Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2025
06/10/2025 -
Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e
ativistas por Israel
As Centrais Sindicais divulgaram nota nesta
quinta-feira (2) em repúdio à interceptação e ao
sequestro de ativistas que levavam suprimentos a
Gaza. Veja abaixo a íntegra da nota:
Nós, das centrais sindicais brasileiras,
manifestamos nossa veemente repulsa às ações do
Estado de Israel, que oprime, violenta e massacra
milhares de inocentes — crianças, idosos, mulheres e
homens — de forma indiscriminada.
A mais recente ação criminosa foi a interceptação e
o sequestro, em águas internacionais, de ativistas
da Flotilha Global Sumud, que buscavam romper o
cerco ilegal a Gaza para levar alimentos,
medicamentos e outros suprimentos essenciais às
vítimas das investidas do governo de Benjamin
Netanyahu.
Entre os cerca de 500 ativistas sequestrados de 44
países, encontram-se 12 brasileiros, que
corajosamente se lançaram nesta importante missão
humanitária.
A situação é gravíssima. O genocídio explícito em
Gaza horroriza e envergonha a humanidade. A opinião
pública mundial se mostra cada vez mais revoltada
diante das ações covardes e desproporcionais do
governo de Israel contra o povo palestino.
Diante disso:
Conclamamos nossas organizações sindicais e
populares a promover manifestações e protestos em
todo o país, exigindo a imediata e incondicional
libertação dos sequestrados.
Conclamamos também o governo brasileiro a tomar
medidas para proteger a vida dos brasileiros
envolvidos e romper relações com o Estado de Israel.
Pare o genocídio em Gaza! Cessar fogo já!
São Paulo, 2 de outubro de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
José Gozze, presidente da Pública
Luis Carlos Prates (Mancha), executiva da CSP-Conlutas
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
Fonte: Hora do Povo

06/10/2025 -
Isenção do IR: Senado deve aprovar projeto
rapidamente, avaliam senadores
Depois de mais de seis meses de tramitação, a Câmara
dos Deputados aprovou na quarta-feira (1º) o projeto
de lei que prevê a isenção do Imposto de Renda (IR)
para quem recebe até R$ 5 mil mensais, além de
descontos para quem ganha até R$ 7.350. Esse projeto
(PL 1.087/25) foi proposto pelo governo federal.
A expectativa dos senadores é que a matéria tramite
de forma mais rápida no Senado e possa valer já no
próximo ano. Para entrar em vigor em 2026, o texto
precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado
pelo presidente da República ainda em 2025.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (PT-AP), avalia que a votação do projeto
no Plenário do Senado deve ocorrer até o início de
novembro. Mas, antes disso, o texto precisa passar
pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
— Tem de passar rápido, porque o brasileiro não quer
pagar imposto no ano que vem. Nossa expectativa é
que até novembro a gente possa votar aqui [no
Plenário do Senado]. No máximo, no começo de
novembro — disse Randolfe.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) considera que a
proposta não enfrentará obstáculos no Senado.
— Acho que vai aprovar. É evidente que haverá alguns
destaques. A proposta do PL é ampliar a faixa de
isenção para R$ 10 mil, e não para R$ 5 mil, que
ainda é pouco. Chegando aqui [no Senado], votamos
rápido — reiterou.
O Senado já havia aprovado um projeto semelhante na
semana passada, na Comissão de Assuntos Econômicos.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da
CAE, foi o relator da proposta, que foi encaminhada
à Câmara. Conforme ele mesmo contou, essa decisão
teve o objetivo de pressionar aquela Casa a aprovar
o projeto do governo.
Fonte: Agência Senado

06/10/2025 -
Governo Lula terá de enviar ao Congresso política de
reajuste da tabela do IR
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
terá o prazo de um ano para enviar ao Congresso
projeto contendo política de reajuste anual da
tabela do Imposto de Renda (IR).
É o que determina uma das emendas acatadas no
projeto de isenção do IR aprovado numa votação
histórica na noite desta quarta-feira (1º) na Câmara
dos Deputados.
A matéria, que zera o pagamento do imposto para quem
ganha até R$ 5 mil e reduz, proporcionalmente, os
valores para os que recebem até R$ 7.350, foi
aprovada por 493 votos favoráveis, ou seja,
unanimidade dos parlamentares presentes.
“Finalmente a gente vai reajustar a tabela do
imposto de renda. Ela está há dez anos sem nenhum
reajuste, achatando e corroendo o rendimento da
classe média. A nossa luta vai continuar no Senado
para impedir qualquer retrocesso para garantir que o
texto fique ainda melhor”, diz a deputada Tabata
Amaral (PSB-SP), autora da emenda.
Desse modo, o texto propõe o reajuste da tabela de
acordo com a variação do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA), o que garante
previsibilidade, estabilidade e justiça fiscal.
“Trata-se de um mecanismo objetivo, que dispensa
negociações políticas anuais e assegura que a
redução do imposto sobre a renda, ora proposta,
mantenha sua eficácia ao longo do tempo”, diz um
trecho da emenda.
Sem essa correção anual pela inflação, justifica-se
que haverá defasagem da tabela e elevação indireta
da carga tributária sobre trabalhadores e
assalariados, “em violação ao princípio da
capacidade contributiva”.
A deputada reforça que a tabela progressiva do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) se encontra
historicamente defasada em relação à inflação
acumulada.
“Essa situação gera uma tributação não autorizada
pelo legislador, mas produzida pela inércia estatal,
incidindo sobre rendimentos que deveriam estar em
faixas inferiores ou isentos. A emenda promove
segurança jurídica e isonomia, assegurando que a
progressividade do imposto não seja distorcida por
efeitos inflacionários”, explica.
Ela ressalta ainda que a atualização monetária
proposta não implica renúncia tributária, por não se
tratar de benefício fiscal, “mas sim da manutenção
dos parâmetros do sistema de referência adotado pela
Receita Federal do Brasil, impedindo que a inflação
distorça a incidência do imposto”.
Fonte: Portal Vermelho

06/10/2025 -
Dissídio 2025 redefine salário e reajuste dos
trabalhadores
Dissídio 2025 aumenta salário mínimo para R$
1.518,00. Entenda como calcular o reajuste, os
impactos para diferentes categorias e os desafios
das negociações coletivas
O dissídio de 2025 reajustou o salário mínimo para
R$ 1.518,00, representando alta de 7,5%. A medida
impacta milhões de trabalhadores, corrigindo perdas
salariais acumuladas pela inflação.
Cada categoria negocia reajustes conforme sua
convenção coletiva. Trabalhadores, sindicatos,
representantes patronais e governo participam do
processo, que segue regras específicas para cada
setor e data-base definida.
O cálculo considera a inflação medida pelo INPC e os
acordos coletivos firmados. As negociações buscam
equilíbrio entre a recomposição do poder de compra e
a capacidade empresarial.
Sindicatos apresentam reivindicações, enquanto
empresas avaliam o cenário financeiro. Se não houver
acordo, a Justiça do Trabalho pode decidir,
garantindo aplicação das cláusulas coletivas
vigentes.
A escolha entre reajuste abaixo da inflação ou ganho
real desafia representantes sindicais. Em períodos
de crise, ceder pode preservar empregos, mas também
gerar descontentamento entre trabalhadores.
Segundo Gustavo Pádua, advogado e consultor
sindical, “as negociações coletivas são
desafiadoras, com inflação acumulada em 5,20% até
maio e aumentos maiores em setores como
alimentação”.
Ele acrescenta que “20% das negociações ficaram
abaixo da inflação, o que dificulta recompor o poder
de compra. O avanço em cláusulas sociais pode
equilibrar as relações”.
O dissídio de 2025 resultou no reajuste do salário
mínimo para R$ 1.518,00, determinado em votação no
Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da
República.
Contudo, o piso salarial de uma determinada
categoria de trabalhadores, dependerá das cláusulas
negociadas em cada convenção coletiva, coordenada
pelo sindicato. Por isso é fundamental que você
participe e associe-se ao seu sindicato para que ele
tenha mais força nas negociações com o patronato.
Fonte: Rádio Peão Brasil

06/10/2025 -
Governo Lula prepara anúncio de melhorias em vales
alimentação e refeição
Segundo o ministro Luiz Marinho (MTE), novas
medidas devem ser lançadas em outubro. Objetivo é
limitar taxa cobrada dos estabelecimentos e reduzir
o prazo para repasses
O governo Lula deverá anunciar, em outubro, as
mudanças que vem sendo estudadas para baratear o
custo do vale-alimentação e do vale-refeição. A
informação foi dada pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho.
“Precisamos decidir em outubro, de qualquer jeito. O
que estamos buscando é criar condições para evitar
ajuizamento”, disse o ministro durante coletiva de
imprensa nesta segunda-feira (29), quando foram
apresentados os dados da geração de emprego de
agosto.
O presidente Lula autorizou Marinho e o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, a decidirem a questão
assim que a mesa de negociação com os setores
envolvidos estiver vencida.
O objetivo do governo é limitar a taxa de desconto
cobrada de bares, restaurantes e supermercados nas
vendas com vale-refeição e vale-alimentação e
reduzir o prazo que as empresas têm para repassar os
valores aos estabelecimentos conveniados, que
atualmente é de 30 dias. O debate em torno dessas
mudanças envolve, ainda, a portabilidade do cartão
de benefícios.
Entregadores
Outro ponto tratado na coletiva foi o adiamento de um
pacto de valorização das condições de trabalho de
entregadores de aplicativo, que seria assinado nesta
segunda-feira (29) com o iFood.
Segundo o ministro, o governo está tentando ampliar
o número de participantes, a fim de que mais
trabalhadores sejam beneficiados, o que teria
atrasado o acordo. “Estamos conversando com outras
empresas e queremos fazer uma mesa mais ampla, além
do iFood”, explicou.
A garantia de direitos e a regulamentação da
categoria tem sido uma luta constante de parte
desses trabalhadores, bem como do governo,
parlamentares e movimento sindical. As
reivindicações por melhores condições de trabalho e
salário vêm ganhando cada vez mais apoio, dadas as
condições precárias às quais esses entregadores são
submetidos.
Além disso, o tema também está em pauta no Supremo
Tribunal Federal (STF), que retomou, nesta semana, o
julgamento sobre vínculo empregatício entre
trabalhadores e plataformas. A decisão criará uma
jurisprudência para o tema.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho

06/10/2025 -
Mulheres cobram urgência na ratificação de convenção
contra assédio e violência no trabalho
Governo brasileiro aderiu ao texto em 2023 e o
enviou para análise do Congresso Nacional
Representantes do governo federal, do Ministério
Público do Trabalho e de variadas entidades ligadas
aos direitos das mulheres fizeram apelo à Câmara dos
Deputados para a imediata ratificação da Convenção
190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
que busca a eliminação da violência e do assédio no
ambiente de trabalho.
O governo brasileiro aderiu ao texto em 2023 e o
enviou para análise do Congresso Nacional (MSC
86/23). Atualmente, está em análise da Comissão de
Relações Exteriores da Câmara, onde chegou a receber
parecer favorável da primeira relatora, deputada
Fernanda Melchionna (Psol-RS), mas enfrenta
resistência de alguns partidos de direita.
Em audiência conjunta das comissões de Trabalho e
das Mulheres, na terça-feira (30), a coordenadora do
Comitê de Mulheres na entidade Internacional dos
Serviços Públicos (ISP), Luciana de Melo, apresentou
o slogan “Ratifica Já!”.
“É importante para as mulheres? Sim. Mas não pode
ser uma luta só das mulheres. Esta convenção precisa
ser uma luta da sociedade”, disse.
Coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de
Oportunidades e Eliminação da Discriminação no
Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT),
Danielle Corrêa apresentou dados recentes que
reforçam a urgência da ratificação.
“Somente neste ano (até setembro), foram recebidas
17.118 notícias de fato sobre violência e assédio no
país. Há um aumento em média de 25% de denúncias a
mais de ano a ano”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara

03/10/2025 -
Centrais dizem a Paulinho: “Sem anistia!”
Terça (30), seis Centrais Sindicais reuniram-se em
Brasília com o relator do Projeto de Anistia,
bancado pela direita e extrema direita
bolsonaristas. As Centrais deixaram clara a posição
unitária de não abrir mão das penas imputadas pelo
Supremo aos golpistas do 8 de Janeiro.
Diz a Nota das seis Centrais: “Para que viremos a
página da nossa trágica história golpista, devemos
ir até o fim com aquilo que os constituintes em 1988
outorgaram: o golpismo será punido. Que assim o seja
até o fim.”
As entidades também enfatizaram a Pauta Unitária da
Classe Trabalhadora, cujo item principal, hoje, é a
aprovação do Projeto de Lei do Presidente Lula,
isentando do Imposto de Renda salários até R$ 5 mil.
A isenção foi debatida com Lula, em abril de 2022,
quando ele inda era candidato à Presidência da
República.
LEIA A NOTA:
DIALOGO, SEMPRE. GOLPE, NUNCA MAIS!
A democracia moderna é uma longa história de lutas
pela igualdade de direitos e contra o recorrente
golpismo da elite civil ou militar. As entidades
sindicais (Centrais, Confederações, Federações e
Sindicatos) sempre estiveram à frente na construção
do Estado Democrático de Direito e das suas
instituições, para garantir a liberdade e a
igualdade. No Brasil não foi diferente.
O golpismo impune é uma marca trágica da nossa
República. Na década de 80 superamos, mais uma vez,
um golpe civil-militar que durou mais de duas
décadas, cerceando a liberdade, fechando
instituições, prendendo e matando, retirando
direitos trabalhistas, sociais e arrochando
salários. As anistias, sob o argumento de
pacificação, “autorizaram” novas tentativas de
golpe, como o que culminou no 8 de janeiro de 2023.
Foram quatro anos de iniciativas para viabilizar o
golpe, atacando instituições, movimentos sociais e
entidades sindicais, promovendo o negacionismo
responsável por mais de 700 mil mortes na crise
sanitária, a maioria evitável com vacina.
Bloqueamos e impedimos o golpe de 8 de janeiro de
2023! Nossas instituições garantiram o devido
processo legal para aqueles que foram identificados
como os arquitetos e operadores do golpe, bem como
àqueles que aderiram à iniciativa na frente dos
quarteis e, depois, depredando o patrimônio público,
símbolo e espaço das nossas instituições.
Investigados, julgados e condenados, devem cumprir
as penas previstas na Lei. Vamos virar a página da
nossa história. Nossa Constituição é clara, para
esses crimes não há anistia nem perdão. Para que
viremos a página da nossa trágica história golpista,
devemos ir até o fim com aquilo que os constituintes
em 1988 outorgaram: o golpismo será punido. Que
assim o seja até o fim.
O movimento sindical sempre esteve na arena pública
do diálogo social, negociando e fazendo acordos
salariais, tratando das políticas públicas e da vida
política do país. Por isso, mais uma vez,
manifestamos nosso apoio aos esforços de diálogo e
de construção de entendimentos em torno do
fortalecimento das instituições, da igualdade de
direitos, da transparência, do bom uso dos recursos
públicos, mas sem anistia. Vale ressaltar que o
Supremo Tribunal Federal teve e tem papel
fundamental na manutenção e no fortalecimento da
democracia.
Consideramos essencial também que o Congresso
Nacional aprove o projeto de correção da tabela do
Imposto de Renda, de tributação dos super-ricos;
trate da redução da jornada de trabalho e fim da
escala 6X1; amplie a proteção trabalhista e
previdenciária para os mais de 100 milhões de
trabalhadoras e trabalhadores; valorize e fortaleça
a negociação coletiva e o sindicalismo
representativo, entre outros projetos relevantes.
Essa é pauta de interesse da classe trabalhadora,
que deve avançar, trazendo benefícios para toda a
sociedade, sem anistia e projetos de proteção e
privilégios de parlamentares.
Por um Brasil que deixa o golpismo para trás. Sem
anistia! Viva o Brasil! Viva a Democracia!
Brasília, 29 de setembro de 2025
Sérgio Nobre. Presidente da CUT. Miguel Torres.
Presidente da Força Sindical. Ricardo Patah.
Presidente da UGT. Adilson Araújo – presidente da
CTB. Moacyr Tesch Auersvald. Presidente da Nova
Central Sindical. Antonio Neto. presidente da
Central dos Sindicatos Brasileiros.
Fonte: Agência Sindical

03/10/2025 -
Entenda o que muda para quem ganha até R$ 7.350 com
a isenção do IR
O texto, que ainda depende da análise do Senado,
tem potencial para beneficiar cerca de 16 milhões de
contribuintes
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira
(1º), o projeto que amplia a faixa de isenção do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para
trabalhadores que recebem até R$ 5.000 por mês e
cria alíquotas reduzidas para rendimentos de até R$
7.350. O texto, que ainda depende da análise do
Senado, tem potencial para beneficiar cerca de 16
milhões de contribuintes. As informações são do UOL.
Na prática, quem ganha até R$ 5.000 mensais ficará
totalmente isento do tributo. Já os contribuintes
que recebem valores entre R$ 5.001 e R$ 7.350 terão
descontos progressivos. Um trabalhador com salário
de R$ 6.250, por exemplo, passará a economizar cerca
de R$ 1.800 por ano. Se sancionada sem alterações, a
nova tabela entrará em vigor em 2026.
Para compensar a redução na arrecadação, a proposta
cria um imposto mínimo para os mais ricos e
estabelece tributação sobre dividendos enviados ao
exterior. A cobrança extra começará em 2,5% para
rendimentos anuais acima de R$ 600 mil (equivalente
a R$ 50 mil mensais) e poderá chegar a 10% para quem
recebe mais de R$ 1,2 milhão por ano.
De acordo com o Ministério da Fazenda, apenas 0,13%
dos contribuintes brasileiros — cerca de 140 mil
pessoas — serão afetados pela nova regra. Hoje, esse
grupo paga em média 2,54% de IR.
Outra mudança relevante é a taxação de dividendos,
atualmente isentos. O governo argumenta que a medida
reduz distorções que permitem a profissionais
liberais e empresários pejotizados pagarem menos
imposto ao retirar rendimentos como lucros de suas
empresas.
Se aprovada pelo Senado, a proposta representará a
maior reformulação recente da tabela do IR,
aliviando o peso do imposto para a classe média e
reforçando a tributação sobre a parcela mais rica da
população.
Fonte: Brasil247

03/10/2025 -
Projeto amplia para seis meses a licença-maternidade
de trabalhadoras da iniciativa privada
O Projeto de Lei 1059/25 amplia o prazo da
licença-maternidade para seis meses para
trabalhadoras da iniciativa privada. O texto altera
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A proposta prevê ainda que, em caso de parto
antecipado, a empregada terá direito aos 180 dias de
licença-maternidade previstos. Atualmente, o
benefício é para apenas às servidoras públicas.
Para o autor do projeto, deputado Josenildo
(PDT-AP), a ampliação da licença-maternidade para
180 dias para todas as trabalhadoras regidas pela
CLT representa um avanço significativo para
mulheres, crianças e empresas.
“A licença-maternidade de 180 dias se mostra uma
medida essencial para a promoção da saúde
materno-infantil, para o equilíbrio entre vida
profissional e pessoal e para o fortalecimento das
empresas. Garantir a ampliação da licença representa
um avanço para a sociedade brasileira”, afirmou.
Próximos Passos
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será
analisado pelas comissões de Trabalho; de Defesa dos
Direitos da Mulher; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser
aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara

02/10/2025 -
Câmara aprova projeto que isenta do Imposto de Renda
quem ganha até R$ 5 mil por mês
Proposta segue para o Senado
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
1087/25, do Poder Executivo, que concede desconto
para zerar o Imposto de Renda das Pessoas Físicas
(IRPF) de quem ganha até R$ 5 mil mensais e institui
cobrança adicional para aqueles com rendimento
tributável acima de R$ 600 mil ao ano. A proposta
será enviada ao Senado.
A intenção do projeto é aumentar o escalonamento dos
tributos cobrados com base na chamada alíquota
efetiva (encontrada após deduções e isenções).
Para compensar a isenção de até R$ 5 mil, a proposta
cria um patamar mínimo de 10% do IR que pode atingir
cerca de 141,4 mil contribuintes pessoas físicas de
alta renda que hoje recolhem, em média, com alíquota
efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais,
incluindo distribuição de lucros e dividendos.
Trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de
IR sobre seus ganhos.
As reduções para a faixa até R$ 5 mil se repetem na
Declaração de Ajuste Anual (DAA) do IRPF, quer o
contribuinte opte por fazer a declaração completa
(com deduções de gastos de saúde e educação, por
exemplo) ou opte pelo desconto simplificado (cujo
valor é ajustado de R$ 16.754,34 para R$ 17.640,00).
O desconto proposto será aplicado inclusive sobre o
13º salário, que tem tributação exclusiva na fonte
(não entra na conta com os demais salários na
declaração anual).
Fonte: Agência Câmara

02/10/2025 -
Anistia precisará de acordo com Senado para ser
votada, diz relator
Paulinho da Força quer evitar que aconteça com
seu texto o que aconteceu com a PEC da Blindagem,
que foi derrubada logo ao chegar no Senado.
Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (30)
após reunião com a executiva nacional do PL, o
deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP),
relator da anistia aos réus dos ataques de 8 de
janeiro de 2023, afirmou que a votação do projeto só
será possível quando houver um consenso com o Senado
a respeito da aprovação.
O cronograma original previsto pelo relator era de
apresentação do texto e votação ainda nesta terça. O
plano precisou ser adiado por ainda não haver acordo
com o Senado. "Eu insisto que tem que ser pacificado
com o Senado. Não dá para a gente votar de novo uma
questão e o Senado não votar lá. Então nós
precisamos pacificar com o Senado. Sendo resolvido
isso, a gente pode votar", disse.
O receio de Paulinho da Força é que se repita com o
seu texto o mesmo que aconteceu com a PEC da
Blindagem, que foi aprovada com ampla maioria na
Câmara e derrubada no Senado ainda em sua primeira
etapa de tramitação, na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ).
Anistia ampla x Dosimetria
O relator reforçou que, mesmo diante da pressão da
bancada do PL para que seja feita uma anistia total,
seu texto ainda segue com a proposta de abordagem
limitada, alterando apenas os critérios de
dosimetria para crimes contra o Estado de Direito.
Paulinho da Força argumenta que a posição dominante
no Colégio de Líderes é o de que a mudança de
dosimetria é o caminho mais seguro em caso de
eventual judicialização sobre o texto aprovado.
"Eu estou trabalhando com a ideia de fazer a média
da opinião da casa. Eu fui indicado relator por um
grupo de líderes que confiam nesse trabalho. E todos
esses líderes acham que o trabalho de uma anistia
ampla, geral e restrita vai ser barrada no Supremo.
Então nós estaríamos trabalhando seis, sete meses
para chegar lá e voltar à estaca zero", declarou.
Fonte: Congresso em Foco

02/10/2025 -
Comissão aprova uso do Fundo de Amparo ao
Trabalhador para saneamento
Projeto busca aumentar oferta de recursos para
obras de saneamento básico no setor rural em todo o
país.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
aprovou nesta terça-feira (30) o projeto de lei
1087/2024, do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR),
que reserva uma fatia das aplicações do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT) para projetos de
saneamento básico em áreas rurais. A proposta
estabelece que 3% dos valores repassados anualmente
ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) com essa finalidade sejam usados
exclusivamente para financiar obras desse tipo.
O FAT é um fundo público vinculado ao Ministério do
Trabalho. Alimentado pela arrecadação do PIS/Pasep,
ele financia o seguro-desemprego, o abono salarial e
projetos de desenvolvimento econômico. Por regra, ao
menos 28% dos recursos arrecadados devem ser
destinados ao BNDES para aplicação em áreas
produtivas. O texto aprovado na CAE propõe que uma
fração dessa parcela, o equivalente a 0,84% do total
anual do PIS/Pasep, vá diretamente para o saneamento
rural, o que representa cerca de R$ 870 milhões por
ano.
Relator da proposta, o senador Sérgio Petecão
(PSD-AC) apresentou um substitutivo autorizando o
governo a suspender ou limitar o repasse até o fim
do primeiro trimestre de cada ano, caso necessário.
Ele também incluiu a previsão de que os valores não
utilizados poderão retornar ao FAT após três anos,
deixando de ser exclusivos para o setor rural.
Em seu parecer, Petecão reconheceu limitações, mas
defendeu a relevância da proposta. "Embora não seja
um montante suficiente para garantir isoladamente a
expansão da oferta de saneamento básico rural no
ritmo pretendido (...), trata-se de valor
significativo, que, agregado a outras fontes de
recursos, pode contribuir decisivamente para a
necessária expansão".
O senador apontou ainda entraves para a execução
plena dos recursos, como a baixa viabilidade
econômica dos projetos em áreas isoladas. "O déficit
só existe porque os investimentos necessários para o
atendimento dessa parcela da população não têm
perspectiva de retorno do principal e dos encargos
de juros e demais custos", afirmou. Segundo ele, "os
custos de atendimento à população de áreas rurais
tendem a ser maiores do que os necessários ao
atendimento da população urbana".
Apesar do risco de sobras, Petecão acredita que o
projeto pode contribuir para suprir lacunas
históricas no atendimento básico fora dos centros
urbanos. "A expansão do saneamento básico propicia a
redução da despesa pública em todos os níveis, já
que reduz os gastos com saúde necessários ao
atendimento da população que vier a ser
contemplada".
O projeto segue para análise da Comissão de
Agricultura. Ele tramita em regime terminativo: se
aprovado na comissão, poderá seguir diretamente para
a Câmara dos Deputados sem a necessidade de
apreciação em plenário.
Fonte: Congresso em Foco

02/10/2025 -
Paim celebra avanço da PEC que reduz jornada de
trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS), primeiro signatário da
PEC 148/2015 que propõe a redução da jornada de
trabalho, celebrou nesta terça-feira (30) a entrega
do parecer favorável do senador Rogério Carvalho (PT-SE)
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ). Paim classificou o parecer como uma "peça de
luta pela valorização do mundo do trabalho".
O senador afirmou que o relatório é histórico e
demonstra que a PEC é "socialmente justa,
economicamente viável e juridicamente sólida". Ele
enfatizou a importância da proposta para milhões de
brasileiros exaustos na jornada 6x1.
— A redução da jornada de trabalho é mais tempo para
viver, para estudar, para estar com a família, para
sonhar, evitar acidentes no trabalho e garantir a
nossa previdência — disse.
A proposta prevê uma redução gradativa e responsável
sem diminuição do salário. O limite inicial previsto
no texto é de 44 horas semanais, avançando
anualmente até o máximo de 36 horas semanais, com
preferência de descanso aos sábados e domingos.
Paim citou a conquista histórica das 44 horas na
Constituição de 1988 e a experiência internacional,
como a França com 35 horas, reforçando que a redução
da jornada não destrói empregos nem diminui a
produtividade, mas, sim, melhora a saúde, gera mais
postos de trabalho e fortalece a economia. Dessa
forma, ele reforçou a necessidade de dar celeridade
à PEC.
Fonte: Agência Senado

02/10/2025 -
MTE estende prazo para divulgação do Relatório de
Transparência Salarial
Empresas com 100 ou mais trabalhadores podem
entregar o relatório até 15 de outubro.
DATAPREV realizará um novo processamento dos dados
que será disponíbilizada no Portal Emprega Brasil
OMinistério do Trabalho e Emprego (MTE) informa que
foi prorrogado, de 30 de setembro para 15 de
outubro, o prazo para as empresas com 100 ou mais
trabalhadores divulgarem o Relatório de
Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, obrigação prevista na Lei nº
14.611/2023, que dispõe sobre a igualdade salarial e
de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.
A decisão foi tomada após a identificação de
inconsistências em parte dos resultados apurados.
Para garantir a precisão e a confiabilidade das
informações, a DATAPREV realizará um novo
processamento dos relatórios e a expectativa é de
que as versões corrigidas estejam disponíveis no
Portal Emprega Brasil até 7 de outubro, devendo as
empresas proceder à sua divulgação em canais
institucionais, como site, redes sociais ou meios
equivalentes de ampla visibilidade, até 15 de
outubro.
A divulgação do relatório é obrigatória e integra as
medidas de promoção da igualdade salarial entre
mulheres e homens previstas na Lei nº 14.611/2023.
O descumprimento da obrigação pode acarretar sanções
às empresas, incluindo a aplicação de multas
administrativas.
4º edição - Nesta nova edição do Relatório de
Transparência Salarial, os dados gerais serão
divulgados conjuntamente pelo Ministério do Trabalho
e Emprego e pelo Ministério das Mulheres, com base
nas informações fornecidas pelas empresas e nos
registros da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), abrangendo o período de julho de 2024 a
junho de 2025. A expectativa é de que, nesta edição,
a desigualdade salarial entre mulheres e homens
ainda não apresente redução significativa,
evidenciando a importância da continuidade e do
fortalecimento das políticas públicas voltadas à
promoção da igualdade no mundo do trabalho.
Fonte: MTE

01/10/2025 -
Redução da Jornada de Trabalho; uma luta histórica;
por DIEESE
A Nota Técnica nº 286, publicada em 25 de setembro
de 2025 pelo DIEESE, aborda um tema central e
persistente nas relações trabalhistas: o equilíbrio
entre trabalho e descanso. Em “Tempo de trabalho e
tempo de descanso: uma luta histórica”, o documento
resgata a trajetória das disputas por limites à
jornada de trabalho, mostra os impactos sociais,
econômicos e de saúde desse embate e analisa os
desafios atuais no contexto brasileiro.
Por meio de uma perspectiva histórica, política e
comparativa, a nota examina como o tempo de trabalho
— em suas dimensões de extensão (duração),
distribuição (ritmo, escalas, intervalos) e
intensidade — é objeto de constante negociação entre
trabalhadores e empresas. Ela também discute as
mudanças recentes na legislação trabalhista
nacional, relata experiências internacionais de
redução da jornada (como modelos de 4 dias de
trabalho por semana) e coloca em pauta projetos de
lei e emendas constitucionais que visam alterar os
parâmetros da jornada no Brasil.
Ao longo do texto, o DIEESE argumenta que a redução
da jornada de trabalho, sem perda de salários, não é
apenas uma reivindicação histórica dos
trabalhadores, mas uma estratégia que pode
contribuir para melhorias na qualidade de vida,
saúde e redistribuição do tempo social — enfrentando
a tendência de intensificação do trabalho.
Confira aqui a íntegra do documento
Tempo de Trabalho e tempo de descanso uma luta
historica
Fonte: Rádio Peão Brasil

01/10/2025 -
Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete
recorde de mínima
Número de desocupados é o menor da série
histórica
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em
agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já
registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
No mesmo período do ano passado, o índice estava em
6,6%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira
(30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A maior taxa já registrada foi
de 14,9%, atingida em dois períodos: nos trimestres
móveis encerrados em setembro de 2020 e em março de
2021, ambos durante a pandemia de covid-19.
O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de
pessoas desocupadas, o menor contingente da série.
Isso representa 605 mil pessoas a menos na procura
de trabalho, em relação ao trimestre móvel anterior,
terminado em maio. O número de ocupados chegou a
102,4 milhões.
Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o
percentual de pessoas ocupadas na população em idade
de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível
mais alto da série histórica.
O número de empregados com carteira assinada também
foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas, com
alta de mais 1,2 milhão em relação ao mesmo período
do ano passado.
Setores
De acordo com o analista da pesquisa William
Kratochwill, a queda na desocupação passa pelo setor
de educação pública. "A educação pré-escolar e
fundamental fazem contratações ao longo do primeiro
semestre. São trabalhadores sem carteira, com
contratos de trabalho temporários", explica,
acrescentando que essas contratações se concentram
nas prefeituras.
O pesquisador frisa que no setor de trabalho
doméstico houve redução de ocupados, menos 174 mil
em relação ao trimestre móvel terminado em maio.
Kratochwill afirma que isso pode ser reflexo de
mercado de trabalho aquecido.
“As pessoas deixam de fazer serviço doméstico e
migram para outros tipos de serviço.”
Mercado de trabalho
A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de
trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em
conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem
carteira assinada, temporário e por conta própria,
por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é
considerada desocupada a pessoas que efetivamente
procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios
em todos os estados e no Distrito Federal.
A taxa de informalidade - proporção de trabalhadores
informais na população ocupada - ficou em 38%, acima
dos 37,8% do trimestre móvel anterior. O aumento é
explicado pelo crescimento do trabalhado por conta
própria sem CNPJ, que chegou a 19,1 milhões de
pessoas, 1,9% a mais que no trimestre até maio.
"Isso é um sinal de que as pessoas estão apostando
no trabalho autônomo, são trabalhadores com menor de
escolaridade, geralmente nas atividades de comércio
e alimentação. Uma parcela de desalentados [pessoa
que não procura emprego por achar que não conseguirá
vaga] pode ter migrado, em parte, para a
informalidade."
Renda
No trimestre terminado em agosto, o rendimento médio
do trabalhador ficou em R$ 3.488, estável em relação
ao trimestre anterior e alta real – acima da
inflação – de 3,3% ante o mesmo período do ano
passado. O valor está bem próximo o recorde já
registrado, de R$ 3.490, no fim de junho.
A massa de rendimento, o total que os trabalhadores
recebem, chegou a R$ 352,6 bilhões, alta de 1,4%
frente ao trimestre até maio e de 5,4% ante o mesmo
trimestre de 2024.
Segundo Kratochwill, os resultados da Pnad revelam
mercado de trabalho forte, a despeito da política
monetária restritiva – juros altos – para combater a
inflação.
“O mercado de trabalho está, de fato, aquecido, com
níveis recordes de baixa de desocupação e alta de
ocupação. Sinais que mostram o mercado de trabalho
forte, bom para o trabalhador.”
A Selic, taxa básica de juros da economia está em
15% ao ano, maior patamar desde julho de 2006
(15,25%).
Uma face do juro alto é o efeito contracionista, que
combate a inflação. A elevação da taxa faz com que
empréstimos fiquem mais caros – seja para pessoa
física ou empresas ─ e desestimula investimentos,
uma vez que pode valer mais a pena manter o dinheiro
investido, rendendo juro alto, do que arriscar em
atividades produtivas. Esse conjunto de efeitos
freia a economia.
Caged
A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador
de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados
com carteira assinada.
De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou
saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12
meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos
de trabalho formais.
Fonte: Agência Brasil

01/10/2025 -
Debatedores divergem sobre limites entre
modernização e precarização do trabalho
Durante sessão temática no Plenário do Senado nesta
segunda-feira (29), senadores, representantes da
Justiça do Trabalho e dos setores trabalhista e
produtivo divergiram sobre os limites entre
precarização e modernização das relações de
trabalho. Enquanto grande parte dos participantes
denunciou o aumento de casos de descumprimento da
legislação e grave ameaça à proteção trabalhista e
previdenciária, outros alertaram para a necessidade
de se pensar em novas relações de trabalho a partir
das inovações tecnológicas. A sessão foi presidida
pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
A possibilidade de terceirização, incluindo a
atividade-fim das empresas, está assegurada no
Brasil e foi ampliada na reforma trabalhista, com as
alterações da Lei 6.019, de 2017. Sua
constitucionalidade também foi assegurada
posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O entendimento da corte confirmou a legalidade da
terceirização ou de qualquer outra forma de divisão
do trabalho entre pessoas jurídicas distintas,
independentemente do objeto social das empresas
envolvidas, mantida a responsabilidade da empresa
contratante.
Na opinião de Paulo Paim, os direitos dos
trabalhadores têm, nos últimos anos, sofrido
"ataques permanentes". Práticas de "precarização",
na visão do senador, buscam reduzir custos para o
empreendedor e transferir riscos e responsabilidades
para os trabalhadores, como a terceirização e a
"pejotização" (substituição de vínculos trabalhistas
formais pela contratação dos trabalhadores como
pessoas jurídicas, ou PJs".
— Essas práticas não são apenas injustas, elas são
perigosas, elas aumentam a informalidade, diminuem a
proteção legal, reduzem salários e benefícios,
ameaçando, inclusive, a sustentabilidade da nossa
Previdência Social e enfraquecendo a Justiça do
Trabalho — afirmou Paim.
O senador defendeu o diálogo permanente entre
trabalhadores e empregadores para buscar um
entendimento que, na avaliação dele, inclui o uso
sustentável das novas tecnologias atrelado à redução
da jornada de trabalho, o cumprimento da legislação
trabalhista e a valorização da Justiça do Trabalho.
Matéria completa:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/09/29/
debatedores-divergem-sobre-limites-entre-modernizacao-e-precarizacao-do-trabalho
Fonte: Agência Senado

01/10/2025 -
STF vai decidir se INSS incide sobre vale-transporte
e auxílio-alimentação
O Supremo Tribunal Federal vai decidir se o valor
descontado do empregado referente ao vale-transporte
e ao auxílio-alimentação deve ser considerado
remuneração e integrado à base de cálculo da
contribuição previdenciária. A questão, tratada em
recurso extraordinário com agravo, teve repercussão
geral reconhecida (Tema 1.415) pelo Plenário
virtual, e a solução do caso será aplicada aos
processos semelhantes em todas as instâncias da
Justiça. O julgamento de mérito será agendado
posteriormente.
O recurso foi apresentado por uma empresa contra a
decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
que rejeitou sua pretensão de excluir da base de
cálculo da contribuição patronal os valores
descontados dos empregados a título de
vale-transporte e auxílio-alimentação. Segundo a
decisão, considerar que essas parcelas não integram
a remuneração representaria uma desoneração
tributária em favor do empregador.
Em manifestação pelo reconhecimento da repercussão
geral, o ministro André Mendonça, relator da
matéria, destacou a relevância jurídica, econômica e
social da controvérsia. Segundo ele, a resolução do
caso terá impactos significativos para a Fazenda
Nacional, em termos de arrecadação tributária, para
empregadores e para empregados que recebem esses
benefícios. A manifestação do relator foi seguida
por unanimidade. Com informações da assessoria de
imprensa do STF.
Clique
aqui para ler a manifestação do ministro André
Mendonça
ARE 1.370.843
Fonte: Consultor Jurídico

01/10/2025 -
TST invalida banco de horas sem demonstrativo mensal
a empregados
Acordo coletivo de empresas de transporte de Belo
Horizonte permitia compensação de jornada por até 12
meses sem fornecimento de demonstrativos mensais aos
trabalhadores.
TST declarou a nulidade da cláusula de banco de
horas prevista em acordo coletivo firmado por
empresas de transporte coletivo de Belo
Horizonte/MG. Segundo a SDC - Seção Especializada em
Dissídios Coletivos, o modelo violava a Constituição
por não assegurar transparência nem participação dos
trabalhadores no controle da jornada, caracterizando
um banco de horas "às escuras".
Entenda o caso
A ação foi proposta pelo MPT para anular diversas
cláusulas da convenção coletiva assinada em 2020 por
empresas do setor.
O TRT da 3ª região declarou inválida a cláusula que
autorizava a compensação de jornada em até 12 meses
sem a apresentação de demonstrativos mensais. A
ausência de critérios claros impedia os empregados
de acompanhar os saldos de horas e criava risco de
dupla penalização: além da redução salarial pela
flexibilização, os trabalhadores não tinham meios de
conferir o banco de horas.
O colegiado também destacou que a habitualidade de
horas extras descaracteriza o regime compensatório e
compromete direitos como saúde, lazer e convivência
familiar. Diante da decisão, as empresas recorreram
ao TST.
Banco de horas exige transparência
Ao analisar o caso, o relator, ministro Alexandre Agra
Belmonte confirmou a nulidade da cláusula. Ressaltou
embora a Constituição autorize a compensação de
jornada mediante negociação coletiva, não é
admissível um modelo que dispensa o empregador de
fornecer demonstrativos mensais e fragiliza os
limites constitucionais da jornada, em violação aos
arts. 59, § 2º, e 59-B da CLT.
Para o relator, convenções e acordos coletivos devem
ser prestigiados, porém encontram barreiras quando
atingem direitos fundamentais dos trabalhadores.
"Em se tratando de direitos de índole fundamental,
impõe-se o rigoroso respeito à participação e à
deliberação livre dos empregados na conferência da
sua própria jornada de trabalho, com acesso completo
e transparente ao banco de horas. A cláusula que
prevê um banco de horas às escuras, sem critérios
objetivos, sem o demonstrativo mensal, pelo período
de até 12 meses, e sem o respeito à limitação
constitucional, não pode ser validada, sob pena de
vulnerar condição indispensável que revista a avença
coletiva de legitimidade e eficácia."
Com base nesses fundamentos, a Seção Especializada
em Dissídios Coletivos manteve a nulidade da
cláusula de banco de horas e confirmou que apenas
modelos com participação efetiva dos trabalhadores e
acesso transparente às informações são compatíveis
com a ordem constitucional.
Processo: 0011425-20.2020.5.03.0000
Confira o
acordão.
Fonte: Migalhas

|