Blog - Notícias Anteriores - Dezembro 2020
11/12/2020 -
Governo Bolsonaro é rejeitado por 46%, aponta
pesquisa
11/12/2020 -
“É menos ruim ter inflação que um desabastecimento”,
diz Bolsonaro
11/12/2020 -
MPT emite nota
técnica que considera Covid-19 doença do trabalho
11/12/2020 -
Enquanto
Bolsonaro vê “finalzinho da pandemia”, mais 770
morrem por Covid-19
11/12/2020 -
Inflação, desemprego e pandemia: os flagelos do
bolsonarismo
11/12/2020 -
Câmara aprova
texto-base do novo Fundeb e prevê repasses ao
Sistema S
11/12/2020 -
PSOL pede que
PGR investigue produtora contratada pelo governo que
atua de graça para Renan Bolsonaro
11/12/2020 -
Câmara aprova
plano de combate à violência contra mulher
10/12/2020 -
Bolsonaro
facilita aquisição de armas e dificulta vacina,
dizem deputados
10/12/2020 -
Maia diz que
governo não tem agenda e está "desesperado" para
ocupar presidência da Câmara
10/12/2020 -
IBGE: indústria cresce em oito dos 15 locais
pesquisados em outubro
10/12/2020 -
Guedes volta a
defender “falácia” da flexibilização trabalhista
10/12/2020 -
Sem
planejamento, governo diz que vacinação emergencial
contra Covid pode começar em dezembro
10/12/2020 -
Fraudes em ações trabalhistas não são de competência
da Justiça Estadual
09/12/2020 -
Com Guedes e Bolsonaro, Brasil registra a maior
inflação de alimentos desde o governo FHC
09/12/2020 -
Ministro da Economia defende flexibilização da
legislação trabalhista
09/12/2020 -
Progressistas devem se posicionar nas eleições na
Câmara e Senado
09/12/2020 -
Inflação medida pelo INPC tem alta de 0,95% em
novembro
09/12/2020 -
Dieese – 13º pode injetar R$ 215 bilhões na economia
09/12/2020 -
TST permite
criação de sindicato de trabalhadores de fast food
09/12/2020 -
Ministério da
Economia bate cabeça sobre como enfrentar nova onda
da covid
09/12/2020 -
Programa que
substitui Minha Casa, Minha Vida é aprovado pelos
senadores
08/12/2020 -
Auxílio emergencial em 2021, custe o que custar!
08/12/2020 -
Maia defende
aprovação de PEC Emergencial antes do Orçamento de
2021
08/12/2020 -
Deputado do PT
questiona Pazuello sobre desmonte de programas de
saúde mental
08/12/2020 -
Custo da cesta básica sobe em 16 das 17 capitais
pesquisadas
08/12/2020 -
Justiça comum deve julgar contribuição sindical de
servidores, diz STF
08/12/2020 -
Alexandre de
Moraes contraria Bolsonaro e diz que ele terá que
depor quando o STF decidir
08/12/2020 -
Bloco de Rodrigo
Maia está rachado na disputa pelo controle da Câmara
08/12/2020 -
Vagas de
trabalho: admissão de intermitentes avança 18,4%
08/12/2020 -
Maioria apoia 14º salário emergencial para
aposentados, aponta DataSenado
07/12/2020 -
STF vota pela
inconstitucionalidade da reeleição de Maia e
Alcolumbre
07/12/2020 -
Em três anos de
‘reforma’ trabalhista, desemprego e informalidade
aumentaram
07/12/2020 -
Fim do auxílio
emergencial é crueldade bolsonarista
07/12/2020 -
Huck e Mandetta,
mais uma dupla que se apresenta para formar uma
frente da direita em 2022, com apoio de Moro
07/12/2020 -
Bolsonaro e Guedes estão levando país a uma
tragédia, dizem economistas
07/12/2020 -
Ministro do TST
entende que há relação de emprego na Uber.
Julgamento é suspenso
04/12/2020 -
Rosa Weber pede
vista e suspende análise no STF sobre trabalho
intermitente
04/12/2020 -
Contrária à reeleição de Maia, oposição não descarta
apoio a Arthur Lira
04/12/2020 -
Privatizações de Bolsonaro e Guedes atentam contra
direitos do povo
04/12/2020 -
Bolsonaro ameaça
demitir Onyx Lorenzoni, diz jornal
04/12/2020 -
Rodrigo Maia critica "meta fiscal flexível" para o
Orçamento do ano que vem
04/12/2020 -
Moro é considerado carta fora do baralho para 2022
03/12/2020 -
Fachin vota para
declarar trabalho intermitente inconstitucional
03/12/2020 -
Ciro defende aliança entre de centro-esquerda e
centro-direita em 2022
03/12/2020 -
Com fim do auxílio, desigualdade pode voltar ao
patamar dos anos 80
03/12/2020 -
Falha na Saúde expõe dados de mais de 200 milhões de
brasileiros
03/12/2020 -
Câmara libera R$
1,9 bi para comprar e produzir vacina de Oxford
03/12/2020 -
Tribunal de
Ética da OAB-SP proíbe Moro de advogar para Alvarez
& Marsal
03/12/2020 -
Governo prevê 9
privatizações em 2021, incluindo Correios e
Eletrobras
03/12/2020 -
Produção industrial cresceu 1,1% em outubro, diz
IBGE
02/12/2020 -
Comitê da OIT ao
Brasil: dialogue com entidades. Sindicalistas
apontam apenas ‘autoritarismo’
02/12/2020 -
Bolsonaro
justifica fim do auxílio emergencial em meio à
pandemia: 'ninguém vive dessa forma'
02/12/2020 -
Redução do auxílio faz mais brasileiros procurarem
emprego
02/12/2020 -
PT pede que PGR
investigue Moro por trabalhar em consultoria que
administra a quebra da Odebrecht
02/12/2020 -
CNI:
produtividade do trabalho na indústria cresce 8% no
3º trimestre
02/12/2020 -
Doria sinaliza
que pode abrir mão de São Paulo por projeto
presidencial
02/12/2020 -
Informalidade
cresce e atinge 29 milhões de pessoas
02/12/2020 -
Derrota do bolsonarismo reflete sua incompetência e
irresponsabilidade
01/12/2020 -
Eleições criaram novas lideranças e esquerda
precisará se reorganizar
01/12/2020 -
Precisamos continuar o debate em torno da Reforma
Trabalhista
01/12/2020 -
Maia cita Doria,
Huck e Ciro como possíveis nomes para 2022
01/12/2020 -
Flávio Dino diz que frente ampla é vital para
esquerda em 2022
01/12/2020 -
15 milhões buscarão emprego após a pandemia, diz
economista
01/12/2020 -
Câmara já tem
pelo menos 320 votos para aprovar reforma
tributária, diz Maia
01/12/2020 -
Proposta garante
remuneração às trabalhadoras gestantes durante
pandemia
11/12/2020 -
Governo Bolsonaro é rejeitado por 46%, aponta
pesquisa
Para 40% da população, Bolsonaro é “ruim” ou
“péssimo”
O governo do presidente Jair Bolsonaro é desaprovado
por 46% da população. É o que aponta a nova rodada
da pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira
(9) pelo site Poder360. Segundo o levantamento, os
brasileiros que cursaram o ensino superior (64%), os
moradores das regiões Sudeste e Nordeste (54% em
ambos os estratos) e os que recebem mais de dez
salários mínimos (70%) são os que mais desaprovam a
gestão bolsonarista.
O índice geral de rejeição, ainda assim, é próximo
ao de aprovação (43%). Os moradores das regiões
Norte (60%) e Sul (55%) são os grupos que mais
disseram aprovar a administração de Bolsonaro.
O PoderData também perguntou o que os entrevistados
acham do trabalho de Bolsonaro como presidente:
ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Para 40% da
população, Bolsonaro é “ruim” ou “péssimo” –
percentual similar ao registrado 15 dias antes. Já
os que acham Bolsonaro “ótimo” ou “bom” são 37%.
Os mais ricos são, proporcionalmente, os que mais
rejeitam o trabalho do presidente. Já entre os mais
pobres – os que recebem até dois salários mínimos –,
as taxas de aprovação são mais altas. É nesse grupo
que se concentra grande parte dos beneficiários do
auxílio emergencial.
Os dados foram coletados de 7 a 9 de dezembro, por
meio de ligações para celulares e telefones fixos.
Foram 2.500 entrevistas em 505 municípios, nas 27
unidades da Federação. A margem de erro é de dois
pontos percentuais.
Com informações do Poder360
Fonte: Portal Vermelho
11/12/2020 -
“É menos ruim ter inflação que um desabastecimento”,
diz Bolsonaro
Presidente inaugurou eixo da nova ponte do
Guaíba, em Porto Alegre
Em visita ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira
(10) para na inauguração do eixo principal da nova
ponte do Guaíba, em Porto Alegre, o presidente Jair
Bolsonaro avaliou que “é menos ruim ter inflação que
um desabastecimento”.
Ao falar da disparada de preços em alguns produtos
como, por exemplo, o arroz e óleo de soja, Bolsonaro
afirmou que se o homem do campo tivesse ficado em
casa, “teria sido um caos”. “Ainda estamos vivendo
um finalzinho de pandemia. O nosso governo,
levando-se em conta outros países do mundo, foi
aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se
saíram no tocante à economia. Prestamos todo os
apoios possíveis a estados e municípios. O auxílio
emergencial foi diretamente na veia, diretamente na
conta de 67 milhões de brasileiros, que precisavam
realmente disso aí. Isso fez também movimentar a
também economia de estados e municípios", destacou.
O presidente também lembrou o Programa Nacional de
Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe),
que socorreu micro e pequenas empresas durante a
pandemia. “Nós evitamos um colapso da economia. Meus
senhores, economia e saúde têm que andar de mãos
dadas”, acrescentou.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
11/12/2020 -
MPT emite nota técnica que considera Covid-19 doença
do trabalho
O Ministério Público do Trabalho emitiu, no começo
deste mês, nota técnica (Nota Técnica GT Covid-19
20/20) que caracteriza a Covid-19 como doença
ocupacional e recomenda que os médicos deverão
solicitar às empresas a emissão de Comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT) para funcionários que
contraírem o vírus ou casos considerados suspeitos.
Sua adoção, contudo, não é obrigatória.
A nota técnica elaborada pelo Grupo de Trabalho do
Ministério Público do Trabalho afirma que a Covid-19
pode ser considerada doença do trabalho quando a
contaminação do trabalhador pelo vírus ocorrer em
decorrência das condições especiais de trabalho, nos
termos do parágrafo 2º do art. 20 da Lei nº
8.213/91.
"A Covid-19 é um risco biológico existente no local
de trabalho, e, a despeito de ser pandêmica, não
exclui a responsabilidade do empregador de
identificar os possíveis transmissores da doença no
local de trabalho e as medidas adequadas de busca
ativa, rastreio e isolamento de casos, com o
imediato afastamento dos contatantes, a serem
previstas no Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, elaborado sob responsabilidade técnica
do médico do trabalho, nos termos da alínea “d” do
item 4.12 da NR 04)", diz trecho do documento.
Por fim, o MPT recomenda que todos os médicos do
trabalha solicitem a emissão da Comunicação de
Acidente do Trabalho (CAT) sempre que um caso de
Covid-19 for identificado e para casos suspeitos.
Clique
aqui para ler a nota técnica na íntegra
Fonte: Consultor Jurídico
11/12/2020 -
Enquanto Bolsonaro vê “finalzinho da pandemia”, mais
770 morrem por Covid-19
País se aproxima de 180 mil óbitos e chegou a 3º
dia seguido com mais de 50 mil casos novos da doença
No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) disse que o Brasil está vivendo “o
finalzinho da pandemia” do novo coronavírus, o país
registrou mais 770 mortes por Covid-19 e novos
53.347 casos da doença.
Nesse “finalzinho de pandemia” do titular do
Planalto, esta quinta-feira (10) foi o terceiro dia
seguido em que o Ministério da Saúde registrou mais
de 50 mil casos novos de infecção pelo Sars-Cov-2.
A pandemia que está no “finalzinho”, na avaliação
que o presidente fez em discurso em Porto Alegre
(RS), acumula até o momento 6.781.799 pessoas
contaminadas pelo novo coronavírus. Pior: o país é o
segundo com mais mortes pela doença, com 179.765
vidas perdidas para a doença.
Por fim, outro dado divulgado pelo Ministério da
Saúde, o total de pacientes em observação, ou seja,
com a doença ativa, coloca uma pá de cal sobre a
declaração de Bolsonaro: são 670.257 pessoas
atualmente em acompanhamento, com sintomas ou não. O
maior número em ao menos dois meses.
Fonte: RevistaForum
11/12/2020 -
Inflação, desemprego e pandemia: os flagelos do
bolsonarismo
Um conhecido fantasma volta a rondar os lares
brasileiros. Trata-se da inflação alta, influenciada
por preços de produtos básicos como alimentos e
combustíveis. O mercado financeiro elevou a projeção
da inflação oficial para 2020 pela décima sétima
semana seguida, e agora a previsão ficou acima da
meta central, de 4%. A previsão para o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,54%
para 4,21%, segundo o relatório Focus, divulgado
pelo Banco Central (BC).
Há ainda a bandeira vermelha nas contas de luz que
vigora a partir deste mês, que terá impacto só era
esperado em 2021 – em maio, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) havia fixado a bandeira
verde até dezembro, mas acabou em novembro. Já os
preços controlados pelo governo, como os de
medicamentos e de planos de saúde, adiados este ano
por causa da pandemia, vão pesar também na inflação
de 2021.
As estimativas para 2021 são igualmente de alta, com
a possibilidade superar o centro da meta pelo
terceiro ano seguido. Com o agravante da recessão
deste ano e a previsão de uma recuperação lenta da
economia no ano que vem. Há ainda o peso dos
reajustes represados por causa da pandemia, que
devem ser descarregados agora e frear a retomada do
consumo no início do ano.
O crescimento da China, que deve ficar em 8% no ano
que vem, ao passo em que revela a grande capacidade
de recuperação daquele país em meio à crise da
Covid-19, que afetou a economia mundial, deverá
aumentar a demanda mundial de alimentos, o que
pressionará os preços. As consequências devem ser
sentidas já no primeiro semestre; além da inflação
próxima a 6% e do desemprego elevado, haverá o fim
do auxílio emergencial.
Por conta dessa pressão inflacionária, há a
possibilidade real de alta na taxa básica de juros
(Selic), atualmente em 2% ao ano – enquanto
economias ricas como as dos Estados Unidos da União
Europeia praticam taxas em torno de zero e até
negativas. Esse cenário também servirá de pretexto
para o governo Bolsonaro e seu ministro da Economia,
Paulo Guedes, pressionar pelo “ajuste fiscal”, com
mais reformas de desmonte do Estado, como a
administrativa, e aceleração das privatizações.
É a velha tese de arrocho nos investimentos em geral
para estabilizar o pagamento de juros e a rolagem da
dívida pública como condição para a atração de
investimentos privados – a fórmula mágica de Guedes
para a retomada da economia. Com a dívida pública
caminhando para 100% do Produto Interno Bruto (PIB),
o governo se vê na contingência de adotar medidas
como essa para não alterar o rumo da sua política
econômica.
E quem paga o preço é o povo, sem acesso às benesses
do mercado financeiro e sofrendo com as
precariedades dos serviços públicos – especialmente
nesses tempos de pandemia –, com o desemprego e com
a carestia de produtos básicos, um cenário que
combina diversos fatores que fermentam uma situação
com alto teor explosivo. Compreendê-lo para atuar
sobre ele é o grande desafio do momento.
Fonte: Portal Vermelho
11/12/2020 -
PSOL pede que PGR investigue produtora contratada
pelo governo que atua de graça para Renan Bolsonaro
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) anunciou nesta
quinta-feira (10) que ingressou com pedido para que
a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue a
atuação de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo de
Jair Bolsonaro, por receber gratuitamente para sua
empresa serviços de uma produtora contratada pelo
governo federal.
“Pedi à PGR [Procuradoria-Geral da República] que
investigue o filho 04, Jair Renan Bolsonaro, por
tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Há
fortes indícios que tenha intermediado redução no
IPI para o setor de games em troca de patrocínios.
Os negócios da famiglia estão ampliando!”, anunciou
Valente.
Conforme revelação do jornal Folha de S. Paulo, a
produtora de conteúdo digital e comunicação
corporativa Astronauta Filmes, que presta serviços
ao governo federal, fez a cobertura da festa de
inauguração da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia,
de Jair Renan Bolsonaro. A empresa realizou a
filmagem e fotografia do evento e o proprietário, o
empresário Frederico Borges de Paiva, compareceu ao
evento e aparece nas imagens divulgadas nas redes
sociais. Apenas em 2020, a produtora em questão
recebeu R$ 1,4 milhão do governo Bolsonaro.
A revelação repercutiu fortemente entre a oposição.
Pelo Twitter, o líder do MTST e candidato a prefeito
de São Paulo nas eleições municipais de novembro,
Guilherme Boulos (PSOL), classificou como "mamata".
"Uma empresa contratada pelo governo atua 'de graça'
para Renan Bolsonaro. Com 22 anos, não é a primeira
vez que 04 mistura ações do governo com interesses
privados (nem é o único). O PSOL já pediu
investigação por tráfico de influência e lavagem de
dinheiro. É mamata que chama?", afirmou Boulos.
Fonte: Brasil247
11/12/2020 -
Câmara aprova texto-base do novo Fundeb e prevê
repasses ao Sistema S
A participação federal passa dos atuais 10% para
23%
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do
Projeto de Lei Complementar nº 4372/20 que
regulamenta o novo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), estabelecido
pela Emenda Constitucional nº 108/20 promulgada em
agosto.
A regulamentação é necessária para que os recursos
do fundo estejam disponíveis em janeiro do próximo
ano. O Fundeb se torna permanente a partir de 2021
para financiar a educação infantil e os ensinos
fundamental e médio nas redes públicas. O fundo é
composto de 20% da receita de oito impostos
estaduais e municipais e de valores transferidos de
impostos federais. Em 2019, o Fundeb custeou R$
156,3 bilhões para a rede pública.
Com o novo Fundeb, o Congresso aumentou a
participação da União no financiamento da educação
básica. A participação federal passa dos atuais 10%
para 23%. O aumento é escalonado. No ano que vem, o
percentual passa para 12%. Em 2022, 15%; em 2023,
17%; em 2024, 19%; em 2025, 21%; e a partir de 2026,
23%.
Os valores alocados pelo governo federal serão
distribuídos para os municípios que não alcançarem o
valor anual mínimo aplicado por aluno na educação. O
Fundeb permanente adota o Valor Aluno Ano Total (Vaat)
como referência de cálculo para distribuição de
recursos da complementação da União.
Na aprovação, a Câmara dos Deputados incluiu, por
meio de emenda de destaque, a possibilidade de
destinação de 10% dos recursos do Fundeb para
instituições filantrópicas comunitárias,
confessionais e para educação profissionalizante,
inclusive promovida por entidades do Sistema S
(Senai e Senac) - já financiadas pela taxação de
2,5% sobre a folha de pagamento das empresas
brasileiras. Esses valores são recolhidos com os
tributos do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
Fonte: Agência Brasil
11/12/2020 -
Câmara aprova plano de combate à violência contra
mulher
As pautas prioritárias da bancada feminina foram
analisadas nesta quinta(10) na Câmara. Na sessão que
foi presidida pela deputada Soraya Santos (PL-RJ),
os deputados aprovaram o Projeto de Lei PL 4287/20,
que visa alterar a lei 13.675, incluindo o Plano
Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência
contra a Mulher como instrumento da Política
Nacional de Segurança Pública.
A Câmara também aprovou a criminalização de ato ou
omissão de agente público que prejudique atendimento
à vítima ou à testemunha de violência. De acordo com
as deputadas, o PL é uma resposta à conduta do juiz
e do promotor durante o julgamento de André Aranha,
empresário acusado de estupro por Mari Ferrer. O
projeto vai ao Senado.
Outro projeto com parecer positivo dos parlamentares
foi o substitutivo da deputada Sheridan (PSDB/RR) ao
projeto de lei 1369/19 que criminaliza a perseguição
obsessiva, também conhecida como stalking. De acordo
com o texto aprovado, a pena mínima é de 1 a 4 anos
de prisão e multa. A pena poderá ser maior se o
crime for cometido contra mulheres por razão do sexo
feminino, contra crianças, adolescentes ou idosos.
Se os criminosos agirem em grupo ou se usarem uma
arma, a pena também deve ser aumentada.
O combate à violência política contra mulheres
também foi aprovada pela Casa. O texto prevê a
prisão de quem assediar, constranger, humilhar,
perseguir ou ameaçar candidatas ou detentoras de
mandato eletivo. No PL aprovado na Câmara, é
considerado violência política contra as mulheres
toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de
impedir, obstaculizar ou restringir os direitos
políticos delas.
Durante a votação, houve divergência e rejeição entre
os parlamentes sobre uma emenda do Psol. O partido
sugeriu trocar o termo "em razão do sexo" por "em
razão de a vítima ser mulher". O objetivo era que a
punição também atinja condutas voltadas a candidatas
transexuais.
"Quero parabenizar todas as mulheres da bancada
feminina que trabalharam nas várias proposições.
Deveríamos, há muito tempo, ter avançado nessa
pauta. Esse projeto que trata de medidas para
combater a violência política de gênero tem que ser
de forma positiva defendido, não somente por
mulheres mas também por todos", defendeu a deputada
Joenia Wapichana (Rede/RR).
O último projeto aprovado da pauta foi o que inclui
os programas de combate e prevenção de violência
contra a mulher como modalidade de projeto apoiado
pelo Fundo Nacional de Segurança Pública e autoriza
o uso de recursos do mesmo Fundo em ações envolvendo
prevenção e combate à violência doméstica e
familiar.
A deputada Érika Kokay (PT/DF) lembrou que hoje os
deputados e deputadas que participam da votação
estão usando roupas da cor branca para lembrar o
movimento sufragista que alavancou a independência
política das mulheres em todo o mundo.
Fonte: Congresso em Foco
10/12/2020 -
Bolsonaro facilita aquisição de armas e dificulta
vacina, dizem deputados
Prioridades do governo Bolsonaro é questionada no
momento em que o Brasil soma mais de 178 mil mortes
por Covid-19
A pandemia continua sendo relegada a segundo plano
no governo Bolsonaro. Enquanto o mundo corre para
oferecer planos emergenciais de vacinação, no
Brasil, o governo federal aposta no avanço do vírus
e no armamento da população. Esta é a crítica feita
pelos deputados do PCdoB, após anúncio do governo
sobre tarifas para importação de armas.
Nesta quarta-feira (9), o Diário Oficial da União
(DOU) trouxe a publicação da mudança da alíquota
para importação de revólveres e pistolas, que era de
20% e, a partir de 1º de janeiro de 2021, será
zerada.
“Bolsonaro não aceita importar vacinas pra salvar
vidas. Mas acaba de anunciar decreto que facilita
importação de revólveres e pistolas para o Brasil. É
o “compromisso” de armar as milícias”, destacou a
líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC).
O deputado Orlando Silva (SP) também criticou a
medida e reiterou o descaso do governo com a saúde
da população, visto que a pandemia já ocasionou mais
de 178 mil mortes no Brasil.
“As infecções por Covid aumentaram mais de 30% em
relação há duas semanas. O planeta em corrida pela
vacina para salvar vidas. E o genocida fazendo
arminha com a mão, distribuindo armas para que as
pessoas se matem. Bolsonaro vai do Planalto para a
cadeia!”, disse.
A deputada Jandira Feghali (RJ) também se
manifestou. “Não sabia que a Covid-19 morria com
tiro”, ironizou.
Corrida por vacina
Esta semana, Reino Unido e Rússia deram a largada na
vacina da população contra a Covid-19. No momento em
que o mundo atravessa a segunda onda da doença, a
imunização emergencial tem sido a aposta para
controlar a pandemia.
No Brasil, no entanto, o negacionisto encampado pelo
governo federal mantém a população à mercê do vírus.
Sem um plano de imunização concreto estabelecido e
compra de seringas, os brasileiros devem começar a
sonhar com alguma vacina só a partir de março.
Governadores pressionaram o governo federal esta
semana, sobretudo após anúncio do governador de São
Paulo, João Doria, que iniciaria a imunização no
estado a partir de janeiro, mas além do boicote à
Coronavac, a resposta do ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, foi de que a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) precisaria de, pelo
menos, 60 dias para aprovar qualquer vacina.
“Bolsonaro faz questão de relativizar a gravidade do
problema. Enquanto contamos mais de 170 mil mortes,
o ministro da Saúde fala em esperar mais 60 dias? No
Reino Unido a vacinação já começou. É assim também
na Rússia. Os países já começaram a anunciar um
plano de vacinação. Enquanto no Brasil a indústria
alerta que o governo não pediu agulhas e seringas. É
despreparo ou desprezo com o povo brasileiro?”,
condena o deputado Renildo Calheiros (PE).
Nesta quarta-feira (9), Pazuello jogou a conta da
demora no início da imunização nas costas da Pfizer.
Em entrevista à CNN, o ministro afirmou que caso a
Pfizer consiga adiantar a encomenda, o início da
imunização no Brasil poderá ser feito em dezembro ou
janeiro.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
10/12/2020 -
Maia diz que governo não tem agenda e está
"desesperado" para ocupar presidência da Câmara
“Não tem pauta, não tem agenda para a vacina, não
tem agenda para os mais pobres, para a recuperação
econômica e geração de emprego. Tem muita promessa",
afirmou Rodrigo Maia a jornalistas na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM),
afirmou nesta quarta-feira (9) que o governo de Jair
Bolsonaro busca eleger um aliado na presidência da
Casa que priorize votações ligadas à pauta de
costumes em detrimentos da agenda neoliberal de
reformas na economia.
“O governo está desesperado para desorganizar de uma
vez por todas a agenda do meio ambiente, em
flexibilizar a venda e entrega de armas, entre
outras agendas, que diz respeito à sociedade
brasileira e às minorias. Infelizmente, pouca
prioridade naquilo que é fundamental”, afirmou, em
declaração a jornalistas na Câmara.
“Não tem pauta, não tem agenda para a vacina, não
tem agenda para os mais pobres, para a recuperação
econômica e geração de emprego. Tem muita promessa.
Você consegue fazer um livro com três volumes de
promessas que a equipe econômica fez e não botou
nenhuma de pé até hoje”, acescentou o deputado.
Fonte: Brasil247
10/12/2020 -
IBGE: indústria cresce em oito dos 15 locais
pesquisados em outubro
Nove capitais superaram o patamar pré-pandemia de
covid-19
O setor industrial nacional cresceu em oito dos 15
locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional),
na passagem de setembro para outubro. O resultado
mostrou também que nove localidades superaram o
patamar pré-pandemia de covid-19: Amazonas, Santa
Catarina, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul.
O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (9)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A maior influência no resultado nacional em outubro
foi o Paraná, que cresceu 3,4%. É a sexta taxa
positiva consecutiva com ganhos acumulados de 51,5%
nesse período. O analista da pesquisa, Bernardo
Almeida, disse que o resultado se deve em grande
parte ao crescimento do setor de máquinas e
equipamentos, bastante atuante na indústria do
estado.
Pernambuco (2,9%) e Santa Catarina (2,8%) também
tiveram crescimento acentuado. A indústria
pernambucana voltou a crescer após registrar recuo
em agosto (-3%) e setembro (-1,1%). Já a indústria
catarinense registrou alta acumulada de 52,4% entre
maio e outubro de 2020. A região Nordeste (1,7%)
também teve alta maior do que a média nacional
(1,1%).
Segundo o IBGE, os estados de Mato Grosso (1,1%), do
Ceará (0,5%), de São Paulo (0,5%) e de Minas Gerais
(0,4%) completam a lista de locais com aumento de
produção industrial em outubro, com destaque para a
indústria paulista, que, apesar da alta menor que de
outras regiões, teve a segunda maior influência,
dado o tamanho do parque industrial.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
10/12/2020 -
Guedes volta a defender “falácia” da flexibilização
trabalhista
Sindicalistas consideram argumento falacioso por
tornar trabalhador cada vez mais precarizado, sem
resultar em empregabilidade.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse
terça-feira (8), em Brasília, que o país tem que
encontrar mecanismos para incluir no mercado de
trabalho 40 milhões de “invisíveis” identificados
pelo governo durante a pandemia do novo coronavírus.
Ele defendeu a flexibilização da legislação
trabalhista e citou a Carteira de Trabalho Verde
Amarela como uma das ferramentas para a inclusão dos
vulneráveis na economia.
Sindicalistas e especialistas em regulação
trabalhista consideram o argumento falacioso, por
retirar direitos e garantias do trabalhador sem
qualquer garantia e dado concreto de melhor no
emprego ou no salário. Na última semana, o ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin
votou pela inconstitucionalidade do contrato
intermitente, estabelecido em 2017 pela reforma
trabalhista de Michel Temer. As manifestações sobre
o assunto refletem a posição dos trabalhadores sobre
a argumentação de Guedes, feita hoje (leia abaixo).
“Temos que reconhecer o direito à existência desses
brasileiros. Eles não conseguiram sobreviver com o
quadro de legislação trabalhista existente. Eles
foram excluídos. Então, não vamos tirar direitos de
ninguém na legislação trabalhista que existe aí, mas
pelo menos como é que a gente cuida deles? Será que
precisamos de um regime extraordinário para eles por
um, dois anos? Nós temos que raciocinar sobre isso”,
disse o ministro durante participação em um
seminário do Instituto de Estudos Jurídicos
Aplicados (Ieja).
Segundo Guedes, a iniciativa necessita de consenso
com os outros poderes. Ele citou a ação do
Legislativo na mudança de marcos regulatórios de
diferentes setores, como o gás. “Isso jamais será
feito sem estarmos juntos, sentarmos juntos”,
afirmou.
Jornada de trabalho
Durante sua fala, o ministro da Economia citou ainda a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
manteve a eficácia da regra da Medida Provisória
(MP) 936/2020.
A medida autorizou a redução da jornada de trabalho
e do salário ou a suspensão temporária do contrato
de trabalho por meio de acordos individuais em razão
da pandemia do novo coronavírus, independentemente
da anuência dos sindicatos da categoria.
O ministro voltou a afirmar que o Brasil pode
encerrar o ano com perda zero de empregos no mercado
formal.
Ele disse que a retomada da economia está ocorrendo
em “V” [termo usado por economistas para relatar uma
retomada intensa depois de uma queda vertiginosa na
atividade econômica] e citou dados como a retomada
da produção industrial e do consumo de energia
elétrica e da indústria para justificar a afirmação.
“Estamos vendo a reação do Brasil e o país
surpreendendo de novo”, disse.
Precarizar para gerar emprego
A secretária de Políticas Sociais da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Vânia
Marques Pìnto, considera falaciosa a afirmação de
que a flexibilização da legislação trabalhista,
reformas trabalhistas e permissão de contratação
intermitente de trabalhadores visam regular a
informalidade no mercado de trabalho e gerar
emprego.
“Os resultados estão aí para todo mundo ver. A
precarização do trabalho e o desemprego só crescem
no país, mesmo com toda essa flexibilização dos
direitos trabalhistas”. Ele lembra dados do IBGE de
que a contratação intermitente representou 1% de
todos os contratos com carteira assinada em 2019. “O
desespero toma conta de quem fica sem o emprego e os
patrões abusam dessa realidade”, afirma Vânia.
Vânia defende a revogação total da reforma
trabalhista e flexibilizações da legislação
trabalhista que “minam a resistência do movimento
sindical e com isso põe fim aos direitos
trabalhistas conquistados com muita luta pela classe
trabalhadora”.
Além de que “todas as promessas feitas na exposição
de motivos para a aprovação da reforma trabalhista
não se cumpriram, nem mesmo a tentativa de mascarar
os dados através do contrato intermitente” isso
porque “cada trabalhadora e trabalhador precisa de
quatro, cinco vínculos empregatícios para obter uma
renda minimamente razoável”, acentua Valdete Souto
Severo, juíza do Trabalho e presidenta da Associação
Juízes para a Democracia (AJD).
A Reforma Trabalhista, Lei 13.467, entrou em vigor
no dia 11 de novembro de 2017 “estraçalhando a
Consolidação das Leis do trabalho (CLT) e rasgando a
Constituição de 1988”, diz Vânia. Com a promessa de
criar novos postos de trabalho com a redução dos
encargos sociais pagos pelos patrões. O resultado,
no entanto, foi bem diferente. Três anos depois, o
Brasil amarga 14,6% da população economicamente
ativa no desemprego. E a pandemia agravou ainda mais
essa triste situação.
De acordo com Adilson Araújo, presidente da CTB, a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, do IBGE, de agosto, mostra que “O Brasil
alcançou o número de 79 milhões de pessoas em idade
ativa fora da força de trabalho” e, pior, “sem
perspectiva de melhorias. Muita gente está vivendo
de bicos e trabalho precário”, muitas vezes “análogo
ao trabalho escravo”.
Esse é o resultado apresentado pela reforma
trabalhista e pelas políticas favoráveis aos patrões
e aos muito ricos do governo de Jair Bolsonaro. “A
CTB espera que o STF sepulte o contrato
intermitente”, assinala Vânia. “Continuaremos na
resistência até a reforma trabalhista e demais leis
criadas pelos governos neoliberais contra os
interesses nacionais e da classe trabalhadora serem
revogadas”.
Fonte: Portal Vermelho
10/12/2020 -
Sem planejamento, governo diz que vacinação
emergencial contra Covid pode começar em dezembro
Após pressão da sociedade contra o plano desorganizado
do governo que previa o início da vacinação apenas
no mês de março, o ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (9) que é
possível começar a vacinação contra a Covid-19 em
caráter emergencial da população em dezembro ou
janeiro, dependendo da autorização concedida pela
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
também da entrega das vacinas pelos laboratórios.
Ele também disse que a imunização ampla da população
brasileira pode começar em janeiro ou fevereiro.
As informações foram dadas na manhã desta
quarta-feira em entrevista à CNN.
Pazuello informou que está fechando um contrato com
a farmacêutica Pfizer, sem entrar em detalhes de
como seria estabelecida uma força-tarefa para
implementar um gigantesco plano de vacinação em
território nacional, ainda neste mês.
A ação desordenada do governo ocorre após o
governador João Doria (PSDB-SP) estabelecer o mês de
janeiro para o início da vacinação no Estado de São
Paulo e pactuar com 11 estados parceria envolvendo a
compra da vacina chinesa Coronavac.
Além do Estado de São Paulo sair na frente no plano
de imunização, o governador do Maranhão, Flávio
Dino, acionou o STF reivindicando a autorização das
vacinas que já foram aprovadas em seus países de
origem sem a autorização da anvisa, tendo em vista
os indícios de que o órgão de vigilância sanitária
estaria sendo usado politicamente pelo governo
bolsonaro, que transformou a questão da vacina numa
guerra política.
Fonte: Brasil247
10/12/2020 -
Fraudes em ações trabalhistas não são de competência
da Justiça Estadual
Compete à Justiça Federal processar e julgar crimes
de falso testemunho cometidos em processos
trabalhistas. Com esse entendimento, a 7ª Câmara de
Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo
reconheceu a incompetência da Justiça Estadual para
julgar duas pessoas acusadas por crimes de
associação criminosa e estelionato.
O Ministério Público acusou os réus por estelionato
mediante o ajuizamento de ações na Justiça do
Trabalho, que faziam parte de uma fraude para
obtenção das vantagens indevidas. Segundo o MP, os
acusados teriam usado a Justiça do Trabalho para
firmar acordos em prejuízo de produtores rurais e
para obter vantagem indevida própria.
De acordo com o relator, desembargador Alberto
Anderson Filho, trata-se do chamado "estelionato
judiciário", que, apesar de ser atípico em regra,
caracteriza-se quando não é possível ao magistrado,
durante o curso do processo, ter acesso às
informações que configuram a fraude. "Ocorre que,
justamente por se tratar de estelionato praticado
perante a Justiça do Trabalho, a competência é da
Justiça Federal", completou.
Segundo o desembargador, a acusação por associação
criminosa também recebe o mesmo tratamento porque
parte dos crimes ("estelionato judiciário") é da
competência da Justiça Federal: "Se a descrição da
denúncia dá conta de que a associação criminosa se
deu justamente para a prática dos 821 estelionatos,
cuja competência é da Justiça Federal, por óbvio
este delito conexo não pode ser daqueles
desmembrado".
Dessa forma, em votação unânime, a turma julgadora
anulou a sentença de primeira instância, que havia
condenado os réus, e determinou o envio dos autos ao
Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Processo 0007296-11.2013.8.26.0619
Fonte: Consultor Jurídico
09/12/2020 -
Com Guedes e Bolsonaro, Brasil registra a maior
inflação de alimentos desde o governo FHC
Com o resultado de novembro, preços acumularam
uma alta de 12,14% ao longo do ano. Em 2002,
alimentos subiram 19,47%
Os preços dos alimentos e bebidas sofreram uma alta
de 2,54%, em novembro, segundo levantamento do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), divulgado nesta terça-feira (8).
Com esse resultado, a alta acumulada ao longo do ano
foi de 12,14%, a maior desde 2002, durante o governo
de Fernando Henrique Cardoso. Naquele ano, os
alimentos subiram 19,47%.
Entre os alimentos que mais sofreram com o aumento
estão as carnes, com uma inflação que passou de
4,25% em outubro para 6,54% em novembro, acumulando
alta de 13,90% no ano. Já a do frango passou de
2,41% em outubro para 5,17%, com o acumulado de
14,02%.
A gasolina, que costuma ser o item de maior peso,
foi a segunda maior influência em novembro, com
impacto de 0,08 pontos, seguida pelo etanol, com
impacto de 0,06.
Outros alimentos que pesaram no bolso do brasileiro
foram o óleo de soja (94,1%), tomate (76,51%) e
arroz (69,5%).
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), houve um avanço de 0,89% em
novembro. De acordo com o IBGE, esse é o maior
resultado para um mês de novembro desde 2015, quando
o indicador foi de 1,01%.
Fonte: RevistaForum
09/12/2020 -
Ministro da Economia defende flexibilização da
legislação trabalhista
Guedes diz que o país pode encerrar o ano com
perda zero de emprego
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
terça-feira (8), em Brasília, que o país tem que
encontrar mecanismos para incluir no mercado de
trabalho 40 milhões de “invisíveis” identificados
pelo governo durante a pandemia do novo coronavírus.
Ele defendeu a flexibilização da legislação
trabalhista e citou a carteira de trabalho verde
amarela como uma das ferramentas para a inclusão dos
vulneráveis na economia.
"Temos que reconhecer o direito à existência desses
brasileiros. Eles não conseguiram sobreviver com o
quadro de legislação trabalhista existente. Eles
foram excluídos. Então, não vamos tirar direitos de
ninguém na legislação trabalhista que existe aí, mas
pelo menos como é que a gente cuida deles? Será que
precisamos de um regime extraordinário para eles por
um, dois anos? Nós temos que raciocinar sobre isso",
disse o ministro durante participação em um
seminário do Instituto de Estudos Jurídicos
Aplicados (Ieja).
Segundo Guedes, a iniciativa necessita de consenso
com os outros poderes. Ele citou a ação do
Legislativo na mudança de marcos regulatórios de
diferentes setores, como o gás. “Isso jamais será
feito sem estarmos juntos, sentarmos juntos”,
afirmou.
Jornada de trabalho
Durante sua fala, o ministro da Economia citou ainda a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
manteve a eficácia da regra da Medida Provisória
(MP) 936/2020.
A medida autorizou a redução da jornada de trabalho
e do salário ou a suspensão temporária do contrato
de trabalho por meio de acordos individuais em razão
da pandemia do novo coronavírus, independentemente
da anuência dos sindicatos da categoria.
O ministro voltou a afirmar que o Brasil pode
encerrar o ano com perda zero de empregos no mercado
formal.
Ele disse que a retomada da economia está ocorrendo
em “V” [termo usado por economistas para relatar uma
retomada intensa depois de uma queda vertiginosa na
atividade econômica] e citou dados como a retomada
da produção industrial e do consumo de energia
elétrica e da indústria para justificar a afirmação.
“Estamos vendo a reação do Brasil e o país
surpreendendo de novo”, disse.
O ministro criticou o que classificou como indústria
de precatórios. Segundo Guedes, o aumento dos
precatórios pode acabar com o país.
“Será que é razoável que uma indústria de
precatórios que não existia, de repente ela aparece,
R$ 15 bilhões por ano, aí no governo anterior ela
pula para R$ 25 bilhões, R$ 30 bilhões. Será que
estamos tratando corretamente dessa dimensão? Isso
vai acabar conosco muito rápido, o Brasil vai ser
destruído por indústria espoliativa, predatória",
finalizou.
Fonte: Agência Brasil
09/12/2020 -
Progressistas devem se posicionar nas eleições na
Câmara e Senado
O Supremo Tribunal Federal decide que a Câmara
Federal e o Senado terão novos presidentes. O
processo eleitoral abre chances para candidaturas
que não sigam rigorosamente a agenda fiscalista e
liberal, abraçada por Maia e Alcolumbre.
A escolha dos novos mandatários será em fevereiro.
Os setores progressistas precisam se posicionar. “A
conjuntura não favorece avanços. Mas devemos
negociar pra que não haja mais retrocessos e
fragilização ainda maior do trabalho”, observa o
consultor político Antônio Augusto de Queiroz (o
Toninho do Diap).
Para Antônio Augusto, a negociação deve se basear em
alguns pontos, como a defesa do Sistema Único de
Saúde e o Sistema Único de Assistência Social
(Suas). “É nele que se incluem o Bolsa-Família,
demais programas sociais e o próprio Auxílio
Emergencial que o governo não quer renovar”, alerta.
Segundo o analista, um dos pontos que os
progressistas devem defender, para eventuais apoios,
é justamente o Emergencial. Ele afirma: “Sem o
dinheiro desse Auxílio, o País pode entrar num
ambiente de convulsão social, porque milhões ficarão
sem renda”.
No entender de Toninho, as tratativas relacionadas à
eleição na Câmara e Senado também devem incluir a
defesa de garantias do Estado de Direito. “Preservar
Judiciário, Ministério Público e outros instrumentos
é frear impulsos autoritários de Bolsonaro”, diz.
Eleições – O descontentamento popular é
crescente. Antônio Augusto de Queiroz aponta, entre
outros fatos, a grande votação de Guilherme Boulos
em SP. “A candidatura deixou claro o seu compromisso
social. E uma grande parte da população apoiou essa
tomada de posição”, frisa.
Quanto à pauta específica – custeio das
entidades, base mínima para os direitos etc. –
Toninho lembra que o próprio Rodrigo Maia apontou
exageros na reforma trabalhista e em medidas
aprovadas pelo Congresso. No seu entendimento, “a
escolha dos novos presidentes abre a possibilidade
de diálogo sobre essas e outras matérias de
interesse sindical”.
Fonte: Agência Sindical
09/12/2020 -
Inflação medida pelo INPC tem alta de 0,95% em
novembro
Índice ficou acima de outubro, quando subiu 0,89%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de
novembro registrou alta de 0,95%. A variação é maior
que a de outubro, que subiu 0,89%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) é o maior resultado para um mês
de novembro desde 2015.quando o indicador ficou em
1,11%. No ano, o INPC acumula alta de 3,93%. Nos
últimos 12 meses, o índice é de 5,2% e ficou acima
dos 4,77% registrados no período imediatamente
anterior. Em novembro de 2019, a taxa era de 0,54%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8) pelo
IBGE. “Os pesos dos alimentos são maiores no INPC do
que no IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo], então, a aceleração dos últimos meses é por
conta disso, dos alimentos, efetivamente”, disse o
gerente da pesquisa Pedro Kislanov.
Fonte: Agência Brasil
09/12/2020 -
Dieese – 13º pode injetar R$ 215 bilhões na economia
O pagamento do 13º salário tem o potencial de
injetar cerca de R$ 215 bilhões na economia
brasileira. O montante representa aproximadamente
2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Quem
faz essa estimativa é o Dieese.
De acordo com a entidade, serão 80 milhões de
brasileiros favorecidos com esse rendimento
adicional. O estudo prevê uma média de R$ 2.458,00
por trabalhador que esteja inserido no mercado
formal, beneficiários da Previdência Social,
aposentados e beneficiários de pensão da União,
Estados e Municípios.
Para o economista Rodolfo Viana, responsável pela
subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região, a expectativa é que esse
dinheiro seja gasto no comércio e para o pagamento
de possíveis dívidas.
Ele explica: “Pro trabalhador sempre é melhor quitar
dívida, mas esse dinheiro deixaria de ir para o
comércio de imediato. Porém, pode ser que a pessoa
se sinta mais confortável para voltar a consumir,
talvez no crediário”.
Pandemia – De acordo com o economista, a
pandemia da Covid-19 pode trazer um impacto negativo
nas compras de final de ano. Ele conta que a taxa de
desemprego alta deve diminuir o consumo. Por isso a
quitação de dívidas deve ser a prioridade.
Empregos – Rodolfo alerta que este ano
atípico foi o principal fato para que a geração de
empregos temporários ficasse abaixo do normal. Para
ele, o comércio online contribuiu para este quadro.
“O e-commerce até gera vagas, mas não é o suficiente
pra recompor o que se perdeu em outras áreas”,
conta.
Futuro – O economista avalia que o pagamento
do 13º é uma luz no fim do túnel para o trabalhador.
Mas que o futuro pode ser comprometedor. “Janeiro
tem tudo pra ser um mês fraco, porém é possível ser
encarado”, conclui.
Fonte: Agência Sindical
09/12/2020 -
TST permite criação de sindicato de trabalhadores de
fast food
As condições de vida oriundas do trabalho no ramo
econômico de refeições rápidas (fast food) reúnem
particularidades em relação ao ramo hoteleiro e
gastronômico em geral, capazes de permitir a criação
de um sindicato específico.
Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior
Tribunal do Trabalho deu provimento a um recurso de
revista para permitir a criação do Sindicato dos
Trabalhadores nas Empresas de Refeições Rápidas (fast
food) de Fortaleza.
A decisão de segundo grau havia acolhido reclamação
de outra entidade — o Sindicato Intermunicipal dos
Trabalhadores no Comércio Hoteleiro e Gastronomia no
Estado do Ceará — para impedir a criação de um novo
sindicato.
Para a corte superior, a CLT prevê que os sindicatos
podem se desmembrar para formar sindicatos de
categorias mais específicas.
Para o advogado que representa o Sindicato dos
Trabalhadores nas Empresas de Refeições Rápidas (fast
food) de Fortaleza e sócio da Ferraz dos Passos
Advocacia, Ronaldo Tolentino, a decisão final
restabelece um direito dos trabalhadores que atuam
nas empresas de fast food.
"O restabelecimento do registro do Sindicato de fast
food corrige uma grande injustiça feita com a
categoria dos trabalhadores em estabelecimentos de
refeição rápida que em nada se assemelham com os
trabalhadores de restaurantes e hotéis", conclui.
TST-RR-382-15.2015.5.07.0012
Fonte: Consultor Jurídico
09/12/2020 -
Ministério da Economia bate cabeça sobre como
enfrentar nova onda da covid
Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes,
insiste no arrocho fiscal e na "volta à normalidade"
das receitas e despesas do governo, técnicos do
ministério indicam que as regras fiscais rígidas
devem ser flexibilizadas para enfrentar a nova onda
da covid
O Ministério da Economia está mergulhado em
contradições internas sobre o arrocho fiscal.
Técnicos do ministério admitem a possibilidade de
prorrogar o estado de calamidade e o Orçamento de
guerra caso ocorra uma segunda onda da covid-19.
A área técnica considera que somente assim será
possível enfrentar os gastos da nova onda da
pandemia no Brasil, em contradição com o ministro
Paulo Guedes, que defende a volta do Orçamento de
2021 "à normalidade".
É opinião corrente entre os técnicos do ministério
que o governo terá de afrouxar regras fiscais se a
pandemia se agravar, informam os jornalistas
Bernardo Caram e Fábio Pupo. Serão necessários
gastos extraordinários para enfrentar o crescimento
da pandemia, com a demanda acrescida por serviços de
saúde e a necessidade de comprar e distribuir
vacinas.
O governo trabalha com o prazo de 31 de dezembro
para o fim do estado de calamidade pública. Mas os
técnicos do Ministério da Economia, contrariamente à
opinião do ministro Paulo Guedes, consideram que o
cenário de recrudescimento da covid indica que sem o
orçamento de guerra, que suspende normas fiscais,
não será possível implementar ações sem descumprir o
teto de gastos, a chamada regra de ouro e a meta
fiscal.
Fonte: Brasil247
09/12/2020 -
Programa que substitui Minha Casa, Minha Vida é
aprovado pelos senadores
A MP 996/2020, medida provisória que criou o
Programa Casa Verde e Amarela (que substitui o
Programa Minha Casa, Minha Vida), foi aprovada pelo
Senado nesta terça-feira (8). Antes, o texto já
havia sido aprovado, com modificações, pela Câmara
dos Deputados. Agora a MP segue para sanção do
Presidente da República.
Fonte: Agência Senado
08/12/2020 -
Auxílio emergencial em 2021, custe o que custar!
Diante de tantas desesperanças no decorrer de 2020,
é evidentemente auspicioso o crescimento de 7,7% do
PIB auferido pelo IBGE no terceiro trimestre deste
ano. Se esse resultado também está relacionado ao
baixo desempenho da economia e à grave recessão no
período anterior, não menos importante e até mesmo
fundamental, é que o fator determinante desse
resultado do PIB está diretamente ligado à
implementação do auxílio emergencial que criamos e
que pode fazer frente e minorar os efeitos da
pandemia em relação aos trabalhadores brasileiros,
diante da pior crise sanitária e econômica que o
Brasil, e o mundo puderam experimentar em toda a
história.
Ao terem acesso ao auxílio emergencial, seja direta
ou indiretamente, cerca de 108 milhões de pessoas
obtiveram acesso a bens e serviços essenciais, e
assim efetivamente movimentaram a economia no ano de
2020.
Em 2021, a continuidade do auxílio emergencial será
determinante para que o país enfrente a crise. Mesmo
com a gravidade da pandemia se estendendo para o
próximo ano — mesmo com as vacinas já anunciadas e o
início da imunização de milhões de brasileiros —,
que 2020 nos sirva de grande e melhor exemplo: custe
o que custar, a continuidade do auxílio emergencial
ao longo de todo o ano de 2021, combinado com as
indispensáveis reformas estruturais a serem votadas
pelo Congresso Nacional e a persistência em medidas
severas contrárias aos efeitos da COVID-19,
representará a esperança de que, em 2021, o Brasil
possa sair do marasmo e volte a crescer, oxigenando
toda a economia e gerando emprego e renda para
milhões e milhões de brasileiros.
Paulo Pereira da Silva é deputado federal SP,
presidente do Solidariedade e ex-presidente da Força
Sindical SP, presidente do Solidariedade e
ex-presidente da Força Sindical
Fonte: Agência Sindical
08/12/2020 -
Maia defende aprovação de PEC Emergencial antes do
Orçamento de 2021
A proposta regulamenta medidas de ajustes nas
contas públicas
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta segunda-feira (7) que é necessário
aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
Emergencial antes da votação do Orçamento da União
de 2021.
A PEC, que tramita no Senado, regulamenta os
gatilhos fiscais a serem acionados em caso de ameaça
ao limite de despesas do governo. Para o deputado,
as atividades do Congresso devem seguir até janeiro
para que o texto seja aprovado.
“Estou vendo o trem indo em direção ao muro a 700
quilômetros por hora, e vai ser um desastre para
milhões de brasileiros, que precisam que se mantenha
o equilíbrio fiscal. Temos também um déficit
primário que vai pressionar os gastos públicos e uma
projeção para o crescimento da dívida pública. Estou
vendo de forma racional, é uma matéria difícil. É
muito difícil cortar as despesas primárias, mas não
há outro caminho que não seja esse”, afirmou Maia.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2020 -
Deputado do PT questiona Pazuello sobre desmonte de
programas de saúde mental
José Guimarães (PT-CE) apresentou requerimento
que cobra esclarecimentos sobre o "revogaço" contra
100 portarias do setor
O deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder da
minoria na Câmara, apresentou um requerimento de
informações ao Ministério da Saúde sobre os
programas de saúde mental que correm o risco de
serem extintos pela pasta.
A solicitação ocorre após reportagem de Guilherme
Amado, da revista Época, denunciar um possível
“revogaço” de cerca de 100 portarias do setor,
editadas entre 1991 a 2014.
O petista requer que o ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, responda, com máxima urgência,
questionamentos sobre os atendimentos na área e como
estão sendo executadas ações de programas que correm
risco de suspensão em plena pandemia do novo
coronavírus.
Entre os programas que correm o risco de serem
extintos estão o programa anual de reestruturação da
assistência psiquiátrica hospitalar no SUS; as
equipes de Consultório na Rua; o Serviço Residencial
Terapêutico; e a Comissão de Acompanhamento do
Programa De Volta para Casa.
Outro programa que pode ser extinto é a Rede de
Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas.
Segundo José Guimarães, o governo Bolsonaro atua
como um “inimigo da saúde mental”.
“Vários programas do SUS, que refletem os avanços
advindos da reforma psiquiátrica, correm risco de
extinção. É desastroso imaginar que tamanho
retrocesso aos Direitos Humanos esteja na pauta de
um governo que deveria cuidar do povo e zelar pela
saúde pública. Lamentável”, afirma Guimarães.
Fonte: RevistaForum
08/12/2020 -
Custo da cesta básica sobe em 16 das 17 capitais
pesquisadas
As maiores altas foram observadas em Brasília,
Campo Grande e Vitória
Em novembro, o preço da cesta básica subiu em 16 das
17 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Recife foi a única capital onde o custo da cesta
caiu, registrando menos 1,30% de seu valor.
As maiores altas foram observadas em Brasília,
17,05%; Campo Grande, 13,26%; e Vitória, 9,72%.
Segundo o Dieese, o arroz, o óleo de soja, a carne,
o tomate e a batata tiveram alta expressiva na
maioria das capitais.
A cesta básica mais cara do país é a do Rio de
Janeiro, onde custava, em média, R$ 629,63 em
novembro. A cesta mais barata foi encontrada em
Aracaju, com custo médio de R$ 451,32.
Com base no preço da cesta básica mais cara
observada pela pesquisa, o Dieese estimou que o
salário mínimo necessário para suprir as despesas de
um trabalhador e de sua família com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene,
transporte, lazer e previdência, seria de R$
5.289,53 em novembro, o que corresponde a 5,06 vezes
o mínimo atual, de R$ 1.045.
Por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19),
a coleta de dados pelo Dieese, na maior parte das
capitais analisadas, tem sido feita virtualmente.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2020 -
Justiça comum deve julgar contribuição sindical de
servidores, diz STF
Compete à Justiça comum processar e julgar demandas
em que se discute o recolhimento e o repasse de
contribuição sindical de servidores públicos regidos
pelo regime estatutário.
Essa foi a tese definida pelo Plenário virtual do
Supremo Tribunal Federal, que concluiu que tais
ações não se inserem na competência da Justiça do
Trabalho. O julgamento foi encerrado na sexta-feira
(4/12) e teve resultado unânime.
O caso trata de contribuição sindical de servidores
da Defensoria Pública do Amazonas. O Tribunal de
Justiça local declinou da competência em favor da
Justiça do Trabalho por entender que Súmula 222 do
Superior Tribunal de Justiça foi superada pela
Emenda Constitucional 45/2004.
Trata-se da emenda que reorganizou o Judiciário e
ampliou consideravelmente a competência da Justiça
do Trabalho. Já a Súmula 222 diz que é papel da
Justiça comum processar e julgar ações relativas à
contribuição sindical prevista no artigo 578 da CLT.
O Supremo já havia definido, em sede de ação direta
de inconstitucionalidade, que a Justiça do Trabalho
não é competente para processar ações entre o Estado
e seus servidores, em 2006. A decisão deu
interpretação ao inciso I do artigo 114 da
Constituição, que trata da competência da Justiça do
Trabalho pós-EC 45/2004.
Já o inciso III diz que é competência da Justiça
trabalhista as ações sobre representação sindical,
entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores.
"Entretanto, o inciso III do artigo 114 não pode ser
interpretado de forma isolada, ao ser aplicado a
demandas que digam respeito à contribuição sindical
de servidores estatutários", disse o relator,
ministro Gilmar Mendes.
"Ao contrário, o referido dispositivo deve ser
compreendido à luz da interpretação dada pelo
Supremo ao artigo 114, inciso I, da Constituição e
aos limites estabelecidos quanto à ampliação da
competência da Justiça do Trabalho, que não inclui,
como visto, as relações dos servidores públicos",
complementou.
Como o caso julgado envolve servidores públicos
estatutários, em observância à jurisprudência do
STF, conclui-se que não se inserem na competência da
Justiça do Trabalho as ações cujo objeto seja a
cobrança de contribuição sindical dos servidores
estatutários.
Clique
aqui para ler o voto do ministro Gilmar Mendes
RE 1.089.282
Fonte: Consultor Jurídico
08/12/2020 -
Alexandre de Moraes contraria Bolsonaro e diz que
ele terá que depor quando o STF decidir
Bolsonaro disse no final de novembro, por meio da
AGU, que optou por não prestar o depoimento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), contrariou o presidente Jair
Bolsonaro (Sem Partido-RJ) e decidiu que não cabe
ele decidir onde e quando dará seu depoimento no
inquérito que investiga suposta interferência
política na Polícia Federal, mas sim ao plenário da
Corte.
Bolsonaro disse no final de novembro, por meio da
Advocacia-Geral da União (AGU), que optou por não
prestar o depoimento. Para Moraes, não cabe a
Bolsonaro determinar como será ouvido.
“A forma de interrogatório do Presidente da
República será definida em decisão do plenário do
Supremo Tribunal Federal”, escreveu Moraes.
Moraes lembrou ainda que a Constituição não permite
o direito de recusa prévia e genérica de
determinações legais a um investigado ou réu.
“A Constituição Federal consagra o direito ao
silêncio e o privilégio contra a autoincriminação,
mas não o ‘direito de recusa prévia e genérica à
observância de determinações legais’ ao investigado
ou réu, ou seja, não lhes é permitido recusar prévia
e genericamente a participar de atos procedimentais
ou processuais futuros, que poderá ser estabelecidos
legalmente dentro do devido processo legal, mas
ainda não definidos ou agendados, como na presente
hipótese”, disse.
Alexandre de Moraes pediu ainda que o presidente do
STF, Luiz Fux, marque uma data para a retomada do
julgamento que discute o formato do depoimento do
presidente no inquérito, se será presencial ou por
escrito.
Com informações do G1
Fonte: RevistaForum
08/12/2020 -
Bloco de Rodrigo Maia está rachado na disputa pelo
controle da Câmara
Decisão do STF proibindo o presidente da Câmara
de se candidatar à reeleição derrotou suas
pretensões e dividiu seu grupo político
O deputado Rodrigo Maia (DEM), que estava em luta
pelo quarto mandato como presidente da Câmara dos
Deputados, teve suas pretensões interrompidas por
decisão da Suprema Corte. Membros do seu grupo
político dizem nos bastidores que o bloco em torno
de Maia está implodindo e que cabe unicamente a ele
a responsabilidade por isso.
O próprio presidente da Câmara teria estimulado a
competição interna entre caciques políticos.
Segundo o Painel da Folha de S. Paulo, o bloco de
partidos que hoje gravitam em torno de Rodrigo Maia
(DEM) dá sinais de fadiga. Seus integrantes já
preveem atuar separados na disputa pela presidência
da Câmara, com união apenas em uma etapa posterior.
Depois que o STF pôs fim às ambições de Maia de se
tornar presidente da Câmara pela quarta vez, cada
cacique político que gira em torno dele foi tratar
de se viabilizar. Marcos Pereira (Republicanos)
conversa com Podemos e PT. Luciano Bivar (PSL) diz
estar fechado com Pros e PTB. Elmar Nascimento (DEM)
e Baleia Rossi (MDB) disputam o núcleo DEM-MDB-PSDB.
Fonte: Brasil247
08/12/2020 -
Vagas de trabalho: admissão de intermitentes avança
18,4%
Além do avanço dos trabalhadores temporários na
pandemia, também houve um crescimento dos contratos
intermitentes de trabalho – modalidade que começou a
vigorar em 2017 e na qual os trabalhadores não têm
horário fixo e ganham pelas horas trabalhadas. Entre
junho e outubro, essas contratações cresceram 18,4%.
Mas, segundo o economista-chefe da Confederação
Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes, que fez, a
pedido do Estadão, um recorte especial dos
resultados no Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) para chegar a esses números,
os intermitentes ainda representam uma fatia ínfima
do mercado de trabalho. Em outubro, respondiam por
0,5% do estoque total de trabalhadores com carteira.
Na verdade, temporários e intermitentes têm uma
participação pequena no bolo total. Em outubro, por
exemplo, representaram menos de 10% do total de
vagas formais criadas.
De acordo com os dados do Caged, houve abertura
líquida de 394,9 mil vagas formais de trabalho
naquele mês – o melhor resultado para o período
desde o início da série histórica em 1992 – das
quais cerca de 30 mil foram temporárias.
De um milhão de postos formais líquidos criados
entre junho deste ano – o fundo do poço do mercado
de trabalho – e outubro, quase 10% foram vagas
temporárias abertas por empresas especializadas e
computadas nessa rubrica do Caged.
Fonte: Agência Estado
08/12/2020 -
Maioria apoia 14º salário emergencial para
aposentados, aponta DataSenado
Enquete do Instituto DataSenado mostra que 99% das
pessoas consultadas concordam com a criação do
14º salário emergencial para segurados e dependentes
da Previdência Social em razão da pandemia de
coronavírus. O pagamento adicional é previsto no
Projeto de Lei 3.657/2020, do senador Paulo Paim
(PT-RS), e beneficiaria quem recebe auxílio-doença,
auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte e
auxílio-reclusão.
Para todos os participantes, o pagamento de um 14º
salário é importante para o amparo social aos
segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
durante a atual pandemia. Além disso, 99% dos que
responderam à pesquisa acreditam que o pagamento
desse valor adicional contribuirá para estimular a
economia. A enquete contou com 32.820 participantes
entre os dias 1º de outubro e 2 de novembro.
Nas redes sociais, o senador Paulo Paim comentou o
resultado da enquete.
“O DataSenado mostra que a maioria concorda com a
criação do 14º salário para aposentados e
pensionistas. O PL 3.657/2020, de nossa autoria,
beneficia 35 milhões; 70% ganham um salário mínimo.
Com a pandemia, a crise piorou. Uma questão de
justiça”, afirmou.
Fonte: Agência Senado
07/12/2020 -
STF vota pela inconstitucionalidade da reeleição de
Maia e Alcolumbre
Votação final ficou em 7 a 4 contra a Maia e 6 a
5 contra Alcolumbre
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no fim da
noite desse domingo (6), durante sessão de
julgamento em plenário virtual, que os atuais
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); não podem disputar
a reeleição na mesma legislatura.
Os últimos votos foram dos ministros Luís Roberto
Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux. Todos tiveram
entendimento contrário ao voto do relator Gilmar
Mendes, e decidiram pela inconstitucionalidade da
reeleição de Maia e Alcolumbre.
No entendimento do relator, Maia e Alcolumbre
poderiam se reeleger, mas deveria haver uma regra
para que fosse permitida apenas uma recondução. Ele
foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Alexandre
de Moraes e Ricardo Lewandowski. Nunes Marques
acompanhou o relator, mas em relação à candidatura
de Alcolumbre.
Fachin, Barroso e Fux seguiram os votos das
ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber e do ministro
Marco Aurélio Mello, contrários à reeleição. Ao
proferir seu voto, o presidente do STF, ministro
Luiz Fux, disse que a norma constitucional “impede a
recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente a do primeiro ano da
legislatura”.
Segundo Fux, “não há como se concluir pela
possibilidade de recondução em eleições que ocorram
no âmbito da mesma legislatura sem que se negue
vigência ao texto constitucional.”
Resultado final
Como o ministro Nunes Marques votou contrário à
candidatura da reeleição de Rodrigo Maia, na mesma
legislatura, para a presidência da Câmara; e a favor
da candidatura de Davi Alcolumbre, para o Senado; o
placar final da votação, em sessão de julgamento no
plenário virtual, ficou em 7 votos a 4 contra a Maia
e 6 a 5 contra Alcolumbre.
A votação foi para decidir sobre Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIn) impetrada pelo PTB.
Nela, o partido pedia para que fosse proibida a
recondução dos presidentes das casas legislativas do
Congresso Nacional.
Fonte: Agência Brasil
07/12/2020 -
Em três anos de ‘reforma’ trabalhista, desemprego e
informalidade aumentaram
A ocupação que cresceu, basicamente, foi via
emprego sem carteira e trabalho por conta própria.
Para analista do Diap, lei aprovada em 2017 foi
“cavalo de Troia do capital” para implodir direitos
Governo, empresários e alguns parlamentares estavam
afinados na defesa do projeto que, aprovado, levaria
à criação da Lei 13.467, em 2017. A chamada reforma
trabalhista, afinal, levaria à criação de milhões de
empregos. Isso aconteceria na medida em que acabaria
com a rigidez da legislação, que tratavam como sendo
“engessada”, facilitando contratações e dando a tão
necessária “modernização” ao mercado de trabalho
brasileiro.
Pois a lei completou três anos em 11 de novembro “e
ninguém comemorou, nem timidamente”, lembra o
analista Marcos Verlaine, do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
“Entre a expectativa gerada pelos autores, o governo
de então, os empresários, que patrocinaram,
defenderam e atuaram fortemente no Congresso para
aprova-la, a mídia e a realidade, restou a dura
realidade”, afirma, em artigo. Ele define a medida
aprovada pelo Congresso como um “cavalo de Troia do
capital” para implodir direitos trabalhistas.
Negociação coletiva?
A insistente defesa do “negociado sobre o legislado”,
expressão recorrente na época, não era para
privilegiar a negociação, observa o analista. “Era
para retirar direitos, já que as negociações – tanto
as CCT (convenções coletivas de trabalho), quanto os
ACT (acordos coletivos de trabalho) – nunca
impediram, pelo contrário, que as convenções
superassem a CLT, e tampouco que os acordos
superassem as convenções.”
Os “milhões” de empregos não vieram, mesmo antes da
pandemia. O crescimento da ocupação se deu,
basicamente, pelo trabalho informal. Em 2016, ano
anterior ao da “reforma”, o país tinha 10,1 milhões
de empregados sem carteira no setor privado e 22,4
milhões de trabalhadores por conta própria. No ano
passado, eles eram 11,6 milhões e 24,2 milhões,
respectivamente (confira tabela). Os dados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Continua, do IBGE.
Modernização ou precarização?
O emprego com carteira caiu. E o índice de Gini no
trabalho, que mede a desigualdade, que até 2015
caía, voltou a subir no ano seguinte e não parou
mais.
A “reforma” introduziu modalidades de contratação,
como o trabalho intermitente. Também foram
apresentadas como itens da necessária
“modernização”, mas sindicalistas e pesquisadores as
identificam como sinais adicionais de precarização
do mercado. Embora ainda pequena, a participação da
modalidade intermitente vem crescendo.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF)
começou a julgar ações diretas de
inconstitucionalidade contra o trabalho
intermitente. Em seu voto, o relator, ministro Edson
Fachin, considerou o item inconstitucional e
causador de prejuízos à saúde do trabalhador. Mas
seus colegas Kassio Nunes Marques e Alexandre Moraes
se manifestaram a favor da modalidade. O julgamento
foi interrompido por um pedido de vista da ministra
Rosa Weber.
Na impossibilidade de revogar a lei na íntegra,
Verlaine sugere alterações pontuais, citando
justamente a contratação intermitente. “É preciso
negociar com todos os atores políticos e sociais, a
fim de produzir mudanças nesse cenário de terra
arrasada” argumenta.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/12/2020 -
Fim do auxílio emergencial é crueldade bolsonarista
Os milhões de brasileiros e brasileiras entre os
mais pobres da população brasileira, que hoje
dependem do auxílio emergencial para se alimentar,
morar e vestir, serão abandonados à própria sorte,
por decisão do governo Bolsonaro, a partir de
janeiro. Usando argumento falso de que a economia
estaria se recuperando em V – queda seguida de
retomada –, com aumento de oferta de empregos, da
poupança interna, decreta friamente que não seria
“mais necessário auxílio governamentais”.
Bolsonaro decreta o fim do auxílio emergencial
exatamente quando o desemprego bate recorde sobre
recorde, podendo chegar a 15% até o final do ano. A
inflação dos alimentos continua em alta e a pandemia
recrudesce nos centros urbanos. É uma mentira,
portanto, de consequências sociais graves afirmar
que o auxílio emergencial pode ser extinto,
porquanto o mercado formal e informal aquecido já
teria potencial de incorporar milhões dos
beneficiários.
Com uma máscara de humanista, Paulo Guedes meses
atrás se gabava de o governo Bolsonaro ter
localizado milhões de “invisíveis”, pessoas em
situação de pobreza extrema que não estavam listadas
em nenhum cadastro social. Pois que agora, todos e
todas visíveis ou invisíveis, de maneira fria e
cruel, são literalmente largados à própria sorte.
Sem o auxílio emergencial, saíram a campo de forma
desordenada a procura do pão, como sentenciou o
presidente Jair Bolsonaro. Isso Quando a Covid-19
tem um repique e quando é tido e havido que não há
mercado de trabalho para absorvê-los.
As forças democráticas, de esquerda, entre elas o
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – a através de
sua bancada –, têm pressionado, lutado, para que a
Câmara dos Deputados vote a Medida Provisória
1000/20 que prorrogou o auxílio até o final deste
mês de dezembro, porém cortado pela metade. Todavia,
a maioria governista, com a cumplicidade de outros
partidos de direita, interditou o debate.
A extrema direita e a direita neoliberais, com
Bolsonaro à frente, convergiram nesta crueldade de
acabar sem nenhuma mediação o auxílio emergencial.
Além de agravar a tragédia social, a extinção do
auxílio irá retardar a retomada da economia, posto
que reduzirá o consumo das famílias.
Esse tema e outros de gravidade equivalente, como é
caso da privatização anunciada da Eletrobrás e dos
Correios, e, ainda, a renitente irresponsabilidade
do governo no enfrentamento da pandemia que agora se
evidencia na negligência quanto ao direito do povo à
vacina, exigem das forças democráticas e
progressistas capacidade de convergência e ação
conjuntas em defesa do Brasil e do povo.
Fonte: Portal Vermelho
07/12/2020 -
Huck e Mandetta, mais uma dupla que se apresenta
para formar uma frente da direita em 2022, com apoio
de Moro
O apresentador da Rede Globo, Luciano Huck, e o
ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se
encontraram no final de novembro e discutiram sobre
a formação de uma aliança da direita no pleito
presidencial de 2022, para a qual gostariam de
contar com o apoio de Sergio Moro
O apresentador da Globo Luciano Huck e o ex-ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta se reuniram em
novembro e avaliam haver espaço para aliança de
partidos de direita e centro-direita em 2022.
O encontro, realizado na casa de Huck no Rio de
Janeiro, faz parte do empenho do apresentador da
Globo em construir o que chama de “terceira via” na
eleição de 2022. A conversa girou em torno do
cenário eleitoral, o resultado do pleito municipal e
os reflexos para a disputa presidencial que ocorrerá
daqui a dois anos, informa o Painel da Folha de
S.Paulo.
Ambos batem na tecla de que os resultados das
eleições municipais indicam que os derrotados foram
o bolsonarismo e o PT, o que abriria espaço para a
formação de uma frente da direita com a
centro-direita.
O apresentador e o ex-ministro da Saúde constatam
que com a ida de Sergio Moro para os EUA, ele deixa
de ser um concorrente na eleição presidencial e pode
ser um dos apoiadores dessa articulação de partidos
da direita não bolsonarista.
Fonte: Brasil247
07/12/2020 -
Bolsonaro e Guedes estão levando país a uma
tragédia, dizem economistas
Agenda de privatizações aprovada em reunião do
Conselho do CPPI, com a participação do presidente e
do ministro, prevê o leilão de nove estatais e 115
ativos de infraestrutura, incluindo até florestas
Os economistas da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas) Ricardo Carneiro e Luiz Gonzaga Belluzzo
dizem que o projeto neoliberal de Bolsonaro e do
ministro Paulo Guedes (Economia), baseado no estado
mínimo, está na contracorrente do que os países
centrais provem hoje no mundo.
“Vamos viver nos próximos dois anos uma tragédia,
com a economia, na melhor das hipóteses, andando de
lado, com formas precárias de emprego crescendo e os
donos da riqueza contentes com isso”, afirmou
Carneiro durante o debate virtual “A difícil
recuperação”, promovido pela Unicamp na última
quarta-feira (2).
No mesmo dia, com presença de Bolsonaro e Guedes, a
reunião do CPPI (Conselho do Programa de Parcerias
de Investimentos) aprovou uma lista de nove estatais
e 115 ativos de infraestrutura que pretende
privatizar ou oferecer em concessão no próximo ano.
A agenda entreguista do desgoverno Bolsonaro inclui
o leilão dos Correios, Eletrobrás, Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Emgea (gestora
de ativos), Ceasaminas, Porto de Vitória (Codesa) e
Nuclep (indústria de componentes relativos a usinas
nucleares), em 2021, além de avanços na liquidação
da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores
de Garantias (ABGF). Também estão previstos leilões
do 5G e de 24 aeroportos, como os de Santos Dumont
(RJ) e Congonhas (SP).
Carneiro e Belluzzo reclamaram que não apenas
Guedes, mas inúmeros economistas, cujas ideias têm
espaço irrestrito nos meios de comunicação, defendem
incessantemente a agenda do ministro da Economia,
suas reformas e sua visão ultraliberal. Os
economistas criticaram o apoio da imprensa
corporativa, sem o devido contraponto, às ideias de
Guedes e dos economistas do establishment.
Debate interditado
“O (chamado) convencimento econômico não foi feito
para explicar, mas para esconder as formas de
funcionamento da economia capitalista. A maioria dos
economistas brasileiros que estudaram fora fizeram
uma lavagem cerebral. Todos repetem as mesmas coisas
e a imprensa se dedicou a interditar o debate no
Brasil”, criticou Belluzzo. “Às vezes eu imagino que
os economistas brasileiros estão no planeta Netuno.
Não percebem as inter-relações da economia.”
“Não sei como se formou esse consenso perverso – que
não se dão nem o direito de explicar – de que a
situação externa do Brasil é complicada por causa do
risco fiscal”, acrescentou Carneiro.
A “contração fiscal”, que leva em conta medidas como
o Teto de Gastos, reduzindo drasticamente o
investimento público, “é quase inacreditável” para
Carneiro. A austeridade fiscal e a entrada do gasto
privado no lugar do público pode melhorar
indicadores como câmbio e juros. “Mas é péssimo,
porque a dívida não cresce, mas o PIB também não.”
Para ele, tal visão não é “desinteressada”, mas visa
manter a riqueza nas mãos das elites financeiras.
Para Belluzzo, a liberdade de que hoje goza o
sistema financeiro, que pode movimentar e promover a
fuga de capitais, por exemplo, corrói as economias e
“é desestabilizadora para os países periféricos”. “
Soberania não é um dom, é uma coisa que se exerce”,
concluiu.
Com informações da Agência PT
Fonte: Portal Vermelho
07/12/2020 -
Ministro do TST entende que há relação de emprego na
Uber. Julgamento é suspenso
Relator apontou presença dos elementos que
caracterizam vínculo. Colegas pediram vista
Um tema ainda controverso e sem jurisprudência
voltou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nesta
semana, o ministro Mauricio Godinho Delgado, relator
de recurso apresentado por um motorista, considerou
que existe relação de emprego entre ele e a Uber.
Para ele, estão presentes os elementos que
configuram vínculo empregatício, como subordinação e
não eventualidade, entre outros.
O julgamento foi interrompido na última quarta-feira
(2). Isso porque os outros dois integrantes da 3ª
Turma, Alexandre de Souza Agra Belmonte e Alberto
Luiz Bresciani de Fontan Pereira, pediram vista. Nas
primeira e segunda instâncias (Varas e Tribunal
Regional), a decisão foi favorável à empresa.
Questão semelhante chegou ao TST em fevereiro. Na
ocasião, um motorista de Guarulhos, na Grande São
Paulo, reivindicava registro de contrato com a Uber
em carteira e pagamentos correspondentes. Mas, no
entendimento da 5ª Turma, ele tinha autonomia
profissional e não havia relação de subordinação.
Esse costuma ser o argumento básico da Uber. Segundo
a empresa, motoristas têm a opção de escolher quando
e onde trabalhar. Mas, segundo o site Consultor
Jurídico, o relator do recurso na 3ª Turma entendeu
que há ordens e diretrizes claras a serem seguidas.
Existe, afirmou, um “poder diretivo exercido com
muita eficiência”. Ele citou, inclusive um artigo da
CLT (6º, parágrafo único) que trata do tema, sobre
subordinação jurídica nos “meios telemáticos e
informatizados de comando”.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/12/2020 -
Rosa Weber pede vista e suspende análise no STF
sobre trabalho intermitente
A ministra Rosa Weber pediu vista e suspendeu, nesta
quinta-feira (3/12), o julgamento no Supremo
Tribunal Federal que discute a constitucionalidade
do trabalho intermitente.
Na sessão, os ministros Nunes Marques e Alexandre de
Moraes votaram pela constitucionalidade dos
dispositivos disciplinados pela Reforma Trabalhista
(Lei 13.467/2017). Na sequência, votaria Luís
Roberto Barroso, mas Rosa Weber pediu vista
adiantada, apontando que tinha produzido um voto
longo, mas as sustentações orais provocaram
reflexões.
Até agora o placar está 2 contra 1. Nunes Marques
abriu a divergência, afirmando não considera que a
regulamentação do contrato de trabalho intermitente
pode "carecer de aperfeiçoamento, de forma a limitar
sua aplicação a determinados casos ou mesmo
estabelecer mais garantias ao trabalhador". Para
ele, "a apontada omissão legislativa não implica em
afronta direta aos direitos sociais da Constituição
Federal".
O modelo de trabalho intermitente, disse, pode
representar um termo médio entre o trabalho
informal, que não oferece garantias mínimas, e o
trabalho com vínculo empregatício, que não tem
flexibilidade e alternância.
"Não há que falar em fragilização das relações de
emprego ou em ofensa ao princípio do retrocesso, já
que a inovação pode resultar em oportunidades e
benefícios para ambas as partes", afirmou o
ministro.
Alexandre de Moraes votou da mesma forma. De acordo
com ele, a norma procurou dar maior segurança
jurídica para o trabalhador que atua na modalidade
intermitente. O ministro afirma que houve inovação
legislativa, mas foram seguidos todos os critérios
para garantir direitos mínimos.
O julgamento começou nesta quarta, quando o relator,
ministro Luiz Edson Fachin, votou pela
inconstitucionalidade dos dispositivos. Ele afirmou
que a contratação no modelo de trabalho intermitente
pode gerar mais insegurança jurídica, caso seja
feita sem limites.
Fachin disse que, embora seja adequada e necessária
a restrição aos direitos trabalhista, os parâmetros
legais da reforma para garantir a proteção dos
direitos são insuficientes. "Com a situação de
intermitência do contrato zero hora, instala-se a
imprevisibilidade sobre elemento essencial da
relação trabalhista formal, qual seja, a remuneração
pela prestação do serviço", afirmou.
Fonte: Consultor Jurídico
04/12/2020 -
Contrária à reeleição de Maia, oposição não descarta
apoio a Arthur Lira
O líder da oposição na Câmara, André Figueiredo
(PDT-CE), disse ao Congresso em Foco que a maioria
dos parlamentares oposicionistas é contrária à
possibilidade de os presidentes Rodrigo Maia e Davi
Alcolumbre disputarem um novo mandato. "A
Constituição é clara ao vedar a reeleição na mesma
legislatura. O espírito do legislador era evitar que
isso ocorresse. Isso foi feito para evitar a
eternização dos presidentes da Câmara e do Senado.
Há assembleias em que os presidentes ficam por até
dez anos", afirmou.
André ressalta que ainda não há uma posição formal
da oposição sobre o assunto. O partido dele, o PDT,
por exemplo, vai se reunir no próximo dia 15 para
discutir o assunto. "Mas informalmente sabemos que o
partido, assim como grande parte da oposição, é
contra a reeleição", declarou. O Centrão, que apoia
o presidente Jair Bolsonaro, também é contra a
reeleição.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta
sexta-feira (4) ação do PTB que contesta a
possibilidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre de
concorrerem a um novo mandato na mesma legislatura,
o que é expressamente proibido pela Constituição.
Mas há entendimento entre parte dos ministros, assim
como da Advocacia-Geral da União, de que o tema é
interno do Congresso e, por isso, cabe aos
parlamentares decidirem sobre ele.
Davi já está em plena campanha para um novo mandato.
Maia atua de maneira mais reservada, mas, caso a
reeleição seja autorizada, é dada como praticamente
certa sua candidatura.
A oposição ainda não decidiu como atuará diante de
uma eventual disputa entre um candidato de Maia
contra o líder do PP e do Centrão, Arthur Lira
(PP-AL), mesmo com o alinhamento de Lira com o
presidente Jair Bolsonaro. "Não existe veto a
ninguém", disse André Figueiredo. O importante,
segundo André Figueiredo, é que o presidente da Casa
atue com independência. "O próprio Maia quando se
elegeu tinha o apoio de Michel Temer e do PSL de
Bolsonaro. Mesmo assim atuou com independência",
considera o deputado pedetista.
Fonte: Congresso em Foco
04/12/2020 -
Privatizações de Bolsonaro e Guedes atentam contra
direitos do povo
O anúncio do governo nesta quarta-feira (2) de que
pretende realizar nove privatizações em 2021, entre
as quais as de estatais como Correios e Eletrobras,
é mais um passo no sentido de cumprir a sua agenda
de desmonte do Estado, mais um ataque ao
desenvolvimento nacional. Na verdade, a ideia
bolsonarista, conduzida pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, é estabilizar o pagamento de juros e a
rolagem da dívida pública.
Esse argumento é bem conhecido. No passado, quando o
projeto neoliberal hegemonizou a condução da
economia, o argumento foi o mesmo. O Brasil perdeu
impulso no seu desenvolvimento industrial, ao mesmo
tempo em que a dívida pública explodiu e os juros
dispararam. Trata-se de um recuso de dilapidação do
patrimônio público como política de administração do
parasitismo financeiro.
Essa agenda faz parte do âmago do governo Bolsonaro.
Seu desempenho desastroso na economia antes e agora
com ciclo da Covid-19 é a causa desse pacote de
privatizações para tapar buracos às custas do
patrimônio nacional. É, também, a tentativa de dar
sobrevida ao apoio titubeante de uma plutocracia que
dá sinais de impaciência e frustração com a
incapacidade bolsonarista.
As privatizações como um todo obedecem a esse jogo.
No caso dos Correios e da Eletrobras, tem o
agravante de serem duas grandes estatais de setores
estratégicos da economia nacional. São empresas que
cumprem função social, garantindo a prestação de
serviços universalizados por meio do chamado
subsídio cruzado. Ou seja: tarifas mais elevadas
cobradas de setores mais rentáveis da economia
cobrem as tarifas reduzidas dos serviços prestados
aos setores mais pobres da população.
O papel estratégico para o desenvolvimento
econômico, social e cultural do país dos Correios é
uma grande conquista nacional. A empresa cobre 100%
dos municípios brasileiros. Nenhuma outra
instituição jamais registrou algo parecido em termos
de capilaridade. Privatizá-la equivale a privar a
parte mais vulnerável da população de um serviço
postal de qualidade. Seria mais uma ação que
privilegia os que se beneficiam do patrimônio
público às custas do sacrifício do povo.
A lógica serve também para a Eletrobras. A empresa
foi criada como um dos polos estatais de fomento do
desenvolvimento industrial e social brasileiro.
Hoje, ela controla 47 usinas hidrelétricas, responde
por 52% de toda a água armazenada no Brasil, 70%
utilizados para a irrigação da agricultura. Esse
potencial em mãos privadas serviria prioritariamente
ao lucro e, também, sacrificaria o povo. O caso do
recente apagão no Amapá foi uma mostra disso.
As estatais brasileiras são produtos da ideia de que
o Brasil precisava se modernizar. Foi quando o
Estado deu prioridade à acumulação de capital físico
(máquinas, equipamentos e instalações industriais) —
política adotada sobretudo pela “era Vargas”
basicamente por meio do BNDES, da Telebrás, da
Eletrobrás, da Siderbrás, da Nuclebrás e da
Petrobrás. Defendê-las com vigor é um dever de todas
as forças patrióticas, democráticas e progressistas.
Fonte: Portal Vermelho
04/12/2020 -
Bolsonaro ameaça demitir Onyx Lorenzoni, diz jornal
Ministro avançou sinal
Prometeu Renda Cidadã para dezembro
Planalto tenta eleger Artur Lira
O presidente Jair Bolsonaro estuda demitir o
ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e usar a
cadeira em troca de apoio na disputa à presidência
da Câmara, segundo disseram interlocutores do
Planalto ao UOL.
A possível movimentação acontece depois que o
presidente reafirmou no último domingo (29.nov.2020)
que vai derrubar quem passar por cima dele e falar
sobre o programa social Renda Cidadã. “O que eu
falei 3 meses atrás está valendo. Quem falar em
Renda Cidadã, cartão vermelho“, disse o presidente.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a ameaça foi
direcionada ao ministro Onyx Lorenzoni, que havia
prometido publicamente o anúncio do Renda Cidadã
para esse mês. A equipe do ministro também trabalhou
na modelagem do programa.
No Palácio do Planalto, a visão é de que Onyx
demorou para entender o recado e por isso o
presidente teve que reforçar a ameaça. No ministério
da Economia há a certeza de que desta vez a ameaça
foi enviada ao ministério da Cidadania. “Esse cartão
ai agora não foi para nós“, disse o ministro Paulo
Guedes a membros de sua equipe.
Não somente passou por cima da ordem do Presidente,
o ministro Onyx Lorenzoni não tem apresentado
desempenho satisfatório no comando da pasta.
Eleições no Congresso
Se a demissão acontecer, a pasta poderá ser usada para
negociações para resultados favoráveis ao governo
nas eleições para a presidência da Câmara dos
Deputados.
O Planalto trabalha para derrubar o candidato que
irá suceder Rodrigo Maia, ou até o próprio atual
presidente caso seja concedido direito à reeleição.
A atual aposta do governo é o deputado Artur Lira (PP-AL).
Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre
o assunto, mantendo certa discrição depois dos
resultados das urnas municipais malsucedidos para o
governo.
Outros aliados do presidente já afirmaram que Lira é
um “teto de vidro“. Isso porque o deputado é réu
acusado de corrupção passiva no inquérito que apura
o recebimento de R$ 106.000 em propina.
Fonte: Poder360
04/12/2020 -
Rodrigo Maia critica "meta fiscal flexível" para o
Orçamento do ano que vem
“Não querem meta para não organizar
contingenciamento, isso é uma sinalização muito
ruim", disse o presidente da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
criticou a equipe econômica do governo pelo baixo
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro
trimestre e pela perspectiva de adotar “meta fiscal
flexível” para o orçamento de 2021. Conforme dados
do IBGE, o País cresceu 7,7% no terceiro trimestre,
mas ainda não recuperou o patamar pré-pandemia. A
alta não foi suficiente para compensar a queda nos
meses anteriores, que chegou a mais de 11%.
Esse resultado mostra “o tamanho da desorganização
do governo”, afirmou Maia numa rápida coletiva
concedida aos jornalistas na manhã desta
quinta-feira.
Rodrigo Maia também criticou o ministro da Economia,
Paulo Guedes, por adotar uma “meta fiscal flexível”
no Orçamento do ano que vem, para não realizar
contingenciamentos (cortes) nos recursos dos
ministérios. A meta fiscal corresponde às
expectativas de receita arrecadada, menos as
despesas previstas para o ano seguinte.
Segundo Maia, a ideia de uma meta flexível é uma
invenção do ministro da Economia. “Não querem meta
para não organizar contingenciamento, isso é uma
sinalização muito ruim. Não ter meta, ou uma meta
flexível, é uma jabuticaba brasileira”, criticou.
Fonte: Agência Câmara
04/12/2020 -
Moro é considerado carta fora do baralho para 2022
O universo político brasileiro avalia
consensualmente que a ida de Sergio Moro para a
consultoria americana Alvarez & Marsal é a pá de cal
no sonho de candidatura presidencial. O ex-juiz não
conseguiu deixar uma marca no governo, depois de
"surfar" na onda da antipolítica para ser ministro
da Justiça. Vaza Jato e o novo emprego macularam
ainda mais a imagem dele. É carta fora do baralho,
avaliam políticos e analistas.
De acordo com um líder do DEM, foi reduzida a margem
de manobra do ex-ministro para fazer articulações
visando uma eventual postulação. O partido não via
com bons olhos as conversas entre Moro, o
apresentador Luciano Huck e o governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), mirando 2022.
O integrante do DEM afirmou que a contratação do
ex-ministro por uma empresa administradora da quebra
da Odebrecht macula ainda mais a imagem dele,
segundo informações publicadas pelo jornal Folha de
S.Paulo.
Moro ocupou o ministério da Justiça depois de
"surfar" na onda da antipolítica estimulada por
setores conservadores. A bandeira da anticorrupção
perdeu força ao decorrer do governo Jair Bolsonaro
principalmente após a Vaza Jato, que foram
irregularidades da Operação Lava Jato.
Segundo as reportagens produzidas pelo Intercept
Brasil, Moro feria a equidistância entre quem julga
e quem acusa, porque ele atuava como uma espécie de
assistente de acusação, ajudando procuradores na
elaboração de denúncias.
Moro deixou o governo em abril deste ano, após Jair
Bolsonaro exonerar Mauricio Valeixo da Polícia
Federal. O ex-juiz não conseguiu deixar uma marca no
ministério da Justiça. Agora tenta a carreira na
consultoria Alvarez & Marsal (EUA), que administra a
quebra de empreiteiras como Odebrecht, OAS, Queiroz
Galvão e Sete Brasil, esta última criada para
operações no pré-sal.
O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos
Advogados do Brasil - seccional São Paulo (OAB-SP)
notificou o ex-juiz para reiterar que é proibida a
prática de atividade privativa da advocacia aos
clientes da consultoria norte-americana.
Fonte: Brasil247
03/12/2020 -
Fachin vota para declarar trabalho intermitente
inconstitucional
A pretexto de garantir maior segurança no emprego, a
contratação no modelo de trabalho intermitente pode
gerar mais insegurança jurídica, caso seja feita sem
limites. O entendimento é do ministro Luiz Edson
Fachin, relator de ações que questionam a
constitucionalidade de dispositivos da Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/2017) no Supremo Tribunal
Federal.
Fachin afirmou nesta quarta-feira (2/12) que entende
ser adequada e necessária a restrição aos direitos
trabalhista. No entanto, afirma que os parâmetros
legais da reforma para garantir a proteção dos
direitos são insuficientes.
Um exemplo disso, segundo o ministro, é o caso do
trabalhador que não tem previsibilidade das horas
que efetivamente vai trabalhar no mês “ou que, dada
a intermitência da atividade, seja-lhe tão exaustiva
que o impeça de encontrar novo vínculo”. Neste
exemplo, o trabalhador terá impacto inevitável em
seu salário, já que não pode complementar a renda.
"Com a situação de intermitência do contrato zero
hora, instala-se a imprevisibilidade sobre elemento
essencial da relação trabalhista formal, qual seja,
a remuneração pela prestação do serviço", afirmou o
ministro.
Para ele, sem a obrigatoriedade de pedir a prestação
do serviço, "o trabalhador não poderá planejar sua
vida financeira, de forma que estará sempre em
situação de precariedade e fragilidade social".
Somente Fachin votou na sessão desta quarta — no
sentido de declarar a inconstitucionalidade do
artigo 443, caput, parte final, e parágrafo 3°;
artigo 452-A, parágrafos 1° ao 9°; e artigo 611-A,
VIII, parte final, todos da CLT, com a redação dada
pela reforma.
A análise do tema será retomada nesta quinta-feira
(3/12). Os ministros julgarão em conjunto três ADIs.
O denominador comum entre elas é o argumento de que
a contratação intermitente afronta ao princípio da
dignidade da pessoa humana por flexibilizar direitos
sociais trabalhistas.
Clique
aqui para ler o voto do relator.
ADIs 5.826, 5.829 e 6.154
Fonte: Consultor Jurídico
03/12/2020 -
Ciro defende aliança entre de centro-esquerda e
centro-direita em 2022
É preciso encerrar “a ilusão neoliberal” e
formular “um projeto nacional de desenvolvimento”
Candidato a presidente em 1994, 1998 e 2018, o
ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que busca uma
aliança de centro-esquerda e centro-direita para
fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro. Essa
união, “mais do que viável, é necessária”, declarou
Ciro em entrevista ao UOL.
Para a esquerda chegar com mais chances de vitória
em 2022, o ex-ministro propõe atrair a “política de
centro”, que tradicionalmente se alia à direita no
País. Foi uma resposta à declaração do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Um dia antes, Maia
disse que Ciro e outros nomes, como o governador de
São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador de TV
Luciano Huck, deveriam formar uma frente de centro
nas próximas eleições.
“O futuro, do meu ponto de vista, pede o
encerramento da ilusão neoliberal e a formulação, em
um ambiente muito difícil e complexo, de um projeto
nacional de desenvolvimento. Esse projeto, para ser
viável, tem de tomar uma parte do centro político da
sua tradicional relação umbilical com a direita”,
afirmou Ciro.
O ex-governador cearense defendeu uma aliança entre
PDT, PSB, Rede e PV para a travessia de um primeiro
grande obstáculo, “com meus 15%, 14% [de intenções
de votos]”, para depois se discutir a continuidade
desse processo. Esta é sua aposta para derrotar
Bolsonaro.
“O que vou fazer, à luz do dia, na frente de todos,
é tentar capturar um pedaço de centro-direita para
uma ampla aliança na centro-esquerda”, disse Ciro.
“Se eu conseguir isso, vou ser o próximo presidente
do Brasil. Se não, eu boto a viola no saco e vou ser
um livre pensador.”
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
03/12/2020 -
Com fim do auxílio, desigualdade pode voltar ao
patamar dos anos 80
Ao longo da pandemia, o governo reduziu o valor
do auxílio de R$ 600 para R$ 300 e anunciou que não
pretende renová-lo a partir de janeiro.
O sociólogo Rogério Barbosa, do Instituto de Estudos
Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (Uerj), disse ao jornal Estado de
S. Paulo que o fim do auxílio emergencial pode levar
a desigualdade social de volta ao patamar dos anos
1980.
Ao longo da pandemia, o governo reduziu o valor do
auxílio de R$ 600 para R$ 300 e anunciou que não
pretende renová-lo a partir de janeiro.
Segundo Barbosa, o índice de pobreza, que considera
quem recebe até um terço do salário mínimo (R$ 348),
caiu de 18,7% em 2019 para 11% em setembro de 2020.
Sem os benefícios pagos pelo governo federal,
segundo o pesquisador, esse indicador pode chegar a
24%, ou seja, quase um quarto da população. Além do
auxílio, a população recebeu benefícios do Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BeM).
Com o auxílio emergencial e o benefício pago para
quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso,
a renda média da população brasileira foi de R$
1.321 em setembro. Sem os benefícios, teria sido de
R$ 1.187.
Fonte: Portal Vermelho
03/12/2020 -
Falha na Saúde expõe dados de mais de 200 milhões de
brasileiros
O Ministério da Saúde deixou expostos dados de mais
de 200 milhões de brasileiros, beneficiários do SUS
e de planos de saúde privados, por ao menos seis
meses. O vazamento dos dados era possível a quem
tivesse o conhecimento mínimo das ferramentas de um
navegador de internet.
O assunto é um dos destaques da edição desta
quarta-feira (2) do jornal O Estado de S. Paulo, que
revelou a existência de uma falha na base de dados
do ministério capaz de permitir o acesso a
informações pessoais de 240 milhões de perfis (o
número é maior que o da população brasileira atual,
uma vez que contém dados de pessoas mortas).
Dados como CPF, endereço e data de nascimento de
pessoas como o presidente Jair Bolsonaro, do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz
Fux e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos
Deputados, foram encontradas na base. O sistema
chamado de e-SUS-Notifica, foi construído por uma
empresa privada, a Zello.
Apesar de o sistema ter sido desenvolvido por um
ente privado, há previsão na Lei Geral de Proteção
de Dados (LGPD) para que o governo seja
responsabilizado pelo vazamento de dados.
Fonte: Congresso em Foco
03/12/2020 -
Câmara libera R$ 1,9 bi para comprar e produzir
vacina de Oxford
Recursos vão financiar a aquisição de 100,4
milhões da dose contra o novo coronavírus e
investimento na produção do imunizante no Brasil,
pela Fiocruz; medida provisória precisa ser
analisada pelo Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(2) a Medida Provisória 994/20, que abre crédito
extraordinário de R$ 1,995 bilhão para viabilizar a
compra de tecnologia e a produção da vacina de
Oxford contra o novo coronavírus. Para entrar em
vigor, ela ainda precisa ser aprovada pelo Senado.
Os recursos serão usados para financiar o contrato
entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada
ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca.
A empresa desenvolve uma vacina contra Covid-19 em
parceria com a Universidade de Oxford, no Reino
Unido.
Desse total, R$ 1,3 bilhão será aplicado na
encomenda tecnológica feita ao laboratório, que
prevê a aquisição de 100,4 milhões de doses da
vacina. Outros R$ 522 milhões serão investidos na
Bio-Manguinhos, a unidade da Fiocruz produtora de
vacinas.
A previsão é que as primeiras 15 milhões de doses
cheguem ao país até fevereiro de 2021. O restante
das 100,4 milhões deve chegar ainda no primeiro
semestre do próximo ano.
A vacina de Oxford está em fase de testes com
voluntários no Brasil e em outros países. Caso sua
eficácia seja comprovada e receba a aprovação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
ela poderá ser aplicada na população.
A ideia é produzir no Brasil mais 160 milhões de
doses da vacina da AstraZeneca no segundo semestre.
Fonte: RevistaForum
03/12/2020 -
Tribunal de Ética da OAB-SP proíbe Moro de advogar
para Alvarez & Marsal
O Tribunal de Ética e Disciplina da seccional
paulista da Ordem dos Advogados do Brasil notificou
o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro para
reiterar que é vedada a prática de atividade
privativa da advocacia aos clientes da consultoria
Alvarez & Marsal, da qual Moro se tornou
sócio-diretor.
O documento, obtido pela ConJur, é assinado pelo
presidente do TED, o advogado Carlos Kauffmann.
O texto alerta que Moro não pode praticar atividade
privativa da advocacia para clientes da A&M, sob
pena de adoção de medidas administrativas e
judiciais pertinentes.
A notificação também lembra que as empresas de
consultoria são expressamente proibidas de "prestar
serviços jurídicos a seus clientes, incluindo
assessoria e consultoria jurídica, nem mesmo por
advogados internos, independentemente do cargo ou
função exercidos".
No último domingo (29/11), Moro anunciou que havia
sido contratado pela consultoria norte-americana
Alvarez and Marsal. A empresa é responsável pela
administração judicial da Odebrecht, uma das
companhias mais afetadas por decisões do ex-juiz da
"lava jato".
A consultoria também faz assessoria financeira na
recuperação da Sete Brasil, além de ter sido
contratada pela Queiroz Galvão para reestruturação
do grupo. Todas essas empresas estão em situação
econômica delicada desde que foram devassadas pela
"lava jato". A contratação levantou um debate ético
entre a comunidade jurídica.
Recentemente, o OAB rejeitou uma requisição feita
pelo Ministério das Relações Exteriores para que a
entidade flexibilizasse as regras de atuação dos
advogados estrangeiros no país. O posicionamento foi
votado na sessão do pleno do Conselho Federal em 5
de novembro.
Pouco depois do anúncio de sua contratação para A&M,
Moro destacou que a natureza de suas funções na
empresa não se relaciona a atividades privativas da
advocacia. De todo modo, a vedação agora está
oficializada.
Fonte: Consultor Jurídico
03/12/2020 -
Governo prevê 9 privatizações em 2021, incluindo
Correios e Eletrobras
O ministro da Economia, Paulo Guedes, expressou
recentemente sua insatisfação por não ter conseguido
concluir nenhuma privatização nos primeiros dois
anos de governo.
O Ministério da Economia anunciou nesta quarta-feira
(2) a intenção de realizar nove privatizações em
2021, segundo informações do Portal G1. Entre as
empresas listadas, estão os Correios e a Eletrobras.
A decisão sobre as privatizações para o próximo ano
foi tomada em reunião do Programa de Parceria de
Investimentos (PPI), com a participação do
presidente da República, Jair Bolsonaro.
Além de Correios e Eletrobras, estão listadas a
Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e
Garantias (ABGF); a Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
a CeasaMinas; a Empresa de Trens Urbanos de Porto
Alegre (Trensurb); a Companhia Brasileira de Trens
Urbanos – MG; a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa);
a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nucleb).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, expressou
recentemente sua insatisfação por não ter conseguido
concluir nenhuma privatização nos primeiros dois
anos de governo. Ele ainda anunciou sua intenção de
jogar “no ataque” nos próximos dois anos, após ter
jogado “na defesa” na primeira metade do mandato de
Bolsonaro.
Resta saber se o Posto Ipiranga terá a capacidade de
diálogo e a força política que lhe faltaram até
aqui.
Fonte: Portal Vermelho
03/12/2020 -
Produção industrial cresceu 1,1% em outubro, diz
IBGE
No acumulado do ano, a produção ainda é negativa
(-6,3%)
Pelo sexto mês seguido, a produção da indústria
nacional registrou crescimento em outubro, de 1,1%,
se comparado a setembro. Com o resultado acumulado
de 39% em seis meses, o setor está 1,4 ponto
percentual acima do patamar de fevereiro – antes da
pandemia de covid-19. No acumulado do ano a produção
ainda é negativa (-6,3%), sendo que nos últimos 12
meses foi registrada queda de 5,6%. Em relação a
outubro de 2019, a produção subiu 0,3%. Na
comparação com o nível recorde de produção,
alcançado em maio de 2011, a indústria ainda se
encontra 14,9% abaixo do pico. Os dados são da
Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta
quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
“Os dados mostram que tem algum grau de recuperação.
As medidas emergenciais foram importantes, mas ainda
tem um espaço para ser considerado”, disse o gerente
da pesquisa, André Macedo.
De acordo com os dados, duas das quatro grandes
categorias econômicas apresentaram crescimento, com
destaque para bens de capital que avançou 7% de
setembro para outubro; e bens de consumo duráveis
com alta de 1,4%. Essas categorias também tiveram o
sexto mês seguido de expansão na produção, com
acumulados de 111,5% e 506,7%, respectivamente. Bens
de capital está 3,5% acima do patamar de fevereiro,
enquanto bens de consumo duráveis ainda está 4,2%
abaixo.
Fonte: Agência Brasil
02/12/2020 -
Comitê da OIT ao Brasil: dialogue com entidades.
Sindicalistas apontam apenas ‘autoritarismo’
Federação mundial e centrais afirmam que governo
brasileiro não tem qualquer iniciativa de diálogo
sobre negociação coletiva.
E quer apenas “desmonte”
Ao analisar queixa de centrais sindicais brasileiras
e da ISP, federação global do serviço público, o
Comitê de Liberdade Sindical da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) sugere ao governo
brasileiro que consulte os movimentos. Destaca
também a importância do princípio do diálogo social.
A reclamação dos sindicalistas refere-se a
descumprimento da Convenção 151 da própria OIT, que
prevê direito à organização e à negociação coletiva
no setor público. Foi ratificada pelo Congresso em
2010.
Já a recomendação da OIT foi publicada em relatório
do Committee on Freedom of Association – o Informe
392 do colegiado saiu em novembro. A reclamação
havia sido protocolada em dezembro de 2018. Centrais
e ISP apontavam ataques à organização, suspensão do
pagamento de mensalidades e revogação de planos de
cargos sem diálogo prévio, entre outras ações
antissindicais.
Questionado, o governo, por sua vez, alegou que
aguarda a aprovação de projeto de lei em tramitação
no Senado, para estabelecer regras de negociação
coletiva na administração pública. De sua parte, o
Comitê sugeriu que, enquanto isso não acontece, o
governo busque diálogo com as entidades sindicais.
De autoria do senador Antonio Anastasia (PSD-MG), o
PL 711/2019 tem como relator Jaques Wagner (PT-BA).
Esforço zero
Mas Antonio Fernando Megale, advogado da ISP no
Brasil, afirma que esse projeto tem praticamente o
mesmo teor do PL 3.831/2015, vetado na íntegra, em
2017, pelo então presidente, Michel Temer. E observa
ainda que o atual governo não esboça qualquer
iniciativa para fazer tramitar o PL 711.
Ele contesta alegação do governo de que haveria
necessidade de regulamentação da negociação
coletiva. Segundo ele, artigos da própria Convenção
151 já estabelecem a imediata aplicação, abrindo
diálogo sempre que que solicitado pelos
representantes sindicais. “E sabemos que isso não
vem acontecendo. Para citar um exemplo, temos a
extinção, em 2019, da Mesa Nacional de Negociação
Permanente do SUS pelo presidente Jair Bolsonaro sem
nenhum tipo de diálogo ou negociação”, cita o
advogado.
Reforma administrativa
A secretária sub-regional da ISP no Brasil, Denise
Motta Dau, disse que a entidade vai atualizar o
Comitê de Liberdade Sindical sobre o “autoritarismo”
nas relações de trabalho. Não há, segundo ela,
qualquer tipo de diálogo social ou consulta. “O
principal exemplo desse autoritarismo é a tramitação
da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32 sobre
a, em tese, ‘reforma administrativa’, que desmonta o
Estado brasileiro, extermina direitos trabalhistas
do setor público com fortes impactos negativos para
o acesso e qualidade dos serviços prestados à
população, e que foi apresentada ao Congresso
Nacional sem nenhuma negociação prévia com as
entidades sindicais.”
Assinam a queixa várias entidades do setor público
brasileiro filiadas à ISP – a federação reúne 700
organizações de 154 países, com 30 milhões de
trabalhadores. E também CTB, CSB, CSP-Conlutas, CUT,
Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/12/2020 -
Bolsonaro justifica fim do auxílio emergencial em
meio à pandemia: 'ninguém vive dessa forma'
Em Foz do Iguaçu (PR), nesta terça-feira, 1, Jair
Bolsonaro justificou o fim do auxílio emergencial em
meio à pandemia do novo coronavírus. O benefício já
foi reduzido, de R$600 para R$300, e termina este
mês.
Em evento com o presidente do Paraguai, Mario Abdo
Benítez, Bolsonaro não mencionou a crise econômica
causada pela pandemia da Covid-19 e defendeu que as
pessoas voltem a trabalhar, pois “ninguém vive dessa
forma, é o caminho certo para o insucesso”.
“Nada mais dignifica o homem do que trabalho, é o
que nós precisamos. Temos internamente os nossos
problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns
projetos, por ocasião da pandemia. Você [Benítez]
fez o mesmo no Paraguai, aqui do lado. Alguns querem
perpetuar tais benefícios, ninguém vive dessa forma,
é o caminho certo para o insucesso”, disse.
Fonte: Brasil247
02/12/2020 -
Redução do auxílio faz mais brasileiros procurarem
emprego
Em setembro o pagamento do auxílio emergencial
passou de R$ 600 para R$ 300, essa redução pela
metade forçou que mais pessoas procurassem um
emprego.
A força de trabalho no país teve um aumento de 2,8
milhões de pessoas, desde o mês de setembro, que
além do corte do auxílio emergencial, teve a
flexibilização no funcionamento de diversos
serviços.
A taxa de desocupação em outubro, medida pelo PNAD
COVID19, chego a 14,1%, a maior da série histórica
da pesquisa, iniciada em maio. São 13,8 milhões de
pessoas sem trabalho no país.
“Com o retorno das atividades ao redor do país, mais
pessoas estão, mês a mês, pressionando o mercado de
trabalho em busca de uma ocupação”, afirmou Maria
Lúcia, coordenadora do PNAD COVID19.
Em outubro foi registrado um aumento na força de
trabalho, totalizando 97,9 milhões de pessoas,
decorrente de uma redução da população fora da força
(72,7 milhões). Crescimento também foi registrado na
população ocupada que foi de 84,1 milhões.
“Apesar da redução da população fora da força, ainda
há um contingente considerável de pessoas que não
procuraram trabalho devido à pandemia ou por falta
de vaga na localidade em que vivem (14,5 milhões)”,
acrescentou a coordenadora da pesquisa.
Os dados do mercado de trabalho mostram, ainda, que
dos 84,1 milhões de pessoas ocupadas, 94,4% não
estavam afastados do trabalho que tinham. Destes,
7,6 milhões estavam trabalhando de forma remota, uma
redução na comparação com o mês anterior (8,1
milhões).
Fonte: Mundo Sindical
02/12/2020 -
PT pede que PGR investigue Moro por trabalhar em
consultoria que administra a quebra da Odebrecht
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) protocolou na
Procuradoria Geral da República um pedido para que o
ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro de Jair
Bolsonaro, Sergio Moro, seja investigado por
anunciar que assumirá cargo de diretor na
consultoria americana Alvarez & Marsal.
A consultoria administra a quebra da empreiteira
Odebrecht, atingida pela operação Lava Jato. Segundo
o deputado Paulo Teixeira, Moro teve informações
sigilosas sobre o Grupo Odebrecht quando atuou na
Lava Jato, que poderiam ser usadas para beneficiar a
atual administração.
Pelo contrato com a consultoria, Sérgio Moro deverá
se mudar para Washington, onde fica a sede do FBI, o
Federal Bureau of Investigation, com quem a Operação
Lava Jato firmou um acordo ilegal para investigações
de caráter persecutório contra a esquerda e empresas
brasileiras, em especial o ex-presidente Lula e a
Odebrecht.
"Não há dúvida de que, segundo a lógica que inspirou
os trabalhos da Operação Lava Jato, situações dessa
natureza seriam qualificadas como justa causa para
investigação pelo crime de corrupção", diz Teixeira.
"O mínimo que se espera é que os desdobramentos
dessa operação sejam finalmente trazidos às claras e
que haja transparência na apuração das condutas dos
envolvidos, seus verdadeiros interesses e eventuais
vantagens que possam ter sido recebidas em razão dos
serviços prestados no exercício de função pública",
acrescenta o parlamentar.
Fonte: Brasil247
02/12/2020 -
CNI: produtividade do trabalho na indústria cresce
8% no 3º trimestre
Apesar de recuperação, indicador não deve crescer
mais de 1% no ano
Depois de seis meses seguidos de queda por causa da
pandemia do novo coronavírus, a produtividade do
trabalho na indústria recuperou-se no terceiro
trimestre. Segundo a Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o indicador subiu 8% de julho a
setembro em relação ao trimestre anterior. O
crescimento desconsidera as sazonalidades,
oscilações típicas de determinadas épocas do ano.
A produtividade representa o volume produzido pela
indústria da transformação dividido pela quantidade
de horas trabalhadas. No terceiro trimestre, a
produção subiu 25,8% em relação ao período de abril
a junho. As horas trabalhadas aumentaram 16,4% na
mesma comparação, o que indica que cada trabalhador
produziu em média 8% a mais que nos três meses
anteriores.
Com o desempenho do último trimestre, a indústria
reverteu a queda da produtividade e passou a
registrar crescimento de 7,2% em relação ao quatro
trimestre de 2019. O nível alcançado no terceiro
trimestre (111,2 pontos) é 4,5% superou o recorde
anterior de 110,7 pontos registrado no quatro
trimestre de 2017.
Fonte: Agência Brasil
02/12/2020 -
Doria sinaliza que pode abrir mão de São Paulo por
projeto presidencial
Em entrevista à Folha, Doria ainda admite o uso
político da pandemia ao dizer que o "sucesso" na
vacinação contra o Covid-19 poderá "nacionalizar seu
nome"
Criticado duramente durante as eleições por usar a
prefeitura de São Paulo como trampolim político para
as eleições ao governo do estado, abandonando a
administração municipal em 2018 para assumir o
Palácio dos Bandeirantes, João Doria (PSDB) afirmou
que não será candidato à reeleição e sinalizou que
deve abrir mão de São Paulo por um projeto nacional,
colocando-se cada dia mais como o anti-Jair
Bolsonaro.
“Você é que está falando. Eu sou contra a reeleição.
Entendo que o Brasil, num momento futuro, deva
discutir o fim da reeleição e mandatos de 5 anos.
Por coerência, não serei candidato à reeleição”,
disse o tucano, quando confrontado pelo jornalista
Igor Gielow, em entrevista na Folha de S.Paulo desta
quarta-feira (2) sobre “o corolário” de que seu
vice, Rodrigo Garcia (DEM), é candidato ao governo
do Estado, enquanto ele se lançaria a presidente.
Doria ainda admite o uso político da pandemia ao
dizer que o “sucesso” na vacinação contra o Covid-19
poderá “nacionalizar seu nome”.
“Poderá ser, embora o sentido não seja esse, o
sentido é proteger e salvar vidas”, disse o
governador paulista.
Colocando-se como líder de uma frente ampla do
“centro” contra Bolsonaro, Doria ainda admite
conversar com “todos os nomes”, em referência à
citação do apresentador da Globo, Luciano Huck, e do
ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, mas ressalta
que “personaliza” os atributos essenciais para ser o
candidato à presidência do grupo.
“O melhor arranjo pelo Brasil é a defesa da
democracia, o desapego a ideologias, a partidarismos
sectários. Não personalizo antagonismos políticos.
Sou um antiextremista, antipopulista,
anticorrupção”.
Fonte: RevistaForum
02/12/2020 -
Informalidade cresce e atinge 29 milhões de pessoas
Pnad Covid-19 traz dados coletados em outubro. A
população desocupada cresceu 2,1% frente a setembro
e 35,9% em relação a maio.
Divulgada nesta terça-feira (1°) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19
(Pnad Covid-19), versão criada para coleta de dados
relacionados à pandemia, mostra aumento de 2,1% da
população desocupada em outubro na comparação com
setembro. Em relação a maio, o aumento foi de 35,9%.
O número de pessoas nessa situação atingiu 13,8
milhões em outubro, recorde da série histórica,
enquanto a taxa de desemprego chegou a 14,1%, também
a maior da série.
A quantidade de trabalhadores informais foi de 29
milhões de pessoas em outubro, equivalente a 34,5%
do total de ocupados, representando um aumento de
2,4% na quantidade de informais em relação a
setembro e um aumento de 0,3 ponto percentual na
taxa de informalidade.
O número de pessoas fora da força de trabalho chegou
a 72,7 milhões de pessoas no mês de outubro, com
redução de 1,9% frente a setembro e 3,5% em relação
a maio. O número de pessoas integrando a força de
trabalho há dois meses somava 97,9 milhões.
Rendimento médio domiciliar cai em relação a
setembro
O rendimento médio real domiciliar per capita
efetivamente recebido, no Brasil, em outubro, foi de
R$ 1.310, ou 1,7% abaixo de setembro em termos reais
(R$ 1.332). As regiões Nordeste e Norte apresentaram
os menores valores, R$ 877 e R$ 900,
respectivamente.
Ao todo, 19 unidades da federação tiveram queda no
percentual de domicílios onde um dos moradores
recebe auxílio emergencial entre setembro e outubro.
A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio
relacionado à pandemia, no Brasil, passou de 43,6%
em setembro para 42,2% em outubro, com valor médio
do benefício em R$ 688 por domicílio. Norte e
Nordeste foram novamente as regiões com os maiores
percentuais de domicílios recebendo auxílio: 58,4% e
56,9%, respectivamente.
Fonte: Portal Vermelho
02/12/2020 -
Derrota do bolsonarismo reflete sua incompetência e
irresponsabilidade
Se há um consenso no balanço das eleições municipais
é que o assevera a derrota das candidaturas
bolsonaristas. Além, é claro, das singularidades de
cada município, pesou na decisão do eleitorado, ao
rechaçar nomes da extrema direita, o duplo fracasso
do presidente Bolsonaro. Na economia, a recessão é
severa e o desemprego bate recordes seguidos; no
combate a pandemia, o Brasil é o segundo no mundo,
em termos absolutos e no número de óbitos. Pela
opinião de especialistas, o país se vê às voltas com
a eclosão de uma possível segunda onda.
O país padece da taxa recorde de desemprego de 14,6%
no 3º trimestre. A recessão projetada para 2020 é de
4,55 %. Para piorar, Bolsonaro cortou pela metade a
ajuda emergencial e Paulo Guedes, o ministro da
Economia, defende sua extinção a partir de janeiro.
A taxa de investimentos é uma das baixas da
história. Na esfera internacional, previsões indicam
uma retomada da economia apenas na Ásia, com a China
socialista à frente, principal parceiro comercial do
Brasil e contra quem Bolsonarismo e se clã desferem
ataques frequentes.
A retomada da atividade econômica depende, em grande
medida, de o Brasil controlar a pandemia.
Entretanto, na iminência ou já no curso de uma
segunda onda, o presidente dobra a aposta do
negacionismo e na irresponsabilidade criminosa.
Enquanto outros países já tem pronto o planejamento
e a logística de vacinar em massa seu habitantes,
assim que as vacinas forem aprovadas pelos órgãos
técnicos e científicos competentes, o ministro da
Saúde Eduardo Pazuello e Bolsonaro agem com
morosidade, além do que o presidente e seus
seguidores seguem fazendo pregações contra as
vacinas.
O resultado é um desastre para a classe trabalhadora
e os pequenos médios empresários. De acordo com
dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), no acumulado dos dez
primeiros meses deste ano houve perda de 171.139
empregos. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostra que 68% dos trabalhadores
que ficaram sem trabalho no segundo trimestre de
2020 (quase nove milhões) foram de postos informais.
Até o fim de 2019, essa categoria representava 38
milhões de pessoas. Mostra também que até junho, 720
mil empresas haviam fechado as portas.
Há ainda o agravante da queda da renda.
Recentemente, uma pesquisa feita pelo
Ibope/Estadão/TV Globo mostrou que sete em cada dez
paulistanos relataram queda em sua renda em meio à
pandemia do novo coronavírus. A pesquisa aponta um
cenário de acirramento da desigualdade social: a
população mais pobre e com menos escolaridade foi a
mais atingida pela diminuição de poder aquisitivo.
É um cenário crítico, que penaliza sobretudo o povo,
a classe trabalhadora. Diante dele, cabe às forças
progressistas e democráticas, a partir das lições da
disputa eleitoral que indicam a eficácia da
convergência das forças progressistas, buscarem uma
atuação comum na construção de saídas e
alternativas. É uma exigência que vem das urnas e da
situação trágica a que o governo Bolsonaro empurrou
o país.
Fonte: Portal Vermelho
01/12/2020 -
Eleições criaram novas lideranças e esquerda
precisará se reorganizar
Apesar das derrotas, Guilherme Boulos, Manuela
D’Ávila e Marília Arraes oxigenam a luta
progressista, defende o cientista político Vitor
Marchetti
As eleições municipais de 2020 abriram espaço para o
surgimento de novas lideranças de esquerda. Apesar
da derrota nas urnas, nomes como Guilherme Boulos (Psol),
Manuela D’Ávila (PCdoB) e Marília Arraes (PT)
oxigenam a luta progressista. A avaliação é do
cientista político e professor da Universidade
Federal do ABC (UFABC), Vitor Marchetti.
Para o especialista, a esquerda, agora, tem a missão
de se reorganizar e se fortalecer por meio desse
novo cenário. “Na esquerda, surgiram novas
lideranças nas eleições, depois de uma década só de
lideranças já consolidadas, como o ex-presidente
Lula sendo um norte organizador. Agora, é uma nova
fase e que tem uma multiplicidade, mas com líderes
ainda regionais, que o campo progressista precisará
construir nos próximos anos”, aponta em entrevista à
Rádio Brasil Atual.
Ao analisar a vitória de Bruno Covas (PSDB), em São
Paulo, o cientista político afirma que os tucanos se
consolidaram como um partido paulista, após decair
em outras regiões. Governando o estado e a capital,
o PSDB pode ganhar projeções nacionais, na avaliação
de Marchetti, que discorda do fortalecimento do
governador João Doria.
“Essa vitória do Covas tem uma margem maior do que
as pesquisas, então foi importante. Porém, eu
discordo das análises que cacifam o Doria, porque a
vitória do Covas se deu a despeito do Doria. Por
isso ele escondeu o governador de sua campanha. No
discurso de ontem, o prefeito disse que representava
o fim da polarização, mas com o Doria do lado, que
construiu o discurso de ódio em 2018”, explicou.
O professor também chama a atenção para a diferença
entre o resultado das urnas e as pesquisas
eleitorais. Os institutos de pesquisa apontam uma
diferença de cinco pontos percentuais entre Boulos e
Covas, mas o tucano venceu com 10 pontos de
diferença. Vitor Marchetti acrescenta que as fake
news ainda estão vivas.
As metodologias desses institutos de pesquisas
precisam ser alteradas, pois possuem uma divergência
maior de resultados. Porém, não tenho a menor dúvida
que as notícias falsas são um novo mobilizador das
eleições, durante as 48 horas que antecedem as
eleições. Tem estudos mostrando que parte do
eleitorado toma a decisão do voto muito próximo das
eleições. Então, ao bombar de fake news, isso
influencia a preferência do eleitor”, finalizou.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/12/2020 -
Precisamos continuar o debate em torno da Reforma
Trabalhista
No último dia 11 de novembro, a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/17) completou 3 anos e
ninguém comemorou, nem timidamente. Por quê? É como
diz o ditado popular e politicamente incorreto:
‘filho feio não tem pai’. Entre a expectativa gerada
pelos autores, o governo de então, os empresários,
que patrocinaram, defenderam e atuaram fortemente no
Congresso para aprova-la, a mídia e a realidade,
restou a dura realidade. Ao fim e ao cabo, a
contrarreforma foi o ‘Cavalo de Tróia’ usado pelo
capital para implodir os direitos trabalhistas.
Marcos Verlaine*
No transcurso do debate da matéria no Congresso, o
MPT (Ministério Público do trabalho) demoliu, em
nota técnica, o pilar da Reforma Trabalhista, que é
o ‘negociado sobre o legislado’, quando a matéria
ainda estava em discussão na Câmara. A instituição
argumentou, na nota, que o dispositivo já existia,
embora estivesse implícito na CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho). Mas por que os empresários
queriam consigna-lo na nova lei?
A obsessão em explicitar o comando na lei não era
para privilegiar as negociações. Era para retirar
direitos, já que as negociações — tanto as CCT
(convenções coletivas de trabalho), quanto os ACT
(acordos coletivos de trabalho) — nunca impediram,
pelo contrário, que as convenções superassem a CLT,
e tampouco que os acordos superassem as convenções.
Prometida como solução para o desemprego, que desde
sua vigência nunca caiu em níveis que pudessem ser
comemorados, as reformas Trabalhista e Sindical só
trouxeram desalento para os trabalhadores e os
sindicatos. Não houve melhoria nos níveis de
empregabilidade. E isso, nada tem a ver com a
pandemia. A Covid apenas agravou o que já era
severamente grave, o desemprego.
Mas isto não é novidade. Os dados são irrefutáveis e
basta fazer pesquisa simples no Google para
confirmar esse fato. Na semana passada, por exemplo,
o desemprego bateu novo recorde e vai aumentar,
entre o final do ano e o início do próximo. Aí sim,
também, em razão da pandemia e da falta de proposta
do governo para enfrentar a crise econômica.
O imbróglio que desejo enfrentar com este artigo é
outro. Do mesmo modo que não houve comemorações pelo
aniversário da nova Lei Trabalhista, e nem podia, os
resultados não permitiriam, também não houve
manifestações contrárias. E olha que havia e há
muito o que se questionar em relação à
contrarreforma.
Ação em 3 dimensões
O Movimento Sindical não pode naturalizar essa lei,
dá-la como líquida, certa e acabada. É preciso
atuação questionadora em tempo integral. Em níveis
político, legal (já apontamos 2 elementos
flagrantes) — o fim da obrigatoriedade das
homologações nos sindicatos e o contrato
intermitente de trabalho —, e legislativo. Vamos
abordar cada dimensão dessas ações, com sugestões
para o debate em torno da luta contra o marco legal.
Ou seja, lutar contra a Reforma Trabalhista precisa
ser uma obsessão e pauta permanente e obrigatória do
Movimento Sindical. Inicialmente, tentar — sempre
que possível —, alterar seus pontos sensíveis e
visivelmente prejudiciais aos trabalhadores. Quando
a conjuntura e a correlação de forças permitirem não
deve haver dúvida quanto à sua revogação por
inteiro, a fim de debater novo marco legal para os
assalariados. Enfim, não podemos e devemos
introjetar essa aberração jurídico-legal na cultura
das relações de trabalho, como se algo positivo
fosse e tivesse sido erigida em meio a um grande e
positivo debate entre as partes envolvidas e
interessadas. Não foi!
Denúncia permanente
Em nível político, o Movimento Sindical precisa
denunciar permanentemente a Reforma Trabalhista (e
Sindical), pois além de destroçar direitos e
conquistas dos trabalhadores, desmantelou a
organização sindical. E fez isso porque sabia que
diante do desmonte que promoveria também precisaria
destroçar os sindicatos, organização que poderia
(pode) se contrapor ao esbulho promovido pela Lei
13.467/17.
Essa denúncia precisa ser educativa e formativa,
politicamente falando. As movimentações e
manifestações neste ano dos trabalhadores em
aplicativos expressam bem o quanto a Reforma
Trabalhista vulnerou as relações de trabalho. O
volume de trabalho aumentou exponencialmente, mas os
ganhos têm diminuído. É o caso dos contratos
intermitentes, cujos empregadores pagam a
hora/trabalho valores aviltantes. Esse absurdo
precisa ser invariavelmente denunciado.
Ilegalidades
Ao mesmo tempo em que se combate a lei politicamente,
é necessário combater suas fissuras e arreganhos de
ilegalidades. Ação sindical deve estimular que
trabalhadores ingressem na Justiça do Trabalho
contra essas distopias. Isso vai expor o quanto a
lei é eivada de insegurança jurídica, termo que os
empresários adoram utilizar para retirar direitos
dos trabalhadores. Os sindicatos também precisam
fazê-lo, de modo a expor, com dados e fatos, o
quanto a lei atropela direitos. Essa, portanto,
trata-se de ação na dimensão legal.
Ademais, é preciso reunir dados e fatos para dar um
terceiro e relevante passo na luta contra a Reforma
Trabalhista. Esse passo seguinte talvez seja a parte
mais sensível desse movimento, pois necessita
articulação em todos os níveis da luta
político-sindical. Trata-se de articulação para
tentar mudar essas partes sensíveis da nova lei no
Congresso Nacional.
Amplo trabalho político-legislativo
Essa articulação precisa ser nacional e deve envolver
múltiplas categorias de trabalhadores, pois a Nova
Lei Trabalhista não afeta essa ou aquela categoria
profissional isoladamente. Trata-se de lei universal
e transversal, isto é, afeta à todas as categorias
profissionais. Umas mais, outras menos, mas afeta
geral.
Esse trabalho precisa envolver a Anamatra
(Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho), a
ANPT (Associação Nacional dos Procuradores do
Trabalho), o Sinait (Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais do Trabalho), entre outros, a fim
de formular texto abalizado para ser apresentado no
Congresso Nacional, como projeto de lei para alterar
partes consensuais da lei. Essa é a ação
legislativa.
Esse texto (iniciativa de lei) precisa ser
trabalhado para ser apresentado aos presidentes das
2 casas legislativas — Câmara e Senado — bem como
para os líderes partidários, de modo que se houver
concordância, seja um texto dos líderes. Isso
ajudaria nas negociações e possível aprovação, tanto
na Câmara, quanto no Senado.
Esse trabalho pode ser feito, se o Movimento
Sindical colocar isso em sua agenda prioritária.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar licenciado do Diap
Fonte: Diap
01/12/2020 -
Maia cita Doria, Huck e Ciro como possíveis nomes
para 2022
Além dos três, o presidente da Câmara dos
Deputados também mencionou o atual prefeito de
Salvador, ACM Neto (DEM), e descartou Sergio Moro
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
citou João Doria (governador de São Paulo, do PSDB),
Luciano Huck (apresentador da Rede Globo), ACM Neto
(atual prefeito de Salvador, do DEM) e Ciro Gomes
(PDT) como possíveis nomes para a eleição
presidencial de 2022.
Um setor da direita também cogita lançar Sergio
Moro, ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro, mas
Maia descartou o nome e ironizou sua participação em
consultora norte-americana que lucra com recuperação
da OAS e da Odebrecht, que a Lava Jato ajudou a
destruir. “Agora Moro é consultor de uma empresa que
presta serviço para a Odebrecht. Acho que ele já
está encaminhado”, disse.
Ao defender os nomes citados, Maia defendeu uma
aliança do “centro”, que segundo ele, “representa a
capacidade de diálogo para abrir mão de certas
convicções para que se possa construir uma
candidatura forte, com apoio parlamentar. Esse foi o
recado que saiu das urnas [em 2020]”, declarou.
"Eu acho que seria histórico e um ganho para o
Brasil juntar esses partidos que têm uma densidade
no Parlamento, tentando um projeto de país com
convergências na economia. Seria o ponto mais
difícil para chegar em um país com menos
desigualdade e educação de melhor qualidade, e isso
caminha em uma certa convergência. A votação do
Fundeb provou isso", afirmou ao defender a inclusão
de PSB e PDT na frente.
Fonte: Brasil247
01/12/2020 -
Flávio Dino diz que frente ampla é vital para
esquerda em 2022
O governador do Maranhão não acredita numa
aliança entre os partidos de esquerda com os de
centro-direita nas eleições de 2022
Em entrevista ao UOL, o governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), defendeu mais uma vez a
formação de uma frente ampla para enfrentar as
eleições de 2022. Ele não acredita numa aliança
entre as forças de esquerda com os partidos de
centro-direita, que saíram fortalecidos das eleições
municipais.
Segundo ele, o recado das urnas revelou que a
esquerda não irá se redimir por meio de uma única
figura e precisa se unir para chegar ao segundo
turno. “Uma aliança eleitoral de partido em 2022,
que reúna forças de centro-direita, eu realmente não
acredito nisso. Agora, miro o tempo inteiro na
chamada frente ampla. Para disputarmos o primeiro
turno, não correr o risco de ficar fora do segundo”,
defendeu o governador.
O governador frisou que é preciso uma nova ofensiva,
numa parceria entre partidos de esquerda. “Então, é
preciso analisar que alguns êxitos, não é terra
arrasada. Mas continuamos numa ofensiva da direita.
A direita foi amplamente vencedora na eleição
municipal. Temos que unir do lado daqui para
enfrentar essa ofensiva”, disse.
Fonte: Portal Vermelho
01/12/2020 -
15 milhões buscarão emprego após a pandemia, diz
economista
Segundo o economista Ricardo Paes de Barros,
pesquisador do Insper, o governo federal deveria
investir recursos em um programa para reinserir até
15 milhões de trabalhadores no mercado durante a
retomada pós-pandemia, conforme noticiou o Estado de
S.Paulo.
Segundo o economista, esse é número de trabalhadores
que podem voltar a buscar emprego nos próximos
meses, mas se não houver oportunidades, acabarão
entrando na pobreza no Brasil.
A reportagem mostra que a pandemia de Covid-19 levou
mais de 11 milhões de pessoas a perder seus
empregos, tanto formais quanto informais, segundo
dados da Pnad Contínua do terceiro trimestre de
2020.
Uma vez que, dentre estes, 10 milhões deixaram de
procurar trabalho, eles não são contabilizados pela
metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Segundo o economista, esse contingente voltará a
buscar emprego com a reabertura e o fim do auxílio
emergencial anunciado por Jair Bolsonaro para o fim
de dezembro. Vale destacar que o auxílio vai acabar,
mas a pandemia do novo coronavírus está voltando a
explodir no Brasil.
Fonte: Brasil247
01/12/2020 -
Câmara já tem pelo menos 320 votos para aprovar
reforma tributária, diz Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse
nesta segunda-feira (30) que já há votos suficientes
na Casa, mesmo sem contar com votos da base aliada
do governo, para aprovação da reforma tributária.
Para que a proposta avance ao Senado, é necessário o
apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados em dois
turnos de votação. A declaração foi dada em
entrevista ao UOL. “Não vamos resolver o problema do
Brasil apenas cortando despesas”, disse. “Precisamos
de uma macro reforma que é a tributária”, afirmou.
Maia declarou que não haverá prorrogação do estado
de calamidade pública nem orçamento de guerra para
2021, o que torna, segundo ele, ainda mais urgente a
ação do governo. Iniciativa que até agora,
ressaltou, não ocorreu. “O governo deveria ter
começado o dia hoje cedo com uma coletiva para falar
qual é a pauta de seu interesse para os próximos
dois meses”, cobrou.
Na visão do deputado, o Planalto fugiu de desafios
no Congresso durante as eleições e até o momento não
se esforçou para aprovar a PEC Emergencial, que,
entre outras mudanças, permite a redução de jornada
salário de servidores. “Teremos aí dois, três meses
que vão definir o futuro do País e da eleição de
2022”, afirmou.
Fonte: Congresso em Foco
01/12/2020 -
Proposta garante remuneração às trabalhadoras
gestantes durante pandemia
Valores seriam custeados pelo orçamento da
seguridade social
O Projeto de Lei 5257/20 garante a remuneração às
trabalhadoras gestantes enquanto durar a pandemia da
Covid-19 e o estado de calamidade pública. A
proposta determina que a trabalhadora gestante
realize os trabalhos em seu domicílio em regime de
teletrabalho. O texto ressalta ainda que, caso não
seja possível o exercício de suas atividades em
regime de teletrabalho, a gestante seja afastada sem
prejuízo de sua remuneração.
De acordo com o projeto, a remuneração das
trabalhadoras gestantes afastadas será custeado com
recursos do orçamento da seguridade social.
Riscos
O autor do projeto, deputado Flávio Nogueira (PDT-PI),
explicou que há estudos que revelam que as grávidas
infetadas com Covid-19 têm maiores riscos de fazer
cesariana, complicações no pós-parto e maior
incidência de tromboses placentárias, fora o risco
abortivo.
“Com esta proposição pretendemos corrigir essa
distorção e garantir que essas futuras mães tenham
seus salários garantidos para o provimento de seus
bebês juntamente à sua família, pois, a defesa da
vida está prevista em nossa Constituição Federal”,
diz Nogueira.
Fonte: Agência Câmara
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