Blog - Notícias Anteriores - Julho 2017
31/07/2017 -
CPI confirma que Previdência é superavitária
31/07/2017 -
No retorno dos trabalhos legislativos, governo terá
semana decisiva
31/07/2017 -
Governo quer aprovar reforma da Previdência até o
início de setembro
31/07/2017 -
Aposentadoria especial será debatida em audiência
pública na CDH na terça-feira
31/07/2017 -
Taxa de desemprego cai para 13% no primeiro recuo
desde 2014
31/07/2017 -
Brasileiro está menos confiante em relação à
inflação, emprego, renda e consumo
31/07/2017 -
Termina hoje prazo para sacar FGTS de contas
inativas
31/07/2017 -
Recebimento no dia do início da fruição de férias
afasta pagamento em dobro
31/07/2017 -
Trabalhadora demitida por meio de grupo no Whatsapp
deve receber indenização por danos morais
28/07/2017 -
FST define frentes de resistência contra ataque a
direitos dos trabalhadores
28/07/2017 -
Denúncia desgasta Temer e reforma da Previdência
sobe no telhado
28/07/2017 -
CNI/Ibope: 70% desaprovam governo de Michel Temer e
5% aprovam
28/07/2017 -
PDV de servidores inclui licença sem vencimento e
redução de jornada
28/07/2017 -
INSS cancela 180 mil auxílios-doença pagos
irregularmente
28/07/2017 -
Governo estima economia de R$ 2,6 bi ao ano com
revisão de benefícios sociais
28/07/2017 -
Nível de atividade da indústria paulista cai 0,7% no
primeiro semestre
28/07/2017 -
Serviço extraordinário noturno deve ser remunerado
como horas extras e adicional noturno
28/07/2017 -
Advogado não vinculado a processo pode ter direito
de acesso a documentos eletrônicos
27/07/2017 -
Criaram um monstro com a reforma trabalhista, diz
Marcos Verlaine, do Diap
27/07/2017 -
Centrais e Dieese iniciam ‘Jornadas’ sobre
enfrentamento da reforma
27/07/2017 -
Copom reduz taxa Selic para 9,25% ao ano; menor
nível desde 2013
27/07/2017 -
MPs sobre mineração chegam ao Congresso Nacional
27/07/2017 -
Temer assina medida provisória que cria PDV
27/07/2017 -
Caixa Econômica começa a pagar hoje abono do
PIS/Pasep
27/07/2017 -
Estudo aponta que 60% já foram vítima de racismo no
ambiente de trabalho
27/07/2017 -
Pesquisa do Dieese diz que São Paulo tem 2 milhões
de desempregados
27/07/2017 -
Questionada lei do RJ sobre registro de acidentes de
trabalho em delegacia de polícia
27/07/2017 -
Trabalhador consegue aumentar indenização por
acidente em que perdeu a visão
26/07/2017 -
Nova regra para demissão reduz proteção ao
trabalhador e limita ação de sindicatos
26/07/2017 -
Centrais sindicais preparam substitutivo à Reforma
Trabalhista e afirmam unicidade
26/07/2017 -
PEC permite que licença-maternidade seja
compartilhada entre a mãe e o pai
26/07/2017 -
Governo vai propor licença não remunerada de até 6
anos para servidores federais
26/07/2017 -
Reformas política e da Previdência devem entrar na
pauta do Plenário neste 2º semestre
26/07/2017 -
Com 94% de reprovação, governo Temer bate o recorde
de impopularidade
26/07/2017 -
Estabilidade provisória no emprego para as adotantes
será analisada pelo Plenário
26/07/2017 -
Linha de capital de giro com recursos do FAT atende
12 mil empresas em um ano
26/07/2017 -
Justiça Federal afasta cobrança de adicional de 10%
da multa do FGTS
25/07/2017 -
Centrais discutem impactos da reforma trabalhista e
estratégias de reação
25/07/2017 -
Copom inicia hoje reunião para definir taxa de
juros; Selic pode cair para 9,25%
25/07/2017 -
Lei 13.467: governo negocia MP para regulamentar
norma
25/07/2017 -
Senadora propõe licença-maternidade compartilhada
entre pai e mãe
25/07/2017 -
Governo estuda plano de demissão voluntária para
servidores públicos
25/07/2017 -
Programa de saques de contas inativas do FGTS entra
na última semana
25/07/2017 -
Microempresas poderão ser dispensadas de depósito
recursal em reclamações trabalhistas
25/07/2017 -
Acordo garante banimento do amianto em produtora de
telhas
25/07/2017 -
TRF4 concede auxílio-acidente após o fim do
auxílio-doença
24/07/2017 -
Das seis centrais reconhecidas, três negociam e três
evitam Temer
24/07/2017 -
Temer diz que compreende reação contrária da
indústria ao aumento de tributos
24/07/2017 -
Governo mantém previsão de 0,5% de crescimento do
PIB
24/07/2017 -
CPI da Previdência promoveu 13 reuniões
deliberativas e 18 audiências públicas no primeiro
semestre
24/07/2017 -
Comissão prossegue luta para deter violência contra
mulheres
24/07/2017 -
Sindicato deve apresentar autorização expressa para
agir em juízo no interesse do filiado
24/07/2017 -
MTb investe na modernização da fiscalização
trabalhista
24/07/2017 -
Projeto cria Carteira de Trabalho digital e obriga
anotação de dados em meio eletrônico
24/07/2017 -
Empresa que utiliza produto nocivo poderá ser
obrigada a lavar uniforme de empregado
21/07/2017 -
Nova Central recusa convite para reunião com Temer
21/07/2017 -
Centrais defendem contribuição sindical opcional
decidida em assembleias
21/07/2017 -
Confiança da indústria sobe 1,2 ponto, segundo
prévia de julho da FGV
21/07/2017 -
Situação da micro e pequena indústria melhora em
junho em São Paulo
21/07/2017 -
Prévia indica deflação de 0,18%, a menor taxa em
quase 20 anos
21/07/2017 -
Governo aumenta tributos sobre combustíveis para
garantir cumprimento da meta fiscal
21/07/2017 -
Trabalhador poderá receber adicional por propaganda
em uniforme
21/07/2017 -
Justiça do Trabalho garante indenização para
trabalhadora que teve horas extras habituais
suprimidas pelo empregador
21/07/2017 -
Justa Causa: grávida perde estabilidade após cometer
falta grave
20/07/2017 -
Remuneração inicial de trabalhadores tem aumento de
3,52%, aponta Caged
20/07/2017 -
Ministro da Fazenda diz que mercado de trabalho está
se recuperando
20/07/2017 -
Votação sobre denúncia contra Temer só será aberta
com presença de 342 deputados
20/07/2017 -
Sindicato deve devolver descontos de contribuição
assistencial não autorizados pelo trabalhador
20/07/2017 -
Conselho Curador amplia prazo para parcelamento de
dívida
20/07/2017 -
Após reforma, Bradesco e Caixa abrem PDVs e põem
bancários em alerta
20/07/2017 -
1ª Turma considera válida alteração de turnos
ininterruptos para turnos fixos em metalúrgica
19/07/2017 -
Para manter sindicatos, entidades defendem
contribuição aprovada em assembleia
19/07/2017 -
Temer pede apoio ao PSB para reforma tributária e
agradece votos na CCJ
19/07/2017 -
Direitos dos trabalhadores estão assegurados, diz
ministro sobre reforma
19/07/2017 -
PIB tem aumento de 0,49% no trimestre encerrado em
maio
19/07/2017 -
Para juiz, reforma trabalhista trará de '10 a 15
anos de discussão jurídica'
19/07/2017 -
Empresa é condenada em R$ 900 mil por registrar
cinco mortes em suas obras
19/07/2017 -
Servidor pode contar tempo de insalubridade com CLT
para aposentar
18/07/2017 -
País cria 9,8 mil vagas de trabalho em junho;
resultado é o 3º positivo seguido
18/07/2017 -
Centrais organizam a resistência à implementação da
reforma na CLT
18/07/2017 -
Congresso entra em recesso a partir desta
terça-feira (18)
18/07/2017 -
Temer diz que revolução feita com reforma
trabalhista também ocorrerá na área tributária
18/07/2017 -
Mais de 30% do FGTS inativo foram para pagar
dívidas, diz Planejamento
18/07/2017 -
Dedução de IRPJ poderá valer sobre todo plano de
previdência patrocinado da empresa
18/07/2017 -
Turma confirma justa causa a gestante por atrasos e
faltas ao serviço
18/07/2017 -
Agora é lei: advogados gaúchos estão isentos de
custas à execução de honorários advocatícios
17/07/2017 -
MP que altera reforma trabalhista 'sai em alguns
dias', diz Jucá
17/07/2017 -
'É o momento de revitalização do movimento
sindical', diz diretor do Dieese
17/07/2017 -
Novo salário mínimo tem impacto de R$ 12,7 bilhões
nas contas do governo em 2018
17/07/2017 -
Indústria paulista fecha 9,5 mil vagas de emprego em
junho, revela pesquisa
17/07/2017 -
Fátima Bezerra diz que oposição vai recorrer ao STF
contra a reforma trabalhista
17/07/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS vai até o dia 31;
quase R$ 42 bilhões foram pagos
17/07/2017 -
Lei 13.467/2017 traz nova regra para saque do FGTS
17/07/2017 -
TJAM decide que trabalhador pode acumular benefícios
de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
14/07/2017 -
CCJ recomenda negar autorização ao Supremo para
processar Temer; Plenário deve analisar caso em
agosto
14/07/2017 -
Lei que reforma a CLT é publicada no Diário Oficial
da União
14/07/2017 -
Governo envia a parlamentares minuta de MP que
altera reforma trabalhista
14/07/2017 -
Paim afirma ter 40 assinaturas para prorrogar CPI da
Previdência
14/07/2017 -
Congresso aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2018
14/07/2017 -
Câmara e INSS assinam acordo para aumentar controles
sobre benefícios previdenciários
14/07/2017 -
Trabalhador com menor escolaridade tem mais
dificuldade para conseguir emprego
14/07/2017 -
Reforma consolida direitos e traz segurança
jurídica, diz ministro do Trabalho
13/07/2017 -
NCST repudia aprovação da reforma trabalhista e
cobra ajustes para minorar danos à classe
trabalhadora
13/07/2017 -
Senadores cobram de Rodrigo Maia acordo sobre
mudanças na reforma trabalhista
13/07/2017 -
Jucá diz que governo manterá acordo sobre reforma
trabalhista
13/07/2017 -
Eunício disse que não negociou MP sobre reforma
trabalhista
13/07/2017 -
Temer discutirá com congressistas MP de pontos
polêmicos da reforma trabalhista
13/07/2017 -
Temer sanciona lei que dá prioridade especial a
maiores de 80 anos
13/07/2017 -
Defesa de Lula diz que sentença de Moro é
perseguição política
13/07/2017 -
CAS aprova criminalização de exigência de
autorização prévia dos planos de saúde para
urgências
13/07/2017 -
Turma afasta penalidade aplicada a empregado que
faltou à audiência em razão de doença
12/07/2017 -
Reforma trabalhista vai a sanção
12/07/2017 -
Por acordo com senadores, reforma trabalhista deve
ser alterada no Planalto
12/07/2017 -
Temer diz que reforma trabalhista trará empregos e
deixará país mais competitivo
12/07/2017 -
Maia diz que não votará MP sobre mudanças na reforma
trabalhista
12/07/2017 -
Ministro discute regimento de Conselho Nacional do
Trabalho com centrais sindicais
12/07/2017 -
Meirelles diz que não há evidências de que crise
política afete economia
12/07/2017 -
PSE preserva mais de 2,7 mil empregos no setor
automobilístico
12/07/2017 -
NR-12 é alterada para garantir mais segurança ao
trabalhador
11/07/2017 -
STF rejeita recurso e votação da reforma trabalhista
será na terça-feira; oposição pede 33 destaques
11/07/2017 -
Trabalhadores rurais dizem que reforma da
Previdência ameaça aposentadoria
11/07/2017 -
Paulo Paim: reforma trabalhista é cruel
11/07/2017 -
Voto de Zveiter era esperado no Planalto; base
apresentará relatório alternativo
11/07/2017 -
Comissão mista analisa relatório sobre MP que
parcela dívidas previdenciárias
11/07/2017 -
Comissão debate projeto que amplia contratação de
aprendizes
11/07/2017 -
MPT quer que empresa pague R$ 10 milhões por não
fiscalizar terceirizadas
11/07/2017 -
Multa por atraso de verbas rescisórias deve ser paga
logo após reconhecimento de vínculo
11/07/2017 -
Ações do Ministério detectam fraudes no recebimento
do seguro-desemprego
10/07/2017 -
Senado deve concluir votação da reforma trabalhista
nesta terça
10/07/2017 -
Semana na Câmara tem relatório de denúncia contra
Temer na CCJ e votação da LDO
10/07/2017 -
Cármen Lúcia rejeita pedidos de suspensão de
denúncia contra Temer
10/07/2017 -
Governo mantém vantagem na votação da reforma
trabalhista, alerta Diap
10/07/2017 -
Meirelles diz que taxa de desemprego deve voltar a
cair a partir do 2º semestre
10/07/2017 -
IPCA tem deflação de 0,23% em junho, a primeira
variação negativa em 11 anos
10/07/2017 -
Governo prorroga prazo para inscrição no Programa
Seguro-Emprego
10/07/2017 -
MTb altera as Normas Regulamentadoras de Segurança e
Medicina do Trabalho
10/07/2017 -
Acidente na volta para casa dá direito a
estabilidade de emprego
07/07/2017 -
Relator rejeita todas as emendas à reforma
trabalhista apresentadas em Plenário
07/07/2017 -
Antônio Queiroz: Três cenários para o governo Temer
07/07/2017 -
Governo avalia compensação pelo fim do imposto
sindical
07/07/2017 -
CPI da Previdência fará audiência com representantes
de trabalhadores rurais
07/07/2017 -
Preço da cesta básica diminui em 23 capitais, aponta
Dieese
07/07/2017 -
Ministro Ronaldo Nogueira anuncia crédito para o
trabalhador dentro do FIES
07/07/2017 -
BRF é condenada a pagar adicional de insalubridade
por fornecer EPI sem certificação
06/07/2017 -
Impactos
da reforma trabalhista são discutidos em Plenário
06/07/2017 -
Reforma
trabalhista já tem 177 emendas de Plenário
06/07/2017 -
Trabalho
aprova negociação coletiva dos servidores; vai à CCJ
06/07/2017 -
PT
pede investigação sobre reuniões de Temer com
parlamentares
06/07/2017 -
Advogados de Temer entregam defesa à Comissão de
Constituição e Justiça
06/07/2017 -
Mulheres receberam 23,6% menos que os homens em
2015, aponta IBGE
06/07/2017 -
CAS aprova multa para patrão que não assinar
carteira de empregado doméstico
06/07/2017 -
INSS tem 30 dias para decidir sobre concessão de
salário-maternidade
06/07/2017 -
Empregador não tem obrigação de anotar o adicional
de insalubridade na Carteira de Trabalho
05/07/2017 -
‘Carta de Luziânia’ ratifica compromisso da Nova
Central com a unidade sindical
05/07/2017 -
Senado aprova requerimento de urgência para votar
reforma trabalhista
05/07/2017 -
Paulo Paim destaca repúdio de sindicalistas à
reforma trabalhista
05/07/2017 -
Reforma trabalhista beneficia empresários, diz Paulo
Paim
05/07/2017 -
Neto desfilia-se do PMDB e renuncia à presidência do
Núcleo Nacional do PMDB-Sindical
05/07/2017 -
Produção industrial cresce pelo segundo mês
consecutivo
05/07/2017 -
Mercado de trabalho para jovens reaquece e cria 73
mil vagas em maio
05/07/2017 -
Trabalhadora e sindicato são condenados por mentirem
em ação
05/07/2017 -
Parcelas rescisórias não podem ser parceladas nem
por acordo entre patrão e empregado
05/07/2017 -
Na dispensa sem justa causa, salário maternidade é
devido pelo empregador
04/07/2017 -
Calendário da reforma trabalhista será definido
nesta terça
04/07/2017 -
Paulo Paim: reforma trabalhista é 'indefensável'
04/07/2017 -
Reforma trabalhista estimulará demissões, adverte
Vanessa Grazziotin
04/07/2017 -
Temer diz ter "quase certeza absoluta" da rejeição
de denúncia na Câmara
04/07/2017 -
Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso pela PF na
Bahia
04/07/2017 -
Faturamento da indústria volta a crescer em maio,
aponta CNI
04/07/2017 -
Saque de contas inativas do FGTS de nascidos em
dezembro é antecipado para sábado
04/07/2017 -
Plenário pode votar proposta que inclui crime
assédio moral no trabalho no Código Penal
04/07/2017 -
Trabalho proíbe cláusula discriminatória para
contratação de estagiário
04/07/2017 -
Ministro do TST compara reforma trabalhista a
"servidão voluntária"
04/07/2017 -
Atividade de borracheiro é considerada de risco e
trabalhador acidentado será indenizado
03/07/2017 -
Plenário vota urgência da reforma trabalhista na
terça-feira
03/07/2017 -
Manifestações descentralizadas pelo País criticam
reformas e pedem saída de Temer
03/07/2017 -
Questionamentos ao STF sobre Lei da Terceirização
divide opiniões de deputados
03/07/2017 -
Congresso da Nova Central reafirma luta contra
reformas trabalhista e previdenciária
03/07/2017 -
Comissão de Direitos Humanos vota projetos que
ampliam direitos dos idosos
03/07/2017 -
Comissão acata sugestão de sindicato de projeto para
proteger terceirizado
03/07/2017 -
Comissão aprova seguro-desemprego a trabalhadores
cadastrados como microempresários
03/06/2017 -
Estabilidade da gravidez vale também para contratos
temporários, afirma TST
31/07/2017 -
CPI confirma que Previdência é superavitária
O balanço parcial dos trabalhos da CPI da
Previdência, que realizou 22 audiências no primeiro
semestre, reafirmou a inexistência do déficit na
Seguridade Social.
“O relatório sobre os trabalhos da CPI aponta, com
muita certeza, que a Previdência brasileira não é
deficitária, mas sim superavitária. Ele demonstra,
por exemplo, que setores do patronato arrecadam por
ano cerca de R$ 25 bi em torno do trabalhador e não
repassam à Previdência. Isso é um crime”, afirma o
presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS).
Ele voltou a reforçar que é necessário que o
governo, grandes bancos e empresas devedoras
repassem à Previdência os milhões de reais
arrecadados à custa do trabalhador brasileiro.
“O relatório também mostra que há uma dívida
acumulada de grandes bancos e empresas, como Itaú,
Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil,
montadoras de automóveis, e a JBS, que ultrapassa
mais de R$ 500 bilhões de reais”, destaca.
CPI - A comissão foi instalada no final de abril,
por sugestão da Confederação Brasileira de
Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap). O prazo
de funcionamento previsto é até 9 de setembro.
Porém, o relator da CPI, senador Hélio José
(PMDB-DF), já sinalizou que pedirá a prorrogação dos
trabalhos, devido ao extenso volume de dados a
analisar. A próxima reunião da CPI ocorrerá na
primeira semana de agosto.
Mais informações: www.cobap.org.br
Fonte: Agência Sindical
31/07/2017 -
No retorno dos trabalhos legislativos, governo terá
semana decisiva
O retorno dos trabalhos legislativos a partir da
próxima quarta-feira (2) marcará também o início de
uma semana decisiva para o governo no Congresso
Nacional. No mesmo dia em que retomam oficialmente
as atividades parlamentares, deputados já deverão
analisar em plenário a denúncia contra o presidente
Michel Temer, por corrupção, apresentada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na última sexta-feira (28), o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou o compromisso com a
data de votação, que foi marcada na véspera do
recesso parlamentar que começou em 18 de julho. Maia
declarou que votar a denúncia é “a melhor opção para
o país” e disse estar confiante de que o quórum
necessário para a votação será atingido nessa
quarta-feira.
Já os senadores, voltarão ao trabalho com outra
tarefa importante: votar a Medida Provisória (MP)
770, que trata de benefícios fiscais para a compra
de maquinário e equipamentos para salas de cinema em
todo o país, em especial nos municípios de médio
porte. A MP já foi aprovada pela Câmara e perderá a
validade por decurso de prazo se não for votada até
o dia 7. A expectativa, então, é que o Senado
analise esse tema na sessão desta quarta-feira.
Pautas prioritárias
Na última semana, o líder do governo na Câmara,
deputado André Moura (PSC-SE), também elencou mais
duas medidas provisórias como pautas prioritárias
para o governo nos primeiros quinze dias após o
retorno dos trabalhos no Congresso.
Segundo ele, os parlamentares deverão se dedicar a
concluir a votação da MP 777 na comissão especial
mista para que ela siga para o plenário da Câmara.
Essa MP institui a nova taxa de longo prazo para
remunerar os contratos de financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
A outra prioridade será a medida provisória que
trata da reoneração da folha de pagamento de
empresas de mais de 50 setores da economia. Ela está
pronta para votação no plenário da Câmara, mas antes
dela os deputados precisarão votar mais três MPs que
já estão na fila. Depois que passar pela Câmara, o
texto ainda seguirá para o plenário do Senado.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2017 -
Governo quer aprovar reforma da Previdência até o
início de setembro
Depois da votação em plenário da denúncia contra o
presidente, Michel Temer, na quarta-feira (2), o
governo terá como prioridade a votação, ainda na
primeira quinzena de agosto, da medida provisória
(MP) que reonera a folha de pagamento de setores
produtivos.
Segundo o líder do Governo no Congresso, deputado
André Moura, a medida pode gerar R$ 5 bilhões na
arrecadação de 2017.
Outra pauta a ser retomada é a reforma da
Previdência. O vice-líder do Governo, Beto Mansur,
afirmou que a intenção é aprovar as novas regras
previdenciárias até o início de setembro.
Fonte: Portal EBC
31/07/2017 -
Aposentadoria especial será debatida em audiência
pública na CDH na terça-feira
Aposentadoria especial será tema de audiência
pública interativa na Comissão de Direitos Humanos e
Participação Legislativa (CDH) nesta terça-feira
(1º). A audiência, requerida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), é a décima reunião do ciclo de debates
sobre as reformas trabalhista e previdenciária.
A lei contempla a aposentadoria especial para
algumas categorias, como por exemplo, policiais e
professores que têm o direito com 30 anos de
contribuição para homens e 25 para mulheres.
O benefício da aposentadoria especial é concedido
para profissionais de atividades que apresentem
riscos à saúde ou que comprometam à integridade
física do trabalhador. Os riscos devem se encaixar
em condições de trabalho insalubres ou periculosas.
Neste tipo de aposentadoria não é exigido uma idade
mínima e não há aplicação do Fator Previdenciário.
Uma outra vantagem é que a aposentadoria especial
exige menor tempo de contribuição para a
Previdência.
A aposentadoria é concedida a quem comprova o
exercício do trabalho em condições insalubres ou
periculosas expostas aos agentes nocivos constantes
na lei pelo período de 15, 20 ou 25 anos conforme a
agressividade do agente a que o trabalhador esteve
exposto. Além disso, é necessário ter no mínimo 180
meses de contribuição na Previdência Social.
Reformas
A reforma trabalhista foi aprovada no Senado antes do
recesso parlamentar e já está vigor na forma da Lei
13.467/2017. No Senado, o projeto foi analisado por
três comissões antes de ir a Plenário, mas nenhuma
alteração foi feita no texto aprovado pelos
deputados para que a matéria não tivesse que
retornar à Câmara.
Uma das alterações promovidas pela reforma é a
regulamentação do trabalho intermitente, no qual a
prestação de serviços não é contínua. Nesse tipo de
trabalho é permitido alternar períodos de prestação
de serviços e de inatividade, determinados em horas,
dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador.
Já a reforma previdenciária, em tramitação na Câmara
dos Deputados (PEC 287), está sendo analisada também
em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no
Senado, instalada em abril deste ano. A comissão já
ouviu representantes do governo, centrais sindicais
e os maiores devedores do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
Convidados
Foram convidados para a audiência sobre a
aposentadoria especial Ubiraci Dantas de Oliveira,
presidente da Central Geral dos Trabalhadores do
Brasil; Carlos Silva, presidente do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho; Luís
Antônio de Araújo Boudens, presidente da Federação
Nacional dos Policiais Federais; Heleno Manoel Gomes
de Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação; e Emerson Cordeiro
Pacheco, diretor da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde.
A lista de convidados inclui o coordenador-geral de
Política de Seguro Contra Acidentes do Trabalho da
Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda,
Paulo César Andrade Almeida, e representantes de
sindicatos e de confederações nacionais de
categorias profissionais.
A audiência está marcada para às 9h, na sala 2 da
Ala Nilo Coelho, no Anexo II do Senado.
Fonte: Agência Senado
31/07/2017 -
Taxa de desemprego cai para 13% no primeiro recuo
desde 2014
A taxa de desemprego caiu para 13% no segundo
trimestre deste ano (abril/junho) na primeira queda
significativa do indicador desde o fim de 2014. O
recuo chegou a 0,7 ponto percentual em relação ao
trimestre anterior (janeiro/março deste ano.). No
mesmo trimestre do ano passado (abril-junho), o
desemprego atingia 11,3% da População Economicamente
ativa do país.
A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua que o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou sexta-feira (28), no Rio de Janeiro. No
trimestre imediatamente anterior, a taxa de
desocupação estava em 13,7%.
Os novos números indicam que a população desocupada
fechou o segundo trimestre do ano em 13,5 milhões de
pessoas, recuando 4,9% (menos 690 mil desocupados)
em relação ao trimestre móvel anterior, mas ficou
16,4% acima do contingente estimado no mesmo
trimestre móvel de 2016.
O IBGE informou, ainda, que a população ocupada é de
90,2 milhões no segundo trimestre. Ela cresceu 1,4%,
o que significa que mais 1,3 milhão de pessoas
ingressaram no mercado de trabalho, em relação ao
trimestre janeiro-março de 2017.
Informalidade
Apesar da redução da taxa de desemprego do país, que
caiu de 13,5% para 13%, o coordenador de Trabalho e
Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, ressaltou que o
crescimento do emprego se deu mas pelo lado da
informalidade, envolvendo pessoas sem carteira
assinada ou trabalhando por conta própria.
“Tivemos uma redução na taxa [de desocupação], com o
aumento da população ocupada e queda no número de
desocupados. Mas, infelizmente, a ocupação cresceu
pelo lado da informalidade, ou seja, há mais pessoas
sem carteira e por conta própria, que não têm
garantias trabalhistas”.
O coordenador do IBGE destaca que os grupamentos de
atividade nos quais o emprego cresceu foram a
Indústria e os Transportes. “Na indústria cresceu
principalmente por causa da indústria alimentícia e
fundamentada em postos de trabalho informais. Já nos
transportes, a alta foi em função do aumento do
número de motoristas de passageiros”, ressaltou
Cimar.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2017 -
Brasileiro está menos confiante em relação à
inflação, emprego, renda e consumo
O consumidor brasileiro está menos confiante com
relação à inflação do país, às expectativas de
emprego, renda e de compra de bens de maior valor,
segundo pesquisa da Confederação Nacional da
Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o Índice
Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec),
divulgado sexta-feira (28), caiu para 99,5 pontos em
julho, valor 1% inferior ao de junho; 1,7% menor do
que o registrado em julho de 2016; e 8,2% abaixo da
média histórica (108,4 pontos).
O Inec é um indicador criado pela CNI para ajudar as
empresas a anteciparem variações na atividade
econômica e, em especial, identificar as tendências
dos consumidores para os próximos seis meses.
De acordo com a CNI, “todos os componentes dos
indicadores que apontam as expectativas dos
brasileiros para os próximos seis meses pioraram em
julho”. A entidade aponta como sendo a maior queda a
relativa às expectativas sobre o mercado de
trabalho.
O recuo do índice que avalia a expectativa de
desemprego recuou 5,2%, na comparação com junho. Na
comparação com julho de 2016, o recuo ficou em 5,3%.
A CNI esclarece que quanto menor o índice, maior é a
expectativa de desemprego.
Já o índice que mede a expectativa com relação à
inflação, foi registrado uma queda de 1,5% em julho,
na comparação com junho; e de 1,3% na comparação com
julho do ano passado.
Houve também queda nos índices relativos às
expectativas de renda pessoal (-0,7% na comparação
com junho; e -2% na comparação com julho de 2016), e
da expectativa de compras de bens de maior valor
(-1,7% na comparação com junho; e -2,6% na
comparação com julho de 2016.
Com relação à expectativa de endividamento, houve um
aumento de 2% na comparação com o mês anterior, e
uma queda de 0,3% na comparação com o mesmo mês de
2016. Já o índice de condições financeiras aumentou
1,1%, na comparação com o mês anterior, e 2,1% na
comparação com julho do ano passado. No caso desses
índices, a comparação é feita com os três meses
anteriores, o que, segundo a CNI, indica que os
consumidores perceberam alguma melhora.
Feita em parceria com o Ibope Inteligência, a
pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 125 municípios entre
os dias 13 e 16 de julho.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2017 -
Termina hoje prazo para sacar FGTS de contas
inativas
Hoje (31) é o último dia para sacar os valores
disponíveis nas contas inativas do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS). Quem perder o prazo, só
poderá usar os recursos nos casos previstos
anteriormente, como a compra da casa própria,
aposentadoria, em caso de demissão sem justa causa,
quando a conta permanecer sem depósitos por três
anos ou no caso de algumas doenças.
No entanto, quem comprovar que estava
impossibilitado de sacar no período estabelecido
pelo governo, como no caso de presos e de doenças
graves, poderá retirar o recurso até o dia 31 de
dezembro de 2018.
Nessa etapa, o saque está liberado para todos os
trabalhadores que têm direito ao benefício, não
importa a data de nascimento. Pode fazer o saque
quem teve contrato de trabalho encerrado sem justa
causa até 31 de dezembro de 2015.
"A Caixa ressalta que o prazo de saque das contas
inativas do FGTS não sofreu alteração. O prazo
encerra na segunda-feira (31/07) para todos os
trabalhadores, exceto os casos que serão
contemplados pelo decreto”, informou o banco, em
nota.
Caixa criou em seu site uma página especial e um
serviço telefônico para tratar das contas inativas.
O banco orienta os trabalhadores a acessar o
endereço ou ligar para 0800-726-2017, para que
possam saber o valor, a data e o local mais
convenientes para os saques. Os beneficiários também
podem acessar o aplicativo FGTS para saber se têm
saldo em contas inativas.
Fonte: Agência Brasil
31/07/2017 -
Recebimento no dia do início da fruição de férias
afasta pagamento em dobro
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
isentou a Indústria de Material Bélico do Brasil –
IMBEL de pagar multa por atraso no pagamento de
férias a um técnico industrial que recebeu os
valores no dia do início da fruição. Embora o artigo
145 da CLT determine que as férias sejam pagas dois
dias antes de seu início, o entendimento da Turma
foi o de que o atraso foi pequeno e não houve
indícios de que teria causado transtornos e
constrangimentos em decorrência dele.
A Súmula 450 do TST determina o pagamento em dobro
da remuneração de férias quando o empregador
descumpre o prazo legal para o pagamento, ainda que
as férias sejam gozadas na época própria. Com base
nessa jurisprudência, o Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) condenou a
Imbel ao pagamento em dobro, entendendo que a não
quitação do valor referente às férias no prazo
fixado no artigo 145 da CLT compromete o descanso do
trabalhador, que fica privado de melhor condição
econômica para usufruir aquele período.
No recurso ao TST, a Imbel argumentou que não existe
previsão legal para o pagamento em dobro, e
sustentou que a Súmula 450 do TST é
inconstitucional. Pediu, assim, que a dobra fosse
aplicada somente aos dias de atraso.
Infração administrativa
Para o relator do recurso da empresa no TST, ministro
Douglas Alencar Rodrigues, embora tenha sido
desrespeitado o prazo estabelecido em lei para a
remuneração das férias, o atraso de dois dias no
pagamento não é capaz de produzir prejuízos
evidentes ao trabalhador, “o qual não foi tolhido do
direito de desfrutar do período por falta de
recursos econômicos”. Nesse contexto, na sua
avaliação, a condenação ao pagamento em dobro não
seria razoável.
O ministro também lembrou que a Súmula 450 do TST
foi editada para garantir que o instituto das férias
não fosse frustrado com o pagamento fora do prazo,
situação que não ficou configurada no caso, em que
as férias não foram comprometidas. Embora o atraso
caracterize “inescusável infração administrativa”, a
Turma concluiu que não foi suficiente para
justificar a condenação, “verdadeiramente
desproporcional”, a novo e integral pagamento das
férias.
Por unanimidade, a Turma proveu o recurso, afastando
o pagamento em dobro, mas determinou que o
Ministério do Trabalho e o Ministério Público do
Trabalho sejam oficiados para a adoção de
providências cabíveis, tendo em vista a informação
de que o atraso é costumeiro e ocorreu também com
outros empregados. Processo:
RR-11014-44.2015.5.15.0088
Fonte: TST
31/07/2017 -
Trabalhadora demitida por meio de grupo no Whatsapp
deve receber indenização por danos morais
A Justiça do Trabalho condenou empresa do Distrito
Federal a pagar indenização por danos morais a uma
instrumentadora cirúrgica que foi demitida por meio
de grupo de trabalho no aplicativo Whatsapp. De
acordo com a juíza Maria Socorro de Souza Lobo, em
exercício na 19ª Vara do Trabalho de Brasília, ficou
clara a forma vexatória como o empregador expôs a
rescisão contratual, submetendo a trabalhadora a
constrangimento perante seus colegas.
Após a dispensa, a enfermeira ajuizou reclamação
trabalhista pleiteando diversos direitos
trabalhistas, como adicional de insalubridade,
acúmulo de funções, horas extras por falta de
intervalos intrajornada, equiparação salarial e a
condenação da empresa ao pagamento de indenização
por danos morais, ao argumento, entre outros, de que
a demissão, informada por meio do aplicativo, teria
lhe causado constrangimentos. A empresa contestou as
alegações da autora da reclamação e se manifestou
pela improcedência dos pedidos.
Forma vexatória
A forma como o sócio da empresa procedeu à dispensa da
autora da reclamação é despida do respeito que deve
nortear as relações de emprego, salientou a
magistrada na sentença. Nenhum empregador é obrigado
a permanecer com um empregado, mas para proceder à
rescisão contratual deve agir de forma urbana e
civilizada, até por conta da inexistência de justa
causa para a dispensa. Para a juíza, é cristalino,
pela mensagem enviada pelo empregador via
aplicativo, “a forma vexatória como expôs a rescisão
contratual da demandante, sendo desnecessário tal
comportamento, pois submeteu a obreira a
constrangimentos perante seus colegas”.
Assim, considerando o dano advindo da forma como
ocorreu a dispensa, a magistrada condenou a empresa
a indenizar a instrumentadora, por danos morais, em
R$ 10 mil.
Demais pedidos
Quanto aos demais pedidos, a juíza deferiu apenas o
pagamento de horas-extras, por falta de concessão de
intervalos intrajornada, e da multa prevista no
artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), por falta de comprovação da quitação, dentro
do prazo legal, da rescisão contratual. Os demais
pleitos foram todos julgados improcedentes pela
magistrada. Processo nº 0000999-33.2016.5.10.0019
Fonte: TRT10
28/07/2017 -
FST define frentes de resistência contra ataque a
direitos dos trabalhadores
A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) aprovada
pelo Congresso e sancionada por Michel Temer deverá
entrar em vigor em novembro deste ano. Até lá,
diversas entidades sindicais preparam a resistência
contra a sua implantação.
Nesta semana, o Fórum Sindical dos Trabalhadores
realizou um encontro na sede da CNTI (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria) e definiu
frentes de resistência contra as mudanças nas leis
trabalhistas. Ao mesmo tempo, as Confederações
realizam encontros regionais para orientar as bases
sobre as ações a serem adotadas para contrapor a
nova lei.
"Na nossa avaliação, embora tenha sido aprovada e
sancionada, nós temos até novembro para
conscientizar os trabalhadores e levá-los para as
ruas, com o intuito de barrar essa lei. Só com os
trabalhadores nas ruas teremos chances de impedir
sua implantação", afirma Ramiro Lubian Carbalhal,
secretário administrativo da CNPL (Confederação
Nacional das Profissões Liberais) que participou do
encontro.
Presença na base - Em entrevista à Rádio Web
Agência Sindical, o dirigente destacou que o
trabalho nas bases é fundamental, pois a massa
trabalhadora ainda não tem noção da magnitude dos
prejuízos que sofrerá. "Nós vamos criar comitês nos
Estados, ligados ao FST, com o objetivo de mobilizar
a classe trabalhadora. O objetivo é ocupar as ruas,
fazer manifestações e tentar reverter esse
processo", enfatiza.
"O trabalhador não tem noção do quanto será
prejudicado com essa reforma. Por isso precisamos
estar nas bases, orientando e esclarecendo a todos.
Ao mesmo tempo, nós, sindicalistas, temos que
estudar a fundo todos os itens dessa nova lei. Sem
um conhecimento profundo dela não há como orientar
nossas bases. Por isso temos uma equipe de advogados
que nos acompanham e nos auxiliam", explica Ramiro.
Encontros - A próxima reunião do Fórum
Sindical dos Trabalhadores será na próxima quarta
(2), na sede da CNPL, a partir das 10 horas.
Mais informações: www.cnpl.org.br
Fonte: Agência Sindical
28/07/2017 -
Denúncia desgasta Temer e reforma da Previdência
sobe no telhado
Com uma base aliada esfacelada e recorde de
impopularidade, o governo de Michel Temer já cogita
abandonar a votação da reforma da Previdência, que
era parte do pacote de reformas prometido ao mercado
financeiro.
Por Dayane Santos
Se a proposta de reforma já não tinha consenso entre
os parlamentares – inclusive da base aliada – agora,
diante do desgaste do governo e por exigir um quórum
especial, isto é, três quintos dos parlamentares em
dois turnos de discussão, a votação da emenda
constitucional da reforma da Previdência perde
força.
“Acredito que a reforma da Previdência subiu no
telhado e não será votada nessa legislatura”,
afirmou o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA).
“O governo não tem força política para garantir a
aprovação, pois antes se movia para promover
reformas, agora se move única e exclusivamente para
se manter no poder. Os argumentos do governo, mais
cedo ou mais tarde, vão acabar”, completou.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) lembra que a votação
da reforma trabalhista passou com certa facilidade
porque se tratava de um projeto de lei complementar,
com exigência de quórum simples. “Agora, a reforma
previdenciária não. Desde o início, diversos
deputados e senadores da base aliada disseram que
não iam se comprometer com ela e, sobretudo, agora
com esse descrédito e falta de legitimidade”,
afirmou o deputado.
“Acho muito difícil que essa reforma passe. Não
estou dizendo que eles não pautem, mas acho difícil
que eles consigam aprovar”, completou Damous.
Base aliada jogou a toalha
Entre os parlamentares da base aliada, o discurso
também demonstra que o governo, por enquanto, perdeu
as condições de votar o tema, que foi para o
banho-maria. A conversa nos bastidores é que se
entrar na pauta, o texto não será mais o original,
sendo apresentada um versão de minirreforma.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos
Deputado, disse que a reforma vai entrar na pauta
ainda em agosto e com o texto original. Mas outros
deputados da base já admitem que, se a Procuradoria
apresentar outras denúncias contra Temer – o que
deve acontecer antes da saída de Rodrigo Janot, em
setembro – não haverá chances de o texto ser
aprovado ainda em 2017.
“Temos que votar a reforma da Previdência entre
agosto e setembro ou não dá mais tempo”, disse o
deputado Beto Mansur (PRB-SP) à Reuters.
“Já não tínhamos os 308 votos. Se for necessário
[desidratar a reforma], é pouca coisa para conseguir
a aprovação”, acredita o deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), um dos integrantes da tropa de choque do
governo Temer.
Em matéria publicada pela Folha de S. Paulo,
parlamentares da base aliada apontam a proximidade
com as eleições de 2018 como um fator preocupante,
já que a população é contra a agenda de reformas.
“Não é hora. Falei isso para o presidente numa
conversa, há um mês. Disse ‘esqueça esse assunto de
Previdência’”, afirmou o líder do PSD, Marcos Montes
(MG).
Na agenda de votações da Câmara, o governo tem a
denúncia por corrupção passiva, apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), e a reforma
política, que por conta do calendário eleitoral deve
ser votada ainda neste mês de agosto.
A preocupação dos deputados é que com essa pauta, a
votação da reforma da Previdência ficaria muito
próxima da campanha eleitoral.
“Obviamente só daria para votar isso agora no
segundo semestre, ano que vem nem pensar”, afirma
Marcus Pestana (PSDB-MG).
Fonte: Portal Vermelho
28/07/2017 -
CNI/Ibope: 70% desaprovam governo de Michel Temer e
5% aprovam
O governo do presidente Michel Temer foi considerado
ruim ou péssimo por 70% da população, de acordo com
a pesquisa CNI/Ibope. Já 5% consideram ótimo ou bom,
21% regular e 3% não sabem ou não responderam. O
levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (27)
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pesquisa CNI-Ibope do segundo trimestre de 2017
foi realizada entre 13 e 16 de julho, com 2 mil
pessoas em 125 municípios e revela a avaliação dos
brasileiros sobre o desempenho do governo federal.
No último levantamento, divulgado em março, 10% dos
entrevistados avaliaram o governo como ótimo ou bom,
31% como regular, 55% como ruim ou péssimo e 4% não
souberam ou não responderam.
A margem de erro da pesquisa é de 2% e o nível de
confiança utilizado é de 95%.
A popularidade do presidente Michel Temer caiu a seu
nível mais baixo. Segundo a CNI, o nível de pessoas
que avaliam o governo como ótimo ou bom é o pior
desde o final do governo de José Sarney, em julho de
1989, que foi de 7%. “Dentro da margem de erro é tão
pior quanto Sarney”, disse o gerente executivo de
Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da
Fonseca. “Em termos de ruim ou péssimo, está igual a
avaliação da presidente Dilma próximo do
impeachment, 70%”, disse.
Segundo a pesquisa CNI-Ibope, o percentual dos
entrevistados que confiam em Temer caiu de 17%, em
março, para 10%, em julho. Já 87% não confiam no
presidente; na última avaliação, esse percentual era
de 79%. O nível de pessoas que desaprova a maneira
do presidente Temer governar também subiu de 73%
para 83%. Entre os que aprovam a maneira de
governar, eram 20% em março, agora são apenas 11%.
Para Fonseca, a crise econômica teve um peso muito
forte na avaliação ruim do presidente, aliada à
intensificação da crise política após a delação
premiada dos executivos da JBS. “O desemprego
continua elevado e, por mais que a inflação esteja
caindo, as pessoas não percebem a queda nos preços,
porque com inflação menor, os preços continuam
subindo, só que menos”, ressaltou.
“A popularidade já era baixa em razão da crise
econômica, mas tinha grande parte da população
acreditando na retomada, na continuidade das
reformas e que a solução estaria próxima. Na medida
que a crise política se intensifica, você começa a
gerar dúvidas nessas soluções e isso fez com que a
popularidade caísse esse montante”, disse o gerente
executivo da CNI.
Áreas de atuação
A queda na provação do governo Temer alcança todas as
nove áreas de atuação avaliadas na pesquisa. A área
com pior avaliação é impostos, com 87% de
desaprovação e 9% de aprovação. “Cabe ressaltar que
a pesquisa foi realizada antes do aumento no
PIS-Cofins sobre combustíveis”, informou a CNI.
A saúde foi a segunda área pior avaliada com 85% de
desaprovação e 13% de aprovação. Taxa de juros conta
com 84% de desaprovação e 11% de aprovação.
Segurança pública e combate ao desemprego também
registraram percentuais de desaprovação superiores a
80%.
Perspectiva
As perspectivas para o tempo restante do governo
também não são positivas, segundo a CNI. Para 65%
dos entrevistados, o restante do governo será ruim
ou péssimo, para 22% será regular e para 9% será
ótimo ou bom.
Para 52% dos entrevistados, o governo Temer está
sendo pior que o governo da presidente Dilma
Rousseff. Em março, esse índice era de 41%. Já 11%
acham que o governo Temer está sendo melhor e 35%
consideram igual ao governo Dilma.
Para Fonseca, a recuperação econômica pode ajudar a
aumentar a popularidade. “Ontem teve a redução de
juros novamente pelo Banco Central e a economia vai
começar a responder a esses juros menores. À medida
que a população perceber efetivamente, ou seja, que
o emprego voltar a crescer e que a rende deixar de
ser reduzida pela inflação, vai começar a mudar os
índices de popularidade do governo”, disse.
A pesquisa completa está disponível no site da CNI.
Fonte: Agência Brasil
28/07/2017 -
PDV de servidores inclui licença sem vencimento e
redução de jornada
A Medida Provisória 792/2017, assinada pelo
presidente da República, Michel Temer, institui,
além do Programa de Desligamento Voluntário, a
jornada de trabalho reduzida com remuneração
proporcional e a licença sem remuneração com
pagamento de incentivo em dinheiro. A MP é
direcionada ao servidor da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional. O líder do
PT, senador Lindbergh Farias (RJ), disse que a
oposição fará campanha contrária ao PDV. Já o
vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra
(PSB-PE), argumenta que não há mais dinheiro para
pagar a folha salarial sem quebrar o Estado
brasileiro.
Fonte: Agência Senado
28/07/2017 -
INSS cancela 180 mil auxílios-doença pagos
irregularmente
Depois de 200 mil perícias o governo federal decidiu
suspender 180 mil benefícios pagos pelo INSS.
De acordo com o secretário executivo do Ministério
do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, são 160
mil pessoas que recebiam irregularmente o
auxílio-doença e outras 20 mil que foram convocadas
e não compareceram à perícia.
Fonte: Portal EBC
28/07/2017 -
Governo estima economia de R$ 2,6 bi ao ano com
revisão de benefícios sociais
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estima
economizar R$ 2,6 bilhões por ano apenas com os
cancelamentos de 159.981 mil benefícios como os de
auxílio-doença. De acordo com a pasta, até o dia 14
de julho foram feitas 199.981 perícias nesse grupo.
Outros 20.304 benefícios foram cancelados porque os
beneficiários não compareceram após serem
convocados. A expectativa é de que a economia seja
ainda maior com a conversão de 31.863 benefícios em
aposentadoria por invalidez; 1.802 em
auxílio-acidente; 1.058 em aposentadoria por
invalidez (com acréscimo de 25% no valor do
benefício).
Há ainda 5.294 pessoas que foram encaminhadas para
reabilitação profissional. A expectativa é de que
530.191 benefícios de auxílio-doença sejam
revisados, resultando em economia de R$ 2,6 bilhões
para os cofres públicos.
Fonte: Portal EBC
28/07/2017 -
Nível de atividade da indústria paulista cai 0,7% no
primeiro semestre
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria
paulista caiu no primeiro semestre e ficou perto da
estabilidade (-0,7 %) contra -9,9% do mesmo período
do ano anterior. Também houve queda nos primeiros
semestres de 2015 e 2014, de 3,2% e 7,2%,
respectivamente. Em junho, o INA também registrou
queda de 0,8% ante maio, na série sem influência
sazonal.
Entre as variáveis de conjuntura que compõem o INA,
houve recuo no número de horas trabalhadas na
produção (-0,2 %), no total de vendas reais (-0,2
%), com o Nível de Utilização da Capacidade
Instalada (Nuci) apresentando pequeno avanço de 0,1
ponto percentual, na série com ajuste. Os dados
foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da
Federação e Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp e Ciesp).
Em 18 setores divulgados, tiveram destaque a área de
produtos têxteis, que registrou queda de 1,9% em
junho, na série com ajuste sazonal; as horas
trabalhadas na produção avançaram 0,7%; o total de
vendas reais caiu 3,9% e o Nuci subiu 0,4 ponto
percentual.
O Indicador de Nível de Atividade do setor de
celulose, papel e produtos de papel avançou 0,6% no
mês. As horas trabalhadas na produção recuaram 0,8%,
já as vendas reais e o Nuci avançaram 1,5% e 0,3
pontos percentuais., respectivamente.
No setor de veículos automotores, o INA subiu 0,6%
em junho. As vendas reais e o NUCI subiram 2,1% e
0,4 pontos percentuais, respectivamente. O total de
horas trabalhadas na produção cedeu 1,2%.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
28/07/2017 -
Serviço extraordinário noturno deve ser remunerado
como horas extras e adicional noturno
A 1ª Turma do TRF1 negou provimento ao recurso da
União contra a sentença, do Juízo Federal da 6ª Vara
da Seção Judiciária do Maranhão, que julgou
parcialmente procedente o pedido do Sindicato dos
Servidores da Justiça do Estado do Maranhão e do
Ministério Público da União no Maranhão (Sindjus-MA)
que objetivava reconhecer a seus filiados o direito
ao recebimento do adicional de horas extras e do
adicional noturno, por terem, aqueles servidores,
trabalhado no Tribunal Regional Eleitoral do
Maranhão (TRE/MA) em serviço extraordinário no
período eleitoral.
A recorrente alega que as provas constantes dos
autos são insuficientes para comprovar a realização
dos serviços extraordinários e que as horas extras
somente poderiam ser autorizadas por imperiosa
necessidade do serviço e dentro do limite de trinta
horas mensais.
Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal
Jamil Rosa de Jesus Oliveira, afirmou, em seu voto,
que a hora extra é devida ao servidor que prestar
serviço em tempo excedente ao da duração normal da
jornada de trabalho e argumentou que o serviço
extraordinário tem previsão nos arts. 73 e 74 da Lei
nº 8.112/90.
Ressaltou o magistrado que o adicional noturno está
previsto no art. 75 da mesma lei, é considerado o
trabalho prestado em horário compreendido entre 22
horas de um dia e cinco horas do dia seguinte e deve
ser acrescido de 25%, computando-se a hora como de
cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
O desembargador assinalou que, em julgado relativo a
servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a
1ª Turma decidiu que a alegação de que as horas
extras não poderiam ser pagas, por motivo de
contrariarem a regulamentação relativa ao serviço
extraordinário, não se sustenta na medida em que se
o poder público se valeu da energia e da força de
trabalho de seus obreiros, haverá, o poder público,
de conceder àqueles servidores a merecida
contraprestação, sendo vedado o enriquecimento sem
causa.
Destacou o magistrado que, “ao contrário das
alegações da apelante, foram trazidos aos autos, em
apenso, as folhas de ponto dos servidores que
comprovam a efetiva realização dos serviços
extraordinários, inclusive em horário noturno, cujo
pagamento se deu apenas parcialmente”.
Concluindo, o desembargador asseverou que são
devidas as horas pelo serviço extraordinário dos
servidores filiados ao sindicato apelado, devendo
ser mantida a sentença de procedência, inclusive
quanto às devidas compensações em relação às
parcelas sobre as quais não devam incidir as horas
extras ou o adicional noturno. Nesses termos, o
Colegiado, acompanhando o voto do relator, negou
provimento à apelação.
Processo: 0004594-35.2009.401.3700/MA
Fonte: TRF1
28/07/2017 -
Advogado não vinculado a processo pode ter direito
de acesso a documentos eletrônicos
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
5791/16, do deputado Wadih Damous (PT-RJ), que
assegura a advogados, procuradores e membros do
Ministério Público cadastrados, mas não vinculados a
processo judicial, acesso a todos os atos e
documentos processuais armazenados em meio
eletrônico.
O projeto inclui dispositivos na lei que regulamenta
a informatização do processo judicial (Lei
11.419/06), no Código de Processo Civil (Lei
13.105/15) e no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos
Advogados do Brasil (Lei 8.906/94).
Damous argumenta que a lei que trata especificamente
dos processos eletrônicos restringe o acesso a atos
e documentos apenas às partes interessadas no
processo. “Por consequência lógica, aos advogados
munidos de procuração judicial outorgada por estas
[as partes]”, critica o deputado.
Para o autor, essa regra está em conflito com o
Código de Processo Civil, o qual garante a qualquer
advogado regularmente inscrito na OAB acesso a
qualquer processo judicial, independentemente de
estar munido de procuração.
“O projeto vai trazer segurança jurídica à
prerrogativa do advogado de acessar qualquer
processo independentemente de procuração,
notadamente no que tange aos processos eletrônicos”,
resume.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
27/07/2017 -
Criaram um monstro com a reforma trabalhista, diz
Marcos Verlaine, do Diap
A reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional
e transformada na Lei 13.467/17, que passa a vigorar
em novembro deste ano, provocará mudanças profundas
nas relações de trabalho com prejuízos aos
trabalhadores e Sindicatos.
As restrições ao acesso à Justiça do Trabalho, a
retirada de atribuições dos Sindicatos, a
prevalência do negociado sobre o legislado e os
novos modelos de contrato de trabalho, em especial o
autônomo exclusivo e o intermitente, são exemplos de
mudanças que visam a redução de custos das empresas
e consequente deterioração nos direitos dos
trabalhadores.
Para o jornalista Marcos Verlaine, analista político
do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar), com as modificações introduzidas na
legislação, a CLT bem que poderia receber a alcunha
de CLC, ou Consolidação das Leis do Capital.
"Criaram um verdadeiro monstro que ataca todos os
direitos dos trabalhadores", disse à Agência
Sindical.
"Essa reforma, aprovada por deputados e senadores,
não foi feita por assessores jurídicos do Congresso.
Os empresários fizeram a lição de casa. Estudaram
todas as formas de liquidar de vez a CLT. Eles
montaram uma equipe de especialistas e vêm há anos
elaborando esse plano macabro contra os Sindicatos e
os trabalhadores", comenta.
Formação - Verlaine chama atenção para a
importância dos dirigentes sindicais se aprofundarem
no domínio da nova realidade. "Os sindicalistas
precisam se debruçar sobre essa lei. Eles têm que
estudar a fundo esse texto. Foi isso que os
empresários fizeram com a CLT quando apresentaram a
reforma ao Congresso", observa o analista.
Ele prossegue: "Não tem como o sindicalista ir até
sua base explicar as maldades da nova lei, sem saber
do que se trata. É preciso se aprimorar, entender,
para conseguir explicar tudo aos trabalhadores",
afirma.
Cartilha - Marcos Verlaine adiantou que o
Diap está preparando um documento para auxiliar
dirigentes sindicais a entender a nova legislação.
"Estamos preparando uma cartilha com todas as
informações necessárias. Mas é preciso mais. O
buraco em que essa reforma nos levou é muito fundo.
Tem que pegar a lei e estudar cada ponto com muita
atenção", conclui.
Fonte: Agência Sindical
27/07/2017 -
Centrais e Dieese iniciam ‘Jornadas’ sobre
enfrentamento da reforma
As Centrais Sindicais e o Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) lançam nesta quinta-feira (27) a
14ª Jornada Nacional de Debates. O evento terá como
tema a reforma trabalhista. A abertura da atividade,
que ocorrerá em todo o País, acontecerá no auditório
da Escola DIEESE de Ciências do Trabalho, em São
Paulo.
O objetivo dos debates é discutir os efeitos sobre
as relações de trabalho e formas de organização que
possibilitem resistir às mudanças que abrem
possibilidades para mais precarização do mercado de
trabalho.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, a pauta será focada principalmente nas
negociações salariais pós-reforma. “É importante
que, dentro da diversidade do sindicalismo, as
Centrais, Federações e Confederações busquem
orientar suas bases a fazer essa resistência já nas
negociações coletivas”, observa.
Lançamento - O evento será transmitido ao
vivo, pela internet, a partir das 9h30. A atividade
deve reunir a direção sindical do Dieese, seu corpo
técnico e dirigentes das Centrais. A ideia é que,
após o evento na capital paulista, os escritórios
regionais prossigam os debates com dirigentes de
cada região. Porém, em alguns locais, as atividades
ocorrerão de forma concomitante. Entre eles, Manaus,
Vitória e Belém.
Mais informações: e-mail relacionamento@dieese.or.br
e telefone 0800 77 33 117
Fonte: Agência Sindical
27/07/2017 -
Copom reduz taxa Selic para 9,25% ao ano; menor
nível desde 2013
Pela primeira vez em quase quatro anos, os juros
básicos da economia ficaram abaixo de 10%.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária
(Copom) reduziu nesta quarta-feira (26) ) a taxa
Selic em 1 ponto percentual, de 10,25% ao ano para
9,25% ao ano.
Este menor nível desde outubro de 2013.
Fonte: Portal EBC
27/07/2017 -
MPs sobre mineração chegam ao Congresso Nacional
As três medidas provisórias que alteram o marco
regulatório da mineração chegaram nessa quarta-feira
ao Congresso Nacional. As medidas criam uma agência
reguladora para o setor, aumentam impostos para a
exploração de minérios e mudam 23 pontos do atual
código da mineração.
O governo espera com isso aumentar a participação da
mineração no PIB brasileiro dos atuais 4 para 6% de
tudo que o país produz.
Ambientalistas receberam a notícia com preocupação.
O especialista Jaime Geviski, da ONG WWF, ressalta
que faltam regras no novo marco para proteger o meio
ambiente e as comunidades tradicionais.
Minas Gerais, Pará e Goias são os principais estados
mineradores do país. O presidente da Associação de
Municípios Mineradores de Minas Gerais, o prefeito
Vitor Penito, celebrou a mudança, mas ressaltou que
os recursos precisam ser melhor distribuídos entre
as cidades.
Já as mineradoras reclamaram do aumento dos custos.
Em nota, o Sindicato Nacional da Indústria da
Mineração disse que o aumento deve ser repassado
para os consumidores e prejudicar a competitividade
no mercado internacional. De acordo com a nota, a
elevação do imposto pode reduzir a produção, tendo
um efeito contrário ao desejado pelo governo.
Fonte: Portal EBC
27/07/2017 -
Temer assina medida provisória que cria PDV
O presidente Michel Temer assinou nesta quarta-feira
(26) a medida provisória (MP) que cria o Programa de
Desligamento Voluntário (PDV) no âmbito do Poder
Executivo Federal. O objetivo do governo com a MP é
reduzir gastos públicos com a folha de pagamento dos
servidores públicos federais. A expectativa é que a
medida gere economia de cerca de R$ 1 bilhão ao ano.
No caso do desligamento voluntário, o governo propõe
oferecer uma indenização correspondente a 125% da
remuneração do servidor, na data de desligamento,
multiplicada pelo número de anos de efetivo
exercício. A forma de pagamento dessa indenização
será definida pelo Ministério do Planejamento e
poderá ser feita de uma só vez ou em parcelas.
Redução de jornada de trabalho
O programa também prevê a possibilidade de redução de
jornada de trabalho de 8 horas diárias e 40 semanais
para 6 ou 4 horas diárias e 30 ou 20 horas semanais,
respectivamente, com remuneração proporcional,
calculada sobre o total da remuneração.
Como incentivo à redução da jornada, o governo
oferece o pagamento adicional correspondente a meia
hora diária. O servidor que trabalhar em horário
reduzido poderá, no período em que não estiver a
serviço da administração pública, exercer outra
atividade, pública ou privada, desde que não haja
conflito de interesses entre as duas atividades.
Licença sem remuneração
Outra possibilidade aberta pelo governo é a licença
incentivada sem remuneração. Nesse caso, o servidor
tira uma licença não remunerada de três anos,
prorrogáveis, por igual período e recebe um valor
correspondente a três vezes seu salário. A
prorrogação da licença poderá ser a pedido do
servidor ou por interesse do serviço público.
A expectativa do governo é pelo desligamento
voluntário de 5 mil servidores da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional.
“Vamos ver se é viável, se haverá essa adesão”,
disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na
última segunda-feira (24). “É um processo em que o
funcionário aceita ou pede exoneração dentro de uma
estrutura combinada em relação à saída dele.”
Fonte: Agência Brasil
27/07/2017 -
Caixa Econômica começa a pagar hoje abono do
PIS/Pasep
A Caixa Econômica Federal inicia hoje (27) o
pagamento do Abono Salarial calendário 2017/2018,
ano-base 2016. Os pagamentos serão efetuados
conforme o mês de nascimento do trabalhador,
começando com os nascidos em julho. Os beneficiários
deste mês, titulares de conta individual na Caixa
com saldo acima de R$ 1,00 e movimentação, terão
crédito automático no dia 25 de julho.
Os valores do benefício variam de R$ 79 a R$ 937, de
acordo com o tempo de trabalho durante o ano de
2016. Os recursos ficarão disponíveis ao trabalhador
até 29 de junho de 2018.
Tem direito ao benefício quem está inscrito no
Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)
há pelo menos cinco anos, que trabalhou formalmente
por pelo menos 30 dias em 2016, com remuneração
mensal média de até dois salários mínimos.
Os trabalhadores que não sacaram até dia 30 de junho
o Abono Salarial calendário 2016/2017, ano-base
2015, também terão nova oportunidade para receber o
benefício. Para eles, o valor estará disponível para
saque de 27 de julho a 28 de dezembro de 2017.
O trabalhador interessado em saber se tem direito ao
abono salarial ano base 2015 pode acessar: http://verificasd.mtb.gov.br/abono/.
Informações também podem ser obtidas pelo telefone
158 da Central de Atendimento Alô Trabalho do
Ministério do Trabalho.
Fonte: Agência Brasil
27/07/2017 -
Estudo aponta que 60% já foram vítima de racismo no
ambiente de trabalho
Pesquisa divulgada em um festival de inovação, em
São Paulo, revelou dados sobre o racismo no ambiente
de trabalho. No estudo, que ouviu cerca de 200
pessoas entre 18 e 50 anos, de diferentes classes
sociais, 67% dos entrevistados afirmaram acreditar
que já deixaram de ser contratados para uma vaga por
serem negros. E seis em cada dez disseram que já
foram vítimas de discriminação no ambiente de
trabalho.
Entre as principais dificuldades para conseguir
entrar no mercado de trabalho, os entrevistados
elencaram a falta de qualificação (43%) em primeiro
lugar, seguida pelo racismo (34%) e por não ter o
domínio da língua inglesa (31%) . “As consequências
do racismo interferem diretamente na qualidade de
vida e produtividade dos trabalhadores ao
psicossomatizar em seus corpos, contribuindo para o
adoecimento de talentos, e, ainda, fazendo com que o
rendimento não seja desenvolvido tanto quanto
poderia. Sob a perspectiva empresarial, um ambiente
que propaga o racismo contribui significativamente
para a baixa produtividade do colaborador, para o
desenvolvimento de doenças físicas e psíquicas”,
apontou Fernando Montenegro, idealizador da
pesquisa.
Os entrevistados contaram que já alisaram ou
rasparam o cabelo para passar por uma entrevista de
emprego ou para ser aceito no ambiente de trabalho.
“O gerente disse que eu deveria tirar as tranças e
alisar o cabelo para ficar mais bonita”, contou uma
das entrevistadas na pesquisa, que não teve seu nome
revelado.
Recolocação
Outro dado apontado pela pesquisa trata da carreira e
recolocação no mercado. Entre os entrevistados, 36%
disseram que não largariam o emprego para buscar a
realização de um sonho porque o fato de ser negro
acarretaria em mais tempo para se recolocar no
mercado de trabalho. Segundo o estudo, a ideia de
pedir demissão para encontrar o sucesso ou refletir
sobre a carreira é mais difícil para essa população.
Segundo Montenegro, a conclusão reforça pesquisas
anteriores que demonstraram que os negros demoram
mais para conseguir um emprego caso sejam demitidos
ou peçam demissão. “Se eu pedir demissão para seguir
meus sonhos ou refletir sobre minha carreira, sei
que demorarei muito mais para me recolocar. Além
disso, não saberia como justificar isso em uma
próxima entrevista de forma que não parecesse uma
atitude irresponsável de minha parte. Fora que isso
suja carteira [de trabalho] e tenho contas para
pagar”, disse uma das entrevistadas pelo estudo, de
nome não revelado.
A pesquisa, elaborada pela Consultoria Etnus, foi
feita especialmente para compor um debate sobre
transformação social dentro da programação do
festival de inovação WHOW!, que acontece em São
Paulo até hoje (27).
Fonte: Agência Brasil
27/07/2017 -
Pesquisa do Dieese diz que São Paulo tem 2 milhões
de desempregados
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São
Paulo ficou relativamente estável com leve queda de
18,8% em maio para 18,6% em junho. Os dados são da
pesquisa da Fundação Seade e Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
O total de desempregados em junho foi estimado em
2,07 milhões de pessoas, 42 mil a menos do que em
maio. Houve 0,6% de redução no nível de ocupação,
com eliminação de 59 mil postos de trabalho. Na
população economicamente ativa também houve queda,
porque 101 mil pessoas deixaram o mercado de
trabalho.
Números explicam pesquisa
Entre os setores, houve decréscimo de 1,3% na
indústria de transformação, com eliminação de 18 mil
postos de trabalho, no comércio e reparação de
veículos automotores e motocicletas, com queda 56
mil postos, em percentual de 3,4%.
A construção acusou leve baixa de 4 mil postos, ou
0,7%, e os serviços tiveram relativa estabilidade,
com alta de 0,4% e criação de 19 mil postos de
trabalho.
O índice de desemprego aberto, ou seja, pessoas que
buscaram trabalho nos últimos 30 dias e não
trabalharam nos últimos sete dias, variou de 15,9%
para 15,6%. A taxa de desemprego oculto (pessoas que
fizeram trabalhos eventuais, não remunerados em
negócios de parentes, tentaram mudar de emprego nos
últimos 30 dias ou que não buscaram emprego em 30
dias) variou de 2,9% para 3%.
Entre abril e maio deste ano, os rendimentos médios
reais de ocupados cresceram 2,5% e de assalariados
2,8%, passando a R$ 2.004 e R$ 2.091,
respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
27/07/2017 -
Questionada lei do RJ sobre registro de acidentes de
trabalho em delegacia de polícia
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) ajuizou
no Supremo Tribunal Federal (STF) Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 5739), com pedido de
liminar, para questionar lei do Estado do Rio de
Janeiro que obriga o registro policial de acidentes
de trabalho que causarem lesão ou morte de
trabalhador. O caso está sob relatoria do ministro
Edson Fachin.
A Lei estadual 7.524/2017, questionada pela
entidade, diz que os acidentes de trabalho que
causarem lesão, ferimento ou morte de trabalhador
devem ser, obrigatoriamente, registrados na
delegacia de polícia da respectiva circunscrição. A
norma foi editada sob a justificativa de garantir ao
trabalhador uma prova documental, no caso de
acidente de trabalho, para fins de obtenção de
seguro acidentário, DPVAT e para ajuizamento de
ações com pedidos de indenização por danos morais.
Após sua aprovação na Assembleia Legislativa do Rio
de Janeiro, o projeto de lei foi vetado pelo
governador sob o fundamento de vício de
inconstitucionalidade formal. Contudo, o Legislativo
derrubou o veto e publicou a norma.
De acordo com a CNI, a competência para legislar
sobre direito do trabalho é privativa da União, nos
termos do artigo 22 (inciso I) da Constituição
Federal. E direito do trabalho, para a entidade,
abrange normas que regulam obrigações que decorrem
da relação laborais, incluindo aquelas relacionadas
à saúde e segurança do trabalho. Lembrou que o
governador, ao vetar o projeto de lei, frisou que o
estado não pode, a pretexto de proteção do
trabalhador, adentrar em matéria que não é de sua
competência, sob pena de violar o pacto federativo.
Esse entendimento, ressalta a confederação, se
encontra em harmonia com a jurisprudência do
Supremo.
“A prerrogativa de legislar sobre direito do
trabalho, e consequentemente sobre acidente do
trabalho, é exclusiva da União, nos termos do artigo
22 (inciso I) da Constituição Federal. A defesa
dessa competência possui envergadura de extrema
relevância, que não se pode ver maculada, ainda que
por supostas razões de cunho protetivo do
empregado”, conclui a confederação ao pedir a
concessão de liminar para suspender os efeitos da
lei questionada. No mérito, pede a declaração de
inconstitucionalidade da norma.
Fonte: STF
27/07/2017 -
Trabalhador consegue aumentar indenização por
acidente em que perdeu a visão
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
aumentou de R$ 10 mil para R$ 40 mil o valor da
indenização a ser paga pela Polo Design Indústria e
Comércio de Móveis Estofados, de Maringá (PR), a um
trabalhador que perdeu a visão do olho esquerdo e a
força da mão direita ao sofrer acidente numa máquina
de polir peças. A decisão considerou que os
critérios adotados pelas instâncias inferiores para
a fixação do valor foram subdimensionados, em
relação a critérios como gravidade do acidente,
conduta e capacidade econômica da empresa, extensão
do dano e caráter punitivo e pedagógico da
condenação.
O trabalhador disse que, ao operar a politriz, usava
luvas velhas e impregnadas de substâncias que a
tornavam escorregadia e insegura, como sebo animal e
parafina, aplicados na peça a ser polida. Foi assim
que a peça escorregou, girou e atingiu a mão direita
e o lado esquerdo do rosto, causando corte no couro
cabeludo, perda de 99% da visão do olho esquerdo e
da força de apreensão da mão direita.
Para ele, a culpa pelo acidente foi da empresa, pois
no dia pediu luvas novas e não foi atendido, nem
recebia equipamento de proteção (capacete e viseira)
que poderiam evitá-lo. A Polo, em sua defesa,
afirmou que fornecia os EPIs e instruções para uso
das máquinas.
Depoimentos convenceram o juízo da 2ª Vara do
Trabalho de Maringá de que a Polo oi negligente ao
permitir que o polidor operasse máquina de alto
risco com luvas escorregadias e sem treinamento,
deferindo assim indenização que fixou em R$ 10 mil.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
manteve o valor por julgá-lo razoável, mesmo
reconhecendo a grave limitação física, com redução
da força de trabalho, abalo psíquico e emocional do
trabalhador.
Tal entendimento não prevaleceu no TST. O relator do
recurso, desembargador convocado Marcelo Lamego
Pertence, observou que, em regra, não cabe ao
Tribunal rever valoração das instâncias ordinárias,
mas no caso o Tribunal Regional, ao manter o valor
de R$ 10 mil, não observou os critérios de
razoabilidade e proporcionalidade. “O inquestionável
dano causado pelo acidente, a gravidade da conduta
empresarial (ausência de treinamento do empregado e
inexistência de dispositivo de segurança no
equipamento), a extensão do dano, a capacidade
econômica da empresa e, ainda, o caráter punitivo e
pedagógico da condenação autorizam a condenação ao
pagamento de indenização por danos morais no valor
de R$ 40 mil”, concluiu. A decisão foi unânime.
(Processo: RR-9955000-54.2006.5.09.0021)
Fonte: TST
26/07/2017 -
Nova regra para demissão reduz proteção ao
trabalhador e limita ação de sindicatos
Especialista do Dieese afirma que dispositivo
criado na reforma trabalhista pode "legalizar"
práticas fraudulentas,
lesar o trabalhador e dificultar suas condições de
reclamar seus direitos
São Paulo – Alterações nas rescisões de contratos de
trabalho previstas na reforma trabalhista limitam a
atuação dos sindicatos e devem reduzir a proteção
aos trabalhadores. Segundo o supervisor técnico do
escritório regional do Dieese em São Paulo, Victor
Pagani, o fim da obrigatoriedade da homologação de
rescisões pelo sindicato da categoria ou pela
unidade do Ministério do Trabalho, deixará o
empregado desprotegido, sem poder contar com a
assistência de um especialista na conferência dos
cálculos das verbas devidas no momento do rompimento
do contrato.
Ainda mais grave, avalia Pagani, é que a nova lei
cria um termo de quitação anual das obrigações
trabalhistas. Ou seja, a cada ano o trabalhador
poderá ser forçado pelo empregador a dar um "de
acordo" em suas condições de emprego e trabalho,
dificultando ainda mais a possibilidade de acionar a
Justiça do Trabalho em decorrência de violações de
direitos nos exercício do contrato de trabalho.
Nesse caso, a única exigência é que o documento seja
firmado perante o sindicato da categoria.
Para Pagani, esse termo de quitação "pode acabar
virando uma forma de legalização da fraude". Em
entrevista à Rádio Brasil Atual nesta terça-feira
(25), o supervisor do Dieese observa que não são
poucas as empresas que descumprem os direitos dos
trabalhadores, e o fazem, muitas vezes, de maneira
intencional e deliberada. Segundo ele, empresários
podem tirar proveito do receio do trabalhador de
perder o emprego para coagi-los a assinar documento
abrindo mão de direitos.
A regra que estabelece a quitação total de débitos
trabalhistas nos chamados programas de demissão
voluntária (PDVs) ou incentivadas (PDIs) também é
preocupante. Com ela, firmada a adesão ao programa,
o trabalhador não poderá requerer, na Justiça,
débitos pendentes.
O pretexto de estimular a negociação entre
trabalhadores e empresários, segundo o especialista,
é desmontado com por esses e outros aspectos da nova
legislação. Por exemplo, as empresas se desobrigarem
de realizar negociações prévias com sindicatos em
casos de demissões coletivas.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/07/2017 -
Centrais sindicais preparam substitutivo à Reforma
Trabalhista e afirmam unicidade
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) se
reuniu com as demais centrais sindicais do país na
sede da Força Sindical, em São Paulo (SP), na tarde
desta segunda-feira (24), para construir uma
proposta substitutiva à Reforma Trabalhista e que
contemple as questões trabalhistas reivindicadas
pelas entidades sindicais. Na ocasião, dirigentes
também reconstruíram uma unidade entre as centrais,
alinhando as exigências da classe trabalhadora.
“Independentemente da Medida Provisória que o
governo irá apresentar, vamos manter nossa defesa
contra trechos inaceitáveis da Reforma Trabalhista,
como o trabalho intermitente, a ausência do
sindicato nas homologação dos acordos coletivos e
grávidas e lactantes trabalhando em locais
insalubres. A própria terceirização, que ainda está
pendente, também precisa ser discutida”, afirma José
Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST).
Para Calixto, é importante ressaltar a reconstrução
de uma unidade entre as centrais sindicais, com a
reorganização do Fórum das Centrais. “Houve uma
unanimidade entre todos os presentes. Até então, as
centrais estavam trabalhando em ambientes
diferentes, com propostas distintas. Agora, vamos
agir por instituição, articulando e buscando os
votos que não temos no Congresso. Com essa clareza
de posicionamento estratégico, vamos ganhar adesão”,
avalia o dirigente da Nova Central.
Outra proposta colocada na reunião é de trabalhar
com mais intensidade na base dos sindicatos,
reforçando o diálogo com os trabalhadores no chão de
fábrica. “O trabalhador precisa entender também os
riscos que correm com a tentativa de desmantelamento
do sindicalismo. O sindicato é o seguro do
trabalhador, é quem o protege e o defende nessa luta
desigual por direitos com o setor patronal”, disse
Calixto. Para ele, a classe trabalhadora ainda não
entendeu bem o quão prejudicial o atual conteúdo da
Reforma Trabalhista pode ser. “Vamos manter uma
contraproposta conjunta de mobilização, pois o
trabalhador e a trabalhadora ainda não perceberam a
gravidade que é essa reforma e o quanto eles ficam
desprotegidos. Estamos alinhando ações e assembleias
em todos os sindicatos do país. Ou reagimos agora ou
toda a base de defesa trabalhista será aniquilada”,
finalizou.
Fonte: NCST
26/07/2017 -
PEC permite que licença-maternidade seja
compartilhada entre a mãe e o pai
O prazo total da licença-maternidade pode ser
compartilhado entre o pai e a mãe da criança. É o
que determina uma proposta de emenda à Constituição,
apresentada pela senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM), em análise na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ). A ideia da senadora é
possibilitar uma legislação mais adequada às reais
necessidades das famílias.
A PEC 16/2017 estabelece que haja um acordo entre a
mãe e o pai para dividir o período para cuidar do
filho recém-nascido ou recém-adotado. Na proposta,
Vanessa Grazziotin cita o exemplo de países
europeus, como Noruega, Suécia e Finlândia, onde o
benefício da licença compartilhada já é uma
realidade. Ela enfatizou a iniciativa como evolução
do que chama de nova concepção de família.
"A tarefa de cuidar do filho não é exclusiva da mãe,
é do pai também. Porque a única tarefa que a mulher
tem que fazer sozinha, que não pode compartilhar com
o homem, é a amamentação. Mas os demais cuidados
podem ser perfeitamente compartilhados com o pai. É
um compartilhamento de todos os deveres, de todos os
afazeres", argumenta a senadora em sua
justificativa.
Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), que assinou a
PEC, a iniciativa proporciona mais assistência e
proteção às crianças.
- Ela flexibiliza. Ela aperfeiçoa. É uma
modernização. É uma compreensão inteligente dessa
nova realidade em que homem e mulher compartilham
responsabilidades - afirmou a senadora.
Atualmente, pela legislação brasileira, a mãe tem
direito a usufruir de uma licença de 120 dias e o
pai de uma licença de apenas cinco dias. Esses
prazos são maiores em alguns casos, graças às
recentes alterações legislativas que possibilitaram
a extensão da licença-maternidade por mais 60 dias,
e a licença-paternidade por mais 15 dias. No
entanto, para ter esse benefício, a pessoa tem que
trabalhar em empresa que aderiu ao Programa Empresa
Cidadã. Alguns órgãos públicos também já concedem um
prazo maior de licenças-maternidade e paternidade.
Fonte: Agência Senado
26/07/2017 -
Governo vai propor licença não remunerada de até 6
anos para servidores federais
Após anunciar o Programa de Desligamento Voluntário
(PDV) para servidores do Poder Executivo, o
Ministério do Planejamento divulgou nesta
terça-feira (25) a possibilidade de os funcionários
públicos federais aderirem a uma licença incentivada
sem remuneração (LIP).
Nela, os trabalhadores poderão suspender
temporariamente o vínculo com a administração por
três anos consecutivos, prorrogáveis por igual
período, recebendo como incentivo o valor
equivalente a três meses de sua remuneração. O
servidor que optar pela medida não poderá retornar
ao trabalho antes do fim do prazo acordado.
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que
os servidores que optarem pela adesão ao programa
perderão o vínculo com a administração pública e,
portanto, deixarão de participar do Regime Próprio
de Previdência Social.
Para a pasta, assim como a LPI, o PDV e a jornada de
trabalho reduzida com remuneração proporcional, as
duas últimas anunciadas ontem (24), visam “aumentar
a eficiência no serviço público”. A adesão poderá
ser feita já em 2017, e não há prazo final
estipulado para que o servidor interessado possa
aderir ao programa. O impacto financeiro da medida
será observado em 2018.
Fonte: Agência Brasil
26/07/2017 -
Reformas política e da Previdência devem entrar na
pauta do Plenário neste 2º semestre
As reformas da Previdência e política são dois dos
principais temas pendentes de análise pelo Plenário
da Câmara dos Deputados no segundo semestre deste
ano. Cinco medidas provisórias (MPs) com relatórios
aprovados por comissões mistas também serão
pautadas.
Aprovada no começo de maio em comissão especial, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, do
Executivo, aumenta a idade exigida para
aposentadoria, tanto no INSS quanto no setor
público, para 62 anos de idade, se mulher, e 65
anos, se homem.
De acordo com relatório do deputado Arthur Oliveira
Maia (PPS-BA), estão previstas transições para os
atuais segurados da Previdência, com o cumprimento
de um pedágio para poder se aposentar e diminuição
do valor da aposentadoria.
Para ser aprovada, a matéria precisa do voto
favorável de ao menos 308 deputados, em dois turnos
de votação.
Fundo para eleições
No caso da reforma política, composta por projetos de
lei e propostas de emenda à Constituição (PEC), as
mudanças na legislação precisam ser aprovadas, tanto
na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal,
até outubro de 2017 para poderem ser aplicadas nas
eleições de 2018. O prazo exigido pela Constituição
é de um ano antes do pleito.
O deputado Vicente Candido (PT-SP), relator do
projeto de lei que altera as leis dos Partidos
Políticos (9.096/95), das Eleições (9.504/97), o
Código Eleitoral (4.737/65) e a minirreforma
eleitoral de 2015 (13.165/15), apresentou uma nova
versão do seu relatório à comissão especial
relacionada ao tema, prevendo a criação de um fundo
para financiar as campanhas eleitorais, o Fundo
Especial de Financiamento da Democracia (FFD).
Para 2018, o FFD teria recursos da ordem de R$ 3,5
bilhões; e de R$ 2 bilhões para os pleitos
sucessivos. Além desse fundo, permanecerá existindo
o Fundo Partidário. O dinheiro para as campanhas
será dividido a partir da configuração das bancadas
na Câmara e no Senado em agosto de 2017, e não
apenas em razão dos eleitos em 2014.
Fim do vice
Na PEC 77/03, que traz as regras gerais sobre o fundo,
Candido propõe o fim da reeleição para cargos do
Poder Executivo e a extinção do cargo de vice.
Pela proposta, fica estabelecido o sistema distrital
misto como regra para as eleições proporcionais
(cargos de deputados federais, estaduais, distritais
e vereadores) a partir de 2022. Em 2020, o sistema
será usado para escolha dos legisladores nas cidades
onde haverá segundo turno, ou seja, aquelas com mais
de 200 mil habitantes.
Pelo sistema misto, metade dos eleitos virá da lista
fechada; e a outra metade, do sistema distrital, que
é majoritário (vence o candidato que levar o maior
número de votos no distrito). “Essa será uma grande
mudança cultural onde vamos valorizar partidos.
Vamos perceber que partido é importante para a
democracia”, disse Candido.
O substitutivo institui ainda mandato de dez anos
para os membros de tribunais escolhidos por
indicação política. Assim, todos os ministros do
Supremo Tribunal Federal, por exemplo, deixariam de
ter mandato vitalício, como é atualmente.
Fonte: Agência Câmara
26/07/2017 -
Com 94% de reprovação, governo Temer bate o recorde
de impopularidade
A pesquisa Pulso Brasil feita mensalmente pelo
instituto Ipsos reforça o coro do "Fora Temer". O
colunista Lauro Jardim, do O Globo, adiantou os
dados da pesquisa na tarde desta terça-feirta (25),
apontando que 85% avaliam a gestão de Michel Temer
com ruim ou péssima. Mas a pesquisa completa
demonstra que Temer conseguiu bater o recorde de
rejeição popular, com 94% de desaprovação de seu
governo, sendo a pior avaliação do governo federal
desde abril de 2005.
Por Dayane Santos
A pesquisa reforça o discurso da oposição na Câmara
dos Deputados, que analisa na próxima semana a
denúncia da Procuradoria -Geral da República (PGR)
contra Temer por corrupção passiva. Antes do recesso
parlamentar, a denúncia foi analisada pela Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) que rejeitou o
parecer do relator, o deputado Sérgio Zveiter
(PMDB-RJ), que defendia o prosseguimento da
denúncia.
A rejeição na CCJ foi garantida depois de muitas
manobras do governo com troca de 19 membros da
comissão por parlamentares pró-Temer que foram
agraciados com a liberação de emendas parlamentares.
Aliás, a pesquisa foi feita entre os dias 1º e 14 de
julho, período da votação na CCJ. Foram
entrevistadas mais de 1.200 pessoas em 72 municípios
brasileiros em todas as cinco regiões do país.
Contra as reformas
Outra constatação é a a rejeição ao pacote de reformas
do governo, que retira direitos e garantias como a
reforma trabalhista sancionada recentemente. De
acordo com a pesquisa, 94% dos brasileiros
desaprovam a forma como Temer governa e 95%
acreditam que o Brasil está no rumo errado.
Esse resultado está apavorando o mercado financeiro,
principal fiador do golpe. Em evento realizado pelo
Instituto Millenium, empresários e analistas
econômicos avaliam que as eleições de 2018
representa um risco real à agenda de reformas que
eles tentam impor.
Foi em nome dessa agenda de reformas que deram um
golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff,
em 2016, que foi eleita com um plano de governo
diferente da agenda imposta por Temer.
"O levantamento confirma os altos índices de
desaprovação do governo federal e do presidente
Michel Temer. Identificamos que os efeitos da crise
política e da delação premiada de Joesley Batista
ainda se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos
próximos meses com a pauta do aumento de impostos e
dos combustíveis", comenta Danilo Cersosimo, diretor
da Ipsos, responsável pelo Pulso Brasil.
O nome de Temer também aparece junto a outros 32
nomes, entre políticos e personalidades públicas que
os entrevistados aprovam ou desaprovam a maneira
como as pessoas vinham atuando no Brasil. Apenas 3%
da população aprova totalmente ou pouco a atuação de
Michel Temer e 94% o desaprova completamente ou um
pouco.
Temer ainda encabeça a lista quando se comparam os
índices de reprovação das demais personalidades,
sendo seguido no ranking pelo ex-deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que teve apenas 1% de aprovação
contra 93% de reprovação. O terceiro lugar ficou com
o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teve 3% de
aprovação contra 90% de reprovação.
Fonte: Portal Vermelho
26/07/2017 -
Estabilidade provisória no emprego para as adotantes
será analisada pelo Plenário
Pode ser votado pelo Plenário do Senado em agosto o
projeto de lei que garante estabilidade provisória
no emprego para as adotantes ou àquelas que tenham
guarda judicial para adoção. Se aprovado, o projeto
segue para análise da Câmara dos Deputados.
Do senador Roberto Rocha (PSB-MA), o PLS
796/2015-Complementar altera a Lei Complementar
146/2014 para estender às empregadas adotantes ou
que venham a obter a guarda judicial para adoção a
estabilidade de cinco meses no emprego. Para o
autor, o tratamento a filhos biológicos e adotivos
deve ser igual.
Em 2002, a Lei 10.421 concedeu a licença-maternidade
e o salário-maternidade à adotante. Mas a
estabilidade no emprego, direito que as gestantes já
têm, ainda não está garantida às adotantes.
O projeto teve relatório favorável da senadora Marta
Suplicy (PMDB-SP) e foi aprovado sem mudanças pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
26/07/2017 -
Linha de capital de giro com recursos do FAT atende
12 mil empresas em um ano
Micro e pequenos empresários podem pegar até R$
200 mil para pagar em até 48 meses
Desde sua implementação no ano passado, o Proger
Urbano – Capital de Giro já atendeu 12 mil micro e
pequenas empresas com recursos que garantiram a
manutenção ou a expansão dos negócios. A linha de
crédito, mantida com recursos do Fundo de Amparo do
Trabalhador (FAT), disponibiliza até R$ 200 mil para
empresários comporem o capital de giro de suas
empresas.
Quem obtém o crédito, tem até 48 meses para pagar,
já incluídos o prazo de 12 meses de carência. A
linha de financiamento está disponível nas agências
do Banco do Brasil. Os recursos são destinados para
negócios com faturamento bruto anual de até R$ 3,6
milhões nas áreas do comércio, serviço e indústria
que possuir cadastro aprovado, ter condições de
pagamento, não possuir restrições perante os órgãos
das administrações direta e indireta e estar em dia
com o FGTS, PIS/Pasep e Rais.
Beneficiado por uma linha de crédito, o comerciante
Silvino Oliveira, do ramo de gessos e pré-moldados,
explica que os recursos obtidos permitiram a ele
manter os negócios. “Com o financiamento consegui
manter o nível de emprego e também ampliar a
capacidade produtiva do meu comércio. Sem esse
financiamento, eu não conseguiria fazer o giro da
minha empresa. Os bancos em geral aumentaram o custo
de refinanciamento das empresas e ampliaram as
exigências de garantias, elevando taxas de juros dos
financiamentos”, afirmou.
No ano passado, de julho a dezembro, foram
destinados mais de R$ 740 milhões para financiamento
de capital de giro das empresas. No primeiro
semestre deste ano, o valor chegou a R$ 427 milhões.
Fonte: MTb
26/07/2017 -
Justiça Federal afasta cobrança de adicional de 10%
da multa do FGTS
Duas empresas de Minas Gerais conseguiram na Justiça
afastar a cobrança de adicional de 10% da multa do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A
sentença é da 20ª Vara Federal de Minas Gerais.
As duas empresas são a Rodoviário Job e a Job
Empreendimentos, da cidade de Itabira. Ambas
pertencem a um mesmo grupo, que recorreu à Justiça
em 2016.
O adicional foi criado em 2001 por meio da Lei
Complementar nº 110 com o objetivo de obter recursos
para cobrir o rombo dos expurgos inflacionários dos
planos Verão (1989) e Collor I (1990). Com o
acréscimo, o percentual da multa rescisória,
incidente sobre o valor do FGTS depositado, passou
de 40% para 50%. Os 10% a mais são destinados ao
governo federal.
No processo, as empresas alegam, segundo o advogado
David Gonçalves de Andrade Silva, que as representa,
que em 2007 essa recomposição já havia sido
conquistada e que a cobrança não deveria mais
vigorar.
O argumento da União é de que a finalidade da
contribuição não era especificamente reequilibrar as
contas do FGTS, mas servir de fonte de custeio.
Alegou ainda que a cobrança desestimularia demissões
sem justa causa.
Para o juiz Itelmar Raydan Evangelista, da 20ª Vara
Federal de Minas Gerais, porém, a cobrança "não mais
se identifica com a espécie autorizada pela norma de
competência do artigo 149 da Constituição, posto não
mais existir a finalidade social a que o tributo
fora originariamente afetado".
A sentença, segundo o advogado das empresas, vem num
momento oportuno. "Nessa crise, todas as empresas
demitiram muito e ficaram submetidas a essa
contribuição", disse Silva. Apesar de ser uma
decisão de primeira instância, ele entende que pode
gerar repercussão por se tratar de um assunto tão
presente para todas as empresas no país.
A questão está na pauta do Supremo Tribunal Federal
(STF) desde 2015. Os ministros reconheceram a
repercussão geral da discussão, em processo da
Intelbrás Indústria de Telecomunicação Eletrônica
Brasileira. Ainda não há previsão de quando o
recurso será julgado.
No caso, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª
Região manteve a cobrança. De acordo com a decisão,
o STF já declarou constitucional o adicional no
julgamento de uma ação direta de
inconstitucionalidade (Adin). Além disso, não seria
possível presumir a perda de finalidade da
contribuição para afastar a incidência.
No STF, o relator do recurso, ministro Marco
Aurélio, admitiu a existência de repercussão geral.
De acordo com ele, o tema já foi objeto de uma Adin,
mas apenas quanto à constitucionalidade da
contribuição prevista no artigo 1º da Lei
Complementar nº 110, de 2001. A controvérsia atual,
segundo o ministro, envolve a "constitucionalidade
da manutenção de contribuição social após atingida a
finalidade que motivou a sua instituição".
(Valor Econômico)
Fonte: Jusbrasil
25/07/2017 -
Centrais discutem impactos da reforma trabalhista e
estratégias de reação
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta segunda-feira (24), de reunião com
as demais centrais na sede da Força Sindical, em São
Paulo, com objetivo de discutir impactos da
“reforma” trabalhista e estratégias de reação ao
desmonte do arcabouço de leis de proteção ao
trabalho. Na ocasião, as entidades discutiram,
também, a chamada “reforma” da Previdência que pode
entrar em votação já na semana que vem. O Presidente
da NCST, José Calixto Ramos; o Diretor de Finanças,
João Domingos Gomes dos Santos; o Diretor de
Comunicação Social, Nailton Francisco; o Secretário
Nacional do Plano dos Servidores Públicos, Lineu
Mazano e o Presidente da NCST/SP, Luis Gonçalves,
representaram a Nova Central no encontro.
O foco das discussões girou em torno da análise e
elaboração de propostas para atenuar prejuízos
resultantes, entre outros, da regulamentação
trabalho intermitente, da homologação da rescisão do
contrato de trabalho e uma alternativa para o fim da
contribuição sindical.
Os debates resultaram na elaboração de uma proposta
de medida provisória que contempla 10 reivindicações
das centrais sindicais com objetivo de reduzir danos
da “reforma” trabalhista; definição de uma agenda
unitária e a criação de um jornal de circulação
nacional para esclarecer as graves consequências da
implementação das novas normas inseridas no texto do
PLC 38/2017, aprovado sem emendas no Senado Federal
e sancionado, sem vetos, pelo presidente Temer.
Para o Presidente da NCST, José Calixto Ramos,
existe um trabalho orquestrado para desmantelar a
estrutura sindical brasileira. “Estão fazendo uma
crueldade com todos nós. Precarizam as relações de
trabalho e, simultaneamente, sufocam as fontes de
custeio das entidades sindicais. O presidente da
Câmara dos Deputados, na contramão de nossas
reivindicações, já declarou à imprensa que a casa
legislativa não irá admitir nenhuma modificação ao
texto aprovado por lá. Acabar abruptamente com os
recursos que viabilizam a atividade sindical, logo
após a aprovação de reformas que flexibilizam as
relações entre capital e trabalho, é uma estratégia
que visa aniquilar todo tipo de resistência a essa
agenda de retrocessos da última e mais legítima
trincheira de defesa da classe trabalhadora: os
sindicatos. Nós já perdemos os anéis. Precisamos
preservar os dedos e seguir na luta sempre de cabeça
erguida, com a consciência tranquila de que não se
negocia, sob nenhuma hipótese, a autonomia sindical
em prol dos trabalhadores brasileiros. É para isso
que existimos e, se for o caso, seguiremos lutando
até o limite de nossas forças para assegurar a
legitimidade de representação confiada a todos nós”,
defendeu o líder sindical.
O Dieese - Departamento Intersindical de Estudos
Estatísticos e Socioeconomicos - está concluindo um
relatório detalhado com as diretrizes aprovadas na
reunião que será divulgado em breve. A CUT não
participou do encontro, mas se comprometeu a
encaminhar as deliberações.
Fonte: NCST
25/07/2017 -
Copom inicia hoje reunião para definir taxa de
juros; Selic pode cair para 9,25%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) inicia hoje (25), em Brasília, a quinta
reunião do ano para definir a taxa básica de juros,
a Selic. Instituições financeiras, consultadas pelo
BC, esperam que a Selic seja reduzida em 1 ponto
percentual caindo para 9,25% ao ano.
Hoje, pela manhã, o presidente do BC, Ilan Goldfajn,
e diretores do banco analisam o mercado. À tarde, é
feita a análise de conjuntura. Amanhã (26), à tarde,
no segundo dia de reunião, após estudo da
perspectiva para a inflação e das alternativas para
a Selic, a diretoria do BC define a taxa. A decisão
será anunciada às 18h. Para o mercado financeiro, a
Selic continuará a ser reduzida em 2017, encerrando
o período em 8% ao ano.
A taxa Selic vem sendo diminuída desde outubro do
ano passado, quando passou de 14,25% para 14% ao
ano. Em novembro, houve mais um corte de 0,25 ponto
percentual, seguido por reduções de 0,75 ponto
percentual em janeiro e em fevereiro. O Copom
acelerou o ritmo de cortes para 1 ponto percentual
nas reuniões de abril e maio. Atualmente, a taxa
está em 10,25% ao ano.
Com o aumento dos tributos sobre combustíveis, o
mercado financeiro aumentou levemente a projeção
para a inflação, após sete reduções seguidas.
Entretanto, a projeção para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continua abaixo do
centro da meta a ser perseguida pelo BC, que é 4,5%.
Para o mercado financeiro, a inflação vai encerrar
2017 em 3,33%.
A Selic é um dos instrumentos usados para
influenciar a atividade econômica e consequentemente
a inflação. Quando o Copom diminui os juros básicos,
a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação.
Fonte: Agência Brasil
25/07/2017 -
Lei 13.467: governo negocia MP para regulamentar
norma
O governo do presidente Michel Temer (PMDB),
depois de sancionar a reforma trabalhista (Lei
13.467/17) na íntegra, inicia agora um processo de
negociação com as centrais sindicais para elaboração
de medida provisória para tratar de temas que foram
acordados com os senadores durante a tramitação, do
então PLC 38/17, no Senado Federal.
A proposta busca tratar entre outros temas de
regulamentar: 1) o contrato de trabalho
intermitente, 2) a representação dos trabalhadores
terceirizados, 3) o trabalho da mulher gestante e
lactante em locais insalubres e 5) o financiamento
para as entidades sindicais laborais e patronais,
embora a última já disponha de financiamento, que é
o “Sistema S”, que não foi mexido na chamada reforma
trabalhista.
A minuta inicial não agradou os dirigentes das
entrais, porém, as negociações devem prosseguir até
a entrada em vigor da Lei 13.467/17, que vai
substituir a CLT, prevista para 2 de novembro. Nesse
período, a expectativa do governo é tentar encontrar
um consenso entre os interesses patronais, que estão
ávidos para aplicação da nova legislação, e os
dirigentes sindicais de trabalhadores que não
concordam com a lei, que precariza e pode gerar um
caos social derivado do novo ambiente laboral
imposto pela nova norma jurídica.
Resistência
Há uma resistência maior em flexibilizar a Lei 13.467
para buscar um melhor acolhimento e segurança
jurídico-social para o trabalhador entre de técnicos
da Casa Civil. Na hierarquia política no Executivo,
a Casa Civil é o principal órgão no processo
decisório e na definição de políticas públicas do
governo, sempre auxiliado pelos ministérios que
tratam de temas específicos, neste caso, o
Ministério do Trabalho.
Apesar da boa vontade em negociar e ampliar o
diálogo com as centrais, o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, enfrenta algumas barreiras. Como a
proposta aprovada pelo Congresso Nacional apresenta
pontos que podem configurar em redução na
arrecadação de impostos, o Ministério da Fazenda
deve manifestar sua insatisfação com alguns desses
comandos, e, em relação a isso, já apresentou suas
sugestões. Isso amplia as dificuldades de atenuar os
aspectos mais flagrantemente negativos, na visão dos
trabalhadores, em relação à lei.
Previdência
O principal exemplo se dá na proposta em debate sobre
o novo modelo de contratação com base no trabalho
por hora, ou trabalho intermitente. Na maioria dos
casos, o trabalhador não receberá, no final do mês
de trabalho, um salário mínimo. Nesse caso, as
obrigações previdenciárias serão pagas pelo
empregador com base no rendimento apurado pelo
trabalhador ao final do trabalho realizado.
Para que esse trabalhador possa fazer uso dos
benefícios previdenciários, como licença
maternidade, no caso das mulheres, doença ou
qualquer outra enfermidade que impossibilite o
trabalhador de exercer sua atividade, para que ele
possa requerer sua licença no Instituto Nacional de
Seguro Social (INSS), o acesso só será possível se o
trabalhador tiver pago a diferença correspondente ao
restante do salário mínimo, que é o menor valor de
benefício pago pela Previdência Social.
Ambiente político
Outra dificuldade vem do ambiente político. Denúncias
que afetam o poder de articulação do governo em sua
base de apoio no Congresso Nacional, em particular
na Câmara dos Deputados, que em sua maioria,
apresenta resistências em amenizar os exageros e
extravagâncias da lei.
A medida provisória deverá ser apresentada ao
Congresso depois da votação, em plenário, do pedido
de investigação feito pela Procuradoria Geral da
República, que denúncia o presidente Temer por
corrupção passiva. Outra hipótese é que a medida só
inicie sua tramitação em novembro, após a aplicação
definitiva da lei.
Independentemente da data de sua publicação e
tramitação no Congresso, as entidades sindicais
devem estar atentas às negociações e seus dirigentes
devem pressionar, em primeiro lugar, o governo para
que a medida possa ser editada para regatar os
direitos retirados dos trabalhadores. Devem também
pressionar os parlamentares para que possam
viabilizar uma legislação menos dura com a classe
trabalhadora.
A geração de empregos deve preservar os princípios
do trabalho decente, definidos pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT) do qual o Brasil
busca se enquadrar. Não podemos, os trabalhadores
representados pelas entidades sindicais, e os
empregadores, deixar de perseguir a agenda do
Trabalho Decente com o pretexto de gerar mais postos
de trabalho.
Fonte: Diap
25/07/2017 -
Senadora propõe licença-maternidade compartilhada
entre pai e mãe
A Proposta de Emenda à Constituição 16/2017, de
autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),
estabelece que a licença-maternidade poderá ser
gozada de forma compartilhada pelo pai e pela mãe do
bebê. A senadora explica que o objetivo é adequar a
legislação às necessidades da família moderna onde o
casal, e não só o marido, está inserido no mercado
de trabalho. Para Vanessa Grazziotin, “a tarefa de
cuidar do filho não é exclusiva da mãe, é do pai
também. Porque a única tarefa que a mulher tem que
fazer sozinha, que não pode compartilhar com o
homem, é a amamentação. Mas os demais cuidados podem
ser perfeitamente compartilhados com os pais”.
Fonte: Agência Senado
25/07/2017 -
Governo estuda plano de demissão voluntária para
servidores públicos
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
está preparando uma proposta que define regras para
um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de
funcionários públicos federais. A medida inclui
também a redução da jornada de trabalho com
remuneração proporcional para servidores públicos do
Poder Executivo Federal. A informação foi divulgada
nesta segunda-feira (24) pela pasta.
A proposta é oferecer uma indenização correspondente
a 125% da remuneração do servidor na data de
desligamento multiplicada pelo número de anos de
efetivo exercício. A iniciativa do governo federal
busca reduzir gastos públicos com a folha de
pagamento dos servidores públicos federais. A
expectativa é que a medida gere uma economia de
cerca de R$ 1 bilhão ao ano.
Redução de jornada
Segundo o ministério, a proposta prevê também que os
servidores efetivos poderão requerer a redução da
jornada de trabalho de 8 horas diárias e 40 semanais
para 6 ou 4 horas diárias e 30 ou 20 horas semanais,
respectivamente, com remuneração proporcional,
calculada sobre o total da remuneração. Será
assegurado ainda, a quem optar pela redução de
jornada, o pagamento adicional de meia hora diária,
calculada conforme regulamentação a ser editada pela
pasta.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que
a expectativa do PDV a ser feito pelo Ministério do
Planejamento é de que 5 mil servidores sejam
desligados. “Vamos ver se é viável, se haverá essa
adesão”, disse, ao destacar que se trata de um
projeto para cortes de custos. “É um processo onde o
funcionário aceita ou pede exoneração dentro de uma
estrutura combinada em relação à saída dele”,
explicou.
Meirelles participou de reunião com investidores
nesta tarde. Ele listou, entre as principais
preocupações do mercado, a aprovação da reforma da
Previdência e um cronograma de reformas
microeconômicas, como a criação de um cadastro
positivo, a duplicata eletrônica e a lei de
recuperação judicial.
“Essa é a agenda de produtividade importante para o
país. Há um consenso de que o Brasil está voltando a
crescer. A ideia agora é consolidar a agenda de
reformas na área macroeconômica e microeconômica,
visando alcançar uma trajetória de desenvolvimento
sustentável para o país.”
Fonte: Agência Brasil
25/07/2017 -
Programa de saques de contas inativas do FGTS entra
na última semana
O prazo para a retirada dos valores das contas
inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) termina na próxima segunda-feira (31). Até
agora, já foram pagos mais de R$ 42,8 bilhões, para
25,3 milhões de trabalhadores.
Segundo a Caixa Econômica Federal o montante pago
até o dia 19 de julho equivale a 98,33% do total
inicialmente disponível para saque (R$ 43,6
bilhões). O número de trabalhadores que sacaram os
recursos das contas do FGTS representa 83,73% das
30,2 milhões de pessoas inicialmente beneficiadas
pela medida.
Agora, o saque está liberado para todos os
trabalhadores que têm direito ao benefício, não
importa a data de nascimento. Pode fazer o saque
quem teve contrato de trabalho encerrado sem justa
causa até 31 de dezembro de 2015.
Os trabalhadores podem consultar o saldo a receber
na página da Caixa. Outra opção é o Serviço de
Atendimento ao Cliente pelo 0800 726 2017.
Fonte: Agência Brasil
25/07/2017 -
Microempresas poderão ser dispensadas de depósito
recursal em reclamações trabalhistas
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
6704/16, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que
extingue a exigência de depósito recursal para as
microempresas e empresas de pequeno porte no caso de
reclamações trabalhistas.
“Os depósitos prévios exigidos para a interposição
de recursos e ajuizamento de ação rescisória na
Justiça do Trabalho são excessivamente onerosos para
as microempresas e empresas de pequeno porte”,
argumenta Oliveira.
“Isso significa, na prática, a impossibilidade de
acesso à Justiça, pois tais valores tendem a ser
muito altos em comparação ao capital de giro
necessário à estabilidade financeira da entidade”,
complementa.
Segundo parlamentar, os custos elevados “fazem com
que as empresas deixem de interpor recursos
legítimos perante a Justiça do Trabalho”.
O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT - Decreto-Lei 5.452/43) e as leis 5.584/70
(trata de normas de Direito Processual do Trabalho),
7.701/88 (trata da especialização de Turmas dos
Tribunais do Trabalho em processos coletivos) e
8.177/91 (estabelece regras para a desindexação da
economia).
Tramitação
A proposta, que já foi aprovada pela Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e
Serviços; ainda será analisada pelas comissões de
Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/07/2017 -
Acordo garante banimento do amianto em produtora de
telhas
Publicado por Portal Nacional do Direito do
Trabalho
O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do
Sul (MPT-RS) obteve acordo com a Isdralit, última
indústria do estado a utilizar amianto crisotila na
produção. A empresa, produtora de telhas de
fibrocimento, concluiu em maio a substituição da
substância, comprovadamente cancerígena, por fibras
alternativas. O TAC firmado com o MPT formaliza o
compromisso e estabelece um plano de acompanhamento
médico dos empregados e de eliminação dos resíduos e
produtos devolvidos que contenham amianto.
Além de não produzir mais telhas com a fibra, a
Isdralit se comprometeu a não estocá-lo como
matéria-prima; e, até 10 de novembro de 2017, deve
eliminar todo resíduo industrial e produtos acabados
que o contenham, com exceção de produtos devolvidos,
com nota fiscal, que devem também ser eliminados,
seguindo a legislação ambiental, de modo a não
produzir risco à saúde dos trabalhadores e da
população em geral. O descumprimento de tais prazos
acarretará multa de R$ 500 mil por mês.
Em novembro, a Isdralit deverá avaliar a
concentração da substância na poeira industrial,
ficando sujeita à interdição de atividades nos
setores em que o índice ultrapassar 0,1 fibra/cm³.
Também deverá realizar exames médicos periódicos nos
empregados pelo período de 30 anos, conforme
previsto na Norma Regulamentadora (NR) nº 15. O
monitoramento será obrigatório para empregados e
ex-empregados da Isdralit que trabalharam na fábrica
até 10 de maio de 2017. Como forma de reparação à
sociedade, a Isdralit pagará indenização de R$ 700
mil por danos morais coletivos, que serão revertidos
posteriormente pelo MPT a projetos sociais.
O procurador do Trabalho Luciano Leivas, do Programa
Nacional de Banimento do Amianto do MPT, destaca que
com o acordo o Rio Grande do Sul passa a dar
eficácia à diretriz da Convenção nº 162 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à Lei
Estadual 11.643/2001, que proíbe a produção e
comercialização de produtos à base de amianto no
Estado. A Isdralit ainda utilizava o amianto por
conta de decisão judicial. Atualmente a Lei estadual
é alvo de ação de inconstitucionalidade da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria. O julgamento da ação, que tramita no STF
junto com questionamentos a outras leis de outros
Estados sobre o assunto, pode resultar no banimento
definitivo da substância em território nacional.
O procurador ressalta que o banimento ainda é a
melhor forma de proteção à saúde de trabalhadores e
do público geral, porque, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), não há limites
seguros para exposição ao amianto.
A Isdralit é a sexta empresa brasileira a firmar
acordo do gênero com o MPT. As outras empresas são:
a Casalit (com sede em Duque de Caxias-RJ), a
Confibra (com sede em Hortolândia-SP), a Imbralit
(com sede em Criciúma-SC), a Infibra (com sede em
Leme-SP) e a Multilit (sediada em São José dos
Pinhais-PR). O TAC foi proposto pela procuradora do
Trabalho Aline Zerwes Bottari Brasil, responsável
pelo acompanhamento do caso.
Fonte: Jusbrasil
25/07/2017 -
TRF4 concede auxílio-acidente após o fim do
auxílio-doença
Publicado por Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
concedeu, no início do mês (05/7), o benefício de
auxílio-acidente a um morador de Maravilha (SC) que
está incapacitado de trabalhar como operador de
máquinas pesadas. Segundo a perícia, as sequelas
causadas pelo acidente, ocorrido em 2013, não têm
cura.
O desembargador federal João Batista Pinto Silveira,
relator do processo, declarou que o INSS deve o
benefício desde o dia seguinte ao da cessação
administrativa do auxílio-doença. Segundo o
magistrado, “ficou comprovado que o autor porta
sequela que implicou na redução da capacidade para o
trabalho exercido na época do acidente”.
Fonte: Jusbrasil
24/07/2017 -
Das seis centrais reconhecidas, três negociam e três
evitam Temer
Reunião no Planalto discutiu a criação de uma
contribuição que seria não obrigatória e aprovada em
assembleias.
Dirigentes se reunirão nesta semana para traçar
plano de ação
São Paulo – Representantes de três das seis centrais
reconhecidas formalmente (CTB, Força Sindical e UGT)
reuniram-se na tarde de quinta-feira (20) com o
presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto,
para discutir os termos de uma medida provisória que
"corrigiria" pontos da Lei 13.467, de "reforma" da
legislação trabalhista, sancionada na semana
passada. As outras três – CSB, CUT e Nova Central –
decidiram não ir. Mas todas deverão se reunir nesta
segunda-feira (24), em São Paulo, para discutir um
plano de ação sobre a lei e também sobre a "reforma"
da Previdência, que ainda tramita na Câmara.
Um dos itens discutidos foi a criação de uma
contribuição, não obrigatória, necessariamente
aprovada em assembleia e com teto fixado, para
garantir uma fonte de recursos para manutenção da
atividade sindical. Essa taxa vem sendo discutida
desde que o Congresso incluiu no projeto de lei da
reforma um item tornando opcional a contribuição
sindical, que atualmente é obrigatória.
Outro item importante da receita sindical, a
contribuição assistencial, também sofre restrição
legal. O Supremo Tribunal Federal (STF) veda o
desconto a trabalhadores não sindicalizados. O
posicionamento foi reafirmado recentemente, quando o
Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
questionou entendimento do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), contrário à cobrança aos não
filiados.
"Essa questão é importantíssima porque os sindicatos
ficaram sem nenhuma contribuição", afirmou o
secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o
Juruna. Segundo ele, o fato de as centrais se
dividirem sobre reunirem-se com Temer não compromete
a unidade. "Acho que, no processo, todos se engajam.
Todo mundo tem interesse em mudar a lei."
Ele avalia que não há tanta pressa na discussão
sobre a medida provisória porque o Congresso entrou
em recesso e a própria Lei 13.467 tem prazo de 120
dias para ser implementada.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/07/2017 -
Temer diz que compreende reação contrária da
indústria ao aumento de tributos
O presidente Michel Temer disse na sexta-feira (21)
que compreende a reação contrária de representantes
do setor industrial ao aumento de tributos sobre os
combustíveis, anunciado quinta (20) pela equipe
econômica. Segundo Temer “ninguém quer tributo”, mas
o aumento é fundamental para manter o crescimento do
país e a meta fiscal.
Temer respondeu a perguntas de jornalistas
especificamente sobre a reação da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que
divulgou nota criticando a medida e colocou
novamente em frente ao prédio da sede federação, em
São Paulo, o pato amarelo inflável símbolo da
campanha contra o aumento de impostos. Para a Fiesp,
aumentar impostos vai agravar a crise em um momento
que a atividade econômica dá sinais de retomada.
“É uma natural reação econômica, ninguém quer
tributo. Quando todos compreenderem que é
fundamental para incentivar o crescimento, para
manter a meta fiscal, para dar estabilidade ao país
e para não produzir nenhum ato que seja fantasioso
ou enganoso para o povo, essa matéria logo será
superada”, disse em entrevista após participar da
sessão plenário da reunião de Cúpula do Mercosul em
Mendoza, na Argentina.
E completou “Compreendo a reação da Fiesp, é mais
que razoável. Vamos dialogando, conversando, e aos
poucos todos compreenderão, a Fiesp inclusive”,
disse.
Segundo Temer não está em discussão o aumento de
outros impostos. “Não há previsão disso [de aumento
de outros impostos]. Por enquanto a área econômica
está atenta a isto apenas para esse aumento. Não sei
se haverá necessidade de mais ou não. Haverá
naturalmente diálogo e observações sobre isso, mas
agora não”.
Reforma Trabalhista
Na entrevista, o presidente foi questionado se haverá
algum tipo de compensação aos sindicatos, uma vez
que com a reforma trabalhista foi extinto o
pagamento do imposto sindical obrigatório. Temer
respondeu que a tese central da reforma é a da
voluntariedade, do acordado sob o legislado.
Portanto, se no acordado for estabelecida uma
contribuição voluntária, não haveria problema algum.
“Agora, não haverá nada impositivo em relação à
contribuição sindical”, disse.
Em relação à medida provisória que está em
negociação para alterar alguns pontos da reforma, o
presidente disse que será necessário muito diálogo e
um trabalho conjunto entre as lideranças da Câmara e
do Senado. “Veja que o Senado aprovou a reforma
trabalhista, mas acordaram certas modificações. As
lideranças do Senado haverão de trabalhar com as
lideranças da Câmara e fazer um esforço conjunto
para um acordo também conjunto para que não haja
divergência. Essa é a tese que estamos sustentando e
que a centrais sindicais acolhem”, explicou.
Fonte: Portal EBC
24/07/2017 -
Governo mantém previsão de 0,5% de crescimento do
PIB
O governo federal manteve em 0,5% a estimativa de
alta do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas
as riquezas produzidas no país. A previsão consta do
Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas,
lançado a cada dois meses. A previsão do mercado é
de que o crescimento fique em 0,34%. Em 2016, o PIB
teve queda de 3,6%.
O relatório apresenta os parâmetros oficiais da
economia e as previsões de arrecadação, de gastos e
de cortes no Orçamento. Com base no documento, o
governo edita um decreto de programação
orçamentária, com novos limites de gastos para cada
ministério ou órgão federal.
Fonte: Agência Brasil
24/07/2017 -
CPI da Previdência promoveu 13 reuniões
deliberativas e 18 audiências públicas no primeiro
semestre
A CPI da Previdência instalada no Senado promoveu 13
reuniões deliberativas e 18 audiências públicas no
primeiro semestre de 2017. A comissão ouviu
representantes do governo, centrais sindicais e os
maiores devedores do INSS. Enquanto representantes
do governo demonstram haver um déficit de R$ 293
bilhões, trabalhadores e advogados alegam que, na
verdade, a Previdência é superavitária. Para o
presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), o
governo forja um resultado negativo artificial.
Fonte: Agência Senado
24/07/2017 -
Comissão prossegue luta para deter violência contra
mulheres
Instalada em maio, a Comissão Mista de Combate à
Violência contra a Mulher tem atuado para diminuir
os números alarmantes de agressões. O Brasil tem uma
denúncia de violência contra mulher a cada sete
minutos.
A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES),
vice-presidente da comissão, explicou que, além das
leis já propostas, algumas delas aprovadas, o
colegiado tem atuado para levar a todas as outras
comissões do Congresso a realidade da violência
contra a mulher no país. Ela concedeu entrevista
sobre o trabalho do colegiado à TV Senado.
Rose acredita que leis como a Maria da Penha e a do
feminicídio ajudam a informar a sociedade sobre a
dimensão da violência contra a mulher. Mas é
necessário, disse, haver consciência, desde a
formação da criança, de que a mulher é um ser igual,
que tem direito ao respeito.
A senadora espera que, no segundo semestre, a
comissão consiga que o Ministério da Educação altere
os conteúdos curriculares referentes a direitos
humanos e cidadania sob a ótica da igualdade de
gênero.
Fonte: Agência Senado
24/07/2017 -
Sindicato deve apresentar autorização expressa para
agir em juízo no interesse do filiado
Sindicato de classe só pode representar seus
filiados judicial e extrajudicialmente quando
expressamente autorizado, por autorização individual
dos associados ou por autorização genericamente
conferida em assembleia geral para essa finalidade.
Ausentes as autorizações, a 5ª Turma do TRF1 manteve
a sentença que julgou extinto o processo diante de
ilegitimidade ativa do Sindicato para propor a ação.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal no Estado do Pará e a União apelaram da
sentença da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do
Pará que julgou extinto o processo. A entidade
sindical alegou que agiu na qualidade de substituto
processual e representante da categoria de seus
filiados na defesa dos seus interesses.
A ação foi interposta pelo sindicato para obter o
pagamento de indenização por danos morais e
materiais a um servidor que com problemas de saúde
em razão da exposição ao pesticida
dicloro-difenil-tricloroetano, conhecido como DDT.
Em seu recurso, o sindicato sustenta que o servidor
trabalhava com transporte e aplicação do DDT, e que
a União tem o dever de indenizar o servidor, custear
o seu tratamento e ainda ressarcir as despesas com
exames e medicamentos.
Ao analisar a questão, o relator, juiz federal
substituto Roberto Carlos de Oliveira, destacou que
os sindicatos têm legitimidade para pleitear
direitos de seus associados por meio da
representação processual e pela substituição
processual. A representação caracteriza-se quando a
entidade “litiga em nome e na defesa do direito do
associado” e neste caso a CF/88 exige expressa
autorização dos filiados, que pode ser dar
autorizações individuais ou genéricas. Na
substituição processual a entidade atua em nome
próprio na defesa dos interesses alheios, e sua
admissão é restrita às hipóteses em que o objeto do
pedido esteja vinculado a interesse específico da
categoria, sendo, nesses casos, prescindível a
comprovação da autorização dos filiados para o
ingresso em juízo.
Na hipótese, afirma o magistrado, a parte autora não
trouxe aos autos autorização específica, razão pela
qual a apelação do sindicato deve ser negada para
confirmar a sentença, tendo em vista a ilegitimidade
ativa do sindicato para propor a presente ação.
O Colegiado, nos termos do relator, negou provimento
ao recurso da entidade sindical e à apelação da
União, que requereu a majoração dos honorários
advocatícios. Processo nº:
00043116-79.2010.401.3900/PA
Fonte: TRF1
24/07/2017 -
MTb investe na modernização da fiscalização
trabalhista
O Ministério do Trabalho (MTb) pretende investir R$
8,5 milhões ainda este ano para aquisição de
servidores superpotentes que irão compor o Big Data,
sistema de informação da Secretaria de Inspeção do
Trabalho (SIT). Outros R$ 3,5 milhões já forma
usados para compra de equipamentos de alta
capacidade de armazenamento de dados e de
processamento.
Os equipamentos armazenamento, de potência
semelhante aos usados pelo Serpro e Dataprev, já
estão em funcionamento no ministério para armazenar
bases como a Rais, Caged e, mais recentemente, os
dados do eSocial doméstico.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, destaca
que os investimentos vão inaugurar uma nova era para
fiscalização do trabalho. "Mais moderna, eficiente,
eficaz e efetiva. O resultado será positivo para o
mercado de trabalho, com mais transparência e
regularidade nas contratações", observou Nogueira.
Segundo o coordenador-geral de Integração Fiscal do
Trabalho, auditor-fiscal Edmar Bastos, o MTb está
construindo um centro de gestão de informação com
dados dos empregadores e trabalhadores contidos nas
mais diversas bases de dados governamentais, como
Receita Federal (faturamento das empresas,
pagamentos a terceiros, comunicações de transporte
etc.), INSS (comunicações de acidentes de trabalho,
relação de benefícios concedidos etc.), Caixa,
eSocial, Rais, Caged e Seguro-Desemprego.
A interligação desse banco de dados vai possibilitar
a criação de uma malha trabalhista. "O objetivo é
detectar fraudes, sonegação de FGTS, identificar
irregularidades trabalhistas por técnicas
estatísticas de modo a efetuar os cruzamentos com
alta velocidade", explica Bastos.
O centro de gestão de informações irá completar a
tecnologia Big Data da Secretaria de Inspeção do
Trabalho, que permite lidar com imensos conjuntos de
dados diversos e, assim, garantir a extração e
análise das informações. O coordenador explica que
esses cruzamentos serão feitos em todas as fases das
auditorias trabalhistas.
"No planejamento, os cruzamentos irão identificar as
empresas que apresentam algum indício de
irregularidade, como, por exemplo, a existência de
trabalhador não formalizado, atividade econômica que
causa mais afastamento previdenciário e outras
situações. Com isso, pretende-se dar maior acuidade
ao processo de identificação dos empregadores a
serem fiscalizados", afirma.
Já na fase de fiscalização, a partir da ordem
administrativa para fiscalizar determinado
empregador, o auditor-fiscal do Trabalho terá acesso
a todos os dados do empregador além dos que indicam
irregularidades. Em relação à abrangência da
fiscalização, com as técnicas estatísticas, a
auditoria fiscal do Trabalho poderá avaliar a
abrangência das ações nas relações
empregador/empregado, ou seja, o que determinada
ação fiscalizatória representou em uma região ou
para uma atividade econômica específica, por
exemplo.
Convênio UnB
Em outra frente de ação complementar, o MTb firmou
convênio com a Universidade de Brasília (UnB), por
meio do Termo de Cooperação Técnica entre a
Secretaria de Inspeção do Trabalho e o Centro de
Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade
de Brasília (CDT/UnB).
O convênio possibilitou a criação de um grupo de
pesquisadores (mestrando e doutorandos) de
Tecnologia da Informação para criar as malhas de
auditoria com a participação direta de três
auditores-fiscais do Trabalho e, indiretamente, de
mais nove auditores.
Esse grupo está fazendo a transferência do
conhecimento simultaneamente ao desenvolvimento do
Projeto. Os pesquisadores, por sua vez, aproveitam
os casos estudados para desenvolverem artigos e
projetos junto à Universidade para publicação e
apresentação em Congressos.
"Além disso, de tempos em tempos é feito um repasse
de conhecimento para outros auditores-fiscais do
Trabalho com formação em Tecnologia da Informação e
áreas afins com o objetivo de uma maior disseminação
deste conhecimento", observa Menezes.
Fonte: MTb
24/07/2017 -
Projeto cria Carteira de Trabalho digital e obriga
anotação de dados em meio eletrônico
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
6850/17, do deputado Julio Lopes (PP-RJ), que
determina a emissão de carteiras de Trabalho e
Previdência social apenas em meio eletrônico, com a
inscrição de dados por empregadores em meio digital.
O documento iria substituir a Carteira de Trabalho
existente hoje.
A proposta altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (Decreto-lei 5.452/43) e determina que a
Carteira de Trabalho e Previdência Social será única
para cada cidadão que a requerer e terá apenas uma
numeração, que constará em um banco de dados
eletrônico que dará acesso a empregados e
empregadores.
Banco de dados
É nesse banco de dados, com a identificação do
empregado, que o empregador fará as anotações sobre
as relações de trabalho, que também poderão ser
acessadas pelo trabalhador. O Ministério do Trabalho
será o responsável por determinar as instruções
sobre os dados a serem inseridos bem como sobre a
migração de dados das carteiras atuais para o meio
eletrônico.
Julio Lopes afirma que a Carteira de Trabalho atual,
em formato de caderneta, não acompanhou a evolução
da informação no mundo moderno. O armazenamento de
dados por meio eletrônico, segundo ele, facilita o
resgate de informações e o acompanhamento por parte
dos empregados e empregadores.
“As vantagens são inúmeras: será possível realizar,
de forma online, consultas a respeito da vida
profissional do trabalhador, como saldo do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); contagem de
tempo de serviço; pagamento de abono salarial;
pagamento de seguro-desemprego”, afirmou.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/07/2017 -
Empresa que utiliza produto nocivo poderá ser
obrigada a lavar uniforme de empregado
As empresas que utilizam produtos nocivos à saúde do
trabalhador e ao meio ambiente poderão ser
responsáveis pela lavagem dos uniformes de seus
empregados. É o que determina o Projeto de Lei
6842/17, do deputado Assis Melo (PCdoB-RS), em
tramitação na Câmara dos Deputados.
Segundo o projeto, os uniformes poderão ser lavados
na própria empresa ou por terceirizada. O tratamento
dos efluentes resultantes da lavagem deve obedecer a
legislação de proteção ao meio ambiente. A empresa
que não cumprir as regras previstas no PL 6842
poderá ser punida, conforme regulamento.
O projeto considera como nocivos à saúde do
trabalhador os produtos dispostos na Norma
Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho. A
norma relaciona as atividades e operações
insalubres, que geram adicional de insalubridade
para o trabalhador. E nocivo ao meio ambiente todos
os produtos que criam efluentes poluidores que, por
restrição legal, não podem ser lançados em rios ou
canalizações públicas e privadas.
Segurança
O deputado Assis Melo explica que o objetivo do
projeto é dar mais segurança aos trabalhadores e
suas famílias. “A lavagem doméstica dos uniformes,
além de onerar o trabalhador com a aquisição de
produtos de limpeza, obriga na maioria das vezes, a
utilização de produtos perigosos, sem a proteção e o
treinamento adequado”, disse. “Sem contar, os casos
recorrentes de lançamento desses resíduos
diretamente na natureza.”
O deputado disse ainda que a proposta segue um
recente entendimento do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), que decidiu, em
setembro de 2016, pela indenização ao empregado pela
“lavagem do uniforme quando esta necessitar de
produtos ou procedimentos diferenciados em relação
às roupas de uso comum.”
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões
de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e
Serviços; de Seguridade Social e Família; de
Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/07/2017 -
Nova Central recusa convite para reunião com Temer
A Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST
decidiu não participar da reunião com o presidente
da República, Michel Temer, e o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta quinta-feira
(20/07). A decisão foi tomada a partir do
conhecimento da minuta da Medida Provisória (MP),
apresentada às centrais sindicais, que
lamentavelmente não ataca os principais pontos da
“reforma” Trabalhista, que resultam na aniquilação
dos efeitos de todo o arcabouço de leis de proteção
ao trabalho. Tal circunstância referenda todo tipo
de exploração do capital, prejudicando,
irreversivelmente, milhões de trabalhadores do país.
Durante a tramitação do projeto da Reforma
Trabalhista no Congresso Nacional, a diretoria desta
entidade tentou, de todas as formas, negociar com o
governo, apresentando propostas que defendiam os
direitos e garantias para os trabalhadores
brasileiros e o fortalecimento das entidades
sindicais, mas não logramos êxito. A Nova Central
reafirma que não fará sala para nenhuma medida que
traga prejuízo aos trabalhadores e à organização
sindical.
A nossa impressão é que os pontos da pauta da
reunião de hoje já estão previamente delineados e
têm como finalidade apenas antecipar os efeitos da
Lei 13.467/2017, em prejuízo aos trabalhadores e
favorecendo mais uma vez os empresários, já que as
Medidas Provisórias entram em vigor assim que
publicadas.
A Nova Central continuará defendendo os interesses
dos trabalhadores quando apresentada qualquer
proposição junto ao Congresso Nacional.
POR NENHUM DIREITO A MENOS!
José Calixto Ramos – Presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Fonte: NCST
21/07/2017 -
Centrais defendem contribuição sindical opcional
decidida em assembleias
A medida provisória (MP) que o governo pretende
encaminhar ao Congresso Nacional para regulamentar
questões da reforma trabalhista deve abordar também
a contribuição sindical. A ideia é aproveitar que a
nova legislação trabalhista, sancionada este mês
pelo presidente Michel Temer, fortalece os acordos
coletivos.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João
Carlos Gonçalves, as assembleias deverão decidir
qual será a contribuição dos trabalhadores. “A ideia
é que, como a legislação fortalece o negociado sobre
o legislado, e também tem as campanhas salariais dos
sindicatos, seria importante regulamentar uma
contribuição de negociação coletiva”, disse.
Nesta quinta-feira (20), Temer recebeu, no Palácio
do Planalto, representantes das centrais sindicais
para discutir pontos da reforma que serão
regulamentados pela MP.
Gonçalves destacou que a contribuição não seria
obrigatória e beneficiaria os sindicatos que travam
negociações em favor da categoria que representam.
“O presidente disse que quer ser o veículo das
argumentações de defesa do funcionamento do
sindicato. Para isso, é preciso regulamentar uma
contribuição que não seja obrigatória, decidida em
assembleia no momento da decisão da pauta de
negociação.”
“Há dois anos, 3 mil sindicatos não assinaram um
acordo de convenção, mas recebiam a contribuição
sindical. Esse tipo de sindicalismo acabou. A hora é
de buscar a aproximação com os trabalhadores”,
completou. Para Gonçalves, não há pressa em enviar a
MP ao Congresso. Ele afirma que a medida provisória
deve ser discutida com todas as centrais,
parlamentares e governo.
CTB destaca importância da contribuição
O secretário-geral da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes,
destacou que as centrais deverão convencer as
categorias da importância da contribuição sindical.
“Temos que convencer os trabalhadores. Ninguém gosta
de pagar e não ver nada de volta. As centrais
precisam fazer uma campanha para mostrar por que as
centrais devem continuar existindo”.
O fim da contribuição sindical obrigatória de todos
os trabalhadores, sindicalizados ou não, referente a
um dia de trabalho, foi um dos pontos que o governo
não aceitou negociar durante a preparação do texto
da reforma. Pelo discurso do governo e de seus
aliados no Congresso, o fim da contribuição
obrigatória incentiva os sindicatos a atender de
fato os interesses dos trabalhadores, que só
contribuiriam para as entidades se estivessem
satisfeitos com a representação.
Fonte: Agência Brasil
21/07/2017 -
Confiança da indústria sobe 1,2 ponto, segundo
prévia de julho da FGV
O Índice de Confiança da Indústria teve um
crescimento de 1,2 ponto na prévia de julho, na
comparação com o resultado consolidado de junho.
Assim, o indicador medido pela Fundação Getulio
Vargas (FGV) chegou a 90,7 pontos em uma escala de
zero a 200 pontos. Segundo a FGV, mesmo se o
resultado da prévia for confirmado no dado
consolidado do mês não será o suficiente para
recuperar a perda do mês anterior (-2,8 pontos).
A confiança em relação ao momento presente, medido
pelo Índice da Situação Atual, subiu 1,4 ponto e
chegou a 88,4 pontos. Já o otimismo, avaliado pelo
Índice de Expectativas, teve uma alta de 1,2 ponto e
atingiu 93,3 pontos.
O resultado preliminar de julho indica que o Nível
de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria
avançou 0,7 ponto percentual e chegou a 74,9%. Para
a prévia de julho de 2017, foram consultadas 788
empresas entre os dias 3 e 18 deste mês. O resultado
final da pesquisa será divulgado na próxima
quinta-feira, dia 27.
Fonte: Agência Brasil
21/07/2017 -
Situação da micro e pequena indústria melhora em
junho em São Paulo
Os empresários da micro e pequena indústria avaliam
que o ambiente dos negócios melhorou em junho,
segundo pesquisa do Datafolha, encomendada pelo
Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo.
Para 34% dos entrevistados, a situação era ótima ou
boa em junho, ante 29% em maio. Houve redução entre
aqueles que avaliaram a situação como ruim ou
péssima, passando de 39% em maio para 31% em junho.
Consideraram regular, em junho, 36%, ante 32% no mês
de maio. A pesquisa ouviu empresários de São Paulo.
O faturamento do setor apresentou alta, apesar de a
maioria dos empresários ainda considerar o
rendimento ruim ou péssimo. Em junho, 27%
qualificaram como bom ou ótimo, contra 19% de maio.
O faturamento regular ficou estável em 31%. Já 42%
tiveram faturamento ruim ou péssimo, queda em
relação a maio, quando o percentual foi de 51%.
Crise econômica
Apesar dos indicadores positivos, a crise econômica
continua prejudicando o desempenho das indústrias.
Para 71% dos entrevistados, a crise ainda afeta os
negócios. Já 27% disseram que a crise está fraca e
preveem crescimento em breve. A minoria, 2%, avalia
que o período de turbulência já passou.
A demissão de funcionários atingiu 21% das empresas,
em patamar similar ao de maio, quando 19% informaram
que precisaram demitir. Entre as micro empresas, 19%
cortaram postos de trabalho, e, entre as pequenas,
31%.
Quanto à contratação de novos empregados, 11% das
empresas abriram vagas em junho. Entre as micro, 9%
abriram vagas, e entre as pequenas, 23%. A
expectativa de abertura de novos postos é de 12%,
mesmo índice do levantamento anterior.
Fonte: Portal EBC
21/07/2017 -
Prévia indica deflação de 0,18%, a menor taxa em
quase 20 anos
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou com variação
negativa de 0,18% em julho, resultado que chega a
ser 0,34 ponto percentual inferior ao resultado de
junho, quando a variação foi de 0,16%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira
(20), no Rio de Janeiro, os dados da prévia, essa é
a menor variação relativa a julho, juntamente com o
resultado de 2003, cuja variação também havia sido
de -0,18%.
Essa é a menor taxa de inflação desde setembro de
1998, quando a deflação dos preços havia sido de
-0,44%. Com a inflação negativa de julho, o IPCA-15
passou a acumular alta de 1,44% nos primeiros sete
meses do ano, resultado 3,75 pontos percentuais
menor do que os 5,19% referentes ao mesmo período do
ano passado.
Já a inflação acumulada nos últimos doze meses
fechou em 2,78%, resultado inferior aos 3,52% dos 12
meses imediatamente anteriores, o que constitui a
menor variação acumulada em períodos de 12 meses
desde março de 1999, quando atingiu 2,64%. Segundo o
IBGE, em julho do ano passado a taxa havia variado
0,54%.
A queda teve forte influência dos preços dos
alimentos e dos transportes. Com participação de 25%
nas despesas das famílias, o grupo dos alimentos
exerceu “o mais intenso impacto negativo”: 0,14
ponto percentual. Já o item dos transportes, que
também tem participação significativa nas despesas
(18%), foi negativo em 0,11 ponto percentual em
relação a junho.
Fonte: Portal EBC
21/07/2017 -
Governo aumenta tributos sobre combustíveis para
garantir cumprimento da meta fiscal
Com dificuldades em recuperar a arrecadação, o
governo decidiu aumentar tributos para reforçar o
caixa em quase R$ 11 bilhões.
Em nota oficial os ministérios da Fazenda e do
Planejamento informaram que vão reajustar o
PIS/Confins da gasolina, do diesel e do etanol para
garantir o cumprimento da meta fiscal de déficit de
R$ 139 bilhões para este ano.
O governo também vai bloquear mais R$ 5,9 bilhões de
despesas não obrigatórias do Orçamento. Os novos
cortes serão detalhados nesta sexta-feira pelo
Ministério do Planejamento.
Fonte: Portal EBC
21/07/2017 -
Trabalhador poderá receber adicional por propaganda
em uniforme
O Projeto de Lei 6841/17, em tramitação na Câmara
dos Deputados, assegura ao trabalhador um adicional
pela fixação de propaganda de marcas e produtos em
seu uniforme de trabalho. O adicional será definido
em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
O projeto é de autoria do deputado Assis Melo
(PCdoB-RS), e modifica a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43).
Nos casos em que o acordo ou a convenção trabalhista
não prever o pagamento de adicional, ele deverá ser
de, no mínimo, 10% da remuneração do trabalhador.
Assis Melo afirma que a proposta estende aos
trabalhadores gerais um benefício que já é garantido
para algumas categorias, como de artistas e
esportistas, que recebem uma gratificação pelo uso
de sua imagem para fazer propaganda de marca ou
produto.
Ele disse ainda que a questão do uso de imagem já
vem sendo discutida na Justiça trabalhista. “O
projeto, se aprovado, terá o mérito de pacificar, no
nascedouro, divergência jurisprudencial que poderá
comprometer a segurança jurídica nas relações de
trabalho”, disse Melo.
Tramitação
O projeto tramita de forma conclusiva nas comissões de
Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/07/2017 -
Justiça do Trabalho garante indenização para
trabalhadora que teve horas extras habituais
suprimidas pelo empregador
A juíza Thais Bernardes Camilo Rocha, em exercício
na 3ª Vara do Trabalho de Brasília, garantiu a uma
empregada de empresa pública do Distrito Federal que
teve suprimidas horas extras recebidas por mais de
12 meses o direito a receber a indenização prevista
na Súmula 291 do Tribunal Superior do Trabalho
(TST). O verbete prevê que a supressão total ou
parcial, pelo empregador, do serviço suplementar
prestado com habitualidade, durante pelo menos um
ano, assegura ao empregado o direito à indenização
correspondente ao valor de um mês das horas
suprimidas (total ou parcialmente) para cada ano ou
fração igual ou superior a seis meses de prestação
de serviço acima da jornada normal.
Na petição inicial, a trabalhadora contou que é
empregada da empresa desde fevereiro de 1999 e que,
no mês de outubro de 2014, teve suprimidas as horas
extras habitualmente pagas há 15 anos, fato que fere
os princípios da irredutibilidade salarial e da
estabilidade financeira. Com esse argumento, pediu o
pagamento da indenização prevista na Súmula 291 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em defesa, o
empregador contesta a alegação, afirmando que não
houve supressão das horas extras, mas mera
suspensão, motivada por determinação legal, no caso
o artigo 2º do Decreto 35.943/2014.
Na sentença, a magistrada frisou ser certo, no caso
dos autos, que a autora da reclamação recebeu
habitualmente horas extras, pelo menos nos últimos
12 meses, tendo cessado o trabalho extraordinário em
outubro de 2014. “Configuram-se, dessa forma, no
caso dos autos, as premissas para incidência da
Súmula 291 do TST - percebimento habitual de horas
extras pelo empregado e supressão desse labor
extraordinário, com violação ao princípio da
estabilidade financeira”.
A magistrada citou precedente do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) em caso análogo,
que tratava sobre situação advinda do Decreto
33.550/2012, que também dispôs sobre suspensão do
pagamento de horas extras habitualmente pagas. No
citado precedente, o TRT-10 salientou que a Súmula
291 do TST veio para substituir súmula anterior,
prevendo que a supressão do trabalho extraordinário
habitual, e prestado por mais de um ano, ensejará o
pagamento de indenização compensatória. Assim,
frisou o acórdão do TRT-10, “o ato ilícito -
exigência habitual de trabalho além dos limites
permitidos em lei - não será perpetuado e muito
menos o empregador, que o exige, ficará impune”.
Com esses argumentos e com base na Súmula 291/TST, a
magistrada deferiu à trabalhadora o direito à
indenização pela supressão das horas extras,
“conforme se apurar em liquidação, observando-se
para cálculo das médias os valores de horas extras
registrados nas fichas financeiras juntadas aos
autos”. Processo nº 0000014-78.2017.5.10.0003 (PJe-JT)
Fonte: TRT10
21/07/2017 -
Justa Causa: grávida perde estabilidade após cometer
falta grave
Mesmo possuindo estabilidade por estar grávida, uma
vendedora interna do frigorífico JBS foi demitida
por justa causa, após cometer falta grave, fraudando
o sistema da Companhia para aumentar suas comissões.
Apesar dos recursos apresentados pela empregada, a
decisão da empresa foi mantida pela Justiça do
Trabalho tanto em primeira, quanto em segunda
instância.
Ela foi admitida em dezembro de 2015 para exercer a
função de vendedora, realizando suas atividades via
e-mail e/ou por telefone, adquirindo, em razão da
gravidez, a estabilidade provisória, da concepção
até 5 meses após o parto. A proteção constitucional
da estabilidade, entretanto, não desobriga a
empregada de cumprir todas as obrigações
contratuais, sendo possível, em caso de desrespeito
grave, a dispensa por justa causa.
Com a desculpa de treinar os procedimentos de acesso
ao sistema, ela obteve as senhas de uma colega,
analista financeira. Do seu computador, ela alterou
diversos pedidos realizados pela analista
financeira, registrando-os em seu nome para receber
as comissões por aquelas vendas. A suspeita foi
confirmada após o setor de Tecnologia da Informação
(TI) da JBS confirmar que a fraude provinha do
computador da trabalhadora grávida. Questionada, ela
negou em um primeiro momento, mas depois acabou por
confessar as alterações com o intuito de receber
valores que não lhe pertenciam.
O pedido de conversão da dispensa por justa causa em
dispensa sem justo motivo foi negado na 4ª Vara do
Trabalho de Cuiabá, que teve a decisão mantida pelo
Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso
(TRT/MT). A 2ª Turma do Tribunal confirmou que a
falta grave cometida configurava justa causa para
perda da estabilidade.
Segundo os magistrados da 2ª Turma, o argumento de
que não teve direito a se defender da acusação foi
derrubado, já que a empresa comprovou o acontecido,
demonstrando o passo a passo da investigação até a
demissão da trabalhadora por justa causa.
A relatora do processo no Tribunal, Desembargadora
Eliney Veloso, ressaltou caber ao empregador dirigir
a prestação de serviços, bem como controlar e
disciplinar a ordem dos trabalhos, possuindo a
faculdade de aplicar penalidades aos empregados que
descumpram as obrigações do contrato de trabalho,
observando, é claro, a legislação, a razoabilidade e
a proporcionalidade da pena em relação à falta
praticada.
Acompanhando o voto da relatora, a 2ª Turma concluiu
que, de fato, a obreira infringiu as normas de
conduta impostas aos empregados da Companhia,
fraudando o sistema para obter benefícios próprios
em detrimento de outros colegas que, assim como ela,
eram vendedores internos. “Como se vê, o cabedal
probatório é inequívoco acerca da conduta irregular
perpetrada pela Autora, justificando, dessa forma, o
seu despedimento de forma motivada, nos moldes do
art. 482, alínea a, da CLT”, concluiu a
desembargadora."
Fonte: Jusbrasil
20/07/2017 -
Remuneração inicial de trabalhadores tem aumento de
3,52%, aponta Caged
A média dos salários de admissão no país aumentou
3,52%, no primeiro semestre deste ano, em relação ao
mesmo período de 2016. A remuneração inicial ficou
em R$ 1.463,67, de janeiro a junho deste ano, contra
R$ 1.413,84 nos primeiros seis meses de 2016. A
média deste semestre também ficou acima da
registrada no primeiro semestre de 2014, que era o
melhor resultado registrado até então pelo Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do
Ministério do Trabalho.
De acordo com os dados do Caged, houve uma reversão
de tendência este ano, após duas quedas consecutivas
no primeiro semestre dos dois anos anteriores.
Depois de bater em R$ 1.434,62 em 2014, a média dos
salários de admissão caiu para R$ 1.454,62 em 2015 e
para R$ 1.413,84, em 2016.
Mulheres
O aumento foi maior para as mulheres, que tiveram
média de R$ 1.370,29, de janeiro a junho de 2017,
contra R$ 1.314,48 nos primeiros seis meses de 2016
(+4,25 %) . Para os homens, a alta foi de 3,20% na
mesma comparação, passando de R$ 1.475,05 para R$ R$
1.522,23. No entanto, a diferença salarial entre
homens e mulheres permanece.
Os aumentos salariais foram registrados em todas as
regiões do país. O maior índice foi verificado no
Sudeste, chegando a uma alta de 3,98%, com valores
médios passando de R$ 1.516,75 para R$ 1.577,14. As
mulheres do Sudeste também tiveram vantagem, com
aumento médio de 4,90%, enquanto que para os homens
o salto foi de 3,50%.
O segundo maior aumento foi da Região Sul, com 3,40%
– alta de 4,05% para mulheres e 3,08% para os
homens. Depois, aparecem o Centro-Oeste (+3,18% em
média), Nordeste (+2,94 %) e Norte (+1,70 %) ,
sempre com índices maiores para os salários de
admissão femininos.
Apesar do avanço no salário das mulheres, a análise
de dados entre os estados do país aponta que a
diferença entre salários iniciais permanece. Em São
Paulo, que registra a maior média salarial inicial,
a remuneração dos contratados foi de R$ 1.696,73,
sendo R$ 1.777,31 para homens e R$ 1.582,70 para
mulheres.
Escolaridade
Novos contratados com ensino superior foram a única
categoria que registrou queda no valor da
remuneração inicial, de 0,10%. A diminuição foi
motivada pelos salários masculinos, que baixaram
0,97%, uma vez que os valores pagos para mulheres
recém-contratadas subiram 0,96%, em média, no
primeiro semestre de 2017. Nos demais níveis de
escolaridade foram registrados aumentos na
remuneração inicial, com índices maiores para quem
tem ensino médio incompleto (aumento de 3,16 %) ,
analfabetos (aumento de 3,09 %) e ensino fundamental
incompleto do 6º ao 9º ano (avanço de 2,93 %) .
Balanço
No mês de junho, o mercado de trabalho brasileiro
abriu 9.821 novos postos, variação de 0,03% em
relação ao mês anterior. Essa é a terceira expansão
consecutiva e a quarta registrada no ano. No
acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de
emprego abertas. No mesmo período do ano passado, o
saldo foi negativo, com 531.765 postos de trabalho
fechados a mais que abertos.
A expansão no setor da agropecuária gerou o maior
saldo positivo nos empregos do mês, com o total de
36.827 postos de trabalho. No entanto, o resultado
acumulado nos últimos 12 meses ainda aponta uma
redução de 749.060 postos de trabalho. No mês de
junho, as maiores reduções foram registradas nos
setores de construção civil (redução de 8.963 postos
de trabalho), indústria de transformação (redução de
7.887 postos), serviços (redução de 7.273 postos) e
comércio (com o fechamento de 2.747 vagas de
trabalho).
O recuo nas vagas no mês de junho foi registrado por
nove estados, que somados perderam 25.806 postos. O
Rio Grande do Sul, registrou a maior perda, com a
redução de 9.513 postos de trabalho, em todos os
setores. Em seguida, estão Rio de Janeiro, com a
redução de 5.689 vagas de trabalho; Paraná, com a
perda de 3.561 postos de trabalho; Distrito Federal,
com redução de 2.484 postos e Santa Catarina, com a
redução de 1.546 vagas.
Fonte: Agência Brasil
20/07/2017 -
Ministro da Fazenda diz que mercado de trabalho está
se recuperando
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usou
nesta quarta-feira (19) sua conta Twitter para
comentar alguns dos números divulgados na
segunda-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), que apontaram a abertura, em
junho, de 9.821 novos postos de trabalho no país.
Segundo o ministro, os resultados mostram “um sinal
claro de recuperação” do mercado de trabalho.
O resultado obtido em junho representa um aumento de
0,03% na comparação com maio. Meirelles lembrou que,
com o resultado, “tivemos em junho o terceiro mês
seguido de geração de empregos no país”. De acordo
com o Caged, no acumulado do ano, o saldo alcançou
67.358 vagas de emprego abertas.
Contratações superam demissões
“As contratações superaram demissões em 4 dos 6
primeiros meses do ano, o que garantiu o primeiro
saldo semestral positivo desde 2014”, acrescentou o
ministro ao destacar que “o salário de admissão
também registrou um ganho na primeira metade do
ano”, e que “o valor pago aos novos contratados
ficou 3,5% acima de inflação”.
O resultado do Caged é resultado da diferença de
1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. No
acumulado do ano, o saldo atingiu 67.358 vagas de
emprego abertas.
No mesmo período do ano passado, o saldo foi
negativo, com 531.765 postos de trabalho fechados a
mais que abertos. O resultado acumulado nos últimos
12 meses aponta uma redução de 749.060 postos de
trabalho.
Fonte: Agência Brasil
20/07/2017 -
Votação sobre denúncia contra Temer só será aberta
com presença de 342 deputados
Esse é o número mínimo de votos para aprovar ou
rejeitar o parecer, segundo a Constituição.
“Qualquer decisão diferente desta significa risco de
o Supremo cancelar a votação”, ressaltou o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia
A sessão extraordinária do Plenário da Câmara
marcada para 2 de agosto, às 9h, terá como item
único a Solicitação para Instauração de Processo
(SIP) 1/17. O Supremo Tribunal Federal (STF) pede
autorização para processar o presidente da
República, Michel Temer, pelo crime de corrupção
passiva.
Com a presença de 51 parlamentares, a sessão poderá
ser aberta. A Ordem do Dia poderá ser iniciada com
quórum de 52 deputados. Neste momento, falará, por
25 minutos, o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Em
seguida, Temer ou seus advogados terão igual tempo
na tribuna.
Abi-Ackel apresentará o parecer aprovado pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) na semana passada, recomendando ao Plenário
que negue a autorização para que o STF abra processo
com base em denúncia do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot.
Janot denunciou Temer por crime de corrupção passiva
com base em gravações e delação premiada dos irmãos
Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F – que
controla o frigorífico JBS e outras empresas. A
defesa de Temer deve repetir no Plenário os
argumentos apresentados à CCJ, ressaltando que não
há provas e que a denúncia se baseia em suposições.
Debates
Após as falas do relator e da defesa, os deputados
inscritos poderão discutir o tema por até 5 minutos
cada, alternando-se entre contrários e favoráveis ao
parecer de Abi-Ackel. Após quatro oradores e se
houver pelo menos 257 parlamentares presentes,
poderá ser votado requerimento para encerramento da
discussão.
A votação só será aberta com a presença em Plenário
de 342 deputados – o equivalente a 2/3 do total de
513. Esse é o número mínimo de votos para aprovar ou
rejeitar o parecer, segundo a Constituição. “Podemos
começar a discussão com qualquer quórum, mas só
podemos começar a votação com 342”, disse o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia . “Qualquer
decisão diferente desta significa risco de o Supremo
cancelar a votação”, ressaltou.
Nesta fase, dois oradores contrários e dois
favoráveis ao parecer usarão a palavra por 5 minutos
cada, e os líderes terão 1 minuto cada para orientar
as bancadas. Em seguida, os deputados votarão
nominalmente, respondendo “sim” ou “não”, conforme
apoiem ou rejeitem o parecer. Também poderão se
manifestar pela “abstenção”.
Chamada nominal
Como na votação da admissibilidade do pedido de
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em
2016, os deputados serão chamados começando por um
estado da Região Norte, seguido por um estado da
Região Sul – e vice-versa, continuando-se assim,
sucessivamente, passando pelos demais estados e pelo
Distrito Federal.
A ordem deverá ser a seguinte: Roraima, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato
Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito
Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo,
Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia,
Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Dentro de
cada estado, a chamada de deputados será feita por
ordem alfabética.
Após a chamada de todos os parlamentares de um
estado, serão chamados os ausentes. Se houver pelo
menos 342 votantes, o resultado será proclamado.
Caso esse número não seja atingido, outra sessão
será convocada, para nova votação.
Resultado
Conforme a Constituição, quando o presidente da
República é acusado por um crime comum, como
corrupção passiva, o julgamento cabe ao Supremo, mas
o processo só pode ser aberto após autorização da
Câmara. No caso específico desta denúncia contra
Temer, como o parecer da CCJ é contrário, a
autorização só será aprovada se houver voto “não” de
pelo menos 342 deputados.
Por outro lado, se o Plenário não autorizar o
processo no Supremo, a denúncia ficará em suspenso
na Justiça até que Temer deixe a Presidência da
República. Por fim, mesmo se houver a autorização
dos deputados, o STF pode decidir arquivar a
denúncia.
Fonte: Agência Câmara
20/07/2017 -
Sindicato deve devolver descontos de contribuição
assistencial não autorizados pelo trabalhador
A Justiça do Trabalho determinou ao Sindicato dos
Empregados no Comércio do Distrito Federal a
devolução de descontos efetuados no contracheque de
um trabalhador, a título de contribuição
assistencial. De acordo com a juíza Junia Marise
Lana Martinelli, titular da 20ª Vara do Trabalho de
Brasília, os descontos foram realizados de forma
indevida, uma vez que o vendedor não era
sindicalizado e não autorizou as contribuições.
O trabalhador disse, na reclamação trabalhista, que
durante o vínculo de emprego mantido com uma empresa
do ramo de comércio, entre novembro de 2011 e junho
de 2015, foram efetuados quatro descontos, em seu
contracheque, de valores referentes á contribuição
assistencial em benefício do sindicato. Alegando não
ser sindicalizado e não ter autorizado tais
descontos, conforme prevê o artigo 545 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pediu a
restituição dos valores apontados.
O sindicato, por sua vez, defendeu a licitude dos
descontos, sob o fundamento de que seria possível a
imposição do recolhimento das contribuições
assistenciais a todos os participantes da categoria,
já que os direitos advindos das negociações
coletivas realizadas pelo sindicato beneficiam a
todos os trabalhadores, indistintamente,
independente de o trabalhador ser ou não
sindicalizado.
Em sua decisão, a magistrada salientou que a
contribuição assistencial, também chamada de quota
de solidariedade, prevista em normas coletivas, é
devida apenas por empregados associados, a teor do
que dispõe o artigo 545 da CLT, confirmado pela
Orientação Jurisprudencial nº 17 da SDC e pelo
Precedente Normativo nº 119, ambos do Tribunal
Superior do Trabalho (TST).
Nesse sentido, a magistrada lembrou que ao julgar
processo com repercussão geral reconhecida, o
Supremo Tribunal Federal recentemente reafirmou a
jurisprudência do TST no sentido de ser
inconstitucional a imposição de contribuição
assistencial por acordo, convenção coletiva de
trabalho ou sentença normativa a empregados não
sindicalizados.
“Desse modo, tendo em vista que o reclamante não era
sindicalizado e tampouco autorizou os descontos a
título de contribuição sindical, reputo-os
indevidos”, concluiu a magistrada ao condenar o
sindicato a devolver ao trabalhador os valores
descontados indevidamente de seus contracheques.
Ilegitimidade passiva
O sindicato suscitou, nos autos, preliminar de
ilegitimidade passiva, alegando que o responsável
pelo desconto da contribuição no contracheque do
trabalhador foi o empregador, sendo ele, portanto,
que deveria responder pela demanda. Ao rejeitar a
preliminar, a magistrada explicou que o autor da
reclamação busca a restituição das importâncias
descontadas, que seriam destinadas ao ente sindical.
Assim, de acordo com o previsto no artigo 114
(inciso III) da Constituição Federal de 1988, o
Sindicato figura como parte legítima na presente
demanda.
Processo nº 0001250-48.2016.5.10.0020 (PJe-JT)
Fonte: TRT10
20/07/2017 -
Conselho Curador amplia prazo para parcelamento de
dívida
Na 159ª Reunião Ordinária do Conselho, realizada
nesta terça-feira (18),
também ficou decidido que a verba rescisória será
paga em uma única vez
O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço) aprovou nesta terça-feira (18),
durante sua 159ª reunião ordinária, a alteração da
Resolução nº 765 de 2014, que estabelece normas para
parcelamento de débito de contribuições devidas ao
FGTS. Os representantes aumentaram o prazo para
parcelamento da dívida para até 100 meses e
decidiram que a verba rescisória será paga em uma
única vez.
Também foram aprovadas as alterações da Resolução nº
794 de 2015, que trata da composição do Comitê de
Investimento do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do
FGTS); da Resolução nº 843, de 2017, que autoriza a
quitação de obrigações da União frente ao fundo; e
da Resolução nº 541, de 2007, que ajusta a
terminologia adotada para definir a remuneração dos
recursos utilizados para o pagamento das prestações
decorrentes dos financiamentos do Sistema Financeiro
da Habitação (SFH).
O conselho propôs ainda a realização da distribuição
do resultado positivo do FGTS, conforme a Lei nº
13.446/2017, e estabeleceu a exigência de elaboração
de Plano de Mobilidade Urbana para a seleção de
propostas no âmbito do Programa de Infraestrutura de
Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte).
Na reunião, o secretário-executivo do Conselho
Curador, Bolivar Moura Neto, apresentou o relatório
do Grupo de Trabalho do FI-FGTS, que trata da
governança do Fundo e será votado na próxima
reunião.
Fonte: MTb
20/07/2017 -
Após reforma, Bradesco e Caixa abrem PDVs e põem
bancários em alerta
Banco público já havia tido quase 5 mil adesões
em plano aberto ainda este ano.
Apenas de janeiro a maio, setor financeiro eliminou
perto de 10 mil postos de trabalho
Com quase 10 mil vagas eliminadas apenas neste ano,
o setor financeiro prepara-se para mais redução de
postos de trabalho. Imediatamente depois da sanção
do projeto de "reforma" trabalhista, agora Lei
13.467, Bradesco e Caixa Econômica Federal
anunciaram programas de demissão voluntárias. O
banco público havia encerrado em março um programa
que teve 4.645 adesões, de acordo com a Comissão
Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.
No caso do Bradesco, o programa de demissão
voluntária (PDV), anunciado na quinta-feira, mesmo
dia da sanção da lei, começou segunda (17) e vai até
31 de agosto. O banco não divulgou metas de adesão,
afirmando apenas, em nota, que o plano "não afetará
o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados
aos seus clientes e usuários".
"Um banco que dá lucro de R$ 4,6 bilhões somente no
primeiro trimestre tem de ter compromisso com os
trabalhadores e os clientes", afirmou a presidenta
do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região, Ivone Silva. "Orientamos o trabalhador a
denunciar qualquer ameaça para adesão ao plano",
acrescentou.
"Mesmo sendo o setor que mais lucra no Brasil, o
sistema financeiro continua fechando postos de
trabalho", criticou Ivone. De acordo com a subseção
do Dieese na Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apenas de janeiro
a maio foram eliminadas 9.621 vagas, sendo 2.804 em
São Paulo – aumento de 60% em relação a igual
período de 2016. A maior parte (45%) é da própria
Caixa, que agora reabre o PDV.
"Estamos muito preocupados com a volta do programa,
pois o recado é claro: não haverá reposição das
vagas deixadas pelos empregados que aderirem e
deixarem o banco. Isso só piora as condições de
trabalho dos empregados que permanecerem e afeta
diretamente o atendimento à população", afirma o
coordenador da CEE da Caixa, Dionísio Reis.
De acordo com os dados analisados pelo Dieese, além
do fechamento de postos de trabalho, há uma
diferença, para menos, na remuneração: em média, o
salário de quem foi contratado corresponde a 60,5%
do que era recebido pelos demitidos.
Pela nova lei, que segundo o texto entrará em vigor
daqui a 120 dias, os planos de demissão voluntária
ou incentivada resultam em "quitação plena e
irrevogável" dos direitos trabalhistas. A não ser
que haja algum acordo com outra determinação.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/07/2017 -
1ª Turma considera válida alteração de turnos
ininterruptos para turnos fixos em metalúrgica
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou válida a alteração do regime de trabalho,
de turnos ininterruptos de revezamento para turnos
fixos, implementada pela metalúrgica Novelis do
Brasil Ltda. Ao prover recurso da empresa, a Turma
considerou que, além da estar dentro do poder
diretivo do empregador, o sistema de turno fixo é
mais benéfico aos empregados, por preservar sua
higidez física e mental.
A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Metalúrgicas, Siderúrgicas,
Automobilísticas e de Autopeças, de Material
Elétrico e Eletrônico, de Informática e de Empresas
de Serviços e Reparos, Manutenção e Montagem de
Candeias (BA). O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª
Região (BA) invalidou a alteração, com o
entendimento de que ela não poderia ter sido feita
unilateralmente pela empresa, mas apenas por meio de
negociação coletiva.
Segundo o relator do recurso da Novelis ao TST,
ministro Walmir Oliveira da Costa, explicou que a
Constituição da Federal, ao fixar a jornada de seis
horas para os turnos ininterruptos de revezamento (o
artigo 7º, inciso XIV), quis “proteger o empregado
sujeito a regime de trabalho que contraria o relógio
biológico do ser humano, sem lhe permitir a
adaptação a ritmos cadenciados estáveis”. E
assinalou que tanto o Supremo Tribunal Federal como
o TST e a doutrina especializada admitem que o
trabalho em turnos ininterruptos de revezamento é
prejudicial ao empregado, pois lhe compromete a
saúde física e metal e o convívio social e familiar,
reforçando a convicção de que o regime fixo é mais
vantajoso.
Nesse contexto, a substituição desse regime por
turnos fixos situa-se no âmbito do poder diretivo do
empregador por ser mais benéfico aos trabalhadores.
“É firme a jurisprudência deste Tribunal no sentido
de que, na hipótese de modificação do regime de
trabalho, ou seja, do sistema de turnos
ininterruptos para o de turnos fixos, o benefício
social daí advindo compensa o prejuízo sofrido pelo
empregado, decorrente do acréscimo da jornada, que
passará a ser de oito horas”, concluiu. Processo:
RR-12000-82.2009.5.05.0121
Fonte: TST
19/07/2017 -
Para manter sindicatos, entidades defendem
contribuição aprovada em assembleia
Mudanças no modelo são discutidas há anos e ainda
enfrentam resistências.
Nova lei, criticada pelas centrais, torna opcional
a atual contribuição
O fim abrupto da contribuição (ou imposto) sindical,
a partir da aprovação da "reforma" trabalhista e da
sanção da Lei 13.467, é criticado inclusive por quem
já buscou novas formas de sustentação. Entidades
discutem um modelo alternativo que permita a
manutenção das atividades por meio de uma
contribuição que seja aprovada em assembleia. E
identificam, sob o discurso de "modernização", uma
tentativa de asfixiar financeiramente os
representantes dos trabalhadores.
Uma parte das centrais sindicais deverá se reunir
nesta quarta-feira (19) com o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, para discutir os termos de uma
medida provisória alterando pontos da lei recém
aprovada, inclusive o item sobre a contribuição
sindical – que não foi extinta, mas passa a ser
opcional. Poderia ser criada, por exemplo, uma
espécie de contribuição negocial/assistencial, com
um teto percentual e cobrada de todos os
trabalhadores da base, sindicalizados ou não.
Nessa questão, os sindicatos enfrentariam a
resistência do Ministério Público do Trabalho (MPT),
contrário a qualquer cobrança para trabalhadores não
associados. Já os sindicalistas argumentam que os
acordos e convenções coletivas são negociados para
toda a base, independentemente de sindicalização.
Há anos tenta-se discutir uma forma de regulamentar
o assunto, mas as resistências são fortes. No início
do primeiro governo Lula, por exemplo, foi
instituído o Fórum Nacional do Trabalho, tripartite,
para propor uma série de mudanças no sistema de
relações do trabalho, mas as conclusões não saíram
do papel.
Em setembro de 2015, a Câmara formou uma comissão
especial destinada a discutir o tema. Foram
identificadas mais de uma dúzia de propostas de
emenda à Constituição (PECs) relativas a
contribuições sindicais, além de uma infinidade de
projetos de lei. No ano passado, a comissão aprovou
relatório do deputado Bebeto (PSB-BA), dirigente da
Força Sindical, que mantinha o imposto sindical e
fixava uma contribuição negocial, que seria
descontada de todos os trabalhadores e não poderia
superar 1% da remuneração bruta anual.
Pela proposta aprovada no colegiado, os sindicatos
ficaram com 80% da contribuição negocial. Do valor
restante, seriam 5% para federações, 5% para
confederações, 5% para centrais, 4,5% para um
Conselho Nacional de Autorregulação Sindical e 0,5%
para manutenção de atividades de inspeção e
fiscalização do trabalho.
Divisão
Atualmente, no caso dos sindicatos de trabalhadores,
as principais fontes de receita são as contribuições
sindical (correspondente a um dia de trabalho no
ano) e assistencial (de percentual variado, fixado
no acordo coletivo), além das mensalidades dos
sócios. O imposto sindical é dividido da seguinte
forma: 60% para os sindicatos, 15% para as
federações, 5% para as confederações, 10% às
centrais sindicais e 10% para o Ministério do
Trabalho. A parte das centrais surgiu após aprovação
de lei em 2008. Até então, o governo ficava com 20%.
Ainda em 2008, o DEM entrou com ação direta de
inconstitucionalidade (ADI 4.067) no Supremo
Tribunal Federal (STF) contra a destinação dos 10%
às centrais. O julgamento começou em 2009, parou em
2010, foi retomado cinco anos depois e está suspenso
desde o final de 2015, quando os ministros Luís
Roberto Barroso e Rosa Weber votaram pela
constitucionalidade da norma e Gilmar Mendes pediu
vista.
A CUT, historicamente, se posicionou pelo fim do
imposto sindical. E defende a fixação de uma taxa
aprovada em assembleia.
Diversos itens da nova lei são criticados pelas
centrais, que na semana passada divulgaram uma nota
protestando contra as mudanças. "Seu caráter injusto
e cruel não só acaba com direitos consagrados, como
também impõe à classe trabalhadora uma realidade de
precarização, com jornadas de trabalho de 12 por 36
horas; a exposição das mulheres gestantes e
lactantes a ambiente de risco; o trabalho
intermitente de forma indiscriminada; o
fracionamento do direito de férias, antes integral e
de 30 dias; entre muitas outras perdas", afirmam.
"Essa reforma também ataca frontalmente o movimento
sindical, quebrando a espinha dorsal dos sindicatos,
trincheira de resistência e que ao longo de décadas
contribui para a construção de nossa democracia."
Para o novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC, Wagner Santana, que assume formalmente nesta
quarta-feira (19), o projeto exigirá ainda mais
mobilização. "Levamos mais de uma década para
implementar as condições de negociação que temos
hoje para os trabalhadores. Com a legislação
alterada no nível como foi proposto, vamos ter que
agir com o que sabemos fazer de melhor: a
negociação. Para que o trabalhador não fique tão
vulnerável quanto a reforma prevê", afirma.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/07/2017 -
Temer pede apoio ao PSB para reforma tributária e
agradece votos na CCJ
O presidente Michel Temer se encontrou na manhã
desta terça-feira (18) com a líder do PSB na Câmara,
deputada Tereza Cristina (MS) para pedir apoio da
bancada em proposta de reforma tributária que o
governo pretende enviar ao Congresso Nacional. Temer
também agradeceu os dois votos dos deputados do
partido a favor do arquivamento da denúncia contra o
presidente que tramita na Câmara.
Temer foi à casa da deputada antes de iniciar sua
agenda oficial no Palácio do Planalto. A assessoria
da liderança do PSB informou que o encontro foi
marcado por iniciativa do presidente Temer, em
contato com o deputado Danilo Forte (PSB-CE). O
encontro foi incluído na agenda oficial do
presidente apenas no final da manhã.
Danilo Forte e também o deputado Fábio Garcia
(PSB-MT) votaram a favor de Temer na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara,
contrariando a orientação do partido. O PSB, no
entanto, havia orientado voto favorável ao outro
parecer, elaborado pelo deputado Sérgio Zveiter
(PMDB-RJ), que recomendava a admissibilidade da
acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da
República contra Temer pelo crime de corrupção
passiva. O parecer aprovado na CCJ ainda será votado
em plenário em agosto, após o recesso parlamentar.
A assessoria da liderança confirmou que o presidente
Temer perguntou a Tereza Cristina sobre a possível
saída de parlamentares do PSB para outros partidos
da base aliada, como o DEM e o PSDB, como
consequência da divergência com o partido. A líder
respondeu a Temer que não há essa possibilidade e
que está trabalhando para solucionar as divergências
entre os integrantes da bancada e a direção nacional
do partido.
A liderança avaliou que a tentativa de reaproximação
de Temer com o PSB não significa um realinhamento do
partido com a base aliada. Em maio deste ano, a
Executiva Nacional do PSB decidiu romper com a base
governista depois da divulgação pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) do conteúdo das delações dos
empresários da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato,
em que Michel Temer é acusado de participar de um
esquema de pagamento de propina e troca de favores
com os delatores.
Fonte: Agência Brasil
19/07/2017 -
Direitos dos trabalhadores estão assegurados, diz
ministro sobre reforma
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, defendeu
nesta terça-feira (18), em entrevista à Voz do
Brasil, a manutenção das garantias dos direitos dos
trabalhadores com a reforma trabalhista. A medida
foi sancionada pelo presidente Michel Temer na
semana passada.
“A modernização das legislação trabalhista preserva
todos os direitos dos trabalhadores. Os direitos que
os trabalhadores usufruem até agora estão
assegurados. O que nós estamos permitindo, através
dos acordos coletivos de trabalho, é a possibilidade
do trabalhador escolher a forma mais vantajosa para
usufruir dos seus direitos. A legislação não vai
tirar direitos do trabalhador”, disse Ronaldo
Nogueira.
O projeto aprovado pelo Senado altera mais de 100
pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
permitindo que o acordado entre patrões e empregados
prevaleça sobre o previsto em lei. Durante a
entrevista, o ministro ressaltou que a legislação
trabalhista era da década de 40 e, segundo ele, não
acompanhou a evolução do mercado e das profissões.
"A partir da década de 70 surgiram outras atividades
profissionais e essas atividades que surgiram a
partir de então precisam também serem contempladas
através de um contrato de trabalho”, explica.
Para Nogueira, a reforma trabalhista promoverá
segurança jurídica para o mercado de trabalho e vai
estimular a criação de empregos. “Quando um
empregador fica seguro de que ele não será
surpreendido no futuro com outro entendimento legal,
o empregador vai contratar mais. A modernização vai
possibilitar, através de novos modelos de contratos
de trabalho, a criação de mais de 2 milhões de
postos de trabalho para os próximos dois anos”,
disse.
Caged
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados segunda-feira (17)
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertos
9.821 novos postos de trabalho em junho, variação
positiva de 0,03% em relação ao mês anterior. Essa é
a terceira expansão consecutiva e a quarta
registrada no ano. No acumulado do ano, o saldo
alcançou 67.358 vagas de emprego abertas. “Isso é
uma sinalização de que as políticas públicas
implementadas pelo governo começam a cumprir com os
seus objetivos, que é a geração de emprego. O
emprego é a melhor política social”, ressaltou
Nogueira.
Fonte: Portal EBC
19/07/2017 -
PIB tem aumento de 0,49% no trimestre encerrado em
maio
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, teve um
crescimento de 0,49% no trimestre encerrado em maio
na comparação com o trimestre fechado em fevereiro.
No entanto, em relação ao trimestre encerrado em
maio de 2016, o PIB não teve variação.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (18), no
Rio de Janeiro, pelo Monitor do PIB, da Fundação
Getulio Vargas (FGV). Analisando-se apenas maio,
houve queda de 0,9% na comparação com abril e alta
de 0,7% em relação a maio do ano passado.
Comparação com 2016
O trimestre fechado em maio acusou queda de 0,6% no
consumo das famílias, quando comparado ao mesmo
período do ano passado. Nesse mesmo tipo de
comparação, os investimentos tiveram queda de 3,6%.
As exportações registraram crescimento de 1,8%. O
mesmo aconteceu com as importações, com alta de
2,3%.
Fonte: Agência Brasil
19/07/2017 -
Para juiz, reforma trabalhista trará de '10 a 15
anos de discussão jurídica'
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra) prevê longo debate
sobre nova legislação
São Paulo – "A reforma trabalhista trará de 10 a 15
anos de discussão jurídica para que tudo isso seja
assentado pelo Tribunal Superior do Trabalho ou pelo
Supremo Tribunal Federal. Este é o papel do juiz do
Trabalho, é isso que ele vai fazer agora", afirma o
presidente da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano,
sobre a nova legislação trabalhista sancionada no
último dia 13. "É importante que a população saiba,
haverá, de imediato, provavelmente um aumento no
número de ações e muita discussão jurídica sobre o
sentido destes textos quando forem admitidos como
constitucionais pelos juízes de primeiro e segundo
grau."
O magistrado foi entrevistado nesta segunda-feira
(17) pela presidenta do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, ao lado de
Aline Molina, presidenta da Federação dos
Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-CUT/SP),
no programa Momento Bancário. "O fato é que os
juízes do trabalho terão de fazer o chamado controle
difuso de constitucionalidade, ou seja, cada juiz
verificará se os artigos da reforma estão ou não de
acordo com a Constituição", avalia Feliciano.
Ele destaca alguns dos pontos que considera mais
nocivos na nova legislação. "Na origem do Direito do
Trabalho, uma lei inglesa de 1806 tratava da saúde e
da moral do trabalho de aprendizes em fábricas de
algodão. Isso é interessante dizer porque a reforma
diz, em seu artigo 611-B, parágrafo único, que as
regras sobre duração do trabalho em intervalos não
são consideradas como normas de saúde, higiene e
segurança do trabalho", analisa. "Isto que há quase
250 anos se entendia como absolutamente
incontestável, agora, por esta nova lei, é
considerado irrelevante do ponto de vista da
segurança e saúde do trabalho."
O presidente da Anamatra desmonta um dos principais
argumentos do governo para a promoção da reforma.
"Toda a retórica por trás da tramitação desse
projeto ia no sentido de que ele reduziria o volume
de ações trabalhistas, e também conferiria maior
segurança jurídica. E, para o bem ou para o mal, o
que vai acontecer é o oposto", critica. "O Direito
do Trabalho tem o compromisso histórico de defender
a parte mais fraca em uma relação jurídica
assimétrica."
Para Aline Molina, o cenário frente a esse desmonte
é de contínua luta contra os efeitos da reforma.
"Teremos muito trabalho na sociedade para frear
esses absurdos. Nós, bancários, fizemos uma
conferência estadual para debater os impactos da
reforma trabalhista e indicamos ações para impor uma
nova luta. É bom frisar que dizem que estamos em
crise, mas para banqueiro isso não existe. Seus
lucros continuam crescentes, e eles continuam
promovendo demissões", disse.
"Está no nosso programa de lutas o respeito à
jornada de trabalho de seis horas do bancário. A
tendência de terceirizações também nos causa enorme
impacto, pois não saberemos ainda nem como será o
sigilo bancário neste novo modelo", observa. "Outra
questão importantíssima é o negociado sobre o
legislado. Isso enfraquece o trabalhador e os
sindicatos. A partir do momento em que o trabalhador
vai negociar com o patrão, você sabe que as pessoas
precisam de emprego e os patrões querem mais e mais
lucros."
Fonte: Rede Brasil Atual
19/07/2017 -
Empresa é condenada em R$ 900 mil por registrar
cinco mortes em suas obras
Por ter tido cinco mortes de trabalhadores em seus
canteiros de obra, um grupo econômico terá de pagar
R$ 900 mil de danos morais coletivos. A decisão é da
2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª
Região, que acolheu recurso do Ministério Público do
Trabalho que pedia aumento na indenização — a
instância anterior havia fixado o valor em R$ 500
mil.
Ao ressaltar que uma das obrigações básicas do
empregador é a proteção à saúde e à integridade
física e mental do empregado em seu ambiente do
trabalho, o relator, juiz convocado Adilson Maciel
Dantas, entendeu comprovados os danos morais
coletivos e o consequente dever de reparação.
"Assim, na esteira do decidido na origem e diante
das provas trazidas aos autos, que demonstram a
violação de direitos coletivos (em sentido amplo),
praticada pelas reclamadas, e que consubstanciam
direitos, interesses e valores individuais e sociais
fundamentais indisponíveis (vida, saúde, segurança,
lazer, meio ambiente de trabalho), mantenho o
reconhecimento da responsabilidade das reclamadas ao
pagamento de indenização por danos morais
coletivos", manifestou-se o relator em seu voto.
Entenda o caso
Com base em inquérito civil e autos de infração
lavrados pelo Ministério do Trabalho, que
constataram o desrespeito às normas de segurança do
trabalho na construção civil e sete acidentes de
trabalho nos anos de 2008 a 2015 com cinco vítimas
fatais, o MPT requereu a antecipação dos efeitos da
tutela. O órgão pediu o cumprimento imediato de 39
obrigações por parte das reclamadas, a fixação de
multa diária em caso de descumprimento e, após o
julgamento do mérito, a confirmação da medida
liminar e a condenação das empresas ao pagamento de
R$ 10 milhões de indenização por danos morais
coletivos a ser revertido ao Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) ou entidade a ser indicada pelo
MPT.
O juiz substituto Afrânio Roberto Pinto Alves
Seixas, da 13ª Vara do Trabalho de Manaus, deferiu a
antecipação da tutela e, após a regular instrução
processual, confirmou a liminar deferida para
cumprimento das 39 obrigações relacionadas às normas
de segurança e à jornada de trabalho dos empregados,
independentemente da expiração de todos os prazos
recursais, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Além disso, o magistrado condenou as empresas de
forma solidária ao pagamento de indenização por
danos morais coletivos no valor de R$ 500 mil,
indicando na sentença a entidade assistencial em
favor da qual seria revertido o valor indenizatório,
além de juros de mora de R$ 50,5 mil e correção
monetária. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TRT-11. Processo 0001151-09.2015.5.11.0013
Fonte: Consultor Jurídico
19/07/2017 -
Servidor pode contar tempo de insalubridade com CLT
para aposentar
Servidor que atuou como celetista em função
insalubre tem o direito de contar o período como
especial para aposentadoria. O entendimento é do
Alexandre Jorge Fontes Laranjeira, da 23ª Vara
Federal do Distrito Federal, que por meio de liminar
acolheu pedido de uma servidora aposentada que foi
obrigada a voltar à ativa para completar o tempo de
contribuição.
O caso envolve uma servidora que trabalhou fazendo
análises clínicas como técnica de laboratório na
Fundação Hemocentro de Brasília. De 1983 a 1990 ela
atuou como celetista, mesmo sendo servidora. A
partir de 1990, uma lei a transformou em
estatutária.
Para profissionais sob a CLT, está definido que o
período trabalhado em condição insalubre conta como
especial para aposentadoria. Para servidores, ainda
não há pacificação sobre o tema.
Maré a favor
O sindicato da categoria da servidora obteve em
mandado de injunção que seus filiados usassem o
tempo de insalubridade para contar na aposentadoria.
Logo depois, o Tribunal de Contas do Distrito
Federal decidiu que o período de insalubridade de
servidores deveria contar para a aposentadoria. A
técnica então se aposentou.
Virada no tempo
Porém, o Ministério Público do Distrito Federal entrou
com uma ação de inconstitucionalidade contra a
medida do TC-DF alegando que o órgão legislou. A
Justiça acolheu o argumento e cassou a norma.
Com a nova decisão, o INSS negou conceder a certidão
que atesta o trabalho em condição especial. O órgão
definiu que a técnica de laboratório deveria voltar
a trabalhar para completar seu tempo de
aposentadoria.
Mudança de estratégia
Defendida pelo escritório Casse Ruzzarin, a técnica
recorreu à Justiça Federal. “A estratégia foi
mostrar que a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça é de que o tempo trabalhado como CLT em
condição insalubre conta. Não nos apegamos à norma
do Tribunal de Contas”, afirma Marcos Joel dos
Santos, advogado que atuou na causa.
Para o juiz Fontes Laranjeira, a técnica apresentou
o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e o
Laudo Técnico (LTCAT), documentos que comprovam que
trabalhou em condição insalubre.
Também pesou o risco de perigo na demora de uma
decisão, já que a mulher estava na eminência de ter
de voltar a trabalhar. Assim, ela poderá esperar o
fim do julgamento na condição de aposentada.
Fonte: Consultor Jurídico
18/07/2017 -
País cria 9,8 mil vagas de trabalho em junho;
resultado é o 3º positivo seguido
O mercado de trabalho brasileiro abriu 9.821 novos
postos em junho, variação de 0,03% em relação ao mês
anterior. Essa é a terceira expansão consecutiva e a
quarta registrada no ano, segundo informações do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego,
divulgadas nesta segunda-feira (17).
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo
Nogueira, os dados mostram que “a economia dá sinais
de recuperação”.
“É melhor que seja gradual, em patamares menores, do
que termos uma bolha. Isso nos dá a sinalização de
que a economia se recupera de forma positiva”,
afirmou.
O resultado do Caged é resultado da diferença de
1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. No
acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de
emprego abertas. No mesmo período do ano passado, o
saldo foi negativo, com 531.765 postos de trabalho
fechados a mais que abertos. O resultado acumulado
nos últimos 12 meses ainda aponta uma redução de
749.060 postos de trabalho.
“Nós gostaríamos de comemorar números melhores, mas
o Brasil é um país que tem especificidades e a
economia é um conjunto de fatores – externos e
internos. O governo está cumprindo seu papel no
sentido de dar sinais para o mercado, com a
aprovação de reformas. A expectativa é que se
mantenham os números positivos até o final do ano”,
ressaltou Nogueira.
Setores
No mês de junho, o saldo positivo do Caged foi
impulsionado pela agropecuária e pela Administração
Pública. Em maio, foram gerados 36.827 novos postos
de trabalho na agropecuária, repetindo o desempenho
do setor em maio, quando registrou um saldo positivo
de 46.049 novas vagas. O setor de produção de café
repetiu o desempenho do mês de maio e foi novamente
o destaque do período, com 10.804 vagas abertas,
concentras em Minas Gerais.
A Administração Pública fechou o mês com a criação
de 704 novas vagas de emprego, um aumento de 0,08%.
Já os demais setores tiveram saldo negativo de
emprego, com mais fechamentos de vagas que
aberturas, como a construção civil (redução de 8.963
postos de trabalho), indústria de transformação
(redução de 7.887 postos), serviços (redução de
7.273 postos) e comércio (com o fechamento de 2.747
vagas de trabalho).
Segundo o ministro, no caso da construção civil, o
setor deve retomar a geração de empregos nos
próximos meses.
“Não é possível que a construção civil se perpetue
todos os meses apresentando números negativos.
Construção civil para gerar emprego demora, tem a
fase dos projetos, das licenças, das organizações
das plantas de construção, isso leva de seis a oito
meses. Todos os setores que apresentaram números
negativos, quando se faz o comparativo com ano
passado, os números são muito menores”, comparou.
Desempenho regional
O desempenho do emprego com carteira assinada foi
liderado pela Região Sudeste, com a criação de 9.273
novos postos de trabalho, puxado por Minas Gerais,
favorecido pela agropecuária e serviços, com saldo
positivo de 15.445 vagas criadas. A Região
Centro-Oeste abriu 8.340 vagas, impulsionada por
Mato Grosso, principalmente por setores como a
agropecuária, comércio, serviços, construção civil e
indústria da transformação. Goiás também teve
expansão com a criação de 4.975 novos postos de
trabalho, refletindo o setor de indústria da
transformação, serviços e construção civil.
Reforma Trabalhista
A expectativa do governo federal é a geração de 2
milhões de postos de trabalhos nos próximos dois
anos. A previsão, segundo Nogueira, será conduzida
por atividades que utilizam contrato com jornada
parcial, trabalho intermitente e home office –
quando o trabalhador exerce suas atividades de casa
ou em outro local fora da empresa.
“O governo tem tomado medidas concretas. Ordenou as
suas despesas, isso é um sinal muito importante para
o mercado. O segundo sinal é a segurança jurídica:
através da reforma trabalhista se sinaliza para o
empregador não ficar com medo de contratar.”
Fonte: Agência Brasil
18/07/2017 -
Centrais organizam a resistência à implementação da
reforma na CLT
As Centrais Sindicais voltam a se reunir na próxima
sexta (21) às 10 horas, na sede da Força Sindical,
para definir os próximos passos na luta de
resistência aos efeitos das novas regras
trabalhistas nas relações com o patronato. A reforma
trabalhista entra em vigor daqui a quatro meses, no
início de novembro.
Em encontro na última quinta (14), os dirigentes
sindicais reafirmam que a unidade de ação segue como
elemento indispensável na luta em defesa dos
direitos. "A unidade é fundamental na elaboração de
um plano de ação para o próximo período, que tenha
por centro o fortalecimento do movimento sindical e
a defesa dos direitos sociais e trabalhistas",
afirma Adilson Araújo, presidente nacional da CTB.
O presidente da Nova Central São Paulo, Luiz
Gonçalves (Luizinho), disse à Agência Sindical que o
objetivo da reforma é baratear a mão de obra e a
classe trabalhadora deve se manter unida e
organizada para resistir. "A única coisa que a
reforma trabalhista faz é garantir total liberdade
ao patrão, para fazer o que bem entender com seus
empregados. Só quem irá se beneficiar dessa reforma
são os empresários", avalia.
Vetos - Em nota, as Centrais reiteraram a
necessidade de combater a reforma, que acabou sendo
sancionada sem vetos. O compromisso de vetar pontos
polêmicos do texto aprovado na Câmara foi feita pelo
governo aos senadores, para que a matéria não fosse
modificada e tivesse que ser novamente analisada
pelos deputados.
Agora, cresce também a apreensão em torno da medida
provisória prometida por Temer, que modificaria
itens como trabalho intermitente, jornada 12x36,
salvaguardas à participação sindical na negociação
coletiva e insalubridade de gestantes e lactantes.
As novas regras entrarão em vigor daqui a quatro
meses, no final de outubro, início de novembro.
MP - A polêmica sobre a MP começou com
declaração do presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (PMDB-RJ), que, através do Twitter,
afirmou na madrugada da quarta (12): “A Câmara não
aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não
será reconhecida pela Casa”.
Fonte: Agência Sindical
18/07/2017 -
Congresso entra em recesso a partir desta
terça-feira (18)
A semana deverá ser politicamente tranquila, pois o
Congresso Nacional entra em recesso a partir desta
terça-feira (18) e só retoma os trabalhos no dia 1º
de agosto. Com o recesso, reduz-se consideravelmente
a atividade política em Brasília.
Desse modo, a votação da denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra o presidente
Michel Temer fica para agosto. O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) agendou para o dia 2
de agosto a apreciação da decisão da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Vai ser, portanto, um
período de grande expectativa, o retorno das
atividades parlamentares.
Hoje, a tendência seria de rejeição da denúncia da
PGR. Mas até agosto podem surgir fatos novos e
ninguém sabe o que pode acontecer até lá. Pior para
o governo, que desejava que o plenário da Câmara
votasse a matéria antes do recesso. Portanto, a
vitória de Temer foi parcial.
Prevista para esta segunda-feira (17), a leitura no
plenário da Câmara dos Deputados do parecer aprovado
pela Comissão de Constituição e Justiça que
recomenda a rejeição da denúncia contra Temer. A
sessão não deverá ocorrer por falta de quórum.
Temer opera
O presidente reuniu os ministros Antonio Imbassahy
(Secretaria de Governo) e Mendonça Filho (Educação)
e o deputado Paulo Abi-Ackel no sábado (15).
O deputado é autor de relatório favorável ao
presidente na CCJ da Câmara, que analisou a denúncia
contra o presidente.
Reforma trabalhista
Ainda nesta semana, o presidente Temer e o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, se reúnem com
representantes de centrais sindicais para discutir
mudanças na reforma trabalhista.
Para garantir a aprovação do texto sem alterações no
Senado — o que forçaria o retorno da matéria à
Câmara — o governo se comprometeu a fazer ajustes na
chamada reforma por meio de medida provisória.
As negociações envolvem, entre outros temas, a
possibilidade de dispensa do apoio sindical na
negociação de acordo trabalhista em empresas com
mais de 200 empregados; limites ao trabalho
intermitente; veto ao trabalho de mulheres grávidas
e lactantes em lugares insalubres; limites à
terceirização; e contribuição sindical.
Movimentos sociais
Os movimentos sociais agendaram para quinta-feira (20)
ato em todo o país em defesa do ex-presidente Lula,
por Fora Temer e Diretas Já.
Até sexta-feira (21), o juiz Sergio Moro deve
definir quando o ex-presidente Lula prestará novo
depoimento sobre a compra de terreno pela Odebrecht
para construir o seu instituto.
Comissão Representativa
Na última quinta-feira (13) foram indicados pelos
partidos os parlamentares que comporão a Comissão
Representativa do Congresso Nacional para o período
de recesso. Composta por deputados e senadores, a
comissão funciona durante o recesso e exerce as
atribuições de caráter urgente que não possam
aguardar o início do período legislativo.
Os integrantes do grupo são escolhidos separadamente
em cada Casa, respeitando-se a proporcionalidade
partidária.
Na Câmara, os 17 deputados titulares são:
1) Alex Canziani (PTB-PR)
2) Antonio Bulhões (PRB-SP)
3) Carlos Henrique Gaguim (Pode-TO)
4) Celso Jacob (PMDB-RJ)
5) Hildo Rocha (PMDB-MA)
6) Roberto Balestra (PP-GO)
7) Rodrigo Maia (DEM-RJ)
8) Carlos Zarattini (PT-SP)
9) José Guimarães (PT-CE)
10) José Rocha (PR-BA)
11) Ronaldo Fonseca (Pros-DF)
12) Victor Mendes (PSD-MA)
13) Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP)
14) Izalci Lucas (PSDB-DF)
15) Tereza Cristina (PSB-MS)
16) Weverton Rocha (PDT-MA)
17) João Derly (Rede-RS)
No Senado, os seis titulares são os senadores:
1) Waldemir Moka (PMDB-MS)
2) Romero Jucá (PMDB-RR)
3) Dalírio Beber (PSDB-SC)
4) João Capiberibe (PSB-AP)
5) Cidinho Santos (PR-MT)
6) Alvaro Dias (Podemos-PR)
Os suplentes são:
1) Elmano Ferrer (PMDB-PI)
2) Edison Lobão (PMDB-MA)
3) Cristovam Buarque (PPS-DF)
4) Romário (Podemos-RJ)
Fonte: Diap
18/07/2017 -
Temer diz que revolução feita com reforma
trabalhista também ocorrerá na área tributária
O presidente Michel Temer publicou, nessa
segunda-feira (17), um pronunciamento nas redes
sociais. No vídeo, Temer comentou a reforma
trabalhista, sancionada por ele na semana passada.
Temer comemorou a queda da inflação e da taxa de
juros, afirmou que o Brasil voltou a criar empregos
e disse que o país não está mais em recessão. O
presidente falou também sobre a reforma da
Previdência, que está na Câmara dos Deputados, com o
cronograma de tramitação atrasado devido à recente
crise política.
Michel Temer destacou, ainda, as previsões de
recorde na safra de grãos e anunciou que o governo
está empenhado em fazer regularização fundiária.
Fonte: Portal EBC
18/07/2017 -
Mais de 30% do FGTS inativo foram para pagar
dívidas, diz Planejamento
Tendo por base levantamentos feitos por associações
e confederações ligadas ao comércio e serviços, bem
como por órgãos e autarquias como Banco Central e
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística
(IBGE), o Ministério do Planejamento divulgou nesta
segunda-feira (17) um estudo que tenta identificar
efeitos causados pela liberação de recursos das
contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) na economia. De acordo com o estudo,
boa parte desses recursos (36%) foi utilizada para a
quitação de dívidas.
O levantamento tem como referência dados da Caixa
Econômica Federal (Caixa) que apontam a injeção de
R$ 41,8 bilhões na economia por meio da liberação de
inativos do FGTS. Os valores foram sacados entre os
dias 10 de março e 12 de julho.
Os saques foram efetuados a partir de cerca de 25
milhões de contas inativas, superando as
expectativas anunciadas durante as projeções
iniciais, que previam que apenas 70% dos saques
fossem efetivados, o que resultaria na retirada de
R$ 43,6 bilhões dessas contas.
De acordo com dados do Banco Central, houve uma
redução de 4,5% do uso do cheque especial em abril;
e uma queda do uso do cartão de crédito, de 15,7% em
março para 5,7% em abril. Ainda segundo o estudo,
houve uma “redução do endividamento das famílias”
após o início dos saques, passando de 23,4% da renda
que estava disponível em fevereiro para 23,2% da
disponível em abril. Esses percentuais não
consideram endividamentos relacionados ao crédito
habitacional. A inadimplência caiu 0,1 ponto
percentual de fevereiro para maio, caindo de 6% para
5,9%.
Para apontar efeitos positivos que estariam
relacionados à liberação dos recursos do FGTS, o
ministério citou dados da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que
indicam recuo de 2,4% do endividamento das famílias
na comparação de março de 2017 com março de 2016; e
de 1,7% quando a base de comparação é o mês de
junho. Ainda tendo como base levantamento da CNC, o
estudo diz que 80% do valor dos saques do FGTS foram
direcionados a três segmentos: vestuário e calçados;
hiper e supermercados; e móveis e eletrodomésticos.
A partir de dados do IBGE, o Planejamento apontou
aumento da atividade do comércio e de serviços nos
meses de março, abril e maio de 2017. O comércio
varejista cresceu 1,7% em abril, na comparação com o
mesmo mês do ano anterior; e 2,4% em maio. Já o de
serviços “reduziu a queda”, se comparado ao mesmo
mês do ano anterior, em -5,7% em abril para -1,9% em
maio.
Também foram apontados indicadores da Associação
Brasileira de Supermercados (Abras) indicando que em
abril as vendas em supermercados aumentaram 6,3% na
comparação com abril de 2016. Em maio esse aumento
ficou em 1,1%. Os dados da Associação Brasileira da
Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee), apontam que
as vendas de celulares apresentaram uma alta média
de 20% no período entre março e maio, na comparação
com o mesmo período de 2016.
Já os dados da Fenabrave, apontam que o total de
licenciamentos de carros novos feitos em abril são
7% maiores do que os registrados em abril de 2016.
Esses percentuais aumentam para 11,5% e 18,9% nos
meses de maio e junho, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
18/07/2017 -
Dedução de IRPJ poderá valer sobre todo plano de
previdência patrocinado da empresa
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
5394/16, dos deputados do PSD Goulart (SP) e Rogério
Rosso (DF), que amplia a possibilidade de dedução do
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) para
todos os planos de previdência privada de que a
empresa seja patrocinadora.
Atualmente, a legislação (Lei 9.532/97) limita a
participação a apenas um plano de previdência
privada. O limite de dedução é de 20% do total dos
salários dos empregados e da remuneração dos
dirigentes. A dedução é usada para apuração do lucro
real e da base de cálculo da Contribuição Social
Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Na justificativa, os deputados do PSD, afirmam que
muitos planos de benefícios requerem contribuições
da patrocinadora mesmo com o fim do vínculo
empregatício com o empregado, participante do plano.
A patrocinadora assume um certo número de obrigações
pecuniárias com o objetivo de suprir as despesas do
plano de benefícios e da entidade no custeio dos
planos previdenciários dos participantes”, afirma o
documento assinado por Goulart e Rosso.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação (inclusive quanto
ao mérito); e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/07/2017 -
Turma confirma justa causa a gestante por atrasos e
faltas ao serviço
A 4ª Turma do TRT-MG confirmou a sentença que
acolheu a justa causa aplicada a uma gestante que
faltou inúmeras vezes ao serviço sem apresentar
justificativa. No caso, foi reconhecida a situação
de “desídia no desempenho das respectivas funções”
prevista na letra “d” do artigo 482 da CLT. A
trabalhadora perdeu o direito à estabilidade da
gestante.
Na reclamação, a funcionária pedia a reversão da
justa causa aplicada, alegando ter sido vítima de
perseguição em razão de estar grávida. Contou que
teve uma gravidez delicada e que o patrão não
aceitava os atestados médicos. Os serviços foram
prestados a uma instituição bancária. Mas ao
analisar as provas, a juíza de 1º Grau considerou
válida a justa causa. Atuando como relatora do
recurso apresentado, a juíza convocada Maria
Cristina Diniz Caixeta entendeu da mesma forma. “A
dispensa por justa causa constitui fato
extraordinário, de extrema gravidade nas
consequências que acarreta na vida do empregado, era
encargo da Ré comprovar que a autora deu ensejo à
aplicação dessa penalidade, hipótese que exclui a
estabilidade provisória da gestante”, explicou no
voto. Para a julgadora, os motivos que ensejaram a
justa causa ficaram fartamente comprovados,
quebrando a confiança e tornando insustentável a
relação jurídica entre as partes.
Nesse sentido, destacou que foram apresentados
controles de frequência e cartas de advertência
indicando atrasos e faltas reiteradas ao serviço,
sem qualquer justificativa. A magistrada repudiou o
argumento de que o patrão se negava a acatar os
atestados apresentados pela funcionária, já que
existiam ausências registradas por esse motivo.
Também ficou provado que a empregada sofreu
suspensão por faltas e atrasos. Diante desse
contexto, a relatora concluiu que a gradação das
penas foi respeitada.
Acompanhando esse entendimento, a Turma julgadora
negou provimento ao recurso e confirmou a justa
causa aplicada. Como consequência, rejeitou os
direitos decorrentes da garantia provisória de
emprego da gestante. “Evidenciada nos autos a
conduta desidiosa da Reclamante que, mesmo após a
aplicação de advertências e suspensões, como medidas
pedagógicas, continuou incorrendo em ausências
injustificadas, impõe-se reconhecer a legitimidade
da dispensa por justa causa aplicada, afastado o
direito à estabilidade provisória gestacional,
prevista no ADCT, art. 10, II, b”, constou da ementa
do voto. Processo PJe: 0010515-42.2015.5.03.0008
(RO)
Fonte: Âmbito Jurídico
18/07/2017 -
Agora é lei: advogados gaúchos estão isentos de
custas à execução de honorários advocatícios
O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, enalteceu a
sanção, pelo governador do RS, José Ivo Sartori, da
Lei 15.016, que “Trata de alterações na Lei nº
14.634 de 15 de dezembro de 2014, instituindo a Taxa
Única de Serviços Judiciais e dando outras
providências.” Com a sanção em 90 dias, a contar de
hoje, os advogados estarão isentos do pagamento de
custas judiciais em processos de honorários
advocatícios.
Uma importante bandeira da OAB/RS, que contempla o
Plano de Valorização da Advocacia para enfrentar o
aviltamento de honorários, também foi contemplada na
Lei 15.016, através do PL 97/2016: a obrigatoriedade
de custas, ao final da ação, para recursos que
versarem exclusivamente sobre honorários. Com isso,
o advogado poderá recorrer quando a matéria versar
exclusivamente sobre honorários, sem a necessidade
de recolhimento de custas antecipadas.
Além disso, também foi garantido ao cidadão o
parcelamento de custas ou o pagamento ao final do
processo, garantindo um melhor acesso ao Judiciário.
Da mesma forma, ainda foi aprovada a obrigatoriedade
de custas ao final nos processos de execução de
título judicial e nos processos de execução
individual de sentença coletiva contra a Fazenda
Pública, suas autarquias e fundações. Outra
conquista foi a retirada do texto original do
PL97/16 que determinava a obrigatoriedade do
recolhimento de custas a partir do protocolo da
inicial, sendo mantida a exigência somente com a
citação.
O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, comemorou a
notícia enfatizando a representatividade da
conquista para os advogados e para a cidadania: “Na
verdade, a advocacia gaúcha está de parabéns. A
Ordem não mediu esforços para realizar aquilo que
prometeu no Plano de Valorização da Advocacia, que é
valorizar o advogado. Isso, sem dúvida nenhuma,
representa à advocacia um ganho importante. O
parcelamento de custa também representa um ganho à
cidadania no momento de crise. O Poder Judiciário,
através de uma grande conversação da Emenda 3,
apresentada pela OAB/RS, atinge toda a cidadania,
bem como todos os advogados. Sem dúvida nenhuma, a
advocacia está de parabéns nessa semana. ”,
salientou.
Da mesma forma, o dirigente destacou o trabalho
incansável para cumprir o compromisso com os mais de
100 mil advogados gaúchos: “Trabalhamos para honrar
as necessidades e demandas da classe através das
diretrizes do Plano de Valorização da Advocacia.
Essa é a Ordem que a advocacia espera: atuante,
vigilante, mas, acima de tudo, trazendo resultados
concretos para os advogados e advogadas. Temos que
festejar, temos que brindar, mas não vamos parar por
aqui. Em breve, a advocacia terá novas ações da
Ordem, que revestem os temas mais importantes da
classe”, enalteceu Breier.
Fonte: Jusbrasil
17/07/2017 -
MP que altera reforma trabalhista 'sai em alguns
dias', diz Jucá
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
informou que já está pronta a minuta da medida
provisória alterando pontos da reforma trabalhista
aprovada pelo Senado na noite de terça-feira (11) e
sancionada sem vetos pelo presidente Michel Temer
(Lei 13.467/2017). Segundo Jucá, há tempo suficiente
para que a MP tramite antes que os efeitos da
reforma se façam sentir.
– Essa medida provisória vai sair dentro de alguns
dias, mas é importante dizer também que essa lei que
nós sancionamos só vale daqui a 120 dias. Portanto,
dentro desse prazo, a medida provisória vai alterar
a lei para que ela comece a valer - disse Jucá.
O líder da minoria, senador Humberto Costa (PT-PE),
teme que a medida provisória não seja aprovada
contemplando as alterações negociadas no Senado:
- Nós não temos nenhuma certeza, nenhuma garantia de
que os deputados e senadores vão manter intacto esse
texto que porventura venha de uma nova medida
provisória – afirmou.
A minuta prevê a alteração de diversos pontos que
foram objeto de negociação na Casa, como o contrato
de trabalho intermitente, o trabalho de gestantes e
lactantes em ambiente insalubre e os valores das
reparações por danos extrapatrimoniais.
O parâmetro para fixação das reparações judiciais
passa a ser o teto dos benefícios da Previdência, e
não mais "o último salário do ofendido". Para
diversos senadores, o texto original feria a
isonomia entre os trabalhadores que ganham mais e os
que ganham menos.
O esboço da MP altera as condições em que se
permitiria o trabalho de gestantes em atividades
insalubres de grau “médio” ou “mínimo” e lactantes
“em qualquer grau”. Passa a ser necessário que elas
“voluntariamente” apresentem atestado de saúde
autorizando esse tipo de trabalho. No texto
sancionado, elas têm que apresentar atestado "que
recomende o afastamento".
Outro item da minuta esclarece que as comissões de
representantes dos empregados não substituem o papel
do sindicato nas negociações.
O trabalhador intermitente terá direito a benefícios
proporcionais, como férias, décimo-terceiro salário
e repouso remunerado. Receberá o aviso prévio e
poderá sacar 80% do FGTS, mas não terá direito ao
seguro-desemprego. A minuta exclui a multa para o
horista que aceitar uma convocação e não comparecer.
Pela minuta, os trabalhadores que no total de um mês
receberem menos de um salário mínimo terão que
complementar a diferença para que a contribuição
previdenciária seja contabilizada para fins de
aposentadoria.
Fonte: Agência Senado
17/07/2017 -
'É o momento de revitalização do movimento
sindical', diz diretor do Dieese
Para Clemente Lúcio, sindicatos terão o desafio
de se reorganizar e fazer um grande trabalho de
base.
Retorno do imposto sindical via medida provisória
ainda é uma possibilidade
O fim do imposto sindical obrigatório decretado pela
reforma trabalhista aprovada recentemente pelo
Senado, da forma como foi feito, é uma "má intenção"
da nova lei, sancionada quinta-feira (13) por Michel
Temer. A definição é de Clemente Ganz Lúcio, diretor
técnico do Dieese, em entrevista concedida na manhã
de sexta-feira para a Rádio Brasil Atual.
Segundo Clemente, o atual financiamento está
associado ao sistema de organização sindical criado
no Brasil junto com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Nesse sistema, todos os acordos,
direitos, benefícios e convenções coletivas
negociadas pelo sindicato com o empregador, valem
para todos trabalhadores daquela categoria,
independentemente de serem sindicalizados ou não. A
taxa, nesse modelo, é a contrapartida paga
obrigatoriamente pelo trabalhador para que o
sindicato siga na luta por seus direitos.
O diretor do Dieese explica que há países que adotam
um sistema diferente, no qual acordos, direitos,
benefícios e convenções negociados pelo sindicato só
valem para seus associados, um modelo em que o
trabalhador contribui espontaneamente para o seu
sindicato, pagando uma mensalidade. Como
consequência, o profissional não associado não
usufrui de tudo que vier a ser conquistado junto ao
empregador.
"Nesse sistema, é evidente que o trabalhador,
olhando as diferenças entre os direitos de quem tem
acordo e de quem não têm, na sua maioria se filia ao
sindicato justamente para ter os direitos coletivos.
São dois sistemas diferentes", explica.
Para Clemente Lúcio, a "má intenção" na nova lei
trabalhista é definir que o trabalhador continua
tendo direito a todos os benefícios conquistados
pela atuação de seu sindicato, por meio do acordo
coletivo assinado com o empregador, mas não é mais
obrigado a pagar o imposto sindical.
"Se quiséssemos fazer a transição para o sistema sem
a contribuição obrigatória, os benefícios também
deveriam ser só para os associados. Nós não fazemos
isso nessa legislação e ela é, portanto, uma lei que
tem a má intenção de induzir simultaneamente o
afastamento do trabalhador do seu sindicato e
quebrar a capacidade do seu financiamento", afirma
Clemente Lúcio. "É uma mexida pontual muito grave, é
uma escolha que distorce o sistema e provavelmente
afetará o modo de negociação e representação."
Reação
O retorno do imposto sindical, inserido na Medida
Provisória que o governo diz que irá emitir para
corrigir distorções aprovadas pelo Congresso, deve
ser motivo de pressão nos próximos dias. O diretor
do Dieese acredita que haverá uma mobilização forte
para ajustar e corrigir essa "grave distorção",
dependendo da mobilização e da capacidade do
movimento sindical em conduzir uma unidade e fazer
essa revisão.
Caso não se concretize o retorno do imposto
sindical, avalia Clemente, é inevitável que os
sindicatos percam capacidade financeira para cumprir
suas missões e serviços.
"O jogo é permanente", pondera, refletindo sobre
possibilidades de ação, apesar do cenário ruim. "As
dificuldades que enfrentaremos pela frente devem ser
consideradas pelos trabalhadores e pelos dirigentes
sindicais como um desafio. Eles movimentaram uma
peça..."
Na opinião de Clemente Lúcio, daqui para frente será
fundamental para o movimento sindical repensar sua
organização e forma de intervenção nas campanhas
salariais, o que inclui um trabalho junto à base
sindical.
"É o momento de revitalização do movimento sindical
para que os trabalhadores percebam qual a
importância que o sindicato tem. O sindicato é como
um escudo protetor que os trabalhadores criaram, um
escudo de proteção coletivo contra a submissão, a
subordinação e o poder do empregador. A
sindicalização será um grande desafio para que os
trabalhadores possam afirmar que esse escudo
protetor chamado 'sindicato' precisa ganhar nova
força e novo vigor", projeto o diretor do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/07/2017 -
Novo salário mínimo tem impacto de R$ 12,7 bilhões
nas contas do governo em 2018
O aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 979 em
2018 terá impacto de R$ 12,7 bilhões nas contas do
governo no próximo ano. Os números foram levantados
pela Agência Brasil com base em estimativas do Anexo
de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), aprovada pelo Congresso Nacional na última
quinta-feira (13).
A LDO define os parâmetros e as metas fiscais para a
elaboração do Orçamento do ano seguinte. Por
determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal,
contém um anexo com os riscos para as contas
públicas no curto e no longo prazo. De acordo com
esse relatório, cada R$ 1 de aumento no salário
mínimo tem impacto de R$ 301,6 milhões nos
benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas
pagos pelo governo. Como o salário mínimo subirá R$
42, o impacto total será de quase R$ 13 bilhões.
A maior parte dos gastos extras virá da Previdência
Social, cujo déficit subirá em R$ 8,6 bilhões no
próximo ano apenas por causa do reajuste do salário
mínimo. O impacto pode ser amenizado com uma
eventual recuperação da economia que aumente o
emprego formal e reduza o rombo nas contas da
Previdência.
A segunda fonte de impacto do novo salário mínimo
será nos benefícios da Lei Orgânica de Assistência
Social (Loas), cuja despesa aumentará em R$ 2,2
bilhões em 2018. Em seguida vêm os benefícios
trabalhistas – abono salarial e seguro desemprego –,
que terão alta de R$ 1,8 bilhão. Por fim, os gastos
com a renda mensal vitalícia – auxílio para pessoas
incapacitadas que parou de ser concedido nos anos
90, mas que ainda é pago a beneficiários com direito
adquirido – se elevarão em R$ 50,4 milhões.
Desde 2012, o salário mínimo é reajustado pela
inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), que mede o custo de
vida das famílias mais pobres, mais o crescimento da
economia de dois anos anteriores. Por lei, a regra
atual vai até 2019. Como o Produto Interno Bruto
(PIB – soma dos bens e serviços produzidos) caiu
3,6% no ano passado, o salário mínimo de 2018 foi
corrigido unicamente pela inflação.
Perspectivas
Com uma meta de déficit primário (resultado negativo
sem os juros da dívida pública) de R$ 129 bilhões
para o próximo ano, o desafio para o governo
alcançar o resultado pretendido aumenta com o
crescimento das despesas obrigatórias, como as
corrigidas pelo salário mínimo. De acordo com a
Instituição Fiscal Independente, órgão consultivo do
Senado criado para monitorar as contas públicas, o
governo terá dificuldades para cumprir a meta se
nenhuma reforma fiscal for aprovada e a economia
continuar com baixo crescimento.
O órgão do Senado projeta déficit primário
(resultado negativo desconsiderando os juros da
dívida pública) de R$ 144,1 bilhões este ano, de R$
167 bilhões em 2018, de R$ 135,6 bilhões em 2019 e
de R$ 108,2 bilhões em 2020. As estimativas da LDO
apontam uma meta de déficit primário de R$ 139
bilhões para este ano, R$ 129 bilhões em 2018, R$ 65
bilhões em 2019 e um superávit primário de R$ 10
bilhões em 2020.
Criada em dezembro do ano passado por resolução do
Senado Federal, a Instituição Fiscal Independente
produz relatórios, notas técnicas, banco de dados e
projeções econômicas que são levadas em conta pelos
parlamentares na análise de projetos de lei e de
medidas do governo. O órgão pode agir tanto por
iniciativa própria como quanto por demandas
específicas de senadores.
Mesmo com a política atual de reajuste, o salário
mínimo continua abaixo do necessário. Segundo o
Departamento Intersindical de Estatística e de
Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo
necessário deveria ter sido de R$ 3.727,19 em junho.
A entidade calcula o valor mês a mês, com base na
determinação constitucional de que o salário mínimo
cubra as despesas de alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
Previdência de um trabalhador e de sua família.
Fonte: Agência Brasil
17/07/2017 -
Indústria paulista fecha 9,5 mil vagas de emprego em
junho, revela pesquisa
A indústria paulista demitiu 9,5 mil trabalhadores
em junho, o que representa queda de 0,44% na
comparação com o mês anterior. No acumulado do
primeiro semestre, os números foram positivos, com
10 mil novas vagas de trabalho, o melhor resultado
desde 2013. Os dados são da Pesquisa de Nível de
Emprego em âmbito estadual da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Entre os 22 setores pesquisados, apenas o de couro e
calçados ficou positivo, com geração de 233 vagas. O
resultado foi negativo em 17 setores e quatro
permaneceram estáveis. Entre os que tiveram
resultado negativo, o destaque foi produtos
alimentícios, que fechou 2,3 mil vagas. Impressão e
reprodução de gravações fechou 1.332 vagas, bebidas
tiveram redução de 1.302 vagas e móveis, queda de
1.118.
Nas 36 regiões paulistas, 17 tiveram alta, com
destaque para Jaú (1,13%), influenciada pelo setor
de produtos de metal (18,18%) e produtos
alimentícios (1,16%). Em São Caetano do Sul, houve
alta de 0,59%, impulsionada pelos móveis (3,19%) e
produtos alimentícios (1,74%). Em Limeira, a alta
foi de 0,48%, influenciada por veículos automotores
e autopeças (1,64%) e produtos alimentícios (2,34%)
.
A maioria (27 municípios), porém, teve resultado
negativo. As maiores quedas foram registradas em
Botucatu (-4,34%), com artigos de vestuário
(-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%) ; Santos
(-1,65%), influenciada por produtos de metal
(-9,31%) e produtos minerais não metálicos (-1,90%)
e Matão (-1,49%), máquinas e equipamentos (-2,18%) e
produtos alimentícios (-0,94%).
Fonte: Agência Brasil
17/07/2017 -
Fátima Bezerra diz que oposição vai recorrer ao STF
contra a reforma trabalhista
Em entrevista ao programa Senado em Revista, a
senadora Fátima Bezerra (PT-RN) antecipou que a
oposição deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal
(STF) contra a reforma trabalhista que tem diversos
artigos inconstitucionais. Ela lamentou o fato de o
Senado não ter feito os ajustes necessários e disse
que a opinião pública será mobilizada para
pressionar o Congresso Nacional a ampliar a medida
provisória com outras mudanças na CLT.
Fonte: Agência Senado
17/07/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS vai até o dia 31;
quase R$ 42 bilhões foram pagos
Até 31 de julho, mais de 2,5 milhões de
trabalhadores nascidos em dezembro vão poder sacar o
saldo das contas inativas de contratos de trabalho
encerrados até dezembro de 2015.
Lembrando que quem foi contemplado nas etapas
anteriores do programa, mas não retirou o benefício,
também tem até o final deste mês para sacar os
recursos.
A Caixa Econômica Federal já pagou quase R$ 42
bilhões aos trabalhadores por meio de saques das
contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). O valor é referente até a última
quarta-feira (12) e equivale a 96% do valor
disponível para o programa.
O número de trabalhadores que sacaram os recursos
das contas do fundo representa 82% das 30 milhões de
pessoas beneficiadas pela medida.
Para facilitar o atendimento, a pessoa deve ter em
mãos o documento de identificação e a carteira de
trabalho ou outro documento que comprove a rescisão
de contrato. Para valores acima de R$ 10 mil, é
obrigatória a apresentação dos dois documentos.
Fonte: Portal EBC
17/07/2017 -
Lei 13.467/2017 traz nova regra para saque do FGTS
Com a criação da "demissão consensual", saque do
FGTS tem nova regra
A Lei 13.467, de 13-7-2017, publicada no Diário
Oficial desta sexta-feira, 14-7, altera a Lei
8.036/90, que dispõe sobre o FGTS.
A alteração, que passa a vigorar 120 dias contados
de 14-7-2017 consiste em incluir um inciso no artigo
20 da Lei 8.036/90, que trata das situações em que a
conta vinculada do FGTS é movimentada.
De acordo com a nova norma, poderá ocorrer o saque
do FGTS quando o contrato de trabalho for extinto
por acordo entre empregado e empregador, a chamada
"demissão consensual".
Nessa hipótese, o empregador depositará, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual
a 20% do montante de todos os depósitos realizados
na conta vinculada durante a vigência do contrato de
trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos
dos respectivos juros.
A Lei 13.467/2017 também determina, alterando
dispositivo da CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho, que a extinção do contrato por acordo
permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos
depósitos.
Publicado por COAD
Fonte: Jusbrasil
17/07/2017 -
TJAM decide que trabalhador pode acumular benefícios
de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJAM) determinou que o Instituto Nacional
de Seguro Social (INSS) restabeleça o benefício de
auxílio-acidente a um trabalhador amazonense
aposentado por invalidez em virtude de um acidente
em seu local de trabalho.
A apelação nº 0200417-95.2011.8.04.0001, interposta
pelo INSS, teve como relator o desembargador Airton
Luis Corrêa Gentil, cujo voto mantendo a sentença de
1ª instância e determinando a correção monetária do
benefício de auxílio-acidente suspenso pelo INSS foi
acompanhado por unanimidade pelos desembargadores
Nélia Caminha Jorge, João de Jesus Abdala Simões e
Yedo Simões de Oliveira, que compõem a Terceira
Câmara Cível da Corte Estadual.
Na petição processual, a defesa do trabalhador
requereu a condenação do INSS ao restabelecimento e
pagamento mensal do auxílio-acidente suspenso pelo
órgão no ano de 2010, com as devidas correções das
parcelas vencidas e não repassadas ao autor da
causa.
Em 1ª instância, o juízo da 15ª Vara Cível e de
Acidentes da Comarca de Manaus julgou procedente os
pedidos e com base nos art. 39 e 42 da Lei 8.213/91
condenou o INSS ao restabelecimento do
auxílio-acidente cumulativo com a aposentadoria por
invalidez, levando o instituto nacional a recorrer
da decisão.
Apelação
O relator do processo em 2ª instância, desembargador
Airton Luis Corrêa Gentil rechaçou, em seu voto, os
argumentos apresentados pela defesa do INSS que
alegou insatisfação com o pronunciamento
jurisdicional recorrido.
Para o desembargador relator “o recorrente deve
enfrentar o que fundamentou a decisão, trazendo
razões suficientes para mostrar ao órgão recursal
que o pronunciamento deve ser reformado ou anulado
(…) quer dizer, não basta a parte recorrente
manifestar inconformismo e a vontade de recorrer,
ela precisa impugnar todos os fundamentos
suficientes para sustentar o julgado ocorrido”,
afirmou o magistrado, acrescentando que se a parte
inconformada não atua conforme estes preceitos, em
última análise não há efetivo interesse recursal.
O desembargador Airton Gentil sustentou seu voto em
jurisprudência de demais tribunais de justiça, tal
qual a Apelação nº 00102352320138260664 SP
0010235–23.2013.8.26.0064, de relatoria do
magistrado Afonso Faro Jr, julgado pela 17ª Câmara
de Direito Público do Tribunal de Justiça de São
Paulo, e manteve a sentença de 1ª instância,
conhecendo parcialmente o recurso de apelação
determinando o pagamento cumulativo do
auxílio-acidente ao de aposentadoria por invalidez,
apenas reformando-a “para considerar que os juros
moratórios e correção monetária serão equivalentes
aos índices oficiais de remuneração básica da
caderneta de poupança”, concluiu o magistrado em seu
voto.
Fonte: Âmbito Jurídico
14/07/2017 -
CCJ recomenda negar autorização ao Supremo para
processar Temer; Plenário deve analisar caso em
agosto
Base aliada ao governo consegue aprovar novo
relatório, do deputado Paulo Abi-Ackel, por 41 votos
a 24.
Cabe agora ao Plenário analisar o caso, baseado em
denúncia contra o presidente da República por crime
de corrupção passiva
Em nova votação (41 a 24 votos e uma abstenção), a
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara dos Deputados confirmou, nesta quinta-feira
(13), posicionamento contrário à continuidade da
investigação da denúncia (SIP 1/17) por crime de
corrupção passiva contra o presidente da República,
Michel Temer. O primeiro relatório, do deputado
Sergio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à investigação,
já havia sido rejeitado.
O novo relator do caso, deputado Paulo Abi-Ackel
(PSDB-MG), considerou que não há provas que
justifiquem processo contra Temer neste momento.
Seria necessária a autorização da Câmara para que o
Supremo Tribunal Federal possa investigar o
presidente.
Foram 14 horas de discussão na quarta, e 10 horas na
quinta, para concluir o processo.
Votação em Plenário
O parecer aprovado pela CCJ ainda deve ser votado em
Plenário, onde somente o voto contrário de 2/3 dos
deputados (342) poderá derrubar a recomendação e dar
autorização para processar Temer por crime comum. A
decisão da CCJ é apenas uma instrução.
Independentemente do parecer aprovado, o caso
seguiria para o Plenário da Câmara.
A votação em Plenário só deve ocorrer no dia 2 de
agosto, uma vez que não há tempo hábil para que isso
ocorra antes do recesso parlamentar, que começa na
terça-feira (18). A votação é feita por chamada
nominal e, caso prevaleça a não-autorização, o
pedido é arquivado na Câmara, mas o processo na
Justiça fica suspenso até o término do mandato
presidencial, quando a denúncia volta a ser
analisada.
Denúncia
Com base em gravações e delação premiada dos irmãos
Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F – que
controla o frigorífico JBS e outras empresas –, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
denunciou Temer por crime de corrupção passiva. A
defesa diz que não há provas do envolvimento do
presidente da República e que a denúncia se baseia
em suposições.
Conforme a Constituição, quando o presidente da
República é acusado por crime comum, o julgamento
cabe ao Supremo Tribunal Federal. Mas, para que o
STF analise o caso, é preciso a autorização da
Câmara.
Fonte: Agência Câmara
14/07/2017 -
Lei que reforma a CLT é publicada no Diário Oficial
da União
A Lei nº 13.467, que altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1º de maio de 1943, também chamada de Lei
de Modernização Trabalhista, está publicada na
edição de hoje (14) do Diário Oficial da União.
A Lei foi sancionada ontem (13) pelo presidente da
República, Michel Temer, que, em cerimônia no
Palácio do Planalto, na presença de ministros e
parlamentares, entre outras autoridades, disse que
os direitos dos trabalhadores estão sendo
preservados.
“Este projeto de Lei é a síntese de como esse
governo age. Como eu tenho dito, o diálogo é
essencial, mas também a responsabilidade social.
Estamos preservando todos os direitos dos
trabalhadores. A Constituição Federal assim
determina”.
A aprovação da reforma, tida pelo governo como uma
de suas prioridades, divide opiniões. Mas o
presidente e sua equipe garantem que a modernização
da CLT vai aumentar a geração de empregos e dar
segurança jurídica tanto para empregados quanto para
empregadores.
“O que fizemos foi avançar. Contratos que antes não
comportavam carteira assinada hoje estão previstos
expressamente. Nossa consolidação, que foi na época
um grande avanço, é de 1943. É claro que o mundo não
é mais de 1943, é do século 21. E fizemos a
adaptação ao século 21. Hoje há uma igualdade na
concepção. As pessoas são capazes de fazer um
acordo, de um lado os empregados, de outro, os
empregadores”, frisou Temer.
Pontos polêmicos
Alguns pontos da lei, no entanto, serão alterados após
diálogo com o Congresso. O governo enviou aos
parlamentares uma minuta com os pontos da medida
provisória (MP) com a qual pretende alterar a
reforma trabalhista. A minuta toca em dez pontos da
reforma, entre eles temas polêmicos que foram
discutidos durante a tramitação, como o trabalho
intermitente, a jornada 12 por 36 horas e o trabalho
em condições insalubres das gestantes e lactantes.
Segundo o líder do governo senador Romero Jucá,
relator da reforma na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), não há prazo definido para a
conclusão da MP e há tempo para sua edição.
“Encaminhei hoje [a MP] para vários parlamentares os
pontos que são objeto do acordo no Senado para serem
discutidos. Na hora que estiverem amadurecidos, a MP
será editada. Não tem previsão. É importante dizer
que esta lei só vale daqui a 120 dias. Para ter uma
medida provisória que modifique a lei, ela tem que
ocorrer antes de 119 dias. Então nós temos um prazo
razoável”, disse.
Fonte: Agência Brasil
14/07/2017 -
Governo envia a parlamentares minuta de MP que
altera reforma trabalhista
O governo enviou ao Congresso, no fim da manhã desta
quinta-feira (13), uma minuta com os pontos da
Medida Provisória (MP) com a qual pretende alterar a
reforma trabalhista. O texto que altera pontos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovado
nessa terça-feira (11) pelo plenário do Senado.
O envio da minuta aos parlamentares antes da
publicação da MP foi confirmado pela assessoria do
senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no
Senado. Quarta-feira (12), ele prometeu que o
presidente Michel Temer manteria o acordo feito com
os senadores, de que alteraria a proposta via MP
para que seu texto principal fosse aprovado sem
alterações.
Ao enviar uma minuta aos parlamentares antes de
publicar a MP, o governo abre a possibilidade de
receber sugestões de alteração no texto. A postura
foi tomada após o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, afirmar que os deputados não aceitariam
mudanças na reforma trabalhista.
A minuta enviada pelo governo toca em dez pontos da
reforma, entre eles temas polêmicos que foram
discutidos durante a tramitação, como o trabalho
intermitente, a jornada de 12 horas por 36 horas e o
trabalho em condições insalubres das gestantes e
lactantes.
Fonte: Agência Brasil
14/07/2017 -
Paim afirma ter 40 assinaturas para prorrogar CPI da
Previdência
Ao fazer um balanço dos dois primeiros meses de
trabalho da CPI da Previdência nesta quinta-feira
(13), o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou já
dispor de 40 assinaturas para prorrogá-la por mais
quatro meses. A previsão inicial era que os
trabalhos da comissão fossem até o início de
setembro.
A CPI foi criada para investigar a contabilidade da
Previdência Social, esclarecendo precisamente suas
receitas e despesas, além dos desvios de recursos.
Segundo Paim, "de cada dez depoentes que vieram,
nove afirmam que não há deficit":
— Tenho segurança de que estamos no caminho certo.
Não temos viés ideológico nem partidário. Queremos
fazer um "raio X" profundo na Previdência. Como
dissemos, esta é a "CPI da verdade". E a verdade é
que a reforma da Previdência, como o governo quer,
não é necessária.
No segundo semestre, a CPI convocará representantes
do governo, segundo Paim, para "confrontar os dados"
em que se baseia a proposta de reforma com aqueles
recolhidos pela comissão. Para o presidente da CPI,
o governo "forja um resultado orçamentário
artificial, com a intenção de forçar a aprovação de
uma reforma que implicará em graves consequências
sociais e econômicas, atingindo cerca de 100 milhões
de brasileiros". Nas audiências, disse ele, ficou
demonstrado que o combate à sonegação das
contribuições e ao desvio de recursos para outras
finalidades geraria um superávit previdenciário.
Paim reconheceu a necessidade de reformar a
Previdência, mas não nos moldes da Proposta de
Emenda à Constituição 287/2016 [tramitando na Câmara
dos Deputados], que, em sua avaliação, está
"praticamente encalhada na Câmara".
Fontes
Segundo o relator da CPI, senador Hélio José
(PMDB-DF), o desvio das fontes de custeio da
Previdência para a busca do equilíbrio fiscal
prejudica o equilíbrio atuarial. Ele citou como
exemplos a Desvinculação de Receitas da União, a
manutenção de renúncias fiscais "injustificadas" e a
apropriação de contribuições sociais.
— O marco atual é uma verdadeira peneira. A
sonegação é de mais de R$ 430 bilhões, montante
suficiente para cobrir o alegado déficit da
Previdência por três exercícios — disse Hélio José.
Na audiência desta quinta-feira foram aprovados
requerimentos solicitando informações a diversos
órgãos, como a Secretaria do Tesouro Nacional, a
Secretaria da Receita Federal e o próprio Senado
Federal; e foi aprovada a realização de diligência
em agosto em São Paulo, estado onde, segundo Paim,
ocorreria a maior sonegação à Previdência, em
números absolutos.
Paim defendeu uma reforma "humana" e resumiu seu
ponto de vista citando o discurso do ator e cineasta
britânico Charles Chaplin no final do filme "O
Último Ditador" (1940): “Não sois máquinas. Homens é
o que sois."
Fonte: Agência Senado
14/07/2017 -
Congresso aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2018
Após concluir a votação dos vetos presidenciais,
deputados e senadores aprovaram a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2018, que estabelece as
prioridades e metas orçamentárias do governo para o
ano que vem.
O texto, que segue para sanção presidencial, mantém
a meta fiscal proposta pelo governo e prevê para
2018 deficit primário de R$ 131,3 bilhões para o
conjunto do setor público consolidado (que engloba o
governo federal, os estados, municípios e as
empresas estatais).
Esta será a primeira LDO a entrar em vigor após
aprovação da Emenda Constitucional do Teto de Gastos
Públicos, que atrela os gastos à inflação do ano
anterior, por um período de 20 anos.
De acordo com o parecer do relator, Marcus Pestana
(PSDB-MG), aprovado pelo Congresso, a aplicação do
Teto dos Gastos faz com que exista a avaliação da
possibilidade de expandir as despesas primárias
(obrigatória e discricionária) tendo como base um
aumento de cerca de 3% (ou um incremento de
aproximadamente R$ 39 bilhões), que corresponde à
correção pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre julho de
2016 e junho de 2017.
Entenda a LDO
A LDO define as metas e prioridades do governo para o
ano seguinte, orienta a elaboração da lei
orçamentária anual e fixa limites para os orçamentos
dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério
Público.
O texto prevê o aumento do salário mínimo de R$ 937
para R$ 979 em 2018 e aumenta a meta de déficit
primário (Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
da União) do governo federal para o ano que vem, de
R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões. Estatais federais
terão como meta o deficit de R$ 3,5 bilhões – nos
estados e municípios, a projeção é de superavit de
R$ 1,2 bilhão.
Os números não consideram uma eventual aprovação da
reforma da Previdência.
A LDO prevê ainda, para o ano que vem, crescimento
real da economia brasileira de 2,5%, taxa básica de
juros (Selic) em 9%, Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% no ano e dólar a R$
3,40 no fim do período.
Caso os números apresentados pelo governo na PLO se
confirmarem, o ano de 2018 será o quinto consecutivo
de deficit primário. Os saldos negativos contribuem
para o crescimento da dívida do governo.
Com a aprovação da LDO, o Congresso pode entrar em
recesso, que começa no dia 18 e vai até 31 de julho.
É a primeira vez em três anos que os parlamentares
aprovam a Lei de Diretrizes Orçamentária no primeiro
semestre.
Fonte: Portal EBC
14/07/2017 -
Câmara e INSS assinam acordo para aumentar controles
sobre benefícios previdenciários
A Câmara dos Deputados e o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) assinaram, nesta quinta-feira
(14), convênio com objetivo de melhorar o controle
sobre concessão e pagamento de benefícios
previdenciários. Formalizaram o acordo o
diretor-geral da Câmara, Lúcio Lopes, e o presidente
do INSS, Leonardo Gadelha.
O acordo de cooperação técnica não tem custos para a
Câmara e permite que a área administrativa tenha
acesso a dados do Sistema Informatizado de Controle
de Óbitos (Sisobi). O cruzamento da relação de
aposentados e pensionistas da Câmara com os
registros de óbitos permite identificar benefícios
pagos indevidamente. As informações são
confidenciais.
Até setembro de 2015, esse trabalho era feito por
meio de um contrato com a Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência Social (Dataprev).
Segundo Lopes, nesse intervalo sem a coleta de dados
sobre óbitos, foram detectados benefícios pagos
indevidamente no montante total de R$ 400 mil.
A Câmara registra atualmente cerca de 3.300
aposentados e 1.200 pensionistas. Somados os
efetivos, os ocupantes de Cargos de Natureza
Especial e os secretários parlamentares, são cerca
de 20 mil servidores ativos.
Caráter pedagógico
Para Leonardo Gadelha, do INSS, o convênio aprimora
controles, otimizando o gasto do dinheiro público.
“Além do caráter prático, tem caráter pedagógico.
Outras instituições devem mirar o exemplo da Câmara
e procurar o INSS para compartilhar as bases de
dados e evitar fraudes”, disse.
Há um convênio semelhante ao da Câmara em elaboração
com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão. No ano passado, acordo com o Tribunal
Superior Eleitoral permitiu identificar indícios de
doações ilegais em campanhas políticas.
Fonte: Agência Câmara
14/07/2017 -
Trabalhador com menor escolaridade tem mais
dificuldade para conseguir emprego
De janeiro a maio de 2017, período em que o saldo de
empregos formais no mercado de trabalho brasileiro
apresentou resultados positivos, as vagas voltadas
para trabalhadores que têm ensino fundamental
completo ou incompleto encolheram. No acumulado do
ano, 1.332.670 pessoas foram admitidas e 1.435.153
desligados dos seus empregos, deixando o saldo
negativo de 102.483 vagas.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (13) pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), confirmam uma maior vulnerabilidade no
mercado de trabalho formal dos brasileiros que
estudaram menos. Quanto menor a escolaridade, maior
a chance de ficar desempregado, aponta o Caged.
Os números mostram que o inverso ocorreu nos
primeiros meses do ano com os trabalhadores com
ensino médio e ensino superior, mesmo incompleto.
Aqueles que têm diploma universitário tiveram o
melhor resultado. Até maio de 2017, acumularam 84,65
mil novas vagas. Este grupo é uma minoria no país.
De acordo com o estudo Education at a Glance 2016,
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), somente 14% dos brasileiros entre
24 e 64 anos haviam concluído o ensino superior até
2015.
Os trabalhadores com ensino médio completo ou
incompleto, que correspondem a 52,64% dos adultos de
24 a 64 anos, fecharam o período com um saldo
positivo de 43,1 mil vagas. No acumulado dos últimos
12 meses, todos os trabalhadores foram afetados com
saldos negativos de emprego formal, mas os com
escolaridade maior foram os menos prejudicados, com
o encerramento de 54,36 mil postos. Entre os
trabalhadores com ensino médio o saldo ficou
negativo em 249,97 mil, e os que tinham ensino
fundamental sofreram com o fechamento de 583,28 mil
vagas, o maior número entre as três classificações.
Setores
Em maio, os resultados também revelam que os únicos
setores que apresentaram saldo positivo de postos de
emprego para os brasileiros sem escolaridade ou com
ensino fundamental foi a agropecuária, que abriu 36
mil postos para esses trabalhadores, e nos serviços
industriais de utilidade pública, com apenas 141
postos.
Entre os trabalhadores com ensino superior, diversos
setores de atividade econômica tiveram um resultado
melhor, como serviços, onde foram criados 6,4 mil
empregos formais para esses trabalhadores. No
comércio, foram abertas 1,4 mil vagas e na
administração pública, 954.
Para trabalhadores com ensino médio, o setor que
mais abriu vagas foi a agropecuária, com 9,9 mil
postos, seguida por serviços, com 5,7 mil vagas,
indústria da transformação, 3,1 mil, e construção
civil, com 1,4 mil postos.
Fonte: Agência Brasil
14/07/2017 -
Reforma consolida direitos e traz segurança
jurídica, diz ministro do Trabalho
A reforma trabalhista consolida direitos e traz
segurança jurídica, disse nesta quinta-feira (13) o
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Durante a
cerimônia de assinatura da nova legislação
trabalhista, ele disse que as mudanças favorecerão a
criação de empregos e a recuperação da economia.
“A proposta vem para criar ambiente com segurança
onde o empregador não fique com medo de contratar e
o trabalhador empregado tenha garantia dos seus
direitos e da preservação do emprego”, discursou o
ministro.
De acordo com Nogueira, a reforma se centra em três
eixos, a consolidação de direitos, a segurança
jurídica e a geração de empregos. Ele disse que a
legislação trabalhista foi modernizada após um amplo
diálogo e que representantes tanto dos trabalhadores
como dos empregadores foram ouvidos pelo governo em
dezembro do ano passado.
O ministro do Trabalho destacou que a reforma
trabalhista será um instrumento importante na
recuperação da economia e do mercado de trabalho.
“De dezembro de 2014 a dezembro de 2015, o Brasil
fechou mais de 1,5 milhão de postos de trabalho. O
fechamento levou muitos pais e mães de família a
passarem dificuldades. O governo está se esforçando
para alcançar esse objetivo de proporcionar um
endereço para morar e para trabalhar para cada
família do país”, acrescentou.
Conflitos
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Ives Gandra Filho, disse que a nova
legislação reduzirá o número de conflitos
trabalhistas e trará mais segurança jurídica, não
apenas para o empresário como para o empregador.
Segundo ele, a reforma representa um momento
histórico de modernizar as relações de trabalho no
país.
“Nós, como juízes do trabalho, sentíamos falta de um
marco regulatório seguro. As empresas precisam de
segurança jurídica e os trabalhadores precisam de
proteção, mas muitas não eram reais. A proteção sem
marco regulatório seguro é proteção de papel”,
disse.
Para Gandra, a reforma trabalhista ajudará a
garantir o direito dos trabalhadores terceirizados,
ao trazer para a legislação critérios para decisões
que antes dependiam de uma súmula do TST. “A Justiça
do Trabalho pode ser mais rápida, mais célere e dar
mais segurança jurídica à medida que os marcos
regulatórios preenchidos. Não temos mais lacunas a
preencher”, declarou.
O presidente do TST ressaltou que a prioridade das
negociações coletivas é o ponto central para,
segundo ele, modernizar as relações trabalhistas. “O
Brasil segue o caminho de outros países, que
estabelecem legislação enxuta com direitos básicos
para todos os trabalhadores. Aquilo que é próprio de
cada categoria, como portuários, aeronautas,
professores, a gente estabelece por meio de
negociação coletiva. Quem melhor conhece as
condições de trabalho são aqueles que trabalham na
área. Estabelecer negociações coletivas é a espinha
dorsal dessa história”, concluiu.
Fonte: Agência Brasil
13/07/2017 -
NCST repudia aprovação da reforma trabalhista e
cobra ajustes para minorar danos à classe
trabalhadora
É com muito pesar que a Nova Central Sindical de
Trabalhadores – NCST acompanha o desmonte dos
efeitos práticos do conjunto de leis de proteção ao
trabalho. Na assimétrica relação com os patrões, os
trabalhadores seguem em ampla desvantagem e dependem
de normas que os protejam da exploração abusiva de
sua força de trabalho, bem como garantam condições
mínimas de vida e de salubridade no exercício de
suas atividades.
Por reconhecer essa desvantagem, organismos
internacionais pactuaram tratados e convenções de
modo a assegurar relativo equilíbrio nas relações
entre capital e trabalho, visando amparo técnico
para a elaboração de normas e políticas públicas de
proteção aos integrantes da classe trabalhadora.
Por compreendermos o enorme retrocesso econômico e
social resultante da aprovação da suposta “reforma”
que atende a interesses bem específicos e
inconfessáveis do mercado, seguiremos, com todos os
instrumentos de que dispomos, na luta para resgatar
direitos e retomar uma agenda política que concilie
desenvolvimento econômico com justiça social; tendo
como premissa a valorização das rendas do trabalho
em relação ao PIB, estimulando o mercado consumidor
interno e criando um ambiente favorável para a
retomada dos empregos formais, colaborando,
decisivamente, com maior arrecadação para nosso
sistema previdenciário e enterrando o ciclo de
retrocessos conduzido pelo governo e sua base
parlamentar.
Os sucessivos ataques à classe trabalhadora terão
reação proporcional aos estragos resultantes. Em
2018, asseguraremos que nenhum adversário dos
trabalhadores permaneça ludibriando sua base
eleitoral. A substituição desses quadros políticos,
diante da atual conjuntura, torna-se imprescindível
para a retomada da ordem e do progresso nacional.
Estou seguro de que as entidades sindicais
brasileiras nunca estiveram tão organizadas e aptas
para prosseguir nessa disputa estimulante. Vamos
superar esses desafios em um ambiente em que as
vísceras do poder público estão expostas. Jamais
ficou tão claro qual o caminho a ser trilhado. Ao
final e ao cabo desse processo, asseguraremos uma
retumbante vitória! Agora, iniciando um ciclo de
maior protagonismo do movimento sindical na
construção de uma nação mais justa e solidária.
VAMOS À LUTA!!
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores -
NCST
Fonte: NCST
13/07/2017 -
Senadores cobram de Rodrigo Maia acordo sobre
mudanças na reforma trabalhista
Na abertura da reunião da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) destinada à sabatina de
Raquel Dodge, indicada à Procuradoria-Geral da
República, senadores criticaram a declaração do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, contrária a
alterações na reforma trabalhista (PLC 38/2017)
aprovada no Senado na terça-feira (11) e enviada à
sanção.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu que o presidente
da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), envie representação
à Presidência da Câmara, comunicando o acordo
firmado entre o Executivo e o Legislativo para
aprovar sem mudanças o texto da Câmara, desde que
fossem vetados alguns dispositivos polêmicos que
seriam alterados posteriormente por medida
provisória. Lobão informou que encaminhará à Câmara
cópia do expediente informando sobre os
entendimentos.
Simone Tebet (PMDB-MS) disse “lamentar o
pronunciamento infeliz” de Maia, que, segundo ela,
“não tem poder de barrar qualquer acordo firmado
entre o governo e a base aliada”. Lasier Martins
(PSD-RS), por sua vez, afirmou que Maia, “como
aspirante à Presidência da República, já se propõe
como ditador”. Já Armando Monteiro (PTB-PE) declarou
que a manifestação se parece mais de alguém que já
se via na cadeira do presidente da República do que
propriamente do presidente da Câmara.
Jorge Viana (PT-RJ) considerou que Maia
"desmoralizou o Senado" ao se pronunciar "pelo
Twitter, como Donald Trump". Lindbergh Farias
lembrou que a oposição avisou que um governo
"fragilizado" não teria como fazer respeitar o
acordo e acusou Maia de fazer "um discurso de
extrema direita".
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) também criticou a
declaração de Maia e exortou o Senado a “reagir
fortemente”:
- Do contrário, nós teríamos votado as modificações
e a matéria retornaria à Câmara.
Diálogo
O relator da reforma nas comissões de Assuntos
Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS),
senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), considerou a
declaração de Maia “fora do tom e fora do contexto":
- Até porque somos convergentes na direção das
reformas. Mas acredito que essa manifestação fora do
tom, será sucedida pelo diálogo e convergência -
opinou.
O primeiro-vice-presidente do Senado, Cássio Cunha
Lima (PSDB-PB), afirmou ter outra interpretação do
episódio:
- Não acho que se deva fazer grande cavalo de
batalha. Claro que tem o desejo da Câmara de
participar desse acordo. No sistema bicameral,
Câmara e Senado se manifestam sobre as matérias.
Seria a completa desmoralização do sistema político
brasileiro se esse acordo não fosse cumprido –
disse.
Jader Barbalho (PMDB-MA) disse que o acordo será
respeitado.
Fonte: Agência Senado
13/07/2017 -
Jucá diz que governo manterá acordo sobre reforma
trabalhista
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), reafirmou
nesta quarta-feira (12) que todas as alterações
acordadas em relação à reforma trabalhista (PLC
38/2017) serão mantidas. A afirmação foi feita após
protestos de senadores contra o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, que declarou que aquela Casa
não votará qualquer medida provisória que dê nova
regulamentação a pontos da reforma trabalhista,
aprovada na terça-feira (11) pelo Senado.
Jucá disse que esteve em reunião no Palácio do
Planalto e que todos os pontos que foram pactuados
serão ajustados, entre eles os que tratam do
trabalho intermitente, da jornada exclusiva e das
gestantes e lactantes.
— No dia que eu não puder cumprir a minha palavra
dada aqui eu deixo de ser líder do governo. O
acordado está mantido — disse.
O senador ainda esclareceu que não há, por parte do
compromisso do governo, a colocação da volta da
contribuição sindical.
Casa revisora
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) destacou que Rodrigo
Maia não tem regimentalmente a prerrogativa de
autorizar ou não medida provisória, mas ponderou que
o Senado Federal não pode mais abrir mão de sua
prerrogativa, que é a de Casa Revisora.
— Se amanhã o Senado for simplesmente para
convalidar o que vem da Câmara porque a medida
provisória vai caducar ou se amanhã o Senado for
apenas para convalidar o texto de uma reforma que
veio da Câmara porque não pode voltar para a Câmara
para não atrasar, qual será a nossa finalidade, a
dos senadores? — indagou.
Na mesma linha, o senador João Capiberibe (PSB-AP)
afirmou que está tendo dificuldade de explicar o
papel do Senado na votação da reforma trabalhista.
— As pessoas não conseguem entender por que o Senado
não pôde acrescentar uma vírgula à proposta de
reforma e por que o Executivo, junto com a Câmara,
decidiram sozinhos e nos tiraram da função revisora
— disse.
Fonte: Agência Senado
13/07/2017 -
Eunício disse que não negociou MP sobre reforma
trabalhista
O presidente do Senado, senador Eunício Oliveira,
disse nesta quarta-feira (12) que cabe ao líder do
Governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), honrar o
compromisso de promover mudanças na reforma
trabalhista. Após aprovado, em Plenário, o PLC
38/2017 seguiu para sanção presidencial na última
terça-feira (11), com a promessa do Palácio do
Planalto de que pontos seriam alterados por meio de
vetos ou medida provisória.
— Sobre medida provisória e entendimentos, quem fala
é obviamente o líder do Governo. Quem deve ter feito
acordo e entendimento foi o governo ou o líder do
Governo. A Presidência do Senado não fez acordo em
absolutamente nada, a não ser os acordos de
procedimentos com a oposição — disse Eunício.
Três horas depois de o projeto ser aprovado pelo
Senado, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ), avisou que vai rejeitar eventual
medida provisória com mudanças na reforma
trabalhista. Em uma rede social, Maia escreveu: “A
Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer
MP não será reconhecida pela Casa”.
O presidente Eunício Oliveira preferiu não comentar
as declarações de Rodrigo Maia.
— Não tenho nenhuma avaliação a fazer sobre isso.
Não fiz compromisso sobre isso, não fiz compromisso
de veto, não falei com o governo sobre isso, não
falei com o presidente [Michel Temer] sobre isso.
Não falei com o líder do Governo sobre isso e não
vou fazer juízo de valor sobre o que pensa por
exemplo o presidente da Câmara, deputado Rodrigo
Maia. Ele obviamente é livre para dizer o que pensa
e o que quer. Agora, eu não negociei. Se tivesse
negociado qualquer item dessa medida provisória ou
item para ser vetado, obviamente iria tomar
providências — afirmou.
O líder do Governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
também usou as redes sociais para comentar o
assunto. Ele reafirmou o compromisso do Palácio do
Planalto com a edição de uma medida provisória para
fazer os ajustes acordados: “Os ajustes da MP sobre
legislação trabalhista serão tratados também com a
Câmara dos Deputados. A reforma trabalhista aprovada
deverá ser sancionada o mais rápido possível”,
explicou.
Fonte: Agência Senado
13/07/2017 -
Temer discutirá com congressistas MP de pontos
polêmicos da reforma trabalhista
O presidente Michel Temer recebeu nesta quarta-feira
(12) o relator da reforma trabalhista na Câmara,
Rogério Marinho (PSDB-RN). Temer informou ao
deputado que a Câmara participará da criação da
medida provisória (MP) que vai alterar pontos
polêmicos da reforma aprovada ontem no Senado. “A MP
será fruto de negociação entre a Câmara e o Senado”,
disse Marinho à reportagem da Rádio Nacional.
Marinho negou que o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenha fechado as
portas da Casa para alterações em pontos polêmicos
da reforma. Na madrugada de hoje, Maia postou uma
mensagem em sua conta no Twitter dizendo que
deputados não aceitarão mudanças na reforma
trabalhista.
“Ele não ia se comprometer com uma MP sem ter
participado da negociação do texto. Mas não vai se
furtar a discutir uma MP no congresso”, disse o
deputado. Marinho também garantiu que será mantido o
caráter opcional do Imposto Sindical, conforme a
reforma que seguiu ontem para sanção presidencial.
Temer vai sancionar o texto da reforma trabalhista
nesta quinta-feira (13), às 15h, em uma solenidade
no Palácio do Planalto. Ainda não há uma data para
envio da MP que altera pontos polêmicos.
A reforma altera mais de 100 pontos da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), permitindo, dentre as
mudanças, que o acordado entre patrões e empregados
prevaleça sobre o legislado nas negociações
trabalhistas. A aprovação da reforma trabalhista é
considerada essencial pelo governo para a
recuperação da economia e a queda do desemprego.
Fonte: Agência Brasil
13/07/2017 -
Temer sanciona lei que dá prioridade especial a
maiores de 80 anos
O presidente Michel Temer sancionou nesta
quarta-feira (12) a lei que altera o Estatuto do
Idoso e estabelece prioridade especial para pessoas
maiores de 80 anos. Segundo a alteração, os maiores
de 80 anos sempre terão suas necessidades atendidas
com preferência em relação aos demais idosos.
“Em todo os atendimentos de saúde, os maiores de 80
anos terão preferência especial sobre os demais
idosos, exceto em caso de emergência”, diz um trecho
da lei, de número 13.466. De acordo com o Estatuto
do Idoso, são consideradas idosas pessoas a partir
de 60 anos.
O projeto saiu do Senado no dia 21 de junho e seguiu
para sanção presidencial. A relatora do projeto foi
a senadora Regina Souza (PT-PI). “Entre os idosos,
existe um segmento mais vulnerável”, afirmou Regina
na ocasião. “Como a lei diz que é a partir dos 60,
todo mundo chega e usa a prioridade, sem observar se
atrás tem uma pessoa com mais de 80 anos.”
Regina Souza ressaltou ainda que, em contendas
judiciais, é ainda mais importante a preferência
para os octogenários porque “não adianta atender ao
direito depois que a pessoa morre”. Para a senadora,
os precatórios são o principal ponto em que pessoas
acima de 80 anos devem ter prioridade.
Fonte: Agência Brasil
13/07/2017 -
Defesa de Lula diz que sentença de Moro é
perseguição política
Em coletiva concedida na noite desta quarta-feira
(12), os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano
Zanin e Valeska Martins, repudiaram a decisão do
juiz Sérgio Moro, que condenou Lula a 9 anos e meio
de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
De acordo com Zanin, a sentença é meramente
especulativa, despreza as provas da inocência
apresentadas pela defesa nas alegações finais do dia
20 de Junho, e leva somente em consideração a
delação informal de Léo Pinheiro da OAS.
Zanin disse que teve conhecimento da sentença quando
estava ainda em Curitiba, em torno das 15 horas,
cuidando de outro processo em que o ex-presidente
está envolvido e que por isso ainda não havia feito
uma análise minuciosa das 200 páginas do processo.
Mas, numa primeira análise, disse que a sentença de
962 parágrafos dedicou 5 parágrafos para a prova que
a defesa apresentou nas alegações finais, de que o
triplex era parte da garantia da OAS para a caixa
Econômica Federal, e que por isso não havia como ser
de propriedade do ex-presidente Lula, enquanto
dedicou outros 29 parágrafos para a delação informal
de Léo Pinheiro e que por isso, não teria
compromisso com a verdade.
Para Zanin, a sentença materializa o lawfare, a
perseguição política de Moro contra Lula.
Sobre a decisão de Moro de manter Lula em liberdade,
apesar de constar na sua sentença que haveria risco
de destruição de provas e influenciar testemunhas,
Zanin disse que esse trecho da sentença teve apenas
o objetivo de alcançar manchetes e macular a imagem
e a honra do presidente Lula, além de potencializar
o espetáculo midiático e penal desse processo.
Os advogados acrescentaram que vão fazer análise
minuciosa da sentença antes de entrar com recurso
para impugnar a decisão do juiz Sérgio Moro.
Sobre os outros também condenados por Sérgio Moro,
em nota, o advogado do presidente do Instituto Lula
Paulo Okamotto disse que as absolvições demonstram
que a Operação Lava Jato está preenchida por
ilegalidades e acusações que não constituem crime.
A defesa de Léo Pinheiro afirmou em nota que a
sentença reconheceu a efetividade do acordo de
colaboração premiada do executivo, que apresentou
provas decisivas para o esclarecimento da verdade.
Os advogados de Fábio Yonamine avaliaram que, mesmo
após a injusta e penosa exposição durante o
processo, a sentença não deixa dúvidas sobre a
inocência dele.
A Executiva Nacional do PT classificou a condenação
de Lula como um ataque à democracia e à
Constituição.
Para o partido, a medida foi arbitrária, conduzida
por um juiz parcial, que presta contas aos meios de
comunicação e àqueles que não aceitam a trajetória
de sucesso de Lula na presidência.
O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Felipe Santa
Cruz, repudiou a forma como Sérgio Moro se referiu
ao advogado de Paulo Okamotto, Fernando Fernandes.
Na sentença, o juiz classifica o comportamento do
advogado como inadequado.
Fonte: Portal EBC
13/07/2017 -
CAS aprova criminalização de exigência de
autorização prévia dos planos de saúde para
urgências
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (12) substitutivo a projeto que veda e
enquadra como crime a exigência de autorização
prévia de operadoras de planos de saúde para
atendimento de casos de urgência ou emergência. A
proposta (PLS 480/2015) prevê pena de detenção e
multa e seguirá agora para a Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde
receberá decisão terminativa.
O substitutivo foi apresentado pelo senador Paulo
Paim (PT-RS), como alternativa ao texto original, de
autoria do ex-senador Marcelo Crivella, hoje
prefeito do Rio de Janeiro. A intenção de Crivella
era enquadrar como cláusula abusiva a exigência de
autorização prévia para todos os tipos de
atendimento cobertos pelos planos, não apenas os de
urgência e emergência.
Ainda pelo texto original, a tipificação dessa
exigência como crime no Código Penal se aplicaria a
todas as situações, mas Paim também restringiu a
medida apenas aos casos de urgência e emergência. O
infrator poderá receber pena de detenção de três
meses a um ano, além de multa. Se a recusa de
atendimento resultar em lesão grave ou morte, o
tempo de detenção poderá ser aumentado em metade ou
triplicado.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
13/07/2017 -
Turma afasta penalidade aplicada a empregado que
faltou à audiência em razão de doença
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
afastou penalidade aplicada a um gerente comercial
do Banco Santander (Brasil) S.A. por ter faltado à
audiência inicial trabalhista. A Turma considerou
que a ausência foi justificada pela apresentação
posterior de atestado médico.
A penalidade (confissão ficta) é aplicada quando a
parte que deve prestar depoimento não comparece à
audiência, aceitando tacitamente os fatos que lhe
foram atribuídos. A falta teria ocorrido por
problemas de saúde, comprovados por atestado médico
com o registro de gastroenterite e colite não
infecciosas, mas a 1ª Vara do Trabalho de Curitiba
entendeu que gerente não justificou
satisfatoriamente o motivo da ausência.
Com a decisão também desfavorável no Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), o empregado
recorreu ao TST, alegando cerceamento de defesa.
Disse que embora não tenha comparecido à audiência
de instrução, o juízo concedeu-lhe prazo para
justificar a ausência, o que fez por meio de
atestado médico, registrando a doença.
A ministra Kátia Magalhães Arruda, relatora do
recurso do gerente para o TST, esclareceu que,
embora o empregado não tenha comparecido à
audiência, seu advogado pediu a concessão de prazo
para justificar a ausência, o qual foi concedido
pelo juízo, com anexação do atestado ao processo.
Segundo ela, a empresa não contestou o documento,
“por meio do qual foi provado o motivo suficiente
para a ausência do empregado na audiência de
instrução”.
Para a relatora, o atestado médico comprova
suficientemente o motivo da ausência do trabalhador
“notadamente ante o tipo de moléstia sofrida, razão
pela qual deveria ter sido relevada, nas instâncias
ordinárias, a questão formal do atestado (exigência
de que constasse expressamente a impossibilidade de
locomoção)”, concluiu.
Por unanimidade, a Sexta Turma afastou a confissão
ficta e reconheceu a nulidade do processo desde a
audiência de instrução, determinando o retorno dos
autos à Vara do Trabalho de origem para que dê
seguimento ao exame do processo. O Santander já
entrou com recurso (embargos) contra a decisão, mas
que ainda não foram analisados. Processo:
RR-188-33.2011.5.09.0001
Fonte: TST
12/07/2017 -
Reforma trabalhista vai a sanção
O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o projeto de
lei da reforma trabalhista. Foram 50 votos a favor,
26 contrários e uma abstenção. Como não sofreu
alterações no Plenário, o PLC 38/2017 segue agora
para a sanção do presidente Michel Temer.
O Plenário rejeitou 178 emendas de senadores. O PT
apresentou dois destaques para votação em separado
retirando da reforma o trabalho intermitente e a
presença de gestantes e lactantes em locais
insalubres. O PSB tentou derrubar a prevalência do
negociado sobre o legislado. Mas o Plenário também
derrubou os três destaques.
A sessão começou tumultuada. Por quase sete horas um
grupo de senadoras ocupou a Mesa do Plenário e
impediu o andamento dos trabalhos. Durante a tarde,
parlamentares tentaram negociar a retomada da
votação. Mas não houve acordo.
Ainda com a Mesa ocupada pela oposição, o presidente
Eunício Oliveira (PMDB-CE) reabriu os trabalhos
pouco depois das 18h30.
– Já que eu fiz um apelo às senadoras e elas não me
entenderam, eu vou presidir a sessão como me
determina o regimento – afirmou Eunício.
Antes de votar o texto principal, parlamentares
discutiram pontos da reforma. A senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM) alertou para a possibilidade
de trabalhadores serem substituídos por pessoas
jurídicas. Segundo ela, isso provocaria perda de
direitos.
– O trabalhador perde o 13º salário, perde as
férias, perde o descanso semanal remunerado. É isso
que está escrito aqui. Nós não estamos inventando –
afirmou Vanessa.
O senador Benedito de Lira (PP-AL) discordou.
– Fala-se tanto que estamos arrancando direitos do
trabalhador. Mas não vi ninguém mostrar aqui um
único item da Constituição onde estão encravados os
direitos do trabalhador. É uma inconsequência dizer
que uma lei ordinária revoga dispositivo da
Constituição – afirmou Benedito.
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou a aprovação da
reforma trabalhista.
– Este momento será marcado para sempre a ferro e
fogo nas nossas histórias. Jamais será esquecido. O
Brasil está sangrando. Não podemos ser Judas nem
Pôncio Pilatos, lavando as mãos e dizendo: 'O que a
Câmara decidiu, com 200 variações, está decidido, e
o presidente de plantão que decida, porque nós vamos
nos omitir' – disse Paim.
O líder do governo e relator da reforma trabalhista
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania,
senador Romero Jucá (PMDB-RR), comemorou a
aprovação. Ele voltou a afirmar que o Palácio do
Planalto vai promover ajustes no projeto, seja por
meio de veto ou de uma medida provisória. Para Jucá,
o texto promove a geração de empregos.
– Essa lei é moderna, vai criar oportunidade
principalmente para os jovens terem a condição do
primeiro emprego. Hoje o desemprego é muito grande,
mas quem mais sofre é a juventude – afirmou Jucá.
Bancada feminina
Durante a votação do último destaque, sobre o trabalho
de gestantes e lactantes em locais insalubres,
senadoras favoráveis à reforma trabalhista
comentaram a ocupação da Mesa por parlamentares da
oposição. As senadoras Ana Amélia (PP-RS), Marta
Suplicy (PMDB-SP), Rose de Freitas (PMDB-ES) e
Simone Tebet (PMDB-MS) disseram defender os direitos
das trabalhadoras e confiar nas mudanças prometidas
pelo Palácio do Planalto.
Fonte: Agência Senado
12/07/2017 -
Por acordo com senadores, reforma trabalhista deve
ser alterada no Planalto
A reforma trabalhista aprovada pela Câmara e
confirmada pelo Senado nesta terça-feira (11) ainda
deve sofrer mudanças no Palácio do Planalto antes
mesmo de entrar em vigor. Pelo menos oito pontos
devem ser alvo de vetos ou sofrer alterações por
meio de medida provisória.
Para garantir a aprovação do PLC 38/2017 no Senado,
o presidente Michel Temer enviou aos senadores uma
carta em que admite a possibilidade de ajustes no
texto. Temer autorizou o líder do governo e relator
da reforma trabalhista na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), senador Romero Jucá
(PMDB-RR), a negociar mudanças com os parlamentares.
A primeira alteração é no trabalho intermitente.
Pelo texto original, o funcionário recebe apenas
pelas horas trabalhadas – sem garantia de um salário
mínimo no final do mês. Sem apontar uma solução
específica para o problema, o governo reconhece a
“necessidade de adotar critérios mais claros e
objetivos” para definir a abrangência desse modelo.
O texto que saiu do Senado permite que trabalhadores
hoje contratados por prazo indeterminado sejam
readmitidos como intermitentes. O acordo assinado
pelo líder do governo prevê uma quarentena de 18
meses para evitar essa migração.
O Palácio do Planalto comprometeu-se também a acabar
com a multa de 50% aplicada ao trabalhador que
descumprir o contrato intermitente. Outra
preocupação é criar “mecanismos de salvaguarda” para
aquele funcionário que não é convocado para
trabalhar. O governo quer disciplinar ainda a
contribuição previdenciária nesse tipo de contrato,
para proteger a Previdência e o Orçamento.
Jornada
O acordo fechado por Romero Jucá também muda a jornada
12x36. Os turnos especiais de 12 horas ininterruptas
de trabalho por 36 horas de descanso serão mantidos,
mas apenas se negociados em convenções coletivas. O
ajuste só será individual no caso de empregados
domésticos.
O Palácio do Planalto promete ainda dar mais
segurança à participação dos sindicatos nas
negociações coletivas. Ela será considerada
obrigatória na reforma trabalhista, como já está
previsto na Constituição. O acordo estabelece que
sindicatos não podem ser substituídos por comissões
de representantes dos empregados em disputas
judiciais ou administrativas.
Outro ponto polêmico na reforma é a situação de
grávidas e lactantes. O texto que saiu do Senado
permite o trabalho em locais insalubres, a não ser
que um atestado médico determine o afastamento. O
Poder Executivo deve mudar essa regra: o trabalho em
local insalubre só é permitido “de forma
excepcional”. Para isso, a mulher precisa apresentar
atestado de um médico do trabalho que autorize a
atividade.
O Palácio do Planalto também pretende mexer nos
critérios de insalubridade no trabalho. A
prorrogação de jornada em locais insalubres só será
permitida após negociação coletiva que respeite as
leis e as normas de saúde, higiene e segurança.
Danos extrapatrimoniais
Outra mudança é na indenização por danos
extrapatrimoniais. A reforma prevê que o valor da
reparação varia em função do salário do funcionário.
Por exemplo: num mesmo acidente de trabalho, quem
ganha mais recebe indenizações maiores. No acordo, o
governo se compromete a rever essa metodologia para
conceder “reparação justa ao ofendido”.
O texto original prevê ainda o pagamento de
indenização em dobro no caso de reincidência –
quando o empregador provoca novo dano a um mesmo
funcionário. O governo prometeu aplicar a
indenização em dobro ao patrão, ainda que dano seja
cometido contra outro trabalhador – para evitar
“abusos reiterados por parte dos empregadores”.
O Palácio do Planalto também pretende mudar o
contrato com trabalhador autônomo. O texto original
permite o chamado autônomo exclusivo, em que o
patrão pode contratar um funcionário como pessoa
jurídica para tentar burlar o vínculo empregatício.
Com a mudança, fica proibido exigir exclusividade do
autônomo.
O líder do governo recomenda ao Executivo mudanças
na contribuição sindical. A reforma trabalhista
prevê a extinção imediata do imposto. Romero Jucá
sugere “um modelo de extinção gradual” para
“assegurar o planejamento financeiro e o adequado
funcionamento das entidades sindicais e patronais”.
Além de Jucá, assinam o acordo os presidentes da
CCJ, senador Edison Lobão (PMDB-MA); da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE); e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); e o relator da
reforma trabalhista na CAE e na CAS, senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES).
Fonte: Agência Senado
12/07/2017 -
Temer diz que reforma trabalhista trará empregos e
deixará país mais competitivo
O presidente Michel Temer fez um pronunciamento na
noite desta terça-feira (11) e se mostrou satisfeito
com a aprovação da reforma trabalhista no Senado,
chamada por ele de “uma das reformas mais ambiciosas
dos últimos 30 anos”. A reforma segue agora para
sanção presidencial. Temer agradeceu a deputados e
senadores e fez questão de lembrar que a aprovação
da reforma se deu por “expressiva maioria”. Em
seguida, afirmou que a nova legislação trará
empregos e deixará o país mais competitivo.
“Essa aprovação da proposta é uma vitória do Brasil
na luta contra o desemprego e um país mais
competitivo. É com muita satisfação que digo que
tive a coragem de propor essa mudança para o país,
portanto para todos os brasileiros. Nela eu me
empenhei desde o início do meu mandado. Seu sentido
pode ser resumido de uma forma singelíssima: nenhum
direito a menos, muitos empregos a mais”, disse.
Para o presidente, a nova legislação criará novas
relações trabalhistas adequadas à realidade atual e
preparará o mercado de trabalho às demandas do
presente e exigências do futuro. “Os tempos mudaram
e as leis precisam se adaptar. O nosso governo está
conectado com o século 21”, disse.
Temer falou sobre a recuperação econômica do país
sob seu governo. Ele citou a inflação sob controle,
queda da taxa de juros e o bom desempenho do
agronegócio. Em seguida, afirmou que o mercado de
trabalho também já dá sinais de recuperação.
“Isso quer dizer mais renda e mais emprego. Fizemos
tudo isso em pouco mais de um ano, com diálogo,
respeito ao contraditório, ouvindo trabalhadores e
empresários. E pensando, acima de tudo, num futuro
com empregos para todos os brasileiros e
oportunidades para nossos filhos e netos”. Temer
esperou a conclusão da sessão no Senado, com a
votação inclusive dos destaques, para fazer seu
pronunciamento. Após atrasos, a reforma foi aprovada
com 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção.
(Mais informações: Ag. Brasil)
Fonte: Agência Brasil
12/07/2017 -
Maia diz que não votará MP sobre mudanças na reforma
trabalhista
Afirmação do presidente da Câmara acontece em um
momento em ele se distancia do Planalto por contra
da denúncia contra Michel Temer
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse na madrugada desta quarta-feira, 12, que não
vai votar nenhuma medida provisória que modifique o
texto aprovado pelo Congresso sobre a reforma
trabalhista.
"A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei.
Qualquer MP não será reconhecida pela Casa", afirmou
Maia no Twitter.
O texto foi aprovado nesta terça-feira, 11, no
Senado por 50 votos a 26 e segue agora para a sanção
presidencial. Para conseguir o apoio da maioria dos
senadores, o presidente Michel Temer prometeu a
edição de uma MP para modificar alguns pontos da
reforma, como a questão que envolve a não
obrigatoriedade do imposto sindical.
O comentário, que vai de encontro com o acordo feito
com Temer com parlamentares, acontece no momento em
que Maia se distancia do Palácio do Planalto por
conta da tramitação da denúncia contra o
peemedebista na Câmara.
Após saber da mensagem publicada por Maia, o
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
também voltou a afirmar que não participou de
nenhuma negociação em relação à MP. “Estou tranquilo
sobre isso. Não tratei de MP e nenhum compromisso
sobre mudanças no texto”, disse.
Fonte: Estadao
12/07/2017 -
Ministro discute regimento de Conselho Nacional do
Trabalho com centrais sindicais
Nova reunião foi agendada para o dia 25 para
tratar das propostas que serão apresentadas
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu
representantes de centrais sindicais nesta
terça-feira (11) para tratar de uma proposta de
anteprojeto do regimento interno do Conselho
Nacional do Trabalho (CNT). Ficou decidido que uma
nova reunião será realizada no dia 25 de julho, às
10h, para discutir sugestões sobre o funcionamento
do órgão.
O CNT foi instalado no dia 1º de junho para tratar
de questões relacionadas ao mundo do trabalho e de
proposições que servirão de base para a elaboração
de políticas públicas. O conselho é composto por dez
representantes dos trabalhadores, dez de
empregadores e dez do governo.
“A definição do regimento interno vai permitir o
trâmite das propostas de forma mais célere e
organizada, estabelecendo as regras para a
participação de cada integrante do conselho. A ideia
é otimizar os trabalhos para dar efetividade às
propostas apresentadas”, disse o ministro Ronaldo
Nogueira.
O secretário-geral da Força Sindical, Sérgio Luiz
Leite, destacou a importância do conselho para a
discussão de temas relacionados ao universo laboral
e que interessam aos trabalhadores. Segundo ele, 80%
do movimento sindical estão representados no
conselho por meio das centrais sindicais.
Entre as entidades presentes à reunião com o
ministro estavam a Força Sindical, a União Geral dos
Trabalhadores (UGT) e o Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST).
Fonte: MTb
12/07/2017 -
Meirelles diz que não há evidências de que crise
política afete economia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou
avanços na área econômica, como queda da inflação, e
destacou que o desemprego deve cair no segundo
semestre.
Segundo Meirelles, não há evidências de que a crise
política afete a economia e o cenário começa a
mudar.
As afirmações foram feitas durante o lançamento do
Plano Safra 2017/2018 do Banco do Brasil.
Com a medida, produtores rurais, cooperativas e
empresas do ramo do agronegócio terão acesso a R$
103 bilhões em financiamentos para a safra.
Desse total, cerca de R$ 70 bilhões serão destinados
para custeio e comercialização e quase R$ 20 bilhões
para investimentos.
Fonte: Portal EBC
12/07/2017 -
PSE preserva mais de 2,7 mil empregos no setor
automobilístico
O Programa Seguro Emprego (PSE) preservou 2.767
vagas de emprego na indústria automobilística em
maio e junho, a partir da adesão de novas empresas.
No total, já são 4.986 empregos mantidos desde o
início deste ano. Só no mês passado, 2.637
trabalhadores mantiveram seus empregos graças à
adesão das empresas. “O PSE está cumprindo o seu
papel, de preservar os empregos em momentos de
retração da atividade econômica, além de favorecer a
recuperação econômico-financeira das empresas”,
afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O destaque em junho foi a adesão da Volkswagen do
Brasil, que firmou três termos de adesão relativos à
sua fábrica de Taubaté (SP). O maior deles envolve
2.444 empregos, com um benefício inicial de R$
9.933.781,88. Outro termo assinado pela montadora
preserva 50 empregos, num total de R$ 315.447,53. E
o terceiro termo da Volks mantém 49 empregados,
equivalente a um benefício de R$ 278.949,98.
Em junho, além da Volkswagen, a Tecnowatt Iluminação
– fornecedora do setor automobilístico – aderiu ao
PSE, mantendo 94 empregos em Contagem (MG), com
benefícios que totalizam R$ 158.296,45.
Também em Taubaté, mas no mês de maio, a SAS
Automotive do Brasil assinou termo de adesão,
beneficiando 41 trabalhadores da sua planta local. O
valor do benefício do PSE chega a R$ 77.053,58. Este
foi o segundo termo de adesão da SAS Automotive, que
também já participa do PSE desde março, com sua
unidade fabril de São José dos Pinhais (PR).
Ainda em maio, outra fornecedora do setor
automobilístico havia ingressado no programa. A
Parks Comunicações Digitais, de Cachoeirinha (RS),
preservou 89 empregos e conta com um benefício de R$
424.145,89.
Com isso, o PSE já atende a dez empresas, desde
janeiro deste ano. Os benefícios chegam a um total
de R$ 15.973.202,79 para três setores – construção
civil, fabril e automobilístico.
Redução - O Programa de Seguro Emprego foi lançado
para preservar os postos de trabalho de funcionários
de empresas comprovadamente afetadas pela crise
econômica e será mantido até o final de 2018. O PSE
deu prioridade de adesão às microempresas e empresas
de pequeno porte, além das empresas que demonstrem
observar cota de pessoas com deficiência e programa
de reinserção profissional de egressos do sistema
penitenciário.
A iniciativa permite que as empresas aprovadas
reduzam em até 30% a jornada de trabalho dos seus
empregados, com diminuição proporcional de salários.
O governo federal complementa 50% do valor reduzido
da renda desses trabalhadores, até o teto de 65% do
valor máximo da parcela do Seguro-Desemprego.
Como aderir - Para aderir ao PSE, a empresa precisa
celebrar o Acordo Coletivo de Trabalho Específico
com o sindicato representante da categoria da
atividade econômica preponderante da empresa, nos
termos do art. 5º da Lei 13.189 de 19 de novembro de
2015. Depois, deve providenciar a solicitação de
adesão ao Ministério do Trabalho, conforme
instruções no site.
Podem aderir empresas de todos os setores, desde que
comprovem a situação de dificuldade
econômica-financeira. A adesão pode ser solicitada
ao Ministério do Trabalho até 31 de dezembro de
2017, observado o prazo máximo de 6 meses a cada
solicitação. Já a prorrogação pode ser solicitada
mesmo depois de 31 de dezembro de 2017 desde que o
período não ultrapasse a data de extinção do
programa em 31/12/2018.
Fonte: MTb
12/07/2017 -
NR-12 é alterada para garantir mais segurança ao
trabalhador
Uma mudança publicada no Diário Oficial da União
desta segunda-feira (10) pelo Ministério do Trabalho
traz alterações no texto da Norma Regulamentadora nº
12 (NR-12), que define medidas de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho na utilização de
máquinas e equipamentos em todas as atividades
econômicas.
As modificações tratam de adequações e atualizações
relacionadas a novos dispositivos de proteção,
distâncias de segurança e requisitos para o uso de
detectores de presença em máquinas injetoras de
materiais plásticos, prensas e similares.
Exemplos das novas aplicações normatizadas são a
utilização de sistemas de segurança de detecção
multizona - AOPD - em dobradeiras hidráulicas e a
regulação das proteções para as conhecidas prensas
enfardadeiras verticais, muito comuns no mercado e
que precisavam de regulamentação.
O coordenador de Normatização e Programas do
Ministério do Trabalho, Elton Machado, ressalta: “A
revisão das normas regulamentadoras tem por objetivo
torná-las cada vez mais adequadas à sociedade, bem
como incorporar as novas soluções tecnológicas, além
de embasar-se nas normas técnicas nacionais e
internacionais mais atuais".
As alterações foram definidas pela Comissão Nacional
Tripartite Temática da NR-12 (CNTT NR-12) e
aprovadas pela Comissão Tripartite Paritária
Permanente (CTPP), composta de representantes dos
trabalhadores, empregadores e governo.
Normas - A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
atribui ao Ministério do Trabalho a competência de
estabelecer disposições complementares aos artigos
sobre saúde e segurança, o que é feito por meio das
normas regulamentadoras. As normas têm a função de
estabelecer parâmetros de segurança em setores,
equipamentos e funções específicas, porque cada
profissão exige um cuidado próprio para resguardar a
vida e integridade física da equipe e de terceiros.
Fonte: MTb
11/07/2017 -
STF rejeita recurso e votação da reforma trabalhista
será na terça-feira; oposição pede 33 destaques
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cármen Lúcia, rejeitou nesta segunda-feira (10) um
mandado de segurança do senador Paulo Paim (PT-RS)
que pedia a suspensão da tramitação da reforma
trabalhista (PLC 38/2017). Dessa forma, o projeto
continua na pauta do Plenário para ser votado nesta
terça-feira (11).
Os senadores que se opõem à reforma trabalhista
proposta pelo governo Temer já apresentaram 33
requerimentos para votação em separado e diferentes
trechos. Para cada um deles, o Plenário deverá
decidir se aceita a solicitação e, caso aceite,
deverá decidir se mantém o dispositivo específico
dentro do texto.
Impacto orçamentário
A argumentação de Paim é que a proposta da reforma
trabalhista incorre em renúncia de receita para o
governo federal e, portanto, precisaria estar
acompanhada de uma estimativa de impacto
orçamentário e financeiro. Caso contrário, os
senadores poderiam suspender a tramitação para
analisar a compatibilidade fiscal do projeto.
Essa determinação foi criada pela Emenda
Constitucional 95, que estabeleceu o Novo Regime
Fiscal. Ela resultou da chamada “PEC do teto de
gastos” e foi aprovada pelo Senado em dezembro de
2016.
— Essa PEC foi aprovada aqui. [Na Emenda 95] está
muito claro que sem previsão orçamentária você não
pode cometer os absurdos que essa proposta está
levando para o Plenário — explicou Paim.
Apelo
O líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), afirmou
que a continuidade da reforma trabalhista sem a
estimativa de impacto orçamentário “desmoraliza” o
Novo Regime Fiscal recém-inaugurado. Ele disse que
argumentará em Plenário contra a votação da proposta
lembrando aos demais senadores que o presidente
Michel Temer enfrenta uma denúncia criminal por
corrupção passiva.
— Vamos fazer um apelo político amanhã para os
senadores não votarem uma reforma dessa neste
momento, em que o presidente está prestes a ser
afastado — disse ele.
Rito
Caso a Câmara dos Deputados autorize o prosseguimento
da denúncia contra Temer, o presidente deverá ser
afastado do cargo por um período máximo de 180 dias,
enquanto o STF julga o caso.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que a reforma
trabalhista está seguindo a tramitação normal,
conforme havia sido estabelecido em acordo no
Senado. Ela destacou que o presidente da Casa,
Eunício Oliveira, tem garantido o andamento correto.
— O próprio Plenário definiu que deveria ser amanhã
a votação, em regime de urgência. Portanto, todos os
prazos foram obedecidos. O presidente Eunício foi
extremamente correto nesse rito processual e
regimental para não haver nenhuma dúvida.
Fonte: Agência Senado
11/07/2017 -
Trabalhadores rurais dizem que reforma da
Previdência ameaça aposentadoria
Sazonalidade, informalidade e duras condições de
trabalho foram apontadas pelos representantes dos
trabalhadores na agricultura como aspectos que
dificultam na contribuição para a Previdência
Social. As mudanças nas regras da aposentadoria
rural na reforma proposta pelo governo foram
consideradas um obstáculo para o acesso ao
benefício. A aposentadoria rural foi tema de mais
uma reunião da CPI da Previdência, nesta
segunda-feira (10).
O texto substitutivo aprovado na Câmara dos
Deputados, que modificou a proposta original, propõe
que a idade de aposentadoria dos homens seja
reduzida de 65 anos para 60 e a das mulheres para 57
– se comprovada a atividade no campo. O tempo de
contribuição cai de 25 anos para 15. O texto mantém
a cobrança de uma contribuição máxima de 5% sobre o
salário mínimo.
Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da
Confederação Nacional da Agricultura (CNA) entende
que há espaço para a redução da alíquota a menos de
2%. Ele também defende a escolha sobre a melhor
forma de contribuição e mais ações de fiscalização
no combate às fraudes.
– A gente sabe que há safras, que há condições
climáticas. Realmente, a agropecuária mudou em
alguns setores. Algumas atividades agropecuárias já
possuem um ciclo de receita. Então, no nosso
entendimento, seria a permissão da opção por parte
do produtor rural de pagar de acordo com a sua
comercialização ou com a sua folha de pagamento,
desde que ele tenha um fluxo de caixa permanente,
para que ele recolha e não fique inadimplente junto
à Previdência Social – explicou.
Para Aristides Veras dos Santos, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), além da agricultura familiar –
que gera emprego e abastece o mercado interno –, se
a agroindústria vai bem, o setor de exportações tem
que contribuir.
– Quem ganha mais contribui com um pouco mais; quem
ganha menos contribui com menos, mas contribui
também. A regra tributária brasileira é que não é
justa. Há muitos segmentos que podiam financiar mais
não só a Previdência, mas as políticas públicas como
um todo – avaliou.
Carlos Eduardo Chaves Silva, que representa os
assalariados rurais (Contar) entende que a reforma
não facilitará o acesso desses trabalhadores à
proteção social por causa da informalidade. Ele
destacou que apenas 40% da atividade laboral no
campo têm carteira assinada e, em muitos casos, não
há repasse para a Previdência da contribuição que é
descontada em folha.
Além disso, ressaltou o curto período dos contratos
formais de trabalho, que é em torno de três a seis
meses. Isto dificulta a aposentadoria do homem do
campo que, pelas regras atuais, só seria alcançada
aos 78 anos, caso começasse a trabalhar aos 18. Com
a reforma, a idade para a aposentadoria subiria para
118 anos.
– Essa proposta de reforma descumpre um princípio
básico que orienta a Previdência Social, que é a
observação da perda da capacidade laboral. Tem
trabalhador do campo que perde a condição de
trabalhar antes mesmo dos 40 anos, como é o caso do
corte da cana – argumentou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
11/07/2017 -
Paulo Paim: reforma trabalhista é cruel
O senador Paulo Paim (PT-RS), pediu, nesta
segunda-feira (10) que todos aqueles que são
contrários à proposta da reforma trabalhista
participem das vigílias que devem ocorrer em todo o
país a partir da meia-noite de hoje, para acompanhar
a votação do projeto, marcada para terça-feira (11).
Paim lembrou que essa é a oportunidade do eleitor
saber como o senador em quem votou se posicionará em
relação à reforma trabalhista.
— Que a gente participe dessa vigília. Que a nossa
gente, o nosso povo, vá para o sindicato, vá para a
associação, vá para o clube de mães, no seu local de
trabalho mesmo. Façam um movimento para que a
vigília aconteça em todo o país, na câmara de
vereadores, na assembleia legislativa — conclamou.
Paulo Paim também fez um apelo para que os demais
senadores rejeitem o projeto, que, na opinião dele,
é cruel e tem apavorado todos os trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
11/07/2017 -
Voto de Zveiter era esperado no Planalto; base
apresentará relatório alternativo
O parecer favorável à admissibilidade da denúncia
contra o presidente Michel Temer não surpreendeu o
Palácio do Planalto. O governo já esperava que o
deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) se posicionasse a
favor da aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral
da República (PGR). O que fugiu das previsões,
segundo intelocutores do presidente, foi o "tom
político" do parecer.
Segundo assessores próximos a Temer, o presidente
não está pessimista nem otimista, mas trabalhando
com a base para barrar a denúncia de corrupção
passiva apresentada pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) confirmou à
Agência Brasil que os membros da base do governo na
CCJ estão finalizando um relatório alternativo ao de
Zveiter, o chamado voto em separado. Segundo Marun,
o parecer deve ser apresentado ainda hoje. O
deputado se mostrou otimista de que a base terá
maioria de votos na CCJ para derrubar a
admissibilidade da denúncia.
De acordo com a Constituição, a denúncia apresentada
contra Temer somente poderá ser analisada pelo STF
após o voto favorável, em plenário, de 342
deputados, o equivalente a dois terços do número de
membros da Câmara. Independetemente do resultado da
votação na CCJ, a decisão final caberá ao plenário
da Casa.
Fonte: Agência Brasil
11/07/2017 -
Comissão mista analisa relatório sobre MP que
parcela dívidas previdenciárias
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
778/2017, sobre o parcelamento da dívida
previdenciária dos estados e municípios, reúne-se
nesta terça-feira (11) para analisar o relatório do
senador Raimundo Lira (PMDB-PB) sobre a matéria.
A MP 778/2017 autorizou o parcelamento em 200 meses
das dívidas de estados e municípios com a Receita
Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
que tenham vencido até 30 de abril deste ano. A
medida provisória foi assinada pelo presidente
Michel Temer durante a cerimônia de abertura da 20ª
Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios,
promovida por prefeitos de todo o país.
O pagamento do débito será feito em duas etapas.
Primeiro, haverá uma entrada de 2,4% do total da
dívida, sem reduções, a ser paga em seis parcelas
iguais, entre julho e dezembro. Na segunda etapa,
que começa em janeiro de 2018, a dívida restante
poderá ser parcelada em 194 vezes, com reduções de
25% nos encargos, 25% na multa e 80% nos juros
incidentes pelo atraso.
Raimundo Lira ainda não divulgou o relatório, mas
prometeu levar em consideração as sugestões dos
colegas envolvidos na questão municipalista. A
comissão promoveu audiência pública para discutir o
assunto e ouviu críticas de representantes da
Receita Federal sobre a real efetividade da medida.
A principal reclamação é de que o governo já fez
outros programas de refinanciamento de dívidas nos
últimos dez anos, mas que não reduziram os débitos
com a União.
A comissão é presidida pelo deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).
A reunião está marcada para 14h30, no Plenário 2 da
Ala Senador Nilo Coelho, no Anexo II do Senado.
Fonte: Agência Senado
11/07/2017 -
Comissão debate projeto que amplia contratação de
aprendizes
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público marcou para esta quinta-feira (13) audiência
pública para discutir o Projeto de Lei 5337/13, que
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
para estimular a contratação de aprendizes.
O projeto, do Senado, amplia a contratação de jovens
de 18 a 24 anos como aprendizes para atuar em
empresas. Poderão ser contratados jovens na
proporção de até 10% do total de trabalhadores do
estabelecimento, além do mínimo já estabelecido por
lei. Pela proposta, todos os jovens trabalhadores
deverão estar matriculados nos cursos dos serviços
nacionais de aprendizagem (Sesi, Senai, Senac etc.).
O debate foi requerido pelo deputado Lucas Vergílio
(SD-GO).
Foram convidados:
- a especialista em Gerência de Relações do Trabalho
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Larissa
Nascente Guimarães Leston, representando o
presidente da entidade, Robson Braga de Andrade;
- o advogado da Divisão Sindical da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) Roberto Lopes, representando o presidente da
entidade, Antônio Oliveira Santos;
- e o presidente da Federação Brasileira das Empresas
de Asseio e Limpeza Ambiental (Febrac), Edgar Segato
Neto.
A audiência ocorrerá às 9 horas, no plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
11/07/2017 -
MPT quer que empresa pague R$ 10 milhões por não
fiscalizar terceirizadas
Ao acusar uma fabricante de papel e celulose de não
fiscalizar o cumprimento de leis trabalhistas por
suas terceirizadas, o Ministério Público do Trabalho
pediu que ela seja condenada a pagar R$ 10 milhões
por danos morais coletivos.
A ação foi proposta depois que o MPT e a Polícia
Rodoviária Estadual flagraram um motorista de uma
transportadora que prestas serviços à International
Paper do Brasil dirigindo por sete horas
ininterruptas e sem qualquer forma de controle de
jornada.
A transportadora foi intimada a apresentar cópia dos
relatórios sobre o tempo de uso dos veículos. Com
base nesses dados, o MPT diz ter encontrado casos em
que a jornada chegou a 22 horas, sem descanso.
A fabricante de papel enviou ao MPT uma relação dos
contratos firmados com prestadoras de serviços.
Todos os acordos têm cláusulas de “responsabilidade
social”, segundo as quais as contratadas são
obrigadas a oferecer medidas de saúde e segurança do
trabalho, incluindo a possibilidade de rescisão em
caso de descumprimento. A empresa contratante teria
poder de fiscalização.
O órgão pediu, então, que a Justiça obrigue a
International Paper a exigir e fiscalizar
mensalmente o cumprimento de legislação trabalhista
pelas transportadoras de cargas que contratar, punir
irregularidades com sanções previstas em contrato,
incluindo a rescisão contratual; e analisar
previamente a regularidade trabalhista das empresas
que pretender contratar, além de pagar uma multa de
R$ 10 milhões por danos morais coletivos.
O processo tramita na 2ª Vara do Trabalho de São
Carlos (SP). Com informações da Assessoria de
Imprensa do MPT.
Processo 0011271-44.2017.5.15.0106
Fonte: Consultor Jurídico
11/07/2017 -
Multa por atraso de verbas rescisórias deve ser paga
logo após reconhecimento de vínculo
O artigo 477 da CLT prevê a multa em favor do
empregado, equivalente ao seu salário, caso as
verbas não sejam pagas até o primeiro dia útil
imediato ao término do contrato ou até o décimo dia,
contado da data da notificação da demissão, quando
não for dado aviso prévio, indenização deste ou
dispensa de seu cumprimento.
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) diz que, uma vez reconhecido judicialmente o
vínculo de emprego, a empresa deve pagar multa pelo
atraso nas verbas rescisórias. Com esse
entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho condenou, de forma unânime, uma empresa do
ramo de cosméticos a pagar multa a uma vendedora
pelo atraso na rescisão.
O artigo 477 da CLT prevê a multa em favor do
empregado, equivalente ao seu salário, caso as
verbas não sejam pagas até o primeiro dia útil
imediato ao término do contrato ou até o décimo dia,
contado da data da notificação da demissão, quando
não for dado aviso prévio, indenização deste ou
dispensa de seu cumprimento. Porém, para o Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), a empresa
não poderia ser condenada ao pagamento da multa
porque havia controvérsia acerca da própria
existência do vínculo empregatício e, portanto, do
direito à percepção das verbas rescisórias.
Em seu voto, o relator, ministro Douglas Alencar
Rodrigues, lembrou que foi constatada a existência
de relação de um emprego anterior. “O empregador não
pode deixar de cumprir as obrigações previstas em
lei em face de não efetivação do registro do
contrato de trabalho a tempo e modo”, disse. O
ministro explicou que, de acordo com a Súmula 462 do
TST, editada em 2016, a relação de emprego
reconhecida apenas em juízo não afasta a incidência
da multa prevista no artigo 477, que a exclui apenas
quando, comprovadamente, o empregado é o responsável
pelo atraso do pagamento das verbas rescisórias. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Processo RR-1437-94.2012.5.02.006
Fonte: Jusbrasil
11/07/2017 -
Ações do Ministério detectam fraudes no recebimento
do seguro-desemprego
A informalidade também foi objeto de combate em
operações realizadas em todo o país e que tiveram
como alvo o setor de transporte de cargas
O setor do transporte de cargas foi alvo de uma
ampla operação contra fraudes no seguro-desemprego e
a informalidade, realizada em todo o país, durante
os meses de abril e maio deste ano pelo Ministério
do Trabalho, com a participação de 50
auditores-fiscais do Trabalho. Ao todo foram
realizadas 330 ações fiscais nos dois meses da
operação.
Para o sucesso das operações, coordenadas pela
Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), foi
desenvolvido um sistema de cruzamento de dados dos
fretes feitos pelas empresas de transporte de carga
com a relação de beneficiários do seguro-desemprego
do Ministério do Trabalho, o que possibilitou a
identificação de 2.180 motoristas mantidos na
informalidade, sem o registro em carteira de
trabalho, dos quais 31% estavam, também, recebendo
indevidamente o benefício do seguro-desemprego, após
demissão simulada na própria empresa ou com omissão
do início das atividades dos empregados que estavam
recebendo o benefício. Foram identificados, durante
a operação, transportadores de carga autônomos em
plena atividade, enquanto recebiam parcelas do
seguro-desemprego.
Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Rondônia, Goiás e
Mato Grosso foram os estados com as maiores
quantidades de irregularidades encontradas. Em
apenas uma das empresas fiscalizadas havia 118
trabalhadores sem registro e 31 casos de fraude ao
seguro-desemprego.
Durante a ação foram registrados 600 autos de
infração em todo o país, cujas multas
administrativas podem chegar a R$ 6 milhões. A
detecção das irregularidades no recebimento do
Seguro-Desemprego possibilitou o bloqueio do
recebimento de 2.165 parcelas, perfazendo um total
de R$ 2,6 milhões. Os trabalhadores flagrados, além
de devolverem as parcelas recebidas indevidamente,
estarão impossibilitados de receber novo benefício
por, pelo menos, dois anos, e, além disso, poderão
responder pelo crime de estelionato qualificado.
Segundo o coordenador da operação, o auditor-fiscal
do Trabalho Celso Amorim Araújo, o sistema de
cruzamento de informações utilizado é capaz de
localizar fraudadores em todo o território nacional.
“A partir desses operativos, a estratégia de
cruzamento de dados continuará sendo empregada em
todas as inspeções de combate à informalidade e às
fraudes ao seguro-desemprego”, explicou o diretor do
Departamento de Fiscalização do Trabalho, João Paulo
Machado.
Outra irregularidade constatada: diversos empregados
sem registro estavam recebendo benefício de
aposentadoria por invalidez. Os casos de fraude ao
benefício previdenciário totalizaram despesa
superior a R$ 500 mil aos cofres da previdência e
estima-se que poderiam chegar a mais de R$ 3
milhões.
João Paulo Machado salienta que a operação é fruto
dos investimentos realizados pela SIT em tecnologia
de informação, incluindo o uso de ferramentas de Big
Data, que permitem a identificação de um maior
número de irregularidades de forma mais eficiente.
Fonte: MTb
10/07/2017 -
Senado deve concluir votação da reforma trabalhista
nesta terça
Depois de mais de dois meses de debates e 864
emendas de senadores apresentadas, o Senado deve
concluir nesta terça-feira (11), a partir das 11h,
no plenário, a votação da chamada reforma
trabalhista. O PLC 38/2017 será votado na forma do
texto aprovado pela Câmara dos Deputados, pois os
relatores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Romero Jucá
(PMDB-RR) não aceitaram qualquer uma das sugestões
de mudança defendidas por senadores não só da
oposição, mas também da base governista. Entretanto,
há a promessa de que o presidente Michel Temer
vetará os pontos mais polêmicos da proposta.
Na quinta-feira (6), pouco antes de assumir a
Presidência da República interinamente, o presidente
do Senado, Eunício Oliveira, informou que a
discussão do projeto já foi encerrada. Na próxima
terça (11), acrescentou, os líderes de partidos e de
blocos partidários poderão encaminhar a votação, que
é quando o líder orienta sua bancada para aprovar ou
rejeitar o projeto. Não haverá discursos de
senadores que não são líderes. Em seguida, haverá a
votação nominal por parte dos senadores e o
resultado é divulgado logo depois.
Dando continuidade aos trabalhos, as emendas que
receberam parecer contrário deverão ser votadas em
globo, ou seja, todas juntas de uma vez e,
provavelmente, em votação simbólica. Todas têm
parecer pela rejeição. A partir daí, o Plenário
passará a votar as emendas destacadas para votação
em separado pelos partidos ou blocos partidários. A
votação de cada destaque também poderá ser
encaminhada pelas lideranças.
Individualmente, cada senador também pode pedir para
que uma emenda ao projeto seja destacada para
votação em separado. No entanto, para que esse tipo
de requerimento seja apreciado, é preciso a
concordância da maioria do Plenário, o que
dificilmente ocorre. Já os destaques apresentados
pelos partidos ou blocos têm de ser obrigatoriamente
colocados em votação. Partidos que têm entre três e
oito senadores podem apresentar apenas um destaque;
entre 9 e 14 senadores, dois destaques; partidos com
mais de 14 senadores, três destaques.
Se alguma alteração for aprovada pelos senadores, o
PLC terá de voltar para nova análise da Câmara dos
Deputados. Caso os senadores confirmem o texto sem
mudanças, o projeto seguirá para sanção presidencial
no dia seguinte.
Fonte: Agência Senado
10/07/2017 -
Semana na Câmara tem relatório de denúncia contra
Temer na CCJ e votação da LDO
A discussão na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) em torno da denúncia apresentada
contra o presidente Michel Temer estará no centro
das atenções da Câmara dos Deputados nesta semana. A
acusação foi apresentada pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) e, para ter prosseguimento perante a
Justiça, precisa ser admitida pelos deputados em
duas etapas de votação: primeiro na CCJ, depois no
plenário.
O trâmite na CCJ terá início nesta segunda-feira
(10) à tarde, com a leitura do parecer do relator
Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) pela admissibilidade ou não
da denúncia. Ainda na segunda-feira, logo após a
apresentação do relator, a defesa de Michel Temer
deve fazer a exposição oral de seus argumentos na
CCJ.
A partir de quarta-feira (12), os membros da
comissão devem começar a fase de debates em torno do
parecer. A expectativa é que a discussão se estenda
por mais de 40 horas, já que a presidência da
comissão permitiu que todos os 66 membros e seus
respectivos suplentes tenham direito à fala por até
15 minutos.
Há a possibilidade de até 40 deputados não membros,
20 contrários e 20 favoráveis ao processo, se
manifestam por até 10 minutos cada. A lista de
inscrição para os oradores será aberta meia hora
antes da sessão de quarta-feira. A presidência do
colegiado já adiantou que os trabalhos da comissão
não vão se estender pela madrugada.
Até o momento, ainda não foi definida data para
votação do parecer pelo colegiado. Mas, de acordo
como Regimento Interno da Câmara, a comissão deve
encerrar a tramitação da denúncia no prazo de até
cinco sessões contadas a partir da entrega da defesa
escrita de Michel Temer, ocorrida em 5 de julho. Na
última sexta-feira (7), os deputados governistas
garantiram quórum no plenário com o objetivo de
acelerar o processo, contando o prazo de uma das
cinco sessões.
Em decorrência da relevância da matéria e para
evitar confusão, o acesso à sala da CCJ ficará
restrito aos parlamentares, servidores autorizados e
imprensa credenciada. O ingresso de pessoas na
Câmara portando banners, cartazes, faixas e
similares ficará proibido e caberá aos agentes do
Departamento de Polícia Legislativa o controle do
fluxo. O mesmo procedimento foi adotado durante a
análise do processo de impeachment da então
presidenta Dilma Rousseff.
Plenário
Para além da CCJ, no plenário da Câmara três medidas
provisórias (MPs) trancam a pauta de votação. Entre
elas, a MP 772/2017, que dispõe sobre a inspeção
sanitária e industrial dos produtos de origem
animal. Está prevista também a discussão do projeto
de lei que introduz no Código Penal brasileiro o
crime de assédio moral no trabalho.
Também está programada para a noite de quarta-feira
(12), a sessão do Congresso Nacional que deve
analisar 15 vetos presidenciais, além do projeto da
Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2018. Com mais
de 1500 emendas ao texto da proposta, o relatório do
deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) deve ser discutido
pelos deputados e senadores. De acordo com a
Constituição, os parlamentares não podem entrar em
recesso, previsto para se iniciar na próxima
sexta-feira (17), sem que a lei tenha sido votada.
Esta será a primeira LDO a ser votada após aprovação
da emenda constitucional do Teto de Gastos Públicos,
que atrela os gastos à inflação do ano anterior por
um período de 20 anos.
Fonte: Agência Brasil
10/07/2017 -
Cármen Lúcia rejeita pedidos de suspensão de
denúncia contra Temer
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministra Cármen Lúcia, negou os mandados de
segurança com pedidos de liminar para suspender a
tramitação da denúncia contra o presidente Michel
Temer apresentados por deputados da Rede e do PDT.
Os dois pedidos visavam a que o STF obrigasse o
presidente da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG),
a colocar em votação os requerimentos apresentados
pelos membros do colegiado para que diversos
depoimentos fossem tomados antes da decisão sobre o
prosseguimento de investigações contra o presidente.
Entre os requerimentos, os deputados pediam para
ouvir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
e os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud.
Pacheco, no entanto, negou monocraticamente as
oitivas alegando que não cabe à comissão produzir
novo conjunto probatório, mas apenas se manifestar
sobre a denúncia com os fatos que já estão incluídos
nela.
Sobre o pedido do PDT, a decisão de Cármen Lúcia
considera que “na esteira da legislação vigente e da
consolidada jurisprudência deste Supremo Tribunal na
matéria”, o mandado de segurança estava indeferido,
estando prejudicado o requerimento da medida
liminar.
Para o pedido feito pela Rede, a presidente do STF
considerou “ausentes os requisitos legais”,
indeferindo a medida liminar. No entanto, a ministra
considerou que “essa decisão preambular não
representa antecipação de juízo definitivo sobre o
mérito da questão posta em exame nem sinaliza o
reconhecimento, ou não, do direito alegadamente
titularizado pelo impetrante”.
No recurso da Rede ao STF, além de pedir que Pacheco
fosse obrigado a colocar os requerimentos em
votação, o deputado Alessandro Molon (RJ) – autor do
mandado de segurança – pedia também que a oitiva de
Janot fosse obrigatória. Ou seja, ainda que o
requerimento de convite fosse rejeitado, o
procurador deveria ser ouvido pela comissão para que
o processo pudesse ter a participação das duas
partes, com defesa e acusação sendo ouvidos, não
apenas a defesa.
Denúncia
No inquérito, Temer é acusado por Rodrigo Janot de ter
aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo
e recebido, por intermédio do seu ex-assessor
Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500
mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário
Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela
Operação Lava Jato.
A defesa do presidente Michel Temer argumenta que as
provas contidas na denúncia não são concretas e que
o presidente não cometeu nenhum ilício. Temer fez um
pronunciamento em que classificou a denúncia de
"peça de ficção" e questionou a atuação de Janot.
De acordo com a Constituição, a denúncia apresentada
contra Temer somente poderá ser analisada pelo STF
após o voto favorável, em plenário, de 342
deputados, o equivalente a dois terços do número de
membros da Câmara. Na CCJ, será votado um parecer a
favorável ou não à abertura do processo, mas a
decisão final cabe ao plenário da Casa. Saiba quais
são os próximos passos da tramitação.
Fonte: Diap
10/07/2017 -
Governo mantém vantagem na votação da reforma
trabalhista, alerta Diap
“A conta que deve ser feita não é quantos votos o
governo teria hoje e sim quantos votos nosso lado
tem. Hoje, nosso teto bate em 30 votos, o que está
longe de nos dar alguma expectativa de mudar o
resultado no plenário na votação da reforma
trabalhista”. O alerta é de Antônio Augusto de
Queiroz (Toninho), diretor de Documentação do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar).
Nesta sexta (7), o site do jornal O Estado de S.
Paulo noticiou que o governo teria 42 dos 41 votos
necessários. Setores do sindicalismo leram a
informação como resultado do desgaste de Temer.
Toninho comenta: “Ainda que o governo perca quatro
ou cinco votos, manterá larga vantagem no Senado”.
Ele orienta que o movimento não descuide da pressão
e busque negociar melhorias.
Mercado - No encaminhamento das reformas, o governo
passa a ter apenas papel formal. “Quem dá as cartas
de verdade é o mercado. Os parlamentares estão
preocupados com a eleição e as fontes de
financiamento, oficiais ou paralelas. Eles manobram
com a aprovação de emendas, mas ainda assim precisam
de recursos para suas campanhas. E isso quem pode
garantir é o setor privado”, diz Toninho.
Denúncias - Para o diretor do Diap, a onda crescente
de denúncias enfraquece Temer e seu governo. Mas não
tem impacto direto no encaminhamento das reformas.
Segundo Toninho, “o mercado tem interesses próprios,
autonomia e influência no Congresso.”
Oportunidades - Conforme Antônio Augusto de Queiroz,
o setor privado teve três oportunidades de impor a
agenda liberal e a desregulamentação nas relações de
trabalho, ou seja, na Constituinte, na revisão
constitucional e com FHC. “Mas a eleição de Lula
travou essa possibilidade”, ele observa.
Pressão - Daqui até a votação pelo plenário, a
pressão sindical deve continuar. Toninho orienta o
contato direto senador por senador, outras formas de
pressão nas bases dos políticos e, também, “no que
for possível, extrair o máximo de eventual
negociação com o governo e sua base”.
Mais informações: www.diap.org.br
Fonte: Agência Sindical
10/07/2017 -
Meirelles diz que taxa de desemprego deve voltar a
cair a partir do 2º semestre
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a
afirmar, na cúpula do G20, em Hamburgo (Alemanha),
que a economia brasileira encontra-se em trajetória
de recuperação. Ele afirmou que a taxa de desemprego
deve voltar a cair a partir do segundo semestre
deste ano.
“Isto é mérito deste governo. Uma equipe está
tocando essas reformas e tem todo o apoio do
presidente. Não só do ponto de vista político, mas
do ponto de vista congressual. Temos todo o apoio
necessário para fazermos o esforço pela aprovação
das reformas”, disse Meirelles, de acordo com
informações do Palácio do Planalto.
Em entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda
afirmou que a economia brasileira “vai bem” e se
disse confiante na aprovação de reformas no
Congresso, a despeito de crise política no país.
Segundo dado mais recente do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego
no Brasil ficou estável no segundo trimestre deste
ano, em 13,3%, atingindo 13,8 milhões de pessoas.
Fonte: Portal EBC
10/07/2017 -
IPCA tem deflação de 0,23% em junho, a primeira
variação negativa em 11 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), a inflação oficial do país, fechou o mês de
junho com resultado negativo (deflação) de 0,23%, o
primeiro registrado em 11 anos. Em maio, o índice
havia ficado em 0,31%.
Os dados relativos ao IPCA foram divulgados hoje
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O resultado é o mais baixo para o mês de
junho desde o início do Plano Real e o primeiro
resultado mensal negativo desde 2006, quando foi
registrada deflação de 0,21%. Em agosto de 1998, a
taxa atingiu -0,51%.
Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em
1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados no
mesmo período do ano passado. Considerando os
primeiros semestres, é o resultado mais baixo da
série histórica. Em relação aos últimos 12 meses, o
índice acumulado foi para 3%, abaixo dos 3,6%
relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte: Agência Brasil
10/07/2017 -
Governo prorroga prazo para inscrição no Programa
Seguro-Emprego
As empresas terão até dezembro para se inscrever no
Programa Seguro-Emprego (PSE), do governo federal,
que entrou no lugar do antigo Programa de Proteção
ao Emprego.
A Lei 13.456/2017, que alterou o prazo e o nome do
programa, sancionada recentemente pela Presidência
da República, permite a negociação de acordo
coletivo para redução de até 30% da jornada e do
salário dos trabalhadores.
A lei também prevê apoio técnico gratuito do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
para empresas de pequeno porte na celebração de
acordo coletivo múltiplo específico. Além disso, as
companhias que tiverem um projeto de reinserção
profissional para egressos do sistema penitenciário
têm prioridade na adesão ao PSE.
Outra mudança estabelecida pela legislação é a
exigência de aprovação dos trabalhadores abrangidos
pelo programa, em assembleia, para alteração do
número total de funcionários e setores contemplados
pelo PSE.
Fonte: Consultor Jurídico
10/07/2017 -
MTb altera as Normas Regulamentadoras de Segurança e
Medicina do Trabalho
Foram publicadas no Diário Oficial desta
sexta-feira, 7-7, as Portarias MTb, de 870, 871 e
872, todas de 6-7-2017, que alteram,
respectivamente, as Normas Regulamentadoras 6 (EPI),
9 (PPRA) e 20 (Líquidos Combustíveis e Inflamáveis),
aprovadas pela Portaria 3.214 MTb/78.
A NR-6 altera e acrescente itens da lista de EPI -
Equipamento de Proteção Individual, relativos a
calça, macacão e vestimentas.
A NR-9 altera o seu Anexo 2, que dispõe sobre a
Exposição Ocupacional ao Benzeno em PRC - Postos
Revendedores de Combustíveis para tratar de
equipamento de proteção respiratória e para a pele
para proteger os trabalhadores contra riscos de
exposição ao benzeno.
Já a NR-20 inclui o Anexo III - "Diretrizes e
Requisitos Mínimos para utilização da modalidade de
ensino à distância e semipresencial", permitindo a
utilização dessa modalidade de ensino para as
capacitações previstas na Norma.
Publicado por COAD
Fonte: Jusbrasil
10/07/2017 -
Acidente na volta para casa dá direito a
estabilidade de emprego
Um acidente no caminho de volta para casa após a
saída do trabalho gera direito de estabilidade
provisória no emprego. Foi o que entendeu a juíza
Junia Marise Lana Martinelli, titular da 20ª Vara do
Trabalho de Brasília, ao determinar o pagamento de
verbas rescisórias a uma trabalhadora.
A trabalhadora foi atropelada em novembro de 2012,
quando voltava para casa, depois do expediente. Por
ter sofrido várias fraturas e ferimentos, ficou
afastada por 1 ano e 7 meses, período em que recebeu
auxílio-doença acidentário. Quando pôde voltar ao
trabalho, em junho de 2014, a empresa se opôs porque
não concordava com a alta médica previdenciária.
No processo, a autora da ação afirmou que só voltou
ao trabalho em agosto de 2014 e foi demitida em
novembro daquele mesmo ano. Com esses argumentos,
pediu o reconhecimento da garantia provisória de
emprego previsto em lei e o pagamento das verbas
rescisórias devidas.
A empresa alegou que mesmo com a alta do INSS, a
trabalhadora não foi liberada pelo médico do
trabalho para retornar às suas funções, de modo que
durante esse período o contrato de trabalho se
manteve suspenso, não sendo sua responsabilidade
arcar com o referido pagamento.
Acidente de trabalho
A juíza explicou que o processo trata da hipótese de
acidente de trabalho por equiparação, sendo
irrelevante para fins de reconhecimento da
estabilidade o fato de o trabalhador estar, no
momento do acidente, em atividade no local e horário
de trabalho.
Assim, para a magistrada, estão presentes todos os
pressupostos para se conceder a estabilidade
provisória pelo período de 12 meses após o fim do
auxílio doença, nos termos do artigo 118 da Lei
8.213/1991. Esta garantia, explicou a juíza,
impediria a dispensa sem justa causa até junho de
2015.
Com a decisão, a empresa foi condenada a pagar todas
as verbas rescisórias devidas até 23 de julho de
2015, além de fornecer toda a documentação para
habilitação no seguro-desemprego. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-10.
Processo 0000673-91.2016.5.10.0013
Fonte: Consultor Jurídico
07/07/2017 -
Relator rejeita todas as emendas à reforma
trabalhista apresentadas em Plenário
O relator da reforma trabalhista (PLC 38/2017),
senador Romero Jucá (PMDB-RR), deu parecer contrário
a todas as 178 emendas apresentadas ao texto em
Plenário. Na sessão desta quinta-feira (6), os
senadores encerraram a discussão da proposta, que
deve ser votada na próxima terça-feira (11).
Jucá assumiu a relatoria das emendas em Plenário no
lugar de Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que havia sido
escolhido pelo presidente Eunício Oliveira, mas
estava ausente.
O líder do governo informou que o voto dele foi
remetido à Mesa, para que os demais senadores tenham
acesso, e lembrou que não haverá mais debates sobre
o tema, apenas a votação do texto principal e de
destaques de bancadas apresentados.
- Vamos fazer o debate de alto nível. É natural que
cada um marque sua posição num tema tão importante.
Que prevaleça a vontade da maioria - disse Jucá.
Contrário à reforma, o senador Paulo Paim (PT-RS)
protestou e disse que se tivesse sido indicado
relator das emendas de Plenário, seria favorável a
todas elas. Paim foi o autor do relatório que saiu
vencedor na Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
recomendando a rejeição total do projeto.
Alterações
O prazo para emendas encerrou-se. A maioria das
sugestões de mudanças levadas ao Plenário foi
apresentada por oposicionistas, mas até senadores do
PMDB, partido do governo, também indicaram
alterações à proposta, como a senadora Kátia Abreu
(TO) e o senador Eduardo Braga (AM). Ambos já tinham
criticado o projeto durante a tramitação nas
comissões.
A representante do Tocantins, por exemplo, quer
suprimir da proposição a autorização para que
gestantes e lactantes possam trabalhar em local
insalubre. Ela também pretende excluir do texto a
parte relativa ao trabalho intermitente, segundo o
qual o trabalhador pode prestar serviços com
interrupções, em dias alternados ou apenas por
algumas horas na semana. Ela entregou 17 emendas no
total.
A última sugestão foi apresentada pelo senador
Reguffe (sem partido-DF), que quer impedir a
"prevalência do negociado sobre o legislado" para
trabalhadores que ganham até três salários mínimos.
Fonte: Agência Senado
07/07/2017 -
Antônio Queiroz: Três cenários para o governo Temer
São basicamente três os cenários imaginados: 1)
renúncia, por exaustão do governo; 2) cassação, por
decisão do STF, após autorização da Câmara dos
Deputados; e 3) Sarneyzação do governo, ou a imagem
do “pato manco”, com a equipe econômica e o
Congresso fazendo o “feijão com arroz”, sem qualquer
reforma relevante. O primeiro é realista, o segundo
pessimista e o terceiro otimista.
Antônio Augusto de Queiroz*
A perda acelerada de legitimidade e das reais
condições de governabilidade do governo Temer
sinalizam para uma enorme dificuldade de o
presidente concluir seu mandato, seja em razão da
crise ético-moral que atinge seu governo, seja pelas
dificuldades fiscais e pela incapacidade de aprovar
as reformas que prometeu quando de sua efetivação, e
cuja promessa de “delivery” (entrega) contava com
uma aceitação quase bovina, pelo Congresso e pela
sociedade, de seus conteúdos.
São basicamente três os cenários imaginados: 1)
renúncia, por exaustão do governo; 2) cassação, por
decisão do STF, após autorização da Câmara dos
Deputados; e 3) Sarneyzação do governo, ou a imagem
do “pato manco”, com a equipe econômica e o
Congresso fazendo o “feijão com arroz”, sem qualquer
reforma relevante. O primeiro é realista, o segundo
pessimista e o terceiro otimista.
O primeiro – de renúncia – poderá vir por exaustão
do governo. O agravamento das crises política e
ético-moral, com a possível delação de alguns dos
aliados do presidente presos – como Eduardo Cunha,
Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures e Henrique
Alves – e o preço das concessões à base aliada para
a manutenção do mandato, o custo psicológico e o
tempo dedicado à gestão da crise poderá levar o
presidente a rever sua decisão de não renunciar.
Para tanto, dois tipos de estímulos poderão ser
determinantes, positivo ou negativo. O positivo
seria um acordo que afastasse o risco de prisão
imediata após a renúncia, seja por indulto ou por
aprovação de foro privilegiado para ex-presidente,
seja por outro tipo de arranjo. O negativo seria por
abandono do mercado, da base, da própria equipe
econômica ou por pressão popular, mediante grandes
manifestações com o mote “Fora Temer”. A queda de
popularidade do presidente, medida por diferentes
institutos de pesquisa, mostra que essa
possibilidade não está muito distante de ocorrer.
O segundo – de cassação – poderá vir pela provável
saída do PSDB da base, que levaria consigo alguns
outros partidos, deixando o governo sem condições de
promover reformas, sem sustentação perante o mercado
e sem votos para impedir a autorização de abertura
do processo por crime comum perante o Supremo
Tribuna Federal.
Para um partido com perspectiva de poder, como o
PSDB, é um custo insuportável rejeitar na Câmara
três denúncias de natureza ético-moral, e com forte
suporte fático, propostas pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra o presidente da República. A
primeira, já em curso, sobre corrupção passiva. A
segunda, a ser proposta, sobre obstrução da Justiça.
E a terceira, também, a ser proposta, sobre formação
de quadrilha.
O eventual desembarque do PSDB certamente seria
acompanhado por seus potenciais aliados no pleito de
2018, e isto poderia deixar o presidente Temer sem
condições de barrar na Câmara a abertura do processo
no STF, senão já na primeira, possivelmente na
segunda ou na terceira tentativa.
Outro vetor que poderia contribuir para esse cenário
seria o establishment encontrar um nome que reunisse
as cinco condições consideradas ideais para
substituir Temer e fazer a transição e a posse do
novo presidente eleito diretamente: 1) ter voto no
Congresso (Câmara e Senado) para ser eleito, 2)
manter a agenda de reformas, 3) continuar com a
equipe econômica atual, 4) não estar sendo
investigado por desvio de conduta, e 5) ter
maturidade e equilíbrio emocional para conduzir o
País nesse período delicado de transição.
Esse é o cenário menos provável, até porque o
presidente, percebendo esses movimentos, poderia
renunciar antes, evitando o vexame de não reunir 172
votos para se manter à frente do governo. Além
disto, o presidente sabe que uma vez autorizada a
abertura do processo, com seu imediato afastamento
por 180 dias, a chance de voltar é praticamente
zero.
Por fim, o cenário de Sarneyzação, que seria a
continuação, piorada, do que já vem ocorrendo. O
governo conseguiria rejeitar os pedidos de cassação
na Câmara, mas ficaria sem forças para aprovar
reformas e sem condições de impor sua vontade no
governo, passando a depender integralmente da equipe
econômica e da base fisiológica do Congresso. O
natural enfraquecimento do presidente, por já estar
em final de mandato, seria agravado pela sua total
incapacidade de garantir sustentação a qualquer
medida de relevo que pudesse recuperar a sua
credibilidade.
Esse cenário, aliás, tende a prevalecer mesmo na
hipótese de substituição de Temer, caso o sucessor
seja alguém do Congresso. Seria mantido o padrão
atual, com sua agonia a cada dia.
O desafio seria manter os fundamentos
macroeconômicos a cargo do Banco Central, como o
controle da inflação, a redução das taxas de juros,
o equilíbrio do câmbio e da política monetária, além
da preservação das reservas cambiais.
Atualmente, o governo tem aliviado a situação das
finanças públicas e da população com receitas
provisórias, mas que não se sustentam sem reformas,
sem aumento de tributos ou sem o descongelamento do
gasto público.
No caso do governo Temer, o alívio decorre da venda
de ativos, de receitas de concessões e eventuais
privatizações, do novo Refis, da repatriação e do
contingenciamento do orçamento e agora do resgate de
precatórios não retirados pelos titulares. Porém, se
até setembro não houver o descontingenciamento, a
máquina vai parar. Alguns setores essenciais já
estão evidenciando esse colapso, notadamente as
polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).
No caso da população, o alívio decorre da liberação
do FGTS e da devolução do imposto de renda, cujos
efeitos são passageiros, e da redução da inflação e
do valor dos alugueis que, embora sejam importantes,
não compensam as perdas decorrentes da estagnação da
economia e do desemprego. Paradoxalmente, voltam ao
debate medidas de supressão de direitos, como a
extinção do abono salarial, já cogitado em momentos
anteriores, e que já foi objeto da redução do valor
devido aos trabalhadores, por meio da Medida
Provisória 664, em 2015.
A sequência natural disso é que a situação fiscal se
deteriora a cada dia, pois o novo regime fiscal não
se sustenta sem reformas e sem o aumento de
tributos, porque o orçamento congelado em 2016 não
dá conta de manter os atuais serviços públicos e
programas sociais. A reação popular será apenas uma
questão de tempo, caso de mantenha a meta fiscal sem
flexibilização, não haja aumento de receita ou não
sejam liberados os recursos orçamentários
contingenciados.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Fonte: Diap
07/07/2017 -
Governo avalia compensação pelo fim do imposto
sindical
Ideia é regulamentar a contribuição assistencial,
que representa 70% do orçamento
Sob pressão das centrais sindicais, Michel Temer
estuda incluir em medida provisória dispositivos
para evitar que entidades trabalhistas e patronais
passem por aperto financeiro com o fim do imposto
sindical obrigatório. Na próxima semana, o Senado
deve votar em regime de urgência a reforma
trabalhista, que transforma em opcional o pagamento
do imposto sindical equivalente ao salário de um dia
de trabalho – o que reduzirá os ganhos das centrais
sindicais.
Em conversas reservadas, o presidente já afirmou que
manterá o fim dessa cobrança obrigatória, mas disse
que o Ministério do Trabalho deverá incluir em
medida provisória alternativas para custear as
atividades sindicais. A principal proposta,
discutida nessa quarta-feira (5) por Temer com a
Força Sindical, com o apoio de outras centrais, é
regulamentar a contribuição assistencial, que
representaria até 70% do orçamento de alguns
sindicatos.
Com a previsão legal, o dispositivo poderia voltar a
ser cobrado de forma abrangente, uma vez que, em
fevereiro, o Supremo proibiu a cobrança da taxa de
trabalhadores não sindicalizados.
A ideia é que os próprios sindicatos, por meio de
assembleias e convenções coletivas, definam o valor
da contribuição e a forma de cobrança. O argumento
principal é que, assim, seria respeitado o principal
objetivo da reforma trabalhista: a prevalência do
negociado entre patrões e empregados sobre a
legislação. “É preciso moralizar a atividade
sindical e essa cobrança”, disse o presidente da
Força, o deputado Paulinho da Força (SD-SP).
Temer reabriu discussões sobre o assunto devido ao
receio de que os sindicatos, insatisfeitos, deem
início a mobilizações contra seu governo em
protestos e paralisações que podem fragilizar ainda
mais sua gestão.
O debate, entretanto, gerou reação forte da base
governista na Câmara, que votou em massa pela
extinção da cobrança. O PSDB, em especial, se opôs a
esses movimentos, uma vez que tucanos foram
relatores do texto da reforma trabalhista.
“Afronta”
Em conversas reservadas na semana passada, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou
a Temer que qualquer iniciativa de recriar o imposto
sindical seria considerada uma afronta aos partidos
aliados e poderia comprometer o apoio ao presidente
no momento em que ele luta para barrar no plenário
denúncia de corrupção.
Além da contribuição assistencial, o Planalto estuda
outra opção para reduzir, em curto prazo, os
impactos financeiros do fim do imposto sindical – a
adoção de uma regra de transição de seis anos para a
extinção da taxa.
Carência
A ideia debatida com as centrais e que, segundo
assessores presidenciais, teria o apoio de
sindicatos patronais é adotar três anos de carência
– ou seja, a cobrança continuaria até 2020. Nos três
anos seguintes, o tributo seria reduzido
gradualmente. Primeiro, seriam cobrados 75% do
equivalente a um dia de trabalho, passando para 50%
e terminando em 25%, até ficar optativo.
O governo ainda não definiu se deve adotar só uma
das alternativas ou as duas simultaneamente. A
intenção é que a medida provisória seja publicada
após a sanção da reforma trabalhista – que tem 120
dias para entrar em vigor. Essa MP também deve
incluir salvaguardas aos trabalhadores que foram
exigidas pela base governista no Senado para
garantir sua aprovação sem modificações.
Fonte: Jusbrasil
07/07/2017 -
CPI da Previdência fará audiência com representantes
de trabalhadores rurais
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa
as contas da Previdência Social fará uma audiência
pública interativa na próxima segunda-feira (10), às
14h30. Foram convidados representantes dos
trabalhadores do setor agrícola e de reciclagem,
dando prosseguimento ao ciclo de audiências públicas
que debatem a reforma da Previdência.
A CPI, solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS),
foi instalada no final de abril para averiguar as
dívidas de grandes empresas com a Previdência, a
sonegação e a concessão de anistias, desonerações e
desvinculações tributárias que teriam provocado o
desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos,
além de discutir e analisar assuntos em torno da
proposta de reforma da Previdência (PEC 287/2016).
Está é a 21ª reunião da CPI, que já ouviu
representantes de diversos setores da sociedade para
debater a situação da Previdência e as consequências
da reforma previdenciária no Brasil. A comissão é
presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), e tem
como vice-presidente e relator os senadores Telmário
Mota (PTB-RR) e Hélio José (PMDB-DF),
respectivamente.
Participarão do debate Marcos Rochinski,
coordenador-geral da Federação Nacional dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura
Familiar; Renado Conchon, coordenador do Núcleo
Econômico da Confederação Nacional da Agricultura
(CNA); Aristides Veras dos Santos, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag); e Cleusimar Alves de Andrade,
presidente da Associação Recicle a Vida. A audiência
será realizada na sala 19 da Ala Senador Alexandre
Costa. Os cidadãos podem participar com comentários
ou perguntas aos parlamentares e aos convidados.
Fonte: Agência Senado
07/07/2017 -
Preço da cesta básica diminui em 23 capitais, aponta
Dieese
O custo da cesta básica em junho diminuiu em 23
capitais brasileiras e aumentou em quatro, aponta a
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos,
realizada pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao longo de junho, os maiores recuos foram
registradas no Rio de Janeiro (-5,02%), em Brasília
(-4,18%), Vitória (-4,14%) e em Belo Horizonte
(-4,03%). Já as elevações foram observadas em quatro
capitais: Fortaleza (0,99%), Macapá (0,43%), São
Luís (0,20%) e Rio Branco (0,06%).
A cesta mais cara foi registrada em Porto Alegre (R$
443,66), seguida por São Paulo (R$ 441,61),
Florianópolis (R$ 432,40) e Rio de Janeiro (R$
420,35). Os menores valores médios foram observados
em Rio Branco (R$ 333,35) e Salvador (R$ 350,22).
Nos últimos 12 meses, houve retração em 22 cidades.
As taxas negativas mais expressivas foram observadas
em Belo Horizonte (-11,97%), Campo Grande (-9,81%) e
Brasília (-9,71%). Já os aumentos no acumulado do
período ocorreram nas cidades do Nordeste: Fortaleza
(5,61%), Recife (2,20%), Maceió (1,49%), João Pessoa
(1,02%) e Natal (0,62%).
No primeiro semestre de 2017, 16 capitais tiveram
diminuição, com destaque para Rio Branco (-13,29%),
Cuiabá (-7,27%), Manaus (-6,83%) e Brasília
(-6,21%). As altas acumuladas mais significativas
foram anotadas em Recife (7,44%), Aracaju (4,54%) e
Fortaleza (3,63%).
Salário-mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de
Porto Alegre, no período o salário-mínimo necessário
para a manutenção de uma família de quatro pessoas
deveria ser o equivalente a R$ 3.727,19, ou 3,98
vezes o mínimo atual, de R$ 937,00. Em maio de 2017,
o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.869,92,
ou 4,13 vezes o mínimo vigente. Em junho de 2016, o
salário-mínimo necessário foi de R$ 3.940,24, ou
4,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$
880,00.
Quando se compara o custo da cesta e o
salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto
referente à Previdência Social, verifica-se que o
trabalhador remunerado pelo piso nacional
comprometeu, em junho, 44,83% do salário-mínimo para
adquirir os mesmos produtos que, em maio, demandavam
45,81%. Em junho de 2016, o percentual foi de
49,98%.
Preços dos itens
De maio a junho houve predominância de alta no preço
do feijão e da manteiga. Já o tomate, a batata
(coletada na região centro-sul), a banana, o óleo de
soja, a carne bovina de primeira e o arroz tiveram
redução média de valor na maior parte das cidades.
Fonte: Agência Brasil
07/07/2017 -
Ministro Ronaldo Nogueira anuncia crédito para o
trabalhador dentro do FIES
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou a
abertura de crédito especial na ordem de R$ 250
milhões para financiamento do ensino superior do
trabalhador e dependentes. Serão abertas 20 mil
vagas no Financiamento Estudantil (Fies) para
atender esse público.
"É uma política de valorização do trabalhador
brasileiro e sua família. Basta ter carteira
assinada e cadastro de beneficiário do abono
salarial para ter acesso facilitado ao financiamento
a partir de 2018", informa Nogueira.
Ronaldo Nogueira participou, nesta quarta-feira
(6/7), do lançamento o novo Financiamento Estudantil
(Fies). No evento, o ministro da Educação, José
Mendonça Bezerra Filho, anunciou ainda a abertura de
75 mil novas vagas no sistema de educação superior
privada para o segundo semestre deste ano. O evento
foi prestigiado pelo presidente da República Michel
Temer, deputados, senadores e outras autoridades.
Para a modalidade do trabalhador, a fonte de
financiamento será o Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). O presidente do Conselho Deliberativo do FAT
(Codefat), Virgílio Nelson da Silva Carvalho, afirma
que a medida surgiu da preocupação permanente do FAT
e das orientações do Ministério do Trabalho em
facilitar a vida universitária do trabalhador e seus
familiares.
"Buscamos, cada vez mais, fazer do FAT um fundo
indutor de oportunidades ao trabalhador e não apenas
o provedor. As regras serão divulgadas
oportunamente", enfatiza o presidente do Codefat.
No novo Fies, serão 300 mil vagas a serem
disponibilizadas em 2018. Nas alterações previstas,
as vagas foram divididas em três modalidades. A
primeira prevê 100 mil contratos para pessoa com
renda familiar de até três salários mínimos a juros
zero. Pelas novas regras, o aluno vai começar a
pagar prestações de no máximo 10% da renda mensais.
A segunda opção é voltada para as regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. Atenderá grupo de estudante
cuja renda familiar é de até cinco salários mínimos
por pessoa. Serão 150 mil vagas a custo de 3% de
juros mais correção monetária. E será utilizado para
financiar a linha os fundos de desenvolvimento.
Já a terceira modalidade, também para famílias com
renda de até cinco salários mínimos, ainda sem taxas
de juros definidas, usará como fonte de
financiamento o BNDES e fundos regionais. E o risco
crédito será compartilhado com os bancos. A previsão
é de 60 mil vagas.
Outra novidade é que as taxas bancárias serão de
responsabilidade das instituições de ensino
contratantes. Com essa mudança, o governo calcula
economizar aproximadamente R$ 300 mil por ano.
Fonte: MTb
07/07/2017 -
BRF é condenada a pagar adicional de insalubridade
por fornecer EPI sem certificação
A BFR S.A não conseguiu em recurso para a Sétima
Turma do Tribunal Superior do Trabalho a exclusão do
pagamento de adicional de insalubridade a uma
industriária de Capinzal (SC) devido ao fornecimento
de EPIs sem o certificado de aprovação (CA) expedido
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Ela trabalhava na área de cortes da empresa e,
segundo o processo, em ambiente com ruído acima do
tolerável. A insalubridade em grau médio foi
constatada pela perícia, que apurou também que o
equipamento fornecido não tinha Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo do MTE, conforme
determina a Norma Regulamentar número 6.
A BFF alegava que a autora nunca trabalhou
desprotegida e que os equipamentos de proteção
fornecidos eram adequados e suficientes para
eliminar o ruído. Entende também que a legislação
que trata do assunto não exige que as fichas de
fornecimento dos EPIs, declaração que o empregado
assina se comprometendo a utilizar o equipamento de
forma correta, contenham indicação do Certificado de
Aprovação do Ministério do Trabalho.
O relator do recurso da BRF na Sétima Turma,
ministro Douglas Alencar Rodrigues, disse em seu
voto que a matéria está superada pela jurisprudência
do TST no sentido de que o fornecimento de EPIs, sem
certificado de aprovação, acarreta a obrigação de
pagar o adicional, pois em tais condições os
equipamentos não serão capazes de suprimir os
agentes agressores presentes no ambiente insalubre.
A decisão foi unânime.
PROCESSO Nº TST-RR-1552-18.2014.5.12.0012
Fonte: TST
06/07/2017 -
Impactos
da reforma trabalhista são discutidos em Plenário
A reforma trabalhista proposta pelo governo dividiu
opiniões no primeiro dia de discussão em Plenário.
Os senadores apontaram os principais impactos do
projeto (PLC 38/2017). Foram quatro horas de
pronunciamento com 25 oradores inscritos. A proposta
também será discutida nesta quinta (6) e deve ser
votada na próxima terça-feira (11).
A estratégia da oposição é levar a discussão até o
último minuto para tentar alterar o texto e mandar
de volta para análise dos deputados. Os líderes
contrários ao projeto voltaram a apontar a
precarização do emprego e a retirada de direitos do
trabalhador como consequências da reforma, que
atenderia somente aos interesses do empresariado.
Entre os senadores favoráveis à proposta, o
entendimento é de que projeto foi amplamente
debatido e atende às necessidades econômicas do
país, com a geração de empregos.
Aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto altera
mais de cem artigos da CLT (Consolidação as Leis do
Trabalho). Entre as mudanças, o texto cria
modalidades de contratação como a do trabalho
intermitente, por jornada ou hora de serviço, além
de estabelecer o fim do imposto sindical.
No Senado, a proposta passou pelas Comissões de
Assuntos Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais (CAS)
e de Constituição e Justiça (CCJ), depois ganhou
urgência para apreciação em Plenário. Até agora já
foram apresentadas mais de 170 emendas individuais
ao projeto.
Discussão
Senadores de oposição como Ângela Portela (PDT-RR),
Fátima Bezerra (PT-RN), João Capiberibe (PSB-AP),
Humberto Costa (PT-PE), Lídice da Mata (PSB-BA),
José Pimentel (PT-CE) e Regina Sousa (PT-PI)
destacaram a perspectiva da criação de subempregos,
de contratos parciais e da redução de salário, com o
aprofundamento da crise, contra a promessa do
governo da geração de novos postos de trabalho.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questionou
a credibilidade do presidente Michel Temer,
denunciado pela Procuradoria-Geral da República por
corrupção passiva, para propor essa reforma.
Na opinião de Paulo Paim (PT-RS), fazer prevalecer o
negociado sobre o legislado é inconstitucional e
fere a Convenção de que o Brasil é signatário junto
à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
— O Brasil vai inventar outra vez? Vai dizer para
negociar que está na CLT? E, inclusive, o que está
como recomendação na própria Constituição, que é
ilegal, é imoral, é desonesto. Fere, sim, embora
alguns digam que não, décimo terceiro, férias, horas
extras, fundo de garantia — afirmou.
Também se pronunciaram peemedebistas contrários à
proposta do governo, como os senadores Eduardo Braga
(AM) e Roberto Requião (PR). Apesar de enfatizar a
necessidade de modernização das relações de
trabalho, Braga criticou “a pressa” na tramitação da
proposta. Ele defendeu a retirada dos itens
acrescentados ao texto pelos deputados.
Requião criticou a chamada "pejotização", previsão de
que trabalhadores podem ser contratados como pessoas
jurídicas.
— Os empregadores não perderão tempo em trocar
empregados celetistas por trabalhadores autônomos
não registrados na CLT. Em situação de depressão,
uma depressão jamais vista no Brasil, com a
precarização do mercado de trabalho, a troca será
inevitável — lamentou o senador, que criticou ainda
a possibilidade de contratos de trabalho
intermitente, o que poderia gerar uma dificuldade
para que trabalhadores atinjam o tempo para se
aposentar.
Caminho certo
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que relatou o texto em duas
comissões, disse ter a certeza de que aprovar a
reforma é o caminho certo. O senador pediu aos
colegas que analisem o texto sem se concentrar na
sua posição ideológica, mas no que é "melhor para o
país".
— Se estamos com quase 14 milhões de pessoas
desempregadas não é por acaso. Fica fácil de
perceber que a grande maioria daqueles que estão
contra o aperfeiçoamento das leis trabalhistas foram
exatamente os mesmos que apoiaram, que lideraram o
desastre econômico de elevadíssimas repercussões
sociais nos últimos anos — argumentou.
José Agripino (DEM-RN) citou os 3,9 milhões de ações
trabalhistas em curso no Brasil, que, segundo ele,
são geradas pela insegurança jurídica que a reforma
busca corrigir.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) defendeu a alteração do
texto pelo Senado para a retirada de itens polêmicos
— como o trabalho de gestante e lactante em local
insalubre — e o retorno do texto para a Câmara dos
Deputados. Entretanto, ele entende que há “avanços
importantes que merecem e devem ser celebrados” na
reforma.
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) ressaltou o acordo
para aprovar as medidas na íntegra, com o
compromisso do presidente Michel Temer de vetar
depois alguns dispositivos.
— As alterações que se pretendem, configuram pontos
centrais da recomposição econômica, manifestos desde
o início da atual gestão. Nós do PMDB reputamos
necessária a reforma e temos nos esforçado a
aperfeiçoar seus critérios pelo adensamento do
debate parlamentar — disse.
Fonte: Agência Senado
06/07/2017 -
Reforma
trabalhista já tem 177 emendas de Plenário
Até as 20h desta quarta-feira (5), os senadores
haviam apresentado 177 emendas para alterar pontos
da reforma trabalhista no Plenário. O prazo para
sugerir mudanças no PLC 38/2017 vai até o
encerramento da discussão, previsto para esta quinta
(6).
O senador Paulo Paim (PT-RS) sugere a rejeição de um
dos pilares da reforma trabalhista proposta pelo
governo Temer: a prevalência do negociado sobre o
legislado.
— A reforma atribui força de lei a convenções e
acordos coletivos, mesmo que em condições menos
favoráveis ao trabalhador. A restrição ou supressão
de direitos por meio de negociação implica flagrante
inconstitucionalidade, pois a convenção e o acordo
devem servir à ampliação de direitos — diz Paim.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) propõe que o negociado
só prevaleça sobre o legislado quando beneficiar o
trabalhador.
— A lei trabalhista deve sempre buscar o
aperfeiçoamento e a melhora nas relações e condições
de trabalho. O PLC 38/2017 abre as comportas para a
diminuição de benefícios e para a piora de vida de
trabalhadores — afirma Paulo Rocha.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi quem
mais apresentou emendas: 44. Ela quer incluir um
parágrafo para evitar que as empresas troquem
funcionários fixos por temporários. O patrão teria
que manter, nas duas modalidades de contratação, a
mesma quantidade de trabalhadores existente em
dezembro de 2016.
— A adoção indiscriminada do contrato de trabalho
temporário levará à demissão de trabalhadores
contratados em regime integral e à substituição dos
mesmos por temporários, que terão jornada
considerável com salário inferior e menos benefícios
— argumenta Vanessa.
O líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), quer
impedir que a jornada de 12 horas de trabalho
ininterrupto por 36 de descanso seja estendida a
todas as atividades profissionais.
— A jornada 12x36 pode trazer imensos riscos à saúde
e à segurança do trabalhador, potencializando a
ocorrência de acidentes e o adoecimento do
empregado. Ela supera em 50% a jornada diária normal
de 8 horas prevista na Constituição e na
Consolidação das Leis do Trabalho — argumenta
Lindbergh. (Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
06/07/2017 -
Trabalho
aprova negociação coletiva dos servidores; vai à CCJ
Em meio a tantas notícias ruins na política, no
Congresso e nos demais poderes, nesta quarta-feira
(5), os trabalhadores podem festejar uma vitória
importante, em particular os servidores públicos. A
Comissão de Trabalho da Câmara aprovou, por
unanimidade, o PL 3.831/15 (PLS 397/15), senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG), que determina normas
gerais para a negociação coletiva na administração
pública direta, nas autarquias e nas fundações
públicas dos poderes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios. O projeto ainda
vai ser examinado pela Comissão de Constituição e
Justiça.
O colegiado aprovou o parecer favorável da relatora,
deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). No parecer, a
relator argumentou que “A proposta de adoção, no
âmbito do serviço público, de uma sistemática de
negociação coletiva que considere as peculiaridades
a ele inerentes – notadamente a necessidade de
edição de lei para efetivação do ajuste – afigura-se
juridicamente viável, conforme brilhantemente
demonstrado na justificação do projeto apresentado
ao Senado Federal, e extremamente meritória.”
E arrematou: “A negociação entre o ente público e
seus servidores atende aos interesses de ambas as
partes e da sociedade como um todo. Tanto que o
Poder Executivo Federal instituiu mesas de
negociação permanente com representantes dos
servidores. Não se justifica, portanto, que a
negociação continue ocorrendo à margem da lei.”
O projeto foi negociado com as centrais sindicais na
Casa de origem e avançou na tramitação. Chegando à
Câmara dos Deputados, dá mais um importante passo na
solução desse histórico impasse que desequilibra as
relações de trabalho no serviço público, nos três
entes federados e também nas três esferas de poder.
Conteúdo do projeto
Em síntese, o projeto determina que a União, os
estados e municípios estarão obrigados a prover
todos os meios necessários para a plena efetivação
do processo de negociação coletiva, tornando-a um
mecanismo permanente de prevenção e solução de
conflitos.
Prevê ainda que as negociações poderão ser feitas
por meio de mesas, conselhos, comissão ou grupo de
trabalho, em que representantes sindicais dos
servidores e do ente estatal terão participação
paritária.
Também estabelece que os servidores e empregados
públicos poderão, por meio da negociação coletiva
mediada por sindicatos, tratar com representantes do
Estado questões relativas a planos de carreira,
padrões remuneratórios, condições de trabalho,
aposentadoria, planos de saúde e política de
recursos humanos, entre outras.
Fonte: Diap
06/07/2017 -
PT
pede investigação sobre reuniões de Temer com
parlamentares
Segundo o deputado Paulo Pimenta, um dos autores
do pedido, o presidente da República usa o cargo
para
tentar interferir na decisão dos deputados sobre
acusação de corrupção passiva
Deputados do PT protocolaram nesta quarta-feira (5)
representação contra o presidente da República,
Michel Temer, na Procuradoria-Geral da República (PGR).
No documento, os parlamentares pedem a investigação
de suposta compra de votos para barrar denúncia
contra Temer, por crime de corrupção passiva, que
tramita na Câmara (SIP 1/17).
De acordo com o deputado Paulo Pimenta (RS), um dos
vice-líderes do PT e um dos autores do pedido, Temer
utilizou o cargo para tentar interferir na decisão
dos parlamentares. Pimenta citou a agenda de
reuniões do presidente com deputados às vésperas da
análise da denúncia pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ).
“Foram recebidos parlamentares indecisos ou que
ainda não declararam o voto. É necessário que a PGR
tome providências. Lembro que [o ex-deputado e
ex-presidente da Câmara] Eduardo Cunha foi afastado
porque, em função do cargo, manipulava o processo
legislativo e interferia no funcionamento das
comissões”, disse Pimenta.
Diálogo natural
Vice-líder do PMDB, o deputado Carlos Marun (MS)
afirmou que as reuniões do presidente da República
com parlamentares faz parte da relação que o
Executivo mantém com o Congresso. Segundo ele, é
natural o diálogo com parlamentares.
“Seria equivocado, especialmente numa hora dessa, o
presidente Temer romper o diálogo com o Congresso.
Esse diálogo continua e é uma das razões pelas quais
o governo não conhece derrota no parlamento”,
destacou Marun.
Fonte: Agência Câmara
06/07/2017 -
Advogados de Temer entregam defesa à Comissão de
Constituição e Justiça
Os advogados de Michel Temer entregaram nesta
quarta-feira (5) a defesa do presidente à Comissão
de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) que irá
analisar a denúncia apresentada pelo
Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa foi
entregue às 16h pelos advogados Antônio Mariz e
Gustavo Guedes.
Caberá agora ao relator, deputado Sérgio Zveiter
(PMDB-RJ), analisar a denúncia e os argumentos da
defesa de Temer para elaborar o parecer sobre a
admissibilidade ou não.
Pelo cronograma definido na CCJ, o relator deverá
entregar parecer e voto na próxima segunda-feira
(10) para leitura e discussão. Após essa etapa, a
defesa do presidente Temer poderá se manifestar.
Também é possível ter pedido de vista coletivo por
até duas sessões da Câmara, o qual será concedido
pelo presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco
(PMDB-MG).
Fonte: Portal EBC
06/07/2017 -
Mulheres receberam 23,6% menos que os homens em
2015, aponta IBGE
As trabalhadoras brasileiras ganhavam, em 2015,
23,6% menos que os trabalhadores. Dados do Cadastro
Central de Empresas (Cempre) revelam que,
considerando o universo de pessoas ocupadas
assalariadas, os homens receberam em média
R$2.708,22 e as mulheres R$2.191,59. O levantamento
foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas e
outras organizações ativas que empregavam 53,3
milhões de pessoas, sendo 46,6 milhões (87%)
assalariados e 7 milhões (13%) sócias ou
proprietárias. Do total de assalariados, 56% eram
homens e 44% mulheres. Em relação a 2014, o número
de assalariados recuou 3,6%, sendo a queda entre os
homens de 4,5% e entre as mulheres de 2,4%.
Em cinco anos, entre 2010 e 2015, o percentual de
mulheres ocupadas assalariadas aumentou 1,9 ponto
percentual. A maior participação feminina nesse
período estava na administração pública e nas
entidades sem fins lucrativos. Neste último
ambiente, por exemplo, a participação das mulheres
passou de 53,3% para 55,8% e a dos homens caiu de
46,7% par 44,2%, no período.
Os dados do Cempre revelam ainda que, nas entidades
empresariais, embora os homens sejam maioria, a
diferença entre o número de pessoal ocupado do sexo
masculino e feminino vem caindo de 2010 para cá. No
período, a diferença diminuiu 5,2 pontos
percentuais.
Escolaridade
Em 2015, 79,6% do pessoal ocupado assalariado não
tinham nível superior e 20,4% tinham. O número de
empregados com nível superior cresceu 0,4%, enquanto
o pessoal sem nível superior recuou 4,5%, em relação
a 2014. Logo, a participação relativa do pessoal com
nível superior aumentou 0,8 ponto percentual.
A pesquisa mostra também que, entre 2010 e 2015,
apesar da predominância de trabalhadores sem nível
superior, houve acréscimo de 3,8 pontos percentuais
no número de empregados com nível superior, que era
de 16,6% em 2010.
Em 2015, o salário dos trabalhadores com nível
superior era, em média, de R$5.349,89 e o dos
empregados sem nível superior, R$1.745,62, uma
diferença de 206,5%. Na comparação com 2014, o
salário médio mensal teve queda real de 3,2%, sendo
que para as mulheres esse declínio foi de 2,3% e
para os homens de 3,5%. A queda no rendimento médio
foi maior entre os trabalhadores sem nível superior
(4,3%) do que entre os empregados com nível superior
(3,8%).
Fonte: Agência Brasil
06/07/2017 -
CAS aprova multa para patrão que não assinar
carteira de empregado doméstico
O patrão que não assinar a Carteira de Trabalho do
empregado doméstico pode receber uma multa de R$
805. É o que estabelece um projeto (PLS 771/2015)
aprovado nesta quarta-feira (5) pela Comissão de
Assuntos Sociais do Senado (CAS). Para o senador
Humberto Costa (PT-PE), a proposta busca
desestimular a informalidade e pressionar o patrão a
cumprir a legislação. Humberto lembra que os fiscais
do trabalho não podem entrar na casa das pessoas e,
com isso, as denúncias devem ser feitas pelos
empregados nas agências, delegacias e
superintendências regionais do trabalho.
Fonte: Agência Senado
06/07/2017 -
INSS tem 30 dias para decidir sobre concessão de
salário-maternidade
O INSS tem 30 dias para decidir sobre a concessão de
salário-maternidade, e esse prazo passa a contar a
partir do agendamento de atendimento para requerer o
benefício. Assim entendeu a juíza Luciana Dias
Bauer, da 17ª Vara Federal de Curitiba, em ação
civil pública apresentada pelo Ministério Público
Federal.
Na decisão, a magistrada também fixou multa diária
de R$ 1 mil caso a decisão seja descumprida. Segundo
o MPF, a autarquia demora mais de 120 dias para
conceder o benefício, regulado pelo artigo 71 da Lei
8.213/91.
"O salário-maternidade é devido à segurada da
Previdência Social, durante 120 dias, com início no
período entre 28 dias antes do parto e a data de
ocorrência deste, observadas as situações e
condições previstas na legislação no que concerne à
proteção à maternidade”, diz o dispositivo.
Para a magistrada, não é razoável que uma mulher
espere além dos 120 dias para agendar ou receber o
benefício, ainda mais porque a mãe, nesse período,
ficará sem remuneração. "Acrescida de toda a
angústia de passar sua licença sem salário, uma
verdadeira punição por ser mãe", destacou na
decisão.
A magistrada também afastou o argumento da autarquia
de que faltam servidores para fazer os atendimentos.
Segundo a juíza, há também um certo comodismo do
INSS na situação.
"Entendo que o prazo de 30 dias para deferir ou
indeferir o benefício, como requerido na inicial,
mostra-se razoável considerando os bens jurídicos em
conflito: direito do segurado ao benefício
previdenciário e a reserva do possível diante das
limitações materiais da Administração", finalizou a
juíza.
Fonte: Consultor Jurídico
06/07/2017 -
Empregador não tem obrigação de anotar o adicional
de insalubridade na Carteira de Trabalho
O Tribunal Pleno do TRT de Mato Grosso decidiu que
não há obrigatoriedade de se anotar na Carteira de
Trabalho informações sobre a exposição a agente
insalubre e o recebimento do respectivo adicional. O
entendimento foi firmado na súmula 43 do TRT/MT,
publicada no Diário Oficial no dia 28 de junho deste
ano.
A súmula aprovada pacifica as divergências sobre o
tema entre as duas turmas de julgamento do Tribunal
que vinham decidindo casos semelhantes de maneira
diversa. Enquanto a 1ª Turma entendia que era dever
do empregador registrar o adicional de
insalubridade, a 2ª Turma, por sua vez, adotava
linha de raciocínio oposta. Considerava indevida a
anotação do referido adicional na Carteira de
Trabalho.
O Ministério Público do Trabalho, por sua vez, se
manifestou "pela fixação de tese de que é
obrigatória a anotação acerca do adicional de
insalubridade na Carteira de Trabalho e Previdência
Social".
Ao analisar o caso, a relatora do processo,
desembargadora Eliney Veloso, ponderou que o
entendimento da 1ª Turma transcende o aspecto formal
referente ao lançamento na Carteira de Trabalho e
alcança também uma questão financeiro, na medida em
que a anotação do adicional poderia configurar prova
para futura solicitação de aposentadoria especial.
No entanto, segundo a desembargadora, a comprovação
do tempo de serviço especial por sujeição do
trabalhador a agente nocivo não se faz por meio da
CTPS, mas sim por meio do “Perfil Profissiográfico
Previdenciário”, conforme previsto na Instrução
Normativa nº 77 do INSS, de janeiro de 2015.
“Assim, não há que se falar em obrigatoriedade de
lançamento na CTPS acerca da exposição do empregado
a agente insalubre e a percepção do respectivo
adicional, afigurando-se suficiente, para garantia
de direitos trabalhistas e previdenciários, a
indicação dessa condição no Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO), Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho (LTCAT) Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP)”, explicou.
Além disso, nos termos do artigo 29, parágrafo 1º da
CLT, as anotações relativas à remuneração devem
especificar o salário, sua forma de pagamento e
estimativa de gorjeta, quando for o caso. Tratam-se,
portanto, de parcelas de natureza permanente, o que,
segundo o entendimento da súmula, exclui o adicional
de insalubridade.
Confira a redação da súmula 42 na íntegra:
SÚMULA N. 43. INTERPRETAÇÃO DO ART. 29 DA CLT.
ANOTAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE NA CTPS. O
empregador não tem obrigação de proceder à anotação
do adicional de insalubridade na CTPS
Fonte: Jusbrasil
05/07/2017 -
‘Carta de Luziânia’ ratifica compromisso da Nova
Central com a unidade sindical
A “Carta de Luziânia”, aprovada na plenária final do
IV Congresso Nacional da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, sintetiza as propostas da entidade
para o enfrentamento “às cruéis contradições da
realidade” ante a crise que assola o País nas
“dimensões ética, econômica, política e social”,
impondo severos impactos especialmente à classe
trabalhadora.
O documento ratifica a premissa da unidade do
sindicalismo, a fim de “enfrentar e barrar as
reformas em curso” e reforçar a luta para romper
esse “ciclo perverso e regressivo”.
"Nesse sentido, não haverá nenhum encontro ou
conversa individual com o governo. Qualquer
tratativa deverá ter a presença de todas as
Centrais", disse à Agência Sindical o diretor de
Educação Sindical da Nova Central, Sebastião Soares.
Eixos - O sindicalista destaca que a Carta foi
construída com base nos eixos sobre mundo do
trabalho, políticas públicas, sistema político e
seguridade social, discutido nas comissões
temáticas, que apontam para o combate sem tréguas
aos ataques a direitos e conquistas.
“Neste momento de intensa transformação no mundo do
trabalho, de avanços significativos da ciência e da
tecnologia, presenciamos o prenúncio a regressões
aos piores momentos da história da classe
trabalhadora a partir de Revolução Industrial”, diz
o texto.
O IV Congresso da Nova Central ocorreu de 26 a 28 de
junho em Luziânia, cidade goiana no Entorno de
Brasília. Para Sebastião Soares, o congresso foi
positivo: "As reformas estiveram no Centro do
debate. Mas discutimos também soluções para colocar
o Brasil no caminho do desenvolvimento. Esse caminho
passa pela redução de juros e da dívida pública".
Agenda - Além de aprovar o plano de ação para o
quadriênio 2017-2021, o Congresso elegeu a nova
diretoria da Central, reconduzindo o atual
presidente José Calixto Ramos ao cargo. A “Carta de
Luziânia” foi divulgada nesta terça (4) no site da
entidade. Leia a íntegra
aqui.
Mais informações: www.ncst.org.br
Fonte: Agência Sindical
05/07/2017 -
Senado aprova requerimento de urgência para votar
reforma trabalhista
O plenário do Senado aprovou no início da noite
desta terça-feira (4) o requerimento de urgência
para o projeto de lei que trata da reforma
trabalhista. O pedido teve 46 votos favoráveis e 19
contrários. Com isso, o projeto entra na pauta de
votação da próxima terça-feira (11).
Mais cedo, os líderes partidários fecharam acordo de
procedimento para que o texto da reforma seja
discutido nas sessões desta quarta-feira (5) e
quinta-feira (6). Com o requerimento de urgência, o
projeto ganha prioridade na pauta de votações da
Casa.
Na próxima terça, quando iniciarem a sessão para
votação do projeto, os senadores deverão decidir
qual texto será votado. Isso porque a reforma passou
por três comissões. Na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) foi aprovado parecer favorável do
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), pela aprovação
sem alterações em relação ao texto da Câmara. Um
parecer semelhante, do senador Romero Jucá
(PMDB-RR), também foi aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). No entando, na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) foi aprovado voto
em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), pela
rejeição integral do projeto.
Como líder do governo, Jucá já informou que
apresentará requerimento pedindo que os senadores
analisem, inicialmente, o relatório de Ferraço na
CAE. Se ele for aprovado, os demais são considerados
prejudicados e o projeto segue para sanção
presidencial. O presidente Michel Temer, no entanto,
já fechou acordo com os senadores de que vetará seis
pontos considerados polêmicos do projeto e editar
uma medida provisória regulamentando essas lacunas.
Outros requerimentos
Foram aprovados hoje mais dois requerimentos de
urgência, logo após o da reforma trabalhista. Também
terão preferência na pauta da Casa os projetos que
tratam da convalidação dos incentivos fiscais
concedidos por estados e do cancelamento dos
precatórios federais que foram pagos há mais de dois
anos e não sacados pelos credores. A preferência
para os três projetos foi acertada em reunião de
líderes na tarde de ontem.
Fonte: Agência Brasil
05/07/2017 -
Paulo Paim destaca repúdio de sindicalistas à
reforma trabalhista
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou em discurso,
nesta terça-feira (4), que o Senado vai começar a
debater a reforma trabalhista em um clima de
instabilidade política, econômica e social. Paim
lamentou ainda o fato de a proposta ser discutida em
regime de urgência. Segundo ele, a pressa em votar o
texto quebra um acordo entre os líderes partidários.
Paim ressaltou que a reforma é contra os interesses
dos trabalhadores e apresentou um documento da Nova
Central Sindical de Trabalhadores, que traz duras
críticas ao projeto, ao Palácio do Planalto e ao
Congresso por querer aprovar as novas regras.
Ainda de acordo com Paim, outras entidades sindicais
de trabalhadores também repudiam a proposta.
Fonte: Agência Senado
05/07/2017 -
Reforma trabalhista beneficia empresários, diz Paulo
Paim
Ao comentar a tramitação da reforma trabalhista, o
senador Paulo Paim (PT-RS) declarou em Plenário
nesta terça-feira (4) que o conjunto de medidas é
“truculento, pesado e desproporcional” de uma forma
jamais vista desde a ditadura militar de 1964. Ele
afirmou que as reformas foram elaboradas construídas
para beneficiar os empresários e, citando as
denúncias envolvendo o presidente Michel Temer e
seus assessores, contestou a legitimidade do governo
para apresentar tais propostas.
O senador disse acreditar que os deputados não leram
o texto da reforma trabalhista quando o aprovaram, e
lamentou a aprovação do regime de urgência na
tramitação da proposta no Senado. Paulo Paim cobrou
uma análise apurada do texto, sob pena de o Senado
abrir mão de seu papel de legislar.
- O Senado deu uma de Pôncio Pilatos: 'Não sei, não
li, não vi, mas voto a favor'. É mais ou menos isto,
porque é impossível que em um projeto dessa grandeza
os Senadores não possam mudar uma vírgula, um ponto
- disse o senador.
Paim afirmou que o texto “arrasa” a Justiça do
Trabalho, reduz o poder fiscalizador dos sindicatos
e expõe mulheres gestantes ao trabalho em áreas
insalubres, além de retirar outros direitos dos
trabalhadores que foram conquistados em décadas de
luta.
Fonte: Agência Senado
05/07/2017 -
Neto desfilia-se do PMDB e renuncia à presidência do
Núcleo Nacional do PMDB-Sindical
Após mais de 30 anos de militância peemedebista e
integrante de lutas históricas para o processo
democrático do país, o paulista Antonio Neto,
comunica, nesta terça-feira (4) sua desfiliação do
PMDB. Neto fundamenta sua decisão, principalmente,
por se declarar contrário às reformas em curso no
Congresso (previdenciária e em especial a
trabalhista), conduzidas pelo governo Michel Temer e
apoiadas por grande parte dos parlamentares do PMDB.
Em carta protocolada ao presidente do PMDB, Romero
Jucá, Neto, também presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), afirma “que não há
como “permanecer filiado ao Partido que, sob o
comando de uma pequena cúpula, que afronta o
programa partidário; ignora os anseios e a vontade
do povo; promove a destruição da Constituição de
1988; enxovalha a democracia duramente conquistada;
desrespeita e desmoraliza os Poderes da República;
rasga os direitos trabalhistas e sociais; avilta os
direitos previdenciários e enterra os sonhos da
construção de uma Nação mais justa e igualitária.”
No documento, o presidente da CSB (central com mais
de 800 sindicatos filiados) revisita importantes
momentos de protagonismo do PMDB na política
brasileira até a “crise institucional atual”.
Ressalta que, “por meio um processo parlamentar e da
deposição da presidente eleita democraticamente, o
PMDB chegou à Presidência da República.
Mas a proposta de uma conciliação e diálogo não
durou muito. “Tão logo esquentaram a cadeira, uma
pequena corte palaciana, por interesses e conchavos
impublicáveis, até mesmo por sobrevivência
indulgente, passou a atuar como tropa de choque de
uma casta improdutiva e estúpida, que quer impor ao
Brasil a ampliação da exploração do homem sobre o
homem, implodindo a economia do País e o jogando no
caos social, que envergonha todo e qualquer cidadão
que tenha o mínimo de sensibilidade”, desabafa.
Ausência de compromisso
Neto repudia a ausência de compromisso do PMDB com uma
agenda de direitos sociais dos trabalhadores, fruto
da deterioração das posições do partido, sem levar
em consideração o regimento interno da sigla e seu
programa interno. “Para atender aos interesses de
grandes grupos econômicos e do setor financeiro,
impôs ao Parlamento e à sociedade brasileira uma
reforma previdenciária e trabalhista que devasta por
completo todo e qualquer direito dos trabalhadores.”
E chama atenção também para o descrédito que
Congresso brasileiro obtém, ao abrir mão de
legislar. "Digna de governos autoritários, diante da
majoritária repulsa do povo brasileiro, o governo
tenta aprovar tais medidas, expondo o parlamento
brasileiro a um vexatório papel de subscritor de
deletérias alterações legislativas, que causarão
sofrimento, fome, desregulamentação do mercado de
trabalho e até mesmo o óbito político de muitos que
seguirão cegamente o caminho do abismo."
E conclui: sigo minha trajetória de luta. Sigo firme
os meus princípios. Como dizia Ulysses: “A história
nos desafia para grandes serviços, nos consagrará se
os fizermos, nos repudiará se desertarmos."
Fonte: Diap
05/07/2017 -
Produção industrial cresce pelo segundo mês
consecutivo
A Produção industrial brasileira fechou o mês de
maio com crescimento de 0,8% frente a abril, na
série livre de influências sazonais. Esta é a
segunda taxa positiva consecutiva registrada pela
indústria brasileira, que em abril subiu 1,1%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4),
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e dizem respeito à Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física – Brasil (PIM-PF). Com o resultado
de maio, a indústria passou a acumular nos dois
últimos meses expansão de 1,9%, eliminando a queda
de 1,6% observado em março.
Quando os dados de maio são confrontados com o mesmo
mês do ano passado (série sem ajuste sazonal), no
entanto, a indústria brasileira registrou em maio
último avanço de 4%, o maior crescimento acumulado
para o total da indústria deste os 4,8% registrados
em fevereiro de 2014.
Fonte: Portal EBC
05/07/2017 -
Mercado de trabalho para jovens reaquece e cria 73
mil vagas em maio
O mercado de trabalho para os jovens está
reaquecendo e novas oportunidades de emprego estão
surgindo, segundo o Ministério do Trabalho. De
acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), de 1,24 milhão de
contratações em maio, 611,42 mil foram de
trabalhadores com até 29 anos. Como resultado, a
diferença entre admissões e desligamentos gerou um
saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para
essa faixa etária.
Segundo o Ministério do Trabalho, esta não foi a
primeira vez que a criação de empregos para
trabalhadores jovens teve um desempenho positivo no
Caged. De janeiro a maio, o grupo de trabalhadores
de até 24 anos teve saldo positivo de 320,55 mil
vagas formais de trabalho. O saldo entre admitidos e
demitidos de todas as faixas etárias nesses cinco
meses chegou a 25,23 mil vagas, ou seja, 12 vezes
menor.
No acumulado dos últimos 12 meses, quando o saldo
geral foi negativo em 887,62 mil vagas, a criação de
vagas para os mesmos trabalhadores de até 24 anos
apresentou saldo positivo de 545, 91 mil vagas.
“Embora as faixas etárias mais elevadas ainda não
tenham apresentado saldos positivos de emprego, a
forte presença dos jovens na geração de empregos
formais deve ser comemorada, considerando as
dificuldades que esse grupo enfrenta no mercado de
trabalho”, informou o ministério, em nota, citando
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que, no
1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação dos
trabalhadores entre 18-24 anos foi 28,8%, o dobro da
média nacional (13,7%).
Atividade econômica
Dos oito setores de atividade econômica, seis deles
concentram os maiores saldos positivos de emprego
para jovens dos 18 aos 24 anos, segundo o
ministério. Só o setor de serviços, em maio, abriu
21,8 mil vagas formais para esses trabalhadores. Na
indústria da transformação, foram 12,6 mil, e no
comércio, 11,8 mil postos.
Também tiveram desempenho positivo para esta faixa
etária, a construção civil, com saldo de mil postos;
os serviços de utilidade pública, com cerca de 400;
e a extrativa mineral, com 165 vagas a mais.
O estado que mais empregou jovens em maio foi São
Paulo, com a criação de 26.861 vagas formais para
trabalhadores com até 29 anos. A maioria, 20.123,
tinha entre 18 e 24 anos. Em segundo lugar ficou
Minas Gerais, com um saldo positivo de 14.581, sendo
10.140 para a faixa de 18 a 24. E o terceiro foi o
Paraná, com saldo de 6.150.
Fonte: Agência Brasil
05/07/2017 -
Trabalhadora e sindicato são condenados por mentirem
em ação
Mudar a história entre a petição inicial e o
depoimento ao juiz evidencia que as alegações são
falsas e que houve litigância de má-fé. O Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) julgou um
caso no qual uma trabalhadora afirmou que a empresa,
após a demitir, ficou com sua carteira de trabalho
por dois anos — só que não.
Ela pedia danos morais com base nas alegações
iniciais. Mas, em depoimento ao juízo, a
ex-funcionária admitiu que pegou o documento de
volta, tendo inclusive o utilizado para sacar o
FGTS. A ex-funcionária foi representada na ação pelo
sindicato Sinthoresp (que representa trabalhadores
do setor hoteleiro). A empresa foi defendida pela
advogada Fernanda Tripode.
Já na primeira instância houve condenação pelas
falsas alegações. Trabalhadora e sindicato foram
condenado a dividir o pagamento de multa de 1% sobre
o valor da causa e indenização de 10% do valor da
causa. A decisão ressalta que o sindicato busca se
beneficiar de vantagem indevida, já que receberia
honorários advocatícios em caso de condenação da
parte contrária.
“A parte autora faz pedido de indenização por danos
morais alegando que a ré permaneceu por quase dois
anos com sua CTPS, pleiteando, inclusive, a
devolução, mesmo tendo a plena consciência de que
tal situação é inverídica, de modo a tenta induzir o
Juízo a erro e lhe conceder vantagem indevida,
alterando a verdade dos fatos, pelo que se evidencia
a litigância de má-fé, nos termos do artigo 17, II
do CPC”, decidiu o juízo de primeira instância.
No TRT-2, o desembargador José Carlos Fogaça,
relator do caso, concordou com a primeira instância.
“Restou comprovado que a reclamante alterou a
verdade dos fatos. Ressalto que as partes têm o
dever de expor os fatos em Juízo conforme a verdade,
proceder com lealdade, boa-fé e não formular
pretensões ciente de que são destituídas de
fundamento (art. 14, I, II e III do CPC). A
recorrente não fez uso do direito de ação com
lealdade processual, tendo incorrido nas hipóteses
do artigo 17, I, II e III do CPC que autorizam a
aplicação das penas por litigância de má-fé”, disse.
Fonte: Consultor Jurídico
05/07/2017 -
Parcelas rescisórias não podem ser parceladas nem
por acordo entre patrão e empregado
O pagamento das verbas rescisórias deverá ser feito
até o primeiro dia útil seguinte ao término do
contrato ou até dez dias depois da data dispensa
(nesse último caso, quando não cumprido aviso
prévio). É o que dispõe o artigo 477, § 6º, da CLT
e, tratando-se de norma de ordem pública que
estabelece direito indisponível do trabalhador, seu
cumprimento é obrigatório. Por isso, não é válido
acordo entre patrão e empregado que estabeleça o
pagamento das verbas rescisórias de forma parcelada.
Com esses fundamentos, o juiz da Vara do Trabalho de
Pirapora-MG, Júlio Correa de Melo Neto, acolheu o
pedido de um trabalhador para condenar sua
ex-empregadora a pagar a ele a multa do parágrafo 8º
do artigo 477 da CLT, em razão do atraso no
pagamento das verbas rescisórias.
Em defesa, a ex-empregadora sustentou que paralisou
suas atividades e teve que suspender os contratos de
trabalho de seus empregados, não tendo condições de
pagar as verbas rescisórias do reclamante, mas que
honrou os direitos trabalhistas de seus empregados
no decorrer dos contratos. Por fim, acrescentou que
firmou um acordo com o reclamante para parcelamento
das verbas rescisórias.
O Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT)
registrou a concessão do aviso prévio e o
afastamento do reclamante em 19.06.2015, com a
homologação da rescisão apenas em 06.07.2015. Por
uma ressalva no TRCT, o juiz pode notar que, de
fato, houve um “acordo” entre patrão e empregado
postergando o pagamento integral das verbas
rescisórias, que seria feito de forma parcelada.
Mas, segundo o magistrado, esse acordo não tem
validade, pois as regras dispostas no artigo 477 da
CLT são de ordem pública e de caráter imperativo,
além de tratar de direito indisponível do
trabalhador. Assim, as partes não podem convencionar
sobre o prazo e a forma de pagamento das parcelas
rescisórias. Em outras palavras: Patrão e empregado
não podem mudar o prazo que está determinado no
artigo 477 da CLT e o pagamento parcelado das verbas
rescisórias, mesmo que previsto em acordo celebrado
entre ambos, é considerado fora do prazo.
Portanto, o juiz acolheu o pedido do trabalhador e
condenou a empresa ao pagamento da multa do artigo
477, § 8º, CLT, no valor de um salário-base do
empregado. Processo: PJe: 0010286-50.2016.5.03.0072
(RTOrd)
Fonte: TRT3
05/07/2017 -
Na dispensa sem justa causa, salário maternidade é
devido pelo empregador
A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu, por
unanimidade, reformar a sentença que havia condenado
o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar
à autora, A.M., o salário maternidade referente ao
período de 120 dias, incluídos os 28 dias anteriores
ao nascimento de seu filho, e o período restante
posterior a esta data, devidamente corrigido pelo
INPC/IBGE, e acrescido de juros de mora, desde a
citação, até o efetivo pagamento.
O juízo de primeiro grau concluiu que, tendo havido
acordo para a saída da autora da empresa durante a
gestação, o caso se amolda à hipótese de pedido de
demissão, sendo o salário maternidade de
responsabilidade da autarquia previdenciária. Em
contrapartida, o INSS sustentou em seu recurso que,
tendo ocorrido dispensa sem justa causa, o benefício
deve ser pago pelo empregador, tendo em vista a
estabilidade no emprego da gestante.
No TRF2, o relator do processo, desembargador
federal Antonio Ivan Athié, entendeu que, apesar de
a autora afirmar que “fez acordo” com a empresa,
formalmente ocorreu sua dispensa sem justa causa, o
que é vedado durante a gravidez, por força do artigo
10, II, b, do ADCT da Constituição Federal de 1988.
“Nesse diapasão, tem razão o INSS ao alegar que, na
presente hipótese, a responsabilidade pelo pagamento
do salário maternidade é do empregador, e não da
Autarquia Previdenciária”, concluiu. Processo:
0021188-08.2015.4.02.9999
Fonte: TRF2
04/07/2017 -
Calendário da reforma trabalhista será definido
nesta terça
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
deve definir nesta terça-feira (4) o calendário de
votação da reforma trabalhista no Plenário. O
governo tem pressa: quer evitar que a tramitação se
arraste para depois do recesso parlamentar. A
oposição tenta adiar a decisão final sobre o PLC
38/2017 para a próxima semana.
O Plenário vota nesta terça um requerimento de
urgência para a reforma trabalhista. Se o pedido for
aprovado, o PLC 38/2017 entra na Ordem do Dia da
segunda sessão ordinária. O senador Jorge Viana
(PT-AC) defende que, durante esta semana, o tema
seja apenas debatido pelos parlamentares no
Plenário. O encaminhamento e a votação ficariam para
o dia 12 de julho.
— Podemos até concordar de aprovar a urgência, mas o
bom senso pede que essa matéria seja votada só na
semana que vem. O presidente Eunício Oliveira até
agora não assumiu compromisso nenhum. Nós da
oposição estamos fazendo um apelo para que ele nos
ajude a ter um mínimo de entendimento — afirmou
Viana.
A resposta ao apelo pode sair após uma reunião de
líderes, prevista para as 14h30 desta terça-feira. O
líder do Governo e relator da reforma trabalhista na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador
Romero Jucá (PMDB-RR), até concorda com o adiamento
da decisão. Desde que ela não passe da próxima
semana, a última antes do recesso parlamentar.
— Não descarto nada. Mas não há nenhuma intenção de
passar um trator em cima da oposição. O presidente
Eunício Oliveira está discutindo com as lideranças.
A ideia é nesta semana votar a urgência e na próxima
semana votar o mérito da matéria — afirmou Jucá.
A aposta da oposição para tentar barrar a reforma
trabalhista é que Michel Temer perca apoio
parlamentar ao longo dos próximos dias. A Câmara
analisa um pedido de abertura de inquérito contra o
presidente da República pelo crime de corrupção
passiva.
— O governo a cada dia vive uma agonia. Uma semana,
dez dias fazem muita diferença no humor do Congresso
e no quórum de votação. Semana que vem ninguém sabe
qual será o comportamento: quem vai estar com Temer,
quem vai estar contra Temer. Só sabemos que não vai
estar como está hoje — afirma Jorge Viana.
O líder do Governo evita falar sobre números. Mas
afirma que o PLC 38/2017 será aprovado no Senado,
mesmo com a estratégia da oposição.
— É claro que vai haver chicana regimental, vai
haver tentativa de postergar. Mas faz parte do jogo.
O embate político prevê obstrução e tentativa de
falar demais. Vamos superar tudo isso e aprovar uma
lei que é boa para o Brasil — disse Romero Jucá.
A reforma trabalhista já passou por três comissões
do Senado. Dos 52 senadores que votaram durante a
tramitação, 31 declararam voto a favor do texto que
veio da Câmara. Houve 20 votos contra a proposta e
uma abstenção. O Senado tem 81 parlamentares.
No plenário, o governo vai defender a votação do
parecer da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O
relatório aprovado, do senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), é pela aprovação da reforma trabalhista.
Fonte: Agência Senado
04/07/2017 -
Paulo Paim: reforma trabalhista é 'indefensável'
Em pronunciamento nesta segunda-feira (3) senador
Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a reforma trabalhista
não pode ser votada esta semana no plenário se o
Regimento do Senado for respeitado. O governo quer
que a proposta seja aprovada antes do início do
recesso parlamentar, em 18 de julho.
Para o senador, é muito triste e decepcionante ouvir
de alguns parlamentares que as mudanças nas normas
trabalhistas não vão causar perdas de direitos dos
trabalhadores.
Segundo Paim, mesmo senadores da base de apoio ao
governo admitem que a proposta tem questões
inadmissíveis:
— Como é que alguém em sã consciência consegue
defender esse projeto, se nem o governo mais
defende. Eu chego a dar um conselho para senadores e
senadoras: não defendam o indefensável — frisou.
Fonte: Agência Senado
04/07/2017 -
Reforma trabalhista estimulará demissões, adverte
Vanessa Grazziotin
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) declarou
nesta segunda-feira (3), em Plenário, que o Senado
não pode votar a reforma trabalhista, uma vez que, a
seu ver, o conjunto de medidas é destrutivo para o
Brasil e prejudicará inclusive as finanças públicas.
— Além de isso ser extremamente perigoso, contrário
ao direito dos trabalhadores, é um crime contra o
próprio Parlamento, é um desrespeito ao Senado
Federal — afirmou.
Vanessa contestou o argumento de que a reforma
trabalhista é modernizante. Segundo ela, caso
aprovada, a reforma incentivará as demissões de
trabalhadores e criará subterfúgios para maus
empregadores deixarem de pagar o que determina a
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Ela também
citou os escândalos envolvendo o governo e
questionou a autoridade do presidente Michel Temer
para sancionar essa reforma.
Vanessa Grazziotin também expressou sua preocupação
com a liminar que suspendeu a realização de novas
eleições para governador do Amazonas.
Ela lembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
cassou os mandatos do governador e do
vice-governador e impôs um novo pleito aos
amazonenses. Vanessa cobrou uma decisão definitiva
sobre o caso, sublinhando que a Justiça Eleitoral já
gastou mais de R$ 6 milhões para organização da nova
eleição.
Fonte: Agência Senado
04/07/2017 -
Temer diz ter "quase certeza absoluta" da rejeição
de denúncia na Câmara
O presidente Michel Temer afirmou que tem “quase
certeza absoluta” que a denúncia feita contra ele
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
não será aceita pelo plenário da Câmara dos
Deputados.
“Eu tenho confiança [na base do governo no
congresso]. Estou muito obediente ao Congresso.
Tenho esperança, quase certeza absoluta, de que
teremos sucesso na Câmara”, disse o presidente em
entrevista à rádio BandNews, no final da tarde desta
segunda-feira (3).
Temer afirmou ainda que a denúncia apresentada por
Janot é “inepta” e que está “animadíssimo” com os
resultados do desempenho da indústria, conforme
divulgados (3) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
“Estou animadíssimo. Estou cada vez mais animado
porque na verdade estamos indo muito bem. As
reformas estão indo adiante, a inflação está caindo.
Hoje a CNI divulgou que aumentou 5,5% as vendas das
fábricas, a capacidade instalada da indústria está
em 77,4% e, no comércio exterior, tivemos o melhor
resultado de junho da série histórica, desde 1989”,
disse Temer.
O presidente encerrou a entrevista afirmando que o
Brasil não está parado e que o governo tem certeza
do que está fazendo. “O Brasil não para. Continua e
temos certeza do que estamos fazendo, no plano
governamental e no plano ético e moral”.
Denúncia
No último dia 26, o procurador-geral da República
denunciou o presidente Michel Temer ao Supremo
Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção
passiva. A acusação está baseada nas investigações
iniciadas a partir do acordo de delação premiada da
JBS. A denúncia contra o presidente da República só
pode ser analisada pelo STF após a autorização da
Câmara.
Antes de ir ao plenário da Câmara, a denúncia será
apreciada na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Casa. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco
(PMDB-MG), afirmou que deverá indicar o relator
nesta terça-feira (4). A defesa de Temer deve
apresentar defesa à CCJ nesta semana.
Concluída a fase na CCJ, o parecer será lido no
plenário da Câmara. Para que a Câmara autorize a
investigação contra o presidente Michel Temer são
necessários os votos de, no mínimo, 342 deputados
favoráveis à autorização, o que representa dois
terços dos 513 deputados. Se esse número for
atendido, o STF está autorizado a aceitar a
denúncia. Caso não se atinja os dois terços, a
tramitação é interrompida enquanto ele estiver no
exercício do mandato.
Fonte: Agência Brasil
04/07/2017 -
Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso pela PF na
Bahia
Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam nesta
segunda-feira (3), na Bahia, o ex-ministro da
Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Segundo o
Ministério Público Federal (MPF), o político baiano
estaria tentando obstruir a investigação de supostas
irregularidades na liberação de recursos da Caixa
Econômica Federal.
A prisão preventiva foi pedida pela PF e pelos
integrantes da Força-Tarefa da Operação Greenfield,
a partir de informações fornecidas em depoimentos do
doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley
Batista e do diretor jurídico do grupo J&F,
Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em
acordo de colaboração premiada.
Em janeiro deste ano, policiais federais cumpriram
mandados de busca e apreensão na casa do
ex-ministro, alvo da Operação Cui Bono, que
investiga o suposto esquema de corrupção na Caixa no
período entre 2011 e 2013 – período em que Geddel
ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da
instituição.
A Operação Cui Bono – expressão latina que em
português significa “a quem beneficia?” – é um
desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada
em dezembro de 2015, no âmbito da Operação Lava
Jato, quando policiais federais encontraram um
telefone celular na residência do então presidente
da Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou uma intensa
troca de mensagens eletrônicas dele com Geddel.
Agora, os autores do pedido de prisão preventiva de
Geddel dizem que o ex-ministro estaria tentando
evitar que Cunha e o corretor Lúcio Funaro firmem
acordo de colaboração com o MPF, atuando para
garantir vantagens indevidas aos dois e
“monitorando” o comportamento do doleiro de forma a
constrangê-lo a não fechar o acordo.
Na petição à Justiça, os procuradores reproduziram
mensagens que dizem que Geddel enviou à mulher de
Funaro entre os meses de maio e junho. As mensagens,
segundo o MPF, foram entregues às autoridades pelo
próprio Funaro. Para os investigadores, Geddel
continua agindo para obstruir a apuração dos crimes.
Geddel é o quinto investigado por suspeitas de
fraudes em recursos administrados pela Caixa a ser
preso preventivamente. Além de Eduardo Cunha e de
Lúcio Funaro, também estão presos o também
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves, e o ex-agente do Conselho Curador do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), André
Luiz de Souza. Embora fosse um dos alvos dos
mandados de prisão contra os investigados por
irregularidades na Caixa, Henrique Eduardo Alves
acabou sendo preso, em junho, no âmbito da Operação
Manus, que apura a suspeita de corrupção ativa e
passiva e lavagem de dinheiro na construção do
estádio Arena das Dunas, em Natal (RN).
Fonte: Agência Brasil
04/07/2017 -
Faturamento da indústria volta a crescer em maio,
aponta CNI
Após cair 3,1% em abril deste ano, o faturamento da
indústria brasileira voltou a crescer em maio,
acompanhando o resultado positivo mensal observado
em todos os demais itens da pesquisa Indicadores
Industriais, divulgada nesta segunda-feira (3) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a entidade, em maio, o faturamento real da
indústria brasileira aumentou 5,5% em comparação a
abril deste ano. Já em relação ao mesmo mês de 2016,
o crescimento foi 2,5%. Apesar disso, se forem
somados os resultados dos cinco primeiros meses de
2017, a indústria continua amargando um faturamento
5,7% menor que o registrado no mesmo período de
2016.
A comparação entre os resultados acumulados nos
primeiros cinco meses dos dois últimos anos resulta
em quedas em todas as outras variáveis. Caso, por
exemplo, do nível de emprego na indústria, que
aumentou 0,1% na passagem de abril para maio, mas
que, na comparação do acumulado em 2017 com igual
período de 2016, registra queda de 4%.
O mesmo aconteceu com o rendimento médio dos
profissionais da indústria. Embora a CNI aponte que
os ganhos médios dos trabalhadores têm crescido mês
a mês desde março deste ano - atingindo um acréscimo
de 0,7% em maio em comparação a abril deste ano –
quando comparados os cinco primeiros meses de 2016 e
de 2017, o resultado, este ano, ainda é 0,2%
inferior ao do período anterior.
A massa salarial real paga pela indústria em maio
foi 0,4% maior que no mês anterior, após os ajustes
sazonais. Já na comparação de janeiro a maio de 2017
com igual período de 2016, nota-se queda de 4,2% na
massa salarial real.
Já o uso da capacidade industrial instalada, em
maio, foi 0,8 ponto percentual superior a abril, um
resultado 0,5 ponto percentual maior que o de maio
de 2016. Na média do ano, até maio, contudo, o
resultado está 0,5 ponto percentual abaixo do
registrado no mesmo período de 2016.
Fonte: Agência Brasil
04/07/2017 -
Saque de contas inativas do FGTS de nascidos em
dezembro é antecipado para sábado
Mais de 2,5 milhões de trabalhadores nascidos em
dezembro e que têm dinheiro em contas inativas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão
sacar os valores a partir do próximo sábado (8).
Estarão disponíveis R$ 3,5 bilhões neste último
lote.
A Caixa antecipou o dia de início dos saques, que
estava previsto para o dia 14 de julho. E, no
próximo sábado, cerca de 2 mil agências da Caixa
estarão abertas para atender os beneficiários. E, na
segunda (10), as agências vão abrir duas horas mais
cedo.
O prazo para receber o saldo, inclusive para os
nascidos em outros meses, vai até 31 de julho.
Fonte: Portal EBC
04/07/2017 -
Plenário pode votar proposta que inclui crime
assédio moral no trabalho no Código Penal
Na pauta desta semana no Plenário da Câmara está
prevista a votação de projeto que inclui no Código
Penal (Decreto-Lei 2.848/40) o crime de assédio
moral no trabalho (PL 4742/01).
O texto, de autoria do ex-deputado Marcos de Jesus,
tramita na Câmara há 16 anos e define o crime como a
depreciação reiterada da imagem ou do desempenho de
trabalhador ou servidor público, sem justa causa, em
razão de vínculo hierárquico funcional.
A coordenadora da Bancada Feminina da Câmara,
deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), defende a
aprovação do texto.
A proposta, apesar de abranger todos os
trabalhadores, beneficia principalmente as mulheres,
já que, segundo a parlamentar, em 65% das denúncias
de assédio moral, a vítima é do sexo feminino.
"Aquilo reiteradamente causando vexame, a pessoa com
grau hierárquico de subordinação, por necessidade do
trabalho, vai se sujeitando àquilo. Vai machucando
nos seus aspectos físicos e psicológicos, e ataca a
moral da pessoa. Precisamos regulamentar, deixar
clara a definição e a punição."
O projeto que tipifica o crime de assédio moral no
trabalho prevê pena de detenção de um a dois anos e
multa.
A sessão do Plenário está marcada para esta
terça-feira (4).
Fonte: Agência Câmara
04/07/2017 -
Trabalho proíbe cláusula discriminatória para
contratação de estagiário
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou projeto de lei da deputada
licenciada Tia Eron que proíbe os empregadores de
exigir, nos contratos, contrapartidas de caráter
discriminatório na contratação de estagiários.
O projeto (PL 5028/16) recebeu parecer favorável do
deputado André Figueiredo (PDT-CE). O objetivo da
proposta é evitar que o empregador exija do
candidato contrapartidas como veículo próprio e
computador, entre outras, como condição para ganhar
o estágio.
“Não se admite que os estagiários tenham que
oferecer qualquer contrapartida vantajosa para a
empresa em troca de um estágio, principalmente
quando o estudante necessita dessa atividade para a
conclusão do curso”, disse Figueiredo.
A proposta da deputada Tia Eron altera a Lei do
Estágio (11.788/08).
Tramitação
O projeto será agora analisado em caráter conclusivo
na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
04/07/2017 -
Ministro do TST compara reforma trabalhista a
"servidão voluntária"
Maurício Godinho Delgado afirma que leis
propostas "rebaixam patamar civilizatório"
A reforma trabalhista vai retirar direitos dos
empregados “com uma sagacidade sem par”, porque será
em um processo gradual. A avaliação é do ministro do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio
Godinho Delgado. Em sessão de debate sobre a reforma
no Senado, o ministro fez forte discurso contra a
mudança na legislação, chegando a comparar o novo
contrato de jornada intermitente à “servidão
voluntária”.
“Com todo respeito, a reforma retira muitos
direitos, mas com uma inteligência, com uma
sagacidade sem par”, afirmou. “Os direitos poderão
ser retirados no dia a dia da relação de emprego”,
completou Delgado. O ministro do TST dá como exemplo
o trecho do projeto que estabelece que benefícios
como ajuda de custo, auxílio alimentação, abonos e
diárias para viagens não são parte do salário. “Ao
fazer isso, tecnicamente, a reforma já está
rebaixando o ganho econômico do trabalhador, sem
contar que está rebaixando também a arrecadação do
Estado”, enfatizou.
Para o ministro, a reforma rebaixa o patamar
civilizatório mínimo alcançado pela legislação
brasileira. “A jornada intermitente é um contrato de
servidão voluntária. O indivíduo simples fica à
disposição, na verdade, o seu tempo inteiro ao
aguardo de três dias de convocação”, avaliou. O
contrato de jornada intermitente, previsto na
reforma, permitirá que o funcionário só trabalhará e
receberá, caso a empresa o convoque com três dias de
antecedência.
O ministro explicou também que esse tipo de contrato
não possibilitará que o trabalhador possa ter
crédito bancário, “porque o salário dele é
absolutamente desconhecido, nem o empregador sabe,
nem ele saberá”. Outra crítica de Delgado é a regra
que prevê que os custos de um processo trabalhista
serão divididos entre empresa e funcionário. Se o
empregado ganhar seis de dez temas, por exemplo,
terá de arcar com os custos do empregador nos outros
quatro. “Ingressar com ação trabalhista, se aprovada
essa fórmula, torna-se um risco terrível para o
pobre. Só falta isto: o pobre ainda correr risco de
sair com um passivo trabalhista às avessas”,
afirmou.
Fonte: Jusbrasil
04/07/2017 -
Atividade de borracheiro é considerada de risco e
trabalhador acidentado será indenizado
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
não admitiu recurso da Luiz Colombo Júnior & Cia.
Ltda. contra decisão que a condenou a pagar
indenização de R$ 20 mil a um borracheiro acidentado
quando tentava montar um pneu de máquina de
pavimentação. A condenação leva em conta, entre
outros aspectos, o risco inerente à atividade.
O acidente ocorreu em 2007, quando um pneu explodiu
e um anel metálico atingiu a parte frontal da cabeça
do trabalhador, que sofreu traumatismo craniano e
ficou com sequelas como desmaios, tontura e
esquecimentos constantes. Em sua defesa, a empresa
sustentou que o acidente não em decorrência da
natureza da atividade, “mas sim da insistência do
trabalhador em montar pneu que só detinha dois
frisos, mesmo sendo advertido para que não o
fizesse”.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
confirmou a sentença que condenou a empresa,
registrando que seu próprio representante admitiu
que ela não dispunha do equipamento de proteção
individual (EPI) adequado para aquele tipo de
serviço – uma espécie de "gaiola" que, na avaliação
do Regional, poderia ter evitado o acidente. O TRT
considerou ainda que os serviços de borracharia,
como recuperação e recauchutagem de pneus, são de
risco. “Não se trata apenas de trocar pneus de
veículos leves, mas sim a montagem e desmontagem de
pneus de quaisquer veículos e máquinas, inclusive
pesadas, como o caso dos autos”, assinalou.
TST
Segundo o relator do recurso da empresa ao TST,
ministro Hugo Carlos Scheuermann, o fato danoso
decorreu do risco da função exercida pelo
trabalhador no momento, corroborado pela gravidade
do acidente, o que atrai a responsabilidade objetiva
(que independe da comprovação de culpa). Mas, além
desse aspecto, o relator destacou que, pelo contexto
apresentado pelo Regional, o acidente decorreu,
também, de omissão do empregador quanto à segurança
no ambiente de trabalho. Entre outros pontos,
assinalou a falta de orientação e de fornecimento de
EPI, o que afasta a alegação de culpa exclusiva da
vítima. A decisão foi unânime.
Processo: RR - 2995000-71.2008.5.09.0014
Fonte: TST
03/07/2017 -
Plenário vota urgência da reforma trabalhista na
terça-feira
Os senadores analisam na próxima terça-feira (4) um
requerimento de urgência para a votação da reforma
trabalhista no Plenário. Se o pedido for aprovado, o
PLC 38/2017 entra na pauta após duas sessões
ordinárias. O presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE)
pretende concluir a votação antes do recesso
parlamentar, que começa no dia 18 de julho.
— A reforma trabalhista pode ser votada na semana
que vem, mas meu compromisso com a Casa é de votar
até 10 ou 12 de julho. Não tenho angústia de votar
hoje, na segunda ou na terça. Vou seguir o regimento
e respeitar a oposição — disse Eunício.
O relator na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) e líder do Governo, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), acredita na aprovação do PLC 38/2017.
— Estamos modernizando a legislação. Não estamos
tirando nenhum direito. Mente quem diz que há perda
de direitos. Nós vamos debater, e a maioria deverá
votar pela aprovação. Há uma vontade de avançar para
que governo, empresários, trabalhadores e Justiça
tenham uma legislação realista, que possa permitir a
empregabilidade no futuro — afirmou Jucá.
Mas a proposta divide inclusive o partido do
presidente Michel Temer. Maior bancada na Casa, o
PMDB tem 17 senadores a favor e 5 contra o texto que
veio da Câmara. Entre os críticos, está o senador
Roberto Requião (PMDB-PR).
— Sinto que os parlamentares consideram os
trabalhadores como objetos. Eles não têm nenhuma
empatia com o trabalho e votam de forma equivocada
para a liquidação de todos os direitos trabalhistas
num momento de recessão. O que se pretende é
liquidar o direito do trabalhador, aviltar seu
salário — disse Requião.
A oposição critica a reforma trabalhista. A senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) diz que a estratégia é
tentar adiar a votação da matéria no Plenário, mesmo
com a aprovação do regime de urgência.
— Não vamos aceitar que o governo convoque duas ou
três sessões num mesmo dia para cumprir prazo.
Queremos que se cumpra o prazo regimental, com as
sessões ordinárias a cada dia. Essa matéria só pode
entrar em pauta na semana do dia 12 — afirmou Gleisi.
Tramitação
Em regime de urgência, a reforma trabalhista segue uma
tramitação especial. Na discussão, os senadores
podem falar apenas uma vez e por dez minutos cada —
cinco a favor e cinco contra a proposta. Mas o
presidente Eunício Oliveira avisou que vai conceder
a palavra a todos que se inscreverem.
Até esta sexta-feira (30), já havia 13 emendas de
Plenário, todas do senador Paulo Paim (PT-RS). Essas
sugestões para mudar a reforma trabalhista não
precisam voltar para a análise das comissões.
Recebem parecer em Plenário.
O PLC 38/2017 recebeu pareceres divergentes durante
a tramitação: dois a favor e um contra a proposta.
No Plenário, a tendência é de que o projeto seja
votado nos termos do último parecer. Na última
quarta-feira (28), a CCJ recomendou a aprovação da
matéria.
Fonte: Agência Senado
03/07/2017 -
Manifestações descentralizadas pelo País criticam
reformas e pedem saída de Temer
Em diferentes estados e no Distrito Federal,
sindicatos e movimentos sociais fizeram nesta
sexta-feira (30) protestos contra as reformas
trabalhista e da Previdência e também pela saída do
presidente Michel Temer do cargo.
Diferentemente da greve geral de abril último e do
movimento “Ocupa Brasília” em maio, as manifestações
foram descentralizadas, com atos em diferentes
pontos de rodovias ou cidades.
Para o presidente da Comissão de Trabalho,
Administração e Serviço Público da Câmara, deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP), os protestos são um alerta
para a sociedade e para o governo de que as crises
política e econômica vão se agravar se Temer
permanecer no cargo.
“Considero importante que haja protesto,
mobilização, e, mais, que haja um alerta à sociedade
brasileira”, disse. “Esses protestos ocorrem também
porque o Brasil não tem um governo legítimo. Temer
não tem nenhuma condição política e, enquanto
estiver no governo, a crise vai se agravar.”
Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos
Marun (MS) avaliou que as manifestações são
resultado de uma conspiração organizada, com o
objetivo de impedir as reformas propostas por Temer.
“Essa greve é, na verdade, resultado dessa
conspiração asquerosa que se estabeleceu com o
objetivo de depor o presidente Temer e evitar que as
reformas avancem”, afirmou. “Não há como dizer que
essas pessoas estão pensando nos empregos, nos
desempregados. Estão pensando nas suas
aposentadorias.”
Fonte: Agência Câmara
03/07/2017 -
Questionamentos ao STF sobre Lei da Terceirização
divide opiniões de deputados
Para Laércio Oliveira não vê falhas no texto
"discutido por mais de dez anos".
Assis de Melo diz que recursos eram inevitáveis e
vê mesmo caminho para a reforma trabalhista.
Desde que foi sancionada, no fim de março, a lei que
permite a terceirização irrestrita, inclusive para a
atividade-fim das empresas (Lei 13.429/17), é alvo
de ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no
Supremo Tribunal Federal (STF).
A mais recente foi apresentada pela
Procuradoria-Geral da República em 26 de junho. Há
outras quatro ajuizadas pelo PT e PC do B, Rede
Sustentabilidade, Confederação Nacional das
Profissões Liberais e Confederações Nacionais dos
Trabalhadores da Indústria Química e da Indústria
Têxtil. As ADIs tramitam com pedido de liminar e
estão sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
O Ministério Público aponta, por exemplo, falhas na
tramitação legislativa e argumenta que o texto viola
a proteção social do emprego, rompe o caráter
excepcional do regime de intermediação de mão de
obra e impede o cumprimento de convenções da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Outro
alvo da ação é possibilidade de aumento de três para
seis meses no tempo permitido para trabalho
temporário.
O relator da proposta que deu origem à lei, deputado
Laércio Oliveira (SD-SE) reafirma que a nova
legislação dá alternativas ao setor produtivo e
garante segurança jurídica para os cerca de 13
milhões de terceirizados brasileiros. Laércio
criticou os recursos ao Supremo.
"Como cidadão, lamento muito. É um instrumento de
modernização das relações de trabalho fartamente
aplicado no mundo todo. É uma lei que foi aprovada
em março e começa a surtir os efeitos em um ambiente
de necessidade de emprego que existe hoje no País”,
afirmou.
Oliveira disse ainda esperar que o Supremo “tenha a
tranquilidade de sempre para julgar e entender a
finalidade da lei”. Ele também não vê falhas no
texto, que ele entende ter sido discutido longamente
no transcorrer de mais de 10 anos.
Reforma trabalhista
Já o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) avalia que o
recurso ao Supremo era inevitável diante da derrota
durante os debates no Congresso Nacional. Melo prevê
o mesmo caminho em relação à proposta de reforma
trabalhista (PL 6787/16).
O texto já foi votado na Câmara e está em análise no
Senado. A proposta foi aprovada ontem na CCJ do
Senado e seguiu para votação no Plenário. Além da
CCJ, a Comissão de Assuntos Econômicos deu parecer
favorável ao texto. A Comissão de Assuntos Sociais
decidiu pela rejeição do projeto. Se aprovado no
Plenário, em turno único e com maioria simples,
segue sanção presidencial.
"Tanto a terceirização quanto a própria reforma
trabalhista vêm no sentido de, cada vez mais,
precarizar as relações trabalhistas. E isso
realmente está fora da questão constitucional e da
própria legislação trabalhista. Mas infelizmente nós
não conseguimos sensibilizar os deputados aqui”,
afirmou Assis de Melo.
Ele espera que o STF analise a questão e se, não for
em nível de liminar, que, “pelo menos, no mérito,
possa não aceitar essa questão da terceirização”.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2017 -
Congresso da Nova Central reafirma luta contra
reformas trabalhista e previdenciária
O IV Congresso Nacional da Nova Central Sindical de
Trabalhadores foi encerrado na última quarta (28) em
Luziânia, cidade goiana no Entorno de Brasília. Após
três dias de intensos debates, os cerca de mil
delegados reafirmaram o posicionamento firme da
entidade contra a política neoliberal do governo
Temer e suas reformas.
Após o evento, a Agência Sindical ouviu o professor
Sebastião Soares, um dos principais dirigentes da
Central. "Durante o Congresso, acompanhamos uma
demonstração positiva da democracia sindical. A Nova
Central assumiu o movimento pelas Diretas Já! Nosso
compromisso de unidade de ação com as outras
Centrais foi ratificado. Com isso, qualquer conversa
com o governo só será feita se todas estiverem
presentes", afirma Sebastião.
Segundo o dirigente, a pauta principal do Congresso
foi o combate às reformas, mas sem deixar de abordar
outros temas importantes para os trabalhadores e o
País. "As discussões em torno das reformas foi o
centro dos debates, mas discutimos também a dívida
pública e o combate aos juros altos. Pois é isso que
pode gerar empregos. Não é com reformas que retiram
direitos dos trabalhadores que colocaremos o País
nos trilhos", explica Sebastião.
Funcionalismo - A Agência falou também com Lineu
Mazano, dirigente do funcionalsimo paulista, que
assumiu a Secretária Nacional do Setor Público da
Nova Central. Ele avalia positivamente o Congresso:
"O engajamento dos trabalhadores na luta contra a
retirada de direitos é um dos nossos desafios”.
“É uma covardia o que estão tentando fazer. Retirar
direitos, precarizar o trabalho e acabar com o
sindicalismo não é solução para essa crise que o
Brasil está passando. Pelo contrário. Vamos afundar
ainda mais o País", comenta.
Palestras - O IV Congresso teve ainda a presença de
especialistas, que aprofundaram o debate de temas
específicos. Entre eles, o sociólogo Clemente Ganz
Lucio, diretor-técnico do Dieese; o jornalista
Antônio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação
do Diap; André Santos, assessor parlamentar do Diap;
Maria Lúcia Fattorelli, fundadora do movimento
“Auditoria Cidadã da Dívida"; o economista Marcio
Pochmann; e o diretor da Anfip Vilson Romero.
Fonte: Agência Sindical
03/07/2017 -
Comissão de Direitos Humanos vota projetos que
ampliam direitos dos idosos
Projetos que ampliam os benefícios para pessoas
idosas serão votados em reunião deliberativa da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) nesta terça-feira (4) às 12h. As
propostas tratam dos cuidados com o idoso e questões
de acessibilidade.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 648/2015 estabelece
que as instituições especializadas em cuidados de
idosos ofereçam programas de internação por
períodos. Assim, o idoso não seria privado
integralmente de estar com a família como a ocorre
no modelo atual de permanência continuada.
Segundo o autor do projeto, senador Álvaro Dias
(PV-PR), a proposição busca a preservação da
convivência familiar, já que com a internação
permanente em abrigos a convivência fica
prejudicada. O senador argumenta que grande parte
dos adultos trabalha durante o dia e não tem
condições de arcar com os custos de cuidadores
particulares. Por isso muitas vezes optam pela
institucionalização continuada para que os idosos da
família tenham os cuidados de que necessitam.
Favorável ao projeto, a relatora, senadora Ângela
Portela (PDT-RR), argumenta que é “absolutamente
urgente criar arranjos flexíveis que garantam os
direitos dos idosos à saúde e à convivência familiar
e comunitária”.
Moradia
Já o PLS 650/2011 estabelece alterações no Programa
Minha Casa Minha Vida (PMCMV) para que unidades
habitacionais construídas para beneficiário idoso
apresentem adaptações necessárias à garantia de
condições de acessibilidade. As definições do
projeto também valem para pessoas com deficiência.
O projeto original é de autoria senado Humberto
Costa (PT-PE), mas a proposta recebeu alterações do
relator, senado Paulo Paim (PT-RS), na forma de um
substitutivo.
No substitutivo, Paim alterou o texto da proposição
original para esclarecer que as adaptações devem ser
solicitadas até a formalização do contrato de compra
e venda. Segundo ele, essa providência é necessária
porque as regras do programa não permitem antever
essa demanda durante as fases iniciais dos
empreendimentos. A comissão se reúne na sala 2 da
Ala Nilo Coelho, no Anexo II do Senado.
Fonte: Agência Senado
03/07/2017 -
Comissão acata sugestão de sindicato de projeto para
proteger terceirizado
Proposta permite que empresa contratante retenha
os valores devidos à prestadora de serviços até
que se comprove o pagamento das verbas rescisórias
aos trabalhadores
A Comissão de Legislação Participativa aprovou
sugestão de projeto de lei para proteger o
trabalhador terceirizado, em relação ao recebimento
de verbas rescisórias (Sugestão 23/15).
A sugestão foi apresentada pelo Sindicato dos
Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore
de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras,
Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ. Na
comissão, a proposta recebeu parecer do relator,
deputado Luiz Couto (PT-PB), pela aprovação, na
forma do projeto de lei apresentado por ele.
O projeto introduz dispositivos na lei sobre
terceirização recentemente aprovada pelo Congresso
(Lei 13.429/17) para permitir que a empresa
contratante retenha os valores devidos à prestadora
de serviços até que se comprove o pagamento das
verbas rescisórias aos trabalhadores, além dos
recolhimentos previdenciário e fundiário.
Caso haja inadimplência da empresa prestadora de
serviços, a empresa contratante será autorizada a
remunerar diretamente os trabalhadores colocados à
sua disposição no prazo de cinco dias úteis. Nesse
caso, a responsabilidade pelos contratos de trabalho
passará a ser solidária, e não mais subsidiária,
como previsto pela lei atual.
O texto prevê ainda que o contrato de prestação de
serviço contenha as formas de fiscalização do
cumprimento das obrigações trabalhistas e
previdenciárias.
Agora a proposta passa a tramitar na Câmara como
proposta de autoria da Comissão de Legislação
Participativa.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2017 -
Comissão aprova seguro-desemprego a trabalhadores
cadastrados como microempresários
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que
altera a lei que regula o Programa do
Seguro-Desemprego (Lei 7.998/90) para autorizar a
concessão do benefício a trabalhadores cadastrados
como Microempreendor Individual (MEI).
A versão aprovada é um substitutivo ao Projeto de
Lei 3568/15, de autoria do deputado Lincoln Portela
(PR-MG).
Hoje, ao optar por se cadastrar como pessoa
jurídica, o trabalhador desempregado tem o pagamento
do seguro-desemprego suspenso, sob a alegação de já
usufruir renda como empresário.
O relator da matéria, deputado Lucas Vergilio (SD-GO),
manteve o conteúdo do texto original, mas sugeriu
que a previsão do benefício aos microempresários
ocorresse em outro artigo da lei que também trata da
concessão do seguro-desemprego.
Lucas Vergilio também deixou claro no texto que para
receber o auxílio o empresário deve comprovar que a
empresa está inativa ou não obteve faturamento no
ano anterior.
O mesmo é valido para os trabalhadores cadastrados
em conselhos de fiscalização profissional, que devem
comprovar que não receberam renda decorrente da
atividade profissional. “O benefício é parte de uma
rede de proteção para quem não tem renda. Isso
inclui todos os trabalhadores que ficaram
desempregados, mesmo que eles estejam cadastrados no
CNPJ ou inscritos em Conselho Profissional”,
reforçou o relator.
Tramitação
A proposta ainda será analisada de forma conclusiva
pelas comissões de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/07/2017 -
Estabilidade da gravidez vale também para contratos
temporários, afirma TST
Trabalhadora que está grávida tem direito a
estabilidade mesmo que seu contrato seja de prazo
determinado. Com esse entendimento, a 5ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho condenou duas empresas
a pagar indenização correspondente ao período de
estabilidade provisória a uma funcionária dispensada
ao fim do contrato por prazo determinado, mesmo
estando grávida.
Trabalhadora avisou seu superior da gravidez. Mesmo
assim, foi dispensada devido ao fim do contrato.
A turma reformou decisão do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (SP), que considerou que,
devido à modalidade do contrato, ela não tinha
direito à estabilidade de emprego.
A trabalhadora foi contratada em agosto de 2013 por
uma das empresas como divulgadora de fotos de pontos
comerciais anunciados por um site. Em dezembro, ao
constatar a gravidez, disse que comunicou
imediatamente o fato ao supervisor direto, que
informou que a relação de emprego iria terminar em
janeiro, conforme o contrato estabelecido por prazo
determinado.
Segundo o relator do recurso, ministro Guilherme
Caputo Bastos, a trabalhadora tem direito à
estabilidade provisória, mas a garantia somente
autoriza a reintegração se esta ocorrer durante o
período do benefício. Esgotado esse tempo, como no
caso, ela tem direito ao pagamento dos salários
entre a data da dispensa até cinco meses após o
parto.Com informações da Assessoria de Imprensa do
TST.
Processo RR-467-70.2015.5.02.0034
Fonte: Consultor Jurídico
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