prática que tem sido
amplamente debatida e regulamentada em diversos
países, incluindo o Brasil, com o objetivo de
flexibilizar a contratação de serviços", afirma
Kataguiri ressaltando que a prática precisa ser
devidamente fiscalizada para evitar violações de
direitos trabalhistas.
Para o deputado, ao associar a terceirização ao
trabalho escravo de forma generalizada, o ministro
envia uma mensagem negativa para investidores e
empresários.
Fonte: Agência Câmara
03/10/2023 -
Senador Rogério Marinho volta a disparar
A Comissão de Assuntos Econômicos pode votar terça
(3) cedo proposta do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
que impede os Sindicatos de exigir contribuição
sindical ou assistencial sem autorização do
empregado.
Trata-se do PL 2.099/23, que é relatado no colegiado
temático pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) – ele
emitiu voto a favor da matéria. Marinho foi relator,
na Câmara, da Reforma Trabalhista de Temer, em 2017.
É inimigo do sindicalismo.
Proposta tem o mesmo caráter do projeto que deu
origem à Reforma Trabalhista.
Autorização – O Projeto 2.099/23 altera a CLT
pra que mesmo os filiados tenham que autorizar
prévia e expressamente a cobrança de contribuições
aos Sindicatos da categoria econômica ou
profissional.
Com a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), a
contribuição passou a ser facultativa a
não-associados. Em setembro, o Supremo Tribunal
Federal decidiu pela constitucionalidade da cobrança
da assistencial de empregados não-sindicalizados, em
caso de acordo, convenção ou sentença judicial,
garantido ao trabalhador o direito de se opor
expressamente à cobrança.
Escopo – Segundo o projeto a ser votado, no
ato da contratação, o empregador deverá informar ao
empregado, por escrito, o Sindicato que representa a
categoria e o valor da contribuição assistencial, e
também sobre o direito de não se associar e não
pagar a contribuição.
Essa orientação é antissindical, pois ninguém é
obrigado a ingressar no Sindicato (está na
Constituição). O objetivo desse projeto é inibir,
afrontar e tentar e destruir os Sindicatos.
O empregado também poderá se opor à contribuição em
até 60 dias do início do contrato de trabalho ou da
assinatura do acordo ou convenção coletiva, mas não
poderá ser cobrado qualquer valor do empregado pra
que exerça seu direito de não pagar a contribuição.
O trabalhador poderá desistir da oposição e pagar a
contribuição a qualquer tempo.
Falácias – Rogério Marinho, no
relatório/parecer, alterou a proposta original de
forma a garantir o direito de oposição, à luz da
nova decisão do STF. Afirma receber dezenas de
relatos de trabalhadores submetidos a filas extensas
sob sol e chuva, prazos restritos, horários
inoportunos, taxas abusivas, decisões por
assembleias de baixíssimo quórum, redução de horário
de atendimento, comparecimento presencial
obrigatório, insistência inconveniente e inoportuna,
entre outras.
Tramitação – Depois de votada na CAE, a
proposição segue pra análise Comissão de Assuntos
Sociais, cuja decisão é terminativa: se aprovado e
não houver recurso ao plenário, o texto vai à Câmara
dos Deputados.
Fonte: Diap – www.diap.org.br
03/10/2023 -
Brasil registra geração de 220,8 mil empregos em
agosto
No acumulado do ano, saldo é de 1,38 milhão de
vagas criadas
O Brasil registrou saldo positivo de 220.844
empregos com carteira assinada no mês de agosto
deste ano. No acumulado do ano (janeiro a agosto), o
saldo é de 1,38 milhão de vagas.
O saldo do mês é o reflexo de 2.099.211 admissões
contra 1.878.367 desligamentos. No ano, as admissões
alcançaram 15.937.956 postos, sendo desligados
14.549.894 trabalhadores.
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nesta
segunda-feira (2) pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
O estoque de empregos formais no país chegou a 43,8
milhões de postos em agosto, uma variação de 0,51%
em relação ao mês anterior. Este foi novamente o
maior valor já registrado na série histórica levando
em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a
2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).
Salários
Os salários de admissão e desligamento chegaram a R$
2.037,90 e R$ 2.121,90 em agosto, respectivamente,
sendo maior para o grupo masculino, que chegou a R$
2.116,47, contra R$ 1.924,51 alcançado pelo grupo
feminino.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
avalia que os dados mostram o início do processo de
aquecimento da massa salarial, que está ligado,
segundo ele, ao aumento do salário mínimo e aos
acordos coletivos de trabalho, que na grande maioria
têm sido além da inflação. “Isso acaba também
provocando um crescimento na massa salarial”, diz.
Setores
O setor de serviços foi o maior gerador de empregos em
agosto, chegando a 114.439 postos no mês. Em
seguida, aparece o setor do comércio, com 41.843
empregos criados em agosto. A indústria gerou 31.086
vagas; a construção, 28.359; e a agropecuária,
5.126.
Entre os estados, o destaque é para São Paulo, que
teve o melhor desempenho, gerando 65.462 postos no
mês, seguido do Rio de Janeiro (18.992) e Pernambuco
(15.566). Os menores saldos foram verificados no
Espírito Santos (315), no Acre (448) e em Roraima
(689).
Fonte: Agência Brasil
03/10/2023 -
Comissão vai debater 20 anos do Estatuto da Pessoa
Idosa
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
da Câmara dos Deputados vai realizar audiência
pública na quarta-feira (4) para debater os efeitos
da promulgação, há 20 anos, do Estatuto da Pessoa
Idosa.
A reunião está marcada para as 14h30 no plenário 12.
O autor do requerimento para a realização da
audiência é o deputado Aliel Machado (PV-PR). Ele
lembra que o número de idosos aumentou nesses 20
anos, representando agora 14,3% da população
brasileira, com a perspectiva de superar a parcela
com menos de 14 anos em 2030.
"Neste contexto, com a multiplicação das disputas,
dos pontos de inflexão e das formas de violência,
aponta-se que a efetiva aplicação do texto ainda é
um desafio, especialmente do ponto de vista de
implementação de políticas públicas e de orçamento
para a pessoa idosa", justificou Machado.
Fonte: Agência Câmara
03/10/2023 -
Comissão vai debater regulamentação de trabalhadores
de aplicativos
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados vai
realizar audiência pública na quarta-feira (4) para
debater a regulamentação da atividade dos
trabalhadores de aplicativos.
A reunião está marcada para as 9h30 no plenário 12.
A reunião foi motivada por requerimentos
apresentados pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e
Flávia Morais (PDT-GO), e pelos deputados Túlio
Gadêlha (Rede-PE), Vicentinho (PT-SP), e Alexandre
Lindenmeyer (PT-RS).
"Sem o estabelecimento de regras que garantam
direitos e deveres na relação entre os trabalhadores
e as plataformas, os trabalhadores ficam sem vínculo
empregatício e reféns da lógica de prestação de
serviço, a qual não garante proteções legais
básicas, como seguro contra acidentes de trabalho,
férias e direito de descanso", justificou Erika
Kokay.
"Além disso, as plataformas mantém poder absoluto
para despedir ou banir trabalhadores sem qualquer
justificativa, o que gera uma insegurança
constante", acrescentou.
Estudo
Túlio Gadêlha cita estudo da Universidade Federal do
Paraná que examinou 485 decisões da Justiça do
Trabalho relacionadas a plataformas como Uber, iFood
e Rappi.
Nesses casos:
- 78,14% das decisões não reconheceram a relação de
emprego;
- 5,98% das decisões reconheceram; e
- 15,88% não abordaram a questão.
"Essa situação alarmante de informalidade,
considerando o agravante da exposição ao trânsito e
ao risco de morte, torna urgente o debate para
humanizar essa situação, com uma regulamentação que
preserve e conceda direitos e garantias a esses
trabalhadores", defendeu Gadêlha.
Fonte: Agência Câmara
03/10/2023 -
Comissões discutem possibilidade de fim do
saque-aniversário do FGTS
A Comissão de Trabalho e a Comissão de Legislação
Participativa da Câmara dos Deputados realizam
audiência pública conjunta nesta terça-feira (3)
sobre os planos do governo em relação ao
saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS).
O debate será realizado no plenário 3, a partir das
10 horas, a pedido dos deputados Evair Vieira de
Melo (PP-ES) e Leonardo Monteiro (PT-MG).
O que é o saque-aniversário
Criado pela Lei 13.932/19, o saque-aniversário permite
ao trabalhador retirar parte do saldo de sua conta
do FGTS, anualmente, no mês de seu aniversário.
O empregado pode mudar de ideia e voltar para a
modalidade tradicional, que só permite o saque em
alguns casos como demissão sem justa causa e compra
de imóveis. Ao mudar de modalidade, no entanto, ele
fica dois anos sem poder sacar o fundo, mesmo se for
demitido.
Desde que entrou em vigor (em abril de 2020), 28
milhões de trabalhadores aderiram ao
saque-aniversário e retiraram R$ 34 bilhões do FGTS.
O que diz o ministério
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, é contra o
saque-aniversário. Em janeiro, Marinho chegou a
anunciar o fim dessa modalidade. No dia seguinte, no
entanto, o ministro voltou atrás.
"A manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS
será objeto de amplo debate junto ao Conselho
Curador do FGTS e com as centrais sindicais",
escreveu Luiz Marinho em suas redes sociais.
Vantagens
"Essa modalidade é uma opção para os tomadores de
crédito, tem caráter voluntário, é segura e
apresenta taxas competitivas entre as existentes no
mercado", argumentou argumentou Vieira de Melo, que
também integra a Subcomissão do FGTS.
"Propor sua extinção não é vantajoso nem para o
trabalhador nem para o mercado de crédito",
acrescentou.
Desvantagens
Para Leonardo Monteiro, "apesar da boa intenção dos
legisladores, [o saque-aniversário] se tornou um mau
para os trabalhadores". O deputado afirma que muitos
trabalhadores estão transformando o
saque-aniversário em um 14º salário.
"No momento de necessidade, terão um saldo menor. E,
se forem demitidos sem justa causa, terão uma
carência de 25 meses para sacar o fundo daquela
empresa", alerta.
Fonte: Agência Câmara
02/10/2023 -
Projeto que veda contribuição sindical obrigatória
está na pauta da CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deverá votar
na terça-feira (3), em reunião marcada para as 10h,
a proposta do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN)
que impede os sindicatos de exigirem o pagamento da
contribuição sindical sem autorização do empregado.
O projeto de lei 2099/2023 é relatado na comissão
pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), que emitiu
voto a favor da matéria.
O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943) para que mesmo os
filiados tenham que autorizar prévia e expressamente
a cobrança de contribuições aos sindicatos da sua
categoria econômica ou profissional. Com a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467, de 2017), a contribuição
passou a ser facultativa aos não associados. No
entanto, no início de setembro o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da
cobrança de contribuição assistencial dos empregados
não filiados ao sindicato em caso de acordo,
convenção coletiva de trabalho ou sentença judicial,
garantido ao trabalhador o direito de se opor
expressamente à cobrança.
Segundo o projeto, no ato da contratação, o
empregador deverá informar ao empregado, por
escrito, qual é o sindicato que representa sua
categoria e o valor da contribuição assistencial
cobrada, e também sobre seu direito de não se filiar
ao sindicato e não pagar a contribuição. O empregado
também poderá se opor ao pagamento da contribuição
em até 60 dias do início do contrato de trabalho ou
da assinatura do acordo ou da convenção coletiva,
mas não poderá ser cobrado qualquer valor do
empregado para que ele exerça seu direito de não
pagar a contribuição. O trabalhador poderá desistir
da oposição e pagar a contribuição a qualquer tempo.
Rogério Marinho, em seu relatório, alterou a
proposta original de forma a garantir o exercício do
direito de oposição, à luz da nova decisão do STF.
Ele afirma que tem recebido dezenas de relatos de
trabalhadores submetidos a filas extensas sob sol e
chuva, prazos restritos, horários inoportunos, taxas
abusivas, decisões tomadas por assembleias de
baixíssimo quórum, redução de horário de
atendimento, comparecimento presencial obrigatório,
insistência inconveniente e inoportuna, entre outras
“obstruções e constrangimentos” ao direito de não
pagar a contribuição.
Depois de votada na CAE, a proposição segue para
análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), cuja
decisão é terminativa: se aprovado e não houver
recurso de Plenário, o texto vai à Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
02/10/2023 -
Barroso: Trabalhador não deveria se recusar a pagar
o sindicato
Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), em entrevista coletiva ocorrida
sexta, 29 de setembro, sobre a contribuição negocial,
o financiamento do sindicato que faz acordo para
todos (associados e não associados) da categoria,
trazendo benefícios sociais e reajustes salariais.
Contribuição assistencial já estava na lei
A reforma trabalhista do governo [Michel] Temer acabou
com a contribuição trabalhista obrigatória, que a
imprensa chama de imposto sindical. Então, não
existe mais no Brasil a contribuição sindical
obrigatória, que era aquele desconto de
sindicalizados ou não. Não existe mais no Brasil. E
aí, lá na CLT [Consolidação das Leis do Trabalho],
relativamente escondido e despercebido, tinha um
outro dispositivo que tratava sobre a contribuição
que se chamava ‘contribuição assistencial’. Foi essa
contribuição assistencial, que já estava na lei, que
foi reavivada nesta decisão do Supremo.
Sindicato negocia e conquista para todos
“O que é a contribuição assistencial? Nada tem a ver
com contribuição obrigatória. Se o sindicato dos
empregados fizer uma negociação com o sindicato
patronal e chegarem a um acordo que traga proveito
para os empregados, o sindicato pode incluir no
acordo coletivo o pagamento de uma verba que
corresponderia um pouco ao que chamam os advogados
de honorários de êxito. Ou seja, obteve um proveito
para aquela categoria, tem direito de receber um
valor por ter conduzido com sucesso aquela
negociação. Que é um requisito importante para o
sindicato ter como negociar e ter motivação de fazer
bons acordos para o empregado.
Não é compulsório
“Portanto, não é compulsório. É negociado, previsto em
acordo coletivo e se o empregado não quiser ele pode
simplesmente ser tirado fora. Ele pode dizer: ‘eu
não quero contribuir’. E aí ele comunica a empresa
para não deixar descontar aquele dia de trabalho,
que é o que geralmente se adota, da folha dele.
Portanto, não tem nada de compulsório. Depende de um
acordo e pode pular fora. Pode, mas não deve. Porque
ele se beneficiou, vale para sindicalizados e não
sindicalizados. O acordo beneficia todo mundo.
Agora, se o beneficiário ingratamente não quiser
pagar, ele pode dizer que não quer. Portanto, essa
foi uma matéria divulgada de forma menos precisa e
que criou um ruído desnecessário.
Fonte: Rádio Peão Brasil
02/10/2023 -
Com menor taxa desde 2015, país tem 1,3 milhão de
desempregados a menos em um ano. Renda sobe
Segundo o IBGE, total de trabalhadores com
carteira é o maior em oito anos. Desalento caiu.
Massa de rendimento bate recorde
A taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre
encerrado em agosto. Foi a menor desde fevereiro de
2015, segundo a série histórica da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
O total de desempregados foi estimado em 8,416
milhões – 528 mil a menos no trimestre (-5,9%) e
1,277 milhão a menos em 12 meses (-13,2%). É o menor
número desde junho de 2015.
Já o total de ocupados subiu para 99,653 milhões,
alta de 1,3% ante maio e de 0,6% em relação a 2022.
A pesquisa mostra redução da informalidade, que no
entanto ainda se mantém elevada: a taxa foi para
39,1%, ante 39,7% em igual período do ano passado.
São quase 39 milhões de trabalhadores informais.
Com e sem carteira
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira
assinada no setor privado soma 37,248 milhões,
crescimento de 1,1% no trimestre e de 3,5% em um
ano. É o maior número também desde fevereiro de
2015. Já o total de empregados sem carteira (13,199
milhões) subiu 2,1% ante maio e ficou estável em 12
meses.
Por sua vez, o número de trabalhadores por conta
própria (25,359 milhões) caiu 2% em relação a 2022.
E o de trabalhadores domésticos (5,892 milhões)
ficou estável nesse período.
Queda no desemprego e também entre os que
desistiram de procurar trabalho
Os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar
mais) são 20,234 milhões, queda de 2,2% no trimestre
e de 15,5% em um ano. É o menor contingente desde
fevereiro de 2016. A queda no desemprego foi
acompanhada por redução no número de desalentados
(que desistiram de procurar trabalho). São 3,576
milhões, com redução de 16,2% ante 2022, e também no
menor número desde setembro de 2016.
Entre os setores de atividade, na comparação com
agosto do ano passado, a ocupação cresceu em áreas
ligadas a serviços (como alojamento/alimentação e
transporte/correio) e na administração pública. Caiu
na agricultura e na construção civil, ficando
relativamente estável na indústria e no comércio.
Estimado em R$ 2.927, o rendimento ficou estável no
trimestre e subiu 4,6% em um ano. A massa de
rendimentos somou R$ 288,9 bilhões, valor recorde da
série histórica, com alta de 5,5% ante 2022.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/10/2023 -
Especialistas divergem sobre possibilidade de a
Justiça do Trabalho julgar crimes
Projeto em discussão na Câmara prevê o crime de
demissão por motivo ideológico, a ser julgado na
Justiça do Trabalho
Especialistas divergiram nesta quinta-feira (28)
sobre a competência da Justiça do Trabalho de julgar
crimes. A iniciativa está prevista no Projeto de Lei
494/19, que prevê detenção de três meses a um ano e
multa para o empregador que demitir funcionário por
motivo ideológico e atribui a condução do processo à
Justiça do Trabalho.
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, que
analisa o projeto, debateu o assunto.
Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) Cláudio Mascarenhas Brandão, o projeto
incentiva a diversidade política, garantindo a
liberdade de opinião do trabalhador.
“A relação de trabalho não transfere para o
empregador o controle da pessoa do empregado. O
ambiente de trabalho não pode privar qualquer pessoa
da possibilidade de expressar ou de manter consigo a
opção ideológica”, defendeu.
O ministro é favorável à atribuição da competência
penal à Justiça trabalhista, o que atualmente a
Constituição reserva aos juízes federais. “Eu
entendo que a competência deva ser a mais abrangente
possível, até por conta da especialidade de
conhecimento”, frisou Mascarenhas.
Na mesma linha, o representante da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), Valter Souza Pugliesi, observou que a
legislação já atribuiu aos juízes trabalhistas a
competência sobre outras controvérsias nas relações
de trabalho.
“Não há nenhum dispositivo que proíba que a
legislação infraconstitucional traga essa
disposição. Pela própria especialidade da
magistratura do Trabalho, no que diz respeito a
todas as controvérsias do trabalho, nada há que
impeça à Justiça do Trabalho a competência penal”,
disse.
Inconstitucional
Já para o representante da Associação dos Juízes
Federais do Brasil (Ajufe) Fábio Ramiro, as ações
penais não podem ser atribuídas à Justiça
trabalhista, porque requerem ritos distintos
daqueles do processo civil.
“Essa previsão de julgar outras controvérsias
(atribuídas à Justiça do Trabalho) não inclui
crimes, até porque o processo penal exige ação penal
e exige uma sentença, ainda que os fatos sejam
incontroversos, diferentemente da questão civil”,
disse o juiz.
Ramiro observou ainda que essa alteração prevista no
projeto de lei somente poderia ser possível por meio
de emenda à Constituição, sob o risco de ser
inconstitucional.
Rescisão de contrato
Contrário ao projeto, o deputado Professor Paulo
Fernando (Republicanos-DF) acredita que a rescisão
do contrato seria a solução mais efetiva para casos
de divergência ideológica nas relações de trabalho.
“Não é razoável obrigar e manter uma relação de
trabalho na qual se exige cooperação e convergência
de interesses, se o empregado e o empregador ao
longo do relacionamento verificam que não partilham
desses mesmos elementos”, disse.
O parlamentar apresentou voto em separado, contra o
relatório da deputada Erika Kokay (PT-DF), que é
favorável à aprovação do projeto na Comissão de
Trabalho.
Fonte: Agência Câmara
02/10/2023 -
STF decide que Congresso deve regulamentar a
licença-paternidade
Parlamentares terão 18 meses para criar as regras
do benefício
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta
sexta-feira (29) maioria de votos para determinar ao
Congresso a aprovação de uma lei para garantir a
implementação da licença-paternidade.
Pela decisão, os parlamentares terão prazo de 18
meses para criar as regras do benefício. Caso não
seja aprovado, a licença-paternidade deverá seguir
as regras da licença-maternidade, que é de 120 dias.
Por 7 a 1, a maioria dos ministros votou para
declarar a omissão do Congresso na regulamentação da
licença para os pais, que foi garantida na
Constituição, mas desde a promulgação não foi
regulamentada.
A decisão da Corte foi tomada a partir de uma ação
protocolada em 2012 pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde (CNTS). O julgamento ocorre
no plenário virtual e vai até 6 de outubro.
Pela modalidade virtual, os ministros inserem os
votos no sistema eletrônico e não há deliberação
presencial. O julgamento é aberto com o voto do
relator. Em seguida, os demais ministros passam a
votar até o horário limite estabelecido pelo
sistema.
Fonte: Agência Brasil
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