Blog - Notícias Anteriores - Novembro 2019
29/11/2019 -
Sindicalistas e advogados criticam MP por abandonar
acidentado no itinerário
29/11/2019 -
Governo duvida de devolução da MP do contrato Verde
e Amarelo
29/11/2019 -
CDH reúne sindicalistas em debate sobre desoneração
da folha de pagamento
29/11/2019 -
Defesa de Lula entra em cena para derrubar no STF
condenação injusta do TRF-4
29/11/2019 -
Em debate com empresários, Maia diz que defesa do
AI-5 por Paulo Guedes prejudica a economia
29/11/2019 -
Confiança da indústria atinge maior nível desde maio
de 2018
29/11/2019 -
Bolsonaro confirma ameaça e exclui Folha de S.Paulo
de licitação do governo
29/11/2019 -
STF valida envio de dados da Receita ao MP sem
autorização judicial
29/11/2019 -
Investigação contra Flávio Bolsonaro será retomada
após decisão do STF
28/11/2019 -
Mesmo condenado pelo TRF4, que desafiou o STF, Lula
não voltará à prisão
28/11/2019 -
Nota técnica aponta inadmissibilidades fiscal e
orçamentária na MP 905
28/11/2019 -
Congresso mantém veto à emissão eletrônica de
carteira de trabalho
28/11/2019 -
Expectativa de vida no Brasil sobe para 76,3 anos
28/11/2019 -
Bolsonaro veta ganho real e achata ainda mais o novo
salário mínimo
28/11/2019 -
MP do contrato Verde e Amarelo é inconstitucional,
afirma juiz
28/11/2019 -
Oposição entra com duas representações contra Guedes
por fala pró-AI-5
28/11/2019 -
Redução do adicional de periculosidade é outro
absurdo do governo Bolsonaro, diz Dieese
28/11/2019 -
MPT alerta: Acidentes de trabalho vão aumentar com
aprovação da MP 905
27/11/2019 -
PEC da Reforma Sindical já tem parecer na CCJ da
Câmara
27/11/2019 -
Comissão do Congresso da MP verde e amarela deve ser
instalada até dia 5
27/11/2019 -
Centrais cobram presidente do Senado para que
devolva MP 905 ao governo. ‘Aberração’
27/11/2019 -
Especialistas apontam que governo amplia arrocho com
‘Plano Mais Brasil’
27/11/2019 -
Maia pede que Guedes convença Bolsonaro a enviar
logo reforma administrativa
27/11/2019 -
Bolsonaro caminha para instalar Estado policial no
Brasil
27/11/2019 -
Caminhoneiros ameaçam entrar na greve dos
petroleiros
27/11/2019 -
Dallagnol recebe pena de advertência por dizer que
ministros do STF são lenientes com a corrupção
27/11/2019 -
Governo reduz para R$ 1.031 estimativa de salário
mínimo para 2020
26/11/2019 -
Sob aplausos de empresários, secretário de Bolsonaro
diz que “domingo é dia de trabalho”
26/11/2019 -
Alcolumbre receberá Centrais Sindicais que
reivindicam devolução da MP 905
26/11/2019 -
PDT pede que STF anule Medida Provisória que muda
regras trabalhistas
26/11/2019 -
Zerar encargos trabalhistas não cria empregos e só
aumenta o lucro do patrão, diz Dieese
26/11/2019 -
Aposentados do INSS começam a receber segunda parte
do décimo terceiro
26/11/2019 -
Lula mantém discurso firme e diz que não se pode ter
‘condescendência’ com o governo Bolsonaro
26/11/2019 -
Em entrevista nos EUA, Guedes ameaça com volta da
ditadura: 'Não se assustem se alguém pedir o AI-5'
26/11/2019 -
Sindicato deve pagar honorários sucumbenciais
relativos a pedido formulado em interesse próprio
25/11/2019 -
Ações no Supremo e Congresso Nacional rechaçam
carteira verde e amarela
25/11/2019 -
Guedes volta a defender empregos precários: sem
encargos trabalhistas se criam milhões de vagas
25/11/2019 -
Conselho do Ministério Público deve punir Deltan
Dallagnol e abrir novo processo contra ele
25/11/2019 -
Gleisi: artimanha de Moro afetou de forma brutal a
democracia brasileira
25/11/2019 -
MP não considera ocorrência no trajeto como acidente
de trabalho, e aposentadoria por invalidez cai
25/11/2019 -
Paulo Paim critica mudanças na Previdência e em
direitos trabalhistas
25/11/2019 -
Projeto da Nova Lei do Primeiro Emprego é discutido
na CAS
25/11/2019 -
TST: estabilidade para gestante não vale para
empregadas temporárias
22/11/2019 -
PEC Emergencial e MP do Trabalho Verde Amarelo
sofrem alta rejeição
22/11/2019 -
Bolsonaro reduz para o menor patamar histórico a
verba de fiscalização trabalhista: mais de 63%
22/11/2019 -
Bolsonaro anuncia que número do seu novo partido
será 38, o mesmo do revólver
22/11/2019 -
Nota Técnica do Dieese reforça críticas ao desmonte
pela MP 905
22/11/2019 -
Caged registra criação de 70,8 mil postos de
trabalho em outubro
22/11/2019 -
PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, diz FGV
22/11/2019 -
Procuradores do Trabalho criticam a MP do Programa
Verde e Amarelo
22/11/2019 -
Proposta permite celebração de acordo trabalhista
por meio de escritura pública
22/11/2019 -
Proposta torna crime a divulgação de falsas vagas de
emprego
21/11/2019 -
Deputado Fábio Trad é o relator da Reforma Sindical
na CCJ
21/11/2019 -
Centrais Sindicais avançam no calendário de ações
geração de emprego e renda
21/11/2019 -
Lula nega reunião com Maia e defende que PT tenha
candidato próprio em 2022
21/11/2019 -
MP 905 recebe 1.639 emendas na comissão mista do
Congresso
21/11/2019 -
Rede também pede que STF anule MP que muda regras
trabalhistas
21/11/2019 -
Polícia apura participação de Carlos Bolsonaro na
morte de Marielle
21/11/2019 -
Mulheres negras recebem menos da metade dos salários
dos homens brancos
21/11/2019 -
Proposta condiciona seguro-desemprego à prestação de
serviço em órgão público
20/11/2019 -
Lincoln Portela ressalta PL 5.552/19 como o mais
adequado ao trabalhador
20/11/2019 -
Partido questiona no STF medida provisória que muda
regras trabalhistas
20/11/2019 -
MP 905 usurpa direitos dos trabalhadores, afirma
Paim
20/11/2019 -
MP 905 é 'inoportuna e injusta', diz Lourenço do
Prado, da Contec
20/11/2019 -
Direitos trabalhistas estão sendo atacados, dizem
juízes e procuradores
20/11/2019 -
No país do trabalho informal, um quarto dos
desempregados procura vaga há mais de dois anos
20/11/2019 -
PEC que suaviza cálculo da aposentadoria é aprovada
por unanimidade no Senado
19/11/2019 -
Encerra-se na quarta (20) prazo para emendar MP
905/19
19/11/2019 -
Centrais apresentam propostas para “geração de
emprego e proteção ao desempregado”
19/11/2019 -
Reforma sindical dá lugar à luta por emprego, renda
e direitos
19/11/2019 -
Marinho sobre taxar desempregados: “Congresso achará
forma mais adequada”
19/11/2019 -
CDH vai abordar em audiência o tema Justiça do
Trabalho
19/11/2019 -
Governo Bolsonaro vai acabar com a desoneração da
cesta básica
19/11/2019 -
Paulo Guedes negociou ministério com Moro antes das
eleições, segundo Bebianno
19/11/2019 -
Moro mentiu sobre sondagem para ser ministro e deve
ser convocado pelo Congresso, diz Paulo Pimenta
19/11/2019 -
Paim cita Gaspari: 'Tomar dinheiro de desempregado é
covardia'
19/11/2019 -
Confecção é condenada por exigir atestado de bons
antecedentes de auxiliar
18/11/2019 -
PSL tem maior rejeição que o PT, diz pesquisa
18/11/2019 -
Para o Dieese, MP 905 é novo desmonte de direitos,
uma ‘bolsa-patrão’
18/11/2019 -
Gilmar sobre Moro: determinou a prisão do principal
candidato à presidência e depois aceitou o cargo de
seu adversário
18/11/2019 -
MP Verde-Amarela é golpe contra 12 profissões
18/11/2019 -
Governo envia ao Congresso proposta de reforma
tributária com imposto sobre consumo
18/11/2019 -
Lula no Recife: “Na democracia, o show não para”
18/11/2019 -
Empregado vencido em parte mínima fica isento de
pagar honorários de sucumbência
14/11/2019 -
Ato contra desemprego e novas medidas de Bolsonaro
une Centrais Sindicais
14/11/2019 -
Centrais acusam gestão Bolsonaro: pacote de Guedes
ampliará desemprego
14/11/2019 -
Governo pode recuar da cobrança de 7,5% sobre
parcelas do seguro-desemprego, diz líder
14/11/2019 -
Lula vai a Salvador e prestigia região desprezada
pelo governo Bolsonaro
14/11/2019 -
MP de Bolsonaro tira exclusividade de BB e Caixa
sobre abono e seguro-desemprego
14/11/2019 -
Bolsonaro quer trocar Mourão pelo "vice perfeito"
14/11/2019 -
IBGE: 64% dos desempregados são negros e
informalidade alcança 47%
13/11/2019 -
Centrais fazem protesto quarta contra novo pacote
econômico do governo Bolsonaro
13/11/2019 -
Congresso promulga reforma que dificulta
aposentadoria para brasileiros
13/11/2019 -
Reforma da Previdência é promulgada pelo Congresso
13/11/2019 -
Maia afirma ser contrário a uma nova constituinte
13/11/2019 -
Bolsonaro deixa PSL para criar novo partido: Aliança
pelo Brasil
13/11/2019 -
Libertação de Lula tem efeito positivo na sua
imagem, revela pesquisa
13/11/2019 -
MP extingue multa adicional de 10% do FGTS que ia
para União
13/11/2019 -
Sindicalistas vão se mobilizar contra trabalho aos
domingos
13/11/2019 -
Juízes do Trabalho criticam programa ‘verde e
amarelo’. Empresários elogiam
13/11/2019 -
Senado aprova MP que cria novas modalidades de saque
do FGTS
12/11/2019 -
Reforma Sindical reapresentada na Câmara; PEC 196/19
12/11/2019 -
Reforma trabalhista de Temer completa dois anos e
confirma enorme fracasso
12/11/2019 -
Centrais Sindicais vão às ruas nesta quarta contra o
desemprego e novo pacote do governo
12/11/2019 -
Bolsonaro pune a Globo com corte de publicidade
oficial
12/11/2019 -
Programa de empregos de Bolsonaro exclui pessoas com
mais de 55 anos e reduz direitos de jovens
12/11/2019 -
Bolsonaro decide cobrar INSS de quem recebe
seguro-desemprego
12/11/2019 -
A medida provisória (MP) do “Emprego Verde e
Amarelo”
11/11/2019 -
Lula vai liderar entendimentos por alianças na
esquerda
11/11/2019 -
Congresso promulga reforma da Previdência nesta
terça-feira
11/11/2019 -
Lula começa a percorrer o país. Primeira viagem será
a Pernambuco
11/11/2019 -
Comissão de Trabalho faz audiência pública sobre
conferência da OIT
11/11/2019 -
Evo Morales: A luta não termina aqui
11/11/2019 -
CCJ vota PEC da prisão em segunda instância na
segunda-feira
11/11/2019 -
IBGE: indústria cresce no Nordeste e Sul; SP e RJ
têm queda
11/11/2019 -
STF mantém proibição de grávidas trabalharem em
ambiente insalubre
08/11/2019 -
STF derruba validade da prisão após a segunda
instância
08/11/2019 -
Lula quer viajar pelo Brasil e fortalecer oposição a
Bolsonaro
08/11/2019 -
Servidor que for a eventos sindicais terá de
compensar horas
08/11/2019 -
Lava Jato pode perder mais uma: Deltan Dallagnol
será julgado na próxima terça-feira
08/11/2019 -
Novo pacote neoliberal de Paulo Guedes desagrada
sindicalismo de A a Z
08/11/2019 -
Governo espera que qualificação ajude a reduzir
desemprego entre jovens
08/11/2019 -
Paim defende aprovação de destaque para garantir
aposentadoria integral a inválidos
08/11/2019 -
Índice que serve de base para reajuste salarial tem
variação de 2,76%
07/11/2019 -
STF retoma julgamento de prisão após condenação em
segunda instância
07/11/2019 -
FST cria força-tarefa para massificar do PL 5.552 no
Congresso e na sociedade
07/11/2019 -
CCJ conclui tramitação da PEC Paralela à reforma da
Previdência
07/11/2019 -
Câmara aprova MP que altera regras de saque do FGTS
07/11/2019 -
Por votos no Congresso, pacote de Bolsonaro e Guedes
vai distribuir R$ 7 bi em emendas parlamentares
07/11/2019 -
Brasil 2018: 13,5 milhões na extrema pobreza, 2,4
milhões ‘nem-nem’ e desigualdade em alta
07/11/2019 -
Inflação para famílias de baixa renda cai 0,12%
07/11/2019 -
Orçamento da Justiça do Trabalho é discutido com o
deputado federal Luciano Ducci
06/11/2019 -
Novo pacote de Guedes e Bolsonaro propõe corte de
até 25% em salário de servidores
06/11/2019 -
Maia prevê alterações nas medidas econômicas
apresentadas pelo governo
06/11/2019 -
Pesquisa mostra que mais de 42% reprovam o governo
Bolsonaro
06/11/2019 -
Guedes diz que funcionário público filiado a partido
não pode ter estabilidade
06/11/2019 -
Pacote de Guedes acaba com FAT, fundo do seguro
desemprego
06/11/2019 -
"Estarrecedor", diz Dilma sobre pedido de prisão
negado por Edson Fachin
06/11/2019 -
Eduardo Braga apresenta projeto que regulamenta
aposentadoria por periculosidade
06/11/2019 -
CPI de Brumadinho aprova relatório que indicia 22
pessoas por tragédia
05/11/2019 -
Plenária nos Metroviários de SP reforça defesa dos
direitos e da unicidade
05/11/2019 -
Porteiro que fala com ‘seu Jair’ não é o mesmo
mostrado por Bolsonaro
05/11/2019 -
Bolsonaro já fez 99 ataques à imprensa brasileira,
aponta Fenaj
05/11/2019 -
Bebianno entrega Bolsonaro à PF no esquema do
laranjal do PSL
05/11/2019 -
CCJ analisa na próxima quarta PEC Paralela da
Previdência
05/11/2019 -
Comissões debatem desemprego da juventude no Brasil
05/11/2019 -
Maia critica declaração de general Heleno sobre
possibilidade de novo AI-5
05/11/2019 -
Eduardo Braga adia apresentação de projeto que
regulamenta aposentadoria por periculosidade
05/11/2019 -
CCJ debate PEC que desobriga inscrição em conselho
profissional
04/11/2019 -
Governo prepara pacote que desonera folha de
pagamento para incentivar emprego
04/11/2019 -
AI-5 nunca mais: Centrais repudiam declarações de
Eduardo Bolsonaro
04/11/2019 -
Organizações convocam atos contra o autoritarismo
para terça-feira (5)
04/11/2019 -
Centrais lançam Carta Aberta ao povo brasileiro
contra política econômica
04/11/2019 -
Incapaz de gerar crescimento, Guedes pede quatro
anos de paciência
04/11/2019 -
Produção industrial tem leve alta no mês, mas mantém
a trajetória de queda
04/11/2019 -
A “minirreforma trabalhista” e o fim do pagamento de
horas extras
01/11/2019 -
Eduardo Bolsonaro é repudiado por Centrais Sindicais
por defender AI5
01/11/2019 -
Lei trabalhista aumenta subemprego e renda baixa,
afirma economista
01/11/2019 -
Bolsonaro ameaça anunciantes do jornal Folha de S.
Paulo
01/11/2019 -
Ato dia 4, em SP, defenderá organização e conquistas
sindicais da Constituição
01/11/2019 -
Manifesto de Centrais e FST defende valorização do
trabalho e Artigo 8º
01/11/2019 -
Com taxa de desemprego estável, mercado de trabalho
se firma na precariedade
01/11/2019 -
Para Paulo Rocha, MP do FGTS pode abrir caminho para
privatização da Caixa
29/11/2019 -
Sindicalistas e advogados criticam MP por abandonar
acidentado no itinerário
A Medida Provisória 905, de Bolsonaro, que institui
o contrato Verde e Amarelo, tem sido criticada por
advogados, juristas e sindicalistas. A MP, ao
promover mudanças na legislação trabalhista, atende
a interesses patronais, mas prejudica trabalhadores.
É o caso dos acidentes de trajeto. De acordo com a
Medida, as empresas não mais serão obrigadas a
garantir estabilidade de um ano pra empregado
acidentado a caminho ou na volta do trabalho. Também
ficam desobrigadas de recolher o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço durante o afastamento médico.
Comerciários - Segundo Ricardo Patah, presidente do
Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT, as
alterações teriam consequências drásticas. “Somos
totalmente contra. Na verdade, a MP institui a
precarização das condições de trabalho. Nós
defendemos sua retirada do Congresso”, argumenta.
Patah, que também já foi classista no TRT-SP,
destaca outro ponto, que é lesivo aos comerciários.
“A Medida altera o trabalho aos domingos. Ou seja, o
empregado vai trabalhar quatro domingos e folgar um.
É absurdo! Acaba com um direito conquistado após
muita luta”, critica.
CAT - A MP 905 também libera a empresa de emitir
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), o que
abre caminho para a impunidade. Já o empregado, caso
se ausente por mais de 15 dias, pra recuperar a
saúde, perde direito ao auxílio-doença acidentário,
à estabilidade de um ano e ao Fundo de Garantia do
período.
Para o advogado Marcelo Mendes Pereira, a MP 905 é
um vergonhoso retrocesso, pois efetiva a
precarização do trabalho. Ele diz: “A caminho do
trabalho, o empregado está à disposição do patrão.
Muitos acidentes vitimam pessoas que atuam em locais
de difícil acesso, como no ambiente rural, setor
extrativo, entre outros. A Medida deixa o
trabalhador desprotegido”.
Dr. Marcelo lembra que, nesta fase de ataques
constantes a direitos, quem pode proteger o
trabalhador é o Sindicato, por meio da Convenção
Coletiva. “O negociado prevalece sobre o legislado.
Portanto, quem tiver um Sindicato forte vai estar
protegido pela Convenção, que tem força de lei”.
Fonte: Agência Sindical
29/11/2019 -
Governo duvida de devolução da MP do contrato Verde
e Amarelo
A medida provisória do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo corre o risco de ser parcialmente devolvida
pelo presidente do Congresso Nacional, Davi
Alcolumbre (DEM-AP).
O principal coordenador da iniciativa do governo de
estimular o emprego de jovens, o secretário especial
de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, minimiza
a possibilidade de a MP ser devolvida e afirma que
as alterações devem acontecer dentro do Senado e da
Câmara.
“Os questionamentos são esperados, resistência
daqueles que querem manter legislação antiga que não
atende as necessidades de mudança que a economia e o
mundo do trabalho requerem. Confio que as alterações
e aperfeiçoamentos vão acontecer no próprio
Parlamento. Vamos aguardar o funcionamento da
comissão, o debate será feito e a MP poderá e deverá
ser aperfeiçoada”, disse ao Congresso em Foco. Cerca
de 2 mil já foram apresentadas ao texto na comissão
mista.
A medida do governo pretende estimular o emprego de
jovens de 18 a 29 anos. Para isso ser feito, os
empregadores são isentos de algumas contribuições
fiscais sobre a folha de pagamento.
Para compensar a receita perdida com a arrecadação
de empresários, o governo vai cobrar 7,5% do
Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) do
seguro-desemprego. Outra forma de compensação é a
redução da multa que os empregadores pagam por
demissão sem justa causa.
Vários partidos entraram com Ação Direta de
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
afirmando que a MP fere direitos trabalhistas
garantidos na Constituição. A ministra Cármen Lúcia,
do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de
cinco dias úteis, contados a partir de quarta-feira
(27), para o presidente Jair Bolsonaro se manifestar
sobre o assunto.
Após sessão do Congresso Nacional que analisou parte
dos vetos presidenciais na quarta, o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que encomendou um
estudo para avaliar se devolve a MP para o
Executivo.
“Os consultores estão estudando o texto da medida
provisória para entregar para gente um parecer.
Nesse caso eu pedi para a consultoria, mas também
pedi para a advocacia do Senado para que pudesse
entregar junto com à Secretaria-Geral da Mesa um
estudo técnico e jurídico para gente entender o que
fere a legislação brasileira e o que é de
competência do Executivo quando da edição de medidas
provisórias”, disse.
No entanto, o político do DEM demonstrou que não
será a integralidade da medida que vai ser devolvida
ao presidente:
“Não dá para de uma vez devolver uma medida
provisória, dá para a gente avaliar porque este
instrumento foi usado por todos os presidentes que
já passaram. Se a gente puder ter uma avaliação
eficiente do Congresso Nacional, da assessoria do
Parlamento, técnica e jurídica que possa respaldar a
decisão, a gente está avaliando. Há um entendimento
de todos os líderes em relação à cobrança dos
empregados que foram demitidos, o desconto deles no
seguro-desemprego, todo mundo é contra. A gente tem
que ver o que o governo poderia ter encaminhado e o
que não poderia por medida provisória. Eu quero
decidir sobre isso até terça-feira [3 de dezembro]”.
Fonte: Congresso em Foco
29/11/2019 -
CDH reúne sindicalistas em debate sobre desoneração
da folha de pagamento
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza na
segunda-feira (2), a partir das 9h, uma audiência
pública para debater os temas Previdência e
trabalho, com foco na desoneração da folha de
pagamento, com a participação de representantes de
sindicatos. A audiência foi solicitada pelo senador
Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado.
Foram convidados Clóvis Scherer, técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese); Vanderley José Maçaneiro,
assessor de estudos socioeconômicos da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (ANFIP); Valeir Ertle, secretário nacional de
assuntos jurídicos da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Edson Índio, secretário
executivo da Intersindical Central da Classe
Trabalhadora; Luiz Gonzaga de Negreiros, diretor de
assuntos parlamentares da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST); e representantes do Ministério
da Economia, da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), da central sindical
CSP-Conlutas, da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
da Força Sindical, da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) e da Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB).
A reunião será realizada no Plenário 6 da Ala
Senador Nilo Coelho.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800 612211)
Fonte: Agência Senado
29/11/2019 -
Defesa de Lula entra em cena para derrubar no STF
condenação injusta do TRF-4
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
considera a hipótese de pedir um novo habeas corpus
com base em precedentes do Supremo Tribunal Federal.
Além disso, os advogados de Lula vão recorrer aos
tribunais superiores para tentar derrubar a decisão
de segunda instância que manteve e ampliou a
condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no processo do sítio de Atibaia (SP).
Reportagem do jornalista Reynaldo Turollo Jr.
destaca que no julgamento o tribunal regional não
seguiu os precedentes do Supremo.
Tanto na Segunda Turma como no plenário, a suprema
corte anulou duas condenações de ex-executivos da
Petrobras — um deles, Aldemir Bendine, ex-presidente
da estatal — porque eles tiveram que apresentar suas
alegações finais, na primeira instância, ao mesmo
tempo que outros réus que eram delatores.
No novo habeas corpus, a defesa de Lula deve
sustentar que a decisão do TRF-4 de não anular a
sentença do sítio foi ilegal porque desrespeitou o
entendimento do Supremo, desrespeitando assim o
direito à ampla defesa salvaguardado nos precedentes
da corte.
Uma parte do Supremo entende que é obrigatório que
na ordem de apresentação das alegações finais o réu
fale por último, condição que não foi respeitada no
julgamento do processo do sítio de Atibaia.
Por isso, a defesa de Lula e uma ala de ministros do
STF, consideram que o pedido de habeas corpus contra
a decisão do TRF-4 será bem-sucedido.
Fonte: Brasil247
29/11/2019 -
Em debate com empresários, Maia diz que defesa do
AI-5 por Paulo Guedes prejudica a economia
“Frases que geram insegurança geram retração de
decisões de investimento", afirmou Maia. O
presidente da Câmara voltou a criticar a fala de
Guedes nesta quinta (28), para uma plateia de
empresários e investidores, em São Paulo.
Segundo a coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo,
Maia disse que há, de fato, preocupação entre
investidores quanto à fala de Guedes sobre o AI-5 e
que o empresariado evita reprovar publicamente o
ministro como medo de comprometer a agenda liberal
da equipe econômica.
“Todos sabem que questões democráticas e ambientais
são pressupostos fundamentais para investimento
estrangeiro", disse Maia.
Fonte: Brasil247
29/11/2019 -
Confiança da indústria atinge maior nível desde maio
de 2018
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,7 ponto na
passagem de outubro para novembro deste ano. Com o
resultado, o indicador chegou a 96,3 pontos em uma
escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior nível
desde maio de 2018 (97,2 pontos).
A confiança dos empresários avançou em 15 dos 19
segmentos industriais pesquisados em novembro. O
Índice de Expectativas, que mede a confiança no
futuro, subiu 2,9 pontos, para 96,8 pontos, o maior
nível desde abril de 2019 (97,4 pontos).
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no
momento presente, cresceu 0,4 ponto, para 95,8
pontos.
Segundo a pesquisadora da FGV Renata de Mello
Franco, apesar de o indicador permanecer em nível
baixo em termos históricos, “o avanço de novembro
foi expressivo e bastante disseminado entre os
setores industriais”.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou
0,5 ponto percentual, para 75,3%.
Fonte: Agência Brasil
29/11/2019 -
Bolsonaro confirma ameaça e exclui Folha de S.Paulo
de licitação do governo
Na lista constam jornais brasileiros e
estrangeiros como The New York Times e Le Monde
O jornal Folha de S.Paulo foi excluído pela
Presidência da República da lista de periódicos que
serão assinados pelo governo.
A Secretaria Especial de Administração da
Secretaria-Geral da Presidência da República
divulgou, nesta semana, edital para assinatura de 24
jornais e dez revistas de circulação nacional e
alguns do exterior, mas não incluiu a Folha.
Na lista constam jornais brasileiros e estrangeiros
como The New York Times e Le Monde.
A iniciativa confirma ameaças do presidente Jair
Bolsonaro. Em entrevista, no final de outubro, ao
apresentador José Luiz Datena, do ‘Brasil Urgente’,
da Band, Bolsonaro anunciou que iria cancelar todas
as assinaturas da Folha de S. Paulo do governo
federal. O ex-capitão ainda defendeu a candidatura
de Datena para a Prefeitura de São Paulo.
Segundo Bolsonaro, todas as assinaturas da Folha
foram canceladas porque o jornal apenas “envenena o
governo”. Questionado pelo apresentador se isso não
seria uma forma de censura, Bolsonaro negou e disse
que quem quiser pode comprar o periódico nas bancas
de jornal.
Fonte: RevistaForum
29/11/2019 -
STF valida envio de dados da Receita ao MP sem
autorização judicial
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
quinta-feira (28) validar o compartilhamento total
de dados financeiros da Receita Federal com o
Ministério Público sem autorização judicial.
Durante o julgamento, o compartilhamento de dados
bancários suspeitos obtidos pela Unidade de
Inteligência Financeira (UIF), do Banco Central
(BC), antigo Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf), foi discutido, mas ainda não é
possível saber se haverá votos suficientes para
proclamar o resultado nesta questão. Na quarta-feira
(4), o assunto será debatido em uma nova sessão.
Após quatro sessões de julgamento, por 8 votos a 3,
a maioria dos ministros entendeu que o envio é
constitucional e não se trata de quebra ilegal de
sigilo fiscal.
As informações financeiras são usadas pelo MP para
investigar casos de corrupção, lavagem de dinheiro,
tráfico de drogas e movimentações financeiras de
organizações criminosas. De acordo com a legislação,
a Receita e o antigo Coaf tem a obrigação de enviar
informações suspeitas ao MP.
Com a decisão, foi anulada a decisão do presidente
da Corte, Dias Toffoli, que suspendeu, em julho,
processos que estavam em andamento e que tinham
dados da Receita e do antigo Coaf compartilhados sem
autorização judicial.
Fonte: Agência Brasil
29/11/2019 -
Investigação contra Flávio Bolsonaro será retomada
após decisão do STF
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal desta
quinta-feira (28/11), caiu a liminar que paralisava
os processos que utilizavam dados da Receita Federal
sem autorização judicial. Com isso, volta a andar a
investigação contra o senador Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ).
Segundo o Ministério Público Federal, estavam
parados 935 casos. O que deu origem à decisão do STF
é o de um dono de um posto de gasolina que teve
dados repassados pela Receita para o MP e foi
denunciados por crimes.
O empresário alegou ilegalidade, pois nenhum juiz
autorizou o repasse dos dados. O STF acolheu o
pedido com decisão liminar.
A defesa de Flávio Bolsonaro foi então à Justiça
reclamar que o senador passava por caso idêntico. O
ministro Gilmar Mendes então suspendeu a
investigação. Agora, com a decisão do Plenário,
Gilmar diz que a investigação irá voltar.
Caso Queiroz
O senador Flávio e seu ex-motorista Fabrício Queiroz
são investigados por conta de movimentação
financeira suspeita. Em um mês, o filho do
presidente recebeu 48 depósitos em dinheiro, no
total de R$ 96 mil.
Essas informações foram identificadas pelo então
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
e repassada ao Ministério Público do Rio de Janeiro,
que abriu investigação.
Fonte: Consultor Jurídico
28/11/2019 -
Mesmo condenado pelo TRF4, que desafiou o STF, Lula
não voltará à prisão
O ex-presidente Lula foi condenado nesta
quarta-feira 27 em segunda instância no caso do
sítio de Atibaia.
Os três desembargadores que formam a 8ª Turma do
TRF-4, João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e
Thompson Flores votaram por manter a sentença da
juíza Gabriela Hardt, na primeira instância, e ainda
elevar a pena - que era de 12 anos e 11 meses de
prisão - para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão.
Apesar da condenação em segunda instância, Lula não
voltará a ser preso. Isso porque o Supremo Tribunal
Federal proibiu a prisão após condenação em segunda
instância.
Por conta da decisão do STF, as penas só poderão ser
executadas após o esgotamento de todos os recursos
possíveis -o chamado trânsito em julgado.
Lula, que foi preso após a condenação do caso do
triplex do Guarujá, está solto desde 8 de novembro,
após uma prisão política de 580 dias.
Fonte: Brasil247
28/11/2019 -
Nota técnica aponta inadmissibilidades fiscal e
orçamentária na MP 905
A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira
da Câmara dos Deputados elaborou
Nota Técnica 40/19, com
subsídios para análise da adequação orçamentária e
financeira da Medida Provisória (MP) 905/19, do
Poder Executivo, que institui o Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo, altera a legislação trabalhista,
dentre outras providencias.
Na nota, a consultoria da Câmara dos Deputados
avalia 7 pontos considerados potencialmente
relevantes sobre o impacto fiscal:
1) estabelece benefício fiscal de tributos
incidentes sobre a folha de pagamentos dos
contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde
e Amarelo;
2) institui a contribuição previdenciária sobre o
valor do seguro-desemprego, cujo beneficiário passa
a ser segurado obrigatório durante os meses de
percepção do benefício;
3) estabelece a possibilidade de ingresso no
Programa Seguro-Desemprego dos contratados na
modalidade de Contrato de Trabalho Verde e Amarelo;
4) cria o Programa de Habilitação e Reabilitação
Física e Profissional, Prevenção e Redução de
Acidentes de Trabalho;
5) reestrutura o Programa Nacional de Microcrédito
Produtivo Orientado;
6) modifica a taxa de juros real dos débitos
trabalhistas; e
7) amplia o alcance do Programa Especial do INSS.
Sobre os pontos, a consultoria defende que há
ausência de estimativas de impactos fiscais ou de
medidas compensatórias suficientes para assegurar
sua plena neutralidade fiscal e, por conta disso,
concluem que não foram plenamente observadas na
edição da MP as normas orçamentárias e financeiras
aplicáveis a esfera federal, em especial da Lei de
Responsabilidade fiscal.
Nas considerações finais, salienta-se, na nota, como
flagrante impropriedade o inciso I do parágrafo 1º
do artigo 53 da MP 905/19, que condiciona a eficácia
de vários de seus dispositivos a ato do ministro da
Economia e afirma, que “de fato, não há previsão
constitucional de condição de tal natureza para o
início da produção de efeitos fiscais decorrentes em
lei, constituindo, com toda clareza, em mero
artifício inadmissível visando contornar as
exigências legais de adequação e compatibilidade
financeira e orçamentária.”
Fonte: Diap
28/11/2019 -
Congresso mantém veto à emissão eletrônica de
carteira de trabalho
Em sessão conjunta do Congresso nesta quarta-feira
(27), deputados e senadores decidiram manter o veto
total do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao
projeto que previa a emissão eletrônica da Carteira
de Trabalho e Previdência Social (Projeto de Lei do
Senado 466/2013).
O objetivo de instituir a CTPS eletrônica era criar
um "documento facultativo e opcional", uma vez que
sua emissão dependeria apenas de requerimento
escrito do trabalhador. Na justificativa do Veto
34/2019, o Palácio do Planalto afirmou que a matéria
"contraria o interesse público" e a Lei 13.874, de
2019, sancionada em setembro, que instituiu a
Declaração de Liberdade Econômica. A nova legislação
autoriza a emissão da CTPS eletrônica apenas "quando
houver alguma justificativa".
Fonte: Agência Senado
28/11/2019 -
Expectativa de vida no Brasil sobe para 76,3 anos
Dados de pesquisa foram antecipados no Diário
Oficial da União
A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para
76,3 anos em 2018, segundo informações divulgadas
hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Em 2017, a expectativa de vida era de 76 anos, ou
seja, aproximadamente três meses a menos do que em
2018.
A pesquisa Tábua de Mortalidade 2018 só será
divulgada às 10h, mas as informações básicas da
pesquisa já foram antecipadas no Diário Oficial da
União de hoje.
Fonte: Agência Brasil
28/11/2019 -
Bolsonaro veta ganho real e achata ainda mais o novo
salário mínimo
Em nova decisão contrária aos interesses dos
trabalhadores, o governo Jair Bolsonaro reduziu para
R$ 1.031 a previsão do salário mínimo para 2020, de
acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa)
divulgado nesta terça-feira (26). No projeto
inicial, de agosto, a própria gestão anunciou que o
valor seria de R$ 1.039. Alegando que a estimativa
para a inflação passou de 4% para 3,5% pelo INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), Bolsonaro
vetou qualquer ganho real.
Não foi a primeira vez que o governo reduziu a
previsão do salário mínimo para 2020. Em abril, o
governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias com a previsão do piso
nacional de R$ 1.040. Os parlamentares aprovaram o
texto com esse valor em outubro, mas o governo já
havia enviado o Ploa ao Congresso prevendo o mínimo
de R$ 1.039 – redução igualmente justificada pela
previsão de inflação menor.
Para piorar a situação dos trabalhadores, o governo
agregou que a redução na projeção de inflação terá
“impacto” também “em benefícios sociais”. Isso
porque alguns desses benefícios levam em conta o
valor do mínimo, como o reajuste das aposentadorias.
O “achatamento” do salário mínimo já se tornou uma
marca bolsonarista. É uma mudança em relação à
política de valorização do salário mínimo adotada
por lei a partir de 2007, no segundo governo Lula.
Com aquele modelo, a revisão do salário mínimo
levava em conta o resultado do PIB de dois anos
antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo
INPC.
Na prática, essa regra garantia o ganho real do
mínimo sempre que houvesse crescimento da economia.
O prazo de vigência da regra venceu no dia 1º de
janeiro de 2019.
Com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
28/11/2019 -
MP do contrato Verde e Amarelo é inconstitucional,
afirma juiz
O juiz Germano Silveira da Siqueira, da 3ª Vara do
Trabalho de Fortaleza, entende que o Governo Federal
só pode intervir por meio de Medida Provisória
quando houver observância aos requisitos
constitucionais de urgência e relevância presentes
no artigo 62 da Constituição Federal. O magistrado
referia-se à MP 905/2019, que cria o contrato Verde
e Amarelo. A declaração foi feita de forma
preliminar ao julgar o caso de um trabalhador que
cobrava pagamento de adicional por tempo de serviço.
O magistrado considerou que os índices de desemprego
no Brasil “não são, infelizmente”, uma novidade.
Segundo ele, os números estão presentes desde 2015,
não caracterizando episódio que motive a edição de
uma MP.
“Não há fato novo e urgente, e muito menos relevante
a exigir a intervenção na realidade normativa por
medida provisória, o que é patentemente aferível,
devendo todo esse conjunto de regras ser submetido
ao Congresso Nacional na forma do artigo 61 da CF e
debatido nos termos do Regimento Interno das Casas
Legislativas”, afirma o juiz.
Ainda de acordo com ele, “medidas provisórias não
podem ser banalizadas, como se o presidente da
República resolvesse, de uma hora para outra, em
gesto autoritário, descabido, fazer-se substituir ao
Congresso Nacional, atropelando o processo
legislativo em sua dinâmica política natural”.
O magistrado argumentou que em outros países o
desemprego não é tratado por meio de decreto ou MP,
mas pela retomada da dinâmica econômica. “Vale
lembrar que, com esse mesmo discurso e com essa
vocação de fazer o mais do mesmo da doutrina
neoliberal, de 2016 até os dias de hoje as ideias
acolhidas pelo Congresso, a pretexto de abrir postos
de trabalho, não foram além de suprimir direitos."
Verde e Amarelo
O contrato Verde e Amarelo foi lançado no último dia
11. A iniciativa, que pretende criar 4,5 milhões de
empregos ao longo de três anos, foi enviada ao
Congresso por meio de Medida Provisória.
A proposta, que terá como foco jovens entre 18 e 29
anos, consiste em uma tentativa de alavancar a
geração de empregos reduzindo o custo da mão de obra
entre 30% e 34%. Para isso, empresas contarão com
isenção na contribuição patronal do INSS (de 20%
sobre o salário), das alíquotas do Sistema “S” e do
salário educação.
Além disso, a contribuição para o FGTS cairá de 8%
para 2% e o valor da multa poderá ser reduzido de
40% para 20% do salário do benefício.
Um dos pontos mais polêmicos da MP diz respeito à
taxação de 7,5% sobre o seguro-desemprego, tarifa
que irá financiar todo o programa. Isso porque o
governo pretende gerar com a cobrança uma
arrecadação de cerca de R$ 12 bilhões em cinco anos.
O valor, sozinho, é superior ao custo do programa,
estimado em R$ 10 bilhões no mesmo período.
Além disso, o contrato não irá incluir trabalhadores
com mais de 55 anos, ao contrário do que dizia o
governo antes de anunciar oficialmente o programa.
Fonte: Conjur
28/11/2019 -
Oposição entra com duas representações contra Guedes
por fala pró-AI-5
Parlamentares de PT, PCdoB, PSOL e PDT acionaram
a PGR e a Comissão de Ética da Presidência da
República
A fala do ministro da Economia, Paulo Guedes,
naturalizando um possível retorno do AI-5 foi alvo
de duas ações movidas nesta quarta-feira (27) por
parlamentares de PT, PCdoB, PSOL e PDT na
Procuradoria-Geral da República e na Comissão de
Ética da Presidência da República (CEP).
Os oposicionistas pediram investigação criminal na
PGR contra ministro para averiguar se a conduta é
compatível com crime de responsabilidade, além de
delitos comuns como incitação ao crime e apologia de
crime. À Comissão de Ética, os parlamenteares
pediram a adoção de punições e a recomendaram a
exoneração de Guedes.
“Não se pode admitir como possível, que o Ministro
de Estado da Economia, que ocupa um dos cargos mais
importantes da Nação, integrante de um Governo
eleito sob os cânones democráticos, possa vir a
público ameaçar calar as vozes oposicionistas,
aventando a possibilidade de adoção de um mecanismo
sabidamente de exceção (AI-5) e flagrantemente
incompatível com direitos e garantias fundamentais”,
afirmam.
A PGR é comandada por Augusto Aras, procurador
indicado pelo presidente Jair Bolsonaro enquanto a
CEP é formada por sete integrantes, sendo cinco
indicados por Michel Temer e dois por Bolsonaro. No
momento, ela é presidida por Paulo Henrique dos
Santos Lucon, professor Livre-Docente da USP, e tem
sua última reunião de 2019 marcada para 10 de
dezembro.
A frase que é motivo para os pedidos é a seguinte:
“Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já
não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o
povo pra rua pra quebrar tudo. Isso é estúpido, é
burro, não está à altura da nossa tradição
democrática”. E volta a dizer em seguida: “Chamar
povo pra rua é de uma irresponsabilidade. Chamar o
povo pra rua pra dizer que tem o poder, pra tomar.
Tomar como? Aí o filho do presidente fala em AI-5,
aí todo mundo assusta, fala o que é?…”.
Fonte: RevistaForum
28/11/2019 -
Redução do adicional de periculosidade é outro
absurdo do governo Bolsonaro, diz Dieese
Mudança proposta pelo programa Verde e Amarelo
não será opcional e pode afetar contratos já
existentes
A redução no adicional de periculosidade pago a
trabalhadores expostos a riscos à vida é mais um dos
absurdos do governo Bolsonaro. De acordo com a
economista e coordenadora de pesquisas do Dieese,
Patrícia Pelatieri, ao contrário do que o jornal
Folha de S.Paulo noticiou, as novas regras do
Programa Verde e Amarelo não são opcionais e podem
afetar contratos já existentes.
A matéria criticada pela especialista aponta que a
mudança ‘só atinge jovens contratados pelo programa
Emprego Verde Amarelo que aceitarem a contratação de
um seguro opcional para acidentes’. Entretanto, a
pesquisadora lembra que a redução do adicional, de
30% para 5%, pode afetar a todos os trabalhadores.
“A redação da Medida Provisória (MP) 905 é confusa e
pode ser estendida para todos os contratos”,
alertou, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Para ela, mesmo que fossem apenas afetados os jovens
de 18 a 29 anos, com salário de um mínimo e meio, a
MP cria um primeiro emprego sem direito. “O
trabalhador não terá a opção de escolha, como diz o
jornal. O empregado não tem poder de negociação
quando está desemprego, só terá de aceitar as opções
impostas”, criticou.
A MP ainda faz duas alterações: propõe a
substituição do adicional por um seguro privado para
acidentes pessoais e o adicional só será pago quando
a exposição ao perigo corresponder a mais de 50% da
jornada normal de trabalho. A coordenadora do Dieese
critica ambas as propostas. “O adicional é um valor
para compensar os riscos de longo prazo, enquanto o
seguro, que é a substituição proposta, remunera um
sinistro imediato. Ainda tem um agravante que é a
questão de necessidade para comprovar que ele está
exposto em 50% da jornada. O adicional é uma
compensação ao risco, isso acontece a qualquer
momento da jornada, independentemente do tempo em
que fica exposto. É um absurdo”, acrescentou.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/11/2019 -
MPT alerta: Acidentes de trabalho vão aumentar com
aprovação da MP 905
O procurador Márcio Amazonas Cabral de Andrade,
secretário de Relações Institucionais do Ministério
Público do Trabalho, alerta que as mudanças na
legislação trabalhista promovidas pela Medida
Provisória 905, que institui o contrato de trabalho
verde e amarelo, podem ter consequências drásticas.
Ele participou dia 25 de audiência na Comissão de
Direitos Humanos do Senado e criticou a MP, que na
sua avaliação constitui a segunda etapa da reforma
trabalhista - com enfraquecimento do MPT e da
fiscalização do trabalho. Para Márcio Amazonas, o
ataque à fiscalização e aos poderes do Ministério
Público vai contribuir ainda mais para o aumento dos
acidentes e mortes por descumprimento da legislação.
O procurador observa que entre 2012 e 2018 ocorreram
4,5 milhões de acidentes do trabalho no Brasil, dos
quais 740 mil resultaram em cortes ou lacerações;
610 mil geraram fraturas, 40 mil acidentes teve
amputações e 16,5 mil provocaram mortes - somente no
mercado formal.
MASSACRE - "Isso significa que ocorrem 1.761
acidentes por dia. São 73 por hora. Um acidente a
cada 49 segundos. Significa que desde que comecei a
falar destes dados três ou quatro acidentes já
aconteceram. Significa que, do começo desta
audiência até o final, uma pessoa vai morrer no
Brasil por acidente do trabalho", alertou em sua
fala.
O representante do MPT também lembrou que, com a
reforma trabalhista, em 2017, em um ano, os
acidentes aumentaram de 532 mil pra 610 mil. "É um
crescimento de quase 20% em razão de uma norma que
não deu certo, até porque os dez milhões de empregos
prometidos não foram criados", disse.
A MP 905 institui modalidade de contratação voltada
à criação de postos de trabalho para as pessoas
entre 18 e 29 anos, com remuneração de até um mínimo
e meio. Entre os itens considerados
inconstitucionais na MP, o procurador enumera a
diminuição do Fundo de Garantia, de 40% pra 20% no
caso de demissão, a redução da multa em caso de
demissão sem justa causa e mudanças nas regras
relativas ao descanso semanal remunerado.
Mais informações: Ministério Público do
Trabalho
Fonte: Agência Sindical
27/11/2019 -
PEC da Reforma Sindical já tem parecer na CCJ da
Câmara
O relator da Reforma Sindical (PEC 196/19),
deputado Fábio Trad (PSD-MS) já apresentou seu
parecer pela admissibilidade da proposta na Comissão
de Constituição e Justiça. Isto quer dizer que a
proposta já pode ser votada no colegiado.
A CCJ vai examinar, debater e votar apenas a
constitucionalidade do texto apresentado pelo
deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Caso a matéria seja
aprovada na CCJ, em seguida vai ser constituída e
instalada comissão especial para analisar o mérito
da proposta. Mas isto só deverá acontecer em 2020,
em fevereiro, quando serão retomados os trabalhos
legislativos, após o recesso, que começa no dia 23
de dezembro.
A PEC 196 versa sobre a alteração do artigo 8º da
Constituição Federal, que trata da organização
sindical.
No ‘voto do relator’, o proponente, deputado Marcelo
Ramos diz que: ‘A Proposta de Emenda à Constituição
nº 196, de 2019, atende aos requisitos formais de
apresentação. A exigência de subscrição por, no
mínimo, um terço do total de membros da Casa foi
observada, contando a Proposta com 241 (duzentos e
quarenta e uma) assinaturas confirmadas, restando
obedecido o art. 60, I, da Constituição.’
Fonte: Diap
27/11/2019 -
Comissão do Congresso da MP verde e amarela deve ser
instalada até dia 5
O líder do governo no Congresso Nacional, senador
Eduardo Gomes (MDB-TO), disse ao Congresso em Foco
que a comissão especial mista para analisar a medida
provisória do contrato de emprego verde e amarelo
deve ser instalada até a semana que vem.
“Vamos tentar fazer isso para poder contar prazo. Se
instalar agora, mantém os prazos”, disse o
emedebista sobre a intenção de facilitar os
trabalhos em 2020.
De acordo com o congressista, o presidente da
comissão será o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e o
relator, o deputado Cristiano Aureo (PP-RJ).
O prazo de uma MP é de 60 dias prorrogáveis por mais
60. Como foi apresentada pelo governo no começo
deste mês, a matéria precisa confirmada pelo
Congresso até fevereiro de 2020.
A MP já soma mais de duas mil emendas. Os pontos de
maiores resistência são os que tratam de
contribuição previdenciária sobre o
seguro-desemprego e o fato do governo ter desistido
de incluir trabalhadores com mais de 50 anos na
medida.
A medida do governo quer estimular o emprego de
jovens de 18 a 29 anos. Para isso ser feito, os
empregadores são isentos de algumas contribuições
fiscais sobre a folha de pagamento.
Como forma de compensar a perda da arrecadação com
os empresários, a equipe econômica do presidente
Jair Bolsonaro incluiu impostos sobre o valor do
seguro-desemprego.
Fonte: Congresso em Foco
27/11/2019 -
Centrais cobram presidente do Senado para que
devolva MP 905 ao governo. ‘Aberração’
Partidos recorrem ao STF contra medida provisória
do "contrato verde e amarelo". Ministra do STF dá
prazo para Executivo se manifestar
Dirigentes de centrais sindicais formalizaram nesta
terça-feira (26) pedido para que o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolva a Medida
Provisória (MP) 905 ao Executivo. Apresentado há
duas semanas, o projeto rebaixa direitos a pretexto
de estimular o primeiro emprego de jovens de 18 a 29
anos. É visto pelos sindicalistas como uma nova
“reforma” trabalhista, no mesmo sentido de
precarizar o mercado de trabalho. Após receber quase
2 mil emendas, a MP aguarda a instalação de comissão
mista (deputados e senadores) para análise.
De acordo com o presidente da CUT, Sérgio Nobre,
durante a reunião os representantes das centrais
usaram o termo “aberração” para definir a MP.
“Destacamos ao presidente do Senado os pontos mais
cruéis dessa medida provisória, como o que tira o
sindicato da negociação da PLR (participação nos
lucros ou resultados), o que desregulamenta a
jornada de trabalho de categorias importantes, entre
elas a dos bancários, e o que taxa os
desempregados”, destacou.
Ainda segundo Sérgio, o presidente do Senado admitiu
que a medida tem vários aspectos prejudiciais aos
trabalhadores. O presidente da CUT considera a
taxação do seguro-desemprego uma “perversidade sem
tamanho”. Também participaram da reunião, entre
outros, os presidentes da Força Sindical, Miguel
Torres, e da UGT, Ricardo Patah, além do
secretário-geral da CTB, Wagner Gomes.
Ontem (25), o PDT apresentou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) uma ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) contra a medida
provisória, que criou o chamado “contrato de
trabalho verde e amarelo”. Na semana passada, outros
dois partidos – Rede e Solidariedade – também
recorreram à Corte contra a MP.
Em relação à ADI 6.261, proposta pelo Solidariedade,
a ministra Cármen Lúcia, relatora da ação,
requisitou informações aos presidentes da República
e do Senado, para subsidiar a análise do pedido. Ela
fixou prazo de cinco dias para a resposta. O ofício
foi expedido ontem. A magistrada também relata a ADI
6.265, do PDT.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/11/2019 -
Especialistas apontam que governo amplia arrocho com
‘Plano Mais Brasil’
Os impactos das três propostas de emenda à
Constituição apresentadas por Bolsonaro no âmbito do
Plano Mais Brasil podem ser devastadores para a
Previdência Social e a legislação trabalhista do
País. Essa é a opinião de especialistas que
participaram de audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos (CDH) do Senado. A iniciativa do
debate foi do presidente da comissão Paulo Paim
(PT-RS), que avalia como extremamente negativos os
efeitos das propostas.
As PECs 186 (emergencial), que suspende garantias
dos servidores públicos e permite a redução de
salários, a PEC 187 (fundos constitucionais), que
acaba com a obrigatoriedade da manutenção dos fundos
constitucionais, como o de Educação, o da Saúde,
além da PEC 188 (pacto federativo), que desvincula
os gastos sociais obrigatórios, fazem parte das
medidas econômicas encaminhadas pelo governo ao
Congresso com o pretexto de descentralizar e
desvincular o Orçamento.
Para o diretor de Documentação do Diap (Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar), Antonio
Augusto de Queiroz, os sacrifícios decorrentes das
medidas deveriam ser distribuídos proporcionalmente
à capacidade contributiva de cada setor social.
Porém, na sua visão quem pagará a conta, mais uma
vez, será a parte mais fraca.
Ele aponta que as PECs trarão o desmonte do Estado,
a fragilização dos serviços públicos, a quebra da
isonomia e beneficiarão apenas os detentores de
títulos da dívida pública, uma vez que priorizam o
pagamento das despesa financeiras do governo.
"Também trarão o aprofundamento da rigidez do teto
de gastos", advertiu.
Flávio Toneli Vaz, assessor técnico da Câmara dos
Deputados, ressaltou que o objetivo das medidas é
cortar recursos direcionados à garantia de direitos
e gastos sociais, ao mesmo tempo que faz uma grande
indexação dos recursos ao pagamento da dívida
pública. "Elas criam um Orçamento sem povo, sem
direitos do povo. Essa é a grande questão", avaliou.
Os especialistas também debateram o programa
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, criado pela
Medida Provisória (MP) 905/2019, supostamente para
estimular o emprego para pessoas entre 18 e 29 anos.
Segundo o secretário de Relações Institucionais do
Ministério Público do Trabalho (MPT), Márcio
Amazonas Cabral de Andrade, as mudanças na
legislação trabalhista retiram direitos sociais e
representam prejuízo para a classe trabalhadora.
Medidas
A PEC Emergencial (186) estabelece um gatilho para
contenção de gastos públicos. Entre outras medidas,
prevê a redução da jornada do serviço público com
redução de salário, suspensão de promoções e
proibição de concursos.
A PEC da Revisão dos Fundos (187), prevê a extinção
de fundos públicos e a destinação de cerca de R$ 220
bilhões, destinados a áreas específicas (como saúde
e educação), para ajudar a pagar a dívida pública. O
dinheiro está em 248 fundos infraconstitucionais.
A PEC do Pacto Federativo (188) além de extinguir
pequenos municípios, estabelece novas regras para a
distribuição de recursos obtidos com a exploração de
petróleo do pré-sal e prevê a unificação dos gastos
mínimos em educação e saúde.
Fonte: Agência Sindical
27/11/2019 -
Maia pede que Guedes convença Bolsonaro a enviar
logo reforma administrativa
Governo teme reação nas ruas
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), disse na
manhã desta 3ª feira (26.nov.2019) que o ministro da
Economia, Paulo Guedes, deveria convencer o
presidente da República, Jair Bolsonaro, a enviar
logo o projeto de reforma administrativa para o
Congresso.
O governo federal tem atrasado a divulgação do texto
por medo de reação das ruas. A reforma
administrativa retirará benefícios de servidores
públicos.
Segundo o presidente da Câmara, é preciso investir
na qualidade do servidor e em sua segurança, mas a
reforma é necessária. De acordo com ele, o governo
tem despesas excessivas. “Sobram R$ 30 bilhões para
investimentos, está errado.”
Maia voltou a defender as reformas econômicas.
Afirmou que são reformas sociais. De acordo com ele,
o Brasil tem sistemas Previdenciário, tributário e
de serviço público concentradores de renda.
O demista também fez fortes críticas ao hábito
recente de pessoas próximas ao governo federal de
falar em AI-5 (Ato Institucional Número 5). O
instrumento deu à ditadura militar, em 1968, o que
era necessário para recrudescer o regime. Guedes
afirmou que as pessoas não devem se assustar quando
alguém pede AI-5 nesta semana.
As declarações de Maia foram feitas no seminário
“Política, Democracia e Justiça”, promovido por
Pereira no auditório Nereu Ramos, na Câmara. O
evento teve outros convidados, como o ministro do
STJ (Superior Tribunal de Justiça) Luis Felipe
Salomão, e os jornalistas Fernando Rodrigues,
diretor de redação do Poder360, e Márcio Chaer, do
Conjur.
Fonte: Poder360
27/11/2019 -
Bolsonaro caminha para instalar Estado policial no
Brasil
Cientista política avalia que o governo Bolsonaro
testa a democracia brasileira a todo momento e é
preciso manter a resistência
O presidente Jair Bolsonaro anunciou segunda (25)
que vai editar um projeto de lei que autoriza o
emprego de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)
para reintegração de posse em propriedades rurais.
Também disse nos últimos dias que a ampliação do
excludente de ilicitude – que impede a punição de
policiais que matem pessoas em ações de segurança –
deve valer para manifestações. Ainda ontem, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e disse
que um novo Ato Institucional 5 (AI-5) pode ser
editado. Para cientista política Roseli Coelho, o
governo vem “testando” a democracia e caminha para
instalar Estado policial no Brasil.
“A verdade é que, a cada momento, eles estão
testando a democracia brasileira. Eles vão até ali,
se a sociedade civil, as forças democráticas não se
opuserem, eles avançam. Pelas últimas declarações e
acontecimentos, nós podemos concluir que é possível,
sim, uma reedição qualquer do AI-5 de alguma forma,
ou até o uso da GLO para coibir manifestações no
campo”, avaliou ela, que também é professora da
Fundação Escola de Sociologia e Política de São
Paulo (Fespsp), em entrevista aos jornalistas Marilu
Cabañas e Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual.
Para Roseli, o objetivo de propor ações de GLO para
o campo é enfraquecer o MST, que é um movimento
social consistente e tradicional, com penetração e
enraizamento no povo brasileiro. “É mais um passo em
direção a um Estado policial, que é o que ele
gostaria de implementar no Brasil. A predominância
absoluta da força e da violência contra qualquer
manifestação dos movimentos sociais, contra a vida
democrática do Brasil. A gente nota o aumento da
violência da polícia nos estados, que faz parte
desse novo ambiente do governo Bolsonaro”, afirmou.
A cientista política defende que os meios de
comunicação devem relembrar como ações do tipo das
operações de GLO podem ter consequências trágicas.
Como exemplo, lembrou o Massacre de Eldorado dos
Carajás, em 1996, quando policiais militares do Pará
assassinaram 19 trabalhadores sem-terra. “Acho que
nós, democratas, a imprensa progressista, deve
reeditar, lembrar, mostrar fotos daquele episódio.
Para mostrar o que está no horizonte deste governo
autoritário? É uma reedição desse massacre. Uma
mancha indelével da reputação do Brasil no cenário
internacional”, defendeu.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/11/2019 -
Caminhoneiros ameaçam entrar na greve dos
petroleiros
Grupos de caminhoneiros tentam convencer a categoria
a aderir à greve dos petroleiros, que estão de
braços cruzados deste esta segunda-feira 25. A ideia
seria aproveitar a oportunidade para também
paralisar e pressionar o governo Bolsonaro pela
revisão da tabela de frete.
Reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo
aponta que a FUP e a Confederação Nacional dos
Transportadores Autônomos (CNTA), no entanto,
negaram oficialmente qualquer aproximação entre
petroleiros e caminhoneiros em nome de uma
mobilização conjunta.
Os jornalistas apuraram que "o tema foi realmente
ventilado em grupo de whatsapp do qual participam
representantes sindicais, mas é grande a resistência
dos que não querem politizar as discussões com o
governo".
O primeiro dia da greve dos petroleiros deve pontos
de doações de sangue – ontem foi dia nacional do
doador – e cortes de turno em unidades. Este foi o
primeiro de cinco dias de greve, que segundo a FUP,
federação da categoria, visa a alertar para os
riscos da política de demissões e de transferência
de pessoal implementada pela atual direção da
Petrobras.
De acordo com a entidade, a mobilização não
desrespeita decisão do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), que no sábado concedeu liminar à empresa
proibindo a paralisação.
Fonte: Brasil247
27/11/2019 -
Dallagnol recebe pena de advertência por dizer que
ministros do STF são lenientes com a corrupção
A decisão foi definida por 8 votos a 3 na sessão
de julgamento que aconteceu na manhã desta
terça-feira (26) no Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP)
O procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato em
Curitiba (PR), recebeu uma advertência ao ser
julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP) por dizer que os ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) passam uma mensagem de
“leniência” a favor da corrupção em entrevista à
Rádio CBN. Dallagnol ainda disse que Dias Toffoli,
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski formavam uma
“panelinha” no STF.
A pena de advertência foi definida por 8 votos a 3
na sessão de julgamento que aconteceu na manhã desta
terça-feira (26).
Nesta segunda-feira (25), o procurador da Lava Jato
foi às redes sociais para fazer mea culpa, afirmando
que sua declaração foi de “interesse público” e que
“não foi grosseria”.
“Em minha defesa, afirmei que minha declaração foi
uma crítica de autoridade pública sobre atos de
outra autoridade pública, em matéria de interesse
público, sem grosseria. O cerne da liberdade de
expressão é que ela existe para proteger o direito à
crítica e não aos elogios”, escreveu no Twitter.
Fonte: RevistaForum
27/11/2019 -
Governo reduz para R$ 1.031 estimativa de salário
mínimo para 2020
Valor consta de mensagem modificativa do
Orçamento
O salário mínimo para o próximo ano ficará em R$
1.031, anunciou no fim da tarde desta terça-feira
(26) o secretário especial de Fazenda do Ministério
da Economia, Waldery Rodrigues. O valor representa
redução de R$ 8 em relação ao projeto de lei do
Orçamento Geral da União do próximo ano, que previa
mínimo de R$ 1.039 para o próximo ano.
O novo valor do mínimo consta de mensagem
modificativa do Orçamento de 2020 enviada hoje (26)
pelo governo ao Congresso Nacional. Segundo
Rodrigues, a queda da projeção se justifica pela
redução das estimativas da inflação pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o
próximo ano.
A mensagem modificativa reduziu para 3,5% a
estimativa para o INPC em 2020, meio ponto
percentual a menos que a projeção de 4% que constava
no projeto de lei do Orçamento. A previsão do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado
como índice oficial de inflação, caiu de 3,9% para
3,5%.
A estimativa de crescimento para a economia, em
contrapartida, aumentou de 2,17% para 2,32%. A
estimativa para a cotação média do dólar no próximo
ano aumentou de R$ 3,80 para R$ 4.
Ao anunciar a revisão das estimativas, Rodrigues
destacou que a nova política para o salário mínimo
só será decidida nas próximas semanas pelo
presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Fazenda,
no entanto, diz que o valor servirá de referência
para o Palácio do Planalto.
Fonte: Agência Brasil
26/11/2019 -
Sob aplausos de empresários, secretário de Bolsonaro
diz que “domingo é dia de trabalho”
O secretário Especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, Rogério Marinho, voltou a
defender o trabalho aos domingos e feriados
Em encontro com empresários de Minas Gerais, o
secretário Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, voltou a
defender o trabalho aos domingos e feriados nesta
segunda-feira (25), afirmando que a medida aumentará
a competitividade das empresas do país.
“Domingo é um dia de trabalho como qualquer outro”,
afirmou Rogério Marinho arrancando aplausos dos
empresários. Segundo ele, 75% das indústrias no país
não conseguem fazer acordos com os funcionários para
o trabalho nesses dias e que os patrões compram uma
máquina que não vai poder usá-la entre 15% a 20% do
período em que ela poderia operar.
“Isso significa baixa competitividade com países que
concorrem conosco... A Constituição continua sendo
respeitada quando determina que há um dia semanal de
repouso, mas não necessariamente o domingo”, disse
ele, sendo aplaudido pela plateia de empresários.
A medida que libera o trabalho aos domingos foi
encaminhada ao Congresso no Projeto de Lei 905, que
prevê, entre outras medidas, a desoneração da folha
de pagamento na contratação de funcionários de 18 a
24 anos, no entanto, esse trabalhadores também
teriam seus direitos reduzidos.
Dirigentes sindicais encaminharam ofício ao
presidente do Senado, Davi Alcolumbre enfatizando
que a MP não poderia conter em seu texto mudanças na
legislação trabalhista, que já haviam sido
rejeitadas pelo Congresso Nacional em um mesmo ano,
como foi o caso da inclusão de alterações nos
artigos que tratam do trabalho aos domingos e
feriados, já discutido e vetado este ano, quando da
análise da MP nº 881, da Liberdade Econômica.
No texto os dirigentes lembram que o trabalho aos
domingos e feriados foi retirado da MP 881 e “não é
razoável que, três meses depois, o governo edite
nova Medida Provisória incluindo os mesmos artigos
que foram objeto de consenso pela rejeição junto ao
Congresso Nacional”.
Fonte: Brasil247
26/11/2019 -
Alcolumbre receberá Centrais Sindicais que
reivindicam devolução da MP 905
Por presidir o Senado, David Alcolumbre (DEM-AP) é
também presidente do Congresso. Nessa condição, ele
tem poder de devolver ao Executivo a Medida
Provisória 905, que agride direitos e radicaliza a
reforma trabalhista de Temer - Lei 13.467.
As Centrais Sindicais batem na tecla da devolução.
Para tanto, já enviaram alentado ofício, datado do
dia 19, em cuja abertura as Centrais “Vêm requerer a
devolução da MP 905, pelos fatos e fundamentos
expostos”. Na exposição, o documento alerta que “o
Poder Executivo legisla cada vez com mais frequência,
e, por consequência, o Legislativo vem sendo pautado
pela Executivo”.
CNT – As Centrais também alertam para o fim
do diálogo tripartite (governo, trabalhadores e
empregadores) fundamentado no Conselho Nacional do
Trabalho. “Ou de fato o CNT serve como órgão
consultivo ou não tem nenhuma função. A MP é o
exemplo prático de um governo que não privilegia o
diálogo social”, afirma o documento.
A mobilização segue nesta terça (26), quando haverá
audiência das Centrais com o presidente do Senado.
José Calixto Ramos informa que a Central estará
representada por dois dirigentes. Pela CTB irá o
secretário-geral Wagner Gomes. Já na CSB, o vice
Flávio Werneck, que representa entidades de
Servidores Polícia Federal, falará pela Central.
Neto - O presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) repudia a MP. Ele diz: “A Medida
tem absurdos como taxar as parcelas do
seguro-desemprego, o que é tributar a pobreza. Ataca
também os Sindicatos, que são excluídos de ações e
negociações. Outro crime é reduzir o auxílio
periculosidade de 30 para 5%. Mas, o mais grave, é
que a medida verde cria dois tipos de trabalhador -
um com direitos e outro sem. Isso gera uma repulsa
muito grande”.
ADI – Partidos como PDT e Solidariedade já
questionam no Supremo a constitucionalidade da MP
905. “As Centrais vão ingressar nas ADIs na condição
de Amicus Curie”, adianta Antonio Neto.
Ofício - Clique
aqui e leia o documento.
Fonte: Agência Sindical
26/11/2019 -
Zerar encargos trabalhistas não cria empregos e só
aumenta o lucro do patrão, diz Dieese
"Há diversos estudos que desmentem a fala do
ministro Paulo Guedes, que quer vender uma ilusão",
diz coordenadora do Dieese
A ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de
zerar os encargos trabalhistas para, supostamente,
criar empregos é mais uma ilusão do atual governo. A
coordenadora de pesquisa do Dieese, Patrícia
Pelatieri, lembra que se trata de uma concepção
rejeitada por estudos e até mesmo por economistas
liberais, pois não se sustenta.
“Até os economistas liberais, como Marcos Lisboa,
afirmam que a desoneração não é um gatilho para a
geração de empregos. Com a desoneração, é mais óbvio
que ocorram ajustes internos nas empresas,
aumentando a margem de lucro. Foi o que ocorreu com
a desoneração feita pela ex-presidenta Dilma, que
não gerou empregos. Há diversos estudos que
desmentem a fala do ministro, que quer vender uma
ilusão que não se sustenta”, criticou Patrícia, em
entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira
(25).
A justificativa de Guedes é de que os empresários,
isentos de impostos, contribuirão para o crescimento
do país. Entretanto, a especialista do Dieese lembra
que esta não é a lógica do capital. “As empresas
utilizam essa desoneração para fazer uma recuperação
da margem de lucros, como eles mesmos já falaram.
Com a crise, eles reduziram essa margem, mas com a
desoneração, recompõem. A lógica do capital não é
uma lógica social, mas do lucro. Em primeiro lugar,
sempre virá o dinheiro, independentemente da taxa de
desemprego”, afirmou.
Após realizar as reformas, também com a
justificativa de criar empregos, Guedes volta a
trabalhar para retirar mais direitos do trabalhador.
“O que define a geração de emprego são outros
fatores, como a demanda do consumo. Quando você tem
uma população empobrecida, ela não consome e não
gira a economia. Sem essa demanda, não há a decisão
do investimento em empregos. Portanto, a
justificativa de Guedes não se sustenta”,
acrescentou.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/11/2019 -
PDT pede que STF anule Medida Provisória que muda
regras trabalhistas
O Partido Democrático Trabalhista apresentou nesta
segunda-feira (25/11) uma ação direta de
inconstitucionalidade pedindo a suspensão da Medida
Provisória 905 de 2019, a que cria o "Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo" e também altera inúmeros
pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo o PDT, a MP 905 positiva regras que violam
frontalmente a Constituição Federal e cria regras
que fragilizam a tutela do trabalhador e
desequilibram a relação de trabalho, além do que
comete o despudor de taxar hipossuficientes sociais
que estão afastados do mercado de trabalho.
"O ato normativo elaborado sob a justificativa de
empregar mais pessoas e reduzir a informalidade no
Brasil, em verdade, propugna uma adulteração massiva
e desordenada à legislação trabalhista, implicando
na alteração e criação de diversos dispositivos, bem
como na revogação caótica de tantos outros,
colocando a redução de passivo do empregador como
fim superior à própria sistemática da previdência
social, do sistema tributário nacional e de
princípios constitucionais", afirma o partido, na
ação.
Para a legenda, não houve apresentação suficiente do
que embasa a relevância e urgência alegada.
"Diversas alterações propostas sequer se destinam a
esse plano fático indicado como supedâneo para as
alterações pretendidas, como é o caso da alteração
do artigo 635 da CLT, que cria um colegiado para
processamento e julgamento de recurso em segunda
instância administrativa; 25 em paralelo, a
multiplicidade de temas postos na Medida Provisória,
para além de demonstrar desmazelo, não está
acompanhada da análise pormenorizada e preenchimento
dos requisitos da relevância e urgência", afirmou.
Segundo o partido, a exposição dos motivos do ato
normativo impugnado não demonstrou, ainda que
minimamente, a presença inexorável dos requisitos
aptos a permitir o exercício excepcional da
competência legislativa pelo presidente da
República.
"Não sendo suficiente, ainda que se consiga
identificar a relevância e urgência em alguns
dispositivos indicados, a Medida Provisória não pode
ser utilizada como um mecanismo de desvirtuamento de
direitos e garantias fundamentais. Diante disso,
faz-se premente reconhecer que a MP 905/2019 não
preenche os requisitos constitucionais específicos
(relevância e urgência), convertendo-se em ato
normativo que fere as instituições democráticas,
razão pela qual deve ser invalidada", pontuou.
No dia 20/11, a Rede Sustentabilidade apresentou um
mandado de segurança pedindo a suspensão da Medida
Provisória 905 de 2019. Na última terça-feira
(19/11), o Solidariedade também protocolou uma ação
também contra a MP 905. Segundo a legenda, há direta
colisão entre as garantias mínimas dos trabalhadores
estabelecidas pelo artigo 7º da Constituição Federal
e parágrafo único do artigo 4º da MP 905, que cria,
sem autorização constitucional, nova classe de
trabalhadores.
ADI 6.265
Fonte: Consultor Jurídico
26/11/2019 -
Aposentados do INSS começam a receber segunda parte
do décimo terceiro
Depósitos serão feitos até o dia 6, conforme
calendário
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) começam a receber nesta
segunda-feira (25) a segunda parcela do décimo
terceiro salário. Os depósitos serão feitos até o
próximo dia 6, conforme calendário de pagamento de
benefícios.
A segunda parte do décimo terceiro será paga junto
com o benefício mensal de novembro. Em setembro, os
aposentados e pensionistas tinham recebido a
primeira parcela de 50% do benefício.
A consulta ao contracheque está disponível no portal
Meu INSS. Basta o usuário clicar na guia Extrato de
Pagamento de Benefício e consultar o valor a
receber.
A segunda parcela do 13º salário é paga a
aposentados, pensionistas, titulares de
auxílio-doença, de auxílio-reclusão, entre outros
beneficiários da Previdência Social.
Por lei, não têm direito ao décimo terceiro os
seguintes benefícios: amparo previdenciário do
trabalhador rural, renda mensal vitalícia,
auxílio-suplementar por acidente de trabalho, pensão
mensal vitalícia, abono de permanência em serviço,
vantagem do servidor aposentado pela autarquia
empregadora, salário-família e amparo assistencial
ao idoso e ao deficiente.
Fonte: Agência Brasil
26/11/2019 -
Lula mantém discurso firme e diz que não se pode ter
‘condescendência’ com o governo Bolsonaro
Lula vai manter o nível combativo de seu discurso
contra o governo de Jair Bolsonaro e já mandou
sinais sobre isso a aliados.
Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, não era
esta a expectativa de integrantes de outros partidos
de oposição e de setores do próprio PT.
Lula disse a parlamentares que não é possível ter
“condescendência” com os atuais ocupantes do
Planalto.
A combatividade e a polarização estão na natureza
política de Lula, no DNA do PT desde a sua fundação,
diz um amigo do ex-presidente.
Mesmo considerando que há setores do próprio PT que
pedem uma atuação mais propositiva, o discurso de
Lula no 7º Congresso do PT no último fim de semana é
o que vai orientar a sigla: polarização, oposição a
Bolsonaro e luta.
Fonte: Brasil247
26/11/2019 -
Em entrevista nos EUA, Guedes ameaça com volta da
ditadura: 'Não se assustem se alguém pedir o AI-5'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta
segunda-feira (25) que não é possível se assustar
com a ideia de alguém pedir o AI-5 diante de uma
possível radicalização dos protestos de rua no
Brasil.
A afirmação foi feita durante entrevista coletiva em
Washington, em que Guedes comentava a convulsão
social e institucional em países da América Latina e
disse que era preciso prestar atenção na sequência
de acontecimentos nas nações vizinhas para ver se o
Brasil não tem nenhum pretexto que estimule
manifestações do mesmo tipo, informa a jornalista
Marina Dias na Folha de S.Paulo.
"Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou
democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o
outro lado ganha, com dez meses você já chama todo
mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é
essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5.
Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando
o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é
estúpido, é burro, não está à altura da nossa
tradição democrática."
Paulo Guedes justificou as ameaças sobre a edição de
um novo AI-5 feitas por um dos filhos de Jair
Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro. Para ele,
trata-se de uma reação ao que chamou de convocações
feitas pela esquerda, endossadas pelo ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva logo depois de ser solto,
há pouco mais de duas semanas.
Guedes disse que era "uma insanidade" o petista
pedir a presença do povo nas ruas e que "chamar o
povo para rua é uma irresponsabilidade".
O ministro de Bolsonaro confirmou que o projeto de
lei que prevê o excludente de ilicitude seria também
uma resposta de Bolsonaro a Lula.
Fonte: Brasil247
26/11/2019 -
Sindicato deve pagar honorários sucumbenciais
relativos a pedido formulado em interesse próprio
Entidade ficou isenta do pagamento de honorários no
ponto em que pleiteava interesses coletivos.
Sindicato dos Trabalhadores no Comércio do DF (Sindicom/DF)
terá de pagar honorários advocatícios sucumbenciais
relativos ao pleito formulado na defesa de
interesses próprios. Decisão é da 2ª turma do TRT da
10ª região.
A entidade ajuizou ação contra uma empresa
requerendo cumulativamente o pagamento de
mensalidades sindicais e o cumprimento de cláusula
de norma coletiva sobre trabalho aos domingos e
feriados.
Relator do caso, o desembargador Alexandre Nery de
Oliveira lembrou que, à época da propositura da ação
- antes da entrada em vigor da reforma trabalhista
(lei 13.467/17) -, o TST apontava que, nas ações não
relacionadas à relação de emprego, os honorários
eram devidos pela mera sucumbência.
Reforma trabalhista
Consta dos autos que o Sindicom/DF ajuizou ação contra
uma empresa de calçados requerendo o pagamento da
mensalidade sindical, a qual teria sido cobrada dos
empregados, mas não foi repassada à entidade.
Requereu, ainda, o cumprimento, por parte da
empresa, da cláusula da norma coletiva que regula o
trabalho aos domingos e feriados, com o pagamento de
multa. Em 1º grau, os pedidos foram indeferidos.
A empresa opôs embargos requerendo a condenação do
sindicato ao pagamento dos honorários advocatícios,
em razão da sucumbência, mas o juiz negou o pleito,
porque a ação foi ajuizada antes da reforma
trabalhista.
Interesses próprios x Coletivos
Em recurso ao TRT-10, a empresa voltou a pedir a
reforma da sentença no ponto dos honorários, com
base no art. 5º da 27 e da súmula 219, ambas do TST.
Os dispositivos apontam que são devidos os
honorários de sucumbência nas ações que não derivam
da relação de emprego.
Em seu voto, o relator explicou que o recurso deve
ser analisado sob a ótica da legislação vigente à
época da propositura da ação, que foi anterior ao
advento da reforma trabalhista. E, segundo o
desembargador Alexandre Nery, a IN 27 e a Súmula 219
(item III), do TST, que tratam do tema, apontam que
os honorários são devidos pela mera sucumbência nas
ações que não são oriundas de relação de emprego.
No caso concreto, explicou o relator, a demanda
envolveu pedido do sindicato em nome da categoria -
referente a trabalho aos domingos e feriados -, mas
também em nome próprio, na defesa de interesses e
direitos particulares da própria entidade - no
tocante às mensalidades. Evidencia-se, assim,
destacou o magistrado, a cumulação de ação de
cumprimento individual com ação de cumprimento
coletivo, resultando em efeitos diversos em relação
a cada parte.
Com esse argumento, o desembargador Alexandre Nery
ressaltou que quanto aos pedidos relativos à ação
coletiva, conforme art.87 do CDC, é indevida a
condenação ao pagamento de honorários advocatícios.
Já no tocante aos pedidos de interesse particular da
entidade sindical, cabe condenar o sindicato ao
pagamento dos honorários advocatícios.
Ao dar provimento parcial ao pleito, o relator votou
pela condenação do sindicato ao pagamento dos
honorários apenas na fração pertinente ao pleito
formulado em nome próprio, fixados em 10% dos
valores requeridos, R$ 20 mil.
A decisão foi unânime.
Processo: 0001590-97.2017.5.10.0006
Fonte: Migalhas
25/11/2019 -
Ações no Supremo e Congresso Nacional rechaçam
carteira verde e amarela
A Medida Provisória 905/19, que criou do “contrato
de trabalho verde amarelo”, impondo um novo ataque
aos direitos dos trabalhadores, recebeu duras
críticas e pode sofrer uma derrota. A proposta é
alvo de questionamento no Supremo Tribunal Federal e
no Congresso, onde os partidos de oposição na Câmara
dos Deputados pediram a devolução da medida ao
governo.
De acordo com o governo, a adoção desta nova
modalidade de contração teria como propósito reduzir
o desemprego entre jovens. O caminho seria a
concessão de incentivos a empresas, para que
contratem trabalhadores entre 18 e 29 anos, ainda
sem registro de experiência na Carteira, por dois
anos.
Porém, a medida assinada dia 11 pelo ministro Paulo
Guedes (Economia) e o presidente Jair Bolsonaro
extrapola tais objetivos. O texto é longo, com ampla
abrangência sobre as relações de trabalho,
constituindo assim uma nova reforma trabalhista.
Há unanimidade entre instituições do mundo do
trabalho, lideranças sindicais, especialistas em
direito do trabalho e parlamentares que a MP carrega
uma série de inconstitucionalidades.
STF - Até sexta (22), as mudanças na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) já tinham sido
questionadas no Supremo Tribunal Federal em duas
ações.
A primeira, uma Adin (Ação Direta de
Inconstitucionalidade) protocolada terça (19) pelo
presidente do partido Solidariedade, deputado
federal Paulinho da Força (SP), pede a suspensão da
eficácia da MP até que a Corte julgue o mérito. A
ação critica a forma arbitrária como o governo
atuou, sem debate prévio no Congresso.
“Não há, com o devido respeito, qualquer urgência
que pudesse justificar a dispensa do necessário e
legal escrutínio prévio do Legislativo sobre a
questão”, diz a petição.
Na quarta (20), os senadores Randolfe Rodrigues (AP)
e Fabiano Contarato (ES), além da deputada Joênia
Wapichana (RO), da Rede Sustentabilidade,
protocolaram Mandado de Segurança (MS) no STF
solicitando a suspensão da medida. O argumento é que
a MP “viola o direito dos parlamentares a um devido
processo legislativo constitucional”.
Congresso - Os partidos de oposição da Câmara
encaminharam terça um pedido ao presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para devolver o
texto ao Executivo.
“O trâmite da MP 905/2019 deve ser imediatamente
interrompido, com sua devolução ao Poder Executivo,
de modo a resguardar os preceitos constitucionais e
a garantir a efetiva participação da sociedade e do
Parlamento no debate da matéria”, diz o texto
assinado pelos líderes do PSB, PT, PDT, PSol, PCdoB
e Rede.
A nova reforma trabalhista altera cerca de 60
artigos e 150 dispositivos da CLT e revoga outros 37
dispositivos legais.
Fonte: Agência Sindical
25/11/2019 -
Guedes volta a defender empregos precários: sem
encargos trabalhistas se criam milhões de vagas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na
sexta-feira que é possível criar milhões de empregos
se os encargos trabalhistas forem “zerados”. “A
produtividade melhora imediatamente”, disse ele em
discurso no Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX
2019), no Rio. “Alguém que está isento de impostos
vai fazer essa contribuição [para substituir os
encargos sobre folha de pagamento]”, afirmou.
De acordo com o ministro, a tributação sobre a folha
de pagamentos é “o imposto mais cruel”. “Estamos no
caminho certo, tenho cada vez mais convicção de que
vai dar tudo certo. Estamos indo na direção correta,
temos um Congresso que abraçou as reformas”, disse.
Guedes afirmou que a aprovação da reforma da
Previdência conteve a “expansão descontrolada” dos
gastos públicos e criou um “horizonte melhor”.
O titular da pasta afirmou que a redução das
despesas com juros foi de quase R$ 100 bilhões,
segundo ele. “O buraco fiscal que ameaçava e ruía a
economia brasileira está sendo combatido.”
Fonte: Brasil247
25/11/2019 -
Conselho do Ministério Público deve punir Deltan
Dallagnol e abrir novo processo contra ele
O procurador Detan Dallagnol, chefe da Operação
Lava Jato em Curitiba, pode sofrer punição nesta
terça-feira (26) e ainda ter mais um processo
disciplinar aberto contra ele no Conselho Nacional
do Ministério Pùblico
Além de aplicar uma punição a Deltan Dallagnol, a
maioria do Conselho Nacional do Ministério Público
pode abrir nesta terça (26) novo processo
disciplinar contra o procurador.
A coluna Painel da Folha de S.Paulo informa que está
na pauta da sessão o caso em que Renan Calheiros (MDB-AL)
pede análise da conduta do procurador por ele ter
militado nas redes sociais contra sua candidatura à
presidência do Senado.
Fonte: Brasil247
25/11/2019 -
Gleisi: artimanha de Moro afetou de forma brutal a
democracia brasileira
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR), comentou nas redes sociais o novo
capítulo da Vaza Jato divulgado pela Folha de
S.Paulo neste domingo 24, e que revela que o então
juiz da Lava Jato Sergio Moro quebrou seu próprio
padrão na operação ao divulgar áudios do
ex-presidente Lula. Para Gleisi, "a Vaza Jato voltou
nesse domingo para mostrar mais uma vez que Moro
mentiu".
"Essa artimanha foi decisiva para impeachment de
Dilma, mudou curso da história e afetou de forma
brutal a democracia brasileira. Abriu caminho para o
golpe de 2016 e a eleição de quem agora é chefe de
Moro e promove o maior desmonte do Estado",
completou a deputada.
"O levantamento da Lava Jato, que analisou
documentos de oito investigações em que também houve
escutas telefônicas, indicou que somente no caso do
ex-presidente os áudios dos telefonemas grampeados
foram anexados aos autos e o processo foi liberado
ao público sem nenhum grau de sigilo", aponta a
reportagem.
Fonte: Brasil247
25/11/2019 -
MP não considera ocorrência no trajeto como acidente
de trabalho, e aposentadoria por invalidez cai
Os acidentes ocorridos nos trajetos de ida e volta
entre a casa e o local onde o profissional atua não
são mais considerados acidentes de trabalho. A
mudança foi estabelecida pela Medida Provisória (MP)
905/2019, que criou o Emprego Verde-Amarelo — pacote
para estimular a geração de empregos para jovens de
18 a 29 anos —, e já levou o INSS a divulgar um
ofício interno aos médicos peritos com orientações
para a concessão de auxílios-doença nesses casos: os
benefícios agora serão previdenciários, e não mais
acidentários. Além disso, aposentadorias por
invalidez provenientes dessas ocorrências terão
redução drástica.
— Essa medida provisória foi um retrocesso. O
trabalhador acaba tendo prejuízo e ficando
desprotegido no caso de sofrer acidente em seu
trajeto — avaliou Adriane Bramante, presidente do
Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
Segundo o Ministério da Economia, o texto não muda a
cobertura previdenciária do trabalhador. Em caso de
acidente que necessite de afastamento, a empresa
continuará cobrindo os primeiros 15 dias. Depois
disso, o pagamento caberá ao INSS.
Especialistas alertam, porém, que durante o período
de afastamento o empregador não ficará mais obrigado
a depositar o FGTS do funcionário. Além disso, após
a alta e o retorno ao trabalho, o empregado perderá
a estabilidade de 12 meses que teria se seu
auxílio-doença fosse acidentário (causado no
ambiente de trabalho ou no trajeto).
Com a mudança na interpretação, as aposentadorias
por invalidez decorrentes desses acidentes vão cair
até 40%. Isso porque a reforma da Previdência só
garantiu a aposentadoria integral para o caso de
invalidez causada por acidente de trabalho. Caso
contrário, o valor do benefício é de 60% da média
salarial nos primeiros 20 anos de contribuição,
acrescido de 2% da média para cada ano extra de
recolhimento.
— Antes da reforma da Previdência, não existia
diferenciação dos pagamentos aos aposentados por
invalidez nos casos de proveniência de acidente de
trabalho ou não. Ela colocou isso e, agora, a medida
provisória fecha o ciclo do entendimento de acidente
de trajeto. O trabalhador acidentado assim, então,
fica com um benefício menor. Além disso, a pensão
por uma morte, paga a um dependente, também cai —
explicou Adriane Bramante, do IBDP.
Fonte: Extra
25/11/2019 -
Paulo Paim critica mudanças na Previdência e em
direitos trabalhistas
A história vai mostrar que as presentes e as futuras
gerações sentirão os estragos que virão com a
reforma da Previdência, afirmou o senador Paulo Paim
(PT-RS) nesta sexta-feira (22), em Plenário.
Segundo ele, o texto, promulgado neste mês,
beneficia apenas os bancos e os rentistas, enquanto
os trabalhadores, inclusive os da classe média,
passarão a ter benefícios menores, que só virão
depois de mais tempo de contribuição.
O senador reconheceu que, em alguns pontos, o
Congresso Nacional minimizou os prejuízos aos
trabalhadores, ou pode ainda minimizá-los, por meio
da PEC Paralela (PEC 133/2019), aprovada pelo Senado
e em análise na Câmara dos Deputados. Ele destacou a
aprovação, pelos senadores, de uma regra de
transição, para que a fórmula de cálculo do
benefício sugerida pelo governo, com base na média
de todas as contribuições, passe a valer apenas a
partir de 2025.
— Sei que outros combates virão. Está aí o pacote
verde e amarelo (MP 905/2019). São 135 mudanças na
CLT. É outra reforma trabalhista. E já falam que
virá uma outra ainda, que há um grupo de técnicos,
identificados com o governo, que já está estudando a
terceira reforma trabalhista, num período tão
pequeno. Teve uma no governo Temer, outra neste ano
e já falam em outra para o ano que vem — lamentou.
Fonte: Agência Senado
25/11/2019 -
Projeto da Nova Lei do Primeiro Emprego é discutido
na CAS
Especialistas ouvidos pela Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) nesta quinta-feira (21) destacaram
pontos positivos e negativos do Projeto de Lei
(PL) 5.228/2019, que institui a Nova Lei do Primeiro
Emprego. De autoria do senador Irajá (PSD-TO) e com
relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a
proposição tem pontos polêmicos, segundo os
debatedores, como a redução do depósito ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de 8% para 2%.
A Nova Lei do Primeiro Emprego pretende criar um
contrato de trabalho especial que flexibiliza
direitos e reduz encargos para estimular empresas de
todo porte a contratar jovens que ainda não
conseguiram sua primeira oportunidade profissional,
desde que permaneçam frequentando o ensino
profissional ou superior. A contratação seria uma
opção para as empresas, que pode ser efetivada de
acordo com a necessidade de mão de obra.
Irajá comentou sobre a crise econômica e o alto índice
de desemprego no Brasil, e disse que o Parlamento
precisa reagir e editar medidas que ajudem a mudar o
quadro. Ele informou que tem sido questionado sobre
sua motivação ao protocolar o PL 5.228/2019. E
explicou que, assim como ele não obteve êxito na
adolescência, milhares de outros brasileiros
enfrentam dificuldades ao visitar empresas em busca
de oportunidades.
— Não por má vontade, mas, entre contratar um jovem
sem experiência e outro com experiência,
evidentemente, será contratado aquele já
qualificado. Esse projeto, então, dá estímulos aos
empresários para contratarem jovens sem nenhuma
experiência profissional. Se não houver sacrifícios
por parte do governo, ao abrir mão do recolhimento
do INSS, dos jovens, com a diminuição do Fundo de
Garantia por um ano apenas, nem dos empresários, ao
dar essa oportunidade, não vamos resolver o problema
— afirmou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
25/11/2019 -
TST: estabilidade para gestante não vale para
empregadas temporárias
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que
empregadas gestantes contratadas para trabalho
temporário não têm direito à estabilidade prevista
na Constituição. Na sessão de 18 de novembro, a
maioria dos ministros do pleno do TST entendeu que o
benefício não vale para esse tipo de trabalho,
regido pela Lei 6.019/74, norma que regulamentou o
trabalho temporário.
Com a decisão, o entendimento poderá ser aplicado
aos processos que estão em andamento na Justiça do
Trabalho em todo o país.
A questão chegou ao TST por meio de um recurso de
uma empregada que foi dispensada durante a gravidez
por uma empresa de locação de mão de obra que
prestava serviços a uma outra firma em Blumenau, em
Santa Catarina.
Inconformada com a decisão, a gestante recorreu à
justiça trabalhista local e à Primeira Turma do TST
em busca do reconhecimento do direito, mas perdeu a
causa, pois os magistrados consideraram que a
estabilidade não vale para contratos temporários.
De acordo com o artigo 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição, é
proibida dispensa arbitrária ou sem justa causa da
"empregada gestante, desde a confirmação da gravidez
até cinco meses após o parto".
É com base nesta regra que a estabilidade é
garantida. No entanto, a norma sempre foi aplicada
aos casos de contratos por tempo indeterminado e há
divergências na Justiça sobre a validade para
trabalhadoras temporárias.
No trabalho temporário, uma empresa contrata uma
pessoa para prestar serviços a uma outra empresa,
considerada a tomadora, por prazo determinado.
Nesta semana, ao julgar o caso definitivamente, o
plenário do TST confirmou o entendimento, por
maioria de votos. No julgamento, prevaleceu a
manifestação da ministra Maria Cristina Peduzzi.
Trabalhadoras temporárias
Segundo ela, a estabilidade não pode ser aplicada a
casos de trabalhadoras temporárias. Para a
magistrada, a Constituição impede a demissão
arbitrária e sem justa causa da gestante, mas o
benefício não ocorre em contratos temporários, nos
quais não há vínculo de trabalho por prazo
indeterminado.
O relator do caso, ministro Luiz Philippe Vieira de
Mello Filho, ficou vencido na votação e entendeu que
as trabalhadoras temporárias também têm direito à
estabilidade.
"A empregada gestante mantém o direito à
estabilidade provisória prevista no artigo do ADCT
[Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição] mesmo na hipótese de admissão mediante
contrato de trabalho por tempo determinado e
contrato temporário de
trabalho da Lei 6019", afirmou.
Apesar da decisão, cabe recurso ao Supremo Tribunal
Federal (STF), que poderá anular o julgamento do
TST.
Fonte: Agência Brasil
22/11/2019 -
PEC Emergencial e MP do Trabalho Verde Amarelo
sofrem alta rejeição
A PEC Emergencial e a MP do Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo estão entre as três propostas de
Jair Bolsonaro com maior rejeição nas consultas
públicas online promovidas pelo site do Senado
Federal neste ano.
A primeira proposta, que trata da redução dos gastos
públicos, já recebeu mais de 85 mil votos contrários
e pouco mais de 1.000 a favor em cerca de duas
semanas de tramitação. O projeto também mexe com
servidores, reduz benefícios tributários e afeta as
finanças de estados e municípios.
A MP do Contrato Verde e Amarelo, que retira
direitos trabalhistas, acumula em pouco mais de uma
semana mais de 50 mil votos contrários e menos de
2.000 a favor.
Fonte: Brasil247
22/11/2019 -
Bolsonaro reduz para o menor patamar histórico a
verba de fiscalização trabalhista: mais de 63%
De acordo com o primeiro Orçamento elaborado por
ele, apenas R$ 26 milhões de R$ 1,4 trilhão de
despesas previstas para 2020 foram reservados para
operações de fiscalização trabalhista
O governo Jair Bolsonaro cortou a verba referentes
às fiscalizações trabalhistas para o menor patamar
da série histórica. De acordo com o primeiro
Orçamento elaborado por ele, apenas R$ 26 milhões de
R$ 1,4 trilhão de despesas previstas para 2020 foram
reservados para operações de inspeção de segurança e
saúde no trabalho, combate ao trabalho escravo e
verificações de obrigações trabalhistas. A queda em
relação ao orçamento de 2019 —R$ 70,4 milhões—
supera 63%.
A decisão do governo vem na esteira de outras
medidas para afrouxar a legislação trabalhista, com
o objetivo de reduzir os custos das empresas e, por
consequência, atrair investimentos. Mas, desde que a
reforma trabalhista entrou em vigor, em 2017, no
governo Michel Temer, não se tem visto a geração de
empregos prometida por ele, apoiado pelo então
deputado federal Jair Bolsonaro.
A flexibilização das normas trabalhistas gera
insegurança jurídica e financeira para o consumo das
famílias, principal componente responsável pelo
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical,
João Carlos Gonçalves, as medidas adotadas pelo
governo na área trabalhista reduzem os custos de
produção, mas podem aumentar, por exemplo, os gastos
com acidentes. “Sem fiscalização, a tendência deve
ser o aumento de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho”, disse Gonçalves, conhecido como Juruna.
Os relatos de sindicalistas foram publicados no
jornal Folha de S.Paulo.
O presidente da União Geral do Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, afirma que “o governo está diminuindo
a capacidade do movimento sindical e, agora, inicia
o processo para inibir o próprio Estado, responsável
por fiscalizar as condições de saúde e segurança no
trabalho”.
Fonte: Brasil247
22/11/2019 -
Bolsonaro anuncia que número do seu novo partido
será 38, o mesmo do revólver
O presidente também disse que o partido é
“conservador, que respeita todas as religiões, dá
crédito aos valores familiares, defende a legítima
defesa, defende a posse e o porte de arma com
requisitos”
Amante das armas e da violência, Jair Bolsonaro
anunciou que deseja que o número de seu novo
partido, o Aliança pelo Brasil, seja o 38, número
popularmente conhecido para identificar o calibre do
revólver mais usado no país.
“O número escolhido é o número 38. Acho que é um bom
número, não é? Tínhamos poucas opções, eu acho que o
número 38 é mais fácil de gravar”, afirmou, na
transmissão semanal que faz pelo Facebook.
Bolsonaro disse, também, que acredita que as 492 mil
assinaturas em nove estados, necessárias para criar
o partido, serão liberadas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para ser obtidas de forma virtual.
“Se for eletrônica, eu tenho certeza de que, com o
apoio de todos vocês, em um mês no máximo a gente
consegue as 500 mil assinaturas. Caso não seja
possível, a gente vai ter que colher assinatura
física, aí demora mais e não vai ficar pronto tão
rápido. No meu entender, um ano, um ano e meio para
ficar pronto o partido”, afirmou.
Bolsonaro também disse que o seu partido é
“conservador, que respeita todas as religiões, dá
crédito aos valores familiares, defende a legítima
defesa, defende a posse e o porte de arma com
requisitos, o livre comércio com todo mundo, sem o
viés ideológico”.
Fonte: RevistaForum
22/11/2019 -
Nota Técnica do Dieese reforça críticas ao desmonte
pela MP 905
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) é mais uma
importante instituição a repudiar a Medida
Provisória 905/19, que institui o Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo e promove um novo e mais
perverso ataque aos direitos trabalhistas.
Com o título “O novo desmonte dos direitos
trabalhistas”, a
Nota Técnica 215 adverte que o “pacote para
geração de emprego” - lançado com alarde pelo
governo - “não deve criar vagas na quantidade e
qualidade necessárias”. Ao contrário, pode promover
a rotatividade, com o custo adicional de reduzir
direitos e ter efeitos negativos pra saúde e
segurança dos trabalhadores.
A Nota aponta que a MP 905, sob pretexto de
estimular o primeiro emprego de jovens, impõe mais
uma reforma. “Uma ampla reforma trabalhista foi
feita em 2017, com o pretexto de reduzir,
desregulamentar ou retirar diversos direitos
relativos às condições de trabalho”, diz o texto.
Segundo o Dieese, a proposta Bolsonaro-Guedes
aprofunda essa política de desmonte, que tem
provocado a precarização brutal das condições de
trabalho e queda na renda da classe trabalhadora.
“A MP 905 continua na linha de destruir direitos
trabalhistas e de tirar os Sindicatos das
negociações coletivas, a fim de enfraquecer a cadeia
de proteção ao trabalhador”, afirma o
diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele
também critica a truculência institucional da
proposta, que agride preceitos constitucionais e
atropela o debate sobre alterações em uma legislação
que tem caráter de proteção social. “A Medida é um
absurdo do ponto de vista constitucional e
legislativo. Chega a ser ilegal”, disse Clemente à
Agência Sindical.
A Nota Técnica elenca os principais ataques da MP:
cria a modalidade de contrato de trabalho precário;
intensifica a jornada de trabalho, que pode provocar
aumento do desemprego; enfraquece os mecanismos de
registro, fiscalização e punição a infrações;
fragiliza as ações de saúde e segurança no trabalho;
reduz o papel da negociação coletiva e da ação
sindical; ignora o diálogo tripartite como lugar
para mudanças na regulação do trabalho; e beneficia
os empresários com uma grande desoneração em um
cenário de crise fiscal, impondo ao desempregado o
custo da “bolsa-patrão”.
Para o Dieese, o “Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo” terá o condão de aprofundar a crise do
desemprego, com piora na precarização do trabalho,
por meio de contratos que tiram mais direitos.
MAIA - Na tarde da terça (19), Centrais se reuniram
com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para
tratar de eventual devolução da MP, anulando seus
efeitos.
Fonte: Agência Sindical
22/11/2019 -
Caged registra criação de 70,8 mil postos de
trabalho em outubro
É o maior nível de contratações para o mês desde
2016
Beneficiada pelo comércio e pelos serviços, a
criação de empregos com carteira assinada atingiu,
em outubro, o sétimo mês seguido de crescimento.
Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de
Trabalho do Ministério da Economia, 70.852 postos
formais de trabalho foram criados no último mês. O
indicador mede a diferença entre contratações e
demissões.
Esse foi o melhor nível de abertura de postos de
trabalho para outubro desde 2016, quando as
admissões superaram as dispensas em 76.599. A
criação de empregos totaliza 841.589 de janeiro a
outubro, 6,45% a mais que no mesmo período do ano
passado. A geração de empregos atingiu o maior nível
para os dez primeiros meses do ano desde 2014,
quando tinham sido abertas 912.287 vagas no
acumulado de dez meses.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, cinco dos oito
setores pesquisados criaram empregos formais em
outubro. O campeão foi o comércio, com a abertura de
43.972 postos, seguido pelos serviços, 19.123
postos. Em terceiro lugar, vem a indústria de
transformação com a criação de 8.946 postos de
trabalho.
O nível de emprego aumentou na construção civil com
a abertura de 7.294 postos e na indústria extrativa
mineral, 483 postos. No entanto, três setores
demitiram mais do que contrataram: agropecuária, com
o fechamento de 7.819 postos; serviços industriais
de utilidade pública, categoria que engloba energia
e saneamento, 581 postos, e administração pública,
427 postos.
Tradicionalmente, a geração de emprego é mais baixa
em outubro. O mês costuma ser marcado pelo reforço
no comércio para as contratações de fim de ano. No
entanto, a indústria, que reforçou a produção em
agosto e em setembro por causa do Natal, desacelera.
A agropecuária também dispensa empregados por causa
do fim da safra de diversos produtos, como a
cana-de-açúcar e café.
Destaques
No comércio, a criação de empregos foi puxada pelo
segmento varejista, com a abertura de 36.732 postos
formais. O comércio atacadista gerou a abertura de
7.240 vagas. Nos serviços, os destaques foram venda
e administração de imóveis, com 14.040 postos;
transportes e comunicações, 4.348 postos, e serviços
médicos, odontológicos e veterinários, 3.953 postos.
Na indústria de transformação, a criação de empregos
foi impulsionada pela indústria de produtos
alimentícios e de bebidas, com 3.344 postos; pela
indústria de calçados, 1.890 postos, e pela
indústria madeireira e de móveis, com 1.166 postos
de trabalho.
Regiões
Todas as regiões brasileiras criaram empregos com
carteira assinada em outubro. O Sul liderou a
abertura de vagas, com 27.304 postos, seguido pelo
Sudeste com 21.776 postos e pelo Sudeste com 15.980
postos. O Norte criou 4.315 postos de trabalho e o
Centro-Oeste abriu 1.477 postos formais no mês
passado.
Na divisão por unidades da Federação, 23 estados
geraram empregos no mês passado. As maiores
variações positivas no saldo de emprego ocorreram em
Minas Gerais com a abertura de 12.282 postos; São
Paulo, 11.727 postos; Santa Catarina, 11.579 postos,
e Rio Grande do Sul, 8.319 postos de trabalho. As
unidades da Federação que registraram o fechamento
de vagas formais foram Rio de Janeiro, 9.942;
Distrito Federal, 1.365; Bahia, 589, e Acre, 367.
Fonte: Agência Sindical
22/11/2019 -
PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, diz FGV
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,1%
no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o
trimestre anterior. O dado é do Monitor do PIB,
divulgado nesta quinta-feira (21) pela Fundação
Getulio Vargas (FGV).
Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o
PIB teve crescimento de 0,9%. Em 12 meses, a alta
acumulada é de 1,1%. Ao analisar apenas o mês de
setembro, as altas foram de 2,1% na comparação com o
mesmo período do ano passado e de 0,3% em relação a
agosto deste ano.
Na comparação do terceiro com o segundo trimestre
deste ano, a agropecuária apresentou alta de 1,1%.
Nos serviços, o crescimento foi mais moderado, de
0,2%. Por outro lado, a indústria manteve-se estável
no período.
Na comparação com o terceiro trimestre do ano
passado, houve altas de 3,2% na agropecuária e de
1,1% nos serviços. Já a indústria teve queda de
0,1%. Pelo lado da demanda, neste tipo de
comparação, o consumo das famílias cresceu 1,9% e a
formação bruta de capital fixo (investimentos),
2,5%.
As exportações caíram 4,7%, enquanto as importações
cresceram 2,1% na comparação do terceiro trimestre
deste ano com o mesmo período do ano passado.
Fonte: Agência Brasil
22/11/2019 -
Procuradores do Trabalho criticam a MP do Programa
Verde e Amarelo
Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos
e Legislação Participativa (CDH) senadores e
especialistas discutiram a Medida Provisória do
Programa Verde e Amarelo (MPV 905/2019). No
entendimento do senador Paulo Paim (PT-RS), a MP,
editada pelo governo para incentivar a geração de
emprego, representa uma nova reforma trabalhista.
Procuradores do Trabalho também criticaram a MP por
restringir a atuação da fiscalização trabalhistas.
Fonte: Agência Senado
22/11/2019 -
Proposta permite celebração de acordo trabalhista
por meio de escritura pública
O Projeto de Lei 4894/19 determina que o empregado e
o empregador, desde que representados por advogados,
poderão celebrar acordo extrajudicial por meio de
escritura pública, prescindindo da homologação
judicial. O texto inclui trecho na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43).
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. “Acredito ser de extrema importância
voltar todos os esforços para tentativas de soluções
extrajudiciais que reduzam a sobrecarga de trabalho
da Justiça Trabalhista”, afirma o autor, deputado
Hugo Motta (Republicanos-PB).
Segundo o parlamentar, a eficiência da realização da
escritura pública em transações consensuais,
desafogando o Poder Judiciário, está comprovada com
os resultados práticos a partir da Lei 11.441/07,
que alterou o Código de Processo Civil (Lei
13.105/15) para possibilitar a realização de
inventário, partilha, separação consensual e
divórcio consensual por via administrativa.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
22/11/2019 -
Proposta torna crime a divulgação de falsas vagas de
emprego
O Projeto de Lei 5128/19 torna crime a divulgação de
falsas vagas de emprego com o intuito de prejudicar
terceiros. A pena prevista é de detenção, de 1 a 3
anos, e multa. O texto insere dispositivo no Código
Penal (Decreto-Lei 2.848/40).
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. Segundo o autor, deputado Célio Studart
(PV-CE), a medida é necessária diante do elevado
número de desempregados, de 11,8% no trimestre
encerrado em setembro. Esse percentual equivale a
11,5 milhões de pessoas sem ocupação.
Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o
Plenário.
Fonte: Agência Câmara
21/11/2019 -
Deputado Fábio Trad é o relator da Reforma Sindical
na CCJ
O deputado Fábio Trad (PSD-MS) foi designado,
nesta terça-feira (19), relator da
PEC 196/19, do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que trata da Reforma
Sindical, na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ). O colegiado técnico vai analisar apenas e tão
somente a constitucionalidade da proposta.
O texto foi apresentado 3 vezes antes de ser
validado para iniciar tramitação na Câmara dos
Deputados. As 2 vezes anteriores em que a proposta
foi protocolizada na Secretaria Geral da Mesa da
Casa, o texto caiu em razão de o número de
assinaturas/apoiamentos (no mínimo 171) não terem
sido suficientes para sustentar a matéria.
O rito regimental deve obedecer algumas etapas para
ter início a tramitação da proposta até que se
consolide sua votação.
Admissibilidade
A 1ª etapa é a verificação de admissibilidade da PEC,
ou seja, se a proposta pode tramitar na Casa, se não
atinge clausulas pétreas, como a forma federativa do
Estado; o voto direto, secreto e universal; a
separação dos poderes e os direitos e garantias
individuais.
Nesta etapa, a matéria pode receber apenas emendas
de redação, sem que essas alterações sejam no mérito
da proposta. Se aprovada, a PEC será analisada em
comissão especial (CE), que examina o mérito da
matéria.
Comissão especial
Na comissão especial, o prazo será de 40 sessões, mais
ou menos 60 dias, para análise do mérito da
proposta, sendo as 10 primeiras para emendas.
Para a apresentação de emendas ao texto, estas já
podem ser de mérito, são necessários 1/3 de apoio
dos deputados, ou seja, 171 deputados. Após votação
na comissão especial a matéria segue para análise do
plenário da Casa.
Plenário
Em plenário, inicia-se a discussão da matéria com a
leitura do parecer. O relator da proposta pode
acatar emendas aglutinativas, com base nas emendas
já apresentadas anteriormente na comissão especial.
A votação da matéria se dará em 2 turnos com um
intervalo de 5 sessões entre uma e outra.
Para aprovar o texto, são necessários 308 votos
favoráveis, em cada turno de votação.
Perfil do relator
Está no exercício do 3º mandato, sul-mato-grossense,
advogado. Destaca-se como formulador. Parlamentar
bastante acessível e de bom trato na Casa.
Trajetória na vida pública
Parlamentar oriundo da advocacia privada foi
presidente da Ordem dos Advogados do Mato Grosso do
Sul. É de família tradicional de políticos. Seu pai,
Nelson Trad, também foi deputado federal. Um de seus
irmãos, Nelsinho Trad é senador e outro, Marquinhos
Trad, é o atual prefeito de Campo Grande.
Atuação político-parlamentar
É vice-líder do PSD, integra a CCJ, colegiado onde já
exerceu a 2ª vice-presidência por 2 vezes. É membro
titular da comissão especial sobre reclusão por
maus-tratos a animais (PL 1.095/19). Preside a
comissão especial do PL 8.045/10, que produzirá o
novo Código de Processo Penal.
Especialização técnica
Além das questões relacionadas à área jurídica —
presidiu a comissão especial do Novo Código de
Processo Civil — o deputado tem atuação de destaque
nas pautas sobre direitos do consumidor.
É de sua autoria o PLP 521/18, que institui a Nota
Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) e altera a Lei
Complementar 116, de 31 de julho de 2003, para
dispor sobre a incidência do Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISS) sobre serviços de
transporte remunerado privado individual de
passageiros previamente contratados por intermédio
de aplicativos.
Fonte: Diap
21/11/2019 -
Centrais Sindicais avançam no calendário de ações
geração de emprego e renda
CGTB, CTB, CSB, Conlutas, CUT, Força, Nova Central,
Intersindical e CSP-Conlutas se reuniram na manhã da
terça (19), em SP, pra definir as diretrizes da
campanha pela geração de emprego, distribuição de
renda e garantia de direitos.
Participaram também o ex-senador Aloizio Mercadante
e técnicos do Dieese. Será elaborado documento
unitário, cujas orientações devem ser publicadas em
material a ser distribuído em locais de trabalho,
comitês de bairros e terminais de transporte.
Ações - Haverá a semana de lutas, entre 2 e 6 de
dezembro. Segundo Rogério Nunes, da CTB, a ideia é
mobilizar com visitas às bases, periferia, núcleos
estudantis e outros. “Será um trabalho de
conscientização e alerta à sociedade sobre os
impactos das medidas adotadas pelo governo”,
explica.
Agenda - Dia 25, os dirigentes voltam a se reunir,
às 10 horas, no Dieese, SP. Dia 26, em Brasília,
acontece Encontro de Servidores Públicos e de
Estatais, para tratar dos ataques do governo ao
setor público. Todas as Centrais estão convidadas.
Edson Carneiro (Índio), da Intersindical, afirma:
“Avançamos rumo a uma campanha concreta por
crescimento e emprego. Vamos dialogar com a
população. A reunião de hoje mostra que a unidade
ampla e forte é factível”.
Conclat - O calendário de ações das Centrais e dos
movimentos sociais inclui um novo Encontro da Classe
Trabalhadora, para o primeiro semestre do ano que
vem.
Mais – Acesse o site das Centrais CTB, CUT e Força
Sindical.
Fonte: Agência Sindical
21/11/2019 -
Lula nega reunião com Maia e defende que PT tenha
candidato próprio em 2022
O ex-presidente Lula concedeu sua primeira
entrevista, ao Portal Nocaute, nesta quarta-feira
(20). Questionado sobre os arranjos eleitorais que
antecedem as eleições de 2022, Lula afirma que não
procurou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM),
para costurar uma aliança com o "centrão".
"Não tenho nenhum problema em conversar com o
Rodrigo Maia, mas não foi o caso agora. Não pedi
nenhuma reunião ontem. Muita gente às vezes acaba
falando por mim", diz ele.
"Eu tenho uma profunda relação de amizade com a
Marta. Não misturo relação pessoal com política.
Posso ter qualquer divergência, não misturo. A Marta
fez muito pelo PT, foi a melhor prefeita que São
Paulo teve. Se quiser voltar, da mesma forma que
saiu, ela pede pra entrar", acrescenta.
Lula também defende a independência do PT nas
eleições de 2022. "Lembro quando o PT nasceu. Eu
tinha que explicar até porque a estrela do PT tinha
cinco pontas. Não sou contra o PT ter alianças, mas
acho que o partido tem, sim, que ter candidato. E se
não for pro segundo turno, apoia um candidato
progressista".
Ele também classifica a vitória de Bolsonaro
ilícita. "Foi um roubo".
O ex-presidente também dispara contra o uso de fake
news. "O PT tem que ter clareza de que a direita
está ganhando no debate digital e o porque isso
acontece. Minha mãe já dizia: a mentira vai de avião
e a verdade vai engatinhando. Então temos que
combater a mentira".
Fonte: Brasil247
21/11/2019 -
MP 905 recebe 1.639 emendas na comissão mista do
Congresso
Encerrou-se, nesta quarta-feira (20), prazo para
apresentação de emendas à Medida Provisória 905/19,
que institui o Primeiro Emprego para jovens entre 18
e 29 anos, sem vínculo empregatício anterior. A MP
aprofunda a Reforma Trabalhista e apresenta série de
inconstitucionalidades. Foram apresentadas 1.639
emendas à MP, até o momento da publicação deste
texto.
A MP entre outras modificações e inovações na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):
1) institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,
modalidade de contratação destinada à criação de
novos postos de trabalho para as pessoas entre 18 e
29 de idade, para fins de registro do primeiro
emprego em Carteira de Trabalho e Previdência
Social;
2) limita a contratação total de trabalhadores na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo a
20% do total de empregados da empresa;
3) determina que a modalidade de Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo permitirá a contratação de
trabalhadores com salário-base mensal de até 1,5
salário mínimo nacional, com contrato de trabalho
celebrado por prazo determinado, por até 24 meses, a
critério do empregador;
4) isenta as empresas de parcelas incidentes sobre a
folha de pagamentos dos contratos na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo;
5) estabelece que os trabalhadores contratados na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo
receberão prioritariamente ações de qualificação
profissional; e
6) altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1943) para,
entre outras medidas, autorizar o armazenamento em
meio eletrônico de documentos relativos a deveres e
obrigações trabalhistas, autorizar o trabalho aos
domingos e aos feriados e simplificar a legislação
trabalhista em setores específicos.
Tramitação
A comissão mista — de deputados e senadores — vai ser
instalada na próxima semana. O presidente do
colegiado vai ser o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e
o relator designado vai ser o deputado Christino
Áureo (PP-RJ).
Depois de a MP ser examinada e aprovada pelo
colegiado vai à votos no plenário da Câmara dos
Deputados; e em seguida, o plenário do Senado
Federal examina e vota o texto aprovado pela Câmara.
Fonte: Diap
21/11/2019 -
Rede também pede que STF anule MP que muda regras
trabalhistas
A Rede Sustentabilidade apresentou, nesta
quarta-feira (20/11), um mandado de segurança
pedindo a suspensão da Medida Provisória 905 de
2019, a MP do governo federal que cria o "Contrato
de Trabalho Verde e Amarelo" e também altera
inúmeros pontos da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Segundo a legenda, o meio utilizado pelo Presidente
da República, jair Bolsonaro, apresenta "máculas de
inconstitucionalidade". "No âmbito dessa medida
provisória, o Presidente faz inserir previsão sobre
a redução da multa para o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS), sobre prerrogativas do
Ministério Público e sobre direito processual",
disse o partido, representado pela advogada
Priscilla Sodré Pereira.
Segundo a legenda, "a previsão na MP sobre a multa
do FGTS acaba por veicular, em medida legal com
força de lei ordinária, matéria que exige a
utilização de lei complementar, fazendo letra morta
da Constituição".
Além disso, o partido defendeu que diversos pontos
repreensíveis quanto ao mérito da medida, a exemplo
da previsão de trabalho aos domingos, que por si só
desrespeitam a Constituição e seus princípios.
"O pleito, ora em análise, é no sentido de se
impugnar apenas os vícios formais de
inconstitucionalidade da medida que violam o devido
processo legislativo. Nessa esteira, fica nítido que
houve grave inconstitucionalidade na Medida
Provisória que estabeleceu o chamado programa verde
amarelo, conforme fundamentos de direito abaixo,
merecendo a atenção dessa corte para suspender tal
medida provisória", afirmou.
Direta Colisão
Nesta terça-feira (19/11), o Solidariedade também
protocolou uma ação também contra a MP 905. Segundo
a legenda, há direta colisão entre as garantias
mínimas dos trabalhadores estabelecidas pelo artigo
7º da Constituição Federal e parágrafo único do
artigo 4º da MP 905, que cria, sem autorização
constitucional, nova classe de trabalhadores.
Clique aqui para
ler a ação inicial
Protocolo 00335182820191000000
Fonte: Consultor Jurídico
21/11/2019 -
Polícia apura participação de Carlos Bolsonaro na
morte de Marielle
Em comentário feito na tarde desta quarta-feira
(20), na rádio CBN, o jornalista Kennedy Alencar
afirmou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem
duas linhas de investigação sobre o assassinato da
vereadora Marielle Franco. Umas das hipóteses apura
o envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro, filho
do presidente da República, que teve atritos com a
parlamentar morta.
O comentarista da CBN revelou uma informação de
bastidores sobre as investigações da execução da
vereadora Marielle Franco. Segundo Alencar, “a
Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de
envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro neste
caso, que está há 616 dias sem solução”.
O jornalista disse ainda que “segundo essa linha de
investigação, o vereador teria uma relação próxima
com o Ronnie Lessa, acusado de ter disparado contra
Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Carlos e Marielle tiveram uma discussão forte na
Câmara Municipal. Havia um clima de hostilidade
entre os dois". Segundo Kennedy Alencar "a polícia
trata com cautela essa hipótese, mas ela faz parte
da apuração do caso. O leque está em aberto”.
A outra linha de investigação apura a participação
de Domingos Brasão, ex-deputado e ex-membro do
Tribunal de Contas do Estado.
Da redação, com informações da CBN
Fonte: Portal Vermelho
21/11/2019 -
Mulheres negras recebem menos da metade dos salários
dos homens brancos
A população branca brasileira tem média salarial de
R$ 2.796,00. Enquanto isso negros recebem, em média,
apenas R$ 1.608,00. O número escancara a
desigualdade e racismo no País. As mulheres negras
ganham apenas 44% da remuneração dos homens brancos,
mostrando o abismo racial e, também, de gênero.
Os dados do IBGE apresentam negros como maioria nas
universidades (50,3%), em 2019. No entanto, a taxa
de conclusão do ensino médio é de 61,8% para negros
e de 76,8% para brancos. O sistema de cotas avançou,
mas há muito o que se trabalhar para reduzir a
desigualdade.
Brancos com nível superior ganham 45% mais do que
negros, também com nível superior. O reflexo fica
mais claro quando se procuram os negros em posições
chaves de comando dentro das empresas ou mesmo em
algumas profissões como é o caso da medicina. Os
negros são 2/3 dos mais pobres e não chegam a 1/3
dos mais ricos, mesmo sendo maioria entre os
brasileiros.
No mundo do trabalho o preconceito racial ainda
persiste, sem qualquer cerimônia. Não entender ou
fechar os olhos para a realidade é protelar, ainda
mais, uma saída justa para os negros.
Com informações do Jornal El País
Fonte: Agência Sindical
21/11/2019 -
Proposta condiciona seguro-desemprego à prestação de
serviço em órgão público
O Projeto de Lei 4923/19 estabelece que o
seguro-desemprego será condicionado à comprovação da
prestação de serviços à administração pública ou a
entidades sem fins lucrativos entre 20 e 30 horas
semanais, conforme encaminhamento dos órgãos
públicos responsáveis pela colocação ou recolocação
no emprego.
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. “Os trabalhadores que usufruírem do
benefício do seguro-desemprego poderão se preparar
melhor para o mercado de trabalho, adquirindo
experiência, ao mesmo tempo que as fraudes serão
inibidas”, disse o autor, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).
O texto altera a Lei do Seguro-Desemprego, que
atualmente já permite à União condicionar o
recebimento do benefício à comprovação da matrícula
e da frequência do trabalhador em curso de formação
inicial e continuada ou de qualificação
profissional, com carga horária mínima de 160 horas.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
20/11/2019 -
Lincoln Portela ressalta PL 5.552/19 como o mais
adequado ao trabalhador
O deputado Lincoln Portela (PL-MG), que apresentou o
Projeto de Lei 5.552/19, elaborado pelo Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), participou nesta
terça (19), em Brasília, de debate com os dirigentes
das Confederações sobre o projeto e as próximas
ações na Câmara.
Portela, em sexto mandato, mostrou-se grato e
empenhado na representação dos trabalhadores.
“Agradeço a ideia do projeto e a confiança de
colocá-lo em minhas mãos. Agora, precisamos
dialogar, articular sem personificação e atrair
pessoas. Ouvir todos lados para que o projeto ande.
No momento, ele está apensado a mais dois projetos.
Temos mais de 20 em relação à matéria na Casa, mas o
mais consistente é o nosso por ser forjado por quem
vive a realidade do trabalhador. Por isso, já
solicitei seja desapensado”, ressaltou.
Em continuidade ao trabalho na Casa Legislativa, o
deputado orientou que a presença dos dirigentes
sindicais nos gabinetes explicando a importância do
PL é de fundamental importância. “Às vezes, o
parlamentar não tem familiaridade com a área
sindical. E a conversa pode despertar a consciência
sobre o tema e também apoio ao PL”, argumenta.
O coordenador nacional do FST e presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura, professor
Oswaldo Augusto de Barros, agradeceu o parlamentar.
“Somos gratos pelo seu empenho e conte conosco para
o andamento do projeto. Nunca tivemos um Congresso
tão desregulamentador como esse. Após a reforma
trabalhista, as coisas só têm piorado. E o lado mais
frágil está abandonado. Mas não vamos perder o ânimo
e a esperança em dias melhores. Precisamos nos
adequar para atender a novas realidades”, destacou.
Audiência com Maia - Nos próximos dias,
Lincoln Portela solicitará reunião com o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outra com órgãos
representativos, a fim de dar andamento ao PL.
Portela mencionou ainda a necessidade de audiências
públicas na Casa e em outros Estados.
Fonte: Agência Sindical
20/11/2019 -
Partido questiona no STF medida provisória que muda
regras trabalhistas
As inovações contempladas pela Medida Provisória 905
conflitam diretamente com dispositivos da
Constituição Federal. Com este argumento, o
Solidariedade protocolou, nesta terça-feira (19/11),
no Supremo Tribunal Federal uma ação contra a Medida
Provisória 905/2019, a MP do governo federal que
cria o "Contrato de Trabalho Verde e Amarelo" e
também altera inúmeros pontos da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Segundo a legenda, há direta colisão entre as
garantias mínimas dos trabalhadores estabelecidas
pelo artigo 7º da Constituição Federal e parágrafo
único do artigo 4º da MP 905, que cria, sem
autorização constitucional, nova classe de
trabalhadores classe de trabalhadores.
"A Constituição contempla modalidades contratuais
aplicáveis à duas classes de trabalhadores: os
domésticos e os demais. Por certo, a Constituição
Federal não autoriza um regime de contrato de
trabalho especial, extraordinário e cujos critérios
sejam livremente estabelecidos pelo legislador
infraconstitucional", disse.
Para o partido, nenhuma lei, e muito menos uma
Medida Provisória, poderá dispor condições
contratuais inferiores ao previsto no artigo 7º da
Constituição Federal, sob pena de violá-la.
"Portanto, apesar do artigo 4º da MP 905 afirmar que
as condições mínimas previstas na Constituição
Federal devem ser observadas, a verdade, é que os
dispositivos que se seguem violam frontalmente a
norma constitucional", afirmou.
O partido citou ainda o recolhimento do Fundo de
Garantia por Tempo de serviço é garantia
constitucional aos trabalhadores e sua forma e
percentual estão regulados pela Lei 8.036/90.
"Não é possível, notadamente por intermédio de
Medida Provisória, reduzir o percentual
correspondente ao FGTS de 8% para 2%,
caracterizando-se, novamente, violação à
Constituição Federal", explicou. ADI 6.261
Fonte: Consultor Jurídico
20/11/2019 -
MP 905 usurpa direitos dos trabalhadores, afirma
Paim
Em discurso nesta terça-feira (19) em Plenário, o
senador Paulo Paim (PT-RS) criticou o texto da
Medida Provisória (MP) 905/2019, que altera a
legislação trabalhista. De acordo com Paim, a MP,
enviada ao Congresso Nacional pelo Executivo, usurpa
direitos dos trabalhadores, já que modifica 135
tópicos constitucionais, entre artigos, incisos e
parágrafos.
— Ela é mais forte que a própria reforma
trabalhista, que mexeu em 117 artigos — afirmou
Paim.
O senador disse que a MP é injusta com a classe
trabalhadora, já que o pacote econômico do governo,
formulado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes,
planeja,"além de outras maldades", cobrar do
seguro-desemprego uma contribuição previdenciária
correspondente a 7,5% do benefício. Na opinião do
parlamentar, as medidas adotadas pelo Executivo
podem provocar um verdadeiro desmonte nos direitos
dos trabalhadores brasileiros.
— Nessa proposta, eles mexem, inclusive, no décimo
terceiro e nas férias. Eles dizem o seguinte: o 13º
[salário] e as férias podem ser incorporados ao
salário (...) Olha, eu não tenho usado esse termo,
mas o Elio Gaspari usou ontem e botou, inclusive, no
artigo que escreveu. Nessa questão de tirar 20% da
contribuição do empregador sobre a folha, que seria
para a Previdência, chamada desoneração, e ainda
taxar o desempregado em 7,5%, ele usou o termo:
'Isso é covardia'.
Fonte: Agência Senado
20/11/2019 -
MP 905 é 'inoportuna e injusta', diz Lourenço do
Prado, da Contec
A Medida Provisória 905/19, que, a pretexto de
incentivar a contratação de jovens, institui o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, é mais um
capítulo na sequência de ataques aos trabalhadores.
Entre as medidas previstas, ela aprofunda as
injustiças contra as categorias profissionais que
terão de trabalhar sábados, domingos e feriados,
sem, contudo, receber benefícios assegurados
atualmente na legislação e em acordos ou Convenções
Coletivas.
Um dos segmentos prejudicados é o dos bancários: a
MP aumenta a jornada e libera abertura das agências
aos sábados, o que até então era vetado. Segundo o
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec),
Lourenço do Prado, além de mais um "ataque aos
bancários", a medida é "desnecessária, inoportuna e
injusta".
Pela MP, os bancários poderão ter jornada de oito
horas, e só o tempo trabalhado além desse limite
será considerado hora extra. Até então, a jornada
era de seis horas. Na prática, muitos trabalham em
jornada de oito horas e recebem pelas duas horas
extras. Agora, apenas quem trabalha exclusivamente
no caixa continuará com jornada de até seis horas
por dia. Porém, o direito à hora extra só será pago
após a 8ª hora trabalhada.
Em entrevista à Agência Sindical, Lourenço do Prado
resume os efeitos da MP: "Não constrói nada. Ao
contrário, amplia a retirada de direitos". "Estamos
numa fase de muitas dificuldades no Brasil, e não
ajuda em nada o esforço para tirar o País da crise
aumentar o fosso entre quem emprega e quem
trabalha", ele avalia.
DIAP - Segundo Nota Técnica, divulgada quarta
(13) pelo Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar, com as alterações na jornada dos
bancos, o que hoje é um direito ao bancário que atua
exclusivamente no caixa (o recebimento de hora
extra) deixa de sê-lo.
A MP abre a possibilidade de a categoria trabalhar
aos sábados, domingos e feriados, além de permitir
que os bancos estabeleçam, unilateralmente, as
regras de pagamento da Participação nos Lucros e/ou
Resultados - sem necessidade de negociar com a
representação classista nem de clausular as regras
na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da
categoria.
"Demandará esforços pra que sejam expurgados
excessos e corrigidos os aspectos apontados (na MP),
o que exigirá grande número de emendas e amplo
trabalho de convencimento perante os membros da
comissão mista a ser instalada no Congresso
Nacional", destaca a nota do Diap, assinada pelo
consultor legislativo e advogado Luiz Alberto dos
Santos.
Fonte: Agência Sindical
20/11/2019 -
Direitos trabalhistas estão sendo atacados, dizem
juízes e procuradores
Representantes da Justiça e do Ministério Público do
Trabalho disseram que os direitos dos trabalhadores
estão sendo atacados em nome dos interesses do
mercado. Eles falaram nesta terça-feira (19) numa
audiência da Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) sobre a importância
da Justiça trabalhista para o desenvolvimento do
Brasil.
Para o secretário de Relações Institucionais do
Ministério Público do Trabalho, procurador Márcio
Amazonas Cabral de Andrade, o desenvolvimento
econômico não pode ser promovido em detrimento do
desenvolvimento social. Ele afirmou que a crise no
Chile, que por muito tempo foi exemplo, é bem
ilustrativa do que ocorre quando se privilegia o
desenvolvimento econômico.
O procurador disse ainda que a função de legislar
cabe ao Congresso Nacional e que não se deve tratar
de direitos trabalhistas por meio de medida
provisória, como acontece com a MP 905/2019,
recém-enviada ao Congresso. Ele defendeu o
Ministério Público do Trabalho:
— O Ministério Público não tem lado, não tem
partido, não tem preferências políticas, não tem
raça, não tem gênero, não tem cor, não tem credo. O
Ministério Público é suprapartidário, é uma
instituição da República responsável pela proteção
da sociedade e indispensável à Justiça do Trabalho.
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Aparecida
Garcia Porto, destacou que a Constituição de 1988
foi um marco por consolidar os direitos trabalhistas
como direitos sociais fundamentais. No entanto,
ponderou ela, a ordem econômica pressiona cada vez
mais por formas de contração do trabalho sem a
devida valorização do trabalhador.
— A Justiça do Trabalho é uma garantia dos direitos
fundamentais. Ela atua para que esses direitos
humanos sejam realizados para a totalidade da
população. A Justiça do Trabalho é a Justiça mais
informatizada do país, praticamente 100% dos
processos são eletrônicos, a Justiça que mais
concilia, a Justiça de tramitação mais célere, a
Justiça que está praticamente em todo o território
nacional.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano
Farias da Costa, o direito do trabalho vem sendo
atacado como um direito inferior, o que é altamente
nocivo ao desenvolvimento econômico e social. Para
ele, o trabalhador tem tido importância mínima no
cenário político nacional e se tornou a “bola da
vez” ao lado dos servidores públicos.
— É necessário que o trabalhador se conscientize
sobre essas mudanças. Nós temos essa preocupação
porque os trabalhadores muitas vezes estão alheios a
essas mudanças e só vão sentir quando tocar a pele.
Os direitos estão sendo esvaziados e a situação de
desigualdade e descriminação tem aumentado.
O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH,
concordou que os direitos trabalhistas estão sendo
atacados:
— Essas mudanças radicais que estão fazendo na CLT,
primeiro com a reforma Temer e depois com a tal de
reforma verde e amarela, tiram instrumentos da
Justiça do Trabalho, daqueles que atuam na área do
direito para defender os que mais precisam. Eu estou
muito preocupado com tudo o que vem acontecendo no
campo de direitos, sejam previdenciários, sejam
trabalhistas.
Fonte: Agência Senado
20/11/2019 -
No país do trabalho informal, um quarto dos
desempregados procura vaga há mais de dois anos
Mais de 3 milhões de pessoas estão há mais de
dois anos na fila por trabalho.
Desempregados são 12,5 milhões e autônomos atingem
recorde de 24,4 milhões
Com taxa de desemprego estável no trimestre
encerrado em setembro (11,8%), situação que se
mantém em quase todas as unidades da federação, o
país estacionou em um alto índice de informalidade e
com grande parte da população procurando emprego por
um largo período. Segundo o IBGE, um quarto dos
desempregados (25,2%), ou 3,150 milhões de pessoas,
estavam à procura de trabalho há dois anos ou mais,
1,750 milhão procuravam de um ano e menos de dois,
enquanto quase metade estava de um mês a menos de um
ano (5,863 milhões). Os dados são da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,
com detalhes divulgados hoje (19) pelo instituto.
O Brasil tem também um quarto dos ocupados, mais de
24 milhões, trabalhando por conta própria. Enquanto
na média nacional esse percentual é de 26%, em
estados da região Norte supera os 30%, casos do
Amapá (36,7%), Pará (35,7%) e Amazonas (33,3%). Os
menores são no Distrito Federal (20,7%), Mato Grosso
do Sul (21,2%) e em Santa Catarina (21,7%).
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego foi de
11,8%, ante 12% no segundo e 11,9% em igual período
do ano passado. O número de desempregados é estimado
em 12,515 milhões. Em 12 meses, o país tem 1,468
milhão de ocupados a mais – 1,015 milhão são
trabalhadores por conta própria, cujo total atinge o
recorde de 24,434 milhões. E o acréscimo de empregos
sem carteira assinada é bem maior que o de empregos
com carteira: 384 mil e 166 mil, respectivamente.
São 33,075 milhões de empregados no setor privado
com carteira e 11,838 milhões sem carteira,
excluídos trabalhadores domésticos (6,276 milhões, a
maioria sem carteira).
Regiões
De acordo com o IBGE, as taxas têm variações
significativas. As maiores foram registradas na
Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%) e em Pernambuco
(15,8%) e as menores, em Santa Catarina (5,8%), Mato
Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%). Entre as
regiões, a Norte tem taxa de 11,7%, no Nordeste sobe
a 14,4%, no Sudeste vai a 11,9% (sendo 12% em São
Paulo), no Sul cai para 8,1% e no Centro-Oeste fica
em 10,1%.
A chamada subutilização da força de trabalho (que
inclui desempregados e subocupados) foi de 24% no
terceiro trimestre, mas atinge 41,6% no Maranhão e
41,% no Piauí. Os desalentados, pessoas que
desistiram de procurar trabalho, somam 4,7 milhões,
com os maiores contingentes na Bahia (781 mil) e no
Maranhão (592 mil). Em relação à força de trabalho,
os desalentados representam 4,2% na média do país.
Os empregados sem carteira de trabalho no setor
privado representam 26,4% do total, mas são mais da
metade no Maranhão (50,1%) e quase isso no Pará e no
Piauí (49,9% em ambos casos). O menor índice é o de
Santa Catarina, 12,3%.
Estimado em R$ 2.298, o rendimento médio do trabalho
permaneceu estável tanto na comparação trimestre
como anual. Também houve estabilidade entre as
regiões. As médias variam de R$ 1.333 (Maranhão) a
R$ 3.887 (Distrito Federal).
Fonte: Rede Brasil Atual
20/11/2019 -
PEC que suaviza cálculo da aposentadoria é aprovada
por unanimidade no Senado
O Senado aprovou na noite desta terça-feira (19/11)
a PEC 133/2019 que apresenta uma regra mais branda
para o cálculo das aposentadorias. A proposta foi
aprovada por 54 votos a 0 e altera a fórmula
apresentada pela Reforma da Previdência que passou a
valer neste mês.
O texto que entrou em vigor determina que será
considerado todo o histórico de contribuições do
trabalhador para definir o valor do seu benefício.
Muito mais severo do que a regra anterior que
considerava apenas 80% das contribuições mais
elevados do cidadão ao INSS.
Mas a PEC aprovada agora no Senado prevê que esse
cálculo seja feito com 100% dos salários apenas
daqui a cinco anos. Para entrar em vigor, a medida
precisa passar por um segundo turno de votações no
Senado e ser avaliada pela Câmara dos Deputados.
A proposta do Senado prevê ainda uma mudança
gradativa. A aposentadoria seria calculada sobre 80%
de contribuições mais elevadas assim que a lei
entrasse em vigor. Em 2022 passaria a ser calculada
sobre 90% das contribuições e o cálculo só passaria
a considerar 100% das contribuições em 2025.
Militares
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou
o texto final do projeto de Reforma da Previdência
para os militares também nesta terça-feira (19/11).
Agora a proposta será encaminhada ao Senado.
A proposta aparentemente endurece os critérios para
que militares se aposentem, mas veio suavizada com
um projeto de reestruturação nas carreiras das
Forças Armadas.
Parlamentares ligados à área de segurança pública
articularam a inclusão de policiais militares e
bombeiros na proposta. Essas categorias exigem
aposentadoria integral e que o benefício seja
corrigido de acordo com os aumentos dados a quem
está na ativa.
A previsão inicial era que, com as mudanças, o
governo conseguisse economizar R$ 10,45 bilhões,
apesar de todas as benesses concedidas ao grupo. Com
as mudanças na CCJ, a estimativa é que os valores
poupados fiquem ao menos próximos do plano original.
Fonte: Consultor Jurídico
19/11/2019 -
Encerra-se na quarta (20) prazo para emendar MP
905/19
Encerra-se, nesta quarta-feira (20), prazo
para apresentação de emendas à MP 905/19, que trata
do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Até esta
segunda-feira (18) foram apresentadas 58 propostas
de emendas ao texto.
Entre os principais pontos da MP, estão:
1) as empresas poderão contratar até 20% dos
funcionários na nova modalidade (em postos de
trabalho com remuneração de até 1,5 salário mínimo);
2) as empresas poderão contratar na nova modalidade
até o final de 2022; e
3) os contratos deverão ser de, no máximo, 2 anos.
Há grande resistência para aprovação da MP. Além de
já existirem ações no STF questionando a medida,
nesta segunda-feira (18) a Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Serviço Público se reúne com
centrais sindicais, em São Paulo, para discutir
estratégia de ação contra a MP.
Na terça-feira (19), a Frente Parlamentar em Defesa
do Serviço Público define estratégia de
convencimento de deputados e senadores.
Tramitação
Vai ser constituída comissão mista de deputados e
senadores para analisar a proposta do governo. O
relator do texto deve ser o deputado Christino Áureo
(PP-RJ).
Fonte: Diap
19/11/2019 -
Centrais apresentam propostas para “geração de
emprego e proteção ao desempregado”
Em
documento com 4 páginas e 3 grandes temas
(ampliação do emprego de qualidade, proteção ao
desempregado e política de emergência social), as
centrais sindicais — CSB, CTB, CUT, Força Sindical,
Nova Central, Intersindical e UGT — apresentaram
propostas para geração de emprego e proteção ao
desempregado.
No item “ampliação do emprego de qualidade”, as
centrais propõe, “Programa de Inclusão Produtiva”,
com “Abertura de vagas de emprego por tempo
determinado, mantidas pelo poder público ou pela
iniciativa privada, sob condições determinadas, com
garantia dos direitos, interligada com a
intermediação da mão de obra, visando atender a um
público de trabalhadoras e trabalhadores
desempregados, com compromisso de participação em
programas de qualificação profissional.”
No quesito “proteção ao desemprego”, o destaque é a
“Ampliação das parcelas do seguro-desemprego”
escalonada assim: “Aqueles que recebem 3 parcelas
receberiam 5 parcelas; os que recebem 4 parcelas
receberiam 6 parcelas e os que recebem 5 parcelas,
receberiam 7 parcelas.”
Na “política de emergência social”, as centrais
propõem “Política de apoio às famílias em momento de
crise econômica”. Desse modo, “Toda vez que o
desemprego estiver acima dos 2 dígitos e/ou o número
de trabalhadores subutilizados ultrapassar a casa
dos 20% da força de trabalho”, as políticas abaixo
devem ser implementadas:
1) controle de preços dos produtos da cesta básica;
2) controle do preço do gás de cozinha;
3) controle do preço da passagem de transporte
coletivo;
4) redução dos impostos sobre os serviços públicos
(água, saneamento e luz) para as famílias que
tiverem um ou mais responsáveis desempregados;
5) isenção do IPTU para as famílias que tiverem um ou
mais responsáveis desempregados; e
6) fortalecer e ampliar as políticas sociais de
combate à pobreza, miséria e redução da desigualdade
social e de renda.
Estas propostas “foram selecionadas da Agenda
Prioritária da Classe Trabalhadora 2019 e do
documento produzido pelas centrais sindicais em
2018”, “Programa de geração de emprego, renda e de
estímulo ao crescimento econômico e social –
propostas para o curto prazo”.
Fonte: Diap
19/11/2019 -
Reforma sindical dá lugar à luta por emprego, renda
e direitos
Agência Sindical - As Centrais deixaram de lado o
supérfluo da reforma sindical e vão se concentrar
esforços no principal, ou seja, na luta por emprego,
renda e direitos.
Foi o que se viu nesta segunda, 18, em encontro no
Sindicato dos Químicos de SP, com presença da CUT,
CTB, Força Sindical, UGT, CSB, CGTB, Nova Central,
Intersindical e CSP-Conlutas, de movimentos sociais
ao MST e às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Presentes também lideranças políticas como a
deputada Gleise Hoffman, presidente nacional do PT.
O encontro aprovou documento, que tem origem na
Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora,
finalizado pelo Dieese, em 2018, com base em
propostas das Centrais. Os dirigentes se reúnem
nesta terça (19), na CUT, em São Paulo, a fim de
definir o calendário de mobilizações pró-geração de
empregos e anunciar a Jornada Nacional de Luta, cuja
pauta unitária mobiliza contra a política econômica
do governo Bolsonaro-Paulo Guedes.
Congresso - Clemente Ganz Lúcio,
coordenador-técnico do Dieese, afirmou à Agência
Sindical: “A ideia é fazer atos públicos,
intensificar o diálogo com a base trabalhadora e
também organizar uma agenda de contatos e
negociações junto ao Congresso Nacional”. Nesse
caso, Dieese e Diap devem atuar em conjunto.
Chamado, pelos organizadores, de “Encontro Emprego e
Desenvolvimento”, o evento orientou sindicalismo e
movimentos populares a levar aos bairros e junto a
associações de moradores o debate por emprego, renda
e direitos.
Nacional - Setores do sindicalismo,
especialmente a Central CTB, defendem encontro
sindical nacional da classe trabalhadora, uma
espécie de nova Conclat, para cimentar a unidade,
fortalecer a pauta unitária e mobilizar, em bloco,
os destacamentos sindicais ou por categoria.
Mais informações - Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
19/11/2019 -
Marinho sobre taxar desempregados: “Congresso achará
forma mais adequada”
O secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, minimizou
nesta segunda-feira (18) a insatisfação no
Legislativo com o ponto da medida provisória de
estímulo ao emprego de jovens que regulamenta a
taxação do seguro-desemprego. “O Congresso tem
legitimidade para aperfeiçoar o projeto”, disse ao
Congresso em Foco.
Na semana passada, o líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), admitiu que,
diante da reação de senadores e deputados, será
preciso ajustar esse ponto do programa durante a
análise da MP pelo Congresso.
“Acredito que o Congresso buscará a forma mais
adequada sem abrir mão de inserir os jovens no
mercado”, disse Marinho, ao ressaltar que é preciso
que haja uma medida alternativa caso a taxação do
seguro-desemprego seja derrubada.
Uma medida provisória precisa ser validada pelo
Congresso Nacional e tem validade de 60 dias,
prorrogáveis por 60.
Para ampliar a inserção dos jovens no mercado de
trabalho, o Programa Verde e Amarelo, como foi
denominada a medida provisória, promete desonerar a
folha de pagamento das empresas que contratarem
esses trabalhadores, ou seja, diminuir os impostos
trabalhistas sobre os empresários para facilitar as
contratações.
Como forma de compensar essa perda na arrecadação
com os empregadores, o governo propôs a cobrança de
7,5% de contribuição previdenciária sobre o
seguro-desemprego - benefício que é pago a quem foi
demitido por justa causa por um período máximo de
cinco meses e hoje não é tributado.
Fonte: Congresso em Foco
19/11/2019 -
CDH vai abordar em audiência o tema Justiça do
Trabalho
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza nesta
terça-feira (19) uma audiência pública para debater
os temas previdência e trabalho com foco na Justiça
do Trabalho. A reunião será realizada no Plenário 6
da Ala Senador Nilo Coelho a partir das 9h. A
audiência foi solicitada pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), presidente do colegiado.
Foram convidados o presidente da Associação Nacional
dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano
Farias da Costa; o secretário de Relações
Institucionais do Ministério Público do Trabalho
(MPT), Márcio Amazonas Cabral de Andrade; e ainda
representantes da Associação Latino-Americana de
Juízes do Trabalho e da Associação Brasileira de
Advogados Trabalhistas, entre outros.
Fonte: Agência Senado
19/11/2019 -
Governo Bolsonaro vai acabar com a desoneração da
cesta básica
O secretário especial da Receita Federal, José
Barroso Tostes Neto, anunciou que o governo Jair
Bolsonaro acabará com a desoneração da cesta básica,
encarecendo os alimentos que fazem parte da lista de
benefícios. Ele deixou claro que a ideia é criar um
novo imposto, chamado Contribuição sobre Bens e
Serviços (CBS), unificando o PIS (Programa de
Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o
Financiamento de Seguridade Social), acabando com
todas as isenções dadas a determinados produtos ou
serviços, entre elas as da cesta básica.
Tostes Neto afirmou que, em casos específicos, como
das cestas básicas, haverá algum tipo de
compensação, mas nenhum tipo de benefício fiscal.
"Se houver necessidade comprovada de que há situação
que mereça tratamento específico. Haverá um
reembolso do tributo, por exemplo, à população de
baixa renda. O imposto será devolvido
individualmente, para beneficiários de programas
sociais, como o Bolsa Família. Hoje, até o salmão
faz parte da cesta básica", disse ele ao jornal O
Estado de S.Paulo.
"Quando você desonera os produtos da cesta, todo
mundo pode comprar sem imposto. E quem mais compra?
Quem tem mais poder aquisitivo. Esse benefício acaba
sendo altamente regressivo. A ideia é cobrar o
imposto e devolver só para a baixa renda", afirmou.
Fonte: Brasil247
19/11/2019 -
Paulo Guedes negociou ministério com Moro antes das
eleições, segundo Bebianno
Entrevista do ex-ministro da Secretaria-Geral
contraria versão do ex-juiz de que convite teria
ocorrido após o resultado das urnas e reforça
suspeição
O ex-ministro da Secretaria-Geral da República Gustavo
Bebianno afirmou que o ministro da Economia, Paulo
Guedes, ainda antes do segundo turno das eleições de
2018, teria tido “cinco ou seis” conversas com o
então juiz Sergio Moro, para compor o ministério do
futuro governo de Jair Bolsonaro. A informação
relatada ao jornalista Fábio Pannunzio, no canal TV
Giramundo, no Youtube, neste domingo (17), desmente
a versão de Moro e do próprio presidente que alegam
que as negociações teriam começado após o resultado
das eleições.
Bebianno conta que soube das tratativas em conversa
com Guedes, no dia do segundo turno, na casa de
Bolsonaro. Até então, ele acreditava que estava “a
um passo” de ocupar o cargo de ministro da Justiça,
antes de ser escanteado por Moro. O ex-ministro da
Secretaria-Geral disse que não tem conhecimento da
participação direta do atual presidente na
negociação.
“O Paulo Guedes estava na sala e me puxa: ‘Bebianno,
quero conversar com você um negócio importante’. Foi
a primeira vez que mencionou que estava conversando
com Moro. Ele contou que já tinha tido cinco ou seis
conversas com Sergio Moro e que ele estaria disposto
a abandonar a magistratura e aceitar esse desafio
como ministro da Justiça”, relatou Bebianno.
A versão de Bebianno também reafirma a parcialidade
de Moro enquanto juiz, na medida em que tomou
decisões que impactaram no resultado da disputa,
como, por exemplo, a divulgação a seis dias do
primeiro turno do conteúdo de delação do ex-ministro
Antônio Palloci, apontada pelo próprio Ministério
Público Federal (MPF) como insuficiente devido à
falta de elementos probatórios. Mais ainda, reforça
as suspeitas que Moro agiu politicamente para
prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de
modo a garantir benefícios pessoais com a vitória do
campo político adversário.
Bebianno foi o primeiro ministro a cair, ainda em
fevereiro, em meio à crise desencadeada pelas
denúncias de candidaturas laranjas para o desvio do
fundo partidário público ao PSL, nas eleições 2018.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/11/2019 -
Moro mentiu sobre sondagem para ser ministro e deve
ser convocado pelo Congresso, diz Paulo Pimenta
“Houve uma relação promíscua de Moro com
Bolsonaro antes do resultado final da eleição”,
destacou o líder do PT na Câmara
A revelação de Gustavo Bebianno, ex-ministro e
coordenador da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro,
de que o ex-juiz federal Sérgio Moro se dispôs a ser
ministro antes do fim das eleições pode fazer com
que Moro seja convocado para dar explicações na
Câmara dos Deputados. Paulo Pimenta, líder da
Bancada do PT, defendeu nesta segunda-feira (18) a
convocação e denunciou que o ex-magistrado mentiu em
audiências no Congresso, ao dizer que só se reuniu
com a equipe do ex-capitão após o fim do processo
eleitoral.
“Houve uma relação promíscua de Moro com Bolsonaro
antes do resultado final da eleição”, denunciou
Pimenta, em vídeo publicado ao lado de Wadih Damous,
ex-deputado pelo PT e ex-presidente da OAB. O
parlamentar defende uma acareação entre Moro,
Bebianno, os ministro Paulo Guedes, da Economia, e
Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, além do empresários
Paulo Marinho. Segundo ele, todos sabiam da
articulação para o ex-juiz participar do eventual
governo Bolsonaro.
O deputado ainda acredita que essa revelação expõe
ainda mais a suspeição de Moro no processo contra o
ex-presidente Lula. “Agora ninguém pode questionar a
origem da informação, pois foi o coordenador da
campanha quem fez a denúncia”, disse Pimenta.
Damous acredita que Moro cometeu crime de
responsabilidade ao mentir nas audiências da Câmara
e do Senado. “É extremamente grave o fato de ele ter
comparecido ao Congresso Nacional e mentido sobre se
teria sido convidado para o cargo de ministro da
Justiça antes de concluída a eleição presidencial.
Sendo verdadeira a declaração de Bebianno, Moro pode
ser processado pelo Congresso Nacional por crime de
responsabilidade”, disse.
Fonte: RevistaForum
19/11/2019 -
Paim cita Gaspari: 'Tomar dinheiro de desempregado é
covardia'
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou nesta
segunda-feira (18) em Plenário o artigo do
jornalista Elio Gaspari publicado no fim de semana
com críticas ao pacote do governo, formulado pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, que estabelece
uma taxação sobre o seguro-desemprego para custear o
estímulo à contratação de jovens com idade entre 18
e 29 anos, instituído pela Medida Provisória
905/2019.
"Tomar dinheiro do desempregado é covardia", leu
Paim, sublinhando que a partir da MP o governo passa
a cobrar do seguro-desemprego uma contribuição
previdenciária correspondente a 7,5% do benefício
para compensar a desoneração sobre as empresas. Para
custear as perdas na arrecadação decorrentes da
desoneração da folha de pagamento concedida aos
empresários que aderirem ao programa de contratação
de jovens, Guedes preferiu taxar os próprios
desempregados, observa o jornalista.
Paim ressaltou ainda que Elio Gaspari ainda alerta
para o fato de o programa de estímulo à contratação
de jovens durará até o dia 31 de dezembro de 2022,
enquanto, de acordo com a MP 905, a contribuição
previdenciária dos beneficiários do
seguro-desemprego será por prazo indeterminado.
Fonte: Agência Senado
19/11/2019 -
Confecção é condenada por exigir atestado de bons
antecedentes de auxiliar
A atividade não exige grau de confiança que
justifique a exigência.
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Sigma Costura Ltda., de Maracanaú (CE),
ao pagamento de indenização a uma auxiliar de
almoxarifado por ter exigido a apresentação de
certidão de antecedentes criminais para a admissão.
Para a Turma, a condição imposta para a contratação
ofende a dignidade e viola a intimidade da
empregada.
“Cautelas razoáveis”
O pedido de indenização foi indeferido pelo juízo de
primeiro grau e pelo Tribunal Regional do Trabalho
da 7ª Região (CE). Para o TRT, a empresa não havia
cometido nenhum ato ilícito e estaria apenas
“adotando cautelas razoáveis e até recomendáveis em
defesa sua, de seu quadro funcional e de seu
patrimônio empresarial” ao solicitar a demonstração
de bons antecedentes. Ainda de acordo com o Tribunal
Regional, não há nada no ordenamento jurídico
brasileiro que impeça a exigência nem motivo para
que alguém se sinta “moralmente tolhido” nessa
situação.
Efeito vinculante
O relator do recurso de revista da auxiliar, ministro
Douglas Alencar Rodrigues, observou que a Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1),
órgão responsável pela uniformização da
jurisprudência do TST, pacificou o entendimento
sobre a matéria no julgamento de incidente de
recurso repetitivo, com efeito vinculante. No exame
do IRR-243000-58.2013.5.13.0023, a SDI-1 concluiu
que a exigência é legítima e não caracteriza dano
moral quando houver previsão em lei ou for
justificada em razão da natureza do serviço ou do
grau de confiança envolvido (empregados domésticos,
cuidadores de menores, idosos ou deficientes,
bancários, pessoas que atuam com substâncias
tóxicas, armas ou com informações sigilosas, etc.).
Entretanto, a atividade da auxiliar não se enquadra
em nenhuma dessas hipóteses. Assim, a exigência
configura dano moral presumido, passível de
indenização, independentemente de a admissão ter
sido efetivada.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-334-88.2018.5.07.0032
Fonte: TST
18/11/2019 -
PSL tem maior rejeição que o PT, diz pesquisa
Pesquisa feita pelo Ibope apontou um duro revés para
Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, 50%
dos entrevistados afirmaram que não votariam de
jeito algum no PSL. Na Região Nordeste a rejeição é
de 62%. Os dados foram publicados na coluna de
Ancelmo Gois.
A rejeição do Partido dos Trabalhadores é de 43% e é
entre os nordestinos que a desaprovação é menor:
28%.
No segundo turno da eleição presidencial e 2018,
Fernando Haddad (PT) alcançou 69% da votação no
Nordeste, o que representa 20 milhões de votos.
Bolsonaro teve 30% (8 milhões de votos).
Fonte: Brasil247
18/11/2019 -
Para o Dieese, MP 905 é novo desmonte de direitos,
uma ‘bolsa-patrão’
O pacote para criação de empregos é uma decepção.
Não deve criar vagas na quantidade e qualidade
necessárias e, ao contrário, pode promover a
rotatividade
Sob o pretexto de estimular o primeiro emprego dos
jovens, o governo decreta nova reforma trabalhista,
afirma o Dieese, que em nota técnica lista uma série
de itens contidos na Medida Provisória (MP) 905:
criação de modalidade de trabalho precário,
intensificação da jornada, enfraquecimento da
fiscalização, redução do papel da negociação
coletiva. Por fim, aponta o instituto, “beneficia os
empresários com uma grande desoneração em um cenário
de crise fiscal, impondo aos trabalhadores
desempregados o custo dessa ‘bolsa-patrão'”.
Para o Dieese, o esperado pacote para criação de
empregos é uma decepção. “Não deve criar vagas na
quantidade e qualidade necessárias e, ao contrário,
pode promover a rotatividade, com o custo adicional
de reduzir direitos e ter efeitos negativos para a
saúde e segurança dos trabalhadores e
trabalhadoras”, alerta.
Na nota técnica, o departamento lembra que o país já
passou por ampla “reforma” trabalhista em 2017,
ainda na gestão Temer, “com o objetivo de reduzir,
desregulamentar ou retirar diversos direitos
relativos às condições de trabalho”. A Lei 13.467,
implementada em novembro daquele ano, criou
modalidades de trabalho precário, reduziu garantias
de itens como salário e férias, facilitou a demissão
e dificultou o acesso do empregado à Justiça do
Trabalho. “Além disso, aprovou pontos com
repercussão negativa na organização sindical e no
processo de negociação coletiva.”
O Dieese afirma ainda que a MP “está em desacordo”
com a Convenção 144 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), sobre diálogo tripartite (governo,
trabalhadores e empresários) para alteração de
normas trabalhistas. E não respeita sequer as regras
de uma medida provisória, ao não comprovar a
urgência da questão, sem contar que inclui temas sem
relação com o objeto principal. “Por fim, retoma
propostas já rejeitadas pelo Congresso Nacional em
outras MPs editadas neste ano, como é o caso da
liberação total do trabalho aos domingos e
feriados”, acrescenta.
Ao chamar a atenção para a grave situação do mercado
de trabalho – 12,5 milhões de desempregados, 44% da
mão de obra na informalidade, subutilizados,
desalentos –, o Dieese afirma que a MP 905 “não tem
instrumentos” que possam melhorar essa situação. “Ao
contrário, tem potencial para aumentar o desemprego
e a precarização.”
O instituto enumera os principais pontos do que
chama de “nova reforma trabalhista”:
- Desonera as empresas, mas onera os empregados com
o pagamento da contribuição previdenciária para
aqueles que acessarem o seguro-desemprego
- Em vez de promover empregos, facilita a demissão
de trabalhadores e pode estimular a informalidade
- Aumenta a jornada de trabalho no setor bancário
- Amplia a desregulamentação da jornada
- Promove a negociação individual e enfraquece os
acordos coletivos
- Retira os sindicatos da negociação de participação
nos lucros ou resultados (PLR)
- Dificulta a fiscalização do trabalho
- Cria um conselho sobre acidentes de trabalho sem
participação dos trabalhadores ou mesmo do
Ministério da Saúde
- Altera regras para concessão do auxílio-acidente
- Institui multas que podem enfraquecer a capacidade
de punição a empresas que cometerem infrações
trabalhistas
- Revoga 86 itens da CLT, incluindo medidas de
proteção ao trabalho
O Dieese observa que se passaram dois anos desde a
entrada em vigor da Lei 13.467, de “reforma”
trabalhista: os empregos não vieram e o mercado de
trabalho segue se deteriorando, com aumento da
informalidade e da precarização. “Como consequência
de toda essa situação, a concentração de renda e a
pobreza no país aumentaram”, constata o instituto.
Clique
aqui para ler a nota do Dieese na
íntegra.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/11/2019 -
Gilmar sobre Moro: determinou a prisão do principal
candidato à presidência e depois aceitou o cargo de
seu adversário
Em entrevista para o jornal argentino Clarín, o
ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes,
disse que espera que o julgamento do habeas corpus
apresentado pela defesa do ex-presidente Lula sobre
a imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro seja tratado
ainda este ano.
Perguntado se não seria um questionamento importante
ao ministro da Justiça, Gilmar disse que quem se
colocou nessa posição "foi o próprio Ministro da
Justiça, quando ele decidiu deixar o cargo de juiz e
assumir uma função governamental servindo a um
governo que derrotou as forças da oposição e é
beneficiário, de alguma forma, de suas decisões. É
um juiz que até ontem foi juiz, determinou a prisão
do principal candidato a presidente da República e
depois aceita o cargo de seu adversário", afirmou.
Para Gilmar, o que surgirá no debate no STF "é se as
razões que estão lá (expostas pela defesa de Lula)
são suficientes ou se poderemos usar o que está nas
informações do The Intercept" (devido à sua origem,
uma vez que foram extraídas ilegalmente de um
telefone de um autoridade), diz a reportagem.
Perguntado se acreditava que a decisão do STF que
permitiu a soltura do ex-presidente Lula causou
indignação em Jair Bolsonaro, Gilmar Mendes
respondeu: "Ele viu como um quadro de normalidade".
"Não vejo que isso tenha gerado indignação do
governo nem represente a opinião do presidente da
República. Acontece que o Brasil entra em um
processo de intensa polarização. De um lado, a força
do petismo e, de outro, a força das oposições.
Bolsonaro galvanizou um pouco isso, mesmo com esse
movimento de organização de mídia social."
Fonte: Brasil247
18/11/2019 -
MP Verde-Amarela é golpe contra 12 profissões
Com a nefasta Medida Provisória (MP) 905 – que cria
o Emprego Verde-Amarelo –, o governo Jair Bolsonaro
golpeia e precariza ao menos 12 profissões.
Bancários terão jornadas de trabalho mais extensas,
enquanto professores poderão dar aulas aos domingos
e feriados. Dez categorias já regulamentadas serão
exercidas por quem não tem registro profissional:
arquivista, artista, atuário, jornalista,
publicitário, radialista, secretário, sociólogo,
corretor de seguros e guardadores de carro.
A base da MP bolsonarista é a perda de direitos,
associada à precarização nas relações de trabalho. O
texto do (Sub)Emprego Verde-Amarelo, concebido pelo
ministro Paulo Guedes (Economia), revoga 37 pontos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retira
trechos de 22 leis e decretos que tratam de matérias
trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
Entre outras coisas, a proposta promove mudanças no
vale-alimentação, em prêmios e na participação nos
lucros e resultados (PLR) para todas as categorias
de profissionais. Todas essas mudanças prejudicam os
trabalhadores, em benefício do empregador. De tão
ampla e irresponsável, a MP revoga até mesmo a
necessidade de aprovação prévia para os projetos de
instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob
pressão – o que agrava ainda mais os riscos de
acidente de trabalho.
A medida de Guedes e Bolsonaro agrada ao
empresariado porque ajuda a elevar as taxas de
lucros, mas sem contrapartidas em termos de
investimentos ou direitos. Para piorar, não há
sequer garantia de geração de empregos – o suposto
pretexto para tamanha desregulamentação.
Juliana Bracks, advogada do escritório Bracks
Advogados Associados, aponta a contradição. Embora
se trate de “uma mudança profunda na legislação
trabalhista, processual do trabalho e
previdenciária”, a criação de postos de trabalho,
sobretudo para jovens, não deve se consumar.
“Nenhuma destas matérias tem pertinência e
consonância com o assunto principal que motivou a
edição da Medida Provisória”, diz Juliana.
Domingos e feriados
A MP é, ainda, autoritária e ultraliberal. Entidades
de trabalhadores não foram ouvidas em debates
relevantes, como o trabalho aos domingos e feriados.
No caso dos professores, a medida retira o artigo
319, que veda ao magistério a regência de aulas e de
trabalho em exames aos domingos. Em nota, o
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (Andes) criticou a MP como um todo e
alertou para as profundas modificações promovidas na
CLT.
No capítulo que rege o trabalho do serviço de
telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de
radiotelegrafia ou de radiotelefonia, houve a
retirada do ponto que concedia tratamento
excepcional para o trabalho aos domingos. O texto
também autoriza o trabalho em domingos e feriados no
setor do comércio (um domingo a cada quatro semanas)
e para a indústria (um domingo a cada sete semanas).
Além de trazer uma série de alterações para o
exercício da profissão de químico, a MP 905 revoga a
Lei 4.594/1964 (que regulamenta profissão de
corretor de seguros) e a Lei 6.242/1975 (que rege a
profissão de lavador e guardador de carros). Em
vídeo aos corretores, o presidente da Fenacor,
Armando Vergílio dos Santos Júnior, manifestou a
discordância da entidade com o fim da lei que
regulamenta a profissão e disse que a luta da
federação vai impedir a mudança.
Foi derrubado o artigo 4º da Lei 6.546/1978, que
dispõe sobre a profissão de arquivista e técnico de
arquivo. O artigo revogado condicionava o exercício
da profissão ao registro profissional. A medida
provisória interveio igualmente na Lei 3.857/1960,
que cria a ordem dos músicos, revogando artigos que
dispunham sobre a composição do conselho da
categoria.
Na Lei 6.880/1980, que trata da profissão de
sociólogo, a medida retira o artigo 6º, que
condiciona o exercício da profissão ao registro
profissional. O mesmo foi feito na Lei 7.377,
desobrigando o registro profissional para
secretários. Na opinião de Paulo Sérgio João,
professor de Direito do Trabalho da FGV Direito SP,
a MP “atende ao interesse na relação contratual das
empresas”.
Bancários
No caso dos bancários, a Medida Provisória permite que
as agências passem a abrir aos sábados, o que hoje
não ocorre. Além disso, estabelece que apenas caixas
de bancos terão direito à jornada de seis horas
diárias (30 horas semanais). Qualquer outro cargo
terá carga horária de oito horas por dia.
Mesmo para os caixas, a medida autoriza uma jornada
superior a seis horas, mediante acordo individual
escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho. É a legalização de uma prática
antissindical já cometida pelos bancos – que já
forçava os bancários a trabalharem acima de sua
jornada, alegando se tratar de cargos de confiança.
Em resposta à MP, o Sindicato dos Bancários exigiu
uma reunião com a Fenaban (Federação Nacional dos
Bancos). Segundo a categoria, a informação que
receberam sobre a aplicação da medida era que 40
bancos já haviam manifestado a intenção de ampliar a
jornada para 44 horas semanais, de segunda a sábado,
o que contraria o acordo firmado em convenção
coletiva.
Em comunicado a funcionários, a Caixa Econômica
Federal (CEF) informou que “as medidas para
implementação da jornada legal já estão em curso”.
Questionada sobre a mensagem, a Caixa informou que
"os reflexos da Medida Provisória 905/2019 estão em
avaliação, e que eventuais medidas serão comunicadas
oportunamente".
O Itaú Unibanco informou que “está estudando ainda
essa alternativa, sempre focado em proporcionar o
melhor atendimento a seus clientes”. Já o Banco do
Brasil disse que, neste momento, está avaliando o
conteúdo das medidas. O Bradesco informou que seu
posicionamento seguirá o da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban).
Com informações do O Globo
Fonte: Portal Vermelho
18/11/2019 -
Governo envia ao Congresso proposta de reforma
tributária com imposto sobre consumo
O Ministério da Economia, comandado por Paulo
Guedes, fechou um novo pacote de medidas para mudar
o sistema tributário do País. A pasta prevê o envio
da reforma ao Congresso em quatro etapas, que devem
se estender até meados de 2020. Na primeira fase, a
ser deflagrada ainda em novembro, o governo deverá
enviar ao Legislativo um projeto de lei que unifica
o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins
(Contribuição para o Financiamento de Seguridade
Social), incidentes sobre produtos e serviços.
De acordo com o secretário especial da Receita
Federal, José Barroso Tostes Neto, "é na tributação
sobre o consumo que se produz o maior o porcentual
de arrecadação". "Então, o primeiro pilar dessa
proposta será referente justamente à parte que cabe
ao governo federal nessa imposição sobre o consumo",
afirma ele ao jornal O Estado de S.Paulo.
Na segunda fase, prevista para o começo de 2020, a
intenção é encaminhar a mudança no IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados), que deverá se
tornar um tributo seletivo aplicado a bens como
cigarros, bebidas e veículos.
A terceira fase, a ser enviada até o fim do primeiro
trimestre, é referente ao Imposto de Renda de
pessoas físicas, incluindo o aumento da faixa de
isenção e a criação de novo alíquota para os mais
ricos, e jurídicas.
A última etapa, em meados do ano que vem, será
dedicada à desoneração da folha de salários das
empresas.
Fonte: Brasil247
18/11/2019 -
Lula no Recife: “Na democracia, o show não para”
Segundo a organização do Festival Lula Livre, 250
mil pessoas ouviram o ex-presidente
Esperado por 250 mil pessoas, segundo a organização
do evento, o ex-presidente Lula foi conduzido ao
palco do Festival Lula Livre que aconteceu desde o
início da tarde deste domingo no Recife (PE), pela
cirandeira Lia de Itamaracá.
Em um discurso emocionado ele relembrou e agradeceu
todo o apoio e solidariedade que recebeu nos 580
dias que ficou preso na superintendência da Polícia
Federal, em Curitiba (PR), “eu hoje sou um homem
melhor que aquele que entrou na cadeia”, afirmou.
Agradeceu também aos artistas e organizadores do
Festival aos Comitês Lula Livre espalhados pelo
país, “agradeço a cada mulher e cada homem que
tiveram a coragem de cantar por liberdade nesse
país”.
Lula aproveitou a oportunidade para agradecer a
Fernando Haddad (PT) por sua candidatura nas últimas
eleições e falou da necessidade do acesso a educação
e a cultura pelo povo brasileiro, “na lógica desses
canalhas pobres e negros não podem ter acesso a
universidade, cultura pra eles é coisa de comunista
e para nós é coisa de libertação. Um país sem
cultura e educação não vai a lugar nenhum. Eu fui
criado por uma mãe e um pai analfabetos e eles me
deram uma coisa que a elite brasileira não aprendeu
nos bancos da universidade que é caráter e
dignidade” e continuou “Quero que a elite brasileira
saiba, nós não queremos mais ser tratados como
cidadãos de segunda categoria. A gente não se
contenta mais com a teoria de que é melhor pingar do
que faltar. A gente não quer mais morar, comer,
vestir, estudar mal, queremos tudo de bom nesse país
porque somos nós que produzimos”.
O ex-presidente, que é pernambucano, nascido no
município de Garanhuns (PE) falou sobre a região,
“esse povo do nordeste aprendeu a comer três vezes
ao dia, a ter água, a ter emprego. O nordeste é
exportador de dignidade e queremos ser tratados em
igualdade de condições, não somos párias da
sociedade”. Lula também prometeu seguir, segundo
ele, “lutando a cada minuto que terei pela frente
para libertar esse país da quadrilha de milicianos
que tomou conta do Brasil. Ninguém fará com que eu
pare de lutar, para garantir que os nossos filhos
vivam uma vida melhor do que a nossa”.
Chamando o cantor Siba e mestres de maracatu
pernambucanos que o sucederiam no palco, Lula se
despediu na multidão dizendo, “na democracia o show
não para”.
Fonte: Brasil de Fato
18/11/2019 -
Empregado vencido em parte mínima fica isento de
pagar honorários de sucumbência
Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido,
o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e
pelos honorários, segundo o artigo 86 do CPC. Com
base na lei, por unanimidade, o colegiado da 5ª
Câmara do Tribunal Regional do Trabalho a 12ª Região
acatou o recurso e determinou que a parte vencida
apenas em um aspecto do pedido não seja obrigada a
efetuar o pagamento.
No caso em debate, um carpinteiro de Florianópolis
questionava a obrigação de pagar os honorários de
sucumbência na parte em que foi vencido em ação
judicial.
O juízo de 1ª grau condenou a empresa a ressarcir o
trabalhador em R$ 30 mil. Todas as demandas do
trabalhador foram atendidas exceto o pedido de
pagamento de aviso-prévio por insuficiência de
provas.
Ao analisar o recurso, a desembargadora relatora
Maria de Lourdes Leiria, reconheceu a procedência do
embargo impetrado pelo trabalhador e enxergou
omissão no acórdão anterior. Ela então decidiu
revogar a condenação do autor ao pagamento de
honorários sucumbenciais à parte contrária.
Processo: 0001482-81.2018.5.12.0037
Fonte: Consultor Jurídico
14/11/2019 -
Ato contra desemprego e novas medidas de Bolsonaro
une Centrais Sindicais
As Centrais Sindicais (Força Sindical, CUT, UGT,
CTB, Nova Central, CSB, Conlutas e Intersindical) se
uniram e protestaram contra mais um pacote de
maldades de Bolsonaro e Guedes. A manifestação
aconteceu na manhã desta quarta (13), em frente ao
Teatro Municipal, Centro de SP.
Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel
Torres as novas medidas vão gerar empregos
precários, sem carteira assinada e nenhum benefício.
Ele diz: “Por isso não podemos cruzar os braços.
Devemos sim continuar lutando por mais empregos de
qualidade pra todos”.
CUT - Sérgio Nobre, presidente da Central
Única dos Trabalhadores, afirma que todas as vezes
que as Centrais tiveram pauta unitária, foram pra
luta e venceram. “E dessa vez não será diferente.
Eles querem acabar com nosso direito de férias, 13º
salário, acabar com tudo o que conquistamos ao longo
dos anos. Não podemos permitir. O que está
acontecendo é extremamente grave”.
Nova Central – Para o presidente da NCST,
Luiz Gonçalves (Luizinho), o ato desta quarta (13)
foi um esquenta para a grande luta nacional contra
Bolsonaro. Ele afirma: “Somos contra esse projeto de
reforma econômica que subtrai todos os direitos da
classe trabalhadora, arrocha o salário mínimo, acaba
com a verba da educação, da saúde, acaba com os
direitos do funcionalismo público. Não arredaremos o
pé da luta, do combate dessas medidas que vão
transformar o Brasil de hoje num Chile de manhã”.
CTB - Secretário de Relações Internacionais
da Central dos Trabalhadores do Brasil, Nivaldo
Santana fala: “Com essa medida chamada de verde e
amarela, o governo quer jogar a última pá de cal na
legislação trabalhista”.
Metalúrgicos - Vice-presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Josinaldo
José de Barros (Cabeça) diz que não podemos aceitar
as maldades do Governo Federal e, por isso, devemos
engrossar todo o tipo de protesto em favor dos
trabalhadores. Fala: “Já não bastasse as reformas
neoliberais, Bolsonaro quer, com esse pacote,
simplesmente ter uma classe trabalhadora miserável,
sem direitos sociais, sem salário e sem renda”.
Metroviários - Wagner Fajardo,
coordenador-geral do Sindicato, conta que até no
transporte público brasileiro, o cenário é de
destruição. Ele diz: “No metrô de São Paulo, tem
falta de funcionários, o governo quer reduzir o
número de trabalhadores. Está sendo articulado um
desmonta do movimento sindical. Não podemos vacilar,
o momento é dramático. Então nossa unidade é
fundamental e tem que ser ampla”.
Fonte: Agência Sindical
14/11/2019 -
Centrais acusam gestão Bolsonaro: pacote de Guedes
ampliará desemprego
Nove centrais sindicais brasileiras lançaram uma
nota conjunta para denunciar o nefasto “Plano Mais
Brasil”, concebido ao gosto dos empresários pelo
ministro Paulo Guedes (Economia) e lançado nesta
semana pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo
entidades como CUT, Força Sindical, CTB, Nova
Central, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e CGTB, o
novo pacote tem medidas que “trarão mais desemprego
e prejuízo aos pobres”.
“As Centrais Sindicais manifestam discordância em
relação ao diagnóstico do governo federal de que a
explosão dos gastos públicos é a causa do atual
desequilíbrio fiscal do Estado Brasileiro”, afirma a
nota. “Divergem também da estratégia que afirma que
a retomada do crescimento econômico deve passar por
um arrocho nas despesas públicas, verdadeiro
austericídio fiscal que aumenta as desigualdades
sociais e acentua a crise econômica, com graves
impactos sobre a pobreza e o emprego.”
Para se contrapor à política ultraliberal de
Guedes/Bolsonaro, o movimento sindical também
convocou o Encontro “Emprego e Desenvolvimento”, na
próxima segunda-feira (18). A atividade ocorrerá no
auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo
(Rua Tamandaré, 348, Liberdade).
“O Brasil que queremos é outro e está aqui, entre
nós. O país precisa despertar desse pesadelo no qual
entrou. Para isso, será necessário muito debate
público, mobilização e luta, incluindo a ação
parlamentar no Congresso Nacional, que discutirá
essa proposta”, sustentam as centrais. Na opinião
dos sindicalistas, “organizar os trabalhadores e o
povo para enfrentar essas medidas significa
recuperar a capacidade de indignação afirmativa do
nosso povo, que sonha e que luta”.
Leia abaixo a íntegra da nota.
Nota das centrais: Medidas do governo trarão
mais desemprego e prejuízo aos pobres
As centrais sindicais brasileiras, unidas na luta
contra o retrocesso convocaram em conjunto com os
movimentos sociais em São Paulo para 18 de novembro
o “encontro emprego e desenvolvimento” e divulgaram
a seguinte nota sobre as três propostas de emenda à
Constituição do governo da extrema direita:
O “Plano Mais Brasil”, proposta do governo de Jair
Bolsonaro, traz um vasto conjunto de medidas
divididas em três PECs (Propostas de Emenda à
Constituição): PEC do pacto federativo; PEC
emergencial; PEC dos fundos públicos, todas com a
lógica de desvincular, desobrigar e desindexar o
orçamento.
As Centrais Sindicais manifestam discordância em
relação ao diagnóstico do governo federal de que a
explosão dos gastos públicos é a causa do atual
desequilíbrio fiscal do Estado Brasileiro. Divergem
também da estratégia que afirma que a retomada do
crescimento econômico deve passar por um arrocho nas
despesas públicas, verdadeiro austericídio fiscal
que aumenta as desigualdades sociais e acentua a
crise econômica, com graves impactos sobre a pobreza
e o emprego.
A principal razão do atual desequilíbrio fiscal é
decorrente da grave recessão, do baixo crescimento
econômico, da alta taxa de desemprego, do arrocho
salarial, da precarização no mundo do trabalho, do
altíssimo custo da dívida pública, elementos que
trouxeram impactos sobre a arrecadação e têm como
principal fonte tributária o consumo e a renda do
trabalhador.
O governo usa o terrorismo fiscal para implementar
uma política de destruição dos direitos sociais,
agrava os problemas do pacto federativo e avança no
desmonte da Constituição de 1988.
O Plano Mais Brasil torna ainda mais severa a
política do teto de gastos, com mecanismos
automáticos de cortes no orçamento para União,
estados e municípios. Nossos direitos sociais,
especialmente saúde e educação, ancorados no Estado
Democrático de Direito, estão em risco.
Bolsonaro/Guedes têm como objetivo estratégico a
privatização das empresas e dos serviços públicos,
entregando-os às grandes corporações e ao capital
financeiro.
O Plano gera menos crescimento. Em vez de permitir
sanar as contas públicas a partir de um ciclo
virtuoso de crescimento, retira a capacidade do
Estado de atuar como promotor do desenvolvimento,
restringindo o custeio e investimento público e
esvaziando o BNDES, principal instrumento de
investimentos do país. São medidas que não estão
voltadas para combater o desemprego, melhorar a
renda das famílias e muito menos para incrementar o
consumo.
As medidas do Plano arrocham os salários, com o fim
da política de valorização do salário mínimo e o
congelamento desta remuneração sempre que o país
estiver em “emergência fiscal”, visando reduzir o
volume de pagamentos dos benefícios previdenciários.
O projeto no qual investe o governo afeta
diretamente mais de 48 milhões de brasileiras e
brasileiros. O salário mínimo nacional deixa de ser
um mecanismo eficaz de redução das desigualdades de
renda do trabalho e de dinamização da economia em
diversas regiões do país.
O Plano desvincula receitas públicas, acabando
definitivamente com o pacto firmado na Constituição
de 1988, que priorizava áreas de interesse do
bem-estar coletivo, com a garantia de uma receita
vinculada.
O Mais Brasil faz uma ruptura desavergonhada com o
pacto federativo, cuja base é um regime solidário de
tributação em que municípios e estados que mais
arrecadam repassam recursos para os que têm
capacidade de arrecadação menor. Além disso, prevê,
sem o debate federativo e pela comunidade envolvida,
que municípios com menos de 5 mil habitantes e
arrecadação própria menor que 10% da receita total
sejam extintos e incorporados por municipalidades
vizinhas.
Com esse Plano, o Brasil será um país com menos
servidores. Para o governo, os servidores públicos
são o mal maior e, por isso, pagarão parte da conta
da austeridade, com a suspensão dos concursos
públicos, o arrocho salarial, a redução de salários
e o aumento do volume de trabalho. Registramos que,
no Brasil, o número de servidores em relação à
população está abaixo do verificado em muitos países
desenvolvidos. Essas medidas, ao invés de promover o
acesso dos brasileiros e brasileiras aos serviços
públicos e o atendimento necessário à população,
além de estimular a qualificação do funcionalismo
público, inviabilizam o papel do Estado e
comprometem as finalidades das políticas públicas.
O Plano está em consonância com as reformas em curso
em vários países, que aprofundam a política
neoliberal de transferência das estatais, da riqueza
natural e dos serviços públicos para o mercado, ao
mesmo tempo em que geram garantias para o fluxo
regular de pagamento do custo da dívida pública e
reduzem os gastos sociais. Tudo é feito para que não
seja necessário onerar os ricos e as grandes
fortunas.
As medidas tirarão tração da economia. É menos
crescimento, menos desenvolvimento, menos saúde e
menos educação. Trarão mais desemprego, mais arrocho
e mais precarização. É mais desigualdade, mais
pobreza e mais insegurança.
O Plano Mais Brasil é o plano de um país menor, sem
soberania, e de uma nação sem projeto.
O Brasil que queremos é outro e está aqui, entre
nós. O país precisa despertar desse pesadelo no qual
entrou. Para isso, será necessário muito debate
público, mobilização e luta, incluindo a ação
parlamentar no Congresso Nacional, que discutirá
essa proposta. Nesse sentido, organizar os
trabalhadores e o povo para enfrentar essas medidas
significa recuperar a capacidade de indignação
afirmativa do nosso povo, que sonha e que luta.
São Paulo, 11 de novembro de 2019
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos
Brasileiros
Atnágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio
Secretário Geral da Intersindical – Central da
Classe Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta
e Organização da Classe Trabalhadora
Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB – Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil
Fonte: Portal Vermelho
14/11/2019 -
Governo pode recuar da cobrança de 7,5% sobre
parcelas do seguro-desemprego, diz líder
O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), anunciou a derrubada da taxação do seguro
desemprego como compensação do programa de geração
de empregos para jovens. Segundo ele, a cobrança de
7,5% sobre as parcelas será substituída por uma
revisão de renúncias fiscais ou repasses do Sistema
S. Diversos aliados do governo não descartaram uma
eventual rejeição da Medida Provisória 905/2019
contra a cobrança. O senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) pediu que o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, devolvesse a proposta.
Fonte: Agência Senado
14/11/2019 -
Lula vai a Salvador e prestigia região desprezada
pelo governo Bolsonaro
A volta de Lula agita o cenário político brasileiro
e também intensifica o movimento em torno do
Congresso Nacional do PT, o 7º. A Executiva do
partido se reúne em Salvador, Bahia, com um recado
simbólico: prestigiar a região que foi desprezada
pelo governo Bolsonaro na catástrofe do derramamento
de óleo em seu litoral.
A nota do site PT.org destaca que "a Comissão
Executiva Nacional do PT reúne-se nessa quinta-feira
(14/11) em Salvador, preparando o 7º Congresso
Nacional do Partido dos Trabalhadores que será
realizado em São Paulo de 22 a 24 de novembro. A
escolha da Bahia para esta reunião da executiva
reflete a importância social e política da região
Nordeste, nesta conjuntura de resistência ao governo
de extrema-direita e de construção de novas
propostas de políticas públicas."
O comunicado ainda sublinha que "a reunião marcará a
solidariedade do PT ao povo nordestino, diante do
descaso do governo federal com o grave desastre
ecológico que atingiu o litoral da região. A reunião
da executiva marcará também o reencontro da direção
partidária com o ex-presidente Lula, após a prisão
injusta e ilegal que durou 580 dias. Lula
participará da primeira parte da reunião em
Salvador. Às 12h30, a presidenta Gleisi Hoffmann
fará entrevista coletiva no local."
Fonte: Brasil247
14/11/2019 -
MP de Bolsonaro tira exclusividade de BB e Caixa
sobre abono e seguro-desemprego
Pagamento agora poderá ser feito também por
bancos privados; programa para geração de emprego
lançado pelo governo inclui uma taxa sobre o
benefício para bancar os custos de um novo modelo de
contrato de trabalho
O governo de Jair Bolsonaro decidiu acabar com a
exclusividade da Caixa e do Banco do Brasil no
pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial.
A decisão consta da Medida Provisória 905/2019, que
criou o Contrato de Trabalho Verde Amarelo, com
incentivos a empresas que derem o primeiro emprego a
jovens de 18 a 29 anos de idade.
Pela legislação anterior, esses pagamentos eram
privativos aos bancos oficiais. A MP, no entanto,
abre o serviço para bancos privados. "Os pagamentos
dos benefícios do Programa Seguro-Desemprego e do
abono salarial serão realizados por meio de
instituições financeiras, conforme regulamento
editado pela Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia", diz a medida.
O Contrato de Trabalho Verde Amarelo foi lançado
pelo governo na segunda-feira e formalizado na
terça-feira, 12, em medida provisória. Dentre os
vários pontos da MP, o governo resolveu taxar o
seguro-desemprego para bancar os custos do novo tipo
de contrato de trabalho. Na prática, os
desempregados vão arcar com o programa.
Segundo o secretário de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, o custo para reduzir os impostos às
empresas que contratarem dentro do Verde Amarelo é
de R$ 10 bilhões ao longo de cinco anos. Para
compensar a redução de encargos para as empresas, o
governo, então, resolveu cobrar 7,5% do
seguro-desemprego de quem está sem emprego e
recebendo o benefício. Com isso, a expectativa é de
arrecadação de R$ 11 bilhões a R$ 12 bilhões no
período de cinco anos.
Fonte: Estado SP
14/11/2019 -
Bolsonaro quer trocar Mourão pelo "vice perfeito"
‘Além de trocar de partido, o presidente quer trocar
de vice. Em reunião com dissidentes do PSL, Jair
Bolsonaro deu uma nova cutucada em Hamilton Mourão.
Disse que preferia ter dividido chapa com o deputado
Luiz Philippe de Orleans e Bragança, descendente da
família real que é chamado de “príncipe”’, diz o
jornalista Bernardo Mello Franco.
Para ele, “o episódio deve marcar o fim do
armistício entre o presidente e o vice. Em abril, os
dois chegaram perto de romper relações. Bolsonaro se
exaltou com o novo tom de Mourão, que despontou como
uma voz moderada num governo de radicais”.
“A nova provocação de Bolsonaro surpreende porque a
crise parecia superada. Mourão topou se afastar dos
holofotes, e nunca mais foi visto criticando uma
diretriz do governo. Em nova fase, só aparecia como
figurante nas solenidades oficiais”, ressalta.
“Nas últimas semanas, aliados de Bolsonaro voltaram
a sonhar com Sergio Moro como vice na eleição de
2022. Não é só pela popularidade do ex-juiz.
Diferentemente do general, ele nunca contestou as
trapalhadas à sua volta. Ao contrário: aceitou
calado todas as humilhações impostas pelo chefe”,
afirma Mello Franco.
Fonte: Brasil247
14/11/2019 -
IBGE: 64% dos desempregados são negros e
informalidade alcança 47%
O estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça”,
com dados de 2018, mostra persistência da
desigualdade racial no país
Pretos e pardos correspondem a 64% dos desempregados
e 66% dos subutilizados, mostra o estudo
“Desigualdades Sociais por Cor ou Raça”, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
divulgada nesta quarta-feira (12).
Essa população recebe menos que as pessoas brancas
independente do nível de instrução. A pesquisa, com
dados de 2018, expõe a persistência da desigualdade
racial no mercado de trabalho e na educação.
O estudo aponta que, tanto nas ocupações formais
quanto nas informais, trabalhadores brancos recebem
consideravelmente mais que pretos e pardos.
A diferença do salário médio chega a 73%, com
destaque para os homens brancos, que têm vantagem
quando comparados às mulheres brancas e às mulheres
e homens pretos e pardos. As mulheres de cor recebem
menos da metade do salário de um homem branco (44%).
Entre os 10% da população com os maiores
rendimentos, apenas 27,7% eram pretos ou pardos. Por
outro lado, os pretos ou pardos representavam 75,2%
do grupo formado pelos 10% da população com os
menores rendimentos. O rendimento médio domiciliar
per capita da população branca (R$1.846) era quase
duas vezes maior do que o da população preta ou
parda (R$934).
A proporção de negros em cargos de gerência só foi
superior a de brancos no Norte (61%) e no Nordeste
(56%). No geral, o número é de quase 70% de brancos
e menos de 30% de negros.
Universidade
Pela primeira vez, a população negra superou o número
de pessoas brancas nas universidades públicas,
alcançando 50,3%. No entanto, a taxa de jovens entre
18 e 24 anos cursando o ensino superior é de 56%,
enquanto a de brancos é de 79%.
Apesar de uma taxa de crescente de negros no ensino
superior, quando ele partem para a próxima etapa – o
mercado de trabalho – ainda recebem menos que
pessoas brancas. O IBGE constatou que, independente
do nível de instrução, o salário de brancos é
superior em ocupações formais e informais. O
rendimento médio de pretos e pardos é de R$ 1.608,
contra R$ 2.796.
O estudo apresenta melhoras pontuais na desigualdade
racial do país, mas revela ainda um abismo de
oportunidades, renda e instrução. A população negra
ainda tem os piores índices de moradia e violência.
Fonte: Brasil de Fato
13/11/2019 -
Centrais fazem protesto quarta contra novo pacote
econômico do governo Bolsonaro
As Centrais Sindicais realizam nesta quarta (13) ato
unitário contra o pacote econômico apresentado pelo
governo Bolsonaro, que prejudica trabalhadores e os
mais pobres. A atividade acontece em frente ao
Teatro Municipal, no Centro de São Paulo, a partir
das 9 horas.
Apresentado ao Senado dia 5, o pacote chamado de
“Mais Brasil” é composto por três Propostas de
Emenda à Constituição - a Emergencial, a de Fundos
Públicos e a do Pacto Federativo. A iniciativa
arrocha investimentos em Saúde e Educação, além de
agravar a precarização dos serviços públicos.
Em entrevista à Agência Sindical, Wagner Gomes,
secretário-geral da CTB, diz que mais uma vez o
governo mostra suas intenções: retirar direitos e
prejudicar os mais pobres. “Precisamos de políticas
de desenvolvimento e de investimentos na indústria
pra fazer a economia girar. Com a medida, o governo
pega a contramão”.
As entidades sindicais também questionam o
desemprego, que chega a 13 milhões de pessoas. Além
de não resolver a crise econômica, as PECs agravam a
desigualdade.
À Agência Edson Carneiro, o Índio, secretário-geral
da Intersindical, afirmou que o objetivo das
Centrais é chamar a atenção da população para o
desmonte de políticas sociais do Estado e defender a
geração de novos empregos. “Queremos chamar a
atenção da população para esse pacote chamado de
‘Mais Brasil’, que na verdade promove menos salário,
menos empregos, menos direitos e menos serviços
públicos”.
Guarulhos - O Sindicato dos Metalúrgicos já
confirmou presença na manifestação. O
secretário-geral Pedro Pereira da Silva (Zóião) diz:
“Estaremos presentes. Vamos reforçar essa luta em
defesa do emprego e contra o pacote de maldades
imposto pela dupla Bolsonaro/Guedes”.
O ato será preparatório à grande plenária que as
Centrais e movimentos sociais promoverão dia 18, na
quadra dos Bancários, Centro de São Paulo.
Fonte: Agência Sindical
13/11/2019 -
Congresso promulga reforma que dificulta
aposentadoria para brasileiros
Alterações na Previdência foram aprovadas no dia
22 de outubro após um processo conturbado
Em sessão conjunta do Congresso Nacional, foi
promulgada, nesta terça-feira (12), a reforma da
Previdência. A medida retira direitos de mais de 100
milhões de brasileiros, que estão no mercado de
trabalho formal, informal ou já são aposentados e
pensionistas.
Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu à sessão. A
solenidade foi presidida pelo presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), que minimizou a ausência
do presidente. “As emendas constitucionais sempre
foram promulgadas em sessões solenes especiais do
Parlamento brasileiro. Nessas sessões muitas delas o
presidente da República e ministros não vieram. Não
será a presença do presidente da República ou do
ministro que vai chancelar esse encontro, essa
promulgação”, avaliou.
Previdência
Principal proposta defendida por Paulo Guedes,
ministro da Economia, as alterações no sistema
previdenciário brasileiro foram aprovadas no dia 22
de outubro após um conturbado processo no Congresso
Nacional.
Duramente criticada por economistas da área,
movimento sociais e sindicais, a nova aposentadoria
estabeleceu uma idade mínima de 65 anos para os
homens e 62 anos para as mulheres com tempo mínimo
de contribuição de 20 anos e 15 anos,
respectivamente.
O valor será equivalente a 60% da média do valor de
referência das contribuições. Para ter direito ao
valor integral, a partir de agora, trabalhadores
devem contribuir por 40 anos. Na prática, o
trabalhador e a trabalhadora terão que trabalhar
mais tempo, além do limite da idade mínima, para ter
direito ao valor integral.
A reforma também acabou com a regra da aposentadoria
por idade, que exigia 15 anos de contribuição e
idade mínima de 60 anos para a mulher e 65 anos para
os homens. De cada dez aposentadorias concedidas,
sete eram por idade.
Exemplos
Um trabalhador que tem hoje 65 anos de idade e 29 de
contribuição, pela regra antiga da aposentadoria por
idade, poderia se aposentar por idade daqui a um
ano. Para a aposentadoria por tempo de contribuição,
daqui a seis anos. No entanto, com a regra nova, ele
só vai se aposentar com direito ao valor integral do
benefício daqui a 11 anos.
Uma mulher com 56 anos de idade e 26 anos de
contribuição precisaria esperar só mais um ano para
conseguir se aposentar (regra 86/96). Com a reforma,
essa mesma trabalhadora terá que esperar seis anos
para se aposentar com o valor integral.
Fonte: Brasil de Fato
13/11/2019 -
Maia afirma ser contrário a uma nova constituinte
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou ser contrário a uma nova constituinte. Mais
cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse
que, diante do impasse da discussão sobre a
possibilidade de prisão após segunda instância,
talvez seja o momento de propor uma nova
Constituição ao País.
Para Rodrigo Maia, uma nova constituinte pode dar
sinalização ruim para a sociedade e gerar muita
insegurança no País. Segundo Maia, a Constituição
brasileira é jovem e não há brechas para essa
discussão.
“Acho que não é o melhor caminho, uma mudança
constitucional pode ser instrumento de restrições de
liberdades. Temos uma Constituição que tem coisas
boas, coisas que precisam ser modificadas e coisas
que precisam ser preservadas”, defendeu o
presidente.
Pautas prioritárias
Em relação às pautas prioritárias da Câmara após a
promulgação da reforma da Previdência, Maia destacou
o projeto que muda o marco legal do saneamento e as
reformas tributária e administrativa.
Fonte: Agência Câmara
13/11/2019 -
Bolsonaro deixa PSL para criar novo partido: Aliança
pelo Brasil
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse esperar que
ele comande a nova sigla; primeira convenção já será
em 21 de novembro
Agora é oficial: Jair Bolsonaro deixou o PSL. Ele
anunciou nesta terça-feira (12) seu rompimento com a
sigla e afirmou, também, que irá trabalhar para
criar um novo partido, chamado Aliança pelo Brasil.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse esperar que ele
comande o novo partido. Segundo ela, a primeira
convenção já será em 21 de novembro.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também sairá de
imediato da sigla.
Os advogados de Bolsonaro acreditam que conseguirão
entregar, até março de 2020, as 500 mil assinaturas
exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para
criação do novo partido. A ideia é que dê tempo de
lançar candidatos às eleições do ano que vem.
O deputado Daniel Silveira destacou que o TSE ainda
não confirmou, mas acredita que seja possível
realizar a coleta de assinaturas por intermédio de
um aplicativo para celulares. Ao todo, cerca de 30
parlamentares devem acompanhar Bolsonaro no novo
partido.
Fonte: RevistaForum
13/11/2019 -
Libertação de Lula tem efeito positivo na sua
imagem, revela pesquisa
A libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva teve um efeito positivo para sua imagem. A
rejeição à sua prisão subiu, segundo pesquisa da
consultoria Atlas, feita na Internet entre os dias
10 e 11 de novembro — dois dias após sua soltura —
com 2.000 pessoas de todas as regiões do Brasil. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo
El País.
Na comparação com o levantamento feito em julho,
houve uma alta de sete pontos percentuais no índice
de rejeição ao cárcere do ex-presidente, que passou
de 37,4%% para 44,4%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, a percepção da imagem de Lula
melhorou. Na pergunta “Você tem uma imagem positiva
ou negativa de Lula”, 40,7% pontuaram como positiva,
enquanto que em agosto o índice era de 34%. Ainda
assim, uma maioria de 53% ainda possui uma imagem
negativa do líder petista.
A Pesquisa mostra que a popularidade de Jair
Bolsonaro e de seu ministro Sergio Moro está caindo
e a de Lula está subindo.
O índice de eleitores que acreditam que a gestão de
Bolsonaro é ruim ou péssima subiu de 39,8% para
42,1%. Já a taxa daqueles que acreditam que o
Executivo é ótimo ou bom caiu de 28,2% para 27,4%.
Os que opinam que o desempenho é regular passaram de
28,7% para 29,6%.
O cientista político Andrei Roman, fundador da Atlas
avalia que a queda de popularidade do governo
Bolsonaro e as revelações do Vaza Jato são
provavelmente os dois fatores mais importantes que
levaram esse segmento a reconsiderar seu
posicionamento em relação ao Lula, avalia o
especialista.
Para Roman, não necessariamente mudou a percepção de
que o petista é culpado, mas as pessoas parecem ter
relativizado a gravidade das acusações contra ele,
explica. "Mostrou-se que a Lava Jato não era
exatamente a guerra entre o bem e o mal que eles
enxergavam no passado. Para essas pessoas, a
realidade se revela mais complexa e os heróis
acabaram caindo dos pedestais".
Da redação com El País
Fonte: Portal Vermelho
13/11/2019 -
MP extingue multa adicional de 10% do FGTS que ia
para União
A multa de 40% para o trabalhador não foi extinta
O governo extinguiu a multa adicional de 10% do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de
demissões sem justa causa. A decisão faz parte da
Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde e
Amarelo, voltado para a criação de empregos para os
jovens. A MP foi publicada na edição desta
terça-feira (12) do Diário Oficial da União, e não
altera o pagamento da multa de 40% para os
trabalhadores.
A multa adicional foi criada pela Lei Complementar
110, de 2001. Em outubro, o secretário especial de
Fazenda do Ministério da Economia, Waldery
Rodrigues, anunciou que o governo iria propor a
extinção da multa.
Segundo o secretário, o fim da multa abrirá uma
folga de R$ 6,1 bilhões no teto de gastos para o
próximo ano. Isso porque o dinheiro da multa
adicional deixará de passar pela conta única do
Tesouro Nacional, não sendo mais computado dentro do
limite máximo de despesas do governo. O dinheiro
passa pelo caixa do governo e é transferido para a
Caixa, gestora do FGTS.
Atualmente, as empresas pagam 50% de multa nas
demissões sem justa causa. Desse total, 40% ficam
com o trabalhador. Os 10% restantes vão para a conta
única do Tesouro Nacional, de onde são remetidos
para o FGTS.
Fonte: Agência Brasil
13/11/2019 -
Sindicalistas vão se mobilizar contra trabalho aos
domingos
De acordo com o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, se a ideia de
trabalhar aos domingos caiu quando o governo tentou
colocá-la na MP da Liberdade Econômica, em agosto,
nada impede que seja derrubada novamente
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, afirmou que sindicalistas farão uma
mobilização contra a tentativa de liberar trabalho
aos domingos por parte do governo Jair Bolsonaro. A
medida está prevista no programa de emprego
anunciado pela equipe econômica, que prevê, ainda, a
taxação do seguro-desemprego, para bancar a
desoneração da folha de pagamento das empresas. Na
prática, é imposto sobre desempregados.
De acordo com Patah, se a ideia de trabalhar aos
domingos caiu quando o governo tentou colocá-la na
MP da Liberdade Econômica, em agosto, nada impede
que seja derrubada novamente. O relato foi publicado
na coluna Painel.
Com o trabalho os domingos, o trabalhador terá
direito a repouso semanal remunerado em qualquer
outro dia da semana. Atualmente, apenas alguns
setores, por convenção coletiva, podem atuar nesses
dias.
Fonte: Brasil247
13/11/2019 -
Juízes do Trabalho criticam programa ‘verde e
amarelo’. Empresários elogiam
Para associação dos magistrados, pacote governista
segue a lógica da precarização.
CNI diz que proposta mantém "avanços" da reforma
feita em 2017
Para a Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), o “Programa Verde
Amarelo”, lançado ontem (11) pelo governo, segue a
lógica da “reforma’ trabalhista de 2017 (Lei 13.467)
e “não difere do movimento de profunda precarização
observado ao longo do período de vigência da
referida lei, com previsão de redução dos direitos”.
A entidade afirma que a “solução” apresentada não
diz com o objetivo anunciado. O programa foi
apresentado em forma de Medida Provisória (MP 905) –
ou seja, é aplicável até que seja votado pelo
Congresso, onde pode ser ratificado, modificado ou
rejeitado.
“Dados da OIT (Organização Internacional do
Trabalho) revelam que nenhuma tentativa pautada na
ilusória premissa da flexibilização de direitos
resultou na criação de novos postos de trabalho”,
afirma a Anamatra. “O governo parece confundir o
custo fiscal das empresas com agressão aos direitos
básicos dos trabalhadores. Como é certo, políticas
públicas voltadas à empregabilidade em faixas de
vulnerabilidade não têm autorização constitucional
para redução de direitos sociais. Aliás, não há
proteção a faixas de vulnerabilidade quando o que se
pretende é diminuir a obrigação das empresas com
importantes cotas como de PCD (Pessoa com
deficiência) e aprendiz.”
A entidade que representa os juízes do Trabalho
aponta ainda desrespeito a normas internacionais.
“Também no que concerne à livre negociação, com a
liberalidade nos acordos entre empresas e
funcionários sobre temas como banco de horas, horas
extras e acordos judiciais, dispensando o
acompanhamento de sindicato representativo do
trabalhador, fica evidente o descumprimento da
Convenção 98 da Organização Internacional do
Trabalho que recomenda o pleno desenvolvimento e
utilização dos meios de negociação voluntária entre
empregadores ou organizações de empregadores e
organizações de trabalhadores com o objetivo de
regular, por meio de convenções, os termos e
condições de emprego”, diz a Anamatra, lembrando que
o Brasil “já figurou, de forma reiterada, três vezes
na lista da OIT por descumprimento ao compromisso
internacional”. A associação afirma ainda que
acordos extrajudiciais podem aumentar os casos de
fraudes.
Graves reflexos
A Justiça do Trabalho, por força do artigo 114 da
Constituição da República, tem competência para
todas as relações de trabalho, o que não pode ser
alterado por medidas infraconstitucionais”, diz
ainda a Anamatra, que defende “um debate, amplo,
democrático e sustentado em análises técnicas”, que
poderá ajudar o Congresso em uma tema que pode ter
reflexos graves no mercado de trabalho, assim como
aconteceu com a “reforma” feita em 2017. “A criação
de postos de trabalho dignos, com oportunidade para
todos e para todas, fortalecendo o nível de
empregabilidade é, sem dúvida, um compromisso pelo
qual espera a sociedade brasileira.”
Quem gostou do “pacote” foi o presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson
Braga de Andrade, para quem as medidas reforçam os
“avanços” da Lei 13.467 e podem ajudar no combate ao
desemprego, ao reduzir a burocracia e ampliar a
permissão de trabalho aos domingos, hoje voltada
para apenas algumas entidades.
Mas ele afirma que o crescimento sustentado é o
“principal motor” do mercado de trabalho. “A
aceleração das reformas estruturais, que trarão
competitividade à economia brasileira, é crucial
para o crescimento vigoroso da economia e da oferta
de mais e melhores empregos”, diz o dirigente da
indústria.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/11/2019 -
Senado aprova MP que cria novas modalidades de saque
do FGTS
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira
(12/12), simbolicamente, uma medida provisória que
cria novas modalidades de saque do FGTS. Caso seja
sancionada, o trabalhador poderá retirar até R$ 998
do fundo. Anteriormente, o valor máximo para era de
R$ 500.
O relatório aprovado nas duas casas legislativas é o
mesmo que saiu da comissão mista de deputados e
senadores. O texto é do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB)
e estabelece que o valor máximo só poderá ser sacado
por aqueles que tinham até um salário mínimo na
conta vinculada ao Fundo até a publicação da medida
provisória, editada em julho.
Caso o presidente Jair Bolsonaro sancione a lei,
quem já retirou parte do dinheiro poderá sacar o
restante. Para quem tinha mais de um salário na
conta vinculada ao FGTS, o saque continua limitado a
R$ 500.
A MP também permite que seja realizado o saque no
Fundo de Garantia caso o trabalhador ou qualquer um
de seus dependentes tenham doenças raras.
Entre outras medidas, o texto acaba com a multa
adicional de 10% sobre os depósitos no caso de
demissões sem justa causa.
Fonte: Consultor Jurídico
12/11/2019 -
Reforma Sindical reapresentada na Câmara; PEC 196/19
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) reapresentou, nesta
segunda-feira (11), a proposta que trata da Reforma
Sindical. Agora, a matéria vai tramitar no Congresso
como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 196/19,
que confere nova redação ao artigo 8º da
Constituição e altera o ADCT, para promover Reforma
no Sistema Sindical, com objetivo de assegurar a
liberdade sindical. O texto da PEC 196 traz algumas
modificações em relação ao último que caiu.
Em síntese, a proposta dá nova redação ao artigo 8º
da Constituição e estabelece que “é assegurada a
liberdade sindical”, de modo que o Estado não poderá
exigir autorização para fundação de entidade
sindical, mas manterá a prerrogativa de efetuar o
registro dos atos constitutivos no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
Setor ou ramo de atividade
A proposta estabelece que a organização de
trabalhadores e empregadores será definida por setor
econômico ou ramo de atividade, sendo que a base
territorial do sindicato será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior a área de 1 município. Ao
impedir que a base territorial não possa ser
inferior a área de 1 município, o texto veda a
possibilidade de criação de sindicato por empresa.
Por outro lado, a nova proposta assegura que a
entidade sindical possa pleitear, por meio de
plebiscito ou consulta estruturada, a exclusividade
de representação por período a ser definido pelo
Conselho Nacional de Organização Sindical (CNOS).
Como se percebe, trata-se de proposta de liberdade
sindical mitigada, visto que impede a criação de
sindicatos por empresa e permite que, por um
determinado espaço de tempo, a entidade sindical
possa ter a exclusividade de representação.
Representação bipartite
O CNOS, que será bipartite e com representação
paritária — sendo formado por 2 Câmaras, uma com 6
representantes das centrais de trabalhadores mais
representativas e outra com 6 representantes de
confederações de empregadores mais representativas —
terá a prerrogativa de regulamentar o sistema
sindical.
Entre as competências do CNOS, estão:
1) aferir a representatividade, atribuir as
prerrogativas e atribuições sindicais às entidades
de trabalhadores e servidores públicos e de
empregadores;
2) estabelecer requisitos obrigatórios de
representatividade, democracia, eleições, mandatos e
de transparência que deverão constar nos estatutos
das entidades sindicais em todos os níveis da
organização sindical;
3) regulamentar o custeio e o financiamento do sistema
sindical;
4) instituir e manter mecanismos de mediação,
arbitragem e solução de conflitos intersindicais e
de representação; e
5) estipular os âmbitos da negociação coletiva e o
alcance de suas decisões.
Negociação coletiva obrigatória
De acordo com o texto, é obrigatória a participação
das entidades sindicais na negociação coletiva de
suas respectivas representações, que será custeada
pelos beneficiários da norma.
O texto prevê, ainda, algumas disposições
transitórias, concedendo prazo para que as atuais
entidades sindicais se adaptem às novas disposições
em seu âmbito de atuação, estimulando a “preservação
de entidades sindicais com maior agregação” e a
adequada proteção ao “sistema negocial coletivo”.
Regras de transição
Entre as regras transitórias, está o prazo de 60 dias
para início das atividades do conselho, a partir da
promulgação da emenda constitucional, com definição
dos prazos e condições para continuidade das atuais
entidades sindicais:
1) no período de 1 ano, desde a promulgação da emenda,
ficarão preservadas a exclusividade e as
prerrogativas das entidades sindicais
pré-constituídas, no seu âmbito de representação,
desde que comprovada a sindicalização mínima de 10%
dos trabalhadores em atividade; e
2) no período de 10 anos, desde a promulgação da
emenda, ficarão preservadas as prerrogativas das
entidades sindicais pré-constituídas, no seu âmbito
de representação, desde que comprovada a
sindicalização mínima de 50% mais 1 dos
trabalhadores em atividade.
Representatividade
Durante o período de transição, a proposta estabelece
competência ao CNOS, a partir do 2º ano de
promulgação da PEC, para estabelecer os critérios
para aferição da representatividade progressiva e
anual.
A proposta também permite que o sindicato mais
representativo no respectivo âmbito de
representação, cujos critérios serão definidos pelo
CNOS, tenha prerrogativas no exercício da atividade
sindical e da negociação coletiva.
Estabelece, ainda, que a organização sindical no
local de trabalho é voluntária e regulada em
convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Negociação coletiva no serviço público
No que diz respeito aos servidores públicos civis, a
proposta também acrescenta, no artigo 8º da
Constituição, direito à livre associação sindical e
à negociação coletiva.
Por fim, confere prazo de 180 dias para que o
Congresso Nacional regulamente a Convenção 151, da
OIT, e a Recomendação 159, da OIT, que visa garantir
e defender os interesses dos funcionários públicos,
nas 3 esferas de governo, tratando da liberdade
sindical e do processo de negociação coletiva dos
servidores públicos.
Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet)
Cumpre salientar que o Grupo de Altos Estudos do
Trabalho (Gaet), criado na Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
por meio da Portaria 1.001/19, deverá apresentar,
nos próximos meses, entre outras propostas, minuta
de Reforma Sindical, que poderá ser enviado ao
Congresso Nacional pelo Poder Executivo.
Tramitação
A proposta vai ser despachada pela Mesa Diretora à
Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania
(CCJ) para análise de admissibilidade. Após votação
na CCJ, a proposta vai ser remetida para análise de
mérito, em comissão especial a ser criada e
instalada.
A critério da Mesa Diretora da Câmara, a proposta
poderá ser anexada à PEC 71/95, que aguarda
deliberação do relatório favorável do deputado
Gilson Marques (Novo-SC), pela admissibilidade da
PEC 71 e as anexadas.
Fonte: Diap
12/11/2019 -
Reforma trabalhista de Temer completa dois anos e
confirma enorme fracasso
Aprovada em 11 de novembro de 2017, por meio da Lei
13.467, a reforma trabalhista de Michel Temer
completa dois anos nesta hoje. A principal alegação
pra sua aprovação era a geração de cinco milhões de
empregos. O que não aconteceu. Ou seja, não se
abriram novas vagas de emprego, mas o caminho pra
precarização das condições de trabalho foi
pavimentado.
A Agência Sindical inicia hoje série de matérias
sobre o tema. O primeiro entrevistado é Antônio
Augusto de Queiroz, consultor parlamentar e, em
2017, diretor do Diap - Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar. Segundo ele, a reforma “É
um retumbante fracasso”, ele sentencia.
“A reforma de Temer prometia gerar cinco milhões de
empregos. Isso não aconteceu. Ao contrário. Os
poucos empregos gerados são precários, informais,
com salários muito reduzidos. Nesse sentido, a
reforma é um retumbante fracasso”.
. Previdência
“O aumento da informalidade no mercado de trabalho
atingiu também a receita da Previdência Social.
Afinal, o trabalhador sem contrato não contribui. E
os que ganham menos também recolhem valores menores.
Portanto, o Estado também foi prejudicado.”
. Sindicalismo
“Ao acabar com a contribuição sindical, sem qualquer
regra de transição, a reforma feriu de morte as
finanças das entidades. Isso levou à venda de
prédios, demissões de funcionários, cortes de
serviços e redução da capacidade do movimento de
reagir e enfrentar os graves problemas dos
trabalhadores”.
. Porta de entrada
“Com a reforma, que precarizou o trabalho, agravou as
relações de trabalho e reduziu o poder de ação do
sindicalismo, o atual governo aprofundou os ataques.
Daí, medidas como a MP 881, da liberdade econômica,
e a 873, que inviabiliza recolhimentos das
categorias, e várias outras, cuja lógica é
desregulamentar o trabalho e facilitar a vida do
capital”.
. Dificuldades para a ação sindical
“Além de cortar o custeio sindical, a Lei 13.467 criou
dificuldades de acesso à Justiça do Trabalho. A
homologação no Sindicato deixou de ser obrigatória,
impossibilitando a conferência da quitação das
verbas trabalhistas, com prejuízos evidentes para o
trabalhador”.
. Congresso Nacional
“O Congresso foi passivo durante a tramitação da
matéria e não reagiu à altura. Naquela fase, a
preocupação dos parlamentares era garantir o aumento
do fundo partidário. De modo que uma votação
condicionou a outra”.
Mais - Acesse o site do Diap
Fonte: Agência Sindical
12/11/2019 -
Centrais Sindicais vão às ruas nesta quarta contra o
desemprego e novo pacote do governo
As Centrais Sindicais (Força Sindical, CUT, UGT,
CTB, Nova Central, CSB, Conlutas e Intresindical)
farão um ato unitário contra o pacote de maldades
que prejudica a classe trabalhadora e os mais
pobres. O protesto será quarta (13), a partir das 9
horas, em frente ao Teatro Municipal, no Centro de
São Paulo.
Vale lembrar que o governo federal apresentou ao
Senado no último dia (5 de novembro) novo pacote
econômico. Composta de três Propostas de Emenda à
Constituição - a Emergencial, a de Fundos Públicos e
a do Pacto Federativo, a iniciativa arrocha
investimentos em saúde e educação, além de agravar a
precarização dos serviços públicos.
As entidades sindicais também questionam o
desemprego, que chega a 13 milhões de pessoas. Além
de não resolver a crise econômica, as PECs agravam a
desigualdade. “Vamos iniciar uma luta por mudanças
na economia e geração de empregos”, afirma o
presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Agenda – Ato contra desemprego e pacote do governo
Data: 13 de novembro (quarta-feira)
Horário: 9 horas
Local: Praça Ramos (em frente a o Teatro Municipal),
centro de São Paulo
Fonte: Agência Sindical
12/11/2019 -
Bolsonaro pune a Globo com corte de publicidade
oficial
Reportagem do jornalista Fábio Fabrini na Folha de
S.Paulo aponta que um Relatório do TCU (Tribunal de
Contas da União) registra que o governo de Jair
Bolsonaro mudou a lógica de distribuição de verbas
publicitárias para TVs abertas ao destinar os
maiores percentuais de recursos para Record e SBT.
Ambas as emissoras têm linhas editoriais de
alinhamento político e ideológico com o Palácio do
Planalto, mas têm audiência bem menor que a emissora
primeira colocada.
De acordo com o relatório, embora seja a mais
assistida do país, a Globo tem agora participação no
bolo bem menor que a das duas concorrentes.
A Globo tem estado frequentemente no alvo de ataques
de Bolsonaro. Recentemente, no fim de outubro, após
reportagem que vinculou seu nome ao caso do
assassinato da vereadora Marielle Franco, ele fez
ataques raivosos e pôs em dúvida a renovação da
concessão da TV em 2022.
O Ministério Público de Contas recebeu representação
sobre a distribuição de recursos com critérios
políticos, favorecendo Record e SBT.
Os dados indicaram uma inversão de tendência. Até o
ano passado, a Globo recebia valores mais próximos
do seu share, ou seja, da participação em audiência
no total de emissoras ligadas. A reportagem mostra
que em 2017, a Globo ficou com 48,5% dos recursos e,
em 2018, 39,1%.
Neste ano, com base em dados parciais, a fatia
despencou para 16,3%. Os percentuais da Record foram
de 26,6% em 2017, 31,1% em 2018 e, agora, 42,6%; os
do SBT, 24,8%, 29,6% e 41%, respectivamente.
Fonte: Brasil247
12/11/2019 -
Programa de empregos de Bolsonaro exclui pessoas com
mais de 55 anos e reduz direitos de jovens
Além de excluir o trecho que beneficiaria as
empresas que contratassem pessoas acima de 55 anos,
a medida também reduz os direitos dos trabalhadores
contratados na modalidade "verde e amarelo"
Jair Bolsonaro assinou medida provisória nesta
segunda-feira (11) criando o programa Emprego Verde
e Amarelo, modalidade que reduz a tributação sobre
empresas que contratarem jovens de 18 a 29 anos em
primeiro emprego.
Mas a medida, além de excluir o trecho que
beneficiaria as empresas que contratassem pessoas
acima de 55 anos, também reduz os direitos dos
trabalhadores contratados nessa modalidade.
As empresas que contratarem jovens de 18 a 29 anos
até o fim de 2022 terão isenção na contribuição
previdenciária patronal, que será reduzida de 20%
para zero. Alíquotas do Sistema S (Sesi, Senai,
Senac, etc), do salário-educação e do Incra também
serão zeradas.
Apesar disse, a contrapartida não tem. O repasse ao
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) cairá
de 8% para 2%. Para esses trabalhadores, a multa do
FGTS em caso de demissão sem justa causa poderá ser
de 20%, e não o patamar de 40% dos outros
funcionários que seguem o regime atual.
Elas foram excluídas da proposta e não terão direito
a participar do programa.
Na última terça-feira (5), o porta-voz da
Presidência, general Otávio Rêgo Barros, havia
confirmado a participação de trabalhadores dessa
faixa etária no programa.
“Um dos objetivos é o de reduzir os custos de
contratação de jovens entre 18 e 29 anos e de
pessoas acima de 55 anos que não estejam
aposentadas”, disse na ocasião.
A equipe econômica diz que serão criados pelo menos
1,8 milhão de vagas formais até 2022 com essa
proposta.
Fonte: Brasil247
12/11/2019 -
Bolsonaro decide cobrar INSS de quem recebe
seguro-desemprego
Para dar isenção aos patrões, Jair Bolsonaro
decidiu que vai passar a cobrar INSS de quem está
desempregado recebendo o seguro. A medida é para
viabilizar o programa Emprego Verde e Amarelo, que
reduz os direitos dos jovens que forem contratados
nessa modalidade
Enquanto reduz a zero a alíquota da contribuição
previdenciária patronal, ou seja, aquela paga pelos
patrões, o governo Jair Bolsonaro decidiu Governo
passa a cobrar INSS de quem recebe
seguro-desemprego.
A medida é para viabilizar o programa Emprego Verde
e Amarelo, lançado nesta segunda-feira (11), após a
assinatura da medida provisória do programa
anunciando como medida para gerar emprego para
jovens.
No sistema atual, o trabalhador demitido sem justa
causa recebe o seguro sem a cobrança do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), já que o
valor do seguro é inferior a renda total do
trabalhador. A partir de agora, receberá o valor já
com desconto de 7,5% da contribuição.
Com a cobrança dos trabalhadores, a equipe econômica
espera que deve arrecadar R$ 12 bilhões em cinco
anos. O valor é mais alto do que o custo do programa
de emprego, estimado em R$ 10 bilhões no mesmo
período.
Fonte: Brasil247
12/11/2019 -
A medida provisória (MP) do “Emprego Verde e
Amarelo”
O presente texto foi feito com base na
apresentação do governo, sem acesso aos termos da
medida provisória, porém consta que essa será mais
abrangente, porque incluiria também a redução de
contribuições previdenciárias, a mudança no
pagamento de PLR, dos prêmios e vales refeições de
períodos anteriores à Reforma Trabalhista, além de
restrições à atuação dos auditores fiscais do
Trabalho.
Antônio Augusto de Queiroz*
A medida provisória do chamado “Emprego Verde e
Amarelo”, que faz outra Reforma Trabalhista, com
novas modalidades de contratação para o 1º emprego
de pessoas com idade entre 18 e 29 anos de idade. A
nova modalidade de contratação, caso não venha a ser
fiscalizada, poderá ter mais impacto negativo para
os trabalhadores do que a Reforma Trabalhista e a
Declaração de Liberdade Econômica, implementadas,
respectivamente, pelas leis 13.467/17 e 13.874/19.
Segundo o governo, as empresas poderão contratar,
com redução de direitos e com remuneração máxima de
1 salário mínimo e meio, até 20% de seu quadro
funcional, empregados com idade entre 18 e 29 anos,
que busquem seu 1º emprego. O novo contrato de
trabalho poderá representar desoneração entre 30% e
34% no custo de mão de obra.
A nova Reforma Trabalhista faz parte da lógica de
redução da fiscalização do trabalho e dos direitos
trabalhistas, ainda que o pretexto seja a criação de
condições para gerar empregos para jovens, que serão
contratados para seu 1º emprego, com salários mais
baixos, sem os mesmos direitos assegurados aos
demais trabalhadores.
A nova modalidade de contratação, com duração de até
24 meses e válida até 31 de dezembro de 2022, para
evitar futuros problemas trabalhistas, em nome da
“segurança jurídica”, assegura ao empregador, além
da garantia de que o programa será financiado com
compensação da contribuição do seguro-desemprego:
1) acordo extrajudicial anual para quitação de
obrigações;
2) pagamento mês a mês proporcional de férias e 13º;
3) liberação do trabalho aos domingos e feriados,
sem negociação sindical nem pagamento adicional, com
folga em outro dia da semana;
4) mudança, para menor, dos índices de correção dos
débitos trabalhistas;
5) possibilidade de termo de ajuste de conduta,
inclusive como prevenção, em caso de acidente de
trabalho e reabilitação profissional;
6) adoção do sistema de recurso, com flexibilização
da fiscalização do trabalho, proibindo a multa em 1ª
visita, além de classificar as multas entre leves,
médias, graves e gravíssimas, de acordo com o número
de empregados e faturamento da empresa;
7) homologação judicial de rescisão e acesso ao
Juizado Especial Federal Civil com gratuidade apenas
no caso de baixa renda;
8) substituição do depósito recursal por
seguro-garantia, desde que haja substituição do
depósito por fiança bancária, inclusive com a
liberação de depósito já feitos; e
9) acesso a micro crédito.
O presente texto foi feito com base na apresentação
do governo, sem acesso aos termos da medida
provisória, porém consta que essa será mais
abrangente, porque incluiria também a redução de
contribuições previdenciárias, a mudança no
pagamento de PLR, dos prêmios e vales refeições de
períodos anteriores à Reforma Trabalhista, além de
restrições à atuação dos auditores fiscais do
Trabalho.
A pergunta que não quer calar, em relação à nova
modalidade de contratação, é “quem vai fiscalizar a
aplicação da nova legislação para evitar que haja
burla, evitando a substituição de empregados ou
contratação de pessoas que já tiveram emprego no
passado, se a fiscalização do trabalho está sendo
flexibilizada ou até desmontada”?
(*) Jornalista, analista e consultor político,
diretor licenciado do Diap e sócio-diretor das
empresas “Queiroz Assessoria em Relações
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”.
Fonte: Diap
11/11/2019 -
Lula vai liderar entendimentos por alianças na
esquerda
O ex-presidente Lula já está em plena ação
política depois que deixou a prisão em Curitiba no
último sábado (8). Ele vai tomar a frente dos
entendimentos com outros partidos de esquerda
visando fechar coalizões eleitorais para as
municipais de 2020
Fora da prisão, Lula começará a organizar a
participação do PT nas eleições municipais. Os
petistas vão reforçar a necessidade de fazer
concessões na cabeça das chapas por uma frente ampla
de esquerda, informa a coluna do Estadão.
Na prática, Lula coordenará o esforço de unidade,
depois de voltar a conversar com todas as alas do
partido. Em um primeiro momento, o plano é ter
candidatos nas principais cidades para preencher os
espaços na TV e em discursos com a imagem do
ex-presidente.
O ex-presidente está disposto a apoiar o PCdoB em
Porto Alegre, onde os comunistas lançam a
candidatura de Manuela D'Ávila. Em Belo Horizonte, o
PT pode apoiar Áurea Carolina (PSOL).
É possível também o apoio do PT a Marcelo Freixo (PSOL),
no Rio de Janeiro.
Fonte: Brasil247
11/11/2019 -
Congresso promulga reforma da Previdência nesta
terça-feira
A Emenda Constitucional da reforma da Previdência
será promulgada em sessão solene, no Congresso
Nacional, nesta terça-feira (12), às 10h. A PEC
6/2019 da Presidência da República foi apresentada
ao Congresso em fevereiro e tramitou durante oito
meses. O objetivo, segundo o governo, é reduzir o
déficit nas contas da Previdência Social. A
estimativa de economia com a PEC 6/2019 é de cerca
de R$ 800 bilhões em 10 anos.
A principal medida da reforma da Previdência é a
fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e
62 anos para mulheres) para a aposentadoria. O texto
também estabelece o valor da aposentadoria a partir
da média de todos os salários (em vez de permitir a
exclusão das 20% menores contribuições), eleva
alíquotas de contribuição para quem ganha acima do
teto do INSS (hoje em R$ 5.839,00) e determina
regras de transição para os trabalhadores em
atividade.
Cumprida a regra de idade, a aposentadoria será de
60% do valor recebido com o mínimo de 15 anos de
contribuição. Cada ano a mais de trabalho eleva o
benefício em dois pontos percentuais, chegando a
100% para mulheres com 35 anos de contribuição e 40
anos para homens.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
11/11/2019 -
Lula começa a percorrer o país. Primeira viagem será
a Pernambuco
O ex-presidente Lula começa no próximo fim de
semana suas viagens pelo país. Primeiro destino será
a capital pernambucana, Recife. Lula reassume com as
viagens pelos estados seu papel de líder das forças
progressistas na luta contra o governo de
extrema-direita de Jair Bolsonaro
A direção do PT prepara a primeira viagem de Lula
para o Nordeste, informa a coluna Painel da Folha de
S.Paulo. Será no próximo dia 17, para Recife, onde o
ex-presidente deve participar do Festival Lula
Livre.
O show com artistas como Odair José e Marcelo Jeneci
já estava programado antes de o petista deixar a
prisão.
O evento será transformado em um ato de comemoração
pela liberdade do ex-presidente.
Lula deve tomar a palavra para agradecer e falar ao
povo nordestino. Nesta segunda (11), Lula vai falar
com personagens da política internacional que
celebraram sua saída da prisão, como o senador
americano Bernie Sanders e Alberto Fernández,
recém-eleito presidente da Argentina.
Fonte: Brasil247
11/11/2019 -
Comissão de Trabalho faz audiência pública sobre
conferência da OIT
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público realiza, nesta terça-feira (12), audiência
pública sobre o centenário da OIT e os resultados da
108ª Conferência Internacional do Trabalho - dentre
eles, a inclusão do Brasil na lista dos 24 países
com casos graves de violações das convenções e
recomendações da entidade.
De acordo com os deputados Bohn Gass (PT-RS), Erika
Kokay (PT-DF), Rogério Correia (PT-MG), Vicentinho
(PT-SP), Carlos Veras (PT-PE), Nilto Tatto (PT-SP),
Leonardo Monteiro (PT-MG) e Nelson Pellegrino
(PT-BA), "tal enquadramento na chamada “short list”
ou intencionalmente apelidada de “Lista Suja”
decorreu de descumprimento das normas pela “reforma
trabalhista”, precisamente decorrente do processo e
conteúdo resultante da Lei 13.467/17."
Além deles, também solicitaram a audiência os
deputados Professora Marcivania (PCdoB-AP), Paulo
Ramos (PDT-RJ).
Foram convidados:
- o diretor do escritório da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), Martin Georg Hahn;
- o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadora do Brasil (CTB), Adilson Araújo;
- o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Vagner Freitas;
- o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah; e
- o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Antônio Fernando dos Santos Neto.
O evento será realizado às 14 horas no plenário 12 e
será transmitido pela internet.
Fonte: Agência Câmara
11/11/2019 -
Evo Morales: A luta não termina aqui
Ao anunciar sua renúncia, o ex-presidente da
Bolívia, Evo Morales, afirmou que a luta pela
igualdade e pela paz seguirá com o povo. Ele
destacou que governou a Bolívia ao longo de quase 14
anos e construiu “uma pátria livre, com inclusão,
dignidade, soberania e força econômica”.
Evo Morales disse que renunciou depois de não obter
êxito na tentativa de pacificar o país - chegou a
propor a convocação novas eleições gerais - e conter
a violência promovida por partidários dos
oposicionistas Carlos Mesa e Fernando Camacho,
inclusive com agressões aos seus correligionários do
Movimento ao Socialismo. “Eu me demiti para que Mesa
e Camacho não continuem perseguindo, sequestrando e
maltratando meus ministros, líderes sindicais e suas
famílias e para que não continuem prejudicando
comerciantes, sindicatos, profissionais
independentes e transportadores que têm o direito de
trabalhar”, escreveu em em sua conta no Twitter.
Morales reiterou que Camacho e Mesa são responsáveis
pelos acontecimentos na Bolívia, inclusive o que
pode acontecer a ele e ao vice-presidente Álvaro
García Linera.
"Sinto muito por este golpe civil, com apoio de
parte da polícia que se dobra e ataca a democracia,
contra a paz social, com violência, com intimidação
para intimidar o povo boliviano", disse ele em uma
intervenção feita em Chimoré, Cochabamba, um bastião
do processo de mudança liderado por ele.
Evo Morales deixou claro que a luta não termina
aqui, os mais humildes, os pobres, os setores
sociais, os bons patriotas continuarão essa luta
pela igualdade pela paz. Ele enfatizou que, neste
momento, é importante dizer ao povo boliviano que é
necessário buscar essa pacificação. O ex-presidente
se dirigiu ao povo boliviano para reafirmar sua
honestidade e disse que não precisou fugir para
provar roubou alguma coisa. Ele também defendeu o
seu legado e conclamou o povo a ser manter
mobilizado. “Se você diz que não trabalhamos, veja
os milhares de obras construídas graças ao
crescimento econômico. Os humildes, os pobres que
amam o país continuarão essa luta”, afirmou.
Lembrou que governou a Bolívia por 13 anos, nove
meses e 18 dias, “graças à unidade e vontade do
povo. Democrata convicto, enfatizou: “somos acusados
de ditadura daqueles que nos perderam em tantas
eleições. Hoje a Bolívia é uma pátria livre, uma
Bolívia com inclusão, dignidade, soberania e força
econômica”.
Da redação
Fonte: Portal Vermelho
11/11/2019 -
CCJ vota PEC da prisão em segunda instância na
segunda-feira
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados pode votar nesta
segunda-feira (11) a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 410/18, que deixa clara, no texto
constitucional, a possibilidade da prisão após
condenação em segunda instância.
Pelo texto, após a confirmação de sentença penal
condenatória em grau de recurso (tribunal de 2º
grau), o réu já poderá ser preso.
Hoje, a Constituição diz que o réu só pode ser
considerado culpado após o trânsito em julgado, ou
seja, após o esgotamento de todos os recursos em
todas as instâncias da Justiça.
A relatora da proposta, deputada Caroline de Toni
(PSL-SC), já apresentou parecer favorável à
admissibilidade da PEC.
Quem é a favor da proposta afirma que a prisão após
condenação em segunda instância dará celeridade ao
sistema processual criminal e evitará a impunidade.
Quem é contra argumenta que a proposta é
inconstitucional, por ferir cláusula pétrea, ao
modificar o artigo que trata dos direitos e
garantias individuais.
Decisão do STF
O assunto estava em discussão também no Supremo
Tribunal Federal (STF). Ontem, no entanto, em
votação apertada, os ministros derrubaram a
possibilidade de prisão de condenados em segunda
instância, modificando um entendimento que vinha
sendo adotado pelo tribunal desde 2016.
Críticas
"Essa medida do Supremo Tribunal Federal frusta todos
os brasileiros que querem combater a corrupção e a
impunidade. Esse novo entendimento vai liberar 5 mil
presidiários", criticou o deputado Alex Manente (Cidadania-SP),
autor da PEC 410/18.
"É hora da Câmara dos Deputados cumprir o seu papel
e avançar nossa emenda constitucional para que
possamos vez por todas colocar um ponto final nessa
história, dar segurança jurídica e, principalmente,
combater a corrupção e a impunidade", disse Manente
defendendo a aprovação da proposta.
Relator do pacote anticrime (PLs 882/19; 10372/18;
10373/18), o deputado Capitão Augusto (PL-SP) também
lamentou a decisão do STF e avaliou que ela vai
levar a um aumento da impunidade e,
consequentemente, da criminalidade.
“É de se envergonhar!", lamentou Capitão Augusto.
Segundo ele, a decisão do STF é contrária à opinião
dos brasileiros e "contrária também à maioria dos
juristas brasileiros, que é favorável e considera
legal a prisão após a condenação em segunda
instância. ”
A favor
O deputado Paulo Teixeira (PT-PT), que é integrante da
CCJ, no entanto, disse que a decisão do STF está de
acordo com a Constituição.
“O Brasil tem 400 mil presos nessas condições de
prisão em flagrante, prisão temporária e prisão
preventiva. Mas, do contrário, só pode prender
depois de transitado em julgado. Essa é a
Constituição", afirmou. "Quem não gostar tem que
mudar a Constituição.”
A CCJ reúne-se nesta segunda-feira (11), a partir
das 14 horas, no plenário 1.
Fonte: Agência Câmara
11/11/2019 -
IBGE: indústria cresce no Nordeste e Sul; SP e RJ
têm queda
A produção da indústria cresceu em setembro em 10
dos 15 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou
sexta (8) os resultados regionais dos Indicadores
Conjunturais da Indústria. As regiões Sul e Nordeste
tiveram alta nos resultados, na comparação com o mês
de agosto, enquanto houve queda em parte do Sudeste,
no Norte e em Goiás.
Os resultados regionais detalham a média nacional
divulgada no início do mês, que foi uma alta de 0,3%
na comparação com agosto.
O Sudeste, São Paulo e o Rio de Janeiro tiveram
recuos no setor em setembro. A indústria paulista
caiu 1,4%, enquanto a fluminense, 0,6%. Minas Gerais
e o Espírito Santo, por outro lado, tiveram altas de
2,4% e 2,5%, respectivamente.
O índice geral da Região Nordeste teve alta de 3,3%,
puxado principalmente pela Bahia, onde a indústria
avançou 4,3%. Os outros dois estados da região que
fazem parte da pesquisa também tiveram alta: Ceará
(0,2%) e Pernambuco (2,3%).
No Sul, os três estados registraram expansão, sendo
de 1,3% no Paraná, 2,1% em Santa Catarina e 2,9% no
Rio Grande do Sul.
A maior queda foi registrada no Pará, de 8,3%, e o
Amazonas também teve recuo, de 1,6%. No
Centro-Oeste, Mato-Grosso teve alta de 2%, e Goiás
caiu 0,1%.
Quando os resultados regionais são comparados com
setembro de 2018, sete estados e a Região Nordeste
apresentam queda, e seis estados tiveram alta na
produção, apesar de setembro de 2019 ter contado com
dois dias úteis a mais que o mesmo mês do ano
passado. O Ceará teve zero de variação nessa base de
comparação.
Entre os seis que cresceram frente a 2018,
destacam-se o Amazonas, com alta de 16,7%. Paraná
(7,4%), Rio de Janeiro (7,0%), Santa Catarina
(5,2%), São Paulo (3,6%) e Goiás (1,6%). O Espírito
Santo (-14,1%) e Pernambuco (-7,6%) se destacaram no
sentido contrário, com as maiores quedas.
Ao longo de 2019, o Brasil acumula queda de 1,4% na
produção industrial, e sete estados acompanham o
resultado negativo: Pará (-1,1%), Pernambuco (-3%),
Bahia (-2,9%), Minas Gerais (-4,6%), Espírito Santo
(-13%), São Paulo (-0,1%) e Mato Grosso (-4,2%),
além da Região Nordeste (-4,3%). A maior alta no
acumulado de 2019 é do Paraná, com 6,7%.
Os dados de setembro encerram o terceiro trimestre
de 2019, e a produção teve queda de 1,2% na
comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Seis estados e a Região Nordeste tiveram queda no
trimestre, enquanto oito tiveram alta.
Fonte: Agência Brasil
11/11/2019 -
STF mantém proibição de grávidas trabalharem em
ambiente insalubre
O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal
decidiu negar embargos declaratórios da Advocacia
Geral da União contra a determinação que proíbe
grávidas e lactantes de atuar em atividades
insalubres — independente de laudo apresentado por
médico de confiança.
A decisão do STF confirma veto à normativa proposta
pela Reforma Trabalhista, que que irá completar dois
anos nesta segunda-feira (11/11).
No recurso apresentado, o advogado-Geral da União,
André Luiz Mendonça, e a secretária-geral do
Contencioso, Izabel Vinchon Nogueira de Andrada,
pediram que considerasse o impacto atuarial de uma
concessão generalizada do salário-maternidade.
A Ação Declaratória de Inconstitucionalidade foi
apresentada pela Confederação Nacional de
Trabalhadores Metalúrgicos. A ADI proposta pela AGU
tratava especificamente do seguinte trecho da
Reforma Trabalhista: “quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mulher,
que recomende o afastamento durante a gestação”.
Em seu relatório, o ministro Alexandre de Moraes
afirmou que a alteração de regra “transferia para a
trabalhadora o ônus de demonstrar a existência do
risco à saúde”.
Clique aqui para
ler a decisão confirmada
Clique aqui para
ler a petição da AGU
ADI 5.938
Fonte: Consultor Jurídico
08/11/2019 -
STF derruba validade da prisão após a segunda
instância
Por 6 votos a 5, a Corte reverteu seu próprio
entendimento
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
quinta-feira (7) contra a validade da execução
provisória de condenações criminais, conhecida como
prisão após a segunda instância. Por 6 votos a 5, a
Corte reverteu seu próprio entendimento, que
autorizou as prisões, em 2016.
Com a decisão, os condenados que foram presos com
base na decisão anterior poderão recorrer aos juízes
que expediram os mandados de prisão para serem
libertados. Segundo o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), o julgamento terá impacto na situação de 4,8
mil presos.
Os principais condenados na Operação Lava Jato podem
ser beneficiados, entre eles, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano
passado, na Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e
lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do
tríplex do Guarujá (SP), além do ex-ministro José
Dirceu e ex-executivos de empreiteiras. Segundo o
Ministério Publico Federal (MPF), cerca de 80
condenados na operação serão atingidos.
Votos
Após cinco sessões de julgamento, o resultado foi
obtido com o voto de desempate do presidente da
Corte, ministro Dias Toffoli. Segundo o ministro, a
vontade do Legislativo deve ser respeitada. Em 2011,
uma alteração no Código de Processo Penal (CPP)
definiu que "ninguém será preso, senão em flagrante
delito ou em decorrência de sentença condenatória
transitada em julgado. De acordo com Tofolli, a
norma é constitucional e impede a prisão após a
segunda instância.
"A vontade do legislador, a vontade do Parlamento,
da Câmara dos Deputados e do Senado da República foi
externada nesse dispositivo, essa foi a vontade dos
representantes do povo, eleitos pelo povo.",
afirmou.
Durante todos os dias do julgamento, os ministros
Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto
Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia votaram a favor da
prisão em segunda instância. Marco Aurélio, Ricardo
Lewandowski, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Celso de
Mello se manifestaram contra.
Fonte: Agência Brasil
08/11/2019 -
Lula quer viajar pelo Brasil e fortalecer oposição a
Bolsonaro
Depois de deixar a condição de preso político em
Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
vai viajar pelo país para reforçar a oposição ao
governo Bolsonaro. Como orientação política, Lula
não vai fazer flexão tática para o centro, nem
campanha pelo impeachment do titular do Executivo. A
informação é do jornal O Globo.
Lula planeja viajar o país e tentar fortalecer a
oposição ao governo. Também está previsto um giro
internacional para se encontrar com personalidades
que se manifestaram contra a sua prisão.
Logo após sua soltura, Lula fará um ato político em
rente à sede da Polícia Federal, em Curitiba e um
comício em São Bernardo do Campo.
Também está previsto um giro internacional para se
encontrar com personalidades que se manifestaram
contra a sua prisão.
Lula também deve se incorporar na preparação das
candidaturas petistas para as eleições municipais do
ano que vem.
Fonte: Agência Brasil
08/11/2019 -
Servidor que for a eventos sindicais terá de
compensar horas
Resolução que regulamenta a medida está publicada
no Diário Oficial
O servidor público que tiver de se afastar do
trabalho para participar de eventos sindicais terá
de compensar as horas não trabalhadas. A Resolução
nº 596 do Conselho da Justiça Federal, que
estabelece a medida, está publicada no Diário
Oficial da União desta quinta-feira (7).
O documento diz ainda que a viabilidade da
participação do servidor será analisada pela chefia
imediata, de modo a não prejudicar o regular
funcionamento do serviço na unidade em que ele
trabalha.
O servidor deverá apresentar também à chefia
imediata comprovante de participação nos eventos
sindicais, fornecido pela entidade organizadora, sob
pena de não ser justificado o período de
afastamento.
Fonte: Agência Brasil
08/11/2019 -
Lava Jato pode perder mais uma: Deltan Dallagnol
será julgado na próxima terça-feira
A previsão é que Dallagnol seja condenado por 8
votos a 3. A ação, movida pelo presidente do STF,
Dias Toffoli, pede que o procurador seja punido por
dizer em entrevista que as decisões tomadas por
ministros da corte passam a mensagem de leniência
com a corrupção
Nas cordas desde que as conversas divulgadas pela
Vaza Jato revelaram o conluio político em torno da
Lava Jato, Deltan Dallagnol está prestes a sofrer
uma grande derrota na próxima terça-feira (12),
quando o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
deve julgar a ação movida pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pedindo
punição ao procurador por afirmar que decisões da
corte passam uma mensagem de “leniência”.
A previsão é que Dallagnol seja condenado por 8
votos a 3, o que pode influenciar em uma possível
destituição do procurador do comando da Lava Jato.
A única possibilidade de Dallagnol se safar da
punição está nas mãos do procurador-geral da
República, Augusto Aras, que pode não listar o
processo para julgamento. Dessa forma, a ação corre
o risco de prescrever, se for julgada este ano,
criando embaraço na relação do PGR com o Supremo.
Processo
A ação que será levada a julgamento no CNMP tem origem
em uma entrevista à rádio CBN em agosto de 2018,
quando Dallagnol afirmou que decisões tomadas pelos
ministros Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski passam a mensagem de leniência com a
corrupção.
Fonte: RevistaForum
08/11/2019 -
Novo pacote neoliberal de Paulo Guedes desagrada
sindicalismo de A a Z
Outra iniciativa do governo Bolsonaro prejudica a
classe trabalhadora e os mais pobres. Terça (5), o
Executivo entregou ao Congresso um pacote composto
de três Propostas de Emenda à Constituição - a
Emergencial, a de Fundos Públicos e a do Pacto
Federativo. Haverá menos investimentos em saúde,
educação e precarização dos serviços públicos.
O pacote do ministro Paulo Guedes cria gatilhos que
impedem União, Estados e Municípios de fazer novos
investimentos nos setores anunciados, autoriza
reduzir jornadas e salários de servidores e acaba
com reajustes de benefícios sociais com base na
inflação.
Abismo - João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical, afirma que as
Centrais divulgarão nota unitária contra as PEC’s.
Segundo Juruna, o pacote aumenta a desigualdade cada
vez mais grave no País. “O pacotão de Guedes aumenta
o abismo social. Diminuir o papel do Estado é
prejudicar saúde e educação dos mais carentes”,
afirma.
Incompetência - Segundo presidente da CUT,
Sérgio Nobre, o governo é incapaz de criar projetos
de desenvolvimento econômico com justiça, inclusão e
geração de emprego decente. Para o dirigente, o
pacote de medidas de Bolsonaro e Paulo Guedes atira
pra todos os lados, porém, “prejudica especialmente
os mais pobres, e mostra, mais uma vez, que o
governo não tem propostas pra aquecer a economia,
que está estagnada”.
Para Sérgio Nobre, o governo erra ao reduzir os
investimentos, preocupado com a dívida pública,
porque, “a cada Real investido na economia, mais da
metade voltam em forma de impostos; com mais
dinheiro circulando, mais a economia cresceria, mais
empregos seriam gerados”, ressalta.
Estagnação - Para o economista Marcio
Pochmann, o que parece ser uma medida necessária pra
não estourar as contas do governo, expõe a
incapacidade da equipe econômica em retomar o
crescimento.
Pochmann alerta: “Essas áreas têm
investimentos fixos de acordo com a Constituição.
Como a PEC Emergencial abre a possibilidade de
reduzir os gastos com servidores, haverá um impacto
enorme. Vai faltar médico no posto de saúde,
policial nas ruas e professor em sala de aula”,
afirma o economista, referindo-se à imposição da
redução de jornada e de salários.
Conta - O economista analisa que como há
aumento da dívida pública, sem crescimento
econômico, e o governo se recusa a aumentar os
impostos dos mais ricos e taxar as grandes fortunas,
quem vai pagar a conta são os mais pobres. “O Brasil
pode ficar pior do que o Chile. Porque os chilenos
nunca tiveram um serviço público de saúde gratuito e
não têm educação universalizada como os brasileiros.
Se nos retirarem esses direitos podemos chegar ao
caos, ainda pior do que o Chile”, ele afirma.
Mais - Acesse o site da CUT e da Força
Sindical.
Fonte: Agência Sindical
08/11/2019 -
Governo espera que qualificação ajude a reduzir
desemprego entre jovens
Representantes do governo afirmaram nesta
quarta-feira (6) que medidas de incentivo à
qualificação poderão ajudar a combater as altas
taxas de desemprego entre os jovens. O tema foi
discutido em audiência pública da Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público da
Câmara dos Deputados.
Segundo dados do IBGE, no primeiro trimestre deste
ano, a taxa de desemprego entre os brasileiros de 18
a 24 anos foi de 27,3%. Esse percentual é mais que o
dobro do desemprego verificado entre outras faixas
etárias.
Apesar do desemprego, a indústria reclama que não
existem profissionais qualificados em quantidade
suficiente. A representante do Ministério da
Educação, Marilza Machado, destacou que uma das
metas da pasta é justamente aumentar o número de
jovens na educação profissional e tecnológica para
30%. Hoje, esse número é de apenas 8%.
Na tentativa de aproximar o jovem de um mercado de
trabalho em constante mudança, foi lançado o
Programa Espaço 4.0, que prevê a instalação de
laboratórios para que os jovens possam solucionar
problemas de forma criativa.
A secretária nacional da Juventude, Jayana Nicaretta,
afirmou que 65% dos jovens vão trabalhar em empregos
que ainda nem existem e, por isso, o programa está
focado em laboratórios onde são tratados problemas
que podem ser resolvidos de diversas formas.
“Um laboratório em que o jovem vai lá para fazer:
ele pode colocar em prática as suas ideias, colocar
sua criatividade para funcionar. E vai desde o
material mais bruto – como prego, martelo e tesoura
– até uma impressora 3D, onde ele pode desenvolver
protótipo e soluções para as indústrias”, disse a
secretária.
Empenho da sociedade
A deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) afirmou que é
preciso empenho de toda a sociedade para resgatar do
desemprego quase 4 milhões de jovens.
“A gente percebe que há uma união de forças para
fazer com que haja cada vez mais oportunidades,
abertura de espaços e, claro, uma capacitação para
esses jovens. Muitas vezes, as queixas são de que,
quando vão procurar o primeiro emprego, não têm
experiência”, disse a deputada.
Uma outra forma de aproximar o jovem do mercado de
trabalho são as empresas juniores. Atualmente, o
Brasil é o país com o maior número desse tipo de
empresa. O presidente da Confederação Brasileira de
Empresas Juniores, Renan Nishimoto, destacou que são
1.100 empresas juniores, mais da metade de todas as
empresas desse tipo no mundo.
A audiência que debateu o desemprego entre os jovens
foi solicitada pelos deputados Lucas Gonzalez
(Novo-MG) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Fonte: Agência Câmara
08/11/2019 -
Paim defende aprovação de destaque para garantir
aposentadoria integral a inválidos
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta
quinta-feira (7) a aprovação dos quatro destaques
apresentados à PEC Paralela da Previdência (PEC
133/2019), cujo texto-base foi votado em primeiro
turno pelo Plenário. Ele lamentou, no entanto, que o
destaque sobre a aposentadoria por invalidez não
tenha sido analisado na sessão da última
quarta-feira (6), por falta de quórum.
Paim explicou que a reforma da Previdência (PEC
6/2019), que deve ser promulgada na próxima
terça-feira (12), acaba com aposentadoria da pessoa
invalida. Mas ele disse não acreditar que o Senado
vai cometer o que classificou como "um ato de
covardia" com as pessoas que precisam do benefício.
— Eu duvido que haja um senador que não esteja
convencido de que esse destaque tem que ser
aprovado, que aposentado por invalidez não pode
receber metade do salário. Tenho certeza disso. Se
todos estão convencidos, por que permitir uma
maldade dessas, uma crueldade dessas? — indagou
Paim.
Fonte: Agência Senado
08/11/2019 -
Índice que serve de base para reajuste salarial tem
variação de 2,76%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
teve uma variação em outubro de 0,04%. Apesar da
alta, já que em setembro houve deflação de -0,05%, o
INPC de outubro é o menor para o mês desde o início
do Plano Real.
O índice foi anunciado nesta quarta-feira (7), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC é usado como referência para reajustes
salariais. No acumulado do ano, o índice está em
2,76%, enquanto que, nos últimos 12 meses, a
variação é de 2,55%.
A maior variação foi registrada em Vitória (0,31%),
enquanto que São Luís, com uma desaceleração nos
preços de -0,40%, ficou com o menor índice do
ranking.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e mede o
rendimento de famílias que ganham até cinco salários
mínimos em dez regiões metropolitanas e mais seis
municípios do país.
Fonte: Agência Brasil
07/11/2019 -
STF retoma julgamento de prisão após condenação em
segunda instância
Expectativa é que Constituição seja respeitada,
mas ministro acena com possibilidade de aumento de
pedidos de prisões preventivas, o que pode manter
ex-presidente preso
O Supremo Tribunal Federal (STF) entra hoje (7) na
reta final do julgamento que decide se é
constitucional a prisão após sentença em segunda
instância. Se a corte decidir que é preciso esperar
o trânsito em julgado (o fim de todos os recursos
nos tribunais superiores), para o condenado passar a
cumprir sua pena – revertendo entendimento que desde
2016 permite a prisão em segunda instância – cerca
de 5 mil réus podem ser beneficiados, segundo dados
do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), entre eles o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), preso em
Curitiba desde abril de 2018.
O julgamento do tema começou em 17 de outubro, já
ocupou quatro sessões plenárias, e mostra um STF
dividido. O placar está em 4 a 3 a favor das prisões
em segunda instância, com os ministros Alexandre de
Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz
Fux de um lado, e Marco Aurélio, Rosa Weber e
Ricardo Lewandowski de outro.
A tendência é o resultado chegar ao fim dos quatro
votos que restam invertido. Gilmar Mendes, Celso de
Mello e Dias Toffoli têm se posicionado contra a
prisão em segunda instância, restando o voto de
Cármen Lúcia, que deve confirmar seu entendimento
anterior.
É possível, portanto, que o Supremo forme maioria em
favor das Ações Declaratórias de Constitucionalidade
que declaram essas prisões como inconstitucionais.
Lula livre ainda é dúvida
Defensor da prisão após condenação em segunda
instância, o ministro Edson Fachin afirmou nesta
quarta-feira (6) que não enxerga como “uma
catástrofe” uma possível decisão da Corte contrária
ao cumprimento antecipado da pena. A informação foi
dada pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Eventual alteração do marco temporal para execução
provisória da pena não significa que, em lugar da
execução provisória, quando for o caso, não seja
decretada prisão preventiva, nos termos do artigo
312 do Código de Processo Penal. Então, não vejo
esse efeito catastrófico que se indica”, declarou o
magistrado à Folha.
Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, defende
que, em caso de vitória do entendimento pró-ADCs, a
libertação dos réus não deve ser imediata e os
juízes responsáveis pelos casos podem pedir prisões
preventivas.
“Eu entendo que, se houver uma alteração de
jurisprudência, todos os condenados que se encontram
presos, para serem liberados, há uma possibilidade
de atribuição do juiz de execução do processo penal
de que ele examine, antes de promover a liberação,
se estão ou não presentes os elementos para decretar
a preventiva. De modo que isso (um aumento das
preventivas) poderá acontecer”, avaliou.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/11/2019 -
FST cria força-tarefa para massificar do PL 5.552 no
Congresso e na sociedade
Representantes de Confederações filiadas ao Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST) se reuniram em
Brasília, terça, 5, a fim de articular estratégias
de divulgação do Projeto de Lei 5.552/19, que prevê
a regulamentação das regras para organização
sindical, previstas no artigo 8° da Constituição.
Articulado pelo Fórum e subscrito pelo deputado
federal Lincoln Portela (PL-MG), o projeto mantém o
regime da unicidade e outras garantias
constitucionais.
Por consenso, os dirigentes decidiram criar uma
força-tarefa a fim divulgar e esclarecer sobre a
importância sindicalismo para os parlamentares e
sociedade em geral.
Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação
dos trabalhadores em Alimentação e Afins, avalia
positivamente as ações promovidas pelas entidades
apoiadoras do projeto.
Segundo ele, o próximo passo é fazer um ‘corpo a
corpo’ com parlamentares. Ele conta: “Faremos uma
série de visitas a deputados e a senadores, e também
tentaremos marcar uma audiência com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, para apresentar a relevância
do projeto ao sindicalismo”.
Discurso - Outra resolução do encontro, é
intensificar a discussão do PL na base das
entidades. Coordenador do Fórum, o professor Oswaldo
Augusto de Barros defende um discurso alinhado. Ele
diz: “É fundamental que tenhamos um discurso único
para promovermos palestras com material de
divulgação unificado”.
Segundo o professor Oswaldo “é preciso manter a
‘chama da esperança’ da aprovação de uma Lei que
atenda às necessidades legais de sobrevivência do
movimento sindical”.
Fonte: Agência Sindical
07/11/2019 -
CCJ conclui tramitação da PEC Paralela à reforma da
Previdência
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
concluiu, nesta quarta-feira (6), a análise da
chamada PEC Paralela (PEC 133/19), que modifica a
reforma da Previdência (PEC 6/19), determinando,
entre outros pontos, a adesão de estados e
municípios à reforma da Previdência (PEC 6/19).
Na Agência Senado
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou voto em
separado (relatório alternativo) que ampliava o
alcance das mudanças. Porém, o relator, senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), lamentou não poder
acatar as diversas concessões feitas, o que “jogaria
por terra” os esforços feitos para economia de
recursos orçamentários.
A proposta seguiu para a votação em 1º turno no
plenário do Senado.
Fonte: Diap
07/11/2019 -
Câmara aprova MP que altera regras de saque do FGTS
Deputados alteraram valor de saque único de R$
500 para R$ 998
O plenário da Câmara aprovou na noite desta
quarta-feira (6) a Medida Provisória 899/19, que
mudou as regras de saque do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS). O texto foi aprovado na
forma de um projeto de lei de conversão e segue
agora para o Senado.
A MP cria a modalidade de saque-aniversário, pela
qual o trabalhador pode utilizar parte do dinheiro
depositado no fundo todos os anos, independente de
ter sido demitido ou de utilizar os recursos no
financiamento de imóveis.
O texto aprovado teve autoria do deputado Hugo Motta
(Republicanos-PB), modificou a legislação do fundo e
aumentou o valor do saque único autorizado pela MP
de R$ 500 para R$ 998. Outra alteração é a
utilização dos recursos do FGTS, caso seja aprovado
pelo Conselho Curador do fundo, em fundos de
investimento, mercado de capitais e títulos públicos
e privados, sendo proibida a participação do FGTS
como único cotista.
Os deputados também mantiveram no texto o fim da
multa adicional de 10% do FGTS no caso de demissão
sem justa causa.
Fonte: Agência Brasil
07/11/2019 -
Por votos no Congresso, pacote de Bolsonaro e Guedes
vai distribuir R$ 7 bi em emendas parlamentares
O pacote de medidas econômicas entregue pelo governo
ao Senado determina que um quarto de toda a economia
obtida em dois anos com cortes emergenciais de
despesas seja destinado a emendas parlamentares,
informa reportagem de Fábio Pupo, Bernardo Caram e
Thiago Resende.
O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, que
menospreza e ameaça as instituições do Estado
democrático de direito, pretende comprar por R$ 7
bilhões o apoio parlamentar às três Propostas de
Emenda Constitucional do chamado Plano Mais Brasil.
A liberação desses recursos é uma das exigências de
congressistas que estão em negociações com o
governo.
A troca de apoio político pela liberação de R$ 7
bilhões é apresentada demagogicamente pelo ministro
da Economia, Paulo Guedes, como a devolução ao
Congresso da "capacidade de decidir o destino dos
recursos públicos".
O governo pretende obter os recursos cortando os
salários do funcionalismo público, retirando verbas
da saúde e educação e extinguindo fundos públicos,
entre eles o FAT, destinado ao amparo ao
trabalhador.
Fonte: Brasil247
07/11/2019 -
Brasil 2018: 13,5 milhões na extrema pobreza, 2,4
milhões ‘nem-nem’ e desigualdade em alta
Em tempos de corte de gastos públicos, IBGE
destaca necessidade de políticas voltadas para
segmentos mais vulneráveis da população
O Brasil tinha 13,5 milhões de pessoas na extrema
pobreza em 2018, 6,5% da população, nível recorde
desde 2012, segundo a Síntese de Indicadores Sociais
(SIS), divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE. O
instituto adota critério do Banco Mundial, que
inclui na extrema pessoa quem tem renda mensal per
capita inferior a US$ 1,90 por dia. “Esse número é
equivalente à população de Bolívia, Bélgica, Cuba,
Grécia e Portugal”, diz o IBGE. A pesquisa inclui
outros dados negativos, como a desigualdade no
mercado de trabalho, e a chamada geração “nem-nem”.
Recentemente, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
queixou-se que os pobres “consomem tudo” o que
ganham.
Em um momento de corte de gastos públicos, o gerente
do estudo, André Simões, afirma a necessidade de
políticas públicas voltadas para esse segmento mais
vulnerável da população. “Esse grupo necessita de
cuidados maiores que seriam, por exemplo, políticas
públicas de transferência de renda e de dinamização
do mercado de trabalho. É fundamental que as pessoas
tenham acesso aos programas sociais e que tenham
condições de se inserir no mercado de trabalho para
terem acesso a uma renda que as tirem da situação de
extrema pobreza”, afirma o IBGE.
O país tem também 52,5 milhões na chamada linha da
pobreza, vivendo com menos de R$ 420 per capita por
mês. O índice até caiu de 2017 para 2018, de 26,5%
para 25,3% da população, mas, como lembra o
instituto, está longe do melhor resultado da série:
22,8%, em 2014. “Em 2012, foi registrado o maior
nível da série para a pobreza, 26,5%, seguido de
queda de 4 pontos percentuais em 2014. A partir de
2015, com a crise econômica e política e a redução
do mercado de trabalho, os percentuais de pobreza
passaram a subir com pequena queda em 2018, que não
chega a ser uma mudança de tendência”, diz o
analista Pedro Rocha de Moraes.
Mesmo o valor do indicador de pobreza do Bolsa
Família, R$ 89, é inferior ao parâmetro global,
equivalente a R$ 145. Mas o pesquisador do IBGE
Leonardo Athias observa que, em 2011, o valor de R$
70 para o BF era compatível com o valor global da
época, de US$ 1,25 por dia. “Por falta de correções
monetárias, hoje o valor de R$ 89 é abaixo do valor
global indicado pelo Banco Mundial”, acrescentou.
Brancos ganham 74% a mais que negros
Em outro aspecto da pesquisa, o IBGE mostrou que no
ano passado pretos e pardos – classificação usada
pelo instituto – correspondiam a dois terços (66%)
dos chamados subocupados por insuficiência de horas
– quem trabalha menos de 40 horas semanais e
gostaria de trabalhar mais. As mulheres, que são
43,7% dos ocupados, correspondem a 54,6% dos
subocupados.
A taxa de desemprego para a população preta e parda
foi de 14,1%. Entre os brancos, 9,5%, e eles também
ganhavam, em média, 73,9% a mais. Quando se calcula
o rendimento-hora, a diferença é de 68,3%. Dos
pretos e pardos, 47,3% estão na informalidade, ante
34,6% dos brancos.
Ainda de acordo com o IBGE, 2,4 milhões de jovens de
15 a 29 anos não estudavam nem trabalham em 2018, a
chamada geração “nem-nem”. O total corresponde a 23%
das pessoas nessa faixa etária. “Este patamar coloca
o Brasil entre os cinco piores colocados entre os 41
países membros ou parceiros da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”,
observa o instituto.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/11/2019 -
Inflação para famílias de baixa renda cai 0,12%
A inflação para famílias com renda até 2,5 salários
mínimos caiu 0,12%. O Índice de Preços ao
Consumidor–Classe 1 (IPC-C1), divulgado nesta
quarta-feira (6) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
ficou 0,03 ponto percentual abaixo da taxa
registrada em setembro, que foi de -0,09%. No ano, o
índice acumula alta de 3,07%. E, nos últimos 12
meses, de 3,14%.
Embora tenha caído no mês passado, o IPC-C1 está
acima do índice nacional, o IPC-BR. Em outubro, o
IPC-BR variou -0,09%, com 2,93% marcados nos últimos
12 meses.
Quatro das oito classes de despesa registraram
quedas: habitação (0,26% para -0,47%), comunicação
(0,54% para -0,03%), educação, leitura e recreação
(0,37% para 0,09%) e saúde e cuidados pessoais
(0,22% para 0,20%).
Por sua vez, o grupo alimentação subiu de -0,72%
para -0,18% e o grupo despesas diversas foi de 0,13%
para 0,45%).
Fonte: Agência Brasil
07/11/2019 -
Orçamento da Justiça do Trabalho é discutido com o
deputado federal Luciano Ducci
O parlamentar é relator-setorial da lei orçamentária
de 2020 para o Poder Judiciário.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho
(CSJT), ministro Brito Pereira, recebeu, nesta
quarta-feira (6), a visita do deputado federal
Luciano Ducci (PSB-PR), relator-setorial da lei
orçamentária de 2020 para a área XV – Poderes, na
qual se insere o Poder Judiciário.
No encontro, o presidente do TST e do CSJT
apresentou detalhes da proposta elaborada pela
Justiça do Trabalho conforme os limites
estabelecidos pela Emenda Constitucional 95/2016,
que estabeleceu o teto de gastos para a
administração pública. “Fizemos um intenso trabalho
de adequação de despesas para que a prestação
jurisdicional em todo o país não seja prejudicada”,
ressaltou.
Segundo o ministro Brito Pereira, as reduções
orçamentárias alcançaram todos os grupos de ações
(pessoal, atividades administrativas e projetos),
com destaque para a renegociação de contratos, a
adequação dos horários de abertura e de fechamento
dos prédios dos Tribunais para menor consumo de
energia elétrica e de água, a suspensão de projetos
que demandam investimentos e a ampliação do
teletrabalho.
O presidente se dispôs, em novo encontro, a juízo do
parlamentar, a esclarecer eventuais dúvidas sobre a
proposta e fez um apelo para que não haja cortes,
uma vez que a Justiça do Trabalho terá redução
expressiva no orçamento em 2020. O deputado se
mostrou bastante receptivo e afirmou que buscará
preservar o orçamento da Justiça do Trabalho nos
termos da proposta original encaminhada ao Congresso
Nacional.
Fonte: TST
06/11/2019 -
Novo pacote de Guedes e Bolsonaro propõe corte de
até 25% em salário de servidores
“Eu adoraria vender todas as estatais”, afirmou o
ministro da Economia, durante apresentação das
medidas
Um pacote de medidas apresentado nesta terça-feira
(5) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o
ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá
intensificar o arrocho do governo sobre servidores
públicos.
As medidas para servidores integram o chamado “Plano
mais Brasil”, cunhado pela equipe econômica de
Guedes, que se divide em três propostas de emenda
constitucional (PEC) e será apreciado primeiro pelo
Senado, onde foi protocolado nesta terça, e depois
pela Câmara dos Deputados.
Entre os diferentes pontos das PECs apresentadas, há
um plano de redução temporária de até 25% da jornada
de trabalho, com consequente corte proporcional no
salário dos trabalhadores. A sugestão compõe a
chamada “PEC Emergencial”.
De acordo com o governo, a ideia do pacote é enxugar
os gastos e aumentar as receitas, promovendo uma
poupança de R$ 50 bilhões nos cofres públicos em uma
década.
A medida pode atingir os cerca de 600 mil servidores
ativos da União, devendo ter ressonância também
entre estados e municípios, que terão autorização
para promover as mesmas mudanças propostas para o
Poder Executivo federal.
O governo argumenta que, de cada R$ 100 do orçamento
da União, R$ 93 são canalizados para despesas
obrigatórias, sendo R$ 65 para a folha de pagamento.
Outro ponto da proposta diz respeito à instituição
do “estado de emergência fiscal”, que poderá ser
decretado por entes federados em caso de insolvência
financeira. A medida impõe impedimento para promoção
de funcionários, excetuando-se apenas os casos de
servidores do serviço exterior brasileiro, do
Judiciário, além de integrantes do Ministério
Público, policiais e militares.
Nessas condições, os entes também não poderão
conceder reajustes, criar cargos, reestruturar
carreiras, lançar concursos públicos ou criar verbas
indenizatórias.
O Plano
Além da PEC Emergencial, a gestão traz as PECs do
Pacto Federativo e dos Fundos Públicos. A primeira
propõe reavaliação de benefícios fiscais a cada
quatro anos e redução de 40% para 14% do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT) repassado ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), entre outros pontos.
O FAT inclui valores do Pis /Pasep e canaliza cerca
de 60% dos seus recursos a medidas como pagamento do
seguro-desemprego e do abono salarial.
Já a PEC dos Fundos Públicos propõe a extinção da
maioria dos 281 fundos existentes no país. Segundo o
ministério de Guedes, eles estariam com R$220
bilhões parados porque, entre outras coisas, o
Congresso Nacional não tem poder de decisão sobre
como utilizar a verba.
A ideia do governo é direcionar os recursos para
abater a dívida pública, que consome cerca de 50% do
orçamento da União e tem como destino final o
mercado financeiro. A equipe econômica do ministério
afirma que a não utilização da verba “atrapalha a
gestão da dívida”.
O Plano Mais Brasil inclui também uma proposta de
reforma tributária e medidas relacionadas às
privatizações de empresas públicas. “Eu adoraria
vender todas as estatais”, disse Guedes, durante
apresentação das medidas, mas ainda sem detalhar o
plano de venda das empresas.
Reações
Apesar de ainda não terem manifestado um
posicionamento oficial em relação às propostas,
entidades de trabalhadores acompanham com atenção os
movimentos do governo e já criticam as medidas.
Procurado pelo Brasil de Fato, o secretário-geral do
Sindicato dos Servidores Públicos Federais no
Distrito Federal (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves,
se disse “apreensivo” com a pauta.
“Bastante preocupado não apenas com o futuro do
servidor, do funcionalismo, mas com o próprio Estado
brasileiro. A falta de respeito e do mínimo de
dignidade para os servidores vai causar uma
precarização nunca nem imaginada no serviço público
brasileiro. Na verdade, é a destruição do serviço
público, porque ele, sem servidor, não existe”,
afirma.
Segundo o dirigente, o sindicato deve se reunir no
próximo dia 13 para estudar a fundo o conteúdo das
medidas e estabelecer ações de resistência. A ideia
é articular outras entidades de trabalhadores e da
sociedade civil para promover ações conjuntas.
“Vamos fazer uma resistência conjunta a essas
medidas, que estão muito parecidas com as do
ex-presidente Fernando Collor de Melo. Não posso
falar que estamos surpresos porque este governo não
tem limites para a destruição de tudo aquilo que a
sociedade brasileira construiu nas últimas décadas,
mas é de total irresponsabilidade. Chega a ser até
uma desumanidade com o povo brasileiro, ao atacar de
forma brutal os servidores”, critica Neves,
mencionando ainda o risco de sucateamento dos
serviços públicos.
Para o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon
(PSB-RJ), o pacote apresentado pelo governo desvia o
horizonte que tem sido buscado por parte dos
parlamentares do campo, que tentam fazer avançar uma
proposta de reforma tributária de caráter solidário,
com fatiamento mais solidário.
“Nossa prioridade é votar a reforma tributária e
apresentar a nossa alternativa. O governo, no
entanto, envia um pacote de propostas para desviar o
foco da mudança mais desejada pelo brasileiro: a
distribuição justa dos impostos, retirando o peso
dos mais pobres. Bolsonaro e Guedes jogam contra a
população", critica o parlamentar.
Fonte: Brasil de Fato
06/11/2019 -
Maia prevê alterações nas medidas econômicas
apresentadas pelo governo
Segundo o presidente da Câmara, alguns temas
difíceis "não vão prosperar" no Congresso
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse que o pacote de medidas econômicas enviado
nesta terça-feira pelo Executivo é uma “pauta
ambiciosa” e que certamente será alterada pelos
parlamentares durante a tramitação.
“É uma pauta importante, com alguns temas difíceis,
que certamente não vão prosperar, mas em toda
proposta ambiciosa há pontos que avançam”, disse.
Ele participou de evento da Confederação Nacional da
Indústria nesta terça-feira.
O pacote do governo tem três propostas de emenda à
Constituição (PECs) que tratam de medidas de ajuste
fiscal no âmbito da União e dos estados e
municípios. Há reestruturação dos repasses de
recursos entre União, estados e municípios; medidas
de contenção de gastos; e a revisão dos 281 fundos
públicos brasileiros.
Maia destacou que é importante reestruturar o Estado
brasileiro, organizar a máquina pública, priorizar a
eficiência do gasto público, a produtividade e
avaliar de forma permanente a qualidade do gasto
público.
“É preciso avaliar de forma permanente a qualidade
do nosso gasto, saber qual o resultado de cada real
que é gasto”, disse. Maia defendeu que os subsídios
dados a empresas sejam acompanhados por investimento
em pesquisa e inovação no País. “Caso contrário,
estaremos apenas encaixando peças sem nenhum valor
agregado”, avaliou.
Fonte: Agência Câmara
06/11/2019 -
Pesquisa mostra que mais de 42% reprovam o governo
Bolsonaro
Pesquisa realizada pelo portal Jota e divulgada
nesta terça-feira (5) revela que 42,1% dos
brasileiros consideram o governo Jair Bolsonaro
(PSL) ruim ou péssimo. O índice representa alta de
10 pontos percentuais em relação ao último
levantamento, realizado no dia 27 de setembro.
De acordo com os dados atuais, 23% consideram a
gestão regular.
Ao todo, 30,9% dos entrevistados classificam o
governo como ótimo ou bom, o uma queda de 4,3 pontos
desde o último levantamento.
O levantamento foi feito com 1042 entrevistados em
304 municípios, entre os dias 29 de outubro e 2 de
novembro.
Fonte: Brasil247
06/11/2019 -
Guedes diz que funcionário público filiado a partido
não pode ter estabilidade
Entrando na lógica das perseguições políticas, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que
funcionários públicos filiados a partidos não podem
ter estabilidade no cargo. Ele disse: "[Quem] tem
filiação partidária, não é funcionário do estado
brasileiro, é militante."
Guedes ainda declarou: "pode ser militante à
vontade, mas não pode ter estabilidade [quando
houver vínculo partidário]”.
A reportagem do site Infomoney destaca que "na
frente do funcionalismo público, as medidas
anunciadas incluem um período de contrato CLT para
empregados de estatais antes de atingir a
estabilidade financeira."
A matéria ainda acrescenta que "não foram divulgados
detalhes sobre esse plano de carreira, mas Guedes
mencionou um período de “três, quatro anos,
dependendo da profissão” de trabalho remunerado com
salários compatíveis com a iniciativa privada para
os “jovens”. Depois disso, pode-se adquirir o
direito à estabilidade no cargo e aos aumentos
salariais programados."
Fonte: Brasil247
06/11/2019 -
Pacote de Guedes acaba com FAT, fundo do seguro
desemprego
Governo reconhece que medida é impopular e que
deve encontrar resistência, já que abre caminho para
mais uma desestruturação de direitos trabalhistas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs ao
Congresso nesta terça-feira (5) a extinção de 248
fundos públicos. Um dos maiores a serem extintos é o
FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que destina
recursos para programas como o seguro-desemprego e
abono salarial.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o governo de Jair
Bolsonaro reconhece que medida receberá críticas e
que deve encontrar resistência, principalmente por
compactuar com o desmonte de benefícios
trabalhistas. De acordo com Guedes, R$ 40 bilhões
estão parados atualmente no cofre do FAT. A
expectativa do governo é usar o dinheiro para a
dívida pública.
Os fundos são alimentados por recursos e vinculados
a um recebimento específico, como tributos,
royalties ou receitas de empresas beneficiárias de
incentivos fiscais.
Dos fundos públicos, ficariam preservados apenas 33
deles, como o FPM (Fundo de Participação dos
Municípios), o FPE (Fundo de Participação dos
Estados), o FCO (Fundo de Financiamento do
Centro-Oeste), o FNE (Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste) e o FNO (Fundo
Constitucional de Financiamento do Norte).
Fonte: RevistaForum
06/11/2019 -
"Estarrecedor", diz Dilma sobre pedido de prisão
negado por Edson Fachin
PF pediu detenção da ex-presidenta em nova fase
da Lava Jato; Dilma informou em nota que não é
investigada no inquérito
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin negou um pedido da Polícia Federal para
prender a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o
ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB), o
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) e o
ministro do Tribunal de Contas da União Vital do
Rego.
O pedido fazia parte da autorização requisitada para
uma nova fase da operação Lava Jato, que apura
suposta compra de apoio do MDB para benefício do PT
nas eleições de 2014. Estão sendo investigadas
supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo
Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de
2014. Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM)
foram intimados a prestar depoimento.
A PF justificou ao Supremo que os alvos poderiam
atrapalhar as investigações e pediu seria necessária
a prisão temporária. Fachin, porém, seguiu o
entendimento do Ministério Público Federal, que foi
contra o pedido da PF, sob argumento de que não há
elementos para justificar a restrição de liberdade.
A presidenta do PT, deputada federal pelo Paraná
Gleisi Hoffmann, utilizou o Twitter para acusar a
manobra política do governo. "[O ministro da
Justiça] Sérgio Moro usou a PF para tentar criar um
escândalo e encobrir os crimes da família Bolsonaro
no caso Marielle/Anderson. Isso se chama estado
policial. Nem estamos no AI-5 e o ministro da
Justiça (!) usa descaradamente a força contra a lei
e o direito", denunciou.
Pela noite, a ex-presidenta Dilma Rousseff divulgou
nota à imprensa considerando a notícia sobre o
pedido de prisão "estarrecedora". A nota destaca o
fato de que Dilma não está sendo investigada no
inquérito em questão e de que nunca foi chamada a
prestar esclarecimentos.
Leia abaixo a manifestação na íntegra:
É estarrecedora a notícia de que a Polícia
Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma
Rousseff num processo no qual ela não é investigada
e nunca foi chamada a prestar qualquer
esclarecimento.
A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e
jamais se negou a prestar testemunho perante a
Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se
manifestar.
Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar
esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação
das mãos civilizadas e educadas de um delegado
federal. No final da tarde, soube pela imprensa do
pedido de prisão.
O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de
não ser ela mesma investigada no inquérito em
questão. E autoriza suposições várias, entre elas
que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E
também revela o esforço inconsequente do ministro da
Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários
políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o
abuso de autoridade.
Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a
responsabilidade do ministro responsável pelo caso
no STF, assim como do próprio Ministério Público
Federal.
Assessoria de Imprensa
Dilma Rousseff
*Com informações do Brasil 247.
Fonte: Brasil de Fato
06/11/2019 -
Eduardo Braga apresenta projeto que regulamenta
aposentadoria por periculosidade
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou nesta
terça-feira (5) o projeto que regulamenta a
aposentadoria por periculosidade (PLP 245/2019). De
acordo com o texto, a aposentadoria especial será
devida a trabalhadores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes nocivos
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.
O governo vai elaborar uma lista com esses agentes
nocivos e com as atividades equiparadas. Há também
referências diretas a mineração subterrânea,
atividades ligadas à eletricidade e explosivos,
vigilância ostensiva e transporte de valores.
O projeto contém uma série de exigências para que o
trabalhador possa ser enquadrado na aposentadoria
especial, como a carência de 180 contribuições
mensais e regras sobre idade e tempo de exposição às
situações prejudiciais ou perigosas. O texto ainda
prevê multas para empresas que não mantiverem
registros de atividades atualizados, regras para
suspensão de benefício e possibilidade de
readaptação.
Segundo Eduardo Braga, o projeto estabelece
critérios de acesso para a aposentadoria especial
com base na atividade e não com base na categoria do
trabalhador. O senador afirmou ainda que o projeto
não vai afrouxar regras ou retirar direitos, mas
estabelecer um marco legal claro. O texto,
acrescentou, assegura direitos ao trabalhador e ao
mesmo tempo estabelece com clareza os critérios de
acesso a esses direitos. Com regras mais claras, o
projeto poderá evitar a judicialização de muitos
casos que buscam aposentadoria especial.
— Este não é o projeto do governo, mas é fruto do
entendimento com as lideranças. O texto foi, na
semana passada, amplamente discutido com vários
líderes, com o próprio governo, e o governo
apresentou uma proposta de texto na sexta-feira —
declarou Braga, lembrando que o texto foi entregue
ao Senado como uma sugestão do governo.
Fonte: Agência Senado
06/11/2019 -
CPI de Brumadinho aprova relatório que indicia 22
pessoas por tragédia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara
dos Deputados que investiga a tragédia em Brumadinho
(MG) aprovou nesta terça-feira (5) o indiciamento da
mineradora Vale, da companhia alemã Tüv Süd e de
mais 22 pessoas das duas empresas por homicídio
doloso, lesão corporal dolosa e poluição ambiental
por rejeitos minerais com sérios danos à saúde
humana e ao meio ambiente, além de destruição de
área florestal considerada de preservação
permanente.
O relatório foi apresentado na terça-feira passada
pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), mas só foi
votado hoje, dando mais tempo para os parlamentares
analisarem o documento final. Com mais de 600
páginas, o texto reúne informações sobre o
rompimento da barragem em 25 de janeiro deste ano.
Nenhuma mudança foi proposta pelos deputados.
“A Vale e a Tüv agiram em conluio que levou a um
crime grave de corrupção empresarial, desacato ao
meio ambiente, destruição ambiental séria e vidas
que se perderam. Essas duas empresas e as pessoas
que poderiam evitar isso não o fizeram e, por isso,
fizemos os 22 indiciamentos de pessoas físicas e
indiciamento das duas empresas”, argumentou Rogério
Correia.
Para o relator, os crimes estão tipificados no
Código Penal, na Lei de Crimes Ambientais, na Lei
Anticorrupção e na Lei de Improbidade
Administrativa. As penas previstas são de reclusão e
detenção de prazos variados. O deputado ressaltou
que 29 estudos já apontavam o baixo fator de
segurança da barragem desde 2014. Esses documentos
mencionam problemas ligados a licenciamento,
monitoramento e plano de emergência.
“Colocamos no relatório o que é o lucro da Vale, que
neste semestre, foi de R$ 6,5 bilhões depois do
acontecido. Ou seja, ela extrai menos minério, mas
aumenta o lucro porque o preço do minério cresceu.
Com isso, fica parecendo que o crime compensa”,
disse o parlamentar.
Segundo último balanço do Corpo de Bombeiros de
Minas Gerais, foram contabilizadas 249 mortes em
decorrência da tragédia. Oficialmente, 21 pessoas
permanecem desaparecidas.
Fonte: Agência Brasil
05/11/2019 -
Plenária nos Metroviários de SP reforça defesa dos
direitos e da unicidade
Dirigentes de Centrais, Confederações, Federações e
diversos Sindicatos lotaram na manhã desta segunda
(4) a quadra dos Metroviários de São Paulo. O ato
unitário lançou a campanha de massificação do
Projeto de Lei 5.552, que aperfeiçoa a estrutura
sindical, mas não quebra o Artigo 8º da Constituição
ou outras garantias constitucionais.
Organizada pelas Centrais CTB, CGTB, Nova Central e
o Fórum Sindical dos Trabalhadores, a plenária
também aprovou várias deliberações - entre as quais
massificar nas redes das entidades e junto às
categorias o conteúdo de um Projeto que mantém
direitos e não desmonta a estrutura sindical. Outra
deliberação é os dirigentes procurarem os deputados
de suas regiões e os senadores de cada Estado.
Claridade - “Queremos trazer o debate para a
luz do sol. Quanto mais debatermos melhor para o
entendimento do trabalhador e dos próprios
parlamentares. O encaminhamento fechado, em pequenos
grupos, não é o melhor. Se é do interesse dos
trabalhadores e da sociedade, por que não massificar
a discussão?”, pergunta Oswaldo Augusto de Barros,
presidente da CNTEEC e coordenador do Fórum - FST.
Categorias - A lista de presença colheu cerca
de 240 assinaturas de dirigentes ligados a mais de
30 categorias - metalúrgicos, metroviários,
rodoviários, professores, bancários, servidores,
marítimos, urbanitários, comerciários, vestuário,
além de aposentados. Havia cerca de 120 entidades
presentes, de sete Estados. O Projeto de Lei 5.552,
apresentado pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG),
mantém a representação por categoria.
Ao falar sobre unicidade versus pluralidade, o
dirigente dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo
Annunciato (Chicão) comentou que “a unicidade
garante a convivência da diversidade de pensamentos
e correntes, enquanto a pluralidade leva para o
sindicalismo de tendências, o que fraciona a
organização e desorienta as categorias”.
Calixto - Segundo o presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores e da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), “a
organização sindical unitária foi reafirmada não só
pela Constituição de 1988, como também pela reforma
constitucional cinco anos depois”. Para Calixto, “a
assinatura de acordos e Convenções para toda a
categoria traz ganhos ao trabalhador e segurança
jurídica para o empregador”.
Fonte: Agência Sindical
05/11/2019 -
Porteiro que fala com ‘seu Jair’ não é o mesmo
mostrado por Bolsonaro
O Blog do jornalista Lauro Jardim, no O Globo,
revelou nesta segunda-feira (4) que a Polícia Civil
do Rio de Janeiro já sabe que o porteiro que prestou
depoimento e anotou no livro o número da casa 58, no
Condomínio Vivendas da Barra, não é o mesmo que fala
com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no
áudio divulgado por Carlos Bolsonaro e periciado em
duas horas pelo Ministério Público.
Segundo o blogueiro, trata-se de outro porteiro. O
porteiro que prestou os dois depoimentos em outubro
— e disse ter ouvido o o.k. do "seu Jair" quando
Élcio Queiroz quis entrar no condomínio — ainda está
de férias.
Queiroz é acusado pela polícia de ser o motorista do
carro usado no assassinato de Marielle Franco e
Anderson Gomes. E Lessa é suspeito de ter disparado
os tiros.
Da redação com informações do O Globo
Fonte: Portal Vermelho
05/11/2019 -
Bolsonaro já fez 99 ataques à imprensa brasileira,
aponta Fenaj
O presidente Jair Bolsonaro já realizou, desde a
posse, 99 ataques diretos a jornalistas ou à forma
como os trabalhos da imprensa são conduzidos pelos
profissionais no país. Os dados foram apresentados
pela presidente da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, nesta
segunda-feira (4), durante reunião do Conselho de
Comunicação Social (CCS).
Braga ressaltou que o levantamento da Fenaj foi
"criterioso", buscando separar críticas conceituais
de "ataques puros e simples" a jornalistas
específicos ou à maneira como alguns veículos fazem
a cobertura de seu governo.
— Só em outubro, o presidente realizou 13 ataques
pessoais contra jornalistas ou à forma como o
jornalismo é feito no país. Fizemos questão de
separar o que são críticas conceituais e o que se
configura simplesmente como agressões. Desde a
posse, já foram 99 ataques pessoais e agressões a
veículos específicos. São manifestações do tipo "a
imprensa é nossa inimiga" ou "se valesse, jornalista
já estaria tudo preso". O presidente parece buscar
de forma sistemática desacreditar a imprensa,
intentando que a população creia ser ele um
perseguido por ela, e que portanto as informações
veiculadas não seriam confiáveis. Já foram 11
ataques pessoais contra jornalistas e 88 contra
veículos e à imprensa como um todo. Os principais
alvos são o grupo Globo e os jornais Folha de S.
Paulo e Valor Econômico — informou Braga.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
05/11/2019 -
Bebianno entrega Bolsonaro à PF no esquema do
laranjal do PSL
O ex-ministro Gustavo Bebianno afirmou que o então
candidato à presidência da República Jair Bolsonaro
chancelou em 2018 um acordo para repassar 30% do
fundo eleitoral do PSL (cerca de R$ 2,7 milhões)
para o diretório do partido em Pernambuco. A legenda
é presidida em nível nacional pelo deputado federal
Luciano Bivar (PE), investigado sob suspeita de ter
desviado parte desses recursos por meio de
candidaturas femininas de fachada.
Sobre o fato de o diretório de Pernambuco ter sido
beneficiado com as maiores cifras, Bebianno afirmou
que houve um acordo político entre Bolsonaro e Bivar
no começo do ano passado para que o então
pré-candidato ingressasse no PSL.
"Perguntado sobre quem seria o responsável pela
definição das contas relativas aos fundos partidário
e especial [eleitoral] para cada estado e seu
correlato repasse para os candidatos durante o
processo eleitoral, [Bebianno] respondeu que na
forma do acordo político celebrado entre Jair
Bolsonaro, Luciano Bivar, Fernando Francischini
[então deputado federal pelo Paraná e aliado de
Bolsonaro], Antônio Rueda [braço-direito de Bivar],
Eduardo Bolsonaro [filho do presidente] e o
declarante, parte relevante do fundo eleitoral, em
torno de 30%, seria destinado para o estado de
Pernambuco, estado original da fundação do PSL, e
que os 70% restantes seriam distribuídos de acordo
com o peso eleitoral de cada estado", diz a
transcrição de parte de seu depoimento.
No caso do esquema de corrupção do PSL, Bivar teria
apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo
partidário para uma candidata "laranja" em
Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria
sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL
em todo o País. O agora ex-ministro Gustavo Bebianno
teria autorizado o repasse.
Também no estado de Pernambuco, Bebianno liberou R$
250 mil de verba pública para a campanha de uma
ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para
uma gráfica registrada em endereço de fachada. A
gráfica é a mesma usada por Maria de Lourdes.
Fonte: Brasil247
05/11/2019 -
CCJ analisa na próxima quarta PEC Paralela da
Previdência
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisa,
na próxima quarta-feira (6), às 10h, o relatório do
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à PEC Paralela da
Previdência (PEC 133/2019). O texto altera pontos da
reforma da Previdência (PEC 6/2019) aprovada pelo
Senado, em outubro, e que aguarda promulgação. A
principal mudança promovida é a inclusão de estados
e municípios no novo sistema de aposentadorias.
Pelo texto da PEC 133/2019, estados, Distrito
Federal e municípios poderiam “adotar integralmente
as mesmas regras aplicáveis ao regime próprio de
previdência social da União” por meio de lei
ordinária. Tasso acatou sugestão do senador Otto
Alencar (PSD-BA) que altera essa forma de adesão:
estados, Distrito Federal e municípios agora podem
“delegar para a União a competência legislativa”
para definir os critérios de aposentadoria dos
servidores locais — como tempo de contribuição e
idade mínima. Mas essa delegação pode ser revogada
“a qualquer tempo”, por meio de lei de iniciativa de
governadores ou prefeitos.
A emenda de Otto também afasta uma punição
determinada na PEC 6/2019 aos estados, municípios e
ao DF quando não cumprirem regras gerais de
organização e de funcionamento de regime próprio de
previdência: a possibilidade de proibição de
transferência voluntária de recursos da União, de
concessão de avais, de garantias e de subvenções
pela União e de concessão de empréstimos e de
financiamentos por instituições financeiras
federais. A nova redação da PEC 133/2019 assegura a
estados, Distrito Federal e municípios o acesso a
recursos da União, mesmo que haja desequilíbrio
financeiro ou atuarial em seu regime previdenciário,
se eles tiverem adotado as regras previdenciárias da
União.
Fonte: Agência Senado
05/11/2019 -
Comissões debatem desemprego da juventude no Brasil
As Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Educação da Câmara dos Deputados
promovem audiência sobre políticas públicas que
tratem do desemprego da juventude no Brasil. O
pedido para o debate é dos deputados Lucas Gonzales
(Novo-MG) e Sílvio Costa Filho (PRB-PE).
Sílvio Costa Filho ressalta que os jovens são os
mais afetados pelo desemprego no Brasil e Gonzales
alerta que o índice de desemprego nessa faixa pode
chegar ao dobro do índice geral nacional.
"Além da severa crise econômica, há outros motivos
que interferem na contração de jovens; dentre eles:
gastos do empregador com capacitação; a falta de
qualificação técnica e excesso de encargos
trabalhistas", ressaltou Gonzales.
Foram convidados para o debate, entre outros, a
secretária da Juventude do Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos, Jayana Nicaretta Silva;
e o diretor do Departamento de Inclusão Produtiva da
Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do
Ministério da Cidadania, Gustavo Saldanha.
A audiência ocorre às 14 horas desta quarta, no
plenário 12, com transmissão interativa.
Fonte: Agência Câmara
05/11/2019 -
Maia critica declaração de general Heleno sobre
possibilidade de novo AI-5
O ministro pode ser convocado para dar
explicações aos deputados sobre declarações dadas à
imprensa a respeito de “estudar como fazer” um novo
AI-5
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
criticou as declarações do general Augusto Heleno,
chefe do gabinete de Segurança Institucional, a
respeito de uma reedição do AI-5. Maia informou que
já existe um pedido de convocação para o general dar
explicações no Plenário da Câmara.
“Acho que a frase dele foi grave. Além disso, ainda
fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento
fosse um problema para o Brasil. É uma cabeça
ideológica. Infelizmente, o general Heleno virou um
auxiliar do radicalismo do Olavo [Olavo de
Carvalho]. É uma pena que um general da qualidade
dele tenha caminhado nessa linha", afirmou Maia,
durante entrevista concedida em Jaboatão dos
Guararapes (PE), onde foi receber uma homenagem por
defender o crescimento do Nordeste.
O pedido de convocação do general Heleno (REQ
2859/19) foi formalizado pelo deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP), que citou entrevista do general ao
jornal Estado de S. Paulo, na qual ele teria dito
que seria preciso “estudar como fazer” um novo AI-5.
O AI-5 foi um ato da ditadura militar que resultou
na cassação de políticos e suspensão de garantias
constitucionais.
Eduardo Bolsonaro
Sobre a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
que inicialmente teria abordado a questão do AI-5,
Maia disse que não vai mais falar sobre o assunto,
porque as lideranças partidárias é que estariam à
frente de iniciativas contra o deputado.
Agenda social e reforma administrativa
Em passagem por Pernambuco para receber uma homenagem
do setor sucroalcooleiro, Rodrigo Maia disse que
acertará nesta semana com um grupo de deputados uma
“agenda social” para ser implementada até o primeiro
semestre de 2020. O grupo é coordenado pela deputada
Tabata Amaral (PDT-SP).
Ele disse ainda que a reforma administrativa, por
tratar apenas de servidores novos, não é tão urgente
quanto a chamada PEC dos Gatilhos (PEC 438/18). Essa
PEC permite, entre outras coisas, reduzir o salário
dos servidores com redução proporcional da jornada
de trabalho.
Fonte: Agência Câmara
05/11/2019 -
Eduardo Braga adia apresentação de projeto que
regulamenta aposentadoria por periculosidade
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) adiou a
apresentação do projeto que vai regulamentar a
aposentadoria por periculosidade. A expectativa era
que a matéria fosse apresentada nesta segunda-feira
(4), mas o senador disse que pretende analisar o
texto com calma, antes de dar entrada no projeto de
lei complementar – que tem o objetivo de
regulamentar as hipóteses de aposentadoria especial
por exposição a agentes nocivos e atividades
perigosas.
— É preciso regulamentar de uma vez por todas as
atividades de risco. Os trabalhadores precisam
saber, de forma transparente e rigorosa, quais são
os seus direitos — afirmou Braga na semana passada.
O projeto relacionado à periculosidade faz parte de
um acordo costurado pelo líder do governo Bolsonaro
no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE),
para garantir a aprovação da reforma da Previdência
(PEC 6/2019) em segundo turno. Eduardo Braga recebeu
o texto do governo na última quarta-feira (30),
quando o secretário especial de Previdência do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, compareceu
ao Senado para levar a proposta. O senador
Esperidião Amin (PP-SC) deve ser o relator da
matéria.
Durante o segundo turno de votação da reforma da
Previdência, senadores da oposição observaram que as
novas regras excluem da Constituição a possibilidade
de critérios especiais para aposentadoria de
trabalhadores com potencial risco de vida, como
vigilantes, eletricitários e mineiros. A PEC permite
aposentadorias especiais apenas para trabalhadores
com deficiência e que atuem expostos a agentes
químicos, físicos e biológicos. O projeto seria uma
forma de contornar essa situação, alcançando mais
trabalhadores em risco.
Acordo
O projeto de lei complementar será assinado por Braga
para que a sua tramitação comece no Senado, onde foi
estabelecido o acordo sobre a regulamentação das
aposentadorias por periculosidade. Se o Executivo
enviasse ao Legislativo um projeto de sua autoria, o
texto teria de ir primeiro para a Câmara dos
Deputados.
Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a
PEC da Reforma da Previdência deve ser promulgada
ainda no mês de novembro. O acordo é que o Congresso
só promulgue a PEC após a aprovação do projeto que
será apresentado por Eduardo Braga.
Fonte: Agência Senado
05/11/2019 -
CCJ debate PEC que desobriga inscrição em conselho
profissional
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
realiza audiência pública nesta terça-feira (5)
sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
108/19, que determina o fim da obrigatoriedade de
profissionais se inscreverem em conselhos de classe.
A proposta está em análise na comissão.
A PEC foi elaborada pelo Ministério da Economia e
muda a configuração legal dos conselhos
profissionais. O texto classifica-os como pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
que atuam em colaboração com o Estado. O objetivo da
redação, segundo o governo, é afastar,
definitivamente, qualquer hipótese de equiparação
dos conselhos com as autarquias.
Para o deputado Edio Lopes (PL-RR), relator da
proposta na CCJ, "a audiência pública revela-se
importante para que os legisladores possam colher
informações sobre as implicações organizacional,
administrativa, socioeconômica, orçamentária e
financeira que a matéria terá sobre o funcionamento
das respectivas autarquias".
Foram convidados para o debate:
- representante do Movimento Nacional dos
Profissionais de Engenharia Eder Oliveira;
- o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Felipe Santa Cruz;
- o presidente do Conselho Federal de Corretores de
Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva;
- o presidente da Associação Nacional dos Advogados e
Procuradores das Ordens e Conselhos de Fiscalização
(Anaproconf), Jonatas Francisco Chaves;
- o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM),
Mauro Luiz de Britto Ribeiro;
- o ministro da Economia, Paulo Guedes;
- o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP),
Roberto Giannini;
- o representante do Conselho Federal de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional (Coffito) Bruno Metre
Fernandes.
A audiência está prevista para as 9h30, no plenário
1.
Fonte: Agência Câmara
04/11/2019 -
Governo prepara pacote que desonera folha de
pagamento para incentivar emprego
O governo prepara um pacote de medidas para
estimular a geração de empregos no país entre jovens
e pessoas com mais de 55 anos. A iniciativa deve ter
um custo de R$ 5 bilhões ao Tesouro, com a redução
de 30% nos impostos na folha de pagamento, e durar
dois anos.
Entre os incentivos previstos no texto está a
isenção de uma série de tributos, como a
contribuição previdenciária, recolhimento para o
Sistema S, salário educação e Incra, para as
empresas que optarem por contratar jovens entre 18 e
29 anos, que estejam em seu primeiro emprego, ou
pessoas com mais de 55 anos que ainda não se
aposentaram.
O pacote será implementado por meio de uma medida
provisória (MP) e deve ser anunciado semana que vem
pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), como parte da
agenda de comemorações dos 300 dias de governo.
Enquanto isso, a equipe econômica finaliza os
detalhes finais do texto. Um dos pontos ainda em
aberto é o nome do programa. ”Estamos estudando um
nome que tenha cunho patriótico”, diz um dos
técnicos envolvidos, de acordo com reportagem do
jornal O Globo.
Para compensar a perda de arrecadação, o governo
está contando com a verba poupada a partir do
pente-fino nos benefícios do INSS, que devem atingir
R$ 9,8 bilhões este ano. Para 2020, espera-se uma
redução de R$ 20 bilhões nesses gastos da seguridade
social.
O programa prevê que a contribuição do empregador
para o FGTS caia de 8% para 2%. A demissão sem justa
causa, no entanto, deve permanecer com uma multa de
40%.
Para evitar a demissão de trabalhadores antigas por
novos que ganham menos, o governo vai fixar um
número de corte, com base no total de funcionários.
Com isso, a empresa só poderá contratar na nova
modalidade empregados que excedam ao montante
existente quando o texto for enviado ao Congresso.
O pacote também terá como foco a habilitação e
reabilitação de segurados no caso de aposentadoria
por invalidez e auxílio-doença com mais de seis
meses de duração. A intenção do governo é ar
prioridade à recuperação física e profissional
dessas pessoas, com a intenção de recolocá-los no
mercado de trabalho.
As empresas também serão obrigadas a cumprir uma
cota de 5% do quadro de pessoal na contratação com
pessoas com deficiência. Do contrário, terão de
pagar pelo menos um salário mínimo por trabalhador.
O pacote prevê, no entanto, que as empresas comprem
cotas de outras empresas cujo número de funcionários
com deficiência exceda esse patamar, para cumprir
suas metas.
Fonte: Congresso em Foco
04/11/2019 -
AI-5 nunca mais: Centrais repudiam declarações de
Eduardo Bolsonaro
Centrais sindicais publicam nota conjunta em repúdio
ao deputado Eduardo Bolsonaro que em entrevista fez
apologia ao rompimento constitucional e à ordem
social republicana.
O movimento sindical brasileiro repudia as
declarações ameaçadoras do líder do PSL na Câmara
dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em que
advoga um novo AI-5 para reprimir as forças do campo
democrático, popular e as lutas sociais.
A fala covarde e irresponsável do filho do
Presidente da República é mais uma “cortina de
fumaça” utilizada pra tentar abafar as relações nada
republicanas da família Bolsonaro com as milícias.
Convém lembrar que o Ato Institucional número 5 foi
instituído no final de 1968 pelo general Artur da
Costa e Silva com o propósito de perseguir e calar
as organizações e personalidades que faziam oposição
ao regime militar.
O mais duro ato imposto pela ditadura abriu caminho
para o fechamento do Congresso Nacional, suspensão
de quaisquer garantias constitucionais, cassação de
mandatos, intervenção nos sindicatos, prisões ,
assassinatos e tortura de opositores.
O regime instituído pelos militares, através de um
golpe apoiado pelos EUA e o empresariado, foi
derrotado pelo povo brasileiro em 1985 na sequência
da maior campanha política registrada na história
brasileira. A conquista da democracia no Brasil
demandou o sacrifício de inúmeros brasileiros e
brasileiras.
A classe trabalhadora e seus representantes foram as
principais vítimas do regime militar e não medirão
esforços para defender as liberdades democráticas
contra os arroubos reacionários do deputado da
extrema direita e outros membros do Clã Bolsonaro.
Centrais Sindicais defendem a abertura de processo
no Conselho de Ética da Câmara Federal para apurar a
conduta do Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
São Paulo, 31 de outubro de 2019
Sérgio Nobre – Presidente da CUT
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto – Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos do Brasil)
José Calixto Ramos – Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Edson Carneiro Índio – Secretário Geral da
Intersindical
Atenágoras Lopes – Presidente da CSP-CONLUTAS
Mané Melato – Presidente da Intersindical Instrumento
de Luta
Fonte: Centrais Sindicais
04/11/2019 -
Organizações convocam atos contra o autoritarismo
para terça-feira (5)
Uma série de organizações e movimentos populares
convocaram manifestações para a próxima terça-feira
(5). Protestos já foram agendados em diversas
cidades do país tendo como mote o repúdio às
declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-RJ), que defendeu a possibilidade de repetir a
edição de medidas que compuseram o Ato Institucional
nº 5 (AI-5).
Mesmo após a desautorização pública do presidente da
República e o recuo do próprio Eduardo em relação ao
tema, as entidades entendem ser necessário repudiar
as seguidas posturas de integrantes do governo
federal e políticos próximos que flertam com o
autoritarismo. Nas redes sociais, a convocatória foi
feita através da hashtag #5NcontraAI5.
As palavras de ordem "Basta de Bolsonaro!" e
"Justiça para Marielle" também têm sido utilizadas
para a mobilização, que já tem protestos marcados em
Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto
Alegre, Natal, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e
Belém.
"Defender um dos períodos mais sombrios e uma das
práticas mais sanguinárias da História brasileira
não é só um desrespeito à memória do Brasil, mas um
crime. O povo vai às ruas contra essa atitude",
defendeu a Fundação Perseu Abramo.
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
afirmou que as atitudes e declarações merecem o
repúdio de todas os setores contrários ao
recrudescimento da política em nosso país: "É
preciso unir todas as forças sociais que defendem a
democracia para derrotar a família de aprendizes de
tiranos que governa o país. Com a democracia não se
brinca!".
Os protestos no 5 de novembro ganharam também o
apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo,
além de parlamentares da oposição ao governo
Bolsonaro.
Fonte: Brasil de Fato
04/11/2019 -
Centrais lançam Carta Aberta ao povo brasileiro
contra política econômica
CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO
Nós, brasileiros e brasileiras, trabalhadores e
trabalhadoras do campo e da cidade, mulheres,
jovens, negros e negras, construtores e construtoras
do movimento sindical e das lutas populares do nosso
país, nos mobilizamos nesta quarta-feira, 30 de
outubro de 2019, nas ruas da capital federal, para
manifestar nossa indignação com o governo Jair
Bolsonaro e sua política econômica que agrava a
crise econômica, não gera empregos, ataca nossos
direitos sociais e a soberania do nosso país.
As ações e as reações do governo - e a falta delas -
só fazem piorar a situação do povo brasileiro. A
economia não cresce. Os desempregados já são 12,6
milhões. Somando desempregados, trabalhadores
desalentados e aqueles que só conseguem trabalhos
com jornadas parciais, o Brasil tem hoje 27,8
milhões de trabalhadores subutilizados.
A desigualdade social só aumenta. O 1% mais rico do
país, que são 2,1 milhões de pessoas, ganham 34
vezes mais do que os 104 milhões de brasileiros que
compõem a metade mais pobre da população. Os
rendimentos dessa parcela mais rica cresceu 8%,
enquanto o dos mais pobres caiu 3%. De toda a renda
do Brasil, 40% estão nas mãos de apenas 10% da
população, dados que revelam recordes históricos de
desigualdade.
Temos um governo que assiste e promove a destruição
do país. O ano iniciou com mais um crime da Vale,
matando 251 trabalhadores em Brumadinho e vemos, até
agora, a inércia do Estado na responsabilização e
punição dos envolvidos. Assistimos, depois, a
escalada criminosa das queimadas na Amazônia e,
agora, o óleo que mancha e polui o litoral do
Nordeste sem que o presidente Bolsonaro se digne
sequer a visitar a área. É sempre o lucro acima da
vida.
Não podemos mais aceitar que o povo trabalhador seja
tratado como responsável por essa crise, como querem
Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes. Para eles, a
“solução” é tudo para os ricos e patrões e a
destruição, o corte e a comercialização dos direitos
da maioria do povo. Assim foi com a reforma da
Previdência, com os cortes na educação, o
congelamento dos investimentos sociais e as
propostas de reforma administrativa, tributária e de
mais cortes nos direitos dos trabalhadores.
Como se não bastasse todo esse retrocesso e inércia,
Bolsonaro e Paulo Guedes colocam o Brasil à venda.
Querem liquidar nosso patrimônio, vendendo empresas
públicas lucrativas, estratégicas, que são motivo de
orgulho para os brasileiros. Entregam nosso futuro
planejando o leilão das nossas reservas de petróleo
e minando a capacidade de nossas universidades
produzirem pesquisa, ciência e tecnologia. Entregam
nossa soberania e, com ela, destroem nossa
capacidade de projetar um desenvolvimento econômico
e social independente e de superar mais essa crise.
Com essa agenda de retrocessos, não espanta a baixa
popularidade do governo. O presidente e seus
ministros(as) fazem o brasileiro passar vergonha
internacional em todas as oportunidades,
alinhando-se ao que há de mais atrasado na política
internacional. A prática e o discurso de Bolsonaro
são fontes de ódio e ataques à diversidade, às
mulheres, à população negra, LGBT e a todos/as que
lutam por seus direitos.
Frente a esse cenário sombrio, o povo brasileiro
está desafiado a resistir e enfrentar esses ataques
nas ruas, como fazem nossos irmãos do Chile e do
Equador. Na Argentina, o povo já disse basta a esse
neoliberalismo autoritário e fracassado. Na Bolívia,
Colômbia e Uruguai, quando a democracia é
respeitada, o povo escolhe o caminho do
desenvolvimento com paz, inclusão social e
integração regional. Nos solidarizamos e nos somamos
à resistência latino-americano contra um projeto de
saque das nossas riquezas e exclusão dos povos da
nossa região.
Esse caminho da exclusão não nos representa, assim
como Bolsonaro, Paulo Guedes e aqueles que apoiam no
Congresso esse governo e sua política. Defendemos e
lutamos pelas alternativas que façam do governo
parte da solução dos problemas dos brasileiros. Nos
comprometemos a dialogar com a classe trabalhadora e
todo o povo brasileiro em torno das alternativas que
estimulem o crescimento econômico e a geração de
empregos de qualidade, garantam nossos direitos,
promovam a justiça social e se comprometam com a
soberania e a democracia no Brasil.
Chega de Bolsonaro e Paulo Guedes!
Brasília, 30 de outubro de 2019
Frente Brasil Popular - Frente Povo Sem Medo - CUT -
Força Sindical - UGT - CTB - CSB - Intersindical
Fonte: Agência Sindical
04/11/2019 -
Incapaz de gerar crescimento, Guedes pede quatro
anos de paciência
Após fracassar na promessa de trazer de volta a
confiança e gerar crescimento econômico, o ministro
Paulo Guedes, que entrega uma economia estagnada em
2019, pediu paciência à população brasileira, em
entrevista à jornalista Alexa Salomão. "Foram 30
anos de centro-esquerda. Dá para esperar quatro
aninhos de um liberal-democrata? Se não melhorar,
troca, sem intolerância. Mas deu três meses e já
começaram: cadê o crescimento? Vamos ser razoáveis.
Não é justo", diz ele.
Guedes também defendeu o modelo chileno, que vem
sendo contestado por grandes manifestações. "Uma
nação próspera também é mais generosa. Os chilenos
vão resolver os problemas deles bem antes da
Venezuela. O problema deles é só garantir um salário
mínimo na aposentadoria, porque pela capitalização
já conseguiu 70%, 80% do mínimo. Agora é só
conseguir os 20% que faltam. Sem a capitalização,
não garantiam nada", afirmou.
Fonte: Brasil247
04/11/2019 -
Produção industrial tem leve alta no mês, mas mantém
a trajetória de queda
De agosto para setembro, variação positiva foi de
0,3%. Mas atividade cai no terceiro trimestre, no
ano e em 12 meses
A produção industrial brasileira teve pequena
variação positiva, de 0,3%, de agosto para setembro,
informou sexta (1º) o IBGE. Na comparação com
setembro de 2018, a atividade avançou 1,1%,
interrompendo uma sequência de três quedas. Mas cai
1,2% no terceiro trimestre e 1,4% tanto no acumulado
do ano como nos 12 últimos meses.
No mês, segundo o instituto, houve expansão em três
das quatro categorias econômicas e em 11 dos 26
ramos pesquisados – 14 registraram queda. O destaque
foi o segmento de veículos automotores, reboques e
carrocerias, com alta de 4,3%. Também tiveram
resultado positivo setores como vestuário e
acessórios (6,6%) e bebidas (3,5%). Entre as quedas,
máquinas e equipamentos (-2,8%), produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%) e coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis
(-0,8%).
Em relação a setembro do ano passado, o IBGE apurou
avanço em 13 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 51,9%
dos 805 produtos pesquisados. Neste ano, o mês teve
dois dias úteis a mais.
No ano, a atividade industrial tem resultado
negativo em uma das quatro categorias, 15 dos 26
ramos, 44 dos 79 grupos e 54,3% dos 805 produtos
pesquisados. A maior influência negativa é do setor
de indústrias extrativas, com queda de 9,8%. Também
registram retração segmentos como celulose, papel e
produtos de papel (-3,7%), produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-3,4%), produtos de madeira (-5,6%),
produtos de borracha e de material plástico (-1,9%)
e equipamentos de informática, produtos eletrônicos
e ópticos (-2,8%). Veículos automotores cresce 2,7%,
com destaque também para produtos de metal (5%) e
bebidas (3,6%).
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2019 -
A “minirreforma trabalhista” e o fim do pagamento de
horas extras
Mudanças legitimam o fim do registro das horas e
dificultam ações trabalhistas que garantem
pagamentos
Liss Araújo*
A Lei 13.874, apelidada de minirreforma trabalhista,
foi aprovada recentemente e retirou mais direitos
básicos do trabalhador brasileiro. Tomando proveito
do momento político em que todos estão focados na
Reforma da Previdência, o Congresso aproveitou o
trâmite de uma Medida Provisória sobre
desburocratização e empreendedorismo para modificar
mais uma vez a CLT.
Duas mudanças anunciam o fim da remuneração das
horas extras. Primeiro, a obrigação de registro
diário da jornada de trabalho (horário de entrada e
saída) foi reduzida para os estabelecimentos com
mais de 20 trabalhadores, o que atinge mais de 90%
dos empregadores. Também permitiu-se o registro de
ponto por exceção, onde são contabilizadas somente
as horas extras trabalhadas.
A combinação dessas mudanças cria o cenário que
legitima o fim do registro das horas extras,
impedindo processos de fiscalização e dificultando
futuras ações trabalhistas que garantam o pagamento
dessas horas. A medida provisória, que foi proposta
com o nome de “MP da Liberdade Econômica”, só
reafirma que, para a maioria do Congresso, a única
liberdade que a classe trabalhadora têm nessa
economia é aspirar a trabalhar de graça.
*Liss Araújo é advogada e militante das Amélias:
mulheres do Projeto Popular.
Fonte: Brasil de Fato
01/11/2019 -
Eduardo Bolsonaro é repudiado por Centrais Sindicais
por defender AI5
As centrais sindicais criticaram, em nota divulgada
nesta quinta-feira (31), as novas declarações do
deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do
presidente, que acenou com “um novo A1-5” contra as
esquerdas e o povo.
A nota assinada por todos as centrais sindicais
chama de "covarde e irresponsável" a fala do
deputado Bolsonaro, que defendeu a volta do AI5 -
instrumento de repressão política usado pela
ditadura militar - caso os movimentos sociais sigam
o exemplo do povo chileno e realizem manifestações
para contestar medidas do governo. Os sindicalistas
lembram que os trabalhadores foram vítimas do regime
militar e defendem que o Conselho de Ética da Câmara
dos Deputados apure e puna a conduta do deputado de
extrema-direita.
Leia abaixo a íntegra da nota:
O movimento sindical brasileiro repudia as
declarações ameaçadoras do líder do governo na
Câmara Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em que
advoga um novo AI-5 para reprimir as forças do campo
democrático, popular e as lutas sociais.
A fala covarde e irresponsável do filho do
Presidente da República é mais uma “cortina de
fumaça” utilizada pra tentar abafar as relações nada
republicanas da família Bolsonaro com as milícias.
Convém lembrar que o Ato Institucional número 5 foi
instituído no final de 1968 pelo general Artur da
Costa e Silva com o propósito de perseguir e calar
as organizações e personalidades que faziam oposição
ao regime militar.
O mais duro ato imposto pela ditadura abriu caminho
para o fechamento do Congresso Nacional, suspensão
de quaisquer garantias constitucionais, cassação de
mandatos, intervenção nos sindicatos, prisões ,
assassinatos e tortura de opositores.
O regime instituído em 1964 pelos militares, através
de um golpe apoiado pelos EUA e o empresariado, foi
derrotado pelo povo brasileiro em 1985 na sequência
da maior campanha política registrada na história
brasileira. A conquista da democracia no Brasil
demandou o sacrifício de inúmeros brasileiros e
brasileiras.
A classe trabalhadora e seus representantes foram as
principais vítimas do regime militar e não medirão
esforços para defender as liberdades democráticas
contra os arroubos reacionários do deputado da
extrema direita e outros membros do Clã Bolsonaro.
As centrais sindicais apoiam a abertura de processo
no Conselho de Ética da Câmara Federal para apurar a
conduta inconstitucional do deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e aplicar as punições cabíveis.
Sérgio Nobre – Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto – Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos do Brasil)
José Calixto – Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Edson Carneiro Índio – Secretário Geral da
Intersindical
Atenágoras Lopes – presidente da CSP-CONLUTAS
Emanuel Melato – coordenador da Intersindical
Instrumento de Luta
Da redação
Fonte: Portal Vermelho
01/11/2019 -
Lei trabalhista aumenta subemprego e renda baixa,
afirma economista
Matéria publicada pelo Valor Econômico da quarta
(30) revela que a subocupação subiu 37% no último
ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios, do IBGE, e revelam que, das 2,4
milhões de vagas criadas nos últimos 12 meses, 892
mil foram ocupadas por pessoas que trabalham menos
do que gostariam, ou seja, subempregadas.
Do total, 31% trabalham nas chamadas “ocupações
elementares”, como profissionais de limpeza,
alimentação, construção e manutenção. Outros 26% são
trabalhadores de serviços e vendedores do comércio.
Renda - A pesquisa informa que rendimento
médio dos subocupados era de R$ 826,00 no segundo
trimestre, abaixo do salário mínimo de R$ 998,00 e
equivalente a 36% da renda média dos trabalhadores
em geral, que é de R$ 2.290,00.
“É um salário de fome, que não garante o sustento”.
A afirmação é do presidente do Sindicato dos
Economistas do Estado de São Paulo, Pedro Afonso
Gomes. Para o dirigente, a situação é reflexo da
estagnação econômica do País. “Quando temos um
exército de desempregados, a situação é essa. O
cidadão se sujeita a qualquer ocupação ou
remuneração para sobreviver”, observa.
Perda - Segundo o economista, há um leilão de
vagas onde todos perdem. “Se a pessoa não aceitar,
outra aceita, porque a taxa de desemprego é grande e
as empresas estão demitindo os mais experientes pra
contratar pessoas mais novas e menos qualificadas,
com menores salários. Perde o trabalhador e perde o
empregador”, ele alerta.
Outro fator destacado por Pedro Afonso é a nova
legislação trabalhista, que empurra para
informalidade. “A reforma trabalhista permite que o
trabalhador aceite flexibilizar seus direitos. O
próprio funcionário acaba entrando num acordo com o
patrão, abre mão de garantias, como Piso salarial. É
uma situação grave”, afirma.
Economia - Fruto da atividade fraca, a
subocupação acaba retroalimentando a morosidade da
economia, alerta Pedro Afonso Gomes. “Quem trabalha
menos tem renda menor, contribui para a redução do
consumo e isso se reflete diretamente na economia
local. É um efeito em cadeia, que afeta toda a
sociedade. Quem não tem renda não consome. Afeta o
patrão e o empregado”.
Na avaliação do economista, a saída é a retomada do
crescimento, algo que não é previsto para os
próximos quatro ou cinco anos. “Enquanto a economia
não andar, a situação não muda. Por isso, é
fundamental um pacto entre setor empresarial e
trabalhadores. Se depender de governo, não há
perspectiva de retomada do desenvolvimento”,
conclui.
Mais - Acesse a matéria do Valor Econômico
Fonte: Agência Sindical
01/11/2019 -
Bolsonaro ameaça anunciantes do jornal Folha de S.
Paulo
Bolsonaro não apenas cancelou as assinaturas do
jornal Folha de S. Paulo no governo Federal como fez
ameaças aos anunciantes do jornal. Ele disse: "não
vamos mais gastar dinheiro com esse tipo de jornal.
E quem anuncia na Folha de S.Paulo presta atenção,
está certo?"
O advogado da Folha, Luiz Francisco Carvalho Filho,
afirmou: "se confirmada, a decisão de Bolsonaro
configura uma violação dos princípios
constitucionais da moralidade e da impessoalidade na
administração pública”.
Outra advogada, Taís Gasparianm, disse: "trata-se de
atitude típica de governos totalitários. Chávez e
Maduro, por irônica que seja a comparação, fizeram
exatamente a mesma coisa com a imprensa na
Venezuela. Os veículos todos são ameaçados, não
apenas a Folha.
A reportagem do próprio jornal destaca que "em nota,
a Folha afirmou que “lamenta mais uma atitude
abertamente discriminatória do presidente da
República contra o jornal e vai continuar fazendo,
em relação a seu governo, o jornalismo crítico e
apartidário que a caracteriza e que praticou em
relação a todos os outros governos”.
Fonte: Brasil247
01/11/2019 -
Ato dia 4, em SP, defenderá organização e conquistas
sindicais da Constituição
O Sindicato dos Metroviários de SP sedia na segunda,
dia 4, ato nacional convocado pelas Centrais CTB,
CSB, CGTB, Nova Central e o Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST). A manifestação visa fortalecer
a frente em defesa da organização sindical e dos
direitos sociais, duramente atacados por Temer e
também pelo governo Bolsonaro.
Segundo Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o
evento deve reunir cerca de 500 lideranças de
diversas categorias profissionais. Ele adianta: “A
frente está fazendo uma ampla convocação junto às
bases para o ato do dia 4. Na atual conjuntura, é
fundamental mobilizar todos os setores do
sindicalismo contra as iniciativas do governo de
desmontar as entidades da classe trabalhadora”.
Frente - As Centrais e o Fórum se articulam
numa frente ampla em apoio ao Projeto de Lei
5.552/19, do deputado Lincoln Portela (PL-MG), que
defende o Artigo 8º da Constituição, mantém a
unicidade sindical e a organização por categoria. O
PL também regula o custeio sindical, atacado pela
Lei 13.467/17, de Michel Temer.
Fórum e demais entidades promotoras do ato criticam
a PEC (a chamada 171) do deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), que altera o Artigo 8º, racha as categorias
e institui o pluralismo.
Nova Central - A fim de mobilizar a base, a
Nova Central Sindical de Trabalhadores realizou
plenária, dia 23, em SP, com Sindicatos e Federações
filiados, além das Centrais que apoiam o movimento.
José Calixto Ramos, presidente da NCST, diz: “O
apoio de todos os Sindicatos ao PL 5.5552 é
fundamental. O projeto que defendemos é o melhor
para a classe trabalhadora, que poderá contar com
entidades fortes e representativas. A pulverização
só beneficia o capital”.
Clique
aqui e acesse o Manifesto.
Mais - Acesse o site das Centrais CTB, CGTB,
CSB e Nova Central.
Fonte: Agência Sindical
01/11/2019 -
Manifesto de Centrais e FST defende valorização do
trabalho e Artigo 8º
Público, aberto, à luz do sol. Assim será lançado,
dia 4, o manifesto de quatro Centrais Sindicais e do
Fórum Sindical dos Trabalhadores, no Sindicato dos
Metroviários de São Paulo.
O ato é chamado pela Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Brasil (CTB), Nova Central Sindical,
Central dos Sindicatos Brasileiros, CGTB e também o
FST - Fórum Sindical dos Trabalhadores, ligado às
Confederações.
A linha central do documento é a valorização do
trabalho, que, segundo os signatários do documento,
tem sido alvo de frequentes ataques, “combinando
rebaixamento salarial, alto desemprego e trabalho
precário”.
Essa argumentação foi reforçada, quarta, dia 30, por
matéria no jornal Valor Econômico. O texto,
mancheteado na página A-4, informava que “37% das
vagas criadas nos últimos 12 meses são por meio da
subcontratação”. Esse modelo, precário, leva os
novos contratados a receber apenas 36% do que
recebem os assalariados com contrato formal.
O documento, a ser lançado na segunda-feira, critica
também a reforma da Previdência a ainda a PEC 881,
chamada pelo governo de “liberdade econômica”, que,
segundo o Manifesto, “é um ataque devastador aos
direitos trabalhistas e sindicais remanescentes”.
Um dos objetivos da manifestação marcada pelas
quatro Centrais e o FST é somar forças na base
sindical e aglutinar entidades ligadas ao mundo do
trabalho, para atuarem junto ao Congresso nacional,
em defesa de Sindicatos fortes. Os organizadores do
ato criticam o desmonte do Artigo 8º, por pulverizar
a base sindical, estimular a pluralidade e desgastar
ainda mais a Constituição-Cidadã em vigor desde
1988.
Fonte: Agência Sindical
01/11/2019 -
Com taxa de desemprego estável, mercado de trabalho
se firma na precariedade
Emprego sem carteira e trabalho autônomo bateram
novo recorde. Somados, superam o número de
empregados formais.
Rendimento não avança
A taxa de desemprego praticamente não se alterou no
trimestre encerrado em setembro, atingindo 11,8%,
ante 12% em junho e 11,9% há um ano. E estacionou em
um cenário de precariedade: o país cria vagas, mas
na maior parte sem carteira e de trabalho autônomo,
modalidades que atingem novo recorde e superam o
emprego formal. O rendimento também não avança,
segundo mostram os dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na
manhã desta quinta-feira (31) pelo IBGE. A menor
taxa para setembro foi registrada em 2014 (6,8%).
O total de desempregados foi estimado em 12,515
milhões, 215 mil a menos em relação a junho (-2%) e
65 a mais em 12 meses (0,5%). São 93,801 milhões de
ocupados, quase 1,5 milhão a mais no período de um
ano. O número é positivo, mas o emprego com carteira
assinada quase não sai do lugar, com 166 mil a mais
(0,5%). Já o emprego sem carteira cresce 3,4%, com
384 mil vagas a mais. O que aumenta de fato é o
trabalho por conta própria: 4,3%, ou mais 1,015
milhão de pessoas nessa situação. Assim, quase todas
as ocupações criadas são informais.
Segundo o IBGE, a pesquisa aponta 33,075 milhões de
trabalhadores com carteira, com estabilidade em
ambas as comparações. Já os sem carteira somam
11,838 milhões, número recorde. E os trabalhadores
por conta própria são 24,434 milhões, também recorde
da série histórica da Pnad.
A chamada taxa de subutilização recuou de 24,8% para
24%. Em relação a setembro do ano passado, fica
estável (24,1%). São 27,5 milhões de pessoas que
gostariam de estar trabalhando mais, queda de 3,4%
no trimestre (redução de 952 mil). O desalento
recuou 3,6% no trimestre e também ficou estável em
12 meses, com aproximadamente 4,7 milhões de pessoas
que desistiram de procurar algum trabalho – 4,2% da
mão de obra, ante 4,4% em junho e 4,3% há um ano.
Estimado em R$ 2.298, o rendimento médio foi
considerado estável tanto na comparação trimestral
como na anual. O mesmo acontece com a massa de
rendimentos (R$ 210,4 bilhões).
Fonte: Rede Brasil Atual
01/11/2019 -
Para Paulo Rocha, MP do FGTS pode abrir caminho para
privatização da Caixa
O senador Paulo Rocha (PT-PA) defendeu nesta
quinta-feira (31) em Plenário a valorização do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e alertou
para tentativas de mudanças na gestão do fundo por
meio da Medida Provisória (MPV) 889/2019. Ele
apresentou emendas ao texto, em discussão em uma
comissão mista do Congresso, para garantir o FGTS
como mecanismo de incentivo à economia. Para Paulo
Rocha, o FGTS deve manter o caráter de financiamento
social, tendo a Caixa Econômica Federal como
gestora.
O objetivo inicial da MP é autorizar o trabalhador a
sacar até R$ 500 das contas do FGTS. A desconfiança
em relação ao texto encaminhado pelo presidente Jair
Bolsonaro, segundo Paulo Rocha, é de que a área
econômica do governo utilize a iniciativa para
enfraquecer a Caixa, pulverizando a gestão do fundo
com instituições privadas e, como consequência, abra
caminho para a privatização do banco.
— É uma engenharia financeira muito importante, e só
quem tem esse interesse é um banco social do estado
brasileiro. Se cair num banco privado, cujo condão
principal é a lucratividade, o grande lucro, através
dos grandes juros, então perde a função de fundo de
garantia do tempo de serviço do trabalhador —
argumentou.
O FGTS foi criado com o objetivo de proteger o
trabalhador demitido sem justa causa, mediante a
abertura de uma conta vinculada ao contrato de
trabalho e serve como uma poupança para o
beneficiário. O saque é permitido, entre outras
possibilidades, em caso de aposentadoria, para
tratamento de doença grave do trabalhador ou
dependente e para compra da casa própria. O fundo
ainda auxilia no financiamento do setor habitacional
colaborando com a execução de programas sociais como
o Minha Casa Minha Vida.
Fonte: Agência Senado
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