Blog - Notícias Anteriores - Dezembro 2022
16/12/2022 -
Poderdata: avaliação positiva de Bolsonaro cai e
apoio a Lula cresce
16/12/2022 -
Senado pode isentar de imposto participação nos
lucros de trabalhadores
16/12/2022 -
Justiça Eleitoral abre duas investigações que podem
tornar Bolsonaro inelegível
16/12/2022 -
CNI manifesta apoio a Mercadante no BNDES
16/12/2022 -
Nota da Força e do Sindnapi sobre formação do
Ministério da Previdência
16/12/2022 -
MP abre crédito R$ 7,5 bi para o Ministério do
Trabalho e Previdência
16/12/2022 -
Lira manobra na Câmara para levar adiante PEC que
pode dar imunidade vitalícia a Bolsonaro
16/12/2022 -
Desempregados de SP poderão receber bolsa trabalho
de até um salário mínimo
15/12/2022 -
"Destruíram muita coisa, mas vamos consertar o
Brasil", diz Lula
15/12/2022 -
Lula indica Luiz Marinho para ministro do Trabalho
15/12/2022 -
Bolsonaro gastou R$ 800 bilhões fora do teto e
fradou Orçamento, diz GT
15/12/2022 -
FGTS poderá ser usado para quitar até 6 prestações
da casa própria, a partir de janeiro de 2023
15/12/2022 -
Relator diz que PEC da Transição será votada até a
próxima terça
15/12/2022 -
Câmara muda Lei das Estatais e facilita ida de
Mercadante para o BNDES
15/12/2022 -
“Governo vai voltar a ouvir o povo”, diz Lula sobre
participação social
14/12/2022 -
Relator do Orçamento de 2023 aumenta salário mínimo
para R$ 1.320
14/12/2022 -
Arthur Lira condena violência em protestos ocorridos
em Brasília
14/12/2022 -
Primeira ordem de Lula às Forças Armadas será para
desfazer atos golpistas em frente aos quartéis
14/12/2022 -
Governo eleito analisa como divulgar sigilos de
Bolsonaro
14/12/2022 -
STF retoma julgamento que pode acabar com orçamento
secreto nesta quarta (14)
14/12/2022 -
Senado não dará mandato vitalício a Bolsonaro, diz
Pacheco
14/12/2022 -
Câmara vai convocar GM a dar explicações sobre
demissão de sindicalistas
14/12/2022 -
22% dos domicílios no Brasil sobrevivem sem qualquer
renda do trabalho, mostra Ipea
13/12/2022 -
Bolsonaro edita MP que eleva salário mínimo para R$
1.302 a partir de 2023
13/12/2022 -
Ao ser diplomado, Lula diz que povo brasileiro
reconquistou a democracia
13/12/2022 -
Pagamento do Pis e do Pasep deve começar em 15 de
fevereiro
13/12/2022 -
Para prejudicar governo Lula, Bolsonaro pode ampliar
desoneração dos combustíveis
13/12/2022 -
Desprezo do governo Bolsonaro inviabilizou políticas
de direitos humanos
13/12/2022 -
Relator do Orçamento reforça verbas para saúde,
educação e funcionalismo
13/12/2022 -
TST considera válido acordo com quitação geral do
contrato de trabalho
12/12/2022 -
Câmara analisa nesta semana a PEC da Transição,
que garante Bolsa Família de R$ 600
12/12/2022 -
Com Lula, Economia será desmembrada em Fazenda,
Planejamento e Indústria
12/12/2022 -
Com Bolsonaro e Guedes, juros foram de 6,50% ao ano
para 13,75%
12/12/2022 -
Partido de Bolsonaro pede cassação do mandato de
Sergio Moro
12/12/2022 -
IPCA tem alta de
0,41% em novembro
12/12/2022 -
Flávio diz a interlocutores que Bolsonaro poderá
passar a faixa presidencial a Lula
12/12/2022 -
INSS alerta para
golpes relativos à revisão da vida toda
08/12/2022 -
Contas aprovadas e votos totalizados: Lula e Alckmin
são oficialmente proclamados eleitos pelo TSE
08/12/2022 -
Em reunião com centrais, transição se compromete com
servidores públicos
08/12/2022 -
Maioria dos trabalhadores por conta própria gostaria
de estar empregada, mostra FGV
08/12/2022 -
Paulinho da Força aprova requerimento para GM
explicar demissões de dirigentes sindicais
08/12/2022 -
Custo da cesta básica aumenta em 12 capitais
pesquisadas pelo Dieese
08/12/2022 -
PL lança candidatura de Rogério Marinho à
presidência do Senado
08/12/2022 -
Demitidos da CNN Brasil denunciam irregularidades
08/12/2022 -
Comissão aprova exigência de laudo detalhado de
perícia médica do INSS sobre acidente de trabalho
07/12/2022 -
Revisão traz esperança a aposentados
07/12/2022 -
Preços da cesta básica sobem no ano em todo o país e
acima da inflação
07/12/2022 -
CTB é favorável à revogação da reforma trabalhista
de Temer
07/12/2022 -
Bolsonaro deve encerrar governo com inflação acima
da meta
07/12/2022 -
Fiesp marca assembleia para discutir saída de Josué
Gomes do cargo; entenda o imbróglio
07/12/2022 -
INSS pode paralisar serviços nesta quarta-feira por
causa de bloqueio orçamentário de Bolsonaro
07/12/2022 -
Relator mantém em PEC exclusão de R$ 198 bi do teto
de gastos por dois anos
07/12/2022 -
Rendimentos do trabalho crescem 2,5% no terceiro
trimestre
06/12/2022 -
Depois de ser extinto, Ministério do Trabalho volta
a ganhar centralidade sob o governo Lula
06/12/2022 -
Bolsonaro entrega a Lula apagão na máquina pública
06/12/2022 -
Uma nova política de valorização do Salário Mínimo
no Brasil
06/12/2022 -
Petrobras ignora pedido da Transição de Lula e
acelera privatizações
06/12/2022 -
Pacheco pauta votação da PEC da Transição para
quarta-feira
05/12/2022 -
Professor
Oswaldo segue atuante nas ações da NCST
05/12/2022 -
Muito além do teto: 41% dos cortes de Bolsonaro são
em Saúde e Educação
05/12/2022 -
CAS pode votar
garantia de quitação de débitos com INSS em rescisão
trabalhista
05/12/2022 -
Produção
industrial tem queda praticamente generalizada em
2022
05/12/2022 -
Salário real do brasileiro cai 18,8% na pandemia,
aponta relatório da OIT
05/12/2022 -
Apagão: governo Bolsonaro teme falta de dinheiro
para pagar aposentadorias
05/12/2022 -
STF pode derrubar orçamento secreto neste ano
02/12/2022 -
Sindicatos defendem repactuação de temas
trabalhistas
02/12/2022 -
Situação melhora em outubro, mas ao longo do ano só
22% dos acordos superam inflação
02/12/2022 -
Equipe de transição estuda alterar pagamento de
pensão por morte e aposentadoria por invalidez
02/12/2022 -
Lula articula aprovação da PEC do Bolsa Família com
Lira e Pacheco
02/12/2022 -
O governo Lula e a pauta dos trabalhadores
02/12/2022 -
STF valida
‘revisão da vida toda’ e decide a favor de
aposentados
01/12/2022 -
Trabalho sem carteira no setor público tem alta
recorde e ajuda na redução da taxa de desemprego
01/12/2022 -
TSE marca diplomação de Lula e Alckmin para 12 de
dezembro
01/12/2022 -
Sindicalistas debatem pauta dos trabalhadores com
Alckmin e Mercadante
01/12/2022 -
Paim apresenta proposta para assegurar renda básica
de cidadania
01/12/2022 -
PL vai lançar candidatura de Rogério Marinho e
tentar controlar o Senado no governo Lula
01/12/2022 -
PT não se opõe a orçamento secreto em votação da
Comissão de Orçamento
01/12/2022 -
Debatedores divergem sobre direitos trabalhistas em
cooperativas
16/12/2022 -
Poderdata: avaliação positiva de Bolsonaro cai e
apoio a Lula cresce
Veja o que mudou desde as eleições presidenciais
com relação à avaliação do governo derrotado e às
expectativas com o próximo
A avaliação negativa do governo do presidente
derrotado Jair Bolsonaro (PL) subiu seis pontos
percentuais em pesquisa Poderdata realizada entre os
das 11 e 13 de dezembro.
Consideram o governo ruim e péssimo 48% dos
entrevistados. No levantamento anterior eram 42%.
Os que acham que o governo é regular permanecem em
11%.
Já 38% acham que o governo é ótimo ou bom, diante de
42% do levantamento anterior.
Não sabem ou não responderam: 3% (-2).
Lula ou Bolsonaro
O Poderdata perguntou também com qual presidente o
Brasil estaria melhor a partir de 2023.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
teve um crescimento de 3% em relação à eleição
presidencial de 2022 e ficou com 54%, enquanto
Bolsonaro teve queda de 3% e ficou com 46%.
Fonte: RevistaForum
16/12/2022 -
Senado pode isentar de imposto participação nos
lucros de trabalhadores
O Senado pode aprovar isenção fiscal para a
participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados de empresas. A proposta (PL
581/2019) já foi aprovada na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) e aguarda decisão do
Plenário. O relator, senador Irajá (PSD-TO), afirma
que é justo dar à participação de trabalhadores nos
lucros ou resultados o mesmo tratamento concedido à
distribuição de lucros ou dividendos de empresas.
Fonte: Agência Senado
16/12/2022 -
Justiça Eleitoral abre duas investigações que podem
tornar Bolsonaro inelegível
Presidente é acusado de ter promovido ataques
golpistas ao sistema eleitoral e distribuição ilegal
de benefícios financeiros durante a campanha
A Justiça Eleitoral abriu nesta quarta-feira (14)
duas novas investigações contra Jair Bolsonaro (PL)
e aliados por abuso de poder político e econômico. O
presidente é acusado de ter promovido ataques
golpistas ao sistema eleitoral e distribuição ilegal
de benefícios financeiros durante a campanha.
Os pedidos de investigação, classificadas como Aijes
(Ações de Investigação Judicial Eleitoral) e
apresentados pela coligação de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), foram aceitos pelo corregedor-geral da
Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves. As ações
pedem a inelegibilidade e a perda de mandato dos
acusados, que terão prazo de cinco dias para
apresentarem uma defesa.
Na primeira ação, pesa contra Bolsonaro a acusação
de ter aproveitado o cargo para desqualificar sem
provas o sistema eleitoral, “com a disseminação da
falsa ideia de que as urnas eletrônicas são
fraudáveis, hackeadas e manipuladas por terceiros”.
Além do presidente, foram acusados “uso indevido dos
meios de comunicação” nomes como Bia Kicis (PL-DF),
Carla Zambelli (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Magno
Malta (PL-ES), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Walter
Braga Netto (PL).
A segunda peça acusa Bolsonaro e seu candidato a
vice nas eleições 2022, Braga Netto, de concederem
“ilegais benefícios financeiros aos cidadãos
brasileiros durante o período eleitoral, com o claro
intuito de angariar votos e, portanto, influenciar
na escolha dos eleitores brasileiros, de modo a
ferir a lisura do pleito”. A ação cita a antecipação
da transferência do benefício do Auxílio Brasil e do
Auxílio Gás, bem como do pagamento de auxílio a
caminhoneiros e taxistas.
Fonte: Portal Vermelho
16/12/2022 -
CNI manifesta apoio a Mercadante no BNDES
“A CNI confia na capacidade de Aloizio Mercadante
(…) de coordenar os trabalhos do maior banco de
fomento do País”, disse, em nota, a entidade.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) declarou
apoio à indicação do economista e ex-senador Aloizio
Mercadante (PT-SP) a presidente do BDNES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Mercadante foi anunciado ao cargo nesta semana pelo
presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A CNI confia na capacidade de Aloizio Mercadante
(…) de coordenar os trabalhos do maior banco de
fomento do País”, disse, em nota, a entidade nesta
quarta-feira (14). “Mercadante tem uma trajetória de
interlocução franca e aberta com a indústria e
conhece as forças e os desafios de quem produz e
empreende no Brasil.”
De acordo com a CNI, o BNDES, sob o governo Lula,
deve se voltar “para uma atuação focada no apoio ao
fortalecimento do setor produtivo e na implementação
de estratégias que contribuam para o crescimento
sustentado da economia”.
O presidente da entidade, Robson Andrade, agrega: “O
Brasil precisa de uma política industrial moderna,
alinhada às melhores práticas internacionais, com
investimento em inovação, com ênfase em tecnologias
socioambientais sustentáveis, eficiência energética,
geração de energias renováveis e digitalização de
processos governamentais”.
Na visão da CNI, cabe ao BNDES um “papel decisivo no
apoio à adoção de uma política industrial voltada à
Indústria 4.0, à inovação no setor privado, ao
aumento da integração internacional da economia
brasileira e à transição para uma economia de baixo
carbono”.
Fonte: Portal Vermelho
16/12/2022 -
Nota da Força e do Sindnapi sobre formação do
Ministério da Previdência
NOTA OFICIAL DA FORÇA SINDICAL E DO SINDNAPI | Sobre
a formação do Ministério da Previdência
A Central Força Sindical e o Sindicato Nacional dos
Aposentados, Pensionistas e Idosos reivindicam o
Ministério da Previdência Social ao partido
Solidariedade, a ser representado pelo companheiro
Paulo Pereira da Silva.
Paulo Pereira da Silva tem histórico de lutas em
defesa dos trabalhadores, dos aposentados e dos
pensionista ligados ao INSS. Sempre compreendeu a
Previdência Social como um patrimônio do povo
brasileiro, que deve ser preservado para assegurar a
dignidade àqueles que contribuem, contribuíram ou
necessitam de cuidados especiais.
Além de proporcionar segurança social, a Previdência
Social desempenha papel fundamental na economia, uma
vez que cerca de 80% das atividades econômicas dos
municípios dependem do montante transferido aos
beneficiários em todo o país.
Miguel Torres
Presidente da Central Força Sindical
João Inocentini
Presidente Nacional do Sindicato dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/12/2022 -
MP abre crédito R$ 7,5 bi para o Ministério do
Trabalho e Previdência
O Executivo editou nesta quarta-feira (15) uma
medida provisória — a MP 1.144/2022 — que abre
crédito especial de R$ 7,5 bilhões para o Ministério
do Trabalho e Previdência. Essa matéria ainda tem de
ser analisada pelo Congresso Nacional.
Os recursos deverão ser utilizados para pagar
despesas com compensações previdenciárias e
benefícios previdenciários nacionais do Fundo do
Regime Geral de Previdência Social.
De acordo com a justificativa apresentada pelo
Executivo, a medida provisória observa os requisitos
de urgência e imprevisibilidade exigidos pela
Constituição.
As MPs
As medidas provisórias (MPs) são editadas pelo
presidente da República — e a Constituição exige que
elas sejam utilizadas apenas em situações de
relevância e urgência. As MPs têm força de lei
e produzem efeitos jurídicos imediatos, mas após
serem editadas ainda precisam da aprovação da Câmara
dos Deputados e do Senado para se transformarem
definitivamente em lei.
Fonte: Agência Senado
16/12/2022 -
Lira manobra na Câmara para levar adiante PEC que
pode dar imunidade vitalícia a Bolsonaro
Presidente da Câmara está articulando uma nova
manobra para viabilizar uma PEC para que
ex-presidentes da República se tornem senadores
vitalícios, com direito à imunidade
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está
articulando uma nova manobra para viabilizar uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que
ex-presidentes da República se tornem senadores
vitalícios, com direito à imunidade, mas sem a
possibilidade de disputarem cargos eletivos. Caso
seja viabilizada e aprovada, a PEC beneficiaria
diretamente Jair Bolsonaro (PL), que teme pelo seu
futuro jurídico quando deixar a chefia do Executivo
Federal.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, a
articulação de Lira “começou pelo Senado, envolve
partidos da base do atual governo e da oposição e
visa a garantir um caminho mais tranquilo para
conseguir aprovar, na Câmara, uma outra PEC - a da
Transição, que amplia o limite de gastos do governo
federal e da qual o futuro governo Lula depende para
cumprir promessas de campanha".
A PEC da Transição foi aprovada pelo Senado, mas
depende de votos de partidos do Centrão - incluindo
o PL, partido de Jair Bolsonaro - e Lira vem
buscando um acordo que viabilize sua aprovação pelos
parlamentares.
“Nas primeiras tratativas, Lira conversou com
interlocutores de Lula (PT) sobre a PEC que cria o
cargo de senador vitalício. Recebeu sinal verde de
petistas e, assim, senadores ligados a Flávio
Bolsonaro consultaram o Palácio da Alvorada”,
ressalta a reportagem.
“A saída é vista por parlamentares como uma solução
política para Bolsonaro que, se requisitasse por
livre e espontânea vontade o mandato de senador
vitalício, estaria admitindo que estaria fora das
eleições em 2026”, completa Sadi mais à frente.
Fonte: Brasil247
16/12/2022 -
Desempregados de SP poderão receber bolsa trabalho
de até um salário mínimo
A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo) aprovou nesta terça-feira (13) um projeto de
autoria do governo do estado que aumenta o valor
pago pelo programa Bolsa Trabalho. De acordo com as
novas regras, o benefício será de no mínimo R$ 450 e
poderá chegar a um salário mínimo, que será de ao
menos R$ 1.302 a partir de janeiro.
O Bolsa Trabalho é parte do programa Bolsa do Povo,
que tem como objetivo oferecer ocupação, renda,
cesta básica e cursos de qualificação profissional à
população desempregada do estado. O pagamento é
feito por até cinco meses.
No programa, o beneficiário presta serviços para
órgãos públicos e empresas majoritariamente estatais
que, por sua vez, não podem promover “a substituição
de seus servidores ou empregados, nem rotatividade
de mão de obra, em decorrência dos serviços
prestados pelos participantes do referido programa”,
diz a lei.
Além disso, o Projeto de Lei 625/22 determina que
pelo menos 2% das bolsas sejam destinadas a egressos
do sistema penitenciário e pelo menos 3% para
pessoas com deficiência. A carga horária máxima de
trabalho é de 4 horas diárias, ou 20 horas semanais.
Por fim, estabeleceu-se que o programa será
coordenador pela Secretaria de Desenvolvimento
Econômico e “contará com a participação das centrais
sindicais, sindicatos, sociedades amigos de bairro,
organizações não-governamentais, cooperativas
sociais, representantes do Poder Executivo dos
municípios e da Comissão de Administração Pública e
Relações do Trabalho da Assembleia Legislativa”.
Os interessados em participar podem conferir mais
informações e formas de contato no site da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Fonte: Portal CSB
15/12/2022 -
"Destruíram muita coisa, mas vamos consertar o
Brasil", diz Lula
"Vamos investir na educação, no SUS, retomar o
Minha Casa Minha Vida", prometeu o presidente
diplomado
O presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), em mensagem publicada na manhã desta
quarta-feira (14) no Twitter, reafirmou que o Brasil
foi "destruído" e prometeu investimentos para
recuperar o país.
"Destruíram muita coisa, mas eu sei que vamos
consertar o Brasil. Essa foi a missão que assumimos.
Vamos investir na educação, no SUS, retomar o Minha
Casa Minha Vida. Coisas realmente importantes para o
povo. Vamos construir o Brasil do futuro. Bom dia!",
publicou.
Fonte: Brasil247
15/12/2022 -
Lula indica Luiz Marinho para ministro do Trabalho
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
escolheu o deputado federal eleito Luiz Marinho para
ministro da pasta do Trabalho. Deputado petista
aceitou o convite e terá seu nome anunciado em data
a ser marcada.
Dirigentes das principais centrais sindicais já
foram consultados por membros do governo de
transição a respeito do retorno de Marinho e
responderam positivamente.
A escolha de Marinho também ajudaria a fazer com que
Orlando Silva (PCdoB-SP), primeiro suplente da
federação PT-PCdoB-PV em São Paulo, assumisse uma
cadeira na Câmara dos Deputados.
O Ministério do Trabalho foi extinto por Jair
Bolsonaro (PL) no primeiro ato de seu governo, em
2019. Em 2021, a pasta foi recriado para acomodar
Onyx Lorenzoni (PL-RS).
A volta do ministério do Trabalho é uma
reivindicação das centrais sindicais, conforme
documento unitário da CONCLAT 2022.
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/12/2022 -
Bolsonaro gastou R$ 800 bilhões fora do teto e
fradou Orçamento, diz GT
Para o deputado federal Enio Verri, Bolsonaro
“estourou qualquer capacidade de investimento do
Estado” e mostrou “incompetência como gestor”.
Ao longo de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro
(PL) “eliminou a visão de longo prazo do País”. A
opinião é do deputado federal Enio Verri (PT-PR),
que integrou o grupo temático (GT) Planejamento,
Orçamento e Gestão no Gabinete de Transição. O
relatório final do GT foi apresentado nesta
terça-feira (13).
Em entrevista à CartaCapital, Verri aponta uma
herança sombria que o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), vai receber do atual governo.
Segundo o GT, a gestão Bolsonaro gastou cerca de R$
800 bilhões fora do teto de gasto e deixou um rombo
orçamentário.
O GT avaliou que Bolsonaro errou ao fundir pastas
importantes num superministério único, o da
Economia, entregue a Paulo Guedes. Uma das
recomendações do grupo é justamente desmembrar a
Economia em três ministérios: Planejamento,
Orçamento e Gestão; Fazenda; e Indústria, Comércio
Exterior e Serviços.
“Ele (Bolsonaro) pegou um ministério que é para
construir política industrial e um que arrecada e,
ao colocar o Planejamento, eliminou a visão de longo
prazo do País. Transformou tudo em um grande
ministério de curtíssimo prazo, sem nenhuma visão de
futuro”, resumiu o deputado.
Para Verri, a peça orçamentária apresentada em
agosto por Bolsonaro, prevendo o que será o
Orçamento da União para 2023, “é uma grande fraude”.
Para o Bolsa Família, por exemplo, em vez de uma
estimativa de R$ 600 por beneficiário – conforme
promessa do próprio Bolsonaro em campanha –, a
previsão era de apenas R$ 405. Tampouco a peça traz
recursos suficientes para as compras do Farmácia
Popular e as contratações do Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com Verri, o atual presidente da República
“estourou qualquer capacidade de investimento do
Estado. A culpa maior é a política do teto de
gastos, mas também a incompetência do Paulo Guedes,
ministro voltado aos interesses só da banca, e
também a incompetência do Bolsonaro como gestor”.
Como o presidente tentou “destruir tudo o que estava
construído”, o parlamentar defende a definição de um
ministério para não apenas cuidar do dia – mas
também “olhar o Brasil daqui a 20 anos, para que a
gente possa ter política de investimentos em todas
as áreas e recuperar uma coisa que é histórica desde
a ditadura: o papel de investimento do Estado. Isso
mesmo na ditadura se manteve, mas o governo
Bolsonaro destruiu”.
Fonte: Portal Vermelho
15/12/2022 -
FGTS poderá ser usado para quitar até 6 prestações
da casa própria, a partir de janeiro de 2023
Nova determinação reduz pela metade a carência da
norma atual, que permite o uso do fundo para
renegociar até 12 parcelas em atraso
O trabalhador poderá, a partir de janeiro, usar o
saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) para quitar até seis prestações do
financiamento habitacional em atraso. A decisão foi
aprovada nesta terça-feira (13) pelo Conselho
Curador do FGTS.
A nova determinação reduz pela metade a carência da
norma atual, que permite o uso do FGTS para
renegociar até 12 parcelas em atraso, que vigorava
desde maio. Caso não houvesse a aprovação, o
mutuário só poderia usar os recursos do fundo para
quitar até três prestações, como ocorria
tradicionalmente.
O Conselho Curador não alterou as demais regras do
uso do FGTS para a compra da casa própria. As
condições para liquidação, amortização ou
adiantamento de parte das parcelas adimplentes
continuam em vigor.
Como usar o FGTS
O trabalhador interessado em quitar parcelas não pagas
deve procurar o banco onde fez o financiamento
habitacional. O mutuário assinará um documento de
Autorização de Movimentação da Conta Vinculada do
FGTS e poderá abater até 80% de cada prestação
(limitado a 6 parcelas atrasadas, a partir de
janeiro).
O trabalhador deve ter contribuído para o FGTS por
pelo menos três anos — em períodos consecutivos ou
não —, não pode ter outro imóvel no município ou
região metropolitana onde trabalha ou mora e não
poderá ter outro financiamento ativo no SFH (Sistema
Financeiro de Habitação).
Fonte: InfoMoney
15/12/2022 -
Relator diz que PEC da Transição será votada até a
próxima terça
O relator da PEC da Transição (PEC 32/22), deputado
Elmar Nascimento (União-BA), afirmou que ainda vai
negociar pontos do texto, que deverá ser votado
entre quinta-feira (15) e terça-feira da semana que
vem. Para isso, as sessões do Plenário serão
híbridas com possibilidade de votação remota.
“Vou tomar por base o texto do Senado e traduzir a
vontade da maioria dos deputados desta Casa. Se
quiserem aprovar o texto do Senado, eu não tenho
opinião pessoal, mas vai prevalecer a opinião da
maioria dos deputados”, disse.
Segundo ele, a negociação será feita diretamente com
os líderes, que a partir de hoje irão se reunir com
as suas bancadas. Nascimento reconheceu que o ideal
é votar o texto na forma do Senado, mas será
necessário negociar. “Às vezes o ótimo é inimigo do
bom”, afirmou.
A PEC da Transição assegura R$ 145 bilhões fora da
regra do teto de gastos e prevê a apresentação pelo
governo de projeto de lei complementar sobre um novo
regime fiscal até agosto de 2023. Elmar Nascimento
afirmou que há facilidade em aprovar o espaço fiscal
para o pagamento dos benefícios sociais. “Aqueles R$
200 de complemento do Bolsa Família, o aumento do
salário mínimo, os R$ 150 de adicional para
crianças, acredito que nenhum deputado de oposição
ou de governo vai votar contra. Agora, a partir daí,
o que é que vai prevalecer do texto do Senado é que
a gente precisa apurar entre os deputados”, disse.
Fonte: Agência Câmara
15/12/2022 -
Câmara muda Lei das Estatais e facilita ida de
Mercadante para o BNDES
A Câmara aprovou na noite dessa terça-feira (14),
por 314 votos a 66, um projeto que muda a Lei das
Estatais e flexibiliza as regras que hoje dificultam
a nomeação de políticos para presidências e
diretorias de empresas públicas. A mudança abre
caminho para a indicação de Aloizio Mercadante para
a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), conforme anunciado pelo
presidente eleito Lula.
A Lei das Estatais exige uma quarentena de 36 meses
para indicados ao Conselho de Administração e para
diretoria de estatais que participaram de
“estruturação e realização de campanha eleitoral”.
Na avaliação de especialistas, esse é um obstáculo
para a nomeação de Mercadante, já que ele foi
coordenador de campanha de Lula. O texto aprovado
pelos deputados reduz esse prazo para apenas 30
dias. A mudança também favorece, com a mesma
quarentena, indicados para agências reguladoras.
A proposta precisa agora ser aprovada pelo Senado
antes de ser enviada para sanção presidencial. A Lei
das Estatais foi aprovada em 2016, no governo Michel
Temer, com o objetivo de proteger as empresas
públicas de ingerência política.
O projeto tratava inicialmente de gastos de
publicidade em empresas estatais. As mudanças em
relação à quarentena foram apresentadas pela
relatora, Margarete Coelho (PP-PI), nessa
terça-feira. Margarete é uma das aliadas mais
próximas do presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), que já defendia essa flexibilização na Lei
das Estatais.
“O que se entende é que há um certo exacerbamento
neste prazo (de quarentena). Essa é a justificativa
do relatório e a justificativa também do voto”,
alegou a relatora. Segundo ela, por causa da regra,
integrantes de pequenos diretórios de partidos que
são prejudicados em caso de nomeações.
O projeto de lei aumenta de 0,5% para até 2% da
receita bruta operacional o limite de despesas com
publicidade e patrocínio por empresa pública e
sociedade de economia mista em cada exercício, e
também muda limites de gastos em ano eleitoral.
Fonte: Congresso em Foco
15/12/2022 -
“Governo vai voltar a ouvir o povo”, diz Lula sobre
participação social
Presidente eleito reafirmou a integração da
sociedade no planejamento de políticas públicas,
decisões e ações do governo federal.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva e o
vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, estiveram
com integrantes do Conselho de Participação Social
do Gabinete de Transição, nesta terça-feira (13), no
CCBB, em Brasília.
No encontro, Lula reafirmou que o combate à fome, a
melhoria da educação básica e do acesso da população
às especialidades médicas no Sistema Único de Saúde
(SUS) serão prioridades de seu novo governo.
“Não teria outro sentido em voltar a ser presidente
da República se não fosse para fazer melhor do que
foi feito na primeira vez. Tivemos uma experiência
exitosa. Houve uma participação popular muito ativa.
Além das 74 conferências nacionais que nós fizemos,
tivemos centenas de reuniões de conselhos que
discutiram todos os assuntos. Temos que voltar a
fazer”, disse o presidente eleito.
Prioridades
Lula assumiu um compromisso público destacando como
prioridade o cuidar da saúde e com o ensino básico
do país. “Nós precisamos fazer um mutirão para
melhorar o ensino básico nesse país. Vamos fazer um
esforço muito grande para fazer escola de tempo
integral, que além de permitir que a criança estude
mais, vai diminuir a violência nas periferias porque
elas estarão menos expostas”.
Para solucionar a questão da fome no país, Lula
disse que o governo vai incentivar a produção de
alimentos, por meio de programas de estímulo que
foram a marca das gestões anteriores, como o PAA, o
PNAE, além da retomada da Conab para a regulação de
estoques.
Defendeu também a retomada do programa Farmácia
Popular, “para que o povo possa voltar para a casa
com o seu remédio”, e que será preciso fortalecer o
SUS e, de forma decisiva, criando condições para que
as pessoas tenham acesso às chamadas especialidades.
“O problema das pessoas mais humildes no país é que
eles conseguem uma consulta em algum hospital.
Então, quando o médico pede um exame mais
sofisticado, como uma ressonância magnética, a
pessoa espera dois anos para fazer. Ninguém aguenta
ficar com dor esperando, sofrendo”, reclamou.
Lula sugeriu a manutenção do Conselho para “de
tempos em tempos, fazer uma reunião com vocês e
fazer uma avaliação de como a coisa está indo. Esse
conselho precisa perdurar para a gente se reunir”,
defendeu o presidente eleito.
O Conselho de Participação Social é integrado por
representantes de 57 entidades sociais e populares
de todo o país. Entre eles, a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O
representante da entidade é Ronald Ferreira dos
Santos, ex-presidente do Conselho Nacional da Saúde
(CNS). Ao Portal Vermelho, o sindicalista comemorou
a promessa do presidente Lula que colocou a saúde
como uma das três prioridades em seu governo.
Segundo Ronald, o dia de ontem foi importantíssimo.
“Lula apresentou os caminhos para dar materialidade
a essa esperança para quem trabalha com saúde
pública. Foi isso que assistimos ontem, e em
especial, eu, militante do SUS, da Saúde, fiquei
muito feliz de ouvir do próprio presidente eleito
que vai colocar o combate à fome e o direito à
saúde, a defesa da saúde pública e a educação, como
temas preferenciais de sua próxima gestão”.
Um dos últimos grupos a serem formados no gabinete
de transição, o conselho teve 15 dias intensos de
trabalho para montar um diagnóstico a ser entregue
ao gabinete de transição no dia de ontem.
Segundo os conselheiros, neste documento, é
apresentado uma sugestão de revogação de normas do
atual governo que desviam a participação social no
governo. O grupo propôs também a criação de órgão
para garantir a participação social nos diferentes
ministérios.
Fonte: Portal Vermelho
14/12/2022 -
Relator do Orçamento de 2023 aumenta salário mínimo
para R$ 1.320
A proposta do governo era reajustar o mínimo para
R$ 1.302
O relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo
Castro (MDB-PI), apresentou seu parecer final sobre
o projeto com a destinação de R$ 169 bilhões da PEC
da Transição (PEC 32/22), ainda em tramitação na
Câmara (PLN 32/22). Com as mudanças, que precisam
ser votadas pela Comissão Mista de Orçamento, os
investimentos previstos para 2023 passam de R$ 22,4
bilhões para R$ 70,4 bilhões.
O relator explicou que o salário mínimo deve
aumentar de R$ 1.212 para R$ 1.320 em 2023 porque
está previsto um reajuste de quase 3% acima da
inflação. A proposta do governo era R$ 1.302.
Castro já havia divulgado tabela com a destinação de
R$ 145 bilhões da ampliação do teto de gastos,
principalmente para as áreas sociais: Auxílio
Brasil, saúde, educação e um aumento maior para o
salário mínimo.
No relatório final, também crescem as despesas dos
ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da
Infraestrutura, amparadas pela retirada de R$ 24
bilhões do teto de gastos.
“Porque tem a transposição do Rio São Francisco, tem
barragens sendo construídas. E aqui no MDR está o
Minha Casa, Minha Vida; que pela primeira vez na
história não tinha recursos para a habitação
popular. Estamos colocando R$ 9,5 bilhões”, explicou
Marcelo Castro.
Por função de governo, os gastos com habitação,
saneamento, urbanismo, esporte e cultura sobem
algumas dezenas de vezes. Na área de Transportes, o
aumento é de quase 100%, chegando a R$ 26,2 bilhões.
Marcelo Castro explicou ainda que foram feitos
alguns ajustes na previsão divulgada na
segunda-feira como o aumento de R$ 500 milhões para
R$ 1 bilhão no direcionamento para o Ministério da
Defesa.
Fonte: Agência Câmara
14/12/2022 -
Arthur Lira condena violência em protestos ocorridos
em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), repudiou nesta terça-feira os atos de
violência ocorridos nessa segunda-feira (12) em
frente à sede da Polícia Federal, em Brasília.
“As manifestações fazem parte da democracia. A
capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil
que, há mais de um mês, vem se expressando de
maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a
violência e o risco à integridade física ou de
patrimônio público e privado”, disse Lira por meio
de suas redes sociais.
Os manifestantes atearam fogo em ônibus e carros.
Eles protestavam contra a detenção de um indígena
bolsonarista por suposta prática de condutas
ilícitas em atos antidemocráticos. A prisão foi
solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O indígena é apontado como um dos integrantes de
diversos atos antidemocráticos ocorridos na capital
federal, entre eles um em frente ao hotel onde o
presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, está
hospedado.
“Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal
redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição
democrática passa pela ordem e pela paz”, disse o
presidente da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
14/12/2022 -
Primeira ordem de Lula às Forças Armadas será para
desfazer atos golpistas em frente aos quartéis
Para Lula, as concentrações são um "desrespeito"
às Forças Armadas. Aliado do presidente diplomado
afirma que o maior problema é a participação de
militares da reserva nos atos
Uma das primeiras ordens que o presidente diplomado,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dará às Forças
Armadas será para desfazer os atos golpistas que os
bolsonaristas fazem em frente a diversos quartéis do
país, informa o Estado de S. Paulo. A orientação já
será passada na primeira conversa que Lula terá com
os novos comandantes militares, a serem ainda
confirmados por ele.
A decisão de ordenar o fim dos protestos golpistas
já havia sido tomada antes mesmo da noite de terror
promovida por terroristas golpistas em Brasília
nesta segunda-feira (12). "Lula já havia
compartilhado com parlamentares de sua base aliada
que trataria com os generais do plano de encerrar as
aglomerações e acampamentos no entorno das
organizações militares", diz a reportagem.
"Um parlamentar que aconselha Lula no diálogo com a
caserna disse ao Estadão que não se trata de um
pedido, mas da necessária articulação, já em
andamento, para acabar com as aglomerações e que o
maior problema é justamente a participação de
integrantes da reserva e da família militar nos
atos, bem como o apoio dos Clubes Militares",
complementa o texto.
Em conversa com a cúpula do Avante no hotel onde
despacha em Brasília, no último dia 8, Lula afirmou
considerar as concentrações um "desrespeito" às
próprias Forças Armadas.
De acordo com o jornal, os novos comandantes
militares deverão ser o general Julio Cesar de
Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen
(Marinha) e o brigadeiro Marcelo Damasceno
(Aeronáutica). Havia a expectativa de uma reunião
entre eles, Lula e o futuro ministro da Defesa, José
Múcio, na sexta-feira (9). O encontro foi adiado a
pedido de Múcio, para que ele pudesse fazer uma
reunião prévia - prevista para esta terça-feira (13)
- com o atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio
Nogueira de Oliveira.
Fonte: Brasil247
14/12/2022 -
Governo eleito analisa como divulgar sigilos de
Bolsonaro
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que
resguarda divulgação de informações pessoais, impede
o chamado “revogaço” de sigilos, pois comprometeria
dados privados dos envolvidos.
Desde 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
estabelece que informações pessoais que identifiquem
um cidadão, de forma direta ou indireta, não devem
ser divulgadas. Assim, para realizar a revogação dos
sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro (PL),
prometidos por Lula (PT) em campanha, a equipe de
transição estuda a situação, uma vez que um
“revogaço” poderia esbarrar na LGPD.
A derrubada de vetos, nesse sentido, deverá
acontecer com análise de cada caso para que os dados
pessoais das pessoas envolvidas continuem
protegidos.
Para tal, será necessário definição de critérios que
justifiquem as divulgações estabelecidos em decreto
presidencial ou Controladoria-Geral da União (CGU),
como divulgou O Globo.
É possível que os arquivos sejam divulgados com os
dados pessoais cobertos. Entre os documentos estão o
controle de visitas ao Palácio do Planalto e
processo sobre “Rachadinhas” de Flávio Bolsonaro.
Há indícios de que o governo federal tenha utilizado
os sigilos pela Lei de Acesso à Informação (LAI)
para dificultar investigações. A Lei coloca 100 anos
de sigilo sobre dados pessoais e de 25 para dados
sobre segurança nacional.
Fonte: Portal Vermelho
14/12/2022 -
STF retoma julgamento que pode acabar com orçamento
secreto nesta quarta (14)
Decisão da corte tem grande possibilidade de
mudar os rumos da articulação política no Congresso
Nacional
O julgamento sobre a constitucionalidade das emendas
de relator será retomado pelo Supremo Tribunal (STF)
nesta quarta-feira (14). Sob relatoria da presidenta
do tribunal, ministra Rosa Weber, a corte vai
analisar quatro processos, de autoria das legendas
Cidadania, PSB, PSOL e PV.
Expediente comum no governo de Jair Bolsonaro (PL),
esse mecanismo abriu espaço para criação do chamado
orçamento secreto, por não conter o detalhamento das
transferências. A distribuição do dinheiro é
definida por quem estiver responsável pela relatoria
do orçamento, em negociações diretas com os pares.
Não há transparência nos critérios de distribuição.
Há indicações de que as emendas de relator se
transformaram em uma forma de compra de apoio para o
governo no Congresso Nacional. O resultado do
julgamento no STF pode mudar consideravelmente as
articulações políticas no Congresso Nacional.
No ano passado, diversas denúncias de corrupção
envolvendo o mecanismo vieram à tona. A Polícia
Federal chegou a prender pessoas suspeitas de desvio
de verba e superfaturamento de contratos. Circulam
informações de que, nos bastidores da Câmara,
parlamentares ensaiam condicionar a aprovação da PEC
da transição à manutenção das emendas de relator.
Negociações
O empenho do parlamento em manter a possibilidade das
emendas de relator levou os presidentes da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), a apresentar um novo modelo ao Supremo
Tribunal Federal (STF).
Já há previsão de R$ 19,4 bilhões para esse tipo de
operação no orçamento do ano que vem. Segundo a
proposta sugerida por Lira e Pacheco, as
transferências passariam a ser detalhadas e a
distribuição dos valores seria feita
proporcionalmente entre as bancadas de cada casa.
Novo governo
O orçamento secreto foi alvo de críticas de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) ao longo de toda a
campanha eleitoral. Após eleito, o novo presidente
mantém postura mais discreta em relação ao tema e
foca manifestações públicas na aprovação da PEC da
transição e na composição de seu ministério.
No entanto, o assunto não está sendo ignorado pela
equipe de transição. Caso o STF considere que a
prática não é inconstitucional, a ideia é criar
mecanismos de controle.
Nesta semana o jornal O Estado de S. Paulo divulgou
que o grupo de trabalho que atua na área da
transparência trabalha com a proposta de que a
Controladoria Geral da República (CGU) fique
responsável pelo monitoramento do mecanismo.
Fonte: Brasil de Fato
14/12/2022 -
Senado não dará mandato vitalício a Bolsonaro, diz
Pacheco
Projeto concederia foro privilegiado a
ex-presidentes e blindagem contra juízes de primeira
instância
O presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) afirmou ao presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), que não dará um mandato vitalício a
Jair Bolsonaro (PL). O recado foi dado durante
reunião entre os dirigentes das casas no domingo
(11). A informação é do jornal O Globo.
Pacheco avisou a Lira que não há chances de a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) avançar no
Senado.
A iniciativa, que visa manter o foro privilegiado de
Bolsonaro após deixar a Presidência, estava sendo
costurada em silêncio no Congresso por parlamentares
bolsonaristas.
De acordo com o Globo, Eduardo Gomes, líder do
governo, têm articulado a medida para blindar o
atual presidente de possíveis acusações e processos
através da imunidade parlamentar.
O movimento daria foro privilegiado a
ex-presidentes, protegendo-os de juízes de primeira
instância. A proposta também daria aos mandatários
que finalizaram seus mandatos alguns assessores do
corpo efetivo do Senado.
Com informações de O Globo
Fonte: Portal Vermelho
14/12/2022 -
Câmara vai convocar GM a dar explicações sobre
demissão de sindicalistas
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou, dia 7,
requerimento que convoca a General Motors (GM) a
explicar as demissões dos dirigentes sindicais Luiz
Carlos Prates, Mancha, e Gilvan Landim.
Metalúrgico da GM há 35 anos, Mancha é dirigente da
CSP-Conlutas. Gilvan é diretor do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Caetano do Sul.
O documento, apresentado pelo deputado Paulinho da
Força (Solidariedade), reivindica a “realização de
Audiência Pública para discutir a violação ao
direito constitucional de estabilidade das direções
sindicais e garantia de livre associação sindical,
presente no art. 8º da Constituição Federal”. A
expectativa é que ela seja realizada no início de
2023.
Entenda – Mancha e Gilvan foram demitidos pela GM em
novembro sem qualquer justificativa. Desde então, o
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
(SP), as Centrais Sindicais e entidades
internacionais repudiam a atitude da empresa e
exigem o cancelamento das demissões.
Mancha ressalta a importância da garantia de emprego
a fim de defender os direitos dos trabalhadores.
“Que a convocação da GM pelos deputados sirva de
exemplo também para outras empresas instaladas no
Brasil. Não aceitaremos o desrespeito à liberdade de
organização e essa perseguição política
inadmissível”, afirma Mancha.
Fonte: Agência Sindical
14/12/2022 -
22% dos domicílios no Brasil sobrevivem sem qualquer
renda do trabalho, mostra Ipea
Embora o número seja expressivo, o resultado é
ligeiramente melhor que o do 2º tri, quando 22,20%
dos domicílios viviam sem renda do trabalho
O Brasil chegou ao terceiro trimestre deste ano com
22,02% das famílias sobrevivendo sem qualquer renda
oriunda do mercado de trabalho, apontou o Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos
microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora o contingente de lares sem renda do trabalho
seja expressivo, o resultado é ligeiramente melhor
que o registrado no segundo trimestre, quando 22,20%
dos domicílios viviam sem renda do trabalho.
Há um ano, no terceiro trimestre de 2021, essa fatia
era de 22,99%. No auge do choque provocado pela
pandemia de Covid-19, no segundo trimestre de 2022,
a proporção de domicílios sem renda do trabalho
chegou a 28,55%.
“No segundo trimestre de 2021, a proporção de
domicílios sem renda do trabalho iniciou uma queda,
refletindo a recuperação da população ocupada. No
terceiro trimestre de 2022, ela situou-se em 22%,
mantendo-se em níveis semelhantes aos observados
imediatamente antes da pandemia”, escreveu Sandro
Sacchet de Carvalho, técnico de planejamento e
pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas
Macroeconômicas do Ipea, em Carta de Conjuntura.
Na passagem do segundo para o terceiro trimestre de
2022, houve um aumento da proporção de domicílios na
faixa de renda mais alta, de 2,13% para 2,27%, e uma
diminuição da proporção na faixa de renda mais
baixa, de 27,43% para 26,64%, observou o Ipea.
No entanto, entre os que permaneceram no grupo de
domicílios com menor remuneração do trabalho, o
desempenho da renda domiciliar efetiva foi pior.
No grupo de lares com renda domiciliar do trabalho
considerada muito baixa, houve queda de 3,86% nos
rendimentos auferidos em relação ao montante
recebido um ano antes. Já a faixa mais rica foi a
única a mostrar aumento da renda domiciliar efetiva
no período de um ano, alta de 1,48%.
Fonte: InfoMoney
13/12/2022 -
Bolsonaro edita MP que eleva salário mínimo para R$
1.302 a partir de 2023
O presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida
provisória (MP) nesta segunda-feira (12) em que
eleva o salário mínimo de R$ 1.212,00 para R$
1.302,00, a partir de 1º de janeiro de 2023. O valor
já estava previsto no projeto de lei orçamentária
enviado pelo Executivo ao Congresso em agosto.
O aumento poderá ser maior, segundo o senador eleito
Wellington Dias (PT-PI), coordenador do núcleo de
orçamento do governo de transição. Poderá chegar a
R$ 1.320,00 no próximo ano.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu, se
eleito, aumentar o mínimo para R$ 1.400,00. A MP
terá de ser votada pelo Congresso Nacional.
O reajuste promovido pelo atual presidente é o
primeiro, em seus quatro anos de mandato, acima da
inflação. O ganho real de 1,5% se dá porque foi
revista para baixo da previsão de inflação este ano,
estimada em 5,81% pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
“O valor de R$ 1.302,00 se refere ao salário mínimo
nacional. O valor é aplicável a todos os
trabalhadores, do setor público e privado, como
também para as aposentadorias e pensões”, diz nota
divulgada pelo Palácio do Planalto.
O presidente antecipou em 19 dias a publicação da
MP, o que costuma ocorrer no último dia do ano. A
publicação da MP, em edição extra do Diário Oficial
da União, é feita no dia em que o presidente eleito
Lula será diplomado no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Fonte: Congresso em Foco
13/12/2022 -
Ao ser diplomado, Lula diz que povo brasileiro
reconquistou a democracia
O documento é indispensável para a posse, uma vez
que é a confirmação de que os eleitos cumpriram
todas as exigências previstas na legislação
eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diplomou nesta
segunda-feira (12) Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
Geraldo Alckmin (PSB) como presidente da República e
vice-presidente eleitos para o mandato de 2023-2026.
O documento é indispensável para a posse, uma vez
que é a confirmação de que os eleitos cumpriram
todas as exigências previstas na legislação
eleitoral e estão aptos para exercerem os cargos.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, presidiu a
cerimônia que ocorre desde 1951, quando Getúlio
Vargas retornou à presidência da República por meio
do voto popular. A solenidade foi suspensa durante o
regime militar (1964 a 1985) e só foi retomada após
a redemocratização do país, em 1989, com a eleição
de Fernando Collor de Mello.
Lula e Alckmin foram eleitos pela Federação Brasil
da Esperança (PT, PCdoB e PV) com o apoio do PSB,
PSOL, Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir.
“Boa tarde presidente Lula!”, gritaram os presentes
no plenário lembrando as palavras de ordem ditas a
ele durante a prisão. Muito emocionado, Lula chorou
no início do discurso e dedicou o diploma a uma
“parcela significativa do povo brasileiro que
reconquistou o direto de viver numa democracia no
país”.
“Quero pedir desculpas para vocês pela emoção. Por
que quem passa o que eu passei nesses últimos anos,
estar aqui agora é a certeza de que Deus existe e de
que o povo brasileiro é maior do que qualquer pessoa
que tentar o arbítrio neste país. Eu sei o quanto
custou não apenas a mim, o quanto custou ao povo
brasileiro essa espera para que a gente pudesse
reconquistar a democracia neste país. “
Destacou que muito mais que a cerimônia de
diplomação de um presidente eleito, esta é a
celebração da democracia. “Poucas vezes na história
recente deste país a democracia esteve tão ameaçada.
E poucas vezes a vontade popular foi tão colocada à
prova e teve que vencer tantos obstáculos”,
discursou o presidente diplomado.
Também falou sobre o ambiente tóxico em que se deu a
disputa com propagação de desinformação e fake news.
“Quando se esperava um debate político democrático,
a Nação foi envenenada com mentiras produzidas no
submundo das redes sociais. Semearam a mentira e o
ódio, e o país colheu uma violência política que só
se viu nas páginas mais tristes da nossa história.
Mas a democracia venceu”, disse.
Além disso, Lula criticou o uso da máquina pública e
da ação de empresários contra as candidaturas.
“Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas
promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento
público. Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças
de suspensão de benefícios, e trabalhadores com o
risco de demissão sumária, caso contrariassem
interesses de empregadores”.
O presidente diplomado também mandou um recado ao
movimento golpista: “Os inimigos da democracia
lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja
confiabilidade é reconhecida em todo o mundo.
Criaram obstáculos de última hora para que eleitores
fossem impedidos de chegar a seus locais de votação.
“É com o compromisso de construir um verdadeiro
Estado democrático, garantir a normalidade
institucional e lutar contra injustiças que recebo
pela 3ª vez o diploma de presidente eleito do
Brasil,em nome da liberdade, da dignidade e da
felicidade do povo. Muito obrigado”, finalizou.
Fonte: Portal Vermelho
13/12/2022 -
Pagamento do Pis e do Pasep deve começar em 15 de
fevereiro
O calendário de pagamento dos abonos salariais do
PIS e do Pasep deve ter início no dia 15 de
fevereiro do próximo ano. A proposta de datas foi
apresentada ao Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (Codefat), que reúne
representantes dos trabalhadores, das empresas e do
governo.
O cronograma proposto prevê o pagamento dos abonos
até o dia 17 de julho, sendo dois lotes a cada mês.
Os pagamentos ficarão disponíveis até o dia 28 de
dezembro de 2023.
Para o Programa de Integração Social (PIS),
destinado aos trabalhadores na iniciativa privada,
quem nasceu em janeiro e fevereiro terá a liberação
do abono no mês de fevereiro. Quem nasceu em março e
abril, no dia 15 de março e, assim, sucessivamente.
Para o Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (Pasep), destinado aos servidores,
o calendário de pagamentos também começa no dia 15
de fevereiro. No entanto, o cronograma foi feito de
acordo com o número final da inscrição do
beneficiário, iniciando do dígito 0.
O pagamento do abono do PIS e do Pasep com ano-base
2020 fica disponível somente até o dia 29 de
dezembro deste ano. Cerca de 135 mil trabalhadores
da iniciativa privada e quase 307 mil servidores não
sacaram o abono.
Dados do Ministério do Trabalho apontam que ainda há
cerca de R$ 387 milhões parados na Caixa e no Banco
do Brasil à espera dos trabalhadores.
Mais – Baixe o Aplicativo Carteira de
Trabalho Digital ou acesse www.gov.br
Fonte: Agência Sindical
13/12/2022 -
Para prejudicar governo Lula, Bolsonaro pode ampliar
desoneração dos combustíveis
Impacto da medida seria de R$ 53 bilhões. Valor
equivale a cerca de 1/3 dos R$ 145 bilhões previstos
pela PEC da Transição
Jair Bolsonaro (PL) tem sido aconselhado pelos
integrantes do chamado "gabinete do ódio” a utilizar
seus últimos dias à frente do Executivo Federal para
assinar qualquer documento que possa atrapalhar a
gestão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), em uma estratégia batizada de “operação
caneta Bic”. Nesta linha, segundo a jornalista
Andréia Sadi, do G1, Bolsonaro pretende “editar uma
medida provisória para manter, em 2023, a isenção de
impostos federais sobre os combustíveis, que
terminaria neste ano”.
“A medida teria um impacto de R$ 53 bilhões para os
cofres da União. O valor equivale a cerca de 1/3 dos
R$ 145 bilhões da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) da Transição, que a equipe de Lula tenta ver
aprovada no Congresso para cumprir promessas de
campanha”, ressalta a reportagem.
A isenção dos impostos federais sobre os
combustíveis foi uma das medidas adotadas pelo atual
ocupante do Palácio do Planalto para tentar se
reeleger no pleito de outubro. Bolsonaro, porém, não
alterou as regras referentes à precificação dos
combustíveis, adotada desde o governo Michel Temer
(MDB), que adota a chamada Política de Paridade
Internacional (PPI), baseada na cotação
internacional do petróleo e da cotação do dólar.
Esta prática suga a renda dos brasileiros e a
transfere a acionistas da Petrobrás, em grande parte
estrangeiros.
Fonte: Brasil247
13/12/2022 -
Desprezo do governo Bolsonaro inviabilizou políticas
de direitos humanos
Ministério foi desidratado, teve recursos e
participação social drasticamente reduzidos e serviu
para difundir ideário contrário aos direitos humanos
que deveria defender
A antipolítica de direitos humanos de Jair Bolsonaro
(PL) também está sendo esquadrinhada pela equipe de
transição do futuro governo Lula. E embora o
resultado desse diagnóstico não surpreenda,
considerando a visão da atual gestão sobre o tema,
não deixa de causar indignação que uma área tão
importante para a superação das iniquidades de um
dos países mais desiguais do mundo tenha sido
tratada com tamanho desprezo.
Na avaliação de um dos coordenadores do GT, Silvio
de Almeida, presidente do Instituto Luiz Gama, a
Política Nacional de Direitos Humanos “é uma espécie
de proteção institucional. Quando há destruição
deliberada da política, nós estamos expondo as
pessoas mais frágeis à morte.”
Esse desmonte se deu a partir do próprio Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que
não apenas desidratou ações nessa área a partir de
uma visão ideológica autoritária e retrógrada como
se tornou elemento de difusão desse ideário.
Por esse conjunto de motivos, a pasta passou a ter
uma baixa execução orçamentária e as populações mais
vulneráveis — como idosos, crianças, mulheres,
pessoas com deficiência, em situação de rua, LGBTs,
entre outras —ficaram ainda mais expostas às
desigualdades e aos fatores que as perpetuam.
O descaso com a área pode ser constatado de diversas
formas, desde a drástica redução do orçamento e da
participação social até suspeitas de mau uso dos
recursos.
Representação ao TCU
Como parte do levantamento que vem sendo feito, o
grupo de trabalho dessa frente decidiu enviar duas
representações ao Tribunal de Contas da União (TCU)
para que sejam investigadas suspeitas sobre dois
contratos estranhos à atividade do Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Um deles
diz respeito ao fornecimento de bebedouros e outro é
relativo ao aluguel de guindaste; somados, totalizam
R$ 172 milhões.
Ao mesmo tempo, a pasta teve seus recursos
encolhidos de R$ 1,1 bilhão em 2015 para R$ 330
milhões em 2022, o que corresponde a 1/3 do valor
destinado há sete anos. E a previsão orçamentária
para 2023 é de apenas R$ 326 milhões.
Limitação à participação social
Outro fato que mostra como os direitos humanos foram
tratados durante a gestão Bolsonaro está na redução
ou extinção de espaços de participação social.
Segundo a ex-ministra e deputada federal Maria do
Rosário, coordenadora do GT, Bolsonaro revogou 21
colegiados, 37 foram alterados e 14 ficaram
inativos. Entre os colegiados, 13 estão na área de
direitos humanos. Entre eles, o que cuida da
população de rua, extinto no momento em que o país
viu chegar a 220 mil o número estimado de pessoas
nessa situação.
Já o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente) atualmente funciona por
força de liminar. Segundo informado pelo gabinete de
transição, “o colegiado gerencia o Fundo Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tem R$
113 milhões em conta, mas somente R$ 10 milhões
receberam autorização para serem usados”.
Fonte: Portal Vermelho
13/12/2022 -
Relator do Orçamento reforça verbas para saúde,
educação e funcionalismo
O relatório-geral do Orçamento de 2023 poderá ser
entregue nesta semana à Comissão Mista de Orçamento.
O relator da matéria, senador Marcelo Castro (MDB-PI),
pretende destinar R$ 22,7 bilhões para a saúde; R$
11,2 bilhões para o Ministério da Educação; R$ 10
bilhões para o reajuste do funcionalismo público; e
R$ 6,8 bilhões para o salário-mínimo; entre outras
determinações.
Fonte: Agência Senado
13/12/2022 -
TST considera válido acordo com quitação geral do
contrato de trabalho
Por considerar que foram preenchidos os requisitos
estabelecidos na legislação em vigor para a validade
da transação, a 4ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho homologou acordo extrajudicial com previsão
de quitação geral do contrato de trabalho firmado
entre uma empresa de pesca de Campinas (SP) e uma
ex-empregada.
O acordo previa o término do contrato em novembro de
2020. No pedido de homologação, foi registrado que a
empregada havia manifestado a intenção de sair da
Equipesca Equipamentos de Pesca e que a empresa
concordava com o desligamento. Também houve
concordância sobre a garantia de emprego e a redução
da jornada em razão da epidemia da Covid-19. Ao dar
quitação geral de todas as parcelas, a empregada
receberia R$ 23 mil.
Contudo, o juiz da 10ª Vara do Trabalho de Campinas
entendeu que não cabia à Justiça do Trabalho
homologar a rescisão do contrato. O Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região (interior de São
Paulo) manteve a decisão, com fundamento no
princípio da irrenunciabilidade de direitos.
Para o TRT, um acordo que versa sobre verbas
trabalhistas não pode implicar renúncia prévia e
genérica a direitos, porque se trata de crédito de
natureza alimentar. Ainda segundo o órgão, a
previsão de quitação geral do contrato é
inconstitucional, pois tem como propósito barrar o
acesso do empregado à Justiça.
No recurso de revista encaminhado ao TST, a empresa
argumentou que o processo em que as partes,
voluntariamente, submetem um acordo extrajudicial à
homologação da Justiça está previsto no artigo 855-B
da CLT, introduzido pela reforma trabalhista (Lei
13.467/2017). Assim, a análise deve se limitar à
verificação da livre manifestação de vontade dos
dois lados e da ausência de vício de consentimento.
Por fim, afirmou que foram preenchidos os requisitos
da lei: a petição é conjunta e as partes foram
devidamente representadas por advogados distintos.
Segundo o relator, ministro Alexandre Ramos, ainda
não há jurisprudência pacificada no TST, nem no
Supremo Tribunal Federal, sobre a matéria. Ele
explicou também que cabe ao Judiciário homologar o
acordo apresentado quando atendidos os requisitos
estabelecidos na lei.
No caso, não há registro de descumprimento das
exigências legais, de indícios de prejuízos
financeiros para a trabalhadora, de vícios de
vontade das partes ou de ofensa ao ordenamento
jurídico. Nesse contexto, não há obstáculo para a
homologação, inclusive da cláusula de quitação geral
e irrestrita do contrato de trabalho. A decisão foi
unânime. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
RR 11644-98.2020.5.15.0129
Fonte: Consultor Jurídico
12/12/2022 -
Câmara analisa nesta semana a PEC da Transição,
que garante Bolsa Família de R$ 600
Texto também destina R$ 16,6 bi para saúde, R$
6,8 bi para o aumento real do salário mínimo e R$
2,8 bi para o reajuste de servidores
A Câmara dos Deputados iniciará nesta semana a
análise da Proposta de Emenda à Constituição 32/22,
a PEC da Transição. O texto aprovado pelo Senado na
quarta-feira (7) assegura recursos fora da regra do
teto de gastos e prevê uma nova regra fiscal, por
meio de lei complementar, a partir de 2024.
A proposta tem impacto estimado de R$ 145 bilhões ao
ano e não especifica como o valor deverá ser
aplicado. O senador Marcelo Castro (MDB-PI),
primeiro signatário da PEC e relator-geral do
Orçamento para 2023, avaliou que R$ 70 bilhões serão
destinados ao Bolsa Família, que retorna no lugar do
Auxílio Brasil.
Com isso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva poderá cumprir promessa de campanha e alocar
no Bolsa Família um benefício mensal de R$ 600 por
mês, mais uma parcela adicional de R$ 150 para cada
criança de até seis anos em todos os grupos
familiares atendidos pelo programa.
Outras áreas beneficiadas
Segundo Marcelo Castro, o texto aprovado pelos
senadores permitirá ainda a destinação de R$ 16,6
bilhões para políticas de saúde, entre elas o
programa Farmácia Popular; de R$ 6,8 bilhões para o
aumento real do salário mínimo; e de R$ 2,8 bilhões
para o reajuste salarial de servidores do Poder
Executivo.
Os R$ 145 bilhões anuais também não serão
considerados para o cálculo da meta fiscal dos
próximos dois anos e não seguirão a chamada “regra
de ouro”. Pela Constituição, o governo não pode
contrair dívidas para pagar gastos correntes – como
salários, material de consumo e contas de água e
luz, entre outros.
Fonte: Agência Câmara
12/12/2022 -
Com Lula, Economia será desmembrada em Fazenda,
Planejamento e Indústria
O superministério da Economia comandado por Paulo
Guedes provou que concentrar poderes não é eficaz;
governo Lula irá recriar, ao menos, três pastas para
consertar o estrago.
O atual ministério da Economia será desmembrado em
três pastas pelo governo Lula (PT): da Fazenda, de
Planejamento Orçamento e Gestão e de Indústria,
Comércio e Serviços.
A indicação foi feita pelo coordenador dos grupos
técnicos da transição, o ex-ministro Aloizio
Mercadante, em coletiva de imprensa na quarta-feira
(7). Ainda existe a possibilidade de que outras
pastas sejam recriadas a partir da Economia.
Esta separação visa consertar o estrago feito por
Bolsonaro (PL) que uniu diversos ministérios com o
pretexto de maior integração das ações, mas que no
fim deixou desassistida diversas áreas.
O entendido como “superministério” da Economia,
devido a quantidade de atribuições, foi comandado
por Paulo Guedes, e o resultado é o que todos estão
vendo: apagão de recursos no INSS, corte de bolsas
na educação, falta de medicamentos, além da falta de
recursos para o orçamento para 2023, entre diversas
outras situações.
Mercadante e os membros do grupo técnico avaliam que
foi um equívoco a aglutinação de tarefas na mesma
pasta e agora discutem quais serão atribuições de
cada ministério recriado. O entendimento é de que a
pasta de Indústria, Comércio e Serviços tenha muitas
atribuições, o que tem despertado a cobiça de
diversos partidos que compõem a base de apoio que
elegeu Lula.
Fonte: Portal Vermelho
12/12/2022 -
Com Bolsonaro e Guedes, juros foram de 6,50% ao ano
para 13,75%
Brasil lidera o ranking mundial dos maiores juros
reais – a taxa básica de um país, descontada a
inflação esperada para os próximos doze meses.
No dia 12 de dezembro de 2018, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu pela
última vez sob o governo Michel Temer – que se
preparava para passar a faixa presidencial para Jair
Bolsonaro. A reunião confirmou a expectativa do
mercado e manteve a taxa básica de juros, a Selic,
em 6,50% ao ano. Fazia nove meses que os juros
permaneciam nesse patamar.
Prestes a assumir o Ministério da Economia, o
fanfarrão Paulo Guedes zombava dos tecnocratas do
Copom e de toda a equipe econômica de Temer. “A
pergunta é: vocês acham que está bom do jeito que
está, com crescimento baixo, desemprego?”, dizia o
economista. Qual a saída? “Em vez de combater a
inflação só com juros na Lua, fazer a parte fiscal
com juro baixo”, receitava o “Posto Ipiranga” de
Bolsonaro.
Passados quatro anos – e muitas reuniões do Copom –,
a Selic que o Bolsonaro e Guedes entregam é mais do
que o dobro da taxa que seu governo recebeu. Na
quarta-feira (7), pela quarta reunião seguida, o
Copom deixou os juros em estratosféricos 13,75%.
Ainda assim, a estimativa de inflação para o ano
está acima da meta do governo, o que põe em xeque a
premissa de que juros altos são indispensáveis para
combater a alta generalizada de preços.
De 6,5% no início do governo, a Selic começou a cair
em julho de 2019 e chegou a 2% em agosto de 2020. A
partir de março de 2021, porém, a taxa básica voltou
a subir. No final do ano passado, já estava em
9,25%. Em 2022, cresceu mais 4,5 pontos percentuais
e foi a 13,75%.
Conforme registrou o Vermelho, “esse estouro
coincidiu com o período pós-sanção, em 24 de
fevereiro de 2021, da Lei da Independência do Banco
Central, que transformou o BC num órgão desvinculado
do Poder Público – um ‘supra órgão’. Alheio à
conjuntura política e às agruras do povo brasileiro,
o BC, por meio do Copom, reforçou ainda mais seu
compromisso com o setor rentista”. Além de não
combater a inflação, os juros em alta endividou
ainda mais o Brasil. Cada ponto percentual a mais na
Selic eleva a dívida pública bruta, por ano, em R$
32,2 bilhões.
Desmoralizados, Bolsonaro e Guedes deixaram o País
em primeiro lugar no ranking mundial dos maiores
juros reais – a taxa básica de um país, descontada a
inflação esperada para os próximos doze meses.
Segundo levantamento da Infinity Asset Management, o
Brasil lidera o ranking com um índice de 8,16% de
juros reais, bem à frente do segundo colocado, o
México (5,39%), e do terceiro, o Chile (4,66%). Em
alguns países, os juros reais chegam a ser
negativos.
Fonte: Portal Vermelho
12/12/2022 -
Partido de Bolsonaro pede cassação do mandato de
Sergio Moro
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, acionou
a Justiça Eleitoral para pedir a cassação do mandato
do senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União
Brasil). A informação é do jornal O Estado de S.
Paulo.
Segundo a reportagem, o diretório da legenda no
Paraná questionou os gastos de campanha de Moro. O
pedido, que tramita em segredo de Justiça, teria o
apoio de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do
PL.
Moro teve 33,50% dos votos. Paulo Martins, do PL,
ficou em segundo, com 29,12%. Com a movimentação, o
partido de Bolsonaro pretende ficar com a vaga de
Moro no Senado.
A Seção de Contas Eleitorais e a Coordenadoria de
Contas Eleitorais e Partidárias do Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná (TRE-PR) se manifestaram no
começo do mês pela desaprovação das contas de Moro.
Foi o terceiro posicionamento semelhante da corte,
que apontou falhas na prestação feita pelo ex-juiz.
Dentre as falhas apontadas pelo TRE-PR estão:
- doações financeiras enviadas depois do prazo legal;
- doações recebidas antes da entrega da prestação de
contas parcial e não informadas à época;
- divergências entre as informações apresentadas na
prestação de contas e aquelas constantes na base de
dados da Justiça Eleitoral;
- divergências entre as informações apresentadas na
prestação de contas final e aquelas constantes na
prestação de contas parcial;
- falta de registro de gastos referentes a materiais
de publicidade compartilhados com outros candidatos
e inconsistências de despesas pagas com recursos do
Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.
Moro apoiou a reeleição de Bolsonaro e chegou a
acompanhar o presidente em debates presidenciais. A
relação dos dois, no entanto, não era das melhores
desde que Moro deixou o Ministério da Justiça
acusando o presidente de intervir politicamente na
Polícia Federal.
De acordo com o Estadão, o partido de Bolsonaro usa
como precedente o caso da ex-juíza Selma Arruda,
cassada em 2019 por irregularidades na prestação de
contas.
Fonte: Consultor Jurídico
12/12/2022 -
IPCA
tem alta de 0,41% em novembro
Influenciado pelo aumento dos combustíveis, o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a
inflação oficial no País, teve alta de 0,41% em
novembro, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados,
sete tiveram alta em novembro. Os grupos transportes
e alimentação e bebidas foram os que impactaram de
forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os
dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de
novembro.
A maior variação veio do grupo vestuário, ficando
acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo
saúde e cuidados pessoais ficou próximo da
estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação
a outubro. Já o grupo Habitação por sua vez, ficou
acima do observado no mês anterior.
No lado das quedas, o destaque foi o leite longa
vida, assim como já havia acontecido nos meses
anteriores. Houve recuo também nos preços do frango
em pedaços e do queijo.
Em relação às áreas pesquisadas, todas tiveram
variação positiva em novembro, como explica Pedro
Kislanov, gerente da pesquisa.
Já o INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor,
teve alta de 0,38% em novembro; abaixo do resultado
observado em outubro.
Fonte: Agência Brasil
12/12/2022 -
Flávio diz a interlocutores que Bolsonaro poderá
passar a faixa presidencial a Lula
Segundo o parlamentar, Jair Bolsonaro está "mais
animado" e "começou a se mexer", estimulado pela
disputa para a presidência do Senado
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse a
interlocutores que seu pai, Jair Bolsonaro (PL),
está “mais animado” e que pode "até concordar em
passar a faixa para Lula”, diz a jornalista Thaís
Oyama, em sua coluna no UOL. Segundo a reportagem, o
parlamentar teria dito que o pai "começou a se
mexer", estimulado pela eleição para a presidência
do Senado.
“Bolsonaro está ouvindo de aliados que a chance de
conquistar o comando do Senado representa a chance
de se ‘vingar’ de Alexandre de Moraes — pedidos de
impeachment de ministros do Supremo têm no
presidente da Casa o primeiro filtro — e também de
"infernizar a vida de Lula’", destaca reportagem. O
ex-ministro Rogério Marinho foi escolhido
diretamente pelo atual ocupante do Palácio do
Planalto para disputar a presidência do Senado.
“A dedicação de Bolsonaro na eleição do dia 2 de
fevereiro, portanto, é fundamental para a ambição de
Valdemar Costa Neto de fazer o sucessor de Rodrigo
Pacheco. Assim como na Câmara, a influência do
ex-capitão no Senado extrapola os limites da bancada
de seu partido — há senador "bolsonarista" até mesmo
na sigla de Pacheco, o PSD. Bolsonaro ensaia sua
saída do claustro. E a eleição do dia 2 de fevereiro
pode ser uma pista do tamanho com que ele surgirá”,
arremata a colunista.
Fonte: Brasil247
12/12/2022 -
INSS alerta para golpes relativos à revisão da vida
toda
Órgão esclarece que não entra em contato para
oferecer serviços
Os segurados da Previdência Social precisam ficar
atentos ao risco de golpes relativos à revisão da
vida toda. O Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) emitiu, nesta quinta-feira (8), alerta sobre
golpes após o julgamento do assunto pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
O órgão esclareceu que não entra em contato com seus
segurados, por telefone, e-mail, redes sociais ou
outros canais, para oferecer serviços ou benefícios
e tampouco revisão de valores. O INSS destacou que a
decisão do STF ainda não está valendo porque o
acórdão precisa ser publicado. Somente então, os
próximos passos a serem adotados serão definidos.
O INSS recomenda que os segurados eventualmente
contatados sobre a revisão da vida toda não passem
dados pessoais (como CPF, telefone, endereço ou
número do benefício), não enviem fotos de documentos
ou fotos pessoais e jamais compartilhem a senha de
acesso ao Portal Gov.br.
No alerta, o INSS também esclarece que todos os
serviços prestados pela autarquia são gratuitos. O
segurado, portanto, não deve fazer depósitos,
pagamentos ou transferências a pessoas que usem o
nome do órgão. Caso suspeite de golpe, o INSS
aconselha bloquear o contato e fazer um boletim de
ocorrência.
No último dia 1º, o STF reconheceu a revisão da vida
toda para aposentadorias do INSS. Por 6 votos a 5,
os ministros decidiram que os segurados podem entrar
na Justiça para pedir o recálculo do benefício com
base em todas as contribuições feitas ao longo da
vida.
A decisão exige cuidados porque, em alguns casos,
pode resultar na diminuição do valor da
aposentadoria, caso contribuições mais baixas sejam
incluídas no novo cálculo. Principalmente quem se
aposentou antes da Reforma da Previdência de 1998 e
da instituição do fator previdenciário, em 1999.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2022 -
Contas aprovadas e votos totalizados: Lula e Alckmin
são oficialmente proclamados eleitos pelo TSE
Tribunal aprovou por unanimidade relatório de
totalização de votos e prestação de contas da chapa,
encerrando assim qualquer discussão sobre o pleito;
diplomação ocorre na próxima semana
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após votações
em plenário nesta terça-feira (6), proclamou de
forma oficial Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
Geraldo Alckmin (PSB) como presidente e
vice-presidente da República eleitos.
A corte analisou a prestação de contas da chapa
vitoriosa nas eleições e a totalização dos votos. Em
ambos os casos os relatórios foram aprovados,
encerrando-se assim o ciclo eleitoral e deixando o
caminho livre para a diplomação de Lula e Alckmin,
marcada para a próxima segunda-feira (12).
O relator do processo das contas, ministro Ricardo
Lewandowski, acolheu integralmente o parecer do
Ministério Público Eleitoral (MPE), que recomendou a
aprovação da prestação feita pela chapa sem
ressalvas.
Com relação à totalização dos votos, o presidente do
TSE, ministro Alexandre de Moraes, informou que
foram apurados um total de 124.252.796 votos. “É
importante citar neste momento a inexistência de
processo em que se questiona a inelegibilidade para
presidente e vice-presidente da República nestas
eleições, não havendo qualquer óbice à proclamação
do resultado definitivo”, disse Moraes.
A partir da diplomação, Lula e Alckmin ficam aptos
para exercer o mandato. O novo governo, entretanto,
será iniciado após a cerimônia de posse, marcada
para 1º de janeiro de 2023.
Fonte: RevistaForum
08/12/2022 -
Em reunião com centrais, transição se compromete com
servidores públicos
O grupo da transição de governo que discute o mundo
do trabalho firmou o compromisso de levar adiante as
demandas dos servidores públicos apresentadas pelas
centrais sindicais em reunião nesta terça-feira (6).
Os sindicalistas pediram que o futuro governo
regulamente os direitos sindicais do serviço público
e dê validade prática à Convenção 151 da OIT
(Organização Internacional do Trabalho), da qual o
Brasil é signatário, que trata do direito de greve e
de negociação coletiva dos servidores.
No documento elaborado pelas centrais, elas lembram
que, em 2017, o presidente Michel Temer vetou o
Projeto de Lei que finalmente estabelecia as normas
para a negociação coletiva no serviço público, e o
veto foi mantido pelo Congresso Nacional. Os
sindicatos argumentam que o vácuo deixado fere o
direito de greve, garantido pela Constituição, já
que a paralisação pressupõe uma tentativa frustrada
de negociação.
Outro ponto levantado pelos representantes dos
trabalhadores foi a necessidade de barrar a
tramitação da PEC 32 de 2020, apelidada de “PEC da
Rachadinha” por dar mais espaço para indicações
políticas em cargos hoje ocupados por profissionais
de carreira. O projeto de reforma administrativa
apresentado pelo governo Bolsonaro precariza as
condições dos servidores, uma vez que pode levar à
perda da estabilidade e de direitos adquiridos.
Apesar de todo o protesto da categoria, a PEC já foi
aprovada pela CCJ e por comissão especial na Câmara
e, agora, está pronta para ser levada para votação
no plenário.
Os representantes da futura administração, no
entanto, prometeram trabalhar para que o projeto não
siga em frente, conforme o deputado federal Rogério
Correia (PT-MG) já havia anunciado na semana
passada. Correia é um dos coordenadores do grupo ao
lado do ex-diretor do Dieese Clemente Ganz Lúcio,
que também estava na reunião.
A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) foi
representada pelo vice-presidente Flavio Werneck,
que avaliou o encontro como positivo para os
servidores. “Eles [coordenadores do grupo] assinaram
o documento que apresentamos e pediram nosso apoio
junto ao senador Jaques Wagner para seu projeto de
regulamentação da Convenção 151”, contou.
Os interlocutores de Lula pediram ainda que as
centrais ajudassem a pressionar os parlamentares
pela aprovação da PEC da Transição, necessária para
garantir recursos para manter os R$ 600 do Bolsa
Família e o aumento real do salário mínimo, conforme
prometido durante a campanha.
Além da CSB, estavam presentes e assinaram o
documento: CTB, UGT, CUT, Conlutas, Força Sindical,
NCST, Intersindical, Pública e Internacional de
Serviços Públicos. As entidades já manifestaram seu
apoio à PEC da Transição, chamada por elas de PEC da
Responsabilidade Social, em nota conjunta.
Fonte: Portal CSB
08/12/2022 -
Maioria dos trabalhadores por conta própria gostaria
de estar empregada, mostra FGV
O IBGE mostrou que no trimestre encerrado em outubro
os trabalhadores por conta própria no Brasil somavam
25,4 milhões, ou 1/4 da população ocupada 5 milhões
a mais do que em 2012.
Desse grupo a maioria (18,67 milhões) ainda é
informal.
O indicador recém criado pelo FGV IBRE, Sondagem do
Mercado de Trabalho, mostrou que essa taxa de
informalidade existe mais por necessidade e força
das consequências do que por vontade dos
trabalhadores em empreender.
De acordo com informações do Blog do Ibre, “do total
de respondentes que trabalhavam nesse regime, 69,4%
responderam que preferiam estar empregados em uma
empresa. Quando se analisa esse resultado abrindo
por faixa de renda, observa-se que entre
trabalhadores com renda mensal de até 2
salários-mínimos esse percentual sobe a 74,9%,
afirma Rodolpho Tobler, coordenador da pesquisa. As
principais justificativas desse grupo para essa
preferência são ter rendimentos fixos (37,8% de
respostas) e ter acesso a benefícios (31,8%). Por
sua vez, entre o grupo de trabalhadores com
rendimento acima de 2 salários-mínimos que afirmaram
preferir ser conta-própria (43,3%), as motivações
mais citadas foram ter rendimentos maiores nesse
esquema de trabalho (21,1%) e ter flexibilidade de
horário (17,6%)”.
A pesquisa mostra que “Entre os empregados sem
registro (empregado sem carteira assinada,
conta-própria sem CNPJ e empregador sem CNPJ), 87,7%
afirmaram que prefeririam estar registrado com
carteira assinada ou ter CNPJ – novamente, o
percentual sobe (para 89,5%) quando se trata de
trabalhadores com rendimento até 2 salários-mínimos”
e afirma ainda que se trata de uma situação que
“tende a ser permanente” e que “novas tendências
como a economia por aplicativo alimenta esse caráter
dual do mercado de trabalho, em que o trabalho por
conta própria deverá manter uma importante
participação”.
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/12/2022 -
Paulinho da Força aprova requerimento para GM
explicar demissões de dirigentes sindicais
Deputado Paulinho da Força aprova requerimento na
Comissão da Câmara para convocação da empresa GM
(General Motors) explicar e cancelar as demissões de
dirigentes sindicais.
Vale lembrar que a GM demitiu Luiz Carlos Prates, o
Mancha, dirigente da Secretaria Executiva Nacional
da Central Sindical e Popular CSP – Conlutas (planta
São José dos Campos) e Gilvan Miranda Landim,
diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano
do Sul/SP.
O deputado ressalta a importância de cumprir a lei
que garante estabilidade dos dirigentes sindicais. ”
Não podemos permitir práticas anti-sindicais que
prejudicam os trabalhadores e pretendem inibir os
sindicatos”, alerta o deputado Paulinho da Força.
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/12/2022 -
Custo da cesta básica aumenta em 12 capitais
pesquisadas pelo Dieese
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em
novembro em 12 das 17 capitais onde o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional
da Cesta Básica de Alimentos.
Entre outubro e novembro, as altas mais expressivas
ocorreram em Belo Horizonte (4,68%), Florianópolis
(2,96%), São Paulo (2,69%) e Goiânia (2,03%). Já as
reduções ocorreram em Salvador (-2,12%), João Pessoa
(-1,28%), Recife (-1,27%), Natal (-1,12%) e Aracaju
(-0,69%).
Segundo a pesquisa, São Paulo foi a capital onde a
cesta básica teve o maior custo em novembro (R$
782,68), seguida por Porto Alegre (R$ 781,52),
Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$
749,25) e Campo Grande (R$ 738,53). Nas cidades do
Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, os menores valores médios foram
registrados em Aracaju (R$ 511,97), Salvador (R$
550,67), Recife (R$ 551,30) e João Pessoa (R$
552,43).
Na comparação com novembro do ano passado, todas as
capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com
variações que oscilaram entre 5,06%, em Recife, e
16,54%, em Belo Horizonte.
A pesquisa indicou ainda que, em novembro, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família
de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.575,30, ou
5,43 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em outubro, o
valor necessário era de R$ 6.458,86 e correspondeu a
5,33 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2021, o
valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$
5.969,17, ou 5,43 vezes o valor vigente na época, de
R$ 1.100,00.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2022 -
PL lança candidatura de Rogério Marinho à
presidência do Senado
Bolsonarista vai disputar o cargo contra Rodrigo
Pacheco, que deverá buscar a reeleição
Ele vai disputar o cargo com Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), que deverá buscar a reeleição a presidente
da Casa.
"Nós não pretendemos ser nem faremos uma presidência
contra o país, de oposição o país, mas seremos
candidatos para sermos uma presidência a favor do
Brasil. A partir de agora nós começamos a conversar
com outros partidos, com outros atores políticos
desta Casa, que representam uma parcela substancial
do eleitorado brasileiro e que certamente comungam
conosco dos mesmos propósitos", afirmou Marinho no
anúncio de sua candidatura.
Fonte: Brasil247
08/12/2022 -
Demitidos da CNN Brasil denunciam irregularidades
Os 140 funcionários demitidos da CNN Brasil
divulgam, nesta quarta (7), carta sobre os cortes
realizados pelo canal de notícias. As demissões
aconteceram dia 1º de dezembro, data-base da
Convenção Coletiva de Trabalho para jornalistas de
emissoras de rádio e televisão de São Paulo.
Foram desligados diretores, âncoras, comentaristas,
analistas, editores, produtores, repórteres,
redatores, designers, integrantes das equipes de
redes sociais, além de secretárias e técnicos que
atuavam nos estúdios.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) foi
acionado. “No dia 1º de dezembro recebemos
informações das demissões na CNN Brasil. Em poucas
horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na
sede da emissora perderam seus empregos. Só em SP,
foram cerca de 40 demissões”, informa o presidente
do SJSP, Thiago Tanji.
Nesta quarta (8), o Sindicato realizou assembleia
virtual com os profissionais demitidos para discutir
coletivamente as possibilidades. “Também teremos uma
reunião com a CNN Brasil. Na avalição do Sindicato
se configura demissão em massa. Neste caso, a
empresa estava obrigada a dar ciência à entidade
sindical sobre a intenção de demitir. O que não foi
feito”, conta o sindicalista.
Denúncias – Em carta divulgada à imprensa, os
profissionais denunciam que a empresa burlou as
horas extras e assediou jornalistas com seguranças
para impedir que eles se despedissem dos colegas na
Redação de São Paulo.
Os funcionários também criticam no documento
promessas não cumpridas por parte da direção, entre
elas, a manutenção total da equipe de digital da
CNN. “Teve caso, de profissional dispensado chegar a
ter promoção anunciada por superiores 15 dias”,
completa o presidente do SJSP.
Na carta, os demitidos pedem ainda aumento do tempo
de extensão do plano de saúde oferecido pela CNN
Brasil, que será mantido por apenas 36 dias.
Também está em estudo por parte dos funcionários
demitidos uma ação coletiva trabalhista.
Mais – Site do SJSP (https://www.sjsp.org.br/)
Fonte: Agência Sindical
08/12/2022 -
Comissão aprova exigência de laudo detalhado de
perícia médica do INSS sobre acidente de trabalho
Em caso da negativa de concessão ou prorrogação
do benefício, o segurado poderá contestar decisão
administrativa ou judicialmente
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou projeto de lei que estabelece
mecanismos para facilitar o contraditório em
perícias médicas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) em caso de acidente de trabalho. O
texto inclui dispositivos na Lei de Benefícios da
Previdência Social.
Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora,
deputada Leandre (PSD-PR), ao Projeto de Lei
5773/19, do deputado Afonso Motta (PDT-RS), e um
apensado. “A ideia é estabelecer conteúdo mínimo no
laudo pericial para permitir eventual contestação”,
explicou a relatora, ao concordar com parte da
versão de Motta.
Pelo texto aprovado, o médico perito entregará ao
segurado um laudo conclusivo com o nome completo do
paciente; declaração de existência ou não de relação
causal entre a doença e o trabalho; declaração de
aptidão ou inaptidão para o retorno ao trabalho;
número de dias aos quais o segurado fará jus ao
benefício; orientações para o recebimento do
benefício e para a apresentação de recurso
administrativo ou judicial; assinatura, nome e
matrícula do médico.
Ainda segundo a proposta aprovada, na ausência de um
prazo especificado, o auxílio por incapacidade
temporária em decorrência de acidente de trabalho
deverá ser pago por um prazo de 120 dias a contar da
data de concessão. Findo aquele período, o segurado
ou o empregador poderão solicitar prorrogação.
Contraditório
Por outro lado, em caso da negativa de concessão ou
prorrogação do benefício, o substitutivo estabelece
que o segurado ou o empregador poderão apresentar
uma contestação nas juntas recursais do Conselho de
Recursos da Previdência Social (CRPS) ou então
promover ação judicial contra decisões do INSS.
Autor do texto original, o deputado Afonso Motta
disse que as mudanças são necessárias para corrigir
“limbo jurídico previdenciário” em que se encontram
os trabalhadores e empregadores. Segundo ele, não
são raros os casos em que a perícia do INSS indefere
os pedidos de segurados para auxílio por
incapacidade temporária em oposição às avaliações
feitas pelo serviço médico do contratante.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
07/12/2022 -
Revisão traz esperança a aposentados
Boa nova a muitos aposentados. O Supremo Tribunal
Federal decidiu conceder direito à revisão do valor
pago pelo INSS. Aposentados que tinham maiores
ganhos antes de julho de 1994 poderão buscar a
inclusão dessas contribuições no valor que recebem.
Como – Possibilita considerar todas as
contribuições anteriores a julho de 1994, ensejando
um benefício mais justo a quem começou a contribuir
antes daquele ano. Com o Plano Real, as
contribuições anteriores ao período foram
desconsideradas da média do benefício.
Tem direito – Quem se se aposentou antes da
reforma da Previdência, novembro de 2019, ou já
possuía direito a se aposentar na mesma época. Pra
quem se aposentou em antes 2012 já prescreveu. Quem
se aposentou de 2013 a 2019 poderá buscar a revisão
da vida toda.
Condições – Podem pedir a revisão aposentados
por tempo de contribuição, idade, aposentadoria
especial, invalidez ou quem recebeu auxílio-doença
ou pensão por morte.
Cálculo – Conta terá por base 80% das maiores
contribuições, incluindo as anteriores a 1994.
Sindicato – Se você teve salários mais altos
antes de 1994, procure seu Sindicato. E já.
Advogada – A Agência Sindical falou com Tonia
Galleti, responsável pelo Jurídico do Sindicato
Nacional dos Aposentados (Sindnapi/Força Sindical).
Orientações – Procurar advogado especializado
ou o Sindicato, já levando o CNIS, que registra a
relação contributiva de vínculo e a remuneração. O
CNIS está disponível no site “MEU INSS” ou no APP
Meu INSS. Entrar e baixar.
Levar Carteira de Trabalho, holerites ou outros
comprovantes, como carnês de contribuição. “O máximo
de papelada”, orienta dra. Tonia, até porque o banco
de dados do INSS é incompleto quanto a contribuições
mais antigas.
“Todos que se achem com direito devem ingressar com
processo. Isso porque o Supremo pode modular a
decisão. A modulação pode inviabilizar a revisão da
vida toda”, alerta. A revisão será caso a caso. O
advogado verificará se a diferença existe mesmo e
vale a pena correr atrás.
Justiça – Profissional qualificada na questão
previdenciária, a dra. Tonia Galleti integra o GT de
Transição de Lula na área de sua especialidade. Ela
informa: “Em tese, todos os que se enquadram na
decisão do Supremo têm direito. Mas esse direito só
poderá ser efetivado por decisão judicial. Abrir
processo é inevitável”.
Mais – Acesse o Sindnap
Fonte: Agência Sindical
07/12/2022 -
Preços da cesta básica sobem no ano em todo o país e
acima da inflação
Trabalhador gastou mais horas para comprar
produtos e comprometeu maior parte da renda.
Salário mínimo necessário foi calculado em R$
6.575,30
Os preços dos alimentos da cesta básica, em
novembro, subiram em 12 das 17 capitais pesquisadas
pelo Dieese. Na soma do ano e no acumulado em 12
meses, o aumento é generalizado. Em muitos casos,
bem acima da inflação oficial.
Das 12 altas da cesta básica no mês passado, as mais
expressivas foram no Centro-Sul: Belo Horizonte
(4,68%), Florianópolis (2,96%), São Paulo (2,69%) e
Goiânia (2,03%). Já as reduções foram registradas no
Norte e Nordeste: Salvador (-2,12%), João Pessoa
(-1,28%), Recife (-1,27%), Natal (-1,12%) e Aracaju
(-0,69%).
Salário mínimo necessário
De acordo com a pesquisa, a cesta mais cara foi a de
São Paulo (R$ 782,68) e a menor valor médio, de
Aracaju (R$ 511,97). Assim, com base na primeira, o
Dieese calculou em R$ 6.575,30 o salário mínimo
necessário para as despesas básicas de uma família
de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças. O
valor é 5,43 vezes o mínimo oficial (R$ 1.212). Essa
proporção era de 5,33 vezes em outubro. Há um ano,
também estava em 5,43.
Na comparação com novembro de 2021, todas as 17
capitais tiveram aumento de preço, variando de 5,06%
(Recife) a 16,54% (Belo Horizonte). Neste ano, o
valor também subiu em todas as cidades, com destaque
para Goiânia (15,45%), Campo Grande (15,15%),
Brasília (14,58%), Belo Horizonte (14,58%) e Porto
Alegre (14,44%). Todas muito acima da inflação, em
torno de 6,5% (em 12 meses). A menor variação de
2022 foi apurada em Recife (3,56%).
Quase 60% da renda líquida
O tempo médio para adquirir os produtos da cesta
aumentou de 119 horas e 37 minutos, em outubro, para
121 horas e 2 minutos. Ficou também acima de
novembro do ano passado (119 horas e 58 minutos).
Quem ganha salário mínimo comprometeu 59,47% de sua
renda líquida, mais do que em outubro (58,78%) e do
que em novembro de 2021 (58,95%).
De acordo com o Dieese, o preço da batata subiu em
nove das 10 cidades onde o produto é pesquisado. Já
o tomate aumentou em 13 das 17 capitais, enquanto o
leite integral diminuiu em todas.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/12/2022 -
CTB é favorável à revogação da reforma trabalhista
de Temer
O presidente nacional da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, afirma que
a CTB é favorável à revogação da reforma
trabalhista, aprovada no governo de Michel Temer, em
2017.
Na avaliação do dirigente, o foco das discussões
deve ser a volta da garantia dos direitos. “É
necessário que a gente possa enxergar que a reforma
trabalhista aprovada em novembro de 2017 visou
desconstitucionalizar, desregulamentar e promover o
desmonte do Estado nacional”, pontuou Araújo.
Conforme Adilson, as prioridades são o combate ao
trabalho intermitente, com garantia dos direitos dos
profissionais de aplicativos, bem como o
fortalecimento do movimento sindical. “Defender a
organização sindical se faz mais do que necessário.
Defendemos o sindicato forte, com contribuição
voluntária da classe trabalhadora, e determinado a
promover as transformações do nosso tempo”, disse o
presidente da CTB.
O presidente eleito Lula já sinalizou que pelo menos
três pontos da reforma trabalhista serão revisados.
Entre eles o regime de trabalho intermitente e o
acordo direto entre patrão e empregado, sem mediação
do sindicato. Ainda, estuda-se o retorno da
aplicação da ultratividade em convenções coletivas.
Fonte: Portal CTB
07/12/2022 -
Bolsonaro deve encerrar governo com inflação acima
da meta
De acordo com o setor financeiro, o IPCA
(considerado a inflação oficial do Brasil) fechará o
ano em 5,92%, mesmo com a taxa básica de juros em
13,75% ao ano
Agentes do mercado elevaram, pela sexta semana
seguida, a estimativa de inflação no Brasil em 2022,
último ano da gestão Jair Bolsonaro (PL). De acordo
com o setor financeiro, o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação
oficial do Brasil) fechará o ano em 5,92%, taxa
acima da meta do governo.
A informação é do relatório Focus, divulgado pelo
Banco Central nesta segunda-feira (5). Foram ouvidas
mais de cem de cem instituições financeiras nos
últimos dias – o boletim é atualizado semanalmente.
Na segunda-feira anterior (28/11), o mercado previa
uma inflação de 5,91% no ano. Em 14 de outubro, a
projeção era de 5,60%. Na visão do Banco Central, é
quase certo que o governo Bolsonaro vai estourar a
meta de inflação pelo segundo ano consecutivo. O
boletim Focus também reajustou para cima a
estimativa de inflação para 2023 – de 5,02% para
5,08%.
O Conselho Monetário Nacional (CMN), ligado ao
Ministério da Economia, tinha estipulado uma meta
central de 3,5% de inflação em 2022. Assim, o IPCA
estará dentro da meta se terminar o ano entre 2% e
5%. Para 2023, a meta de inflação está fixada em
3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Foi sob o pretexto de controlar a inflação nesses
parâmetros que o Comitê de Política Monetária
(Copom), do Banco Central elevou a taxa básica de
juros, a Selic, a 13,75% ao ano. É o maior índice
desde 2016.
Nesta terça-feira (6), relatório da CNI
(Confederação Nacional da Indústria) confirmou essa
tendência, estimando uma inflação de 5,7% em 2022 e
de 5,4% para 2023. Para a entidade, a Selic deve
virar o ano no patamar atual, de 13,75%. O Copom
realiza nesta semana sua última reunião no ano e
deve manter o percentual de taxa básica de juros.
Fonte: Portal Vermelho
07/12/2022 -
Fiesp marca assembleia para discutir saída de Josué
Gomes do cargo; entenda o imbróglio
Todo o levante teve por trás Paulo Skaf, que
esteve à frente da Fiesp por quase 20 anos
O conflito na Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) vai ganhar na próxima semana um
novo capítulo, que promete colocar mais lenha em um
briga que eclodiu desde a eleição de Josué Gomes da
Silva ao cargo. Dessa vez, representantes de 86
sindicatos conseguiram marcar para as 14h da próxima
segunda-feira, 12, uma assembleia geral com o
objetivo de mudar o comando da entidade. As
informações são do jornal Estado de S.Paulo.
A reportagem ainda informa que esse movimento é um
desdobramento de outro que teve início em outubro,
mas cuja assembleia não foi chamada pelo presidente
da federação das indústrias. Todo o levante teve por
trás Paulo Skaf, que esteve à frente da Fiesp por
quase 20 anos. Segundo fontes que participam da alta
cúpula da entidade, as assinaturas para convocar a
assembleia partiram essencialmente de sindicatos
menores do Estado, com os grandes sindicatos
patronais ficando de fora.
Uma fonte afirma que o atual imbróglio joga luz
sobre os chamados “sindicatos de gaveta”, que tem
pouca ou nenhuma representatividade, mas acabam
sendo úteis para fins políticos.
Fonte: Brasil247
07/12/2022 -
INSS pode paralisar serviços nesta quarta-feira por
causa de bloqueio orçamentário de Bolsonaro
Autarquia enviou ofício ao Ministério da Economia
alertando que falta de recursos deve prejudicar o
atendimento à população
Os bloqueios orçamentários que marcam o final da
gestão de Jair Bolsonaro (PL) na presidência da
República devem paralisar os serviços do Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) nesta quarta-feira
(7).
Em ofício enviado ao secretário de Orçamento
Federal, do Ministério da Economia, Ariosto Antunes
Culau, o INSS afirma que “a falta dos recursos
causará grave prejuízo ao funcionamento desta
Autarquia, ocasionando suspensões de contratos, a
partir da próxima quarta-feira, dia 07/12/2022, bem
como deslocamentos de servidores de forma imediata,
impactando, consequentemente, no atendimento à
população e na prestação dos serviços essenciais do
INSS”. O ofício foi divulgado nesta terça-feira pela
CNN, com reportagem de Basília Rodrigues.
Isso poderá levar ao fechamento de agências,
suspensão de perícias, atrasos em pagamentos do INSS
e interrupção de contratos com terceirizados.
O ofício é assinado pelo presidente do INSS,
Guilherme Gastaldello, e foi encaminhado à
Secretaria de Orçamento na sexta-feira (2) com o
assunto o “impacto das restrições orçamentárias no
âmbito do INSS”.
Pelas contas da equipe econômica, reveladas pelo
jornal Valor Econômico e complementadas pela Folha
de S. Paulo, podem faltar ao menos R$ 15 bilhões
para pagar benefícios no último mês do ano.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comentou a
situação do INSS nas redes sociais: “É absurda a
situação que o atual governo entrega o país: caos e
descaso”.
Atualmente, há cerca de 18 mil pessoas trabalhando
no INSS. Entre funcionários do instituto, ouvidos
pela reportagem da CNN, o cenário é descrito como
“fim do mundo” ou, tecnicamente, um shutdown, termo
em inglês que significa “desligar”, e que assombra
diversos órgãos públicos neste fim de ano devidos
aos bloqueios de recursos, anunciados pelo
Ministério da Economia.
O INSS tem pedido recomposições orçamentárias há
algum tempo, a ponto de alertar para dificuldade de
realizar pagamentos de aposentadorias em dezembro.
Esses apelos, no entanto, não teriam tido resultado.
Tanto que, no ofício, Gastaldello afirma que, apesar
dos esforços do INSS e da parceria do Ministério do
Trabalho, que, segundo o presidente do instituto,
“auxiliou com orçamento enquanto foi possível”, o
órgão irá adotar medidas de “caráter emergencial”.
Além dos bloqueios, explica que a mudança de cenário
se dá também por causa da “informação de que as
demandas de créditos suplementares não serão
atendidas em razão do cenário restritivo resultante
da avaliação de receitas e despesas primárias do 5º
bimestre”.
Com informações da CNN, Folha de S.Paulo e Valor
Econômico
Fonte: Rede Brasil Atual
07/12/2022 -
Relator mantém em PEC exclusão de R$ 198 bi do teto
de gastos por dois anos
O relator da PEC da Transição (PEC 32/2022), senador
Alexandre Silveira (PSD-MG), manteve a exclusão de
R$ 198 bilhões do teto de gastos pelos próximos dois
anos. O dinheiro está reservado para o pagamento do
Auxílio Brasil e investimentos. Silveira definiu, no
entanto, que R$ 105 bilhões serão gastos segundo
prioridades do novo governo e do Congresso Nacional.
O relatório, apresentado na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) nesta terça-feira (6), exclui do
teto doações internacionais para projetos
socioambientais, indenizações judiciais, verbas
extras de universidades públicas e empréstimos
estrangeiros para obras de infraestrutura.
Fonte: Agência Senado
07/12/2022 -
Rendimentos do trabalho crescem 2,5% no terceiro
trimestre
Os rendimentos habituais reais médios do trabalho
cresceram 2,5% no terceiro trimestre de 2022, de
julho a setembro, em comparação com o mesmo período
de 2021. Segundo estudo divulgado nesta terça-feira
(6) pelo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), este é o primeiro trimestre que apresenta
crescimento interanual nos rendimentos médios do
trabalho desde o primeiro trimestre de 2020, quando
começou a pandemia de covid-19.
Em valores, a renda média habitual real registrada
para o período, de R$ 2.737, ainda está abaixo dos
níveis observados antes da pandemia, mas já alcança
os níveis observados em 2017. O rendimento habitual
é quanto os trabalhadores costumam receber
mensalmente pelo trabalho. Já o efetivo é quanto de
fato receberam.
Segundo a análise, o pior impacto da queda nos
rendimentos no terceiro trimestre de 2022 ocorreu
entre os trabalhadores do setor público, com recuos
da renda habitual e efetiva de 2,3% e 3%,
respectivamente. Para os trabalhadores do setor
privado com carteira, houve aumento da renda no
terceiro trimestre de 2022 de cerca de 1,6% da renda
habitual.
Por sua vez, os informais foram os que tiveram o
maior aumento da renda efetiva, com acréscimo de
5,4% para os trabalhadores por conta própria e de
4,9% para os sem carteira assinada.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
06/12/2022 -
Depois de ser extinto, Ministério do Trabalho volta
a ganhar centralidade sob o governo Lula
Pasta deverá conduzir as discussões sobre a
“reforma da reforma” trabalhista
Criado em 1930, o Ministério do Trabalho teve poucos
momentos de protagonismo ao longo dos governos, em
que as decisões se concentraram na pasta da Fazenda
ou da Economia. E perto de completar 90 anos chegou
a ser extinto pelo atual governo. Excluído de
janeiro de 2019 a julho de 2021, o ministério voltou
a existir por acomodação política. Agora, com a
perspectiva de mudança de governo, liderada por um
ex-sindicalista, a expectativa é de que o Trabalho
volte a ganhar peso político na tomada de decisões.
Ainda mais com a perspectiva de rediscussão de
alguns tópicos da “reforma” trabalhista de 2017, em
pleno “aniversário” de 80 anos da CLT, criada em
1943.
Na reunião entre o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, e dirigentes sindicais, na última
quinta-feira (1º), em Brasília, o tema veio à tona.
Eles enfatizaram a necessidade de um Ministério do
Trabalho “fortalecido”, depois do desmonte atual,
com redução drástica de orçamento e de pessoal. E
também para ser uma espécie de contraponto à sempre
poderosa área econômica de qualquer governo.
Personagens na história
O Trabalho já teve, por exemplo, um João Goulart,
ministro de Vargas, enfrentando a ira patronal por
aumentar o salário mínimo. Já nos anos 1980, Almir
Pazzianotto conviveu com greves gerais em um período
de criação e consolidação das centrais sindicais.
Com Walter Barelli, na década de 1990, houve esforço
para estabelecer as bases de um contrato coletivo de
trabalho. Com Lula, o bancário Ricardo Berzoini
esteve à frente de negociações para tentar
estabelecer uma nova legislação.
Assim, no primeiro governo Lula, nomes ligados ao
sindicalismo e ao PT estiveram à frente do setor:
Jaques Wagner, Berzoini e Luiz Marinho. Depois, a
pasta ficou sob comando de dirigentes do PDT, como
Carlos Lupi, Brizola Neto e Manoel Dias. Voltou para
um petista (Miguel Rossetto) no segundo governo
Dilma.
Até que veio o impeachment, em 2016, e Michel Temer
apresentou seu projeto de “reforma” da legislação
trabalhista, logo abraçado pelos empresários. Um
deputado (Rogério Marinho, do PSDB-RN, que depois
viraria ministro de Jair Bolsonaro) ampliou o escopo
do projeto, abrangendo grande parte da legislação. A
continuação da história é conhecida: sob o pretexto
de “flexibilizar” para criar empregos, a reforma
passou a toque de caixa e tornou-se a Lei 13.467.
Para o ex-ministro Luiz Marinho, deputado federal
eleito e presidente do PT em São Paulo, a
“revogação” da lei não é uma hipótese plausível.
Próximo de Lula, ele considera mais provável a
formação de um fórum, ou algo nesse formato, que
reúna governo, trabalhadores e empresários. Marinho
fala em “reconstrução de governança”. Por extensão,
das políticas públicas e da legislação – que precisa
ser negociada e não imposta.
CLT ou legislação própria?
É o caso do trabalho por aplicativos, por exemplo, que
como lembra Marinho não se resumem ao Uber e ao
iFood. “Esses trabalhadores desejam estar na CLT tal
qual estabelecido? Ou vão querer uma legislação
específica?”, questiona. “Não vai ter pacote”, diz o
ex-ministro. “Acho que vai ser um processo de
construção. E vai ser um fórum permanente”, avalia.
Marinho descarta – como as centrais também
descartaram, na reunião com Lula – a volta da
contribuição (ou imposto sindical), extinto em 2017.
Mas acha necessário estabelecer um novo sistema de
sustentação financeira das entidades, inclusive as
patronais. Talvez com a chamada contribuição
negocial, com limite anual e aprovação obrigatória
em assembleias.
Trabalho, Previdência e imprensa
Sobre o Ministério do Trabalho em si, Marinho acredita
que Lula poderá decidir por separar essa área da
Previdência, pela complexidade dos temas envolvidos.
Mas ressalta que não falou sobre o assunto com o
presidente eleito. Ele também não considera a
possibilidade de retornar ao Executivo. Prefere,
como já declarou, ficar na resistência, nos duros
embates que certamente acontecerão no Congresso.
Mas o deputado eleito lembra que o país já teve uma
reforma praticamente concluída e, mais importante,
negociada. Foi no início do governo Lula, com o
Fórum Nacional do Trabalho. “Tinha uma reforma
pronta. Estava madura.” Segundo ele, alguns setores
“vacilaram” e cederam ao que ele chama de atraso.
A importância que se confere ao Trabalho depende dos
nomes indicados pelos governantes. Mas a mídia tem
papel importante também. Marinho lembra de quando
seria anunciado o acordo entre governo e centrais
sindicais para estabelecer uma política de
valorização do salário mínimo – outro tema central
no próximo período. Apesar de a negociação ter sido
conduzida pelo Ministério do Trabalho, todos os
jornalistas correram para a Economia, por duvidar
que uma pasta mais “fraca” estaria à frente do tema.
Tiveram que voltar correndo.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/12/2022 -
Bolsonaro entrega a Lula apagão na máquina pública
Bolsonaro deixa o país com apenas R$ 2,4 bilhões
para custear despesas discricionárias e pode não
conseguir pagar integralmente a folha de dezembro do
INSS
air Bolsonaro (PL) chega ao fim de seu mandato
deixando o país sob o risco de não conseguir bancar
aposentadorias. Ele entregará ao presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um cenário de
iminente apagão da máquina pública.
"Os problemas orçamentários, com impactos sobre o
cotidiano da população, são o retrato de um desfecho
dramático para o atual governo, que pode se ver
obrigado a pegar carona na PEC (proposta de emenda à
Constituição) do adversário para furar mais uma vez
o teto de gastos e conseguir pagar as contas", diz
reportagem da Folha de S. Paulo.
Diante do bloqueio de verbas para não estourar o
limite de despesas, a administração federal tem
somente R$ 2,4 bilhões "para custear todas as
despesas discricionárias dos órgãos, o que inclui
compra de materiais e pagamento de contratos. Áreas
como Saúde, Educação, Meio Ambiente e Justiça estão
estranguladas, e algumas atividades estão sendo
paralisadas".
Pode não haver dinheiro nem para pagar integralmente
a folha de dezembro do INSS (Instituto Nacional de
Seguro Social). A Casa Civil fez ao TCU (Tribunal de
Contas da União) uma consulta sobre a possibilidade
de editar uma MP (medida provisória) de crédito
extraordinário, que autoriza gastos fora do teto. A
outra opção é incluir na PEC da Transição de Lula um
dispositivo que permita a Bolsonaro exceder os
limites de despesas ao fim de 2022.
Fonte: Brasil247
06/12/2022 -
Uma nova política de valorização do Salário Mínimo
no Brasil
O Brasil reabre o caminho do desenvolvimento
econômico e socioambiental no qual o incremento da
produtividade, a crescimento dos salários, a geração
de empregos de qualidade, a superação da miséria, da
pobreza e da fome são objetivos estratégicos.
Nesse novo contexto prospectivo a política de
valorização do salário mínimo se recolocará como um
dos instrumentos para alavancar esse conjunto de
transformações desejadas.
Agora o Brasil se colocará novamente em sintonia com
outros países que tomam iniciativas importantes para
o estabelecimento de políticas de promoção e
valorização do SM. Por exemplo, instâncias de
governança da União Europeia tratam da da
implementação de diretrizes e regras para o SM na
região. O Parlamento Europeu aprovou, por ampla
maioria[1],
diretrizes propostas pela Comissão Parlamentar do
Emprego e dos Assuntos Sociais para assegurar aos
trabalhadores um SM justo e adequado. Essa
deliberação autoriza o Parlamento a iniciar
tratativas com o Conselho (representação dos 27
governos nacionais) para dar forma final à
legislação que regulará a política de SM.
Entre as diretrizes aprovadas pelo Parlamento
destacam-se: o SM deve promover uma política de
proteção da base salarial, assegurando um nível de
vida decente aos trabalhadores e suas famílias;
valorização da negociação coletiva para que fique
garantida a proteção para no mínimo 80% dos
trabalhadores, com autonomia sindical e liberdade de
filiação; promoção de políticas de manutenção e
valorização anual do SM para que atinja 60% do
salário médio bruto, entre várias outras diretrizes[2].
As fundamentações que justificam essa iniciativa
mostram que todos os 27 países da União têm
legislação em relação ao SM, sendo 20 com valor
definido na lei e, complementarmente, nas
negociações coletivas e em nos outros 7 países a
regulação é definida em negociação coletiva. O
diagnóstico evidencia que a remuneração mínima não
consegue cobrir o orçamento familiar e o custo de
vida de 7 entre cada 10 trabalhadores que recebem SM
na região. Os problemas das desigualdades salariais
foram ressaltados na crise sanitária e evidenciaram
a necessidade de políticas para promover um SM
decente. O intenso e arriscado combate ao vírus
revelou que muitos daqueles que estiveram à frente
desse trabalho recebem SM (cuidadores, trabalhadores
da saúde, nas creches, na limpeza, entre outros).
Cerca de 60% daqueles que recebem SM são mulheres.[3]
O Brasil implementou uma política de valorização do
SM a partir de 2004 que foi fruto das negociações
entre o Governo Lula e as Centrais Sindicais. Esses
acordos foram materializados na Lei 12.328/2011,
renovada e em vigor até 2018. O governo Bolsonaro
extinguiu a política de valorização do SM,
deixando-o inclusive com uma perda para a inflação.
Desde 2002 a política de valorização garantiu um
aumento real de mais de 78%[4],
já descontada a inflação. Atualmente o valor do SM é
de R$ 1.212,00, dos quais R$ 533,80[5]
correspondem ao aumento real, o que incrementa
anualmente em mais de 390 bilhões a massa de
rendimentos da economia.
Será fundamental que a política de valorização do
SM, estruturada como parte das políticas de
desenvolvimento produtivo que incrementa a
produtividade do trabalho e sustenta o crescimento
dos salários.
A agenda da política de valorização do SM recoloca
questões fundamentais, o combate às desigualdades, o
crescimento da base salarial e a sustentação da
demanda pelo poder de compra das famílias.
Promovê-la por meio do diálogo social e da
negociação coletiva é um princípio fundamental,
deve-se buscar uma distribuição mais justa do
incremento da produtividade, da renda e da riqueza
gerada pelo trabalho de todos.
Observada de forma mais ampla, a política de
valorização do SM é parte de um novo arcabouço
regulatório das relações de trabalho, no qual a
valorização da negociação coletiva e do diálogo
social, o fortalecimento dos sindicatos, da sua
representatividade e ampla base de representação, de
mecanismos ágeis de solução de conflito, de
instrumentos que promovem a autorregulação e a
autonomia da organização de trabalhadores e
empresários.
Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, assessor do Fórum
das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do
DIEESE. (2clemente@uol.com.br).
[1] Foram 443 votos a favor, 192 contra e 58
abstenções.
[2] https://www.europarl.europa.eu/doceo/document/A-9-2021-0325_EN.html#title1
[3] https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20210628STO07263/a-acao-do-parlamento-europeu-em-prol-do-salario-minimo-adequado
[4] DIEESE, Nota Técnica 265 de dezembro de 2021,
https://www.dieese.org.br/notatecnica/2021/notaTec265SalarioMinimo.html
[5] Sem o aumento real de 78,7% o valor do SM seria
de R$ 678,00.
Fonte: Poder 360
06/12/2022 -
Petrobras ignora pedido da Transição de Lula e
acelera privatizações
Numa demonstração de má-fé, o governo Bolsonaro
concluiu a venda da Refinaria de Manaus e anunciou o
planejamento para 2023-2027
O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade,
ouviu na segunda-feira (28) um apelo do grupo de
transição de Minas e Energia do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que suspendesse
todo o processo de desinvestimento na estatal, um
pedido razoável diante dos poucos dias que faltam
para o fim da gestão de Bolsonaro.
Contudo, numa demonstração de má-fé, não só concluiu
a venda da Refinaria de Manaus Isaac Sabbá (Reman)
para o grupo Atem, como ainda anunciou o
planejamento estratégico da empresa para o período
2023-2027.
Essa situação revoltou os trabalhadores do setor que
estão representados na equipe de transição de Lula.
O coordenador-geral da Federação Única dos
Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que faz parte do
grupo, defendeu que o planejamento estratégico seja
revisto pelo futuro governo.
Na opinião dele, deve ser incluído no plano
investimentos em aumento da capacidade de refino,
projetos de transição energética, estímulos a fontes
renováveis, como biocombustíveis; e encomendas à
indústria naval brasileira. Neste último caso, a
construção de plataformas e embarcações no país será
fundamental para gerar emprego no país.
“O novo plano deve ser realizado a partir das
orientações e prioridades estratégicas dos
representantes do novo governo”, afirmou Bacelar.
Ele também criticou a aceleração dos processos de
venda de ativos, lembrando da inconstitucionalidade
das privatizações, que estão sendo realizadas sem o
aval do Congresso Nacional e sem debate com a
sociedade.
“O closing da Reman tinha que ser suspenso. É um
absurdo concluir essa operação de forma açodada, no
apagar das luzes de um governo especialista em
vender o patrimônio público brasileiro a preço de
banana e em burlar a Constituição Federal”, criticou
o coordenador da FUP.
Os representantes dos trabalhadores na equipe de
transição cobram a suspensão da venda de três
refinarias: Repar, no Paraná; Refap, no Rio Grande
do Sul; e Abreu e Lima, em Pernambuco.
Além disso, a FUP e seus sindicatos seguem na luta
para reverter a venda da Rlam, na Bahia; da Reman,
no Amazonas; da SIX, no Paraná; da Refinaria Clara
Camarão, no Rio Grande do Norte; e da Lubnor, no
Ceará.
Mobilizações
Além das mobilizações nas bases, o processo de
resistência da categoria petroleira envolve o
Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal
(STF), onde a FUP e os sindicatos têm travado uma
longa batalha, denunciando a inconstitucionalidade
das privatizações feitas nos governos Temer e
Bolsonaro.
De acordo com a entidade, o principal questionamento
vem do fato da Petrobras transformar ativos em
subsidiárias para vendê-los na sequência, sem
autorização do Legislativo, o que é desvio de
finalidade. “Este é o ponto central da Reclamação
42.576, apresentada ao STF em 2020 pelas Mesas do
Senado e do Congresso Nacional, após uma articulação
da FUP. O Pleno do Tribunal ainda não se posicionou
sobre o mérito da ação, cujo julgamento foi adiado
para o próximo ano”, lembrou a entidade.
Fonte: Portal Vermelho
06/12/2022 -
Pacheco pauta votação da PEC da Transição para
quarta-feira
Expectativa é que o texto da PEC da transição
seja deliberado na terça-feira pela CCJ e seja
votado na manhã de quarta-feira
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
incluiu a análise da PEC da Transição na pauta de
votação da Casa desta semana. De acordo com a Folha
de S. Paulo, “a expectativa é que o presidente da
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi
Alcolumbre (União-AP), inicie a discussão do tema
nesta terça-feira (6) para que ele seja votado na
manhã de quarta”.
A pauta divulgada por Pacheco ressalta que a matéria
está pendente de deliberação da CCJ. Ainda conforme
a reportagem, “integrantes dos partidos da base do
governo de Jair Bolsonaro, nas últimas semanas,
sinalizaram que podem pedir vista na CCJ, o que
acarretaria em mais tempo para votação”.
Se a PEC for aprovada, o texto seguirá para a Câmara
dos Deputados. Ali, são necessários 308 votos para
que a PEC seja aprovada. “A base de Lula, que conta
com os partidos de esquerda e os de centro (MDB, PSD
e União Brasil) que fizeram parte da aliança com o
petista no segundo turno da eleição presidencial,
devem dar pouco mais de 280 votos à proposta”,
destaca o periódico.
Fonte: Brasil247
05/12/2022 -
Professor Oswaldo segue atuante nas ações da NCST
Nesta quinta-feira (1°), o presidente licenciado da
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
professor Oswaldo Augusto de Barros, participou de
uma reunião com o presidente interino da NCST,
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, para alinhar o
posicionamento da entidade no grupo temático sobre
mercado de trabalho da equipe de transição.
O encontro aconteceu após a reunião do presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os
representantes das centrais sindicais em Brasília.
Mesmo licenciado, professor Oswaldo permanece
atuante ao lado de Moacyr Auersvald. “Professor
Oswaldo é o nosso presidente e direciono as coisas
até o seu retorno. Por isso, é tão importante que
tenha conhecimento de cada passo que dou na defesa
dos direitos dos trabalhadores. Somos um time! ”,
enfatizou Moacyr.
A NCST, por meio dos seus presidentes, reitera mais
uma vez sua disposição no trabalho de retomada do
desenvolvimento econômico, com geração de emprego e
renda digna, para consolidação de uma sociedade com
mais justiça social.
Superação
Professor Oswaldo, que também é presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC), da
Federação Paulista dos Auxiliares de Administração
Escolar (FEPAEE), diretor-tesoureiro do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), tem sido exemplo
de superação para todo movimento sindical. Mesmo em
tratamento de saúde, motivo pelo qual foi forçado a
diminuir o ritmo de trabalho, ele continua se
dedicando às atividades das entidades que participa.
Fonte: NCST
05/12/2022 -
Muito além do teto: 41% dos cortes de Bolsonaro são
em Saúde e Educação
Apenas em 2022, o governo já reteve R$ 15,380
bilhões do orçamento federal. Desse total, o
Ministério da Saúde perdeu R$ 3,780 bilhões, e o da
Educação (MEC), R$ 2,368 bilhões
As áreas sociais – especialmente a Saúde e a
Educação – estão entras as mais prejudicadas pelos
cortes e bloqueios orçamentários da gestão Jair
Bolsonaro (PL). Apenas em 2022, o governo já reteve
R$ 15,380 bilhões do orçamento federal. Desse total,
o Ministério da Saúde perdeu R$ 3,780 bilhões, e o
da Educação (MEC), R$ 2,368 bilhões. Juntas, as duas
pastas respondem por 41% dos recursos bloqueados ao
longo do ano.
Já se sabia desde 22 de novembro o total de
orçamento contingenciado até o quinto bimestre. Na
quarta-feira (30), o Ministério da Economia detalhou
os cortes por pastas e usou o teto de gastos para
justificar a tesourada nas verbas sociais.
Apenas o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
– que teve um bloqueio de R$ 3,943 bilhões – perdeu
mais recursos do que Saúde e Educação. Porém, a
execução de obras de grande relevância social, como
saneamento básico, habitação popular e iluminação
pública, passa justamente pelo MDR.
No último bloqueio, referente ao quinto bimestre, o
ataque às áreas sociais foi proporcionalmente maior.
Bolsonaro tirou R$ 1,435 bilhão da Educação e R$
1,396 bilhão da Saúde. A perda acumulada, de R$
2,831 bilhões, corresponde a 50% do corte total, que
chegou a R$ 5,663 bilhões no bimestre.
A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), já apontava uma crise orçamentária
grave. Nesta quarta-feira (30/11), após a entrega
dos relatórios preliminares dos grupos temáticos (GTs)
do Gabinete de Transição, o ex-senador Aloizio
Mercadante lamentou a herança maldita de Bolsonaro.
“É muito grave para encerrar este ano e,
principalmente, para o desafio do ano que vem”,
resumiu Mercadante, que é coordenador dos GTs.
Segundo ele, a aprovação da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) do Bolsa Família se tornou
ainda mais imprescindível para que o futuro governo
possa “manter serviços sociais básicos, fazer
investimentos e gerar emprego e renda”.
Fonte: Portal Vermelho
05/12/2022 -
CAS pode votar garantia de quitação de débitos com
INSS em rescisão trabalhista
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) tem reunião
nesta terça-feira (6), às 11h, com dez itens para
votar. Entre eles, o Projeto de Lei (PL) 2.896/2019,
que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
para impedir as empresas de negociarem verbas
rescisórias com o trabalhador demitido sem incluir a
quitação de eventuais débitos com o INSS e o Imposto
de Renda em ação movida na Justiça do Trabalho.
O autor da proposta é o senador Paulo Paim (PT-RS).
Para ele, a medida vai desencorajar o descumprimento
da legislação trabalhista, na medida em que, se não
houver o pagamento tempestivo e correto das verbas
durante o contrato de trabalho, não será mais
possível sua quitação sem o recolhimento das
parcelas previdenciárias e do IR.
A aprovação do PL 2.896/2019 também é defendida pelo
relator, senador Paulo Rocha (PT-PA). Ao determinar
às empresas o pagamento desses tributos junto à
justiça trabalhista, a proposta não resguarda apenas
os interesses dos cofres públicos, mas do próprio
trabalhador, segundo assinala Paulo Rocha em seu
relatório favorável à aprovação.
Fonte: Agência Senado
05/12/2022 -
Produção industrial tem queda praticamente
generalizada em 2022
Segundo o IBGE, setor está ainda aquém do nível
pré-pandemia e 18,4% abaixo do patamar recorde, de
2011
De setembro para outubro, a produção industrial
brasileira ficou praticamente estável, com variação
de 0,3%. Se por um lado a atividade cresce 1,7% na
comparação com outubro de 2021, por outro cai 0,8%
no ano e 1,4% em 12 meses. Os dados são do IBGE.
Com isso, diz o instituto, o setor industrial “se
encontra 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia
(fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde
alcançado em maio de 2011”. Além disso, com a “perda
de ritmo” dos últimos meses, a média móvel
trimestral continuou caindo: -0,4%, ante -0,3% e
-0,2% nos meses anteriores.
Produtos alimentícios: alta
No mês, duas das quatro categorias econômicas e apenas
sete dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento.
Destaque para produtos alimentícios (4,8%) e
metalurgia (4,6%). Já entre as 19 atividades em
queda, estão veículos automotores, reboques e
carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%)
e bebidas (-9,3%).
Na comparação com outubro de 2021, o IBGE apurou
resultado positivo em três das quatro categorias,
nove dos 26 ramos, 29 dos 79 grupos e 44,2% dos 805
produtos. A atividade de produtos alimentícios, por
exemplo, cresceu 12,2%, e a do setor que inclui
veículos automotores, 12,6%. Também teve alta a área
de indústrias extrativas (4,5%). Caíram, entre
outros, setores como produtos de madeira (-24,5%),
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-2,3%), bebidas (-5,9%) e
metalurgia (-3,7%).
No ano, maioria mostra retração
No acumulado do ano, queda nas quatro categorias
econômicas, em 15 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e
61% dos 805 produtos pesquisados. O IBGE destaca
indústrias extrativas (-3,2%), produtos de metal
(-10,1%), metalurgia (-5,6%), máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (-11,0%) e produtos de borracha
e material plástico (-6,4%). Cita ainda produtos
têxteis (-12,7%) e móveis (-17,7%). No campo
positivo, coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (7,1%).
A categoria de bens de consumo duráveis cai 3,7% em
2022. Segundo o instituto, isso se explica pela
retração em eletrodomésticos (-14,1%), especialmente
os da chamada “linha branca” (-19,0%).
Fonte: Rede Brasil Atual
05/12/2022 -
Salário real do brasileiro cai 18,8% na pandemia,
aponta relatório da OIT
Estudo mostra que os ganhos, em termos reais
(descontada a inflação), caíram 0,9% no mundo no 1º
semestre deste ano
A massa salarial total do Brasil caiu 18,8% no
primeiro trimestre deste ano na comparação com o
mesmo período de 2019, aponta relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Em 2022, a inflação é o fator negativo dominante na
maioria dos países. Mas, em nenhum lugar, isso é
mais visível do que no Brasil”, diz o documento
divulgado nesta quarta-feira (30).
Os dados mostram que os rendimentos tinham sofrido
declínio real no país em apenas dois anos, desde
2006 (-1,3% em 2015 e -2,0% em 2016). Mas, com a
pandemia de Covid-19, a situação voltou a piorar.
O Brasil, porém, não é exceção quando o assunto é a
erosão salarial. A grave crise inflacionária,
combinada com uma desaceleração mundial do
crescimento econômico, impulsionada pela guerra
entre Rússia e Ucrânia e pela crise global de
energia, está provocando uma queda drástica nos
salários reais em muitos outros países.
A avaliação da OIT é de que a crise está reduzindo o
poder de compra das classes médias e atingindo de
forma particularmente severa as famílias de baixa
renda.
Segundo o relatório, os salários em termos reais
(descontada a inflação) caíram 0,9% globalmente no
primeiro semestre deste ano. Os salários não tinham
variação negativa desde 2000.
No caso do Brasil, essa desvalorização salarial foi
ainda pior: uma queda de 6,9% entre janeiro e junho
deste ano, segundo dados da OIT. Em 2021, a queda
foi de 7%; e em 2020, de 4,9%.
Levando em consideração os efeitos da inflação nos
salários, o poder de compra também está mais baixo
nos países vizinhos, mas não tanto quanto se vê no
Brasil: Colômbia teve uma baixa de 16,4% nos
salários; Peru apresentou queda de 11,2%; México de
17,2%; Paraguai baixa de 14,6%; Equador de 2,2%. Com
exceção da Colômbia, que considera o primeiro
semestre de 2022 contra 2019, os dados consideram o
primeiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo
período de 2019.
“As múltiplas crises globais que estamos enfrentando
levaram a um declínio nos salários reais. Isso
colocou dezenas de milhões de trabalhadores em uma
situação terrível, pois enfrentam incertezas
crescentes”, afirma Gilbert Houngb, diretor-geral da
OIT, no comunicado de divulgação do relatório.
Na visão dele, a desigualdade de renda e a pobreza
aumentarão, se o poder de compra dos salários mais
baixos não for mantido. “Além disso, a tão
necessária recuperação pós-pandemia pode ser
colocada em risco”, avalia.
Fonte: InfoMoney
05/12/2022 -
Apagão: governo Bolsonaro teme falta de dinheiro
para pagar aposentadorias
Rombo nas despesas obrigatórias é estimado em R$
22,3 bilhões, dos quais 70% correspondem à
Previdência
Após promover uma série de bloqueios orçamentários
ao longo de 2022, o próprio governo Jair Bolsonaro
(PL) teme ficar sem recursos para custear os gastos
discricionários de todos os ministérios em dezembro,
sinalizando o risco de um "apagão" da máquina
pública no último mês de mandato da atual gestão.
Segundo a Folha de S. Paulo, os recursos em caixa
somam apenas R$ 2,4 bilhões, valor insuficiente para
fazer frente às despesas, e existe o temor de que
falte dinheiro até mesmo para cobrir despesas
obrigatórias, como aposentadorias. O rombo nas
despesas obrigatórias é estimado em R$ 22,3 bilhões,
sendo que 70% corresponde à Previdência.
Ainda segundo a reportagem, o ministro da Casa
Civil, Ciro Nogueira, solicitou uma consulta ao
Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a
possibilidade de fazer uso de um crédito
extraordinário, fora do teto de gastos, para bancar
uma parcela das despesas junto ao Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS). A consulta teve o aval do
Ministério da Economia, que elaborou diversos
pareceres para embasar o pedido.
“O próprio governo está com dificuldades de segurar
o bloqueio, que chegou a R$ 15,4 bilhões em 22 de
novembro, após a constatação de que as despesas com
o INSS subiram novamente. Além disso, a Economia
está sem margem de manobra para acomodar uma
necessidade extra de outros R$ 15,4 bilhões para
pagar benefícios do INSS. A solução seria cortar de
vez as dotações das emendas de relator (hoje apenas
bloqueadas), mas isso demandaria aval prévio do
Congresso”, ressalta o periódico.
Fonte: Brasil247
05/12/2022 -
STF pode derrubar orçamento secreto neste ano
A ministra Rosa Weber, que é relatora e
presidente da corte, liberou para julgamento as
ações que questionam a constitucionalidade da medida
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa
Weber, liberou para julgamento as ações que
questionam a constitucionalidade da emenda do
relator (RP9) conhecida como orçamento secreto. Com
isso, a expectativa é que a maioria dos ministros
decidam pela ilegalidade numa votação em plenário
prevista para o próximo dia 15.
Mesmo na presidência da corte, Rosa Weber não abriu
mão da relatoria das ações e vai bater o martelo
sobre o dia da votação. Antes de assumir como
presidente, a ministra deu liminar para suspender os
pagamentos, mas voltou atrás sob o compromisso de
que 50% dos recursos fossem aplicados na saúde.
Na ocasião, a ministra alegou que a suspensão da
execução prejudicaria serviços públicos essenciais à
população. Assim, decidiu em liminar que a emenda do
relator poderia ser executada, desde que fossem
observadas regras de transparência.
No segundo turno da eleição presidencial, o
orçamento secreto foi tratado pelo presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o maior
escândalo de corrupção do país. A emenda do relator,
pela qual se omite qual parlamentar fez a indicação,
permitiu ao governo Bolsonaro liberar enxurrada de
dinheiro para sua base política nos estados.
Para se ter ideia, este ano a previsão de gastos é
de R$ 16 bilhões, ou seja, o mesmo valor movimentado
no ano passado. R$ 19,4 bilhões já estão reservados
no Orçamento da União para 2023. O esquema permitiu
a reeleição de diversos parlamentares da base
bolsonarista.
“Eu vou confrontar essa história do orçamento
secreto com a criação do orçamento participativo,
que foi uma coisa que nós criamos nos estados
durante minha gestão. Todo mundo se lembra do
sucesso do orçamento participativo nas prefeituras
do PT”, lembrou Lula em debate.
Ação
A Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF) foi apresentada pelo PSOL em junho 2021.
Nela, o partido argumentou que a prática fere
princípios como os da transparência, da publicidade,
da legalidade e da moralidade, descritos como
valores de todo o povo brasileiro no artigo 37 da
Constituição.
De acordo com a sigla, o orçamento secreto também
desrespeita dispositivos expressos na Lei 4.320, na
lei de diretrizes orçamentárias e nas legislações
que organizam as finanças públicas.
“O orçamento secreto retirou a possibilidade de
fiscalização e de controles externo e social,
elementos constitucionais obrigatórios dos
orçamentos e de qualquer gasto público”, afirmou o
presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.
Fonte: Portal Vermelho
02/12/2022 -
Sindicatos defendem repactuação de temas
trabalhistas
Presidente eleito recebe líderes sindicais e ouve
demandas do setor
O presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, disse nesta quinta-feira (1º) que o
movimento sindical quer a repactuação de alguns
temas trabalhistas, mas não defende a revogação da
reforma trabalhistas, nem a volta do imposto
sindical, nos moldes em que era cobrado. Patah e
representantes de 21 centrais sindicais reuniram-se
em Brasília com o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva.
Segundo Patah, questões como homologação de
demissões, negociação coletiva, trabalho
intermitente e acordo entre empresários e
trabalhadores sem participação dos sindicatos
precisam ser revistas e debatidas pelo Congresso
Nacional.
“No Brasil, temos um reforma que não gerou emprego,
como estava se prevendo, e que tem uma série de
inseguranças jurídicas ainda criadas. Queremos
segurança jurídica, os empresários têm que ter
tranquilidade, queremos empresas fortes, que tenham
lucro, mas que distribuam isso por PLR [Participação
nos Lucros e Resultados] ou participação, e que gere
empregos”, afirmou.
Para o presidente da UGT, o Parlamento será
fundamental para construção da nova reforma sindical
ou trabalhista adequada ao novo mundo [em] que
vivemos, da quarta revolução industrial, de
plataformas digitais, de uma tecnologia elevada e do
trabalho decente”, disse, ao deixar a reunião.
De acordo com Patah, é unanimidade e consenso entre
os sindicalistas que não haja a volta do imposto
sindical obrigatório, mas é preciso construir uma
forma de custeio das entidades, além das
mensalidades pagas por trabalhadores sindicalizados.
Para ele, isso pode ser decidido de forma livre em
assembleias de trabalhadores a partir das conquistas
dos sindicatos.
Ricardo Patah disse que o encontro foi organizado
para que Lula escutasse as demandas do setor. “É um
papel muito importante, escutar o mundo do trabalho,
os sindicatos em suas categorias mais diversas,
sobre quais as demandas necessárias para iniciar o
governo já com políticas exitosas. Muitas delas
serão construídas no Parlamento e tem algumas que
podem, já no começo do ano, ser anunciadas, como a
política de distribuição de renda através do salário
mínimo.”
Segundo Patah, o presidente eleito reafirmou o
compromisso de campanha de recompor o poder de
compra da população, por meio do aumento real do
salário.
Fonte: Agência Brasil
02/12/2022 -
Situação melhora em outubro, mas ao longo do ano só
22% dos acordos superam inflação
Deflação e mobilização sindical ajudaram, mas
INPC e IPCA já voltaram a subir
Quase 60% dos acordos salariais com referência em
outubro (data-base) tiveram reajustes acima da
inflação medida pelo INPC-IBGE. Foi o melhor
resultado de 2022 até agora, mas o cenário geral
ainda é negativo. Ao longo do ano, apenas 22% das
campanhas tiveram índice superior ao da inflação.
Assim, em outubro, de 258 reajustes com essa
data-base, 59,3% tiveram reajuste acima do INPC.
Outros 20,5% foram equivalentes à inflação do
período e 20,2% tiveram perda. “Os dados mais
favoráveis refletem tanto a queda dos preços
(deflação), ocorrida em julho, agosto e setembro,
como a presença maior de negociações de categorias
de grande poder de negociação”, analisa o Dieese,
que divulgou os números nesta quarta-feira (30).
Com isso, a variação real média no mês foi de 0,74%.
Categorias com resultado acima do INPC em outubro
conquistaram, em média, 1,84% acima do IPC, enquanto
as que ficaram abaixo sofreram perda de 1,74%.
Já o reajuste real média em todo o ano está em
-0,78% em relação ao INPC. De 16.673 acordos
analisados, 22% têm ganho real, 36% são equivalentes
à inflação e 42% ficam abaixo. Dessa forma, são 58%
de reajustes iguais ou superior ao índice do IBGE.
Essa participação sobe para 72% no comércio e a 68%
na indústria, setor que tem o maior índice de ganhos
reais (28,5%). E cai para 49% nos serviços.
Com a deflação, o reajuste necessário para recompor
perdas, que chegou à casa dos 12% no meio do ano,
caiu para 6,46%. Mas o último resultado do INPC
mostra que a inflação voltou a subir. Além disso, a
“prévia” de novembro confirma o aumento.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/12/2022 -
Equipe de transição estuda alterar pagamento de
pensão por morte e aposentadoria por invalidez
Pensão por morte e aposentadoria por invalidez
deixaram de ser pagas de forma integral com as
mudanças nas regras previdenciárias aprovadas no
primeiro ano do governo Bolsonaro
A equipe de transição do presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), estuda promover mudanças
na Reforma da Previdência, que completa três anos em
dezembro. De acordo com o jornal O Globo, os
principais pontos do Grupo de Trabalho responsável
pelo assunto são a revisão da pensão por morte e
aposentadoria por invalidez, que deixaram de ser
pagas de forma integral com as mudanças nas regras
previdenciárias aprovadas no primeiro ano do governo
Jair Bolsonaro (PL).
“Segundo integrantes do grupo temático de
Previdência, a intenção é que a pensão por morte,
hoje equivalente a 50% do valor do benefício mais
10% por dependente, suba para algo entre 70% e 80%.
O percentual dos dependentes seria mantido. Já a
aposentadoria por invalidez voltaria a ser paga em
valor integral. Atualmente, o benefício corresponde
a 60% da média das contribuições, mais 2% a cada ano
que exceder os 15 anos de contribuição”, destaca a
reportagem.
As medidas teriam impacto retroativo à data do
início da vigência da reforma, mas o novo valor “só
valeria a partir da aprovação da medida. Não haveria
o pagamento retroativo da diferença entre o antigo
valor e o novo”.
Fonte: Brasil247
02/12/2022 -
Lula articula aprovação da PEC do Bolsa Família com
Lira e Pacheco
O presidente eleito recebeu apoio dos presidentes
da Câmara e do Senado para a aprovação da proposta
que vai ajudar no combate à fome no país
Diante de 33 milhões de brasileiros e brasileiras
passando fome, o presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) articulou diretamente a aprovação da
PEC do Bolsa Família com os presidentes da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco.
Nesta quarta-feira (30), Lula manteve encontro com
ambos e recebeu sinal de apoio para que a proposta
seja aprovada e fique fora do teto de gastos.
A PEC prevê desembolso de R$ 198 bilhões para pagar
R$ 175 bilhões do Bolsa Família e o adicional de R$
150 para famílias com crianças até 6 anos de idade.
Mais R$ 23 bilhões, oriundos de excesso de
arrecadação, serão utilizados exclusivamente em
investimentos. A proposta abre um espaço fiscal de
R$ 105,7 bilhões na peça orçamentária de 2023.
Os encontros foram realizados no hotel onde Lula
está hospedado na capital. Na primeira reunião com
Lira, pela manhã, o presidente eleito pediu apoio
para a emenda à Constituição e recebeu sinal
positivo, porém, o deputado questionou a duração da
vigência da PEC por 4 anos. Lira defende a validade
da emenda por dois anos.
À tarde, o presidente eleito recebeu Pacheco no
mesmo local, sendo o segundo encontro entre os dois
em Brasília. O presidente do Senado, que espera o
apoio dos aliados de Lula para sua reeleição à
presidência da Casa, previu a aprovação da PEC na
próxima semana tanto Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) quanto no plenário da Casa, onde a
proposta pode ser votada na quarta-feira (7).
Em entrevista à TV Senado, o senador Humberto Costa
(PT-PE) acredita que há um clima favorável nas duas
Casas para a aprovação do texto, mas faz um alerta:
“A não aprovação da PEC vai resultar em uma situação
caótica”.
Para ele, a emenda é necessária para garantir a
continuidade de programas sociais relevantes. “Esse
texto vai permitir que o governo possa realizar
ações essenciais para a população, como recursos
para a saúde, especialmente vacinação e Farmácia
Popular, para a merenda escolar e outras ações na
área da educação, como o próprio Bolsa Família”,
afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
02/12/2022 -
O governo Lula e a pauta dos trabalhadores
Além da base parlamentar, Lula precisa avançar
nos compromissos de campanha para obter apoio da
sociedade, particularmente dos trabalhadores e suas
representações.
por Nivaldo Santana
No fim do mês de junho, antes do início da campanha
eleitoral, Lula postou em sua conta no Twitter que
“governar é mais difícil do que ganhar”. A eleição
foi acirrada e, como disse o presidente eleito, não
será tarefa fácil governar.
“Vamos precisar de todos para governar o Brasil, não
apenas para recuperar a nossa democracia, mas também
para trazer de volta uma vida digna para o povo”,
completou, com razão, Lula.
O tuíte citado apresenta duas grandes verdades:
primeiro, a frente ampla foi essencial para vencer
as eleições e reconquistar a democracia; segundo, a
necessidade de ampliar ainda mais a frente para
governar e dar vida digna ao povo.
Neste período de transição entre a vitória eleitoral
e a posse em janeiro, Lula tem trilhado este
caminho. Busca construir uma base de sustentação na
Câmara dos Deputado e no Senado Federal para
garantir um mínimo de governabilidade para seu
terceiro mandato.
Um exemplo concreto tem sido a costura para
apresentação da chamada PEC da Transição, que exclui
R$ 200 bilhões do Teto de Gastos para o
Bolsa-Família de R$ 600,00, a parcela extra de R$
150 para crianças até seis anos e outros
investimentos.
A discussão em torno da aprovação dessa PEC
coincidiu com o debate sobre as eleições das mesas
da Câmara e do Senado. Para evitar turbulência na
fase inicial do governo, está em construção um
acordo para reeleger os atuais presidentes.
Ocorre que a governabilidade não se limita à base
parlamentar. Há que se avançar nos compromissos de
campanha para obter apoio da sociedade,
particularmente dos trabalhadores e suas
representações.
É certo que a frente ampla, por definição, abriga
interesses contraditórios. Um tema que tem provocado
debates acalorados é sobre um dos compromissos da
chapa presidencial de “rever os marcos regressivos
da reforma trabalhista”.
O Fórum das Centrais Sindicais está atento a estas
questões e procura, com equilíbrio, apoiar medidas
como a PEC da Transição, que está em sintonia com as
resoluções aprovadas na Conferência da Classe
Trabalhadora realizada em 7 de abril.
Ao mesmo tempo, os dirigentes sindicais defendem a
retomada da política de valorização do salário
mínimo, a recriação e fortalecimento do Ministério
do Trabalho e um programa de desenvolvimento que
contemple a geração de emprego e renda.
Da mesma forma, é prioridade para os sindicalistas a
regulamentação do trabalho em plataformas digitais
(aplicativos), o trabalho por conta própria, o
teletrabalho, o trabalho intermitente e outras
modalidades de relações trabalhistas precárias.
Além disso, as centrais sindicais consideram
necessário retirar de tramitação a PEC 32 (reforma
administrativa), suspender o processo de
privatização dos Correios e a falaciosa carteira de
trabalho verde amarela, na verdade a carteira da
precarização.
Para defender essas e outras bandeiras, o Brasil
precisa de sindicatos fortes e representativos, com
capacidade plena de representar e negociar os
interesses dos trabalhadores com os patrões e o
governo.
Nesse rumo, o Fórum das Centrais apoia a
constituição de um grupo tripartite para propor
mudança nas relações do trabalho e no sistema
sindical e avançar nesta direção.
Os trabalhadores se empenharam bastante na campanha
e celebraram a grande vitória de Lula e Alckmin. A
expectativa, agora, é que o Grupo de Trabalho da
transição consolide esses compromissos do presidente
eleito.
Fonte: Portal Vermelho
02/12/2022 -
STF valida ‘revisão da vida toda’ e decide a favor
de aposentados
Por 6 votos a 5, plenário do STF (Supremo Tribunal
Federal) decidiu, nesta quinta-feira (1º), a favor
dos aposentados e pensionistas e validou a “revisão
da vida toda”, que trata de mudanças nas regras para
cálculo de benefício previdenciário.
Em março deste ano, a ação estava em plenário
virtual, com placar de 6 a 5 a favor dos
aposentados. Entretanto, pedido de destaque do
ministro Nunes Marques levou o caso ao plenário
físico da Corte.
Quando há destaque, o caso recomeça do zero no
plenário físico.
Quando o processo começou a ser julgado, o relator,
hoje ministro aposentado Marco Aurélio Mello, já
havia votado a favor da revisão, ou seja, havia
votado a favor dos aposentados.
Vantagem e ação na Justiça
Trabalhadores que ganhavam menos não terão vantagem —
se forem incluídas as remunerações antigas de baixo
valor —, isso poderá diminuir a aposentadoria
recebida hoje.
Para obter a revisão, os aposentados precisam entrar
com ação na Justiça, depois de avaliar se vale a
pena requerer o recálculo.
Votos de ministro aposentado
Mudança regimental feita pelo Supremo permitiu que
votos de ministros aposentados sejam mantidos em
novo julgamento. Logo, o ministro André Mendonça não
participa.
Na quarta-feira (30), o ministro Nunes Marques
reapresentou o voto, contra a revisão da vida toda.
Ele alegou que o impacto da “revisão da vida toda”
para os cofres públicos é estimado pela Secretaria
de Previdência do Ministério da Economia em R$ 46,4
bilhões.
Nunes Marques votou a favor do INSS por entender que
a tese não devia prosperar porque entende ser falsa
a premissa o fato de que seria mais vantajoso para o
segurado considerar o cálculo de todo o período de
contribuição, inclusive antes de 1994.
Voto da vitória
Nesta quinta-feira (1º), o ministro Alexandre de
Moraes votou com o relator a favor dos aposentados.
Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Ricardo
Lewandowski e Rosa Weber seguiram Marco Aurélio.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias
Toffoli, Gilmar Mendes seguiram Nunes Marques.
Tese vencedora
O nome adotado para a tese remete ao ponto principal
questionado na ação pelos aposentados, que tem como
base a Lei 9.876/99.
A norma instituiu o fator previdenciário e
apresentou nova regra de cálculo, ampliando
gradualmente a base de cálculo dos benefícios, que
passaram a ser os maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo
do segurado.
A nova legislação, porém, trouxe regra de transição
para quem já contribuía com a Previdência Social.
A Corte Suprema decidiria, então, se quem se
aposentou após 1999 — ano em que houve mudança na
forma de calcular os benefícios — pode solicitar
revisão incluindo na conta contribuições feitas
antes de julho de 1994.
Fonte: Diap
01/12/2022 -
Trabalho sem carteira no setor público tem alta
recorde e ajuda na redução da taxa de desemprego
País tem 97 milhões de ocupados, 9 milhões de
desempregados e 39 milhões na informalidade
A taxa de desemprego foi de 8,3% no trimestre
encerrado em outubro, menor que a de igual período
de 2021 (12,1%). Agora, o número de desempregados é
estimado em 9,022 milhões, queda de 8,7% no
trimestre e de 30,1% em 12 meses. Com isso, o
desemprego retornou a níveis registrados em 2015. Os
dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
quarta-feira (30) pelo IBGE.
Assim, com os novos resultados da pesquisa, o total
de ocupados no país chegou a 99,661 milhões, recorde
da série histórica, iniciada em 2012. A alta é de 1%
no trimestre e de 6,1% em 12 meses.
Informais e desalentados
Ainda de acordo com a Pnad, o número de subutilizados
(pessoas que gostariam de trabalhar mais) recuou
para 22,679 milhões. Por sua vez, os desalentados
somam 4,181 milhões. A população fora da força de
trabalho foi estimada em 64,903 milhões. A taxa de
informalidade corresponde a 39,1% da população
ocupada, ante 40,7% há um ano. São 39 milhões de
trabalhadores informais, segundo o IBGE.
Como vem acontecendo há vários meses, o emprego sem
carteira cresce mais do que o com carteira assinada.
Assim, o número de empregados com carteira no setor
privado, calculado em 36,623 milhões, cresceu 8,1%
em 12 meses. Já o de empregados sem carteira (13,372
milhões) aumentou 11,8% no mesmo intervalo. Por sua
vez, os trabalhadores por conta própria são 25,410
milhões, mantendo estabilidade.
Com alta de 6,7% em um ano, o número de
trabalhadores no serviço doméstico chegou a 5,882
milhões. Em torno de 75% não têm registro.
Setor público e renda
Já o universo de empregados no setor público atingiu o
recorde de 12,306 milhões, segundo a Pnad Contínua,
com aumento de 10,4% em 12 meses. O que também bateu
recorde foi o número de empregados sem carteira no
setor público: 3,117 milhões, crescendo 33,6% em um
ano.
Entre os setores de atividade, em relação a 2021 o
IBGE apurou alta do emprego na indústria, comércio,
administração pública e algumas áreas de serviços,
além do setor doméstico. Os demais não tiveram
variação considerada significativa.
Estimado em R$ 2.754, o rendimento médio cresceu
2,9% no trimestre e 4,7% na comparação anual. A
massa de rendimentos soma R$ 269,5 bilhões, valor
recorde.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/12/2022 -
TSE marca diplomação de Lula e Alckmin para 12 de
dezembro
Cerimônia marca fim do processo eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que a
diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva, e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin,
será realizada no dia 12 de dezembro, às 14h, no
plenário da Corte.
A diplomação é uma cerimônia organizada pela Justiça
Eleitoral para formalizar a escolha dos eleitos nas
eleições e marca do fim do processo eleitoral. Com o
diploma eleitoral em mãos, os eleitos podem tomar
posse no dia 1° de janeiro de 2023. O documento será
assinado e entregue pelo presidente do TSE, ministro
Alexandre de Moraes.
O TSE é responsável pela diplomação dos candidatos à
Presidência da República. Os deputados, senadores e
governadores são diplomados pelos tribunais
regionais eleitorais (TREs).
De acordo com o tribunal, a cerimônia seguirá
recomendações sanitárias, como uso de máscara de
proteção facial e distanciamento social.
Fonte: Agência Brasil
01/12/2022 -
Sindicalistas debatem pauta dos trabalhadores com
Alckmin e Mercadante
Durante encontro com o vice-presidente, Geraldo
Alckmin (coordenador da equipe de transição) e
Aloizio Mercadante, realizado nesta quarta-feira
(30), em Brasília, o presidente da Força Sindical,
Miguel Torres e o presidente da CUT, Sérgio Nobre,
que participam do Grupo Técnico do Trabalho na
equipe de transição do governo Lula defenderam
alguns pontos que são considerados prioritários aos
trabalhadores.
No encontro, os sindicalistas reforçaram a
importância da recriação do Ministério do Trabalho
com papel de protagonista para ajudar na geração de
emprego de qualidade e fortalecer as relações do
capital e trabalho.
Miguel destacou também que os sindicalistas
defenderam o fortalecimento da negociação coletiva e
o papel do movimento sindical na defesa dos direitos
dos trabalhadores. “O vice-presidente recebeu com
atenção as demandas que apresentamos”, disse Torres.
Fonte: Rádio Peão Brasil
01/12/2022 -
Paim apresenta proposta para assegurar renda básica
de cidadania
A
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 29/22,
de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), insere na
Constituição, os artigos 203-A, e 121, no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, para
assegurar a renda básica de cidadania.
A PEC institui a renda básica de cidadania no
Brasil. A renda será acrescida à renda familiar, em
valor suficiente para atender às despesas mínimas de
cada pessoa com alimentação, educação e saúde.
A proposta adiciona que essa renda será implementada
gradualmente, a partir de 2023, respeitando as
possibilidades orçamentárias.
O valor mínimo será de R$ 600 mensais por unidade
familiar e será aumentado, anualmente, de 2024 a
2026.
A PEC também tira o benefício da meta de resultado
primário, que é o Teto de Gastos — sustentado pela
EC (Emenda à Constituição) 95/16.
Tramitação
A proposta aguarda despacho da mesa do Senado Federal.
Na Casa, a tramitação de PEC começa pela CCJ, onde é
aprovada a admissibilidade e o mérito.
Em seguida, vai ao plenário, onde deve ser aprovada,
em 2 turnos, por 3/5 dos senadores ou 49 votos.
Fonte: Diap
01/12/2022 -
PL vai lançar candidatura de Rogério Marinho e
tentar controlar o Senado no governo Lula
O PL terá em 2023 a maior bancada do Senado e
tentará ainda colocar um dos seus na presidência da
Casa. Rodrigo Pacheco quer se reeleger e deve ter o
apoio do PT
Se na disputa pela presidência da Câmara dos
Deputados Arthur Lira (PP-AL) aparece como nome
isolado, apoiado por partidos de esquerda, centro e
direita, no Senado a briga promete ser mais
acirrada. O PL, partido de Jair Bolsonaro, pretende
lançar Rogério Marinho como candidato à presidência
da Casa. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente
do Senado, planeja tentar a reeleição.
De acordo com o Estado de S. Paulo, a candidatura de
Marinho foi acertada durante o jantar em Brasília na
noite desta terça-feira (29), promovido pelo
presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Bolsonaro e
Lira participaram do evento.
Estavam no jantar deputados e senadores que têm
mandato atualmente e o grupo que foi eleito no
último pleito, e que tomará posse em fevereiro. Em
2023, o PL terá a maior bancada do Senado: 14
parlamentares. O PSD de Pacheco terá a segunda maior
bancada, com 11 senadores.
Rogério Marinho foi ministro do Desenvolvimento
Regional e deve ser lançado oficialmente como
candidato a presidente do Senado no próximo dia 7.
O PL ainda vai atrás do apoio do PP contra Pacheco,
que, por sua vez, deverá ter o aval de Lula e
aliados do PT.
Fonte: Brasil247
01/12/2022 -
PT não se opõe a orçamento secreto em votação da
Comissão de Orçamento
Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) não se
manifestaram em uma proposta apresentada nesta
quarta-feira (30) para acabar com as emendas de
relator, chamadas de orçamento secreto.
A proposição foi aprovada na Comissão Mista de
Orçamento (CMO) pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS).
Somente ela e o deputado Elias Vaz (PSB-GO)
registraram voto a favor de acabar com as emendas,
que somam R$ 19,4 bilhões no orçamento do ano que
vem.
“O orçamento secreto é a institucionalização do
‘toma lá, dá cá’ com dinheiro público, com dinheiro
dos brasileiros e brasileiras, que financiaram a
construção de uma base alugada pelo Governo
Bolsonaro”, afirmou a deputada ao apresentar a
proposta.
Líder do Psol na Câmara, a depurada Sâmia Bomfim
(SP) classificou como um “absurdo que o orçamento
esteja sendo votado com um esmagamento tão grande de
áreas fundamentais da sociedade e muito dinheiro sem
transparência para seguir comprando base
parlamentar”.
Presentes na sessão, os deputados do PT Enio Verri
(PR), Rui Falcão (SP), Leonardo Monteiro (MG),
Waldenor Pereira (BA), Nilto Tatto (SP) e Paulo
Guedes (MG) não se manifestaram na votação da
proposta.
Relator do orçamento de 2023, o senador Marcelo
Castro (MDB-PI) afirmou que também é crítico das
emendas. “Eu sempre achei que há emendas de uma
qualidade melhor do que essa. O ponto mais negativo
dessa emenda é a sua discricionariedade, não ter um
regramento, um regulamento”, destacou.
Segundo o senador, não é possível mais chamar as
emendas de relator como orçamento secreto pois a
partir de 2023 as emendas passarão a contar com “a
assinatura ou do deputado ou do senador, igualmente
ao que ocorre em uma emenda individual”.
Castro ressaltou que o tema deve ser discutido com
mais profundidade e que “não prosperaria nós
acabarmos neste momento aqui com todo o poder de
fazer essas emendas de relator”.
Fonte: Congresso em Foco
01/12/2022 -
Debatedores divergem sobre direitos trabalhistas em
cooperativas
Convidados ouvidos pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) nesta quarta-feira (30) divergiram
sobre o PL 537/2019, que propõe regulamentação dos
direitos trabalhistas dos empregados de
cooperativas. Enquanto alguns sugeriram alterações
no relatório, como a adequação de termos jurídicos,
outros foram veementes em pedir o arquivamento da
proposta. Uma terceira parcela concordou com a
aprovação do projeto, em sua integralidade. A
audiência pública foi presidida pelo senador Paulo
Paim (PT-RS), que declarou somente ser possível
construir uma proposta adequada por meio do debate.
O texto veio da Câmara dos Deputados e está sob
relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que já
apresentou parecer favorável ao PL, sem alterações.
Paim disse que todos os apontamentos da reunião
serão levados ao conhecimento de Braga, declarando
que essa discussão é de interesse de todos os
trabalhadores do Brasil. Caso seja aprovada pela CAE,
a proposição poderá seguir direto para o Plenário.
— As pessoas deixaram propostas na mesa, e tudo será
conversado com o relator, para acharmos o
encaminhamento que mais contemple o universo do
movimento sindical. Há uma divergência profunda,
percebi. Mas é possível construirmos um entendimento
que abrace todos os sindicatos e todas as centrais.
Estamos falando de 4.880 cooperativas e 18,8 milhões
de cooperados, segundo a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB). Ouvimos as entidades
para deliberarmos a matéria com a certeza de que
estamos no caminho certo. Como disse o famoso
filosofo grego Sócrates: "Uma vida sem reflexão não
vale a pena ser vivida" — avaliou Paim.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) elogiou o debate
e a atuação de Paulo Paim e expressou o desejo de
ter, no Senado, mais representantes de minorias como
negros e quilombolas. O parlamentar se mostrou
otimista em relação à construção de um mundo melhor
e parafraseou o poeta Thiago de Mello.
— Não temos caminho novo. O que temos é um novo
jeito de caminhar.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
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