Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2017
31/08/2017 -
Fórum Sindical (FST) formaliza à OIT denúncia contra
governo brasileiro
31/08/2017 -
Desemprego recua 0,3 ponto percentual na região
metropolitana de São Paulo
31/08/2017 -
Comissão promoverá cinco audiências públicas sobre a
MP que cria a Agência Nacional de Mineração
31/08/2017 -
Maia diz que trabalhos na Câmara não vão parar em
caso de nova denúncia contra Temer
31/08/2017 -
Dívidas com a Previdência equivalem ao triplo do
deficit previdenciário, destaca deputado
31/08/2017 -
Fórum de Combate ao Trabalho Infantil lança Cartilha
do Adolescente Trabalhador
31/08/2017 -
TRT2 organizará grupos de WhatsApp para realizar
conciliações
31/08/2017 -
Em rito sumaríssimo, erros na ordem e na
identificação de documentos anexos à inicial levam à
extinção do processo
30/08/2017 -
Paim espera aprovar em 2019 novo Estatuto do
Trabalho
30/08/2017 -
Projeto estabelece prazos para fim da exploração do
amianto no país
30/08/2017 -
Gastos com Previdência podem chegar a 82% do
Orçamento até 2024, diz relator
30/08/2017 -
Caixa deposita R$ 7,2 bilhões de lucro do FGTS a 88
milhões de brasileiros
30/08/2017 -
Tesouro, Previdência e Banco Central têm maior
déficit primário da história em julho
30/08/2017 -
Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto,
diz FGV
30/08/2017 -
Volume de ações no PJe quase dobra em um ano e chega
a 15,7 milhões
29/08/2017 -
Janot abre primeira ação no Supremo contra pontos da
reforma trabalhista
29/08/2017 -
Especialistas dizem temer impacto social das
reformas trabalhista e previdenciária
29/08/2017 -
Comissão especial pode votar parecer sobre licença
maternidade em caso de bebê prematuro
29/08/2017 -
Congresso instala comissões para analisar duas MPs
que mudam regras do setor mineral
29/08/2017 -
Proposta de privatização da Eletrobrás será debatida
por três comissões
29/08/2017 -
Prazo para requerer seguro-desemprego estabelecido
pelo Ministério do Trabalho é ilegal
29/08/2017 -
INSS começa a convocar aposentados por invalidez
para perícia médica
29/08/2017 -
Empresa que não paga vale-transporte deve comprovar
a renúncia expressa do trabalhador ao benefício
29/08/2017 -
Gestante consegue anular pedido de demissão e terá
direito a estabilidade provisória
29/08/2017 -
Semana Nacional da Conciliação de 2017 será de 27 de
novembro a 1º de dezembro
28/08/2017 -
FST define ações do movimento de resistência ao
desmonte da CLT
28/08/2017 -
Comissão que analisa regulamentação da Reforma
Política pode votar relatório nesta terça
28/08/2017 -
Relator da PEC da Reforma da Previdência na Câmara
será ouvido no Senado
28/08/2017 -
Projetos em tramitação na CCJ alteram pontos
polêmicos da reforma trabalhista
28/08/2017 -
SP: reforma trabalhista é bem conhecida por 15% das
micro e pequenas indústrias
28/08/2017 -
Projeto de Paim proíbe o uso de amianto no país
28/08/2017 -
Mais de 8 milhões serão beneficiados com o saque de
cotas do PIS/Pasep
28/08/2017 -
Arrecadação federal em julho tem menor nível em sete
anos
28/08/2017 -
Entidades pedem que Senado, Câmara e TCU paguem
contribuição sindical
28/08/2017 -
Em 2017, confiança da população na Justiça e no MP
diminuiu, diz estudo da FGV
25/08/2017 -
CDH discute impactos da reforma trabalhista
25/08/2017 -
CPI ouvirá deputados que participam das discussões
sobre reforma da Previdência
25/08/2017 -
Subcomissão do Estatuto do Trabalhador aprova
cronograma de trabalho
25/08/2017 -
Aposentados e pensionistas começam a receber
primeira parcela do décimo terceiro
25/08/2017 -
Medida provisória antecipa saques das contas do
PIS/Pasep
25/08/2017 -
Senadores divergem sobre MP que libera saque do
PIS/Pasep para idosos
25/08/2017 -
Eletricitários repudiam privatização da Eletrobras e
apontam precarização
25/08/2017 -
Julgamento no STF sobre uso do amianto termina em
impasse sobre legislações
25/08/2017 -
INSS terá que indenizar servidora aposentada que
teve diversas inflamações nos tendões em função do
trabalho
25/08/2017 -
JT-MG reconhece validade de norma coletiva que prevê
remuneração diferente com base em cada tomador de
serviços
24/08/2017 -
Governo anuncia 57 projetos de concessões e
privatização de empresas públicas
24/08/2017 -
Supremo tem quatro votos a favor da comercialização
do amianto
24/08/2017 -
Governo vai liberar saque de contas do PIS/Pasep
para idosos
24/08/2017 -
Temer e Gilmar Mendes se reúnem para discutir
semipresidencialismo
24/08/2017 -
CCJ aprova emenda de Plenário a projeto que altera a
Lei Maria da Penha
24/08/2017 -
Mais de 200 mil aprendizes foram contratados no
primeiro semestre de 2017
24/08/2017 -
Mediação põe fim ao impasse entre trabalhadores e
empresas do setor de limpeza urbana
24/08/2017 -
Pagamento da primeira parcela do 13º começa na
próxima sexta
24/08/2017 -
Descontos elevados no contracheque geram dano moral
23/08/2017 -
Centrais se reúnem com Fiesp para discutir propostas
de geração de emprego
23/08/2017 -
Empresários da indústria diminuem ritmo de
demissões, segundo pesquisa da CNI
23/08/2017 -
Câmara adia novamente votação da reforma política
por falta de acordo para aprovar texto
23/08/2017 -
Paulo Paim condena decisão do governo que reduz
reajuste do salário mínimo
23/08/2017 -
FGTS registra lucro recorde de mais de R$ 14 bilhões
em 2016
23/08/2017 -
Projeto muda critério para nulidade de negociação
coletiva
23/08/2017 -
INSS já cancelou 168 mil auxílios-doença após
convocação de perícias
23/08/2017 -
Conselho Curador aprova regras para melhorar
governança do FI-FGTS
23/08/2017 -
Fundo de Amparo ao Trabalhador vai cobrar
empréstimos cedidos ao BNDES
23/08/2017 -
Trabalhadora deve ser indenizada por atrasos nos
salários e não pagamento das verbas rescisórias
22/08/2017 -
Temer diz que semipresidencialismo seria útil ao
Brasil
22/08/2017 -
Comissão vota parecer que regulamenta reforma
política
22/08/2017 -
Comissão debate prioridades do Ministério do
Trabalho e Emprego
22/08/2017 -
Comissão vota parecer sobre licença maternidade em
caso de prematuro
22/08/2017 -
Governo quer reduzir participação da União na
Eletrobras
22/08/2017 -
Paim quer leis trabalhistas em foco durante a
campanha eleitoral de 2018
22/08/2017 -
Participantes de audiência consideram
inconstitucional reforma da Previdência
22/08/2017 -
Dirigente sindical demitido antes de comunicar
candidatura à empresa não obtém estabilidade
22/08/2017 -
Primeira Seção decidirá se valores recebidos por
causa de erro da Previdência devem ser devolvidos
22/08/2017 -
Desconto no salário após férias pagas indevidamente
não gera reparação, diz TST
22/08/2017 -
Empregado que adquiriu doença em função do trabalho
receberá R$ 15 mil em indenizações
22/08/2017 -
TRT-4 cancela súmula sobre adicional de
insalubridade por uso de fone de ouvido
21/08/2017 -
Temer quebra o país e dá perdão de R$ 78 bilhões a
empresas
21/08/2017 -
Fórum dos Trabalhadores lança em setembro campanha
contra ataques a CLT
21/08/2017 -
Estatuto do Trabalho partirá de relatório contra a
reforma trabalhista, anuncia Paim
21/08/2017 -
Paim apresenta projetos para revogar reforma
trabalhista
21/08/2017 -
Paim diz que reforma trabalhista teve o objetivo de
quebrar a Previdência
21/08/2017 -
Plenário pode votar proposta de reforma política
nesta terça-feira
21/08/2017 -
Termina nesta segunda prazo para agendar perícia de
revisão do auxílio-doença
21/08/2017 -
Odebrecht condenada a indenizar empregado demitido
durante estabilidade provisória
21/08/2017 -
Comissão fixa cota de 30% de mulheres em conselhos
de administração de empresas públicas
18/08/2017 -
Desemprego cai em todas as regiões, mostra IBGE
18/08/2017 -
IBGE: país tem 26,3 milhões de trabalhadores
subutilizados
18/08/2017 -
Divergência sobre as contas marca audiência da CPI
da Previdência
18/08/2017 -
Sindicalistas contestam déficit da Previdência e
apontam 'equívocos'
18/08/2017 -
Com apenas um voto favorável, STF suspende
julgamento que proíbe uso do amianto
18/08/2017 -
Eunício afirma que salário mínimo terá pelo menos a
correção da inflação
18/08/2017 -
Ministro reforça parceria com Sine nos estados para
combate ao desemprego
18/08/2017 -
Industriária garante estabilidade de duas semanas
após sofrer aborto espontâneo
17/08/2017 -
Comissão debate estatuto do trabalho na sexta-feira
17/08/2017 -
Reforma da Previdência deve ser votada na 1ª
quinzena de outubro, diz Padilha
17/08/2017 -
CPI da Previdência tem prazo de funcionamento
prorrogado por 60 dias
17/08/2017 -
Indústria paulista tem o melhor saldo de emprego
acumulado dos últimos 4 anos
17/08/2017 -
Novo valor do salário mínimo só será definido em
2018, diz ministro do Planejamento
17/08/2017 -
Renan: Temer está tentando fazer do PMDB um
"puxadinho do governo"
17/08/2017 -
Maia adia para próxima terça votação da PEC que
altera regras para eleições
17/08/2017 -
'Esta não é a reforma política que Brasil quer e
precisa', critica presidente nacional da OAB
17/08/2017 -
TST decide que não há isonomia entre gestantes com
contratos por prazo determinado/indeterminado
17/08/2017 -
Aprovado desconto de 50% para idosos na renovação da
carteira de motorista
16/08/2017 -
Governo eleva para R$ 159 bilhões metas de déficit
primário de 2017 e 2018
16/08/2017 -
Previsão de salário mínimo para 2018 cai para R$ 969
16/08/2017 -
Perdas de direitos dos aposentados serão debatidas
na CDH nesta quinta
16/08/2017 -
CPI da Previdência ouve nesta quinta-feira
representantes do Ministério da Fazenda
16/08/2017 -
'Estamos destruindo de forma sistemática a nossa
estrutura produtiva industrial'
16/08/2017 -
Caixa Econômica prepara terceirização irrestrita e
fim de concurso público
16/08/2017 -
JT confirma incompetência para determinar ao INSS
atualização de cadastro de trabalhador
16/08/2017 -
STF facilita direito a tempo especial de eletricista
16/08/2017 -
CCJ aprova PEC que amplia licença-maternidade para
gestante ou mãe adotiva de mais de uma criança
15/08/2017 -
Reforma Trabalhista deixa 18 milhões de
trabalhadores sem assistência e 150 mil
desempregados
15/08/2017 -
Projeto revoga dispositivo introduzido pela reforma
trabalhista
15/08/2017 -
Centrais Sindicais decidem agenda de ações para
enfrentamento da crise
15/08/2017 -
Clemente Ganz: Meta fiscal de Temer vai custar caro
para trabalhador
15/08/2017 -
CPI ouve prefeituras que mais devem à Previdência
15/08/2017 -
São Paulo e Minas Gerais lideram geração de emprego
jovem no Brasil
15/08/2017 -
Servidor com mandato classista em sindicato deve ser
mantido na folha de pagamento
15/08/2017 -
Desconto em salário sem justificativa viola dever de
remunerar empregado
14/08/2017 -
Cristovam propõe fim escalonado da contribuição
sindical obrigatória
14/08/2017 -
Governo deve anunciar hoje mudança da meta fiscal
14/08/2017 -
Rodrigo Maia defende reformulação do Estado
14/08/2017 -
Senado pode criar Comitê de Defesa da Mulher contra
Assédio Moral ou Sexual
14/08/2017 -
Comissão discute Sistema Nacional de Juventude
14/08/2017 -
Convocados para revisão do auxílio-doença têm até
dia 21 para agendar perícia
14/08/2017 -
INSS não pode cancelar benefício concedido a
segurado por decisão judicial
14/08/2017 -
Lei da gorjeta regulamenta relação entre
trabalhadores e empregadores
14/08/2017 -
Condenado por má-fé aposentado que requereu
indenização estabilitária
11/08/2017 -
Trabalhadores receberão até o final de agosto parte
do lucro do FGTS
11/08/2017 -
Fachin decide não incluir Temer em inquérito que
investiga integrantes do PMDB
11/08/2017 -
Partidos governistas cobram valorização para votar
reforma da Previdência
11/08/2017 -
Pesquisa: reforma trabalhista aumentará desemprego
11/08/2017 -
Comissão da reforma política marca para terça-feira
votação de destaques
11/08/2017 -
Se lei fosse cumprida, 500 mil jovens a mais seriam
contratados, diz deputada
11/08/2017 -
Suspenso julgamento de ações que questionam
proibição ao uso do amianto
11/08/2017 -
Temer defende harmonia entre Poderes e critica abuso
de autoridade
10/08/2017 -
Ministro descarta criação de imposto superior à
contribuição sindical
10/08/2017 -
Os muitos modos de resistir e combater a aplicação
da reforma trabalhista
10/08/2017 -
País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com
saldo positivo
10/08/2017 -
CAS decide que aposentadoria não extingue contrato
de trabalho
10/08/2017 -
Especialistas defendem reforma da Previdência em CPI
10/08/2017 -
Inflação para famílias com renda até 5 salários é de
0,17% em julho
10/08/2017 -
STF retoma hoje julgamento sobre validade de leis
que proíbem uso do amianto
10/08/2017 -
Acordo possibilita troca de informações entre
Justiça Federal, INSS e Secretaria de Previdência
10/08/2017 -
Turma considera nula atuação de preposto que não era
empregado
10/08/2017 -
Acidente de trabalho que deixa sequelas na voz gera
dano estético, decide TRT
09/08/2017 -
Centrais querem contribuição sindical maior do que
imposto cobrado hoje
09/08/2017 -
Temer anuncia que R$ 7 bi de lucro do FGTS serão
divididos entre trabalhadores
09/08/2017 -
Subcomissão para criar Estatuto do Trabalho será
instalada nesta quarta-feira
09/08/2017 -
Produção industrial cresce em nove dos 14 locais
pesquisados pelo IBGE
09/08/2017 -
Governo diz que não vai mandar ao Congresso aumento
do Imposto de Renda
09/08/2017 -
Ministro avisa que tentativa de burlar lei
trabalhista será penalizada
09/08/2017 -
Servidor tem 5 anos para pedir inclusão de
insalubridade em aposentadoria
09/08/2017 -
Proposta limita em 20% multa trabalhista decorrente
de conciliação
08/08/2017 -
MP que altera pontos da reforma trabalhista deve ser
editada em agosto
08/08/2017 -
Paulo Paim: governo deve cobrar devedores para
cobrir rombo na Previdência
08/08/2017 -
Proposta da reforma da Previdência é criticada em
CPI
08/08/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS injeta R$ 44
bilhões na economia
08/08/2017 -
Dieese aponta alta de 0,13% no custo de vida em São
Paulo
08/08/2017 -
INSS vai reconhecer aposentadoria por idade de forma
automática
08/08/2017 -
Comissão de Trabalho aprova abono salarial para
todos os empregados
07/08/2017 -
FST apresentará denúncia à OIT sobre a reforma
trabalhista, diz Artur Bueno
07/08/2017 -
Reforma da Previdência será "a possível", diz Temer
em entrevista
07/08/2017 -
Quase 2 milhões de servidores podem se aposentar nos
próximos dez anos
07/08/2017 -
Comissão de Direitos Humanos debate reformas
trabalhista e previdenciária
07/08/2017 -
Dieese: Só com unidade é possível enfrentar desmonte
de direitos
07/08/2017 -
Ideia do Estatuto do Trabalho surgiu dos debates da
Frente pelo Brasil, diz Paim
07/08/2017 -
Aposentado que trabalha não deve pagar o INSS,
decide Justiça
07/08/2017 -
Comissão aprova proposta que torna crime dificultar
ou impedir contratação de plano de saúde por idoso
04/08/2017 -
CPI da Previdência ouve sindicalistas na
segunda-feira
04/08/2017 -
Senadores da base aliada admitem aprovar apenas
parte da reforma da Previdência
04/08/2017 -
Projeto concede benefícios a empresas que
contratarem empregados com mais de 55 anos
04/08/2017 -
Lei da Terceirização não vale para contratos
encerrados antes da norma, diz TST
04/08/2017 -
Pesquisa aponta aumento da preocupação dos
brasileiros com desemprego
03/08/2017 -
Rodrigo Maia indica que reforma política deve ser
prioridade nas próximas semanas
03/08/2017 -
Governo quer aprovar reforma da Previdência até
outubro, diz Meirelles
03/08/2017 -
Projeto que prevê perda de cargo de servidor estável
será debatido na CCJ
03/08/2017 -
Comissão reajusta tabela do IR e reduz idade de
isenção sobre aposentadoria
03/08/2017 -
Temer nega compra de votos de deputados e diz ter
confiança na aprovação da reforma da Previdência
03/08/2017 -
Encerramento de atividades da Saint Gobain em Canoas
(RS) afasta estabilidade de dirigente sindical
03/08/2017 -
Acordo homologado na Justiça Comum é inválido para
afastar vínculo de emprego
02/08/2017 -
Câmara nega autorização para processo contra Temer
no Supremo
02/08/2017 -
Ministro se reúne com representantes de sindicatos
de trabalhadores e empregadores
02/08/2017 -
Vanessa Grazziotin cobra do governo MP que iria
suavizar a reforma trabalhista
02/08/2017 -
Paim apresenta projeto que revoga Lei da Reforma
Trabalhista
02/08/2017 -
Faturamento da indústria acumula queda de 5,9% no
primeiro semestre, diz CNI
02/08/2017 -
INSS convoca segurado para reavaliação do
auxílio-doença
02/08/2017 -
Paulo Paim defende criação do Estatuto do Trabalho
02/08/2017 -
Paulo Paim diz que população teme os efeitos da
reforma trabalhista
02/08/2017 -
TST valida acordo que amplia estabilidade apenas
para gestantes contratadas por prazo indeterminado
02/08/2017 -
Doença ocupacional gera pensão por tempo determinado
01/08/2017 -
Reforma trabalhista: uma tragédia anunciada
01/08/2017 -
Dirigente da Nova Central defende conteúdo político
na formação sindical
01/08/2017 -
Ibope: 81% são favoráveis à aceitação da denúncia de
corrupção contra Temer
01/08/2017 -
INSS cancela mais de 14 mil benefícios no Rio
01/08/2017 -
Comissão responsabiliza empregador que não
fiscalizar uso de equipamento de proteção
01/08/2017 -
Cipeiro terceirizado demitido ao fim de contrato de
prestação de serviços não tem direito à estabilidade
01/08/2017 -
Empregada dispensada sem acerto rescisório será
indenizada por danos morais
31/08/2017 -
Fórum Sindical (FST) formaliza à OIT denúncia contra
governo brasileiro
Delegação do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST),
composta por 22 Confederações, comandada pelo
coordenador nacional do Fórum, Artur Bueno de
Camargo, entregou segunda (28) documento ao
diretor-geral da Organização Internacional do
Trabalho, Guy Ryder, denunciando violação, pelo
governo brasileiro, de Convenções das quais o Brasil
é signatário. Artur também preside a Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria de
Alimentação (CNTA).
O documento entregue na sede da OIT em Genebra,
Suíça, denuncia que a aprovação da reforma
trabalhista viola as Convenções 98, 154 e 155 da
OIT, segundo as quais a celebração de Convenções
Coletivas deve ser efetuada sempre em condições mais
favoráveis das fixadas em lei. Ou seja, acordos não
podem subtrair direitos consagrados em lei, como faz
a reforma trabalhista.
Reação - Guy Ryder demonstrou conhecimento da
situação brasileira e estranhou o fato da reforma
trabalhista ter sido aprovada em muito pouco tempo.
O FST também denuncia que a nova lei “destrói
qualquer possibilidade de uma legítima negociação,
pois traz em seu bojo o enfraquecimento das
entidades de trabalhadores, desestímulo aos
contratos coletivos, incentivo à demissão e
substituição por mão-de-obra sem proteção”. O
documento sinaliza que a reforma trabalhista de
Temer desrespeita “o patamar mínimo civilizatório e
da dignidade humana”.
Os dirigentes do Fórum consideram que “a prevalência
do negociado sobre o legislado – premissa da reforma
– cria espaços para a precarização do trabalho ao
permitir que sejam pactuados parâmetros laborais
abaixo do que prevê a lei, gerando insegurança
jurídica”. O documento continua: “A discussão em
torno da proposta precisa ser, necessariamente,
precedida pela reforma do sistema sindical e criação
de instrumentos para punição de atos antissindicais,
sob pena de esvaziamento das negociações e fomento
extraordinário à corrupção nas relações coletivas de
trabalho”.
Além do coordenador do FST, Artur Bueno de Camargo,
compareceram à reunião com o diretor-geral da OIT o
presidente da Contratuh (Turismo e Hospitalidade),
Moacyr Tesch Auersvald; o vice-presidente da Contag
(Rurais), Alberto Broch; o secretário-geral da UITA
(União Internacional dos Trabalhadores em
Alimentação) para a América Latina, Gerardo
Iglesias; e o presidente da Conacate (Carreiras
Típicas de Estado), Antonio Carlos Fernandes Jr.
Mais informações: www.fstsindical.com.br
Artur - (61) 3242.6171 (CNTA) e Moacyr - (61)
3322.6884 (Contratuh)
Fonte: Agência Sindical
31/08/2017 -
Desemprego recua 0,3 ponto percentual na região
metropolitana de São Paulo
A taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual na
região metropolitana de São Paulo, ao passar de
18,6% em junho para 18,3% em julho, segundo o
levantamento feito pela Fundação Sistema Estadual de
Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
No período, houve uma queda de 26 mil pessoas no
total de desempregados, mas o número de pessoas a
espera de uma vaga ainda é muito elevado (2,051
milhões de pessoas) ou 98 mil a mais do que no mesmo
período do ano passado.
Na avaliação do economista do Dieese, Cesar Andaku,
o mercado está reagindo melhor do que no início
deste ano. “A partir de junho começamos a observar
uma estabilização, mas devido à volatilidade na
economia ainda é prematuro cravar que vamos ter uma
sequência de queda”, opinou ele. Em junho último, A
taxa tinha passado de 18,8% para 18,6%.
Andaku lembrou que na comparação com 2016 houve uma
piora. Em julho do ano passado, havia 17,4% da
População Economicamente Ativa (PEA) a procura de
uma vaga. De acordo com ele, a pequena melhora em
julho reflete principalmente o crescimento de
autônomos (3%), o que acredita ser uma alternativa
para “driblar a crise econômica”.
Comércio e construção
O nível de emprego aumentou 0,7% com um saldo de 68
mil postos de trabalho, número acima do total de
pessoas que passaram a disputar uma chance no
mercado de trabalho. A maioria dos setores ampliou
as contratações com destaque para o comércio, onde
surgiram 30 mil empregos, com alta de 1,9% e a
construção civil, com 22 mil novas vagas (3,8%).
Na indústria, o saldo foi positivo em 20 mil postos
de trabalho (1,5%) e em serviços foram abertas 14
mil vagas (0,3%). A pesquisa não especifica os
segmentos que efetuaram mais cortes do que
admissões.
Em julho havia 9,159 milhões de pessoas ocupadas na
região metropolitana de São Paulo, sendo que o
número de autônomos cresceu 3%, enquanto o de
assalariados ficou ligeiramente inferior a julho
(-0,1%). O levantamento mostra ainda que melhorou a
situação do emprego com 0,4% mais contratados com
carteira assinada, ao mesmo tempo em que diminuiu em
1,7%, o total de trabalhadores sem carteira.
Rendimento
O rendimento médio cresceu mais entre os ocupados
(1,8%) atingindo R$ 2.033 . Já os ganhos dos
assalariados teve correção média de 0,7% com o valor
de R$ 2.099.
Fonte: Agência Brasil
31/08/2017 -
Comissão promoverá cinco audiências públicas sobre a
MP que cria a Agência Nacional de Mineração
Cinco audiências públicas devem ser realizadas antes
da apresentação do relatório sobre a medida
provisória que cria a Agência Nacional de Mineração
(MPV 791/2017). O plano de trabalho da comissão
mista foi aprovado nesta quarta-feira (30). O órgão
foi criado para substituir o atual Departamento
Nacional de Produção Mineral. De acordo com o
relator da medida provisória, deputado Leonardo
Quintão (PMDB/MG), o relatório deverá apresentado no
fim de setembro.
Fonte: Agência Senado
31/08/2017 -
Maia diz que trabalhos na Câmara não vão parar em
caso de nova denúncia contra Temer
O presidente da República em exercício, Rodrigo
Maia, admite a possibilidade de uma segunda denúncia
contra o presidente Michel Temer, mas acredita que o
caso não vai paralisar os trabalhos da Câmara dos
Deputados.
Ministros de Temer também já admitiram a
possibilidade de uma nova denúncia. Eliseu Padilha,
da Casa Civil, por exemplo, afirmou que são grandes
as chances de o procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot, acusar mais uma vez o presidente, mas
negou que isso preocupe o Executivo. Janot fica até
o dia 17 de setembro no cargo.
Em junho, o procurador denunciou Michel Temer por
corrupção passiva. A denúncia se baseou na delação
premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos
da JBS.
Mas, em votação no início deste mês, a Câmara
rejeitou a acusação. Foram 263 votos favoráveis ao
relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, do PSDB, que
era contrário à investigação. A oposição precisava
de 342 deputados para admitir a denúncia, mas
conseguiu o apoio de 227 parlamentares.
Fonte: Portal EBC
31/08/2017 -
Dívidas com a Previdência equivalem ao triplo do
deficit previdenciário, destaca deputado
O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira
e Controle, deputado Wilson Filho (PTB-PB),
destacou, nesta quarta-feira (30), que as dívidas de
empresas com a Previdência Social são equivalentes a
três vezes o valor do deficit do Regime Geral da
Previdência Social em 2016.
“Se nós tivéssemos êxito na cobrança das dívidas,
nós teríamos uma carga bem menos pesada para a
população brasileira pelo menos em curto prazo,
mesmo que não resolvesse o problema
definitivamente”, disse, em debate na comissão sobre
o montante do deficit e sobre as dívidas de teor
previdenciário. “É isto que a população não entende:
a reforma da Previdência causaria maiores
dificuldades para a população, e ninguém sabe o que
está sendo feito para cobrar das empresas”,
completou.
No debate, o procurador-geral-adjunto de Gestão da
Dívida Ativa da União e do FGTS da Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Cristiano Morais,
explicou que os débitos com a Previdência acumulam
cerca de R$ 420 bilhões. Já o secretário da
Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo
Caetano, salientou que, em 2016, o déficit do Regime
Geral da Previdência Social (RGPS) foi de R$ 151,9
bilhões – equivalente a 2,4 pontos percentuais do
Produto Interno Bruto (PIB).
Crítica aos Refis
De acordo com Cristiano Morais, do total de R$ 420
bilhões em dívidas com a Previdência, apenas 42% (R$
175 bilhões) são considerados recuperáveis; enquanto
os outros 58% (R$ 245 bilhões) têm perspectiva baixa
de recuperação ou são irrecuperáveis, já que se
trata de empresas inativas ou sem patrimônio.
O procurador salientou ainda que os reiterados
programas especiais de parcelamento de dívidas
(Refis) aprovados pelo Congresso têm efeito
“nefasto” na arrecadação. “Esse benefício fiscal
permite que esses grandes devedores façam uma
rolagem da sua dívida”, apontou. “Nos Refis que
foram instituídos de 2000 até aqui, uma série de
contribuintes saem de programa em programa sem pagar
a dívida, e são justamente os grandes devedores”,
completou. Conforme ele, existem 17 milhões de
empresas em atividade, sendo que apenas 15% são
devedoras da Previdência. “Uma minoria deve, mas há
grande concentração da dívida”, afirmou.
Ainda segundo o procurador, a PGFN recuperou apenas
R$ 22 bilhões entre 2010 e 2016. As ações da
procuradoria para recuperar créditos da União
incluiriam diligências em massa para busca de bens;
protesto extrajudicial; acompanhamento minucioso dos
grandes devedores; e criação de grupo especial de
combate a fraudes estruturadas.
Deficit estrutural
Já Marcelo Caetano ressaltou que o deficit não é uma
questão conjuntural. “Existe uma evolução histórica
do déficit, e há uma tendência de crescimento
estrutural”, disse. Segundo ele, desde 1995 há
deficit no Regime Geral da Previdência Social.
Naquele ano, o deficit era de R$ 1 bilhão, diante de
arrecadação de R$ 137 bilhões, e despesa de R$ 138
bilhões. Já em 2016, a despesa do RGPS foi de R$
515,9 bilhões, e a arrecadação, de R$ 364 bilhões.
De acordo com o secretário da Previdência, a
situação se replica nos regimes próprios dos
servidores. Em 2016, o deficit foi de R$ 155,7
bilhões, somado o resultado da União (deficit de R$
77,2 bilhões), de estados e do Distrito Federal (deficit
de R$ 89,6 bilhões) e de municípios (superavit de R$
11,1 bilhões).
O secretário acrescentou que de toda a riqueza
produzida no País em 2016 (PIB), 13,1% foi destinado
a pagamentos previdenciários, e a tendência é que
essa percentagem cresça ao longo do tempo, devido ao
processo de envelhecimento populacional muito
acelerado no País. Diante desse quadro, ele defendeu
a reforma da Previdência. “Quanto mais postergamos a
reforma, mais intensa ela terá que ser”, afirmou.
Já aprovada em comissão especial, a proposta de
reforma da Previdência aguarda análise pelo Plenário
da Câmara, onde precisa do aval de, no mínimo, 308
dos 513 deputados, em dois turnos de votação. A
reforma prevê, entre outros pontos, idades mínimas
de aposentadoria de 62 anos para as mulheres e de 65
anos para os homens, e aumento do tempo mínimo de
contribuição de 15 para 25 anos.
Fonte: Agência Câmara
31/08/2017 -
Fórum de Combate ao Trabalho Infantil lança Cartilha
do Adolescente Trabalhador
Publicação, apresentada nesta quarta (30) na sede
da Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MG),
reúne conceitos e legislação sobre os direitos dos
jovens
O Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho
Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FECTIPA-MG),
em parceria com a Superintendência Regional do
Trabalho (SRT-MG), lançou, nesta quarta (30), a
Cartilha do Adolescente Trabalhador.
De cunho educativo, a cartilha produzida pelas
instituições integrantes do fórum apresenta, em
linguagem simples e acessível, as modalidades
existentes de trabalho para os jovens e traz
informações e conceitos sobre trabalho infantil e os
contratos de Trabalho, de estágio e de aprendizagem.
Outro tema retratado pela publicação é a proibição
do trabalho doméstico – considerado uma das piores
formas de trabalho – aos menores de 18 anos.
Para a coordenadora do FECTIPA-MG, Elvira Cosendey,
a cartilha é uma importante ferramenta de
sensibilização sobre os direitos dos jovens. “Com
esse lançamento, estamos iniciando a distribuição de
dez mil cartilhas. Nosso objetivo é dar mais
visibilidade à legislação de proteção do trabalho
voltada para os adolescentes contribuindo dessa
forma para erradicar a exploração infanto-juvenil em
nosso Estado, afirma Cosendey.
O evento foi precedido de uma palestra ministrada
pelo coordenador do Ensino Médio da Secretaria
Estadual de Educação de Minas Gerais, Wladimir
Coelho, que debateu sobre a Reforma do Ensino Médio.
Direcionada aos integrantes do fórum, a atividade
aconteceu na SRT-MG.
Fonte: MTb
31/08/2017 -
TRT2 organizará grupos de WhatsApp para realizar
conciliações
O TRT da 2ª Região acaba de adotar uma solução
moderna e ágil, em que todos os envolvidos saem
ganhando: a conciliação virtual. Por meio do
aplicativo de mensagens WhatsApp, as partes e seus
representantes – gerenciados pelo Núcleo Permanente
de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Nupemec-JT2),
do TRT-2, – debatem as condições do acordo de forma
virtual, só necessitando comparecer pessoalmente no
ato da homologação. Dessa forma, evitam-se
deslocamentos desnecessários e agiliza-se o trâmite
processual.
Para participar, é preciso ter uma causa ajuizada no
TRT-2, em qualquer fase processual, com potencial
conciliatório. Depois, basta enviar uma mensagem
para (11) 9-9729-6332 informando o número do
processo e o celular dos advogados de ambas as
partes. O TRT-2 criará grupos com o reclamante, o
reclamado e seus advogados, para tratarem daquele
processo exclusivamente pelo aplicativo. Se houver
acordo, o Tribunal promoverá a homologação
presencial, encerrando o processo.
Vale lembrar que a adesão à conciliação virtual é
facultativa. O Nupemec-JT2 é coordenado pela
desembargadora Cândida Alves Leão, também
vice-presidente administrativa do TRT-2.
Fonte: TRT2
31/08/2017 -
Em rito sumaríssimo, erros na ordem e na
identificação de documentos anexos à inicial levam à
extinção do processo
A Resolução 136 do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho, que instituiu o Sistema do PJe na Justiça
do Trabalho, dispõe que é dever da parte zelar pela
organização dos documentos anexados ao processo. A
norma também determina que os documentos
digitalizados e anexados às petições eletrônicas
devem conter descrição que os identifiquem e, se for
o caso, o período a que se referem. Individualmente
considerados, devem trazer os documentos da mesma
espécie, ordenados de forma cronológica. Quando a
forma de apresentação dos documentos puder gerar
prejuízo ao contraditório e à ampla defesa, deve o
juiz determinar nova apresentação e tornar
indisponível os anteriormente juntados. Tratando-se
de petição inicial, o julgador determinará a emenda
da peça processual, tudo nos termos do artigo 20 e
parágrafos da Resolução 136 do CSJT.
Mas, e quando o processo tramitar no rito
sumaríssimo? Nessa hipótese, como o rito
sumaríssimo, por sua celeridade e simplicidade, não
aceita emendas à inicial (artigo 852, B, parágrafo
1º da CLT), se os documentos anexos à petição
inicial forem apresentados em desacordo com as
regras previstas para o PJe, o resultado será a
extinção do processo, sem resolução do mérito. E foi
exatamente esta a situação com a qual se deparou a
juíza Thaisa Santana Souza Schneider, ao analisar
uma ação ajuizada no rito sumaríssimo no sistema
eletrônico.
Em seu exame, a magistrada constatou que o
reclamante anexou a petição inicial fora da ordem
cronológica, como sendo o segundo documento no
processo. Para a juíza, a irregularidade dificulta a
análise do processo, além de trazer prejuízo ao
exercício do contraditório e da ampla defesa.
Mas não foi só. Os documentos anexados com a petição
inicial foram identificados de forma incorreta,
inclusive as procurações, a carteira de identidade e
o aviso e recibo de férias, nomeados como “documento
diverso”, apesar de existir no sistema PJE descrição
específica.
Nesse quadro, a julgadora não teve dúvidas de que o
reclamante descumpriu as normas previstas no artigo
22 e seus parágrafos, da Resolução nº 136/CSJT e,
por isso, julgou extinto o processo, sem resolução
de mérito, com base no artigo 852-B, parágrafo 1º da
CLT. Não houve recurso ao TRT-MG. Processo PJe:
0010936-30.2017.5.03.0180 (RTSum)
Fonte: Âmbito Jurídico
30/08/2017 -
Paim espera aprovar em 2019 novo Estatuto do
Trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu para 1º de
maio de 2018 a primeira versão do Estatuto do
Trabalho. Em audiência pública na Subcomissão
Temporária do Estatuto do Trabalho, nesta
terça-feira (29), o senador declarou que 2017 e 2018
serão dedicados à construção de uma proposta que
realmente restabeleça os direitos dos trabalhadores.
A subcomissão foi criada dentro na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e
é presidida pelo senador Telmário Mota (PTB-RR).
Paim afastou, no entanto, qualquer possibilidade de
aprovação do documento no Congresso antes de 2019.
Isto porque o senador só vê chance de votação da
proposta por meio de “um Congresso e um presidente
da República decentes”, eleitos no próximo pleito.
Os especialistas que participaram da audiência
protestaram contra a reforma trabalhista aprovada
pelo Congresso e citaram como exemplo experiências
malsucedidas verificadas em países como Espanha e
México.
A pesquisadora da Unicamp professora Marilane
Oliveira Teixeira condenou a reforma trabalhista
como argumento para ampliar a competitividade da
indústria brasileira. Ela explicou que as mudanças,
além de aumentarem a insegurança com a precariedade
do trabalho, vão reduzir o mercado de consumo pela
redução da demanda. A professora lembrou que 65% da
riqueza nacional é resultado do consumo das
famílias, enquanto as exportações participam com
apenas 12%.
Já a juíza do Trabalho Luciana Paula Conforti
lembrou que as reformas trabalhista e previdenciária
realizadas na Espanha e no México já demonstraram
“efeitos desastrosos no mercado de trabalho”. No
caso do México, segundo a juíza, as medidas
resultaram no aumento da informalidade e deixaram
fora da Previdência Social 77% dos idosos. “No
período de 2008 a 2014, a taxa de pobreza chegou a
39,1% da população e, a de indigência, a 12,1%”,
afirmou.
Para Sérgio Voltolini, presidente da Confederação
Iberoamericana de Inspetores do Trabalho, a reforma
trabalhista da Espanha, que serviu de exemplo para a
brasileira, criou no período de cinco anos apenas
300 mil empregos, enquanto os salários médios caíram
de 26 mil euros para 25 mil euros.
Também participaram da audiência pública
representantes da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e da
Procuradoria do Trabalho no estado do Rio de
Janeiro. Segundo Paulo Paim, todas as palestras
apresentadas nas audiências públicas serão reunidas
em um documento para subsidiar a elaboração do
Estatuto do Trabalho.
Fonte: Agência Senado
30/08/2017 -
Projeto estabelece prazos para fim da exploração do
amianto no país
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
proibiu na última quinta-feira (24) a exploração do
amianto no Brasil. Usado na fabricação de telhas e
caixas d’água, o mineral é relacionado a diversos
tipos de câncer. O STF considerou inconstitucional
um artigo da Lei 9.055/1995 que disciplina o uso do
amianto crisotila, também conhecido como asbesto
branco.
Projeto de lei do Senado (PLS 30/2017), do senador
Paulo Paim (PT-RS), estabelece prazos para o
encerramento das atividades das mineradoras. O autor
afirma que, com o julgamento do STF, a aprovação de
sua proposta daria mais segurança aos trabalhadores
do setor.
– A decisão do Supremo está correta. Mas os milhares
de trabalhadores que atuam nessa área precisam ser
deslocados para outra atividade. Tem cidades de
Goiás e Minas Gerais que dependem disso. O que
podemos fazer é uma regra de transição. O projeto dá
um tempo para acabar com o amianto, que traz
prejuízos enormes à saúde - argumenta o senador.
De acordo com o projeto, as mineradoras teriam seis
meses para interromper a extração do asbesto branco.
O projeto dá um ano para o transporte da jazida até
o local de industrialização; dois anos para
comercialização pela indústria; três anos para a
venda pelos atacadistas; e quatro anos para a
comercialização pelos varejistas. O projeto prevê
pena de advertência, interdição e multa para quem
descumprir a determinação.
O projeto proíbe a extração, a importação, o
transporte, o armazenamento e a industrialização do
amianto e também veda a importação e a venda dos
produtos que utilizem o asbesto branco como
matéria-prima. O texto aguarda desde março a
indicação de um relator na Comissão de Serviços de
Infraestrutura (CI).
O debate sobre o amianto no Senado se estende há
pelo menos 12 anos. Desde 2005, os senadores
apresentaram outros três projetos de lei para tentar
barrar a exploração do asbesto branco no Brasil.
O PLS 172/2005, do ex-senador Sérgio Zambiasi (RS),
foi rejeitado na CI. O PLS 30/2009, da ex-senadora
Serys Slhessarenko (MT), e o PLS 371/2011), do
ex-senador Eduardo Suplicy (SP), nem chegaram a ser
votados: foram arquivados sem decisão ao final das
legislaturas.
Bancada goiana
A cidade de Minaçu (a 500 quilômetros de Goiânia)
abriga a terceira maior jazida de amianto crisotila
do planeta. Fica atrás apenas de áreas exploradas na
Rússia e no Canadá. As 300 mil toneladas de asbesto
branco extraídas todos os anos, respondem por 70% da
arrecadação do município.
A bancada de Goiás no Senado preferiu não se
manifestar sobre o julgamento do STF que proibiu a
exploração do amianto. Os senadores Lúcia Vânia
(PSB-GO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) informaram por
meio de suas assessorias que não comentariam a
decisão. O senador Wilder Morais (PP-GO) destacou a
importância do amianto para a economia local.
– O amianto, apesar do que se fala dele, representa
muito para o Brasil. Minaçu é a maior jazida do
país. Representa muito para a economia do nosso
estado de Goiás – afirmou.
Mais de 40 países já proíbem o uso do mineral. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima
que a exposição ao amianto provoque a morte de 100
mil pessoas por ano em todo o mundo.
Fonte: Agência Senado
30/08/2017 -
Gastos com Previdência podem chegar a 82% do
Orçamento até 2024, diz relator
O relator da reforma da Previdência na Câmara,
deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse nesta
terça-feira (29) que os gastos previdenciários podem
saltar dos atuais 55% para 82% do Orçamento Geral da
União até 2024, descontado o pagamento dos juros da
dívida. Maia participou de audiência pública na CPI
da Previdência e defendeu a aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que já passou
por uma comissão especial de deputados e aguarda
votação no Plenário da Câmara.
– Em 2024, 82% de todo o orçamento primário seria
destinado à Previdência, sobrando apenas 18% para
todas as demais despesas do país: educação, saúde,
segurança, investimento, salário dos servidores e
por aí vai. Essa escalada destruirá muito em breve
qualquer possibilidade de funcionamento razoável dos
serviços públicos – afirmou Arthur Maia.
O relator da CPI da Previdência, senador Hélio José
(PMDB-DF), criticou a reforma proposta pelo Poder
Executivo. Ele disse que, antes de sugerir mudanças
nas regras atuais, o governo deveria cobrar as
dívidas das empresas e do setor público com o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O calote
é estimado em R$ 500 bilhões.
– Por que os empresários dos ramos de frigoríficos,
transportes, indústria e escolas particulares não
estão pagando à Previdência? Prefeituras e estados
também ficam empurrando com a barriga para não pagar
a Previdência. Aí, o pobre coitado do assalariado,
do servidor público, do aposentado é penalizado -
disse o senador.
O deputado Arthur Maia rebateu. De acordo com o
relator da reforma na Câmara, mesmo que fosse paga,
a dívida não seria suficiente para cobrir o deficit
da Previdência.
– Desses R$ 500 bilhões que são devidos, é possível
apurar apenas R$ 200 bilhões. O restante é de
empresas que não existem mais. Se esses R$ 200
bilhões fossem pagos hoje, daria para custear a
Previdência em agosto, setembro e outubro. Apenas
três meses. O governo vai gastar R$ 800 bilhões com
a Previdência em 2017. Portanto, essa questão da
dívida não serve de resposta ao problema – afirmou.
Servidores públicos
Arthur Maia classificou como “uma distorção” o fato de
os servidores públicos receberem salários “muito
acima” da média nacional. Ele entende que os
funcionários dos três Poderes sejam submetidos às
mesmas regras dos trabalhadores da iniciativa
privada. E sugeriu que estados e municípios adotem
um regime que já vale para servidores federais
admitidos a partir de 2013, que têm a aposentadoria
limitada ao teto do INSS.
– Os estados estão quebrados. É necessária uma
reforma que obrigue estados e municípios a entrar na
mesma regra do governo federal. Além disso, tem que
aumentar a idade. Não é justo que um trabalhador do
campo, que trabalha todo dia de sol a sol, se
aposente aos 60 anos, e o funcionário público, no
gabinete com ar condicionado, se aposente aos 57
anos. Essas mudanças têm que ser colocadas – disse.
O senador Hélio José discordou. Ele explicou que as
mudanças adotadas a partir de 2013 vão resolver o
deficit no regime especial dos servidores públicos
“ao longo dos próximos anos”. O relator da CPI da
Previdência disse ainda que, se o governo insistir
nas mudanças, será derrotado no Senado.
– A reforma só pode abranger quem vai entrar no
mercado de trabalho, e não quem está para trás. Essa
reforma não foi discutida com a sociedade e chega
abruptamente. Menos da metade da bancada do PMDB
apoia essa reforma da Previdência - disse o senador.
Mudanças no relatório
O deputado Arthur Maia expôs aos senadores as
principais mudanças aprovadas pela comissão
especial. A idade mínima para a aposentadoria passa
a ser de 65 anos para os homens e 62 anos para as
mulheres.
A proposta original do governo estabelecia a
aposentadoria do trabalhador rural com 25 anos de
contribuição e 65 anos de idade. Os deputados
mantiveram os atuais 15 anos de contribuição, com 60
anos de idade para homens e 57 anos para mulheres.
O texto do governo não previa aposentadorias
especiais. A comissão da Câmara concedeu o benefício
aos policiais aos 55 anos e aos professores aos 60
anos.
O Palácio do Planalto queria proibir o acúmulo de
aposentadorias e pensões. A Câmara cedeu para
permitir o pagamento conjunto até o limite de dois
salários mínimos. A medida alcança 65% dos
beneficiários do Regime Geral de Previdência.
A proposta original acabava ainda com a vinculação
entre o salário mínimo e o Benefício de Prestação
Continuada. A comissão especial manteve a paridade.
Audiências públicas
O presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim
(PT-RS), confirmou para o dia 14 de setembro uma
audiência pública da comissão na Assembleia
Legislativa de São Paulo, sobre os grandes devedores
do INSS.
No dia 21 de setembro, os senadores têm audiência
pública em Brasília. Foram convidados representantes
do Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal
de Justiça, Ministério Público, Procuradoria Geral
da Fazenda Nacional, Polícia Federal, Ministério do
Trabalho e Receita Federal.
Na primeira semana de outubro, ocorre a última
audiência pública da CPI. Foram convidados os
ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do
Planejamento, Dyogo Oliveira. A comissão encerra os
trabalhos no dia 6 de novembro.
Fonte: Agência Senado
30/08/2017 -
Caixa deposita R$ 7,2 bilhões de lucro do FGTS a 88
milhões de brasileiros
A Caixa Econômica Federal finalizou o depósito do
lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Em nota divulgada nesta terça-feira (29), o
banco informou que a operação do crédito dos valores
nas contas dos trabalhadores foi concluída antes do
prazo definido em lei, que é 31 de agosto deste ano.
Com resultado de lucro de R$ 14,5 bilhões do FGTS no
ano passado, foram distribuídos R$ 7,28 bilhões, ou
seja 50% do total, a cerca de 88 milhões de
trabalhadores.
O cálculo do índice de distribuição do fundo foi
feito com base em 50% do lucro líquido do exercício
anterior (R$ 7,28 bilhões) dividido pelo saldo total
das 245,7 milhões de contas (R$ 375 bilhões). Assim
se tem o índice de 0,0193, que corresponde ao
percentual 1,93%. Ou seja, o lucro depositado na
conta equivale a 1,93% do saldo existente em 31 de
dezembro de 2016. Por exemplo, quem tinha R$ 1 mil,
recebeu R$ 19,30. De acordo com a Caixa, em média,
cada trabalhador recebeu R$ 29,62.
Com a distribuição de resultados equivalente a
1,93%, a rentabilidade das contas do FGTS aumenta de
5,11% ao ano (3% ao ano mais Taxa Referencial) para
7,14% ao ano.
Para que o trabalhador possa consultar o valor
creditado referente à distribuição de resultados do
FGTS, a Caixa criou um serviço exclusivo que pode
ser acessado pelo site do banco. Nesta aplicação, é
preciso informar o número do CPF ou do PIS e a senha
FGTS para obter a informação do crédito.
Segundo a Caixa, o trabalhador pode identificar o
valor do crédito por SMS (para quem tem adesão ao
serviço) e no extrato da conta vinculada de FGTS,
disponível para consulta pelo aplicativo do FGTS
Caixa e pelo site.
Conforme informou o presidente da Caixa, Gilberto
Occhi, no último dia 10, a distribuição dos
resultados do FGTS ocorrerá anualmente, com os
depósitos sendo efetuados sempre até o dia 31 de
agosto.
Regulamentação
Conforme a Lei 13.446/2017, o percentual de
distribuição de resultados do FGTS é de 50% do lucro
líquido do exercício anterior. A Lei estabelece que
os valores creditados nas contas dos trabalhadores
sejam proporcionais ao saldo da conta vinculada
apurada no dia 31 de dezembro do ano anterior. O
resultado distribuído não integra o saldo da base de
cálculo do depósito da multa rescisória, informou a
Caixa.
A Lei 13.446/2017 não prevê a possibilidade de saque
dos resultados do FGTS. Os trabalhadores poderão
sacar os valores de suas contas vinculadas de acordo
com as regras atuais, estabelecidas pela Lei
8.036/90, como nos casos de demissão sem justa
causa, aposentadoria, término de contrato por prazo
determinado.
Criado no dia 13 de setembro de 1966, o FGTS
equivale a 8% da remuneração, sem descontar do
salário do trabalhador. Desde sua criação, já foram
sacados pelos trabalhadores mais de R$ 890 bilhões.
Em 2016, os trabalhadores realizaram 37 milhões de
operações de saque, num total de R$ 108,8 bilhões,
conforme as hipóteses previstas em lei. Atualmente,
o Fundo conta com cerca de 38 milhões de contas que
recebem depósitos mensais regulares, efetuados por
cerca de 4 milhões de empregadores.
Fonte: Agência Brasil
30/08/2017 -
Tesouro, Previdência e Banco Central têm maior
déficit primário da história em julho
A frustração de receitas no programa de
regularização de ativos no exterior e de arrecadação
de tributos pagos pelas instituições financeiras
fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) registrar o
maior déficit primário da história em julho.
No mês passado, o resultado ficou negativo em R$
20,152 bilhões, contra déficit de R$ 19,227 bilhões
em julho do ano passado. O déficit primário é o
resultado negativo nas contas do governo
desconsiderando o pagamento dos juros da dívida
pública.
Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional.
De janeiro a julho, o déficit primário somou R$
76,277 bilhões, também o pior resultado desde o
início da série histórica, em 1997. Nos sete
primeiros meses do ano passado, o resultado negativo
somava R$ 55,693 bilhões. A comparação, no entanto,
foi influenciada pela antecipação do pagamento de
precatórios.
Fonte: Portal EBC
30/08/2017 -
Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto,
diz FGV
O Índice de Confiança da Indústria avançou 1,4 ponto
em agosto, totalizando 92,2 pontos, segundo
levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV)
divulgado nesta terça-feira (29) em São Paulo. Houve
alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais
avaliados.
O Índice da Situação Atual subiu 1,6 ponto para 90,0
pontos, o maior valor desde maio de 2014. Contribuiu
para o resultado a melhor percepção sobre o nível
dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os
estoques como excessivos caiu de 12,1% em julho para
10,8% em agosto, o menor percentual desde fevereiro
de 2014.
Aumentou também o percentual de empresas que
consideram o nível de estoques insuficiente: de 3,3%
para 3,6% entre julho e agosto. Na avaliação da FGV,
após piora consecutiva por quatro meses, as empresas
continuam com estoques industriais indesejados em
agosto.
O Índice de Expectativas aumentou 1,0 ponto e foi
para 94,4 pontos. Contribuíram as melhores
perspectivas para a produção nos três meses
seguintes. O levantamento registrou alta na
proporção de empresas prevendo produção maior de
29,1% para 34,2%. Aquelas que estimam produção menor
passaram de 17,7% para 20,2% do total. Com o
resultado, o indicador de produção prevista avançou
2,9 pontos, para 96,3 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou
0,6 ponto percentual em agosto para 74,1%, nível
próximo ao de junho e inferior à média no ano, de
74,5%.
Fonte: Agência Brasil
30/08/2017 -
Volume de ações no PJe quase dobra em um ano e chega
a 15,7 milhões
O número de ações tramitando no sistema de Processo
Judicial Eletrônico (PJe) chegou a 15,7 milhões no
primeiro semestre deste ano. Isso representa uma
alta 84% no número de causas incluídas no sistema em
relação a junho de 2016, quando tramitavam no PJe
8,5 milhões de ações.
No ano passado, o processo por meio digital superou
pela primeira vez o número de ações físicas. Hoje, o
PJe já está disponível em todas as subseções da
Justiça Federal de São Paulo e a versão 2.0 já
passou a funcionar no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal. O sistema está sendo usado em
3.321 órgãos julgadores — unidades como varas e
turmas —, conforme dados do CNJ.
Justiça do Trabalho
Cerca de 73% das ações digitais — 11,5 milhões —
pertencem à Justiça trabalhista. "É o ramo que mais
se engajou na implantação do PJe. Isso porque a
Justiça do Trabalho comprou a ideia, vinda do CNJ,
de que houvesse um único programa para todo o Poder
Judiciário", afirma Ives Gandra Martins Filho,
presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
Todos os 24 tribunais regionais do trabalho usam o
PJe. Entre as varas trabalhistas, a única exceção
está no Pará, por falta de infraestrutura mínima de
telecomunicação. Fica em Abaetetuba a última unidade
a ser digitalizada. Com a inauguração dessa unidade,
prevista para 6 de outubro deste ano, o programa
alcançará 100% da Justiça trabalhista.
"Sermos vanguardistas teve um preço caro. Houve
resistência. Os TRTs tinham programas muitas vezes
melhores em certas funções, mas sem a característica
de ser um sistema implementado em todos os ramos",
diz Ives Gandra Filho.
Ao todo, a plataforma reúne 1,5 milhão de usuários
na Justiça do Trabalho. Advogados formam perto de um
terço desses usuários — 450 mil. Magistrados, algo
como 4,6 mil. Entre os perfis, o banco inclui
peritos e estagiários.
Ives Gandra Filho destaca vantagens do PJe tanto
para o magistrado quanto para o advogado. "O juiz
pode despachar de qualquer parte do mundo, porque
tem acesso, com senha, ao processo eletrônico",
disse o presidente do TST. O desenvolvimento de
aplicativos móveis pode ampliar os benefícios. "No
celular, você recebe notificações e decisões, sabe
que horas começa a audiência. Facilita demais a vida
do cidadão e do advogado."
Falhas do sistema
Apesar do crescimento de seu uso e de alcançar quase
100% da Justiça do Trabalho, o PJe enfrenta desde o
seu início uma série de problemas e desconfiança.
Foi devido a esses problemas que, neste mês, a Turma
Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais (TNU) decidiu “aposentar” o uso do sistema,
voltando a usar o e-proc.
O sistema oficial do Conselho Nacional de Justiça,
lançado em 2009, tem sido deixado de lado até mesmo
pela própria presidente do órgão, ministra Cármen
Lúcia. Em maio, ela anunciou no Plenário do CNJ que
tribunais do país podem flexibilizar o uso da
plataforma. No ano passado, a ministra interrompeu a
implantação do PJe no Supremo Tribunal Federal.
Certificado Digital
Somado ao avanço do PJe está a massificação do
Certificado Digital. Cerca de 70% dos advogados já
possuem o documento, necessário para se fazer o
peticionamento eletrônico.
Além de permitir a petição eletrônica, o Certificado
Digital também permite assinar qualquer tipo de
documento eletrônico, como procurações, contratos,
propostas e atas; acessar serviços exclusivos na
Receita Federal do Brasil; e enviar o Imposto de
Renda com mais facilidade por meio da declaração
pré-preenchida.
A tendência é que os processos migrem totalmente
para o digital. Respondendo perguntas da ConJur,
apenas uma das entidades responsáveis por fazer a
certificação digital mostra que saiu de 647
certificações feitas em 2008 para 236.096 em 2016.
Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.
Fonte: Consultor Jurídico
29/08/2017 -
Janot abre primeira ação no Supremo contra pontos da
reforma trabalhista
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma
ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra
alguns dispositivos da lei da reforma trabalhista.
Trata-se do primeiro processo que questiona alguns
dos mais de 100 pontos modificados em julho na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Na ação, protocolada na noite de sexta-feira (25) e
cujo conteúdo foi disponibilizado nesta
segunda-feira (28), Janot questiona os artigos
790-B, 791-A e 844 da CLT, que normatizam alguns
pontos do processo trabalhista.
Os artigos questionados preveem algumas situações em
que fica a cargo do sucumbente – aquele que perde
uma ação trabalhista – o dever de arcar com os
custos do processo e honorários advocatícios, mesmo
que a parte derrotada comprove não ter condições de
pagar, sendo beneficiária da Justiça gratuita.
Por exemplo, se o derrotado na ação conseguir obter
recursos ao ganhar um outro processo trabalhista,
esse dinheiro deverá ser usado para pagar as custas
da ação em que foi derrotado. Da mesma forma, se o
sucumbente adquirir condições financeiras de arcar
com tais custas no prazo de dois anos após a
derrota, pode ser obrigado a pagá-las.
Para Janot, tais dispositivos da nova CLT
“apresentam inconstitucionalidade material, por
impor restrições inconstitucionais à garantia de
gratuidade judiciária aos que comprovem
insuficiência de recursos, na Justiça do Trabalho”.
“Com propósito desregulamentador e declarado
objetivo de reduzir o número de demandas perante a
Justiça do Trabalho, a legislação avançou sobre
garantias processuais e viola direito fundamental
dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária,
como pressuposto de acesso à jurisdição
trabalhista”, escreveu o procurador-geral da
República.
Segundo a reforma trabalhista, podem ser
beneficiários da Justiça gratuita todos que recebem
até dois salários mínimos ou que, mesmo com salário
acima disso, declarem que o pagamento das custas
processuais pode prejudicar o sustento próprio ou da
família.
Na ADI, Janot pede que seja concedida uma decisão
liminar (provisória) para suspender de imediato os
trechos da reforma trabalhista que preveem a
possibilidade de que, mesmo atendendo aos critérios
de acesso à Justiça gratuita, o derrotado numa ação
trabalhista seja obrigado a arcar com as custas do
processo.
A ação deve ser distribuída nesta segunda-feira
(28), podendo ser relatada por qualquer um dos
ministros do STF, com a exceção da presidente,
ministra Cármen Lúcia, que devido às suas funções
especiais fica excluída do sorteio.
Fonte: Agência Brasil
29/08/2017 -
Especialistas dizem temer impacto social das
reformas trabalhista e previdenciária
Representantes de entidades sindicais, dos
empregadores e dos magistrados do trabalho debateram
na Comissão de Direitos Humanos (CDH) as
consequências da entrada em vigor da reforma
trabalhista, já sancionada (Lei 13.467/2017), e da
possível aprovação da reforma da Previdência, em
discussão no Legislativo. Para quase todos os
convidados, a nova legislação aumentará a
terceirização, levará à redução dos direitos dos
trabalhadores e trará impacto sobre a arrecadação da
Previdência.
O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da
CDH, lembrou que apresentou proposta de criação de
um Estatuto do Trabalho, revogando a reforma
trabalhista aprovada este ano. Ele anunciou para o
dia 14 de setembro uma audiência na Assembleia
Legislativa de São Paulo, para discutir a situação
dos “caloteiros contumazes”, empresas que não
depositam a contribuição para a Previdência:
– Eles se apropriam do dinheiro do trabalhador e
acabam colaborando para a quebradeira da Previdência
- disse.
Um dos temas do debate foi o que acontecerá com os
direitos trabalhistas a partir de novembro, quando
entra em vigor a reforma trabalhista. Segundo Clóvis
Scherer, coordenador-adjunto do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o Executivo tem que se
preocupar com as consequências da exclusão de
milhões de idosos da Previdência e com a redução do
valor dos benefícios.
– O governo deveria apresentar à sociedade uma
análise dos impactos sociais, não apenas econômicos,
da reforma que está em tramitação no Congresso –
afirmou.
Guilherme Kopfer, advogado da Divisão Sindical da
Confederação Nacional do Comércio (CNC), disse que
ainda há questões em aberto em relação à Lei 13.467,
como sua aplicação aos contratos de trabalho
vigentes.
Noemia Aparecida Garcia Porto, vice-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), manifestou preocupação com o
desconhecimento dos trabalhadores em relação à
legislação aprovada:
– Alguns trabalhadores não tomaram consciência dos
impactos a partir de novembro. Isso é extremamente
preocupante. Ele é o principal destinatário da lei e
não sabe como vai ficar sua vida em pouquíssimos
meses. É um momento grave, com reflexos nas áreas
penal, previdenciária e familiar, no mínimo.
Proteção
O senador Hélio José (PMDB-DF) afirmou que a “falência
programada”, em que empresas terceirizadas
desaparecem, "dando calote nas dívidas
trabalhistas", já é um problema comum e pode se
agravar, com o estímulo à terceirização no texto da
nova lei. Hélio José abordou ainda na situação dos
trabalhadores comissionados do serviço público.
Segundo o senador, o comissionado não tem proteção
contra o desligamento repentino. Ele lembrou que
tramita na Câmara dos Deputados uma proposta de
emenda à Constituição (PEC 53/2007), concedendo aos
comissionados direitos como aviso prévio e
seguro-desemprego.
Tanto o senador por Brasília quanto Paim propuseram
a formação de uma frente suprapartidária em defesa
dos direitos dos trabalhadores.
Carlos Alberto Altino, representante da Força
Sindical, e outros sindicalistas convocaram os
trabalhadores para paralisações no dia 14 de
setembro, em repúdio às reformas.
Francisco Urbano Araújo Filho, representante da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), criticou a aprovação, na
semana passada, de um projeto de resolução do Senado
relativo ao Fundo de Assistência ao Trabalhador
Rural, o Funrural (PRS 13/2017). No entendimento dos
produtores rurais, a resolução suspende a cobrança
retroativa da contribuição, usada para financiar a
Previdência do trabalhador no campo. Há ainda uma
proposta de extinção da cobrança do Funrural sobre a
receita da comercialização da produção agrícola.
- Se a contribuição passar a ser individual, só do
agricultor familiar, 60% a 70% ficarão fora da
Previdência Social – alertou Araújo.
Fonte: Agência Senado
29/08/2017 -
Comissão especial pode votar parecer sobre licença
maternidade em caso de bebê prematuro
A Comissão Especial sobre Licença Maternidade em
caso de Bebê Prematuro (PEC 181/15) marcou reunião
para esta quarta-feira (30) para discussão e votação
do parecer do relator, deputado Jorge Tadeu Mudalen
(DEM-SP).
A PEC, do Senado, traz apensada uma proposta que já
tramitava na Câmara (PEC 58/11), de autoria do
deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES). Ambos os textos
preveem que o tempo de licença de 120 dias seja
ampliado, a fim de garantir a convivência entre mãe
e filho fora do hospital.
A comissão especial poderá ainda incluir na
Constituição uma regra clara sobre aborto. Criado em
dezembro, o colegiado surgiu como resposta a uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
eventualmente abrirá precedentes para
descriminalizar o aborto realizado nos primeiros
três meses de gestação.
A reunião está prevista para as 14h30. O local ainda
não foi definido.
Fonte: Agência Câmara
29/08/2017 -
Congresso instala comissões para analisar duas MPs
que mudam regras do setor mineral
Serão instaladas nesta quarta-feira (30) as
comissões mistas destinadas a examinar duas medidas
provisórias que alteram regras do setor mineral: a
MP 789/17, que altera os percentuais da Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),
como é chamado o royalty do setor mineral; e a MP
790/17, que amplia tempo de pesquisa mineral e exige
responsabilidade ambiental do minerador.
Após a instalação, serão escolhidos os presidentes e
os vice-presidentes de cada colegiado.
As comissões mistas de deputados e senadores são
criadas na primeira etapa da análise de medidas
provisórias enviadas pelo Executivo ao Congresso. As
propostas podem ser alteradas no colegiado e
precisam ser votadas antes de seguirem para a
análise dos Plenários da Câmara e do Senado.
A instalação das comissões será realizada a partir
das 14h30, consecutivamente, no plenário 2 da ala
Nilo Coelho, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
29/08/2017 -
Proposta de privatização da Eletrobrás será debatida
por três comissões
Três comissões da Câmara reúnem-se nesta
quinta-feira (31) para discutir com entidades da
sociedade civil, acadêmicos e governo um novo modelo
para o setor energético.
O debate, organizado pelas comissões de
Desenvolvimento Urbano; de Legislação Participativa;
e do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,
foi pedido pelos deputados do PT Givaldo Vieira
(ES), Erika Kokay (DF) João Daniel (SE), Nilto Tatto
(SP), Patrus Ananias (MG) e Valmir Assunção (BA).
Os parlamentares citam com preocupação o anúncio,
pelo governo, da venda de ativos da Eletrobrás. Tal
medida, segundo eles, poderá trazer grandes
prejuízos para a população e para o País. “No
Brasil, país de dimensões continentais, os desafios
são imensos, e cada vez mais o setor [energético]
tem um papel estratégico para o crescimento e a
sustentabilidade econômica”, afirmam.
Para os deputados, a tendência, com a privatização
da Eletrobrás, “é de que o preço da energia para os
pequenos consumidores dispare, além da possível
redução ou extinção das tarifas sociais e de
programas de universalização do fornecimento de
energia, o que compromete o fornecimento”.
Foram convidados para o debate:
- o vice-presidente da Federação Nacional dos
Urbanitários (FNU), Nailor Gato;
- o representante do Instituto de Desenvolvimento
Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Roberto
Araújo;
- o representante do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Gustavo Teixeira;
- o representante da plataforma Operária Camponesa
para Energia, Gilberto Cervinski;
- representante do Instituto Sócio Ambiental (ISA);
- o professor da Pontifícia Universidade Católica do
Rio do Grande do Sul Ronaldo Custódio.
O encontro ocorrerá no plenário 8, às 9 horas.
Fonte: Agência Câmara
29/08/2017 -
Prazo para requerer seguro-desemprego estabelecido
pelo Ministério do Trabalho é ilegal
Ação civil pública ajuizada pelo MPF questionou
resoluções que regulam o tema
Ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público
Federal (MPF) obteve reconhecimento da ilegalidade
nos prazos estabelecidos por resoluções do
Ministério do Trabalho para requerimento do
seguro-desemprego: solicitações do benefício eram
indeferidas em casos protocolados após 120 e 90 dias
contados da rescisão do contrato de trabalho ou do
resgate do trabalhador da situação análoga à de
escravo, respectivamente. O pedido do MPF foi
considerado procedente pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4) e a decisão vale para
todo o Brasil.
O MPF ajuizou a ação ainda em 2014, na 4ª Vara
Federal de Porto Alegre, defendendo a ilegalidade
dos artigos que fixavam o prazo em dois normativos
do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (Codefat), vinculado ao Ministério do
Trabalho: a resolução nº 467/2005, que concede o
seguro-desemprego aos dispensados segundo alterações
introduzidas na Lei nº 7.998/90 e na legislação
trabalhista, e a resolução nº 306/2002, que
estabelece procedimentos para a concessão do
benefício aos resgatados da condição análoga à de
escravo. Basicamente, o MPF considerou ilegais o
estabelecimento dos prazos porque a lei do
seguro-desemprego nunca instituiu tais limites.
Apontou a impossibilidade de os regulamentos
restringirem direitos alcançados pelo Poder
Legislativo aos cidadãos ou de suprirem pretensas
lacunas. Também entendeu que o Codefat extrapolou
suas atribuições ao definir estes prazos.
A 4ª Vara Federal de Porto Alegre considerou
procedente o pedido, mas a União apelou defendendo a
legalidade das resoluções e também questionando a
extensão da decisão para todo o Brasil. Em parecer
enviado ao TRF4, o MPF argumentou que o Codefat pode
explicar condições para concessão do benefício de
acordo com os preceitos já estabelecidos em lei,
porém, em conformidade com conteúdo legal. Isso não
acontecia no caso, pois ao impor tempo para requerer
o seguro-desemprego, as resoluções restringiram
direito dos cidadãos.
A 4ª Turma do TRF4, por unanimidade, negou o recurso
da União e manteve a sentença de primeira instância.
Da decisão cabe recurso aos tribunais superiores.
Fonte: Jusbrasil
29/08/2017 -
INSS começa a convocar aposentados por invalidez
para perícia médica
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS)
começaram, na última sexta-feira (25), a convocar
aposentados por invalidez para a realização de
perícias médicas. A intenção é fazer um pente-fino
nos benefícios concedidos. A economia prevista para
o final do procedimento é de R$ 10 bilhões, de
acordo com o MDS.
Os aposentados serão informados sobre a convocação
por meio de cartas enviadas pelos Correios. No
primeiro lote, foram enviadas 22.057 cartas para 25
estados e o Distrito Federal, exceto Roraima. Serão
convocados aqueles com menos de 60 anos que estão
com o benefício sem revisão há mais de dois anos. Ao
todo, o governo quer convocar 1 milhão de segurados
até dezembro de 2018.
A previsão é de que as primeiras perícias médicas
comecem em setembro, considerando os prazos de
entrega das correspondências e de contato dos
beneficiários para a marcação do agendamento.
Aqueles que receberem a carta devem entrar em
contato com o INSS pelo número 135 em até cinco dias
corridos, com exceção de domingo, e agendar a
perícia. Quem não fizer o agendamento terá o
benefício suspenso.
A partir da suspensão, são contados 60 dias para que
se marque a perícia. Se o agendamento for feito
nesse prazo, o benefício é liberado até a realização
da perícia. Passados os 60 dias sem que o
beneficiário se manifeste, o benefício será cessado.
Balanço
Além dos aposentados por invalidez, aqueles que
recebem auxílio-doença também foram convocados pelo
INSS. De acordo com balanço divulgado pelo
ministério, até o dia 4 de agosto, foram realizadas
210.649 perícias entre aqueles que recebiam
auxílio-doença. Foram cancelados 168.396 benefícios.
A ausência de convocados levou ao cancelamento de
outros 20.304 benefícios.
Além disso, 33.798 benefícios foram convertidos em
aposentadoria por invalidez, 1.892 em
auxílio-acidente, 1.105 em aposentadoria por
invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício
e 5.458 pessoas foram encaminhadas para reabilitação
profissional. Ao todo, 530.191 benefícios de
auxílio-doença serão revisados.
A economia anual estimada com auxílio-doença até
agora é de R$ 2,7 bilhões.
Fonte: Portal EBC
29/08/2017 -
Empresa que não paga vale-transporte deve comprovar
a renúncia expressa do trabalhador ao benefício
O vale-transporte é direito do trabalhador. E os
magistrados da 3ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), em decisão recursal,
fundamentaram-se na Lei n. 7.418/85 para determinar
indenização a trabalhador que não recebia o
benefício.
Desde que o citado normativo instituiu o
vale-transporte, as empresas passaram a ser
obrigadas a pagá-lo aos seus funcionários de acordo
com os critérios descritos no regramento. Mas, esse
direito também é relativo, pois a empresa pode
demonstrar que o trabalhador abriu mão do benefício
ou declarou não ser ele necessário.
No entanto, em análise ao caso concreto, os
integrantes da 3ª Turma constataram que o empregador
não conseguiu demonstrar sua isenção de pagamento da
obrigação, ou seja, não apresentou provas da
renúncia do ex-funcionário ao benefício. Daí então
decidiram, por unanimidade, acompanhar o voto da
relatora, a desembargadora Maria das Graças de
Arruda França, e determinar o pagamento de
indenização ao empregado no valor dos
vale-transportes não fornecidos.
Foi determinada, porém, a dedução do desconto
relativo ao percentual de 6%, calculado sobre o
salário básico do empregado, sob o fundamento de que
não se pode transferir para o empregador o ônus de
suportar a cota-parte do trabalhador, consoante art.
4.º da Lei 7.418/85 e art. 9.º do Decreto 95.247/87,
sob pena de enriquecimento sem causa, concluiu o
voto.
Fonte: Jusbrasil
29/08/2017 -
Gestante consegue anular pedido de demissão e terá
direito a estabilidade provisória
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou nulo o pedido de demissão de uma auxiliar
de processos da Nossa Serviço Temporário e Gestão de
Pessoas Ltda., no Paraná, e reconheceu seu direito à
estabilidade gestante. Ela agora irá receber
indenização pelo período.
A trabalhadora, na reclamação trabalhista, disse que
não sabia que estava grávida quando pediu demissão,
e que jamais teria pedido desligamento da empresa se
soubesse. Sustentou ainda que a rescisão não foi
homologada pelo sindicato.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
havia negado o pedido de indenização substitutiva
porque a demissão foi requerida pela própria
trabalhadora, o que representaria “uma forma de
renúncia tácita à estabilidade”. Também
desconsiderou o pedido de anulação da demissão uma
vez que o contrato durou por pouco mais de um mês.
“A falta de homologação sindical não tem o condão de
anular o ato de pedido de demissão”, diz a decisão.
O relator do recurso da trabalhadora ao TST,
ministro José Roberto Freire Pimenta, disse que é
incontroverso que a gravidez ocorreu durante o
contrato de trabalho. Por outro lado, o artigo 500
da CLT só considera válido o pedido de demissão se
homologado por sindicato da categoria ou pelo
Ministério do Trabalho. Como isso não ocorreu, a
demissão deve ser considera inválida, ficando
assegurada à trabalhadora o direito à estabilidade
provisória, nos termos da Súmula 244 do TST.
A empregada não deverá ser reintegrada ao emprego
porque o prazo de estabilidade já se esgotou. Por
isso, foi determinado o pagamento de indenização
substitutiva relativo ao período da garantia de
emprego. Processo: RR-22-25.2016.5.09.0001
Fonte: TST
29/08/2017 -
Semana Nacional da Conciliação de 2017 será de 27 de
novembro a 1º de dezembro
A próxima edição da Semana Nacional da Conciliação
acontecerá de 27 de novembro a 1º de dezembro. A
iniciativa, promovida anualmente, tem como objetivo
solucionar conflitos de forma pacífica e rápida por
meio da conciliação.
Incluído no Código de Processo Civil de 2015 como
etapa processual obrigatória, a solução de conflitos
pela via da conciliação dispensa a atuação imediata
de advogados e do juiz, que apenas valida
formalmente os acordos negociados entre as partes.
De acordo com os dados do CNJ, existem mais de 74
milhões de processos judiciais em tramitação no
Judiciário brasileiro.
Em 2016, foram feitas mais de 274 mil audiências
durante a Semana Nacional de Conciliação e mais de
130 mil acordos homologados. Desde 2006, quando o
evento foi feito pela primeira vez, já foram feitas
mais de 2 milhões de audiências, alcançando cerca de
R$ 10 bilhões em valores homologados.
Durante a preparação da Semana Nacional da
Conciliação, os tribunais escolhem os processos
judiciais que podem ser apresentados em audiência de
conciliação e comunicam formalmente as partes
envolvidas no conflito. Se um cidadão quiser
resolver seu caso pela conciliação durante o
mutirão, deve procurar, com antecedência, o tribunal
em que o caso estiver tramitando.
A conciliação pode ser utilizada em quase todos os
casos: pensão alimentícia, divórcio, desapropriação,
inventário, partilha, guarda de menores, acidentes
de trânsito, dívidas em bancos e financeiras e
problemas de condomínio, entre vários outros.
Exceção para casos que envolvam crimes contra a vida
(homicídios, por exemplo) e situações previstas na
Lei Maria da Penha. Com informações da Assessoria de
Imprensa do CNJ.
Fonte: Consultor Jurídico
28/08/2017 -
FST define ações do movimento de resistência ao
desmonte da CLT
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) lança dia 5
de setembro o ‘Movimento Nacional de Resistência às
Reformas: por um Brasil melhor’, que terá um
cronograma de ações em todo o País, encampadas pelas
entidades filiadas às 20 Confederações que compõem o
Fórum.
A plataforma do movimento será voltada para o
esclarecimento, resistência e conscientização dos
trabalhadores para os prejuízos decorrentes da
aprovação da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017).
Cada região terá agenda de trabalho distinta, para
se adaptar às demandas locais das lutas dos
trabalhadores.
O calendário de mobilizações será disponibilizado
conforme definição dos dirigentes sindicais
responsáveis pela coordenação dos cinco comitês que
atuarão nos Estados.
Itens - Os pontos críticos como jornada,
banco de horas, negociação, férias, terceirização,
demissão, trabalho intermitente, trabalho insalubre
para gestantes e mulheres em fase de amamentação,
entre outros, serão amplamente discutidos junto aos
trabalhadores.
Ato - O lançamento do movimento ocorrerá no
auditório do Hotel Nacional, em Brasília, às 10
horas.
Fonte: Agência Sindical
28/08/2017 -
Comissão que analisa regulamentação da Reforma
Política pode votar relatório nesta terça
A Comissão Especial da Reforma Política reúne-se
nesta terça-feira (29) para votar o relatório do
deputado Vicente Candido (PT-SP) que regulamenta o
financiamento público de campanhas e o "distritão"
(voto majoritário para deputados e vereadores),
entre outros pontos.
Vicente Candido disse que acatou todas as sugestões
que tinham acordo, mas muitas ainda estão nos
destaques, que podem ser prejudicados.
Entre as mudanças, Candido ampliou no texto a
participação feminina. Na eleição para o Senado
Federal, em que o partido apresente duas
candidaturas, uma das vagas será preenchida com um
candidato do sexo masculino e a outra com candidata
do sexo feminino.
Divergências
Os pontos de divergência restantes seriam decididos na
votação dos destaques, entre eles, os critérios de
distribuição dos recursos do fundo público para
financiamento de campanhas entre os partidos e a
duração das campanhas, 45 ou 60 dias.
Alguns deputados defendem a distribuição da
totalidade do fundo de acordo com a votação dos
partidos na última eleição.
A proposta também estabelece o dia primeiro de
agosto para o início das campanhas, que terão 60
dias. Há deputados que alertam para a necessidade de
campanhas menores para reduzir custos.
A proposta de emenda à Constituição que cria o fundo
público para financiamento de campanhas e muda o
sistema de eleição para o Legislativo está sendo
analisada pelo Plenário. O texto da comissão
especial vai regulamentar esses pontos por meio de
projeto de lei, que ainda deve ter a urgência
aprovada para seguir diretamente para análise do
Plenário.
A reunião será realizada às 14 horas, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
28/08/2017 -
Relator da PEC da Reforma da Previdência na Câmara
será ouvido no Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Previdência fará audiência pública, nesta
terça-feira (29), com a participação de três
deputados que participaram da tramitação da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 287-A/2016 na Câmara,
a Reforma da Previdência.
O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da proposta
na comissão especial que analisou a proposta na
Câmara, deve trazer informações e dados a respeito
do texto. Da mesma forma, o deputado Arnaldo Faria
de Sá (PTB-SP), autor de um mandado de segurança
impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) para
interromper o andamento da PEC naquela Casa, falará
dos pontos que considera críticos no texto. O
ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado
Afonso Florence (PT-BA), também vai participar do
debate e deve destacar a situação do trabalhador
rural frente às mudanças propostas.
A reunião ocorrerá na sala 19 da ala Alexandre
Costa, a partir das 14h05 e será aberta à
participação da sociedade por meio do Portal
e-Cidadania e do Alô Senado, através do número
0800612211.
Fonte: Agência Senado
28/08/2017 -
Projetos em tramitação na CCJ alteram pontos
polêmicos da reforma trabalhista
Para tentar diminuir o impacto da reforma
trabalhista, senadores apresentam uma série de
propostas para revogar itens da lei, em vigor desde
julho. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) é
autora de seis projetos. Um deles tem como objetivo
proibir o exercício da atividade insalubre para as
trabalhadoras gestantes ou que estejam amamentando (PLS
295/2017). Outra proposta trata do acordo de
convenção coletiva, que só poderá se sobrepor à
legislação quando for para beneficiar o trabalhador
(PLS 293/2017). O senador Paulo Paim (PT-RS) também
é autor de um projeto que restringe as jornadas de
12 horas de trabalho por 36 horas de descanso (PLS
298/2017). As matérias estão em análise na Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania.
Fonte: Agência Senado
28/08/2017 -
SP: reforma trabalhista é bem conhecida por 15% das
micro e pequenas indústrias
Pesquisa elaborada pelo Sindicato da Micro e Pequena
Indústria de São Paulo (Simpi) mostra que, embora
71% dos micro e pequenos empresários saibam da
existência da reforma trabalhista, apenas 15% deles,
de fato, estão bem informados sobre as mudanças que
ela provocou na legislação. A pesquisa foi coletada
pelo DataFolha no mês de julho e foi feita com 302
micro e pequenos industriais do estado de São Paulo,
com margem de erro de seis pontos percentuais e
indíce de confiança de 95%.
Segundo a pesquisa, 29% dos empresários
entrevistados admitiram desconhecer a reforma e 11%
disseram ter poucas informações sobre ela. Essa
falta de informação sobre o tema, de acordo com o
Simpi, impacta também na perspectiva do empreendedor
sobre a reforma: 42% dos entrevistados disseram que
a reforma trabalhista não deve trazer prejuízos nem
beneficiar seus negócios.
A aprovação da lei da terceirização também é
desconhecida pela maior parte dos micro e pequenos
industriais paulistas. Apenas 16% disseram ter
conhecimento sobre a terceirização.
Avaliação da economia
A pesquisa divulgada pelo Simpi mostrou ainda a
percepção dos empresários paulistas sobre a economia
do país. O indicador bimestral de expectativa
econômica demonstrou que 30% dos empresários
acreditam que a situação econômica vai melhorar nos
próximos três meses, valor inferior ao de maio,
quando o índice alcançou 40%. Pouco mais da metade
dos entrevistados (53% do total) acreditam que a
inflação continuará igual.
A previsão de aumento do desemprego para os próximos
três meses caiu na comparação entre as pesquisas
feitas em maio e julho, passando de 31% para 26%. Na
mesma comparação, caiu o número de empresários que
acredita que o poder de compra vai crescer, passando
de 13% para 11%.
A pesquisa mostrou também que caiu a percepção dos
entrevistados de que a crise econômica ainda é
forte, afeta os negócios e não há previsão de
retomada de crescimento, passando de 71% em junho
para 62% em julho, e o índice de empresários que
avaliam que a crise está mais fraca subiu de 27%
para 36%.
A taxa das empresas que sofreram com inadimplência
passou de 44% em julho para 40% em julho, os
resultados mais baixos desde março de 2015.
Fonte: Portal EBC
28/08/2017 -
Projeto de Paim proíbe o uso de amianto no país
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou
inconstitucional o uso e a comercialização do
amianto em São Paulo. A decisão não abrange o resto
do Brasil, mas o tema já vem sendo discuto no
Senado. Um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS)
proíbe o uso do produto (PLS 30/2017), medida
apoiada por representantes dos trabalhadores
expostos ao amianto. Já a Federação Internacional
dos Trabalhadores do Amianto afirma que as novas
tecnologias e instalações industriais garantem a
segurança e a saúde do trabalhador.
Fonte: Agência Senado
28/08/2017 -
Mais de 8 milhões serão beneficiados com o saque de
cotas do PIS/Pasep
O governo federal anunciou nesta semana mais uma
ação para reativar a economia, beneficiando cerca de
oito milhões de trabalhadores com a liberação das
cotas do antigo Fundo PIS/Pasep. A Medida Provisória
nº 797, de 23 de agosto de 2017, alterou as
condições de saque dessas cotas por motivo idade,
permitindo a retirada para homens a partir de 65
anos e para mulheres a partir de 62 anos.
Assim, todos os trabalhadores que se enquadram nos
novos critérios da idade, ou aposentados,
independentemente da idade, terão direito a resgatar
o saldo existente. “Nós estamos fazendo justiça ao
reduzir a idade para o saque e divulgar amplamente
esse direito. Afinal de contas, o dinheiro é do
trabalhador e ele precisa saber que pode sacar o
recurso”, afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira.
São cotistas do Fundo PIS/Pasep os participantes
cadastrados até 04/10/1988, que tenham recebido
distribuição de cotas referentes ao período de 1971
a 1989 e que ainda não sacaram o saldo do principal.
Antes da MP, já era possível sacar as cotas após se
aposentar ou completar 70 anos, além de outras
condições específicas, mas muitas pessoas nunca
retiraram o dinheiro porque não sabiam que tinham
esse direito.
Constituição - O secretário de Políticas Públicas de
Emprego do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes,
explica que, até quatro de outubro de 1988, os
empregadores depositavam o dinheiro do Fundo PIS/Pasep
em contas vinculadas aos trabalhadores, como fazem
hoje com o FGTS.
Com a mudança da Constituição, os empregadores
deixaram de depositar o dinheiro individualmente
para os trabalhadores e passaram a recolher à União,
que é obrigada a destinar o recurso ao Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), para que ocorra o
pagamento dos benefícios Seguro-Desemprego e Abono
Salarial.
No entanto, os valores depositados nas contas
individuais no Fundo PIS/Pasep antes da mudança
constitucional permaneceram lá. Os trabalhadores
titulares dessas contas – ou seus herdeiros, no caso
de morte do titular – podem sacar o saldo existente
de acordo com os motivos de saque estabelecidos em
lei. Um desses motivos é justamente a idade, que
agora o governo está reduzindo de 70 anos para 65
anos (homem) e 62 anos (mulher).
Pagamento - O pagamento começa em outubro e o
calendário de saques ainda será divulgado. O valor
da cota de cada trabalhador vai depender de quanto
ele ganhava na época, pois o depósito da empresa era
proporcional ao salário do empregado. De acordo com
cálculos preliminares, a maioria tem, em média, R$
750 para receber.
Com a medida, o governo espera injetar R$ 16 bilhões
na economia. O valor representa 0,25% do Produto
Interno Bruto (PIB) do país.
Fonte: MTb
28/08/2017 -
Arrecadação federal em julho tem menor nível em sete
anos
O fraco desempenho da economia e a redução de
pagamento de tributos por instituições financeiras
fizeram a arrecadação federal registrar em julho o
menor nível em sete anos. Segundo dados divulgados
há pouco pela Receita Federal, a arrecadação somou
R$ 109,948 bilhões no mês passado, queda de 0,34% em
relação a julho do ano passado, descontada a
inflação pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Em valores corrigidos pelo
IPCA, esse é o menor nível para o mês desde 2010.
Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação
federal acumula R$ 758,533 bilhões, também o menor
valor desde 2010. O montante é 0,61% maior que o do
mesmo período de 2016, descontando a inflação pelo
IPCA. Esse crescimento acumulado, no entanto,
decorre unicamente das receitas não administradas
(principalmente royalties do petróleo), que subiram
49,9% de janeiro a julho acima da inflação em
relação aos mesmos meses de 2016.
Se forem consideradas apenas as receitas
administradas pela Receita Federal (como impostos e
contribuições), a arrecadação teria tido queda real
– descontado o IPCA – de 1,7% em julho e de 0,41%
nos sete primeiros meses do ano.
Segundo a Receita Federal, os principais tributos
que puxaram a queda da arrecadação em julho foram o
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
que caíram 18,6% em relação ao mesmo mês do ano
passado descontando a inflação. Essa diminuição,
ressaltou o órgão, foi motivada principalmente pela
redução das projeções de lucro das instituições
financeiras, que fez desabar o pagamento dos dois
tributos com base nas estimativas mensais.
A espera pelo Programa Especial de Regularização
Tributária (Pert), que regularizará dívidas de
contribuintes com a União e cujo prazo de adesão
começou em agosto, também contribuiu para que as
empresas adiassem o pagamento dos dois tributos. A
queda na arrecadação de Imposto de Renda poderia ter
sido ainda maior se o programa de regularização de
recursos no exterior, chamado de repatriação, não
tivesse arrecadado R$ 1,46 bilhão em julho.
Em segundo lugar entre os tributos que mais
contribuíram para a queda da arrecadação federal no
mês passado ficaram a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o
Programa de Integração Social (PIS). A receita dos
dois tributos, que incidem sobre o faturamento, caiu
4,07% em julho na comparação com julho do ano
passado descontada a inflação.
O PIS/Cofins reflete o comportamento das vendas. O
volume de vendas de bens registrou crescimento de
4,33% em junho (fato gerador da arrecadação de
julho) em relação a junho do ano passado, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). No entanto, as vendas de serviços caíram
3,03% e o desempenho do segmento financeiro também
apresentou resultado negativo na mesma comparação,
segundo o IBGE e a Receita Federal.
Fonte: Agência Brasil
28/08/2017 -
Entidades pedem que Senado, Câmara e TCU paguem
contribuição sindical
A falta de repasse da contribuição sindical de
servidores do Legislativo Federal e do Tribunal de
Contas da União está sendo questionada no Supremo
Tribunal Federal pela Federação Nacional dos
Servidores dos Poderes Legislativos Federal,
Estaduais e do Distrito Federal (Fenale) e pela a
Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Concate).
Foram apresentados três mandados de segurança: o MS
35.095 trata do caso do TCU, o MS 35.106 é
direcionado ao Senado, e o MS 35.107, à Câmara dos
Deputados.
As autoras dos mandados de segurança pedem que os
três órgãos efetuem o desconto e recolham a
contribuição sindical obrigatória de 2017.
Argumentam que, como o desconto e o repasse da
contribuição sindical são obrigatórios, a
desobediência às normas legais configura violação de
seu direito líquido e certo. Os relatores das ações
são os ministros Luiz Fux (MS 35.095), Gilmar Mendes
(MS 35.106) e Ricardo Lewandowski (MS 35.107).
De acordo com as entidades sindicais, a obrigação
dos entes públicos de efetivar o desconto na folha
de pagamento da contribuição sindical é definida
pela Constituição Federal — parte final do inciso IV
do artigo 8º, combinado com o artigo 149 — e da
Consolidação das Leis do Trabalho. Alegam que a
contribuição sindical deve ser calculada sobre o
vencimento dos servidores e sobre as vantagens nele
incorporadas por lei.
Afirmam também que cumpriram todas as exigências
legais para a efetivação do desconto de forma
correta, publicando os editais de cobrança da
contribuição sindical no Diário Oficial da União e
em jornais de circulação estadual. Porém, dizem,
apesar de a legislação determinar, de forma clara,
que todos os trabalhadores de determinada categoria
— incluindo-se os servidores públicos, estatutários
ou celetistas — sejam objeto do desconto da
contribuição sindical, Câmara, Senado e TCU
decidiram descumprir a lei e não recolher a
contribuição.
As entidades sindicais citam como precedente do STF
o Recurso Extraordinário com Agravo 807.155 para
defenderem que a contribuição sindical é devida
pelos servidores públicos, independentemente da
existência de lei específica regulamentando sua
instituição.
“Logo, há previsão legal, recepcionada pela
Constituição Federal, razão pela qual o agir dos
impetrados é claramente ilegal, uma vez que
contraria os dispositivos que regulam a matéria,
devendo, pela via mandamental, ser ordenado o
cumprimento da lei, por meio do desconto e
recolhimento da contribuição sindical urbana.” Com
informações da Assessoria de Imprensa do STF.
Fonte: Consultor Jurídico
28/08/2017 -
Em 2017, confiança da população na Justiça e no MP
diminuiu, diz estudo da FGV
A operação “lava jato” pode ter levado o mundo do
Judiciário para as manchetes como nunca antes uma
investigação foi capaz. E o efeito da exposição foi
uma queda na confiança da população no Judiciário e
no Ministério Público, aponta a edição de 2017 do
Índice de Confiança na Justiça, da Fundação Getulio
Vargas. Isso além, é claro, da já esperada redução
do número de pessoas que confiam no governo.
Em 2016, o MP havia sido citado como "confiável" por
44% da população. Neste ano, o número caiu para 28%.
De acordo com a pesquisa, enquanto 30% dos
entrevistados pela GV diziam confiar na Justiça em
2016, só 24% disseram o mesmo entre maio e junho
deste ano, quando o levantamento foi feito.
Pelo que já foi divulgado, a imagem do governo
federal foi a mais prejudicada com os acontecimentos
dos últimos anos. Em 2017, só 6% dos entrevistados
disseram confiar nos assuntos ligados ao Executivo
Federal. Um ano antes, a cifra era de 11%, quase o
dobro. Dois anos antes, 29% dos entrevistados diziam
confiar no governo federal.
Havia a expectativa de que a popularidade do juiz
federal Sergio Moro, que toca a “lava jato” em
primeira instância, pudesse alavancar a confiança no
Judiciário, mas ela não foi confirmada pelos dados.
O que se viu, na verdade, foi o contrário.
“A conclusão a que chegamos foi que conhecer uma
instituição é desconfiar dela”, disse nesta
sexta-feira (25/8) a professora Luciana de Oliveira
Ramos, responsável pela pesquisa. O levantamento
ainda não foi divulgado, mas alguns dados
preliminares foram apresentados pela professora
durante o InnovationDay Tribunais, evento organizado
pela Softplan, empresa de tecnologia que fornece
software e soluções para o mundo jurídico.
A FGV considera que as pessoas levaram em conta não
só os efeitos da “lava jato”, mas também o resultado
do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff e a crise econômica por que passa o país. A
pesquisa ouviu 1.650 pessoas em oito estados, que a
fundação calcula representar 60% da população
brasileira.
Fonte: Consultor Jurídico
25/08/2017 -
CDH discute impactos da reforma trabalhista
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove na próxima segunda-feira
(28) uma audiência pública interativa sobre as
reformas previdenciária e trabalhista. O foco será a
reforma trabalhista — já sancionada pelo governo
Temer — e seu impacto na vida dos trabalhadores. A
audiência terá início às 9h.
Foram convidados representantes de sindicatos, de
empregadores e de advogados trabalhistas, além de
integrantes do Ministério Público do Trabalho, da
Justiça do Trabalho e do Ministério do Trabalho.
A audiência pública, proposta pelo senador Paulo
Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, faz parte de
uma série de debates sobre as reformas propostas
pelo governo. A audiência pública será na sala 6 da
Ala Senador Nilo Coelho e é aberto à participação da
sociedade por meio do Portal e-Cidadania – link:
www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado,
através do número-0800612211.
Fonte: Agência Senado
25/08/2017 -
CPI ouvirá deputados que participam das discussões
sobre reforma da Previdência
Com o objetivo de levantar o máximo de informação
possível para a elaboração do relatório final que
deve apontar a real situação das contas da
Previdência Social, a Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que investiga o órgão realizará uma
nova audiência pública na próxima semana, ainda sem
data marcada. Desta vez, a discussão contará com
deputados que já participaram das discussões da
reforma.
Foram convidados o presidente e o relator da
comissão especial na Câmara, além de outros dois
parlamentares com posições contrárias à reforma.
Segundo o presidente da CPI, senador Paulo Paim
(PT-RS), a ideia é tornar o processo ainda mais
democrático.
— Serão quatro deputados: dois a favor e dois contra
a reforma da Previdência. Mas entendo eu que não há
déficit. Na nossa Previdência, o problema é de
gestão. Como eu digo, é combate à sonegação, ao
desvio, à corrupção — afirmou.
Os parlamentares da CPI da Previdência também se
preparam para realizar a primeira audiência pública
fora do Congresso. A reunião acontecerá no mês de
setembro, na Assembleia Legislativa de São Paulo, e
vai debater a sonegação de impostos e a
desestruturação da Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional. Entre os convidados estão representantes
de movimentos sindicais e de associações. Paim
ressaltou que a finalidade do evento também é
divulgar para a população o que vem sendo feito pela
comissão em Brasília.
— Tenho certeza que vai ter mais de vinte entidades
para falar sobre a reforma da Previdência e a
questão do déficit ou superavit. Nós ouvimos aqui
mais de cem pessoas, fizemos em torno de trinta
audiências públicas e encaminhamos requerimentos de
informação aos órgãos — disse.
O prazo final da CPI foi prorrogado até novembro.
Mas, segundo adiantou Paulo Paim, o relatório do
senador Hélio José (PMDB-DF) deverá ser apresentado
até outubro.
Fonte: Agência Senado
25/08/2017 -
Subcomissão do Estatuto do Trabalhador aprova
cronograma de trabalho
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou na quarta-feira (23) o
cronograma de atividades da subcomissão temporária
que trata da criação do Estatuto do Trabalho. O
grupo, formado por três senadores titulares e três
suplentes, terá reuniões quinzenais e pretende
apresentar o anteprojeto do Estatuto em primeiro de
maio de 2018, dia do Trabalhador.
Duas audiências públicas já foram aprovadas: a
primeira debaterá “Experiências internacionais de
codificação do trabalho” e, de acordo com o
vice-presidente da subcomissão, senador Paulo Paim
(PT-RS), o objetivo é comparar a realidade do Brasil
e de outros países em termos de salário, jornada de
trabalho e outros pontos importantes das relações
entre empregados e empregadores.
— A intenção é trazer experiências da França,
Portugal, Itália e de outros países, experiências,
inclusive, comparando salário mínimo nesses países e
no Brasil, e as relações trabalhistas — explicou.
A segunda audiência terá como tema os “Princípios da
Organização Internacional do Trabalho e da
Constituição para o trabalho”. Segundo Paim, as duas
audiências públicas foram sugeridas pelos
colaboradores da Subcomissão do Estatuto do
Trabalho.
— Juízes, advogados trabalhistas, ministros do
Tribunal Superior do Trabalho, entidades sindicais,
que estão se debruçando sobre o Estatuto do
Trabalho, já que a tal Reforma Trabalhista abandonou
os princípios da própria Constituição e as regras da
OIT sobre o mundo do trabalho — disse.
A audiência sobre as experiências trabalhistas
internacionais será no dia 29 de agosto e o debate
sobre os princípios da OIT e da Constituição para o
trabalho, no dia 11 de setembro.
Audiências públicas
A Comissão de Direitos Humanos aprovou também a
realização de três outras audiências públicas: uma
sobre o trabalho da guarda mirim do Distrito
Federal, outra sobre a securitização de créditos
recebíveis e a terceira sobre a perda do cargo
público por insuficiência de desempenho do servidor
público estável.
Fonte: Agência Senado
25/08/2017 -
Aposentados e pensionistas começam a receber
primeira parcela do décimo terceiro
Mais de 29,2 milhões de aposentados e pensionistas
do setor privado começam a receber hoje (25) a
primeira parcela do décimo terceiro. O pagamento
será feito na folha de agosto e segue até 8 de
setembro, conforme o cronograma mensal de depósito
dos benefícios.
O decreto presidencial que permitiu a antecipação de
50% do décimo terceiro para agosto foi publicado no
fim de julho. Segundo o Ministério da Previdência
Social, a medida injetará R$ 19,9 bilhões na
economia em agosto e setembro.
O pagamento começará pelos benefícios de um salário
mínimo com final 1. Para benefícios superiores a um
salário mínimo, a primeira parcela do décimo
terceiro só começará a ser depositada em 1º de
setembro. O cronograma de liberação está disponível
na página do Ministério da Previdência na internet.
Como determina a legislação, não haverá desconto de
Imposto de Renda na primeira parcela. O imposto
sobre o décimo terceiro somente pode ser cobrado em
novembro e dezembro, quando será paga a segunda
parcela da gratificação natalina.
Desde 2006, o governo antecipa a primeira parcela do
décimo terceiro salário dos aposentados e
pensionistas na folha de agosto. Somente em 2015, o
pagamento foi adiado para setembro, por causa do
ritmo fraco da economia e da queda da arrecadação.
Fonte: Agência Brasil
25/08/2017 -
Medida provisória antecipa saques das contas do
PIS/Pasep
O Congresso Nacional vai analisar a Medida
Provisória 797/17, do governo Michel Temer, que
libera o saque de contas do PIS/Pasep para homens a
partir de 65 anos e mulheres a partir dos 62 anos de
idade. Antes da MP, os recursos só podiam ser
sacados quando a pessoa completasse 70 anos,
conforme uma resolução do Conselho Diretor do Fundo
PIS-Pasep.
O pagamento será iniciado em outubro e vai até março
de 2018, seguindo um calendário a ser divulgado pela
Caixa Econômica Federal (quanto ao PIS) e pelo Banco
do Brasil (Pasep). O crédito será feito de forma
automática para quem tem conta nos dois bancos. O
beneficiário poderá pedir a transferência do valor
para outro banco. Em caso de morte do titular da
conta do PIS/Pasep, o saldo será disponibilizado
para seus dependentes.
A MP altera a Lei Complementar 26/75, que
regulamenta o Fundo PIS-Pasep. A lei previa o saque
das contas individuais nos casos de aposentadoria,
transferência para a reserva remunerada ou reforma
(militares), invalidez e casamento. Apenas esta
última hipótese foi excluída pela medida provisória.
Pelos cálculos do governo, a liberação poderá
injetar cerca de R$ 15,9 bilhões na economia. A
medida atinge 8 milhões de pessoas, sendo que a
maioria tem saldo na conta do PIS/Pasep em torno de
R$ 750.
Origem
Os recursos do PIS/Pasep referem-se a depósitos feitos
por empresas (PIS) e órgãos públicos (Pasep) em nome
dos seus empregados até 1988. Neste ano, a
Constituição determinou que os recursos arrecadados
com o PIS/Pasep iriam para o Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
O patrimônio acumulado até 1988 gerou o Fundo
PIS-Pasep, que está sob responsabilidade de um
conselho diretor, vinculado à Secretaria do Tesouro
Nacional do Ministério da Fazenda.
Os cotistas do fundo, que terão direito ao saque,
são os trabalhadores beneficiados pelos depósitos
até 1988. O patrimônio do fundo atingiu R$ 38,7
bilhões em junho de 2016.
Tramitação
A medida provisória será analisada em uma comissão
mista. Depois, seguirá para votação nos plenários da
Câmara dos Deputados e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
25/08/2017 -
Senadores divergem sobre MP que libera saque do
PIS/Pasep para idosos
A Comissão Mista da Medida Provisória 797/2017
aguarda a designação dos membros do colegiado pelos
líderes partidários. A MP permite aos idosos o saque
das contas individuais do PIS/Pasep. A justificativa
é a necessidade de aquecer a economia e gerar
empregos. Para o líder do PSDB, senador Paulo Bauer
(SC), a iniciativa vai resultar em aumento de
arrecadação. Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) acusou
o presidente Michel Temer de populismo e de crime de
lesa-pátria por liberar recursos que poderiam ser
destinados a investimentos sociais. Paulo Rocha
explica que os recursos do PIS/Pasep, do FGTS e do
FAT costumam ser investidos em saneamento básico e
na construção de casas populares, atividades que
também geram emprego, renda e arrecadação de
impostos.
Fonte: Agência Senado
25/08/2017 -
Eletricitários repudiam privatização da Eletrobras e
apontam precarização
As entidades de trabalhadores reagem à iniciativa do
governo Temer de privatizar a Eletrobras. Para os
sindicalistas, a privatização colocará em risco o
sistema, com a precarização dos serviços, demissão
dos quadros técnicos qualificados e, no final das
contas, aumento no preço das tarifas.
Criada por Getúlio Vargas em 1954, a Eletrobras
(Centrais Elétricas Brasileiras) enfrentou dura
resistência para a sua instalação, que só viria a
ocorrer em 1962, por ato do presidente Jango.
Chicão - A Agência Sindical entrevistou
Eduardo Vasconcellos Correia Annunciato (Chicão),
que preside o Sindicato dos Eletricitários de São
Paulo e a Fenatema, uma das três Federações
nacionais da categoria. Segundo o dirigente, “a
Eletrobras é extremamente eficiente e lucrativa”.
- Começa errado
“A privatização começa mal por não ter sido discutida
com ninguém, a começar pelos trabalhadores. Como nas
demais privatizações, o preço está subavaliado. Ou
seja, o comprador adquire por um preço que sobe no
momento seguinte à privatização. Aliás, já ganharam
50% do dia pra noite ao especular com as ações”.
- Precariza tudo
“Se ocorrer a privatização, a consequência imediata
será a precarização, como já ocorreu aqui em São
Paulo. Os novos gestores enxugam os quadros e
demitem. Na sequência, terceirizam, contratando
gente inexperiente e sem conhecimento específico do
setor”.
- Perda de soberania
“O Sistema Eletrobras é nacional e interligado, um
depende do outro. A fragilização dessa cadeia põe em
risco a soberania nacional. As estatais nacionais do
setor vêm sendo compradas por estatais da China,
França, Portugal e até da Colômbia. Será que só no
Brasil estatal não funciona?”.
- Resistência e ato
“Em São Paulo, faremos protesto dia 4, nas portas de
empresas e estações. Haverá também protestos por
todo o Brasil. Vamos parar trabalhadores e fazer
advertência na porta da estação Tijuco Preto, em
Mogi Cruzes; em Ibiúna, que recebe energia de
Itaipu; em Cachoeira Paulista, que interliga o
sistema Sul, Sudeste e Centro Oeste e também em
Guarulhos, que alimenta imensa área industrial local
e de São Paulo”.
- Perdas trabalhistas
“Quando privatizam, logo tentam cortar o pagamento dos
benefícios conquistados ao longo do tempo. Também
trocam parte do corpo qualificado por terceirizados
que ganham menos, não têm qualificação, são
inexperientes e não dominam detalhes técnicos do
setor ou específicos de locais e regiões. Perdem os
trabalhadores e perde a sociedade”.
- Apoios
“Além dos Sindicatos, Federações e Confederações,
vamos buscar outros apoios. Força Sindical e CUT já
se manifestaram e outras Centrais e entidades
certamente vão nos apoiar. A forma apressada da
privatização já denuncia interesses escusos, para
não dizer que querem apagar um monte de sujeira que
existe por lá”.
Fonte: Agência Sindical
25/08/2017 -
Julgamento no STF sobre uso do amianto termina em
impasse sobre legislações
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (24)
que a Lei Federal 9.055/1995, que permite o uso do
amianto do tipo crisotila, material usado na
fabricação de telhas e caixas d’água, é
inconstitucional. No entanto, a decisão da Corte não
significa que a comercialização do material está
proibida em todo o país. O impasse somente será
resolvido após novos julgamentos sobre o caso, que
ainda não têm data marcada.
Na primeira parte da sessão desta tarde, cinco
ministros votaram pela derrubada da lei nacional,
porém, seriam necessários seis votos para que a
norma fosse considerada inconstitucional. Sendo
assim, a norma continuaria em vigor. O placar não
foi alcançado porque dois ministros estavam
impedidos.
Mas, na segunda parte do julgamento, ao analisar a
validade de uma lei de São Paulo que proibiu a
extração e a venda do produto, houve mudança no
placar e, por 8 votos a 2, a maioria dos ministros
entendeu que a lei federal é inconstitucional e não
pode ser mais aplicada. A norma regulamentou uso
controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo
as demais variações da fibra.
Dessa forma, a derrubada da lei provocou um vácuo
jurídico e o uso do amianto ficará proibido nos
estados onde a substância já foi vetada, mas
permitida onde não há lei específica sobre o caso,
como em Goiás, por exemplo, onde está localizada uma
das principais minas de amianto, em Minaçu (GO).
As ações julgadas pela Corte foram propostas pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI) há dez anos ao Supremo e pedem a manutenção
do uso do material. A confederação sustenta que o
município de São Paulo não poderia legislar sobre a
proibição do amianto por tratar-se de matéria de
competência privativa da União. Segundo a defesa da
entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó
do amianto.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT)
e outras entidades que defendem o banimento do
amianto, apesar dos benefícios da substância para a
economia nacional – geração de empregos, exportação,
barateamento de materiais de construção -, estudos
comprovam que a substância é cancerígena e causa
danos ao meio ambiente.
Fonte: Portal EBC
25/08/2017 -
INSS terá que indenizar servidora aposentada que
teve diversas inflamações nos tendões em função do
trabalho
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá
pagar indenização por danos morais para uma
servidora aposentada por invalidez devido a doença
profissional que atingiu membros superiores, mão e
coluna. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF4) confirmou, no início de agosto, sentença que
responsabiliza a autarquia por oferecer ambiente
propício para o aparecimento da doença.
Em 2011, a servidora foi afastada de suas atividades
por sofrer de sinovite (inflamação da membrana
sinovial de uma articulação), tenossinovite
(processo inflamatório ou infeccioso da bainha que
recobre o tendão) e de síndrome do túnel do carpo
bilateral. A situação foi reconhecida pelo INSS como
acidente em serviço/doença profissional. Os males
atingiram a mão, o ombro e a região cervical da
servidora, e sua gravidade resultou na concessão de
aposentadoria por invalidez.
A mulher requereu ao INSS, em 2012, o reembolso das
despesas médicas arcadas durante o período de
tratamento médico por causa da doença profissional
(valor de um pouco mais de mil reais), mas o pedido
foi negado.
A aposentada ajuizou ação pedindo o reembolso com as
despesas e, ainda, indenização por danos morais,
afirmando que a situação de ser aposentada por
invalidez aos 46 anos de idade causou sofrimento
psicológico.
A Justiça Federal de Itajaí (SC) atendeu
parcialmente ao pedido. A sentença em primeiro grau
determinou o pagamento da indenização por danos
morais no valor de R$ 50 mil, mas negou o reembolso
das despesas.
O INSS e a autora da ação recorreram ao tribunal. A
aposentada defendeu o direito ao reembolso dos
gastos com o tratamento, enquanto a autarquia
sustentou não ter sido comprovado o nexo causal
entre o dano e a conduta do INSS.
A 4ª Turma do TRF4 decidiu, por unanimidade, negar
os pedidos. O relator do caso, juiz federal
convocado Loraci Flores de Lima, entendeu que o
tratamento da aposentada não foi recomendado por uma
junta médica oficial, condição essencial para que a
Administração arque com os custos.
Sobre a indenização, o magistrado sustentou "estar
comprovada a responsabilidade do INSS (empregador)
na relação direta entre o trabalho desenvolvido pela
autora e as condições do posto de trabalho (omissão
da Administração em propiciar condições de trabalho
adequadas) e as lesões físicas que a acometeram,
ficando caracterizado o nexo de causalidade entre a
parcial incapacidade e a prestação do serviço
público".
Fonte: TRF4
25/08/2017 -
JT-MG reconhece validade de norma coletiva que prevê
remuneração diferente com base em cada tomador de
serviços
O juiz da 12ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte,
Marcos Vinicius Barroso, julgou improcedentes os
pedidos formulados por uma funcionária da MGS –
Minas Gerais Administração e Serviços S/A, que
pretendia receber o mesmo salário de colegas que
prestavam serviços para outros tomadores.
Antes, o magistrado explicou: “A isonomia que se
cogita, para fins de remuneração equivalente, deve
levar em consideração a natureza das funções
desenvolvidas com os sujeitos em comparação, de
maneira a fazer valer a máxima contida no art. 5º da
CLT”. Segundo destacou, embora não fique limitada
aos requisitos do artigo 461 da CLT, a isonomia
guarda correlação intrínseca inseparável com a
identidade de funções.
No caso, documentos anexados ao processo mostraram
que uma das paradigmas foi admitida antes mesmo da
promulgação da Constituição Federal de 1988. A
empresa sustentou que as trabalhadoras jamais
estiveram lotadas juntas no mesmo tomador de
serviços, tratando-se de contratos de prestação de
serviços completamente distintos. Também chamou a
atenção para a existência de instrumentos normativos
da categoria prevendo o pagamento diferenciado de
remuneração em decorrência de contrato ou exigência
determinado pelo cliente - tomador de Serviços, não
servindo de base para fins de isonomia.
Com base nesse contexto, o magistrado deu razão à
empregadora. “As convenções coletivas de trabalho
devem ser prestigiadas, pois representam a vontade
das partes que as representam, por força do art. 7º,
XXVI, da Constituição Federal”, avaliou, frisando
que a própria trabalhadora confessou não conhecer as
modelos apontadas na inicial. Diante da ausência de
prova do direito à isonomia ou à equiparação
salarial, obrigação que cabia à trabalhadora, nos
termos do artigo 818 da CLT e inciso I do art. 373,
do novo CPC, o juiz indeferiu os pedidos da
trabalhadora.
Recurso - Em grau de recurso, a 10ª Turma do TRT de
Minas confirmou a sentença. Em seu voto, a
desembargadora Juliana Vignoli Cordeiro apontou que
a análise do caso seria feita sob a ótica da
isonomia salarial. Ficou demonstrado que a
demandante foi contratada, mediante concurso
público, para exercer a função de copeira e que
posteriormente migrou para o de ''Serviço de copa",
por força da criação do plano de cargos e salários,
permanecendo inalteradas as atividades/tarefas
inerentes ao cargo anteriormente ocupado. A relatora
verificou que todas as trabalhadoras, no caso,
ocupavam o cargo de "copeira", porém, cada qual para
tomador de serviço distinto, além de admissões que
ultrapassam dois anos.
“Havia autorização convencional para que,
respeitando o piso estabelecido na CCT vigente, os
salários pagos aos empregados da ré fossem
diferentes entre si, considerados os patamares
fixados pelo tomador a que se vinculassem, sem que
isso pudesse atrair a regra isonômica”, registrou. A
conclusão a que chegou foi a de que não há
justificativa para a alegada isonomia, já que, no
caso, não há ofensa ao artigo 5º, caput, da
Constituição Federal. Processo PJe:
0010582-58.2016.5.03.0012 (RO)
Fonte: Âmbito Jurídico
24/08/2017 -
Governo anuncia 57 projetos de concessões e
privatização de empresas públicas
Com a meta de melhorar o caixa da União e estimular
a economia, o governo decidiu colocar à disposição
da iniciativa privada a administração de 14
aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão, 15
terminais portuários, além de parte da Eletrobras,
como foi anunciado no início da semana. Com a
medida, o governo espera arrecadar, a partir de
2017, cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de
vigência dos contratos.
Em reunião nesta quarta-feira (23) no Palácio do
Planalto, o Conselho do Programa de Parcerias de
Investimento (PPI) decidiu incluir no programa de
desestatização rodovias, a Casa da Moeda, a Lotex e
a Companhia Docas do Espírito. Ao todo, são 57
projetos de venda de empresas e parcerias público
privada.
Aeroportos
Os aeroportos a serem licitados foram divididos em
quatro blocos. Um deles inclui apenas o aeroporto de
Congonhas, segundo maior do país com movimento de 21
milhões de passageiros por ano. Um segundo abrange
aeroportos do Nordeste (Maceió, Aracaju, João
Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife).
Outro bloco será formado por terminais localizado no
estado de Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Ala Floresta,
Barra do Garça e Rondonópolis). Um quarto bloco vai
abranger os aeroporto de Vitória e de Macaé.
Ainda no setor aeroportuário será realizada a
alienação da participação acionária da Infraero
(49%) nos aeroportos de Guarulhos, Confins,
Brasília, e Galeão, que já foram licitados.
Linhas de transmissão
Os lotes de linhas de transmissão, que serão licitados
em dezembro, estão distribuídos em dez estados:
Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte, Minas, Gerais e
Tocantins.
“O modelo de remuneração e as taxas de desconto
fazem com que os investidores enxerguem as linhas de
transmissão como investimento de renda fixa”, diz
trecho do documento divulgado pelo Planalto.
Com a repasse dos 15 terminais portuários à
iniciativa privada, o governo estima arrecadar R$ 2
bilhões.
Fonte: Portal EBC
24/08/2017 -
Supremo tem quatro votos a favor da comercialização
do amianto
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta
quarta-feira (23) mais uma vez o julgamento sobre a
validade da comercialização do amianto, material
usado na fabricação de telhas e caixas d’água. Até o
momento, há quatro votos para manter o comércio da
fibra e três pelo banimento da substância em todo o
país. A sessão será retomada nesta quinta-feira com
os dois últimos votos, que serão proferidos pelo
ministro Celso de Mello e pela presidente, Cármen
Lúcia.
Os ministros julgam a validade de leis estaduais de
Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul, que
proibiram a comercialização do produto, apesar da
edição de uma norma federal, a Lei Federal
(9.055/1995), que permitiu o uso controlado do
amianto do tipo crisotila, proibindo as demais
variações da fibra.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT)
e outras entidades que defendem o banimento do
amianto, apesar dos benefícios da substância para a
economia nacional – geração de empregos, exportação,
barateamento de materiais de construção -, estudos
comprovam que a substância é cancerígena e causa
danos ao meio ambiente.
Um dos votos favoráveis à manutenção da
comercialização do amianto foi proferido pelo
ministro Marco Aurélio. O ministro reconheceu riscos
que o material pode trazer para os trabalhadores nas
minas de extração do material, mas entendeu que a
proibição só pode ser autorizada pelo Congresso e
não por meio de decisão judicial. Gilmar Mendes,
Luiz Fux, Alexandre de Moraes também votaram no
mesmo sentido.
"O banimento do amianto, com simples fundamento no
potencial do produto, pode conduzir o Supremo a
também apreciar constitucionalidade da
comercialização de outras substâncias à luz do mesmo
fundamento, os exemplos mais mediatos são o tabaco e
o álcool. Serão eles também inconstitucionais?",
disse Marco Aurélio.
Os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski
seguiram voto de Rosa Weber, relatora do caso. Na
sessão de terça-feira (22), a ministra se manifestou
a favor do banimento do material por entender que a
lei federal que restringiu a industrialização do
amianto não protege os direitos fundamentais da
saúde e do meio ambiente.
As ações julgadas pela Corte foram propostas pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI) há dez anos no Supremo e pedem a manutenção
do uso do material. A confederação da indústria
sustenta no Supremo que o município de São Paulo não
poderia legislar sobre a proibição do amianto por
tratar-se de matéria de competência privativa da
União. Segundo a defesa a entidade, os trabalhadores
não têm contato com o pó do amianto.
Fonte: Agência Brasil
24/08/2017 -
Governo vai liberar saque de contas do PIS/Pasep
para idosos
O governo vai liberar o saque de contas do PIS/Pasep
para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir
de 62 anos. O pagamento será iniciado em outubro. A
medida provisória que prevê a liberação dos saques
foi assinada nesta quarta-feira (23) pelo presidente
Michel Temer durante cerimônia no Palácio do
Planalto.
Pelos cálculos do governo, a liberação deve injetar
cerca de R$ 16 bilhões na economia, o que representa
0,25% do Produto Interno Bruto do País (PIB) do
país. A medida vai atingir 8 milhões de pessoas,
sendo que a maioria tem saldo na conta do PIS/Pasep
em torno de R$ 750.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, explicou
que o crédito será feito de forma automática para
quem tem conta no Banco do Brasil e na Caixa
Econômica Federal. Segundo ele, o calendário de
saques será anunciado em breve e haverá ampla
divulgação da medida para a população.
“Esses recursos virão em boa hora para ajudar esse
início de retomada da economia colocando dinheiro
para circular, principalmente para pessoas que
realmente necessitam”, disse Dyogo Oliveira.
Atualmente, os trabalhadores têm direito ao abono
salarial e rendimentos do PIS/Pasep desde que
cadastrados como participantes dos fundos até 4 de
outubro de 1988 e não tenham sacado o saldo. A
Caixa, responsável pelo PIS, e o Banco do Brasil,
administrador do Pasep, fazem esse pagamento de
acordo com um calendário anual.
O saque do saldo principal é permitido atualmente
nas seguintes situações: aposentadoria; 70 anos
completos; invalidez; reforma militar ou
transferência para a reserva remunerada; câncer de
titular ou de dependentes; portador de HIV; amparo
social ao idoso, concedido pela Previdência; amparo
assistencial a pessoas com deficiência da
Previdência; morte e em casos de doenças graves.
O presidente Michel Temer destacou que os recursos
serão injetados na economia e vão ajudar na retomada
do crescimento do país. “Basta verificar os índices
positivos dos últimos meses”, disse Temer.
Fonte: Agência Brasil
24/08/2017 -
Temer e Gilmar Mendes se reúnem para discutir
semipresidencialismo
Dois dias após o presidente Michel Temer afirmar que
o semipresidencialimo pode ser “extremamente útil”
para o Brasil, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, esteve nesta
quarta-feira (23) com Temer, no Palácio do Planalto,
para tratar do assunto.
Em conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty,
na última segunda-feira (21), Temer disse que tem
tratado com Gilmar Mendes e os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira,
sobre a possiblidade de o país adotar o
semipresidencialismo.
No semipresidencialismo, apesar de haver um
primeiro-ministro, o presidente mantém a força
política.
No encontro hoje no Planalto – que não constava na
agenda inicial de Temer divulgada à imprensa –
Gilmar Mendes também discutiu pontos da reforma
política, em análise pelo Congresso. Entre os temas
abordados no diálogo estiveram o financiamento das
eleições, as coligações e as formas de barateamento
das campanhas.
Fonte: Portal EBC
24/08/2017 -
CCJ aprova emenda de Plenário a projeto que altera a
Lei Maria da Penha
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (23), emenda que
substitui, em todo o texto do Projeto de Lei da
Câmara (PLC) 7/2016 – que traz inovações à Lei Maria
da Penha – o uso dos termos “mulher em situação de
violência doméstica” pela expressão “vítima de
violência doméstica”. O projeto agora volta ao
Plenário, para análise em regime de urgência, também
aprovada na CCJ.
O texto já havia sido aprovado na CCJ em meados de
2016, mas emendas apresentadas em Plenário obrigaram
o seu retorno à comissão. O relator, senador Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB), acatou somente a do senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A emenda substitui, em todo o texto do projeto, o
uso da expressão “vítima de violência doméstica”,
pela expressão “mulher em situação de violência
doméstica”. Ao justificar a apresentação9 da emenda,
Randolfe lembra que, desde a edição da Lei Maria da
Penha, os especialistas no tema da violência
doméstica rejeitam a utilização do termo “vítima”
para designar mulheres que enfrentam situações de
violência em seus lares. Para Randolfe, voltar a
chamar essas mulheres de vítima seria um retrocesso,
tendo por efeito retirar delas "o empoderamento que
vem sendo construído ao longo desses dez anos".
Ao justificar a aceitação da emenda, Cássio Cunha
Lima observou que o texto da Lei Maria da Penha
também não adota o uso do termo “vitima”, valendo-se
ora do termo “ofendida”, ao tratar de aspectos
processuais e materiais, ora da própria expressão
“mulher em situação de violência doméstica”, ao se
referir a princípios orientadores no âmbito da rede
de entendimento.
O projeto
O PLC 7/2016 determina que mulheres em situação de
violência doméstica passarão a contar com a garantia
de atendimento policial especializado, ininterrupto
e prestado, preferencialmente, por servidores do
sexo feminino.
A proposta foi aprovada pela CCJ ao fim de junho de
2016, com inovações ao texto da Lei Maria da Penha
(Lei 11.340/2006), pouco antes de essa legislação
completar dez anos de vigência. Foi uma tramitação
polêmica, especialmente por conta da previsão de
autorização contida no projeto para que delegados de
polícia possam decretar medidas protetivas de
urgência para mulheres em risco diante atos de
violência doméstica. Pela legislação atual, essa é
uma prerrogativa exclusiva dos juízes.
Fonte: Agência Senado
24/08/2017 -
Mais de 200 mil aprendizes foram contratados no
primeiro semestre de 2017
Mais de 200 mil jovens entraram no mercado de
Trabalho no Brasil este ano graças à lei da
Aprendizagem Profissional. Um balanço apresentado
pelo Ministério do Trabalho aponta a admissão de
203.434 trabalhadores na condição de aprendizes
entre janeiro e junho de 2017. O estado que mais
contratou foi São Paulo, seguido de Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
Se o ritmo de contratação se mantiver, as empresas
devem fechar 2017 com a mesma média dos últimos três
anos, o que, na avaliação do diretor de Políticas de
Empregabilidade do Ministério do Trabalho, Higino
Brito Vieira, é positivo para a aprendizagem. Ele
lembra que os anos de 2015 e 2016 foram de muitas
demissões no mercado de trabalho, mas isso não
afetou a aprendizagem que, nesse mesmo período,
manteve-se estável.
Para se ter uma ideia dessa estabilidade, em 2013,
quando o país vivia um período de pleno emprego, as
empresas contrataram 348.381 jovens como aprendizes.
Em 2014, quando começaram a aparecer os primeiros
sinais da crise, o número passou para 404.376, média
que foi se mantendo mesmo com o desemprego. Foram
401.951 em 2015 e 388.794 em 2016.
“A lei brasileira determina que todas as empresas de
médio e grande porte devem manter em seus quadros de
funcionários jovens de 14 a 24 anos, na modalidade
Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por
estabelecimento. Como é um cálculo proporcional, o
natural seria que, ao diminuir o quadro de
funcionários em um momento de crise, o número de
aprendizes caísse também. Mas isso não aconteceu”,
analisa Higino Vieira.
Não foi apenas a média de contratações que se
manteve estável. Ao contrário do que aconteceu no
mercado formal de trabalho como um todo em 2017,
quando o número de homens contratados foi bem
superior ao de mulheres, na aprendizagem houve um
equilíbrio maior, apesar de as contratações
masculinas ainda serem maioria. Desde o início deste
ano foram contratados 108.237 meninos (53,2%) e
95.197 meninas (46,8%). Esse percentual se inverteu
apenas em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Rio
Grande do Norte, Distrito Federal e Sergipe.
As ocupações nas quais os aprendizes tiveram mais
oportunidades foram as de auxiliar de escritório e
assistente administrativo. Quase 60% de todas as
contratações ocorreram nessas áreas. Também tiveram
destaque as funções de vendedor do comércio
varejista, repositor de mercadoria e mecânico de
manutenção de máquinas.
Segundo Higino Vieira, um dos principais desafios de
hoje é conscientizar empregadores de que a
aprendizagem é vantajosa para as empresas. Se todos
os empresários cumprissem a cota mínima estabelecida
em lei, o número de aprendizes contratados este ano
seria 939.731, quase cinco vezes mais do que a
quantidade atual. “A empresa que contrata o aprendiz
tem a oportunidade de formar sua própria mão de obra
desde o início. O retorno para o empregador é
qualidade no serviço prestado”, ressalta.
A aprendizagem profissional foi instituída pela Lei
nº 10.097/2000 e entrou em vigor cinco anos depois,
após ser regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005.
Ela prevê a contratação de jovens entre 14 e 24 anos
(exceto para aprendizes com deficiência, para os
quais não há limite de idade), desde que permaneçam
na escola e façam algum curso
técnico-profissionalizante. O salário é baseado no
mínimo, mas proporcional ao número de horas
cumpridas.
Desde 2005, já foram contratados 3.051.942 de
aprendizes. O ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, lembra que, quanto maior o número de
jovens inseridos nessa modalidade de contratação,
menores as chances de eles abandonarem os estudos
para trabalharem e maiores as oportunidades no
futuro. “A aprendizagem é uma das maneiras de
enfrentar a precariedade do trabalho infantil e
aliar educação e qualidade no trabalho, permitindo
que os jovens tenham garantias trabalhistas,
segurança e remuneração justa”, afirma o ministro.
Fonte: MTb
24/08/2017 -
Mediação põe fim ao impasse entre trabalhadores e
empresas do setor de limpeza urbana
Negociação intermediada pela Superintendência
Regional levou sete meses para ser aprovada pelas
partes
Após sete meses de negociação, o impasse entre os
trabalhadores e empresas do setor de limpeza urbana
da Bahia chegou ao fim com a aceitação da proposta
elaborada pelas partes em mediação realizada na
segunda-feira (21) na sede da Superintendência
Regional do Trabalho.
Várias tentativas de conciliação já haviam sido
realizadas, porém, sem concordância das partes aos
pontos apresentados. A superintendência deu
continuidade ao processo de negociação que culminou
na construção de uma proposta, elaborada
conjuntamente entre representantes do Sindicato das
Empresas de Asseio e Conservação da Bahia (SEAC) e
do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública,
Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas
Intermunicipal (Sindilimp-BA).
O acordo estabelece os seguintes itens:
a. 3% de reajuste salarial, a partir de janeiro de
2017 para trabalhadores com faixa salarial até R$
940,84;
b. 1% de reajuste, a partir de julho de 2017, para as
demais faixas salariais;
c. 7% de reajuste em janeiro de 2018 para as
categorias contempladas com o reajuste de 3% em
2017;
d. 6% de reajuste em janeiro de 2018 para as demais
faixas salariais;
e. 7% de reajuste a título de alimentação e cesta
básica a partir de janeiro de 2018.
Também foram mantidas as cláusulas da convenção
coletiva de trabalho de 2016 para 2017/2018.
Fonte: MTb
24/08/2017 -
Pagamento da primeira parcela do 13º começa na
próxima sexta
Aposentados e pensionistas em todo o país começam a
receber a antecipação da primeira parte do abono
anual, conhecido como 13º, a partir da próxima
sexta-feira (25/08). O depósito da gratificação será
realizado junto com a folha de pagamentos mensal do
INSS que começa a ser depositada no dia 25 de agosto
e segue até o dia 8 de setembro, conforme Tabela de
Pagamentos de Benefícios 2017.
Mais de 29,2 milhões de benefícios receberão a
primeira parcela do abono anual que corresponde a
50% do valor do 13º e representa uma injeção extra
na economia de pelo menos R$ 19,8 bilhões nos meses
de agosto e setembro. Veja a tabela com os valores
por estado.
Não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) nesta
primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR
sobre o 13º somente é cobrado em novembro e
dezembro, quando será paga a segunda parcela da
gratificação natalina.
Valor da antecipação – Aposentados e pensionistas,
em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício.
A exceção é para quem passou a receber o benefício
depois de janeiro. Neste caso, o valor será
calculado proporcionalmente.
Os segurados que estão em auxílio-doença também
recebem uma parcela menor que os 50%. Como esse
benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação
proporcional ao período. Por exemplo, um benefício
iniciado em janeiro e ainda em vigor em agosto terá
o 13º terceiro salário calculado sobre oito meses. O
segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em
dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá
receber o restante. Se tiver alta antes, o valor
será calculado até o mês em que o benefício vigorar
e acrescido ao último pagamento do benefício.
Não recebem – Por lei, os segurados que recebem
benefícios Assistenciais (LOAS) não têm direito ao
13º salário, que corresponde a cerca de 4,5 milhões
de benefícios.
Fonte: Previdência Social
24/08/2017 -
Descontos elevados no contracheque geram dano moral
A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região (TRT/RJ) condenou a Via Varejo S.A a
indenizar um vendedor que durante dez meses recebeu
salário líquido de R$100,00. Os descontos no
contracheque foram para cobrir despesas com plano de
saúde. O colegiado seguiu por unanimidade o voto do
relator do acórdão, desembargador Jorge Fernando
Gonçalves da Fonte, que considerou que o
procedimento da empresa retirou a segurança de um
salário digno para a subsistência do trabalhador,
causando-lhe sofrimento e humilhação.
O vendedor relatou ter se afastado do emprego de
abril de 2011 a março de 2014, para tratamento de
saúde, período em que recebeu auxílio-doença pelo
INSS e seu contrato de trabalho ficou suspenso.
Durante o tratamento médico, o trabalhador utilizou
o plano de saúde oferecido pela empresa a todos os
empregados. Nesse tempo, os descontos nos salários
totalizaram R$ 11.499,42. Dez meses após voltar ao
trabalho, continuou recebendo mensalmente o valor de
R$ 100,00 como salário líquido, mesmo após solicitar
redução no valor dos descontos. Segundo ele, após
ingressar com ação na Justiça Trabalhista –
solicitando que os descontos não superassem o
percentual de 30% – foi demitido.
A empregadora contestou as alegações do vendedor,
negando que sua demissão tenha ocorrido por punição.
Afirmou que o ex-empregado se encaixava na
modalidade co-participação do plano de saúde,
cabendo a ele a participação nos procedimentos
utilizados (consultas, exames e outros). Argumentou
que em nenhum momento deixou de prestar assistência
ao obreiro e que as despesas foram descontadas aos
poucos do seu salário, sendo os débitos lícitos e
conhecidos pelo vendedor.
Em seu voto, o desembargador Jorge Fernando
Gonçalves da Fonte considerou que o caráter
alimentar da verba e os princípios da razoabilidade
e da intangibilidade do salário são argumentos
fortes para não se aceitar que o empregador realize
descontos abusivos no salário do empregado.
O relator observou que a CLT não limita os
descontos, devendo ser aplicada, analogicamente, a
Lei nº 10.820/03, que estabelece o máximo de 30%
para os descontos e retenções de prestações em folha
de pagamento. Tal limite visa justamente assegurar
ao empregado meios financeiros de se manter e honrar
com os compromissos assumidos.
Os descontos realizados pela empregadora durante
longo período – segundo o desembargador – trouxeram
grande abalo moral ao trabalhador, que ficou sem
poder contar com o fruto do seu trabalho para
manter-se e também a sua família. Dessa forma, a Via
Varejo foi condenada a pagar R$ 12 mil de
indenização por danos morais ao vendedor,
reformando-se a decisão da primeira instância.
Fonte: Jusbrasil
23/08/2017 -
Centrais se reúnem com Fiesp para discutir propostas
de geração de emprego
Representantes das centrais sindicais, com exceção
da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
reuniram-se no início da tarde desta terça-feira
(22) em um almoço com o presidente da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo
Skaf. O objetivo era discutir propostas para geração
de emprego e retomada econômica do país. As
propostas deverão ser apresentadas depois ao
presidente da República Michel Temer, em reunião
agendada para o dia 12 de setembro no Palácio do
Planalto.
Após a reunião, em entrevista a jornalistas,
representantes das centrais e o presidente da Fiesp
disseram que, entre as propostas, estão a retomada
das obras públicas paradas, a destinação de recursos
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) para investimentos produtivos, a
redução da taxa de juros e o aumento das parcelas do
seguro-desemprego de cinco para sete meses.
“Tem alguns pontos que estão sendo elaborados e
discutidos. Um deles é o crédito, que é fundamental.
Nós trabalhadores somos favoráveis, inclusive, a que
se utilizem recursos do BNDES em contrapartida. Não
adianta a empresa pegar recurso [do BNDES] para
utilizar na empresa para automatizar e dispensar os
trabalhadores. Precisamos construir um projeto onde
haja responsabilidade de toda a sociedade para que
possamos superar essa adversidade que temos hoje”,
disse Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT).
Segundo o presidente da Fiesp, as centrais e a
federação buscaram “pontos convergentes” para ajudar
o país a retomar o crescimento. “Em curto prazo,
existem medidas emergenciais que passam pelo
destravamento de crédito, o andar de obras paradas e
o seguro-desemprego, que passaria para sete meses
para dar um fôlego maior”, afirmou Skaf. “O Brasil
está dando sinais positivos na economia. O momento
agora é de jogar um catalisador nisso, acelerar esse
processo de retomada do crescimento”, acrescentou.
Lava Jato
Um dos pontos principais discutidos pelas centrais e a
Fiesp foi a retomada de obras públicas no país. “Tem
centenas de obras paralisadas. É preciso que elas
tenham sequência porque isso gera emprego”, falou
Patah. João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, defende que
sejam firmados acordos de leniência com as as
empresas investigadas pela Lava Jato para retomada
das obras. “Temos uma pauta parada em função da Lava
Jato, que é positiva, mas é também importante pensar
nos 14 milhões de desempregados e nas empresas que
estão fechando e na queda de renda no país”, falou
ele.
Juruna ressaltou que muitas empresas na área da
construção civil estão fechando ou parando a
produção em função da operação. "É importante que
tenha um debate no Congresso Nacional e também com o
Judiciário para que haja acordos de leniência para
retomada da produção e o emprego”, ressaltou. “A
Lava Jato está prejudicando nosso país porque está
desempregando e não está propondo soluções. Existem
soluções em outros países, como os acordos de
leniência”, defendeu Juruna, citando como exemplo os
Estados Unidos.
No entanto, Skaf disse que a Operação Lava Jato não
foi tratada na reunião, nem mesmo a questão dos
acordos de leniência. “O que precisa é destravar.
Obras públicas paradas vão se deteriorando. Quando
você retomá-la, vai gastar tudo de novo para
recuperar o que se perdeu. Você deixa de empregar e
deixa de gerar o resultado dessa obra para o país.
Se vai ser a mesma empresa ou outra nessa obra, o
que não pode e não interessa ao Brasil é estar com
centenas de obras paralisadas em todos os cantos do
país”, falou.
Segundo Juruna, além da Força Sindical e da UGT,
participaram da reunião também representantes da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores e
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Fonte: Agência Brasil
23/08/2017 -
Empresários da indústria diminuem ritmo de
demissões, segundo pesquisa da CNI
Os empresários do setor industrial ainda estão
diminuindo as vagas de empregos, mas no menor ritmo
em três anos. De acordo com a Sondagem Industrial
divulgada nesta terça-feira (22) pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o índice de evolução do
número de empregados alcançou o maior patamar desde
março de 2014.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem
pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos, mostram
queda na produção e no emprego. O índice de evolução
do número de empregados alcançou 48,2 pontos.
Quando consideradas apenas as indústrias de grande
porte, o índice de evolução do número de empregados
alcança 49,5 pontos, próximo da linha divisória.
Segundo a CNI, o dado revela que essas empresas
praticamente interromperam os cortes de pessoal em
julho.
O estudo mostra ainda que após 27 meses, a indústria
espera encerrar as demissões. O indicador de
expectativa em relação ao número de empregados subiu
para 49,4 pontos em agosto e ficou muito próximo da
linha divisória dos 50 pontos, mostrando que as
perspectivas em relação ao emprego melhoraram.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
23/08/2017 -
Câmara adia novamente votação da reforma política
por falta de acordo para aprovar texto
Os líderes partidários e o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, decidiram votar nessa terça-feira (21)
o texto base da reforma e deixar os destaques para
depois. Os destaques, que são as alterações
propostas pelos partidos, podem reduzir ou
desfigurar o texto aprovado na Comissão.
Mas não foi possível nem votar o texto base. Isso
porque, após o início da discussão, deputados
denunciaram a tentativa de lideranças de dividir a
votação da reforma e votar primeiro o Distritão,
como advertiu Gláuber Braga, do PSOL.
Com a pressão de diversos parlamentares, o
presidente Rodrigo Maia adiou a votação da Proposta
de Emenda à Constituição para esta quarta-feira
(23).
O deputado do PSB, Júlio Delgado, argumenta que o
impasse foi criado pela falta de votos para aprovar
o Distritão, além da pressão contra a criação do
fundo eleitoral, que pelo texto atual consumiria
mais de R$ 3,5 bilhões na eleição de 2018.
O Distritão estabelece o sistema majoritário de
votação de deputados. Só vencem os mais votados,
como é hoje na eleição de senadores, acabando com o
voto em legendas e partidos, que podem ser
transferidos para outros candidatos da mesma
coligação.
Para tentar convencer os deputados contrários à
mudança, se propôs regulamentar o Distritão
permitindo o voto nas legendas. Para o deputado
Marcus Pestana, do PSDB, a combinação dos sistemas
pode conseguir maioria.
Para os críticos do Distritão, a proposta mantém os
problemas do sistema que, segundo os deputados
contrários, dificulta a renovação na política e
enfraquece os partidos.
Fonte: Portal EBC
23/08/2017 -
Paulo Paim condena decisão do governo que reduz
reajuste do salário mínimo
O senador Paulo Paim (PT-RS) protestou contra a
decisão do governo que reduziu o reajuste do salário
mínimo. Com a decisão, disse Paim, o presidente
Michel Temer mostrou que desconhece o que representa
o salário mínimo na vida dos mais pobres.
Paulo Paim sublinhou que mais de 80% dos aposentados
recebem o salário mínimo. Ele afirmou que a política
de valorização do piso salarial estimula a economia
e é importante para o aumento da renda das camadas
inferiores da sociedade.
- O salário mínimo é uma forma de redistribuir
renda, mesmo se considerarmos o elevado índice de
informalidade existente em nosso país. Isso se chama
efeito farol, ou seja, o salário mínimo funciona
como um referencial - disse o senador.
Fonte: Agência Senado
23/08/2017 -
FGTS registra lucro recorde de mais de R$ 14 bilhões
em 2016
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
registrou, no ano passado, lucro de R$ 14,55
bilhões, o melhor resultado da sua história. Com
isso, o patrimônio líquido do fundo chegou a R$
98,17 bilhões. Os números constam do Relatório de
Gestão do FGTS, apresentado nesta terça-feira (22)
na reunião do Conselho Curador, em Brasília.
O documento mostra também dados da repartição do
lucro de 2016, que designou R$ 7,27 bilhões, que
corresponde à metade do rendimento, para quem tinha
contas com saldo em 31 de dezembro. A medida é
resultado da Lei nº 13.446, de 25 de maio deste ano,
que fez com que a remuneração dos trabalhadores
ficasse acima da inflação anual pela primeira vez em
nove anos. A última vez que isso ocorreu foi em
2007.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que
preside o Conselho Curador, o resultado é
consequência da “gestão responsável” do conselho e
dos demais órgãos e entidades que gerem o fundo. “O
resultado de 2016 mostra que estamos administrando
com seriedade os recursos do FGTS, o que permite
remunerar devidamente os trabalhadores e também
disponibilizar crédito para habitação, saneamento e
infraestrutura do nosso país”, disse.
“O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) também
bateu recorde em 2016, com lucro de R$ 2,63 bilhões.
O dinheiro aplicado no FI, que financia grandes
obras de infraestrutura como geração de energia,
saneamento, ferrovias, rodovias e portos, cresceu
8,3% no ano. Foi o maior rendimento desde a criação
da operação, em 2007”, diz a nota do Ministério do
Trabalho.
O FGTS é a maior fonte de financiamento em
saneamento, habitação e infraestrutura do país. Em
2016, foram contratados R$ 81,48 bilhões, sendo R$
80,86 bilhões para habitação, principalmente para
habitação popular. Em saneamento foram contratados
R$ 226,64 milhões e em infraestrutura R$ 386,32
milhões.
Fonte: Agência Brasil
23/08/2017 -
Projeto muda critério para nulidade de negociação
coletiva
A Câmara dos Deputados analisa proposta que
determina que as negociações coletivas de trabalho
só serão declaradas nulas se houver vício de
consentimento comprovado, ou seja, quando existirem
defeitos. A medida está prevista no Projeto de Lei
6712/16, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que
acrescenta um parágrafo à Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43).
Hoje, segundo a lei vigente, só existe nulidade se
houver prejuízo às partes litigantes.
O vício de consentimento pode se caracterizar, por
exemplo, pela falsa percepção da realidade de um
agente na elaboração de um negócio jurídico ou na
coação para obter consentimento de alguém na
realização do negócio contra sua vontade.
“Trata-se do desequilíbrio da vontade de uma das
partes no que se refere a sua declaração, fazendo
distanciarem-se a vontade real e a declarada. É o
vício mais pertinente à análise da validade dos
instrumentos coletivos, na medida em que estes se
baseiam precisamente na manifestação das vontades
das partes”, defende Laercio Oliveira.
O deputado argumenta ainda que os instrumentos
coletivos de trabalho são constitucionalmente
reconhecidos como direito social e, portanto, o
exame de sua validade deve ser feito com a máxima
cautela, “especialmente quando se considera que a
negociação coletiva é um dos principais fundamentos
de todo o sistema de relações de trabalho atual”.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
23/08/2017 -
INSS já cancelou 168 mil auxílios-doença após
convocação de perícias
Até o início de agosto, o pente-fino feito pelo
governo federal nos auxílios-doença concedidos por
incapacidade resultou no cancelamento de 168.396
benefícios de segurados do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) que recebiam os valores e há
mais de dois anos não passavam por avaliação médica.
O número corresponde a 79,94% das 210.649 perícias
feitas até este mês.
Além disso, também foram cancelados 20.304
benefícios porque os segurados não responderam à
convocação para perícia feita pelo INSS. De acordo
com Ministério do Desenvolvimento Social, 33.798
benefícios foram convertidos em aposentadoria por
invalidez, 1.892 em auxílio-acidente, 1.105 em
aposentadoria por invalidez, com acréscimo de 25% no
valor do benefício e 5.458 pessoas foram
encaminhadas para reabilitação profissional.
Com o pente fino, segundo a pasta, a economia anual
estimada até agora é de R$ 2,7 bilhões. Ao todo,
530.191 benefícios de auxílio-doença serão
revisados.
Fonte: Agência Brasil
23/08/2017 -
Conselho Curador aprova regras para melhorar
governança do FI-FGTS
Objetivo é dar mais segurança e transparência às
operações de crédito do fundo de investimentos
O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira
(22) novas regras para melhorar a governança do
Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FI-FGTS). O objetivo é dar mais
segurança e transparência às operações de crédito do
FI, que empresta dinheiro do Fundo de Garantia para
a realização de grandes obras de infraestrutura nas
áreas de geração de energia, saneamento, ferrovias,
rodovias e portos.
Uma das principais medidas aprovadas é a criação de
um comitê de auditoria. O grupo será formado por
três membros (um representante do governo, um dos
trabalhadores e um dos empregadores) e terá a função
de monitorar as operações do Comitê de Investimentos
do FI-FGTS. O monitoramento incluirá ações como
revisão das demonstrações contábeis e aprovação da
prestadora de serviços de auditoria independente.
Também foi reduzido o período dos mandatos dos
membros do Comitê de Investimentos do FI.
Anteriormente, os conselheiros podiam ser reeleitos
indefinidamente. Agora, cada membro poderá ser
eleito por dois anos com possibilidade de reeleição
por apenas mais dois.
O Conselho decidiu ainda revogar uma regra que
permitia ao Comitê do FI-FGTS adquirir debêntures do
BNDES. Com isso, esse tipo de operação foi
cancelada.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que
preside o Conselho Curador do FGTS e conduziu a
reunião desta terça, lembrou que as medidas
aprovadas significam a continuação de um trabalho
iniciado ainda no ano passado para melhorar a
governança do FI-FGTS. Em 2015, o fundo havia
fechado com prejuízo, mas em 2016 teve lucro de R$
2,63 bilhões e rendimento anual de 8,3%, o maior
desde a criação do FI, em 2007. "Estamos devolvendo
ao FI a importância que ele tem para o país",
afirmou o ministro.
O secretário executivo do Conselho Curador do FGTS,
Bolivar Tarragó, disse esperar que as novas regras
inaugurem uma nova fase do FI. "As medidas aprovadas
pelo Conselho dão mais transparência às operações do
Fundo e permitem que ele volte a ter um papel
fundamental no financiamento dos projetos de
infraestrutura do país”, avaliou.
Fonte: MTb
23/08/2017 -
Fundo de Amparo ao Trabalhador vai cobrar
empréstimos cedidos ao BNDES
Com um prejuízo estimado em R$ 18 bilhões este ano e
em R$ 20,6 bilhões em 2018, o Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) pedirá, pela primeira vez na
história, que o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) reembolse parte dos
empréstimos concedidos pelo banco com recursos do
fundo. O Ministério do Trabalho, responsável pelo
FAT, confirmou ter enviado ofício ao BNDES alertando
sobre a necessidade de aportes caso o Tesouro não
consiga cobrir o rombo.
Pelo ofício, o BNDES terá de repassar R$ 4,7 bilhões
ao FAT referente a amortização de empréstimos. O
valor refere-se à diferença entre o orçamento para
os aportes do Tesouro para este ano, de R$ 13,3
bilhões, e o prejuízo operacional de R$ 18 bilhões
estimado para 2017.
Composto pela arrecadação do Programa de Integração
Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (Pasep), o FAT repassa 40% dos
recursos à instituição financeira. O dinheiro
reforça o capital do banco de fomento para emprestar
ao setor produtivo.
Tradicionalmente, o banco repassa ao FAT apenas o
valor dos juros dos empréstimos. A partir deste ano,
no entanto, também terá de reembolsar parte do valor
principal das linhas de crédito.
Responsável por financiar benefícios trabalhistas
como o seguro-desemprego, o abono salarial e
programas de qualificação profissional, o FAT tem
registrado déficits crescentes nos últimos anos
porque a arrecadação do PIS/Pasep está crescendo em
ritmo menor que as despesas. Em 2016, o fundo teve
prejuízo de R$ 12,5 bilhões, resultante da
arrecadação de R$ 55,4 bilhões e de despesas de R$
67,9 bilhões.
Segundo as estimativas mais recentes, divulgadas em
abril deste ano, as receitas continuarão
relativamente estáveis: R$ 55,9 bilhões em 2017 e R$
58,5 bilhões em 2018. No entanto, os gastos,
principalmente com o seguro-desemprego e o abono
salarial, saltarão para R$ 73,9 bilhões este ano e
para R$ 79,1 bilhões no próximo.
Além do reembolso parcial do BNDES, o governo
pretende aprovar a medida provisória que cria Taxa
de Longo Prazo (TLP) para conter o crescimento do
déficit do FAT. A nova taxa, que entraria em vigor
no próximo ano, passaria a ser definida pela
inflação mais o rendimento de determinados tipos
títulos públicos, diminuindo o volume de subsídios
do Tesouro Nacional para cobrir a diferença entre os
juros dos financiamentos do BNDES e as taxas de
mercado.
Fonte: Agência Brasil
23/08/2017 -
Trabalhadora deve ser indenizada por atrasos nos
salários e não pagamento das verbas rescisórias
Uma assistente de produção que acabou deixando de
pagar parcelas de suas dívidas por receber seus
salários com atrasos frequentes e por não ter
recebido as verbas rescisórias deve receber
indenização por danos morais. De acordo com a juíza
Elisângela Smolareck, da 5ª Vara do Trabalho de
Brasília, a trabalhadora conseguiu comprovar, nos
autos, que a conduta do empregador lhe trouxe
prejuízos.
A trabalhadora requereu, em juízo, a condenação do
empregador ao pagamento das verbas rescisórias não
quitadas e, ainda, ao pagamento de indenização por
danos morais, ao argumento de que o atraso constante
na quitação dos seus salários, bem como o
inadimplemento das verbas rescisórias, acabaram
resultando em prejuízos, como a negativação de seu
nome junto ao Serasa e o inadimplemento das
prestações do imóvel que ela está adquirindo.
De acordo com a magistrada, para que surja a
responsabilidade de indenizar, é necessária a
verificação de três requisitos: a existência do
dano, o nexo causal entre o dano e atividade
exercida na empresa e a culpa da empregadora. Estes
são os elementos que podem dar ensejo ao pagamento
de indenização por danos morais, conforme preveem os
artigos 286 e 927 do Código Civil Brasileiro,
explicou a juíza.
A mora contumaz no pagamento dos salários e o
inadimplemento das verbas rescisórias, por si só,
não têm o condão de causar lesão moral ou
psicológica, lembrou a juíza. Contudo, se o
empregado comprovar que essa conduta do empregador
casou prejuízos, pode ficar configurado o dano
moral.
No caso concreto, como o empregador não juntou aos
autos os contracheques ou recibos de transferências
bancárias para comprovar as datas dos pagamentos dos
salários da trabalhadora, a magistrada considerou
que efetivamente os salários eram pagos com atraso,
conforme descrito pela autora da reclamação. Por
outro lado, documento juntado aos autos pela autora
comprova que ela passou por dificuldades financeiras
no ano de 2014, período em que vigorava o vinculo
empregatício, bem como que seu nome esteve em vias
de ser incluído no cadastro de inadimplentes do
Serasa.
Mesmo considerando que a dívida que consta do
documento juntado aos autos tenha valor incompatível
com os salários da trabalhadora, a magistrada disse
entender que o o atraso no pagamento dos salários
concorreu para que a autora da reclamação ficasse
inadimplente.
Com base nestes elementos, a magistrada deferiu o
pagamento das verbas rescisórias devidas, com base
na demissão sem justa causa e, considerando
comprovado o dano moral sofrido, arbitrou em R$ 3,98
mil o valor da indenização, o equivalente a duas
vezes a última remuneração da trabalhadora. Processo
nº 0000355-69.2015.5.10.0005
Fonte: TRT10
22/08/2017 -
Temer diz que semipresidencialismo seria útil ao
Brasil
O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira
(21) que acha o semipresidencialimo um sistema
“extremamente útil” para o Brasil. Temer disse que
tem discutido o assunto com os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Eunício Oliveira, e
com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), Gilmar Mendes. No semipresidencialismo,
apesar de haver um primeiro-ministro, o presidente
mantém a força política.
“Acho uma coisa extremamente útil para o Brasil.
Minha experiência tem revelado que seria útil. Tenho
conversado muito com o ministro Gilmar Mendes, que
hoje está no TSE, tenho conversado com o Rodrigo
Maia, com o Eunício Oliveira. Temos conversado muito
sobre isso. Se vai dar certo ou não, não sabemos,
mas temos conversado sobre isso como uma das
hipóteses muito úteis para o Brasil. Agora vamos
alongar esses estudos para verificar qual o melhor
momento da sua aplicação e eficácia”, disse a
jornalistas no Itamaraty, onde ofereceu almoço ao
presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
Questionado se a reforma política como está posta é
coerente, Temer respondeu que essa é uma matéria de
atuação do Congresso Nacional. “Ela está sendo feita
pelo Congresso Nacional. Quando falo dessa matéria,
estou dizendo que essa matéria é típica da atuação
do Congresso Nacional. [É] o Congresso que vai
decidir isso”, respondeu.
PSDB no governo
Quando os jornalistas perguntaram se os ministros do
PSDB permanecem nos cargos, Temer respondeu que eles
estão “bem nos cargos” e “colaboram muito”. Desde a
votação no dia 2 de agosto em que foi arquivada a
denúncia da Procuradoria-Geral da República contra
Temer na Câmara dos Deputados, partidos da base
aliada têm pressionado o governo para obter
ministérios atualmente ocupados por tucanos, pois o
PSDB votou dividido na apreciação da denúncia.
Dos 47 deputados tucanos, 22 votaram pelo
arquivamento da denúncia, 21 pela investigação e
quatro se ausentaram. Atualmente, o PSDB tem quatro
ministérios.
Sobre um possível retorno do senador Aécio Neves à
presidência do PSDB, hoje ocupada interinamente por
Tasso Jereissati, Temer disse que essa é uma questão
interna do partido. “Eu já declarei especificamente
que eu não me meto nas questões internas do partido.
Cada partido decide por conta própria”. Aécio Neves
se afastou da presidência do partido em maio.
Fonte: Agência Brasil
22/08/2017 -
Comissão vota parecer que regulamenta reforma
política
A comissão especial que analisa a regulamentação de
mudanças na legislação eleitoral volta a se reunir
nesta terça-feira (22) para votar o relatório do
deputado Vicente Candido (PT-SP).
O parecer de Candido sugeria que pessoas físicas
pudessem solicitar o anonimato ao doar dinheiro para
campanhas políticas, exceto na prestação de contas e
fiscalização por parte dos órgãos de controle e do
Ministério Público. No entanto, após muita polêmica,
o relator afirmou que vai retirar essa possibilidade
de anonimato para doadores de campanha.
No último dia 15, foi concluída, em outra comissão
especial, a votação de proposta de emenda à
Constituição (PEC 77/03) que altera as regras
eleitorais e estabelece o financiamento público de
campanha. O texto de Candido discutido busca
regulamentar algumas dessas mudanças.
A reunião será realizada a partir das 14h30, no
plenário 5.
Fonte: Agência Câmara
22/08/2017 -
Comissão debate prioridades do Ministério do
Trabalho e Emprego
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da
Câmara dos Deputados promoverá audiência pública,
nesta quarta-feira (23), para discutir as
prioridades do Ministério do Trabalho e Emprego
neste ano.
Participarão do debate: a secretária de Inspeção do
Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen; e o
secretário de Relações do Trabalho Adjunto, Luis
Carlos Silva Barbosa.
A reunião será realizada no plenário 9, a partir das
11 horas.
Fonte: Agência Câmara
22/08/2017 -
Comissão vota parecer sobre licença maternidade em
caso de prematuro
A Comissão Especial sobre Licença Maternidade em
caso de Bebe Prematuro (PEC 181/15) reúne-se na
quarta-feira (23) para votar o parecer do relator,
deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).
A proposta estende a licença-maternidade para até
oito meses em caso de parto prematuro. Segundo o
texto, no caso de nascimento prematuro, a licença de
120 dias usualmente concedida à gestante será
estendida à quantidade de dias de internação do
recém-nascido, não podendo exceder a 240.
A reunião está marcada para as 14h30, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
22/08/2017 -
Governo quer reduzir participação da União na
Eletrobras
O Ministério de Minas e Energia informou nesta
segunda-feira (21) que vai propor a redução da
participação da União no capital da Eletrobras, com
sua consequente democratização na Bolsa de Valores,
a exemplo do que já foi feito com a Embraer e a
Vale. Segundo a pasta, a medida vai dar mais
competitividade e agilidade à empresa para gerir
suas operações, sem as amarras impostas às estatais.
“Esse movimento permitirá à Eletrobras implementar
os requisitos de governança corporativa exigidos no
novo mercado, equiparando todos os acionistas –
públicos e privados – com total transparência em sua
gestão”, disse o ministério.
Segundo o MME, a decisão foi adotada após profundo
diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação
da empresa. “Não há espaço para elevação de tarifas
nem para aumento de encargos setoriais. Não é mais
possível transferir os problemas para a população. A
saída está em buscar recursos no mercado de capitais
atraindo novos investidores e novos sócios”. A
proposta será levada ao Conselho do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI).
O governo permanecerá como acionista, recebendo
dividendos ao longo do tempo, e a União manterá
poder de veto na administração da companhia,
garantindo que decisões estratégicas no setor sejam
preservadas.
Na avaliação do Ministério de Minas e Energia, os
problemas da Eletrobras decorrem de ineficiências
acumuladas nos últimos 15 anos, que "impactaram a
sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais,
concorrendo pelo uso de recursos públicos que
poderiam ser investidos em segurança, educação e
saúde".
Em fato relevante ao mercado, a Eletrobras
esclareceu que a efetivação da operação depende de
autorizações governamentais, avaliação das
autorizações legais e regulatórias que serão
necessárias, avaliação do modelo a ser adotado e
observância dos procedimentos específicos, por ser
tratar de sociedade de economia mista, de capital
aberto, A empresa garantiu que irá manter o mercado
informado sobre o assunto.
Fonte: Agência Câmara
22/08/2017 -
Paim quer leis trabalhistas em foco durante a
campanha eleitoral de 2018
Em pronunciamento nesta segunda-feira (21), o
senador Paulo Paim (PT-RS) disse que o debate sobre
a reforma trabalhista sancionada pelo governo Temer
seja mantido durante o período eleitoral de 2018.
Isto porque a chegada de novos representantes no
Congresso e na Presidência da República trará a
possibilidade de uma nova proposta que possa
beneficiar empregados e empregadores.
Paim registrou a instalação de subcomissão criada no
âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) para elaborar o Estatuto do
Trabalho. A primeira reunião ocorreu na última
sexta-feira (18), disse Paim.
O senador afirmou que os trabalhador não foram
ouvidos em nenhum momento pelo governo e os
parlamentares aprovaram exatamente aquilo que foi
enviado pela cúpula do empresariado, em nível
nacional.
— Que nem os empresários sabem bem o que é, segundo
eles dizem — Digo o grosso do empresariado —, mas a
Fiesp e a CNI sabem muito bem, porque foram eles que
formularam essa reforma do empregador, [essa] CLT do
empregador.
Fonte: Agência Senado
22/08/2017 -
Participantes de audiência consideram
inconstitucional reforma da Previdência
Participantes de audiência pública realizada nesta
segunda-feira (21) pela CPI da Previdência
classificaram a reforma proposta pelo governo de
inconstitucional e pediram medidas eficazes de
combate à sonegação.
Kléber Cabral, vice-presidente da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (Unafisco), afirmou que há uma sonegação no
Brasil em torno de 27% do valor que deveria ser
arrecadado, o que dá um valor total de R$500
bilhões. Para Kléber, a própria legislação favorece
o crime, já que trata a sonegação como um fato de
menor importância e gera o sentimento de impunidade
tributária.
— Temos uma legislação de 1995 – já faz 22 anos —
que é a raiz de muitos problemas, porque extinguiu a
punibilidade com o pagamento. A atividade sonegadora
é uma atividade de risco calculado. O pior que pode
acontecer é ter que pagar os tributos e as multas —
explicou.
Kléber também criticou a quantidade de programas de
parcelamentos especiais (Refis) e explicou que cada
programa pode causar perdas de até R$ 50 bilhões por
ano aos cofres públicos. O vice-presidente da
Unafisco criticou ainda as leis que tratam da
repatriação de recursos. Segundo ele, essas leis
também são exemplos de benesses tributárias que o
Estado dá, premiando o mau contribuinte.
— Inclusive porque as alíquotas cobradas foram
inferiores às que eram cobradas das pessoas físicas
e jurídicas que cumpriam as suas obrigações
tributárias. Então, além da anistia penal, havia uma
vantagem econômica. Isso é, de fato, o Estado usando
a pedagogia às avessas, deseducando o contribuinte —
protestou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/08/2017 -
Dirigente sindical demitido antes de comunicar
candidatura à empresa não obtém estabilidade
Um soldador não conseguiu o reconhecimento do
direito à estabilidade provisória sindical porque
não comunicou sua candidatura previamente à Metalcom
Produtos Metálicos e Comércio Ltda., de Jataí (GO).
A Justiça do Trabalho reconheceu a validade da
dispensa, e seu recurso contra a decisão
desfavorável não foi conhecido pela Terceira Turma
do Tribunal Superior do Trabalho. O relator,
ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou que, em
recursos de natureza extraordinária, não cabe o
reexame de fatos e provas, necessário para reverter
a condenação.
O empregado alegou que o edital de inscrição da
chapa Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais
Elétricos e Eletrônicos de Jataí – SITIMMME foi
publicado em jornal de grande circulação (O
Popular), assim como o edital de convocação para
eleição do corpo diretivo, ainda na vigência do
contrato de trabalho.
No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região (GO) manteve a sentença que reconheceu a
validade da dispensa com fundamento no item I da
Súmula 369 do TST, que assegura a estabilidade
provisória “desde que a ciência ao empregador, por
qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de
trabalho”. Verificando os documentos e depoimentos
prestados, o Regional concluiu que a empresa apenas
teve ciência da candidatura posteriormente à
extinção contratual, situação que afasta a
estabilidade sindical.
Segundo o TRT, ainda que a notificação possa ser
feita por qualquer meio admitido pelo direito, “a
ciência deve ser inequívoca, a fim de se evitar a
surpresa do empregador”. A notificação via edital,
segundo a decisão, só deve ser usada quando o
destinatário da comunicação estiver em local incerto
ou não sabido, e, no caso, tanto o trabalhador
quanto a chapa concorrente poderiam ter comunicado o
fato diretamente à empresa – “como de fato fizeram,
embora tardiamente”.
No exame do recurso do empregado para o TST, o
ministro Mauricio Godinho Delgado afirmou que a
decisão regional está em sintonia com a Súmula 369
do TST, e decisão diversa da adotada pelo Tribunal
Regional, quanto à época em que a empresa teve
ciência da candidatura, somente seria possível
mediante o reexame de fatos e provas, o que é vedado
pela Súmula 126 do TST.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-366-49.2015.5.18.0111
Fonte: TST
22/08/2017 -
Primeira Seção decidirá se valores recebidos por
causa de erro da Previdência devem ser devolvidos
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) determinou que seja suspensa em todo o
território nacional a tramitação de processos
individuais ou coletivos que discutem a devolução de
valores recebidos por beneficiários do INSS – mesmo
que tenham sido recebidos de boa-fé – por força de
erro da Previdência Social.
A decisão foi tomada pelo colegiado ao determinar a
afetação do Recurso Especial 1.381.734 para
julgamento pelo rito dos recursos repetitivos
(artigo 1.036 e seguintes do Código de Processo
Civil). O relator do processo é o ministro Benedito
Gonçalves.
O tema está cadastrado sob o número 979 no sistema
de recursos repetitivos, com a seguinte redação:
"Devolução ou não de valores recebidos de boa-fé, a
título de benefício previdenciário, por força de
interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro
da administração da Previdência Social."
A suspensão do trâmite dos processos não impede a
propositura de novas ações ou a celebração de
acordos.
Recursos repetitivos
O novo Código de Processo Civil regula nos artigos
1.036 a 1.041 o julgamento por amostragem, mediante
a seleção de recursos especiais que tenham
controvérsias idênticas. Conforme previsto nos
artigos 121-A do RISTJ e 927 do CPC, a definição da
tese pelo STJ vai servir de orientação às instâncias
ordinárias da Justiça, inclusive aos juizados
especiais, para a solução de casos fundados na mesma
controvérsia.
A tese estabelecida em repetitivo também terá
importante reflexo na admissibilidade de recursos
para o STJ e em outras situações processuais, como a
tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a
improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).
Na página de repetitivos do STJ, é possível acessar
todos os temas afetados, bem como saber a
abrangência das decisões de sobrestamento e as teses
jurídicas firmadas nos julgamentos, entre outras
informações.
Fonte: STJ
22/08/2017 -
Desconto no salário após férias pagas indevidamente
não gera reparação, diz TST
Um trabalhador que recebeu pagamento indevido de
férias não é prejudicado se a empresa desconta parte
de seu salário para reaver o valor. Com este
entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho excluiu de condenação imposta à empresa do
ramo alimentício o pagamento de indenização por dano
moral a um promotor de vendas que teve o salário
descontado em três meses para devolver férias pagas
indevidamente. Para os ministros, o ato do
empregador foi lícito e benéfico ao empregado, pois
o desconto até poderia ter sido feito de uma só vez.
Na reclamação trabalhista, o promotor disse que
recebeu as férias em junho de 2007, e utilizou o
dinheiro para custear tratamento de saúde do próprio
pai. No entanto, a empresa constatou o equívoco no
repasse, e cobrou o valor em três parcelas debitadas
nos contracheques até setembro. O trabalhador pediu
reparação por danos morais alegando que a medida o
deixou sem salário nos meses de julho e agosto.
Após o juízo de primeiro grau indeferir o pedido, o
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)
determinou indenização de R$ 1 mil. Para o TRT-17,
se o depósito do dinheiro das férias fosse
equivocado, o reembolso seria cabível, mas a empresa
não poderia deixar o promotor de vendas sem salário,
pois a remuneração é essencial para a sua
sobrevivência.
O relator do processo no TST, ministro Alexandre
Agra Belmonte, assinalou que é legítimo o desconto,
até integralmente, no mês após o repasse incorreto.
Para ele, a empresa, ao cobrar em parcelas,
beneficiou o empregado. Ainda de acordo com o
relator, a conduta não configurou ato ilícito a
motivar indenização. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TST. Processo
RR-21600-51.2009.5.17.0006
Fonte: Consultor Jurídico
22/08/2017 -
Empregado que adquiriu doença em função do trabalho
receberá R$ 15 mil em indenizações
O empregado de uma empresa fabricante de calçados,
deve receber indenização por danos materiais de R$
251,4 mil, além de indenização por danos morais de
R$ 15 mil. Ele adquiriu a doença de Kienböck, que
consiste na deterioração de pequenos ossos da base
da mão, por estar submetido a vibrações localizadas
na sua atividade de lixar aproximadamente dois mil
pares de calçados por dia. No entendimento da 3ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
(RS), ficou estabelecido nexo de causalidade entre a
doença e a atividade desenvolvida pelo trabalhador,
o que gerou o dever de indenizar por parte da
empregadora. A decisão mantém sentença da juíza
Deise Anne Longo, da 1ª Vara do Trabalho de Bento
Gonçalves. Cabe recurso ao Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
De acordo com os autos do processo, o empregado
trabalhou na empresa em diversos períodos, desde a
década de 80. Esteve em licença previdenciária entre
2002 e 2009, quando o INSS revogou o benefício,
posteriormente restabelecido por decisão judicial.
Nesse contexto, ajuizou ação também na Justiça do
Trabalho, pleiteando as indenizações, por considerar
que a doença adquirida foi causada pela atividade
desenvolvida na empresa. Ele era auxiliar de
produção na montagem de calçados, e sua atividade
principal consistia no lixamento das peças,
comprimindo os calçados na lixadora.
Ao julgar procedente o pedido do empregado, a juíza
Deise Anne Longo considerou laudo pericial que
diagnosticou a doença de Kienböck, com índice de
comprometimento das funções das mãos e dos punhos do
trabalhador estabelecido em 87,5%. Conforme o
perito, as sequelas são consideradas irreversíveis e
o empregado está inapto ao trabalho. No histórico
clínico do empregado, o perito destacou que, além do
tratamento medicamentoso e fisioterápico, o
trabalhador passou por três cirurgias, e que as
lesões estão consolidadas. Por conseguinte, a juíza
determinou o pagamento das indenizações, mas a
empresa apresentou recurso ao TRT-RS.
Responsabilidade
Segundo avaliação da relatora do caso na 3ª Turma do
Tribunal, desembargadora Maria Madalena Telesca, a
empresa é responsável objetiva (independentemente de
culpa) pela situação do reclamante, já que sua
atividade é considerada de risco e as avaliações
periciais permitem concluir pelo nexo de causalidade
entre as tarefas desempenhadas pelo empregado (lixamento
com vibrações localizadas) e as lesões adquiridas.
Entretanto, também de acordo com a magistrada, a
empresa tem responsabilidade subjetiva (culpa) no
caso, já que não comprovou ter adotado medidas de
redução dos riscos, como rodízio de empregados
submetidos a atividades que podem causar danos.
Nesse sentido, a desembargadora optou por manter a
decisão de origem, no que foi seguida pelos demais
integrantes da Turma Julgadora. Os magistrados, no
entanto, aumentaram o valor da indenização por danos
morais, arbitrada em primeira instância em R$ 7,4
mil.
Fonte: TRT4
22/08/2017 -
TRT-4 cancela súmula sobre adicional de
insalubridade por uso de fone de ouvido
Para se adequar a novo entendimento da Subseção 1
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do
Tribunal Superior do Trabalho, o Pleno do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) cancelou a
Súmula 66 da corte, sobre adicional de insalubridade
por uso de fones de ouvido.
Os ministros do TST decidiram que a utilização
constante de fones de ouvido em atividades como a de
operador de teleatendimento não gera direito a
adicional de insalubridade tão somente pela
equiparação desses serviços aos de telegrafia e
radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo
morse e recepção de sinais em fones, descritos no
Anexo 13 da Norma Regulamentadora 15 do Ministério
do Trabalho.
A decisão do TST se deu em julgamento de incidente
de recurso repetitivo, e a tese jurídica fixada se
aplicará a todos os demais casos que tratam da mesma
matéria.
Veja o conteúdo da súmula cancelada pelo TRT-4:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. UTILIZAÇÃO DE FONES DE
OUVIDO. A atividade com utilização constante de
fones de ouvido, tal como a de operador de
teleatendimento, é passível de enquadramento no
Anexo 13 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego”.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
21/08/2017 -
Temer quebra o país e dá perdão de R$ 78 bilhões a
empresas
Enquanto reclama de herança maldita e das
dificuldades em fechar as contas, e com esse
argumento aumenta impostos para a população, como o
dos combustíveis, o governo de Michel Temer deixará
de arrecadar bilhões do empresariado, por opção.
Isso porque três programas criados pelo governo para
parcelamento de débitos tributários, conhecidos como
Refis, podem perdoar, juntos, dívidas de R$ 78
bilhões dos empresários, como mostra reportagem de
Idiana Tomazelli no Estadão deste domingo 20.
O montante corresponde a uma arrecadação potencial
que une pagamentos de juros, multas e encargos de
dívidas de empresas, Estados e municípios.
Os benefícios foram concedidos aos devedores poucos
meses antes de a equipe econômica de Temer anunciar
a revisão da meta fiscal para um rombo de R$ 159
bilhões.
Enquanto perdoa dívidas bilionárias de empresários,
Temer põe em práticas medidas que afetam diretamente
a população brasileira, como a restrição no acesso a
benefícios do auxílio-doença, a retirada de 2
milhões de benefícios do programa Bolsa Família e
até a redução de R$ 10 no salário mínimo do ano que
vem.
Fonte: Brasil 247
21/08/2017 -
Fórum dos Trabalhadores lança em setembro campanha
contra ataques a CLT
O coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores,
Artur Bueno de Camargo, informa que o lançamento da
campanha de resistência à reforma trabalhista está
marcada para 5 de setembro, em Brasília. As ações
serão desenvolvidas, em todo o País, pelas 20
Confederações filiadas ao FST, que representam mais
de 80 milhões de trabalhadores.
"Nós estamos preparando um farto material impresso.
Vamos conversar com os trabalhadores nas nossas
bases e mostrar, principalmente, como eles serão
afetados pela nova lei. Mostraremos como cada um dos
deputados e senadores votaram, para que saibam
também quem é a favor e quem é contra o
trabalhador", adiantou Artur, em entrevista nesta
quinta (17) à Rádio Web Agência Sindical.
OIT - Dia 24 de agosto, o coordenador do
Fórum e outros dirigentes de Confederações embarcam
para Genebra, na Suíça, onde participam, dia 28, de
audiência na Organização Internacional do Trabalho
(OIT) sobre denúncia formalizada na instituição
contra o ataque aos direitos.
"Essa audiência será importante, porque poderemos
acrescentar os resultados no lançamento da nossa
campanha. O Brasil é signatário de várias Convenções
e essa reforma contraria muitas delas. Por isso, a
OIT acatou nossas denúncias e marcou esse encontro",
explica.
Comitês nas Bases - Segundo Artur, a
mobilização nas bases será permanente. "A intenção é
realizar as ações e criar um comitê em cada local. A
partir daí, vamos massificar nossa campanha. Esses
comitês serão responsáveis por fazer a interlocução
com os trabalhadores, agilizando ainda mais a
mobilização", ressalta.
Mais informações: www.fstsindical.com.br
Fonte: Agência Sindical
21/08/2017 -
Estatuto do Trabalho partirá de relatório contra a
reforma trabalhista, anuncia Paim
A proposta de criação de um Estatuto do Trabalho,
que está sendo discutida em uma subcomissão da
Comissão de Direitos Humanos (CDH), deverá ter como
ponto de partida o relatório aprovado na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) em junho contra a reforma
trabalhista, posteriormente sancionada pelo
presidente Michel Temer em julho após aprovação pelo
Plenário do Senado (Lei 13.467).
O anúncio foi feito pelo relator da subcomissão,
senador Paulo Paim (PT-RS), durante audiência do
colegiado na sexta-feira (18). O texto aprovado pela
CAS rejeitava na íntegra o projeto do governo,
analisando-o artigo por artigo.
Paim informou que o estatuto deverá ser apresentado
ao Senado em meados do próximo ano, depois que a
subcomissão percorrer todos os estados ouvindo a
sociedade em busca do aprimoramento do texto.
- Não me iludo: sei que é impossível o atual
Congresso aprovar um projeto como este. Nosso
objetivo é batalharmos por sua efetivação a partir
do Parlamento que sairá das urnas no processo
eleitoral de 2018 - esclareceu o senador.
Críticas
A reforma trabalhista, que entrará em vigor a partir
do dia 13 de novembro, foi criticada por todos os
participantes da audiência.
Para Alexandre Caso, da Intersindical, o Estatuto do
Trabalho pode ser a oportunidade para que a
sociedade recomponha a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT - Lei 5.452), que, em sua avaliação,
foi "completamente desfigurada" pelo texto aprovado
pelo Congresso. Ele também lamenta que o setor
bancário, entre outros, já esteja demitindo buscando
a recontratação dentro do novo marco legal, que ele
entende ser "mais precarizado".
Marcio Amazonas, chefe da assessoria jurídica da
Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), entende que a
Lei 13.467 tem inúmeros dispositivos
inconstitucionais, como a tarifação do dano moral.
- Um dos pilares dessa indenização é considerar o
salário daquele que sofreu o dano, o que provoca
situações absurdas. Se um executivo que ganhe 13 mil
por mês perder um dedo, ele terá uma indenização
superior ao trabalhador que perder a vida, caso este
receba um salário mínimo - lamentou o jurista, que
considera este artigo "a síntese" de uma reforma que
despreza o trabalhador.
Outra situação apontada por Amazonas como "ilegal e
absurda" na tarifação do dano moral é que o
trabalhador que sofrer um acidente em seu local de
trabalho terá uma indenização menor que um
consumidor que passar pela mesma situação, caso
ocorra dentro da mesma empresa.
Hugo Melo, presidente da Associação Latino-Americana
de Juízes do Trabalho, também considera a reforma
sancionada inconstitucional, dentre outras razões
por infringir inúmeros acordos assinados pelo Brasil
no âmbito do Mercosul e da Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
Combate
O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Sinait), Carlos Fernando, pediu a
mobilização da classe trabalhadora contra propostas
em tramitação no Senado que no seu entender são "um
passo adiante" na precarização de direitos, já
apontada pela reforma trabalhista.
Ele citou especificamente o PLS 280/2017, de Antonio
Anastasia (PSDB-MG) e o PLS 149/2014, de Cidinho
Santos (PR-MT). O auditor-fiscal alega que a
proposta de Anastasia delega à iniciativa privada o
poder de polícia relacionado à fiscalização da
legislação, e o projeto de Cidinho instaura o
conceito de "dupla visita" para todas as inspeções
de trabalho.
- A 'dupla visita' é uma exceção, existe para
socorrer os pequenos empregadores. Se você estender
este conceito para todas as empresas, então a
Petrobras, a Odebrecht, a OAS e todas as outras
grandes empresas deste país poderão alegar o
desconhecimento da legislação no caso de uma
primeira inspeção, para não serem autuadas -
criticou.
Paim também criticou a proposta, lembrando que um
cidadão comum não pode alegar o desconhecimento de
uma legislação específica quando investigado pelo
eventual cometimento de algum crime.
No que se refere ao PLS 280/2017, Paim entende que
sua aprovação criará o risco de as empresas pagarem
o fiscal que irá fiscalizá-las, por meio de
processos de terceirização. Ele lembra que um
projeto semelhante já foi aprovado pela Assembléia
Legislativa do Rio Grande do Sul, e o Ministério da
Agricultura também já iniciou um procedimento
semelhante de forma temporária.
Fonte: Agência Senado
21/08/2017 -
Paim apresenta projetos para revogar reforma
trabalhista
Contrário à reforma trabalhista aprovada pelo
Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer,
o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta
sexta-feira (18) a apresentação de uma série de
projetos que revogam dispositivos da nova
legislação.
Aprovada em julho, a reforma trabalhista abre a
possibilidade para que negociações entre
trabalhadores e empresas se sobreponham à legislação
trabalhista, o chamado "acordado sobre o legislado".
Para tentar derrubar essa mudança, Paim apresentou o
PLS 252/2017.
Paim também quer anular outros pontos da Lei
13.467/2017 como o termo de quitação anual de
obrigações trabalhistas (PLS 251/2017); o trabalho
intermitente (PLS 253/2017); e o trabalho em
condições insalubres das gestantes e lactantes (PLS
254/2017). Segundo o parlamentar, a população está
indignada com o governo por ter retirado mais de 100
direitos trabalhistas conquistados ao longo de
décadas com apenas uma canetada.
- A nova lei tem vários dispositivos que são
inconstitucionais, desumanos e só criam conflito
ainda maior na relação empregador e empregado –
disse o senador.
Fonte: Agência Senado
21/08/2017 -
Paim diz que reforma trabalhista teve o objetivo de
quebrar a Previdência
A subcomissão temporária criada pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa para
elaborar o Estatuto do Trabalho reuniu-se nesta
sexta feira (18). Os participantes destacaram a
necessidade de alteração da legislação trabalhista
sancionada em julho. Para o senador Paulo Paim
(PT-RS), relator da subcomissão, a reforma
trabalhista teve como objetivo enfraquecer a
Previdência para forçar a sua privatização. “Se eles
levam o caos para o mundo do trabalho, significa
menos receita para Previdência. Menos receita,
quebra a Previdência. Quebrar para quê? Para
entregar paro sistema financeiro”, afirmou.
Fonte: Agência Senado
21/08/2017 -
Plenário pode votar proposta de reforma política
nesta terça-feira
Proposta é o item único da sessão marcada para as
13 horas desta terça (22). Na quarta-feira,
a pauta também inclui duas medidas provisórias
sobre renegociação de dívidas
A proposta de reforma política (PEC 77/03) é o
destaque da pauta do Plenário da Câmara a partir de
terça-feira (22). Os deputados já encerraram a
discussão do texto que, entre outros pontos, altera
o sistema eleitoral para o Legislativo e cria um
fundo para financiar as eleições.
O relator da proposta, deputado Vicente Candido
(PT-SP), admitiu que vai propor mudanças em seu
substitutivo antes da votação, como sobre o volume
de recursos do fundo público criado para financiar
as campanhas eleitorais. Em vez de 0,5% da receita
corrente líquida, equivalente a algo em torno de R$
3,6 bilhões no ano que vem, o valor seria definido
anualmente na lei orçamentária.
“Vários líderes afirmaram que o fundo precisa ser
mais modesto, que não precisaria estar vinculado
neste momento à receita da União”, explicou Vicente
Candido.
Além do fundo para o financiamento público das
eleições, outro ponto polêmico da proposta são as
mudanças na regra de eleição de deputados e
vereadores. Atualmente eleitos pelo sistema
proporcional, em que a definição dos representantes
depende da votação obtida pelos candidatos e pelas
legendas, esses políticos seriam eleitos pelo
sistema majoritário em 2018 e em 2022; e, nas
eleições seguintes, apenas os deputados contariam
com o sistema distrital misto.
O sistema majoritário para eleições proporcionais
ficou conhecido como "distritão" porque um estado
equivaleria a um único distrito. No distrital misto,
metade dos representantes eleitos seriam os mais
votados nos distritos, com subdivisão a ser definida
em lei, e os demais seriam escolhidos por uma lista
preordenada pelos partidos políticos.
Qualquer item do texto precisa do voto favorável de
308 deputados. A proposta deverá ser votada em dois
turnos na Câmara e no Senado.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
21/08/2017 -
Termina nesta segunda prazo para agendar perícia de
revisão do auxílio-doença
Os beneficiários do auxílio-doença convocados pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 1º de
agosto têm até o dia 21 deste mês para agendar a
perícia de revisão do benefício. Foram chamados
55.152 pessoas que não foram localizados pelo INSS
por alguma inconsistência no endereço.
Caso tenha sido convocada, a pessoa deverá entrar em
contato exclusivamente com a central de atendimento,
ligando para o número 135. Não é preciso ir até uma
agência do INSS para fazer a marcação da perícia.
Pelo 135, também é possível atualizar o endereço.
Na ocasião da perícia, deverá ser apresentada toda a
documentação médica que justifique o recebimento do
benefício, como atestados, laudos, receitas e
exames. O segurado que estiver internado ou enfermo
e não puder comparecer, deverá requerer a perícia
domiciliar ou hospitalar. A solicitação deve ser
feita em uma agência do INSS por um representante,
com documento médico indicando a condição de
impossibilidade.
Se o beneficiário não entrar em contato ou não
comparecer na data agendada, o auxílio-doença será
bloqueado.
Até 14 de julho, foram realizadas 199.981 perícias.
Como resultado, 159.964 pessoas tiveram o benefício
cancelado por não precisarem mais recebê-lo. A
ausência de convocados na perícia levou ao
cancelamento de outros 20.304 benefícios.
Fonte: Portal EBC
21/08/2017 -
Odebrecht condenada a indenizar empregado demitido
durante estabilidade provisória
Os desembargadores da 4ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), por unanimidade,
negaram provimento ao recurso ordinário interposto
pela Construtora Norberto Odebrecht S.A, que
requeria a exclusão de reintegração e das
indenizações por danos morais e substitutiva de
estabilidade provisória a ex-empregado.
A empresa afirmou que o trabalhador foi demitido por
justa causa, uma vez que deu motivo à rescisão do
contrato por ter incitado os companheiros de
trabalho à paralisação, após Acordo Coletivo firmado
entre a companhia e o sindicato representativo da
categoria. A Construtora ainda alegou que a
conclusão do laudo pericial, que reconheceu o nexo
de causalidade entre a doença contraída pelo
trabalhador (hérnia umbilical) e as atividades que
ele desempenhava, estava equivocada.
Para a relatora do processo, desembargadora Nise
Pedroso, a Odebrecht não conseguiu demonstrar, de
forma robusta, a alegada falta grave capaz de
ensejar a aplicação da justa causa. Analisando as
provas processuais, a magistrada verificou que o
empregado não praticou atos de vandalismo, não
havendo, portanto, excesso ou abuso na conduta. A
relatora considerou que o procedimento adotado pela
empresa se revestiu de rigor excessivo, na medida em
que não observou o princípio da gradação das penas
que guarda relação com a proporcionalidade da falta
cometida pelo trabalhador.
Quanto à estabilidade provisória, a desembargadora
lembra que a legislação previdenciária dispõe que o
segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a
manutenção do seu contrato após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente. No caso, foi
constatada incapacidade do funcionário pelo INSS,
que lhe concedeu o auxílio-doença, com o
reconhecimento de que a doença guarda relação com o
labor desenvolvido.
“A perícia médica realizada no processo concluiu
pela existência de nexo causal entre as atividades
desenvolvidas pelo empregado e a doença que lhe
acometeu. Dessa forma, o trabalhador não poderia ter
sido demitido, vez que era detentor de estabilidade
provisória, recebendo auxílio-doença acidentário”,
comentou a relatora, considerando correta a sentença
que condenou a empresa ao pagamento da indenização
substitutiva da estabilidade provisória e negando,
portanto, provimento ao recurso, com o que
concordaram os demais membros da Turma.
Fonte: Âmbito Jurídico
21/08/2017 -
Comissão fixa cota de 30% de mulheres em conselhos
de administração de empresas públicas
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou
proposta que exige a presença de 30% de mulheres nos
conselhos de administração das empresas públicas,
sociedades de economia mista e demais empresas em
que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.
Pela proposta, o percentual passaria a valer a
partir de 2022 e seria preenchido gradualmente. Em
2018, a presença de mulheres nos conselhos teria de
ser de, no mínimo, 10% e, em 2020, de, no mínimo,
20%.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Dâmina Pereira (PSL-MG), ao Projeto de Lei
7179/17, do Senado Federal. A relatora acrescentou
ao projeto original a obrigatoriedade de os
conselhos de administração terem pelo menos um
membro do sexo feminino no caso de a porcentagem não
garantir a participação mínima do gênero.
Resultados
Dâmina cita estudo realizado em 2015 pelo grupo
“Mulheres Diretoras de Corporação Internacional” (CWDI,
na sigla em inglês), que verificou que a implantação
de legislação de cotas para mulheres na composição
de conselhos de direção de empresas acelera de forma
significativa o processo de igualdade de gêneros no
mercado de trabalho.
“Como exemplo, citam-se a França, que, em 2015,
figurou com 30,2% de participação de mulheres em
conselhos de empresas contra 7,2% em 2004; a Itália,
com 25,8% em 2015 contra 1,9% em 2004; e a Holanda,
que, em 2015, tinha 23,6% de participação de
mulheres em conselhos de empresas contra 8,6% em
2004”, comparou.
Segundo a deputada, estudo realizado em 2016 pelo
mesmo grupo constatou que, na América Latina, as
mulheres têm tido uma participação ínfima nos
conselhos de empresas da região. “Os homens detêm
92,7% das posições dos conselhos de administração
das 100 maiores empresas da região, ficando as
mulheres com apenas 7,3% dos lugares”, apontou.
Situação do Brasil
O Brasil, pelo estudo, situa-se em 3º lugar da região,
figurando com 6,3% de participação de mulheres em
conselhos de empresas, ficando atrás do Chile (7,8%)
e da Colômbia (16,2%), que lidera a pesquisa na
América Latina.
“Embora o projeto só abranja a participação de
mulheres em conselhos de administração de empresas
estatais federais, isso já constitui um grande
avanço, cabendo, de fato, à Administração Pública
Federal dar o primeiro passo para a diminuição das
desigualdades que persistem, no mercado de trabalho,
entre homens e mulheres”, defendeu Dâmina.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/08/2017 -
Desemprego cai em todas as regiões, mostra IBGE
O desemprego no Brasil fechou o segundo trimestre do
ano com retração em 11 das 27 unidades da federação.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) a taxa, que ficou em
13%, representa 13,5 milhões de pessoas sem
ocupação.
Houve quedas em todas as grandes regiões. A exceção
foi o Nordeste onde, embora tenha havido retração de
16,3% para 15,8%, técnicos consideram que há
estabilidade.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
relativa a abril, maio e junho, comparativamente ao
trimestre imediatamente anterior. A pesquisa
apresenta como destaques as regiões Norte, onde a
taxa de desocupação caiu de 14,2% para 12,5% e
Centro-Oeste, com recuo de 12% para 10,6%.
Os dados indicam que o desemprego no Sudeste passou
de 14,2% para 13,6%, e no Sul, de 9,3% para 8,4%.
Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8% e
em Alagoas subiu de 17,5% para 17,8%. Já as menores
taxas ocorreram em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande
do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do
país, o desemprego caiu de 13,7% para 13%.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do
IBGE, Cimar Azeredo, “nos estados onde houve aumento
da desocupação não foram geradas vagas suficientes
para dar conta do crescimento da procura pelo
emprego”.
População ocupada
Os dados indicam que a população ocupada no segundo
trimestre deste ano, de 90,2 milhões de pessoas, era
integrada por 68% de empregados (incluindo
empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9%
de pessoas que trabalham por conta própria e 2,4% de
trabalhadores familiares auxiliares.
Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o
percentual de trabalhadores por conta própria era
superior ao verificado nas demais regiões.
No segundo trimestre de 2017, 75,8% dos empregados
do setor privado tinham carteira de trabalho
assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59%)
apresentaram as menores estimativas desse indicador.
Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa
mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho
assinada.
Já a taxa de rendimento médio real de todos os
trabalhos fechou o segundo trimestre em R$ 2.104,
enquanto a massa de rendimento médio real ficou
estável em R$ 185,1 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
18/08/2017 -
IBGE: país tem 26,3 milhões de trabalhadores
subutilizados
Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) indicam que a taxa composta de subutilização
da força de trabalho caiu de 24,1% para 23,8%, do
primeiro para o segundo trimestre do ano. O país
ainda tinha, em junho, 26,3 milhões de trabalhadores
subutilizados. No trimestre encerrado em março o
contingente era de 26,5 milhões de pessoas.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
relativa ao segundo trimestre do ano. A taxa de
subutilização engloba os desocupados, aqueles que
trabalharam menos horas do que gostariam e os
trabalhadores em potencial.
Na avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento
do IBGE, Cimar Azeredo, ao reduzir em apenas 200 mil
trabalhadores, entre o primeiro e o segundo
trimestres do ano, a taxa de desocupação fechou
“indicando estabilidade” entre os dois períodos, uma
vez que a retração foi de apenas 0,3 ponto
percentual.
Segundo a Pnad, a maior taxa de subutilização no
fechamento do segundo trimestre do ano foi
verificada na Região Nordeste, onde a taxa de
subutilização era de 34,9%. Já a menor foi
registrada na Região Sul (14,7 %) . Por estado, o
Piauí (38,6 %), a Bahia (37,9 %) e o Maranhão (37,7
%) foram as unidades da federação que apresentam as
maiores taxas compostas de subutilização da força de
trabalho.
Já as menores taxas foram observadas em Santa
Catarina (10,7 %) , Mato Grosso (13,5 %) e Paraná
(15,9 %).
As taxas de desocupação dos grupos de pessoas que
apresentaram patamar superior ao estimado para a
taxa média total foram a dos trabalhadores com idade
entre 14 a 17 anos (43 %) e de 18 a 24 anos (27,3
%).
Fonte: Agência Brasil
18/08/2017 -
Divergência sobre as contas marca audiência da CPI
da Previdência
O secretário de Previdência do Ministério da
Fazenda, Marcelo Caetano, reafirmou, em audiência
pública no Senado nesta quinta-feira (17), que o
saldo da Previdência em 2016 foi negativo (151,9
bilhões) e que a tendência é piorar, já que a
população vive cada vez mais e tem menos filhos.
Marcelo Caetano, que participou de audiência na
Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência,
afirmou que, se não houver mudanças, não haverá
número suficiente de trabalhadores na ativa para
bancar os benefícios dos aposentados.
— Com o passar do tempo, teremos cada vez menos
contribuintes para o recolhimento das contribuições
previdenciárias que são aqueles que sustenham o
regime de Previdência Social. Isso impõe um grande
desafio para o futuro – afirmou.
Caetano defendeu a idade mínima de 65 anos prevista
no projeto da reforma da Previdência em análise na
Câmara dos Deputados, mas disse concordar com as
regras de transição.
— O maior objetivo da reforma é a manutenção da
Previdência Social – disse.
Fraudes
Já Marcelo Bórsio, da Federação Nacional dos Delegados
da Polícia Federal, disse não acreditar que a
Previdência esteja no vermelho. Para ele, na hora de
fazer as contas, é preciso considerar o orçamento da
Seguridade Social como um todo, sistema que engloba
os recursos da área da saúde e de assistência
social, além das aposentadorias e pensões. Nesse
caso, afirmou, o saldo seria positivo.
Segundo Bórsio, antes de propor uma reforma, o
governo deveria centrar seus esforços em combater a
sonegação e as fraudes no Instituto nacional do
Seguro Social (INSS).
— Mais de um terço do que é pago pelo INSS é fraude.
Não há controle algum e cerca de R$ 11 bilhões por
mês, mais de R$ 143 bilhões por ano são jogados no
lixo dos fraudadores da Previdência Social –
alertou.
Desonerações
Para assegurar o equilíbrio da Previdência, o servidor
da Polícia Federal defende também o fim das
desonerações das contribuições previdenciárias paras
as empresas. Hoje, vários setores podem calcular as
contribuições previdenciárias devidas sobre a
receita bruta da companhia e não pela folha de
pagamento, o que reduz o dinheiro que entra no caixa
da Previdência.
Quem também vê com bons olhos o fim das desonerações
é o secretário da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Fazenda, Jorge Rachid. Em cinco anos,
as desonerações somaram 78 bilhões.
— No contexto geral há desequilíbrio entre custeio e
benefícios. [A reoneração] não vai resolver o
problema da Previdência, mas ajuda a resolver o
problema do custeio – apontou.
Rachid também defende a revisão da renúncia fiscal
para o setor do Agronegócio, para as empresas que
tem regime tributário diferenciado como o Simples
Nacional, para o Microempreendedor Individual e para
as entidades filantrópicas.
O relator, senador Hélio José (PMDB-DF), afirmou que
o papel da CPI é dar transparência às contas das
Previdência e apontar soluções. O presidente do
colegiado, Paulo Paim (PT-RS), disse estar
convencido de que a Previdência não é deficitária.
Fonte: Agência Senado
18/08/2017 -
Sindicalistas contestam déficit da Previdência e
apontam 'equívocos'
Sindicalistas presentes em audiência pública
realizada pela Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) criticaram, nesta
quinta-feira (17), a reforma da Previdência e
destacaram que ela não é um ajuste fiscal, mas sim
uma mudança no modelo de sociedade para deixar sem
proteção os mais vulneráveis.
Os participantes da audiência divergiram em relação
às contas da Previdência apresentadas pelo governo,
contestaram o déficit do setor e foram unânimes em
afirmar que os servidores públicos não são os
responsáveis pelo “suposto” rombo da Previdência.
Segundo eles, o grande problema do atual governo é
focar somente no sistema financeiro sem se preocupar
com políticas públicas.
- O que o sindicato entende é que o governo tem
outra prioridade que não é a política pública. A
prioridade do governo é pagar outros, por exemplo, a
dívida. Só em 2017, 52% do orçamento foi para pagar
a dívida pública – destacou Sirliane de Souza,
representante do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior.
Floriano Martins, presidente da Associação Nacional
dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfipe)
exibiu vídeo que revela que, atualmente, menos de 1%
dos idosos estão em situação de extrema pobreza. Com
a reforma proposta pelo governo, mais da metade
deles podem entrar nesse tipo de pobreza. Para
Floriano Martins, a mudança não tem legitimidade do
voto popular e nem legitimidade ética.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
18/08/2017 -
Com apenas um voto favorável, STF suspende
julgamento que proíbe uso do amianto
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta
quinta-feira (17) o julgamento sobre a validade de
leis estaduais de Pernambuco, São Paulo e Rio Grande
do Sul que proíbem uso do amianto, material usado na
fabricação de telhas e caixas d’água. Somente o voto
da ministra Rosa Weber, a favor do banimento do
material, foi proferido. A sessão será retomada na
próxima quarta-feira (23) com votos dos demais
ministros.
Para a ministra, a lei federal que restringiu a
industrialização do amianto, mas permitiu o tipo
crisolita, não protege os direitos fundamentais da
saúde e do meio ambiente. Segundo Rosa Weber, as
empresas têm condições de substituir o amianto por
materiais menos nocivos aos trabalhadores.
“A tolerância do amianto tal como positivada não
protege de forma adequada e suficiente os direitos
fundamentais à saúde e meio ambiente, tampouco se
alinha a compromissos internacionais assumidos pelo
Brasil, como a Convenção 139 e 132 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e Convenção de
Basileia, sendo caso de inconstitucionalidade em
caso de proteção insuficiente”, argumentou a
ministra.
O amianto é uma fibra mineral usada na fabricação de
telhas e demais produtos. Apesar dos benefícios da
substância para a economia nacional – geração de
empregos, exportação, barateamento de materiais de
construção -, estudos comprovam que a substância é
cancerígena e causa danos ao meio ambiente.
As ações julgadas pela Corte foram propostas pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI) há dez anos no Supremo e pedem a manutenção
do uso do material. A confederação da indústria
sustenta no Supremo que o município de São Paulo não
poderia legislar sobre a proibição do amianto por
tratar-se de matéria de competência privativa da
União. Segundo a defesa a entidade, os trabalhadores
não têm contato com o pó do amianto.
Os ministros julgam ainda a validade das normas
estaduais que contrariam a Lei Federal (9.055/1995),
que disciplinou a extração, transporte e
comercialização do material. A lei permite o uso
controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo
as demais variações da fibra.
Fonte: Portal EBC
18/08/2017 -
Eunício afirma que salário mínimo terá pelo menos a
correção da inflação
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, garantiu
nesta quinta-feira (17) que o salário mínimo de 2018
terá, pelo menos, o aumento de correção da inflação.
“Vamos aplicar a Lei. O salário mínimo é corrigido
pela inflação dos últimos 12 meses. O que der a
inflação vai ser a correção do salário mínimo. Não
vai ser maior, a menos que o presidente determine
que seja maior, mas menor do que o que está na Lei,
nós não aprovaremos aqui no Congresso, ninguém tenha
dúvida disso. Aqui no Congresso nós não vamos
submeter redução do salário-mínimo”, afirmou.
Com a revisão das projeções orçamentárias, na última
terça-feira (15), o valor de salário mínimo previsto
para o próximo ano foi reduzido em R$ 10 e ficou em
R$ 969. Neste ano de 2017, o salário mínimo em vigor
é de R$ 937.
Meta Fiscal
O presidente do Senado disse que ainda hoje receberá e
encaminhará à Comissão Mista de Orçamento (CMO) a
mensagem do governo com o pedido de autorização ao
Congresso Nacional para ampliar a meta fiscal de
2017 de um déficit de R$ 139 bilhões para R$ 159
bilhões.
O senador acrescentou que conversou hoje com o
presidente da República Michel Temer, com a equipe
econômica e com o presidente da CMO, Dário Berger
(PMDB-SC), e que o esforço é para que a proposta
seja aprovada até o fim deste mês.
“O Congresso tem responsabilidade com isso. Nós
sabemos das dificuldades. Não podemos contribuir com
a irresponsabilidade de o Brasil não ter como pagar
seus funcionários, de o Brasil não ter como pagar os
aposentados, aqueles que não têm alternativa, como
os que recebem um salário mínimo de aposentadoria”,
justificou.
Fonte: Portal EBC
18/08/2017 -
Ministro reforça parceria com Sine nos estados para
combate ao desemprego
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reforçou
nesta quarta-feira (16) a importância da parceria do
Ministério do Trabalho com os estados e municípios
para o atendimento nas unidades do Sine em todo o
Brasil. Durante reunião do Fórum Nacional de
Secretários de Trabalho (Fonset), na sede do MTb,
ele afirmou que essas unidades podem receber
melhorias de infraestrutra, para que os atendentes
tenham melhores condições de prestar serviços aos
trabalhadores.
“Se o trabalhador precisa dos serviços, os
atendentes precisam de condições para dar um bom
atendimento”, comentou o ministro. “Com a parceria,
já foram resolvidos problemas que encontramos no
início da gestão. Agora, estamos trabalhando para
oferecer infraestrutura muito melhor.”
Segundo ele, o MTb tem 560 agências no Brasil, mas
conta com mais de 2 mil unidades de atendimento e
14,5 mil funcionários para prestar os serviços aos
trabalhadores. “Isso só é possível, em grande parte,
graças à parceria com o Sine”, explicou.
Serviços essenciais - Nessas unidades, o
trabalhador pode fazer o requerimento do
Seguro-Desemprego, obter informações sobre o Abono
Salarial, retirar Carteira de Trabalho e se
candidatar a vagas de emprego. “São serviços
essenciais ao trabalhador e o Ministério do Trabalho
precisa dos parceiros para dar conta dessa demanda”,
comentou.
Após ouvir demandas dos secretários de Trabalho dos
estados, Ronaldo Nogueira garantiu que todas as
questões serão analisadas pelas equipes do MTb. “As
manifestações foram acolhidas e vamos buscar
soluções, para rever essas questões que estão
dificultando alguns atendimentos”, informou.
A orientação, segundo o ministro, é para “dar
agilidade na transferência dos recursos aos Sines”.
Ele lembrou, porém, que existem “ritos burocráticos”
que precisam ser respeitados e que podem causar
certa demora em alguns procedimentos. “O Ministério
precisa responder aos órgãos de controle sobre os
gastos realizados nos estados e, por isso, às vezes
ocorre alguma demora”, esclareceu.
Otimismo – Ronaldo Nogueira salientou que o
país está entrando em uma nova fase, com a
recuperação gradual da economia e dos índices de
emprego. Citando os recentes anúncios de
investimentos da Ford no Rio Grande do Sul e da
Volkswagen em São Paulo, o ministro destacou os
números positivos do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) neste ano. “Hoje temos a
retomada do emprego, depois de dois anos de quedas
consecutivas. São cinco meses de crescimento na
criação de vagas, sendo quatro meses consecutivos”,
afirmou. Esse crescimento já se traduz no saldo
positivo de mais de 103 mil novas vagas no acumulado
do ano.
Emprega Brasil - O ministro incentivou os
secretários de Trabalho a divulgarem programas e
iniciativas do governo federal, como o Emprega
Brasil e o Sine Fácil. O objetivo é reduzir as
demandas de atendimento nas agências físicas do MTb
e do Sine. “O trabalhador pode buscar informações na
internet, sem precisar ir até a agência”, salientou.
Fonte: MTb
18/08/2017 -
Industriária garante estabilidade de duas semanas
após sofrer aborto espontâneo
A empregada gestante que sofreu aborto espontâneo
tem garantia à estabilidade provisória no emprego
desde a concepção até duas semanas após o aborto.
Seguindo esse entendimento, a Quinta Turma do
Tribunal Superior do Trabalho garantiu a uma
industriária do setor de calçados do Rio Grande do
Sul (RS) a estabilidade pretendida e condenou a
Crysalis Sempre Mio Indústria e Comércio de Calçados
Ltda. ao pagamento da indenização decorrente.
Na reclamação trabalhista, a empregada disse que à
época da dispensa estava grávida e, portanto,
amparada pela estabilidade provisória. Logo após a
demissão, ela perdeu o bebê. Alegou ainda que a
empresa a teria dispensado sem a realização do exame
médico demissional. Ela apresentou exames médicos
para comprovar a gravidez e pediu o pagamento dos
salários devidos entre a dispensa até duas semanas
após o aborto espontâneo.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
indeferiu o pedido de estabilidade por entender que
o artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da
Constituição da República, que veda a dispensa da
gestante até cinco meses após o parto, não trata dos
casos de aborto. Em relação à indenização
pretendida, a decisão ressalta que não ela seria
devida porque a ação só foi ajuizada 18 meses após a
alta do hospital e 20 meses após a o término do
contrato de trabalho.
No TST, ao analisar o pedido da empregada, o
ministro João Batista Brito Pereira observou que,
segundo o artigo 395 da CLT, “em caso de aborto não
criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a
mulher terá um repouso remunerado de duas semanas”.
E destacou que o TST, ao interpretar os dispositivos
do ADCT e da CLT, uniformizou o entendimento no
sentido da garantia da estabilidade pelo mesmo
período após o aborto espontâneo.
Em relação à demora no ajuizamento da ação, usada
pelo TRT-RS para negar a indenização, o relator
lembrou que o único pressuposto para que a empregada
gestante tenha assegurado o seu direito à
estabilidade “é que esteja grávida, não se cogitando
de outro prazo para o ajuizamento da ação, senão o
de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho”. A decisão foi unânime. Processo:
RR-1236-86.2011.5.04.0382
Fonte: TST
17/08/2017 -
Comissão debate estatuto do trabalho na sexta-feira
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
participativa (CDH) promove audiência pública na
próxima sexta-feira (18) para discutir o chamado
estatuto do trabalho. A iniciativa é de uma
subcomissão temporária da CDH criada para aprofundar
o debate sobre a reforma trabalhista.
O requerimento é do senador Paulo Paim (PT-RS).
Foram convidados para a audiência pública
representantes do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho; da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho; do Ministério Público do
Trabalho; da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho; da Associação Brasileira de
Advogados Trabalhistas; da Associação
Latino-Americana de Juízes do Trabalho; do Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho; e de
centrais sindicais.
A reunião interativa está marcada para às 10h. Os
interessados podem enviar comentários ou perguntas
pelo Portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô
Senado (0800 61 2211).
Fonte: Agência Senado
17/08/2017 -
Reforma da Previdência deve ser votada na 1ª
quinzena de outubro, diz Padilha
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha,
disse nesta quarta-feira (16), em Brasília, que o
governo espera que a reforma da Previdência seja
aprovada até a primeira quinzena de outubro na
Câmara dos Deputados, para depois ser encaminhada ao
Senado.
Segundo ele, o presidente Michel Temer está
orientando o ministro da Secretaria de Governo,
Antonio Imbassahy, para construir uma base forte
para as reformas a serem analisadas pelo Congresso
Nacional.
Padilha participou de cerimônia no Palácio do
Planalto que reconheceu o setor supermercadista como
atividade essencial da economia.
Aumento da meta de déficit fiscal
Ele comentou o aumento da meta de déficit fiscal do
Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central) para R$ 159 bilhões este
ano. “Tínhamos que olhar o que era nossa meta, R$
139 bilhões, vimos a impossibilidade e o mais
correto, com toda a transparência, era elevá-la no
que era absolutamente indispensável, que são esses
R$ 159 bilhões”, disse.
Segundo Padilha, as circunstâncias levaram a essa
revisão. “Quem contava com a inflação que nós
tivemos? A inflação impacta diretamente a
arrecadação e tivemos uma queda na arrecadação muito
grande. E o ministro [da Fazenda] Henrique Meirelles
teve sensibilidade para conduzir esse processo”,
explicou. “Estamos trabalhando no limite
[orçamentário]”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil
17/08/2017 -
CPI da Previdência tem prazo de funcionamento
prorrogado por 60 dias
A pedido do presidente da CPI da Previdência,
senador Paulo Paim (PT-RS), o Senado Federal
prorrogou por mais 60 dias os trabalhos dessa
comissão parlamentar de inquérito. Com isso, as
atividades do colegiado serão encerradas em 7 de
novembro.
Instalada em 26 de abril deste ano, a CPI da
Previdência já realizou mais de 20 reuniões, sendo a
maioria delas destinadas a audiências públicas
interativas com diversos seguimentos da sociedade.
O requerimento previa prorrogação por 120 dias, com
mais R$ 100 mil em despesas. Porém, o presidente do
Senado, Eunício Oliveira, apelou a Paim, informou
que o Senado está em contenção de despesas e pediu
que o prazo e os recursos fossem diminuídos pela
metade, no que foi atendido pelo parlamentar.
Nesta quinta-feira (17), a CPI da Previdência ouve
representantes do Ministério da Fazenda.
Fonte: Agência Senado
17/08/2017 -
Indústria paulista tem o melhor saldo de emprego
acumulado dos últimos 4 anos
De janeiro a julho deste ano, o nível de emprego na
indústria de transformação paulista aumentou em
0,37%, o equivalente a oito mil vagas a mais em
relação ao saldo de contratos e demissões do mesmo
período de 2016. Esse foi o melhor resultado
acumulado desde 2013, quando tinham sido gerados
55,5 mil empregos, segundo a pesquisa mensal da
Federação e Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp/Ciesp).
No entanto, especificamente, em julho, houve um
recuo de 0,08% com o corte de dois mil trabalhadores
em comparação ao mês anterior. De um total de 22
setores pesquisados, dois mantiveram-se estáveis,
nove ampliaram as contratações e 11 reduziram os
postos de trabalho. Entre os que expandiram as vagas
estão as indústrias de máquinas e equipamentos
(1.426); produtos de borracha e de material plástico
(1.142); veículos automotores, reboque e carrocerias
(1.107).
Já os segmentos que mais efetuaram demissões foram
as de produtos alimentícios (2.070); produtos de
metal, exceto máquinas e equipamentos (1.600) e
couro e calçados (1.080).
O diretor titular do Departamento de Pesquisas e
Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon),
Paulo Francini, avaliou que o resultado mostra uma
estabilidade no mercado de trabalho. Por meio de
nota, ele acrescentou ter sido uma surpresa o bom
desempenho de empresas exportadoras. “Alguns
setores, como máquinas e equipamentos, produtos de
borracha e veículos automotores surpreenderam com
contratações, influenciados pelas exportações, que
têm ganhado fôlego”.
Na média, o interior do estado teve um recuo mais
expressivo (-0,11%) do que na Grande São Paulo
(-0,03%), mas em compensação os setores com saldos
positivos criaram bem mais vagas do que os
principais segmentos da lista de empresas com quadro
mais enxuto.
Fonte: Agência Brasil
17/08/2017 -
Novo valor do salário mínimo só será definido em
2018, diz ministro do Planejamento
A nova previsão para o salário mínimo do ano que vem
é de R$ 10 menor do que o valor definido na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, que é de R$ 979.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, lembrou
que o valor de R$ 969 não é definitivo, e afirmou
que somente em janeiro 2018 será possível definir o
novo valor do mínimo, por causa da inflação
acumulada.
Nas ruas, a possível redução do salário mínimo não
agradou.
O professor de direito financeiro do Mackenzie,
Ricardo Chimenti, acredita que, se por uma lado a
redução de R$ 10 representa uma economia de R$ 3
bilhões para o governo, por outro é uma perda para a
população que vive do mínimo.
Por lei, até 2019 o salário mínimo será definido com
base no crescimento da economia de dois anos antes
mais a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor.
Fonte: Portal EBC
17/08/2017 -
Renan: Temer está tentando fazer do PMDB um
"puxadinho do governo"
O clima está esquentando dentro do PMDB, partido de
Michel Temer. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
afirmou nesta quarta-feira (16), após sair da
reunião da executiva nacional, que Temer está
tentando fazer do PMDB um "puxadinho do governo".
A declaração foi para criticar as retaliações do
governo a correligionários do PMDB que se
posicionaram contra Temer na votação sobre a
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR)
por crime de corrupção passiva.
"Uma executiva que tem um presidente interino, onde
o presidente é o presidente da República, que
claramente quer transformar o partido em um
puxadinho do governo, isso causa muitos
constrangimentos", disse Renan ao sair da reunião da
executiva da sigla, criticando a decisão de
suspender seis deputados.
O parlamentares Laura Carneiro (RJ), Celso Pansera
(RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Veneziano Vital do
Rêgo (PB) e Vitor Valim (CE) entraram com recursos
contra a suspensão das suas funções partidárias. Já
o deputado Sérgio Zveiter, que foi o relator da
denúncia por corrupção passiva na comissão, pediu a
desfiliação da sigla.
Os deputados afirmaram que a punição é arbitrária,
pois a suspensão só poderia ter sido aplicada após
processo na Comissão de Ética da legenda e depois de
a defesa ter sido ouvida.
Fonte: Portal Vermelho
17/08/2017 -
Maia adia para próxima terça votação da PEC que
altera regras para eleições
O plenário da Câmara aprovou, por 361 votos
favoráveis, 68 contrários e 2 abstenções, o
requerimento de encerramento da discussão da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que
muda as regras do sistema político-eleitoral. Em
seguida, a sessão foi encerrada e a votação do
texto-base, prevista para esta quarta-feira (16),
adiada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
agendou a próxima sessão para votação da proposta
para terça-feira (22). Maia resolveu encerrar a
sessão desta quarta-feira ao considerar o quórum de
430 deputados baixo. Nas negociações durante o dia,
o presidente havia acordado que a PEC só seria
votada com 480 deputados em plenário.
"Achei melhor encerrar [a sessão] e adiar para a
próxima semana. É até bom, porque a gente ganha um
tempo de ir construindo as convergências nesta
matéria", disse Maia. "Com quórum de 430, a gente
tinha o risco de falta de quórum, já que, nos
destaques supressivos, quem tem que votar é quem
quer manter o texto, tinha o risco de não aprovar
nada na noite de hoje".
O presidente da Câmara disse ainda que é possível
que seja retirado do texto o item que define mandato
de dez anos para magistrados de tribunais
superiores. Atualmente o mandato é vitalício.
"Avançamos na retirada do 0,5% no texto do fundo,
que é uma decisão importante, e avançamos num acordo
de votar o texto principal e ir para o debate nos
destaques. O que nós temos que organizar é que a
gente possa ter resultados que atendam àquilo que é
importante: reorganizar o sistema eleitoral
brasileiro não só para 2018, mas também para 2020 e
2022", disse.
Mudanças
A PEC propõe a mudança do sistema proporcional para as
eleições de deputados e vereadores para a modalidade
chamada “distritão”, no qual são eleitos os
candidatos mais votados, sem considerar a
proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos
e coligações. Além disso, está no texto a criação de
um fundo para financiar as campanhas eleitorais a
partir de 2018.
Ao longo do dia, diversas reuniões entre lideranças
partidárias foram feitas com a participação do
presidente da Câmara em busca de entendimentos para
viabilizar a votação. Ficou definido que só seria
votado nesta noite o texto principal. Os destaques
que visam modificar a proposta já estavam definidos
que seriam apreciados na próxima semana.
De acordo com o líder da minoria, deputado José
Guimarães (PT-CE), ficou acordado a retirada do
dispositivo que institui o fundo e incluído um
instrumento para o financiamento público de
campanhas cujos recursos e valores serão definidos
no Orçamento da União. Ainda segundo ele, há
destaques para retirar as propostas do “distritão” e
do distrital misto, que estaria previsto para entrar
em vigor a partir de 2022.
Para ter efeito nas eleições de 2018, a PEC tem que
ser aprovada pela Câmara e pelo Senado, em dois
turnos de votação em cada uma das Casas e promulgada
até o dia 7 de outubro, um ano antes das eleições em
primeiro turno.
Fonte: Agência Brasil
17/08/2017 -
'Esta não é a reforma política que Brasil quer e
precisa', critica presidente nacional da OAB
Publicado por Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia,
voltou a criticar nesta quarta-feira (16) as
propostas debatidas pela Câmara dos Deputados para a
reforma política. Também prometeu que a entidade irá
acionar o STF se for aprovado projeto que permite a
doação oculta para campanhas política. “Esta não é a
reforma política que o Brasil quer e precisa. São
retrocessos ao próprio sistema que temos hoje”,
afirmou.
Em entrevista coletiva na sede da Ordem, Lamachia
explicou que as doações ocultas ferem três
princípios constitucionais: a transparência, a
publicidade e a moralidade. A OAB é autora de ação
no Supremo Tribunal Federal que considerou
inconstitucional essa modalidade e agirá novamente.
“É uma legislação que fere princípios
constitucionais, retirando do eleitor o direito de
saber o que está sendo investido em cada candidato
por cada pessoa. Isto não é bom para o Brasil, um
grande retrocesso”, afirmou.
“Um dispositivo como este trará margem grande para
lavagem de dinheiro, ocultação de recursos e para
que não se tenha transparência. Publicidade e
transparência são palavras-chave hoje. É disso que o
Brasil precisa”, frisou.
Lamachia também votou a defender o posicionamento da
OAB contra o chamado “distritão”, lembrando que a
entidade tem posicionamento fechado em favor do voto
distrital misto. “A ideia do distritão favorecerá,
sem dúvida nenhuma, aquelas pessoas que já têm
convivência na política, com mais aparição. Ela não
serve nem como transição, pois facilita a
perenização da classe política atual. A OAB defende
a ideia do voto distrital misto, passando ao TSE a
regulamentação dos distritos. Essa é uma posição
fechada pelo Conselho Pleno da Ordem”, disse.
Por fim, rechaçou novamente a proposta de criação de
um fundo de R$ 3,6 bilhões para o financiamento de
campanhas. “Um verdadeiro deboche com o cidadão
brasileiro”, asseverou. “Hoje vemos dificuldades de
vários governos na aplicação de política públicas
básicas, como saúde, educação e segurança. Quem vai
financiar este fundo? Ele conspira contra aquilo que
a própria sociedade quer: o barateamento das
campanhas políticas”, explicou.
“Este fundo não se resume a ele, em termos de
recursos. Os cidadãos financiam campanhas a partir
de um fundo como este, mais o Fundo Partidário, com
mais de R$ 800 milhões, e ainda o horário dito como
gratuito na TV e rádio, quando na verdade é pago
pelo erário público com a desoneração de tributos.
Temos um custo muito grande e exagerado nas nossas
campanhas”, completou.
Fonte: Jusbrasil
17/08/2017 -
TST decide que não há isonomia entre gestantes com
contratos por prazo determinado/indeterminado
Publicado por Lopes e Matos Advocacia e
Consultoria
O TST decidiu, e tal decisão consta do Informativo
160 do TST que, não há isonomia entre a gestante
contratada por prazo indeterminado e a gestante
contratada por prazo determinado. Segundo a SDC tal
entendimento deve-se ao fato de serem distintas as
relações jurídicas das gestantes, desta forma, é
possível que uma gestante contratada por prazo
determinado possua uma garantia de emprego de 210
dias, ao passo que uma outra gestante, ainda que na
mesma empresa, contratada por prazo determinado terá
garantia de 180 dias, abaixo o texto contante do
informativo:
É válida cláusula de acordo coletivo de trabalho que
aumenta, de 180 para 210 dias, o prazo da
estabilidade provisória das empregadas gestantes
admitidas por prazo indeterminado. O tratamento
diferenciado em relação às empregadas contratadas
por prazo determinado não ofende o princípio da
isonomia, pois a natureza do vínculo de trabalho,
nas duas situações, é distinta. Ademais, a norma em
questão é resultado da negociação entre os atores
sociais e contou com a aprovação inequívoca da
categoria profissional. Sob esses fundamentos, a SDC,
por maioria, deu provimento ao recurso ordinário
para julgar improcedente o pedido de nulidade da
Cláusula Vigésima Sexta – Garantia de Emprego ou
Indenização Gestantes, constante do acordo coletivo
de trabalho firmado entre a Souza Cruz S.A. e o
Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do
Comércio no Estado do Pará. Vencido o Ministro
Mauricio Godinho Delgado.
TST-RO-422-69.2016.5.08.0000, SDC, rel. Min. Maria
de Assis Calsing, 5.6.2017
Fonte: Jusbrasil
17/08/2017 -
Aprovado desconto de 50% para idosos na renovação da
carteira de motorista
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou proposta que prevê a concessão de desconto
de 50% aos idosos nas taxas de renovação da carteira
de motorista.
A medida está prevista no Projeto de Lei 5806/16, do
deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que recebeu
parecer favorável da relatora, deputada Creuza
Pereira (PSB-PE). O projeto inclui a medida no
Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).
Hoje, o código estabelece que pessoas com mais de 65
anos devem renovar a habilitação a cada três anos,
após passar por exames clínicos. “Isso significa
que, a cada três anos, o idoso deve enfrentar
novamente toda a burocracia estatal e arcar com o
pagamento das taxas devidas para renovação da
Carteira Nacional de Habilitação, onerando o já
combalido orçamento familiar”, disse a relatora.
Na visão dela, devem ser criadas condições para que
os exames sejam realizados sem comprometer as
finanças desse segmento da população.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora pelas comissões de Viação e
Transportes; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Jusbrasil
16/08/2017 -
Governo eleva para R$ 159 bilhões metas de déficit
primário de 2017 e 2018
Com as frustrações de receitas, o governo anunciou
nesta terça-feira (10) o aumento da meta de déficit
fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) para R$ 159
bilhões este ano. A meta para o próximo ano também
foi revista para R$ 159 bilhões.
O déficit primário é o resultado das despesas
maiores que as receitas, sem considerar os gastos
com juros da dívida pública. O anúncio foi feito há
pouco pelos ministros da Fazenda, Henrique
Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
A alteração das metas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) precisa ser aprovada pelo
Congresso Nacional. Em 12 meses encerrados em junho,
o déficit primário ficou em R$ 167,198 bilhões, o
que corresponde a 2,62% do Produto Interno Bruto
(PIB) , a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, de acordo com dados do Banco
Central (BC).
Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$
139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para
2018. No entanto, a arrecadação ainda em queda, e
uma série de frustrações de receitas dificultaram o
cumprimento da meta original.
O governo também revisou as projeções para 2019 e
2020. Para 2019, a estimativa de déficit passou de
R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. Para 2020, o
resultado passou de superávit de R$ 10 bilhões para
déficit de R$ 65 bilhões.
A equipe econômica revisou ainda para baixo as
projeções para o PIB e a inflação em 2018 em relação
aos parâmetros definidos na LDO de 2018. A previsão
de crescimento caiu de 2,5% para 2%. Em relação ao
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), a projeção passou de 4,5% para 4,2%. Os
números para 2017 – crescimento de 0,5% do PIB e
inflação oficial de 3,7% – foram mantidos.
Frustração de receitas
Primeiramente, o Tribunal de Contas da União (TCU)
mandou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
refazer o edital do leilão de renovação de concessão
de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig), que renderia R$ 11 bilhões aos
cofres federais este ano.
A segunda versão do programa de regularização de
ativos no exterior, conhecida como repatriação,
arrecadou apenas R$ 1,61 bilhão, em vez dos R$ 13
bilhões inicialmente previstos. As alterações na
medida provisória que criou a renegociação especial
de dívidas com a União também podem diminuir a
previsão de arrecadação, caso o governo não consiga
reverter essas mudanças.
Por fim, o governo teve de recuar de medidas que
elevariam as receitas. O aumento do Programa de
Integração Social e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins)
sobre o etanol foi parcialmente revertido, reduzindo
a previsão de arrecadação em R$ 501 milhões.
Fonte: Agência Brasil
16/08/2017 -
Previsão de salário mínimo para 2018 cai para R$ 969
A revisão das projeções econômicas para 2018 levou o
governo a reduzir o salário mínimo para o próximo
ano. O valor de R$ 979 que consta na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) passará para R$ 969
durante a elaboração do Orçamento.
A redução ocorreu por causa da queda na projeção de
inflação pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) para 2017. No fim de julho,
o governo tinha revisado a estimativa para a
inflação oficial de 4,3% para 3,7%.
Por lei, até 2019, o salário mínimo será definido
com base no crescimento da economia de dois anos
antes mais a inflação pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC), indicador próximo ao IPCA, do
ano anterior. Como o PIB recuou 3,6% em 2016, a
variação negativa não se refletirá no salário mínimo
de 2018.
De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo
Oliveira, o valor do salário mínimo pode mudar até o
início do próximo ano. Segundo ele, o Orçamento
trabalha apenas com estimativas. “O salário mínimo
só será conhecido em janeiro. Até lá, várias coisas
podem mudar”, declarou.
Fonte: Agência Brasil
16/08/2017 -
Perdas de direitos dos aposentados serão debatidas
na CDH nesta quinta
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove nesta quinta-feira (17)
audiência pública interativa para debater as
reformas previdenciária e trabalhista, com foco nas
perdas históricas dos direitos dos aposentados. O
pedido para realização da reunião foi do senador
Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH.
Entre os convidados para tratar do tema estão o
presidente do Movimento Nacional dos Servidores
Públicos Aposentados e Pensionistas (Instituto MOSAP),
Edison Guilherme Haubert; o presidente da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (ANFIP), Floriano Martins de Sá Neto; o
presidente da Associação Nacional dos Procuradores e
Advogados Públicos Federais (ANPPREV), Antonio
Rodrigues da Silva, além de representantes de
sindicatos e especialistas.
A audiência será realizada em caráter interativo,
com a possibilidade de participação popular. Quem
quiser participar com comentários ou perguntas,
podem fazê-lo por meio do Portal e-Cidadania
(www.senado.leg.br/ecidadania) e pelo Alô Senado,
através do número-0800612211. A reunião está marcada
14h30 no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
16/08/2017 -
CPI da Previdência ouve nesta quinta-feira
representantes do Ministério da Fazenda
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência
fará audiência pública na quinta-feira (17) com
representantes do Ministério da Fazenda e do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também
está na pauta da reunião a deliberação de
requerimento do relator, senador Hélio José
(PMDB-DF).
Na audiência pública, de caráter interativo, o
relator da comissão pretende questionar as
autoridades convidadas sobre a situação da
Previdência Social.
Serão ouvidos Marcelo Caetano, secretário de
Previdência do Ministério da Fazenda; Jorge Rachid,
secretário da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Fazenda; Leonardo de Melo Gadelha,
presidente do INSS; Fábio Henrique de Sousa Coelho,
diretor-superintendente da Superintendência Nacional
de Previdência Complementar; e Marcelo Fernando
Borsio, representante da Federação Nacional dos
Delegados de Polícia Federal.
Na segunda parte da reunião está prevista a
deliberação do Requerimento (REQ) 287/2017, que
convoca para a prestação de esclarecimentos à
comissão o secretário municipal da Fazenda do
Município de São Paulo, Caio Megale; o secretário
estadual de Fazenda do Rio de Janeiro, Gustavo de
Oliveira Barbosa; e o secretário municipal de
Administração e Tesouro do Município de Barcarena
(PA).
A CPI funciona desde abril deste ano e tem como
finalidade investigar a contabilidade da Previdência
Social e esclarecer as receitas e despesas do
sistema. O prazo final de funcionamento da CPI é o
dia 8 de setembro.
A reunião está marcada para 9h, na sala 19 da Ala
Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado. Será possível
acompanhar a transmissão ao vivo em http://senado.leg.br/ecidadania.
Fonte: Agência Senado
16/08/2017 -
'Estamos destruindo de forma sistemática a nossa
estrutura produtiva industrial'
Diretor técnico do Dieese defende "diálogo
propositivo de compromisso" com empresários.
Ele acredita que momento adverso pode ser
"oportunidade para uma reorganização sindical
profunda"
São Paulo – "Precisamos abrir um diálogo propositivo
de compromissos com o setor produtivo brasileiro",
defende o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, ao identificar um processo de desmonte na
economia nacional. "Estamos destruindo de forma
sistemática a nossa estrutura produtiva industrial",
afirmou, durante debate realizado na manhã desta
terça-feira (15) no instituto, com a presença do
ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, da
pesquisadora da Unicamp Marilane Oliveira Teixeira e
dirigentes metalúrgicos ligados a diversas centrais.
Atualmente, diz o diretor técnico, o Brasil passa
por um processo de transferência de recursos
internacionais para o capital internacional.
"Estamos transferindo, a preço barato, recursos e
base produtiva", afirma Clemente, para quem um
projeto de desenvolvimento deve ter o setor
industrial como eixo.
Isso também depende de um Estado presente na
economia, acrescenta. "As experiências de sociedades
que promoveram o seu desenvolvimento o fizeram com
forte capacidade de organização de seu Estado,
regulando a atividade econômica e produzindo
condições macroeconômicas" e assegurando condições
para a indústria competir no cenário internacional e
de distribuição de renda.
Não é um debate fácil, admite Clemente, ao observar
que as propostas defendidas por Bresser-Pereira,
como valorização do câmbio, podem causar perda
salarial. Mas é necessário abrir diálogo com o setor
empresarial, defende, mesmo sabendo que muitas
empresas, hoje, não têm exatamente um
"proprietário", mas fundos de investimentos
preocupados em garantir o maior retorno no menor
prazo possível.
Ele acredita que seria necessário um período de
transição para o modelo proposto por
Bresser-Pereira, considerando que muitas indústrias
estão endividadas em dólar. Mas é preciso pensar em
uma "reversão das maluquices que estão sendo feitas
agora", referindo-se às políticas do governo Temer.
"O Brasil está sendo entregue. Estamos entregando a
nossa economia ao mundo. Com essa política em curso,
não há desenvolvimento econômico, não há
desenvolvimento industrial, muito menos bem-estar
social e qualidade de vida", afirma. "O capital
financeiro, manda, comanda e desmobiliza."
Sobre a "reforma" trabalhista, que atinge fortemente
a organização sindical, ele acredita que, apesar das
dificuldades, este pode ser o momento para uma
reorganização profunda. "Podemos sair muito mais
fortes. Precisamos ter a clareza de que no jogo
social a partida não acaba nunca. Não é só um
problema de procurar o nosso interlocutor. Temos de
reorganizar o trabalho, ou vamos consolidar uma
derrota", diz o diretor técnico. "Talvez os
trabalhadores nunca tenham tido tanta necessidade de
que nós sejamos capazes de construir unidade."
Fonte: Rede Brasil Atual
16/08/2017 -
Caixa Econômica prepara terceirização irrestrita e
fim de concurso público
A Caixa Econômica Federal publicou a nova versão do
normativo RH 037, que cria a figura do “Bancário
Temporário”. De acordo com a norma, a estatal poderá
terceirizar a contratação de mão de obra. O banco
alega que a norma está adequada à nova lei nº
13.429/17 que trata da ampliação da terceirização.
"A Caixa sempre teve esse normativo. Nós conseguimos
brecar a terceirização até agora e pedimos a
revogação dessa norma. A Caixa não revogou e essa é
a versão 21 do RH 037 atualizado para a lei da
terceirização. O gestor pode, a qualquer momento,
iniciar a terceirização", disse à Agência Sindical o
coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da
Caixa da Contraf-CUT, Dionísio Reis.
A direção do banco informou que abrirá licitação
para a contração de empresa especializada em mão de
obra temporária, para fornecer trabalhadores por um
prazo máximo de 270 meses. Segundo a Caixa, esses
contratados poderão atuar tanto na chamada
atividade-meio, como também na atividade-fim.
De acordo com a norma, os trabalhadores serão
contratados por meio de empresas especializadas na
prestação de serviços temporários para realizar as
tarefas de técnico bancário e não terão nenhum
vínculo empregatício com o banco.
“Esse governo está promovendo um verdadeiro desmonte
da Caixa e prejudicando seu papel de banco público.
Essa norma é mais um passo deste desmonte”, destaca
Dionísio Reis.
Contratação - Após contratado, o “Bancário
Temporário” terá um dia de treinamento. Segundo o RH
037, esse tempo é suficiente para que ele possa
aprender o trabalho e desenvolver as atividades. O
temporário não terá nenhum vínculo com o banco e
ficará sob a responsabilidade da Geper (Gerência
Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração).
Nesta terça (15), a Contraf realiza o Dia Nacional
de Luta, para exigir da Caixa mais respeito aos
direitos dos empregados e protestar contra a
precarização das condições de trabalho.
Mais informações: www.contrafcut.org.br
Fonte: Agência Sindical
16/08/2017 -
JT confirma incompetência para determinar ao INSS
atualização de cadastro de trabalhador
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
admitiu recurso da União e reconheceu a
incompetência da Justiça do Trabalho para determinar
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a
atualização do Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS) de um trabalhador e a averbação do
tempo de serviço de relação empregatícia reconhecida
em juízo. Segundo o relator do recurso, ministro
Lelio Bentes Corrêa, a matéria não está inserida no
artigo 114 da Constituição da República, que define
a competência da Justiça do Trabalho.
O trabalhador, ajudante de pedreiro, entrou com ação
contra os empregadores pedindo reconhecimento de
vínculo e pagamento das verbas rescisórias, após
quase um ano de serviços sem carteira assinada. A
sentença, ao reconhecer a existência de relação de
emprego, determinado ao INSS a atualização do CNIS
do ajudante, “para que tenha repercussão nos
benefícios previdenciários, pois a arrecadação sem o
correspondente benefício ao trabalhador acarreta
enriquecimento ilícito da autarquia previdenciária”.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
manteve a decisão.
Na condição de terceiro prejudicado, o INSS recorreu
da determinação, sustentando que as instâncias
inferiores extrapolaram a competência da Justiça do
Trabalho, “ofendendo, inclusive, os princípios do
devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório”.
O relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, disse em
seu voto que houve uma má interpretação do artigo
114 da Constituição Federal pelo TRT-SP. Segundo o
ministro, o dispositivo, com a redação alterada pela
Emenda Constitucional 45/2004, não confere à Justiça
do Trabalho a competência para determinar à entidade
de Previdência Social a averbação do tempo de
serviço de relação empregatícia reconhecida em
juízo. “Desse modo, aplica-se ao caso o disposto no
artigo 109, inciso I e parágrafo 3º, da
Constituição, que acometeu à Justiça Comum - federal
ou residual estadual – a competência para processar
e julgar as causas em que forem partes a instituição
de previdência social e o segurado”, concluiu.
A decisão foi unânime. Processo:
RR-391-92.2013.5.02.0203
Fonte: TST
16/08/2017 -
STF facilita direito a tempo especial de eletricista
Publicado por Ian Ganciar Varella
De acordo com o advogado Rômulo Saraiva,
especialista em direito previdenciário, o juizado
comprovou que a documentação do PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário), que constava o uso
de equipamentos de segurança, não era o suficiente
para evitar acidentes elétricos. “O STF entendeu que
a decisão da Justiça de Pernambuco estava certa”.
Com a decisão, o segurado passa a ter direito à uma
aposentadoria especial, mesmo se sua documentação
informava que o equipamento era eficaz na sua
proteção. O PPP, na maioria dos casos, é fornecido
pelo empregador.
Entenda o caso
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entrou
com recurso alegando que o próprio Supremo decidiu
que, na situação de quem utiliza equipamento de
proteção eficaz, a aposentadoria especial só é
devida aos segurados expostos a barulho muito alto.
O processo do eletricista foi a casa, mas o ministro
Edson Fachin negou o recurso do órgão e reconheceu
que o trabalhador tem direito à contagem especial. O
eletricista conseguiu ter o tempo reconhecido como
especial e já recebe a aposentadoria equivalente do
INSS.
O eletricista de 60 anos de idade, ao completar 30
anos de contribuição no ano de 2011, solicitou a
aposentadoria especial, mas o órgão só reconheceu 22
anos e três meses trabalhados até 1997. Com isso, o
segurado recorreu ao juizado e conseguiu uma decisão
a seu favor, com tempo especial reconhecido
judicialmente e a aposentadoria garantida. Essa
decisão não cabe mais recurso.
Detalhes
Para eletricistas, até o ano de 1997, a exposição à
eletricidade com tensão maior que 250 volts era
considerada perigosa pelo decreto 53.831/64. Mas, no
decreto 2.172/97, a eletricidade não aparece como um
agente nocivo, assim como os químicos são, por
exemplo. Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) definiu que a exposição acima de 250 volts dá
direito ao tempo especial em qualquer período, já
que existe o risco à saúde do trabalhador. A Turma
Nacional de Uniformização (TNU), dos juizados,
também garante o direito desses trabalhadores.
Em 2014, o STF decidiu que não existe direito à
aposentadoria especial se o equipamento usado for
realmente capaz de neutralizar o risco à vida. A
exceção aplica-se ao trabalhador exposto a ruído
acima dos limites. Com isso, o INSS não permite a
aposentadoria especial para quem utiliza equipamento
e está exposto a outros agentes nocivos. Mas, a
partir de agora, o STF abriu uma porta para os
eletricitários.
Fonte: Jusbrasil
16/08/2017 -
CCJ aprova PEC que amplia licença-maternidade para
gestante ou mãe adotiva de mais de uma criança
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (15) a admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 196/16, do deputado
Efraim Filho (DEM-PB), que amplia a
licença-maternidade para gestante ou mãe adotiva de
mais de uma criança.
Pelo texto, a atual licença de 120 dias será
acrescida de 30 dias a partir do nascimento ou
adoção do segundo filho. A medida beneficia, por
exemplo, as mães de gêmeos, trigêmeos e múltiplos.
A relatora, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), foi
favorável à matéria. Segundo ela, o objetivo é
“garantir de maneira efetiva as condições
necessárias ao desenvolvimento físico, intelectual e
emocional das crianças, com melhorias na qualidade
do relacionamento entre as mães e seus filhos”.
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) também defendeu o
texto. Em sua avaliação, a proposta não onera a
iniciativa privada, representando um encargo apenas
o poder público. “O Estado é mais eficiente quando
cuida melhor da primeira infância, do contrário tem
de conter os resultados dessa omissão”, disse o
parlamentar ressaltando a importância da presença
dos pais na formação da criança.
Tramitação
A proposta será analisada por uma comissão especial.
Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser
votada em dois turnos.
Fonte: Agência Câmara
15/08/2017 -
Reforma Trabalhista deixa 18 milhões de
trabalhadores sem assistência e 150 mil
desempregados
Fim da contribuição sindical compulsória acaba com a
principal fonte de custeio dos sindicatos, que
oferecem serviços de assistência social,
administrativa e jurídica para trabalhadores e seus
familiares, além de desempregar grande contingente
de funcionários das entidades. Fere de morte as
federações, confederações e as centrais que tem como
única fonte de custeio a contribuição sindical.
As entidades sindicais podem se ver obrigadas a
fechar suas portas, com a aprovação da Lei
13.467/2017, que trata da Reforma Trabalhista, e que
entrará em vigor em novembro deste ano. Além de
precarizar as relações capital e trabalho, acabar
com a CLT, o projeto põe um fim principal fonte de
custeio da organização sindical, podendo causar
demissões em massa dos servidores das entidades, e
decreta o fim das assistências, médica,
odontológica, jurídica e administrativa oferecida
aos trabalhadores e trabalhadoras. Segundo dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), são 150 mil funcionários com carteira
assinada nestes locais, dois maracanãs lotados de
técnicos especializados que prestam serviços a 18
milhões de sindicalizados no Brasil.
“Como que o Governo diz que está fazendo uma
“reforma” para gerar emprego e automaticamente
coloca mais de 100 mil trabalhadores na rua?”,
questiona Danniel Vital, empregado de uma entidade
sindical.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores, ressalta a importância do
poder de negociação dessas entidades com o setor
patronal, principalmente em acordos coletivos, além
de outras prestações de serviços adicionais. Os
acordos são firmados entre sindicatos de
trabalhadores e laborais para definir as benesses e
condições de trabalho para todos os membros da
empresa. O Congresso e a Presidência da República
precisam pensar melhor nos trabalhadores e
trabalhadoras que estão na eminência de ver os seus
sustentos ceifados por projeto que teve origem no
Executivo e que foi chancelando pela Câmara dos
Deputados e Senado. Não é demais lembrar, que o
sindicato é a única trincheira que os trabalhadores
dispõe na defesa dos seus direitos, além de ser o
órgão de orientação. Se não tivermos mais a
representatividade sindical, o trabalhador terá que
negociar diretamente com o patrão e sairá em
prejuízo, pois o empregador oferecerá as condições
que lhe convém, sem contraproposta”, alerta.
Para o presidente da Nova Central, o corte de
repasse aos sindicatos é mais grave do que se
imagina. Ele coloca o trabalho de assistência das
entidades como um braço de apoio às classes mais
baixas, que dependem de serviços públicos
essenciais, bem como as capacitações que aumentam a
formação do funcionário. “Para se ter uma ideia, em
algumas categorias, só o curso de qualificação
profissional chancelado pelo sindicato já garante
aumento automático de remuneração ao empregado, por
deixá-lo com um perfil mais produtivo dentro da
empresa.
Fonte: NCST
15/08/2017 -
Projeto revoga dispositivo introduzido pela reforma
trabalhista
Projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) revoga
a prevalência da convenção ou de acordo coletivo de
trabalho sobre a lei, modificação introduzida pela
reforma trabalhista aprovada em julho último. O PLS
252/2017 está na Comissão de Assuntos Econômicos
aguardando o recebimento de emendas. Para justificar
o seu projeto, Paim afirma que “a própria
Organização Internacional do Trabalho (OIT) já diz
que o negociado é importante, respeitando as leis
mínimas de um país. O acordo, a convenção coletiva,
o próprio dissídio coletivo, vêm para ampliar
direitos, e não para diminuir aquilo que já está
consagrado na própria legislação”, esclareceu.
Fonte: Agência Senado
15/08/2017 -
Centrais Sindicais decidem agenda de ações para
enfrentamento da crise
As Centrais Sindicais se reuniram nesta segunda
(14), para organizar a agenda do movimento nesta
etapa da luta contra a retirada dos direitos e o
enfrentamento da crise. O encontro, na sede da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), teve a presença de dirigentes da UGT, Nova
Central, Força Sindical e CSB.
Entre os temas tratados, destacam-se a defesa dos
direitos trabalhistas e sociais, organização do
movimento sindical e a sustentabilidade das
entidades sindicais.
“Além do enfrentamento aos ataques a direitos,
decidimos elaborar uma agenda positiva que leva em
conta a geração de empregos, com investimentos em
infraestrutura e fortalecimento da indústria
nacional”, destaca o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). Ele disse
à Agência Sindical que as entidades também estão se
articulando com empresários do setor produtivo, para
desenvolver ações conjuntas.
Visando unificar as lutas do movimento sindical, as
Centrais programam uma ampla plenária nacional para
o dia 1º de setembro, ainda com local e hora a ser
definido.
Segundo Juruna, os dirigentes também avaliaram que é
preciso intensificar o corpo a corpo no Congresso
Nacional. “Vamos conversar com os líderes
partidários, os presidentes da Câmara e do Senado
com o objetivo de promover mudanças no texto da nova
legislação trabalhista”, diz.
As Centrais definiram elaborar uma cartilha unitária
que denuncie e oriente a sociedade, em especial a
classe trabalhadora, sobre as consequências da
reforma e como enfrentar os abusos com a nova regra.
“Vigilância, mobilização, resistência e diálogo
serão fundamentais para enfrentar a agenda
regressiva em curso”, avalia o presidente da CTB,
Adilson Araújo.
Novo encontro - Ficou agendada para a próxima
segunda (21), na sede da UGT, a partir das 14h30,
nova reunião das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
15/08/2017 -
Clemente Ganz: Meta fiscal de Temer vai custar caro
para trabalhador
Clemente Ganz, diretor-técnico do Departamento
Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese),
afirmou que a condução econômica do governo de
Michel Temer é “extremamente nefasta para a
sociedade e traz um custo social enorme”. Ele se
referiu à projeção da meta fiscal, que mais uma vez
teve seu anúncio adiado pelo governo. O deficit a
ser anunciado deve ser de R$ 159 bilhões para este
ano, mas há quem defenda no governo que a revisão
defina um deficit de R$ 170 bilhões.
Por Railídia Carvalho
De acordo com ele, a política econômica atual,
baseada em ajuste fiscal e aprovação de reformas,
vai retardar a retomada do crescimento. No rastro
desse “equilíbrio nas contas” do governo virá um
efeito cascata devastador.
“Atender a meta fiscal da maneira como o governo se
propõe torna o efeito recessivo dos cortes
continuado. Se as pessoas têm menos renda, consomem
menos, portanto, a economia produz menos. Não gira a
economia”, explicou Clemente.
“Sem perspectiva de retomada, as empresas vendem ou
demitem para não aumentar a dívida. O desempregado
fica mais tempo sem trabalho e sem salário. Aqueles
que estão empregados continuam inseguros se ainda
terão o emprego no dia seguinte”, comparou Clemente.
Além de afetar o mercado de trabalho, a opção de
Temer em aumentar o deficit vai comprometer mais
ainda serviços públicos de saúde e educação,
observou Clemente.
“O governo vai comprometer impostos futuros sem
aumentar a capacidade produtiva do Estado. Vai
gastar mais dinheiro nosso para pagar juros da
dívida. São recursos que iriam para saúde e
educação”, ressaltou.
Clemente projeta que o nível de endividamento do
Estado brasileiro vai ficar em níveis
insustentáveis. “É como se o trabalhador pegasse um
empréstimo para comprar o almoço todo dia. Pegou
tanto emprestado para consumir e não conseguiu
produzir nada e fica cada vez mais endividado”,
exemplificou.
Para o diretor do Dieese, “o Estado tem a capacidade
de se endividar mas se não for para aumentar a
capacidade produtiva da economia, ele gera um
desequilibro gasta cada vez maior com gasto
estéril”.
Clemente declarou que o aumento do deficit para R$
159 bilhões demonstra que o impeachment contra a
presidenta eleita Dilma Rousseff foi motivado por
causas políticas.
“À época da Dilma o rombo de R$ 70 bilhões era um
absurdo. Agora é de R$ 160 bilhões e tem que
aceitar, não é mais ela”, ironizou Clemente.
“Os caras não só disseram que era uma loucura [o
deficit de R$ 70 bilhões], mandaram ela embora.
Agora propõem mais que o dobro de deficit e estão
falando em aumento de impostos. É a caracterização
que o impeachment dela significou decisão política.
Não teve nada a ver com os fatos”, enfatizou
Clemente.
De acordo com ele, ficou para trás a concepção de
ver o país crescer para gerar bens para todos.
“Estão produzindo um país para que os capitalistas,
principalmente as multinacionais, venham para cá
valorizar sua riqueza. Isso é uma tragédia para a
sociedade.”
Fonte: Portal Vermelho
15/08/2017 -
CPI ouve prefeituras que mais devem à Previdência
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Previdência recebeu nesta segunda-feira (14)
representantes de municípios que estão entre os que
mais devem ao Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). Juntas, as dívidas de Guarulhos (SP) e
Manaus (AM), por exemplo, superam R$ 1,2 bilhão. As
prefeituras responsabilizam as gestões anteriores
pelo rombo.
O secretário da Fazenda de Guarulhos, Peterson
Aiello Ramos, explica que os débitos saltaram de R$
141,3 milhões em 2002 para R$ 913,6 milhões em 2017.
Segundo ele, a Prefeitura chegou a negociar o
pagamento com a União em 2002, mas não honrou o
compromisso. A cidade ficou oito anos sem obter a
Certidão Negativa de Débitos (CND), documento
exigido para a contratação de novos empréstimos.
Neste ano, Guarulhos aderiu a um programa do governo
federal que estende por 200 meses o parcelamento de
dívidas dos municípios com a Previdência. De acordo
com o secretário da Fazenda, os pagamentos têm sido
feitos desde então. Mas isso compromete as políticas
públicas.
– Queremos ser adimplentes com a Previdência. Mas
acho que era melhor não ter ganhado a eleição. Fomos
para a rua e defendemos uma proposta de governo, mas
agora vemos que é impossível cumprir o programa
porque não dá para investir nada. Vamos ter que ter
pagar, pagar, pagar, pagar – disse Ramos.
A dívida de Manaus com a Previdência é menor: R$ 287
milhões. De acordo com o secretário da Fazenda,
Lourival Litaiff Praia, a situação se agravou em
2004, quando o prefeito anterior deixou de pagar
integralmente as contribuições ao INSS. A dívida
chegou a R$ 500 milhões.
– A partir de 2005, a gente procurou a Receita
Federal e o INSS. Em 2009, houve novo parcelamento.
Naquele ano, o saldo devedor já era de mais de R$
600 milhões, contando os juros. De 2005 para cá, já
pagamos para o INSS mais de R$ 126 milhões. Desde
que assinou o primeiro parcelamento, Manaus vem
honrando suas obrigações – afirmou Praia.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
15/08/2017 -
São Paulo e Minas Gerais lideram geração de emprego
jovem no Brasil
O saldo de vagas para a juventude nesses dois
estados corresponde à metade do saldo total de junho
no país
De todos os estados brasileiros, o único em que o
saldo de emprego formal foi negativo para os jovens
no mês de junho foi o Distrito Federal, onde foram
fechadas 14 vagas para trabalhadores com até 29 anos
de idade. Em todos os demais, o resultado foi
positivo, com destaque para São Paulo e Minas
Gerais. Somados, esses dois estados criaram 31.399
postos para a juventude, o que corresponde à metade
do saldo total de empregos formais no país naquele
mês, que foi de 68.333. Se Rio de Janeiro e Espírito
Santo forem incluídos nesse cálculo, o Sudeste terá
empregado, sozinho, 36.134 jovens, a região que mais
gerou oportunidade a trabalhadores com essas idades
em junho.
“Ao fazermos essa análise regional do emprego jovem,
ficamos otimistas porque percebemos que, mesmo
naqueles estados onde o desempenho do emprego foi
negativo, os jovens estão se destacando. É uma boa
notícia para aqueles que estavam entre os que mais
sofriam com o desemprego”, avalia o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Embora normalmente os números de São Paulo sejam
maiores, a juventude se destaca na geração de
empregos dentro do próprio estado. O saldo total de
vagas do mês de junho (que corresponde à diferença
entre demissões e admissões) no estado foi positivo
em 983 vagas, enquanto entre os jovens ficou em
21.002 vagas. O destaque foi para a faixa etária
entre 18 e 24 anos.
Em Minas Gerais, o saldo geral de junho fechou com a
criação de 15.445 novas vagas de emprego. Para os
trabalhadores até 29 anos, foram 10.397 postos
criados. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, o
saldo total foi negativo, exceto para jovens, que
apresentaram resultados positivos. Assim como em São
Paulo, nesses três estados, o destaque foi para quem
tinha entre 18 e 24 anos.
Fora do Sudeste, Goiás foi o estado que mais se
destacou na geração de emprego para jovens, no
Centro Oeste, em junho. Ficou em terceiro lugar no
país na criação de vagas formais para trabalhadores
com até 29 anos. O saldo para essa faixa etária
ficou positivo em 4.260 postos. Mato Grosso foi o
quinto estado, com 3.723 novas vagas.
Se analisados regionalmente os dados, no entanto, a
região Nordeste obteve o segundo melhor desempenho
no Brasil, com a criação de 12.749 postos para a
juventude. O destaque ficou com Pernambuco, Bahia e
Ceará. No Sul, foram 6.856 novas vagas e, no Norte,
3.385.
Fonte: MTb
15/08/2017 -
Servidor com mandato classista em sindicato deve ser
mantido na folha de pagamento
O servidor que assume mandato classista junto ao
sindicato deve ser mantido na folha de pagamento e a
entidade deve continuar a depositar suas
contribuições ao Regime Próprio de Previdência
Social. Foi o que decidiu em liminar o juiz federal
substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do
Distrito Federal, ao determinar que a Polícia
Federal no DF inclua imediatamente um dirigente
sindical na folha de pagamento.
Na ação ordinária, o dirigente sindical pediu o
reconhecimento do direito do autor à licença para
desempenho de mandato sindical com ressarcimento,
além do seu direito à manutenção do vínculo com o
Regime Próprio de Previdência Social durante o
período dessa licença.
O juiz concordou com os argumentos do advogado. Para
o magistrado, ficou demonstrada a probabilidade do
direito pleiteado, bem como o perigo de dano ao
resultado útil do processo em caso de demora para a
concessão da medida liminar.
“A manutenção do servidor na folha de pagamento
mantém a autonomia e a liberdade sindical e
preserva, ainda, a segurança necessária no que se
refere ao recolhimento da contribuição
previdenciária ao respectivo Regime Próprio de
Previdência Social, a contagem do tempo de serviço
para fins de aposentadoria e os demais direitos
decorrentes da relação funcional”. afirma o advogado
Rudi Cassel, do escritório Cassel Ruzzarin Santos
Rodrigues Advogados, representante do autor da ação.
Fonte: Consultor Jurídico
15/08/2017 -
Desconto em salário sem justificativa viola dever de
remunerar empregado
Empresa que faz desconto em salário sem
justificativa desrespeita seu dever legal de
remunerar o trabalhador. Com base nesse
entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho negou recurso de uma drogaria de São Borja
(RS) e a condenou a pagar indenização de R$ 3 mil
por ter feito descontos salariais injustificados por
quatro meses seguidos nos vencimentos de uma
operadora de caixa.
Na ação, a empregada alegou que, entre janeiro e
abril de 2015, sofreu reiterados descontos
denominados “parcelamento de vale” sem que lhe
fossem apresentadas justificativas. Ela requereu,
junto do ressarcimento dos valores, o pagamento de
indenização por danos morais, sob o argumento de que
em nenhum momento solicitou adiantamento salarial, e
que os descontos geraram transtornos de ordem
financeira e moral.
O juízo da Vara do Trabalho de São Borja (RS)
acolheu o pedido da trabalhadora e condenou a
drogaria ao pagamento de indenização no valor de R$
15 mil, além da devolução da quantia deduzida. O
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
manteve parcialmente a sentença, reduzindo o valor
da reparação para R$ 3 mil.
No recurso ao TST, a drogaria sustentou que não
houve provas de abalo moral ou psicológico da
empregada, e que não se pode “presumir a existência
de consequências danosas ao empregado na hipótese de
ocorrência de descontos em seus salários”.
A relatora do caso, ministra Maria Helena Mallmann,
relatora, manteve a condenação. Segundo ela, os
descontos indevidos e reiterados atraem, por
analogia, o mesmo entendimento aplicado pelo TST em
relação aos atrasos de salário reiterado, no sentido
de que, uma vez comprovados, ensejam o pagamento de
indenização por dano moral, independentemente de
prova do dano.
“É vedado ao empregador efetuar qualquer desconto
nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou
de contrato coletivo”, concluiu. A decisão foi
unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TST.
Processo 324-38.2015.5.04.0871
Fonte: Consultor Jurídico
14/08/2017 -
Cristovam propõe fim escalonado da contribuição
sindical obrigatória
Projeto de lei (PLS 255/2017) do senador Cristovam
Buarque (PPS–DF) propõe o fim escalonado da
contribuição sindical obrigatória. De acordo com o
projeto, a contribuição seria de 60% do valor atual
no primeiro ano de vigência da lei, de 40% no
segundo, de 20% no terceiro, acabando no quatro ano
de vigência, a partir do qual seria facultativa. O
senador entende que esse prazo será suficiente para
que os sindicatos se organizem financeiramente. A
proposta também modifica outros pontos das leis
trabalhistas como licença para capacitação e
trabalho intermitente.
Fonte: Agência Senado
14/08/2017 -
Governo deve anunciar hoje mudança da meta fiscal
O presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda,
Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo
Oliveira, terão hoje (14) a reunião final para
definir em quanto vai aumentar a meta de déficit
primário para este ano e para 2018. Em nota conjunta
enviada na última quinta-feira (10), as duas pastas
informaram que qualquer decisão será anunciada
imediatamente depois de tomada.
O déficit primário é o resultado negativo nas contas
do governo, desconsiderando os juros da dívida
pública. Originalmente, a meta de déficit estava
fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129
bilhões para o próximo. No entanto, a arrecadação
ainda em queda e uma série de frustrações de
receitas dificultaram o cumprimento da meta
original.
Primeiramente, o Tribunal de Contas da União (TCU)
mandou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
refazer o edital do leilão de renovação de concessão
de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig), que renderia R$ 11 bilhões aos
cofres federais este ano.
A segunda versão do programa de regularização de
ativos no exterior, conhecida como repatriação,
arrecadou apenas R$ 1,61 bilhão, contra R$ 13
bilhões inicialmente previstos. As alterações na
medida provisória que criou a renegociação especial
de dívidas com a União também podem diminuir a
previsão de arrecadação, caso o governo não consiga
reverter essas mudanças.
Por fim, o governo teve de recuar de duas medidas
que elevariam as receitas. O aumento do Programa de
Integração Social e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins)
sobre o etanol foi parcialmente revertido, reduzindo
a previsão de arrecadação em R$ 501 milhões.
Na semana passada, o governo revogou a medida
provisória (MP) que acabaria com a desoneração da
folha de pagamento para 46 dos 52 setores
beneficiados pela política. A MP, que trancava a
pauta da Câmara dos Deputados, perdeu a validade na
última quinta-feira (10) e foi revogada sem passar
por votação. O governo enviará um projeto de lei
sobre o assunto. A revogação resultará em perda de
R$ 4,8 bilhões.
Incertezas
O governo enfrenta ainda incertezas com receitas
extraordinárias. Em julho, o TCU emitiu um alerta de
que a União terá dificuldades em arrecadar R$ 19,3
bilhões por causa de receitas de concessões que
podem não entrar no caixa do governo em 2017. Além
dos R$ 11 bilhões dos leilões de hidrelétricas, que
não vão mais entrar nos cofres federais este ano, o
governo fará um leilão de R$ 8 bilhões de concessões
de petróleo e gás no próximo mês.
A equipe econômica também pretende concluir a venda
de ações do Tesouro no IRB-Brasil, empresa que detém
o monopólio do mercado de resseguros no país, e
privatizar a Caixa Seguridade e a Lotex, empresa de
loterias. As vendas, no entanto, precisam ser
concluídas até outubro para que os recursos
ingressem no caixa do governo ainda este ano.
Fonte: Agência Brasil
14/08/2017 -
Rodrigo Maia defende reformulação do Estado
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
defendeu na sexta-feira (11) a reformulação do
Estado, a partir de uma ampla reforma que permita
que seja dada, de forma equilibrada, condições
iguais a todos os brasileiros. Para Maia, o Estado é
muito maior do que a capacidade que a sociedade tem
de financiá-lo.
Rodrigo Maia criticou a possibilidade de mudanças na
meta fiscal. “Eu fico desconfortável com o aumento
da meta [fiscal]. Não é justo para com a sociedade
brasileira. O governo já tem um déficit muito grande
para não gerar as condições [necessárias] para
cumprir esta meta. Nós sabemos que a crise ainda
existe, que há queda da arrecadação, mas quando você
não cumpre a meta você sinaliza que o endividamento
pode crescer, o que pode gerar dificuldades”.
Rodrigo Maia lamentou o engessamento do Orçamento da
União. “Infelizmente a gente tem mais de um trilhão
[de reais] do orçamento destinado a gastos
obrigatórios. Nós temos que discutir os esses gastos
obrigatórios”.
O presidente da Câmara defendeu a urgência da
reforma da Previdência Social, que, segundo ele, é
para onde é destinado a maior parte dos recursos do
Orçamento. “A Previdência tem que ser reformada,
pois é para onde vai a maior parte desses custos. O
país terá de promover mudanças”, disse.
Rodrigo Maia disse que após a Câmara rejeitar o
pedido do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, para que o presidente Michel Temer fosse
investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por
corrupção passiva, o maior desafio do governo, a
partir de agora, “é reorganizar a base de
sustentação para que as reformas possam avançar”.
O presidente da Câmara reafirmou que a possibilidade
de o Congresso votar a reforma da Previdência até
setembro, é missão difícil. “Nós vamos trabalhar,
mas a gente sabe que hoje é difícil e nós não
estamos aqui para enganar ninguém. Mas o nosso
trabalhar é de ir convencendo o parlamento aos
poucos”.
O presidente da Câmara participou, no Centro
Cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio,
do painel Desafios para o Brasil: a agenda de
reformas e a segurança pública no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
14/08/2017 -
Senado pode criar Comitê de Defesa da Mulher contra
Assédio Moral ou Sexual
O Senado Federal pode criar o Comitê de Defesa da
Mulher contra Assédio Moral ou Sexual. A proposta
partiu da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), via
projeto de resolução (PRS 6/2011), e está pronta
para ser votada pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ). A matéria Já conta com
voto favorável da relatora, senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM).
Com a aprovação do PRS 6/2011, a criação do comitê
estará prevista no Código de Ética e Decoro
Parlamentar. O organismo será composto por três
senadoras, que serão indicadas para mandato de dois
anos, permitida a recondução uma única vez e por
igual período. As indicações serão feitas pelas
lideranças partidárias à Mesa do Senado –
encarregada da escolha das integrantes- sempre no
início da primeira e da terceira sessão legislativa
de cada legislatura.
Denúncias
O comitê terá a missão de receber denúncias relativas
a assédio moral ou sexual de servidoras efetivas,
comissionadas e terceirizadas do Senado. Se a queixa
estiver bem fundamentada, o organismo irá elaborar
relatório sobre os fatos denunciados e encaminhá-lo
ao Conselho de Ética para abertura de processo
disciplinar.
Por outro lado, caso a denúncia não se sustente, o
relatório será arquivado. O Comitê de Defesa da
Mulher também vai cuidar de preservar a identidade
da servidora denunciante, que receberá ainda
garantias quanto ao cargo, função ou emprego
exercidos no Senado se a acusação não prosperar.
“Caso o Senado Federal aprove a proposição
apresentada, certamente se transformará em
referência a ser seguida por outras Casas
legislativas em todos os níveis da federação”,
acredita Gleisi.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
14/08/2017 -
Comissão discute Sistema Nacional de Juventude
Será realizada na quarta-feira (16) audiência
pública da Comissão de Legislação Participativa
sobre a aprovação do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve).
O deputado André Amaral (PMDB-PB) sugeriu o debate.
Ele lembrou que a aprovação do Estatuto da Juventude
(Lei 12.852/13) representou marco importante da
institucionalização de políticas públicas para os
jovens em âmbito nacional. A lei remete ao Poder
Executivo a responsabilidade da regulamentação do
Sinajuve que, de acordo com o deputado, terá papel
fundamental na instituição da política de juventude
como política de Estado.
O Sinajuve “permitirá que aconteçam iniciativas
governamentais, articulando metas e ações para
garantir o desenvolvimento da juventude brasileira”,
destacou André Amaral.
Foram convidados para a audiência:
- o secretário Nacional de Juventude, Francisco de
Assis Costa Filho;
- o presidente do Fórum Nacional de Gestores de
Políticas Públicas de Juventude nos Municípios,
Maicon Cleyton Rodrigues Nogueira;
- o superintendente da Juventude do Governo do Estado
de Goiás e Presidente do Fórum Nacional de Gestores
Estaduais de Juventude, Leonardo Felipe Marques de
Souza;
- pelo Conselho Nacional de Juventude (Coijuve), Sauro
Spinelly Florêncio da Cunha;
- o secretário executivo do Comitê Interministerial da
Política de Juventude, José Antônio de Melo Filho;
- a procuradora do Trabalho da 9ª Região Mariane
Josviak.
A audiência será interativa, e está marcada para as
14h30, no plenário 3.
Fonte: Agência Câmara
14/08/2017 -
Convocados para revisão do auxílio-doença têm até
dia 21 para agendar perícia
Os beneficiários do auxílio-doença convocados pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 1º de
agosto têm até o dia 21 deste mês para agendar a
perícia de revisão do benefício. Foram chamados
55.152 pessoas que não foram localizados pelo INSS
por alguma inconsistência no endereço.
A lista dos convocados está disponível no site do
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e no
Diário Oficial da União (DOU). Para o beneficiário
conferir se o nome consta na lista do DOU, no campo
de busca do site ele deve digitar o nome,
selecionando apenas a seção 3 e a data de 1º de
agosto.
Caso tenha sido convocada, a pessoa deverá entrar em
contato exclusivamente com a central de atendimento,
ligando para o número 135. Não é preciso ir até uma
agência do INSS para fazer a marcação da perícia.
Pelo 135, também é possível atualizar o endereço.
Na ocasião da perícia, deverá ser apresentada toda a
documentação médica que justifique o recebimento do
benefício, como atestados, laudos, receitas e
exames. O segurado que estiver internado ou enfermo
e não puder comparecer, deverá requerer a perícia
domiciliar ou hospitalar. A solicitação deve ser
feita em uma agência do INSS por um representante,
com documento médico indicando a condição de
impossibilidade.
Se o beneficiário não entrar em contato ou não
comparecer na data agendada, o auxílio-doença será
bloqueado. A partir do bloqueio, ele tem 60 dias
para marcar a perícia. Com o agendamento dentro do
prazo, o benefício é liberado até a realização da
perícia. Se passados 60 dias sem que o beneficiário
se manifeste, o benefício é cancelado.
Segundo o MDS, o objetivo do pente-fino adotado pelo
governo federal é garantir que os recursos públicos
cheguem a quem realmente precisa. Ao todo, 530.191
benefícios de auxílio-doença serão revisados.
Até 14 de julho, foram realizadas 199.981 perícias.
Como resultado, 159.964 pessoas tiveram o benefício
cancelado por não precisarem mais recebê-lo. A
ausência de convocados na perícia levou ao
cancelamento de outros 20.304 benefícios. Além
disso, 31.863 benefícios foram convertidos em
aposentadoria por invalidez, 1.802 em
auxílio-acidente, 1.058 em aposentadoria por
invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício
e 5.294 pessoas foram encaminhadas para reabilitação
profissional.
A economia anual estimada até agora é de R$ 2,6
bilhões.
Fonte: Portal EBC
14/08/2017 -
INSS não pode cancelar benefício concedido a
segurado por decisão judicial
O benefício em vigor, concedido por tutela
antecipada (liminar) ainda vigente, somente poderá
ser cancelado mediante análise e suspensão judicial.
Com esse entendimento, a 9ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Sul atendeu, em parte, a
pedido de segurado do INSS que teve o auxílio-doença
concedido por decisão judicial cancelado, por meio
de decisão administrativa, sem a comunicação ao
Poder Judiciário.
Caso
O processo tramita na Comarca de Canoas. O
auxílio-doença foi deferido ao início do processo,
em antecipação de tutela. Na 2ª Vara Cível da
Comarca, foi negado o pedido do segurado para que o
INSS se abstivesse de suspender o pagamento do
benefício, diante da convocação do segurado para
exame médico e provável revisão administrativa
realizada. Na avaliação do julgador, o INSS tem
poder de autotutela na gestão dos benefícios que
concede e no próprio controle de legalidade dos seus
atos.
Inconformado, o segurado recorreu ao TJ.
Recurso
O relator do recurso, Desembargador Tasso Caubi Soares
Delabary, considerou que o benefício em vigor
alcançado pela tutela jurisdicional só pode ser
cancelado por esta via: "Eventual cessação de
pagamento, ainda que autorizado pelo exame de saúde
ao qual convocado, apenas poderá advir da revogação
da tutela de urgência que deferiu o benefício pela
via recursal, ou por meio de novas provas que
desautorizem a continuidade da percepção pelo ora
recorrente a serem submetidas a prudente análise
pelo julgador", afirmou o relator.
Ainda, considerou o Desembargador, a tutela
provisória pode ser revisada a qualquer tempo, assim
que sobrevir fato novo, mas que deve ser submetido
ao crivo judicial, vedada à administração violar a
decisão jurisdicional, "haja vista o objeto
controvertido tornou-se e permanece litigioso, o
qual subtrai parcela do poder de autotutela do
Estado".
Participaram do julgamento os Desembargadores
Eugênio Facchini Neto e Carlos Eduardo Richinitti,
que acompanharam o voto do relator. (Proc.
70073136384 (Agravo de Instrumento))
Fonte: TJRS
14/08/2017 -
Lei da gorjeta regulamenta relação entre
trabalhadores e empregadores
Apenas três meses após entrar em vigor, a lei da
gorjeta (3.419/2017) já provocou mudanças positivas
na relação entre profissionais e empregadores de
bar, restaurantes, hotéis e similares. É o que
afirmam o presidente do Sindicato patronal de
Brasília (Sindhobar), Jael Antonio da Silva, e o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores de São
Paulo (Sinsthoresp) e vice-presidente da
Confederação Nacional de Trabalhadores em Turismo e
Hospitalidade (Contratuh), Francisco Calasans
Lacerda.
Para Jael Silva, desde a implantação da lei, no dia
12/05, houve uma queda significativa nas demandas
trabalhistas na justiça em razão de questionamentos
sobre os repasses desses recursos aos trabalhadores.
"Percebemos que diminuíram as reclamações
trabalhistas quanto ao pagamento das gorjetas", ele
comenta.
Já Francisco Lacerda destaca, sobretudo, os
benefícios para cálculos de aposentadoria. "A lei da
gorjeta foi uma luta de longa data da nossa
categoria. Conseguimos melhorar a remuneração mensal
do trabalhador, pois os salários fixos costumam ser
irrisórios, e garantimos uma aposentadoria mais
justa conforme nossa renda real em atividade".
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ressalta
que a lei deixou as regras definidas e claras tanto
para trabalhador quanto empregador, e que o
consumidor também se beneficiou, uma vez que o
pagamento continuou sendo opcional. "O mais
importante foi que a lei pacificou a relação entre o
dono do estabelecimento e o funcionário ao
regulamentar a gorjeta. Uma situação que existia de
forma precária e gerava mais conflito do que
benefício. Hoje o consumidor paga se estiver
satisfeito, os profissionais têm os valores
registrados na folha de pagamento e a sociedade
ganha com o recolhimento dos tributos", destaca o
ministro.
Existem no Brasil 196.271 garçons, conforme a última
Relação Anual de Informações Anuais (Rais), de 2015.
Destes, 53.834 estão em São Paulo; 25.578, Rio de
Janeiro; 16.268, Minas Gerais; 12.526, Rio Grande do
Sul; 11.445, Bahia; 11.003, Paraná; 10.403, Santa
Catarina; e 6.677 em Brasília.
A lei não definiu percentual da gorjeta. O comum é
ficar entre 10% a 15%. O valor recolhido é
distribuído entre os profissionais depois de
descontados os encargos sociais. Para os
estabelecimentos inscritos no Simples Nacional, 20%
dos recolhimentos em gorjetas são destinados para
encargos fiscais e 33% para empresas no regime de
tributação padrão. O restante da arrecadação é
integralmente repassado aos funcionários. Exemplo:
se o funcionário receber R$ 1.000,00 mensais de
gorjeta, os encargos incidirão sobre R$ 800,00 (no
caso da empresa enquadrada no Simples) e sobre R$
670,00 (no caso da empresa fora do Simples).
Antes de entrar em vigor a Lei nº 13.419/2017, as
gorjetas recebidas em bares e restaurantes não
tinham destino definido e podiam ser incorporadas ao
faturamento das empresas. A lei deixa claro que a
gorjeta cobrada com o serviço ou dada de forma
espontânea pelo consumidor pelos serviços deve fazer
parte da remuneração dos profissionais.
"A regulamentação da gorjeta promoveu clima mais
harmonioso dentro dos estabelecimentos. Todos
trabalham mais e melhor. E a empresa ganha com a
eficiência nos serviços e no atendimento ao
cliente", pondera Lacerda.
Vale lembrar que, caso haja descumprimento das
normas, a empresa terá de pagar multa de 1/30 da
média da gorjeta por dia de atraso.
Fonte: MTb
14/08/2017 -
Condenado por má-fé aposentado que requereu
indenização estabilitária
A 13ª Turma do TRT-2, em acórdão de relatoria da
desembargadora Cíntia Táffari, manteve decisão da 3ª
Vara do Trabalho de Mauá-SP que condenara por
litigância de má-fé um trabalhador já aposentado que
havia requerido indenização relativa à estabilidade
pré-aposentadoria, a qual sabia ser indevida. A
turma, porém, reduziu a multa de 8% para 2% do valor
da causa.
Alegando que foi dispensado faltando poucos meses
para se aposentar, o empregado ajuizou ação em
19/09/16 e pleiteou uma diferença de dois meses de
indenização do período estabilitário prevista em
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). De acordo com
o trabalhador, a quantia quitada pela empresa – R$
161.351,20 – abrangeu somente dez meses, e não os
doze, que ele entendia serem devidos.
A cláusula 38ª da norma coletiva dispõe que “aos
empregados que comprovadamente estiverem a um máximo
de 12 (doze) meses da aquisição do direito da
aposentadoria, em seus prazos mínimos, de qualquer
tipo, e que contarem no mínimo com 08 (oito) anos de
serviço na mesma empresa, fica assegurado o emprego,
ou o salário, durante o período que faltar para
aposentarem-se”.
Para sustentar sua pretensão, o autor juntou
certidão de tempo de contribuição emitida pelo INSS
em 7/12/2015, segundo a qual, no momento da rescisão
(6/10/15), teria 34 anos e 13 dias computados,
faltando 11 meses e 17 dias para a aposentadoria –
estaria, então, protegido pela CCT.
Contudo, foi provado que, na data da rescisão
contratual, o trabalhador já tinha direito adquirido
à concessão do benefício, além do que, quando
ajuizou a reclamação trabalhista, já estava
aposentado – por tempo de contribuição – havia mais
de sete meses. O documento do INSS não comprovava o
tempo necessário (35 anos), sugerindo-se que o autor
não tenha apresentado todos os dados necessários à
autarquia. Porém, o trabalhador obteve a concessão
do benefício desde a data do requerimento.
De acordo com a sentença, o reclamante preferiu
omitir-se, imaginando que nem a reclamada nem o
juízo teriam da ciência da situação, e foi
“extremamente ganancioso”, pois recebeu indenização
pela estabilidade, quando nem mesmo tinha esse
direito e ainda pretendeu receber mais dois meses
sob alegação de que o aviso prévio não é considerado
pelo órgão previdenciário.
Ao aplicar a penalidade de litigância de má-fé, a
juíza Meire Sakata chama atenção para o grande
volume de processos na Justiça do Trabalho e que
proceder com probidade é um dever moral das partes.
“Quando isso não ocorre, é função do juiz, que tem a
direção do processo, prevenir e reprimir qualquer
ato contrário à dignidade da Justiça”.
Para que não houvesse enriquecimento sem causa do
autor, foi determinado o bloqueio dos valores da
condenação via Bacen-Jud a título de ressarcimento
da empresa, a qual só pôde levantá-los após o
trânsito em julgado, determinação que também foi
mantida pelo 2º grau.
Processo: 1001348-76.2016.05.02.0363
Fonte: TRT2
11/08/2017 -
Trabalhadores receberão até o final de agosto parte
do lucro do FGTS
Até o final de agosto, a Caixa Econômica Federal
(Caixa) vai creditar R$ 7,8 bilhões nas contas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 88
milhões de trabalhadores, como distribuição dos
resultados do fundo. Com isso, a rentabilidade das
245,7 milhões de contas chegará a 7,14%.
Segundo dados divulgado em cerimônia no Palácio do
Planalto, o lucro líquido do FGTS no ano passado foi
de R$ 14,555 bilhões. Com a distribuição dos
resultados do fundo, serão creditados, em média, R$
29,62 em cada conta.
“É a primeira vez que o lucro do fundo está sendo
distribuído com os verdadeiros donos do dinheiro”,
ressaltou o presidente Michel Temer.
“São décadas que os trabalhadores lutam para ter a
remuneração do seu FGTS no mesmo nível da inflação.
Com essa mudança, o FGTS terá 7,1% [de remuneração]
e a inflação do ano passado foi de 6%. Depois de
décadas o FGTS terá uma correção acima da inflação”,
disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
É a primeira vez que os resultados do FGTS são
repassados aos trabalhadores. A medida foi
instituída pela medida provisória que liberou o
saque do valor das contas inativas do FGTS.
Pela regra, o percentual de distribuição de
resultado do FGTS é de 50% do lucro líquido do
exercício anterior. A lei estabelece que os valores
creditados nas contas dos trabalhadores sejam
proporcionais ao saldo da conta vinculada apurada no
dia 31 de dezembro do ano anterior.
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, informou que
a distribuição dos resultados do FGTS ocorrerá
anualmente, com os depósitos sendo efetuados sempre
até o dia 31 de agosto. Occhi disse ainda que a
remuneração não fará parte do cálculo de uma multa
rescisória. “Essa medida foi pensado no
empregadores. Temos convicção que com essa medida o
trabalhador e a sociedade saem ganhando com essa
decisão.”
De acordo com a Caixa, com a distribuição dos
resultados do equivalente a 1,93%, a rentabilidade
das contas do FGTS, nesse ano, sairá de 5,11% ao mês
(3% mais TR), para 7,14% ao mês.
Fonte: Agência Brasil
11/08/2017 -
Fachin decide não incluir Temer em inquérito que
investiga integrantes do PMDB
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin decidiu nesta quinta-feira (10) não incluir o
presidente Michel Temer no inquérito que investiga
integrantes do PMDB da Câmara dos Deputados no
âmbito da Operação Lava Jato. O pedido foi feito
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na decisão, Fachin entendeu que o presidente já é
investigado pelo crime de organização criminosa no
inquérito que foi aberto pelo Supremo a partir das
delações da JBS, sendo “desnecessária” a inclusão de
Temer em outro inquérito.
O pedido para incluir o presidente no inquérito que
investiga o PMDB havia sido feito pela Polícia
Federal (PF), o que levou Fachin a solicitar a
manifestação de Janot sobre o assunto. O
procurador-geral da República disse que a
organização criminosa que permitiu ao presidente
cometer os crimes pelo qual foi denunciado no
Inquérito 4.483 (em que Temer foi denunciado por
corrupção passiva e está suspenso após a
continuidade do processo não ter sido aprovada na
Câmara dos Deputados), na verdade, estaria inserida
no contexto maior da Lava Jato.
O inquérito sobre o PMDB tem, no momento, 15
investigados, entre eles, o deputado cassado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo
Alves.
Fonte: Agência Brasil
11/08/2017 -
Partidos governistas cobram valorização para votar
reforma da Previdência
Os deputados federais que apoiam o governo estão
divididos quanto a estratégia para levar a reforma
da Previdência ao plenário da Câmara.
Na semana passada, antes de votar a autorização de
abertura de processo contra o presidente Michel
Temer, a base governista chegou a anunciar que teria
280 votos. No final, foram 263.
Para o líder Arthur Lira, do Partido Progressista, o
governo deveria adotar uma postura diferente para
valorizar os deputados fiéis.
O vice-líder do Governo, Beto Mansur, do PRB,
discorda desse método.
Para aprovar a reforma da Previdência, são
necessários 308 votos. Por isso, as lideranças
querem garantir pelo menos 320 deputados favoráveis,
para ter uma margem de segurança.
Fonte: Portal EBC
11/08/2017 -
Pesquisa: reforma trabalhista aumentará desemprego
Nova rodada da pesquisa do Vox Populi,
encomendada pela CUT e divulgada na segunda-feira
(7), aponta rejeição à "reforma" trabalhista do
governo Temer, materializada pela Lei 13.467,
sancionada em julho. Para 57% dos entrevistados, a
mudança é boa apenas para os patrões, enquanto 15%
acreditam que não beneficia ninguém. Apenas 12%
afirmaram que a reforma é boa para ambos e só 3%
disseram que ajuda os empregados. Outros 14% não
souberam ou não responderam. Veicula o jornal Brasil
de Fato.
A rejeição aumenta para 63% na região Nordeste e vai
a 57% no Sudeste. Fica na média no
Centro-Oeste/Norte e cai para 48% na região Sul. É
um pouco maior entre homens (58%) do que mulheres
(56%), e entre adultos (59%) do que jovens (57%) e
maduros (49%). Também sobe, para 59%, entre pessoas
de nível superior e com renda equivalente a até dois
salários mínimos.
Sobre possíveis efeitos, 72% afirmam que o
desemprego, atualmente em nível recorde, deverá
aumentar. E 14% avaliam que continuará como está.
Os pesquisadores perguntaram sobre dois itens da
nova lei. Para 60%, negociar sozinho, sem a presença
do sindicato, é ruim ou péssimo e para 13%, ótimo ou
bom. Outros 17% consideram regular e 11% não
quiseram ou não souberam responder.
A maioria também foi contrária ao dispositivo que
permite à mulher gestante ou lactante trabalhar em
locais insalubres, mediante um atestado médico.
Pouco mais da metade dos entrevistados (51%)
disseram que isso é bom só para os patrões e 18%,
para ninguém. Nas demais respostas, 11% acreditam
que é bom para ambos e 6%, para os empregados,
enquanto 14% não responderam ou não souberam
responder.
Foram entrevistadas 1.999 pessoas nos dias 29 e 31
do mês passado, em 118 municípios de áreas urbanas e
rurais. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos,
com intervalo de confiança de 95%.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a
reprovação só não superou os 90% porque os
trabalhadores ainda não têm pleno conhecimento das
novas regras. Segundo ele, Temer institucionalizou o
chamado "bico" no mercado de trabalho.
"O governo e o Congresso Nacional esconderam dos
trabalhadores que a reforma acaba com garantias
incluídas na CLT", diz Vagner. "Disseram apenas que
geraria empregos, o que não é verdade. Não disseram,
por exemplo, que os empregos decentes serão
substituídos por empregos precários, com salários
mais baixos e sem benefícios, entre tantas outras
desgraças previstas na nova lei trabalhista."
Fonte: Diap
11/08/2017 -
Comissão da reforma política marca para terça-feira
votação de destaques
O texto da reforma política aprovado na Comissão da
Câmara, por enquanto, manteve o Distritão para as
próximas eleições e o Distrital Misto para 2022.
Ainda faltam votar dois destaques que podem mudar o
texto antes de ir ao Plenário.
O sistema do Distritão foi aprovado para ser uma
transição para o Distrital Misto. Mas parlamentares
de diversos partidos, tanto do governo quanto da
oposição, dizem que vão tentar derrubar o Distritão
no Plenário.
Neste sistema, os deputados são eleitos entre os
mais votados em cada estado como ocorre nos pleitos
de Senadores, acabando com o sistema proporcional,
que distribui os votos de quem não foi eleito entre
os candidatos do mesmo partido ou coligação.
Para o deputado Danilo Fortes, do PSB, o Distritão
acaba com a figura do puxador de votos.
Os críticos do Distritão afirmam que ele privilegia
os políticos mais conhecidos e dificulta a
renovação, como argumentou o deputado Ivan Valente,
do PSOL.
No Distrital Misto, que começaria a valer em 2022, o
eleitor tem dois votos, um para a eleição
majoritária, onde os mais votados de cada distrito
vencem, e outro para uma lista fechada dos partidos.
A exceção é a eleição para vereadores, que se
manteve com as regras de hoje.
O relator da reforma, deputado Vicente Cândido, do
PT, criticou o resultado das votações.
Ainda faltam votar 2 destaques para alterar o
projeto. A nova sessão foi marcada para próxima
terça-feira. Lembrando que no Plenário, novas
alterações podem ser feitas.
Fonte: Portal EBC
11/08/2017 -
Se lei fosse cumprida, 500 mil jovens a mais seriam
contratados, diz deputada
Em seminário sobre os 16 anos da lei que obriga
empresas a contratar de 5% a 15% de aprendizes,
procuradora defende ampliação da obrigação para
órgãos públicos
Pelo menos 500 mil jovens aprendizes poderiam ser
contratados por empresas se a chamada Lei de
Aprendizagem (10.097/00) fosse cumprida.
O alerta foi dado pela presidente da Comissão de
Legislação Participativa, deputada Flávia Morais
(PDT-GO), em seminário promovido na Câmara pelo
colegiado, nesta quarta-feira (9), sobre os 16 anos
da lei que obriga empresas de médio e grande porte a
contratar de 5% a 15% de jovens aprendizes.
Flávia Morais baseia-se em dados de levantamento
feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego em
outubro de 2016. Segundo o estudo, existem no Brasil
cerca de 393 mil jovens aprendizes contratados em
empresas, quando deveria haver 957 mil contratados,
se a Lei de Aprendizagem fosse de fato cumprida.
Pela legislação, o jovem aprendiz deve ter entre 14
e 18 anos e cursar escola técnica.
A parlamentar destacou que é preciso conscientizar
os empresários sobre a importância de dar
oportunidades aos jovens. Para a deputada, a
exigência pode ser benéfica também para as empresas,
que pode preparar o jovem para ser seu funcionário.
“A empresa já pega um funcionário qualificado dentro
das especificidades das empresas”, disse.
Ampliação da lei
A procuradora federal do Ministério Público do
Trabalho do Paraná Mariane Josviak ressaltou a
importância da lei, já que, antes de 2000, jovens
participavam do mundo do trabalho sem vínculos
empregatício e previdenciário.
Josviak defendeu a ampliação da lei, a fim de
obrigar também órgãos públicos a contratar jovens
aprendizes. Conforme a procuradora, isso
possibilitaria a contratação de até 1,8 milhão de
jovens aprendizes no País.
A Câmara já analisa o Projeto de Lei 2942/11, da
deputada Flávia Morais, que prevê a oferta de
estágio remunerado a adolescentes de baixa renda
pelos órgãos e entidades da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional.
Fiscalização
Segundo a procuradora, a cota de jovens aprendizes nas
empresas é fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, mas denúncias – inclusive sigilosas – de
descumprimento da lei também podem ser encaminhadas
para o Ministério Público do Trabalho, que pode
ajuizar ação civil pública contra a empresa ou
firmar com ela um termo de ajustamento de conduta.
Mariane Josviak explicou que, antes de promover
ações contra as empresas, o Ministério Público tem
buscado conscientiza essas organizações sobre a
importância da contratação de jovens aprendizes, já
que alguns empresários até mesmo desconhecem a lei.
A representante do Instituto Solidário Estudantil
Empreendedor Individual, Mafra Meris, disse que o
Ministério do Trabalho só fiscaliza cerca de 5% das
empresas. Ela também defendeu o trabalho junto aos
os departamentos de recursos humanos para
possibilitar a contratação dos jovens. Já Selton
Lucas, do Parlamento Jovem de Recife, afirmou que
não adianta existir a lei se não houver a
fiscalização das medidas.
Acompanhamento
O superintendente da Assistência Social do Estado de
Goiás, Jales Barreto Júnior, por sua vez, observou
que muitas vezes as empresas preferem pagar multa do
que empregar jovens. Além disso, salientou que não
basta dar emprego para os jovens – é preciso também
acompanhar a situação das famílias e a situação
escolar desses jovens, disse.
Fonte: Agência Câmara
11/08/2017 -
Suspenso julgamento de ações que questionam
proibição ao uso do amianto
Após voto-vista do ministro Dias Toffoli, foi
suspenso o julgamento, pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF), de quatro ações ajuizadas
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI) contra leis de três estados
(PE, RS e SP) e do Município de São Paulo que
proíbem a produção, comércio e uso de produtos com
amianto nos respectivos territórios. O ministro Dias
Toffoli proferiu voto-vista no sentido de julgar
improcedentes as ações e declarar, incidentalmente,
a inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal
9.055/1995, que disciplina o uso do mineral no país.
O julgamento estava suspenso desde novembro de 2016,
após voto do ministro Edson Fachin também pela
improcedência dos pedidos.
A CNTI alega, em síntese, que as leis seriam
inconstitucionais porque, ao impor restrição maior
que a prevista em lei federal, teriam invadido
competência privativa da União para legislar sobre o
tema.
O ministro Dias Toffoli iniciou o seu voto-vista
explicando que compete à União a edição de normas
gerais sobre produção e consumo, proteção ao meio
ambiente e defesa da saúde, e aos estados,
concorrentemente, suplementar a legislação federal
no que couber. Somente na hipótese de inexistência
de lei federal é que os estados exercerão a
competência legislativa plena, destacou. No entanto,
a inobservância dos limites constitucionais, pelos
estados, impostos ao exercício da competência
concorrente implica a inconstitucionalidade formal
da lei.
Dessa forma, no caso concreto, segundo ministro, “se
a lei federal admite de modo restrito o uso do
amianto, em tese, a lei estadual ou municipal não
poderia proibi-lo totalmente, pois desse modo
atuaria de forma contraria à prescrição da norma
geral nacional, em detrimento da competência
legislativa da União”.
No entanto, o ministro afirmou que o artigo 2º da
Lei Federal 9.055/1995, que disciplina a extração e
utilização do mineral, em razão da alteração no
substrato fático do tema, passou por um processo de
inconstitucionalização e, no momento atual, não mais
se compatibiliza com a Constituição Federal de 1988.
Diante disso, para Toffoli, os estados passam a ter
competência legislativa plena sobre o tema.
De acordo com o ministro, as percepções dos níveis
de consenso e dissenso em torno da necessidade ou
não do banimento do amianto não sãos mais os mesmos
observados quando da edição da norma geral. A lei ,
explica, foi editada em 1995, com base em um
prognóstico de viabilidade do uso seguro da
crisotila e na impossibilidade na época de
substitui-la por material alternativo. “Se antes
tinha-se notícia dos possíveis riscos à saúde e ao
meio ambiente ocasionados pela utilização da
crisotila, hoje o que se observa é um consenso em
torno da natureza altamente cancerígena do mineral e
da inviabilidade de seu uso de forma efetivamente
segura”, disse. É esse o entendimento oficial de
órgãos nacionais e internacionais que detêm
autoridade no tema da saúde em geral e da saúde do
trabalhador, segundo o ministro.
O ministro citou documentos da Convenção 162/1986 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
preveem, dentre os seus princípios gerais, a
necessidade de revisão da legislação nacional quanto
ao uso do amianto sempre que o desenvolvimento
técnico e o progresso no conhecimento científico
requeiram. Dias Toffoli ressaltou que o Brasil, ao
internalizar a convenção, por meio do Decreto nº
126/1991, assumiu o compromisso internacional de
revisar sua legislação e de substituir quando
tecnicamente viável o amianto.
Esse conjunto de fatores, quais sejam, o consenso
dos órgãos oficiais de saúde geral e de saúde do
trabalhador em torno da natureza altamente
cancerígena do amianto crisotila, a existência de
materiais alternativos à fibra de amianto e a
ausência de revisão da legislação federal que já tem
mais de 22 anos, revela a inconstitucionalidade
superveniente, sob a ótica material do artigo 2º da
Lei Federal 9.055/1995 por ofensa, sobretudo, ao
direito à saúde, ao dever estatal de redução dos
riscos inerentes ao trabalho, bem como por ofensa à
proteção do meio ambiente”, concluiu.
Nesse sentido, o ministro ressaltou que, diante da
inviabilidade da norma geral federal, os estados
membros passam a ter competência legislativa plena
sobre a matéria, até que sobrevenha nova legislação
federal acerca do tema. Toffoli votou pela
improcedência das Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADIs) 3356, 3357 e 3937, e da
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
109, declarando, incidentalmente, a
inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal
9.055/1995.
Resultado parcial
Até o momento, este é o resultado parcial do
julgamento: o ministro Edson Fachin, relator da ADPF
109, e o ministro Dias Toffoli votaram pela
improcedência das quatro ações. Na ADI 3356, que
questiona lei de Pernambuco, o relator, ministro
Eros Grau (aposentado) votou pela procedência da
ação e os ministros Edson Fachin e Dias Toffoli pela
improcedência. Na ADI 3357, contra norma do Rio
Grande do Sul, o relator, ministro Ayres Britto
(aposentado), Edson Fachin e Dias Toffoli julgaram
improcedente a ação e o ministro Marco Aurélio,
julgou-a procedente. Na ADI 3937, contra lei
estadual de São Paulo, o ministro Marco Aurélio
(relator) julgou a ação procedente e os ministros
Ayres Britto (aposentado), Edson Fachin e Dias
Toffoli votaram pela improcedência.
ADI 4066
Na sequência, foi iniciado o julgamento da ADI 4066,
ajuizada pela ANPT (Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho) e pela Anamatra
(Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho), contra dispositivo da Lei 9.055/1995, que
permite a exploração comercial e industrial do
amianto crisotila. As entidades sustentam que a
norma viola a Constituição, "no que concerne à
dignidade da pessoa humana, ao valor social do
trabalho, à existência digna, ao direito à saúde e à
proteção ao meio ambiente".
O julgamento foi suspenso após a leitura do
relatório da ministra Rosa Weber e das sustentações
orais dos advogados das partes e amici curiae. A ADI
volta a ser analisada na sessão do dia próximo dia
17.
Fonte: STF
11/08/2017 -
Temer defende harmonia entre Poderes e critica abuso
de autoridade
O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira
(10) que a harmonia entre os Poderes deve ser
mantida por se tratar de uma determinação
constitucional. Temer participou nesta quinta-feira
da cerimônia de assinatura de acordo de cooperação
entre a Advocacia-Geral da União e as
procuradorias-gerais dos Estados e do Distrito
Federal.
“Parece que a harmonia entre os Poderes é uma coisa
que há de ser praticada por pessoas, e não é só
isso, não. A harmonia entre os Poderes é uma
determinação constitucional”, disse o presidente. E
acrescentou: “toda vez que há uma desarmonia, o que
há é uma inconstitucionalidade”.
Aos participantes da cerimônia, entre os quais a
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra
Cármen Lúcia, Temer falou sobre questões
relacionadas ao direito. Entre os temas mencionados,
o presidente destacou o do abuso de autoridade, que,
para ele, ocorre quando se ultrapassam os limites
legais.
“Hoje se fala muito em abuso de autoridade.
Interessante que há visão muito autoritária da ideia
de abuso de autoridade. As pessoas acham que
autoridade é a autoridade constituída e, na verdade,
a única figura que tem autoridade no nosso sistema é
a lei. Quando há ultrapasse dos limites legais, é
que há abuso de autoridade”, afirmou Temer.
Acordo de cooperação
O acordo assinado hoje entre a Advocacia-Geral da
União e as procuradorias-gerais dos estados e do
Distrito Federal tem o objetivo de reduzir conflitos
judiciais entre entes federados e fortalecer a
defesa do Brasil nas entidades interamericanas de
direitos humanos.
Temer, Cármen Lúcia e o ministro das Relações
Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, participaram da
cerimônia de assinatura do acordo.
O documento prevê cooperação técnica entre os entes
jurídicos federal e estaduais na representação
jurídica do Brasil perante a Comissão e a Corte
Interamericanas de Direitos Humanos. De acordo com a
AGU, atualmente, a obtenção de informações para
embasar a estratégia de defesa do país é dificultada
pela falta de uma articulação maior entre os estados
e a União.
“Muitas vezes, nosso país é demandado, e nossa
federação deve dar à comunidade internacional uma
resposta que ela merece, fazendo uma defesa
eficiente. Para isso, precisamos contar com a
cooperação de todas as unidades da federação”, disse
a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.
Outro termo assinado nesta quinta-feira cria o Fórum
Nacional da Advocacia Pública. Ele prevê a busca de
soluções alternativas para litígios entre União e
estados.
A presidente do Supremo destacou que a assinatura
dos termos vem ao encontro de uma visão do direito,
que deve se fortalecer cada vez mais, que é a de
buscar o acordo para impedir o litígio que onera a
União e os Estados e torna menos célere a resolução
de conflitos. “Essa possibilidade de ter uma câmara
de conciliação vale para ter um novo direito, não o
direito binário, do sim ou não, mas da conciliação”,
disse Cármem Lúcia.
Durante a cerimônia, Temer assinou um decreto que
torna ponto facultativo na AGU o Dia do Advogado,
comemorado a 11 de agosto.
Fonte: Agência Brasil
10/08/2017 -
Ministro descarta criação de imposto superior à
contribuição sindical
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, descartou
nesta quarta-feira (9) a possibilidade de ser criada
nova contribuição sindical obrigatória ou qualquer
outro tipo de imposto que venha a exceder o valor da
que foi extinta pela reforma trabalhista.
“O imposto sindical passou no Brasil, não vai ter
mais. [Também] não haverá contribuição maior que o
imposto sindical", disse o ministro. Ele disse,
porém, que está sendo estudada uma forma de se
definir uma contribuição para suprir as despesas da
convenção coletiva.
A ideia é estabelecer a remuneração de um dia de
trabalho (valor da atual) como teto para essa
possível nova contribuição. Quando da tramitação da
reforma trabalhista, o presidente Michel Temer
reuniu-se com representantes de centrais sindicais e
acenou com uma compensação pelo fim do imposto
sindical obrigatório em troca de apoio à proposta.
Espera-se que a nova contribuição esteja prevista na
medida provisória (MP) que o Planalto prometeu para
ajustar pontos polêmicos da reforma. No entanto,
setores que defenderam o fim da contribuição
sindical obrigatória, como a indústria, são
contrários à criação de novo tributo.
Ronaldo Nogueira comentou nesta quarta-feira os
resultados de julho do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
No mês passado, o país criou 35,9 mil vagas formais.
Foi o quarto saldo positivo consecutivo e o quinto
registrado no ano. No ano, o Brasil tem saldo
positivo de 103.258 vagas formais.
Fonte: Portal EBC
10/08/2017 -
Os muitos modos de resistir e combater a aplicação
da reforma trabalhista
Antes que entre em vigor, melhorada ou piorada pela
lendária Medida Provisória de temer, a reforma
trabalhista precisa ser denunciada e combatida.
Muitas são as formas de resistir. Um dos caminhos é
a resistência por categoria e já, nas campanhas
salariais em andamento. Metalúrgicos já organizam
frente nacional da categoria. A Federação dos
Professores (Fepesp) também mobiliza os 25
Sindicatos filiados. Outras categorias, ou ramos,
seguem a mesma direção.
A resistência será mais forte e efetiva se estiver
apoiada na própria categoria. Para tanto, cabe às
direções levar informação, orientação e mobilizar as
bases.
Onde for possível, cabe formar frentes amplas,
reunindo vários setores sindicais.
Há, também, a frente jurídica, de questionamento das
ilegalidades e frente à quebra de conquistas
históricas, bem como do descumprimento de convenções
internacionais das quais o Brasil é signatário.
O erro que não se pode cometer é colocar na frente o
item custeio. Até porque, se o Sindicato não estiver
perto do trabalhador, para que este o conheça melhor
e o defenda, não haverá por que o empregado aprovar
desconto para manutenção de sua entidade.
Informação - A imensa maioria tem a sensação
de que a reforma é ruim. Mas muitos não saberão
indicar os itens mais selvagens. Portanto, na
comunicação, será preciso, além de massificar o
caráter agressivo da reforma, identificar os pontos
que mais lesam o trabalhador, seu emprego, sua
renda, sua dignidade.
Fonte: Agência Sindical
10/08/2017 -
País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com
saldo positivo
O mercado de trabalho brasileiro abriu 35,9 mil
vagas formais em julho. É o quarto mês consecutivo
com saldo positivo e o quinto mês do ano. As
informações são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e
Emprego, divulgadas nesta quarta-feira (9).
O saldo de julho resulta da diferença entre
1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões no mês
passado. De janeiro a julho, há saldo positivo
acumulado de 103.258 novas vagas.
O saldo positivo mensal foi impulsionado pelo setor
da indústria da transformação, que criou 12.594
vagas. O comércio abriu 10.156 vagas e o setor de
serviços, 7.714. A agropecuária vem logo atrás, com
a criação de 7.055 vagas. Por fim, a construção
civil teve criação de 724 vagas. Segundo o
Ministério do Trabalho, é a primeira vez em 33 meses
que a construção civil teve desempenho positivo na
criação de empregos.
“São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e
têm muito a ver com o poder de compra do
consumidor”, comentou o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira. Segundo ele, a liberação para
saque do saldo das contas inativas do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o
resultado positivo.
"Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões
das contas inativas do Fundo de Garantia [do Tempo
de Serviço]. O trabalhador teve o direito de
usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente.
Ou pagar contas, ou utilizar desse dinheiro para
fazer investimentos. E isso influenciou no
crescimento [do emprego] da indústria da
transformação", disse o ministro. Ele prevê, ainda,
resultados melhores nos próximos meses.
"O Brasil não vai ter mais números negativos em
emprego. No mês que vem teremos números bem
melhores", disse Ronaldo Nogueira. Segundo ele,
contribuirão para o emprego os investimentos já
programados da General Motors [montadora de
veículos] no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.
Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma
trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões
de empregos nos próximos dois anos.
Pelo Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o
resultado do Caged. "Quarto mês seguido com criação
de empregos formais. As 35 mil carteiras assinadas
em julho mostram que já estamos vencendo o fantasma
do desemprego", disse Temer.
Por outro lado, fecharam vagas no mês de julho os
setores de serviços industriais de utilidade pública
(-1.125), administração pública (-994) e a área
extrativa mineral (-224).
Fonte: Agência Brasil
10/08/2017 -
CAS decide que aposentadoria não extingue contrato
de trabalho
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) rejeitou nesta
quarta-feira (9) uma emenda de Plenário a projeto
que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
explicitando que a concessão da aposentadoria a
pedido do trabalhador não rescinde o contrato de
trabalho a qual ele estiver submetido no momento.
Com a rejeição, o projeto (PLC 137/2015) retorna ao
Plenário.
O relatório aprovado foi elaborado pelo senador José
Pimentel (PT-CE) e lido na reunião pela senadora
Fátima Bezerra (PT-RN). Pimentel explica que o
objetivo do projeto é adequar a CLT ao que já foi
decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda
em 2006, a partir de uma ação direta de
inconstitucionalidade movida por PT, PDT e PCdoB
contra artigo introduzido na CLT em 1997.
O objetivo desses partidos na época, explica o
senador, era derrubar a interpretação do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) de que o trabalhador
aposentado, mesmo que continuasse a trabalhar na
empresa, não teria mais direito à multa de 40% do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
referente ao período anterior à aposentadoria.
A emenda rejeitada foi apresentada pelo senador
Elmano Férrer (PMDB-PI) para acrescentar na lei um
parágrafo que explicita que a concessão de benefício
de aposentadoria compulsória rescinde o contrato de
trabalho.
“Esta hipótese não foi contemplada pelo PLC, até
porque a Lei nº 8.213, de 1991, já estabelece a
possibilidade de extinção do contrato de trabalho no
caso da aposentadoria compulsória a pedido do
empregador”, explica Pimentel do relatório aprovado
pela CAS.
Fonte: Agência Senado
10/08/2017 -
Especialistas defendem reforma da Previdência em CPI
Em audiência pública nesta quarta-feira (9), a
Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência (CPIPREV)
reuniu especialistas que, na maioria, defenderam a
reforma. Segundo os especialistas, a reforma é
necessária diante da grave crise econômica do país e
do rápido envelhecimento da população.
De acordo com o presidente-executivo da Instituição
Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, o
Brasil vive a maior crise de sua história e a
recuperação é muito lenta. Ele explicou que a IFI
fez o cálculo da margem fiscal, que é o espaço que o
país tem para fazer o ajuste fiscal sem mexer nas
despesas obrigatórias, como a Previdência, e que o
resultado não foi positivo.
— O espaço é muito reduzido porque há um excesso de
vinculações que deixam uma margem muito pequena do
orçamento para esse tipo de ajuste — disse Felipe.
Felipe explicou que a IFI utiliza dados oficiais e
que, segundo esses dados, há realmente um deficit na
Previdência, e que será difícil cumprir a regra do
teto dos gastos se não houver a reforma.
— Vai ser muito difícil conseguir sustentar essa
regra do teto se não houver mudanças nos gastos com
pessoal, incluindo a Previdência, porque em 2019,
quando a gente pega as despesas dos poderes, já
considerando o que o Executivo pode fazer em termos
de compensações, ainda faltariam cerca de R$2,4 bi,
quer dizer, o teto de gastos já estouraria em 2019 —
afirmou.
Fonte: Agência Senado
10/08/2017 -
Inflação para famílias com renda até 5 salários é de
0,17% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, registrou 0,17% em julho. A
taxa ficou acima da registrada em junho (-0,30%).
No entanto, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o INPC ficou abaixo
do IPCA, que mede a inflação oficial para todas as
faixas de renda, no mês de julho (0,24%).
Os produtos alimentícios tiveram queda de preços
(deflação) de 0,45% em julho, enquanto os não
alimentícios acusaram inflação de 0,45%.
O INPC acumula taxa 2,08% em 12 meses, abaixo dos
2,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte: Agência Brasil
10/08/2017 -
STF retoma hoje julgamento sobre validade de leis
que proíbem uso do amianto
O julgamento das ações que questionam leis dos
estados de Pernambuco, São Paulo e do Rio Grande do
Sul que proíbem a produção, comercialização e o uso
de produtos com amianto vai ser retomado hoje (10)
pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O
julgamento foi interrompido após pedido de vista do
ministro Dias Toffoli, no dia 23 de novembro de
2016.
Nessa quarta-feira (9), o Ministério Público do
Trabalho (MPT) divulgou nota em que defende, junto
com outras entidades, o banimento total da produção,
comercialização e do uso da fibra de amianto no
país.
Segundo o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo
Fleury, não existem níveis seguros de exposição ao
amianto. “Não há como eliminar o risco na
manipulação de fibras do amianto, elas ficam em
suspensão”, disse.
“A partir de estudos que comprovam que não existe
manipulação segura do amianto, nosso propósito é
trabalhar pelo banimento total dessa fibra no
Brasil”, acrescentou o procurador.
Em agosto de 2012, o STF promoveu audiência pública
para discutir o assunto, quando foram ouvidos mais
de 30 especialistas entre cientistas, representantes
da indústria, do governo e de entidades de apoio aos
trabalhadores expostos ao amianto.
No mesmo ano, o MPT criou o Programa Nacional de
Banimento do Amianto e, desde então, vários termos
de ajustamento de conduta (TAC) foram acordados com
empresas que concordaram em substituir o amianto por
outro material.
“Em São Paulo, por exemplo, as duas últimas empresas
que ainda usavam amianto, por força do ajustamento
de conduta com o MPT, deixaram de usar em janeiro
deste ano. O mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul,
em junho deste ano. Em Santa Catarina, a única
empresa do setor no estado firmou acordo com o MPT e
em 2016 deixou de usar amianto”, diz a nota do
Ministério Público.
Fonte: Agência Brasil
10/08/2017 -
Acordo possibilita troca de informações entre
Justiça Federal, INSS e Secretaria de Previdência
O Conselho da Justiça Federal (CJF) promoveu, na
manhã de terça-feira (8), em Brasília, a solenidade
de lançamento do acordo de cooperação técnica entre
o órgão, a Secretaria de Previdência do Ministério
da Fazenda e o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) para a troca de informações previdenciárias.
O objetivo é propiciar maior agilidade nos processos
em trâmite na Justiça Federal, principalmente
naqueles em que o INSS seja parte.
O documento, assinado em 19 de julho, possibilita o
acesso da Justiça Federal ao Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS), ao Sistema de Benefícios
(Sisben) e ao Sistema Informatizado de Controle de
Óbitos (Sisobi).
Por sua vez, a Justiça Federal vai oferecer
informações relativas às ações judiciais, como
número da ação, dados relativos ao autor, espécie de
benefício e de ação, sentença de procedência ou de
improcedência, acordos homologados, valor de
precatório e de Requisição de Pequeno Valor (RPV).
Intercâmbio importante
Na solenidade desta terça, a presidente do CJF e do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita
Vaz, disse que o acordo de cooperação técnica vai
melhorar a prestação jurisdicional nos casos que
envolvem matéria previdenciária. “É um intercâmbio
muito importante, que tem como finalidade a
cooperação de dados constantes dos cadastros geridos
pelo Ministério da Fazenda e pelo INSS, dos sistemas
processuais da Justiça Federal e das ações judiciais
de que o INSS seja parte”, destacou.
A ministra também ressaltou “o total compromisso do
CJF com a melhoria dos serviços prestados à
sociedade”, além da disposição de dialogar com os
órgãos signatários. Laurita Vaz afirmou que os
direitos previdenciário e assistencial são temas da
maioria das demandas que tramitam na Justiça
Federal.
A solenidade também contou com a presença do
ministro Humberto Martins, vice-presidente do CJF e
do STJ.
Ganho para todos
De acordo com o secretário de Previdência do
Ministério da Fazenda, Marcelo Abi-Ramia Caetano,
essa sistemática de troca de informações levou em
conta, principalmente, a melhoria do atendimento à
população: “Eu vejo nesse acordo uma grande
possibilidade de ganhos generalizados. Ganhos para a
minha equipe da secretaria, ganhos para a Justiça
Federal, ganhos para o INSS, mas, mais do que tudo,
mais do que para essas partes do governo, o ganho
para o cidadão, para as pessoas.”
O defensor público federal Eduardo Flores Vieira,
assessor da presidência do INSS, disse que a
celebração do acordo de cooperação representa um
marco para os atores do sistema de Justiça e da
administração pública federal, que, segundo ele,
“souberam enxergar essa oportunidade de
desburocratizar os procedimentos” e, com isso,
avançar para um serviço de qualidade.
Fonte: STJ
10/08/2017 -
Turma considera nula atuação de preposto que não era
empregado
Um ex-agente de disciplina conseguiu, em recurso
julgado pela Primeira Turma do Tribunal Superior do
Trabalho, a aplicação da pena de confissão ficta
(falta de depoimento pessoal da parte) ao Instituto
Nacional de Administração Prisional, de Cascavel
(PR), que foi representado em juízo por preposto que
não era seu empregado. Segundo a Turma, a admissão
do depoimento do preposto pelas instâncias
inferiores contrariou a jurisprudência atual do TST,
que só admite que ele não seja empregado quando se
tratar de empregador doméstico ou micro e pequeno
empresário.
Na audiência inaugural da reclamação trabalhista, na
qual o agente pedia verbas como horas extras,
adicional de periculosidade e indenização por dano
moral, o instituto foi representado por pessoa que
não fazia mais parte de seus quadros. Desde o
primeiro grau, o trabalhador alegou que, por esse
motivo, a empresa deveria ser considerada revel.
Todavia, o tanto o juízo de primeiro grau quanto o
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
mantiveram o depoimento do preposto, entendendo que
o artigo 843 da CLT não exige o vínculo de emprego
do preposto, exigindo apenas que tenha conhecimento
dos fatos e poderes de representação.
O caso foi revertido no TST. De acordo com o relator
do recurso do agente, ministro Lelio Bentes Corrêa,
o entendimento do TRT contraria a Súmula 377 do TST,
que exige a condição de empregado. Em decisão
unânime, foi dado provimento ao recurso do
trabalhador para aplicar os efeitos da confissão
ficta, com a devolução do processo ao TRT para o
reexame da questão.
Reforma trabalhista
Durante o julgamento, os ministros observaram que a
reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) alterou a
redação do artigo 843 da CLT, passando a dispor
explicitamente que o preposto “não precisa ser
empregado da parte reclamada”. A nova lei, contudo,
só entra em vigor 120 dias depois de sua publicação
oficial, ocorrida em 14/7/2017. Processo:
RR-439800-33.2007.5.09.0071
Fonte: TST
10/08/2017 -
Acidente de trabalho que deixa sequelas na voz gera
dano estético, decide TRT
Publicado por Edicelia Lemos
Uma indústria de couro do município de Mirassol
D'Oeste foi condenada a pagar danos estéticos a uma
ex-empregada que teve lesão nas cordas vocais após
ficar exposta a produto químico no horário de
serviço. A inalação do produto trouxe uma série de
prejuízos à saúde da trabalhadora que apresentou
ainda convulsões, tonturas, depressão e ansiedade.
Ela fazia faxina na empresa e também a limpeza das
peças de couro para retirada da gordura, após
ficarem imersas em produtos químicos, atividade que
exigia grande esforço físico. Em março de 2014,
quando realizava a faxina no local, um colega de
trabalho foi fazer a limpeza de uma máquina com
produtor químico. Houve formação de fumaça que foi
inalado pela trabalhadora.
De imediato, ela começou a tossir, perdeu o fôlego,
desmaiou no local e foi atendida pelos colegas. Em
seguida, foi levada ao Hospital Regional de Cáceres
mas, em decorrência da gravidade do seu quadro
clínico, encaminhada para um hospital com mais
recursos em Cuiabá. Os exames médicos comprovaram
queimaduras na pele e lesões na garganta.
No período em que ficou internada, teve várias
crises convulsivas, ficou sem fala por 12 dias e
ainda descobriu que tinha uma doença degenerativa na
coluna que, segundo a trabalhadora, havia sido
agravada pelos esforços de sua atividade na empresa.
Ela retornou para o trabalho mas se sentiu mal por
diversas vezes e a fala não foi totalmente
recuperada. Ao ficar grávida teve que parar de tomar
a medicação, voltando a sofrer várias crises
convulsivas. Por fim, foi dispensada em maio de
2015, ainda durante o período da gravidez.
Na Justiça, a empresa se defendeu alegando que
prestou toda a assistência no momento do acidente e
ainda arcou com os gastos do tratamento. Argumentou
ainda que o quadro de depressão e ansiedade não está
relacionado à inalação de produto químico e sim com
o abuso sexual e abandono familiar que ela sofreu
durante a infância.
O perito nomeado concluiu que a intoxicação por
inalação e ingestão por produto químico provocaram
“choque anafilático grave com tontura, dispneia,
perda da consciência, crises convulsivas, queimadura
química na orofaringe e nas cordas vocais”. Lesões
que, conforme o laudo pericial, estavam diretamente
relacionadas a intoxicação causada pela inalação do
produto.
A sentença, proferida na Vara do Trabalho de
Mirassol D’Oeste, determinou o pagamento de 10 mil
reais por danos morais considerando o abalo moral e
as sequelas definivas na voz da trabalhadora. Valor
que foi considerado alto por parte da empresa, mas
insuficiente para reparar os danos sofridos, segundo
a trabalhadora. O recurso de ambas as partes foi
levado a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
de Mato Grosso (TRT/MT).
A 1ª Turma reconheceu que o dano estético não se
resume a casos de deformidade física. Entendimento
que vem sendo adotado na jurisprudência brasileira
definindo que é de reparação por dano estético
acidentes que causar alteração da voz. “Por
considerar que tal reparação não se restringe aos
casos de deformidade física, pois deve ser
considerada a imagem da pessoa em toda a sua
dimensão, encontrando-se a voz inserida dentro dos
atributos com os quais o indivíduo se mostra ao
mundo exterior”, explicou o relator do processo,
Tarcísio Valente.
Com base nas provas periciais, a 1ª Turma do TRT
determinou o pagamento de lucros cessantes,
pagamento de danos morais e de danos estéticos.
Fonte: Jusbrasil
09/08/2017 -
Centrais querem contribuição sindical maior do que
imposto cobrado hoje
UGT e Força Sindical defendem que os
trabalhadores paguem de 6% a 13% de um salário
mensal para financiar as entidades;
novo porcentual, que vai substituir o imposto
sindical (de 4,5% de um salário), será definido em
assembleia
O imposto sindical vai deixar de existir em
novembro, com a entrada em vigor da reforma
trabalhista, mas a contribuição que os trabalhadores
dão aos sindicatos pode aumentar com a mudança.
Agora, em vez de ter um dia de trabalho descontado
todo ano (o correspondente a 4,5% de um salário), a
contribuição será decidida em assembleia, sem um
teto estabelecido. Duas das maiores centrais do
País, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força
Sindical, defendem que de 6% a 13% de um salário
mensal sejam destinados anualmente ao financiamento
das entidades.
Criada para financiar a estrutura sindical, a nova
“contribuição por negociação coletiva” é apoiada
pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), UGT e
Força. Juntas, elas representam 51,8% dos
trabalhadores sindicalizados. O valor defendido pela
Força e UGT, porém, faria com que os empregados
pagassem mais que um dia de trabalho aos sindicatos.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, defende 6% de um
salário. “É um valor equilibrado que poderia ser
dividido em 12 vezes.”
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves,
cita valor que poderia oscilar de 8% a 13%. Maior
entidade do País, a CUT não divulga valor de
referência e não participa do debate por considerar
o governo Temer ilegítimo, mas historicamente
manteve posição favorável à criação da contribuição.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB) não emitiu posição oficial.
O presidente Michel Temer informou às centrais que o
substituto do imposto sindical será regulamentado
por Medida Provisória. O texto, porém, não deve
trazer um porcentual a ser cobrado dos
trabalhadores. Por isso, sindicalistas debatem qual
valor é necessário para manter o funcionamento da
estrutura sindical.
O modelo em debate prevê aprovação anual, pelos
trabalhadores, do valor a ser pago na mesma ocasião
em que empregados e patrões negociam reajuste anual
de salário. A contribuição será paga por todos os
empregados beneficiados pela negociação coletiva –
inclusive os não sindicalizados. Isso, na prática,
torna a contribuição negocial obrigatória aos que
tiverem reajuste anual de salário conforme o
acertado na negociação coletiva liderada pelo
sindicato. O funcionamento dessas assembleias está
em discussão. Por enquanto, prevalece proposta de
que o quórum mínimo dessas reuniões poderá ser de
apenas 10% dos trabalhadores representados.
Congresso
Essa nova contribuição tem sido negociada dentro do
esforço do Palácio do Planalto em obter apoio dos
parlamentares para evitar resistência do Congresso à
MP que também ajustará pontos da reforma trabalhista
– como o trabalho insalubre de grávidas e contratos
intermitentes. Duas centrais – a Força e UGT – têm
demonstrado mais simpatia ao modelo costurado com
Temer e já se movimentam para tentar convencer
deputados. O esforço é importante depois que o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou
a dizer que não aprovaria uma MP para mudar a
reforma aprovada pela Casa.
Questionado sobre o aumento do valor a ser pago
pelos trabalhadores, o secretário-geral da Força
disse que “não é possível comparar” com o modelo
atual porque a existência de negociação permitirá,
em tese, que nem haja contribuição. Patah lembra
ainda que, além do imposto sindical, trabalhadores
sindicalizados também pagam contribuição
assistencial e há casos de pagamento confederativo.
“Hoje, em algumas situações o total pode chegar a
20% de um salário”, diz. “As três serão substituídas
por uma. Com certeza, o valor vai cair.”
As contribuições assistencial e confederativa, no
entanto, são pagas exclusivamente por sindicalizados
– parcela minoritária do mercado. Segundo o IBGE,
apenas 19,5% dos trabalhadores são ligados
oficialmente a um sindicato. Portanto, a maioria dos
empregados – 80,5% da força de trabalho – paga
apenas o imposto sindical.
Em 2016, o imposto sindical arrecadou R$ 3,53
bilhões. Confirmado o novo porcentual citado por UGT
e Força, o valor poderia saltar para R$ 10,2 bilhões
com desconto de 13%.
Fonte: Estadao
09/08/2017 -
Temer anuncia que R$ 7 bi de lucro do FGTS serão
divididos entre trabalhadores
O presidente Michel Temer antecipou nesta
quarta-feira (8) que R$ 7 bilhões referentes ao
lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) serão distribuídos entre os trabalhadores. O
anúncio oficial deve ocorrer na quinta-feira (10).
De acordo com o presidente da Caixa Econômica
Federal, Gilberto Occhi, o valor equivale a 50% do
lucro líquido do fundo em 2016. Será depositado para
os trabalhadores com conta no FGTS até 31 de
dezembro do ano anterior. "Essa é a regra. Isso vai
para a conta das pessoas e nós iremos pagar àqueles
que tiverem direito a fazer o saque”, disse.
Segundo Occhi, os dividendos serão distribuídos até
o dia 31 de agosto. Ele acrescentou que os detalhes
– como índice a ser utilizado, valores, quais
trabalhadores terão o benefício e quem poderá sacar
– serão anunciados pelo presidente na quinta-feira.
“Ainda temos que fechar o balanço do fundo de
garantia, será fechado essa semana e a Caixa vai
estar preparando toda essa distribuição dos
dividendos ao trabalhador. O que muda é que pela
primeira vez há uma distribuição dos lucros do
FGTS”, finalizou Occhi.
Antes, todo o lucro do fundo ficava para os cofres
públicos.
Linha de crédito
A Caixa Econômica Federal lançou nesta terça-feira uma
linha de crédito destinada ao setor empresarial para
financiar produção de loteamento urbano. Esta é a
primeira linha de crédito do país criada para o
setor e terá orçamento de R$ 1,5 bilhão para
contratação. Empresas urbanizadoras ou loteadoras
com faturamento fiscal anual superior a R$ 15
milhões podem acessar o crédito, chamado de
Produlote.
O presidente Michel Temer esteve presente no evento
de lançamento, que ocorreu na sede do Secovi, na
capital paulista, e disse que a linha de crédito é
uma antiga demanda. “Um anseio do passado foi
concretizado no nosso governo. Muitos outros
anseios, por exemplo, da modernização da legislação
trabalhista é uma coisa que se falava há 20, 30 anos
e ninguém fazia. Nós fizemos em benefício do
emprego, do trabalhador, do empresariado”, disse.
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que há
a expectativa de geração de 70 mil novos empregos a
partir do lançamento do crédito, que será
disponibilizado para empresas de todo o Brasil, mas
com foco na área urbana. “Nós não vamos incentivar
construção destes empreendimentos em áreas mais
afastadas do centro urbano, porque queremos ter uma
política de desenvolver um local em que haja não só
a infraestrutura urbana, mas também equipamentos –
comércio, saúde, segurança, escolas, universidades”,
disse.
Depois que os lotes já estiverem totalmente
regularizados, os clientes (pessoa física) poderão
financiar também a aquisição de terreno e construção
de moradia própria. “Vamos exigir saneamento, água,
pavimentação, energia elétrica, toda a
infraestrutura necessária para que uma pessoa possa
adquirir esse terreno e possa imediatamente, se for
de interesse dela, fazer a construção da sua
moradia”, acrescentou.
Crise
Sobre o cenário político após a divulgação das
gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, o
presidente Michel Temer disse que muitas vezes as
crises são produzidas e não vão paralisar o governo.
“Tanto é que a reforma trabalhista, a modernização
trabalhista, foi aprovada nesse período; as medidas
provisórias, foram 12 ou 14 convertidas em lei nesse
período. Este ato que estamos praticando aqui
[crédito para lotes urbanos] foi produzido nesse
período. O governo não vai parar, ninguém vai
paralisar o país por mais esforço que façam, por
mais catastrofista que sejam as suas falas, não vão
parar o país”, disse.
Aumento de impostos
Em discurso no evento, o presidente do Secovi-SP – o
sindicato dos empresários da habitação de São Paulo
–, Flávio Amary, pediu que Temer não aumente os
impostos. Ao citar ações do governo federal como
planos de demissões voluntárias, redução dos
ministérios, lei das estatais, ele disse, que para o
setor produtivo, é importante que o foco seja
“atacar a despesa”.
“O apelo é que o foco continue na remissão das
despesas, que a gente não tenha notícias de aumento
de impostos, que a gente não traga mais
dificuldade”, disse Amary. “Por favor, presidente,
continue com esse foco e não vamos falar de
tributação daquilo, de lá ou de acolá, e vamos
tentar construir esse ajuste fiscal com foco na
despesa e não no aumento de receita”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
09/08/2017 -
Subcomissão para criar Estatuto do Trabalho será
instalada nesta quarta-feira
Criada na semana passada, a Subcomissão Temporária
sobre Reforma Trabalhista e Estatuto do Trabalho (CDHRTET)
será instalada nesta quarta-feira (9), após a
reunião deliberativa da Comissão de Direitos Humanos
e Legislação Participativa (CDH). Na reunião, serão
eleitos presidente e vice-presidente do colegiado
para o biênio de 2017/2018.
Para criar a subcomissão sobre Reforma Trabalhista,
a CDH decidiu encerrar a subcomissão temporária que
tratava de um marco legal sobre o uso da maconha no
país. Como ela não chegou a ser instalada, deu lugar
a esta nova, com foco na reforma trabalhista, a fim
de criar um Estatuto do Trabalho.
A decisão foi tomada porque a CDH pode contar
somente com quatro subcomissões em funcionamento ao
mesmo tempo. Hoje, existem três subcomissões
oficialmente criadas: a Subcomissão Permanente de
Justiça de Transição; a Subcomissão Permanente em
Defesa da Mulher; e a Subcomissão do Tráfico
Nacional e Internacional de Pessoas. A ideia da nova
subcomissão partiu do senador Paulo Paim (PT-RS).
A reunião será a partir das 11h, no Plenário 2 da
Ala Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
09/08/2017 -
Produção industrial cresce em nove dos 14 locais
pesquisados pelo IBGE
A produção industrial brasileira cresceu em nove dos
14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e junho,
apesar de mostrar estabilidade na média nacional. As
principais altas foram observadas no Rio de Janeiro
(3,1%), Amazonas (2,8%), Pernambuco (1,7%) e Minas
Gerais (1,6%).
Também tiveram crescimento na produção industrial no
período São Paulo (0,8%), Paraná (0,5%), Espírito
Santo (0,1%), Ceará (0,1%) e Goiás (0,1%). Cinco
locais tiveram quedas entre maio e junho: Bahia
(-10%), Região Nordeste (-4%), Rio Grande do Sul
(-1,1%), Pará (-0,4%) e Santa Catarina (-0,1%).
Na comparação de um mês para outro, o IBGE analisa
13 estados e a Região Nordeste, que inclui os
resultados de Bahia, Ceará e Pernambuco, além dos
outros seis estados da região que têm indústrias
menores.
Já nos demais tipos de comparação, o IBGE também
estuda o comportamento da indústria de Mato Grosso.
Na comparação com junho de 2016, oito dos 15 locais
registraram alta, com destaque para o Espírito Santo
(10%). Mato Grosso manteve-se estável e seis locais
tiveram queda, entre eles a Bahia (-10,9%).
No acumulado de 2017, foram observados crescimentos
em dez locais, com destaque para o Espírito Santo
(4,5%). Cinco locais tiveram queda, sendo a mais
acentuada registrada pela Bahia (-7,4%).
Já no acumulado de 12 meses, apenas quatro anotaram
altas: Pará (4,1%), Rio de Janeiro (1,8%), Santa
Catarina (1,1%) e Paraná (0,8%). Onze locais tiveram
quedas na produção, com destaque para a Bahia
(-8,7%).
Fonte: Agência Brasil
09/08/2017 -
Governo diz que não vai mandar ao Congresso aumento
do Imposto de Renda
Em uma nota divulgada na noite dessa terça-feira, a
Presidência da República nega que vá encaminhar ao
Congresso Nacional projeto para aumentar a alíquota
do Imposto de Renda.
Em entrevista dada ontem, o presidente Michel Temer
disse que há estudos no Ministério da Fazenda e do
Planejamento neste sentido, mas que não tinha nada
decidido. A declaração do presidente repercutiu na
Câmara, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, chegou
a afirmar que qualquer aumento de Imposto de Renda
não seria aprovado pelo Plenário.
Na nota divulgada, a secretaria de comunicação do
Palácio do Planalto alega que Michel Temer fez uma
menção genérica de estudos da área econômica. E que
esses estudos priorizam reduzir despesas e cortar
gastos na tentativa de evitar o aumento da carga
tributária.
Fonte: Portal EBC
09/08/2017 -
Ministro avisa que tentativa de burlar lei
trabalhista será penalizada
Durante palestra a entidades empresariais e
sociais, em Lajeado (RS), Ronaldo Nogueira assegurou
que todos os direitos dos trabalhadores estão
garantidos na modernização da CLT
O ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, voltou a
sustentar, nessa segunda-feira (7), que os direitos
dos trabalhadores estão assegurados na modernização
da legislação trabalhista e fez um alerta: ninguém
poderá usar as novas normas como justificativa para
descumprir a lei e desrespeitar os direitos dos
trabalhadores. “Quem tentar burlar a lei será
notificado, será multado, será penalizado”,
advertiu, depois de palestrar em reunião-almoço do
Fórum das Entidades Empresariais e Sociais de
Lajeado (RS), no salão de eventos da Associação
Comercial e Industrial do município (Acil).
Durante a palestra, Ronaldo Nogueira destacou que a
modernização trará segurança jurídica às empresas,
na gestão dos relacionamentos com os trabalhadores.
"Não tem como manter a contribuição de impostos se
não houver empreendedores. Não haverá empregos se
não houver empresas. A modernização da legislação
trabalhista foi construída com muito diálogo. O
Brasil não podia esperar mais. Nós precisamos unir o
Brasil", falou o ministro, para um público de cerca
de 150 líderes empresariais, comunitários e
políticos.
Ele previu melhoras no mercado de trabalho, com
geração de empregos. “O trabalhador vai continuar
com os mesmos direitos, sem nenhum prejuízo. Pelo
contrário, nós teremos segurança jurídica e, por
consequência, mais geração de empregos, o que é
fundamental”, ressaltou.
Segundo o ministro, dos 39 milhões de empregos
formais no Brasil, 85% são proporcionados por micro
e pequenos empresários. “Às vezes, são micro e
pequenas empresas que geram cinco empregos. É o
pequeno empreendedor que paga aluguel, pois não tem
casa própria para morar, cujos filhos estudam em
escola pública, que está gerando emprego”, comentou.
Modernidade - Segundo o ministro, quem disse
que a modernização eliminaria direitos é que vai ter
de se manifestar, quando os trabalhadores
constatarem que continuarão usufruindo dos mesmos
direitos que tinham antes da reforma. A diferença é
que a legislação aprovada vai oportunizar a
modernidade e as condições de ajustar o mercado
conforme as oportunidades que a própria modernidade
oferece. “Precisamos oferecer trabalhos conforme a
realidade de hoje”, declarou.
Um dos objetivos da modernização, acrescentou o
ministro, é tirar os trabalhadores da informalidade,
para que todos possam usufruir dos mesmos direitos
daqueles que têm carteira assinada. Nesse sentido,
ele citou os profissionais de Tecnologia da
Informação (TI). “Muitos que trabalham
principalmente na área de TI, que vai ser
contemplada pelo trabalho em casa, sairão da
informalidade e poderão ser contratados pela CLT
para trabalhar na sua própria casa, por
produtividade”, comentou.
Convenção coletiva - Ele também corrigiu a
informação de que a modernização promoverá a
vigência do “acordado sobre o legislado”. Segundo
Ronaldo Nogueira, esse foi um conceito amplamente
propagado, mas não é isso que diz a lei. “A lei vai
prestigiar a convenção coletiva, dando força de lei
à convenção coletiva, para deliberar sobre
determinados itens. São itens que possibilitam ao
trabalhador usufruir de uma forma mais vantajosa de
seus direitos”, afirmou.
No entanto, de acordo com o ministro, a convenção
coletiva não poderá desconstituir ou revogar
direitos. “Ela possibilita que o trabalhador escolha
a forma mais vantajosa, mas somente sobre aqueles
itens especificados na lei”, salientou.
A convenção coletiva não poderá, por exemplo,
deliberar sobre qualquer situação que comprometa a
saúde e a segurança do trabalhador, pois esses casos
não são definidos por acordos entre empresas e
trabalhadores. “O ambiente insalubre quem define,
tecnicamente, é o próprio Ministério do Trabalho”,
destacou Ronaldo Nogueira. “Algo que coloca em risco
ou comprometa a saúde do trabalhador não pode ser
definido por uma convenção coletiva. Já existem
estudos técnicos que definem o que é ou o que não é
uma atividade insalubre.”
A modernização da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) foi aprovada pelo Senado Federal no último dia
11 de julho e sancionada pelo presidente Michel
Temer dois dias depois. A lei entrará em vigor na
data da sua publicação, que deve ocorrer até 120
dias após a sanção, valendo para todos os contratos
de trabalho no Brasil.
Fonte: MTb
09/08/2017 -
Servidor tem 5 anos para pedir inclusão de
insalubridade em aposentadoria
O servidor público que deseja incluir no cálculo da
aposentadoria o tempo de serviço que trabalhou como
celetista em condições insalubres tem cinco anos
para pedir a revisão do valor do benefício. Assim
entendeu o Superior Tribunal de Justiça ao atender
recurso da Advocacia-Geral da União.
A AGU questionou decisão do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, que havia entendido que a
prescrição atingiria somente parcelas vencidas antes
do quinquênio que precedeu o ajuizamento da ação.
A ação foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores
Públicos Federais da Saúde e Previdência Social de
Pernambuco, que pretendia revisar a aposentadoria de
dez auxiliares de enfermagem.
No recurso contra o acórdão do TRF-5 que considerou
possível a revisão, a AGU alertou que o entendimento
afrontava a jurisprudência consolidada do STJ no
sentido de que “a revisão do ato de aposentadoria
para a contagem especial do tempo de serviço
insalubre exercido durante o regime celetista
submete-se ao prazo prescricional de cinco anos
contados da concessão do benefício, nos termos do
art. 1º do Decreto 20.910/1932”.
A AGU lembrou que, no caso de auxiliares de
enfermagem, as aposentadorias foram concedidas há
mais de sete anos, de modo que a pretensão de
revisão já estaria prescrita. Por unanimidade, a 2ª
Turma do STJ acolheu os argumentos da AGU e julgou
procedente o recurso, reconhecendo a prescrição. Com
informações da Assessoria de Imprensa da AGU. (Resp
1.259.558)
Fonte: Consultor Jurídico
09/08/2017 -
Proposta limita em 20% multa trabalhista decorrente
de conciliação
A Câmara dos Deputados analisa proposta que altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT Decreto-Lei
5.452/43) para limitar em 20% a multa decorrente do
não cumprimento de acordo firmado em audiência de
conciliação.
Pelo texto, a parte que descumprir o acordo ficará
obrigada a satisfazer integralmente o proposto e a
pagar multa não superior a 20% sobre o total do
valor acordado. A medida está prevista no Projeto de
Lei 6724/16, deputado Marinaldo Rosendo (PSB-PE).
Pela regra atual, a parte que descumpre o acordo
fica sujeita a pagar uma indenização definida pelo
juiz. “Entretanto, difundiu-se no âmbito trabalhista
que, havendo atraso na quitação da parcela,
aplica-se uma multa de 100% em desfavor do devedor”,
diz o autor.
Para Rosendo, entretanto, as multas não devem ter o
objetivo de provocar o enriquecimento da parte e não
podem deixar de atender os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. “Por isso,
nossa sugestão é estabelecer um limite de 20% para a
multa convencional”, acrescentou.
Acordos
Rosendo explica que, na maioria dos casos, os acordos
judiciais são obtidos pela redução à metade do valor
inicialmente pedido pelo reclamante, ou seja, a
multa de 100% significa, na prática, deixar de
conceder o desconto conseguido no acordo.
O projeto prevê ainda que, não ocorrendo o pagamento
voluntário no prazo estabelecido, o débito será
acrescido de juros e multa de até dez 10%, incidente
apenas sobre o valor pendente de quitação e não
sobre o valor total do débito.
A proposta abre ainda a possibilidade de não
aplicação de multa nos casos de quitação fora do
prazo em que o juiz reconheça a boa-fé do devedor.
A conciliação constitui uma das fases da Justiça do
Trabalho e é reconhecida como uma ferramenta
importante para resolver conflitos de natureza
patrimonial.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
08/08/2017 -
MP que altera pontos da reforma trabalhista deve ser
editada em agosto
A medida provisória (MP) que vai alterar pontos da
reforma trabalhista deve ser editada ainda em
agosto, disse nesta segunda-feira (7) o senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que foi um dos relatores
da proposta. O parlamentar participa de um grupo com
senadores, o relator da reforma na Câmara e
representantes do governo federal, que busca
convergência em torno do conteúdo da MP, que irá
alterar pontos específicos do texto aprovado pelo
Congresso Nacional e já sancionado pelo presidente
Michel Temer.
"Eu acho que é a tendência [ser editada em agosto].
Estamos trabalhando com esse objetivo. Agora, o que
está nos movendo mais: é o tempo ou é fazer uma lei
que não descaracterize os princípios que fazem parte
do escopo ou do objetivo original? Se tiver que
gastar 10 dias a mais ou 15 dias a mais, a nossa
tese é que a pressa é inimiga da perfeição", disse
Ferraço após participar de uma debate sobre a
reforma na sede da Associação Comercial do Rio de
Janeiro.
A lei foi sancionada, sem vetos, no dia 13 de julho.
Durante a tramitação no Senado, o governo fez uma
promessa aos parlamentares de que alteraria,
posteriormente, os pontos mais polêmicos do texto
aprovado pela Câmara. A intenção era acelerar a
tramitação, uma vez que, caso os senadores fizessem
mudanças ao texto da Câmara, o projeto teria que
voltar a ser analisado pelos deputados para só
depois ser sancionado.
A previsão de Ferraço é de que a MP leve até quatro
meses para ser discutida no Congresso. Como entra em
vigor na data de sua publicação, o texto já
efetivará as alterações mesmo que o debate
parlamentar não tenha se encerrado quando a reforma
entrar em vigor, em novembro.
Além de Ferraço, discutem a MP membros do Ministério
do Trabalho, o relator da reforma na Câmara dos
Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN), e os senadores
Romero Jucá (PMDB-RR), Tasso Jereissati (PSDB-CE),
Armando Monteiro (PTB-PE) e Marta Suplicy (PMDB-SP).
O senador disse que não há hipótese de a MP
descaracterizar a lei e afirmou acreditar que já foi
superada a posição do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), que inicialmente se opôs a mudanças
na legislação. "Em um primeiro momento houve esse
desabafo, mas depois a realidade se impôs", disse
Ferraço sobre a declaração de Maia.
Alterações
Ferraço disse que, entre os pontos em que ainda não há
consenso sobre o texto, está a liberação para que
gestantes e lactantes trabalharem em local
insalubre. Além disso, o grupo também discute
questões operacionais sobre a jornada intermitente,
como a penalidade para patrões e empregados que
descumprirem o que foi acordado. Nesse tipo de
trabalho, são alternados períodos de prestação de
serviços e de inatividade, independentemente do tipo
de atividade do empregado.
O senador afirmou que já há pontos definidos quanto
à jornada intermitente, como a definição de que o
salário por hora de quem trabalhar nesse regime terá
que ser igual a quem trabalhar com uma jornada
semanal mais extensa.
Quanto às gestantes e lactantes, Ferraço afirmou que
a questão é "sensível", e ponderou que a proibição
pode levar a restrições para a empregabilidade das
mulheres em áreas como a da saúde. "A insalubridade
se apresenta em níveis diferenciados. Em um
hospital, a insalubridade da sala de imagem não é a
mesma da recepção", disse ele.
O senador afirmou que um dos pontos que já é
consenso no grupo é a inclusão da discriminação por
orientação sexual entre as possibilidades de dano
extrapatrimonial em que o trabalhador pode ser
indenizado. "Estamos ampliando esses princípios, que
são valores de uma sociedade com diversidade", disse
ele.
A MP deve alterar também o cálculo do pagamento
máximo de indenização por dano extrapatrimonial, que
passará a levar em conta o benefício máximo do INSS,
em vez do salário do empregado. "Há um debate de que
isso [vincular ao salário] nivela por baixo o valor
da vida. E está sendo alterado para esse princípio,
relacionado aos benefícios do regime geral porque
vale para todos".
O dano leve poderá custar uma indenização de até
três vezes o benefício máximo. Esse valor sobe para
cinco vezes no dano médio, para 20 vezes no dano
grave e para 50 vezes, no gravíssimo. Em caso de
reincidência, a Justiça pode ainda dobrar a
indenização.
Fonte: Agência Brasil
08/08/2017 -
Paulo Paim: governo deve cobrar devedores para
cobrir rombo na Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a retomada dos
trabalhos da CPI da Previdência, em pronunciamento
nesta segunda-feira (7). Paim se disse surpreso com
os números apurados pela comissão a respeito do
rombo nas contas do INSS.
Segundo o senador, era esperado que os desvios de
recursos da Previdência Social estivessem em torno
de R$ 1 trilhão. Porém, de acordo com Paim, a CPI
verificou que, de 2002 para cá, já foram desviados
em torno de R$ 3 trilhões dos recursos que deveriam
ser destinados às aposentadorias.
Na opinião de Paulo Paim, já está provado que a
reforma da Previdência serve apenas para prejudicar
trabalhadores e aposentados. Para ele, o governo
precisa cobrar os maiores devedores da União.
— É quem não pagou que tem que pagar. Será que o
Itaú vai ficar o dito pelo não dito? Bradesco, Caixa
Econômica Federal, JBS? Só aí você se somar tudo dá
mais do que R$ 10 bilhões, só nesses que eu citei —
afirmou.
Fonte: Agência Senado
08/08/2017 -
Proposta da reforma da Previdência é criticada em
CPI
Participantes de audiência pública promovida pela
CPI que investiga as contas da Previdência Social
criticaram duramente, nesta segunda-feira (7), a
proposta de reforma previdenciária encaminhada pelo
governo ao Congresso. Eles foram unânimes ao apontar
falhas na proposta de emenda à Constituição, que
tramita na Câmara dos Deputados. E apresentaram
sugestões para melhorar as contas da Previdência. A
audiência pública marcou o reinício dos trabalhos da
CPI, que é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS)
e tem como relator o senador Hélio José (PMDB-DF).
O diretor-executivo da Associação Nacional dos
Aposentados, Deficientes, Idosos, Pensionistas e dos
Segurados da Previdência Social (Anadips), Clodoaldo
Batista Neri Júnior, disse que o governo faz
projeções com base em período de recessão e usa
dados demográficos pouco confiáveis. Ele lamentou o
fato de as “regras mudarem durante o jogo e de forma
unilateral” — o que comprometeria a confiança do
trabalhador no sistema previdenciário.
Na visão do diretor da Anadips, o governo precisa
repensar as anistias que comprometem recursos da
Previdência. Ele chegou a sugerir que a apropriação
desses recursos seja considerada crime de
responsabilidade, com perda de mandato. Para o
diretor, o governo deveria cobrar as dívidas de
grandes devedores e pensar em uma nova contribuição
previdenciária, numa reforma tributária mais ampla.
Neri Júnior também disse que a Desvinculação de
Receitas da União (DRU) tem impactado negativamente
as contas da Previdência.
— Esse impacto o governo vai chamar de rombo e
depois vai cobrar dos idosos, dos deficientes, dos
mais pobres. Precisamos de uma Previdência que dê
segurança e confiança ao trabalhador. Essa reforma,
do jeito que está, é perversa, cruel e desumana, e
desprotege quem deveria proteger — afirmou.
Representante do Instituto Brasileiro de Atuários (IBA),
Marília Vieira Machado reconheceu que o Brasil
precisa de uma reforma no sistema previdenciário,
mas não a proposta pelo governo Temer. Segundo
Marília Machado, as contas da Previdência deveriam
ser unificadas, com a contabilidade separada das
contas do governo.
— O financiamento da máquina pública deveria ser
segregado das contas da Previdência. Entendemos
também que deve haver um plano único para todos os
brasileiros — disse.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
08/08/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS injeta R$ 44
bilhões na economia
A Caixa Econômica Federal informou nesta
segunda-feira (7) que foram pagos mais de R$ 44
bilhões relativos às contas inativas do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso representa
88% do valor atualizado disponível, de R$ 49,8
bilhões. Segundo o banco, a medida beneficiou mais
de 25,9 milhões de trabalhadores.
Os saques foram feitos entre 10 de março e 31 de
julho, apenas de contas que foram desativadas até 31
de dezembro de 2015. Mais de 31 milhões de
atendimentos presenciais foram feitos nas agências.
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal ,
Gilberto Occhi, não existe a possibilidade de
prorrogação geral do saque. “Da parte da caixa não
haverá esse pedido. Nós acreditamos que o governo já
faz um grande gesto e todos esses recursos vieram
para a economia de uma forma ou de outra”, disse.
Ele contou ainda que 36% do valor foi usado pelos
trabalhadores para pagamentos de dívidas; o restante
foi para o consumo ou para poupança.
No entanto, quem comprovar que estava
impossibilitado de sacar no período estabelecido,
como no caso de presos e de doenças graves, poderá
retirar o recurso até o dia 31 de dezembro de 2018.
Exceto nesses casos, quem perdeu o prazo, só poderá
usar os recursos nas situações previstas
anteriormente, como a compra da casa própria,
aposentadoria, em caso de demissão sem justa causa,
quando a conta permanecer sem depósitos por três
anos ou no caso de algumas doenças.
Mais de 6,7 milhões de trabalhadores deixaram de
sacar R$ 5,8 milhões. Segundo a Caixa, 80% dos
trabalhadores que não fizeram o saque tinham valores
menores que um salário mínimo.
Nova linha de financiamento
Para Occhi, o governo tem feito grandes esforços para
retomar a economia, com a participação da Caixa.
Segundo ele, no primeiro semestre de 2017, o
financiamento imobiliário da Caixa aumentou 27%, em
relação ao primeiro semestre de 2016.
“A Caixa tem a capacidade de melhorar a economia na
área da construção civil”, disse Occhi, contando que
hoje (8) , o presidente Michel Temer, anunciará uma
nova linha de financiamento para o mercado
imobiliário, para a produção de loteamentos e lotes
urbanizados.
“Há um movimento de retomada da economia em diversos
setores. Temos a possibilidade de ter um bom
crescimento, de fazer ajustes e acredito que o
Brasil vai ter uma condição melhor no próximo ano”,
disse o presidente da Caixa.
Pagamento de dividendos
Ainda esta semana, segundo Occhi, o presidente Michel
Temer deve anunciar as regras para o pagamento dos
dividendos dos investimentos da Caixa com o FGTS.
Todas as contas de FGTS que tinham saldo em 31 de
dezembro de 2016 receberão os créditos
correspondentes àquele ano. O pagamento será feito
até 31 de agosto, na proporcionalidade das contas
dos trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
08/08/2017 -
CAS analisa projetos que permitem saques antecipados
do FGTS
Dois projetos que permitem aos trabalhadores sacarem
os recursos da conta do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) estão na pauta da Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). Um deles prevê a autorização
para trabalhadores com mobilidade reduzida para a
compra de automóveis. O outro prevê a movimentação
na conta para que o trabalhador possa arcar com o
custeio ou o ressarcimento de despesas com planos de
saúde. A reunião está marcada para quarta-feira (9),
após audiência pública que começará às 9h.
Atualmente, a lei que trata do FGTS já prevê várias
situações em que o trabalhador está autorizado a
movimentar sua conta do FGTS. Entre essas situações
estão: aquisição de imóveis, demissão sem justa
causa e doenças graves.
O PLS 625/2015 prevê que o saque no FGTS poderá ser
autorizado em benefício de trabalhador com
mobilidade reduzida que necessitar adquirir veículo
automotor próprio. O texto que será votado é o
substitutivo (texto alternativo) do senador Eduardo
Amorim (PSC-SE) ao projeto original, do senador
Valdir Raupp (PMDB-RO), já aprovado pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
O substitutivo trouxe duas mudanças pontuais ao PLS.
A primeira foi a autorização do saque do FGTS em
favor apenas do trabalhador com “mobilidade
reduzida”, e não para para qualquer trabalhador com
deficiência, como previa a proposta original. A
segunda alteração foi a eliminação da necessidade de
prescrição, por profissionais da área de saúde, para
que a pessoa tivesse acesso ao benefício.
O relatório da relatora na CAS, senadora Ana Amélia
(PP-RS) é pela aprovação do texto como veio da CDH.
Saúde
O outro texto (PLS 376/2016) autoriza o trabalhador a
movimentar sua conta do FGTS para arcar com o
custeio ou o ressarcimento de despesas com plano de
saúde. O projeto foi apresentado pelo senador
Ronaldo Caiado (DEM-GO), que ressalta o fato de mais
de um milhão de brasileiros terem cancelado seus
planos privados no último ano.
Para Caiado, há uma inversão de prioridade na lei,
ao permitir o saque do fundo pelo trabalhador para
ações como compra de imóvel, quitação de
financiamento imobiliário e tratamento de doenças
graves, e não autorizar para a prevenção de doenças.
O relator da matéria, senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), é favorável ao texto, com duas emendas de
redação.
Os dois textos têm decisão terminativa na CAS. Isso
significa que, se forem aprovados e não houver
recurso para a votação em plenário, seguem direto
para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
08/08/2017 -
Dieese aponta alta de 0,13% no custo de vida em São
Paulo
O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São
Paulo aumentou 0,13% em julho na comparação com
junho, segundo levantamento do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Nos últimos 12 meses, a
taxa subiu 2,09% e, nos primeiros sete meses do ano,
0,92%.
Dos dez grupos pesquisados, quatro apresentaram
avanços de preços. Os que influenciaram mais a
elevação do ICV foram habitação (0,95%) e
alimentação (0,12%). Entre os gastos em habitação
que mais pressionaram o orçamento doméstico estão a
conta de luz com alta de 6,15% e o gás de cozinha,
1,66%.
Em relação aos alimentos, a inflação foi constatada
no consumo fora de casa (0,78%) e nos itens carne
industrializada (0,62%), legumes (18,16%),
hortaliças (3,33%) e frutas (2,20%). Em movimento
oposto tiveram baixa a carne bovina (-1,18%), a
suína (-2,54%), grãos (-1,91%); aves e ovos (-3,18%)
e raízes e tubérculos (-4,02%).
Fonte: Portal EBC
08/08/2017 -
INSS vai reconhecer aposentadoria por idade de forma
automática
Depois do reconhecimento do direito, INSS enviará
carta a segurado, que deverá requerer benefício por
central de atendimento.
Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) não precisarão mais comparecer a um posto de
atendimento para pedir a aposentadoria por idade.
Portaria publicada no “Diário Oficial da União” no
dia 28 de julho determina que haverá o
reconhecimento automático do direito, a partir da
verificação das informações constantes nos sistemas
corporativos do INSS e nas bases de dados do
governo.
O INSS então enviará comunicado aos segurados sobre
a concessão do benefício. O segurado poderá então
requerer a concessão do benefício por meio do número
135. Para a realização do pedido será solicitada a
confirmação dos dados pessoais, como ocorre no
Sistema de Agendamento.
De acordo com a portaria, o benefício poderá ser
confirmado no ato ou poderá ser solicitado contato
posterior para confirmação.
A data da ligação para a Central 135 será
considerada como a Data de Entrada do Requerimento.
Após processamento do reconhecimento do direito, o
INSS enviará comunicado ao cidadão indicando as
informações sobre os dados da concessão e pagamento
do benefício.
Atualmente, o reconhecimento não é automático - o
segurado precisa agendar o pedido pelo 135 e deve ir
até uma agência da Previdência Social para dar
entrada no requerimento.
Pente fino
Os aposentados por invalidez do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) serão alvos da próxima fase do
Operação Pente-Fino, que está revisando os
benefícios por incapacidade. O governo federal
anunciou que, após a operação realizada para revisar
o pagamento do auxílio-doença, o INSS revisará as
aposentadorias por invalidez, já a partir deste mês.
Ao todo, serão convocados 1,5 milhão de pessoas que
há mais de dois anos estão sem perícia. Dessas, 530
mil recebem o auxílio-doença e mais de 1 milhão são
aposentados por invalidez com menos de 60 anos.
Até o momento, segundo o Ministério do
Desenvolvimento Social, cerca de 200 mil benefícios
de segurados que recebiam o auxílio-doença passaram
por auditoria e 160 mil tiveram seus auxílios-doença
cancelados.
O pente-fino nos benefícios por incapacidade do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já gerou
uma economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres
públicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento
Social.
Fonte: Jusbrasil
08/08/2017 -
Comissão de Trabalho aprova abono salarial para
todos os empregados
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou projeto de lei (PL 4071/12) que
concede abono salarial a todos os empregados urbanos
e rurais, independente de os patrões serem pessoas
físicas ou jurídicas, ou contribuintes do PIS/Pasep.
A proposta altera a Lei 7.998/90, que instituiu o
abono salarial.
Hoje, o abono é pago somente para os empregados de
pessoas jurídicas contribuintes do PIS/Pasep. O
texto aprovado acaba com essa vinculação,
beneficiando, por exemplo, trabalhadores domésticos
e rurais empregados por pessoas físicas, que não são
obrigadas pela lei a recolher o PIS/Pasep.
O abono salarial é um benefício equivalente a um
salário mínimo, pago anualmente aos trabalhadores
que receberam em média até dois salários mínimos
mensais no ano anterior. O benefício é custeado pelo
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também
administra o seguro-desemprego.
Mudanças
A proposta foi aprovada na forma de um substitutivo
apresentado pela deputada Erika Kokay (PT-DF). O
projeto é de autoria da Comissão de Legislação
Participativa, e foi elaborado com base em sugestão
formulada pelo Sindicato dos Trabalhadores e
Empregados Rurais de Barbacena e Região, de Minas
Gerais.
A versão original altera a Lei 9.715/98, regulamenta
a contribuição social, para obrigar todos os
empregadores, pessoas físicas e jurídicas, a
contribuírem para o PIS/Pasep. Com isso, empregados
de pessoas físicas passariam a ter direito ao abono
salarial.
Kokay optou por não mexer na lei tributária,
alegando que isso imporia um aumento da carga
tributária para os pequenos empresários. “As
políticas de emprego e renda implantadas no País ao
longo dos últimos anos têm buscado desonerar e
apoiar o pequeno empreendedor”, disse.
A opção da relatora foi alterar diretamente a lei do
abono salarial. Kokay reconhece que a mudança
elevará os gastos com o benefício, hoje cobertos
basicamente pela arrecadação com o PIS/Pasep. Mas
ela disse que a Lei 8.019/90 prevê que o orçamento
federal poderá suplementar o FAT em caso de
insuficiência de recursos para pagamento tanto do
abono quanto do seguro-desemprego.
Para este ano, o orçamento federal autorizou uma
dotação de R$ 15,8 bilhões para o pagamento do abono
salarial.
Tramitação
Antes de seguir para o Plenário da Câmara, a proposta,
que tramita em regime de prioridade, será analisada
agora pelas comissões de Finanças e Tributação, que
deverá o impacto orçamentário da proposta; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
07/08/2017 -
FST apresentará denúncia à OIT sobre a reforma
trabalhista, diz Artur Bueno
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) esteve
reunido quarta-feira (2) na sede da Confederação
Nacional das Profissões Liberais (CNPL). O encontro
definiu ações contra a reforma trabalhista, que
serão realizadas nas bases e também em organismos
internacionais.
Artur Bueno de Camargo, coordenador do FST e
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins), falou
sobre essas ações à Rádio Web Agência Sindical, no
programa Plantão Sindical pela manhã.
Ele contou que o Fórum apresentará denúncia à OIT
(Organização Internacional do Trabalho) sobre a
reforma trabalhista que entra em vigor em novembro.
"No dia 28 de agosto iremos a Genebra, na Suíça.
Vamos apontar todas as irregularidades que esse
governo está cometendo, como compra de votos de
parlamentares para aprovação de uma reforma que
ataca direitos dos trabalhadores e também o
movimento sindical", disse o coordenador do FST.
Segundo Artur Bueno, até 11 de agosto também será
distribuído aos Sindicatos material de divulgação,
informando sobre os prejuízos que a reforma causará
aos trabalhadores.
"Nós estaremos com ações em todo o País. Acreditamos
que até outubro vamos conseguir atingir todas as
entidades que formam a base das Confederações. Além
disso, até lá, vamos elaborar um Projeto de Lei de
iniciativa popular para tentar eliminar todos os
itens que destroem a CLT", destacou.
O dirigente destacou a necessidade de reforçar no
sindicalismo "uma cultura de luta de classes". "Nós
trabalhamos muito bem quando é para defender nossa
categoria específica. Mas quando precisamos fazer
uma luta de classe, nós temos dificuldades", comenta
Artur.
"É preciso levar para as bases todas as informações
sobre o que realmente está para acontecer. Temos que
esclarecer os trabalhadores sobre as perdas com a
nova lei trabalhista. Além disso, eles precisam
saber quem são os políticos votaram pela retirada
dos direitos", diz.
CNT - O FST, junto com as 20 Confederações
que integram o Fórum, irá cobrar o compromisso
assumido pelo ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, de conceder assento no Conselho Nacional
do Trabalho – criado no governo Lula e que agora
volta a funcionar.
Fonte: Agência Sindical
07/08/2017 -
Reforma da Previdência será "a possível", diz Temer
em entrevista
O presidente Michel Temer disse, em entrevista
publicada sábado (5) pelo jornal O Estado de S.
Paulo, acreditar que a reforma da Previdência será
aprovada no Congresso até o final de outubro, mas
admitiu que ela não será “abrangente” como
inicialmente previsto, parecendo-se mais com uma
“atualização previdenciária”.
“A gente faz agora a reforma que é possível. E,
sendo uma reforma possível, ela não será tão
abrangente como deveria sê-lo. Então, é possível que
daqui a seis, sete, oito anos, tenha que fazer uma
nova atualização”, disse o presidente na entrevista,
que segundo o jornal durou cerca de 1 hora e foi
realizada sexta-feira (4), no gabinete presidencial.
Temer afirmou que a reforma não deve se restringir
somente à aprovação de uma idade mínima para a
aposentadoria, mas levar a cabo também medidas para
reduzir as diferenças entre os sistemas de
Previdência privados e públicos.
O presidente deu as declarações pouco depois de ter
obtido, na última terça-feira (2), na Câmara dos
Deputados, 263 votos para interromper a análise,
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de uma denúncia
por corrupção passiva apresentada contra ele pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendo
como base a delação dos donos da empresa JBS.
Apesar de suficiente para suspender a possível
abertura de ação penal contra o presidente, o placar
da votação ficou abaixo do previsto pela liderança
do governo no Congresso. O resultado também é menor
do que os 308 votos necessários para aprovar a
reforma da Previdência.
“Muita gente que votou contra mim vota a favor da
Previdência. Nós podemos chegar a 310 votos”, disse
Temer. “Eu não acredito que eles votem contra o
Brasil”, afirmou depois, numa parte da entrevista
que citava especificamente os 21 votos contrários a
ele dados por deputados do PSDB, uma das principais
siglas da base aliada.
Temer acrescentou que as reformas política e
tributária também continuam a ser tratadas como
prioritárias pelo governo. Ele não descartou que o
governo analise a possibilidade de novos aumentos de
impostos e também a alteração da meta fiscal deste
ano, diante da dificuldade do governo de fechar as
contas.
Lava Jato
Ao ser questionado sobre a possibilidade de nova
denúncia contra ele feita pelo procurador-geral
Rodrigo Janot, Temer afirmou que “se vier uma nova,
vamos enfrentá-la”, e voltou chamar a postura do
chefe do Ministério Público Federal de
“institucionalmente condenável”.
Temer disse esperar que, com a posse em setembro da
nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
um “rumo correto” seja dado à Operação Lava Jato. “O
rumo certo é o cumprimento da lei. Rigorosamente o
cumprimento da lei”, afirmou.
Ao ser perguntado sobre possíveis mudanças no
comando da Polícia Federal, Temer respondeu “Não
sei. Este é um assunto que está sendo estudado pelo
Ministério da Justiça”.
Fonte: Agência Brasil
07/08/2017 -
Quase 2 milhões de servidores podem se aposentar nos
próximos dez anos
Um terço dos funcionários públicos do Brasil já
completou 50 anos. Na prática, isso significa que
são quase 2 milhões de servidores cinquentões, entre
os 6,2 milhões de funcionários públicos do Brasil
com cargos estáveis na União, nos Estados e nos
municípios. Esse grupo, com direito à aposentadoria
nos regimes de Previdência pública, vai atingir a
idade mínima necessária para deixar a ativa ao longo
da próxima década, causando enorme pressão sobre os
gastos.
Os dados, conseguidos em primeira mão pelo Estado,
constam de uma nota técnica do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada). O pesquisador Claudio
Hamilton dos Santos, coordenador do estudo, faz um
alerta. Como a concentração de gastos com novos
aposentados vai ocorrer num momento de colapso
fiscal, haverá uma enorme restrição financeira para
repor o efetivo.
O levantamento do Ipea se concentra na análise dos
Estados, onde a situação tende a ser mais grave. Na
média, metade dos servidores hoje na ativa nos
Estados tem direito à aposentadoria especial. São
professores, policiais civis, policiais e bombeiros
militares. Os docentes podem parar de trabalhar
entre os 52 e os 55 anos.
O caso dos militares preocupa ainda mais. Suas
aposentadorias estão se tornando cada vez mais
precoces, entre 47 e 51 anos, e um enorme
contingente se aproxima dos 50 anos. Em 2006, os
militares que tinham entre 41 e 50 anos eram 25,7%
do total. Agora, são mais de 40%.
“Não há como não pagar aposentadorias, então, ficará
mais difícil elevar o gasto com pessoal na ativa,
por meio de concursos públicos, como sempre ocorre;
tudo indica que, para manter os serviços essenciais
à população, vamos presenciar uma mudança estrutural
na forma de contratação nos Estados”, diz Santos. A
tendência é que haja aumento de formas alternativas,
como contratos de gestão, terceirizações.
Nordeste
O envelhecimento acelerado e generalizado da máquina
pública é expressivo no Nordeste e no Norte. São
destaques Maranhão, onde metade dos servidores
completou 50 anos, Ceará (43,77%), Paraíba (41,94%),
Rio Grande do Norte (39,69%) e Piauí (38,57%).
O levantamento faz parte de uma sequência de notas
técnicas sobre a questão previdenciária. Para
Santos, coordenador da série, a nota atual tem um
mérito particular: mapeou estatisticamente que
ciclos de contratação, após alguns anos, são
seguidos de ciclos de aposentadorias. Ou seja,
identificou-se um padrão. Assim, o esvaziamento da
máquina pública é um fato inexorável nos próximos
anos. Mas mudanças nas regras de aposentadoria, com
a reforma da Previdência, estariam entre as
alternativas para aliviar o baque.
Fonte: Estadao
07/08/2017 -
Comissão de Direitos Humanos debate reformas
trabalhista e previdenciária
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove na segunda-feira (7)
audiência pública interativa sobre as reformas
previdenciária e trabalhista, com foco nas
contribuições e na gestão. A audiência terá início
às 9h.
Foram convidados para a audiência o consultor
legislativo do Senado, Luiz Alberto dos Santos; o
presidente do Conselho Executivo da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil, Floriano Martins de Sá Neto; o promotor de
Justiça e 1º Secretário da Associação Paulista do
Ministério Público, Paulo Penteado Teixeira Junior;
o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho, Carlos Silva; Marília Vieira
Machado da Cunha Castro, representando o Instituto
Brasileiro de Autuária; e representantes do Fórum
Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado e
da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho.
A audiência foi proposta pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), vice-presidente da CDH.
O debate será na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho e
é aberto à participação da sociedade por meio dos
canais de interatividade do Senado.
Fonte: Agência Senado
07/08/2017 -
Dieese: Só com unidade é possível enfrentar desmonte
de direitos
Ao falar no sábado (5) para petroleiros sobre
impactos da reforma trabalhista, o diretor técnico
do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, alertou que o
desmonte de direitos e conquistas sociais faz parte
da mesma agenda de redução do Estado e de
desnacionalização dos setores produtivos, que foi
retomada pela direita, através do golpe, e que não é
restrita ao Brasil.
De acordo com ele, levantamento recente da OIT
aponta que já ocorreram 642 mudanças de legislações
trabalhistas ao redor do mundo nos últimos anos,
afetando trabalhadores em 110 países.
Sua exposição fez parte do painel “A conta do golpe
quem paga é o trabalhador”, que abriu os debates do
XVII Confup neste sábado, em Salvador. Para o
técnico do Dieese, é preciso que os trabalhadores e
suas organizações entendam que estão diante de um
processo global, fruto da mudança do modelo
capitalista, onde o capital financeiro vem se
apropriando dos setores produtivos. “Precisamos
entender que a deposição da presidente Dilma faz
parte deste jogo”, declarou Clemente, alertando que
“sempre que elegermos alguém que é contrário a esse
sistema, ele será colocado para fora”.
No Brasil, os ataques são ainda mais devastadores,
em função da desnacionalização de setores
estruturantes, como o do petróleo e do sistema
elétrico. “Não há caso no planeta onde uma economia
que reúna tanto recursos esteja sendo entregue ao
capital financeiro internacional, através de uma
desnacionalização sem precedentes”, afirmou o
técnico do Dieese.
Ao falar sobre os impactos da reforma trabalhista,
Clemente destacou que as 317 mudanças feitas na CLT
alteram o conceito básico da legislação, que deixa
de proteger os trabalhadores e passa a proteger os
empresários. “As empresas terão na legislação uma
estrutura capaz de lhes permitir adequar os
contratos de trabalho aos seus custos”, explica o
diretor do Dieese, destacando que a reforma
trabalhista “criou instrumentos” para evitar
passivos trabalhistas, além de precarizar as
condições de trabalho, enfraquecer a representação
sindical e até mesmo inviabilizar a existência dos
próprios sindicatos.
“Nesta conjuntura e neste enquadramento da
legislação, os trabalhadores terão que repensar as
campanhas salariais”, alertou Clemente, afirmando
que “daqui pra frente o salário não é o principal
ponto da pauta” e que, no caso dos petroleiros, vai
crescer a terceirização e a desnacionalização dos
ativos, o que por si só já alteram toda a convenção
coletiva. Para ele, é preciso que as organizações
sindicais tenham uma estratégia de enfrentamento que
questione essas reformas em todos os espaços, “do
chão da empresa ao judiciário”.
Mas, o fundamental, segundo o diretor do Dieese, é
construir uma ampla unidade, com estratégias de
“negociação intersindical”, envolvendo várias
categorias e frentes de ações conjuntas. “A história
mostra que, em momentos dramáticos como este, de
disputas essenciais, como já fizemos no início do
século passado, no pós-guerra, nossa força está na
nossa unidade. Não há outro recurso capaz de fazer o
enfrentamento que não seja a capacidade de construir
a unidade da classe trabalhadora”, afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
07/08/2017 -
Ideia do Estatuto do Trabalho surgiu dos debates da
Frente pelo Brasil, diz Paim
Em discurso na sexta-feira (4), o senador Paulo Paim
(PT-RS) registrou os trabalhos da chamada “Frente
Ampla pelo Brasil”, um grupo suprapartidário que
reúne homens e mulheres que defendem causas em busca
da melhoria da nação. No escopo dessa frente, em que
os melhores quadros de sindicatos, federações,
confederações de empregados e empregadores estão
dialogando pela construção de um projeto de nação,
como observou o senador, surgiu a ideia do projeto
do “Estatuto do Trabalho”.
A proposição, que pretende ser um contraponto à
reforma trabalhista recém-aprovada no Congresso,
será discutida numa subcomissão da Comissão de
Direitos Humanos (CDH), formalizada com a leitura de
ofício em Plenário na sessão desta sexta-feira. O
colegiado deverá ser presidido pelo senador Telmário
Mota (PTB-RR) e terá como membros os senadores
Valdir Raupp (PMDB-RO), Hélio José (PMDB-DF), Ângela
Portela (PDT-RR) e João Capiberibe (PSB-AP).
Além da reforma trabalhista, temas como a desordem
nas contas da Previdência e os motivos pelos quais o
Brasil não desenvolve uma cultura de
governabilidade, de continuidade de políticas
econômicas e sociais mesmo com a mudança de governo,
também estão sendo debatidos pelos integrantes da
Frente.
- Não podemos nos acovardar, nos calar, ficar
condenados à desesperança e aos fantasmas
ideológicos de grupos que só buscam o poder pelo
poder, de uma elite minoritária que não possui amor
ao próximo, nem ao país. A Frente Ampla pelo Brasil
pode ser um sonho, mas não é sonho, ela busca a
perfeição dos sonhos, mesmo que utópicos, e a
valorização da gente brasileira – disse Paim.
Fonte: Agência Senado
07/08/2017 -
Aposentado que trabalha não deve pagar o INSS,
decide Justiça
A Justiça Federal reconheceu o direito de uma
aposentada do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) que continua no mercado de trabalho com
carteira assinada a não contribuir mais para a
Previdência. O Judiciário determinou ainda que R$ 42
mil em descontos para o instituto sejam devolvidos à
segurada. A decisão é do juiz Luciano Tertuliano da
Silva, do Juizado Especial Federal Cível da cidade
de Assis, interior de São Paulo. Noticiou o portal O
Sul
Para a advogada Cristiane Saredo, do escritório
Vieira e Vieira Consultoria e Assessoria Jurídica
Previdenciária, a decisão abre precedentes para que
outros aposentados que estão no mercado de trabalho
peçam a suspensão do desconto do INSS na Justiça.
Ainda mais depois que, em outubro passado, o Supremo
Tribunal Federal sepultou a desaposentação, que era
a possibilidade de o segurado recalcular o valor do
benefício usando as novas contribuições. Segundo
dados da AGU (Advocacia-Geral da União) existem 480
mil aposentados trabalhando com carteira assinada no
País.
Para o magistrado que deu a sentença, a cobrança da
contribuição no caso da aposentada não deveria ser
obrigatória uma vez que ao permanecer contribuindo
para a Previdência depois de se aposentar, a
segurada não tem garantias mínimas do INSS que
assegurem proteção em relação ao emprego atual.
“Se não há por parte da Previdência Social uma
contraprestação apta a conferir aos segurados que se
encontrem em idêntica situação uma proteção
suficiente e adequada a todas as contingências
sociais, indistintamente, não há razão para se
exigir dos contribuintes aposentados empregados,
segurados obrigatórios, as contribuições sociais
incidentes sobre sua remuneração”, afirmou na
sentença.
“O juiz cumpre o que determina a Constituição, pois
deve haver contrapartida à contribuição”, diz
Cristiane. “A fundamentação usada pelo juiz foi uma
das que sempre utilizamos ao pleitear a
desaposentação, que é a contraprestação”, afirma.
Precedentes
Mas quem tem direito a entrar com a ação na Justiça e
reivindicar essa “isenção previdenciária”?. Segundo
a especialista, todo trabalhador que tenha se
aposentado pelo INSS e continua contribuindo para a
Previdência.
Ela orienta a quem se encaixa nessa condição a
juntar a carta de concessão do benefício e o CNIS
(Cadastro Nacional de Informações Sociais), nele
estão todas as contribuições, até mesmo depois da
aposentadoria, caso continue a trabalhar. “O
trabalhador aposentado tem que comprovar que está
sendo descontado. E o CNIS comprova contribuição”,
finaliza.
Constituição
Na ação, que começou em 2012, a aposentada pedia para
deixar de contribuir com a Previdência, bem como a
restituição das quantias já pagas, por entender que,
ao permanecer trabalhando e já aposentada, o INSS
não oferece coberturas típicas de um sistema
materialmente previdenciário.
Para o juiz, o caso revela “uma afronta aos
princípios constitucionais da isonomia, da dignidade
da pessoa humana e da moralidade pública”.
“A contribuição previdenciária possui dimensão
fundamental justamente por ser direito especial
relativo à vida. Aos segurados obrigatórios já
aposentados, que continuam contribuindo ao RGPS, não
é franqueado um regime hábil a ser intitulado
minimamente como ‘previdenciário’, isso porque os
exclui da cobertura decorrente de eventos como
doença, velhice, invalidez ou morte, a despeito de
continuarem expondo-se a todo e qualquer risco
inerente ao exercício da atividade laboral,
ofendendo o princípio da vedação da proteção
insuficiente ao desrespeitar toda a evolução já
analisada do direito fundamental à cobertura
previdenciária”, finaliza o juiz.
Benefício
Os aposentados do INSS que continuaram a trabalhar com
carteira assinada têm outra possibilidade de
aproveitar as contribuições previdenciárias feitas
após a concessão do benefício. Mesmo com a decisão
do Supremo Tribunal Federal, que em outubro do ano
passado, considerou improcedente usar os
recolhimentos posteriores para recalcular a
aposentaria, a chamada desaposentação, a Justiça
Federal reconheceu o direito a um novo benefício
levando em conta apenas o que foi pago depois que a
Previdência liberou a aposentadoria.
Os advogados denominam esse procedimento como
“transformação da aposentadoria”. Recente sentença
de 1ª instância em São Paulo, mantida pelo Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, já garantiu a
concessão de benefício maior para segurada da
capital paulista. A diferença em relação ao outro é
de 286%.
De acordo com o advogado da causa João Badari, do
escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, de São
Paulo, o valor da nova aposentadoria determinado
pela Justiça foi de R$ 4.020,50. A segurada recebia
originalmente R$ 1.040,83 quando a sentença foi
proferida. O processo gerou pagamento de atrasados
de R$ 196,6 mil.
Fonte: Diap
07/08/2017 -
Comissão aprova proposta que torna crime dificultar
ou impedir contratação de plano de saúde por idoso
A Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou
proposta que torna crime impedir ou dificultar a
contratação de plano de saúde por pessoa idosa. A
pena prevista para o crime é de reclusão de um a
dois anos e multa.
Foi aprovado o Projeto de Lei 1159/15, do deputado
Carlos Bezerra (PMDB-MT). O texto altera o Estatuto
do Idoso (Lei 10.741/03) e pretende proibir, por
exemplo, que operadoras de planos de saúde exijam
exames prévios ou perícias de pessoas com mais de 60
anos que desejem contratar o serviço.
Relatora na comissão, a deputada Cristiane Brasil
(PTB-RJ) concordou com a iniciativa. Ela condenou a
conduta de algumas operadoras de planos de saúde que
negam o serviço a pessoas idosas caso haja doença
preexistente.
“O projeto resguarda mais esse direito aos idosos,
que são parte hipossuficiente perante esta relação
contratual, visando coibir e punir quem praticar
esse ato de pura injustiça e desigualdade”, disse.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade
Social e Família; e de Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o
Plenário.
Fonte: Agência Câmara
04/08/2017 -
CPI da Previdência ouve sindicalistas na
segunda-feira
A CPI da Previdência promove mais uma audiência
pública interativa na segunda-feira (7), a partir
das 15h. Três sindicalistas serão ouvidos pelos
senadores e debaterão as especificidades de cada
seguimento em relação à reforma da Previdência
Social.
Foram convidados para a reunião o diretor-executivo
da Associação Nacional dos Aposentados, Deficientes,
Idosos, Pensionistas e dos Segurados da Previdência
Social (Anadips), Clodoaldo Batista Neri Júnior; e o
presidente da Federação Interestadual dos Policiais
Civis da Região Centro Oeste e Norte (Feipol),
Divinato Ferreira da Consolação.
Também deve participar dos debates Artur Carlos de
Morais, representante do Sindicato dos Servidores
Integrantes da Carreira de Auditoria de Atividades
Externas do DF (Sindafis).
A CPI é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e
tem como relator o senador Hélio José (PMDB-DF).
Qualquer cidadão pode interagir com os participantes
da audiência pública formulando críticas, perguntas
e sugestões por meio do portal do programa
e-Cidadania ou pela central de teleatendimento Alô
Senado (0800 61 22 11). A reunião ocorrerá na sala
19 da Ala Alexandre Costa do Senado.
Fonte: Agência Senado
04/08/2017 -
Senadores da base aliada admitem aprovar apenas
parte da reforma da Previdência
Senadores da base aliada admitiram aprovar apenas
pontos da proposta de reforma da Previdência, que
está na Câmara dos Deputados. O senador Aécio Neves
(PSDB-MG) admitiu que a reforma pode se limitar a
estabelecer apenas “um limite de idade para
aposentadoria”. Para a senadora Ana Amélia (PP-RS),
apenas o próximo governo terá capital político para
aprovar uma reforma da Previdência mais ampla. Já o
senador Humberto Costa (PT-PE) só admite votar a
reforma política por ser de interesse de todos os
parlamentares.
Fonte: Agência Senado
04/08/2017 -
Projeto concede benefícios a empresas que
contratarem empregados com mais de 55 anos
Projeto do senador Cidinho Santos (PR-MT) prevê a
concessão de benefícios a empresas que contratarem
trabalhadores com mais de 55 anos de idade. O PLS
236/2017 determina que as empresas privadas reservem
um percentual mínimo de suas vagas para empregados
com idade igual ou superior a 55 anos de idade. Para
estimular a contratação desses trabalhadores, o
projeto prevê a redução da contribuição patronal do
INSS e descontos no transporte coletivo do
empregado.
Fonte: Agência Senado
04/08/2017 -
Lei da Terceirização não vale para contratos
encerrados antes da norma, diz TST
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta
quinta-feira (3) que a terceirização de empregados
na atividade-fim das empresas não pode ser aplicada
em contratos que foram assinados e encerrados antes
da Lei das Terceirizações, sancionada, em março pelo
presidente Michel Temer.
Com a decisão, empresas que não cumpriram a regra do
TST, editada antes da lei, que proibia contratação
interposta de trabalhadores, podem responder pela
ilegalidade se forem acionadas judicialmente por não
manterem vínculo com o trabalhador na área-fim.
A questão foi decidida pela primeira vez no TST por
um dos colegiados especializados por dissídios
coletivos. Na ação, uma empresa de telemarketing
pretendia mudar a declaração de ilegalidade no
contrato de terceirização de serviços de cobrança
com um banco. Por unanimidade, os ministros
decidiram manter a ilegalidade na contratação.
A Lei das Terceirizações (Lei 13.429/2017) autorizou
as empresas terceirizar a chamada atividade-fim,
aquela para a qual a empresa foi criada. A norma
prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer
sem restrições, inclusive na administração pública.
Antes da lei, decisões da Justiça do Trabalho
vedavam a terceirização da atividade-fim e a
permitiam apenas para a atividade-meio, ou seja,
aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao
objetivo principal da empresa.
Fonte: Agência Brasil
04/08/2017 -
Pesquisa aponta aumento da preocupação dos
brasileiros com desemprego
Os brasileiros estão mais preocupados em perder os
empregos. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (03)
pela CNI, a Confederação Nacional da Indústria,
revelou que o índice do medo do desemprego ficou em
mais de 66 pontos em julho*.
O auxiliar administrativo, Thiago Vieira, é uma
dessas pessoas que têm receio de ficar sem a fonte
de renda.
Mateus Rafael, professor de inglês, também tem medo
de perder o emprego e não ter dinheiro para pagar as
contas.
Segundo a CNI, o agravamento da crise política entre
março e julho, piorou as expectativas da população
sobre o Brasil. A economista da CNI, Maria Carolina,
explica.
O levantamento ouviu duas mil pessoas, em 125
municípios, entre os dias 13 e 16 do mês passado.
* O valor é 1,8 ponto superior ao registrado em
março e está 17,3 pontos acima da média histórica
que é de 48,8 pontos.
Fonte: Portal EBC
03/08/2017 -
Rodrigo Maia indica que reforma política deve ser
prioridade nas próximas semanas
Uma das mudanças propostas é a criação do fundo
público para campanhas eleitorais e, para valer em
2018, precisa passar pelos plenários da Câmara e do
Senado até o final de setembro
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta
quinta-feira (3) que, após a decisão de negar
autorização ao prosseguimento da denúncia contra
Michel Temer, os deputados devem retomar os
trabalhos tendo a reforma política como prioridade
nas próximas duas semanas. Maia, que se reuniu com
investidores em São Paulo, defendeu ainda o debate
sobre sugestões para reforma tributária.
A proposta do relator da reforma política, deputado
Vicente Candido (PT-SP), ainda precisa ser aprovada
em comissão especial. Uma das mudanças é a criação
do fundo público para financiamento das campanhas
eleitorais. Para valer nas eleições de 2018, a
reforma política precisa passar pelos plenários da
Câmara e do Senado até o final de setembro.
Tributos
No caso da reforma tributária, um parecer prévio foi
apresentado pelo relator, deputado Luiz Carlos Hauly
(PSDB-PR), em fevereiro deste ano, e desde então o
assunto está parado em comissão especial. O
presidente da Câmara disse que pretende retomar esse
debate para que a reforma tributária avance de forma
paralela à da Previdência.
Para Rodrigo Maia, é preciso construir leis que
fortaleçam a segurança jurídica e a simplificação do
sistema tributário. “O Brasil perde muito em
produtividade e em segurança jurídica porque tem um
sistema tributário complexo, que gera custos
absurdos para o setor privado”, afirmou.
Aposentadoria
Em relação a um novo calendário para a reforma da
Previdência, defendido por aliados do Planalto, Maia
afirmou que é preciso avaliar de que forma a
proposta será encaminhada. Ele ressaltou que, como
demonstrou a votação sobre a denúncia contra Temer,
o governo precisa reorganizar a base aliada. Para
aprovar a reforma da Previdência, são necessários
pelo menos 308 votos em Plenário.
Fonte: Agência Câmara
03/08/2017 -
Governo quer aprovar reforma da Previdência até
outubro, diz Meirelles
O governo federal espera aprovar a reforma da
Previdência até outubro deste ano, disse o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, que participou de
reunião com investidores estrangeiros nesta
quinta-feira (3) na capital paulista. Ele não
acredita que o placar da votação que rejeitou a
denúncia contra o presidente Michel Temer vá se
refletir na votação das reformas. “Não é
simplesmente quem é contra ou a favor do governo.
Vai além disso. Acreditamos na viabilidade da
aprovação”, apontou. O ministro destacou que a
aprovação das reformas demandará trabalho intenso.
“Não é uma coisa trivial”, disse.
Meirelles falou também sobre a reforma tributária
que, na avaliação dele, deve ser votada até
novembro. “Estamos trabalhando duro na reforma
tributária e ela vai ser apresentada ao Congresso
num próximo momento.” Ele não descartou a
possibilidade de inverter a ordem de votação entre
as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá
a Previdência não tiver sido votada, [a tributária
pode passar na frente].”
Meta fiscal
O ministro disse ainda que o governo analisa as razões
para a queda na arrecadação para avaliar possíveis
mudanças na meta fiscal. “A princípio a meta é R$
139 bilhões. Nosso compromisso, nosso objetivo é
cumprir a meta”, afirmou. Entre razões que podem
explicar a diminuição da arrecadação, está a
inflação. “Se a inflação volta a convergir para a
meta, portanto, isso tende a regularizar essa parte
da receita”, explicou.
Outra questão que teve impacto, segundo Meirelles,
foi o Refis, o programa de refinanciamento de
dívidas de empresas e pessoas físicas. “Mas a
arrecadação junho já retomou um pouco e nossa
expectativa é que a retomada possa resolver essa
questão”, disse.
Fonte: Agência Brasil
03/08/2017 -
Projeto que prevê perda de cargo de servidor estável
será debatido na CCJ
Projeto que possibilita a perda de cargo de servidor
público estável pelo resultado da avaliação de
desempenho será tema de audiência pública na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda sem
data marcada. A CCJ aprovou, nesta quarta-feira (2),
requerimento com esse objetivo proposto pelo senador
Lasier Martins (PSD-RS), que é o relator da proposta
(PLS 116/2017).
Deverão ser convidados para a audiência os
especialistas em contas públicas José Matias
Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), Gil
Castelo Branco, da entidade Contas Abertas, e Raul
Veloso. Além deles, também devem comparecer os
sindicalistas Petrus Elesbão, do Sindicato dos
Servidores do Poder Legislativo Federal e do
Tribunal de Contas da União (Sindlegis); Helenio
Barros, da Federação Nacional dos Trabalhadores do
Judiciário Federal e do Ministério Público da União
(Fenajufe); e Sérgio Ronaldo da Silva, da
Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público
Federal (Condesef).
De acordo com a assessoria do senador, após a
audiência, Lasier deve apresentar brevemente o seu
relatório, que já está adiantado.
Fonte: Agência Senado
03/08/2017 -
Comissão reajusta tabela do IR e reduz idade de
isenção sobre aposentadoria
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou projeto de lei que reajusta a tabela do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Pelo texto
(PL 7172/10), em 2018 estarão isentos do tributo as
remunerações mensais até R$ 2.141,98. Hoje, a
isenção só alcança salários até R$ 1.903,98.
As novas faixas de incidência são: para remunerações
de R$ 2.141,99 até R$ 3.179,98, a alíquota mensal
será de 7,5%. De R$ 3.179,99 até R$ 4.219,93 a
alíquota será de 15%. De R$ 4.219,94 até R$
5.247,77, será de 22,5%.
Por fim, as remunerações mensais acima de R$
5.247,77 terão descontadas a alíquota de 27,5%. A
alíquota máxima em vigor abarca as remunerações a
partir de R$ 4.664,68.
O texto também estabelece que, a partir de 2019 a
tabela do IRPF será corrigida anualmente pelo IPCA,
que mede a inflação oficial do País.
Injustiça fiscal
A correção foi proposta pelo relator do projeto,
deputado Angelim (PT-AC). Ele apresentou um
substitutivo ao PL 7172, que é oriundo do Senado, e
a outros 50 projetos que tramitam apensados, todos
tratando de IRPF.
O reajuste da tabela do imposto, segundo Angelim,
corrige uma “injustiça fiscal”. “Pessoas que
deveriam estar isentas acabam pagando o tributo,
além de contribuintes que deveriam pagar numa faixa
de renda com alíquota mais baixa acabam pagando o
imposto numa faixa de renda com alíquota mais alta”,
disse. A última vez que a tabela foi corrigida foi
em 2015 (Lei 13.149/15).
Isenção
Além da correção da tabela, o substitutivo aprovado
isenta as pessoas a partir de 60 anos do pagamento
do IRPF sobre aposentadorias e pensões. Hoje, a
isenção só vale a partir dos 65 anos (Lei 7.713/88).
O relator explica que essa idade está em desacordo
com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que
considera idosa a pessoa com idade superior a 60
anos.
“Ao considerar idosa apenas a pessoa com idade
superior a 65 anos, a legislação tributária gera uma
incoerência em relação à legislação protetiva sem
qualquer razão que o justifique”, disse Angelim.
Tramitação
O projeto será votado agora nas comissões de Finanças
e Tributação, que vai analisar o impacto fiscal da
correção da tabela do IR; e Constituição e Justiça e
de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da
Câmara.
Fonte: Agência Câmara
03/08/2017 -
Temer nega compra de votos de deputados e diz ter
confiança na aprovação da reforma da Previdência
Em entrevista à radio BandNewsFM nessa quinta-feira,
o presidente Michel Temer rebateu as críticas da
oposição, de que o governo teria comprado votos de
deputados com a liberação de emendas parlamentares.
Temer disse que as chamadas emendas impositivas, que
são aquelas que o parlamentar apresenta em seu nome
ou da bancada, até certos valores, devem ser pagas.
Nos últimos dois meses, a liberação de emendas
parlamentares passou de R$ 2 bilhões.
Também na entrevista Temer voltou a defender o
parlamentarismo no Brasil e se mostrou confiante na
aprovação da reforma da Previdência no Congresso.
Fonte: Portal EBC
03/08/2017 -
Encerramento de atividades da Saint Gobain em Canoas
(RS) afasta estabilidade de dirigente sindical
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proveu recurso da Saint Gobain Vidros S.A. para
afastar o direito à estabilidade de um supervisor,
membro de sindicato profissional, demitido por conta
do encerramento da atividade da empresa na base
territorial do ente sindical. Para a Turma, a
decisão da segunda instância, que condenou a empresa
ao pagamento de indenização pelo período
estabilitário restante, contrariou o entendimento
jurisprudencial que afasta a preservação temporária
do emprego no caso do empregador extinguir suas
atividades na área de atuação do sindicato.
O trabalhador era vice-presidente do Sindicato de
Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais e
Espelhos de Canoas (RS) e ajuizou ação contra o
ex-empregador requerendo, entre outras demandas
trabalhistas, a reintegração ao posto de trabalho e
o pagamento das vantagens referentes a esse período,
sob o argumento de que foi dispensado irregularmente
por ser detentor de estabilidade. A Saint Gobain, no
entanto, sustentou que a rescisão contratual foi
regular e só ocorreu em virtude do encerramento de
suas atividades naquela região.
O juízo da Vara do Trabalho Canoas julgou
improcedente o pedido do supervisor e confirmou a
legalidade da rescisão. O Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região, porém, entendeu que, pelo
fato de ser detentor de estabilidade no emprego, o
trabalhador teria direito ao pagamento de
indenização referente ao período de estabilidade
restante ou à transferência para outra filial da
empresa.
A relatora do recurso da Saint Gobain ao TST,
desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro,
excluiu a condenação por considerar que a decisão
regional contrariou o entendimento da Súmula 369,
item IV, do TST, que afasta a estabilidade
temporária não no caso do encerramento da atividade
empresarial na base territorial do sindicato. “O
Tribunal Regional deixou implícito que a situação
dos autos é a da Súmula 369 do TST, contudo, por ter
entendimento diferente deixou de aplicá-la”, disse.
A decisão foi unânime. Após a publicação do acórdão,
houve a oposição de embargos declaratórios, ainda
não analisados pela Turma.
Processo: RR-1032-54.2012.5.04.0205
Fonte: TST
03/08/2017 -
Acordo homologado na Justiça Comum é inválido para
afastar vínculo de emprego
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou inválido acordo extrajudicial, homologado
pela Justiça Comum, pelo qual a Agromen Sementes
Agrícolas Ltda. e um vendedor formalizaram a
inexistência de vínculo de emprego. “O juiz estadual
ou federal não pode homologar um acordo sobre
existência de vínculo de emprego”, destacou o
relator, ministro Alexandre Agra Belmonte.
O vendedor trabalhou para Agromen Sementes Agrícolas
Ltda. de 2002 a 2007, quando a companhia transferiu
todos os seus negócios para outra empresa, a Dow
Agrosciences Industrial Ltda., inclusive os
contratos de seus representantes comerciais. Para
isso, foi celebrado o acordo, pelo qual o vendedor
declarava a ausência de vínculo de emprego com a
Agromen durante os cinco anos de serviços prestados,
passando a ser considerado representante comercial
da Dow Agrosciences.
Após o desligamento, em 2012, ele ajuizou reclamação
trabalhista contra as duas empresas, pedindo o
vínculo referente a dez anos de serviço. O juízo da
5ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) julgou o pedido
procedente, com o entendimento de que o acordo “foi
entabulado unicamente para evitar litígio
trabalhista em razão do descumprimento das leis do
emprego”. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região (PR), porém, considerou que o acordo tem
efeitos de coisa julgada, o que impede a
reapreciação da matéria pela Justiça do Trabalho.
No recurso para o TST, o vendedor sustentou que o
acordo homologado perante a Justiça Comum entre duas
pessoas jurídicas, mediante a qual se declarou nunca
ter havido vínculo de emprego entre as partes, não
faz coisa julgada, porque foi imposto como forma
para continuar a prestação de serviços e teve por
objetivo excluir direitos trabalhistas
irrenunciáveis.
O ministro Agra Belmonte explicou que o acordo entre
representante e representado, quando celebrado entre
pessoas jurídicas, é de competência da Justiça
Comum. “Entretanto, esse acordo jamais poderá fazer
coisa julgada nas declarações incidentais sobre as
quais o julgador que o homologue não detenha o
pressuposto processual da competência material”,
assinalou, observando que, nesse cenário, a coisa
julgada não alcança essa parte por absoluta
impropriedade de jurisdição. “A coisa julgada apenas
abrange as pessoas jurídicas envolvidas, ainda que o
reclamante figurasse como sócio de uma delas, tendo
em vista que os objetos não se confundem. Lá de
natureza comercial, aqui de natureza trabalhista”.
Por unanimidade, a Turma proveu o recurso do
trabalhador e restabeleceu a sentença que declarou a
existência do contrato de trabalho entre as partes,
de natureza empregatícia, com o pagamento das verbas
trabalhistas correspondentes. Processo: ARR-61-75.2013.5.09.0664
Fonte: TST
02/08/2017 -
Câmara nega autorização para processo contra Temer
no Supremo
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta
quarta-feira, por 263 votos a 227 e 2 abstenções, a
autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF)
abrir processo criminal contra o presidente da
República, Michel Temer, por crime de corrupção
passiva (SIP 1/17), seguindo parecer da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). No
total, 493 dos 513 deputados votaram o parecer do
deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).
Além das duas abstenções, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, se absteve por impedimento regimental
devido a estar comandando a sessão.
Esta foi a primeira vez que a Câmara dos Deputados
votou uma solicitação para instauração de processo
contra um presidente da República. Com a decisão, o
STF não poderá analisar a denúncia contra Temer
apresentada pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, no final de junho. O presidente só
poderá responder judicialmente após o término do
mandato.
A votação nominal do parecer teve início por volta
de 18h20 e avançou até as 21h51. Já as sessões para
discutir o tema começaram às 9h31.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
02/08/2017 -
Ministro se reúne com representantes de sindicatos
de trabalhadores e empregadores
Ronaldo Nogueira afirmou a representantes de
entidades de São Paulo que não haverá
descaracterização da modernização trabalhista
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu
nesta terça-feira (1º) sugestões de alteração do
projeto de modernização da legislação trabalhista
por meio de medida provisória. Representantes de
sindicatos patronais e laborais do estado de São
Paulo sugerem, entre outros pontos, que os acordos
coletivos não se sobreponham às convenções
coletivas.
Ronaldo Nogueira afirmou que as entidades não serão
surpreendidas com uma proposta que desconfigure a
reforma. "Estamos dialogando”, disse o ministro. “O
que existe é um compromisso do presidente para, se
necessário, editar uma medida provisória que
aprimore a proposta de modernização. Todos serão
ouvidos, assim como aconteceu em dezembro, quando
foi apresentada uma proposta pacificada para a
Câmara. A medida provisória será elaborada nesses
termos também".
Zilmara Alencar, representante do Sindicato Nacional
das Empresas Prestadoras de Serviços em
Telecomunicação (Sinstal), apresentou uma sugestão
que, segundo ela, possibilitará uma mudança
essencial para que a organização sindical se
estabeleça no cenário atual. "Acrescentaríamos um
parágrafo estabelecendo que o sindicato
representativo da categoria deverá participar, como
assistente da celebração do acordo coletivo de
trabalho, para que seja resgatada a participação do
sindicato patronal nas negociações coletivas",
afirmou.
Para trazer tranquilidade ao ambiente de negociação
coletiva, Zilmara Alencar também sugeriu que não
sejam válidos os acordos coletivos de trabalho
celebrados sem assistência do sindicato
representativo da categoria econômica e que contiver
cláusulas contrárias às estabelecidas em convenção
coletiva de trabalho.
Genival Leite, presidente do Sindicato dos
Empregados em Empresas de Serviços Terceirizados
Temporários (Sindeepre), propôs um escalonamento na
contribuição sindical, até os sindicatos se
organizarem. "A lei foi muito rápida, e as mudanças,
grandes”. Segundo ele, a medida provisória, caso
seja editada, deveria trazer uma proposta de
sustentação para os sindicatos de base.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de
Prestação de Serviços Terceiros, Colocação e
Administração de Mão de Obra e de Trabalho
Temporário (Sindeprestem), Vander Morales, a
preocupação é que não haja retrocesso no que foi
aprovado. "Consideramos um avanço nas relações de
trabalho, o mercado já absorveu isso, estamos vendo
os números mudarem, o desemprego diminuir e as
empresas com mais confiança. O cenário está
melhorando com as medidas implantadas corajosamente
pelo Ministério do Trabalho e que nós apoiamos
participando de debates".
Participaram da reunião representantes do Sinstal,
Sindeprestem, Sindicato dos Empregados em Empresas
de Serviços Terceirizados Temporários (Sindeepre),
Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no
Estado de São Paulo (Seac/SP) e a Central Brasileira
do Setor de Serviços (Cebrasse).
Fonte: MTb
02/08/2017 -
Vanessa Grazziotin cobra do governo MP que iria
suavizar a reforma trabalhista
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdo-AM) lembrou que
já se passaram 20 dias desde a sanção da reforma
trabalhista e que, até agora, o presidente Michel
Temer ainda não encaminhou ao Congresso a medida
provisória que iria corrigir os pontos polêmicos da
reforma, conforme havia prometido.
Vanessa Grazziontin disse que o presidente Temer
deve isso não apenas aos senadores que aceitaram
aprovar as medidas propostas pelo Executivo com a
promessa de revisão de alguns pontos por meio de MP,
mas a toda a sociedade. Ela lembrou que muitos dos
senadores que votaram a favor da matéria acreditaram
no compromisso do presidente de editar uma medida
provisória após a sanção da matéria.
- Eles falaram em vetos e medidas provisórias. Veto
não houve nenhum. Mas nós estamos aguardando que
tudo seja corrigido através de medida provisória,
porque editando medida provisória ela vira lei
automaticamente. E nós queremos que não seja
permitido o trabalho de mulheres gestantes em
lugares insalubres - disse a senadora, mencionando
um dos pontos que seriam revistos pelo presidente,
conforme acordo com os parlamentares.
Fonte: Agência Senado
02/08/2017 -
Paim apresenta projeto que revoga Lei da Reforma
Trabalhista
O senador Paulo Paim (PT-RS) protocolou, nesta
terça-feira (1º), projeto de lei que revoga a Lei da
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017). O projeto
ainda precisa ser lido em Plenário para receber
numeração e começar a tramitar nas comissões do
Senado.
O projeto tem apenas dois artigos, um deles
afirmando que fica revogada a Lei 13.467 de 13 de
julho de 2017 e o outro dizendo que a lei entra em
vigor na data de sua publicação. Em sua
justificativa, o senador afirmou que a nova lei tem
vários dispositivos inconstitucionais, que
desumanizam a relação entre empregado e empregador.
Além disso, segundo o senador, 17 ministros do
Tribunal Superior do Trabalho assinaram documento
segundo o qual a lei “elimina ou restringe, de
imediato ou a médio prazo, várias dezenas de
direitos individuais e sociais trabalhistas".
Em entrevista à Agência Senado, o senador disse que
há uma indignação na população, pois o presidente
prometeu vetar alguns artigos, mas sancionou a lei
na íntegra. Para Paim, o projeto é inconstitucional
e somente retira direitos dos trabalhadores.
— Há uma indignação em todo o país. Eu consultei
todos os estados, e a justificativa (do projeto) é
maior do que um artigo, naturalmente, dizendo que a
lei é ilegal, inconstitucional, imoral, é um ataque
à humanidade e, por isso, nós temos agora que fazer
o debate sobre a possibilidade de revogá-la —
afirmou Paim.
O senador disse ainda que, como a Lei da Reforma
Trabalhista entra em vigor em quatro meses, vai
trabalhar para revogá-la antes desse período.
Questionado se acredita que a lei possa ser
revogada, Paim respondeu que, ainda que não seja, é
preciso reacender o debate.
— Independente do resultado desse debate, o
importante é trazer mais uma chama para a população
ver que há luz, que há gente que discorda desse
projeto que infelizmente o Senado aprovou — disse.
Para revogar a lei, o projeto precisará ser aprovado
no Senado e na Câmara dos Deputados e ser sancionado
pelo presidente da República.
Fonte: Agência Senado
02/08/2017 -
Faturamento da indústria acumula queda de 5,9% no
primeiro semestre, diz CNI
O faturamento industrial acumulado no primeiro
semestre de 2017 é 5,9% menor que o registrado no
mesmo período de 2016, segundo a Confederação
Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na
produção recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9%
e a massa real de salários encolheu 3,5%. Já o
rendimento médio real do trabalhador subiu 0,5%,
especialmente por causa da queda da inflação.
“Embora o prolongado período de queda da atividade e
de piora do mercado de trabalho tenha ficado para
trás, os indicadores industriais ainda não mostram
recuperação”, informou a CNI, na pesquisa
Indicadores Industriais, divulgada terça-feira (1º).
Os dados apontam que o segundo trimestre deste ano
foi caracterizado pela oscilação da atividade e do
emprego. Segundo a CNI, em abril, os dados foram
majoritariamente negativos; maio havia revertido
esse desempenho; e junho encerra o trimestre com
queda do faturamento, horas trabalhadas, utilização
da capacidade instalada e do emprego. Rendimento e
massa salarial em termos reais, por outro lado,
cresceram durante todo o trimestre, como resultado
da queda da inflação.
“Essa oscilação faz com que a atividade industrial e
o emprego mantenham-se em patamares inferiores ao já
fraco ano de 2016”, diz a pesquisa.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
02/08/2017 -
INSS convoca segurado para reavaliação do
auxílio-doença
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoca
para perícia, pela segunda vez, milhares de
segurados que recebem o auxílio-doença. De acordo
com o Diário Oficial da União desta terça-feira
(1º), a nova chamada ocorre após uma tentativa do
órgão de notificar os beneficiários pelo correio. As
correspondências não teriam chegado porque os dados
dos endereços indicados no cadastro do Sistema Único
de Benefícios estariam incompletos ou
desatualizados.
Os segurados listados têm cinco dias corridos, a
contar de hoje, para informar sobre a data marcada
para a perícia. O contato deve ser feito pela
central de teleatendimento do INSS, pelo número 135.
O benefício pode ser suspenso até que o convocado
passe pela reavaliação.
Para evitar o cancelamento, os segurados poderão
consultar a página do Diário Oficial da União, para
conferir se seu nome consta na lista. No campo de
busca do site, deverão digitar o nome entre aspas,
selecionando apenas a seção 3 e a data de 01/08.
Caso o segurado se encontre internado ou enfermo e
não puder comparecer à perícia deverá pedir a uma
pessoa de sua confiança que informe ao INSS em uma
das agências sobre o impedimento. É necessário que
esse representante apresente, na ocasião, a
identidade do segurado e um documento que comprove o
impedimento. Com isso, ele poderá solicitar para o
beneficiário uma perícia hospitalar ou domiciliar.
Fonte: Agência Brasil
02/08/2017 -
Paulo Paim defende criação do Estatuto do Trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta
terça-feira (2) a criação de um Estatuto do
Trabalho. O texto, de acordo com o senador, é uma
alternativa às leis trabalhistas atuais, modificadas
pela reforma trabalhista recentemente aprovada.
Para Paim, é preciso propor novas leis que
harmonizem os direitos dos trabalhadores e dos
patrões, sem pesar apenas para o lado mais forte da
balança.
— O Estatuto do Trabalho que estamos propondo vem
com a lógica de uma nova carta trabalhista e social,
com direitos e benefícios para empregados e
empregadores. É uma ousada possibilidade para
harmonizar os interesses de classes dos
trabalhadores e dos patrões.
A criação do estatuto será debatida por uma
subcomissão da Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH). Paim disse que já
apresentou uma primeira versão do texto, que deve
ser discutida com representantes de trabalhadores e
empregadores. As sugestões da sociedade serão usadas
para construir a versão final do projeto.
Fonte: Agência Senado
02/08/2017 -
Paulo Paim diz que população teme os efeitos da
reforma trabalhista
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta
terça-feira (1º) que durante o recesso parlamentar
andou por quase 3 mil quilômetros no Rio Grande do
Sul e comprovou que os cidadãos estão acompanhando
os acontecimentos políticos de Brasília.
Paim disse que em todos os encontros dos quais
participou percebeu certo medo da população em
relação, principalmente, à Reforma Trabalhista
aprovada pelo Congresso e sancionada no mês de
julho.
— As pessoas querem saber quando lá estive nesses
debates, eles querem saber, afinal o que está
acontecendo? Quer seja no Congresso, quer seja no
Executivo e no Judiciário. E é a nossa obrigação
informá-los e falar a verdade e aí eu afirmo que há
uma enorme preocupação, até um certo medo, com a lei
que aqui foi aprovada, a famosa reforma trabalhista.
Ao apontar a prevalência do negociado sobre o
legislado, a terceirização e o trabalho intermitente
como "pontos trágicos" da reforma recém-aprovada,
Paim anunciou que começará a discussão para
elaboração de um novo Código do Trabalho, com o
objetivo corrigir distorções aprovadas com a reforma
trabalhista.
Fonte: Agência Senado
02/08/2017 -
TST valida acordo que amplia estabilidade apenas
para gestantes contratadas por prazo indeterminado
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho julgou válida
cláusula coletiva que aumentou somente para um grupo
de empregadas o prazo da garantia de emprego a
gestantes prevista constitucionalmente. A ampliação
para 210 dias beneficiou apenas as trabalhadoras da
Souza Cruz S.A. contratadas por prazo indeterminado,
sem extensão aos contratos com vigência
pré-determinada. Entre a maioria dos ministros,
prevaleceu o entendimento de que não houve ofensa ao
princípio da isonomia.
O acordo coletivo foi assinado pela indústria de
cigarros e o Sindicato dos Empregados Vendedores e
Viajantes do Comércio no Estado do Pará, com
vigência entre 2016 e 2018. No entanto, o Ministério
Público do Trabalho quis anular a cláusula na
Justiça, com o argumento de que houve restrição a
direito fundamental das trabalhadoras e tratamento
desigual entre mulheres que se encontram em igual
situação.
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP)
declarou a nulidade parcial, ao fundamento de que,
se a lei garante um direito para empregadas em
geral, sem distinção quanto à duração do contrato, a
norma coletiva não pode ampliá-lo para um grupo e
mantê-lo estático para outro, “sob a pena de
estarmos diante de claro tratamento
discriminatório”. A decisão regional ainda
determinou que a estabilidade ampliada fosse
concedida também às contratadas por prazo
determinado.
Para a relatora do recurso da Souza Cruz ao TST,
ministra Maria de Assis Calsing, a norma coletiva em
questão é legítima e benéfica por constituir prazo
superior aos cinco meses previstos no artigo 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), apesar de
favorecer apenas um grupo de trabalhadoras. “Não se
pode cogitar de ofensa ao princípio da isonomia
quando estão em análise situações jurídicas diversas
(quanto ao tempo de vigência de contrato), ligadas
apenas a um fato comum, que diz respeito à gestação
no curso do contrato de trabalho”, afirmou.
Para Calsing, a autonomia privada de sindicato e
empresa deve ser preservada, até porque “a cláusula
teve aprovação inequívoca da categoria
profissional”. Dessa forma, os integrantes da SDC
acompanharam a relatora para julgar improcedente o
pedido de nulidade. Ficou vencido o ministro
Mauricio Godinho Delgado, para quem a exclusão de um
grupo, apenas com fundamento na existência de
contrato por prazo determinado, caracterizou conduta
discriminatória.
Novo emprego afasta indenização
A ministra Maria de Assis Calsing também foi relatora,
na Quarta Turma, do agravo de instrumento de uma
auxiliar de serviços gerais contra decisão que negou
indenização equivalente aos salários que receberia
na estabilidade pós-parto. Dispensada pela Star
Service Organização Empresarial Ltda. ao fim do
contrato de experiência, ela depois descobriu que
estava no início da gravidez quando foi despedida.
Na Justiça, o antigo empregador propôs reintegração,
mas ela recusou por ter conseguido emprego melhor.
No entanto, insistiu no pedido de indenização,
indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região (RS).
De forma unânime, a Quarta Turma não proveu o agravo
por questões processuais, mas ressaltou que ficaram
resguardados os direitos do nascituro e a garantia
de emprego, em vista da recusa da grávida à
reintegração por causa do novo trabalho.
Processos: RO-422-69.2016.5.08.0000 e AIRR-20778-48.2015.5.04.0771
Fonte: TST
02/08/2017 -
Doença ocupacional gera pensão por tempo determinado
Uma lesão no punho denominada de “síndrome do túnel
carpal” levou uma trabalhadora a se afastar de suas
atividades laborais e requerer, na Justiça do
Trabalho, indenização por danos materiais e morais
por redução da sua capacidade laborativa. A ação foi
originária da 3ª Vara do Trabalho de Campina Grande,
onde foi julgada parcialmente procedente.
A indenização por danos materiais correspondeu a 25%
de sua remuneração, desde o primeiro dia de
afastamento previdenciário até a data da sua total
recuperação, além de danos morais. Na segunda
instância, a reclamante pleiteou a reforma da
sentença para majorar o valor da indenização e
pagá-la em parcela única.
Inconformada, a empresa recorreu, requerendo a
reforma da sentença para afastar da condenação o
pagamento das indenizações por danos morais e
materiais, e, caso mantida a condenação, que fosse
reduzida a importância arbitrada. Em suas razões, a
A empresa AEC – Centro de Contatos S/A sustentou que
as indenizações não são devidas em razão da não
caracterização da culpa ou dolo na enfermidade que
acometeu a reclamante.
Cuidados
A empresa alegou que sempre foi cuidadosa, seguindo as
normas de segurança do trabalho para prevenir
acidentes e doenças ocupacionais dentro das suas
instalações, tendo sua CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes devidamente instalada,
composta por médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, bem como engenheiro e técnico de
segurança do trabalho. Por fim, afirmou que a
atividade da reclamante não representava intensidade
repetitiva, sobrecarga articular e biomecânica que
resultasse em nexo de concausa entre o trabalho e a
doença alegada.
Em análise, o relator do processo
0000880-21.2016.5.13.0009, desembargador Leonardo
Trajano destacou que a doença do trabalho, que é
considerada, de natureza acidentária pela
legislação, é aquela adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente,
conforme redação elaborada pelo Ministério da
Previdência Social.
Nexo concausal
Após vistoria, o perito considerou o ambiente de
trabalho com fatores propiciadores para a ocorrência
de Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Em laudo,
afirmou que a patologia trazida em questionamento no
punho, denominada de “síndrome do túnel carpal”,
pode não ter no trabalho a causa única, mas este
contribui para o seu agravamento, configurando um
nexo concausal. “Os documentos apresentados
comprovaram a enfermidade e a incapacidade parcial e
temporária para o trabalho”, confirmou o laudo
pericial.
Para o relator do processo, restou demonstrado, por
meio do laudo, que o trabalho exercido pela
reclamante foi elemento concausa para o surgimento
da patologia. Logo, a ação praticada pela empresa de
expor a empregada à realização de trabalho em
movimentos repetitivos, sem comprovação de medidas
preventivas, evidenciou a sua culpa e o surgimento
do dano. “Cabia, à empresa, a adoção de
procedimentos preventivos à ocorrência do dano, sob
pena de violação ao disposto no artigo 157 da CLT e
19 da Lei 8.213/91”, disse o magistrado, destacando
que é exatamente decorrendo desse descumprimento aos
dispositivos mencionados que emerge o dever de
indenizar.
Valores
A empresa buscou, no caso da manutenção da condenação,
a redução do valor arbitrado. Já a trabalhadora
pugnou pela majoração da indenização. Para o
relator, “a indenização não deve corresponder a um
acréscimo no patrimônio do trabalhador, mas a uma
compensação pela lesão”. Devem ser observados os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
“Diante disso, entendo que o valor arbitrado em
primeiro grau, foi adequado”, disse o magistrado.
Negando provimento aos recursos de ambas as partes,
o relator ressaltou que a decisão mantida incólume
poderá ser futuramente revisada mediante manuseio,
por qualquer das partes, de ação judicial própria,
de forma que, a depender da situação fática
comprovada, o pagamento poderá ser sustado ou até
mesmo ter seu valor majorado ou reduzido. A decisão,
em maioria, foi acordada pela Primeira Turma de
Julgamento do TRT.
Fonte: Âmbito Jurídico
01/08/2017 -
Reforma trabalhista: uma tragédia anunciada
Com o atual Congresso, a medida provisória em
negociação no governo, que busca amenizar o impacto
que a reforma vai trazer para ambiente laboral, e
que, refletirá na condição social dos brasileiros em
um futuro próximo, deve ser acompanhada de perto e
com muita cautela, para não se utilizarem dessa
medida para piorar o cenário imposto pela nova lei.
André Santos*
“Entre os fortes e fracos, entre ricos e pobres,
entre senhor e servo é a liberdade que oprime e a
lei que liberta”.
Jean Baptiste-Henri Dominique Lacordaire
A reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional
pode até causar certa sensação de surpresa, por
tamanha audácia do legislador ao desconstruir uma
legislação trabalhista que protegia minimamente o
trabalhador, a CLT. Em geral essa proteção se faz
necessário por haver empresários “mal
intencionados”, que visam apenas o lucro em
detrimento de uma mínima proteção para o
trabalhador.
A lei pode ser o remédio, e foi até então, feita
para coibir os excessos do capitalismo selvagem, nas
palavras do ex-presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), José Luciano de Castilho, “são as
leis trabalhistas e previdenciárias que humanizam o
capital”.
Porém, essa “surpresa” com a nova norma jurídica que
passará a ter efeitos a partir de novembro não é uma
novidade. Ela vem sendo anunciada há algum tempo,
ora por governos que tentaram implementar tal
modelo, ora pela ação do legislador, que se incumbiu
de não deixar o debate desaparecer da agenda.
A prova para tal afirmação pode ser observada em
artigo escrito pelo diretor de documentação do DIAP,
Antônio Augusto de Queiroz, publicado originalmente
no Le Monde Diplomatique, com o título de “O
desmonte do Estado de proteção social”. No artigo,
Queiroz apresenta as tentativas de o mercado impor
sua agenda desde a Constituinte de 1988.
No contexto vale destacar o número de projetos
apresentados no Congresso Nacional (Câmara e Senado)
que visavam flexibilizar os direitos trabalhistas.
Tais propostas tiveram um incremento maior a partir
de 2011, e continuam crescendo as iniciativas cujo
objetivo é precarizar as relações de trabalho.
Um dos destaques se dá no ambiente jurídico, com o
PL 948/11, do deputado Laérico Oliveira (SD-SE), que
busca impedir o trabalhador de recorrer à Justiça do
Trabalho em caso de demissão. Em balanço publicado
em 25/11/11 pelo analista político do DIAP, Marcos
Verlaine, ele chamou a atenção para tal proposição.
Ainda em 2011, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE),
então presidente da Comissão de Trabalho da Câmara
dos Deputados apresentou o PL 1.463/11, que cria o
Código do Trabalho. A proposição ainda em tramitação
na Câmara pretende reformular a CLT por completo.
Em 2012, as ameaças continuaram. Naquele ano Laércio
Oliveira apresentou o PL 3.785/12, que preconiza a
criação do trabalho intermitente. Matéria que foi
acolhida pela chamada reforma trabalhista. Em 2013,
o atual governador do Distrito Federal, então
deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), apresentou o
PL 6.906/13, que cria consórcio de empregadores
urbanos.
A vontade não se encerra na perspectiva de
flexibilizar os direitos dos trabalhadores, passa
também perla tentativa frequente de aniquilar as
entidades de representação laborais. Em várias
iniciativas, os deputados e senadores que
representam os interesses do capital apresentam
propostas que visam asfixiar as entidades sindicais
de trabalhadores.
Boa parte dessas tentativas é relacionada ao custeio
das entidades sindicais de trabalhadores. Há uma
centena de projetos que visam asfixiar
financeiramente as entidades e com isso provocar o
seu fim, diminuindo o poder de intervenção dessas
entidades na garantia de direitos dos trabalhadores.
O conjunto de ações para fragilizar o amparo
econômico, político e social não se restringe as
atividades sindicais. Em março de 2016, o DIAP
apresentou levantamento coordenado pelo analista
político da entidade, Neuriberg Dias, intitulado de
as “55 ameaças a direitos em tramitação no
Congresso”. O material reúne as principais
proposições em tramitação na Câmara e no Senado. Boa
parte dessas proposições foi absorvida pela chamada
reforma trabalhista transformada na Lei 13.467/17.
Neste contexto, e com o atual Congresso, a medida
provisória em negociação no governo, que busca
amenizar o impacto que a reforma trouxe para
ambiente laboral, e que, refletirá na condição
social dos brasileiros em um futuro próximo, deve
ser acompanhada de perto e com muita cautela, para
não se utilizarem dessa medida para piorar o cenário
imposto pela nova lei.
(*) Analista político do Diap, é especialista em
política e representação parlamentar
Fonte: Diap
01/08/2017 -
Dirigente da Nova Central defende conteúdo político
na formação sindical
A formação sindical pelas Centrais e demais
entidades precisa ter método e objetivos. O certo é
adotar a educação continuada, incluindo conteúdo que
leve não apenas conhecimento sobre sindicalismo, mas
também qualifique o dirigente para disputas
políticas em suas regiões ou em âmbito nacional.
A orientação é de Sebastião Soares da Silva,
dirigente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), que encerrou quinta (27) a série
“Sindicalismo e Formação” no programa Repórter
Sindical na Web. Sebastião é professor, jornalista e
filósofo. Na Nova Central, responde pela Secretaria
de Formação Sindical e Qualificação Profissional.
Também é dirigente da Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil (CSPB) e presidente da Agência
Social, que atua junto a Organizações Sociais e
Movimentos Populares.
Confira os principais trechos da entrevista:
Formação - “Defendo que seja um processo de
educação sindical. A formação você faz em evento,
palestra, curso. Já a educação tem um caráter de
permanência e continuidade. Ela é fundamental para
que o dirigente possa entender a dinâmica das
relações do trabalho, especialmente neste momento
que estamos passando no País. Sempre alerto, no
entanto, que a formação requer apoio e condições
materiais”.
Comunicação - “É parte integrante da própria
formação. Na atual conjuntura, é preciso saber fazer
comunicação, junto às categorias e à sociedade, a
respeito do que vem ocorrendo no País, para que
façamos o melhor enfrentamento do desmonte”.
Padrão - “A Nova Central busca definir um
padrão para a formação. Temos consciência, porém de
que, na prática, devemos atender às demandas
específicas de cada região. Não basta só a formação
generalista. O dirigente tem que atuar em sua
região, mas isso requer base e suporte. Por isso, ao
projetar um ciclo em determinada região, procuramos
nos sintonizar com a realidade local e também às
demandas específicas das categorias”.
Renovação - “A educação política e a formação
podem ajudar no processo necessário de renovação
sindical. Hoje em dia, há grande dificuldade de se
motivar o jovem para a luta sindical. A formação
também pode ser um meio de aproximar mais a mulher,
ajudando a romper um ranço machista que persiste no
movimento”.
Eleições 2018 - “A formação deve
conscientizar os dirigentes para a necessidade de
maior participação política e eleitoral. No ano que
vem, teremos eleições. Defendo que cada Central
procure esboçar um projeto e que se busque definir
um programa mínimo para os candidatos do campo
sindical, ligados ou não à Central, ou para os que
receberem nosso apoio”.
Estaduais - “Os cursos da Nova Central
geralmente nascem de solicitações ou propostas das
representações estaduais ou por iniciativa de alguma
entidade filiada. O dirigente interessado deve
contatar a estadual. Já o trabalhador da base
precisa entrar em contato com seu Sindicato”.
Custos - “Todo curso, palestra ou evento de
educação e formação demandam custos. Para os alunos,
no entanto, os cursos são gratuitos. Trata-se de um
investimento que a Nova Central considera importante
dentro de seu programa e em nossas políticas”.
Mais informações: www.ncst.org.br e
www.cspb.org.br
Fonte: Agência Sindical
01/08/2017 -
Ibope: 81% são favoráveis à aceitação da denúncia de
corrupção contra Temer
Às vésperas da votação no Plenário da Câmara da
denúncia de corrupção passiva contra o presidente
Michel Temer, o Ibope divulgou nesta segunda-feira
(31) pesquisa encomendada pela ONG Avaaz com
resultado desfavorável ao peemedebista. Para 81% dos
entrevistados, os deputados federais devem aceitar a
denúncia e autorizar a abertura de processo pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
Apenas 14% dos entrevistados pelo instituto de
pesquisas entre os dias 24 e 26 de julho são
contrários e 5% não souberam ou preferiram não
opinar sobre o assunto.
Entre os que acreditam que a Câmara deve autorizar a
denúncia contra Temer, 89% são jovens, 86% e 85%
têm, respectivamente, ensino médio ou superior, 87%
têm renda familiar de mais de 2 a 5 salários
mínimos. Além desses, destacam-se os entrevistados
da região Sul (87%) e os que residem nas capitais
(86%).
Ainda pensando na abertura do processo no STF, foram
apresentadas algumas frases para medir o grau de
concordância dos entrevistados. Observa-se que, para
a afirmação “Ficarei indignado se os deputados
votarem contra a abertura do processo no STF”, 70%
concordam, 26% discordam e 4% não sabem ou não
respondem. Sobre a frase “Respeitarei a decisão
tomada pelos deputados em relação à abertura do
processo contra o presidente Michel Temer”, são 74%
os respondentes que concordam com ela, 23% os que
discordam e 4% aqueles que não sabem ou não opinam.
Frente à sentença “Acho que a denúncia é correta e o
deputado que votar contra a abertura do processo é
cúmplice da corrupção” nota-se que quase 8 em cada
10 entrevistados (79%) concordam com ela, 18%
discordam e 3% não sabem ou não respondem. Por fim,
a frase “O deputado que votar contra a abertura do
processo não merece ser reeleito em 2018” registra
73% de concordância, 25% de discordância e 2% que
não sabem ou preferem não emitir opinião a respeito.
No início de junho, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, apresentou denúncia criminal contra
Temer por corrupção. A denúncia já passou pela
Comissão de Constituição e Justiça e seguirá para
votação na Câmara dos Deputados. Os deputados
federais votarão se Supremo Tribunal Federal (STF)
deve ou não deve dar início a um processo que torna
o Presidente Michel Temer réu por crime de
corrupção.
Fonte: Jornal do Brasil
01/08/2017 -
INSS cancela mais de 14 mil benefícios no Rio
O INSS cancelou quase 14 mil e 500 benefícios que
estavam sendo pagos indevidamente aqui no Rio de
Janeiro.
Como parte do processo de revisão do auxílio-doença,
realizado pelo governo federal, foram feitas 19 mil
467 perícias no estado.
O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra,
afirmou que a revisão identificou casos de pessoas
que receberam o auxílio durante anos, mesmo já
estando aptas para voltar ao trabalho.
Em todo o país, mais de 530 mil beneficiários do
auxílio-doença serão convocados para a revisão em
curso. Quem tiver o benefício cortado e não
concordar com a perícia poderá recorrer e solicitar
uma nova avaliação. O pente-fino já identificou
irregularidades em 180 mil de cerca de 200 mil
perícias do auxílio em todo o país.
Fonte: Portal EBC
01/08/2017 -
Comissão responsabiliza empregador que não
fiscalizar uso de equipamento de proteção
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que
responsabiliza o empregador que não fiscalizar o uso
de equipamento de proteção individual (EPI) por seus
funcionários. Segundo o texto, é dever do patrão
proceder ao registro do fornecimento de EPI ao
trabalhador, à orientação e ao treinamento sobre seu
uso adequado.
O empregador que não cumprir o disposto indenizará o
empregado em caso de acidente de trabalho ou doença
ocupacional. Ao trabalhador caberá usar o
equipamento apenas para a finalidade a que se
destina.
As medidas são acrescentadas à Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43) na parte
que trata do EPI. Hoje, a lei obriga a empresa a
fornecer aos empregados gratuitamente o equipamento
de proteção individual adequado ao risco e em
perfeito estado, mas não trata de outras
responsabilidades.
O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo
deputado Cabo Sabino (PR-CE) ao Projeto de Lei
4138/15, do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB). A
proposta original determina simplesmente que o
empregador que não fiscalizar o uso do EPI será
obrigado a indenizar o empregado em caso de acidente
de trabalho ou doença ocupacional, não trazendo
especificações para o trabalhador.
No substitutivo, Cabo Sabino optou por um texto
menos subjetivo, a fim de aumentar a segurança
jurídica. “A essência da proposta continua sendo
proteger a saúde e a segurança do trabalhador por
meio da efetiva utilização dos equipamentos de
proteção individual”, apontou.
Tramitação
A matéria tramita em caráter conclusivo e será
analisada ainda pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
01/08/2017 -
Cipeiro terceirizado demitido ao fim de contrato de
prestação de serviços não tem direito à estabilidade
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou recurso de um trabalhador integrante de
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa)
contra decisão que indeferiu a estabilidade no
emprego. Sua empregadora, a ISS Servisystem do
Brasil Ltda., rescindiu contrato de prestação de
serviços com a Goodyear do Brasil Produtos de
Borracha Ltda., não se justificando, portanto, a
manutenção das atividades de membros da Cipa junto
àquela empresa.
O trabalhador prestava serviços terceirizados como
operador de equipamento na Goodyear do Brasil e
cumpria mandato eletivo na Cipa quando foi demitido
sem justa causa em agosto de 2009. Com base na
estabilidade prevista nos artigos 10, inciso II,
alínea “a”, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) e 165 da CLT, e não sendo
possível a reintegração, pediu indenização pelo
tempo restante do mandato de cipeiro e do período de
estabilidade.
Em juízo, a ISS alegou que naquele mês rescindiu o
contrato de prestação de serviços com a Goodyear e,
por essa razão, demitiu o operador.
Segundo o juízo da 1ª Vara do Trabalho de Americana
(SP) a garantia de emprego a membros da Cipa não
visa proteger os interesses da pessoa a quem a
estabilidade se destina, mas os daqueles que ali
trabalham e o elegeram para tal cargo. Como a ISS
encerrou suas atividades na Goodyear, concluiu que a
demissão se deu por motivo econômico, e o próprio
artigo 165 da CLT ressalva a possibilidade de
rescisão nesse caso. Assim, julgou improcedentes os
pedidos do operador. O Tribunal Regional do Trabalho
da 15ª Região (Campinas/SP) manteve a sentença.
Ao recorrer ao TST, o trabalhador insistiu que
somente seria indevida sua estabilidade se a empresa
encerrasse suas atividades por motivo de força
maior, o que não ocorreu, e que poderia ser
transferido para outro local.
Para a relatora do recurso, ministra Maria Helena
Mallmann, nesse contexto a rescisão do contrato de
prestação de serviços equivale à extinção do
estabelecimento – situação na qual, de acordo com a
Súmula 339, item II, do TST, não se trata de
despedida arbitrária e, portanto, não é devida a
indenização do período estabilitário. Citando
diversos precedentes, a ministra concluiu que a
decisão está de acordo com a jurisprudência do TST,
não cabendo as alegações do trabalhador. A decisão
foi unânime. Processo:
RR-243100-46.2009.5.15.0007
Fonte: TST
01/08/2017 -
Empregada dispensada sem acerto rescisório será
indenizada por danos morais
Em um caso analisado pelo juiz José Barbosa Neto
Fonseca Suett, a empregada foi dispensada sem justa
causa e a empresa não pagou as verbas rescisórias,
não efetuou o depósito da multa de 40% sobre FGTS,
não anotou a baixa do contrato na CTPS e nem
entregou o TRCT com o código próprio para
levantamento do FGTS da conta-vinculada na CEF e a
guia CD/SD para requerimento do seguro-desemprego
junto ao Ministério do Trabalho. Para o magistrado,
a conduta ilícita da empresa gerou danos morais à
trabalhadora, que devem ser reparados.
Conforme verificou o juiz, a reclamante foi
contratada por empresa prestadora de serviços em
fevereiro/2014 e executava as atividades de serviços
gerais no Cartório Eleitoral da Comarca de Pedra
Azul. Em maio/2016 foi dispensada sem justa causa e
sem receber qualquer direito rescisório, incluindo a
multa de 40% do FGTS e as guias necessárias para o
levantamento do FGTS na conta vinculada e também
para o requerimento do seguro desemprego. “A
reclamada deixou a Reclamante em situação de extrema
dificuldade financeira, sem o dinheiro das verbas
rescisórias e sem poder sequer sacar o FGTS e ainda
inviabilizando o recebimento do seguro-desemprego
até a presente data, obrigando a empregada a acionar
o Poder Judiciário para poder ter seus direitos
reconhecidos”, destacou o magistrado.
Na ótica do julgador, a conduta da empresa é grave.
“A empregada foi abandonada à própria sorte, sem
dinheiro para honrar os compromissos mais básicos,
como alimentação, consumo de água e energia
elétrica. É evidente o descaso para com a
trabalhadora que já conta com 50 anos de idade” –
ressaltou. Segundo o juiz, a empresa praticou
conduta ilícita, em ofensa à dignidade e à honra
daquele que tem o trabalho, não só como meio de
sustento próprio e de sua família, mas, também, como
fator-instrumento de sua realização como pessoa
humana e sua dignificação.
“Tem atingida sua dignidade o trabalhador empregado
que é despedido imotivadamente e o empregador, sem
qualquer justificativa plausível (falência,
recuperação judicial, grave insolvência, etc.) não
efetua o pagamento dos mais elementares e mínimos
direitos rescisórios,” registrou o juiz, na
sentença.
Nesse quadro, o magistrado reconheceu que a conduta
ilícita da empresa gerou danos morais à trabalhadora
que devem ser reparados. É que, conforme explicou o
juiz, sem emprego e sem dinheiro para honrar seus
compromissos, a reclamante teve sua imagem, sua
honra e seu bom nome atingidos, sofrendo os
constrangimentos pela completa falta de pagamento
das verbas rescisórias.
Por essas razões, a empregadora foi condenada a
pagar à reclamante indenização compensatória pelos
danos morais, fixada pelo julgador em R$ 2.000,00. A
União Federal apresentou recurso ordinário, que se
encontra em trâmite no TRT-MG.
Processo PJe: 0010805-06.2016.5.03.0046 (RTOrd)
Fonte: Âmbito Jurídico
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