Blog - Notícias Anteriores - Novembro 2023
30/11/2023 -
Ação no TST pode retomar direitos perdidos com
Reforma Trabalhista
30/11/2023 -
Lula diz que PL da desoneração da folha não diz
“absolutamente nada” sobre contrapartidas a
trabalhadores e promete alternativas
30/11/2023 -
Primeira parcela do décimo terceiro deve ser paga
até esta quinta
30/11/2023 -
Lula: 'Dino e Gonet eram as melhores pessoas que eu
podia indicar para o STF e PGR'
30/11/2023 -
Conselho Curador do FGTS aprova orçamento de R$ 117,65
bi para 2024
29/11/2023 -
Dieese aponta que 82,1% dos acordos tiveram aumentos
reais
29/11/2023 -
Ministro do Trabalho expõe prioridades nesta quarta
29/11/2023 -
Com destaque para serviços, país abre mais 190 mil
vagas com carteira e soma quase 1,8 milhão no ano
29/11/2023 -
“A negociação coletiva precisa ser retomada”,
destaca ministro do Trabalho e Emprego
29/11/2023 -
Precariedade e impunidade levam a aumento do
trabalho escravo no Brasil, dizem especialistas
29/11/2023 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,33% em novembro
29/11/2023 -
Supremo anula decisões do TRT-2 que ignoraram
precedentes sobre terceirização
28/11/2023 -
Empregador prestará contas sobre igualdade salarial
28/11/2023 -
Parlamentares se mobilizam para derrubar veto à
desoneração da folha
28/11/2023 -
Comissão discute mudanças trabalhistas propostas em
texto que atualiza Estatuto da Microempresa
28/11/2023 -
Como resolve uma greve? Negociando! – Clemente Ganz
Lúcio
28/11/2023 -
Maioria das indústrias já adota ações para melhorar
sustentabilidade
28/11/2023 -
Justiça manda reintegrar 500 demitidos de empresa de
calçados em Sergipe
27/11/2023 -
Nova Central, CTB,
CNTI, Contricom e Fitmetal criticam veto a desoneração e
reclamam redução dos juros e reforma tributária
progressiva
27/11/2023 -
O peso das negociações coletivas: 78% de reajustes
superiores à inflação e pisos 24% acima do salário
mínimo
27/11/2023 -
Centrais criticam veto ao PL da desoneração da folha
de pagamento
27/11/2023 -
Prorrogação da desoneração da folha é
inconstitucional, diz Haddad
27/11/2023 -
STF: Zanin vota por anular acórdão sobre revisão da
vida toda no INSS
24/11/2023 -
Desemprego recua em três estados; queda em SP puxou
média nacional
24/11/2023 -
Câmara aprova projeto do governo Bolsonaro que reduz
direitos trabalhistas
24/11/2023 -
Correios descartam greve na 'black friday';
sindicatos e direção entram em acordo
24/11/2023 -
Hora de priorizar o trabalho de base e a
sindicalização
24/11/2023 -
Apoio efetivo – João Guilherme Vargas Netto
24/11/2023 -
Comissão aprova projeto que isenta do Imposto de
Renda a participação nos lucros destinada a
empregados
23/11/2023 -
Debatedores buscam consenso sobre oposição à
contribuição sindical
23/11/2023 -
MTE promove Semana Nacional da Negociação Coletiva
23/11/2023 -
Governo revoga
portaria sobre trabalho do comércio nos feriados
23/11/2023 -
INSS: pedidos de benefícios devem ser atendidos em
até 30 dias em 2024
22/11/2023 -
Centrais manifestam apoio à Portaria do MTE que
regula trabalho no feriado
22/11/2023 -
DIEESE: Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho
22/11/2023 -
Ministra das mulheres denuncia desigualdade social,
violência e misoginia
22/11/2023 -
Congresso participa da campanha mundial pelo fim da
violência contra a mulher
22/11/2023 -
STF absolve Paulinho
21/11/2023 -
Luta sindical é a raiz do 13º, diz economista
21/11/2023 -
Lula: medidas de igualdade racial são pagamento de
dívida histórica
21/11/2023 -
Comissão vai realizar seminário para debater
políticas de combate ao trabalho escravo
21/11/2023 -
Governo fará mutirão do Desenrola com condições
especiais para pagar dívidas
21/11/2023 -
Plebiscito: 97% são contra privatização da Sabesp,
Metrô e CPTM
21/11/2023 -
Primeira parcela do 13º salário cai até dia 30 de
novembro; veja regras
20/11/2023 -
Assinatura de Memorando incentiva Trabalho Decente
no Brasil
20/11/2023 -
Mulheres no
poder: NCST participa de evento sobre igualdade de
gênero
20/11/2023 -
Portaria do governo Lula é vitória dos trabalhadores
do comércio
20/11/2023 -
Comissão realiza audiência sobre atualização de
plano de carreira do Ministério do Trabalho
20/11/2023 -
Segue à sanção PL que institui direitos das pessoas
atingidas por barragens
17/11/2023 -
Presidente Lula sanciona lei para reduzir filas do
INSS
17/11/2023 -
Trabalho no comércio em feriados passa a exigir
convenção coletiva
17/11/2023 -
Governo e relator trabalham por texto comum da
tributária entre Câmara e Senado, diz Padilha
17/11/2023 -
Cláusula que prevê benefícios custeados pelo
empregador apenas para sindicalizados é anulada
17/11/2023 -
Contradição nas coisas – João Guilherme Vargas Netto
17/11/2023 -
“Bolsonaristas, com apoio de setores da imprensa,
fabricaram um escândalo para tentar desgastar o
governo”, afirma Lindbergh
16/11/2023 -
Centrais Sindicais pedem cessar-fogo já!
16/11/2023 -
Reforma trabalhista faz 6 anos com milhares de
contestações na Justiça
16/11/2023 -
Governo quer taxar sócios de empresas para arrecadar
até R$ 10 bilhões
16/11/2023 -
Projeto proíbe cobrança de contribuição sindical em
condomínios de edifícios
16/11/2023 -
TSE "turbina" ação contra Bolsonaro e filhos com
provas do STF e depoimento de hacker
16/11/2023 -
Empresa não tem de repassar contribuição
assistencial sem que trabalhador possa rejeitar
desconto
16/11/2023 -
Projeto obriga empresa a manter plano de saúde de
vítima de violência sexual no trabalho
14/11/2023 -
Centrais Sindicais convocam Ato Pela Paz nesta terça
(14)
14/11/2023 -
DIAP renova
direção e desenvolve ações para ampliar filiações
14/11/2023 -
STF reinicia julgamento da regulamentação da
licença-paternidade
14/11/2023 -
Quebra de decisões tributárias e terceirização
voltam à pauta do STF
13/11/2023 -
Pela Paz:
Centrais Sindicais convocam ato para 14 de novembro
13/11/2023 -
Luiz Marinho
apresenta à bancada do PT na Câmara ações e projetos
do MTE
13/11/2023 -
Pagamento do 13º
salário injetará R$ 291 bilhões na economia
13/11/2023 -
Inflação de outubro fica em 0,24%, puxada pelas
passagens aéreas
13/11/2023 -
Revisão do Simples pode gerar mais 650 mil empregos,
diz estudo
13/11/2023 -
Comissão aprova projeto que determina a preparação
de aposentadoria para trabalhadores com mais de 50
anos
10/11/2023 -
O futuro do sindicalismo: Belém recebe roda de
conversa da Nova Central
10/11/2023 -
STF volta a suspender julgamento sobre FGTS após
novo pedido de vista. Correção pela poupança já tem três
votos
10/11/2023 -
Pagamento do 13º pode chegar a R$ 291 bilhões, 2,7%
do PIB
10/11/2023 -
Contra a privatização da Sabesp, audiência pública
dia 16 terá protestos
10/11/2023 -
Audiência pública na CDH discutirá situação dos
trabalhadores da Eletrobras
10/11/2023 -
CCJ aprova prioridade na Justiça para ações sobre
trabalho escravo
09/11/2023 -
Nova Central participa do 1º Seminário do Mercosul
sobre Políticas e Sistemas de Cuidado
09/11/2023 -
Neuriberg Dias: Priorizar atuação no Congresso
Nacional
09/11/2023 -
PGR pede para STF limitar decisão sobre contribuição
sindical
09/11/2023 -
Valor da Cesta Básica cai, mostra Dieese
09/11/2023 -
Trabalhador poderá ausentar-se do trabalho para
vacinação, aprova CAS
09/11/2023 -
Estágio pode ser considerado como experiência
profissional
08/11/2023 -
Presidente da Nova Central debate rumos do
sindicalismo em Belém
08/11/2023 -
País precisa de modelo negociado que garanta
financiamento sindical, defende Paim
08/11/2023 -
Negociação coletiva abre portas onde há muros
08/11/2023 -
Debatedores pedem mudanças na correção do FGTS
08/11/2023 -
Reforma Tributária é aprovada na CCJ e segue para o
plenário
07/11/2023 -
Nova Central debate o custeio das entidades
sindicais em comissão do Senado
07/11/2023 -
Sindicato: afinal, quem é esse sujeito?
07/11/2023 -
CCJ do Senado pode votar Reforma Tributária
terça-feira (7)
07/11/2023 -
Comissão aprova adicional de 25% para todo
aposentado que precise de ajuda permanente
06/11/2023 -
Supremo divulga acórdão sobre constitucionalidade da
taxa assistencial, inclusive para não sindicalizados
06/11/2023 -
Hélio Gherardi apresenta parecer relativo ao acórdão
do STF sobre a contribuição assistencial
06/11/2023 -
Governo e centrais querem que Supremo adie
julgamento sobre correção do FGTS
06/11/2023 -
Senado aprova e envia à sanção projeto do governo
que zera fila do INSS
06/11/2023 -
O acórdão do STF e suas consequências – João
Guilherme Vargas Netto
06/11/2023 -
Renda média do trabalhador aumenta R$ 49, alta de
1,7% no 3º trimestre
01/11/2023 -
Consultor do DIAP elabora parecer técnico sobre
Portaria 3.472
01/11/2023 -
Desemprego é o menor em quase oito anos. Ocupação e
rendimento batem recorde
01/11/2023 -
Sindnapi lança campanha em defesa do PL da
recomposição da aposentadoria
01/11/2023 -
Adiada votação do projeto que pretende reduzir filas
no INSS
01/11/2023 -
Lula diz que Brasil pode encerrar o ano com criação
de 2 milhões de empregos formais
01/11/2023 -
Lira diz que Câmara dará apoio ao Novo PAC e a
outros programas de geração de emprego
30/11/2023 -
Ação no TST pode retomar direitos perdidos com
Reforma Trabalhista
Trabalhadores têm chance de retomar direitos
perdidos pela Reforma Trabalhista de Michel Temer.
Saiba como!
Os trabalhadores e as trabalhadoras têm ainda a
chance de retomar direitos perdidos e os
restringidos pela reforma Trabalhista do governo de
Michel Temer (MDB), ocorrida em 2017, um ano após o
golpe da então presidenta Dilma Rousseff (PT), que
significou um verdadeiro retrocesso ao excluir mais
de 100 artigos de proteção contidos na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT).
Isto porque o plenário do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), vai julgar o alcance da Reforma
Trabalhista nos contratos de trabalho assinados
antes da lei entrar em vigor.
Uma decisão dos ministros da Corte seria definida
nessa segunda-feira (27), mas eles preferiram adiar
o julgamento.
Foi acolhida a proposta do relator, Ministro Aloysio
Corrêa da Veiga, para converter o processo em
incidente de recurso de revista repetitivo.
De acordo com Eduardo Henrique Soares, da assessoria
jurídica da CUT Nacional, o procedimento é utilizado
pela Corte para examinar questões de grande impacto
na Justiça do Trabalho, permitindo maior debate
sobre o tema.
Dessa forma, todos os processos que tramitam na
Justiça Trabalhista deverão seguir a mesma linha de
entendimento do processo analisado agora pelo TST.
Ainda não há previsão para um novo julgamento.
O que está em jogo
O processo em si trata do pagamento das horas gastas
pelo trabalhador no percurso para seu trabalho,
(horas in itinere), o que significa dizer que o
trajeto que o trabalhador faz de casa para o
trabalho deve ser incorporado a sua jornada de
trabalho, uma vez que ele já está à disposição da
empresa.
De toda forma, a tese a ser firmada pelo TST é mais
abrangente, e alcança todos os demais direitos que
foram revogados ou restringidos pela atual Reforma,
como o artigo 384 da CLT, o intervalo intrajornada e
a incorporação de gratificação de função recebida
por mais de 10 anos.
Neste caso, a discussão é relativa à possibilidade
ou não de sua aplicação aos contratos assinados
antes de novembro de 2017, quando a Reforma passou a
valer, com base na CLT anterior e mais favorável.
Diante da relevância da Central Única dos
Trabalhadores na sociedade civil, a CUT é hoje
Amicus Curiae da no processo, e tem como papel
fornecer subsídios às decisões dos tribunais.
Amicus Curiae é um termo em latim que significa
amigos da Corte, em que partes interessadas podem
defender seu ponto de vista numa ação, mesmo que não
seja autor dessa ação.
Para a CUT, a Lei 13.467/2017 não pode ser adotada
para atingir prejudicialmente contratos firmados
antes da Reforma, violando o que os juristas chamam
de direito adquirido e de ato jurídico perfeito.
Tão importante quanto, indica Soares, também não
pode ser aplicada a situações futuras, “pois elas
também são alcançadas pela regra mais favorável
incorporada aos contratos iniciados antes da
respectiva lei.”
E destaca, por fim, que toda e qualquer mudança
somente se aplica se for mais favorável. Eventuais
regras prejudiciais não incidem nos contratos
anteriores.
Fonte: Rádio Peão Brasil
30/11/2023 -
Lula diz que PL da desoneração da folha não diz
“absolutamente nada” sobre contrapartidas a
trabalhadores e promete alternativas
Presidente admite risco de derrubada de veto pelo
Congresso, mas defende que empresas não sejam as
únicas beneficiadas pelo projeto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou,
nesta quarta-feira (29), não entender o motivo da
preocupação de empresários com o veto integral por
ele apresentado ao projeto de lei que pretendia
estender até 2027 a desoneração da folha de
pagamento de 17 setores da economia (como calçados,
vestuário e construção civil) e reduzir a
contribuição previdenciária paga por municípios (PL
334/23).
Em viagem oficial à Arábia Saudita, Lula repetiu que
o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que
acompanha a comitiva no Oriente Médio, deverá
apresentar alternativas ao texto vetado. E frisou
que é importante que uma redução nos encargos das
empresas seja acompanhado por contrapartidas aos
trabalhadores − o que ele alega não estar claro na
peça aprovada pelo Congresso Nacional.
“Eu não sei se eles estão preocupados, não sei qual
é a razão… Pelo fato de gerar mais emprego não foi,
porque não tem nada na lei que diz que vão gerar
mais emprego se tiver desoneração”, disse em uma
rápida conversa com jornalistas antes de deixar
Riade em direção aos Emirados Árabes, onde
participará da 28ª Conferência das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima (COP 28).
“O que é importante é que essas coisas aconteçam, e
o Haddad vai apresentar alternativas, na medida em
que a gente também tenha uma relação entre
empresários e trabalhadores, que, ao reduzir
desoneração da empresa para você melhorar a renda da
empresa, é importante garantir emprego para os
trabalhadores”, prosseguiu o mandatário.
O governo alega que a medida é inconstitucional por
criar renúncia de receita sem apresentar o impacto
nas contas públicas, como manda a legislação. A
renúncia com a desoneração no setor privado foi
estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões, segundo o
Ministério da Fazenda.
Implementada desde 2011 como medida temporária, a
política de desoneração da folha vinha sendo
prorrogada desde então. Com o veto presidencial, a
medida perde a validade em dezembro deste ano.
Os setores contemplados pelo benefício da
desoneração da folha de pagamentos alegam que a
medida garante milhares de empregos − e que,
portanto, o veto de Lula poderia implicar em
demissões. No Congresso Nacional, já há forte
mobilização de parlamentares pela derrubada do
dispositivo. Para que isso aconteça, são necessários
257 votos de deputados e 41 votos de senadores.
“A lei não diz absolutamente nada [sobre
contrapartidas]. Obviamente que vetei uma lei, o
veto pode ser derrubado. Mas acho que a gente não
pode fazer desoneração sem dar a contrapartida aos
trabalhadores. Os trabalhadores precisam ganhar
alguma coisa nessa história. A empresa deixa de
contribuir sobre a folha, e o trabalhador ganha o
quê? Não tem nada escrito que ele vai ganhar um real
a mais no seu salário”, disse Lula na conversa com
jornalistas.
Fonte: InfoMoney
30/11/2023 -
Primeira parcela do décimo terceiro deve ser paga
até esta quinta
Segundo o Dieese, salário extra injetará R$ 291
bilhões na economia
Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o
décimo terceiro salário tem a primeira parcela paga
até esta quinta-feira (30). A partir de 1º de
dezembro, o empregado com carteira assinada começará
a receber a segunda parcela, que deve ser paga até
20 de dezembro.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário extra
injetará R$ 291 bilhões na economia neste ano. Em
média, cada trabalhador deverá receber R$ 3.057.
Essas datas valem apenas para os trabalhadores na
ativa. Como nos últimos anos, o décimo terceiro dos
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) foi antecipado. A primeira
parcela foi paga entre 25 de maio e 8 de junho. A
segunda foi depositada de 26 de junho a 7 de julho.
Quem tem direito
Segundo a Lei 4.090/1962, que criou a gratificação
natalina, têm direito ao décimo terceiro
aposentados, pensionistas e quem trabalhou com
carteira assinada por pelo menos 15 dias. Dessa
forma, o mês em que o empregado tiver trabalhado 15
dias ou mais será contado como mês inteiro, com
pagamento integral da gratificação correspondente
àquele mês.
Trabalhadores em licença maternidade e afastados por
doença ou por acidente também recebem o benefício.
No caso de demissão sem justa causa, o décimo
terceiro deve ser calculado proporcionalmente ao
período trabalhado e pago junto com a rescisão. No
entanto, o trabalhador perde o benefício se for
dispensado com justa causa.
Cálculo proporcional
O décimo terceiro salário só será pago integralmente a
quem trabalha há pelo menos 1 ano na mesma empresa.
Quem trabalhou menos tempo receberá
proporcionalmente. O cálculo é feito da seguinte
forma: a cada mês em que trabalha pelo menos 15
dias, o empregado tem direito a 1/12 (um doze avos)
do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo
do décimo terceiro considera como um mês inteiro o
prazo de 15 dias trabalhados.
A regra que beneficia o trabalhador o prejudica no
caso de excesso de faltas sem justificativa. O mês
inteiro será descontado do décimo terceiro se o
empregado deixar de trabalhar mais de 15 dias no mês
e não justificar a ausência.
Tributação
O trabalhador deve estar atento quanto à tributação do
décimo terceiro. Sobre o décimo terceiro, incide
tributação de Imposto de Renda, INSS e, no caso do
patrão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. No
entanto, os tributos só são cobrados no pagamento da
segunda parcela.
A primeira metade do salário é paga integralmente,
sem descontos. A tributação do décimo terceiro é
informada num campo especial na declaração anual do
Imposto de Renda Pessoa Física.
Fonte: Agência Brasil
30/11/2023 -
Lula: 'Dino e Gonet eram as melhores pessoas que eu
podia indicar para o STF e PGR'
"Acho que são duas pessoas altamente qualificadas
para assumir tanto a Suprema Corte quanto a
Procuradoria-Geral da República", disse o presidente
Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou
nesta quarta-feira (29), durante viagem à Arábia
Saudita, que o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o
subprocurador Paulo Gonet eram “as melhores pessoas”
que poderia indicar para o Supremo Tribunal Federal
(STF) e para a Procuradoria-Geral da República (PGR),
respectivamente.
“Indiquei os dois porque entendi que os dois eram as
melhores pessoas que eu podia indicar. Espero que o
Senado estude e analise os nomes deles e faça o
debate que precisa fazer, e espero que os dois sejam
indicados, porque, se eu não fizesse agora, eu não
teria tempo de colocar em debate os nomes deles
antes do encerramento da atividade do Congresso.
Acho que são duas pessoas altamente qualificadas
para assumir tanto a Suprema Corte quanto a
Procuradoria-Geral da República”, disse Lula.
As sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet estão
agendadas para o dia 13 de dezembro na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado , composta
por 27 senadores. É preciso 14 votos para aprovar a
escolha do indicado.
Depois que os parlamentares derem seus votos na
reunião entre membros da CCJ, vai acontecer a
votação definitiva, no Plenário do Senado, onde
serão necessários os votos favoráveis de pelo menos
41 dos 81 senadores.
Fonte: Brasil247
30/11/2023 -
Conselho Curador do FGTS aprova orçamento de R$
117,65 bi para 2024
Minha Casa, Minha Vida receberá R$ 95,15 bilhões
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá
R$ 117,65 bilhões para aplicar em projetos e
políticas públicas previstas por lei. O valor consta
do orçamento de 2024 aprovado nesta terça-feira (28)
pelo Conselho Curador do FGTS.
A quantia foi dividida da seguinte forma: R$ 105,65
bilhões para investimentos em habitação, R$ 6
bilhões para saneamento básico e R$ 6 bilhões para
infraestrutura urbana.
O conselho também aprovou um plano de ações para
2024. Na habitação, está prevista a construção de
538 mil unidades habitacionais no próximo ano. A
maior parte dos recursos será gasta no programa
Minha Casa, Minha Vida, que terá R$ 95,15 bilhões à
disposição, o equivalente a 90,1% do orçamento para
habitação. Mais R$ 2 bilhões estão destinados à
habitação popular em geral.
Dentro do orçamento do Minha Casa, Minha Vida, R$
9,95 bilhões serão concedidos como subsídio a fundo
perdido (sem recuperação do valor) para desconto nas
prestações por famílias com renda mensal de até R$
4,4 mil. O programa pretende conceder o desconto a
339 mil unidades habitacionais no próximo ano.
A linha Pró-Cotista, que beneficia a compra de
imóveis a trabalhadores com conta no FGTS, terá R$
8,5 bilhões. Em relação ao saneamento e à
infraestrutura urbana, o orçamento prevê que as
obras nas duas áreas beneficiem 14,9 milhões de
pessoas.
Conforme o orçamento aprovado, os investimentos do
FGTS não comprometerão a saúde financeira do fundo.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a
rentabilidade média das aplicações é suficiente para
cobrir todos os custos projetados e formar uma
reserva técnica.
Supremo
O orçamento aprovado nesta terça pode mudar se o
Supremo Tribunal Federal (STF) decidir igualar a
forma de correção do dinheiro nas contas dos
trabalhadores à da poupança. O julgamento sobre o
tema foi interrompido no início do mês por um pedido
de vista do ministro Cristiano Zanin. Quando o
julgamento foi interrompido, havia três votos a
favor da mudança.
Atualmente, o FGTS rende 3% ao ano mais a Taxa
Referencial (TR). A caderneta rende o equivalente à
TR mais 0,5% do mês (6,17% ao ano) quando a Taxa
Selic (juros básicos da economia) estiver acima de
8,5% ao ano.
Pela fórmula atual, a poupança rendia 8,26% ao ano
no início de novembro. Segundo a Advocacia-Geral da
União (AGU), o FGTS teria de receber aportes anuais
de R$ 8,6 bilhões para arcar com a nova fórmula de
correção. Além disso, o pagamento de valores
retroativos custaria R$ 660 bilhões ao Tesouro
Nacional.
Fonte: Agência Brasil
29/11/2023 -
Dieese aponta que 82,1% dos acordos tiveram aumentos
reais
O Dieese – Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos, divulgou na segunda-feira
(27), uma análise das negociações salariais
referentes ao mês de outubro.
De acordo com o boletim, as analises registradas no
Mediador até 5 de novembro, mostram que 82,1% dos
reajustes resultaram em ganhos reais acima do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
Outros 4,5% resultaram apenas na recomposição das
perdas dos últimos 12 meses, e 13,4% ficaram abaixo
da inflação no período.
Clique
AQUI e veja o boletim completo.
Fonte: Rádio Peão Brasil
29/11/2023 -
Ministro do Trabalho expõe prioridades nesta quarta
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) recebe nesta
quarta-feira (29), às 9h, o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho. O chefe da pasta deverá
prestar informações sobre os desafios, metas,
planejamento e diretrizes governamentais do
ministério.
A realização da audiência pública atende a
requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) e
será uma oportunidade para que os senadores coletem
informações sobre temas como “relações de trabalho,
organização do sistema nacional de emprego e
condição para o exercício de profissões, seguridade
social, previdência social, população indígena e
assistência social”, conforme aponta Humberto, que
preside o colegiado.
Em outubro, o ministro compareceu à Comissão de
Direitos Humanos (CDH), ocasião em que apontou como
prioridade a reconstrução das estruturas e de
políticas públicas, a exemplo da de valorização do
salário mínimo.
Ele também foi convidado a comparecer a uma
audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
para prestar informações sobre uma portaria que
proíbe o exercício de 12 atividades comerciais aos
domingos e feriados. A audiência ainda será
agendada.
Fonte: Agência Senado
29/11/2023 -
Com destaque para serviços, país abre mais 190 mil
vagas com carteira e soma quase 1,8 milhão no ano
Setor responde por 58% do saldo de outubro e 54%
do total em 2023
O país abriu em outubro 190.366 postos de trabalho
com carteira assinada, segundo o “novo” Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados),
divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Com esse resultado, o saldo de
vagas formais no ano se aproxima de 1,8 milhão
(1.784.695).
Segundo o Caged, no mês passado foram registradas
1.941.281 admissões e 1.750.915 desligamentos. Como
costuma ocorrer, o salário médio dos demitidos (R$
2.115,81) é maior que o dos admitidos (R$ 2.029,33).
Serviços têm mais da metade do saldo
Em outubro, o setor de serviços respondeu por
aproximadamente 58% do saldo total do Caged, com
109.939 empregos registrados. Em seguida, vem o
comércio (49.647). A indústria abriu 20.954 vagas
formais e a construção civil, 11.480. Já a
agropecuária perdeu 1.656 empregos.
No acumulado do ano, o saldo é positivo nos cinco
grupos econômicos e nas 27 unidades da federação.
Assim, o estoque total agora é de 44.229.120 postos
de trabalho com carteira assinada.
Setores econômicos
De janeiro a outubro, o setor de serviços tem saldo de
976.511 vagas, 54% do total do ano. Já a construção
civil abriu 253.876. O comércio criou 193.526
empregos formais e a agropecuária, 109.698.
De acordo com os dados do Caged, em outubro o saldo
ficou positivo em 90.696 vagas para as mulheres e
99.671 para os homens. Também houve aberturas de
vagas entre pardos (110.240), brancos (64.660),
pretos (22.300), amarelos (15.395) e indígenas
(652), além de pessoas com deficiência (1.699).
Fonte: Rede Brasil Atual
29/11/2023 -
“A negociação coletiva precisa ser retomada”,
destaca ministro do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho participou da Semana Nacional de
Promoção da Negociação Coletiva, em comemoração à
ratificação pelo Brasil da Convenção nº 98 da OIT
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou, nesta segunda-feira (27), da Semana
Nacional de Promoção da Negociação Coletiva, em
comemoração à ratificação pelo Brasil da Convenção
nº 98 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), que trata do direito de Sindicalização e de
Negociação Coletiva.
Durante o evento, Luiz Marinho destacou a
importância da retomada da negociação coletiva para
as empresas e para os trabalhadores e trabalhadoras.
“A negociação precisa ser retomada, para isso é
preciso que haja entidades altamente representativas
entre as partes, de trabalhadores e de empregadores,
declarou o ministro”.
O ministro lembrou ainda, que o governo federal vem
trabalhando para que os servidores públicos possam
ter direito a negociação coletiva. “Nós iremos
regulamentar, organizar, o 151 para os servidores
públicos que têm direito a negociação, ao contrato
coletivo e as convenções coletivas. Nós chegaremos
lá”.
O secretário de Relações de Trabalho do MTE, Marcos
Perioto, lembrou que a Semana Nacional de Promoção
da Negociação Coletiva, se trata de “recolocar o
tema da valorização dos sindicatos e da negociação
coletiva como modelos centrais na verdadeira
mobilização civilizatória e social de construir um
Brasil, um sistema de relações do trabalho
democrático”.
O diretor da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), Vinícius Carvalho Pinheiro, que esteve
presente no evento, celebrou a comemoração à
ratificação pelo Brasil da Convenção nº 98 da OIT
com uma reflexão. “Celebramos estes 71 anos com o
desafio de reverter um quadro de enfraquecimento do
poder de barganha da negociação coletiva e, por
outro lado, de fortalecer esses instrumentos
fundamentais para a boa fluidez das relações de
trabalho”.
A Semana Nacional de Promoção da Negociação
Coletiva, passa por debates, palestras, workshops e
eventos, para tratar das negociações coletivas nas
relações de trabalho. Além disso, trata da
importância de fortalecer o diálogo entre as
organizações legítimas de empregadores e
trabalhadores. Iniciativas que estimulam a
negociação coletiva, por meio da composição
bilateral, também ganham espaço de divulgação e
debate.
Além da realização das atividades em Brasília, a
Semana Nacional de Promoção da Negociação Coletiva
também acontece nas Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego nos estados de Minas Gerais,
Espírito Santo, Bahia e Maranhão, onde serão
realizadas diversas ações e discussões visando
destacar a importância das negociações coletivas nas
relações de trabalho.
O surgimento das negociações coletivas no Brasil
remete ao início do século XX. Nesse período, o país
estava experimentando transformações significativas
em sua estrutura social e econômica. O processo de
industrialização estava em curso e as condições de
trabalho eram frequentemente desafiadoras, com
jornadas exaustivas, ausência de regulamentações e
escassos direitos trabalhistas.
Foi nesse contexto que o embrião das negociações
coletivas começou a se formar, à medida que os
trabalhadores, cientes de suas dificuldades
compartilhadas, uniram-se para reivindicar melhores
condições. O movimento sindical começou a ganhar
força à medida que os trabalhadores perceberam a
necessidade de se organizarem para enfrentar as
injustiças e desigualdades nas condições de
trabalho. Surgiram os primeiros sindicatos, muitos
deles vinculados a categorias profissionais
específicas.
Fonte: MTE
29/11/2023 -
Precariedade e impunidade levam a aumento do
trabalho escravo no Brasil, dizem especialistas
Em seminário sobre o tema na Câmara, eles
apontaram a reforma trabalhista e a lei de
terceirização como possíveis causas do aumento de
casos
Ao contrário do que se observava até 2017, o número
de trabalhadores encontrados em condições análogas à
escravidão vem aumentado nos últimos anos, afirmaram
participantes de seminário na Câmara. De acordo com
o coordenador-geral de fiscalização e promoção do
trabalho decente do Ministério do Trabalho, André
Roston, nesse ano já foram 2.847 trabalhadores
resgatados. Em todo o ano de 2017 o País registrou
648 casos.
Segundo os debatedores, alguns fatos contribuíram
para esse crescimento dos casos de escravidão
moderna, entre eles a reforma trabalhista e a lei de
terceirização. O coordenador do Grupo de Pesquisa
sobre Trabalho Escravo Contemporâneo na Universidade
Federal de Rio de Janeiro, padre Ricardo Rezende,
afirma que nos contratos terceirizados o crime é
mais frequente.
“Isso se dá pelo fato de ter uma legislação que foi
fragilizada. A tentativa, por exemplo, de que
combinado se sobreponha ao legislado, é terrível!, o
fato de aceitar a terceirização mesmo para as
atividades-fim, porque, em geral, é na terceirização
que o crime se dá com maior frequência”, aponta.
O procurador do Ministério Público do Trabalho
Luciano Aragão Santos manifestou a mesma opinião.
Conforme explicou, há uma interpretação da Justiça
segundo a qual o beneficiário final da mão de obra
terceirizada não seria responsável no caso de
ocorrer trabalho escravo. De acordo com o
procurador, esse entendimento é controverso e ainda
depende de julgamento pendente no Supremo Tribunal
Federal para que haja uma interpretação definitiva.
Impunidade
Outro fator que contribui para a perpetuação do
trabalho análogo ao escravo no Brasil é a
impunidade, disseram os especialistas. Padre Ricardo
Rezende ressaltou que não há ninguém preso no País
por utilizar mão de obra escrava, apesar dos mais de
63 mil trabalhadores libertados desde 1995.
Na opinião do gerente regional do Ministério do
Trabalho e Emprego em Caxias do Sul, no Rio Grande
do Sul, Vanius Corte, enquanto essa situação
persistir será muito difícil combater efetivamente o
trabalho escravo, porque ele se torna lucrativo para
quem o pratica.
“O trabalho escravo continua sendo um grande
negócio. É muito bom ter escravos, manter
trabalhadores nessa condição, porque a consequência
é muito pequena. Os empregadores encontrados com
trabalho escravo são condenados a pagar as verbas
rescisórias, mas não condenados criminalmente e,
quando são, é raro serem presos. Então, enquanto
essa situação de impunidade permanecer, é muito
difícil que a gente combata o trabalho escravo”,
salientou.
A representante da ONG Environmental Justice
Foundation do Brasil, Luciana Leite, relatou que
entre 2008 e 2019 apenas 4,2% das pessoas condenadas
por trabalho escravo tiveram as sentenças mantidas
após recorrer da condenação.
Expropriação de imóveis
Uma das maneiras de tentar reduzir a impunidade,
segundo os debatedores, seria a regulamentação da
emenda à Constituição que permite expropriar imóveis
de condenados por submeter trabalhadores a condições
análogas à escravidão (EC 81).
Para o diretor do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho, Lucas Reis da Silva, também é
necessário aprovar uma legislação que torne as
grandes empresas transnacionais responsáveis pelas
violações de direitos humanos em toda a sua cadeia
produtiva. O fiscal relatou que a França foi o
primeiro país do mundo a aprovar uma lei dessa
natureza. Depois, segundo disse, outros países
europeus como Holanda e Alemanha passaram a contar
com legislação semelhante.
“É importante que a gente comece a discutir uma lei
brasileira de dever de vigilância para que as
empresas que mais lucram, as grandes transnacionais
que operam no território brasileiro coloquem a
serviço da auditoria fiscal do trabalho as suas
políticas de devida diligência para que, a partir
desses documentos, as empresas possam ser
responsabilizadas ou não em toda sua cadeia de
produção. Se elas conseguem controlar a qualidade
dos produtos que fornecem, por que não conseguem
controlar também a qualidade do trabalho que produz
esses objetos que estão à venda?”, questiona.
O seminário sobre políticas de combate ao trabalho
escravo no Brasil foi realizado pela Comissão de
Trabalho a pedido do deputado Rogério Correia
(PT-MG).
Fonte: Agência Câmara
29/11/2023 -
Prévia da inflação oficial fica em 0,33% em novembro
IPCA-15 acumula 4,30% no ano e 4,84% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do
país, foi de 0,33% em novembro deste ano. A taxa
ficou acima do 0,21% da prévia do mês anterior, mas
abaixo do 0,53% da prévia de novembro de 2022.
O dado foi divulgado nesta terça-feira (28), no Rio
de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15
acumula 4,30% no ano e 4,84% em 12 meses.
Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo
IBGE apresentaram alta de preços na prévia da
inflação oficial de novembro, com destaque para
alimentação e bebidas: 0,82%.
Essa foi a primeira alta de preços dos alimentos
desde a prévia de maio deste ano, ou seja, em cinco
meses.
Alta
A alimentação no domicílio teve aumento de custo de
1,06%, em razão das altas de preços de produtos como
cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz
(2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). A
alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, com
aumentos de preços de 0,22% da refeição e 0,35% do
lanche.
Também tiveram altas de preços relevantes na prévia
de novembro os grupos de despesas pessoais (0,52%),
devido ao aumento do pacote turístico (2,04%),
hospedagem (1,27%) e serviço bancário (0,63%); e de
transportes (0,18%), este puxado pela passagem aérea
(19,03%) e por táxi (2,60%).
Comunicação foi o único grupo de despesas a
apresentar deflação (queda de preços) no período:
-0,22%. Os demais grupos tiveram as seguintes taxas
de inflação: vestuário (0,55%), artigos de
residência (0,24%), habitação (0,20%), saúde e
cuidados pessoais (0,08%) e educação (0,03%).
Fonte: Agência Brasil
29/11/2023 -
Supremo anula decisões do TRT-2 que ignoraram
precedentes sobre terceirização
Em julgamento de repercussão geral, o Supremo
Tribunal Federal já validou a terceirização de toda
e qualquer atividade pelas empresas privadas, sem
que isso configure relação de emprego.
Assim, os ministros Luiz Fux e Kassio Nunes Marques,
do STF, anularam decisões que haviam reconhecido
vínculo de emprego entre um escritório de advocacia
e advogadas associadas.
Eles ainda determinaram que o Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral
paulista) analise novamente as duas ações e leve em
conta os precedentes do Supremo.
Em ambos os casos, as advogadas alegaram a
existência de vínculo de emprego e pediram verbas
trabalhistas. O TRT-2 invalidou os contratos de
associação e reconheceu os vínculos com o
escritório, por constatar os requisitos da relação
de emprego previstos na CLT.
Em duas reclamações constitucionais, o escritório
contestou os acórdãos, disse que não houve
demonstração de fraude e apontou violação ao
precedente de repercussão geral do STF. Também
lembrou de outras decisões nas quais o Supremo
validou formas de prestação de trabalho
estabelecidas por meio de contratos civis, incluindo
contratos entre advogados e sociedades de advocacia.
Na sua decisão, Fux confirmou a existência de
“inúmeros precedentes” em que o STF validou
“modalidades de relação de trabalho diversas das
relações de emprego dispostas na CLT”.
Segundo ele, o TRT-2 desconsiderou entendimento do
Supremo “que contempla, a partir dos princípios da
livre iniciativa e da livre concorrência, a
constitucionalidade de diversos modelos de prestação
de serviço no mercado de trabalho”.
Na outra reclamação, Kassio chegou à mesma
conclusão. “A terceirização não enseja, por si só,
precarização do trabalho, violação da dignidade do
trabalhador ou desrespeito a direitos
previdenciários”, destacou.
De acordo com o magistrado, os precedentes do STF
demonstram a “compreensão de que o princípio
constitucional da livre iniciativa autoriza a adoção
de estratégias negociais distintas do modelo
empregatício”.
No caso concreto, o TRT-2 não indicou “qualquer
exercício abusivo da contratação com a intenção de
fraudar a existência de vínculo empregatício”.
Além disso, a advogada “detinha conhecimentos
técnicos suficientes para compreender os termos e
implicações do acordo firmado” — ou seja, não havia
“vulnerabilidade técnica da parte beneficiária”.
Atuou no caso o advogado Marcos Saraiva, sócio do
Dalazen, Pessoa & Bresciani Advogados.
Nos últimos meses, o Supremo e a Justiça do Trabalho
têm divergido frequentemente na polêmica sobre
terceirizações, pejotizações e outros tipos de
contrato de trabalho não regidos pela CLT. Ministros
da Corte Constitucional vêm anulando muitas decisões
de tribunais trabalhistas que reconhecem o vínculo
de emprego em situações do tipo.
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 60.993
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 61.354
Fonte: Consultor Jurídico
28/11/2023 -
Empregador prestará contas sobre igualdade salarial
Medida foi publicada nesta segunda-feira no
Diário Oficial
O governo estabeleceu os critérios para empresas e
instituições complementem as informações para ações
contra discriminação salarial entre homens e
mulheres. As regras, que viabilizarão a execução e
fiscalização da Lei da Igualdade Salarial
(14.611/2023), foram publicadas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego nesta segunda-feira (27), no
Diário Oficial da União.
As novas diretrizes entram em vigor em dezembro e
definem que os relatórios, já previstos na lei,
serão elaborados pelo governo com dados fornecidos
pelo empregador, em um novo campo no Portal Emprega
Brasil, que tratará exclusivamente de informações
sobre igualdade salarial e critérios remuneratórios.
Também serão usadas informações do Sistema de
Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Os dados serão coletados pelo Ministério todos os
anos, nos meses de março e setembro, para
atualização. Fevereiro e agosto serão os meses para
que os empregadores forneçam informações
complementares nos sistemas.
Os relatórios deverão ser publicados pelas empresas
e instituições em seus canais eletrônicos de
comunicação, como sites e redes sociais, para que
fiquem acessíveis aos trabalhadores e público em
geral.
Caso seja identificada alguma irregularidade, as
empresas terão 90 dias, após a notificação da
Auditoria-Fiscal do Trabalho, para a elaborarem o
Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade
Salarial e de Critérios Remuneratórios entre
Mulheres e Homens. O documento deverá reunir medidas
para resolução do problema, com prazos e forma de
medir resultados.
Uma nova regulamentação definirá os instrumentos e
critérios de fiscalização, mas a lei, já determina
punições para casos em que a mulher receba menos do
que o homem fazendo a mesma função, como a aplicação
de multa dez vezes o valor da existente em
legislação anterior à Lei da Igualdade Salarial,
elevada ao dobro em caso de reincidência. As
empresas ilegais também ficam sujeitas ao apagamento
de indenização por danos morais para casos de
discriminação por sexo, raça, etnia, origem ou
idade.
O aplicativo Carteira de Trabalho Digital foi
definido como principal canal de denúncia contra a
discriminação salarial e de critérios
remuneratórios.
Fonte: Agência Brasil
28/11/2023 -
Parlamentares se mobilizam para derrubar veto à
desoneração da folha
O relator do projeto da desoneração da folha de
pagamento (PL 334/2023), senador Angelo Coronel
(PSD-BA), acredita na derrubada do veto ao benefício
tributário. A proposta substitui a contribuição
previdenciária de 20% pelo pagamento de 1 a 4,5%
sobre a receita bruta de 17 setores da economia,
entre eles, transportes e tecnologia. Ele lembrou
que o projeto foi aprovado pela maioria dos votos na
Câmara dos Deputados e no Senado.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alegou
que a proposta é inconstitucional e se comprometeu
em apresentar alternativas após a aprovação da
reforma tributária e dos projetos que aumentam a
arrecadação, como a taxação das apostas esportivas
(PL 3626/2023) e dos investimentos de brasileiros no
exterior — offshore — e de fundos exclusivos (PL
4173/2023).
Fonte: Agência Senado
28/11/2023 -
Comissão discute mudanças trabalhistas propostas em
texto que atualiza Estatuto da Microempresa
A Subcomissão de Apoio e Desenvolvimento das Micro e
Pequenas Empresas debate na terça-feira (28) as
questões trabalhistas que envolvem o projeto
atualiza o Estatuto da Micro e Pequena Empresa (PLP
125/23).
O debate foi solicitado pelo deputado Jorge Goetten
(PL-SC), presidente da subcomissão, que é vinculada
à Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da
Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/23, prevê,
entre outros pontos, a ampliação de acesso dos
pequenos negócios no Simples Nacional e faz ajustes
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre
horas extras e compensação de jornada.
A audiência será realizada a partir das 15h30, no
plenário 5.
Fonte: Agência Câmara
28/11/2023 -
Como resolve uma greve? Negociando! – Clemente Ganz
Lúcio
A greve expressa um basta dos trabalhadores diante
de problemas de conflito distributivo, de condições
ou de relações de trabalho. Não é o fim de uma
relação de trabalho ou atividade produtiva, porém
pode marcar o início de uma nova fase, de um novo
tempo ou de outro processo. Há greves defensivas,
realizadas, por exemplo, em decorrência de atraso no
pagamento dos salários, de direitos aviltados, de
empregos destruídos e há greves propositivas,
realizadas para ampliar direitos e distribuir os
resultados alcançados pelo trabalho de todos.
Parar de trabalhar coletivamente é sempre uma
decisão difícil. Entrar em greve é uma iniciativa
coletiva complexa e arriscada, assim como encerrá-la
não é nada fácil, tanto para os trabalhadores como
para os empregadores privados ou públicos.
Qual é bom caminho para evitar a greve? Acontecendo,
como dela sair?
O melhor remédio, genérico e de altíssima eficácia,
largamente testado e com ótimos resultados em muitos
países, é um sistema de relações de trabalho
assentado na valorização e na promoção da negociação
coletiva. A melhor terapia preventiva, sem nenhuma
contraindicação ou efeito colateral, é uma política
de relações de trabalho, permanente, fundada na
boa-fé e sustentada pelas melhores práticas
negociais.
Para uma boa administração dessa terapêutica nas
relações laborais é muito relevante o país
desenvolver, afirmar e promover a institucionalidade
do sistema de relações de trabalho orientada para o
adequado tratamento dos conflitos que são inerentes
às relações produtivas. A negociação coletiva deve
ser promovida no espaço e âmbito que responda aos
interesses das partes; considerando as complexidades
de cada unidade, setor, região ou cadeia produtiva;
estabelecer mecanismos de articulação e coordenação
de âmbitos e instrumentos (acordos, convenções,
compromissos); definir ou indicar competências para
cada âmbito e instrumento; aportar suporte às
negociações coletivas com a oferta de mediação e
arbitragem capazes de atender a diversidade de
realidades e problemas; garantir segurança jurídica
ao que foi acordado com boa fé pelas partes
interessadas; apoiar a promoção da cultura na
sociedade de que a solução dos conflitos por meio do
diálogo social é o melhor caminho.
E quando a greve acontece, o que fazer? Manter a
negociação.
E quando houver um bloqueio para o diálogo ou a
interrupção da negociação? Abrir caminhos para a
retomada da negociação.
Observe que a negociação tem bons resultados sobre
custos econômicos, sociais e políticos na gestão dos
processos produtivos. Também promove efeitos
distributivos que tendem a fortalecer o incremento
da produtividade, a sustentação da demanda pelo
consumo ou a formação de poupança interna,
instrumento essencial para o crédito e o
investimento.
Atente que os conflitos são inerentes às permanentes
relações de trabalho em todos os setores, no âmbito
privado ou público. A derrota de um lado poderá
retornar como resposta amarga no futuro. O bloqueio
nas tratativas dos problemas faz acumular tensão e
promove respostas indesejadas.
Nosso entorno está pleno de boas e más práticas.
Como nada é definitivo e sempre se fazem escolhas,
uma ótima decisão é a de renovar e fortalecer as
boas práticas negociais, ou a ela retornar, ou
ainda, iniciá-la.
Clemente Ganz Lucio, coordenador do Fórum das
Centrais Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável) da
Presidência da República, membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004-2020)
Fonte: Agência Sindical
28/11/2023 -
Maioria das indústrias já adota ações para melhorar
sustentabilidade
Levantamento da CNI mostra iniciativas das
empresas
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) realizada com empresários de todo o país
mostra que a maioria das empresas industriais já
adota medidas para reduzir a geração de resíduos
sólidos (89%), para otimizar o consumo de energia
(86%) e para para otimizar o uso de água (83%).
O levantamento elencou nove ações para contribuir
com a sustentabilidade ambiental na linha de
produção. Do total de indústrias que participaram da
pesquisa, 36% adotam de cinco a seis ações e 22%
adotam de sete a oito ações. As empresas que não
desenvolvem nenhuma medida relacionada à
sustentabilidade somam 3%.
A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas
industriais de pequeno, médio e grande portes em
todos os estados. O levantamento foi feito pelo
Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB,
entre os dias 3 e 20 de novembro.
Os empresários também elencaram as ações
prioritárias para que a indústria contribua com a
descarbonização do país: modernização de máquinas
(27%), uso de fontes de energias renováveis (23%) e
investimento em tecnologias de baixo carbono (19%).
Outras medidas citadas foram investimento em
inovação (14%) e acesso a financiamento (10%).
A dificuldade de crédito ou financiamento foi
apontada como barreira para implantar ações de
sustentabilidade por 22% dos entrevistados e 67%
demonstraram interesse em acessar linhas de crédito
para iniciativas sustentáveis.
Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, a
indústria brasileira já é parte da solução quando o
assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças
climáticas. “Nós já fizemos, há muito tempo, o que
muitos setores industriais de outros países estão
correndo para fazer agora”, destacou, em nota.
Energia
O principal foco de investimento dos empresários
industriais para incrementar as ações sustentáveis
nos próximos dois anos é o uso de fontes renováveis
de energia, citado por 42% dos entrevistados,
seguido por modernização de máquinas (36%) e medidas
para otimizar o consumo de energia, indicado como
prioridade para 32%.
A pesquisa mostra que 53% das indústrias já têm
projetos voltados para o uso de fontes renováveis de
energia. A fonte solar é a que concentra o foco
dessas iniciativas, que responde por 91% delas.
Biomassa (5%), eólica (3%) e hidrogênio de baixo
carbono (1%) respondem pelas demais fontes sendo
estudadas pelas empresas.
Fonte: Agência Brasil
28/11/2023 -
Justiça manda reintegrar 500 demitidos de empresa de
calçados em Sergipe
MPT afirma que deveria haver negociação prévia
com sindicato. Fabricante, que detém a marca Ortopé,
pode recorrer
Decisão de primeira instância determinou que a Dok
Calçados reintegre mais de 500 trabalhadores
dispensados em janeiro. Segundo o Ministério Público
do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), não houve
negociação prévia com o sindicato da categoria. Cabe
recurso.
Criada em 2010 em Birigui, interior paulista, a Dok
Calçados demitiu 320 funcionários da unidade de Frei
Paulo e 180 em Salgado, em Sergipe, alegando término
de contrato com marca de grande porte. Acionada, a
Vara do Trabalho de Itabaiana acatou pedido do MPT,
que recebeu denúncias sobre falta de pagamento de
verbas rescisórias.
Demissões em massa
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
que deve haver negociação prévia com os sindicatos
em casos de demissão em massa. No início do mês, a
General Motors recuou após realizar mais de 1.200
dispensas em três fábricas no estado de São Paulo e
sofrer sucessivas derrotas judiciais.
“Não houve qualquer diálogo social prévio com os
sindicatos representantes da categoria profissional
sobre todos os aspectos envolvidos e possíveis
medidas alternativas”, afirmou a procuradora
Clarisse de Sá Farias Malta. “Ou seja, foi excluída
a negociação coletiva como etapa fundamental de
resolução do conflito de trabalho, em claro prejuízo
a centenas de trabalhadores e sem a devida
preocupação com o impacto social negativo das
medidas sobre a comunidade envolvida.”
Dano moral
Em 2020, a Dok comprou a unidade de Frei Paulo, que
pertencia à Vulcabrás Azaleia. Na época, a unidade
tinha 960 empregados diretos. Com isso, a empresa
passou a produzir marcas como Ortopé, tradicional no
público infantil, e Dijean, no mercado feminino.
Assim, após a ação do MPT, a Justiça considerou nula
a dispensa em massa e determinou que os funcionários
sejam reintegrados. Pela decisão, eles devem receber
os salários referentes ao período da dispensa até o
efetivo retorno. As empresas também foram
condenadas, de forma solidária, ao pagamento de
indenização de R$ 500 mil, por dano moral coletivo.
Os recursos devem ser revertidos a instituição de
assistência social com fins culturais, educacionais
ou científicos, e sem fim lucrativo.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/11/2023 -
Nova Central, CTB, CNTI, Contricom e Fitmetal
criticam veto a desoneração e reclamam redução dos
juros e reforma tributária progressiva
As Centrais Sindicais e as entidades do Sistema
Confederativo (Federação e Confederações) abaixo
lamentam o veto do Governo Federal ao Projeto de Lei
que prorroga a desoneração da folha de pagamento
para 17 ramos da economia.
O veto coloca milhões de empregos em risco, além de
estimular a precarização do mercado de trabalho e o
fim do ciclo de redução do desemprego que vem sendo
conduzido pelo Ministério do Trabalho. O resultado
será insegurança e empregos de menor qualidade.
A equipe econômica comete um equívoco ao jogar o
ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego
formal, pois a conta será paga pelos trabalhadores,
seja com o desemprego ou com a informalidade.
É preciso destacar que a decisão se deu sem debate
com o movimento sindical, excluindo até mesmo os
ramos mais afetados.
Consideramos também essencial preservar a saúde
financeira do INSS e os investimentos em seguridade
social, sendo necessário assegurar a compensação da
redução da arrecadação decorrente da desoneração.
Ao mesmo tempo, tendo em vista a necessidade de
fortalecer as finanças públicas e reduzir as
desigualdades sociais, defendemos uma reforma
tributária progressiva, que deve compreender a
regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas
previsto no inciso VII do Artigo 153 da Constituição
Federal de 1988, correção da tabela e revisão das
alíquotas do IRPF e a taxação dos dividendos e das
remessas de lucros pelas multinacionais, entre
outras coisas.
É necessário também ressaltar que mais do que
desonerar, o Governo deve persistir na redução da
taxa de juros e ampliar os investimentos públicos
para estimular o crescimento da economia e
implementar uma política mais robusta de geração de
emprego e renda.
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil
CNTI – Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria
Contricom – Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Indústria da Construção e do Mobiliário
Fitmetal – Federação Interestadual de Metalúrgicos e
Metalúrgicas do Brasil
Fonte: NCST
27/11/2023 -
O peso das negociações coletivas: 78% de reajustes
superiores à inflação e pisos 24% acima do salário
mínimo
Resultados de quase 16 mil acordos mostram
índices predominantemente acima do INPC. Apenas em
outubro, mais de 80% tiveram ganho real
A atualização de levantamento mensal do Dieese
reforça a importância das negociações coletivas,
coordenadas por entidades sindicais: de janeiro a
outubro, 78,3% dos acordos ficaram acima da inflação
(INPC-IBGE). Outros 16,4% foram equivalentes ao
índice, enquanto 5,4% ficaram abaixo. A variação
média neste ano é de 1,13% acima do INPC, indicador
usado como referências nas negociações salariais.
Foram analisados até agora 15.822 reajustes, entre
convenções e acordos.
Entre os setores, a indústria concentra mais ganhos
reais: 83,1% dos acordos com reajuste superior à
variação acumulada da inflação. Em seguida, vêm os
serviços, com 80,3%. O comércio tem 57,9%.
Piso acima do mínimo
A fixação de pisos salariais profissionais nos acordos
também demonstra o peso das negociações diretas.
Assim, em 2023, o valor médio de 15.864 pisos
analisados foi de R$ 1.638,85. Esse valor fica 24,1%
acima do salário mínimo oficial (R$ 1.320). O maior
valor médio foi registrado nos serviços (R$
1.676,01) e o menor, no setor rural (R$ 1.558,60).
Segundo o Dieese, apenas no mês de outubro 82,1% dos
reajustes representaram ganhos reais (acima da
inflação). Outros 4,5% igualaram o índice, enquanto
13,4% ficaram abaixo do INPC. A variação real média,
que ficou menor do que em meses anteriores, foi de
0,75% acima da inflação.
Para as categorias com data-base em outubro, o
reajuste necessário para igualar a inflação era de
4,51%. Agora, em novembro, o INPC nos 12 meses
anteriores está acumulado em 4,14%. Até agosto do
ano passado, o índice ficava em dois dígitos (de 10%
para cima).
Fonte: Rede Brasil Atual
27/11/2023 -
Centrais criticam veto ao PL da desoneração da folha
de pagamento
Força Sindical, UGT e CSB criticam veto ao PL da
desoneração da Folha de Pagamento por Lula.
“Desonerar é questão de sensibilidade social”,
afirmam
As centrais sindicais – Força Sindical, UGT e CSB
criticaram nesta sexta-feira (24) o veto do
presidente Lula ao Projeto de Lei que prorrogava a
desoneração da Folha de Pagamento para 17 setores da
economia.
Veto ao PL da desoneração da folha
Em nota as lideranças das centrais afirmam que a
decisão se deu sem debate com o movimento sindical,
sobretudo dos setores mais afetados.
“O veto coloca milhões de empregos em risco,
estimula a precarização no mercado de trabalho e
levará ao fim do ciclo, conduzido pelo Ministério do
Trabalho, de redução do desemprego”, disseram os
sindicalistas.
Os dirigentes afirmam ainda que desonerar a Folha de
pagamento é uma questão de sensibilidade social. “A
equipe econômica comete um equívoco ao jogar o
ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego
formal, pois a conta será absorvida pelos
trabalhadores seja com o desemprego ou com a
informalidade”, alertam.
Veja a seguir a íntegra da nota:
Vetar a prorrogação da desoneração da Folha de
Pagamento coloca empregos em risco
As Centrais Sindicais abaixo lamentam a decisão do
Governo Federal em vetar o Projeto de Lei que
prorrogava a desoneração da Folha de Pagamento para
17 setores da economia. A decisão se deu sem debate
com o movimento sindical, sobretudo dos setores mais
afetados.
O veto coloca milhões de empregos em risco, estimula
a precarização no mercado de trabalho e levará ao
fim do ciclo, conduzido pelo Ministério do Trabalho,
de redução do desemprego. O resultado será perda de
arrecadação, insegurança e empregos de menor
qualidade.
Desonerar a Folha de pagamento é uma questão de
sensibilidade social. A equipe econômica comete um
equívoco ao jogar o ajuste fiscal no setor produtivo
e no emprego formal, pois a conta será absorvida
pelos trabalhadores seja com o desemprego ou com a
informalidade.
Esperamos que o Congresso Nacional restabeleça
rapidamente a política para um ambiente de geração
de emprego para os trabalhadores brasileiros neste
fim de ano.
São Paulo, 24 de novembro de 2023
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Rádio Peão Brasil
27/11/2023 -
Prorrogação da desoneração da folha é
inconstitucional, diz Haddad
Na quinta-feira, Lula optou por vetar o projeto
integralmente; Congresso deverá analisar decisão
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou
nesta sexta-feira (24) que o veto do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da
desoneração da folha salarial contou com o respaldo
da sua pasta, uma vez que considera a medida
inconstitucional.
O veto à desoneração dos setores da economia estava
em aberto e só foi definido na quinta-feira (23),
último dia do prazo para Lula tomar uma decisão.
Falando à imprensa em São Paulo, o chefe da equipe
econômica voltou a citar o esforço do governo para
colocar as contas do governo em ordem. Haddad
ressaltou que continuará a fazer revisões de
incentivos tributários em busca do equilíbrio
fiscal.
Na entrevista, Haddad também defendeu a aprovação
pelo Congresso de ações fiscais em tramitação, como
a que regulamenta benefícios federais originados em
subvenções estaduais. Segundo ele, a União perde
1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) apenas com
incentivos tributários.
“A medida que o presidente tomou é correta do ponto
de vista econômico, do ponto de vista jurídico. Na
volta da COP, quando a reforma tributária, na minha
opinião, já vai ter sido apreciada pela Câmara
terminativamente, nós vamos poder levar ao Congresso
Nacional uma solução que nos parece mais promissora.
E diante do que nós pretendemos fazer, eu penso que
essa questão vai ser pacificada”, afirmou.
Criada há 12 anos pelo governo Dilma Rousseff (PT),
para algumas áreas, a desoneração da folha contempla
atualmente 17 setores da economia. A lei permite às
empresas beneficiadas pagar alíquotas de 1% a 4,5%
sobre a receita bruta em vez de 20% sobre a folha de
salários, e garante o benefício só até 31 de
dezembro deste ano. Aprovado pelo Congresso, o texto
do senador Efraim Filho (União-PB), cuja relatoria é
do parlamentar Angelo Coronel (PSD-BA), propunha uma
ampliação do benefício até o fim de 2027.
Falando aos jornalistas, Haddad rebateu o argumento
de que a medida facilitaria a geração de empregos, e
citou a existência de estudos que tratam sobre a não
influência da desoneração da folha de pagamento na
geração de oportunidades no mercado de trabalho.
O ministro acrescentou que a União perde 1,5% do
Produto Interno Bruto (PIB) apenas com incentivos
tributários e, por isso, é necessário revisá-los.
Haddad também destacou que o governo tenta ao máximo
antecipar os pagamentos neste ano de “esqueletos”
originados em anos anteriores, afirmando que aguarda
decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o
equacionamento da quitação de precatórios. Segundo
ele, a estratégia busca resolver logo problemas do
passado e clarear o cenário para 2024.
Questionado sobre a possibilidade de o Congresso
derrubar o veto presidencial sobre o projeto que
prorroga a desoneração da folha de pagamentos por
mais quatro anos, Haddad adotou um discurso
cauteloso, e reforçou que encaminhará ao Legislativo
uma alternativa que contemple os interesses dos
parlamentares, mas não explicou qual é a proposta.
“Eu não gostaria de antecipar uma medida que não foi
tomada ainda. Nós vamos levar ao Congresso Nacional
não apenas as razões do veto, para que haja um
entendimento sobre isso, como vamos levar a
alternativa ao que foi vetado. O nosso entendimento
é muito mais razoável do que o que foi aprovado”,
justificou.
Fonte: Agência Brasil
27/11/2023 -
STF: Zanin vota por anular acórdão sobre revisão da
vida toda no INSS
Até o momento, acompanhou Zanin o ministro Luís
Roberto Barroso
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), votou sexta-feira (24) por anular o
acórdão (decisão colegiada) que autorizou a chamada
revisão da vida toda em aposentadorias pagas pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O recálculo nos valores da aposentadoria fora
autorizado pelo Supremo, em determinados casos, por
6 votos a 5, em dezembro do ano passado. O INSS
recorreu da decisão, alegando que a Corte não
analisou um ponto com potencial para mudar o
resultado final do julgamento.
Zanin concordou com os argumentos. Para o ministro,
o caso deve voltar ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ) para novo julgamento, pelo plenário daquela
corte. Isso levaria à nova análise para saber se os
segurados têm direito ou não à revisão da vida toda.
“Assim, reconheço a nulidade do acórdão oriundo da
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, e
determino o retorno dos autos ao Tribunal da
Cidadania, para que seja realizado novo julgamento
do feito”, escreveu o ministro.
O voto de Zanin tem o potencial de mudar o desfecho
do caso uma vez que, no julgamento anterior, outros
cinco ministros também votaram por anular a decisão
do STJ que autorizou a revisão da vida toda. Ou
seja, caso eles mantenham o voto, a maioria pode
mudar de lado.
O tema voltou a julgamento no plenário virtual,
ambiente digital em que os ministro têm um período
para votar de forma remota. A sessão sobre o caso
está marcada para durar até as 23h50 de 1o de
dezembro.
Até o momento, acompanhou Zanin o ministro Luís
Roberto Barroso, atual presidente do Supremo. Ambos
divergiram do atual relator do assunto, ministro
Alexandre de Moraes, para quem o julgamento do STJ
foi válido.
Moraes foi acompanhado por Rosa Weber. Os dois
argumentaram que, ao autorizar a revisão da vida
toda, o Supremo já deixou claro que considera o
julgamento do STJ válido. Desse modo, o direito ao
recálculo das aposentadorias ficaria garantido por
ambos os tribunais.
Modulação
Se ficar derrotado no ponto, e o Supremo mantiver o
entendimento favorável à revisão da vida toda, Zanin
concorda em amenizar os efeitos do julgamento do
Supremo. Nessa hipótese, ele votou para que o
direito a eventuais diferenças de valor somente seja
aplicado a parcelas de 13 de dezembro de 2022 em
diante.
Em seus votos, Moraes e Weber também opinaram por
modular os efeitos da decisão, mas com marcos
iniciais diferentes: em 1º de dezembro de 2022 e 17
de dezembro de 2019.
Todos os ministros que votaram até o momento
concordaram em vedar a revisão retroativa de
aposentadorias.
Entenda
No ano passado, o STF reconheceu que o beneficiário
pode optar pelo critério de cálculo que renda o
maior valor mensal, cabendo ao aposentado avaliar se
o cálculo de toda vida pode aumentar ou não o
benefício. Contudo, a decisão não é definitiva e
recursos contra a decisão estão em andamento.
Segundo o entendimento, a regra de transição que
excluía as contribuições antecedentes a julho de
1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser
afastada caso seja desvantajosa ao segurado.
O processo julgado pelo STF trata de um recurso do
INSS contra decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que garantiu a um segurado do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) a possibilidade de revisão
do benefício com base nas contribuições sobre o
período anterior ao ano de 1994.
Durante a tramitação do processo, associações que
defendem os aposentados pediram que as contribuições
previdenciárias realizadas antes de julho de 1994
sejam consideradas no cálculo dos benefícios. Essas
contribuições pararam de ser consideradas em
decorrência da reforma da Previdência de 1999, cujas
regras de transição excluíam da conta os pagamentos
antes do Plano Real.
Segundo as entidades, segurados do INSS tiveram
redução do benefício em função da desconsideração
dessas contribuições.
Quem tem direito?
Após a decisão do STF, a Agência Brasil publicou uma
reportagem que explica quem pode ter direito ao
recálculo, quais os benefícios que podem ser
revisados e se é vantajoso entrar na Justiça para
tentar receber mais dinheiro com a aposentadoria.
Fonte: Agência Brasil
24/11/2023 -
Desemprego recua em três estados; queda em SP puxou
média nacional
A queda na taxa de desemprego no país, de 8% no
segundo trimestre para 7,7% no terceiro trimestre
deste ano, foi puxada principalmente pelo recuo do
indicador em São Paulo. Segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), a taxa no estado recuou de 7,8% para 7,1%
no período.
“A queda no Brasil não foi um processo disseminado
nos estados. A maior parte das unidades da Federação
mostra tendência de redução na taxa de desocupação,
mas apenas três estados registram queda
estatisticamente significativa, principalmente por
causa da redução da desocupação. E São Paulo tem uma
importância dado o contingente do mercado de
trabalho, o que influencia bastante a queda em nível
nacional”, explica a pesquisadora do IBGE Adriana
Beringuy.
Além de São Paulo, apresentaram queda significativa
na taxa de desemprego os estados do Maranhão (de
8,8% para 6,7%) e Acre (de 9,3% para 6,2%).
Em 23 unidades da Federação, a taxa manteve-se
estatisticamente estável. Apenas em Roraima houve
crescimento da taxa de desemprego,, ao passar de
5,1% para 7,6%.
No terceiro trimestre deste ano, as maiores taxas de
desemprego foram observadas na Bahia (13,3%), em
Pernambuco (13,2%) e no Amapá (12,6%). As menores
taxas ficaram com os estados de Rondônia (2,3%),
Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
Comparações
Na comparação por sexo, a taxa de desocupação no
terceiro trimestre foi de 6,4% para os homens e de
9,3% para as mulheres. Em relação à cor ou raça, a
taxa entre os brancos ficou em 5,9%, enquanto entre
os pretos o indicador foi de 9,6% e entre os pardos,
de 8,9%.
Considerando-se o nível de instrução, a maior taxa
de desocupação ficou entre as pessoas com ensino
médio incompleto (13,5%). Para as pessoas com nível
superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o
dobro da verificada para o nível superior completo
(3,5%).
Fonte: Agência Brasil
24/11/2023 -
Câmara aprova projeto do governo Bolsonaro que reduz
direitos trabalhistas
Carteira Verde Amarela reduz alíquota do FGTS e
da contribuição previdenciária sob o argumento de
estimular a contratação de pessoas mais jovens ou
com mais de 50 anos
Com maioria dos deputados alinhados à direita e aos
interesses de setores econômicos, a Câmara aprovou,
nesta terça-feira (21), projeto que, sob o pretexto
de gerar emprego para os mais jovens e os mais
velhos, corta direitos trabalhistas.
O Projeto de Lei 5528/19, um substitutivo da
deputada Adriana Ventura (Novo-SP), retoma as regras
gerais da “Carteira Verde e Amarela”, proposta via
medida provisória em 2020 pelo governo Jair
Bolsonaro, sugerida pelo então ministro da Economia,
Paulo Guedes.
A medida voltou ao debate no Congresso por pressão
de setores empresariais que, como de costume, buscam
reduzir suas despesas com a contratação de
trabalhadores. Por parte dos defensores da medida, o
argumento é de que tal projeto geraria mais emprego.
PT, PCdoB, PV, PSol e Rede votaram contra a proposta
no mérito, enquanto a oposição e o resto da base
foram favoráveis. Agora, o texto segue para votação
no Senado e existe ainda a possibilidade de veto por
parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela proposta aprovada pela maioria dos deputados
(286 x 91), empresas podem recolher um valor bem
menor para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) — que passaria de 8% para 2% a 6%, dependendo
do porte da empresa. Além disso, seria cortada pela
metade a contribuição previdenciária para o governo,
que sairia de 20% para 10% do salário.
Em contrapartida, as empresas precisariam contratar
— no limite de até 10% de seus funcionários — jovens
entre 18 e 29 anos ou pessoas acima dos 50 que não
tenham tido vínculo empregatício formal nos 12 meses
anteriores.
Para os dois grupos, o texto exige que o contratado
não tenha antes um vínculo formal, deixando de fora
desse conceito os trabalhos exercidos nas
modalidades de contrato de experiência, trabalho
intermitente e trabalho avulso.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2023 -
Correios descartam greve na 'black friday';
sindicatos e direção entram em acordo
Trabalhadores aprovam termo aditivo para o acordo
coletivo de trabalho com garantias em cláusulas que
estavam pendentes
Um acordo entre a direção dos Correios e Federação
Interestadual dos Sindicatos de Trabalhadores e
Trabalhadoras dos Correios (Findect), que representa
trabalhadores e trabalhadoras da empresa em quatro
estados, pôs fim à possibilidade de greve da
categoria nesta semana em que o comércio eletrônico
se dedica à black friday, com muitas promoções e
alta demanda para entregas.
No fim da tarde da última quarta-feira (22), a
direção da empresa enviou à federação um termo
aditivo de contrato com ajuste na redação de 12
cláusulas do acordo coletivo de trabalho, incluindo
a incorporação ao salário-base do reajuste linear de
R$ 250 concedido aos profissionais. Esse era um dos
principais pontos de impasse entre os Correios e a
Findect.
Ainda na quarta, os trabalhadores dos estados do Rio
de Janeiro, Maranhão e Tocantins aprovaram em
assembleias a assinatura do acordo com os termos
aditivos. Os profissionais de São Paulo tinham
assembleia agendada para esta quinta (23), mas a
Findect adiantou ao Brasil de Fato que a orientação
seria pela aprovação do acordo e, por consequência,
a suspensão da possibilidade de greve.
Além de ajustar a redação das cláusulas que causavam
discordância entre direção e representação dos
trabalhadores, o aditivo do acordo coletivo garante
que os trabalhadores que fazem entregas caminhando
trabalhem pela manhã. A medida foi autorizada "de
forma excepcional e temporária" em virtude das altas
temperaturas.
A formalização do novo acordo entre os Correios e a
Findect deve acontecer na próxima terça-feira (28),
em reunião virtual com representante das duas
partes, mas as determinações previstas no novo termo
aditivo já estão valendo.
Fonte: Brasil de Fato
24/11/2023 -
Hora de priorizar o trabalho de base e a
sindicalização
Onde há entidades combativas – que são capazes de
mobilizar e liderar suas bases –, os avanços se
tornam inevitáveis
Por Assis Melo*
O movimento sindical tem acumulado vitórias
importantes no Brasil. Com a mudança na Presidência
da República e um ambiente mais favorável aos
trabalhadores, 2023 já pode ser considerado um ano
de virada.
A gestão Lula avançou em compromissos como a
retomada da política de valorização do salário
mínimo, a correção na tabela do imposto de renda, a
valorização das negociações coletivas e a igualdade
de salários para homens e mulheres na mesma função.
O STF (Supremo Tribunal Federal) corrigiu seu
próprio erro e voltou a reconhecer a contribuição
assistencial.
Nas campanhas salariais, segundo o Dieese, a maioria
das negociações tem alcançado aumentos reais – o que
era pouco comum sob o governo Bolsonaro. Uma
histórica paralisação dos metalúrgicos da GM
(General Motors) reverteu 1.200 demissões em São
Paulo – estado que já havia registrado uma massiva
greve dos servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM
contra a privatização.
Todas essas conquistas contaram com a participação
decisiva do sindicalismo. Onde há entidades
combativas – que são capazes de mobilizar e liderar
suas bases –, os avanços se tornam inevitáveis. Em
contrapartida, nas categorias em que ainda falta um
movimento mais organizado de trabalhadores – como os
motoristas e entregadores de aplicativo –, a disputa
com os patrões tem sido mais difícil.
É hora de dialogar com a classe trabalhadora,
divulgar cada conquista, reforçar a importância do
movimento sindical e promover campanhas de
associação. De acordo com o IBGE, a taxa de
trabalhadores sindicalizados caiu de 16,1% em 2012
para 9,2% no ano passado. Entre operários da
indústria geral, o índice é de 11,5%.
Mas o cenário mudou, com a melhora na economia, a
redução do desemprego e o combate maior à
informalidade. Com isso, as entidades devem se
lançar no desafio de intensificar o trabalho de base
e ampliar o número de sindicalizados. Mesmo com a
terceirização e a rotatividade em alta, a atividade
metalúrgica continua a ser um dos segmentos com
maior formalização e acordos coletivos mais
abrangentes.
Campanhas de sindicalização exigem planejamento
sério e ousado, com cronograma, metas e orçamento
próprio. Pesquisas sobre o perfil e as expectativas
da categoria ajudam – e muito – a qualificar essa
iniciativa e garantir resultados melhores. Além de
investimentos em formação e comunicação, visitas aos
locais de trabalho, associadas a ações nas redes
sociais, são imprescindíveis.
A tarefa, portanto, não pode ficar restrita a um ou
dois dirigentes – é uma missão do conjunto da
diretoria do sindicato. As lideranças à frente das
entidades devem assumir essa missão. Priorizar o
trabalho de base e de sindicalização é o caminho
para fortalecer ainda mais os trabalhadores neste
novo período de embate com os patrões.
* Ex-deputado federal (PCdoB-RS), é presidente da
Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e
Metalúrgicas do Brasil) e do Sindicato dos
Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região (RS)
Fonte: Portal Vermelho
24/11/2023 -
Apoio efetivo – João Guilherme Vargas Netto
Oito centrais sindicais e duas confederações de
comerciários publicaram (20/11) nota em apoio à
portaria 3665 (13/11) do ministério do Trabalho e
Emprego que valoriza a negociação coletiva na
regulação do trabalho em feriados.
Este apoio implica logicamente a orientação de
aplicação imediata dos termos da portaria pelas
entidades sindicais onde isso for necessário e
viável.
Antes mesmo da nota de apoio e antes de qualquer
iniciativa sindical pertinente o peso do mundo
empresarial caiu em cima da mídia grande, do
Congresso Nacional e dos juízes com um estardalhaço
desorientador e hipócrita opondo-se veementemente à
portaria, que foi surpreendentemente suspensa.
Mas na verdade o que a portaria regulamenta (e isto
é bastante esmiuçado na nota conjunta) é o papel das
entidades sindicais na negociação sobre o trabalho
nos feriados, reafirmando o papel indutor do
ministério na valorização das negociações coletivas.
Para confirmar este papel o ministério instituiu a
Semana Nacional de Promoção da Negociação Coletiva,
que acontecerá anualmente no mês de novembro,
comemorando a data da ratificação da Convenção 98 da
OIT (ocorrida em 18/11/1952) sobre o direito à
sindicalização e à negociação coletiva.
Este ano, para começar, o ministério convida para a
semana que será realizada de 27/11 a 01/12, em
Brasília, com a programação já fechada para os dias
27 e 28 de novembro. (O evento será presencial com
transmissão pelo youtube: @canaltrabalho).
O apoio efetivo às corretas iniciativas do
ministério é necessário para que se avance na
normalização das relações de trabalho, apesar dos
voluntarismos, das vacilações e dos recuos.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
24/11/2023 -
Comissão aprova projeto que isenta do Imposto de
Renda a participação nos lucros destinada a
empregados
O texto será analisado ainda pelas comissões de
Finanças; e de Constituição e Justiça. Depois será
votado pelo Plenário da Câmara
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou o Projeto de Lei 581/19, que isenta os
trabalhadores de Imposto de Renda (IR) sobre lucros
ou resultados das empresas.
A proposta, já aprovada pelo Senado, altera a Lei de
Participação nos Lucros das Empresas para conferir
aos empregados o mesmo tratamento fiscal dado a
sócios e acionistas no momento da distribuição de
lucros ou dividendos.
O relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP),
recomendou a aprovação do texto. “É preciso conferir
a maior efetividade possível à participação nos
lucros das empresas, um direito dos trabalhadores
consagrado na Constituição”, comentou.
“A mudança proposta dará tratamento equitativo na
tributação sobre as parcelas de lucro apropriadas
pelo capitalista e pelo trabalhador”, afirmou o
ex-senador Alvaro Dias (PR), autor da proposta, ao
defender as mudanças na legislação.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
23/11/2023 -
Debatedores buscam consenso sobre oposição à
contribuição sindical
O exercício do direito do trabalhador a oposição à
contribuição sindical — objeto do projeto de lei
(PL) 2.099/2023 — foi defendido pelos debatedores
reunidos na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta
terça-feira (21) que, no entanto, divergiram sobre
questões como a efetividade das convenções
coletivas, as condições de financiamento da
atividade sindical e os obstáculos atualmente
impostos a quem não deseja contribuir aos
sindicatos.
A proposição do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
já aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
e encaminhada à CAS, altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT — Decreto-Lei 5.452, de 1943). De
acordo com o projeto, mesmo que seja filiado, o
trabalhador deve autorizar prévia e expressamente a
cobrança de contribuições aos sindicatos da
categoria econômica ou profissional. Desde a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467, de 2017), a contribuição —
que até então tinha natureza tributária e
obrigatória — passou a ser facultativa aos não
associados, mas, em decisão de setembro deste ano, o
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela
constitucionalidade da cobrança de contribuição
assistencial dos empregados não sindicalizados em
caso de acordo, convenção coletiva de trabalho ou
sentença judicial, ressalvado o direito do
trabalhador de se opor expressamente à cobrança.
A realização da audiência pública atende a
requerimento (REQ 116/2023 — CAS) dos senadores
Rogerio Marinho (PL-RN) e Paulo Paim (PT-RS),
respectivamente relatores da matéria na CAE e na
CAS.
Monopólio sindical
O professor da Universidade de São Paulo (USP) José
Pastore saudou a iniciativa do Legislativo de
regulamentar a contribuição sindical e classificou
como “temerária” a decisão do STF, pois concede a
entidades a liberdade de fixação de valores
assistenciais num contexto em que, segundo a
Constituição, “nem o poder público” pode intervir
nos sindicatos.
— O STF tomou uma decisão que é um caso único de
garantia de liberdade plena e absoluta a entidades
monopolistas que não podem ser controladas por
ninguém. Acho que isso não existe em lugar nenhum do
mundo.
Pastore considera que, nos termos da regulamentação
atual, o exercício do direito à oposição sofre
vários obstáculos, de modo que a contribuição
sindical se torna obrigatória na prática.
Manifestando apoio ao PL 2.099/2023, ele mencionou
uma lista de países, incluindo Venezuela e
Nicarágua, que permitem o desconto em folha da
contribuição sindical mas exigem, para isso, a
autorização por escrito do trabalhador.
Por sua vez, Miguel Eduardo Torres, presidente da
Força Sindical, associou a Reforma Trabalhista ao
aumento do desequilíbrio entre patrões e empregados,
situação que deve ser enfrentada pelo reforço da
atividade associativa dos trabalhadores e seu
respectivo financiamento. Assinalando que a decisão
do STF declarou a constitucionalidade da
contribuição sindical por não filiados, ele disse
respeitar o direito à oposição, mas não o exercício
desse direito “a qualquer tempo, a qualquer modo e
por qualquer meio”.
— A oposição é coletiva: se a aprovação da pauta e a
convenção [de trabalho] é coletiva, a oposição
também tem que estar no meio disso.
Diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Alexandre Furlan contestou esse argumento.
— É vedada a imposição de dispor do salário do
trabalhador, e nas poucas exceções em que ela é
admitida, ela se fundamenta em alguma autorização
para coparticipação em benefício legal,
vale-transporte, vale-alimentação, programa médico
(...) para ele mesmo [o trabalhador] usufruir.
Furlan apresentou dados sobre o forte declínio da
arrecadação dos sindicatos e do número de filiados
desde o fim da contribuição obrigatória, mas alertou
para o “paradoxo” de o número de acordos e de
convenções coletivas continuar em mais de 40 mil
instrumentos celebrados por ano.
Sindicatos patronais
Tanto Miguel Eduardo Torres quanto Valeir Etle,
secretário nacional de assuntos jurídicos da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), opinaram que o
esforço pela ampliação do direito à oposição se
restringe ao financiamento das associações dos
trabalhadores. Torres lembrou que uma parcela das
contribuições das empresas ao Sistema S é
compulsoriamente destinada aos sindicatos patronais,
e Etle — que citou conselhos profissionais, como a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que vedam a
atuação dos membros que faltarem com suas
contribuições associativas — manifestou seu
entendimento de que o debate sobre pagamento ou não
pagamento de contribuições sindicais por patrões e
por empregados cabe unicamente aos respectivos
segmentos.
— Nunca discutimos nem demos nenhuma opinião sobre
como as entidades patronais têm que descontar
contribuições, taxas de manutenção ou qualquer outra
taxa.
Segundo Etle, a CUT sempre foi contra o imposto
sindical, mas, citando exemplos como o do Fundo
Partidário, “tudo tem financiamento”, ou público, ou
privado. Para ele, o direito de oposição, na forma
apresentada no PL 2.099/2023, consiste em “prática
antissindical velada” e “uma afronta”.
Exceção
Já Alexandre Furlan comentou que vários sindicatos
impuseram procedimentos “praticamente impossíveis de
cumprir” e “filas quilométricas” para os
trabalhadores contrários ao desconto da
contribuição. Valeir Etle disse que esses casos são
excepcionais, ainda que deva ser preservada a
autonomia dos sindicatos para determinar as regras
de exercício do direito à oposição.
— Não podemos fazer uma legislação pela exceção,
criar várias formas de impedir o desconto e cada vez
mais prejudicar os sindicatos (...) em função de
algumas práticas que a gente abomina.
Entendimento
Paulo Paim comentou a discussão cobrando entendimento
de empregados e empregadores em torno da decisão do
STF e argumentou que as entidades sociais têm que
ter o mínimo de estrutura.
— Alguém acha que você vai fazer a boa prática
sindical, a boa negociação, o bom diálogo, o bom
procedimento sem ter uma certa estrutura? Isso tem
em qualquer país do mundo.
Enquanto isso, Rogerio Marinho citou dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) para classificar a Reforma Trabalhista como
um “sucesso absoluto” que tem elevado o Brasil
economicamente apesar das ações “contraditórias” do
atual governo. Ele salientou que o que se discute no
projeto em pauta é o exercício do direito de
oposição em face de convenções coletivas pouco
representativas.
— As assembleias, via de regra, são esvaziadas. Não
representam o conjunto dos trabalhadores:
representam a minoria organizada que defende aquele
determinado segmento.
Paim declarou esperar que o assunto possa ser
discutido em outras audiências públicas abrangendo
outros setores da sociedade, mas Marinho disse que o
tema está “amadurecido” e a demora na deliberação
prolongará a insegurança jurídica sobre o direito à
oposição.
Fonte: Agência Senado
23/11/2023 -
MTE promove Semana Nacional da Negociação Coletiva
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) vai
realizar, nas próximas segunda (27) e terça-feira
(28),
a Semana Nacional de Promoção da Negociação
Coletiva 2023.
O objetivo dessa atividade, promovida pelo MTE, é
fomentar a cultura da negociação coletiva no Brasil,
bem como fortalecer as entidades sindicais.
Há 71 anos — em 18 de novembro de 1952 — era
ratificada a Convenção 98, da OIT (Organização
Internacional do Trabalho), que trata sobre o
direito de sindicalização e negociação coletiva.
As atividades serão presenciais e também serão
transmitidas pelo Youtube: @canaltrabalho.
Acompanhe a programação:
• Segunda-feira (27) - das 9h às 10h30, painel de
abertura: “71 anos da ratificação pelo Brasil da
Convenção 98 da OIT”
Luiz Marinho, ministério do Trabalho e Emprego;
Lelio Bentes Correa, presidente do TST;
José de Lima Ramos Pereira, PGT (procurador-geral do
Trabalho); e
Vinícius Carvalho Pinheiro, OIT Brasil;
Das 10h30 às 11h - Intervalo com coffee break
Das 11h às 12h - painel: “Perspectivas do Cenário
Futuro do Mundo Sindical”
• Terça-feira (28) - das 9h às 10h30 - painel:
“Experiência Internacional de Negociação Coletiva”
Das 10h30 às 11h - Intervalo
Das 11h às 12h - painel: “Pacto Nacional para o
Trabalho Decente na Agricultura e as Negociações
Coletivas”
Fonte: Diap
23/11/2023 -
Governo revoga portaria sobre trabalho do comércio
nos feriados
Texto será republicado e só terá validade a
partir de março de 2024
O Ministério do Trabalho e Emprego irá revogar a
portaria 3.566, publicada na semana passada, que
retomava a necessidade de acordo coletivo como
requisito para permitir o trabalho no comércio aos
feriados. Segundo o ministro Luiz Marinho, uma nova
portaria com o mesmo conteúdo será publicada nos
próximos dias, mas com validade a partir de março de
2024.
Até lá, um grupo de trabalho tripartite, formado por
representantes do governo, dos empregadores e dos
empregados, irá debater a medida para construir um
acordo nacional sobre o tema. Após esse debate, se
for necessário, poderá haver mudanças na portaria do
governo.
O ministro explicou que a portaria publicada
recentemente apenas revogou uma outra portaria de
2021, do governo anterior, que concedeu autorização
permanente para o trabalho aos domingos e feriados
em vários setores do comércio. Segundo Marinho, essa
medida contrariava a lei 10.101, de 2000, que
permite o trabalho em feriados nas atividades do
comércio em geral, desde que autorizado em convenção
coletiva de trabalho e observada a legislação
municipal.
“A portaria de 2021 deu entendimento que os feriados
não precisariam de negociação, e que o patrão
poderia, na véspera do feriado, a qualquer hora,
falar para o trabalhador: amanhã você vem
trabalhar”, disse o ministro. Segundo ele, o
espírito da nova portaria do governo é valorizar as
negociações coletivas e estabelecer que o
funcionamento aos feriados precisa ser negociado.
Nesta terça-feira (21), a Câmara dos Deputados
aprovou a tramitação em regime de urgência de um
projeto de decreto legislativo que cancela a
portaria do Ministério do Trabalho. Segundo Marinho,
revogação da portaria pelo Ministério do Trabalho
não foi influenciada pela decisão dos parlamentares.
“Nossa ação é por conta da reclamação do setor, que
é natural e legítima”, diz.
Fonte: Agência Brasil
23/11/2023 -
INSS: pedidos de benefícios devem ser atendidos em
até 30 dias em 2024
Informação é do ministro Carlos Lupi durante
programa de TV da EBC
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
nesta quarta-feira (21) que, até dezembro de 2024, a
pasta pretende atender a todos os pedidos de
benefícios em um prazo máximo de 30 dias. A
legislação brasileira prevê que o atendimento
aconteça em até 45 dias. Entretanto, segundo o
próprio Lupi, atualmente, apenas 55% das pessoas são
atendidas nesse prazo.
“Até dezembro, nossa intenção é colocar todo mundo
em 45 dias de espera. Para que, no ano que vem,
comecemos a pensar em um novo modelo, um modelo mais
ágil, mais rápido. Estamos trabalhando para isso”,
afirmou, ao participar de entrevista a emissoras de
rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da
Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com o ministro, em janeiro deste ano,
quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assumiu o governo, o percentual de pedidos de
benefícios atendidos em até 45 dias era de cerca de
30%. “Estamos afunilando”, disse.
“Nossa intenção é colocar todo mundo em 45 dias até
dezembro. Claro que você só tem o balanço de
dezembro em janeiro, porque tem que esperar o mês
terminar. Mas a nossa intenção é essa. E eu sou um
pouco ousado: pretendo que, no ano de 2024, tenhamos
todos numa fila de 30 dias. Até o final do ano que
vem. Para isso, a gente está fazendo uma série de
medidas.”
Atestmed
Lupi lembrou que segurados do INSS que precisam
solicitar o benefício por incapacidade temporária
(antigo auxílio-doença) podem fazer o requerimento
por meio de análise documental e ter o benefício
concedido de forma mais rápida, sem passar pela
perícia médica. O processo, que recebeu o nome de
Atestmed, pode ser feito por meio do site ou do app
MeuINSS.
“O atestado que você tem como cidadão, particular,
com CRM, ou do SUS ou de qualquer hospital público,
serve como atestado para você tirar a sua licença
até 90 dias, provisória, e receber pela previdência
social”, disse. “Não precisa ter que ir pra perícia
pra fazer um novo exame. Já está o exame ali, já
está constatado pelo médico, nós confiamos nos
médicos brasileiros. Isso já melhora bastante o
fluxo da fila. A perícia só vai entrar quando esse
prazo é maior, quando é uma coisa mais grave,”
explicou o ministro.
Fonte: Agência Brasil
22/11/2023 -
Centrais manifestam apoio à Portaria do MTE que
regula trabalho no feriado
Todo apoio à Portaria nº 3.665 do Ministério do
Emprego e Trabalho: negociação coletiva regula
trabalho no feriado
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no último
dia 13 de novembro, editou a Portaria nº 3.665,
tratando, exclusivamente, da possibilidade de
trabalho em feriados, com o objetivo de reafirmar
que "é permitido o trabalho em feriados nas
atividades do comércio em geral, desde que
autorizado em convenção coletiva de trabalho e
observada a legislação municipal”.
Ao contrário do que vem sendo divulgado, a Portaria
nº 3.665 não trata do trabalho em domingos e não
trouxe regra nova, mas apenas e tão somente
confirmou condição prevista na Lei 10.101/2000, em
seu artigo 6º-A, que permite o trabalho em feriados
nas atividades do comércio em geral, desde que
autorizado em convenção coletiva de trabalho e
observada a legislação municipal, nos termos do art.
30, inciso I, da Constituição.
A proibição de trabalhos nos feriados, inclusive,
também está prevista na CLT, em seu artigo 70, ao
dispor que é “vedado o trabalho em dias feriados
nacionais e feriados religiosos, nos termos da
legislação própria”.
O Ministério do Trabalho e do Emprego restabelece
direitos anteriormente existentes e consolida a
necessidade da previsão em convenção coletiva, não
em tratativas individuais, o que valoriza as
negociações coletivas, essenciais à proteção dos
direitos e para impedir abusos pelos empregadores,
que não podem determinar que seus empregados e suas
empregadas trabalhem, de forma indiscriminada, em
feriados.
Não há dúvidas de que o feriado é o dia em que o
trabalhador tem direito legal ao descanso. Quando há
trabalho nesse dia, mesmo mediante o pagamento de
horas extras e folga compensatória, considera-se que
há redução de direitos, de modo que a questão
precisa ser chancelada, previamente, por meio de
negociações coletivas.
Equivocam-se aqueles que afirmam que a Portaria
representa um prejuízo para consumidores,
trabalhadores e empresários, pois o art. 6º-A, da
Lei 10.101/ 2000, que regulamenta o trabalho no
feriado, existe há vários anos e jamais foi
considerado impactante para a contratação de
trabalhadores e trabalhadoras, para o próprio
comércio e para os consumidores.
É importante esclarecer que, na prática, a grande
maioria dos setores do comércio já contam com
convenções coletivas regrando o trabalho nos
feriados e que a jurisprudência do Tribunal Superior
do Trabalho, igualmente, consolidou-se quanto a
aplicação do artigo 6-A da Lei 10.101/2000.
Fundamental considerar que a Lei 11.603/2007, que
regulamentou o trabalho aos domingos e feriados, foi
objeto de consenso de uma mesa nacional tripartite
de negociação, onde participaram a representação dos
empresários, dos trabalhadores e do governo.
Pelas razões acima expostas as Centrais Sindicais
abaixo assinadas manifestam seu apoio à Portaria nº
3.665 do Ministério do Trabalho e Emprego, pois ela
reafirma a necessidade de negociação coletiva para o
trabalho em feriados, o que também é corroborado
pela jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho. As portarias anteriores jamais poderiam se
sobrepor ao artigo 6º-A da Lei 10.101/2000.
Reafirmamos e louvamos a iniciativa correta do
Ministério do Trabalho e Emprego que restabelece
direitos elementares dos trabalhadores e valoriza as
negociações coletivas, razão pela qual merece nosso
integral apoio.
Brasília, 20 de novembro de 2023.
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da NCST
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Sergio Nobre
Presidente da CUT
Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente
Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT
União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Antônio Neto
Presidente da CSB
Central dos Sindicatos Brasileiros
José Gozze
Presidente da Publica
Central do Servidor
Nilza Pereira
Coordenadora Geral
Intersindical Central Classe Trabalhadora
Julimar Roberto de Oliveira Nonato
Presidente da Contracs
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
e Serviços da CUT
Luiz Carlos Motta
Presidente da CNTC
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
Fonte: NCST
22/11/2023 -
DIEESE: Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho
Após quatro anos de retrocesso econômico e social,
em 2023, abre-se novamente espaço para a retomada do
debate sobre a construção da igualdade entre negros
e não negros. O desafio ainda é grande.
Até 2022, os números mostram crescimento da
precarização na ocupação e queda de renda para toda
a população, o que aprofundou a desigualdade racial
no mercado de trabalho.
Em 2023, há algumas mudanças. A melhora da atividade
econômica no início do ano foi uma surpresa positiva
e a expectativa é que o PIB cresça aproximadamente
3%.
Essa recuperação traz impactos positivos também no
mercado de trabalho. A taxa de desocupação diminuiu
e o emprego formal cresceu.
Além disso, a inflação mais baixa e o aumento do
salário mínimo permitiram recuperação dos
rendimentos médios dos ocupados.
No entanto, o mercado de trabalho ainda é espaço de
reprodução da desigualdade racial.
Tanto a inserção quanto as possibilidades de
ascensão são desiguais para a população preta e
parda.
E as mulheres negras acumulam as desigualdades não
só de raça, mas também de gênero:
Alguns destaques:
• Embora representem 56,1% da população em idade de
trabalhar, os negros ocupavam apenas 33,7% dos
cargos de direção e gerência. Ou seja, um em cada 48
trabalhadores negros ocupa função de gerência,
enquanto entre os homens não negros, a proporção é
de um para 18 trabalhadores.
• Entre os desocupados, 65,1% eram negros. A taxa de
desocupação das mulheres negras é de 11,7% – mesmo
percentual de um dos piores momentos enfrentados
pelas pessoas não negras, no caso, a pandemia. A
taxa de desocupação dos não negros está em 6,3% no
2º trimestre de 2023.
• Quase metade (46%) dos negros estava em trabalhos
desprotegidos. Entre os não negros, essa proporção
era de 34%. Uma em cada seis (16%) mulheres negras
ocupadas trabalha como empregada doméstica.
• Os negros ganhavam 39,2% a menos do que os não
negros, em média. Em todas as posições na ocupação,
o rendimento médio dos negros é menor do que a média
da população.
Este boletim examina a inserção da população negra
no mercado de trabalho brasileiro e algumas facetas
da discriminação racial. Os dados analisados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (PnadC-IBGE) e referem-se ao
2º trimestre de 2023.
Confira aqui o documento completo:
As dificuldades da população negra no mercado de
trabalho
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/11/2023 -
Ministra das mulheres denuncia desigualdade social,
violência e misoginia
Das 33 milhões pessoas que passam fome no Brasil,
80% são mulheres e a grande maioria é de mães solos
e negras. Esses números são acompanhados do aumento
de casos de violência, em especial de feminicídio e
misoginia. As estatísticas alarmantes foram
apresentadas pela ministra das Mulheres, Cida
Gonçalves, que após onze meses à frente da pasta
prestou informações à Comissão de Direitos Humanos
(CDH), nesta terça-feira (21), quando apresentou o
trabalho que está sendo desenvolvido em sua gestão.
— As mulheres estão num quadro de exclusão social
absoluto — alertou a ministra.
Portanto, discutir como enfrentar a fome, passa pela
discussão de políticas para as mulheres, segundo a
Cida. Ela enfatizou que, pela primeira, vez criou-se
um ministério exclusivo para a defesa dos direitos
das mulheres.
Presidente da CDH, o senador Paulo Paim (PT-RS)
lembrou, a propósito, a recente aprovação no
Congresso do projeto de lei que culminou na sanção
da Lei 14.611/2023, garantindo igualdade de salário
e de critérios de remuneração entre trabalhadoras e
trabalhadores nas mesmas funções.
— As mulheres têm de apropriar dessa lei — pregou o
senador, ao defender que se faça cumprir a
legislação instituída em julho deste ano e que
estava há pelo menos 20 anos em debate no
Legislativo.
Cida Gonçalves destacou ainda que as mulheres não
conseguem ser chefes, porque no fim da tarde têm de
pegar os filhos nas creches e outras preocupações
domésticas que acabam impossibilitando-as de se
dedicarem mais tempo a cargos profissionais:
— Mesmo que um chefe reconheça suas qualidades para
uma função de chefia, ela não aceita. As mulheres
não conseguem ter a ascensão porque a
responsabilidade do serviço [em casa] e do cuidado
ainda é da mulher. (...) Precisamos ter equidade,
mas não vamos conseguir discutir equidade, se não
tivermos igualdade — argumentou a ministra.
Na opinião do senador Fabiano Contarato (PT-ES),
apesar dos direitos previstos na Constituição,
“ainda há muito o que se fazer num Brasil tão
desigual, num Brasil tão sexista, num Brasil tão
machista".
O parlamentar disse ter ficado muito feliz com o
tema da redação do Enem deste ano: o trabalho e o
dever de cuidado, um encargo majoritariamente
entregue às mulheres e, ainda por cima,
invisibilizado:
— Homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações. É uma função nossa dar efetividade a
essa garantia constitucional.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/11/2023 -
Congresso participa da campanha mundial pelo fim da
violência contra a mulher
Objetivo é conscientizar a população sobre
prevenção e combate à violência
O Congresso Nacional participa mais uma vez da
campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência
contra a Mulher”. Realizada anualmente em cerca de
150 países, a campanha tem por objetivo divulgar
dados e incentivar organizações a fazerem campanhas
de conscientização e de mobilização pelo fim da
violência contra a mulher.
Internacionalmente, a campanha é chamada de “16 Dias
de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” –
começa em 25 de novembro (Dia Internacional da Não
Violência contra as Mulheres) e termina em 10 de
dezembro, data da proclamação da Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
No Brasil, considerando a dupla vulnerabilidade da
mulher negra, ela tem início em 20 de novembro, Dia
da Consciência Negra, e, por isso, é chamada de "21
Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a
Mulher".
O Congresso participa do movimento desde 2013, por
meio da Secretaria da Mulher e da Comissão de Defesa
dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados; da
Procuradoria Especial da Mulher e da Liderança da
Bancada Feminina do Senado Federal; e da Comissão
Permanente Mista de Combate à Violência contra a
Mulher.
Nas duas casas legislativas, o tema será debatido em
diversos momentos.
Mobilização
A campanha busca não apenas aumentar a conscientização
sobre os diversos tipos de violência enfrentados por
mulheres, mas também promover ações concretas para
prevenir e eliminar essa violência. Isso inclui
advocacia por políticas públicas, educação,
sensibilização, apoio a vítimas e a promoção de uma
cultura de respeito e igualdade de gênero.
A mobilização é empreendida por diversos atores da
sociedade civil e do poder público e contempla as
seguintes datas:
- Dia da Consciência Negra (20 de novembro, início da
campanha no Brasil);
- Dia Internacional para a Eliminação da Violência
contra as Mulheres (25 de novembro);
- Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da
Mulher (29 de novembro);
- Dia Mundial de Combate à AIDS (1º de dezembro);
- Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de
dezembro);
- Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as
Mulheres (6 de dezembro - campanha Laço Branco);
- Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de
dezembro, encerramento oficial da campanha).
Fonte: Agência Câmara
22/11/2023 -
STF absolve
Paulinho
O ex-deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP)
vence mais uma batalha e consegue absolvição junto
ao Supremo Tribunal Federal. A sentença, que lhe
inocenta de acusações, abre caminho para seu retorno
à Câmara Federal.
O ex-parlamentar, também fundador da Força Sindical,
escreve na Nota: “Aproveito o momento pra deixar
registrado meu agradecimento àqueles que acreditaram
em mim e estiveram a meu lado durante todo esse
período. Obrigado pelo apoio e lealdade”.
Controverso – Dono de impressionante capacidade de
trabalho, Paulinho também gosta de viver
perigosamente, criando áreas de atrito sem
necessidade. Foi agressivo opositor de Dilma
Rousseff, colaborou ativamente no golpe que a
derrubou, mas depois se recompôs com Lula.
A NOTA:
Hoje é um dia de vitória!
Depois de 15 anos e sete meses de luta, nesta
segunda (20), o Supremo Tribunal Federal finalmente
me absolveu por seis votos a três em processo pelo
qual respondia injustamente. O veredito mostra que
ainda é possível acreditar na Justiça em nosso País
e que temos sempre que lutar por aquilo que é certo,
não importam as adversidades.
Durante todo esse tempo, fui mantido injustamente
como réu nesse processo em que o único fato posto
contra mim eram citações de terceiros, sem
apresentar prova concreta ou ligação minha com
qualquer ilegalidade.
Ainda assim, essa longa batalha jurídica foi usada
de munição pelos meus adversários políticos,
causando desgaste da minha imagem e afetando muito
meu trabalho e, principalmente, preocupando minha
família e amigos. Não mais, a Justiça foi feita!
Aproveito o momento pra deixar registrado meu
agradecimento àqueles que acreditaram em mim e
estiveram a meu lado durante todo esse período.
Obrigado pelo apoio e lealdade! Seguimos juntos,
sempre na defesa dos trabalhadores do Brasil!
Paulo Pereira da Silva
Fonte: Agência Sindical
21/11/2023 -
Luta sindical é a raiz do 13º, diz economista
Um ditado do Direito ensina que as boas leis nascem
das lutas sociais. Assim é a 4.090, Lei pela qual o
presidente João Goulart garantiu um décimo terceiro
salário a todo trabalhador a partir de 1962. A lei
foi promulgada após fortes lutas, incluindo greve de
18 dias.
O Dieese, com base nos dados da Rais, Caged e
Previdência Social, traz dados impressionantes sobre
o benefício em 2023. Este ano, o pagamento chegará a
R$ 291 bilhões. Isso equivale a 2.7 do PIB. Cerca de
87,7 milhões de brasileiros receberão 13º.
O professor e economista Rodolfo Viana responde pela
Subseção do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos no Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Ele informa
que a categoria injetará R$ 184.442.693,14 na
economia.
O benefício deverá ser pago a 46.074 trabalhadores,
em valor médio de R$ 4.003,18. Esse valor supera em
R$ 946,00 a média nacional. O economista comenta: “O
13º salário sempre é muito bem-vindo para os
trabalhadores. Trata-se de um ganho que melhor o
Natal da família”.
Geral – Em Guarulhos, segundo maior município
paulista, os trabalhadores formais injetarão R$
1.378.041.240,31 na economia – o Orçamento Municipal
local, pra 2024, deve ficar em torno de R$ 6
bilhões.
Alegria – Em 1962, o advogado e ativista Chico
Bezerra era metalúrgico na Willys-Overland do
Brasil. “A conquista pra todos foi uma explosão de
alegria”, ele diz. Para Chico Bezerra, “a lei
assinada por Jango veio coroar um intenso processo
de lutas, onde se destacaram lideranças históricas,
como Riani, Tenorinho, Martinelli e outros
dirigentes da época”.
Mais – www.dieese.org.br.
Fonte: Agência Sindical
21/11/2023 -
Lula: medidas de igualdade racial são pagamento de
dívida histórica
Segundo o presidente, dívida foi construída por
supremacia branca
Ao anunciar um novo pacote de medidas de igualdade
racial nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva se referiu às ações como o
pagamento de uma dívida histórica. “O que nós
fizemos aqui hoje é o pagamento de uma dívida
histórica que a supremacia branca construiu nesse
país desde que ele foi descoberto. Queremos apenas
recompor aquilo que é a realidade de uma sociedade
democrática”, disse.
O conjunto de 13 ações, apresentado pela ministra da
Igualdade Racial, Anielle Franco, em parceria com
mais dez pastas e órgãos federais, inclui programas
nacionais, titulações de territórios quilombola,
bolsas de intercâmbio, acordos de cooperação, grupos
de trabalho interministeriais e outras iniciativas
que garantem ou ampliam o direito à vida, à
inclusão, à memória, à terra e à reparação.
“Tudo isso que nós assinamos agora é como se a gente
estivesse plantando uma árvore. Essa árvore, para
dar certo, tem que ser semeada. Tem que colocar
água. Tem que ter sol. Precisa ter adubo. E são
vocês o adubo para uma política pública funcionar”,
destacou. “Essas coisas que assinamos aqui, pra elas
andarem, vocês não podem deixar de cobrar o
funcionamento.”
“Nós não somos diferentes pela pele, pelo cabelo,
pela roupa. Porque somos irmãos. Viemos do mesmo
pai, moramos o mesmo planeta e temos o sangue da
mesma cor. Então, tudo que a gente está fazendo é
tentativa de recompor coisas que foram construir e
recolocar no lugar coisas que foram tiradas”,
concluiu Lula.
Fonte: Agência Brasil
21/11/2023 -
Comissão vai realizar seminário para debater
políticas de combate ao trabalho escravo
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados vai
realizar seminário na quinta-feira (23) para debater
as políticas de combate ao trabalho escravo no
Brasil.
Confira a
pauta do seminário, que deverá começar às 9
horas no plenário 12.
Os requerimentos para a realização da audiência
foram apresentados pelos deputados Rogério Correia
(PT-MG), Reimont (PT-RJ) e Túlio Gadêlha (Rede-PE).
"Casos recentes têm demonstrado que os mecanismos
utilizados para o aliciamento de trabalhadores tem
se aprimorado, bem como os métodos usados para
impedir a reação daqueles submetidos a essa
condição, chegando a usar choque elétrico e mesmo
tornozeleiras eletrônicas", declarou Correia.
Ele acrescenta ainda que as empresas que praticam
esse crime têm buscado mecanismos de dissociação dos
fatos "atribuindo a responsabilidade a terceiros, o
que parece sugerir que os mecanismos coercitivos do
Estado não são suficientes para coibir de forma
eficaz tais práticas abjetas".
Fonte: Agência Câmara
21/11/2023 -
Governo fará mutirão do Desenrola com condições
especiais para pagar dívidas
O Dia D para quitar inadimplências será em 22/11,
com renegociação de débitos em bancos, de parcelas
do programa Minha Casa Minha Vida e do Fundo de
Financiamento Estudantil
O Governo Federal anunciou, no sábado (18) que fará
um Mutirão Desenrola na próxima quarta-feira (22)
para zerar dívidas com instituições bancárias,
parcelas do programa Minha Casa Minha Vida e do
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
No dia D do Desenrola, será possível renegociar
dívidas e quitar as parcelas em aberto com descontos
e melhores condições para o pagamento.
Lançando em julho de 2023, o Desenrola Brasil é um
programa destinado a combater a inadimplência e
ajudar as pessoas que se endividaram a limparem seus
nomes nas instituições de proteção ao crédito.
Segundo o Ministério da Fazenda, atualmente, o
Brasil tem cerca de 70 milhões de negativados.
Mais informações podem ser obtidas
aqui.
Com informações do Governo Federal
Fonte: Portal Vermelho
21/11/2023 -
Plebiscito: 97% são contra privatização da Sabesp,
Metrô e CPTM
Apuração aponta que 897 mil pessoas participaram
do “Plebiscito contra a privatização da Sabesp,
Metrô e CPTM”. Quase a totalidade se mostrou
contrária aos planos de Tarcísio
Na última quinta-feira (16), ato público na
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp),
promovido por entidades sindicais e sociais levou o
recado ao governador Tarcísio de Freitas
(Republicanos): a população rejeita a privatização!
O protesto do lado de fora da Alesp durante a
audiência pública que debateu a privatização da
Sabesp foi marcado pela divulgação do resultado do
“Plebiscito contra a privatização da Sabesp, Metrô e
CPTM”.
A iniciativa coletou votos de, pelo menos, 897 mil
pessoas em todo o estado de São Paulo entre 5 de
setembro e 4 de outubro.
Conforme apontado por lideranças presentes, 97% dos
votos mostraram contrariedade ao projeto privatista
do governados Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Enel de hoje é a Sabesp de amanhã
Durante a audiência pública, a secretária de Meio
Ambiente, infraestrutura e Logística do governo de
São Paulo, Natália Resende, apresentou dados e
tentou justificar que a privatização da Sabesp, pelo
Projeto de Lei 1.501/2023, será diferente de outras
experiências pelo mundo que se mostraram
fracassadas.
As falas de Resende foram prontamente rebatidas pelo
presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores
em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São
Paulo), José Faggian, que lembrou que a experiência
mundial da privatização do saneamento aponta para o
aumento de tarifa e diminuição da qualidade do
serviço.
Em sua fala Faggian destacou que hoje o medo dos
prefeitos e da população é de que a Sabesp se
transforme em uma nova Enel.
“Eu tenho percorrido o estado e o que eu ouço de
muitos prefeitos é que não se consegue falar com a
Enel, eles não são recebidos pelo setor elétrico,
que também é regulado pela ARSESP (Agência
Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São
Paulo). Isso demonstra que não há agencia reguladora
que dê conta, pois não se cumprem os contratos”
disse.
O presidente do Sintaema salientou que não há nada
justificativa para a privatização de uma empresa que
é patrimônio do povo paulista, que é eficiente, tem
os serviços quase que universalizados e é parceira
dos municípios.
“Não podemos permitir que a Sabesp vire uma nova
Enel, porque a privatização da Sabesp não interessa
ao povo paulista, ao povo pobre e periférico. A
privatização só interessa a quem vai comprar ela,
porque a empresa está pronta, porque vai oferecer
lucros exorbitantes, porque está com os serviços
quase universalizados. Se o setor privado quer fazer
saneamento, de fato, que vá em outros lugares do
Brasil que há necessidade de investimentos”,
criticou.
Fonte: Portal Vermelho
21/11/2023 -
Primeira parcela do 13º salário cai até dia 30 de
novembro; veja regras
Pagamento será feito a cerca de 87,7 milhões de
pessoas e deverá injetar cerca de R$ 291 bilhões na
economia
A primeira parcela do 13º salário, pago ao
trabalhador de carteira assinada, será paga pelas
empresas até dia 30 de novembro (30). Já a segunda
precisa ser depositada até 20 de dezembro – se a
empresa optou por dividir o valor em duas fatias. Se
não, todo o valor deve cair até dia 30 de novembro.
Neste ano, o pagamento do benefício será feito a
cerca de 87,7 milhões de pessoas e deverá injetar na
economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões, segundo
levantamento do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O benefício trabalhista foi criado em 1962, pela Lei
4.090, e era conhecido como “Gratificação de Natal”.
O 13°, como foi apelidado mais tarde, tem algumas
especificidades e muitas pessoas ainda têm dúvidas:
afinal, quantas parcelas são? qual o valor exato?
como calcular o valor?
O InfoMoney consultou as advogadas trabalhistas
Flávia Oliveira, sócia do escritório Andrade Foz
Advogados, e Karolen Gualda, do escritório Natal &
Mansur, e separou as principais respostas sobre o
tema. Confira:
Quem tem direito ao 13°?
Todo empregado que exerceu alguma função ao longo do
ano com carteira assinada (CLT). Aposentados,
pensionistas e pessoas que receberam auxílio-doença,
auxílio-acidente ou auxílio-reclusão também recebem
a gratificação.
Se uma pessoa trabalhou em uma empresa seis meses,
por exemplo, e depois foi demitida, recebe o 13°
salário proporcional juntamente com as verbas
rescisórias do fim do contrato. O pagamento é
realizado pelo empregador, conforme determina a Lei
4.090/1962.
Pessoas que entraram em licença-maternidade também
recebem o 13º salário. Porém, empregados dispensados
por justa causa e segurados do Benefício de
Prestação Continuada (BPC) não recebem o valor
extra.
São quantas parcelas?
O trabalhador poderá receber o 13° salário em uma
única integral ou em duas parcelas iguais, sendo o
segundo caso mais comum.
Quando é pago?
O pagamento da primeira parcela do 13º salário deve
ser feito entre 1º de fevereiro e 30 de novembro.
Essa parcela deve ser de, no mínimo, 50% do valor a
que terá direito o trabalhador. A outra metade
deverá ser paga, no máximo, até 20 de dezembro. Se o
13° salário for feito em parcela única, deve ser
pago até o dia 30 de novembro.
O empregado pode solicitar o pagamento da primeira
parcela antecipado, juntamente com as férias. Mas
isso só é possível se ele solicitar essa antecipação
até o fim do mês de janeiro do respectivo ano. Se o
funcionário que quiser fazer isso no ano que vem
deverá fazer solicitar a antecipação até o fim de
janeiro de 2023.
Qual é o valor?
O valor do 13° salário, como o próprio nome diz, é
igual ao do salário integral recebido em um ano
completo. Quem desempenhou alguma função de forma
remunerada, no regime CLT, em menos de um ano,
recebe o benefício de forma proporcional aos meses
trabalhados.
Como calcular o valor?
O cálculo é feito da seguinte maneira: salário bruto
dividido por 12 e multiplicado pelos meses
trabalhados no ano.
No cálculo da remuneração, devem entrar todas as
verbas de natureza salarial, como por exemplo: horas
extras, adicional de insalubridade, periculosidade,
etc.
Neste caso, a conta fica um pouco mais complexa
porque será necessário pegar os valores desses itens
extras também de forma proporcional aos meses
trabalhados para chegar no valor final.
Para saber exatamente o passo a passo para calcular,
confira o guia do InfoMoney sobre 13° salário.
De qualquer maneira, o funcionário sempre pode
procurar um representante do departamento de
recursos humanos para saber de antemão o valor que
receberá.
13° salário tem descontos?
Sim. O benefício possui os mesmos descontos que
incidem sobre o salário, como Imposto de Renda e
contribuição para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS).
O trabalhador deve fazer o cálculo proporcional aos
meses trabalhados, depois abater o desconto do INSS
e, por último, aplicar o desconto do IR, que é feito
em cima do valor já livre da contribuição
previdenciária.
No caso de pagamento parcelado do benefício, esses
descontos acontecem somente sobre a segunda parcela.
Fonte: InfoMoney
20/11/2023 -
Assinatura de Memorando incentiva Trabalho Decente
no Brasil
Autoridades do Ministério do Trabalho e Emprego,
representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e líderes de diversas
centrais sindicais se reuniram hoje em São Paulo. O
encontro contou com a presença do Ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, do presidente do BNDES,
Aluísio Mercadante, do Diretor da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Vinicius
Pinheiro.
Trabalho decente: MTE, BNDES e OIT assinam
Memorando
O ponto central do encontro foi a assinatura de um
Memorando de Entendimento entre o BNDES e a OIT,
inserido na pauta da Agenda do Trabalho Decente do
Ministério do Trabalho. O objetivo primordial desse
compromisso é impulsionar a prática do trabalho
decente e elevar o patamar de conformidade com as
normas trabalhistas vigentes no Brasil. Uma das
estratégias delineadas é a inserção dos princípios
do trabalho decente nos contratos de financiamento
concedidos pelo BNDES.
Pelo acordo, as duas instituições vão implementar um
Plano de Trabalho em sete áreas de interesse comum,
incluindo: prevenção e erradicação do trabalho
infantil e do trabalho escravo ou análogo à
escravidão; enfrentamento a todas as formas de
exploração, discriminação, violência e agressão no
mundo do trabalho, com ênfase em questões de gênero,
raça e etnia; promoção da saúde e segurança no
trabalho e de cadeias produtivas sustentáveis,
inclusivas e livres de violações; e direitos dos
povos indígenas, quilombolas e outros povos
ancestrais.
Para o presidente do BNDES, o acordo pode contribuir
para que outras instituições atuem pela promoção do
trabalho decente. “Esperamos que essa iniciativa
induza o efeito farol e o debate público sobre o
tema”, destacou Mercadante. A colaboração prevê
ainda a realização de atividades de pesquisa,
formação, capacitação e intercâmbio de informações
técnicas. “O memorando busca promover o emprego
formal, justo, que é contra a discriminação, e que
paga um salário digno. O Banco, como um agente do
desenvolvimento, tem esse papel” afirmou o diretor
da OIT.
Além disso, foi discutida a organização iminente de
um seminário internacional. O evento propõe um amplo
debate acerca da redução da jornada de trabalho, o
trabalho intermediado por aplicativos e os novos
paradigmas que delineiam o mundo laboral
contemporâneo.
Este compromisso firmado entre as entidades
governamentais e sindicais reforça a busca por uma
realidade laboral mais justa, digna e em
conformidade com os direitos estabelecidos para os
trabalhadores brasileiros.
Defesa do Fundo de Amparo ao Trabalhador e do
BNDES
O debate não se restringiu apenas a esses pontos.
Houve também espaço para a defesa veemente do Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do BNDES, este
último reconhecido como um órgão fundamental para o
fomento do desenvolvimento econômico, geração de
empregos e preservação de direitos trabalhistas.
Os representantes das centrais sindicais presentes
no encontro foram: os presidentes Sergio Nobre, da
CUT, Antônio Neto, da CSB, Adilson Araújo da CTB,
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, da NCST , além de
Sergio Luiz Leite, vice presidente da Força Sindical
e membro do Codefat, João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, Canindé Pegado,
secretário geral da UGT e membro do Codefat e
Ronaldo Leite, secretário geral da CTB.
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/11/2023 -
Portaria do governo Lula é vitória dos trabalhadores
do comércio
Com a combativa atuação de entidades como o
Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, muitas
convenções coletivas já preveem regras e
contrapartidas para o trabalho aos domingos e
feriados
A semana começou com uma ótima notícia para os
trabalhadores comerciários de todo o Brasil. O
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
assinou a Portaria Nº 3.665/2023, que muda as regras
sobre “o trabalho em feriados nas atividades do
comércio em geral”.
A medida, publicada no Diário Oficial na terça-feira
(14), não proíbe o expediente nem impede os patrões
de convocarem seus funcionários aos finais de semana
e feriados. Só que a jornada nesses dias precisa
constar nas convenções ou nos acordos coletivos do
trabalho. É uma maneira de ouvir os trabalhadores,
respeitar direitos e valorizar as negociações
coletivas, evitando práticas abusivas e ilegais.
Até então, estava em vigor a Portaria Nº 671/2021,
do governo Jair Bolsonaro, que liberava de forma
irrestrita o trabalho aos feriados para mais de 70
categorias, sem qualquer consulta aos trabalhadores.
Funcionários de supermercados, hipermercados e
farmácias estavam entre os mais prejudicados.
Os patrões usaram a portaria de Bolsonaro para
justificar jornadas mais extenuantes e condições
precárias de trabalho. Mesmo as que pagavam horas
extras ou concediam folgas dificultavam a atuação
fiscalizadora das entidades sindicais. Agora, graças
à sensibilidade do governo Lula, o “libera-geral”
acabou.
Sabemos que, em supermercados, shoppings centers e
diversos pontos comerciais, a demanda cresce nos
finais de semana. É uma oportunidade para os
empregadores ampliarem as vendas e suas margens de
lucro. Mas esses ganhos não podem ser conquistados à
custa dos trabalhadores.
A lengalenga de parte dos patrões – de que a nova
portaria prejudica o setor e pode causar desemprego
– não faz sentido nenhum. Quando o governo anterior
liberou permanentemente o trabalho aos feriados, não
houve geração de empregos. Sem contar que a
legislação já estabelece parâmetros para
remunerações e folgas, o que facilita negociações.
Essa grande vitória dos trabalhadores é também uma
demonstração do compromisso do governo Lula com os
trabalhadores. Os comerciários, em especial, viveram
anos duros e difíceis sob as gestões ultraliberais
de Temer e Bolsonaro, marcadas pela reforma
trabalhista, pela lei da terceirização e pela
reforma da Previdência.
Com a combativa atuação de entidades como o
Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, muitas
convenções coletivas já preveem regras e
contrapartidas para o trabalho aos domingos e
feriados. É um avanço que equilibra as relações de
trabalho e ajuda a coibir violações.
Ainda assim, o sindicato vai às ruas para
fiscalizar. Apenas nos dois feriados deste mês – Dia
de Finados (em 2 de novembro) e Proclamação da
República (no dia 15) –, notificamos nada menos que
424 lojas. Vale repetir: não inventamos moda – as
regras para o trabalho aos feriados já estão
devidamente negociadas e acertadas.
Por isso, empregadores que levam a lei e a convenção
coletiva a sério não têm nada a temer com a nova
portaria. A própria Fecomercio-RJ (Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do
Rio de Janeiro) admitiu o óbvio: a medida do governo
Lula “garante segurança jurídica e previsibilidade
para empregadores e empregados, uma vez que já ficam
estabelecidas condições e contrapartidas adequadas”.
Quem precisa se cuidar são aqueles que teimam em
desrespeitar direitos e desvalorizar seus
funcionários. A nota da Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) – que fala absurdamente em
“cerco” aos empregos e “retrocesso à atividade” –
mostra o pensamento atrasado de dos empresários.
Ainda há, no Brasil, quem parece defender relações
de trabalho próximas à escravidão.
Que o governo Lula continue a revogar os retrocessos
de governos anteriores, pouco ou nada comprometidos
com os trabalhadores. E que os comerciários saibam
que o movimento sindical está firme nesta luta.
Vamos ficar de olho!
Fonte: Portal Vermelho
20/11/2023 -
Comissão realiza audiência sobre atualização de
plano de carreira do Ministério do Trabalho
A Comissão de Administração e Serviço Público da
Câmara dos Deputados vai realizar audiência pública
na terça-feira (21) para tratar da atualização do
plano de carreira dos servidores administrativos do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A lista de convidados para a reunião inclui os
ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da
Previdência Social, Carlos Luppi.
O autor do requerimento para a realização da
audiência é o deputado Bruno Farias (Avante-MG). Ele
destaca que os servidores administrativos atuam nas
principais atividades do ministério, como as
relacionadas às políticas públicas, relações do
trabalho, inspeção trabalhista e gestão
administrativa.
"No entanto os servidores administrativos do MTE há
anos lutam por um plano de carreira que modernize as
funções contemporâneas com novos cargos que
detenham atribuições mais complexas para que
continuem assegurando trabalho decente para a
população usuária dos serviços prestados pelo
ministério", declarou o deputado.
A audiência está marcada para as 16 horas, no
plenário 8.
Fonte: Agência Câmara
20/11/2023 -
Segue à sanção PL que institui direitos das pessoas
atingidas por barragens
O projeto de lei é resultado de um esforço do
Congresso para dar resposta às tragédias dos
rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá 15 dias
úteis para sancionar ou vetar o projeto de lei que
cria a Política Nacional de Direitos das Populações
Atingidas por Barragens (Pnab). Aprovado na última
quarta-feira (14), no Senado, o texto é resultado de
um esforço do Congresso para dar resposta às
tragédias dos rompimentos das barragens em Mariana e
Brumadinho.
De acordo com o projeto, será considerada população
atingida por barragem quem sofrer pelo menos uma de
dez situações apresentadas, entre as quais: perda da
propriedade ou posse de imóvel; desvalorização
desses lotes; perda da capacidade produtiva das
terras; interrupção prolongada ou alteração da
qualidade da água que prejudique o abastecimento;
ou, ainda, perda de fontes de renda e trabalho.
Relator da matéria, o senador Jaques Wagner (PT-BA)
disse que o projeto beneficia tanto a população
vítima de tragédias por rompimentos, como Brumadinho
e Mariana, quanto regiões em processo de
licenciamento.
“Atendemos assim a principal pauta do Movimento dos
Atingidos por Barragens (MBA), fazendo justiça
social com comunidades inteiras que lutam por
reparação”, justificou.
O relator afirmou que houve ampla negociação com
todas as partes interessadas para que fosse reduzido
o trâmite legislativo e encerrada a espera das
famílias vítimas dos acidentes das barragens.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirmou que nunca é demais lembrar “a importância de
projetos dessa natureza”. Para ele, é preciso fazer
de tudo para evitar esse tipo de tragédia.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) pediu uma reflexão
sobre o extrativismo mineral, elogiou a atuação de
órgãos ambientais e criticou a posição da mineradora
Vale quanto aos rompimentos de barragens em Mariana
e Brumadinho.
“São expressivos os impactos humanos e ambientais
que não foram resolvidos até agora. Até quando vamos
conviver com esse tipo de risco?”, lamentou a
senadora à Agência Senado.
“O Estado brasileiro hoje reconhece que tem um
padrão de violação de direitos dos atingidos por
barragens. Para nós, a política de direitos é uma
forma de começar a pagar essa dívida histórica”,
disse Elisa Mergulhão, da coordenação nacional do
MAB.
Fonte: Portal Vermelho
17/11/2023 -
Presidente Lula sanciona lei para reduzir filas do
INSS
Norma também trata de atendimento a populações
indígenas
Os pedidos de aposentadorias e benefícios terão
análise mais rápida na Previdência Social. O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei
nº 14.724/2023, que cria o Programa de Enfrentamento
à Fila da Previdência Social (PEFPS), que pretende
reduzir o tempo de espera no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
Publicada em edição extraordinária do Diário Oficial
da União na noite desta terça-feira (14), a lei
resulta de medida provisória editada em julho e
aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro e pelo
Senado no último dia 1º.
Para reduzir as filas, o programa prevê a retomada
do bônus de produtividade aos funcionários que
trabalharem além da jornada regular, tanto na
análise de requerimentos de benefícios como na
realização de perícias médicas. O programa também
autoriza, em caráter excepcional, a aceitação de
atestados médicos e odontológicos ainda não
avaliados para conceder licenças médicas ou para
acompanhamento de tratamento da família sem perícia
oficial.
Terão prioridade no recebimento dos bônus os
funcionários e médicos peritos que trabalharem em
processos administrativos com mais de 45 dias ou com
prazo final expirado.
Os servidores administrativos do INSS receberão
bônus de R$ 68 por tarefa; e os médicos peritos, de
R$ 75 por perícia. O adicional de produtividade foi
pago em 2019, com a mesma finalidade de diminuir as
filas nos pedidos de aposentadorias, pensões e
auxílios.
Outras medidas
Além da redução das filas do INSS, a lei traz medidas
relativas ao atendimento à população indígena e à
reestruturação de cargos no Poder Executivo Federal.
A lei transforma cargos efetivos vagos em outros
cargos efetivos e em comissão ou funções de
confiança, para atender à demanda de órgãos e
entidades do governo.
A lei também simplifica a gestão de cargos e funções
para ampliar o prazo das contratações temporárias
para a assistência à saúde de povos indígenas e, por
fim, estabelece regras específicas de pessoal para
exercício em territórios indígenas.
Funai
A nova lei também altera a Lei nº 8.745, de 9 de
dezembro de 1993, que trata de contratações na
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Os
concursos públicos para a autarquia agora deverão
reservar de 10% a 30% das vagas para a população
indígena.
Os servidores públicos em exercício na Funai e na
Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério
da Saúde poderão trabalhar em regime de revezamento
de longa duração, conforme o interesse da
administração. Pela legislação, o trabalho nessa
modalidade permite que o servidor permaneça em
regime de dedicação ao serviço por até 45 dias
consecutivos, assegurado um período de repouso
remunerado que pode variar da metade ao número total
de dias trabalhados.
A lei determina ainda que somente pessoas aprovadas
em concursos públicos poderão exercer atividades
diretas nos territórios indígenas. Os processos
seletivos poderão prever pontuação diferenciada aos
candidatos que comprovem experiência em atividades
com populações indígenas.
Fonte: Agência Brasil
17/11/2023 -
Trabalho no comércio em feriados passa a exigir
convenção coletiva
Portaria com nova regra está publicada no Diário
Oficial
A partir de agora, o trabalho no comércio nos
feriados exigirá negociação coletiva com os
sindicatos. Portaria do Ministério do Trabalho e
Emprego - publicada na terça-feira (14) no
Diário Oficial da União - estabelece a exigência
de concordância dos trabalhadores.
Segundo a portaria, apenas as feiras livres poderão
abrir nos feriados sem acordo coletivo. A medida
altera uma portaria de 2021 que regulamentava o
trabalho em atividades comerciais.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio (CNTC) comemorou a medida. Para a entidade,
a portaria repara um erro histórico. “A medida foi
resultado de uma articulação das entidades
sindicais, em especial das confederações, que
defenderam, junto ao ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, a necessidade de reparar um erro histórico
que começou no governo de Michel Temer, quando foi
desrespeitada a legislação que garantia o direito
dos trabalhadores do comércio de negociar as
condições de trabalho em feriados”, ressaltou a
confederação.
Precarização
Vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
e Serviços (Contracs) também elogiou a portaria.
Para o presidente da entidade, Julimar Roberto, a
decisão representa uma vitória dos trabalhadores
contra a precarização profissional.
“Essa portaria fortalece bastante as convenções
coletivas, que são o instrumento mais adequado para
garantir os direitos e os benefícios dos
trabalhadores do comércio. Agradecemos ao ministro
Luiz Marinho, ao Ministério do Trabalho, pela
reparação desse erro que tanto prejudicava os
trabalhadores”, afirmou o presidente da Contracs.
A Força Sindical considera a decisão importante.
“Resgate histórico para a nossa categoria”, comentou
o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio
de Porto Alegre, Nilton Neco. O sindicato é
vinculado à central sindical.
Fonte: Agência Brasil
17/11/2023 -
Governo e relator trabalham por texto comum da
tributária entre Câmara e Senado, diz Padilha
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha, afirmou que o governo trabalha para a
promulgação de um texto comum da reforma tributária
entre a Câmara e o Senado. O ministro reiterou que o
foco do governo permanece em votar e promulgar a
reforma ainda este ano.
Padilha se reuniu com o relator da reforma
tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na
manhã desta quinta-feira (16), no Palácio do
Planalto.
De acordo com o ministro, o foco do encontro foi
construir um ambiente junto à Câmara para a votação
do texto.
“O trabalho que nosso ministério das Relações
Institucionais, da Fazenda e o relator da reforma
tributária vamos buscar junto aos líderes da Câmara,
o presidente da Câmara Arthur Lira e líderes de
todos os partidos que já aprovaram a reforma
tributária na Câmara em dois turnos, é construir um
texto que permite promulgação o mais rápido
possível”, declarou Padilha a jornalistas após o
encontro. “Vamos trabalhar junto com a Câmara e o
Senado para promulgar até o final do ano.”
Padilha afirmou que a ideia é evitar que a proposta
de Emenda à Constituição (PEC) volte ao Senado e,
para isso, o governo irá trabalhar para que haja
apenas destaques supressivos, ou seja, pedidos para
remover trechos específicos do texto. “Mas o esforço
será garantir o texto da promulgação e aquilo que é
central da reforma tributária.”
O ministro afirmou que Aguinaldo disse que,
concluindo a análise do texto aprovado no Senado, a
avaliação é trabalhar para aprovar “o mais rápido
possível o texto comum entre Câmara e Senado”.
Fonte: Estadão
17/11/2023 -
Cláusula que prevê benefícios custeados pelo
empregador apenas para sindicalizados é anulada
Para a 7ª Turma, ficou caracterizada conduta
antissindical
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou nulas as cláusulas de um acordo coletivo
que condicionavam a concessão de benefícios
custeados pelo empregador à sindicalização do
empregado. Para o colegiado, a medida gera
discriminação nas relações de trabalho.
Exclusividade
O acordo foi firmado entre o Sindicato dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviários do
Município de Anápolis (Sittra) e a Transportadora
São José do Tocantins Ltda., de Anápolis (GO). Entre
os benefícios exclusivos a associados do sindicato
estavam o fornecimento de cesta básica e
estabilidade pré-aposentadoria.
As cláusulas foram questionadas pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT), mas sua validade foi
mantida pelo juízo de primeiro grau e pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 18ª Região.
Autonomia da vontade coletiva
Segundo o TRT, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017)
“mudou para sempre” o direito coletivo do trabalho,
e as cláusulas prestigiam o princípio constitucional
da autonomia da vontade coletiva. De acordo com esse
entendimento, os benefícios haviam sido
estabelecidos pelo sindicato representante dos
empregados, legitimamente constituído para defender
seus interesses, e não caracterizaria coação para
que se filiassem.
Ingerência
No recurso de revista, o MPT sustentou que a legítima
opção dos trabalhadores de não se sindicalizar
passaria a ser punida, já que ficariam privados, só
por esta escolha, de benefícios custeados pelo
empregado. “Abrir esta porta é impor o fim da
efetiva liberdade de sindicalização”, sustentou o
órgão. “Começando-se por uma cesta básica, outros
benefícios e preferências poderão ser excluídos”. De
acordo com esse argumento, a medida seria um claro
ato de ingerência, por meio de financiamento
empresarial das atividades rotineiras ou de
fortalecimento do sindicato de trabalhadores.
Conduta antissindical
O relator do recurso, ministro Cláudio Brandão,
reconheceu que o direito à negociação coletiva está
constitucionalmente assegurado, mas a negociação
coletiva restrita aos filiados ou contribuintes do
sindicato viola os princípios da representatividade
sindical, da unicidade e da liberdade de
sindicalização e, portanto, representa conduta
antissindical. A seu ver, ela compromete, “ainda que
por via oblíqua”, o desenvolvimento da categoria do
sindicato, ao contrapor, de um lado, a pressão pela
sindicalização e, por outro, a discriminação
daqueles que não o fazem.
A decisão foi unânime.
Processo: RRAg-10590-53.2020.5.18.0052
Fonte: TST
17/11/2023 -
Contradição nas coisas – João Guilherme Vargas Netto
A contradição está nas coisas. Nada ilustra melhor
este dito popular da dialética do que o número de
reclamações oriundas de processos da Justiça do
Trabalho que chegam ao STF buscando revisão,
originadas de escritórios de advogados das empresas
contestando os julgamentos favoráveis aos
trabalhadores e contrários às determinações da
deforma trabalhista de Temer.
As informações são da reportagem de capa do
Estadinho, do dia 13/11, assinada pelos jornalistas
Weslley Galzo e Julia Affonso e registram que, de
janeiro à novembro deste ano, o STF recebeu 6.148
processos, 3.334 relacionadas ao direito do trabalho
– mais da metade, portanto.
Todos sabemos que a deforma trabalhista de Temer,
além de surrupiar direitos dos trabalhadores e
romper um pacto várias vezes decenal de respeito aos
direitos sindicais, agrediu também a Justiça do
Trabalho e suas atribuições.
A dupla resposta dos juízes, contra os desmandos da
deforma e como autodefesa do próprio exercício da
judicatura trabalhista não se fizeram esperar e são
o substrato das reclamações empresariais ao STF.
Cabe ao movimento sindical, atento a essas
contradições, persistir nas relações institucionais
com o mundo jurídico, especialmente com a
Procuradoria e com a Justiça do Trabalho em um
previdente e persistente trabalho de convencimento,
compreensão e apoio em defesa dos direitos
trabalhistas e sindicais e da própria Justiça.
Meus elogios à manifestação unitária das centrais
sindicais, dia 14 em São Paulo, pela paz, cessação
imediata da guerra no Oriente Médio, libertação dos
reféns e prisioneiros e apoio à diplomacia
brasileira vitoriosa com o repatriamento de 1.477
patrícios que fugiram do conflito, auxiliados pela
presidência da República e pela FAB.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
17/11/2023 -
“Bolsonaristas, com apoio de setores da imprensa,
fabricaram um escândalo para tentar desgastar o
governo”, afirma Lindbergh
Falso envolvimento do governo federal com a vinda
de Luciane Barbosa, suposta “dama do tráfico”, surge
em onda de ataque contra Lula e ministros
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou
nesta quinta-feira (16) em sua conta no X sobre o
falso envolvimento dos ministros Flávio Dino e
Silvio Almeida com a vinda da suposta “dama do
tráfico”, Luciane Barbosa - mulher do apontado como
líder do Comando Vermelho no Amazonas -, à Brasília
para um encontro com autoridades do governo federal.
Em sua publicação, Lindbergh afirma que a ação faz
parte das tentativas consecutivas de ligação do
atual governo com organizações do crime organizado:
“Bolsonaristas, com apoio de setores da imprensa,
fabricaram um escândalo para tentar desgastar o
governo do presidente Lula. Canalhice da pior
espécie!”.
Em coletiva, Luciane já havia comentado que estavam
usando seu nome para repercussão: ”Pessoas estão
usando minha cabeça como cristo para atacar o atual
governo e Dino, que de fato nunca me recebeu".
Com a noticiabilidade do caso, o governo do Amazonas
confirmou que a ida de Luciane a Brasília foi
indicada pelo Comitê Estadual para o Encontro de
Comitês e Mecanismos de 2023.
Fonte: Brasil247
16/11/2023 -
Centrais Sindicais pedem cessar-fogo já!
Na mesma manhã em que um grupo de brasileiros era
repatriado de Gaza para o Brasil, aconteceu em São
Paulo manifestação sindical pelo cessar-fogo na
guerra entre Estado de Israel a Palestinos.
Presentes CUT, Força Sindical, UGT, CTB e CSB, além
de vários Sindicatos, entre os quais Sintaema,
Comerciários de SP e Metalúrgicos de Guarulhos e
Região. O ex-deputado federal Jamil Murad (PCdoB)
também participou.
Além dos pedidos de cessar-fogo e resgate de civis
da Faixa de Gaza, os dirigentes fizeram questão de
exaltar os esforços do Presidente Lula, da FAB e da
diplomacia nacional em prol da paz e a fim de salvar
vidas de civis, especialmente crianças e mulheres.
A Agência Sindical cobriu o ato, ouvindo diversos
dirigentes.
Classe – João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário-geral da Força Sindical observou que a
paz é bandeira histórica da classe trabalhadora.
Segundo ele, “a paz protege o mais fraco,
especialmente as crianças, mulheres e as pessoas
pobres, em geral”. Ele também lamentou o caos
econômico provocado pelas guerras.
Pela UGT, falou Josemar Andrade. Ele afirma: “Aqui
hoje não é um ato a favor de uma e contra a outra.
Nossa manifestação é pela paz, sem a qual não há
progresso, emprego, renda e dignidade para as
pessoas”.
Sérgio Nobre, da CUT, destacou a atuação do governo
Lula e da diplomacia brasileira. Ele diz: “Somos um
país pacífico e Lula reafirma a posição histórica do
Brasil. Hoje é um dia feliz para todos também porque
32 pessoas que estavam sofrendo em Gaza puderam ser
repatriadas, com segurança”.
Deputado – Jamil Murad conta que já esteve
várias vezes na Palestina. Ele critica a
agressividade israelista, apoiada pelos Estados
Unidos. Para o ex-parlamentar, “guerra pressupõe
algum tipo de equilíbrio entre as partes, que
inexiste no atual conflito”. Portanto, ele afirma,
“o que ocorre é um massacre contra um povo pobre e
desprotegido”.
Local – A partir das 10h30, a manifestação
ocorreu nas escadarias do Teatro Municipal, Centro
de São Paulo.
Mais – Sites das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
16/11/2023 -
Reforma trabalhista faz 6 anos com milhares de
contestações na Justiça
Juízes usam jurisprudência para evitar os
retrocessos da reforma, que teve caráter
ultraliberal e antitrabalhador
Em vigor há seis anos, a reforma trabalhista do
governo Michel Temer (MDB) atacou a Justiça do
Trabalho e o movimento sindical, mas não conseguiu
calar os trabalhadores. Levantamento do Estadão
aponta que a maioria das reclamações encaminhadas ao
STF (Supremo Tribunal Federal) são ligadas ao
direito trabalhista.
O fenômeno ocorre porque juízes usam jurisprudência
para evitar os retrocessos da reforma, que teve
caráter ultraliberal e antitrabalhador. Além disso,
o próprio STF já revisou ou regulamentou diversos
pontos da legislação atual, válida desde novembro de
2017. Ainda assim, os trabalhadores seguem na
condição de “elo mais fraco”.
Só neste ano, das 6.148 ações de reclamação
recebidas no Supremo, 3.334 são trabalhistas – o
equivalente a 54%. Segundo o Estadão, o índice está
crescendo – era de 41% em 2018. Por regra, é o setor
patronal que mais recorre ao STF, a fim de impedir
conquistas dos trabalhadores em outras instâncias da
Justiça, inclusive no TST (Tribunal Superior do
Trabalho).
Uma dessas reclamações teve como base o vínculo
empregatício de um trabalhador – alvo central da
reforma trabalhista, bem como da lei de
terceirização irrestrita. Contratado sob o regime de
contrato de pessoa jurídica (PJ), o funcionário foi
à Justiça para mostrar que, na prática, atuava não
como um prestador de serviço terceirizado – mas,
sim, como um trabalhador celetista, com carteira
assinada, o que envolve mais deveres e mais
direitos.
Na primeira instância, o Tribunal Regional do
Trabalho da 1ª Região (TRT-1) reconheceu vínculo
empregatício do ex-funcionário e ainda condenou a “pejotização”.
Mas a Segunda Turma do STF reverteu a decisão e
criticou a atuação TRT, mais sensível aos
trabalhadores. O ministro Gilmar Mendes, do STF,
defendeu a reforma trabalhista e criticou a atuação
dos magistrados do Trabalho.
A posição do decano do Supremo não leva em conta,
porém, a insegurança jurídica que a reforma
trabalhista impôs. A prevalência do negociado sobre
o legislado, por exemplo, passou a ser usada como
pretexto para práticas ilegais e abusivas dos
empregadores.
Segundo a Anamatra (Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho), a reforma e a
lei de terceirização abriram caminho para diversas
irregularidades, como a chamada “pejotização
fraudulenta”, o que exige mediação judicial.
“É isso que a Justiça do Trabalho avalia no caso
concreto e dentro da sua competência
constitucional”, diz Luciana Conforti, presidenta da
Anamatra. “Não se trata de escolha política (da
Justiça do Trabalho), mas, sim, de respeito à
legislação infraconstitucional e às disposições
constitucionais.”
Fonte: Portal Vermelho
16/11/2023 -
Governo quer taxar sócios de empresas para arrecadar
até R$ 10 bilhões
Juros sobre Capital Próprio (JCP) incidem sobre a
remuneração dos acionistas de uma empresa e reduzem
impostos
O Ministério da Fazenda tenta convencer os deputados
a acabar com os Juros sobre Capital Próprio (JCP),
que incidem sobre a remuneração dos acionistas de
uma empresa. O JCP reduz os impostos pagos por esses
acionistas. Com isso, a União deixa de arrecadar R$
10 bilhões por ano.
De acordo com o jornal O Globo, o Ministério da
Fazenda planeja incluir essa proposta na medida
provisória 1185, que eleva a tributação de grandes
empresas que têm benefícios fiscais concedidos pelos
estados por meio do ICMS. A tramitação da MP está
avançada e não deve sofrer contratempos na Câmara
Federal. Mas a emenda da JCP não foi tratada ainda
pelos parlamentares.
Uma alternativa é incluir a proposta no relatório da
MP de subvenção do ICMS, a ser elaborado em comissão
especial no Congresso nas próximas semanas. Outra
possibilidade é uma tramitação via projeto de lei.
Nos dois casos, o JPC seria incorporado.
O ministro da Fazenda, Haddad já se reuniu com o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com
líderes partidários para tratar do tema. Nova
reunião está prevista para a próxima semana.
A mudança na cobrança de subvenção do ICMS também
está no radar do governo. Em caso de aprovação por
MP, a medida entra em vigor em janeiro de 2024 e
pode arrecadar R$ 35,9 bilhões no ano. Se for
aprovada em projeto de lei, a iniciativa passa a
valer a partir de abril, com potencial para uma
arrecadação menor em 2024: R$ 26,9 bilhões.
Fonte: Portal Vermelho
16/11/2023 -
Projeto proíbe cobrança de contribuição sindical em
condomínios de edifícios
O Projeto de Lei 1439/23 proíbe a cobrança de
contribuição sindical em condomínios habitacionais
de edifícios, definidos como aqueles compostos por
unidades autônomas utilizadas exclusivamente para
fins residenciais.
“Atualmente, algumas entidades sindicais têm cobrado
essa contribuição de moradores de condomínios, mesmo
que eles não exerçam atividade profissional e não
tenham vínculo empregatício com qualquer empresa”,
afirma o deputado Kim Kataguiri (União-SP), autor da
proposta.
“Essa prática, além de ser abusiva, desrespeita o
princípio constitucional da liberdade de associação,
uma vez que impõe a obrigatoriedade do pagamento de
uma taxa sem que haja um consentimento expresso por
parte dos condôminos”, completou.
Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta
insere a medida na Lei 4.591/64, que trata do
condomínio em edificações e as incorporações
imobiliárias.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho; de Finanças e Tributação; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/11/2023 -
TSE "turbina" ação contra Bolsonaro e filhos com
provas do STF e depoimento de hacker
Ministro Benedito Gonçalves decidiu “turbinar”
uma das ações contra Jair Bolsonaro
“Antes de deixar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
na última quinta-feira, o ministro Benedito
Gonçalves decidiu “turbinar” uma das ações contra
Jair Bolsonaro e Braga Netto, incluindo no processo
provas do Supremo Tribunal Federal (STF) e o
depoimento do hacker Walter Delgatti Netto prestado
à CPI de 8 de Janeiro”, informa a jornalista Malu
Gaspar em sua coluna no jornal O Globo.
“A decisão do ministro, assinada no último dia 9,
foi tomada no âmbito de uma ação movida pela
coligação de Lula, que apura o uso político da
Polícia Rodoviária Federal contra eleitores do
petista no segundo turno das últimas eleições, além
dos sucessivos ataques de Bolsonaro ao sistema
eleitoral”, acrescenta.
Fonte: Brasil247
16/11/2023 -
Empresa não tem de repassar contribuição
assistencial sem que trabalhador possa rejeitar
desconto
Para a 8ª Turma, contribuição compulsória
contraria tese vinculante do STF
A Oitava Turma Tribunal Superior do Trabalho (TST)
julgou improcedente uma ação de cobrança de
contribuições assistenciais ajuizada contra a
Polimix Concreto pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de
Gramado (RS). Segundo o colegiado, as contribuições
estavam sendo cobradas sem que houvesse o direito de
oposição dos seus empregados, o que fere a liberdade
de associação e sindicalização.
Ação de cobrança
Na ação, o sindicato alegava que a empresa não havia
cumprido a obrigação, estabelecida nas convenções
coletivas de trabalho de 2012 a 2017, de descontar
de 1,5 a 2% do salário-base de todos os seus
empregados, sindicalizados ou não, e repassar o
valor para o ente sindical. Em razão do
descumprimento, também requereu a aplicação das
multas previstas nas convenções coletivas.
Empregados não filiados
O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Gramado julgou
improcedentes os pedidos. Amparada em precedente do
Supremo Tribunal Federal (STF) de 2017, a sentença
considerou ilegal a imposição compulsória das
contribuições a empregados não filiados ao
sindicatos.
Dever de cooperação
Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
(RS) discordou dessa tese. Para o TRT, a
contribuição assistencial criada por convenção
coletiva e dirigida a todos os empregados não atenta
contra a liberdade individual de sindicalização.
Trata-se, segundo esse entendimento, de um dever de
cooperação no custeio das despesas do sindicato nas
negociações coletivas, que beneficia toda a
categoria. Assim, a empresa foi condenada ao
pagamento das contribuições não repassadas e das
multas convencionais.
Direito de oposição
O relator do recurso da Polimix ao TST, ministro
Sergio Pinto Martins, explicou que, de acordo com a
tese de repercussão geral aprovada pelo STF (Tema
935), é constitucional a criação, por acordo ou
convenção coletiva, de contribuições assistenciais a
serem impostas a toda a categoria, desde que seja
assegurado o direito de oposição, ou seja, o
trabalhador que não concordar com a cobrança pode
manifestar sua vontade de não ser descontado. No
caso, para o relator, a cobrança era indevida porque
esse direito não foi observado.
A decisão foi unânime.
Processo: RRAg-20233-69.2018.5.04.0351
Fonte: TST
16/11/2023 -
Projeto obriga empresa a manter plano de saúde de
vítima de violência sexual no trabalho
O Projeto de Lei 1597/23 determina que vítimas de
violência sexual ocorrida em seu local de trabalho
tenham o plano de saúde mantido pela empresa ou
órgão.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto inclui a
medida na Lei 12.845/13, que trata do atendimento
obrigatório e integral de pessoas em situação de
violência sexual.
Autora da proposta, a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP)
destaca que o Código Civil estabelece que são também
responsáveis pela reparação civil "o empregador ou
comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele”.
Segundo a parlamentar, a ideia da proposta é
“disciplinar a utilização dessa importante
ferramenta e a sua manutenção no ordenamento
jurídico”.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho; de Saúde; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
14/11/2023 -
Centrais Sindicais convocam Ato Pela Paz nesta terça
(14)
As Centrais Sindicais, Sindicatos, Federações e
Confederações, convocam a todos (as) para um Ato
Pela Paz e Valorização da Diplomacia Brasileira
nesta terça-feira, 14 de novembro, às 10 horas, em
frente ao Teatro Municipal, Centro de São Paulo
(SP).
As centrais sindicais que participam são: Força
Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST, CSB e Pública Central
do Servidor.
O mundo assiste, nos últimos anos, a eclosão de mais
guerras e conflitos armados, além da ascensão do
discurso do ódio e do acirramento da violência. São
situações graves que exigem um esforço global de
ampliação do diálogo democrático e negociação
visando a construção da paz e solidariedade entre os
povos e as nações.
É preciso que a sociedade se una neste clamor por um
basta nas guerras que assolam várias regiões do
planeta, especialmente o Oriente Médio, Ásia, Europa
e África.
Repudiamos veementemente a exaltação da violência e
a disseminação do medo como forma de dominação. O
mundo precisa de mais inclusão, tolerância, respeito
e amor ao próximo.
Estamos certos de que o Brasil, que no terceiro
governo Lula vive um momento de união nacional, tem
muito a contribuir para a construção do diálogo,
visando a Paz, a Solidariedade e a Fraternidade. Nos
somamos, neste sentido, a esta luta para um mundo
melhor.
Fonte: NCST
14/11/2023 -
DIAP renova direção e desenvolve ações para ampliar
filiações
O DIAP realizou, no último dia 31 de outubro, a AGO
(Assembleia Geral Ordinária), em que renovou 1/3 dos
conselhos Diretor e Fiscal. Aprovou a atualização da
mensalidade das entidades filiadas, com novo
critério para definir os valores. E, ainda,
autorizou a alteração do estatuto do órgão de
assessoria e chancelou a realização de campanha de
filiação ao DIAP.
Para a direção da entidade — Conselho Diretor —,
foram reconduzidos ao cargo: Maria das Graças Costa
(CUT-Nacional) — presidenta. E os vice-presidentes:
Ricardo Patah (UGT), José Reginaldo Inácio (NCST e
CNTI), Danilo Pereira da Silva (Força Sindical),
Jair Pedro Ferreira (Fenae e Bancários-DF).
Novos pisos das mensalidades
A mensalidade social do DIAP é constituída de 3
valores: fixo, teto e variável. O valor-base, que
era R$ 291,98 (fixo) foi elevado para R$ 351,84. O
teto era R$ 2.526,27 e passou para R$ 2.657,38.
Esses valores estavam congelados desde 2017. A
variável era R$ 0,005 e subiu para R$ 0,01.
A mensalidade mínima, então, é assim calculada:
valor fixo (R$ 351,84), mais o número de
trabalhadores na base, multiplicado pela variável
(R$ 0,01).
Alteração estatutária
A consulta para mudança estatutária autorizada pela
AGO foi para permitir, o que hoje não é possível,
que o DIAP realize e mantenha convênios com
universidades, instituições e entidades públicas ou
privadas, em âmbito nacional e internacional.
Desse modo, o DIAP estará estruturado para:
1) elaborar estudos e anteprojetos de leis no
interesse dos trabalhadores;
2) manter controle de projetos e estudos em curso e
respectivo andamento;
3) emitir pareceres sobre projetos e estudos
apresentados;
4) possuir organização capaz de credenciar, pessoas
habilitadas, nos órgãos e instituições;
5) manter publicação periódica, com informação sobre a
atuação parlamentar no Poder Legislativo, sobre
projetos de lei, emendas, andamento, encaminhamento
para votação, resultado de votação e estudos
técnicos; e
6) manter os próprios veículos de comunicação: jornal
e boletim impresso, bem como, o portal do DIAP, na
internet, com foco na cobertura das atividades do
Congresso.
Campanha de filiação ao DIAP
Na AGO, o diretor licenciado de Documentação do DIAP,
Neuriberg Dias frisou a necessidade de o órgão
realizar campanha de filiação, com o propósito de
elevar a arrecadação financeira da entidade.
O diretor informou ainda que está em curso a
atualização do banco de dados de entidades filiadas
ao DIAP para iniciar essa campanha de filiação/refiliação,
em data a ser definida, em 2024.
DIAP 40 anos
A presidenta, Graça Costa informou, ainda, que o
senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou requerimento
para a realização, em 19 de dezembro, de sessão
solene, no plenário do Senado, pela passagem dos 40
anos de fundação do DIAP.
Agradecimentos
Diante da grave e profunda crise que atingiu o DIAP,
com a contrarreforma trabalhista do ex-presidente
Michel Temer (MDB), e o aprofundamento desta, com o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e com as
consequências da pandemia de covid-19, a entidade
foi severamente afetada.
Em razão dessa situação, a equipe técnica do DIAP
teve de ser dispensada, mas apenas a metade
continuou, sob novo regime de contratação (PJ).
Em função desta e de outras dificuldades, a
presidenta Graça Costa parabenizou a diretoria e a
equipe de colaboradores do órgão pelo “empenho em
manter a entidade funcionando e exaltou ainda as
publicações”, que foram realizadas:
•
Cartilha Eleições Gerais 2022;
•
Dossiê Eleitoral;
•
Prognóstico da futura Câmara;
•
Radiografia do Novo Congresso;
•
“Cabeças” do Congresso Nacional; e
•
Mapeamento, no Congresso, das proposições relativas
ao custeio e estrutura sindicais.
Estas publicações contribuíram para que o órgão se
mantivesse financeiramente de pé.
Por fim, mas não menos importante, Graça agradeceu,
em particular, às 3 entidades pela parceria e
contribuição com o DIAP: Bancários-DF, Fenae e
Sinpro-DF, que possibilitou quitar débitos
previdenciários do Departamento. Sem essa parceria,
certamente esse e outros compromissos teriam sido
mais difíceis de resolver.
Veja como ficou a composição da Diretoria do DIAP -
Conselho Diretor:
- Presidenta: Maria das Graças Costa (CUT Nacional)
- Vice-presidentes: Ricardo Patah (UGT), José
Reginaldo Inácio (NCST e CNTI), Danilo Pereira da
Silva (Força Sindical), reeleitos em outubro de
2023, Jair Pedro Ferreira (Fenae), eleito em outubro
de 2023
- Superintendente: Luciana Custódio de Castro (Sinpro-DF),
eleita em outubro de 2022
- Suplente: Mário Lúcio Souto Lacerda (CTB), reeleito
em outubro de 2022
- Secretário: Wanderlino Teixeira de Carvalho (FNE),
reeleito em outubro de 2022
- Suplente: Airton Cano (Fetquim/CUT-SP), eleito em
outubro 2023
- Tesoureiro: Izac Antônio de Oliveira (Fitee),
reeleito em outubro de 2022
- Suplente: Elaine (Sechosc - Sind. dos Empr. Com.
Hot. e Similares-DF), eleita em outubro de 2023
Conselho Fiscal
Efetivos: Roni Oliveira (Sind. Nacional dos
Moedeiros), eleito em outubro de 2023, Itamar
Revoredo Kunert (CSB), reeleito em outubro de 2023,
e José Renato Inácio de Rosa (FNP), eleito em
outubro de 2022
Suplentes: Arthur Emílio Oliveira Caetano (Stiu-DF-FNU),
reeleito em outubro de 2022, Luiz Fernando Pereira
Souza (Fenajud), eleito em outubro de 2022, e
Rodrigo Britto (Bancários-DF), eleito em outubro de
2023
Fonte: Diap
14/11/2023 -
STF reinicia julgamento da regulamentação da
licença-paternidade
Na última quarta-feira (8), o STF (Supremo
Tribunal Federal) começou a julgar ação que analisa
se houve omissão do Congresso Nacional na
regulamentação da licença-paternidade.
O início da sessão foi destinado exclusivamente à
leitura do relatório e à manifestação das partes
envolvidas na ação. Os votos serão apresentados em
sessão a ser marcada posteriormente.
Como é hoje
A licença-paternidade constitui afastamento
considerado como efetivo exercício. É devida aos
contratados nos termos da Lei 8.745, de 1.993, pelo
período de 5 dias corridos, a contar do nascimento
do filho, sem prejuízo da sua remuneração.
Não há como permitir a prorrogação da
licença-paternidade aos contratados temporariamente,
regidos pela Lei 8.745/93, em razão de ausência de
previsão legal.
Demanda da CNTS
Na ação, a Confederação requer seja declarada a
equivalência dos direitos entre pai e mãe, no âmbito
do RGPS (Regime Geral de Previdência Social) e dos
regimes próprios de Previdência Social (RPPS), dos
servidores públicos.
E que seja concedido aos pais adotantes o mesmo
período de licença-paternidade previsto para a
licença-maternidade às mães adotivas; seja ainda
deferido ao pai o mesmo período de
licença-maternidade que seria concedido à mãe na
hipótese trágica de morte em face do parto.
E também que os planos de benefícios de previdência
complementar sejam adaptados para contemplar o
direito; e que seja da mesma forma deferido o
período de licença-maternidade ao pai, na hipótese
de incapacidade provisória ou definitiva da mãe, em
função de complicações com a saúde da mãe durante ou
após o parto, ainda no período de gozo da
licença-maternidade.
Eis os fatos
Na ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão) 20, a CNTS (Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde) alega omissão do Congresso
Nacional na regulamentação do artigo 7º, inciso XIX,
da Constituição Federal, que assegura ao trabalhador
o direito à licença-paternidade nos termos fixados
em lei.
A ação começou a ser julgada no plenário virtual da
Corte, e depois o tema foi destacado pelo
presidente, ministro Luís Roberto Barroso, para
julgamento presencial.
Antes do julgamento ser interrompido, havia maioria
formada para determinar que o Congresso aprove lei
para a implementação da licença em 18 meses, mas
havia divergência a respeito de qual modelo seria
aplicável enquanto o prazo para elaboração da lei
não transcorrer ou caso a omissão persista.
Fonte: Diap
14/11/2023 -
Quebra de decisões tributárias e terceirização
voltam à pauta do STF
Ministros vão analisar recursos que discutem a
extensão dos efeitos de decisões sobre os temas
A pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal
(STF) na semana tem a volta de dois casos de
interesse do setor privado, pelos impactos
econômicos na cobrança de impostos e nas relações de
trabalho.
Os ministros vão analisar um conjunto de recursos
contra decisões da própria Corte sobre a anulação de
decisões definitivas sobre questões tributárias e
sobre a abrangência da terceirização de atividades
empresariais.
Os recursos questionam pontos das decisões e
discutem a limitação temporal da sua aplicação,
chamada de “modulação de efeitos”, no jargão
jurídico.
Na semana, o Supremo só terá sessão na quinta-feira
(16), já que o dia anterior é feriado da Proclamação
da República.
Quebra de decisões tributárias
O primeiro item da pauta de quinta-feira é a análise
de uma série de recursos contra uma decisão da Corte
que definiu a possibilidade da chamada “quebra
automática da coisa julgada” em temas tributários.
Em fevereiro deste ano, o Supremo decidiu, por
unanimidade, que uma decisão judicial definitiva que
tenha discutido pagamento de impostos perde seus
efeitos no momento em que o STF se pronuncie em
sentido contrário.
Ou seja, os ministros decidiram que a definição da
Corte sobre a validade do pagamento de um
determinado imposto prevalece inclusive sobre
decisões judiciais de outras instâncias já
encerradas (definitivas, que não cabem mais
recursos).
Esse é o significado da “quebra da coisa julgada”,
porque, na prática, se o Supremo entender válida a
cobrança de um imposto, a sentença judicial que
havia decidido de forma diferente perderá sua
validade.
Essa perda de efeitos é automática. Então a Receita
Federal não precisa ajuizar uma ação rescisória para
derrubar a “coisa julgada” de um contribuinte. Se
uma empresa, por exemplo, ganhou na Justiça o
direito de não pagar determinado imposto, terá que
voltar a pagá-lo se o STF entender que a cobrança é
legal.
O entendimento só vale para tributos cobrados de
forma continuada, que são aqueles cuja cobrança se
renova periodicamente, como a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL), devido por empresas.
É preciso, também, respeitar um tempo de “espera”
para exigir o pagamento do imposto, de 90 dias ou a
partir do exercício financeiro seguinte, conforme o
tipo do imposto.
A posição da Corte foi vista de forma negativa por
setores do empresariado, que dizem afetar a
segurança jurídica e veem riscos de terem que quitar
tributos passados.
A decisão do STF não vale retroativamente. O
contribuinte que tinha uma decisão favorável, que o
livrou de pagar determinado imposto, terá que passar
a pagá-lo a partir do momento em que o STF julgar
válida a cobrança desse imposto.
Esse entendimento contou com a apertada maioria de 6
a 5, o que abriu margem para os recursos
questionarem essa modulação.
A ação em análise tem repercussão geral, então vão
afetar todos os casos na Justiça envolvendo tributos
continuados. O caso concreto envolve a CSLL, que foi
julgada constitucional pelo STF em 2007.
Este é um dos motivos de temor do setor privado.
Caso os recursos sejam agora rejeitados, as empresas
com decisão definitiva que havia autorizado o não
pagamento da CSLL terão que recolher o imposto
devido desde 2007.
Os ministros se basearam no entendimento de que a
coisa julgada e o chamado direito adquirido a partir
da decisão definitiva só tem validade enquanto
permanecerem as mesmas condições jurídicas. No
entanto, quando a Suprema Corte decide que um
tributo é devido, a partir daquele momento, todos
têm que pagar.
Terceirização
A sequência da pauta traz recursos que discutem a
extensão dos efeitos de uma decisão da Corte, de
2018, que validou a possibilidade de terceirização
da atividade-fim em todas as atividades
empresariais.
Essa forma de contratação passou a ser permitida com
as leis da Terceirização e da Reforma Trabalhista,
aprovadas em 2017 no governo de Michel Temer (MDB).
Mas ainda havia a discussão judicial de processos
que se arrastavam desde antes dessas normas.
Isso porque o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
tinha um entendimento diferente sobre o tema. O
conjunto de decisões dessa Corte ao longo do tempo
foi consolidado em uma súmula de 2011 que entendia
como ilegal a terceirização da atividade-fim.
Em agosto de 2018, o Supremo decidiu que é lícita a
terceirização em todas as etapas do processo
produtivo, independentemente de se dar na área-meio
(como serviços de limpeza ou segurança, por exemplo)
ou na atividade-fim (a própria atividade da empresa,
sua finalidade principal).
A posição foi tomada em dois processos, que foram
julgados de forma conjunta, relatados pelos
ministros Roberto Barroso e Luiz Fux.
No processo sob a condução de Fux, foi aprovada a
seguinte tese de julgamento: “É lícita a
terceirização ou qualquer outra forma de divisão do
trabalho entre pessoas jurídicas distintas,
independentemente do objeto social das empresas
envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária
da empresa contratante”.
A outra ação não teve uma tese, mas o relator havia
esclarecido que o entendimento não afetaria
automaticamente processos já encerrados que
discutiram terceirização (por exemplo, não haveria
uma anulação imediata de casos em quem empresas
tenham sido condenadas por terceirização, antes da
definição do STF pela legalidade dessa forma de
contratação). Depois, no processo sob a relatoria de
Fux, a Corte chegou a “modular” os efeitos da
decisão, em 2022.
Na ocasião, ficou decidido que os efeitos do
entendimento que validou a terceirização só valeriam
aos processos que ainda estavam em curso na data da
conclusão do julgamento (em 30 de agosto de 2018).
Os ministros também decidiram proibir a
possibilidade de ajuizar ações rescisórias com o
objetivo de derrubar decisões já encerradas sobre o
tema.
A empresa Celulose Nipo Brasileira S/A (Cenibra) e a
Associação Brasileira do Agronegócio (Abag)
recorreram dessa modulação. São esses recursos que
serão analisados agora pela Corte.
Os ministros começaram esse julgamento em setembro
deste ano, em sessão virtual, mas a análise foi
remetida ao plenário físico por um pedido de
destaque de Cristiano Zanin.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestou por manter essa limitação feita pelo STF
em 2022, impedindo que a validação da terceirização
interfira nos processos já encerrados.
Cenibra e Abag dizem que há “contradição” na decisão
do Supremo que modulou os efeitos da validade da
terceirização.
Argumentam, por exemplo, que o STF só limitou os
efeitos da decisão em um dos processos, e que o
outro caso não teve essa diminuição no alcance do
entendimento.
Fonte: CNN Brasil
13/11/2023 -
Pela Paz: Centrais Sindicais convocam ato para 14 de
novembro
Pela Paz as Centrais Sindicais convocaram o ato
que será realizado em frente ao Teatro Municipal, às
10 horas
As centrais sindicais divulgaram nota nesta
sexta-feira, onde convocam um ato para o próximo dia
14 (terça-feira), às 10 horas, em frente ao Teatro
Municipal, no Centro de São Paulo/SP.
No documento, as lideranças sindicais alertam quanto
a “ascensão do discurso do ódio e do acirramento da
violência.”
O sindicalistas que somente com um esforço global de
ampliação do diálogo democrático e negociação será
possível construir a paz e a solidariedade entre os
povos e as nações.
Eles defendem ainda que sociedade se una neste
clamor por um basta nas guerras que assolam várias
regiões do planeta, especialmente o Oriente Médio,
Ásia, Europa e África.
“Repudiamos veementemente a exaltação da violência e
a disseminação do medo como forma de dominação. O
mundo precisa de mais inclusão, tolerância, respeito
e amor ao próximo.”
Os dirigentes sindicais ressaltam ainda a que o
Brasil, que no terceiro governo Lula vive um momento
de união nacional, tem muito a contribuir para a
construção do diálogo, visando a Paz, a
Solidariedade e a Fraternidade.
Leia a seguir a íntegra da nota:
Centrais Sindicais convocam Ato Pela Paz e
Valorização da Diplomacia Brasileira para o dia 14
de novembro
As Centrais Sindicais, Sindicatos, Federações e
Confederações, convocam a todos (as) para um Ato
Pela Paz e Valorização da Diplomacia Brasileira, no
dia 14 de novembro, próxima terça-feira, às 10
horas, em frente ao Teatro Municipal, Centro de São
Paulo (SP).
O mundo assiste, nos últimos anos, a eclosão de mais
guerras e conflitos armados, além da ascensão do
discurso do ódio e do acirramento da violência. São
situações graves que exigem um esforço global de
ampliação do diálogo democrático e negociação
visando a construção da paz e solidariedade entre os
povos e as nações.
É preciso que a sociedade se una neste clamor por um
basta nas guerras que assolam várias regiões do
planeta, especialmente o Oriente Médio, Ásia, Europa
e África.
Repudiamos veementemente a exaltação da violência e
a disseminação do medo como forma de dominação. O
mundo precisa de mais inclusão, tolerância, respeito
e amor ao próximo.
Estamos certos de que o Brasil, que no terceiro
governo Lula vive um momento de união nacional, tem
muito a contribuir para a construção do diálogo,
visando a Paz, a Solidariedade e a Fraternidade. Nos
somamos, neste sentido, a esta luta para um mundo
melhor.
São Paulo, 10 de novembro de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
13/11/2023 -
Luiz Marinho apresenta à bancada do PT na Câmara
ações e projetos do MTE
Ministro reforçou aos parlamentares a postura de
diálogo e transparência entre executivo e
legislativo
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
apresentou à bancada do PT na Câmara dos Deputados
na quarta-feira (8) as ações e projetos
desenvolvidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego
em 2023. Em reunião com a bancada, o ministro
reforçou aos parlamentares a postura de diálogo e
transparência entre executivo e legislativo,
especialmente no que se refere ao debate sobre
questões do mundo do trabalho.
O ministro falou sobre os vários temas hoje em
discussão no âmbito Ministério, como a questão do
FGTS. Marinho reiterou à bancada a intenção do
Governo de assegurar ao trabalhador o direito de
gerir o seu recurso, que é seu por direito, ou seja,
que aquele que aderir ao saque aniversário, possa
retirar o saldo: “Temos que fortalecer e preservar o
FGTS”, afirmou.
Sobre Contribuição Sindical, o ministro reafirmou
que não se cogita a volta do imposto sindical. “A
assembleia tem seu papel e legitimidade, não cabendo
decisão individual quando se chega a uma decisão
coletiva”, avaliou.
Após apresentação feita pelo ministro, ocorreu uma
abertura para os debates com os parlamentares, com
ênfase na implementação de práticas de trabalho
decente e fortalecimento das iniciativas de
qualificação social e profissional aos
trabalhadores.
Fonte: MTE
13/11/2023 -
Pagamento do 13º salário injetará R$ 291 bilhões na
economia
O pagamento do 13º salário deverá injetar na
economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões, diz
levantamento divulgado nesta quinta-feira (9) pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
O valor representa aproximadamente 2,7% do Produto
Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços
produzidos no país) e será pago a cerca de 87,7
milhões de pessoas: trabalhadores do mercado formal,
beneficiários da Previdência Social e aposentados e
beneficiários de pensão da União e dos estados e
municípios. Em média, cada trabalhador deverá
receber R$ 3.057.
Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6
bilhões, ou 69% do total, irão para empregados
formais, incluindo trabalhadores domésticos, e 31%,
(R$ 89,8 bilhões) para aposentados e pensionistas.
Beneficiários da Previdência Social (32,8 milhões de
pessoas) receberão R$ 55,4 bilhões, aposentados e
pensionistas da União, R$ 11,2 bilhões (3,8%);
aposentados e pensionistas dos estados, R$ 17,5
bilhões (6%); e aposentados e pensionistas dos
regimes próprios dos municípios, R$ 5,6 bilhões.
A maior média do valor do 13º será paga aos
trabalhadores do setor de serviços (R$ 4.460). A
indústria aparece com o segundo valor, equivalente a
R$ 3.922; e o menor fica com os trabalhadores do
setor primário da economia, R$ 2.362.
O maior valor médio para o 13º será destinado aos
trabalhadores, aposentados e pensionistas no
Distrito Federal (R$ 5.400) e o menor, no Maranhão e
Piauí (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente).
Segundo o Dieese, para o cálculo do pagamento do 13º
salário em 2023, foram reunidos dados da Relação
Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo
Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.
Também foram consideradas informações da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad),
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), da Previdência Social e da
Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Fonte: Agência Brasil
13/11/2023 -
Inflação de outubro fica em 0,24%, puxada pelas
passagens aéreas
A inflação oficial do país fechou outubro em 0,24%,
puxada, principalmente, pelo aumento no preço das
passagens aéreas. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta
sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou
abaixo do 0,26% medido em setembro. No ano, a
inflação acumulada é de 3,75% e, nos últimos 12
meses, 4,82%.
Viagem de avião
Oito dos nove grupos de produtos e serviços apurados
pelo IBGE apresentaram alta. As maiores pressões
sobre os preços vieram de transportes e alimentação
e bebidas.
No grupo transportes, as passagens aéreas, que já
tinham ficado 13,47% mais caras em setembro, subiram
23,70%. “Essa alta pode estar relacionada a alguns
fatores como o aumento no preço de querosene de
aviação e a proximidade das férias de fim de ano”,
explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Gasolina
A gasolina, subitem com maior peso entre os 377 na
cesta de compra das famílias, ajudou a segurar a
inflação. O preço do derivado de petróleo caiu
1,53%. Os preços do gás veicular e do etanol também
caíram, 1,23% e 0,96%, respectivamente.
“Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo
no índice (-0,08 ponto percentual) e contribuiu para
segurar o resultado do grupo de transportes”,
acrescenta o gerente do IBGE.
Alimentos
O grupo alimentação e bebidas – o que mais pesa no
orçamento das famílias - apresentou alta depois de
quatro meses seguidos de deflação, isto é, queda nos
preços. A alimentação no domicílio subiu 0,27%,
impulsionada pela batata-inglesa (11,23%), cebola
(8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e carnes
(0,53%).
“O arroz acumula alta de 13,58% no ano. Esse
resultado é influenciado pela menor oferta, já que
ele está no período de entressafra e houve maior
demanda de exportação. No caso da batata e da
cebola, a menor oferta é resultado do aumento de
chuvas nas regiões produtoras, que prejudicou a
colheita”, detalha André Almeida.
A alimentação fora do domicílio ficou 0,42% mais
cara.
O grupo comunicação foi o único que registrou
deflação, queda de 0,19%. O motivo foi a série de
quedas nos preços dos aparelhos telefônicos e dos
planos de telefonia fixa.
Meta de inflação
O resultado anunciado nesta sexta-feira deixa o IPCA
acumulado de 12 meses acima da meta de inflação
determinada pelo Banco Central, que é de 3,25%, com
tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para
menos. O IPCA mede a inflação de famílias com renda
de um até 40 salários mínimos.
INPC
O IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias
com rendimento de um a cinco salários mínimos. Em
outubro o resultado foi de 0,12%. O INPC acumula
3,04% no ano e 4,14% nos últimos 12 meses.
Fonte: Agência Brasil
13/11/2023 -
Revisão do Simples pode gerar mais 650 mil empregos,
diz estudo
Novos postos de trabalho beneficiariam
especialmente trabalhadores com ensino médio
completo, na faixa de 30 a 39 anos
O Movimento Atualiza Simples Nacional entregou ao
ministro do Empreendedorismo, Márcio França, um
estudo sobre os impactos da revisão da faixa de
faturamento para micro e pequenas empresas (MPEs)
que aderirem ao Simples. De acordo com a Escola de
Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUC-RS) – que fez o estudo –, a
tabela não muda desde 2018 e acumula uma defasagem
de 75,81%.
Hoje, o limite de faturamento no Simples Nacional é
de R$ 4,8 milhões. Para a campanha “Atualiza Simples
Nacional – Por Mais Empregos e Justiça Tributária”,
liderada pelo movimento, é necessário elevar essa
faixa para R$ 8,4 milhões, a fim de garantir a
recomposição integral das perdas.
O estudo da Escola de Negócios projeta que, com a
revisão da tabela, serão gerados até 650 mil
empregos, em 67 setores da economia. Os novos postos
de trabalho beneficiariam especialmente
trabalhadores com ensino médio completo, na faixa de
30 a 39 anos. Além disso, a injeção de recursos no
setor produtivo seria da ordem de R$ 77 bilhões em
menos de cinco anos, com retorno de R$ 17 bilhões em
impostos diretos e indiretos para a União, estados e
municípios.
O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto
Alegre e Região (Sindha) é um dos líderes do
movimento e cobra a atualização do Simples. “O que
propomos não é isenção com a revisão das faixas –
mas a correção da inflação, beneficiando empregados,
empregadores e toda a sociedade brasileira”, diz
Paulo Geremia, presidente do sindicato.
Uma das propostas do movimento é que a tabela do
Simples seja reajustada anualmente, de modo
automático, conforme a inflação do período. Em
setembro, entidades que integram o grupo levaram
essa reivindicação ao deputado Mario Sander Bruck
(PSB-RS), coordenador do Fórum Estadual da Micro e
Pequena Empresa.
Fonte: Portal Vermelho
13/11/2023 -
Comissão aprova projeto que determina a preparação
de aposentadoria para trabalhadores com mais de 50
anos
Proposta ainda será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da
Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
4156/23, que obriga empresas e a administração
pública a oferecerem programas de preparação para a
aposentadoria a trabalhadores com mais de 50 anos de
idade ou que estejam a dois anos do afastamento. A
proposta altera a Política Nacional do Idoso e o
Estatuto do Idoso.
O autor do projeto, deputado Capitão Alberto Neto
(PL-AM), argumenta que é necessário “preparar
adequadamente o País para atender às demandas da
população idosa, dada a precariedade do sistema
público e a falta de qualificação de profissionais”.
A deputada Meire Serafim (União-AC), que relatou o
texto, concordou com o autor e destacou que o
afastamento do trabalho na aposentadoria pode ser um
processo desafiador. “Durante os anos de trabalho,
são criados vínculos que podem tornar o processo
mais difícil. Em outras situações, a aposentadoria
está associada ao chamado fenômeno do ‘ninho vazio’,
que corresponde ao período em que pode ocorrer a
saída do último filho de casa ou a morte do
parceiro”, disse.
Tramitação
O projeto será ainda analisado, em caráter conclusivo,
pela Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
10/11/2023 -
STF volta a suspender julgamento sobre FGTS após
novo pedido de vista. Correção pela poupança já tem
três votos
Ministro Nunes Marques acompanhou voto do
relator. Zanin pediu vista
Na retomada do julgamento sobre correção do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, depois de seis meses,
o Supremo Tribunal Federal (STF) teve mais um voto a
favor da caderneta de poupança como referência
mínima de correção das contas do FGTS. Agora, são
três votos nesse sentido, substituindo a Taxa
Referencial (TR) pela poupança. O julgamento voltou
a ser interrompido após pedido de vista pelo
ministro Cristiano Zanin. Ele disse ter recebido
informações adicionais, inclusive da Caixa Econômica
Federal, e precisava de mais tempo.
Relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso já
havia definido, em abril, que a remuneração não pode
ser inferior à caderneta de poupança. “O FGTS é uma
poupança forçada, de titularidade do trabalhador”,
afirmou na sessão desta quinta-feira (9), ao
“modular” sua sentença. Assim, a distribuição dos
resultados entre os correntistas passa a ser
obrigatória. “E com isso não se produz nenhum
resultado fiscal. A partir de 2025, saltando o
primeiro ano do arcabouço fiscal, os novos depósitos
serão remunerados pelo valor da caderneta de
poupança.”
Agora presidente da Corte Suprema, Barroso lembrou
que recebeu pedidos insistentes para adiar o
julgamento, mas decidiu não atender. “O
prolongamento desse debate, que já dura quase uma
década, tem gerado consequências negativas e
ampliando a litigiosidade. Há uma enxurrada de ações
que têm sido ajuizadas”, justificou. Segundo ele,
apenas em 2023 foram mais 367 mil ações ajuizadas só
na Justiça Federal.
Ação tem quase 10 anos
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.090 foi
apresentada em fevereiro de 2014 pelo partido
Solidariedade. A legenda questionou leis (8.036/1990
e 8.177/1991) que fixam a correção dos depósitos
pela TR mais 3% ao ano. Ao argumentar que os
trabalhadores são os titulares dos depósitos, o
partido alega que a Caixa Econômica Federal, gestora
do FGTS, afrontou o princípio constitucional da
moralidade administrativa ao se apropriar da
diferença devida pela real atualização monetária.
Além de Barroso, relator da ação, o ministro André
Mendonça havia votado para que o rendimento do saldo
do FGTS seja, no mínimo, igual ao da poupança. Hoje,
foi a vez de Nunes Marques acompanhar o voto.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/11/2023 -
Pagamento do 13º pode chegar a R$ 291 bilhões, 2,7%
do PIB
Segundo cálculo do Dieese, 87,7 milhões de
pessoas serão beneficiadas, entre trabalhadores
formais, aposentados e pensionistas
O pagamento do 13º salário neste ano pode
representar acréscimo de R$ 291 bilhões na economia,
valor que corresponde a aproximadamente 2,7% do PIB.
A estimativa, divulgada nesta quinta-feira (9) pelo
Dieese, inclui trabalhadores do mercado formal,
beneficiários da Previdência e aposentados da União,
estados e municípios.
No total, 87,7 milhões de pessoas são beneficiadas,
incluindo 53,8 milhões no setor formal (69,2% do
total) e 33,9 milhões de aposentados e pensionistas.
O rendimento médio é de R$ 3.057. Os cálculos levam
em conta dados da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais) e do “novo” Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), ambos do
Ministério do Trabalho e Emprego. O Dieese também
considera informações da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e
ainda da Previdência Social e da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN).
Além disso, o instituto não leva em conta
“autônomos, assalariados sem carteira ou
trabalhadores com outras formas de inserção no
mercado de trabalho que, eventualmente, recebem
algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não
há dados disponíveis sobre esses proventos”.
Setor formal e região Sudeste
Dessa forma, do total a ser pago a título de 13º, R$
201,6 bilhões (69%) irão para os empregados formais,
incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 31%
(cerca de R$ 89,8 bilhões) serão pagos aos
aposentados e pensionistas. Nesse caso, os
beneficiários do INSS (32,8 milhões de pessoas)
receberão aproximadamente R$ 55,4 bilhões.
Assim, metade do 13º será paga nos estados da região
Sudeste, onde se concentra a maior parcela dos
empregos formais e também de aposentados e
pensionistas. Depois vêm as regiões Sul (17%),
Nordeste (15,7%), Centro-Oeste (8,8%) e Norte (5%).
“Importante registrar que os beneficiários do Regime
Próprio da União receberão 4% do montante e podem
estar em qualquer região do país”, lembra o Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/11/2023 -
Contra a privatização da Sabesp, audiência pública
dia 16 terá protestos
Trabalhadores preparam grande manifestação na
Alesp para a audiência pública sobre a privatização
da Sabesp. Reunião teve que ser remarcada após
irregularidades
A privatização de serviços essenciais para a
população já se mostrou fracassada inúmeras vezes.
Mais uma vez a prova de que esse caminho não é a
solução ficou evidente com o recente descaso da Enel,
que se mostrou incapaz de resolver o apagão que
acometeu a grande São Paulo.
Não bastasse parte da população ficar sem energia
durante seis dias, o governo de São Paulo tem levado
adiante a proposta de privatização da Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp.
No próximo dia 16 de novembro, uma quinta-feira,
acontece na Alesp (Assembleia Legislativa de São
Paulo), uma audiência pública para debater a
privatização da Sabesp. Durante a reunião os
trabalhadores preparam um grande ato, encabeçado
pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e
Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) e
que deve contar com o apoio de metroviários,
ferroviários, professores e trabalhadores da saúde –
que também estão unidos contra ações do governo
paulista.
A audiência teve que ser remarcada, pois a primeira
data foi escolhida de forma irregular pela
presidência da Assembleia, que apoia o governador
Tarcísio de Freitas (Republicanos) em seus projetos
privatistas. A primeira data não cumpriu regras de
antecedência, o que impediu a ampla publicidade.
Além disso, a escolha foi feita na véspera do
feriado prolongado de Finados (2 de novembro) logo
para a segunda-feira seguinte, o último dia 6.
Em nota, a direção do Sintaema comunicou que estará
presente em grande número na audiência para dizer
não ao projeto de Tarcísio.
“Estaremos na Alesp em grande número de
representantes dos trabalhadores (as) e da sociedade
para dizer não ao projeto de privatização da
companhia. O governador Tarcísio de Freitas não
consegue convencer a população para a necessidade de
vender a Sabesp. Não há um único motivo que
justifique”, coloca a nota.
Serviço
Audiência Pública na Alesp
Dia 16 de novembro
14h
Local: Plenário Juscelino Kubitschek
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201
Fonte: Portal Vermelho
10/11/2023 -
Audiência pública na CDH discutirá situação dos
trabalhadores da Eletrobras
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta
quarta-feira (8), entre outros requerimentos, o que
promove audiência pública sobre violação dos
direitos dos trabalhadores da Eletrobras. Na
justificação de seu requerimento (REQ 93/2023 —
CDH), o presidente do colegiado, senador Paulo Paim
(PT-RS), repercutiu a preocupação dos trabalhadores
da empresa com a “precarização irreversível das
condições de trabalho”, incluindo terceirização,
demissões e enfraquecimento dos sindicatos, e disse
esperar que o governo participe da audiência
pública. Os convidados para a audiência ainda não
foram definidos.
Outros requerimentos
Também apresentados por Paim, foram aprovados pela
comissão outros requerimentos de audiências
públicas. Um destinado a tratar da crise climática e
da conexão entre direitos humanos e meio ambiente (REQ
94/2023 — CDH); outra deverá instruir o Projeto de
Lei 4438/2021 (substitutivo da Câmara dos Deputados)
que aprimora medidas protetivas de urgência para
pessoas idosas e para pessoas com deficiência (REQ
95/2023 — CDH).
Da senadora Leila Barros (PDT-DF), foi aprovado o
requerimento (REQ 91/2023 — CDH) de audiência para
instruir o PL 1401/2019, de autoria do senador
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que determina a
afixação de preços em braile em estabelecimentos
comerciais. Por fim, foi aprovado requerimento (REQ
92/2023 – CDH) da senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA)
e do senador Flávio Arns (PSB-PR) que inclui
convidados em audiência sobre a morte do garimpeiro
José Garcia Vieira (REQ 84/2023 — CDH).
Fonte: Agência Senado
10/11/2023 -
CCJ aprova prioridade na Justiça para ações sobre
trabalho escravo
Prioridade valerá em todas as instâncias da
Justiça
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) projeto
de lei que estabelece prioridade na Justiça a
processos que tratam de casos de trabalho análogo à
escravidão.
O projeto 702/2023, relatado pelo deputado André
Janones (Avante-MG), prevê uma alteração do Código
de Processo Penal. Atualmente, a legislação
brasileira determina prioridade, em todas as
instâncias judiciais, às ações que apuram a prática
de crime hediondo.
No Brasil, quem submeter alguém à condição análoga à
de escravo pode ser condenado a pena de dois a oito
anos de prisão, além de pagamento de multa.
O que é trabalho análogo à escravidão?
A legislação brasileira atual classifica como trabalho
análogo à escravidão toda atividade forçada – quando
a pessoa é impedida de deixar seu local de trabalho
– desenvolvida sob condições degradantes ou em
jornadas exaustivas. Também é passível de denúncia
qualquer caso em que o funcionário seja vigiado
constantemente, de forma ostensiva, por seu patrão.
De acordo com a Coordenadoria Nacional de
Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), jornada
exaustiva é todo expediente que, por circunstâncias
de intensidade, frequência ou desgaste, cause
prejuízos à saúde física ou mental do trabalhador,
que, vulnerável, tem sua vontade anulada e sua
dignidade atingida.
Já as condições degradantes de trabalho são aquelas
em que o desprezo à dignidade da pessoa humana se
instaura pela violação de direitos fundamentais do
trabalhador, em especial os referentes à higiene,
saúde, segurança, moradia, alimentação, a repouso ou
outros relacionados a direitos da personalidade.
Outra forma de escravidão contemporânea reconhecida no
Brasil é a servidão por dívida, que ocorre quando o
funcionário tem seu deslocamento restrito pelo
empregador, sob alegação de que deve liquidar um
dívida em dinheiro.
Um relatório da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), da Walk Free e Organização
Internacional para as Migrações, divulgado em
setembro de 2022, destaca que, no mundo todo, cerca
de 28 milhões de pessoas foram vítimas de trabalhos
forçados, em 2021. A maioria dos casos (86%) ocorre
no setor privado, e quase uma em cada oito pessoas
que eram submetidas a esse tipo de violação é
criança (3,3 milhões).
De janeiro a março deste ano, 523 pessoas foram
resgatadas vítimas de trabalho análogo à escravidão.
O Ministério Público do Trabalho disponibiliza, em
seu site, um canal para registro de denúncias de
crimes que atentem contra os direitos dos
trabalhadores. A notificação pode ser feita de forma
anônima.
Fonte: Agência Brasil
09/11/2023 -
Neuriberg Dias: Priorizar atuação no Congresso
Nacional
Os rumos tomados pelo terceiro mandato do
governo Lula, neste caso para assegurar a
governabilidade, em novo cenário político e com
atores e instituições com novos contornos e forças
adicionais, devem ser vistos com atenção pelo
movimento sindical.
Neuriberg Dias*
O presidente da República, que tem compromisso com
as pautas dos trabalhadores, tem feito trabalho
eficiente, que garantiu aprovação de propostas de
reestruturação fiscal, econômica e social do Estado
e (em)busca de reestabelecer os laços democráticos
entre as instituições, a sociedade e seus
representantes.
Nesses 10 meses, o governo teve que entregar de
forma pragmática ministérios, cargos, emendas e até
empresas públicas de “porteira fechada”, com
objetivo de formar base de apoio no Congresso
Nacional e garantir, dentro do possível, a aprovação
de matérias no Poder Legislativo federal.
A composição e o perfil dos parlamentares que, em
geral, são de direita, neoliberais e conservadores,
comandados pelo “Centrão” que fez parte da base de
apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje é
um dos principais problemas enfrentados pelo governo
para garantir governabilidade sobre suas propostas
de campanha.
Nessas condições, fazer mudanças nas reformas da
Previdência, Trabalhista, privatizações e até mesmo
enviar o pedido de arquivamento da Reforma
Administrativa — parada na Câmara dos Deputados —
encontram dificuldades frente à correlação de forças
desfavorável no Legislativo.
Ao movimento sindical, que tem conhecimento dessa
conjuntura, deve-se priorizar a atuação no
Legislativo para envolver as principais lideranças
das Casas no debate da agenda positiva em construção
no Executivo.
Convencer o legislador da necessidade de mudanças na
legislação para trazer mais proteção social e
contornos sindicais eficientes e garantidores da
democracia exigirá muito diálogo.
Com esse propósito, o DIAP divulgou 2 publicações
recentemente, que facilitam a ação política dos
trabalhadores e das lideranças sindicais no
Congresso: a
Radiografia do Novo Congresso 2023 a 2027; e os
“Cabeças”
do Congresso 2023.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Fonte: Diap
09/11/2023 -
PGR pede para STF limitar decisão sobre contribuição
sindical
Elizeta Ramos (PGR interina) pediu que os efeitos
da decisão evitem cobranças retroativas
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com
recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a
decisão que autorizou a cobrança de taxa sindical de
trabalhadores não sindicalizados, desde que
preservado o direito à oposição.
A PGR interina, Elizeta Ramos, pediu que os efeitos
da decisão sejam modulados para evitar cobranças
retroativas e que o Supremo esclareça a necessidade
de observar a razoabilidade ao definir o valor da
contribuição.
“A fixação da tese anterior, em sede de Repercussão
Geral, gerou legítima confiança da sociedade em sua
aplicação. Os empregados da categoria não
sindicalizados criaram expectativa legítima de que
não seriam impelidos ao pagamento da contribuição
assistencial”, afirmou Elizeta na manifestação.
“Nesse sentido, a possibilidade de cobrança
retroativa, diante da retificação da tese, violaria
o princípio da segurança jurídica.”
Contribuição assistencial
A contribuição assistencial é destinada ao custeio de
atividades do sindicato, principalmente negociações
coletivas. É diferente do imposto sindical, que era
obrigatório a todos os trabalhadores e empresas, mas
se tornou opcional em 2017, com a reforma
trabalhista. O Supremo validou esse dispositivo da
reforma em 2018.
Na prática, os ministros mudaram entendimento
anterior da Corte. Em 2017, o Supremo considerou
inconstitucional a imposição de contribuição
assistencial porque já existia o imposto sindical
obrigatório.
O relator, Gilmar Mendes, havia sido contrário à
cobrança, mas mudou seu posicionamento. Ele destacou
que há “real perigo de enfraquecimento do sistema
sindical como um todo” após a reforma trabalhista.
Fonte: InfoMoney
09/11/2023 -
Valor da Cesta Básica cai, mostra Dieese
Dieese constata cesta básica menor
A cesta básica que muitos trabalhadores recebem na
empresa é uma coisa, a depender de política própria
da empregadora ou de acordo coletivo com o
Sindicato. Já a cesta básica do Dieese é outra. Esta
apura mensalmente o preço de 13 alimentos, em 17
Capitais, com base num Decreto getulista de 1938.
A boa notícia é que o valor de outubro ficou menor
em 12 das 17 Capitais pesquisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos. Neste ano, no acumulado, o valor da
cesta caiu em 16 Capitais.
Variação – Comparada a outubro de 2022, a maior
queda ocorreu em Brasília (-7,34%). Em São Paulo, a
cesta de outubro custou R$ 738,13. A redução na
cidade neste ano chega a 6,72%.
Quem coordena a pesquisa é a economista Patrícia
Lino Costa. Ela explica que a composição de preços é
complexa. Patrícia cita alguns fatores: “O preço
depende de questões externas, de iniciativas do
nosso governo ou mesmo da instabilidade climática”.
Quanto a uma maior estabilidade no preço dos
alimentos, a economista entende que o fortalecimento
da agricultura familiar ajudaria em muito, “uma vez
que o preço de uma commodity, como o arroz, por
exemplo, depende do mercado externo, das compras
pela China e de outras circunstâncias.” A volta dos
estoques reguladores, no governo Lula, também impõe
freio em alguns preços.
Carne – Teve uma fase de disparada. Patrícia relata
que, “a partir de 2019, o quilo médio pulou de R$
25,00 até chegar a R$ 49,00”. A cesta do Dieese
inclui três tipos de carne bovina – patinho, coxão
duro e coxão mole.
Tendência – A redução no preço da cesta básica ajuda
a baixar a inflação. Em que pesem fatores externos e
climáticos, Patrícia entende que a tendência é de
queda continuada. Ela diz: “As famílias já sentem
essa melhora na hora das compras”.
Embora relação ao salário mínimo líquido, após o
desconto de 7,5% da Previdência, o valor da cesta
corresponde hoje a 60,45% da renda. Em setembro,
correspondia a 60,18%. Em outubro de 2022, era de
67,99% da renda líquida. Os índices confirmam a
tendência moderada de queda. “Por isso, diz Patrícia
Costa, a importância do retorno da política de
aumento real no salário mínimo”.
Patrícia Lino Costa é Economista e coordena a área
de preços do Dieese. Também é professora na Escola
de Ciências do Trabalho da instituição.
Mais – Site do Dieese. Ou pelo e-mail patricia@dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
09/11/2023 -
Trabalhador poderá ausentar-se do trabalho para
vacinação, aprova CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta
quarta-feira (8), o projeto do senador Jaques Wagner
(PT-BA) que permite ao trabalhador ausentar-se do
trabalho uma vez por ano para se vacinar, para
vacinar dependentes menores de idade ou maiores de
idade que tenham alguma deficiência (PcD). O projeto
seguirá para a Câmara dos Deputados, a menos que
haja recurso para análise pelo Plenário do Senado.
A relatora foi a senadora Teresa Leitão (PT-PE),
para quem "a vacinação talvez seja a política
pública mais bem-sucedida da história da
humanidade".
— Talvez o maior exemplo disso seja a varíola, uma
doença que acompanhava a humanidade desde sua
origem. Foram encontrados sinais de varíola em
múmias egípcias de mais de 4 mil anos de idade. Uma
doença incapacitante, que chegou a ser a causa de
1/3 dos casos de cegueira em todo o mundo, e mortal.
Estima-se que, em seus últimos 100 anos de
existência, tenha matado mais de 500 milhões de
pessoas. Mas o esforço vacinal coordenado levou à
redução rápida da ocorrência de varíola, e já em
1980 essa doença foi considerada erradicada — disse
Teresa.
A relatora acrescentou que o sucesso da vacinação
também é evidente no que tange a outras doenças como
a poliomielite e a difteria, "que quase
desapareceram". Também foi muito bem-sucedida, de
acordo com a senadora, contra a febre amarela, o
sarampo e o tétano.
— Estima-se que só a vacinação contra o sarampo
evitou mais de 25 milhões de mortes desde o ano
2000, principalmente de crianças. Mas apesar desse
sucesso, a cobertura vacinal em relação a algumas
doenças, no Brasil, tem caído. A falsa crença de que
as vacinas não seriam necessárias leva muitas
pessoas a negligenciarem a própria vacinação
e, ainda pior, a dos filhos. A difusão de mentiras
sobre as vacinas tem tornado grave a queda da
cobertura — lamentou a senadora.
Na justificativa, Jaques Wagner acrescenta ainda a
vantagem econômica, uma vez que a vacinação é
"extremamente vantajosa na relação custo-benefício,
pois propicia a redução dos custos sociais e
financeiros do tratamento de uma série de doenças".
Fonte: Agência Senado
09/11/2023 -
Estágio pode ser considerado como experiência
profissional
A Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou
projeto de lei pelo qual estágios feitos pelos
estudantes poderão ser contados como experiência
profissional (PL 2.762/2019). Já aprovada pela
Câmara dos Deputados, a proposta teve a relatoria da
senadora Leila Barros (PDT-DF). O texto segue para a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
08/11/2023 -
Presidente da Nova Central debate rumos do
sindicalismo em Belém
Nesta quinta-feira (09), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) realiza uma conversa sobre o
futuro do movimento sindical em Belém (PA). O
presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald, e o
assessor jurídico, Cristiano Meira, serão os
responsáveis por direcionar o debate.
“Já passamos pelo Nordeste, Sudeste, Sul e agora
chegamos ao Norte. Conto com cada companheiro,
companheira, na divulgação e a presença nesta
quinta. Precisamos discutir a reforma proposta para
o movimento sindical, assim como barrar o avanço
desse projeto. Neste momento, o mais importante é
rever as perdas da reforma trabalhista”, disse
Moacyr.
Vale destacar que essa maratona conta com apoio das
entidades sindicais filiadas à NCST: Confederações
(CNTI, CSPB, CNTTT, CNTEEC E CONTRATUH), Federações
e Sindicatos, bem como pelo FST – Fórum Sindical de
Trabalhadores.
A NOVA CENTRAL CONTA COM O SEU APOIO!
Fonte: NCST
08/11/2023 -
País precisa de modelo negociado que garanta
financiamento sindical, defende Paim
Em audiência no Senado, procuradora defende
punição a empregadores que tentam coagir
funcionários a não contribuir
Relator do projeto que trata da chamada contribuição
assistencial (ou negocial), o senador Paulo Paim
(PT-RS) voltou a defender um modelo de consenso
entre as diversas partes envolvidas. Mas ressaltou
que é preciso garantir alguma forma de financiamento
das entidades sindicais, duramente atingidas após a
“reforma” trabalhista de 2017. E isso nada tem a ver
com recriar o extinto imposto sindical.
“Em todo o Brasil, em milhares de difíceis
negociações país afora, quando um sindicato consegue
fechar um acordo coletivo, ou um dissídio coletivo,
toda a categoria é beneficiada. Não são só os
trabalhadores que são filiados aos sindicatos que
são beneficiados, obviamente, mesmo quem não é
filiado ganha quando um sindicato tem força para
negociar com o mínimo de paridade com a classe
empresarial”, afirmou Paim durante audiência pública
nesta segunda-feira (6). “Quando eu era
sindicalista, o antigo ‘imposto sindical’ era de no
máximo 1% ao ano (do salário do trabalhador), mas
com frequência conseguíamos acordos com ganhos reais
de 5%, 6% aos salários”, acrescentou.
Direito constitucional
A audiência foi realizada na Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH), presidida
por Paim. Participaram representantes das centrais
sindicais, do Judiciário e do Ministério Público do
Trabalho (MPT).
Em julgamento concluído recentemente, o Supremo
Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a
cobrança da contribuição negocial inclusive para
trabalhadores não associados às entidades sindicais.
A ressalva é garantir o direito de oposição para
quem não quiser pagar. E a contribuição deve ser
aprovada em assembleia.
Modelo internacional
Relator da “reforma” de 2017, o agora senador Rogério
Marinho (PL-RN) se encarregou também de elaborar
parecer sobre o PL 2.099/2023, que proíbe a cobrança
de contribuição sem autorização expressa do
trabalhador, até do sindicalizado, e mesmo com
aprovação em assembleia. Na prática, busca
inviabilizar a cobrança, mantendo a “asfixia”
financeira das entidades sindicais.
Representante do MPT, a procuradora Heloisa Siqueira
de Jesus observou que contribuições negociais
aprovadas em assembleias seguem modelo de
financiamento sindical recomendado pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT), órgão das Nações
Unidas. Segundo ela, essa é uma forma de preservar o
direito dos que não querem fazer parte dos
sindicatos e, ao mesmo tempo, garantir fonte de
custeio às entidades. A procuradora também defendeu
um dispositivo na lei para punir empresas que tentem
coagir ou estimular os empregados a votar contra a
contribuição.
Paim disse que as redes sociais têm espalhado fake
news sobre um objetivo – inexistente – de recriar o
imposto sindical.” obrigatório. Dessa forma, o
modelo defendido pelo senador, e também discutido
nas negociações tripartite (governo, empresários e
trabalhadores) no Ministério do Trabalho, deve ter
caráter facultativo. Além do PL 2.099, ele é relator
do Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018).
Com informações da Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
08/11/2023 -
Negociação coletiva abre portas onde há muros
Clemente Ganz Lúcio*
A negociação coletiva com sua institucionalidade,
instrumentos, cultura e sindicatos, sujeitos
coletivos que a promovem, constituem patrimônio
político das sociedades. Os meios e os processos de
diálogo social escolhidos e implementados para
tratar dos conflitos laborais, que são inerentes às
relações sociais, estruturam o sistema de relações
de trabalho.
Este sistema compõe o mosaico da complexidade
institucional da política, da vida pública, da
qualidade da democracia e do padrão de
desenvolvimento econômico e socioambiental.
O Brasil tem o desafio, que pode ser agora superado,
de promover padrão de crescimento econômico que
responda aos desafios das desigualdades e da crise
ambiental. Virtuoso incremento da produtividade do
trabalho e da atividade produtiva, sustentado pela
inovação e tecnologia, pela educação e formação
profissional, pelo investimento e crédito, com a
geração de empregos de qualidade e aumento da renda
do trabalho, será resultado da capacidade de
transformação produtiva em todos os setores que
buscam estar na fronteira do conhecimento e do
bem-estar coletivo.
O processo de diálogo social abre portas e janelas
capazes de possibilitar visão de futuro, definir
missões e pactuar compromissos de implementação.
Enfrentar e superar esses desafios exigem olhar de
30 anos à frente para definir missões mobilizadoras
com objetivos e metas, desenhar os caminhos a serem
trilhados e, fundamentalmente, começar a fazer já,
aqui e agora.
Diante dos conflitos sociais, levantamos muros,
fazemos guerras e consideramos o outro como inimigo
a ser destruído. Depois da destruição, o que e como
construir? Depois da derrota, como conviver? Os
muros que levantamos nos impedem de olhar com o
outro para vermos, juntos, a complexidade dos
fenômenos sociais.
O diálogo social é, portanto, ferramenta política
poderosa para colocar portas e janelas onde há
muros.
O mundo do trabalho em transformação carrega agenda
de tarefas complexas que são parte dos desafios
acima enunciados. Fortalecer a negociação coletiva é
investir em instrumentos e processos que geram a
capacidade política e a arquitetura institucional
para tratar das questões afetas diretamente ao mundo
do trabalho no espaço do sistema produtivo.
O fortalecimento da cultura da negociação coletiva
favorece o uso do diálogo social como ferramenta
para tratar dos conflitos e dos desafios em outros
âmbitos.
As mudanças tecnológicas e digitais ocorrem em
velocidade e extensão que exigem resposta cotidiana,
permanente procura de soluções por parte dos
interessados, apresentação de pautas e demandas,
elaboração de propostas e busca de soluções. No
cotidiano do mundo do trabalho, a negociação
coletiva é a melhor forma de promover essas
diretrizes e virtudes.
Vivemos tempo no qual tudo se desmancha no ar sem
deixar de ser sólido. Desafiados a conhecer os novos
contextos econômicos da vida social, nos deparamos
com a modernidade do século 21 e com situações,
práticas e condições do século 20.
As mudanças disruptivas do avanço tecnológico e da
digitalização, entre outras dimensões, que
caracterizam a modernidade do século 21 precisam
carregar a transformação disruptiva da vida e
condições de trabalho do século 19 presentes e
reproduzidas entre nós.
Considerando as relações de trabalho, os processos
de transformação, a complexidade do sistema
produtivo, a extensão do território nacional, a
diversidade setorial e de tamanho de empresas, há
que fortalecer processos e sistemas de negociação
coletiva capazes de serem instrumento flexível,
seguro, permanente, assertivo, correto e inovador
para estabelecer as regras para situações e
problemas inéditos e com complexidade diversa.
Nesse sentido, cabe oferecer ao sistema de
negociação coletiva a possibilidade de estruturar
âmbitos negociais que atendam às demandas das partes
interessadas nos diversos contextos situacionais. Os
âmbitos podem por empresa, local, regional,
setorial, nacional, cadeia produtiva, temático,
entre outros e devem ser criados pelas partes.
A relação entre os diferentes âmbitos de negociação
requer articulação e coordenação entre os processos
negociais e seus instrumentos coletivos, acordos e
convenções. Processos negociais mais abrangentes
(p.ex. setorial nacional, regional) criam regras
mais homogeneizadoras, evitam competitividade
espúria entre empresas, têm bons efeitos no combate
às desigualdades salariais e de condições de
trabalho.
Processos negociais mais específicos, p.ex. por
empresa, permitem maior flexibilidade para a
adequação aos contextos produtivos específicos.
Articular e coordenar significa estabelecer
atribuições aos âmbitos, delegar, permitir. Por
outro lado, acordos e convenções coletivas podem ser
complementados por instrumentos como protocolos,
compromissos, termos, etc., meios que permitem
celebrar pactos de caráter distintos.
Essa coordenação da negociação coletiva no espaço
das relações de trabalho deve estar combinada com as
políticas públicas de emprego, trabalho e renda, bem
como com as leis e normas da legislação trabalhista.
O sistema de relação de trabalho brasileiro tem
regra de ouro, a garantia de cobertura universal dos
abrangidos pelo âmbito de negociação.
Sindicalizados e não sindicalizados são beneficiados e
devem cumprir as regras estabelecidas. Temos, com a
combinação das regras acima, ótimo meio de negociar
a distribuição do produto econômico do trabalho
coletivo segundo as características de cada contexto
e situação.
Os efeitos das regras pactuadas nas negociações
coletivas sobre e a realidade revelam impactos
relevantes sobre os empregos, salários, condições de
trabalho, saúde e segurança, bem como sobre a
produtividade e o ambiente de trabalho nos espaços
das empresas.
Para que o sistema de relações de trabalho seja
virtuoso, os sujeitos coletivos que o promovem devem
ser muito representativos, terem ampla base de
representação, serem capazes de mobilizar pautas e
propostas consistentes, ter legitimidade delegada
pela base para celebrar os compromissos expressos em
acordos e convenções com segurança jurídica para as
partes interessadas.
Para que essas diretrizes deem vida ao sistema de
relações de trabalho, é fundamental que as
organizações sindicais estejam sintonizadas com suas
próprias mudanças, com boas práticas organizativas e
de solução de conflitos. No exercício da autonomia
das partes interessadas entre si e em relação ao
Estado, promover a autorregulação sindical é a forma
de delegar às partes a responsabilidade de tratar do
seu sistema sindical e desse cuidar.
Para garantir investimento conjunto na relação de
trabalho e na negociação coletiva, é fundamental que
as partes interessadas criem espaço para fazerem
isso em conjunto, o que poderia ser realizado por
meio de conselho de alto nível criado para a
promoção da negociação coletiva.
O tempo presente coloca oportunidades para abrirmos
portas e janelas nos muros criados por nós. As
chaves estão em nossas mãos, mas pouco valem se nos
muros não houver portas.
Clemente Ganz Lúcio,Sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, membro do Cdess
(Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Sustentável) da Presidência da República, membro do
Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e
ex-diretor técnico do Dieese (2004-2020).
Fonte: Diap
08/11/2023 -
Debatedores pedem mudanças na correção do FGTS
O ciclo de audiências públicas sobre a sugestão
legislativa (SUG 12/2018), que cria o Estatuto do
Trabalho, ocorreu nesta segunda-feira (6) debatendo
novas mudanças no índice de correção dos saldos das
contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). A atual taxa referencial (TR) vem
trazendo perdas para os trabalhadores e deve ser
trocada, como defenderam os debatedores na reunião
da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Fonte: Agência Senado
08/11/2023 -
Reforma Tributária é aprovada na CCJ e segue para o
plenário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
na tarde desta terça-feira (7), com 20 votos
favoráveis e seis votos contrários, o texto-base da
proposta de emenda constitucional (PEC 45/2019) que
institui uma reforma no sistema tributário
brasileiro. Em seguida, a comissão passou à votação
de emendas e destaques ao texto apresentado pelo
relator na comissão, senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Braga alterou a versão da PEC que veio da Câmara dos
Deputados, aumentando para R$ 60 bilhões o fundo
mantido pela União para reduzir as desigualdades
regionais e sociais, diminuindo competências do
comitê gestor do futuro imposto estadual e
municipal, entre outras mudanças. O texto segue para
análise no Plenário, onde há previsão na pauta para
ser deliberado nesta quarta-feira (8).
Na reunião, o relator destacou que a reforma se
preocupa em não aumentar a carga tributária com um
instrumento chamado de “trava de referência”:
— O principal legado é estabelecer uma trava sobre a
carga tributária, que não permitirá que haja aumento
de imposto para o contribuinte. Pela fórmula
apresentada no relatório, quando o PIB [Produto
Interno Bruto] for zero, não poderá aumentar a carga
tributária. Quando o PIB for negativo, não terá
aumento de carga tributária — garantiu.
Fonte: Agência Senado
07/11/2023 -
Nova Central debate o custeio das entidades
sindicais em comissão do Senado
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, Moacyr Auersvald, nesta segunda-feira
(06), participou da audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do
Senado Federal, coordenada pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), que debateu custeio e organização das
entidades sindicais.
Paulo Paim, que é o relator do projeto na Comissão
de Assuntos Sociais do Senado, busca um consenso
ouvindo representantes dos trabalhadores e dos
empregadores para o seu texto.
Em sua fala, Moacyr enalteceu a atuação do
parlamentar e a falou sobre a importância de uma
fonte de custeio: “Sabemos do grande conhecimento do
senador sobre o Movimento Sindical e que também
corre sangue sindical em suas veias. E pelo seu
conhecimento e exposição aqui, deve saber que no
movimento há um consenso que não deseja a volta da
contribuição sindical. Ela já se desgastou com o
tempo. É preciso buscar outros meios. E sobre esses
meios, que o Supremo Tribunal Federal fez uma
decisão que reconhece que é constitucional a
cobrança da contribuição assistencial (negocial). E
não que se discutir sobre isso. Já passou por todas
as esferas e saiu até o acórdão. Para nossa
felicidade, gostaria de mencionar também, que o
patrono da causa é o advogado Dr. Cristiano Meira,
assessor jurídico da Nova Central. Uma ação de
muitos anos. Enfim, agora temos que pensar na forma
como isso será aplicado e contar com o bom sendo dos
dirigentes sindicais. Essa é a forma mais correta de
manter as entidades”.
O presidente da Nova central ainda ressaltou o valor
do modelo sindical brasileiro para o mundo e a
tentativa de redução da força de representação das
categorias, que fere totalmente princípios básicos
de igualdade e inclusão do sindicalismo. “Sindicato
não é clube, não representa somente os sócios e sim
toda uma ou mais categorias”.
“A Nova Central e as centrais estão fazendo o seu
papel para que tenhamos uma parte financeira sólida
que nos possibilite executar as ações sindicais. Uma
fonte de custeio. Volto a repetir que não queremos a
voltar da contribuição sindical”, finalizou o
presidente.
Como parte do ciclo de debates sobre a “SUG 12, de
2018 — que Institui o Estatuto do Trabalho e
regulamenta os Arts. 7º a 11 da Constituição Federal
— magistrados, lideranças sindicais e políticas
participaram da audiência híbrida (presencial e
on-line) que registrou propostas e sugestões sobre
fontes de custeio e a organização das entidades
sindicais.
Fonte: NCST
07/11/2023 -
Sindicato: afinal, quem é esse sujeito?
Enfraquecer os sindicatos não deve interessar
aos trabalhadores, tampouco à sociedade. É preciso
lutar para garantir que o trabalho humano seja
protegido com direitos, tenha centralidade nos
projetos políticos, e os sindicatos têm papel
fundamental nesse sentido.
Raquel Paese*
O conhecido poeta e dramaturgo alemão, Bertold
Brecht, cuja obra é considerada 1 dos maiores
legados do século 20, falava sobre a razão de
existir do sindicato em 1 de seus poemas, indagando
“Quem é ele?” “Vocês, eu, vocês, todos nós.”
Sindicato é 1 sujeito de representação coletiva. Não
é 1 prédio, não são seus móveis nem seus
funcionários, não são seus dirigentes; não atua em
causa própria, mas em nome de quem representa.
Mais de 1 século depois das palavras de Brecht, o
sindicato segue malquisto pelo empresariado em
geral, atacado pela grande mídia — que insiste em
divulgar inverdades e tratar os atos sindicais como
ilícitos — e pouco prestigiado por quem deveria
valorizá-lo, os trabalhadores.
A que propósito?
Para as corporações patronais, via de regra, as ações
sindicais são incômodas, entrave em seu poder de
mando. Há razões objetivas que poderiam justificar
essa inconformidade empresarial. Estudos e pesquisas
mostram que, onde há sindicatos vigorosos, os
trabalhadores conseguem obter fatia maior do
resultado da riqueza gerada pelo trabalho e melhores
condições de trabalho.
Sindicatos, portanto, seriam importantes na elevação
dos salários e, consequentemente, na distribuição de
renda. Ainda, a ação sindical incide em melhoria das
condições de trabalho, compreendendo alimentação,
limitação de jornada, organização do trabalho,
proteção à saúde, dentre outras, ampliando os
limites da legislação ou regulando onde a lei não o
faz.
E para os trabalhadores? O sindicato parece ter
baixo reconhecimento, ser ente pouco visível. Muitos
não sabem sequer qual a sua utilidade, embora a
razão de ser do sindicato seja a de tutelar e
defender seus interesses e o resultado de sua ação
seja significativo em suas vidas.
Estranho reconhecer isto: o poder de ação dos
sindicatos é admitido — às vezes temido — pelos
representantes do capital, pelos empregadores em
geral, mas nem sempre, ou não integralmente, por
quem desse se beneficia.
Pois é ao sindicato que cabe representar os
trabalhadores nas negociações coletivas, espaço de
regulação das relações de trabalho, recomposição do
poder de compra dos salários e, como se disse,
melhoria das condições de trabalho.
É ao sindicato que cabe representar judicialmente os
trabalhadores nas ações para restaurar lesões de
direitos ou buscar interpretação mais favorável das
normas, lembrando que o Brasil é 1 País que não
possui instituições públicas de fiscalização que
consigam coibir o desrespeito aos direitos,
“descumpridos a frio no mercado”, na expressão do
professor Adalberto Moreira Cardoso.
É ao sindicato que cabe representar os trabalhadores
nos diversos conselhos que integra, nos movimentos
de pressão no Poder Legislativo e Executivo em todos
os seus níveis e em todos os demais espaços de
representação coletiva da sociedade, em defesa de
salário mínimo digno, de salários profissionais, de
pisos regionais, do SUS (Sistema Único de Saúde), de
educação pública de qualidade, do direito à moradia
e demais direitos de cidadania.
É ao sindicato que cabe falar em nome do
trabalhador, fragilizado na desigual correlação de
forças com o empregador em País onde não há proteção
mínima contra despedida arbitrária.
E mais: sindicatos representativos e atuantes
fortalecem a democracia!
Exatamente pela importância do sindicato na redução da
injusta e desigual assimetria de poder entre
trabalhador e empregador, a Reforma Trabalhista de
2017 não somente alterou mais de 100 dispositivos da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas o fez
de forma a enfraquecer os sindicatos, reduzindo sua
capacidade econômica e, consequentemente, sua
capacidade de ação em favor de seus representados.
Houve claro objetivo nesse sentido!
Em recente artigo, o assessor do Fórum das Centrais
Sindicais, Clemente Ganz Lúcio chama atenção para o
fato de que “os ataques à ação sindical dos
trabalhadores são persistentes, intensos e as
práticas antissindicais contínuas”.
Essa tentativa constante de destruir o poder do
sindicato não é fenômeno nacional; atinge a maioria
dos países, em especial aqueles nos quais se ampliam
as formas de trabalho precário e de baixo nível
democrático.
No Brasil, busca-se atualmente restaurar algumas
garantias legais de proteção ao trabalho que foram
eliminadas com as recentes alterações legislativas.
Nesse sentido, o Ministério do Trabalho constituiu 3
grupos de trabalho, com representantes dos
empresários e dos trabalhadores, para debater e
formular propostas em torno dos seguintes temas:
1) valorização do salário mínimo;
2) valorização da negociação coletiva; e
3) organização sindical e trabalhos em aplicativos.
As centrais sindicais estão tendo participação ativa
na representação dos trabalhadores.
Anualmente, são celebrados no País mais de 40 mil
acordos e convenções coletivas de trabalho,
garantindo a milhões de trabalhadores recomposição
salarial e direitos que ampliam a legislação
vigente, além de contemplar especificidades de
categorias profissionais inseridas em diferentes
segmentos econômicos. Esses instrumentos coletivos
beneficiam a todos — associados e não associados aos
sindicatos profissionais — e obriga a todos os
empregadores no âmbito da negociação coletiva — da
mesma forma, associados ou não às entidades
patronais — decorrendo daí que cabe a todos, sem
exceção, contribuir para que os sindicatos possam
atuar.
Nesse sentido, a recente decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal): é válida a contribuição de
associados e não associados e a instância de
deliberação acerca da contribuição a favor do
sindicato — taxa ou quota negocial, contribuição
assistencial ou denominação similar —, é a
assembleia geral da categoria.
Mas tão logo proferida essa decisão pelo STF, a
grande imprensa passou a divulgar informações
distorcidas e até inverídicas sobre o tema, gerando
propositadamente confusão e ambiente de animosidade
aos sindicatos e de incentivo às práticas
antissindicais, como se ilícito fosse tratar de sua
sustentação financeira e, mais especificamente, como
se ilícito fosse definir contribuição pelo resultado
do conjunto de ações envolvendo a negociação
coletiva de trabalho.
As práticas antissindicais de desinformação e
incentivo à manifestação individual dos
trabalhadores contrária ao desconto da contribuição
negocial devem ser coibidas e punidas, cabendo ao
Ministério do Trabalho e, em especial, ao MPT
(Ministério Público do Trabalho) firme atuação nesse
sentido, evitando-se a judicialização.
As transformações no mundo do trabalho têm sido
devastadoras, gerando novos e complexos desafios
para os sindicatos. Contrapor-se à dinâmica de
distribuição do produto social do trabalho não é
tarefa fácil! Então, enfraquecer os sindicatos não
deve interessar aos trabalhadores, tampouco à
sociedade.
É preciso lutar para garantir que o trabalho humano
seja protegido com direitos, tenha centralidade nos
projetos políticos, e os sindicatos têm papel
fundamental nesse sentido. Mas para tudo isso é
necessário resgatar o conceito de solidariedade, de
responsabilidade recíproca, que une os trabalhadores
em torno de lutas por justiça e igualdade.
(*) Graduada em Direito pela UFRGS, com
pós-graduação latu sensu em Relações de Trabalho
pela Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS e
também pela Universidad de Castilla La Mancha, em
Toledo, Espanha. Coordenadora do site Democracia e
Mundo do Trabalho em Debate. Sócia-fundadora do
escritório Paese, Ferreira e Advogados Associados.
Atua na área do Direito Trabalhista e Sindical.
Publicado originalmente no portal Democracia e Mundo
do Trabalho em Debate
Fonte: Diap
07/11/2023 -
CCJ do Senado pode votar Reforma Tributária
terça-feira (7)
A Reforma Tributária (PEC 45/19) pode ser
discutida e votada, na próxima nesta terça-feira
(7), na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça),
único colegiado em que a proposta vai tramitar, além
do plenário. Esta é a previsão do presidente da
comissão, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
O relator do texto, o senador Eduardo Braga
(MDB-AM), apresentou versão alternativa —
substitutivo — da proposta dia 25 de outubro.
Na avaliação do relator, o texto ainda poderá sofrer
alterações, tanto no âmbito da comissão quanto no
plenário, onde, depois, vai à votos em 2 turnos.
“Existem 700 emendas apresentadas. Não dá para dizer
que tem acordo. Ainda vai haver muita discussão. É
uma matéria que tem muitos interesses. É uma votação
que esperamos obter êxito, mas ainda está em um
processo de construção”, explicou Braga em
entrevista à Agência Senado.
Na ocasião da leitura do relatório na CCJ,
Alcolumbre, concedeu, de ofício, vista coletiva para
os demais membros do colegiado analisarem o conteúdo
antes da discussão, prevista para ocorrer às 9h, da
próxima terça-feira (7).
Ele espera que a proposta seja votada no plenário,
entre quarta (8) e quinta-feira (9), de novembro
para ser devolvida à Câmara dos Deputados até o dia
10 do mesmo mês.
Fonte: Diap
07/11/2023 -
Comissão aprova adicional de 25% para todo
aposentado que precise de ajuda permanente
Proposta continua tramitando na Câmara dos
Deputados
A Comissão de Previdência e Assistência Social da
Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
10772/18, que aumenta em 25% a remuneração de todos
os aposentados que comprovarem a necessidade de
ajuda permanente de outra pessoa.
Atualmente, a Lei de Benefícios Previdenciários
garante o adicional de 25% sobre o valor do
benefício apenas para aposentados por invalidez que
necessitem de ajuda permanente.
Segundo o projeto, o adicional será pago mesmo que o
total da aposentadoria ultrapasse o teto
previdenciário (R$ 7.507,49).
“Qualquer aposentado, mesmo por idade ou por tempo
de contribuição, pode, em algum momento da vida,
passar pelas mesmas restrições que justificam a
concessão do referido adicional aos aposentados por
incapacidade permanente”, argumentou a relatora,
deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
O projeto aprovado é de autoria do deputado
Vicentinho (PT-SP).
Decisão do STJ
A proposta tem o mesmo teor de decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) de 22 de agosto de 2018. O
entendimento do STJ é vinculante, ou seja, deve ser
aplicado às demais instâncias judiciais. Em todo o
Brasil, 769 processos estavam suspensos aguardando a
decisão.
Tramitação
O projeto será ainda analisado, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
06/11/2023 -
Supremo divulga acórdão sobre constitucionalidade da
taxa assistencial, inclusive para não sindicalizados
O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou, na
última segunda-feira (30), o acórdão que alterou a
redação do Tema 935, com repercussão geral, a fim de
entender que “É constitucional a instituição, por
acordo ou convenção coletivos, de contribuições
assistenciais a serem impostas a todos os empregados
da categoria, ainda que não sindicalizados, desde
que assegurado o direito de oposição”.
Acórdão é a decisão de órgão colegiado de tribunal —
câmara, turma, secção, órgão especial, plenário,
etc. —, que se diferencia da sentença, da decisão
interlocutória e do despacho, que emanam de órgão
monocrático, seja este juiz de primeiro grau, seja
desembargador ou ministro de tribunais — estes,
normalmente, na qualidade de relator, de presidente
ou vice-presidente, quanto aos atos de sua
competência.
Até esta decisão, deliberada em setembro, o STF
reiterava posição no sentido de que a contribuição
assistencial somente poderia ser cobrada dos
empregados sindicalizados ou daqueles que expressa e
voluntariamente autorizassem tal desconto.
Cobrança inclusive dos não sindicalizados
Com a mudança de entendimento, a contribuição
assistencial poderá ser cobrada de todos os
empregados, inclusive daqueles não sindicalizados:
1) se pactuada em acordo ou convenção coletiva; e
2) caso os referidos empregados não sindicalizados
deixem de exercer o direito à oposição à cobrança da
taxa.
Fortalecimento dos sindicatos
A mudança de entendimento se deu após
apresentação de voto divergente pelo ministro Luís
Roberto Barroso. Na perspectiva de Barroso, a
exigência de autorização expressa para a cobrança da
contribuição impacta diretamente no custeio das
instituições sindicais.
Nesse sentido, o enfraquecimento financeiro dos
sindicatos seria contraditório com a jurisprudência
do próprio STF, que busca privilegiar o negociado
sobre o legislado.
Da mesma forma, a ausência de cobrança da
contribuição assistencial dos trabalhadores não
sindicalizados facilitaria a figura dos chamados
“caronas”:
• empregados que obtém vantagens dos instrumentos
coletivos, mas que não pagam por esses, gerando
desequiparação injusta entre empregados da mesma
categoria.
Por esses motivos, conforme voto divergente, o Tema
935 deveria ser alterado para autorizar a cobrança
dos valores, desde que assegurado o direito de
oposição.
3 tipos de contribuições aos sindicatos
O ministro também esclareceu que, dentro do
ordenamento brasileiro, existem 3 tipos de
contribuições aos sindicatos:
1) contribuição sindical;
2) contribuição confederativa; e
3) contribuição assistencial.
Em relação às 2 primeiras, os parâmetros anteriores
deverão ser mantidos, sendo a cobrança automática
vedada. Entretanto, a contribuição assistencial, que
pressupõe negociação coletiva e direito de oposição,
poderá ser descontada do salário do empregado que
não se opuser.
Questões em aberto
Em que pese o voto divergente do ministro Barroso ter
prestado alguns esclarecimentos sobre o tema, o voto
vencedor, do ministro-relator, Gilmar Mendes, é
bastante genérico e deixa diversas questões em
aberto, como:
1) forma e prazos para apresentar oposição;
2) efeitos temporais da decisão;
3) questões relacionadas à contribuição patronal; e
4) parâmetros para cobrança da contribuição
assistencial.
Fonte: Diap
06/11/2023 -
Hélio Gherardi apresenta parecer relativo ao acórdão
do STF sobre a contribuição assistencial
Nesta semana, o consultor e membro do corpo técnico
do DIAP, advogado trabalhista Hélio Stefani Gherardi
elaborou e coloca disponível para as entidades
filiadas, parecer técnico sobre o acórdão do STF
(Supremo Tribunal Federal) relativo à contribuição
assistencial.
No entendimento de Gherardi, é “de insofismável
clareza a disposição contida no Tema 935 da
repercussão geral, vez que reconhece ser
constitucional a possibilidade do recolhimento da
contribuição assistencial determinada a toda
categoria, sindicalizados ou não, aprovada nas
respectivas assembleias, através de acordos
coletivos ou convenções coletivas, devendo sempre
ser assegurado o direito de oposição.”
No voto do ministro-relator, Gilmar Mendes,
“assevera a constitucionalidade das contribuições
assistenciais, respeitado o direito de oposição,
possibilitando um instrumento jurídico habilitado de
recompor a autonomia financeira do sistema sindical
e consolidar o direito à representação sindical,
mantendo a liberdade de associação.”
Leia a íntegra do parecer técnico
Fonte: Diap
06/11/2023 -
Governo e centrais querem que Supremo adie
julgamento sobre correção do FGTS
Partes vão pedir a Barroso que retire ADI da
pauta por 30 dias, para apresentar proposta “que
garanta a saúde financeira” do Fundo de Garantia
Representantes do governo e de seis centrais
sindicais vão pedir ao Supremo Tribunal Federal
(STF) que adie o julgamento de ação sobre a correção
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Eles se comprometem a apresentar uma proposta “que
garanta a saúde financeira e a sustentabilidade do
FGTS para os próximos anos”.
Suspenso por um pedido de vista, o julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.090 –
ajuizado pelo Solidariedade em 2014 – está na pauta
de 8 de novembro. O relator é o ministro Luís
Roberto Barroso, atual presidente da Corte, que já
havia concordado em adiar a retomada do julgamento,
prevista para o último dia 18.
Agora, o pedido será feito pelo ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho, o ministro-chefe da
Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e
pela vice-presidente da Caixa Econômica Federal,
Luciola Aor, além das entidades que compõem o Fórum
das Centrais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova
Central e UGT). Todos querem que Barroso retire a
ADI 5.090 de pauta por 30 dias. “Neste período, as
partes se comprometem a construir um acordo para
apresentar ao ministro do STF com uma nova proposta
que garanta a saúde financeira e a sustentabilidade
do FGTS para os próximos anos”, diz o governo em
nota.
Poupança no lugar da TR
Em abril, o relator votou pela mudança do critério de
correção, atualmente baseada na Taxa Referencial
(TR). Para Barroso, o mínimo deveria ser a caderneta
de poupança, mas não de forma retroativa. Ainda
assim, o governo teme o impacto nas contas públicas,
que segundo estimativas poderia superar os R$ 8
bilhões.
No julgamento, André Mendonça acompanhou o relator.
Posteriormente, o processo foi suspenso por pedido
de vista do ministro Nunes Marques.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/11/2023 -
Senado aprova e envia à sanção projeto do governo
que zera fila do INSS
O plenário do Senado aprovou e enviou para
sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
nesta quarta-feira (1º), o PL (Projeto de Lei)
4.426/23, do Executivo, que cria o PEFPS (Programa
de Enfrentamento à Fila da Previdência Social).
A matéria, segundo o governo, é para reduzir o tempo
de análise de processos administrativos e perícias
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Antes, o projeto foi aprovado pela CAE (Comissão de
Assuntos Econômicos).
Além da redução da fila do INSS, a proposta trata do
reajuste salarial dos policiais do Distrito Federal
e dos estados de Amapá, Rondônia e Roraima, da
transformação de cargos do Executivo e de mudanças
na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
Relatório sem alteração no texto do governo
A relatoria da matéria ficou nas mãos do senador
Weverton (PDT-MA), que divide sigla com o ministro
da Previdência Social, Carlos Lupi. O parlamentar
rejeitou todas as 24 emendas apresentadas.
“O PEFPS fornece as condições administrativas
necessárias para que o severo estoque de processos
do INSS e perícias pendentes seja extinto,
conferindo dignidade a milhares de famílias
brasileiras que hoje aguardam pela definição de seus
requerimentos voltados aos benefícios da Previdência
e da assistência social”, disse Weverton.
O programa terá a duração de 9 meses, com a
possibilidade de prorrogação de outros 3. A
prioridade vai ser para os processos que aguardam
análise há mais de 45 dias ou que tenham o prazo
judicial expirado. Os servidores do INSS contarão
com bônus de incentivo de R$ 68.
O Portal da Transparência Previdenciária indica que
a fila de perícias médicas iniciais ultrapassava
635,8 mil requerimentos em setembro de 2023. A fila
de pendências administrativas é de quase 1 milhão de
requerimentos.
Cargos do Executivo
No caso dos cargos do Executivo, os senadores
aprovaram transformar 13.375 cargos efetivos vagos
em 8.935 novos postos de trabalho, divididos entre
nove órgãos federais. Destes, 6.692 seriam cargos
efetivos, enquanto 2.243 seriam cargos em comissão e
funções de confiança.
Durante a votação no plenário, a oposição tentou
barrar esse ponto do texto, mas o destaque
supressivo foi rejeitado por 51 votos a 18. O líder
do bloco, Rogerio Marinho (PL-RN), avaliou a medida
como “um jabuti e um contrabando” no projeto.
“São mais de 2 mil cargos criados para, de forma
discricionária, serem ocupados pelos apaniguados,
pelos aliados do governo federal. O governo não tem
responsabilidade fiscal, não está preocupado com
isso porque não tem projeto de país, tem projeto de
poder”, criticou Marinho.
‘Enxugamento daquilo que havia de estoque’
O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA),
rebateu e disse que o remanejamento de cargos vai
beneficiar, entre outros órgãos, o recém-criado
Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte.
“Não há jabuti. Não é aumento, não é criação de
cargos. Ao contrário, é o enxugamento daquilo que
havia de estoque. São vários cargos totalmente
obsoletos, que não existem mais, como auxiliar de
portaria e datilógrafo. O governo tem o direito de
organizar”, defendeu o senador.
Fonte: Diap
06/11/2023 -
O acórdão do STF e suas consequências – João
Guilherme Vargas Netto
Agora que foi publicado o acórdão do STF que
confirma a constitucionalidade da cobrança de uma
taxa negocial a todos os trabalhadores
(sindicalizados ou não) beneficiados pela convenção
coletiva ou pelo acordo reunidos em assembleia, os
dirigentes sindicais devem estudar com atenção o
texto para melhor agirem, sem estardalhaço ou
precipitação.
Uma contribuição relevante para tal comedimento é o
Termo de Autorregulação das Centrais Sindicais –
TACS – sobre a Contribuição Negocial, de 28/09/2023.
Ambos os documentos – o acórdão e o TACS – embora
sejam, para nós, vantajosos, não eliminam a
necessidade de uma estratégia coerente, ampla e
efetiva, capaz de garantir na realidade das relações
de trabalho e no Legislativo o objetivo almejado.
Há vários obstáculos a serem vencidos.
O primeiro deles é a necessidade de uma concepção
correta a ser implementada pelos dirigentes e
ativistas sindicais reforçando aquelas práticas já
experimentadas e consagradas nas negociações
efetuadas.
Em seguida, há que se notar a resistência das
empresas, de seus gestores, RHs e serviços jurídicos
que primam por resistir a uma interpretação correta
do papel das assembleias e da ocasião de oposição
dos trabalhadores aos acordos ou convenções e à
contribuição negocial.
E, por último, mas não menos importante, a árdua
(ainda que discreta) batalha na opinião pública, nos
meios de comunicação e nos Legislativos para
contornar e evitar as interpretações ou práticas
adversas às nossas pretensões, em especial as
recorrentes iniciativas empresariais de práticas
antissindicais, confirmadas por vários exemplos
escandalosos de manipulação dos trabalhadores.
Ao mesmo tempo em que se denunciam essas práticas,
devemos, com inteligência privilegiar os “contatos
auriculares” significativos.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
06/11/2023 -
Renda média do trabalhador aumenta R$ 49, alta de
1,7% no 3º trimestre
Na comparação com o segundo trimestre, houve alta
de 4,2% (R$ 120).
A renda média dos trabalhadores avançou 1,7% no
terceiro trimestre de 2023, frente a igual período
de 2022, para R$ 2.982, segundo a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada
nesta terça-feira pelo IBGE. A diferença é de R$ 49
a mais. O rendimento médio real habitual dos
trabalhadores considera a soma de todos os
trabalhos. Na comparação com o segundo trimestre,
houve alta de 4,2% (R$ 120).
Já a massa de rendimentos real habitualmente
recebida por pessoas ocupadas (em todos os
trabalhos) atingiu recorde de R$ 292,952 bilhões no
terceiro trimestre.
O número aponta expansão de 2,7% frente ao segundo
trimestre ou R$ 7,71 bilhões a mais. Frente a igual
período de 2022, o aumento foi de 5% (mais R$ 14,01
bilhões).
Fonte: Valor Investe
01/11/2023 -
Consultor do DIAP elabora parecer técnico sobre
Portaria 3.472
Segundo o advogado trabalhista Hélio Stefani
Gherardi, que é do corpo técnico do DIAP, houve, por
meio da norma, “inúmeras alterações e introduções
foram disciplinadas, não só para tornar mais
compreensivos os requisitos e procedimentos para os
pedidos de registro e alterações das entidades
sindicais no Ministério do Trabalho.”
A
Portaria 3.472/23, que altera regras do registro
sindical, de 4 de outubro, foi publicada em 5 de
outubro, no DOU (Diário Oficial da União).
Ainda segundo Gherardi, o referido documento legal
retirou “empecilhos, embaraços e dificuldades que,
infelizmente eram apresentados nas portarias
anteriores.”
Gherardi também chama a atenção, no parecer, para o
fato de “pela vez primeira, antes de ser publicada a
portaria, houve reuniões no CNT (Conselho Nacional
do Trabalho), sejam tripartites, entre governo,
confederações da categoria econômica e centrais
sindicais.”
E ainda bipartites, “para se chegar ao consenso da
melhor forma jurídica e técnica administrativa, em
relação aos procedimentos para o registro das
entidades sindicais no Ministério do Trabalho e
Emprego, não só para aperfeiçoar o processo, como
também para deixar mais claras as efetivas
representações sindicais, sejam patronais, sejam
profissionais.”
Leia a
íntegra do parecer técnico
Fonte: Diap
01/11/2023 -
Desemprego é o menor em quase oito anos. Ocupação e
rendimento batem recorde
Total de ocupados chega perto dos 100 milhões.
Número de empregados com carteira é o maior desde
janeiro de 2015, segundo o IBGE. Mas informalidade
segue alta
A taxa de desemprego, 7,7% no trimestre encerrado em
setembro, é a menor desde fevereiro de 2015, segundo
o IBGE. Há um ano, estava em 8,7%. De acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, divulgada nesta terça-feira (31), o número
de desempregados foi estimado em 8,316 milhões –
menos 331 mil no trimestre (-3,8%) e 1,144 milhão em
um ano (-12,1%). É também a menor quantidade desde
maio de 2015.
Já o total de ocupados chegou a 99,838 milhões,
recorde da série histórica, iniciada em janeiro de
2012. Segundo a pesquisa, são mais 929 mil ocupados
em três meses (crescimento de 0,9%) e 569 mil em 12
meses (0,6%). Com 5% de alta na comparação anual, a
massa de rendimentos também bateu recorde, somando
R$ 293 bilhões.
Com e sem carteira
Estimado em 37,361 milhões, o número de empregados com
carteira assinada no setor privado cresceu 1,6% no
trimestre (mais 587 mil) e 3% em um ano (1,1
milhão). É o maior número desde janeiro de 2015. Já
os sem carteira somam 13,263 milhões, com
estabilidade nas duas comparações. Por sua vez, o
total de trabalhadores por conta própria é de 25,480
milhões, também com estabilidade, a exemplo dos
trabalhadores no setor doméstico (5,814 milhões).
“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo
crescimento expressivo no número de pessoas
trabalhando e pela retração de pessoas buscando
trabalho no terceiro trimestre”, comenta a
coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios
do IBGE, Adriana Beringuy.
A taxa de informalidade corresponde a 39,1% dos
ocupados, ante 39,2% no trimestre anterior e 39,4%
há um ano. O total segue alto: são 39 milhões de
trabalhadores informais.
Desalento diminui
Os chamados subutilizados – pessoas que gostariam de
trabalhar mais – agora são 20,150 milhões, com
estabilidade no trimestre e queda de 14% em um ano.
Segundo a Pnad Contínua, esse é o menor contingente
desde fevereiro de 2016. A taxa de subutilização, de
17,6%, é a menor desde dezembro de 2015.
O número de desalentados – aqueles que desistiram de
procurar trabalho – também caiu (4,6% no trimestre e
17,7% em 12 meses), para 3,504 milhões. Menor
quantidade desde setembro de 2016. E é a menor taxa
(3,1% da força de trabalho) desde julho de 2016.
Serviços sustentam resultado
Entre os setores, na comparação com setembro de 2022,
a ocupação cresceu em várias atividades de serviços,
como alojamento e alimentação. Houve queda ou
estabilidade na indústria, comércio e agricultura.
No trimestre, quase todos ficam estáveis.
Calculado em R$ 2.92, o rendimento real cresceu 1,7%
no trimestre e 4,2% em um ano. Já a massa de
rendimento teve alta de 2,7% em relação a junho,
além dos 5% em 12 meses.
Fonte: Agência Brasil
01/11/2023 -
Sindnapi lança campanha em defesa do PL da
recomposição da aposentadoria
Evento no dia 23 de novembro irá dar início à
estratégia do sindicato para aprovação do PL 1468/23
da recomposição da aposentadoria
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e
Idosos – Sindnapi vai lançar, no próximo dia 23 de
novembro, às 10 horas, a campanha em defesa do PL
1468/23 que concede reajuste de 5%, a cada cinco
anos de aposentadoria, aos benefícios do INSS acima
do salário mínimo.
De autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o
PL cria o adicional para aposentadoria para
segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
que será custeado pelo Orçamento da União e
incorporado ao benefício.
Milton Cavalo, presidente do Sindnapi, lembra que a
recomposição dos benefícios para quem recebe acima
do salário mínimo é uma luta antiga da entidade.
“Antes mesmo do presidente Lula criar, em 2006, o
reajuste do salário mínimo acima da inflação, em
2006, o sindicato já defendia a medida, que
beneficia a maioria dos aposentados, mas também
lutamos para que as aposentadorias que estão acima
do mínimo tenham reposição do poder de compra”,
explica.
O dirigente destaca ainda que a própria Constituição
brasileira assegura o reajuste das aposentadorias de
forma a preservar a relação entre o que o aposentado
ganha e o que ele gasta para sobreviver.
“Infelizmente a Constituição não é obedecida pelo
Poder Executivo, sobretudo, quando levamos em
consideração a média dos benefícios previdenciários.
Defendemos o reajuste do salário mínimo acima da
inflação, mas também entendemos que as outras faixas
de benefícios precisam ter uma correção que reponha
as perdas ao longo do tempo”, reforça Cavalo.
O projeto tramita em caráter conclusivo na Câmara
dos Deputados e será analisado pelas comissões de
Previdência, Assistência Social, Infância,
Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O evento vai contar com a presença do autor do
projeto e de lideranças políticas e sindicais.
Serviço: Lançamento da Campanha em Defesa do
Projeto de Lei 1468/23
Data: 23 de novembro de 2023
Horário: 10h
Local: Sede nacional do Sindnapi
Endereço: Rua do Carmo, 171, Centro – São Paulo
– SP
Fonte: Rádio Peão Brasil
01/11/2023 -
Adiada votação do projeto que pretende reduzir filas
no INSS
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) adiou para
esta quarta-feira (1º) a votação do projeto de Lei
(PL 4.426/2023) que cria o Programa de Enfrentamento
à Fila da Previdência Social, concede reajuste
salarial para policiais do Distrito Federal, do
Amapá e de Roraima e muda a Fundação Nacional dos
Povos Indígenas (Funai). Relatada pelo senador
Weverton (PDT-MA), a proposta substitui a Medida
Provisória (MP 1.181/2023). Após passar pela CAE, o
texto será votado no Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado
01/11/2023 -
Lula diz que Brasil pode encerrar o ano com criação
de 2 milhões de empregos formais
Mercado de trabalho formal registrou um saldo
positivo de 211.764 carteiras assinadas em setembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta
terça-feira (31), que o Brasil possivelmente
encerrará o ano com a criação de 2 milhões de
empregos com carteira assinada e que a economia
brasileira deve crescer três vezes mais do que o
Fundo Monetário Internacional (FMI) previa no início
de 2023.
Após a criação de 219.330 vagas em agosto, o mercado
de trabalho formal registrou um saldo positivo de
211.764 carteiras assinadas em setembro, de acordo
com os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do
Trabalho. No ano, o saldo acumulado é de 1.599.918
vagas.
Na segunda-feira (30), o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, manteve a projeção da pasta
de terminar o ano com um saldo positivo de cerca de
2 milhões de vagas, embora o dado seja
“arredondado”, podendo ser menor, em cerca de 1,9
milhão, apontou. Na avaliação do ministro, apesar do
ritmo de criação de vagas estar menor em relação ao
ano passado, o cenário é positivo se comparado a
outros primeiros anos de governos.
No programa semanal Conversa com o Presidente, Lula
ainda afirmou que enxerga seu primeiro ano de
mandato como “exitoso” e que o governo conseguiu
reconstruir políticas públicas que haviam sido
descontinuadas e recuperar a imagem do Brasil no
cenário internacional.
Na entrevista ao jornalista Marcos Uchôa, Lula citou
o Projeto de Lei (PL) 976/2022, que determina o
pagamento de pensão especial para filhos de vítimas
de feminicídio, aprovado pelo Senado no início do
mês. O texto prevê que o benefício, no valor de um
salário mínimo, seja pago a menores de 18 anos
pertencentes a famílias de baixa renda.
“É preciso garantir que as pessoas que são vítimas
da violência não tenham seus filhos abandonados pelo
Estado. Se o Estado não cuidou da pessoa e permitiu
que ela fosse vítima, o Estado precisa, pelo menos,
assumir a responsabilidade de cuidar das crianças.
Então, a gente quer criar uma bolsa para garantir
que essas crianças possam estudar e se formar e,
amanhã, poder ter o direito de viver, ter cidadania
plena nesse Brasil”, afirmou.
(Com Agências)
Fonte: InfoMoney
01/11/2023 -
Lira diz que Câmara dará apoio ao Novo PAC e a
outros programas de geração de emprego
“A Câmara nunca faltou ao Brasil e ao governo
federal", disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), disse nesta segunda-feira (30) que a Casa
dará apoio a qualquer movimento de criação de
programas como o "Novo PAC", a nova versão do
Programa de Aceleração do Crescimento. Ele
participou do lançamento do programa em Maceió (AL).
“A Câmara nunca faltou ao Brasil e ao governo
federal, especialmente nesses assuntos de geração de
emprego, renda, melhoria do ambiente de negócio,
crescimento da nossa economia, facilitação da
diminuição das desigualdades regionais, sejam
econômicas, sejam estruturantes”, disse.
Lira acrescentou que Alagoas, como todo estado
pequeno, precisa de todo o apoio do governo federal
e não sobrevive sem ele. Ele disse que o encontro de
autoridades nacionais e regionais, no evento,
representa um momento de união política para o
desenvolvimento do estado.
Participaram do lançamento o governador de Alagoas,
Paulo Dantas, além do ministros da Casa Civil, Rui
Costa; dos Transportes, Renan Filho; de Portos e
Aeroportos, Silvio Costa Filho, entre outras
autoridades.
Emendas
Em discurso no evento, Lira se identificou como
deputado municipalista e disse que a Câmara dos
Deputados nunca faltou com os prefeitos e prefeitas
do Brasil. “Em determinados momentos de
dificuldades, nós sempre estivemos presentes, e eles
tiveram da bancada alagoana federal na Câmara dos
Deputados emendas para vias, para estradas vicinais,
para asfaltos municipais, para casas populares”,
citou, mencionando ainda emendas destinadas para
obras saneamento básico e para a assistência aos
produtores rurais.
“O PAC é mais um instrumento para que isso aconteça,
é uma política importantíssima do governo do
presidente Lula que é posta em prática aqui na data
de hoje pelo ministro Rui Costa e tem respaldo para
isso. O ministro Rui trabalha 24 horas ao lado do
presidente da República”, afirmou.
O presidente da Câmara destacou que a eleição acabou
no dia 30 de outubro do ano passado, e a obrigação
da classe política é fazer com que obras
estruturantes e obras básicas cheguem na ponta. Ele
disse que as pautas devem ser tocadas de maneira
republicana, olhando para o interesse do estado.
“A gente sai daqui com um recado claro para a classe
política. Eu olho para frente. Eu olho adiante. Nós
olhamos para construir um estado para 3 milhões e
300 mil alagoanos”, disse.
Segundo Lira, a saúde é o maior problema nas contas
municipais, e, por meio de iniciativa do Congresso
Nacional, apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o governo federal assumiu o custeio para
pagamento da folha da área de saúde dos municípios.
Fonte: Agência Câmara
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