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05/12/2024 -
Centrais Sindicais e Luiz Marinho participam de
Reunião da CSI
Confira os destaques da 35ª Reunião do Conselho
Geral da CSI: novas filiações, planos estratégicos,
anticorrupção e mais.
De 3 a 4 de dezembro, a 35ª Reunião do Conselho
Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI),
com a participação do Ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, reúne 150 representantes de
confederações sindicais de 46 países.
Confederação Sindical Internacional
Na Reunião serão debatidos temas como a filiação de
novas entidades, planos estratégicos para 2025,
políticas de anticorrupção e a preparação para o
próximo Congresso Mundial da CSI.
Também estão em pauta temas como mudanças
climáticas, transição justa, democracia, paz,
segurança global e o papel dos sindicatos em
organismos internacionais, como a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Fundada em 1º de novembro de 2006 pela fusão da
Confederação Internacional de Sindicatos Livres e da
Confederação Mundial do Trabalho, a Confederação
Sindical Internacional (CSI) é a maior federação
internacional de sindicatos.
Centrais sindicais
Na abertura do evento, o ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, destacou os esforços do governo brasileiro
para criar políticas que beneficiem a classe
trabalhadora. Os presidentes das Centrais Sindicais
CUT, Sérgio Nobre, Força Sindical, Miguel Torres, e
UGT, Ricardo Patah, traçaram um panorama da
realidade sindical no Brasil, enfatizando avanços e
desafios.
O encontro contou também com a participação de João
Carlos Juruna, secretário geral da Força Sindical,
Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da Força
Sindical, Lourenço Prado, secretário internacional
da UGT, Joaquim Chacon, da UGT, e do
secretário-geral da CSI, Luc Triangle.
Responsabilidade climática
Marinho reafirmou o compromisso do Brasil em liderar o
processo de responsabilidade climática, sublinhando
que, embora o país tenha um papel fundamental, o
sucesso depende da colaboração internacional.
“É evidente que não dependerá só do Brasil, mas de
todos os envolvidos e de cada país interessado em
avançarmos em responsabilidade climática”, declarou.
Fonte: Rádio Peão Brasil
05/12/2024 -
Debate sobre redução da jornada de trabalho reúne
argumentos diferentes
A ideia de reduzir a jornada de trabalho no Brasil
sem diminuir salários nem afetar a economia foi
debatida na Comissão de Finanças e Tributação da
Câmara dos Deputados nesta terça-feira (3). A pedido
do presidente do colegiado, deputado Mário
Negromonte Jr. (PP-BA), convidados com diferentes
pontos de vista expuseram seus argumentos.
Para os defensores do fim da escala 6x1 (seis dias
de trabalho e uma folga), o trabalhador teria mais
tempo livre para realizar outras atividades e, mais
satisfeito, traria ganhos de produtividade para o
país. Os críticos da proposta argumentam que haverá
aumento de custos para os empregadores.
Na avaliação de Negromonte, é possível chegar a um
consenso. “É o momento de amadurecer isso e buscar
um entendimento melhor para ambas as partes. O
trabalhador precisa ter saúde mental e qualidade de
vida, mas sem afetar a geração de emprego e renda”,
afirmou.
Constituição
Atualmente, a Constituição limita a jornada a oito
horas diárias e 44 horas semanais, o que viabiliza a
escala de seis dias de trabalho e um de descanso. O
mesmo texto permite a redução da jornada mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Na prática, o trabalhador brasileiro tem uma jornada
média de 39 horas semanais, maior que a média
mundial de 38,2 horas.
O que está em debate agora é a proposta da deputada
Erika Hilton (SP), líder do Psol, de reduzir a
duração do trabalho para até oito horas diárias e 36
semanais, com jornada de quatro dias por semana e
três de descanso. O texto precisa do apoio de 171
deputados para começar a tramitar na Câmara.
Custos
A primeira observação da superintendente de Relações
do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Sylvia Lorena, sobre a proposta de Erika foi
que oito horas em quatro dias da semana reduziria a
jornada para 32 horas semanais, e não para 36. O
resultado das 36 horas, segundo Sylvia, em todo
caso, seria um aumento de custo sem compensações
produtivas e sem comprovação de ganho real para a
sociedade.
“A estimativa de aumento direto de gastos com
empregados formais só para a indústria seria de R$
113 bilhões. Para o setor público, nessa mesma
hipótese de duração limitada a 36 horas, a
estimativa seria de R$ 70,8 bilhões”, disse a
representante da CNI.
Sylvia Lorena defendeu prioridade, neste momento,
para um crescimento estruturado, o equilíbrio fiscal
e investimentos em educação de qualidade e
tecnologia, que são alicerces para a geração de
empregos de qualidade. Ela lembrou ainda que países
que reduziram o tempo de trabalho o fizeram por
aumento de produtividade acumulado ao longo dos
anos, o que não seria o caso do Brasil.
Por sua vez, o advogado da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Roberto
Lopes apontou a necessidade de observar as
diferenças regionais no Brasil para fazer qualquer
reajuste de jornada. Há regiões turísticas que têm a
economia aquecida no verão ou no inverno, por
exemplo.
“Não podemos deixar de lado as diferentes atividades
do comércio. Representamos setores de combustíveis,
bares e restaurantes, turismo, vigilância e
segurança. Existe uma gama de atividades econômicas.
Esse tipo de redução pode gerar impacto”, ponderou o
advogado.
Roberto Lopes também lembrou que a Lei 12.790/13,
que regulamenta o exercício da profissão de
comerciário, já admite a jornada de seis horas e a
redução por negociação coletiva.
Produtividade maior
A favor da redução da jornada, o coordenador-geral de
Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego, Marco Antonio Costa, listou maior
produtividade de um trabalhador mais descansado e
motivado, equilíbrio entre vida pessoal e
profissional, saúde mental, participação em
atividades culturais, aperfeiçoamento educacional e
criação de novos postos de trabalho, com benefícios
para a economia.
“A redução da jornada não deve ser vista apenas como
um ajuste técnico, mas como uma política de
valorização do trabalho humano”, afirmou Costa.
Redução gradual
Autor de uma proposta de redução já em análise na
Câmara (PEC 221/19), o deputado Reginaldo Lopes
(PT-MG) defendeu uma escala 5x2 e um prazo para
implementá-la. A PEC apresentada por ele reduz de 44
para 36 horas a jornada, em um período de dez anos.
“Eu continuo defendendo a transição. Vamos supor
oito anos de transição. A cada ano uma hora. O
impacto fica diluído e diminui qualquer
possibilidade de impacto da inflação”, defendeu o
parlamentar.
O secretário de Assuntos Jurídicos da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle, acrescentou
que a redução da jornada é uma luta histórica das
centrais sindicais. A jornada, segundo ele, teria de
ser no mínimo cinco dias de trabalho e dois de
descanso.
Fonte: Agência Câmara
04/12/2024 -
PIB do Brasil cresce 0,9% no 3º trimestre de 2024,
dentro do previsto
Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o
PIB cresceu 4%, um pouco acima do esperado
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu
0,9% no terceiro trimestre de 2024 ante o trimestre
anterior, mostrando desaceleração ante o 1,4% de
crescimento registrado no segundo trimestre.
O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais
produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,989 trilhões em
valores correntes, informou o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira
(3).
Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o
PIB cresceu 4%, um pouco acima dos 3,9% esperados
por analistas.
O desempenho na comparação com o segundo trimestre
ficou dentro da estimativa do consenso LSEG de
analistas, que previa alta de 0,9%.
As altas nos Serviços (0,9%) e na Indústria (0,6%)
contribuíram para a taxa positiva no trimestre,
embora a Agropecuária tenha recuado mais uma vez no
período, com 0,9% a menos de contribuição com o PIB.
Pela ótica da demanda, na mesma comparação, houve
altas nos três componentes: o consumo das famílias
avançou 1,5% e o consumo do governo cresceu 0,8%; a
Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida dos
investimentos, subiu 2,1%.
Comparação anualizada
Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB
cresceu 4% e foi acompanhado pelos Serviços (4,1%) e
pela Indústria (3,6%), enquanto a Agropecuária
mostrou recuo de 0,8%.
Todos os setores dos Serviços tiveram taxas
positivas nessa comparação, com destaque para
Informação e comunicação (7,8%), Outras atividades
de serviços (6,4%), Construção (5,7%), Atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados
(5,1%), e Indústria de transformação (4,1%).
Já atividades como Comércio (3,9%), Eletricidade e
gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos
(3,7%) e Atividades imobiliárias (3,1%), avançaram
abaixo do PIB.
Taxa de investimento
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024
foi de 17,6% do PIB, acima dos 16,4% registrados no
terceiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança
recuou 14,9%, abaixo dos 15,4% do mesmo trimestre do
ano passado.
Acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em
setembro de 2024, comparado ao mesmo período de
2023, cresceu 3,1%. Nessa comparação, houve altas na
Indústria (3,4%) e nos Serviços (3,4%) e queda na
Agropecuária (2,9%).
Mais uma vez, todas as atividades do setor de
Serviços mostraram taxas positivas nessa comparação,
enquanto as altas mais destacadas na indústria foram
de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de
gestão de resíduos (7,3%) e das Indústrias
Extrativas (6,2%).
Pela ótica da demanda interna, a Despesa de Consumo
das Famílias (3,7%) mostrou taxa positiva. Já a
Despesa de Consumo do Governo (2,9%) recuou nessa
comparação, ante 3,5% no trimestre anterior.
Fonte: InfoMoney
04/12/2024 -
Redução da semana de trabalho no Brasil é tema de
nova audiência na Câmara na quarta
Fim da escala de uma folga a cada seis dias de
trabalho divide opiniões entre os deputados
"É de conhecimento geral que a jornada de trabalho
no Brasil frequentemente ultrapassa os limites
razoáveis, sendo a escala de trabalho 6x1 uma das
principais causas de exaustão física e mental dos
trabalhadores", afirma Erika.
"A carga horária imposta por essa escala afeta
negativamente a qualidade de vida dos empregados,
comprometendo sua saúde, bem-estar e relações
familiares", argumenta.
Sem consenso
O assunto divide opiniões. Deputados da base do
governo defendem a proposta, mas parlamentares da
oposição preferem negociação direta entre empregado
e empregador.
Fonte: Agência Câmara
04/12/2024 -
Rumo das medidas está acertado, diz economista
Pedro Afonso Gomes preside o Conselho Regional de
Economia do Estado de São Paulo – Corecon-SP. A
entidade não vai produzir documento acerca do
recente conjunto de medidas anunciado pelo governo,
por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mas Pedro tem leitura própria das medidas atuais e
do que elas apontam para o futuro do País. Ele diz:
“As medidas do governo estão no rumo certo”. Ou
seja, evitar tributação em salários e taxar ganhos
altos, fora do padrão salarial.
Com seu habitual senso de humor, o presidente do
Corecon-SP observa: “Quando a pessoa ganha R$ 50 mil
ou mais, eu penso que nisso está embutido até
direito de imagem ou a fama”.
Pedro Afonso Gomes recorre a um antigo bordão do
ex-senador e governador paulista André Franco
Montoro, que repetia: “Salário não é renda”.
O economista vê o governo agir com firmeza, mas
observando a necessária cautela ante o mercado e as
forças políticas. Ele comenta: “Não tem como mudar
tudo de uma vez. O caminho gradual é o mais seguro,
embora dando passos firmes, no rumo certo”.
Isenção – Para o presidente do Corecon-SP, o ponto
mais atraente das medidas é a isenção do Imposto de
Renda para salários até R$ 5 mil. Segundo Pedro
Afonso Gomes, “os R$ 5 mil são pouco menos que
quatro salários mínimos – é ganho pra pessoa tocar a
vida”. Ele contempla o alcance da medida ao observar
que mais de 85% das pessoas ganham até cinco
salários mínimos”.
A isenção, pelas suas contas, deixaria no bolso do
trabalhador cerca de R$ 500,00 ou R$ 600,00. E
pergunta: “É mais importante quem deixa de ganhar ou
quem deixa de arrecadar”?
Renúncia – O ministro Haddad sinalizou, mas
não definiu, segundo Pedro Afonso, a respeito da
“retirada de subsídios inúteis”. Ele completa: “São
aquelas isenções que beneficiam empresas, grupos ou
ramos, mas não têm retorno pra sociedade”.
Mais – Sites do Corecon-SP, Cofecon e Secom.
Fonte: Agência Sindical
04/12/2024 -
PGR avalia pedido de extinção do PL por ligação com
atos golpistas
Pedido de André Janones menciona o Código Civil,
a Constituição e a Lei dos Partidos, que obrigam o
respeito a princípios como soberania nacional e
Estado de Direito
A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou
ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos
Antidemocráticos (GCAA), na segunda-feira (2), um
pedido de extinção do Partido Liberal (PL),
apresentado pelo deputado federal André Janones (Avante-MG).
A solicitação aponta suposta ligação da legenda, à
qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, com
atos extremistas, incluindo os ataques de 8 de
janeiro de 2023 e um atentado a bomba em frente ao
Supremo Tribunal Federal (STF) ocorrido no mês
passado.
O documento foi assinado pelo chefe de gabinete da
PGR, Carlos Fernando Mazzoco, e será analisado pela
força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF),
composta por nove procuradores. O grupo foi
instituído durante a gestão do ex-procurador-geral
Augusto Aras para lidar com denúncias relacionadas
aos ataques antidemocráticos.
Justificativa do pedido
Na petição, Janones argumenta que a extinção do PL é
necessária para “proteger o regime democrático
brasileiro”, citando que o partido teria desviado de
sua finalidade pública ao atacar instituições
democráticas. Ele menciona artigos do Código Civil,
da Constituição Federal e da Lei dos Partidos
Políticos que obrigam as legendas a respeitar
princípios como soberania nacional e o Estado de
Direito.
“O apoio a discursos de descrédito institucional,
culminando em atos de violência, demanda uma
intervenção enérgica para preservar a estabilidade
do Estado Democrático de Direito”, escreveu Janones.
O pedido também relaciona a sigla ao atentado a
bomba no STF, apontando que o autor do ataque,
Francisco Wanderley Luiz, foi candidato a vereador
pelo PL em 2020.
Indiciamentos e investigações em curso
O PL está no centro das investigações da Polícia
Federal (PF) sobre os atos de 8 de janeiro e a
tentativa de golpe de Estado após as eleições de
2022, quando Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Jair Bolsonaro e Valdemar Costa
Neto, presidente nacional do PL, estão entre os 37
indiciados pela PF por suposta participação nos
ataques e em planos de atentados contra o presidente
Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro
Alexandre de Moraes.
A PF também investiga a apresentação de uma
representação eleitoral do PL que buscava invalidar
votos de determinados modelos de urnas após as
eleições de 2022. Segundo o relatório, a ação tinha
como objetivo incitar as Forças Armadas a apoiar uma
ruptura institucional.
A assessoria do PL informou que o tema está sob
análise de sua equipe jurídica e que o partido se
pronunciará após a avaliação. O GCAA terá a tarefa
de revisar tanto a petição de Janones quanto as 884
páginas do relatório da PF sobre os atos golpistas.
A análise jurídica sobre a possível extinção de um
partido político com base em atos antidemocráticos é
sem precedentes na história recente do Brasil e
poderá abrir um novo capítulo nas discussões sobre
responsabilização de lideranças e organizações por
ataques ao regime democrático.
Fonte: Portal Vermelho
04/12/2024 -
Luiz Marinho destaca a importância dos trabalhadores
nas discussões sobre mudanças climáticas para a COP
30
Ministro do Trabalho e Emprego enfatiza papel do
Brasil na liderança do desenvolvimento sustentável
durante a reunião do CSI
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou, nesta segunda-feira (3), da abertura da
35ª reunião do Conselho Geral da Confederação
Sindical Internacional (CSI), em Brasília. Em sua
fala, ele destacou a importância de inserir o tema
do trabalho e os interesses dos trabalhadores nas
discussões preparatórias para a COP 30, a
conferência sobre mudanças climáticas que ocorrerá
no Brasil em 2025.
O evento, que reúne até o dia 4 de dezembro 150
representantes de confederações sindicais de 46
países, abordou a responsabilidade global na busca
por um desenvolvimento sustentável e justo. Marinho
reafirmou o compromisso do Brasil em liderar o
processo, sublinhando que, embora o país tenha um
papel fundamental, o sucesso depende da colaboração
internacional. "É evidente que não dependerá só do
Brasil, mas de todos os envolvidos e de cada país
interessado em avançarmos em responsabilidade
climática", declarou.
O secretário-geral da CSI, Luc Triangle, também
agradeceu ao ministro Luiz Marinho por incluir os
trabalhadores nas discussões do Grupo de Trabalho (GT)
sobre Emprego, durante o encontro dos ministros em
Fortaleza (CE), considerando a ação um marco na
valorização dos trabalhadores e um exemplo para
outras nações.
Inclusão dos trabalhadores na COP 30
Luiz Marinho destacou a importância central dos
trabalhadores nas discussões sobre mudanças
climáticas, afirmando que são eles as "verdadeiras
vítimas" dos impactos dessas mudanças. "Os
trabalhadores têm o direito de protestar e cobrar
ações de governos e empregadores. A responsabilidade
de todos é essencial para garantir que os debates da
COP 30 avancem para um desenvolvimento sustentável e
a redução das desigualdades globais", afirmou.
O ministro também ressaltou que o Brasil buscará
replicar a abordagem adotada no G20, promovendo
discussões antecipadas e a participação de
trabalhadores, empregadores e governos. "Devemos
criar um espaço de diálogo que envolva todas as
partes, garantindo que a COP 30 produza resultados
concretos para combater a desigualdade e a fome",
acrescentou. Ele expressou ainda a expectativa de
que a COP 30 reforce o compromisso global com a
responsabilidade climática, especialmente pelos
países mais ricos, e avance na construção de um
futuro mais justo e sustentável.
Além disso, o ministro enfatizou que, diante das
mudanças no mundo do trabalho, a criação de novas
formas de emprego deve ser acompanhada pela garantia
de condições dignas. "Devemos assegurar salários
justos, proteção social, ambientes de trabalho
seguros e fortalecer a representação sindical",
concluiu.
Confederação Sindical Internacional
A Confederação Sindical Internacional é a maior
federação internacional de sindicatos. Foi formada
em 1º de novembro de 2006 pela fusão da Confederação
Internacional de Sindicatos Livres e da Confederação
Mundial do Trabalho.
Fonte: MTE
04/12/2024 -
INSS supera a marca de cinco milhões de processos em
andamento
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) superou
a marca de cinco milhões de processos pendentes.
Esse dado faz parte do painel “Justiça em Números”,
do Conselho Nacional de Justiça, e corresponde às
ações pendentes até 31 de outubro, quando o placar
foi atualizado. Esse número diz respeito a todos os
processos, de todos os anos.
Dos 5.109.076 processos em tramitação, 514.687 foram
suspensos, sobrestados ou arquivados provisoriamente
até a data da última atualização.
Tanto o Poder Judiciário quanto o governo federal
têm tentado resolver a judicialização de casos que
envolvem o INSS, de acordo com o advogado
previdenciarista João Badari. “As pessoas precisam
desses direitos para sobreviver. Pode ser um
benefício por incapacidade, uma aposentadoria por
idade, uma pensão por morte para o filho. O
Judiciário e o governo possuem uma grande
sensibilidade para que isso seja resolvido o quanto
antes e para que diminua esse número de processos.”
Embora o número ainda seja alto, o governo tem
tomado medidas para tornar a prestação de serviços
do INSS mais eficiente, o que diminui a busca pelo
Judiciário, de acordo com Badari. A Justiça Federal
também contribui para isso, já que tem sido ágil e
eficiente, em sua opinião.
“Temos de ressaltar, porém, que, quando o segurado
busca ajuda no Judiciário, é porque se sentiu lesado
em um direito que ele teria junto à seguridade
social. Então, é a população buscando que a Justiça
lhe socorra em um momento em que ela mais precisa.”
Badari acredita que haverá uma diminuição gradativa
do número de processos contra o INSS ao longo dos
anos. O painel mostra que os dez primeiros meses de
2024 tiveram 607.437 casos a menos do que o mesmo
período de 2023. No total, o ano passado teve 3,3
milhões de novos processos. Neste ano, já foram
contabilizados 2,7 milhões de novos casos — sendo
que abril foi o mês com o maior número (335.984) e
outubro, o menor (164.038).
Clique aqui para ver o painel completo
Fonte: Consultor Jurídico
03/12/2024 -
Centrais sindicais debatem pautas prioritárias em
2025
Presidentes e representantes das centrais
sindicais debatem pautas prioritárias e cortes de
gastos em reunião na CSB em São Paulo.
As centrais sindicais reuniram-se nesta
segunda-feira (2) na sede da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) em São Paulo (SP) para debater as
pautas prioritárias para o movimento sindical em
2025 e alinhar a agenda conjunta das entidades.
Participaram presidentes e representantes da CUT,
Força Sindical, CTB, CSB, UGT, NCST, Intersindical e
do Dieese.
Dentre os temas abordados, os líderes das centrais
concordaram que é necessário seguir dando atenção
máxima à pauta em defesa da democracia, dos direitos
humanos e do julgamento célere e rigoroso daqueles
que planejaram destruir a ordem democrática do país.
Os sindicalistas também debateram o pacote de cortes
de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, na semana passada. No geral, todos
concordaram que há algumas medidas virtuosas como a
isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil e as
alterações na Previdência dos militares, mas que é
necessário defender benefícios sociais e direitos
dos trabalhadores de desidratações, como foi
anunciado para o BPC e para a valorização do salário
mínimo.
Há preocupação de novos ataques a esses e outros
direitos conforme o pacote de cortes tramite no
Congresso, uma vez que a elite financeira e
empresarial tem emplacado por meio da grande
imprensa que os cortes anunciados são insuficientes
para manter o orçamento dentro do arcabouço fiscal e
tem travado uma guerra especulativa com o dólar para
pressionar por mais cortes na área social.
Eles ressaltaram também que é preciso reforçar a
campanha pela isenção do imposto de renda sobre a
PLR (Participação nos Lucros e Resultados) tal qual
existe para os empresários – proposta com a qual o
presidente Lula já se comprometeu – e pela correção
da tabela do IR, hoje defasada em mais de 140%.
com informações da CSB
Fonte: Rádio Peão Brasil
03/12/2024 -
Dieese mostra farsa do trabalho intermitente: renda
é inferior ao salário mínimo
O estudo do DIEESE mostra a farsa do trabalho
intermitente e a precarização do emprego. Conheça os
impactos da reforma trabalhista e as consequências
para os trabalhadores.
Um levantamento do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
confirma o absurdo da reforma trabalhista (feita
pelo governo Temer e ampliada no governo Bolsonaro)
e do trabalho intermitente.
O estudo mostra que esse tipo de contrato não ajudou
na geração de empregos, precarizou o trabalho humano
e ainda pagou menos que o salário mínimo.
Nessa modalidade, o trabalhador e a trabalhadora
ficam à disposição para trabalhar, aguardando (sem
remuneração), ser chamado pelo empregador. Enquanto
não forem convocados, não recebem.
E, quando são chamados, a renda é proporcional às
horas efetivamente trabalhadas.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
ao final de 2023, havia 417 mil vínculos
intermitentes na iniciativa privada, o equivalente a
0,94% do estoque de vínculos formais ativos nesse
segmento.
A maioria se concentrava no setor de serviços, que
registrou a existência de 252 mil intermitentes.
Renda baixa e menor que o mínimo
O estudo do Dieese revela que a remuneração mensal
média dos vínculos intermitentes ativos no final do
ano passado foi de R$ 762, cerca de 42% inferior ao
salário mínimo (R$ 1.320, em 2023).
Entre as mulheres e os jovens de até 24 anos, a
remuneração média foi equivalente à metade do
salário mínimo (cerca de R$ 661). Apenas 24% dos
vínculos intermitentes registrou remuneração média
de, pelo menos, um salário mínimo.
Apenas 6% receberam, em média, dois salários mínimos
ou mais. Remuneração dos vínculos intermitentes: 76%
dos vínculos não tiveram remuneração ou receberam
valor inferior a um salário mínimo.
Quando se observa na média os meses em que esses
contratos estavam vigentes, mas não registraram
atividade, a remuneração cai para R$ 542. Entre as
mulheres, é reduzida para R$ 483.
Em média, apenas 37% dos meses trabalhados
resultaram em remunerações de pelo menos um salário
mínimo. Entre as mulheres, essa proporção foi de
28%.
Meses trabalhados
O levantamento mostra ainda que, considerados os
vínculos encerrados em 2023, a duração média dessa
modalidade foi de quatro meses e meio. Ou seja, em
mais da metade dos meses em que esses contratos
intermitentes estavam vigentes, não houve trabalho
efetivo.
Também não há indícios de que esse tipo de trabalho
ampliou a entrada de pessoas no mercado de trabalho
formal. Cerca de 76% dos que tinham esses contratos
ativos em 31/12/2023 já possuíam outro tipo de
vínculo formal entre 2018 e 2022.
Ou seja, apenas um quarto dos intermitentes estava
fora do mercado formal nos cinco anos anteriores.
Fonte: Rádio Peão Brasil
03/12/2024 -
Empregos com carteira assinada e informais batem
recordes
Destaques foram indústria, construção e outros
serviços
O recorde de emprego registrado no trimestre
encerrado em outubro deste ano (103,6 milhões) foi
provocado pelo desempenho tanto dos postos com
carteira assinada quanto por aqueles sem carteira. O
número de empregados no setor privado com carteira
(exceto trabalhadores domésticos) atingiu 39
milhões, o maior patamar da série histórica da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, iniciada em 2012.
Houve aumentos de 1,2% em relação ao trimestre
anterior (encerrado em julho deste ano) e de 3,7% na
comparação com o trimestre encerrado em outubro do
ano passado.
Os empregos sem carteira assinada atingiram 14,4
milhões, também recorde na série histórica. Os
aumentos dos sem carteira foram ainda mais
expressivos que aqueles registrados pelos empregos
com carteira: altas de 3,7% na comparação trimestral
e 8,4% na comparação anual.
“No emprego com carteira no setor privado, a gente
destaca a indústria que, expandindo, traz consigo o
crescimento com carteira. No caso do emprego sem a
carteira assinada, a gente tem, influenciando esse
crescimento, a expansão verificada na construção e
nos outros serviços”, explica a pesquisadora do IBGE
Adriana Beringuy.
A população informal, que inclui trabalhadores sem
carteira e aqueles por conta própria sem CNPJ,
chegou a 40,3 milhões, um crescimento de 2,1% em
relação ao trimestre anterior, um aumento superior
ao registrado pela população ocupada total (1,5%).
A taxa de informalidade, isto é, o percentual de
trabalhadores informais em relação ao total da
população ocupada, foi de 38,9%, ante 38,7 % no
trimestre encerrado em julho e 39,1 % no mesmo
trimestre de 2023.
Atividades
Na comparação com o trimestre anterior, os setores que
mais se destacaram na geração de postos de trabalho
foram a indústria (2,9%), construção (2,4%) e outros
serviços (3,4%). Nenhuma atividade apresentou queda
nesse tipo de comparação.
Em relação ao trimestre encerrado em outubro do ano
passado, foram registradas altas na indústria (5%),
construção (5,1%), comércio (3,3%), transporte,
armazenagem e correio (5,7%), informação e
comunicação (4,5%), administração pública, saúde e
educação (4,4%) e outros serviços (7,2%). Apenas
agricultura apresentou perda de postos (-5,3%).
Segundo a Pnad Contínua, o nível de ocupação, que
representa o percentual de pessoas ocupadas em
relação àquelas em idade de trabalhar, subiu para
58,7%, outro recorde da série histórica.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-11/empregos-com-carteira-assinada-e-informais-batem-recordes
Fonte: Agência Brasil
03/12/2024 -
Vamos lutar por um Salário-Mínimo digno?! – Eduardo
Annunciato
Antes
do governo Getúlio Vargas não existia o
Salário-Mínimo, o patrão pagava quanto ele queria,
não existia jornada de trabalho regulamentada, o
patrão impunha os horários de acordo com o seu
interesse; estes são dois exemplos da exploração da
mão de obra no Brasil que, infelizmente, ainda não
foi eliminada, por causa da ganância capitalista e
também por causa da falta de ações mais unitárias e
contundentes por parte do movimento sindical e da
sociedade em geral; somente a pressão social poderá
mudar este injusto contexto.
Muitas vozes simpatizantes do campo progressista
acabam ecoando o discurso de economistas ortodoxos
que ainda afirmam que quanto maiores forem os
salários, maior será o risco de a economia quebrar e
das empresas perderem a competitividade por causa
dos custos. Esta é uma posição no mínimo
contraditória, pois a maioria dos países mais
desenvolvidos paga os maiores salários.
Atualmente, inúmeros deputados e senadores que não
têm nenhum compromisso com a eliminação da pobreza
no Brasil nem tão pouco com a redução das
desigualdades sociais, usam as tribunas do Congresso
Nacional para atacar qualquer iniciativa que vise
promover uma distribuição de renda mais justa,
Salário-Mínimo digno, que valorize o trabalho, as
negociações coletivas e a proteção social da classe
trabalhadora. Criticam a redução da jornada de
trabalho, querem condicionar o ganho real dos
trabalhadores ao teto de gastos, mas, não aceitam
tributar as grandes fortunas. Este é o reflexo do
resultado das eleições de 2022, que elegeram
candidatos oportunistas, despreparados e sem visão
social.
Um governo que não possua uma base de sustentação no
Congresso Nacional sempre terá grandes dificuldades
para aprovar seus projetos, e se o Congresso
Nacional for conservador e extremista como o atual,
ressalvadas as exceções, dificilmente o povo será
beneficiado pelo Poder Legislativo.
Recentemente foi divulgada uma pesquisa realizada
pelo Page Group que entrevistou quase 7.000
executivos de suporte à gestão e as diretorias de
inúmeras empresas no Brasil. Os resultados mostraram
que o salário é o fator mais importante para que uma
proposta de emprego seja aceita. Estes resultados
foram separados por faixas etárias e pelo nível de
importância dado ao fator salário, como veremos a
seguir:
- 75% dos Millennials (nascidos entre 1980 e início
dos anos 1990) apontam o salário como principal
motivador;
- 73% da geração Z (nascidos após 1995) também
acreditam que o salário é o item mais importante na
decisão de aceitar o emprego;
- 70% da geração X (nascidos de 1966 a 1985) se
decidem em função do salário;
E por fim, 60% dos Boomers (nascidos antes de 1966)
também entendem que o salário é o fator mais
importante em um emprego.
Outra discussão que afeta diretamente a valorização
do Salário-Mínimo é sobre o corte de gastos do
governo, via mudanças nas regras de correção dos
benefícios socias. Isto significa dizer que, os
gastos com os mais necessitados, pobres e
trabalhadores só poderão ocorrer dentro dos limites
colocados pelo arcabouço fiscal. Mais uma vez, a
ganância capitalista atua contra a distribuição de
renda mais justa, grita e esperneia quando os gastos
do governo é para melhorar a vida do povo. Enquanto
isso, empresas deixam de pagar impostos, recebem
subsídios, tem suas folhas de pagamento desoneradas,
mas, não valorizam os salários.
Nas recentes eleições um criativo grupo de artistas
gravou uma versão da música “Vou pedir para você
ficar”, do Tim Maia, para motivar o voto nos
candidatos do campo progressista; agora o convite é
vou pedir para você lutar por um Salário-Mínimo
digno.
Esta luta passa pelo fortalecimento dos Sindicatos e
da negociação coletiva, pela pressão popular sobre o
Poder Legislativo. Esta luta passa também pela
eleição de candidatos realmente comprometidos com a
classe trabalhadora. É preciso falar mais de
política nas bases, é preciso que todas as entidades
defendam uma política de valorização dos salários,
começando pelo Salário-Mínimo.
Apesar de alegações de que o País não suporta um
aumento justo do Salário-Mínimo, é preciso uma
legislação mais forte, que seja cumprida e não fique
refém do pragmatismo capitalista, que sempre fala
que primeiro o bolo precisa crescer para depois ser
dividido. Se você não lutar, nunca conseguirá a sua
fatia do bolo, que é um direito seu.
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente do Sindicato dos Eletricitários de São
Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA. Diretor de
Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Indústria (CNTI) e Vice-presidente da Força
Sindical.
Fonte: Agência Sindical
03/12/2024 -
Decisão do Supremo reafirma validade da
terceirização de serviços
É lícita a terceirização da prestação de serviços
entre empresas e, nessa condição, não deve ser
reconhecido o vínculo empregatício.
Com esse entendimento, o ministro Cristiano Zanin,
do Supremo Tribunal Federal, afastou o vínculo entre
o representante de uma empresa de serviços técnicos
e duas companhias contratantes, que havia sido
admitido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região (RJ).
O trabalhador acionou o Judiciário para que a
relação de emprego fosse reconhecida, pedido que foi
julgado improcedente na primeira instância. O TRT-1,
porém, reformou a sentença por entender que o autor
da ação foi contratado como pessoa física e que
estava sujeito a subordinação. No entanto, o
contrato foi firmado em nome da empresa da qual ele
era sócio — e que tinha outros coproprietários.
No recurso ao Supremo, a tomadora de serviços
sustentou que a decisão do TRT-1 afrontou alguns
precedentes vinculantes do STF, entre eles o Tema
725 da repercussão geral.
“Sobre o tema, esclareço que o Supremo Tribunal
Federal, com fundamento nos princípios
constitucionais da livre iniciativa e da livre
concorrência, assentou a possibilidade de
terceirização de qualquer atividade econômica,
reconhecendo legítimas outras formas de contratação
e prestação de serviços, alternativas à relação de
emprego. No caso concreto, porém, observo que o
TRT-1, ao julgar o recurso ordinário, adotou
entendimento dissonante das citadas decisões
vinculantes proferidas por esta Suprema Corte”,
escreveu Zanin.
Atuaram em prol da empresa os advogados Cristiano de
Lima Barreto Dias, Aline Randolpho Paiva e Thiago
Barbosa de Oliveira, do escritório Barreto Advogados
& Consultores Associados.
Clique
aqui para ler a decisão.
RCL 73.500
Fonte: Consultor Jurídico
02/12/2024 -
Deputado apresenta parecer que endurece regras para
cobrança da contribuição sindical e assistencial
Na última terça-feira (26), o deputado José
Medeiros (PL-MT), relator do PL (Projeto de Lei)
6.688/09, apresentou parecer pela aprovação do
projeto, com substitutivo, e pela rejeição do
substitutivo adotado pela Comissão de Trabalho, em
maio de 2012.
O PL 6.688 está em discussão na
CFT (Comissão de Finanças e Tributação). Foi
aberto prazo, de 5 sessões do plenário, a partir
desta sexta-feira (29), para apresentação de emendas
ao
substitutivo apresentado no colegiado.
O PL 6.688 é originário do Senado, da lavra do então
senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), e altera
dispositivos da CLT para fixar prazo para
recolhimento da contribuição sindical.
Importante esclarecer que, a contribuição sindical,
na prática, deixou de existir, já que desde a
vigência da Reforma Trabalhista — Lei 13.467/17 —
passou de obrigatória à facultativa, devendo o
empregado requerer o desconto previamente ao
empregador, autorizando de forma prévia — por
escrito —, voluntária, individual e expressa,
conforme dispõe o artigo 579 da CLT.
Em setembro de 2023, o STF (Supremo Tribunal
Federal) constitucionalizou o direito de os
sindicatos cobrarem a chamada taxa ou contribuição
assistencial. Desde então, esta forma de
arrecadação passou a ser atacada por todos os lados.
A mídia tradicional, a digital, os patrões e o
capital, que não querem de forma alguma que os
sindicatos arrecadem, a fim de matá-los à míngua. O
projeto em questão, no novo texto apresentado na CFT
está neste contexto antissindical.
Conteúdo do novo texto na CFT
O substitutivo — novo texto — introduz alterações mais
amplas e estruturais na CLT, com foco na
obrigatoriedade da autorização individual e expressa
do trabalhador para que o sindicato possa fazer o
desconto da contribuição sindical, bem como da taxa
e/ou contribuição assistencial e/ou negocial.
Isto é, o substitutivo ataca a estrutura sindical, a
fim de enfraquecê-la, já que cria mais empecilhos
para que o sindicato tenha condições de recolher
recursos, a partir de trabalho — negociação do
acordo ou convenção coletiva —, que beneficia a
todos na categoria profissional. Trata-se,
claramente, de postura antissindical.
O substitutivo reforça ainda a vedação de imposições
coletivas e que o desconto da contribuição sindical
só pode ser feito com autorização individual prévia
e expressa, vedando assim decisões coletivas ou
negociações coletivas para impor o desconto.
O texto ainda prevê a devolução, 10 vezes maior, do
valor descontado irregularmente do trabalhador, caso
a autorização individual não seja respeitada.
Vale ressaltar que o projeto original tratava de
aspectos técnicos e operacionais da contribuição
sindical. Isto é, o parecer aprovado na Comissão de
Trabalho objetivava fixar o dia 5 do mês de abril
como data para recolhimento da contribuição
sindical. Apenas isto.
Tramitação
Findo o prazo para apresentação de emendas ao novo
texto na CFT, o relator emitirá parecer sobre as
propostas de alteração, se houver. A partir desse
procedimento, o PL pode ser incluído na pauta do
colegiado.
O passo seguinte, caso o projeto seja aprovado a
comissão, será a análise do PL 6.688/09 na CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça). Em maio de
2012, a
Comissão de Trabalho aprovou, por unanimidade,
substitutivo do relator, deputado Augusto Coutinho
(Republicanos-PE).
Fonte: Diap
02/12/2024 -
Nova Central realiza última reunião conselho
deliberativo e dá posse ao novo vice-presidente
Na quinta-feira (28), por videoconferência, a Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) realizou a
última reunião do Conselho Deliberativo de 2024. O
encontro reuniu os conselheiros e a diretoria para
deliberar sobre os orçamentos 2023/2024, previsão
orçamentária 2025 e assuntos diversos.
O balanço patrimonial e financeiro, bem como a
previsão orçamentária para 2025, foram aprovados por
unanimidade pelo Conselho Deliberativo da NCST.
Esperançosos para o próximo ano, os dirigentes
sindicais reforçaram a importância do trabalho
sindical no Congresso, para que as pautas dos
trabalhadores, assim como o custeio das entidades,
tenham a devido atenção do governo.
Novo integrante da vice-presidência
Durante a reunião, o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Educação e Cultura (CNTEEC), Tarcísio Melo, tomou
posse como vice-presidente da NCST, integrando o
grupo composto por mais oito dirigentes.
Tarcísio em sua fala apontou novos caminhos para o
movimento. "Tenho um grande respeito à NCST, ao
cargo que assumo. Agradeço imensamente a confiança
do presidente Moacyr Auersvald. Estarei no fronte de
luta das pautas da central. Gostaria de dizer que
sobre a questão do custeio, que tem gerado grande
preocupação, a CNTEEC está com o projeto Rota
Sindical, que tem o objetivo de promover um diálogo
aberto sobre o momento desafiador do movimento
sindical no Brasil e reforçar a importância de uma
atuação conjunta em defesa do sistema confederativo.
Com esse projeto também vamos fortalecer a NCST. A
CNTEEC está à disposição da central, no que for
possível, em defesa da classe trabalhadora e dos
seus filiados.
O novo vice-presidente foi bem recebido pelos
companheiros que deram as boas-vindas e agradeceram
a disposição em compor com o grupo.
Fonte: NCST
02/12/2024 -
Audiência discute redução da semana de trabalho no
Brasil
Fim da escala 6×1 (uma folga a cada seis dias de
trabalho) divide opiniões entre os deputados
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados discute na próxima terça-feira (3) a
redução da jornada de trabalho no Brasil. O debate
foi solicitado pelo presidente do colegiado,
deputado Mário Negromonte Jr. (PP-BA), e vai ser
realizado a partir das 14 horas, em plenário a ser
definido.
"A proposta de emenda à Constituição que prevê o fim
da escala 6×1 — uma folga a cada seis dias de
trabalho – vem sendo amplamente divulgada pelos
meios de comunicação", afirma o parlamentar.
Ele refere-se à proposta defendida pela deputada
Erika Hilton (SP), líder do Psol, que estabelece a
duração do trabalho de até oito horas diárias e 36
semanais, com jornada de quatro dias por semana e
três de descanso. O texto precisa do apoio de 171
deputados para começar a tramitar na Casa.
Sem consenso
O assunto divide opiniões. Deputados da base do
governo defendem a proposta, mas parlamentares da
oposição preferem negociação direta entre empregado
e empregador.
Fonte: Agência Câmara
02/12/2024 -
Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012
A taxa de desocupação no país, também conhecida como
taxa de desemprego, ficou em 6,2% no trimestre
encerrado em outubro deste ano. A taxa é a menor
registrada desde o início da série histórica da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, em 2012.
O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano,
havia registrado taxa de 6,8%. Em outubro do ano
passado, havia ficado em 7,6%.
A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu
recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre
encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.
A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou
seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação
ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de
2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor
contingente de desocupados desde o trimestre
encerrado em dezembro de 2014.
O rendimento real habitual do trabalhador ficou em
R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e
crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real
habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$
7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6
bilhões) no ano.
Fonte: Agência Brasil
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