Blog - Notícias Anteriores - Novembro 2020
30/11/2020 -
Esquerda e centro-esquerda elegem 12 prefeitos no 2º
turno; veja lista de cidades
30/11/2020 -
Um sindicalismo virtual e mais presente, esse é o
futuro
30/11/2020 -
Acidente em São Paulo: reforma trabalhista matou 41
pessoas
30/11/2020 -
Maia cobra do governo mais empenho em projetos que
garantam a recuperação econômica
30/11/2020 -
Taxa de desemprego salta de 13,3% para 14,6% e volta
a bater recorde
30/11/2020 -
PL para pagamento parcelado de empregados divide
especialistas
27/11/2020 -
Congelamento de aposentadorias volta à pauta para
criação de ‘novo’ programa social
27/11/2020 -
Outubro tem
saldo positivo na geração de emprego, mas é pouco
27/11/2020 -
Popularidade de Bolsonaro está em colapso em 23
capitais
27/11/2020 -
Doria diz que
CoronaVac pode ser aplicada mesmo sem registro da
Anvisa
27/11/2020 -
Preços da indústria tiveram em outubro maior alta
desde 2014: 3,40%
27/11/2020 -
STF marca data
do julgamento da ação sobre reeleição de Davi e Maia
27/11/2020 -
Bolsonaro nega
uso do termo ‘gripezinha’, mencionado por ele duas
vezes
27/11/2020 -
Projeto proíbe benefícios tributários para empresas
que discriminem empregados
26/11/2020 -
Em editorial, Estadão bate forte em Guedes: “Sem
rumo”
26/11/2020 -
Senado aprova
inclusão de discriminação racial e sexual como
agravantes em crime
26/11/2020 -
Contra
privatização da CEB, trabalhadores aprovam greve a
partir do dia 1º
26/11/2020 -
Olavo de
Carvalho defende a renúncia de Bolsonaro: “vá para
casa”
26/11/2020 -
Senado aprova
texto do Projeto de Lei 4.458/2020, a nova Lei de
Falências
26/11/2020 -
Expectativa de
vida no Brasil sobe para 76,6 anos em 2019
26/11/2020 -
No Brasil, a pobreza é negra. E a renda mínima fica
abaixo das despesas
26/11/2020 -
Medidas
protetivas da Lei Maria da Penha poderão beneficiar
idosos que sofrem maus-tratos
26/11/2020 -
Projeto autoriza parcelamento de dívida trabalhista
executada durante pandemia
25/11/2020 -
Já está na hora de alterar o contrato intermitente
de trabalho
25/11/2020 -
Governo
Bolsonaro reduziu em 70% verba para combate ao
racismo
25/11/2020 -
Pandemia: Brasil
supera as 170 mil mortes pelo novo coronavírus
25/11/2020 -
STF dá 30 dias
para Bolsonaro apresentar plano de vacinação contra
Covid-19
25/11/2020 -
Ministro rejeita
mandado de segurança contra tramitação da reforma
administrativa
25/11/2020 -
Boulos cresce e
diminui diferença para Covas, indica Datafolha
25/11/2020 -
Proposta permite
saque de FGTS para pagar qualquer financiamento
imobiliário
25/11/2020 -
Proposta prevê
acordo entre empresa e trabalhador sobre FGTS no
pós-pandemia
24/11/2020 -
O sindicalismo
velho de guerra ainda é o mais combativo na
sociedade
24/11/2020 -
Guedes prevê perda de 300 mil vagas de trabalho em
2020
24/11/2020 -
Contra PP e
Bolsonaro, Maia articula blocão com PSDB, PT e PDT
24/11/2020 -
Guedes admite que privatizações não avançaram e
aponta prioridades
24/11/2020 -
Mundo perdeu 345
milhões de empregos em um trimestre, diz OIT
24/11/2020 -
Maioria dos
reajustes até outubro teve ganhos reais, diz Dieese
23/11/2020 -
Bolsonaro nega
racismo em reunião do G20 e provoca indignação
23/11/2020 -
Doria diz que
eleição de Bolsonaro foi "erro" e afirma que não irá
disputar a reeleição em 2022
23/11/2020 -
Sindicatos
repudiam crime de racismo que matou João Alberto
23/11/2020 -
Deputados
bolsonaristas serão investigados por campanha contra
o TSE
23/11/2020 -
Bolsonaro só têm
9% de assinaturas para seu partido de
extrema-direita
23/11/2020 -
Pandemia acentuou desigualdade entre brancos e
negros no mercado de trabalho
20/11/2020 -
Centrais
sindicais divulgam propostas a candidatos e
prefeitos
20/11/2020 -
Guedes diz que
voltará a defender novo imposto depois das eleições
20/11/2020 -
Para consultor do Diap, eleitor brasileiro
desautorizou extremismo
20/11/2020 -
Mulheres negras
têm 64% mais risco de serem assassinadas
20/11/2020 -
PL incentiva benefício para trabalhador responsável
por pessoa deficiente
20/11/2020 -
Produção e empregos estão em alta na indústria, diz
CNI
20/11/2020 -
Proposta prevê norma regulamentadora para prevenir
transtornos mentais no trabalho
19/11/2020 -
Oposição
pressiona para garantir auxílio de R$ 600
19/11/2020 -
Rodrigo Maia
aciona STF para retomar tramitação da reforma
administrativa
19/11/2020 -
Ampla união pode impor mais derrotas ao bolsonarismo
19/11/2020 -
Trabalhador que teve jornada reduzida deve receber
13º integral, diz governo
19/11/2020 -
Fachin manda
turma do STJ julgar recurso de Lula no caso do
tríplex
19/11/2020 -
Ibope Rio: Paes
ganha segundo turno com 69% dos votos válidos
19/11/2020 -
Ibope: 12 pontos
separam Boulos de Covas no segundo turno em São
Paulo
19/11/2020 -
Pandemia amplia desigualdade racial no trabalho,
aponta Dieese
18/11/2020 -
CUT e Força
formam entidade para defender a ‘nova’ indústria na
economia brasileira
18/11/2020 -
Governo prevê
inflação maior, de 3,13%, e salário mínimo de R$ 1.087
18/11/2020 -
Lula declara apoio e pede voto em Boulos e Erundina:
“Compromisso histórico”
18/11/2020 -
PDT anuncia
apoio programático a Manuela D’Ávila em Porto Alegre
18/11/2020 -
PT anuncia apoio
a Eduardo Paes no segundo turno no Rio
18/11/2020 -
MP do Rio: Flávio Bolsonaro desviou mais de R$ 6
milhões da Alerj com esquema da rachadinha
18/11/2020 -
Taxa de
transmissão da Covid-19 no Brasil volta a nível de
descontrole da doença
18/11/2020 -
Proposta obriga empresa a fornecer proteção contra
radiação solar a empregados
17/11/2020 -
Rodrigo Maia
espera maior diálogo e equilíbrio após eleições
17/11/2020 -
Sindicalismo precisa ser mais presente no Segundo
Turno
17/11/2020 -
Eleições cacifam
Centrão e obrigam extrema-direita e esquerda a se
repensarem
17/11/2020 -
Ataque hacker
foi “operação coordenada” para desacreditar TSE
17/11/2020 -
“A extrema direita de Bolsonaro foi a grande
derrotada”, afirma Lula
17/11/2020 -
Proposta obriga INSS a pagar auxílio-doença após 60
dias sem perícia
17/11/2020 -
Cresce número de
mulheres candidatas e eleitas no pleito de 2020
17/11/2020 -
Bolsonaro volta
a questionar confiabilidade das eleições e diz
desconhecer uso de urnas eletrônicas em outros
países
16/11/2020 -
Seis capitais
reelegem prefeitos em 1º turno marcado por pandemia
e abstenções
16/11/2020 -
Bolsonaro sofreu
uma “derrota muito forte”, diz Jandira
16/11/2020 -
Reforma
Trabalhista aprofunda desemprego, precariedade e
informalidade
16/11/2020 -
Indústria
enfrenta pior falta de matéria-prima em 19 anos e
reduz produção
16/11/2020 -
Lula classifica
conversa com Ciro como civilizada e defende respeito
mútuo
16/11/2020 -
Retomada do
mercado de trabalho poderá levar um ano após o fim
da pandemia, dizem analistas
16/11/2020 -
Número de trabalhadores com deficiência caiu mesmo
antes da pandemia
13/11/2020 -
Guedes diz que auxílio emergencial será prorrogado
se houver segunda onda da pandemia de Covid-19
13/11/2020 -
Desigualdade social: Extrema pobreza cresce e negros
são os mais atingidos, diz IBGE
13/11/2020 -
IBGE: informalidade atinge 41,6% dos trabalhadores
no país em 2019
13/11/2020 -
Reforma da Previdência brasileira completa um ano
13/11/2020 -
Guedes volta a
defender criação de imposto sobre transações
digitais e fala em taxar dividendos
13/11/2020 -
Famílias de baixa renda têm inflação maior, revela
pesquisa do BC
13/11/2020 -
Empregado que
extrapola jornada e tem intervalo reduzido recebe
horas extras
12/11/2020 -
Pela primeira
vez no histórico da Pesquisa Fórum maioria da
população desaprova Bolsonaro
12/11/2020 -
Governo
Bolsonaro vai começar 2021 sem cumprir promessa de
criar programa de renda para os pobres
12/11/2020 -
Sindicato
conquista 6% a trabalhadores em revenda de peças
12/11/2020 -
Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no
terceiro trimestre
12/11/2020 -
Sinthoresp tem
vitória frente ao McDonald’s sobre taxa de uniformes
12/11/2020 -
STF julga diferença de correção em saldos do FGTS
referente ao Plano Collor II
12/11/2020 -
Dieese estima
pagamento do 13º em R$ 215 bilhões. Ou menos
12/11/2020 -
Lewandowski
envia notícia-crime à PGR sobre atuação ilegal do
governo em defesa de Flávio Bolsonaro
11/11/2020 -
“Pólvora,
maricas e hiperinflação”: Maia reage a discurso de
Bolsonaro
11/11/2020 -
Justiça decide a favor de trabalhadores contaminados
pela Covid-19
11/11/2020 -
Aumenta a rejeição a Bolsonaro nas grandes cidades
11/11/2020 -
STF dá 48 horas
para Anvisa explicar paralisação dos testes da
CoronaVac
11/11/2020 -
Governo quer privatizar Correios, Eletrobras, Porto
de Santos e PPSA em 2021
11/11/2020 -
Projeto garante
ao trabalhador acesso imediato a FGTS e a
seguro-desemprego por falência da empresa
11/11/2020 -
Produção
industrial cresce em 11 locais em setembro, diz IBGE
11/11/2020 -
Proposta dispensa prova de vida para beneficiário do
INSS que usa biometria no banco
11/11/2020 -
Pequenos e
médios empresários não têm dinheiro para pagar 13º
neste ano
10/11/2020 -
Sindicalismo dos
USA aplaude vitória de Biden e pede apoio a leis
10/11/2020 -
Com Bolsonaro, Brasil pode deixar lista das dez
maiores economias do mundo e cair para 12º lugar
10/11/2020 -
Após almoço com
Luciano Huck, Maia diz que 2022 ainda está longe
10/11/2020 -
Pandemia afeta mais o emprego feminino, revelam
dados do Caged
10/11/2020 -
Governo Doria
suspeita de uso político por Bolsonaro da suspensão
de teste da Coronavac
10/11/2020 -
Indicador Antecedente de Emprego sobe pela sexta
vez, diz FGV
10/11/2020 -
INSS inicia perícia por telemedicina a partir da
próxima semana
10/11/2020 -
Barroso pede
vista e julgamento de ADO sobre licença-paternidade
é suspenso
09/11/2020 -
Bolsonaro usa
aparato público para fazer campanha eleitoral.
Beneficiados podem ser cassados
09/11/2020 -
Moro e Huck
negociam aliança para disputar presidência em 2022,
diz jornal
09/11/2020 -
Ipea mostra que 40% dos informais pararam de
trabalhar no 2º trimestre
09/11/2020 -
Centrais e
deputada do PCdoB exigem providência contra apagão
no AP
09/11/2020 -
Para dirigentes, desoneração pode manter e gerar
empregos
09/11/2020 -
Pedidos de
seguro-desemprego caem 16,9% em outubro
09/11/2020 -
Dieese: cesta
básica sobe em 15 das 17 capitais pesquisadas em
outubro
09/11/2020 -
INPC tem inflação de 0,89% em outubro, diz IBGE
06/11/2020 -
13º será reduzido para quem teve contrato de
trabalho suspenso durante a pandemia
06/11/2020 -
Mais pressões sobre o emprego, por Clemente Ganz
Lúcio
06/11/2020 -
Desoneração da folha é vitória parcial
06/11/2020 -
Caso Queiroz: MP
quer que Flávio Bolsonaro perca cargo de senador
06/11/2020 -
Nunes Marques
deve se unir aos ministros contrários à prisão após
2ª instância, diz especialista
06/11/2020 -
Projeto garante
a idoso estabilidade no emprego após fim de
calamidade pública
05/11/2020 -
Derrubado o veto
à prorrogação da desoneração da folha para 17
setores
05/11/2020 -
Governo e
patrões se unem e vetam parcelas extras de
seguro-desemprego
05/11/2020 -
Produção
industrial volta ao nível de fevereiro e acumula
queda no ano
05/11/2020 -
NCST debate
precarização de apps e relações trabalhistas em
audiência da OAB
05/11/2020 -
Fachin nega a
Lula acesso a documentos sobre Petrobras que
provariam sua inocência
05/11/2020 -
Presidente do
Banco Central admite que luz vermelha da inflação
está acesa
04/11/2020 -
A ‘roda da economia’: centrais pedem manutenção do
auxílio de R$ 600 e desoneração
04/11/2020 -
Davi marca sessão do Congresso para analisar veto à
desoneração da folha
04/11/2020 -
Trabalhadores contribuindo à Previdência caem ao
menor nível desde 2012, diz IBGE
04/11/2020 -
MP denuncia
Flávio Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa
04/11/2020 -
Senado aprova
projeto da autonomia do Banco Central; texto vai à
Câmara
04/11/2020 -
Antecipação do auxílio-doença será limitada até 31
de dezembro
04/11/2020 -
Senado aprova
voto de repúdio contra decisão judicial que absolveu
estuprador
03/11/2020 -
Centrais vão às
ruas por Auxílio de R$ 600,00 e desoneração da folha
03/11/2020 -
Estamos
caminhando a passos largos para o precipício, diz
Maia
03/11/2020 -
Com mais desalentados, subutilizados e excluídos,
desemprego bate novo recorde
03/11/2020 -
Trabalhador em
aviso prévio pode aderir a plano de demissão
voluntária
03/11/2020 -
Analistas
apontam 40% de chance “alta” ou “muito alta” de
Guedes deixar governo Bolsonaro
03/11/2020 -
Bolsonaro leva o
Brasil à beira do colapso financeiro com piora da
dívida pública
30/11/2020 -
Esquerda e centro-esquerda elegem 12 prefeitos no 2º
turno; veja lista de cidades
PT elege prefeitos em 4 das 100 maiores cidades;
PSOL governará Belém (PA) e PDT venceu nas quatro
cidades que disputou
Partidos de esquerda e centro-esquerda elegeram
prefeitos em 12 cidades de nove estados diferentes
neste domingo (29). Ao todo, 57 cidades foram às
urnas em 2º turno, e 25 delas com candidatos do
campo democrático na disputa.
O PT, que hoje não tem nenhum prefeito entre as cem
maiores cidades do país, saltará para quatro a
partir de 2021: José de Filippi Jr., em Diadema
(SP); Marília Campos, em Contagem (MG); Margarida
Salomão, em Juiz de Fora (MG); e Marcelo Oliveira,
em Mauá (SP).
Também no 2º turno, o PSOL elegeu Edmilson Rodrigues
em Belém (PA) e foi derrotado com Guilherme Boulos
em São Paulo (SP).
O PDT foi o único partido do campo progressista que
venceu todas as prefeituras que disputou neste
domingo. José Sarto triunfou em Fortaleza (CE);
Edvaldo Nogueira, em Aracaju (SE); Sergio Vidigal,
em Serra (ES); e Caio Vianna, em Campos dos
Goytacazes (RJ).
O PSB elegeu João Campos no Recife (PE); João
Henrique Caldas, em Maceió (AL), e Rubens Bomtempo,
em Petrópolis (RJ). O PCdoB foi derrotado com
Manuela D'Ávila em Porto Alegre (RS).
Para a cientista política da Universidade Federal de
São Carlos (UFSCar), Maria do Socorro Sousa Braga, a
eleição 2020 marcou a reorganização do sistema
partidário dois anos após a vitória de Jair
Bolsonaro (sem partido).
"Os partidos da direita neoliberal, PSDB, PP e DEM,
tiveram um avanço significativo, enquanto a esquerda
teve certa divisão, especialmente no 1º turno,
apesar da unidade em algumas cidades”, analisa.
"O PT continua como partido mais importante do campo
da esquerda, embora sem a mesma hegemonia de antes.
O PSOL emerge com lideranças importantes, como o
Boulos, mas o PT ainda tem uma capilaridade muito
maior. Então, a tendência é uma oxigenação maior do
campo da esquerda", finaliza.
Fonte: Brasil de Fato
30/11/2020 -
Um sindicalismo virtual e mais presente, esse é o
futuro
O jornal Estado de São Paulo publicou artigo escrito
por José Pastore e Magnus Ribas Apostólico, membros
do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da
Fecomercio-SP, no qual falam sobre as assembleias
virtuais e a comunicação com o trabalhador.
Para eles, o sindicalismo sempre teve o problema da
baixa representatividade, exceto as categorias bem
organizadas como metalúrgicos, bancários,
petroleiros e outros.
Eles relatam no artigo que após o fim da
contribuição sindical trazida pela reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017), algumas entidades
sindicais (sindicatos, federações e confederações)
tiveram suas finanças abaladas. “Muitas procuraram
se unir com outras para não morrer. Outras morreram.
Mas há novidades no front”, é dito no artigo.
Mas para eles, isso não indica a morte do
sindicalismo, mas traz novidades para o futuro.
Segue um trecho:
“Por força das restrições impostas pela pandemia, os
últimos meses têm sido marcados por uma aceleração
vertiginosa das assembleias sindicais virtuais. Ao
contrário das assembleias presenciais, estas têm
contado com uma gigantesca participação dos
empregados representados. Há casos em que mais de
60% de categorias grandes (bancários, por exemplo)
participam e votam nas assembleias virtuais.”
Segundo os autores, essa nova realidade traz
mudanças visíveis, pois exige uma maior preparação
dos dirigentes sindicais. Com a participação de mais
trabalhadores, os questionamentos podem surgir e a
preparação é fundamental.
Os autores acreditam que as assembleias virtuais
crescerão mesmo depois de superada a pandemia, junto
com a intensificação da comunicação entre
trabalhadores e dirigentes sindicais, seja por
aplicativos de mensagens, redes sociais e outros
meios. E eles finalizam:
“Este novo ambiente pode significar o alvorecer de
um sindicalismo mais representativo, mais atuante,
mais pragmático e menos teatral. É um novo desafio
trazido pelas modernas tecnologias.”
Confira o artigo na íntegra:
https://bit.ly/3l5MQip
Fonte: Mundo Sindical
30/11/2020 -
Acidente em São Paulo: reforma trabalhista matou 41
pessoas
Trabalhadores mortos em Taguaí, em sua maioria
jovem, eram funcionários da Sttatus Jeans. Entre os
trechos da CLT alterados pela reforma trabalhista
está o que se relaciona a deslocamento para o local
de trabalho
“A empresa tem que ser responsável pelo deslocamento
do trabalhador e da trabalhadora até o local de
trabalho. O que aconteceu em Taguaí foi um acidente
de trabalho”, afirmou o presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Rene
Vicente, em São Paulo. Ele falou a respeito do
acidente no estado que resultou na última
quarta-feira (25) em 41 mortes de trabalhadores e
trabalhadoras da empresa têxtil Sttatus Jeans, a
maioria bem jovem.
Rene prosseguiu dizendo que a empresa tem a
obrigação de garantir boas condições de transporte e
assegurar a fiscalização no transporte do
trabalhador. “Todo dia eles viajavam 50 km para
trabalhar. A responsabilidade começa desde o
deslocamento para o trabalho e não apenas quando
bate o cartão”. De acordo com ele, em busca do lucro
a empresa jogou para o trabalhador o custo do
transporte. “A mentalidade da empresa é de que os
trabalhadores é que se virem para chegar ao
trabalho”.
Tragédia anunciada após reforma trabalhista
De acordo com Rene, tragédias como a de Taguaí, no
interior de São Paulo, estão diretamente ligadas à
aprovação da reforma trabalhista de 2017. Na opinião
da CTB, o golpe de 2016 contra a presidenta eleita
Dilma Rousseff foi um golpe do capital contra o
trabalho. “Uma reforma levada adiante por Michel
Temer que mexeu em mais de 200 itens da CLT,
desmontou o Ministério do Trabalho, vem desmontando
a Justiça do Trabalho e fragilizou órgãos de
inspeção do trabalho. Esta triste situação que
aconteceu em São Paulo é fruto de um projeto e não é
por acaso”.
Entre os trechos da CLT alterados pela reforma
trabalhista está o que se relaciona a deslocamento
para o local de trabalho. Os defensores da reforma
afirmam que pelo texto aprovado em 2017 o
trabalhador no trajeto para o trabalho não estaria
mais à disposição do empregador. A Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
afirma que o texto da reforma é impreciso. O governo
de Jair Bolsonaro tentou através da Medida
Provisória 905, de novembro de 2019, excluir o
acidente de trajeto da categoria de acidente de
trabalho mas a MP foi revogada.
“Quem leu as 81 páginas do programa de governo do
candidato a presidência Jair Bolsonaro viu que no
campo do trabalho havia apenas dois itens que eram
aplicar pluralidade sindical e a desregulamentação
trabalhista. E ele vem fazendo isso desde a posse”,
analisou Rene. Ele citou a criação em 2019 do Grupo
de Altos Estudos do Trabalho (GAET) para aprofundar
a reforma trabalhista e a extinção em outubro deste
ano de 48 normas regulamentadoras (NRs). As normas
existem para garantir a integridade física e
psíquica dos trabalhadores e trabalhadoras.
Sindicatos em defesa da vida, do emprego e da
renda
O movimento sindical foi alvo prioritário da reforma
trabalhista sob o governo de Michel Temer e segue na
mira do governo de Bolsonaro, que dificultou o
recolhimento da contribuição sindical. “Atacam os
sindicatos porque são as instâncias de resistência e
de oposição ao fim das relações de trabalho amparada
em direitos para o trabalhador. Eles querem que o
trabalhador só tenha o direito de vender sua
mão-de-obra enquanto o patrão dita as regras”.
Rene avaliou que os sindicatos e as centrais
sindicais precisam intensificar o debate da
importância que essas entidades têm em defesa da
vida, do emprego e da renda, especialmente no
momento atual. “Na busca incessante pelo lucro a
vida não importa. Não importa que morreram 40,
amanhã o patrão contrata mais quarenta e eles que se
virem para chegar ao serviço. Esta é a lógica
perversa do capital”.
Fonte: Portal CTB
30/11/2020 -
Maia cobra do governo mais empenho em projetos que
garantam a recuperação econômica
Para Maia, se as propostas econômicas não forem
aprovadas neste ano, 2021 será um ano muito ruim
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
cobrou do governo mais empenho na aprovação de
projetos que garantam a recuperação econômica do
País após as eleições municipais. Maia concedeu
entrevista coletiva neste domingo (29) depois de
votar no Rio de Janeiro. Ele afirmou que, terminada
a eleição, o governo deve apresentar suas propostas
para organizar as contas públicas, enfrentar o
crescimento do endividamento e aprovar um orçamento
para o próximo ano dentro do teto de gastos.
Maia também criticou o governo por antecipar o
debate sobre as eleições para o comando da Câmara e
do Senado, que vão ocorrer em fevereiro. “Antes da
eleição das Mesas, temos um número importante de
emendas constitucionais e de projetos, que deveriam
ser a prioridade de todos e não a eleição da Câmara
e do Senado, que tem gerado mais conflito do que
solução. Não entendi por que o governo antecipou
esse processo político, porque isso atrapalha a
própria pauta do governo no Congresso”, afirmou
Maia.
As eleições para a presidência da Câmara e do Senado
serão em fevereiro de 2021. Maia negou que seja
candidato à reeleição e afirmou que a Constituição
veda a recondução para o cargo na mesma legislatura.
Para ele, a prioridade no momento deveria ser a
agenda econômica do Congresso Nacional. Segundo
Rodrigo Maia, se as propostas econômicas não forem
aprovadas, 2021 será um ano muito ruim, com uma uma
volta da recessão e uma forte pressão para o aumento
dos juros.
Questionado sobre a possibilidade de o Supremo
Tribunal Federal permitir sua candidatura à
reeleição, Maia disse que não trabalha sob hipótese.
Fonte: Agência Câmara
30/11/2020 -
Taxa de desemprego salta de 13,3% para 14,6% e volta
a bater recorde
São 14,1 milhões de trabalhadores sem ocupação
nenhuma na atualidade
O mercado de trabalho no Brasil continua refém da
pandemia de Covid-19 e do desastroso governo de Jair
Bolsonaro. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), entre o segundo e o
terceiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego
saltou de 13,3% para 14,6% – a maior taxa da série
histórica. São 14,1 milhões de trabalhadores sem
ocupação nenhuma na atualidade.
“Mais de 1,3 milhão de desempregados entraram na
fila em busca de um trabalho no País”, disse o IBGE
na sexta-feira (27), ao divulgar, no Rio de Janeiro,
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua) Trimestral. Os novos dados
se referem ao período de julho a setembro de 2020.
A taxa de desocupação cresceu em dez estados,
sobretudo na Bahia (onde chegou a 20,7%), Sergipe
(20,3%) e Alagoas (20,0%). De acordo com o IBGE, os
maiores crescimentos da taxa de desocupação foram
registrados na Paraíba (4 pontos percentuais), Amapá
(3,8 p.p.) e Pernambuco (3.8 p.p.).
Para Adriana Beringuy, analista da pesquisa, o
aumento no desemprego reflete a flexibilização das
medidas de isolamento social para controle da
pandemia. “Em abril e maio, as medidas de
distanciamento social ainda influenciavam a decisão
das pessoas de não procurar trabalho. Com o
relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um
maior contingente em busca de uma ocupação”, diz
Adriana.
O contingente de ocupados caiu 1,1% na comparação
com o segundo trimestre, somando 82,5 milhões de
pessoas. É o menor patamar da série histórica do
IBGE, iniciada em 2012. A pesquisa apontou uma
retração de 883 mil pessoas, o que resultou em um
nível de ocupação de 47,1%, que também é o menor da
série e significa recuo de 0,8 ponto percentual
frente ao trimestre anterior (47,9%).
Conforme os dados do IBGE, desde o trimestre
encerrado em maio, o nível de ocupação está abaixo
de 50%, “o que aponta que menos da metade da
população em idade para trabalhar está ocupada no
país”. Segundo Adriana Beringuy, todas as categorias
perderam ocupação. Além disso, o número de pessoas
com carteira assinada caiu 2,6% no terceiro
trimestre na comparação com o anterior. A perda é de
788 mil postos, alcançando 29,4 milhões de
empregados com carteira assinada no país.
A taxa de informalidade ficou em 38,4% no trimestre
encerrado em setembro. O percentual equivale a 31,6
milhões de pessoas sem carteira assinada, que são
empregados do setor privado ou trabalhadores
domésticos, sem CNPJ (empregadores ou empregados por
conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. No
trimestre anterior, o percentual era de 36,9%.
A população desalentada (5,9 milhões) é igualmente
recorde da série, com alta de 3,2% (mais 183 mil
pessoas) frente ao trimestre anterior e de 24,7%
(mais 1,2 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre
de 2019. O percentual de desalentados na população
na força de trabalho ou desalentada (5,7%) ficou
estável ante o trimestre anterior e subiu 1,5 p.p.
contra o mesmo trimestre de 2019.
O número de trabalhadores por conta própria (21,8
milhões) variou 0,6 (mais 119 mil) contra o
trimestre anterior e caiu 10,8% (menos 2,6 milhões
de pessoas) frente ao mesmo período de 2019. Já o
número de trabalhadores domésticos (4,6 milhões)
caiu 2,2% (menos 102 mil pessoas) frente ao
trimestre anterior e 26,5 % (menos 1,7 milhão de
pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019 (4,2%).
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
30/11/2020 -
PL para pagamento parcelado de empregados divide
especialistas
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
2.863/2020 que prevê o parcelamento de dívidas
trabalhistas em execução, em até 60 meses, durante
período de calamidade pública em razão da Covid-19 e
nos 18 meses consecutivos após o fim da pandemia.
O PL é de autoria do deputado Laercio Oliveira (PP-SE).
A justificativa para a permissão do parcelamento é
de que reflexos decorrentes da pandemia já atingem
demasiadamente os diferentes setores da economia, e
acabaram gerando distorções de cunho produtivo e
influenciando na manutenção dos postos de trabalho e
emprego para a maioria das empresas.
"Neste contexto, mudanças legislativas que possam
trazer um mínimo de fôlego financeiro aos
empregadores são imprescindíveis para respaldar as
ações necessárias ao eficaz enfrentamento da crise",
afirma o deputado.
Para o advogado trabalhista e sócio da Advocacia
Maciel, Pedro Maciel, o PL é muito relevante no
atual cenário. "Esse parcelamento de dívidas e
ausência de pagamento de depósito recursal pode ser
extremamente benéfico para as empresas,
principalmente de pequeno porte, as quais sofreram
muito durante o período de pandemia. Ainda, os 18
meses que sucedem este período são um prazo razoável
para a recuperação econômica das empresas no
pós-pandemia."
Porém, Maciel ressalta que a divisão em até 60
parcelas é extensa, e provavelmente não será
necessário um prazo tão longo. "A medida ajuda as
empresas em um momento difícil da economia
brasileira a pagar suas dívidas trabalhistas e não
falir, o que, consequentemente, ajuda os
trabalhadores a ter mais certeza no recebimento do
crédito que tem dever, e mantém o emprego de
inúmeros empregados em nosso país", explica.
Já para o advogado trabalhista Ronaldo Tolentino,
sócio da Ferraz dos Passos Advocacia, em tese o
projeto parece ser prejudicial ao trabalhador.
"Ocorre que, na prática, em virtude da crise
econômica ocasionada pela pandemia, diversas
empresas estão em dificuldades financeiras e, por
isso, não têm condições de pagar as verbas
rescisórias de uma vez só. Assim, se o trabalhador
não concordar em receber parcelado, vai acabar não
recebendo nada e terá que ir à Justiça. Na Justiça,
a maioria dos acordos é feita de forma parcelada",
ressalta.
Fonte: Consultor Jurídico
27/11/2020 -
Congelamento de aposentadorias volta à pauta para
criação de ‘novo’ programa social
Veto ao reajuste de benefícios previdenciários
acima de um salário mínimo voltou a ser negociado
como “semidesindexação”.
Para o Dieese, o que o governo quer é “retirar
recursos dos pobres para dar aos mais pobres”
Enquanto o governo federal não toma nenhuma medida
em relação à prorrogação ou não do auxílio
emergencial – que já foi reduzido de R$ 600 para R$
300 – continuam as especulações a respeito do que
seria o “novo” programa social que substituiria o
Bolsa Família. Com a vigência da lei do Teto de
Gastos, que limita investimentos sociais, a previsão
é que a equipe econômica corte gastos públicos em
determinadas áreas para garantir que o programa seja
concretizado.
Desde terça-feira (24), integrantes do Ministério da
Economia vêm retomando a rodada de discussões junto
com os parlamentares. Na mesa de negociação, de
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o governo
voltou a apostar no congelamento de aposentadorias e
pensões, acima de um salário mínimo (R$ 1.045),
ponto que já havia sido levantado meses atrás. A
medida, que desobriga que os benefícios
previdenciários sejam reajustados pela inflação, é
apelidada de “semidesindexação”.
Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro havia
recuado da criação do programa Renda Brasil. E
ameaçou com “cartão vermelho” a proposta de maior
austeridade fiscal de seu ministro Paulo Guedes.
Tirando dos mais pobres
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, a volta da discussão sobre o congelamento
reforça, no entanto, que “a principal opção que esse
governo faz, retirar recursos dos pobres para dar
aos mais pobres”, observa a Glauco Faria, na
colunada entidade no Jornal Brasil Atual. “Ou seja,
a proposta que a gente tem assistido, os balões de
ensaio de onde tirariam recursos para uma nova
política social do governo, sempre cai de certo modo
sobre os próprios trabalhadores”, afirma. “Em
momento nenhum o governo se debruça ou faz uma
proposta real de interferir na tributação dos mais
ricos, nas empresas que não pagam impostos.”
No final de outubro, mais de 60 entidades do campo
popular calcularam que a tributação dos chamados
super-ricos representaria um aumento de quase R$ 300
bilhões na arrecadação. Taxando apenas as altas
rendas e patrimônios do Brasil, estimados em 0,3% da
população. Na contramão, o governo Bolsonaro volta a
aventar o congelamento de aposentadorias. O que
desconsidera, por exemplo, que ao menos 68% dos
idosos são os principais responsáveis pela renda de
suas famílias. De acordo com o Dieese, a medida pode
colocar em risco o consumo e deprimir ainda mais a
economia brasileira.
Taxar fortunas em vez de mexer nas aposentadorias
“A impressão que dá quando a gente está falando ‘acima
de um salário mínimo’ é que são ‘grandes’
aposentadorias, acima de R$ 10 mil. Não estamos
falando disso. Estamos falando de uma imensa maioria
que ganha pouco mais de um salário mínimo, em torno
de R$ 1.500 a perto de R$ 2.500. E são os
aposentados em regiões mais pobres que garantem a
renda em pequenos comércios. É momento também
complicado para falar em congelamento”, ressalta
Fausto.
“Estamos com uma inflação que começa a aparecer com
mais força, em especial nos alimentos, e que atinge
diretamente essa população. Não é possível que um
país rico como o Brasil, em que grandes fortunas não
pagam imposto, não consiga encontrar um caminho para
ampliar a política social sem tirar recursos
daqueles que já pouco têm.”
Fonte: Rede Brasil Atual
27/11/2020 -
Outubro tem saldo positivo na geração de emprego,
mas é pouco
O Ministério da Economia divulgou os dados sobre
geração de emprego em outubro que obteve saldo
positivo. É o quarto mês consecutivo o país tem mais
empregos do que demissões.
Foram criadas 394.989 vagas com carteira assinada em
outubro. Foram 1.548.628 admissões e 1.153.639
desligamentos. O resultado é o melhor outubro desde
1992 registrado no Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged).
Apesar do quarto mês consecutivo de saldo positivo,
o acumulado do ano é negativo em 171.139.
O resultado positivo foi puxado por quatro
atividades econômicas: serviços (156.766 vagas
abertas); comércio (115.647); indústria (86.426); e
construção (36.296).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o
Brasil terminará o ano com perda zero de empregos
com carteira assinada. Ele não deu nenhuma projeção
ou estimativa para essa afirmação. Em se tratando de
Guedes, melhor não confiar.
"A economia continua retomando e gerando empregos em
ritmo acelerado. Reagimos com resiliência, soubemos
fazer distanciamento social e ao mesmo tempo manter
economia girando", afirmou.
Fonte: Mundo Sindical
27/11/2020 -
Popularidade de Bolsonaro está em colapso em 23
capitais
Em nenhuma capital brasileira a popularidade de
Bolsonaro subiu entre outubro e novembro, mesmo com
o auxílio emergencial ainda em vigor. Em 23 das 26
capitais do país, as taxas de aprovação a Bolsonaro
caíram e as negativas aumentaram
Pesquisa do Ibope é taxativa: a popularidade de
Bolsonaro foi pelo ralo em 23 das 26 capitais
brasileiras entre outubro e novembro. Os números
mostram que em quase todas as capitais caiu o
percentual que avaliou o governo como “ótimo ou
bom”. Não houve aumento do índice de aprovação de
Bolsonaro em nenhuma capital do país se considerada
a margem de erro, informa O Globo.
As taxas de “péssimo” e “ruim” são as seguintes:
Salvador (66%), São Luís (57%), Porto Alegre (56%),
São Paulo (54%), Recife (52%), Aracajú (51%),
Florianópolis (50%), Teresina (48%), Vitória (47%),
Fortaleza (46%), Belo Horizonte (45%) Curitiba
(44%), Belém (44%), Rio de Janeiro (43%), João
Pessoa (43%), Maceió (39%), Natal (39%), Campo
Grande (36%), Goiânia (35%), Rio Branco (35%),
Manaus (32%), Cuiabá (32%), Palmas (32%), Porto
Velho (31%), Macapá (30%), Boa Vista (18%).A notícia
é ainda pior para Bolsonaro porque as pesquisas
foram feitas em um período no qual o auxílio
emergencial concedido pelo governo em decorrência da
pandemia foi reduzido de R$ 600 para R$ 300.
O desmantelamento da popularidade de Bolsonaro nas
capitais repercutiu nas urnas. Dos seis candidatos a
prefeito apoiados pelo presidente em capitais,
quatro foram derrotados no primeiro turno, ao passo
que dois disputam o segundo turno mas se encontram
atrás nas pesquisas de intenção de voto.
Fonte: Brasil247
27/11/2020 -
Doria diz que CoronaVac pode ser aplicada mesmo sem
registro da Anvisa
O governador de São Paulo citou a OMS e disse que
a Anvisa pode sofrer interferência de Bolsonaro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
declarou nesta quinta-feira (26) que pretende
aplicar na população a vacina CoronaVac,
desenvolvida pela farmacêutica chinesa SinoVac e
pelo Instituto Buntantã, mesmo sem o registro da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Não há outro caminho que não liberar (a CoronaVac)
dentro dos critérios que a Anvisa tem, que são os
mesmos critérios de protocolos internacionais de
outras agências de vigilância sanitária que também
estão avaliando a vacina CoronaVac, nos Estados
Unidos, na Europa, sobretudo na Ásia”, disse o
governador em entrevista à jornalista Rachel
Sheherazade, do Metrópoles.
Doria indicou que a validação internacional garante
a validade do imunizante mesmo sem a chancela da
Anvisa. “Essas agências, se validarem a vacina, ela
estará validade independentemente da própria Anvisa”,
completou.
O governador afirmou que, por estar em situação de
pandemia, o governo de São Paulo poderia aplicar a
vacina caso houvesse o reconhecimento internacional
do imunizante. Ele garante que a Organização Mundial
da Saúde (OMS) daria esse aval.
“Hoje há uma suspeita de que a Anvisa pode sofrer
ingerências políticas do Palácio do Planalto e não
ser uma agência independente como deveria ser, como
deve ser”, disse ainda.
Fonte: RevistaForum
27/11/2020 -
Preços da indústria tiveram em outubro maior alta
desde 2014: 3,40%
Em outubro de 2019, a taxa foi de 0,60%
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
inflação de produtos na saída das fábricas,
registrou alta de preços de 3,40% em outubro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), essa é a maior taxa da série
histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2014.
Em setembro, a taxa havia ficado em 2,34%. Já em
outubro de 2019, a taxa foi de 0,60%.
Com o resultado de outubro deste ano, o IPP acumula
taxas de inflação de 17,29% no ano e de 19,08% em 12
meses, também as maiores da série histórica.
Em outubro, 23 das 24 atividades industriais
pesquisadas tiveram alta de preços em seus produtos.
A exceção foi a indústria farmacêutica, com deflação
(queda de preços) de 2,06%. Entre os setores com
inflação, os destaques foram indústrias extrativas
(9,71%), metalurgia (4,93%), alimentos (4,60%) e
outros produtos químicos (4,52%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da
indústria, a maior alta foi observada nos bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo, com taxa de 5,01%. “Se a
gente olha os dez produtos dentro de bens
intermediários, que mais influenciaram o resultado,
seis são alimentos: dois derivados de soja, dois
derivados da cana-de-açúcar, carne suína e rações.
Os cinco primeiros têm o efeito de uma demanda
externa que está pressionando os preços no mercado
internacional, mas também do câmbio”, explica o
pesquisador do IBGE Alexandre Brandão.
Os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo, tiveram alta
de preços de 2,69%. Já os bens de consumo tiveram
altas de 1,27% nos bens semi e não duráveis e de
0,97% nos bens duráveis.
Fonte: Agência Brasil
27/11/2020 -
STF marca data do julgamento da ação sobre reeleição
de Davi e Maia
O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para 4 de
dezembro o início da julgamento sobre a reeleição de
presidentes da Câmara e do Senado dentro da mesma
legislatura. A Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) 6.524, pela qual o PTB contesta essa
possibilidade, será julgada em plenário virtual,
entre os dias 4 a 11 de dezembro. A ação é relatada
pelo ministro Gilmar Mendes.
Atualmente, a Constituição e os regimentos internos
das duas Casas impedem a reeleição dentro de uma
mesma legislatura, que é o período de quatro anos
que coincide com um mandato de deputado federal. Só
é permitida a recondução se ela ocorrer de uma
legislatura para a seguinte. Tanto o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quanto o da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram eleitos pelos
seus pares em fevereiro de 2019.
Ao Supremo, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a
Procuradoria-Geral da República (PGR) já
argumentaram que a Câmara e o Senado têm
independência para regular suas próprias eleições e
consideraram que a questão deve ser tratada
internamente.
No Senado, Davi é abertamente candidato para o
pleito interno de fevereiro de 2021. Além do DEM,
ele deve contar com o apoio do Republicanos, PP, PL
e PDT. Com uma bancada de seis senadores, o PT
avalia apoiar o atual presidente para mais um
mandato de dois anos. Em 2019, o partido esteve com
o ex-presidente Renan.
Já na Câmara, Maia, que está na cadeira desde que
assumiu um mandato tampão após a cassação de Eduardo
Cunha (MDB-RJ), nega oficialmente a intenção de
disputar uma terceira eleição – ainda que o Supremo
permita a recondução.
Maia tenta emplacar um aliado como seu sucessor e
tenta, inclusive, arregimentar o apoio da esquerda,
que deve ser o fiel da balança na disputa. Os
principais cotados são os deputados Baleia Rossi (MDB-SP),
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Pereira (Republicanos-SP)
e Luciano Bivar (PSL-PE). O Centrão, por outro lado,
tem candidato próprio, o atual líder do blocão,
Arthur Lira (PP-AL), próximo de Jair Bolsonaro.
Fonte: Congresso em Foco
27/11/2020 -
Bolsonaro nega uso do termo ‘gripezinha’, mencionado
por ele duas vezes
Em live nas redes sociais nesta quinta-feira (26),
Jair Bolsonaro negou que tenha usado o termo
“gripezinha” para se referir à covid-19. “Falei lá
atrás que, no meu caso, pelo meu passado de atleta,
eu não generalizei, se pegasse o Covid, não sentiria
quase nada. Foi o que eu falei. Então, o pessoal da
mídia, a grande mídia, falando que eu chamei de
‘gripezinha’ a questão do Covid. Não existe um vídeo
ou um áudio meu falando dessa forma. E eu falei pelo
meu estado atlético, minha vida pregressa, tá? Que
eu sempre cuidei do meu corpo. Sempre gostei de
praticar esporte”, disse.
No entanto, o presidente utilizou a expressão em ao
menos duas ocasiões: a primeira, em uma coletiva de
imprensa no dia 20 de março, ao lado do ex-ministro
da Saúde Luiz Henrique Mandetta, e a segunda, em um
pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no dia
24 de março.
Na primeira vez, Bolsonaro relacionou uma eventual
infecção por covid-19 à facada que sofreu durante a
campanha eleitoral de 2018. “Depois da facada, não
vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá
ok? Se o médico ou o ministro da Saúde me recomendar
um novo exame, eu farei. Caso o contrário, me
comportarei como qualquer um de vocês aqui
presentes”, disse ao final da coletiva.
Dias depois, em pronunciamento gravado, ele
minimizou os efeitos que a doença causada pelo novo
coronavírus teria nele. “No meu caso particular,
pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado
pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada
sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma
gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele
conhecido médico daquela conhecida televisão”,
ironizou o presidente em referência ao médico
Dráuzio Varella.
Fonte: Congresso em Foco
27/11/2020 -
Projeto proíbe benefícios tributários para empresas
que discriminem empregados
Texto abrange discriminação por situação de
desvantagem social, cultural, política, étnica,
física, religiosa ou econômica
O Projeto de Lei 4683/20 proíbe a concessão de
benefícios tributários a empresas que discriminarem
funcionários em situação de desvantagem social,
cultural, política, étnica, física, religiosa ou
econômica. O texto, que tramita na Câmara dos
Deputados, altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
A proposta altera ainda a reforma trabalhista para
prever que, em caso de discriminação, a multa
equivalente a 50% do maior benefício do do Regime
Geral de Previdência Social será aplicada não apenas
quando envolver sexo ou etnia, mas em razão de
qualquer condição de minoria social.
“É imprescindível buscarmos mecanismos auxiliares
que possam aumentar o custo para aqueles que
insistirem em discriminar seus funcionários.
Precisamos reforçar os dispositivos legais”, diz o
autor, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE).
Segundo o projeto, a empresa que discriminar dois ou
mais empregados de quaisquer de seus
estabelecimentos perderá o direito de se beneficiar
do Simples, se for o caso, e de qualquer subsídio,
isenção, redução de base de cálculo, crédito
presumido, redução a zero de alíquota, anistia ou
remissão de tributos.
Fonte: Agência Câmara
26/11/2020 -
Em editorial, Estadão bate forte em Guedes: “Sem
rumo”
Para o jornal, “planejamento é algo estranho ao
ministro”, enquanto “credibilidade é uma palavra
muito longa para seu chefe”.
O jornal O Estado de S.Paulo publicou, nesta
quarta-feira (25), editorial em que faz críticas
pesadas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e
demonstra ceticismo quanto à capacidade do Posto
Ipiranga de Jair Bolsonaro de tirar o país da crise
econômica. “O ministro da Economia, Paulo Guedes,
tem uma vaga ideia de onde está, ignora para onde
vai e desconhece, portanto, como chegar lá”, diz
logo nas linhas iniciais o editorial, intitulado “Um
ministro sem rumo”.
Para o Estadão, “planejamento é algo estranho ao
ministro”, enquanto “credibilidade é uma palavra
muito longa para seu chefe”.
O editorial é um artigo que expressa a opinião dos
dirigentes do jornal. Já há algum tempo, o Estado de
S.Paulo vem publicando peças críticas a Bolsonaro. O
fato de a inabilidade e as promessas vazias de
Guedes se tornarem alvo sinaliza que o empresariado,
apoiador de primeira hora do ministro, está perdendo
a paciência.
O jornal lembra a promessa recente de Guedes de
“jogar no ataque” nos próximos dois anos, prometendo
“reformas, privatizações, prosperidade e abertura
comercial”. Destaca que o ministro não entregou o
que prometeu e questiona que razão há para acreditar
que agora será diferente.
“Sem surpresa, o ministro continua reciclando as
promessas, jogando-as para a frente e nunca
explicando como vai cumpri-las”, afirma. O texto
também destaca a cegueira deliberada de Paulo Guedes
em relação à aproximação da segunda onda da pandemia
da Covid-19.
Questiona ainda como Guedes promoverá abertura
comercial diante da forte resistência de países da
Europa à aprovar o acordo entre União Europeia e
Mercosul diante do desmonte ambiental promovido pelo
governo Bolsonaro. “Essa resistência tem sido
alimentada pela política antiecológica do governo
brasileiro, jamais criticada por Paulo Guedes”, diz
o texto.
“Enfim, para jogar no ataque, o governo precisaria,
em primeiro lugar, de um roteiro para 2021. Mas nem
o Orçamento do próximo ano está definido. Ficará
também para mais tarde, talvez para 2022?”, ironiza
o jornal.
Fonte: Portal Vermelho
26/11/2020 -
Senado aprova inclusão de discriminação racial e
sexual como agravantes em crime
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (25)
o projeto de lei que inclui motivações de
preconceito racial e sexual como circunstâncias
agravantes de pena para qualquer tipo de crime. O
PLS 787/2015 segue agora para a Câmara dos
Deputados.
O texto é do senador Paulo Paim (PT-RS) e foi
pautado para votação com a repercussão da morte de
João Alberto Silveira Freitas, que foi espancado por
seguranças de um supermercado da rede Carrefour em
Porto Alegre (RS). O caso aconteceu na semana
passada, na véspera do Dia da Consciência Negra.
De acordo com o projeto, os agravantes de
discriminação devem ser adicionados ao Código Penal
(Decreto-Lei 2.848, de 1940). Além do preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade, o
projeto também leva o agravante de preconceito de
orientação sexual. Esse acréscimo foi solicitado
durante a votação pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
Fonte: Agência Senado
26/11/2020 -
Contra privatização da CEB, trabalhadores aprovam
greve a partir do dia 1º
Nesta quarta-feira (25/11), a categoria fez
protesto em frente ao Buriti e anunciou paralisação
das atividades até a meia-noite
Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília
(CEB), movimentos populares e parlamentares
realizaram ato contra a privatização da
concessionária de energia, nesta quarta-feira
(25/11), em frente à Câmara Legislativa do Distrito
Federal (CLDF) e na Praça do Buriti.
Durante a manhã, os sindicalistas decidiram cruzar
os braços e permanecerem parados até meia-noite
desta quarta. Também foi deliberado greve, por tempo
indeterminado, a partir do dia 1º de dezembro, além
de um ato unificado marcado para o dia 2. O pleito é
pela estabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras
e a suspensão do leilão da estatal.
A iniciativa tem como objetivo pressionar o GDF e
destravar o diálogo entre o governador Ibaneis Rocha
(MDB) e o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF).
“Acompanhamos o caos no Amapá, a população e o
comércio foram prejudicados pela ação irresponsável
de uma empresa privada. Não podemos correr o risco
que isso aconteça na capital da República”, disse
João Carlos Dias Ferreira, diretor do STIU.
Segundo Dias, o processo de privatização da CEB deve
ser suspenso imediatamente, até que o Judiciário se
manifeste de forma definitiva sobre a
obrigatoriedade de lei específica para privatizar a
distribuidora. “Em paralelo, a categoria deliberou
por greve a partir de 1ºde dezembro tendo em vista
que a CEB não apresentou nenhuma proposta em relação
ao acordo coletivo vigente”, completou.
O Sindicato alerta que a privatização da CEB,
prevista para 4 de dezembro, causará efeito
devastador no sistema elétrico da capital federal.
Há também o risco de aumentos abusivos na conta de
energia dos brasilienses, segundo a entidade.
Fonte: Metropoles
26/11/2020 -
Olavo de Carvalho defende a renúncia de Bolsonaro:
“vá para casa”
Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, usou as
redes sociais para pedir a renúncia de Jair
Bolsonaro. ”Bolsonaro: Se você não é capaz nem de
defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos,
renuncie a vá para casa antes de perder o prestígio
que em outras épocas soube merecer”, postou no
Twitter.
A publicação de Olavo vem na esteira das tentativas
feitas por ele para evitar pagar uma indenização por
danos morais no valor de R$ 2,8 milhões ao cantor e
compositor Caetano Veloso.
O processo contra o guru do clã Bolsonaro e seus
seguidores já teve quatro decisões judiciais
favoráveis ao músico, a última delas, em maio deste
ano. O prazo para o pagamento da dívida terminou na
segunda-feira (23).
A ação – que resultou na condenação de Olavo pelo
crime de injúria e difamação - foi feita em 2017,
após ele acusar o músico de “pedofilia".
Fonte: Brasil247
26/11/2020 -
Senado aprova texto do Projeto de Lei 4.458/2020, a
nova Lei de Falências
O Senado aprovou nesta quarta-feira (25/11) o texto
principal do Projeto de Lei 4.458/2020, que
reformula a Lei de Falências. Entre outras medidas,
a proposta aprovada amplia o prazo para o pagamento
de dívidas tributárias. A ideia dos autores do
projeto é dar mais agilidade aos processos de
recuperação judicial.
Por outro lado, os senadores rejeitaram por 52 votos
a 20 um destaque do PT ao projeto de lei que previa
a retirada de um artigo que tratava de créditos
trabalhistas. Como já havia sido aprovado pela
Câmara dos Deputados em agosto, o texto da nova Lei
de Falências agora só depende da sanção do
presidente da República, Jair Bolsonaro, para entrar
em vigor.
Uma das mudanças apresentadas pelo PL 4.458/2020 é o
aumento do prazo de parcelamento dos débitos com a
União das empresas em recuperação judicial, de sete
para dez anos.
Além disso, o PL regulamenta os empréstimos tomados
por essas empresas, uma vez que os novos
financiamentos terão preferência de pagamento entre
os créditos contraídos no processo de recuperação.
Outra novidade: os bens pessoais dos devedores
poderão ser usados como garantia, desde que haja
autorização judicial.
O PL 4.458/2020 permite ainda que dívidas
trabalhistas sejam incluídas em processos de
recuperação extrajudicial, com a condição de que
haja aprovação do sindicato da categoria, e que
produtores rurais pessoas físicas entrem com pedido
de recuperação judicial.
Para o advogado Felipe Bayma, sócio proprietário do
escritório Bayma e Fernandes Advogados Associados,
"o texto é muito importante para o empresariado
brasileiro, sobretudo neste momento de pandemia,
permitindo financiamento durante a fase de
recuperação judicial, ampliação do prazo de
parcelamento das dívidas tributárias federais e
tendo um capítulo que trata exclusivamente da
falência no exterior e que dispõe sobre direitos de
credores estrangeiros". "Além disso, permite aos
produtores rurais requerer recuperação judicial, sob
os termos da nova lei, o que era bastante
controvertido nos tribunais."
Fonte: Consultor Jurídico
26/11/2020 -
Expectativa de vida no Brasil sobe para 76,6 anos em
2019
Informação foi publicada hoje no Diário Oficial
A expectativa de vida ao nascer no Brasil em 2019
era de 76,6 anos, segundo dados da Tábua da
Mortalidade, divulgados hoje (26) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
estimativa é 0,3 ano superior à de 2018, divulgada
na pesquisa do ano passado (76,3 anos).
A Tábua da Mortalidade é divulgada anualmente pelo
IBGE e usa como referência dados de 1º de julho do
ano anterior.
O dado, que é uma média da expectativa de vida dos
dois sexos, foi publicado na edição de hoje (26) do
Diário Oficial da União. A divisão do dado, por
sexo, será feita às 10h pelo IBGE.
Fonte: Agência Brasil
26/11/2020 -
No Brasil, a pobreza é negra. E a renda mínima fica
abaixo das despesas
Entre os que ganham menos, para 30% o dinheiro
acabava antes do fim do mês
Com 1,4% da população brasileira “extremamente
pobre” e 12,1% considerados pobres, essa mazela
atinge em especial os negros. De acordo com dados da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada
nesta quarta-feira (25) pelo IBGE, 77,8% de toda a
pobreza se concentra “na população cuja pessoa de
referência da família era preta ou parda”.
Entre 2017 e 2018, segundo o instituto, a renda
média disponível era de R$ 1.650,78, enquanto a
renda mínima somava R$ 1.331,57. Já as despesas de
consumo totalizaram R$ 1.370,53, acima da renda
mínima. Pela POF, a maior parcela do gasto se
concentrou na habitação (R$ 466,34), seguida de
transporte (R$ 234,08) e alimentação (R$ 219,44).
Renda menor
De acordo com o IBGE, das pessoas com menores
rendimentos, 30% viviam com menos do que
consideravam necessário para chegar ao fim do mês.
Essa primeira faixa compreende uma renda média de R$
244,60 mensais, pouco mais da metade das despesas
básicas (R$ 470,29). Só na quarta faixa a renda per
capita passa a ser maior que a renda mínima.
“Essa proporção se inverte conforme a renda
aumenta”, diz o IBGE. Assim, na última faixa, com
renda média disponível de R$ 6.294,83, o mínimo
necessário para sobreviver era calculado em R$
4.001,09. “Ou seja, os 10% com os maiores
rendimentos declararam precisar receber 8,5 vezes a
renda mínima dos 10% com os menores rendimentos,
para chegar ao fim do mês.”
Aluguel excessivo
Na média, uma pessoa gastou R$ 264,66, por mês, com
moradia. O valor aluguel estimado, condomínio e
impostos. “Cerca de 1,7% das pessoas viviam em
domicílios cujo valor pago do aluguel ultrapassavam
um terço da renda familiar líquida disponível, o que
é considerado ônus excessivo de aluguel”, comenta a
analista Luciana Santos, do IBGE.
Pessoas com menor renda gastaram proporcionalmente
mais com energia elétrica – 42,2% do orçamento no
caso dos décimos mais baixos. Na outra ponta, as
famílias com maior rendimento gastaram mais (53,7%
do orçamento) com serviços de comunicação, como
internet.
Outro indicador mostra que 38,2% da população vivia
em áreas afetadas pela violência ou vandalismo. E
25,3% estava em áreas com problemas ambientais. Além
disso, 64,4% dos moradores estavam em famílias em
que ninguém tinha plano de saúde.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/11/2020 -
Medidas protetivas da Lei Maria da Penha poderão
beneficiar idosos que sofrem maus-tratos
Proposta prevê aplicação de medidas como
afastamento do lar e prisão preventiva do agressor
de pessoa idosa
O Projeto de Lei 4903/20 permite que a Justiça
aplique ao agressor de idoso as mesmas medidas
protetivas de urgência previstas na Lei da Maria da
Penha, como afastamento do lar e prisão preventiva.
O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Denis Bezerra (PSB-CE) e
altera o Estatuto do Idoso. O texto também eleva as
penas para quem submete idosos a condições desumanas
ou degradantes.
A pena atual é de detenção de 2 meses a 1 ano e
multa. O projeto amplia para reclusão de 3 a 5 anos,
e multa. Se houver lesão corporal grave, a punição
sobe para reclusão de 3 a 6 anos, e multa. E se
resultar em morte, a pena subirá para 5 a 13 anos de
reclusão, e multa (a pena atual, nesses casos, é
reclusão de 4 a 12 anos).
O objetivo do projeto, segundo Bezerra, é “recolocar
o ordenamento jurídico no trilho da
proporcionalidade e da razoabilidade”. Ele afirma
que a legislação atual pune o agressor de animais
com mais rigor do que o agressor de idosos.
Fonte: Agência Câmara
26/11/2020 -
Projeto autoriza parcelamento de dívida trabalhista
executada durante pandemia
Valor poderá ser parcelado em até 60 meses
O Projeto de Lei 2863/20 permite que empregador com
dívida trabalhista em execução durante o período de
calamidade pública decretado em razão da pandemia, e
nos 18 meses subsequentes ao seu fim, possa parcelar
o valor em até 60 meses.
Além da possibilidade de parcelamento, será
suspensa, no mesmo período, a exigência de
recolhimento do depósito recursal, valor que o
empregador é obrigado a depositar quando decide
recorrer de sentença condenatória.
O projeto é de autoria do deputado Laercio Oliveira
(PP-SE) e altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). A medida se justifica, segundo ele, pela
retração econômica provocada pela pandemia e é uma
solução “mais razoável, justa e equânime” para as
empresas que possuem dívidas trabalhistas.
“A situação excepcional que vivemos atualmente
implica no estudo de alternativas para a preservação
dos empregos e da própria atividade produtiva”,
disse Oliveira.
Ainda conforme o projeto, sobre o saldo devedor do
parcelamento incidirá a correção monetária pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em
caso de atraso ou não pagamento de três parcelas
consecutivas, a execução prosseguirá sobre o
montante a vencer.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo por
duas comissões: de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/11/2020 -
Já está na hora de alterar o contrato intermitente
de trabalho
Há três anos passou a vigorar a reforma trabalhista
(Lei 13.467) e trouxe profundas e devastadoras
alterações na CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho), que prejudicou largamente os
trabalhadores.
Diante desse cenário de precarização explícita das
relações de trabalho, já está na hora de promover
mudanças nesse marco legal. Matéria do G1, veiculada
na semana passada, mostra que em dois anos dobrou
essa modalidade de contratação. Assim, é preciso
aperfeiçoa-la.
É o caso do contrato intermitente de trabalho,
introduzido nas relações laborais, a partir do novo
marco legal instituído pela Reforma Trabalhista.
Pelo contrato intermitente, o trabalhador não tem
vínculos com a empresa e só recebe quando é
convocado para trabalhar e o pagamento fica restrito
apenas às horas trabalhadas.
‘Salário’ aviltante – Por meio de denúncias
nas redes sociais veio à público que rede de
supermercados oferece vagas de operador de caixa
intermitente, com pagamento de apenas R$ 4,81, a
hora/trabalho, com jornada de 4 horas e 6 dias por
semana.
Assim, o empregador paga salário de (pasmem!) R$
115,44 por mês, sem direito à tíquete, pois a
alimentação é feita na empresa.
Com esse tipo de contrato de trabalho, nesse
formato, com os valores oferecidos acima, o
empregador poderá contratar 5 empregados — para
fechar o mês — e pagar apenas R$ 577,20. Ou seja,
pouco mais que metade de 1 salário mínimo — R$
1.040. E está se falando aqui de setor da economia
que não foi afetado pela pandemia. Pelo contrário!
Por óbvio, isto é mais que absurdo e precisa mudar.
Há que se estabelecer regras mais adequadas e
equilibradas para contratação, como acontece, por
exemplo, na Itália, Portugal e Alemanha.
Sindicalismo – Mais que denunciar, cabe ao
movimento sindical, em articulação com o Congresso
Nacional, propor alterações concretas na lei. É
preciso negociar com todos os atores políticos e
sociais, a fim de produzir mudanças nesse cenário de
terra arrasada que a Reforma Trabalhista produziu
para os trabalhadores e o movimento sindical, desde
que a lei entrou em vigor.
O melhor cenário seria revoga-la na íntegra, mas na
impossibilidade de se fazer isso, já que a
correlação de forças no Congresso não permite, é
necessário ir alterando pontualmente essa lei
draconiana.
Este alerta não é novo. Já identificamos outras
fissuras na lei que têm causado perdas para os
trabalhadores, como é o caso do fim da
obrigatoriedade da homologação da rescisão do
contrato de trabalho no sindicato.
Ação nacional – O movimento sindical, além
das denúncias que precisam ganhar além das redes
sociais, mas também os outros meios tradicionais de
comunicação, necessita articular com os poderes, a
fim de alterar esse quadro.
Essa articulação passa pelo Congresso Nacional, com
os líderes partidários (todos), bem como os
presidentes das 2 casas legislativas — Câmara e
Senado. E deve chegar aos outros representantes de
poderes.
É preciso dialogar com o governo, com a corte
trabalhista (TST) e os empresários, com o propósito
de negociar novo texto legal para alterar essa
aberração produzida, e que necessita de mudanças
urgente, pela Reforma Trabalhista.
Com a palavra e ação, o movimento sindical!
Fonte: Agência Sindical
25/11/2020 -
Governo Bolsonaro reduziu em 70% verba para combate
ao racismo
O governo Jair Bolsonaro desembolsou no ano passado
cerca de 70% menos em ações voltadas para o combate
ao racismo no Brasil do que o registrado em 2018. De
acordo com reportagem do jornal O Globo, dados do
Ministério da Economia apontam que a rubrica para a
promoção da Igualdade Racial e Superação do Racismo
recebeu R$ 5.880.453 ao longo de 2019, contra R$
20.500.068 em 2018.
A maior parte dos recursos foi destinada ao
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MDH), comandado pela ministra Damares
Alves. A concentração aconteceu após o governo Jair
Bolsonaro alterou o Orçamento de maneira a não mais
separar os gastos de forma específica, fundindo as
iniciativas no programa batizado “proteção à vida
fortalecimento da família promoção e defesa dos
direitos humanos para todos”.
Dados foram divulgados na esteira da repercussão do
assassinato de João Alberto Silveira Freitas, um
homem negro de 40 anos, espancado até a morte por
dois seguranças em uma loja do Carrefour, em Porto
Alegre.
Fonte: Brasil247
25/11/2020 -
Pandemia: Brasil supera as 170 mil mortes pelo novo
coronavírus
Total de pessoas infectadas no país já supera 6,1
milhões, com 31.100 novos casos registrados
Com 630 novas mortes registradas por Covid-19, o
Brasil superou nesta terça-feira (24) as 170 mil
vidas perdidas pela doença no país. Os dados
oficiais do Ministério da Saúde dão conta de 170.115
mortes devido ao novo coronavírus.
Nas últimas 24 horas, segundo o ministério, houve a
confirmação de mais 31.100 diagnósticos da doença.
Esse número fez o total de brasileiros contaminados
pelo Sars-Cov-2 subir para 6.118.708.
E a estimativa do Imperial College de Londres não é
otimista para o país. A taxa de transmissão do novo
coronavírus no país estimada pelos pesquisadores da
instituição chegou ao maior nível desde maio. O Rt,
como é chamado o índice, foi calculado em 1,30,
segundo divulgação feita pela instituição nesta
terça-feira.
O número indica que, a cada 100 pessoas contaminadas
pelo novo coronavírus, outras 130 serão infectadas.
Isso quer dizer que cada paciente com a doença a
transmite a mais de uma pessoa. Taxas inferiores a 1
indicam que a transmissão está sendo reduzida. Por
outro lado, aquelas superiores a 1 apontam para uma
contaminação crescente e fora de controle.
Fonte: RevistaForum
25/11/2020 -
STF dá 30 dias para Bolsonaro apresentar plano de
vacinação contra Covid-19
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski deu nesta terça-feira (24) o prazo de 30
dias para que o governo Jair Bolsonaro apresente ao
Supremo um plano de vacinação contra a Covid-19, de
acordo com a CNN Brasil.
O voto de Lewandowski estará pautado para julgamento
no plenário virtual em 4 de dezembro até 11 do mesmo
mês. Portanto, segundo decisão já imputada pelo
ministro, o governo federal tem o prazo citado para
apresentar ao STF "um plano compreensivo e detalhado
acerca das estratégias que está colocando em prática
ou que pretende desenvolver para o enfrentamento da
pandemia, discriminando ações, programas, projetos e
parcerias".
"O plano de vacinação deve seguir critérios técnicos
e científicos pertinentes, assegurada a maior
cobertura vacinal possível, no limite de suas
capacidades operacionais e orçamentárias", disse
ainda Lewandowski.
A determinação do ministro é uma resposta a duas
ações que foram ajuizadas após a suspensão dos
testes da CoronaVac pela Anvisa, na época em que
Bolsonaro disse que a União não compraria as vacinas
desenvolvidas pela China.
Fonte: Brasil247
25/11/2020 -
Ministro rejeita mandado de segurança contra
tramitação da reforma administrativa
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal
Federal, negou seguimento a um mandado de segurança,
impetrado por um grupo de deputados federais e
senadores com o objetivo de paralisar a tramitação
da reforma administrativa até que haja a divulgação
dos dados que embasam a PEC 32/2020, especialmente o
impacto orçamentário.
De acordo com os parlamentares, o governo federal
impôs sigilo aos documentos, subtraindo a
prerrogativa da Casa de debater, questionar e
aperfeiçoar a proposta enviada à Câmara. Mas,
segundo o relator, informações prestadas pelo
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
demonstram que ainda não houve a admissão da PEC,
que nem sequer chegou a ser distribuída.
O artigo 202 do Regimento Interno da Câmara dispõe
que a proposta de emenda à Constituição será
despachada pelo presidente da Casa à Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, que se
pronunciará sobre sua admissibilidade, no prazo de
cinco sessões, devolvendo-a à Mesa com o respectivo
parecer.
Ao negar seguimento ao mandado de segurança, o
ministro Marco Aurélio afirmou que não há
transgressão ao processo legislativo de reforma da
Constituição que justifique a atuação prematura do
STF.
Falta de transparência
Na ação, os deputados federais André Figueiredo
(PDT-CE), Fábio Trad (PSD-MS), Professor Israel
Batista (PV-DF), Paulo Teixeira (PT-SP) e Marcelo
Freixo (PSOL-RJ) e os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
e Weverton Rocha (PDT-MA) alegaram vício de
procedimento na PEC 32/2020, apresentada pelo Poder
Executivo em 3/9/2020.
Segundo o grupo, é "preocupante a insistência do
Ministério da Economia em escapar à transparência
própria do princípio republicano", e a negativa de
acesso à íntegra das informações necessárias ao
adequado debate da proposta é grave e inviabiliza a
sua tramitação.
O MS foi inicialmente impetrado contra atos do
presidente da Câmara e do ministro da Economia,
Paulo Guedes, mas o ministro Marco Aurélio excluiu
Guedes da ação, por não constar entre as autoridades
cujos atos são passíveis de mandado de segurança no
STF (artigo 102, inciso I, alínea "d", da
Constituição). Com informações da assessoria de
imprensa do STF.
MS 37.488
Fonte: Consultor Jurídico
25/11/2020 -
Boulos cresce e diminui diferença para Covas, indica
Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (24)
aponta queda na diferença entre Bruno Covas (PSDB) e
Guilherme Boulos (Psol) na disputa pela prefeitura
de São Paulo. O prefeito tucano aparece com 55% ante
45% do candidato do Psol, quando são considerados
apenas os votos válidos. No levantamento anterior,
entre os dias 17 e 18, Boulos tinha 42% e Covas,
58%.
A pesquisa, feita nessa segunda-feira (23), tem
margem de erro de três pontos percentuais para mais
ou para menos. De acordo com o instituto, Boulos
avançou entre quem ia votar branco ou anular e
indecisos. Covas é mais forte entre os eleitores
mais velhos.
Fonte: Congresso em Foco
25/11/2020 -
Proposta permite saque de FGTS para pagar qualquer
financiamento imobiliário
Tramita no Senado um projeto que autoriza o saque de
parte do FGTS para o pagamento de operação de
qualquer financiamento imobiliário, mesmo que não
esteja vinculado ao Sistema Financeiro de Habitação
(SFH). Ainda não foi designado relator para o PL
5.216/2020.
De autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), a
proposta altera o art. 20 da Lei do FGTS (Lei 8.306,
de 1990) para permitir também o saque de parte do
FGTS para liquidação ou amortização extraordinária
do saldo devedor.
Lasier argumenta na justificativa que o FGTS é “uma
poupança formada pelo suor e talento dos
trabalhadores, que mensalmente têm parte de seu
salário depositado pelos empregadores na conta
vinculada”. O senador diz ainda que os recursos do
fundo trazem segurança para o trabalhador e sua
família em casos de demissão, aposentadoria, doenças
ou compra da casa própria.
Fonte: Agência Senado
25/11/2020 -
Proposta prevê acordo entre empresa e trabalhador
sobre FGTS no pós-pandemia
Autores do projeto afirmam querer manter postos
de trabalho após a pandemia
O Projeto de Lei 2751/20 prevê que, após o período
de calamidade pública em razão do coronavírus e
mediante acordo com o empregador, o trabalhador
receberá junto com o salário parte do que seria
recolhido ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
O texto em tramitação na Câmara dos Deputados insere
dispositivos na Lei do FGTS e na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT). Atualmente, o empregador
deve recolher mensalmente ao FGTS o equivalente a 8%
do salário do trabalhador.
Pela proposta, 3% do salário seriam pagos
mensalmente pela empresa ao trabalhador, enquanto 2%
seriam recolhidos ao FGTS. Em caso de demissão, a
multa seria calculada como se o recolhimento ao FGTS
tivesse ocorrido com base na alíquota normal de 8%.
Acordo
O acordo entre empregador e empregado com esse
objetivo poderá ser celebrado no pós-pandemia de
forma individual ou coletiva e terá validade de 360
dias, podendo ser prorrogado por outros 180 dias.
Caberá ao Poder Executivo regulamentar o assunto.
“A proposta permite ao empregador manter mais postos
de trabalho, tendo em vista a redução dos custos
acessórios de qualquer contratação”, afirmaram os
autores, os deputados Lucas Gonzalez (Novo-MG) e
Alexis Fonteyne (Novo-SP).
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/11/2020 -
O sindicalismo velho de guerra ainda é o mais
combativo na sociedade
O sindicalismo continua a combater as injustiças
sociais e a mobilizar a sociedade em defesa de seus
direitos. “Não fosse pelos sindicalistas, o povo
brasileiro atravessaria a quarentena com, no máximo,
200 reais”
Quando, em março deste ano, o ministro da economia,
Paulo Guedes anunciou que pagaria R$ 200,00 mensais
a “trabalhadores informais” e “desassistidos”,
prejudicados pela pandemia do coronavírus, as
centrais sindicais reagiram, propondo ao presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, um seguro-renda no valor de
R$ 500,00 a ser pago aos informais, mas também aos
que já recebem o Bolsa Família.
Foi somente a partir desta proposta e de dados
fornecidos pelo Dieese, que o governo encaminhou ao
Congresso uma MP instituindo um auxílio emergencial
de 600 reais a desempregados, microempreendedores
individuais (MEI); trabalhadores Informais, ou
aqueles que pertencem à famílias cuja renda mensal
por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$
522,50), ou cuja renda familiar total seja de até 3
(três) salários mínimos (R$ 3.135,00).
Não fosse pelos sindicalistas, o povo brasileiro
atravessaria a quarentena, que adentrou praticamente
todo o ano de 2020, com, no máximo, 200 reais
mensais, pagos a um contingente limitado de
informais e “desassistidos”.
Graças à ação dos sindicatos, a instituição do
auxílio reverteu um processo econômico que poderia
ser catastrófico para o país, beneficiando a todos e
todas, mulheres, homens, homossexuais, transsexuais,
brancos, pretos, amarelos, vermelhos.
Esta história, que ainda está em vigência, bastaria
para desmontar o artigo difamatório no qual o
jornalista Celso Ming afirma que:
“Esse velho sindicalismo não se importa muito com o
desempregado nem com a situação precária dos já
aposentados” e que o sindicalismo está “sofrendo de
Alzheimer” porque “o momento é de enorme
transformação na natureza do trabalho”.
Mas existem muitos outros exemplos. Aliás, não são apenas exemplos, é
toda uma realidade que Ming desconhece ou finge, convenientemente,
desconhecer.
Ao afirmar que “A esquerda que está sendo desidratada no Brasil é a que
cresceu no sindicalismo tradicional que se baseava na defesa dos
interesses do trabalhador da indústria de transformação” e que “Não se
farão mais greves e grandes concentrações como se viam nos anos 1970 e
1980 no Estádio da Vila Euclides, em São Caetano e em Osasco”, ele
incorre em três erros fundamentais.
O primeiro é que os sindicatos de metalúrgicos, seja do ABC, seja de São
Paulo, de Curitiba, Catalão, Betim, Camaçari, São José dos Campos ou
Osasco, continuam fortes e atuantes, conquistando, com suas convenções
coletivas, aumento real e benefícios. São peões de fábrica que, através
do trabalho e com a ajuda dos sindicatos, têm se transformado em
cidadãos de classe média, com bom poder aquisitivo, muito diferente
daquilo Ming parece apreciar.
Segundo, os sindicalistas, incluindo os metalúrgicos, não estão presos
àquele processo épico de retomada do movimento pós AI-5. Aquelas greves
históricas aconteceram em uma conjuntura muito específica, pressionada
pela crise do petróleo de 1973, pelo desgaste da ditadura militar e pela
denúncia, feita pelo Dieese em 1977, das perdas salariais resultantes da
manipulação dos índices da inflação. Desde então tantas outras
manifestações ocorreram, em diversas categorias.
E terceiro, os sindicatos não se formam apenas dos trabalhadores da
indústria de transformação. Grandes categorias de trabalhadores da
construção civil, comerciários, frentistas, vigilantes, padeiros,
hoteleiros, trabalhadores da telefonia, etc etc também ajudam na
ascensão social da classe trabalhadora, sendo responsáveis por feitos
que o jornalista estranhamente acusa: obtenção de melhores salários.
Ele afirma que o “velho sindicalismo não se importa muito com o
desempregado nem com a situação precária dos já aposentados”,
desconsiderando todas as ações feitas aos aposentados e ao combate ao
desemprego, como a fundação do Sindicato Nacional dos Aposentados, a
criação de Centros de Solidariedade ao Trabalhador, além dos mutirões do
emprego que atendem a multidões de trabalhadores prejudicados pela
reforma trabalhista.
A afirmação de que não nos importamos com os desempregados camufla, com
demagogia barata, sua concepção reacionária da relação capital x
trabalho. Por trás destas ideias existe uma mentalidade escravocrata que
remete à República Velha, anterior aos direitos e ao sindicalismo
moderno.
Ming afirma que é “um bom avanço entender que as esquerdas tradicionais
perderam terreno nessas eleições e que seu espaço começa a ser ocupado
por uma esquerda mais moderna e mais moderada”, mas que esta “nova
esquerda” corre o risco de ser engolida pela burocracia.
Com isso mostra que, para ele, os sindicatos deveriam ser entidades
voluntaristas, alienadas da estrutura social. O que ele chama de
burocracia é o que garante o funcionamento eficiente e controlado de
qualquer entidade séria do porte dos sindicatos, que atendem a milhões e
milhões de pessoas.
E, pior, o que ele chama de esquerda mais moderna e mais moderada
corresponde, em sua visão, a uma esquerda segmentada em nichos, que não
ameaça o cerne da estrutura erguida pelo livre mercado, de privilégios e
de manutenção do abismo social.
Ao contrário das inverdades de Celso Ming, o movimento sindical é sim
engajado na busca de políticas globais de inclusão, geração de emprego
decente, contemplando em seus debates e suas pautas, questões modernas e
atuais. Este perfil arejado e conectado ficou claro na live dos
trabalhadores do dia 1º de maio deste ano, bem como na participação do
evento, também online, pela Vida e pela Democracia, realizado com
diversas entidades da sociedade civil, como a OAB e a CNBB.
Talvez a coluna de Celso Ming no jornal O Estado de São Paulo não
merecesse tanta atenção de nossa parte. Mas ela é oportuna, uma vez que
sistematiza as ideias que as classes dominantes impõem ao senso comum,
através de seus poderes instituídos, sobre as históricas e combativas
organizações de trabalhadores. Por isso nos sentimos até, de certa
forma, gratos pela deixa e pela possibilidade de demonstrar qual é de
fato, a realidade do movimento sindical.
Miguel Torres, presidente da
Força Sindical
Sergio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil (CTB)
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindicato de
Trabalhadores (NCST)
Álvaro Egea, secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2020 -
Guedes prevê perda de 300 mil vagas de trabalho em
2020
Ministro considera normal desaceleração na
geração de empregos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
segunda-feira (23) que o país deve perder cerca de
300 mil vagas formais de trabalho neste ano. Apesar
da retomada de criação de novos postos de trabalho
nos últimos meses, o ministro prevê que haja uma
desaceleração na geração de empregos até o fim de
2020.
“Nós vamos possivelmente chegar ao final deste ano
perdendo 300 mil empregos, que dizer, 20% do que
perdemos nos anos de 2015 e 2016. No ano que
enfrentamos a maior crise da nossa história, uma
pandemia global, vamos perder entre um quinto e um
terço dos empregos perdidos na recessão anterior”,
disse Guedes durante o seminário virtual Visão do
Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro, promovido pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan).
Segundo o ministro, houve uma perda média anual de
cerca de 1,3 milhão de empregos nos anos de recessão
de 2015 e 2016.
“O Brasil criou 500 mil empregos em julho, 250 mil
em agosto e 313 mil em setembro. Está para sair a
qualquer momento [os dados de] outubro. Eu nem
acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado.
É natural que dê uma desacelerada”, disse.
De acordo com o ministro, todas as regiões
brasileiras e setores econômicos estão criando
empregos. “A economia voltou em V como esperávamos.
O FMI [Fundo Monetário Internacional] previa uma
queda de 9,5% do PIB [Produto Interno Bruto]
brasileiro. Vai ser bem menos que a metade”, disse
Guedes.
Fonte: Agência Brasil
24/11/2020 -
Contra PP e Bolsonaro, Maia articula blocão com
PSDB, PT e PDT
O presidente da Câmara quer evitar que a base
mais fiel a Bolsonaro consiga o comando da casa
legislativa
Diante do fortalecimento do PP com a aproximação do
partido com o presidente Jair Bolsonaro, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), tenta
articular uma frente que impeça que o partido assuma
o comando da casa legislativa.
Segundo informações do jornalista Igor Gadelha, da
CNN Brasil, o parlamentar articula a formação de um
bloco para disputar a presidência da Câmara com DEM,
PSDB, MDB, Cidadania, PT, PCdoB, PDT e PSB.
Juntos, esses partidos teriam cerca de 350 votos,
mais do que os 257 votos mínimos necessários para
eleger uma nova Mesa Diretora da casa.
Além da presidência, as legendas dividiriam entre si
as vice-presidências e as secretarias.
Na quinta-feira, Maia se reuniu em Fortaleza com o
governador do Ceará, Camilo Santana (PT), o
ex-ministro Ciro Gomes (PDT, além do deputado
federal José Guimarães (PT) – líder da Oposição na
Câmara -, do senador Cid Gomes (PDT) e do deputado
federal Mauro Filho (PDT).
Na sexta-feira, o presidente da Câmara desembarcou
em São Paulo para conversar com o governador João
Doria (PSDB).
Em nota enviada à Fórum, a assessoria da bancada do
PT afirmou que o partido não fechou com nenhum bloco
e só começa a discutir a partir de amanhã com os
deputados que compõem a bancada. O partido pretende
apresente uma pauta de compromissos aos candidatos à
sucessão da Câmara para definir o apoio.
Fonte: RevistaForum
24/11/2020 -
Guedes admite que privatizações não avançaram e
aponta prioridades
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta
segunda-feira (23) que o programa de privatizações
planejado pelo governo não “andou direito”. "Havia
acordo de centro-esquerda para não pautar e dentro
do governo também alguma resistência", disse.
"As narrativas falsas são militantes, de quem faz
campanha desde o início do governo. Mas tivemos
erros, temos que admitir. O programa de crédito
demorou a funcionar, mas funcionou depois. Nosso
programa de privatizações não andou", afirmou.
“Temos que admitir o que está errado para
consertar", declarou durante seminário virtual
promovida pela Firjan.
Guedes também disse que o governo tem a esperança de
aprovar após o segundo turno das eleições municipais
três matérias: marcos regulatórios da cabotagem e do
gás, a autonomia do Banco Central, a proposta de
emenda à Constituição (PEC) Emergencial e a nova lei
de falências. “Tem baixo custo político e muito
retorno social", falou o ministro sobre a agenda de
matérias.
O chefe da equipe econômica do governo afirmou que a
falta de entendimento político "atrasou um pouco a
administrativa, perturbou bastante a tributária,
impediu as privatizações".
A autonomia do BC foi aprovada pelo Senado e aguarda
análise da Câmara. O marco do gás já foi analisado
pelos deputados e tramita no Senado. Já o marco da
cabotagem ainda não foi votado em nenhuma das duas
casas legislativas.
Fonte: Congresso em Foco
24/11/2020 -
Mundo perdeu 345 milhões de empregos em um
trimestre, diz OIT
Quase 645 milhões de pessoas foram beneficiadas
por medidas temporárias de proteção social
Cerca de 345 milhões de empregos em tempo integral
foram perdidos globalmente somente no terceiro
trimestre deste ano. No mesmo período, o equivalente
a 225 milhões de empregos foram perdidos nos países
do G20, afetando duramente sobretudo os jovens. É o
que aponta a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), em estudo sobre os impactos da pandemia de
Covid-19 no mundo.
Conforme estimativa da entidade, a extensão de
medidas temporárias de proteção social por um bom
número de países durante a crise do novo coronavírus
tem apoiado a subsistência de quase 645 milhões de
pessoas. Guy Ryder, diretor-geral da OIT, diz
esperar agora que a promessa dos líderes do G20 – de
utilização de todos os instrumentos disponíveis para
proteger as pessoas – seja realmente cumprida.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) também cobrou o compromisso do G20.
Para a OCDE, é necessário manter os gastos fiscais
excepcionais e o apoio monetário o tempo que for
necessário para amortecer o choque causado pela
pandemia.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2020 -
Maioria dos reajustes até outubro teve ganhos reais,
diz Dieese
Em 41% das negociações houve reajustes superiores
ao INPC
A maioria dos reajustes salariais no país,
considerando o período do início do ano até outubro,
resultou em ganhos reais para os trabalhadores
(acima da inflação). Em 41% das negociações houve
reajustes superiores ao Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). Os dados, divulgados nesta
terça-feira (24), são do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o levantamento, 18,3% dos reajustes
trouxeram ganhos de até 0,5%; 12,8% tiveram ganhos
entre 0,51% e 1%; 6,6%, ganhos de 1,1% a 2%; e 3,3%
ganho real acima de 3%. Os reajustes iguais ao INPC
foram observados em 31% das negociações; e em 28% ficaram
abaixo da inflação medida pelo índice.
Outubro
No décimo mês do ano, 48,3% dos reajustes salariais
analisados na data-base de outubro ficaram abaixo do
INPC. O percentual de reajustes iguais à inflação
atingiu o patamar de 20,7%; e 31% das negociações no
mês trouxeram aumentos reais.
Em outubro, ante uma inflação de 3,89% nos 12 meses
anteriores (INPC), o percentual de reajustes iguais
a 0%, ou seja, a manutenção do salário sem acréscimo
nenhum atingiu o patamar de 12,1% das negociações. É
a terceira maior incidência no ano, atrás somente de
maio (16,4%) e julho (12,6%).
Este ano, 676 negociações não tiveram reajustes, o
que representam cerca de 9% do total. Para
comparação, em 2019 foram observadas 39 negociações
sem reajustes salariais, o que corresponde a 0,3% do
total analisado no ano.
Fonte: Agência Brasil
23/11/2020 -
Bolsonaro nega racismo em reunião do G20 e provoca
indignação
Presidente sustentou que não existe racismo no
país e atacou os protestos contra a morte de João
Alberto, asfixiado por seguranças do Carrefour em
Porto Alegre
Discurso do presidente Jair Bolsonaro na cúpula do G20
neste sábado (21) negou o racismo no Brasil e
provocou indignação e repúdio do campo progressista
mais uma vez. Ao introduzir sua fala na reunião, o
presidente sustentou que não existe racismo no país.
Sem fazer referência explícita ao crime de racismo
em que dois seguranças de loja do Carrefour em Porto
Alegre mataram por asfixia o negro João Alberto
Silveira Freitas, Bolsonaro disse que o Brasil tem
uma cultura diversa, única entre as nações. “Somos
um povo miscigenado. Brancos negros e índios
edificaram o corpo e espírito de um povo rico e
maravilhoso”, afirmou.
No em sua negação de racismo na reunião do G20,
Bolsonaro também atacou os movimentos sociais, que
se manifestaram contra a morte no Carrefour. “Foi a
essência desse povo que conquistou a simpatia do
mundo. Contudo, há quem queira destruí-la. E colocar
em seu lugar ou conflito, o ressentimento, o ódio e
a divisão entre raças. Sempre mascarados de lutas
por direitos igualdade ou justiça social. Tudo em
busca de poder.”
“Inaceitável! Ao negar a existência do racismo na
reunião da cúpula do G20, Bolsonaro choca o mundo e
reafirma o discurso racista feito por Mourão ontem”,
disse o candidato à prefeitura de São Paulo,
Guilherme Boulos, nas redes sociais, referindo-se ao
vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
‘Pessoal de cor’
Questionado se creditava o assassinato de João Alberto
a um ato racista, Mourão não somente negou, como
afirmou: “Não, eu digo para você com toda a
tranquilidade: não tem racismo aqui”.
Ele ainda fez uma comparação com os Estados Unidos,
país onde viveu, para reafirmar seu posicionamento,
dizendo que lá o “pessoal de cor” andava separado na
escola, o que não aconteceria no Brasil. Ou seja,
para justificar a sua fala, usou um termo racista,
ao referir-se aos negros como “pessoas de cor”.
Constrangimento
Segundo o colunista do Uol Jamil Chade, as declarações
de Bolsonaro provocaram constrangimento e choque
entre algumas delegações estrangeiras e até
indignação entre as agências da ONU.
“Uma parcela das delegações não entendeu
imediatamente do que se tratava. Mas, para quem
acompanhava a situação no Brasil, a atitude foi
considerada como um ato “sem sintonia” com o
discurso de direitos humanos das entidades
internacionais, principalmente num momento em que a
pandemia afeta de forma desproporcional a parcela
mais vulnerável da população”, escreveu o
jornalista.
Segundo ele, uma negociadora de alto escalão de um
país europeu que acompanha a reunião confessou à
coluna que ela e outros ficaram “em choque” ao ouvir
a “tese de conspiração” sobre o racismo no Brasil.
“Como é que, em pleno século 21, ainda escutamos
tais discursos”, questionou a diplomata, na condição
de anonimato.
Fonte: Portal Vermelho
23/11/2020 -
Doria diz que eleição de Bolsonaro foi "erro" e
afirma que não irá disputar a reeleição em 2022
Governador de São Paulo também defendeu uma
frente ampla para derrotar Jair Bolsonaro, incluindo
a centro-esquerda
O governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, que
em 2018 apoiou Jair Bolsonaro, reconheceu, em
entrevista ao jornalista Pedro Venceslau, publicada
no jornal Estado de S. Paulo, que tal posicionamento
foi um equívoco. "A eleição de Jair Bolsonaro foi um
grande erro para o Brasil. Eu não mantenho o meu
compromisso diante de um equívoco tão grande. O
Bolsonaro prometeu um país liberal, economia
globalizada e combate à corrupção. E não fez."
Doria também disse, nesta entrevista, que não irá
disputar a reeleição ao governo estadual em 2022 e
defendeu uma frente ampla para derrotar Jair
Bolsonaro, com a centro-esquerda, que pode vir a ser
liderada ou não pelo PSDB. "Eu, por ser contra a
reeleição, vou manter a minha coerência. Não vou
disputar a reeleição", afirmou.
Fonte: Brasil247
23/11/2020 -
Sindicatos repudiam crime de racismo que matou João
Alberto
Carrefour deve contribuir com o fim do racismo,
não apenas em suas lojas, mas em todas as
comunidades onde opera, afirma manifestação de
sindicato que representa 20 milhões de trabalhadores
no mundo
Sindicatos se manifestaram nesta sexta-feira (20)
contra o crime de racismo que levou ao assassinato
de João Alberto Silveira Freitas, executado por
seguranças de loja da rede de supermercados
Carrefour em Porto Alegre (RS). A UNI Global,
sindicato internacional que representa mais de 20
milhões de trabalhadores no mundo, incluindo os do
Carrefour, e a Uni Américas, braço latino-americano
da UNI Global e que representa trabalhadores na
América do Sul, repudiaram, em notas, o assassinato
motivado por racismo. A Uni Global encaminhou
comunicado à rede francesa, cobrando providências e
que o crime seja condenado.
Nesse comunicado público encaminhado à direção da
multinacional, a secretária geral da UNI Global,
Christy Hoffman, disse que o “Carrefour não deve
somente investigar e avaliar as circunstâncias que
levaram a esse evento, mas também usar esse ato
hediondo para contribuir com o o fim do racismo, não
apenas em suas lojas, mas em todas as comunidades
onde opera, pela segurança de clientes, empregados,
contratados e o público em geral”.
Também entre os sindicatos contra o crime de
racismo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores
no Comércio e Serviço (Contracs-CUT) fez uma
declaração de repúdio ao assassinato de João
Alberto. Julimar Roberto, presidente da Contracs,
mencionou que “a ação nos faz refletir como ainda
estamos longe de uma sociedade em que todos são
tratados com respeito e dignidade”.
Violência
O crime ocorreu na noite da última quinta-feira (19).
João Alberto foi espancado e asfixiado por dois
seguranças da unidade, em circunstâncias ainda não
esclarecidas, enquanto fazia compras em companhia da
esposa.
Investigações indicam que Freitas pode ter morrido
de parada cardíaca como consequência da violência
sofrida. Ironicamente, o crime aconteceu um dia
antes da data em que é celebrado no Brasil o Dia da
Consciência Negra, em 20 de novembro.
Por meio de nota, o Carrefour Brasil informou que
lamenta profundamente o caso e que demitiu o gerente
da loja bem como cancelou o contrato com a empresa
de segurança, bem como iniciou uma investigação para
apurar as circunstâncias em que o crime ocorreu. Mas
a UNI Global cobra providências mais contundentes.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/11/2020 -
Deputados bolsonaristas serão investigados por
campanha contra o TSE
A Procuradoria Geral da República (PGR) será a
responsável pelas investigações acerca da campanha
de desinformação e o ataque cibernético sofridos
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro
turno das eleições municipais, no dia 15 de
novembro.
O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de
Góes, decidiu remeter o caso à PGR por considerar
que há indícios da prática de delitos de natureza
criminal e não apenas eleitoral. O despacho foi
enviado na sexta-feira (20) ao procurador-geral da
República, Augusto Aras. Góes analisou documentação
apresentada pela entidade SaferNet Brasil, que
firmou parceria com a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE)
para combater a desinformação eleitoral.
Segundo apurou o Estadão, quatro deputados são
citados no despacho de Brill de Góes para justificar
a mudança de âmbito: Filipe Barros (PR), Eduardo
Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis
(DF), todos do PSL. Caso processados, a lei exige
que a iniciativa parta da PGR, perante o STF.
“O aprofundamento das análises tem revelado indícios
da existência de um sofisticado núcleo de tecnologia
da informação, com hackers a serviço de grupos
políticos com interesses em desacreditar a Justiça
Eleitoral, o processo de apuração e totalização de
votos e, em última instância, o sagrado direito a
eleições livres e limpas no Brasil”, aponta a
representação da SaferNet.
No dia do primeiro turno, foram registrados disparos
massivos contra o sistema da Corte Eleitoral e
noticiado o vazamento de dados antigos de
ex-ministros e ex-funcionários, com o intuito de
desacreditar o processo eleitoral.
A entidade aponta para a existência de um grupo de
parlamentares, influenciadores digitais e outros
atores políticos que se engajaram em narrativas
conspiratórias sobre supostas fraudes nas urnas
eletrônicas e no processo de apuração e totalização
de votos, por meio da disseminação massiva de
mensagens e conteúdos enganosos nas redes sociais
que sugerem algum grau de coordenação.
Parlamentares, por terem foro privilegiado, devem
ser processados e julgados no Supremo Tribunal
Federal (STF).
Fonte: Congresso em Foco
23/11/2020 -
Bolsonaro só têm 9% de assinaturas para seu partido
de extrema-direita
Em Pernambuco, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e
Acre, nenhuma assinatura sequer foi validada
Um ano após ser lançado com pompa por Jair
Bolsonaro, familiares e aliados, o Aliança pelo
Brasil só conseguiu validar 9% das assinaturas
necessárias para ser criado. O partido de
extrema-direita parece cada vez mais inviável.
Até o momento, a Justiça Eleitoral validou 43 mil
assinaturas da legenda bolsonarista. Para criar uma
sigla, são necessários 492 mil apoiamentos.
Na criação, em uma festa em um hotel de Brasília,
Karina Kufa, advogada de Bolsonaro e tesoureira da
legenda, afirmou que o Aliança seria “o maior
partido da história do Brasil”. Em cinco estados,
porém, a situação é pior possível.
Em Pernambuco, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Acre,
nenhuma assinatura sequer foi validada. Goiás teve
apenas um apoio reconhecido. O Paraná lidera o
ranking, com 5519 assinaturas, seguido por Amazonas
e Bahia.
A contar pelo ritmo das assinaturas e pela derrota
dos bolsonaristas nas eleições de 2020, a campanha
de 2022 é um sonho bem distante para o Aliança.
Com informações da Época
Fonte: Portal Vermelho
23/11/2020 -
Pandemia acentuou desigualdade entre brancos e
negros no mercado de trabalho
Segundo estudo do Dieese, de 11 milhões de postos
de trabalho fechados na primeira metade do ano, 8
milhões eram de negros ou negras
“Homens e mulheres negros, ocupados em situação de
informalidade, no trabalho doméstico e sem vínculo
legal, foram os que mais sofreram os efeitos da
parada da economia brasileira por causa do
coronavírus”, diz o Dieese em estudo relativo ao Dia
da Consciência Negra. Segundo o instituto, a
pandemia acentuou uma relação historicamente
desigual. “Negros e negras enfrentam mais obstáculos
para conseguir uma colocação, ganham menos e têm
frequentemente inserção vulnerável e frágil.”
Dos 8 milhões de pessoas que perderam o emprego
entre o primeiro e o segundo trimestre, por exemplo,
6,3 milhões eram negros e negras – 71% do total. No
mesmo período, mais de 6, 4 milhões saíram da força
de trabalho. Ou seja, “perderam ou deixaram de
procurar emprego por acreditar não ser possível
conseguir nova colocação”. Entre os brancos, o
número de pessoas nessa situação chegou a 2,4
milhões, aponta o Dieese.
Negros, maior procura de trabalho
Mesmo entre o último trimestre de 2019 e o primeiro
deste ano foi possível perceber crescimento da taxa
de desemprego. É o momento em que terminam os
trabalhos temporários e as pessoas saem à procura de
novas oportunidades. Mas para homens negros essa
taxa vai de 11,8% para 14%, enquanto para não negros
sobe bem menos, de 8,5% para 9,5%. Para mulheres
negras, de 17,3% para 18,2%.
Nos primeiros dois trimestres de 2020, o país perdeu
11,2 milhões de ocupados. Destes, 4,5 milhões eram
negros e 3,6 milhões, negras. Os dados usados pelo
Dieese são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
Desses mais de 11 milhões de ocupados que perderam o
posto de trabalho, 31,4% tinham carteira assinada,
28,7% não possuíam carteira e eram assalariados,
25,8% trabalhavam por conta própria e 11,4% eram
trabalhadoras domésticas sem carteira. “Foram os
homens negros com carteira (1,4 milhão), sem
carteira (1,4 milhão) e os que trabalhavam por conta
própria (1,2 milhão) que perderam as ocupações na
pandemia”, aponta o Dieese. A situação se repete
entre as mulheres negras: menos 887 mil
trabalhadoras com carteira, 620 mil sem carteira,
886 mil trabalhadoras domésticas e 875 mil por conta
própria.
À míngua
“Importante lembrar que muitos consideraram as
trabalhadoras domésticas como vetores de transmissão
da covid-19, pelo fato de elas utilizarem transporte
público”, observa ainda o instituto. “Um grande
número de contratos de trabalho foi finalizado por
esse motivo, deixando à míngua mulheres de baixa
renda e escolaridade.”
Essa diferença também se observa na chamada
subutilização, que inclui pessoas que gostariam de
trabalhar mais. Entre os homens, a taxa foi de 9,5%
para não negros e 14% para negros no segundo
trimestre. No caso das mulheres, 11,3% e 18,2%,
respectivamente.
Sem renda e sem trabalho
Um dado a princípio positivo refere-se ao
rendimento, que entre o quarto trimestre de 2019 e o
segundo de 2020 aumentou – em todos os casos. Mas o
Dieese lembra que aqueles com “inserções mais
frágeis e informais” perderam seu trabalho. “Ou
seja, os que tinham menor rendimento perderam as
ocupações, enquanto aqueles que ganhavam mais
permaneceram ocupados e com salário.”
O rendimento médio dos ocupados era de R$ 2.426 no
segundo trimestre. Homens não negros ganhavam R$
3.484, enquanto os negros recebiam R$ 1.950 –
diferença de 79% no mercado de trabalho. As mulheres
negras menos ainda, R$ 1.573, ante R$ 2.660 das
demais (69%).
“A mobilização do movimento sindical conseguiu
proteger parte significativa dos empregos dos
assalariados com carteira, com a Medida Provisória
936, mesmo com a redução de salário, mas cerca de 8
milhões de pessoas, a maioria negra, ficaram sem
trabalho e sem renda”, conclui o Dieese, destacando
também o auxílio emergencial. Muitos, no entanto,
não receberam ou sofreram com atraso no pagamento.
“Para esses brasileiros, pobres, afastados dos
direitos garantidos em lei pelo emprego protegido,
coube escolher entre a fome ou ir para rua buscar
trabalho mesmo com a possibilidade de encontrar o
vírus.”
Em São Paulo
Estudo da Fundação Seade reforça: também no estado de
São Paulo, a pandemia atingiu ainda mais a população
negra. Apenas no segundo trimestre, a ocupação caiu
15,9% entre os negros (menos 1,4 milhão) e 7,1%
entre não negros (949 mil).
A redução atingiu 762 mil ocupados negros (queda de
15,4%) e 646 mil negras (-16,6%). No outro campo,
453 mil homens não negros (-6,3%) e 496 mil não
negras (-8%).
Confirmando a informação sobre os mais vulneráveis,
a redução de ocupações foi de 12,4% entre os negros
que contribuíam para a previdência e de 23,5% entre
os que não contribuíam. A taxa de desemprego no
segundo trimestre foi de 17,1% para os negros e de
11,3% para os demais.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/11/2020 -
Centrais sindicais divulgam propostas a candidatos e
prefeitos
Documento traz sugestões para retomada do
crescimento econômico e desenvolvimento social com
combate à desigualdade.
As principais centrais sindicais do país divulgaram
nesta quinta-feira (19) um documento com propostas
para retomada do crescimento econômico e do
desenvolvimento social, destinado aos candidatos e
candidatas do segundo turno e aos prefeitos e
prefeitas eleitos no primeiro turno das eleições
municipais. O documento se baseia na redução das
desigualdades e superação da pobreza.
Além disso, leva em conta os riscos devido à
pandemia do novo coronavírus. Uma das propostas aos
candidatos e prefeitos é a implementação e
monitoramento dos protocolos de proteção à saúde e à
vida diante da realidade da Covid-19.
Com relação à economia, as centrais sindicais pedem
projetos que contemplem a reindustrialização, o
progresso técnico e tecnológico e crie empregos de
qualidade.
Para atingir esses objetivos, propõem a criação de
espaços de diálogo com as organizações da sociedade
civil e fortalecimento dos canais de democracia
participativa. Sugerem, ainda, a criação de um
Observatório do Desenvolvimento e Emprego, para
produzir estudos e propostas sobre desenvolvimento
nos âmbitos municipal e regional.
Também propõem que sejam implementados planos de
desenvolvimento para fomentar a retomada da economia
regional e gerar empregos com urgência, com atenção
especial para os jovens. Além disso, demandam
políticas de amparo aos desempregados, como
vale-transporte, vale-gás, subsídio de energia
elétrica, entre outras.
O documento destaca ainda que é preciso combater a
informalidade, a rotatividade, o trabalho em
condições análogas à escravidão e o trabalho
infantil, tanto no campo quanto na cidade. Por fim,
pede a ampliação de políticas para promover a
igualdade para mulheres, negros, jovens, LGBTQI,
povos originários, quilombolas e migrantes.
Assinam o documento a Central Única dos
Trabalhadores (CUT); a Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB); a União Geral dos
Trabalhadores (UGT); a Força Sindical; a Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST).
Veja o documento na íntegra.
Fonte: Portal Vermelho
20/11/2020 -
Guedes diz que voltará a defender novo imposto
depois das eleições
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
quinta-feira, 19, que voltará a defender a criação
de um novo imposto, de acordo com o jornal Estado de
S.Paulo. Segundo ele, isso não foi mais abordado por
preocupação do assunto ser explorado politicamente
nas eleições municipais.
“Não estamos falando porque as eleições estão
chegando. As pessoas têm preocupação de o tema ser
explorado nas eleições, de falarem ‘ah, o ministro
Paulo Guedes quer um imposto sobre transações
financeiras, quer a CPMF...’”, afirmou o ministro
numa apresentação em fórum do Bradesco.
“Então, não vamos falar sobre isso. Após as
eleições, falamos novamente”, complementou.
Fonte: Brasil247
20/11/2020 -
Para consultor do Diap, eleitor brasileiro
desautorizou extremismo
Essas eleições, em meio à pandemia, logo após a
derrota de Trump e também frente ao desgaste
bolsonarista, mostraram a população cautelosa quanto
a projetos extremistas. Mesmo a direita conservadora
procurou parecer equilibrada.
A avaliação é de Antônio Augusto de Queiroz
(Toninho), consultor político em Brasília e
integrante do Diap – Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar. Ele falou à Agência
Sindical, terça (17).
Principais pontos:
Prefeituras – “Houve grande avanço
conservador e reocupação de espaço pela direita
orgânica. Mas, mesmo essa direita, formada por gente
muito prática, procurou parecer de centro e afastar
qualquer imagem de extremista”.
Câmaras – “Importante aumento na
representação por indígenas, negros, LGTBs e
quilombolas. Esses setores, que estavam sem voz, não
tiveram receio de ir às ruas expor suas bandeiras.
Ao se fazer ouvir, conseguiram apoio e voto”.
Negacionismo – “A população viu que o
negacionismo se esgota em si mesmo. A extrema
direita, como Trump e Bolsonaro, é ruidosa, mas não
tem efetividade na hora de governar e atender às
necessidades da população. Bolsonarismo e trumpismo
foram didáticos, portanto”.
Congresso – “O crescimento da direita
articulada terá reflexos no Congresso. Essa direita
é fiscalista e privatista. Ou seja, antipovo.
Bolsonaro perde margem de manobra. Apoios sairão
mais caros”.
Orçamento – “Hoje, os parlamentares mandam
mais, pois dispõem do fundo eleitoral, fundo
partidário e das emendas impositivas. É dinheiro;
não é pouco. Eles têm autonomia nesse manejo, com ou
sem crise. Guedes não manda ali.”
Cenários – “Tudo indica pra 2022 três núcleos
de candidaturas presidenciais. A centro esquerda,
com PT, Ciro, PSB, Dino e outros. A centro direita,
com Moro/Huck, e a extrema direita bolsonarista.
Nesse contexto, a palavra progressista ganha força
ante a ideia de esquerda, que está desgastada.
Progressista é palavra que não ofende ninguém”.
Sindicalismo – “Pressionado pela crise
econômica, a falta de recursos e a onda de ataques a
direitos, o movimento sindical ficou na defensiva.
Deveria também ter ido às ruas expor bandeiras,
levantar a voz, se fazer ouvido e disputar o voto,
como fizeram outros setores, com resultados
positivos”.
Fonte: Agência Sindical
20/11/2020 -
Mulheres negras têm 64% mais risco de serem
assassinadas
O feminicídio atinge mais mulheres negras do que
brancas, revela o Atlas da Violência 2020
Para cada mulher branca vítima de homicídio no
Brasil, foram vitimadas 1,8 mulheres negras, segundo
o Atlas da Violência 2020.
No ano passado, foram 1.326 mulheres mortas pelo
menosprezo e discriminação ao sexo feminino, o
chamado feminicídio, uma alta de 7,1% na comparação
com o ano anterior, de acordo com o Anuário de
Segurança Pública. Do total de vítimas, 67% tinham a
mesma cor: negra.
As mulheres negras são muito mais vulneráveis a este
tipo de crime, uma vez que elas representavam apenas
52,4% da população feminina nos estados que compõem
a base de dados do Atlas.
Entre 2008 e 2018, enquanto a taxa de homicídio de
mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as
mulheres negras aumentou 12,4% —de forma geral,
embora o número geral de homicídios no país tenha
caído até 2019, houve alta de 11,5% entre os negros
(homens e mulheres) e queda de 12,9% entre os
brancos.
Quando se observa o total de vítimas de homicídios,
as mulheres correspondem a 8% dos assassinatos, mas
o risco para as negras de serem vítimas é 64% maior
do que para as brancas.
“A maior concentração de feminicídios entre as
mulheres negras reforça, mais uma vez, a situação de
extrema vulnerabilidade socioeconômica e à violência
a que este grupo populacional está submetido. O
racismo e suas consequências agravam o risco de
lesão e morte entre as mulheres negras, exigindo das
políticas públicas um olhar interseccional para os
diferentes processos de vulnerabilidade que se
sobrepõem”, afirma o Anuário.
Fonte: Brasil247
20/11/2020 -
PL incentiva benefício para trabalhador responsável
por pessoa deficiente
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) apresentou um
projeto que tem por objetivo estimular as empresas a
conceder abonos de faltas, sem a necessidade de
compensação de jornada ou jornada especial de
trabalho, aos pais ou responsáveis legais de pessoas
com deficiência (PL 243/2020). O benefício seria
dado quando a presença do trabalhador for
considerada indispensável no acompanhamento em
terapias e tratamentos ou na assistência da vida
diária.
O projeto prevê que as empresas que concederem esse
benefício terão prioridade, condições facilitadas e
taxas de juros diferenciadas na obtenção de
empréstimos de instituições financeiras integrantes
das administrações públicas — da União, dos estados,
do Distrito Federal ou dos municípios. Essas
empresas também terão preferência quando
participarem de processos licitatórios (Lei 8.666,
de 1993).
Mara Gabrilli, que é tetraplégica, diz que sua
proposição procura humanizar as relações de
trabalho, sem, entretanto, impor ao empregador o
dever de conceder tratamento diferenciado aos pais
de pessoas com deficiência, “o que certamente
desestimularia a contratação destes profissionais”.
Segundo a autora, o projeto também tem o sentido de
conferir vida digna às pessoas com deficiência,
viabilizando que a elas sejam ministrados os
cuidados indispensáveis ao seu bem-estar.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/11/2020 -
Produção e empregos estão em alta na indústria, diz
CNI
Outubro foi o quinto mês consecutivo de alta na
produção
A produção industrial brasileira registrou, em
outubro, o quinto mês consecutivo de alta, com 58,3
pontos segundo a Sondagem Industrial referente ao
mês de outubro, divulgada nesta quinta-feira (19)
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No
mês anterior o índice estava um pouco acima (59,1
pontos).
O índice que mede a evolução do número de empregados
ficou em 54,9 pontos. É o terceiro mês seguido de
alta. De acordo com a CNI, valores acima de 50
indicam aumento da produção e do emprego frente ao
mês anterior. Quando abaixo, indica queda.
O levantamento da CNI aponta que a utilização da
capacidade instalada (UCI) média ficou em 74% em
outubro, mantendo-se em alta pelo sexto mês
consecutivo. Em setembro ele estava em 72%. “A
Sondagem revela ainda que a UCI foi maior do que o
usual para o mês de outubro, pois o índice de UCI
efetivo em relação ao usual ficou acima da linha
divisória de 50 pontos, ao atingir 51,1 pontos”,
informou a CNI.
Ainda de acordo com a entidade, os estoques
continuaram em queda e abaixo do desejado pela
indústria, apesar das seguidas altas na produção.
“Enquanto o indicador de nível de estoques marcou
45,5 pontos, o de estoque efetivo ficou em 43,4
pontos, ambos abaixo dos 50 pontos”, destacou a CNI.
Estoques baixos sinalizam necessidade de continuar
em um nível de produção mais forte.
Fonte: Agência Brasil
20/11/2020 -
Proposta prevê norma regulamentadora para prevenir
transtornos mentais no trabalho
Apesar de os riscos psicossociais relacionados ao
ambiente de trabalho estarem entre as principais
causas de concessão de auxílio-doença, ainda não
existe regulação sobre o assunto
O Projeto de Lei 3588/20 prevê que o governo deverá
editar norma regulamentadora (NR) com medidas de
prevenção e gestão de riscos no ambiente de trabalho
que podem afetar a saúde mental dos trabalhadores
(riscos psicossociais). O texto tramita na Câmara
dos Deputados.
O objetivo da proposta, que é de autoria do deputado
Alexandre Padilha (PT-SP), é reduzir a incidência de
distúrbios mentais relacionados ao trabalho, como
estresse, depressão e esgotamento físico.
Editadas pelo Ministério da Economia, as NRs são
regras complementares à Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e visam reduzir a ocorrência de
doenças e acidentes de trabalho.
Auxílio-doença
Padilha afirma que ainda não há uma NR específica
sobre os riscos psicossociais no trabalho, apesar de
os transtornos mentais relacionados ao ambiente de
trabalho estarem entre as principais causas de
concessão de auxílio-doença.
“Vários estudos científicos abordam a questão dos
riscos psicossociais nos diversos segmentos de
atuação. Todavia, é evidente a ausência de medidas
reguladoras de enfrentamento e intervenção, capazes
de minimizar os riscos e danos causados, muitas
vezes por desconhecimento, gestão e até negligência
do empregador”, disse Padilha.
Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde
no Trabalho (EU-Osha, na sigla em inglês) entre os
fatores que aumentam os riscos psicossociais estão
carga de trabalho excessiva, falta de clareza na
definição das funções, má gestão de mudanças
organizacionais e assédio.
Fonte: Agência Câmara
19/11/2020 -
Oposição pressiona para garantir auxílio de R$ 600
Deputados voltam a cobrar votação da Medida
Provisória 1000, que prorroga o auxílio emergencial.
A expectativa dos parlamentares é mudar a proposta
do governo, que reduziu o benefício pela metade, e
retomar o valor de R$ 600.
A sessão da Câmara desta quarta-feira (18) foi
marcada por nova obstrução. As legendas de Oposição
querem pôr na pauta a Medida Provisória (MP) 1000,
que prorroga o auxílio emergencial, na expectativa
de alterar a proposta do governo que reduz o
benefício para R$ 300, e garantir aos trabalhadores
o valor aprovado no início da pandemia pelo
Congresso, ou seja, R$ 600.
“Nossa obstrução é para forçar o governo e a sua
base a aceitar a votar a MP 1000. Não conseguimos
imaginar que o governo tenha cortado pela metade o
benefício e este Parlamento não fará nada. O governo
corta o auxílio emergencial no momento mais difícil,
onde temos 14 milhões de desempregados. Não há
acordo enquanto o governo não aceitar votar a MP
1000”, destacou a líder do PCdoB na Câmara, deputada
Perpétua Almeida (AC).
Em pauta estava a MP 993/2020, que prorroga o prazo
o prazo de contratos de empregados do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Apesar de não haver óbice à matéria, os
parlamentares reforçaram a urgência de restabelecer
o valor original do auxílio emergencial aos
trabalhadores.
“Se é democrático, se querem votar tudo, votemos a
MP 1000. Se o governo tem maioria, por que tem medo
de votar a MP? Deem-nos o direito de disputar os R$
600”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
ao declarar obstrução na votação da MP 993.
A vice-líder da Minoria, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA),
ao cobrar a votação da MP 1000, reforçou a
preocupação com o avanço da miséria no país. “Essa é
a MP do humanismo. Nós estamos vendo o novo
crescimento da curva de contágio pelo coronavírus. É
necessário prover as famílias. Estamos em obstrução
não pelo conteúdo da matéria, mas pela necessidade
de sermos solidários com o povo brasileiro”,
explicou.
A MP 1000 já está em vigor. O texto, no entanto,
recebeu 262 propostas de alteração de deputados e
senadores. A maior parte delas com o objetivo de
retomar os R$ 600 do auxílio emergencial.
Fonte: PCdoB na Câmara
19/11/2020 -
Rodrigo Maia aciona STF para retomar tramitação da
reforma administrativa
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pedindo a rejeição de uma ação apresentada por
parlamentares da oposição que pedem a suspensão da
análise da proposta de reforma administrativa do
governo.
Os parlamentares que apresentaram a ação argumentam
que o governo não entregou análises e estudos sobre
os impactos orçamentários que podem ser gerados pela
reforma. Por isso, eles defendem que a proposta do
governo é irregular.
Rodrigo Maia argumenta que o texto não deve ser
suspenso porque ainda não começou a tramitar na Casa
e que deve permanecer parada até o retorno dos
trabalhos presenciais. Ele lembra ainda que por
conta da pandemia, as comissões permanentes, como a
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania,
ainda não foram instaladas.
“Em razão das circunstâncias excepcionais impostas
ao funcionamento desta Casa pela pandemia, a
tramitação de emendas constitucionais que não contam
com amplo apoio do plenário resta sobremaneira
dificultada”, escreveu.
O regimento interno da Câmara exige que propostas de
emenda à Constituição, como a reforma
administrativa, devem passar primeiro por uma
análise da CCJ, depois pela comissão especial, para
análise do texto, e por fim, vai à Plenário da casa
legislativa em dois turnos.
Fonte: Congresso em Foco
19/11/2020 -
Ampla união pode impor mais derrotas ao bolsonarismo
As disputas eleitorais do segundo turno das eleições
municipais deste ano são uma importante oportunidade
para impor mais derrotas ao bolsonarismo. Para
tanto, será necessária uma ampla unidade
democrática. São 57 cidades, sendo 18 capitais,
número que corresponde a 60% do total de 95
municípios com mais de 200 mil eleitores, o limite
mínimo para uma segunda rodada de votação.
Fortaleza, Aracaju, Rio de Janeiro, Belém e Vitória
são capitais em que o bolsonarismo se apresenta de
maneira explícita. Na capital cearense, o campo
democrático conta com Sarto Nogueira (PDT) contra o
Capitão Wagner (Pros). Na capital sergipana, o campo
democrático enfrenta Danielle Garcia (Cidadania) com
Edvaldo Nogueira (PDT). No Rio de Janeiro, o desafio
está a cargo de Eduardo Paes (DEM), contra Marcelo
Crivella (Republicanos). Em Belém, o campo
democrático apoia Edmilson Rodrigues (PSOL), que
enfrenta o Delegado Eguchi (Patriota). E em Vitória,
a tarefa de combater o bolsonarismo cabe a João
Coser (PT), contra o Delegado Pazolini
(Republicanos).
Há ainda confrontos importantes como o de São Luis,
Maranhão, onde o governador Flávio Dino (PCdoB) e
demais forças democráticas estão empenhados em
derrotar o candidato Eduardo Braide (Podemos),
representante da direita e da oligarquia local, com
o candidato Duarte Júnior (Republicanos). Assim como
São Paulo, com a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL)
enfrentando Bruno Covas (PSDB).
Cumpre destacar que o bolsonarismo já sofreu
derrotas fragorosas, como a de São Paulo, onde seu
candidato, Celso Russomanno (Repúblicanos), obteve
um resultado bem abaixo do índice ostentado no
início da campanha eleitoral. Com unidade e a
constituição de amplas alianças é possível repetir o
feito em muitas outras cidades.
Do mesmo modo, é possível formar amplos e unitários
movimentos para enfrentar a direita neoliberal, como
o movimento que está se formando em São Paulo com o
apoio ao candidato Guilherme Boulos. Além de
partidos políticos do espectro mais democrático,
movimentos populares e personalidades tendem a
convergir para formar uma forte manifestação de
apoio contra o candidato tucano.
O mesmo vem acontecendo em Porto Alegre, onde
Manuela d’Ávila (PCdoB) enfrenta Sebastião Melo
(MDB). Os campos estão bem delimitados na capital
gaúcha. Explícita ou implicitamente, a direita e a
extrema direta assumiram a campanha do emedebista.
Será uma batalha de grande envergadura, uma espécie
de síntese do embate que se trava no país na busca
de novos rumos, tendo o bolsonarismo como o alvo
principal a ser isolado e derrotado.
Fonte: Portal Vermelho
19/11/2020 -
Trabalhador que teve jornada reduzida deve receber
13º integral, diz governo
Já os empregados que tiveram o contrato de
trabalho suspenso devem receber o benefício
proporcional aos meses trabalhados, segundo o
Ministério da Economia
A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia
divulgou, nesta terça-feira (17), uma nota técnica
sobre os parâmetros que os empregadores devem
observar para calcular o 13º salário dos
trabalhadores que tiveram os contratos suspensos ou
a jornada e o salário reduzidos durante a pandemia.
Até então, a falta de posicionamento do governo
federal abria espaço para várias interpretações
sobre a forma de cálculo do benefício, já que a
Medida Provisória (MP) 936, que implantou as
medidas, e a Lei nº 14.020/2020, na qual a MP foi
convertida, não abordavam a questão.
De acordo com a nota técnica, os trabalhadores que
tiveram a jornada e o salário reduzidos devem ter as
referidas parcelas pagas com base na remuneração
integral. Segundo a Secretaria de Trabalho, essa
regra deve ser observada, inclusive, nos casos em
que os trabalhadores estiverem praticando jornada
reduzida no mês de dezembro.
Já para quem teve o contrato de trabalho suspenso,
os períodos de suspensão não devem ser computados
como tempo de serviço e para o cálculo de 13º
salário e férias. A exceção é para os casos em que
os empregados prestaram serviço por mais de 15 dias
no mês — nessas situações, a parcela correspondente
seve ser considerada no cálculo do abono de Natal.
Segundo a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, “a diferenciação ocorre porque, na redução
de jornada, o empregado permanece recebendo salário,
sem afetar seu tempo de serviço na empresa, o que
permite computar o período de trabalho para todos os
efeitos legais”.
Já com a suspensão dos contratos de trabalho, “a
empresa não efetua pagamento de salários, e o
período de afastamento não é considerado para
contagem de tempo de serviço, afetando assim o
cálculo das férias e do d13º”.
Confira a nota técnica do Ministério da Economia
Fonte: RadioPeaoBrasil
19/11/2020 -
Fachin manda turma do STJ julgar recurso de Lula no
caso do tríplex
Defesa do ex-presidente pede que ações que correm
no STJ só voltem a correr após análise de suspeição
de Sergio Moro pelo STF
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a 5ª
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgue o
recurso no qual a defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva solicita, na prática, a
paralisação do caso do tríplex no Guarujá (SP).
O caso do tríplex está em fase de recurso contra a
condenação no STJ. No entanto, os advogados de Lula
querem que ele só tenha prosseguimento na corte
depois que o STF julgar o pedido de suspeição sobre
o ex-juiz Sergio Moro. A defesa do petista avalia
que, se tiver sucesso nesse pedido, ele pode ter a
condenação anulada.
O STJ determinou, em 2019, que a pena de Lula é de 8
anos, 10 meses e 20 dias de reclusão por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Antes, o petista foi
condenado na primeira instância – pelo então juiz
Moro – e na segunda, pelo Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF-4).
O relator no STJ, ministro Félix Fischer, já negou o
pedido de sobrestamento – o termo jurídico para a
suspensão da tramitação do caso. A defesa,
entretanto, contestou a decisão monocrática e pediu
que o colegiado responsável, a 5ª Turma, analisasse
a questão.
Na decisão assinada terça (17), Fachin determinou
que o pedido de sobrestamento seja julgado na 5ª
Turma. Na prática, o pedido posterga a conclusão do
processo no STJ. Na terça-feira, a 5ª Turma do
tribunal já havia rejeitado, por unanimidade, uma
série de embargos da defesa do ex-presidente nesse
caso.
Fachin argumenta ser “equivocada” a decisão em que
Fischer negou o julgamento colegiado do pedido de
sobrestamento. Ele concordou com parecer do
procurador-geral da República, Augusto Aras.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: RevistaForum
19/11/2020 -
Ibope Rio: Paes ganha segundo turno com 69% dos
votos válidos
No segundo turno das eleições municipais no Rio de
Janeiro, Eduardo Paes (DEM) vence com 69% dos votos
válidos, contra 31% do atual prefeito e candidato de
Jair Bolsonaro, Marcelo Crivella (Republicanos),
segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira,
18.
Nas intenções de voto, Paes tem 53% contra 23% de
Crivella. Brancos e nulos somam 21% e 2% não sabe.
Segundo a pesquisa, Paes tem apoio de 63% das
pessoas que recebem mais de 5 salários mínimos
contra 47% dos que têm renda até 1 salário mínimo. O
candidato também recebe mais apoio entre a juventude
(16 a 24 anos) e os mais velhos (mais de 55 anos),
com 61% em ambos.
A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e
foram ouvidos 1.001 eleitores da cidade do Rio de
Janeiro, entre 16 e 18 de novembro. O número de
identificação na Justiça Eleitoral é RJ00797/2020.
Fonte: Brasil247
19/11/2020 -
Ibope: 12 pontos separam Boulos de Covas no segundo
turno em São Paulo
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL,
Guilherme Boulos, está a 12 pontos percentuais de
seu adversário, o atual prefeito e candidato à
reeleição pelo PSDB, Bruno Covas, de acordo com
pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada nesta
quarta-feira (18).
Covas tem 47% das intenções de votos e Boulos 35%.
Somam 4% os indecisos e 14% os que votarão nulo ou
branco.
Mais cedo, levantamento XP-Ipespe apontava uma
distância maior entre os candidatos: 16 pontos
percentuais.
Boulos tem até o domingo (29) para tentar superar
Covas e assumir a prefeitura da capital paulista a
partir de 2021.
Fonte: Brasil247
19/11/2020 -
Pandemia amplia desigualdade racial no trabalho,
aponta Dieese
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de
novembro (sexta), se aproxima e o cenário não é nada
animador. A persistente desigualdade entre negros e
brancos no mercado de trabalho ficou ainda mais
acentuada durante a pandemia da Covid-19.
Homens e mulheres negros sentiram, de forma mais
grave, os danos do isolamento e da redução do nível
de atividade econômica. É o que revela o Boletim
Especial do Dieese, baseado em pesquisa do IBGE.
Os dados mostraram que mais de 6,4 milhões de homens
e mulheres negros saíram do mercado de trabalho,
entre o 1º e o 2º trimestre de 2020. Ou seja,
perderam ou deixaram de procurar emprego por
acreditar não ser possível conseguir nova colocação.
Entre os brancos, o número de pessoas nessa mesma
situação chegou a 2,4 milhões.
Segundo José Silvestre Prado de Oliveira, diretor do
Dieese, os dados revelam uma piora das condições dos
negros no mercado de trabalho, seja do ponto de
vista da taxa de desemprego, fechamento de postos de
trabalho ou em relação à remuneração.
Mulheres – A desigualdade é ainda maior
quando comparada a remuneração da mulher negra com a
do homem branco. “No segundo trimestre de 2020, o
salário médio do homem branco ficou em torno de R$
3.450,00. Enquanto da trabalhadora negra foi de R$
1.575,00, em média”, afirma o diretor do Dieese.
Políticas – Silvestre lembra que políticas de
cotas ou ações afirmativas, estabelecidas nos
governos Lula e Dilma, visavam diminuir essa
desigualdade. “Mas infelizmente, no governo atual
temos um comportamento odioso em relação à população
negra. A escolha de Sérgio Nascimento de Camargo
para a presidência da Fundação Cultural Palmares
reflete essa postura”. Nas redes sociais, Sérgio
minimizou o racismo no País.
Sindicalismo – Para Mônica Custódio,
secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB, o
movimento sindical deve atuar pra combater esse
problema histórico. “A pandemia só piorou um
problema existente. E as Centrais têm o poder de
trazer para a pauta sindical essa conscientização,
que vai além da questão econômica. Só através do
combate ao racismo conseguimos mudar essa
desigualdade cada vez mais presente em nosso País”,
completa.
Dieese – Clique
aqui e baixe o Boletim da Desigualdade.
Fonte: Agência Sindical
18/11/2020 -
CUT e Força formam entidade para defender a ‘nova’
indústria na economia brasileira
Maiores centrais do país se unem de forma inédita
para apresentar propostas de políticas sustentáveis
e barrar a desindustrialização
A criação da IndustriALL Brasil, nesta terça-feira
(17), representa outra etapa do esforço do movimento
sindical para defender o setor e frear o processo de
desindustrialização no país. É a primeira vez que
CUT e Força Sindical se unem para formar uma
entidade, na qual compartilharão comando,
planejamento e propostas. O nome e o formato são
inspirados na IndustriALL Global Union, criada em
2012 – por entidades que representam 50 milhões de
trabalhadores em mais de 140 países –, mas sem
vínculo formal.
Do desenvolvimento de uma indústria nacional a
partir dos anos 1950 à crise dos anos 1980 e à
globalização iniciada na década seguinte, o setor
foi perdendo peso na economia brasileira. Chegou a
representar praticamente um terço do PIB nacional,
mas há anos patina na faixa dos 10%, sem que os
últimos governos, desde 2016, apresentem qualquer
tipo de política para o setor. O desafio é
diagnosticar os problemas e apresentar propostas de
políticas sustentáveis, em um contexto de intensa e
rápida transformação do setor.
Dez milhões de trabalhadores
Além da direção, que inclui os presidentes das
centrais, a IndustriALL Brasil é organizada em
departamentos, conforme o setor de atividade:
Metalúrgico, Químico, Têxtil/Vestuário, Construção
Civil, Alimentação e Energia. CUT e Força informam
representar 10 milhões de trabalhadores na
indústria, de um total de quase 38 milhões na base
em todo o país.
O secretário-geral da nova entidade é Raimundo
Suzart, do ramo químico (CUT). A vice-presidência
ficou com Rosemary Prado, da área metalúrgica
(Força). E a presidência, no período 2020-2022,
coube a Aroaldo Oliveira da Silva, 42 anos,
metalúrgico (CUT).
Nova geração
Diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, o próprio Aroaldo representa uma nova geração
na indústria. Coincidentemente, ele nasceu em 1978,
ano da pioneira greve na Scania, em São Bernardo do
Campo, liderada por Gilson Menezes, entre outros. O
presidente do sindicato, indo para o segundo
mandato, era Luiz Inácio da Silva, conhecido como
Lula.
O pai de Aroaldo também era metalúrgico, nordestino
e retirante. Foi trabalhar na indústria e chegou à
Mercedes-Benz de São Bernardo, onde ele mesmo
entrou, em julho de 1993, como aprendiz do Senai.
Foi para a fábrica em 1996 e acabou efetivado em
1997, como montador de veículos. Assim, viveu todas
as fases recentes: a reestruturação produtiva, que
eliminou muitos postos de trabalho, o “desmonte” dos
anos FHC e um início de recuperação econômica
principalmente no governo Lula.
Diagnóstico e pauta unificada
Para Aroaldo, à IndustriALL Brasil cabe o papel de
“unificar a pauta” sindical sobre reindustrialização.
“O primeiro passo é tentar fazer um diagnóstico
minucioso da indústria brasileira. Todo mundo fala
em política industrial. A gente precisa ter uma
política que desenvolva o Brasil e outros setores.
Com qualidade, renda e direitos”, diz o presidente.
Ele observa ainda que é preciso pensar o setor de
forma articulada, considerando cada cadeia
produtiva. E a nova entidade – formada a partir da
superação de divergências e união de convergências –
não vai “substituir” centrais ou confederações
nacionais, acrescenta Aroaldo, mas dar suporte e
desempenhar um papel de articulação. A ideia,
inclusive, é agrupar outras centrais no projeto.
Embora represente 11% do PIB, a indústria reúne 15%
dos empregos formais e da massa salarial, lembra
Aroaldo. O Brasil caiu pelo quinto ano seguido e é o
nono no ranking global de participação industrial,
com menos de 2%, ante 25% da China e 15% dos Estados
Unidos, entre outros. E também investe pouco,
comparativamente, em pesquisa e desenvolvimento. “Em
2019, os Estados Unidos investiram mais de US$ 580
bilhões, a China investiu US$ 520 bi, o Japão, quase
US$ 200 bi. E o Brasil, menos de US$ 40 bilhões”,
destacou.
Política e investimento
Secretário-geral da IndustriALL Global Union desde
2016, o brasileiro Valter Sanches participou da live
de lançamento, que contou ainda com representantes
dos vários departamentos e das duas centrais – o
presidente da CUT, Sérgio Nobre, e a dirigente da
Força Mônica Veloso. O presidente da central, Miguel
Torres, se recupera da covid-19. Sanches destacou a
“economia destroçada” do Brasil. “Sem política
industrial e sem investimento externo, é condenar
ainda mais (o país) à desindustrialização.”
Mônica associou o desemprego à pobreza. E defendeu o
resgate do direito ao trabalho e à vida como valores
da democracia. Sérgio Nobre afirmou que o atual
governo é de “destruição” e que é preciso discutir
com a sociedade o que significaria a “morte” da
indústria para a economia e a própria população. “Só
produção de soja não vai dar o padrão de vida que o
nosso povo merece.”
Fonte: Rede Brasil Atual
18/11/2020 -
Governo prevê inflação maior, de 3,13%, e salário
mínimo de R$ 1.087
Ministério da Economia atualizou projeções. Para
secretário de Política Econômica, possibilidade de
segunda onda da Covid-19 é “baixíssima”
A equipe econômica do governo ajustou para cima a
previsão para 2020 da inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a
inflação oficial. Em lugar da projeção de 1,83% de
setembro, o governo federal estima agora uma
inflação de 3,13% ao final deste ano.
A previsão está no Boletim MacroFiscal, divulgado
nesta terça-feira (17) pela Secretaria de Política
Econômica do Ministério da Economia. Segundo o
boletim, o principal responsável pela elevação é o
preço dos alimentos. “A evolução do IPCA ao longo do
ano mostra que a taxa acumulada em 12 meses do grupo
Alimentação no Domicílio, após atingir um valor
mínimo de 5,06% em março, acelerou até alcançar
18,41% em outubro”, afirma o documento.
Segundo a secretaria, apesar da elevação no custo
dos alimentos o comportamento de outras categorias
de produtos contribui para que o índice não
ultrapasse a margem de tolerância, prevista na meta
da inflação estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).
Atualmente, a meta é de 4% ao ano, com margem de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo. Ou seja, a inflação mínima aceitável é 2,5% e
a máxima 5,5% ao ano.
Com o aumento da projeção de inflação, deve haver
também um reajuste maior do salário mínimo do que o
previsto inicialmente. Antes, a remuneração básica
da economia iria de R$ 1.045 para R$ 1.067, um
aumento de R$ 22. Agora, o Ministério da Economia
projeta um salário mínimo de R$ 1.087,84.
E a segunda onda?
O boletim também prevê uma queda menor para a
economia, após a reabertura com o arrefecimento da
pandemia. A projeção para a queda do Produto Interno
Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos pelo
país em um ano) passou de 4,7% em setembro para
4,5%. Para 2021, a projeção permaneceu igual, em
3,2%.
A previsão de crescimento econômico não considera a
possibilidade de uma segunda onda no novo
coronavírus, que já verificou na Europa e Estados
Unidos. No Brasil, a média móvel de mortes e casos
também tem apresentado crescimento.
No entanto, o secretário de Política Econômica,
Adolfo Sachsida, disse que “estudos internos”
indicam que a probabilidade de uma segunda onda no
país é “baixíssima”. Os “estudos” do ministério,
segundo ele, levam em conta um patamar de 20% de
contaminação dos cidadãos brasileiros para alcançar
a imunidade de rebanho.
A existência da imunidade de rebanho, isto é, de um
patamar de contaminados pela Covid-19 que
dificultaria a circulação do vírus, é considerada
duvidosa por cientistas sérios. Ainda que fosse
comprovada, não é considerada uma estratégia válida
para lidar com o vírus, pois a imunidade seria
atingida ao custo altíssimo de milhares de mortes.
Fonte: Portal Vermelho
18/11/2020 -
Lula declara apoio e pede voto em Boulos e Erundina:
“Compromisso histórico”
Ex-presidente Lula explicitou pelo Twitter o
apoio: "Todos que querem restabelecer a democracia
no Brasil têm agora o compromisso histórico de votar
no companheiro Boulos"
O ex-presidente Lula explicitou seu apoio à
candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina, do
PSOL, no segundo turno das eleições municipais na
capital paulista em tuite no início da tarde desta
terça-feira (17).
No texto, Lula disse que “todos os eleitores
progressistas têm o compromisso histórico de votar”
no candidato do PSOL no próximo dia 28.
“Todos os eleitores e eleitoras que votam no PT,
todos os eleitores que são de esquerda, todos os
eleitores progressistas, todos que querem
restabelecer a democracia no Brasil, tem agora o
compromisso histórico de votar no companheiro @GuilhermeBoulos
para prefeito de São Paulo”.
Lula já havia sinalizado no domingo (15), depois de
votar em São Bernando do Campo, que o PT não apoiou
Boulos porque Jilmar Tatto, candidato petista, não
quis.
Fonte: RevistaForum
18/11/2020 -
PDT anuncia apoio programático a Manuela D’Ávila em
Porto Alegre
A candidatura de Manuela D’Ávila à Prefeitura de
Porto Alegre ganhou uma nova aliada nesta
terça-feira (17). Depois do PSOL de Fernanda
Melchionna e da Rede de Marina Silva, foi a vez do
PDT de Ciro Gomes anunciar seu apoio à comunista.
A informação foi divulgada pela candidata do PDT em
Porto Alegre, Juliana Brizola, neta de Leonel
Brizola, líder histórico do partido.
Em seu tuíte, Juliana disse que “em reunião da
executiva, o PDT definiu apoio programático à
Manuela D’Ávila no segundo turno em Porto Alegre.
Apresentaremos carta compromisso com posições que
não abrimos mão. Como dito anteriormente, não
seremos puxadinho de ninguém. Queremos compromisso
com as causas e com a cidade”.
A declaração confirma o termo utilizado por Ciro
Gomes nesta segunda-feira (16), e que soou, em um
primeiro momento, como uma resistência do partido de
apoiar as candidaturas de Manuela em Porto Alegre e
de Guilherme Boulos em São Paulo.
No entanto, além dessa aparente maior abertura na
capital do Sul do Brasil, também há rumores que o
PDT de São Paulo estaria prestes a fechar um acordo
com uma frente de esquerda a favor do candidato do
PSOL, que seria concretizado nesta quarta-feira
(18).
Onde uma possível aliança já foi descartada foi no
Rio de Janeiro. Houve questionamentos nas redes
sociais sobre se o partido apoiaria Eduardo Paes (DEM)
para evitar a reeleição de Marcelo Crivella
(Republicanos), mas o partido preferiu adotar
posição neutra nesse estado.
Fonte: RevistaForum
18/11/2020 -
PT anuncia apoio a Eduardo Paes no segundo turno no
Rio
O diretório do PT no Rio de Janeiro anunciou que irá
apoiar a candidatura de Eduardo Paes (DEM) no
segundo das eleições municipais, contra o prefeito e
candidato à reeleição Marcelo Crivella
(Republicanos).
"Segundo turno é para votar contra, não a favor. E
decidimos não ao Crivella", afirmou o
vice-presidente nacional do partido Washington
Quaquá.
A candidata do partido, Benedita da Silva, terminou
a corrida em quarto lugar, com 11,27% dos votos.
Segundo o jornal O Globo, à noite, o PT Rio orientou
a militância do partido ao voto contra Crivella.
"Consideramos que derrotar Crivella e Bolsonaro é a
prioridade" e que esperava que "Eduardo Paes,
eleito, cumpra suas promessas eleitorais".
Fonte: Brasil247
18/11/2020 -
MP do Rio: Flávio Bolsonaro desviou mais de R$ 6
milhões da Alerj com esquema da rachadinha
O Ministério do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que
o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) desviou R$
6 milhões em dinheiro público por meio do esquema
rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio, onde
ele cumpria mandato antes de ser eleito para o
Senado.
A denúncia do MP apontou que uma parte do dinheiro
arrecadado com as 'rachadinhas' foi transferida ao
patrimônio familiar de Flávio Bolsonaro por meio de
três métodos. Uma delas eram pagamentos de gastos da
família com dinheiro em espécie, conforme o blog do
Fausto Macedo.
A outra maneira eram depósitos em espécie realizados
nas contas bancárias do parlamentar e da esposa com
valores arrecadados pelos operadores financeiros da
organização criminosa, com datas próximas aos
vencimentos de dívidas que viriam a ser quitadas
nessas contas.
A denúncia apontou que os envolvidos no esquema
também faziam transações imobiliárias utilizando, de
forma dissimulada, dinheiro em espécie não
declarado, oriundo do desvio de dinheiro da Alerj.
Ex-assessora do senador, Luiza Sousa Paes admitiu em
depoimento que era funcionária fantasma no gabinete
de Flávio e era obrigada a devolver mais de 90% do
salário.
Principal assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj,
Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia
(SP), onde estava escondido em um imóvel que
pertence a Frederick Wassef, então advogado de
Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar.
Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades
Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações
financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a
2017, apontaram cálculos do órgão.
Fonte: Brasil247
18/11/2020 -
Taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil volta a
nível de descontrole da doença
Levantamento divulgado nesta terça-feira (17) pelo
Imperial College de Londres aponta que a taxa de
transmissão do novo coronavírus no Brasil, o chamado
Rt, subiu a 1,10. Ela tinha ficado em 0,68 na semana
anterior, o menor índice da pandemia.
O número indica que, a cada 100 pessoas contaminadas
pelo novo coronavírus, outras 110 serão infectadas.
Isso quer dizer que cada paciente com a doença a
transmite a mais de uma pessoa, o que aumenta a
chance de propagação. Ou seja, ao contrário do que
apregoam os negacionistas, a pandemia não acabou.
Taxas inferiores a 1 indicam que a transmissão está
sendo reduzida. Os pesquisadores estimam que o
índice possa variar de 1,05 a 1,24 nesta semana, o
que de toda forma revela que a disseminação do novo
coronavírus voltou a sair do controle no país.
O cálculo é feito com a partir das estatísticas
oficiais compiladas até segunda-feira (16). Os
pesquisadores identificaram 2.722 mortes registradas
na semana passada e estimam que, nesta semana, o
total de óbitos pela doença deva subir no Brasil,
para 3.070 – podendo ficar num intervalo entre 2.660
e 3.350.
Alta nos hospitais
Mesmo antes de divulgado esse indicador do Imperial
College, o estado de São Paulo já havia identificado
alta de 18% nas internações por Covid-19. O aumento
se deu na semana passada em relação à retrasada,
tanto nos hospitais públicos quanto nos particulares
do estado.
O número fez o governo estadual adiar até o dia 30
de novembro possíveis flexibilizações nas permissões
de atividades.
Havia previsão de que, nesta segunda-feira (16), a
maior parte do estado fosse levada à fase verde do
Plano São Paulo, que permite a abertura de cinemas,
teatros e museus, entre outros. A capital já está
nessa categoria.
Fonte: RevistaForum
18/11/2020 -
Proposta obriga empresa a fornecer proteção contra
radiação solar a empregados
Obrigação vale também para órgãos públicos
O Projeto de Lei 5081/20 obriga as empresas e órgãos
públicos a fornecer aos seus empregados que
trabalham ao ar livre, entre às 6 horas e 18 horas,
protetor solar com fator de proteção igual ou
superior a 30, óculos contra raios UVA e UVB e
bonés. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Ricardo Silva (PSB-SP) e
inclui a obrigação para as empresas na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT). Para o deputado, as
medidas são importantes para evitar o câncer de pele
entre os trabalhadores, um dos mais frequentes no
País.
“Muitos trabalhadores que exercem suas atividades ao
ar livre, como os garis, os trabalhadores da
construção civil, os policiais, os oficiais de
justiça e os carteiros ficam submetidos aos efeitos
nocivos da exposição continuada à radiação solar,
que é um dos principais fatores de risco inerente à
ocorrência do câncer de pele”, disse Silva.
Fonte: Agência Câmara
17/11/2020 -
Rodrigo Maia espera maior diálogo e equilíbrio após
eleições
O presidente da Câmara também observou menor
influência de redes sociais nestas eleições
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que o resultado das eleições municipais no
primeiro turno, realizado no último domingo (15),
mostra o crescimento de ambiente de maior diálogo e
equilíbrio, onde se respeitem as divergências de
forma mais clara. "Mostra o fortalecimento de
partidos no espectro mais liberal na economia e
melhor diálogo da sociedade em outros temas, sem
radicalização", comemorou.
Ele também observou uma influência menor das redes
sociais, resultado, segundo Maia, da ação do
Parlamento e do Supremo Tribunal Federal (STF), e do
próprio trabalho das plataformas digitais, que
começaram a restringir os excessos em disparos de
informações. A análise foi feita nesta segunda-feira
(16) em reunião da Associação Comercial de São Paulo
sobre as eleições de 2020 e os desafios da
conjuntura.
Na opinião de presidente da Câmara, o processo
eleitoral mostrou que a política brasileira continua
muito dividida. No entanto, o debate nas urnas teve
maior racionalidade, com prefeitos que disputaram a
reeleição e outros candidatos que tinham experiência
administrativa.
Rodrigo Maia também notou um "sinal forte" de que a
sociedade continua querendo renovação. "[A eleição]
Dá um sinal forte de que a sociedade continua
querendo renovação, continua querendo a ampliação da
participação das mulheres na política, de minorias.
Isso é uma questão que a política tem de entender
que é fundamental. A gente precisa ter uma porta de
entrada com mais democracia nos nossos partidos,
para que a sociedade possa estar melhor representada
no campo político", afirmou.
Ele considera importante a abertura de cotas para
candidatos negros na divisão do fundo eleitoral, mas
lamenta que a decisão foi tomada pelo Judiciário, e
não por uma lei.
PEC Emergencial
O presidente da Câmara lamentou que o Plenário tenha
interrompido as votações por causa das eleições. Ele
disse que o ciclo de votações precisa recomeçar nos
próximos dias para permitir a aprovação da Proposta
de Emenda à Constituição que controla o teto de
gastos, conhecida como PEC Emergencial (PEC 186/19).
Para Rodrigo Maia, a criação de gatilhos para
reduzir despesas públicas no caso de aumento do teto
é fundamental para diminuir o déficit primário,
criar um colchão para despesas sociais e garantir o
Orçamento de 2021.
Ele cobrou uma decisão do governo sobre a pauta de
votações. “O governo não pode transferir ao Poder
Legislativo decisões que cabem a quem venceu as
eleições”, ponderou. Ele criticou a pressão de
setores que continuam querendo ampliar o gasto
público e daqueles que “não compreendem o tamanho do
problema fiscal”. “A ampliação do Bolsa Família fora
do teto de gastos é populista e tem consequências”,
alertou.
Para Rodrigo Maia, a agenda não tem espaço
suficiente para votar até propostas que contam com
seu apoio. “O projeto da navegação de cabotagem não
vai resolver o problema do Brasil nos próximos seis
meses. Mesmo a reforma tributária, que já está
pronta, não é mais importantes do que a organização
dos gastos no curto prazo.”
Mesmo prevendo a necessidade de votações em janeiro,
Rodrigo Maia não espera ter dificuldades para
mobilizar os deputados por causa do processo de
votação remota e do cancelamento do feriado do
carnaval por causa da epidemia de coronavírus.
Fonte: Agência Câmara
17/11/2020 -
Sindicalismo precisa ser mais presente no Segundo
Turno
A cada eleição, o movimento sindical é menos presença
e influente. Essa situação foi flagrante no primeiro
turno das eleições.
O sindicalismo, além da pouca participação, quase
não elegeu candidatos. Também não conseguiu fazer
sua pauta chegar aos programas de governo dos
candidatos.
É preciso recuperar parte desse terreno no segundo
turno, que ocorrerá em grandes cidades e Capitais.
Sindicatos, Federações, Confederações, Centrais ou
Conselhos Sindicais locais devem apresentar sua
pauta aos competidores. A mesma pauta.
PONTOS:
. Frentes de trabalho, urgentemente;
. Passe live para desempregados;
. Pagamento de auxílio adicional, de seis meses, aos
inscritos no Bolsa Família.
. Mobilização de todos os esforços no combate à
Covid-19.
COMPARECIMENTO – As entidades precisam
reforçar o chamamento ao eleitor para que compareça
às urnas e não vote branco ou nulo.
SP 16 de novembro de 2020
Agência Sindical
Fonte: Agência Sindical
17/11/2020 -
Eleições cacifam Centrão e obrigam extrema-direita e
esquerda a se repensarem
Embora tenham dinâmica diferente, as disputas
municipais indicam cenários que podem influenciar
nas eleições de 2022. O resultado das urnas indica o
fortalecimento dos partidos do chamado Centrão,
grupo de legendas de centro-direita e direita, uma
derrota expressiva da extrema-direita, liderada pelo
PSL, e uma esquerda ainda dividida.
"A extrema-direita precisa refletir se existe mesmo
um movimento conservador no país. Ou se a eleição de
2018 foi atípica e eles foram beneficiados com uma
onda antipetista e anticorrupção. Não creio que haja
um movimento conservador no Brasil", observa o
cientista político Ricardo de João Braga, do Farol
Político, serviço de análise política do Congresso
em Foco. "Um movimento conservador precisaria ter
organização, consistência, e o que se vê são ideias
que mobilizam diferentes vertentes políticas, com
foco em geral disperso. Por isso se fala em onda",
acrescenta.
Para Ricardo, partidos de centro e centro-direita,
como o PP, o PSD e o DEM, saem fortalecidos pelo
número de prefeituras que conquistaram e pela
vitória e cidades importantes e devem endurecer as
negociações para um eventual apoio ao presidente
Jair Bolsonaro em 2020. "Partidos com maior vazio
ideológico que ganharam maior espaço agora
aumentaram seu capital político e vão cobrar mais
pelo apoio na próxima eleição", considera.
Já no campo da esquerda, segundo o cientista
político, a disputa pela hegemonia não teve
vencedor. A ida de Guilherme Boulos (Psol), em São
Paulo, foi o resultado mais expressivo da esquerda.
O PT não elegeu qualquer prefeito nos cem maiores
colégios eleitorais do país. PDT e PSB, que se
projetavam como forças capazes de superar os
petistas, também não conseguiram avançar no xadrez
eleitoral. "A disputa por essa hegemonia não avançou
para uma solução", emenda.
Na avaliação do analista do Farol, a falta de
protagonismo do PT e do PSL, partidos que tinham
acesso à maior verba pública para a disputa, não
significa que a polarização política acabou."A
eleição municipal não se polarizou em cima dos temas
nacionais. Mas a polarização está na sociedade, nas
opiniões políticas. Apenas não foi energizada pela
grande maioria das campanhas", afirma o cientista
político.
Fonte: Congresso em Foco
17/11/2020 -
Ataque hacker foi “operação coordenada” para
desacreditar TSE
Perfis bolsonaristas passaram o dia da eleição
divulgando mensagens apontando para supostas fraudes
eleitorais
Ataque hacker sofrido pelo TSE neste domingo (15)
foi uma “operação coordenada” para “desacreditar a
Justiça Eleitoral”. Esta é a conclusão inicial de
uma investigação da SaferNet, que trabalha em
parceria com o Ministério Público Federal no
monitoramento de fraudes eleitorais cometidas pela
internet.
“Trata-se de uma operação coordenada e planejada
para ser executada no dia das eleições com o
objetivo de desacreditar a Justiça Eleitoral e
eventualmente alegar fraude no resultado
desfavorável a certos candidatos”, afirma Thiago
Tavares, presidente da SaferNet, que vem fazendo o
monitoramento desde o fim de outubro.
Perfis bolsonaristas passaram o dia da eleição
divulgando mensagens apontando para supostas fraudes
eleitorais e falta de credibilidade do TSE.
“Vários grupos políticos já estavam havia dias
questionando a segurança dos servidores do TSE e das
urnas, como que antevendo o anúncio do suposto
hacking”, diz Tavares.
Ele cita uma transmissão ao vivo do cientista
político Paulo Moura, reproduzida no perfil do canal
conservador “Avança Brasil” Intitulado “Se o STJ foi
hackeado, como confiar no TSE”:
“Se a segunda maior instância da Justiça brasileira
(STJ) é vulnerável a um ataque hacker dessa
magnitude, e natureza, como confiar no TSE e seu
sistema de controle da apuração dos votos das
eleições brasileiras?”, afirma Moura.
Com informações da Folha
Fonte: RevistaForum
17/11/2020 -
“A extrema direita de Bolsonaro foi a grande
derrotada”, afirma Lula
“O fortalecimento da esquerda e de seus valores
humanistas e de justiça social, mostra que
reconstruir um outro Brasil, mais fraterno e
solidário, é possível”, afirmou Lula. “A luta agora
continua no 2º turno, até a vitória!”, completou
“A extrema direita de Bolsonaro foi a grande
derrotada nessas eleições”, sentenciou o
ex-presidente Lula em postagem em seu perfil de
twitter nesta segunda-feira, 16. “O fortalecimento
da esquerda e de seus valores humanistas e de
justiça social, mostra que reconstruir um outro
Brasil, mais fraterno e solidário, é possível”,
afirmou Lula. “A luta agora continua no 2º turno,
até a vitória!”, completou.
De acordo com Lula, “mesmo com os desafios impostos
pela pandemia, o PT esteve nas ruas dialogando com o
povo e debatendo um projeto de sociedade mais humana
e menos desigual”. Ainda aguardando os resultados do
segundo turno, Lula aponta que “sairemos desse
processo eleitoral fortalecidos e com nossa
disposição de luta renovada pelo povo brasileiro”.
De 57 cidades, o PT disputa o segundo turno em 15.
Em 2016, o PT participou de 7.
A baixa votação dos candidatos alinhados ao
bolsonarismo não deixa dúvidas sobre o fracasso
eleitoral do atual presidente. Celso Russomano
(Republicanos), em São Paulo, Delegada Patrícia
(Podemos), no Recife, Coronel Menezes (Patriotas),
em Manaus, e Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte,
despontam como principais exemplos. No Rio de
Janeiro, mesmo indo para o segundo turno, Crivella
enfrentará grandes dificuldades eleitorais.
Os aliados mais próximos também naufragaram ao
apostar na repetição da onda bolsonarista e
conservadora de 2018. Candidato a vereador no Rio de
Janeiro, o filho Carlos Bolsonaro perdeu 35 mil
votos em relação ao pleito de 2016. Também no Rio, a
ex-mulher, Rogéria Bolsonaro (Republicanos), não se
elegeu à vereadora e a funcionária fantasma, Wal do
Açai, igualmente foi rejeitada pelas urnas em Angra
dos Reis, onde fez apenas 266 votos. Em “lives
eleitorais gratuitas” ilegais, Bolsonaro declarou
adesão abertamente a 59 candidatos.
Apesar de tentar capitalizar uma fantasiosa vitória
eleitoral, no domingo a noite, Bolsonaro apagou um
post de apoio a candidatos em suas redes sociais. Em
nova postagem, relativizou o apoio dado e, fora da
realidade, afirmou que a esquerda sofreu uma
“histórica derrota” nas urnas. Passando recibo da
derrota, manteve seu infundado questionamento às
urnas eletrônicas, defendendo “um sistema eleitoral
aperfeiçoado” para as eleições de 2022. O sistema
eletrônico do TSE foi alvo de um suspeito ataque de
hackers.
PT Notícias
Fonte: Portal Vermelho
17/11/2020 -
Cresce número de mulheres candidatas e eleitas no
pleito de 2020
Além do registro recorde de candidaturas femininas
em 2020 na disputa pelas prefeituras e câmaras
municipais, o total de mulheres eleitas, reeleitas
ou que ainda concorrerão no segundo turno também
cresceu. Os resultados finais serão consolidados
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até
sexta-feira (20). Até o momento, dados oficiais
mostram que para 12,2% das prefeituras foram eleitas
mulheres. Na eleição de 2016 esse número foi de
11,57%.
— Tivemos um aumento ainda não suficientemente
expressivo, mas no Brasil há uma curva ascendente na
participação feminina nos processos eleitorais. No
Congresso Nacional, esse número, que ainda é
insuficiente, aumentou para 15%. E nós fizemos uma
grande campanha de atração de mulheres para a
política — declarou o Ministro Luís Roberto Barroso,
presidente do TSE.
De um modo geral, a participação feminina na
política já caminha para além do cumprimento da cota
obrigatória de 30% reservada pelos partidos. De
acordo com a Justiça Eleitoral, no pleito deste ano
as mulheres representam 33,6% do total de 557.389
candidaturas, superando o maior índice das três
últimas eleições, que não passou de 32%.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
17/11/2020 -
Bolsonaro volta a questionar confiabilidade das
eleições e diz desconhecer uso de urnas eletrônicas
em outros países
Jair Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade
do sistema eleitoral e disse desconhecer que um
outro país no mundo faça uso de um sistema de
votação semelhante ao do Brasil. “Temos que ter um
sistema de apuração que não deixe dúvidas. É só
isso. Tem que ser confiável e rápido. Não deixar
margem para dúvidas. Agora, é um sistema que
desconheço no mundo onde ele seja utilizado”, disse
ele nesta segunda-feira (16) em conversa com
apoiadores no Palácio do Planalto, de acordo com
reportagem de O Globo.
Apesar da afirmação, um levantamento feito pela
International Institute for Democracy and Electoral
Assistance (IDEA) aponta que ao menos 31 países
fazem uso do sistema de votação eletrônica em
pleitos de abrangência regionais ou nacionais.
Bolsonaro também voltou a defender a votação por
meio de cédulas de papel. “Tenho proposta, tive,
(mas) o Supremo disse que é inconstitucional o voto
impresso. Tem Proposta de Emenda à Constituição na
Câmara. Se não tivemos uma forma confiável de apurar
as eleições a dúvida sempre vai permanecer”, disse.
Fonte: Brasil247
17/11/2020 -
Proposta obriga INSS a pagar auxílio-doença após 60
dias sem perícia
Segurado deverá cumprir os requisitos de carência
mínima exigida e apresentar atestado médico para ter
acesso ao benefício
O Projeto de Lei 4708/20 obriga o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) a pagar o auxílio-doença, no
valor de um salário mínimo, se a perícia médica não
for realizada em 60 dias. A proposta tramita na
Câmara dos Deputados.
O pagamento será feito desde que o segurado cumpra
os requisitos de carência mínima exigida e apresente
o atestado médico.
O projeto é do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) e
altera a Lei de Benefícios da Previdência Social.
Sávio lembra que o INSS reabriu as agências em
setembro, mas os peritos decidiram não retornar ao
trabalho, alegando falta de condições sanitárias
para desempenhar a atividade. “Consequentemente,
todas as perícias médicas agendadas foram suspensas
até a adequação das agências, em prejuízo dos
segurados que delas dependiam”, disse Sávio.
Com o projeto, ele quer evitar que situações assim
prejudiquem os trabalhadores. “Esse problema de
filas e atrasos na realização de perícias médicas é
um problema recorrente na Previdência Social”,
acrescentou.
A proposta estabelece ainda que o auxílio-doença
poderá ser cancelado após a realização da perícia,
cabendo recurso ao segurado.
Fonte: Agência Câmara
16/11/2020 -
Seis capitais reelegem prefeitos em 1º turno marcado
por pandemia e abstenções
Com quase todas as urnas apuradas, a abstenção,
na média do País, atingia 23,1%, superior aos 17,6%
na última eleição municipal
Seis capitais reelegeram os prefeitos no primeiro
turno das eleições municipais neste domingo (15), e
o atual vice comandará Salvador em 2021. Outras 18
realizarão o segundo turno no dia 29. Em Macapá, a
votação foi adiada para dezembro, devido ao apagão
que atinge o estado desde o início de novembro.
Com quase todas as urnas apuradas, a abstenção, na
média geral do País, estava em 23,1%, superior aos
17,6% registrados no primeiro turno da última
eleição municipal, há quatro anos. O pleito deste
domingo aconteceu em meio à pandemia de coronavírus
que já causou mais de 165 mil mortes.
Foram reeleitos os prefeitos de Belo Horizonte,
Alexandre Kalil (PSD), com mais de 63%; de Curitiba,
Rafael Greca (DEM), com quase 60%; de Natal, Alvaro
Dias (PSDB), com 57%; de Florianópolis, Gean
Loureiro (DEM), e de Campo Grande, Marquinhos Trad
(PSD), ambos com cerca de 53%.
Em Palmas, a única capital brasileira em que não há
segundo turno – são 180,5 mil eleitores, abaixo do
mínimo legal (200 mil) –, Cinthia Ribeiro (PSDB) foi
reeleita com 36%. Em Salvador, o vice-prefeito Bruno
Reis (DEM) venceu com 64%.
Haverá segundo turno nos dois maiores colégios
eleitorais. Em São Paulo, o embate será entre o
prefeito Bruno Covas (PSDB) e o líder do movimento
de moradias Guilherme Boulos (Psol). No Rio de
Janeiro, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) enfrentará
o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
Deputados candidatos a prefeito permanecem na
disputa. Em Recife, os primos João Campos (PSB) e
Marília Arraes (PT) estarão no segundo turno.
Capitão Wagner (Pros) seguirá em Fortaleza; Edmilson
Rodrigues (Psol), em Belém; Eduardo Braide
(Podemos), em São Luís; e Ottaci Nascimento
(Solidariedade), em Boa Vista.
Com 94,5% das urnas apuradas, seguia no início da
madrugada a indefinição no segundo turno em Maceió.
O ex-procurador Alfredo Gaspar (MDB) estava com uma
das vagas asseguradas. O deputado JHC (PSB)
disputava a outra com o deputado estadual Davi
Danino (PP).
Fonte: Agência Câmara
16/11/2020 -
Bolsonaro sofreu uma “derrota muito forte”, diz
Jandira
Resultado de Crivella e Russomanno mostra
enfraquecimento do bolsonarismo
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
afirmou que o desempenho de Marcelo Crivella
(Republicanos) no primeiro turno da eleição no Rio
de Janeiro, neste domingo (15), expõe o
enfraquecimento do fenômeno bolsonarista. Conforme
pesquisa de boca de urna no Ibope, Crivella deve ir
ao segundo turno, mas sua votação – mesmo com o
apoio aberto do presidente Jair Bolsonaro – foi de
apenas 20%.
Há quatro anos, mesmo sem a força da onda de
extrema-direita, o ex-bispo da Igreja Universal saiu
do primeiro turno com 27,78% dos votos e selou sua
vitória no turno final contra Marcelo Freixo (PSOL).
Desta vez, seu eleitorado minguou. “O percentual de
votos no Crivella mostra que a derrota de Bolsonaro
nesta eleição foi muito forte”, declarou Jandira em
entrevista ao programa De Olho no #Voto65,
transmitido pela página oficial do PCdoB no Facebook.
Ao resultado de Crivella no Rio se soma o fracasso
do bolsonarista Celso Russomanno (Republicanos) em
São Paulo. Líder nas pesquisas de intenção de voto
no início da campanha eleitoral, Russomanno corre o
risco de ficar em sexto lugar no pleito paulistano.
“Os resultados iniciais vão mostrando e confirmando
o que prevíamos: o grande derrotado nestas eleições
é Bolsonaro”, afirmou Jandira.
Fonte: Portal Vermelho
16/11/2020 -
Reforma Trabalhista aprofunda desemprego,
precariedade e informalidade
A reforma do presidente golpista Michel Temer,
que completou 3 anos, iria gerar 6 milhões de
empregos e modernizar as relações de trabalho, mas o
legado é de quase 14 milhões de desempregados
Após o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff
da Presidência da República, Michel Temer (MDB)
assumiu o posto para adotar uma agenda de destruição
dos direitos trabalhistas, a desnacionalização da
economia e a entrega do patrimônio nacional. Com a
Reforma Trabalhista, que completou 3 anos na
quarta-feira (11), Temer prometeu que o país iria
criar 6 milhões de empregos, mas o legado é de
crescimento do trabalho precário, desemprego e
informalidade.
A reforma entrou em vigor em 2017 quando o país já
registrava 12,6 milhões de desempregados. Segundo o
último PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua), divulgados pelo IBGE, o país
possui atualmente 13,8 milhões de brasileiros sem
emprego.
Os chamados subutilizados, ou seja, os que gostariam
de trabalhar mais, estão estimados em 33,3 milhões
de pessoas, um número recorde. De igual modo, a taxa
de informalidade cresceu 38%, o que equivale 31
milhões de trabalhadores.
Na avaliação do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA),
constatou-se nos três anos de reforma “um retumbante
fracasso” para o país, especialmente aos
trabalhadores. “Tudo que foi anunciado não se
cumpriu. Dizia-se que era para modernizar as
relações de trabalho para gerar empregos e dar
segurança jurídicas, o que temos verificado é que
não há segurança jurídica nos contratos e as ações
(trabalhista) continuam”, disse o parlamentar ao
Vermelho.
Segundo o parlamentar, há um crescente aumento do
desemprego e a precarização das relações de trabalho
que se aprofundam. “Os trabalhadores, que continuam
perdendo direitos, são as principais vítimas assim
como a sua estrutura sindical. Por outro lado, o
país viu sua economia afundar, sem distribuição de
renda e o aumento das desigualdades”, disse.
Senadores
“Mentiram para o povo! Reforma trabalhista completa
três anos sem gerar um único emprego. Pelo
contrário, o desemprego é o maior da história”,
afirmou o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho
(SE).
O senador Paulo Paim (PT) reforçou que o governo
enganou a população, já que a reforma “não gerou um
emprego sequer. A informalidade aumentou. O governo
à época vendeu gato por lebre, enganou a sociedade”.
Paim lembrou as consequências da queda dos salários
para a previdência social: “Os trabalhadores
perderam direitos e conquistas sociais. A massa
salarial bruta caiu. Com salários mais baixos, o
poder de compra dos trabalhadores diminuiu. O
trabalho intermitente é uma vergonha, não garante o
mínimo necessário ao trabalhador, e tende a piorar
em razão do fim da política nacional de valorização
do salário mínimo. Além do mais, com menos empregos
formais, a previdência social perdeu arrecadação”,
afirma o presidente da Comissão de Direitos Humanos
do Senado Federal.
Fonte: Portal Vermelho
16/11/2020 -
Indústria enfrenta pior falta de matéria-prima em 19
anos e reduz produção
Pesquisa da FGV mostra 14 dos 19 segmentos
entrevistados tiveram falta de insumos em outubro
Pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
e divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo neste
sábado (14) mostra que a indústria brasileira está
enfrentando a maior escassez de matéria-prima em 19
anos. Dos 19 segmentos entrevistados, 14 relataram
dificuldade em conseguir insumos e, com isso, estão
reduzindo a produção.
A reportagem do Estadão revela ainda que, mesmo quem
consegue produzir, tem dificuldade de distribuir
seus produtos por falta de embalagem. Isso porque há
falta também de papelão, plástico e vidros para
acondicionar as mercadorias. Além dessa escassez, a
oscilação dos valores desses insumos, devido à
desvalorização do real, deve contribuir para o
aumento de preços.
A falta de matérias-primas na indústria já havia
sido relatada por reportagens da Fórum. A indústria
plástica já começava a perceber a falta de insumos
no mês passado. A Abiplast havia informado, no
início de outubro, que em consequência da pandemia
do novo coronavírus, há um “acentuado desequilíbrio
de oferta de matérias-primas plásticas no mundo”.
Por isso, os preços têm oscilado de forma brusca.
Por consequência, seguiu a entidade, muitas empresas
transformadoras não estão conseguindo ter
matérias-primas suficientes para atender toda a
demanda.
Na sondagem da FGV, o setor de vestuário apareceu
como o que mais sentiu os efeitos da falta de
insumos e componentes. Ela foi reportada por 74,7%
das empresas.
Matéria da Fórum do início de outubro já relatava
que as pequenas confecções reclamavam da falta de
malha para produzir suas roupas e que o problema
chegava também às indústrias maiores.
Consultada pela reportagem na ocasião, a Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)
avaliou que “a retomada depois de um período de
paralisação de 90 a 100 dias faz demandar tempo para
que todos os elos da rede de produção e suprimentos
voltem a funcionar de maneira sincronizada”. A
estimativa da entidade, no início do mês passado,
era que a indústria têxtil conseguisse ajustar
demanda e oferta em um período de 90 a 100 dias. No
entanto, ainda não há sinais de que esse ajuste já
tenha começado a ocorrer.
Além do vestuário, a falta de insumos também foi
apontada aos pesquisadores da FGV por fabricantes de
produtos de plástico (52,8%), limpeza e perfumaria
(39,1%), farmacêutica (34,2%), informática e
eletrônicos (33,1%), além de empresas dos ramos de
produtos de metal (31%), couro e calçados (31,1%) e
químico (27,9%), entre outros.
Fonte: RevistaForum
16/11/2020 -
Lula classifica conversa com Ciro como civilizada e
defende respeito mútuo
O ex-presidente Lula (PT) comentou neste domingo
(15) sobre a conversa que teve com Ciro Gomes (PDT)
no início de setembro. O petista considerou natural
que ele e Ciro não estejam unidos nas eleições de
2022 e citou o exemplo da eleição de São Paulo em
2016, quando as ex-prefeitas e ex-petistas Marta
Suplicy e Luiza Erundina disputaram o pleito com
Fernando Haddad (PT).
"Temos o direito de sermos adversários. As pessoas
se esquecem que em 2016 o Haddad não foi para o
segundo turno porque tivemos companheira como a
Marta, que tirou 10% do voto, tivemos a Luiza
Erundina que foi candidata e tirou percentual de
voto do Haddad. Então o governador [João Doria]
ganhou as eleições", declarou em entrevista coletiva
após votar em São Bernardo do Campo (PT).
"É normal que os partidos lancem candidatos quando
chegar em 2022, o PT tem muitos candidatos. É normal
que o Ciro queira ser presidente da República, é
normal que o Flávio Dino queira ser. É o normal que
a Globo esteja procurando o Huck, juntando ele com o
Moro, tudo isso é normal. A única coisa que não é
normal é a manipulação que se tenta fazer com a
sociedade brasileira."
Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro e disse
que é preciso que uma candidatura progressista o
derrote em 2022.
"Quando chamei o Ciro para conversar aqui, em São
Paulo, lá no instituto [Lula], foi uma conversa
civilizada, a gente pode ter pontos de vista
diferentes, mas o que precisamos é adotar uma
política de respeito mútuo entre os partidos e as
pessoas dos partidos para que a gente possa
trabalhar de forma que um candidato progressista de
esquerda possa ganhar as eleições de 2022 e a gente,
sinceramente, varrer do mapa político do país esse
genocida, que liderado por milicianos, governa o
Brasil", disse o ex-presidente.
O encontro entre Ciro e Lula foi articulado pelo
governador Camilo Santana (PT-CE) e ocorreu em
setembro, em São Paulo (SP), na sede do Instituto
Lula. Ciro e Lula romperam nas eleições
presidenciais de 2018. Na época, Ciro criticou a
estratégia de manter o nome do ex-presidente como
candidato, apesar de ele estar barrado na Justiça
por causa da Lei da Ficha Limpa. Atacado por
petistas no primeiro turno, o ex-ministro viajou no
segundo turno, sem declarar apoio ao candidato
petista Fernando Haddad. Em entrevista ao Congresso
em Foco em outubro de 2019, Ciro fez duras críticas
a Lula e o chamou de enganador profissional.
Fonte: Congresso em Foco
16/11/2020 -
Retomada do mercado de trabalho poderá levar um ano
após o fim da pandemia, dizem analistas
De acordo com dados do Caged, as demissões
registradas junto ao mercado formal ao longo da
pandemia superaram as contratações em 1,6 milhão.
Economistas avaliam que o desemprego deverá
continuar elevado em 2021
A crise decorrente da pandemia do novo coronavírus
resultou na eliminação de 165 mil postos de trabalho
do comércio varejista entre março e julho deste ano,
de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), e o saldo de 18,5 mil vagas
criadas desde julho está distante de cobrir o
déficit do setor. A situação se estende a outros
setores da economia e a recuperação deverá ser
difícil.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o
setor de bares e restaurantes registrou a criação de
apenas 900 vagas de garçons desde julho, embora
tenha perdido 46 mil trabalhadores desde o início da
pandemia. No setor de engenharia foram fechadas 3,3
mil vagas, o triplo das 900 que foram criadas ao
longo do terceiro trimestre.
Até na engenharia —carreira associada à escassez de
talentos no país— tem faltado demanda. As 3.300
vagas de engenheiros e arquitetos eliminadas no auge
da crise ainda são mais do que o triplo das 900
criadas no terceiro trimestre.
Ainda conforme os dados do Caged, as demissões
registradas junto ao mercado formal superaram as
contratações em 1,6 milhão. O número de postos de
trabalho encerrados é mais que o dobro dos 697 mil
criados entre julho e setembro deste ano.
Para Cosmo Donato, economista da LCA, a situação
deverá se agravar com o fim da estabilidade de
emprego dos funcionários de empresas que aderiram
aos programas de redução salarial ou de suspensão de
contrato de trabalho. “O viés para 2021 é de baixa.
O risco de terminarmos o ano que vem com saldo na
geração de empregos que não supere o patamar
pré-crise é concreto”, avaliou.
Sem uma retomada econômica forte, é difícil imaginar
que as empresas conseguirão evitar as demissões
quando seu compromisso de manter a estabilidade dos
funcionários acabar”, disse o economista Bruno
Ottoni, da consultoria iDados, ouvido pela
reportagem.
Fonte: Brasil247
16/11/2020 -
Número de trabalhadores com deficiência caiu mesmo
antes da pandemia
Em abril, 8.810 pessoas com deficiência perderem
o emprego
Há cada vez menos pessoas com deficiência (PcD) no
mercado de trabalho formal brasileiro. A situação se
agravou com a pandemia de Covid-19, mas já estava em
curso no começo de 2020, antes mesmo do início da
crise sanitária imposta pelo novo coronavírus. É o
que aponta o primeiro boletim informativo sobre o
tema lançado pelo Núcleo de Pesquisas sobre Mercado
de Trabalho e Pessoas com Deficiência do Cesit da
Unicamp.
No Brasil, a contratação de PcD pelas empresas com
cem ou mais funcionários é obrigatória e conta com
legislação específica (Lei Nº 8.213/1997, Decreto Nº
3.298/1999 e Decreto Nº 5.296/2004). A despeito do
direito conquistado, a participação desses
trabalhadores era minoritária em 2019, atingindo
cerca de 1,1% do estoque total de empregos no País.
Em 2020, segundo as informações prestadas pelas
empresas acerca das admissões e desligamentos de
seus funcionários, demonstradas no Caged, do
Ministério da Economia, houve perda de postos de
trabalho, mesmo antes da pandemia. Contudo, o pico
de desligamentos ocorreu no mês de abril, com 8.810
vínculos de emprego – e segue negativo até julho de
2020.
O saldo de empregos formais, resultante das
admissões e desligamentos, corresponde a eliminação
de 21. 487 vínculos de trabalhadores brasileiros com
deficiência no período de janeiro a setembro de
2020. Houve saldo positivo apenas em agosto e
setembro, com 1.863 postos de trabalho a mais.
O boletim informativo, com a íntegra da pesquisa,
pode ser lido e baixado neste link:
https://www.cesit.net.br/panorama-da-evolucao-dos-vinculos-formais-de-trabalho-das-pessoas-com-deficiencia-no-periodo-de-2007-a-2020
Fonte: Portal Vermelho
13/11/2020 -
Guedes diz que auxílio emergencial será prorrogado
se houver segunda onda da pandemia de Covid-19
“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do
auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo.
Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma
possibilidade, é uma certeza", afirmou o ministro da
Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se
o Brasil registrar uma segunda onda de casos da
Covid-19, com “certeza” haverá uma extensão do
pagamento do auxílio emergencial à população.
“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do
auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo.
Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma
possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de
reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos
pensando agora”, disse Guedes nesta quinta-feira
(12), durante um evento promovido pela Associação
Brasileira de Supermercados (Abras).
Ainda de acordo com o ministro, o “plano A do
governo” é encerrar o pagamento do auxílio
emergencial no dia 31 de dezembro, com o pleno
retorno ao Bolsa Família como programa de
transferência de renda. A percepção, ainda segundo
ele, é que a do novo coronavírus está retrocedendo e
a economia está em recuperação.
Guedes também voltou a dizer que os gastos do
governo no enfrentamento à pandemia devem superar os
R$ 600 bilhões até o final do ano, correspondendo a
cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). No caso
de uma segunda onda, porém, a expectativa é de que
estas despesas cheguem a 4% do PIB em função da
experiência adquirida neste ano.
Fonte: Brasil247 com Agências
13/11/2020 -
Desigualdade social: Extrema pobreza cresce e negros
são os mais atingidos, diz IBGE
De 2012 a 2019, o índice de pessoas nessa
condição subiu 13,5%. País é o nono mais desigual do
mundo
Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (12)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) aponta que a extrema pobreza cresceu no
Brasil nos últimos anos, mantendo-se estável entre
2018 e 2019.
A pesquisa mostra que a extrema pobreza cresceu
13,5%, passando de 5,8% em 2012 para 6,5% em 2019.
Com isso, em números absolutos, 13,6 milhões no
Brasil viviam nessa condição em 2019, cerca de 100
mil a mais que no ano anterior, o que é considerado
estatisticamente como uma estabilidade.
Em 2014, o índice de extrema pobreza chegou a seu
menor patamar, em 4,5%. A partir do golpe contra a
ex-presidenta Dilma Rousseff, no entanto, a taxa
disparou.
Em relação à pobreza, houve redução de 6,6%. Com
isso, o número de pobres caiu de 26,5% para 24,7% da
população. O aumento do trabalho informal pode ter
contribuído para reduzir o contingente de pessoas
vivendo nessa condição.
A pesquisa também destaca o recorte de raça nos
índices, evidenciando o racismo estrutural do país.
Entre as pessoas abaixo das linhas de pobreza, 70%
se declaram de cor preta ou parda. A pobreza afetou
ainda mais as mulheres pretas ou pardas, grupo que
compõe 39,8% dos extremamente pobres e 38,1% dos
pobres.
“A população de cor ou raça preta ou parda está mais
presente na informalidade, possui menos anos de
estudo, está em atividades que remuneram menos,
então tudo isso contribui para que a renda do
trabalho seja menor”, analisa João Hallak,
coordenador da pesquisa.
A diferença de salários também cresceu em 2019. Na
capital onde essa desigualdade é a maior, Recife, os
mais ricos recebem 30 vezes mais do que os mais
pobres.
Fonte: RevistaForum
13/11/2020 -
IBGE: informalidade atinge 41,6% dos trabalhadores
no país em 2019
População preta ou parda estava mais inserida em
ocupações informais
A informalidade no mercado de trabalho atingia 41,6%
dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões
de pessoas. Entre pessoas ocupadas sem instrução ou
com o ensino fundamental incompleto, a proporção de
informais era de 62,4%, mas de apenas 21,9% entre
aquelas com ensino superior completo.
As informações constam da Síntese de Indicadores
Sociais, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A população preta ou parda (47,4%) estava mais
inserida em ocupações informais em todas as unidades
da Federação, quando comparada à população branca
(34,5%).
As atividades que mais concentraram pessoas em
ocupações informais, no ano passado, foram serviços
domésticos (72,5%), agropecuária (67,2%) e
construção (64,5%). Segundo o IBGE, desde 2014, em
decorrência do desaquecimento do mercado de
trabalho, houve ampliação relativa das ocupações
informais, com destaque para transporte, armazenagem
e correio, alojamento e alimentação e construção.
Em 2019, a proporção de trabalhadores em ocupações
informais alcançou 61,6% na Região Norte e 56,9% no
Nordeste. Por outro lado, as regiões Sudeste e Sul,
apresentaram proporções de, respectivamente, 34,9% e
29,1%.
Fonte: Agência Brasil
13/11/2020 -
Reforma da Previdência brasileira completa um ano
Governo espera que reforma traga economia de R$
800 bilhões em 10 anos
Aprovada pelo Congresso Nacional no mês de novembro,
a Reforma da Previdência completa nesta quinta-feira
(12) um ano de sua promulgação. Entre as mudanças
trazidas pela reforma do sistema previdenciário
estão a instituição de novas idades de
aposentadoria, novo tempo mínimo de contribuição,
regras de transição para quem já é segurado, de
novas alíquotas de contribuição para a Previdência,
entre outras mudanças.
A expectativa do governo é que, em 10 anos, a
reforma garanta uma economia de cerca de R$ 800
bilhões aos cofres da União.
Pela regra geral aprovada, os trabalhadores urbanos
se aposentarão a partir dos 62 anos (mulheres) e 65
anos (homens). As mulheres terão 15 anos mínimos de
contribuição. Os homens que já contribuem para o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também
terão 15 anos de contribuição, mas os que ainda não
entraram no mercado de trabalho terão de contribuir
por pelo menos 20 anos para conquistar a
aposentadoria.
Outra mudança importante é o cálculo do benefício
que vai se basear na média de todos os salários do
trabalhador e não nos 80% maiores como hoje. Além
disso, com 20 anos de contribuição, os trabalhadores
homens terão apenas 60% da média. Esse percentual
sobe 2 pontos por cada ano de trabalho a mais. Para
as mulheres, o tempo de contribuição mínimo é de 15
anos.
A reforma também trouxe a redução da pensão por
morte em 40% quando o único dependente é o cônjuge.
A acumulação de pensão com aposentadoria também é
restringida. A regra aprovada prevê que a pensão
será equivalentes 50% do valor da aposentadoria do
segurado, acrescida de cotas de 10 pontos
percentuais por dependente, até o máximo de 100%.
Na avaliação do Ministério da Economia, a reforma
aproxima as regras aplicáveis aos dois principais
regimes públicos e obrigatórios: o Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) e o Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) da União.
Outro mudança instituída pela reforma é a de que os
entes federativos que possuem RPPS deverão instituir
regime de previdência complementar e adotar o teto
de benefícios do RGPS no prazo de até 2 anos.
Segundo a pasta, “a obrigatoriedade de instituição
de previdência complementar implica que novos
servidores dos RPPS dos entes subnacionais terão o
mesmo “teto” que os trabalhadores vinculados em RGPS,
com impactos positivos do ponto de vista fiscal e
distributivo.”
Fonte: Agência Brasil
13/11/2020 -
Guedes volta a defender criação de imposto sobre
transações digitais e fala em taxar dividendos
Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a
defender a criação de um imposto sobre transações
digitais e falou que avalia a taxação de dividendos.
No final de outubro, ele disse que a ideia de um
novo imposto havia sido descartada pelo governo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a
defender a criação de um imposto sobre transações
digitais como forma de viabilizar a desoneração da
folha de pagamento. Há cerca de duas semanas, em
audiência pública no Congresso, ele havia afirmado
que a criação de um imposto nos moldes da extinta
CPMF estava descartado e que a ideia era alvo de
críticas por parte de Jair Bolsonaro.
“Quando nós falamos em desonerar a folha, nós
precisamos encontrar uma forma de financiamento
dessa desoneração. E aí falamos então no imposto, na
contribuição, sobre transações, inclusive as
digitais, que são as que mais crescem no país. Foi
nesse sentido que consideramos essa alternativa de
tributação, mas sempre com a perspectiva de que não
há aumento de impostos, é uma substituição
tributária”, disse Guedes, de acordo com reportagem
do jornal O Globo.
O ministro também afirmou que o projeto que está
sendo elaborado pela equipe econômica prevê a
taxação de , dividendos como forma de compensar uma
redução da tributação sobre o lucro das empresas.
“Não haverá aumento de imposto para quem paga
imposto. Agora, quem nunca pagou, vai pagar. Então
você fala: "Vai haver aumento de imposto sobre
dividendos?". Vai, os impostos sobre dividendos
subirão, sim. "Vai aumentar imposto sobre quem
estava isento antes e nunca pagava?". Vai, se nós
tributarmos as transações, quem não pagava, vai
começar a pagar”, afirmou.
Fonte: Brasil247
13/11/2020 -
Famílias de baixa renda têm inflação maior, revela
pesquisa do BC
Peso da alimentação em casa é maior para renda
mais baixa
A inflação pesou mais para as famílias com renda
baixa, entre um e três salários mínimo, por conta da
parcela maior do orçamento destinada à alimentação
em casa. A conclusão é do estudo “Inflação por faixa
de renda familiar em 2020”, divulgado nesta
quinta-feira (12), em Brasília, pelo Banco Central
(BC). A alimentação em casa é o segmento que mais
tem pressionado a inflação neste ano.
Entretanto, o BC ressalta que, mesmo para este
grupo, a inflação se encontra “em patamar baixo, com
variação de 2,29% no acumulado do ano”.
Segundo o estudo, a pandemia de covid-19 tem
influenciado a inflação e os preços relativos no
Brasil desde março. “Por um lado, distanciamento
social, aumento do desemprego e retração da
atividade deprimiram os preços de diversos serviços.
Por outro, a depreciação cambial, os programas de
transferência de renda e o aumento dos gastos com
alimentação no domicílio pressionaram os preços dos
alimentos”, diz a pesquisa.
O estudo foi feito considerando o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação
oficial do país), com base nos microdados da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.
As faixas de renda familiar usadas são um a três
salários mínimos, três a dez salários mínimos e 10 a
40 salários mínimos, que representam, na ordem,
46,2%, 44,0% e 9,8% da população pesquisada no IPCA.
Fonte: Agência Brasil
13/11/2020 -
Empregado que extrapola jornada e tem intervalo
reduzido recebe horas extras
A existência de acordo de compensação de jornada
presume horário extraordinário e é incompatível com
a redução do período de descanso. Com esse
entendimento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho condenou a WEG Equipamentos Elétricos a
pagar a um operador de empilhadeira uma hora
extraordinária por dia de trabalho em razão da
redução ilegal do intervalo intrajornada para
descanso e alimentação.
A diminuição do intervalo para 30 minutos tinha
autorização do extinto Ministério do Trabalho (atual
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho), mas,
nessa circunstância, não pode existir a extensão da
jornada.
O pedido de horas extras do operador em relação ao
intervalo reduzido havia sido integralmente negado
pelo juízo da 1ª Vara do Trabalho de Jaraguá do Sul
(SC), mas essa decisão foi reformada parcialmente
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
(SC). A corte estadual deferiu uma hora extra por
dia para o período em que o tempo de repouso foi
reduzido sem autorização ministerial.
De acordo com o artigo 71 da CLT, quem trabalha mais
de seis horas diárias tem direito ao intervalo de no
mínimo 60 minutos. Porém, o parágrafo 3º do mesmo
artigo dispõe que esse tempo pode ser reduzido por
ato do Ministério do Trabalho, desde que atendidos
alguns critérios, como a não prorrogação da jornada.
No entendimento do TRT, o tempo de serviço prestado
em regime de compensação não pode ser considerado
como suplementar, pois corresponde à redistribuição
da jornada semanal decorrente da exclusão do serviço
nos sábados.
Segundo o relator do recurso de revista do
empregado, ministro Caputo Bastos, a aceitação da
redução do intervalo não se alinha à jurisprudência
do TST. "A simples existência de acordo de
compensação de jornada revela-se incompatível com a
proposta de redução, porque a prorrogação de jornada
é inerente a esse sistema", explicou ele.
Por unanimidade, o colegiado acompanhou o voto do
relator para determinar o pagamento de uma hora
extraordinária diária também no período em que havia
autorização do Ministério do Trabalho, com o
adicional de 50% e as repercussões legais
pertinentes. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
ARR 3976-46.2013.5.12.0019
Fonte: Consultor Jurídico
12/11/2020 -
Pela primeira vez no histórico da Pesquisa Fórum
maioria da população desaprova Bolsonaro
Reprovação do governo é maior entre os mais
jovens, as mulheres e os mais escolarizados
Pela primeira vez no histórico da Pesquisa Fórum a
maior parte dos brasileiros desaprova o governo
Bolsonaro. São 53,9%, ante 46,1% que o aprovam. Uma
diferença a favor da reprovação de 7,8%.
No começo de outubro, 51,9% disseram que o aprovavam
e 48,1%, que o desaprovavam. Era uma diferença a
favor da aprovação de 3%. No final de agosto, os
índices estavam ainda mais favoráveis ao presidente:
52,9% de aprovação e 47,1% de desaprovação. Ele
tinha 5,8% de margem favorável.
Nos últimos 70 dias, ele saiu desses 5,8% a mais
pelo aprova para os 7,8% a mais pelo desaprova. Um
deslocamento de 13,6% desfavorável. Sinal que talvez
explique a dificuldade de Bolsonaro empinar seus
candidatos a prefeito principalmente nas capitais.
Entre as mulheres, 60,6% o desaprovam. Por outro
lado, entre os homens, 55,9% responderam que aprovam
a gestão do titular do Planalto.
Na distribuição por idade, três faixas etárias
tiveram mais respostas negativas do que positivas
para o presidente: de 16 a 24 anos, 64,2% desaprovam
o governo. De 25 a 34 anos, 53,1% desaprovam. E de
45 a 59 anos, 54,1%.
A melhor avaliação está entre os mais idosos, com 60
anos ou mais, dos quais 55,6% aprovam a atual
gestão.
Na divisão por escolaridade, 62,5% dos entrevistados
com ensino superior e 50,7% dos com ensino médio
disseram não aprovar o governo Bolsonaro. Por outro
lado, Bolsonaro tem 50,3% de aprovação entre os que
têm ensino fundamental.
Em todas as faixas de renda, Bolsonaro teve ao menos
metade ou mais de desaprovação dos entrevistados. A
maior taxa, de 56%, ficou entre aqueles que ganham
de 5 a 10 salários mínimos. A menor foi de
exatamente 50%, naqueles com rendimento acima de 10
salários mínimos.
A região Sudeste tem a maior proporção de pessoas
que desaprovam o governo: 56%. A seguir aparece o
Nordeste, com 54,8%, e depois o Sul, onde a
avaliação se inverteu e, agora, 50,6% não aprovam a
atual gestão. Na outra ponta, ele encontra aprovação
de 50,8% dos entrevistados do Centro-Oeste e 55,1%
dos pesquisados do Norte.
A 7ª Pesquisa Fórum foi realizada entre os dias 4 e
9 de novembro, em parceria com a Offerwise, e ouviu
1000 pessoas de todas as regiões do país. A margem
de erro é de 3,2 pontos porcentuais, para cima ou
para baixo. O método utilizado é o de painel online
e a coleta de informações respeita o percentual da
população brasileira nas diferentes faixas e
segmentos.
(Mais informações: RevistaForum)
Fonte: RevistaForum
12/11/2020 -
Governo Bolsonaro vai começar 2021 sem cumprir
promessa de criar programa de renda para os pobres
O governo Bolsonaro continua sem saber o que
fazer para adotar um programa de renda mínima que
contemple a população pobre.
Previsão é que o Renda Brasil não será lançado no
começo de 2021
O governo Bolsonaro não definiu a forma de financiar
o programa social Renda Brasil para atender a
população vulnerável após o fim do auxílio
emergencial.
O ministro da Economia Paulo Guedes deu a entender
que o programa pode nem ser lançado no próximo ano.
Ele declarou que um avanço sobre o tema ocorrerá
mais cedo ou mais tarde "ainda neste governo".
A afirmação de Guedes foi feita durante encontro
virtual promovido pela agência de notícias Bloomberg,
informam os jornalistas Fábio Pupo e Thiago Resende
na Folha de S.Paulo.
O governo trabalha com a ideia de haver apenas uma
expansão limitada do Bolsa Família e não a criação
de um novo programa de renda para atender a
população mais pobre, como havia prometido antes.
Fonte: Brasil247
12/11/2020 -
Sindicato conquista 6% a trabalhadores em revenda de
peças
Renovação do acordo coletivo com todos os direitos e
mais aumento real. Esse é o saldo da negociação
entre Sindicato dos Comerciários de Guarulhos, SP, e
a empresa Montana, que revende peças para automóveis
e motos.
O reajuste supera em mais de 1% o INPC até outubro.
Com isso, a entidade reforça um padrão de
negociações que, afora manter a Convenção, conquista
aumento superior à inflação. No caso, são
beneficiados cerca de 50 empregados.
Walter dos Santos comenta: “Quando o pessoal do RH,
ou do patronal, não quer ser mais realista que o
rei, a gente acaba fechando acordos melhores”. Numa
época de recessão e pandemia, preservar direitos e
obter ganho real mostram que vale a pena persistir
na negociação coletiva, diz.
Fonte: Agência Sindical
12/11/2020 -
Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no
terceiro trimestre
Apesar de melhora, empresários preocupam-se com
insumos caros
A reabertura da economia trouxe reflexos positivos
para as indústrias de menor porte. Segundo pesquisa
divulgada nesta quarta-feira (11) pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho
da pequena indústria encerrou o terceiro trimestre
no melhor nível desde a criação, em 2012. O
indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos,
com alta expressiva em relação aos 41,3 pontos
registrados no fim de julho.
O índice de desempenho serve como aproximação para
medir a produção das pequenas indústrias. Em abril,
no mês seguinte ao início da pandemia de covid-19, o
indicador tinha chegado ao nível mais baixo da série
histórica, atingindo 27,1 pontos.
A pesquisa também constatou melhora na contabilidade
das indústrias de menor porte, depois de um início
de ano com impacto da crise gerada pelo novo
coronavírus. O índice de situação financeira
alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, alta de
8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. O
indicador está no melhor nível desde o último
trimestre de 2013.
Problemas
A pesquisa também mediu os principais problemas das
pequenas indústrias. O encarecimento do dólar, que
se refletiu em maiores preços no atacado, e a
escassez de várias matérias-primas provocaram uma
mudança nas principais reclamações dos empresários.
A falta ou o alto custo de insumos foi citada como a
principal preocupação no terceiro trimestre por
60,1% das indústrias de transformação e por 40,5%
das indústrias ligadas à construção. Nas indústrias
extrativas, a maior dificuldade relatada foi a falta
ou o alto custo da energia, por 33,3% dos
empresários do setor. No segundo trimestre, a alta
carga tributária era considerada o maior problema em
todos os segmentos.
Fonte: Agência Brasil
12/11/2020 -
Sinthoresp tem vitória frente ao McDonald’s sobre
taxa de uniformes
O Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis,
Restaurantes e Bares de São Paulo e Região (Sinthoresp)
reafirma sua tradição jurídica e obtém nova vitória
para a categoria.
Agora, os beneficiados são cerca de 10 mil
trabalhadores da Arcos Dourados do Brasil
(McDonald’s), que receberão valores referentes a
Auxílio para manutenção e lavagem de uniforme. A
garantia integra a Convenção Coletiva de Trabalho. O
valor da condenação pode chegar a R$ 20 milhões.
Lacerda – A Agência Sindical ouviu o dr.
Antonio Carlos Lacerda, coordenador Jurídico do
Sinthoresp. Ele afirma: “Sobre essa questão, já
existem três sentenças favoráveis em Primeira
Instância e dois acórdãos, em Segunda Instância, que
confirmam as decisões anteriores”.
A recente decisão, da 16ª Turma do TRT da 2ª Região,
foi precedida de diversos processos individuais
movidos pelo Sindicato, buscando fazer valer o
firmado na Convenção. “Nesse caso, o Sinthoresp
ingressou na Justiça com base no substituto
processual previsto na Constituição”, informa o dr.
Lacerda.
Cláusula – A Convenção Coletiva estipula:
(valores de 2019) “As cláusulas 91ª e 92ª determinam
que a empresa que exige uso de uniforme o forneça
gratuitamente. Empresas que não cuidarem, elas
próprias, da manutenção e lavagem dos uniformes
deverão pagar ajuda de custo mensal de R$ 60,00, R$
70,00 ou R$ 85,00. Valor só dependerá do
enquadramento de Pisos da empresa”.
O advogado enfatiza que, devido às características
do trabalho, o fornecimento de uniforme e sua
manutenção se justificam. “São pessoas que lidam com
alimentação e também com o público. Não cabe dúvida
quanto à importância da higiene e à boa
apresentação”, diz. A luta por uniformes e sua
manutenção é histórica na categoria, ressalta o dr.
Antonio Carlos Lacerda.
Reforma – O advogado do Sinthoresp lembra que
se trata de uma decisão posterior à reforma
trabalhista de Temer (Lei 13.467/17), que tem como
um dos pilares a prevalência do negociado ante o
legislado. Conclui o dr. Lacerda: “Nesse caso,
prevaleceram os critérios e cuidados cabíveis em uma
boa negociação coletiva”.
Advogados – Atuam, pelo Sindicato, Alan de
Carvalho, Ethel Marchiori Remorini Pantuzo, Rodrigo
de Souza Rodrigues, Marcos Costa Campos e Felipe
Augusto Mancuso Zuchini.
Acesse – www.sinthoresp.com.br
Fonte: Agência Sindical
12/11/2020 -
STF julga diferença de correção em saldos do FGTS
referente ao Plano Collor II
O Plano Collor II, lançado pelo governo federal em
fevereiro de 1991, voltou à pauta do Supremo
Tribunal Federal. A corte vai decidir se existe
direito adquirido à diferença de correção monetária
dos saldos das contas vinculadas ao FGTS referente
àquele pacote econômico. Por unanimidade, o STF
reconheceu a existência de repercussão geral no
recurso extraordinário com agravo em que a matéria é
questionada.
O recurso foi apresentado por um aposentado contra a
decisão da Turma Recursal do Juizado Especial
Federal do Paraná que julgou improcedente o pedido
para que a Caixa Econômica Federal pagasse as
diferenças de expurgos inflacionários do Plano
Collor II utilizando como parâmetro o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC). A turma da corte
estadual seguiu o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça de que deve ser usada na correção
monetária a Taxa Referencial (TR), e não o IPC, o
que vai ao encontro do precedente firmado pelo STF
no RE 226.855.
O aposentado, porém, alegou que a aplicação da tese
do STJ no seu caso contraria o posicionamento mais
recente do STF, fixado no RE 611.503 (Tema 360 da
repercussão geral), de manter decisão da Justiça
Federal que determinou o pagamento da correção
monetária sobre o saldo de contas do FGTS em razão
de perdas inflacionárias ocorridas na vigência do
plano.
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, afirmou
no Plenário Virtual que o tema constitucional traz
questionamento referente ao direito adquirido a
regime jurídico que transcende os limites subjetivos
da causa, especialmente em razão da multiplicidade
de recursos extraordinários sobre controvérsia
idêntica. Fux destacou também a relevância social e
jurídica da matéria e a necessidade de conferir
estabilidade e aplicação uniforme do entendimento do
tribunal, mediante a sistemática da repercussão
geral.
Além disso, o presidente da corte propôs o
julgamento de mérito, pronunciando-se pela
reafirmação da jurisprudência e pelo desprovimento
do recurso. Segundo o relator, ao contrário do
sustentado pelo recorrente, o entendimento firmado
no RE 226.855 não foi superado pelo julgamento do RE
611.503. Mas, nesse ponto, a manifestação do
ministro não obteve o quórum necessário e o mérito
do recurso será submetido a posterior apreciação do
colegiado. Com informações da assessoria de imprensa
do STF.
ARE 1.288.550
Fonte: Consultor Jurídico
12/11/2020 -
Dieese estima pagamento do 13º em R$ 215 bilhões. Ou
menos
Instituto pondera que valor pode ser menor,
devido aos acordos de redução de jornada e salário
ou suspensão do contrato
O pagamento do 13º salário pode chegar a
aproximadamente R$ 215,6 bilhões, pouco acima do ano
passado (R$ 214,6 bilhões), nas estimativas
divulgadas pelo Dieese nesta quarta-feira (11). Mas
o instituto pondera que, com a “situação excepcional
provocada pela pandemia”, o número pode ser menor. E
lembra que foram celebrados milhões de acordos de
redução de jornada e salário ou suspensão do
contrato de trabalho. “Os dados disponíveis,
contudo, não permitem a incorporação precisa de tais
impactos no cálculo do 13º”, conclui.
Os R$ 215 bilhões representam 2,7% do Produto
Interno Bruto (PIB). Serão pagos a 80,3 milhões de
pessoas, entre trabalhadores no mercado formal (48,4
milhões) e aposentados ou pensionistas (31,9
milhões). Quase metade (48,5%) se concentra no
Sudeste.
O maior valor médio deve ser pago no Distrito
Federal (R$ 4.348) e o menor, no Maranhão e no Piauí
(R$ 1.641 e R$ 1.647, respectivamente), segundo o
Dieese. “Essas médias, porém, não incluem o pessoal
aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos
municípios, pois não foi possível obter os dados.” A
média geral do benefício é de R$ 2.459.
Serviços predominam
Para fazer o cálculo, o Dieese usou dados da Relação
Anual de Informações Sociais (Rais) e do “novo”
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo
Caged), ambos divulgados pelo Ministério da
Economia. Também foram consideradas informações da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua), do IBGE, da Previdência Social e da
Secretaria do Tesouro Nacional.
Dos assalariados formais dos setores público e
privado, que até o fim do ano deverão receber R$
139,4 bilhões, quase dois terços (64,7%) do
pagamento estão no segmento de serviços. A fatia dos
trabalhadores na indústria representa 17% do total,
enquanto os comerciários terão 13,2%. Outros 3% irão
para os empregados na construção civil e 2% para os
da agropecuária.
Apenas no estado de São Paulo o volume de pagamentos
de 13º salário deverá somar R$ 61,8 bilhões. Esse
valor corresponde a quase 29% do total nacional e a
59% da região Sudeste.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/11/2020 -
Lewandowski envia notícia-crime à PGR sobre atuação
ilegal do governo em defesa de Flávio Bolsonaro
Denúncia foi protocolada pela deputada Natália
Bonavides (PT-RN) e cita possíveis crimes de tráfico
de influência, advocacia administrativa e
improbidade administrativa
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da
República (PGR), nesta terça-feira (10), uma
notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por
suposto envolvimento de órgãos do governo na defesa
do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
A denúncia foi protocolada pela deputada Natália
Bonavides (PT-RN) e cita possíveis crimes de tráfico
de influência, advocacia administrativa e
improbidade administrativa. As informações são de
Guilherme Amado, da Época.
“A situação é escandalosa! Estamos diante do
possível uso de instituições de Estado para produção
de provas em favor do filho do presidente da
República. Tamanha subversão das instituições não
pode ficar sem a devida apuração e sem a
responsabilização cabível”, diz a peça.
A ação tem como base a reunião fora da agenda
realizada por Bolsonaro com advogadas do senador
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Heleno e
Ramagem, em seu gabinete no Palácio do Planalto. A
principal pauta do encontro foi a denúncia sobre a
suspeita da prática da “rachadinha” no gabinete de
Flávio, quando ele era deputado estadual na
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Fonte: RevistaForum
11/11/2020 -
“Pólvora, maricas e hiperinflação”: Maia reage a
discurso de Bolsonaro
O presidente da Câmara disse estar comprometido
com a vacina contra o novo coronavírus
O presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
criticou o polêmico discurso do presidente Jair
Bolsonaro dado nesta terça-feira em que o ex-capitão
fez declarações homofóbicas ao comentar sobre a
pandemia do novo coronavírus, atacou a esquerda, a
Argentina, falou em fraude eleitora e ainda ameaçou
o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
“Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação,
temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia
frágil e um estado às escuras”, escreveu Maia no
Twitter.
“Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso
compromisso com a vacina, a independência dos órgãos
reguladores e com a responsabilidade fiscal”,
completou.
O parlamentar fez referência ao discurso do
ex-capitão – que disse que o Brasil seria um “país
de maricas” por não “enfrentar” a pandemia de “peito
aberto”, e que resolveria com “pólvora” os problemas
com Joe Biden – e às declarações do ministro da
Economia, Paulo Guedes.
Guedes disse nesta terça-feira que o Brasil pode
enfrentar hiperinflação no próximo ano. “Brasil pode
ir para hiperinflação muito rápido se não rolar
dívida satisfatoriamente”.
Fonte: RevistaForum
11/11/2020 -
Justiça decide a favor de trabalhadores contaminados
pela Covid-19
Trabalhadores demitidos durante a pandemia, por
contrair Covid-19 ou integrar grupo de risco,
moveram ações na Justiça do Trabalho e obtiveram
ganho de causa. É o que informa matéria do Valor
Econômico, terça (10).
Segundo o jornal, dois trabalhadores contaminados
pelo novo coronavírus foram dispensados sem justa
causa. Eles alegam ter sofrido discriminação pelas
empresas.
Uma técnica de enfermagem de hospital no Espírito
Santo, que integra grupo de risco e deveria ficar
afastada das atividades, foi demitida, mas conseguiu
na Justiça ser reintegrada.
Segundo o Valor, os juízes dos casos entenderam que
a Covid-19 é doença que pode causar preconceito. De
acordo com um dos demitidos, o patrão afirmou que
ele não teria sido mandado embora caso não tivesse
Covid-19, tendo sido afastado por 60 dias devido à
internação.
TST – Conforme a Súmula 443 do Tribunal
Superior do Trabalho, presume-se discriminatória a
dispensa de portador de vírus HIV ou outra doença
que suscite estigma ou preconceito. Dessa forma,
quem perder o emprego deve ser reintegrado
imediatamente, caso decida a Justiça.
Fonte: Agência Sindical
11/11/2020 -
Aumenta a rejeição a Bolsonaro nas grandes cidades
A conduta irresponsável de Bolsonaro em relação à
pandemia, ao desemprego recorde e à quebradeira de
empresas, além do corte pela metade do auxílio
emergencial, está devidamente refletida nas eleições
municipais, de acordo com as pesquisas de intenções
de voto. Tudo isso somado faz sua aprovação
despencar em muitas regiões. O exemplo das maiores
cidades do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte – não deixa dúvidas; nelas, os candidatos
bolsonaristas correm risco de não irem ao segundo
turno.
Celso Russomanno e Marcelo Crivella, ambos do
Partido Republicano Progressista (PRP), nas
simulações de segundo turno seriam derrotados em São
Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. Em Belo
Horizonte, o candidato bolsonarista, Bruno Engler,
do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB),
não passa de 4%. Em Fortaleza, a única capital em
que extrema-direita ostenta bom índice de intenções
de votos, o candidato Capitão Wagner, do Partido
Republicano da Ordem Social (PROS), se esquiva de se
assumir bolsonarista.
Se esquiva por um motivo, óbvio, o governo Bolsonaro
é considerado ruim e péssimo por 47% do eleitorado
da capital cearense. Em Salvador, essa avaliação
negativa cresce para 65%. Já na cidade de São Paulo,
esse mesmo índice é de 47% por cento, enquanto em
Porto Alegre atinge 49%.
Se essa tendência que se aponta nas grandes cidades
do país de rejeição à extrema direita se concretizar
nas urnas em 15 de novembro, será um êxito
importante das forças democráticas e progressistas.
Além de desgastar ainda mais a imagem do
bolsonarismo, já fortemente atingida pelos ventos
que sopram das eleições dos Estados Unidos com a
derrota do presidente Donald Trump nas eleições
presidenciais, da vitória de Luis Arce na Bolívia e
do êxito da mobilização popular por uma nova
Constituição Chile, um novo horizonte para superação
desse período de trevas pode ser descortinado.
Ou, dito de outra forma, a derrota de Bolsonaro
nesse processo eleitoral criará uma oportunidade
paras as forças progressistas encaminharem o país a
um novo ciclo de desenvolvimento e progresso. O
debate sobre a saída para a grave crise social, que
tende a piorar à medida em que os efeitos da
recessão econômica e da pandemia evoluírem, passa
por essa importante decisão em âmbito municipal. O
Brasil se aproxima de uma situação em que
iniciativas estratégicas para uma redefinição do
papel do Estado serão urgentes. Não é possível
vislumbrar um enfrentamento com as consequências da
crise do país sem essa redefinição.
Todo esse panorama está em jogo nas eleições que
começam no próximo final de semana. Aos olhos do
eleitorado, sobretudo dos grandes centros urbanos,
vai ficando claro que a tragédia social e o desastre
econômico que atormentam as cidades é de
responsabilidade do governo Bolsonaro. Agora mesmo,
no apagão de energia elétrica que atinge o Amapá se
vê o desprezo do presidente ao sofrimento do povo.
Nesta reta final das eleições, as candidaturas
progressistas devem ao lado de apresentar saídas e
alternativas aos problemas dos municípios,
desmascarar Bolsonaro e às candidaturas a ele
vinculados nas cidades.
O argumento das forças democráticas e progressistas
nessas eleições municipais tem enfatizado essa
questão. E não poderia ser diferente. É na dimensão
micro de uma sociedade – ou seja, nas cidades – que
a vida das pessoas acontece. É lá que elas
trabalham, perdem o emprego, tomam a decisão de
votar neste ou naquele candidato. A desidratação do
bolsonarismo nas principais cidades do país tem
muito a ver com essa realidade.
Fonte: Portal Vermelho
11/11/2020 -
STF dá 48 horas para Anvisa explicar paralisação dos
testes da CoronaVac
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski determinou que a Anvisa preste
explicações sobre a decisão que paralisou os testes
da vacina chinesa CoronaVac contra a Covid-19. O
órgão tem 48 horas para cumprir a ordem.
No despacho, o ministro exige que a Anvisa,
"observado o âmbito de sua autonomia técnica, preste
informações complementares àquelas já ofertadas pela
Presidência da República e pela AGU acerca dos
critérios utilizados para proceder aos estudos
concernentes a vacina CoronaVac, sobre o estágio de
aprovação dessa vacina e demais vacinas contra a
Covid-19".
Desde a paralisação dos testes, o tema tem
movimentado o debate político.
Fonte: Brasil247
11/11/2020 -
Governo quer privatizar Correios, Eletrobras, Porto
de Santos e PPSA em 2021
Informou o ministro Paulo Guedes
Antes, meta era venda em 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta
3ª feira (10.nov.2020) que os Correios, a
Eletrobras, o Porto de Santos e o portfólio da PPSA
(Pré-Sal Petróleo) serão privatizados até dezembro
de 2021.
Guedes disse, porém, que há obstáculos no campo
político. O governo não vendeu nenhuma estatal em 2
anos de gestão Bolsonaro. A meta do ministro era
iniciar a privatização dessas 4 empresas em 2020, o
que não ocorreu. O czar da equipe econômica admitiu
que baixo andamento é “frustrante“.
O ministro comentou sobre o caso durante evento
online realizado pela Bloomberg, voltado para
investidores internacionais.
No evento, Guedes disse que o governo irá respeitar
o teto de gastos (regra que limita as despesas da
União). Segundo ele, o Brasil foi um dos países que
mais gastaram para conter a crise de covid-19, cerca
de 8% do PIB (Produto Interno Bruto). Para 2021, a
meta é reduzir o rombo nas contas públicas para
cerca de 2% do PIB. Mas, caso haja uma 2ª onda de
covid-19, o país estará preparado para desembolsar
4% do PIB em medidas emergenciais, informou.
Indagado sobre como o governo irá se posicionar na
disputa pelo 5G, o ministro respondeu que os Estados
Unidos e a China podem brigar entre si, mas que o
Brasil vai dançar com todos.
Hoje, os norte-americanos tentam a evitar que países
aliados usem o modelo chinês. Alega risco a
segurança nacional. Já a China nega e diz que 1
eventual veto pode tornar o acesso à 5ª geração de
tecnologia móvel mais caro. Atualmente, há 4
empresas que dominam o fornecimento de produtos para
a instalação do 5G: a chinesa Huawei, a coreana
Samsung, a finlandesa Nokia e a sueca Ericsson.
Segundo Guedes, o governo está analisando como será
o leilão de frequência que será feito em 2021 –o
maior do mundo. O presidente Jair Bolsonaro já falou
sobre o assunto. Disse que a decisão final passará
pelo crivo dele.
Fonte: Poder360
11/11/2020 -
Projeto garante ao trabalhador acesso imediato a
FGTS e a seguro-desemprego por falência da empresa
O Projeto de Lei 2317/20 determina que a decretação
de falência da empresa é ato suficiente para o
empregado requerer o seguro-desemprego e o saque dos
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). O texto tramita na Câmara dos Deputados.
Autor do projeto, o deputado André Figueiredo
(PDT-CE) explica que o objetivo é assegurar acesso
imediato aos benefícios previstos em lei aos
trabalhadores impactados por falência da empresa.
Segundo o deputado, a medida ganhou mais urgência em
razão dos efeitos da pandemia de Covid-19 no País.
“Se a impossibilidade de usufruir desses direitos a
curto prazo já representava um prejuízo para o
trabalhador antes da pandemia, agora então é uma
questão de sobrevivência”, ressalta Figueiredo.
Atualmente, a rescisão do contrato de trabalho por
motivo de falência equivale à dispensa sem justa
causa, ou seja, já assegura ao trabalhador o direito
de resgatar o saldo do FGTS e de requerer o
seguro-desemprego. Entretanto, como a rescisão do
contrato de trabalho costuma demorar a se
concretizar, durante esse período é comum o
trabalhador ficar desassistido e impedido de ser
contratado por outra empresa.
A proposta altera as leis do Programa do
Seguro-Desemprego, do FGTS e de Falências.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
11/11/2020 -
Produção industrial cresce em 11 locais em setembro,
diz IBGE
Principal destaque foi o Paraná, com alta de 7,7%
no período
A produção industrial teve alta em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de agosto para
setembro deste ano. O principal destaque foi o
Paraná, que cresceu 7,7% no período. Com essa, que
foi a quinta alta consecutiva, o estado acumulou
ganho de 46,2% em cinco meses.
Também tiveram altas acima da média nacional (2,6%),
os estados do Amazonas (5,8%), São Paulo (5,0%),
Espírito Santo (5,0%), Rio Grande do Sul (4,5%),
Santa Catarina (4,5%) e Bahia (4,0%).
Completam a lista dos estados com alta na produção
em setembro: Minas Gerais (1,9%), Ceará (1,3%) e
Goiás (0,4%). A Região Nordeste, única das cinco
regiões analisada em seu conjunto, também cresceu
(1,1%).
Por outro lado, quatro estados tiveram queda na
passagem de agosto para setembro: Mato Grosso
(-3,7%), Rio de Janeiro (-3,1%), Pará (-2,8%) e
Pernambuco (-1,3%).
Outras comparações
Na comparação com setembro de 2020, a produção
industrial cresceu em 12 dos 15 locais pesquisados,
com destaques para Amazonas (14,2%), Ceará (8,5%) e
Pará (8,1%). Por outro lado, três estados tiveram
recuo na produção: Espírito Santo (-11%), Mato
Grosso (-6,2%) e Bahia (-1,9%).
No acumulado do ano, no entanto, ocorreu o oposto:
queda em 12 dos 15 locais pesquisados. Os maiores
recuos foram observados no Espírito Santo (-18%),
Ceará (-11,9%), Amazonas (-10,6%) e Rio Grande do
Sul (-10,4%). Três estados tiveram alta: Goiás
(2,5%), Rio de Janeiro (2,2%) e Pernambuco (1,8%).
No acumulado dos últimos 12 meses, também houve
quedas em 12 dos 15 locais, com destaques para
Espírito Santo (-19,3%), Rio Grande do Sul (-8,6%) e
Ceará (-8,2%).
Fonte: Agência Brasil
11/11/2020 -
Proposta dispensa prova de vida para beneficiário do
INSS que usa biometria no banco
Hoje todos os segurados têm que provar que estão
vivos uma vez por ano
O Projeto de Lei 2466/20 dispensa a prova de vida
para aqueles que recebem benefícios do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) nos bancos com uso
de biometria. Além disso, autoriza o INSS a
consultar a Receita Federal antes de suspender o
pagamento.
O texto em tramitação na Câmara dos Deputados altera
a Lei Orgânica da Seguridade Social. Atualmente,
essa norma exige, anualmente, a prova de vida a ser
feita nos bancos, por meio de biometria ou processo
que assegure a identificação da pessoa.
“Proponho que a prova de vida para o INSS seja feita
pela instituição financeira no momento em que a
pessoa recebe o benefício com o uso da impressão
digital, o que comprova que ela está viva”, explicou
a autora, deputada Norma Ayub (DEM-ES).
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
11/11/2020 -
Pequenos e médios empresários não têm dinheiro para
pagar 13º neste ano
A crise econômica e financeira do país, agravada
pela pandemia, faz com que em São Paulo, 6 em cada
10 pequenas e médias indústrias estejam com
dificuldades de caixa para pagar o 13º salário
O pagamento do 13º salário dos trabalhadores das
pequenas e médias empresas está ameaçado. A notícia
é divulgada quando faltam poucas semanas para as
festas de fim de ano. A crise econômica agravada
pela pandemia do coronavírus é uma ameaça real ao
pagamento do 13º, com o qual as famílias asseguram
suas compras para o Natal e o reveillon.
Entre as pequenas e médias indústrias do estado de
São Paulo, seis em cada dez projetam que terão
dificuldades com o pagamento do 13º salário de seus
funcionários e, na comparação com o ano passado,
mais da metade diz que a situação está mais
complicada agora, informa a jornalista Fernanda
Brigatti na Folha de S.Paulo.
Segundo boletim de tendências do Simpi (Sindicato da
Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo),
elaborado pelo Datafolha para monitorar os impactos
da pandemia sobre os negócios, 24% dos empresários
desse segmento declaram que será muito difícil pagar
o abono de Natal.
Fonte: Brasil247
10/11/2020 -
Sindicalismo dos USA aplaude vitória de Biden e pede
apoio a leis
A poderosa AFL-CIO, central sindical
norte-americana, apoiou a candidatura democrata,
aplaude a vitória Biden-Kamala e cobra apoio a leis
de interesse dos trabalhadores.
Em nota assinada por seu presidente, Richard Trumka,
a entidade reivindica apoio à chamada Lei Heroes,
que destina US$ 2,2 trilhões ao enfrentamento
sanitário e econômico da Covid-19. Trump deixou a
doença se esparramar pelo país.
Outra lei para a qual os dirigentes sindicais pedem
apoio é a que trata da “Proteção ao Direito de
Organização”. A direção da AFL-CIO quer ver a
iniciativa aprovada em 2021.
Quanto ao engajamento pró-Democratas, a Nota diz:
“Os eleitores sindicalizados alinharam-se a Biden e
Harris. Sua mensagem e compromisso para criar ‘a
mais significativa administração pró-trabalho e
pró-trabalhador’ ressoou junto aos nossos 12,5
milhões de membros e aos 56 Sindicatos filiados, que
desejam ter mais voz em nossa economia e política.”
Para a AFL-CIO, “a primeira agenda dos trabalhadores
há muito atrasada” e o tempo perdido deve ser
compensado com a aprovação da Lei Heroes, “pra
fornecer às nossas famílias e comunidades suporte e
serviços de emergência em face deste vírus mortal da
Covid-19”. E segue: “Pedimos que o Congresso aprove
e Biden assine a Lei de Proteção ao Direito de
Organização no início de 2021 pra garantir aos
trabalhadores que desejam formar ou filiar-se a um
Sindicato poder fazê-lo de forma livre e justa”.
Mais Informações – Acesse o site da
AFL-CIO.
Fonte: Agência Sindical
10/11/2020 -
Com Bolsonaro, Brasil pode deixar lista das dez
maiores economias do mundo e cair para 12º lugar
Atualmente na nona posição do ranking, país deve
ser ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia
Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI)
compilados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)
apontam que o Brasil deve sair da lista das dez
maiores economias do mundo em 2020. Atualmente, o
país ocupa a nona posição, mas deve cair para o 12º
lugar, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e
Rússia.
Segundo as projeções do FMI, o Produto Interno Bruto
(PIB) do Brasil deve sofrer um recuo de 28,3% neste
ano em comparação com 2019, quando convertido o
total arrecadado para o dólar.
Pesquisadores dizem que um dos fatores para a
desvalorização da economia brasileira foi o impacto
da pandemia do coronavírus no país.
No Brasil sob gestão de Jair Bolsonaro, a
depreciação cambial foi muito superior em relação a
outros países. Durante a pandemia, o real foi uma
das moedas que mais se desvalorizaram no mundo.
Segundo o jornal Valor Econômico, o dólar médio de
2020 está em R$ 5,28, 30% acima do valor do ano
passado.
“É importante frisar que a desvalorização do real ao
longo do ano e o aumento do risco são reflexos dos
problemas brasileiros, principalmente do lado
fiscal. Bolsa, câmbio, juros futuros. Todas essas
variáveis mostram as incertezas e o risco embutido
no Brasil”, diz Marcel Balassiano, pesquisador do
Ibre/FGV, em entrevista ao jornal.
Em 2011, quando o real era valorizado, o Brasil
chegou a ocupar a sétima posição no ranking mundial,
atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão,
Alemanha, Reino Unido e França.
Fonte: RevistaForum
10/11/2020 -
Após almoço com Luciano Huck, Maia diz que 2022
ainda está longe
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
minimizou a importância do almoço que teve nesta
segunda-feira (09) com o apresentador Luciano Huck.
Nos últimos dias, ganhou força a ideia de uma
aliança entre Huck e Sergio Moro como oposição a
Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Em entrevista à CNN, Maia disse que 2022 ainda está
muito distante e que costuma almoçar com Luciano
Huck sempre que vai ao Rio de Janeiro.
“Está muito longe. Eu almoço com o Luciano, que é
meu amigo, quase todas as semanas que venho ao Rio.
Não tem nada de diferente. Eu acho que em semana de
eleição municipal a imprensa fica sem notícia e
acaba dando importância a algo que está muito
longe”, disse.
“O resultado da agenda do governo nos próximos seis
meses é o que vai ditar a regra de 2022. Se o
governo escolher o caminho da responsabilidade
fiscal tem uma força. Se optar por uma agenda
heterodoxa tem uma força muito menor. Isso que vai
fazer com que as forças se movimentem no futuro, mas
não agora”, disse.
Fonte: Congresso em Foco
10/11/2020 -
Pandemia afeta mais o emprego feminino, revelam
dados do Caged
Os estragos da pandemia afetam mais o emprego da
mulher. Segundo dados do Caged, dos 897 mil postos
de trabalho perdidos entre março e setembro, 588,5
mil eram ocupados por mulheres.
A assunto foi manchete do Valor Econômico desta
segunda (9). A matéria também constata que as
trabalhadoras têm mais dificuldade para retornar ao
mercado de trabalho.
Entre os celetistas, cujo total é de 38 milhões,
cerca de 15 milhões são mulheres. Segundo dados do
Instituto Ipea, o emprego formal feminino segue em
queda, caindo de 40,85% para 40,27%. Em termos de
porcentagem, o Valor Econômico destaca que “81% das
vagas formais destruídas em 2020 são de mulheres”.
Muitas vagas antes ocupadas por mulheres, em postos
tradicionalmente masculinos, voltam a ser ocupados
por homens, diz a professora da UFMG, Simone Wajnman.
Fonte: Agência Sindical
10/11/2020 -
Governo Doria suspeita de uso político por Bolsonaro
da suspensão de teste da Coronavac
O governo de São Paulo não foi avisado sobre a
suspensão de testes da vacina chinesa Coronavac e se
generaliza o temor de que a medida seja usada
politicamente para retardar a aprovação do
imunizante e o cronograma de vacinação
A suspensão do teste clínico da vacina chinesa
Coronavac gerou desconforto e estranheza no governo
paulista, que teme que o episódio seja usado
politicamente para retardar o cronograma de
aprovação do imunizante e a vacinação.
O governo de São Paulo só ficou sabendo da suspensão
do teste clínico nesta segunda-feira (9), por meio
de nota, em horário nobre de noticiários de
televisão, no mesmo dia em que pela manhã, o
governador João Doria havia inaugurado as obras da
fábrica de vacinas que produzirá em larga escala a
Coronavac, caso tudo dê certo, no Brasil a partir de
setembro do ano que vem, informa o jornalista Igor
Gielow na Folha de S.Paulo.
Doria também havia anunciado a chegada do primeiro
lote da vacina, 120 mil das 6 milhões de doses
prontas importadas da China, para o dia 20 de
novembro.
Segundo a Anvisa, ocorreu a morte de um voluntário
de 33 anos de São Paulo. Para o diretor do Butantan,
Dimas Covas, o óbito não teve nenhuma relação com a
vacina. Não há detalhes do ocorrido devido ao sigilo
médico envolvido em ensaios deste tipo.
Autoridades paulistas temem que haja direcionamento
político de ações da Anvisa na luta que Jair
Bolsonaro move contra o governador de São Paulo.
Negacionista em relação à pandemia e oponente
ideológico à China, Bolsonaro colocou o governador
de São Paulo e a vacina Coronavac no alvo de suas
ações.
Generaliza-se o temor de que Bolsonaro use decisões
técnicas para atrasar o cronograma de aprovação da
vacina e da vacinação por motivos políticos.
Fonte: Brasil247
10/11/2020 -
Indicador Antecedente de Emprego sobe pela sexta
vez, diz FGV
Índice teve alta de 2,9 pontos de setembro para
outubro
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 2,9
pontos na passagem de setembro para outubro deste
ano. Com essa, que foi sua sexta alta consecutiva, o
indicador chegou a 84,9 pontos, em uma escala de
zero a 200 pontos.
O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de
trabalho do país, com base em sondagens com
consumidores e com empresários da indústria e dos
serviços. Quatro dos sete componentes do Iaemp
tiveram alta, com destaque para a situação atual dos
negócios da indústria.
“O resultado de outubro confirma o cenário de
recuperação do mercado de trabalho. Apesar da sexta
seguida, a melhora tem sido mais tímida com o passar
dos meses e o nível atual ainda se encontra
consideravelmente abaixo do período pré-pandemia. A
incerteza, que ainda se mantém elevada, e a
proximidade do período final de ajuda do governo,
parecem contribuir para uma maior cautela dos
empresários”, disse o economista da FGV Rodolpho
Tobler.
Outro índice do mercado de trabalho, o Indicador
Coincidente de Desemprego (ICD), se manteve estável
pelo segundo mês consecutivo, permanecendo com 96,4
pontos em outubro.
Fonte: Agência Brasil
10/11/2020 -
INSS inicia perícia por telemedicina a partir da
próxima semana
Projeto piloto vai até 31 de janeiro do próximo
ano
Os atendimentos da experiência piloto de realização
de perícias médicas com uso da telemedicina
ocorrerão a partir da próxima segunda-feira (16) até
o dia 31 de janeiro de 2021.
De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, o protocolo da experiência piloto foi
aperfeiçoado para dar segurança ao ato pericial dos
peritos médicos federais, que ficam autorizados a
realizar perícias médicas por telemedicina, durante
o período de enfrentamento da pandemia da covi-19. A
medida foi tomada em cumprimento a decisão do
Tribunal de Contas da União (TCU).
“A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o
Instituto Nacional do Seguro Social realizaram
reuniões com o Conselho Federal de Medicina e a
Associação Nacional de Medicina do Trabalho para
aperfeiçoar o protocolo e dar cumprimento à decisão
do tribunal”, informou a secretaria.
De acordo com a secretaria, houve consenso entre os
órgãos sobre a necessidade de se promover ajustes no
protocolo formalizado pela Subsecretaria da Perícia
Médica Federal e INSS no dia 7 de outubro,
especialmente no que diz respeito à atuação do
médico do trabalho.
A secretaria informou ainda que as entidades
trabalharam no roteiro de procedimentos.
O INSS disponibilizará às empresas, por meio
eletrônico, o Termo de Adesão de Participação da
Experiência Piloto de Realização de Perícias Médicas
com Uso da Telemedicina (Pmut), a partir de hoje.
Fonte: Agência Brasil
10/11/2020 -
Barroso pede vista e julgamento de ADO sobre
licença-paternidade é suspenso
O julgamento de ação ajuizada pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores da Saúde sobre a
regulamentação da licença-paternidade está suspenso
após pedido de vista do ministro Luís Roberto
Barroso.
Na ação, a entidade alega omissão do Congresso
Nacional em regular a matéria, prevista pela
Constituição e que até o momento não teve fixação
definida por lei. A entidade também argumenta que
não existe distinção entre pai e mãe quanto à
legitimidade parental e que a falta de regras claras
sobre a licença-paternidade negligencia o direito do
genitor.
A ação vinha sendo julgada pelos ministros no
Plenário virtual; o julgamento seria encerrado nesta
terça-feira (10/11). O relator, ministro Marco
Aurélio, entendeu que o argumento de omissão do
Congresso em regular a matéria não é procedente, uma
vez que o prazo foi definido por disposições
transitórias.
Por sua vez, os ministros Luiz Edson Fachin e Dias
Toffoli divergiram do relator e concordaram que o
Congresso vem sendo omisso ao regular a disposição
constante do artigo 7º, XIX, da Constituição,
segundo o qual a licença-paternidade é direito dos
trabalhadores, "nos termos fixados em lei".
Em seu voto, o ministro Marco Aurélio argumenta que
a ação questiona uma lacuna normativa, mas que a
previsão de licença de cinco dias é válida.
Ao abrir divergência, o ministro Fachin salientou
que a família brasileira deixou de ser
essencialmente patriarcal e citou modelos de
licença-paternidade adotados por outros países. O
magistrado também afirmou que a omissão do Congresso
é evidente, já que a matéria aguarda regulamentação
há mais de 30 anos.
O ministro Dias Toffoli, por sua vez, lembrou que a
normativa atual não atende inteiramente à realidade
das famílias brasileiras, já que a nossa sociedade
comporta exemplos diversos, como o da união de casal
homoafetivo de pais ou mesmo o caso de pai solteiro.
O ministro Gilmar Mendes acompanhou a divergência
aberta por Toffoli.
Clique aqui para
ler o voto do relator
Clique aqui para
ler o voto do ministro Fachin
Cliquei aqui para
ler o voto do ministro Dias Toffoli
ADO 20
Fonte: Consultor Jurídico
09/11/2020 -
Bolsonaro usa aparato público para fazer campanha
eleitoral. Beneficiados podem ser cassados
Entre os promovidos da live estão Celso
Russomanno, Marcelo Crivella e o seu filho Carlos
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) tem
promovido em suas lives uma espécie de “horário
eleitoral gratuito”, onde promove seus candidatos.
Isto, no entanto, infringe a legislação eleitoral e
pode resultar na cassação dos beneficiados, de
acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão.
Entre os promovidos da live, da última quinta-feira
(5), estão Celso Russomanno e Marcelo Crivella, que
concorrem às prefeituras de São Paulo e Rio de
Janeiro, respectivamente, e o filho Carlos
Bolsonaro, que tenta a reeleição na Câmara Municipal
do Rio — os três, do partido Republicanos.
O próprio Bolsonaro chamou a live presidencial de
“horário eleitoral gratuito”.
“O benefício é pelo uso do bem público, o Palácio da
Alvorada, possivelmente câmera de filmagem e
funcionários públicos. Isso já é suficiente para
haver infração”, disse Daniel Falcão, advogado e
professor em Direito Eleitoral do Instituto
Brasiliense de Direito Público.
Adversários disseram que preparam ações por abuso de
poder político. O candidato a prefeito em São Paulo,
Orlando Silva (PCdoB) entrou com representação
contra Bolsonaro sob argumento de que o presidente
usou “de aparato de propaganda do governo federal
para fins particulares, eleitorais”.
A campanha de Márcio França (PSB) disse que também
avalia a medida. No Rio, a Procuradoria Regional
Eleitoral solicitou apuração sobre a conduta do
presidente em relação às campanhas na cidade.
Procurado, o Planalto não se manifestou.
Fonte: RevistaForum
09/11/2020 -
Moro e Huck negociam aliança para disputar
presidência em 2022, diz jornal
Tiveram encontro na casa de Moro - Apresentador
quer ser candidato - Candidatura seria da
centro-direita
O apresentador da TV Globo Luciano Huck e o
ex-ministro da Justiça Sergio Moro negociam uma
aliança para as eleições de 2022. De acordo com
informações publicadas pelo jornal Folha de S.
Paulo, eles tiveram um encontro na casa do ex-juiz
no dia 30 de outubro.
O convite teria partido de Moro. No jantar, foram
debatidos os pilares da candidatura hipotética.
Seriam 3:
- Liberalismo econômico
- Combate à corrupção
- Redução das desigualdades
Não ficou definido, segundo o jornal, quem seria o
cabeça de chapa e quem ocuparia a vice. Essa
definição teria ficado para o ano que vem, dada a
distância atual para as eleições de 2022.
Ainda não está claro por qual -ou quais- partidos a
dupla concorreria. Huck tem proximidade com o
Cidadania. Moro, com o Podemos.
Caso a construção dê certo, a chapa seria uma
alternativa de centro e centro-direita à polarização
entre Jair Bolsonaro e a esquerda, que dominou a
campanha vencida pelo atual presidente em 2018.
No campo da esquerda, teria como rival uma
candidatura petista e Ciro Gomes (PDT), que deve
concorrer novamente.
Moro foi ministro da Justiça de Bolsonaro até abril
deste ano, quando pediu demissão alegando
interferência política na Polícia Federal.
Fonte: Poder360
09/11/2020 -
Ipea mostra que 40% dos informais pararam de
trabalhar no 2º trimestre
Dados são de pesquisa com base no Pnad
Dos trabalhadores que tinham vínculos informais no
setor privado no primeiro trimestre, 60% continuaram
trabalhando no segundo trimestre, aponta pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea),
divulgada sexta-feira (6). O percentual reforça que
esse grupo foi o mais vulnerável aos efeitos da
pandemia sobre o mercado de trabalho, já que, quando
considerados os trabalhadores com todos os tipos de
vínculo, a probabilidade de permanecer trabalhando
no segundo trimestre foi de 73,8%.
Entre os trabalhadores informais do setor privado,
8,61% dos que trabalhavam no primeiro trimestre
perderam o emprego no segundo trimestre e procuraram
outra função, enquanto 17,68% mantiveram-se
inativos. Outros 13,94% foram afastados
temporariamente de suas funções.
A chance de continuar trabalhando também ficou
abaixo da média geral para trabalhadores informais
do setor público (68%) e trabalhadores por conta
própria (67%). Já o percentual foi de 77% para
militares e servidores estatutários, 78% para
trabalhadores formais do setor privado e 79% para
empregados públicos contratados pela CLT.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/11/2020 -
Centrais e deputada do PCdoB exigem providência
contra apagão no AP
Em solidariedade ao Amapá, que passa por um
apagão em 13 dos 16 municípios do estado, as
centrais sindicais emitiram uma nota exigindo
providências contra a empresa responsável pela
situação.
“Exigimos rigor nas apurações do caso e sobre a
responsabilidade da empresa privada Isolux!”, diz o
texto. Quase 90% da população (cerca de 765 mil
pessoas) está há 60 horas sem energia elétrica.
Mesmo com o início do trabalho de reparo na
subestação atingida por um incêndio, na noite da
terça-feira (3), ainda não houve restabelecimento do
serviço. A deputada federal deputada Professora
Marcivania (PCdoB-AP) publicou em seu Instagram que
está exigindo providência urgentes.
Leia a íntegra da nota das centrais sindicais:
Solidariedade à população do Amapá
Exigimos rigor nas apurações do caso e sobre a
responsabilidade da empresa privada Isolux!
Saudamos os técnicos da empresa pública Eletrobrás
que atuam para resolver o problema!
A população de 13 dos 16 municípios do Estado do
Amapá foi atingida por um apagão no fornecimento de
energia elétrica pela empresa privada espanhola
Isolux desde o dia 3 de novembro. A incidência de
raios foram apontados como a causa da tragédia que
atinge mais de 90% da população do Estado, cuja
população é de cerca de 750 mil pessoas.
Mas este não é só um caso de incompetência de uma
empresa privada. Trata-se de um exemplo do valor e
da necessidade das nossas empresas públicas, que
Bolsonaro e Guedes tanto querem vender.
Assim é fácil: a empresa privada opera, ganha os
lucros, corta custos, investimentos, reduz segurança
e proteção. Na hora da tragédia, os desinvestimentos
aparecem, o setor e a empresa pública são acionados
e o Estado chamado a financiar os custos e
mobilizar, com atraso, os planos de contingência que
deveriam ser imediatos. Foi o que ocorreu nas
tragédias criminosas da Vale em Minas Gerais, que
jamais nos esqueceremos.
Manifestamos nossa solidariedade ao povo do Amapá e
solicitamos às nossas organizações sindicais locais
e regionais o máximo empenho na adoção de medidas
concretas de ajuda ao povo da região.
Esperamos que o sofrimento da população seja
amenizado com respostas mais rápidas. Atuemos para
que as nossas empresas públicas e seus competentes
trabalhadores e trabalhadoras sejam reconhecidos
como um patrimônio da nação que oferecem serviço
público de qualidade e com segurança.
São Paulo, 07 de novembro de 2020.
Sérgio Nobre – presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres – presidente da Força Sindical
– FS
Ricardo Patah – presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo – presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
José Avelino Pereira – presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros – CSB
José Calixto Ramos – presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST
Fonte: Portal Vermelho
09/11/2020 -
Para dirigentes, desoneração pode manter e gerar
empregos
O Congresso Nacional derrubou quarta (4) o veto do
presidente Bolsonaro à prorrogação da desoneração da
folha de pagamento. O dispositivo beneficia 17
setores econômicos e valerá até dezembro do próximo
ano. Ele está contido na Medida Provisória 936.
A desoneração abrange call center, comunicação,
tecnologia da informação, transporte, construção
civil, têxtil, entre outros. Juntos, empregam mais
de 6 milhões de pessoas.
Vitória – Ricardo Patah, presidente da UGT e
do Sindicato dos Comerciários de SP, diz: “É uma
vitória dos trabalhadores. Conseguimos sensibilizar
os parlamentares com os atos e os contatos que
fizemos”. Segundo Patah, o setor de call center,
representado pela UGT em São Paulo, foi um dos que
mais contrataram no 5º Mutirão de Emprego, em
setembro. Das 13 mil vagas, quatro mil na área de
comunicação. “Além da contrapartida de manutenção do
emprego, esperamos mais contratações em todos os
setores beneficiados. Esse é o objetivo”, ele
comenta.
Têxtil – A continuidade da desoneração é bem
recebida. Jorge Ferreira, que preside o Sindicato
dos Mestres e Contramestres do Estado de São Paulo e
a Federação (Fetrarex), vê chances de ampliar
empregos. Em entrevista à Agência Sindical, ele diz
que “muitos setores da nossa base já retomaram a
produção e tem fábrica tocando 12 horas por dia”.
Segundo o dirigente, existe a possibilidade de serem
criados terceiros turnos em diversas empresas.
Vigilância – O consultor João Guilherme
Vargas Netto, no artigo “O limbo das boas
intenções”, destaca o papel do sindicalismo sobre a
contrapartida patronal. “A vigilância sindical
precisa ser exercida, exigindo a manutenção e
ampliação dos empregos formais e também melhores
remunerações e condições de trabalho”. Para Vargas,
a ameaça de desemprego continua. “Cabe agora ao
movimento sindical a tarefa de exigir
contrapartidas, mesmo que elas não tenham sido
formalizadas e continuem no limbo das boas
intenções”, observa.
Fonte: Agência Sindical
09/11/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego caem 16,9% em outubro
Depois de dispararem no primeiro semestre por causa
da pandemia do novo coronavírus, os pedidos de
seguro-desemprego de trabalhadores com carteira
assinada continuam a cair no segundo semestre. Em
outubro, o total de pedidos recuou 16,9% em relação
ao mesmo mês do ano passado.
Desde o início de junho, o indicador está em queda.
Em outubro, 460.271 benefícios de seguro-desemprego
foram requeridos, contra 553.609 pedidos registrados
no mesmo mês de 2019. Ao todo, 60,7% dos benefícios
foram pedidos pela internet no mês passado, contra
apenas 3,4% em outubro de 2019.
O levantamento foi divulgado neste domingo (8) pela
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, e
considera os atendimentos presenciais – nas unidades
do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das
Superintendências Regionais do Trabalho – e os
requerimentos virtuais.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/11/2020 -
Dieese: cesta básica sobe em 15 das 17 capitais
pesquisadas em outubro
As maiores altas ocorreram em Brasília, São Paulo
e Campo Grande
O preço da cesta básica de alimentos subiu, em
outubro, em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento,
divulgado sexta-feira (6), os maiores preços foram
encontrados em São Paulo (R$ 595,87), Rio de Janeiro
(R$ 592,25), Florianópolis (R$ 584,76) e Porto
Alegre (R$ 581,39). Os menores, em Natal (R$ 436,76)
e Aracaju (R$ 442,26).
As maiores altas em outubro ocorreram em Brasília
(10%), São Paulo (5,77%), e Campo Grande (5,54%).
Das 17 capitais pesquisadas, só houve registro de
queda em duas: Salvador (-1,05%) e Curitiba (-0,6%).
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, as
maiores elevações de preço ocorreram em Salvador
(26,07%), Aracaju (25,65%), e João Pessoa (20,45%).
As menores, em Brasília (3,5%), Vitória (10,74%), e
Belém (13,06%).
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/11/2020 -
INPC tem inflação de 0,89% em outubro, diz IBGE
É o maior resultado para o mês desde 2010
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, teve alta de preços de 0,89%
em outubro. Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), esse é o maior
resultado para um mês de outubro desde 2010 (0,92%).
Em setembro, o indicador havia ficado em 0,87%. O
INPC acumula taxas de inflação de 2,95% no ano e de
4,77%, em 12 meses.
O indicador ficou acima do IPCA, que mede a inflação
para todas as faixas de renda e que apresentou taxas
de 0,86% em outubro e de 3,92% em 12 meses.
Segundo o INPC, os produtos alimentícios subiram
2,11% em outubro, taxa inferior à de setembro
(2,63%). Os itens não alimentícios tiveram alta de
preços de 0,52%, inflação acima da observada em
setembro (0,35%).
Fonte: Agência Brasil
06/11/2020 -
13º será reduzido para quem teve contrato de
trabalho suspenso durante a pandemia
No início da pandemia, o governo federal editou a
Medida Provisória 936 permitindo suspensão de
contrato
Em 2020, o 13º salário será reduzido para aqueles
que tiveram o contrato suspenso ou horário de
trabalho e redução salarial, devido à Medida
Provisória 936, como uma das ações econômicas do
governo federal durante a pandemia de covid-19.
Segundo o Ministério da Economia, aproximadamente 7
milhões de acordos de suspensão já tinham sido
fechados até o dia 31 de agosto.
Nesse caso, o beneficiário pode receber até 50% a
menos do valor original. Isso porque o cálculo do
décimo terceiro é feito a partir da divisão do
salário por 12 meses e multiplicado pela quantidade
de meses em que o trabalhador prestou serviços por
mais de 15 dias. Com a medida, no entanto, os meses
de suspensão do contrato ficam de fora do cálculo.
Por exemplo, um trabalhador que recebe R$ 4 mil por
mês e teve o contrato suspenso por seis meses, em
vez de ganhar R$ 4 mil no 13º, irá ganhar R$ 2 mil.
Logo, quanto maior o tempo de suspensão do contrato,
menor o valor do benefício.
Quando a MP foi lançada, no dia 1º de abril, só era
possível suspender o contrato por dois meses.
Conforme a pandemia foi se estendendo, o governo
federal também aumentou esse limite. Primeiro para
quatro meses e agora, mais recentemente, para seis
meses.
Quanto à redução de jornada e salário, o 13º só será
impactado caso a diminuição ocorra no mês de
recebimento do benefício. Isso significa que quem
estiver com o horário ou salário reduzido em
dezembro, receberá menos.
Fonte: Brasil de Fato
06/11/2020 -
Mais pressões sobre o emprego, por Clemente Ganz
Lúcio
Dinâmica social e econômica próxima futura será
de dura e prolongada adversidade para as
trabalhadoras e os trabalhadores
Aumentarão nos próximos meses e ao longo de 2021 as
pressões sobre o emprego. As frágeis respostas da
economia brasileira mobilizarão uma dinâmica de
aumento do desemprego, do desalento e da
precarização.
Antes da crise sanitária o desemprego já era muito
alto, predominava a geração de ocupações precárias,
o desalento era crescente e havia um contingente
alto de ocupados que faziam jornada parcial. A crise
da Covid-19 impôs a paralização de muitas atividades
produtivas e exigiu que milhões de pessoas
praticassem o isolamento social para protegerem a
vida, provocando uma rápida e intensa recessão
econômica.
Nesse contexto, em poucas semanas, houve movimentos
de magnitudes jamais vistas na dinâmica do mundo do
trabalho no Brasil. Segundo o IBGE, cerca de 11
milhões foram para a inatividade, sem trabalhar ou
procurar emprego; outros 8 milhões foram para o
trabalho em casa (home office); quase 10 milhões
tiveram seu contrato de trabalho suspenso ou redução
da jornada de trabalho. Outros 13 milhões
continuaram desempregados.
Milhares de empresas paralisaram parcial ou
totalmente suas atividades.
O auxílio emergencial e as medidas de proteção dos
empregos evitaram uma tragédia social e econômica
maior. Entretanto, essas medidas estão desconectadas
de uma estratégia governamental que deveria estar,
intencionalmente, mobilizando a retomada virtuosa da
atividade econômica, articulando investimento
público e privado, geração imediata de emprego e de
renda, crédito, entre outros.
Para os trabalhadores, na medida que se encerram as
medidas emergenciais de garantia de renda, retorna a
urgente necessidade de um posto de trabalho. Para as
empresas que não fecharam ou faliram, de forma mais
dramática para as micro e pequenas, há o ajuste das
contas e as dívidas para pagar. Certamente
acontecerão novas falências, fechamentos e queima de
capital de milhares de empresas.
Há pressões de todos os lados por postos de trabalho
nas atividades que estão sendo retomadas ou que
estão ampliando a contratação. São inúmeras as
iniciativas para a retomada ou para o início de
trabalho autônomo ou por conta-própria. Entretanto,
tudo depende de uma demanda de consumo que está
travada, decorrente da queda dos salários, do fim
das transferências de renda, dos cortes dos gastos
públicos e dos investimentos.
Aumentará muito o atual contingente de
desempregados, que já soma 13 milhões de pessoas que
ativamente procuram um posto de trabalho. Cerca de
11 milhões de pessoas que foram para a inatividade
devem voltar procurar uma ocupação. Há outros 5,8
milhões de pessoas que precisam de um posto de
trabalho e que se encontram desalentadas. Há quase 6
milhões de pessoas que trabalham jornada parcial. Há
aqueles que foram para o isolamento e que precisarão
voltar a trabalhar. Tudo isso somado resulta em um
contingente potencial de mais de 30 milhões de
pessoas que poderão passar a pressionar o mercado de
trabalho. Uma pequena parte encontrará um posto de
trabalho na atividade produtiva a ser retomada ou
ampliada. A maior parte, entretanto, aumentará nos
próximos meses a fila do desemprego estrutural e de
longa duração, com taxas de desemprego oculto
podendo se aproximar dos 30%!
Haverá movimentos entre aqueles que se encontram
empregados e que poderão passar a compor a fila dos
desempregados. O fim do home office, ou a
permanência parcial ou total, ou a demissão, afetará
a vida de quase 8 milhões de trabalhadores. O
encerramento da suspensão do contrato de trabalho ou
o fim da redução da jornada de trabalho, medida que
atingiu mais de 9 milhões de pessoas, poderá colocar
parte desse contingente no desemprego.
Grandes e médias empresas já estão demitindo ou
anunciando plano de ajuste, como decorrência dos
impactos da crise ou para continuar as
transformações tecnológicas ou as mudanças na
estratégia de negócio. Os resultados líquidos serão
contra os empregos.
A legislação trabalhista autoriza demissão em massa
sem assistência sindical, assim como garante
legalidade aos novos postos de trabalho precarizados,
terceirizados, temporários, uberizados, jornada
parcial ou contrato por hora. A dinâmica social e
econômica próxima futura será de dura e prolongada
adversidade para as trabalhadoras e os
trabalhadores.
Fonte: Portal Vermelho
06/11/2020 -
Desoneração da folha é vitória parcial
Na tarde desta quarta (4), o Senado derrubou o veto
do presidente Bolsonaro à prorrogação da desoneração
da folha de pagamento até o final de 2021. A
iniciativa beneficia empresas de 17 setores. Mais
cedo, a Câmara há havia rejeitado o veto.
A prorrogação é bandeira das Centrais Sindicais. A
proposta de desoneração está contida na Medida
Provisória 936 e abrange setores de call center,
comunicação, tecnologia da informação, transporte,
construção civil, têxtil, entre outras – eles
empregam mais de 6 milhões de pessoas.
Acordo – Clemente Ganz Lúcio,
assessor-técnico das Centrais, avalia como positivo,
mas faz ressalvas. “O acordo à época da aprovação da
MP 936 era a derrubada de todos os vetos. Houve
quebra do acordo, inclusive por parte do próprio
governo”, explica.
Clemente lamenta a manutenção do veto a dispositivos
como a ultratividade. A expectativa agora é de haja
manutenção dos empregos. Ele diz: “Esperamos que o
empresariado cumpra sua parte e como contrapartida
garanta os postos de trabalho”.
A desoneração permite que empresas recolham à
Previdência de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em
vez de recolher 20% na folha de pagamento. Sem a
prorrogação do benefício, o número de demissões
tenderia a crescer.
Seguro-desemprego – Trabalhadores sofreram
derrota em reunião no Conselho Deliberativo do Fundo
de Amparo ao Trabalhador, nesta quarta. Governo e
patrões votaram contra a proposta de adicionar duas
parcelas ao seguro-desemprego dos demitidos na
pandemia. Placar: 12 votos a 6.
Fonte: Agência Sindical
06/11/2020 -
Caso Queiroz: MP quer que Flávio Bolsonaro perca
cargo de senador
O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro
foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa
Na denúncia apresentada ao Órgão Especial do
Tribunal de Justiça do Rio na quarta-feira (5)
referente ao caso das rachadinhas da Alerj, o
Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu,
entre outras coisas, a perda do mandato do senador
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho
do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informações do jornalista Arthur Guimarães,
da TV Globo, o MP-RJ pediu que Flávio perdesse o
cargo caso seja condenado, com trânsito em julgado,
por suposto envolvimento no caso. Flávio foi
denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa.
O senador seria o líder do esquema de corrupção
conhecido como “rachadinhas” montado em seu gabinete
na época em que era deputado estadual. Segundo o MP,
esquema, que seria conduzido pelo ex-assessor
Fabrício Queiroz, consistia na apropriação dos
salários de assessores, pagos com dinheiro público,
e lavagem desses recursos através de uma organização
criminosa.
As investigações do MP apontam que os
ex-funcionários do então deputado estadual
depositaram ao longo dos 11 anos em que ele esteve
na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro R$ 2,06
milhões na conta bancária de Queiroz, sendo a maior
parte em dinheiro vivo. Além disso, a suposta
organização criminosa apontada na denúncia teria
sacado R$ 2,9 milhões em espécie ao longo desse
período.
Além de Flávio e Queiroz, 17 pessoas foram
denunciadas pelo MP. Entre elas estão a esposa do
senador, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e duas
filhas do ex-policia, Nathália e Evelyn Melo de
Queiroz.
Fonte: RevistaForum
06/11/2020 -
Nunes Marques deve se unir aos ministros contrários
à prisão após 2ª instância, diz especialista
O primeiro ministro indicado pelo presidente Jair
Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF),
Kassio Nunes Marques, tomou posse nesta quinta-feira
(5)
Sputnik - Nunes Marques, como será chamado no STF,
vai substituir o ministro Celso de Mello, que se
aposentou em outubro deste ano após ocupar o cargo
por 31 anos.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político
Antônio Celso Alves Pereira, professor de Direito da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
celebrou o cumprimento do rito constitucional.
"Cumpriu-se o que ordena a Constituição, ou seja, é
da competência do poder Executivo nomear os
indicados para o Supremo Tribunal Federal. As
informações que temos do ministro indicam que ele
tem os requisitos necessários para comandar a mais
alta Corte do país: notável saber jurídico e
reputação ilibada", afirmou.
Compareceram na cerimônia de posse de Nunes Marques
o presidente da República, Jair Bolsonaro, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do
Senado, David Alcolumbre (DEM-AP).
Fonte: Brasil247
06/11/2020 -
Projeto garante a idoso estabilidade no emprego após
fim de calamidade pública
Direito valeria pelo período da calamidade e mais
oito meses
O Projeto de Lei 2231/20 garante aos idosos o
direito à estabilidade no emprego enquanto durarem
os efeitos de calamidade pública reconhecida pelo
poder público e nos oito meses subsequentes.
Pela proposta, durante esse período, será vedada a
dispensa arbitrária e sem justa causa ao trabalhador
com idade igual ou superior a 60 anos.
O texto em análise na Câmara dos Deputados altera o
Estatuto do Idoso.
Autora da proposta, a deputada Policial Katia Sastre
(PL-SP) afirma que o idoso no Brasil já sofre
discriminação no mercado de trabalho, sendo muitas
vezes substituído por mão de obra mais jovem e
barata. “O idoso durante períodos de epidemia fica
ainda mais vulnerável, pois em regra é aquele que
possui a imunidade mais comprometida e já possui um
quadro clínico mais grave, justamente por sua idade
mais avançada”, ressalta.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
05/11/2020 -
Derrubado o veto à prorrogação da desoneração da
folha para 17 setores
Com acordo dos líderes partidários, o Senado
confirmou a decisão dos deputados e, por 64 votos a
2, derrubou o veto presidencial 26/2020 que impedia
a prorrogação da desoneração da folha de pagamento
de empresas de 17 setores da economia até 2021.
A prorrogação foi incluída no texto da legislação
pelo Congresso Nacional em maio, durante apreciação
da Medida Provisória 936/2020, que criou o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A
MP deu origem à Lei 14.020, de 2020, que permite a
redução da jornada de trabalho e do salário durante
a pandemia de coronavírus.
A lei atual garante a desoneração somente até o
final deste ano. Com a decisão do Congresso, a
renúncia fiscal será prorrogada até o fim de 2021. O
benefício é para empresas com mais de 6 milhões de
trabalhadores dos setores calçadista, têxtil, de
tecnologia da informação, construção civil e
companhias do transporte rodoviário coletivo de
passageiros, entre outros.
A desoneração permite que empresas desses setores
possam contribuir para a Previdência Social com um
percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o
faturamento bruto, em vez de 20% de contribuição
sobre a folha de pagamento.
Fonte: Agência Senado
05/11/2020 -
Governo e patrões se unem e vetam parcelas extras de
seguro-desemprego
“Para banqueiro e empresário seria mais fácil”,
diz representante sindical no Conselho Deliberativo
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)
Com aliança entre governo e empresários, o Conselho
Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)
derrubou a proposta de duas parcelas extras de
seguro-desemprego para atenuar os efeitos da
pandemia. A proposta era da bancada dos
trabalhadores no colegiado, que é tripartite. Mas
apenas os seis representantes das centrais votaram a
favor, com 12 votos contrários.
A proposta inicial era pagar as duas parcelas
adicionais para demitidos de março, início da
pandemia, a dezembro. Posteriormente, as centrais
sugeriram estender o benefício para trabalhadores
demitidos sem justa causa de 20 de março a 31 de
julho. Isso atingiria aproximadamente 2,8 milhões de
pessoas. “Vale lembrar que essa proposta da passou
por uma revisão do Grupo Técnico Especial, por cinco
reuniões, que a adequou, seguindo os pareceres dos
órgãos de controle”, dizem as centrais.
Os representantes dos trabalhadores no Codefat são
indicados pelas centrais reconhecidas formalmente:
CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT. A
bancada patronal é formada por representantes das
confederações nacionais da Agricultura (CNA),
Comércio (CNC), Indústria (CNI), Transporte (CNT),
Turismo (CNTur) e Sistema Financeiro (Consif).
5,5 milhões de pedidos de seguro-desemprego
Segundo o representante da Força Sindical no conselho,
Sérgio Luiz Leite, o Serginho, inicialmente o
governo tentou adiar a votação e depois alegou
impedimentos financeiros. “Se fosse para banqueiro e
empresário, o dinheiro saía mais fácil”, lamentou.
Neste ano, de janeiro a setembro, foram
contabilizados 5.451.312 requerimentos ao
seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal.
Houve crescimento de 5,7% em relação a igual período
de 2019. O número de requerimentos via web saltou de
1,7% do total para 56,1%.
Dos 521.572 pedidos apenas em setembro, 60% foram
feitos por homens. Um terço (33,5%) na faixa de 30 a
39 anos e 21%, de 40 a 49 anos. Mais de 59% tinham
ensino médio completo.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/11/2020 -
Produção industrial volta ao nível de fevereiro e
acumula queda no ano
Setor automobilístico cresceu 1.000% em cinco
meses, mas ainda está negativo
A produção industrial cresceu 2,6% de agosto para
setembro, segundo informou nesta quarta-feira (4) o
IBGE. Os avanços nos últimos meses fizeram a
atividade voltar ao nível de fevereiro,
pré-pandemia. Na comparação com setembro do ano
passado, a atividade sobe 3,4%. Mas a produção
industrial acumula queda de 7,2% neste ano e de 5,5%
em 12 meses.
O resultado de setembro “teve perfil generalizado de
crescimento”, segundo o instituto. Atingiu as quatro
categorias econômicas e 22 dos 26 ramos pesquisados.
Destaque para a produção de veículos automotores,
reboques e carrocerias, com alta de “impulsionada
pela continuidade do retorno à produção após a
paralisação decorrente da pandemia”. O setor acumula
expansão de 1.042,6% em cinco meses, mas ainda está
12,8% abaixo do patamar de fevereiro.
Retração em 2020
Ainda entre os resultados mensais, cresceram os
segmentos de máquinas e equipamentos (12,6%),
confecção de artigos do vestuário e acessórios
(16,5%), couro, artigos para viagem e calçados
(17,1%), produtos alimentícios (1,2%) e de
metalurgia(3,5%), entre outros. Já a atividade
extrativa caiu 3,7%.
Em relação a setembro de 2019, o IBGE apurou
resultado positivo em três das quatro categorias
econômicas, 17 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 58%
dos 805 produtos pesquisados. Os principais
destaques foram de produtos alimentícios (11,1%) e
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (7,8%). O setor de veículos
automotores cai 13,7% nessa comparação.
De janeiro a setembro, comparado a igual período de
2019, a atividade cai nas quatro categorias, 20 dos
26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,4% dos 805 produtos.
A principal influência para a queda da produção
industrial vem justamente de veículos automotores,
com retração de 37%. Outras quedas foram apuradas em
metalurgia (-12,9%), artigos do vestuário (-31,8%) e
máquinas e equipamentos (-11,9%). Das seis
atividades em alta, produtos alimentícios tem
expansão de 5,8%.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/11/2020 -
Fachin nega a Lula acesso a documentos sobre
Petrobras que provariam sua inocência
O ministro do STF negou um pedido do ex-presidente
Lula para ter acesso aos documentos enviado pela
Petrobras ao Departamento de Justiça dos Estados
Unidos para fazer acordo. Os procuradores da Lava
Jato receberam os mesmos documentos
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, negou um pedido da defesa do ex-presidente
Lula para ter acesso aos documentos enviado pela
Petrobras ao Departamento de Justiça dos Estados
Unidos que serviram para fazer acordo e encerrar uma
ação coletiva.
Lula pedia acesso aos documentos por entender que
eles provariam sua inocência em relação às acusações
da Lava Jato. Os advogados lembraram que, enquanto a
Petrobras é assistente da acusação no Brasil, nos
EUA nunca mencionou Lula e assumiu a culpa pelas
fraudes em suas diretorias.
Para negar o acesso, Fachin alegou uma razão técnica
jurídica: disse que Lula estava querendo acesso a
documentos de casos sem relação direta com os
processos criminais para instruir sua defesa, o que
não pode ser feito por meio de reclamação – recurso
utilizado pelos advogados do ex-presidente.
Lula também lembrou que os procuradores da Lava Jato
receberam os mesmos documentos da Petrobras, o que
violaria o princípio da paridade de armas. A
respeito disso, Fachin afirmou que, segundo o MPF, o
material não foi usado nas investigações e nem na
ação penal, mas num procedimento sigiloso de
acompanhamento dos sistemas de compliance da
estatal.
Fonte: Brasil247
05/11/2020 -
Presidente do Banco Central admite que luz vermelha
da inflação está acesa
O presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto admitiu que a luz vermelha da inflação está
acesa, mesmo considerando o fenômeno temporário
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
disse que a instituição monitora o movimento
inflacionário, que segundo sinaliza que a alta da
inflação faz acender uma luz vermelha.
Campos Neto ainda tenta minimizar o fenômeno,
afirmando que se trata de algo temporário.
As afirmações foram feitas em entrevista ao canal do
YouTube Me Poupe. Para Campos Neto, a alta da
inflação é influenciada especialmente pela elevação
do dólar frente ao real.
O presidente do Banco Central também citou o aumento
de gastos dos brasileiros com o uso da poupança com
alimentação no domicílio, bem como a alta no consumo
de alguns produtos que foi gerada pelo auxílio
emergencial. informa a Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
04/11/2020 -
A ‘roda da economia’: centrais pedem manutenção do
auxílio de R$ 600 e desoneração
“O auxílio atende trabalhadores informais,
alimenta o consumo, a atividade nas empresas e
protege milhões de empregos”, afirmam os
sindicalistas
Representantes de seis centrais sindicais fizeram no
final da manhã desta terça-feira (3) ato público, em
São Paulo, para cobrar manutenção do auxílio
emergencial no valor de R$ 600 e da desoneração da
folha de pagamento. A manifestação foi realizada
diante da sede do Banco Central, na Avenida
Paulista.
No caso da desoneração da folha, os sindicalistas
lembram que a prorrogação deve ser por prazo
determinado, com a condição de que haja garantia de
emprego durante a vigência. A princípio, a medida
termina em 31 de dezembro. O Congresso aprovou a
prorrogação por um ano, mas Jair Bolsonaro vetou.
Está prevista para esta quarta (4) sessão conjunta
do parlamento para apreciar vetos presidenciais,
inclusive sobre a desoneração.
Circulam estimativas de que pelo menos 1 milhão de
empregos poderão ser eliminados se a desoneração
acabar agora. O país atingiu nível recorde de
desemprego, conforme pesquisa divulgada na semana
passada pelo IBGE.
Abaixo-assinado
Sobre o auxílio, as centrais se mantêm em campanha
para que a Medida Provisória 1.000 entre na pauta.
Apresentada há dois meses, a MP prorrogou o
benefício até dezembro, mas reduzindo o valor pela
metade, para R$ 300. A oposição apresentou emendas
restabelecendo os R$ 600. E as entidades sindicais,
por sua vez, têm um abaixo-assinado (aqui)
para ajudar a pressionar deputados e senadores.
“Mais de 60 milhões de brasileiros dependem
exclusivamente do auxílio para sobreviver, em
consequência dos efeitos da pandemia, da crise
econômica e da irresponsabilidade e incompetência do
governo Bolsonaro”, afirmam as centrais que
organizaram o ato. “O auxílio impacta diretamente na
economia: atende trabalhadores informais, alimenta o
consumo, a atividade nas empresas e protege milhões
de empregos. Faz a roda da economia girar. E, desde
abril, impede que o Brasil mergulhe em uma crise
econômica ainda maior, o que afetaria também os
empregos dos trabalhadores formalizados.”
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2020 -
Davi marca sessão do Congresso para analisar veto à
desoneração da folha
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi
Alcolumbre (DEM-AP), convocou para esta quarta-feira
(4) uma sessão com deputados e senadores para
analisar vetos presidenciais. Entre as matérias
incluídas, a que causa maior discordância entre
Executivo e Legislativo é o veto à desoneração da
folha.
A prorrogação por um ano, ou seja, até o final de
2021, da desoneração da folha de pagamento de 17
setores intensivos de mão de obra foi incluída pelo
deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) em seu relatório
da medida provisória que autorizou cortes de
jornadas e salários. O veto do presidente Jair
Bolsonaro faz com que a desoneração acabe no dia 31
de dezembro deste ano.
A tendência é que os congressistas derrubem o veto
de Bolsonaro. O líder do MDB no Senado, Eduardo
Braga, disse ao Congresso em Foco que vai votar para
que haja a prorrogação da desoneração.
Apesar de estar marcada pelo presidente do
Congresso, a realização da sessão ainda pode ser
adiada. Em outras ocasiões, a votação dos vetos
também chegou a ser marcada, mas foi cancelada
instantes antes da sessão. O líder do PSL no Senado,
Major Olímpio (SP), um dos defensores da
desoneração, afirmou que ainda não dá para garantir
que a sessão marcada para amanhã acontecerá.
Davi Alcolumbre tenta desde o início de setembro
convocar uma sessão para analisar a desoneração, mas
o governo tem conseguido adiar a sessão.
Com o impasse em torno da queda do veto à
prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, a
Federação Nacional de Infraestrutura de Redes de
Telecomunicações e Informática (Feninfra) afirma
que, sem a medida, o setor deverá cortar 500 mil
postos de trabalho e perder R$ 2 bilhões em
investimentos, provocando um verdadeiro apagão
tecnológico.
Fonte: Congresso em Foco
04/11/2020 -
Trabalhadores contribuindo à Previdência caem ao
menor nível desde 2012, diz IBGE
Por Agência Estado
O total de pessoas contribuindo para a
Previdência desceu a 53,342 milhões no trimestre
encerrado em agosto
A pandemia do novo coronavírus prejudicou o emprego
formal, com reflexos para a contribuição para a
Previdência Social no país.
O total de pessoas contribuindo para a Previdência
desceu a 53,342 milhões no trimestre encerrado em
agosto, o menor patamar da série histórica da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em apenas um trimestre, 3,014 milhões de pessoas
deixaram de contribuir para a Previdência Social no
país. Se considerados os últimos dois trimestres, ou
seja, o patamar de fevereiro deste ano, no
pré-pandemia, há 5,630 milhões de contribuintes a
menos.
A população ocupada desceu a 81,666 milhões de
pessoas no trimestre terminado em agosto, menor
patamar da série iniciada em 2012. Apenas 29,067
milhões de trabalhadores atuavam com carteira
assinada no setor privado, também piso histórico.
“A perda na ocupação é realmente muito expressiva,
ela marca a série histórica da pesquisa”, reconheceu
Adriana Beringuy, analista da Coordenação de
Trabalho e Rendimento do IBGE. “A gente está vendo
uma população ocupada diminuindo, e isso aí está
ligado com o processo de dispensa. Todas as
atividades, com exceção da agricultura, estão em
processo de dispensa”, completou.
Segundo Adriana, as demissões podem ter relação com
a demanda reduzida das famílias por produtos e
serviços, o que resulta em demanda menor também por
mão de obra nas atividades econômicas.
A taxa de desemprego aumentou de 12,9% no trimestre
encerrado em maio para 14,4% no trimestre terminado
em agosto, mas teria subido ainda mais caso a
população inativa, também recorde, decidisse
procurar trabalho.
“Pode estar havendo um desestímulo por essa procura
por trabalho já pelos efeitos econômicos da
pandemia, e não pela ameaça de contágio”, apontou
Adriana.
Fonte: InfoMoney
04/11/2020 -
MP denuncia Flávio Bolsonaro por peculato, lavagem
de dinheiro e organização criminosa
Senador é investigado pelo esquema de rachadinhas
em seu antigo gabinete na Alerj e pode virar réu;
Queiroz e outros 15 assessores também foram
denunciados
Um dia após voltar de seu passeio em Fernando de
Noronha, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
foi denunciado, nesta terça-feira (3), pelo
Ministério Público do Rio por peculato, lavagem de
dinheiro e organização criminosa. As informações são
do Estadão.
Além dele, foram denunciados 15 ex-assessores do
senador e também o ex-policial Fabrício Queiroz, que
está em prisão domiciliar.
A denúncia tem relação com as investigações, que já
duram mais de dois anos, sobre o esquema de
rachadinhas que supostamente operava em seu antigo
gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj), quando era deputado estadual. O esquema
consistiria em se apropriar dos salários de
assessores, pagos com dinheiro público, e lavar
esses recursos através de uma organização criminosa.
Segundo as investigações, o senador lavaria esse
dinheiro através da compra de imóveis e também por
meio de uma franquia de uma loja de chocolates. O
filho do presidente é apontado pelo MP como líder da
organização criminosa e Queiroz, por sua vez, como
operador do esquema de corrupção.
As investigações do MP apontam que os
ex-funcionários do então deputado estadual
depositaram ao longo dos 11 anos R$ 2,06 milhões na
conta bancária de Queiroz, sendo a maior parte em
dinheiro vivo. Além disso, a suposta organização
criminosa apontada na denúncia teria sacado R$ 2,9
milhões em espécie ao longo desse período.
O MP ajuizou a denúncia ainda em outubro mas, como o
desembargador relator do caso estava de férias, a
peça só pode ser oficializada nesta terça-feira (3).
Caso a Justiça aceite a denúncia contra Flávio
Bolsonaro, ele e seus ex-assessores se tornarão
réus. O parlamentar, agora, será notificado e terá
que oferecer resposta no prazo de 15 dias. O
recebimento da denúncia por parte da Justiça se dará
após a manifestação do senador.
Os nomes dos ex-funcionários denunciados não foram
revelados. Até o momento, o filho do presidente não
se pronunciou sobre a denúncia.
Fonte: RevistaForum
04/11/2020 -
Senado aprova projeto da autonomia do Banco Central;
texto vai à Câmara
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (3) o
substitutivo do senador Telmário Mota (Pros-RR) ao
Projeto de Lei Complementar (PLP) 19/2019, que
estabelece mandatos estáveis e requisitos para
nomeação e demissão do presidente e dos diretores do
Banco Central, bem como vedações aos ocupantes dos
cargos. Foram 56 votos a favor e 12 contrários.
— Há quase 30 anos esta Casa vem tentando votar essa
matéria, a ponto que ela chegou agora, eu entendo,
extremamente amadurecida. É no poder-dever de
assegurar a estabilidade de preços que o Banco
Central encontra sua missão institucional por
excelência. Mas o Banco Central deve atuar não
apenas em busca da estabilidade e eficiência do
sistema financeiro e da suavização das flutuações do
nível de atividade econômica, mas também, na medida
de suas possibilidades, para fomentar o pleno
emprego — disse Telmário.
O projeto é de autoria do senador Plínio Valério
(PSDB-AM). O texto também confere autonomia formal
ao BC, para que execute suas atividades essenciais
ao país sem sofrer pressões político-partidárias. O
projeto segue agora para análise da Câmara dos
Deputados e pode voltar ao Senado caso os deputados
façam alterações no texto.
Fonte: Agência Senado
04/11/2020 -
Antecipação do auxílio-doença será limitada até 31
de dezembro
A antecipação do auxílio-doença, adotada pelo
governo durante a pandemia de covid-19, será paga
aos beneficiários pelo período definido no atestado
médico, limitado a até 60 dias, mas não poderá
exceder o dia 31 de dezembro, quando terminam os
efeitos do decreto de calamidade pública em razão da
pandemia.
Instituída em abril, a medida foi prorrogada
novamente na semana passada para requerimentos de
auxílio-doença feitos até 30 de novembro.
A prorrogação foi regulamentada por uma portaria
conjunta do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) e da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, do Ministério da Economia, publicada nesta
terça-feira (3) no Diário Oficial da União.
O prazo máximo de pagamento é até 31 de dezembro,
mas há a possibilidade de o segurado apresentar
pedido de revisão para fins de obtenção integral e
definitiva do auxílio-doença, na forma estabelecida
pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Perícia médica
Por meio da antecipação, o beneficiário recebe até um
salário mínimo (R$ 1.045) sem perícia médica,
bastando anexar um atestado médico ao requerimento
com declaração de responsabilidade pelo documento no
portal do INSS ou do aplicativo Meu INSS. Após a
perícia médica, o segurado recebe a diferença em uma
parcela, caso o valor do auxílio-doença supere um
salário mínimo.
Na semana passada, o INSS iniciou o pagamento das
diferenças das antecipações recebidas até 2 de
julho. Quem tiver direito ao pagamento da diferença
receberá uma carta do órgão com todas as informações
do recálculo ou poderá checar pelo site e aplicativo
Meu INSS, além do telefone 135.
Para requerer o auxílio-doença e receber a
antecipação, o segurado deverá apresentar atestado
médico legível e sem rasuras. O documento deverá
conter assinatura e carimbo do médico, com registro
do Conselho Regional de Medicina (CRM); informações
sobre a doença ou a respectiva numeração da
Classificação Internacional de Doenças (CID); e
prazo estimado do repouso necessário.
A concessão do auxílio-doença continua considerando
os requisitos necessários, como carência, para que o
segurado tenha direito ao benefício.
Fonte: Agência Brasil
04/11/2020 -
Senado aprova voto de repúdio contra decisão
judicial que absolveu estuprador
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (3),
por unanimidade, voto de repúdio contra decisão
judicial que absolveu o empresário André de Camargo
Aranha do crime de estupro contra a influenciadora
digital Mariana Ferrer. Em sentença inédita, o juiz
Rudson Marcos, de Florianópolis (SC),
responsabilizou a própria vítima pelo crime hediondo
e absolveu o acusado sob a tese de "estupro
culposo". Além do juiz, o voto de repúdio é
direcionado ao advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho
e ao promotor de justiça Thiago Carriço de Oliveira
por distorcerem fatos do crime e exporem a vítima a
sofrimento e humilhação.
Fonte: Agência Senado
03/11/2020 -
Centrais vão às ruas por Auxílio de R$ 600,00 e
desoneração da folha
As Centrais Sindicais vão às ruas nesta terça, 3 de
novembro, pelo Auxílio Emergencial no valor de R$
600,00. Os sindicalistas também reivindicam a
derrubada do veto do presidente Bolsonaro à
prorrogação da desoneração da folha de pagamento.
A manifestação acontece em frente ao prédio do Banco
Central, na avenida Paulista, 2.163. A partir das 11
horas.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, destaca
a importância do ato. “Vamos pressionar o governo,
parlamentares e alertar a sociedade sobre a
importância das duas iniciativas”, afirma.
Auxílio – Em 17 de setembro, as Centrais
lançaram a campanha unitária “600 Pelo Brasil –
coloca o Auxílio Emergencial pra votar, Maia”. O
objetivo é pressionar o Congresso Nacional a votar a
Medida Provisória 1.000/2020 e elevar pra R$ 600,00
até dezembro.
“Hoje, mais de 65 milhões de brasileiros dependem
exclusivamente desse valor pra sobreviver. Reduzir o
Auxílio para R$ 300,00, neste momento, é um crime”,
critica Sérgio Nobre, presidente da CUT.
Desoneração – Segundo Ricardo Patah,
presidente da UGT, a desoneração da folha é
importante para o setor empresarial os
trabalhadores. “Desonerar a folha é fundamental pra
manter empregos. Se o veto continuar poderemos
perder 1,5 milhões de postos de trabalho”, alerta
Patah.
Diversas categorias participam da manifestação dia
3. Metalúrgicos, comerciários, frentistas, padeiros,
construção civil, telemarketing, bancários, entre
outras.
Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral
da Força, é fundamental uma ampla participação.
“Nossa voz somente será ouvida se nos unirmos em
defesa dos direitos, dos empregos e da renda dos
brasileiros”, comenta.
Mais – Acesse o site das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
03/11/2020 -
Estamos caminhando a passos largos para o
precipício, diz Maia
Em live promovida pelo jornal Valor Econômico nesta
segunda-feira (2), o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), criticou a postura do governo com
relação à agenda econômica. O deputado afirmou que
está mais preocupado agora com a situação do país do
que em julho. “Hoje já não é mais uma questão do que
a Câmara pretende fazer, mas do que nós podemos
fazer em conjunto, Executivo e Legislativo”.
Maia pontuou que no pós-pandemia o país terá de
enfrentar uma dívida alta aliada a uma pressão
"muito grande" por conta dos índices de desemprego,
que voltaram a crescer. Outra preocupação do
deputado é com o orçamento público para 2021, o que
classificou como “incógnita”. “A gente não sabe o
que o governo quer, o que o governo vai propor. De
alguma forma, o ministro Paulo Guedes está quase que
isolado, sozinho na defesa, dentro do governo, da
necessidade de se encontrar caminhos respeitando as
regras atuais do jogo, começando pelo teto de
gastos”, disse.
O presidente da Câmara lembrou que para aprovar o
orçamento é preciso aprovar a PEC emergencial e que
há uma falta de organização com relação a agenda.
"Estamos no limite do teto de gastos. Tenho uma
expectativa muito grande e acho que é o caminho para
o Brasil voltar a crescer". Ao mesmo tempo, Maia
disse estar pessimista com relação aos prazos das
votações e apontou que a questão está "muito
desorganizada".
Nas últimas semanas as votações na casa têm sido
adiadas em razão da obstrução feita por partidos de
oposição e da base do governo. Avante, o PL, PP e
PSD obstruem a pauta por causa de disputas na
instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e da
sucessão da Presidência da Câmara, que ocorrerá em
fevereiro de 2021. O Centrão, liderado por Arthur
Lira (PP-AL) pressiona pela escolha da deputada
Flávia Arruda (PL-DF) para presidir a CMO. O grupo
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
resiste e afirma que foi firmado um acordo para o
presidente ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).
“Eu vi notas outro dia de que era para não deixar a
pauta da Câmara andar, para esvaziar a minha
presidência. Está esvaziando o governo. E quem vai
explodir se a pauta da Câmara não andar não é o meu
mandato, que acaba dia 1º fevereiro. Quem explode é
o governo”, disse Maia sobre as obstruções.
O presidente da Câmara também falou sobre as
disputas internas para presidir a CMO e que se
“criou uma crise por nada” com o episódio. “Estamos
caminhando a passos largos para o precipício, e
todos estamos caminhando para isso juntos, todo o
Brasil. E a gente brigando por algo que nem existe,
que é o orçamento público”, afirmou.
Fonte: Congresso em Foco
03/11/2020 -
Com mais desalentados, subutilizados e excluídos,
desemprego bate novo recorde
Com praticamente 14 milhões de desempregados,
mercado acumula recordes, todos negativos: número de
ocupados, desalento, subutilização. E menos R$ 12
bilhões na economia em um ano
A taxa de desemprego atingiu 14,4% no trimestre
encerrado em agosto, batendo mais um recorde na
série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Agora, o
número de desempregados foi estimado em 13,794
milhões – 1,083 milhão a mais em apenas um trimestre
(alta de 8,5%) e 1,229 milhão a mais em relação a
igual período de 2019 (9,8%), quando a taxa média
era de 11,8%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua trouxe outros recordes, todos negativos. O
total de ocupados (81,666 milhões), por exemplo, é o
menor da série. Caiu 5% no trimestre (menos 4,270
milhões de pessoas) e 12,8% em 12 meses (11,965
milhões a menos). O nível de ocupação (46,8%) também
é o mais baixo da pesquisa.
Fora do mercado
Por outro lado, a população fora da força de trabalho
chegou a 79,141 milhões. Mais um recorde que agrava
o problema do desemprego. Crescimento de 5,6% em um
trimestre (4,177 milhões) e de 21,9% (14,213
milhões) em um ano.
Assim, o número de empregados com carteira assinada
no setor privado (29,067 milhões) também foi o menor
da série. A queda é de 6,5% em relação ao trimestre
anterior (menos 2,036 milhões de pessoas) e de 12%
(menos 3,975 milhões) ante agosto de 2019.
Queda também nos informais
Nem o trabalho informal escapou. Estimado em 8,755
milhões, o número de empregados sem carteira caiu 5%
(menos 463 mil pessoas) no trimestre e 25,8% (menos
3,041 milhões) ante igual período do ano passado. E
o total de trabalhadores por conta própria (21,521
milhões) caiu 4% (menos 894 mil) e -11,4% (2,773
milhões), respectivamente. Além disso, o número de
trabalhadores domésticos (4,597 milhões) também
chegou ao menor nível. Em 12 meses, caiu 27,5%
(menos 1,745 milhão).
Outro recorde está no contingente de desalentados,
pessoas que desistiram de procurar trabalho. Eles
agora somam 5,9 milhões. Crescimento de 8,1% em três
meses (440 mil) e de 24,2% em 12 meses (1,1 milhão).
Em relação à força de trabalho, os desalentados
representam 5,8% – mais um recorde.
Menos R$ 12 bi circulando
E os chamados subtilizados agora são 33,3 milhões,
também o maior número da série histórica. São as
pessoas que gostariam de trabalhar mais. Acréscimo
de 3 milhões em um trimestre (aumento de 9,7%) e de
5,6 milhões em 12 meses (20%). A taxa de
subutilização, também a maior, é de 30,6%.
Estimado em R$ 2.542, o rendimento médio cresceu:
3,1% no trimestre e 8,1% sobre 2019. Mas,
considerando o menor numero de pessoas no mercado, a
massa de rendimentos caiu 2,2% e 5,7%,
respectivamente. Em um ano, isso representa R$ 12,3
bilhões a menos circulando na economia brasileira.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/11/2020 -
Trabalhador em aviso prévio pode aderir a plano de
demissão voluntária
O aviso prévio, mesmo que indenizado, integra o
contrato de trabalho. Por isso, a 36ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro concedeu tutela de
urgência para permitir a adesão de um ex-funcionário
da Light ao plano de demissão voluntária (PDV) da
empresa. A decisão é de 21 de outubro.
Em outubro de 2019, o empregado, que estava na Light
há mais de 20 anos, foi comunicado de sua demissão.
Depois de 28 dias, quando ele estava em aviso
prévio, a empresa implementou o PDV.
Como a demissão pelo plano assegurava diversos
benefícios, como a inclusão dele e seus dependentes
no plano de saúde nas mesmas condições de quando
estava na companhia, o trabalhador foi à Justiça,
representado pelo escritório Stamato, Saboya & Rocha
Advogados Associados.
O juiz Pedro Figueiredo Waib afirmou que o Tribunal
Superior do Trabalho permite que empregado em aviso
prévio adira a plano de demissão voluntária. Isso
porque tal período integra o contrato de trabalho.
O julgador também ressaltou que o TST entende que a
demissão de funcionário sem justa causa pouco tempo
antes da implementação de PDV "configura verdadeira
dispensa obstativa e denota tratamento desigual e
discriminatório" com relação ao empregado.
0100839-72.2020.5.01.0036
Fonte: Consultor Jurídico
03/11/2020 -
Analistas apontam 40% de chance “alta” ou “muito
alta” de Guedes deixar governo Bolsonaro
Levantamento do Infomoney mostra que o outrora
superministro está na corda bamba
A fragilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes,
no governo do presidente Jair Bolsonaro segue
chamando atenção. Aquele que antes era colocado como
“superministro” ou “Posto Ipiranga” do ex-capitão,
já não goza do mesmo prestígio em Brasília e no
mercado financeiro.
Levantamento do Barômetro do Poder, realizado pelo
portal Infomoney e revelado pela Coluna do Estadão
nesta segunda-feira (2), consultou 15 analistas e
consultorias políticas sobre a situação de Guedes.
Para 40%, a chance é “alta” ou “muito alta” de o
ministro deixar o governo Bolsonaro antes de 2022.
Apenas 13%, por sua vez, apostam que o ministro
seguirá com o presidente até o final.
Entre os que apostam no rompimento do vínculo, a
maioria acredita que a saída ocorreria em uma
reforma ministerial. A derrota nas eleições
municipais seria um dos catalizadores.
Participaram do levantamento 11 consultorias de
análise de risco político – BMJ Consultores
Associados, Control Risks, Dharma Political Risk &
Strategy, Empower Consultoria, Eurasia Group, MCM
Consultores, Medley Global Advisors, Patri Políticas
Públicas, Prospectiva Consultoria, Pulso Público e
XP Política – e quatro analistas independentes –
Antonio Lavareda (Ipespe), Carlos Melo (Insper),
Claudio Couto (EAESP/FGV) e Thomas Traumann.
A jornalista Daniela Lima, apresentadora do CNN 360
na CNN Brasil, revelou na sexta-feira (30) que a
pressão política pela queda do ministro subiu e que
o apoio de setores do mercado financeiro não é mais
o mesmo. Aliados do presidente têm tentado
convencê-lo a preparar uma rota de saída de Guedes.
Fonte: RevistaForum
03/11/2020 -
Bolsonaro leva o Brasil à beira do colapso
financeiro com piora da dívida pública
Um quarto da dívida pública brasileira vencerá no
curto prazo de vencerá em 12 meses. Durante o ano de
2021, o Brasil será obrigado a rolar R$ 300 bi por
trimestre
Sob o governo de Jair Bolsonaro, a dívida pública
brasileira a ponto de levar o Brasil à beira de um
colapso. O Brasil terá de refinanciar um quarto de
sua dívida pública federal de R$ 4,5 trilhões nos
próximos 12 meses, com expectativa de piora em seu
perfil. Durante o ano de 2021, o Brasil será
obrigado a rolar R$ 300 bi por trimestre.
Desde o início do governo Jair Bolsonaro, o prazo
médio dos títulos emitidos pelo Tesouro caiu a menos
da metade, de 5 anos para 2,1 anos. Já os
vencimentos em 12 meses dobraram, de cerca de R$ 600
bilhões para quase R$ 1,2 trilhão.
Em janeiro de 2019, quando presidente assumiu,
apenas 15% da dívida pública venciam em 12 meses.
Agora, são 26%, informa o jornalista Fernando
Canzian na Folha de S.Paulo.
A piora do perfil da dívida ocorre de maneira
acelerada, mês a mês. O mercado exige juros cada vez
mais altos para financiar a maior parte de uma
dívida bruta total que se aproxima de 100% como
proporção do PIB (Produto Interno Bruto).
Só entre agosto e setembro, o aumento do estoque da
dívida federal com vencimento em 12 meses foi de R$
223 bilhões.
Embora a taxa de juro básica do Banco Central (a
Selic) esteja fixada hoje em 2%, o custo médio das
emissões de novos títulos da dívida em setembro foi
de 4,64% ao ano, refletindo as exigências dos
credores.
Fonte: Brasil247
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