Blog - Notícias Anteriores - Fevereiro 2020
20/02/2020 -
Relator apresenta substitutivo à MP 905; votação vai
ser depois do Carnaval
20/02/2020 -
Governo adia envio de reforma administrativa ao
Congresso
20/02/2020 -
Ministra Cristina Peduzzi toma posse como presidente
do TST
20/02/2020 -
Paim destaca aprovação na CAS de seu projeto que
garante a desaposentadoria
20/02/2020 -
Instalada comissão mista do Congresso que analisará
reforma tributária
20/02/2020 -
FGTS vai reduzir descontos no financiamento da casa
própria em 2021
20/02/2020 -
Bolsonaro quer privatizar florestas na Amazônia
20/02/2020 -
Incentivo fiscal a empresas que contratam idosos
acima de 60 passa na CAS
20/02/2020 -
Aposentados podem acessar extrato do Imposto de
Renda
19/02/2020 -
FGV: economia brasileira cresceu 1,2% em 2019
19/02/2020 -
Seguro-desemprego pode ter taxação de 5,5%
19/02/2020 -
Bolsonaro faz reunião com parlamentares para
articular envio de reforma administrativa ao
Congresso
19/02/2020 -
Bolsonaro ironiza jornalista da Folha: “Ela queria
dar o furo a qualquer preço contra mim”
19/02/2020 -
Lula orienta PT a intensificar oposição a Bolsonaro
19/02/2020 -
Governo articula contra 13º salário para idosos
carentes e deficientes
19/02/2020 -
Após liminar de ministro do TST, petroleiros dizem
que decidirão sobre greve em assembleia
18/02/2020 -
Reforma administrativa só valerá para novos
servidores públicos, diz Bolsonaro
18/02/2020 -
TST considera greve dos petroleiros ilegal e
autoriza Petrobrás a demitir todos os grevistas
18/02/2020 -
Jornal Nacional repercute carta de 20 governadores
contra declaração de Bolsonaro
18/02/2020 -
Tribunal dá 90 dias para INSS começar a reduzir
espera por benefício
18/02/2020 -
Parlamento deve retirar ‘jabutis’ do Contrato Verde
e Amarelo, diz procurador
18/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo promove o trabalho
informal, critica Paim
18/02/2020 -
No parlamento, nas ruas e na Justiça para barrar o
desmonte do estado
18/02/2020 -
Governo trava concursos e põe funcionamento do
Estado em risco para aprovar sua reforma
administrativa
18/02/2020 -
Bolsonaro tem pior média de resgate de trabalhador
em condição análoga à escravidão
18/02/2020 -
Aviso tardio de férias não gera pagamento em dobro
para gerente
17/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo será debatida pela
CDH
17/02/2020 -
Pesquisa mostra que governo Bolsonaro piorou 58
áreas, como educação, saúde e social
17/02/2020 -
No Brasil de Bolsonaro, 20 estados têm informalidade
recorde
17/02/2020 -
Cerca de 25% dos desempregados procuram emprego há
mais de dois anos
17/02/2020 -
Comissão debate MP do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo; relatório será apresentado na quarta
17/02/2020 -
Centrais sindicais realizam ato unitário contra o
desmonte do INSS
17/02/2020 -
Caminhoneiros colocam Bolsonaro em xeque e aderem à
greve dos petroleiros
17/02/2020 -
Negociação no TST evita greve imediata na Casa da
Moeda
14/02/2020 -
Comissão da Reforma Sindical recebe indicações dos
líderes
14/02/2020 -
Centrais protestam nesta sexta (14) nas agências do
INSS de todo o País
14/02/2020 -
NCST se solidariza com greve dos petroleiros
14/02/2020 -
Novo secretário de Previdência defende mudanças na
CLT para favorecer a contratação de jovens
14/02/2020 -
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo gera
divergências entre trabalhadores e patrões
14/02/2020 -
Procurador do Trabalho aponta inconstitucionalidades
em MP do Contrato Verde e Amarelo
13/02/2020 -
Relator apresenta parecer favorável à PEC 186/19
Emergencial
13/02/2020 -
Em nova pesquisa, Lula e Bolsonaro empatam com
ligeira vantagem para o atual presidente
13/02/2020 -
Servidores denunciam Guedes e articulam resistência
à reforma administrativa
13/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo será debatida pela
CDH nesta quinta-feira
13/02/2020 -
Guedes defende dólar alto: “Era empregada doméstica
indo pra Disneylândia. Uma festa”
13/02/2020 -
Deputado Paulo Ramos apoia o PL 5.552, que
regulamenta o Art 8° da Constituição
13/02/2020 -
CDH aprova prazo de até 30 dias para pagamento do
salário-maternidade pelo INSS
13/02/2020 -
A partir de março, quem ganha acima de R$ 2.089,60
paga mais ao INSS
13/02/2020 -
TST passa a transmitir sessões das turmas ao vivo
pelo YouTube
12/02/2020 -
Governo desiste de enviar reforma administrativa ao
Congresso
12/02/2020 -
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo divide opiniões
no meio jurídico
12/02/2020 -
Servidores denunciam Paulo Guedes na Comissão de
Ética por fala sobre parasitas
12/02/2020 -
Planalto envia ao STF defesa do Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo
12/02/2020 -
Por 11 reuniões, novo ministro recebeu R$ 189 mil em
jetons, fora o salário
12/02/2020 -
Falta de mão de obra qualificada impede contratação
na indústria
12/02/2020 -
Produção industrial encerra 2019 com queda em sete
locais
12/02/2020 -
Delegado sindical tem reintegração revogada após
cancelamento de registro da entidade
11/02/2020 -
Sindicalismo protesta dia 14 por melhorias e
agilidade no INSS
11/02/2020 -
Nota conjunta NCST/CSPB: Repúdio à declaração do
ministro Guedes
11/02/2020 -
Para Maia, governo deve evitar atritos
desnecessários na discussão da reforma
administrativa
11/02/2020 -
Paulo Guedes pede desculpas depois de insultar
servidores e chamá-los de parasitas
11/02/2020 -
Publicada portaria que reajusta em 4,48% benefícios
do INSS
11/02/2020 -
Centrais sindicais lançam nota sobre demissões e
greve na Petrobras
11/02/2020 -
Se condenações forem anuladas, Lula pode ser
candidato, dizem especialistas
11/02/2020 -
Fila no INSS: Mais de 108 mil mulheres têm
salário-maternidade atrasados
10/02/2020 -
Direito do trabalho, com foco na reforma
administrativa será tema de audiência
10/02/2020 -
"Se não formos para a rua, estaremos perdidos", diz
Lula
10/02/2020 -
FST debate com deputados suas propostas de reforma
sindical
10/02/2020 -
PLP 245/19: conheça as profissões que têm direito a
receber aposentadoria especial no INSS
10/02/2020 -
Combate a assédio em empresas pode ser votado
quarta-feira em comissão
10/02/2020 -
Paulo Guedes compara servidor público a "parasita"
10/02/2020 -
Ciro cobra pedido de desculpas de Guedes por chamar
servidor de parasita
10/02/2020 -
Recurso contra jurisprudência do Supremo e TST
poderá não ser aceito
10/02/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai de
1,22% para 0,19%
07/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo terá série de debates
na próxima semana
07/02/2020 -
Bolsonaro exonera Gustavo Canuto e nomeia Rogério
Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional
07/02/2020 -
Mudanças no Ministério reforçam posições de Paulo
Guedes
07/02/2020 -
PF investiga desvio de R$ 50 milhões do antigo
Ministério do Trabalho
07/02/2020 -
Supremo confirma ilegalidade da desaposentação
07/02/2020 -
Saiba como fica o valor de aposentadoria por
invalidez pelo INSS na nova regra
07/02/2020 -
Fim da política de valorização do salário mínimo
preocupa Paulo Paim
07/02/2020 -
Dieese diz que Salário Mínimo em janeiro deveria ter
sido de R$ 4.347,61
07/02/2020 -
Em decisão inédita, TST diz que motorista não é
empregado do Uber
06/02/2020 -
Maia cria comissão da Reforma Sindical; instalação
pode ser na próxima semana
06/02/2020 -
MP da Carteira de Trabalho Verde-Amarela recebe mais
críticas do que elogios no primeiro debate
06/02/2020 -
Governo Bolsonaro boicota 13º permanente do Bolsa
Família no Congresso
06/02/2020 -
Supremo volta a discutir a possibilidade de
desaposentação
06/02/2020 -
Novo diretor técnico do Dieese diz que combate à
desigualdade mobiliza
06/02/2020 -
Banco Central reduz juros básicos da economia para
4,25%, nova mínima histórica
06/02/2020 -
Greve vitoriosa na Dataprev suspende demissões de
servidores por 30 dias
06/02/2020 -
Congresso abre o ano com 27 medidas provisórias na
fila
05/02/2020 -
Comissão da MP do Contrato Verde-Amarelo aprova
plano de trabalho
05/02/2020 -
Centrais Sindicais fazem ato dia 14 nos postos do
INSS cobrando melhorias
05/02/2020 -
Indústria despenca 1,1% em 2019, primeiro ano sob o
governo Bolsonaro
05/02/2020 -
Para Paim, Brasil passa por um processo de
‘uberização’
05/02/2020 -
Paulo Guedes faz megapedalada fiscal e imprensa
chama de ‘drible’
05/02/2020 -
Trabalhadores da Casa da Moeda param produção por
direitos e contra privatização
05/02/2020 -
TST determina que 90% dos petroleiros sigam
trabalhando durante greve
05/02/2020 -
Alteração de turno noturno para diurno é considerada
lícita
04/02/2020 -
CNTI ajuíza ação no STF contra limite etário para
aposentadoria especial
04/02/2020 -
Bolsonaro faz chacota com desempregado: Vou lançar o
programa minha primeira empresa
04/02/2020 -
Centrais sindicais protestam contra Bolsonaro
durante visita à Fiesp
04/02/2020 -
Flávio Dino responde a Bolsonaro: “enquanto uns
gritam, trabalhamos com seriedade”
04/02/2020 -
Comissão de MP do Contrato Verde Amarelo tem
primeira reunião nesta terça
04/02/2020 -
Empresas aproveitam fim da homologação em Sindicatos
e dão golpe nos trabalhadores
04/02/2020 -
Trabalho informal enfraquece o Estado
03/02/2020 -
Congresso Nacional reinicia trabalhos nesta
segunda-feira (3)
03/02/2020 -
Centrais fazem ato unitário nesta segunda, na Fiesp,
contra política de Bolsonaro
03/02/2020 -
Cada vez mais brasileiros ganham apenas um salário
mínimo
03/02/2020 -
Secretário da Previdência estima redução de filas no
INSS em 6 meses
03/02/2020 -
Desemprego se mantém alto em 2019, com mais de 40%
das pessoas no trabalho informal
03/02/2020 -
Sob comando de Moro, PF livra Flávio Bolsonaro de
dois crimes
03/02/2020 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fecha
2019 em 5,19%
03/02/2020 -
Mandado de segurança é incabível para pedir
arquivamento de reclamação trabalhista
20/02/2020 -
Relator apresenta substitutivo à MP 905; votação vai
ser depois do Carnaval
O relator da MP 905/19, deputado Christiano
Aureo (PP-RJ), que institui o Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo apresentou, nesta quarta-feira (19),
parecer favorável à proposta, com alterações, na
forma de
substitutivo.
Desse modo, a MP vai ser transformada em PLV
(Projeto de Lei de Conversão). O texto foi lido e,
em seguida, houve concessão de vistas coletivas. A
MP recebeu 1.930 emendas. O relator acatou apenas
476. O PLV vai ser votado depois do Carnaval.
O substitutivo do relator “envernizou” a MP, com
mudanças mínimas. O texto continua, sem dúvida,
muito prejudicial aos trabalhadores. Na leitura do
parecer, o deputado Christiano Aureo apontou os
principais pontos do seu parecer:
• programa estende seu alcance para além dos jovens
entre 18 e 29 anos ampliando para a contração de
pessoas com 55 anos ou mais;
• amplia a contratação total de trabalhadores na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo de
20 para 25% do total de empregados da empresa;
• mantém que a contratação poderá ser para qualquer
tipo de atividade da empresa;
• mantém a proporcionalidade para o pagamento dos
direitos aos trabalhadores como multa de 20% para o
FGTS, 2% de INSS, dentre outros;
• mantém a contratação de seguro privado para
acidente de trabalho;
• torna facultativo o desconto do seguro-desemprego
para financiar o programa. E vincula ao orçamento
como compensação financeira do programa; e
• mantém ainda, com pequenas mudanças, o Programa de
Habilitação e Reabilitação Física e Profissional,
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho;
estímulo ao microcrédito; INSS; mudanças na CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas); fiscalização e
multas trabalhistas; e relação ampla de revogações.
Pelo extenso parecer, o DIAP vai colocar disponível,
em breve, quadro comparativo com o detalhamento das
mudanças que podem ser avaliadas de forma preliminar
mínimas e os ajustes aos interesses das empresas e
do governo.
Polêmicas
Nas 4 audiências públicas realizadas no âmbito da
comissão mista ficou clara a polêmica em torno de
alguns temas, que acabaram motivando a apresentação
de 1.930 emendas de parlamentares.
Entre esses temas está a liberação do trabalho aos
domingos sem o pagamento de horas em dobro, desde
que o trabalhador possa repousar noutro dia da
semana.
Fonte: Diap
20/02/2020 -
Governo adia envio de reforma administrativa ao
Congresso
O governo não vai mais enviar a reforma
administrativa nesta semana ao Congresso Nacional.
O anúncio anterior era que o envio seria feito até
esta quinta-feira (20)
O governo de Jair Bolsonaro decidiu adiar o envio à
Câmara dos Deputados da reforma administrativa que
faria nesta quinta-feira (20).
Segundo O Estado de S.Paulo, a informação enviada
pelo governo ao Congresso é de que o texto só será
entregue à Câmara após o Carnaval.
O texto, elaborado pela equipe econômica, está nas
mãos de Bolsonaro desde o ano passado. O ministro da
Economia, Paulo Guedes, tem pressa, por considerar a
reforma administrativa um dos pilares da política
econômica.
A reforma administrativa vai acarretar mudanças nas
carreiras do serviço público e na forma de
contratação dos novos servidores.
Embora Bolsonaro diga que a reforma não vai atingir
a estabilidade ou os salários dos servidores
públicos que já estão na ativa, o funcionalismo se
opõe a ela porque retira direitos da categoria.
A realização dos concursos públicos para a
contratação de novos servidores está suspensa até
que a reforma seja aprovada.
Fonte: Brasil247
20/02/2020 -
Ministra Cristina Peduzzi toma posse como presidente
do TST
Tomou posse nesta quarta-feira (19/2) a primeira
mulher presidente do Tribunal Superior do Trabalho e
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. A
ministra Cristina Peduzzi estará à frente do órgão
no biênio 2020-2022.
A sessão solene de posse acontece na noite desta
quarta-feira (19/2) e conta com a presença de
membros do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Compareceram os presidentes da República, Jair
Bolsonaro, do Supremo Tribunal Federal, ministro
Dias Toffoli, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia. Além deles, o procurador-geral da República,
Augusto Aras; o vice-presidente da República,
Hamilton Mourão; o governador do Distrito Federal,
Ibaneis Rocha; o procurador-geral do Trabalho,
Alberto Balazeiro; e o presidente do Conselho
Federal da OAB, Felipe Santa Cruz.
Em dezembro do ano passado, a ministra foi eleita
para assumir a Presidência do TST e do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
A vice-presidência será conduzida pelo ministro
Vieira de Mello Filho, e o novo corregedor-geral da
Justiça do Trabalho será o ministro Aloysio Corrêa
da Veiga.
Fonte: Consultor Jurídico
20/02/2020 -
Paim destaca aprovação na CAS de seu projeto que
garante a desaposentadoria
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou nesta
quarta-feira (19) em Plenário a aprovação, por
unanimidade, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
do projeto de sua autoria que garante o instituto da
desaposentadoria. Ele lembrou que o Supremo Tribunal
Federal (STF) não tinha tomado nenhuma decisão sobre
o tema e deixado o assunto para deliberação do
Congresso.
Paulo Paim ressaltou que sua proposta vai garantir,
àquele cidadão que se aposentou e voltou a
trabalhar, que as novas contribuições possam ser
levadas em conta se ele renunciar à aposentadoria
antiga e fizer o novo cálculo dos benefícios.
— Ou seja, se aposentou ganhando R$ 1 mil ou R$ 2
mil, mas voltou a trabalhar e contribuiu mais dez
anos. Agora, ele pode pegar os 30 anos do passado
mais os dez anos do presente e fazer o cálculo, que,
com certeza, claro, vai melhorar o seu benefício; o
que ele ganhava lá atrás era muito pouco em relação
ao que ele está ganhando hoje — explicou.
Para o senador gaúcho, é uma solução para um
problema que origina milhares de ações na Justiça do
trabalho.
Fonte: Agência Senado
20/02/2020 -
Instalada comissão mista do Congresso que analisará
reforma tributária
A comissão mista do Congresso que analisará a
reforma tributária foi instalada nesta quarta-feira
(19), com as presenças do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O colegiado é formado por 25 senadores e 25
deputados, que têm a tarefa de produzir um texto
único sobre o tema nas duas Casas. Os parlamentares
terão o prazo de 45 dias para consolidar as
propostas que tramitam no Congresso.
Para Davi Alcolumbre, a exemplo da reforma da
Previdência, no ano passado, essa é mais uma
oportunidade para que, trabalhando em conjunto, o
Parlamento “tome a dianteira nas pautas legislativas
importantes”.
— Tenho certeza de que esses 50 membros vão fazer
uma redação que concilie o Brasil e fortaleça o
empreendedorismo, gerando empregos e riqueza. É uma
reforma aguardada há décadas pelos brasileiros, com
desburocratização, com simplificação. É a
possibilidade, de fato, de dar segurança jurídica e
tranquilidade para os empreendedores confiarem no
Brasil — destacou o presidente do Senado.
Já Rodrigo Maia criticou o atual sistema tributário,
defendendo mudanças para combater desigualdades e
garantir mais crescimento.
— O sistema tributário beneficia nossas elites, que,
não satisfeitas, agora querem voltar com CPMF para o
povo pagar a conta. O Brasil não vai crescer apenas
com as reformas previdenciária e administrativa. O
que vai devolver renda é o sistema tributário, com
investimentos e geração de emprego — afirmou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/02/2020 -
FGTS vai reduzir descontos no financiamento da casa
própria em 2021
Os descontos concedidos a pessoas físicas nos
financiamentos à casa própria, com recursos do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vão cair a
partir do próximo ano. A decisão foi tomada pelo
Conselho Curador do FGTS, que reuniu-se hoje (19),
em Brasília, para revisar o orçamento do fundo.
Os subsídios foram definidos em R$ 9 bilhões para
este ano, R$ 8,5 bilhões, em 2021, R$ 8 bilhões, em
2022, e R$ 7,5 bilhões, em 2023. O presidente do
Conselho Curador do FGTS, Júlio César Costa Pinto,
afirmou que a ideia é reduzir os descontos em uma
“transição suave”.
Costa Pinto afirmou que já há uma discussão sobre a
possibilidade de redução das taxas de juros dos
empréstimos “de forma que no final não tenha
mudanças em termos de custos para o consumidor”. A
redução de juros depende de normativos do Conselho
Curador. O presidente do conselho ponderou que, além
de incentivar a habitação popular, é preciso
priorizar também a remuneração paga aos
trabalhadores. “Temos que pensar em reembolsar o
cotista e também em habitação”, disse.
Orçamento
O Conselho aprovou o orçamento para 2020, com o total
de R$ 77,9 bilhões. Segundo Costa Pinto, houve uma
“adequação de receitas e despesas”. Na revisão do
Orçamento que já tinha sido aprovado em dezembro,
houve aumento no orçamento para habitação popular de
R$ 62 bilhões para R$ 62,5 bilhões. O orçamento para
saneamento básico foi mantido em R$ 4 bilhões, para
infraestrutura urbana, segue em R$ 5 bilhões e para
o FGTS-Saúde, que financia entidades hospitalares
filantrópicas, permaneceu em R$ 3,4 bilhões.
Taxa de administração
O conselho também aprovou o valor nominal que será
pago à Caixa Econômica Federal por administrar o
FGTS. Esse valor ficou em R$ 2,643 bilhões, dividido
em 12 parcelas, neste ano.
A medida provisória que liberou os saques do FGTS
reduziu a taxa de administração 1% e 0,5%. A MP foi
aprovada pelo Congresso Nacional e convertida em lei
no final do ano passado. O conselho converteu o
percentual em valor nominal.
Fonte: Agência Brasil
20/02/2020 -
Bolsonaro quer privatizar florestas na Amazônia
O aumento das queimadas é uma desculpa usada pelo
governo para privatizar unidades florestais
O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI) do governo Bolsonaro anunciou nesta
quarta-feira (19) a inclusão de três florestas da
região amazônica no plano de privatizar tudo que é
possível. O controle de queimadas aparece como uma
das justificativas para a empreitada.
Segundo a jornalista Simone Kafruni, do Correio
Braziliense, as unidades florestais de Humaitá,
Iquiri e Castanho, todas no estado do Amazonas, são
o novo alvo do governo.
Martha Seillier, secretária especial do conselho,
disse que vai se “debruçar sobre a legislação para
ver até onde é possível abrir mais o setor para
desenvolvê-lo em todo seu potencial”. Segundo ela, a
preocupação é em proteger o meio ambiente e reduzir
as queimadas.
“A concessão de florestas agora é prioridade. São
três importantes florestas que queremos delegar à
iniciativa privada para o manejo sustentável e assim
reduzir queimadas, com mais controle dos
investimentos sustentáveis”, afirmou.
No ano passado, o governo Bolsonaro chamou a atenção
do mundo pela complacência com o aumento das
queimadas na região amazônica ao fazer pouco caso
dos alertas emitidos pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Fonte: RevistaForum
20/02/2020 -
Incentivo fiscal a empresas que contratam idosos
acima de 60 passa na CAS
Os empregadores que contratarem trabalhadores com
idade igual ou superior a 60 anos poderão ter
incentivos fiscais com duração de cinco anos. É o
que prevê o Projeto de Lei (PL) 4.890/2019, do
senador Chico Rodrigues (DEM-RR), aprovado nesta
terça-feira (19) pela Comissão de Assuntos Sociais
(CAS). O texto teve parecer favorável do senador
Flávio Arns (Rede-PR) e segue para a Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão
final.
O projeto permite ao empregador deduzir dos 20% de
contribuição social (Lei 8.212, de 1991) o valor de
um salário mínimo para cada semestre de contrato de
trabalho vigente desse empregado (com idade igual ou
superior a 60 anos). Para Chico Rodrigues, a medida
dará efetividade ao Estatuto do Idoso (Lei
10.741/2003), que prevê o estímulo à
profissionalização e à admissão de idosos no mercado
de trabalho.
Em seu parecer, Flávio Arns lembra que a reforma da
Previdência, aprovada no ano passado, aumentou a
idade mínima para aposentadoria — 65 anos para
homens e 62 anos para mulheres —, o que torna
necessário, segundo ele, o desenvolvimento de
instrumentos que assegurem a empregabilidade nessa
faixa etária. Ele afirma que a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) não dispõe de normas específicas
para a contratação de pessoas idosas, além de impor
exigências ao empregador que dificultam o acesso — e
a permanência — dos idosos ao mercado de trabalho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui mais de 28 milhões de pessoas
idosas, 13% da população do país. Esse número deve
dobrar nas próximas décadas, conforme projeção
divulgada pelo IBGE em 2018. Segundo o instituto, a
expectativa de vida dos brasileiros naquele ano era
de 76,3 anos — 72,8 para homens e 79,9 para
mulheres.
Fonte: Agência Senado
20/02/2020 -
Aposentados podem acessar extrato do Imposto de
Renda
Demonstrativo está disponível no Portal Meu INSS
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) já podem acessar o extrato para
Imposto de Renda – ano-base 2019.
O demonstrativo está disponível no Portal Meu INSS,
com login e senha. Caso seja o primeiro acesso, é
necessário fornecer os dados solicitados na área de
login e fazer o cadastro, criando uma senha com, no
mínimo, com nove caracteres, pelo menos uma letra
maiúscula e um número. Ao acessar o sistema com a
senha, basta escolher a opção Extrato para Imposto
de Renda, do lado esquerdo da página, e emitir o
documento.
É possível ainda retirar o extrato nas agências do
INSS, com agendamento prévio. Para isso, é
necessário acessar o Meu INSS, informar os dados
pessoais na área de login, clicar em “não sou um
robô” e depois em “continuar sem login”. Em seguida,
clicar em Novo Requerimento e digitar a palavra
extrato no campo de pesquisa para selecionar o
serviço desejado. Compareça à unidade do INSS
indicada no Meu INSS, no dia e hora marcados, com os
documentos necessários.
Para mais conforto aos cidadãos, o INSS recomenda
que a obtenção do extrato seja feita pela internet.
Também é possível fazer o agendamento pelo telefone
135.
Fonte: Agência Brasil
19/02/2020 -
FGV: economia brasileira cresceu 1,2% em 2019
Dados estão no Monitor do PIB, divulgado pela
Fundação Getulio Vargas
O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país - cresceu 1,2% em
2019, segundo dados do Monitor do PIB da Fundação
Getulio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa,
divulgada nesta terça-feria (18), o resultado foi
provocado, sob a ótica da demanda, pelos
crescimentos de 2,7% na formação bruta de capital
fixo (investimentos) e de 1,8% no consumo das
famílias.
As importações também cresceram (1,4%) no período.
As exportações, por outro lado, tiveram queda de
2,2% no ano.
Sob a ótica da produção, os três grandes setores
cresceram: serviços (1,3%), indústria (1,5%) e
agropecuária (0,5%).
Fonte: Agência Brasil
19/02/2020 -
Seguro-desemprego pode ter taxação de 5,5%
O governo Jair Bolsonaro trabalha com a ideia de
cobrar entre 5% e 5,5% a taxação sobre o
seguro-desemprego, dinheiro que seria transferido
para o INSS e, por consequência, contariam como
tempo de contribuição para aposentadoria.
A equipe do governo sofreu várias críticas por causa
da medida, que prevê ainda isenção fiscal para
empresas com novas vagas. O objetivo é reduzir entre
30% e 34% o custo da contratação. Emprego sem
segurança jurídica e financeira devido à falta de
carteira assinada, e por causa de jornadas
temporárias de trabalho (como já prevê a reforma
trabalhista) "guiam" a proposta de gerar novos
postos de trabalho por parte da atual gestão.
O governo alega que a contribuição previdenciária
sobre o seguro-desemprego é uma forma de a pessoa,
mesmo sem contrato fixo de trabalho, continuar
contando tempo para se aposentar.
Fonte: Brasil247
19/02/2020 -
Bolsonaro faz reunião com parlamentares para
articular envio de reforma administrativa ao
Congresso
O Palácio do Planalto cancelou, de última hora, a
cerimônia de lançamento do programa Brasil Mais, que
será uma versão ampliada do Brasil Mais Produtivo,
para contemplar outros setores da economia. A
solenidade estava marcada para as 17h30 desta
terça-feira, mas o presidente Jair Bolsonaro
preferiu assinar o decreto de criação do programa no
gabinete.
O motivo foi que Bolsonaro aproveitou a presença da
equipe econômica, de líderes de bancadas e do
presidente do Congresso Nacional, o senador Davi
Alcolumbre, que foram ao Palácio do Planalto
acompanhar as posses dos novos ministros da Casa
Civil, Walter Braga Netto, e da Cidadania, Onyx
Lorenzoni.
Jair Bolsonaro convidou todos para uma reunião sobre
a reforma administrativa. O objetivo do governo é
fechar o texto base da PEC, Proposta de Emenda à
Constituição, que altera as regras de contratação
dos servidores públicos.
Nos últimos dias, Bolsonaro afirmou que as regras só
vão valer para os novos funcionários. E Davi
Alcolumbre anunciou que, mesmo que seja entregue
ainda esta semana, a PEC da reforma administrativa
só vai começar a tramitar depois do Carnaval.
Fonte: Portal EBC
19/02/2020 -
Bolsonaro ironiza jornalista da Folha: “Ela queria
dar o furo a qualquer preço contra mim”
Em entrevista na manhã desta terça-feira (18),
Bolsonaro fez ilações sobre relação de Patrícia
Campos Mello com o PT
Em entrevista na manhã desta terça-feira (18),
quando voltou a falar com jornalistas, Jair
Bolsonaro fez ilações sobre uma suposta ligação da
repórter da Folha, Patrícia Campos Mello “com o PT”
e ironizou as fake news propagadas pela milícia
virtual sobre o depoimento de Hans River.
“Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”,
ironizou Bolsonaro, provocando risos em apoiadores
que acompanharam a entrevista.
Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) das Fake News, Hans River,
ex-funcionário da Yacows, disse que a jornalista da
Folha teria oferecido sexo em troca de informações
sobre a rede de fake news que atuou em prol de
Bolsonaro durante as eleições de 2018.
Em live na última quinta-feira (13), Bolsonaro
criticou a cobertura da imprensa sobre o depoimento
de Hans River.
“Eu não falei com a imprensa ali fora porque vão
distorcer completamente. Vocês viram o cara depondo
na CPMI da Fake News, o que ele falou da repórter da
Folha? Que vergonha. A Folha foi pra cima do cara”,
disse o presidente.
Fonte: RevistaForum
19/02/2020 -
Lula orienta PT a intensificar oposição a Bolsonaro
Em reunião nesta terça-feira na Câmara dos
Deputados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
orientou a bancada do Partido dos Trabalhadores a
elevar o tom do combate a Jair Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu
nesta terça-feira (18) em reunião com a bancada do
Partido dos Trabalhadores na Câmara que os
parlamentares do partido intensifiquem a oposição ao
governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
Lula orientou a bancada para que dedique atenção ao
combate em torno da reforma tributária, as
privatizações e a redução dos programas sociais,
informa o Painel da Folha de S.Paulo.
Em sua fala, Lula orientou que o PT apoie os
petroleiros em greve.
Fonte: Brasil247
19/02/2020 -
Governo articula contra 13º salário para idosos
carentes e deficientes
Mesmo contrário à criação de uma 13ª parcela do
Bolsa Família de forma permanente, o governo Jair
Bolsonaro negocia com o Congresso a concessão do
benefício, desde que a medida não seja estendida ao
BPC (benefício assistencial a idosos carentes e
deficientes).
Líderes, principalmente da oposição ao presidente
Jair Bolsonaro, usaram a MP (medida provisória) do
13º do Bolsa Família, pago no ano passado, para
ampliar a assistências aos mais pobres.
O texto de Bolsonaro previa o pagamento da 13º
parcela apenas em 2019.
O relator da MP, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
apresentou uma versão para que esse 13º se tornasse
permanente e que a parcela extra também fosse paga a
quem recebe o BPC.
A ampliação do BPC representaria, segundo cálculos
de consultores do Congresso, um gasto anual de R$ 5
bilhões. Para o 13º permanente do Bolsa Família, o
custo é estimado em R$ 2,6 bilhões por ano.
Interlocutores de Bolsonaro têm atuado para impedir
que a medida provisória (agora na versão do relator)
avance no Congresso.
Fonte: Folha de S. Paulo
19/02/2020 -
Após liminar de ministro do TST, petroleiros dizem
que decidirão sobre greve em assembleia
Em decisão liminar, o ministro Ives Gandra Martins
Filho, do Tribunal Superior do Trabalho, considerou
a greve dos petroleiros ilegal. Ainda cabe recurso e
o dissídio deve ser julgado no dia 9 de março.
A Petrobras também foi autorizada pelo ministro a
promover cortes de salário e demissão por justa
causa entre as sanções contra os grevistas.
O ministro entendeu a paralisação como abusiva
porque, segundo ele, não foram cumpridas
determinações de outras liminares concedidas à
Petrobras para garantir as atividades.
A greve começou há 18 dias contra as possíveis
demissões na Fafen, Fábrica de Fertilizantes
Nitrogenados do Paraná, que deve ser fechada pela
Petrobras.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros, a
suspensão das atividades vai provocar a demissão de
1 mil trabalhadores. A entidade afirma que já são 21
mil trabalhadores parados.
A FUP informou na madrugada dessa terça-feira (18)
que qualquer decisão sobre a greve será deliberada
coletivamente em assembleias, previamente convocadas
pela Federação e seus sindicatos.
Fonte: Portal EBC
18/02/2020 -
Reforma administrativa só valerá para novos
servidores públicos, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro deve receber, na tarde
desta terça-feira (17), a proposta de reforma
administrativa do governo.
A expectativa é mudar algumas regras que afetam os
servidores públicos. Bolsonaro afirmou que as
mudanças só vão valer para os trabalhadores que
ainda não ingressaram no serviço público.
A reforma administrativa deve ser encaminhada ao
Congresso Nacional por meio de uma PEC, proposta de
emenda à Constituição.
Jair Bolsonaro acrescentou que algumas carreiras
podem ficar de fora do texto do governo federal, mas
os parlamentares podem fazer mudanças na proposta.
Fonte: Portal EBC
18/02/2020 -
TST considera greve dos petroleiros ilegal e
autoriza Petrobrás a demitir todos os grevistas
Em sua decisão, o ministro Ives Gandra Martins
disse que a greve dos petroleiros, a maior da
categoria desde 1995, tem "motivação política, e
desrespeita ostensivamente a lei de greve e as
ordens judiciais" relativas à manutenção das
atividades
O ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) declarou nesta
segunda-feira, 17, a ilegalidade da greve nacional
dos petroleiros, que já dura 17 dias, alcança 21 mil
trabalhadores e 121 unidades.
Em sua decisão, o ministro Ives Gandra disse que a
paralisação tem "motivação política, e desrespeita
ostensivamente a lei de greve e as ordens judiciais
de atendimento às necessidades inadiáveis da
população em seus percentuais mínimos de manutenção
de trabalhadores em atividade".
O magistrado também autorizou a Petrobrás a adotar
as medidas administrativas cabíveis aos funcionários
que não retornarem ao trabalho.
Fonte: Brasil247
18/02/2020 -
Jornal Nacional repercute carta de 20 governadores
contra declaração de Bolsonaro
Telejornal da TV Globo enfatizou o apoio recebido
pelo governador da Bahia, Rui Costa, em razão dos
ataques de Bolsonaro
O Jornal Nacional, da TV Globo, desta segunda-feira
(17) repercutiu a resposta dos governadores ao
presidente Jair Bolsonaro em razão das declarações
dadas pelo ex-capitão sobre a morte do miliciano
Adriano da Nóbrega, que aconteceu na Bahia.
“Vinte governadores assinaram um documento hoje
contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro
sobre a morte do ex-PM Adriano da Nóbrega, acusado
de envolvimento com milícia no Rio”, disse a
apresentadora Renata Vasconcellos no telejornal.
O JN destaca que “outros 19 governadores” se uniram
à Rui Costa e rebateram as declarações do
presidente, que acusou a “PM da Bahia do PT” de uma
“provável execução” de Adriano.
A carta também cita declarações de Bolsonaro acerca
da reforma tributária. Segundo eles, o presidente se
referiu à reforma, “sem expressamente abordar o
tema, mas apenas desafiando governadores a reduzir
impostos vitais para a sobrevivência dos estados”.
Fonte: RevistaForum
18/02/2020 -
Tribunal dá 90 dias para INSS começar a reduzir
espera por benefício
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem até
90 dias para adotar medidas que garantam o
cumprimento do prazo de 45 dias para a análise de
pedidos de benefícios sociais e previdenciários,
decidiu liminarmente o TRF-2 (Tribunal Regional
Federal da 2ª Região), sediado no Rio de Janeiro, na
terça-feira (11).
O relator do caso na 5ª Turma Especializada,
desembargador Aluisio Mendes, afirmou que caberá ao
INSS decidir como será a operacionalização da
distribuição de pessoal, de modo que o atendimento
seja garantido.
“Se através de contratação de servidores, plataforma
digital ou do noticiado auxílio de militares e
aposentados, por exemplo”, diz o relator.
A decisão atende uma ação civil pública apresentada
pelo MPF (Ministério Público Federal no Rio de
Janeiro.
Nos primeiros dias de 2020, o governo Jair Bolsonaro
anunciou que contrataria militares da reserva no
atendimento nas agências do INSS, para, com isso,
aumentar o número de servidores do seguro social
atuando nas centrais de análise de benefícios.
Fonte: Agência Sindical
18/02/2020 -
Parlamento deve retirar ‘jabutis’ do Contrato Verde
e Amarelo, diz procurador
O secretário de Relações Internacionais do
Ministério Público do Trabalho (MPT), Márcio
Amazonas, defendeu nesta segunda-feira (17) a
devolução de pontos da Medida Provisória (MP)
905/2019 ao Poder Executivo. A matéria institui o
Contrato Verde e Amarelo, programa do governo
federal para estimular a admissão de trabalhadores
entre 18 e 29 anos de idade. Para o procurador, a
medida promove “uma nova reforma na Consolidação das
Leis do Trabalho”, com introdução de temas diversos,
os chamados “jabutis”.
— São 135 dispositivos da CLT alterados somente pelo
artigo 28 da medida provisória. Está em jogo o
repouso semanal remunerado. Se aprovada essa medida,
o repouso vai se dar apenas em um a cada quatro
domingos para o comércio ou em um a cada sete
domingos na indústria. Deveríamos chamar de medida
da nova reforma trabalhista. Isso daria um pouco
mais de transparência e honestidade intelectual.
Aqui estamos diante de 'jabutis', que devem ser
devolvidos por esse Parlamento — disse.
A MP 905/2019 foi tema de uma audiência pública na
Comissão de Direitos Humanos (CDH). O debate foi
requerido pelo presidente do colegiado, senador
Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar também criticou o
fato de a medida provisória “tratar de quatro ou
cinco grandes temas”. Paim defende que o Congresso
analise apenas os artigos referentes ao Contrato
Verde e Amarelo e ao estímulo ao microcrédito. Para
ele, as mudanças na CLT devem ser devolvidas pelo
Parlamento.
— Essa MP já veio com essa quantidade maluca de
assuntos. A gente não pode alegar que foi a Câmara
ou o Senado que colocou o 'jabuti'. Já veio de lá
[do Palácio do Planalto] assim e vai continuar
vindo. De tantas matérias que eles [Poder Executivo]
mandam, se pegar todos os parlamentares, Câmara e
Senado, 90% não sabem o que está sendo votado.
Ninguém sabe — afirmou.
O representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinat), Alex Myller Duarte
Lima, disse que a MP 905/2019 ataca o mundo do
trabalho em duas frentes. De um lado, aprofunda
mudanças introduzidas pela reforma trabalhista de
2017. De outro, fragiliza o arcabouço legal para a
fiscalização realizada pelos 2.160 auditores do
país.
— A MP 905/2019 oferece mais uma forma de contrato
precário, como se retirar direitos fosse gerar mais
emprego. Além disso, há uma severa tentativa de
modificar os resultados da fiscalização do trabalho.
De 2008 a 2019, foram 2 milhões de empresas
fiscalizadas, 23 mil acidentes de trabalho
investigados e 383 milhões de vínculos de trabalho
alcançados. Essa arquitetura legal institucional é
diretamente atacada pela medida provisória. Se você
não mantém essa unidade, você não vai mais ter
aqueles resultados — argumenta.
Para Diego Monteiro Cherulli, diretor do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), o Poder
Executivo tenta enfraquecer a proteção ao
trabalhador prevista na legislação em vigor.
Fonte: Agência Senado
18/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo promove o trabalho
informal, critica Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou em Plenário,
nesta segunda-feira (17), a Medida Provisória (MP)
905/2019, que criou o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo, voltado à admissão de jovens de 18 a 29
anos. Para isso, a MP reduziu, por exemplo, a
contribuição patronal à Previdência. Além disso, o
texto editado pelo governo modificou várias regras
trabalhistas.
— A MP 905 formaliza, na verdade, o trabalho
informal, em nada contribui para o crescimento e o
desenvolvimento. Portanto, é uma política
equivocada. A continuar assim, a força de trabalho
no Brasil será a de um exército de trabalhadores
informais — afirmou o senador, que apontou para o
crescimento do percentual de trabalhadores na
informalidade.
O senador salientou que a MP promove alterações em
130 artigos da CLT, revogando mais de 40
dispositivos. Para ele, é preciso retirar da medida
provisória os artigos que tratam de matérias
trabalhistas e previdenciárias, e também os que
extinguem algumas categorias profissionais. De
acordo com Paim, o governo estima criar quatro
milhões de empregos com a MP. No entanto, o senador
duvida que essa meta seja alcançada, uma vez que a
economia do país está desaquecida por causa do
desemprego e dos baixos salários.
— Quando você abre mão de contribuições para a
Previdência, você prejudica a Previdência. O
empregador, claro, vai lucrar mais, mas não vai
empregar mais gente. O que faz com que ele empregue
gente é demanda, é mercado — afirmou o senador.
Paim também criticou outros pontos da MP, como o que
reduz de 8% para 2% a alíquota do FGTS; o que acaba
com o salário-educação, contribuição paga pelo
empregador e destinada ao financiamento de ações da
educação básica; e o que isenta as empresas do
pagamento da Contribuição Social destinada ao
sistema 'S'.
Greve dos Petroleiros
O senador também pediu que o governo inicie
negociações com os petroleiros para por fim à greve
da categoria, que entra na sua terceira semana. Paim
disse que os petroleiros querem impedir a demissão
de mil trabalhadores de uma fábrica de
fertilizantes; questionam o sucateamento da
Petrobras; e são contrários à política de preços do
governo para o gás e os combustíveis.
Fonte: Agência Senado
18/02/2020 -
No parlamento, nas ruas e na Justiça para barrar o
desmonte do estado
Três emendas à Constituição que compõe o Plano Mais
Brasil atacam os servidores, destroem os serviços e
fundos públicos.
Sob o pretexto de estabilizar a dívida pública e
alcançar superávits primários, a equipe econômica do
governo Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional um
pacote de maldade que pode tornar o serviço público
mais caótico do que já é para a maioria da
população.
É o que aponta estudo elaborado pela procuradora
federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat,
sobre o “Plano Mais Brasil” que engloba três
propostas de emendas à Constituição: PECs 186, 187 e
188.
Na avaliação da procuradora todas estão eivadas de
“inconstitucionalidade e incompatibilidade com
tratados e convenções internacionais dos quais o
Brasil é signatário”.
Elas também estão em desacordo com o pacto
estabelecido na Constituição de 1988, além de não
revelar transparência para alcançar o único objetivo
que é a estabilização da dívida pública.
O documento de 29 páginas é mais um instrumento para
subsidiar a luta dos parlamentares de oposição que
veem no plano uma forma do governo Bolsonaro de
destruir o estado e o serviço público.
Eles preveem luta intensa no parlamento, nas ruas e
na Justiça para barrar o que está sendo chamado de
desmonte do estado brasileiro.
A mais perversa de todas é a PEC 186 que pretende
controlar o crescimento das despesas obrigatórias de
pessoal ativo e inativo de todos os estados e
municípios brasileiros.
São proibidos criação de novos cargos, realização de
concursos, progressão e promoção funcionais,
reajustes e revisões, redução de jornada de trabalho
e salários.
Com a redução da jornada de trabalho em 25%, a
tendência é piorar o serviço público em hospitais,
escolas, delegacias, creches, centro de saúde e
outras estruturas administrativas que já sofrem com
contingenciamento de recursos e sucateamento.
A PEC 187 extingue todos os fundos públicos da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios. Estão entre eles o Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) e o Fundo de Financiamento ao
Estudante do Ensino Superior (Fies).
Já a PEC 188 propõe acabar com a vinculação
financeira dos recursos da saúde e educação, ou
seja, duas áreas essenciais que passariam a
compartilhar receitas. Apesar dos percentuais
mínimos estarem garantidos, uma ou outra área
poderia ser prejudicada com redução de recursos.
Fonte: Portal Vermelho
18/02/2020 -
Governo trava concursos e põe funcionamento do
Estado em risco para aprovar sua reforma
administrativa
Suspensão dos concursos públicos pelo governo
Jair Bolsonaro tem como objetivo paralisar o Estado
e, com isso, forçar o Congresso a aprovar a reforma
administrativa. Para este ano, até o momento, não
existe previsão de abertura de concursos
A decisão do governo Jair Bolsonaro em não realizar
novos concursos púbicos tem como pano de fundo
pressionar o Congresso e o próprio funcionalismo
público a aceitarem a reforma administrativa
idealizada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
A ideia é que o aumento do volume de pedidos de
aposentadorias previsto para os próximos anos, o que
deverá elevar a sobrecarga de trabalho e as
dificuldades de atendimento à população, facilitem a
aprovação das medidas que atingem diretamente as
carreiras do serviço público.
“Uma vez que se começa concurso público, e a pessoa
entra numa determinada regra, aquilo está
praticamente definido pelos próximos 30 anos.
Enquanto não aprovar a reforma, não vamos ter espaço
para fazer novos concursos”, disse o secretário do
Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, ao jornal O
Estado de S. Paulo. Nesta linha, até o momento não
existe previsão para a realização de nenhum concurso
por parte do governo federal para este ano.
Segundo estimativas do Ministério da Economia,
somente neste ano estão previstas cerca de 20 mil
aposentadorias. Para 2012 e 2022 estão previstas
outras 16,7 mil e 20,8 mil, respectivamente. Ainda
conforme o ministério, 21% dos servidores deverão se
aposentar até 2024 e outros 42% até 2030.
Com a aprovação da reforma, o ingresso de novos
servidores na máquina pública já se daria sob as
novas regras. Ainda conforme a reportagem, além do
crescimento nos pedidos de aposentadoria, uma outra
aposta que deve ser utilizada como forma de pressão
pelo atual governo está na ampliação da
digitalização dos serviços públicos.
Fonte: Brasil247
18/02/2020 -
Bolsonaro tem pior média de resgate de trabalhador
em condição análoga à escravidão
Entre janeiro de 2010 e junho de 2019, o Brasil
resgatou 739 estrangeiros que trabalhavam no
território nacional em condições análogas à
escravidão, de acordo com dados do Ministério da
Economia. Nos primeiros seis meses da gestão de Jair
Bolsonaro foram apenas dez resgates, uma média de
1,66 por mês, a pior entre os presidentes da última
década.
Em 2010, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva
resgatou 43 estrangeiros em situação análoga à
escravidão, média de 3,58 por mês; Dilma Rousseff
(2011-maio de 2016), outros 605, média de 9,30 por
mês; e Michel Temer (maio de 2016-2018), 81, média
de 4,26 por mês.
Para Marques Casara, pesquisador de cadeias
produtivas e mestre em Comunicação e Semiótica pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), a queda guarda relação com os anseios do
atual governo federal.
“Hoje, as estruturas de governo protegem as empresas
que escravizam pessoas. É uma ação de Estado para
esconder o trabalho escravo. Até recentemente,
tínhamos uma ação de Estado bastante capenga, mas
que procurava coibir o trabalho escravo, ou
sensibilizar as cadeias produtivas, para que não
houvesse trabalho escravo. Hoje, o Estado protege os
escravocratas. É uma ação deliberada”, afirma
Casara.
Os números em operações para resgate de
trabalhadores em condições análogas à escravidão
atingiram o ápice no Brasil em 2013, com 299
operações que resultaram no resgate de 273
estrangeiros. A partir de então as operações
diminuíram gradativamente, assim como o número de
pessoas resgatadas.
Em 2016, foram 115 ações de fiscalização. A redução
se acentuou no primeiro ano do governo de Michel
Temer (MDB), em 2017, quando o número de operações
realizadas chegou a 88. No ano seguinte, o número
caiu pela metade, com apenas 44 operações e se
manteve nesse patamar durante o primeiro ano do
governo Jair Bolsonaro, com 45 operações realizadas
em 2019.
Fonte: Agência Sindical
18/02/2020 -
Aviso tardio de férias não gera pagamento em dobro
para gerente
O atraso foi relevado, porque as férias foram
pagas e concedidas corretamente.
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
eximiu a Diederichsen-PR Artigos Esportivos Ltda. de
remunerar em dobro as férias de um gerente. A
empresa havia sido condenada pelos juízos de
primeiro e segundo graus por não ter cumprido o
prazo previsto na CLT para comunicar o empregado
sobre o início das férias. No entanto, conforme a
jurisprudência do TST, não é devido o pagamento em
dobro se o empregador obedecer aos prazos de
concessão e de remuneração, como foi o caso.
Atraso
Na reclamação trabalhista, o empregado relatou que o
estabelecimento comercial só emitiu o comunicado das
férias de 2012 com uma semana de antecedência,
apesar de o artigo 135 da CLT estabelecer que o
aviso tem de ser feito com, no mínimo, 30 dias de
antecipação. Por esse motivo, pediu a remuneração
das férias em dobro.
A empresa, em sua defesa, argumentou que a CLT só
prevê a punição na hipótese de concessão fora do
prazo e demonstrou que as férias do gerente haviam
sido usufruídas e remuneradas no período correto.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Balneário Camboriú
(SC) julgou procedente o pedido, e a sentença foi
mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região. Para o TRT, a sanção do artigo 137 não é
rígida, e o dispositivo que prevê o pagamento em
dobro deve ser interpretado de modo a alcançar
também a hipótese de aviso fora do tempo.
Sem remuneração em dobro
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Mauricio Godinho Delgado, afirmou, com base em
precedentes, que o simples descumprimento do prazo
de 30 dias para a comunicação prévia não resulta na
condenação ao pagamento em dobro quando o empregador
observa os prazos para a concessão e o pagamento das
férias.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-3087-43.2015.5.12.0045
Fonte: TST
17/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo será debatida pela
CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) se reúne nesta
segunda-feira (17), às 8h30, para debater o Contrato
de Trabalho Verde e Amarelo, programa do governo
federal com objetivo de estimular a admissão de
trabalhadores entre 18 e 29 anos de idade.
O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo é
estabelecido na MP 905/2019 que muda normas de
direito trabalhista e relativas ao funcionamento do
Ministério Público do Trabalho (MPT). A MP prevê
remuneração máxima de 1,5 salário mínimo por mês. O
contrato poderá ter prazo de até 24 meses, a
critério do empregador. Para incentivar as
admissões, os empresários terão redução na alíquota
de contribuição para o FGTS, de 8% para 2%, e
redução da multa do FGTS em caso de demissão sem
justa causa, de 40% para 20%, desde que haja acordo
entre as partes.
A reunião faz parte do ciclo de audiências públicas
solicitadas pelo presidente da comissão, senador
Paulo Paim (PT-RS), para tratar sobre previdência e
trabalho. A reunião terá caráter interativo e será
realizada no plenário 6, da Ala Senador Nilo Coelho,
no Anexo II do Senado Federal.
Convidados
Foram convidados para a audiência pública:
— o Procurador do Trabalho e Secretário de Relações
Institucionais do Ministério Público do Trabalho,
Márcio Amazonas Cabral de Andrade;
— o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da
Silva Filho;
— o advogado, professor e diretor do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Diego
Monteiro Cherulli;
— a diretora de benefícios do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), Márcia Eliza de Souza;
— o coordenador-geral de reconhecimento de direitos do
INSS, Fábio Comanduci Nascimento.
— e representantes da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força
Sindical, da Central Geral dos Trabalhadores do
Brasil (CGTB), da Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB), da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), da Central da Classe
Trabalhadora, da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST), da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Central Sindical e
Popular e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Fonte: Agência Senado
17/02/2020 -
Pesquisa mostra que governo Bolsonaro piorou 58
áreas, como educação, saúde e social
Um dos marcos de retrocesso no governo Bolsonaro
foi o Bolsa Família, que voltou a ter fila de espera
Uma análise feita pelo jornal Folha de S.Paulo
mostra que o primeiro ano do governo de Jair
Bolsonaro trouxe retrocesso em 58 áreas das 108 que
foram analisadas. Assistência social, saúde,
educação e meio ambiente foram as que mais sofreram
com a política do ex-capitão.
O levantamento destaca como marco do retrocesso a fila
interminável do INSS, a volta da fila de espera do
Bolsa Família e o aumento de quase 30% no
desmatamento da Amazônia. Até mesmo em áreas que
tiveram melhora, como o índice de desemprego, o
jornal destaca que há a ressalva do aumento da
informalidade.
O Bolsa Família foi o programa social que mais
sofreu cortes e retrocessos no governo Bolsonaro.
Além de restringir o pagamento do 13º apenas a seu
primeiro ano de mandato, a cobertura do programa
recuou mês a mês. O governo congelou o Bolsa Família
mesmo nas regiões mais pobres.
O programa deve enfrentar ataques ainda maiores nos
próximos meses. Onyx Lorenzoni, novo ministro da
Cidadania, afirmou na sexta-feira (14) em entrevista
à Rádio Gaúcha que o Bolsa Família, projeto de
sucesso dos governos petistas, terá “larga porta de
saída”. Onyx foi substituído pelo general Walter
Braga Netto na Casa Civil.
Fonte: RevistaForum
17/02/2020 -
No Brasil de Bolsonaro, 20 estados têm informalidade
recorde
A taxa média anual de informalidade em 2019 foi
recorde em 19 estados e no Distrito Federal. São
trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos
sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem
CNPJ e trabalhador familiar auxiliar. Em todo o
País, a taxa ficou em 41,1% da população ocupada,
maior nível desde 2016. É o que apontam dados
divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de
informalidade em 2019 foram registradas no Pará
(62,4%) e Maranhão (60,5%). As menores em Santa
Catarina (27,3%) e Distrito Federal (29,6%).
Das 27 unidades da federação, 18 estados registraram
taxa de informalidade acima da média nacional em
2019. Em 11 unidades federativas, a taxa de
informalidade ultrapassou 50%. Apenas Distrito
Federal e Santa Catarina tiveram taxas de
informalidade abaixo de 30%.
A taxa média de desemprego em 2019 caiu em 16
estados, acompanhando a média nacional, que recuou
de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado.
Atualmente, há no país 12,6 milhões de
desempregados.
A menor taxa ficou com Santa Catarina: 6,1%. Em
seguida aparecem Rio Grande do Sul, Mato Grosso do
Sul e Mato Grosso, todos com 8%. Já os maiores
percentuais foram observados no Amapá (17,4%) e na
Bahia (17,2%).
Fonte: Brasil247
17/02/2020 -
Cerca de 25% dos desempregados procuram emprego há
mais de dois anos
A porcentagem equivale a 2,9 milhões de pessoas,
segundo dados do IBGE
Cerca de 25% dos desempregados no Brasil estão à
procura de emprego há dois anos ou mais. Esse
contingente chega a 2,9 milhões de pessoas segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
– Contínua (Pnad-C), referentes ao último trimestre
de 2019 e divulgados sexta-feira (14) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, 39,2% dos brasileiros
desempregados estão procurando de trabalho há um ano
ou mais e 84% há um mês ou mais.
A Pnad-C também mostrou dados sobre o mercado de
trabalho no último trimestre do ano para homens e
mulheres. A taxa de desemprego entre os homens
(9,2%) é menor do que a observada entre as mulheres
(13,1%).
A disparidade pode ser observada também entre
brancos, que tiveram uma taxa de desemprego de 8,7%,
e pretos (13,5%) e pardos (12,6%).
A taxa de contribuição previdenciária média de
trabalhadores com mais de 14 anos em 2019 ficou em
62,9% no país. Santa Catarina foi o estado com maior
percentual (81,2%), enquanto o Pará teve a menor
taxa (38,2%).
Fonte: Agência Brasil
17/02/2020 -
Comissão debate MP do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo; relatório será apresentado na quarta
A comissão mista que analisa a medida provisória que
incentiva a contratação de jovens entre 18 e 29 anos
de idade (MP 905/19) promove debate nesta
terça-feira (18) com representantes de
trabalhadores, patrões, centrais sindicais, governo
e pesquisadores. Este será o quarto e último debate
da comissão antes da análise do relatório.
O relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ) será
apresentado na quarta-feira (19). O calendário
apertado foi criticado por alguns integrantes do
colegiado. O prazo final de validade da MP é 20 de
abril.
Para incentivar as admissões, o Contrato Verde e
Amarelo concede ao empregador redução na alíquota de
contribuição para o FGTS (de 8% para 2%), redução de
40% para 20% da multa em caso de demissão, isenção
da contribuição previdenciária patronal e do
salário-educação. Podem ser contratados jovens com
idades entre 18 e 29 anos por até 24 meses, com
salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50).
Foram convidados representantes das seguintes
instituições:
- Federação Interestadual dos Trabalhadores em
Radiodifusão e Televisão;
- Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil;
- Instituto de Ensino e Pesquisa;
- Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da
Justiça e Segurança Pública;
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada;
- Procuradoria-Geral da União;
- Associação Brasileira de Atacadistas e
Distribuidores;
- União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços;
- Hype 60+;
- Nova Central Sindical dos Trabalhadores;
- Central Sindical e Popular;
- Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho;
- da Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho,
Otávio Amaral Calvet;
- representante da Confederação Nacional do Sistema
Financeiro, Nicolino Eugênio da Silva Júnior; e
- professor do Instituto de Ensino e Pesquisa, Ricardo
Paes Barros
O debate da terça-feira será realizada às 10 horas,
no plenário 6 da ala Nilo Coelho, no Senado. Já a
apresentação do relatório será no plenário 2 da ala
Nilo Coelho, no Senado, também as 10 horas.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2020 -
Centrais sindicais realizam ato unitário contra o
desmonte do INSS
Servidores do INSS e sindicalistas ligados a
diversas categorias protestaram em vários estados.
Em São Paulo, a manifestação começou às 09h00 sexta,
em frente a agência do INSS, na Rua Cel. Xavier de
Toledo, 280. Gritando palavras de ordem, como "o
Paulo Guedes preste atenção, o servidor não é
parasita não", os manifestantes seguiram, em
caminhada, até a Superintendência do INSS, no
Viaduto Santa Ifigênia.
A mobilização aconteceu em razão da situação
alarmante dos serviços prestados pelo INSS, em todo
País e o descaso do governo com a situação do órgão.
Segundo dados do Dieese, 73,7% dos requerimentos de
benefícios no INSS estão esperando a mais de 45
dias, que é o tempo limite determinado por lei.
Ainda de acordo com o levantamento do Dieese, em
2016, o orçamento previsto para o INSS representou
0,56% do orçamento total da União. Para 2020, este
percentual ficou em 0,3%. Já o efetivo do órgão, que
era de 37.685 funcionários em 2014, sofreu redução
de 32%, para 25.618 atuais. Já o requerimento de
benefícios saltou de 7,8 milhões, em 2010, para 10,1
milhões no ano passado.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
destaca a importância da unidade dos trabalhadores
para alertar a sociedade e intensificar a cobrança
quanto ao descaso do governo diante desta triste
realidade. “Quem mais sofre com toda a precariedade
do atendimento do INSS são os trabalhadores
adoecidos e os mais pobres”, critica o líder
sindical.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, destacou que não
se trata de má gestão, e sim que o atual governo
defende a ideia de que os serviços públicos precisam
ser desmontados para colocar serviços privados no
lugar. “Agora, o governo prepara uma reforma
administrativa que, na verdade, é para demitir
servidores e acabar com os concursos. Daqui a pouco
o colapso que a gente está vendo no INSS vai chegar
no sistema de saúde, na educação”, alertou.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves, o Juruna, também denunciou a falta de
reposição dos servidores. “Não aceitamos o desmonte
que o ministro Paulo Guedes vem promovendo nos
serviços públicos. Ele quer jogar a população contra
os servidores, quando na realidade é o seu governo
que vem fazendo o desmonte da área social,
prejudicando o atendimento aos trabalhadores.”
Fonte: Mundo Sindical
17/02/2020 -
Caminhoneiros colocam Bolsonaro em xeque e aderem à
greve dos petroleiros
A Associação Nacional dos Transportadores Autônomos
do Brasil (ANTB) anunciou neste sábado (15) que a
categoria vai aderir e prestar total apoio à greve
nacional dos petroleiros, que já dura 15 dias e
paralisou 114 unidades do sistema Petrobras. Em
carta publicada no site da Sindipetro, os
caminhoneiros também lançam campanha para avançar na
luta contra a política de preços dos combustíveis
adotada pela Petrobras.
Segundo o presidente da ANTB, José Roberto
Stringasci, a política de preços é um assunto que
“precisa ser discutido com toda a sociedade, que é
afetada em todos os setores por causa dos altos
preços dos combustíveis. E se nós temos o petróleo e
a Petrobras, não é possível mais aceitarmos essa
cobrança inadequada na bomba”.
A carta foi enviada ao presidente Jair Bolsonaro e
aos 27 governadores do país. Nela, a associação
critica o uso do PPI (Preço de Paridade de
Importação) para regular os preços dos combustíveis.
“Uma empresa adotar uma política de auto flagelo,
entregando deliberadamente seu mercado aos
concorrentes é inaceitável e criminoso”, diz o
comunicado.
Apoiador de Jair Bolsonaro durante a campanha, o
presidente da ANTB diz ainda que, com o uso do PPI,
quem perde são os consumidores brasileiros, que têm
que pagar preços mais altos do que deveriam, além da
própria Petrobras, “que fica com as suas refinarias
na ociosidade, perdendo mercado, emprego e renda
para refinarias estrangeiras”.
Fonte: Agência Sindical
17/02/2020 -
Negociação no TST evita greve imediata na Casa da
Moeda
Em reunião bilateral na Vice-Presidência do Tribunal
Superior do Trabalho, os empregados da Casa da Moeda
do Brasil, representados pelo Sindicato Nacional dos
Trabalhadores na Indústria Moedeira, se
comprometeram a submeter suspender a mobilização de
greve da categoria e submeter à assembleia, até 5 de
março, proposta de acordo coletivo negociada no
encontro.
No início de fevereiro, o sindicato havia ajuizado
dissídio coletivo de natureza econômica, visando ao
reajuste salarial da data-base (1º/1). Em seguida, a
Casa da Moeda apresentou dissídio de greve. Segundo
a empresa, havia sinais de mobilização da categoria,
e os empregados estariam fazendo pequenas
paralisações do serviço (“operação tartaruga”). Com
o argumento de que o movimento causaria dano
irreparável à sociedade, com a interrupção de
atividades essenciais como a produção de cédulas,
moedas, selos e passaportes, pedia a concessão de
liminar para que fosse reconhecida a ilegalidade do
movimento e determinado ao sindicato a sua imediata
suspensão.
Por iniciativa do vice-presidente do TST, ministro
Renato de Lacerda Paiva, foi convocada então a
reunião de negociação. Após longos debates, a Casa
da Moeda apresentou proposta que prevê abono de R$
1,5 mil, sem natureza salarial (sem repercussão nas
demais parcelas) para todos os empregados e reajuste
salarial de 1,12% na data-base. Propôs, ainda, a
manutenção da diversas cláusulas sociais do acordo
coletivo 2017/2018, algumas com modificações.
O sindicato se comprometeu a levar a proposta à
votação da assembleia até 5/3 e a não promover
movimento paredista ou que configure redução da
produção de forma coletiva até essa data.
O juiz auxiliar da Vice-Presidência, Rogério Neiva,
que conduziu a reunião bilateral, destacou ao final
do encontro que, pela tendência da jurisprudência da
Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do
TST, há a possibilidade de que, no julgamento do
dissídio de 2020, todas as cláusulas sociais do
acordo coletivo de trabalho anterior venham a cair.
“Boa parte delas já foi suspensa por iniciativa da
empresa, em razão da perda de vigência do
instrumento anterior”, observou.
A proposta, segundo o juiz, assegura algumas
cláusulas sociais importantes aos empregados por
mais um ano, como o pagamento do 25º dia, o
vale-alimentação, além de estabelecer uma
gradatividade para a redução da base de cálculo do
adicional de insalubridade e da participação dos
empregados no transporte. “Portanto, convém que os
empregados avaliem com racionalidade e serenidade a
proposta, que pode ser mais interessante do que
aguardar o julgamento do dissídio de 2020”,
concluiu. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
DCG-1000015-29.2020.5.00.0000
Fonte: Consultor Jurídico
14/02/2020 -
Comissão da Reforma Sindical recebe indicações dos
líderes
Criada na semana passada, por Ato do
presidente da Câmara dos Deputados, a comissão
especial que trata da
Reforma Sindical (PEC
196/19) na Casa
recebe indicações dos líderes partidários
para compor o colegiado na Casa.
A comissão especial contará com composição de 34
membros titulares e igual número de suplentes. O
colegiado vai debater o mérito da proposta, que já
foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça).
A comissão tem previsão regimental de funcionamento
em 40 sessões a partir da sua primeira reunião. Algo
em torno de 60 dias.
As 10 primeiras sessões são para apresentação de
emendas ao texto, que para ser validada precisa ter
no mínimo a assinatura de 171 deputados.
A previsão para instalação do colegiado é a próxima
terça-feira (18). Quando todos os líderes fizerem
suas respectivas indicações, a comissão vai ser
instalada, a partir da eleição do presidente dos
trabalhos, que por sua vez indica o relator da
proposta.
Fonte: Diap
14/02/2020 -
Centrais protestam nesta sexta (14) nas agências do
INSS de todo o País
As Centrais Sindicais realizam sexta (14) o Dia
Nacional de Mobilização Contra o Desmonte do INSS.
Os atos em agências de várias cidades em defesa de
agilidade no atendimento, melhorias nos servidos e
valorização e em solidariedade aos servidores do
Instituto.
À Agência Sindical Miguel Torres, presidente da
Força Sindical, destaca a importância da unidade em
torno da pauta. “É fundamental intensificarmos a
cobrança sobre os problemas que o INSS enfrenta.
Quem mais sofre com esta precariedade são os
trabalhadores adoecidos e os mais pobres”, critica o
líder sindical.
Em São Paulo, a concentração começa às 9 horas, na
agência da Rua Cel. Xavier de Toledo, 280. Em
seguida, haverá uma caminhada até a Superintendência
do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia.
Adilson Araújo, presidente da CTB, conversou com a
Agência Sindical. O líder sindical reforça a
necessidade de denunciar os ataques covardes do
governo Bolsonaro à Previdência Social Pública. “O
ministro Paulo Guedes chamou servidores de
parasitas. Mas parasitário é esse governo, que
atende aos interesses de especuladores do sistema
financeiro”, ele afirma.
Desmonte – Segundo Adilson, a manifestação
cumpre o papel de denunciar a intenção do governo de
desmontar o INSS para privatizar a Previdência
Social. Ele diz: “Não há concurso público, o governo
dificulta o acesso ao benefício e estimula o
trabalho precário. Sofre quem mais precisa: a
população carente e os servidores do órgão”.
Para o dirigente, é indispensável persistir com as
manifestações e mobilizar o povo a fim de barrar o
retrocesso privatista que está em curso no Brasil.
“Precisamos despertar a consciência do povo. O
desmonte da Previdência joga contra a retomada do
desenvolvimento da Nação. Portanto, levantar a
bandeira em defesa INSS é mais do que necessária. É
vital pra sobrevivência do nosso País”.
O ato é convocado pelas Centrais CUT, Força, UGT,
CTB, Nova Central, CSB, CGTB, Intersindical e
Conlutas. Já confirmaram presença no ato
professores, comerciários, metalúrgicos, químicos,
bancários, trabalhadores dos Correios, da Casa da
Moeda, metroviários, trabalhadores em Carro-Forte e
Vigilância, Padeiros, entre outras.
Mais – Acesse o site das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
14/02/2020 -
NCST se solidariza com greve dos petroleiros
Nesta quarta-feira (12/02), o presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST, José
Calixto Ramos, participou de reunião com Davi
Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado; e Rodrigo
Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
Na oportunidade o líder sindical articulou para o
encerramento do impasse entre grevistas e governo,
bem como solicitou novas agendas com os atuais
líderes do Congresso Nacional. A paralisação
completa 13 dias e atinge 108 unidades da Petrobras.
Calixto considera que a mesa de negociação é o
caminho para a conciliação, não medidas arbitrárias
e autoritárias por parte de gestores que insistem em
ferir princípios básicos da democracia. “É
inadmissível que a Petrobrás siga sem abrir
negociação com a categoria, ao mesmo tempo em que
recorre ao TST para pedir abusividade do movimento,
impondo à categoria um efetivo de 90% com multas de
até R$ 500 mil em caso de descumprimento. O direito
de greve jamais foi tão violado. Esse tipo de
agressão à atividade sindical é incompatível com um
país que se auto intitula democrático.
Permaneceremos vigilantes ao descumprimento das
regras constitucionais e às convenções
internacionais ratificadas pelo país. Seremos,
juntos, guardiões do Estado Democrático de Direito,
da Constituição e da segurança jurídica, pilares
indispensáveis ao nosso desenvolvimento”, argumentou
o presidente da Nova Central para esta reportagem.
Ao final da reunião, Maia e Alcolumbre se
comprometeram a abrir intermediação junto a
Petrobras objetivando a possibilidade de a estatal
voltar a negociar com a categoria. Esse é um dos
principais pontos de reivindicação da greve dos
petroleiros. Os dois presidentes das casas
legislativas prometeram aos demais parlamentares e
lideranças sindicais que participaram da reunião,
acionar o Supremo Tribunal Federal (STF)
questionando uma decisão dos ministros da Corte que
permitiu a venda de subsidiárias de estatais sem a
autorização do Congresso.
* com imagens do fotógrafo André Oliveira
Imprensa NCST com informações da Rede Brasil Atual e
Revista Fórum
Fonte: NCST
14/02/2020 -
Novo secretário de Previdência defende mudanças na
CLT para favorecer a contratação de jovens
Debate sobre MP do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo foi marcado por divergências entre
parlamentares governistas e de oposição
Em audiência da comissão mista da MP do Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19) realizada nesta
quinta-feira (13), o novo secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Bianco, defendeu a proposta e rebateu as
críticas de que o governo estaria apenas diminuindo
direitos trabalhistas.
"Quando se fala em redução ou extinção de direitos
trabalhistas, não se olha para o lado daquelas
pessoas que não têm nem o direito à vida, aquelas
pessoas que não têm direito a comida todos os dias
na sua mesa", disse.
O Contrato Verde e Amarelo reduz encargos
trabalhistas para a empresa que contratar jovens
entre 18 e 29 anos.
Por sua vez, o deputado Rogério Correia (PT-MG)
afirmou que, na época do debate contra a escravidão,
os donos de escravos também diziam que os escravos
preferiam comer a serem libertados. Segundo ele, o
argumento do Executivo não é justo.
Já a deputada Bia Kicis (PSL-DF) sustentou que não
trabalha com ideologias, mas com a realidade. E a
realidade, apontou a parlamentar, é que as pessoas
precisam de emprego.
Sugestões
Seme Arone Júnior, da Associação Brasileira de
Estágios, sugeriu que os jovens contratados na nova
modalidade possam cumprir seis horas de trabalho
diárias para que não larguem os estudos, caso
estejam na escola.
Por sua vez, Carlos Eduardo Silva, da Confederação
Nacional dos Trabalhadores Assalariados e
Assalariadas Rurais, fez várias críticas ao Contrato
Verde e Amarelo, entre elas, a possibilidade de
pagamento mensal das férias e do 13º salário. "Que
garantia a gente vai ter de que o setor da cebola em
Santa Catarina, por exemplo, que paga diária de R$
50 a R$ 60, vai fazer o cálculo das férias? Ou ele
vai embutir esse valor nos R$ 60 colocar o
trabalhador para assinar um recibo que vai impedi-lo
de questionar isso na Justiça futuramente?"
Relator
O relator da MP, deputado Christino Aureo (PP-RJ),
informou que vai alterar o texto, entre outras
coisas, para deixar clara a prevalência das
negociações feitas entre trabalhadores e patrões. A
comissão deve fazer mais uma audiência pública sobre
o Contrato Verde e Amarelo no próximo dia 18.
Fonte: Agência Câmara
14/02/2020 -
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo gera
divergências entre trabalhadores e patrões
Para o Dieese, com as desonerações os empresários
vão ganhar uma “bolsa-patrão” estimada em R$ 11
bilhões. Empresas citam potencial para geração de
1,2 milhão de empregos
A iniciativa do governo federal de combater o
desemprego de jovens com a criação de um modelo
exclusivo de contratação, o chamado Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo, colocou em lados opostos
nesta quarta-feira (12) representantes de patrões e
de trabalhadores. O debate foi promovido pela
comissão mista de deputados e senadores que analisa
a Medida Provisória 905/19.
Para incentivar as admissões, o Contrato Verde e
Amarelo concede ao empregador redução na alíquota de
contribuição para o FGTS (de 8% para 2%), redução de
40% para 20% da multa em caso de demissão, isenção
da contribuição previdenciária patronal e do
salário-educação. Podem ser contratados jovens com
idades entre 18 e 29 anos por até 24 meses, com
salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50).
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Antônio Neto, disse que a premissa de reduzir
direitos e salários dos trabalhadores com o objetivo
de gerar empregos e crescimento econômico está
errada. “Para você ter uma economia virtuosa, você
precisa ter salários dignos e trabalhos decentes”,
disse.
Para Jauro Mendonça, da Central dos Trabalhadores do
Brasil (CTB), a medida provisória contraria o ajuste
fiscal defendido pelo governo. “Afirmam que o País
atravessa uma crise fiscal, com déficit público
nominal de 5,9% do PIB em 2019, e isentam empresas
do recolhimento de tributos”, observou.
Contratações
Representando a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Alexandre Furlan discorda que contratações
pelo novo modelo signifiquem precarização do
trabalho. “[Precarização] é uma palavra muito mal
utilizada sempre que se discute a modernização
trabalhista.” Para Furlan, trata-se de um modelo
específico para inserir jovens no mercado de
trabalho, não cabendo comparações com o regime
celetista, que se baseia na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). “Se o contrato é desonerado entre
30% e 34%, vai ter mais empresário interessado em
contratar”, argumentou.
Assessor Jurídico da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Frederico Toledo Melo
disse que o novo modelo oferece oportunidade a quem
que tem pouca capacitação técnica e nenhuma
experiência. Ele propôs que o modelo se aplique a
empregadores rurais e sugeriu autorização para o
trabalho aos domingos e feriados no meio rural.
Críticas
Clóvis Scherer, do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
disse que, com as desonerações, os empresários vão
ganhar uma “bolsa-patrão” estimada pelo próprio
governo em R$ 11 bilhões. “Tem que falar quem é que
vai pagar a conta desse bolsa-patrão”, desafiou
Scherer. Segundo a MP 905/19, os benefícios
concedidos aos empregadores serão financiados com a
cobrança de contribuição previdenciária de pessoas
que recebem seguro-desemprego.
Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
criticou o dispositivo que permite o trabalho aos
domingos e acusou o governo de pensar nas pessoas
como números e não como cidadãos. “Não somos contra
o trabalho aos domingos, mas trabalhar quatro
domingos e folgar um, no caso do comércio, e
trabalhar sete para folgar um, no caso da indústria?
A família vai deixar de existir no domingo.” Patah
também criticou outras mudanças promovidas pela MP
905, como o aumento da jornada de trabalho dos
bancários, de 6 horas para 8 horas, e a autorização
para que bancos abram aos sábados.
Créditos trabalhistas
As representantes da Confederação Nacional do Comércio
(CNC), Patricia Duque, e da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp), Luciana Freire,
defenderam o novo índice de correção monetária de
créditos trabalhistas definido pela medida
provisória. Ao contrário do que estabeleceu a
reforma trabalhista aprovada em 2017, a MP 905/19
adota o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E) em vez da taxa referencial (TR).
“A lei decidiu que é TR mais juros, mas o judiciário
não respeita isso. Então, estamos aqui discutindo
isso novamente”, lamentou Luciana Freira. “Se é
IPCA-E, temos que reduzir os juros, porque os juros
foram definidos em 12% ao ano quando a inflação era
400%. Com a inflação atual, haveria enriquecimento
ilícito do trabalhador”, destacou. Segundo a Fiesp,
uma pesquisa nacional mostra que a regulamentação do
trabalho aos domingos tem potencial para gerar 1,2
milhão de empregos.
Patricia Duque, da CNC, disse que vê o Contrato
Verde-Amarelo como uma iniciativa “brilhante”, ao
prever um modelo diferenciado para a contratação de
jovens, mas sugeriu alterar o texto para impedir o
pagamento da multa rescisória mesmo nos casos de
demissão por justa causa, como prevê a proposta. “O
trabalhador [Verde e Amarelo] que é mandado embora
por justa causa não pode ter prêmio diferente do
trabalhador normal”, disse.
Negociação coletiva
O representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Gerson Castellano, disse que a MP 905/19 é
uma afronta à Convenção 111 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), quando estabelece
diferença entre salários e funções em razão de sexo,
estado civil ou idade, e à própria Constituição
Federal, quando impede a participação dos sindicatos
em negociações coletivas.
De acordo com a proposta, negociações sobre a
participação em lucros e resultados poderão ocorrer
sem a participação de representantes do sindicato da
categoria, o que é atualmente proibido pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Fonte: Agência Câmara
14/02/2020 -
Procurador do Trabalho aponta inconstitucionalidades
em MP do Contrato Verde e Amarelo
O procurador do Trabalho e secretário de Relações
Institucionais do Ministério Público do Trabalho
(MPT), Márcio de Andrade, questionou nesta
quinta-feira (13) a constitucionalidade de trechos
da medida provisória que institui o Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19). Em audiência
pública da comissão mista que analisa a proposta,
ele sustentou que o texto avança sobre normas
processuais da Justiça do Trabalho que só poderiam
ser modificadas por lei complementar.
Um dos pontos citados pelo procurador é o que
equipara os temos de compromisso firmados por
auditores fiscais do trabalho, no âmbito do Poder
Executivo, aos termos de ajustamento de conduta (TACs)
firmados por procuradores federais. Os TACs são
acordos usados pelo MPT para cobrar o cumprimento da
lei antes de propor a ação judicial, sob pena de
multa.
Conforme a medida provisória, nenhuma empresa está
obrigada a firmar dois termos pela mesma infração à
legislação trabalhista. "A autonomia do Ministério
Público em processar não pode ser diminuída pela ida
de uma autoridade fiscal para aplicar uma multa",
advertiu Andrade. “Isso significa que, em
Brumadinho, quando formos processar civilmente e
criminalmente os responsáveis pelo rompimento da
barragem, eles vão dizer: 'nada disso, eu já paguei
a multa do Ibama'”, exemplificou.
Destinação
O procurador também criticou dispositivo da MP 905/19
que cria o Programa de Habilitação e Reabilitação
Física e Profissional, Prevenção e Redução de
Acidentes de Trabalho e destina ao programa os
valores de multas e penalidades aplicadas em ações e
procedimentos da competência do MPT. Antes da MP, as
destinações eram feitas pelos próprios procuradores
para ações sociais.
"Nos últimos dois anos, 35 mil atendimentos médicos
foram feitos pelo barco Papa Francisco, que percorre
regiões pobres e ribeirinhas da Amazônia, 42 mil
atendimentos e mamografias realizados pelo Hospital
do Câncer, e mais de 5 mil mamografias na cidade de
Rio Branco. Somente um procurador realizou todas
essas destinações", relatou.
Andrade lembrou que uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 6306) proposta pelo
procurador-geral da República, Augusto Aras, já
questiona essas alterações no Supremo Tribunal
Federal (STF).
Governo
Representando o governo, o novo secretário Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Leal, disse que os TACs são um problema para o
País, uma vez que os recursos arrecadados não
compõem o Orçamento da União, dificultando a
fiscalização. "Há muitas destinações dignas e
corretas, no entanto, há muitos desmandos. Há a
compra de veículos de mais de R$ 200 mil para órgãos
públicos e destinações totalmente desconexas com o
dano", disse.
Para o secretário de Trabalho do Ministério da
Economia, Bruno Dalcomo, ao conferir aos termos de
compromisso eficácia de título executivo
extrajudicial, ou seja, permitir a cobrança de multa
em caso de descumprimento, a medida provisória
potencializa o efeito desse instrumento como
alternativa ao TAC na fiscalização da legislação
trabalhista.
“Por exemplo, uma empresa não cumpre uma cota de
aprendizagem [de 5% a 15% de jovens na condição de
aprendizes] e celebra um TAC para corrigir essa
situação em um prazo. Se os auditores ficais do
trabalho chegam lá nesse período, eles têm que
fiscalizar e multar essa empresa pelos mesmos
aspectos já acertados com o Ministério Público. Não
acho isso razoável”, declarou.
Dalcomo defendeu ainda que os termos de compromisso
e os TACs tenham duração máxima de dois anos,
prorrogáveis pelo mesmo período, como prevê a MP
905/19.
Fonte: Agência Câmara
13/02/2020 -
Relator apresenta parecer favorável à PEC 186/19
Emergencial
O relator da PEC 186/19, chamada de
Emergencial, senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR)
apresentou, na segunda-feira (10), parecer favorável
à proposta do governo. O texto está em discussão na
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado
Federal. O texto estabelece regras para conter o
aumento de despesas públicas, como a redução de
salários e da jornada de servidores públicos em até
25%. O texto recebeu 59 emendas.
O relator fez pronunciamento no plenário do Senado,
nesta terça-feira (11), e defendeu a aprovação
rápida da proposta pela Casa. O parecer pode ser
incluído na pauta da CCJ na próxima semana.
“Sabe por que a PEC tem esse nome de emergencial?
Porque no ano que vem, já em 2021, o governo vai
quebrar o teto de gasto, o governo vai quebrar a
regra de ouro, e o governo vai quebrar a Lei de
Responsabilidade Fiscal. E sabe por que que vai
fazer isso? Porque, mesmo que dê aumento
ridiculamente pequeno, inferior até à inflação, as
próprias promoções previstas nos planos de cargos e
salários elevam essa folha, e as aposentadorias
elevam essa folha, e esse governo vai se
inviabilizar”.
Conteúdo
Em síntese, a proposta do governo impõe situação
dramática para os servidores. Com a aprovação, sem
mudanças na PEC, o governo poderá:
1) reduzir o salário do servidor em até 25% com
redução proporcional de jornada;
2) vetar a progressão e a promoção funcionais de
carreira;
3) impedir concessão de reajustes, criação de cargos,
reestruturação de carreiras, realização de concurso
públicos e a criação de verbas indenizatórias; e
4) Proibir o aumento real para o salário mínimo.
Tramitação
O parecer favorável à proposta foi apresentado na
última segunda-feira (10) e poderá ser incluído na
pauta do colegiado na próxima semana. Sendo
incluído, vai haver pedido de vistas coletiva de 2
dias úteis. Desse modo, a proposta voltará à pauta
na semana do Carnaval.
Na prática, a PEC só será votada na primeira semana
de março. Chancelada na CCJ, o texto vai ao exame do
plenário em 2 turnos de votações.
No 1º turno, a proposta vai ser debatida em 5
sessões do plenário, ao fim das quais, se houver
apresentação de emendas ao texto, retorna à CCJ para
que o relator ofereça, num prazo de até 30 dias,
parecer às emendas de plenário. Oferecido e votado
parecer às emendas no colegiado vai à votos em 1º
turno. Para ser aprovada necessita de no mínimo 49
votos, nos 2 turnos.
O início das discussões, em 2º turno, ocorre depois
de intervalo (interstício) de 5 dias úteis. Fim dos
quais inicia-se 3 sessões de discussão. E, se no
final houver emendas — apenas supressivas – retorna
à CCJ para oferecimento de parecer sobre essa
propostas de modificação do texto, num prazo de até
30 dias. Oferecido e votado o parecer, o texto vai à
votos no plenário em 2º e último turno.
Fonte: Diap
13/02/2020 -
Em nova pesquisa, Lula e Bolsonaro empatam com
ligeira vantagem para o atual presidente
Sem Lula e Moro, Flávio Dino surge como principal
candidato do campo progressista, empatando com
Luciano Huck
Levantamento realizado pela consultoria política
Atlas Político, entre os dias 7 e 9 de fevereiro,
aponta que, até o momento, o principal adversário do
presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) é o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No cenário em que Lula aparece como candidato, os
dois brigam pelo primeiro lugar. Bolsonaro tem 32% e
Lula 28% das intenções de voto.
Moro, que tem refutado oficialmente qualquer
intenção de disputar a presidência como rival do
atual presidente, segue logo atrás, com 20%, seguido
de Huck (6%), Dino (3%) e Doria (0,6%).
A pesquisa foi realizada na Internet via convites
randomizados com 2.000 pessoas, entre os dias 7 e 9
de fevereiro, em todas as regiões do país. A margem
de erro é de 2% para mais ou para menos e o nível de
confiança é de 95%.
Sem Lula e Moro na disputa, o atual presidente
aparece com 41% das intenções de voto. O segundo
colocado é o apresentador Luciano Huck (sem
partido), com 14% dos votos, empatado tecnicamente
com o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB),
com 13%. Bem abaixo vem o governador de São Paulo,
João Doria (PSDB), com 2,5%.
Com informações do El País
Fonte: RevistaForum
13/02/2020 -
Servidores denunciam Guedes e articulam resistência
à reforma administrativa
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou reduzir
o estrago das suas declarações, nas quais acusou os
servidores são “parasitas”. Porém, o protocolar
pedido de desculpas não aplacou a indignação da
categoria, que se mobiliza para enfrentar o assédio
aos direitos.
Além dos protestos e medidas na área jurídica, o
funcionalismo iniciou a preparação de uma grande
manifestação contra a reforma administrativa, que
deve ocorrer dia 18 de março.
Críticas - Um requerimento para que Guedes
compareça ao plenário da Câmara dos Deputados e
explique suas declarações já foi apresentado pelo
deputado Israel Batista (PV-DF). A declaração também
repercutiu na sessão da terça (11), com vários
parlamentares se revezando na tribuna para criticar
o ministro.
Para a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), Guedes só pediu desculpas “porque a
repercussão da fala foi péssima”.
Nesta quarta (12), centenas de lideranças do
funcionalismo lotaram o no auditório Nereu Ramos,
para um desagravo promovido pela Frente Parlamentar
Mista do Serviço Público. O Ato político pela
valorização do serviço público no Brasil teve apoio
das Centrais Sindicais e entidades representativas
de servidores públicos.
Ações - O Fórum Nacional Permanente de
Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne 32
entidades, ingressou com a primeira ação contra
Guedes, cobrando reparação. Ele foi denunciado na
Comissão de Ética da Presidência da República, que
deve investigar se o ministro violou o Código de
Conduta da Alta Administração Federal e o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal.
De acordo com a denúncia, Guedes praticou "assédio
institucional inaceitável, tanto sob o ponto de
vista da dignidade ou do decoro do cargo quanto sob
a perspectiva deontológica" e tratou com desrespeito
os 12 milhões de servidores públicos do país.
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
(CSPB) também prepara uma ação. “As desculpas de
Paulo Guedes, noticiadas pela imprensa na
segunda-feira (10), soou como mera estratégia
política para reduzir a pressão, no Congresso
Nacional, contra o criminoso projeto intitulado
reforma administrativa”, afirma o presidente João
Domingos Gomes dos Santos.
Fonte: Agência Sindical
13/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo será debatida pela
CDH nesta quinta-feira
A medida provisória que instituiu o Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo será debatida em audiência
pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos
(CDH) nesta quinta-feira (13), às 14h30. A MP
905/2019 muda normas de direito processual e
relativas ao funcionamento do Ministério Público do
Trabalho (MPT). A reunião será na sala 2 da Ala
Senador Nilo Coelho.
Entre os pontos da MP, apresentada pelo governo em
novembro, está o que dá a empresas o direito a
benefícios tributários para admitir jovens com
idades entre 18 e 29 anos por até 24 meses, com
salário limitado a 1,5 salário mínimo. Os
empresários têm ainda redução da multa do FGTS em
caso de demissão sem justa causa, de 40% para 20%,
desde que haja acordo entre as partes, e isenção da
contribuição previdenciária patronal e do
salário-educação, entre outros benefícios.
Devem participar do debate, entre outros,
representantes do Sindicato dos Radialistas do
Distrito Federal (Sinrad-DF), da Associação
Brasileira das Rádios Comunitárias (Abraço Brasil) e
da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia.
Fonte: Agência Senado
13/02/2020 -
Guedes defende dólar alto: “Era empregada doméstica
indo pra Disneylândia. Uma festa”
"Vai passear em Foz do Iguaçu, vai passear ali no
Nordeste, está cheio de praia bonita", recomendou o
ministro
Depois de chamar servidores públicos de “parasitas”,
o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu
atacar, nesta quarta-feira (12), as empregadas
domésticas.
Em um discurso permeado pelo preconceito de classe,
feito no Seminário de Abertura do Ano Legislativo da
Revista Voto, em Brasília, Guedes disse que o dólar
alto “é bom para todo mundo” e que em outros tempos,
quando a economia brasileira estava melhor e o real
mais valorizado, era uma “festa danada”, pois
empregadas domésticas iam à Disneylândia.
“Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vamos importar
menos, fazer substituição de importações, turismo.
[Era] todo mundo indo para a Disneylândia, empregada
doméstica indo para a Disneylândia, uma festa
danada”, disparou.
Na sequência, ainda deu uma sugestão de lugares que
as empregadas domésticas podem visitar, já que com o
dólar R$4,35 – em novo recorde registrado nesta
quarta-feira – fica praticamente impossível uma
pessoa pobre ou de classe média viajar ao exterior.
“Vai passear em Foz do Iguaçu, vai passear ali no
Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para
Cachoeira do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto
Carlos nasceu, vai passear o Brasil, vai conhecer o
Brasil. Está cheio de coisa bonita para ver”,
afirmou.
Depois, se dando conta de que sua declaração poderia
ter repercussão negativa, tentou se corrigir e
reestruturar a frase sobre as empregadas domésticas,
mas o significado não mudou muito. “Vão dizer
‘ministro diz que empregada doméstica estava indo
para Disneylândia’. Não, o ministro está dizendo que
o câmbio estava tão barato que todo mundo mundo
estava indo para a Disneylândia”, declarou.
Fonte: Brasil de Fato
13/02/2020 -
Deputado Paulo Ramos apoia o PL 5.552, que
regulamenta o Art 8° da Constituição
O deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) declarou
segunda (10) apoio ao Projeto de Lei 5.552, que
preserva a unicidade sindical e regulamenta demais
pontos do Artigo 8° da Constituição Federal.
"O movimento sindical sério sabe que pluralismo
legaliza o Sindicato do patrão. Sempre entendi que a
unicidade e o Sindicato por categoria são os reais
representantes dos trabalhadores", afirmou Paulo
Ramos.
A declaração foi feita a João Roberto (Índio),
presidente do Sindicato dos Operadores e Empregados
de Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado do
Rio de Janeiro, em visita ao escritório político do
deputado. A entidade é filiada à Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Educação e Cultura – CNTEEC.
O PL 5.552/2019, defendido pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores -FST, Nova Central, CTB e CSB, foi
apresentado pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG).
O texto defende a unicidade, que mantém um Sindicato
de representação da categoria por município, o
fortalecimento do sistema confederativo, autonomia e
soberania das assembleias gerais sindicais e o
custeio das entidades. "Esse projeto traz fôlego
para as entidades sindicais, que fazem um trabalho
importante pela classe trabalhadora", afirma
Portela.
Confira os principais pontos do PL:
CSN - No documento tem destaque a criação do
Conselho Sindical Nacional, com representação
paritária de trabalhadores e empregadores, dotado de
autonomia, com sede e foro em Brasília (DF). A
atribuição do CSN é promover a regulação e a
regulamentação da organização sindical, proceder o
registro e o ordenamento dos Sindicatos, Federações
e Confederações. O documento ainda ressalta que é
necessário instaurar novas regras para o exercício
do sindicalismo, fortalecendo as entidades sindicais
para que façam a defesa dos trabalhadores.
Custeio Sindical - O custeio sindical na
proposta seria feito por meio de uma cota de
custeio, fixada em assembleia geral, descontada de
todos os trabalhadores, sindicalizados ou não,
conforme previsto no artigo 513, alínea “e”, da
Consolidação das Leis do trabalho.
Conduta antissindical - O projeto prevê
tipificação para conduta antissindical, com punições
legais pelo Poder Judiciário competente.
Fonte: Agência Sindical
13/02/2020 -
CDH aprova prazo de até 30 dias para pagamento do
salário-maternidade pelo INSS
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (12)
o projeto de lei (PL 5.225/2019) que determina o
pagamento do salário-maternidade, diretamente pela
Previdência Social, em até 30 dias contados de sua
solicitação junto ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). A matéria segue para a análise na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde será votada
em caráter terminativo.
De acordo com o autor da proposta, senador Cid Gomes
(PDT-CE), há relatos de que, na prática, no caso de
empregadas domésticas, valores referentes ao
benefício têm sido disponibilizados pelo INSS depois
de passados de 120 a 150 dias após a sua
solicitação, o que, na avaliação do senador, tem
dificultado a sobrevivência da trabalhadora e de sua
criança recém-nascida, “que não dispõem da renda
durante esse período em que mais necessitam do
auxílio-maternidade”. O texto altera a Lei 8.213, de
1991.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
13/02/2020 -
A partir de março, quem ganha acima de R$ 2.089,60
paga mais ao INSS
Quem ganha entre R$ 2.089,61 e R$ 6.101,06 vai
arcar com alíquota entre 2 e 3 pontos percentuais
maior
A partir de 1° de março, contribuintes do Instituto
Nacional da Previdência Social (INSS) que ganham a
partir de R$ 2.089,61 perceberão um desconto maior
em seus rendimentos.
Dessa data em diante, passa a valer a nova alíquota
progressiva, instituída pela Reforma da Previdência
de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.
Em teoria, a ideia seria desonerar quem ganha menos,
transferindo o peso para quem ganha mais. Na
prática, quem ganha entre R$ 2.089,61 e R$ 6.101,06
vai arcar com uma alíquota entre 2 e 3 pontos
percentuais maior. Ou seja, a classe média é quem
será onerada, majoritariamente.
O governo federal oficializou as novas faixas de
cálculo na terça-feira (11). Para quem ganha até um
salário mínimo (R$ 1.045), a alíquota cai de 8% para
7,5%. Para quem ganha entre R$ 1.045,01 e R$
2.089,60, continuará em 9%.
Para a faixa entre R$ 2.089,61 e R$ 3.134,40, a
alíquota sobe de 11% para 12%. Por fim, para
contribuintes que recebem entre R$ 3.134,41 e R$
6.101,06, a alíquota subiu de 11% para 14%.
“O governo busca aumentar a receita nas costas dos
trabalhadores, aumentando a alíquota de contribuição
dos assalariados. A Previdência Social, para ser
adequadamente financiada, precisará de uma
organização profunda das bases de seu
financiamento”, afirma Clemente Ganz Lúcio,
sociólogo e professor universitário e ex-diretor
técnico do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo Clemente, as mudanças no mundo do trabalho,
com aumento da informalidade, tornam a
sustentabilidade da Previdência um desafio ainda
maior. “As mudanças no mundo do trabalho e a
flexibilização das formas de contratação afastam o
trabalhador da proteção e fragilizam ao extremo o
financiamento”, destaca.
Fonte: Portal Vermelho
13/02/2020 -
TST passa a transmitir sessões das turmas ao vivo
pelo YouTube
Sessões ordinárias de suas oito turmas ocorrem às
quartas-feiras
A partir desta quarta (12), o Tribunal Superior do
Trabalho (TST) passa a transmitir ao vivo pelo
YouTube as sessões ordinárias de suas oito turmas,
que em geral ocorrem às quartas-feiras.
As turmas do TST são os menores colegiados do
tribunal, compostos por três ministros cada, e são
responsáveis por julgar recursos em ações
cautelares, agravos e outros tipos de apelação
trabalhista. Foi a Quinta Turma do TST, por exemplo,
que na semana passada decidiu negar o vínculo
trabalhista a um motorista do Uber.
Com a iniciativa do TST, todos os colegiados do
tribunal passam a ter transmissão ao vivo pela
internet, incluindo as seções de dissídio
individual, a seção de dissídio coletivo, o órgão
especial e o pleno. Logo após a transmissão, a
gravação fica disponível na
página da Corte no YouTube.
Fonte: Agência Brasil
12/02/2020 -
Governo desiste de enviar reforma administrativa ao
Congresso
Vai apoiar projeto já em discussão
Desgaste de Guedes influenciou
Ministro irritou servidores públicos
O governo desistiu de enviar ao Congresso projeto
para realizar a reforma administrativa, que mudaria
as regras para contratação, reajuste salarial e
progressão de carreira para funcionários públicos.
O Planalto vai apoiar a tramitação de projeto que já
está em discussão no Congresso e enviar
contribuições para o texto –assim como decidiu fazer
em relação à reforma tributária.
Contribuiu para a decisão o desgaste do ministro
Paulo Guedes (Economia), que causou reações de
servidores e políticos da oposição e até mesmo da
base aliada do governo ao comparar funcionários
públicos a “parasitas“. O ministro chegou a pedir
desculpas, mas sindicatos e entidades que
representam a categoria rechaçaram.
Fonte: Poder360
12/02/2020 -
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo divide opiniões
no meio jurídico
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto,
questionou nesta terça-feira (11) diversos pontos da
medida provisória editada em novembro de 2019 que
criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo (MP
905/19).
Por meio desses contratos, empresas passam a ter
direito a benefícios tributários para admitir jovens
com idades entre 18 e 29 anos por até 24 meses, com
salário limitado a 1,5 salário mínimo. Os
empresários terão redução na alíquota de
contribuição para o FGTS (de 8% para 2%), redução de
40% para 20% da multa em caso de demissão, isenção
da contribuição previdenciária patronal e do
salário-educação, entre outros benefícios.
Para a juíza do Trabalho, os direitos trabalhistas
previstos na Constituição são considerados direitos
fundamentais e, portanto, cláusulas pétreas, não
podendo ser modificados ou flexibilizados. Ela
acrescentou ainda que a Constituição proíbe
tratamento diferenciado entre trabalhadores em razão
de idade, sexo ou qualquer critério que não possa
ser objetivamente justificado.
“Eu tenho um trabalhador até determinado tempo com
pouco direito, outro com mais tempo com alguns
direitos. Essas distinções entre trabalhadores não
têm guarida constitucional,” observou Noemia Porto,
que participou de audiência pública na comissão
mista que analisa a medida provisória.
Por outro lado, o ministro do Tribunal Superior do
Trabalho Ives Gandra Martins Filho defendeu a
possibilidade de haver regimes distintos para
situações distintas. “São regimes diferentes,
organizações diferentes do trabalho humano, com
direitos e obrigações diversas”, disse. “A MP 905/19
conta com o agasalho da Constituição, porque
estabelece um regime com tratamento diferenciado
para atender a necessidades econômicas específicas”,
completou.
O secretário do Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Dalcolmo, defendeu o novo modelo de
contratação. Ele lembrou que 2/3 da população
economicamente ativa brasileira está desempregada ou
em atividade informal “Essa é a maior precarização
do mercado de trabalho no País. Temos que batalhar
diuturnamente para inserir todo trabalhador no
mercado formal, porque é aí que ele passa a ter
direitos trabalhistas ”, argumentou.
Outros direitos
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Costa, criticou a
redução de direitos trabalhistas, em especial a
diminuição do adicional de periculosidade de 30%
para 5% e o fato de que o programa será financiado
com a cobrança de contribuição previdenciária das
pessoas que recebem seguro-desemprego. “Somos
favoráveis à política de desoneração tributária, de
reformulação tributária, até sobre a questão da
folha salarial, mas isso não pode impactar ou
reduzir direitos trabalhistas”, afirmou.
Costa considera inconstitucional o fato de a MP 905
modificar normas de direito processual e aquelas
relativas ao funcionamento do Ministério Público do
Trabalho (MPT). De acordo com o texto da proposta,
valores relativos a multas ou penalidades aplicadas
em ações civis públicas trabalhistas decorrentes de
descumprimento de acordo judicial ou termo de
ajustamento de conduta (TAC) firmado perante a União
ou o MPT passam a ser destinados ao Tesouro
Nacional, para serem aplicados no Programa de
Habilitação e Reabilitação Física e Profissional,
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho, que é
criado pela medida provisória.
Fonte: Agência Câmara
12/02/2020 -
Servidores denunciam Paulo Guedes na Comissão de
Ética por fala sobre parasitas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi denunciado
nesta terça-feira (11) na Comissão de Ética da
Presidência da República por sua declaração em que
comparou servidores públicos a parasitas, informa
reportagem do site Congresso em Foco.
O autor da representação é o Fórum Nacional
Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate),
que pede ao colegiado investigação sobre eventual
violação do Código de Conduta da Alta Administração
Federal e o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal po parte do
ministro. Confira aqui a ação.
Durante palestra na última sexta-feira 7, Guedes
comparou servidores a um "parasita" e o Estado
brasileiro a um "hospedeiro", que "está morrendo".
Na segunda-feira 10, ele pediu desculpas e disse que
foi mal interpretado.
Fonte: Brasil247
12/02/2020 -
Planalto envia ao STF defesa do Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo
ADIs contra MP foram movidas por CNTI e pelos
partidos Solidariedade e PDT
Em nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido),
a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo
Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (6/2), a
defesa da medida provisória (MP 905/2019) que
instituiu o “Contrato de Trabalho Verde e Amarelo” –
modalidade de contratação que inclui a contratação
destinada, em tese, a ampliar novos postos de
trabalho para pessoas entre 18 e 29 anos de idade,
para fins de registro do primeiro emprego em
carteira formal.
A MP de novembro último – ainda sob apreciação de
comissão mista do Congresso – é alvo de ação direta
de inconstitucionalidade (ADI 6.285) ajuizada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI). Há ainda outras ações similares dos partidos
Solidariedade (ADI 6.261) e PDT (6.265). A relatora
de todos esses feitos é a ministra Cármen Lúcia.
Os principais dispositivos da MP 905 são os
seguintes: Limita a contratação total nessa
modalidade a 20% do total de empregados da empresa,
com salário-base mensal de até um salário mínimo e
meio, com contrato de trabalho por prazo
determinado, até 24 meses, a critério do empregador;
as empresas ficam isentas de parcelas incidentes
dobre a folha de pagamentos dos contratos na
modalidade de “Trabalho Verde e Amarelo”.
Razões do Planalto
Da manifestação da AGU nos autos da ADI 6.285, já de
posse da ministra-relatora Cármen Lúcia,
destacam-se, dentre outros, os seguintes pontos:
– “No que toca ao art. 3º da MP/905, a parte autora
alega que o dispositivo configuraria hipótese de
tratamento diferenciado em desfavor daqueles que
forem contratados na modalidade de contrato de
trabalho verde e amarelo, diante da limitação de
valores ali disposta, razão pela qual tal
dispositivo, sob a sua ótica, seria violador dos
princípios da ‘isonomia’, da ‘proibição de
discriminação’ e da ‘vedação ao retrocesso social’,
previstos no art. 5º da Constituição Federal.
Não procede tal argumento, sobretudo considerando a
dura e amplamente reconhecida realidade de
dificuldade de inserção dos jovens no mercado quando
da tentativa de obtenção do primeiro emprego”.
– “Com efeito, a falta de experiência em uma
primeira relação de trabalho formal – elemento cada
vez mais exigido como requisito de admissão aos
postos de labor – vem sendo obstáculo frequente ao
acesso do jovem ao primeiro emprego, gerando um
ciclo de desemprego e exclusão social entre os
integrantes de tal parcela da população brasileira”.
– “(…) não se pode desconsiderar que as
flexibilizações trazidas na Medida Provisória nº
905/2019 têm por escopo incentivar a contratação dos
jovens brasileiros, que ocupam posição de destaque
no percentual de desempregados, a fim de que haja
uma maior empregabilidade desse específico grupo de
cidadãos. Assim, a medida ora vergastada facilita a
tais brasileiros a obtenção do primeiro registro de
emprego para aquisição de experiência para
possibilitar-lhes a guinada na sua vida
profissional”.
– “Cumpre esclarecer, ainda, que embora a MP 905
crie nova modalidade contratual, caracterizada por
sua temporariedade e especialidade, com objetivos
bastante claros e justificados, não descuida da
preservação da contratação tradicional.
Como bem se pode ver, a MP 905/2019 limita o
percentual de contratação possível no referido
contrato, qual seja, vinte por cento do total de
empregados da empresa, a teor do que prevê o
disposto no parágrafo 1º do art. 2º, não cabendo
falar-se, portanto, em exclusão dos profissionais
não abrangidos pelo normativo, mas sim em inclusão
dos trabalhadores que se encontram fora do mercado
de trabalho.
Logo, diferentemente do afirmado na petição inicial,
o conteúdo da Medida Provisória 905/2018 não viola
os valores da ‘dignidade da pessoa humana’, do
‘trabalho’ e da ‘livre iniciativa’, insculpidos nos
incisos III e IV, do art. 1º da Constituição
Federal. Ao contrário, o ato ora impugnado
verdadeiramente busca prestigiar e concretizar tais
axiomas constitucionais. Da mesma maneira, não
existe inconstitucionalidade no art. 4º da norma em
exame, o qual prevê expressamente que estão
garantidos aos trabalhadores contratados sob a
modalidade Verde e Amarelo os direitos previstos na
Constituição Federal, bem como nas convenções e nos
acordos coletivos”.
Leia a íntegra da
manifestação da AGU na ADI 6.285.
Fonte: Jota
12/02/2020 -
Por 11 reuniões, novo ministro recebeu R$ 189 mil em
jetons, fora o salário
O novo ministro do Desenvolvimento Regional, o
ex-deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), recebeu pelo
menos R$ 189 mil em jetons por participar de 11
reuniões no Sesc (Serviço Social do Comércio).
Trata-se de uma entidade do sistema "S" e da CNC
(Confederação Nacional do Comércio) que recebeu R$
3,4 bilhões em recursos públicos só nos primeiros
oito meses de 2018. A informação é do Portal UOL.
Os valores fizeram dobrar o salário do ex-deputado,
que era secretário de Trabalho e Previdência do
Ministério da Economia, subordinado a Paulo Guedes.
Rogério Marinho está entre os funcionários públicos
que mais receberam jetons no governo de Bolsonaro,
de acordo com dados obtidos pelo Portal.
Fonte: Brasil247
12/02/2020 -
Falta de mão de obra qualificada impede contratação
na indústria
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
indica que mesmo com mais de 11 milhões de
desempregados no Brasil, metade das industrias
afirmam ter dificuldade para contratar. O problema?
Falta de mão de obra qualificada.
A dificuldade atinge todas as áreas, mas é mais
expressivo na linha de produção, pela falta de
técnicos e de operadores qualificados. Na Indústria
de Transformação, o setor de Biocombustíveis, como a
produção de Etanol é o que apresenta o maior
percentual de indústrias onde a falta de mão de obra
qualificada é um problema: 70%.
Indústrias do ramo moveleiro, de vestuário, produtos
de borracha, têxteis e de máquinas e equipamentos,
vêm na sequência. Renato da Fonseca,
gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da
CNI, explica que a qualidade da educação e o modelo
focado na entrada da universidade são entraves para
a formação de profissionais voltados para a
indústria.
De acordo com a CNI, os impactos recaem sobre a
produtividade. 97% das empresas afirmam que o
problema afeta diretamente a competitividade da
indústria brasileira. Renato explica ainda que a
solução não é a curto prazo. De imediato, é
necessário qualificar e requalificar a força de
trabalho atual.
A longo prazo, é preciso intensificar os esforços
para melhorar a qualidade da educação básica no
Brasil, priorizando a educação profissional.
As mudanças aprovadas em 2017, permitem que o jovem
opte por uma formação profissional e técnica dentro
da carga horária do ensino médio regular. Ana
Carolina Baia fez o ensino médio ao mesmo tempo em
que fazia o curso técnico em rede de computadores no
Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Aos 17 anos, Ana Carolina trabalha em uma empresa de
segurança de redes, que conheceu num evento de
robótica. Ela começou este ano a fazer faculdade em
engenharia eletrônica. Para a jovem, o curso técnico
foi um diferencial.
Segundo o estudo da CNI, no Brasil, menos de 10% das
matrículas do ensino médio são em cursos de educação
profissional.
Fonte: Portal EBC
12/02/2020 -
Produção industrial encerra 2019 com queda em sete
locais
Principais recuos foram nos estados de MG e do
ES, diz IBGE
A produção industrial caiu em sete dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2019. As principais quedas
foram observadas nos estados de Minas Gerais (-5,6%)
e Espírito Santo (-15,7%) e podem ser explicadas
pela crise do setor extrativo.
A indústria extrativa foi afetada pela queda na
produção de minério de ferro, em Minas Gerais,
devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG),
no início de 2019. No Espírito Santo, a indústria
sofreu impactos tanto do incidente em Minas Gerais
quanto dos recuos na produção de óleos brutos de
petróleo e gás natural e do setor de celulose.
Também tiveram recuo na produção industrial a região
Nordeste (-3,1%) e os estados da Bahia (-2,9%), Mato
Grosso (-2,6%), Pernambuco (-2,2%) e Pará (-1,3%).
Juntos, eles foram responsáveis pela queda de 1,1%
na indústria nacional no ano de 2019.
Por outro lado, oito estados tiveram alta na
produção, com destaque para o Paraná (5,7%). Outros
locais com aumento na indústria foram Rio de Janeiro
(2,3%), Amazonas (4%), Goiás (2,9%), Rio Grande do
Sul (2,6%), Santa Catarina (2,2%), Ceará (1,6%) e
São Paulo (0,2%).
Dezembro
Na passagem de novembro para dezembro do ano passado,
12 dos 15 locais tiveram queda na produção, com
destaque para Rio de Janeiro (-4,3%) e Minas Gerais
(-4,1%). Os três resultados positivos ficaram com
Paraná (4,8%), Pará (2,9%) e região Nordeste (0,3%).
Fonte: Agência Brasil
12/02/2020 -
Delegado sindical tem reintegração revogada após
cancelamento de registro da entidade
O juiz do Trabalho Ronaldo da Silva Callado, da 38ª
vara do Rio de Janeiro, revogou liminar
anteriormente concedida que determinava a
reintegração de trabalhador que foi eleito como
delegado sindical. Magistrado considerou que o
sindicato em questão perdeu representação no
município por decisão judicial.
O autor ajuizou a ação trabalhista contra a
companhia aérea alegando ter sido dispensado
injustificadamente e pedindo a reintegração. O
trabalhador afirmou que a dispensa foi arbitrária e
que ele detinha estabilidade prevista em norma
coletiva, já que havia sido reeleito para o cargo de
delegado do Sindicato Nacional dos Aeroviários.
Segundo o autor, sua condição como delegado sindical
sempre foi de conhecimento da empresa ré.
O juiz considerou que, para a concessão de liminar
que determinasse a reintegração do funcionário,
deveriam estar presentes os pressupostos da
verossimilhança e do perigo do dano. Para o
magistrado, o autor atendeu aos requisitos, visto
que comprovou, por meio de documento, que a empresa
havia sido devidamente notificada pelo sindicato
sobre a condição do trabalhador. Assim, deferiu a
liminar pleiteada.
Após a decisão, no entanto, o Sindicato Nacional dos
Aeroviários teve seu registro cancelado no município
do Rio de Janeiro por determinação judicial, e a
representação da categoria dos aeroviários passou a
ser do Simarj – Sindicato dos Trabalhadores nas
Empresas de Transporte Aéreo do Município do Rio de
Janeiro.
O juiz do Trabalho ressaltou que as normas coletivas
por este sindicado não disciplinam sobre a
estabilidade provisória do delegado sindical, o que
confere legalidade à dispensa.
"Sendo assim, de fato, tal como afirmado pela
reclamada, a representatividade da categoria dos
aeroviários no Município do Rio de Janeiro é do
SIMARJ, razão pela qual, as normas coletivas vindas
com a inicial, firmadas pelo SNA, não são, a
princípio, aplicáveis ao autor e, portanto, não
seria o trabalhador detentor da estabilidade
prevista na cláusula 61 da CCT 2018/2019 (fls. 55) e
que serviu como único fundamento para a concessão da
liminar de reintegração ao emprego."
Assim, o magistrado revogou a liminar anteriormente
concedida, determinando o cancelamento do mandado de
reintegração.
O escritório Cerdeira Rocha Advogados e Consultores
Legais atua na causa pela empresa.
Processo: 0101362-15.2019.5.01.0038
Fonte: Migalhas
11/02/2020 -
Sindicalismo protesta dia 14 por melhorias e
agilidade no INSS
A Previdência Social está na mira do desmonte
bolsonarista e quem sofre é a população. Agências
são fechadas, faltam funcionários e o sistema ainda
não foi adaptado às novas regras de aposentadoria, o
que só tem piorado a vida de quem precisa dos
serviços.
Para denunciar a situação e cobrar urgência na
solução dos problemas que têm causado enorme
sofrimento aos segurados, as Centrais e Sindicatos
de base realizam dia 14 (sexta) protestos em
agências do INSS por todo o País.
A ação inclui panfletagens e diálogo com a
população, a fim de alertar sobre a má gestão do
governo, que penaliza diariamente os brasileiros.
Mais de dois milhões aguardam análise de pedidos de
benefícios.
Segundo Edson Carneiro (Índio), coordenador-geral da
Intersindical, a situação é resultado do desmonte
implementado pelo governo federal, que não investe
em áreas fundamentais. Índio explica que as Centrais
pedem concurso público, pra preencher vagas abertas.
Desde 2017, cerca de 11 mil funcionários se
aposentaram ou se afastaram. O quadro não foi
reposto. “Essa situação penaliza não só a população,
mas também Servidores do INSS”, diz.
O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e da
Previdência Social do Estado de São Paulo, filiado à
CUT, participará da mobilização. A entidade cobra
melhores condições de trabalho. O presidente Pedro
Luís Totti denuncia que não há concurso público para
contratação de funcionários desde 2013, o que gera
sobrecarga nos trabalhadores do órgão.
Sucateamento - “Diversas agências têm sido fechadas
em todo o País. Na verdade, o governo pretende
acabar com a Previdência Social. Estamos lutando
contra essa situação, na defesa dos servidores e dos
direitos da população”, ele argumenta.
Em São Paulo, haverá concentração às 9 horas na
agência da rua Coronel Xavier de Toledo, 280,
Centro. Depois os manifestantes farão caminhada até
a Superintendência do INSS no Viaduto Santa Efigênia,
também na região central.
Mais - Acesse os sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
11/02/2020 -
Nota conjunta NCST/CSPB: Repúdio à declaração do
ministro Guedes
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST em
conjunto com a Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil – CSPB, sua filiada com representação
geral e nacional da categoria dos servidores
públicos em nível federal, estadual e municipal –
repudia veementemente a ofensa proferida pelo
Ministro da Economia, Paulo Guedes, que, em palestra
proferida na data de ontem, 07.02.2020, atribuiu aos
servidores públicos brasileiros o adjetivo de
“parasitas” do Estado brasileiro.
Tal atitude, longe de representar mera
passionalidade ou voluntarismo irrefletido do
Ministro, de fato constitui uma estratégia do
Governo Federal de denegrir a imagem do
funcionalismo público, com o propósito de lançar a
opinião pública contra a categoria, abrindo espaço
para a aprovação de emenda constitucional e outras
medidas que retiram os direitos e as garantias dos
servidores assegurados no texto constitucional e nas
leis de nosso país.
Atribuir aos servidores públicos a alcunha de
parasitas e acusá-los, com isso,
indiscriminadamente, de lesarem o erário público,
além de escancarar as intenções do Governo de
conseguir aprovar, no Congresso Nacional, leis que
prejudicam a categoria; representa ato ilícito
praticado pelo Ministro da Economia, que encontrará,
a tempo e a modo, a devida representação desta
entidade de classe para retratação e reparação pelo
dano moral coletivo sofrido pelos servidores
públicos (saiba
mais).
A Nova Central e a CSPB conclamam todos os
servidores públicos do Brasil a lutarem unidos
contra os projetos do Governo Federal que impõem
perda de direitos à categoria.
Concita, ao final, toda a população brasileira a
apoiar a luta daqueles que trabalham diuturnamente
para que os cidadãos tenham saúde, educação,
segurança pública, Justiça e tantos outros serviços
públicos gratuitos e de qualidade prestados por
agentes qualificados e interessados em construir um
futuro melhor para o Brasil – os servidores
públicos!
Brasília, 08 de Fevereiro de 2020
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
João Domingos Gomes dos Santos
Presidente da CSPB
Fonte: NCST
11/02/2020 -
Para Maia, governo deve evitar atritos
desnecessários na discussão da reforma
administrativa
O presidente da Câmara avalia que se a reforma
vai tratar apenas dos futuros servidores, os atuais
devem ficar de fora do debate para evitar conflitos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
voltou a defender a reforma administrativa e disse
que falas como a do ministro da Economia, Paulo
Guedes, que chamou os servidores públicos de
parasitas na última sexta-feira (7), acabam gerando
atritos desnecessários.
A declaração foi feita pelo presidente da Câmara
fala durante evento com representantes da indústria
sobre os impactos das reformas para o setor, na sede
da Firjan (RJ).
Segundo Maia, já que o governo entendeu que a
reforma vai tratar apenas dos novos servidores
públicos, não há porque trazer para o debate os
atuais servidores e aumentar o conflito. Ele espera
que o Executivo encaminhe a proposta ao Congresso
ainda nesta semana.
“Frases mal colocadas geram atritos desnecessários,
traz para o debate quem não deveria estar no debate.
Estamos tratando dos novos, por que os antigos vão
entrar? O governo já decidiu – não vou ficar
elogiando ou criticando – o ideal é ter uma mudança
na administração pública brasileira, se é para os
novos, vamos enfrentar. É a nova administração
pública”, disse o presidente.
Reforma tributária
Em relação à reforma tributária, Rodrigo Maia disse
que o maior desafio é convencer algumas áreas do
setor produtivo de que haverá aumento de impostos.
Segundo o presidente da Câmara, a reforma vai
melhorar a competitividade do setor privado
brasileiro. “Nós estamos fazendo as simulações para
dar conforto para todos os segmentos. Não há nenhum
interesse na unificação do IVA, de prejudicar nenhum
setor”, ponderou Maia.
Maia negou que esteja discutindo impostos sobre as
grandes fortunas, pauta da reforma tributária
levantada por partidos de oposição. O presidente
informou que o que está em discussão é a
possibilidade de tributar lucros e dividendos com
redução da alíquota de imposto de renda da pessoa
jurídica.
De acordo com Maia, caso essa proposta seja aprovada
não há previsão de aumento de carga tributária.
“Nunca tratei de grandes fortunas, nem vou tratar,
não está na minha agenda. Na minha agenda está a
possibilidade de tributar lucros e dividendos e
reduzir a alíquota da pessoa jurídica, não há
aumento de carga tributária nessa operação”, disse.
Fonte: Agência Brasil
11/02/2020 -
Paulo Guedes pede desculpas depois de insultar
servidores e chamá-los de parasitas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu
desculpas pela declaração em que compara servidores
públicos a parasitas, que acabou repercutindo mal
entre integrantes do funcionalismo. De acordo com o
titular da pasta, sua fala foi tirada de contexto.
Ele disse que fazia referência a estados e
municípios em casos extremos quando toda a receita
vai para salários, e não para serviços públicos.
"Se o estado existe para si próprio então é como um
parasita —o estado perdulário - maior que o
hospedeiro - a sociedade", disse o ministro, que
participou de um evento na Federação ds Indústrias
do Estado do Rio. "Eu me expressei muito mal, e peço
desculpas não só a meus queridos familiares e amigos
mas a todos os exemplares funcionários públicos a
quem descuidadamente eu possa ter ofendido",
complementou.
Na sexta-feira (7) Guedes afirmou que "o
funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação,
além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria
generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara virou
um parasita", disse.
Fonte: Brasil247
11/02/2020 -
Publicada portaria que reajusta em 4,48% benefícios
do INSS
Medida está no Diário Oficial desta terça-feira
Os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) serão reajustados, em 4,48%, a
partir de 1º de janeiro de 2020. Com isso, a partir
de 1º de fevereiro de 2020, o salário de benefício e
o salário de contribuição não poderão ser inferiores
a R$ 1.045,00 nem superiores a R$ 6.101,06.
O reajuste atinge as pensões especiais pagas às
vítimas da síndrome da talidomida, às pessoas
atingidas pela hanseníase e aos benefícios de
prestação continuada pagos pelo INSS correspondentes
a aposentadorias, auxílio-doença e pensão por morte.
Portaria
A portaria que trata dos reajustes dos benefícios do
INSS está publicada no Diário Oficial da União desta
terça-feira (11).
Ela prevê ainda que o valor da cota do
salário-família por filho ou equiparado de qualquer
condição, até 14 anos de idade, ou inválido de
qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2020, é
de R$ 48,62 para o segurado com remuneração mensal
não superior a R$ 1.425,56.
Fonte: Agência Brasil
11/02/2020 -
Centrais sindicais lançam nota sobre demissões e
greve na Petrobras
Em greve há dez dias, petroleiros ainda enfrentam
resistência da direção da Petrobras para qualquer
possibilidade de diálogo. Situação que, ao infringir
direitos constitucionais dos trabalhadores e
aumentar o desemprego, preocupa as centrais
sindicais brasileiras.
Nesta segunda feira tais entidades disseram em nota
que “As centenas de demissões no Paraná são
injustas, precipitadas e demonstram a falta de um
projeto voltado para os interesses do País”.
Confira nota na íntegra:
Centrais sindicais sobre demissões e greve na
Petrobras
As Centrais sindicais se solidarizam com os
companheiros e companheiras petroleiros, em greve
desde o dia 1º de fevereiro, e veem a público pedir
sensibilidade da direção da Petrobras e do governo
para a abertura de um diálogo democrático visando
uma solução negociada.
A empresa demitiu 1.000 trabalhadores em Araucária,
sem ao menos buscar negociação ou diálogo com as
entidades de classe, e descumpriu cláusulas da
convenção coletiva assinada na última data base. As
centenas de demissões no Paraná são injustas ,
precipitadas e demonstram a falta de um projeto
voltado para os interesses do País.
Importante reforçar a gravidade do fato de que no
Brasil o contingente de desempregados já atinge
quase 12 milhões de pessoas e, mesmo perante esta
desastrosa realidade, o governo Bolsonaro não se
constrange em acrescentar mais mil petroleiros a
este nefasto índice.
Causou-nos perplexidade a decisão arbitrária do
ministro Ives Granda, do TST, de bloquear as contas
do Sindicato dos Petroleiros, uma vez que o problema
foi gerado pela intransigência da empresa que não
quer cumprir a convenção coletiva da categoria.
Infelizmente, a Petrobras toma mais uma decisão
nefasta com a clara intenção de enfraquecer o
movimento dos trabalhadores que lutam em defesa de
seus empregos e direitos.
Reafirmamos nosso apoio à categoria nesta
paralisação legítima que acontece pelo País e
insistimos no diálogo para solução de conflitos.
São Paulo, 10 de fevereiro de 2020
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central
Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral
dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de
Sindicatos do Brasil)
Fonte: Agência Sindical
11/02/2020 -
Se condenações forem anuladas, Lula pode ser
candidato, dizem especialistas
Impedido de disputar a eleição em 2018, Lula não se
coloca fora do pleito de 2022. Em entrevista à
ConJur, o ex-presidente afirmou que “quem quiser
ganhar de mim [na eleição presidencial de 2022],
viaje mais que eu, faça mais discurso que eu, brigue
mais que eu”.
Apesar de não assumir uma possível candidatura, Lula
ataca frontalmente os protagonistas da "lava jato"
que, na sua ótica, usaram o processo judicial para
impedir sua eleição no pleito passado.
Apesar de se mostrar animado com a próxima corrida
presidencial, o caminho para viabilizar uma possível
candidatura não parece tão simples.
O advogado eleitoral e doutor Direito do Estado pela
USP, Renato Ribeiro de Almeida enxerga uma possível
anulação de suas condenações como caminho mais
viável. “O que deixou Lula inelegível em 2018 foi
sua condenação em 2º grau no caso do triplex do
Guarujá. Agora, soma-se a condenação, também em 2º
grau, do caso do sítio de Atibaia. Se a eleição
fosse hoje, estaria, sem nenhuma dúvida, inelegível.
Para se candidatar em 2018 Lula teria que anular os
processos ou vencer os recursos, ainda pendentes”,
comenta.
Para o advogado, o caminho mais difícil e que que
não deu certo em 2018 “seria tentar a suspensão dos
efeitos da condenação (e da inelegibilidade) com
base no artigo 26-C da Lei da Ficha Limpa, diante do
tribunal em que os recursos ainda estão pendentes de
julgamento”, diz.
Entendimento parecido com o ex-juiz eleitoral e
fundador do Copeje, que reúne todos os “juízes
juristas” de TREs e TSE, André Lemos Jorge. “As
condições de elegibilidade são verificadas no
registro da candidatura. Então esse pedido deve ser
feito em 2022. Até lá qualquer pessoa pode
participar de uma convenção partidária e, se
aprovado, pedir o registro de candidatura”, explica.
O autor do livro Manual de Estudos de Direito
Eleitoral e Jurisprudência explica que só quando
o registro é pedido se abre prazo para o MP tentar
impugnar uma candidatura. “Sem entrar no mérito, mas
se os acórdãos forem anulados até 2022 ele pode se
candidatar como qualquer cidadão brasileiro”,
comenta.
O especialista em direito público e eleitoral,
Agnelo Sad Junior lembra que atualmente Lula é
inelegível, mas faz a ressalva que o quadro pode
mudar.
“Lula, ao que se percebe, tem condenações penais
proferidas por órgão judicial colegiado. Incide,
diretamente, no artigo 1º, I, e da Lei Complementar
Federal 64/90. Assim, pode-se considerar que está
inelegível para qualquer cargo nas eleições de 2020
e 2022. Entretanto, esta inelegibilidade pode ser
afastada se houver a anulação das decisões judiciais
condenatórias, que necessariamente teriam o condão
de restabelecer a elegibilidade. Outra hipótese
seria o STF interpretar de forma diversa o
dispositivo que impõe a inelegibilidade mesmo antes
do trânsito em julgado, como fez nas hipóteses de
prisão e que acabou por beneficiar o ex-presidente”,
explica. Do ponto de vista jurídico, a viabilidade
da candidatura de Lula é um caso em aberto.
Fonte: Consultor Jurídico
11/02/2020 -
Fila no INSS: Mais de 108 mil mulheres têm
salário-maternidade atrasados
No total, o país possui cerca de 1,3 milhão de
requerimentos com tempo de espera além do limite
Dentre as pessoas que hoje aguardam na fila
interminável do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), estão 108,3 mil mulheres que solicitaram o
salário-maternidade. Todos esses pedidos estão
atrasados, pois estão sob análise há mais de 45
dias.
A demora na concessão do benefício prejudica,
principalmente, desempregadas e trabalhadoras
domésticas, rurais e autônomas que se afastam das
suas atividades por motivo de parto, aborto
espontâneo e adoção. As trabalhadoras formais
permanecem recebendo o salário do empregador durante
o afastamento.
O INSS atravessa um momento de colapso em seu
atendimento. De acordo com reportagem do Agora São
Paulo, 1,3 milhão de requerimentos, como
aposentadorias e auxílio-doença, estão com tempo de
espera além do limite. Só no Ceará, são 97 mil
cidadãos submetidos a análises que chegam a durar
seis meses.
Uma das soluções proposta pelo presidente Jair
Bolsonaro foi de contratar 7 mil militares da
reserva para diminuir as filas. O colapso do
atendimento, no entanto, é resultado de uma
diminuição no quadro de funcionários ao longo dos
anos: de 2016 a 2019, o quadro caiu de 33 mil para
23 mil.
Fonte: RevistaForum
10/02/2020 -
Direito do trabalho, com foco na reforma
administrativa será tema de audiência
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove na
terça-feira (11), às 9h, audiência pública para
debater sobre “Direito do trabalho, com foco na
reforma administrativa". A proposta de reforma, a
ser enviada pelo Executivo, deve reduzir o número de
carreiras e as formas de progressão do servidor
público, com o objetivo de diminuir os custos da
máquina pública.
Autor do requerimento, o presidente da CDH, o
senador Paulo Paim (PT-RS), afirma que os direitos
trabalhistas estão ameaçados e podem piorar com a
reforma administrativa que está para chegar ao
Congresso.
— Acaba com a estabilidade. Avisam que vai haver
redução dos salários dos servidores. Sabe-se de uma
nova reforma trabalhista sendo engendrada nos
palácios, uma nova reforma trabalhista —, alertou
Paim em discurso na terça-feira (4), em Plenário.
Convidados
Foram convidados para o debate o presidente do
Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das
Relações Exteriores (Sinditamaraty), João Marcelo
São Tiago Melo; o presidente do Fórum Nacional
Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate),
Rudinei Marques; o secretário executivo do Sindicato
Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de
Finanças e Controle (Unacon), Bráulio Santiago
Cerqueira; o vice-presidente para o TCU do Sindicato
dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis),
Alison Aparecido de Souza; o presidente da
Afipea-Sindical/BSB e organizador do estudo da
Reforma Administrativa do Governo Federal, José
Celso Cardoso Jr.; o presidente da Federação
Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos
Estaduais (Febrafite), Juracy Soares; o presidente
da Associação Nacional dos Especialistas em
Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp),
Pedro Pontual, e o representante da Federação de
Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos
em Instituições de Ensino Superior.
A audiência terá caráter interativo, por meio do
portal e-Cidadania e do Alô Senado. Será realizada
no Plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho, no Anexo
II do Senado.
Fonte: Agência Senado
10/02/2020 -
"Se não formos para a rua, estaremos perdidos", diz
Lula
"Estão destruindo tudo o que montamos, além da
subserviência ao governo americano. Se não formos
para a rua lutar e resistir, estaremos perdidos”,
afirmou o ex-presidente
O ex-presidente Lula fez um alerta importante na
noite de ontem, na festa de 40 anos do Partido dos
Trabalhadores. “Não temos muita alternativa. Estão
destruindo tudo o que montamos, além da
subserviência ao governo americano. Se não formos
para a rua lutar e resistir, estaremos perdidos”,
afirmou.
“A última eleição nos ensinou que ou assumimos a
responsabilidade de fazer política e de discutir
política ou seremos levados a rodão como na última
eleição. Acusam todos de corrupção e enfiam na nossa
cara esse governo que enfiaram agora. Esse é um
desafio para nós. Como organizamos os movimentos
sindicais de novo?”, questionou.
Fonte: Brasil247
10/02/2020 -
FST debate com deputados suas propostas de reforma
sindical
O Fórum Sindical dos Trabalhadores - FST - promoveu
debate com os deputados Lincoln Portela (PL-MG) e
Marcelo Ramos (PL-AM), respectivamente autores do
Projeto de Lei 5.552/2019 e da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 196/2019, que versam sobre
mudanças na estrutura sindical.
O encontro aconteceu terça (4) na Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Educação e Cultura (CNTEEC) e reuniu líderes e
assessores do FST.
Os parlamentares apresentaram seus argumentos e
ouviram questionamentos dos sindicalistas,
favoráveis ao PL 5.552 – que preserva a unicidade
sindical e regulamenta demais pontos do Artigo 8º da
Constituição.
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da CNTEEC e
coordenador do FST, explica que o projeto de lei
regulamenta o Artigo 8° e dá mais segurança à
organização sindical.
“Teríamos posicionamentos concretos para atitudes
que não fossem depois desfiguradas pelo Legislativo
ou o Judiciário. Ao mesmo tempo, teríamos mais
segurança nas negociações salariais”, afirma
Oswaldo. Ele considera o encontro produtivo e
comenta: “Nosso objetivo é dar condições para que
empregadores e empregados não saiam prejudicados
após uma Convenção Coletiva de Trabalho”.
Diálogo - Lincoln Portela orientou sobre a
articulação na Câmara dos Deputados. As lideranças
do Fórum se comprometeram a dialogar com
parlamentares de cada Estado, a fim de reforçar os
benefícios que a regulamentação do Artigo 8º pode
trazer às relações trabalhistas.
Marcelo Ramos informou que a PEC fica sob
responsabilidade de quem for o relator. Ele adiantou
que está em discussão emenda pela qual benefícios
não-salariais do acordo coletivo só sejam recebidos
pelo trabalhador filiado a Sindicato. O objetivo é
fomentar o custeio sindical, fundamental ao
sindicalismo. “Contribuição compulsória não tem
clima. O custeio é uma página em branco da PEC que
precisa ser preenchida por vocês”, comentou.
Unanimidade - A soberania das decisões em
assembleia, ponto unânime entre os participantes, é
considerada indispensável para o exercício de um
sindicalimso independente e representativo. “A
autonomia da assembleia é um tema do qual saio da
reunião mais sensibilizado”, afirmou Marcelo Ramos.
Lincoln Portela, autor do PL defendido pelos
sindicalistas do Fórum, observa: “O Marcelo é um
homem de entendimento, diálogo e negociação. Assinei
a PEC justamente pra preservar o diálogo entre os
projetos. Penso que essa reunião foi do melhor
proveito e estou seguro de que saímos dela maiores e
mais qualificados sobre pontos sensíveis que o tema
impõe”.
Mais - Acesse o site do FST.
Fonte: Agência Sindical
10/02/2020 -
PLP 245/19: conheça as profissões que têm direito a
receber aposentadoria especial no INSS
Vigilantes armados ou desarmados,
transportadores de valores, guardas-civis
municipais, eletricitários, mineradores e
trabalhadores expostos a materiais explosivos e
armamento terão suas aposentadorias antecipadas após
a Reforma da Previdência (EC 103/19).
As atividades com risco à vida serão incluídas nas
novas regras de aposentadoria especial por meio de
projeto de lei complementar (PLP
254/19) do governo apresentado pelo senador
Eduardo Braga (MDB-AM), que assina a proposta. O
projeto recebeu 33 emendas na CAE (Comissão de
Assuntos Econômicos), cujo relator é o senador
Esperidião Amin (PP-SC). Também vai ser examinado
pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais), antes de ir
a plenário. Depois vai ao exame da Câmara dos
Deputados.
Pelo projeto, define-se “os critérios de acesso à
aposentadoria especial àqueles segurados do RGPS que
exercem atividades expostos a agentes nocivos à
saúde, bem como aqueles que põem em risco sua
integridade física pelo perigo inerente à profissão.
Também propõe a obrigatoriedade da empresa na
readaptação desses profissionais, com estabilidade
no emprego, após o tempo máximo de exposição a
agentes nocivos.”
Para ter acesso às regras especiais o trabalhador
precisará comprovar a exposição ao risco por meio de
formulário eletrônico a ser encaminhado pelo
empregador à Previdência.
O enquadramento no benefício, portanto, não ocorrerá
pela profissão anotada na carteira profissional. Em
vez disso, será pela existência permanente de perigo
no exercício do trabalho.
O projeto que trata da periculosidade fez parte de
acordo que garantiu a aprovação da Reforma da
Previdência, em 2º turno, no Senado.
O texto principal da reforma permite apenas a
aposentadoria com critérios especiais para
trabalhadores expostos a agentes químicos, físicos e
biológicos com potencial de dano à saúde, o que é
chamado de insalubridade.
O complemento que inclui a periculosidade também
regulamenta a aposentadoria especial para
trabalhadores autônomos expostos a atividades de
risco e que realizam contribuições individuais
obrigatórias à Previdência.
“Essa regulamentação permitirá que o contribuinte
individual tenha acesso à regra especial de
aposentadoria no INSS”, explica Adriane Bramante,
presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário). “Atualmente, esses trabalhadores
precisam ir à Justiça para conseguir o benefício”,
diz.
Para a especialista, o texto apresentado pelo
governo traz avanços para trabalhadores, quando
comparado ao conteúdo original da PEC (proposta de
emenda às Constituição) que alterou as regras
previdenciárias.
Adriane ainda destaca que a nova redação da lei
complementar ampliou as possibilidades de
enquadramento por periculosidade como, por exemplo,
com a inclusão no texto de profissionais que
realizam atividades de segurança desarmados.
No caso dos guardas municipais, a proposta atende
especificamente os casos em que os profissionais
contribuem para a Previdência Social. Os regimes
previdenciários próprios não estão incluídos na
reforma.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que defendeu o
destaque que retirou da PEC o veto ao enquadramento
por periculosidade na aposentadoria especial,
informou que estuda ajustes no projeto.
Novas regras
Com a Reforma da Previdência, as aposentadorias
especiais ainda serão concedidas, mas os
trabalhadores precisarão de idade mínima de 55, 58
ou 60 anos, variando de acordo com a gravidade do
setor.
Na regra de transição, além do tempo mínimo de
contribuição, os segurados precisarão ter, na soma
com a idade, 66, 76 e 86 pontos, respectivamente. A
regra de pontos não tem idade mínima, mas vai
obrigar esses trabalhadores a ficarem na ativa por
mais tempo.
Entenda as diferenças entre periculosidade e
insalubridade
Periculosidade: a atividade expõe o trabalhador
ao risco de morrer
Exemplos de setores de classificação perigosa:
• Eletricitários
• Fabricação de produtos incendiários, tóxicos ou
explosivos
• Operações industriais com poeiras tóxicas de carvão,
cimento e amianto
• Furação, corte e carregamento em subsolo
• Atividade de caça e pesca
• Escavação de poços, túneis e galerias
• Vigilantes e guardas armados ou não
Insalubridade: a atividade prejudica a saúde do
trabalhador
Exemplos de trabalhos de classificação insalubre:
• Operadores de raio-x
• Operadores de britadeiras
• Trabalhadores da indústria química
• Médicos, dentistas, profissionais da enfermagem
• Operários de construção e reparos navais
• Pintores de pistola
• Operadores de câmaras frigoríficas
Fonte: Diap
10/02/2020 -
Combate a assédio em empresas pode ser votado
quarta-feira em comissão
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) tem reunião
marcada para quarta-feira (12), às 9h30, com 26
itens na pauta. Um deles é o projeto que estabelece
medidas de combate aos assédios sexual e moral nas
empresas (PL 1.399/2019).
Do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), a
proposta define violência e assédio no ambiente de
trabalho como um conjunto de comportamentos e
práticas, ou de ameaças relacionadas, que se
manifestam isolada ou repetidamente e que causem ou
sejam capazes de causar dano físico, psicológico,
sexual ou econômico. O assédio pode afetar de
maneira desproporcional pessoas de um sexo ou gênero
determinado.
Para dar mais efetividade ao combate à violência e
ao assédio, o texto determina que as empresas adotem
código de ética e de conduta para regular a relação
entre seus dirigentes e seus empregados. Também
clientes e fornecedores também devem ser incluídos
no código, de modo a estabelecer limites e indicar
as penalidades, em caso de violência ou assédio.
Fonte: Agência Senado
10/02/2020 -
Paulo Guedes compara servidor público a "parasita"
O ministro Paulo Guedes atacou nesta sexta-feira, 7,
os funcionários públicos. Durante evento na FGV do
Rio, Guedes comparou os servidores públicos a
"parasitas" que querem reajustes automáticos, o que,
segundo o titular da pasta, a população não quer
mais.
"O funcionalismo teve aumento 50% acima da inflação.
Além disso, tem estabilidade na carreira e
aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo,
o cara (servidor) virou um parasita. O dinheiro não
chega no povo e ele (servidor) quer reajuste
automático", afirmou Guedes.
O ministro disse que a maioria da população defende
que servidores concursados podem ser demitidos. "A
população não quer mais isso, 88% das pessoas são a
favor de demissão no funcionalismo público",
afirmou.
Fonte: Brasil247
10/02/2020 -
Ciro cobra pedido de desculpas de Guedes por chamar
servidor de parasita
O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) cobrou de
Paulo Guedes um pedido de desculpas ao povo
brasileiro após o ministro da Economia chamar
servidores públicos de 'parasitas'.
"Paulo Guedes ataca servidores dentro de sua sanha
incontrolável de cortar direitos dos trabalhadores.
Atacou policiais, médicos, professores. Atacou seus
colaboradores no Ministério que comanda. Deve pedir
desculpas pela imensa besteira que falou!", escreveu
o ex-ministro no Twitter.
Várias lideranças rebateram a declaração do
ministro. No Twitter, o repúdio alcançou um dos
principais TTs (trending topics, ou Tópicos de
Tendências, em português).
Além de afirmar que o ministro parece nutrir o ódio,
ac Associação Nacional dos Delegados da Polícia
Federal disse que Guedes "desinforma e confunde a
sociedade ao afirmar que servidores públicos têm
reajustes salariais automáticos e acima da
inflação".
"A última negociação salarial para a maioria do
serviço público federal se deu há mais de quatro
anos e apenas repôs parte da inflação até então. No
caso específico da Polícia Federal, há perdas
inflacionárias desde o ano de 2016. Cada centavo de
correção inflacionária decorre de extenuantes e
prolongadas negociações com os governos, da mesma
maneira que costuma ocorrer na iniciativa privada
entre patrões e empregados".
Fonte: Brasil247
10/02/2020 -
Recurso contra jurisprudência do Supremo e TST
poderá não ser aceito
O Projeto de Lei 6169/19 determina que não caberá a
apresentação de recurso ordinário ou agravo de
petição para impugnar decisão proferida por juiz
trabalhista com base na jurisprudência (súmulas,
repercussão geral e recursos repetitivos) do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Supremo
Tribunal Federal (STF). A proposta tramita na Câmara
dos Deputados.
A apresentação dos recursos, nestes casos, sujeitará
a parte a uma multa de 10% sobre o valor atualizado
da causa ou da condenação, o que for maior. A multa
será revertida em favor da outra parte da ação.
O texto é de autoria do deputado Sanderson (PSL-RS)
e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Sanderson afirma que o projeto visa dar cumprimento
ao preceito constitucional que tornou direito
fundamental do cidadão as que as questões judiciais
sejam decididas em prazo razoável.
“Tal princípio impõe ao legislador a missão de criar
mecanismos que inibam a protelação injustificada do
desfecho de qualquer ação judicial”, disse.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
10/02/2020 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai de
1,22% para 0,19%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, registrou 0,19% em janeiro.
A taxa é menor do que o 1,22% de dezembro e a menor
para o mês de janeiro desde o início do Plano Real,
em 1994, segundo dados divulgados na sexta-feira
(7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC também registrou, em janeiro, taxa menor que
a inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em
0,21% no mês. No acumulado de 12 meses, no entanto,
o INPC teve inflação de 4,30%, acima dos 4,19% do
IPCA.
Os produtos alimentícios tiveram, em janeiro, uma
inflação mais moderada (0,45%) do que em dezembro
(3,66%). Os não alimentícios registraram 0,12% no
mês, também abaixo do índice de dezembro (0,17%).
Fonte: Agência Brasil
07/02/2020 -
MP do Contrato Verde e Amarelo terá série de debates
na próxima semana
A comissão mista que examina a medida provisória do
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/2019)
fará, nos dias 11, 12 e 13, audiências públicas para
debater o tema. A medida foi lançada pelo governo
federal com o objetivo de incentivar a contratação
de trabalhadores entre 18 e 29 anos de idade, no
período de 1° de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de
2022. As reuniões serão às 10h, na sala 6 da Ala
Nilo Coelho.
Para a primeira audiência pública, marcada para
terça-feira (11), foram convidados representantes
das Secretarias de Política Econômica e de Trabalho
do Ministério da Economia; da Superintendência de
Seguros Privados (Susep); da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); da
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT);
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); da Federação
Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de
Resseguros; e do Sindicato dos Corretores de Seguro
do Estado do Rio de Janeiro.
A segunda audiência será na quarta-feira (12), com a
presença dos professores da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA/USP) Helio Zyberstajn, e José Pastore.
Também foram convidados representantes da Força
Sindical; da União Geral dos Trabalhadores (UGT); da
Central Única dos Trabalhadores (CUT); do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese); do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap); da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB); da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB);
das Confederações Nacionais da Indústria (CNI), do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e de
Saúde (CNS); das Federações das Indústrias de Minas
Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro; da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); da
Associação Brasileira de Supermercados (Abras); e da
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
Na quinta-feira (13), será feito o terceiro debate,
que deve contar com a participação do ministro do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra
Martins Filho e do professor José Márcio Antônio
Guimarães de Camargo, do departamento de Economia da
PUC-Rio. Também foram convidados integrantes do
Ministério Público do Trabalho; da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia; da Associação Brasileira de Estágios; da
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); da
Associação Nacional dos Funcionários do Banco do
Brasil (Anabb); da Federação Brasileira de Bancos (Febraban);
e das Confederações Nacionais dos Trabalhadores no
Comércio e Serviços, dos Trabalhadores Assalariados
e Assalariadas Rurais e dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro.
O colegiado é presidido pelo senador Sérgio Petecão
(PSD-AC).
Regras da MP
Voltado para jovens, o Contrato Verde e Amarelo prevê
remuneração máxima de 1,5 salário mínimo por mês. A
nova modalidade de contrato de trabalho poderá ser
adotada para qualquer tipo de atividade, inclusive
para substituição transitória. A MP não é aplicável
a contratações de menor aprendiz, avulsos,
trabalhador intermitente e contrato de experiência.
O Contrato Verde e Amarelo será celebrado por prazo
determinado, por até 24 meses, e será convertido
automaticamente em contrato por prazo indeterminado
quando ultrapassado esse período.
O governo espera que a proposta aqueça a economia
por meio da geração de empregos formais para 1,8
milhão de jovens, em conjunto com outras medidas. Já
os críticos dizem que a MP é, na verdade, uma
segunda etapa da reforma trabalhista, pois retira
direitos dos trabalhadores e só aumenta o lucro do
empregador.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800 612211)
Fonte: Agência Senado
07/02/2020 -
Bolsonaro exonera Gustavo Canuto e nomeia Rogério
Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional
A mudança foi motivada pelas críticas de
parlamentares à gestão de Canuto
O presidente Jair Bolsonaro exonerou, nesta
quinta-feira (6), o ministro do Desenvolvimento
Regional, Gustavo Canuto.
A pasta passou para as mãos de Rogério Marinho, que
era secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia. A exoneração e a troca
saíram em edição extra do “Diário Oficial da União”.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo
Barros, fez o anúncio de que Canuto ficará à frente
da Dataprev, responsável pelo processamento de dados
das aposentadorias. Ele deve “ajudar a diminuir as
filas do INSS”.
A mudança teria sido devido a críticas de
parlamentares à gestão de Canuto a respeito de
atendimento de demandas e dificuldade de liberação
de emendas. Marinho é filiado ao PSDB.
Fonte: RevistaForum
07/02/2020 -
Mudanças no Ministério reforçam posições de Paulo
Guedes
A leitura política que prevalece após a troca de
comando no Ministério do Desenvolvimento Regional é
o fortalecimento das posições do ministro da
Economia, Paulo Guedes, que tem facilitadas as
condições para realizar reformas neoliberais
A troca de comando no Ministério do Desenvolvimento
Regional, com a nomeação de Rogério Marinho para o
lugar de Gustavo Canuto, cria melhores condições
para a realização das reformas neoliberais
pretendidas pelo ministro da Economia Paulo Guedes.
novo chefe da pasta é considerado homem com trânsito
no Congresso.
Segundo o Painel da Folha de S.Paulo, na avaliação
de parlamentares a mudança é mais uma demonstração
de força de Paulo Guedes, que já tinha saído
fortalecido com o enfraquecimento de Onyx Lorenzoni
à frente da Casa Civil.
Na semana passada, Jair Bolsonaro transferiu o PPI
(Programa de Parcerias de Investimentos) da Casa
Civil para a Economia.
Fonte: Brasil247
07/02/2020 -
PF investiga desvio de R$ 50 milhões do antigo
Ministério do Trabalho
A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação
Gaveteiro para investigar suspeita de desvio de R$50
milhões pelo antigo Ministério Trabalho, que
ocorreram entre os anos de 2016 e 2018. Nesta
quinta-feira (6), a operação foi às ruas em vários
estados brasileiros cumprir dois mandados de prisão
preventiva e 41 de busca e apreensão nos estados de
Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
e no Distrito Federal.
Atualmente, a pasta faz parte do Ministério da
Economia, encabeçado por Paulo Guedes. Entre os
alvos estão o ex-ministro do Trabalho Ronaldo
Nogueira, hoje presidente da Fundação Nacional de
Saúde (Funasa), Pablo Tatim, ex-assessor da Casa
Civil do governo Bolsonaro, e o ex-deputado federal
Jovair Arantes. Eles foram alvos de busca e
apreensão.
A PF investiga um caso de fraude de licitação, em
que, segundo a instituição, uma organização
criminosa firmou um contrato de fachada com uma
empresa fornecedora de serviços na área de
tecnologia. De acordo com a investigação, o contrato
encobriu o desvio milionário de recursos públicos.
As contas dos investigados foram bloqueadas, somando
o valor aproximado de R$ 76 milhões. Foram também
emitidas medidas cautelares provisórias, que impedem
os suspeitos de saírem do país. Os investigados
poderão ser enquadrados nos crimes de peculato,
organização criminosa, fraudes à licitação,
falsificação de documento particular, corrupção
ativa e passiva. As penas podem chegar a 40 anos de
detenção.
Fonte: Congresso em Foco
07/02/2020 -
Supremo confirma ilegalidade da desaposentação
Na mesma decisão, STF reconheceu a
impossibilidade da reaposentação
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta
quinta-feira (6) a ilegalidade da chamada
desaposentação – a possibilidade de o aposentado
pedir a revisão do benefício por ter voltado a
trabalhar e a contribuir para a Previdência Social.
Na mesma decisão, a Corte entendeu que a
reaposentação também não está prevista em lei e não
pode ser concedida pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), órgão responsável pelo pagamento dos
benefícios. O STF decidiu também que quem obteve
liminares judiciais antes do resultado do julgamento
e recebeu um novo benefício não terá que devolver o
dinheiro.
A novidade no caso foi o reconhecimento da
impossibilidade da reaposentação, medida na qual o
cidadão contribuiria após se aposentar e solicitaria
uma nova aposentadoria, descartando o tempo de
serviço e os salários que foram usados para calcular
o primeiro benefício. Dessa forma, todo o período de
trabalhado seria avaliado para recálculo da nova
aposentadoria.
Em outubro de 2016, por 7 votos a 4, os ministros
consideraram a desaposentação inconstitucional por
não estar prevista na legislação. No entanto,
entidades que atuam em defesa dos aposentados
recorreram ao STF para que a Corte pudesse
esclarecer o alcance da decisão e se o mesmo
entendimento teria validade para a reaposentação.
No processo, a Advocacia-Geral da União (AGU)
argumentou que, para a desaposentação ser concedida,
o segurado teria de devolver todos os valores
recebidos durante a aposentadoria. A AGU entende que
a revisão sem a devolução dos valores contraria a
Constituição Federal, que estabelece o "caráter
contributivo da Previdência Social e a necessidade
de preservação do equilíbrio entre suas receitas e
despesas”.
Fonte: Agência Brasil
07/02/2020 -
Saiba como fica o valor de aposentadoria por
invalidez pelo INSS na nova regra
Com as novas regras da reforma da Previdência,
aprovada pelo governo Bolsonaro, o cálculo da
aposentadoria por invalidez mudou. Agora, passa a se
chamar de aposentadoria por incapacidade permanente
e isso causou redução nos valores pagos.
Existem duas situações que definem os valores. Se a
invalidez não foi causada pelo trabalho, é
considerado o tempo de contribuição ao INSS.
Antes, com a regra antiga, era calculado com base
nos 80% dos maiores salários de contribuição, desde
julho de 1994. Os 20% menores salários eram
desconsiderados. Isso melhorava a média e dava um
valor de benefício melhor ao aposentado. Agora
conta-se com todos os salários desde 1994.
Quando a invalidez é causada pela atividade
profissional, não é preciso considerar tempo de
contribuição. A aposentadoria será 100% da média
salarial. Porém, é preciso ficar esperto: caso o
trabalhador tenha uma doença que não seja
relacionada com o trabalho, mas ela piora por causa
das condições que o funcionário passa, é considerada
como doença por atividade profissional.
Fonte: Agência Sindical
07/02/2020 -
Fim da política de valorização do salário mínimo
preocupa Paulo Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em discurso
nesta quinta-feira (6), em Plenário, que está
preocupado com as consequências geradas pelo fim da
política de valorização do salário mínimo, que
previa um reajuste anual com índice equivalente à
inflação mais o crescimento do produto interno bruto
(PIB).
Como o salário mínimo é usado como referência para o
pagamento de diversas categorias, sua desvalorização
faz com que a renda dos trabalhadores também
diminua, lembrou o senador.
A situação é pior para os 42 milhões de brasileiros
que estão na informalidade, alertou Paim, ao
explicar que, por se encontrarem numa situação
difícil, acabam aceitando trabalhar em troca de um
valor menor que o mínimo.
— Se você arrocha o salário daqueles que são
compradores em potencial, independentemente do
salário de cada um aqui, quem vai comprar? —,
questionou.
Fonte: Agência Senado
07/02/2020 -
Dieese diz que Salário Mínimo em janeiro deveria ter
sido de R$ 4.347,61
O Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulga,
mensalmente, um relatório que faz a estimativa de
quanto deveria ser o Salário Mínimo no Brasil,
levando em consideração uma família de quatro
pessoas. Em janeiro, o valor calculado foi de R$
4.347,61, o que representa 4,18 vezes o Mínimo em
vigor (que era de R$ 1.039,00).
Esse cálculo é feito através da cesta básica mais
cara entre 17 capitais brasileiras. No mês passado,
o maior valor foi encontrado em São Paulo, onde a
cesta ficou em R$ 517,51.
Além disso, é considerada uma estimativa de quanto o
salário deveria valer para atender as necessidades
básicas do trabalhador e de sua família: moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e Previdência Social. Isso tudo
está previsto na Constituição.
Diferença - Entre o Salário Mínimo real e o
necessário, o valor caiu de dezembro para janeiro.
No último mês do ano, o ideal era que o Mínimo fosse
de R$ 4.342,57, o que representa 4,35 vezes o
salário real em vigor à época (que era R$ 998,00).
No entanto, se for considerado o mesmo período do
ano, em janeiro de 2019 o necessário era R$
3.928,73, correspondente a 3,94 vezes o valor real.
Fonte: Agência Sindical
07/02/2020 -
Em decisão inédita, TST diz que motorista não é
empregado do Uber
Serviço é flexível e não exige exclusividade da
empresa
Por unanimidade, a Quinta Turma do Tribunal Superior
do Trabalho (TST) decidiu na quarta-feira (5) negar
o vínculo empregatício de um motorista com o
aplicativo de transporte Uber. Trata-se da primeira
decisão da última instância trabalhista sobre o
tema.
A medida tem efeito imediato somente para o caso de
um motorista específico, mas abre o primeiro
precedente do tipo no TST, de onde se espera uma
unificação do entendimento sobre o assunto na
Justiça do Trabalho. Isso porque, em instâncias
inferiores, têm sido proferidas decisões
conflitantes a respeito dos aplicativos de
transporte nos últimos anos.
Todos os ministros que participaram do julgamento no
tribunal seguiram o voto do relator, ministro Breno
Medeiros. Para ele, o motorista não é empregado do
Uber porque a prestação do serviço é flexível e não
é exigida exclusividade pela empresa.
O TST considerou ainda que o pagamento recebido pelo
motorista não é um salário, e sim uma parceria
comercial na qual o rendimento é dividido entre o
Uber e o motorista. Esse é um dos principais pontos
da defesa do aplicativo, que alega não ser uma
empresa de transporte.
Dessa maneira, o tribunal revogou decisão da 15ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT2), segunda instância da Justiça trabalhista com
sede em São Paulo, que em agosto de 2018 havia
reconhecido o vínculo empregatício entre o motorista
Marco Vieira Jacob e o Uber.
Na ocasião, o TRT2 compreendeu que o motorista não
tem a autonomia que é alegada pelo Uber, sendo
obrigado por exemplo a seguir diversas regras de
conduta estabelecidas pela empresa.
Durante o julgamento, os magistrados da Quinta Turma
do TST – os ministros Breno Medeiros e Douglas
Alencar Rodrigues e o desembargador convocado João
Pedro Silvestrin – ressaltaram a necessidade urgente
de que seja elaborada uma legislação específica para
regulamentar as relações trabalhistas envolvendo
aplicativos de transporte.
Fonte: Agência Brasil
06/02/2020 -
Maia cria comissão da Reforma Sindical; instalação
pode ser na próxima semana
O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo
Maia (DEM-RJ) criou, nesta quarta-feira (5), segundo
o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-S), a comissão
especial que vai examinar e votar o mérito da
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 196/19,
do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que altera o
artigo 8º da Constituição para tratar da Reforma
Sindical.
Esse Ato da Mesa assinado pelo presidente da Câmara
é o 1º passo. O 2º, agora, é a indicação, pelos
líderes partidários, dos deputados que irão compor a
comissão especial. Uma vez indicados, o 3º passo é a
instalação da comissão que vai examinar o mérito da
proposta.
Ainda segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, a
intenção é instalar o colegiado na próxima semana. A
seu turno, a instalação ocorre com a eleição do
presidente da Mesa Diretora dos trabalhos da
comissão especial, que por sua vez indica o relator
da proposição.
Fonte: Diap
06/02/2020 -
MP da Carteira de Trabalho Verde-Amarela recebe mais
críticas do que elogios no primeiro debate
Deputados da oposição criticam a precarização do
contrato de trabalho, mas apoiadores da proposta
ressaltam importância de gerar empregos,
simplificando a legislação
A medida provisória que institui o Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19) recebeu mais
críticas do que elogios de deputados e senadores
nesta quarta-feira (05), durante a primeira
audiência pública da comissão mista que analisa a
proposta. O secretário especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho,
foi convidado a explicar a proposta.
Para os críticos, a MP não respeita critérios de
urgência e relevância e reúne temas desconexos, que
deveriam ser analisados por projeto de lei. Entre os
pontos criticados está a autorização para o trabalho
aos domingos, o fim da regulamentação de nove
profissões, a exigência de contribuição
previdenciária de quem recebe seguro-desemprego e
mudanças em direitos constitucionais dos
trabalhadores, como o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e o seguro-desemprego.
Defensores da proposta, por outro lado, afirmaram
que a legislação trabalhista brasileira, que tem
como espinha dorsal a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), precisa ser modernizada,
simplificada e racionalizada para atrair
investimentos e gerar empregos.
Marinho frisou que a Medida Provisória 905/19 se
concentra em três grandes eixos: na contratação de
jovens que procuram o primeiro emprego; na
reestruturação da oferta de microcrédito; e na
atualização da lei trabalhista. “Vocês me perguntam
o porquê de tantos assuntos tratados na mesma
proposta. Todos têm conectividade entre si. Eles
tratam de desburocratização, simplificação, mas,
sobretudo, de permitir que o emprego, que é ocupação
e renda, possa ser gerado no nosso País”, respondeu.
“Eu diria que não há nada mais urgente do que
resgatar empregos.”
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Bohn Gass
(PT-RS), Rogério Correia (PT-MG), Bira do Pindaré (PSB-MA)
e Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP) e o
senador Paulo Paim (PT-RS) sugeriram o reenvio da MP
na forma de projeto de lei. Pimenta criticou
especificamente o trabalho aos domingos e a
desregulamentação de nove profissões. “Se não tiver
registro, se não tiver formação, é salário menor, é
precarização, é um exército de desempregados sempre
disposto a trabalhar”, disse.
Profissões
A MP acaba com o registro profissional de jornalistas,
radialistas, publicitários, atuários, artistas,
arquivistas, sociólogo, secretários, corretores de
seguros e guardadores de carros, autorizando
qualquer trabalhador a exercer essas profissões.
Segundo Marinho, o objetivo é permitir que o
respectivo órgão de classe faça o controle dessas
profissões, sem necessidade de registro no
Ministério do Trabalho. “Para que o registro de
guardador de carro?”, indagou.
Bira do Pindaré também criticou o trabalho aos
domingos. “Querem tirar o domingo, que é o dia da
família, do futebol, com o discurso de que vai gerar
empregos. É um direito fundamental das pessoas o
descanso aos domingos”, defendeu. O deputado Rogério
Correia (PT-MG) chamou a proposta de MP da
Escravidão e avalia que ela representa o fim da CLT.
Empregos
Por outro lado, os deputados Bia Kicis (PSL-DF),
Alexis Fonteyne (Novo-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e
Átila Lira (PP-PI) sustentaram que as legislações
trabalhista e tributária dificultam os negócios e a
geração de emprego no Brasil. Kataguiri defendeu a
revogação da CLT como caminho para a geração de mais
empregos. No mesmo sentido, Fonteyne afirmou que a
CLT é uma “cova de empregos e uma fábrica de
desempregos”.
“Essa MP deveria ter proposto o fim da CLT. Não há
nada mais precário do que o desemprego. Ele que é
precário. Pessoas com baixa qualificação, que não
conseguem emprego no Brasil, vão buscar trabalho em
outros países, onde nem CLT tem”, disse Fonteyne.
As próximas audiências da comissão foram marcadas
para os dias 11, 12 e 13 de fevereiro e deverão
ouvir representantes da Justiça do Trabalho, do
setor de seguros e de patrões e empregados.
Fonte: Agência Câmara
06/02/2020 -
Governo Bolsonaro boicota 13º permanente do Bolsa
Família no Congresso
Alinhado à estratégia de Bolsonaro, governistas
obstruem votações para que a MP caduque e benefício
fique apenas em 2019
O governo de Jair Bolsonaro voltou atrás com relação
a uma de seus principais bandeiras durante a
campanha de 2018, que é o pagamento de 13º salário
do programa Bolsa Família, e segue obstruindo a
votação da medida provisória (MP) responsável pelo
projeto no Congresso. Paulo Guedes, ministro da
Economia, é um dos que se opõem ao benefício.
A MP que Bolsonaro quer evitar propõe o pagamento do
benefício aos próximos anos, não se restringindo a
2019. No entanto, dos 23 deputados da comissão
criada para analisar a proposta, só quatro
apareceram na quarta-feira (5) para debater. A
intenção do governo é que a MP fique sem votos e
caduque.
Além de Guedes, a proposta de taxação de lucros e
dividendos para bancar os custos do 13º permanente
também tem a oposição do presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em 2019, a equipe econômica de Bolsonaro congelou
cerca de R$ 1 bilhão, de um total de quase R$ 5
bilhões, para as atividades da pasta responsável
pelo programa. O Bolsa Família funcionou ao longo do
ano no limite de seu orçamento.
Para 2020, o cenário é ainda mais enxuto para o
programa social. O projeto de Orçamento elaborado
pelo presidente prevê o mesmo montante que em 2019
(cerca de R$ 29,5 bilhões), o que não incluía
aumento do benefício pela inflação nem o 13º.
Fonte: RevistaForum
06/02/2020 -
Supremo volta a discutir a possibilidade de
desaposentação
Renúncia ao benefício foi considerada ilegal pelo
STF em 2016
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve voltar a
discutir na sessão desta quinta-feira (6) a chamada
desaposentação – a possibilidade de o aposentado
pedir a revisão do benefício por ter voltado a
trabalhar e a contribuir para a Previdência Social.
A sessão deve começar às 14h.
O caso volta à tona após a apresentação de um
recurso por diversas entidades que atuam em defesa
dos aposentados para que seja esclarecida a decisão
da Corte, que, em 2016, considerou ilegal a
desaposentação. O STF poderá esclarecer se as
pessoas que ganharam liminares na Justiça para
obrigar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
a fazer o recálculo do benefício devem devolver os
valores aos cofres públicos.
Além disso, as entidades sustentam que o STF deixou
dúvidas sobre possibilidade do direito de renúncia
ao benefício previdenciário ou reaposentadoria.
Em outubro de 2016, por 7 votos a 4, os ministros
consideraram a desaposentação inconstitucional por
não estar prevista na legislação. Votaram contra o
recálculo da aposentadoria os ministros Dias Toffoli,
Teori Zavascki (falecido em 2017), Edson Fachin,
Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cármen
Lúcia. A favor votaram Marco Aurélio, Luís Roberto
Barroso, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.
A validade da desaposentação foi decidida após um
aposentado pedir ao INSS a interrupção do pagamento
da atual aposentadoria por tempo de serviço e a
concessão de um novo benefício por tempo de
contribuição, com base nos pagamentos que voltou a
fazer quando retornou ao trabalho.
No processo, a Advocacia-Geral da União (AGU)
defendeu que, para a concessão da desaposentação,
seria necessário que o segurado devolva todos os
valores recebidos durante a aposentadoria. A AGU
entende que a revisão sem a devolução dos valores
contraria a Constituição Federal, que estabelece o
"caráter contributivo da Previdência Social e a
necessidade de preservação do equilíbrio entre suas
receitas e despesas”.
Fonte: Agência Brasil
06/02/2020 -
Novo diretor técnico do Dieese diz que combate à
desigualdade mobiliza
A nova diretoria do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) tomou
posse na última terça (4). Depois de 16 anos,
Clemente Ganz Lúcio deixa o comando da diretoria
técnica da instituição. Agora, quem assume é Fausto
Augusto Junior.
Na solenidade de posse, Fausto chamou a atenção para
o momento conturbado do País, mas que isso já é
parte da história do Dieese. Ele destacou, ainda, o
rigor científico na produção da instituição, sempre
voltada ao ponto de vista do trabalho e do
trabalhador.
Fausto diz: "Fazemos uma ciência de classe, mas
fazemos ciência. Fazemos política pela ciência".
Essa fala se assemelha à de Clemente, que observou
que, desde 1955, quando foi criado, o Dieese reúne
profissionais com visões de mundo e teórica
distintas, mas com visão política convergente: a
defesa do trabalhador.
Na instituição desde 1996, Fausto inicia seu
trabalho como diretor-técnico em um momento
"histórico", segundo ele. "Este é um momento de
aumento da desigualdade. Resistir e enfrentar algo
que nos organiza e nos mobiliza é o embate contra a
desigualdade", concluiu Fausto.
Fonte: Agência Sindical
06/02/2020 -
Banco Central reduz juros básicos da economia para
4,25%, nova mínima histórica
Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC)
diminuiu os juros básicos da economia. Por
unanimidade, o Copom, Comitê de Política Monetária,
reduziu a taxa Selic de 4,5% para 4,25% ao ano. A
decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Fonte: Agência Brasil
06/02/2020 -
Greve vitoriosa na Dataprev suspende demissões de
servidores por 30 dias
A greve de uma semana dos servidores da Dataprev
surtiu efeito. Terça (4), acordo no Tribunal
Superior do Trabalho suspendeu cerca de 500
demissões que estavam previstas em todo o Brasil.
A mediação no TST foi conduzida pela ministra Kátia
Arruda. Com a decisão, a paralisação nacional da
categoria também fica suspensa.
Criada em 1974, a Dataprev é responsável pelo
processamento de dados de políticas sociais do
governo, como benefícios previdenciários e liberação
do seguro-desemprego. A estatal está nos planos de
privatização do governo.
Edson Simões, secretário-geral do Sindicato dos
Empregados de Empresas de Processamento de Dados do
Distrito Federal (Sindpd), avalia que os
trabalhadores e a população serão os maiores
prejudicados com a privatização. “O governo vai
fazer tudo para colocar a população contra os
trabalhadores, para respaldar as ações privatistas
dele”, afirmou.
INSS - A categoria exige a realocação dos
trabalhadores para agências do INSS, onde há falta
de pessoal para atender a população, que tem de
aguardar meses para receber benefícios como a
aposentadoria. A fila de espera já tem mais de dois
milhões trabalhadores e trabalhadoras.
O governo oferece a realocação apenas dos
trabalhadores da ativa, mas excluí os aposentados. A
Federação Nacional dos Trabalhadores em
Processamento de Dados (Fenadados), Associação
Nacional dos Empregados da Dataprev (Aned), e
sindicatos da categoria recusaram a proposta.
Para representantes dos trabalhadores há espaço para
todos os servidores da Dataprev no INSS e outros
órgãos. No entanto, a empresa não aceitou a
proposta, mas suspendeu por até 30 dias as
demissões. Após o prazo, haverá nova reunião para a
solução do impasse.
Fonte: Agência Sindical
06/02/2020 -
Congresso abre o ano com 27 medidas provisórias na
fila
O Congresso Nacional vai iniciar os trabalhos em
2020 com 27 MPs (medidas provisórias) em análise.
Dez delas já obstruem as pautas de votações da
Câmara dos Deputados e do Senado, e outras 5
chegarão a esse ponto ainda em fevereiro.
A contar de 3 fevereiro, 1º dia depois do recesso, 3
das MPs terão menos de duas semanas de validade e
estarão sob maior risco. Uma delas está bem
encaminhada e só precisa da aprovação do Senado, mas
outras duas sequer iniciaram a sua tramitação e
devem caducar.
A 1ª das propostas na fila, a MP 894/2019, institui
uma pensão mensal vitalícia, no valor de 1 salário
mínimo, para crianças com síndrome decorrente do
Zika vírus. Ela foi aprovada pela Câmara em dezembro
e não deve ter problemas para passar também pelo
crivo dos senadores.
O relator da MP, senador Izalci Lucas (PSDB-DF),
estendeu a medida para todas as crianças afetadas
que tenham nascido até o fim de 2019. Izalci
destacou que o benefício significará 1 alento para
os pais das crianças, que atravessam uma rotina de
sacrifícios e preconceito.
“São pessoas que lutam diariamente pela
sobrevivência de seus filhos. A todas as pessoas que
perseveram nessa luta, prestamos nossa homenagem e
nossa solidariedade”, destacou Izalci no dia da
votação da MP pela comissão mista.
A MP ainda precisa ser oficialmente recebida pelo
Senado, com a sua leitura em Plenário, antes de ser
votada. Se for aprovada com modificações, ela deverá
voltar para a Câmara. Se for aprovada como está,
poderá ir para a sanção presidencial. O prazo de
validade da medida é dia 12 de fevereiro.
Atraso
As duas MPs “condenadas” vencem no dia 16 de
fevereiro. As comissões mistas que precisam estudar
as medidas antes das votações pela Câmara e pelo
Senado ainda não foram instaladas, indicando que não
haverá tempo hábil para que as duas sejam aprovadas
dentro do prazo de validade.
A MP 895/2019 cria a carteira estudantil em formato
digital. O documento é gratuito para todos os
estudantes, mediante cadastro em aplicativo de
celular que será vinculado a um banco de dados do
Ministério da Educação. A medida tiraria as
carteirinhas do controle das entidades estudantis,
que hoje são responsáveis pela emissão.
Já a MP 896/2019 ficou travada por motivo judicial.
A proposta desobriga órgãos da União, estados,
Distrito Federal e municípios de publicar documentos
relativos a licitações em jornais de grande
circulação —bastaria o anúncio em site oficial e no
DOU (Diário Oficial da União).
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal
Federal), suspendeu a MP no mês seguinte à sua
publicação, após 1 questionamento da Rede
Sustentabilidade.
Urgência
Essas são três das propostas que já entraram em
regime de urgência. Dessa forma, elas sobem
automaticamente para o topo da pauta de votações da
Câmara e do Senado assim que chegam em cada uma das
Casas. No total, são dez as MPs atuais que já estão
nessa condição.
Também está nessa situação a MP que cria a 13ª
parcela do Bolsa Família (MP 898/2019). Ela ainda
não foi votada pela sua comissão mista, mas já tem
relatório favorável, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Originalmente a MP 898 previa o pagamento extra
apenas no ano de 2019, mas o relatório de Randolfe
tornou permanente a parcela adicional. Além disso, o
BPC (Benefício de Prestação Continuada) também ganha
um 13º no texto do senador.
“O BPC tem por objetivo amparar pessoas à margem da
sociedade e que não podem prover seu sustento.
[Conceder o 13º visa] corrigir essa desigualdade,
para garantir a isonomia entre esses beneficiários e
os demais do INSS, que já recebem a renda extra no
mês de dezembro de cada ano”, diz Randolfe.
Medidas de Bolsonaro
Das MPs em andamento, 3 foram editadas em 2020:
- MP 918/2020, que cria funções comissionadas na
Polícia Federal.
- MP 919/2020, que reajusta o valor do salário mínimo
de R$ 1.039,00 para R$ 1.045,00.
- MP 920/2020, que libera R$ 892 milhões para o
Ministério do Desenvolvimento Regional repassar às
cidades do Sudeste atingidas por fortes chuvas.
Fonte: Poder360
05/02/2020 -
Comissão da MP do Contrato Verde-Amarelo aprova
plano de trabalho
A comissão mista que examina a medida provisória do
Contrato de Trabalho Verde-Amarelo (MP 905/2019)
aprovou seu plano de trabalho nesta terça-feira (4).
De acordo com o plano, o relatório do deputado
Christino Aureo (PP-RJ) será apresentado depois de
quatro audiências públicas, no dia19 de fevereiro, e
votado após o carnaval, em data ainda não agendada.
Em 27 de março esgota-se o prazo para votação da MP
pela Câmara dos Deputados. Na falta de deliberação
final do Senado, a MP perde a validade em 20 de
abril.
O relator admitiu o tempo exíguo para discussão da
matéria e votação do relatório, mas prometeu
“esforço concentrado” diante da apreciação das 1.928
emendas apresentadas — um recorde em medidas
provisórias — e requerimentos de quase 100 nomes
para audiências públicas.
— Vamos precisar equilibrar esses dois aspectos:
participação máxima e prazo bastante curto para
execução das tarefas. Não proponho açodamento para
prejudicar o debate, mas tento condensar as
audiências para tentar recuperar o período do
recesso — declarou.
O cronograma recebeu críticas de parlamentares
quanto ao número limitado de audiências públicas e a
“pressa” na emissão do relatório; o texto da MP
também foi questionado por membros da oposição, que
questionaram a constitucionalidade de seus termos e
a aplicabilidade do instrumento da medida provisória
para modificações tão amplas e profundas nas
relações de trabalho.
— Pode ter relevância, mas não tem urgência. Mexe
com a vida das pessoas e com direitos consolidados
há décadas e séculos — disse o deputado Bira do
Pindaré (PSB-MA).
Porém, defensores da MP classificaram a
possibilidade de realização de mais audiências
públicas como manobra protelatória com objetivo de
derrubar a vigência da medida provisória.
— A MP vem trazer o maior dos direitos: o direito ao
emprego, o direito ao trabalho — disse Bia Kicis
(PSL-DF).
Plano de trabalho
O cronograma aprovado prevê na quarta-feira (5)
audiência com o secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, que explicará os termos
gerais da MP.
No dia seguinte, quinta-feira (6), a comissão
promoverá debate com representantes da
Superintendência de Seguros Privados (Susep), da
Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor),
do Ministério da Economia, do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), do Ministério Público do Trabalho
(MPT) e da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra).
Na quarta-feira (12) serão ouvidos representantes
das centrais sindicais Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, União
Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), além de membros do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar (Diap), Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional
do Comércio (CNC), Confederação Nacional de Saúde (CNS)
e das Federações das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg),
São Paulo (Fiesp) e Rio de Janeiro (Firjan).
Fonte: Agência Senado
05/02/2020 -
Centrais Sindicais fazem ato dia 14 nos postos do
INSS cobrando melhorias
No próximo dia 14, as Centrais Sindicais realizarão
atos nos postos do INSS em diversas cidades do País.
Os atos são em defesa da Previdência Social e
melhorias nos atendimentos e serviços do INSS.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
reforça a importância de participar dos atos, como
forma de cobrar o governo e alertar a sociedade
sobre os problemas do órgão público e o descaso do
governo.
Miguel diz: "Fizeram uma nefasta reforma da
Previdência e só agem no improviso, sem preparo
algum para resolver as precariedades do atendimento
e serviços do INSS".
São Paulo - Em São Paulo, o ato está marcado para
começar às 9 horas em frente ao prédio da
Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Efigênia,
Centro. Para saber sobre os atos em outras cidades,
entre em contato com a Secretaria Geral da Força
Sindical. Telefone (11) 3348.9003.
Fonte: Agência Sindical
05/02/2020 -
Indústria despenca 1,1% em 2019, primeiro ano sob o
governo Bolsonaro
Economistas ouvidos pela agência Bloomberg
projetavam uma queda menor no período – de 0,8%.
Foram surpreendidos, no entanto, por um cenário de
mais adversidades, como o mau desempenho da
indústria extrativa, que recuou 9,7%
Após avançar por dois anos seguidos, a produção
industrial do Brasil despencou em 2019, no primeiro
ano sob o governo de Jair Bolsonaro e a gestão
ultraliberal de Paulo Guedes no Ministério da
Economia. Enquanto o setor teve crescimento de 2,5%
em 2017 e de 1% em 2018, o desempenho no ano passado
foi uma retração de 1,1%. É o que apontam dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) divulgados nesta terça-feira (4).
Economistas ouvidos pela agência Bloomberg
projetavam uma queda menor no período – de 0,8%.
Foram surpreendidos, no entanto, por um cenário de
mais adversidades, como o mau desempenho da
indústria extrativa, que recuou 9,7% em 2019. A
tragédia de Brumadinho (MG) – que deixou 249 mortos
e 21 desaparecidos, e é considerada o maior desastre
ambiental brasileiro – contribuiu para a queda. Após
a tragédia, unidades produtoras de minério
paralisaram a produção para realizar medidas de
segurança e de proteção ao meio ambiente.
Ainda assim, ao longo do ano, mais da metade das
áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram perdas. Segundo
o instituto, 16 das 24 atividades pesquisadas
recuaram. “A produção industrial pode estar sendo
impactada pelas incertezas no ambiente externo e
também pela situação do mercado de trabalho no país
que, embora tenha tido melhora, ainda afeta a
demanda doméstica”, explicou André Macedo.
Outro segmento do setor, a indústria de
transformação, avançou apenas 0,2%, no mesmo
período. A produção de bens de consumo foi o ponto
positivo do ano, com alta de 1,1% em 2019, sendo 2%
dos bens duráveis e 0,9% dos semiduráveis e não
duráveis. A liberação de saques do FGTS contribuiu
para a injeção de dinheiro na economia, o que ajudou
a impulsionar essa atividade, segundo o IBGE.
Apesar desse comportamento negativo em 2019, o ano
registrou redução na intensidade das perdas da
indústria de um semestre para o outro. Nos primeiros
seis meses houve recuo de 1,4%, enquanto na segunda
metade da temporada a queda ficou em 0,9% –sempre em
comparações com iguais períodos de 2018.
No recorte de dezembro, o recuo foi de 0,7% ante o
mês anterior. O resultado vem depois de novembro ter
encerrado com queda de 1,2%, quando interrompeu três
meses de expansão acumulada em 2,2% no período entre
agosto, setembro e outubro.
Três das quatro grandes categorias econômicas, além
de 17 dos 26 ramos pesquisados, mostraram redução na
produção em dezembro, de acordo com o IBGE. O setor
de máquinas e equipamentos teve recuo de 7%,
enquanto veículos automotores, reboques e
carrocerias registraram queda de 4,7%, no que foram
as influências negativas mais importantes do mês.
Já o melhor desempenho veio do setor de coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis,
com 4,2%. Na comparação com dezembro de 2018, a
indústria caiu 1,2%.
Fonte: Agência Sindical
05/02/2020 -
Para Paim, Brasil passa por um processo de
‘uberização’
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta terça-feira
(4) em Plenário que o país passa por um processo de
"uberização", com o desaparecimento dos direitos dos
trabalhadores e trabalhadoras. Analisando o que
ocorreu no ano de 2019, o parlamentar lembrou da
reforma da Previdência, da chamada Medida Provisória
da Liberdade Econômica (MP 881/2019) e da criação da
Carteira de Trabalho Verde Amarela, entre outras
mudanças na legislação. E ressaltou que "essa agenda
do Executivo e do Legislativo é totalmente distante
dos anseios e das necessidades daqueles que mais
precisam".
Paim destacou que durante a Conferência
Internacional do Trabalho, pela primeira vez na
história, o Brasil foi incluído na lista dos dez
piores países do mundo para os trabalhadores. Também
citou relatório do Banco Mundial, que aponta o nosso
país como o de maior grau de concentração de renda
do mundo. Denunciou, ainda, que a situação pode
piorar ainda mais com a reforma administrativa que
está para chegar ao Congresso.
— Acaba com a estabilidade. Avisam que vai haver
redução dos salários dos servidores. Sabe-se que há
uma nova reforma trabalhista também sendo engendrada
nos palácios, uma nova reforma trabalhista —
alertou.
O senador gaúcho mostrou-se preocupado com a reforma
tributária e pôs em dúvida que ela seja solidária,
justa e progressiva. Para ele, o correto seria
aumentar a tributação da renda e do patrimônio,
pois, na sua opinião, a situação atual só favorece
as classes mais abastadas.
Fonte: Agência Senado
05/02/2020 -
Paulo Guedes faz megapedalada fiscal e imprensa
chama de ‘drible’
No ano de 2019, o governo de Jair Bolsonaro
registrou pelo menos R$ 55 bilhões em despesas fora
do limite estabelecido pelo teto de gastos na Emenda
Constitucional 95.
O maior volume de gastos fora do limite
constitucional foi dos R$ 34,4 bilhões pagos à
Petrobras pelo acerto de contas da negociação com o
Tesouro feita em 2010. A transferência
extraordinária a Estados e municípios decorrente do
leilão do pré-sal somou R$ 11,7 bilhões. Além disso,
as capitalizações de estatais somaram R$ 10,1
bilhões.
Nesses dois últimos casos, segundo reportagem do
jornal Valor desta terça-feira, 4, a pedalada
fiscal, que chamada de “drible”, haverá continuidade
de execução das despesas fora do teto a partir deste
ano.
“Apesar de capitalizações desde o início estarem
fora do teto, o tamanho desse gasto em 2019, que
ocorreu sem anúncio público, chamou atenção e
alimenta debates sobre as escolhas do governo.
O secretário-adjunto de Orçamento Federal, Geraldo
Julião, explicou que essa exceção, quando o governo
propôs o teto em 2016, se motivou pelos riscos que
havia de ter que capitalizar Eletrobras, Petrobras e
Caixa. A leitura de então, contou, era que se essa
eventual despesa fosse incluída no teto poderia
inviabilizar o governo e o próprio dispositivo
fiscal. E essa visão continua valendo”, diz o Valor.
Nas redes sociais, o "drible" do governo Bolsonaro
foi alvo de críticas.
Fonte: Brasil247
05/02/2020 -
Trabalhadores da Casa da Moeda param produção por
direitos e contra privatização
Os trabalhadores e as trabalhadoras da Casa da Moeda
do Brasil (CMB) fizeram nesta segunda-feira (3) uma
greve de advertência de 24 horas contra a
privatização ou extinção da estatal planejada pelo
governo de Jair Bolsonaro e o corte de benefícios
trabalhistas conquistados pela categoria.
A greve, que parou a produção de moedas e cédulas,
passaporte, medalhas de premiações especiais e selos
postais, é pela manutenção das regras das cláusulas
sociais garantidas no acordo coletivo de 2019, como
plano de saúde e auxílio-transporte, e também contra
a privatização da estatal que vem sendo colocada
entre as empresas que podem ser vendidas desde o
governo do ilegítimo Michel Temer.
De acordo com o presidente do Sindicato dos
Moedeiros, Aluizio Junior, em dezembro, a direção da
Casa da Moeda comunicou os trabalhadores as
modificações que estava fazendo nas cláusulas do
acordo coletivo, entre elas o aumento do percentual
descontado do salário pelo plano de saúde e do
auxílio-transporte, além do fim do seguro de vida.
Isso tudo, afirma o presidente, foi feito enquanto o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) tenta mediar o
impasse que envolve a renovação do acordo coletivo
de 2019 e no momento em que a categoria se prepara
para negociar a data-base de 2020, que é em janeiro.
Segundo a direção do Sindicato dos Moedeiros, os
cortes representam perda salarial média de R$ 2.500
e que parte dos funcionários virá com contracheque
zerado no fim do mês. Eles rejeitaram a proposta de
acordo provisório com vigência até o julgamento do
dissídio pelo TST, marcado para março deste ano.
Fonte: Agência Sindical
05/02/2020 -
TST determina que 90% dos petroleiros sigam
trabalhando durante greve
Paralisação teve início no último sábado
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Ives Gandra determinou nesta terça-feira (4) que os
sindicatos de petroleiros mantenham 90% dos
trabalhadores em serviço durante a greve da
categoria, que começou no sábado (1º). A decisão foi
motivada por uma ação de dissídio coletivo
protocolada pela Petrobras no tribunal. Com a
decisão, os sindicatos também estão proibidos de
impedir o livre trânsito de bens e pessoas nas
refinarias e plataformas da estatal.
"Determino aos suscitados [sindicatos] que mantenham
em atividade e no desempenho normal de suas
atribuições, no âmbito das unidades operacionais da
Petrobras e de suas subsidiárias, bem como em sua
sede, para atendimento dos serviços inadiáveis da
comunidade, o contingente de 90% (noventa por cento)
de trabalhadores, em face da natureza do serviço
prestado e da forma de composição dos turnos de
revezamento para operação de plataformas e
refinarias", decidiu o ministro.
A greve foi deflagrada para protestar contra as
demissões que devem ocorrer na Fábrica de
Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), que
deve ser fechada pela Petrobras. Segundo a Federação
Única dos Petroleiros (FUP), a suspensão das
atividades vai provocar a demissão de mil
trabalhadores. De acordo com a FUP, o acordo
coletivo de trabalho não está sendo respeitado pela
estatal.
No processo que chegou ao TST, a Petrobras informou
ao ministro Ives Gandra que a Fafen foi comprada da
mineradora Vale em 2013, mas, depois da aquisição,
os "resultados da subsidiária demonstram a falta de
sustentabilidade do negócio e que sua continuidade
operacional não se mostra viável economicamente".
Segunda (3), a Federação Única dos Petroleiros disse
que cerca de 14.750 trabalhadores tinham aderido à
paralisação, o que representa 80% do total de 18.434
trabalhadores de 12 estados da federação que
aderiram ao movimento.
A Petrobras informou que a greve não provocou
impactos na produção de petróleo, combustíveis e
derivados.
Fonte: Agência Brasil
05/02/2020 -
Alteração de turno noturno para diurno é considerada
lícita
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
entendeu que foi lícita a mudança para o horário
diurno de um agente de apoio socioeducativo da
Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao
Adolescente (Fundação Casa), de São Paulo, que havia
trabalhado por 12 anos à noite. Entre outros
motivos, a Turma considerou que a alteração é
benéfica para o empregado.
Vida adaptada
Contratado em março de 1989 sob o regime da CLT após
aprovação em concurso público, o agente de apoio
socioeducativo ajuizou a ação em 2012, com pedido de
antecipação de tutela. Argumentou que, por mais de
12 anos, havia trabalhado na Unidade de Internação
Rio Novo, em Iaras (SP), das 19h às 7h, no sistema
2x2 (dois dias de trabalho e dois de folga). Segundo
ele, sua vida estava totalmente adaptada a esse
horário e, em suas despesas, contava com a parcela
do adicional noturno.
No entanto, a partir de novembro daquele ano, o
agente disse que seria obrigado a cumprir escala
mista de revezamento que traria prejuízos às suas
finanças, à saúde e à sua vida social e familiar.
Em sua defesa, a Fundação Casa argumentou que a
transferência para o turno diurno seria benéfica ao
empregado. Segundo ela, a possibilidade de alteração
faz parte do poder diretivo do empregador e decorre
da necessidade dos serviços na instituição.
Alteração repentina
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) julgaram
procedente o pedido do agente. Para o TRT, embora o
interesse público deva prevalecer sobre o
particular, a fundação pública admitiu o empregado
sob o regime celetista e, por isso, deveria
respeitar as regras da CLT, que, no artigo 468,
exige mútuo consentimento para que a alteração
contratual seja considerada lícita. “A alteração
repentina, sem nenhuma consulta ao trabalhador ou
justificativa plausível, extrapolou o poder diretivo
e violou o artigo 468 da CLT”, concluiu o Tribunal
Regional.
Necessidade do rodízio
No recurso de revista, a Fundação Casa argumentou que
o poder de direção dá ao empregador a possibilidade
de alteração unilateral do contrato, “desde que não
implique prejuízos ao empregado”. De acordo com a
fundação, o rodízio implantado visa à adequação dos
servidores às funções inerentes ao cargo de agente
de apoio socioeducativo e atende às diretrizes do
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase)
e do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Alteração benéfica
Para o relator do recurso, ministro Alexandre Ramos,
cabe ao empregador organizar o sistema de trabalho
de acordo com suas necessidades. “Além disso, a
alteração de turno de trabalho do período noturno
para o diurno é benéfica para o trabalhador e
amplamente admitida pela jurisprudência do TST”,
assinalou.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-2002-85.2012.5.15.0031
Fonte: TST
04/02/2020 -
CNTI ajuíza ação no STF contra limite etário para
aposentadoria especial
Com a reforma da Previdência, houve alteração no
cálculo para a apuração do valor da prestação da
aposentadoria
A Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Indústria (CNTI) ajuizou no Supremo Tribunal Federal
(STF), na última quinta-feira (31/1), ação direta de
inconstitucionalidade contra dispositivo da Emenda
Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência) que
‘‘violou preceitos fundamentais’’ ao criar o
requisito etário para a concessão da aposentadoria
especial – prestação previdenciária extraordinária
cujos destinatários são os segurados que trabalham
expostos a agentes nocivos à saúde ou à integridade
física.
Com a nova emenda constitucional, além da exigência
de idade mínima, houve alteração no cálculo para a
apuração do valor da prestação, ficando proibida a
contagem diferenciada para o segurado que não
completar os requisitos variados (15, 20, 25 anos)
de exposição a agente nocivo a saúde.
Na petição inicial da ADI 6.309, o advogado da CNTI,
Fernando Gonçalves Dias, reconhece ‘‘os avanços da
medicina e da qualidade de vida que têm levado os
brasileiros a maior longevidade e, consequentemente,
a necessidade de reestruturação do regime de
previdência para equilibrar as contas a esses fatos
supervenientes, a fim de assegurar o pagamento dos
atuais e futuros aposentados uma divisão mais
equitativa’’.
A entidade sindical de caráter nacional anota, com
base em dados da Dataprev, que há evolução do número
de concessões de benefícios por incapacidade no
período que o número de aposentadorias especiais
sofreu redução (1998 a 2003). E que ‘‘o número de
concessões de aposentadorias especiais é ínfimo se
comparado às aposentadorias ordinárias’’.
Acrescenta que ‘‘essa espécie de aposentadoria está
em extinção, em razão da evolução tecnológica que
tem eliminado ou reduzido a patamares dentro dos
limites de tolerância os agentes nocivos presente no
ambiente de trabalho, em atendimento ao que ordena o
art. 7º, XXII, da Carta Magna, fruto da ampla
legislação ordinária e imposição do mercado de
restringir a aquisição de produtos e serviços
oriundos de ambientes degradantes à saúde do
trabalhador’’. O ministro Roberto Barroso é o
relator da ação da CNTI por prevenção (ADI 6.279).
A petição da CNTI destaca ainda:
– ‘‘A aposentadoria especial é a única que tem fonte
adicional de exação previdenciária (art. 194,
parágrafo 4º da CF/88; art. 22 da Lei Federal
8.213/91, com a redação dada pela Lei Federal 9.732,
1998)12/1998).
– ‘‘A postergação da concessão dessa aposentadoria
irá transferir a despesa que com ela se teria para o
Sistema Único de Saúde, em razão das patologias e
acidentes ocupacionais que tendem a crescer entre
aqueles trabalhadores que continuarem trabalhando
além dos tempos mínimos que foram fixados após
minucioso estudo por equipe multidisciplinar
(engenheiros de segurança, medicina do trabalho,
psicólogos e outros)’’.
– ‘‘A exposição do segurado nessas condições de
trabalho, portanto, deve ser limitado, com redução
do tempo de contribuição, em homenagem ao preceito
fundamental da isonomia, pois do segurado em comento
não se pode exigir o mesmo tempo de contribuição
exigido de um segurado que trabalha em ambiente
livre de risco, v.g, em ambiente de escritório’’.
– ‘‘A essência técnico-científica da aposentadoria
especial é preventiva e compensatória’’.
Leia a
inicial da ADI 6.309.
Fonte: Jota
04/02/2020 -
Bolsonaro faz chacota com desempregado: Vou lançar o
programa minha primeira empresa
Bolsonaro fez dobradinha em entrevista com o
pastor Silas Malafaia para criticar os trabalhadores
brasileiros que, segundo eles, têm muitos
privilégios e reclamam que não tem emprego
Em entrevista descontraída ao Pastor Silas Malafaia
no Palácio do Planalto, divulgada nesta
segunda-feira (3), Jair Bolsonaro debochou dos
trabalhadores que estão desempregados, dizendo que
no Brasil se tem muitos “privilégios” e, em tom
irônico, disse que vai lançar o programa “minha
primeira empresa” para quem reclama que não tem
emprego.
“Eu tenho falado para o Paulo Guedes: Paulo lance o
programa minha primeira empresa. O cara que reclama
que não tem emprego, ele vai ter meios de abrir a
empresa dele. Daí ele abre a empresa dele. Paga R$ 5
mil por mês para todo mundo, pra ninguém reclamar do
salário e vai ser feliz. Vai dar certo, oh, Malafaia?”,
indagou, sob risos irônicos junto com o pastor.
Usando mais uma vez a metáfora do casamento, com
gargalhadas de Malafaia, Bolsonaro disse que o
Brasil “é um país que tem mais direitos”, repetindo
outro mantra de que “não adianta ter direitos, se
não tem emprego”.
“O que adianta dar tanto privilégio ao trabalhador
para não ter emprego?”, disse Malafaia, concordando
com Bolsonaro, antes de ouvir o capitão, elogiar os
EUA e voltar a atacar os trabalhadores brasileiros.
“Essa visão esquerdopata, de só pensar em privilégio
acabou prejudicando os próprios trabalhadores.
Rapaz, em que lugar é esse no mundo em que você paga
multa. O cara tem fundo de garantia, todos os
direitos, e ainda tem que pagar uma multa pra mandar
o cara embora”, disse Malafaia, corroborado por
Bolsonaro. “Ninguém vai mandar embora um bom
empregado. Eles mandam embora quem não tá
correspondendo”, afirmou o capitão.
Fonte: RevistaForum
04/02/2020 -
Centrais sindicais protestam contra Bolsonaro
durante visita à Fiesp
Alto índice de desemprego e crescimento do
trabalho informal são principais críticas contra o
governo
Centrais sindicais e movimentos populares ocuparam
pela manhã desta segunda-feira (3) a Avenida
Paulista, em São Paulo (SP), para protestar contra a
pauta econômica e educacional do governo de Jair
Bolsonaro (sem partido).
O ato ocorreu no mesmo momento em que Bolsonaro foi
recebido, também na Avenida Paulista, por Paulo Skaf,
presidente da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp).
O protesto é contra a política econômica do governo,
tendo como principais críticas o alto índice de
desempregados e o crescimento do número de
trabalhadores na informalidade.
"Nós estamos na verdade nos defendendo de um ataque
que já vem desde a posse do governo Bolsonaro,
atacando o movimento sindical, atacando os direitos
trabalhistas e nós vamos resistir. Nós não vamos
deixar isso acontecer. Vamos começar a resistir a
esse governo antes que ele acabe com o Brasil",
afirma Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos
Trabalhadores do Brasil (CTB).
Ele considera que a próxima grande batalha dos
trabalhadores é no Congresso em relação à PEC 905,
que institui a carteira do trabalho verde e amarela,
"que libera geral os empresários para acabarem com
os direitos dos trabalhadores", avalia Gomes.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na
última sexta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), a desocupação
entre os brasileiros caiu de 12,3% para 11,9% em
2019 em relação ao ano anterior.
Quando comparado ao aumento da taxa de
informalidade, no entanto, a diminuição da
desocupação se mostra falha. Os empregos informais
atingiram 38,4 milhões de pessoas, em 2019,
abarcando 41,1% da força de trabalho, o maior nível
em três anos. Em 2016, a proporção era de 39,1%.
“A luta é árdua. Com esse desmonte que o presidente
Bolsonaro vem mantendo nas políticas públicas, o
sucateando da questão das indústrias, a gente vem
batendo de frente para conquistar nossa soberania, a
questão do emprego pro trabalhador, dos direitos dos
trabalhadores principalmente. A gente vem nessa luta
pra reconquistar tudo que está sendo perdido",
destaca o metalúrgico Américo José Galvani Júnior,
29 anos, empregado da montadoraVolkswagem em São
Bernardo do Campo (SP).
A empresa colocou cerca de 1,2 mil trabalhadores em
regime de lay off - suspensão temporária do trabalho
- pelo período de cinco meses. Durante esse período
os empregados recebem o seguro-desemprego e um
complemento pago pela empresa para completar o
salário integral.
Luiz Cláudio Marcolino, vice-presidente da Central
Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, ressalta
que a unidade entre as centrais sindicais foi
formada desde o final do ano passado e a
manifestação desta segunda-feira (3) faz parte de um
conjunto de ações pelo desenvolvimento social com a
defesa de empregos e contra o processo de desmonte
da indústria nacional.
“Queremos o desenvolvimento nacional, queremos a
industrialização. É um diálogo também com o governo
federal que não está conversando com o movimento
sindical, não tem dialogado com as centrais
sindicais e está simplesmente retirando direitos.
Mexeu na Reforma da Previdência, na Reforma
Trabalhista com o Temer, quer mexer na estrutura
sindical. Então tudo isso tem feito com que o
trabalhador diminua sua renda, diminua seu poder de
compra, e com isso todo mundo perde", defende.
Juvandia Moreira, presidente da Confederação
Nacional dos Bancários, critica a venda de empresas
estatais estratégicas do país propostas pelo
governo.
"O governo está entregando estatais importantes que
são responsáveis pelo investimento e o país vira um
grande exportador de produto primário. Essa política
econômica só serve para aumentar a concentração de
renda. Pra aumentar os privilégios daqueles que tem
muito dinheiro", aponta.
Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo, considera que o protesto
é importante para mobilizar as pessoas contra as
medidas do governo Bolsonaro que afetam os
trabalhadores.
“Cada dia ele desfere um ataque diferente para os
trabalhadores e os metroviários também são vítimas
dessas ações. Bolsonaro é o que há de pior na
política brasileira e o que há de pior para os
direitos do povo. Combater este governo é combater o
fascismo, é combater as ideias nazistas que dominam
esse governo, e com certeza para o povo trabalhador
não tem nenhuma saída a não ser a luta pra tentar
barrar esse processo", defende.
Educação
Simone Nascimento, ex-diretora de Assistência
Estudantil da União Nacional dos Estudantes (UNE),
falou sobre a importância da presença da juventude
na manifestação. “Estar aqui com o trabalhadores é
fundamental no sentido que a luta é uma só. É contra
esse projeto de governo bolsonarista que tem
precarizado a vida dos mais pobres. E os mais pobres
são a juventude, os trabalhadores, negros, negras,
mulheres, LGBTQIA+. Muitos dos trabalhadores têm
filhos, muitos dos estudantes são trabalhadores.
Muitos dos trabalhadores são estudantes.”
O estudante Alexandre Terini, militante do movimento
Juntos, integra a manifestação para protestar
"contra os cortes e o caos na Educação" e pedir a
saída do ministro Abraham Weintraub, titular da
pasta, devido aos erros cometidos na divulgação das
notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele
considera que o sucateamento da Educação e o aumento
da precarização do trabalho tira a perspectiva dos
jovens brasileiros.
"Muitos jovens não tem conseguido acessar a
universidade pelo corte das bolsas de estudo e isso
tem afetado muitas pessoas pelo país inteiro. A
universidade tem se distanciado cada vez mais das
perspectivas do jovem no Brasil em favor de uma mão
de obra cada vez mais precarizada que eles querem
garantir. Então a gente tá realmente numa situação
de fragilidade, a gente não tem uma perspectiva de
futuro", aponta.
Fonte: Brasil de Fato
04/02/2020 -
Flávio Dino responde a Bolsonaro: “enquanto uns
gritam, trabalhamos com seriedade”
Governador do Maranhão responde aos ataques de
Jair Bolsonaro, que disse que a educação no Nordeste
forma "militantes e desinformados". "Aqui no
Maranhão não 'inauguramos' pedra fundamental de
escola. Aqui a gente inaugura escola", rebateu
Flávio Dino
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
respondeu aos ataques de Jair Bolsonaro (sem
Partido-RJ), após o ocupante do Planalto dizer que a
educação no Nordeste forma "militantes e
desinformados".
A declaração de Bolsonaro foi durante inauguração da
pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo,
nesta segunda-feira (31), mesmo dia em que Flávio
Dino anunciou que o novo piso salarial para
professores com trabalho de 40 horas semanais nas
escolas do Maranhão será de R$ 6.358,96, mais que o
dobro do piso nacional (R$ 2.886,24).
"Aqui no Maranhão não 'inauguramos' pedra
fundamental de escola. Aqui a gente inaugura escola.
Pronta. Temos cerca de 1.000 obras educacionais.
Centenas de escolas novas. Ou seja, enquanto uns
gritam e tentam chamar atenção com confusão, estamos
trabalhando com seriedade", escreveu o governador no
Twitter.
No evento que aconteceu no aeroporto Campo de Marte
(SP), Bolsonaro criticou que a decisão de oito dos
nove governadores do Nordeste em não aderir à
iniciativa do Ministério da Educação (MEC) para a
instalação de colégios cívico-militares na região.
Apenas o Ceará aderiu ao programa. “Para eles, a
educação vai indo muito bem, formando militantes e
desinformando, lamentavelmente”, afirmou.
Fonte: Brasil247
04/02/2020 -
Comissão de MP do Contrato Verde Amarelo tem
primeira reunião nesta terça
A Comissão Mista da Medida Provisória do Programa
Verde e Amarelo (MPV 905/2019) tem a primeira
reunião nesta terça-feira (4) para definir o plano
de trabalho. Editada pelo governo para incentivar a
geração de emprego entre os jovens de 18 e 29 anos,
a medida traz pontos que, segundo o presidente da
Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo
Paim (PT-RS), faz outra reforma trabalhista. Na
visão do senador Lasier Martins (Pode-RS) todos os
aspectos da medida serão examinados na comissão
mista, mas a decisão final será dos Plenários da
Câmara e do Senado.
Fonte: Agência Senado
04/02/2020 -
Empresas aproveitam fim da homologação em Sindicatos
e dão golpe nos trabalhadores
Patrões inescrupulosos estão aproveitando o fim da
obrigatoriedade da homologação da rescisão do
contrato de trabalho nos Sindicatos das categorias
para dar golpes nos trabalhadores. Alguns estão
fazendo os trabalhadores assinarem a rescisão sem
receber as verbas trabalhistas.
O golpe é simples. Dias depois de demitido, o
trabalhador é chamado para 'assinar a rescisão'.
Quando chega no Departamento Pessoal é informado que
tem de assinar para sacar o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e dar entrada no
seguro-desemprego. Somente depois a empresa
depositará as verbas rescisórias. Mas não depositam,
denuncia o advogado Sérgio Batalha em matéria
publicada domingo (2) no jornal O Dia, do Rio de
Janeiro.
Segundo ele, "quando o empregado entra com o
processo na Justiça do Trabalho [para receber], ela
[a empresa] alega que pagou as verbas rescisórias
'em espécie', ou seja, em dinheiro".
Deforma - Este golpe é possível porque a reforma
trabalhista de Temer, aprovada pelo Congresso
Nacional, acabou com a exigência que consta em
artigo 477 da Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT), que estabelecia que o pedido de demissão ou o
recibo de quitação de rescisão do contrato firmado
pelo trabalhador com mais de um ano de carteira
assinada, só seria válido quando feito com a
assistência do Sindicato da categoria.
O papel do Sindicato, garantido na CLT, era checar
se os valores estavam corretos, se a empresa tinha
alguma pendência com o trabalhador, pedir documentos
comprovando os depósitos na conta individual do FGTS
e o pagamento das verbas rescisórias.
A lei de Temer não é motivo para o trabalhador não
procurar o sindicato quando se sentir prejudicado ou
tiver dúvidas, afirma o secretário de Relações do
Trabalho da CUT, Ari Aloraldo do Nascimento. “O
sindicato existe para defender seus direitos.
Recorra ao seu sindicato para tirar dúvidas, pedir
ajuda ou lhe orientar sobre como fazer nessas horas.
Uma coisa é certa: não assine a homologação sem
receber. Jamais faça isso”, alerta.
O advogado Sérgio Batalha foi na mesma linha de
raciocínio e alertou: "O trabalhador não deve
assinar o Termo de Rescisão do contrato de trabalho
sem ter recebido as verbas nele discriminadas, pois
o termo tem a natureza jurídica de um recibo de
quitação. Ou seja, se o valor líquido das verbas
rescisórias discriminadas for de R$ 5 mil, por
exemplo, quando o trabalhador assina o termo dá um
recibo de R$ 5 mil ao empregador".
E para não cair no golpe de assinar e não receber a
rescisão para acelerar o recebimento do FGTS e da
entrada no seguro-desemprego, a solução é fazer uma
ressalva no próprio termo de rescisão, esclarecendo
que não recebeu as verbas nele discriminadas,
orienta o advogado.
Na avaliação do secretário de Relações do Trabalho
da CUT, Ari Aloraldo do Nascimento, a nova lei
trabalhista tirou direitos dos trabalhadores,
beneficiou empresários e ainda abriu essa estrada
para patrões sem escrúpulo deixarem até de pagar as
verbas rescisórias tirando o papel legal dos
sindicatos de acompanhar as homologações.
“É por isso que tanto Temer quanto o atual governo
de Jair Bolsonaro atuam para enfraquecer os
sindicatos que trabalham para impedir golpes como
esse e garantir este e todos os outros direitos da
classe trabalhadora”.
O trabalhador não pode se deixar enganar e tem de
saber que pode contar com o seu sindicato para
ajudá-lo nessa e em todas as lutas que precisar
enfrentar, independentemente das medidas tomadas por
esses governos pró-empresariado, reforça Ari.
O prazo limite que a empresa tem para pagar as
indenizações previstas em contrato é de até dez
dias. O mesmo período máximo vale para o envio dos
documentos que comprovam o fim do vínculo com a
empresa aos órgãos competentes. Os documentos são
Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS (GRRF) e
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged).
Fonte: CUT e O Dia
04/02/2020 -
Trabalho informal enfraquece o Estado
São 38,4 milhões de pessoas vivendo à margem do
sistema
por Thales Guaracy
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua, divulgada pelo IBGE na sexta-feira, mostra
que houve uma pequena redução do desemprego no
Brasil ano passado. O dado mais importante, porém, é
outro.
A mesma pesquisa revela que o trabalho informal no
Brasil cresce. As pessoas não podem simplesmente
esperar pela volta do emprego – se é que ele será um
dia como antes. E começam a trabalhar por conta
própria.
Segundo a PNAD, o número de trabalhadores informais
em 2019 foi o maior desde que a pesquisa existe. São
24,2 milhões de pessoas, 4,1% mais que 2018.
Somados, trabalhadores sem carteira assinada,
trabalhadores domésticos sem carteira, empregador
sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador
familiar representam 41,1% da força de trabalho no
Brasil. São 38,4 milhões de pessoas que vivem à
margem do sistema.
Se por um lado o mercado informal colabora para a
economia em geral, por outro acentua o processo de
enfraquecimento do Estado. Reduz o pagamento de
impostos e taxas e dificulta a recuperação das
contas do governo, assim como reduz sua capacidade
de fazer políticas públicas.
Em vez de aumentar a base de arrecadação, o governo
joga o sacrifício sobre o setor formal, que é cada
vez mais penalizado. No ano passado, a arrecadação
federal cresceu 1,69%, em termos reais, isto é,
descontada a inflação, segundo dados da Receita
Federal.
Na prática, o governo tirou ainda mais de quem já
pagava bastante. De acordo com a Receita, esse
aumento na arrecadação veio sobretudo das empresas e
de ganhos do capital.
O aumento de imposto é sempre recessivo. Eleva os
custos das empresas e tira capacidade de consumo do
assalariado.
Dessa forma, apesar da pequena recuperação do
emprego formal, o Brasil ainda não saiu do círculo
vicioso em que poucos pagam por muitos, muitos não
pagam nada, mas todos têm a sensação de que o
sacrifício vai ficando insuportável.
Fonte: Poder 360
03/02/2020 -
Congresso Nacional reinicia trabalhos nesta
segunda-feira (3)
O Congresso Nacional — Câmara e Senado —
reinicia atividades nesta segunda-feira (3). Líderes
partidários das 2 casas legislativas se reúnem, na
terça-feira (4), com os respectivos presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Davi
Alcolumbre (DEM-AP), para definir a pauta de
votações da semana.
Está na ordem do dia, a criação de comissão mista
para tratar da Reforma Tributária, que deverá ser um
dos principais assuntos no Legislativo. Maia e
Alcolumbre devem definir o prazo da comissão, bem
como o número de seus integrantes. Isto porque há 2
propostas em tramitação: uma na Câmara (PEC 45/19) e
outra no Senado (PEC 110/19).
Apenas 1 texto
O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB), que deverá ser o relator também na
comissão, trabalha para que haja apenas 1 texto
sobre o tema, unindo as propostas em tramitação no
Congresso, para que seja votado pela Câmara e pelo
Senado até junho. A ideia é que os deputados aprovem
a reforma até abril, restando 2 meses para que o
texto também seja aprovado no Senado.
Reforma Administrativa
A proposta de reforma administrativa, uma das
prioridades do governo para este ano, segundo o
ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá ser
encaminhada ao Congresso até a primeira quinzena de
fevereiro.
O presidente Jair Bolsonaro defende que a reforma só
valha para os futuros servidores, poupando os
atuais. “O mais importante é a guerra da informação.
É mostrar que as reformas propostas são para quem
entrar no serviço público daqui para a frente”,
disse na segunda-feira passada (27). Segundo ele,
isso evita que “usem uma informação daqui para a
frente e peguem todo mundo, e cause ruídos”.
O texto da reforma a ser encaminhada ao Congresso
prevê:
1) eliminar o RJU (Regime Jurídico Único);
2) acabar com a estabilidade do servidor;
3) extinguir a garantia de irredutibilidade salarial;
4) permitir a redução de salário e de jornada;
5) ampliar o estágio probatório;
6) reduzir o salário de ingresso no serviço público;
7) proibir as progressões e promoções automáticas;
8) ampliar o tempo de permanência na carreira; e
9) criar carreirão transversal, cujos servidores serão
contratados pela CLT e distribuídos para os órgãos
governamentais.
Tramitação
Como se trata de PEC (proposta de emenda à
Constituição), o primeiro passo da reforma no
Congresso será passar pela CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados.
Como o colegiado vai ter nova composição e novo
presidente a ser eleito, essa pode começar a
funcionar só no início de março, depois do Carnaval.
É importante destacar que na CCJ debata-se apenas a
constitucionalidade da matéria, isto é, o mérito
fica a cargo de comissão especial a ser criada e
instalada depois de a comissão temática aprovar o
texto.
INSS, Bolsa Família, MP 905 e desaposentadoria
Chamamos a atenção para alguns eventos desta semana,
com destaque para:
• Filas no INSS - governo pode editar, nesta
semana, medida provisória, com objetivo de contratar
funcionários aposentados do INSS com o objetivo de
resolver a fila de pedidos represados no instituto;
• Início do Ano Judiciário - segunda-feira
(3), o STF (Supremo Tribunal Federal) realiza sessão
solene, às 10h, para instalação do Ano Judiciário;
• 13º do Bolsa Família - terça-feira (4), a
comissão mista responsável pela análise da MP
898/19, que estabelece o pagamento de 13º aos
beneficiários do Bolsa Família, reúne-se para votar
o relatório do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
• Contrato Verde e Amarelo - terça-feira (4),
a comissão mista da MP 905/19, que institui o
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo reúne-se para
apresentação e aprovação do plano de trabalho do
relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ); e
• Desaposentadoria - quinta-feira (6), o STF
analisa ação sobre desaposentadoria (recálculo de
aposentadoria) e decide se os beneficiados por
decisões judiciais devem devolver ao INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) diferenças recebidas.
Fonte: Diap
03/02/2020 -
Centrais fazem ato unitário nesta segunda, na Fiesp,
contra política de Bolsonaro
As Centrais Sindicais realizam ato unitário nesta
segunda, dia 3, às 10 horas, em frente à Fiesp -
Federação da Indústrias do Estado de São Paulo, na
Avenida Paulista. O protesto, contra medidas
neoliberais e recessivas do governo, ocorrerá
durante almoço oferecido a Jair Bolsonaro pelo
presidente da entidade, Paulo Skaf.
A concentração para o ato será no Vão Livre do Masp,
a partir das 9 horas. De lá, os manifestantes seguem
em caminhada até a porta da Fiesp.
À Agência Sindical, Sérgio Nobre, presidente da CUT,
diz esperar uma grande participação contra o que ele
chama de “política de terra arrasada do governo”. O
dirigente lembra que o Brasil tem hoje quase 13
milhões de desempregados, vitimados pela falta de
projeto de desenvolvimento de Bolsonaro. “O governo
impõe ao País uma política lesiva a todo o povo”,
diz Sérgio.
Entreguismo - O ato também será contra a
entrega de estatais estratégicas. O objetivo é
reunir milhares de manifestantes, inclusive as
categorias ameaçadas pelo programa de privatizações.
“O Brasil só poderá se desenvolver com investimentos
também por parte do Estado, jamais com o desmonte
dos serviços públicos. A entrega da Petrobras,
Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica só
atrasará o País”, ele diz.
Guarulhos - Um dos Sindicatos que confirmaram
presença na mobilização é dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região.
Direitos - Para o presidente da CTB, Adilson
Araújo, com esse entreguismo, Bolsonaro e Guedes
aceleram a desnacionalização da economia. “Eles não
só ofendem a democracia, mas também agridem a
soberania nacional”, denuncia.
Adilson resume: “Será um protesto contra o
desemprego, a desindustrialização e a entrega do
patrimônio público aos grandes capitalistas,
sobretudo estrangeiros. Faremos um ato em defesa dos
direitos sociais e da democracia”. Para o cetebista,
“é fundamental a participação dos movimentos
sociais, de todas as categorias e da sociedade, numa
ampla mobilização”.
Agenda - A mobilização na Fiesp é a primeira
de uma série de protestos pelas Centrais no primeiro
semestre. O calendário foi definido dia 27 no
Dieese.
Mais informações - Acesse o site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
03/02/2020 -
Cada vez mais brasileiros ganham apenas um salário
mínimo
No trimestre encerrado em setembro do ano
passado, eram 27,3 milhões de pessoas recebendo até
um salário,
um terço do total de trabalhadores do País
"Em quatro anos, desde o pior momento da recessão,
1,8 milhão a mais de trabalhadores passaram a ganhar
até um salário mínimo, segundo dados do terceiro
trimestre de 2019, da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. A retomada
lenta do emprego e a abertura de vagas de menor
remuneração ajudam a explicar o aumento entre os que
passaram a ganhar até R$ 998 por mês", aponta
reportagem de Douglas Gavras e Érika Motoda, no
Estado de S. Paulo.
"Mesmo ao se comparar 2014, no início da recessão,
com o ano passado, o número impressiona: meio milhão
a mais de trabalhadores passaram a ganhar, no
máximo, um salário por mês. No trimestre encerrado
em setembro do ano passado, eram 27,3 milhões de
pessoas recebendo até um salário, um terço do total
de trabalhadores do País", apontam os jornalistas.
Fonte: Brasil247
03/02/2020 -
Secretário da Previdência estima redução de filas no
INSS em 6 meses
Sete mil militares e aposentados devem reforçar o
atendimento
O secretário da Previdência, Rogério Marinho,
estimou que haverá uma redução significativa nas
filas para concessão de benefícios no Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS) dentro de seis
meses, a partir da efetivação das medidas que estão
sendo tomadas para a contratação de pessoal para
reforçar o atendimento nas agências. Ele participou,
nesta sexta-feira (31), de um debate sobre os rumos
do país, no Rio de Janeiro.
“Seis meses a partir da efetivação das medidas que
foram propostas. Porque a ideia é que nós tenhamos
um milhão de requerimentos por mês. A ideia é termos
os processos dentro do limite de 45 dias, que a lei
preceitua”, disse Marinho.
Deverão ser contratados, a partir da publicação de
Medida Provisória (MP), 7 mil funcionários,
incluindo militares e aposentados. Parte será
direcionada para o atendimento à população nas
agências, mas somente poderá fazer os processos de
concessão de benefícios os funcionários do INSS,
incluindo os aposentados. Uma das dificuldades é
realização de perícias médicas, pois em alguns
lugares do país há falta de peritos, o que também
deverá ser abrangido pela MP.
“As medidas estão sendo tomadas para regularizar o
processo, para estabelecer um fluxo que seja
confortável e dentro da lei, para atender, de forma
adequada, o beneficiário. Desde o mês de agosto o
estoque está diminuindo. Chegou, em janeiro, a 1,3
milhão de processos com mais de 45 dias. Mas todo
mês está diminuindo um pouco. A velocidade dessa
diminuição é que precisa ser melhorada. Por isso que
estamos tomando essas medidas complementares”, disse
Marinho.
Fonte: Agência Brasil
03/02/2020 -
Desemprego se mantém alto em 2019, com mais de 40%
das pessoas no trabalho informal
Número não cresceu em relação a 2018, mas em
cinco anos o país "ganhou" quase 6 milhões de
desempregados. Total de sem carteira, autônomos e
subutilizados é recorde
O país fechou 2019 com taxa média de desemprego de
11,9%, pouco abaixo do ano anterior (12,3%), mas com
crescimento expressivo do trabalho informal, que
atinge 41,1% da mão de obra, ou 38,4 milhões de
pessoas, aponta o IBGE, que divulgou a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) nesta
sexta-feira (31). O número de desempregados é de
12,6 milhões. Se por um lado houve queda de 1,7% em
relação a 2018, em cinco anos o contingente de
pessoas desempregados cresceu 87,7% em cinco anos –
eram 6,8 milhões em 2014.
A informalidade considera os trabalhadores sem
carteira, empregador e trabalhador por conta própria
sem CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares. A
variação em relação a 2018 não foi grande (0,3%),
mas houve acréscimo de 1 milhão de pessoas. A
chamada subutilização da força de trabalho, que
compreende pessoas que gostaria de estar trabalhando
mais, chegou a 27,6 milhões, outro recorde, e 79,3%
acima de 2014, quando esse grupo somava 15,4
milhões.
Na média anual, os ocupados somaram 93,4 milhões.
Houve alta de 2% no ano, com mais 1,8 milhão.
Segundo o IBGE, o Brasil fechou o ano com 11,6
milhões de empregados sem carteira assinada no setor
privado (com exceção dos domésticos), aumento de 4%
em comparação com 2018, no maior patamar desde o
início da série histórica, em 2012. O total de
trabalhadores por conta própria, 24,2 milhões,
também é o mais alto –desses, 19,3 milhões não têm
CNPJ, com crescimento de 4,1%.
“Esses dados mostram que apesar da ligeira melhora
no número de trabalhadores com carteira assinada,
com a expansão de 1,1% pela criação de 356 mil vagas
– interrompendo a trajetória descendente entre 2015
e 2018 –, ela não foi acompanhada pelos indicadores
de informalidade na passagem de 2018 para 2019”, diz
o IBGE. “Do acréscimo de 1,8 milhão no número de
ocupações, 446 mil foram vagas sem carteira
assinada; e a maior parte, 958 mil, são ocupações de
trabalhadores por conta própria, dos quais 586 mil
sem CNPJ.”
O número de trabalhadores domésticos chegou a 6,3
milhões, com estabilidade, mas o contingente de
empregados com carteira caiu 3% – de 1,819 milhão
para 1,764 milhão. Os sem carteira são 4,5 milhões.
Já o total de empregadores somou 4,4 milhões, também
com estabilidade, principalmente entre os de pequeno
porte. Do total, 3,6 milhões possuíam e 832 não
tinham CNPJ.
Entre os setores de atividade, a agricultura e a
indústria mantiveram-se estáveis no ano, com 8,5
milhões e 17,7 milhões de empregados,
respectivamente. A construção esboçou recuperação,
com 6,7 milhões.
O rendimento médio ficou em R$ 2.330. Ante 2018,
quase não houve variação (0,4%). Segundo o
instituto, a média anual atingiu R$ 212,4 bilhões,
crescendo 2,5%, devido ao aumento da ocupação.
Dados trimestrais
Apenas no último trimestre de 2019, a taxa de
desemprego recuou para 11%, com 11,6 milhões, 883
mil a menos do que em setembro e 520 mil a menos
ante igual período de 2018. Os ocupados somam 94,6
milhões.
Ainda no trimestre encerrado em dezembro, havia 26,2
milhões de subutilizados, menos 1,3 milhão (-4,7%)
no trimestre e 670 mil (-2,5%) em 12 meses. Os
empregados com carteira eram 33,7 milhões, alta de
2,2% em um ano (726 mil), e os sem carteira, 11,9
milhões, aumento de 3,2% (367 mil). Os trabalhadores
por conta própria somam 24,6 milhões, expansão de
3,3% (782 mil).
Estimado em R$ 2.340, o rendimento médio ficou
estável na comparação trimestral e anual. A massa de
rendimentos somou R$ 216,3 bilhões, crescimento de
1,9% no trimestre e de 2,5% ante igual período de
2018.
A massa de rendimento real habitual (R$ 216,3
bilhões) cresceu 1,9% em relação ao trimestre
julho-setembro. Frente ao mesmo trimestre de 2018,
houve alta de 2,5%.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/02/2020 -
Sob comando de Moro, PF livra Flávio Bolsonaro de
dois crimes
A Polícia Federal, sob a direção do Ministério da
Justiça e Segurança, ignorou as suspeitas da
Promotoria sobre falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro do filho de Jair Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) se
livrou de dois crimes depois que a Polícia Federal
concluiu não haver indícios de que ele tenha
cometido lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Nos próximos dias, a PF entregará à Justiça o
relatório final sobre o caso.
Contudo, o Ministério Público do Rio de Janeiro, que
apura a prática da “rachadinha” no antigo gabinete
de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa,
quando ele era deputado estadual, aponta em outra
direção.
Segundo a Promotoria, o filho de Jair Bolsonaro
lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias
e com sua loja de chocolates, aponta reportagem da
jornalista Camila Mattoso, na Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
03/02/2020 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fecha
2019 em 5,19%
Entre as atividades que mais influenciaram o
índice estão os alimentos
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços dos produtos industrializados na
saída das fábricas, ficou em 5,19% em 2019. A taxa é
inferior à registrada em 2018, que havia ficado em
9,76% e havia sido a maior da série histórica,
iniciada em 2014, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 2019, 17 das 24 atividades
pesquisadas tiveram inflação. Entre as atividades
que mais influenciaram a inflação do IPP em 2019
estão os alimentos (10,12%), refino de petróleo e
produtos de álcool (20,25%) e indústrias extrativas
(13,59%).
Por outro lado, seis atividades registraram deflação
(queda de preços), com destaque para outros produtos
químicos (-6,38%) que foram os principais
responsáveis por frear a inflação no ano passado.
Entre as grandes categorias econômicas da indústria,
a maior taxa de inflação ficou com os bens de
consumo semi e não duráveis, que registraram alta de
preços de 9,2% no acumulado do ano.
As demais categorias econômicas registraram as
seguintes taxas de inflação: bens de consumo
duráveis (4,43%), bens de capital, isto é, as
máquinas e equipamentos usados no setor produtivo
(5,98%), e bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo (2,89%).
Dezembro
Em dezembro de 2019, o IPP registrou taxa de inflação
de 0,65%, abaixo do índice de novembro (0,88%), mas
acima do observado em dezembro de 2018 (-1,56%). O
indicador de dezembro foi influenciado por altas de
preços de alimentos (2,38%) e refino de petróleo e
produtos de álcool (3,82%).
Três das quatro grandes categorias econômicas
tiveram inflação em dezembro: bens de consumo semi e
não duráveis (1,71%), bens intermediários (0,18%) e
bens de capital (0,16%).
Fonte: Agência Brasil
03/02/2020 -
Mandado de segurança é incabível para pedir
arquivamento de reclamação trabalhista
Segundo o colegiado, a empresa não utilizou a via
processual adequada.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho negou o
mandado de segurança impetrado pela Hapvida
Assistência Médica Ltda., de Recife (PE), contra
decisão em que se determinara a reinclusão em pauta
de processo que fora arquivado devido à ausência do
empregado à audiência inicial. Segundo o colegiado,
a empresa não utilizou a via processual adequada
para o caso.
Reconsideração
O juízo da 10ª Vara do Trabalho de Recife resolveu
arquivar o caso em razão da ausência do empregado,
médico que havia trabalhado para a Hapvida, à
audiência inaugural, em julho de 2018. No entanto,
reconsiderou o arquivamento depois que ele
apresentou atestado para justificar a ausência por
motivo de saúde. Com isso, o processo foi reincluído
em pauta.
Mandado de segurança
Contra essa decisão, a empresa impetrou o mandado de
segurança no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª
Região (PE), ao argumento de que teria havido abuso
de autoridade do juízo de primeiro grau. As razões
foram acolhidas pelo TRT, que entendeu que o mandado
de segurança era o único recurso cabível para
suspender os efeitos do ato em tempo hábil. Segundo
o TRT, a admissão do mandado evitaria “uma série de
procedimentos custosos ao jurisdicionado e ao
próprio Poder Judiciário”.
Foi a vez, então, de o médico interpor recurso ao
TST contra a concessão do mandado de segurança.
Entre outros argumentos, ele destacou que o artigo
494 do Código de Processo Civil (CPC) permite que o
juiz altere a sentença antes de sua publicação. “O
pedido de reconsideração da decisão de arquivamento
foi realizado no dia seguinte à data da audiência e
antes da sua publicação”, ressaltou.
Via inadequada
No entender do relator do recurso, ministro Douglas
Rodrigues, a empresa utilizou a via processual
inadequada para expressar seu inconformismo. Segundo
ele, não cabe mandado de segurança contra decisões
judiciais que podem ser retificadas por meio de
recurso. “O inconformismo da empresa deve ser
externado na própria reclamação trabalhista,
mediante a arguição de nulidade em contestação e, em
caso de não acolhimento na sentença de mérito, pode
ser renovado como matéria preliminar de recurso
ordinário”, explicou.
Ainda segundo o relator, o mandado de segurança é
admitido apenas nas hipóteses em que a decisão
judicial assumir “colorido absurdo ou teratológico”,
o que não ocorreu no caso. A decisão foi unânime.
Processo: RO-602-71.2018.5.06.0000
Fonte: TST
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