Blog - Notícias Anteriores - Dezembro 2023
15/12/2023 -
Salário-mínimo pode subir 7% em 2024; veja valor
esperado
15/12/2023 -
Ipea: inflação continua menor para famílias com
renda mais baixa
15/12/2023 -
Supremo começa a julgar omissão do Congresso sobre
licença-paternidade
15/12/2023 -
Pacheco defende derrubar veto de Lula à prorrogação
da desoneração da folha
15/12/2023 -
Balanços, perspectivas e festas – João Guilherme
Vargas Netto
15/12/2023 -
Valores pedidos em ação trabalhista são mera
estimativa, decide TST
14/12/2023 -
Nova Central participa da apresentação dos
resultados do Conselhão ao presidente Lula
14/12/2023 -
Começa a valer novo teto de juros do consignado do
INSS
14/12/2023 -
Governo prorroga Desenrola por três meses para faixa
1
14/12/2023 -
Desrespeito ao Banco de Horas pode gerar pagamento
adicional
14/12/2023 -
Governo Lula vai apresentar alternativa à
desoneração da folha de pagamento
14/12/2023 -
FGTS destina R$ 183 milhões para implementar sistema
digital em 2024
13/12/2023 -
Inflação fecha novembro em 0,28% e avança rumo a
cumprimento da meta para o ano
13/12/2023 -
Acordo coletivo pode diminuir jornada sem redução de
salário, aprova CAS
13/12/2023 -
Salário mínimo em 2024 deverá ser de R$ 1.412
13/12/2023 -
Mercado eleva expectativas em Brasil com baixo
desemprego e novas empresas
13/12/2023 -
Ministro do Trabalho cobra empresas para melhorarem
média salarial
13/12/2023 -
PGR pede que STF fixe prazo para edição de lei de
incentivos às trabalhadoras
12/12/2023 -
Centrais sindicais protestam por juros baixos nesta
terça
12/12/2023 -
CAS analisa redução da jornada de trabalho sem perda
salarial nesta terça
12/12/2023 -
2ª parcela do 13º salário deve injetar mais R$ 106
bi na economia
12/12/2023 -
Aposentado paga juro menor
12/12/2023 -
Mais de 60% dos brasileiros vivem com até um salário
mínimo
12/12/2023 -
Lula tem 38% de aprovação e 30% de rejeição, aponta
pesquisa
12/12/2023 -
Haddad diz que apresentará alternativa à desoneração
da folha após aprovação da reforma tributária
11/12/2023 -
MTE lança plataforma do ‘Cadastro Nacional de
Entidades Sindicais’
11/12/2023 -
2024: fortalecer o protagonismo do movimento
sindical
11/12/2023 -
Médicos e sindicatos mostram a precarização do
trabalho em mineração
11/12/2023 -
Governo Lula dá pistas do que será a
“neoindustrialização”
08/12/2023 -
Nova Central
participa de Congresso de Direito Coletivo do
Trabalho
08/12/2023 -
Dieese critica
volta da Carteira Verde e Amarela
08/12/2023 -
Mercado de trabalho no Brasil hoje vive à margem da
CLT
08/12/2023 -
Governo inclui covid-19, burnout e câncer como
doenças do trabalho
08/12/2023 -
Dieese: cesta básica fica mais cara em nove capitais
em novembro
08/12/2023 -
STF nega vínculo trabalhista entre motoristas e
empresas de aplicativo
06/12/2023 -
Nova Central realiza última reunião do ano e
estabelece ações para 2024
06/12/2023 -
CDH analisa fim da dispensa de mediação sindical em
demissão coletiva
06/12/2023 -
PIB registra crescimento de 0,1% e registra maior
patamar na série histórica
06/12/2023 -
Tebet diz que, com informação do IBGE, PIB deve
crescer 3,1%, caso economia fique estável
06/12/2023 -
Lula quer aumentar frente ampla para eleições de
2026, dizem fontes
06/12/2023 -
Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,8%
ao mês
05/12/2023 -
Negociação coletiva, direito fundamental do trabalho
05/12/2023 -
Comissões debatem condições de trabalho na mineração
brasileira
05/12/2023 -
Centro de Estudos da Câmara discute reflexos da
automação na empregabilidade
05/12/2023 -
Aposentadoria para mulheres que cuidam dos filhos
avança na Câmara
05/12/2023 -
Paim destaca importância de idosos, aposentados e
pensionistas
05/12/2023 -
Micro e pequenas empresas são as maiores
empregadoras do país
04/12/2023 -
Moraes suspende
julgamento sobre revisão da vida toda do INSS
04/12/2023 -
STF mantém modulação de decisão que validou
terceirização de atividade-fim
04/12/2023 -
Vai a sanção o projeto que torna feriado o Dia da
Consciência Negra
04/12/2023 -
Congelamento do piso regional pune 2,5 milhões de
trabalhadores no RJ
04/12/2023 -
Dificuldades e deficiências – João Guilherme Vargas
Netto
04/12/2023 -
Resgate de trabalho escravo até novembro já é o
maior em 14 anos no país
01/12/2023 -
Proposta que extingue contribuição sindical
obrigatória tem parecer favorável na CCJ
01/12/2023 -
Marinho defende no Senado contribuição assistencial
como norma coletiva
01/12/2023 -
Com o recorde de mais de 100 milhões de ocupados,
desemprego é o menor desde 2015
01/12/2023 -
Preocupação com insegurança jurídica domina debate
sobre comércio aos domingos e feriados
15/12/2023 -
Salário-mínimo pode subir 7% em 2024; veja valor
esperado
Benefício é pago a trabalhadores, aposentados,
pensionistas e pessoas que recebem auxílio-doença ou
prestação continuada
O salário-mínimo pago a trabalhadores, aposentados,
pensionistas e pessoas que recebem benefícios de
auxílio-doença ou de prestação continuada (BPC) pode
subir 7% no próximo ano, chegando a R$ 1.412. Em
2023, o valor foi de R$ 1.320.
A estimativa para 2024 foi feita por analistas
levando-se em consideração os dados do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrado
nos últimos 12 meses até novembro mais o crescimento
real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos
anteriores.
O INPC acumulado até novembro foi de 3,85% e o PIB
de 2022 chegou a 3%. Se confirmado, o valor, no
entanto, ficará abaixo dos R$ 1.421 previstos pela
política de valorização do salário-mínimo, acima da
inflação.
No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), o
governo Lula previu o salário-mínimo no valor de R$
1.413, por utilizar uma estimativa de inflação de
3,9%, que não se confirmou.
Todos os meses, o Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula o
preço da cesta básica de alimentos em 17 capitais do
Brasil. E, a partir dela, também calcula qual seria
o salário-mínimo ideal para cobrir as despesas com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência. Diante
desses cálculos, a entidade informou que o
salário-mínimo já em novembro de 2023 deveria ser de
R$ 6.294,71, ou seja 4,4 vezes a mais do que o valor
projetado para 2024.
De acordo com Felipe Salto, economista-chefe da
Warren Investimentos, o salário-mínimo projetado
deveria ser de R$ 1.411,95, em 2024, mas foi
arredondado para R$ 1.412,00. Esse aumento de 7%
ante o ano anterior deve provocar um efeito fiscal
sobre as despesas indexadas a ele, que totalizará
até R$ 35 bilhões anualizados.
Salto explica que, após a divulgação do INPC de
novembro, será possível fazer os cálculos do
benefício que leva em conta 1+PIB de 2022 x 1 + INPC
12 meses até novembro x 1.320. “Com isso, já está
precificado o peso em nossos cenários com o novo
valor”, disse.
Fonte: InfoMoney
15/12/2023 -
Ipea: inflação continua menor para famílias com
renda mais baixa
Principal impacto para esse grupo é de alimentos
e bebidas
A inflação oficial para famílias com renda mais
baixa, em novembro deste ano, continuou sendo menor
do que para aquelas com renda mais alta, como
ocorreu nos cinco meses anteriores, segundo dados
divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com o Ipea, em novembro a inflação para
famílias com renda muito baixa, baixa e média-baixa
passou de 0,13% em outubro para 0,20% em novembro.
Entre as pessoas com renda média, a inflação passou
de 0,22% para 0,23%.
Entre aquelas com renda média-alta, a inflação
manteve-se em 0,23%. Por fim, entre as pessoas com
renda alta, a alta de preços passou de 0,55% para
0,58%.
Segundo o Ipea, o principal impacto inflacionário
para as classes de renda mais baixas, em novembro,
veio do grupo “alimentos e bebidas”, com altas de
produtos como o arroz (3,7%), feijão-preto (4,2%),
batata (8,8%), cebola (26,6%), carnes (1,4%) e aves
e ovos (0,53%).
Os gastos com habitação também pressionaram o
orçamento das famílias com renda mais baixa,
principalmente devido ao aumento de 1,1% nas tarifas
de energia elétrica. Para as famílias de renda mais
alta, o maior impacto da inflação no mês veio da
alta de 19,1% nos preços das passagens aéreas e de
0,76% nos planos de saúde.
No acumulado de 12 meses, a inflação cresce de
acordo com a faixa de renda: muito baixa (3,38%),
baixa (3,85%), média baixa (4,40%), média (4,93%),
média-alta (5,24%) e alta (6,09%).
A inflação oficial é medida mensalmente pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O Ipea usa os dados do IBGE para
fazer a divisão da inflação por faixa de renda.
Fonte: Agência Brasil
15/12/2023 -
Supremo começa a julgar omissão do Congresso sobre
licença-paternidade
O Plenário do Supremo Tribunal Federal começou nesta
quarta-feira (13/12) a fase de votação da ação em
que se discute eventual omissão do Poder Legislativo
na regulamentação do direito à licença-paternidade
assegurado na Constituição Federal.
Único a votar nesta quarta, o ministro Luís Roberto
Barroso, presidente da corte, propôs o prazo de 18
meses para que o Congresso Nacional edite lei sobre
a matéria.
Na ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Saúde (CNTS) argumenta que, apesar de a
Constituição de 1988 ter previsto o direito à
licença-paternidade, a medida nunca foi
regulamentada em lei própria. Por isso, continua
sendo aplicada a licença de cinco dias prevista no
parágrafo 1º do artigo 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT).
A ação começou a ser julgada no Plenário Virtual,
mas foi destacada pelo ministro Barroso para
julgamento presencial. Nos votos apresentados na
sessão virtual, havia maioria para reconhecer a
omissão, permanecendo a divergência quanto ao prazo
para a adoção das medidas legislativas necessárias
para saná-la.
Em seu voto pela procedência do pedido, Barroso
ressaltou que a demora se estende por mais de três
décadas. Por isso, é preciso fixar uma data-limite
para que o Legislativo atue, equacionando aspectos
como a fonte de custeio e a avaliação de modelos
alternativos ao atual. Para o ministro, após o prazo
de 18 meses proposto por ele, caso a omissão
persista, o direito à licença-paternidade deve ser
equiparado, no que couber, ao da
licença-maternidade.
Nos seus argumentos, o magistrado apontou ainda que
a diferença radical entre os prazos atuais das
licenças-maternidade e paternidade não reflete a
evolução dos papéis de homens e mulheres na família
e na sociedade, além de produzir impactos negativos
e desproporcionais sobre a igualdade de gênero e
sobre os direitos das crianças.
ADO 20
Fonte: Consultor Jurídico
15/12/2023 -
Pacheco defende derrubar veto de Lula à prorrogação
da desoneração da folha
Presidente do Senado disse que existe uma
tendência de o Congresso derrubar o veto do
presidente
Reuters - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), disse nesta quinta-feira que existe uma
tendência de o Congresso derrubar o veto do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prorrogação
da desoneração da folha de pagamento para 17 setores
da economia.
Durante coletiva de imprensa no Senado, Pacheco
ainda se posicionou favoravelmente à derrubada do
veto e defendeu que alternativas e aprimoramentos à
medida devem ocorrer quando ela já estiver
prorrogada.
No mês passado, Lula vetou na íntegra a prorrogação
da desoneração, enquanto o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, havia dito em várias oportunidades
que o ministério apresentaria alternativas à
proposta.
Fonte: Brasil247
15/12/2023 -
Balanços, perspectivas e festas – João Guilherme
Vargas Netto
Este será o meu último texto neste ano, darei
descanso aos leitores.
Sugiro, no entanto, a todas as direções sindicais
que façam um balanço do ano transcorrido. Este
balanço, não necessariamente formal, procuraria
listar uma série de ocorrências de interesse dos
trabalhadores e das trabalhadoras na vida da
entidade.
Além dos registros dos fatos positivos decorrentes
do avanço da conjuntura econômica e das iniciativas
do governo seriam rememorados, criticamente, as
campanhas salariais e o resultado das negociações,
as conquistas e os avanços, as “subidas” às bases,
as “cartinhas” de oposição, as sindicalizações, as
reuniões e as assembleias, as distribuições –
materiais e virtuais – dos materiais de comunicação
dos sindicatos e das entidades, as eventuais
eleições e posses, as greves e tudo aquilo que
contribuiu para garantir melhores condições aos
trabalhadores e às trabalhadoras e para a relevância
da ação sindical.
Às centrais sindicais sugiro que o façam também,
juntas e juntamente, se possível, com o ministro do
Trabalho e Emprego, como forma de consolidar e
sistematizar tudo o que foi realizado, bem como de
prestigiar o ministro e apoiar o seu trabalho que
tem sido em favor de nossas lutas, enfrentando
difíceis problemas.
É evidente que aos balanços realizados devem
seguir-se as perspectivas de luta para o próximo ano
em que acontecerão, também, as eleições municipais.
Desejo a todos ótimas festas de fim de ano e um 2024
pleno e com saúde.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
15/12/2023 -
Valores pedidos em ação trabalhista são mera
estimativa, decide TST
Os valores pedidos na petição inicial de uma ação
trabalhista devem ser considerados uma mera
estimativa, e não podem limitar o montante
estipulado pelo julgador em caso de condenação.
Esse foi o entendimento utilizado pelos ministros da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do
Tribunal Superior do Trabalho para, por unanimidade
de votos, negar provimento aos embargos apresentados
contra acórdão da 2ª Turma da corte que não conheceu
de recurso de revista que pedia a limitação dos
valores de uma reclamação trabalhista aos pedidos
feitos na inicial.
Na decisão questionada, a 2ª Turma estabeleceu que o
§1º do artigo 840 da CLT, acrescentado pela reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017), deve ser interpretado
de maneira que não dificulte o acesso à Justiça, já
que em muitos casos o trabalhador não possui os
meios técnicos para a elaboração de cálculos
detalhados.
Os magistrados também entenderam que a reforma não
revogou a fase de liquidação do julgado,
disciplinada pelo artigo 879 da CLT.
Nos embargos, a empresa recorrente sustentou que o
artigo 840 deve ser interpretado de forma literal,
já que ele estipula que o pedido em reclamação
trabalhista deve ser certo, determinado e com
indicação de seu valor.
Ao analisar os embargos, o ministro Alberto Bastos
Balazeiro, relator da matéria, apontou que a
reclamação trabalhista em questão foi proposta após
a entrada em vigor da reforma trabalhista, em 2017 —
e, portanto, das normas descritas no artigo 840.
O magistrado entende que a norma de 2017 deve ser
modulada com os princípios da informalidade e da
simplicidade, que orientam toda a lógica processual
trabalhista.
“A partir desses princípios, no âmbito desta Justiça
Especializada, não se pode exigir das partes
reclamantes que, para que recebam a integralidade
das verbas a que realmente fazem jus ao final de uma
demanda trabalhista, sob pena de uma decisão citra,
ultra ou extra petita, submetam-se, eventualmente,
às regras de produção antecipada de prova e/ou
contratação de serviço contábil especializado, a fim
de liquidar com precisão cada um dos pedidos para
adimplir a exigência do art. 840, §1º, da CLT e,
somente depois disso, ajuizar uma demanda
trabalhista.” O entendimento de Balazeiro foi
seguido por unanimidade no julgamento.
De acordo com o advogado, parecerista e consultor
trabalhista Ricardo Calcini, a decisão da Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais uniformiza o
entendimento das turmas do TST. E, apesar de a
decisão não ser vinculativa, Calcini entende que ela
provocará impacto na Justiça do Trabalho.
“Os efeitos práticos é que os Tribunais Regionais do
Trabalho que não seguirem esse entendimento da SBDI-1
terão contra suas decisões a interposição do recurso
de revista, que, neste ponto, passa a ser aceito
pelo TST. Fora o fato de que, se alguma turma do TST
também vier a julgar contra, caberá recurso de
embargos para a própria SBDI-1.”
Clique
aqui para ler a decisão
Emb-RR 555-36.2021.5.09.0024
Fonte: Consultor Jurídico
14/12/2023 -
Nova Central participa da apresentação dos
resultados do Conselhão ao presidente Lula
Recriado em maio, colegiado com representantes de
diversos setores da sociedade apresentou principais
desdobramentos dos debates ao longo do ano
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, membro do
Conselho de Desenvolvimento Econômico Social
Sustentável (CDESS), também conhecido como
"Conselhão", participou nesta terça-feira (12), em
Brasília, da apresentação dos principais
desdobramentos dos debates ao longo do ano.
Recuperação de áreas degradadas, criação de uma
política integrada para a primeira infância,
lançamento de um conjunto de pólos tecnológicos de
alto impacto, medidas para acesso ao crédito para
micro e pequenas empresas de forma menos concentrada
nos grandes centros urbanos são algumas das
recomendações apresentadas ao presidente Lula por
integrantes dos GTs. Grupos que envolvem também
temas como transição energética, proteção da
Amazônia e Economia do Futuro, além de questões
voltadas para desigualdades de direitos e
democracia.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha, que coordena o colegiado, afirmou que o ano
terminou com uma série de expectativas superadas,
tanto pelo trabalho consistente realizado de forma
voluntária pelos integrantes do Conselhão em mais de
100 reuniões, quanto pelos resultados atingidos pelo
país nesses primeiros 12 meses, e que muitos,
segundo ele, duvidavam que seria possível.
“A Nova Central sente muito orgulhoso de integrar o
CDESS e de fazer parte desses resultados. Já
participamos nos governos anteriores e agora estamos
aqui no seu retorno. Para o movimento sindical, para
os seus dirigentes, é muito importante participar do
ambiente em que está sendo discutido as questões
mais importantes para a sociedade brasileira”, disse
o presidente da NCST, Moacyr Auersvald.
Com informações do Governo Federal
Fonte: NCST
14/12/2023 -
Começa a valer novo teto de juros do consignado do
INSS
Limite para operações agora é de 1,8% ao mês
Entrou em vigor nesta quarta-feira (13) o novo teto
de juros do consignado para aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
A medida, aprovada em 4 de dezembro pelo Conselho
Nacional da Previdência Social (CNPS), estabeleceu
que o novo limite de juros é 1,8% ao mês para essas
operações. O valor é 0,04 ponto percentual menor que
o antigo limite, de 1,84% ao mês, que vigorava desde
outubro. O teto dos juros para o cartão de crédito
consignado caiu de 2,73% para 2,67% ao mês. As
mudanças foram propostas pelo próprio governo.
A justificativa para a redução foi o corte de 0,5
ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da
economia). No fim de setembro, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros
básicos de 12,75% para 12,25% ao ano.
Desde agosto, quando começaram os cortes na Selic, o
ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
que a pasta deveria acompanhar o movimento e propor
reduções no teto do consignado à medida que os juros
baixarem. Essas mudanças passam pelo CNPS.
Impasse
O limite dos juros do crédito consignado do INSS foi
objeto de discussões no início do ano. Em março, o
CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decisão opôs
os ministérios da Previdência Social e da Fazenda.
Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a
medida provocava desequilíbrios nas instituições
financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o
Banco do Brasil e a Caixa também deixaram de
conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês
era inferior ao cobrado pelas instituições.
A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de março,
decidiu pelo teto de 1,97% ao mês. O Ministério da
Previdência defendia teto de 1,87% ao mês,
equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal
antes da suspensão do crédito consignado para
aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um
limite de 1,99% ao mês, que permitia ao Banco do
Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a
concessão de empréstimos.
Fonte: Agência Brasil
14/12/2023 -
Governo prorroga Desenrola por três meses para faixa
1
O governo federal publicou nesta terça-feira (12) a
medida provisória que prorroga o programa Desenrola
Brasil por três meses (MP 1.199/2023). A mudança
beneficia a faixa 1 do programa, voltada para
cidadãos com renda mensal igual ou inferior a 2
(dois) salários mínimos e os inscritos no Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O Desenrola agora tem vigência até o fim de março de
2024. A MP será analisada pelo Congresso Nacional.
A MP também revoga a regra que restringia o acesso à
plataforma do Desenrola às contas que alcançam nível
ouro e nível prata no Portal Gov.br. Uma portaria do
Ministério da Fazenda publicada também nesta terça
autoriza as contas nível bronze a acessarem a
plataforma para fazerem pagamentos. Ainda é preciso
ter os níveis ouro ou prata para realizar operações
de crédito para financiamento de dívidas.
O Desenrola Brasil (Lei 14.690, de 2023), iniciado
em julho deste ano, possibilita a renegociação de
dívidas para cidadãos com o nome negativado. Ele
abrange dívidas feitas entre janeiro de 2019 e
dezembro de 2022, com registro ativo em 28 de junho
de 2023.
Segundo dados do Ministério da Fazenda, o programa
viabilizou até agora a renegociação de R$ 29 bilhões
em dívidas. Cerca de 11 milhões de pessoas foram
atendidas. Em média, o valor renegociado foi de R$
250 para pagamento à vista e de R$ 790 para
pagamento parcelado.
Com informações da Agência Brasil e da Agência
Câmara
Fonte: Agência Senado
14/12/2023 -
Governo Lula vai apresentar alternativa à
desoneração da folha de pagamento
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (Sem partido-AP), disse que a equipe
econômica deverá apresentar uma proposta alternativa
para evitar a derrubada do veto do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ao projeto sobre a desoneração
da folha de pagamento para 17 setores.
“O ministro Haddad deverá apresentar as linhas
gerais dessa proposta alternativa ao veto da
desoneração, sem embargo da apreciação [do veto]”,
disse o líder, para quem a solução deverá ser uma
“reoneração escalonada”.
“Pedimos somente a paciência necessária para
aguardarmos a proposta que o ministro Haddad está
organizando em relação à desoneração, que deverá vir
a ser uma proposta de reescalonamento de
reoneração”, afirmou Rodrigues ao Estadão.
De acordo com ele, seria uma saída gradual. “Não sei
se necessariamente por MP, o que posso te dizer é
que teremos uma proposta entre hoje e amanhã. Seja
como for a sua forma, será apresentada antes da
apreciação dos vetos”, explicou.
Na segunda-feira (11), o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, disse que o plano alternativo já
foi submetido e aprovado pelo presidente Lula, mas
não antecipou o teor da medida.
Além do veto à desoneração da folha, o líder do
governo no Congresso adiantou outros pontos que
foram discutidos na reunião dos líderes da base.
Em relação ao projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2024, ele adiantou que o
governo quer mudar alguns pontos do parecer do
relator, deputado Danilo Forte. Um deles é a
obrigatoriedade de empenho das emendas parlamentares
impositivas no primeiro semestre de 2024.
Hoje, as emendas individuais e de bancada estadual
são de execução obrigatória, mas o governo é quem
decide quando isso será feito.
“O governo não poder ter uma imposição sem saber
qual a receita que vai ter até meados do ano”,
afirmou o líder.
O relatório da LDO está pronto para ser votado na
Comissão Mista de Orçamento, mas o governo quer
adiar a votação até fechar um acordo com o relator
para retirar os pontos questionados.
Com informações da Agência Câmara
Fonte: Portal Vermelho
14/12/2023 -
Desrespeito ao Banco de Horas pode gerar pagamento
adicional
Banco de Horas: advogado explica que a quitação
do deve ser feita quadrimestralmente, de forma
obrigatória
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria
de TI em São Paulo, negociada pelo Sindpd-SP,
regulamenta a compensação de faltas e atrasos por
meio de um Banco de Horas.
A regra estabelecida pela CCT permite que o
funcionário se atrase ou falte ao serviço, fazendo
com que o tempo de atraso e/ou as horas do dia da
falta vão para o Banco de Horas como horas
negativas.
Da mesma forma, às vezes também ocorre de o
empregador necessitar que o empregado faça horas
extraordinárias – ou horas extras, que vão para o
Banco de Horas como horas positivas.
Mas é importante ressaltar que a quitação do Banco
de Horas deve ser feita quadrimestralmente, de forma
obrigatória.
Ou seja, no final do quarto mês a empresa conta as
horas negativas, subtrai das positivas e paga o
saldo ao trabalhador.
Havendo horas positivas acumuladas, a empresa tem
que pagar um adicional de 75% até o limite de 120
horas. Às horas que ultrapassarem as 120 horas
estipuladas cabem um adicional de 100%.
“A empresa não pode, após o quadrimestre, dar folga
ao empregado para compensar horas positivas. Se
fizer isto, o trabalhador pode exigir que seja
calculado o adicional de horas extras sobre as horas
de folga”, adverte José Eduardo Furlanetto,
coordenador do Departamento Jurídico do Sindpd-SP.
O advogado também explica que se a empresa exige do
trabalhador horas a mais para compensar faltas e
atrasos do quadrimestre passado, terá de remunerá-lo
não só o valor da hora, como também o do adicional
de horas extras, por ter perdido o prazo de
descontar o valor das horas negativas, no acerto
quadrimestral.
“Além do direito a estas vantagens, que as empresas
não estão considerando, o empregado é credor também
de multa por violação de cláusula, no valor de 7% do
salário normativo, de que trata a Cláusula Terceira,
alínea “b”, combinada com a Cláusula Sexagésima
Primeira, da CCT”, finaliza Furlanetto.
Fonte: Rádio Peão Brasil
14/12/2023 -
FGTS destina R$ 183 milhões para implementar sistema
digital em 2024
FGTS Digital inicia de forma definitiva a partir
de 1º de março utilizando o Pix como forma única de
recolhimento
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço decidiu, em reunião realizada nesta
terça-feira (12), autorizar a alocação R$ 183
milhões para custeio do sistema FGTS Digital. O
recurso vai propiciar a implementação do novo
programa, que segue em fase de testes até 13 de
janeiro de 2024, e inicia de forma definitiva a
partir de 1º de março do próximo ano.
O FGTS Digital é um conjunto de sistemas
informatizados que se propõe a gerenciar os diversos
processos relacionados ao cumprimento da obrigação
de recolhimento do FGTS, uma solução tecnológica que
busca facilitar o cumprimento da obrigação pelos
empregadores e assegurar que os valores devidos aos
trabalhadores sejam efetivamente depositados em suas
contas vinculadas.
Através do FGTS Digital, os empregadores poderão
emitir guias rápidas e personalizadas, consultar
extratos, solicitar compensação ou restituição de
valores, contratar parcelamentos, tudo de forma
simples e ágil. Os boletos gerados terão um QR Code
para leitura e pagamento direto no aplicativo ou
site da instituição financeira do empregador.
O novo sistema vai propiciar a redução de custo de
execução do pagamento do serviço para o FGTS no
valor de R$ 155 milhões anuais, com a utilização do
Pix como a única maneira de recolhimento. A partir
da implementação do sistema em março, o pagamento da
obrigação deverá ser efetuado na modalidade “Pix -
Cobrança”. Com a adoção do Pix, o empregador contará
com mais de 800 instituições (bancos, fintechs,
instituições de pagamento) aprovadas pelo Banco
Central para a realização de pagamentos, não ficando
restrito às poucas atualmente conveniadas. Desta
forma, além do estímulo à competitividade,
significativa redução de custos, digitalização do
processo de pagamento e facilidade de acesso, será
ofertada ao usuário uma diversidade de instituições
para que possa optar pela que melhor atenda às suas
necessidades. Conheça as mudanças no FGTS Digital.
Fiscalização – Na reunião, também foi aprovado o
valor de R$ 39 milhões para fiscalização do
pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
pelas empresas pela auditoria fiscal do Ministério
do Trabalho e Emprego. Os recursos, recebidos a
título de remuneração, devem ser aplicados em
atividades com reflexo no FGTS, como a modernização
de sistemas, cobrança administrativa e capacitação
da auditoria fiscal do Trabalho. No ano passado, a
fiscalização recolheu ou notificou ao FGTS um total
de R$ 5.6 bilhões. Até outubro de 2023, esse valor
chegou a R$ 4.2 bilhões.
A reunião do Conselho Curador do FGTS está
disponível no canal do YouTube do Ministério do
Trabalho e Emprego e no site do FGTS.
Fonte: MTE
13/12/2023 -
Inflação fecha novembro em 0,28% e avança rumo a
cumprimento da meta para o ano
Índice oficial de preços no país acumula alta de
4,68% em 12 meses; elevação de novembro foi puxada
por alimentos
O preço da cesta de produtos mais consumida no país
subiu 0,28% em novembro –0,02 ponto percentual a
menos do que os 0,30% estimados por economistas. Com
isso, a inflação acumula alta de 4,68% em 12 meses.
Está, portanto, dentro da meta estabelecida para o
ano: até 4,75%.
O Brasil não fecha um ano com a inflação dentro do
teto desde 2020.
Os dados sobre os preços foram divulgados nesta
terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). É o IBGE quem
calcula o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), considerado a taxa oficial de inflação no
país.
De acordo com o instituto, em novembro, a alta de
preços foi puxada pelo aumento dos alimentos. Eles
subiram 0,63% e responderam por 0,13 ponto
percentual dos 0,28% da inflação do mês –isto é,
quase a metade do índice.
A cebola subiu 26,59%; a batata-inglesa, 8,83%; o
arroz, 3,63%; e as carnes, 1,37%.
Produtos de habitação e transportes subiram 0,48% e
0,27% no mês, respectivamente, e também contribuíram
para a alta.
No grupo habitação, os preços da energia elétrica
residencial subiram 1,07% por conta dos reajustes em
quatro áreas: Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto
Alegre. A taxa de esgoto também subiu 1,02% por
conta de reajustes em Fortaleza e Rio de Janeiro.
Já no grupo dos transportes, o resultado foi
influenciado pelo aumento nos preços da passagem
aérea. Elas subiram 19,12% em novembro.
Os combustíveis, em compensação, ficaram 1,58% mais
baratos. A gasolina caiu 1,69% e o etanol, 1,86%.
Salário mínimo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve
alta de 0,10% em novembro, segundo o IBGE. O índice
serve como base para o reajuste do salário mínimo.
No ano, o INPC acumula alta de 3,14% e, nos últimos
12 meses, de 3,85%.
Fonte: Brasil de Fato
13/12/2023 -
Acordo coletivo pode diminuir jornada sem redução de
salário, aprova CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta
terça-feira (12), projeto que inclui na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT — Decreto-Lei 5.452, de
1943) a possibilidade de redução da hora trabalhada
diária ou semanal sem redução da remuneração, desde
que feita mediante acordo ou convenção coletiva.
Senadores aprovaram o texto do relator, Paulo Paim
(PT-RS), que modifica o PL 1.105/2023, do senador
Weverton (PDT-MA). A proposta seguirá para a Câmara
dos Deputados, exceto se no mínimo nove senadores
apresentarem recurso para análise em Plenário.
A legislação atual já permite que o empregador
reduza a jornada de trabalho sem a diminuição
salarial por conta própria, por acordo individual,
convenção coletiva ou acordo coletivo. Mas, segundo
Paim, a CLT ainda não explicita os detalhes dessa
relação.
“O presente projeto permite a redução de jornada sem
redução salarial — o que, a rigor, já era
implicitamente permitido pela legislação. A redução
de jornada com redução salarial, contudo, somente
pode ser adotada mediante convenção coletiva — como
diz a Constituição”, diz o senador em seu parecer.
Acordos
O texto do projeto, por outro lado, não prevê a opção
em que a jornada pode ser reduzida com o mesmo
salário por iniciativa unilateral do patrão, como
hoje é possível. Enquanto a versão original de
Weverton exige acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo, o texto de Paim menciona apenas
acordos coletivos e convenções coletivas.
Hora de trabalho
Paim alterou o texto de Weverton para evitar a
interpretação de que o trabalhador remunerado por
hora poderia terá prejuízo na remuneração ao
trabalhar menos horas por semana. Mas ele manteve a
ideia de Weverton de diminuir a jornada para no
mínimo 30 horas semanais e de não contemplar no
projeto as contratações por tempo parcial, na qual o
limite já é de 30 horas por semana.
Paim também rejeitou emenda do senador Laércio
Oliveira (PP-SE) segundo a qual as horas de trabalho
reduzidas poderiam ser compensadas pelo trabalhador,
caso houvesse acordo entre as partes e anuência das
respectivas entidades sindicais. Segundo o relator,
a CLT já regulamenta o funcionamento do banco de
horas.
Além disso, Laércio propôs revogação de trecho da
CLT que veda a discussão em convenção ou acordo
coletivo exclusivamente para reduzir ou suprimir
alguns direitos de trabalhadores, como
seguro-desemprego e repouso semanal remunerado. Paim
não acatou a emenda por entender que não possui
relação temática com o projeto.
A proposta foi aprovada com dez votos favoráveis e
dois contrários.
— Esse é um importante projeto que vai fortalecer a
relação empregado e empregador. Precisamos ter uma
correlação justa nesta relação para estarmos de
portas abertas a investidores e lhes garantir
segurança jurídica. É um projeto de suma importância
para o país — disse Weverton.
Fonte: Agência Senado
13/12/2023 -
Salário mínimo em 2024 deverá ser de R$ 1.412
Nova política permanente de valorização do
salário mínimo do governo Lula deverá garantir um
reajuste de R$ 92 ao trabalhador no ano que vem
Com base no cálculo considerando a nova política
permanente de valorização do salário mínimo do
governo Lula (PT), a expectativa é de que o salário
mínimo suba de R$ 1.320 para pelo menos R$ 1.412 em
2024, representando um acréscimo de R$ 92. A
estimativa ficou abaixo dos R$ 1.421 inicialmente
propostos pelo governo no orçamento deste ano.
O montante de R$ 1.412 foi calculado pelo g1 e
endossado pelo economista-chefe da Warren Rena,
Felipe Salto, ex-diretor-executivo da Instituição
Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado
Federal. No entanto, Vilma Pinto, atual diretora da
IFI, tem uma projeção ligeiramente diferente,
estimando que o salário mínimo em 2024 será de R$
1.413, arredondando o resultado da inflação.
O cálculo para o valor do salário mínimo em 2024
considera a nova política permanente de valorização,
já aprovada pelo Congresso Nacional. Nos governos de
Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), o reajuste
era determinado anualmente pelo governo com base na
inflação. No entanto, uma mudança significativa
ocorreu este ano com a aprovação de uma nova lei que
estabelece uma fórmula de valorização do salário
mínimo. De acordo com essa legislação, o reajuste
agora é calculado pela soma de dois índices: a
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) nos 12 meses até novembro,
conforme previsto na Constituição, e o índice de
crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos
dois anos anteriores.
Essa alteração representa uma abordagem mais
dinâmica e busca garantir não apenas a manutenção do
poder de compra do trabalhador, mas também
considerar o desempenho econômico do país. A medida
reflete uma visão mais abrangente, sinalizando a
importância de um salário mínimo que esteja alinhado
não apenas com a inflação, mas também com o
desenvolvimento econômico.
Diante desse cenário, a discussão em torno do
salário mínimo para 2024 promete ser intensa,
envolvendo debates sobre o equilíbrio entre o poder
aquisitivo dos trabalhadores e a sustentabilidade
econômica do país. A sociedade aguarda com
expectativa a definição final desse valor, que
impacta diretamente milhões de brasileiros e
influencia diversos setores da economia.
Fonte: Brasil247
13/12/2023 -
Mercado eleva expectativas em Brasil com baixo
desemprego e novas empresas
Em agosto, o Brasil criou 16 empresas por dia.
Desemprego em baixa, PIB acima do esperado.
Resultados do governo elevam expectativas sobre o
desempenho da economia
Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
está no maior patamar da série histórica, 7,2% acima
do nível pré-pandemia, o desempenho da economia já
aponta para crescimento de 3,2% neste ano, segundo
estimativas. Anteriormente pessimistas, os analistas
do mercado passaram a considerar o cenário positivo.
Nesta segunda-feira (11), o Boletim Focus, do Banco
Central (BC), elevou a estimativa de crescimento
acumulado neste ano de 2,84% para 2,92%.
Para o próximo ano, a expectativa para o PIB (a soma
dos bens e serviços produzidos no país) – é de
crescimento de 1,51%. Para 2025 e 2026, o mercado
financeiro projeta expansão do PIB em 2% para os
dois anos. Contudo, o mercado já esperou resultados
da gestão Luiz Inácio Lula da Silva que não se
concretizaram. As expectativas vêm sendo superadas
constantemente.
Neste panorama de bons resultados econômicos, também
está o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa
Experian. De acordo com a entidade, Em agosto,
367.339 novos registros de CNPJs foram abertos no
Brasil, uma média de 16 empreendimentos por dia.
Novas empresas no Brasil
“Uma parcela significativa dos cidadãos brasileiros
nutre o desejo de empreender, buscando não apenas
flexibilidade e independência, mas também realização
pessoal e a construção de um legado. (…) Na
conjuntura atual, marcada pela diminuição do índice
de desemprego, observamos o surgimento de empresas
mais impulsionado pela inclinação empreendedora do
que pela urgência”, afirma o economista da Serasa
Experian Luiz Rabi.
No mês de agosto, São Paulo se destacou entre as
unidades federativas, com a criação de 110.212 novos
CNPJs, liderando a lista. Em seguida vieram Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Para o levantamento
do Nascimento de Empresas, foi considerada a
quantidade mensal de novas empresas registradas nas
juntas comerciais de todas as unidades federativas
do Brasil, bem como a apuração mensal dos CNPJs
consultados pela primeira vez na base de dados da
Serasa Experian.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual
13/12/2023 -
Ministro do Trabalho cobra empresas para melhorarem
média salarial
Marinho pede mais atenção à precariedade do
mercado de trabalho
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta
segunda-feira (11) que as empresas se esforcem para
oferecer salários maiores aos trabalhadores. Segundo
Marinho, apesar do número de pessoas desempregadas
estar caindo, a maior parte está sendo ocupada com
remunerações de R$ 1,5 mil a R$ 1,7 mil. “Nós
precisamos refletir muito sobre a precariedade do
mercado de trabalho”, enfatizou ao participar do
lançamento do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva
das Juventudes.
O ministro pediu às empresas que tentem adequar os
salários oferecidos aos patamares de lucro obtidos.
“A gente também deixa uma reflexão para as empresas
pensarem a sua estrutura de salários, se está
adequada ao seu nível de lucratividade, se estão
compatíveis os ganhos com pagar um salário melhor”,
disse.
O pacto é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef), a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE). O documento traz uma série
de compromissos para os governos nas três esferas,
as empresas, os sindicatos e o terceiro setor
atuarem em conjunto pela inclusão produtiva da
juventude.
Envelhecimento
O Unicef destaca que o Brasil vive um momento de
redução do percentual de jovens na população.
Segundo a entidade, durante duas décadas o país teve
mais de 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos de
idade. Porém, em 2022, a população com mais de 30
anos já superou a dessa faixa etária.
Dados do MTE mostram que apenas 14% dos jovens
desempenham atividades técnicas qualificadas, a
maior parte ocupa funções como operador de
telemarketing, vendedor e motorista de aplicativo.
Trabalham na informalidade, 51% das mulheres e 56%
dos jovens negros.
O presidente do Conselho Nacional da Juventude,
Marcos Barão, alertou para a necessidade de haver
atenção para esses dados e tomar medidas concretas
para mudar a situação. “É um futuro muito
indesejável, eu garanto isso. É um futuro em que o
Brasil envelhece antes de prosperar. E o resultado é
pobreza, é violência, é aprofundamento das
igualdades, inclusive todas as empresas aqui
presentes vão perder. Todo mundo perde”, ressaltou.
A inclusão dos jovens passa, de acordo Barão, por
temas muito além da simples capacitação
profissional. “Todo mundo falou um pouco aqui sobre
isso, quem ouviu atentamente, ouviu falar sobre
trabalho digno, sobre educação, sobre cidadania,
ouviu falar sobre saúde mental, sobre território,
ouviu falar sobre temas diferentes. Por essência,
por conceito, a exclusão é um desafio complexo,
demanda pactuação, demanda soluções sistêmicas”.
Fonte: Agência Brasil
13/12/2023 -
PGR pede que STF fixe prazo para edição de lei de
incentivos às trabalhadoras
Uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão
da Procuradora-Geral da República (PGR) pede que o
Supremo Tribunal Federal declare a omissão na edição
de lei federal que crie incentivos específicos
direcionados à proteção do mercado de trabalho da
mulher. Além disso, a ADO solicita que a corte
determine um prazo razoável para que o Congresso
Nacional solucione o problema.
A PGR alega que a Constituição Federal (artigo 7º,
inciso XX) prevê que é direito das trabalhadoras
urbanas e rurais a proteção do mercado de trabalho
mediante incentivos específicos, definidos por meio
da lei.
O órgão aponta que, depois de 35 anos desde a
promulgação da Constituição, não houve ainda a
edição de lei federal sobre o assunto, “o que traduz
em contínuos e reiterados prejuízos às trabalhadoras
urbanas e rurais de todo o país, por não serem
instituídos os estímulos constitucionalmente
exigidos para promoção, inserção e permanência de
mulheres” no mercado de trabalho.
O relator da ação, ministro Edson Fachin, pediu
informações ao Senado e à Câmara dos Deputados, no
prazo de 30 dias. Em seguida, a Advocacia-Geral da
União (AGU) e a PGR terão, sucessivamente, 15 dias
para se manifestarem. O pedido de informações é
praxe, de acordo com a Lei 9.882/1999.
ADO 83
Fonte: Consultor Jurídico
12/12/2023 -
Centrais sindicais protestam por juros baixos nesta
terça
Acontece nesta terça-feira (12), em nove estados do
País, a manifestação de trabalhadores, com apoio de
centrais sindicais, pela redução dos juros. Na data,
o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco
Central realiza a última reunião do ano para definir
mudanças na Selic. O ato começa ás 10 horas. Em São
Paulo, na avenida Paulista 1.804, Bela Vista.
Movimento – Começou em fevereiro o movimento
#jurosbaixojá. A Selic, na época, se mantinha em
13,75% desde 2022. A Central Única dos Trabalhadores
iniciou campanhas para informar a população o que
era estava sendo impactado. “Com materiais
didáticos, vídeos com explicações, informamos a
população o que significava: crédito mais caro para
famílias e empresas, travando o crescimento do país
e aumentando o endividamento de todos nós”, disse
Walcir Privatale, secretário de Assuntos Econômicos
da Confrat-CUT.
Histórico – Em agosto o Copom deu inicio a
redução da Selic. Diminuindo 0,50% a cada rodada do
encontro, que ocorre a cada dois anos. Em outubro,
na última reunião do comitê, alcançou 12,25%, menor
desde março de 2022.
Manifestação – Entre às 11 e 12 horas, nas
redes sociais, trabalhadores e Sindicatos usarão as
redes sociais para subir a hastag #jurosbaixosjá,
com marcação do Banco Central nas publicações.
Concentrações:
– São Paulo (SP): Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista.
– Brasília (DF): Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3
Bloco B – Ed. Sede. Brasília;
– Belém (PA): Boulevard Castilhos França, 708 –
Campina;
– Belo Horizonte (MG): Av. Álvares Cabral, 1.605 –
Santo Agostinho;
– Curitiba (PR): Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro
Cívico;
– Fortaleza (CE): Av. Heráclito Graça, 273 – Centro;
– Porto Alegre (RS): Rua 7 de Setembro, 586 –
Centro;
– Rio de Janeiro (RJ): Av. Presidente Vargas, 730 –
Centro;
– Salvador (BA): 1ª Avenida, 160 – Centro
Administrativo da Bahia (CAB);
Mais – Site da Cut.
Fonte: Agência Sindical
12/12/2023 -
CAS analisa redução da jornada de trabalho sem perda
salarial nesta terça
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deve votar,
nesta terça-feira (12), projeto que cria regras para
a redução da jornada de trabalho sem perdas
salariais. O PL 1.105/2023, do senador Weverton (PDT-MA),
recebeu voto do relator, senador Paulo Paim (PT-RS),
favorável à aprovação. A reunião da CAS está
prevista para iniciar às 10h.
Segundo Paim, o relatório inclui emendas para deixar
claro que a redução de jornada não pode corresponder
à redução do salário pago, exceto quando observada a
prévia autorização em acordo de trabalho, conforme
previsto na Constituição Federal.
A proposta altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (Decreto-Lei 5.452, de 1943) e está
prevista para tramitar apenas na CAS. Caso seja
aprovado, o texto pode seguir diretamente para a
Câmara dos Deputados.
Outros projetos
Também pode ser votado o PL 3.946/2019, do senador
Sérgio Petecão (PSD-AC), que permite, na
participação dos trabalhadores nos lucros das
empresas, o uso de critérios que considerem metas
vinculadas à prevenção de acidentes. A senadora Ana
Paula Lobato (PSB-MA) apresenta seu relatório na
forma de um texto alternativo (substitutivo) que
estipula regras para a nova permissão, como a
necessidade de observar, no mínimo, um índice de
acidentes a ser criado pelo Ministério da Economia.
O seguro-desemprego de um salário mínimo para
artesãos que tiverem suas atividades prejudicadas
por interrupções no acesso a matérias-primas, como
ocorre em estações do ano sem colheita, também deve
ser analisado pelo colegiado. O PL 4.673/2023, do
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é apoiado pela
relatora, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN).
PL 4.767/2020, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS),
que passa a considerar portadores da síndrome de
Tourette como pessoas com deficiência para todos os
fins legais. A doença se manifesta com movimentos
involuntários e repetitivos, podendo ser motores ou
vocais, simples ou complexos.
Fonte: Agência Senado
12/12/2023 -
2ª parcela do 13º salário deve injetar mais R$ 106
bi na economia
A segunda parcela do décimo terceiro salário deve
injetar R$ 106 bilhões na economia do país, segundo
estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo.
No fim deste ano, as duas parcelas do 13º salário
terão totalizado mais de R$ 267 bilhões, montante
6,2% maior do que o pago ao longo do ano passado, já
descontada a inflação.
O valor médio do benefício equivale a R$ 2.980. No
ano passado, era um pouco menor, de R$ 2.882.
De acordo com o levantamento, após dois anos de
direcionamento para o pagamento de dívidas, em 2023,
os gastos no comércio deverão voltar a liderar a
intenção de uso dos recursos da segunda parcela do
benefício. A quitação e abatimento das dívidas
ficaram em segundo lugar, seguidos por gastos no
setor de serviços e poupança.
Para a Confederação Nacional do Comércio, esse
comportamento é resultado da expansão da renda e do
emprego ao longo do ano.
Fonte: Agência Brasil
12/12/2023 -
Aposentado
paga juro menor
A taxa de juros para o aposentado tem caído. O
Conselho Nacional de Previdência Social aprovou mais
uma redução dos tetos dos consignados pra
beneficiários do INSS.
O limite no empréstimo para o aposentado com
desconto em folha caiu de 1,84% pra 1,80% ao mês.
Nas operações na modalidade de cartão de crédito e
cartão consignado de benefício, o índice mensal
máximo caiu de 2,73% pra 2,67%. As mudanças
acompanharam a redução da taxa Selic do BC.
A nova baixa foi definida dia 4, em reunião dos
conselheiros. Foram 14 votos favoráveis das bancadas
dos trabalhadores, aposentados e dos empregadores. O
voto contrário foi do representante do setor
financeiro.
As novas taxas máximas de juros já estão valendo.
Bancos e financeiras ficam proibidos de ofertar
empréstimos e cartões consignados com taxas
superiores aos novos tetos.
“Se, na próxima reunião do Copom houver redução da
Selic, iremos propor a redução do teto de juros do
consignado mais uma vez”, garante o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi.
Meu INSS – Já estão disponíveis no portal do INSS e
no aplicativo Meu INSS as taxas de juros praticadas
pelas instituições financeiras. Os segurados poderão
consultar em qual banco está mais favorável e fazer
a portabilidade do empréstimo. No aplicativo ou
site, ao selecionar o serviço “extrato de
empréstimos”, opção “instituições e taxas”, os juros
estarão disponíveis pra que o segurado verifique
qual a taxa mais vantajosa ante o empréstimo.
O Conselho Nacional de Previdência Social é composto
por representantes do governo, trabalhadores,
aposentados e empregadores.
Mais – Acesse Conselho Nacional de Previdência
Social.
Fonte: Agência Sindical
12/12/2023 -
Mais de 60% dos brasileiros vivem com até um salário
mínimo
Levantamento feito pelo IBGE, em 2022, mostra que
31,8% da população vivia com renda entre um e três
salários mínimos
Dados divulgados pela Síntese de Indicadores Sociais
2023, pesquisa conduzida pelo IBGE, oferecem um
insight contundente sobre a distribuição de renda no
Brasil. Em 2022, cerca de 60,1% da população vivia
com até um salário mínimo per capita por mês. Essa
parcela significativa retrata a realidade econômica
da maioria dos brasileiros, enquanto 31,8% tiveram
renda entre um e três salários mínimos per capita
mensalmente, 8,1% receberam mais três mínimos
mensais per capita todo mês. Leia a íntegra do
estudo aqui.
No entanto, são nas nuances regionais que a
disparidade se torna mais evidente. Os estados do
Maranhão, Alagoas, Paraíba e Amazonas possuem mais
de 80% de sua população vivendo com renda de até um
salário mínimo per capita por mês, enquanto em Santa
Catarina e no Distrito Federal esse número foi de
apenas 39,9% e 40,7%, respectivamente.
O Distrito Federal, por sua vez, desponta com a
maior parcela de sua população entre os que recebem
os maiores rendimentos: 22,6% da população recebe
mais de três níveis mínimos per capita por mês, em
contraste com a média nacional de 8,1%.
Por outro lado, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
são os únicos estados em que o grupo com renda per
capita mensal entre um e três períodos mínimos
supera o grupo com renda de até um salário mínimo
per capita por mês, representando 50,0% e 44,4% da
população, respectivamente.
A pesquisa também revela recortes mais detalhados,
mostrando que um em cada dez brasileiros, 10,8% da
população (23,2 milhões de pessoas), vivem com até
um quarto do salário mínimo per capita mensal (R$
303,00), enquanto 29,6%, cerca de 63,8 milhões de
pessoas, tinham uma renda de até meio salário mínimo
per capita (cerca de R$ 606,00).
As discrepâncias regionais também tornam-se
evidentes no Nordeste e Norte do país onde a parcela
da população vivendo com até meio mínimo de renda
mensal era de 48,5% e 44,9%, respectivamente
salário, na Região Sul era apenas 15,5%.
No extremo oposto, 8,1% da população brasileira, o
equivalente a 17,4 milhões de pessoas, tiveram
rendimento per capita superior a três meses mínimos.
As Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram,
respectivamente, 10,8%, 10,5% e 10,2% da população
nessa faixa de rendimento, enquanto no Nordeste era
de apenas 3,5%. Esses dados não apenas evidenciam a
extensão das disparidades socioeconômicas no Brasil,
como também apontam para a necessidade urgente de
políticas mais inclusivas e equitativas,
especialmente nas regiões mais desfavorecidas.
Com informações do IBGE
Fonte: Portal Vermelho
12/12/2023 -
Lula tem 38% de aprovação e 30% de rejeição, aponta
pesquisa
Presidente tem melhor avaliação entre os
moradores do Nordeste (48%) e entre eleitores com
menos escolaridade (50%). O Datafolha ouviu 2.004
eleitores em 135 cidades do Brasil
Prestes a completar um ano de mandato, o terceiro
governo Lula ostenta uma aprovação de 38% dos
brasileiros. Trata-se do índice de eleitores que
julgam a gestão como “ótima” ou “boa”, conforme
pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (8).
A popularidade do governo é ligeiramente superior à
rejeição. O levantamento mostra que 30% consideram a
administração “regular” e outros 30% a avaliam como
“ruim” ou “péssima”. Ao longo do ano, as oscilações
entre esses campos ocorreram, invariavelmente,
dentro da margem de erro.
Lula tem melhor avaliação entre os moradores do
Nordeste (48%) e entre eleitores com menos
escolaridade (50%). Em contrapartida, a desaprovação
vai a 47% no segmento de pessoas com renda superior
a dez salários mínimos e chega a 39% entre eleitores
com curso superior e moradores do Sul.
Um dos índices mais preocupantes para Lula mostra a
quebra de expectativas com seu governo. Para 57%, o
presidente fez menos do que o esperado. Apenas 16%
indicam que ele fez mais do que o previsto, ao passo
que 24% dizem que foi feito justamente o esperado.
A pesquisa questionou aos brasileiros se eles
confiam no que Lula diz: 40% dizem que nunca
confiam, 35% confiam às vezes e 24% confiam sempre.
O Datafolha ouviu 2.004 eleitores em 135 cidades do
Brasil na terça-feira (5). A margem de erro é dois
pontos percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
12/12/2023 -
Haddad diz que apresentará alternativa à desoneração
da folha após aprovação da reforma tributária
Segundo o ministro da Fazenda, o plano
alternativo já foi submetido e aprovado pelo
presidente Lula
Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
afirmou nesta segunda-feira que apresentará proposta
alternativa à desoneração da folha salarial de
empresas depois que o Congresso votar a reforma
tributária sobre o consumo.
Após o governo ter vetado a prorrogação do benefício
tributário a setores específicos, Haddad afirmou a
jornalistas que o plano alternativo já foi submetido
e aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, mas não antecipou o teor da medida.
A reforma tributária retornou à Câmara após
aprovação no Senado e há expectativa de apresentação
do parecer sobre o tema nesta semana. O calendário
de trabalho do Congresso prevê atividade parlamentar
até a próxima semana, quando será iniciado o recesso
de fim de ano.
Lula vetou integralmente, em novembro, o projeto que
prorrogava até 2027 a desoneração da folha de
pagamento de 17 setores da economia, em decisão que
acompanha os esforços de ajuste nas contas públicas
liderados por Haddad.
O Congresso Nacional fará uma sessão conjunta de
deputados e senadores nesta semana, com expectativa
de derrubada do veto presidencial à prorrogação da
desoneração.
Haddad e sua equipe vêm argumentando que a medida
fere a Constituição, justificando que seria
necessário buscar outro caminho de diálogo com as
empresas.
Na entrevista, o ministro afirmou ainda que o
governo poderá apresentar novas iniciativas fiscais
com objetivo de melhorar a trajetória das contas
públicas, se necessário.
"É uma construção que você vai fazer mês a mês,
acompanhar a arrecadação, se tiver que tomar novas
medidas, nós vamos tomar. A Fazenda está sempre seis
meses, um ano adiantada em relação à agenda de
hoje", afirmou ao ser questionado se é possível
alcançar o déficit primário zero em 2024.
Fonte: Brasil247
11/12/2023 -
MTE lança plataforma do ‘Cadastro Nacional de
Entidades Sindicais’
“É com satisfação que comunicamos o lançamento
da plataforma aprimorada para a atualização de dados
perenes, a SD [solicitação de atualização de dados]
do Cnes (Cadastro Nacional de Entidades Sindicais),
para alterar as informações cadastrais de diretoria,
endereço e filiação”, das entidades sindicais,
divulgou, nesta quinta-feira (7), o ministro Luiz
Marinho (Trabalho e Emprego).
Segundo Marcos Perioto, secretário de Relações de
Trabalho, do MTE, “a partir de agora as entidades
sindicais poderão acessar a funcionalidade SD
através de qualquer navegador.”
“O acesso permanece seguro”, ainda segundo Perioto,
e vai ser “agora através do link
www.cnes.trabalho.gov.br, exigido o uso do
certificado digital. Em breve, as funcionalidades de
SC (solicitação de cadastro / registro sindical) e
SA (solicitação de alteração estatutária) também
estarão acessíveis por meio de navegadores
convencionais”, acrescentou.
Retomada do registro sindical
Esse processo teve início após a suspensão, em agosto,
das análises e publicações de registros sindicais,
quando o MTE retomou os procedimentos com a
publicação da
Portaria 3.472, de 4 de outubro, no DOU (Diário
Oficial da União), com as novas regras.
A adequação de procedimentos administrativos e
normativos diminuem a burocracia e aumentam a
transparência do processo.
Uma das mudanças na solicitação do registro, que era
feito no portal gov.br e agora passou para o sistema
do Cnes (Cadastro Nacional de Entidades Sindicais),
é a dispensa de apresentação de comprovante de
pagamento de guia de recolhimento da União para
custear as publicações no Diário Oficial. A
publicidade por meio do DO e de jornais foi mantida.
Mais transparência
As normas agora exigem mais transparência sobre o
processo de escolha da diretoria, como forma de
eleição, chapas concorrentes, período de mandato e
informações sobre os escolhidos como CPF, empregador
e número de inscrição no conselho profissional, por
exemplo.
Autodeclaração de pertencimento à categoria também
passa a ser necessária. Foi estabelecido prazo entre
o lançamento de edital para convocação dos membros
da categoria e a realização da assembleia geral de
fundação, ou ratificação da fundação, do sindicato.
Prazos
São 20 dias, para a entidade com base municipal,
intermunicipal, ou estadual, e 45 dias para as que
têm base interestadual, ou nacional.
Após solicitação no Cnes de alteração estatutária, o
prazo para envio de documentação à Coordenação-Geral
de Registro Sindical é de 30 dias. A regulamentação
anterior deixava o processo aberto, sem prazo
estabelecido. Também foi acrescido o fornecimento de
informações sobre os assinantes da documentação
apresentada.
Os pedidos de registro de fusão e incorporação
seguem o mesmo caminho, com dispensa de apresentação
de comprovantes de pagamento e maior fornecimento de
informações sobre os assinantes dos documentos e
sobre os dirigentes sindicais.
Outra mudança impede a ampliação da representação
sindical em casos de fusão, ou incorporação, já que
o número de dirigentes da entidade resultante não
poderá ser maior que a soma da representação dos
sindicatos preexistentes.
Federações e confederações
As mudanças no processo de registro de entidade de
grau superior, como federações e confederações,
seguem as mesmas linhas de desburocratização e
transparência, com a exigência de apresentação de
mais informações sobre as entidades fundadoras.
Mediação
As regras para solução de conflitos de representação
entre as entidades também mudaram. Uma dessas é a
possibilidade de solicitação de mediação à SRT ou às
SRTE (superintendências regionais do Trabalho e
Emprego).
A revisão do registro das entidades sindicais é uma
das políticas públicas adotadas pelo governo federal
em busca da reestruturação das relações de trabalho
e valorização da negociação coletiva. Esses temas
são debatidos por GTI (Grupo de Trabalho
Interministerial), que elabora propostas pela
democratização das relações do trabalho.
Fonte: Diap
11/12/2023 -
2024: fortalecer o protagonismo do movimento
sindical
O movimento sindical começa o ano de 2024 com
muitas tarefas e desafios. Em meio ao cenário
político e econômico, precisamos unir forças e
fortalecer o protagonismo do movimento sindical,
sustentado na estratégia da unidade entre as
centrais sindicais e lastreada na luta, em
argumentos técnicos, para ampliarmos os sistemas de
trabalho digno e de aposentadoria justa.
Miguel Torres*
Pontos de convergência para a solução das agendas
previdenciária e trabalhista são a mobilização e a
negociação. Temos de divulgar as nossas propostas,
denunciar ataques a direitos e convencer a
sociedade, e, portanto, o Congresso Nacional, de que
não podemos perder direitos.
Vale ressaltar que todas estas demandas trabalhistas
estão sendo encaminhadas, construídas e articuladas
pelas centrais sindicais, confederações, federações
e sindicatos, que têm importante papel de defesa dos
direitos e interesses dos trabalhadores no
Congresso.
Em 2024, a grande tarefa será a de ampliar a
mobilização que sustenta as nossas posições e
convencer a sociedade e os parlamentares de que
nossas propostas são as melhores para o
desenvolvimento nacional, como fortalecimento das
negociações coletivas, atualização do modelo
sindical, financiamento da estrutura sindical,
aposentadoria digna, igualdade de salário entre
homens e mulheres, marco regulatório para servidor
público entre outros.
O fato é que iremos lutar, debater e negociar. Nós
representamos a força de trabalho do Brasil e nos
faremos ouvir. Nós, trabalhadores, queremos
contribuir com o debate necessário para que nosso
País seja cada vez mais justo, com trabalho, renda,
moradia e transporte dignos.
Quero dedicar a você os melhores votos de um Natal e
Ano Novo, repleto de realizações, amor, paz e muito
carinho. Desejo que em 2024 nós possamos juntos
continuar nossa luta por mais empregos, melhores
salários, mais educação e saúde.
A luta faz a lei! Boas Festas! Um excelente 2024!
(*) Presidente da Força Sindical, Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e CNTM
(Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos)
Fonte: Diap
11/12/2023 -
Médicos e sindicatos mostram a precarização do
trabalho em mineração
Assunto foi debatido em audiência pública na
Câmara na quinta-feira
As Comissões do Trabalho e de Minas e Energia da
Câmara dos Deputados promoveram, na quinta-feira
(7), audiência conjunta para avaliar as condições de
trabalho na mineração brasileira. O diagnóstico foi
dado logo no início da reunião, por meio do mestre
em saúde pública Mário Parreiras de Faria, que
também é auditor fiscal do trabalho há quase 40
anos.
“O setor mineral mata quase três vezes mais do que
os outros setores [econômicos]. Daí a necessidade de
termos uma legislação moderna, que leve ao controle
de todos os fatores de risco no setor mineral”,
afirmou.
Fatores de risco
Representando o Ministério do Trabalho, Faria
apresentou extensa lista de fatores de risco da
mineração, tais como ruído (perfuratriz, rock-drill,
ar comprimido, etc.), vibração (grandes equipamentos
e ferramentas manuais), umidade e radiações
ionizantes e não ionizantes (atividades de solda e
corte).
Alguns fatores – como desmoronamentos, choques
elétricos e explosões – têm impacto imediato na
saúde do trabalhador, enquanto outros levam ao
adoecimento gradativo. É o caso da exposição à
sílica presente na poeira respirável de algumas
minas e que pode provocar quadros de silicose.
“É uma fibrose pulmonar progressiva e fatal que
geralmente ocorre após 15 anos de exposição. Além da
silicose, a sílica também provoca, por exemplo,
câncer de laringe e alterações renais”, explicou
Faria.
Legislação
Mário Parreiras de Faria informou tentativas de
avanços nas negociações entre governo, mineradoras e
trabalhadores em torno da NR22, a norma
regulamentadora das condições de trabalho no setor
mineral. Porém, representantes de vários sindicatos
se mostraram céticos diante de resistências dos
empresários em alguns itens.
Dirigente da Rede de Sindicatos em Barragens,
Eduardo Armond de Araújo relatou precarização
acentuada no setor, agravada pela Lei da
Terceirização. Também citou a sucessão recente de
tragédias e graves transtornos sociais envolvendo a
mineração.
“Desde 1986, houve rompimento de barragens em
Itabirito e Cataguases duas vezes, Nova Lima,
Mariana e Brumadinho, só em Minas Gerais. Hoje,
nosso sindicato está com atuação em três barragens
que estão em risco 3 e embargadas pela ANM (Agência
Nacional de Mineração), mas os terceirizados
continuam trabalhando. E há quanto tempo a gente
sabe do caso da Braskem? Há 30 anos aquilo está
acontecendo lá e 50 mil pessoas foram desalojadas. E
os trabalhadores que trabalharam lá, naquele
processo?”, questionou.
Outra crítica recorrente é em relação à emenda
constitucional (EC 103) que passou a exigir idade
mínima para a aposentadoria especial. O presidente
do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de
Extração de Minerais de Sergipe (Sindimina-SE),
Álvaro da Silva Alves, reclamou do duro cotidiano
nas minas e das dificuldades de aposentadoria.
“Só para vocês terem uma ideia, hoje, na mineração,
eu preciso ter 55 anos para me aposentar. Agora, eu
lhe pergunto: com todos os problemas que a gente
vive, eu consigo chegar lá e ter qualidade de vida
depois?”
Procuradora do Ministério Público do Trabalho no
Pará, Cíntia Pantoja Leão admitiu problemas de
precarização e de subnotificação do adoecimento de
trabalhadores na mineração. Acrescentou que a
instituição atua não só de forma reativa às
denúncias, mas também com grupos de trabalho com
focos em prevenção e promoção dos direitos do
trabalho.
Mineradoras ausentes
O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) lamentou a
ausência de representantes das mineradoras - que
foram convidados para a audiência, mas não
compareceram.
“Diante do contexto, nós não temos a participação do
outro lado. É um tema que, por vezes, passa à margem
do conhecimento da ampla maioria do povo brasileiro,
mas é um tema recorrente para quem está vivendo na
pele as suas dores e as suas perdas”, afirmou o
deputado.
Segundo o Relatório Anual de Lavras da Agência
Nacional de Mineração, divulgado em 2021, o Brasil
tem 135 minas de grande porte (mais de um milhão de
tonelada/ano), 992 de médio porte (de 100 mil a um
milhão de toneladas/ano), 2.750 de pequeno porte (10
mil a 100 mil toneladas/ano), além de 5.653
empreendimentos minerais de micro e pequeno porte.
Minas Gerais tem o maior número de minas ativas no
país: 3.339.
Fonte: Agência Câmara
11/12/2023 -
Governo Lula dá pistas do que será a
“neoindustrialização”
Boa parte das propostas foi apresentada e
debatida, nos últimos meses, em reuniões do CNDI
(Comitê Executivo do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial)
Prestes a completar o primeiro de seus quatro anos
de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
segue em busca de uma política industrial que
estimule o setor produtivo e o crescimento
econômico. A estratégia, batizada de “neoindustrialização”,
ainda não saiu do papel, mas o governo começa a dar
pistas sobre as diretrizes dessa política.
Boa parte das propostas foi apresentada e debatida,
nos últimos meses, em reuniões do CNDI (Comitê
Executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Industrial). Um dos impasses está na cobiça
desmedida dos empresários da indústria por
incentivos fiscais e redução de direitos. Mas
representantes do governo acreditam na possibilidade
de um acordo geral em semanas – talvez dias.
É o caso do secretário nacional de Desenvolvimento
Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace
Moreira, que reconhece “controvérsias” e “polêmicas”
nas discussões, mas demonstra otimismo. “No final,
há a convergência pela neoindustrialização, que dará
à indústria um protagonismo no desenvolvimento
econômico brasileiro”, declarou o gestor na saída da
última reunião do CNDI, no final de novembro.
Um dos consensos é que o governo vai criar um fundo
com recursos voltados à inovação, à indústria 4.0, à
descarbonização e ao aumento da produtividade.
Conforme revelou uma fonte do CNDI ao Valor
Econômico, esse financiamento será inspirado no
FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico).
Os créditos serão oferecidos por instituições
federais, como o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), a Embrapii
(Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial) e a Finep (Financiadora de Estudos e
Projetos). Todos os créditos ligados à
neoindustrialização terão taxas menores ao setor
produtivo.
O CNDI é composto por 21 ministérios e órgãos
federais, além de 21 representantes da sociedade
civil, entre entidades industriais e trabalhistas.
Nos debates, a CNI (Confederação Nacional da
Indústria) apresentou o Plano de Retomada da
Indústria, baseado em quatro eixos: descarbonização
da economia; transformação digital; saúde e
segurança sanitária; defesa e segurança nacional.
Outro vetor é o fortalecimento da agroindústria,
conforme o deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS),
presidente da Comissão de Indústria, Comércio e
Serviços da Câmara dos Deputados. “Precisamos de uma
política industrial que promova agregação de valor à
produção agrícola brasileira, a fim de promover as
agroindústrias”, afirma o parlamentar. Segundo ele,
é preciso valorizar desde “empreendedores rurais
familiares até as grandes indústrias de
transformação de toda a cadeia produtiva do
agronegócio.”
O movimento sindical também terá papel nas
deliberações. Neste mês, a CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) lançará uma
nota técnica sobre a necessidade de
reindustrialização do País. O documento, elaborado
pelo economista Diogo Santos, terá como título
“Política Industrial a Serviço de uma Estratégia
Nacional de Desenvolvimento para o Brasil”.
Fonte: Portal Vermelho
08/12/2023 -
Dieese critica volta da Carteira Verde e Amarela
A direita não descansa. E persiste. Uma das
persistências é tentar, pela quarta vez, impor a
Carteira Verde Amarela, que tem origem no Projeto de
Lei 5.228, de 2019.
O Dieese alerta para os prejuízos trabalhistas com a
Carteira de matriz bolsonarista. O site da entidade
publica a Nota Técnica 279, que analisa a matéria
(clique abaixo e leia).
Dia 21 de novembro, a Câmara apreciou proposta de
substitutivo da deputada Adriana Ventura (Novo/SP)
ao PL 5.228, do senador Irajá (PSD/TO), que institui
o Contrato de Primeiro Emprego pra jovens entre 18 e
29 anos e o Contrato de Recolocação Profissional,
pra pessoas com 50 anos ou mais. O PL ficou
conhecido como Carteira Verde e Amarela.
De 2019 para cá, lembra o Dieese, as medidas nesse
sentido enviadas ao Congresso perderam a validade ou
foram rejeitadas.
A Nota Técnica alerta: “O PL favorece os
empregadores, reduzindo direitos. Ainda que
apresente menos isenções que nas versões passadas,
tem impacto nas contribuições previdenciárias e
Fundo de Garantia. Como contrapartida à contratação
desses jovens, os empregadores terão reduzida a
alíquota do FGTS. Assim: 2% pra microempresa; 4% pra
empresa de pequeno porte, entidade sem fins
lucrativos, entidade filantrópica, associação ou
Sindicato; 6%, demais empresas. A contribuição à
Seguridade Social também será de 10%, à exceção dos
microempreendedores individuais e empresas optantes
pelo Simples Nacional”.
Repúdio – Por agravar a precarização no trabalho, a
Carteira Verde e Amarela é repudiada pelo conjunto
do sindicalismo. Para o Dieese, essa precarização
pode levar a empresa a trocar o trabalhador
experiente pelo jovem iniciante, dada as vantagens
salariais e fiscais.
Leia a Nota –
https://bit.ly/3RsO3UA
Fonte: Agência Sindical
08/12/2023 -
Mercado de trabalho no Brasil hoje vive à margem da
CLT
O que não falta no Brasil são trabalhadores.
São 108 milhões de pessoas, com mais de 16 anos,
aptas a pegar no batente. Pode até não faltar
trabalho para tanta gente, o que está em falta, cada
vez mais, são empregos. No portal do Conjur
Desta massa de gente trabalhadora, 44 milhões têm
trabalho formal, com carteira assinada ou com
contrato de trabalho. Outros 40 milhões estariam na
informalidade, ou seja, não têm nem contrato nem o
CNPJ de suposto empreendedor, mas dão o duro fazendo
bicos ou vivendo de expediente.
Os simplesmente desempregados estariam em torno de 8
milhões. Perpassando todos estes grupos haveria
ainda 25 milhões de trabalhadores por conta própria,
sejam eles autônomos, empresas unipessoais ou outro
tipo de trabalhador sem relação regular de emprego.
Todos estes dados são do IBGE e estão relacionados
tanto ao mercado de trabalho real existente hoje no
Brasil quanto à principal matéria jurídica que está
sendo discutida na Justiça hoje, que é a relação de
trabalho ou o vínculo de emprego.
Os números às vezes soam contraditórios, mas a
explicação é que as situações de trabalho e emprego
são muito voláteis e volúveis e muitas vezes se
sobrepõem.
Leia a
íntegra da matéria publicada no Conjur
(Consultor Jurídico)
Fonte: Diap
08/12/2023 -
Governo inclui covid-19, burnout e câncer como
doenças do trabalho
O Ministério da Saúde anunciou, na última
quarta-feira (29), a atualização na lista de doenças
relacionadas ao trabalho.
Portaria GM/MS 1.999 foi publicada, em 27 de
novembro, incluindo 165 novas patologias, apontadas
como responsáveis por danos à integridade física ou
mental do trabalhador.
Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios
músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.
Transtornos mentais como Burnout, ansiedade,
depressão e tentativa de suicídio também foram
acrescentadas à lista. Foi ainda reconhecido que o
uso de determinadas drogas pode ser consequência de
jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma
como o abuso de álcool que já constava na lista.
Os ajustes receberam parecer favorável dos
ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência
Social e passam a valer em 30 dias.
Planejamento de medidas de assistência e
vigilância
Com as mudanças, o poder público deverá planejar
medidas de assistência e vigilância para evitar
essas doenças em locais de trabalho, possibilitando
ambientes laborais mais seguros e saudáveis.
As alterações também dão respaldo para a
fiscalização dos auditores fiscais do trabalho,
favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá
mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas
doenças elencadas. A atualização leva em conta todas
as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores
formais e informais, que atuam no meio urbano ou
rural.
Lista de doenças ocupacionais
A lista de doenças ocupacionais foi instituída em
1999. O documento é composto de 2 partes: a primeira
apresenta os riscos para o desenvolvimento de
doenças e a segunda estabelece as doenças para
identificação, diagnóstico e tratamento.
Com a atualização, a quantidade de códigos de
diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser
conferida no Diário Oficial da União.
De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização
foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada
do protagonismo da coordenação nacional da política
de saúde do trabalhador.
As inclusões foram avaliadas pela Renast (Rede
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador)
no 11º encontro conhecido como Renastão, que começou
dia 27, e se encerrou na última quarta-feira (29),
em Brasília.
Renast tem papel estratégico
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no
desenvolvimento da atenção integral à saúde do
trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as
secretarias de saúde de estados, municípios e do
Distrito Federal.
Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais
foram atendidos pelo SUS entre 2007 e 2022, segundo
apontam dados do Sinan (Sistema de Informação de
Agravos de Notificação), que é gerenciado pelo
Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9%
está relacionada com acidentes de trabalho graves.
Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações
foram geradas pela exposição a material biológico;
12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e
3,7% por lesões por esforços repetitivos ou
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos
notificados de doenças relacionados ao trabalho.
(Com informações do portal Migalhas e Agência
Brasil)
Fonte: Diap
08/12/2023 -
Dieese: cesta básica fica mais cara em nove capitais
em novembro
Maior alta registrada no mês ocorreu em Brasília
O custo da cesta básica subiu em novembro em nove
das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A maior alta registrada no mês ocorreu em Brasília,
onde o custo médio da cesta básica subiu 3,06%. A
maior queda foi registrada em Natal, com redução de
2,55%, seguida por Salvador, redução de 2,17%,
Fortaleza, menos 1,39%, e Campo Grande, com menos
1,20%. Porto Alegre foi a única capital que não
apresentou variação no custo da cesta.
A cesta mais cara do país foi encontrada em São
Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos
custava, em novembro, em torno de R$ 749,28. Nas
capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição
da cesta é diferente, os menores valores médios
foram registrados em Aracaju, por R$ 516,76; João
Pessoa, R$ 548,33, e Salvador, R$ 550,86.
Com base no valor da cesta mais cara, o Dieese
calculou qual seria o salário mínimo ideal no país
para cobrir as despesas com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência. Segundo a entidade, o salário
mínimo deveria ser de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o
valor do mínimo atual, fixado em R$ 1.320.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2023 -
STF nega vínculo trabalhista entre motoristas e
empresas de aplicativo
Ministro relator diz que Constituição admite
outras formas de trabalho
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu nesta terça-feira (5) que não há vínculo de
emprego entre motoristas de aplicativo e as empresas
que operam as plataformas. O entendimento vale para
todas as plataformas.
O colegiado julgou uma decisão da Justiça do Trabalho
de Minas Gerais que reconheceu vínculo de emprego
entre um motorista e a plataforma Cabify.
Em seu voto, o relator do processo, ministro
Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça
Trabalhista tem descumprido reiteradamente
precedentes do plenário do Supremo sobre a
inexistência de relação de emprego entre as empresas
de aplicativos e os motoristas.
Para o ministro, a Constituição admite outras
relações de trabalho. "Aquele que faz parte da
Cabify, da Uber, do iFood, ele tem a liberdade de
aceitar as corridas que quer. Ele tem a liberdade de
fazer o seu horário e tem a liberdade de ter outros
vínculos", justificou.
O voto de Moraes foi seguido pelos ministros
Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lucia.
Apesar de não reconhecer o vínculo de emprego,
Cármen Lúcia demonstrou preocupação com o futuro dos
trabalhadores e a falta de regulamentação de
direitos. "Nos preocupamos com esse modelo, o que
não significa adotar o modelo da legislação
trabalhista como se fosse uma forma de resolver. Não
tenho dúvida de que, em 20 anos ou menos, teremos um
gravíssimo problema social e previdenciário. As
pessoas que ficam nesse sistema de 'uberização' não
têm os direitos sociais garantidos na Constituição
por ausência de serem suportados por uma
legislação", afirmou.
Durante o julgamento, o advogado Márcio Eurico
Vitral Amaro, representante da Cabify, alegou que o
modelo de trabalho da empresa não pode ser
considerado como relação de emprego, nos moldes da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Amaro
ponderou que as mudanças tecnológicas também
refletiram no mercado de trabalho.
"Aqueles conceitos clássicos da relação de emprego
não se aplicam a essas novas formas de trabalho
humano. Essas formas não cabem nos limitadíssimos
marcos e limites da CLT", afirmou.
Fonte: Agência Brasil
06/12/2023 -
CDH analisa fim da dispensa de mediação sindical em
demissão coletiva
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) se reúne na
quarta-feira (6), às 11h, com oito itens na pauta,
incluindo o projeto (PLS 366/2017) que restabelece a
necessidade de autorização prévia de entidade
sindical nos casos de demissão sem justa causa. A
proposição do senador Paulo Paim (PT-RS) tem voto
favorável do relator, o senador Weverton (PDT-MA).
O projeto revoga dois artigos inseridos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto Lei
5.452, de 1943) pela reforma trabalhista (Lei
13.467, de 2017). O artigo 477-A dispensa a
autorização prévia de sindicato e a celebração de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho
nos casos de demissão sem justa causa, seja ela
individual, plúrima (isto é, de vários trabalhadores
ao mesmo tempo, com possibilidade de substituição)
ou coletiva (de vários trabalhadores
simultaneamente, sem substituição).
Já o artigo 477-B da CLT, também revogado pelo
projeto, considera presumida a quitação plena e
irrevogável de direitos trabalhistas nos casos de
adesão a plano de demissão voluntária ou
incentivada, nos casos de dispensa individual,
plúrima ou coletiva.
Na justificação, Paim afirma que não se pode
equiparar a dispensa individual às demissões plúrima
e coletiva. “A doutrina sempre fez distinção entre
as dispensas individuais e plúrimas das dispensas
coletivas. As primeiras, a despeito das
consequências que causam à vida dos empregados
demitidos, são distintas da dispensa coletiva, que
exerce grande impacto não só na vida empresarial,
como também na comunidade onde se encontra a
empresa”. Em seu relatório, o senador Weverton
afirma que os trabalhadores “não podem,
simplesmente, ser fragilizados em nome de uma
racionalidade econômica que sacrifica a paz social,
visto ser óbvio para onde isso leva”.
Depois da CDH, o projeto segue para análise da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), cuja decisão
é terminativa.
Cuidador de idoso
A CDH também poderá votar o projeto (PL 3.242/2020)
que insere no Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de
2003) a figura do cuidador de idosos e exemplifica
as suas atribuições. Proposto pelo senador Flávio
Arns (PSB-PR), o projeto recebeu voto favorável da
relatora, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP).
O texto define cuidador de pessoa idosa como aquele
auxilia ou presta cuidados básicos e essenciais ao
idoso, objetivando sua autonomia, independência e
bem-estar, seja ou não membro da família, seja de
forma remunerada ou voluntária, de forma temporária
ou permanente. Suas tarefas podem ser exercidas em
domicílio, em hospitais, em instituições de longa
permanência e em quaisquer locais onde haja
necessidade. São excluídos dessa definição os
procedimentos típicos de profissões legalmente
estabelecidas.
Arns observa, na justificação do projeto, que a
legislação atual não reconhece adequadamente os
cuidadores de idosos, apesar do grande crescimento
do número de cuidadores. Mara Gabrilli concorda com
a necessidade de reconhecer os cuidadores na
legislação: “A elevação proporcional de pessoas
idosas na sociedade vem sendo acompanhada de
semelhante crescimento na oferta do serviço de
cuidadores de pessoas idosas. Contudo, assusta ver
que todo este grande contingente de trabalhadores
tem seu labor não amparado pela lei”.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de
Assuntos Sociais (CAS).
Gênero e raça
Outra matéria em pauta, o Projeto de Decreto
Legislativo (PDL) 71/2023, tem como objetivo
suspender a portaria que cria o Programa Nacional de
Equidade de Gênero, Raça e Valorização das
Trabalhadoras no Sistema Único de Saúde (SUS).
Porém, a proposição, do senador Eduardo Girão
(Novo-CE), recebeu relatório contrário da senadora
Ana Paula Lobato (PSB-MA).
Segundo Girão, a portaria traz “conceitos inovadores
à legislação”, tais como laicidade estatal e
identidade de gênero, e cria novas obrigações aos
trabalhadores da saúde sem amparo legal, além de
usurpar a competência do Congresso e atentar contra
o equilíbrio das contas públicas.
Por sua vez, a relatora defendeu a portaria: “É
absolutamente imperativo, no tempo presente,
criarmos políticas públicas que dialoguem com a
equidade de gênero, raça e orientação sexual.
Refutar tal ideia e admitir o oposto equivale a
admitir predileção pela manutenção da sociedade
brasileira sob o abrigo de ideias de substrato
patriarcal e escravagista”, opinou.
Fonte: Agência Senado
06/12/2023 -
PIB registra crescimento de 0,1% e registra maior
patamar na série histórica
Economia mantém estabilidade e opera 7,2% acima
do nível pré-pandemia
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu
0,1% no terceiro trimestre de 2023. Essa
estabilidade reflete a terceira taxa positiva
consecutiva, evidenciando a recuperação contínua
após a variação de -0,1% no final de 2022. Com esse
resultado, o PIB atinge o seu maior patamar na série
histórica, operando 7,2% acima do nível
pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de
2019.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
terça-feira (5), o PIB totalizou R$ 2,741 trilhões
no terceiro trimestre. No acumulado de janeiro a
setembro, o PIB apresentou uma alta de 3,2% em
comparação com o mesmo período do ano passado.
No cenário setorial, dois dos três principais
setores econômicos apresentaram avanço no trimestre:
Indústria (0,6%) e Serviços (0,6%). O setor de
Serviços, representando aproximadamente 67% da
economia, teve destaque positivo, impulsionado por
atividades financeiras, imobiliárias e de informação
e comunicação.
No entanto, o setor de transporte, armazenagem e
correio registrou uma queda de 0,9%, atribuída
principalmente ao transporte de passageiros. Entre
as atividades industriais, o único crescimento foi
observado no setor de eletricidade e gás, água,
esgoto, atividades de gestão de resíduos,
influenciado pelo aumento no consumo de energia.
A agropecuária, por sua vez, apresentou uma queda de
3,3% no trimestre, marcando a primeira retração após
cinco trimestres consecutivos de taxas positivas.
Quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado,
o PIB cresceu 2,0%, impulsionado pelos resultados
positivos nos três grandes setores. Destaque para o
avanço de 8,8% na agropecuária e crescimento de 1,0%
na indústria.
Já o setor com maior peso no PIB, o de serviços,
avançou 1,8% na comparação com o mesmo trimestre do
ano passado. Todas as suas atividades ficaram no
campo positivo: atividades financeiras, de seguros e
serviços relacionados (7,0%), atividades
imobiliárias (3,6%), informação e comunicação
(1,6%), transporte, armazenagem e correio (1,6%),
outras atividades de serviços (1,1%), comércio
(0,7%) e administração, defesa, saúde e educação
públicas e seguridade social (0,4%).
Fonte: IBGE
06/12/2023 -
Tebet diz que, com informação do IBGE, PIB deve
crescer 3,1%, caso economia fique estável
Segundo ministra do Planejamento, resultado
impacta diretamente na qualidade de vida no País
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, comemorou
o avanço de 0,1% do PIB no 3º trimestre, como
anunciou mais cedo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Em sua conta no X
(antigo Twitter), a ministra apontou que a economia
brasileira deve encerrar 2023 com crescimento acima
de 3%.
“Com a informação de hoje do IBGE sobre a economia
no terceiro trimestre, o PIB de 2023 deve crescer
cerca de 3,1%, caso a economia fique estável no
último trimestre do ano. Isso é mais do que a média
mundial”, escreveu Tebet.
A ministra ainda acrescentou que o resultado impacta
diretamente na qualidade de vida no País.
“Crescimento da economia e da renda traz melhoria de
vida aos brasileiros, razão maior do nosso
trabalho”, pontuou.
O Planejamento ainda deve divulgar uma nota técnica
comentando o resultado e a projeção de 3,1%
mencionada pela ministra.
O avanço de 0,1% do PIB no terceiro trimestre de
2023 ante o segundo trimestre de 2023 veio mais
forte do que a mediana das previsões de analistas
consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava
queda de 0,2%, com o intervalo das estimativas indo
desde uma queda de 0,6% a uma alta de 0,9%.
Fonte: Estadão
06/12/2023 -
Lula quer aumentar frente ampla para eleições de
2026, dizem fontes
Segundo relatos, petista tem demonstrado cada vez
mais a intenção de ser candidato à reeleição;
Planalto foi informado que MDB e PDT não pretendem
lançar candidatura própria
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende
repetir e ampliar para 2026 a frente ampla que o
elegeu no ano passado.
O petista, segundo apurou a CNN, tem demonstrado a
interlocutores, cada vez mais, a intenção de ser
candidato à reeleição. Segundo auxiliares do
governo, o petista aposta em uma grande coalizão
partidária já no primeiro turno.
O Palácio do Planalto foi informado que nem o MDB e
nem o PDT pretendem lançar candidatura própria em
2026.
Tanto é que Lula pretende retomar diálogo com Ciro
Gomes até 2026. Ciro já sinalizou à cúpula nacional
do PDT que não pretende ser candidato. E dirigentes
nacionais do MDB já acenaram com a disposição em
apoiar Lula na próxima disputa presidencial.
Inclusive, o partido gostaria de fazer uma
dobradinha com o petista caso o vice-presidente
Geraldo Alckmin, do PSB, decida concorrer a senador
por São Paulo.
O governo federal vê dificuldades em eventuais
apoios do União Brasil e do PSD, apesar de os dois
partidos comporem a Esplanada dos Ministérios, por
questões regionais.
O Republicanos e o PP são descartados. A aposta é
que os dois partidos se organizem em uma candidatura
de oposição com o PL, de Jair Bolsonaro.
Apesar de acreditar em uma neutralidade nacional do
PSD, como ocorreu em 2022, Lula avalia apoiar nomes
do partido em disputas estaduais.
É o caso de Minas Gerais, por exemplo, onde Lula
está disposto a apoiar uma eventual candidatura a
governador do presidente do Senado Federal, Rodrigo
Pacheco (MG).
Fonte: CNN Brasil
06/12/2023 -
Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,8%
ao mês
Medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de
Previdência Social
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras
operações de crédito consignado. Por 14 votos a 1, o
Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)
aprovou nesta segunda-feira (4) o novo limite de
juros de 1,8% ao mês para essas operações.
O novo teto é 0,04 ponto percentual menor que o
antigo limite, de 1,84% ao mês, nível que vigorava
desde outubro. O teto dos juros para o cartão de
crédito consignado caiu de 2,73% para 2,67% ao mês.
Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em
vigor cinco dias após a instrução normativa ser
publicada no Diário Oficial da União, o que ocorrerá
nos próximos dias.
A justificativa para a redução foi o corte de 0,5
ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da
economia). No fim de setembro, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros
básicos de 12,75% para 12,25% ao ano. Desde agosto,
quando começaram os cortes na Selic, o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a pasta
deve acompanhar o movimento e propor reduções no
teto do consignado à medida que os juros baixarem.
As mudanças têm de ser aprovadas pelo CNPS.
Os novos tetos são um pouco mais altos do que queria
o Ministério da Previdência Social. Na semana
passada, a pasta havia proposto que o teto caísse
para 1,77%, com desconto em folha, e para 2,62% no
cartão de crédito consignado. Os representantes das
instituições financeiras defenderam a manutenção das
taxas atuais.
Sem definição no debate, o ministro Carlos Lupi,
propôs que a reunião fosse suspensa e retornasse
para votação nesta segunda-feira. O único voto
contrário na reunião de hoje foi o do representante
dos bancos.
Com o novo teto, alguns bancos oficiais terão de
reduzir as taxas para o consignado do INSS. Segundo
os dados mais recentes do Banco Central (BC), o
Banco do Nordeste cobra 1,88% ao mês, e o Banco da
Amazônia cobra 1,86%.
Como as taxas estão acima do teto atual nestes, na
prática, as duas instituições suspenderam a oferta
desse tipo de crédito. Entre os bancos federais, o
Banco do Brasil cobra 1,8%, exatamente o valor do
futuro teto, e apenas a Caixa cobra menos, com taxa
de 1,73% ao mês.
Impasse
O limite dos juros do crédito consignado do INSS foi
objeto de embates no início do ano. Em março, o CNPS
reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decisão opôs os
Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.
Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a
medida provocava desequilíbrios nas instituições
financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o
Banco do Brasil e a Caixa também deixaram de
conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês
era inferior ao cobrado pelas instituições.
A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de março,
decidiu pelo teto de 1,97% ao mês. O Ministério da
Previdência defendia teto de 1,87% ao mês,
equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal
antes da suspensão do crédito consignado para os
aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um
limite de 1,99% ao mês, que permitia ao Banco do
Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a
concessão de empréstimos.
Fonte: Agência Brasil
05/12/2023 -
Negociação coletiva, direito fundamental do trabalho
A valorização da negociação coletiva fortalece
a democracia porque, por meio do diálogo social,
trabalhadores, empresas, organizações do terceiro
setor e governantes tratam de interesses e conflitos
que estão presentes na repartição do produto
econômico do trabalho de todos, fixando pisos,
reajustes e aumentos dos salários, formas de
contratação, benefícios para o transporte coletivo,
para a creche, educação e formação profissional,
jornada de trabalho e horas extras, entre tantos
outros itens que compõem acordo ou convenção
coletiva.
Clemente Ganz Lúcio*
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) trata
do “direito de sindicalização e de negociação
coletiva” na Convenção 98, aprovada em 1949, na 32ª
reunião da Conferência Internacional do Trabalho
realizada em Genebra. O Brasil a ratificou em 1952,
há 71 anos.
Essa é 1 das 5 categorias que integram os Princípios
e Direitos Fundamentais no Trabalho:
1) liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do
direito à negociação coletiva;
2) eliminação de todas as formas de trabalho forçado
ou obrigatório;
3) abolição efetiva do trabalho infantil;
4) eliminação da discriminação em relação ao emprego
e à ocupação; e
5) direito à segurança e saúde no trabalho.
Por que a Convenção 98 trata simultaneamente de
direito de sindicalização e de negociação coletiva?
Primeiro, porque a negociação coletiva se processa
por meio da representação coletiva realizada pelo
sindicato. Cabe, portanto, ao sindicato promover sua
real capacidade de representação e
representatividade, que são expressas pela cobertura
sindical efetiva correspondente ao contingente de
trabalhadores protegidos por acordos ou convenções
coletivas e pela sindicalização.
Segundo, porque para cumprir sua missão, o sindicato
deve ter autonomia em termos de organização,
deliberação e financiamento.
Infelizmente, são recorrentes iniciativas de
empresas e governos para desqualificar as
negociações coletivas e, principalmente, para
impedir a sindicalização ou o trabalho de base do
sindicato.
Por isso a Convenção 98 da OIT afirma que “os
trabalhadores deverão gozar de proteção adequada
contra quaisquer atos atentatórios à liberdade
sindical em matéria de emprego”, tais como,
“subordinar o emprego de um trabalhador à condição
de não se filiar a um sindicato ou deixar de fazer
parte de um sindicato; e dispensar um trabalhador ou
prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua
filiação a um sindicato ou de sua participação em
atividades sindicais, fora das horas de trabalho ou
com o consentimento do empregador, durante as mesmas
horas”.
Para garantir a autonomia do direito de organização
sindical a Convenção 98 afirma que “as organizações
de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de
proteção adequada contra quaisquer atos de
ingerência de umas e outras, quer diretamente, quer
por meio de seus agentes ou membros, em sua
formação, funcionamento e administração”. É muito
clara a definição de atos de ingerência ao afirmar
que são “medidas destinadas a provocar a criação de
organizações de trabalhadores dominadas por um
empregador ou uma organização de empregadores, ou a
manter organizações de trabalhadores por outros
meios financeiros, com o fim de colocar essas
organizações sob o controle de um empregador ou de
uma organização de empregadores”.
Assentada na autonomia sindical, a OIT afirma que
“deverão ser tomadas, se necessário for, medidas
apropriadas às condições nacionais, para fomentar e
promover o pleno desenvolvimento e utilização dos
meios de negociação voluntária entre empregadores ou
organizações de empregadores e organizações de
trabalhadores com o objetivo de regular, por meio de
convenções, os termos e condições de emprego”.
Nesse sentido, a Constituição Federal do Brasil
delega aos sindicatos dos trabalhadores o poder de
representação coletiva para celebrar acordos
coletivos com as empresas, ou convenções coletivas
com a representação setorial dos empregadores que,
em nosso país, também é designada de sindicato
(p.ex. sindicato da indústria, sindicato do
comércio).
Em nosso País a sindicalização é livre e, portanto,
ninguém é obrigado a se filiar a sindicato.
Entretanto, de forma correta e moderna, a legislação
determina que acordo ou convecção coletiva tem
efeito universal para aqueles que estão no âmbito de
representação. Isso significa que todos/as os/as
trabalhadores/as, sócios e não sócios do sindicato,
são abrangidos, protegidos e beneficiados pelas
regras contidas no instrumento coletivo. Do mesmo
modo, todas as empresas e organizações que
participam do âmbito negocial estão vinculadas ao
cumprimento e benefícios do que foi pactuado.
A legislação é cristalina no papel de representação
coletiva dos sindicatos, no amplo poder da
negociação coletiva e na autonomia para construir
sua representatividade. Até por isso, o Supremo
Tribunal Federal corrigiu gravíssima distorção
contida na Reforma Trabalhista de 2017, consignada
na Lei 13.467, que tirou a responsabilidade dos
todos os beneficiados pelos acordos e convenções
coletiva de financiar a sua representação nos
processos negociais conforme deliberado em
assembleia.
O STF define que, com o fim da contribuição
sindical, comumente denominada de imposto sindical,
que era paga por todos para financiar o sistema
sindical, é correto que uma contribuição destinada a
financiar a representação no processo negocial seja
aportada por todos os beneficiados.
A base de toda a deliberação relacionada ao processo
negocial é coletiva, realizada por meio de
assembleias e de consultas estruturadas, momento no
qual se renovam as delegações de representação ao
sindicato para processo negocial concreto. São as
assembleias que definem a pauta que será
apresentada, analisam e deliberam pela aprovação ou
rejeição das propostas vindas das mesas de
negociação e, em algum momento, definem pela
celebração de acordo ou convenção coletiva concreto.
Portanto, a representação coletiva tem nas
assembleias o espaço de deliberação sobre todas as
regras e normas que irão reger as relações de
trabalho por um período.
O nosso sistema sindical e de relações de trabalho,
que é bem estruturado, está desafiado a responder às
profundas mudanças no sistema produtivo e no mundo
do trabalho. Considerando a velocidade, a
intensidade e a extensão dessas transformações,
somente a negociação coletiva será capaz de tratar
dos novos problemas e desafios, construindo soluções
e normas em tempo real.
Para que acordos e convenções gerem segurança para
todos diante de problemas complexos e inéditos, é
fundamental que os processos negocias sejam bem
estruturados e permanentemente valorizados.
Por isso, as centrais sindicais apresentaram
propostas para incentivar e valorizar a negociação
coletiva. A criação de Conselho Nacional de Promoção
da Negociação Coletiva, com participação tripartite,
visando cuidar permanente da negociação coletiva, em
todos os âmbitos, apoiando formas de articulação e
coordenação dos espaços e âmbitos negociais,
desenvolvendo instrumentos de mediação e arbitragem,
observando a diversidade setorial, territorial e de
tamanho de empresa, bem como estimulando a
negociação coletiva no setor publico.
Não se deve temer a negociação coletiva. Aqueles que
a realizam com boas práticas, a valorizam, a
defendem e a promovem. Quem vivencia a negociação
coletiva conhece sua importância estratégica para um
sistema de relações de trabalho moderno.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável) da
Presidência da República. Membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004-2020).
Fonte: Diap
05/12/2023 -
Comissões debatem condições de trabalho na mineração
brasileira
As comissões de Trabalho; e de Minas e Energia da
Câmara dos Deputados promovem debate na quinta-feira
(7) sobre as condições de trabalho na mineração
brasileira. O pedido para a realização da audiência
pública foi apresentado pelo deputado Airton Faleiro
(PT-PA). Ele está preocupado com o agravamento da
saúde dos mineiros após a última reforma da
Previdência, que aumentou a idade mínima para a
aposentadoria especial desses trabalhadores.
O objetivo do debate, segundo Faleiro, é propor
alternativas para redução dos elevados índices de
acidentes, aleijamentos, mortes e adoecimento nas
atividades na mineração.
"Precisamos discutir os impactos das reformas da
Previdência e trabalhista e os impactos nas
condições de trabalho e de vida das trabalhadoras e
trabalhadores, a precarização do trabalho no setor
mineral, denunciando o cenário marcado pela
terceirização, pelo descumprimento das leis
trabalhistas, por acidentes e mortes, adoecimento,
assédio moral, afastamentos por invalidez,
alcoolismo, uso de drogas, jornadas extenuantes e
contaminação por exposição a metais pesados",
enumerou.
A audiência ocorre às 10 horas, no plenário 12.
Confira a lista completa de convidados.
Fonte: Agência Câmara
05/12/2023 -
Centro de Estudos da Câmara discute reflexos da
automação na empregabilidade
O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara
dos Deputados (Cedes) promove audiência pública na
quinta-feira (7) para discutir o tema "Automação e
Reflexos na Empregabilidade". A reunião está marcada
para as 10 horas, no plenário 4.
O colegiado vem realizando debates para embasar o
estudo sobre inteligência artificial, automação do
trabalho e empregabilidade, relatado pelo deputado
Helio Lopes (PL-RJ).
Segundo o deputado, o objetivo é avaliar a
complexidade das inteligências artificiais como
tecnologia inovadora no mercado de trabalho; os
possíveis impactos nos grandes segmentos do mercado
de trabalho; as possíveis alterações no status
social e remuneratório das profissões; e os desafios
da qualificação profissional no ambiente das
inteligências artificiais.
O que é o Cedes
O Centro de Estudos e Debates Estratégicos é um órgão
técnico-consultivo da Câmara dos Deputados dedicado
a análise e discussão de temas de caráter inovador
ou com potencial de transformar as realidades
econômica, política e social do Brasil.
Desde sua instalação, em 2003, já foram publicados
27 estudos, muitos dos quais já transformados em lei
ou incorporados pelos governantes.
O colegiado é composto por 23 parlamentares e
presidido pelo deputado Da Vitoria (PP-ES).
Fonte: Agência Câmara
05/12/2023 -
Aposentadoria para mulheres que cuidam dos filhos
avança na Câmara
Proposta tem como autoria deputados do PCdoB:
Jandira Feghali (RJ), Alice Portugal (BA) e Renildo
Calheiros (PE). A ex-deputada Professora Marcivânia
também é autora do projeto
Nesta semana, parlamentares do PCdoB garantiram a
aprovação do Projeto de Lei (PL) 2691/2021 na
Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados.
Essa matéria estabelece um salário mínimo de
aposentadoria para mulheres de 62 anos ou mais em
reconhecimento ao cuidado materno.
“Com isso, fazemos justiça ao trabalho de cuidado
realizado pelas mulheres, na imensa maioria das
vezes invisibilizado, que torna a jornada feminina
muito mais exaustiva e extensa que a dos homens.
Sonhamos com um mundo menos desigual e estamos
trabalhando para chegar lá! Agora vamos em frente
aprovar o projeto em Plenário”, afirmou a líder do
PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali, uma das
autoras do projeto.
Em outra frente, Jandira Feghali atuou como relatora
do Projeto de Lei (PL) 5875/2013, do senador Renan
Calheiros, que cria o Cartão de Identificação do
SUS, uma iniciativa que pode ajudar muito a Saúde no
Brasil.
Na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos
Deputados, a parlamentar aprovou um substitutivo
para o projeto, formulado após ampla discussão e
boas contribuições para o texto.
“Além de organizar os dados dos usuários e facilitar
o atendimento, o cartão eletrônico pode impulsionar
o desenvolvimento tecnológico na área de Saúde, com
a criação de um grande e confiável banco de dados,
ponto de partida para pesquisas e estudos de alto
nível, com potencial para fomentar a capacitação
científica e trazer inovações, além de ampliar a
cooperação com outros países e órgãos
internacionais. Saúde, Ciência e Tecnologia têm que
caminhar sempre juntas”, explicou a relatora da
matéria.
Fonte: Portal Vermelho
05/12/2023 -
Paim destaca importância de idosos, aposentados e
pensionistas
O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou em
pronunciamento nesta segunda-feira (4) a importância
de valorizar os idosos, aposentados e pensionistas
do país. O parlamentar destacou que o grupo ajudou
no crescimento e desenvolvimento do Brasil, tendo
contribuído rigorosamente com a Previdência Social.
Paim citou dados do Ministério da Previdência Social
que mostram que existem cerca de 39 milhões de
aposentados, pensionistas e beneficiários do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS):
— Essa população é a que mais cresce no Brasil. É
mais do que justa a busca por justiça social para
todos os aposentados e dependentes do nosso sistema
de proteção social. Isso tem que ser um compromisso
permanente com a nossa gente. Creio que o Brasil
ainda tem uma grande dívida com esses cidadãos, e é
nosso dever fazer o bom combate diariamente, de
forma continuada, falar incansavelmente, se possível
todos os dias, em prol da justiça social e do
reconhecimento merecido para aqueles que tanto
contribuíram para a nossa nação.
O senador defendeu a criação do 14º salário para
aposentados, além da possibilidade de
“desaposentadoria”, garantindo ao cidadão que quiser
renunciar à aposentadoria poder fazer um novo
cálculo para melhorar o benefício (PL 299/2023).
Fonte: Agência Senado
05/12/2023 -
Micro e pequenas empresas são as maiores
empregadoras do país
Números são do Sebrae com dados do Novo Caged
Um estudo do Sebrae elaborado com base nos dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo
Caged) apontou que 71% das 1,78 milhão de vagas de
trabalho criadas em 2023 tiveram como origem as
micro e pequenas empresas. O levantamento mostra que
essas empresas geraram 1,26 milhão de postos de
trabalho, enquanto as médias e grandes geraram 372,4
mil vagas, o que equivale a cerca de 21% do total de
empregos.
No mês de outubro, de acordo com o Sebrae, as micro
e pequenas empresas geraram 124,1 mil vagas, do
total de pouco mais de 190 mil postos de trabalho. O
número representa 65,2% do saldo líquido de
contratações efetuadas. Enquanto as médias e grandes
empresas foram responsáveis por 69,8 mil novas
vagas, equivalente a 36,7% do saldo.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números
mostram, mais uma vez, a força do pequeno negócio e
a importância desse segmento para a economia.
“São os empreendedores de pequeno porte que têm
sustentado o país. São as pessoas que acordam todas
as manhãs e fazem o Brasil se movimentar,
distribuindo renda, proporcionando inclusão social e
a transformação das vidas de bairros e municípios,
em todas as regiões. Pela primeira vez na história o
Brasil registrou a marca de 100 milhões pessoas
ocupadas. E temos uma das menores taxa de desemprego
de 7,6%”.
Fonte: Agência Brasil
04/12/2023 -
Moraes suspende julgamento sobre revisão da vida
toda do INSS
Não há data para retomada do julgamento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (1°) o
julgamento de um recurso do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) envolvendo a chamada revisão da
vida toda de aposentadorias.
O julgamento virtual da questão seria finalizado
hoje, mas Moraes pediu destaque do processo. Dessa
forma, a análise do recurso foi suspensa. Não há
data para a retomada do julgamento.
Em dezembro do ano passado, o Supremo validou a
revisão da vida toda e permitiu que aposentados que
entraram na Justiça possam pedir o recálculo do
benefício com base em todas as contribuições feitas
ao longo da vida. Antes da decisão, a revisão não
era reconhecida.
A Corte reconheceu que o beneficiário pode optar
pelo critério de cálculo que renda o maior valor
mensal, cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo
da vida toda pode aumentar ou não o benefício.
Segundo o entendimento, a regra de transição que
excluía as contribuições antecedentes a julho de
1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser
afastada caso seja desvantajosa ao segurado.
Após o reconhecimento, o INSS entrou com um recurso
para restringir os efeitos da decisão para excluir a
aplicação da revisão a benefícios previdenciários já
extintos, decisões judiciais que negaram direito à
revisão conforme a jurisprudência da época e
proibição de pagamento de diferenças antes de 13 de
abril de 2023, data na qual o acórdão do julgamento
do STF foi publicado.
Placar
Mais cedo, antes de interrupção do julgamento, o
placar do julgamento estava indefinido sobre qual
posicionamento deve prevalecer.
Os ministros Fachin, Rosa Weber (votou antes da
aposentaria) e Cármen Lúcia votaram para estabelecer
como marco para o recálculo o dia 17 de dezembro de
2019, data na qual o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) reconheceu o direito de revisão a um segurado
do INSS.
Os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luís
Roberto Barroso votaram pela anulação da decisão do
STJ.
Moraes, que suspendeu o julgamento, entendeu que o
marco temporal seria 1° de dezembro de 2022, data na
qual o Supremo decidiu a questão.
Entenda
O processo julgado pelo STF trata de um recurso do
INSS contra decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que garantiu a um segurado do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) a possibilidade de revisão
do benefício com base nas contribuições sobre o
período anterior ao ano de 1994.
Durante a tramitação do processo, associações que
defendem os aposentados pediram que as contribuições
previdenciárias realizadas antes de julho de 1994
sejam consideradas no cálculo dos benefícios. Essas
contribuições pararam de ser consideradas em
decorrência da reforma da previdência de 1999, cujas
regras de transição excluíam da conta os pagamentos
antes do Plano Real.
Segundo as entidades, segurados do INSS tiveram
redução do benefício em função da desconsideração
dessas contribuições.
Fonte: Agência Brasil
04/12/2023 -
STF mantém modulação de decisão que validou
terceirização de atividade-fim
Trabalhadores que receberam indenizações de
boa-fé de empresas condenadas por terceirização
ilícita não podem ser obrigados a devolver os
valores
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a
modulação de efeitos da decisão que validou a
terceirização de atividade-fim. De acordo com esse
entendimento, as condenações por terceirização
ilícita que ocorreram até a data do julgamento do
mérito, em 2018, não podem ser revistas. Os
ministros entenderam que a discussão ficou
“prejudicada” porque já acabou o prazo para propor
ações rescisórias (que tem como objetivo desfazer os
efeitos de sentença já transitada em julgado), que é
de dois anos.
Foi definido, ainda, que os trabalhadores que
receberam indenizações de boa-fé de empresas
condenadas por terceirização ilícita não podem ser
obrigados a devolver os valores. O julgamento foi
realizado na sessão desta quarta-feira (29).
A Corte julgou recurso da Celulose Nipo Brasileira
(Cenibra) e da Associação Brasileira do Agronegócio
(Abag) contra o limite temporal definido pelo
Supremo para questionar as condenações anteriores ao
julgamento do STF que permitiu a terceirização da
atividade-fim.
Em análise anterior, a Corte decidiu que a tese
favorável à terceirização se aplicava somente ao
futuro e aos processos que estavam em curso na data
de conclusão do julgamento do mérito (30 de agosto
de 2018). O objetivo foi evitar o ajuizamento de
milhares de ações rescisórias. O Tribunal Superior
do Trabalho (TST) já havia proferido 326 mil
decisões condenando empresas que terceirizaram sua
atividade-fim.
As recorrentes alegaram que não houve quórum
suficiente para definir a tese da modulação. Isso
porque a lei estabelece que a modulação de efeitos
das decisões devem ser definidas por, no mínimo,
oito votos, ou dois terços da composição da Corte.
Na época, o placar ficou em 7 a 4 pela modulação
vencedora, proposta pelo relator, Luiz Fux.
Fonte: InfoMoney
04/12/2023 -
Vai a sanção o projeto que torna feriado o Dia da
Consciência Negra
Será encaminhado a sanção presidencial o projeto de
lei que teve origem no Senado e torna feriado
nacional o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20
de novembro. A data será chamada Dia Nacional de
Zumbi e da Consciência Negra. Atualmente, o dia já é
considerado feriado em seis estados brasileiros e
cerca de 1,2 mil cidades. A efeméride remete ao dia
da morte do líder do Quilombo dos Palmares, um dos
maiores do período Brasil-Colônia.
Aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira
(29), o Projeto de Lei (PL) 3.268/2021 teve origem
no Projeto de Lei do Senado (PLS) 482/2017, de
autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Sob
a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o texto
foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de
Educação (CE) em agosto de 2021 e seguiu para
apreciação da Câmara, onde foi relatado pela
deputada Reginete Bispo (PT-RS). Em novembro do
mesmo ano, a Agência Senado produziu um especial
sobre o tema.
Em postagens nas redes sociais, o autor e o relator
do projeto comemoraram a aprovação da matéria na
Câmara dos Deputados. Esse é o primeiro novo feriado
nacional criado desde 1980, quando o 12 de outubro
virou data comemorativa.
“Por memória, reparação e justiça! Nosso projeto de
lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado em
todo o território nacional acaba de ser aprovado na
Câmara dos Deputados! Que o 20 de novembro seja
lembrado no Brasil como uma data para celebrar a
luta, a força e a resistência do povo negro que
construiu e constrói nosso país!”, postou Randolfe
Rodrigues.
“Conquista histórica. Aprovado na Câmara o projeto
de lei que instituiu o 20 de novembro dia Nacional
de Zumbi e da Consciência Negra feriado nacional.
Vai à sanção presidencial. O senador Randolfe é o
autor, eu tive a honra de relatar no Senado. Na
Câmara, a relatoria foi da deputada Reginete Bispo”,
comemorou Paulo Paim.
Fonte: Agência Senado
04/12/2023 -
Congelamento do piso regional pune 2,5 milhões de
trabalhadores no RJ
No Rio de Janeiro, primeiro estado a criar um
piso regional, as gestões bolsonaristas lideradas
por Wilson Witzel e Cláudio Castro sacrificam os
trabalhadores.
A maioria dos estados mais ricos do País,
concentrados no eixo Sul-Sudeste, tem piso salarial
regional. É o caso do Rio de Janeiro, que viu sua
participação no PIB nacional passar de 9,9% em 2020
para 10,5% em 2021, firmando-se como a segunda maior
economia estadual do Brasil.
Se o salário mínimo nacional precisa levar em conta
as diferentes realidades do conjunto das 27 unidades
federativas brasileiras, o piso regional tem a
vantagem de se basear nas especificidades de um
estado. Ao olhar as demandas do trabalho, o custo de
vida e o potencial econômico de uma região, o
salário mínimo estadual se torna um importante
instrumento de distribuição de renda e promoção do
trabalho decente.
Diversas categorias profissionais, em especial
aquelas sem convenções e acordos coletivos, são
beneficiadas. De acordo com a Lei Complementar
Federal Nº 103/2000, os pisos regionais devem ser
necessariamente superiores ao piso federal. Como o
governo Lula retomou neste ano a política de
valorização do salário mínimo, cabe aos governadores
terem igual audácia e valorizar os salários mínimos
de seus estados.
Mas no Rio de Janeiro, primeiro estado a criar um
piso regional, as gestões bolsonaristas lideradas
por Wilson Witzel e Cláudio Castro resolveram
sacrificar os trabalhadores. As seis faixas do piso
fluminense cobrem 2,5 milhões de empregados, o
equivalente a 70% da população economicamente ativa
no estado. Devido à covardia e à visão antipovo do
Palácio Guanabara, esses trabalhadores não têm
reajuste salarial desde 2019. A defasagem nos
rendimentos é de mais de 30%.
Na prática, o Rio de Janeiro deixou de oferecer um
piso salarial para as categorias que mais precisam.
Enquanto o salário mínimo nacional é de R$ 1.320
desde 1º de maio, a faixa 1 do piso regional segue
em R$ 1.238,11, e a faixa 2, em R$ 1.283,73. O
governo estadual pune comerciários, domésticas,
operários da construção civil, trabalhadores rurais,
catadores de material reciclável e outros
profissionais.
Para as centrais sindicais e para o campo
democrático-progressista, o reajuste do piso
regional é uma prioridade. Por isso, nesta
quinta-feira (30), fizemos um ato para cobrar o
governador Cláudio Castro e exigir o reajuste já.
Nosso protesto se concentrou no Largo do Machado. De
lá, saímos em passeata até o Palácio Guanabara.
Os trabalhadores não podem pagar a conta da crise
fiscal e dos descalabros dos últimos governos
estaduais. Exigimos o descongelamento do piso.
Reajuste do piso regional já!
Fonte: Portal Vermelho
04/12/2023 -
Dificuldades e deficiências – João Guilherme Vargas
Netto
Há dificuldades e há deficiências. Para o movimento
sindical as deficiências decorrem da desorientação
dos dirigentes e da fraca conexão com as bases. As
dificuldades são de duas ordens: ideológicas e
materiais.
As dificuldades ideológicas são o resultado dos anos
de névoa do neoliberalismo com sua indução egoísta
do “eu sozinho” e seu feroz ataque às ações
coletivas, perturbando e desorientando
principalmente os jovens trabalhadores.
As dificuldades materiais surgem da escassez de
recursos financeiros para a ação, um dos resultados
da deforma trabalhista de Temer que rompeu o pacto
pluridecenal da sociedade com os sindicatos. Suas
direções não conseguem, ainda, recuperar o respeito
devido aos dirigentes sindicais na representação dos
trabalhadores.
Estas duas feras se encavalam mutuamente e querem
comer não só o corpo, mas a alma dos sindicatos.
Quanto às deficiências, a maior delas é o somatório
de pequenos desvios que se traduzem pela
desorientação das direções e pela subestimação da
“subida” às bases. A própria unidade de ação das
centrais perde seu conteúdo fundamental – expresso,
por exemplo, na pauta da CONCLAT 2022 – e se
transforma em um mero exercício retórico de produção
de notas públicas cada vez menos orientadoras e cada
vez mais suscetíveis de divisão efetiva.
Para enfrentar as dificuldades é preciso eliminar as
deficiências e agir de maneira coerente e eficiente
em cada aproximação dos dirigentes com os
trabalhadores e as trabalhadoras nas bases
sindicais.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
04/12/2023 -
Resgate de trabalho escravo até novembro já é o
maior em 14 anos no país
Em 11 meses, 2.847 pessoas foram retiradas de
condições análogas à escravidão e mais de R$ 10,8
milhões foram pagos em verbas salariais e
rescisórias a esses trabalhadores
Numa das frentes de luta pelo trabalho decente, que
figura entre as principais bandeiras do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o combate ao trabalho
escravo ganhou novo fôlego no atual governo. O
reflexo pode ser visto na quantidade de resgates
feitos neste ano. Até o mês de novembro, foram 2.847
trabalhadores retirados de condições degradantes — o
número já é o maior dos últimos 14 anos.
Nesse período, 516 estabelecimentos urbanos e rurais
foram fiscalizados e mais de R$ 10,8 milhões foram
pagos em verbas salariais e rescisórias a esses
trabalhadores, valor que também é um recorde
histórico da série de pagamentos feitas até o
momento. Os dados são do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Em todo ano de 2022, 2.587 trabalhadores foram
encontrados e resgatados pela fiscalização, em 531
ações realizadas, com pagamento de R$10,4 milhões em
indenizações trabalhistas.
As operações são feitas pelo Grupo Móvel, sob a
coordenação do MTE e em parceria com outros órgãos,
como a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária
Federal (PRF), o Ministério Público do Trabalho
(MPT), a Defensoria Pública da União e o Ministério
Público Federal (MPF), além de outras instituições,
a depender do tipo de operação a ser realizada.
Onde estão os maiores números
A região Sudeste foi onde aconteceu o maior número de
ações e resgates, com 192 estabelecimentos
fiscalizados e 1.043 trabalhadores resgatados,
seguido do Centro-Oeste, com 103 fiscalizações e 720
resgates.
Na sequência, o Sul teve 475 trabalhadores
resgatados e 76 ações realizadas. No Nordeste, foram
83 ações e 450 resgates e no Norte, 159 e 62,
respectivamente.
Entre os estados, os maiores resgates ocorreram em
Goiás (640), Minas Gerais (571) — que concentrou o
maior número de ações, 102 — e São Paulo (380).
O cultivo de café foi o setor com a maior quantidade
de resgatados, 300, passando à frente do de
cana-de-açúcar (258) que liderava até junho deste
ano.
Trabalho escravo ainda é alto
Os dados acumulados desde 1995 mostram o quanto o país
ainda precisa avançar para garantir dignidade a toda
a classe trabalhadora e erradicar definitivamente a
“escravidão moderna”. Desde aquele ano até outubro,
mais de 61 mil pessoas foram encontradas nessas
condições pela Inspeção do Trabalho.
Segundo estimativa da Fundação Walk Free divulgada
no primeiro semestre deste ano, o Brasil pode ter
mais de um milhão de pessoas vivendo em situação de
escravidão contemporânea, o que corresponde a cinco
em cada mil habitantes, ocupando a 11ª colocação, em
números absolutos, deste trágico ranking mundial de
160 países.
Com informações do MTE
Fonte: Portal Vermelho
01/12/2023 -
Proposta que extingue contribuição sindical
obrigatória tem parecer favorável na CCJ
O relator da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 305/13, do ex-deputado Augusto
Carvalho (DF), que “Dá nova redação ao inciso IV, do
artigo 8º, e ao caput do artigo 149, ambos da
Constituição Federal, para extinguir a previsão da
contribuição sindical compulsória” é o deputado
Felipe Francischini (União Brasil-PR).
À proposta, o relator, deputado Felipe Francischini
ofereceu, nesta quarta-feira (29),
parecer pela aprovação desta e das propostas
anexadas, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça
e de Cidadania).
O parecer do relator na CCJ não entra no mérito da
proposição. Apenas se posiciona relativamente à
admissibilidade do texto do ex-deputado. Caso seja
aprovada no colegiado, em seguida, pode ser criada
comissão especial — mérito — a fim de tratar do
conteúdo da PEC.
Com a apresentação do parecer, em qualquer momento,
a PEC 305/13 pode ser incluída na pauta da CCJ.
Há mobilização da direita e extrema-direita contra o
movimento sindical no Congresso. Se não comparecer
de forma organizada, com proposições e disposto às
negociações necessários, as entidades
representativas dos trabalhadores serão
“atropeladas”. Tal como aconteceu com a Reforma
Trabalhista.
A pauta dos trabalhadores — para o bem ou para o mal
— encontra-se no Congresso. Se não houver
acompanhamento adequado, permanente e orgânico dessa
pauta, as chances de reveses aumentam
exponencialmente. Ao fim e ao cabo, o propósito
desta e de outras propostas, com o mesmo teor, é
ferir de morte os sindicatos.
Reforma Sindical
Outra proposta — PEC 196/19, do ex-deputado Marcelo
Ramos (AM), que trata da Reforma Sindical —, que foi
aprovada na CCJ, em dezembro de 2019, aguarda a
criação de comissão especial para análise do mérito
do texto.
Fonte: Diap
01/12/2023 -
Marinho defende no Senado contribuição assistencial
como norma coletiva
“A oposição à taxa assistencial pode ser feita
na assembleia. Uma vez aprovada, não cabe oposição”,
disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
em audiência pública no Senado, nesta quarta-feira
(29), na CAS (Comissão de Assuntos Sociais). O
ministro compareceu à reunião para falar sobre os
projetos da pasta.
Ainda sobre a cobrança da contribuição assistencial,
ele explicou que ninguém, individualmente, pode
decidir simplesmente não pagar tributo ou imposto
porque não concorda. Morador de condomínio pode
discordar de determinada taxa definida em
assembleia. Mas, uma vez decidida a cobrança esse
não pode, simplesmente, deixar de pagar, por
exemplo.
O ministro deu outros exemplos para explicar a
necessidade de financiamento dos sindicatos, por
meio da contribuição assistencial, definida em
assembleia, fruto da negociação coletiva que alcança
todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. Daí
decorre a necessidade dessa contribuição.
“As empresas podem se opor à contribuição com o
‘Sistema S’, por exemplo?”, perguntou Marinho, e
respondeu: “a resposta é não, não pode.”
Discussão no Congresso
Tão logo o Supremo decidiu pela validade da cobrança,
vários deputados e senadores apresentaram
proposições no sentido de não permitir esse tipo de
arrecadação em favor do sindicato de trabalhadores.
Os projetos questionam a decisão do STF, pois os
autores não querem, embora não digam isso
abertamente, que os sindicatos tenham condições
materiais e financeiras de atuarem em defesa dos
direitos e conquistas dos assalariados, contra a
sanha exploratória do patronato brasileiro, que não
gosta de sindicato.
Trabalhadores em plataformas digitais
Outro tema que o ministro abordou na audiência pública
foi sobre os trabalhadores de empresas de
transportes de mercadorias, como os motoboys.
Marinho disse que a pasta já chegou a entendimento
quanto aos direitos desses trabalhadores dos
serviços de transporte de pessoas, como o Uber, que
abrangem, por exemplo, contribuição previdenciária,
estipulação de jornada e remuneração.
A ideia, afirmou, é contemplar todos os serviços de
transportes por aplicativos. Segundo Marinho, caso
as empresas de transportes de mercadorias não sigam
o mesmo caminho, o próprio governo vai elaborar
projeto de lei, nos próximos dias, para submeter à
apreciação do Parlamento.
Construir proposta consensual
O questionamento sobre o assunto foi feito pelo
presidente da CAS e autor do requerimento para a
audiência pública, senador Humberto Costa (PT-PE).
Luiz Marinho disse que tem insistido no assunto para
que se alcance proposta consensual. Ele explicou
que, durante as negociações, as empresas do ramo dos
motoboys têm argumentado que a função não se
enquadra nos modelos de negócios dessas empresas:
“Daí eu pergunto: qual modelo de negócio?
Exploração? Porque houve empresa que teve a pachorra
de sugerir pagamento inferior ao salário mínimo.
Estamos insistindo e espero que em breve tenhamos um
acordo para apresentar ao presidente [da República]
e, depois, ao Parlamento. Se não houver um
entendimento, uma evolução a partir da próxima
semana, a gente vai apresentar um texto”, disse o
ministro.
Fonte: Diap
01/12/2023 -
Com o recorde de mais de 100 milhões de ocupados,
desemprego é o menor desde 2015
Segundo o IBGE, massa de rendimentos também bate
recorde, somando quase R$ 296 bilhões. Informalidade
se mantém elevada
A taxa de desemprego voltou a diminuir e fechou em
7,6% no trimestre encerrado em outubro. É a menor
desde fevereiro de 2015, segundo a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada
nesta quinta-feira (30) pelo IBGE. O total de
desemprego agora é estimado em 8,259 milhões – menos
261 mil no trimestre (-3,1%) e 763 mil em um ano
(-8,5%). É o menor número desde abril de 2015.
Já o total de ocupados chegou a 100,206 milhões. É
recorde da série histórica, iniciada em 2012.
Cresceu 0,9% no trimestre (mais 862 mil) e 0,5% em
12 meses (acréscimo de 545 mil).
Com e sem carteira
Além disso, o número de empregados com carteira no
setor privado – 37,615 milhões – aumentou 1,7% e
2,7%, respectivamente. E é o maior desde junho de
2014. Por sua vez, os empregados sem carteira
(13,314 milhões) ficou estável nas duas comparações.
Estimado em 25,582 milhões, o total de trabalhadores
por conta própria cresceu 1,3% no trimestre. E ficou
estável na comparação anual. O número de
trabalhadores domésticos (5,819 milhões) e no setor
público (12,142 milhões) permaneceu estável.
Os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar
mais) são 20,042 milhões. Com queda de 11,6% no ano,
é o menor número desde fevereiro de 2016. Ainda
segundo a pesquisa, a taxa de subutilização (17,5%)
é a menor desde dezembro de 2015.
Desalentados e informais
Já os desalentados (3,440 milhões) estão em número 6%
menor no trimestre. Em um ano, a queda é de 17,7%. O
IBGE lembra que é o menor contingente desde agosto
de 2016. A participação de desalentados na força de
trabalho é agora de 3,1%.
Mas a taxa de informalidade se mantém estabilizada
em nível alto. Representa 39,1% dos ocupados, ou
39,2 milhões de pessoas.
Calculado em R$ 2.999, o rendimento médio cresceu
1,7% no trimestre e 3,9% no ano. A massa de
rendimentos soma R$ 295,7 bilhões, novo recorde da
série histórica, com alta trimestral de 2,6% e anual
de 4,7%.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/12/2023 -
Preocupação com insegurança jurídica domina debate
sobre comércio aos domingos e feriados
Ministério do Trabalho revogou portaria do governo
Bolsonaro que concedia, em caráter permanente,
autorização para o trabalho aos domingos
A preocupação com a insegurança jurídica e o impacto
sobre as vendas natalinas dominaram a audiência
pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento
Econômico da Câmara dos Deputados que discutiu,
nesta quarta-feira (29), a abertura do comércio aos
domingos e feriados.
O assunto ganhou destaque neste mês, após o
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revogar uma
portaria do governo Bolsonaro (MTP 671/21) que
concedia, em caráter permanente, autorização para o
trabalho aos domingos e feriados para diversas
atividades.
Posteriormente, após a repercussão negativa da
decisão, inclusive na Câmara, o ministério adiou os
efeitos da nova portaria (MTE 3.665/23) para março
de 2024. Até lá, espera alcançar um acordo com
trabalhadores e empresas sobre o tema.
Debate prévio
A audiência foi proposta pela deputada Daniela Reinehr
(PL-SC). Ela criticou o governo por não ter debatido
previamente a questão com trabalhadores e
empregados. “Não houve um amplo debate, não ouve
considerações, especialmente num período em que
naturalmente o consumo aumenta”, afirmou.
O deputado Saulo Pedroso (PSD-SP) também criticou a
medida. Para ele, o governo precisa mostrar clareza
em relação às suas propostas. “Se eventualmente
tiver que fazer algum tipo de mudança, que não seja
da maneira como foi feito, numa publicação num
feriado”, disse Pedroso. A portaria revogadora foi
publicada às vésperas do feriado de 15 de novembro.
Também presente ao debate, o deputado Luiz Gastão
(PSD-CE) disse que o ministério errou ao não dar um
prazo para os empregados e empregadores negociarem.
Gastão é autor do projeto que suspende a portaria do
MTE (PDL 405/23), cuja urgência foi aprovada no
Plenário na semana passada.
Instabilidade
Na avaliação do advogado da divisão jurídica e
sindical da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antônio Lisboa, a
portaria apenas trouxe instabilidade jurídica para a
questão, já que ela está pacificada na legislação.
Ele lembrou que a Lei 10.101/00 autoriza o trabalho
aos domingos e feriados nas atividades do comércio
em geral, desde que observada o repouso semanal
remunerado, a legislação municipal (no caso dos
domingos) e convenção coletiva de trabalho e a
legislação municipal (para os feriados).
“Precisamos de segurança jurídica para que o
empresário possa investir, sabendo que ele vai poder
exercer de fato a sua atividade”, disse Lisboa.
Já o gerente de assuntos trabalhistas da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Pablo
Rolim Carneiro, afirmou que as mudanças tecnológicas
dos últimos anos tornaram o funcionamento
ininterrupto uma necessidade do comércio e da
indústria. Ele defendeu a aprovação de uma lei
regulando de vez a questão.
Resgate
O contraponto ao debate foi feito pela assessora
jurídica da Federação dos Comerciários do Estado de
São Paulo (Fecomerciários-SP), Zilmara David de
Alencar. Ela disse que a decisão do MTE apenas
“resgata o privilégio da negociação coletiva”.
“A lei que rege o comerciário diz que qualquer tipo
de alteração de jornada de trabalho que traga
condições de saúde e segurança deve ser previamente
objeto de negociação coletiva”, afirmou Alencar. A
advogada disse ainda que a autorização para trabalho
aos domingos e feriados é questão típica de
negociação coletiva entre trabalhadores e patrões.
Fonte: Agência Câmara
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