Blog - Notícias Anteriores - Novembro 2021
30/11/2021 -
Sindicalistas se reúnem com Alckmin para tratar da
chapa Lula/Alckmin
30/11/2021 -
STF volta a adiar julgamento de ações que contestam
o contrato de trabalho intermitente
30/11/2021 -
Aprovação de Bolsonaro chega ao nível mais baixo da
história
30/11/2021 -
Comissão aprova permissão para declarar trabalhador
com deficiência como dependente do Imposto de Renda
30/11/2021 -
PL dos entregadores entra na pauta da Câmara nesta
semana
29/11/2021 -
Bolsonaro e Lula seguem na liderança
29/11/2021 -
Paim manifesta preocupação com nova proposta de
reforma trabalhista
29/11/2021 -
Centrais lutam
contra desmonte na Educação
29/11/2021 -
Escolhido como
pré-candidato do PSDB, Doria acena para aliança com
ex-juiz suspeito Moro no 2º turno
29/11/2021 -
Confiança recua em 24 de 30 setores da indústria em
novembro, diz CNI
29/11/2021 -
Para o PT, Lula
disputa segundo turno com Bolsonaro: “Moro não tem
fôlego”
29/11/2021 -
Trabalhadores e empresários iniciam negociações para
mínimo regional de SC
26/11/2021 -
V Congresso Nacional
da NCST – José Calixto Ramos
26/11/2021 -
Lula venceria hoje Bolsonaro, Moro e Doria com
folga, aponta pesquisa
26/11/2021 -
ONU promove campanha contra violência de gênero
26/11/2021 -
Piso salarial para profissionais da enfermagem segue
para a Câmara
26/11/2021 -
Aumento da expectativa de vida não considera efeitos
da covid-19
26/11/2021 -
Cerca de 65% das correções salariais fechadas em
outubro ficaram abaixo do INPC
25/11/2021 -
Lula lidera
corrida presidencial e vence Bolsonaro e Moro em 2º
turno, diz pesquisa ModalMais/Futura
25/11/2021 -
Centrais ligam
sinal de alerta contra ofensiva do governo contra
direitos
25/11/2021 -
Sindicato tem de
devolver contribuições cobradas de empresas sem
empregados
25/11/2021 -
Trabalhadores
dos Correios obtêm vitória no TST
25/11/2021 -
Governo federal
faz ação em rodovias para combater feminicídio
25/11/2021 -
Comissão aprova
limite para penhora de faturamento para pagamento de
débito trabalhista
24/11/2021 -
Centrais
repudiam nova reforma trabalhista
24/11/2021 -
Lei Nº 14 237 de 19 de novembro de 2021
– Institui o auxílio Gás dos Brasileiros
24/11/2021 -
Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego em ranking
com 44 países
24/11/2021 -
Economistas já apostam em inflação acima de 10% em
2021
24/11/2021 -
Agência Brasil explica: 13º para trabalhador com
Benefício Emergencial
24/11/2021 -
Empresa deve pagar indenização por dano moral
coletivo por falta de EPIs
24/11/2021 -
Senado confirma
medida que recriou o Ministério do Trabalho e
Previdência
22/11/2021 -
Quem trabalha no feriado deve receber em dobro
22/11/2021 -
"Fora, Bolsonaro
Racista" | Milhares vão às ruas das capitais no Dia
da Consciência Negra
22/11/2021 -
Renda do trabalho perde peso em 2020, e brasileiro
depende mais de programas sociais
22/11/2021 -
Conselho do FGTS aprova uso de R$ 326 bilhões para
obras até 2025
22/11/2021 -
Plenário do
Senado vai debater PEC dos precatórios nesta
segunda-feira
22/11/2021 -
Consciência
Negra: 60% dos brasileiros são a favor das cotas em
universidades, diz pesquisa
19/11/2021 -
Nota das Centrais: 20 de Novembro - Dia da
Consciência Negra é dia de luta contra Bolsonaro
racista
19/11/2021 -
‘Reforma’ trabalhista piorou economia e condições de
trabalho
19/11/2021 -
Levantamento do Dieese revela que Caixa cobra juros
mais altos em empréstimo para informais e
desempregados
19/11/2021 -
Fim do Bolsa Família e auxílio: Bolsonaro deixa 25
milhões sem renda
18/11/2021 -
CCJ da Câmara aprova PL que prorroga desoneração da
folha de pagamento até 2023
18/11/2021 -
Brasileiro gasta 22% do salário mínimo para encher o
tanque de gasolina
18/11/2021 -
PIB cai, inflação cresce; projeção do BC desmente
Paulo Guedes
18/11/2021 -
Senado analisará MP que recria Ministério do
Trabalho e Previdência
18/11/2021 -
Especialistas apontam falta de recursos para combate
à violência contra crianças e adolescentes
18/11/2021 -
Projeto permite declarar trabalhador com deficiência
como dependente do IR
18/11/2021 -
Senado aprova criação de cadastro de condenados por
violência contra a mulher
17/11/2021 -
Oposição vota a
favor do Ministério do Trabalho, mas critica
governo: ‘nenhum projeto’
17/11/2021 -
Lira cobra mobilização do governo para votar a
reforma administrativa neste ano
17/11/2021 -
Situação financeira piora, diz pesquisa PoderData
17/11/2021 -
Bolsonaro
promete aumento a servidores com PEC dos Precatórios
17/11/2021 -
Briga com PL coloca
Bolsonaro mais uma vez como figura isolada
17/11/2021 -
Lula em Paris:
“O Brasil pode ser reconstruído”
16/11/2021 -
Pacote de
‘simplificação trabalhista’ do governo é recebido
com cautela
16/11/2021 -
Sindicalistas
apontam, em debate na Folha, os vários prejuízos da
reforma trabalhista
16/11/2021 -
Câmara pode
votar MP que recria Ministério do Trabalho
16/11/2021 -
STF aponta
riscos coletivos e autoriza demissão de trabalhador
sem vacina
16/11/2021 -
Brasil só
retomará pleno emprego em 2026, diz pesquisa
12/11/2021 -
Pesquisa aponta rejeição de 57% a Bolsonaro e de 61%
ao governo
12/11/2021 -
Bolsonaro prorroga por dois anos desoneração da
folha de pagamento
12/11/2021 -
PEC dos Precatórios: sindicatos entram na Justiça
contra calote em aposentados e pensionistas
12/11/2021 -
Pagamento do 13º pode representar R$ 232,6 bi a mais
na economia, estima o Dieese
12/11/2021 -
Governo quer o INSS como único gestor de
aposentadorias da União
12/11/2021 -
Entenda o
Decreto Trabalhista de Bolsonaro, por Zilmara
Alencar
11/11/2021 -
Pesquisa traz Lula com 48% e Bolsonaro com 21%.
Rejeição ao presidente é de 69%
11/11/2021 -
Moro se apresenta como a "terceira via" em discurso
de filiação partidária
11/11/2021 -
Pressão sindical adia votação no Senado
11/11/2021 -
STF: Toffoli
fecha placar de 8 a 2 e confirma suspensão do
orçamento secreto
11/11/2021 -
Proposta que
altera Constituição para permitir trabalho aos 14
anos provoca polêmica na CCJ
11/11/2021 -
Inflação acumulada em 12 meses atinge 10,67%
11/11/2021 -
Paim adianta que
votará contra a PEC dos Precatórios
10/11/2021 -
Acordo na CCJ da Câmara adia votação do projeto que
reduz idade para trabalho de menores
10/11/2021 -
Pacto pelo emprego deveria estar no centro da
política econômica
10/11/2021 -
Supremo forma
maioria pela suspensão do "orçamento secreto"
10/11/2021 -
STJ anula todas
as decisões contra Flávio Bolsonaro nas rachadinhas
10/11/2021 -
Projeto altera responsabilidades no uso dos
equipamentos de proteção individual pelos
trabalhadores
10/11/2021 -
Câmara aprova em 2º turno PEC dos
Precatórios
09/11/2021 -
Nota das Centrais: Rejeitar a PEC 18 para proteger e
assegurar pleno desenvolvimento das crianças e
adolescentes
09/11/2021 -
Bolsonaro privilegia bancos e implode fiscalização
trabalhista
09/11/2021 -
Tentativa de Moro para ser o candidato da 3ª via é
vista com desconfiança pelos partidos políticos
09/11/2021 -
MPT ajuiza ACPs
pedindo vínculo entre aplicativos e trabalhadores
09/11/2021 -
Carteira de
Trabalho Digital chega a 500 milhões de acessos
08/11/2021 -
Nova Central elege direção dia 25
08/11/2021 -
MPT recomenda
exigir comprovante de vacinação no ambiente de
trabalho
08/11/2021 -
STF suspende
pagamento do orçamento secreto que levou à aprovação
da PEC dos precatórios
08/11/2021 -
Preços da cesta básica continuam subindo. Salário
mínimo compra cada vez menos
08/11/2021 -
Apesar de
restrições, caminhoneiros seguem luta
08/11/2021 -
IBGE revisa PIB
de 2019 de 1,4% para 1,2%
08/11/2021 -
Más condições no
ambiente de trabalho geram dano moral coletivo, diz
TRT-23
05/11/2021 -
Arrocho prossegue e 56% sequer repõem a inflação
05/11/2021 -
Sem apoio de Bolsonaro, indústria nacional afunda em
2021
05/11/2021 -
Depois de Moro, Deltan também "entra" para a
política e desmoraliza de vez a Lava Jato
05/11/2021 -
Ciro coloca pré-candidatura em suspenso após apoio
do PDT à PEC dos Precatórios
05/11/2021 -
Solidariedade vai protocolar ação contra portaria
que desincentiva a vacinação
05/11/2021 -
TST aumenta indenização a família de trabalhador que
morreu de silicose
05/11/2021 -
TST condena Santander por abuso
04/11/2021 -
Saldo de empregos com carteira em 2020 é revisado. E
cai pela metade
04/11/2021 -
Lula lidera com folga, aponta pesquisa Ipespe,
contratada pela XP
04/11/2021 -
Auxílio Brasil é imprevisível, limitado e com
alcance reduzido, alerta Dieese
04/11/2021 -
Crise energética afeta inflação e provoca ainda mais
desemprego, diz CNI
04/11/2021 -
Governo Bolsonaro luta para defender o vírus,
critica Orlando Silva
04/11/2021 -
Comissão aprova criação de auxílio permanente de R$
1.200 para mães chefes de família
03/11/2021 -
Ministério do
Trabalho proíbe demissão de pessoas não vacinadas
contra a covid-19
03/11/2021 -
A vida é um
direito acima de todos, afirmam em nota centrais
sindicais
03/11/2021 -
Norma de
sindicato não pode impedir trabalho em feriados, diz
TRT-SC
03/11/2021 -
Projeto de Paim
derruba portaria do MPT que proíbe demissão dos que
se recusarem a se vacinar
03/11/2021 -
Pequenos
negócios geraram 71% dos empregos até setembro
30/11/2021 -
Sindicalistas se reúnem com Alckmin para tratar da
chapa Lula/Alckmin
Nesta segunda (29) dirigentes de quatro centrais
sindicais, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central,
se encontraram com o ex-governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, para conversar sobre a ideia de ele
assumir o lugar de vice na chapa de Luiz Inácio Lula
da Silva. Os sindicalistas pediram a reunião, que
aconteceu na Federação dos Químicos do Estado de São
Paulo, a Fequimfar, após sentirem que alguns setores
estariam trabalhando para impedir a formação dessa
chapa. A ideia de uma composição com Lula para
presidente e Alckmin vice, partiu de conversas entre
o PT e o PSB, conforme foi divulgado pela coluna da
Mônica Bergamo na Ilustrada. O ex-prefeito Fernando
Haddad seria um dos articuladores.
Os sindicalistas, que tem um canal de diálogo aberto
com o ex-governador, disseram que Alckmin saiu
“muito animado” do encontro e que tratou de questões
da conjuntura nacional, sem se restringir ao
contexto estadual. Antes desta ideia ser ventilada e
ganhar força, ele estava focado em candidatar-se
novamente ao governo paulista. Mas, segundo informou
O Globo, após a reunião de hoje ele disse que
“Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes.
Essa hipótese caminha e eu considero essa reunião
com as quatro principais centrais histórica”.
A composição passa pela saída do tucano do PSDB, que
terá o governador João Dória como candidato ao
Planalto. A expectativa é de que ele se filia ao
PSB. Neste caso, se ele for para o PSB e compor a
chapa com o Lula, o partido anunciou que deverá
pedir como contrapartida apoio do PT em alguns
estados, como São Paulo, onde pretende lançar a
candidatura de Márcio França. Existe ainda a
possibilidade de ele migrar para o PSD de Gilberto
Kassab.
Os representantes das quatro centrais envolvidas,
entre eles Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, Ricardo Patah presidente da UGT, Adílson
Araújo presidente da CTB, além de Sérgio Luíz Leite,
presidente da Fequimfar, João Carlos Gonçalves,
Secretário Geral da Força Sindical, Cláudio Magrão,
ex-presidente da Federação dos Metalúrgicos de São
Paulo, e Chiquinho Pereira presidente do Sindicato
dos Padeiros de São Paulo, acharam positiva a
reunião e veem nestas articulações um grande
potencial político. Ao Globo Miguel Torres disse
que: “Dentro da situação atual, seria muito
importante que ele aceitasse (ser vice de Lula). Nós
daremos todo o apoio”.
Contar com Geraldo Alckmin abriria à chapa lulista
um campo onde o PT não tem popularidade. Atrairia
setores conservadores descontentes com Bolsonaro e
assustados com aventureiros que possam surgir.
Nos próximos meses, até a consolidação das chapas,
ainda vai rolar muito diálogo. Entretanto o
potencial desta aliança é forte. A julgar pela
histórica rivalidade entre PT e o velho PSDB, que
inclusive já se materializou em uma disputa entre
Lula e Alckmin em 2006, a composição surpreendente
ganharia contornos de conciliação e união nacional.
Uma frente ampla para superar a crise política,
social e econômica.
Fonte: Rádio Peão Brasil
30/11/2021 -
STF volta a adiar julgamento de ações que contestam
o contrato de trabalho intermitente
Por enquanto, há dois votos a favor da
modalidade, incluída na “reforma” trabalhista de
2017, e um contrário
Na semana que passou, as ações que contestam o
chamado trabalho intermitente, incluído na lei da
“reforma” trabalhista (13.467, de 2017), entraram de
novo na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), mas
não foram julgadas. Até agora, três ministros
votaram, dois deles a favor da modalidade.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.826,
o relator, ministro Edson Fachin, se posicionou
contra o trabalho intermitente. Depois dele, Nunes
Marques e Alexandre de Moraes votaram a favor. O
próximo voto, bastante aguardado, é de Rosa Weber,
por sua origem profissional. A atual vice do STF foi
juíza do Trabalho em primeira instância. E também
desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, durante 15
anos, até 2006, quando foi para a instância
superior, o TST. Há quase um ano, em 3 de dezembro,
Rosa Weber pediu vista, e o julgamento foi
interrompido.
No tribunal há quatro anos
A ação chegou à Corte logo depois da entrada da lei em
vigor, no final de 2017. Foi proposta pela Federação
Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de
Combustíveis e Derivados de Petróleo, que aponta
precarização da relação de trabalho. Para os
advogados da entidade, o que se procura com esse
tipo de contrato “é o favorecimento da atividade
empresarial em detrimento do trabalhador”. A
entidade fala ainda em “rebaixamento de status
civilizatório do trabalhador”. Há outras duas ADIs
relacionadas: a 5.829 (da Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações) e
6.164 (da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria).
Tanto a Advocacia-Geral da União (AGU) como a
Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestaram pela constitucionalidade da norma. Para
Fachin, no entanto, embora a modalidade seja válida,
é preciso assegurar direitos fundamentais. E a Lei
13.467, observou o magistrado, não fixa horas
mínimas de trabalho, nem rendimento mínimo. Os
períodos de serviços podem ser determinados em
horas, dias ou meses.
Sem garantia de direitos
Fachin chamou a atenção para o que considera
imprevisibilidade e inconstância desse tipo de
contrato. “Sem a garantia de que vai ser convocado,
o trabalhador, apesar de formalmente contratado,
continua sem as reais condições de gozar dos
direitos que dependem da prestação de serviços e
remuneração decorrente, sem os quais não há
condições imprescindíveis para uma vida digna”,
argumentou o relator. Com isso, observou ainda, a
regra não cumpre o princípio constitucional da
dignidade humana.
Já Nunes Marques, da cota bolsonarista no STF,
considerou que esse tipo de contrato não suprime
direitos. Segundo ele, a modalidade é constitucional
porque assegura itens como descanso semanal
remunerado, recolhimentos previdenciários e férias e
13º salário (proporcionais). Para o ministro, o
modelo garante flexibilidade e permite reinserção de
uma parcela de trabalhadores no mercado.
Alexandre de Moraes considerou que foram respeitados
os direitos previstos nos artigos 6º e 7º da
Constituição, conciliados com a nova modalidade. Ele
apontou certa “necessidade social” para justificar
as regras, devido ao que chamou de flexibilização de
contratos em uma sociedade pós-industrial.
Salário mínimo
Para os advogados dos trabalhadores, há
inconstitucionalidade na forma de remuneração, na
medida em que se estipula pagamento de horas
efetivamente trabalhadas. “Isso porque, a ausência
de garantia de jornada e, por conseguinte, de
salário, não garante a subsistência do trabalhador e
de sua família com pagamento do salário mínimo
mensal constitucional”, afirmam. Além disso, o
trabalhador pode receber no mês valor inferior ao de
um salário mínimo (dependendo do número de horas),
mas tem de recolher à previdência com base no piso
nacional.
E apontam ainda outras possíveis perdas com o
contrato de trabalho intermitente. “Trata-se, sim,
de extinção de direitos por via reflexa, pois ao
parcelar seu pagamento a cada período trabalhado, o
empregado nada teria a receber no final do ano a
título de décimo terceiro salário; muito menos a
título de férias quando estas lhe forem concedidas.”
Fonte: Brasil de Fato
30/11/2021 -
Aprovação de Bolsonaro chega ao nível mais baixo da
história
Pesquisa Atlas mostra que 65% dos brasileiros
desaprovam gestão federal e 60% a consideram
“péssima”
A aprovação do presidente da República chegou ao
nível mais baixo da história, e apenas 19% avaliam o
atual governo de maneira positiva. A rejeição a
Bolsonaro chega a 65%. Os dados são da pesquisa
Atlas, realizada pelo AtlasIntel e divulgada nesta
segunda-feira (29).
Ao serem perguntados se aprovam ou desaprovam o
desempenho de Jair Bolsonaro, 65% dos entrevistados
afirmaram desaprovar. Já na avaliação, 60% disseram
que a atual gestão é “ruim ou péssima”. Além disso,
outros 65% também afirmam que possuem uma imagem
negativa do presidente.
Apenas 19% consideram o governo “ótimo ou bom” e
outros 19%, classificam como “regular”. No quesito
aprovação, outros 29% dizem aprovar o trabalho de
Bolsonaro. A queda na avaliação do governo é alta,
pois, em janeiro de 2019, 39% diziam aprovar a
gestão federal.
A desidratação da popularidade já aparecia nas
pesquisas anteriores, com queda na avaliação
positiva do governo de 36%, em agosto de 2021, para
32%, no último mês de setembro. Já a alta da
rejeição evolui de forma menos intensa, passando de
62%, em agosto, para 64% na consulta de setembro – e
agora 65%.
Problemas da gestão
A queda ocorre em meio à crise econômica que atinge o
país: 59% dos entrevistados apontaram questões como
desemprego, inflação, desigualdade social e pobreza
como alguns dos principais problemas do Brasil de
Bolsonaro.
Além disso, outros 21% classificam a corrupção como
o maior dano ao país. Para 59% dos entrevistados,
ela aumentou nos últimos anos. Ao serem perguntados
como se posicionam sobre o impeachment de Jair
Bolsonaro, 55% se disseram favoráveis à saída do
presidente, enquanto outros 39% são contrários.
Ao El País, o cientista político Andrei Roman, CEO
do AtlasIntel, afirmou que Bolsonaro enfrenta uma
crise de popularidade que se dá diante da ausência
de uma crise interna, o que demonstra que não é algo
temporário. “Esse recorde de impopularidade deveria
preocupar o presidente, porque sua aprovação caiu
abaixo do que, por muito tempo, considerávamos um
piso (30%)”, comentou.
Lula
A pesquisa questionou a imagem que os entrevistados
possuem sobre cada liderança política do Brasil e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o que
mais obteve avaliações positivas. Ao todo, 48%
disseram que possuem uma imagem positiva, enquanto
49% afirmaram o contrário.
O ex-juiz federal Sergio Moro, por exemplo, tem uma
imagem positiva para apenas 30% dos eleitores,
enquanto 55% disseram não enxergar o ex-ministro com
bons olhos. Depois de Bolsonaro, a segunda
personalidade mais mal avaliada é o ministro da
Economia, Paulo Guedes, que possui 61% de
desaprovação.
Ao contrário de Bolsonaro, que vive um processo de
desidratação, a avaliação sobre Lula tem melhorado
ao longo dos últimos meses. O petista tinha sua
imagem negativa para 62% da população em novembro de
2020. Desde daquele mês, quando deixou a prisão de
Curitiba, o ex-presidente viu crescer sua imagem
positiva diante da sociedade, de 31% para 48%,
enquanto a negativa despencou de 62% para 49%.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/11/2021 -
Comissão aprova permissão para declarar trabalhador
com deficiência como dependente do Imposto de Renda
Proposta insere na norma tributária decisão
recente do Supremo Tribunal Federal
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o
Projeto de Lei 2509/21, que permite que pessoa com
deficiência com mais de 21 anos capacitada para o
trabalho possa ser considerada dependente na
declaração do Imposto de Renda (IR), desde que sua
remuneração não exceda a soma das deduções
autorizadas por lei.
O projeto, do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO),
altera a Lei 9.250/95, que define as regras da
declaração do IR das pessoas físicas.
A proposta insere na norma tributária decisão
recente do Supremo Tribunal Federal (STF). A lei
atualmente não autoriza a dedução do dependente que
tenha deficiência, trabalhe ou tenha ultrapassado o
limite etário. Contudo, o STF considerou que a regra
afronta a Constituição e a Convenção Internacional
de Direitos das Pessoas com Deficiência.
"A decisão deixa claro que as pessoas com
deficiência fazem parte de um grupo vulnerável que,
por isso, recebem especial proteção constitucional",
afirmou a deputada Carla Dickson (Pros-RN), relatora
da proposta. O parecer da deputada foi favorável à
proposta.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
30/11/2021 -
PL dos entregadores entra na pauta da Câmara nesta
semana
O plenário da Câmara dos Deputados deve analisar nesta
semana o projeto de Lei 1665/2020, que dispõe sobre
os direitos dos entregadores de aplicativos durante
a pandemia de Covid-19. A matéria entrou na pauta da
próxima terça-feira (30).
O texto apresentado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP),
prevê, entre outras medidas, que as plataformas dos
aplicativos ficam obrigadas a contratar seguro para
cada entregador acidentado, devendo cobrir acidentes
pessoais, invalidez permanente ou temporária e
morte.
Durante a semana os deputados também deverão
analisar o Projeto de Lei 1749/15 que tipifica o
crime de injúria racial coletiva, atribuindo a ele
pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa.
O crime, pelo texto, é classificado como injúria
praticada em locais públicos ou privados abertos ao
público de uso coletivo ou nas redes sociais. A
ofensa pode ser atribuída com a utilização de
elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou com
deficiência.
Outra pauta a ser apreciada pela Casa é a PEC 10/21,
que mantém incentivos tributários para empresas de
tecnologia da informação e comunicação e de
semicondutores. A votação acontecerá em primeiro
turno.
Pela proposta, serão excluídas empresas da política
gradual de desonerações, que foi instituída pela
Emenda Constitucional 109, em vigor desde março.
A PEC fez parte o acordo para viabilizar a aprovação
da emenda, que destina ao presidente da República
apresentar ao Congresso um plano de redução gradual
no montante de 10% anuais para que, ao fim de oito
anos, somente um máximo de 2% do Produto Interno
Bruto (PIB) seja usado como renúncia de receita por
incentivos e benefícios tributários.
O montante de incentivo fiscal à tecnologia deve
chegar a R$ 6,5 bilhões até o fim deste ano,
prevendo a arrecadação de R$ 12 bilhões.
Fonte: Congresso em Foco
29/11/2021 -
Bolsonaro e Lula seguem na liderança
As pesquisas eleitorais têm mostrado, geralmente, um
resultado similar. Em todas, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o atual chefe do Executivo,
Jair Bolsonaro, aparecem liderando as intenções de
voto da população.
A última pesquisa, realizada pelo PoderData, do portal
Poder 360°, mostra que Lula e Bolsonaro continuam em
primeiro e segundo lugar no 1º turno da disputa
eleitoral para 2022.
Realizada entre os dias 22 e 24 de novembro, o
PoderData mostra que Lula tem entre 34% e 36% das
intenções de voto. Enquanto isso, Bolsonaro tem
entre 27% e 29%. Outros nomes aparecem na sequência,
como o ex-juiz Sérgio Moro, que tem 8% das
intenções, enquanto Ciro Gomes aparece logo em
seguida com 7%. O governador de SP, Doria, aparece
com 5%.
Outros possíveis candidatos, como Henrique Mandetta
(3%), Cabo Daciolo (2%), Alessandro Vieira (2%),
Luiz Felipe d’Ávilla e Rodrigo Pacheco (estes
últimos, sem atingir 1% das intenções de voto)
também apareceram na pesquisa PoderData.
Pesquisa – A PoderData foi realizada entre os
dias 22 e 24 de novembro, pela divisão de estudos
estatísticos do Poder 360°, em parceria com o Grupo
Bandeirantes. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Mais – Clique
aqui e acesse a pesquisa completa.
Fonte: Agência Sindical
29/11/2021 -
Paim manifesta preocupação com nova proposta de
reforma trabalhista
Em pronunciamento na quinta-feira (25), o senador
Paulo Paim (PT-RS) manifestou preocupação com o
anúncio de que o governo federal pretende apresentar
outra proposta de reforma trabalhista — sob a
justificativa de que seria necessária para combater
a informalidade e gerar emprego.
Para o senador, retirar direitos dos trabalhadores é
inaceitável. Ele lembrou que a proposta da chamada
Carteira Verde e Amarela já foi derrotada pelo
Senado no momento em que a Casa rejeitou a Medida
Provisória (MP) 1.045/2021.
— O governo federal tem que ter propostas concretas
para combater o desemprego, a fome, a inflação, os
aumentos dos alimentos todos os dias, da energia, do
gás de cozinha, dos combustíveis.
Paim ressaltou que as centrais sindicais emitiram
nota discordando do governo, mas mostraram-se
dispostas ao diálogo. Ele leu trecho da nota na qual
os sindicalistas afirmam que, “para gerar emprego
digno e melhorar as condições de trabalho, é preciso
investir em infraestrutura, em setores intensivos de
mão de obra e dar atenção especial às micro e
pequenas empresas”.
O senador também afirmou que a reforma trabalhista
de 2017 não gerou emprego nem renda, como diziam os
seus defensores. E citou dados divulgados pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
para apontar que no mês de outubro deste ano "se
chegou, com muita tristeza, a um dado assustador: em
70,1% das negociações coletivas, o reajuste dos
salários ficou abaixo da inflação, ou seja, os
trabalhadores tiveram perda nos seus salários".
Fonte: Agência Senado
29/11/2021 -
Centrais lutam contra desmonte na Educação
O governo do Estado de SP anunciou dia 11 de
novembro a Resolução SEDUC 119, que representa o
desmonte dos Centros Estaduais de Educação de Jovens
e Adultos (CEEJAs). O texto prevê, entre outras
coisas, a redução de 12 para 8 horas de
funcionamento dos CEEJAs.
Essa alteração de carga horária afetará os
estudantes que só podem frequentar esses Centros em
horários específicos, em razão de suas jornadas
laborais. Outro retrocesso é com relação ao quadro
de magistérios e de agentes da organização escolar,
que também deverão ser reduzidos.
Atentos a isso, as Centrais Sindicais emitiram Nota
afirmando que a desestruturação das políticas de
universalização da Educação de jovens e adultos é
ataque à Constituição Estadual e Federal, que
garante o acesso de qualidade pra todos.
Assinam o documento Paulo de Oliveira,
vice-presidente da CSB; Danilo Pereira, presidente
estadual da Força; Amauri Mortágua, presidente
estadual da UGT; Wagner Menezes, secretário das
Relações de Trabalho da CUT; Nailton Francisco de
Souza, diretor de Comunicação Social da Nova
Central; e Rene Vicente dos Santos, presidente
estadual da CTB.
Na carta, os dirigentes ressaltam que é inaceitável
que a Secretaria de Educação do maior Estado do País
trate de forma quantitativa a qualidade do ensino,
mensurando um número de alunos por professor sem
considerar as especificidades da educação de jovens
e adultos.
“Caso o governo insista em promover o desmonte da
Educação de Jovens e Adultos no Estado, pedimos que
a Assembleia Legislativa de SP (Alesp) aprove o
Projeto de Decreto Legislativo 83/2021, que derruba
a Resolução 119”, alertam os sindicalistas.
Mais – Clique
aqui e leia a Nota na íntegra.
Fonte: Agência Sindical
29/11/2021 -
Escolhido como pré-candidato do PSDB, Doria acena
para aliança com ex-juiz suspeito Moro no 2º turno
Menos de 24h após ser escolhido pelo PSDB para
disputar a eleição presidencial de 2022, o
governador de São Paulo, João Doria, afirmou que não
descarta uma aliança no segundo turno com ex-juiz
Sergio Moro (Podemos), condenado por parcialidade
nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que lidera todas pesquisas de
intenção de voto.
“Sim, é possível [uma aliança]. Eu tenho boas
relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele.
Não haveria nenhuma razão para não manter boas
relações com alguém que ajudou o Brasil”, disse o
tucano à CNN Brasil neste domingo (28).
Ainda segundo ele, o objetivo é “combater” tanto
Lula quanto Jair Bolsonaro. “Quero estar distante
destes dois e ambos já sabem, tanto Lula quanto
Bolsonaro, que eu os combaterei. Eu serei muito duro
contra os dois. Nós escolhemos o remédio errado para
resolver o problema da corrupção do PT e compramos
um sonho e ganhamos um pesadelo com Bolsonaro”,
afirmou.
Fonte: Brasil247
29/11/2021 -
Confiança recua em 24 de 30 setores da indústria em
novembro, diz CNI
Pesquisa ouviu 2.340 empresas entre 3 e 12 deste
mês
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei) recuou em 24 dos 30 setores analisados pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) na passagem
de outubro para novembro deste ano.
Apesar da queda, apenas um setor ficou abaixo da
linha de 50 pontos. Todos os demais permanecem
confiantes. Dados acima dessa faixa representam
confiança e abaixo, falta de confiança. Em novembro,
o Icei de produtos de limpeza, perfumaria e higiene
pessoal ficou em 49,5 pontos.
O Icei é resultado da média entre a percepção das
condições atuais e das expectativas. Ao todo, foram
entrevistadas no país 2.340 empresas entre 3 e 12 de
novembro.
A economista da CNI Larissa Nocko explicou sexta
(26) que o resultado do Icei foi heterogêneo entre
os setores. “Todos os componentes do Icei caíram.
Quando perguntados sobre a percepção das condições
atuais da economia, apenas dois setores a avaliaram
positivamente: outros equipamentos de transporte e
produtos de madeira. O que mantém o indicador da
maior parte dos setores acima de 50 pontos, ou seja,
em um cenário de confiança, são as expectativas
positivas para os próximos seis meses, ainda que
menos otimistas do que no mês anterior”, explicou
Larissa, em nota.
As maiores quedas de confiança ocorreram nos setores
móveis (4,6 pontos), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e outros (4 pontos) e
metalurgia (3,6 pontos). A confiança avançou
principalmente nos setores outros equipamentos de
transporte (3,3 pontos), produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (2,9 pontos) e obras de infraestrutura
(2 pontos).
Fonte: Agência Brasil
26/11/2021 -
Para o PT, Lula disputa segundo turno com Bolsonaro:
“Moro não tem fôlego”
Vários fatores são levados em conta pelos
dirigentes, entre eles o uso da máquina pública,
por exemplo com o lançamento do programa Auxílio
Brasil
Dirigentes do PT avaliam que o presidente Jair
Bolsonaro (Sem Partido) perde votos com a entrada do
ex-juiz Sérgio Moro na corrida presidencial de 2022,
mas que isso não deverá tirá-lo do segundo turno com
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os petistas avaliam que Moro deve arrancar nos
primeiros meses, mas que não terá fôlego para ir
muito além da faixa de 15% dos votos. De acordo com
a avaliação, Bolsonaro tende a manter sua base mais
fiel, sobretudo entre evangélicos e agentes de
segurança pública, o que deve garantir a ele entre
20% e 25% dos votos.
“Bolsonaro tem uma base popular muito sólida. Ele
tem militância. Ele pode derreter, mas tem apoio. O
Moro tem um voto de opinião, da direita, mas não
vejo uma militância como Bolsonaro tem”, diz a
presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Máquina pública
Também é levado em conta pelos dirigentes petistas o
uso da máquina pública por parte de Bolsonaro. Entre
isso, está o lançamento do programa Auxílio Brasil,
que deve reduzir os danos que Bolsonaro vem sofrendo
nas pesquisas.
Já com relação a Moro, o partido pretende lembrar
que ele já foi derrotado por Lula quando o STF
(Supremo Tribunal Federal) declarou que o ex-juiz
foi parcial na condução do processo da Lava Jato que
levou à condenação do petista por corrupção passiva
e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá
(SP).
“Já vencemos ele uma vez. Vamos vencer de novo”,
afirma o vice-presidente nacional do PT, José
Guimarães.
Com informações da Folha
Fonte: RevistaForum
26/11/2021 -
Trabalhadores e empresários iniciam negociações para
mínimo regional de SC
Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical,
ressalta que a próxima rodada de negociação será no
dia 14 de dezembro
Representantes das centrais sindicais e federações
de trabalhadores de Santa Catarina entregaram na
terça-feira (23) ao presidente da Federação das
Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de
Aguiar, a proposta de reajuste do mínimo regional de
Santa Catarina para o ano de 2022. Com o encontro,
foi aberta a negociação dos valores, a exemplo do
que ocorreu nos últimos 11 anos.
Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical ressalta
que entregaram a pauta aos representantes dos
empresários para renovação do mínimo regional, com a
reivindicação de reajuste de 5% acima da inflação no
piso. “Todos os anos, as centrais sindicais vão à
mesa de negociação com o setor patronal para
negociar o reajuste do mínimo regional e, de maneira
unificada, alcançarmos um acordo favorável para os
trabalhadores e trabalhadoras”, destacou o
sindicalista que também é secretário-geral da
Federação dos Trabalhadores da Alimentação SC e
presidente do Sindicato dos Trabalhadores da
Alimentação de Itajaí.
O coordenador sindical do DIEESE-SC e diretor da
FECESC, Ivo Castanheira, lembrou que é
responsabilidade dos dois lados da mesa chegarem a
um acordo. “Estamos com uma inflação na casa dos
10%, ou até mais, no acumulado dos 12 meses;
enquanto isso, um levantamento do DIEESE aponta que
a alimentação subiu mais de 20%, o aluguel mais de
30%. Considerando isso, nosso pedido inicial de 100%
do INPC mais 5% de aumento real implicaria numa
atualização de valores que nem chega a acompanhar
todas as perdas.”
A proposta será levada pela Fiesc para as demais
federações empresariais. A primeira rodada de
negociações está marcada para 14 de dezembro.
“Nosso desejo é entrar rapidamente em consenso,
alcançando um resultado que atenda os empregadores e
empregados e que possamos continuar esta parceria e
boa relação entre as partes”, afirmou Aguiar.
A expectativa de fechamento rápido das negociações
foi manifestada também por Ivo Castanheira, que fez
a entrega do documento em nome das entidades
representativas dos trabalhadores.
“As entidades patronais têm demonstrado boa vontade
no sentido da negociação, pois entenderam que é uma
responsabilidade não só dos trabalhadores, mas
também das entidades patronais”, disse.
Sobre o Piso
Criado pela Lei Complementar Nº 459, de 30/09/2009, o
Piso Salarial Estadual foi instituído em 2010 e,
desde 2011, negociações reúnem representantes de
trabalhadores e de empresários para acordarem sobre
o índice de reajuste anual a ser aplicado. Santa
Catarina é o único estado brasileiro, entre os cinco
que instituíram Piso Salarial regional, onde o
reajuste se define através deste tipo de
negociações.
Os valores do Piso catarinense são divididos em
faixas salariais, abrangendo diferentes setores
profissionais. Em 2021 as quatro faixas são:
primeira faixa, R$ 1.281,00; segunda, R$ 1.329,00;
terceira, R$ 1.404,00 e quarta, R$ 1.467,00.
Fonte: Rádio Peão Brasil
26/11/2021 -
Lula venceria hoje Bolsonaro, Moro e Doria com
folga, aponta pesquisa
Moro se mostra o candidato mais competitivo
contra Lula. Mesmo assim, fica 17 pontos percentuais
atrás do petista.
Luiz Inácio Lula da Silva conquistaria um terceiro
mandato na Presidência da República se as eleições
fossem hoje. É o que aponta a nova pesquisa
PoderData realizada de 22 a 24 deste mês e divulgada
na noite desta quarta-feira (24) pelo Poder360.
Confirme o levantamento, o ex-presidente segue à
frente na preferência do eleitoral e venceria
qualquer adversário no segundo turno.
A vantagem de Lula se dá já no primeiro turno, com
34% a 36% das intenções de voto, dependendo do
cenário testado. Já o atual presidente, Jair
Bolsonaro, oscila de 27% a 29%. Na primeira
simulação, com o nome de João Doria como candidato
do PSDB, Lula fica com 34% contra 29% de Bolsonaro.
O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) aparece com 8%,
empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT), que tem
7%, e com Doria, que disputa as prévias do PSDB para
a candidatura ao Palácio do Planalto e marca 5%.
Henrique Mandetta (DEM), com 3%, Cabo Daciolo
(Brasil 35), com 2%, e Alessandro Vieira
(Cidadania), com também 2%, aparecem na sequência.
Luiz Felipe d’Ávila (Novo) e Rodrigo Pacheco (PSD)
não tiveram menções suficientes para chegar em 1%.
No segundo cenário, o PoderData incluiu o governador
do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que
pontua 5% – mesma porcentagem de Doria. Lula e
Bolsonaro continuam na dianteira, com 36% e 27%,
respectivamente. Ciro tem 9%; Moro, 8%; Leite, 5%;
Cabo Daciolo, 3%; Mandetta, 2%; e Alessandro Vieira,
1%. D’Ávila e Pacheco (PSD) não chegaram a 1%.
Num eventual segundo turno, Moro – com forte
exposição na mídia e tratamento positivo nas últimas
semanas – se mostra o candidato mais competitivo
contra Lula. Mesmo assim, fica 17 pontos percentuais
atrás do petista (48% a 31%). Bolsonaro marca os
mesmos 31%, mas Lula amplia sua margem e chega a
54%. A vantagem do ex-presidente seria ainda maior
contra Doria (47% a 24%), Leite (50% a 20%) e
Pacheco (53% a 14%).
O PoderData ouviu 2.500, de 22 a 24 de novembro, em
todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de
dois pontos percentuais.
Com informações do Poder360
Fonte: Agência Brasil
26/11/2021 -
ONU promove campanha contra violência de gênero
Ação marca Dia para Eliminação da Violência
contra Mulheres
A ONU Mulheres começa nesta quinta-feira (25) uma
campanha internacional contra a violência de gênero
para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da
Violência contra as Mulheres. Segundo a Organização
das Nações Unidas, o Brasil é o quinto na lista de
países com mais crimes de gênero.
As ações serão realizadas até 10 de dezembro, Dia
dos Direitos Humanos. Desde 1991, essa campanha atua
para prevenção e eliminação da violência contra
mulheres e meninas. Conheça a agenda global da
iniciativa.
Violência doméstica
Durante a pandemia de covid-19, os números de
violência doméstica dispararam no mundo. Relatório
da ONU Mulheres mostra que duas em cada três
mulheres relataram sofrer ou conhecer alguém que
sofre algum tipo de violência. Apenas 10%
denunciaram as agressões. No Brasil, dados do
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos revelam mais de 100 mil casos de violência
contra mulher desde o início da pandemia.
De acordo com Renata Rizzi, fundadora da iniciativa
Utopiar, marca de roupas femininas sediada em São
Paulo que ensina técnicas têxteis a mulheres que
sofreram violência doméstica, o número de pessoas
buscando ajuda aumentou.
O projeto apoia as vítimas principalmente na
conquista de independência financeira e de
acolhimento. A iniciativa já ajudou mais de 60
mulheres com as oficinas e gerou mais de R$ 50 mil
para as participantes.
Durante a ação da ONU Mulheres, a marca reverterá as
vendas para a organização não governamental (ONG)
Casa Mariás, que oferece apoio psicológico, jurídico
e abrigo sigiloso para pessoas em situação de
violência doméstica.
O objetivo da empresa é transformar a vida de 5 mil
mulheres nos próximos dez anos no país, que ocupa a
5ª colocação entre 83 nações com o maior número de
crimes contra as mulheres, de acordo com o Mapa da
Violência, feito pela Faculdade Latino-Americana de
Ciências Sociais.
Fonte: Agência Brasil
26/11/2021 -
Piso salarial para profissionais da enfermagem segue
para a Câmara
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira
(24), na forma de um substitutivo, o projeto que
institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do
técnico e do auxiliar de enfermagem e também da
parteira (PL 2.564/2020). A proposta é de autoria do
senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e recebeu voto
favorável da relatora, senadora Zenaide Maia (Pros-RN),
que apresentou o substitutivo aprovado em Plenário.
Agora o texto será analisado pela Câmara dos
Deputados.
O projeto inclui o piso salarial na Lei 7.498, de
1986, que regulamenta o exercício da enfermagem,
estabelecendo um mínimo inicial para enfermeiros no
valor de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente por
serviços de saúde públicos e privados, para uma
jornada de trabalho de 30 horas semanais. Em relação
à remuneração mínima dos demais profissionais, o
projeto fixa a seguinte gradação: 70% do piso
nacional dos enfermeiros para os técnicos de
enfermagem e 50% do piso nacional dos enfermeiros
para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
Fonte: Agência Senado
26/11/2021 -
Aumento da expectativa de vida não considera efeitos
da covid-19
A informação é resultado de estudo divulgado pelo
IBGE
O aumento da expectativa de vida ao nascer no país
em 2020 era de 76,8 anos, uma alta de 2 meses e 26
dias em relação ao ano anterior (76,6 anos). Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), no entanto, a idade foi estimada caso o país
não tivesse passado pela pandemia de covid-19.
Portanto, o IBGE não considera a crise de
mortalidade provocada pela doença naquele ano.
De acordo com o IBGE, sem considerar os efeitos da
covid-19, a expectativa de vida para os homens era
de 73,3 anos em 2020. Já para as mulheres, a
esperança de vida era de 80,3 anos, no ano.
O IBGE explicou que uma análise do aumento de óbitos
acarretado pela pandemia para o Brasil e cada
unidade da federação foi feita na publicação das
Estatísticas do Registro Civil, na semana passada.
A expectativa de vida é parte da pesquisa chamada
Tábuas de Mortalidade, que são calculadas a partir
de projeções populacionais, baseadas nos dados dos
censos demográficos.
“Após a divulgação dos resultados de cada Censo
Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de
mortalidade projetadas. As últimas tábuas foram
construídas e projetadas a partir dos dados de 2010,
ano de realização da última operação censitária no
Brasil. Da mesma forma, um novo conjunto de tábuas
de mortalidade será elaborado após a publicação dos
resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma
estimativa mais precisa da população exposta ao
risco de falecer e dos óbitos observados na última
década”, informa nota do IBGE.
Fonte: Agência Brasil
26/11/2021 -
Cerca de 65% das correções salariais fechadas em
outubro ficaram abaixo do INPC
Cerca de 65% dos acordos de reajuste salarial
negociados em outubro ficaram abaixo da inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), de acordo com estudo do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o Dieese, que divulgou o estudo nesta
quarta-feira (24), as correções em percentual igual
à inflação totalizaram cerca de 21% dos casos. Já os
resultados com valores acima do INPC, ficam próximos
a 14%.
Além de ser o pior deste ano, o resultado de outubro
é também, até o momento, pior do que o observado no
mesmo mês em 2020, diz o Dieese, que ressalta:
Conforme novas negociações da data-base forem
concluídas, o resultado poderá ser alterado.
O estudo considera ainda as negociações ocorridas
desde o início do ano até outubro. Neste cenário, o
percentual de reajustes abaixo da inflação está em
49,8%. Resultados iguais ao índice inflacionário são
observados em 33,4% do total analisado; e acima, em
16,8% dos casos.
No acumulado do ano, o setor de serviços continua
apresentando elevado índice de reajustes abaixo da
inflação (61,4% do total no setor); a indústria, o
maior percentual de resultados acima do INPC
(23,5%); e o comércio, o maior percentual de
correções em valores iguais ao índice inflacionário
(47,9%).
A região Sul do País segue apresentando o melhor
desempenho, com cerca de 31% dos reajustes acima do
INPC e apenas 27% dos resultados abaixo do índice
inflacionário. No entanto, a região Centro-Oeste tem
o desempenho menos favorável aos trabalhadores.
Parcelamento do reajuste
O parcelamento dos reajustes em duas ou mais vezes
cresceu significativamente em 2021. O Dieese
analisou 12,3 mil reajustes e 10,5% deles foram
pagos de forma parcelada. Em 2018, 2019 e 2020, o
parcelamento sempre ficou abaixo dos 3% do total de
cada ano.
Segundo o Dieese, o fenômeno pode estar associado ao
crescimento da inflação, que vem repercutindo
negativamente sobre a negociação coletiva.
Inflação
Conforme o Dieese, os preços tiveram aumento médio de
1,16% em outubro e acumulam alta de 11,08% em 12
meses. O percentual equivale ao reajuste necessário
para a recomposição salarial das negociações com
data-base em novembro.
Fonte: Mundo Sindical
25/11/2021 -
Lula lidera corrida presidencial e vence Bolsonaro e
Moro em 2º turno, diz pesquisa ModalMais/Futura
De acordo com o levantamento, o ex-presidente
Lula venceria em todos os cenários
O ex-presidente Lula segue na liderança da corrida
presidencial de 2022, mostra pesquisa ModalMais/Futura
divulgada nesta quarta-feira (24).
O petista acumula 38,6% das intenções de voto,
seguido por Jair Bolsonaro (32,4%) e pelo ex-juiz
Sergio Moro (11,9%), declarado parcial pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
Apesar do esforço da grande imprensa em fazer de
Moro o antagonista de Lula na eleição, o ex-juiz não
consegue superar Lula em um segundo turno, de acordo
com a pesquisa. Em uma segunda rodada do pleito,
Lula teria 46,6% dos votos e o ex-juiz, 33,6%.
Em um segundo turno contra Bolsonaro, Lula teria
49,2% dos votos, contra 38,4% do atual chefe do
governo.
A pesquisa também simula uma disputa entre Moro e
Bolsonaro - cenário improvável -, no qual Moro vence
com 38,8% contra 35,7%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos
percentuais.
Fonte: Brasil247
25/11/2021 -
Centrais ligam sinal de alerta contra ofensiva do
governo contra direitos
A jornalista Camila Mattoso escreveu, nesta
segunda-feira (22), no Painel da Folha SP que a
movimentação do governo Jair Bolsonaro para tentar
mais uma vez aprovar no Congresso uma minirreforma
trabalhista acendeu o sinal de alerta nas centrais
sindicais, cujas lideranças já começaram a articular
estratégias de reação.
A jornalista lembra que as centrais fizeram forte
investida sobre os parlamentares no início do
segundo semestre, com reuniões, ligações para
gabinetes e manifestações. Em setembro, o Senado
rejeitou a medida provisória.
Líderes sindicais, ouvidos pelo Painel da Folha SP,
compararam as flexibilizações propostas na MP a uma
volta à escravidão. O texto reduzia ou retirava
obrigações como o pagamento de FGTS e de 13º
salário.
A resposta das centrais sindicais foi em razão da
matéria publicada pela Folha SP, no caderno Mercado,
repercutindo a informação de que o governo planeja
insistir na votação de um projeto que flexibiliza a
legislação trabalhista com a justificativa de
melhorar as condições para os trabalhadores
informais.
De acordo com apuração da reportagem, ao contrário
das duas vezes anteriores, em que o Executivo foi o
principal defensor das mudanças, o Ministério do
Trabalho e da Previdência agora quer a liderança do
Congresso na discussão.
O secretário-executivo da pasta, Bruno Dalcolmo,
afirmou à Folha que o momento é de esforço para
reduzir os quase 14 milhões de desempregados.
“Precisamos repensar o sistema trabalhista
brasileiro”, disse à Folha SP.
Ao site Rádio Peão Brasil, o presidente da Força
Sindical, Miguel Torres, adiantou que nesta
segunda-feira (22) as lideranças das centrais
sindicais terão uma reunião para definir a
mobilização contra mais esta ofensiva do governo
Bolsonaro. “Devemos estar alertas e cada vez mais
mobilizados para lutar contra os ataques do governo
aos direitos trabalhistas e sociais”, afirmou
Torres.
com informações da Folha SP
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/11/2021 -
Sindicato tem de devolver contribuições cobradas de
empresas sem empregados
Uma empresa que não possui empregados não tem a
obrigação de contribuir com o sindicato patronal de
seu ramo de atividade. Com esse entendimento, a 2ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a
condenação de uma entidade sindical a devolver os
valores arrecadados irregularmente de duas empresas
do Paraná.
Apesar de só ter ficado com 60% dos valores, o
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado
do Paraná (Sinduscon/PR) foi condenado a restituir a
totalidade das contribuições feitas pela BP
Commercial Properties Ltda. e pela Mariano Torres
Investimentos e Participações Ltda porque as
recolhia integralmente e repassava os 40% restantes
à confederação, à federação e a uma conta
específica. O sindicato poderá, contudo, apresentar
ação de regresso contra as demais entidades
beneficiadas visando ao ressarcimento do percentual
repassado.
A BP Commercial e a Mariano Torres, ambas de
Curitiba, ingressaram com ação para obter a
declaração de que não têm relação jurídica com o
Sinduscon/PR e a restituição das contribuições
sindicais. A justificativa era que, apesar de sua
atividade comercial ser a exploração de bens
imóveis, as empresas não têm empregados, o que
afastaria a obrigatoriedade da contribuição.
O sindicato, em sua defesa, pediu o indeferimento do
pedido ou, caso condenado, a restituição de apenas
60% dos valores, pois o restante era repassado às
demais entidades.
O juízo de primeiro grau julgou procedentes os
pedidos e determinou ao Sinduscon/PR a restituição
integral dos valores. A decisão foi mantida pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR). A
corte regional explicou que a contribuição sindical
patronal é devida apenas pelas empresas que atendam
simultaneamente a dois pressupostos: integrar a
categoria econômica representada pela entidade
sindical que a poderia exigir e ser empregador, ou
seja, ter empregados.
Sobre o percentual a ser restituído, entendeu que,
nos termos do artigo 589, inciso I, da CLT o rateio
da contribuição sindical patronal é realizado à
razão de 5% para a confederação e 15% para a
federação correspondentes, além de 60% para o
sindicato e 20% para a Conta Especial Emprego e
Salário. Como a lei nada dispõe a respeito, o TRT
concluiu que a devolução deve ser feita na sua
integralidade pelo sindicato que procedeu à
arrecadação.
A relatora do recurso de revista do Sinduscon,
ministra Maria Helena Mallmann, assinalou que, tendo
em vista que o sindicato é a entidade responsável
por efetuar a arrecadação, cabe a ele fazer a
devolução e, se entender conveniente, ajuizar ação
para cobrar das demais entidades beneficiadas pela
contribuição paga indevidamente os valores
repassados. A decisão foi unânime. Com informações
da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
ARR 83-81.2014.5.09.0088
Fonte: Consultor Jurídico
25/11/2021 -
Trabalhadores dos Correios obtêm vitória no TST
O Tribunal Superior do Trabalho concluiu segunda
(22) o julgamento do dissídio da Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT). A greve não foi
considerada abusiva e os funcionários receberão
reajuste salarial de 9,75% retroativo à data-base,
1º de agosto. Há outros avanços.
O reajuste fica abaixo da inflação até agosto – de
9,85%. Apesar disso, dirigentes comemoram a
manutenção de cláusulas do último dissídio e a
recuperação de direitos. É o caso do adicional de
15% no trabalho aos sábados, garantia de acesso dos
sindicalistas às dependências da empresa pra falar
com os trabalhadores, não-permissão do banco de
horas e a reposição de 9,75% nos vales-alimentação e
refeição, retroativa a agosto.
Segundo o presidente da Federação Interestadual dos
Trabalhadores nos Correios, José Ap. Gandara, a
decisão do TST agrega mais uma vitória aos
empregados dos Correios. “Assim como no adicional
dos motociclistas, garantido em julgamento dia 14 de
outubro, o Acordo Coletivo é uma vitória digna de
comemoração pela nossa categoria”, ele diz.
Unidade – Para Elias Cesário (Diviza), presidente do
Sindicato de São Paulo e vice da Findect, as
conquistas mostram a força e a resistência dos
funcionários da ECT. “Nossa vitória é fruto da
confiança dos trabalhadores nos Sindicatos e no
poder de pressão da categoria, que se manteve firme
desde o início, apesar do jogo sujo do governo e da
empresa”, comenta.
Luta segue – Na avaliação de Diviza, apesar de
derrotar o banco de horas e conquistar reposição em
salários e benefícios, além do adicional do trabalho
aos sábados, os funcionários dos Correios ainda
terão muita luta pela frente. “A prioridade é
intensificar nossa atuação no Senado e barrar o
projeto de privatização dos Correios”, ele ressalta.
Fonte: Agência Sindical
25/11/2021 -
Governo federal faz ação em rodovias para combater
feminicídio
BRs receberão placas com orientações para que a
população denuncie casos de violência contra a
mulher
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos vai instalar painéis em todas as rodovias
federais do Brasil alertando a população para
denunciar casos de violência contra a mulher. A ação
faz parte do movimento batizado pela ONU
(Organização das Nações Unidas) como "16 dias de
ativismo pelo fim da violência contra as mulheres".
No Brasil, a campanha vai ter 21 dias — começou no
último sábado e vai até 10 de dezembro, Dia
Internacional dos Direitos Humanos. Os ministérios
da Cidadania e da Infraestrutura são parceiros na
ação.
Os painéis nas rodovias mostrarão a frase “Em briga
de marido e mulher a gente salva uma mulher”. As
propagandas orientarão às vítimas de violência e,
também, a parentes e vizinhos, para que, ao tomarem
conhecimento de casos de violência contra a mulher,
acionem o número 180.
“Muitas mulheres não sabem a diferença entre 180 e
190. Se for emergência, a pessoa tem que ligar no
190. Se não for, é 180, um canal de denúncia à
disposição 24 horas por dia e pelo Whatsapp”,
afirmou a secretária nacional de Políticas para
Mulheres, Cristiane Britto.
De julho de 2020 até novembro de 2021, o 180 recebeu
mais de 97,4 mil denúncias de violência doméstica
contra a mulher. “A central funciona 24 horas. São
atendentes mulheres capacitadas. Não é um robô que
vai retornar e ela [a vítima] vai receber amparo. Às
vezes ela tem dúvida se está no ciclo da violência.
E a atendente avisa que é violência e encaminha para
o órgão competente, de acordo com o endereço”,
explicou.
Cristiane Britto destacou que a intenção da campanha
é disseminar informação sobre o ciclo da violência
para que mulheres entendam os sinais e possam
interromper um relacionamento abusivo antes que
ocorra um feminicídio. Ela pediu para as vítimas não
se calarem. “Às vezes são agressões verbais ou
empurrões e vai evoluindo. E quando começa a se
repetir mais vezes, é um sinal grande de alerta. E
falar isso para toda a sociedade que qualquer
terceiro pode denunciar e o anonimato é garantido”,
ressaltou.
Inauguração e estratégia
O primeiro painel será inaugurado na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília (DF), nesta terça-feira,
com a presença da ministra da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos, Damares Alves, e do ministro
da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Damares destacou que o Brasil é o país que mais mata
mulheres no mundo.
“A violência contra a mulher é um problema social
grave, que por muitos anos foi naturalizado. O
Brasil, infelizmente, figura na lista dos países que
mais mata mulher no mundo, é o quinto no ranking
mundial. Para evitar essas tragédias, a sociedade
precisa denunciar e, dessa forma, acionar a rede de
atendimento”, destacou.
Segundo a ministra, 70% das vítimas de feminicídio
no Brasil não denunciaram os agressores. Cristiane
Britto destacou que o governo federal vai trabalhar
na unificação dos dados de agressão contra a mulher
e feminicídio em todo o país.
Projeto em Minas Gerais
A secretária inaugurou, em Belo Horizonte, nesta
segunda, uma central de monitoramento de denúncias
com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
o Ministério Público mineiro e a Polícia Militar.
Minas Gerais foi escolhido por conta do tamanho. O
trabalho acompanhará os 853 municípios. Depois, a
ação será difundida em outros estados. “Os dados das
denúncias vão ser compartilhados. Se o juiz expediu
medida protetiva, a polícia vai saber na hora e
prender o agressor em flagrante. Vai ajudar a evitar
a prescrição. E a gente, como executivo, constrói
política pública de forma efetiva”, disse.
Fonte: Correio do Povo
25/11/2021 -
Comissão aprova limite para penhora de faturamento
para pagamento de débito trabalhista
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou projeto de
lei que determina que a penhora do faturamento da
empresa para pagamento de débito trabalhista será
limitada a 10% das receitas mensais, deduzidas das
despesas com salários dos empregados.
Pelo texto, o percentual exato será definido pelo
juiz, com base no caso e nas provas existentes, de
modo a garantir o pagamento da dívida em tempo
razoável, mas sem tornar inviável a atividade
empresarial.
A proposta aprovada prevê ainda que a emissão da
Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas poderá
ocorrer após a penhora de percentual do faturamento
da empresa pela Justiça, quando o valor penhorado
cobrir o débito trabalhista.
A certidão positiva é expedida quando a Justiça
trabalhista reconhece que os débitos do empregador
estão garantidos por bens penhorados. O documento
tem os mesmos efeitos da Certidão Negativa de
Débitos Trabalhistas e permite que a empresa
participe de licitações públicas ou contrate
empréstimos.
Negociação
O Projeto de Lei 3083/19, do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP),
foi aprovado na forma de substitutivo do relator,
deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). O
texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O ponto mais discutido do projeto foi o percentual
máximo de penhora do faturamento. Costa Filho chegou
a apresentar um parecer em que não constava nenhum
percentual, mas decidiu rever sua posição após
negociar o assunto com integrantes da comissão e com
o governo.
Segundo ele, a fixação de um percentual de penhora
“garante maior proteção ao princípio da manutenção
da atividade empresarial, que a legislação e a
jurisprudência abrigam”.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ). A proposta já foi
aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria, Comércio e Serviços.
Fonte: Agência Câmara
24/11/2021 -
Centrais repudiam nova reforma trabalhista
As Centrais Sindicais emitiram Nota segunda (22) em
repúdio à tentativa do governo de impor uma nova
reforma trabalhista que retira direitos. Segundo os
sindicalistas, o presidente Jair Bolsonaro tenta
implementar a medida sob o manto parlamentar.
Para as Centrais, essa ação se trata de uma obsessão
política de uma perigosa elite financeira, que tenta
extinguir qualquer amparo e proteção ao trabalhador.
“Essa elite nem sequer disfarça sua falta de
argumentos para tal investida. Agora, por meio de
seus porta-vozes no governo, defende que a
flexibilização trabalhista resolveria o problema do
alto desemprego e melhoraria as condições para os
informais”, diz o documento.
De acordo com os sindicalistas, nos anos anteriores
à reforma trabalhista de Michel Temer – Lei
13.467/2017 -, o Brasil estava no caminho do
crescimento. “Estávamos na lista dos países mais
industrializados, o desemprego era baixo, pouco a
pouco a desigualdade diminuía e o povo brasileiro
vivia a ascensão da Classe C, com maior acesso a
bens e serviços. Tudo sob plena vigência da CLT”,
destacam.
“Garantir direitos e valorizar o trabalho
proporciona ao conjunto dos trabalhadores maior
segurança para se planejar, tempo livre remunerado,
Fundo de Garantia e poder de consumo. Essa é a mais
poderosa força pra aquecer a economia e promover o
crescimento inclusivo de um País”, conclui a Nota.
LEIA – Abaixo, a Nota na íntegra.
Repudiamos a tentativa do governo de impor nova
reforma que retira direitos trabalhistas
Depois de a carteira verde amarela e a MP 1.045
terem sido derrotadas pela pressão, resistência e
luta do movimento sindical, o governo Bolsonaro
tenta mais uma vez implementar uma nova reforma
trabalhista, sob o manto parlamentar. Trata-se, mais
uma vez da obsessão política de uma perigosa elite
financeira de extinguir qualquer amparo e proteção
ao trabalhador.
Essa elite nem sequer disfarça sua falta de
argumentos para tal investida. Agora, por meio de
seus porta-vozes no governo, defende que a
“flexibilização trabalhista resolveria o problema do
alto desemprego e melhoraria as condições para os
informais”. É mais uma manobra que insiste em
aprofundar a reforma de Michel Temer. Uma reforma
que conduziu o Brasil à crise que eles
mentirosamente dizem tentar resolver: aumento
recorde do desemprego e da miséria.
Nos anos anteriores à reforma de 2017 o Brasil
estava no caminho do crescimento. Estávamos na lista
dos países mais industrializados, o desemprego era
baixo, pouco a pouco a desigualdade diminuía e o
povo brasileiro vivia a amplamente noticiada
ascensão da Classe C, com maior acesso a bens e
serviços. Tudo sob plena vigência da CLT.
Na contramão daquele crescimento, ao retirar ainda
mais direitos, o governo aumentará o contingente de
desempregados e miseráveis que, oprimidos pela
necessidade de sobrevivência, acabarão se dispondo a
trabalhar em qualquer condição para poder comer e,
com sorte, morar em algum lugar. Talvez seja essa a
ideia desse grupo.
Além de repudiar, resistiremos e reagiremos contra
essa e qualquer outra medida nefasta. Vamos dialogar
com os parlamentares e pressioná-los, organizar
manifestações e também mostrar para as nossas bases,
em 2022, quais os candidatos que estão comprometidos
com os interesses dos trabalhadores. Como na luta
exitosa que fizemos contra a MP 1.045: “se votar,
não volta”.
Reafirmamos que para gerar emprego digno e melhorar
as condições de trabalho é preciso investir em
infraestrutura e em setores intensivos de mão de
obra, dar atenção especial às micro, pequenas e
médias empresas, investir em educação e formação
profissional, além de reindustrializar o país
fomentando o crescimento e cobrindo os desempregados
e os informais com postos de trabalho e direitos
previstos na CLT.
Garantir direitos e valorizar o trabalho proporciona
ao conjunto dos trabalhadores maior segurança para
se planejar, tempo livre remunerado, fundo de
garantia e poder de consumo. E essa é a mais
poderosa força para aquecer a economia e promover o
crescimento inclusivo de um país.
São Paulo, 22 de novembro de 2021
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta
José Gozze, Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Agência Sindical
24/11/2021 -
Lei Nº 14 237 de 19 de novembro de 2021
– Institui o auxílio Gás dos Brasileiros
Ver na íntegra :
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14237.htm
Art. 1º É instituído o auxílio Gás dos Brasileiros,
destinado a mitigar o efeito do preço do gás
liquefeito de petróleo (GLP) sobre o orçamento das
famílias de baixa renda.
Art. 2º Poderão ser beneficiadas pelo auxílio Gás
dos Brasileiros, na forma do regulamento, as
famílias:
I - inscritas no Cadastro Único para Programas
Sociais (CadÚnico) do governo federal, com renda
familiar mensal per capita menor ou igual a meio
salário-mínimo nacional; ou
II - que tenham entre seus membros residentes no
mesmo domicílio quem receba o benefício de prestação
continuada da assistência social, nos termos dos
arts. 20 e 21 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993.
§ 1º O auxílio será concedido preferencialmente às
famílias com mulheres vítimas de violência doméstica
que estejam sob o monitoramento de medidas
protetivas de urgência.
Art. 3º ......
Parágrafo único. O pagamento do benefício previsto
nesta Lei será feito preferencialmente à mulher
responsável pela família, na forma do regulamento.
24/11/2021 -
Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego em ranking
com 44 países
Apesar da queda do desemprego nos últimos meses,
recuperação do mercado de trabalho vem se dando com
vagas de baixa qualidade, com poucas horas de
trabalho e queda recorde no rendimento médio da
população ocupada
Sob o governo Jair Bolsonaro e a pandemia de
Covid-19, o Brasil registra uma das piores taxas de
desemprego do mundo. É o que aponta ranking da
agência de classificação de risco Austin Rating, que
reúne dados de mais de 40 países que já divulgaram
índices oficiais no terceiro trimestre.
Nessa lista, a taxa do Brasil tem mostrado tendência
de queda, mas é a quarta maior. Conforme o
levantamento, o desemprego no País é mais que o
dobro da taxa média global e também o pior entre os
integrantes do G20 (grupo que reúne os 19 países
mais ricos do mundo e a União Europeia) que já
divulgaram números relativos a agosto ou setembro.
A taxa no Brasil caiu para 13,2% no trimestre
encerrado em agosto, atingindo 13,7 milhões de
trabalhadores, segundo a última pesquisa divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Antes da chegada da pandemia de Covid-19, o
índice estava abaixo de 12%, saltando para 14,7% no
primeiro trimestre de 2021.
De acordo com o ranking, apenas Costa Rica, Espanha
e Grécia registraram em agosto uma taxa de
desemprego maior que a do Brasil. Já dos países que
compõem o G20, apenas três ainda não divulgaram
números oficiais de desemprego no terceiro
trimestre: África do Sul, Arábia Saudita e
Argentina.
No conjunto de países da Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de
desemprego caiu para 5,8% em setembro, e agora está
0,5 ponto percentual acima do patamar pré-pandemia,
de fevereiro do ano passado (5,3%). Na zona do euro,
a taxa ficou em 7,4% em setembro, retornado ao
patamar pré-pandemia. Nos EUA, o desemprego recuou
para 4,8%, ante 5,2% em agosto.
“É uma fotografia clara de quanto o Brasil está
perdendo na geração de emprego. Entre esses 44
países estão concorrentes diretos e outros
emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nestes
países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no
máximo”, afirma o economista-chefe da Austin Rating,
Alex Agostini. Segundo ele, o baixo crescimento é
uma das causas da taxa brasileira elevada.
Ele ressalta que a recuperação do mercado de
trabalho tem sido freada pela deterioração das
expectativas, sobretudo em relação à inflação e ao
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
“Em 2021, se esperava uma retomada e uma perspectiva
melhor, mas o que a gente vê é que, infelizmente, o
Brasil cresce numa média muito menor que a dos
países emergentes e também da média global”, afirma.
Levantamento anterior da Austin Rating, com base em
dados do Fundo Monetário Internacional (FMI),
mostrou que o Brasil teve a 21ª pior taxa de
desemprego do mundo em 2020, em ranking com 111
países. A taxa média de desemprego do Brasil no ano
passado foi de 13,5%, a maior da série iniciada em
2012. Em 2019, foi de 11,9%.
O FMI projeta uma taxa média de 13,8% em 2021, o que
faria o País terminar o ano com o 14º pior
desemprego do mundo. Mas, com a desaceleração da
economia nacional, a posição do Brasil no ranking
global pode piorar ainda mais. “O Brasil deve
crescer menos do que as expectativas e tem
economistas falando até em recessão em 2022, o que
pode piorar a posição do Brasil no ranking de
desemprego”, conclui Agostini.
Entraves
Apesar da queda do desemprego nos últimos meses, a
recuperação do mercado de trabalho vem se dando com
vagas de baixa qualidade, com poucas horas de
trabalho e queda recorde no rendimento médio da
população ocupada. A taxa de desemprego também tem
sido pressionada por um número maior de pessoas que
estavam em situação de desalento ou fora do mercado
de trabalho, e que passaram a procurar uma
oportunidade de emprego, em meio à reabertura da
economia e términos dos programas de auxílio
governamental lançados durante a pandemia.
A abertura de postos formais no país desacelerou em
setembro em relação a agosto, segundo dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). Uma recuperação mais forte do mercado de
trabalho continua dependendo de uma retomada
sustentada da retomada e maior otimismo dos
empregadores.
Com informações do G1
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2021 -
Economistas já apostam em inflação acima de 10% em
2021
Os agentes do mercado financeiro consultados pelo
Boletim Focus, publicação do Banco Central que
sistematiza projeções econômicas, apostam agora que
a inflação oficial do País passará de 10% em 2021.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta
segunda-feira (22), a projeção para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
2021 subiu de 9,77% para 10,12%. Trata-se da
trigésima terceira semana seguida de alta nas
projeções.
Caso a projeção se confirme, a inflação de 2021 irá
estourar o teto da meta inflacionária. O centro da
meta de inflação é de 3,75%. O teto e o piso são
5,25% e 2,25%, respectivamente. Os marcos da meta
inflacionária são definidos pelo próprio Governo
Federal, tendo como objetivo garantir alguma
previsibilidade para os agentes econômicos no País.
Com esta previsão, o mercado financeiro também
espera crescimento menor da economia em 2021. A
projeção de alta para o Produto Interno Bruto (PIB)
passou de 4,88% para 4,80%.
Em relação à taxa básica de juros, os analistas do
mercado financeiro mantiveram em 9,25% ao ano a
previsão para a Selic no fim de 2021.
A projeção para o dólar ao final de 2021 também
permaneceu em R$ 5,50, a mesma da pesquisa anterior.
Fonte: Reconta Aí
24/11/2021 -
Senado confirma medida que recriou o Ministério do
Trabalho e Previdência
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (23),
em votação simbólica, o PLV 25/2021, projeto de lei
de conversão da Medida Provisória (MP) 1.058/2021,
que recriou o Ministério do Trabalho e Previdência.
O Senado, onde o relator da matéria foi Chiquinho
Feitosa (DEM-CE), aprovou o mesmo texto que havia
sido aprovado na Câmara dos Deputados. O projeto
segue agora para a sanção do presidente da
República.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
24/11/2021 -
Agência Brasil explica: 13º para trabalhador com
Benefício Emergencial
Acordo de suspensão de contrato paga menos que
redução de jornada
Com a proximidade do fim de ano, cerca de 2,6
milhões de trabalhadores fazem a pergunta: como
ficará o décimo terceiro salário do empregado que
aderiu ao Benefício Emergencial (BEm)? O programa
complementou a renda do trabalhador que teve o
contrato suspenso ou a jornada reduzida durante a
pandemia de covid-19 em troca da preservação do
emprego.
Embora tenha definido as condições do programa, a
Medida Provisória 1.045, que recriou o programa em
2021, não especifica como será o pagamento do décimo
terceiro. Segundo o Ministério do Trabalho e
Previdência, a orientação será semelhante à do ano
passado, quando o governo também teve de esclarecer
esse ponto.
Por orientação do ministério, quem teve jornada
reduzida receberá integralmente o benefício. Quem
teve o contrato de trabalho suspenso ganhará
proporcionalmente ao número de meses em que
trabalhou mais de 15 dias. Dessa forma, caso o
empregado tenha trabalhado pelo menos 15 dias em
oito meses no ano e ter ficado com o contrato
suspenso por quatro meses receberá dois terços do
décimo terceiro.
Isso ocorre porque a Lei 4.090/1962, que criou o
décimo terceiro, determina que a gratificação
natalina é calculada da seguinte forma: a cada mês
em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem
direito a 1/12 (um doze avos) do salário total de
dezembro. Dessa forma, o cálculo do benefício
considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias
trabalhados.
Para o adicional de férias, o procedimento será o
mesmo: pagamento integral a quem teve redução de
jornada e proporcional a quem teve suspensão de
contrato.
A legislação beneficia o trabalhador com jornada
reduzida. Isso porque o empregado apenas teve o
horário diminuído, mas trabalhou o mesmo número de
dias que teria trabalhado normalmente. No caso da
suspensão de contratos, o empregado é prejudicado
porque ficou em casa durante o período do acordo.
Estatísticas
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, foram
fechados 3.275.843 acordos especiais na edição de
2021 do Benefício Emergencial. Desse total,
2.593.980 trabalhadores e 634.525 empregadores foram
contemplados.
Na divisão por modalidades, os acordos de suspensão
de contratos lideraram, com 1.367.239 assinaturas.
Em seguida, vêm os acordos de redução de 70% na
jornada (com diminuição de 70% nos salários), com
789.195 assinaturas; as reduções de 50% na jornada
(com diminuição equivalente do salário), com 613.414
assinaturas; e as reduções de 25% da jornada (com
diminuição proporcional da na remuneração), com
505.994 assinaturas. Houve apenas um acordo do tipo
para trabalhadores intermitentes, empregados que não
fazem jornada cheia e recebem menos que um salário
mínimo.
Para compensar a queda nos salários, os
trabalhadores recebem o Benefício Emergencial, que
correspondia ao percentual do seguro-desemprego a
que o empregado teria direito se fosse demitido. No
caso dos contratos suspensos, a remuneração equivale
a 100% do seguro-desemprego. Os trabalhadores
intermitentes ganham ajuda de R$ 600.
Fonte: Agência Brasil
24/11/2021 -
Empresa deve pagar indenização por dano moral
coletivo por falta de EPIs
O descumprimento de normas que têm por objetivo
assegurar a segurança e a saúde do trabalhador gera
danos que excedem a esfera individual. Esse
entendimento foi adotado pela 6ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho para manter a condenação de uma
empresa paulista ao pagamento de indenização por
dano moral coletivo por não ter fornecido
equipamentos de proteção individual (EPIs) a seus
empregados.
O caso teve início com a ação civil pública ajuizada
pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Itu
(SP), que solicitou que a RFR Indy Recycling
Comércio de Resíduos Ltda., de Indaiatuba, fosse
obrigada a adequar o meio ambiente de trabalho e
condenada ao pagamento de adicional de insalubridade
aos empregados, além de indenização por dano moral
coletivo.
O sindicato relatou ter recebido diversas denúncias
referentes à exposição dos empregados a agentes
insalubres, como ruído, radiações não ionizantes e
hidrocarbonetos, o que foi confirmado por laudo
pericial.
No entendimento do juízo da Vara do Trabalho de
Indaiatuba, a empresa estava ciente das condições
insalubres em seu estabelecimento, o que foi
comprovado em documento elaborado por ela própria, o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
No entanto, o laudo pericial mostrou que ela deixou
de cumprir norma legal que visa a atenuar efeitos
nocivos à saúde dos trabalhadores, com a entrega de
equipamentos de proteção.
A empresa foi condenada a pagar adicional aos
empregados dos setores expostos à insalubridade e a
fornecer protetores auriculares, cremes de proteção
da pele e protetor solar. Ao fixar o valor da
indenização, o juízo registrou evidências de que a
empresa passava "por sérios percalços financeiros" e
avaliou que não competia à Justiça do Trabalho
aprofundar essa crise, o que poderia levar ao
encerramento de suas atividades, "com efeitos ainda
mais graves ao conjunto de trabalhadores". Com essas
considerações, arbitrou a reparação em R$ 10 mil,
destinados a entidade beneficente. A sentença foi
mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (interior paulista).
A relatora do agravo de instrumento da empresa,
ministra Kátia Arruda, ao examinar o questionamento
sobre o valor da condenação, observou que, conforme
registrado na sentença, o montante é menor do que
aquele que o caso exigiria, mas foi arbitrado nesse
patamar para não aprofundar ainda mais a crise
financeira da RFR. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
AIRR 12476-69.2015.5.15.0077
Fonte: Consultor Jurídico
22/11/2021 -
Quem trabalha no feriado deve receber em dobro
Novembro tem três feriados: Finados, Proclamação da
República e Consciência Negra. O sindicalismo se
mobiliza pra garantir o pagamento correto a quem
trabalhou em feriado. Deve ser em dobro.
Pela CLT, Artigo 70, é vedado o trabalho em feriados
nacionais ou religiosos. Porém, algumas atividades
são autorizadas. A regra geral é remunerar em dobro
quem trabalha em tais datas. Caso haja Convenção ou
Acordo Coletivo que autorize formas de compensação,
o empregador deve seguir o acordado.
Nesta semana, tivemos o feriado do dia 15 de
Novembro, Proclamação da República, e teremos em
muitas cidades e Estados o Feriado da Consciência
Negra, dia 20.
O advogado Hélio Stefani Gherardi explica: “Trabalho
em dia de feriado, não-compensado, deve ser pago em
dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao
repouso semanal”.
Algumas funções, por sua natureza, têm regras
específicas. “Nesses casos, vale a Convenção ou
Acordo Coletivo. Em cláusula específica, geralmente
o trabalhador recebe uma folga, que deve ser gozada
na semana seguinte ao feriado”, ele orienta. Outra
possibilidade, além do pagamento em dobro ou da
folga extra, é o banco de horas.
São Paulo – A Prefeitura, devido à pandemia,
antecipou o feriado da Consciência Negra para 1º de
abril. Mas teve empresa que não seguiu a
antecipação. Nessas, o trabalhador deve ter
respeitado o direito ao descanso ou receber em
dobro.
Escala – O dr. Gherardi lembra que algumas
profissões trabalham em escala diferenciada, como a
12×36. “Vigilante, enfermeiro, médico, profissões
que cumprem a 12×36, quando a escala cai no feriado,
devem receber o dia dobrado”, ele alerta.
Frentistas – A Cláusula 3ª, item 3.4, da
Convenção Coletiva do Estado de São Paulo,
estabelece pagamento em dobro, “não sendo permitida
a compensação do feriado”.
Mais – Jurídicos dos Sindicatos.
Fonte: Agência Sindical
22/11/2021 -
"Fora, Bolsonaro Racista" | Milhares vão às ruas das
capitais no Dia da Consciência Negra
Manifestações também denunciam volta da fome,
disparada da inflação e desemprego
A sétima mobilização nacional pelo "Fora, Bolsonaro"
se une à tradicional manifestação pela consciência e
resistência negra, neste sábado (20), em diversas
cidades brasileiras. Com o lema "Fora, Bolsonaro
Racista", as atividades se dividem entre atos
políticos, manifestações culturais e ações
solidárias. Os manifestantes denunciaram o racismo
presente no governo Bolsonaro, o genocídio do povo
negro, a violência de Estado contra a população mais
pobre, a crise econômica, a disparada da inflação e
o aumento da fome.
Pela manhã, algumas capitais como Belém, Fortaleza,
Natal, Salvador, Vitória, Goiânia e Florianópolis
registraram mobilizações. Na capital cearense, o ato
saiu em marcha pelas principais ruas da cidade. A
organização estimou a participação de,
aproximadamente, 10 mil pessoas. Vilani Oliveira, da
Coordenação do Movimento Negro Unificado do Ceará,
explicou o papel central da unidade política nesta
manifestação. "A unidade dos que estão na chibata,
dos que estão passando fome, dos que comem ossos e
disputam restos de comida no caminhão do lixo, isso
para nós é essencial", afirmou a militante.
Em Belém, os manifestantes se concentraram no
Mercado São Braz, desde as oito da manhã, na área
central da cidade, e saíram em caminhada até a Praça
da República, outro palco importante das atividades
políticas paraenses. O ato contou com a participação
de lideranças políticas, integrantes de coletivos
negros e artistas da periferia.
Sobre a pauta central da manifestação, Miguel
Catanhede, da coordenação do Movimento de Atingidos
por Barragens no Pará, explicou que não há
diferenças entre a luta antirracista e o "Fora,
Bolsonaro". "Na verdade, estas pautas estão
unificadas, porque as pessoas que mais sofrem com o
desmonte promovido por Bolsonaro são do povo negro.
Por isso, as pautas são unificadas", explicou.
No Recife, o ato começou às 14h, no Pátio do Carmo,
na área central da cidade. O local foi escolhido
estrategicamente porque é onde está a estátua em
homenagem a Zumbi dos Palmares, ícone histórico que
liderou o Quilombo dos Palmares e morreu no dia 20
de novembro de 1695. Haverá um ato político na
concentração. Em seguida, os manifestantes saem em
cortejo pelo cidade, conduzidos pelo Afoxé Oyá Alaxé.
No final, haverá um festival com a presença de
artistas negros e negras, na Praça do Arsenal,
também no bairro do Recife. A organização informou
que foi montado um importante esquema de
biossegurança, com distribuição de máscaras e álcool
em gel.
Em Vitória, no Espírito Santo, o dia 20 de novembro
também recorda os impactos de um crime ambiental.
Esta data marca a chegada ao litoral do estado, da
lama oriunda do rompimento da barragem de Fundão, em
Mariana, no estado de Minas Gerais. Em razão desse
triste marco, o Movimento dos Atingidos por
Barragens realizou um ato, dentro da programação da
mobilização nacional #ForaBolsonaroRacista, para
denunciar os crimes ambientais da Vale e a
negligência do governo Bolsonaro com os atingidos.
No período da tarde há previsão de mais mobilizações
pelo país. Em São Paulo, o ato se concentra desde as
12h, no vão do MASP, e segue até o Teatro Municipal.
Está prevista uma intervenção nas escadarias do
espaço, relembrando as atividades que deram origem
ao Movimento Negro Unficado (MNU), na década de
1970. "Há cinquenta anos a gente vem consolidando
esta data. Cinquenta anos que a gente tem movimento,
tem ocupação de ruas, a gente tem atividades
populares, fazendo esse debate”, disse Adriana
Moreira, da UNEAFRO, em entrevista ao programa
Central do Brasil.
Fonte: Brasil de Fato
22/11/2021 -
Renda do trabalho perde peso em 2020, e brasileiro
depende mais de programas sociais
Os 10% da população com maiores rendimentos têm
parcela quase igual à dos 80% com menor rendimento
A renda proveniente do trabalho perdeu peso em 2020
e o brasileiro passou a depender mais de programas
sociais e outras fontes de rendimento, segundo o
IBGE. O total de pessoas com rendimento do trabalho
caiu de 44,3% para 40,1% da população – em números
absolutos, de 92,8 milhões para 84,7 milhões, a
menor quantidade da série. Já aqueles com outros
rendimentos, o que inclui o auxílio emergencial,
quase dobraram: de 7,8% para 14,3% da população, ou
de 16,4 milhões, em 2019, para 30,2 milhões. Assim,
pela primeira vez desde 2012, esse grupo superou o
das pessoas que recebiam aposentadoria e pensão
(26,2 milhões, ou 12,4%).
A desigualdade brasileira se evidencia também na
renda. No ano passado, o 1% de pessoas com melhor
rendimento ganhava 34,9 vezes mais em relação aos
50% com menor rendimento. Os valores eram de R$
15.816 e R$ 453, respectivamente. Apesar de elevada,
essa proporção diminuiu: em 2019, chegou a 40 vezes,
a maior da série.
Além disso, a parcela dos 10% com os menores
rendimentos detinha 0,9% da massa total. Já os 10%
com os maiores rendimentos concentravam 41,6%. Esse
grupo, informa o IBGE, possuía uma parcela da massa
de rendimento quase equivalente à dos 80% da
população com os menores rendimentos (43%). Mesmo
assim, perdeu participação entre 2019 e 2020.
Auxílio emergencial
De acordo com a pesquisa do IBGE divulgada nesta
sexta-feira (19), a proporção de domicílios com
pessoas recebendo outros programas sociais saltou de
0,7% para 23,7%. A proporção dos que recebiam o
Bolsa Família caiu de 14,3% para 7,2%, por causa do
auxílio emergencial. E os que tinham benefício de
prestação continuada (BPC) recuaram de 3,5% para
3,1%. Em resumo, caiu peso dos rendimentos de
trabalho, aposentadoria e pensão, além de rendas
como aluguel e pensão alimentícia.
Com isso, o rendimento médio de todas as fontes caiu
3,4% de 2019 para 2020, de R$ 2.292 para R$ 2.213. O
maior valor foi registrado na região Sudeste (R$
2.575) e o menor, no Nordeste (R$ 1.554), a única
área onde não houve queda. No caso do rendimento do
trabalho (R$ 2.447), houve aumento de 3,4%, devido à
saída de 8,1 milhões de ocupados.
Por outro lado, a massa de rendimentos caiu 5,6%,
para aproximadamente R$ 207,385 bilhões. Algo em
torno de R$ 12 bilhões a menos na economia
brasileira.
Desigualdade segue alta
O índice de Gini (que mede a desigualdade) do
rendimento médio domiciliar per capita passou de
0,544 para 0,524 – quanto mais perto de 0, menor a
desigualdade. O maior era o do Nordeste (0,526) e o
menor, do Sul (0,457).
Já o índice de Gini do rendimento médio de todos os
trabalhos foi de 0,500, um pouco abaixo de 2019
(0,506). “Mais uma vez, a redução do contingente de
ocupados, sobretudo dos trabalhadores por conta
própria, domésticos e empregados sem carteira, pode
ter tornado a distribuição de rendimento do trabalho
um pouco menos desigual”, diz o IBGE. Em 2015, esse
índice era de 0,490. Ou seja, a desigualdade era
menor.
Em 2020, o rendimento de todos os trabalhos compunha
72,8% do rendimento médio mensal real domiciliar per
capita. Os 27,2% provenientes de outras fontes se
dividiam em aposentadoria ou pensão (17,6%), aluguel
e arrendamento (1,5%), pensão alimentícia, doação ou
mesada de não morador (0,8%) e outros rendimentos
(7,2%, que representavam 3,4% em 2019). Esses outros
rendimentos correspondiam a 13,7% no Nordeste e a
12,5% na região Norte.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/11/2021 -
Conselho do FGTS aprova uso de R$ 326 bilhões para
obras até 2025
Até 2025, mais de R$ 326 bilhões de recursos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão
ser usados para a contratação de projetos nas áreas
de habitação, saneamento básico e infraestrutura
urbana. O Conselho Curador do FGTS aprovou, ontem
(18), o orçamento operacional do fundo para 2022 e o
plano plurianual de aplicação para o período de 2023
a 2025.
As propostas foram encaminhadas pelo Ministério do
Desenvolvimento Regional (MDR), que é o gestor da
aplicação dos recursos, e referendadas pelo
colegiado, durante reunião ordinária.
A projeção do MDR é de que o aporte possibilite, até
2025, a construção de 2,5 milhões de unidades
habitacionais por meio do Programa Casa Verde e
Amarela, além de beneficiar quase 56 milhões de
brasileiros com obras de saneamento e infraestrutura
urbana. Também há a expectativa de manutenção e
geração de 7,4 milhões de empregos por todo o
Brasil.
Do total previsto, R$ 278 bilhões serão destinados a
financiamentos para a construção de novas
residências. Outros R$ 34 bilhões serão usados na
concessão de descontos nos financiamentos para a
aquisição da casa própria a pessoas físicas com
renda familiar mensal de até R$ 4 mil, incremento de
R$ 4,5 bilhões para essa modalidade. Já as obras de
saneamento poderão captar até R$ 19,7 bilhões,
enquanto R$ 25,2 bilhões serão voltados a
empreendimentos de infraestrutura urbana.
Em 2022, o orçamento operacional aprovado é de R$
75,4 bilhões para a contratação de obras e de mais
R$ 8,5 bilhões em subsídios para a aquisição de
moradias.
O MDR também anunciou o lançamento de um novo painel
de informações para acompanhamento da gestão dos
recursos do FGTS. A ferramenta está disponível na
página do ministério.
Fonte: Agência Brasil
22/11/2021 -
Plenário do Senado vai debater PEC dos precatórios
nesta segunda-feira
O Senado vai debater a PEC dos Precatórios (PEC
23/2021) nesta segunda-feira (22), a partir das 15h,
em uma sessão temática. A proposta encaminhada pela
Câmara enfrenta resistência no Senado e
parlamentares estudam alternativas. A PEC, que tem
como relator o líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), parcela as dívidas
provenientes de precatórios e muda o teto de gastos
para pagar o Auxílio Brasil até o fim de 2022. Uma
das alternativas em estudo mantém o pagamento dos
precatórios previstos para 2022, de forma
emergencial, fora do teto de gastos. Com isso, o
saldo para o auxílio chegaria a quase R$ 100
bilhões.
Fonte: Agência Senado
22/11/2021 -
Consciência Negra: 60% dos brasileiros são a favor
das cotas em universidades, diz pesquisa
Levantamento também mostra que para 79% dos
brasileiros há racismo no país
Pesquisa realizada pelo PoderData revela que 60% dos
eleitores brasileiros são favoráveis a cotas para
negros nas universidades públicas; 28% são contra e
12% não souberam responder.
Quando os entrevistados são divididos por gênero, os
homens são maioria entre os que são contra as cotas:
39%. Por sua vez, as mulheres são as que mais apoiam:
67%.
O instituto cruzou os dados da pesquisa com outras
sobre a avaliação do governo Bolsonaro e, entre
aqueles que apoiam o presidente, 50% são contra as
cotas; já no grupo que considera o governo federal
como “ruim” ou “péssimo”, 70% são a favor.
Para 79% dos brasileiros há racismo no país
O levantamento feito pelo PoderData também mostra que
para 79% dos brasileiros há racismo no país. Mas,
apenas 39% admitem serem racistas, e 53% negam que
tenham preconceitos contra pessoas negras.
Apenas 14% dos entrevistados consideram que não há
racismo no Brasil.
Quando dividido por gênero, o percentual dos que
dizem que há preconceito contra negros no Brasil é
mais alto entre mulheres (83%). Entre os homens,
64%.
A pesquisa do PoderData foi realizada entre os dias
8 e 10 de novembro. Foram realizadas 2.500
entrevistas em 412 municípios nas 27 unidades da
Federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos.
A percepção de que há racismo no Brasil é maior
entre os mais jovens (16 a 24 anos) 88%, e menor
entre aqueles que tem idade entre 25 e 44 anos: 75%.
Fonte: RevistaForum
19/11/2021 -
Nota das Centrais: 20 de Novembro - Dia da
Consciência Negra é dia de luta contra Bolsonaro
racista
Movimento Sindical vai às ruas no sábado, 20 de
novembro, em todo o Brasil, junto com movimentos
negro e populares em defesa da igualdade racial, da
vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia
e a fome
20 de novembro, Dia da Consciência Negra, marca a
morte de um dos maiores lutadores contra a
escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares, e passou a
ser celebrada pelo Movimento Negro a partir da
década de 1960 como uma forma de valorização da
comunidade negra e da sua contribuição à história do
país. A data é oficializada pela lei nº 12.519/2011
e marca a resistência do povo negro contra a
escravidão e a luta contra o racismo no Brasil.
O trabalho de negros e negras escravizados está na
raiz da acumulação capitalista e oligárquica
brasileira. A abolição da escravatura, tardia e
inacabada, faz com que o racismo seja uma
característica marcante da estrutura de classes e da
sociedade brasileira até os dias de hoje. A
população negra é maioria entre os desempregados e
também entre aqueles nos postos de trabalho mais
precários e informais. A periferia dos grandes
centros urbanos marcada pela moradia precária, pela
ausência de infraestrutura social e pela carência de
políticas públicas é majoritariamente negra.
É por isso que o descaso no combate à pandemia, o
aumento da fome, do desemprego, a alta geral dos
preços e o consequente caos econômico e social pelo
qual passa o país impactam, primeiramente e com mais
intensidade, à população negra e pobre.
A ação, a inércia e as posições do presidente da
República e de seus aliados reacionários e
conversadores reforçam e apoiam a violência e a
hostilidade que discriminam, agridem e matam corpos
pretos todos os dias, ao mesmo tempo em que negam e
tornam invisíveis o caráter estrutural do racismo no
Brasil.
Superar o racismo é uma exigência fundamental para a
construção de uma sociedade verdadeiramente
democrática e justa. Garantir o direito ao trabalho
decente e protegido para a população negra é um dos
caminhos para reparação de uma história de exclusão
e desigualdade e garantia de futuro diferente. Dar
fim ao governo criminoso e racista de Jair Bolsonaro
é um requisito essencial para que o país possa
reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade
e justiça social.
A classe trabalhadora brasileira é negra e, por
isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o
Brasil junto com a população negra e com todas as
pessoas comprometidas com a defesa da igualdade
racial, da vida, da democracia, contra o desemprego,
a carestia e a fome, neste sábado, 20 de novembro,
Dia da Consciência Negra.
Brasil, 17 de novembro de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta
Clique AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
19/11/2021 -
‘Reforma’ trabalhista piorou economia e condições de
trabalho
Precarização dos postos de trabalho, aumento da
informalização e redução salarial são resultados das
mudanças legislativas promovidas durante o governo
Temer
A Lei 13.467/2017, conhecida como “reforma”
trabalhista, completou quatro anos de vigência no
último dia 11. Sem cumprir suas promessas de criação
de empregos, a mudança legislativa apresentou como
resultado um retrocesso nas condições de trabalho,
com impacto negativo na economia do país. Segundo o
diretor adjunto do Dieese, José Silvestre, não é
possível celebrar o saldo das mudanças relativas a
remuneração, plano de carreira e jornada de
trabalho, entre outros pontos.
“Os impactos foram todos negativos, pois ampliou-se
a precarização e a inserção no mercado de trabalho
piorou. Os postos de trabalho criados estão também
em condições piores. Um dos argumentos de quem
defendia a reforma era a criação de mais empregos,
mas vimos o contrário. E os que foram criados, estão
precarizados”, critica Silvestre a Glauco Faria, no
Jornal Brasil Atual.
“Dinamizar” a economia
As afirmações da época, de que as mudanças seriam
necessárias para dinamizar a economia e, assim,
abrir vagas, não se sustentaram. A “reforma”
trabalhista, além de piorar as condições de
trabalho, rebaixou as remunerações médias, o que
prejudicou os trabalhadores e a própria situação
econômica do país.
“Se o padrão de contratação cai, com uma remuneração
pior, resulta num impacto negativo na economia, o
trabalhador recebendo menos afeta a economia e o
consumo”, explica o diretor-adjunto do Dieese.
O especialista acrescenta ainda que a organização
dos trabalhadores também foi afetada pelas mudanças,
que prejudicaram os sindicatos e associações. “Esta
também foi uma das dimensões da reforma. A
contribuição sindical foi extinta e atingiu as
entidades de trabalho. Ao mesmo tempo que a reforma
trabalhista afetou os trabalhadores, também
prejudicou os sindicatos. Todas as promessas da
reforma não foram atendidas, e não houve nenhuma
melhoria para os trabalhadores”, pontua Silvestre.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/11/2021 -
Levantamento do Dieese revela que Caixa cobra juros
mais altos em empréstimo para informais e
desempregados
Estudo mostra que a taxa mensal de 3,99% para
crédito à população carente é maior até que juros do
cheque especial.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) fez um levantamento
que revela que a taxa de 3,99% ao mês cobrada pela
Caixa na recém-lançada linha de microcrédito para
trabalhadores informais está muito acima de juros
cobrados pelo mesmo banco para empréstimo pessoal e
outros tipos de financiamentos a pessoas físicas. O
levantamento – feito a pedido da Federação Nacional
das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) – mostra
que em outras modalidades de crédito, a estatal
cobra taxas que variam de 0,99% até 2,9% ao mês.
É o caso, por exemplo, dos juros para crédito
consignado (a partir de 0,99%), crédito pessoal
não-consignado (1,8%), penhor (1,99%) e CDC (a
partir de 2,77%). O levantamento do Dieese aponta
também que, para clientes do banco, até os juros do
cheque especial e para parcelamento de fatura do
cartão de crédito (a partir de 2,9%) estão menores
que a taxa de 3,99% cobrada de quem sequer tem renda
formal.
“É uma extorsão, considerando que o público deste
tipo de crédito é composto por informais,
desempregados ou ex-beneficiários do auxílio
emergencial”, destaca o presidente da Fenae, Sergio
Takemoto. “São pessoas que estão tendo que fazer
empréstimo para comer, para tentarem sobreviver, e,
não, para investir. Ou seja: não se trata de
microcrédito mas, sim, de endividamento”, reforça.
Takemoto destaca ainda que a parcela daqueles que
buscam financiamento na tentativa de empreender,
recorre ao crédito por necessidade e, não, por
oportunidade. “Eles abrem seus pequenos negócios por
estarem desempregados, por não enxergarem outra
saída para a sobrevivência”, acrescenta o presidente
da Fenae.
Analista do Dieese, a economista Mariel Lopes pontua
que o limite para a linha de financiamento com juros
mensais de 3,99% é limitado a R$ 1 mil – menor que o
salário-mínimo. Ela lembra, ainda, que o crédito é
direcionado a usuários do Caixa TEM e que não tenham
renda vinculada a outros benefícios sociais, como o
extinto Bolsa Família.
Muito alarde, pouca vantagem
Em outubro, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães,
classificou como “revolução” o lançamento desta
linha de crédito. Segundo ele, a medida deve atrair
20 milhões de pessoas. “Esses brasileiros começaram
a se inserir no setor financeiro e, se a gente for
eficiente, podemos retê-los”, disse Guimarães,
naquela ocasião.
Mariel Lopes, contudo, alerta: “São pessoas que já
tinham renda baixa e tiveram a condição financeira
piorada com a pandemia”. Conforme observa a
economista, a Caixa, que tem uma vantagem
competitiva, está oferecendo juros mais elevados
justamente para a parcela da população que menos tem
condições de assumir dívidas.
“Democratizar o crédito seria oferecer financiamento
a juros mais baixos e, não, o contrário; inclusive,
por se tratar de um banco público executor de
políticas públicas”, afirma Lopes. “No fim das
contas, a Caixa está reproduzindo uma distorção de
mercado: cobrando taxas mais elevadas justamente da
população que tem maior dificuldade em pagar a
dívida contraída”, completa a analista do Dieese.
Endividados
Sergio Takemoto chama a atenção para o fato de que a
parcela de famílias endividadas atingiu um novo
recorde em outubro. De acordo com a Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)
-realizada pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) – o número de
brasileiros endividados cresceu pelo 11º mês
seguido, chegando a 74,6% das famílias.
O crédito pessoal aparece entre as modalidades que
avançaram no endividamento.
De acordo com dados recentes divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), só no ano passado houve 15,3 milhões de
demissões no país. O cadastro também aponta que o
saldo de empregos formais criados em 2020 ficou em
75,9 mil, o que representa quase metade das 142,7
mil vagas anunciadas pelo Ministério da Economia
para o referido ano.
“Ao invés de criar empregos a partir de políticas
públicas estruturantes e sustentáveis, o que este
governo faz é endividar ainda mais uma população já
massacrada por esta crise econômica sem precedentes
em nosso país”, ressalta o presidente da Fenae.
Fonte: Portal Reconta Aí, com informações da Fenae.
Fonte: Portal Vermelho
19/11/2021 -
Fim do Bolsa Família e auxílio: Bolsonaro deixa 25
milhões sem renda
O quadro da exclusão põe em cheque a estratégia
de alavancar a reeleição do presidente entre a
população mais pobre do país
Por conta da extinção do Bolsa Família e do auxílio
emergencial, cerca de 25 milhões de brasileiros
ficarão sem receber benefício social. Os números
foram obtidos por meio de um monitoramento feito
pela assessoria técnica do PT no VIS Data, do
Ministério do Desenvolvimento Social. O quadro da
exclusão põe em cheque a estratégia de alavancar a
reeleição de Bolsonaro entre a população mais pobre
do país.
O presidente aposta no pagamento do Auxílio Brasil
como forma de melhorar sua performance no eleitorado
de baixa renda. Segundo o último levantamento Quaest
Consultoria, a avaliação negativa do governo supera
50% na maioria dos estados.
A população mais pobre é uma das mais atingidas com
a instituição do novo benefício social. Até outubro,
por exemplo, foram pagos do bolsa e do extinto
auxílio 39,3 milhões pessoas. Agora, em novembro,
14,5 milhões receberam o pagamento do Auxílio
Brasil, uma diferença de 24,8 milhões.
Só em São Paulo, o estado com maior população
brasileira, foram excluídos mais de 5 milhões de
pessoas. No estado, o auxílio chegou a ser pago para
7,2 milhões, número reduzido drasticamente para 1,6
milhão. Rio de Janeiro (2,5 milhões), Minas Gerais
(2,4 milhões), Bahia (1,5 milhão), Paraná (1,4
milhão), Rio Grande do Sul (1,2 milhão), Pernambuco
e Goiás (ambos com pouco mais de 1 milhão de
benefícios a menos) completam o ranking da exclusão.
O Bolsa Família durou 18 anos e possibilitou que 28
milhões de pessoas deixassem a linha da pobreza
entre 2002 a 2014. Ainda sem fonte assegurada, o
novo benefício tem duração até o final de 2022, isto
é, um ano eleitoral.
Com base nos números, a presidenta nacional do PT,
deputada Gleisi Hoffmann (RS), anunciou que o
partido vai ingressar com ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) para manter o Bolsa Família. A ação
deve ser protocolada semana que vem, para resguardar
os interesses de milhões de brasileiros em situação
de vulnerabilidade social. “Esses dados mostram o
desastre que o governo Bolsonaro representa para o
país”, disse Hoffmann.
Para Gleisi, o Brasil vive uma “verdadeira tragédia”
com Bolsonaro, que prometeu pagar R$ 400,00 com o
Auxílio Brasil mas tem liberado apenas R$ 200,00.
Filas em todo o Brasil
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) avaliou a
situação como desesperadora. “Nas filas de todo o
Brasil, no último dia de pagamento do auxílio
emergencial, a preocupação era a mesma: como
sobreviver sem esse dinheiro e sem o programa Bolsa
Família?”, indagou.
De acordo com ela, milhares de famílias não se
enquadram no perfil atendido pelo Auxílio Brasil.
“29 milhões de brasileiros vão deixar de receber
renda do governo. Em um cenário de fome e
desemprego, a necessidade de ampliação de programas
sociais é urgente, mas o governo vai na contramão! O
Auxílio Brasil não substitui o Bolsa Família e ainda
tem prazo de validade!”, criticou.
“O desemprego aumenta, aumenta a gasolina, a energia
elétrica, e o governo Bolsonaro faz o que? Acaba com
o Bolsa Família! Cria o seu programa, um programa
dele, que vai funcionar só até após as eleições, que
é o chamado Auxílio Brasil. Com isso, ele vai deixar
de fora 24 milhões de famílias brasileiras, que
recebiam uma ajuda financeira por conta da
pandemia”, criticou a vice-líder da Oposição,
Perpétua Almeida (PCdoB-AC).
Para ela, a situação também é de desespero.
“Professores dizem que seus alunos estão desmaiando
de fome. No Acre, um dos estados mais pobres do
Brasil, perto de 80 milhões vão ficar sem receber
qualquer tipo de ajuda financeira”, afirmou.
O líder do PT na Câmara, Bohn Gass (RS), lamentou
que de uma hora para outra 24,8 milhões de pessoas
ficaram sem nenhuma renda. “São milhões de pessoas
que vão engrossar a fila do osso nos açougues, num
momento em que os preços dos alimentos disparam, a
inflação é alta, os salários estão congelados e o
desemprego atinge milhões de pessoas”, disse.
Na avaliação da ex-ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome Tereza Campello, o Auxílio
Brasil é na verdade “a maior exclusão da história da
proteção social do Brasil”, que ficará como mais uma
triste marca do governo de Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
18/11/2021 -
CCJ da Câmara aprova PL que prorroga desoneração da
folha de pagamento até 2023
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
aprovou, nesta quarta-feira (17), o Projeto de Lei (PL)
2541/2021, que prorroga o prazo da contribuição
previdenciária sobre a receita bruta das empresas
por mais dois anos. Apenas a bancada do PSOL se
posicionou contra.
O texto atual, de 2011, permite o benefício da
desoneração da folha de pagamento a 17 setores,
incluindo indústria e serviços – e perde a validade
em 31 de dezembro deste ano. O relator, Delegado
Marcelo Freitas (PSL-MG) cedeu a pedidos para que o
texto trate da contribuição patronal incidente sobre
o valor da receita bruta, e não sobre a folha de
pagamento.
O relator disse confiar que a proposta deve ajudar o
país na geração de empregos e no combate à falta de
competitividade da economia nacional.
“A proposta vai ao encontro da necessidade de
alavancar a economia brasileira no contexto que o
país vive. Em circunstâncias normais, sabemos que a
carga tributária elevada que incide sobre a folha de
pagamentos gera informalidade no mercado de trabalho
e lado outro, aumenta o custo das empresas
brasileiras e piora a posição competitiva do país”,
disse o parlamentar durante a sessão. “O Brasil terá
todo o incentivo para crescer, ampliar as
oportunidades de emprego e melhorar a renda dos
trabalhadores.”
O deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), que coordena a
Frente Parlamentar do Empreendedorismo, se
manifestou em prol do texto aprovado. “Essa
aprovação é resultado de meses de intensa
interlocução com os principais segmentos do setor
produtivo”, disse o deputado. “Hoje, a Câmara
demonstrou mais uma vez que tem a liderança e a
sensibilidade necessária para enfrentar os desafios
urgentes do país – estamos lidando com mais de 13
milhões de desempregados, o fechamento de mais de 10
milhões de empresas por conta da pandemia e o
aumento da extrema pobreza.”
Fonte: Congresso em Foco
18/11/2021 -
Brasileiro gasta 22% do salário mínimo para encher o
tanque de gasolina
Levantamento comparou o gasto médio do brasileiro
com combustível com Estados Unidos, Reino Unido,
Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e Equador e
revelou que, entre esses países, o Brasil é onde se
gasta mais
Diante das altas promovidas pelo governo Jair
Bolsonaro neste ano, o brasileiro já precisa gastar
22% do salário mínimo para conseguir encher um
tanque de 35 litros de gasolina, de acordo com
levantamento do Correio Braziliense.
O levantamento comparou o gasto médio do brasileiro
com combustível com Estados Unidos, Reino Unido,
Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e Equador e
revelou que, entre esses países, o Brasil é onde se
gasta mais.
Em todos eles, o máximo que o cidadão do país gasta
com gasolina é 11,5% do salário mínimo, na Argentina
e no Chile, praticamente metade do que o brasileiro
gasta, sendo que nos Estados Unidos, por exemplo, o
gasto só chega a 2,9%.
Para fim dessa comparação, todos os valores foram
convertidos para o real na cotação atual de R$ 5,53.
Os valores dos salários mínimos foram obtidos a
partir do site Country Economy e o preço da gasolina
do Global Petrol Prices, segundo reportagem.
Apenas em 2021, a Petrobras fez 15 mudanças no preço
da gasolina nas refinarias e somente quatro foram
reduções. A alta acumulada é de 74%, reflexo da
política de preços da Petrobrás, com a PPI, que
dolariza o combustível produzido no Brasil.
Fonte: Brasil247
18/11/2021 -
PIB cai, inflação cresce; projeção do BC desmente
Paulo Guedes
Mais uma vez, o Boletim Focus projeta alta da
inflação e queda da economia. “Prévia do PIB” do BC
já aponta para recessão técnica, enquanto “posto
Ipiranga” fala em crescimento
No primeiro dia útil após Paulo Guedes pintar um
Brasil idílico para potenciais investidores árabes,
seus próprios pares do mercado financeiro se
encarregaram de desmentir as falácias do
ministro-banqueiro. O Boletim Focus divulgado nesta
terça-feira (16) revisa para cima a inflação pela
32ª semana seguida, enquanto rebaixa o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) pela quinta semana
consecutiva.
Autor do Boletim, o Banco Central (BC) arrematou as
projeções pessimistas dos analistas do mercado
financeiro com uma constatação oficial: a economia
brasileira caminha para a recessão. É o que aponta a
“prévia do PIB”, também anunciada nesta terça: o
Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou
queda de 0,27% em setembro, indicando que a retração
no terceiro trimestre deve chegar a 0,14%.
O recuo da prévia do PIB no terceiro trimestre
ocorre após retração nos três meses anteriores,
entre abril e junho. Segundo o BC, o IBC-Br
registrou queda de 0,35% no período. O indicador
aponta a possibilidade de uma recessão técnica, que
se caracteriza por dois trimestres seguidos de
contração do PIB. O resultado será ou não confirmado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em 2 de dezembro.
Para o PIB do país, a previsão do relatório de
mercado Focus agora é de alta de 4,88% em 2021,
contra 4,93%, na semana passada, e 5,01%, no mês
passado. Para 2022, a expectativa já está abaixo de
1% (0,93%). No começo do ano, a previsão era de alta
de 2,5% em 2022. A expectativa começou a ser
revisada para baixo em setembro. Para 2023 e 2024, o
mercado financeiro projeta expansão de 2%.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), indicador oficial da inflação, deve fechar o
ano com acumulado de 9,77%, já na fronteira dos dois
dígitos. A projeção é 0,44 ponto percentual acima da
divulgada na semana passada. Há um mês, previa-se
inflação de 8,69%. O IPCA para 2022 também foi
revisado, de 4,63% para 4,79%. Para 2023 e 2024, as
previsões são de 3,32% e 3,09%.
Em outubro, puxada pelo aumento de preços de
combustíveis e alimentos, a inflação acelerou 1,25%,
a maior para o mês desde 2002. Com isso, o indicador
acumula altas de 8,24% no ano e de 10,67% nos
últimos 12 meses. E inflação alta gera juros altos.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a
Selic encerre 2021 em 9,25% ao ano, mesma projeção
da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa
é de que a taxa básica suba para 11% ao ano. E para
2023 e 2024, a previsão é de Selic em 7,75% ao ano e
7% ao ano, respectivamente. A próxima reunião do
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC está
prevista para 7 e 8 de dezembro.
Financial Times: “Mal-estar atinge o bolso dos
brasileiros”
Em meio a um cenário muito mais propenso ao
aprofundamento da crise do que para a luz no fim do
túnel, Guedes afirmou, nesta segunda-feira (15), em
evento com investidores e empresários em Dubai
(Emirados Árabes), que o Brasil está “crescendo
acima da média mundial”.
“O Brasil foi uma das economias que menos caíram,
voltaram mais rápido, criaram mais empregos e
estamos crescendo, também, acima da média mundial.
Isso, graças à orientação do nosso presidente de não
deixar nenhum brasileiro para trás durante a
pandemia”, declarou Guedes, emulando a mitológica
Sherazade, a filha do gran vizir que narrou as
histórias fantásticas de As Mil e Uma Noites.
“Não apostem contra a economia brasileira que vai
dar errado”, prometeu Guedes, na abertura da feira
Dubai Air Show. “O Brasil já tem contratados R$ 544
bilhões de investimentos. E com o 5G, são mais R$
150 bilhões. Acho muito difícil o Brasil não crescer
ano que vem”, prosseguiu, multiplicando por três os
R$ 46,8 bilhões a serem arrecadados com o leilão do
5G, conforme previsão da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Guedes ainda atacou a The Economist, que estaria
“errando todas” sobre o desgoverno brasileiro. Em
reportagem publicada na última semana, a revista
britânica disse que Bolsonaro é “nocivo à economia
do Brasil”.
Agora, Guedes também terá que rebater o Financial
Times. O jornal inglês, porta-voz do mercado
financeiro global, destacou nesta segunda: “Custos
crescentes se propagam por toda a economia enquanto
o governo de Bolsonaro luta contra as consequências
políticas”.
“Há um mal-estar que está atingindo o bolso de
muitas pessoas no país mais populoso da América
Latina, depois que os custos crescentes de tudo, de
petróleo a carne, empurraram a taxa de inflação para
dois dígitos pela primeira vez em mais de cinco
anos”, escreve o correspondente Michael Pooler.
“Desde o início de 2020, o real perdeu um quarto de
seu valor em relação ao dólar, e caiu 5% até agora
neste ano”. Só Guedes, e seu chefe negacionista, não
viram.
Fonte: Portal do PT Nacional
18/11/2021 -
Senado analisará MP que recria Ministério do
Trabalho e Previdência
Aprovada nessa terça-feira (16) na Câmara dos
Deputados, a medida provisória que recria o
Ministério do Trabalho e Previdência e transfere a
Secretaria Especial de Cultura do Ministério da
Cidadania para a pasta do Turismo será analisada em
breve pelo Senado.
O texto aprovado é um substitutivo à MP 1.058/2021,
relatada pelo deputado José Nelto (Podemos-GO). A
partir dessa norma, atribuições de trabalho e
previdência — até então a cargo do Ministério da
Economia — passam a nova pasta ministerial.
Caberá ao Ministério do Trabalho e Previdência
abarcar a previdência complementar. A pasta será
responsável por definir políticas sobre previdência,
geração de emprego e renda, apoio ao trabalhador,
fiscalização do trabalho, política salarial,
segurança no trabalho e registro sindical, entre
outras.
O novo ministério assumirá todos os conselhos, entre
eles o Conselho de Recursos da Previdência Social, o
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e o Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).
No substitutivo, o relator retomou o texto da MP
905/2019, ao criar o Domicílio Eletrônico
Trabalhista, que permitirá ao Ministério do Trabalho
e Previdência notificar o empregador, por
comunicação eletrônica, sobre atos administrativos,
ações fiscais, intimações e avisos em geral. A MP
não foi votada e perdeu a validade.
O DET também permitirá ao empregador receber
documentação eletrônica exigida em ações fiscais ou
apresentação de defesa e recurso em processos
administrativos. Essas comunicações eletrônicas
dispensam publicação no Diário Oficial da União.
Fonte: Agência Senado
18/11/2021 -
Especialistas apontam falta de recursos para combate
à violência contra crianças e adolescentes
Capacitação de profissionais e novos canais de
denúncia estão entre as ações propostas
Dados do Unicef mostram que entre 2016 e 2020, 35
mil crianças e adolescentes morreram de forma
violenta no Brasil. Para diminuir esses números, a
Chefe de Proteção da Criança do Unicef no Brasil,
Rosana Vega, afirmou que é preciso fortalecer as
políticas públicas de proteção a esse público.
Ela participou de audiência da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e afirmou
que são necessários recursos para a capacitação de
profissionais capazes de reconhecer os sinais em
crianças e adolescentes dos diversos tipos de
violência, além da construção de um sistema de
informações sobre essas ocorrências. “Pois na
atualidade, a disponibilidade nos estados é fraca e
parcial e precisamos ter esse tipo de informações
para aplicar as políticas públicas”.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas ( IPEA) mostra que o Brasil
gastou entre 2016 e 2019 só 1,2% do orçamento com
políticas voltadas para crianças e adolescentes.
O representante da Associação Nacional dos Centros
de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes,
Arthur de Sousa, lamentou que a falta de recursos
inviabilize a implementação das políticas públicas
de proteção previstas em lei, enquanto milhares de
crianças e jovens morrem no Brasil. “Por exemplo, há
um programa nacional de enfrentamento da violência
contra crianças e adolescentes, um decreto deste
ano, mas que não há um orçamento destinado ao
programa. Então isso de fato inviabiliza qualquer
tentativa de avanço em políticas relacionadas a
crianças e adolescentes”.
A representante da Associação Nacional dos
Defensores Públicos, Camila Ferreira, lembrou que
apesar dos 32 anos de vigência do Estatuto da
Criança e do Adolescente, o Estado continua sendo um
dos principais agentes de violência contra essa
população. “É necessário que o Estado esteja nas
comunidades mais vulneráveis e apareça para as
crianças e adolescentes que nelas vivem não apenas
com seu viés repressor, mas com políticas de
segurança de direitos”.
Novos canais de denúncia
A representante da Secretaria Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente Fernanda Ramos destacou que
existem atualmente seis mil conselhos tutelares com
30 mil conselheiros para atendimento dos 67 milhões
de jovens e crianças brasileiras. Para ampliar ainda
mais esse atendimento, ela destacou que estão sendo
criados novos canais para denúncias, por telefone:
diretamente para os Conselhos Tutelares (125),
denúncias realizadas por médicos (101) e professores
(1510).
A audiência, que foi conduzida pelo deputado Carlos
Veras (PT-PE), faz parte dos debates em torno da
Revisão Periódica Universal da ONU, mecanismo pelo
qual é analisada a situação interna de direitos
humanos nos estados membros. O Brasil passou pelo
terceiro ciclo de avaliação e recebeu 246
recomendações sobre direitos humanos, das quais
aceitou voluntariamente 242.
Fonte: Agência Câmara
18/11/2021 -
Projeto permite declarar trabalhador com deficiência
como dependente do IR
O Projeto de Lei 2509/21 permite que pessoa com
deficiência com mais de 21 anos capacitada para o
trabalho possa ser considerada dependente na
declaração do Imposto de Renda (IR), desde que sua
remuneração não exceda a soma das deduções
autorizadas por lei.
O texto, em tramitação na Câmara dos Deputados, é do
deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO) e altera a
Lei 9.250/95, que define as regras da declaração do
IR das pessoas físicas.
A proposta insere na norma tributária recente
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Até
então, conforme a lei, pessoas com deficiência que
exerciam atividade laborativa não podiam ser
incluídas no rol de dependentes, para fins de
dedução do IR. O STF considerou que a regra afronta
a Constituição e a Convenção Internacional de
Direitos das Pessoas com Deficiência.
“Por se tratar de proposta justa e consentânea com a
decisão judicial, esperamos contar com a aprovação
na Câmara”, disse o deputado Gaguim.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência; Finanças e Tributação; e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/11/2021 -
Senado aprova criação de cadastro de condenados por
violência contra a mulher
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto
de lei (PL 1.012/2020), da senadora Kátia Abreu (PP-TO),
que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas
por Crime de Feminicídio, Estupro, Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher. De acordo com
o substitutivo aprovado, da senadora Eliane Nogueira
(PP-PI), a ferramenta será um instrumento de
cooperação entre União, estados, Distrito Federal e
municípios para uniformizar e consolidar informações
que contribuam com as políticas públicas de combate
à violência contra a mulher. A proposta segue para a
Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
17/11/2021 -
Oposição vota a favor do Ministério do Trabalho, mas
critica governo: ‘nenhum projeto’
Projeto de conversão à MP que recria a pasta,
extinta em 2019, foi aprovada por ampla maioria. Mas
destaques da oposição foram rejeitados
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta
terça-feira (16), por 391 a 21, o projeto de lei de
conversão à Medida Provisória (MP) 1.058, que
recriou o Ministério do Trabalho e Previdência. A
oposição votou a favor, embora criticasse os motivos
pelos quais a pasta foi recriada, menos de três anos
após sua extinção. A proposta segue para o Senado.
Nesse sentido, a crítica convergiu com parte dos
aliados: o Ministério do Trabalho voltou não por
algum interesse em políticas públicas, mas para
acomodar aliados, ceder ao Centrão e garantir a
manutenção de Onyx Lorenzoni no governo, após sua
saída da Secretaria-Geral da Presidência. Perto das
21h, começou a discussão sobre destaques ao projeto.
Com as emendas, a oposição pretendia recuperar
algumas atribuições originais do Ministério do
Trabalho. Mas as duas primeiras emendas
apresentadas, ambas pelo PT, sobre combate ao
trabalho escravo e sobre economia solidária, foram
rejeitadas.
Extinção foi erro
Para o relator da MP, José Nelto (Pode-GO), o
ministério deveria ter sido mantido desde o início.
“Jamais poderia ter sido extinto por qualquer
governo que preza pelos trabalhadores e
empresários”, afirmou, apontando ainda demora na
concessão de auxílios e benefícios previdenciários.
Nelto criticou a criação, no início do governo, do
“super ministério” comandado por Paulo Guedes, a
quem chamou de incompetente. “Já deveria ter pegado
o boné e ido embora há muito tempo”, disse. Para
ele, o governo deveria criar “um programa urgente e
forte” de qualificação profissional.
Emprego só para Onyx
Vários parlamentares destacaram que a recriação do
Ministério do Trabalho simplesmente atende a uma
conveniência política. “Não há nenhum projeto de
fortalecer as relações trabalhistas, os direitos, de
melhorar a supervisão sobre o trabalho, de reforçar
as condições de funcionamento da Previdência
Social”, afirmou Jorge Solla (PT-BA). “(É) apenas um
cargo de ministro para Onyx Lorenzoni. Qual foi a
primeira medida do ministro para atender os
interesses bolsonaristas? Uma portaria para não
permitir que os não vacinados fossem demitidos.”
O deputado Rogério Correia (PT-MG) classificou o
governo de “errático”, criando “desministérios”.
“Não se pode ter um Ministério do Trabalho e não ter
política de emprego.” E Paulo Ramos (PDT-RJ)
acrescentou que o governo entregou o Trabalho ao
“ministério do capital”, referindo-se à Economia.
“Nem a ditadura ousou acabar com o Ministério do
Trabalho.”
Estelionato eleitoral
Mesmo aliados eventuais criticaram a proposta. Para
Tiago Mitraud (Novo-MG), o presidente da República
comete dois grandes estelionatos eleitorais, “de
vários que ele vem colecionando a cada dia”. O
primeiro, segundo ele, se refere à promessa de ter
apenas 15 ministérios – agora, já são 23. Além
disso, afirmou, a recriação da pasta surge apenas
para “selar a aliança” com o Centrão. Assim,
criticou, o ministério foi criado não para criar
política de emprego, mas para dar “emprego” a Onyx
Lorenzoni.
Também Bira do Pindaré (PSB-MA) disse que votaria a
favor da recriação da pasta. Mas observou que a MP
“revela o quanto esse governo Bolsonaro representa o
que há de pior na política brasileira”. Segundo o
deputado, tanto os motivos que levaram à extinção
como os que agora levam ao retorno “são os piores
possíveis”.
Trabalho escravo e infantil
“Ele (Bolsonaro) é favor do trabalho escravo, do
trabalho infantil, da precarização do mundo do
trabalho. Agora, propõe (a recriação) não porque
está preocupado com a proteção do trabalhador, que
neste momento sofre barbaramente. Ele recria pelo
fisiologismo, pela política do toma lá, dá cá, para
contemplar o Centrão. É puro oportunismo.”
Para Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), o
Ministério do Trabalho jamais deveria ter sido
excluído. “A concepção de relação de trabalho que
ele (presidente) tem é nula. Infelizmente, não volta
para ser “o” Ministério do Trabalho, volta para ser
uma coisa burocrática, criado muito mais por
rearranjos políticos do que pelo verdadeiro papel
que deve exercer.”
Pompeo de Mattos (PDT-RS) lembrou que, no início da
gestão, o governo falava em “enxugar” a máquina
pública. “Se fosse tão somente para atender aos
reclamos de mais emprego, de recuperar os direitos,
o respeito do trabalhador, teria nosso beneplácito,
nosso aplauso”, afirmou, acrescentando que o
objetivo efetivo é criar emprego “para os
apaniguados do governo”, não para o trabalhador.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/11/2021 -
Lira cobra mobilização do governo para votar a
reforma administrativa neste ano
Presidente da Câmara também cobra do Senado a
votação da reforma tributária e da PEC dos
Precatórios
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que não vê mobilização nem do
governo nem da sociedade para enfrentar o tema da
reforma administrativa neste ano. Segundo ele, o
texto está pronto para ir ao Plenário, mas o governo
não demonstra interesse em votar a matéria. As
afirmações foram feitas em entrevista nesta
terça-feira (16) à CNN. Lira está em Lisboa
participando do 9º Fórum Jurídico Brasileiro.
“O Congresso Nacional brasileiro foi o único do
mundo que, no período de pandemia, votou matérias
importantes. Há a necessidade de se completar o
ciclo de reformas, como a administrativa e a
tributária”, disse ele.
Em seguida, por meio de suas redes sociais, Lira
cobrou a votação da reforma tributária, que está no
Senado. “Há a necessidade de se completar o ciclo de
reformas, como a administrativa e a tributária.
Estamos esperando os senadores avaliarem a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 110/19. Na Câmara, a
criação do CBS [Contribuição sobre Bens e Serviços]
ainda está sendo discutida pelo relator”, destacou.
Lira também cobrou agilidade do Senado na votação da
PEC dos Precatórios. Segundo ele, a proposta vai
garantir a previsibilidade que o mercado espera para
que o Auxílio Brasil chegue aos brasileiros que
necessitam do benefício.
“Precisamos de pressa, porque mais de 20 milhões de
pessoas passam fome”, afirmou.
Questionado sobre a votação da proposta que altera a
composição do Conselho do Ministério Público,
rejeitada há 15 dias, Lira afirmou que o retorno da
proposta à pauta vai depender de um acordo com os
líderes. Segundo ele, é preciso punir os excessos de
quem descumpre leis.
Fonte: Agência Câmara
17/11/2021 -
Situação financeira piora, diz pesquisa PoderData
Segundo informa pesquisa PoderData, do portal Poder
360º, mais da metade dos brasileiros, 51%, viu sua
situação financeira piorar nos últimos seis meses.
Os dados foram coletados com 2.500 pessoas em todo o
País e foi divulgada neste final de semana.
Enquanto isso, 7% indicaram melhora nas condições
econômicas e 38% informou que suas economias
permanecem iguais. Além disso, em maio, o desemprego
assombrava 14,6% da população. Hoje, a taxa é de
13,2%. Apesar disso, a massa salarial foi reduzida,
enquanto a inflação disparou e acumula 10,67% nos
últimos 12 meses.
Política – Atentos à situação financeira, os
brasileiros também opinam sobre a condução política
no Brasil. Entre os que consideram o governo de Jair
Bolsonaro ótimo ou bom diminuiu para apenas 20% da
população.
Já os que enxergam que Bolsonaro tem uma péssima
gestão política à frente do comando Executivo do
País chega a 65%. A questão complica mais em relação
ao futuro do Brasil. Pra 29% dos entrevistados, os
próximos seis meses serão ainda piores.
Já pra 24% dos brasileiros, os próximos seis meses
podem melhorar. Entretanto, 37% acha que ficará do
mesmo jeito. Outro 10% não souberam responder.
Economia – O Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos) fez
levantamento nesta semana e apontou que o pagamento
do 13º salário dos trabalhadores poderá injetar
cerca de R$ 233 bilhões na economia do País.
Segundo José Silvestre, diretor-adjunto da entidade,
essa injeção pode indicar uma pequena melhora na
situação financeira do País, com os gastos sendo
distribuídos principalmente no comércio e também
para a quitação de dívidas.
Fonte: Agência Sindical
17/11/2021 -
Bolsonaro promete aumento a servidores com PEC dos
Precatórios
O presidente Jair Bolsonaro indicou, nesta
terça-feira (16), que pretende usar parte da verba
gerada por uma futura PEC dos Precatórios para dar
aumento salarial a servidores públicos brasileiros,
“sem exceção”. O presidente anunciou seus planos
durante evento realizado em Manama, capital do reino
do Bahrein, pequena nação que integra a semana de
viagens de Bolsonaro pelo Oriente Médio.
“Conversei com o Paulo Guedes, e em passando a PEC
dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para
dar algum reajuste”, disse Bolsonaro, citando seu
ministro da Economia. Aí, Bolsonaro passou a falar
dos servidores: “Não é o que eles merecem, mas é o
que nós podemos dar”, concluiu.
Seriam dois os motivos que levariam ao aumento,
indicou o presidente: a pandemia de covid-19 e a
inflação, que voltou a passar de 10% nos últimos
doze meses. “Por causa da inflação, os servidores
estão há dois anos sem reajuste. Com a questão da
pandemia, isso até se justifica, porque muita gente
perdeu o emprego ou teve até seu salário reduzido”,
continuou o presidente, indicando que todos os
servidores seriam atendidos com a brecha trazida
pela PEC.
O texto, no entanto, ainda precisa ser aprovado pelo
Senado, onde o líder do governo e relator da
proposta, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ainda
trabalha para formar consenso entre os
parlamentares. A PEC foi aprovada em segundo turno
na Câmara dos Deputados na semana passada, com 323
votos favoráveis e 172 contrários, votação um pouco
mais tranquila que a de primeiro turno, quando houve
312 votos favoráveis à proposta.
O texto flexibiliza o pagamento de precatórios pela
União, permitindo que o governo federal pague alguns
dos maiores títulos já reconhecidos como devidos
pelo Judiciário, de maneira parcelada. O mercado
financeiro demonstrou insatisfação com a proposta,
que permite ao governo romper com o teto de gastos
existente desde 2016. Bolsonaro e sua equipe
econômica projetam que o caixa do governo terá cerca
de R$ 90 bilhões, que serão usados para o pagamento
do Auxílio Brasil, programa temporário que deve
substituir o Bolsa Família.
Fonte: Congresso em Foco
17/11/2021 -
Briga com PL coloca Bolsonaro mais uma vez como
figura isolada
A filiação de Jair Bolsonaro ao PL foi suspensa
no último domingo (14), após uma briga entre o
presidente da República e Valdemar da Costa Neto,
líder do partido. Com isso, Bolsonaro seguirá em
busca de uma legenda para concorrer às eleições de
2022.
O cientista político Paulo Níccoli Ramirez,
professor da Fundação Escola de Sociologia e
Política de São Paulo (Fesp-SP), afirma que o caso é
um exemplo da falta de capacidade de qualquer tipo
de união, por parte de Bolsonaro, o que pode até
tirá-lo das eleições do ano que vem.
“Ele tem até março do ano que vem para encontrar um
partido, caso contrário não poderá participar das
eleições. Isso cria um duplo cenário: ele pode
atacar a democracia novamente ou não concorrer à
eleição. Isso ilustra como Bolsonaro é uma figura
patética, isolada e sem capacidade de unir partidos
à sua volta. Diante disso, a gente pode ver Sergio
Moro ser o candidato de segundo turno contra Lula”,
afirmou Níccoli ao jornalista Glauco Faria, da Rádio
Brasil Atual.
Bolsonaro e o Centrão
O evento marcado para anunciar a filiação de Bolsonaro
ao Partido Liberal, que compõe o Centrão, estava
marcado para o próximo dia 22. Entretanto, o portal
O Antagonista afirma que a suspensão do acordo
ocorre após uma troca de insultos entre Costa Neto e
Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos”,
escrito pelo líder do PL ao presidente da República.
A conversa teria terminado dessa maneira após Costa
Neto negar a proposta de Bolsonaro de colocar seu
filho Eduardo Bolsonaro como responsável pela
legenda em São Paulo. Para Paulo Níccoli, ao que
tudo indica, o PL não será mais o partido de
Bolsonaro em 2022.
“Isso é reflexo de seus três anos de governo,
marcados pelos desmandos, destruição da imagem do
Brasil, 600 mil mortos na pandemia e ameaças contra
a democracia. Portanto, os partidos não querem dar
carta branca a Bolsonaro”, afirmou o cientista
político.
Essa é a nona negociação de Bolsonaro com uma
legenda, após a saída do PSL, em 2019. Na avaliação
do especialista, é provável que o presidente da
República feche com um partido pequeno para chegar à
eleição. “Ele nunca foi um indivíduo de partido. Ele
não tem um corpo técnico próprio, diferente de
partidos organizados. Ele só é cercado de lunáticos
e pessoas ignorantes, que têm como consequência o
Brasil de hoje. Caso ele seja candidato, voltará a
mostrar novamente a desorganização política e com
indivíduos amadores.”
Lula na Europa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
ovacionado, nesta segunda-feira (15), em Bruxelas
(Bélgica), após discursar na Conferência de Alto
Nível da América Latina, no Parlamento Europeu.
“Lula recebe boas-vindas calorosas, ao contrário de
Bolsonaro”, destacou a manchete do site da Bloomberg
– que tem uma linha editorial voltada ao mercado
financeiro – ao comparar as recepções do
ex-presidente Lula e de Jair Bolsonaro durante
visita à Europa.
Para o cientista político, a visita de Lula e sua
recepção por políticos europeus mostram que o
ex-presidente é um verdadeiro estadista, ao
contrário de Bolsonaro.
“O Lula está num tour internacional para angariar
apoio político. Há duas décadas, ele foi igualmente
ovacionado por tirar milhões de pessoas da miséria.
Ele é visto como um estadista, respeitado
internacionalmente. A viagem dele foi feita para
atrair investidores. Mantendo-se Bolsonaro no poder,
a tendência é que mais investimentos saiam do país”,
afirmou Níccoli.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/11/2021 -
Lula em Paris: “O Brasil pode ser reconstruído”
Falando para uma plateia de estudantes e
professores na Sciences Po, o Instituto de Estudos
Políticos de Paris na noite desta terça-feira (16),
o ex-presidente Lula expressou a convicção de que o
Brasil poderá se recuperar da destruição provocada
pelo governo Bolsonaro
“O Bolsonaro tem mais de 160 pedidos de impeachment
e nenhum foi votado. Por quê? Porque a comissão de
orçamento da Câmara criou um orçamento paralelo e
com uma quantia dessa ninguém vai votar impeachment.
Só quem vai poder votar impeachment é o povo
brasileiro dizendo: ‘Chega! Este país merece gente
melhor’.”
Assim falou o ex-presidente Lula para a plateia de
estudantes e professores que lotaram o anfiteatro da
Sciences Po, o Instituto de Estudos Políticos de
Paris na noite de terça-feira, 16 de novembro de
2021", escreve o Tutameia.
Numa exposição de uma hora e vinte e cinco minutos
(incluindo respostas a duas perguntas), ele tratou
da destruição do Brasil, da necessidade de
reconstrução e de reindustrialização, da conjuntura
latino-americana e mundial. Leia a íntegra e veja o
víceo da palestra de Lula.
Fonte: Brasil247
16/11/2021 -
Pacote de ‘simplificação trabalhista’ do governo é
recebido com cautela
Entidades como Anamatra e Diap preferem aguardar
funcionamento prático das medidas do pacote
trabalhista antes de firmar uma avaliação
O governo baixou na última quarta-feira (10) o
Decreto 10.854, com o objetivo anunciado de
simplificação da legislação trabalhista. Depois de
consultas públicas, em torno de mil decretos,
portarias e instruções normativas foram condensados
em 15 normas. Os temas do pacote trabalhista vão de
carteira de trabalho a aprendizagem profissional,
passando por programa de alimentação, registro
sindical e fiscalização, entre outros.
“Em análise preliminar, sem entrar no mérito e na
prática da execução destas normas, o intuito da
desburocratização é louvável, pois, representa
conquista formal para todos os operadores de
Direito, as empresas, entidades sindicais e
trabalhadores”, comenta a advogada Zilmara Alencar,
da assessoria técnica do Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar (Diap). Mas, ressalta,
“somente o dia a dia a dia será capaz de nos dizer o
alcance destas normas”.
Análise do decreto
Em nota técnica – preliminar, ressalta –, o consultor
legislativo do Senado Luiz Alberto dos Santos,
também do Diap, observa que “não se vislumbram
questões de ilegalidade ou ofensa ao direito do
trabalhador, embora a orientação geral do decreto e
sua ‘consolidação’, seja no sentido de facilitar a
atividade econômica”. Ele acrescenta: “O exame mais
completo dependerá da apreciação dos demais atos
infralegais, que, por definição, igualmente não
poderão invadir a reserva legal, criando obrigações
ou restringindo direitos trabalhistas”.
Já o presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz
Colussi, entre outros dirigentes da entidade, esteve
na cerimônia que lançou o chamado Marco Regulatório
Trabalhista Infralegal, no Palácio do Planalto. A
exemplo do Diap, manteve cautela diante das
alterações, embora manifeste receio de nova
precarização de direitos. “A partir de agora, com a
disponibilização dos textos, a Anamatra fará uma
avaliação do seu conteúdo, bem como o alcance da
consolidação anunciada pelo Ministério do Trabalho e
Previdência.”
Tíquete e relógio
Uma das principais mudanças refere-se ao uso do
vale-alimentação. De acordo com o governo, o
objetivo é “abrir” o mercado, que seria concentrado
em poucas empresas. Assim, por exemplo, a partir de
2023 o tíquete poderia ser usado em qualquer
estabelecimento que receba esse tipo de pagamento, e
não apenas naqueles credenciados com uma bandeira
específica.
Outro item refere-se ao relógio de ponto. Segundo o
decreto, as empresas poderão optar por novas
tecnologias de controle, como reconhecimento facial
ou digital e via celular, entre outras. Nesse caso,
a mudança é opcional.
Já a “reforma” trabalhista, implementada por meio da
Lei 13.467, completou quatro anos sem os anunciados
“milhões” de empregos. A taxa média de desemprego só
não subiu nos últimos meses devido ao crescimento da
informalidade.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/11/2021 -
Sindicalistas apontam, em debate na Folha, os vários
prejuízos da reforma trabalhista
No contexto do quarto aniversário da Reforma
Trabalhista, o jornal Folha de SP publicou na sessão
Tendências e Debates artigos que defendem e que
criticam a medida que foi um verdadeiro desmonte da
CLT.
A defesa, em artigo assinado pelo presidente da
Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Abram
Szajman, girou basicamente em torno do maior
benefício às empresas e da contenção de processos
judiciais, o que traria “mais segurança” ao
empregador. Fato que é questionável, visto que o
trabalhador ter que arcar com as custas de um
eventual processo que ele abra contra a empresa é um
item que já caiu no STF dada sua
inconstitucionalidade.
Já o artigo que critica a reforma, assinado por 13
sindicalistas da área da indústria (ver nomes no fim
do artigo), demonstrou através de dados que a
reforma, além de muito prejudicial aos
trabalhadores, o que já afeta a economia como um
todo, não foi acompanhada por nenhum projeto de
modernização (ao contrário do que foi defendido em
sua promulgação), de forma que contribuiu para
agravar ainda mais a condição de subdesenvolvimento
e de exportador de commodities, marca do atraso
econômico, social e cultural do país.
Leia aqui o artigo dos sindicalistas:
Desemprego e desindustrialização sob a reforma
trabalhista
Ao sancionar a reforma trabalhista em 13/07/2017,
Michel Temer e Rogério Marinho posaram em frente a
um painel onde se lia: “Modernização trabalhista,
direitos garantidos e novas oportunidades”. Mais de
quatro anos depois, entretanto, o Brasil sofre com
baixo crescimento econômico, com a contínua retirada
de direitos e confirma sua condição de exportador de
matéria prima.
Muito já foi falado sobre os graves prejuízos que a
reforma de 2017 impôs aos trabalhadores. Agora vamos
tratar de outro ponto que mostra que a reforma não
entregou o que prometeu: a desindustrialização.
O ambiente econômico caminha hoje no sentido
contrário ao da propalada modernização, como mostram
diversos estudos.
Dados da Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial (UNIDO) mostram que entre
2005 e 2020 o Brasil passou do 9ª para o 14ª lugar
no ranking de industrialização global.
Perdemos também 36,6 mil indústrias entre 2015 e
2020, como a Ford e a Mercedes-Benz, como mostra um
levantamento da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o Estadão.
A leitura desses dados revela não apenas o bloqueio
de uma cadeia de produtividade, desenvolvimento e
inovações, mas, sobretudo uma perda expressiva de
empregos de qualidade, uma vez que a indústria é o
setor que oferece melhores condições, maior amparo
legal e maiores rendimentos para os trabalhadores.
Não é o que acontece em países altamente
industrializados como EUA e China, que sofreram
muitas perdas com a pandemia de Covid-19, cujos
governos investiram vultosos volumes de dinheiro
para superar a crise e reforçar o dinamismo
econômico. Nestes países, assim como em outros com
os quais disputávamos posições no ranking da
industrialização, a indústria 4.0 já está
disseminada e os empregos caminham para setores mais
dinâmicos dos serviços, com grande ênfase na
tecnologia.
Nos EUA, importante ressaltar, o presidente Joe
Biden tem valorizado os sindicatos como entidades
que garantem salários melhores, condições mais
dignas de trabalho e assistência para as famílias.
Na contramão deste movimento, os brasileiros, muitos
dos quais já usam o forno a lenha por não poderem
pagar o gás, são incentivados a pararem de usar o
elevador e a tomarem banhos frios. Isso é um
flagrante de que o Brasil de Temer e Bolsonaro é
muito mais a cara dos Flintstones do que dos Jetsons.
Com a aposta deliberada dos últimos governos no
setor primário e extrativista, em detrimento do
industrial, o Brasil reitera sua posição no cenário
internacional como exportador de commodities e
importador de tecnologia.
Resta esclarecer que a modernização não nasce da
retirada de direitos e sim de políticas de Estado
que fomentem industrialização, infraestrutura,
educação, pesquisas, inovações, apoio às micro e
pequenas empresas, além de programas de geração de
empregos e distribuição de renda para vencer a
pobreza com justiça social, sustentabilidade,
liberdade e democracia.
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical
e da CNTM.
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST.
Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT.
Francisco Pereira da Silva, Chiquinho, secretário de
Organização da UGT.
Alvaro Egea, secretário geral da CSB.
Nivaldo Santana, secretário Internacional da CTB.
Eunice Cabral, presidente da Conaccovest.
Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos
Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
Marcelino Rocha, presidente da FITMetal/CTB.
Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR.
Antonio Vitor, presidente da FETIASP.
Antônio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ.
João Carlos Juruna Gonçalves, secretário geral da
Força Sindical.
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/11/2021 -
Câmara pode votar MP que recria Ministério do
Trabalho
Nesta semana de 16 a 18 de novembro, a Câmara dos
Deputados pode votar a Medida Provisória 1058/21,
que recria o Ministério do Trabalho. O Plenário tem
sessões de votação a partir de terça-feira (16), às
13h55.
Além de recriar o Ministério do Trabalho, a MP 1058
transfere a Secretaria Especial de Cultura do
Ministério da Cidadania para a pasta do Turismo.
A matéria conta com um substitutivo do relator,
deputado José Nelto (Pode-GO), que retomou tema da
MP 905/19 criando o Domicílio Eletrônico Trabalhista
para permitir ao Ministério do Trabalho notificar o
empregador, por comunicação eletrônica, sobre atos
administrativos, ações fiscais, intimações e avisos
em geral.
Com esse mecanismo, que dispensará a publicação no
Diário Oficial e o envio por via postal, o
empregador também poderá enviar documentação
eletrônica exigida em ações fiscais ou apresentar
defesa e recurso no âmbito de processos
administrativos. Deverá ser usada certificação
digital ou código de acesso com requisitos de
validade.
Outra mudança proposta pelo relator especifica, na
Lei do Seguro-Desemprego, que o novo ministério
fiscalizará o pagamento, pelas empresas, da bolsa de
qualificação profissional ao trabalhador que estiver
com o contrato de trabalho suspenso para
participação em curso ou programa de qualificação
profissional oferecido pelo empregador.
Fonte: Agência Câmara
16/11/2021 -
Brasil só retomará pleno emprego em 2026, diz
pesquisa
O pleno emprego considera que a taxa de
desemprego deveria estar entre 8% e 10%. Em 2026, a
taxa de desocupação cairia para 10,1%
O Brasil terá convivido por uma década com o
desemprego elevado quando chegar 2026, e atingirá o
pleno emprego somente a partir daquele ano, segundo
análise do economista Bráulio Borges, do Ibre FGV
(Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação
Getulio Vargas) e da LCA, feita a partir de
projeções de um relatório do Latin Focus Consensus,
publicado na primeira semana de novembro.
O pleno emprego considera que a taxa de desemprego
deveria estar entre 8% e 10%. Em 2026, a taxa de
desocupação cairia para 10,1%.
O período mais recente de desemprego abaixo dessa
banda foi durante o governo Dilma Rousseff, entre
2012 e 2014.
Confirmada essa expectativa, portanto, o Brasil
teria convivido por uma década com o excesso de
desemprego. (Com informações da Folha de S.Paulo).
Fonte: Brasil247
16/11/2021 -
STF aponta riscos coletivos e autoriza demissão de
trabalhador sem vacina
Barroso afirmou que a vacina é fundamental para
reduzir o contágio e que a presença de não vacinados
representaria perigo aos demais. Governo vai
recorrer
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (12)
alguns itens da Portaria 620, do Ministério do
Trabalho e Previdência, que proíbem demissão de
trabalhadores que recusaram a vacina contra a covid-19.
Com a decisão, que é provisória, empresas podem
exigir o comprovante de vacinação dos empregados.
Em sua decisão, o ministro citou pesquisas que
apontam a vacinação como fundamental para reduzir o
contágio de covid-19. Por isso, a presença de não
vacinados no ambiente de trabalho poderia
representar riscos aos demais empregados. Ele
concedeu liminar relativa a quatro Arguições de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 898,
900, 901 e 904. As ADPFs foram apresentadas no
Supremo pela Rede, pelo PSB, PT e Novo,
respectivamente. Neste sábado (13), o ministro do
Trabalho, Onyx Lorenzoni, disse que o governo irá
recorrer.
Segurança e saúde
De acordo com a liminar, a presença de não vacinados
“enseja ameaça para a saúde dos demais
trabalhadores, risco de danos à segurança e à saúde
do meio ambiente laboral e de comprometimento da
saúde do público com o qual a empresa interage”.
Barroso fez ressalva a pessoas que tenham
contraindicação médica. Nesses casos específicos,
deve haver testagem periódica, “de forma a evitar a
discriminação laboral em razão de condição
particular de saúde do empregado”.
Além disso, o ministro pediu que a rescisão do
contrato de trabalho por justa causa de quem se
recusar a entregar comprovante deve ser adotada com
proporcionalidade. Seria, segundo ele, a última
medida a ser adotada pelo empregador.
Discriminação
Barroso também suspendeu dispositivo da portaria que
considerava prática discriminatória a exigência de
certificado de vacinação em processos seletivos. E a
extinção do contrato de trabalho por justa causa
pela não apresentação do documento. “Não há
comparação possível entre a exigência de vacinação
contra a Covid-19 e a discriminação por sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar,
deficiência, reabilitação profissional, idade ou
gravidez”, afirmou o ministro do STF. “Esses últimos
fatores não interferem sobre o direito à saúde ou à
vida dos demais empregados da companhia ou de
terceiros. A falta de vacinação interfere.”
Barroso citou ainda princípios da livre iniciativa,
segundo os quais o poder de direção do empregador e
a subordinação jurídica do empregado são elementos
essenciais da relação de emprego. Mas acrescentou
que esse poder deve ser exercido com moderação e
proporcionalidade. Segundo ele, a portaria não
poderia criar direitos e obrigações trabalhistas ao
empregador.
Leia a
íntegra da decisão.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/11/2021 -
Pesquisa aponta rejeição de 57% a Bolsonaro e de 61%
ao governo
Leve melhora na imagem do presidente não se
manteve. No meio de outubro, a taxa “ruim/péssimo”
estava 24 pontos percentuais acima da “bom/ótimo”.
Agora ela foi a 33.
A maioria dos brasileiros rejeita Jair Bolsonaro,
indica a nova rodada da pesquisa PoderData,
divulgada nesta quinta-feira (11). Conforme o
levantamento, o trabalho do presidente é avaliado
como “ruim” ou “péssimo” por 57% das pessoas e como
“bom” ou “ótimo” por 24%, enquanto 16% o avaliam
como “regular”.
As taxas registram pouca variação desde julho. De 15
dias para cá, variaram dentro da margem de erro da
pesquisa – mas em sentido desfavorável ao
presidente.
O resultado também mostra que a leve melhora na
imagem do presidente registrada no meio de outubro
não se manteve. Na época, a taxa “ruim/péssimo”
estava 24 pontos percentuais acima da “bom/ótimo”.
Agora ela foi a 33 pontos, maior nível até agora
–registrado uma vez antes, no final de setembro.
Além do trabalho pessoal do presidente, o PoderData
pergunta aos entrevistados se eles aprovam ou
desaprovam o governo Bolsonaro. Hoje, 61% reprovam e
31% aprovam a administração federal. As taxas
oscilaram na margem de erro, também em sentido
desfavorável ao governo. A diferença entre
reprovação e aprovação foi a 30 pontos. Seu ápice
foi de 36 pontos, de 30 de agosto a 1º de setembro.
O resultado indica que o governo segue entalado em
uma “regra dos terços”: 1/3 do eleitorado de mostra
favorável e 2/3 se afirmam contra. A proporção se
manteve perto disso nos últimos 4 meses.
Bolsonaro e o governo têm resultados piores nas
regiões Sudeste e Nordeste. Pontuam melhor entre os
homens, pessoas que de 45 a 59 anos e entre os que
fizeram ensino médio, mas não chegaram a cursar o
superior.
A pesquisa PoderData ouviu 2.500 eleitores, em 412
municípios, de todos os estados, de 8 a 10 de
novembro. A margem de erro é de dois pontos
percentuais.
Com informações do Poder360
Fonte: Portal Vermelho
12/11/2021 -
Bolsonaro prorroga por dois anos desoneração da
folha de pagamento
A desoneração da folha permite às empresas
substituir a contribuição previdenciária, de 20%
sobre os salários dos empregados
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta
quinta-feira que o governo vai manter a desoneração
da folha de pagamento de 17 setores por mais dois
anos, até o final de 2023.
Em um evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro
anunciou a prorrogação, depois de um encontro com
representantes dos setores que seriam afetados com o
fim da desoneração no final deste ano.
Segundo o presidente, a desoneração --que já vinha
sendo analisada pelo Congresso com um projeto que
prorrogaria a medida por quatro anos-- "tem a ver
com manutenção de emprego".
"Estamos em uma situação pós-pandemia", afirmou.
A desoneração da folha permite às empresas
substituir a contribuição previdenciária, de 20%
sobre os salários dos empregados, por uma alíquota
sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.
Fonte: Brasil247
12/11/2021 -
PEC dos Precatórios: sindicatos entram na Justiça
contra calote em aposentados e pensionistas
Ação no STF solicita que a proposta, em análise
no Senado, não englobe a categoria. Texto da PEC
autoriza que as dividas judicias da União sejam
parceladas, independente do valor que os
trabalhadores teriam a receber por direito
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e
Idosos (Sindnapi), a Força Sindical e a Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM)
ingressaram nessa segunda-feira (8) com ação no
Supremo Tribunal Federal (STF) para que a PEC dos
Precatórios não englobe os trabalhadores aposentados
e pensionistas. Encaminhada ao Senado, a Proposta de
Emenda à Constituição 23/2021 estabelece que as
dívidas judiciais da União com pessoas físicas e
jurídicas, que somam aproximadamente R$ 90 bilhões e
deveriam ser pagas em 2022, sejam parceladas.
Independentemente da quantia que o servidor público
teria para receber por direito, pela proposta, não
será pago integralmente.
A ação quer garantir que os aposentados e
pensionistas não sejam lesados com a medida,
apelidada de PEC do Calote. De acordo com a advogada
Tonia Galleti, coordenadora do Departamento Jurídico
do Sindnapi, esse pleito do sindicato é simplesmente
“um pedido de justiça”. O governo vem estabelecendo
a proposta como condição para garantir o Auxílio
Brasil, que deve substituir Bolsa Família, extinto
pela equipe de Jair Bolsonaro. Tonia Galleti
explica, contudo, que o sindicato não é contra o
Auxílio Brasil, mas sim tirar a verba de quem mais
precisa.
Calote institucionalizado
“O governo vem a público dizer que precisa de R$ 40
bilhões para pagar o Auxílio Brasil. Nós não somos
contra o Auxílio Brasil, nós somos contra fazer
graça com chapéu alheio. Você tira do bolso de um
para colocar no bolso do outro. Isso não é uma
medida de justiça, porque eles não tiram do bolso
deles, por exemplo, das emendas parlamentares, dos
gastos extraordinários que o Executivo e o
Legislativo possuem. Não, eles vão tirar do bolso do
pobre aposentado que em média ganha R$ 1.500 por
mês. Esse é um direito da pessoa que trabalhou a
vida inteira, contribuiu, pagou e tem direito a R$
500 ou R$ 1 mil a mais do benefício que foi
concedido errado e ela teve que pagar advogado, fez
empréstimo. Mas nada disso é levado em conta”,
contesta a advogada.
A PEC dos Precatórios, que ameaça direitos de
aposentados e pensionistas, foi aprovada em segundo
turno na Câmara dos Deputados na noite desta
terça-feira (9) e agora segue para votações no
Senado. Para Tonia, se aprovada, a PEC será um
calote institucionalizado no povo brasileiro.
“É desonesto com o brasileiro e com a brasileira,
porque existem outros caminhos para viabilizarmos os
benefícios assistenciais. E aí é implantado um novo
benefício sem o custeio necessário e completamento
eleitoreiro porque é um benefício temporário. Todo
ano será essa labuta? Esse ano estão tirando os
precatórios e no ano que vem vão tirar o quê para
pagar o benefício em 2023?”, questiona. É
desonestidade e uma irresponsabilidade não tratar a
coisa pública e a fome das pessoas de maneira
honesta, direta e concreta para eliminá-la e não
apenas postergá-la”, adverte.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/11/2021 -
Pagamento do 13º pode representar R$ 232,6 bi a mais
na economia, estima o Dieese
Segundo o instituto, direito beneficia quase 83,5
milhões de pessoas, entre trabalhadores do mercado
formal, aposentados e pensionistas
O pagamento do 13º salário neste ano pode
representar incremento de R$ 232,6 bilhões na
economia em 2021, aponta estimativa divulgada nesta
quinta-feira (11) pelo Dieese. O valor representa
aproximadamente 2,7% do PIB.
De acordo com o instituto, o direito beneficia quase
83,5 milhões de pessoas. Isso inclui trabalhadores
do mercado formal (51,2 milhões) e aposentados e
pensionistas (32,3 milhões). O valor médio do
pagamento é de R$ 2.539.
Para elaborar a estimativa, o Dieese leva em conta
dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
e do “novo” Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Ambos são do Ministério do
Trabalho e Previdência. Também são utilizadas
informações da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, além da
Previdência Social e da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN).
Assim, trabalhadores do mercado formal representam
61,3% do total. O Dieese lembra que não inclui no
cálculo do 13º salário “autônomos, assalariados sem
carteira ou trabalhadores com outras formas de
inserção no mercado de trabalho que, eventualmente,
recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez
que não há dados disponíveis sobre esses proventos”.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/11/2021 -
Governo quer o INSS como único gestor de
aposentadorias da União
Projeto de lei foi enviado ao Congresso Nacional
O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional
um projeto de lei complementar que coloca o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como o
órgão único de gestão do Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) da União. O despacho foi
publicado nesta quinta-feira (11) no Diário Oficial
da União.
Pelo projeto, toda a gestão de aposentadoria dos
servidores e dos membros do Poder Executivo, que
inclui administração direta, autarquias e fundações
públicas, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo,
do Tribunal de Contas da União, do Ministério
Público Federal e da Defensoria Pública da União
será unificada em apenas uma entidade.
Redução de custos
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou
que o objetivo da medida é simplificar,
desburocratizar e reduzir custos operacionais na
gestão de pagamento de aposentadorias e pensões dos
servidores públicos federais. A estimativa do
governo é de uma economia de R$ 27 milhões por ano
com a gestão unificada.
“A escolha pelo INSS tem papel estratégico na
decisão, uma vez que o instituto possui grande
experiência na gestão previdenciária do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) e executa a
aposentadoria dos seus próprios servidores - o que
corresponde a aproximadamente 28% da Administração
Indireta do Poder Executivo Federal”, explicou a
Secretaria-Geral.
Acrescentou que o projeto prevê que a nova
atribuição do INSS será processada de forma
totalmente segregada das atribuições típicas do
órgão. Nesse sentido, as atividades orçamentárias,
financeiras, concessão e manutenção dos benefícios
dos servidores públicos federais serão desenvolvidas
por equipe de especialistas exclusivos do próprio
corpo funcional.
Além disso, a proposta cria colegiados, com
participação de outros Poderes e de beneficiários,
para supervisionar a gestão do RPPS pelo INSS.
O projeto atende a dispositivo da reforma da
Previdência (Emenda Constitucional nº 103/2019), que
estabelece o prazo até novembro de 2021 para a União
implantar o órgão ou entidade previdenciária única
dos seus servidores.
Fonte: Agência Brasil
12/11/2021 -
Entenda o Decreto Trabalhista de Bolsonaro, por
Zilmara Alencar
Em análise preliminar, sem entrar no mérito e
na prática da execução destas normas, o intuito da
desburocratização é louvável, pois, representa
conquista formal para todos os operadores de
Direito, as empresas, entidades sindicais e
trabalhadores.
No entanto, compreende Zilmara Alencar, do corpo
técnico do DIAP, “somente o dia a dia será capaz de
nos dizer o alcance destas normas.” Em breve,
Zilmara vai apresentar parecer sobre os aspectos
materiais envoltos pelo
Decreto 10.854/21. Acesse também a
Portaria/MTP 671, que “Regulamenta disposições
relativas à legislação trabalhista, à inspeção do
trabalho, às políticas públicas e às relações de
trabalho.”
Algumas mudanças
Uma das mudanças mais efetivas na vida do trabalhador
vai ser a flexibilização do uso do vale-alimentação.
Na prática, o decreto tem por objetivo abrir o
mercado das empresas de tíquete alimentação,
considerado concentrado e verticalizado. Segundo
integrantes do governo, o segmento é dominado por
apenas 4 grandes empresas e essas respondem por todo
o processo, desde a assinatura do acordo.
Costumam cobrar variedade de taxas, de fidelização,
uso de sistema, maquininhas, uma das principais
queixas de pequenos estabelecimentos. Com as
mudanças, empresas de cartão, como Mastercard, Visa
e IFood poderão fazer o credenciamento de
estabelecimentos.
Outra medida do pacote diz respeito à
obrigatoriedade do relógio de ponto nas empresas.
Essas poderão optar por novas tecnologias, como
reconhecimento facial, digital, celular, software
especializados. Novos meios que deem segurança aos
trabalhadores e empregadores serão aceitos. A
mudança é opcional.
Nota técnica
Por meio de nota técnica, também preliminar, o
consultor legislativo do Senado e do corpo técnico
do DIAP, Luiz Alberto dos Santos, entende que “não
se vislumbram [no decreto] questões de ilegalidade
ou ofensa ao direito do trabalhador, embora a
orientação geral do decreto e sua ‘consolidação’,
seja no sentido de facilitar a atividade econômica,
materializando conceitos da ‘Lei de Liberdade
Econômica’ e simplificando normas.”
E acrescenta: “O exame mais completo dependerá da
apreciação dos demais atos infralegais, que, por
definição, igualmente não poderão invadir a reserva
legal, criando obrigações ou restringindo direitos
trabalhistas.”
EIS AQUI AS INFORMAÇÕES PRELIMINARES
Fonte: Diap
11/11/2021 -
Pesquisa traz Lula com 48% e Bolsonaro com 21%.
Rejeição ao presidente é de 69%
Pesquisa Genial Quaest divulgada nesta
quarta-feira traz avaliação negativa de Bolsonaro em
alta e
vitória de Lula contra qualquer adversário em 2º
turno
O ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem
hoje a preferência de 48% do eleitorado, de acordo
com nova pesquisa de intenções de voto sobre a
eleição presidencial de 2022. O levantamento feito
entre os últimos dias 3 e 6 de pela Quaest para o
Banco Genial traz ainda o presidente Jair Bolsonaro
com 21%. Em seguida aparecem os ex-ministros Sergio
Moro (sem partido), com 8%, Ciro Gomes (PDT), com
6%. João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Rodrigo
Pacheco (PSD) e Felipe Dávila (Novo) oscilam entre
0% e 2%. Chama atenção na pesquisa Genial Quaest o
crescimento da rejeição a Bolsonaro: 69% dos
entrevistados afirmam que o atual presidente não
merece mais quatro anos de mandato.
Reprovação ao governo
Além disso, avaliação negativa de Bolsonaro atinge sua
pior taxa desde o início da pesquisa. Enquanto essa
reprovação era de 45% em julho, hoje está em 56%.
Quem vence
Cresce também, segundo a pesquisa, a proporção de
entrevistados que preferem que Lula seja o vencedor
da eleição, de 41% para 46%. Por outro lado, diminui
de 31% para 25% o percentual dos quem respondem nem
Lula, nem Bolsonaro, de 24% para 22% os que preferem
Bolsonaro.
Na pesquisa espontânea, em que não são mencionados
nomes de candidatos, a preferência por Lula subiu de
21% para 29%, em cinco meses, enquanto caiu dois
pontos, pra 16%.
Já o potencial de votos de Lula (votariam nele ou
poderiam votar) chega a 58%, enquanto a taxa de
rejeição está em 39%. Por sua vez, Bolsonaro
apresenta a maior rejeição, 67% dizem que não
votariam nele, enquanto seu potencial de votos está
em 30%. O petista alcança ainda liderança em todas
as regiões do país. Num eventual segundo turno, Lula
alcança 57% contra 27% de Bolsonaro.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/11/2021 -
Moro se apresenta como a "terceira via" em discurso
de filiação partidária
"Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de
petrolão, chega de rachadinha, chega de orçamento
secreto. Chega de querer levar vantagem em tudo e
enganar o povo brasileiro", discursou Sergio Moro
para um auditório com cerca de 700 pessoas, nesta
quarta-feira (10/11), em Brasília, durante sua
filiação ao Podemos.
Durante a fala que durou 42 minutos, o juiz do
consórcio da "lava jato" enfatizou sua história como
magistrado e o fato de nunca ter atuado como
político. "Meu propósito sempre foi ser justo com
todos”, disse.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro afirmou
que decidiu entrar na política para "corrigir o país
de dentro para fora".
"Esse não é um projeto pessoal de poder, mas sim um
projeto de país. (...) Se, para tanto, for
necessário assumir a liderança nesse projeto, meu
nome sempre estará à disposição do povo brasileiro.
Não fugirei dessa luta, embora saiba que será
difícil."
Para além das questões de corrupção e do suposto
legado positivo da "lava jato" para o país, o
ex-consultor da Odebrecht nos Estados Unidos, última
função que ocupou antes de voltar para seu projeto
de poder no Brasil, esboçou algumas propostas:
criticou a gestão da pandemia, defendeu liberalismo
na economia, com privatizações de estatais
ineficientes, expansão do ensino integral, mas
também abordou questões como a pobreza e o meio
ambiente.
Clique
aqui para ler o discurso completo
Fonte: Consultor Jurídico
11/11/2021 -
Pressão sindical adia votação no Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
discutiria terça (9) o projeto de privatização da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Mas a
votação foi suspensa após forte mobilização das
entidades de classe e dos trabalhadores. O Senador
Otto Alencar (PSD-BA) – presidente da CAE –
confirmou o adiamento. Não há nova data definida.
A conquista é resultado da luta dos funcionários da
ECT junto aos senadores, afirma o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em SP (Sintect-SP),
Elias Cezário, o Diviza.
Momentos antes da sessão, houve ato em frente ao
Senado. Diviza avalia: “Foi uma vitória real. Mas a
luta segue. Vamos dialogar com todos os senadores,
tirar dúvidas e alertar sobre os malefícios dessa
proposta privatista do governo”.
Em Nota, a Federação Interestadual da categoria diz
que a mobilização diária tem dado resultado. “A
atuação nas redes sociais, cobrando a defesa dos
Correios públicos, e a crise crescente do governo
são os motivos do adiamento”, diz o documento.
Para Diviza, a maioria dos senadores já está
esclarecida sobre o assunto. “Eu vejo que o governo
sabia que perderia nessa votação. Mas agora vai
tentar de todas as maneiras buscar o voto favorável.
Estamos mobilizados”, alerta. “Acreditamos na
vitória dos trabalhadores e da população em manter
os Correios públicos e de qualidade”, conclui o
presidente do Sintect-SP.
Mais – Acesse os sites da Findect e Sintect-SP.
Fonte: Agência Sindical
11/11/2021 -
STF: Toffoli fecha placar de 8 a 2 e confirma
suspensão do orçamento secreto
Ministros já tinham formado maioria para
suspender a execução de emendas do relator
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal
(STF), foi o último a votar fechando o placar de 8 a
2 contra o chamado "orçamento secreto".
Com isso, o julgamento virtual referendou a liminar
da ministra Rosa Weber que suspendeu o pagamento das
emendas de relator, verbas destinadas por
parlamentares às suas bases eleitorais, mas sem
identificação do deputado ou senador responsável
pelos repasses, nem o município, estado ou órgão
público beneficiado com os recursos.
Apenas os ministros Gilmar Mendes e Kassio Nunes
Marques votaram pela retomada dos repasses, para
evitar eventuais prejuízos a políticas públicas em
andamento, especialmente na saúde.
Seguiram a relatora os ministros Edson Fachin, Luís
Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes,
Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Dias Toffoli.
Apesar da divergência, todos os ministros
acompanharam a ministra Rosa Weber ao determinar que
governo e Congresso criem mecanismos de
transparência sobre a destinação de verbas e
determinou que publiquem, em até 30 dias, todos os
pedidos feitos por parlamentares junto aos
ministérios para liberação dos recursos.
Fonte: Brasil247
11/11/2021 -
Proposta que altera Constituição para permitir
trabalho aos 14 anos provoca polêmica na CCJ
Relator apresenta parecer pela admissibilidade da
PEC, mas deputadas criticam iniciativa
Partidos de oposição obstruíram as votações na
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos
Deputados nesta semana. Um dos objetivos foi evitar
a votação da proposta de emenda à Constituição que
autoriza os adolescentes a partir de 14 anos de
idade a firmar contrato de trabalho sob regime de
tempo parcial (PEC 18/11). Hoje, de acordo com a
Constituição, os jovens com 14 e 15 anos só podem
trabalhar na condição de aprendizes.
A proposta tem parecer pela admissibilidade do
relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR).
Ele também recomendou a aprovação de outras seis
PECs que tramitam apensadas à principal, para
tramitar em conjunto.
Entre essas outras propostas, está uma que permite
que maiores de 14 anos possam trabalhar com a
autorização dos pais (PEC 274/13). Outra, que
menores de 18 e maiores de 14 trabalhem, porém desde
que estejam frequentando regularmente a escola (PEC
108/15). Há, ainda, proposta que permite o trabalho
já a partir dos 13 anos de idade (PEC 2/20).
Críticas às propostas
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) foi uma das
parlamentares a comandar a obstrução. “Nós estamos
aqui discutindo um dos piores ataques à infância e à
adolescência. Tem que ter muito óleo de peroba para
dizer que é a favor da criança e do adolescente e
votar a favor da tramitação de PECs como essa. Aqui,
na PEC 18, tem inconstitucionalidade flagrante. O
princípio do não retrocesso social, que está na
Constituição de 1988, é rasgado, é vilipendiado. E
não é só um não retrocesso com relação a 1988, vocês
estão voltando para o início do século 19", disse.
Segundo a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), outras
propostas em benefício de crianças e adolescentes
seriam mais benéficas à sociedade. “Como alguém que
vem da periferia, que estudou em escola pública, que
teve que trabalhar desde os 7 anos, eu quero dizer
com todas as letras: o que nossos jovens e crianças
precisam é de uma lei da aprendizagem que de fato
funcione. É de oportunidades na educação, de uma
educação verdadeiramente integral. É de esporte,
cultura, arte, oportunidades que lhes permitam
quebrar o ciclo da pobreza, sonhar, e sonhar sem
limites”, observou.
Clandestinidade
Já o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) afirma que a ideia
é regulamentar uma prática que é necessária para
muitas famílias. “Hoje, o que acontece é que a
criança, quando tem que complementar a renda dos
pais, porque tem muitos pais que não conseguem
trabalhos que possam suprir a necessidade de casa,
vão para a clandestinidade, vão para o sinal vender
bala, vai fazer malabarismo, às vezes até se
prostitui”, disse.
Para o deputado Giovani Cherini (PL-RS), por outro
lado, o trabalho desde cedo ajuda a formar cidadãos
melhores. “Matar e roubar com 14 anos, matar e
roubar com 15 anos, matar e roubar com 16 anos,
pode. Somente aqueles que são a favor da desgraça,
da bandidagem, é que podem imaginar que uma criança,
um jovem com 14 anos não possa trabalhar. Ele vai
ser um cidadão de bem, vai aprender os valores do
trabalho”, afirmou.
A Comissão de Constituição e Justiça tem nova
reunião deliberativa marcada para esta quinta-feira
(11). Se as propostas que tratam da permissão de
trabalho a adolescentes forem aprovadas lá, elas
seguem para a análise de uma comissão especial.
Depois, o Plenário da Câmara ainda precisa bater o
martelo sobre o tema, em dois turnos de votação.
Fonte: Agência Câmara
11/11/2021 -
Inflação acumulada em 12 meses atinge 10,67%
A inflação no país continua a subir, principalmente
puxado pela alta da gasolina. O Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro foi de
1,25%, no acumulado dos últimos 12 meses é de
10,67%.
“Foi a maior variação para um mês de outubro desde
2002 (1,31%)”, destacou o IBGE.
O resultado da inflação em outubro veio acima do
esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a
expectativa de analistas era de uma taxa de 1,05% em
outubro.
O grande vilão da inflação foi a gasolina, que teve
aumento em seis meses seguidos. Um aumento de 3,10%,
respondendo por 0,19 ponto porcentual da alta do
IPCA no mês.
“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes
sucessivos que têm sido aplicados no preço do
combustível, nas refinarias, pela Petrobras”,
afirmou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Além da gasolina, houve aumento nos preços do óleo
diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular
(0,84%).
O G1 publicou uma lista com o aumento da inflação
dos grupos pesquisados. Confira:
- Alimentação e bebidas: 1,17%
- Habitação: 1,04%
- Artigos de residência: 1,27%
- Vestuário: 1,80%
- Transportes: 2,62%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,39%
- Despesas pessoais: 0,75%
- Educação: 0,06%
- Comunicação: 0,54%
Fonte: Redação Mundo Sindical - Manoel Paulo com
informações do G1
11/11/2021 -
Paim adianta que votará contra a PEC dos Precatórios
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (10), o
senador Paulo Paim (PT-RS) adiantou que votará
contra a chamada PEC dos Precatórios (PEC 23/2021),
aprovada nesta terça-feira (9), em segundo turno,
pela Câmara dos Deputados.
O texto será analisado agora pelos senadores e,
conforme disse Paim, passará pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), antes de ser votado no
Plenário.
A Proposta de Emenda à Constituição prevê a
alteração do regime de pagamento de precatórios,
altera as regras do teto de gastos e permite o
parcelamento de débitos previdenciários pelos
municípios. Com isso, o governo federal terá espaço
no orçamento para promover o pagamento, até o final
do próximo ano, do auxílio-Brasil, programa que
substituirá o Bolsa-Família.
Mas, na opinião de Paulo Paim, a PEC, se também for
aprovada pelos senadores, representará o calote nos
credores de precatórios e enfraquecerá os programas
de transferência de renda para a população mais
pobre.
— Para quê complicar, se podemos simplificar. Temos
é que regulamentar a lei da renda básica universal
de cidadania e manter e ampliar o programa
bolsa-família, disse.
Paulo Paim ainda defendeu medidas que tornem o
orçamento da União transparente e democrático,
priorizando as ações que interessem à população,
especialmente à parcela mais pobre.
Ele lembrou que chegou a apresentar uma Proposta de
Emenda à Constituição que instituía, no âmbito da
União, o orçamento participativo, modelo adotado no
Rio Grande do Sul que deu poder de decisão à
população gaúcha, quanto aos investimentos a serem
feitos com as receitas estaduais.
A PEC apresentada pelo senador sequer foi votada e,
por isso, foi arquivada.
Fonte: Agência Senado
10/11/2021 -
Acordo na CCJ da Câmara adia votação do projeto que
reduz idade para trabalho de menores
Por acordo entre os partidos, a reunião desta
terça-feira (9) da Comissão de Constituição de
Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara ficou
restrita a emendas à lei orçamentária. Os demais
itens voltarão à pauta nesta quarta-feira (10),
incluindo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
18, que reduz a idade mínima para trabalho de
menores.
O projeto foi apresentado em 2011, mas sua
tramitação ficou parada durante anos. Até que em
2019 foi designado novo relator, o então deputado
João Roma (Republicanos-BA). Hoje, ele é ministro da
Cidadania. O atual relator, Paulo Eduardo Martins
(PSC-PR), deu parecer favorável. Se aprovada a
admissibilidade da proposta, a PEC vai para uma
comissão especial.
“Imenso retrocesso”
Para os críticos, a proposta pode aumentar a
exploração do trabalho de crianças e adolescentes.
Além de agravar o problema do desemprego no país. “A
PEC representa um imenso retrocesso, pois legaliza o
trabalho infantil no Brasil ao reduzir a idade
mínima para tal”, afirma a deputada Maria do Rosário
(PT-RS), que coordena a Frente Parlamentar Mista de
Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
A sessão desta terça durou aproximadamente uma hora.
No início, foi respeito um minuto de silêncio pela
cantora Marília Mendonça e demais vítimas do
acidente aéreo da última sexta-feira (5). E também
pelo ex-governador de Goiás Íris Rezende.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/11/2021 -
Pacto pelo emprego deveria estar no centro da
política econômica
Por Clemente Ganz Lúcio
A crise sanitária, além de provocar mortes e
sofrimento para milhões de pessoas, carregou a
economia para uma outra crise porque a proteção à
vida e a saúde exigiram a paralisação das atividades
produtivas de setores e empresas e desorganizou
cadeias produtivas e fluxos de abastecimentos de
insumos, promovendo o deslocamento de milhões de
trabalhadores para o desemprego, a inatividade, o
desalento e o subemprego.
No Brasil, segundo o IBGE, estavam desempregados em
agosto cerca de 13,7 milhões de trabalhadores e mais
de 31 milhões de pessoas que participam da força de
trabalho do país eram consideradas subutilizadas
(desempregadas, desalentadas, inativos ou com
jornada de trabalho insuficiente). De outro lado,
piora a cada dia a expectativa sobre o crescimento
econômico. O país continua derrapando na política
econômica do governo, as empresas continuam indo
embora ou fechando, a desindustrialização avança.
Em 2008 o mundo passou por uma grave crise
econômica. Buscando respostas para os severos
impactos sobre o mundo do trabalho, os
representantes de governos, empregadores e
trabalhadores presentes na 98ª Conferência
Internacional da OIT – Organização Internacional do
Trabalho (junho/2019) apresentaram um conjunto de
diretrizes para enfrentar a crise mundial do emprego
que foram reunidas no documento “Um Pacto Mundial
para o Emprego”.
Agora a emergência sanitária traz a urgência de
enfrentar uma nova crise global do emprego. Por isso
consideramos que a iniciativa da OIT precisa ser
renovada para enfrentar o contexto atual de
desemprego, queda da renda do trabalho e
desestruturação do sistema produtivo. A seguir
destacaremos diretrizes do “Pacto pelo Emprego” de
2019, que são atuais e que deveriam estar no centro
da política econômica dos países, inclusive do
Brasil.
A OIT indica que os esforços globais devem ser
orientados por uma visão deferente – como, por
exemplo, aquela que foi recentemente debatida na COP
26 -, coordenados para construir respostas para o
emprego, com empresas sustentáveis, com qualidade do
serviço público, na proteção das pessoas,
preservando seus direitos, o diálogo social e a
participação coletiva. Desafortunadamente o Brasil,
por escolha do seu governo, tem caminhado no sentido
contrário a essas diretrizes.
Nessa linha de ação, o Pacto indica a urgência à
proteção e crescimento do emprego, com especial
atenção às mulheres e homens vulneráveis, à
juventude, aos trabalhadores mal remunerados, pouco
qualificados, informais e migrantes. Políticas
orientadas para manter os empregos, para facilitar a
mobilidade profissional e favorecer o acesso aos
postos de trabalho.
No caso do Brasil, cabe prioridade para a
reorganização e revitalização do Sistema Público de
Emprego, Trabalho e Renda, o que inclui medidas de
proteção dos empregos e da renda do trabalho,
ampliação do seguro-desemprego, fortalecimento da
intermediação pública de mão-de-obra, a formação
profissional continuada e integrada entre escola e
trabalho, o microcrédito produtivo, o apoio e
assistência à economia solidária e popular, ao
cooperativismo e à agricultura familiar.
A política centrada no emprego deve ter por objetivo
evitar a queda dos salários, a deterioração das
condições de trabalho, promovendo as normas
fundamentais do trabalho decente e reduzindo a
desigualdade entre homens e mulheres, incentivando a
negociação coletiva, favorecendo à criação de
empresas e a geração de empregos em diversos
setores.
Para enfrentar o risco de desemprego de longa
duração e o aumento da informalidade, tendências de
difícil reversão, deve-se buscar o pleno emprego
produtivo com trabalho decente por meio de políticas
macroeconômicas que impulsionem a demanda efetiva, a
manutenção dos níveis salariais, articulando
políticas ativas do mercado de trabalho e
mobilizadas pelos serviços integrados por um Sistema
Público de Emprego.
Esforços devem ser envidados para que as empresas
sejam capazes de manterem ou retomarem suas
atividades produtivas, mantendo seus trabalhadores,
apoiando a criação de empregos em vários setores da
economia e seus efeitos multiplicadores.
Ter a atenção para o papel central que as micro,
pequenas e médias empresas e o cooperativismo têm na
criação de empregos e a necessidade de apoio e
assistência.
Medidas emergenciais devem mobilizar o poder público
para realizar investimentos para a realização e
retomada de obras, entre outras medidas de criação
direta de empregos, inclusive com atenção especial
para a economia informal.
Nessa perspectiva de ações emergenciais vinculadas a
um projeto estrutural de desenvolvimento
sustentável, deve-se articular os investimentos em
infraestrutura econômica e social, em pesquisa e
inovação, na promoção de “serviços verdes” e nas
atividades relacionados aos cuidados das pessoas e
do meio ambiente.
Deve-se buscar reforçar os sistemas de proteção
social para proteger as pessoas e famílias, para dar
suporte à renda que sustenta a demanda, para
combater o aumento da pobreza e das desigualdades.
Nessa linha convergem os programas de proteção de
renda (Bolsa Família e Auxílio Emergencial),
integrados aos programas de proteção à saúde,
assistência, educação, com atenção para os idosos, a
juventude, às crianças, buscando aumentar a duração
e a cobertura desses programas.
Para evitar a espiral deflacionaria dos salários, a
OIT indica o diálogo social, a negociação coletiva e
as políticas relacionadas à valorização do salário
mínimo.
Esse arcabouço de diretrizes deve ter como elemento
constitutivo o respeito aos princípios e direitos
fundamentais no trabalho, o combate contínuo ao
trabalho forçado, ao trabalho infantil e à
discriminação no trabalho. Respeitar a liberdade
sindical, o direito à sindicalização e à negociação
coletiva.
Em momento tão graves o caminho a ser seguido
deveria convergir para o fortalecimento do diálogo
social, capaz de sintonizar a nação por meio das
suas organizações a construir caminhos e políticas
adequadas a cada contexto situacional, que legitimem
as escolhas coletivas.
O nosso desafio é abrir uma outra trajetória de
futuro, muito diferente daquela que o país vem
trilhando, intencionalmente convergente com as
diretrizes acima, com o fortalecimento do Estado
Democrático de Direito, o diálogo social, o
compromisso com o desenvolvimento sustentável e a
justiça social.
Fonte: Agência Sindical
10/11/2021 -
Supremo forma maioria pela suspensão do "orçamento
secreto"
O Plenário do Supremo Tribunal Federal formou
maioria para barrar os repasses parlamentares feitos
por meio de emendas do relator, prática conhecida
como "orçamento secreto".
Até a tarde desta terça-feira (9/11), seis ministros
já se manifestaram contra a medida. O julgamento se
estende até as 23h59 desta quarta.
Pela manhã, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e
Edson Fachin já haviam acompanhado o voto da
relatora, ministra Rosa Weber. Agora já se juntaram
a eles os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre
de Moraes.
A arguição de descumprimento de preceito fundamental
foi ajuizada pelo Psol, por violação aos princípios
da legalidade e da transparência, ao controle social
das finanças públicas e ao regime de emendas
parlamentares. A ação passou a tramitar em conjunto
com outras três semelhantes, dos partidos Novo,
Cidadania e PSB.
Na última sexta-feira (5/11), Rosa concedeu liminar
para suspender os repasses. Ela destacou que o
relator-geral do orçamento "figura apenas
formalmente como autor da programação orçamentária",
enquanto deputados federais e senadores autorizados
por meio de acordos informais detêm de fato o poder
para decidir a destinação final dos valores.
"Enquanto as emendas individuais e de bancada
vinculam o autor da emenda ao beneficiário das
despesas, tornando claras e verificáveis a origem e
a destinação do dinheiro gasto, as emendas do
relator operam com base na lógica da ocultação dos
congressistas requerentes da despesa", explicou a
ministra. As emendas seriam atribuídas
indiscriminadamente ao relator-geral, que seria na
verdade um intermediário entre o orçamento e um
"grupo de parlamentares incógnitos".
Segundo ela, a autoria material dessa categoria de
execução orçamentária "não corresponde àquela
declarada na peça formal". Por isso, violaria os
postulados constitucionais da publicidade e da
impessoalidade no âmbito dos poderes públicos.
Segundo Rosa Weber, há constatação objetiva de que
as emendas do relator transgridem os postulados
republicanos da transparência, da publicidade e da
impessoalidade. São, assim, práticas institucionais
condescendentes com a ocultação dos autores e
beneficiários dessas despesas, em modelo que
institui inadmissível exceção ao regime da
transparência.
ADPF 854
Fonte: Consultor Jurídico
10/11/2021 -
STJ anula todas as decisões contra Flávio Bolsonaro
nas rachadinhas
A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
por quatro votos a um, aceitou pedido feito pela
defesa do senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair
Bolsonaro, para anular todas as decisões tomadas
pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do
Rio de Janeiro no caso das "rachadinhas".
Com isso, toda a investigação feita pelo Ministério
público do Rio de Janeiro fora anuladas e o caso
volta para a estaca zero.
Os ministros entenderam que o juiz Itabaiana não era
competente para julgar o caso. Isso porque Flávio
Bolsonaro manteve o foro privilegiado diante do
chamado mandato cruzado, porque ao deixar o cargo de
deputado estadual assumiu a cadeira no Senado.
"Não há como sustentar que o magistrado de primeira
instância era ora aparentemente competente para
investigar senador que acabra de deixar o cargo de
deputado estadual. Se era absolutamente incompetente
para o deferimento das medidas cautelares
investigativas, não há como sustentar a viabilidade
dessas medidas, já que são manifestamente nulas”,
afirmou o ministro João Otávio de Noronha, seguido
por Reynaldo da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan
Paciornik.
O relator do caso, ministro Felix Fischer, rejeitou
o pedido do senador.
Fonte: Brasil247
10/11/2021 -
Projeto altera responsabilidades no uso dos
equipamentos de proteção individual pelos
trabalhadores
Pelo texto, o empregado será responsável por
utilizar o EPI de forma adequada, seguindo o
treinamento
O Projeto de Lei 2249/21 define e atualiza os
deveres e as responsabilidades dos empregadores e
dos empregados quanto ao uso de equipamento de
proteção individual (EPI). O texto em análise na
Câmara dos Deputados altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT).
Pela proposta, os empregadores deverão fornecer aos
empregados, de forma gratuita, os EPIs adequados ao
risco de cada atividade e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, oferecendo treinamento
para o uso. Além disso, deverão realizar inspeções
sobre os EPIs, substituindo-os quando necessário.
O empregado será responsável por utilizar o EPI de
forma adequada, seguindo o treinamento, e pela
guarda e conservação do equipamento. O empregador
que cumprir todos os dispositivos da futura lei
ficará dispensado de indenização em caso de acidente
de trabalho decorrente do uso inadequado de EPI.
“Vivenciamos um tempo de maior autonomia dos
empregados na relação de trabalho, e pressupor que
eles devam ser mantidos sob constante vigilância a
respeito do uso dos EPIs é considerar que são
incapazes de exercer essa tarefa de forma autônoma”,
disse o autor da proposta, deputado Nicoletti
(PSL-RR).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
10/11/2021 -
Câmara aprova em 2º turno PEC dos Precatórios
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(9), em dois turnos de votação, a PEC dos
Precatórios (PEC 23/21, do Poder Executivo), que
limita o valor de despesas anuais com precatórios,
corrige seus valores exclusivamente pela Taxa Selic
e muda a forma de calcular o teto de gastos. A
matéria será enviada ao Senado.
De acordo com o texto aprovado, do relator Hugo
Motta (Republicanos-PB), o limite das despesas com
precatórios valerá até o fim do regime de teto de
gastos (2036). Para o próximo ano, esse limite será
encontrado com a aplicação do IPCA acumulado ao
valor pago em 2016 (R$ 30,3 bilhões). A estimativa é
que o teto seja de R$ 44,5 bilhões em 2022.
Motta afirmou que a proposta tem dois pilares: o
limite para o pagamento de precatórios e a revisão
do teto de gastos. “Desses dois pilares, sai o
espaço fiscal para podermos garantir o pagamento
desse novo Bolsa Família, que agora se chamará
Auxílio Brasil, para essas 17 milhões de famílias”,
disse.
Pelas regras atuais, dados do governo indicam um
pagamento com precatórios de R$ 89,1 bilhões em
2022, frente aos R$ 54,7 bilhões de 2021. Outros R$
47 bilhões de folga orçamentária serão abertos com a
mudança no cálculo da correção do teto de gastos.
Segundo o secretário especial do Tesouro e
Orçamento, Esteves Colnago, cerca de R$ 50 bilhões
devem ir para o programa Auxílio Brasil e R$ 24
bilhões para ajustar os benefícios vinculados ao
salário mínimo.
Precatórios são dívidas do governo com sentença
judicial definitiva, podendo ser em relação a
questões tributárias, salariais ou qualquer outra
causa em que o poder público seja o derrotado.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
09/11/2021 -
Nota das Centrais: Rejeitar a PEC 18 para proteger e
assegurar pleno desenvolvimento das crianças e
adolescentes
O pleno desenvolvimento das crianças e adolescentes
são garantias essenciais para que a humanidade
construa um futuro melhor que o presente. Este
objetivo pode ser destruído caso a PEC 18/2011 seja
aprovada. Razão pela qual as Centrais Sindicais, de
forma unânime e unitária, solicitam o seu voto e
apoio para rejeitá-la na CCJC e no Plenário da
Câmara dos Deputados, pelos motivos a seguir:
1. A situação de desemprego no Brasil é grave. Já
são mais de 14,1 milhões de trabalhadores em busca
de um emprego e 71,6 milhões de pessoas que
trabalham sem direitos, sem carteira de trabalho
assinada, de forma precária ou informal. Mais de 30%
dos desempregados são jovens em idade para
trabalhar, a maioria negros.
2. É inconcebível que, neste contexto, a PEC 18
busque reduzir a idade mínima para que jovens na
faixa etária de 14 e 15 anos passem a trabalhar não
como aprendiz, mas como empregados em tempo parcial.
Medida que, se aprovada, vai agravar o desemprego
entre os jovens e inviabilizar o seu pleno
desenvolvimento cognitivo, intelectual e
profissional, pois se trata de uma situação distinta
do trabalho na condição de aprendiz, onde devem ser
garantidas a qualificação profissional, com
vivências práticas em ambiente de trabalho seguro e
protegido, direitos trabalhistas e previdenciários,
realização de atividades compatíveis com as suas
habilidades, interesses e o acesso e frequência à
escola.
3. A PEC 18 afronta os tratados internacionais sobre
trabalho infantil da qual o Brasil é signatário, a
saber a Convenção 138 e a Recomendação 146 da OIT —
Organização Internacional do Trabalho. Ela reduz, ao
invés de elevar, a idade mínima para a admissão a
emprego ou trabalho; não observa os parâmetros
estabelecidos pela OIT para definição da idade
mínima para trabalhar, que deve assegurar a efetiva
abolição do trabalho infantil e elevar
progressivamente, a idade mínima de admissão a
emprego ou a trabalho a um nível adequado ao pleno
desenvolvimento físico e mental do jovem; e a idade
mínima para trabalhar não deve ser inferior à idade
de conclusão da escolaridade compulsória.
4. O trabalho infantil é uma grave violação dos
direitos humanos que impede ou dificulta o
desenvolvimento pleno, sadio e integral de crianças
e jovens dos setores mais vulneráveis da classe
trabalhadora, comprometendo o acesso à educação, à
saúde, ao lazer e a formação profissional segura e
qualificada. De acordo com o IBGE, em 2020, quase
dois milhões de crianças e adolescentes foram
submetidos ao trabalho infantil, sendo a imensa
maioria de crianças negras, vítimas do racismo
estrutural. A PEC 18 legaliza esta situação de
violação do direito à infância e perpetua a
desigualdade social, agravando ainda mais a situação
das crianças e dos jovens, já cruelmente atingidas
pelo desemprego, pela carestia e pela insegurança
alimentar, presente em milhões de lares no Brasil.
5. Viola literalmente o disposto no artigo 60, §4º,
da CF/88, que estabelece que "não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir,
dentre outros, os direitos e garantias individuais”.
É o que a PEC 18 faz, na medida que a idade mínima
para o trabalho é um direito fundamental de crianças
e adolescentes que objetiva, em última análise, a
proteção contra os malefícios do trabalho precoce.
6. O trabalho infantil gera diversas consequências
negativas e irreversíveis para a saúde e a segurança
das crianças e adolescentes envolvidos, bem como
sobre seu desenvolvimento físico, intelectual,
social, psicológico e moral. Entre 2007 e 2020, no
Brasil, 290 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos
morreram e 27.924 sofreram acidentes graves enquanto
trabalhavam. No mesmo período, 46.507 meninos e
meninas tiveram algum tipo de agravo de saúde em
função do trabalho. A redução da idade para o
trabalho, possibilitando que adolescentes com 14
anos de idade possam trabalhar como empregados em
geral, coloca em risco a sua saúde física e
psíquica, incluindo a possibilidade de ocorrência de
acidentes do trabalho.
7. Segundo estudo do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF), 1,1 milhão de crianças e
adolescentes estão fora da escola no Brasil, sendo
que o trabalho infantil está entre os principais
motivos de adolescentes na faixa etária de 15 a 17
anos não frequentarem a escola. O trabalho precoce,
mesmo em tempo parcial, afeta diretamente a
frequência na escola, bem como a progressão dos
estudos para a conclusão da educação básica na idade
certa, na medida em que impede que o adolescente se
dedique plenamente aos estudos, incluindo o tempo em
sala de aula e o tempo destinado às tarefas
escolares.
8. Colocar adolescentes com 14 anos de idade no
mercado de trabalho, sob o fundamento de que
precisariam trabalhar, implica em subverter o papel
constitucionalmente atribuído à família, à sociedade
e ao Estado, a quem incumbe, com absoluta
prioridade, em atenção à sua peculiar condição de
pessoa em desenvolvimento, o dever de assegurar as
condições materiais, afetivas, sociais e
psicológicas necessárias ao acesso e à proteção ao
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária (Cf. Art. 227 da CF).
9. A PEC 18/2011, longe de ser a resposta para a
vulnerabilidade social, acaba por contribuir
diretamente para o incremento da exclusão social e
marginalização, pois compromete os rendimentos
futuros dos jovens, acarretando reprodução do ciclo
da pobreza. Além disso, a inserção de adolescentes
precocemente no trabalho vai impactar negativamente
a ocupação de trabalhos hoje realizados por adultos,
levando a um maior desemprego deste último grupo,
sobretudo da população mais jovem, de 18 a 24 anos
de idade.
10. As crianças e adolescentes são vítimas do
esfacelamento dos direitos sociais que hoje ocorre
no Brasil. Foram reduzidas as fiscalizações e o
combate ao trabalho infantil; a Comissão Nacional de
Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI) foi
extinta, em 2019; não há diagnósticos e orientações
efetivas para a eliminação do trabalho infantil,
para assegurar o respeito às convenções
internacionais subscritas pelo Brasil; prevalece o
descaso com o plano nacional de erradicação do
trabalho infantil e com as metas da Agenda 2030 do
desenvolvimento sustentável, que prevê acabar com o
trabalho infantil em todas as suas formas até 2025.
Neste contexto, apelamos para que os parlamentares se
posicionem pela rejeição da PEC 18/2011 na CCJC ou
no Plenário da Câmara dos Deputados.
São Paulo, 08 de novembro de 2021.
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta
Clique
AQUI e baixe o documento original
Fonte: Centrais Sindicais
09/11/2021 -
Bolsonaro privilegia bancos e implode fiscalização
trabalhista
Auditores denunciam que a fiscalização de
trabalho escravo, infantil e acidentes pode
paralisar no país
O governo Bolsonaro (sem partido) mudou o destino
dos recursos arrecadados em decorrência de infrações
trabalhistas, que são usados para equipar grupos de
fiscalização do próprio governo. Agora, os valores
arrecadados são destinados ao Fundo de Defesa dos
Direitos Difusos (FTT) ou ao Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
A mudança no uso de recursos e bens esvazia a
fiscalização trabalhista, em razão da forte
dependência de gerências e superintendências
regionais a bens, serviços e obras previstos nos
Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) assinados
pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Com isso, o trabalho de fiscalização de trabalho
escravo, acidentes de trabalho e trabalho infantil
podem ficar paralisados, denunciam auditores.
O novo destino dos recursos foi efetivado
posteriormente à recriação do Ministério do Trabalho
no fim de julho. Ou seja, a recriação de tal pasta
serviu para acomodar Onyx Lorenzoni e impor
retrocessos à fiscalização das condições de trabalho
ao redor do Brasil.
O ofício do Ministério do Trabalho e Previdência,
que determina o novo destino das verbas, data de 27
de outubro. O documento informa a subsecretarias,
coordenações e superintendências regionais a
“impossibilidade de recebimento de bens patrimoniais
ou recursos decorrentes de TAC ou aplicação de
multas”.
A medida imposta pelo governo federal é considerada
inédita por auditores e já levou a pelo menos três
recusas de bens: R$ 1 milhão no Paraná; uma
caminhonete no Espírito Santo; e uma caminhonete
para fiscalização rural no interior de Minas Gerais.
Com informações da Folha de S. Paulo
Fonte: RevistaForum
09/11/2021 -
Tentativa de Moro para ser o candidato da 3ª via é
vista com desconfiança pelos partidos políticos
Avaliação é que a trajetória política do
ex-magistrado, condenado por parcialidade nos
processos contra Lula, dificulte a formação de
alianças eleitorais para 2022
A possibilidade do ex-juiz Sergio Moro, condenado
por parcialidade nos processos contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se lançar
na disputa pela Presidência da República em 2022
pela chamada terceira via é vista com desconfiança
por dirigentes de partidos. A avaliação, de acordo
com a Folha de S. Paulo, é que a trajetória política
do ex-magistrado, que também foi ministro do governo
Jair Bolsonaro, acabe por dificultar as alianças
eleitorais que serão firmadas no próximo ano.
“A ideia das cúpulas das legendas é analisar qual o
nome mais competitivo às vésperas da eleição de 2022
e se unir em torno dele. A aposta é que só assim vão
conseguir tirar Bolsonaro do segundo turno”, destaca
o jornal.
Segundo a reportagem, parte das lideranças
partidárias observa que “Moro começa oficialmente a
carreira política isolado e precisará mostrar muito
traquejo político para reverter o cenário” e, desta
forma, conseguir formar alianças e conversar “de
igual para igual” com outros pré-candidatos que
tendem a disputar o espaço da terceira via.
Para um outro grupo, a viabilidade de Moro esbarra
no pouco tempo de televisão e no baixo volume de
recursos do Podemos, partido ao qual o ex-juiz
deverá se filiar ainda esta semana. Uma outra
possibilidade é que ele se candidate a uma vaga ao
Senado pelo Paraná.
Fonte: Brasil247
09/11/2021 -
MPT ajuiza ACPs pedindo vínculo entre aplicativos e
trabalhadores
O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou ações
contra as empresas 99, Uber, Rappi e Lalamove a fim
de que o Poder Judiciário reconheça o vínculo de
emprego dos aplicativos com os motoristas e
entregadores de mercadorias.
Com as ações, que foram ajuizadas nesta
segunda-feira (08/11), o MPT pede a garantia de
direitos sociais trabalhistas, securitários e
previdenciários, além da melhoria das condições de
saúde e segurança do trabalho nas atividades
desenvolvidas por esses profissionais.
O órgão defende ainda a condenação das empresas para
que elas registrem imediatamente seus motoristas,
independentemente de local de residência e da
inscrição como microempreendedor individual (MEI),
em carteira de trabalho, sob pena de multa de R$ 10
mil por trabalhador encontrado em situação
irregular, a cada constatação.
As irregularidades são objeto de mais de 600
inquéritos em tramitação pelo país e também de oito
ações civis públicas. No total, 625 procedimentos já
foram instaurados contra 14 empresas de aplicativos:
Uber (230), iFood (94), Rappi (93), 99 Tecnologia
(79), Loggi (50), Cabify (24), Parafuzo (14),
Shippify (12), Wappa (9), Lalamove (6), Ixia (4),
Projeto A TI (4), Delivery (4) e Levoo (2).
Para o procurador-geral do Trabalho, José de Lima
Ramos Pereira, as relações profissionais são
dinâmicas e precisam se adaptar, mas não ao custo da
precarização. "É preciso que o Estado elabore regras
específicas para esse tipo de trabalho e que os
direitos garantidos na Constituição de 1988 cheguem
aos trabalhadores", observa Lima.
O procurador avalia que o número de decisões
favoráveis às empresas de plataformas digitais tende
a ser maior do que o número de decisões
desfavoráveis, pois elas vêm formalizando acordos
judiciais que impedem o revolvimento da matéria
pelas instâncias judiciais trabalhistas, colocando
obstáculos à formação de jurisprudência contrária a
seus propósitos. Com informações da assessoria de
imprensa do Ministério Público do Trabalho.
Fonte: Consultor Jurídico
09/11/2021 -
Carteira de Trabalho Digital chega a 500 milhões de
acessos
Aplicativo permite ao trabalhador acompanhar os
registros da vida laboral como acordos, recursos e
pedidos de seguro-desemprego
Os serviços da Carteira de Trabalho Digital
alcançaram a marca de 500 milhões de acessos, desde
janeiro de 2019. Desse total, 272 milhões foram em
2020. Neste ano, já foram registrados 231 milhões de
acessos, feitos tanto por meio do aplicativo quanto
do portal gov.br/trabalho. O serviço permite ao
trabalhador acompanhar os registros de sua vida
laboral, nas bases de dados governamentais -
inclusive naquelas que já estavam registradas na
Carteira de Trabalho em papel. Além disso, o
trabalhador também pode fazer a requisição do
seguro-desemprego e o acompanhamento do Abono
Salarial.
Desde 2019, 41,6 milhões de trabalhadores já
baixaram o aplicativo em telefones e tablets. O
maior número de downloads foi por aparelhos que usam
o sistema Android: 35,7 milhões. Somando
dispositivos móveis e web, já foram mais de 49,9
milhões de trabalhadores beneficiados com a
digitalização do serviço.
Nesses dois anos da Carteira de Trabalho Digital,
59% dos requerimentos feitos pelos trabalhadores
utilizaram meios eletrônicos (aplicativo e site). Do
total de 12,7 milhões de requerimentos, 7,5 milhões
foram feitos digitalmente.
Em 2020 e 2021, o aplicativo foi o principal
instrumento para os trabalhadores acompanharem o
pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do
Emprego e da Renda, o BEm. Na edição de 2020, foram
preservados 10,3 milhões de empregos e na de 2021,
2,6 milhões.
Carteira de Trabalho Digital
Com a Portaria nº 1.065, de 23 de setembro de 2019, a
Carteira de Trabalho Digital passou a substituir o
documento físico de papel, sendo emitida
automaticamente para todo brasileiro ou estrangeiro
que tenha inscrição no Cadastro das Pessoas Físicas
(CPF). Dessa maneira, não é mais necessária a
emissão do documento físico em papel para
contratação em empresas que já utilizam o eSocial.
A Carteira de Trabalho digital oferece praticidade e
rapidez nos processos de admissão e atualização dos
dados dos trabalhadores, como férias e alterações de
função. Também dá mais segurança aos dados,
permitindo que o trabalhador acesse as informações a
qualquer momento. O download do aplicativo é
gratuito nas lojas virtuais App Store e Play Store,
ou no portal gov.br por meio do endereço eletrônico.
Com informações do Ministério do Trabalho e
Previdência
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência
09/11/2021 -
Oposição faz esforço concentrado para derrotar PEC
do Calote em 2º turno
Os parlamentares trabalham para virar votos, uma
vez que nos próprios partidos do campo,
a exemplo do PDT e PSB, deputados votaram a favor
da matéria
A Câmara dos Deputados decide nesta terça-feira (9),
em segundo turno, se rejeita ou aprova a PEC dos
Precatórios que promove um calote bilionários nos
estados, municípios e professores. Na votação da
semana passada, a proposta foi aprovada por 312
votos, quatro a mais do que o necessário.
Para conseguir reverter essa situação, lideranças da
Oposição apostam que o plenário virtual do Supremo
Tribunal Federal (STF) confirme a decisão da
ministra Rosa Weber pela qual suspendeu a liberação
de recursos do Orçamento Secreto (emenda do relator)
e deu um prazo de 24h para que a Casa se explique
sobre irregularidades na tramitação da matéria.
Além disso, os parlamentares trabalham para virar
votos, uma vez que nos próprios partidos do campo, a
exemplo do PDT e PSB, deputados votaram a favor da
matéria.
“Considerada a alta relevância do tema em debate,
assino o prazo de 24 (vinte e quatro) horas às
autoridades impetradas, para prestarem as
informações que reputarem pertinentes, antes do
exame do pedido de medida liminar”, decidiu a
ministra neste domingo (7).
O vice-líder do PCdoB na Câmara, Orlando Silva (SP),
prevê uma semana decisiva. “A luta para derrotar a
PEC do Calote ganhou impulso nos últimos dias. Temos
nos esforçado para virar votos e derrotar essa
aberração. Dar um cheque em branco de 90 bilhões
para Bolsonaro fazer campanha eleitoral é uma
insanidade”, criticou.
“A batalha contra a PEC do Calote continua. Amanhã
será o segundo turno da votação e nós estamos
trabalhando muito para reverter os votos dos que
foram favoráveis à proposta. Nós queremos o
pagamento do auxílio aos mais pobres e isso pode der
feito sem o calote de R$ 90 BILHÕES”, escreveu no
Twitter o líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSB-RJ).
O líder da Oposição na Casa, Alessandro Molon
(PSB-RJ), aposta também numa posição favorável no
STF. “Esperamos que a decisão da ministra Rosa Weber
de suspender os pagamentos das emendas do orçamento
secreto seja confirmada no plenário do STF. São
bilhões de reais distribuídos sem qualquer
transparência, enquanto o povo está com fome. Um
escândalo sem precedentes”, protestou.
Na mesma linha, o líder do PT, Bohn Gass (RS),
acredita num caminho pela via judicial. “Espero que
STF confirme a liminar da ministra Rosa Weber, que
proíbe as famigeradas emendas de relator. É urgente
dar fim à manobra do “orçamento secreto” do
Bolsonaro, prática que fere a legalidade, a
impessoalidade, a moralidade, a transparência e a
eficiência.
Retorno
No esforço de impedir o avanço da matéria, a bancada
do PCdoB – que foi uma das poucas que votou em sua
totalidade contra a PEC dos Precatórios no primeiro
turno – contará ainda com o retorno do deputado
Márcio Jerry (MA), para a votação desta semana. O
parlamentar retoma o mandato de deputado federal a
partir desta segunda-feira (8) e retira mais um voto
favorável à PEC, o do seu suplente, Gastão Vieira (Pros-MA),
que votou com o governo na matéria.
Em sua conta no Twitter, Jerry afirmou que volta
para “votar NÃO à PEC do Calote nos precatórios dos
professores. Votar em defesa dos professores e
professoras, em defesa da educação.”
O parlamentar está licenciado desde janeiro de 2021,
quando assumiu a Secretaria das Cidades e
Desenvolvimento Urbano do Maranhão.
Fonte: Portal Vermelho
08/11/2021 -
Nova
Central elege direção dia 25
Marcado para 25 de novembro o 5º Congresso Nacional
da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). O
evento levará o nome de “José Calixto Ramos”, seu
fundador e presidente até fevereiro deste ano,
quando faleceu. O evento será quase que 100% online,
a fim de poupar custos com deslocamento, hospedagem
e outros.
A Central, que deverá ser identificada sem o “Nova”,
uma vez que já completou 16 anos, passará a ser
presidida por Oswaldo Augusto de Barros, professor,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura – CNTEEC – e coordenador do Fórum Sindical
dos Trabalhadores.
Democracia – A Central, organizada em âmbito
nacional, tem perfil legalista e em sintonia com a
Constituição, inclusive quanto à representação por
categoria profissional, unicidade e defesa do
custeio para as entidades de classe.
Eleição – O processo eleitoral estava
programado para ser realizado em 17 de junho deste
ano, mas foi adiado para novembro após reunião do
Conselho Deliberativo em março. Apesar desse
adiamento, a eleição da entidade seguiu respeitando
o quadriênio estabelecido no estatuto.
Chapa – A chapa única concorrente ao pleito
da Central foi constituída após consenso das
Confederações filiadas. O centro da atuação será na
defesa da proteção social do trabalho em todas as
suas dimensões, do serviço público de qualidade, na
defesa da unicidade e do custeio sindical.
Mais – Acesse o
site da Nova Central (NCST).
Fonte: Agência Sindical
08/11/2021 -
MPT recomenda exigir comprovante de vacinação no
ambiente de trabalho
O Ministério Público do Trabalho (MPT) orientou os
empregadores a exigir comprovante de vacinação de
seus empregados, colaboradores e demais pessoas que
desejarem entrar no ambiente de trabalho. Essa
orientação consta de uma nota técnica divulgada
sexta-feira (5).
No documento, o órgão pediu aos empregadores que
“procedam à exigência da comprovação de vacinação de
seus trabalhadores e trabalhadoras (observados o
esquema vacinal aplicável e o cronograma vigente) e
de quaisquer outras pessoas (como prestadores de
serviços, estagiários etc), como condição para
ingresso no meio ambiente laboral, ressalvados os
casos em que a recusa do trabalhador seja
devidamente justificada, mediante declaração médica
fundamentada em contraindicação vacinal descrita na
bula do imunizante”.
O MPT considerou que o ambiente de trabalho
possibilita o contato de trabalhadores e agentes
causadores de doenças infecciosas, como a covid-19,
e que a redução dos riscos desse tipo de contágio é
uma incumbência do empregado. Além disso, destacou
que uma cobertura vacinal ampla traz impactos
positivos para a imunidade da população.
A nota técnica recomenda ainda que as empresas
realizem campanhas internas de incentivo à
vacinação. E aos empresários, que também exijam de
outras empresas por eles contratadas a comprovação
de esquema vacinal completo de trabalhadoras e
trabalhadores terceirizados, seguindo o cronograma
do município ou do estado onde ocorre a prestação de
serviços.
A nota técnica na íntegra pode ser acessada pelo
link.
Portaria
O empregado que não tiver tomado vacina contra a covid-19
não poderá ser demitido ou ser barrado em processo
seletivo. A proibição consta da Portaria 620,
publicada na segunda-feira (1°) pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
A medida vale tanto para empresas como para órgãos
públicos. Em vídeo, o ministro Onyx Lorenzoni disse
que a portaria protege o trabalhador e afirma que a
escolha de vacinar-se pertence apenas ao cidadão.
Segundo o texto, constitui "prática discriminatória
a obrigatoriedade de certificado de vacinação em
processos seletivos de admissão de trabalhadores,
assim como a demissão por justa causa de empregado
em razão da não apresentação de certificado de
vacinação".
Fonte: Agência Brasil
08/11/2021 -
STF suspende pagamento do orçamento secreto que
levou à aprovação da PEC dos precatórios
Ministra Rosa Weber determinou que nenhum recurso
indicado por parlamentares via emendas seja liberado
até decisão do plenário da Corte
Decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal
Federal (STF), suspendeu os pagamentos do governo de
Jair Bolsonaro feitos por meio do orçamento secreto.
A informação é da reportagem do Estadão, que revelou
o esquema em maio. A liminar foi concedida pela
ministra na noite desta sexta-feira (5) em ação
ingressada pelo Psol. Rosa Weber determina que
nenhum recurso indicado por parlamentares via
emendas de relator seja liberado até que o plenário
da Corte se manifeste sobre o tema.
Segundo apurado pela imprensa, o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria prometido até R$
15 milhões em emendas para que parlamentares
votassem a favor da chamada PEC dos Precatórios. As
cifras da negociação foram divulgadas pelo jornal O
Globo, ontem (4), com base em relatos dos próprios
deputados. A edição do O Estado de S. Paulo desta
sexta-feira (5), revela também que, além desse
valor, o governo Bolsonaro empenhou, desde a semana
passada, R$ 1,2 bilhão das chamadas emendas de
relator-geral, manobra que ficou conhecida como
“orçamento secreto”.
A ministra Rosa Weber determinou, ainda, que seja
dada ampla publicidade às indicações feitas pelos
parlamentares com esse tipo de emenda. A decisão
leva em conta as denúncias de total ausência de
informações sobre os deputados e senadores que
solicitam repasses. O assunto deverá ter inclusão
imediata na pauta de julgamentos virtuais do STF,
informa o Estadão.
“Reputa-se violado o princípio republicano em face
de comportamentos institucionais incompatíveis com
os princípios da publicidade e da impessoalidade dos
atos da Administração Pública e com o regime de
transparência no uso dos recursos financeiros do
Estado”, escreveu a ministra Rosa Weber na decisão
de 49 páginas.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/11/2021 -
Preços da cesta básica continuam subindo. Salário
mínimo compra cada vez menos
De janeiro a outubro, Dieese apura aumento nas 17
capitais pesquisadas.
Quem ganha o piso nacional consome quase 60% da
renda para adquirir os produtos
Com altas que superam os 30% em 12 meses, os preços
da cesta básica têm aumento generalizado, em 2021,
nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Quem ganha
salário mínimo consome quase 60% da renda líquida
para comprar os produtos.
Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (5),
apenas em outubro o custo médio da cesta básica
aumentou em 16 capitais – a exceção foi Recife
(-0,85%). As maiores altas foram registradas em
Vitória (6%), Florianópolis (5,71%), Rio de Janeiro
(4,79%), Curitiba (4,75%) e Brasília (4,28%).
No ano, o aumento vai de 1,78% (Salvador) a 18,42%
(Curitiba). Já no acumulado em 12 meses, o preço
médio da cesta básica sobe até 31,65% (Brasília).
Três capitais têm acima dos 20%: Campo Grande
(25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%). Em
São Paulo, a cesta aumenta 3,02% em outubro, 9,87%
no ano e 16,43% em 12 meses.
Mínimo próximo dos R$ 6 mil
A cesta básica mais cara, no mês passado, foi a de
Florianópolis: R$ 700,69. Com base nela, o Dieese
estimou em R$ 5.886,50 o salário mínimo necessário
para as despesas básicas de uma família com quatro
integrantes. Esse valor corresponde a 5,35 vezes o
piso nacional (R$ 1.100). Em setembro, essa
proporção era menor, de 5,14. A cesta menos cara foi
a de Aracaju (R$ 464,17).
Além disso, o tempo médio necessário para adquirir
os produtos da cesta aumentou para 118 horas e 45
minutos. Três horas e 43 minutos a mais do que no
mês anterior. Quem ganha o salário mínimo gastou o
equivalente a 58,35% de sua renda líquida para
comprar os alimentos básicos, ante 56,53% em
setembro.
Entre os produtos, a batata subiu de preço, em
outubro, nas 10 capitais do Centro-Sul onde é
pesquisa. O aumento variou de 15,51% (Brasília) a
33,78% (Florianópolis). “A chuva causou dificuldade
na colheita e reduziu a oferta, o que elevou o
patamar de preços no varejo”, comenta o Dieese.
Tomate tem alta de até 55%
Já o quilo do café subiu em 16 capitais. A alta chegou
a 10,14% em Vitória e a 10,06% no Rio de Janeiro. “A
geada do final de julho e a estiagem prolongada
comprometeram a oferta do grão, o que levou à alta
do preço no varejo. Houve ainda influência da baixa
oferta global de café e das elevadas cotações
externas.”
O quilo do tomate, por sua vez, também subiu em 16
capitais. Esse aumentou chegou a 40,16% em Brasília,
42,16% em Natal, 44,83% em João Pessoa e a 55,54% em
Vitória. “A maturação lenta do fruto reduziu a
oferta e os preços subiram”, diz o instituto.
O preço do açúcar aumentou em 15 capitais e o do
óleo de soja, em 13, enquanto leite e manteiga
subiram em 11 cidades. Já o preço do feijão diminuiu
também em 11 capitais.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/11/2021 -
Apesar de restrições, caminhoneiros seguem luta
O governo Bolsonaro conseguiu 29 liminares
favoráveis na Justiça pra impedir bloqueios e também
forte apoio policial nas estradas, tudo para evitar
a greve e protestos de caminhoneiros em todo o País.
Os trabalhadores lutam contra os aumentos abusivos
dos combustíveis.
A greve, que teve início no dia 1º, segue forte em
várias cidades do Brasil. No Porto de Santos, em SP,
o movimento tem adesão de 100% da categoria. Os
caminhoneiros também lutam pelo reajuste da tabela
de frete e pela aposentadoria especial após 25 anos
de contribuição.
Reivindicações – A pauta dos trabalhadores tem 15
itens, mas três são pontos emergenciais, segundo a
categoria. O principal é a mudança na política de
preços dos combustíveis da Petrobras, que pode ser
alterado pelo governo federal.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), do IBGE, o diesel subiu 33% nos últimos 12
meses. A chamada “inflação dos motoristas” alcançou
18,46% no acumulado de um ano. A média geral da
inflação, medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
era de 9,57% no mesmo período.
Outros – Os caminhoneiros também reivindicam o
retorno da aposentadoria especial após 25 anos de
contribuição ao INSS. E também pedem o julgamento da
constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal da
Lei Piso Mínimo de Frete (13.703/2018).
Apoio – As Centrais Sindicais já informaram que
apoiam o movimento grevista. Em entrevista à Agência
Sindical, Miguel Torres, presidente da Força,
afirmou que a pauta dos caminhoneiros deve ser
ampliada. “A população está indignada. Ampliar essa
luta pra toda a classe trabalhadora ajudará a
denunciar o fiasco da política neoliberal de
Bolsonaro e Guedes”, disse Miguel.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, pensa no mesmo
sentido. “A pauta dos caminhoneiros é importante não
só pra categoria, mas ao conjunto da sociedade. A
escalada dos preços da gasolina, diesel e gás de
cozinha afeta o bolso do trabalhador e da classe
média”, explica o dirigente cutista.
Fonte: Agência Sindical
08/11/2021 -
IBGE revisa PIB de 2019 de 1,4% para 1,2%
O IBGE revisou para baixo os dados da economia
referentes a 2019. De acordo com dados divulgados
pelo Instituto, na sexta-feira (05), o Produto
Interno Bruto brasileiro, que é a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país, teve alta de
1,2% ante 2018 e atingiu R$ 7 trilhões e 300
bilhões. O PIB per capita ficou em R$ 35 mil, uma
elevação de 0,4%, na mesma base de comparação. De
acordo com o IBGE, o crescimento do PIB em 2019 foi
revisado de 1,4% para 1,2%.
O instituto informa que a revisão decorreu,
principalmente, da incorporação de novos dados sobre
o impacto econômico do rompimento da barragem de
Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Com isso, a
queda da Indústria extrativa mineral foi ajustada de
-0,9% para -9,1%.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que
agrega novos dados às Contas Nacionais Trimestrais,
mais amplos e detalhados, tanto do IBGE como de
fontes externas.
Segundo as informações coletadas, em 2019 nove dos
12 grupos de atividades econômicas registraram
crescimento ou estabilidade. Dois importantes
segmentos registraram alta: agropecuária, 0,4% , e
serviços,1,5%. Já a indústria caiu 0,7%.
O consumo das famílias, que responde por 74,8% da
demanda final e por 63,7% do PIB, cresceu 2,6%.
A despesa de consumo final do governo caiu 0,5%. Já
a taxa de investimento ficou em 15,5%, um
crescimento de 0,4 ponto percentual em relação a
2018, voltando ao patamar de 2016.
O instituto destaca ainda que os impostos sobre
produtos cresceram 2,7%.
Fonte: Agência Brasil
08/11/2021 -
Más condições no ambiente de trabalho geram dano
moral coletivo, diz TRT-23
A empresa que mantém más condições no ambiente de
trabalho fere direitos de origem comum e de ordem
social previstos na Constituição Federal, o que
atinge todo o grupo de trabalhadores, trazendo, por
consequência, repercussões notadamente coletivas.
Por isso, deve pagar indenização por danos morais
coletivos.
Com esse entendimento, a 1ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 23ª Região (MT) manteve a
condenação de uma empresa de ônibus interestadual a
pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos, além de
efetuar melhorias nos alojamentos de seus
motoristas.
A empresa terá de garantir que os dormitórios tenham
ventilação natural e artificial, iluminação que
garanta segurança contra acidentes, condições de
higiene e limpeza.
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do
Trabalho a partir de uma denúncia quanto às
condições precárias dos alojamentos, banheiros,
locais de refeição e instalações elétricas
utilizados pelos empregados. Fiscalizações no local
constataram a existência das irregularidades.
Relator, o desembargador Tarcísio Régis Valente
observou que a manutenção da sentença condenatória é
necessária também para evitar que a empresa continue
a desrespeitar as normas de índole trabalhista.
Quanto ao dano moral coletivo, afirmou que estão
presentes todos os requisitos autorizadores da
responsabilidade civil: ato ilícito, culpa do
empregador, traduzida no desrespeito às normas
afetas aos mais elementares direitos trabalhistas,
dano aos trabalhadores e nexo de causalidade.
"A violação de normas trabalhistas, especialmente as
que visam a preservar a saúde e a segurança no
ambiente laboral, implica o sentimento de indignação
de toda a coletividade, e não apenas do trabalhador
(ou familiar) diretamente desrespeitado", explicou o
relator.
"Assim, o direito ao meio ambiente de trabalho sadio
e equilibrado é, ao mesmo tempo, difuso, porque
abrange toda coletividade, e individual, na medida
em que a não observância desse direito inviabiliza o
pleno exercício de um dos direitos mais básicos à
existência do trabalhador enquanto ser humano, o
direito à saúde", acrescentou ele.
0000413-45.2020.5.23.0002
Fonte: Consultor Jurídico
05/11/2021 -
Arrocho prossegue e 56% sequer repõem a inflação
Arrocho atinge em cheio o assalariado. Cerca de 56%
dos reajustes data-base setembro, analisados até a
primeira quinzena de outubro, ficou abaixo da
inflação pelo INPC. Segundo o Dieese, é o terceiro
pior resultado no ano. O banco de dados é o Sistema
Mediador do Ministério do Trabalho.
Informa o boletim “De olho nas negociações” que em
setembro houve reajustes iguais à inflação em 34,4%
dos casos; acima, 9,4%. Melhorou o quadro dos
resultados da data-base agosto, com aumento de 20
pontos percentuais nas categorias com reajustes
iguais ao INPC e redução equivalente daquelas com
perdas reais. Em relação ao painel dos reajustes de
2021, até setembro, 49% ficaram abaixo do INPC,
33,5% igualaram e 17,1% ficaram acima da inflação.
Crescem os parcelamentos. Até setembro, 9% dos
reajustes foram parcelados. Em 2019 e 2020, haviam
sido 2,3%.
Inflação – É ascendente, dificultando as
negociações do segundo semestre. Na data-base
outubro, INPC atinge 10,78%.
As negociações na indústria obtêm o maior percentual
com aumento real; comércio, maior proporção de
resultados iguais à inflação. Setor de serviços:
perdas reais em 61% dos casos.
Região – Categorias do Sul mantêm melhor
desempenho. Ganhos reais em 32% dos casos; iguais à
inflação, 42%. Centro-Oeste: reajustes abaixo do
INPC, 71% das negociações.
CCTs e acordos – As Convenções mostram
desempenho ligeiramente melhor, somados
conjuntamente os reajustes iguais e acima do INPC;
já os acordos coletivos registram proporção
ligeiramente maior nos ganhos reais.
Análise – Luís Augusto Ribeiro da Costa está
no Dieese há 20 anos. Atua no levantamento dos dados
e na análise. Além do arrocho na massa salarial, o
técnico alerta que as “perspectivas não animam,
porque em pouco tempo a inflação corrói a
recuperação”. Uma das novidades, ruins, por sinal,
aponta, é o “aumento no parcelamento dos reajustes,
reflexo da conjuntura muito desfavorável”. O
panorama? “Inflação seguirá alta e a recuperação do
emprego será lenta”, diz.
Mais informações –
www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
05/11/2021 -
Sem apoio de Bolsonaro, indústria nacional afunda em
2021
Em setembro, houve queda de 0,4% na produção
industrial em relação a agosto.
É o quarto resultado negativo seguido, período no
qual acumula perda de 2,6%.
A desindustrialização da economia brasileira se
agravou com o bolsonarismo e pandemia de Covid-19.
Embora a crise sanitária venha refluindo nos últimos
meses, a indústria nacional continua a encolher,
conforme André Macedo, gerente da Pesquisa
Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nesta quinta-feira (4), o IBGE divulgou os
resultados industriais referentes a setembro, com
queda de 0,4% em relação a agosto. É o quarto
resultado negativo seguido, período no qual acumula
perda de 2,6%. Sem apoio do governo Jair Bolsonaro,
a indústria afunda em 2021.
“O setor industrial vem claramente em trajetória
descendente negativa. Na medida que vai colocando
quedas em cima de quedas, o patamar vai diminuindo”,
diz Macedo. “A situação em patamar de produção é
pior do que a de agosto. Isso fica muito evidente
quando coloca a questão em termos de patamar
pré-pandemia. Estamos 3,2% abaixo daquele período”,
agrega o gerente do IBGE, lembrando que a indústria
chegou a operar 3,5% acima do patamar pré-pandemia,
em janeiro de 2021.
Porém, dos nove meses de 2021, a indústria teve
queda em sete deles, considerando a série com ajuste
sazonal (frente ao mês anterior). As únicas exceções
foram os meses de janeiro (0,2%) e maio (1,2%). Com
a queda de 0,4% em setembro, há uma sequência de
quatro taxas negativas, de -0,5% em junho, -1,2% em
julho e -0,7% em agosto.
A pandemia afeta o setor, segundo Macedo, “com a
desorganização da cadeia produtiva, o encarecimento
dos custos de produtos e a falta de insumos”. Mas
também há fatores econômicos causados pela gestão
Bolsonaro: “Temos um mercado de trabalho longe de
recuperação consistente, a renda não avança e
inflação afetando o consumo das famílias. Isso
reforça o comportamento negativo do comportamento da
indústria, mesmo com queda na margem menos intensa
que em meses anteriores”, analisa Macedo.
Das quatro grandes categorias do setor industrial
pesquisadas pelo IBGE, três estão abaixo do patamar
pré-pandemia, segundo os resultados da PIM-PF. Na
média da indústria, o nível de setembro de 2021 está
3,2% abaixo de fevereiro de 2020.
O patamar de produção de bens duráveis está 21,8%
abaixo de fevereiro de 2020. Também está no campo
negativo o patamar de bens semi e não duráveis, 6%
abaixo de fevereiro de 2020. No caso de bens
intermediários, a distância é inferior e o nível de
produção de setembro de 2021 está 0,1% abaixo de
fevereiro de 2020.
Entre os 26 ramos pesquisados, a grande maioria (17)
mostra patamar de produção inferior ao de antes do
início da crise sanitária no país. “Claramente se vê
um predomínio de atividades que não suplantaram o
patamar pré-pandemia”, afirma Macedo.
Após 11 meses de expansão na série anual – que
compara o desempenho frente a igual mês do ano
anterior –, a indústria brasileira teve a segunda
taxa negativa seguida em setembro, segundo a PIM-PF.
A queda foi de 3,9%, que se segue a um recuo de 0,7%
em setembro.
O resultado de setembro foi também a maior redução
na série histórica da pesquisa desde junho de 2020,
quando tinha sido de -8,7%. Na avaliação de Macedo,
o resultado reflete a base de comparação elevada e a
perda do dinamismo da indústria observado ao longo
de 2021.
“A taxa de -3,9% é a queda mais intensa desde junho
do ano passado, quando a indústria começava a reagir
depois do início da pandemia”, afirma. “Há uma perda
de ritmo da produção industrial em 2021 e, para além
disso, tem uma base de comparação mais elevada.
Setembro tinha sido a primeira taxa positiva da
indústria em 2020.”
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
05/11/2021 -
Depois de Moro, Deltan também "entra" para a
política e desmoraliza de vez a Lava Jato
Assim como o ex-juiz Moro, que vai se filiar ao
Podemos para disputar a presidência ou o Senado,
Deltan Dallagnol também renunciou ao cargo no MP e
decidiu ser candidato
O procurador Deltan Dallagnol, da extinta
força-tarefa da Lava Jato, renunciou definitivamente
ao seu cargo no MP e deve entrar para a política,
concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados em
2022, informa o Estadão.
Com isso, Dallagnol segue os passos do ex-juiz
Sergio Moro, declarado parcial contra o
ex-presidente Lula.
Até agora, Moro não se mostrou um candidato
minimamente viável. 57% dos brasileiros criticam sua
candidatura à presidência, segundo o Paraná
Pesquisas.
Fonte: Brasil247
05/11/2021 -
Ciro coloca pré-candidatura em suspenso após apoio
do PDT à PEC dos Precatórios
Bancada do PDT votou com o governo e foi
determinante para aprovar a PEC dos Precatórios
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT-CE)
avisou através de sua conta do Twitter, na manhã
desta quinta-feira (4) que coloca a sua
pré-candidatura “em suspenso” após parte substancial
da bancada do seu partido votar com o governo de
Jair Bolsonaro (Sem Partido) na PEC dos Precatórios.
Leia abaixo:
Ciro afirmou que “há momentos em que a vida nos traz
surpresas fortemente negativas e nos coloca graves
desafios. É o que sinto, neste momento, ao
deparar-me com a decisão de parte substantiva da
bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos
Precatórios.
O político avisou que a ele “só resta um caminho:
deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a
bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos
um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação
em segundo turno, para reverter a decisão e
voltarmos ao rumo certo”.
“Não podemos compactuar com a farsa e os erros
bolsonaristas”, ressaltou.
Ao final, Ciro disse ainda: “justiça social e defesa
dos mais pobres não podem ser confundidas com
corrupção, clientelismo grosseiro, erros
administrativos graves, desvios de verbas, calotes,
quebra de contratos e com abalos ao arcabouço
constitucional”.
Fonte: RevistaForum
05/11/2021 -
Solidariedade vai protocolar ação contra portaria
que desincentiva a vacinação
O partido Solidariedade divulgou nesta quarta (3),
que irá protocolar uma ADIN (Ação Direta de
Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal
Federal) contra a portaria do Ministério do Trabalho
e Previdência, que proíbe as empresas de demitirem
por justa causa funcionários que não se vacinaram
contra a Covid-19 e outras doenças. A portaria nº
620/2021, publicada na véspera do feriado de 2 de
novembro, é inconstitucional porque fere o direito
coletivo à saúde pública.
A decisão do governo federal vai na contramão dos
fatos que mostram o progresso da vacinação no
combate a disseminação do coronavírus, com a queda
do número de casos, casos graves, internações e
óbitos. Conforme o entendimento do STF (Superior
Tribunal Federal) de 17/12/2020, a obrigatoriedade
de apresentação de comprovante vacinal é
constitucional, inclusive permitindo a restrição de
determinadas atividades. A Constituição Federal
prevê que as empresas devem garantir a saúde e
segurança no ambiente de trabalho.
O deputado federal e presidente do Solidariedade,
Paulinho da Força afirmou que:
“Quando um funcionário não se vacina contra o
coronavírus, ele coloca em risco a saúde dos seus
colegas. Estamos em uma pandemia e não podemos
brincar com a vida dos trabalhadores. O direito
individual não existe quando estamos em uma situação
sanitária perigosa”.
No comunicado em que informou que irá protocolar a
ADIN, o Solidariedade repudiou a portaria nº
620/2021 e ressaltou que preza pelos direito dos
trabalhadores, pela manutenção do emprego e
contratação de pessoas. O partido afirmou também sua
posição a favor da vacinação em massa e da
apresentação de comprovante vacinal em ambiente de
trabalho, locais públicos, o apoio à manutenção dos
protocolos de controle da pandemia e afirmou que o
direito individual não pode sobrepor o direito
coletivo, o direito a saúde e segurança pública.
Fonte: Radio Peão Brasil
05/11/2021 -
TST aumenta indenização a família de trabalhador que
morreu de silicose
Empresa de mineração alegava que não havia
relação entre o trabalho e a morte do funcionário
Uma empresa de Minas Gerais foi condenada pelo
Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar R$ 30
mil a cada um dos nove herdeiros de um empregado que
morreu em consequência de silicose. Por unanimidade,
a Terceira Turma aumentou o valor fixado em
instância inferior (R$ 5 mil).
A silicose é uma doença pulmonar adquirida no
trabalho. É mais frequente em ambientes
profissionais como mineração, construção civil e
cerâmica, entre outros. A contaminação com o pó de
sílica (mineral) também pode aumentar a incidência
de câncer do pulmão.
O caso envolveu um trabalhador que morreu em 2018,
aos 78 anos. Ele foi funcionário da Anglogold
Ashanti Córrego do Sítio Mineração S.A., de Nova
Lima, de 1965 a 1984. “Durante todo o contrato, ele
trabalhou no interior de minas subterrâneas, em
contato diário com pó de sílica em nível superior ao
máximo tolerável pelo organismo humano”, informa o
TST.
Nexo causal
Na instância inicial, a 1ª Vara do Trabalho de Nova
Lima considerou que, embora o atestado de óbito
apontasse causa da morte “desconhecida”, documentos
comprovaram que o trabalhador tinha silicose.
Recebia acompanhamento médico regular desde maio de
2007. Para o juiz, a doença poderia ter sido evitada
se a mineradora tivesse adotado medidas efetivas de
proteção do meio ambiente de trabalho. Ele fixou R$
5 mil de indenização para cada herdeiro, sentença
que foi mantida na segunda instância (Tribuna
Regional do Trabalho de Minas). A empresa alegou que
não havia nexo de causalidade entre a morte e o
trabalho desempenhado.
“O valor mantido pelo TRT mostra-se módico, devendo,
portanto, ser fixado em montante que se considera
mais adequado”, afirmou o relator do caso no TST,
ministro Mauricio Godinho Delgado. Segundo ele,
embora a quantia ainda esteja aquém do ideal, o
total a ser pago chega a R$ 270 mil, considerando o
número de herdeiro. De acordo com o magistrado, o
objetivo é evitar imunidade e desestimular outras
práticas inadequadas.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/11/2021 -
TST
condena Santander por abuso
A primeira turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) condenou o banco Santander por imposição de
metas abusivas. O caso foi em Pouso Alegre (MG).
Agora, a instituição financeira terá de pagar R$ 50
mil a uma funcionária.
Segundo a denúncia, as cobranças do Santander eram
abusivas e prejudiciais à saúde dos trabalhadores. A
bancária informou que o banco divulgava um ranking
de melhores e piores funcionários na rede intranet,
o que causava constrangimento.
A instituição financeira foi condenada na Vara do
Trabalho após ter confirmado essas metas excessivas.
Essa prática também fazia com que os trabalhadores
sofressem pressão com medo de serem dispensados.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região manteve
a sentença em favor da funcionária e aumentou o
valor da multa para R$ 50 mil. De acordo com os
magistrados, essas cobranças são configuradas como
conduta incompatível com as regras de convivência
regular no ambiente de trabalho.
TST – O relator do processo, ministro Dezena da
Silva, relembrou que o Santander comprovou a
exposição de funcionários a situação vexatória.
Assim, foi considerado razoável o valor da sentença.
O pedido do banco pela diminuição da indenização foi
negado.
Condenações – Essa não é a primeira vez que a
instituição financeira promove práticas ilegais e é
condenada na Justiça. Em julho, o Santander foi
condenado em R$ 50 milhões por demitir durante a
pandemia da Covid-19, ataques aos participantes dos
planos Banesprev e Cabesp e também por perseguições
a dirigentes sindicais.
Mais – Site da Rede Brasil Atual.
Fonte: Agência Sindical
05/11/2021 -
Auxílio Brasil, o golpe de morte no Bolsa Família
“Pastéis de vento.” É assim que a ex-ministra Tereza
Campello e a economista Sandra Brandão qualificam os
supostos benefícios do Auxílio Brasil – o mais
recente retrocesso da gestão Jair Bolsonaro. Chamado
equivocadamente pela grande mídia de “novo Bolsa
Família”, o programa deve ser implantado pelo
governo às pressas e de modo irresponsável, com um
indisfarçável apelo eleitoreiro.
“Bolsonaro extinguiu, sem qualquer embasamento
técnico, o maior e mais bem-sucedido programa de
transferência de renda do mundo. E colocou no lugar
um arremedo de programa que é o contrário do Bolsa
Família”, escrevem Tereza e Sandra. Segundo elas, o
Programa Bolsa Família (PBF) vingou porque não se
limitou a pagar uma renda mínima aos beneficiários –
famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Tereza foi, ela própria, uma das idealizadoras do
Bolsa Família, além de ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome durante toda a gestão Dilma
Rousseff (2011-2016), no auge do programa. Criado em
2003, no primeiro ano do governo Lula, o PBF
unificou iniciativas como o Bolsa-Escola (2001), o
Bolsa-Alimentação (2001), o Auxílio-Gás (2002) e o
Fome Zero (2003).
Por ser um mecanismo condicional de transferência de
recursos, havia contrapartidas: as famílias
precisavam manter crianças e adolescentes, de 6 a 17
anos, com frequência escolar e vacinação em dia.
Mulheres gestantes ou lactantes tinham de fazer
acompanhamento permanente de saúde.
Com isso, o Bolsa Família foi além do combate à
pobreza. De acordo com Tereza Campello e Sandra
Brandão, o programa “ajudou a reduzir a mortalidade
infantil e o déficit de estatura das crianças e a
realizar o controle e a detecção precoce de
tuberculose e hanseníase. Criou condições para que
crianças de famílias pobres pudessem continuar na
escola, garantiu acesso a políticas públicas,
assegurando direitos e gerando oportunidades para
milhões de pessoas”.
Foi graças sobretudo ao PBF que, em 2014, o Brasil
saiu do Mapa da Fome, conforme reconheceu a ONU
(Organização das Nações Unidas). Consolidado como
referência internacional, o Bolsa Família recebeu
premiações como o 1º Award for Outstanding
Achievement in Social Security, concedido pela
Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA).
Com uma canetada, Bolsonaro desferiu um golpe de
morte no Bolsa Família e pôs em xeque suas
extraordinárias conquistas. A Medida Provisória (MP)
Nº 1.061/2021 – que instituiu o Auxílio Brasil, no
papel, em agosto passado – deixa a cargo do Poder
Executivo Federal os valores referenciais para
“caracterização de situação de pobreza ou extrema
pobreza”. Ademais, acabam as contrapartidas – o
grande diferencial do Bolsa Família em relação à
maioria dos programas de transferência de renda.
De forma deliberada, o presidente já não vinha
corrigindo os valores do Bolsa Família nos últimos
anos – o último reajuste foi em junho de 2018
(governo Temer), quando o valor médio do benefício
passou a R$ 182. Em outubro, o ministro da
Cidadania, João Roma, anunciou que, com o Auxílio
Brasil, as famílias passariam a ganhar “cerca de
20%” a mais – o que não chega sequer a repor a
inflação do período.
Bolsonaro, por sua vez, insiste na promessa de que o
governo pagará temporariamente R$ 400 às famílias,
até o fim de 2022, na manobra mais perniciosa do
Auxílio Brasil. Não bastasse a suspensão das
contrapartidas, o presidente inflará os valores de
modo oportunista, atrelando o pagamento à
desesperada tentativa de reverter sua
impopularidade. Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta
quarta-feira (3) aponta que, para 55% dos
brasileiros, a gestão Bolsonaro é ruim ou péssima.
Porém, mesmo que cubra os atuais beneficiários do
Bolsa Família com o reajuste, o governo privará
quase 22 milhões de brasileiros de uma renda mínima
neste período de pandemia, inflação, desemprego e
fome. Este é o número estimado de pessoas que
deixarão de receber o auxílio emergencial, mas não
serão contempladas com o Auxílio Brasil.
Ieda Castro, ex-secretária nacional de Assistência
Social no governo Dilma, lembra que o País já tem
cerca de 20 milhões de pessoas passando fome –
número que pode mais do que dobrar com o acréscimo
dos 22 milhões de remanescentes do auxílio
emergencial. “Podemos passar de 20 milhões para 42
milhões”, diz Ieda, que questiona: por que as
famílias pobres que estão fora do Cadastro Único
“não foram orientadas ao longo da pandemia a entrar
nele? O Auxílio Brasil não atenderá às necessidades
de hoje”.
Os partidos de esquerda, as centrais sindicais e os
movimentos sociais – que cobravam um auxílio
emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia – não se
opõem a um pagamento mensal que chegue a R$ 400. Mas
exigem coerência, contrapartidas e responsabilidade.
Que os critérios do Bolsa Família sejam
restabelecidos, preservando seus impactos positivos
de médio e longo prazos. Vai ter luta!
Fonte: Portal Vermelho
04/11/2021 -
Saldo de empregos com carteira em 2020 é revisado. E
cai pela metade
Acréscimo de vagas formais no ano passado foi de
143 mil para 86 mil
Revisão feita nos resultados do “novo” Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do
Ministério do Trabalho, fez cair quase pela metade o
saldo de vagas formais em 2020, conforme informação
do portal R7. Assim, o acréscimo de postos de
trabalho formais no ano passado foi de 142.690 para
85.883. Uma diferença de 46,82%.
As mudanças metodológicas adotadas pelo governo em
2020, ao divulgar o Caged, tiveram impacto nos
resultados e, segundo observadores, impedem a
comparação com a série histórica anterior. Além de
informações dos empregados, o governo passou a usar
dados do eSocial e do empregadorWeb – incluindo,
portanto, vínculos temporários.
A diferença registrada na revisão vem um número 2,2%
maior de demissões e acréscimo de 1,8% de admissões.
A maior discrepância foi apurada em junho de 2020,
quando o governo informou corte de 10.984 vagas
formais. Na verdade, a redução havia sido de 30.448
(177,2% a mais). Em alguns casos, a revisão fez
crescer também o volume de contratações com
carteira, como em janeiro (76,4%) e fevereiro
(19,5%).
Metodologia transparente
“Na primeira revisão do novo Caged, o número oficial
de empregos criados em 2020 caiu para 47% do
anunciado e comemorado pelo governo Bolsonaro”,
comentou em rede social o economista Marcio Pochmann,
ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) “Quando a metodologia for de fato
transparente, os dados do novo Caged podem ser ainda
mais inferiores”, acrescentou.
Em 2021, os números oficiais seguem apontando
crescimento e alimentando discurso ufanista do
governo. Segundo o Ministério do Trabalho, o saldo
de setembro foi de 313.902 vagas, o que levou o
total do ano a 2,5 milhões. Mas os números do IBGE
apontam desemprego em nível alto e certa recuperação
baseada, principalmente, no trabalho informal.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2021 -
Lula lidera com folga, aponta pesquisa Ipespe,
contratada pela XP
Pesquisa XP/Ipespe aponta que o ex-presidente
Lula lidera as intenções de voto, com 42% do
eleitorado. Jair Bolsonaro fica em segundo lugar,
com 28%. Na simulação de segundo turno, o petista
tem percentual em torno dos 50% e vence todos os
candidatos
Pesquisa XP/Ipespe, feita de 25 a 28 de outubro e
divulgada nesta quarta-feira (3), aponta que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as
intenções de voto, com 42% do eleitorado. Jair
Bolsonaro fica em segundo lugar, com 28%. Os dados
foram publicados pelo jornal Valor Econômico.
Na sequência aparecem o ex-ministro Ciro Gomes, do
PDT (11%), o governador de São Paulo, João Doria, do
PSDB (4%), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta
(3%), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM), 2%.
No cenário que inclui o governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite, também do PSDB, Lula alcança
41%, seguido por Bolsonaro (25%) e por Ciro (9%).
Depois aparecem Sérgio Moro (8%), e, com 3% cada,
estão Mandetta, o apresentador José Luiz Datena e
Eduardo Leite. Pacheco atinge 2% e a senadora Simone
Tebet, do MDB, 1%.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, Lula vence todos os
candidatos. Contra Bolsonaro, o petista ganha por 50
a 32%.
Contra Moro, Lula vence por 52% a 34%. Na disputa
com Ciro, o ex-presidente atinge 49%, ante 29% do
pedetista.
Em disputa contra Doria, Lula receberia 51% e o
tucano, 27%. Com Eduardo Leite, o resultado seria de
50% a 28%.
O levantamento foi feito com 1.000 entrevistados com
16 anos ou mais, em todas as regiões do país. A
margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais
ou menos e o intervalo de confiança é de 95,5%.
Fonte: Brasil247
04/11/2021 -
Auxílio Brasil é imprevisível, limitado e com
alcance reduzido, alerta Dieese
Governo se desdobra para encontrar recursos para
programa que nem nasceu e já tem prazo para
terminar. Enquanto isso, alta dos juros deve
consumir mais de meio trilhão
O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior,
criticou as indefinições a respeito do Auxílio
Brasil. O novo programa, substituto do Bolsa
Família, ainda não tem previsão orçamentária
garantida. A base do governo Bolsonaro condiciona os
recursos do programa à aprovação da chamada PEC dos
Precatórios, prevista para ser votada nesta
quarta-feira (3) na Câmara dos Deputados.
“Não só não há definição, como há um desmonte da
estrutura tão bem-sucedida do Bolsa Família. É
lamentável”, disse Fausto, em entrevista a Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual. Para ele,
trata-se de uma proposta “eleitoreira”, que revela o
desprezo do atual governo com o social.
Fausto anota que o Auxílio Brasil está previsto para
funcionar apenas até o final do ano que vem. “Após o
ano eleitoral, a depender do que possa acontecer,
simplesmente essas pessoas ficarão com mais
dificuldades ainda”, destacou.
Além disso, a cobertura do novo programa também é
insuficiente. No mês passado, foram 39 milhões de
famílias que receberam a última parcela do auxílio
emergencial, enquanto o Auxílio Brasil deve atender
a apenas 17 milhões de famílias.
“No meio de tudo isso, ainda temos uma inflação de
dois dígitos, puxada principalmente pelos
combustíveis e energia elétrica, itens que são
insubstituíveis. Quando a gente olha para esse
cenário, vemos o quão complicado é um governo que
simplesmente colocada de lado a questão social. Na
pior das hipóteses, trata essa questão a partir de
uma visão eleitoreira”, afirmou Fausto.
‘Bolsa banqueiro’
Por outro lado, ele relacionou as incertezas que
permeiam a implementação do novo programa às
convicções que vêm embalando a escalada da taxa
básica de juros. Na última reunião, o Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
elevou a Selic em 1,50 ponto percentual, fixada em
7,75% ao ano. É a maior taxa desde setembro de 2017.
Segundo cálculos do próprio BC, para cada aumento de
um ponto percentual nos juros, o custo da dívida
pública sobe R$ 31,8 bilhões ao ano.
Nesse sentido, o diretor do Dieese destaca que o
custo com a elevação da Selic supera, e muito, o
montante que o governo espera gastar no Auxílio
Brasil. Para 2022, o novo programa deve custar R$
84,7 bilhões, segundo o ministério da Cidadania. No
entanto, somente neste ano, a Selic subiu mais de 5
pontos percentuais, acumulando gastos que superam R$
500 bilhões.
“Ou seja, de um lado, estamos vendo recursos para os
pobres sendo retirados e direitos sociais sendo
desconstruídos. De outro, mais recursos saindo dos
nossos impostos para o setor financeiro”, disse
Fausto. Para ele, trata-se de uma opção deliberada
pelo agravamento das desigualdades sociais do país.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/11/2021 -
Crise energética afeta inflação e provoca ainda mais
desemprego, diz CNI
Estudo aponta que o aumento nos preços da energia
elétrica reduzirá o PIB do Brasil em R$ 8,2 bilhões
em 2021 e em R$ 14,2 bilhões em 2022
De acordo com estudo da Confederação Nacional da
Indústria (CNI) publicado nesta terça-feira (2), o
aumento nos preços da energia elétrica, impulsionado
em parte pela crise hídrica, reduzirá o PIB (Produto
Interno Bruto) do Brasil em R$ 8,2 bilhões em 2021 e
em R$ 14,2 bilhões em 2022, a valores de 2020.
O estudo indica que a alta da conta de luz provoca
uma reação em cadeia na economia, que afeta a
inflação, o consumo das famílias, a atividade
econômica e a geração de empregos. A CNI prevê perda
de 166 mil empregos no final deste ano em relação à
quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho
de 2021 em consequência dos impactos diretos e
indiretos do aumento de custos. Já para o ano que
vem, a crise energética deve afetar 290 mil empregos
em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro
trimestre deste ano.
Segundo a CNI, o consumo das famílias sofrerá uma
redução de R$ 7 bilhões neste ano, a preços de 2020,
como consequência da pressão dos custos de energia,
o equivalente a variação negativa de 0,15%. Para o
ano que vem, o efeito será de 12,1 bilhões de reais
a preços de 2020, ou queda de 0,26%.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade,
destacou em nota que os elevados encargos, impostos
e taxas setoriais da tarifa de energia já pesavam
sobre a economia brasileira mesmo antes da crise.
“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais
e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica
paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o
que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um
dos principais insumos da indústria brasileira”,
afirmou. Para ele, “essa elevação do custo de
geração de energia é repassada aos consumidores, com
impactos bastante negativos sobre a economia”.
A economista da CNI e autora do estudo, Maria
Carolina Marques, afirmou à Reuters que o impacto
dos preços mais altos de energia é diferente para
cada setor, com destaque para a indústria, cujo PIB
geral deve perder R$ 2,2 bilhões a preços de 2020
devido à crise energética, ou 0,17%.
Ela afirma que o comércio também é afetado, uma vez
que os custos mais altos no Brasil podem tornar
produtos estrangeiros mais atraentes, mesmo com
outros países também vendo custos mais altos de
energia.
Segundo a economista, muitas das grandes economias
globais, que estão sofrendo com a alta dos preços de
commodities como petróleo e gás natural, já tinham
matrizes energéticas pesadas em fontes de energia
mais caras, enquanto o Brasil vive um choque devido
à grande dependência das hidrelétricas.
Fonte: RevistaForum
04/11/2021 -
Governo Bolsonaro luta para defender o vírus,
critica Orlando Silva
A portaria 620, publicada no Diário Oficial da
União (DOU) e assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni,
diz que empregadores não poderão dispensar
funcionários que não comprovem ter recebido a
imunização contra o novo coronavírus
A Covid-19 já levou a vida de mais de 608 mil
brasileiros. Apesar do elevado número de mortes e do
pedido de indiciamento do presidente do país e
outras 79 pessoas por crimes na pandemia feito pela
CPI da Covid, o governo Bolsonaro continua agindo a
favor da disseminação do vírus. A bola da vez é a
portaria publicada no dia 1º de novembro pelo
Ministério do Trabalho para proibir a demissão de
pessoas que não foram vacinadas contra a doença.
A portaria 620, publicada no Diário Oficial da União
(DOU) e assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, diz
que empregadores não poderão dispensar funcionários
que não comprovem ter recebido a imunização contra o
novo coronavírus.
O texto diz que é “prática discriminatória a
obrigatoriedade de certificado de vacinação em
processos seletivos de admissão de trabalhadores,
assim como a demissão por justa causa de empregado
em razão da não apresentação de certificado de
vacinação”.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou a
portaria e afirmou que o governo Bolsonaro continua
trabalhando na defesa do vírus.
“O ministro Onyx, demagogo a não mais poder, baixou
uma portaria ilegal para garantir o “direito” de
trabalhadores não se vacinarem. É uma cretinice! Em
todo o mundo, governos se esforçam pela vacinação.
No Brasil, com vasta cultura vacinal, Bolsonaro luta
para defender o vírus”, disparou.
Segundo o texto do governo, caso haja demissão pela
recusa de comprovação da vacina, o funcionário pode
optar pela reintegração ao cargo ou receber o dobro
da remuneração referente ao período de afastamento.
Segundo a Pasta, as empresas poderão obrigar os
trabalhadores a serem testados para preservar “as
condições sanitárias no ambiente de trabalho”.
A posição do governo confronta entendimento do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). A presidente do
tribunal, ministra Maria Cristina Peduzzi, afirmou,
em setembro, em entrevista à imprensa, que não tomar
a vacina pode comprometer o bem coletivo no
trabalho. Segundo ela, esses funcionários poderiam
ser demitidos, inclusive com justa causa.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
04/11/2021 -
Comissão aprova criação de auxílio permanente de R$
1.200 para mães chefes de família
Conforme a proposta, está apta ao recebimento a
mulher com mais de 18 anos, sem emprego formal
e que não recebe benefício previdenciário ou
assistencial
A Comissão dos Direitos da Mulher aprovou o Projeto
de Lei 2099/20, que institui auxílio permanente de
R$ 1.200 mensais às mulheres provedoras de famílias
monoparentais – ou seja, o grupo familiar chefiado
por mulher sem cônjuge ou companheiro, com pelo
menos uma pessoa menor de 18 anos.
Pelo texto, para receber o benefício, a mulher deve
cumprir uma série de requisitos, como ter mais de 18
anos, não ter emprego formal ativo, não ser titular
de benefício previdenciário ou assistencial.
Deve ter ainda renda familiar mensal per capita de
até 1/2 salário-mínimo ou renda familiar mensal
total de até 3 salários mínimos.
Amparo permanente
O projeto é do ex-deputado Assis Carvalho (PI) e foi
relatado pela deputada Erika Kokay (PT-DF), que deu
parecer favorável. Ela acrescentou uma emenda para
prever o reajuste anual do benefício pelo INPC (o
mesmo do salário mínimo).
Kokay disse que a situação econômica do País, com
queda da renda das famílias, demonstra a necessidade
de uma política permanente de amparo às mulheres e
dependentes.
“Para as mulheres provedoras de famílias
monoparentais, a situação é ainda mais dramática,
pois, em muitos casos, não contam com o apoio por
parte dos pais de seus filhos e ainda assim devem
sozinhas sustentar seus lares”, disse a deputada.
Operacionalização
Conforme o projeto, o auxílio será operacionalizado e
pago por bancos públicos federais. As instituições
ficarão autorizadas a realizar o pagamento por meio
de conta do tipo poupança social digital, de
abertura automática em nome dos beneficiários, sem
cobrança de tarifas para a manutenção e uma
transferência eletrônica de valores ao mês, sem
custos, para conta bancária mantida em outros
bancos.
O texto prevê regulamentação da lei pelo Poder
Executivo em até três meses da publicação da norma,
caso aprovada.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões Seguridade Social e
Família; Finanças e Tributação; e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/11/2021 -
Ministério do Trabalho proíbe demissão de pessoas
não vacinadas contra a covid-19
Entendimento da Justiça até o momento era de que
demissão era possível em razão do direito da
coletividade
O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (DEM),
anunciou nesta segunda-feira (1º) publicação de uma
portaria proibindo empregadores de exigir a
comprovação de vacinação contra a covid-19 para a
contratação ou manutenção de um trabalhador no
emprego. O texto da Portaria nº 620 do ministério
considera como “prática discriminatória a
obrigatoriedade de certificado de vacinação em
processos seletivos de admissão de trabalhadores,
assim como a demissão por justa causa de empregado
em razão da não apresentação de certificado de
vacinação”.
A portaria ainda estabelece que empregadores poderão
apenas realizar a testagem periódica dos
trabalhadores com a finalidade de “assegurar a
preservação das condições sanitárias no ambiente de
trabalho”.
Em caso de demissão por conta da não comprovação de
vacinação, o ministério estabelece que o empregado
deve ser reintegrado.
Em julho passado, a Justiça do Trabalho em São Paulo
confirmou a demissão de uma trabalhadora que se
recusou a tomar vacina contra a covid-19. Por
unanimidade, a 13ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 2ª Região confirmou decisão de
primeira instância que validou a dispensa por justa
causa de uma auxiliar de limpeza que trabalhava em
um hospital infantil e se recusou a ser imunizada
duas vezes. O caso aconteceu em São Caetano do Sul,
em São Paulo.
Em setembro, a presidenta do Tribunal Superior do
Trabalho, Maria Cristina Peduzzi, afirmou em
entrevista que trabalhadores poderiam ser demitidos
ao recusarem a vacina. “O direito da coletividade se
sobrepõe ao direito individual. Então, se um
empregado recusa a vacinação, vai comprometer o meio
ambiente de trabalho, que necessariamente deve ser
promovido, por meio do empregador, da forma mais
saudável possível. Por isso que há uma justificativa
que tem embasado decisões nesse sentido”, disse a
presidente do TST ao UOL. A opinião da magistrada
vai ao encontro de decisões que levaram em conta
esse entendimento em primeira e segunda instâncias.
Em maio, a 2ª Vara do Trabalho de São Caetano do Sul
(SP) validou a dispensa por justa causa de uma
auxiliar de limpeza de hospital que se negou a tomar
a vacina contra a Covid-19. Em julho, o TRT-2
manteve a decisão.
Além disso, em dezembro de 2020 o Supremo Tribunal
Federal, julgou ações apresentadas por partidos
discutindo a obrigatoriedade de vacinação contra a
covid-19. Na ocasião, a Corte havia decidido que o
Estado poderia determinar a obrigatoriedade e impor
restrições àqueles que recusassem a imunização.
Quando as vacinas começaram a ser aplicadas no país,
o Ministério Público do Trabalho também se
posicionou de forma favorável à demissão por justa
causa de quem se recusassem a tomar vacina sem
apresentar razões médicas documentadas. Segundo o
MPT, empresas devem conscientizar e negociar com
seus funcionários. Mas a mera recusa individual e
injustificada não pode colocar em risco a saúde dos
demais empregados.
Com informações do Sul 21 e do Conjur
Fonte: Rede Brasil Atual
03/11/2021 -
A vida é um direito acima de todos, afirmam em nota
centrais sindicais
As Centrais Sindicais divulgaram nota, na
tarde desta terça-feira (2), repudiando a Portaria
MTP nº 620, que retira a obrigatoriedade de
trabalhadores tomarem a vacina contra a Covid-19 e
que, de acordo com as lideranças sindicais, cria um
ambiente de insegurança e desproteção sanitária.
As Centrais Sindicais divulgaram nota, na tarde desta
terça-feira (2), repudiando a Portaria MTP nº 620,
que retira a obrigatoriedade de trabalhadores
tomarem a vacina contra a Covid-19 e que, de acordo
com as lideranças sindicais, cria um ambiente de
insegurança e desproteção sanitária.
Os sindicalistas entendem que mais do que uma
distorção do entendimento sobre as regras de
convívio social, essa é a nova demonstração, por
parte do governo, de total falta de sensibilidade e
empatia. “Felizmente é tradição do povo brasileiro
aderir a campanhas de vacinação e virar as costas
para ideologias perversas que, através de
informações falsas, disseminam o movimento
antivacina”, diz o documento.
Na nota, os dirigentes defendem a ampla cobertura
vacinal, a necessidade de apresentar o comprovante
de imunização para frequentar lugares públicos,
inclusive no ambiente de trabalho, assim como a
atenção aos protocolos de segurança e contenção da
pandemia. “Defendemos de forma intransigente a
ratificação da convenção 158 da OIT que trata da
proteção dos empregos contra as demissões
arbitrárias”.
Veja a seguir a íntegra da nota:
Nota das centrais sindicais: A vida é um direito
acima de todos
Às vésperas do Dia de Finados, em 1º de novembro de
2021, quando mais de 600 mil famílias brasileiras
sofrem pela perda precoce de entes queridos para o
Covid-19, o Ministério do Trabalho e Previdência
lança a Portaria MTP nº 620, retirando a
obrigatoriedade de trabalhadores tomarem a vacina
contra a Covid-19 e, assim, criando um ambiente de
insegurança e desproteção sanitária.
Mais do que uma distorção do entendimento sobre as
regras de convívio social, essa é a nova
demonstração, por parte do governo, de total falta
de sensibilidade e empatia.
O advento da vacina contra o coronavírus em tempo
recorde foi uma conquista da humanidade que nos
permite retomar a economia e um saudável convívio
social.
Felizmente é tradição do povo brasileiro aderir a
campanhas de vacinação e virar as costas para
ideologias perversas que, através de informações
falsas, disseminam o movimento antivacina.
Ideologias que tem força em outros países e que o
presidente Jair Bolsonaro, com sua costumeira
postura antissocial, insiste em defender.
Esse governo que agora retira a obrigatoriedade de
vacina e que contraditoriamente determina que as
empresas façam testagem em massa nos trabalhadores,
é o mesmo que jogou testes no lixo e que trata a
Covid-19 como “gripezinha”. Sob o pretexto de
privilegiar o direito individual a Portaria do MTE
fere o direito constitucional de assegurar a saúde e
segurança no ambiente do trabalho.
Ao contrário de uma ação autoritária, a
obrigatoriedade da vacinação se baseia na
responsabilidade de cada um com o coletivo, sendo,
desta forma, uma ação democrática. Neste sentido, o
TST e o ministério público do Trabalho recomendam a
obrigatoriedade da vacinação, o STF decidiu, em
17/12/2020, que a exigência do comprovante vacinal
está prevista na Constituição e o Código Penal
determina em seu art. Art. 132, pena de detenção de
três meses a um ano a quem expõe a vida ou a saúde
de outrem a perigo direto e iminente.
Defendemos a ampla cobertura vacinal, a necessidade
de apresentar o comprovante de imunização para
frequentar lugares públicos, inclusive no ambiente
de trabalho, assim como a atenção aos protocolos de
segurança e contenção da pandemia. Defendemos de
forma intransigente a ratificação da convenção 158
da OIT que trata da proteção dos empregos contra as
demissões arbitrárias!
Acima de qualquer outro, a vida é um direito a ser
preservado para todas e todos!
São Paulo, 02 de novembro de 2021
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Radio Peão Brasil
03/11/2021 -
Norma de sindicato não pode impedir trabalho em
feriados, diz TRT-SC
A opção da empresa de colocar seus empregados para
trabalhar em feriados não pode estar condicionada a
prévia filiação a entidade patronal, pois é ilícito
suprimir o direito à livre associação por meio de
norma coletiva fixada por sindicato.
Com base nesse entendimento, a 1ª Câmara do Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) manteve
decisão que considerou inválido trecho de convenção
coletiva que vinculava o trabalho aos feriados no
comércio de São José (SC) a filiação ao sindicato
patronal.
A ação partiu de uma livraria da cidade, que em 2020
foi alvo de notificação pelo sindicato pelo simples
fato de ter aberto suas portas nos feriados de
Finados e da Proclamação da República.
Na notificação, a entidade orientou a empresa a
regularizar sua adesão à norma coletiva, sob pena de
multa, com base em termo que condicionava o trabalho
em feriados ao pagamento de contribuições patronais
e recolhimento de taxas devidas ao sindicato dos
trabalhadores.
Ao acolher o pedido da livraria em março deste ano,
contudo, o juiz Jony Carlo Poeta, da 1ª Vara do
Trabalho do município, julgou que a cláusula
representa "verdadeira afronta" aos princípios
constitucionais da livre associação e
sindicalização.
A decisão foi mantida por unanimidade pelo TRT-SC.
"Se de um lado é prerrogativa do sindicato defender
os direitos de toda a categoria, de forma ampla, e,
do outro, é direito dos empregados e empregadores
não se filiar, dessa equação extrai-se que os
sindicatos não podem fixar norma coletiva prevendo
distinção entre filiados e não filiados", registrou
o relator, desembargador Wanderley Godoy Junior.
0000062-88.2020.5.12.0031
Fonte: Consultor Jurídico
03/11/2021 -
Pequenos negócios geraram 71% dos empregos até
setembro
Levantamento foi feito pelo Sebrae
As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação
de empregos formais em 2021. Dos cerca de 2,5
milhões de postos de trabalho formais criados no
Brasil de janeiro a setembro, 1,8 milhão, o
equivalente a 71% do total, originou-se em pequenos
negócios.
A conclusão consta de levantamento do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da
Economia. As MPE abriram 1,2 milhão de postos a mais
que as médias e grande empresas nos nove primeiros
meses de 2021.
Apenas em setembro, os negócios de menor porte foram
responsáveis pela abertura de 72,5% das vagas
formais no mês, com 227,9 mil de um total de 313,9
mil postos de trabalho criados no mês passado. Na
divisão por setores da economia, somente os pequenos
negócios apresentaram saldo positivo na criação de
empregos em todos os segmentos.
O setor com mais destaque são os de serviços, com a
abertura de 103,4 mil vagas em micro e pequenas
empresas de um total de 143,4 mil postos apurados
pelo Caged. De acordo com o Sebrae, o avanço da
vacinação contra a covid-19 tem impulsionado a
recuperação do segmento.
O segundo setor que liderou a criação de postos de
trabalho em setembro foi o comércio, com 54,4 mil
vagas em micro e pequenas empresas, de um total de
60,8 mil. Em seguida vêm indústria (37,6 mil de um
total de 76,2 mil) e agropecuária (3 mil de 9,1
mil). No caso da construção civil, o saldo positivo
do mês passado se deve unicamente às MPE. Os
pequenos negócios geraram 27,5 mil postos de
trabalho, enquanto as médias e grandes empresas
fecharam cerca de 3 mil vagas.
Da Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
03/11/2021 -
Projeto de Paim derruba portaria do MPT que proíbe
demissão dos que se recusarem a se vacinar
O Senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou PDL
(Projeto de Decreto Legislativo) que susta os
efeitos da Portaria MPT 620/21, de 1º de novembro,
que proíbe a demissão de funcionários que se recusam
a tomar a vacina contra a covid-19 no País.
Segundo o texto da portaria, a não apresentação de
cartão de vacina contra qualquer doença não está
inscrita como motivo de justa causa para rescisão do
contrato de trabalho pelo empregador, nos termos do
artigo 482 da CLT.
O PDL, nos termos do artigo 49, inciso V da
Constituição, susta a Portaria MTP 620, de 1º de
novembro de 2021, do Ministro de Estado do Trabalho
e Previdência. Artigo e inciso determinam:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso
Nacional:
(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa”.
Pelas características do projeto de decreto, o texto
poderá ser examinado, inicialmente, pelas comissões
de Assuntos Sociais, e de Direitos Humanos e
Legislação Participativa.
Incoerência
Na justificação da iniciativa legislativa, o senador
Paim escreve que tal medida é “incoerente”.
Essa que “aparentemente visa a proteção dos
empregados contra ‘abuso do empregador’ e proteção
de suas liberdades individuais e do direito ao
trabalho, mostra-se incoerente”.
“Ao passo em que reconhece a relevância das medidas
necessárias para prevenção, controle e mitigação dos
riscos de transmissão da covid-19 nos ambientes de
trabalho, incluindo a respeito da política nacional
de vacinação e promoção dos efeitos da vacinação
para redução do contágio da covid-19, e a
necessidade de que o empregador assegure a
preservação das condições sanitárias no ambiente de
trabalho, acaba por afastar o mais importante,
eficiente e necessário item de proteção à saúde,
tanto do próprio trabalhador, quanto de seus colegas
de trabalho, que é a vacinação.”
Fonte: Diap
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