Blog - Notícias Anteriores - Dezembro 2019
18/12/2019 -
Reforma Sindical: CCJ admite PEC 196/19; vai à
comissão especial
18/12/2019 -
CUT, CSB, Força e UGT “valorizam” aprovação da PEC
196, na CCJ
18/12/2019 -
CTB e GGTB “reiteram” em nota pública “oposição à
PEC 196”
18/12/2019 -
O sindicalismo precisa se atualizar para o novo
mundo do trabalho, diz Clemente
18/12/2019 -
Congresso Nacional aprova texto-base do Orçamento
para 2020
18/12/2019 -
CCJ aprova admissibilidade de proposta que amplia
licença-maternidade para 180 dias
17/12/2019 -
Governo pretende beneficiar empresa com isenção do
INSS quando funcionário for enviado à reabilitação
17/12/2019 -
Suspeição de Moro em processos de Lula será julgado
só em 2020
17/12/2019 -
Projeto muda política de valorização do salário
mínimo
17/12/2019 -
Partido de Paulinho da Força elabora PEC pelo fim do
Tribunal Superior do Trabalho
17/12/2019 -
Declaração da nova presidente do TST sinaliza
retrocesso, afirma sindicalista
17/12/2019 -
Parlamentares fecham acordo e fundo eleitoral será
de R$ 2 bi
17/12/2019 -
Marco Aurélio Mello avisa: Congresso não pode mudar
decisão do STF sobre segunda instância
17/12/2019 -
Índice de satisfação de micro e pequena indústrias
melhora em novembro
16/12/2019 -
Centrais editam cartilha que explica Carteira Verde
e Amarela
16/12/2019 -
Votação da PEC 186/19, chamada de Emergencial fica
para 2020
16/12/2019 -
PEC Sindical está na pauta da CCJ para votação nesta
semana
16/12/2019 -
Projeto que regulamenta aposentaria por
periculosidade está na CAE; recebeu 29 emendas
16/12/2019 -
Bolsonaro acaba com multa de 10% do FGTS para
demissão sem justa causa
16/12/2019 -
Proposta orçamentária para 2020 deve ser votada no
Congresso nesta terça-feira
16/12/2019 -
Dias Toffoli diz que Operação Lava Jato destruiu
empresas
16/12/2019 -
Nova presidente do Tribunal Superior do Trabalho
defende mudar CLT
16/12/2019 -
Paim critica projeto que muda cota para contratação
de pessoas com deficiência
16/12/2019 -
FGTS poderá distribuir mais que 50% dos lucros,
informa governo
13/12/2019 -
Acordo permite votação da admissibilidade da Reforma
Sindical para próxima terça (17)
13/12/2019 -
Governo e entidades trabalhistas discordam sobre
modernização das normas de segurança
13/12/2019 -
Aposentados que contribuíram antes do Plano Real
podem pedir revisão, diz Paim
13/12/2019 -
STJ permite a chamada "revisão da vida toda" no
cálculo da aposentadoria
13/12/2019 -
Bolsonaro veta distribuição total de lucro do FGTS
para trabalhadores
13/12/2019 -
Câmara transforma água em mercadoria e abre caminho
para privatizar saneamento
13/12/2019 -
Bolsonaro diz que aluno de universidade "faz tudo,
menos estudar"
13/12/2019 -
Comissão aprova projeto que regula atraso em
audiências de causas trabalhistas
13/12/2019 -
Jornada contra MP 905 vai à Zona Leste conversar com
usuários de trens e metrô
12/12/2019 -
CCJ pode votar na próxima semana PEC que reorganiza
modelo sindical
12/12/2019 -
Secretário afirma que MP do Contrato Verde e Amarelo
gera empregos; oposição quer devolver texto ao
governo
12/12/2019 -
Deputado Christino Áureo (PP-RJ) é designado relator
da MP 905/19
12/12/2019 -
Copom reduz juros básicos para 4,5% ao ano, o menor
nível da história
12/12/2019 -
O sindicalismo sempre lutou pelos Direitos Humanos,
diz Vargas Neto
12/12/2019 -
Sindicalistas alertam para desemprego em massa com
self service nos postos
12/12/2019 -
CCJ confirma aprovação de PL da prisão após
condenação em 2ª instância
11/12/2019 -
PEC da Reforma Sindical está na pauta da CCJ desta
quarta (11)
11/12/2019 -
Trabalhadores alertam população dos riscos da
carteira de trabalho verde-amarela: ‘Governo mente’
11/12/2019 -
Congresso instala nesta quarta (11) comissão mista
da MP 905/19
11/12/2019 -
2019: Bolsonaro edita 7 MP contra os trabalhadores
11/12/2019 -
Maioria considera justa libertação de Lula, diz
Datafolha
11/12/2019 -
STF adia julgamento bilionário sobre correção de
saldo do FGTS
11/12/2019 -
Documento do ministério desmente governo: programa
Verde-Amarelo vai criar apenas 270 mil empregos
11/12/2019 -
Ocupação precária faz piorar condições de trabalho
no país, aponta Dieese
10/12/2019 -
Sindicalistas vão às ruas para denunciar efeitos
nocivos da MP 905 e da política econômica
10/12/2019 -
Bolsonaro e secretário negam plano para ressuscitar
imposto sindical
10/12/2019 -
PEC da Reforma Sindical pode ser admitida na CCJ
nesta semana
10/12/2019 -
Comissão debate flexibilização das normas de
segurança no trabalho
10/12/2019 -
Brasileiros confiam mais em Lula do que em Bolsonaro
10/12/2019 -
Beneficiários começam a receber nesta terça-feira o
13º do Bolsa Família
10/12/2019 -
Aprovação de Sergio Moro supera a de Bolsonaro em 1
ano de governo
10/12/2019 -
Paim cita estudo que estima lucro alto dos bancos
com reforma da Previdência
10/12/2019 -
Justiça do Trabalho não pode impedir greve de
acontecer, decide TST
10/12/2019 -
Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho será debatida na quinta-feira
09/12/2019 -
Jornada das Centrais começa terça com ato na
Volkswagen, no ABC
09/12/2019 -
Entidades do FST definem agenda de ações sindicais e
parlamentares
09/12/2019 -
Entidade sindical questiona no STF fim de restrições
para trabalho aos domingos e feriados
09/12/2019 -
Bolsonaro termina primeiro ano de mandato com
aprovação menor que FHC, Dilma e Lula
09/12/2019 -
Brasil cai em Índice de Desenvolvimento Humano e o
motivo principal é a desigualdade
09/12/2019 -
Ao contrário de Lula, Bolsonaro piorou a imagem do
Brasil no mundo, mostra Datafolha
09/12/2019 -
Pressionado, governo diz que revogará medida que
excluía atividades artísticas do MEI
09/12/2019 -
Adicional de insalubridade não garante tempo de
serviço especial
09/12/2019 -
Inflação das famílias com renda baixa sobe mais que
índice oficial
06/12/2019 -
Trabalhadores podem sacar nesta sexta-feira mais
R$500 do FGTS
06/12/2019 -
Bolsonaro violou lei eleitoral ao omitir posse de
comitê de campanha em Belo Horizonte
06/12/2019 -
Paim diz que MP 905 ataca o jornalismo ao revogar
obrigatoriedade de registro profissional
06/12/2019 -
CCJ aprova admissibilidade da proposta que
regulamenta 'regra de ouro'
06/12/2019 -
Dieese: salário mínimo em novembro deveria ter sido
de R$ 4.021,39
06/12/2019 -
TST confirma acordo que permite flexibilização da
jornada de trabalho
06/12/2019 -
Inflação para famílias com até dois mínimos registra
0,56% em novembro
06/12/2019 -
Brasil tem 11 milhões de jovens que não estudam nem
trabalham
06/12/2019 -
Depois de nota do Financial Times, IBGE admite que
há erro no cálculo do PIB
05/12/2019 -
Vistas adia votação da PEC 196 da Reforma Sindical
na CCJ da Câmara
05/12/2019 -
Lula e Dilma são absolvidos da farsa de Janot sobre
'quadrilhão'
05/12/2019 -
CAS pedirá ao Plenário para sobrestar projeto da
Nova Lei do Primeiro Emprego
05/12/2019 -
Trabalhadora poderá ter intervalos para alimentar
filho de até 6 meses de idade
05/12/2019 -
Sindicalistas defendem divisão dos lucros da Black
Friday e respeito aos direitos dos trabalhadores
05/12/2019 -
Produção industrial cresce 0,8% em outubro
05/12/2019 -
Moro sai derrotado de votação do pacote anticrime na
Câmara
05/12/2019 -
INSS cancelou 261 mil benefícios irregulares em 2019
05/12/2019 -
Perde vigência MP que tornava permanente a
antecipação de metade do abono anual
04/12/2019 -
Rejeição a Bolsonaro já supera 42%, segundo o Atlas
Político
04/12/2019 -
Guedes deve incluir Banco do Brasil no pacote das
privatizações a ser enviado ao Congresso
04/12/2019 -
Proposta que altera a lei de cotas para contratação
de deficientes recebe críticas em audiência
04/12/2019 -
Em audiência no Senado, economista do Dieese condena
MP 905
04/12/2019 -
Consultor do DIAP elabora minucioso parecer à MP
905/19
04/12/2019 -
TSE aceita assinatura digital para criação de
partidos, que pode beneficiar Bolsonaro
04/12/2019 -
PIB brasileiro cresce 0,6% no terceiro trimestre de
2019
04/12/2019 -
Para conseguir apoio no Congresso, governo Bolsonaro
promete liberar R$ 1,2 bi em emendas parlamentares
04/12/2019 -
Faturamento da indústria sobe 1,3% em outubro, diz
CNI
04/12/2019 -
Dispensa de empregado reabilitado só vale se
admitido outro em iguais condições
04/12/2019 -
Projeto permite que empregador parcele o 13º salário
em 12 vezes
03/12/2019 -
Em editorial, Estadão aponta “ingenuidade” e
“despreparo” de Bolsonaro
03/12/2019 -
Bolsonaro envia projeto para acabar com cota para
trabalhador com deficiência em empresas
03/12/2019 -
Oposição convoca Guedes para dar explicações no
Senado
03/12/2019 -
Centrais pressionam para que Congresso devolva MP
905/19 ao governo
03/12/2019 -
Proposta regulamenta acordo extrajudicial em nova
regra trabalhista
03/12/2019 -
Para debatedores, MP do Contrato Verde e Amarelo
retira direitos e precariza relações de trabalho
03/12/2019 -
CAS analisa projeto que permite saque do FGTS para
quem completar 60 anos
03/12/2019 -
Defesa de Lula recorre ao Supremo para anular
condenação do TRF-4
02/12/2019 -
Contribuição sindical apenas para filiados a
sindicatos será debatida na CAS
02/12/2019 -
Governo Bolsonaro quer que trabalhador pague por
processos contra o INSS
02/12/2019 -
Começa a corrida pela substituição de Rodrigo Maia
na presidência da Câmara
02/12/2019 -
Informalidade avança com a política econômica de
Bolsonaro e Guedes, diz IBGE
02/12/2019 -
Lula tenta retomar alianças com partidos de centro
02/12/2019 -
Paim condena projeto de instalação de mina de carvão
no Rio Grande do Sul
02/12/2019 -
Guedes diz que foi mal-interpretado sobre AI-5
02/12/2019 -
PEC garante estabilidade para gestante com qualquer
tipo de vínculo empregatício
02/12/2019 -
Recusa de retorno ao trabalho não afasta direito de
gestante à estabilidade
18/12/2019 -
Reforma Sindical: CCJ admite PEC 196/19; vai à
comissão especial
Em votação simbólica, isto é, sem registro no
painel, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
aprovou (admitiu), na manhã desta terça-feira (17),
a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 196/19, do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que trata da Reforma
Sindical. O colegiado chancelou o parecer do
relator, deputado Fábio Trad (PSD-MS), pela
admissibilidade da proposta, com complementação de
voto. O texto poderá ser apreciado, a partir de
fevereiro, em comissão especial (mérito).
Em síntese, a proposta dá nova redação ao artigo 8º
da Constituição e estabelece que “é assegurada a
liberdade sindical”, de modo que o Estado não poderá
exigir autorização para fundação de entidade
sindical, mas manterá a prerrogativa de efetuar o
registro dos atos constitutivos no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
Setor ou ramo de atividade
A proposta estabelece que a organização de
trabalhadores e empregadores será definida por setor
econômico ou ramo de atividade, sendo que a base
territorial do sindicato será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior a área de 1 município.
Relevante destacar que, ao impedir que a base
territorial não possa ser inferior a área de 1
município, o texto veda a possibilidade de criação
de sindicato por empresa.
Trata-se, pois, de proposta de liberdade sindical
mitigada, visto que impede a criação de sindicatos
por empresa e permite que, por um determinado espaço
de tempo, a entidade sindical possa ter a
exclusividade de representação.
Regras de transição
Entre as regras transitórias estão, a partir da
promulgação da emenda constitucional, com definição
dos prazos e condições para continuidade das atuais
entidades sindicais:
1) no período de 1 ano, desde a promulgação da
emenda, ficarão preservadas a exclusividade e as
prerrogativas das entidades sindicais
pré-constituídas, no seu âmbito de representação,
desde que comprovada a sindicalização mínima de 10%
dos trabalhadores em atividade; e
2) no período de 10 anos, desde a promulgação da
emenda, ficarão preservadas as prerrogativas das
entidades sindicais pré-constituídas, no seu âmbito
de representação, desde que comprovada a
sindicalização mínima de 50% dos trabalhadores em
atividade.
Negociação coletiva no serviço público
No que diz respeito aos servidores públicos civis, a
proposta também acrescenta, no artigo 8º da
Constituição, direito à livre associação sindical e
à negociação coletiva.
E confere ainda prazo de 180 dias para que o
Congresso Nacional regulamente a Convenção 151, da
OIT, e a Recomendação 159, da OIT, que visa garantir
e defender os interesses dos funcionários públicos,
nas 3 esferas de governo, tratando da liberdade
sindical e do processo de negociação coletiva dos
servidores públicos.
Complementação de voto
A partir de acordo, o relator retirou do texto, 2
relevantes aspectos constitutivos da matéria:
1) o artigo que trata da contribuição para
negociação coletiva (Art. 8º, inc. VI); e
2) o da composição e atribuições do Conselho
Nacional de Organização Sindical (CNOS) (§ 1º).
Embora tenha retirado estas 2 partes do texto da PEC
para permitir a votação da proposta no colegiado
técnico, o relator afirma, em seu voto complementar,
que as “formas de financiamento e regulamentação
serão objeto de discussão na comissão especial.”
Gaet
Criado em setembro, pela Portaria 1.001, o Gaet (Grupo
de Altos Estudos Trabalhistas) teve o prazo para
apresentação das propostas prorrogado para até o dia
10 de fevereiro de 2020 — Portaria 1.344/19, do
Ministério da Economia.
Anteriormente, as propostas do Gaet deveriam ser
apresentadas ao secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, até o dia 3 de dezembro,
prazo de até 90 dias após a publicação da Portaria
1.001.
Até o momento, não foram divulgadas informações
sobre os documentos — relatórios e propostas — que
estão sendo preparados pelos subgrupos do Gaet.
Tramitação
A proposta vai ser examinada, a partir de fevereiro de
2020, em comissão especial, que vai se debruçar
sobre o mérito da PEC.
Na comissão especial (2ª fase), a PEC 196 terá até
40 sessões, ou 60 dias, para ser aprovada ou não.
Sendo que nas primeiras 10 sessões poderão ser
apresentadas emendas ao texto.
Superada a 2ª fase da proposta, o texto vai à votos
em 2 turnos no plenário da Câmara (3ª e 4ª fases) de
discussões e votações da matéria. Findas quais, se
aprovada, em ambos os turnos, por no mínimo 308
votos, o texto vai ao exame do Senado Federal.
Fonte: Diap
18/12/2019 -
CUT, CSB, Força e UGT “valorizam” aprovação da PEC
196, na CCJ
Em nota pública, as centrais sindicais — CUT, CSB,
Força e UGT — afirmam que “valorizam a aprovação, na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados, da admissibilidade da PEC 196, do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM) que trata de mudanças
na estrutura Sindical.”
As entidades chamam a atenção, na nota, que as
atenções devem se voltar “para o debate que será
realizado na comissão especial que será instalada em
fevereiro de 2020, no Congresso Nacional.”
Leia abaixo a íntegra da nota das centrais:
Nota sobre aprovação da PEC 196, de mudança na
estrutura sindical, na CCJ da Câmara
As centrais sindicais valorizam a aprovação, na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados, da admissibilidade da PEC 196, do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM) que trata de mudanças
na estrutura Sindical.
A PEC 196 traz importantes elementos de mudança a
relação capital e trabalho e induz a alterações
sensíveis na estrutura sindical brasileira
tornando-a mais atuante e representativa,
fortalecendo a negociação coletiva e atendendo aos
interesses dos trabalhadores e das entidades
sindicais — trabalhadores e empregadores — visando o
desenvolvimento econômico do Brasil.
Agora toda a atenção dos trabalhadores se volta para
o debate que será realizado na comissão especial que
será instalada em fevereiro de 2020, no Congresso
Nacional.
A sociedade brasileira considera fundamental o
debate sobre a reforma da estrutura sindical
orientado ao aperfeiçoamento e à mudança dos
mecanismos de defesa e promoção dos direitos
sindicais e da sociedade.
São Paulo, 17 de dezembro de 2019.
Sergio Nobre
Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Antonio Neto
Presidente da CSB (Central dos Sindicatos do Brasil
Fonte: Diap
18/12/2019 -
CTB e GGTB “reiteram” em nota pública “oposição à
PEC 196”
As centrais sindicais — CTB e CGTB — divulgaram nota
pública em que manifestam “oposição à PEC 196”, que
trata da Reforma Sindical, aprovada nesta
terça-feira (17), na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara dos Deputados.
A proposta será ainda apreciada por comissão
especial a ser criada e instalada em fevereiro de
2020. O colegiado vai debater o mérito da proposta
apresentada pelo depurado Marcelo Ramos (PL-AM),
cujo relator na CCJ foi o deputado Fábio Trad
(PSD-MS).
Nesta terça, CUT, CSB, Força Sindical e UGT
divulgaram nota conjunta em apoio à aprovação da
proposta. Ao contrário de CTB e CGTB, as 4 centrais
“valorizam” a chancela, pela CCJ da Câmara, do
parecer pela admissibilidade da PEC 196.
As entidades em questão entendem que “A PEC 196 traz
importantes elementos de mudança a relação capital e
trabalho e induz a alterações sensíveis na estrutura
sindical brasileira tornando-a mais atuante e
representativa, fortalecendo a negociação coletiva e
atendendo aos interesses dos trabalhadores e das
entidades sindicais — trabalhadores e empregadores —
visando o desenvolvimento econômico do Brasil.”
Leia abaixo a íntegra da nota da CBT e CGTB:
Mais um golpe na organização sindical
brasileira
As centrais sindicais (CTB e CGTB) reiteram sua
oposição à PEC 196, que altera o Artigo 8º da
Constituição para extinguir a Unicidade Sindical e
instituir o pluralismo. Embora o tema seja objeto de
controvérsias no movimento sindical, a proposta
apresentada pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM),
inspirada num liberalismo funesto para a classe
trabalhadora, terá por resultado — se aprovada — a
pulverização e o enfraquecimento do movimento
sindical brasileiro.
É falaciosa a suposição de que o pluralismo vai
tornar a estrutura sindical mais atuante e
representativa, fortalecendo a negociação coletiva e
favorecendo o desenvolvimento econômico, que por
sinal depende dos investimentos públicos e privados
e pouco tem a ver com a forma de organização do
movimento sindical. Algumas lideranças, arrastadas
pelo canto da sereia neoliberal, estão incorrendo em
um discurso falso que não pode ficar sem resposta.
Na verdade, trata-se de mais um golpe no movimento
sindical, um complemento à malfadada Reforma
Trabalhista, que acabou com a Contribuição Sindical
compulsória, precarizou e destruiu direitos
trabalhistas. É sugestivo que tudo isto venha sendo
imposto em nome do desenvolvimento nacional, do
combate ao desemprego e da modernização das relações
entre capital e trabalho, embora os desdobramentos
práticos revelem invariavelmente o contrário.
Inusitado é o fato de que narrativa enganosa seja
agora adotada por lideranças sindicais.
É preciso alertar, finalmente, que a iniciativa do
parlamentar amazonense tem também um caráter
diversionista e extemporâneo, semeando desavença,
discórdia e divisão entre as centrais num momento em
que o bom senso sugere a necessidade da mais ampla e
sólida unidade dos movimentos sociais para a luta
contra o governo autoritário e neofascista liderado
por Jair Bolsonaro, em defesa da democracia, da
soberania nacional e dos direitos sociais.
São Paulo, 17 de dezembro de 2019
Adilson Araújo
Presidente da CTB
Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira)
Presidente da CGTB
Fonte: Diap
18/12/2019 -
O sindicalismo precisa se atualizar para o novo
mundo do trabalho, diz Clemente
A Agência Sindical iniciou semana passada série de
balanços do sindicalismo durante 2019. O
entrevistado desta edição é Clemente Ganz Lúcio,
diretor-técnico do Dieese.
Clemente entrou no Dieese em 1984, mas foi em 2004
que assumiu a coordenação técnica. Professor e
economista por formação, ele explica papel
desempenhado pelo departamento e comenta os desafios
postos ao sindicalismo. Segundo ele, é preciso que
haja reorganização do sistema para sua atualização.
Dieese - Mantido pelas entidades sindicais
associadas, o departamento tem a finalidade de
fornecer pesquisas e estudos para a ação do
sindicalismo e entidades ligadas ao mundo do
trabalho, governamentais ou não. Os técnicos do
Dieese participam de aproximadamente 1 mil rodadas
de negociação por ano.
Base - Os estudos feitos pelo departamento
formam uma base de informações que se transformam em
assessoria para negociação do sindicalismo com o
governo ou setor patronal. Também tem um trabalho de
formação de dirigente, a fim de prepará-lo para os
problemas que afetam o mundo do trabalho.
MP 905 - Um dos desafios postos aos
trabalhadores para os próximos meses, afirma
Clemente, é a Medida Provisória 905. Para o diretor
do Dieese, a medida é favorável ao patronal. “Ela
desonera as empresas, desprotege o empregado e tira
os Sindicatos das negociações. A insegurança gerada
é tão grande, que ela já recebeu quase duas mil
emendas no Congresso. Por isso, a Centrais já
pediram sua retirada”.
Atualização - O diretor-técnico do Dieese
aponta a necessidade de um novo projeto de
reorganização na atuação do movimento, independente
de qualquer mudança na estrutura sindical. “Por um
lado, o mundo do trabalho está em profunda mudança.
Por outro, o governo adotou uma série de iniciativas
que fragilizam as entidades. Tudo isso, exige uma
atualização”.
Aliados - Dieese e Diap têm prestado
assessoria às Centrais Sindicais na atuação no
Congresso Nacional e a pensar estratégias de
reorganização sindical no âmbito institucional.
“Temos ajudado a elencar propostas rumo ao projeto
de reforma sindical que atenda às necessidades dos
trabalhadores e do sindicalismo”.
Mais - Acesse o site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
18/12/2019 -
Congresso Nacional aprova texto-base do Orçamento
para 2020
O Congresso Nacional aprovou o texto-base do parecer
final sobre o Orçamento da União para 2020. Neste
momento, deputados e senadores analisam as propostas
de modificação ao texto, em sessão conjunta.
O Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 22/19
foi aprovado com a previsão de R$ 2,034 bilhões para
o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Contrários à proposta, parlamentares do partido Novo
pediram a redução do valor, mas o destaque foi
rejeitado pelos parlamentares.
Em votação também nesta terça-feira (17) na Comissão
Mista de Orçamento, congressistas do Novo já haviam
pedido a redução do fundo para R$ 765 milhões. O
destaque, contudo, foi rejeitado pelo Colegiado.
Apesar da rejeição da proposta, os parlamentares
voltaram com a tentativa de diminuição do valor em
plenário.
Orçamento
O projeto prevê R$ 3,6 trilhões para as projeções de
receita e de despesa. Desse total, R$ 3,5 trilhões
são dos orçamentos fiscal e de seguridade social,
dos quais R$ 917,1 bilhões referem-se ao
refinanciamento da dívida pública.
O salário mínimo, em janeiro de 2020, passará dos
atuais R$ 998 para cerca de R$ 1.031. O valor está
abaixo dos R$ 1.039 inicialmente previsto. Em 2020,
a meta fiscal para o resultado primário do governo
central (Tesouro Nacional, Previdência Social e
Banco Central) corresponderá a um déficit de R$
124,1 bilhões.
Para o próximo ano, a proposta orçamentária prevê
ainda um crescimento real do Produto Interno Bruto
(PIB) de 2,32%, pouco acima da expectativa do
mercado (2,20%). A inflação prevista para o próximo
ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), é de 3,53%.
Fonte: Agência Brasil
18/12/2019 -
CCJ aprova admissibilidade de proposta que amplia
licença-maternidade para 180 dias
Proposta agora será analisada em comissão
especial e depois pelo Plenário, em dois turnos de
votação, antes de ir para o Senado
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a
admissibilidade de proposta de emenda à Constituição
(PEC) 158/19, que amplia a licença-maternidade dos
atuais 120 dias para 180 dias para todas as
trabalhadoras.
Atualmente, a licença de 180 dias só é possível para
as mulheres que trabalhem em empresas participantes
do Programa Empresa Cidadã, instituído pela Lei
11.770/08.
O texto também assegura licença-maternidade de 120
dias às deputadas e senadoras, prorrogáveis por mais
60. O suplente só será convocado se o afastamento
for superior a 180 dias. Hoje, a Constituição não
prevê esse tipo de licença para as congressistas.
A proposta, da deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ),
recebeu parecer favorável da relatora, deputada
Margarete Coelho (PP-PI).
Ao apresentar a PEC, Clarissa disse que a ampliação
da licença-maternidade é uma recomendação da
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e segue uma
tendência mundial. Ela argumentou ainda que o
aumento do tempo de licença traz benefícios para mãe
e filho recém-nascido.
“São nos primeiros 12 meses de vida que o ser humano
vive um período de completa dependência da mãe e é
nesse período em que mãe e filho estabelecem padrões
de relacionamento que serão levados para a vida
compartilhada em sociedade”, afirmou a deputada.
Tramitação
O mérito da PEC será analisado por uma comissão
especial a ser criada e, em seguida, pelo Plenário,
onde deverá ser votada em dois turnos.
Fonte: Agência Câmara
17/12/2019 -
Governo pretende beneficiar empresa com isenção do
INSS quando funcionário for enviado à reabilitação
Com a medida, o governo de Jair Bolsonaro pode
deixar de arrecadar R$ 244 milhões em receitas da
Previdência
O governo de Jair Bolsonaro estuda isentar INSS de
empresas que enviarem funcionários para a
reabilitação profissional em 2020. A mudança pode
fazer com que o governo deixe de arrecadar R$ 244
milhões da Previdência.
A isenção deve se iniciar quando o empregado, de
acordo com o projeto de lei enviado ao Congresso,
voltar ao trabalho. O benefício da empresa deve
durar 12 meses.
Em 2021, a previsão é que R$ 442 milhões deixem de
ser arrecadados pelo governo e, em 2022, R$ 530
milhões.
A proposta faz parte do mesmo projeto de lei propõe
a retirada da obrigatoriedade de empresas
contratarem pessoas com deficiência.
Fonte: Brasil247
17/12/2019 -
Suspeição de Moro em processos de Lula será julgado
só em 2020
Na sexta-feira, dia 20, os ministros entram em
recesso e a Corte só voltará a funcionar normalmente
em fevereiro do ano que vem.
O julgamento do pedido de habeas corpus (HC) que
aponta suspeição do ex-juiz Sergio Moro para julgar
os processos relativos ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva deve ficar só para 2020. O processo
não será analisado na última sessão da Segunda Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019, marcada
para esta terça-feira. E na sexta-feira, dia 20, os
ministros entram em recesso e a Corte só voltará a
funcionar normalmente em fevereiro do ano que vem.
O pedido de HC foi impetrado em 5 de novembro de
2018 contra a decisão do Superior Tribunal de
Justiça. A defesa do ex-presidente alega que a
parcialidade do ex-juiz Sergio Moro feriu os
direitos fundamentais de Lula. Para os advogados,
“Sergio Moro capitaneou a perseguição contra Lula e
sua prisão ilegal, e também os procuradores da Lava
Jato de Curitiba, que continuam agindo sem a
observância dos preceitos da impessoalidade, da
legalidade e da imparcialidade para criar um cenário
de culpa artificial contra Lula e seus familiares,
em clara prática de lawfare”.
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), havia dito que sua pretensão era levar o
processo para análise em dezembro. Em entrevista ao
jornal argentino Clarín, em novembro, Mendes falou
sobre o caso. “Quem foi colocado em questão foi o
próprio Ministro da Justiça, quando decidiu deixar o
cargo de juiz e assumir uma função governamental que
servia a um governo que derrotou as forças da
oposição e é beneficiário, de alguma forma, de suas
decisões”, disse. “Ele é um juiz que até ontem foi
juiz, determinou a prisão do principal candidato a
presidente da República e depois aceita o cargo de
seu adversário.”
Fonte: RevistaForum
17/12/2019 -
Projeto muda política de valorização do salário
mínimo
Está pronto para ser votado pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) um projeto que estabelece
nova política de valorização do salário mínimo e dos
benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) para o período de 2020 a 2023. De
autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o Projeto
de Lei (PL) 3.137/2019 tem voto favorável do
relator, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
De acordo com a proposta, há duas inovações. A
primeira traz maior flexibilidade para apurar os
índices de reajuste, pois coloca a expectativa de
inflação futura projetada pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) para o ano do reajuste. Desse
modo, as decisões do Poder Legislativo ficam
fortalecidas quanto à correção do salário mínimo.
Atualmente, a Lei 13.152, de 2015, determina que os
reajustes para a preservação do poder aquisitivo do
salário mínimo sejam feitos pela variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), acumulada nos 12 meses
anteriores ao mês do reajuste.
A segunda inovação, conforme explica o autor, muda o
índice de aumento real para o cálculo do reajuste.
Pelo projeto, em vez do crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB), será considerada a variação
positiva do PIB per capita dos 24 meses que
antecedem o reajuste. Dessa forma, a variação do
índice fica mais branda e, ao mesmo tempo, mais
próxima dos reais ganhos de produtividade do
trabalho.
O projeto estabelece também que os reajustes serão
feitos por decreto presidencial, que divulgará, a
cada ano, os valores mensal, diário e horário do
salário mínimo.
De acordo com o relator, a proposição aperfeiçoa os
critérios adotados atualmente. Ele acredita que o
valor para 2020 não ficaria longe do previsto pelo
projeto da Lei Orçamentária Anual (PLN 22/2019), de
R$ 1.040,00.
Se for aprovado pela CAE, o projeto pode seguir
direto para a Câmara dos Deputados, a menos que haja
recurso para votação em Plenário.
Fonte: Agência Senado
17/12/2019 -
Partido de Paulinho da Força elabora PEC pelo fim do
Tribunal Superior do Trabalho
Com 14 deputados federais, o Solidariedade divulgou
nota em que critica duramente a nova presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, ministra Maria
Cristina Peduzzi.
Assinada pelo presidente nacional da legenda, o
ex-sindicalista Paulinho da Força, repercute
entrevista concedida pela magistrada à Folha de
S.Paulo e afirma que o grupo político estuda
protocolar uma proposta de emenda à Constituição
para extinção do TST.
Peduzzi é a primeira mulher a presidir o TST e foi
eleita por unanimidade no último dia 9 de dezembro.
Na entrevista que provocou a ira dos parlamentares
do Solidariedade, a ministra abordou as mudanças do
mundo do trabalho e disse que a Reforma Trabalhista
aprovada durante o governo de Michel Temer foi
tímida.
Na manifestação do Solidariedade, o tribunal é
chamado de uma instituição “inócua, parcial e sem
protagonismo para discutir e deliberar temas
relativos ao mundo do trabalho”.
O texto ainda afirma que a ministra deu sinais de
que “seu pensamento social ainda é binário, ou seja,
existe em sua ótica apenas a casa grande e a
senzala”.
Alguns advogados trabalhistas, por sua vez,
enxergaram as manifestações recentes da nova
presidente de TST de maneira diversa. Para Fernando
Rogério Peluso, sócio do do Peluso, Stupp e Guaritá
Advogados, a ministra deu claras diretrizes de que
caminho vai seguir na presidência do TST.
“Deixou claro que ao Poder Judiciário cabe a
aplicação da lei, e também que a legislação deve ser
revista considerando a quarta revolução industrial
que estamos vivendo. Isso justamente dentro de uma
ideia de crescimento econômico do País e também para
pareamento com a realidade mundial”, comenta.
Quem também viu de maneira positiva as declarações
da ministra foi o especialista em Direito do
Trabalho Bráulio Dias Lopes de Almeida, do
escritório ASBZ Advogados. “Vejo com bons olhos a
defesa da nova Presidente do TST sobre a reforma
trabalhista. A ministra reforça a importância de
aplicação da lei vigente, e isso traz segurança
jurídica. Essa declaração, vinda da maior autoridade
da Justiça do Trabalho, estimula a criação de
empregos, pois reduz a imprevisibilidade quanto às
leis aplicáveis no país. O investidor precisa de
segurança jurídica para avaliar os riscos e custos
ao empreender”, diz.
Por fim, Aline Andrade, do escritório Melcheds –
Mello e Rached Advogados, acredita que a ministra
está alinhada com o futuro do mundo do trabalho.
“Com uma visão arrojada e acreditando em mais
mudanças na esfera trabalhista, a ministra inicia
seu mandato de maneira positiva e cria a perspectiva
de que sua gestão será favorável a atualização da
legislação, já que seu objetivo é acompanhar as
mutações que o mercado de trabalho vem sofrendo ao
longo dos últimos anos”, explica.
Fonte: Consultor Jurídico
17/12/2019 -
Declaração da nova presidente do TST sinaliza
retrocesso, afirma sindicalista
A manchete do jornal a Folha de S.Paulo desta
segunda (16) afirma que a nova presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, Maria Cristina
Peduzzi, defende mudanças na CLT.
Primeira mulher eleita para presidir o TST, a
ministra Maria Cristina Peduzzi assumirá o posto em
19 de fevereiro de 2020 para um mandato de dois
anos.
Segundo a ministra, a reforma recente das leis
trabalhistas não foi o suficiente para responder às
transformações no mercado. “A CLT [Consolidação das
Leis do Trabalho] precisa de muita atualização. A
considerar a revolução tecnológica, a reforma foi
tímida”, disse em entrevista à Folha.
O que isso quer dizer? Quer dizer, claramente, que a
onda de ataques ao trabalho e aos trabalhadores
seguirá com possibilidade de ganhar forças.
Mostra também que os poderes estão alinhados nessa
operação. Poder executivo, poder legislativo e áreas
do judiciário, que tradicionalmente tiveram uma
posição de proteção ao trabalho.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, vê com
preocupação as declarações da ministra. Segundo ele,
a fala da futura presidente do TST mostra um
alinhamento do tribunal às teses neoliberais de
radicalização contra a proteção ao trabalho. “É um
retrocesso. Num momento em que lutamos pela
manutenção de direitos e pelo fortalecimento da
Justiça do Trabalho, essa declaração alimenta a onda
de ataques aos trabalhadores”, aponta.
Miguel informa que os dirigentes sindicais pretendem
agendar uma reunião com a futura presidente do
Tribunal. “Nos preocupa uma ministra, que vai
presidir a instância superior do trabalho, ter um
posicionamento totalmente desfavorável aos
trabalhadores. É uma posição muito ruim”, afirma.
Domingo - Outra defesa feita por Maria Cristina é a
transformação do domingo em um dia útil de trabalho.
O que atinge duramente muitas categorias
profissionais especialmente a maior categoria urbana
do País, na área privada, que são os comerciários.
Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, diz que a posição da
ministra demonstra que a judiciário não defende o
trabalhador. “É preocupante. Percebemos que a
Justiça do Trabalho está a serviço dos patrões”, ele
diz.
Segundo Márcio, uma medida como essa desmonta tudo
que foi construído ao longo dos anos em defesa da
categoria. Ele conta: “A mudança afetaria
diretamente mais de 300 mil comerciários na cidade
do Rio Janeiro”.
Fonte: Agência Sindical
17/12/2019 -
Parlamentares fecham acordo e fundo eleitoral será
de R$ 2 bi
As lideranças partidárias no Congresso Nacional
finalmente chegaram a um acordo em torno do valor do
fundo eleitoral que financiará as campanhas dos
pleitos municipais em 2020: R$ 2 bilhões.
Durante semanas o tema foi motivo de muitas
controvérsias com o governo e dentro do próprio
Congresso. Inicialmente, cogitou-se aprovar um fundo
de R$ 3,8 bilhões.
Reportagem dos jornalistas Thiago Resende e Danielle
Brant na Folha de S.Paulo aponta que depois de
muitas negociações os líderes partidários recuaram e
passaram a aceitar um valor menor para o fundo de
financiamento das eleições de 2020, que deve ficar
em R$ 2 bilhões.
Na semana passada, interlocutores de Bolsonaro
tentaram um consenso em relação ao valor de R$3,8
bilhões, mas o ocupante do Planalto desautorizou a
articulação de líderes aliados e insistiu em um teto
de R$ 2 bilhões.
Uma ala do centrão ainda defendia a ampliação para
R$ 2,5 bilhões, mas Neto diz ter conseguido um
consenso com partidos em favor de um financiamento
mais enxuto.
O deputado só deve divulgar o relatório final do
Orçamento, que inclui o novo patamar do
financiamento de campanha, nesta terça-feira (17),
pouco antes da votação do projeto no Congresso.
Fonte: Brasil247
17/12/2019 -
Marco Aurélio Mello avisa: Congresso não pode mudar
decisão do STF sobre segunda instância
“O artigo 60 da Constituição obstaculiza a votação
de proposta de emenda que atenta contra garantia
individual. E essa é uma das maiores garantias. Por
meio de PEC não poderia, pois é cláusula pétrea”,
destacou o ministro
Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), declarou, nesta segunda-feira (16),
que o Congresso Nacional não pode mudar o
entendimento da Corte a respeito da prisão após
condenação em segunda instância, nem mesmo por meio
de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Em entrevista ao Correio Braziliense, o ministro
afirmou que não há a possibilidade de que o
entendimento do STF seja mudado pelo Legislativo. “O
artigo 60 da Constituição obstaculiza a votação de
proposta de emenda que atenta contra garantia
individual. E essa é uma das maiores garantias. Por
meio de PEC não poderia, pois é cláusula pétrea”,
destacou.
No dia 7 de novembro, após cinco sessões, o STF
decidiu proibir a prisão depois de condenação em
segunda instância. O placar foi 6 votos a 5. Entre
os beneficiados está o ex-presidente Lula.
PEC
Atualmente, está tramitando na Câmara uma PEC que
pretende liberar a prisão após condenação em segunda
instância. No Senado, um projeto de lei tem o mesmo
objetivo.
Fonte: RevistaForum
17/12/2019 -
Índice de satisfação de micro e pequena indústrias
melhora em novembro
Pesquisa foi encomendada pelo Sindicato da Micro
e Pequena Indústria
O índice de satisfação das micro e pequenas
indústrias (MPIs) do estado de São Paulo atingiu 118
pontos em novembro (ante 110 pontos em outubro), de
acordo com o Indicador de Atividade da Micro e
Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo
Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao
Instituto Datafolha. O índice é baseado na avaliação
da empresa, faturamento e margem de lucro e varia de
0 a 200.
A pesquisa mostrou que o faturamento está em 111
pontos (no mês anterior eram 101) e a margem de
lucro está em 108 (contra 98 pontos no mês
anterior).
A avaliação da empresa chegou a 134 pontos em
novembro (em outubro foi132 pontos. No sentido
contrário, o índice de investimento das micro e
pequenas indústrias paulistas registrou queda de 14
pontos em novembro, ao passar de 38 para 24.
"Tivemos uma melhora no índice de satisfação, mas
este bom resultado não se refletiu nos demais
indicadores, como o índice de investimentos, que
teve uma queda, e o de capital de giro, que se
manteve e repetiu o resultado do mês anterior, com
48% dos empresários afirmando ter exatamente o que
precisavam de capital para o mês. Precisamos de um
crescimento econômico para que as micro e pequenas
indústrias possam melhorar em todos os indicadores”,
disse o presidente do Simpi, Joseph Couri.
No capital de giro, a porcentagem de empresas que
têm exatamente o que precisa se manteve em 48%,
mesmo número do mês anterior. Os que têm capital
insuficiente ou muito pouco somam 42% das MPIs. O
cheque especial continua sendo a modalidade mais
utilizada para financiar o capital de giro, sendo
usada por 16% das MPIs que precisam ter acesso ao
capital.
De acordo com a pesquisa, 54% das MPIs considera que
a crise econômica está mais fraca e afeta um pouco
os negócios, mas acreditam que a economia deve
voltar a crescer nos próximos meses.
Em outubro esse percentual era de 50%. Já os que
acreditam que a crise ainda é forte, afeta muito os
negócios e não dá para prever quando a economia
voltará a crescer, totalizam 42%, no mês anterior
eram 46%.
Fonte: Agência Brasil
16/12/2019 -
Centrais editam cartilha que explica Carteira Verde
e Amarela
Circula na redes sociais, a edição explicativa
da “Carteira de Trabalho Verde e Amarela”, com base
na MP (Medida Provisória) 905/19, que institui nova
modalidade de contratação e de relações de trabalho,
que aprofundam a Reforma Trabalhista, com base na
Lei 13.467/17.
A
cartilha — editada pelas centrais sindicais CGTB,
CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força, Intersindical,
Nova Central e UGT — é bem didática e explica,
objetivamente, como os principais direitos
trabalhistas serão afetados pela MP 905 caso seja
aprovada no Congresso Nacional.
A matéria já tem comissão mista instalada, cujo
presidente é o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e o
relator é o deputado Christino Áureo (PP-RJ). As
discussões em torno da MP começarão em fevereiro, no
retorno dos trabalhos legislativos, depois do
recesso que começa no dia 23 de dezembro.
A MP retira mais direitos dos trabalhadores e também
amplia as vantagens patronais para esse novo tipo de
contrato de trabalho.
O objetivo da MP é proporcionar a contratação de
jovens entre 18 e 29 anos. O contingente contratado
por essa modalidade não terão, entre outros, o
seguintes direitos:
1) a cobertura da CLT, nem convenção coletiva;
2) o FGTS cai de 8% para 2%; multa de 40% sobre o
saldo do FGTS cai de 40% para 20%;
3) parcelamento, em até 12 vezes, das férias e saldo
do FGTS;
4) redução do adicional de periculosidade de 30 para
5%;
5) isenção do pagamento do INSS. Isto é, os patrões
ficarão isentos da contribuição previdenciária de
20%; e
6) acidentes no trajeto de casa para o trabalho e
vice-versa deixarão de ser considerados acidentes de
trabalho.
Fonte: Diap
16/12/2019 -
Votação da PEC 186/19, chamada de Emergencial fica
para 2020
A votação da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) PEC 186/2019, conhecida como PEC
Emergencial, ficou para 2020. Na última terça-feira
(10), o relator da PEC na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), senador Oriovisto Guimarães
(Podemos-PR), leu seu parecer, em que recomenda a
aprovação do texto na forma de um substitutivo, ou
seja, com série de mudanças.
Antes da votação, porém, serão feitas 2 audiências
públicas, que deverão ser agendadas para as 2
primeiras semanas de fevereiro. Requerimentos com
esse objetivo foram aprovados nesta última
terça-feira (10). A data e os convidados ainda serão
definidos pelo governo e oposição.
Apresentada pelo líder do governo, senador Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), a PEC faz parte do Plano
Mais Brasil — pacote de medidas, que visa, segundo o
governo cortar gastos e garantir equilíbrio fiscal.
De acordo com o senador, se fosse aprovada até o fim
deste ano, a PEC Emergencial poderia elevar a
previsão de investimento público de R$ 19 bilhões
para R$ 26 bilhões já em 2020. Ainda de acordo com a
equipe econômica do governo, o potencial da proposta
é destravar até R$ 50 bilhões em 10 anos.
Fonte: Diap
16/12/2019 -
PEC Sindical está na pauta da CCJ para votação nesta
semana
Nesta última semana de trabalhos no Congresso
Nacional, antes do recesso parlamentar, que começa
na próxima segunda-feira (23), a CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados,
agendou para votação a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 196/19, do deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), que trata da Reforma Sindical.
A CCJ vai poder examinar, a partir desta segunda, às
14h30, até quinta-feira (19) pela manhã, a PEC da
Reforma Sindical, cujo parecer do relator, deputado
Fábio Trad (PSD-MS), é pela admissibilidade, com
complementação de voto.
Na complementação de voto, a partir de acordo, o
relator retirou do texto, 2 aspectos relevantes
constitutivos da matéria:
1) o artigo que trata da contribuição para
negociação coletiva (Art. 8º, inc. VI); e
2) o da composição e atribuições do Conselho
Nacional de Organização
Sindical (CNOS) (§ 1º).
Embora tenha retirado estas 2 partes do texto da PEC
para permitir a votação da proposta no colegiado
técnico, o relator afirma, em seu voto complementar,
que as “formas de financiamento e regulamentação
serão objeto de discussão na comissão especial.”
A reunião da CCJ agendada para segunda-feira (16),
começa às 14h30, no plenário 2. A PEC 196 é o 43º
item da pauta. Na terça (17), a reunião começa às
9h30, no plenário 1. Na quarta (18) e quinta-feira
(19), as reuniões estão convocadas para começar às
9h30, sempre no plenário 1.
Tramitação
Uma vez superada a 1ª fase de tramitação da PEC
(votação da admissibilidade na CCJ), a proposta vai
ser examinada, a partir de fevereiro de 2020, em
comissão especial, que vai se debruçar sobre o
mérito da proposta.
Na comissão especial (2ª fase), a PEC 196 terá até
40 sessões, ou 60 dias, para ser aprovada ou não.
Sendo que nas primeiras 10 sessões poderão ser
apresentadas emendas ao texto.
Superada a 2ª fase da proposta, o texto vai à votos
em 2 turnos no plenário da Câmara (3ª e 4ª fases) de
discussões e votações da matéria. Findas quais, se
aprovada, em ambos os turnos, por no mínimo 308
votos, o texto vai ao exame do Senado Federal.
Gaet
Criado em setembro, pela Portaria 1.001, o Gaet (Grupo
de Altos Estudos Trabalhistas) teve o prazo para
apresentação das propostas prorrogado para até o dia
10 de fevereiro de 2020 — Portaria 1.344/19, do
Ministério da Economia.
Anteriormente, as propostas do Gaet deveriam ser
apresentadas ao secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, até o dia 3 de dezembro,
prazo de até 90 dias após a publicação da Portaria
1.001.
Até o momento, não foram divulgadas informações
sobre os documentos — relatórios e propostas — que
estão sendo preparados pelos subgrupos do Gaet.
Fonte: Diap
16/12/2019 -
Projeto que regulamenta aposentaria por
periculosidade está na CAE; recebeu 29 emendas
Apresentado pelo governo para, nas negociações
permitir a votação, em 2º e último turno da Reforma
da Previdência, o
PLP (Projeto de Lei Complementar) 245/19,
subscrito pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM)
regulamenta o inciso II do § 1º do artigo 201 da
Constituição, para dispor sobre a concessão de
aposentadoria especial aos segurados do RGPS (Regime
Geral de Previdência Social), a cargo do INSS
(Instituto Nacional de Seguro Social).
Em síntese, o projeto de lei dispõe sobre os
critérios de acesso à aposentadoria especial àqueles
segurados do RGPS que exercem atividades expostos a
agentes nocivos à saúde, bem como aqueles que põem
em risco sua integridade física pelo perigo inerente
à profissão. Também propõe a obrigatoriedade da
empresa na readaptação desses profissionais, com
estabilidade no emprego, após o tempo máximo de
exposição a agentes nocivos.
Segundo Eduardo Braga, o projeto estabelece
critérios de acesso para a aposentadoria especial
com base na atividade e não com base na categoria do
trabalhador. O senador afirmou ainda que o projeto
não vai afrouxar regras ou retirar direitos, mas
estabelecer marco legal claro.
O texto, acrescentou, assegura direitos ao
trabalhador e ao mesmo tempo estabelece com clareza
os critérios de acesso a esses direitos. Com regras
mais claras, o projeto poderá evitar a
judicialização de muitos casos que buscam
aposentadoria especial.
Tramitação
O projeto foi distribuído, respectivamente, às
comissões de Assuntos Econômicos (CAE); e de
Assuntos Sociais (CAS). No 1º colegiado, o relator é
o senador Esperidião Amin (PP-SC), onde recebeu 29
emendas.
Fonte: Diap
16/12/2019 -
Bolsonaro acaba com multa de 10% do FGTS para
demissão sem justa causa
Em MP assinada por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira
(12), o governo acabou com a multa de 10% do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) paga pelas
empresas em demissões sem justa causa.
Com isso, as demissões feitas a partir de 1º de
janeiro de 2020 estarão dispensadas desse pagamento.
Quando um funcionário é demitido sem justa causa, a
empresa tem que calcular uma multa de 50% sobre
todos os depósitos realizados na conta desse
trabalhador. Desse total, 40% referem-se à uma
indenização pela dispensa e são pagos ao
funcionário. Os outros 10% vão para o governo.
Em 2018, o recolhimento desses valores somou R$ 5
bilhões em arrecadação ao FGTS. “Trata-se de um
tributo a mais a elevar o custo do trabalho,
tornando a dispensa sobremaneira onerosa para o
empregador, que já está sujeito ao pagamento da
multa de 40% sobre todos os depósitos ao Fundo e
suas remunerações”, diz.
Com o fim desse valor adicional, as demissões
ficarão mais baratas.
Com informações da Folha
Fonte: RevistaForum
16/12/2019 -
Proposta orçamentária para 2020 deve ser votada no
Congresso nesta terça-feira
O Congresso Nacional pode votar nesta que é a última
semana do ano de votações a Lei Orçamentária de
2020. A sessão está marcada para terça-feira (17). O
parecer do relator, deputado Domingos Neto, do PSD
cearense, estima um salário mínimo de R$1.031 para o
próximo ano. R$8 a menos que o previsto inicialmente
e 3,3% a mais que o valor atual, que é de R$998.
O relatório preliminar do orçamento ainda prevê
R$3,6 trilhões de receita e despesa. Porém, cerca de
25% desse valor é para o refinanciamento da dívida
pública.
Os deputados e senadores da Comissão Mista de
Orçamento ainda aumentaram o valor do Fundo
eleitoral do próximo ano de R$2 bilhões para R$3,8
bilhões.
Já a meta fiscal de 2020 prevê um déficit de R$124
bilhões. Será o sétimo ano seguido em que as contas
públicas fecham no negativo.
A proposta orçamentária ainda estima em 2,32% o
crescimento real do PIB de 2020 com uma inflação de
3,53%, segundo o IPCA.
Além do orçamento, a Câmara dos Deputados marcou a
votação dos destaques que podem alterar o texto base
do novo marco legal do saneamento. O projeto de lei
facilita a privatização de estatais do setor e exige
licitação para a prestação dos serviços.
Já no Senado Federal, está pautada a votação da
Medida Provisória que transfere o Coaf do ministério
da Economia para o Banco Central.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras foi
reestruturado pela MP. O órgão é responsável por
identificar lavagem de dinheiro ao monitorar
movimentações suspeitas.
Fonte: Portal EBC
16/12/2019 -
Dias Toffoli diz que Operação Lava Jato destruiu
empresas
Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
a Operação Lava Jato destruiu empresas. Em seu
entendimento, a operação "foi muito importante,
desvendou casos de corrupção, colocou pessoas na
cadeia, colocou o Brasil numa outra dimensão do
ponto de vista do combate à corrupção, não há
dúvida". "Mas destruiu empresas", afirmou.
O presidente da corte suprema criticou o Ministério
Público por falta de transparência e defendeu pontos
de vista contrários aos de Jair Bolsonaro, quando
este defende a tortura.
As declarações de Toffoli foram dadas em entrevista
ao jornal O Estado de S.Paulo.
Toffoli faz, além das críticas à Operação Lava Jato,
digressões sobre a evolução da vida política
nacional. "O Brasil vinha de governos de centro e
centro-esquerda. E mudou para um governo de direita.
Então houve, depois da redemocratização, uma
primeira vitória da direita com o apoio da
extrema-direita".
O presidente do STF diverge abertamente do ex-juiz
Sergio Moro, atual ministro da Justiça do governo de
extrema-direita de Jair Bolsonaro, sobre a proibição
da prisão depois da sentença de segunda instância.
Segundo Moro, a decisão do Supremo diminuiu a
percepção da população de que o combate à corrupção
diminuiu. "Isso [a opinião de Moro] não tem o menor
sentido. O STF julgou o 'mensalão', condenou várias
autoridades, vários empresários, inclusive
banqueiro. Foi dali que começou todo esse trabalho
de combate à corrupção, e (tiveram início) os
projetos de lei que levaram a esse arcabouço
jurídico, às normas de lei de combate ao crime
organizado. Então, o Supremo está firme no combate à
corrupção. Não é uma decisão que faz cumprir a
Constituição que vai surtir efeito numa percepção
quanto à corrupção", afirmou Toffoli.
Fonte: Brasil247
16/12/2019 -
Nova presidente do Tribunal Superior do Trabalho
defende mudar CLT
‘Precisa de mais atualizações’
1ª mulher eleita para o cargo
A nova presidente do TST (Tribunal Superior do
Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi, afirmou
que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)
“precisa de muita atualização ainda”. A afirmação
foi feita em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo
publicada nesta 2ª feira (16.dez.2019).
Na entrevista, Peduzzi concordou que a reforma
trabalhista pode trazer precarização, mas afirmou
que, com a “4ª revolução industrial”, as leis do
trabalho precisam ser atualizadas. “Convivemos com
modos de produção que eram impensáveis à época em
que a CLT foi editada”, disse.
A nova presidente do TST defendeu que a medida
provisória do Programa Verde e Amarelo não tem nada
a ver com reforma trabalhista. “Ela foi pontual,
quis-se estimular a empregabilidade”, declarou.
“O mundo mudou mesmo. No mundo todo o comércio abre
aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não
distinguindo mais 2ª feira de domingo. Sei lá,
talvez [o trabalhador] pode até preferir.”, disse,
ao ser questionada sobre a menção do trabalho aos
domingos na Medida Provisória.
A ministra assumirá a presidência da Justiça do
Trabalho em 19 de fevereiro de 2020, para 1 mandato
de 2 anos.
Fonte: Poder360
16/12/2019 -
Paim critica projeto que muda cota para contratação
de pessoas com deficiência
Em discurso nesta sexta-feira (13), em Plenário, o
senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu que a Câmara dos
Deputados rejeite o projeto de lei que flexibiliza a
lei que determina cotas para contratação de
trabalhadores com deficiência (PL 6.159/2019). Pela
proposta, as empresas, no lugar de contratarem esses
trabalhadores, poderão pagar à União uma taxa.
Segundo Paim, o próprio presidente da Câmara,
deputado federal Rodrigo Maia, afirmou que não
pautará o projeto, quando a matéria for encaminhada
ao Plenário daquela Casa. O senador citou ainda um
estudo (feito pela Comissão de Direitos das Pessoas
com Deficiência da Associação Nacional das
Defensoras e Defensores Públicos) que indica que as
cotas vão acabar, caso o projeto seja aprovado.
— Faz parte até da disputa de mercado, né? O que
farão as empresas? Quase que totalmente vão optar
pela outra forma que é apresentada e não vão
contratar pessoas com deficiência — lamentou.
Paim também fez um breve balanço das atividades
legislativas em 2019. Segundo o senador, o ano foi
marcado pela votação da reforma da Previdência e por
retrocessos na área trabalhista. Ele citou como
exemplo a Medida Provisória 905/2019, que institui o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Pela MP, as
empresas serão beneficiadas com a desoneração da
folha de pagamento. Mas esse tipo de medida nem
sempre gera os resultados esperados, alertou o
senador, ao afirmar que o mais provável é que a
receita da Previdência cairá e os empregos não serão
gerados.
Fonte: Agência Senado
16/12/2019 -
FGTS poderá distribuir mais que 50% dos lucros,
informa governo
Percentual de distribuição dependerá de saúde
financeira do fundo
Os trabalhadores poderão receber mais de 50% do
lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), informou sexta-feira (13) a Presidência da
República. Segundo a Secretaria Especial de
Comunicação Social, o percentual de distribuição a
ser definido todos os anos pelo Conselho Curador do
FGTS dependerá das condições financeiras do fundo.
Quinta (12), o presidente Jair Bolsonaro tinha
vetado a distribuição de 100% do lucro do FGTS aos
trabalhadores. O ponto tinha sido incluído pela
equipe econômica na própria medida provisória que
criou novas opções de saques para o FGTS, mas o
Ministério do Desenvolvimento Regional pediu que a
medida fosse vetada para não prejudicar os recursos
para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação
Social, a sanção da medida provisória revogou a
legislação anterior, em vigor desde 2017, que previa
a distribuição de metade dos lucros do FGTS aos
trabalhadores. Pela nova legislação, caberá ao
Conselho Curador definir o percentual de
distribuição todos os anos, sem o teto de 50%.
O veto não anula a distribuição de 100% do lucro de
R$ 12,2 bilhões do fundo em 2018, repassada para as
contas do FGTS no fim de agosto. Isso porque a
distribuição ocorreu durante a vigência da medida
provisória.
Fonte: Agência Brasil
13/12/2019 -
Acordo permite votação da admissibilidade da Reforma
Sindical para próxima terça (17)
Pautada para votação nesta quarta-feira (11),
a apreciação da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 196/19, do deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), que trata da Reforma Sindical foi
transferida para a próxima terça-feira (17). Por
meio de acordo de líderes, a matéria estará na
agenda da próxima semana, sem obstruções de
quaisquer natureza.
O texto recebeu complementação de voto do relator,
deputado Fábio Trad (PSD-MS), que excluiu 2 aspectos
relevantes da proposta para posterior debate, com
mais aprofundado na comissão especial, conforme nota
divulgada na terça-feira (10).
Tramitação
Superada essa fase inicial de discussão da proposta, o
texto vai ao exame de comissão especial, que vai
analisar o mérito da matéria, a partir de fevereiro
de 2020.
Na próxima sessão legislativa, que começa em
fevereiro de 2020, o governo deverá encaminhar a
proposta do Gaet (Grupo de Altos Estudos do
Trabalho) sobre Reforma Sindical. O envio do texto
do governo sobre o tema deverá ser 1 plus em relação
ao debate que vai ocorrer na Câmara dos Deputados
relativo à questão da estrutura sindical.
Até lá, é relevante que o movimento sindical, em
particular as centrais sindicais, se apetreche para
entrar no debate na comissão especial tecnicamente
preparadas, com pareceres e notas técnicas sobre os
principais temas da proposta em discussão.
Fonte: Diap
13/12/2019 -
Governo e entidades trabalhistas discordam sobre
modernização das normas de segurança
Em audiência pública da Comissão de Trabalho da
Câmara nesta quinta-feira (12), o representante do
Ministério da Economia, Rômulo Machado, defendeu a
atualização das normas que regulamentam a segurança
no trabalho. Segundo ele, 20% dos textos dessas
normas não foram alterados desde 1978, o que estaria
colocando a regulamentação em conflito com a
realidade atual.
“Nós queremos um sistema normativo que seja íntegro,
que seja moderno, que seja harmônico e tenha
conceito claros. Mais do que revisar normas
regulamentadoras, nós queremos reduzir a quantidade
de acidentes de trabalho no país”.
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto,
criticou o argumento do governo. Na opinião dela,
essa modernização representará apenas menor custo
para as empresas e maiores riscos para o
trabalhador.
“Enquanto números não forem levantados de como a
saúde e o meio ambiente do trabalho ficarão melhores
com as mudanças do que são hoje, o que nós estaremos
discutindo é mero aumento de lucratividade ao custo
grave da vida de brasileiros e brasileiras”,
reclamou.
Números
Segundo o Observatório Digital de Segurança e Saúde do
Trabalho, a cada 3 horas e 40 minutos um trabalhador
se acidenta e morre. De 2012 a 2018, 17 mil
trabalhadores morreram em decorrência de algum
incidente ou doença relacionados à atividade
laboral.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou que é preciso
discutir de forma mais ampla essas alterações, para
que não aconteça com a segurança do trabalho o que
houve com a flexibilização da lei trabalhista.
“Três NRs estão sendo modificadas no sentido de
facilitar a vida do empregador e de aumentar os
riscos para o empregado”.
Mudanças já feitas
Somente em 2019, o governo federal revogou a NR 2, que
estabelecia a obrigatoriedade de inspeção de um
fiscal do trabalho antes da abertura de uma empresa,
e alterou outras duas: a NR 1, retirando a
obrigatoriedade de novo treinamento para o
trabalhador ao mudar de emprego ou função; e a NR
12, que estabelecia parâmetros de segurança para uso
de máquinas e equipamentos.
Fonte: Agência Câmara
13/12/2019 -
Aposentados que contribuíram antes do Plano Real
podem pedir revisão, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) fez um alerta nesta
quinta-feira (12), em Plenário, aos aposentados que
contribuíram com a Previdência antes de 1999, quando
a moeda do Brasil não era o Real.
O parlamentar explicou que a base de cálculo
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é
feita pela média aritmética simples dos 80% maiores
salários durante todo o período de contribuição.
Porém, essa média só contabiliza os salários
recebidos após o Plano Real, ou seja, após 1994,
desconsiderando, assim, os vencimentos em outras
moedas como o Cruzado e o Cruzeiro.
Ao excluir esses valores, a norma pode ter
prejudicado o cálculo de alguns aposentados, disse
Paim. Por isso, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ)
proferiu uma sentença que abre jurisprudência para
corrigir essa questão prevista na lei 8.213/1991.
— Agora, todo o aposentado que desconfia ter sido
vítima de um erro de cálculo do benefício pode
solicitar a correção do valor do INSS com pedido
administrativo feito junto a agência da Previdência
Social ou entrar com uma ação na Justiça para
receber os atrasados — afirmou.
Fonte: Agência Senado
13/12/2019 -
STJ permite a chamada "revisão da vida toda" no
cálculo da aposentadoria
Por entender que deve ser aplicada a regra mais
vantajosa ao beneficiário, a 1ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça decidiu que os beneficiários do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem
pedir a chamada "revisão da vida toda".
A medida permite incluir contribuições feitas antes
de julho de 1994 nas aposentadorias do INSS. A
decisão foi tomada em dois recursos com repercussão
geral reconhecida. O colegiado, por unanimidade,
seguiu o voto do relator, ministro Napoleão Nunes
Maia Filho. O julgamento, que teve início em junho,
foi concluído nesta quarta-feira (11/12).
A discussão envolve a Lei 9.876/99, que reformou a
previdência. A mudança criou uma regra de transição
(artigo 3º da Lei 9.876/99), que desconsiderava para
o cálculo os valores recebidos antes de 1994.
Aqueles que se sentiram prejudicados com essa regra
foram à Justiça, e coube ao STJ definir a questão,
determinando que é possível aplicação da regra
definitiva prevista no artigo 29, I e II, da Lei
8.213/91, na apuração do salário de benefício,
quando mais favorável do que a regra de transição.
Para o advogado André Luiz Domingues Torres, do
Crivelli Advogados Associados, não é difícil
demonstrar que os possuidores de contribuições altas
nos meses anteriores a julho de 1994 tiveram essas
contribuições inutilizadas, uma vez que somente
foram levadas em consideração para o cálculo as 80%
maiores contribuições após julho de 1994.
“Dependendo das contribuições que o segurado fez ao
INSS antes de julho/1994, a revisão da vida toda
pode alterar substancialmente o valor mensal do
benefício, muitas vezes chegando a um aumento de
70%, mais os atrasados”, explica.
Ele lembra que para saber se esta revisão é
vantajosa é necessário um cálculo específico, e para
isso, é preciso ter a comprovação de todas as
contribuições vertidas ao INSS desde o primeiro
trabalho até a concessão da aposentadoria.
REsp 1.554.596
REsp 1.596.203
Fonte: Consultor Jurídico
13/12/2019 -
Bolsonaro veta distribuição total de lucro do FGTS
para trabalhadores
Contas só vão receber metade do lucro de cada ano
O trabalhador deixará de receber a totalidade do
lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). O presidente Jair Bolsonaro vetou a
distribuição total dos lucros da medida provisória
(MP) que autoriza as novas modalidades de saque.
Caberá ao Conselho Curador do FGTS definir o
percentual a ser distribuído anualmente, conforme a
legislação anterior.
A repartição integral do lucro constava da medida
provisória original e tinha sido proposto pela
equipe econômica. Segundo o despacho do presidente
publicado no Diário Oficial da União para justificar
os vetos, o governo desistiu da medida a pedido do
Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta
alegou que a distribuição total do resultado do FGTS
prejudicaria os recursos do Programa Minha Casa,
Minha Vida para a população mais pobre, enquanto
favoreceria os trabalhadores de maior renda.
“Ocorre que tal proposta contraria o interesse
público, pois reduz drasticamente os descontos
concedidos para famílias de baixa renda no programa
Minha Casa Minha Vida, reduzindo o acesso ao
programa pela camada mais necessitada da sociedade,
bem como aumenta o lucro do FGTS, de forma a
favorecer as camadas sociais de maior poder
aquisitivo, que são as que possuem maior volume de
depósitos e saldos na conta do FGTS”, explicou o
texto.
Caso o Conselho Curador decida repetir a legislação
anterior, em vigor desde 2017, o trabalhador só
receberá metade dos lucros anuais do FGTS. O valor é
calculado individualmente e é diretamente
proporcional ao dinheiro em cada conta em 31 de
dezembro do ano anterior. Contas com saldos maiores
recebem mais.
O veto não afeta a repartição do lucro de R$ 12,22
bilhões do FGTS em 2018, que foi distribuído
totalmente no fim de agosto e fez o fundo render
mais que a poupança neste ano. Isso ocorreu porque a
MP foi editada em julho, um mês antes de a
distribuição integral do lucro do ano passado ser
consumada. Em 2020, os trabalhadores voltarão a
receber metade do lucro deste ano, conforme a
legislação em vigor desde 2017.
Além de vetar a distribuição total dos lucros,
Bolsonaro rejeitou, também a pedido do Ministério de
Desenvolvimento Regional, um trecho da MP incluído
pelo Congresso que limitava os subsídios do FGTS ao
Minha Casa, Minha Vida. O veto preserva a verba de
R$ 9 bilhões para o programa habitacional no
Orçamento do próximo ano.
Atualmente, o FGTS é o grande responsável pela
manutenção do Minha Casa, Minha Vida, complementando
a dotação para o programa. Na faixa 1, destinada a
famílias que ganham até R$ 1,8 mil por mês, cerca de
90% do valor do imóvel é subsidiado com recursos do
Orçamento. No entanto, com o agravamento da crise
econômica nos últimos anos, o FGTS tem bancado
integralmente as obras nessa faixa e complementado
parte do subsídio para outras faixas.
Embora tenha vetado a distribuição total do lucro,
Bolsonaro sancionou a elevação do limite do saque
imediato de R$ 500 para R$ 998. A retirada extra, no
entanto, só valerá para contas que tinham saldo de
até R$ 998, valor equivalente ao salário mínimo, em
24 de julho. Para contas com mais de R$ 998,
continua vigorando o limite de saque de R$ 500.
Fonte: Agência Brasil
13/12/2019 -
Câmara transforma água em mercadoria e abre caminho
para privatizar saneamento
A reação dos parlamentares da oposição nas redes
sociais foi de indignação: “Água é vida, um direito
fundamental”, tuitou Erika Kokay
Por 276 votos a 124, a Câmara dos Deputados aprovou,
na noite da quarta-feira (11), o texto-base do
projeto que estabelece o marco legal do saneamento
básico. A proposta determina novas regras para o
setor e abre caminho para a exploração do serviço
pela iniciativa privada. Em resumo, os deputados
aprovaram a privatização da água.
Um dos pontos mais polêmicos do texto é o que torna
obrigatória a licitação do serviço de saneamento,
com a concorrência entre empresas estatais e
privadas. Da forma como é hoje, gestores podem
firmar contratos diretamente com as estatais, sem
licitação.
A reação dos parlamentares da oposição nas redes
sociais foi de indignação. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL)
disse: “A Câmara aprovou a privatização do
saneamento básico no Brasil. Metade dos brasileiros
não têm acesso a esgoto e 35 milhões à água tratada.
Quem decidirá se o município vai ter saneamento é o
potencial de lucro das grandes empresas. E o povo
ainda vai sentir no bolso! Votei não”.
Erika Kokay (PT) apontou que, com a decisão, haverá
aumento nas tarifas: “CÂMARA FEDERAL DECIDE: Está
privatizada a água em todo o território nacional!
Votei NÃO a esse retrocesso histórico que vai
penalizar, sobretudo, os mais pobres”.
“Parlamentares preparam um grande presente de Natal
para o povo brasileiro: a privatização da água. O
resultado será: – aumento da tarifa; –
desabastecimento; Água é vida, um direito
fundamental. Água não é mercadoria, nem pode ficar
sob a lógica do lucro!”, tuitou Erika.
Márcio Jerry (PCdoB) fez questão de dizer que votou
contgra a privatização. “Meu voto contra o projeto
de lei que abre caminho para a privatização do
saneamento e da água. Precisamos ampliar e
universalizar saneamento e abastecimento de água,
mas não é com privatização que alcançaremos este
objetivo. Votei não à privatização da água!”.
Talíria Petrone (PSOL) destacou “É escandaloso o que
foi aprovado agora na Câmara! Estão privatizando o
fornecimento de ÁGUA e esgoto tratado. Entregar para
a iniciativa privada significa encarecer o serviço,
piorar e ainda sem preocupação com os mais pobres.
Além de ser imoral! ÁGUA NÃO É MERCADORIA! É
DIREITO!”.
Fonte: RevistaForum
13/12/2019 -
Bolsonaro diz que aluno de universidade "faz tudo,
menos estudar"
Jair Bolsonaro disse durante discurso em Tocantins,
nesta quinta-feira (12), que os alunos fazem "tudo,
menos estudar".
"Entre as 200 melhores universidades do mundo, tem
algum brasileira? Não tem! Isso é um vexame! O que
que se faz em muitas universidades e faculdades do
Brasil, o (que o) estudante faz? Faz tudo, menos
estudar", afirmou Bolsonaro.
Num ano que o seu governo promoveu cortes nas
universidades e institutos federais, Jair Bolsonaro
culpa os estudantes pelos resultados apontados na
edição mais recente do ranking THE, da revista
"Times Higher Education", a Universidade de São
Paulo (USP) foi posicionada no bloco entre o 251º e
o 300º lugar.
No entanto, em anos anteriores o mesmo levantamento
já chegou a considerar a USP entre as 200 melhores
do mundo, em 2012 e 2013.
Em seguida, Bolsonaro questionou: "temos algum
Prêmio Nobel no Brasil?". O comentário foi feito
depois dele falar sobre o Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes (Pisa). "
"A China está em primeiro lugar, nós estamos nos
últimos. Qual a tendência, que poucos falam? Têm
vergonha de falar, porque, ó, é desrespeito. Não é
desrespeito, é uma realidade. São melhores, vão
viver melhores. Quantos e quantos outros países na
nossa frente", completou.
Bolsonaro disse ainda que "o Brasil não vai sair do
buraco por causa de uma pessoa só". "O meu nome é
Messias também, mas não faço milagre", declarou.
Fonte: Brasil247
13/12/2019 -
Comissão aprova projeto que regula atraso em
audiências de causas trabalhistas
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou projeto que permite que, nas
audiências da Justiça do Trabalho em que houver
atraso injustificado, partes e advogados deixem o
tribunal após 30 minutos de espera (PL 1539/19).
O texto, oriundo do Senado, insere dispositivo na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei
5.452/43), que atualmente só admite que as partes
deixem o tribunal após atraso do juiz por mais de 15
minutos.
O relator na comissão, deputado Rogério Correia
(PT-MG), defendeu a aprovação do texto. Segundo ele,
a proposta iguala previsão do Código de Processo
Civil – CPC ao Processo do Trabalho quanto ao
período de trinta minutos de tolerância.
“Com isso, põe fim à postergação das audiências,
fenômeno que vem tumultuando varas trabalhistas. A
aprovação do projeto estimulará uma maior
organização das pautas das audiências trabalhistas e
elevará o sentimento de igualdade entre as partes,
advogados e juízes”, explicou Correia.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
13/12/2019 -
Jornada contra MP 905 vai à Zona Leste conversar com
usuários de trens e metrô
No terceiro dia da Jornada de Lutas contra a Medida
Provisória 905 de Bolsonaro e Paulo Guedes,
dirigentes das Centrais Sindicais realizaram
panfletagens nas estações de metrô e trens da Zona
Leste da cidade.
Presidente da CTB São Paulo, Rene Vicente, esteve na
estação Artur Alvim. Segundo ele, a mobilização visa
alertar a população para os perigos da MP. “Com a
criação dessa carteira verde e amarela, o governo
Bolsonaro precariza ainda mais as condições de
trabalho para beneficiar os patrões. É preciso que a
população reaja antes que seja tarde demais”.
No panfleto distribuído em várias estações de metrô
da capital e em outras cidades do Estado de SP, as
Centrais elencam cinco medidas emergenciais contra o
desemprego, o cenário de recessão e a falta de
investimentos em saúde e educação.
Miguel Torres e Sérgio Nobre, presidentes Força
Sindical e CUT, respectivamente, distribuíram
panfletos na estação Brás. "Com mais informações, a
mobilização popular torna-se mais forte contra esta
MP 905 que, assim como a reforma trabalhista, não
irá gerar empregos de qualidade nem colaborar com a
retomada do desenvolvimento econômico do País", diz
Miguel Torres.
Fonte: Agência Sindical
12/12/2019 -
CCJ pode votar na próxima semana PEC que reorganiza
modelo sindical
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) da Câmara dos Deputados poderá analisar na
próxima semana a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC 196/19), do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que
reorganiza o modelo sindical no Brasil. A análise no
colegiado está restrita aos aspectos legais da
matéria, que terá seu conteúdo examinado por uma
[[comissão especial]] a ser criada.
Diversos deputados defendiam a análise do projeto
nesta quarta-feira (11), a partir de sua inclusão
extrapauta. Alguns parlamentares, no entanto, se
mostraram contrários à votação.
Um dos principais opositores da inclusão, o deputado
Gilson Marques (Novo-SC) por diversas vezes tentou
obstruir as votações. “Primeiro: a PEC não foi
apensada a sete PECs anteriores [que tratam de
assunto semelhante]. Segundo: existe uma questão de
ordem aqui na comissão com relação a procedimento
que não foi analisada. Nós vamos comprometer essa
discussão”, explicou. Ao final, ele aceitou retirar
a obstrução à matéria, desde que ela só entrasse na
pauta na próxima semana.
O deputado Enrico Misasi (PV-SP) também demonstrou
preocupação com a inclusão. “Não vejo urgência. Se
havia consenso, por que não incluir normalmente na
pauta? Eu não sei as consequências dessa PEC, não
tive tempo de estudar. Não me agrada esse argumento
de que a CCJ despacha e a comissão especial depois
verifica”, afirmou Misasi. Ele respondeu a deputados
que defenderam a admissão da PEC na CCJ e sua
posterior discussão na comissão especial a ser
criada, como o deputado José Guimarães (PT-CE).
Guimarães, por sua vez, alertou para o risco de a
CCJ não ter quórum na próxima semana, em razão das
sessões previstas do Congresso Nacional.
Pontos
Entre outros pontos, a PEC acaba com a unicidade
sindical, podendo uma mesma categoria ser
representada por várias organizações; cria um
mecanismo de representatividade para que o sindicato
só represente uma classe se tiver um percentual
mínimo de adesão; e retira o Estado da condição de
chancelador de sindicatos. “Hoje quem decide se o
sindicato representa uma categoria ou não é o
Ministério do Trabalho [atual Economia] e o da
Justiça, que concede uma carta, muitas a sindicatos
sem nenhum sócio”, explicou Marcelo Ramos.
O relator, deputado Fábio Trad (PSD-MS), retirou da
proposta os itens que poderiam levar à criação de um
imposto sindical a ser descontado na folha de
pagamento dos sindicalizados. Ele explicou que a PEC
é liberal, ao retirar o Estado da negociação entre
patrões e empregados. “Votar pela admissibilidade
desta PEC é dizer não ao modelo interventivo de
caráter autoritário aprovado lá na década de 30”,
afirmou.
Na avaliação do deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP),
trata-se de modernizar o setor para adaptá-lo à
livre negociação. “Essa proposta cria uma nova
estrutura. Os trabalhadores e empresários terão
liberdade para tratar seus problemas sem
interferência do Estado. Se tem uma coisa moderna
que muda a relação capital-trabalho, por que temos
que ficar presos no passado?”, questionou o
parlamentar. Quanto ao imposto sindical, ele
acrescentou que nem as centrais sindicais nem as
representações patronais o querem.
Fonte: Agência Câmara
12/12/2019 -
Secretário afirma que MP do Contrato Verde e Amarelo
gera empregos; oposição quer devolver texto ao
governo
O secretário de Previdência e Trabalho, Rogério
Marinho, disse que a Medida Provisória do Contrato
Verde e Amarelo (MP 905/19) tem a capacidade de
gerar 4 milhões de empregos até 2022, com novos
incentivos para a contratação de jovens,
reabilitação de incapacitados, flexibilização do
trabalho aos domingos e aumento do microcrédito.
Mas vários deputados da oposição pediram que o
Congresso devolva a MP ao governo, argumentando que
ela retira direitos dos trabalhadores. Marinho
participou de audiência pública na Comissão de
Trabalho da Câmara nesta quarta-feira (11).
O contrato Verde e Amarelo incentiva a contratação
de pessoas entre 18 e 29 anos de idade com mudanças
como a redução da alíquota de contribuição do FGTS,
de 8% para 2%; e a redução da multa em caso de
demissão sem justa causa, de 40% para 20%, desde que
haja acordo entre as partes.
Trabalho aos domingos
Marinho disse que o governo vai controlar as empresas
para que não haja substituição de trabalhadores
contratados pelas regras normais por outros que
terão as regras flexibilizadas. O secretário disse
que o trabalho aos domingos já existe para alguns
setores. A ideia agora é garantir a folga em pelo
menos um domingo a cada quatro para os trabalhadores
dos setores de comércio e serviço, e um domingo a
cada sete, para os trabalhadores da indústria.
Para o procurador do Trabalho, Márcio de Andrade, a
medida pode reduzir as possibilidades de um casal se
encontrar aos domingos:
“Quer dizer que se um casal que trabalha no
comércio, por exemplo, tem o seu descanso concedido
em dias diversos, eles nunca irão estar em casa ao
mesmo tempo no final de semana", observou.
O procurador afirmou ainda que a MP tem vários
pontos inconstitucionais.
Fiscalização
O representante da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Pablo Carneiro, defendeu a medida, citando
como exemplo a questão da ampliação da dupla visita
para os fiscais do trabalho. Ou seja, a primeira
visita não seria punitiva para as empresas
irregulares, mas teria um caráter de orientação.
O deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que, para a
oposição, são tantas as divergências que a MP
deveria ser devolvida. Segundo ele, um indicativo
disso é que o texto recebeu 1.930 emendas:
“Esta medida provisória é a das maldades para o povo
trabalhador. Precisa ser devolvida. Ela não tem nem
urgência e nem relevância. Por isso temos que
devolver. E se não devolver, derrotar a 905. Porque,
caso contrário, a modernidade não tem alma. A
modernidade destrói o povo e só pensa no lucro,
infelizmente", disse.
Emendas
Rogério Marinho afirmou que muitas emendas são para
aperfeiçoar o texto e não para reduzi-lo:
“Eu quero inclusive elogiar os deputados que se
debruçaram sobre a MP, tentaram entendê-la e estão
propondo supressões, alterações, aperfeiçoamentos...
Porque é assim que se faz no nosso Legislativo",
disse.
O secretário disse ainda que o mundo do trabalho
está mudando e que dois terços dos trabalhadores são
informais. Ou seja, não têm nem os direitos que
estão sendo flexibilizados pela MP.
Fonte: Agência Câmara
12/12/2019 -
Deputado Christino Áureo (PP-RJ) é designado relator
da MP 905/19
A comissão mista — de deputados e senadores —
foi instalada, nesta quarta-feira (11), com a
eleição do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) para
presidir o colegiado e a designação do deputado
Christino Áureo (PP-RJ) para relatar a MP 905/19,
que institui a Carteira de Trabalho Verde e Amarela.
A MP 905 aprofunda a Reforma Trabalhista nos termos
da Lei 13.467/17.
Os trabalhos da comissão mista só terão efetividade
em fevereiro, quando o Congresso Nacional retorna do
recesso parlamentar, que se inicia no dia 23 de
dezembro.
A MP recebeu número recorde de emendas. Foram 1.930
propostas de alteração do texto do governo. Dessas,
2 foram retiradas pelo autor. Sendo:
1) 887 supressivas, que retiram partes do texto;
2) 868 modificativas, que alteram o texto enviado pelo
Planalto;
3) 174 aditivas, que trazem novidades; e
4) 1 inválida, pois trata da MP 904 - extinção do
Dpvat.
Perfil do relator
Deputado, 1º mandato federal, carioca. Médico
veterinário e administrador. Foi eleito, em 2018,
com 47.101 votos.
Fonte: Diap
12/12/2019 -
Copom reduz juros básicos para 4,5% ao ano, o menor
nível da história
Comitê indicou que manterá Selic neste patamar
por um longo período
Pela quarta vez seguida, o Banco Central (BC)
diminuiu os juros básicos da economia. Por
unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
reduziu a taxa Selic para 4,5% ao ano, com corte de
0,5 ponto percentual. A decisão era esperada pelos
analistas financeiros.
Com a decisão desta quarta-feira (11), a Selic está
no menor nível desde o início da série histórica do
Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril
de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou
a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao
ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom
voltou a reduzir os juros básicos da economia até
que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018,
só voltando a ser reduzida em julho deste ano.
Em comunicado, o Copom indicou que será cauteloso e
deverá manter os juros básicos em 4,5% ao ano por um
longo período, sempre avaliando as condições da
economia. O BC reiterou a necessidade de
continuidade nas reformas estruturais da economia
brasileira para que os juros permaneçam em níveis
baixos por longo tempo.
Fonte: Agência Brasil
12/12/2019 -
O sindicalismo sempre lutou pelos Direitos Humanos,
diz Vargas Neto
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das
Nações Unidas (ONU) proclamou a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, o mais abrangente documento
pró-dignidade humana. Diz o artigo 1º: “Todos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados
de razão e de consciência, devem agir uns para com
os outros em espírito de fraternidade”.
O que a Declaração tem a ver com o Sindicalismo e os
trabalhadores? Tudo, especialmente num período de
ataques aos direitos, de estrangulamento da CLT,
extinção do Ministério do Trabalho, ou mesmo
relaxamento no combate ao trabalho escravo.
Para João Guilherme Vargas Neto, consultor de várias
entidades de classe e do Diap, acentua que “Embora o
movimento sindical não tenha comemorado a data,
manter esses direitos é uma pauta permanente”.
Segundo Vargas, os Direitos Humanos podem ser
entendidos em 3 pontos: político, social e humano.
“Conquanto seja subestimada, nossa participação é
decisiva, já que a ação sindical está vinculada a
esses direitos”, ele afirma.
O esboroamento das garantias trabalhistas perpetrado
pelo governo fere, de forma explícita, os direitos
fundamentais. “Ao extinguir a CLT, ou ao perseguir
os direitos dos deficientes, se mostra cúmplice. Do
mesmo modo como se torna corresponsável pelo drama
que as lideranças sociais e indígenas estão
sofrendo”.
Para o advogado Clóvis Renato Costa Farias, prêmio
especial da Anamatra para Direitos Humanos, em 2013,
“Quando o Brasil entrou na lista suja da Organização
Internacional do Trabalho, os sindicatos saíram em
defesa dos direitos. Agora que as pautas foram
alteradas, é necessário que mais pessoas saibam do
que se trata”, reitera.
O Sindicalismo, para o consultor, “luta contra a
tentativa de arrochar os trabalhadores, inclusive o
portador de deficiência, como tem acontecido”. E
conclui: “O movimento também se opõe ao cerceamento
da imprensa e toda destruição que vem ocorrendo”,
afirma Neto.
Fonte: Agência Sindical
12/12/2019 -
Sindicalistas alertam para desemprego em massa com
self service nos postos
A revogação da Lei nº 9.956/2000, que veda o
funcionamento de bombas automáticas nos postos de
abastecimento de combustíveis, causará desemprego em
massa no setor.
É a avaliação é de dirigentes dos frentistas, que
participaram terça (10) de audiência pública na
Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados para
debater o tema. Os Projetos de Lei 2302, 2792, 3864
e 4916/19 buscam implantar o sistema self service
nos postos.
Segundo Eusébio Luis Pinto Neto, presidente da
Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro), as
bombas operadas pelo próprio consumidor podem
fulminar os empregos de 500 mil frentistas, que
atuam em aproximadamente 42 mil postos em todo o
País.
“Quando lutamos pela Lei 9.956, evitamos que os
trabalhadores fossem maciçamente desempregados. Na
época, as distribuidoras já tinham adquirido redes
inteiras de postos com o objetivo de impor o sistema
self service, deixando o consumidor sem opção”, ele
conta.
Segundo o dirigente, a revogação da lei atende
apenas aos interesses das grandes distribuidoras,
que querem entrar na revenda e monopolizar o setor.
Para Luiz Arraes, presidente da Federação dos
Frentistas do Estado de São Paulo, os profissionais
da categoria estão presentes no Brasil inteiro,
prestando relevantes serviços. “Quando chega um
turista, um viajante qualquer que procura um
restaurante, um hotel, é num posto de combustível
que vai e tem no frentista todas as informações”,
comenta.
Ele alerta ainda para os riscos embutidos no
autosserviço. “Não precisamos falar o quanto é
perigoso um posto de combustível. Portanto, é um
ambiente que requer profissionais com habilidade pra
manusear produtos equipamentos”, diz, lembrando que
é alto o índice de incêndios e outros acidentes em
países que adotaram o self service.
O debate foi sugerido pelo deputado Daniel Almeida
(PCdoB-BA), que é relator dos Projetos em
tramitação. De acordo com o parlamentar, a audiência
foi uma oportunidade de ouvir os setores envolvidos,
“com o objetivo de atender aos interesses da
sociedade”. O evento reuniu também representantes
empresariais e de instituições técnicas.
Mais - Acesse os sites da Fenepospetro e da
Fepospetro.
Fonte: Agência Sindical
12/12/2019 -
CCJ confirma aprovação de PL da prisão após
condenação em 2ª instância
Manobra de senadores pode jogar discussão da
matéria para 2020
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
confirmou e concluiu nesta quarta-feira (11) a
aprovação da proposta que permite a prisão de
condenados após decisão em segunda instância. O
Projeto de Lei do Senado 166/2018, do senador Lasier
Martins (Podemos-RS), já havia passado pela primeira
aprovação terça (10) e precisava ser confirmado em
turno suplementar na CCJ.
O texto tem caráter terminativo, o que significa que
vai direto para a Câmara dos Deputados, a não ser
que pelo menos nove senadores requeiram a votação da
proposta também no plenário da Casa. Na prática é
isso que deve acontecer.
O tema é considerado polêmico e, por isso, o líder
do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE),
é um dos que articulam a coleta de assinaturas. A
estratégia para impedir qualquer chance de votação
da matéria neste ano é apresentar o recurso no
último dia de prazo, que é de cinco dias úteis,
contados a partir de hoje, da data de votação do
parecer na comissão.
Gaveta
Na terça-feira, em diversas oportunidades, o
presidente do Senado , Davi Alcolumbre (DEM-AP),
deixou claro que não pretende pautar o texto.
Alcolumbre afirmou que o Senado aguardará decisão da
Câmara no ano que vem sobre a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 199/2019, que trata do mesmo
assunto.
“ Em fevereiro estaremos aqui com todos os
argumentos.Essa é uma casa de embates e debates.
Podemos até ter a garantia de que a PEC vai cumprir
um calendário na Câmara, mas não temos do presidente
da Câmara [Rodrigo Maia (DEM-RJ)], nem ele poderia
dar, garantias de que será aprovada no plenário da
Câmara”, argumentou a presidente da CCJ, Simone
Tebet (MDB-MS).
Na opinião da senadora, nada justifica engavetar a
proposta do Senado sobre o tema em detrimento da PEC
que tramita na Câmara. “Não me lembro disso ter
acontecido, porque fere a independência de duas
Casas, que têm autoridade para caminhar em projetos
autônomos”, afirmou. O argumento da presidente da
CCJ tem apoio de pelo menos 43 senadores que
assinaram um manifesto pedindo que ela pautasse o
projeto na comissão.
Fonte: Agência Brasil
11/12/2019 -
PEC da Reforma Sindical está na pauta da CCJ desta
quarta (11)
Depois das vistas coletiva, na semana passada,
a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 196/19, do
deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que trata da Reforma
Sindical retorna à pauta da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), nesta quarta-feira (11),
com
complementação de voto
do relator, deputado Fábio Trad (PSD-MS).
Na complementação de voto, o relator propõe 2
alterações, que são retirar “o artigo que trata da
contribuição para negociação coletiva e da
composição e atribuições do conselho (Art. 8º, inc.
VI e § 1º).”
Trad explica, na complementação de voto, que esses
temas serão objeto de discussão na comissão
especial, que vai examinar e votar o mérito da
proposta.
Importante ressaltar que a CCJ se posiciona apenas
em relação à admissibilidade da proposta e suas
tecnicalidades.
Fonte: Diap
11/12/2019 -
Trabalhadores alertam população dos riscos da
carteira de trabalho verde-amarela: ‘Governo mente’
Nas primeiras horas da manhã desta terça (10),
representantes das centrais sindicais panfletaram e
fizeram caminhadas contra a MP 905, que pode levar
país à convulsão social, segundo presidente da CUT,
Sérgio Nobre
Sindicalistas marcam esta terça-feira (10) com o
início da jornada de luta em defesa de empregos e
direitos na região do ABC Paulista, que abrange os
municípios de São Bernardo do Campo, Santo André,
Diadema e Ribeirão Pires. Nas primeiras horas desta
manhã, representantes das centrais sindicais
panfletaram em frente aos terminais de trólebus e
estações de trem para alertar a população quanto aos
efeitos negativos da Medida Provisória (MP) 905 e da
política econômica do governo de Jair Bolsonaro. De
acordo com os organizadores, se aprovada a MP 905 do
governo, os direitos da classe trabalhadores serão
praticamente “rasgados” e os empregos, assim como as
condições de trabalho no Brasil, “precarizadas”.
Com diversas atividades programadas para ao longo do
dia, os sindicalistas seguiram da panfletagem aos
atos previstos na porta da empresa Colgate Palmolive
e na portaria da Volkswagen, em São Bernardo do
Campo, onde a manifestação foi acompanhada pelo
presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que, em
entrevista à Rádio Brasil Atual, criticou a proposta
da equipe econômica de Bolsonaro que, de acordo com
ele, pode levar o país a uma “convulsão social”.
Apresentada há um mês, a MP 905, que cria o chamado
contrato de trabalho “verde e amarelo”, é defendida
pelo governo como iniciativa para impulsionar o
emprego entre a população mais jovem, dos 18 aos 29
anos. Mas, na prática, ela desonera os empregadores
e coloca o ônus em cima dos empregados, explica o
presidente da CUT aos jornalistas Marilu Cabañas e
Cosmo Silva. “O que é a carteira verde e amarela? é
o trabalho sem direito nenhum e trabalho sem direito
é um trabalho escravo. O governo mente para a
população, diz que o país não cria empregos porque o
trabalhador tem direitos demais, que o custo de
trabalho é alto, e isso não é verdade, o que cria
emprego é investimentos, se não fizer investimento,
se as empresas e os comércios não demandar mão de
obra, não vai contratar, não importa a forma de
contratação”, afirma Nobre.
As centrais sindicais têm pedido a devolução da MP
905, que já tem quase duas mil emendas no Congresso.
Segundo o presidente da CUT, diante dos retrocessos
impostos pela medida, a executiva da entidade deve
deliberar nesta quarta (11) uma campanha nacional
contra a proposta do governo Bolsonaro.
A repórter Nahama Nunes, da Rádio Brasil Atual, que
acompanhava a mobilização no Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, conversou com
o presidente do SMABC, Wagner Santana, que reiterou
a defesa das centrais sindicais pela manutenção dos
direitos já garantidos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). “E essa medida provisória retira
vários deles”, apontou Wagnão.
“O recolhimento do fundo de garantia que hoje, para
um trabalhador formal, o patrão é obrigado a
depositar 8% do salário desse trabalhador, com essa
carteira verde e amarela cai para 2%. A multa em
caso de demissão que para o trabalhador normal é de
40%, cai pela metade, em 20%. Ai também existe o
pior absurdo disso que é a taxação do
seguro-desemprego, ou seja, os trabalhadores que já
são vitimados pelo desemprego, ainda terão que pagar
um imposto por estar desempregado. Esse é o
verdadeiro bolsa-patrão e é isso que vai financiar
essa parcela do INSS e do fundo de garantia. Os
patrões deixarão de pagar nessa carteira verde e
amarela, ou seja, é o desempregado pagando para
gerar emprego precário para trabalhadores jovens”,
observou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Dos atos em frente às fábricas e à entidade
sindical, os representantes das centrais seguiram em
caminhada até a rua Marechal Deodoro, uma importante
via comercial de São Bernardo, anunciando os riscos
existentes na MP 905. Estão previstas ações
semelhantes pela Jornada de luta em defesa de
empregos e direitos até sexta-feira (13). Com atos,
caminhadas e panfletagens agendadas para a região
central, as zonas leste e sul da capital paulista,
em Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, e em
Campinas, interior do estado.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/12/2019 -
Congresso instala nesta quarta (11) comissão mista
da MP 905/19
A comissão mista — de deputados e senadores —
do Congresso que vai examinar e votar,
preliminarmente, a MP 905/19, que cria a Carteira de
Trabalho Verde e Amarela vai ser instalada nesta
quarta-feira (11).
A MP recebeu 1.930 emendas que serão examinadas pelo
relator, que vai ser 1 deputado. Vai presidir o
colegiado 1 senador.
A MP 905 aprofunda a Reforma Trabalhista nos termos
da Lei 13.467/17.
Características das emendas à MP
Das 1.930 emendas apresentadas ao texto, 2 foram
retiradas pelo autor. Sendo:
1) 887 supressivas, que retiram partes do texto;
2) 868 modificativas, que alteram o texto enviado pelo
Planalto;
3) 174 aditivas, que trazem novidades; e
4) 1 inválida, pois trata da MP 904 - extinção do
Dpvat.
A MP está em tramitação há 30 dias (dos 120 dias de
vigência) — prazo que terá sua contagem interrompida
com o recesso de final/início de ano.
Temas das emendas
Os temas que mais foram abordados nas emendas são:
1) Auditor-Fiscal do Trabalho e Fiscalização = 289
emendas;
2) Novo contrato Verde e Amarelo = 155 emendas;
3) Pagamentos antecipados ao empregado = 113 emendas;
4) Incentivos fiscais ao novo modelo de contrato = 90
emendas;
5) Acidente de trabalho = 90 emendas;
6) Adicional de periculosidade = 86 emendas; e
7) Descanso semanal e trabalho aos domingos = 70
emendas.
A reunião de instalação do colegiado vai ser a
partir das 15h30, na Ala Senador Alexandre Costa, no
plenário 19.
Entre outras alterações na CLT, a Medida Provisória
905/19:
1) institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,
modalidade de contratação destinada à criação de
novos postos de trabalho para as pessoas entre 18 e
29 anos de idade, para fins de registro do primeiro
emprego em Carteira de Trabalho e Previdência
Social;
2) limita a contratação total de trabalhadores na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo a
20% do total de empregados da empresa;
3) determina que a modalidade de Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo permitirá a contratação de
trabalhadores com salário-base mensal de até 1
salário-mínimo e meio nacional, com contrato de
trabalho celebrado por prazo determinado, por até 24
meses, a critério do empregador;
4) isenta as empresas de parcelas incidentes sobre a
folha de pagamentos dos contratos na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.
5) estabelece que os trabalhadores contratados na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo
receberão prioritariamente ações de qualificação
profissional; e
6) altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1943) para,
entre outras medidas, autorizar o armazenamento em
meio eletrônico de documentos relativos a deveres e
obrigações trabalhistas, autorizar o trabalho aos
domingos e aos feriados e simplificar a legislação
trabalhista em setores específicos.
Trabalho aos domingos
A MP 905/19 promove ainda série de mudanças na CLT
para tratar de assuntos como regulamentação do
pagamento de gorjetas, armazenamento eletrônico de
documentos, trabalho aos sábados pelos bancários e
aos domingos e feriados nos demais setores. Este
último ponto retoma assunto já tratado pelo
Congresso Nacional este ano.
Em agosto, o Senado excluiu da MP da Liberdade
Econômica (MP 881/19, transformada na Lei 13.874/19)
artigo que previa o fim das restrições de trabalho
aos domingos e feriados, que tinha sido aprovado
anteriormente pela Câmara dos Deputados.
Conforme a MP 905, o empregado que trabalhar nos
setores de comércio e serviços aos domingos e
feriados terá direito a pelo menos 1 repouso semanal
remunerado coincidindo com o domingo a cada 4
semanas, e 1 vez no período máximo de 7 semanas para
o setor industrial. Quando a folga não recair em
domingo, o pagamento será em dobro.
Fonte: Diap
11/12/2019 -
2019: Bolsonaro edita 7 MP contra os trabalhadores
Ao longo deste 1º ano de mandato, que começou
em 1º de janeiro, o governo Bolsonaro editou 7
medidas provisórias, que retiraram direitos dos
trabalhadores. A mais recente e talvez a mais grave
e severa contra os assalariados foi a MP 905/19,
editada em 11 de novembro, que aprofunda sobremodo a
Reforma Trabalhista.
Para se ter uma ideia desse severidade, os
contratados sob essa modalidade de contrato terão a
multa do FGTS paga pelo patrão ao empregado demitido
sem justa causa cai de 40% para 20%; a alíquota de
contribuição do Fundo também foi reduzida de 8% para
2%.
Além disso, entre outras precariedades, os demitidos
terão incidência de contribuição previdenciária de
7,5% sobre o seguro-desemprego. Em contrapartida,
mantém o beneficiário na condição de segurado
durante o período de recebimento. Em consequência, o
tempo em que o beneficiário estiver recebendo passa
a contar para o cálculo de aposentadoria, o que é
diminuto atenuante. Veja quais são:
MP 870/19 - na reforma ministerial, extinguiu
o Ministério do Trabalho e o transformou numa
Secretaria do Ministério da Economia, sob o comando
do ex-deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que foi
relator da Reforma Trabalhista.
MP 871/19 - editou para combater fraudes no
INSS. Deu início à reforma da Previdência ao impor
dificuldades para a requisição de aposentadorias e
outros benefícios previdenciários.
MP 873/19 - introduziu mudanças nas regras da
contribuição sindical, impedindo o desconto em folha
dos trabalhadores para os sindicatos. A MP caiu por
decurso de prazo, isto é, não foi votada pelo
Congresso. A MP foi arquivada por perda de eficácia.
Mas durante o período em que esteve vigente causou
profundos prejuízos financeiros às entidades
sindicais.
MP 881/19 - a medida teve efeitos para além
da redução da burocracia ao flexibilizar regras
trabalhistas, como dispensa de registro de ponto
para empresas com até 20 empregados, a eliminação de
alvarás para atividades consideradas de baixo risco.
Além das mudanças no registo de ponto do
trabalhador, acabou com o E-social, permitiu a
desconsideração da personalidade jurídica e criou a
Carteira de Trabalho eletrônica. Além disso, o
relator incluiu dispositivos para ampliação do
trabalho aos sábados, domingos e feriados que foram
suprimidos durante sua tramitação na Câmara e
Senado.
MP 889/19 - Criou novas regras de saque do
FGTS como o saque-aniversário. Tentou acabar com a
participação dos trabalhadores no conselho curador e
ainda, por meio do relator, tentou impor o fim do
monopólio da Caixa na gestão do fundo para ser
submetido ao mercado financeiro. Além de mexer no
fundo destinado a várias políticas públicas, como
habitação, saneamento etc. A nova modalidade de
saque permite saque de parte do saldo do FGTS
(baseado em tabela de aniversário) no mês do
aniversário do contribuinte. Em contrapartida, caso
o trabalhador seja demitido sem justa causa, não
terá acesso ao resgate.
MP 891/19 - foi uma tentativa de revisão nos
benefícios previdenciários. Entre as mudanças na MP,
que foi arquivada, estão o pagamento do
auxílio-doença pelo empregador até 120 dias de
afastamento, com a devida compensação tributária;
reavaliação médica pericial da incapacidade em caso
de denúncia; desconto do Imposto de Renda sobre o
abono anual apenas em sua 2ª parcela; alteração das
regras para celebração de acordos de cooperação
técnica entre o INSS e órgãos e entidades da União,
dos estados e do Distrito Federal; e restrição à
compensação previdenciária nos casos de haver dívida
com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), a
cargo do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
MP 905/19 - faz uma 2ª Reforma Trabalhista ao
introduzir em normas temporárias para geração do 1º
emprego para jovens, entre 18 e 29 anos, mudanças na
legislação trabalhista, a CLT (Consolidação das Leis
Trabalhistas).
Fonte: Diap
11/12/2019 -
Maioria considera justa libertação de Lula, diz
Datafolha
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 54% dos
entrevistados aprovam a libertação do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, após decisão do Supremo
Tribunal Federal contra prisão após condenação em
segunda instância
Para a maioria da população foi justo soltar o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpriu
pena durante 580 dias como preso político da Lava
Jato. É o que aponta a mais recente pesquisa
Datafolha.
De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados
entendem que a libertação de Lula foi justa, ante
42% que a consideram injusta. Disseram não saber 5%
dos entrevistados.
A pesquisa ouviu 2.948 pessoas entre os dias 5 e 6
de dezembro em 176 municípios pelo país. A margem de
erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para
menos.
O ex-presidente conquistou a liberdade depois da
decisão Supremo Tribunal Federal que mudou antigo
entendimento da corte e considerou inconstitucional
a prisão de réus condenados que ainda tenham
recursos pendentes em cortes superiores, como é o
caso de Lula - indica reportagem de Felipe Bächtold
na Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
11/12/2019 -
STF adia julgamento bilionário sobre correção de
saldo do FGTS
Pode ter impacto de R$ 381 bi
AGU manifestou preocupação
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal),
ministro Dias Toffoli, confirmou ao Poder360 a
retirada da pauta de 5ª feira (12.dez.2019) do
julgamento sobre mudança na correção do FGTS (Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço).
O julgamento ficará para 2020. Na semana passada, a
AGU (Advocacia Geral da União) sinalizou preocupação
com a possível mudança no indicador e fez ofensiva
em gabinetes na tentativa de evitar rombo de pelo
menos R$ 381 bilhões com a troca da TR (taxa
referencial) pelo IPCA.
Aguarda análise ação do Solidariedade que questiona
dispositivos da Lei 8.036 de 1990 (artigo 13) e da
Lei 8.177 de 1991 (artigo 17) em que se cobra que o
reajuste dos saldos do FGTS esteja atrelado à
inflação.
O partido alega que a norma atual de reajuste pela
TR (taxa referencial) traz perda financeira ao
trabalhador e viola o direito consagrado ao fundo.
O Solidariedade ressalta, porém, que o STF já adotou
o entendimento de que a TR não pode ser utilizada
para esse fim, “por não refletir o processo
inflacionário brasileiro”, citando como precedentes
as ADIs 4357, 4372, 4400 e 4425.
Já havia expectativa para o adiamento desse
julgamento por causa da praxe do STF de retirar da
pauta processos controversos sobre perdas econômicas
sem que antes exista algum consenso sobre como
encontrar fundos para cobrir eventuais novas
despesas para o Erário.
Fonte: Poder360
11/12/2019 -
Documento do ministério desmente governo: programa
Verde-Amarelo vai criar apenas 270 mil empregos
Documento interno do Ministério da Economia, que
subsidiou as discussões sobre o programa
Verde-Amarelo, aponta que a medida irá gerar 270 mil
novos empregos até 2022. O número é inferior ao 1,8
milhão de empregos prometido pelo governo Jair
Bolsonaro quando lançou o programa.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, que
obteve o documento por meio da Lei de Acesso à
Informação, a nota técnica foi elaborada pela
Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério
da Economia.
A nova modalidade de contração do Programa
Verde-Amarelo beneficia empresas que contratarem
jovens entre 18 anos e 29 anos, em troca da redução
de até 34% nos encargos trabalhistas. A remuneração
não poderá ser superior a um salário mínimo e meio.
O programa prevê um custo de R$ 10 bilhões em cinco
anos, que seriam compensados com a tributação do
salário-desemprego, que passaria a descontar INSS e
outros tributos.
"Nos cinco anos, a expectativa é de uma arrecadação
de R$ 11 bilhões a R$ 12 bilhões. Ou seja, o governo
vai arrecadar mais com a medida que o custo estimado
pelo programa", destaca o jornal.
A nota técnica da SPE fala em um custo total de
pouco mais de R$ 7 bilhões. Mas além disso,
documento também coloca em dúvida a eficácia da
medida. “A desoneração promovida deve gerar empregos
no público-alvo, mas, por outro lado, cria margem
para substituição de trabalhadores não elegíveis no
mercado de trabalho”, diz o texto.
“O impacto do programa sobre a geração líquida de
empregos é, assim, incerto”, continua a nota.
Fonte: Brasil247
11/12/2019 -
Ocupação precária faz piorar condições de trabalho
no país, aponta Dieese
Índice que mede qualidade do mercado de trabalho
caiu no terceiro trimestre, com aumento do emprego
sem carteira e por conta própria, além de queda na
renda
O Índice da Condição de Trabalho (ICT), lançado
neste ano pelo Dieese, foi de 0,36 para 0,34 do
segundo para o terceiro trimestre, o que aponta
piora no mercado de trabalho. Segundo o instituto, o
resultado é consequência, principalmente, do aumento
do emprego precário no país. Quanto mais perto de
zero, pior é o resultado. No início de 2019, o
indicador estava em 0,40, sofrendo duas quedas
consecutivas.
“A economia brasileira tem apresentado baixo
crescimento (em torno de 1%, anualizado), abrindo
postos de trabalho em ritmo lento e, essencialmente,
em condições mais precárias”, afirma o Dieese. Com
isso, acrescenta, o índice “mantém-se em patamar
baixo e sem perspectivas de melhora estrutural,
diante do rebaixamento de direitos e da precarização
do trabalho”.
O dado do terceiro trimestre sofreu influência do
item Inserção Ocupacional, que caiu de 0,33 para
0,26, menor taxa da série histórica. O item
Rendimento também recuou, embora de forma menos
intensa: de 0,44 para 0,42, com queda na renda média
e crescimento na desigualdade. Já Desocupação teve
pequena melhora, de 0,31 para 0,33.
Em relação à entrada de pessoas no mercado de
trabalho, o Dieese chama a atenção para o
crescimento do assalariamento sem carteira e do
trabalho por conta própria. “Além disso, manteve-se
a redução do percentual de outros trabalhadores, que
não os estatutários e assalariados com carteira, que
contribuem para a previdência social.”
Fonte: Rede Brasil Atual
10/12/2019 -
Sindicalistas vão às ruas para denunciar efeitos
nocivos da MP 905 e da política econômica
Desta terça a sexta-feira, centrais sindicais
farão atividades na capital, Grande São Paulo e no
interior para conscientizar população sobre riscos
aos trabalhadores
Desta terça-feira até sexta-feira (10 a 13),
representantes das centrais irão às ruas para
mostrar à população os efeitos negativos da MP 905 e
da política econômica do governo. Ao mesmo tempo,
querem apresentar propostas alternativas. Estão
previstas atividades – como caminhadas e
panfletagens – na região do ABC (Santo André, São
Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires), na região
central e nas zonas leste e sul da capital paulista,
em Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, e em
Campinas, no interior.
Nesta terça-feira (10), os sindicalistas estarão na
portaria da Volkswagen e da Colgate-Palmolive e na
rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, em terminais
de trólebus e estações de trem. Na quarta, irão a 10
empresas metalúrgicas na região sul de São Paulo,
como a MWM, e nos terminais de Santo Amaro, do Largo
13 de Maio e da Praça Floriano Peixoto. No dia
seguinte, panfletagens em estações do Metrô (Arthur
Alvim, Barra Funda, Brás, Itaquera e Sé). Em
Campinas, haverá panfletagem e conversa com a
população em Campinas, no terminal intermunicipal e
no calçadão da Catedral. Por fim, a mobilização será
feita nas estações de Osasco e Carapicuíba.
“É um diálogo importante, para que a gente possa
socializar e conscientizar a população brasileira
acerca dos riscos que os trabalhadores e as
trabalhadoras correm com a Medida Provisória 905
que, se aprovada, vai rasgar os direitos da classe
trabalhadora, precarizar empregos e condições de
trabalho no Brasil”, diz o presidente da CUT São
Paulo, Douglas Izzo. “Se não tiver luta para
derrubar essa medida, ela vai permitir o aumento da
jornada de trabalho sem reajuste de salário, vai
obrigar o trabalho aos finais de semana, sem nenhum
adicional, e ainda vai taxar em quase 8% o
trabalhador que recebe o seguro-desemprego. Em
contrapartida, vai desonerar o patrão em quase 35%.”
Apresentada há um mês, a MP 905 cria o chamado
contrato de trabalho “verde e amarelo”, voltado ao
primeiro emprego de jovens de 18 a 29 anos. Recebeu
quase 2 mil emendas no Congresso. As centrais
pediram sua devolução.
Com informações de Érica Aragão, do Portal da CUT,
e da Força Sindical
Fonte: Rede Brasil Atual
10/12/2019 -
Bolsonaro e secretário negam plano para ressuscitar
imposto sindical
Rogério Marinho negou informação
O Antagonista publicou proposta
Secretário disse que é ‘fake news’
Presidente atribui ideia à Câmara
O secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, usou o
Twitter nesta 2ª feira (9.dez.2019) para negar que o
governo estude a volta do imposto sindical
obrigatório. Mais tarde, o próprio presidente Jair
Bolsonaro também usou a rede social para negar a
informação. Disse que a proposta de criar o imposto
consta de uma PEC (proposta de emenda à
Constituição) “de autoria de parlamentares” –
conforme ressaltou o presidente.
A negativa de Marinho se deu após reportagem do site
O Antagonista que mencionava suposta PEC elaborada
pelo Grupo de Altos Estudos do Trabalhador para
recriar o tributo sob outro nome. Segundo o site,
haveria também o envio de 1 projeto de lei para
alterações legislativas infraconstitucionais.
O site também afirmou que Marinho ficou de conversar
com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
sobre a possibilidade de indicar o relator para a
PEC. Marinho disse que a informação é “fake news”.
Em outra publicação, o site respondeu: “Fake news,
uma ova, Marinho“. O secretário tuitou que é
“estranha” a insistência do site com a
informação e que não há hipótese de o governo propor
“retrocesso da volta da compulsoriedade do
imposto sindical”.
“Primeiro, governo não bateu martelo, segundo não
recebemos relatório final, terceiro não procurei o
Maia para tratar de relator de PEC que sequer está
escrita, quarto fui relator da lei que acabou
imposto, por fim ainda não fui procurado pelo site
(estranho)”, escreveu Marinho.
Fonte: Poder360
10/12/2019 -
PEC da Reforma Sindical pode ser admitida na CCJ
nesta semana
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da
Câmara dos Deputados agendou reunião de segunda a
quinta-feira (12) e pode pautar a PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) 196/19, que trata da Reforma
Sindical. A PEC dá "nova redação ao artigo 8°da
Constituição Federal e altera o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias."
Veja
quadro comparativo entre a versão anterior (PEC
171) e a versão atual (PEC 196)
A proposta constou da pauta do colegiado na semana
passada. Em razão de pedido de vistas coletiva, o
texto não foi votado.
A proposta, do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), conta
com parecer pela admissibilidade do relator,
deputado Fábio Trad (PSD-MS). Trata-se da 1ª fase de
tramitação de PEC na Câmara dos Deputados.
Tramitação
Aprovada a admissibilidade, o texto segue para análise
de mérito em comissão especial a ser criada e
instalada para esse fim. Esta é a 2º fase de
tramitação da proposta.
Chancelada na comissão especial, a PEC vai ao exame
do plenário, em 2 turnos de votações, que para ser
aprovada necessita de no mínimo 308 votos. Estas são
a 3ª e 4ª fases de tramitação de PEC na Câmara dos
Deputados. Fim das quais vai ao exame do Senado
Federal.
Fonte: Diap
10/12/2019 -
Comissão debate flexibilização das normas de
segurança no trabalho
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público realiza audiência pública na quinta-feira
(12) para discutir "Os riscos de flexibilização das
Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde do
Trabalhador". O encontro atende requerimento da
deputada Erika Kokay (PT-DF).
Em seu pedido para realização da audiência a
deputada afirma que, na contramão da prevenção aos
acidentes de trabalho, o governo federal pretende
revisar as normas regulamentadoras relativas à saúde
e à segurança dos trabalhadores, o que para ela "soa
como grande retrocesso às leis de proteção social e
já desperta preocupações em parlamentares,
especialistas, autoridades trabalhistas e entidades
sindicais".
Foram convidados para o debate:
- a procuradora-chefe do Ministério Público do
Trabalho da 10° Região, Valesca de Morais do Monte;
- a presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), a juíza Noemia
Aparecida Garcia Porto;
- o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues;
- o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério
da Economia, Rogério Marinho;
- o presidente da Associação Brasileira de Saúde
Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo e Silva; e
- representante da Coordenadoria Nacional de Defesa do
Meio ambiente do Trabalho do Ministério Público do
Trabalho, Luciano Lima Leivas.
Hora e local
A audiência será às 14 horas, no plenário 12, e será
interativa.
Fonte: Agência Câmara
10/12/2019 -
Brasileiros confiam mais em Lula do que em Bolsonaro
Pesquisa Datafolha revela que o ex-presidente
Lula é depositário de mais confiança da população do
que o atual ocupante do Palácio do Planalto. O
reconhecimento de Lula contrasta com a pouca
confiança depositada no atual governante de
extrema-direita
Pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 5 e 6
de dezembro questionou os entrevistados sobre se
eles confiam nas declarações do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Dentre estes, 25% afirmam que
sempre confiam em Lula, enquanto que 36% declaram
que às vezes têm confiança no que o ex-presidente
fala . Os que dizem não confiar nunca somam 37%.
Por outro lado, o Datafolha constatou um elevado
grau de desconfiança em Jair Bolsonaro: 43% disseram
nunca confiar no que Bolsonaro diz e outros 37%
afirmam que apenas às vezes confiam. O percentual
dos que confiam sempre ficou no baixo patamar de
19%, informa a Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
10/12/2019 -
Beneficiários começam a receber nesta terça-feira o
13º do Bolsa Família
O abono natalino, equivalente ao 13º salário, começa
a ser pago nesta terça-feira (10) aos beneficiários
do Bolsa Família.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, que
administra os pagamentos, mais de 13 milhões de
famílias estão sendo atendidas pelo programa neste
mês de dezembro.
O governo vai investir R$2,5 bilhões com o pagamento
do 13º.
O dinheiro extra será pago com o mesmo cartão, nas
mesmas datas e por meio dos mesmos canais pelos
quais os beneficiários recebem as parcelas regulares
do Bolsa Família.
O calendário de pagamentos seguirá o dígito final do
NIS, o Número de Inscrição Social, do responsável
familiar apresentado no cartão do programa.
Beneficiários que têm o final 1 recebem nesta
terça-feira (10). O pagamento será feito até o dia
23 de dezembro. O cronograma completo de pagamento
está no site da Caixa.gov.br.
Fonte: Portal EBC
10/12/2019 -
Aprovação de Sergio Moro supera a de Bolsonaro em 1
ano de governo
Dados são de pesquisa do Datafolha
Ministro mais bem avaliado do governo
O ministro Sergio Moro (Justiça) é o mais bem
avaliado no 1º ano de governo do presidente Jair
Bolsonaro. Moro aparece com apoio popular maior do
que o do próprio presidente, de acordo com pesquisa
Datafolha divulgada nesta 2ª feira (9.dez.2019).
Segundo a pesquisa, realizada na 5ª (5.dez.2019) e
6ª feira (6.dez.2019), Moro é o ministro mais
conhecido entre entrevistados, com 93% de
reconhecimento. Entre esses, 53% avaliam como boa ou
ótima sua gestão no ministério. Outros 23%
consideram regular, enquanto 21% consideram ruim ou
péssima. Dos entrevistados, 3% não souberam opinar.
A 2ª gestão mais bem avaliada é da ministra Damares
Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), com 43%
de ótimo/bom. Paulo Guedes (Economia) aparece logo
em seguida, com 39% de ótimo/bom. Tanto Damares
quanto Guedes apresentam resultado melhor do que
Bolsonaro.
A pesquisa foi feita com 2.948 entrevistados em 176
municípios do país. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos, e tem nível de
confiança de 95%.
Fonte: Poder360
10/12/2019 -
Paim cita estudo que estima lucro alto dos bancos
com reforma da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) citou, nesta
segunda-feira (9), em Plenário, estimativa da
consultoria Mercer, baseada em estudo do Fundo
Monetário Internacional (FMI), que revela que, com a
reforma da Previdência, os bancos deverão lucrar
R$480 bilhões em dez anos.
Segundo o senador, com a redução dos benefícios
pagos aos trabalhadores, os mais pobres,
especialmente, serão obrigados a poupar parte do
salário para garantir uma aposentadoria mais digna,
revelou a consultoria. Mas como boa parte da renda é
destinada ao pagamento das despesas domiciliares, é
difícil que essa poupança saia do papel, concluiu
Paulo Paim.
— A reforma da Previdência, segundo os cálculos que
me foram apresentados, é um dos maiores desastres
sociais incentivados e realizados pelo governo. O
alvo é a grande maioria dos trabalhadores que se
aposentariam com um a três salários-mínimos — disse.
O senador acrescentou que a falência do sistema
previdenciário brasileiro interessa aos
bancos. Segundo ele, essas instituições defendem o
regime de capitalização, para que os trabalhadores
destinem parte de seu salário para um plano privado
de Previdência gerenciado justamente pelas
instituições financeiras.
O senador Paulo Paim ainda apresentou voto de pesar
pela morte do empresário e jornalista Renato César
de Carvalho, presidente da Associação dos Jornais do
Interior do Rio Grande do Sul. Renato César de
Carvalho morreu em Cruz Alta, aos 64 anos de idade.
Fonte: Agência Senado
10/12/2019 -
Justiça do Trabalho não pode impedir greve de
acontecer, decide TST
A Justiça do Trabalho não pode impedir greves de
acontecer, especialmente por meio de decisões
monocráticas. Com esse argumento, a Seção de
Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho
cassou a liminar do ministro Ives Gandra Marins
Filho que acolhia pedido da Petrobras e impedia a
greve dos petroleiros, sob pena de multa diária de
R$ 2 milhões. A decisão foi tomada nesta
segunda-feira (9/12).
Venceu o voto do ministro Maurício Godinho Delgado,
primeiro a divergir do ministro Ives, relator. Em
liminar do dia 23 de novembro, Ives decidiu que a
convocação da greve era ilegal porque aconteceu
menos de 20 dias depois da assinatura de acordo
coletivo entre os petroleiros e a Petrobras. "Não há
prova nem tempo para o descumprimento da norma
coletiva em vigor que justifique a deflagração da
greve", disse Ives Gandra, na liminar.
Para o ministro Godinho, no entanto, o direito de
greve é constitucional e a Justiça do Trabalho não
pode impedir greves antes de elas acontecerem —
pode, no máximo, estabelecer indenizações e multas
por danos causados e estabelecer percentuais mínimos
de funcionamento das empresas.
Com a decisão, caiu também a multa imposta pelo
ministro Ives, que já passava dos R$ 30 milhões.
Godinho foi acompanhado pelos ministros Lélio
Bentes, Kátia Arruda e Brito Pereira, presidente do
tribunal. Ives, que é ex-presidente do TST, foi
acompanhado pelos ministros Aloysio Corrêa da Veiga
e Dora Maria da Costa. O ministro Renato Lacerda
Paiva se declarou suspeito e não participou do
julgamento.
Tutela Cautelar Antecedente
1000961-35.2019.5.00.0000
Fonte: Consultor Jurídico
10/12/2019 -
Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho será debatida na quinta-feira
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência promove, na quinta-feira (12), um fórum
para possibilitar a troca de experiências entre
empresas que atuem na promoção dos direitos das
pessoas com deficiência.
A deputada Érika Kokay (PT-DF), que pediu a
realização do evento, afirma que o objetivo do fórum
é "debater as experiências das empresas que já
trabalham com essa visão inclusiva tem o objetivo
central de mostrar exemplos bem-sucedidos de
inclusão para muitas outras que ainda não
conseguiram implantar práticas eficientes de
inclusão da pessoa com deficiência no mercado de
trabalho."
Foram convidados para participar:
- o diretor-presidente do Banco de Brasília (BRB),
Paulo Henrique Bezerra R. Costa;
- o presidente do Banco do Brasil, Rubem de Freitas
Novaes;
- a procuradora do Trabalho do Ministério Público do
Trabalho Ludmila Reis Brito Lopes;
- o secretário de Trabalho do DF, João Pedro Ferraz
dos Passos;
- a representante do Fórum de Inclusão das Pessoas com
Deficiência no Distrito Federal Roselma da Silva
Cavalcante; e
- o diretor- presidente da BR Distribuidora, Rafael
Salvador Grisolia.
O evento será realizado às 10 horas no plenário 13 e
terá transmissão interativa.
Fonte: Agência Câmara
09/12/2019 -
Jornada das Centrais começa terça com ato na
Volkswagen, no ABC
Começam as ações de massa do sindicalismo contra as
maldades da Medida Provisória 905, do presidente
Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. O
movimento denuncia a MP como mais um grave ataque a
direitos, precarização do trabalho e mesmo ameaça a
diversas profissões. Na frente parlamentar, o
esforço sindical junto a Davi Alcolumbre, presidente
do Senado, é para que a Medida 905 seja devolvida ao
Executivo.
A massificação da luta começa no ABC Paulista nesta
terça, dia 10, quando sindicalistas e ativistas das
Centrais estarão na Volks e em outras fábricas da
região, a partir das 5 horas. Eles farão panfletagem
de material unitário. Participam CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB,
Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e
Conlutas. O material, basicamente, denuncia os
ataques da 905 e chama os trabalhadores à
resistência.
Agenda - Sexta, dia 6, as Centrais se
reuniram na Força Sindical, quando aprovaram a
“Jornada de Lutas por Empregos e Direitos” - com
panfletagens e mobilizações durante a semana,
especialmente entre os dias 10 a 13 de dezembro.
Na Colgate/Palmolive, na Rodovia Anchieta no Rudge
Ramos, e na Marechal Deodoro também terá mobilização
dos trabalhadores.
Nos dias 12 e 13 acontecerão panfletagens e
mobilizações também em fábricas de São Paulo, várias
estações de Metrô, terminais de ônibus e praças.
Cidades como Campinas, Osasco e Carapicuíba também
estão no roteiro das mobilizações.
Dirigente - Wagner Gomes é metroviário e
secretário geral da CTB. Ele diz: “A panfletagem
encerra o ano com as Centrais Sindicais e entidades
de base na ofensiva. Nosso papel, agora, é informar
e conscientizar os trabalhadores, como também a
população usuária do transporte coletivo, da
gravidade dessa nova onda de ataques”.
Representantes - Estiveram presentes,
representando a Força Sindical seu presidente Miguel
Torres, representando a CUT Douglas Izzo, Mané
Melato pela Intersindical Instrumento de Luta, Nilza
Pereira representando a Intersindical, Mancha pela
Conlutas.
CALENDÁRIO DE AÇÕES
Dia 10/12 - Terça-feira
5 horas - Volks - Rodovia Anchieta Km 23 - SBC.
5h30 horas - Colgate - Rodovia Anchieta, sem número -
Rudge Ramos/SBC.
6 horas - Panfletagens nos terminais de Trolebus em
SBC, Diadema e Santo André e nas estações de trem em
Ribeirão Pires e Santo André.
08h30 - Panfletagem e diálogo com a população na Rua
Marechal Deodoro - Centro de SBC.
Dia 11/12 - Quarta-feira
5 horas - Panfletagem na metalúrgica MWM – Avenida
Nações Unidas 22.002 e em mais 10 fábricas da Zona
Sul de São Paulo.
8 horas - Panfletagem e diálogo com a população nos
terminais de Santo Amaro e Largo 13 de Maio. Também
vai ter mobilização na Praça Floriano Peixoto, na
Zona Sul de São Paulo.
Dia 12/12 - Quinta-feira
6 horas - Panfletagens nas estações de metrô em São
Paulo: Itaquera, Arthur Alvin, Sé, Barra Funda e
Brás.
8 horas - A luta será em Campinas. Terá panfletagem e
diálogo com a população no terminal de ônibus
intermunicipal e no Calçadão da Catedral.
Dia 13/12 - Sexta-feira
6 horas - Panfletagem nas estações de Osasco e
Carapicuíba.
Fonte: Agência Sindical
09/12/2019 -
Entidades do FST definem agenda de ações sindicais e
parlamentares
O Fórum Sindical dos Trabalhadores reuniu quinta
(5), em Brasília, representantes de Confederações
filiadas, com o objetivo de debater os próximos
passos para viabilizar o PL 5.552, que trata da
reforma sindical e regulamenta o Artigo 8ª da
Constituição.
A entidade lançou recentemente campanha junto às
categorias, a fim de levar para as bases a discussão
sobre o conteúdo do projeto de lei.
A proposta, apresentada pelo deputado Lincoln
Portela (PL-MG), visa regulamentar o Artigo 8º da
Constituição, que assegura a estrutura sindical,
mantém a unicidade e também a representação por
categoria profissional.
Sindicalistas de diferentes setores analisaram as
condições reais do projeto na atual conjuntura
parlamentar. Oswaldo Augusto de Barros, coordenador
do FST e presidente da CNTEEC (Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura), avalia que houve avanços.
Acompanhado de dirigentes de várias entidades e de
assessores, o professor Oswaldo esteve quarta (4) na
Câmara dos Deputados, para encontro com o presidente
da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os contatos
incluíram o autor do PL 5.552 e também o deputado
Marcelo Ramos (PL-AM), autor da PEC 196 (Proposta de
Emenda Constitucional) que altera a estrutura
sindical e a representação por categoria
profissional.
Outros parlamentares e líderes partidários também
foram contatados. “A audiência com Rodrigo Maia e
demais parlamentares foi muito produtiva. Tenho
certeza que nosso Projeto ganhou mais força e
densidade”, afirma o dirigente.
No encontro desta quinta, os dirigentes do FST
também definiram calendário de reuniões com
entidades de classe, setores do patronato e
lideranças partidárias.
Mais informações: fstsindical.com.br
Fonte: Agência Sindical
09/12/2019 -
Entidade sindical questiona no STF fim de restrições
para trabalho aos domingos e feriados
Para autora, mudança prevista na MP 905/919 não tem
justificativa e seria retrocesso social.
A CNTC - Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio ajuizou ação no STF pedindo a suspensão de
dispositivos da MP 905/19, que autorizam o trabalho
aos domingos e feriados sem restrições. O ministro
Luís Roberto Barroso é o relator da ação.
Na ADIn 6.267, a confederação afirma que a liberação
para o trabalho aos domingos e feriados no comércio,
que pressupõe a autorização em convenção coletiva,
foi construída por meio de ampla negociação entre o
extinto ministério do Trabalho e as categorias
profissionais e econômicas envolvidas.
No entanto, para a entidade, na exposição de motivos
da MP 905/19, não há qualquer justificativa para a
previsão de que os empregados podem ser obrigados a
trabalhar três domingos por mês e folgar apenas um,
o que seria um retrocesso social.
“Desta forma, o descanso que deveria ser
preferencialmente aos domingos, deixou de ser
regramento para virar exceção com a nova sistemática
implementada pela medida provisória ora atacada”.
O ministro Barroso solicitou a manifestação da
presidência da República, da AGU e da PGR antes de
decidir sobre o pedido de medida cautelar.
Processo: ADIn 6.267
Fonte: Migalhas
09/12/2019 -
Bolsonaro termina primeiro ano de mandato com
aprovação menor que FHC, Dilma e Lula
Somente Michel Temer e Itamar Franco chegaram ao
fim do primeiro ano com reprovação maior que a do
atual presidente
Com apenas 30% de aprovação, o presidente Jair
Bolsonaro chega ao fim de seu primeiro ano de
governo com a pior avaliação desde o governo de
Fernando Henrique Cardoso, com exceção apenas de
Michel Temer e Itamar Franco. Em seu primeiro ano de
mandato, FHC possuía 41% de aprovação, seguido por
Luiz Inácio Lula da Silva, com 42%, e Dilma
Rousseff, com 59%. Os dados são de pesquisa
Datafolha divulgada neste domingo (8).
Somente Michel Temer (MDB) e Itamar Franco chegaram
ao fim do primeiro ano com reprovação maior que a de
Bolsonaro. Um ano após o golpe contra Dilma, Temer
era reprovado por 61%.
A pesquisa também revelou que, para 39% da
população, a imagem do Brasil no exterior piorou um
ano depois que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência.
Outros 25% dizem que o prestígio do país ficou igual
e 31% afirmam que ele melhorou.
A percepção do entrevistados pelo Datafolha é bem
próxima à realidade. Pesquisa da Imagem Corporativa,
publicada em maio, feita no primeiro trimestre com
1.822 reportagens de grandes veículos de imprensa de
onze países revelam que 73% delas eram negativas,
seja pelo acidente em Brumadinho, pelo presidente
desconectado das pautas do século XXI ou ainda pela
economia em retração.
Fonte: RevistaForum
09/12/2019 -
Brasil cai em Índice de Desenvolvimento Humano e o
motivo principal é a desigualdade
Relatório apontou que quase um terço de todas as
riquezas do Brasil estão concentradas nas mãos dos
1% mais ricos; os dados são referentes a 2018, mas
podem piorar nos próximos anos porque as políticas
de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes tendem a agravar
ainda mais a desigualdade
"O Brasil ficou na 79ª posição no ranking do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
nesta segunda-feira (9)", aponta reportagem do G1. O
Brasil caiu uma posição no ranking mundial em
relação à publicação anterior, passando da 78ª para
79ª.
"O Pnud também avaliou, em 150 países, o IDH
'ajustado às desigualdades'. Este índice mede a
perda do desenvolvimento humano devido à
distribuição desigual dos ganhos do IDH. Nesta
avaliação, o Brasil ficou com o índice 0,574 e
ocupou a 102ª posição. Na América do Sul, o país foi
o segundo que mais perdeu no IDH devido ao ajuste
realizado pela desigualdade, ficando atrás apenas do
Paraguai (que foi da posição 98, com 0,724, para a
posição 112, com 0,545)", aponta ainda a reportagem.
Fonte: Brasil247
09/12/2019 -
Ao contrário de Lula, Bolsonaro piorou a imagem do
Brasil no mundo, mostra Datafolha
A pesquisa Datafolha também revelou que Jair
Bolsonaro está esculhambando a imagem do Brasil no
mundo – diferentemente do aconteceu, por exemplo, no
governo do ex-presidente Lula, quando o país era
admirado e respeitado
Jair Bolsonaro está destruindo o capital simbólico
do Brasil e avacalhando a imagem do país no mundo.
Esta é uma conclusão que se pode tirar da pesquisa
Datafolha divulgada neste domingo.
"O levantamento mostra que 39% acham que a imagem do
Brasil no exterior piorou um ano depois que
Bolsonaro assumiu a Presidência. Outros 25% dizem
que o prestígio do país ficou igual e 31% afirmam
que ele melhorou", aponta a reportagem de Ricardo
Balthazar.
"Em dezembro de 2003, no fim do primeiro ano do
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), 53% achavam que seu governo tinha contribuído
para melhorar a imagem do país no mundo e somente 7%
diziam que ela tinha piorado, segundo o Datafolha",
escreve o jornalista.
Fonte: Brasil247
09/12/2019 -
Pressionado, governo diz que revogará medida que
excluía atividades artísticas do MEI
Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Rodrigo Maia (MDB-RJ)
foram alguns dos parlamentares que se mostraram
contrários à resolução
A resolução nº 150 do Comitê Gestor do Simples
Nacional (CGSN), publicada pelo Diário Oficial da
União na última sexta-feira (6), determinou a
exclusão de várias atividades culturais da lista de
cadastro de Microempreendedores Individuais (MEI). A
decisão passaria a vigorar em janeiro de 2020, mas a
reação foi tão negativa que o governo Bolsonaro
anunciou que revogará a medida.
Das 14 ocupações excluídas, sete seriam ligadas à
cultura. Entre elas estavam: cantor(a); DJs;
humorista e contador(a) de histórias; proprietários
de bar e congêneres com entretenimento; e
instrutores de diversas modalidades. Outros
professores particulares também foram afetados, além
de esteticistas e astrólogos.
A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) divulgou
neste sábado (7) um áudio afirmando que seu partido
estuda entrar com um Projeto de Decreto Legislativo
(PDL) para anular a resolução, além de entrar com
denúncia na Comissão Interamericana de Direitos
Humanos, alegando censura.
Para ela, a resolução faz parte de uma ofensiva do
governo federal contra a cultura, expressa em vetos
de editais e intervenções na Agência Nacional do
Cinema (Ancine). Em rede social, a deputada disse
que essa é "mais uma medida cruel desse governo. Vai
ter luta!".
No mesmo sentido, o presidente da Câmara Rodrigo
Maia se manifestou contrariamente à resolução em sua
conta do Twitter, neste sábado (7). "A cultura – e
todos que trabalham com ela – é um patrimônio do
país", disse.
Maia chegou a afirmar que articulava com o
presidente do senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) a
votação do PDL na terça (10) e quarta (11) da
próxima semana.
Direitos em risco
Nas redes sociais, a medida repercutiu como um ataque
de Bolsonaro à cultura. Afinal, sem nenhum tipo de
formalização, os artistas independentes teriam mais
dificuldade de acesso a patrocínios e editais.
Cantora, produtora cultural e fundadora do bloco
Ritaleena, em São Paulo, Alessa Camarinha afirma que
a medida ameaçava a segurança jurídica de artistas e
profissionais da cultura. "Tem muitos contratos que
a gente faz com empresas maiores, para dar um salto
profissional, que requerem um CNPJ, e aí só dá para
fazer via MEI. Isso complicaria muito a vida",
lembra a artista.
"O MEI talvez seja a iniciativa mais próxima de uma
regularização da nossa profissão. Voltar ao que era
antes seria muito ruim para quem já conseguiu uma
estabilidade nos contratos", acrescenta.
MEI
Criada em 2007, o cadastro MEI facilita a abertura de
empresas por setores que têm dificuldades para se
formalizar, como vendedores ambulantes e prestadores
de serviços. Entre outros benefícios, os
microempreendedores têm direito à aposentadoria por
idade e por invalidez, ao auxílio-doença e ao
salário maternidade – após dez meses de
contribuição.
Responsável por sua regulamentação, o CGSN é
vinculado ao Ministério da Economia e é composto por
quatro representantes da Secretaria Receita Federal
do Brasil – como representantes da União –, dois dos
estados e do Distrito Federal e dois dos municípios.
Fonte: Brasil de Fato
09/12/2019 -
Adicional de insalubridade não garante tempo de
serviço especial
O pagamento de adicional de insalubridade não
garante ao segurado contagem especial de tempo de
serviço para aposentadoria. A decisão é 2ª Turma do
Superior Tribunal de Justiça, confirmando
jurisprudência da corte de que o adicional não se
confunde com o benefício previdenciário.
Com esse entendimento, o colegiado reformou decisão
do Tribunal de Justiça de São Paulo, que havia
considerado o tempo de serviço como especial em
razão somente do adicional de insalubridade.
Relator do recurso, o ministro Herman Benjamin
destacou que a jurisprudência do STJ é no sentido de
que a percepção de adicional de insalubridade pelo
segurado, por si só, não lhe confere o direito de
ter o respectivo período reconhecido como especial.
Isso porque, explicou o ministro, os requisitos para
a percepção do direito trabalhista são distintos dos
requisitos para o reconhecimento da especialidade do
trabalho no âmbito da Previdência Social.
REsp 1.810.794
Fonte: Consultor Jurídico
09/12/2019 -
Inflação das famílias com renda baixa sobe mais que
índice oficial
INPC acumula 3,22% no ano e 3,37% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que calcula a variação de cesta de compras de
famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou
em 0,54% em novembro deste ano. A taxa é superior ao
registrado em outubro (0,04%) e o maior resultado
para um mês de novembro desde 2015.
O INPC teve um crescimento maior do que o registrado
pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu de 0,10% em
outubro para 0,51% em novembro.
O INPC acumula inflação de 3,22% no ano e de 3,37%
em 12 meses. No acumulado de 12 meses, o INPC também
ficou acima do IPCA, que registra 3,27% no período.
Em novembro, os produtos alimentícios tiveram alta
de preços de 0,78%, de acordo com o INPC, enquanto
os não alimentícios anotaram inflação de 0,44%.
Fonte: Agência Senado
06/12/2019 -
Trabalhadores podem sacar nesta sexta-feira mais
R$500 do FGTS
A Caixa inicia, nesta sexta-feira (6) a nona etapa
do calendário de pagamento do Saque Imediato do
FGTS.
Os trabalhadores nascidos nos meses de setembro e
outubro poderão sacar até R$500 de cada conta ativa
ou inativa do FGTS.
Mais de nove milhões de pessoas serão beneficiadas
nesta nova etapa, quando serão distribuídos R$3,3
bilhões.
Os trabalhadores podem optar pelo saque nos
terminais de autoatendimento, casas lotéricas,
correspondentes Caixa Aqui ou agências, com o cartão
cidadão e a senha cidadão.
Para quem tem só a senha, o saque pode ser realizado
nos terminais de autoatendimento da Caixa ou nas
casas lotéricas com a apresentação do documento de
identidade.
Quando o saldo das contas FGTS for de até R$100, o
saque é realizado de forma simplificada nas casas
lotéricas, apenas com o número do NIS ou CPF e o
documento de identidade.
Fonte: Portal EBC
06/12/2019 -
Bolsonaro violou lei eleitoral ao omitir posse de
comitê de campanha em Belo Horizonte
Jair Bolsonaro cometeu violação da lei eleitoral ao
omitir da justiça informação sobre uso de comitê
eleitoral na campanha eleitoral de 2018. Trata-se do
que era considerado o Quartel-General da campanha
eleitoral de Jair Bolsonaro em Belo Horizonte, um
imóvel de 3.500 metros quadrados na principal
artéria da Pampulha, a avenida Antonio Carlos,
informam os jornalistas Rubens Valente e Fernanda
Canofre, em reportagem na Folha de S.Paulo.
Porém, nenhum gasto ou cessão do imóvel foram
declarados à Justiça Eleitoral nem pela campanha de
Bolsonaro nem pela dos aliados, o que contraria a
lei eleitoral, segundo três especialistas ouvidos
pelo jornal.
Um documento da Prefeitura de BH mostra que o imóvel
pertence a uma empresa, a concessionária de veículos
Brasvel. Um dos donos, Eduardo Brasil, confirmou à
reportagem que o imóvel foi “cedido” a um grupo de
bolsonaristas. Mas desde 2015 as doações de empresas
para campanhas eleitorais são proibidas, o que
mostra que Bolsonaro violou a lei.
Desde que foi eleito, Bolsonaro se vangloria de a
sua campanha ter desembolsado apenas R$ 2 milhões no
país. Assim, só o valor não declarado do imóvel da
capital mineira representa mais de 8% de todo o
gasto oficial da campanha de Bolsonaro.
Trata-se de mais uma grave irregularidade cometida
pela campanha de Bolsonaro. No mês passado, a Folha
também revelou que ao menos R$ 420 mil (parte dele,
dinheiro público do fundo eleitoral) foram usados
para a confecção de 10,8 milhões de santinhos,
adesivos, panfletos e outros materiais, isoladamente
ou em conjunto com outros candidatos do PSL, sem que
tivesse sido declarado pela campanha de Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
06/12/2019 -
Paim diz que MP 905 ataca o jornalismo ao revogar
obrigatoriedade de registro profissional
O senador Paulo Paim (PT- RS) registrou nesta
quinta-feira (5) em Plenário que a Federação
Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Federação dos
Radialistas (Fitert) e os sindicatos filiados são
contrárias à Medida Provisória (MP) 905/2019, que
altera a legislação trabalhista. De acordo com o
senador, a luta da categoria é justa, já que MP
revoga a obrigatoriedade do registro para a atuação
profissional dos jornalistas.
Paulo Paim afirmou que a exigência do registro dessa
classe de trabalhadores é prevista em lei
(Decreto-Lei 972, de 1969, e Lei 6.615, de 1978) e
que as medidas adotadas pelo governo federal pela
referida MP são irresponsáveis, pois permitem o
exercício dessas mesmas profissões por pessoas não
habilitadas. Tal fato, em sua opinião,
traria prejuízos para a sociedade. Segundo Paim, os
profissionais da imprensa sentem-se perseguidos pelo
Palácio do Planalto.
— Dados da Federação Nacional dos Jornalistas
registram que o governo, através de discursos,
entrevistas e postagens em mídias sociais, ataca
profissionais jornalistas e o jornalismo ao menos
duas vezes por semana. Até 31 de outubro, haviam
sido registradas 99 declarações vistas como ataque a
jornalistas, e 88 ocorrências que desmerecem a
imprensa. Entendem, a Federação dos Jornalistas e a
Federação dos Radialistas, ser a MP 905 um pacote de
maldades e representar mais um passo rumo à
precarização do exercício de atividades da área da
comunicação — afirmou Paim.
Fonte: Agência Senado
06/12/2019 -
CCJ aprova admissibilidade da proposta que
regulamenta 'regra de ouro'
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), por
39 votos a 14, a admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 438/18, que cria
gatilhos para conter as despesas públicas e
preservar a regra de ouro. De acordo com esse
dispositivo constitucional, o governo não pode se
endividar para pagar despesas como folha salarial,
manutenção de órgãos e programas sociais.
A proposta admitida na CCJ tem por objetivo conter a
expansão do gasto público, em especial, com direitos
sociais e com os servidores públicos.
A proposta foi aprovada com alteração feita pelo
relator, deputado João Roma (Republicanos-BA), que
retirou do texto “gatilho” que reduzia contribuição
ao “Sistema S”. A retirada havia sido criticada pelo
deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que havia
apresentado voto em separado mantendo a proposta
original.
O autor da PEC, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ),
lembrou que neste ano o governo teve de abrir
crédito extraordinário de R$ 248 bilhões para
equilibrar as contas. Isso causou impacto de 4% da
dívida pública, que já chega a 80% do PIB. “Não há
política possível com as contas desequilibradas,
seja de esquerda seja de direita. O Estado tem um
limite da escassez.”
Servidores
A proposta inclui 20 medidas para conter despesas e 11
para gerar receitas, que devem ser acionadas quando
houver nível crítico de desequilíbrio entre gastos
públicos e arrecadação tributária.
Entre as medidas previstas na hora de apertar o
cinto, o Executivo vai ter de reduzir incentivos
fiscais, suspender repasses ao Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cortar
gastos com publicidade oficial e até mesmo vender
ativos e bens públicos.
No entanto, um dos pontos mais polêmicos foi a
redução da jornada de trabalho e do salário de
servidores públicos. A PEC também permite a demissão
de concursados que ainda não têm estabilidade e de
funcionários que ocupam cargos em comissão.
Tramitação
O próximo passo vai ser a criação de comissão especial
para analisar a proposta, que depois precisará ser
votada em 2 turnos no plenário da Câmara, antes de
ir para o Senado.
Ato contínuo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
determinou, nesta quarta-feira, a criação da
comissão especial. Os líderes partidários agora
precisam indicar os membros para que seja definida a
data de instalação do colegiado. A comissão terá 34
titulares e 34 suplentes. (Com Agência Câmara)
Fonte: Diap
06/12/2019 -
Dieese: salário mínimo em novembro deveria ter sido
de R$ 4.021,39
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socioeconômicos) divulgou que, em
novembro, o salário mínimo necessário para sustentar
uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$
4.021,39.
Segundo informa o Portal UOL, o valor é 4,03 vezes o
salário mínimo em vigor em 2019, de R$ 998.
Esse valor é calculado com base na cesta básica mais
cara entre 17 capitais pesquisadas. No mês passado,
o maior valor foi registrado em Florianópolis (R$
478,68). Os valores mais baixos foram observados em
Aracaju (R$ 325,40) e Salvador (R$ 341,45), informa
a reportagem.
Fonte: Brasil247
06/12/2019 -
TST confirma acordo que permite flexibilização da
jornada de trabalho
Não é possível suprimir, no entanto, o intervalo nas
jornadas de mais de 6h.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso em
que o Ministério Público do Trabalho (MPT) pedia a
nulidade da cláusula de acordo coletivo entre os
Sindicatos dos Trabalhadores e das Empresas de
Transportes Rodoviários de Pelotas (RS) que
flexibiliza a jornada de trabalho. A adequação feita
pela SDC diz respeito apenas à necessidade de
concessão de intervalo intrajornada de no mínimo 30
minutos para jornadas superiores a seis horas.
Jornada ininterrupta
O acordo, homologado pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS), permitia a adoção de
jornada ininterrupta de 7h20min sem redução de
salário. Ao recorrer contra essa cláusula, o MPT
sustentava que o intervalo intrajornada constitui
medida de higiene e segurança do trabalho e, se
suprimido, acarreta prejuízos à saúde e à segurança
do empregado. Segundo o MPT, o TRT, ao homologar o
acordo, teria violado a Súmula 437 do TST, segundo a
qual é inválida cláusula de acordo ou de convenção
coletiva de trabalho que contemple a supressão ou a
redução do intervalo intrajornada.
Reforma Trabalhista
O relator do recurso, ministro Ives Gandra, observou
que o acordo foi homologado em março de 2019 – na
vigência, portanto, da Lei 13,467/2017 (Reforma
Trabalhista). Segundo o ministro, o parágrafo 1º do
artigo 611-B da CLT, introduzido pela reforma, ao
dispor sobre direitos que não podem ser reduzidos ou
suprimidos por norma coletiva, excluiu expressamente
as regras sobre duração do trabalho e intervalos,
que não são consideradas normas de saúde, higiene e
segurança do trabalho para fins de negociação.
No entanto, ainda que seja possível flexibilizar a
duração do trabalho, o artigo 611-A da CLT prevê, no
inciso III, que a negociação deve respeitar o
intervalo intrajornada mínimo de 30 minutos para
jornadas superiores a seis horas. Com base nesse
dispositivo, a SDC deu provimento ao recurso apenas
para adequar a redação da cláusula e incluir a
concessão do intervalo de 30 minutos.
A decisão foi unânime.
Processo: RO-22003-83.2018.5.04.0000
Fonte: TST
06/12/2019 -
Inflação para famílias com até dois mínimos registra
0,56% em novembro
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1
(IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras
para famílias com renda até 2,5 salários mínimos (R$
2.495), registrou inflação de 0,56% em novembro,
acima do registrado em outubro, de menos 0,12%.
A taxa ficou acima também do Índice de Preços ao
Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação
para todas as faixas de renda, e que registrou taxa
de 0,49% em novembro.
O IPC-C1 acumula taxas de inflação de 3,64% no ano e
de 3,98% em 12 meses. A taxa anual do IPC-BR também
ficou abaixo da registrada pelo IPC-C1, de 3,61%.
As altas foram registradas em sete das oito classes
de despesa componentes do índice, sendo que três
desses grupos tinham registrado deflação (queda de
preços) em outubro e passaram a registrar inflação
em novembro: habitação, que passou de menos 0,47% em
outubro para 0,70% em novembro; alimentação, de
menos 0,18% para 0,60%, e comunicação, de menos
0,03% para 0,14%.
Outras quatro classes de despesas tiveram aumento da
taxa de inflação: despesas diversas, de 0,45% em
outubro para 2,48% em novembro; educação, leitura e
recreação, de 0,09% para 0,59%; vestuário, de 0,07%
para 0,32%, e transportes, de 0,14% para 0,19%.
O grupo saúde e cuidados pessoais foi o único que
teve queda na taxa. O grupo de despesas continuou
registrando inflação, ao passar de 0,20% para 0,11%.
Fonte: Agência Brasil
06/12/2019 -
Brasil tem 11 milhões de jovens que não estudam nem
trabalham
No Brasil, quase 11 milhões de jovens de 15 a 29
anos não estão ocupados no mercado de trabalho e nem
estudando ou se qualificando, de acordo com a Pnad
Contínua, suplemento Educação, realizada pelo IBGE.
Esse grupo, que representa 23% da população do país
nessa faixa etária, ficou conhecido como “nem-nem” –
um termo que se tornou controverso e, por isso, seu
uso vem sendo evitado.
Segundo Joana Costa, economista do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o termo
“nem-nem” é a variação da sigla Neet (Not in
Education, Employment, or Training – algo como “fora
da educação, do emprego e da qualificação
profissional”). A expressão surgiu na Inglaterra,
nos anos 1990, durante as primeiras discussões sobre
os jovens que não trabalhavam nem estudavam.
Mas, para a economista, diferentemente da sigla
inglesa – que usa termos técnicos e mais formais –,
a expressão em português acabou ganhando um tom
pejorativo, por passar a ideia de que esses jovens
são ociosos e que estão nessa situação,
simplesmente, por vontade própria. “O termo tanto em
português (nem-nem) quanto em espanhol (nini) são
ruins porque dão a ideia de que o problema é do
jovem, como se ele não quisesse trabalhar ou
estudar”, afirma.
“É como se você estivesse culpando o jovem pela
situação, sem olhar para as barreiras que ele está
encontrando”, destaca a economista. Joana é uma das
autoras do capítulo brasileiro da pesquisa
internacional Millennials na América Latina e no
Caribe: Trabalhar ou Estudar?.
Barreiras
Confirme a analista da pesquisa do IBGE Marina Águas,
afazeres domésticos e cuidados de pessoas estão
entre as principais barreiras enfrentadas pelos
jovens para continuar os estudos ou arrumar um
trabalho remunerado. Essa questão atinge
principalmente as mulheres, que são maioria nessa
situação. “Ainda existe todo o estigma do que é o
afazer doméstico. Como ele não é valorado como
trabalho, parece que a pessoa fica em casa sem fazer
nada. Mas isso pode ser muito custoso para a vida
dela”, comenta.
A analista cita um exemplo para ilustrar o dilema
dessa juventude sem oportunidades. “Imagina: a
pessoa tem que arrumar a casa, fazer comida para a
família, botar a marmita do marido, cuidar dos
filhos... Bota tudo isso no papel. Imagina o salário
que ela precisaria ter para colocar outra pessoa
fazendo as mesmas tarefas e, ainda, valer a pena ir
para o mercado de trabalho”.
É o caso da carioca Luiza Perminio, de 27 anos. Em
2017, uma gravidez não planejada fez a jovem largar
a faculdade. Desde que seu filho nasceu, ela passou
a se dedicar integralmente à criança e à casa. Luiza
explica que, para conseguir trabalhar ou estudar,
precisaria matricular o filho em uma creche e ainda
contratar alguém para ficar com ele no restante do
tempo. “Seria só para dizer que eu estou
trabalhando, pois basicamente pagaria para
trabalhar. E ainda seria um serviço que a pessoa não
faria da mesma forma que eu faço”, destaca.
Expectativas para o futuro
Joana Costa afirma que tanto o desejo de voltar aos
estudos e ao mercado de trabalho quanto a descrença
de que vai conseguir estão presentes na maioria
desses jovens. E não só no Brasil, como nos demais
países analisados na pesquisa de que participou.
“Eles têm expectativas baixas em relação aos outros
jovens, pois acreditam que exercem menos poder sobre
os acontecimentos da vida deles e que têm menor
capacidade em resolver problemas, em alcançar
objetivos de longo prazo”, explica.
De acordo com Joana, não é possível definir se a
situação que esses jovens vivem é causa ou
consequência da baixa expectativa. Mas, para a
economista, essa não é a questão mais importante
para ser resolvida. “Seja um, seja outro, isso pode
ser uma barreira para esses jovens saírem dessa
condição. Então as políticas educacionais têm que
ser pensadas para ajudá-los a superá-las”, aponta.
Fonte: Portal Vermelho
06/12/2019 -
Depois de nota do Financial Times, IBGE admite que
há erro no cálculo do PIB
Na terça-feira, o IBGE havia informado que o PIB
cresceu 0,6% no terceiro trimestre de 2019, mais do
que o esperado pelo mercado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) informou nesta quarta-feira (4) que vai rever
os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do
terceiro trimestre deste ano, depois que a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontou nova
mudança nos dados das exportações.
Ajuste dos dados vem apenas um dia após o jornal
inglês Financial Times publicar uma reportagem
questionando os números divulgados ao mercado pelo
Ministério da Economia, afirmando que há um
sentimento de desconfiança no Brasil por parte de
investidores.
Na terça-feira (3), o IBGE havia informado que o PIB
brasileiro cresceu 0,6% no terceiro trimestre frente
aos três meses anteriores, mais do que o esperado
pelo mercado. Na véspera dessa divulgação, o
Ministério da Economia anunciou uma correção de 6,5
bilhões de dólares para cima no valor das
exportações brasileiras para os meses de setembro a
novembro.
O sindicato de servidores do IBGE (Assibge)
manifestou preocupação com o erro e destacou que a
falha pode ser resultado da precariedade
orçamentária e desmonte dos quadros de pessoal,
“processo que também vitima o IBGE e representa um
risco real ao sistema estatístico nacional”.
Os números revisados do PIB serão divulgados em 4 de
março.
Fonte: RevistaForum
05/12/2019 -
Vistas adia votação da PEC 196 da Reforma Sindical
na CCJ da Câmara
A proposta (PEC 196/19), do deputado Marcelo
Ramos (PL-AM), que trata da Reforma Sindical teve a
votação do parecer do relator pela admissibilidade
do texto, deputado Fábio Trad (PSD-MS), adiada nesta
quarta-feira (4), em razão de pedido de vistas
coletiva. Desse modo, a proposta poderá ser
examinada e na próxima quarta-feira (11).
A PEC 196/19 altera o artigo 8º da Constituição, que
trata da estrutura sindical está em discussão na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados. Superada essa fase da admissibilidade
da proposta do deputado Marcelo Ramos, o texto entra
na fase de mérito.
Essa 2ª fase de discussão da PEC 196, porém, só se
dará na 2ª sessão legislativa, isto é, após o
recesso parlamentar que começa no dia 23 de dezembro
e se encerra no dia 2 de fevereiro de 2020.
Após passar pela CCJ, a proposição será encaminhada
à comissão especial, que vai debater o mérito da
iniciativa legislativa. Antes, porém, a comissão
especial deverá ser criada por ato do presidente
Rodrigo Maia (DEM-RJ) e instalada, com a indicação
dos membros pelos líderes partidários.
Fonte: Diap
05/12/2019 -
Lula e Dilma são absolvidos da farsa de Janot sobre
'quadrilhão'
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff foram absolvidos nesta quarta-feira, 4, da
acusação de integrar uma suposta organização
criminosa, que ficou conhecida como "quadrilhão".
A decisão é do juiz Marcos Vinicius Reis Bastos, da
12ª Vara Federal do DF. Em sua sentença o magistrado
diz que a denúncia do Ministério Públioco Federal
"traduz tentativa de criminalizar a atividade
política" e não apresenta provas do envolvimentos
dos ex-presidentes nas acusações.
Também foram absolvidos da acusação os ex-ministros
Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto.
"Perante um juiz imparcial, conseguimos hoje a
absolvição sumária de @LulaOficial. O magistrado de
Brasília indicou a “tentativa de criminalizar a
atividade política” pela descabida acusação que
ficou conhecida como 'quadrilhão' - que faz parte do
Lawfare contra @LulaOficial", comemorou o advogado
Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente
Lula.
A acusação é de 2017, e foi oferecida ao Supremo
Tribunal Federal pelo então procurador-geral Rodrigo
Janot. O então PGR afirmou que entre 2002 e 2016, os
denunciados ‘integraram e estruturaram uma
organização criminosa com atuação durante o período
em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente
titularizaram a Presidência da República, para
cometimento de uma miríade de delitos’.
Fonte: Brasil247
05/12/2019 -
CAS pedirá ao Plenário para sobrestar projeto da
Nova Lei do Primeiro Emprego
A polêmica Medida Provisória do Contrato Verde
Amarelo (MP 905/2019) foi criticada, nesta
quarta-feira (4), por senadores na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). A comissão aprovou
requerimento do senador Fabiano Contarato (Rede-ES)
para que o Projeto de Lei (PL) 5.228/2019, que
institui a Nova Lei do Primeiro Emprego, seja
sobrestado enquanto o Congresso analisa a MP 905. A
aprovação do requerimento, no entanto, não
sobrestará automaticamente a tramitação do projeto.
Segundo explicou a secretaria da comissão, a CAS
apresentará o requerimento em nome do colegiado para
ser analisado pelo Plenário.
Havia um requerimento na pauta, de iniciativa do
senador Marcelo Castro (MDB-PI), pedindo o
sobrestamento do projeto de lei, por tratar do mesmo
assunto da MP 905. O requerimento foi retirado de
pauta, devido à ausência do autor, mas Fabiano
Contarato apresentou requerimento extrapauta no
mesmo teor.
— Na verdade, eu queria fazer só uma reflexão aos
colegas, a respeito dessa Medida Provisória 905. Nós
temos que ficar atentos, porque essa medida
provisória é uma verdadeira reforma trabalhista. Ela
vai reduzir o Fundo de Garantia, hoje o trabalhador
tem que pagar 8%, vai reduzir para 2%. Ela vai
reduzir a multa na demissão de 40% para 20%. Por que
a multa é de 40%? Para evitar a demissão! —
criticou.
O senador Paulo Paim (PT-RS) endossou as críticas de
Contarato e disse que, provocada por senadores, a
Consultoria do Senado recomendou ao presidente do
Senado que a MP 905 seja devolvida ao Poder
Executivo.
— Espero, é claro, pois a decisão é do presidente da
Casa, que ele devolva essa medida, que já conta com
2 mil emendas. Só eu apresentei em torno de 60
emendas, suprimindo todos os artigos que Vossa
Excelência falou aqui com muita precisão e com muita
verdade — disse Paim.
Ao aprovar o requerimento de Contarato, o presidente
da CAS, senador Romário (Podemos-RJ), afirmou que a
comissão não tem poder para sobrestar o projeto, mas
que o requerimento será apresentado ao Plenário em
nome da Comissão.
Fonte: Agência Senado
05/12/2019 -
Trabalhadora poderá ter intervalos para alimentar
filho de até 6 meses de idade
Trabalhadoras terão direito a dois intervalos de
meia hora, durante o expediente, para amamentar ou
alimentar seus filhos até os 6 meses de idade. É o
que determina o Projeto de Lei da Câmara (PLC)
21/2018, aprovado nesta quarta-feira (4) na Comissão
de Assuntos Sociais (CAS).
Segunda a relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA),
o projeto amplia o alcance de medida já prevista na
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que permite
esses dois descansos especiais para a amamentação da
criança. Portugal e Espanha já contam com leis nesse
sentido. Eliziane recomendou a aprovação da
proposta, por meio de substitutivo, após considerar
necessário promover ajustes no texto original.
“O afastamento da mãe para nutrir, com leite materno
ou outra fonte de nutrientes, o seu bebê, garante a
ele melhores condições para seu desenvolvimento
saudável, o que, a toda evidência, colabora para a
humanização das relações entre capital e trabalho no
Brasil”, destaca Eliziane no parecer.
Uma das principais mudanças feitas pelo substitutivo
— que deverá ir a turno suplementar de votação na
CAS — foi estabelecer a vigência imediata do PLC
21/2018, após sua transformação em lei. O texto
aprovado pela Câmara, do deputado Hugo Legal
(PSC-RJ), dava prazo de 45 dias para sua entrada em
vigor.
A senadora também alterou a redação do projeto para
assegurar o benefício do afastamento no caso de
filhos adotados. Segundo ela, o texto original
suprimia referência a esse vínculo de filiação hoje
presente na CLT, o que abriria brecha para uma
interpretação deturpada da norma que poderia ser
utilizada contra a empregada.
Fonte: Agência Senado
05/12/2019 -
Sindicalistas defendem divisão dos lucros da Black
Friday e respeito aos direitos dos trabalhadores
Milhões de brasileiros foram às compras na sexta
(29) e comprovaram que a chamada Black Friday está
consolidada no calendário do comércio nacional.
Segundo matéria do jornal Valor Econômico, de sábado
(30), o desempenho do varejo na Black Friday ficou
acima das expectativas. Dados da empresa
Compre&Confie, do grupo Clearsale, informa que o
faturamento do comércio subiu 31% comparados a 2018.
Retomada - Ricardo Patah, presidente do
Sindicato dos Comerciários de SP e da UGT, afirma
que os números podem sinalizar a retomada do
crescimento econômico. Ele diz: “Que seja o início
da retomada do crescimento econômico que fomenta o
mercado de trabalho e a indústria”.
Patah afirma que o Sindicato apoia esse tipo de
iniciativa. No entanto, ele lembra que é preciso que
haja contrapartida aos trabalhadores. “Deve haver
divisão dos lucros. Pois os comerciários estão na
linha de frente das vendas”, diz.
Direitos - Presidente do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, Márcio Ayer diz que
na Black Friday o trabalho do comerciário é dobrado
e o lucro do patrão também, mas os direitos devem
ser respeitados. “O funcionário geralmente não ganha
nada a mais com isso. Por isso, reforçamos que os
limites da jornada de trabalho devem ser observados
e as horas extras, quando necessárias, pagas
conforme a lei”, ele defende.
O dirigente revela que no Rio de Janeiro muitas
lojas foram denunciadas. “Estamos fazendo balanço
das denúncias e vamos tomar as providências.
Portanto, orientamos aos trabalhadores que tenham
dúvidas ou reclamações, que procurem o Sindicato”,
ele diz.
Mais - Acesse o site do Sindicato dos Comerciários de
SP.
Fonte: Agência Sindical
05/12/2019 -
Produção industrial cresce 0,8% em outubro
É a terceira taxa positiva consecutiva de
resultados do setor
A produção da indústria brasileira teve um
crescimento de 0,8% em outubro frente a setembro.
Essa foi a terceira taxa positiva seguida,
acumulando alta de 2,4% no período de três meses. Os
dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados
nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com outubro de 2018, a indústria
avançou 1%. Apesar desses resultados, o setor
industrial ainda acumula queda de 1,1% em 2019 e de
1,3% no acumulado nos últimos 12 meses.
Na alta de 0,8% da indústria na passagem de setembro
para outubro de 2019, três das quatro grandes
categorias econômicas e 14 dos 26 ramos pesquisados
mostraram crescimento na produção.
Entre as categorias econômicas, bens de consumo
duráveis (1,3%) e bens de consumo semi e
não-duráveis (1,0%) tiveram as altas mais elevadas
em outubro. Ambos apontaram o segundo mês seguido de
crescimento e acumularam, nesse período, expansão de
4,1% e 1,7%, respectivamente.
O segmento de bens intermediários (0,3%) também
mostrou avanço e manteve o comportamento positivo de
agosto (1,6%) e setembro (0,2%). O setor de bens de
capital (-0,3%) teve a única taxa negativa em
outubro de 2019, após recuar em setembro (-0,4%).
Entre as atividades pesquisadas, as influências
positivas mais importantes foram registradas por
produtos alimentícios (3,4%) e produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%). Produtos
alimentícios reverteram a queda verificada no mês
anterior (-0,3%). Farmoquímicos e farmacêuticos
eliminaram a redução de 9,1% acumulada nos meses de
agosto e setembro.
De acordo com a pesquisa, outros impactos positivos
relevantes foram observados nos setores de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (4,9%), de celulose,
papel e produtos de papel (2,4%), de impressão e
reprodução de gravações (15,3%), de máquinas e
equipamentos (1,4%), de outros produtos químicos
(1,1%), de produtos de minerais não-metálicos (1,8%)
e de bebidas (1,6%).
Entre os dez ramos que reduziram a produção, os
desempenhos de maior impacto foram: coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%),
metalurgia (-3,2%) e indústrias extrativas (-1,1%).
Também houve recuo na confecção de artigos do
vestuário e acessórios (-3,4%), móveis (-5,6%) e
veículos automotores, reboques e carrocerias
(-0,6%).
Fonte: Agência Brasil
05/12/2019 -
Moro sai derrotado de votação do pacote anticrime na
Câmara
O ministro Sergio Moro sai derrotado da votação do
pacote anticrime na Câmara. A proposta foi aprovada
por 408 votos a favor, nove contra e duas
abstenções, mas algumas das principais proposições
de Moro foram ignoradas.
A proposta aprovada foi um substitutivo ao texto do
relator original, Capitão Augusto (PL-SP), aliado de
Moro, que incluía os principais pontos defendidos
pelo ministro. Agora, os deputados analisam
destaques ao texto.
Entre as mudanças estabelecidas pelo pacote, está o
aumento do tempo máximo de cumprimento de pena de 30
para 40 anos.
O projeto amplia também a chamada "transação penal",
que permite a substituição de pena em crimes de
menor gravidade. Além disso, prevê que líderes de
organizações criminosas comecem a cumprir pena
obrigatoriamente em presídios federais.
Moro esteve na Câmara nesta quarta-feira para tentar
reverter a derrota que já era prevista nos debates
da comissão especial. Ele tentava pelo menos incluir
a possibilidade de ter como regra a gravação da
conversa entre advogados e presos em presídios de
segurança máxima e o veto à progressão de pena para
integrantes de facção criminosa. A resposta do
relator, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), foi
um não.
Nas redes sociais, os parlamentares da oposição
destacaram a derrota do ministro de Jair Bolsonaro.
Para o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), a votação
retirou "excrecências de Moro como excludente de
ilicitude (a licença para matar), como o fim de
audiências de custódia, como a regra de depoimento
apenas por videoconferência".
“Moro sai derrotado hoje dessa Casa porque combater
o crime nunca foi privilégio de ninguém”, afirma o
deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Fonte: Brasil247
05/12/2019 -
INSS cancelou 261 mil benefícios irregulares em 2019
Economia estimada com o fim do pagamento é de R$
4,3 bilhões ao ano
Apuração de benefícios pagos pelo Instituo Nacional
de Seguridade Social (INSS) verificou indícios de
fraude e irregularidades em 261 mil aposentadorias e
pensões. A economia estimada com o fim do pagamento
desses benefícios é de R$ 336 milhões por mês ou R$
4,3 bilhões por ano.
Segundo nota do INSS, “os motivos de pagamento
irregular mais comuns decorrem de recebimento
indevido de benefício assistencial (BPC) por
servidores públicos estaduais e municipais, bem como
benefícios pagos a pessoas falecidas e pagamento de
benefícios assistenciais pagos a pessoas cuja renda
familiar supera o limite legal”.
Do total de benefícios, 59% eram recebidos
irregularmente por representantes legais de
beneficiário falecido, pagamento pós-óbito sacado
irregularmente. Também há casos de realização
fraudulenta de prova de vida feita junto a
instituições financeiras e sonegação de informações.
O INSS também apontou que ocorreram casos de
pagamentos irregulares por falha e atraso na
comunicação dos óbitos pelos cartórios ao instituto.
As fraudes e irregularidades foram apuradas por uma
equipe de mais de 100 servidores do INSS.
Fonte: Agência Brasil
05/12/2019 -
Perde vigência MP que tornava permanente a
antecipação de metade do abono anual
Perdeu a vigência na terça-feira (3) a Medida
Provisória 891/19, que incluía em lei a antecipação
de pagamento de metade do 13º salário de benefícios
do INSS juntamente com o pagamento de agosto de cada
ano. Essa antecipação vem sendo feita há anos por
meio de decreto do Poder Executivo.
A principal mudança no projeto de lei de conversão,
de autoria do deputado Fernando Rodolfo (PL-PE),
atribuía às empresas a obrigação de pagar o
auxílio-doença até os 120 dias de afastamento do
trabalhador, contados a partir do evento (doença ou
acidente incapacitante para o trabalho).
Segundo o relator, a intenção era evitar que o
segurado deixasse de receber o benefício por não ter
conseguido agendamento da perícia para até o 15º dia
do afastamento. Atualmente, as empresas pagam por 15
dias o salário normal e descontam o valor das
contribuições devidas ao INSS sobre toda a folha de
pagamento. Após esse período, o pagamento cabe ao
INSS.
O texto previa ainda que a perícia deveria ser
realizada em até 45 dias e, se resultasse em
afastamento maior que 120 dias, o pagamento após
esse período seria feito pelo INSS.
Pente-fino
Quanto ao programa de revisão de benefícios pagos pelo
INSS e que dependem de perícia para a continuidade
do pagamento, como o auxílio-doença e a
aposentadoria por invalidez, a MP prorrogava, de 18
de janeiro para 15 de junho deste ano, a data até a
qual os processos de requerimento inicial e de
revisão de valor poderiam ser analisados.
No projeto de lei de conversão, o relator acabava
com o prazo, permitindo abranger qualquer processo
cujo prazo final de revisão tenha terminado.
Decreto legislativo
As regras de tramitação de medidas provisórias
determinam que o Congresso faça um projeto de
decreto legislativo para disciplinar os efeitos da
MP enquanto em vigor, mas isso raramente acontece.
Fonte: Agência Câmara
04/12/2019 -
Rejeição a Bolsonaro já supera 42%, segundo o Atlas
Político
Do BR2pontos – Os arroubos autoritários dos últimos
dias, em que brigadistas de ONG foram presos no
Pará, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou
um novo AI-5 e Jair Bolsonaro escancarou a
perseguição contra veículos da imprensa, proibindo a
Folha de S.Paulo de participar de editais do governo
e lançando um boicote contra anunciantes do jornal,
fizeram com que aumentasse a rejeição do capitão.
Segundo o cientista político Andrei Roman, da Atlas
Político, o número de apoiadores que consideram seu
governo ótimo ou bom caiu de 27,5% no dia 12 de
novembro, para algo em torno de 25% neste sábado
(1º).
A empresa, que faz um monitoramento diário nas redes
sociais para clientes do sistema financeiro, aponta
uma tendência de queda da popularidade de Bolsonaro.
“A rejeição voltou a subir”, explicou Roman ao site
do jornal El País, sem precisar quanto. No último
levantamento da Atlas, no dia 12 de novembro, estava
em 42,1%.
Fonte: Brasil247
04/12/2019 -
Guedes deve incluir Banco do Brasil no pacote das
privatizações a ser enviado ao Congresso
Apesar das resistências, o tema é alvo de
discussões dentro do governo.
Segundo fontes, o primeiro passo será Guedes
convencer Bolsonaro a aceitar vender o banco público
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve iniciar,
em breve, o processo que pode levar à privatização
do Banco do Brasil (BB). Segundo fonte ouvidas pelo
jornal O Globo, o primeiro passo para essa medida
será Guedes convencer o presidente Jair Bolsonaro a
aceitar vender o banco público.
Apesar das resistências, o tema é alvo de discussões
dentro do governo. A privatização do BB chegou a ser
abordada durante reunião do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), o braço de privatizações do
governo federal, há duas semanas.
Um dos maiores defensores da medida é o presidente
da instituição, Rubem Novaes. Ele já chegou a
afirmar que a privatização do Banco do Brasil seria
inevitável. Ainda, Guedes também afirmou que uma das
privatizações que o governo tem em mente poderia
render R$ 250 bilhões, sem especificar a qual
estatal se referia. Duas empresas públicas, com
ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam
potencial para superar as centenas de bilhões: BB e
Petrobras.
No entanto, caso ocorra, a privatização do Banco do
Brasil deve acontecer apenas no fim do mandato, em
2022. Em nota, o Ministério da Economia informou que
o governo Bolsonaro “não pretende privatizar Banco
do Brasil, Caixa e Petrobras”. O banco ainda não
comentou.
Fonte: RevistaForum
04/12/2019 -
Proposta que altera a lei de cotas para contratação
de deficientes recebe críticas em audiência
Enviada pelo governo federal no dia 26 de novembro,
a proposta (PL 6159/19) que flexibiliza a lei de
cotas (Lei 8213/91) foi criticada na Câmara por
deputados e pessoas ligadas à defesa das pessoas com
deficiência.
Há 28 anos a lei determina que empresas com mais de
100 funcionários mantenham percentual em seus
quadros para a contratação de pessoas com
deficiência. Esse percentual varia de 2% a 5%,
dependendo do tamanho da empresa.
Na proposta do governo, há duas formas alternativas
à contratação de trabalhadores com deficiência. Uma
é a contribuição em dinheiro para a União, que vai
usar esses recursos para ações de habilitação e
reabilitação. A outra forma é unir duas ou mais
empresas para que, juntas, elas possam alcançar o
coeficiente de contratação previsto na lei.
A Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da
Câmara realizou audiência pública nesta terça-feira
(3) para discutir a avaliação biopsicossocial,
critério para definir grau de deficiência, mas
representantes de entidades ligadas à defesa das
pessoas com deficiência aproveitaram a ocasião para
protestar contra o projeto do governo.
Fim das contratações
O presidente da Apae (Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais) de Anápolis, Hélio Lopes, esteve
presente na reunião e criticou a proposta, afirmando
que ela vai acabar de vez com as chances de pessoas
com deficiência se inserirem no mercado de trabalho.
“Certamente as grandes empresas deixarão de
contratar os nossos deficientes, fazendo a opção de
pagar o valor dobrado para enriquecer o caixa do
governo, e é isso que nós somos contrários e viemos
aqui para expressar isso para os nossos deputados”,
disse Lopes.
Antes da audiência, em reunião de líderes, foi feito
um acordo para a retirada da urgência da proposta, o
que para o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) vai
dar mais fôlego para que as entidades se organizem e
tentem derrubar o projeto.
Segundo Barbosa, a lei de cotas foi construída com o
empenho dos parlamentares e das entidades
representativas dos deficientes, e não pode ser
modificada de uma hora para outra, como pretende o
governo.
“Não dá para aceitar que o governo faça uma proposta
dessas sem sequer discutir previamente com o
segmento das pessoas com deficiência e com os
parlamentares envolvidos na área. Era pelo menos um
bom senso se isso pudesse ter acontecido antes”,
disse o deputado.
Outro lado
A justifica do Executivo para o projeto é que a
política de cotas foi muito importante, mas precisa
de aperfeiçoamento e um deles é justamente investir
na habilitação ou reabilitação desses trabalhadores,
para que eles possam entrar no mercado de trabalho
em igualdade de condições. Outro ponto problemático,
segundo o governo, é que muitas vezes os empresários
têm dificuldade em encontrar pessoas com deficiência
para contratação.
Fonte: Agência Câmara
04/12/2019 -
Em audiência no Senado, economista do Dieese condena
MP 905
Para Clóvis Scherer, do Dieese, a Medida Provisória
905 - cuja alegação é incentivar a criação de
empregos entre os jovens - é outra manobra do
governo para agravar os ataques aos direitos
trabalhistas, iniciados com a reforma de Temer - Lei
13.467.
“É válida a preocupação com o desemprego de jovens,
mas o mercado já está contratando jovens em maior
proporção que nas outras faixas. Falta uma solução
efetiva para o desemprego, e isso exige crescimento
econômico”, sustenta.
Scherer participou nesta segunda (2) de audiência
pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado,
que debateu os impactos da desoneração da folha de
pagamento. A Agência Sindical cobriu. Para o
economista, o governo está impondo perdas muito
fortes aos novos empregados, em relação ao contrato
da CLT, com o argumento falacioso de que os jovens
têm desemprego mais elevado. Ele diz que o
desemprego é mais alto entre os jovens por razões
específicas. Mas, aponta Scherer, o Caged mostra que
a contratação de jovens é o que vem sustentando o
crescimento do emprego formal nos últimos 12 meses.
O economista ressalta ainda que o programa lançado
pelo governo “rebaixa a remuneração total do
trabalho, que já está baixa” e “transfere aos
desempregados o custo da desoneração” da folha
concedida aos empresários. “A ironia é que a
compensação desse benefício aos empregadores seja
tributação sobre quem recebe o seguro-desemprego.
Botar nas costas do desempregado a desoneração das
empresas é patético”, comentou.
Central - Secretário-executivo da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro,
Índio, lembra que, no período em que o Brasil viveu
pleno emprego, isso foi resultado de um conjunto de
políticas voltadas ao fortalecimento da renda. “Não
foram desonerações que geraram emprego e renda”,
argumenta.
Parecer - O advogado e consultor Hélio Gherardi
acaba de finalizar extenso Parecer sobre a MP 905. A
Agência Sindical divulgará os principais pontos do
documento elaborado por um dos mais experientes
advogados trabalhistas País.
Fonte: Agência Sindical
04/12/2019 -
Consultor do DIAP elabora minucioso parecer à MP
905/19
O consultor do DIAP, o advogado trabalhista
Hélio Gherardi, que é membro do corpo técnico do
órgão elaborou minucioso
parecer sobre a MP 905/19,
que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. No
trabalho, o consultor analisa cada item relevante da
proposta do Planalto, cujo objeto, segundo o
governo, é gerar 4 milhões de novos empregos.
No parecer, Gherardi entende que “Configura-se
cristalina a inadequação de tal medida, vez que
estabelece como primeiro emprego a faixa etária até
29 (vinte e nove) anos, tendo como excludente o
menor aprendiz, o contrato de experiência, o
trabalho intermitente e o trabalho avulso, quando na
realidade fática brasileira, por necessidade
financeira familiar, o trabalho começa aos doze
anos, inexistindo obreiros de primeiro emprego na
idade balzaquiana”, entre outras inadequações.
Como se sabe, a MP 905/19:
1) institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,
modalidade de contratação destinada à criação de
novos postos de trabalho para as pessoas entre 18 e
29 anos de idade, para fins de registro do primeiro
emprego em Carteira de Trabalho e Previdência
Social;
2) limita a contratação total de trabalhadores na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo a
20% do total de empregados da empresa;
3) determina que a modalidade de Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo permitirá a contratação de
trabalhadores com salário-base mensal de até 1
salário-mínimo e meio nacional, com contrato de
trabalho celebrado por prazo determinado, por até 24
meses, a critério do empregador;
4) isenta as empresas de parcelas incidentes sobre a
folha de pagamentos dos contratos na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.
5) estabelece que os trabalhadores contratados na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo
receberão prioritariamente ações de qualificação
profissional; e
6) altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1943) para,
entre outras medidas, autorizar o armazenamento em
meio eletrônico de documentos relativos a deveres e
obrigações trabalhistas, autorizar o trabalho aos
domingos e aos feriados e simplificar a legislação
trabalhista em setores específicos.
Fonte: Diap
04/12/2019 -
TSE aceita assinatura digital para criação de
partidos, que pode beneficiar Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta
terça-feira (3) que assinaturas eletrônicas poderão
ser usadas como apoio de eleitores para a criação de
partidos políticos.
O TSE julgou ação apresentada em 2018 pelo deputado
federal Jerônimo Goergen (PP-RS) em nome do MBL,
grupo que ele integra e que pretende se transformar
em partido.
A decisão atende as expectativas de Jair Bolsonaro e
seu grupo político para a criação de sua nova
legenda, o Aliança para o Brasil. Porém, a medida
também é considerada derrota para os planos, porque
os ministros da Corte também decidiram que será
preciso uma regulamentação para oficializar tal
medida, mas não há prazo para isso.
Bolsonaro esperava a liberação das 492 mil
assinaturas por meio eletrônico para acelerar a
criação da sua nova legenda até março do próximo
ano, pronto para disputar as eleições municipais de
2020.
Na votação, foram contra a aceitação das assinaturas
os ministros Rosa Weber, Edson Fachin e Og Fernandes
e, a favor, Roberto Barroso, Felipe Salomão, Sérgio
Banhos e Tarcísio Vieira.
Fonte: Brasil247
04/12/2019 -
PIB brasileiro cresce 0,6% no terceiro trimestre de
2019
O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, cresceu 0,6% no terceiro
trimestre deste ano, na comparação com o trimestre
anterior.
O resultado foi divulgado nesta terça-feira, no Rio
de Janeiro, pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
Já na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o
PIB teve crescimento maior, de 1,2%.
No acumulado dos quatro últimos trimestres, houve
expansão de 1%, na comparação com mesmo período
anterior.
Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1 trilhão 842
bilhões de reais, no terceiro trimestre de 2019.
A agropecuária apresentou a maior alta e registrou
1,3%. Na sequência, ficou a indústria, que subiu
0,8%. Nos serviços, a elevação ficou em 0,4%. Esses
percentuais por setor referem-se à comparação do
último trimestre com o anterior.
De acordo com o IBGE, o crescimento da indústria foi
provocado pela expansão de 12% no setor extrativo,
com destaque para o bom desempenho da extração de
petróleo, e de 1,3% na construção.
Fonte: Agência Brasil
04/12/2019 -
Para conseguir apoio no Congresso, governo Bolsonaro
promete liberar R$ 1,2 bi em emendas parlamentares
Sem base de apoio para votar projetos de seu
interesse no Congresso Nacional, o governo Jair
Bolsonaro vem prometendo aos parlamentares liberar
cerca de R$ 1,2 milhão em emendas. Para conseguir
liberar a pauta e garantir as votações. Segundo
reportagem do jornal Folha de S. Paulo,
interlocutores teriam informado aos parlamentares
que a meta é liberar cerca de R$ 300 milhões por
semana até o final do ano. Promessa do Planalto vem
na esteira da pressão feita pelo Congresso para que
o governo cumpra o acordo que resultou na aprovação
da reforma da Previdência.
A promessa de liberar as emendas até final deste
exercício teria sido anunciada durante uma reunião
na residência oficial da presidência da Câmara
Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ainda segundo a reportagem, o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o
líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes
(MDB-TO), também teriam participado do encontro.
A liberação dos recursos é vista pelo governo como
uma chance de mudar o humor do Congresso, que vem
derrubando sistematicamente os vetos de Jair
Bolsonaro, além de poder destravar a votação de 24
projetos de lei que abrem créditos de cerca de R$ 24
bilhões para dos poderes Executivo e Judiciário,
além do Ministério Público.
Fonte: Brasil247
04/12/2019 -
Faturamento da indústria sobe 1,3% em outubro, diz
CNI
A Confederação Nacional de Indústria (CNI) informou
que o faturamento real da indústria cresceu 1,3% em
no mês passado em relação a setembro. A informação
faz parte da pesquisa Indicadores Industriais,
divulgada nesta segunda-feira.
Conforme os dados, a utilização da capacidade
instalada da indústria teve aumento de 0,1 ponto
percentual no mesmo período. No entanto, a tendência
de alta revelada pela pesquisa não se refletiu no
mercado de trabalho e nos rendimentos. Houve queda
de 0,7% na massa salarial real e de 0,3% no
rendimento médio real. O nível de emprego ficou
estável.
Segundo a CNI, é o quinto mês consecutivo de alta do
faturamento, que acumula alta de 3,9% no período.
Fonte: Agência Brasil
04/12/2019 -
Dispensa de empregado reabilitado só vale se
admitido outro em iguais condições
A dispensa de empregado que tenha passado por
processo de reabilitação só é válida se comprovada
pela empresa a admissão de outro empregado em
condições semelhantes.
O entendimento é da 8ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao determinar a reintegração de um mecânico
dispensado sem ser substituído.
O juízo da 4ª Vara do Trabalho de São Bernardo do
Campo (SP) e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região julgaram improcedente o pedido de
reintegração ou de recebimento de indenização
substitutiva. Segundo o TRT-2, o artigo 93,
parágrafo 1º, da Lei 8.213/91 não impõe
pré-requisito para a dispensa de empregado com
deficiência ou reabilitado, mas apenas institui que
a vaga deve ser ocupada posteriormente por outro
empregado em condição semelhante.
O relator do recurso de revista, ministro Márcio
Amaro, assinalou que, de acordo com a jurisprudência
do TST, a contratação de outro empregado reabilitado
ou com deficiência é condição essencial à validade
da dispensa.
Por unanimidade, a turma anulou a dispensa e
determinou a reintegração do mecânico, com o
pagamento das parcelas correspondentes ao período
entre a extinção do contrato de trabalho até o
efetivo retorno ao emprego. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TST.
RR-1000633-56.2015.5.02.0464
Fonte: Consultor Jurídico
04/12/2019 -
Projeto permite que empregador parcele o 13º salário
em 12 vezes
O Projeto de Lei 5337/19 permite que o empregador,
mediante acordo formal com o empregado, parcele o
13º salário em até 12 prestações. A proposta está
sendo analisada pela Câmara dos Deputados.
Para o autor do projeto, deputado Lucas Gonzalez
(Novo-MG), o pagamento do 13º em duas prestações,
como previsto na legislação atual, “onera em demasia
o empregador”.
“Em muitos casos, o número de vendas não aumenta
proporcionalmente nesta fase do ano, o que provoca
um desequilíbrio das contas da empresa”, disse.
A proposta altera a Lei 4.090/62, que instituiu a
gratificação de Natal para os trabalhadores.
Pelo texto, nos casos em que o empregador não houver
completado um ano de trabalho, o 13º poderá ser
divido pelo número proporcional de meses
trabalhados. Os descontos previdenciários e de
imposto de renda deverão ser recolhidos mensalmente,
quando o trabalhador optar pelo adiantamento.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/12/2019 -
Em editorial, Estadão aponta “ingenuidade” e
“despreparo” de Bolsonaro
Em editorial publicado nesta terça-feira (3), o
jornal O Estado de S.Paulo alerta para a falta de
reação do governo brasileiro sobre as ameaças feitas
pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de
impor barreiras à importação de aço e alumínio por
causa da desvalorização do real, que encarece a
importação de produtos.
"É difícil dizer se a passividade de Bolsonaro
diante de uma evidente agressão reflete seu
despreparo em relação a questões de Estado, uma
espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se
passa no cenário internacional. Ou será uma mistura
de tudo isso?", questiona o jornal.
"Indagado sobre a ameaça, num contato com a
imprensa, o presidente Bolsonaro prometeu conversar
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e, se
necessário, buscar um contato com o presidente
americano. 'Se for o caso, ligo para o Trump', disse
Bolsonaro, acrescentando ter 'canal aberto' com a
Casa Branca. Mais uma vez o presidente brasileiro
misturou o relacionamento pessoal – real ou
imaginário – com assuntos de governo e projetos
políticos", continua o Estadão.
Fonte: Brasil247
03/12/2019 -
Bolsonaro envia projeto para acabar com cota para
trabalhador com deficiência em empresas
Nesta terça-feira (3), Dia Internacional das
Pessoas com Deficiência, a oposição marcou uma
reunião para tentar barrar o projeto de lei (PL) e
derrubar a urgência de sua tramitação
Jair Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto que
acaba com as cotas para trabalhadores com
deficiência nas empresas. Nesta terça-feira (3), Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência, a
oposição marcou uma reunião para tentar barrar o
projeto de lei (PL) e derrubar a urgência que ele
está tramitando.
O PL 6.195/2019, proposto pelo governo, permite que
empresas recolham dois salários mínimos a uma conta
da União em troca de contratar funcionários com
deficiência. O fundo será gerenciado pelo governo e,
em tese, aplicado no programa de reabilitação física
e profissional. A criação dessa política de
recuperação para o trabalho já era prevista na
Medida Provisória 905, que criou o programa verde
amarelo de estímulo ao emprego.
O projeto ainda permite a inclusão de aprendizes
entre funcionários com deficiência e a contagem em
dobro quando da contratação de um trabalhador com
deficiência grave, sem dizer, no entanto, quem
definirá o que é deficiência grave.
Em nota de repúdio, a Associação Nacional dos
Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos
das Pessoas com Deficiência e Idosos (Ampid) diz que
o envio do projeto de lei viola a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, da qual o Brasil é signatário, e
obrigaria o governo a consultar as pessoas com
deficiência.
Fonte: RevistaForum
03/12/2019 -
Oposição convoca Guedes para dar explicações no
Senado
"São graves e extremamente perigosas as
declarações dadas pelo ministro da Economia do
Brasil, em entrevista no exterior", afirmam os
senadores sobre a defesa feita pelo ministro da
Economia de um novo AI-5
Depois de entrarem com representações contra o
ministro da Economia, Paulo Guedes, na PGR e na
Comissão de Ética da Presidência da República,
parlamentares da oposição decidiram apresentar nesta
segunda-feira (2) uma convocatória para que Guedes
dê explicações em duas comissões do Senado sobre sua
fala pró-AI-5.
O pedido dos parlamentares, que ainda não foi
aprovado, obriga o ministro a participar de
audiência na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) e na Comissão de Transparência, Governança,
Fiscalização e Controle (CTFC). A motivação é a fala
do economista que naturalizou o retorno do Ato
Institucional nº5, o mais severo da ditadura
militar.
Os senadores afirmam que “são graves e extremamente
perigosas as declarações dadas pelo ministro da
Economia do Brasil, em entrevista no exterior”.
Assinaram o pedido os seis senadores do PT, Humberto
Costa (PE), Jaques Wagner (BA), Jean Paul Prates
(RN), Paulo Paim (RS), Paulo Rocha (PA) e Rogério
Carvalho (SE); o líder da Oposição no Senado,
Randolfe Rodrigues (REDE-AP); a senadora Zenaide
Maia (PROS-RN) e os senadores Fabiano Contarato (REDE-ES)
e Veneziano Vital do Rego (PSB-PB).
“Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já
não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o
povo pra rua pra quebrar tudo. Isso é estúpido, é
burro, não está à altura da nossa tradição
democrática”, disse Guedes na entrevista criticada
pelos senadores. E voltou a dizer em seguida:
“Chamar povo pra rua é de uma irresponsabilidade.
Chamar o povo pra rua pra dizer que tem o poder, pra
tomar. Tomar como? Aí o filho do presidente fala em
AI-5, aí todo mundo assusta, fala o que é?…”.
Fonte: RevistaForum
03/12/2019 -
Centrais pressionam para que Congresso devolva MP
905/19 ao governo
Começa semana decisiva na luta contra a Medida
Provisória 905. O sindicalismo deve ampliar a
pressão, com atos e manifestações pela devolução da
proposta ao governo.
Ao receber um grupo de parlamentares e dirigentes
das Centrais Sindicais na quarta (27), o presidente
do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), acenou que
tomaria uma decisão nesta semana. Ele disse que ia
esperar parecer da consultoria e advocacia da Casa,
sem descartar a possibilidade de devolver a proposta
ao Executivo.
Na sexta (29), o site Poder360 divulgou parecer da
consultoria legislativa do Senado, elaborado a
pedido de um senador. O documento levanta
questionamentos sobre a constitucionalidade e a
validade da MP.
Os técnicos avaliam que a isenção da contribuição
previdenciária patronal pode ferir a Constituição e
que a taxação no seguro-desemprego seria ilegal. “A
Constituição não admite hipótese de não-incidência
de contribuição sobre a folha de pagamento, o que
nos faz concluir pela inadequação da proposta
governamental em isentar tais contribuições sobre os
empregados contratados nos termos do contrato verde
e amarelo”, argumentam.
Ainda na semana passada, a ministra Cármen Lúcia, do
Supremo (STF), cobrou de Bolsonaro e do presidente
do Senado informações “urgentes” sobre a medida. A
manifestação ocorreu nos autos da Ação de
Inconstitucionalidade movida pelo Solidariedade.
O número recorde de emendas que recebeu, cerca de
duas mil, também pode dar uma noção que a proposta
não vai prosperar da forma como o governo quer. O
senador Paulo Paim (PT-RS) criticou o texto,
afirmando que a MP “usurpa direitos dos
trabalhadores”.
“Essa MP não tem um item que beneficia o
trabalhador. Essa matéria só beneficia o capital. A
MP deveria ser devolvida, tamanha a
irresponsabilidade dos fatos ali elencados”, disse
Paim.
Fonte: Agência Sindical
03/12/2019 -
Proposta regulamenta acordo extrajudicial em nova
regra trabalhista
O chamado contrato de trabalho “Verde e Amarelo”
integra pacote de medidas do governo Bolsonaro para
reduzir o desemprego no País
O Projeto de Lei 6160/19, do Poder Executivo,
regulamenta o procedimento de homologação de acordo
extrajudicial previsto na Medida Provisória (MP)
905/19, o chamado contrato de trabalho “Verde e
Amarelo”. A proposta integra um pacote de medidas do
governo Bolsonaro para reduzir o desemprego no País.
Também altera a Consolidação das Leis do Trabalho
para regulamentar o uso de seguro-garantia na
substituição de depósitos recursais trabalhistas, os
procedimentos para a concessão de benefícios
previdenciários e os mecanismos para a redução da
judicialização em matéria previdenciária.
A proposta está em tramitação na Câmara dos
Deputados. Segundo a equipe econômica, entendimentos
recentes na Justiça permitiram a substituição do
depósito recursal por fiança bancária, mas não de
forma retroativa. Com a proposta, devem ser
liberados na economia cerca de R$ 65 bilhões já
depositados.
Tramitação
O projeto será analisado por uma comissão especial.
Depois seguirá para o Plenário da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Câmara
03/12/2019 -
Para debatedores, MP do Contrato Verde e Amarelo
retira direitos e precariza relações de trabalho
A desoneração da folha de pagamento determinada pela
Medida Provisória (MPV) 905/2019 reduzirá ainda mais
os direitos dos trabalhadores, precarizando as
relações de trabalho no Brasil, disseram nesta
segunda-feira (2) os participantes de audiência
pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), sobre os efeitos da “MP do
Contrato Verde e Amarelo”.
De acordo com o governo, o objetivo da MP é o de
criar novas vagas de emprego, com incentivos à
contratação de trabalhadores entre 18 e 29 anos de
idade, no período de 1º de janeiro de 2020 a 31 de
dezembro de 2022. Entre outras medidas, estabelece
isenções fiscais aos empregadores e modifica a
legislação trabalhista para estimular o primeiro
emprego (com salário limitado a 1,5 salário mínimo
por mês). Entre as mudanças legais determinadas pela
MP, está a que institui a contribuição
previdenciária de 7,5% do seguro-desemprego.
Na avaliação do Técnico do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Sócio
Econômicos (Dieese), Clóvis Scherer, a afirmação do
governo de que a desoneração da folha de pagamento
vai assegurar a geração de milhões de empregos é
contraditória. De acordo com dados que apresentou,
esse tipo de medida proporcionou resultado muito
limitado, nos últimos anos, diante da grande
renúncia fiscal. Conforme números do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o
ano que vem, o projeto de Lei Orçamentária projeta
uma desoneração de R$ 331 bilhões. Desse total, R$
70 bilhões são referentes a contribuição
previdenciária, perda que, segundo Clóvis Scherer,
não contradiz os argumentos usados pelo governo para
a aprovação da reforma da Previdência e da edição da
Medida Provisória 905/2019.
— É de se questionar, se ao invés de ter havido essa
desoneração, tivesse se mantido a tributação e
utilizado os recursos arrecadados para promover o
investimento. Talvez o resultado em termos de
geração de emprego e melhoria da condição econômica
do país tivesse sido diferente. (...) os
investimentos têm um efeito econômico em termos de
multiplicador muito maior do que qualquer medida de
redução da tributação no Brasil. É muito melhor você
investir do que reduzir tributos — afirmou Scherer.
Assessor de Estudos Socioeconômicos da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (Anfip), Vanderley José Maçaneiro observou
que as desonerações autorizadas por meio da Lei
12.546, de 2011 foram inócuas e representam, até
hoje, um exemplo de um manual de “como não fazer”.
Ao lembrar que, somente em 2018, quase 4% do Produto
Interno Bruto (PIB) foram gerados por meio da
arrecadação de contribuições da folha de pagamento,
ele questiona qual o impacto econômico dessa medida
para diversos setores.
— O governo até agora não mostrou estudo para
identificar o impacto na Seguridade Social, na
Previdência de forma específica, no mercado de
trabalho, na competitividade, na saúde —
acrescentou.
A precarização do trabalho, a falta de garantia ao
trabalhador e a inexistência de uma política de
investimento voltada para a capacitação e
modernização das relações trabalhistas foram as
principais críticas apresentados pelo diretor de
Assuntos Parlamentares da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST), Luiz Gonzaga de Negreiros.
Para ele, a MP da Carteira Verde e Amarela é injusta
por assegurar vantagens para o empregador sem que,
para isso, o trabalhador seja beneficiado.
— A visão que o país chegou é a seguinte: precarizar,
destruir, retirar para sobrar para o outro lado. É
um jogo totalmente desigual. É uma visão de
aniquilar com o trabalho. Nós estamos voltando
verdadeiramente ao século 17, onde os trabalhadores
não tinham direito algum — criticou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
03/12/2019 -
CAS analisa projeto que permite saque do FGTS para
quem completar 60 anos
O trabalhador que completar 60 anos poderá ter o
direito de sacar o saldo de sua conta do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É o que
estabelece um projeto (PL 5.518/2019) previsto para
ser votado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
em reunião marcada para quarta-feira (4), às 9h30.
Da senadora licenciada Rose de Freitas (Podemos-ES),
o texto modifica a legislação do FGTS (Lei 8.036, de
1990) para inserir a hipótese de “quando o
trabalhador tiver idade igual ou superior a 60 anos”
na parte que elenca as possibilidades de
movimentação da conta. Hoje, a lei estabelece
situações como dispensa sem justa causa ou extinção
do contrato de trabalho, aposentadoria pela
Previdência Social, três anos ininterruptos fora do
regime do FGTS, saque-aniversário ou saque a
qualquer tempo com saldo inferior a R$ 80.
Rose de Freitas lembra que a lei atual tem a
previsão de que o trabalhador poderá sacar os
recursos da sua conta aos 70 anos. Ela destaca,
porém, que o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 2003)
prevê essa condição a todo indivíduo com idade igual
ou superior a 60 anos. A alteração nas normas do
FGTS é, segundo a autora, uma tentativa de
harmonizar “a finalidade do inciso com as políticas
destinadas à população idosa”.
A autora ressalta também que a titularidade do FGTS
é exclusiva do trabalhador. De acordo com Rose, a
entrada do cidadão na terceira idade demanda
recursos extras para uma nova realidade de cuidados
que, infelizmente, o poder público não é capaz de
atender. Assim, acrescenta a senadora, cabe ao
trabalhador suprir essa ausência por meio de
recursos próprios. Nada mais adequado do que
permitir ao trabalhador usar seu FGTS em seu
benefício, argumenta Rose.
O relator, senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR),
é favorável à matéria. Segundo ele, trata-se de uma
“alteração meritosa e justa”. Mecias acrescenta que
a mudança causará um impacto muito pequeno no fundo,
porque “a movimentação pela idade máxima talvez seja
uma das menores”. Se aprovado na CAS, o projeto será
enviado para a análise da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), onde vai tramitar em caráter
terminativo.
Audiências
Na mesma sessão, a CAS vai votar uma série de
requerimentos para a realização de audiências
públicas. O líder do governo, senador Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), quer debater o PL
5.518/2019 em contraposição aos projetos do governo
para o FGTS. Ele lembra que o Senado aprovou, há
duas semanas, a medida provisória que ampliou as
possibilidades de saque da conta do FGTS (MP
889/2019).
Fonte: Agência Senado
03/12/2019 -
Defesa de Lula recorre ao Supremo para anular
condenação do TRF-4
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, Cristiano Zanin, classificou como
constrangimento ilegal a decisão do Tribunal
Regional Federal (TRF-4), que elevou a pena de Lula,
antes prevista em 12 anos e 11 meses de prisão, para
17 anos e 1 mês.
“Em um Estado Democrático de Direito, não pode um
constrangimento ilegal contra a liberdade de um
cidadão deixar de ser sanado pelo Poder Judiciário
por obstáculo de regra procedimental. Aliás, muito
pelo contrário, como já exposto acima, a
possibilidade de imediato afastamento de
constrangimento ilegal em Habeas Corpus é previsto
tanto em lei, como no Regimento Interno desta
Excelsa Corte.”
A defesa alega que o desembargador João Pedro Gebran
Neto, relator da Lava Jato no TRF-4, julgou o mérito
do processo enquanto haviam recursos que mereciam
análise, em uma ‘inversão tumultuária do processo’.
As informações são de O Estado de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
02/12/2019 -
Contribuição sindical apenas para filiados a
sindicatos será debatida na CAS
Em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), um
projeto de lei do senador Sérgio Petecão (PSD-AC)
que determina cobrança de contribuição sindical
apenas para trabalhadores filiados a sindicatos (PLS
385/2016) saiu da pauta até a realização de
audiência pública sobre o assunto. O relator,
senador Paulo Paim (PT-RS), chegou a apresentar
relatório considerando o projeto prejudicado, pois a
reforma trabalhista já definiu como facultativa tal
cobrança. No entanto, Paim quer debater o assunto
antes de votar o projeto, já que a Câmara dos
Deputados está construindo uma proposta alternativa
sobre a contribuição sindical.
Fonte: Agência Senado
02/12/2019 -
Governo Bolsonaro quer que trabalhador pague por
processos contra o INSS
Em flagrante inconstitucionalidade, o ministro da
Economia Paulo Guedes teve a ideia absurda de fazer
com que o trabalhador pague as despesas judiciais em
processos contra o INSS. A justificativa é a
necessidade de diminuir os custos. Mas impede o
acesso à Justiça para a população mais pobre que
verá neste custo um impedimento.
Em entrevista à Agência Sindical a advogada do
Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados da
Força Sindical) Tonia Galleti diz que: "A medida foi
uma grande surpresa. A iniciativa faz parte de um
pacote que visa retirar direitos sociais, para
fortalecer uma ideia de estado liberal. Muitas
pessoas não vão ter acesso à Justiça como um bem
social. O ônus pode ser alto demais para os
trabalhadores procurarem seus direitos”, afirma a
advogada.
A exceção seria para famílias com renda até três
salários mínimos (R$ 2.994) ou renda per capita de
até meio salário mínimo (R$ 499). A matriz
ideológica da medida é a mesma utilizada na Reforma
Trabalhista elaborada no Governo de Michel Temer que
reduziu a judicialização dos processos trabalhistas.
A Agência Sindical também falou com o diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, Nildo
Queiroz, para falar sobre o assunto. “Não é justo
com o trabalhador criar mais uma dificuldade para a
aposentadoria. Inclusive, não deveria haver a
burocracia que existe e a necessidade de medidas
judiciais. E aí o governo vem e quer que o
trabalhador pague pelo seu direito. Isso é injusto”,
explicou o sindicalista.
A proposta do governo ainda precisa passar pelo
Congresso e só terá validade após aprovada pelos
deputados e senadores. Hoje, a maior parte de ações
ocorrem nos pedidos de aposentadoria especial. Cerca
de 80% são concedidas por medida judicial, o que
demonstra a o que demonstra a necessidade clara do
recurso para se fazer justiça.
Fonte: Agência Sindical
02/12/2019 -
Começa a corrida pela substituição de Rodrigo Maia
na presidência da Câmara
Com a sinalização do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, de que não vai cair na aventura de
tentar mudar a legislação para permitir que dispute
novamente o comando da Casa, começam a surgir entre
lideranças dos partidos de direita, postulantes ao
cargo
A sucessão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
entrou na pauta do Legislativo, o que já desencadeia
uma movimentação de líderes de partidos de direita,
do chamado Centrão, para ganhar apoio e viabilizar
candidaturas competitivas.
Rodrigo Maia, um dos principais caciques do
direitista e neoliberal DEM, conquistou a
presidência da Câmara como líder de um amplo bloco
de partidos de centro-direita e direita e chegou a
ser apoiado até por setores da esquerda.
Os nomes que estão se apresentando para tentar
sucedê-lo são os dos deputados do também direitista
PP - Arthur Lira (AL), e Aguinaldo Ribeiro (PB).
No DEM, uma ala da sigla defende que, apesar da
aliança profícua com o PP, a legenda apresente o
nome de seu líder da Casa, Elmar Nascimento (BA),
como opção para o posto.
As informações são da coluna Painel da Folha de
S.Paulo
Fonte: Brasil247
02/12/2019 -
Informalidade avança com a política econômica de
Bolsonaro e Guedes, diz IBGE
Estagnação das ofertas de postos com carteira
assinada faz com que o desemprego siga acima dos
11%, atingindo 12,4 milhões de brasileiros
Dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostram que o trabalho informal avança com a
economia sobre o comando de Jair Bolsonaro e Paulo
Guedes, sendo responsável pela estagnação das
ofertas de emprego com carteira assinada no Brasil.
O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado
em outubro, apenas dois pontos decimais abaixo do
trimestre anterior.
No período entre maio e julho, a taxa estava em
11,8%. Já no trimestre encerrado em outubro do ano
passado, a taxa foi de 11,7%, o que aponta para uma
estabilidade, que de acordo com a analista da
pesquisa Adriana Beringuy, está relacionada a um
crescimento menor da população ocupada.
A pesquisa aponta que o número de empregados sem
carteira de trabalho assinada atingiu novo patamar
recorde de 11,9 milhões de pessoas, o que representa
um crescimento anual de 2,4% (mais 280 mil pessoas).
Já a categoria por conta própria chegou a 24,4
milhões de pessoas, o que representa uma alta de
3,9% (mais 913 mil pessoas) em relação ao mesmo
período de 2018.
A taxa de informalidade no mercado de trabalho ficou
em 41,2%, o que representa também uma estabilidade
frente ao trimestre móvel anterior, reunindo um
contingente total de 38,8 milhões de brasileiros.
“Isso já está consolidado. Não tem como a gente não
observar esse movimento de alta da informalidade.
Quando abrimos a análise, vemos que o emprego sem
carteira assinada e o trabalho por conta própria são
os que mais impulsionam esse movimento”, destacou a
pesquisadora do IBGE.
Subutilização e desalento
A taxa de subutilização da força de trabalho foi 0,8
ponto percentual menor que no trimestre anterior,
passando de 24,6% para 23,8%, o que representa quase
um milhão de pessoas a menos. Mesmo assim, ainda são
27,1 milhões de pessoas nessa condição.
Essa taxa soma os desempregados, quem gostaria de
ter trabalhado mais horas e quem poderia trabalhar,
mas desistiu de procurar emprego.
Segundo Adriana, a redução está relacionada “a um
maior número de pessoas trabalhando mais horas, o
que diminui o contingente de trabalhadores
subocupados por insuficiência de horas”, ou seja,
aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana,
mas gostariam e estavam disponíveis para trabalhar
mais.
Esse contingente de subocupados diminuiu 4,5% em
relação ao trimestre anterior, uma redução de 332
mil pessoas. O número de desalentados também caiu
4,5% em relação ao trimestre anterior, o que
representa 217 mil pessoas a menos.
Os desalentados são aqueles desempregados que
desistiram de procurar emprego.
Fonte: RevistaForum
02/12/2019 -
Lula tenta retomar alianças com partidos de centro
Aos poucos, o ex-presidente Lula tenta recompor
alianças com políticos de centro ou mesmo de
centro-direita que deram sustentação política a seus
governos e da ex--presidente Dilma Rousseff, antes
do golpe de 2016
O ex-presidente Lula voltou a fazer política e
tentar recompor alianças com políticos que deram
sustentação a seus governos e da ex-presidente Dilma
Rousseff, segundo informa a jornalista Daniela Lima,
editora do Painel, em sua coluna. "Emissários de
Lula começaram a procurar dirigentes de partidos de
centro com recados de que o petista quer conversar
sobre política. A recepção ao chamado tem sido
reticente, mas polida. Ninguém diz que está de
portas fechadas mas, segundo um presidente de
legenda que foi procurado, também não há pressa em
reativar o contato", escreve a jornalista.
"Mesmo siglas com força no Nordeste, onde o PT é
influente, hesitam. Nas eleições municipais, dizem,
a polarização nacional tende a ter impacto reduzido.
Lula voltou à ativa com desenvoltura. Governadores
de siglas aliadas estão aproveitando viagens a São
Paulo para marcar encontros com o petista em seu
antigo instituto", pontua.
Fonte: Brasil247
02/12/2019 -
Paim condena projeto de instalação de mina de carvão
no Rio Grande do Sul
O senador Paulo Paim (PT-RS) condenou, nesta
sexta-feira (29), em Plenário, o projeto de
instalação da maior mina de carvão a céu aberto do
Brasil entre os municípios gaúchos de Charqueadas e
Eldorado do Sul, numa distância de 16 quilômetros de
Porto Alegre. Segundo o parlamentar, a chamada Mina
Guaíba deverá extrair 166 milhões de toneladas de
carvão a partir de 2023, numa área de 4 mil
hectares, deixando milhões de toneladas de resíduos.
De acordo com o senador, movimentos sociais,
partidos políticos, ambientalistas e a população em
geral estão mobilizados contra esse projeto que
provocará enormes impactos sociais e ambientais, uma
vez que colocará em risco uma das maiores produções
de arroz orgânico da América Latina. Além disso,
mais de 100 famílias do Condomínio Guaíba City terão
que deixar as suas casas e haverá rebaixamento de
dezenas de metros de terra e, consequentemente,
contaminação do lençol freático, dos mananciais e
afluentes, inclusive do Rio Guaíba. Isso — denunciou
Paim — afetará toda a bacia hidrográfica responsável
pelo abastecimento de água de mais de 4 milhões de
pessoas, que serão afetadas pela poluição e pela
contaminação.
— No lugar da produção de comida saudável — e
refiro-me aqui ao arroz orgânico — teremos uma
imensa mina poluidora, com pouquíssimos postos de
trabalho e quase nada de pagamento de impostos —
alertou.
Fonte: Agência Senado
02/12/2019 -
Guedes diz que foi mal-interpretado sobre AI-5
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia ter
feito a "aposta" certa ao embarcar no projeto de
Jair Bolsonaro. "O (deputado) Eduardo (Bolsonaro)
não falou isso do nada. Quebraram tudo no Chile. Aí
o Lula sai da cadeia e fala: vamos fazer igual no
Chile. Eu estava advertindo contra isso, em defesa
da democracia", disse o titular da pasta em
entrevista ao jornal O Globo.
"É uma insanidade. Chamar pra rua manifestação
ordeira e pacífica, como a que fazem quase todo fim
de semana, problema nenhum. Agora, chamar para a rua
para fazer igual no Chile e quebrar tudo foi uma
insanidade, irresponsabilidade".
Fonte: Brasil247
02/12/2019 -
PEC garante estabilidade para gestante com qualquer
tipo de vínculo empregatício
Proibição de dispensa valerá inclusive para cargo
em comissão
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 163/19
garante estabilidade no emprego para a empregada
gestante, qualquer que seja a modalidade de vínculo
empregatício – inclusive para cargo em comissão –
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após
o parto.
Apresentada pelo deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB), a
proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Hoje, a Constituição já veda a dispensa arbitrária
ou sem justa causa da empregada gestante, desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto.
“A mesma proteção conferida à gestante que tenha
vínculo celetista ou estatutário (em cargo efetivo)
deve ser estendida àquelas que não integram tais
regimes jurídicos, sob pena de afronta ao princípio
da isonomia”, opinou Carneiro.
“Não há diferença na gravidez de uma mulher que é
concursada em relação a outra que é apenas
comissionada, ou entre uma grávida que tem a
Carteira de Trabalho assinada e outra que não a
tem”, completou.
Tramitação
A admissibilidade da PEC será analisada pela Comissão
de Constituição e Justiça e e Cidadania. Se
admitida, será votada por uma comissão especial e
depois pelo Plenário, em dois turnos.
Fonte: Agência Câmara
02/12/2019 -
Recusa de retorno ao trabalho não afasta direito de
gestante à estabilidade
Ela havia se mudado para outra cidade.
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu o direito de uma promotora de vendas da
Dass Nordeste Calçados e Artigos Esportivos, de São
Paulo (SP), à indenização correspondente ao período
de estabilidade da gestante. Embora a empresa
sustentasse que ela havia recusado a oferta de
reintegração ao emprego, a Turma seguiu o
entendimento do TST de que a recusa não inviabiliza
o direito.
Transferência
A empregada foi dispensada em março de 2017 e, em
junho, descobriu que estava grávida. Segundo os
exames, o início da gestação era anterior à
dispensa.
Ao ser cientificada da gravidez, a Dass a notificou
para voltar ao trabalho, mas a promotora informou
que estava morando em Matinhos (PR), em razão da
transferência de seu marido. Na reclamação
trabalhista, ela sustentou que, ainda que tivesse
recusado a oferta, teria direito à indenização
correspondente à estabilidade provisória.
Boa-fé
Para o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região
(PR), a empregadora, “em claro ato de boa-fé”,
possibilitou prontamente o retorno da promotora ao
trabalho ao saber da gravidez, mas ela, ao recusar a
oferta, renunciou expressamente ao direito à
estabilidade provisória. Segundo o TRT, o direito da
gestante é de ser reintegrada ao trabalho, e isso
nem foi pedido na ação. “A indenização substitutiva
é apenas e tão somente uma consequência, e não o
direito em si”, afirmou.
Jurisprudência
A relatora do recurso de revista da promotora,
ministra Delaíde Miranda Arantes, citou diversos
precedentes para demonstrar que, de acordo com a
jurisprudência do TST, a negativa da empregada de
retornar ao emprego não inviabiliza o seu direito à
indenização compensatória decorrente da estabilidade
da gestante. Entre os fundamentos que levaram a esse
entendimento está o fato de a estabilidade ser um
direito irrenunciável, pois a consequência da
renúncia atingiria também o bebê.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-1488-14.2017.5.09.0003
Fonte: TST
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