Blog - Notícias Anteriores - Agosto 2017

 

 

31/08/2017 - Fórum Sindical (FST) formaliza à OIT denúncia contra governo brasileiro


31/08/2017 - Desemprego recua 0,3 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo


31/08/2017 - Comissão promoverá cinco audiências públicas sobre a MP que cria a Agência Nacional de Mineração


31/08/2017 - Maia diz que trabalhos na Câmara não vão parar em caso de nova denúncia contra Temer


31/08/2017 - Dívidas com a Previdência equivalem ao triplo do deficit previdenciário, destaca deputado


31/08/2017 - Fórum de Combate ao Trabalho Infantil lança Cartilha do Adolescente Trabalhador


31/08/2017 - TRT2 organizará grupos de WhatsApp para realizar conciliações


31/08/2017 - Em rito sumaríssimo, erros na ordem e na identificação de documentos anexos à inicial levam à extinção do processo


30/08/2017 - Paim espera aprovar em 2019 novo Estatuto do Trabalho


30/08/2017 - Projeto estabelece prazos para fim da exploração do amianto no país


30/08/2017 - Gastos com Previdência podem chegar a 82% do Orçamento até 2024, diz relator


30/08/2017 - Caixa deposita R$ 7,2 bilhões de lucro do FGTS a 88 milhões de brasileiros


30/08/2017 - Tesouro, Previdência e Banco Central têm maior déficit primário da história em julho


30/08/2017 - Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto, diz FGV


30/08/2017 - Volume de ações no PJe quase dobra em um ano e chega a 15,7 milhões


29/08/2017 - Janot abre primeira ação no Supremo contra pontos da reforma trabalhista


29/08/2017 - Especialistas dizem temer impacto social das reformas trabalhista e previdenciária


29/08/2017 - Comissão especial pode votar parecer sobre licença maternidade em caso de bebê prematuro


29/08/2017 - Congresso instala comissões para analisar duas MPs que mudam regras do setor mineral


29/08/2017 - Proposta de privatização da Eletrobrás será debatida por três comissões


29/08/2017 - Prazo para requerer seguro-desemprego estabelecido pelo Ministério do Trabalho é ilegal


29/08/2017 - INSS começa a convocar aposentados por invalidez para perícia médica


29/08/2017 - Empresa que não paga vale-transporte deve comprovar a renúncia expressa do trabalhador ao benefício


29/08/2017 - Gestante consegue anular pedido de demissão e terá direito a estabilidade provisória


29/08/2017 - Semana Nacional da Conciliação de 2017 será de 27 de novembro a 1º de dezembro


28/08/2017 - FST define ações do movimento de resistência ao desmonte da CLT


28/08/2017 - Comissão que analisa regulamentação da Reforma Política pode votar relatório nesta terça


28/08/2017 - Relator da PEC da Reforma da Previdência na Câmara será ouvido no Senado


28/08/2017 - Projetos em tramitação na CCJ alteram pontos polêmicos da reforma trabalhista


28/08/2017 - SP: reforma trabalhista é bem conhecida por 15% das micro e pequenas indústrias


28/08/2017 - Projeto de Paim proíbe o uso de amianto no país


28/08/2017 - Mais de 8 milhões serão beneficiados com o saque de cotas do PIS/Pasep


28/08/2017 - Arrecadação federal em julho tem menor nível em sete anos


28/08/2017 - Entidades pedem que Senado, Câmara e TCU paguem contribuição sindical


28/08/2017 - Em 2017, confiança da população na Justiça e no MP diminuiu, diz estudo da FGV


25/08/2017 - CDH discute impactos da reforma trabalhista


25/08/2017 - CPI ouvirá deputados que participam das discussões sobre reforma da Previdência


25/08/2017 - Subcomissão do Estatuto do Trabalhador aprova cronograma de trabalho


25/08/2017 - Aposentados e pensionistas começam a receber primeira parcela do décimo terceiro


25/08/2017 - Medida provisória antecipa saques das contas do PIS/Pasep


25/08/2017 - Senadores divergem sobre MP que libera saque do PIS/Pasep para idosos


25/08/2017 - Eletricitários repudiam privatização da Eletrobras e apontam precarização


25/08/2017 - Julgamento no STF sobre uso do amianto termina em impasse sobre legislações


25/08/2017 - INSS terá que indenizar servidora aposentada que teve diversas inflamações nos tendões em função do trabalho


25/08/2017 - JT-MG reconhece validade de norma coletiva que prevê remuneração diferente com base em cada tomador de serviços


24/08/2017 - Governo anuncia 57 projetos de concessões e privatização de empresas públicas


24/08/2017 - Supremo tem quatro votos a favor da comercialização do amianto


24/08/2017 - Governo vai liberar saque de contas do PIS/Pasep para idosos


24/08/2017 - Temer e Gilmar Mendes se reúnem para discutir semipresidencialismo


24/08/2017 - CCJ aprova emenda de Plenário a projeto que altera a Lei Maria da Penha


24/08/2017 - Mais de 200 mil aprendizes foram contratados no primeiro semestre de 2017


24/08/2017 - Mediação põe fim ao impasse entre trabalhadores e empresas do setor de limpeza urbana


24/08/2017 - Pagamento da primeira parcela do 13º começa na próxima sexta


24/08/2017 - Descontos elevados no contracheque geram dano moral


23/08/2017 - Centrais se reúnem com Fiesp para discutir propostas de geração de emprego


23/08/2017 - Empresários da indústria diminuem ritmo de demissões, segundo pesquisa da CNI


23/08/2017 - Câmara adia novamente votação da reforma política por falta de acordo para aprovar texto


23/08/2017 - Paulo Paim condena decisão do governo que reduz reajuste do salário mínimo


23/08/2017 - FGTS registra lucro recorde de mais de R$ 14 bilhões em 2016


23/08/2017 - Projeto muda critério para nulidade de negociação coletiva


23/08/2017 - INSS já cancelou 168 mil auxílios-doença após convocação de perícias


23/08/2017 - Conselho Curador aprova regras para melhorar governança do FI-FGTS


23/08/2017 - Fundo de Amparo ao Trabalhador vai cobrar empréstimos cedidos ao BNDES


23/08/2017 - Trabalhadora deve ser indenizada por atrasos nos salários e não pagamento das verbas rescisórias


22/08/2017 - Temer diz que semipresidencialismo seria útil ao Brasil


22/08/2017 - Comissão vota parecer que regulamenta reforma política


22/08/2017 - Comissão debate prioridades do Ministério do Trabalho e Emprego


22/08/2017 - Comissão vota parecer sobre licença maternidade em caso de prematuro


22/08/2017 - Governo quer reduzir participação da União na Eletrobras


22/08/2017 - Paim quer leis trabalhistas em foco durante a campanha eleitoral de 2018


22/08/2017 - Participantes de audiência consideram inconstitucional reforma da Previdência


22/08/2017 - Dirigente sindical demitido antes de comunicar candidatura à empresa não obtém estabilidade


22/08/2017 - Primeira Seção decidirá se valores recebidos por causa de erro da Previdência devem ser devolvidos


22/08/2017 - Desconto no salário após férias pagas indevidamente não gera reparação, diz TST


22/08/2017 - Empregado que adquiriu doença em função do trabalho receberá R$ 15 mil em indenizações


22/08/2017 - TRT-4 cancela súmula sobre adicional de insalubridade por uso de fone de ouvido


21/08/2017 - Temer quebra o país e dá perdão de R$ 78 bilhões a empresas


21/08/2017 - Fórum dos Trabalhadores lança em setembro campanha contra ataques a CLT


21/08/2017 - Estatuto do Trabalho partirá de relatório contra a reforma trabalhista, anuncia Paim


21/08/2017 - Paim apresenta projetos para revogar reforma trabalhista


21/08/2017 - Paim diz que reforma trabalhista teve o objetivo de quebrar a Previdência


21/08/2017 - Plenário pode votar proposta de reforma política nesta terça-feira


21/08/2017 - Termina nesta segunda prazo para agendar perícia de revisão do auxílio-doença


21/08/2017 - Odebrecht condenada a indenizar empregado demitido durante estabilidade provisória


21/08/2017 - Comissão fixa cota de 30% de mulheres em conselhos de administração de empresas públicas


18/08/2017 - Desemprego cai em todas as regiões, mostra IBGE


18/08/2017 - IBGE: país tem 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados


18/08/2017 - Divergência sobre as contas marca audiência da CPI da Previdência


18/08/2017 - Sindicalistas contestam déficit da Previdência e apontam 'equívocos'


18/08/2017 - Com apenas um voto favorável, STF suspende julgamento que proíbe uso do amianto


18/08/2017 - Eunício afirma que salário mínimo terá pelo menos a correção da inflação


18/08/2017 - Ministro reforça parceria com Sine nos estados para combate ao desemprego


18/08/2017 - Industriária garante estabilidade de duas semanas após sofrer aborto espontâneo


17/08/2017 - Comissão debate estatuto do trabalho na sexta-feira


17/08/2017 - Reforma da Previdência deve ser votada na 1ª quinzena de outubro, diz Padilha


17/08/2017 - CPI da Previdência tem prazo de funcionamento prorrogado por 60 dias


17/08/2017 - Indústria paulista tem o melhor saldo de emprego acumulado dos últimos 4 anos


17/08/2017 - Novo valor do salário mínimo só será definido em 2018, diz ministro do Planejamento


17/08/2017 - Renan: Temer está tentando fazer do PMDB um "puxadinho do governo"


17/08/2017 - Maia adia para próxima terça votação da PEC que altera regras para eleições


17/08/2017 - 'Esta não é a reforma política que Brasil quer e precisa', critica presidente nacional da OAB


17/08/2017 - TST decide que não há isonomia entre gestantes com contratos por prazo determinado/indeterminado


17/08/2017 - Aprovado desconto de 50% para idosos na renovação da carteira de motorista


16/08/2017 - Governo eleva para R$ 159 bilhões metas de déficit primário de 2017 e 2018


16/08/2017 - Previsão de salário mínimo para 2018 cai para R$ 969


16/08/2017 - Perdas de direitos dos aposentados serão debatidas na CDH nesta quinta


16/08/2017 - CPI da Previdência ouve nesta quinta-feira representantes do Ministério da Fazenda


16/08/2017 - 'Estamos destruindo de forma sistemática a nossa estrutura produtiva industrial'


16/08/2017 - Caixa Econômica prepara terceirização irrestrita e fim de concurso público


16/08/2017 - JT confirma incompetência para determinar ao INSS atualização de cadastro de trabalhador


16/08/2017 - STF facilita direito a tempo especial de eletricista


16/08/2017 - CCJ aprova PEC que amplia licença-maternidade para gestante ou mãe adotiva de mais de uma criança


15/08/2017 - Reforma Trabalhista deixa 18 milhões de trabalhadores sem assistência e 150 mil desempregados


15/08/2017 - Projeto revoga dispositivo introduzido pela reforma trabalhista


15/08/2017 - Centrais Sindicais decidem agenda de ações para enfrentamento da crise


15/08/2017 - Clemente Ganz: Meta fiscal de Temer vai custar caro para trabalhador


15/08/2017 - CPI ouve prefeituras que mais devem à Previdência


15/08/2017 - São Paulo e Minas Gerais lideram geração de emprego jovem no Brasil


15/08/2017 - Servidor com mandato classista em sindicato deve ser mantido na folha de pagamento


15/08/2017 - Desconto em salário sem justificativa viola dever de remunerar empregado


14/08/2017 - Cristovam propõe fim escalonado da contribuição sindical obrigatória


14/08/2017 - Governo deve anunciar hoje mudança da meta fiscal


14/08/2017 - Rodrigo Maia defende reformulação do Estado


14/08/2017 - Senado pode criar Comitê de Defesa da Mulher contra Assédio Moral ou Sexual


14/08/2017 - Comissão discute Sistema Nacional de Juventude


14/08/2017 - Convocados para revisão do auxílio-doença têm até dia 21 para agendar perícia


14/08/2017 - INSS não pode cancelar benefício concedido a segurado por decisão judicial


14/08/2017 - Lei da gorjeta regulamenta relação entre trabalhadores e empregadores


14/08/2017 - Condenado por má-fé aposentado que requereu indenização estabilitária


11/08/2017 - Trabalhadores receberão até o final de agosto parte do lucro do FGTS


11/08/2017 - Fachin decide não incluir Temer em inquérito que investiga integrantes do PMDB


11/08/2017 - Partidos governistas cobram valorização para votar reforma da Previdência


11/08/2017 - Pesquisa: reforma trabalhista aumentará desemprego


11/08/2017 - Comissão da reforma política marca para terça-feira votação de destaques


11/08/2017 - Se lei fosse cumprida, 500 mil jovens a mais seriam contratados, diz deputada


11/08/2017 - Suspenso julgamento de ações que questionam proibição ao uso do amianto


11/08/2017 - Temer defende harmonia entre Poderes e critica abuso de autoridade


10/08/2017 - Ministro descarta criação de imposto superior à contribuição sindical


10/08/2017 - Os muitos modos de resistir e combater a aplicação da reforma trabalhista


10/08/2017 - País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com saldo positivo


10/08/2017 - CAS decide que aposentadoria não extingue contrato de trabalho


10/08/2017 - Especialistas defendem reforma da Previdência em CPI


10/08/2017 - Inflação para famílias com renda até 5 salários é de 0,17% em julho


10/08/2017 - STF retoma hoje julgamento sobre validade de leis que proíbem uso do amianto


10/08/2017 - Acordo possibilita troca de informações entre Justiça Federal, INSS e Secretaria de Previdência


10/08/2017 - Turma considera nula atuação de preposto que não era empregado


10/08/2017 - Acidente de trabalho que deixa sequelas na voz gera dano estético, decide TRT


09/08/2017 - Centrais querem contribuição sindical maior do que imposto cobrado hoje


09/08/2017 - Temer anuncia que R$ 7 bi de lucro do FGTS serão divididos entre trabalhadores


09/08/2017 - Subcomissão para criar Estatuto do Trabalho será instalada nesta quarta-feira


09/08/2017 - Produção industrial cresce em nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE


09/08/2017 - Governo diz que não vai mandar ao Congresso aumento do Imposto de Renda


09/08/2017 - Ministro avisa que tentativa de burlar lei trabalhista será penalizada


09/08/2017 - Servidor tem 5 anos para pedir inclusão de insalubridade em aposentadoria


09/08/2017 - Proposta limita em 20% multa trabalhista decorrente de conciliação


08/08/2017 - MP que altera pontos da reforma trabalhista deve ser editada em agosto


08/08/2017 - Paulo Paim: governo deve cobrar devedores para cobrir rombo na Previdência


08/08/2017 - Proposta da reforma da Previdência é criticada em CPI


08/08/2017 - Saque das contas inativas do FGTS injeta R$ 44 bilhões na economia


08/08/2017 - Dieese aponta alta de 0,13% no custo de vida em São Paulo


08/08/2017 - INSS vai reconhecer aposentadoria por idade de forma automática


08/08/2017 - Comissão de Trabalho aprova abono salarial para todos os empregados


07/08/2017 - FST apresentará denúncia à OIT sobre a reforma trabalhista, diz Artur Bueno


07/08/2017 - Reforma da Previdência será "a possível", diz Temer em entrevista


07/08/2017 - Quase 2 milhões de servidores podem se aposentar nos próximos dez anos


07/08/2017 - Comissão de Direitos Humanos debate reformas trabalhista e previdenciária


07/08/2017 - Dieese: Só com unidade é possível enfrentar desmonte de direitos


07/08/2017 - Ideia do Estatuto do Trabalho surgiu dos debates da Frente pelo Brasil, diz Paim


07/08/2017 - Aposentado que trabalha não deve pagar o INSS, decide Justiça


07/08/2017 - Comissão aprova proposta que torna crime dificultar ou impedir contratação de plano de saúde por idoso


04/08/2017 - CPI da Previdência ouve sindicalistas na segunda-feira


04/08/2017 - Senadores da base aliada admitem aprovar apenas parte da reforma da Previdência


04/08/2017 - Projeto concede benefícios a empresas que contratarem empregados com mais de 55 anos


04/08/2017 - Lei da Terceirização não vale para contratos encerrados antes da norma, diz TST


04/08/2017 - Pesquisa aponta aumento da preocupação dos brasileiros com desemprego


03/08/2017 - Rodrigo Maia indica que reforma política deve ser prioridade nas próximas semanas


03/08/2017 - Governo quer aprovar reforma da Previdência até outubro, diz Meirelles


03/08/2017 - Projeto que prevê perda de cargo de servidor estável será debatido na CCJ


03/08/2017 - Comissão reajusta tabela do IR e reduz idade de isenção sobre aposentadoria


03/08/2017 - Temer nega compra de votos de deputados e diz ter confiança na aprovação da reforma da Previdência


03/08/2017 - Encerramento de atividades da Saint Gobain em Canoas (RS) afasta estabilidade de dirigente sindical


03/08/2017 - Acordo homologado na Justiça Comum é inválido para afastar vínculo de emprego


02/08/2017 - Câmara nega autorização para processo contra Temer no Supremo


02/08/2017 - Ministro se reúne com representantes de sindicatos de trabalhadores e empregadores


02/08/2017 - Vanessa Grazziotin cobra do governo MP que iria suavizar a reforma trabalhista


02/08/2017 - Paim apresenta projeto que revoga Lei da Reforma Trabalhista


02/08/2017 - Faturamento da indústria acumula queda de 5,9% no primeiro semestre, diz CNI


02/08/2017 - INSS convoca segurado para reavaliação do auxílio-doença


02/08/2017 - Paulo Paim defende criação do Estatuto do Trabalho


02/08/2017 - Paulo Paim diz que população teme os efeitos da reforma trabalhista


02/08/2017 - TST valida acordo que amplia estabilidade apenas para gestantes contratadas por prazo indeterminado


02/08/2017 - Doença ocupacional gera pensão por tempo determinado


01/08/2017 - Reforma trabalhista: uma tragédia anunciada


01/08/2017 - Dirigente da Nova Central defende conteúdo político na formação sindical


01/08/2017 - Ibope: 81% são favoráveis à aceitação da denúncia de corrupção contra Temer


01/08/2017 - INSS cancela mais de 14 mil benefícios no Rio


01/08/2017 - Comissão responsabiliza empregador que não fiscalizar uso de equipamento de proteção


01/08/2017 - Cipeiro terceirizado demitido ao fim de contrato de prestação de serviços não tem direito à estabilidade


01/08/2017 - Empregada dispensada sem acerto rescisório será indenizada por danos morais


 

 

31/08/2017 - Fórum Sindical (FST) formaliza à OIT denúncia contra governo brasileiro


Delegação do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), composta por 22 Confederações, comandada pelo coordenador nacional do Fórum, Artur Bueno de Camargo, entregou segunda (28) documento ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder, denunciando violação, pelo governo brasileiro, de Convenções das quais o Brasil é signatário. Artur também preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação (CNTA).


O documento entregue na sede da OIT em Genebra, Suíça, denuncia que a aprovação da reforma trabalhista viola as Convenções 98, 154 e 155 da OIT, segundo as quais a celebração de Convenções Coletivas deve ser efetuada sempre em condições mais favoráveis das fixadas em lei. Ou seja, acordos não podem subtrair direitos consagrados em lei, como faz a reforma trabalhista.


Reação - Guy Ryder demonstrou conhecimento da situação brasileira e estranhou o fato da reforma trabalhista ter sido aprovada em muito pouco tempo.


O FST também denuncia que a nova lei “destrói qualquer possibilidade de uma legítima negociação, pois traz em seu bojo o enfraquecimento das entidades de trabalhadores, desestímulo aos contratos coletivos, incentivo à demissão e substituição por mão-de-obra sem proteção”. O documento sinaliza que a reforma trabalhista de Temer desrespeita “o patamar mínimo civilizatório e da dignidade humana”.


Os dirigentes do Fórum consideram que “a prevalência do negociado sobre o legislado – premissa da reforma – cria espaços para a precarização do trabalho ao permitir que sejam pactuados parâmetros laborais abaixo do que prevê a lei, gerando insegurança jurídica”. O documento continua: “A discussão em torno da proposta precisa ser, necessariamente, precedida pela reforma do sistema sindical e criação de instrumentos para punição de atos antissindicais, sob pena de esvaziamento das negociações e fomento extraordinário à corrupção nas relações coletivas de trabalho”.


Além do coordenador do FST, Artur Bueno de Camargo, compareceram à reunião com o diretor-geral da OIT o presidente da Contratuh (Turismo e Hospitalidade), Moacyr Tesch Auersvald; o vice-presidente da Contag (Rurais), Alberto Broch; o secretário-geral da UITA (União Internacional dos Trabalhadores em Alimentação) para a América Latina, Gerardo Iglesias; e o presidente da Conacate (Carreiras Típicas de Estado), Antonio Carlos Fernandes Jr.


Mais informações: www.fstsindical.com.br

Artur - (61) 3242.6171 (CNTA) e Moacyr - (61) 3322.6884 (Contratuh)

Fonte: Agência Sindical

 


 

31/08/2017 - Desemprego recua 0,3 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo


A taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo, ao passar de 18,6% em junho para 18,3% em julho, segundo o levantamento feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


No período, houve uma queda de 26 mil pessoas no total de desempregados, mas o número de pessoas a espera de uma vaga ainda é muito elevado (2,051 milhões de pessoas) ou 98 mil a mais do que no mesmo período do ano passado.


Na avaliação do economista do Dieese, Cesar Andaku, o mercado está reagindo melhor do que no início deste ano. “A partir de junho começamos a observar uma estabilização, mas devido à volatilidade na economia ainda é prematuro cravar que vamos ter uma sequência de queda”, opinou ele. Em junho último, A taxa tinha passado de 18,8% para 18,6%.


Andaku lembrou que na comparação com 2016 houve uma piora. Em julho do ano passado, havia 17,4% da População Economicamente Ativa (PEA) a procura de uma vaga. De acordo com ele, a pequena melhora em julho reflete principalmente o crescimento de autônomos (3%), o que acredita ser uma alternativa para “driblar a crise econômica”.


Comércio e construção

O nível de emprego aumentou 0,7% com um saldo de 68 mil postos de trabalho, número acima do total de pessoas que passaram a disputar uma chance no mercado de trabalho. A maioria dos setores ampliou as contratações com destaque para o comércio, onde surgiram 30 mil empregos, com alta de 1,9% e a construção civil, com 22 mil novas vagas (3,8%).


Na indústria, o saldo foi positivo em 20 mil postos de trabalho (1,5%) e em serviços foram abertas 14 mil vagas (0,3%). A pesquisa não especifica os segmentos que efetuaram mais cortes do que admissões.


Em julho havia 9,159 milhões de pessoas ocupadas na região metropolitana de São Paulo, sendo que o número de autônomos cresceu 3%, enquanto o de assalariados ficou ligeiramente inferior a julho (-0,1%). O levantamento mostra ainda que melhorou a situação do emprego com 0,4% mais contratados com carteira assinada, ao mesmo tempo em que diminuiu em 1,7%, o total de trabalhadores sem carteira.


Rendimento

O rendimento médio cresceu mais entre os ocupados (1,8%) atingindo R$ 2.033 . Já os ganhos dos assalariados teve correção média de 0,7% com o valor de R$ 2.099.

Fonte: Agência Brasil

 


 

31/08/2017 - Comissão promoverá cinco audiências públicas sobre a MP que cria a Agência Nacional de Mineração


Cinco audiências públicas devem ser realizadas antes da apresentação do relatório sobre a medida provisória que cria a Agência Nacional de Mineração (MPV 791/2017). O plano de trabalho da comissão mista foi aprovado nesta quarta-feira (30). O órgão foi criado para substituir o atual Departamento Nacional de Produção Mineral. De acordo com o relator da medida provisória, deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG), o relatório deverá apresentado no fim de setembro.

Fonte: Agência Senado

 


 

31/08/2017 - Maia diz que trabalhos na Câmara não vão parar em caso de nova denúncia contra Temer


O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, admite a possibilidade de uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, mas acredita que o caso não vai paralisar os trabalhos da Câmara dos Deputados.


Ministros de Temer também já admitiram a possibilidade de uma nova denúncia. Eliseu Padilha, da Casa Civil, por exemplo, afirmou que são grandes as chances de o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, acusar mais uma vez o presidente, mas negou que isso preocupe o Executivo. Janot fica até o dia 17 de setembro no cargo.


Em junho, o procurador denunciou Michel Temer por corrupção passiva. A denúncia se baseou na delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.


Mas, em votação no início deste mês, a Câmara rejeitou a acusação. Foram 263 votos favoráveis ao relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, do PSDB, que era contrário à investigação. A oposição precisava de 342 deputados para admitir a denúncia, mas conseguiu o apoio de 227 parlamentares.

Fonte: Portal EBC

 


 

31/08/2017 - Dívidas com a Previdência equivalem ao triplo do deficit previdenciário, destaca deputado


O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Wilson Filho (PTB-PB), destacou, nesta quarta-feira (30), que as dívidas de empresas com a Previdência Social são equivalentes a três vezes o valor do deficit do Regime Geral da Previdência Social em 2016.


“Se nós tivéssemos êxito na cobrança das dívidas, nós teríamos uma carga bem menos pesada para a população brasileira pelo menos em curto prazo, mesmo que não resolvesse o problema definitivamente”, disse, em debate na comissão sobre o montante do deficit e sobre as dívidas de teor previdenciário. “É isto que a população não entende: a reforma da Previdência causaria maiores dificuldades para a população, e ninguém sabe o que está sendo feito para cobrar das empresas”, completou.


No debate, o procurador-geral-adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do FGTS da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Cristiano Morais, explicou que os débitos com a Previdência acumulam cerca de R$ 420 bilhões. Já o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, salientou que, em 2016, o déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) foi de R$ 151,9 bilhões – equivalente a 2,4 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB).


Crítica aos Refis

De acordo com Cristiano Morais, do total de R$ 420 bilhões em dívidas com a Previdência, apenas 42% (R$ 175 bilhões) são considerados recuperáveis; enquanto os outros 58% (R$ 245 bilhões) têm perspectiva baixa de recuperação ou são irrecuperáveis, já que se trata de empresas inativas ou sem patrimônio.


O procurador salientou ainda que os reiterados programas especiais de parcelamento de dívidas (Refis) aprovados pelo Congresso têm efeito “nefasto” na arrecadação. “Esse benefício fiscal permite que esses grandes devedores façam uma rolagem da sua dívida”, apontou. “Nos Refis que foram instituídos de 2000 até aqui, uma série de contribuintes saem de programa em programa sem pagar a dívida, e são justamente os grandes devedores”, completou. Conforme ele, existem 17 milhões de empresas em atividade, sendo que apenas 15% são devedoras da Previdência. “Uma minoria deve, mas há grande concentração da dívida”, afirmou.


Ainda segundo o procurador, a PGFN recuperou apenas R$ 22 bilhões entre 2010 e 2016. As ações da procuradoria para recuperar créditos da União incluiriam diligências em massa para busca de bens; protesto extrajudicial; acompanhamento minucioso dos grandes devedores; e criação de grupo especial de combate a fraudes estruturadas.


Deficit estrutural

Já Marcelo Caetano ressaltou que o deficit não é uma questão conjuntural. “Existe uma evolução histórica do déficit, e há uma tendência de crescimento estrutural”, disse. Segundo ele, desde 1995 há deficit no Regime Geral da Previdência Social. Naquele ano, o deficit era de R$ 1 bilhão, diante de arrecadação de R$ 137 bilhões, e despesa de R$ 138 bilhões. Já em 2016, a despesa do RGPS foi de R$ 515,9 bilhões, e a arrecadação, de R$ 364 bilhões.


De acordo com o secretário da Previdência, a situação se replica nos regimes próprios dos servidores. Em 2016, o deficit foi de R$ 155,7 bilhões, somado o resultado da União (deficit de R$ 77,2 bilhões), de estados e do Distrito Federal (deficit de R$ 89,6 bilhões) e de municípios (superavit de R$ 11,1 bilhões).


O secretário acrescentou que de toda a riqueza produzida no País em 2016 (PIB), 13,1% foi destinado a pagamentos previdenciários, e a tendência é que essa percentagem cresça ao longo do tempo, devido ao processo de envelhecimento populacional muito acelerado no País. Diante desse quadro, ele defendeu a reforma da Previdência. “Quanto mais postergamos a reforma, mais intensa ela terá que ser”, afirmou.


Já aprovada em comissão especial, a proposta de reforma da Previdência aguarda análise pelo Plenário da Câmara, onde precisa do aval de, no mínimo, 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação. A reforma prevê, entre outros pontos, idades mínimas de aposentadoria de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens, e aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

31/08/2017 - Fórum de Combate ao Trabalho Infantil lança Cartilha do Adolescente Trabalhador


Publicação, apresentada nesta quarta (30) na sede da Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MG),

reúne conceitos e legislação sobre os direitos dos jovens


O Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FECTIPA-MG), em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MG), lançou, nesta quarta (30), a Cartilha do Adolescente Trabalhador.


De cunho educativo, a cartilha produzida pelas instituições integrantes do fórum apresenta, em linguagem simples e acessível, as modalidades existentes de trabalho para os jovens e traz informações e conceitos sobre trabalho infantil e os contratos de Trabalho, de estágio e de aprendizagem. Outro tema retratado pela publicação é a proibição do trabalho doméstico – considerado uma das piores formas de trabalho – aos menores de 18 anos.


Para a coordenadora do FECTIPA-MG, Elvira Cosendey, a cartilha é uma importante ferramenta de sensibilização sobre os direitos dos jovens. “Com esse lançamento, estamos iniciando a distribuição de dez mil cartilhas. Nosso objetivo é dar mais visibilidade à legislação de proteção do trabalho voltada para os adolescentes contribuindo dessa forma para erradicar a exploração infanto-juvenil em nosso Estado, afirma Cosendey.


O evento foi precedido de uma palestra ministrada pelo coordenador do Ensino Médio da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, Wladimir Coelho, que debateu sobre a Reforma do Ensino Médio. Direcionada aos integrantes do fórum, a atividade aconteceu na SRT-MG.

Fonte: MTb

 


 

31/08/2017 - TRT2 organizará grupos de WhatsApp para realizar conciliações


O TRT da 2ª Região acaba de adotar uma solução moderna e ágil, em que todos os envolvidos saem ganhando: a conciliação virtual. Por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, as partes e seus representantes – gerenciados pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Nupemec-JT2), do TRT-2, – debatem as condições do acordo de forma virtual, só necessitando comparecer pessoalmente no ato da homologação. Dessa forma, evitam-se deslocamentos desnecessários e agiliza-se o trâmite processual.


Para participar, é preciso ter uma causa ajuizada no TRT-2, em qualquer fase processual, com potencial conciliatório. Depois, basta enviar uma mensagem para (11) 9-9729-6332 informando o número do processo e o celular dos advogados de ambas as partes. O TRT-2 criará grupos com o reclamante, o reclamado e seus advogados, para tratarem daquele processo exclusivamente pelo aplicativo. Se houver acordo, o Tribunal promoverá a homologação presencial, encerrando o processo.


Vale lembrar que a adesão à conciliação virtual é facultativa. O Nupemec-JT2 é coordenado pela desembargadora Cândida Alves Leão, também vice-presidente administrativa do TRT-2.

Fonte: TRT2

 


 

31/08/2017 - Em rito sumaríssimo, erros na ordem e na identificação de documentos anexos à inicial levam à extinção do processo


A Resolução 136 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que instituiu o Sistema do PJe na Justiça do Trabalho, dispõe que é dever da parte zelar pela organização dos documentos anexados ao processo. A norma também determina que os documentos digitalizados e anexados às petições eletrônicas devem conter descrição que os identifiquem e, se for o caso, o período a que se referem. Individualmente considerados, devem trazer os documentos da mesma espécie, ordenados de forma cronológica. Quando a forma de apresentação dos documentos puder gerar prejuízo ao contraditório e à ampla defesa, deve o juiz determinar nova apresentação e tornar indisponível os anteriormente juntados. Tratando-se de petição inicial, o julgador determinará a emenda da peça processual, tudo nos termos do artigo 20 e parágrafos da Resolução 136 do CSJT.


Mas, e quando o processo tramitar no rito sumaríssimo? Nessa hipótese, como o rito sumaríssimo, por sua celeridade e simplicidade, não aceita emendas à inicial (artigo 852, B, parágrafo 1º da CLT), se os documentos anexos à petição inicial forem apresentados em desacordo com as regras previstas para o PJe, o resultado será a extinção do processo, sem resolução do mérito. E foi exatamente esta a situação com a qual se deparou a juíza Thaisa Santana Souza Schneider, ao analisar uma ação ajuizada no rito sumaríssimo no sistema eletrônico.


Em seu exame, a magistrada constatou que o reclamante anexou a petição inicial fora da ordem cronológica, como sendo o segundo documento no processo. Para a juíza, a irregularidade dificulta a análise do processo, além de trazer prejuízo ao exercício do contraditório e da ampla defesa.
Mas não foi só. Os documentos anexados com a petição inicial foram identificados de forma incorreta, inclusive as procurações, a carteira de identidade e o aviso e recibo de férias, nomeados como “documento diverso”, apesar de existir no sistema PJE descrição específica.


Nesse quadro, a julgadora não teve dúvidas de que o reclamante descumpriu as normas previstas no artigo 22 e seus parágrafos, da Resolução nº 136/CSJT e, por isso, julgou extinto o processo, sem resolução de mérito, com base no artigo 852-B, parágrafo 1º da CLT. Não houve recurso ao TRT-MG. Processo PJe: 0010936-30.2017.5.03.0180 (RTSum)

Fonte: Âmbito Jurídico

 


 

30/08/2017 - Paim espera aprovar em 2019 novo Estatuto do Trabalho


O senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu para 1º de maio de 2018 a primeira versão do Estatuto do Trabalho. Em audiência pública na Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho, nesta terça-feira (29), o senador declarou que 2017 e 2018 serão dedicados à construção de uma proposta que realmente restabeleça os direitos dos trabalhadores. A subcomissão foi criada dentro na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e é presidida pelo senador Telmário Mota (PTB-RR).


Paim afastou, no entanto, qualquer possibilidade de aprovação do documento no Congresso antes de 2019. Isto porque o senador só vê chance de votação da proposta por meio de “um Congresso e um presidente da República decentes”, eleitos no próximo pleito.


Os especialistas que participaram da audiência protestaram contra a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso e citaram como exemplo experiências malsucedidas verificadas em países como Espanha e México.


A pesquisadora da Unicamp professora Marilane Oliveira Teixeira condenou a reforma trabalhista como argumento para ampliar a competitividade da indústria brasileira. Ela explicou que as mudanças, além de aumentarem a insegurança com a precariedade do trabalho, vão reduzir o mercado de consumo pela redução da demanda. A professora lembrou que 65% da riqueza nacional é resultado do consumo das famílias, enquanto as exportações participam com apenas 12%.


Já a juíza do Trabalho Luciana Paula Conforti lembrou que as reformas trabalhista e previdenciária realizadas na Espanha e no México já demonstraram “efeitos desastrosos no mercado de trabalho”. No caso do México, segundo a juíza, as medidas resultaram no aumento da informalidade e deixaram fora da Previdência Social 77% dos idosos. “No período de 2008 a 2014, a taxa de pobreza chegou a 39,1% da população e, a de indigência, a 12,1%”, afirmou.


Para Sérgio Voltolini, presidente da Confederação Iberoamericana de Inspetores do Trabalho, a reforma trabalhista da Espanha, que serviu de exemplo para a brasileira, criou no período de cinco anos apenas 300 mil empregos, enquanto os salários médios caíram de 26 mil euros para 25 mil euros.


Também participaram da audiência pública representantes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e da Procuradoria do Trabalho no estado do Rio de Janeiro. Segundo Paulo Paim, todas as palestras apresentadas nas audiências públicas serão reunidas em um documento para subsidiar a elaboração do Estatuto do Trabalho.

Fonte: Agência Senado

 


 

30/08/2017 - Projeto estabelece prazos para fim da exploração do amianto no país


Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu na última quinta-feira (24) a exploração do amianto no Brasil. Usado na fabricação de telhas e caixas d’água, o mineral é relacionado a diversos tipos de câncer. O STF considerou inconstitucional um artigo da Lei 9.055/1995 que disciplina o uso do amianto crisotila, também conhecido como asbesto branco.


Projeto de lei do Senado (PLS 30/2017), do senador Paulo Paim (PT-RS), estabelece prazos para o encerramento das atividades das mineradoras. O autor afirma que, com o julgamento do STF, a aprovação de sua proposta daria mais segurança aos trabalhadores do setor.


– A decisão do Supremo está correta. Mas os milhares de trabalhadores que atuam nessa área precisam ser deslocados para outra atividade. Tem cidades de Goiás e Minas Gerais que dependem disso. O que podemos fazer é uma regra de transição. O projeto dá um tempo para acabar com o amianto, que traz prejuízos enormes à saúde - argumenta o senador.


De acordo com o projeto, as mineradoras teriam seis meses para interromper a extração do asbesto branco. O projeto dá um ano para o transporte da jazida até o local de industrialização; dois anos para comercialização pela indústria; três anos para a venda pelos atacadistas; e quatro anos para a comercialização pelos varejistas. O projeto prevê pena de advertência, interdição e multa para quem descumprir a determinação.


O projeto proíbe a extração, a importação, o transporte, o armazenamento e a industrialização do amianto e também veda a importação e a venda dos produtos que utilizem o asbesto branco como matéria-prima. O texto aguarda desde março a indicação de um relator na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).


O debate sobre o amianto no Senado se estende há pelo menos 12 anos. Desde 2005, os senadores apresentaram outros três projetos de lei para tentar barrar a exploração do asbesto branco no Brasil.


O PLS 172/2005, do ex-senador Sérgio Zambiasi (RS), foi rejeitado na CI. O PLS 30/2009, da ex-senadora Serys Slhessarenko (MT), e o PLS 371/2011), do ex-senador Eduardo Suplicy (SP), nem chegaram a ser votados: foram arquivados sem decisão ao final das legislaturas.


Bancada goiana

A cidade de Minaçu (a 500 quilômetros de Goiânia) abriga a terceira maior jazida de amianto crisotila do planeta. Fica atrás apenas de áreas exploradas na Rússia e no Canadá. As 300 mil toneladas de asbesto branco extraídas todos os anos, respondem por 70% da arrecadação do município.


A bancada de Goiás no Senado preferiu não se manifestar sobre o julgamento do STF que proibiu a exploração do amianto. Os senadores Lúcia Vânia (PSB-GO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) informaram por meio de suas assessorias que não comentariam a decisão. O senador Wilder Morais (PP-GO) destacou a importância do amianto para a economia local.


– O amianto, apesar do que se fala dele, representa muito para o Brasil. Minaçu é a maior jazida do país. Representa muito para a economia do nosso estado de Goiás – afirmou.


Mais de 40 países já proíbem o uso do mineral. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a exposição ao amianto provoque a morte de 100 mil pessoas por ano em todo o mundo.

Fonte: Agência Senado

 


 

30/08/2017 - Gastos com Previdência podem chegar a 82% do Orçamento até 2024, diz relator


O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse nesta terça-feira (29) que os gastos previdenciários podem saltar dos atuais 55% para 82% do Orçamento Geral da União até 2024, descontado o pagamento dos juros da dívida. Maia participou de audiência pública na CPI da Previdência e defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que já passou por uma comissão especial de deputados e aguarda votação no Plenário da Câmara.


– Em 2024, 82% de todo o orçamento primário seria destinado à Previdência, sobrando apenas 18% para todas as demais despesas do país: educação, saúde, segurança, investimento, salário dos servidores e por aí vai. Essa escalada destruirá muito em breve qualquer possibilidade de funcionamento razoável dos serviços públicos – afirmou Arthur Maia.


O relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB-DF), criticou a reforma proposta pelo Poder Executivo. Ele disse que, antes de sugerir mudanças nas regras atuais, o governo deveria cobrar as dívidas das empresas e do setor público com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O calote é estimado em R$ 500 bilhões.


– Por que os empresários dos ramos de frigoríficos, transportes, indústria e escolas particulares não estão pagando à Previdência? Prefeituras e estados também ficam empurrando com a barriga para não pagar a Previdência. Aí, o pobre coitado do assalariado, do servidor público, do aposentado é penalizado - disse o senador.


O deputado Arthur Maia rebateu. De acordo com o relator da reforma na Câmara, mesmo que fosse paga, a dívida não seria suficiente para cobrir o deficit da Previdência.


– Desses R$ 500 bilhões que são devidos, é possível apurar apenas R$ 200 bilhões. O restante é de empresas que não existem mais. Se esses R$ 200 bilhões fossem pagos hoje, daria para custear a Previdência em agosto, setembro e outubro. Apenas três meses. O governo vai gastar R$ 800 bilhões com a Previdência em 2017. Portanto, essa questão da dívida não serve de resposta ao problema – afirmou.


Servidores públicos

Arthur Maia classificou como “uma distorção” o fato de os servidores públicos receberem salários “muito acima” da média nacional. Ele entende que os funcionários dos três Poderes sejam submetidos às mesmas regras dos trabalhadores da iniciativa privada. E sugeriu que estados e municípios adotem um regime que já vale para servidores federais admitidos a partir de 2013, que têm a aposentadoria limitada ao teto do INSS.


– Os estados estão quebrados. É necessária uma reforma que obrigue estados e municípios a entrar na mesma regra do governo federal. Além disso, tem que aumentar a idade. Não é justo que um trabalhador do campo, que trabalha todo dia de sol a sol, se aposente aos 60 anos, e o funcionário público, no gabinete com ar condicionado, se aposente aos 57 anos. Essas mudanças têm que ser colocadas – disse.


O senador Hélio José discordou. Ele explicou que as mudanças adotadas a partir de 2013 vão resolver o deficit no regime especial dos servidores públicos “ao longo dos próximos anos”. O relator da CPI da Previdência disse ainda que, se o governo insistir nas mudanças, será derrotado no Senado.


– A reforma só pode abranger quem vai entrar no mercado de trabalho, e não quem está para trás. Essa reforma não foi discutida com a sociedade e chega abruptamente. Menos da metade da bancada do PMDB apoia essa reforma da Previdência - disse o senador.


Mudanças no relatório

O deputado Arthur Maia expôs aos senadores as principais mudanças aprovadas pela comissão especial. A idade mínima para a aposentadoria passa a ser de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.


A proposta original do governo estabelecia a aposentadoria do trabalhador rural com 25 anos de contribuição e 65 anos de idade. Os deputados mantiveram os atuais 15 anos de contribuição, com 60 anos de idade para homens e 57 anos para mulheres.


O texto do governo não previa aposentadorias especiais. A comissão da Câmara concedeu o benefício aos policiais aos 55 anos e aos professores aos 60 anos.


O Palácio do Planalto queria proibir o acúmulo de aposentadorias e pensões. A Câmara cedeu para permitir o pagamento conjunto até o limite de dois salários mínimos. A medida alcança 65% dos beneficiários do Regime Geral de Previdência.


A proposta original acabava ainda com a vinculação entre o salário mínimo e o Benefício de Prestação Continuada. A comissão especial manteve a paridade.


Audiências públicas

O presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim (PT-RS), confirmou para o dia 14 de setembro uma audiência pública da comissão na Assembleia Legislativa de São Paulo, sobre os grandes devedores do INSS.


No dia 21 de setembro, os senadores têm audiência pública em Brasília. Foram convidados representantes do Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Ministério Público, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Receita Federal.


Na primeira semana de outubro, ocorre a última audiência pública da CPI. Foram convidados os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. A comissão encerra os trabalhos no dia 6 de novembro.

Fonte: Agência Senado

 


 

30/08/2017 - Caixa deposita R$ 7,2 bilhões de lucro do FGTS a 88 milhões de brasileiros


A Caixa Econômica Federal finalizou o depósito do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em nota divulgada nesta terça-feira (29), o banco informou que a operação do crédito dos valores nas contas dos trabalhadores foi concluída antes do prazo definido em lei, que é 31 de agosto deste ano. Com resultado de lucro de R$ 14,5 bilhões do FGTS no ano passado, foram distribuídos R$ 7,28 bilhões, ou seja 50% do total, a cerca de 88 milhões de trabalhadores.


O cálculo do índice de distribuição do fundo foi feito com base em 50% do lucro líquido do exercício anterior (R$ 7,28 bilhões) dividido pelo saldo total das 245,7 milhões de contas (R$ 375 bilhões). Assim se tem o índice de 0,0193, que corresponde ao percentual 1,93%. Ou seja, o lucro depositado na conta equivale a 1,93% do saldo existente em 31 de dezembro de 2016. Por exemplo, quem tinha R$ 1 mil, recebeu R$ 19,30. De acordo com a Caixa, em média, cada trabalhador recebeu R$ 29,62.


Com a distribuição de resultados equivalente a 1,93%, a rentabilidade das contas do FGTS aumenta de 5,11% ao ano (3% ao ano mais Taxa Referencial) para 7,14% ao ano.


Para que o trabalhador possa consultar o valor creditado referente à distribuição de resultados do FGTS, a Caixa criou um serviço exclusivo que pode ser acessado pelo site do banco. Nesta aplicação, é preciso informar o número do CPF ou do PIS e a senha FGTS para obter a informação do crédito.


Segundo a Caixa, o trabalhador pode identificar o valor do crédito por SMS (para quem tem adesão ao serviço) e no extrato da conta vinculada de FGTS, disponível para consulta pelo aplicativo do FGTS Caixa e pelo site.


Conforme informou o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, no último dia 10, a distribuição dos resultados do FGTS ocorrerá anualmente, com os depósitos sendo efetuados sempre até o dia 31 de agosto.


Regulamentação

Conforme a Lei 13.446/2017, o percentual de distribuição de resultados do FGTS é de 50% do lucro líquido do exercício anterior. A Lei estabelece que os valores creditados nas contas dos trabalhadores sejam proporcionais ao saldo da conta vinculada apurada no dia 31 de dezembro do ano anterior. O resultado distribuído não integra o saldo da base de cálculo do depósito da multa rescisória, informou a Caixa.


A Lei 13.446/2017 não prevê a possibilidade de saque dos resultados do FGTS. Os trabalhadores poderão sacar os valores de suas contas vinculadas de acordo com as regras atuais, estabelecidas pela Lei 8.036/90, como nos casos de demissão sem justa causa, aposentadoria, término de contrato por prazo determinado.


Criado no dia 13 de setembro de 1966, o FGTS equivale a 8% da remuneração, sem descontar do salário do trabalhador. Desde sua criação, já foram sacados pelos trabalhadores mais de R$ 890 bilhões. Em 2016, os trabalhadores realizaram 37 milhões de operações de saque, num total de R$ 108,8 bilhões, conforme as hipóteses previstas em lei. Atualmente, o Fundo conta com cerca de 38 milhões de contas que recebem depósitos mensais regulares, efetuados por cerca de 4 milhões de empregadores.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/08/2017 - Tesouro, Previdência e Banco Central têm maior déficit primário da história em julho


A frustração de receitas no programa de regularização de ativos no exterior e de arrecadação de tributos pagos pelas instituições financeiras fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o maior déficit primário da história em julho.


No mês passado, o resultado ficou negativo em R$ 20,152 bilhões, contra déficit de R$ 19,227 bilhões em julho do ano passado. O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.


Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional. De janeiro a julho, o déficit primário somou R$ 76,277 bilhões, também o pior resultado desde o início da série histórica, em 1997. Nos sete primeiros meses do ano passado, o resultado negativo somava R$ 55,693 bilhões. A comparação, no entanto, foi influenciada pela antecipação do pagamento de precatórios.

Fonte: Portal EBC

 


 

30/08/2017 - Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto, diz FGV


O Índice de Confiança da Indústria avançou 1,4 ponto em agosto, totalizando 92,2 pontos, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (29) em São Paulo. Houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais avaliados.


O Índice da Situação Atual subiu 1,6 ponto para 90,0 pontos, o maior valor desde maio de 2014. Contribuiu para o resultado a melhor percepção sobre o nível dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1% em julho para 10,8% em agosto, o menor percentual desde fevereiro de 2014.


Aumentou também o percentual de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente: de 3,3% para 3,6% entre julho e agosto. Na avaliação da FGV, após piora consecutiva por quatro meses, as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto.


O Índice de Expectativas aumentou 1,0 ponto e foi para 94,4 pontos. Contribuíram as melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes. O levantamento registrou alta na proporção de empresas prevendo produção maior de 29,1% para 34,2%. Aquelas que estimam produção menor passaram de 17,7% para 20,2% do total. Com o resultado, o indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,6 ponto percentual em agosto para 74,1%, nível próximo ao de junho e inferior à média no ano, de 74,5%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/08/2017 - Volume de ações no PJe quase dobra em um ano e chega a 15,7 milhões


O número de ações tramitando no sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe) chegou a 15,7 milhões no primeiro semestre deste ano. Isso representa uma alta 84% no número de causas incluídas no sistema em relação a junho de 2016, quando tramitavam no PJe 8,5 milhões de ações.
No ano passado, o processo por meio digital superou pela primeira vez o número de ações físicas. Hoje, o PJe já está disponível em todas as subseções da Justiça Federal de São Paulo e a versão 2.0 já passou a funcionar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O sistema está sendo usado em 3.321 órgãos julgadores — unidades como varas e turmas —, conforme dados do CNJ.


Justiça do Trabalho

Cerca de 73% das ações digitais — 11,5 milhões — pertencem à Justiça trabalhista. "É o ramo que mais se engajou na implantação do PJe. Isso porque a Justiça do Trabalho comprou a ideia, vinda do CNJ, de que houvesse um único programa para todo o Poder Judiciário", afirma Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho.


Todos os 24 tribunais regionais do trabalho usam o PJe. Entre as varas trabalhistas, a única exceção está no Pará, por falta de infraestrutura mínima de telecomunicação. Fica em Abaetetuba a última unidade a ser digitalizada. Com a inauguração dessa unidade, prevista para 6 de outubro deste ano, o programa alcançará 100% da Justiça trabalhista.


"Sermos vanguardistas teve um preço caro. Houve resistência. Os TRTs tinham programas muitas vezes melhores em certas funções, mas sem a característica de ser um sistema implementado em todos os ramos", diz Ives Gandra Filho.


Ao todo, a plataforma reúne 1,5 milhão de usuários na Justiça do Trabalho. Advogados formam perto de um terço desses usuários — 450 mil. Magistrados, algo como 4,6 mil. Entre os perfis, o banco inclui peritos e estagiários.


Ives Gandra Filho destaca vantagens do PJe tanto para o magistrado quanto para o advogado. "O juiz pode despachar de qualquer parte do mundo, porque tem acesso, com senha, ao processo eletrônico", disse o presidente do TST. O desenvolvimento de aplicativos móveis pode ampliar os benefícios. "No celular, você recebe notificações e decisões, sabe que horas começa a audiência. Facilita demais a vida do cidadão e do advogado."


Falhas do sistema

Apesar do crescimento de seu uso e de alcançar quase 100% da Justiça do Trabalho, o PJe enfrenta desde o seu início uma série de problemas e desconfiança. Foi devido a esses problemas que, neste mês, a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) decidiu “aposentar” o uso do sistema, voltando a usar o e-proc.


O sistema oficial do Conselho Nacional de Justiça, lançado em 2009, tem sido deixado de lado até mesmo pela própria presidente do órgão, ministra Cármen Lúcia. Em maio, ela anunciou no Plenário do CNJ que tribunais do país podem flexibilizar o uso da plataforma. No ano passado, a ministra interrompeu a implantação do PJe no Supremo Tribunal Federal.


Certificado Digital

Somado ao avanço do PJe está a massificação do Certificado Digital. Cerca de 70% dos advogados já possuem o documento, necessário para se fazer o peticionamento eletrônico.


Além de permitir a petição eletrônica, o Certificado Digital também permite assinar qualquer tipo de documento eletrônico, como procurações, contratos, propostas e atas; acessar serviços exclusivos na Receita Federal do Brasil; e enviar o Imposto de Renda com mais facilidade por meio da declaração pré-preenchida.


A tendência é que os processos migrem totalmente para o digital. Respondendo perguntas da ConJur, apenas uma das entidades responsáveis por fazer a certificação digital mostra que saiu de 647 certificações feitas em 2008 para 236.096 em 2016. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

​​​ 29/08/2017 - Janot abre primeira ação no Supremo contra pontos da reforma trabalhista


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra alguns dispositivos da lei da reforma trabalhista. Trata-se do primeiro processo que questiona alguns dos mais de 100 pontos modificados em julho na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


Na ação, protocolada na noite de sexta-feira (25) e cujo conteúdo foi disponibilizado nesta segunda-feira (28), Janot questiona os artigos 790-B, 791-A e 844 da CLT, que normatizam alguns pontos do processo trabalhista.


Os artigos questionados preveem algumas situações em que fica a cargo do sucumbente – aquele que perde uma ação trabalhista – o dever de arcar com os custos do processo e honorários advocatícios, mesmo que a parte derrotada comprove não ter condições de pagar, sendo beneficiária da Justiça gratuita.


Por exemplo, se o derrotado na ação conseguir obter recursos ao ganhar um outro processo trabalhista, esse dinheiro deverá ser usado para pagar as custas da ação em que foi derrotado. Da mesma forma, se o sucumbente adquirir condições financeiras de arcar com tais custas no prazo de dois anos após a derrota, pode ser obrigado a pagá-las.


Para Janot, tais dispositivos da nova CLT “apresentam inconstitucionalidade material, por impor restrições inconstitucionais à garantia de gratuidade judiciária aos que comprovem insuficiência de recursos, na Justiça do Trabalho”.


“Com propósito desregulamentador e declarado objetivo de reduzir o número de demandas perante a Justiça do Trabalho, a legislação avançou sobre garantias processuais e viola direito fundamental dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária, como pressuposto de acesso à jurisdição trabalhista”, escreveu o procurador-geral da República.


Segundo a reforma trabalhista, podem ser beneficiários da Justiça gratuita todos que recebem até dois salários mínimos ou que, mesmo com salário acima disso, declarem que o pagamento das custas processuais pode prejudicar o sustento próprio ou da família.


Na ADI, Janot pede que seja concedida uma decisão liminar (provisória) para suspender de imediato os trechos da reforma trabalhista que preveem a possibilidade de que, mesmo atendendo aos critérios de acesso à Justiça gratuita, o derrotado numa ação trabalhista seja obrigado a arcar com as custas do processo.


A ação deve ser distribuída nesta segunda-feira (28), podendo ser relatada por qualquer um dos ministros do STF, com a exceção da presidente, ministra Cármen Lúcia, que devido às suas funções especiais fica excluída do sorteio.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/08/2017 - Especialistas dizem temer impacto social das reformas trabalhista e previdenciária


Representantes de entidades sindicais, dos empregadores e dos magistrados do trabalho debateram na Comissão de Direitos Humanos (CDH) as consequências da entrada em vigor da reforma trabalhista, já sancionada (Lei 13.467/2017), e da possível aprovação da reforma da Previdência, em discussão no Legislativo. Para quase todos os convidados, a nova legislação aumentará a terceirização, levará à redução dos direitos dos trabalhadores e trará impacto sobre a arrecadação da Previdência.


O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, lembrou que apresentou proposta de criação de um Estatuto do Trabalho, revogando a reforma trabalhista aprovada este ano. Ele anunciou para o dia 14 de setembro uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, para discutir a situação dos “caloteiros contumazes”, empresas que não depositam a contribuição para a Previdência:


– Eles se apropriam do dinheiro do trabalhador e acabam colaborando para a quebradeira da Previdência - disse.


Um dos temas do debate foi o que acontecerá com os direitos trabalhistas a partir de novembro, quando entra em vigor a reforma trabalhista. Segundo Clóvis Scherer, coordenador-adjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Executivo tem que se preocupar com as consequências da exclusão de milhões de idosos da Previdência e com a redução do valor dos benefícios.


– O governo deveria apresentar à sociedade uma análise dos impactos sociais, não apenas econômicos, da reforma que está em tramitação no Congresso – afirmou.


Guilherme Kopfer, advogado da Divisão Sindical da Confederação Nacional do Comércio (CNC), disse que ainda há questões em aberto em relação à Lei 13.467, como sua aplicação aos contratos de trabalho vigentes.


Noemia Aparecida Garcia Porto, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), manifestou preocupação com o desconhecimento dos trabalhadores em relação à legislação aprovada:


– Alguns trabalhadores não tomaram consciência dos impactos a partir de novembro. Isso é extremamente preocupante. Ele é o principal destinatário da lei e não sabe como vai ficar sua vida em pouquíssimos meses. É um momento grave, com reflexos nas áreas penal, previdenciária e familiar, no mínimo.


Proteção

O senador Hélio José (PMDB-DF) afirmou que a “falência programada”, em que empresas terceirizadas desaparecem, "dando calote nas dívidas trabalhistas", já é um problema comum e pode se agravar, com o estímulo à terceirização no texto da nova lei. Hélio José abordou ainda na situação dos trabalhadores comissionados do serviço público. Segundo o senador, o comissionado não tem proteção contra o desligamento repentino. Ele lembrou que tramita na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda à Constituição (PEC 53/2007), concedendo aos comissionados direitos como aviso prévio e seguro-desemprego.


Tanto o senador por Brasília quanto Paim propuseram a formação de uma frente suprapartidária em defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

Carlos Alberto Altino, representante da Força Sindical, e outros sindicalistas convocaram os trabalhadores para paralisações no dia 14 de setembro, em repúdio às reformas.


Francisco Urbano Araújo Filho, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), criticou a aprovação, na semana passada, de um projeto de resolução do Senado relativo ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, o Funrural (PRS 13/2017). No entendimento dos produtores rurais, a resolução suspende a cobrança retroativa da contribuição, usada para financiar a Previdência do trabalhador no campo. Há ainda uma proposta de extinção da cobrança do Funrural sobre a receita da comercialização da produção agrícola.


- Se a contribuição passar a ser individual, só do agricultor familiar, 60% a 70% ficarão fora da Previdência Social – alertou Araújo.

Fonte: Agência Senado

 


 

29/08/2017 - Comissão especial pode votar parecer sobre licença maternidade em caso de bebê prematuro


A Comissão Especial sobre Licença Maternidade em caso de Bebê Prematuro (PEC 181/15) marcou reunião para esta quarta-feira (30) para discussão e votação do parecer do relator, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).


A PEC, do Senado, traz apensada uma proposta que já tramitava na Câmara (PEC 58/11), de autoria do deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES). Ambos os textos preveem que o tempo de licença de 120 dias seja ampliado, a fim de garantir a convivência entre mãe e filho fora do hospital.


A comissão especial poderá ainda incluir na Constituição uma regra clara sobre aborto. Criado em dezembro, o colegiado surgiu como resposta a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que eventualmente abrirá precedentes para descriminalizar o aborto realizado nos primeiros três meses de gestação.


A reunião está prevista para as 14h30. O local ainda não foi definido.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/08/2017 - Congresso instala comissões para analisar duas MPs que mudam regras do setor mineral


Serão instaladas nesta quarta-feira (30) as comissões mistas destinadas a examinar duas medidas provisórias que alteram regras do setor mineral: a MP 789/17, que altera os percentuais da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), como é chamado o royalty do setor mineral; e a MP 790/17, que amplia tempo de pesquisa mineral e exige responsabilidade ambiental do minerador.


Após a instalação, serão escolhidos os presidentes e os vice-presidentes de cada colegiado.


As comissões mistas de deputados e senadores são criadas na primeira etapa da análise de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Congresso. As propostas podem ser alteradas no colegiado e precisam ser votadas antes de seguirem para a análise dos Plenários da Câmara e do Senado.


A instalação das comissões será realizada a partir das 14h30, consecutivamente, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/08/2017 - Proposta de privatização da Eletrobrás será debatida por três comissões


Três comissões da Câmara reúnem-se nesta quinta-feira (31) para discutir com entidades da sociedade civil, acadêmicos e governo um novo modelo para o setor energético.


O debate, organizado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Legislação Participativa; e do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi pedido pelos deputados do PT Givaldo Vieira (ES), Erika Kokay (DF) João Daniel (SE), Nilto Tatto (SP), Patrus Ananias (MG) e Valmir Assunção (BA).


Os parlamentares citam com preocupação o anúncio, pelo governo, da venda de ativos da Eletrobrás. Tal medida, segundo eles, poderá trazer grandes prejuízos para a população e para o País. “No Brasil, país de dimensões continentais, os desafios são imensos, e cada vez mais o setor [energético] tem um papel estratégico para o crescimento e a sustentabilidade econômica”, afirmam.


Para os deputados, a tendência, com a privatização da Eletrobrás, “é de que o preço da energia para os pequenos consumidores dispare, além da possível redução ou extinção das tarifas sociais e de programas de universalização do fornecimento de energia, o que compromete o fornecimento”.


Foram convidados para o debate:

- o vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Nailor Gato;

- o representante do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Roberto Araújo;

- o representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Teixeira;

- o representante da plataforma Operária Camponesa para Energia, Gilberto Cervinski;

- representante do Instituto Sócio Ambiental (ISA);

- o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio do Grande do Sul Ronaldo Custódio.


O encontro ocorrerá no plenário 8, às 9 horas.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/08/2017 - Prazo para requerer seguro-desemprego estabelecido pelo Ministério do Trabalho é ilegal


Ação civil pública ajuizada pelo MPF questionou resoluções que regulam o tema

 

Ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) obteve reconhecimento da ilegalidade nos prazos estabelecidos por resoluções do Ministério do Trabalho para requerimento do seguro-desemprego: solicitações do benefício eram indeferidas em casos protocolados após 120 e 90 dias contados da rescisão do contrato de trabalho ou do resgate do trabalhador da situação análoga à de escravo, respectivamente. O pedido do MPF foi considerado procedente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e a decisão vale para todo o Brasil.


O MPF ajuizou a ação ainda em 2014, na 4ª Vara Federal de Porto Alegre, defendendo a ilegalidade dos artigos que fixavam o prazo em dois normativos do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), vinculado ao Ministério do Trabalho: a resolução nº 467/2005, que concede o seguro-desemprego aos dispensados segundo alterações introduzidas na Lei nº 7.998/90 e na legislação trabalhista, e a resolução nº 306/2002, que estabelece procedimentos para a concessão do benefício aos resgatados da condição análoga à de escravo. Basicamente, o MPF considerou ilegais o estabelecimento dos prazos porque a lei do seguro-desemprego nunca instituiu tais limites. Apontou a impossibilidade de os regulamentos restringirem direitos alcançados pelo Poder Legislativo aos cidadãos ou de suprirem pretensas lacunas. Também entendeu que o Codefat extrapolou suas atribuições ao definir estes prazos.


A 4ª Vara Federal de Porto Alegre considerou procedente o pedido, mas a União apelou defendendo a legalidade das resoluções e também questionando a extensão da decisão para todo o Brasil. Em parecer enviado ao TRF4, o MPF argumentou que o Codefat pode explicar condições para concessão do benefício de acordo com os preceitos já estabelecidos em lei, porém, em conformidade com conteúdo legal. Isso não acontecia no caso, pois ao impor tempo para requerer o seguro-desemprego, as resoluções restringiram direito dos cidadãos.


A 4ª Turma do TRF4, por unanimidade, negou o recurso da União e manteve a sentença de primeira instância. Da decisão cabe recurso aos tribunais superiores.

Fonte: Jusbrasil

 


 

29/08/2017 - INSS começa a convocar aposentados por invalidez para perícia médica


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) começaram, na última sexta-feira (25), a convocar aposentados por invalidez para a realização de perícias médicas. A intenção é fazer um pente-fino nos benefícios concedidos. A economia prevista para o final do procedimento é de R$ 10 bilhões, de acordo com o MDS.


Os aposentados serão informados sobre a convocação por meio de cartas enviadas pelos Correios. No primeiro lote, foram enviadas 22.057 cartas para 25 estados e o Distrito Federal, exceto Roraima. Serão convocados aqueles com menos de 60 anos que estão com o benefício sem revisão há mais de dois anos. Ao todo, o governo quer convocar 1 milhão de segurados até dezembro de 2018.


A previsão é de que as primeiras perícias médicas comecem em setembro, considerando os prazos de entrega das correspondências e de contato dos beneficiários para a marcação do agendamento.


Aqueles que receberem a carta devem entrar em contato com o INSS pelo número 135 em até cinco dias corridos, com exceção de domingo, e agendar a perícia. Quem não fizer o agendamento terá o benefício suspenso.


A partir da suspensão, são contados 60 dias para que se marque a perícia. Se o agendamento for feito nesse prazo, o benefício é liberado até a realização da perícia. Passados os 60 dias sem que o beneficiário se manifeste, o benefício será cessado.


Balanço

Além dos aposentados por invalidez, aqueles que recebem auxílio-doença também foram convocados pelo INSS. De acordo com balanço divulgado pelo ministério, até o dia 4 de agosto, foram realizadas 210.649 perícias entre aqueles que recebiam auxílio-doença. Foram cancelados 168.396 benefícios. A ausência de convocados levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios.


Além disso, 33.798 benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.892 em auxílio-acidente, 1.105 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.458 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional. Ao todo, 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados.


A economia anual estimada com auxílio-doença até agora é de R$ 2,7 bilhões.

Fonte: Portal EBC

 


 

29/08/2017 - Empresa que não paga vale-transporte deve comprovar a renúncia expressa do trabalhador ao benefício

 

O vale-transporte é direito do trabalhador. E os magistrados da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), em decisão recursal, fundamentaram-se na Lei n. 7.418/85 para determinar indenização a trabalhador que não recebia o benefício.


Desde que o citado normativo instituiu o vale-transporte, as empresas passaram a ser obrigadas a pagá-lo aos seus funcionários de acordo com os critérios descritos no regramento. Mas, esse direito também é relativo, pois a empresa pode demonstrar que o trabalhador abriu mão do benefício ou declarou não ser ele necessário.


No entanto, em análise ao caso concreto, os integrantes da 3ª Turma constataram que o empregador não conseguiu demonstrar sua isenção de pagamento da obrigação, ou seja, não apresentou provas da renúncia do ex-funcionário ao benefício. Daí então decidiram, por unanimidade, acompanhar o voto da relatora, a desembargadora Maria das Graças de Arruda França, e determinar o pagamento de indenização ao empregado no valor dos vale-transportes não fornecidos.


Foi determinada, porém, a dedução do desconto relativo ao percentual de 6%, calculado sobre o salário básico do empregado, sob o fundamento de que não se pode transferir para o empregador o ônus de suportar a cota-parte do trabalhador, consoante art. 4.º da Lei 7.418/85 e art. 9.º do Decreto 95.247/87, sob pena de enriquecimento sem causa, concluiu o voto.

Fonte: Jusbrasil

 


 

29/08/2017 - Gestante consegue anular pedido de demissão e terá direito a estabilidade provisória


A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou nulo o pedido de demissão de uma auxiliar de processos da Nossa Serviço Temporário e Gestão de Pessoas Ltda., no Paraná, e reconheceu seu direito à estabilidade gestante. Ela agora irá receber indenização pelo período.


A trabalhadora, na reclamação trabalhista, disse que não sabia que estava grávida quando pediu demissão, e que jamais teria pedido desligamento da empresa se soubesse. Sustentou ainda que a rescisão não foi homologada pelo sindicato.


O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) havia negado o pedido de indenização substitutiva porque a demissão foi requerida pela própria trabalhadora, o que representaria “uma forma de renúncia tácita à estabilidade”. Também desconsiderou o pedido de anulação da demissão uma vez que o contrato durou por pouco mais de um mês. “A falta de homologação sindical não tem o condão de anular o ato de pedido de demissão”, diz a decisão.


O relator do recurso da trabalhadora ao TST, ministro José Roberto Freire Pimenta, disse que é incontroverso que a gravidez ocorreu durante o contrato de trabalho. Por outro lado, o artigo 500 da CLT só considera válido o pedido de demissão se homologado por sindicato da categoria ou pelo Ministério do Trabalho. Como isso não ocorreu, a demissão deve ser considera inválida, ficando assegurada à trabalhadora o direito à estabilidade provisória, nos termos da Súmula 244 do TST.


A empregada não deverá ser reintegrada ao emprego porque o prazo de estabilidade já se esgotou. Por isso, foi determinado o pagamento de indenização substitutiva relativo ao período da garantia de emprego. Processo: RR-22-25.2016.5.09.0001

Fonte: TST

 


 

29/08/2017 - Semana Nacional da Conciliação de 2017 será de 27 de novembro a 1º de dezembro


A próxima edição da Semana Nacional da Conciliação acontecerá de 27 de novembro a 1º de dezembro. A iniciativa, promovida anualmente, tem como objetivo solucionar conflitos de forma pacífica e rápida por meio da conciliação.


Incluído no Código de Processo Civil de 2015 como etapa processual obrigatória, a solução de conflitos pela via da conciliação dispensa a atuação imediata de advogados e do juiz, que apenas valida formalmente os acordos negociados entre as partes. De acordo com os dados do CNJ, existem mais de 74 milhões de processos judiciais em tramitação no Judiciário brasileiro.


Em 2016, foram feitas mais de 274 mil audiências durante a Semana Nacional de Conciliação e mais de 130 mil acordos homologados. Desde 2006, quando o evento foi feito pela primeira vez, já foram feitas mais de 2 milhões de audiências, alcançando cerca de R$ 10 bilhões em valores homologados.


Durante a preparação da Semana Nacional da Conciliação, os tribunais escolhem os processos judiciais que podem ser apresentados em audiência de conciliação e comunicam formalmente as partes envolvidas no conflito. Se um cidadão quiser resolver seu caso pela conciliação durante o mutirão, deve procurar, com antecedência, o tribunal em que o caso estiver tramitando.


A conciliação pode ser utilizada em quase todos os casos: pensão alimentícia, divórcio, desapropriação, inventário, partilha, guarda de menores, acidentes de trânsito, dívidas em bancos e financeiras e problemas de condomínio, entre vários outros. Exceção para casos que envolvam crimes contra a vida (homicídios, por exemplo) e situações previstas na Lei Maria da Penha. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

28/08/2017 - FST define ações do movimento de resistência ao desmonte da CLT


O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) lança dia 5 de setembro o ‘Movimento Nacional de Resistência às Reformas: por um Brasil melhor’, que terá um cronograma de ações em todo o País, encampadas pelas entidades filiadas às 20 Confederações que compõem o Fórum.


A plataforma do movimento será voltada para o esclarecimento, resistência e conscientização dos trabalhadores para os prejuízos decorrentes da aprovação da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017). Cada região terá agenda de trabalho distinta, para se adaptar às demandas locais das lutas dos trabalhadores.


O calendário de mobilizações será disponibilizado conforme definição dos dirigentes sindicais responsáveis pela coordenação dos cinco comitês que atuarão nos Estados.


Itens - Os pontos críticos como jornada, banco de horas, negociação, férias, terceirização, demissão, trabalho intermitente, trabalho insalubre para gestantes e mulheres em fase de amamentação, entre outros, serão amplamente discutidos junto aos trabalhadores.


Ato - O lançamento do movimento ocorrerá no auditório do Hotel Nacional, em Brasília, às 10 horas.

Fonte: Agência Sindical

 


 

28/08/2017 - Comissão que analisa regulamentação da Reforma Política pode votar relatório nesta terça


A Comissão Especial da Reforma Política reúne-se nesta terça-feira (29) para votar o relatório do deputado Vicente Candido (PT-SP) que regulamenta o financiamento público de campanhas e o "distritão" (voto majoritário para deputados e vereadores), entre outros pontos.


Vicente Candido disse que acatou todas as sugestões que tinham acordo, mas muitas ainda estão nos destaques, que podem ser prejudicados.


Entre as mudanças, Candido ampliou no texto a participação feminina. Na eleição para o Senado Federal, em que o partido apresente duas candidaturas, uma das vagas será preenchida com um candidato do sexo masculino e a outra com candidata do sexo feminino.


Divergências

Os pontos de divergência restantes seriam decididos na votação dos destaques, entre eles, os critérios de distribuição dos recursos do fundo público para financiamento de campanhas entre os partidos e a duração das campanhas, 45 ou 60 dias.


Alguns deputados defendem a distribuição da totalidade do fundo de acordo com a votação dos partidos na última eleição.


A proposta também estabelece o dia primeiro de agosto para o início das campanhas, que terão 60 dias. Há deputados que alertam para a necessidade de campanhas menores para reduzir custos.


A proposta de emenda à Constituição que cria o fundo público para financiamento de campanhas e muda o sistema de eleição para o Legislativo está sendo analisada pelo Plenário. O texto da comissão especial vai regulamentar esses pontos por meio de projeto de lei, que ainda deve ter a urgência aprovada para seguir diretamente para análise do Plenário.


A reunião será realizada às 14 horas, em plenário a definir.

Fonte: Agência Câmara

 


 

28/08/2017 - Relator da PEC da Reforma da Previdência na Câmara será ouvido no Senado


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência fará audiência pública, nesta terça-feira (29), com a participação de três deputados que participaram da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287-A/2016 na Câmara, a Reforma da Previdência.


O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da proposta na comissão especial que analisou a proposta na Câmara, deve trazer informações e dados a respeito do texto. Da mesma forma, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor de um mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) para interromper o andamento da PEC naquela Casa, falará dos pontos que considera críticos no texto. O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado Afonso Florence (PT-BA), também vai participar do debate e deve destacar a situação do trabalhador rural frente às mudanças propostas.


A reunião ocorrerá na sala 19 da ala Alexandre Costa, a partir das 14h05 e será aberta à participação da sociedade por meio do Portal e-Cidadania e do Alô Senado, através do número 0800612211.

Fonte: Agência Senado

 


 

28/08/2017 - Projetos em tramitação na CCJ alteram pontos polêmicos da reforma trabalhista


Para tentar diminuir o impacto da reforma trabalhista, senadores apresentam uma série de propostas para revogar itens da lei, em vigor desde julho. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) é autora de seis projetos. Um deles tem como objetivo proibir o exercício da atividade insalubre para as trabalhadoras gestantes ou que estejam amamentando (PLS 295/2017). Outra proposta trata do acordo de convenção coletiva, que só poderá se sobrepor à legislação quando for para beneficiar o trabalhador (PLS 293/2017). O senador Paulo Paim (PT-RS) também é autor de um projeto que restringe as jornadas de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso (PLS 298/2017). As matérias estão em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Fonte: Agência Senado

 


 

28/08/2017 - SP: reforma trabalhista é bem conhecida por 15% das micro e pequenas indústrias


Pesquisa elaborada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) mostra que, embora 71% dos micro e pequenos empresários saibam da existência da reforma trabalhista, apenas 15% deles, de fato, estão bem informados sobre as mudanças que ela provocou na legislação. A pesquisa foi coletada pelo DataFolha no mês de julho e foi feita com 302 micro e pequenos industriais do estado de São Paulo, com margem de erro de seis pontos percentuais e indíce de confiança de 95%.


Segundo a pesquisa, 29% dos empresários entrevistados admitiram desconhecer a reforma e 11% disseram ter poucas informações sobre ela. Essa falta de informação sobre o tema, de acordo com o Simpi, impacta também na perspectiva do empreendedor sobre a reforma: 42% dos entrevistados disseram que a reforma trabalhista não deve trazer prejuízos nem beneficiar seus negócios.


A aprovação da lei da terceirização também é desconhecida pela maior parte dos micro e pequenos industriais paulistas. Apenas 16% disseram ter conhecimento sobre a terceirização.


Avaliação da economia

A pesquisa divulgada pelo Simpi mostrou ainda a percepção dos empresários paulistas sobre a economia do país. O indicador bimestral de expectativa econômica demonstrou que 30% dos empresários acreditam que a situação econômica vai melhorar nos próximos três meses, valor inferior ao de maio, quando o índice alcançou 40%. Pouco mais da metade dos entrevistados (53% do total) acreditam que a inflação continuará igual.


A previsão de aumento do desemprego para os próximos três meses caiu na comparação entre as pesquisas feitas em maio e julho, passando de 31% para 26%. Na mesma comparação, caiu o número de empresários que acredita que o poder de compra vai crescer, passando de 13% para 11%.


A pesquisa mostrou também que caiu a percepção dos entrevistados de que a crise econômica ainda é forte, afeta os negócios e não há previsão de retomada de crescimento, passando de 71% em junho para 62% em julho, e o índice de empresários que avaliam que a crise está mais fraca subiu de 27% para 36%.


A taxa das empresas que sofreram com inadimplência passou de 44% em julho para 40% em julho, os resultados mais baixos desde março de 2015.

Fonte: Portal EBC

 


 

28/08/2017 - Projeto de Paim proíbe o uso de amianto no país


O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional o uso e a comercialização do amianto em São Paulo. A decisão não abrange o resto do Brasil, mas o tema já vem sendo discuto no Senado. Um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) proíbe o uso do produto (PLS 30/2017), medida apoiada por representantes dos trabalhadores expostos ao amianto. Já a Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto afirma que as novas tecnologias e instalações industriais garantem a segurança e a saúde do trabalhador.

Fonte: Agência Senado

 


 

28/08/2017 - Mais de 8 milhões serão beneficiados com o saque de cotas do PIS/Pasep


O governo federal anunciou nesta semana mais uma ação para reativar a economia, beneficiando cerca de oito milhões de trabalhadores com a liberação das cotas do antigo Fundo PIS/Pasep. A Medida Provisória nº 797, de 23 de agosto de 2017, alterou as condições de saque dessas cotas por motivo idade, permitindo a retirada para homens a partir de 65 anos e para mulheres a partir de 62 anos.


Assim, todos os trabalhadores que se enquadram nos novos critérios da idade, ou aposentados, independentemente da idade, terão direito a resgatar o saldo existente. “Nós estamos fazendo justiça ao reduzir a idade para o saque e divulgar amplamente esse direito. Afinal de contas, o dinheiro é do trabalhador e ele precisa saber que pode sacar o recurso”, afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.


São cotistas do Fundo PIS/Pasep os participantes cadastrados até 04/10/1988, que tenham recebido distribuição de cotas referentes ao período de 1971 a 1989 e que ainda não sacaram o saldo do principal. Antes da MP, já era possível sacar as cotas após se aposentar ou completar 70 anos, além de outras condições específicas, mas muitas pessoas nunca retiraram o dinheiro porque não sabiam que tinham esse direito.


Constituição - O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes, explica que, até quatro de outubro de 1988, os empregadores depositavam o dinheiro do Fundo PIS/Pasep em contas vinculadas aos trabalhadores, como fazem hoje com o FGTS.


Com a mudança da Constituição, os empregadores deixaram de depositar o dinheiro individualmente para os trabalhadores e passaram a recolher à União, que é obrigada a destinar o recurso ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para que ocorra o pagamento dos benefícios Seguro-Desemprego e Abono Salarial.


No entanto, os valores depositados nas contas individuais no Fundo PIS/Pasep antes da mudança constitucional permaneceram lá. Os trabalhadores titulares dessas contas – ou seus herdeiros, no caso de morte do titular – podem sacar o saldo existente de acordo com os motivos de saque estabelecidos em lei. Um desses motivos é justamente a idade, que agora o governo está reduzindo de 70 anos para 65 anos (homem) e 62 anos (mulher).


Pagamento - O pagamento começa em outubro e o calendário de saques ainda será divulgado. O valor da cota de cada trabalhador vai depender de quanto ele ganhava na época, pois o depósito da empresa era proporcional ao salário do empregado. De acordo com cálculos preliminares, a maioria tem, em média, R$ 750 para receber.


Com a medida, o governo espera injetar R$ 16 bilhões na economia. O valor representa 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Fonte: MTb

 


 

28/08/2017 - Arrecadação federal em julho tem menor nível em sete anos


O fraco desempenho da economia e a redução de pagamento de tributos por instituições financeiras fizeram a arrecadação federal registrar em julho o menor nível em sete anos. Segundo dados divulgados há pouco pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 109,948 bilhões no mês passado, queda de 0,34% em relação a julho do ano passado, descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em valores corrigidos pelo IPCA, esse é o menor nível para o mês desde 2010.


Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação federal acumula R$ 758,533 bilhões, também o menor valor desde 2010. O montante é 0,61% maior que o do mesmo período de 2016, descontando a inflação pelo IPCA. Esse crescimento acumulado, no entanto, decorre unicamente das receitas não administradas (principalmente royalties do petróleo), que subiram 49,9% de janeiro a julho acima da inflação em relação aos mesmos meses de 2016.


Se forem consideradas apenas as receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições), a arrecadação teria tido queda real – descontado o IPCA – de 1,7% em julho e de 0,41% nos sete primeiros meses do ano.


Segundo a Receita Federal, os principais tributos que puxaram a queda da arrecadação em julho foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que caíram 18,6% em relação ao mesmo mês do ano passado descontando a inflação. Essa diminuição, ressaltou o órgão, foi motivada principalmente pela redução das projeções de lucro das instituições financeiras, que fez desabar o pagamento dos dois tributos com base nas estimativas mensais.


A espera pelo Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), que regularizará dívidas de contribuintes com a União e cujo prazo de adesão começou em agosto, também contribuiu para que as empresas adiassem o pagamento dos dois tributos. A queda na arrecadação de Imposto de Renda poderia ter sido ainda maior se o programa de regularização de recursos no exterior, chamado de repatriação, não tivesse arrecadado R$ 1,46 bilhão em julho.


Em segundo lugar entre os tributos que mais contribuíram para a queda da arrecadação federal no mês passado ficaram a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS). A receita dos dois tributos, que incidem sobre o faturamento, caiu 4,07% em julho na comparação com julho do ano passado descontada a inflação.


O PIS/Cofins reflete o comportamento das vendas. O volume de vendas de bens registrou crescimento de 4,33% em junho (fato gerador da arrecadação de julho) em relação a junho do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, as vendas de serviços caíram 3,03% e o desempenho do segmento financeiro também apresentou resultado negativo na mesma comparação, segundo o IBGE e a Receita Federal.

Fonte: Agência Brasil

 


 

28/08/2017 - Entidades pedem que Senado, Câmara e TCU paguem contribuição sindical


A falta de repasse da contribuição sindical de servidores do Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal pela Federação Nacional dos Servidores dos Poderes Legislativos Federal, Estaduais e do Distrito Federal (Fenale) e pela a Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Concate).


Foram apresentados três mandados de segurança: o MS 35.095 trata do caso do TCU, o MS 35.106 é direcionado ao Senado, e o MS 35.107, à Câmara dos Deputados.


As autoras dos mandados de segurança pedem que os três órgãos efetuem o desconto e recolham a contribuição sindical obrigatória de 2017. Argumentam que, como o desconto e o repasse da contribuição sindical são obrigatórios, a desobediência às normas legais configura violação de seu direito líquido e certo. Os relatores das ações são os ministros Luiz Fux (MS 35.095), Gilmar Mendes (MS 35.106) e Ricardo Lewandowski (MS 35.107).


De acordo com as entidades sindicais, a obrigação dos entes públicos de efetivar o desconto na folha de pagamento da contribuição sindical é definida pela Constituição Federal — parte final do inciso IV do artigo 8º, combinado com o artigo 149 — e da Consolidação das Leis do Trabalho. Alegam que a contribuição sindical deve ser calculada sobre o vencimento dos servidores e sobre as vantagens nele incorporadas por lei.


Afirmam também que cumpriram todas as exigências legais para a efetivação do desconto de forma correta, publicando os editais de cobrança da contribuição sindical no Diário Oficial da União e em jornais de circulação estadual. Porém, dizem, apesar de a legislação determinar, de forma clara, que todos os trabalhadores de determinada categoria — incluindo-se os servidores públicos, estatutários ou celetistas — sejam objeto do desconto da contribuição sindical, Câmara, Senado e TCU decidiram descumprir a lei e não recolher a contribuição.


As entidades sindicais citam como precedente do STF o Recurso Extraordinário com Agravo 807.155 para defenderem que a contribuição sindical é devida pelos servidores públicos, independentemente da existência de lei específica regulamentando sua instituição.


“Logo, há previsão legal, recepcionada pela Constituição Federal, razão pela qual o agir dos impetrados é claramente ilegal, uma vez que contraria os dispositivos que regulam a matéria, devendo, pela via mandamental, ser ordenado o cumprimento da lei, por meio do desconto e recolhimento da contribuição sindical urbana.” Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

28/08/2017 - Em 2017, confiança da população na Justiça e no MP diminuiu, diz estudo da FGV


A operação “lava jato” pode ter levado o mundo do Judiciário para as manchetes como nunca antes uma investigação foi capaz. E o efeito da exposição foi uma queda na confiança da população no Judiciário e no Ministério Público, aponta a edição de 2017 do Índice de Confiança na Justiça, da Fundação Getulio Vargas. Isso além, é claro, da já esperada redução do número de pessoas que confiam no governo.


Em 2016, o MP havia sido citado como "confiável" por 44% da população. Neste ano, o número caiu para 28%. De acordo com a pesquisa, enquanto 30% dos entrevistados pela GV diziam confiar na Justiça em 2016, só 24% disseram o mesmo entre maio e junho deste ano, quando o levantamento foi feito.


Pelo que já foi divulgado, a imagem do governo federal foi a mais prejudicada com os acontecimentos dos últimos anos. Em 2017, só 6% dos entrevistados disseram confiar nos assuntos ligados ao Executivo Federal. Um ano antes, a cifra era de 11%, quase o dobro. Dois anos antes, 29% dos entrevistados diziam confiar no governo federal.


Havia a expectativa de que a popularidade do juiz federal Sergio Moro, que toca a “lava jato” em primeira instância, pudesse alavancar a confiança no Judiciário, mas ela não foi confirmada pelos dados. O que se viu, na verdade, foi o contrário.


“A conclusão a que chegamos foi que conhecer uma instituição é desconfiar dela”, disse nesta sexta-feira (25/8) a professora Luciana de Oliveira Ramos, responsável pela pesquisa. O levantamento ainda não foi divulgado, mas alguns dados preliminares foram apresentados pela professora durante o InnovationDay Tribunais, evento organizado pela Softplan, empresa de tecnologia que fornece software e soluções para o mundo jurídico.


A FGV considera que as pessoas levaram em conta não só os efeitos da “lava jato”, mas também o resultado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a crise econômica por que passa o país. A pesquisa ouviu 1.650 pessoas em oito estados, que a fundação calcula representar 60% da população brasileira.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

25/08/2017 - CDH discute impactos da reforma trabalhista


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove na próxima segunda-feira (28) uma audiência pública interativa sobre as reformas previdenciária e trabalhista. O foco será a reforma trabalhista — já sancionada pelo governo Temer — e seu impacto na vida dos trabalhadores. A audiência terá início às 9h.


Foram convidados representantes de sindicatos, de empregadores e de advogados trabalhistas, além de integrantes do Ministério Público do Trabalho, da Justiça do Trabalho e do Ministério do Trabalho.


A audiência pública, proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, faz parte de uma série de debates sobre as reformas propostas pelo governo. A audiência pública será na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho e é aberto à participação da sociedade por meio do Portal e-Cidadania – link: www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado, através do número-0800612211.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/08/2017 - CPI ouvirá deputados que participam das discussões sobre reforma da Previdência


Com o objetivo de levantar o máximo de informação possível para a elaboração do relatório final que deve apontar a real situação das contas da Previdência Social, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o órgão realizará uma nova audiência pública na próxima semana, ainda sem data marcada. Desta vez, a discussão contará com deputados que já participaram das discussões da reforma.


Foram convidados o presidente e o relator da comissão especial na Câmara, além de outros dois parlamentares com posições contrárias à reforma. Segundo o presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), a ideia é tornar o processo ainda mais democrático.


— Serão quatro deputados: dois a favor e dois contra a reforma da Previdência. Mas entendo eu que não há déficit. Na nossa Previdência, o problema é de gestão. Como eu digo, é combate à sonegação, ao desvio, à corrupção — afirmou.


Os parlamentares da CPI da Previdência também se preparam para realizar a primeira audiência pública fora do Congresso. A reunião acontecerá no mês de setembro, na Assembleia Legislativa de São Paulo, e vai debater a sonegação de impostos e a desestruturação da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Entre os convidados estão representantes de movimentos sindicais e de associações. Paim ressaltou que a finalidade do evento também é divulgar para a população o que vem sendo feito pela comissão em Brasília.


— Tenho certeza que vai ter mais de vinte entidades para falar sobre a reforma da Previdência e a questão do déficit ou superavit. Nós ouvimos aqui mais de cem pessoas, fizemos em torno de trinta audiências públicas e encaminhamos requerimentos de informação aos órgãos — disse.


O prazo final da CPI foi prorrogado até novembro. Mas, segundo adiantou Paulo Paim, o relatório do senador Hélio José (PMDB-DF) deverá ser apresentado até outubro.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/08/2017 - Subcomissão do Estatuto do Trabalhador aprova cronograma de trabalho


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou na quarta-feira (23) o cronograma de atividades da subcomissão temporária que trata da criação do Estatuto do Trabalho. O grupo, formado por três senadores titulares e três suplentes, terá reuniões quinzenais e pretende apresentar o anteprojeto do Estatuto em primeiro de maio de 2018, dia do Trabalhador.


Duas audiências públicas já foram aprovadas: a primeira debaterá “Experiências internacionais de codificação do trabalho” e, de acordo com o vice-presidente da subcomissão, senador Paulo Paim (PT-RS), o objetivo é comparar a realidade do Brasil e de outros países em termos de salário, jornada de trabalho e outros pontos importantes das relações entre empregados e empregadores.


— A intenção é trazer experiências da França, Portugal, Itália e de outros países, experiências, inclusive, comparando salário mínimo nesses países e no Brasil, e as relações trabalhistas — explicou.


A segunda audiência terá como tema os “Princípios da Organização Internacional do Trabalho e da Constituição para o trabalho”. Segundo Paim, as duas audiências públicas foram sugeridas pelos colaboradores da Subcomissão do Estatuto do Trabalho.


— Juízes, advogados trabalhistas, ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entidades sindicais, que estão se debruçando sobre o Estatuto do Trabalho, já que a tal Reforma Trabalhista abandonou os princípios da própria Constituição e as regras da OIT sobre o mundo do trabalho — disse.


A audiência sobre as experiências trabalhistas internacionais será no dia 29 de agosto e o debate sobre os princípios da OIT e da Constituição para o trabalho, no dia 11 de setembro.


Audiências públicas

A Comissão de Direitos Humanos aprovou também a realização de três outras audiências públicas: uma sobre o trabalho da guarda mirim do Distrito Federal, outra sobre a securitização de créditos recebíveis e a terceira sobre a perda do cargo público por insuficiência de desempenho do servidor público estável.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/08/2017 - Aposentados e pensionistas começam a receber primeira parcela do décimo terceiro


Mais de 29,2 milhões de aposentados e pensionistas do setor privado começam a receber hoje (25) a primeira parcela do décimo terceiro. O pagamento será feito na folha de agosto e segue até 8 de setembro, conforme o cronograma mensal de depósito dos benefícios.


O decreto presidencial que permitiu a antecipação de 50% do décimo terceiro para agosto foi publicado no fim de julho. Segundo o Ministério da Previdência Social, a medida injetará R$ 19,9 bilhões na economia em agosto e setembro.


O pagamento começará pelos benefícios de um salário mínimo com final 1. Para benefícios superiores a um salário mínimo, a primeira parcela do décimo terceiro só começará a ser depositada em 1º de setembro. O cronograma de liberação está disponível na página do Ministério da Previdência na internet.


Como determina a legislação, não haverá desconto de Imposto de Renda na primeira parcela. O imposto sobre o décimo terceiro somente pode ser cobrado em novembro e dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação natalina.


Desde 2006, o governo antecipa a primeira parcela do décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas na folha de agosto. Somente em 2015, o pagamento foi adiado para setembro, por causa do ritmo fraco da economia e da queda da arrecadação.

Fonte: Agência Brasil

 


 

25/08/2017 - Medida provisória antecipa saques das contas do PIS/Pasep


O Congresso Nacional vai analisar a Medida Provisória 797/17, do governo Michel Temer, que libera o saque de contas do PIS/Pasep para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir dos 62 anos de idade. Antes da MP, os recursos só podiam ser sacados quando a pessoa completasse 70 anos, conforme uma resolução do Conselho Diretor do Fundo PIS-Pasep.


O pagamento será iniciado em outubro e vai até março de 2018, seguindo um calendário a ser divulgado pela Caixa Econômica Federal (quanto ao PIS) e pelo Banco do Brasil (Pasep). O crédito será feito de forma automática para quem tem conta nos dois bancos. O beneficiário poderá pedir a transferência do valor para outro banco. Em caso de morte do titular da conta do PIS/Pasep, o saldo será disponibilizado para seus dependentes.


A MP altera a Lei Complementar 26/75, que regulamenta o Fundo PIS-Pasep. A lei previa o saque das contas individuais nos casos de aposentadoria, transferência para a reserva remunerada ou reforma (militares), invalidez e casamento. Apenas esta última hipótese foi excluída pela medida provisória.


Pelos cálculos do governo, a liberação poderá injetar cerca de R$ 15,9 bilhões na economia. A medida atinge 8 milhões de pessoas, sendo que a maioria tem saldo na conta do PIS/Pasep em torno de R$ 750.


Origem

Os recursos do PIS/Pasep referem-se a depósitos feitos por empresas (PIS) e órgãos públicos (Pasep) em nome dos seus empregados até 1988. Neste ano, a Constituição determinou que os recursos arrecadados com o PIS/Pasep iriam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


O patrimônio acumulado até 1988 gerou o Fundo PIS-Pasep, que está sob responsabilidade de um conselho diretor, vinculado à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.


Os cotistas do fundo, que terão direito ao saque, são os trabalhadores beneficiados pelos depósitos até 1988. O patrimônio do fundo atingiu R$ 38,7 bilhões em junho de 2016.


Tramitação

A medida provisória será analisada em uma comissão mista. Depois, seguirá para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Fonte: Agência Câmara

 


 

25/08/2017 - Senadores divergem sobre MP que libera saque do PIS/Pasep para idosos


A Comissão Mista da Medida Provisória 797/2017 aguarda a designação dos membros do colegiado pelos líderes partidários. A MP permite aos idosos o saque das contas individuais do PIS/Pasep. A justificativa é a necessidade de aquecer a economia e gerar empregos. Para o líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), a iniciativa vai resultar em aumento de arrecadação. Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) acusou o presidente Michel Temer de populismo e de crime de lesa-pátria por liberar recursos que poderiam ser destinados a investimentos sociais. Paulo Rocha explica que os recursos do PIS/Pasep, do FGTS e do FAT costumam ser investidos em saneamento básico e na construção de casas populares, atividades que também geram emprego, renda e arrecadação de impostos.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/08/2017 - Eletricitários repudiam privatização da Eletrobras e apontam precarização


As entidades de trabalhadores reagem à iniciativa do governo Temer de privatizar a Eletrobras. Para os sindicalistas, a privatização colocará em risco o sistema, com a precarização dos serviços, demissão dos quadros técnicos qualificados e, no final das contas, aumento no preço das tarifas.


Criada por Getúlio Vargas em 1954, a Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras) enfrentou dura resistência para a sua instalação, que só viria a ocorrer em 1962, por ato do presidente Jango.


Chicão - A Agência Sindical entrevistou Eduardo Vasconcellos Correia Annunciato (Chicão), que preside o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e a Fenatema, uma das três Federações nacionais da categoria. Segundo o dirigente, “a Eletrobras é extremamente eficiente e lucrativa”.


- Começa errado

“A privatização começa mal por não ter sido discutida com ninguém, a começar pelos trabalhadores. Como nas demais privatizações, o preço está subavaliado. Ou seja, o comprador adquire por um preço que sobe no momento seguinte à privatização. Aliás, já ganharam 50% do dia pra noite ao especular com as ações”.


- Precariza tudo

“Se ocorrer a privatização, a consequência imediata será a precarização, como já ocorreu aqui em São Paulo. Os novos gestores enxugam os quadros e demitem. Na sequência, terceirizam, contratando gente inexperiente e sem conhecimento específico do setor”.


- Perda de soberania

“O Sistema Eletrobras é nacional e interligado, um depende do outro. A fragilização dessa cadeia põe em risco a soberania nacional. As estatais nacionais do setor vêm sendo compradas por estatais da China, França, Portugal e até da Colômbia. Será que só no Brasil estatal não funciona?”.


- Resistência e ato

“Em São Paulo, faremos protesto dia 4, nas portas de empresas e estações. Haverá também protestos por todo o Brasil. Vamos parar trabalhadores e fazer advertência na porta da estação Tijuco Preto, em Mogi Cruzes; em Ibiúna, que recebe energia de Itaipu; em Cachoeira Paulista, que interliga o sistema Sul, Sudeste e Centro Oeste e também em Guarulhos, que alimenta imensa área industrial local e de São Paulo”.


- Perdas trabalhistas

“Quando privatizam, logo tentam cortar o pagamento dos benefícios conquistados ao longo do tempo. Também trocam parte do corpo qualificado por terceirizados que ganham menos, não têm qualificação, são inexperientes e não dominam detalhes técnicos do setor ou específicos de locais e regiões. Perdem os trabalhadores e perde a sociedade”.


- Apoios

“Além dos Sindicatos, Federações e Confederações, vamos buscar outros apoios. Força Sindical e CUT já se manifestaram e outras Centrais e entidades certamente vão nos apoiar. A forma apressada da privatização já denuncia interesses escusos, para não dizer que querem apagar um monte de sujeira que existe por lá”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

25/08/2017 - Julgamento no STF sobre uso do amianto termina em impasse sobre legislações


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (24) que a Lei Federal 9.055/1995, que permite o uso do amianto do tipo crisotila, material usado na fabricação de telhas e caixas d’água, é inconstitucional. No entanto, a decisão da Corte não significa que a comercialização do material está proibida em todo o país. O impasse somente será resolvido após novos julgamentos sobre o caso, que ainda não têm data marcada.


Na primeira parte da sessão desta tarde, cinco ministros votaram pela derrubada da lei nacional, porém, seriam necessários seis votos para que a norma fosse considerada inconstitucional. Sendo assim, a norma continuaria em vigor. O placar não foi alcançado porque dois ministros estavam impedidos.


Mas, na segunda parte do julgamento, ao analisar a validade de uma lei de São Paulo que proibiu a extração e a venda do produto, houve mudança no placar e, por 8 votos a 2, a maioria dos ministros entendeu que a lei federal é inconstitucional e não pode ser mais aplicada. A norma regulamentou uso controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo as demais variações da fibra.


Dessa forma, a derrubada da lei provocou um vácuo jurídico e o uso do amianto ficará proibido nos estados onde a substância já foi vetada, mas permitida onde não há lei específica sobre o caso, como em Goiás, por exemplo, onde está localizada uma das principais minas de amianto, em Minaçu (GO).


As ações julgadas pela Corte foram propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos ao Supremo e pedem a manutenção do uso do material. A confederação sustenta que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União. Segundo a defesa da entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó do amianto.


De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades que defendem o banimento do amianto, apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.

Fonte: Portal EBC

 


 

25/08/2017 - INSS terá que indenizar servidora aposentada que teve diversas inflamações nos tendões em função do trabalho

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá pagar indenização por danos morais para uma servidora aposentada por invalidez devido a doença profissional que atingiu membros superiores, mão e coluna. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou, no início de agosto, sentença que responsabiliza a autarquia por oferecer ambiente propício para o aparecimento da doença.


Em 2011, a servidora foi afastada de suas atividades por sofrer de sinovite (inflamação da membrana sinovial de uma articulação), tenossinovite (processo inflamatório ou infeccioso da bainha que recobre o tendão) e de síndrome do túnel do carpo bilateral. A situação foi reconhecida pelo INSS como acidente em serviço/doença profissional. Os males atingiram a mão, o ombro e a região cervical da servidora, e sua gravidade resultou na concessão de aposentadoria por invalidez.


A mulher requereu ao INSS, em 2012, o reembolso das despesas médicas arcadas durante o período de tratamento médico por causa da doença profissional (valor de um pouco mais de mil reais), mas o pedido foi negado.


A aposentada ajuizou ação pedindo o reembolso com as despesas e, ainda, indenização por danos morais, afirmando que a situação de ser aposentada por invalidez aos 46 anos de idade causou sofrimento psicológico.


A Justiça Federal de Itajaí (SC) atendeu parcialmente ao pedido. A sentença em primeiro grau determinou o pagamento da indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil, mas negou o reembolso das despesas.


O INSS e a autora da ação recorreram ao tribunal. A aposentada defendeu o direito ao reembolso dos gastos com o tratamento, enquanto a autarquia sustentou não ter sido comprovado o nexo causal entre o dano e a conduta do INSS.


A 4ª Turma do TRF4 decidiu, por unanimidade, negar os pedidos. O relator do caso, juiz federal convocado Loraci Flores de Lima, entendeu que o tratamento da aposentada não foi recomendado por uma junta médica oficial, condição essencial para que a Administração arque com os custos.


Sobre a indenização, o magistrado sustentou "estar comprovada a responsabilidade do INSS (empregador) na relação direta entre o trabalho desenvolvido pela autora e as condições do posto de trabalho (omissão da Administração em propiciar condições de trabalho adequadas) e as lesões físicas que a acometeram, ficando caracterizado o nexo de causalidade entre a parcial incapacidade e a prestação do serviço público".

Fonte: TRF4

 


 

25/08/2017 - JT-MG reconhece validade de norma coletiva que prevê remuneração diferente com base em cada tomador de serviços


O juiz da 12ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, Marcos Vinicius Barroso, julgou improcedentes os pedidos formulados por uma funcionária da MGS – Minas Gerais Administração e Serviços S/A, que pretendia receber o mesmo salário de colegas que prestavam serviços para outros tomadores.


Antes, o magistrado explicou: “A isonomia que se cogita, para fins de remuneração equivalente, deve levar em consideração a natureza das funções desenvolvidas com os sujeitos em comparação, de maneira a fazer valer a máxima contida no art. 5º da CLT”. Segundo destacou, embora não fique limitada aos requisitos do artigo 461 da CLT, a isonomia guarda correlação intrínseca inseparável com a identidade de funções.


No caso, documentos anexados ao processo mostraram que uma das paradigmas foi admitida antes mesmo da promulgação da Constituição Federal de 1988. A empresa sustentou que as trabalhadoras jamais estiveram lotadas juntas no mesmo tomador de serviços, tratando-se de contratos de prestação de serviços completamente distintos. Também chamou a atenção para a existência de instrumentos normativos da categoria prevendo o pagamento diferenciado de remuneração em decorrência de contrato ou exigência determinado pelo cliente - tomador de Serviços, não servindo de base para fins de isonomia.


Com base nesse contexto, o magistrado deu razão à empregadora. “As convenções coletivas de trabalho devem ser prestigiadas, pois representam a vontade das partes que as representam, por força do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal”, avaliou, frisando que a própria trabalhadora confessou não conhecer as modelos apontadas na inicial. Diante da ausência de prova do direito à isonomia ou à equiparação salarial, obrigação que cabia à trabalhadora, nos termos do artigo 818 da CLT e inciso I do art. 373, do novo CPC, o juiz indeferiu os pedidos da trabalhadora.


Recurso - Em grau de recurso, a 10ª Turma do TRT de Minas confirmou a sentença. Em seu voto, a desembargadora Juliana Vignoli Cordeiro apontou que a análise do caso seria feita sob a ótica da isonomia salarial. Ficou demonstrado que a demandante foi contratada, mediante concurso público, para exercer a função de copeira e que posteriormente migrou para o de ''Serviço de copa", por força da criação do plano de cargos e salários, permanecendo inalteradas as atividades/tarefas inerentes ao cargo anteriormente ocupado. A relatora verificou que todas as trabalhadoras, no caso, ocupavam o cargo de "copeira", porém, cada qual para tomador de serviço distinto, além de admissões que ultrapassam dois anos.


“Havia autorização convencional para que, respeitando o piso estabelecido na CCT vigente, os salários pagos aos empregados da ré fossem diferentes entre si, considerados os patamares fixados pelo tomador a que se vinculassem, sem que isso pudesse atrair a regra isonômica”, registrou. A conclusão a que chegou foi a de que não há justificativa para a alegada isonomia, já que, no caso, não há ofensa ao artigo 5º, caput, da Constituição Federal. Processo PJe: 0010582-58.2016.5.03.0012 (RO)

Fonte: Âmbito Jurídico

 


 

24/08/2017 - Governo anuncia 57 projetos de concessões e privatização de empresas públicas


Com a meta de melhorar o caixa da União e estimular a economia, o governo decidiu colocar à disposição da iniciativa privada a administração de 14 aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários, além de parte da Eletrobras, como foi anunciado no início da semana. Com a medida, o governo espera arrecadar, a partir de 2017, cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos.


Em reunião nesta quarta-feira (23) no Palácio do Planalto, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) decidiu incluir no programa de desestatização rodovias, a Casa da Moeda, a Lotex e a Companhia Docas do Espírito. Ao todo, são 57 projetos de venda de empresas e parcerias público privada.


Aeroportos

Os aeroportos a serem licitados foram divididos em quatro blocos. Um deles inclui apenas o aeroporto de Congonhas, segundo maior do país com movimento de 21 milhões de passageiros por ano. Um segundo abrange aeroportos do Nordeste (Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife). Outro bloco será formado por terminais localizado no estado de Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Ala Floresta, Barra do Garça e Rondonópolis). Um quarto bloco vai abranger os aeroporto de Vitória e de Macaé.


Ainda no setor aeroportuário será realizada a alienação da participação acionária da Infraero (49%) nos aeroportos de Guarulhos, Confins, Brasília, e Galeão, que já foram licitados.


Linhas de transmissão

Os lotes de linhas de transmissão, que serão licitados em dezembro, estão distribuídos em dez estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas, Gerais e Tocantins.


“O modelo de remuneração e as taxas de desconto fazem com que os investidores enxerguem as linhas de transmissão como investimento de renda fixa”, diz trecho do documento divulgado pelo Planalto.


Com a repasse dos 15 terminais portuários à iniciativa privada, o governo estima arrecadar R$ 2 bilhões.

Fonte: Portal EBC

 


 

24/08/2017 - Supremo tem quatro votos a favor da comercialização do amianto


O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira (23) mais uma vez o julgamento sobre a validade da comercialização do amianto, material usado na fabricação de telhas e caixas d’água. Até o momento, há quatro votos para manter o comércio da fibra e três pelo banimento da substância em todo o país. A sessão será retomada nesta quinta-feira com os dois últimos votos, que serão proferidos pelo ministro Celso de Mello e pela presidente, Cármen Lúcia.


Os ministros julgam a validade de leis estaduais de Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul, que proibiram a comercialização do produto, apesar da edição de uma norma federal, a Lei Federal (9.055/1995), que permitiu o uso controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo as demais variações da fibra.


De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades que defendem o banimento do amianto, apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.


Um dos votos favoráveis à manutenção da comercialização do amianto foi proferido pelo ministro Marco Aurélio. O ministro reconheceu riscos que o material pode trazer para os trabalhadores nas minas de extração do material, mas entendeu que a proibição só pode ser autorizada pelo Congresso e não por meio de decisão judicial. Gilmar Mendes, Luiz Fux, Alexandre de Moraes também votaram no mesmo sentido.


"O banimento do amianto, com simples fundamento no potencial do produto, pode conduzir o Supremo a também apreciar constitucionalidade da comercialização de outras substâncias à luz do mesmo fundamento, os exemplos mais mediatos são o tabaco e o álcool. Serão eles também inconstitucionais?", disse Marco Aurélio.


Os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski seguiram voto de Rosa Weber, relatora do caso. Na sessão de terça-feira (22), a ministra se manifestou a favor do banimento do material por entender que a lei federal que restringiu a industrialização do amianto não protege os direitos fundamentais da saúde e do meio ambiente.


As ações julgadas pela Corte foram propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos no Supremo e pedem a manutenção do uso do material. A confederação da indústria sustenta no Supremo que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União. Segundo a defesa a entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó do amianto.

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/08/2017 - Governo vai liberar saque de contas do PIS/Pasep para idosos

 

O governo vai liberar o saque de contas do PIS/Pasep para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir de 62 anos. O pagamento será iniciado em outubro. A medida provisória que prevê a liberação dos saques foi assinada nesta quarta-feira (23) pelo presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto.


Pelos cálculos do governo, a liberação deve injetar cerca de R$ 16 bilhões na economia, o que representa 0,25% do Produto Interno Bruto do País (PIB) do país. A medida vai atingir 8 milhões de pessoas, sendo que a maioria tem saldo na conta do PIS/Pasep em torno de R$ 750.


O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, explicou que o crédito será feito de forma automática para quem tem conta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Segundo ele, o calendário de saques será anunciado em breve e haverá ampla divulgação da medida para a população.


“Esses recursos virão em boa hora para ajudar esse início de retomada da economia colocando dinheiro para circular, principalmente para pessoas que realmente necessitam”, disse Dyogo Oliveira.


Atualmente, os trabalhadores têm direito ao abono salarial e rendimentos do PIS/Pasep desde que cadastrados como participantes dos fundos até 4 de outubro de 1988 e não tenham sacado o saldo. A Caixa, responsável pelo PIS, e o Banco do Brasil, administrador do Pasep, fazem esse pagamento de acordo com um calendário anual.


O saque do saldo principal é permitido atualmente nas seguintes situações: aposentadoria; 70 anos completos; invalidez; reforma militar ou transferência para a reserva remunerada; câncer de titular ou de dependentes; portador de HIV; amparo social ao idoso, concedido pela Previdência; amparo assistencial a pessoas com deficiência da Previdência; morte e em casos de doenças graves.


O presidente Michel Temer destacou que os recursos serão injetados na economia e vão ajudar na retomada do crescimento do país. “Basta verificar os índices positivos dos últimos meses”, disse Temer.

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/08/2017 - Temer e Gilmar Mendes se reúnem para discutir semipresidencialismo


Dois dias após o presidente Michel Temer afirmar que o semipresidencialimo pode ser “extremamente útil” para o Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, esteve nesta quarta-feira (23) com Temer, no Palácio do Planalto, para tratar do assunto.


Em conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty, na última segunda-feira (21), Temer disse que tem tratado com Gilmar Mendes e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, sobre a possiblidade de o país adotar o semipresidencialismo.


No semipresidencialismo, apesar de haver um primeiro-ministro, o presidente mantém a força política.


No encontro hoje no Planalto – que não constava na agenda inicial de Temer divulgada à imprensa – Gilmar Mendes também discutiu pontos da reforma política, em análise pelo Congresso. Entre os temas abordados no diálogo estiveram o financiamento das eleições, as coligações e as formas de barateamento das campanhas.

Fonte: Portal EBC

 


 

24/08/2017 - CCJ aprova emenda de Plenário a projeto que altera a Lei Maria da Penha


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (23), emenda que substitui, em todo o texto do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 7/2016 – que traz inovações à Lei Maria da Penha – o uso dos termos “mulher em situação de violência doméstica” pela expressão “vítima de violência doméstica”. O projeto agora volta ao Plenário, para análise em regime de urgência, também aprovada na CCJ.


O texto já havia sido aprovado na CCJ em meados de 2016, mas emendas apresentadas em Plenário obrigaram o seu retorno à comissão. O relator, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), acatou somente a do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).


A emenda substitui, em todo o texto do projeto, o uso da expressão “vítima de violência doméstica”, pela expressão “mulher em situação de violência doméstica”. Ao justificar a apresentação9 da emenda, Randolfe lembra que, desde a edição da Lei Maria da Penha, os especialistas no tema da violência doméstica rejeitam a utilização do termo “vítima” para designar mulheres que enfrentam situações de violência em seus lares. Para Randolfe, voltar a chamar essas mulheres de vítima seria um retrocesso, tendo por efeito retirar delas "o empoderamento que vem sendo construído ao longo desses dez anos".


Ao justificar a aceitação da emenda, Cássio Cunha Lima observou que o texto da Lei Maria da Penha também não adota o uso do termo “vitima”, valendo-se ora do termo “ofendida”, ao tratar de aspectos processuais e materiais, ora da própria expressão “mulher em situação de violência doméstica”, ao se referir a princípios orientadores no âmbito da rede de entendimento.


O projeto

O PLC 7/2016 determina que mulheres em situação de violência doméstica passarão a contar com a garantia de atendimento policial especializado, ininterrupto e prestado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino.


A proposta foi aprovada pela CCJ ao fim de junho de 2016, com inovações ao texto da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), pouco antes de essa legislação completar dez anos de vigência. Foi uma tramitação polêmica, especialmente por conta da previsão de autorização contida no projeto para que delegados de polícia possam decretar medidas protetivas de urgência para mulheres em risco diante atos de violência doméstica. Pela legislação atual, essa é uma prerrogativa exclusiva dos juízes.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/08/2017 - Mais de 200 mil aprendizes foram contratados no primeiro semestre de 2017


Mais de 200 mil jovens entraram no mercado de Trabalho no Brasil este ano graças à lei da Aprendizagem Profissional. Um balanço apresentado pelo Ministério do Trabalho aponta a admissão de 203.434 trabalhadores na condição de aprendizes entre janeiro e junho de 2017. O estado que mais contratou foi São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.


Se o ritmo de contratação se mantiver, as empresas devem fechar 2017 com a mesma média dos últimos três anos, o que, na avaliação do diretor de Políticas de Empregabilidade do Ministério do Trabalho, Higino Brito Vieira, é positivo para a aprendizagem. Ele lembra que os anos de 2015 e 2016 foram de muitas demissões no mercado de trabalho, mas isso não afetou a aprendizagem que, nesse mesmo período, manteve-se estável.


Para se ter uma ideia dessa estabilidade, em 2013, quando o país vivia um período de pleno emprego, as empresas contrataram 348.381 jovens como aprendizes. Em 2014, quando começaram a aparecer os primeiros sinais da crise, o número passou para 404.376, média que foi se mantendo mesmo com o desemprego. Foram 401.951 em 2015 e 388.794 em 2016.


“A lei brasileira determina que todas as empresas de médio e grande porte devem manter em seus quadros de funcionários jovens de 14 a 24 anos, na modalidade Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por estabelecimento. Como é um cálculo proporcional, o natural seria que, ao diminuir o quadro de funcionários em um momento de crise, o número de aprendizes caísse também. Mas isso não aconteceu”, analisa Higino Vieira.


Não foi apenas a média de contratações que se manteve estável. Ao contrário do que aconteceu no mercado formal de trabalho como um todo em 2017, quando o número de homens contratados foi bem superior ao de mulheres, na aprendizagem houve um equilíbrio maior, apesar de as contratações masculinas ainda serem maioria. Desde o início deste ano foram contratados 108.237 meninos (53,2%) e 95.197 meninas (46,8%). Esse percentual se inverteu apenas em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Sergipe.


As ocupações nas quais os aprendizes tiveram mais oportunidades foram as de auxiliar de escritório e assistente administrativo. Quase 60% de todas as contratações ocorreram nessas áreas. Também tiveram destaque as funções de vendedor do comércio varejista, repositor de mercadoria e mecânico de manutenção de máquinas.


Segundo Higino Vieira, um dos principais desafios de hoje é conscientizar empregadores de que a aprendizagem é vantajosa para as empresas. Se todos os empresários cumprissem a cota mínima estabelecida em lei, o número de aprendizes contratados este ano seria 939.731, quase cinco vezes mais do que a quantidade atual. “A empresa que contrata o aprendiz tem a oportunidade de formar sua própria mão de obra desde o início. O retorno para o empregador é qualidade no serviço prestado”, ressalta.


A aprendizagem profissional foi instituída pela Lei nº 10.097/2000 e entrou em vigor cinco anos depois, após ser regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005. Ela prevê a contratação de jovens entre 14 e 24 anos (exceto para aprendizes com deficiência, para os quais não há limite de idade), desde que permaneçam na escola e façam algum curso técnico-profissionalizante. O salário é baseado no mínimo, mas proporcional ao número de horas cumpridas.


Desde 2005, já foram contratados 3.051.942 de aprendizes. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, lembra que, quanto maior o número de jovens inseridos nessa modalidade de contratação, menores as chances de eles abandonarem os estudos para trabalharem e maiores as oportunidades no futuro. “A aprendizagem é uma das maneiras de enfrentar a precariedade do trabalho infantil e aliar educação e qualidade no trabalho, permitindo que os jovens tenham garantias trabalhistas, segurança e remuneração justa”, afirma o ministro.

Fonte: MTb

 


 

24/08/2017 - Mediação põe fim ao impasse entre trabalhadores e empresas do setor de limpeza urbana


Negociação intermediada pela Superintendência Regional levou sete meses para ser aprovada pelas partes


Após sete meses de negociação, o impasse entre os trabalhadores e empresas do setor de limpeza urbana da Bahia chegou ao fim com a aceitação da proposta elaborada pelas partes em mediação realizada na segunda-feira (21) na sede da Superintendência Regional do Trabalho.


Várias tentativas de conciliação já haviam sido realizadas, porém, sem concordância das partes aos pontos apresentados. A superintendência deu continuidade ao processo de negociação que culminou na construção de uma proposta, elaborada conjuntamente entre representantes do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação da Bahia (SEAC) e do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA).


O acordo estabelece os seguintes itens:

a. 3% de reajuste salarial, a partir de janeiro de 2017 para trabalhadores com faixa salarial até R$ 940,84;

b. 1% de reajuste, a partir de julho de 2017, para as demais faixas salariais;

c. 7% de reajuste em janeiro de 2018 para as categorias contempladas com o reajuste de 3% em 2017;

d. 6% de reajuste em janeiro de 2018 para as demais faixas salariais;

e. 7% de reajuste a título de alimentação e cesta básica a partir de janeiro de 2018.


Também foram mantidas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho de 2016 para 2017/2018.


Fonte: MTb

 


 

24/08/2017 - Pagamento da primeira parcela do 13º começa na próxima sexta


Aposentados e pensionistas em todo o país começam a receber a antecipação da primeira parte do abono anual, conhecido como 13º, a partir da próxima sexta-feira (25/08). O depósito da gratificação será realizado junto com a folha de pagamentos mensal do INSS que começa a ser depositada no dia 25 de agosto e segue até o dia 8 de setembro, conforme Tabela de Pagamentos de Benefícios 2017.


Mais de 29,2 milhões de benefícios receberão a primeira parcela do abono anual que corresponde a 50% do valor do 13º e representa uma injeção extra na economia de pelo menos R$ 19,8 bilhões nos meses de agosto e setembro. Veja a tabela com os valores por estado.


Não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) nesta primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR sobre o 13º somente é cobrado em novembro e dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação natalina.


Valor da antecipação – Aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro. Neste caso, o valor será calculado proporcionalmente.


Os segurados que estão em auxílio-doença também recebem uma parcela menor que os 50%. Como esse benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período. Por exemplo, um benefício iniciado em janeiro e ainda em vigor em agosto terá o 13º terceiro salário calculado sobre oito meses. O segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício.


Não recebem – Por lei, os segurados que recebem benefícios Assistenciais (LOAS) não têm direito ao 13º salário, que corresponde a cerca de 4,5 milhões de benefícios.

Fonte: Previdência Social

 


 

24/08/2017 - Descontos elevados no contracheque geram dano moral

 

A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou a Via Varejo S.A a indenizar um vendedor que durante dez meses recebeu salário líquido de R$100,00. Os descontos no contracheque foram para cobrir despesas com plano de saúde. O colegiado seguiu por unanimidade o voto do relator do acórdão, desembargador Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, que considerou que o procedimento da empresa retirou a segurança de um salário digno para a subsistência do trabalhador, causando-lhe sofrimento e humilhação.


O vendedor relatou ter se afastado do emprego de abril de 2011 a março de 2014, para tratamento de saúde, período em que recebeu auxílio-doença pelo INSS e seu contrato de trabalho ficou suspenso. Durante o tratamento médico, o trabalhador utilizou o plano de saúde oferecido pela empresa a todos os empregados. Nesse tempo, os descontos nos salários totalizaram R$ 11.499,42. Dez meses após voltar ao trabalho, continuou recebendo mensalmente o valor de R$ 100,00 como salário líquido, mesmo após solicitar redução no valor dos descontos. Segundo ele, após ingressar com ação na Justiça Trabalhista – solicitando que os descontos não superassem o percentual de 30% – foi demitido.


A empregadora contestou as alegações do vendedor, negando que sua demissão tenha ocorrido por punição. Afirmou que o ex-empregado se encaixava na modalidade co-participação do plano de saúde, cabendo a ele a participação nos procedimentos utilizados (consultas, exames e outros). Argumentou que em nenhum momento deixou de prestar assistência ao obreiro e que as despesas foram descontadas aos poucos do seu salário, sendo os débitos lícitos e conhecidos pelo vendedor.


Em seu voto, o desembargador Jorge Fernando Gonçalves da Fonte considerou que o caráter alimentar da verba e os princípios da razoabilidade e da intangibilidade do salário são argumentos fortes para não se aceitar que o empregador realize descontos abusivos no salário do empregado.


O relator observou que a CLT não limita os descontos, devendo ser aplicada, analogicamente, a Lei nº 10.820/03, que estabelece o máximo de 30% para os descontos e retenções de prestações em folha de pagamento. Tal limite visa justamente assegurar ao empregado meios financeiros de se manter e honrar com os compromissos assumidos.


Os descontos realizados pela empregadora durante longo período – segundo o desembargador – trouxeram grande abalo moral ao trabalhador, que ficou sem poder contar com o fruto do seu trabalho para manter-se e também a sua família. Dessa forma, a Via Varejo foi condenada a pagar R$ 12 mil de indenização por danos morais ao vendedor, reformando-se a decisão da primeira instância.

Fonte: Jusbrasil

 


 

23/08/2017 - Centrais se reúnem com Fiesp para discutir propostas de geração de emprego


Representantes das centrais sindicais, com exceção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reuniram-se no início da tarde desta terça-feira (22) em um almoço com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. O objetivo era discutir propostas para geração de emprego e retomada econômica do país. As propostas deverão ser apresentadas depois ao presidente da República Michel Temer, em reunião agendada para o dia 12 de setembro no Palácio do Planalto.


Após a reunião, em entrevista a jornalistas, representantes das centrais e o presidente da Fiesp disseram que, entre as propostas, estão a retomada das obras públicas paradas, a destinação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos produtivos, a redução da taxa de juros e o aumento das parcelas do seguro-desemprego de cinco para sete meses.


“Tem alguns pontos que estão sendo elaborados e discutidos. Um deles é o crédito, que é fundamental. Nós trabalhadores somos favoráveis, inclusive, a que se utilizem recursos do BNDES em contrapartida. Não adianta a empresa pegar recurso [do BNDES] para utilizar na empresa para automatizar e dispensar os trabalhadores. Precisamos construir um projeto onde haja responsabilidade de toda a sociedade para que possamos superar essa adversidade que temos hoje”, disse Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).


Segundo o presidente da Fiesp, as centrais e a federação buscaram “pontos convergentes” para ajudar o país a retomar o crescimento. “Em curto prazo, existem medidas emergenciais que passam pelo destravamento de crédito, o andar de obras paradas e o seguro-desemprego, que passaria para sete meses para dar um fôlego maior”, afirmou Skaf. “O Brasil está dando sinais positivos na economia. O momento agora é de jogar um catalisador nisso, acelerar esse processo de retomada do crescimento”, acrescentou.


Lava Jato

Um dos pontos principais discutidos pelas centrais e a Fiesp foi a retomada de obras públicas no país. “Tem centenas de obras paralisadas. É preciso que elas tenham sequência porque isso gera emprego”, falou Patah. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, defende que sejam firmados acordos de leniência com as as empresas investigadas pela Lava Jato para retomada das obras. “Temos uma pauta parada em função da Lava Jato, que é positiva, mas é também importante pensar nos 14 milhões de desempregados e nas empresas que estão fechando e na queda de renda no país”, falou ele.


Juruna ressaltou que muitas empresas na área da construção civil estão fechando ou parando a produção em função da operação. "É importante que tenha um debate no Congresso Nacional e também com o Judiciário para que haja acordos de leniência para retomada da produção e o emprego”, ressaltou. “A Lava Jato está prejudicando nosso país porque está desempregando e não está propondo soluções. Existem soluções em outros países, como os acordos de leniência”, defendeu Juruna, citando como exemplo os Estados Unidos.


No entanto, Skaf disse que a Operação Lava Jato não foi tratada na reunião, nem mesmo a questão dos acordos de leniência. “O que precisa é destravar. Obras públicas paradas vão se deteriorando. Quando você retomá-la, vai gastar tudo de novo para recuperar o que se perdeu. Você deixa de empregar e deixa de gerar o resultado dessa obra para o país. Se vai ser a mesma empresa ou outra nessa obra, o que não pode e não interessa ao Brasil é estar com centenas de obras paralisadas em todos os cantos do país”, falou.


Segundo Juruna, além da Força Sindical e da UGT, participaram da reunião também representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/08/2017 - Empresários da indústria diminuem ritmo de demissões, segundo pesquisa da CNI


Os empresários do setor industrial ainda estão diminuindo as vagas de empregos, mas no menor ritmo em três anos. De acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de evolução do número de empregados alcançou o maior patamar desde março de 2014.


Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos, mostram queda na produção e no emprego. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,2 pontos.


Quando consideradas apenas as indústrias de grande porte, o índice de evolução do número de empregados alcança 49,5 pontos, próximo da linha divisória. Segundo a CNI, o dado revela que essas empresas praticamente interromperam os cortes de pessoal em julho.


O estudo mostra ainda que após 27 meses, a indústria espera encerrar as demissões. O indicador de expectativa em relação ao número de empregados subiu para 49,4 pontos em agosto e ficou muito próximo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que as perspectivas em relação ao emprego melhoraram.

(Mais informações: Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/08/2017 - Câmara adia novamente votação da reforma política por falta de acordo para aprovar texto


Os líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, decidiram votar nessa terça-feira (21) o texto base da reforma e deixar os destaques para depois. Os destaques, que são as alterações propostas pelos partidos, podem reduzir ou desfigurar o texto aprovado na Comissão.


Mas não foi possível nem votar o texto base. Isso porque, após o início da discussão, deputados denunciaram a tentativa de lideranças de dividir a votação da reforma e votar primeiro o Distritão, como advertiu Gláuber Braga, do PSOL.


Com a pressão de diversos parlamentares, o presidente Rodrigo Maia adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição para esta quarta-feira (23).


O deputado do PSB, Júlio Delgado, argumenta que o impasse foi criado pela falta de votos para aprovar o Distritão, além da pressão contra a criação do fundo eleitoral, que pelo texto atual consumiria mais de R$ 3,5 bilhões na eleição de 2018.


O Distritão estabelece o sistema majoritário de votação de deputados. Só vencem os mais votados, como é hoje na eleição de senadores, acabando com o voto em legendas e partidos, que podem ser transferidos para outros candidatos da mesma coligação.


Para tentar convencer os deputados contrários à mudança, se propôs regulamentar o Distritão permitindo o voto nas legendas. Para o deputado Marcus Pestana, do PSDB, a combinação dos sistemas pode conseguir maioria.


Para os críticos do Distritão, a proposta mantém os problemas do sistema que, segundo os deputados contrários, dificulta a renovação na política e enfraquece os partidos.

Fonte: Portal EBC

 


 

23/08/2017 - Paulo Paim condena decisão do governo que reduz reajuste do salário mínimo


O senador Paulo Paim (PT-RS) protestou contra a decisão do governo que reduziu o reajuste do salário mínimo. Com a decisão, disse Paim, o presidente Michel Temer mostrou que desconhece o que representa o salário mínimo na vida dos mais pobres.


Paulo Paim sublinhou que mais de 80% dos aposentados recebem o salário mínimo. Ele afirmou que a política de valorização do piso salarial estimula a economia e é importante para o aumento da renda das camadas inferiores da sociedade.


- O salário mínimo é uma forma de redistribuir renda, mesmo se considerarmos o elevado índice de informalidade existente em nosso país. Isso se chama efeito farol, ou seja, o salário mínimo funciona como um referencial - disse o senador.

Fonte: Agência Senado

 


 

23/08/2017 - FGTS registra lucro recorde de mais de R$ 14 bilhões em 2016


O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrou, no ano passado, lucro de R$ 14,55 bilhões, o melhor resultado da sua história. Com isso, o patrimônio líquido do fundo chegou a R$ 98,17 bilhões. Os números constam do Relatório de Gestão do FGTS, apresentado nesta terça-feira (22) na reunião do Conselho Curador, em Brasília.


O documento mostra também dados da repartição do lucro de 2016, que designou R$ 7,27 bilhões, que corresponde à metade do rendimento, para quem tinha contas com saldo em 31 de dezembro. A medida é resultado da Lei nº 13.446, de 25 de maio deste ano, que fez com que a remuneração dos trabalhadores ficasse acima da inflação anual pela primeira vez em nove anos. A última vez que isso ocorreu foi em 2007.


Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que preside o Conselho Curador, o resultado é consequência da “gestão responsável” do conselho e dos demais órgãos e entidades que gerem o fundo. “O resultado de 2016 mostra que estamos administrando com seriedade os recursos do FGTS, o que permite remunerar devidamente os trabalhadores e também disponibilizar crédito para habitação, saneamento e infraestrutura do nosso país”, disse.


“O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) também bateu recorde em 2016, com lucro de R$ 2,63 bilhões. O dinheiro aplicado no FI, que financia grandes obras de infraestrutura como geração de energia, saneamento, ferrovias, rodovias e portos, cresceu 8,3% no ano. Foi o maior rendimento desde a criação da operação, em 2007”, diz a nota do Ministério do Trabalho.


O FGTS é a maior fonte de financiamento em saneamento, habitação e infraestrutura do país. Em 2016, foram contratados R$ 81,48 bilhões, sendo R$ 80,86 bilhões para habitação, principalmente para habitação popular. Em saneamento foram contratados R$ 226,64 milhões e em infraestrutura R$ 386,32 milhões.

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/08/2017 - Projeto muda critério para nulidade de negociação coletiva


A Câmara dos Deputados analisa proposta que determina que as negociações coletivas de trabalho só serão declaradas nulas se houver vício de consentimento comprovado, ou seja, quando existirem defeitos. A medida está prevista no Projeto de Lei 6712/16, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que acrescenta um parágrafo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43).


Hoje, segundo a lei vigente, só existe nulidade se houver prejuízo às partes litigantes.


O vício de consentimento pode se caracterizar, por exemplo, pela falsa percepção da realidade de um agente na elaboração de um negócio jurídico ou na coação para obter consentimento de alguém na realização do negócio contra sua vontade.


“Trata-se do desequilíbrio da vontade de uma das partes no que se refere a sua declaração, fazendo distanciarem-se a vontade real e a declarada. É o vício mais pertinente à análise da validade dos instrumentos coletivos, na medida em que estes se baseiam precisamente na manifestação das vontades das partes”, defende Laercio Oliveira.


O deputado argumenta ainda que os instrumentos coletivos de trabalho são constitucionalmente reconhecidos como direito social e, portanto, o exame de sua validade deve ser feito com a máxima cautela, “especialmente quando se considera que a negociação coletiva é um dos principais fundamentos de todo o sistema de relações de trabalho atual”.


Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

23/08/2017 - INSS já cancelou 168 mil auxílios-doença após convocação de perícias


Até o início de agosto, o pente-fino feito pelo governo federal nos auxílios-doença concedidos por incapacidade resultou no cancelamento de 168.396 benefícios de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebiam os valores e há mais de dois anos não passavam por avaliação médica. O número corresponde a 79,94% das 210.649 perícias feitas até este mês.


Além disso, também foram cancelados 20.304 benefícios porque os segurados não responderam à convocação para perícia feita pelo INSS. De acordo com Ministério do Desenvolvimento Social, 33.798 benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.892 em auxílio-acidente, 1.105 em aposentadoria por invalidez, com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.458 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional.


Com o pente fino, segundo a pasta, a economia anual estimada até agora é de R$ 2,7 bilhões. Ao todo, 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados.

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/08/2017 - Conselho Curador aprova regras para melhorar governança do FI-FGTS


Objetivo é dar mais segurança e transparência às operações de crédito do fundo de investimentos


O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira (22) novas regras para melhorar a governança do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). O objetivo é dar mais segurança e transparência às operações de crédito do FI, que empresta dinheiro do Fundo de Garantia para a realização de grandes obras de infraestrutura nas áreas de geração de energia, saneamento, ferrovias, rodovias e portos.


Uma das principais medidas aprovadas é a criação de um comitê de auditoria. O grupo será formado por três membros (um representante do governo, um dos trabalhadores e um dos empregadores) e terá a função de monitorar as operações do Comitê de Investimentos do FI-FGTS. O monitoramento incluirá ações como revisão das demonstrações contábeis e aprovação da prestadora de serviços de auditoria independente.


Também foi reduzido o período dos mandatos dos membros do Comitê de Investimentos do FI. Anteriormente, os conselheiros podiam ser reeleitos indefinidamente. Agora, cada membro poderá ser eleito por dois anos com possibilidade de reeleição por apenas mais dois.


O Conselho decidiu ainda revogar uma regra que permitia ao Comitê do FI-FGTS adquirir debêntures do BNDES. Com isso, esse tipo de operação foi cancelada.


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que preside o Conselho Curador do FGTS e conduziu a reunião desta terça, lembrou que as medidas aprovadas significam a continuação de um trabalho iniciado ainda no ano passado para melhorar a governança do FI-FGTS. Em 2015, o fundo havia fechado com prejuízo, mas em 2016 teve lucro de R$ 2,63 bilhões e rendimento anual de 8,3%, o maior desde a criação do FI, em 2007. "Estamos devolvendo ao FI a importância que ele tem para o país", afirmou o ministro.


O secretário executivo do Conselho Curador do FGTS, Bolivar Tarragó, disse esperar que as novas regras inaugurem uma nova fase do FI. "As medidas aprovadas pelo Conselho dão mais transparência às operações do Fundo e permitem que ele volte a ter um papel fundamental no financiamento dos projetos de infraestrutura do país”, avaliou.

Fonte: MTb

 


 

23/08/2017 - Fundo de Amparo ao Trabalhador vai cobrar empréstimos cedidos ao BNDES


Com um prejuízo estimado em R$ 18 bilhões este ano e em R$ 20,6 bilhões em 2018, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) pedirá, pela primeira vez na história, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reembolse parte dos empréstimos concedidos pelo banco com recursos do fundo. O Ministério do Trabalho, responsável pelo FAT, confirmou ter enviado ofício ao BNDES alertando sobre a necessidade de aportes caso o Tesouro não consiga cobrir o rombo.


Pelo ofício, o BNDES terá de repassar R$ 4,7 bilhões ao FAT referente a amortização de empréstimos. O valor refere-se à diferença entre o orçamento para os aportes do Tesouro para este ano, de R$ 13,3 bilhões, e o prejuízo operacional de R$ 18 bilhões estimado para 2017.


Composto pela arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), o FAT repassa 40% dos recursos à instituição financeira. O dinheiro reforça o capital do banco de fomento para emprestar ao setor produtivo.


Tradicionalmente, o banco repassa ao FAT apenas o valor dos juros dos empréstimos. A partir deste ano, no entanto, também terá de reembolsar parte do valor principal das linhas de crédito.


Responsável por financiar benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego, o abono salarial e programas de qualificação profissional, o FAT tem registrado déficits crescentes nos últimos anos porque a arrecadação do PIS/Pasep está crescendo em ritmo menor que as despesas. Em 2016, o fundo teve prejuízo de R$ 12,5 bilhões, resultante da arrecadação de R$ 55,4 bilhões e de despesas de R$ 67,9 bilhões.


Segundo as estimativas mais recentes, divulgadas em abril deste ano, as receitas continuarão relativamente estáveis: R$ 55,9 bilhões em 2017 e R$ 58,5 bilhões em 2018. No entanto, os gastos, principalmente com o seguro-desemprego e o abono salarial, saltarão para R$ 73,9 bilhões este ano e para R$ 79,1 bilhões no próximo.


Além do reembolso parcial do BNDES, o governo pretende aprovar a medida provisória que cria Taxa de Longo Prazo (TLP) para conter o crescimento do déficit do FAT. A nova taxa, que entraria em vigor no próximo ano, passaria a ser definida pela inflação mais o rendimento de determinados tipos títulos públicos, diminuindo o volume de subsídios do Tesouro Nacional para cobrir a diferença entre os juros dos financiamentos do BNDES e as taxas de mercado.

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/08/2017 - Trabalhadora deve ser indenizada por atrasos nos salários e não pagamento das verbas rescisórias


Uma assistente de produção que acabou deixando de pagar parcelas de suas dívidas por receber seus salários com atrasos frequentes e por não ter recebido as verbas rescisórias deve receber indenização por danos morais. De acordo com a juíza Elisângela Smolareck, da 5ª Vara do Trabalho de Brasília, a trabalhadora conseguiu comprovar, nos autos, que a conduta do empregador lhe trouxe prejuízos.


A trabalhadora requereu, em juízo, a condenação do empregador ao pagamento das verbas rescisórias não quitadas e, ainda, ao pagamento de indenização por danos morais, ao argumento de que o atraso constante na quitação dos seus salários, bem como o inadimplemento das verbas rescisórias, acabaram resultando em prejuízos, como a negativação de seu nome junto ao Serasa e o inadimplemento das prestações do imóvel que ela está adquirindo.


De acordo com a magistrada, para que surja a responsabilidade de indenizar, é necessária a verificação de três requisitos: a existência do dano, o nexo causal entre o dano e atividade exercida na empresa e a culpa da empregadora. Estes são os elementos que podem dar ensejo ao pagamento de indenização por danos morais, conforme preveem os artigos 286 e 927 do Código Civil Brasileiro, explicou a juíza.


A mora contumaz no pagamento dos salários e o inadimplemento das verbas rescisórias, por si só, não têm o condão de causar lesão moral ou psicológica, lembrou a juíza. Contudo, se o empregado comprovar que essa conduta do empregador casou prejuízos, pode ficar configurado o dano moral.


No caso concreto, como o empregador não juntou aos autos os contracheques ou recibos de transferências bancárias para comprovar as datas dos pagamentos dos salários da trabalhadora, a magistrada considerou que efetivamente os salários eram pagos com atraso, conforme descrito pela autora da reclamação. Por outro lado, documento juntado aos autos pela autora comprova que ela passou por dificuldades financeiras no ano de 2014, período em que vigorava o vinculo empregatício, bem como que seu nome esteve em vias de ser incluído no cadastro de inadimplentes do Serasa.


Mesmo considerando que a dívida que consta do documento juntado aos autos tenha valor incompatível com os salários da trabalhadora, a magistrada disse entender que o o atraso no pagamento dos salários concorreu para que a autora da reclamação ficasse inadimplente.


Com base nestes elementos, a magistrada deferiu o pagamento das verbas rescisórias devidas, com base na demissão sem justa causa e, considerando comprovado o dano moral sofrido, arbitrou em R$ 3,98 mil o valor da indenização, o equivalente a duas vezes a última remuneração da trabalhadora. Processo nº 0000355-69.2015.5.10.0005

Fonte: TRT10

 


 

22/08/2017 - Temer diz que semipresidencialismo seria útil ao Brasil


O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (21) que acha o semipresidencialimo um sistema “extremamente útil” para o Brasil. Temer disse que tem discutido o assunto com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Eunício Oliveira, e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. No semipresidencialismo, apesar de haver um primeiro-ministro, o presidente mantém a força política.


“Acho uma coisa extremamente útil para o Brasil. Minha experiência tem revelado que seria útil. Tenho conversado muito com o ministro Gilmar Mendes, que hoje está no TSE, tenho conversado com o Rodrigo Maia, com o Eunício Oliveira. Temos conversado muito sobre isso. Se vai dar certo ou não, não sabemos, mas temos conversado sobre isso como uma das hipóteses muito úteis para o Brasil. Agora vamos alongar esses estudos para verificar qual o melhor momento da sua aplicação e eficácia”, disse a jornalistas no Itamaraty, onde ofereceu almoço ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes.


Questionado se a reforma política como está posta é coerente, Temer respondeu que essa é uma matéria de atuação do Congresso Nacional. “Ela está sendo feita pelo Congresso Nacional. Quando falo dessa matéria, estou dizendo que essa matéria é típica da atuação do Congresso Nacional. [É] o Congresso que vai decidir isso”, respondeu.


PSDB no governo

Quando os jornalistas perguntaram se os ministros do PSDB permanecem nos cargos, Temer respondeu que eles estão “bem nos cargos” e “colaboram muito”. Desde a votação no dia 2 de agosto em que foi arquivada a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer na Câmara dos Deputados, partidos da base aliada têm pressionado o governo para obter ministérios atualmente ocupados por tucanos, pois o PSDB votou dividido na apreciação da denúncia.


Dos 47 deputados tucanos, 22 votaram pelo arquivamento da denúncia, 21 pela investigação e quatro se ausentaram. Atualmente, o PSDB tem quatro ministérios.


Sobre um possível retorno do senador Aécio Neves à presidência do PSDB, hoje ocupada interinamente por Tasso Jereissati, Temer disse que essa é uma questão interna do partido. “Eu já declarei especificamente que eu não me meto nas questões internas do partido. Cada partido decide por conta própria”. Aécio Neves se afastou da presidência do partido em maio.

Fonte: Agência Brasil

 


 

22/08/2017 - Comissão vota parecer que regulamenta reforma política


A comissão especial que analisa a regulamentação de mudanças na legislação eleitoral volta a se reunir nesta terça-feira (22) para votar o relatório do deputado Vicente Candido (PT-SP).


O parecer de Candido sugeria que pessoas físicas pudessem solicitar o anonimato ao doar dinheiro para campanhas políticas, exceto na prestação de contas e fiscalização por parte dos órgãos de controle e do Ministério Público. No entanto, após muita polêmica, o relator afirmou que vai retirar essa possibilidade de anonimato para doadores de campanha.


No último dia 15, foi concluída, em outra comissão especial, a votação de proposta de emenda à Constituição (PEC 77/03) que altera as regras eleitorais e estabelece o financiamento público de campanha. O texto de Candido discutido busca regulamentar algumas dessas mudanças.


A reunião será realizada a partir das 14h30, no plenário 5.

Fonte: Agência Câmara

 


 

22/08/2017 - Comissão debate prioridades do Ministério do Trabalho e Emprego


A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados promoverá audiência pública, nesta quarta-feira (23), para discutir as prioridades do Ministério do Trabalho e Emprego neste ano.


Participarão do debate: a secretária de Inspeção do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen; e o secretário de Relações do Trabalho Adjunto, Luis Carlos Silva Barbosa.


A reunião será realizada no plenário 9, a partir das 11 horas.

Fonte: Agência Câmara

 


 

22/08/2017 - Comissão vota parecer sobre licença maternidade em caso de prematuro


A Comissão Especial sobre Licença Maternidade em caso de Bebe Prematuro (PEC 181/15) reúne-se na quarta-feira (23) para votar o parecer do relator, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).


A proposta estende a licença-maternidade para até oito meses em caso de parto prematuro. Segundo o texto, no caso de nascimento prematuro, a licença de 120 dias usualmente concedida à gestante será estendida à quantidade de dias de internação do recém-nascido, não podendo exceder a 240.


A reunião está marcada para as 14h30, em plenário a definir.

Fonte: Agência Câmara

 


 

22/08/2017 - Governo quer reduzir participação da União na Eletrobras


O Ministério de Minas e Energia informou nesta segunda-feira (21) que vai propor a redução da participação da União no capital da Eletrobras, com sua consequente democratização na Bolsa de Valores, a exemplo do que já foi feito com a Embraer e a Vale. Segundo a pasta, a medida vai dar mais competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas às estatais.


“Esse movimento permitirá à Eletrobras implementar os requisitos de governança corporativa exigidos no novo mercado, equiparando todos os acionistas – públicos e privados – com total transparência em sua gestão”, disse o ministério.


Segundo o MME, a decisão foi adotada após profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa. “Não há espaço para elevação de tarifas nem para aumento de encargos setoriais. Não é mais possível transferir os problemas para a população. A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios”. A proposta será levada ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).


O governo permanecerá como acionista, recebendo dividendos ao longo do tempo, e a União manterá poder de veto na administração da companhia, garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas.


Na avaliação do Ministério de Minas e Energia, os problemas da Eletrobras decorrem de ineficiências acumuladas nos últimos 15 anos, que "impactaram a sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais, concorrendo pelo uso de recursos públicos que poderiam ser investidos em segurança, educação e saúde".


Em fato relevante ao mercado, a Eletrobras esclareceu que a efetivação da operação depende de autorizações governamentais, avaliação das autorizações legais e regulatórias que serão necessárias, avaliação do modelo a ser adotado e observância dos procedimentos específicos, por ser tratar de sociedade de economia mista, de capital aberto, A empresa garantiu que irá manter o mercado informado sobre o assunto.

Fonte: Agência Câmara

 


 

22/08/2017 - Paim quer leis trabalhistas em foco durante a campanha eleitoral de 2018


Em pronunciamento nesta segunda-feira (21), o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que o debate sobre a reforma trabalhista sancionada pelo governo Temer seja mantido durante o período eleitoral de 2018. Isto porque a chegada de novos representantes no Congresso e na Presidência da República trará a possibilidade de uma nova proposta que possa beneficiar empregados e empregadores.


Paim registrou a instalação de subcomissão criada no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para elaborar o Estatuto do Trabalho. A primeira reunião ocorreu na última sexta-feira (18), disse Paim.


O senador afirmou que os trabalhador não foram ouvidos em nenhum momento pelo governo e os parlamentares aprovaram exatamente aquilo que foi enviado pela cúpula do empresariado, em nível nacional.


— Que nem os empresários sabem bem o que é, segundo eles dizem — Digo o grosso do empresariado —, mas a Fiesp e a CNI sabem muito bem, porque foram eles que formularam essa reforma do empregador, [essa] CLT do empregador.

Fonte: Agência Senado

 


 

22/08/2017 - Participantes de audiência consideram inconstitucional reforma da Previdência


Participantes de audiência pública realizada nesta segunda-feira (21) pela CPI da Previdência classificaram a reforma proposta pelo governo de inconstitucional e pediram medidas eficazes de combate à sonegação.


Kléber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), afirmou que há uma sonegação no Brasil em torno de 27% do valor que deveria ser arrecadado, o que dá um valor total de R$500 bilhões. Para Kléber, a própria legislação favorece o crime, já que trata a sonegação como um fato de menor importância e gera o sentimento de impunidade tributária.


— Temos uma legislação de 1995 – já faz 22 anos — que é a raiz de muitos problemas, porque extinguiu a punibilidade com o pagamento. A atividade sonegadora é uma atividade de risco calculado. O pior que pode acontecer é ter que pagar os tributos e as multas — explicou.


Kléber também criticou a quantidade de programas de parcelamentos especiais (Refis) e explicou que cada programa pode causar perdas de até R$ 50 bilhões por ano aos cofres públicos. O vice-presidente da Unafisco criticou ainda as leis que tratam da repatriação de recursos. Segundo ele, essas leis também são exemplos de benesses tributárias que o Estado dá, premiando o mau contribuinte.


— Inclusive porque as alíquotas cobradas foram inferiores às que eram cobradas das pessoas físicas e jurídicas que cumpriam as suas obrigações tributárias. Então, além da anistia penal, havia uma vantagem econômica. Isso é, de fato, o Estado usando a pedagogia às avessas, deseducando o contribuinte — protestou.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

22/08/2017 - Dirigente sindical demitido antes de comunicar candidatura à empresa não obtém estabilidade


Um soldador não conseguiu o reconhecimento do direito à estabilidade provisória sindical porque não comunicou sua candidatura previamente à Metalcom Produtos Metálicos e Comércio Ltda., de Jataí (GO). A Justiça do Trabalho reconheceu a validade da dispensa, e seu recurso contra a decisão desfavorável não foi conhecido pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho. O relator, ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou que, em recursos de natureza extraordinária, não cabe o reexame de fatos e provas, necessário para reverter a condenação.


O empregado alegou que o edital de inscrição da chapa Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e Eletrônicos de Jataí – SITIMMME foi publicado em jornal de grande circulação (O Popular), assim como o edital de convocação para eleição do corpo diretivo, ainda na vigência do contrato de trabalho.


No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) manteve a sentença que reconheceu a validade da dispensa com fundamento no item I da Súmula 369 do TST, que assegura a estabilidade provisória “desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho”. Verificando os documentos e depoimentos prestados, o Regional concluiu que a empresa apenas teve ciência da candidatura posteriormente à extinção contratual, situação que afasta a estabilidade sindical.


Segundo o TRT, ainda que a notificação possa ser feita por qualquer meio admitido pelo direito, “a ciência deve ser inequívoca, a fim de se evitar a surpresa do empregador”. A notificação via edital, segundo a decisão, só deve ser usada quando o destinatário da comunicação estiver em local incerto ou não sabido, e, no caso, tanto o trabalhador quanto a chapa concorrente poderiam ter comunicado o fato diretamente à empresa – “como de fato fizeram, embora tardiamente”.


No exame do recurso do empregado para o TST, o ministro Mauricio Godinho Delgado afirmou que a decisão regional está em sintonia com a Súmula 369 do TST, e decisão diversa da adotada pelo Tribunal Regional, quanto à época em que a empresa teve ciência da candidatura, somente seria possível mediante o reexame de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 126 do TST.


A decisão foi unânime.

 

Processo: RR-366-49.2015.5.18.0111

Fonte: TST

 


 

22/08/2017 - Primeira Seção decidirá se valores recebidos por causa de erro da Previdência devem ser devolvidos


A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que seja suspensa em todo o território nacional a tramitação de processos individuais ou coletivos que discutem a devolução de valores recebidos por beneficiários do INSS – mesmo que tenham sido recebidos de boa-fé – por força de erro da Previdência Social.


A decisão foi tomada pelo colegiado ao determinar a afetação do Recurso Especial 1.381.734 para julgamento pelo rito dos recursos repetitivos (artigo 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil). O relator do processo é o ministro Benedito Gonçalves.


O tema está cadastrado sob o número 979 no sistema de recursos repetitivos, com a seguinte redação: "Devolução ou não de valores recebidos de boa-fé, a título de benefício previdenciário, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da administração da Previdência Social."


A suspensão do trâmite dos processos não impede a propositura de novas ações ou a celebração de acordos.


Recursos repetitivos

O novo Código de Processo Civil regula nos artigos 1.036 a 1.041 o julgamento por amostragem, mediante a seleção de recursos especiais que tenham controvérsias idênticas. Conforme previsto nos artigos 121-A do RISTJ e 927 do CPC, a definição da tese pelo STJ vai servir de orientação às instâncias ordinárias da Justiça, inclusive aos juizados especiais, para a solução de casos fundados na mesma controvérsia.


A tese estabelecida em repetitivo também terá importante reflexo na admissibilidade de recursos para o STJ e em outras situações processuais, como a tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).


Na página de repetitivos do STJ, é possível acessar todos os temas afetados, bem como saber a abrangência das decisões de sobrestamento e as teses jurídicas firmadas nos julgamentos, entre outras informações.

Fonte: STJ

 


 

22/08/2017 - Desconto no salário após férias pagas indevidamente não gera reparação, diz TST


Um trabalhador que recebeu pagamento indevido de férias não é prejudicado se a empresa desconta parte de seu salário para reaver o valor. Com este entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu de condenação imposta à empresa do ramo alimentício o pagamento de indenização por dano moral a um promotor de vendas que teve o salário descontado em três meses para devolver férias pagas indevidamente. Para os ministros, o ato do empregador foi lícito e benéfico ao empregado, pois o desconto até poderia ter sido feito de uma só vez.


Na reclamação trabalhista, o promotor disse que recebeu as férias em junho de 2007, e utilizou o dinheiro para custear tratamento de saúde do próprio pai. No entanto, a empresa constatou o equívoco no repasse, e cobrou o valor em três parcelas debitadas nos contracheques até setembro. O trabalhador pediu reparação por danos morais alegando que a medida o deixou sem salário nos meses de julho e agosto.


Após o juízo de primeiro grau indeferir o pedido, o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) determinou indenização de R$ 1 mil. Para o TRT-17, se o depósito do dinheiro das férias fosse equivocado, o reembolso seria cabível, mas a empresa não poderia deixar o promotor de vendas sem salário, pois a remuneração é essencial para a sua sobrevivência.


O relator do processo no TST, ministro Alexandre Agra Belmonte, assinalou que é legítimo o desconto, até integralmente, no mês após o repasse incorreto. Para ele, a empresa, ao cobrar em parcelas, beneficiou o empregado. Ainda de acordo com o relator, a conduta não configurou ato ilícito a motivar indenização. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. Processo RR-21600-51.2009.5.17.0006

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

22/08/2017 - Empregado que adquiriu doença em função do trabalho receberá R$ 15 mil em indenizações


O empregado de uma empresa fabricante de calçados, deve receber indenização por danos materiais de R$ 251,4 mil, além de indenização por danos morais de R$ 15 mil. Ele adquiriu a doença de Kienböck, que consiste na deterioração de pequenos ossos da base da mão, por estar submetido a vibrações localizadas na sua atividade de lixar aproximadamente dois mil pares de calçados por dia. No entendimento da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), ficou estabelecido nexo de causalidade entre a doença e a atividade desenvolvida pelo trabalhador, o que gerou o dever de indenizar por parte da empregadora. A decisão mantém sentença da juíza Deise Anne Longo, da 1ª Vara do Trabalho de Bento Gonçalves. Cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).


De acordo com os autos do processo, o empregado trabalhou na empresa em diversos períodos, desde a década de 80. Esteve em licença previdenciária entre 2002 e 2009, quando o INSS revogou o benefício, posteriormente restabelecido por decisão judicial. Nesse contexto, ajuizou ação também na Justiça do Trabalho, pleiteando as indenizações, por considerar que a doença adquirida foi causada pela atividade desenvolvida na empresa. Ele era auxiliar de produção na montagem de calçados, e sua atividade principal consistia no lixamento das peças, comprimindo os calçados na lixadora.


Ao julgar procedente o pedido do empregado, a juíza Deise Anne Longo considerou laudo pericial que diagnosticou a doença de Kienböck, com índice de comprometimento das funções das mãos e dos punhos do trabalhador estabelecido em 87,5%. Conforme o perito, as sequelas são consideradas irreversíveis e o empregado está inapto ao trabalho. No histórico clínico do empregado, o perito destacou que, além do tratamento medicamentoso e fisioterápico, o trabalhador passou por três cirurgias, e que as lesões estão consolidadas. Por conseguinte, a juíza determinou o pagamento das indenizações, mas a empresa apresentou recurso ao TRT-RS.


Responsabilidade

Segundo avaliação da relatora do caso na 3ª Turma do Tribunal, desembargadora Maria Madalena Telesca, a empresa é responsável objetiva (independentemente de culpa) pela situação do reclamante, já que sua atividade é considerada de risco e as avaliações periciais permitem concluir pelo nexo de causalidade entre as tarefas desempenhadas pelo empregado (lixamento com vibrações localizadas) e as lesões adquiridas. Entretanto, também de acordo com a magistrada, a empresa tem responsabilidade subjetiva (culpa) no caso, já que não comprovou ter adotado medidas de redução dos riscos, como rodízio de empregados submetidos a atividades que podem causar danos. Nesse sentido, a desembargadora optou por manter a decisão de origem, no que foi seguida pelos demais integrantes da Turma Julgadora. Os magistrados, no entanto, aumentaram o valor da indenização por danos morais, arbitrada em primeira instância em R$ 7,4 mil.

Fonte: TRT4

 


 

22/08/2017 - TRT-4 cancela súmula sobre adicional de insalubridade por uso de fone de ouvido


Para se adequar a novo entendimento da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho, o Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) cancelou a Súmula 66 da corte, sobre adicional de insalubridade por uso de fones de ouvido.


Os ministros do TST decidiram que a utilização constante de fones de ouvido em atividades como a de operador de teleatendimento não gera direito a adicional de insalubridade tão somente pela equiparação desses serviços aos de telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo morse e recepção de sinais em fones, descritos no Anexo 13 da Norma Regulamentadora 15 do Ministério do Trabalho.


A decisão do TST se deu em julgamento de incidente de recurso repetitivo, e a tese jurídica fixada se aplicará a todos os demais casos que tratam da mesma matéria.


Veja o conteúdo da súmula cancelada pelo TRT-4:

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. UTILIZAÇÃO DE FONES DE OUVIDO. A atividade com utilização constante de fones de ouvido, tal como a de operador de teleatendimento, é passível de enquadramento no Anexo 13 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego”.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-4.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

21/08/2017 - Temer quebra o país e dá perdão de R$ 78 bilhões a empresas


Enquanto reclama de herança maldita e das dificuldades em fechar as contas, e com esse argumento aumenta impostos para a população, como o dos combustíveis, o governo de Michel Temer deixará de arrecadar bilhões do empresariado, por opção.


Isso porque três programas criados pelo governo para parcelamento de débitos tributários, conhecidos como Refis, podem perdoar, juntos, dívidas de R$ 78 bilhões dos empresários, como mostra reportagem de Idiana Tomazelli no Estadão deste domingo 20.


O montante corresponde a uma arrecadação potencial que une pagamentos de juros, multas e encargos de dívidas de empresas, Estados e municípios.


Os benefícios foram concedidos aos devedores poucos meses antes de a equipe econômica de Temer anunciar a revisão da meta fiscal para um rombo de R$ 159 bilhões.


Enquanto perdoa dívidas bilionárias de empresários, Temer põe em práticas medidas que afetam diretamente a população brasileira, como a restrição no acesso a benefícios do auxílio-doença, a retirada de 2 milhões de benefícios do programa Bolsa Família e até a redução de R$ 10 no salário mínimo do ano que vem.

Fonte: Brasil 247

 


 

21/08/2017 - Fórum dos Trabalhadores lança em setembro campanha contra ataques a CLT


O coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Artur Bueno de Camargo, informa que o lançamento da campanha de resistência à reforma trabalhista está marcada para 5 de setembro, em Brasília. As ações serão desenvolvidas, em todo o País, pelas 20 Confederações filiadas ao FST, que representam mais de 80 milhões de trabalhadores.


"Nós estamos preparando um farto material impresso. Vamos conversar com os trabalhadores nas nossas bases e mostrar, principalmente, como eles serão afetados pela nova lei. Mostraremos como cada um dos deputados e senadores votaram, para que saibam também quem é a favor e quem é contra o trabalhador", adiantou Artur, em entrevista nesta quinta (17) à Rádio Web Agência Sindical.


OIT - Dia 24 de agosto, o coordenador do Fórum e outros dirigentes de Confederações embarcam para Genebra, na Suíça, onde participam, dia 28, de audiência na Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre denúncia formalizada na instituição contra o ataque aos direitos.


"Essa audiência será importante, porque poderemos acrescentar os resultados no lançamento da nossa campanha. O Brasil é signatário de várias Convenções e essa reforma contraria muitas delas. Por isso, a OIT acatou nossas denúncias e marcou esse encontro", explica.


Comitês nas Bases - Segundo Artur, a mobilização nas bases será permanente. "A intenção é realizar as ações e criar um comitê em cada local. A partir daí, vamos massificar nossa campanha. Esses comitês serão responsáveis por fazer a interlocução com os trabalhadores, agilizando ainda mais a mobilização", ressalta.


Mais informações: www.fstsindical.com.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

21/08/2017 - Estatuto do Trabalho partirá de relatório contra a reforma trabalhista, anuncia Paim


A proposta de criação de um Estatuto do Trabalho, que está sendo discutida em uma subcomissão da Comissão de Direitos Humanos (CDH), deverá ter como ponto de partida o relatório aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em junho contra a reforma trabalhista, posteriormente sancionada pelo presidente Michel Temer em julho após aprovação pelo Plenário do Senado (Lei 13.467).


O anúncio foi feito pelo relator da subcomissão, senador Paulo Paim (PT-RS), durante audiência do colegiado na sexta-feira (18). O texto aprovado pela CAS rejeitava na íntegra o projeto do governo, analisando-o artigo por artigo.


Paim informou que o estatuto deverá ser apresentado ao Senado em meados do próximo ano, depois que a subcomissão percorrer todos os estados ouvindo a sociedade em busca do aprimoramento do texto.


- Não me iludo: sei que é impossível o atual Congresso aprovar um projeto como este. Nosso objetivo é batalharmos por sua efetivação a partir do Parlamento que sairá das urnas no processo eleitoral de 2018 - esclareceu o senador.


Críticas

A reforma trabalhista, que entrará em vigor a partir do dia 13 de novembro, foi criticada por todos os participantes da audiência.


Para Alexandre Caso, da Intersindical, o Estatuto do Trabalho pode ser a oportunidade para que a sociedade recomponha a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Lei 5.452), que, em sua avaliação, foi "completamente desfigurada" pelo texto aprovado pelo Congresso. Ele também lamenta que o setor bancário, entre outros, já esteja demitindo buscando a recontratação dentro do novo marco legal, que ele entende ser "mais precarizado".


Marcio Amazonas, chefe da assessoria jurídica da Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), entende que a Lei 13.467 tem inúmeros dispositivos inconstitucionais, como a tarifação do dano moral.


- Um dos pilares dessa indenização é considerar o salário daquele que sofreu o dano, o que provoca situações absurdas. Se um executivo que ganhe 13 mil por mês perder um dedo, ele terá uma indenização superior ao trabalhador que perder a vida, caso este receba um salário mínimo - lamentou o jurista, que considera este artigo "a síntese" de uma reforma que despreza o trabalhador.


Outra situação apontada por Amazonas como "ilegal e absurda" na tarifação do dano moral é que o trabalhador que sofrer um acidente em seu local de trabalho terá uma indenização menor que um consumidor que passar pela mesma situação, caso ocorra dentro da mesma empresa.


Hugo Melo, presidente da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, também considera a reforma sancionada inconstitucional, dentre outras razões por infringir inúmeros acordos assinados pelo Brasil no âmbito do Mercosul e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Combate

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando, pediu a mobilização da classe trabalhadora contra propostas em tramitação no Senado que no seu entender são "um passo adiante" na precarização de direitos, já apontada pela reforma trabalhista.


Ele citou especificamente o PLS 280/2017, de Antonio Anastasia (PSDB-MG) e o PLS 149/2014, de Cidinho Santos (PR-MT). O auditor-fiscal alega que a proposta de Anastasia delega à iniciativa privada o poder de polícia relacionado à fiscalização da legislação, e o projeto de Cidinho instaura o conceito de "dupla visita" para todas as inspeções de trabalho.


- A 'dupla visita' é uma exceção, existe para socorrer os pequenos empregadores. Se você estender este conceito para todas as empresas, então a Petrobras, a Odebrecht, a OAS e todas as outras grandes empresas deste país poderão alegar o desconhecimento da legislação no caso de uma primeira inspeção, para não serem autuadas - criticou.


Paim também criticou a proposta, lembrando que um cidadão comum não pode alegar o desconhecimento de uma legislação específica quando investigado pelo eventual cometimento de algum crime.


No que se refere ao PLS 280/2017, Paim entende que sua aprovação criará o risco de as empresas pagarem o fiscal que irá fiscalizá-las, por meio de processos de terceirização. Ele lembra que um projeto semelhante já foi aprovado pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e o Ministério da Agricultura também já iniciou um procedimento semelhante de forma temporária.

Fonte: Agência Senado

 


 

21/08/2017 - Paim apresenta projetos para revogar reforma trabalhista


Contrário à reforma trabalhista aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer, o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta sexta-feira (18) a apresentação de uma série de projetos que revogam dispositivos da nova legislação.


Aprovada em julho, a reforma trabalhista abre a possibilidade para que negociações entre trabalhadores e empresas se sobreponham à legislação trabalhista, o chamado "acordado sobre o legislado". Para tentar derrubar essa mudança, Paim apresentou o PLS 252/2017.


Paim também quer anular outros pontos da Lei 13.467/2017 como o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas (PLS 251/2017); o trabalho intermitente (PLS 253/2017); e o trabalho em condições insalubres das gestantes e lactantes (PLS 254/2017). Segundo o parlamentar, a população está indignada com o governo por ter retirado mais de 100 direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas com apenas uma canetada.


- A nova lei tem vários dispositivos que são inconstitucionais, desumanos e só criam conflito ainda maior na relação empregador e empregado – disse o senador.

Fonte: Agência Senado

 


 

21/08/2017 - Paim diz que reforma trabalhista teve o objetivo de quebrar a Previdência


A subcomissão temporária criada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa para elaborar o Estatuto do Trabalho reuniu-se nesta sexta feira (18). Os participantes destacaram a necessidade de alteração da legislação trabalhista sancionada em julho. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), relator da subcomissão, a reforma trabalhista teve como objetivo enfraquecer a Previdência para forçar a sua privatização. “Se eles levam o caos para o mundo do trabalho, significa menos receita para Previdência. Menos receita, quebra a Previdência. Quebrar para quê? Para entregar paro sistema financeiro”, afirmou.

Fonte: Agência Senado

 


 

21/08/2017 - Plenário pode votar proposta de reforma política nesta terça-feira


Proposta é o item único da sessão marcada para as 13 horas desta terça (22). Na quarta-feira,

a pauta também inclui duas medidas provisórias sobre renegociação de dívidas


A proposta de reforma política (PEC 77/03) é o destaque da pauta do Plenário da Câmara a partir de terça-feira (22). Os deputados já encerraram a discussão do texto que, entre outros pontos, altera o sistema eleitoral para o Legislativo e cria um fundo para financiar as eleições.


O relator da proposta, deputado Vicente Candido (PT-SP), admitiu que vai propor mudanças em seu substitutivo antes da votação, como sobre o volume de recursos do fundo público criado para financiar as campanhas eleitorais. Em vez de 0,5% da receita corrente líquida, equivalente a algo em torno de R$ 3,6 bilhões no ano que vem, o valor seria definido anualmente na lei orçamentária.


“Vários líderes afirmaram que o fundo precisa ser mais modesto, que não precisaria estar vinculado neste momento à receita da União”, explicou Vicente Candido.


Além do fundo para o financiamento público das eleições, outro ponto polêmico da proposta são as mudanças na regra de eleição de deputados e vereadores. Atualmente eleitos pelo sistema proporcional, em que a definição dos representantes depende da votação obtida pelos candidatos e pelas legendas, esses políticos seriam eleitos pelo sistema majoritário em 2018 e em 2022; e, nas eleições seguintes, apenas os deputados contariam com o sistema distrital misto.


O sistema majoritário para eleições proporcionais ficou conhecido como "distritão" porque um estado equivaleria a um único distrito. No distrital misto, metade dos representantes eleitos seriam os mais votados nos distritos, com subdivisão a ser definida em lei, e os demais seriam escolhidos por uma lista preordenada pelos partidos políticos.


Qualquer item do texto precisa do voto favorável de 308 deputados. A proposta deverá ser votada em dois turnos na Câmara e no Senado.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

21/08/2017 - Termina nesta segunda prazo para agendar perícia de revisão do auxílio-doença


Os beneficiários do auxílio-doença convocados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 1º de agosto têm até o dia 21 deste mês para agendar a perícia de revisão do benefício. Foram chamados 55.152 pessoas que não foram localizados pelo INSS por alguma inconsistência no endereço.


Caso tenha sido convocada, a pessoa deverá entrar em contato exclusivamente com a central de atendimento, ligando para o número 135. Não é preciso ir até uma agência do INSS para fazer a marcação da perícia. Pelo 135, também é possível atualizar o endereço.


Na ocasião da perícia, deverá ser apresentada toda a documentação médica que justifique o recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames. O segurado que estiver internado ou enfermo e não puder comparecer, deverá requerer a perícia domiciliar ou hospitalar. A solicitação deve ser feita em uma agência do INSS por um representante, com documento médico indicando a condição de impossibilidade.


Se o beneficiário não entrar em contato ou não comparecer na data agendada, o auxílio-doença será bloqueado.


Até 14 de julho, foram realizadas 199.981 perícias. Como resultado, 159.964 pessoas tiveram o benefício cancelado por não precisarem mais recebê-lo. A ausência de convocados na perícia levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios.

Fonte: Portal EBC

 


 

21/08/2017 - Odebrecht condenada a indenizar empregado demitido durante estabilidade provisória


Os desembargadores da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), por unanimidade, negaram provimento ao recurso ordinário interposto pela Construtora Norberto Odebrecht S.A, que requeria a exclusão de reintegração e das indenizações por danos morais e substitutiva de estabilidade provisória a ex-empregado.


A empresa afirmou que o trabalhador foi demitido por justa causa, uma vez que deu motivo à rescisão do contrato por ter incitado os companheiros de trabalho à paralisação, após Acordo Coletivo firmado entre a companhia e o sindicato representativo da categoria. A Construtora ainda alegou que a conclusão do laudo pericial, que reconheceu o nexo de causalidade entre a doença contraída pelo trabalhador (hérnia umbilical) e as atividades que ele desempenhava, estava equivocada.


Para a relatora do processo, desembargadora Nise Pedroso, a Odebrecht não conseguiu demonstrar, de forma robusta, a alegada falta grave capaz de ensejar a aplicação da justa causa. Analisando as provas processuais, a magistrada verificou que o empregado não praticou atos de vandalismo, não havendo, portanto, excesso ou abuso na conduta. A relatora considerou que o procedimento adotado pela empresa se revestiu de rigor excessivo, na medida em que não observou o princípio da gradação das penas que guarda relação com a proporcionalidade da falta cometida pelo trabalhador.


Quanto à estabilidade provisória, a desembargadora lembra que a legislação previdenciária dispõe que o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. No caso, foi constatada incapacidade do funcionário pelo INSS, que lhe concedeu o auxílio-doença, com o reconhecimento de que a doença guarda relação com o labor desenvolvido.


“A perícia médica realizada no processo concluiu pela existência de nexo causal entre as atividades desenvolvidas pelo empregado e a doença que lhe acometeu. Dessa forma, o trabalhador não poderia ter sido demitido, vez que era detentor de estabilidade provisória, recebendo auxílio-doença acidentário”, comentou a relatora, considerando correta a sentença que condenou a empresa ao pagamento da indenização substitutiva da estabilidade provisória e negando, portanto, provimento ao recurso, com o que concordaram os demais membros da Turma.

Fonte: Âmbito Jurídico

 


 

21/08/2017 - Comissão fixa cota de 30% de mulheres em conselhos de administração de empresas públicas


A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou proposta que exige a presença de 30% de mulheres nos conselhos de administração das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.


Pela proposta, o percentual passaria a valer a partir de 2022 e seria preenchido gradualmente. Em 2018, a presença de mulheres nos conselhos teria de ser de, no mínimo, 10% e, em 2020, de, no mínimo, 20%.


O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Dâmina Pereira (PSL-MG), ao Projeto de Lei 7179/17, do Senado Federal. A relatora acrescentou ao projeto original a obrigatoriedade de os conselhos de administração terem pelo menos um membro do sexo feminino no caso de a porcentagem não garantir a participação mínima do gênero.


Resultados

Dâmina cita estudo realizado em 2015 pelo grupo “Mulheres Diretoras de Corporação Internacional” (CWDI, na sigla em inglês), que verificou que a implantação de legislação de cotas para mulheres na composição de conselhos de direção de empresas acelera de forma significativa o processo de igualdade de gêneros no mercado de trabalho.


“Como exemplo, citam-se a França, que, em 2015, figurou com 30,2% de participação de mulheres em conselhos de empresas contra 7,2% em 2004; a Itália, com 25,8% em 2015 contra 1,9% em 2004; e a Holanda, que, em 2015, tinha 23,6% de participação de mulheres em conselhos de empresas contra 8,6% em 2004”, comparou.


Segundo a deputada, estudo realizado em 2016 pelo mesmo grupo constatou que, na América Latina, as mulheres têm tido uma participação ínfima nos conselhos de empresas da região. “Os homens detêm 92,7% das posições dos conselhos de administração das 100 maiores empresas da região, ficando as mulheres com apenas 7,3% dos lugares”, apontou.


Situação do Brasil

O Brasil, pelo estudo, situa-se em 3º lugar da região, figurando com 6,3% de participação de mulheres em conselhos de empresas, ficando atrás do Chile (7,8%) e da Colômbia (16,2%), que lidera a pesquisa na América Latina.


“Embora o projeto só abranja a participação de mulheres em conselhos de administração de empresas estatais federais, isso já constitui um grande avanço, cabendo, de fato, à Administração Pública Federal dar o primeiro passo para a diminuição das desigualdades que persistem, no mercado de trabalho, entre homens e mulheres”, defendeu Dâmina.


Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


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18/08/2017 - Desemprego cai em todas as regiões, mostra IBGE


O desemprego no Brasil fechou o segundo trimestre do ano com retração em 11 das 27 unidades da federação. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa, que ficou em 13%, representa 13,5 milhões de pessoas sem ocupação.


Houve quedas em todas as grandes regiões. A exceção foi o Nordeste onde, embora tenha havido retração de 16,3% para 15,8%, técnicos consideram que há estabilidade.


Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) relativa a abril, maio e junho, comparativamente ao trimestre imediatamente anterior. A pesquisa apresenta como destaques as regiões Norte, onde a taxa de desocupação caiu de 14,2% para 12,5% e Centro-Oeste, com recuo de 12% para 10,6%.


Os dados indicam que o desemprego no Sudeste passou de 14,2% para 13,6%, e no Sul, de 9,3% para 8,4%.


Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8% e em Alagoas subiu de 17,5% para 17,8%. Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do país, o desemprego caiu de 13,7% para 13%.


Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “nos estados onde houve aumento da desocupação não foram geradas vagas suficientes para dar conta do crescimento da procura pelo emprego”.


População ocupada

Os dados indicam que a população ocupada no segundo trimestre deste ano, de 90,2 milhões de pessoas, era integrada por 68% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalham por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.


Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.


No segundo trimestre de 2017, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho assinada.


Já a taxa de rendimento médio real de todos os trabalhos fechou o segundo trimestre em R$ 2.104, enquanto a massa de rendimento médio real ficou estável em R$ 185,1 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/08/2017 - IBGE: país tem 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados


Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu de 24,1% para 23,8%, do primeiro para o segundo trimestre do ano. O país ainda tinha, em junho, 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados. No trimestre encerrado em março o contingente era de 26,5 milhões de pessoas.


Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) relativa ao segundo trimestre do ano. A taxa de subutilização engloba os desocupados, aqueles que trabalharam menos horas do que gostariam e os trabalhadores em potencial.


Na avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, ao reduzir em apenas 200 mil trabalhadores, entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, a taxa de desocupação fechou “indicando estabilidade” entre os dois períodos, uma vez que a retração foi de apenas 0,3 ponto percentual.


Segundo a Pnad, a maior taxa de subutilização no fechamento do segundo trimestre do ano foi verificada na Região Nordeste, onde a taxa de subutilização era de 34,9%. Já a menor foi registrada na Região Sul (14,7 %) . Por estado, o Piauí (38,6 %), a Bahia (37,9 %) e o Maranhão (37,7 %) foram as unidades da federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho.


Já as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (10,7 %) , Mato Grosso (13,5 %) e Paraná (15,9 %).


As taxas de desocupação dos grupos de pessoas que apresentaram patamar superior ao estimado para a taxa média total foram a dos trabalhadores com idade entre 14 a 17 anos (43 %) e de 18 a 24 anos (27,3 %).

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/08/2017 - Divergência sobre as contas marca audiência da CPI da Previdência


O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, reafirmou, em audiência pública no Senado nesta quinta-feira (17), que o saldo da Previdência em 2016 foi negativo (151,9 bilhões) e que a tendência é piorar, já que a população vive cada vez mais e tem menos filhos.


Marcelo Caetano, que participou de audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência, afirmou que, se não houver mudanças, não haverá número suficiente de trabalhadores na ativa para bancar os benefícios dos aposentados.


— Com o passar do tempo, teremos cada vez menos contribuintes para o recolhimento das contribuições previdenciárias que são aqueles que sustenham o regime de Previdência Social. Isso impõe um grande desafio para o futuro – afirmou.


Caetano defendeu a idade mínima de 65 anos prevista no projeto da reforma da Previdência em análise na Câmara dos Deputados, mas disse concordar com as regras de transição.


— O maior objetivo da reforma é a manutenção da Previdência Social – disse.


Fraudes

Já Marcelo Bórsio, da Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, disse não acreditar que a Previdência esteja no vermelho. Para ele, na hora de fazer as contas, é preciso considerar o orçamento da Seguridade Social como um todo, sistema que engloba os recursos da área da saúde e de assistência social, além das aposentadorias e pensões. Nesse caso, afirmou, o saldo seria positivo.


Segundo Bórsio, antes de propor uma reforma, o governo deveria centrar seus esforços em combater a sonegação e as fraudes no Instituto nacional do Seguro Social (INSS).

 

— Mais de um terço do que é pago pelo INSS é fraude. Não há controle algum e cerca de R$ 11 bilhões por mês, mais de R$ 143 bilhões por ano são jogados no lixo dos fraudadores da Previdência Social – alertou.


Desonerações

Para assegurar o equilíbrio da Previdência, o servidor da Polícia Federal defende também o fim das desonerações das contribuições previdenciárias paras as empresas. Hoje, vários setores podem calcular as contribuições previdenciárias devidas sobre a receita bruta da companhia e não pela folha de pagamento, o que reduz o dinheiro que entra no caixa da Previdência.


Quem também vê com bons olhos o fim das desonerações é o secretário da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, Jorge Rachid. Em cinco anos, as desonerações somaram 78 bilhões.


— No contexto geral há desequilíbrio entre custeio e benefícios. [A reoneração] não vai resolver o problema da Previdência, mas ajuda a resolver o problema do custeio – apontou.


Rachid também defende a revisão da renúncia fiscal para o setor do Agronegócio, para as empresas que tem regime tributário diferenciado como o Simples Nacional, para o Microempreendedor Individual e para as entidades filantrópicas.


O relator, senador Hélio José (PMDB-DF), afirmou que o papel da CPI é dar transparência às contas das Previdência e apontar soluções. O presidente do colegiado, Paulo Paim (PT-RS), disse estar convencido de que a Previdência não é deficitária.

Fonte: Agência Senado

 


 

18/08/2017 - Sindicalistas contestam déficit da Previdência e apontam 'equívocos'


Sindicalistas presentes em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) criticaram, nesta quinta-feira (17), a reforma da Previdência e destacaram que ela não é um ajuste fiscal, mas sim uma mudança no modelo de sociedade para deixar sem proteção os mais vulneráveis.


Os participantes da audiência divergiram em relação às contas da Previdência apresentadas pelo governo, contestaram o déficit do setor e foram unânimes em afirmar que os servidores públicos não são os responsáveis pelo “suposto” rombo da Previdência. Segundo eles, o grande problema do atual governo é focar somente no sistema financeiro sem se preocupar com políticas públicas.


- O que o sindicato entende é que o governo tem outra prioridade que não é a política pública. A prioridade do governo é pagar outros, por exemplo, a dívida. Só em 2017, 52% do orçamento foi para pagar a dívida pública – destacou Sirliane de Souza, representante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.


Floriano Martins, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfipe) exibiu vídeo que revela que, atualmente, menos de 1% dos idosos estão em situação de extrema pobreza. Com a reforma proposta pelo governo, mais da metade deles podem entrar nesse tipo de pobreza. Para Floriano Martins, a mudança não tem legitimidade do voto popular e nem legitimidade ética.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

18/08/2017 - Com apenas um voto favorável, STF suspende julgamento que proíbe uso do amianto


O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quinta-feira (17) o julgamento sobre a validade de leis estaduais de Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul que proíbem uso do amianto, material usado na fabricação de telhas e caixas d’água. Somente o voto da ministra Rosa Weber, a favor do banimento do material, foi proferido. A sessão será retomada na próxima quarta-feira (23) com votos dos demais ministros.


Para a ministra, a lei federal que restringiu a industrialização do amianto, mas permitiu o tipo crisolita, não protege os direitos fundamentais da saúde e do meio ambiente. Segundo Rosa Weber, as empresas têm condições de substituir o amianto por materiais menos nocivos aos trabalhadores.


“A tolerância do amianto tal como positivada não protege de forma adequada e suficiente os direitos fundamentais à saúde e meio ambiente, tampouco se alinha a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, como a Convenção 139 e 132 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Convenção de Basileia, sendo caso de inconstitucionalidade em caso de proteção insuficiente”, argumentou a ministra.


O amianto é uma fibra mineral usada na fabricação de telhas e demais produtos. Apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.


As ações julgadas pela Corte foram propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos no Supremo e pedem a manutenção do uso do material. A confederação da indústria sustenta no Supremo que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União. Segundo a defesa a entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó do amianto.


Os ministros julgam ainda a validade das normas estaduais que contrariam a Lei Federal (9.055/1995), que disciplinou a extração, transporte e comercialização do material. A lei permite o uso controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo as demais variações da fibra.

Fonte: Portal EBC

 


 

18/08/2017 - Eunício afirma que salário mínimo terá pelo menos a correção da inflação


O presidente do Senado, Eunício Oliveira, garantiu nesta quinta-feira (17) que o salário mínimo de 2018 terá, pelo menos, o aumento de correção da inflação.


“Vamos aplicar a Lei. O salário mínimo é corrigido pela inflação dos últimos 12 meses. O que der a inflação vai ser a correção do salário mínimo. Não vai ser maior, a menos que o presidente determine que seja maior, mas menor do que o que está na Lei, nós não aprovaremos aqui no Congresso, ninguém tenha dúvida disso. Aqui no Congresso nós não vamos submeter redução do salário-mínimo”, afirmou.


Com a revisão das projeções orçamentárias, na última terça-feira (15), o valor de salário mínimo previsto para o próximo ano foi reduzido em R$ 10 e ficou em R$ 969. Neste ano de 2017, o salário mínimo em vigor é de R$ 937.


Meta Fiscal

O presidente do Senado disse que ainda hoje receberá e encaminhará à Comissão Mista de Orçamento (CMO) a mensagem do governo com o pedido de autorização ao Congresso Nacional para ampliar a meta fiscal de 2017 de um déficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.


O senador acrescentou que conversou hoje com o presidente da República Michel Temer, com a equipe econômica e com o presidente da CMO, Dário Berger (PMDB-SC), e que o esforço é para que a proposta seja aprovada até o fim deste mês.


“O Congresso tem responsabilidade com isso. Nós sabemos das dificuldades. Não podemos contribuir com a irresponsabilidade de o Brasil não ter como pagar seus funcionários, de o Brasil não ter como pagar os aposentados, aqueles que não têm alternativa, como os que recebem um salário mínimo de aposentadoria”, justificou.

Fonte: Portal EBC

 


 

18/08/2017 - Ministro reforça parceria com Sine nos estados para combate ao desemprego


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reforçou nesta quarta-feira (16) a importância da parceria do Ministério do Trabalho com os estados e municípios para o atendimento nas unidades do Sine em todo o Brasil. Durante reunião do Fórum Nacional de Secretários de Trabalho (Fonset), na sede do MTb, ele afirmou que essas unidades podem receber melhorias de infraestrutra, para que os atendentes tenham melhores condições de prestar serviços aos trabalhadores.


“Se o trabalhador precisa dos serviços, os atendentes precisam de condições para dar um bom atendimento”, comentou o ministro. “Com a parceria, já foram resolvidos problemas que encontramos no início da gestão. Agora, estamos trabalhando para oferecer infraestrutura muito melhor.”


Segundo ele, o MTb tem 560 agências no Brasil, mas conta com mais de 2 mil unidades de atendimento e 14,5 mil funcionários para prestar os serviços aos trabalhadores. “Isso só é possível, em grande parte, graças à parceria com o Sine”, explicou.


Serviços essenciais - Nessas unidades, o trabalhador pode fazer o requerimento do Seguro-Desemprego, obter informações sobre o Abono Salarial, retirar Carteira de Trabalho e se candidatar a vagas de emprego. “São serviços essenciais ao trabalhador e o Ministério do Trabalho precisa dos parceiros para dar conta dessa demanda”, comentou.


Após ouvir demandas dos secretários de Trabalho dos estados, Ronaldo Nogueira garantiu que todas as questões serão analisadas pelas equipes do MTb. “As manifestações foram acolhidas e vamos buscar soluções, para rever essas questões que estão dificultando alguns atendimentos”, informou.


A orientação, segundo o ministro, é para “dar agilidade na transferência dos recursos aos Sines”. Ele lembrou, porém, que existem “ritos burocráticos” que precisam ser respeitados e que podem causar certa demora em alguns procedimentos. “O Ministério precisa responder aos órgãos de controle sobre os gastos realizados nos estados e, por isso, às vezes ocorre alguma demora”, esclareceu.


Otimismo – Ronaldo Nogueira salientou que o país está entrando em uma nova fase, com a recuperação gradual da economia e dos índices de emprego. Citando os recentes anúncios de investimentos da Ford no Rio Grande do Sul e da Volkswagen em São Paulo, o ministro destacou os números positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) neste ano. “Hoje temos a retomada do emprego, depois de dois anos de quedas consecutivas. São cinco meses de crescimento na criação de vagas, sendo quatro meses consecutivos”, afirmou. Esse crescimento já se traduz no saldo positivo de mais de 103 mil novas vagas no acumulado do ano.


Emprega Brasil - O ministro incentivou os secretários de Trabalho a divulgarem programas e iniciativas do governo federal, como o Emprega Brasil e o Sine Fácil. O objetivo é reduzir as demandas de atendimento nas agências físicas do MTb e do Sine. “O trabalhador pode buscar informações na internet, sem precisar ir até a agência”, salientou.

Fonte: MTb

 


 

18/08/2017 - Industriária garante estabilidade de duas semanas após sofrer aborto espontâneo


A empregada gestante que sofreu aborto espontâneo tem garantia à estabilidade provisória no emprego desde a concepção até duas semanas após o aborto. Seguindo esse entendimento, a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho garantiu a uma industriária do setor de calçados do Rio Grande do Sul (RS) a estabilidade pretendida e condenou a Crysalis Sempre Mio Indústria e Comércio de Calçados Ltda. ao pagamento da indenização decorrente.


Na reclamação trabalhista, a empregada disse que à época da dispensa estava grávida e, portanto, amparada pela estabilidade provisória. Logo após a demissão, ela perdeu o bebê. Alegou ainda que a empresa a teria dispensado sem a realização do exame médico demissional. Ela apresentou exames médicos para comprovar a gravidez e pediu o pagamento dos salários devidos entre a dispensa até duas semanas após o aborto espontâneo.


O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região indeferiu o pedido de estabilidade por entender que o artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição da República, que veda a dispensa da gestante até cinco meses após o parto, não trata dos casos de aborto. Em relação à indenização pretendida, a decisão ressalta que não ela seria devida porque a ação só foi ajuizada 18 meses após a alta do hospital e 20 meses após a o término do contrato de trabalho.


No TST, ao analisar o pedido da empregada, o ministro João Batista Brito Pereira observou que, segundo o artigo 395 da CLT, “em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de duas semanas”. E destacou que o TST, ao interpretar os dispositivos do ADCT e da CLT, uniformizou o entendimento no sentido da garantia da estabilidade pelo mesmo período após o aborto espontâneo.


Em relação à demora no ajuizamento da ação, usada pelo TRT-RS para negar a indenização, o relator lembrou que o único pressuposto para que a empregada gestante tenha assegurado o seu direito à estabilidade “é que esteja grávida, não se cogitando de outro prazo para o ajuizamento da ação, senão o de dois anos após a extinção do contrato de trabalho”. A decisão foi unânime. Processo: RR-1236-86.2011.5.04.0382

Fonte: TST

 


 

17/08/2017 - Comissão debate estatuto do trabalho na sexta-feira


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH) promove audiência pública na próxima sexta-feira (18) para discutir o chamado estatuto do trabalho. A iniciativa é de uma subcomissão temporária da CDH criada para aprofundar o debate sobre a reforma trabalhista.


O requerimento é do senador Paulo Paim (PT-RS). Foram convidados para a audiência pública representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho; da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho; do Ministério Público do Trabalho; da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho; da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas; da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho; do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho; e de centrais sindicais.


A reunião interativa está marcada para às 10h. Os interessados podem enviar comentários ou perguntas pelo Portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 61 2211).

Fonte: Agência Senado

 


 

17/08/2017 - Reforma da Previdência deve ser votada na 1ª quinzena de outubro, diz Padilha


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira (16), em Brasília, que o governo espera que a reforma da Previdência seja aprovada até a primeira quinzena de outubro na Câmara dos Deputados, para depois ser encaminhada ao Senado.


Segundo ele, o presidente Michel Temer está orientando o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para construir uma base forte para as reformas a serem analisadas pelo Congresso Nacional.


Padilha participou de cerimônia no Palácio do Planalto que reconheceu o setor supermercadista como atividade essencial da economia.


Aumento da meta de déficit fiscal

Ele comentou o aumento da meta de déficit fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para R$ 159 bilhões este ano. “Tínhamos que olhar o que era nossa meta, R$ 139 bilhões, vimos a impossibilidade e o mais correto, com toda a transparência, era elevá-la no que era absolutamente indispensável, que são esses R$ 159 bilhões”, disse.


Segundo Padilha, as circunstâncias levaram a essa revisão. “Quem contava com a inflação que nós tivemos? A inflação impacta diretamente a arrecadação e tivemos uma queda na arrecadação muito grande. E o ministro [da Fazenda] Henrique Meirelles teve sensibilidade para conduzir esse processo”, explicou. “Estamos trabalhando no limite [orçamentário]”, finalizou.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/08/2017 - CPI da Previdência tem prazo de funcionamento prorrogado por 60 dias


A pedido do presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim (PT-RS), o Senado Federal prorrogou por mais 60 dias os trabalhos dessa comissão parlamentar de inquérito. Com isso, as atividades do colegiado serão encerradas em 7 de novembro.


Instalada em 26 de abril deste ano, a CPI da Previdência já realizou mais de 20 reuniões, sendo a maioria delas destinadas a audiências públicas interativas com diversos seguimentos da sociedade.


O requerimento previa prorrogação por 120 dias, com mais R$ 100 mil em despesas. Porém, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, apelou a Paim, informou que o Senado está em contenção de despesas e pediu que o prazo e os recursos fossem diminuídos pela metade, no que foi atendido pelo parlamentar.


Nesta quinta-feira (17), a CPI da Previdência ouve representantes do Ministério da Fazenda.

Fonte: Agência Senado

 


 

17/08/2017 - Indústria paulista tem o melhor saldo de emprego acumulado dos últimos 4 anos


De janeiro a julho deste ano, o nível de emprego na indústria de transformação paulista aumentou em 0,37%, o equivalente a oito mil vagas a mais em relação ao saldo de contratos e demissões do mesmo período de 2016. Esse foi o melhor resultado acumulado desde 2013, quando tinham sido gerados 55,5 mil empregos, segundo a pesquisa mensal da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).


No entanto, especificamente, em julho, houve um recuo de 0,08% com o corte de dois mil trabalhadores em comparação ao mês anterior. De um total de 22 setores pesquisados, dois mantiveram-se estáveis, nove ampliaram as contratações e 11 reduziram os postos de trabalho. Entre os que expandiram as vagas estão as indústrias de máquinas e equipamentos (1.426); produtos de borracha e de material plástico (1.142); veículos automotores, reboque e carrocerias (1.107).


Já os segmentos que mais efetuaram demissões foram as de produtos alimentícios (2.070); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (1.600) e couro e calçados (1.080).


O diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), Paulo Francini, avaliou que o resultado mostra uma estabilidade no mercado de trabalho. Por meio de nota, ele acrescentou ter sido uma surpresa o bom desempenho de empresas exportadoras. “Alguns setores, como máquinas e equipamentos, produtos de borracha e veículos automotores surpreenderam com contratações, influenciados pelas exportações, que têm ganhado fôlego”.


Na média, o interior do estado teve um recuo mais expressivo (-0,11%) do que na Grande São Paulo (-0,03%), mas em compensação os setores com saldos positivos criaram bem mais vagas do que os principais segmentos da lista de empresas com quadro mais enxuto.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/08/2017 - Novo valor do salário mínimo só será definido em 2018, diz ministro do Planejamento


A nova previsão para o salário mínimo do ano que vem é de R$ 10 menor do que o valor definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é de R$ 979.


O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, lembrou que o valor de R$ 969 não é definitivo, e afirmou que somente em janeiro 2018 será possível definir o novo valor do mínimo, por causa da inflação acumulada.


Nas ruas, a possível redução do salário mínimo não agradou.


O professor de direito financeiro do Mackenzie, Ricardo Chimenti, acredita que, se por uma lado a redução de R$ 10 representa uma economia de R$ 3 bilhões para o governo, por outro é uma perda para a população que vive do mínimo.


Por lei, até 2019 o salário mínimo será definido com base no crescimento da economia de dois anos antes mais a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Fonte: Portal EBC

 


 

17/08/2017 - Renan: Temer está tentando fazer do PMDB um "puxadinho do governo"


O clima está esquentando dentro do PMDB, partido de Michel Temer. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta quarta-feira (16), após sair da reunião da executiva nacional, que Temer está tentando fazer do PMDB um "puxadinho do governo".


A declaração foi para criticar as retaliações do governo a correligionários do PMDB que se posicionaram contra Temer na votação sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por crime de corrupção passiva.


"Uma executiva que tem um presidente interino, onde o presidente é o presidente da República, que claramente quer transformar o partido em um puxadinho do governo, isso causa muitos constrangimentos", disse Renan ao sair da reunião da executiva da sigla, criticando a decisão de suspender seis deputados.


O parlamentares Laura Carneiro (RJ), Celso Pansera (RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Vitor Valim (CE) entraram com recursos contra a suspensão das suas funções partidárias. Já o deputado Sérgio Zveiter, que foi o relator da denúncia por corrupção passiva na comissão, pediu a desfiliação da sigla.


Os deputados afirmaram que a punição é arbitrária, pois a suspensão só poderia ter sido aplicada após processo na Comissão de Ética da legenda e depois de a defesa ter sido ouvida.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/08/2017 - Maia adia para próxima terça votação da PEC que altera regras para eleições


O plenário da Câmara aprovou, por 361 votos favoráveis, 68 contrários e 2 abstenções, o requerimento de encerramento da discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que muda as regras do sistema político-eleitoral. Em seguida, a sessão foi encerrada e a votação do texto-base, prevista para esta quarta-feira (16), adiada.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agendou a próxima sessão para votação da proposta para terça-feira (22). Maia resolveu encerrar a sessão desta quarta-feira ao considerar o quórum de 430 deputados baixo. Nas negociações durante o dia, o presidente havia acordado que a PEC só seria votada com 480 deputados em plenário.


"Achei melhor encerrar [a sessão] e adiar para a próxima semana. É até bom, porque a gente ganha um tempo de ir construindo as convergências nesta matéria", disse Maia. "Com quórum de 430, a gente tinha o risco de falta de quórum, já que, nos destaques supressivos, quem tem que votar é quem quer manter o texto, tinha o risco de não aprovar nada na noite de hoje".


O presidente da Câmara disse ainda que é possível que seja retirado do texto o item que define mandato de dez anos para magistrados de tribunais superiores. Atualmente o mandato é vitalício. "Avançamos na retirada do 0,5% no texto do fundo, que é uma decisão importante, e avançamos num acordo de votar o texto principal e ir para o debate nos destaques. O que nós temos que organizar é que a gente possa ter resultados que atendam àquilo que é importante: reorganizar o sistema eleitoral brasileiro não só para 2018, mas também para 2020 e 2022", disse.


Mudanças

A PEC propõe a mudança do sistema proporcional para as eleições de deputados e vereadores para a modalidade chamada “distritão”, no qual são eleitos os candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos e coligações. Além disso, está no texto a criação de um fundo para financiar as campanhas eleitorais a partir de 2018.


Ao longo do dia, diversas reuniões entre lideranças partidárias foram feitas com a participação do presidente da Câmara em busca de entendimentos para viabilizar a votação. Ficou definido que só seria votado nesta noite o texto principal. Os destaques que visam modificar a proposta já estavam definidos que seriam apreciados na próxima semana.


De acordo com o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), ficou acordado a retirada do dispositivo que institui o fundo e incluído um instrumento para o financiamento público de campanhas cujos recursos e valores serão definidos no Orçamento da União. Ainda segundo ele, há destaques para retirar as propostas do “distritão” e do distrital misto, que estaria previsto para entrar em vigor a partir de 2022.


Para ter efeito nas eleições de 2018, a PEC tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado, em dois turnos de votação em cada uma das Casas e promulgada até o dia 7 de outubro, um ano antes das eleições em primeiro turno.

Fonte: Agência Brasil

 


 

17/08/2017 - 'Esta não é a reforma política que Brasil quer e precisa', critica presidente nacional da OAB


Publicado por Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil


O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, voltou a criticar nesta quarta-feira (16) as propostas debatidas pela Câmara dos Deputados para a reforma política. Também prometeu que a entidade irá acionar o STF se for aprovado projeto que permite a doação oculta para campanhas política. “Esta não é a reforma política que o Brasil quer e precisa. São retrocessos ao próprio sistema que temos hoje”, afirmou.


Em entrevista coletiva na sede da Ordem, Lamachia explicou que as doações ocultas ferem três princípios constitucionais: a transparência, a publicidade e a moralidade. A OAB é autora de ação no Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional essa modalidade e agirá novamente. “É uma legislação que fere princípios constitucionais, retirando do eleitor o direito de saber o que está sendo investido em cada candidato por cada pessoa. Isto não é bom para o Brasil, um grande retrocesso”, afirmou.


“Um dispositivo como este trará margem grande para lavagem de dinheiro, ocultação de recursos e para que não se tenha transparência. Publicidade e transparência são palavras-chave hoje. É disso que o Brasil precisa”, frisou.


Lamachia também votou a defender o posicionamento da OAB contra o chamado “distritão”, lembrando que a entidade tem posicionamento fechado em favor do voto distrital misto. “A ideia do distritão favorecerá, sem dúvida nenhuma, aquelas pessoas que já têm convivência na política, com mais aparição. Ela não serve nem como transição, pois facilita a perenização da classe política atual. A OAB defende a ideia do voto distrital misto, passando ao TSE a regulamentação dos distritos. Essa é uma posição fechada pelo Conselho Pleno da Ordem”, disse.


Por fim, rechaçou novamente a proposta de criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões para o financiamento de campanhas. “Um verdadeiro deboche com o cidadão brasileiro”, asseverou. “Hoje vemos dificuldades de vários governos na aplicação de política públicas básicas, como saúde, educação e segurança. Quem vai financiar este fundo? Ele conspira contra aquilo que a própria sociedade quer: o barateamento das campanhas políticas”, explicou.


“Este fundo não se resume a ele, em termos de recursos. Os cidadãos financiam campanhas a partir de um fundo como este, mais o Fundo Partidário, com mais de R$ 800 milhões, e ainda o horário dito como gratuito na TV e rádio, quando na verdade é pago pelo erário público com a desoneração de tributos. Temos um custo muito grande e exagerado nas nossas campanhas”, completou.

Fonte: Jusbrasil

 


 

17/08/2017 - TST decide que não há isonomia entre gestantes com contratos por prazo determinado/indeterminado


Publicado por Lopes e Matos Advocacia e Consultoria


O TST decidiu, e tal decisão consta do Informativo 160 do TST que, não há isonomia entre a gestante contratada por prazo indeterminado e a gestante contratada por prazo determinado. Segundo a SDC tal entendimento deve-se ao fato de serem distintas as relações jurídicas das gestantes, desta forma, é possível que uma gestante contratada por prazo determinado possua uma garantia de emprego de 210 dias, ao passo que uma outra gestante, ainda que na mesma empresa, contratada por prazo determinado terá garantia de 180 dias, abaixo o texto contante do informativo:


É válida cláusula de acordo coletivo de trabalho que aumenta, de 180 para 210 dias, o prazo da estabilidade provisória das empregadas gestantes admitidas por prazo indeterminado. O tratamento diferenciado em relação às empregadas contratadas por prazo determinado não ofende o princípio da isonomia, pois a natureza do vínculo de trabalho, nas duas situações, é distinta. Ademais, a norma em questão é resultado da negociação entre os atores sociais e contou com a aprovação inequívoca da categoria profissional. Sob esses fundamentos, a SDC, por maioria, deu provimento ao recurso ordinário para julgar improcedente o pedido de nulidade da Cláusula Vigésima Sexta – Garantia de Emprego ou Indenização Gestantes, constante do acordo coletivo de trabalho firmado entre a Souza Cruz S.A. e o Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do Comércio no Estado do Pará. Vencido o Ministro Mauricio Godinho Delgado.

TST-RO-422-69.2016.5.08.0000, SDC, rel. Min. Maria de Assis Calsing, 5.6.2017

Fonte: Jusbrasil

 


 

17/08/2017 - Aprovado desconto de 50% para idosos na renovação da carteira de motorista


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou proposta que prevê a concessão de desconto de 50% aos idosos nas taxas de renovação da carteira de motorista.


A medida está prevista no Projeto de Lei 5806/16, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que recebeu parecer favorável da relatora, deputada Creuza Pereira (PSB-PE). O projeto inclui a medida no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).


Hoje, o código estabelece que pessoas com mais de 65 anos devem renovar a habilitação a cada três anos, após passar por exames clínicos. “Isso significa que, a cada três anos, o idoso deve enfrentar novamente toda a burocracia estatal e arcar com o pagamento das taxas devidas para renovação da Carteira Nacional de Habilitação, onerando o já combalido orçamento familiar”, disse a relatora.


Na visão dela, devem ser criadas condições para que os exames sejam realizados sem comprometer as finanças desse segmento da população.


Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Jusbrasil

 


 

​​ 16/08/2017 - Governo eleva para R$ 159 bilhões metas de déficit primário de 2017 e 2018


Com as frustrações de receitas, o governo anunciou nesta terça-feira (10) o aumento da meta de déficit fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para R$ 159 bilhões este ano. A meta para o próximo ano também foi revista para R$ 159 bilhões.


O déficit primário é o resultado das despesas maiores que as receitas, sem considerar os gastos com juros da dívida pública. O anúncio foi feito há pouco pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.


A alteração das metas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Em 12 meses encerrados em junho, o déficit primário ficou em R$ 167,198 bilhões, o que corresponde a 2,62% do Produto Interno Bruto (PIB) , a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de acordo com dados do Banco Central (BC).


Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para 2018. No entanto, a arrecadação ainda em queda, e uma série de frustrações de receitas dificultaram o cumprimento da meta original.


O governo também revisou as projeções para 2019 e 2020. Para 2019, a estimativa de déficit passou de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. Para 2020, o resultado passou de superávit de R$ 10 bilhões para déficit de R$ 65 bilhões.


A equipe econômica revisou ainda para baixo as projeções para o PIB e a inflação em 2018 em relação aos parâmetros definidos na LDO de 2018. A previsão de crescimento caiu de 2,5% para 2%. Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção passou de 4,5% para 4,2%. Os números para 2017 – crescimento de 0,5% do PIB e inflação oficial de 3,7% – foram mantidos.


Frustração de receitas

Primeiramente, o Tribunal de Contas da União (TCU) mandou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) refazer o edital do leilão de renovação de concessão de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que renderia R$ 11 bilhões aos cofres federais este ano.


A segunda versão do programa de regularização de ativos no exterior, conhecida como repatriação, arrecadou apenas R$ 1,61 bilhão, em vez dos R$ 13 bilhões inicialmente previstos. As alterações na medida provisória que criou a renegociação especial de dívidas com a União também podem diminuir a previsão de arrecadação, caso o governo não consiga reverter essas mudanças.


Por fim, o governo teve de recuar de medidas que elevariam as receitas. O aumento do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre o etanol foi parcialmente revertido, reduzindo a previsão de arrecadação em R$ 501 milhões.

Fonte: Agência Brasil

 


 

16/08/2017 - Previsão de salário mínimo para 2018 cai para R$ 969


A revisão das projeções econômicas para 2018 levou o governo a reduzir o salário mínimo para o próximo ano. O valor de R$ 979 que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) passará para R$ 969 durante a elaboração do Orçamento.


A redução ocorreu por causa da queda na projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2017. No fim de julho, o governo tinha revisado a estimativa para a inflação oficial de 4,3% para 3,7%.


Por lei, até 2019, o salário mínimo será definido com base no crescimento da economia de dois anos antes mais a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador próximo ao IPCA, do ano anterior. Como o PIB recuou 3,6% em 2016, a variação negativa não se refletirá no salário mínimo de 2018.


De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o valor do salário mínimo pode mudar até o início do próximo ano. Segundo ele, o Orçamento trabalha apenas com estimativas. “O salário mínimo só será conhecido em janeiro. Até lá, várias coisas podem mudar”, declarou.

Fonte: Agência Brasil

 


 

16/08/2017 - Perdas de direitos dos aposentados serão debatidas na CDH nesta quinta


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove nesta quinta-feira (17) audiência pública interativa para debater as reformas previdenciária e trabalhista, com foco nas perdas históricas dos direitos dos aposentados. O pedido para realização da reunião foi do senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH.


Entre os convidados para tratar do tema estão o presidente do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Instituto MOSAP), Edison Guilherme Haubert; o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), Floriano Martins de Sá Neto; o presidente da Associação Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais (ANPPREV), Antonio Rodrigues da Silva, além de representantes de sindicatos e especialistas.


A audiência será realizada em caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Quem quiser participar com comentários ou perguntas, podem fazê-lo por meio do Portal e-Cidadania (www.senado.leg.br/ecidadania) e pelo Alô Senado, através do número-0800612211. A reunião está marcada 14h30 no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/08/2017 - CPI da Previdência ouve nesta quinta-feira representantes do Ministério da Fazenda


A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência fará audiência pública na quinta-feira (17) com representantes do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também está na pauta da reunião a deliberação de requerimento do relator, senador Hélio José (PMDB-DF).


Na audiência pública, de caráter interativo, o relator da comissão pretende questionar as autoridades convidadas sobre a situação da Previdência Social.


Serão ouvidos Marcelo Caetano, secretário de Previdência do Ministério da Fazenda; Jorge Rachid, secretário da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda; Leonardo de Melo Gadelha, presidente do INSS; Fábio Henrique de Sousa Coelho, diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar; e Marcelo Fernando Borsio, representante da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal.


Na segunda parte da reunião está prevista a deliberação do Requerimento (REQ) 287/2017, que convoca para a prestação de esclarecimentos à comissão o secretário municipal da Fazenda do Município de São Paulo, Caio Megale; o secretário estadual de Fazenda do Rio de Janeiro, Gustavo de Oliveira Barbosa; e o secretário municipal de Administração e Tesouro do Município de Barcarena (PA).


A CPI funciona desde abril deste ano e tem como finalidade investigar a contabilidade da Previdência Social e esclarecer as receitas e despesas do sistema. O prazo final de funcionamento da CPI é o dia 8 de setembro.


A reunião está marcada para 9h, na sala 19 da Ala Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado. Será possível acompanhar a transmissão ao vivo em http://senado.leg.br/ecidadania.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/08/2017 - 'Estamos destruindo de forma sistemática a nossa estrutura produtiva industrial'


Diretor técnico do Dieese defende "diálogo propositivo de compromisso" com empresários.

Ele acredita que momento adverso pode ser "oportunidade para uma reorganização sindical profunda"


São Paulo – "Precisamos abrir um diálogo propositivo de compromissos com o setor produtivo brasileiro", defende o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, ao identificar um processo de desmonte na economia nacional. "Estamos destruindo de forma sistemática a nossa estrutura produtiva industrial", afirmou, durante debate realizado na manhã desta terça-feira (15) no instituto, com a presença do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, da pesquisadora da Unicamp Marilane Oliveira Teixeira e dirigentes metalúrgicos ligados a diversas centrais.


Atualmente, diz o diretor técnico, o Brasil passa por um processo de transferência de recursos internacionais para o capital internacional. "Estamos transferindo, a preço barato, recursos e base produtiva", afirma Clemente, para quem um projeto de desenvolvimento deve ter o setor industrial como eixo.


Isso também depende de um Estado presente na economia, acrescenta. "As experiências de sociedades que promoveram o seu desenvolvimento o fizeram com forte capacidade de organização de seu Estado, regulando a atividade econômica e produzindo condições macroeconômicas" e assegurando condições para a indústria competir no cenário internacional e de distribuição de renda.


Não é um debate fácil, admite Clemente, ao observar que as propostas defendidas por Bresser-Pereira, como valorização do câmbio, podem causar perda salarial. Mas é necessário abrir diálogo com o setor empresarial, defende, mesmo sabendo que muitas empresas, hoje, não têm exatamente um "proprietário", mas fundos de investimentos preocupados em garantir o maior retorno no menor prazo possível.


Ele acredita que seria necessário um período de transição para o modelo proposto por Bresser-Pereira, considerando que muitas indústrias estão endividadas em dólar. Mas é preciso pensar em uma "reversão das maluquices que estão sendo feitas agora", referindo-se às políticas do governo Temer. "O Brasil está sendo entregue. Estamos entregando a nossa economia ao mundo. Com essa política em curso, não há desenvolvimento econômico, não há desenvolvimento industrial, muito menos bem-estar social e qualidade de vida", afirma. "O capital financeiro, manda, comanda e desmobiliza."


Sobre a "reforma" trabalhista, que atinge fortemente a organização sindical, ele acredita que, apesar das dificuldades, este pode ser o momento para uma reorganização profunda. "Podemos sair muito mais fortes. Precisamos ter a clareza de que no jogo social a partida não acaba nunca. Não é só um problema de procurar o nosso interlocutor. Temos de reorganizar o trabalho, ou vamos consolidar uma derrota", diz o diretor técnico. "Talvez os trabalhadores nunca tenham tido tanta necessidade de que nós sejamos capazes de construir unidade."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

16/08/2017 - Caixa Econômica prepara terceirização irrestrita e fim de concurso público


A Caixa Econômica Federal publicou a nova versão do normativo RH 037, que cria a figura do “Bancário Temporário”. De acordo com a norma, a estatal poderá terceirizar a contratação de mão de obra. O banco alega que a norma está adequada à nova lei nº 13.429/17 que trata da ampliação da terceirização.


"A Caixa sempre teve esse normativo. Nós conseguimos brecar a terceirização até agora e pedimos a revogação dessa norma. A Caixa não revogou e essa é a versão 21 do RH 037 atualizado para a lei da terceirização. O gestor pode, a qualquer momento, iniciar a terceirização", disse à Agência Sindical o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT, Dionísio Reis.


A direção do banco informou que abrirá licitação para a contração de empresa especializada em mão de obra temporária, para fornecer trabalhadores por um prazo máximo de 270 meses. Segundo a Caixa, esses contratados poderão atuar tanto na chamada atividade-meio, como também na atividade-fim.


De acordo com a norma, os trabalhadores serão contratados por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário e não terão nenhum vínculo empregatício com o banco.


“Esse governo está promovendo um verdadeiro desmonte da Caixa e prejudicando seu papel de banco público. Essa norma é mais um passo deste desmonte”, destaca Dionísio Reis.


Contratação - Após contratado, o “Bancário Temporário” terá um dia de treinamento. Segundo o RH 037, esse tempo é suficiente para que ele possa aprender o trabalho e desenvolver as atividades. O temporário não terá nenhum vínculo com o banco e ficará sob a responsabilidade da Geper (Gerência Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração).


Nesta terça (15), a Contraf realiza o Dia Nacional de Luta, para exigir da Caixa mais respeito aos direitos dos empregados e protestar contra a precarização das condições de trabalho.


Mais informações: www.contrafcut.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

16/08/2017 - JT confirma incompetência para determinar ao INSS atualização de cadastro de trabalhador


A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho admitiu recurso da União e reconheceu a incompetência da Justiça do Trabalho para determinar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a atualização do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) de um trabalhador e a averbação do tempo de serviço de relação empregatícia reconhecida em juízo. Segundo o relator do recurso, ministro Lelio Bentes Corrêa, a matéria não está inserida no artigo 114 da Constituição da República, que define a competência da Justiça do Trabalho.


O trabalhador, ajudante de pedreiro, entrou com ação contra os empregadores pedindo reconhecimento de vínculo e pagamento das verbas rescisórias, após quase um ano de serviços sem carteira assinada. A sentença, ao reconhecer a existência de relação de emprego, determinado ao INSS a atualização do CNIS do ajudante, “para que tenha repercussão nos benefícios previdenciários, pois a arrecadação sem o correspondente benefício ao trabalhador acarreta enriquecimento ilícito da autarquia previdenciária”. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) manteve a decisão.


Na condição de terceiro prejudicado, o INSS recorreu da determinação, sustentando que as instâncias inferiores extrapolaram a competência da Justiça do Trabalho, “ofendendo, inclusive, os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório”.


O relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, disse em seu voto que houve uma má interpretação do artigo 114 da Constituição Federal pelo TRT-SP. Segundo o ministro, o dispositivo, com a redação alterada pela Emenda Constitucional 45/2004, não confere à Justiça do Trabalho a competência para determinar à entidade de Previdência Social a averbação do tempo de serviço de relação empregatícia reconhecida em juízo. “Desse modo, aplica-se ao caso o disposto no artigo 109, inciso I e parágrafo 3º, da Constituição, que acometeu à Justiça Comum - federal ou residual estadual – a competência para processar e julgar as causas em que forem partes a instituição de previdência social e o segurado”, concluiu.

A decisão foi unânime. Processo: RR-391-92.2013.5.02.0203

Fonte: TST

 


 

16/08/2017 - STF facilita direito a tempo especial de eletricista

 

Publicado por Ian Ganciar Varella


De acordo com o advogado Rômulo Saraiva, especialista em direito previdenciário, o juizado comprovou que a documentação do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), que constava o uso de equipamentos de segurança, não era o suficiente para evitar acidentes elétricos. “O STF entendeu que a decisão da Justiça de Pernambuco estava certa”.


Com a decisão, o segurado passa a ter direito à uma aposentadoria especial, mesmo se sua documentação informava que o equipamento era eficaz na sua proteção. O PPP, na maioria dos casos, é fornecido pelo empregador.


Entenda o caso

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entrou com recurso alegando que o próprio Supremo decidiu que, na situação de quem utiliza equipamento de proteção eficaz, a aposentadoria especial só é devida aos segurados expostos a barulho muito alto. O processo do eletricista foi a casa, mas o ministro Edson Fachin negou o recurso do órgão e reconheceu que o trabalhador tem direito à contagem especial. O eletricista conseguiu ter o tempo reconhecido como especial e já recebe a aposentadoria equivalente do INSS.


O eletricista de 60 anos de idade, ao completar 30 anos de contribuição no ano de 2011, solicitou a aposentadoria especial, mas o órgão só reconheceu 22 anos e três meses trabalhados até 1997. Com isso, o segurado recorreu ao juizado e conseguiu uma decisão a seu favor, com tempo especial reconhecido judicialmente e a aposentadoria garantida. Essa decisão não cabe mais recurso.


Detalhes

Para eletricistas, até o ano de 1997, a exposição à eletricidade com tensão maior que 250 volts era considerada perigosa pelo decreto 53.831/64. Mas, no decreto 2.172/97, a eletricidade não aparece como um agente nocivo, assim como os químicos são, por exemplo. Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que a exposição acima de 250 volts dá direito ao tempo especial em qualquer período, já que existe o risco à saúde do trabalhador. A Turma Nacional de Uniformização (TNU), dos juizados, também garante o direito desses trabalhadores.


Em 2014, o STF decidiu que não existe direito à aposentadoria especial se o equipamento usado for realmente capaz de neutralizar o risco à vida. A exceção aplica-se ao trabalhador exposto a ruído acima dos limites. Com isso, o INSS não permite a aposentadoria especial para quem utiliza equipamento e está exposto a outros agentes nocivos. Mas, a partir de agora, o STF abriu uma porta para os eletricitários.

Fonte: Jusbrasil

 


 

16/08/2017 - CCJ aprova PEC que amplia licença-maternidade para gestante ou mãe adotiva de mais de uma criança


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (15) a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 196/16, do deputado Efraim Filho (DEM-PB), que amplia a licença-maternidade para gestante ou mãe adotiva de mais de uma criança.


Pelo texto, a atual licença de 120 dias será acrescida de 30 dias a partir do nascimento ou adoção do segundo filho. A medida beneficia, por exemplo, as mães de gêmeos, trigêmeos e múltiplos.


A relatora, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), foi favorável à matéria. Segundo ela, o objetivo é “garantir de maneira efetiva as condições necessárias ao desenvolvimento físico, intelectual e emocional das crianças, com melhorias na qualidade do relacionamento entre as mães e seus filhos”.


O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) também defendeu o texto. Em sua avaliação, a proposta não onera a iniciativa privada, representando um encargo apenas o poder público. “O Estado é mais eficiente quando cuida melhor da primeira infância, do contrário tem de conter os resultados dessa omissão”, disse o parlamentar ressaltando a importância da presença dos pais na formação da criança.


Tramitação

A proposta será analisada por uma comissão especial. Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

15/08/2017 - Reforma Trabalhista deixa 18 milhões de trabalhadores sem assistência e 150 mil desempregados


Fim da contribuição sindical compulsória acaba com a principal fonte de custeio dos sindicatos, que oferecem serviços de assistência social, administrativa e jurídica para trabalhadores e seus familiares, além de desempregar grande contingente de funcionários das entidades. Fere de morte as federações, confederações e as centrais que tem como única fonte de custeio a contribuição sindical.


As entidades sindicais podem se ver obrigadas a fechar suas portas, com a aprovação da Lei 13.467/2017, que trata da Reforma Trabalhista, e que entrará em vigor em novembro deste ano. Além de precarizar as relações capital e trabalho, acabar com a CLT, o projeto põe um fim principal fonte de custeio da organização sindical, podendo causar demissões em massa dos servidores das entidades, e decreta o fim das assistências, médica, odontológica, jurídica e administrativa oferecida aos trabalhadores e trabalhadoras. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), são 150 mil funcionários com carteira assinada nestes locais, dois maracanãs lotados de técnicos especializados que prestam serviços a 18 milhões de sindicalizados no Brasil.


“Como que o Governo diz que está fazendo uma “reforma” para gerar emprego e automaticamente coloca mais de 100 mil trabalhadores na rua?”, questiona Danniel Vital, empregado de uma entidade sindical.


José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, ressalta a importância do poder de negociação dessas entidades com o setor patronal, principalmente em acordos coletivos, além de outras prestações de serviços adicionais. Os acordos são firmados entre sindicatos de trabalhadores e laborais para definir as benesses e condições de trabalho para todos os membros da empresa. O Congresso e a Presidência da República precisam pensar melhor nos trabalhadores e trabalhadoras que estão na eminência de ver os seus sustentos ceifados por projeto que teve origem no Executivo e que foi chancelando pela Câmara dos Deputados e Senado. Não é demais lembrar, que o sindicato é a única trincheira que os trabalhadores dispõe na defesa dos seus direitos, além de ser o órgão de orientação. Se não tivermos mais a representatividade sindical, o trabalhador terá que negociar diretamente com o patrão e sairá em prejuízo, pois o empregador oferecerá as condições que lhe convém, sem contraproposta”, alerta.


Para o presidente da Nova Central, o corte de repasse aos sindicatos é mais grave do que se imagina. Ele coloca o trabalho de assistência das entidades como um braço de apoio às classes mais baixas, que dependem de serviços públicos essenciais, bem como as capacitações que aumentam a formação do funcionário. “Para se ter uma ideia, em algumas categorias, só o curso de qualificação profissional chancelado pelo sindicato já garante aumento automático de remuneração ao empregado, por deixá-lo com um perfil mais produtivo dentro da empresa.

Fonte: NCST

 


 

15/08/2017 - Projeto revoga dispositivo introduzido pela reforma trabalhista


Projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) revoga a prevalência da convenção ou de acordo coletivo de trabalho sobre a lei, modificação introduzida pela reforma trabalhista aprovada em julho último. O PLS 252/2017 está na Comissão de Assuntos Econômicos aguardando o recebimento de emendas. Para justificar o seu projeto, Paim afirma que “a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) já diz que o negociado é importante, respeitando as leis mínimas de um país. O acordo, a convenção coletiva, o próprio dissídio coletivo, vêm para ampliar direitos, e não para diminuir aquilo que já está consagrado na própria legislação”, esclareceu.

Fonte: Agência Senado

 


 

15/08/2017 - Centrais Sindicais decidem agenda de ações para enfrentamento da crise


As Centrais Sindicais se reuniram nesta segunda (14), para organizar a agenda do movimento nesta etapa da luta contra a retirada dos direitos e o enfrentamento da crise. O encontro, na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), teve a presença de dirigentes da UGT, Nova Central, Força Sindical e CSB.


Entre os temas tratados, destacam-se a defesa dos direitos trabalhistas e sociais, organização do movimento sindical e a sustentabilidade das entidades sindicais.


“Além do enfrentamento aos ataques a direitos, decidimos elaborar uma agenda positiva que leva em conta a geração de empregos, com investimentos em infraestrutura e fortalecimento da indústria nacional”, destaca o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna). Ele disse à Agência Sindical que as entidades também estão se articulando com empresários do setor produtivo, para desenvolver ações conjuntas.


Visando unificar as lutas do movimento sindical, as Centrais programam uma ampla plenária nacional para o dia 1º de setembro, ainda com local e hora a ser definido.


Segundo Juruna, os dirigentes também avaliaram que é preciso intensificar o corpo a corpo no Congresso Nacional. “Vamos conversar com os líderes partidários, os presidentes da Câmara e do Senado com o objetivo de promover mudanças no texto da nova legislação trabalhista”, diz.


As Centrais definiram elaborar uma cartilha unitária que denuncie e oriente a sociedade, em especial a classe trabalhadora, sobre as consequências da reforma e como enfrentar os abusos com a nova regra. “Vigilância, mobilização, resistência e diálogo serão fundamentais para enfrentar a agenda regressiva em curso”, avalia o presidente da CTB, Adilson Araújo.


Novo encontro - Ficou agendada para a próxima segunda (21), na sede da UGT, a partir das 14h30, nova reunião das Centrais Sindicais.

Fonte: Agência Sindical

 


 

15/08/2017 - Clemente Ganz: Meta fiscal de Temer vai custar caro para trabalhador


Clemente Ganz, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), afirmou que a condução econômica do governo de Michel Temer é “extremamente nefasta para a sociedade e traz um custo social enorme”. Ele se referiu à projeção da meta fiscal, que mais uma vez teve seu anúncio adiado pelo governo. O deficit a ser anunciado deve ser de R$ 159 bilhões para este ano, mas há quem defenda no governo que a revisão defina um deficit de R$ 170 bilhões.


Por Railídia Carvalho


De acordo com ele, a política econômica atual, baseada em ajuste fiscal e aprovação de reformas, vai retardar a retomada do crescimento. No rastro desse “equilíbrio nas contas” do governo virá um efeito cascata devastador.


“Atender a meta fiscal da maneira como o governo se propõe torna o efeito recessivo dos cortes continuado. Se as pessoas têm menos renda, consomem menos, portanto, a economia produz menos. Não gira a economia”, explicou Clemente.


“Sem perspectiva de retomada, as empresas vendem ou demitem para não aumentar a dívida. O desempregado fica mais tempo sem trabalho e sem salário. Aqueles que estão empregados continuam inseguros se ainda terão o emprego no dia seguinte”, comparou Clemente.


Além de afetar o mercado de trabalho, a opção de Temer em aumentar o deficit vai comprometer mais ainda serviços públicos de saúde e educação, observou Clemente.

 

“O governo vai comprometer impostos futuros sem aumentar a capacidade produtiva do Estado. Vai gastar mais dinheiro nosso para pagar juros da dívida. São recursos que iriam para saúde e educação”, ressaltou.


Clemente projeta que o nível de endividamento do Estado brasileiro vai ficar em níveis insustentáveis. “É como se o trabalhador pegasse um empréstimo para comprar o almoço todo dia. Pegou tanto emprestado para consumir e não conseguiu produzir nada e fica cada vez mais endividado”, exemplificou.


Para o diretor do Dieese, “o Estado tem a capacidade de se endividar mas se não for para aumentar a capacidade produtiva da economia, ele gera um desequilibro gasta cada vez maior com gasto estéril”.


Clemente declarou que o aumento do deficit para R$ 159 bilhões demonstra que o impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff foi motivado por causas políticas.


“À época da Dilma o rombo de R$ 70 bilhões era um absurdo. Agora é de R$ 160 bilhões e tem que aceitar, não é mais ela”, ironizou Clemente.


“Os caras não só disseram que era uma loucura [o deficit de R$ 70 bilhões], mandaram ela embora. Agora propõem mais que o dobro de deficit e estão falando em aumento de impostos. É a caracterização que o impeachment dela significou decisão política. Não teve nada a ver com os fatos”, enfatizou Clemente.


De acordo com ele, ficou para trás a concepção de ver o país crescer para gerar bens para todos. “Estão produzindo um país para que os capitalistas, principalmente as multinacionais, venham para cá valorizar sua riqueza. Isso é uma tragédia para a sociedade.”

Fonte: Portal Vermelho

 


 

15/08/2017 - CPI ouve prefeituras que mais devem à Previdência


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência recebeu nesta segunda-feira (14) representantes de municípios que estão entre os que mais devem ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Juntas, as dívidas de Guarulhos (SP) e Manaus (AM), por exemplo, superam R$ 1,2 bilhão. As prefeituras responsabilizam as gestões anteriores pelo rombo.


O secretário da Fazenda de Guarulhos, Peterson Aiello Ramos, explica que os débitos saltaram de R$ 141,3 milhões em 2002 para R$ 913,6 milhões em 2017. Segundo ele, a Prefeitura chegou a negociar o pagamento com a União em 2002, mas não honrou o compromisso. A cidade ficou oito anos sem obter a Certidão Negativa de Débitos (CND), documento exigido para a contratação de novos empréstimos.


Neste ano, Guarulhos aderiu a um programa do governo federal que estende por 200 meses o parcelamento de dívidas dos municípios com a Previdência. De acordo com o secretário da Fazenda, os pagamentos têm sido feitos desde então. Mas isso compromete as políticas públicas.


– Queremos ser adimplentes com a Previdência. Mas acho que era melhor não ter ganhado a eleição. Fomos para a rua e defendemos uma proposta de governo, mas agora vemos que é impossível cumprir o programa porque não dá para investir nada. Vamos ter que ter pagar, pagar, pagar, pagar – disse Ramos.


A dívida de Manaus com a Previdência é menor: R$ 287 milhões. De acordo com o secretário da Fazenda, Lourival Litaiff Praia, a situação se agravou em 2004, quando o prefeito anterior deixou de pagar integralmente as contribuições ao INSS. A dívida chegou a R$ 500 milhões.


– A partir de 2005, a gente procurou a Receita Federal e o INSS. Em 2009, houve novo parcelamento. Naquele ano, o saldo devedor já era de mais de R$ 600 milhões, contando os juros. De 2005 para cá, já pagamos para o INSS mais de R$ 126 milhões. Desde que assinou o primeiro parcelamento, Manaus vem honrando suas obrigações – afirmou Praia.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

15/08/2017 - São Paulo e Minas Gerais lideram geração de emprego jovem no Brasil


O saldo de vagas para a juventude nesses dois estados corresponde à metade do saldo total de junho no país


De todos os estados brasileiros, o único em que o saldo de emprego formal foi negativo para os jovens no mês de junho foi o Distrito Federal, onde foram fechadas 14 vagas para trabalhadores com até 29 anos de idade. Em todos os demais, o resultado foi positivo, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Somados, esses dois estados criaram 31.399 postos para a juventude, o que corresponde à metade do saldo total de empregos formais no país naquele mês, que foi de 68.333. Se Rio de Janeiro e Espírito Santo forem incluídos nesse cálculo, o Sudeste terá empregado, sozinho, 36.134 jovens, a região que mais gerou oportunidade a trabalhadores com essas idades em junho.


“Ao fazermos essa análise regional do emprego jovem, ficamos otimistas porque percebemos que, mesmo naqueles estados onde o desempenho do emprego foi negativo, os jovens estão se destacando. É uma boa notícia para aqueles que estavam entre os que mais sofriam com o desemprego”, avalia o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.


Embora normalmente os números de São Paulo sejam maiores, a juventude se destaca na geração de empregos dentro do próprio estado. O saldo total de vagas do mês de junho (que corresponde à diferença entre demissões e admissões) no estado foi positivo em 983 vagas, enquanto entre os jovens ficou em 21.002 vagas. O destaque foi para a faixa etária entre 18 e 24 anos.


Em Minas Gerais, o saldo geral de junho fechou com a criação de 15.445 novas vagas de emprego. Para os trabalhadores até 29 anos, foram 10.397 postos criados. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, o saldo total foi negativo, exceto para jovens, que apresentaram resultados positivos. Assim como em São Paulo, nesses três estados, o destaque foi para quem tinha entre 18 e 24 anos.


Fora do Sudeste, Goiás foi o estado que mais se destacou na geração de emprego para jovens, no Centro Oeste, em junho. Ficou em terceiro lugar no país na criação de vagas formais para trabalhadores com até 29 anos. O saldo para essa faixa etária ficou positivo em 4.260 postos. Mato Grosso foi o quinto estado, com 3.723 novas vagas.


Se analisados regionalmente os dados, no entanto, a região Nordeste obteve o segundo melhor desempenho no Brasil, com a criação de 12.749 postos para a juventude. O destaque ficou com Pernambuco, Bahia e Ceará. No Sul, foram 6.856 novas vagas e, no Norte, 3.385.

Fonte: MTb

 


 

15/08/2017 - Servidor com mandato classista em sindicato deve ser mantido na folha de pagamento


O servidor que assume mandato classista junto ao sindicato deve ser mantido na folha de pagamento e a entidade deve continuar a depositar suas contribuições ao Regime Próprio de Previdência Social. Foi o que decidiu em liminar o juiz federal substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, ao determinar que a Polícia Federal no DF inclua imediatamente um dirigente sindical na folha de pagamento.


Na ação ordinária, o dirigente sindical pediu o reconhecimento do direito do autor à licença para desempenho de mandato sindical com ressarcimento, além do seu direito à manutenção do vínculo com o Regime Próprio de Previdência Social durante o período dessa licença.


O juiz concordou com os argumentos do advogado. Para o magistrado, ficou demonstrada a probabilidade do direito pleiteado, bem como o perigo de dano ao resultado útil do processo em caso de demora para a concessão da medida liminar.


“A manutenção do servidor na folha de pagamento mantém a autonomia e a liberdade sindical e preserva, ainda, a segurança necessária no que se refere ao recolhimento da contribuição previdenciária ao respectivo Regime Próprio de Previdência Social, a contagem do tempo de serviço para fins de aposentadoria e os demais direitos decorrentes da relação funcional”. afirma o advogado Rudi Cassel, do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, representante do autor da ação.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

15/08/2017 - Desconto em salário sem justificativa viola dever de remunerar empregado


Empresa que faz desconto em salário sem justificativa desrespeita seu dever legal de remunerar o trabalhador. Com base nesse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou recurso de uma drogaria de São Borja (RS) e a condenou a pagar indenização de R$ 3 mil por ter feito descontos salariais injustificados por quatro meses seguidos nos vencimentos de uma operadora de caixa.


Na ação, a empregada alegou que, entre janeiro e abril de 2015, sofreu reiterados descontos denominados “parcelamento de vale” sem que lhe fossem apresentadas justificativas. Ela requereu, junto do ressarcimento dos valores, o pagamento de indenização por danos morais, sob o argumento de que em nenhum momento solicitou adiantamento salarial, e que os descontos geraram transtornos de ordem financeira e moral.


O juízo da Vara do Trabalho de São Borja (RS) acolheu o pedido da trabalhadora e condenou a drogaria ao pagamento de indenização no valor de R$ 15 mil, além da devolução da quantia deduzida. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) manteve parcialmente a sentença, reduzindo o valor da reparação para R$ 3 mil.


No recurso ao TST, a drogaria sustentou que não houve provas de abalo moral ou psicológico da empregada, e que não se pode “presumir a existência de consequências danosas ao empregado na hipótese de ocorrência de descontos em seus salários”.


A relatora do caso, ministra Maria Helena Mallmann, relatora, manteve a condenação. Segundo ela, os descontos indevidos e reiterados atraem, por analogia, o mesmo entendimento aplicado pelo TST em relação aos atrasos de salário reiterado, no sentido de que, uma vez comprovados, ensejam o pagamento de indenização por dano moral, independentemente de prova do dano.


“É vedado ao empregador efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo”, concluiu. A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Processo 324-38.2015.5.04.0871

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

14/08/2017 - Cristovam propõe fim escalonado da contribuição sindical obrigatória


Projeto de lei (PLS 255/2017) do senador Cristovam Buarque (PPS–DF) propõe o fim escalonado da contribuição sindical obrigatória. De acordo com o projeto, a contribuição seria de 60% do valor atual no primeiro ano de vigência da lei, de 40% no segundo, de 20% no terceiro, acabando no quatro ano de vigência, a partir do qual seria facultativa. O senador entende que esse prazo será suficiente para que os sindicatos se organizem financeiramente. A proposta também modifica outros pontos das leis trabalhistas como licença para capacitação e trabalho intermitente.

Fonte: Agência Senado

 


 

14/08/2017 - Governo deve anunciar hoje mudança da meta fiscal


O presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, terão hoje (14) a reunião final para definir em quanto vai aumentar a meta de déficit primário para este ano e para 2018. Em nota conjunta enviada na última quinta-feira (10), as duas pastas informaram que qualquer decisão será anunciada imediatamente depois de tomada.


O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para o próximo. No entanto, a arrecadação ainda em queda e uma série de frustrações de receitas dificultaram o cumprimento da meta original.


Primeiramente, o Tribunal de Contas da União (TCU) mandou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) refazer o edital do leilão de renovação de concessão de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que renderia R$ 11 bilhões aos cofres federais este ano.


A segunda versão do programa de regularização de ativos no exterior, conhecida como repatriação, arrecadou apenas R$ 1,61 bilhão, contra R$ 13 bilhões inicialmente previstos. As alterações na medida provisória que criou a renegociação especial de dívidas com a União também podem diminuir a previsão de arrecadação, caso o governo não consiga reverter essas mudanças.


Por fim, o governo teve de recuar de duas medidas que elevariam as receitas. O aumento do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre o etanol foi parcialmente revertido, reduzindo a previsão de arrecadação em R$ 501 milhões.


Na semana passada, o governo revogou a medida provisória (MP) que acabaria com a desoneração da folha de pagamento para 46 dos 52 setores beneficiados pela política. A MP, que trancava a pauta da Câmara dos Deputados, perdeu a validade na última quinta-feira (10) e foi revogada sem passar por votação. O governo enviará um projeto de lei sobre o assunto. A revogação resultará em perda de R$ 4,8 bilhões.


Incertezas

O governo enfrenta ainda incertezas com receitas extraordinárias. Em julho, o TCU emitiu um alerta de que a União terá dificuldades em arrecadar R$ 19,3 bilhões por causa de receitas de concessões que podem não entrar no caixa do governo em 2017. Além dos R$ 11 bilhões dos leilões de hidrelétricas, que não vão mais entrar nos cofres federais este ano, o governo fará um leilão de R$ 8 bilhões de concessões de petróleo e gás no próximo mês.


A equipe econômica também pretende concluir a venda de ações do Tesouro no IRB-Brasil, empresa que detém o monopólio do mercado de resseguros no país, e privatizar a Caixa Seguridade e a Lotex, empresa de loterias. As vendas, no entanto, precisam ser concluídas até outubro para que os recursos ingressem no caixa do governo ainda este ano.

Fonte: Agência Brasil

 


 

14/08/2017 - Rodrigo Maia defende reformulação do Estado


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu na sexta-feira (11) a reformulação do Estado, a partir de uma ampla reforma que permita que seja dada, de forma equilibrada, condições iguais a todos os brasileiros. Para Maia, o Estado é muito maior do que a capacidade que a sociedade tem de financiá-lo.


Rodrigo Maia criticou a possibilidade de mudanças na meta fiscal. “Eu fico desconfortável com o aumento da meta [fiscal]. Não é justo para com a sociedade brasileira. O governo já tem um déficit muito grande para não gerar as condições [necessárias] para cumprir esta meta. Nós sabemos que a crise ainda existe, que há queda da arrecadação, mas quando você não cumpre a meta você sinaliza que o endividamento pode crescer, o que pode gerar dificuldades”.


Rodrigo Maia lamentou o engessamento do Orçamento da União. “Infelizmente a gente tem mais de um trilhão [de reais] do orçamento destinado a gastos obrigatórios. Nós temos que discutir os esses gastos obrigatórios”.


O presidente da Câmara defendeu a urgência da reforma da Previdência Social, que, segundo ele, é para onde é destinado a maior parte dos recursos do Orçamento. “A Previdência tem que ser reformada, pois é para onde vai a maior parte desses custos. O país terá de promover mudanças”, disse.


Rodrigo Maia disse que após a Câmara rejeitar o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o presidente Michel Temer fosse investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, o maior desafio do governo, a partir de agora, “é reorganizar a base de sustentação para que as reformas possam avançar”.


O presidente da Câmara reafirmou que a possibilidade de o Congresso votar a reforma da Previdência até setembro, é missão difícil. “Nós vamos trabalhar, mas a gente sabe que hoje é difícil e nós não estamos aqui para enganar ninguém. Mas o nosso trabalhar é de ir convencendo o parlamento aos poucos”.


O presidente da Câmara participou, no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, do painel Desafios para o Brasil: a agenda de reformas e a segurança pública no Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

 


 

14/08/2017 - Senado pode criar Comitê de Defesa da Mulher contra Assédio Moral ou Sexual


O Senado Federal pode criar o Comitê de Defesa da Mulher contra Assédio Moral ou Sexual. A proposta partiu da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), via projeto de resolução (PRS 6/2011), e está pronta para ser votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A matéria Já conta com voto favorável da relatora, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).


Com a aprovação do PRS 6/2011, a criação do comitê estará prevista no Código de Ética e Decoro Parlamentar. O organismo será composto por três senadoras, que serão indicadas para mandato de dois anos, permitida a recondução uma única vez e por igual período. As indicações serão feitas pelas lideranças partidárias à Mesa do Senado – encarregada da escolha das integrantes- sempre no início da primeira e da terceira sessão legislativa de cada legislatura.


Denúncias

O comitê terá a missão de receber denúncias relativas a assédio moral ou sexual de servidoras efetivas, comissionadas e terceirizadas do Senado. Se a queixa estiver bem fundamentada, o organismo irá elaborar relatório sobre os fatos denunciados e encaminhá-lo ao Conselho de Ética para abertura de processo disciplinar.


Por outro lado, caso a denúncia não se sustente, o relatório será arquivado. O Comitê de Defesa da Mulher também vai cuidar de preservar a identidade da servidora denunciante, que receberá ainda garantias quanto ao cargo, função ou emprego exercidos no Senado se a acusação não prosperar.


“Caso o Senado Federal aprove a proposição apresentada, certamente se transformará em referência a ser seguida por outras Casas legislativas em todos os níveis da federação”, acredita Gleisi.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

14/08/2017 - Comissão discute Sistema Nacional de Juventude


Será realizada na quarta-feira (16) audiência pública da Comissão de Legislação Participativa sobre a aprovação do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve).


O deputado André Amaral (PMDB-PB) sugeriu o debate. Ele lembrou que a aprovação do Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13) representou marco importante da institucionalização de políticas públicas para os jovens em âmbito nacional. A lei remete ao Poder Executivo a responsabilidade da regulamentação do Sinajuve que, de acordo com o deputado, terá papel fundamental na instituição da política de juventude como política de Estado.


O Sinajuve “permitirá que aconteçam iniciativas governamentais, articulando metas e ações para garantir o desenvolvimento da juventude brasileira”, destacou André Amaral.


Foram convidados para a audiência:

- o secretário Nacional de Juventude, Francisco de Assis Costa Filho;

- o presidente do Fórum Nacional de Gestores de Políticas Públicas de Juventude nos Municípios, Maicon Cleyton Rodrigues Nogueira;

- o superintendente da Juventude do Governo do Estado de Goiás e Presidente do Fórum Nacional de Gestores Estaduais de Juventude, Leonardo Felipe Marques de Souza;

- pelo Conselho Nacional de Juventude (Coijuve), Sauro Spinelly Florêncio da Cunha;

- o secretário executivo do Comitê Interministerial da Política de Juventude, José Antônio de Melo Filho;

- a procuradora do Trabalho da 9ª Região Mariane Josviak.


A audiência será interativa, e está marcada para as 14h30, no plenário 3.

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/08/2017 - Convocados para revisão do auxílio-doença têm até dia 21 para agendar perícia


Os beneficiários do auxílio-doença convocados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 1º de agosto têm até o dia 21 deste mês para agendar a perícia de revisão do benefício. Foram chamados 55.152 pessoas que não foram localizados pelo INSS por alguma inconsistência no endereço.


A lista dos convocados está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e no Diário Oficial da União (DOU). Para o beneficiário conferir se o nome consta na lista do DOU, no campo de busca do site ele deve digitar o nome, selecionando apenas a seção 3 e a data de 1º de agosto.


Caso tenha sido convocada, a pessoa deverá entrar em contato exclusivamente com a central de atendimento, ligando para o número 135. Não é preciso ir até uma agência do INSS para fazer a marcação da perícia. Pelo 135, também é possível atualizar o endereço.


Na ocasião da perícia, deverá ser apresentada toda a documentação médica que justifique o recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames. O segurado que estiver internado ou enfermo e não puder comparecer, deverá requerer a perícia domiciliar ou hospitalar. A solicitação deve ser feita em uma agência do INSS por um representante, com documento médico indicando a condição de impossibilidade.


Se o beneficiário não entrar em contato ou não comparecer na data agendada, o auxílio-doença será bloqueado. A partir do bloqueio, ele tem 60 dias para marcar a perícia. Com o agendamento dentro do prazo, o benefício é liberado até a realização da perícia. Se passados 60 dias sem que o beneficiário se manifeste, o benefício é cancelado.


Segundo o MDS, o objetivo do pente-fino adotado pelo governo federal é garantir que os recursos públicos cheguem a quem realmente precisa. Ao todo, 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados.


Até 14 de julho, foram realizadas 199.981 perícias. Como resultado, 159.964 pessoas tiveram o benefício cancelado por não precisarem mais recebê-lo. A ausência de convocados na perícia levou ao cancelamento de outros 20.304 benefícios. Além disso, 31.863 benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.802 em auxílio-acidente, 1.058 em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.294 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional.


A economia anual estimada até agora é de R$ 2,6 bilhões.

Fonte: Portal EBC

 


 

14/08/2017 - INSS não pode cancelar benefício concedido a segurado por decisão judicial


O benefício em vigor, concedido por tutela antecipada (liminar) ainda vigente, somente poderá ser cancelado mediante análise e suspensão judicial. Com esse entendimento, a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul atendeu, em parte, a pedido de segurado do INSS que teve o auxílio-doença concedido por decisão judicial cancelado, por meio de decisão administrativa, sem a comunicação ao Poder Judiciário.


Caso

O processo tramita na Comarca de Canoas. O auxílio-doença foi deferido ao início do processo, em antecipação de tutela. Na 2ª Vara Cível da Comarca, foi negado o pedido do segurado para que o INSS se abstivesse de suspender o pagamento do benefício, diante da convocação do segurado para exame médico e provável revisão administrativa realizada. Na avaliação do julgador, o INSS tem poder de autotutela na gestão dos benefícios que concede e no próprio controle de legalidade dos seus atos.


Inconformado, o segurado recorreu ao TJ.


Recurso

O relator do recurso, Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary, considerou que o benefício em vigor alcançado pela tutela jurisdicional só pode ser cancelado por esta via: "Eventual cessação de pagamento, ainda que autorizado pelo exame de saúde ao qual convocado, apenas poderá advir da revogação da tutela de urgência que deferiu o benefício pela via recursal, ou por meio de novas provas que desautorizem a continuidade da percepção pelo ora recorrente a serem submetidas a prudente análise pelo julgador", afirmou o relator.


Ainda, considerou o Desembargador, a tutela provisória pode ser revisada a qualquer tempo, assim que sobrevir fato novo, mas que deve ser submetido ao crivo judicial, vedada à administração violar a decisão jurisdicional, "haja vista o objeto controvertido tornou-se e permanece litigioso, o qual subtrai parcela do poder de autotutela do Estado".


Participaram do julgamento os Desembargadores Eugênio Facchini Neto e Carlos Eduardo Richinitti, que acompanharam o voto do relator. (Proc. 70073136384 (Agravo de Instrumento))

Fonte: TJRS

 


 

14/08/2017 - Lei da gorjeta regulamenta relação entre trabalhadores e empregadores


Apenas três meses após entrar em vigor, a lei da gorjeta (3.419/2017) já provocou mudanças positivas na relação entre profissionais e empregadores de bar, restaurantes, hotéis e similares. É o que afirmam o presidente do Sindicato patronal de Brasília (Sindhobar), Jael Antonio da Silva, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de São Paulo (Sinsthoresp) e vice-presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Francisco Calasans Lacerda.


Para Jael Silva, desde a implantação da lei, no dia 12/05, houve uma queda significativa nas demandas trabalhistas na justiça em razão de questionamentos sobre os repasses desses recursos aos trabalhadores. "Percebemos que diminuíram as reclamações trabalhistas quanto ao pagamento das gorjetas", ele comenta.


Já Francisco Lacerda destaca, sobretudo, os benefícios para cálculos de aposentadoria. "A lei da gorjeta foi uma luta de longa data da nossa categoria. Conseguimos melhorar a remuneração mensal do trabalhador, pois os salários fixos costumam ser irrisórios, e garantimos uma aposentadoria mais justa conforme nossa renda real em atividade".


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ressalta que a lei deixou as regras definidas e claras tanto para trabalhador quanto empregador, e que o consumidor também se beneficiou, uma vez que o pagamento continuou sendo opcional. "O mais importante foi que a lei pacificou a relação entre o dono do estabelecimento e o funcionário ao regulamentar a gorjeta. Uma situação que existia de forma precária e gerava mais conflito do que benefício. Hoje o consumidor paga se estiver satisfeito, os profissionais têm os valores registrados na folha de pagamento e a sociedade ganha com o recolhimento dos tributos", destaca o ministro.


Existem no Brasil 196.271 garçons, conforme a última Relação Anual de Informações Anuais (Rais), de 2015. Destes, 53.834 estão em São Paulo; 25.578, Rio de Janeiro; 16.268, Minas Gerais; 12.526, Rio Grande do Sul; 11.445, Bahia; 11.003, Paraná; 10.403, Santa Catarina; e 6.677 em Brasília.


A lei não definiu percentual da gorjeta. O comum é ficar entre 10% a 15%. O valor recolhido é distribuído entre os profissionais depois de descontados os encargos sociais. Para os estabelecimentos inscritos no Simples Nacional, 20% dos recolhimentos em gorjetas são destinados para encargos fiscais e 33% para empresas no regime de tributação padrão. O restante da arrecadação é integralmente repassado aos funcionários. Exemplo: se o funcionário receber R$ 1.000,00 mensais de gorjeta, os encargos incidirão sobre R$ 800,00 (no caso da empresa enquadrada no Simples) e sobre R$ 670,00 (no caso da empresa fora do Simples).


Antes de entrar em vigor a Lei nº 13.419/2017, as gorjetas recebidas em bares e restaurantes não tinham destino definido e podiam ser incorporadas ao faturamento das empresas. A lei deixa claro que a gorjeta cobrada com o serviço ou dada de forma espontânea pelo consumidor pelos serviços deve fazer parte da remuneração dos profissionais.


"A regulamentação da gorjeta promoveu clima mais harmonioso dentro dos estabelecimentos. Todos trabalham mais e melhor. E a empresa ganha com a eficiência nos serviços e no atendimento ao cliente", pondera Lacerda.


Vale lembrar que, caso haja descumprimento das normas, a empresa terá de pagar multa de 1/30 da média da gorjeta por dia de atraso.

Fonte: MTb

 


 

14/08/2017 - Condenado por má-fé aposentado que requereu indenização estabilitária


A 13ª Turma do TRT-2, em acórdão de relatoria da desembargadora Cíntia Táffari, manteve decisão da 3ª Vara do Trabalho de Mauá-SP que condenara por litigância de má-fé um trabalhador já aposentado que havia requerido indenização relativa à estabilidade pré-aposentadoria, a qual sabia ser indevida. A turma, porém, reduziu a multa de 8% para 2% do valor da causa.


Alegando que foi dispensado faltando poucos meses para se aposentar, o empregado ajuizou ação em 19/09/16 e pleiteou uma diferença de dois meses de indenização do período estabilitário prevista em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). De acordo com o trabalhador, a quantia quitada pela empresa – R$ 161.351,20 – abrangeu somente dez meses, e não os doze, que ele entendia serem devidos.


A cláusula 38ª da norma coletiva dispõe que “aos empregados que comprovadamente estiverem a um máximo de 12 (doze) meses da aquisição do direito da aposentadoria, em seus prazos mínimos, de qualquer tipo, e que contarem no mínimo com 08 (oito) anos de serviço na mesma empresa, fica assegurado o emprego, ou o salário, durante o período que faltar para aposentarem-se”.


Para sustentar sua pretensão, o autor juntou certidão de tempo de contribuição emitida pelo INSS em 7/12/2015, segundo a qual, no momento da rescisão (6/10/15), teria 34 anos e 13 dias computados, faltando 11 meses e 17 dias para a aposentadoria – estaria, então, protegido pela CCT.


Contudo, foi provado que, na data da rescisão contratual, o trabalhador já tinha direito adquirido à concessão do benefício, além do que, quando ajuizou a reclamação trabalhista, já estava aposentado – por tempo de contribuição – havia mais de sete meses. O documento do INSS não comprovava o tempo necessário (35 anos), sugerindo-se que o autor não tenha apresentado todos os dados necessários à autarquia. Porém, o trabalhador obteve a concessão do benefício desde a data do requerimento.


De acordo com a sentença, o reclamante preferiu omitir-se, imaginando que nem a reclamada nem o juízo teriam da ciência da situação, e foi “extremamente ganancioso”, pois recebeu indenização pela estabilidade, quando nem mesmo tinha esse direito e ainda pretendeu receber mais dois meses sob alegação de que o aviso prévio não é considerado pelo órgão previdenciário.


Ao aplicar a penalidade de litigância de má-fé, a juíza Meire Sakata chama atenção para o grande volume de processos na Justiça do Trabalho e que proceder com probidade é um dever moral das partes. “Quando isso não ocorre, é função do juiz, que tem a direção do processo, prevenir e reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça”.


Para que não houvesse enriquecimento sem causa do autor, foi determinado o bloqueio dos valores da condenação via Bacen-Jud a título de ressarcimento da empresa, a qual só pôde levantá-los após o trânsito em julgado, determinação que também foi mantida pelo 2º grau.

Processo: 1001348-76.2016.05.02.0363

Fonte: TRT2

 


 

​​​ 11/08/2017 - Trabalhadores receberão até o final de agosto parte do lucro do FGTS


Até o final de agosto, a Caixa Econômica Federal (Caixa) vai creditar R$ 7,8 bilhões nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 88 milhões de trabalhadores, como distribuição dos resultados do fundo. Com isso, a rentabilidade das 245,7 milhões de contas chegará a 7,14%.


Segundo dados divulgado em cerimônia no Palácio do Planalto, o lucro líquido do FGTS no ano passado foi de R$ 14,555 bilhões. Com a distribuição dos resultados do fundo, serão creditados, em média, R$ 29,62 em cada conta.


“É a primeira vez que o lucro do fundo está sendo distribuído com os verdadeiros donos do dinheiro”, ressaltou o presidente Michel Temer.


“São décadas que os trabalhadores lutam para ter a remuneração do seu FGTS no mesmo nível da inflação. Com essa mudança, o FGTS terá 7,1% [de remuneração] e a inflação do ano passado foi de 6%. Depois de décadas o FGTS terá uma correção acima da inflação”, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.


É a primeira vez que os resultados do FGTS são repassados aos trabalhadores. A medida foi instituída pela medida provisória que liberou o saque do valor das contas inativas do FGTS.


Pela regra, o percentual de distribuição de resultado do FGTS é de 50% do lucro líquido do exercício anterior. A lei estabelece que os valores creditados nas contas dos trabalhadores sejam proporcionais ao saldo da conta vinculada apurada no dia 31 de dezembro do ano anterior.


O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, informou que a distribuição dos resultados do FGTS ocorrerá anualmente, com os depósitos sendo efetuados sempre até o dia 31 de agosto. Occhi disse ainda que a remuneração não fará parte do cálculo de uma multa rescisória. “Essa medida foi pensado no empregadores. Temos convicção que com essa medida o trabalhador e a sociedade saem ganhando com essa decisão.”


De acordo com a Caixa, com a distribuição dos resultados do equivalente a 1,93%, a rentabilidade das contas do FGTS, nesse ano, sairá de 5,11% ao mês (3% mais TR), para 7,14% ao mês.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/08/2017 - Fachin decide não incluir Temer em inquérito que investiga integrantes do PMDB


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu nesta quinta-feira (10) não incluir o presidente Michel Temer no inquérito que investiga integrantes do PMDB da Câmara dos Deputados no âmbito da Operação Lava Jato. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.


Na decisão, Fachin entendeu que o presidente já é investigado pelo crime de organização criminosa no inquérito que foi aberto pelo Supremo a partir das delações da JBS, sendo “desnecessária” a inclusão de Temer em outro inquérito.


O pedido para incluir o presidente no inquérito que investiga o PMDB havia sido feito pela Polícia Federal (PF), o que levou Fachin a solicitar a manifestação de Janot sobre o assunto. O procurador-geral da República disse que a organização criminosa que permitiu ao presidente cometer os crimes pelo qual foi denunciado no Inquérito 4.483 (em que Temer foi denunciado por corrupção passiva e está suspenso após a continuidade do processo não ter sido aprovada na Câmara dos Deputados), na verdade, estaria inserida no contexto maior da Lava Jato.


O inquérito sobre o PMDB tem, no momento, 15 investigados, entre eles, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/08/2017 - Partidos governistas cobram valorização para votar reforma da Previdência


Os deputados federais que apoiam o governo estão divididos quanto a estratégia para levar a reforma da Previdência ao plenário da Câmara.


Na semana passada, antes de votar a autorização de abertura de processo contra o presidente Michel Temer, a base governista chegou a anunciar que teria 280 votos. No final, foram 263.


Para o líder Arthur Lira, do Partido Progressista, o governo deveria adotar uma postura diferente para valorizar os deputados fiéis.


O vice-líder do Governo, Beto Mansur, do PRB, discorda desse método.


Para aprovar a reforma da Previdência, são necessários 308 votos. Por isso, as lideranças querem garantir pelo menos 320 deputados favoráveis, para ter uma margem de segurança.

Fonte: Portal EBC

 


 

11/08/2017 - Pesquisa: reforma trabalhista aumentará desemprego


Nova rodada da pesquisa do Vox Populi, encomendada pela CUT e divulgada na segunda-feira (7), aponta rejeição à "reforma" trabalhista do governo Temer, materializada pela Lei 13.467, sancionada em julho. Para 57% dos entrevistados, a mudança é boa apenas para os patrões, enquanto 15% acreditam que não beneficia ninguém. Apenas 12% afirmaram que a reforma é boa para ambos e só 3% disseram que ajuda os empregados. Outros 14% não souberam ou não responderam. Veicula o jornal Brasil de Fato.


A rejeição aumenta para 63% na região Nordeste e vai a 57% no Sudeste. Fica na média no Centro-Oeste/Norte e cai para 48% na região Sul. É um pouco maior entre homens (58%) do que mulheres (56%), e entre adultos (59%) do que jovens (57%) e maduros (49%). Também sobe, para 59%, entre pessoas de nível superior e com renda equivalente a até dois salários mínimos.


Sobre possíveis efeitos, 72% afirmam que o desemprego, atualmente em nível recorde, deverá aumentar. E 14% avaliam que continuará como está.


Os pesquisadores perguntaram sobre dois itens da nova lei. Para 60%, negociar sozinho, sem a presença do sindicato, é ruim ou péssimo e para 13%, ótimo ou bom. Outros 17% consideram regular e 11% não quiseram ou não souberam responder.


A maioria também foi contrária ao dispositivo que permite à mulher gestante ou lactante trabalhar em locais insalubres, mediante um atestado médico. Pouco mais da metade dos entrevistados (51%) disseram que isso é bom só para os patrões e 18%, para ninguém. Nas demais respostas, 11% acreditam que é bom para ambos e 6%, para os empregados, enquanto 14% não responderam ou não souberam responder.


Foram entrevistadas 1.999 pessoas nos dias 29 e 31 do mês passado, em 118 municípios de áreas urbanas e rurais. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos, com intervalo de confiança de 95%.


Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reprovação só não superou os 90% porque os trabalhadores ainda não têm pleno conhecimento das novas regras. Segundo ele, Temer institucionalizou o chamado "bico" no mercado de trabalho.


"O governo e o Congresso Nacional esconderam dos trabalhadores que a reforma acaba com garantias incluídas na CLT", diz Vagner. "Disseram apenas que geraria empregos, o que não é verdade. Não disseram, por exemplo, que os empregos decentes serão substituídos por empregos precários, com salários mais baixos e sem benefícios, entre tantas outras desgraças previstas na nova lei trabalhista."

Fonte: Diap

 


 

11/08/2017 - Comissão da reforma política marca para terça-feira votação de destaques


O texto da reforma política aprovado na Comissão da Câmara, por enquanto, manteve o Distritão para as próximas eleições e o Distrital Misto para 2022. Ainda faltam votar dois destaques que podem mudar o texto antes de ir ao Plenário.


O sistema do Distritão foi aprovado para ser uma transição para o Distrital Misto. Mas parlamentares de diversos partidos, tanto do governo quanto da oposição, dizem que vão tentar derrubar o Distritão no Plenário.


Neste sistema, os deputados são eleitos entre os mais votados em cada estado como ocorre nos pleitos de Senadores, acabando com o sistema proporcional, que distribui os votos de quem não foi eleito entre os candidatos do mesmo partido ou coligação.


Para o deputado Danilo Fortes, do PSB, o Distritão acaba com a figura do puxador de votos.


Os críticos do Distritão afirmam que ele privilegia os políticos mais conhecidos e dificulta a renovação, como argumentou o deputado Ivan Valente, do PSOL.


No Distrital Misto, que começaria a valer em 2022, o eleitor tem dois votos, um para a eleição majoritária, onde os mais votados de cada distrito vencem, e outro para uma lista fechada dos partidos.


A exceção é a eleição para vereadores, que se manteve com as regras de hoje.


O relator da reforma, deputado Vicente Cândido, do PT, criticou o resultado das votações.


Ainda faltam votar 2 destaques para alterar o projeto. A nova sessão foi marcada para próxima terça-feira. Lembrando que no Plenário, novas alterações podem ser feitas.

Fonte: Portal EBC

 


 

11/08/2017 - Se lei fosse cumprida, 500 mil jovens a mais seriam contratados, diz deputada


Em seminário sobre os 16 anos da lei que obriga empresas a contratar de 5% a 15% de aprendizes,

procuradora defende ampliação da obrigação para órgãos públicos


Pelo menos 500 mil jovens aprendizes poderiam ser contratados por empresas se a chamada Lei de Aprendizagem (10.097/00) fosse cumprida.


O alerta foi dado pela presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputada Flávia Morais (PDT-GO), em seminário promovido na Câmara pelo colegiado, nesta quarta-feira (9), sobre os 16 anos da lei que obriga empresas de médio e grande porte a contratar de 5% a 15% de jovens aprendizes.


Flávia Morais baseia-se em dados de levantamento feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego em outubro de 2016. Segundo o estudo, existem no Brasil cerca de 393 mil jovens aprendizes contratados em empresas, quando deveria haver 957 mil contratados, se a Lei de Aprendizagem fosse de fato cumprida. Pela legislação, o jovem aprendiz deve ter entre 14 e 18 anos e cursar escola técnica.


A parlamentar destacou que é preciso conscientizar os empresários sobre a importância de dar oportunidades aos jovens. Para a deputada, a exigência pode ser benéfica também para as empresas, que pode preparar o jovem para ser seu funcionário. “A empresa já pega um funcionário qualificado dentro das especificidades das empresas”, disse.


Ampliação da lei

A procuradora federal do Ministério Público do Trabalho do Paraná Mariane Josviak ressaltou a importância da lei, já que, antes de 2000, jovens participavam do mundo do trabalho sem vínculos empregatício e previdenciário.


Josviak defendeu a ampliação da lei, a fim de obrigar também órgãos públicos a contratar jovens aprendizes. Conforme a procuradora, isso possibilitaria a contratação de até 1,8 milhão de jovens aprendizes no País.


A Câmara já analisa o Projeto de Lei 2942/11, da deputada Flávia Morais, que prevê a oferta de estágio remunerado a adolescentes de baixa renda pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.


Fiscalização

Segundo a procuradora, a cota de jovens aprendizes nas empresas é fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mas denúncias – inclusive sigilosas – de descumprimento da lei também podem ser encaminhadas para o Ministério Público do Trabalho, que pode ajuizar ação civil pública contra a empresa ou firmar com ela um termo de ajustamento de conduta.


Mariane Josviak explicou que, antes de promover ações contra as empresas, o Ministério Público tem buscado conscientiza essas organizações sobre a importância da contratação de jovens aprendizes, já que alguns empresários até mesmo desconhecem a lei.


A representante do Instituto Solidário Estudantil Empreendedor Individual, Mafra Meris, disse que o Ministério do Trabalho só fiscaliza cerca de 5% das empresas. Ela também defendeu o trabalho junto aos os departamentos de recursos humanos para possibilitar a contratação dos jovens. Já Selton Lucas, do Parlamento Jovem de Recife, afirmou que não adianta existir a lei se não houver a fiscalização das medidas.


Acompanhamento

O superintendente da Assistência Social do Estado de Goiás, Jales Barreto Júnior, por sua vez, observou que muitas vezes as empresas preferem pagar multa do que empregar jovens. Além disso, salientou que não basta dar emprego para os jovens – é preciso também acompanhar a situação das famílias e a situação escolar desses jovens, disse.

Fonte: Agência Câmara

 


 

11/08/2017 - Suspenso julgamento de ações que questionam proibição ao uso do amianto


Após voto-vista do ministro Dias Toffoli, foi suspenso o julgamento, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), de quatro ações ajuizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) contra leis de três estados (PE, RS e SP) e do Município de São Paulo que proíbem a produção, comércio e uso de produtos com amianto nos respectivos territórios. O ministro Dias Toffoli proferiu voto-vista no sentido de julgar improcedentes as ações e declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal 9.055/1995, que disciplina o uso do mineral no país. O julgamento estava suspenso desde novembro de 2016, após voto do ministro Edson Fachin também pela improcedência dos pedidos.


A CNTI alega, em síntese, que as leis seriam inconstitucionais porque, ao impor restrição maior que a prevista em lei federal, teriam invadido competência privativa da União para legislar sobre o tema.


O ministro Dias Toffoli iniciou o seu voto-vista explicando que compete à União a edição de normas gerais sobre produção e consumo, proteção ao meio ambiente e defesa da saúde, e aos estados, concorrentemente, suplementar a legislação federal no que couber. Somente na hipótese de inexistência de lei federal é que os estados exercerão a competência legislativa plena, destacou. No entanto, a inobservância dos limites constitucionais, pelos estados, impostos ao exercício da competência concorrente implica a inconstitucionalidade formal da lei.


Dessa forma, no caso concreto, segundo ministro, “se a lei federal admite de modo restrito o uso do amianto, em tese, a lei estadual ou municipal não poderia proibi-lo totalmente, pois desse modo atuaria de forma contraria à prescrição da norma geral nacional, em detrimento da competência legislativa da União”.


No entanto, o ministro afirmou que o artigo 2º da Lei Federal 9.055/1995, que disciplina a extração e utilização do mineral, em razão da alteração no substrato fático do tema, passou por um processo de inconstitucionalização e, no momento atual, não mais se compatibiliza com a Constituição Federal de 1988. Diante disso, para Toffoli, os estados passam a ter competência legislativa plena sobre o tema.


De acordo com o ministro, as percepções dos níveis de consenso e dissenso em torno da necessidade ou não do banimento do amianto não sãos mais os mesmos observados quando da edição da norma geral. A lei , explica, foi editada em 1995, com base em um prognóstico de viabilidade do uso seguro da crisotila e na impossibilidade na época de substitui-la por material alternativo. “Se antes tinha-se notícia dos possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente ocasionados pela utilização da crisotila, hoje o que se observa é um consenso em torno da natureza altamente cancerígena do mineral e da inviabilidade de seu uso de forma efetivamente segura”, disse. É esse o entendimento oficial de órgãos nacionais e internacionais que detêm autoridade no tema da saúde em geral e da saúde do trabalhador, segundo o ministro.


O ministro citou documentos da Convenção 162/1986 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que preveem, dentre os seus princípios gerais, a necessidade de revisão da legislação nacional quanto ao uso do amianto sempre que o desenvolvimento técnico e o progresso no conhecimento científico requeiram. Dias Toffoli ressaltou que o Brasil, ao internalizar a convenção, por meio do Decreto nº 126/1991, assumiu o compromisso internacional de revisar sua legislação e de substituir quando tecnicamente viável o amianto.


Esse conjunto de fatores, quais sejam, o consenso dos órgãos oficiais de saúde geral e de saúde do trabalhador em torno da natureza altamente cancerígena do amianto crisotila, a existência de materiais alternativos à fibra de amianto e a ausência de revisão da legislação federal que já tem mais de 22 anos, revela a inconstitucionalidade superveniente, sob a ótica material do artigo 2º da Lei Federal 9.055/1995 por ofensa, sobretudo, ao direito à saúde, ao dever estatal de redução dos riscos inerentes ao trabalho, bem como por ofensa à proteção do meio ambiente”, concluiu.


Nesse sentido, o ministro ressaltou que, diante da inviabilidade da norma geral federal, os estados membros passam a ter competência legislativa plena sobre a matéria, até que sobrevenha nova legislação federal acerca do tema. Toffoli votou pela improcedência das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 3356, 3357 e 3937, e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 109, declarando, incidentalmente, a inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal 9.055/1995.


Resultado parcial

Até o momento, este é o resultado parcial do julgamento: o ministro Edson Fachin, relator da ADPF 109, e o ministro Dias Toffoli votaram pela improcedência das quatro ações. Na ADI 3356, que questiona lei de Pernambuco, o relator, ministro Eros Grau (aposentado) votou pela procedência da ação e os ministros Edson Fachin e Dias Toffoli pela improcedência. Na ADI 3357, contra norma do Rio Grande do Sul, o relator, ministro Ayres Britto (aposentado), Edson Fachin e Dias Toffoli julgaram improcedente a ação e o ministro Marco Aurélio, julgou-a procedente. Na ADI 3937, contra lei estadual de São Paulo, o ministro Marco Aurélio (relator) julgou a ação procedente e os ministros Ayres Britto (aposentado), Edson Fachin e Dias Toffoli votaram pela improcedência.


ADI 4066

Na sequência, foi iniciado o julgamento da ADI 4066, ajuizada pela ANPT (Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho) e pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), contra dispositivo da Lei 9.055/1995, que permite a exploração comercial e industrial do amianto crisotila. As entidades sustentam que a norma viola a Constituição, "no que concerne à dignidade da pessoa humana, ao valor social do trabalho, à existência digna, ao direito à saúde e à proteção ao meio ambiente".


O julgamento foi suspenso após a leitura do relatório da ministra Rosa Weber e das sustentações orais dos advogados das partes e amici curiae. A ADI volta a ser analisada na sessão do dia próximo dia 17.

Fonte: STF

 


 

11/08/2017 - Temer defende harmonia entre Poderes e critica abuso de autoridade


O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (10) que a harmonia entre os Poderes deve ser mantida por se tratar de uma determinação constitucional. Temer participou nesta quinta-feira da cerimônia de assinatura de acordo de cooperação entre a Advocacia-Geral da União e as procuradorias-gerais dos Estados e do Distrito Federal.


“Parece que a harmonia entre os Poderes é uma coisa que há de ser praticada por pessoas, e não é só isso, não. A harmonia entre os Poderes é uma determinação constitucional”, disse o presidente. E acrescentou: “toda vez que há uma desarmonia, o que há é uma inconstitucionalidade”.


Aos participantes da cerimônia, entre os quais a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, Temer falou sobre questões relacionadas ao direito. Entre os temas mencionados, o presidente destacou o do abuso de autoridade, que, para ele, ocorre quando se ultrapassam os limites legais.


“Hoje se fala muito em abuso de autoridade. Interessante que há visão muito autoritária da ideia de abuso de autoridade. As pessoas acham que autoridade é a autoridade constituída e, na verdade, a única figura que tem autoridade no nosso sistema é a lei. Quando há ultrapasse dos limites legais, é que há abuso de autoridade”, afirmou Temer.


Acordo de cooperação

O acordo assinado hoje entre a Advocacia-Geral da União e as procuradorias-gerais dos estados e do Distrito Federal tem o objetivo de reduzir conflitos judiciais entre entes federados e fortalecer a defesa do Brasil nas entidades interamericanas de direitos humanos.


Temer, Cármen Lúcia e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, participaram da cerimônia de assinatura do acordo.


O documento prevê cooperação técnica entre os entes jurídicos federal e estaduais na representação jurídica do Brasil perante a Comissão e a Corte Interamericanas de Direitos Humanos. De acordo com a AGU, atualmente, a obtenção de informações para embasar a estratégia de defesa do país é dificultada pela falta de uma articulação maior entre os estados e a União.


“Muitas vezes, nosso país é demandado, e nossa federação deve dar à comunidade internacional uma resposta que ela merece, fazendo uma defesa eficiente. Para isso, precisamos contar com a cooperação de todas as unidades da federação”, disse a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.


Outro termo assinado nesta quinta-feira cria o Fórum Nacional da Advocacia Pública. Ele prevê a busca de soluções alternativas para litígios entre União e estados.


A presidente do Supremo destacou que a assinatura dos termos vem ao encontro de uma visão do direito, que deve se fortalecer cada vez mais, que é a de buscar o acordo para impedir o litígio que onera a União e os Estados e torna menos célere a resolução de conflitos. “Essa possibilidade de ter uma câmara de conciliação vale para ter um novo direito, não o direito binário, do sim ou não, mas da conciliação”, disse Cármem Lúcia.


Durante a cerimônia, Temer assinou um decreto que torna ponto facultativo na AGU o Dia do Advogado, comemorado a 11 de agosto.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/08/2017 - Ministro descarta criação de imposto superior à contribuição sindical


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, descartou nesta quarta-feira (9) a possibilidade de ser criada nova contribuição sindical obrigatória ou qualquer outro tipo de imposto que venha a exceder o valor da que foi extinta pela reforma trabalhista.


“O imposto sindical passou no Brasil, não vai ter mais. [Também] não haverá contribuição maior que o imposto sindical", disse o ministro. Ele disse, porém, que está sendo estudada uma forma de se definir uma contribuição para suprir as despesas da convenção coletiva.


A ideia é estabelecer a remuneração de um dia de trabalho (valor da atual) como teto para essa possível nova contribuição. Quando da tramitação da reforma trabalhista, o presidente Michel Temer reuniu-se com representantes de centrais sindicais e acenou com uma compensação pelo fim do imposto sindical obrigatório em troca de apoio à proposta.


Espera-se que a nova contribuição esteja prevista na medida provisória (MP) que o Planalto prometeu para ajustar pontos polêmicos da reforma. No entanto, setores que defenderam o fim da contribuição sindical obrigatória, como a indústria, são contrários à criação de novo tributo.


Ronaldo Nogueira comentou nesta quarta-feira os resultados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No mês passado, o país criou 35,9 mil vagas formais. Foi o quarto saldo positivo consecutivo e o quinto registrado no ano. No ano, o Brasil tem saldo positivo de 103.258 vagas formais.

Fonte: Portal EBC

 


 

10/08/2017 - Os muitos modos de resistir e combater a aplicação da reforma trabalhista


Antes que entre em vigor, melhorada ou piorada pela lendária Medida Provisória de temer, a reforma trabalhista precisa ser denunciada e combatida.


Muitas são as formas de resistir. Um dos caminhos é a resistência por categoria e já, nas campanhas salariais em andamento. Metalúrgicos já organizam frente nacional da categoria. A Federação dos Professores (Fepesp) também mobiliza os 25 Sindicatos filiados. Outras categorias, ou ramos, seguem a mesma direção.


A resistência será mais forte e efetiva se estiver apoiada na própria categoria. Para tanto, cabe às direções levar informação, orientação e mobilizar as bases.


Onde for possível, cabe formar frentes amplas, reunindo vários setores sindicais.


Há, também, a frente jurídica, de questionamento das ilegalidades e frente à quebra de conquistas históricas, bem como do descumprimento de convenções internacionais das quais o Brasil é signatário.


O erro que não se pode cometer é colocar na frente o item custeio. Até porque, se o Sindicato não estiver perto do trabalhador, para que este o conheça melhor e o defenda, não haverá por que o empregado aprovar desconto para manutenção de sua entidade.


Informação - A imensa maioria tem a sensação de que a reforma é ruim. Mas muitos não saberão indicar os itens mais selvagens. Portanto, na comunicação, será preciso, além de massificar o caráter agressivo da reforma, identificar os pontos que mais lesam o trabalhador, seu emprego, sua renda, sua dignidade.

Fonte: Agência Sindical

 


 

10/08/2017 - País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com saldo positivo


O mercado de trabalho brasileiro abriu 35,9 mil vagas formais em julho. É o quarto mês consecutivo com saldo positivo e o quinto mês do ano. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas nesta quarta-feira (9).


O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões no mês passado. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas.


O saldo positivo mensal foi impulsionado pelo setor da indústria da transformação, que criou 12.594 vagas. O comércio abriu 10.156 vagas e o setor de serviços, 7.714. A agropecuária vem logo atrás, com a criação de 7.055 vagas. Por fim, a construção civil teve criação de 724 vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, é a primeira vez em 33 meses que a construção civil teve desempenho positivo na criação de empregos.


“São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e têm muito a ver com o poder de compra do consumidor”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Segundo ele, a liberação para saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o resultado positivo.


"Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia [do Tempo de Serviço]. O trabalhador teve o direito de usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente. Ou pagar contas, ou utilizar desse dinheiro para fazer investimentos. E isso influenciou no crescimento [do emprego] da indústria da transformação", disse o ministro. Ele prevê, ainda, resultados melhores nos próximos meses.


"O Brasil não vai ter mais números negativos em emprego. No mês que vem teremos números bem melhores", disse Ronaldo Nogueira. Segundo ele, contribuirão para o emprego os investimentos já programados da General Motors [montadora de veículos] no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos.


Pelo Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado do Caged. "Quarto mês seguido com criação de empregos formais. As 35 mil carteiras assinadas em julho mostram que já estamos vencendo o fantasma do desemprego", disse Temer.


Por outro lado, fecharam vagas no mês de julho os setores de serviços industriais de utilidade pública (-1.125), administração pública (-994) e a área extrativa mineral (-224).

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/08/2017 - CAS decide que aposentadoria não extingue contrato de trabalho


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) rejeitou nesta quarta-feira (9) uma emenda de Plenário a projeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) explicitando que a concessão da aposentadoria a pedido do trabalhador não rescinde o contrato de trabalho a qual ele estiver submetido no momento. Com a rejeição, o projeto (PLC 137/2015) retorna ao Plenário.


O relatório aprovado foi elaborado pelo senador José Pimentel (PT-CE) e lido na reunião pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Pimentel explica que o objetivo do projeto é adequar a CLT ao que já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em 2006, a partir de uma ação direta de inconstitucionalidade movida por PT, PDT e PCdoB contra artigo introduzido na CLT em 1997.


O objetivo desses partidos na época, explica o senador, era derrubar a interpretação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que o trabalhador aposentado, mesmo que continuasse a trabalhar na empresa, não teria mais direito à multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente ao período anterior à aposentadoria.


A emenda rejeitada foi apresentada pelo senador Elmano Férrer (PMDB-PI) para acrescentar na lei um parágrafo que explicita que a concessão de benefício de aposentadoria compulsória rescinde o contrato de trabalho.


“Esta hipótese não foi contemplada pelo PLC, até porque a Lei nº 8.213, de 1991, já estabelece a possibilidade de extinção do contrato de trabalho no caso da aposentadoria compulsória a pedido do empregador”, explica Pimentel do relatório aprovado pela CAS.

Fonte: Agência Senado

 


 

10/08/2017 - Especialistas defendem reforma da Previdência em CPI


Em audiência pública nesta quarta-feira (9), a Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência (CPIPREV) reuniu especialistas que, na maioria, defenderam a reforma. Segundo os especialistas, a reforma é necessária diante da grave crise econômica do país e do rápido envelhecimento da população.


De acordo com o presidente-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, o Brasil vive a maior crise de sua história e a recuperação é muito lenta. Ele explicou que a IFI fez o cálculo da margem fiscal, que é o espaço que o país tem para fazer o ajuste fiscal sem mexer nas despesas obrigatórias, como a Previdência, e que o resultado não foi positivo.


— O espaço é muito reduzido porque há um excesso de vinculações que deixam uma margem muito pequena do orçamento para esse tipo de ajuste — disse Felipe.


Felipe explicou que a IFI utiliza dados oficiais e que, segundo esses dados, há realmente um deficit na Previdência, e que será difícil cumprir a regra do teto dos gastos se não houver a reforma.


— Vai ser muito difícil conseguir sustentar essa regra do teto se não houver mudanças nos gastos com pessoal, incluindo a Previdência, porque em 2019, quando a gente pega as despesas dos poderes, já considerando o que o Executivo pode fazer em termos de compensações, ainda faltariam cerca de R$2,4 bi, quer dizer, o teto de gastos já estouraria em 2019 — afirmou.

Fonte: Agência Senado

 


 

10/08/2017 - Inflação para famílias com renda até 5 salários é de 0,17% em julho


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou 0,17% em julho. A taxa ficou acima da registrada em junho (-0,30%).


No entanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC ficou abaixo do IPCA, que mede a inflação oficial para todas as faixas de renda, no mês de julho (0,24%).


Os produtos alimentícios tiveram queda de preços (deflação) de 0,45% em julho, enquanto os não alimentícios acusaram inflação de 0,45%.


O INPC acumula taxa 2,08% em 12 meses, abaixo dos 2,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/08/2017 - STF retoma hoje julgamento sobre validade de leis que proíbem uso do amianto


O julgamento das ações que questionam leis dos estados de Pernambuco, São Paulo e do Rio Grande do Sul que proíbem a produção, comercialização e o uso de produtos com amianto vai ser retomado hoje (10) pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Dias Toffoli, no dia 23 de novembro de 2016.


Nessa quarta-feira (9), o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nota em que defende, junto com outras entidades, o banimento total da produção, comercialização e do uso da fibra de amianto no país.


Segundo o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, não existem níveis seguros de exposição ao amianto. “Não há como eliminar o risco na manipulação de fibras do amianto, elas ficam em suspensão”, disse.


“A partir de estudos que comprovam que não existe manipulação segura do amianto, nosso propósito é trabalhar pelo banimento total dessa fibra no Brasil”, acrescentou o procurador.


Em agosto de 2012, o STF promoveu audiência pública para discutir o assunto, quando foram ouvidos mais de 30 especialistas entre cientistas, representantes da indústria, do governo e de entidades de apoio aos trabalhadores expostos ao amianto.


No mesmo ano, o MPT criou o Programa Nacional de Banimento do Amianto e, desde então, vários termos de ajustamento de conduta (TAC) foram acordados com empresas que concordaram em substituir o amianto por outro material.


“Em São Paulo, por exemplo, as duas últimas empresas que ainda usavam amianto, por força do ajustamento de conduta com o MPT, deixaram de usar em janeiro deste ano. O mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul, em junho deste ano. Em Santa Catarina, a única empresa do setor no estado firmou acordo com o MPT e em 2016 deixou de usar amianto”, diz a nota do Ministério Público.

Fonte: Agência Brasil

 


 

10/08/2017 - Acordo possibilita troca de informações entre Justiça Federal, INSS e Secretaria de Previdência


O Conselho da Justiça Federal (CJF) promoveu, na manhã de terça-feira (8), em Brasília, a solenidade de lançamento do acordo de cooperação técnica entre o órgão, a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para a troca de informações previdenciárias. O objetivo é propiciar maior agilidade nos processos em trâmite na Justiça Federal, principalmente naqueles em que o INSS seja parte.


O documento, assinado em 19 de julho, possibilita o acesso da Justiça Federal ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), ao Sistema de Benefícios (Sisben) e ao Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi).


Por sua vez, a Justiça Federal vai oferecer informações relativas às ações judiciais, como número da ação, dados relativos ao autor, espécie de benefício e de ação, sentença de procedência ou de improcedência, acordos homologados, valor de precatório e de Requisição de Pequeno Valor (RPV).


Intercâmbio importante

Na solenidade desta terça, a presidente do CJF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, disse que o acordo de cooperação técnica vai melhorar a prestação jurisdicional nos casos que envolvem matéria previdenciária. “É um intercâmbio muito importante, que tem como finalidade a cooperação de dados constantes dos cadastros geridos pelo Ministério da Fazenda e pelo INSS, dos sistemas processuais da Justiça Federal e das ações judiciais de que o INSS seja parte”, destacou.


A ministra também ressaltou “o total compromisso do CJF com a melhoria dos serviços prestados à sociedade”, além da disposição de dialogar com os órgãos signatários. Laurita Vaz afirmou que os direitos previdenciário e assistencial são temas da maioria das demandas que tramitam na Justiça Federal.


A solenidade também contou com a presença do ministro Humberto Martins, vice-presidente do CJF e do STJ.


Ganho para todos

De acordo com o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Abi-Ramia Caetano, essa sistemática de troca de informações levou em conta, principalmente, a melhoria do atendimento à população: “Eu vejo nesse acordo uma grande possibilidade de ganhos generalizados. Ganhos para a minha equipe da secretaria, ganhos para a Justiça Federal, ganhos para o INSS, mas, mais do que tudo, mais do que para essas partes do governo, o ganho para o cidadão, para as pessoas.”


O defensor público federal Eduardo Flores Vieira, assessor da presidência do INSS, disse que a celebração do acordo de cooperação representa um marco para os atores do sistema de Justiça e da administração pública federal, que, segundo ele, “souberam enxergar essa oportunidade de desburocratizar os procedimentos” e, com isso, avançar para um serviço de qualidade.

Fonte: STJ

 


 

10/08/2017 - Turma considera nula atuação de preposto que não era empregado


Um ex-agente de disciplina conseguiu, em recurso julgado pela Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a aplicação da pena de confissão ficta (falta de depoimento pessoal da parte) ao Instituto Nacional de Administração Prisional, de Cascavel (PR), que foi representado em juízo por preposto que não era seu empregado. Segundo a Turma, a admissão do depoimento do preposto pelas instâncias inferiores contrariou a jurisprudência atual do TST, que só admite que ele não seja empregado quando se tratar de empregador doméstico ou micro e pequeno empresário.


Na audiência inaugural da reclamação trabalhista, na qual o agente pedia verbas como horas extras, adicional de periculosidade e indenização por dano moral, o instituto foi representado por pessoa que não fazia mais parte de seus quadros. Desde o primeiro grau, o trabalhador alegou que, por esse motivo, a empresa deveria ser considerada revel. Todavia, o tanto o juízo de primeiro grau quanto o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) mantiveram o depoimento do preposto, entendendo que o artigo 843 da CLT não exige o vínculo de emprego do preposto, exigindo apenas que tenha conhecimento dos fatos e poderes de representação.


O caso foi revertido no TST. De acordo com o relator do recurso do agente, ministro Lelio Bentes Corrêa, o entendimento do TRT contraria a Súmula 377 do TST, que exige a condição de empregado. Em decisão unânime, foi dado provimento ao recurso do trabalhador para aplicar os efeitos da confissão ficta, com a devolução do processo ao TRT para o reexame da questão.


Reforma trabalhista

Durante o julgamento, os ministros observaram que a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) alterou a redação do artigo 843 da CLT, passando a dispor explicitamente que o preposto “não precisa ser empregado da parte reclamada”. A nova lei, contudo, só entra em vigor 120 dias depois de sua publicação oficial, ocorrida em 14/7/2017. Processo: RR-439800-33.2007.5.09.0071

Fonte: TST

 


 

10/08/2017 - Acidente de trabalho que deixa sequelas na voz gera dano estético, decide TRT


Publicado por Edicelia Lemos
 

Uma indústria de couro do município de Mirassol D'Oeste foi condenada a pagar danos estéticos a uma ex-empregada que teve lesão nas cordas vocais após ficar exposta a produto químico no horário de serviço. A inalação do produto trouxe uma série de prejuízos à saúde da trabalhadora que apresentou ainda convulsões, tonturas, depressão e ansiedade.


Ela fazia faxina na empresa e também a limpeza das peças de couro para retirada da gordura, após ficarem imersas em produtos químicos, atividade que exigia grande esforço físico. Em março de 2014, quando realizava a faxina no local, um colega de trabalho foi fazer a limpeza de uma máquina com produtor químico. Houve formação de fumaça que foi inalado pela trabalhadora.


De imediato, ela começou a tossir, perdeu o fôlego, desmaiou no local e foi atendida pelos colegas. Em seguida, foi levada ao Hospital Regional de Cáceres mas, em decorrência da gravidade do seu quadro clínico, encaminhada para um hospital com mais recursos em Cuiabá. Os exames médicos comprovaram queimaduras na pele e lesões na garganta.


No período em que ficou internada, teve várias crises convulsivas, ficou sem fala por 12 dias e ainda descobriu que tinha uma doença degenerativa na coluna que, segundo a trabalhadora, havia sido agravada pelos esforços de sua atividade na empresa.


Ela retornou para o trabalho mas se sentiu mal por diversas vezes e a fala não foi totalmente recuperada. Ao ficar grávida teve que parar de tomar a medicação, voltando a sofrer várias crises convulsivas. Por fim, foi dispensada em maio de 2015, ainda durante o período da gravidez.


Na Justiça, a empresa se defendeu alegando que prestou toda a assistência no momento do acidente e ainda arcou com os gastos do tratamento. Argumentou ainda que o quadro de depressão e ansiedade não está relacionado à inalação de produto químico e sim com o abuso sexual e abandono familiar que ela sofreu durante a infância.


O perito nomeado concluiu que a intoxicação por inalação e ingestão por produto químico provocaram “choque anafilático grave com tontura, dispneia, perda da consciência, crises convulsivas, queimadura química na orofaringe e nas cordas vocais”. Lesões que, conforme o laudo pericial, estavam diretamente relacionadas a intoxicação causada pela inalação do produto.


A sentença, proferida na Vara do Trabalho de Mirassol D’Oeste, determinou o pagamento de 10 mil reais por danos morais considerando o abalo moral e as sequelas definivas na voz da trabalhadora. Valor que foi considerado alto por parte da empresa, mas insuficiente para reparar os danos sofridos, segundo a trabalhadora. O recurso de ambas as partes foi levado a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT).


A 1ª Turma reconheceu que o dano estético não se resume a casos de deformidade física. Entendimento que vem sendo adotado na jurisprudência brasileira definindo que é de reparação por dano estético acidentes que causar alteração da voz. “Por considerar que tal reparação não se restringe aos casos de deformidade física, pois deve ser considerada a imagem da pessoa em toda a sua dimensão, encontrando-se a voz inserida dentro dos atributos com os quais o indivíduo se mostra ao mundo exterior”, explicou o relator do processo, Tarcísio Valente.


Com base nas provas periciais, a 1ª Turma do TRT determinou o pagamento de lucros cessantes, pagamento de danos morais e de danos estéticos.

Fonte: Jusbrasil

 


 

09/08/2017 - Centrais querem contribuição sindical maior do que imposto cobrado hoje


UGT e Força Sindical defendem que os trabalhadores paguem de 6% a 13% de um salário mensal para financiar as entidades;

novo porcentual, que vai substituir o imposto sindical (de 4,5% de um salário), será definido em assembleia


O imposto sindical vai deixar de existir em novembro, com a entrada em vigor da reforma trabalhista, mas a contribuição que os trabalhadores dão aos sindicatos pode aumentar com a mudança. Agora, em vez de ter um dia de trabalho descontado todo ano (o correspondente a 4,5% de um salário), a contribuição será decidida em assembleia, sem um teto estabelecido. Duas das maiores centrais do País, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força Sindical, defendem que de 6% a 13% de um salário mensal sejam destinados anualmente ao financiamento das entidades.


Criada para financiar a estrutura sindical, a nova “contribuição por negociação coletiva” é apoiada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), UGT e Força. Juntas, elas representam 51,8% dos trabalhadores sindicalizados. O valor defendido pela Força e UGT, porém, faria com que os empregados pagassem mais que um dia de trabalho aos sindicatos. O presidente da UGT, Ricardo Patah, defende 6% de um salário. “É um valor equilibrado que poderia ser dividido em 12 vezes.”


O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, cita valor que poderia oscilar de 8% a 13%. Maior entidade do País, a CUT não divulga valor de referência e não participa do debate por considerar o governo Temer ilegítimo, mas historicamente manteve posição favorável à criação da contribuição. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não emitiu posição oficial.


O presidente Michel Temer informou às centrais que o substituto do imposto sindical será regulamentado por Medida Provisória. O texto, porém, não deve trazer um porcentual a ser cobrado dos trabalhadores. Por isso, sindicalistas debatem qual valor é necessário para manter o funcionamento da estrutura sindical.


O modelo em debate prevê aprovação anual, pelos trabalhadores, do valor a ser pago na mesma ocasião em que empregados e patrões negociam reajuste anual de salário. A contribuição será paga por todos os empregados beneficiados pela negociação coletiva – inclusive os não sindicalizados. Isso, na prática, torna a contribuição negocial obrigatória aos que tiverem reajuste anual de salário conforme o acertado na negociação coletiva liderada pelo sindicato. O funcionamento dessas assembleias está em discussão. Por enquanto, prevalece proposta de que o quórum mínimo dessas reuniões poderá ser de apenas 10% dos trabalhadores representados.


Congresso

Essa nova contribuição tem sido negociada dentro do esforço do Palácio do Planalto em obter apoio dos parlamentares para evitar resistência do Congresso à MP que também ajustará pontos da reforma trabalhista – como o trabalho insalubre de grávidas e contratos intermitentes. Duas centrais – a Força e UGT – têm demonstrado mais simpatia ao modelo costurado com Temer e já se movimentam para tentar convencer deputados. O esforço é importante depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a dizer que não aprovaria uma MP para mudar a reforma aprovada pela Casa.


Questionado sobre o aumento do valor a ser pago pelos trabalhadores, o secretário-geral da Força disse que “não é possível comparar” com o modelo atual porque a existência de negociação permitirá, em tese, que nem haja contribuição. Patah lembra ainda que, além do imposto sindical, trabalhadores sindicalizados também pagam contribuição assistencial e há casos de pagamento confederativo. “Hoje, em algumas situações o total pode chegar a 20% de um salário”, diz. “As três serão substituídas por uma. Com certeza, o valor vai cair.”


As contribuições assistencial e confederativa, no entanto, são pagas exclusivamente por sindicalizados – parcela minoritária do mercado. Segundo o IBGE, apenas 19,5% dos trabalhadores são ligados oficialmente a um sindicato. Portanto, a maioria dos empregados – 80,5% da força de trabalho – paga apenas o imposto sindical.


Em 2016, o imposto sindical arrecadou R$ 3,53 bilhões. Confirmado o novo porcentual citado por UGT e Força, o valor poderia saltar para R$ 10,2 bilhões com desconto de 13%.

Fonte: Estadao

 


 

09/08/2017 - Temer anuncia que R$ 7 bi de lucro do FGTS serão divididos entre trabalhadores


O presidente Michel Temer antecipou nesta quarta-feira (8) que R$ 7 bilhões referentes ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) serão distribuídos entre os trabalhadores. O anúncio oficial deve ocorrer na quinta-feira (10).


De acordo com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, o valor equivale a 50% do lucro líquido do fundo em 2016. Será depositado para os trabalhadores com conta no FGTS até 31 de dezembro do ano anterior. "Essa é a regra. Isso vai para a conta das pessoas e nós iremos pagar àqueles que tiverem direito a fazer o saque”, disse.


Segundo Occhi, os dividendos serão distribuídos até o dia 31 de agosto. Ele acrescentou que os detalhes – como índice a ser utilizado, valores, quais trabalhadores terão o benefício e quem poderá sacar – serão anunciados pelo presidente na quinta-feira.


“Ainda temos que fechar o balanço do fundo de garantia, será fechado essa semana e a Caixa vai estar preparando toda essa distribuição dos dividendos ao trabalhador. O que muda é que pela primeira vez há uma distribuição dos lucros do FGTS”, finalizou Occhi.


Antes, todo o lucro do fundo ficava para os cofres públicos.


Linha de crédito

A Caixa Econômica Federal lançou nesta terça-feira uma linha de crédito destinada ao setor empresarial para financiar produção de loteamento urbano. Esta é a primeira linha de crédito do país criada para o setor e terá orçamento de R$ 1,5 bilhão para contratação. Empresas urbanizadoras ou loteadoras com faturamento fiscal anual superior a R$ 15 milhões podem acessar o crédito, chamado de Produlote.

O presidente Michel Temer esteve presente no evento de lançamento, que ocorreu na sede do Secovi, na capital paulista, e disse que a linha de crédito é uma antiga demanda. “Um anseio do passado foi concretizado no nosso governo. Muitos outros anseios, por exemplo, da modernização da legislação trabalhista é uma coisa que se falava há 20, 30 anos e ninguém fazia. Nós fizemos em benefício do emprego, do trabalhador, do empresariado”, disse.


O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que há a expectativa de geração de 70 mil novos empregos a partir do lançamento do crédito, que será disponibilizado para empresas de todo o Brasil, mas com foco na área urbana. “Nós não vamos incentivar construção destes empreendimentos em áreas mais afastadas do centro urbano, porque queremos ter uma política de desenvolver um local em que haja não só a infraestrutura urbana, mas também equipamentos – comércio, saúde, segurança, escolas, universidades”, disse.


Depois que os lotes já estiverem totalmente regularizados, os clientes (pessoa física) poderão financiar também a aquisição de terreno e construção de moradia própria. “Vamos exigir saneamento, água, pavimentação, energia elétrica, toda a infraestrutura necessária para que uma pessoa possa adquirir esse terreno e possa imediatamente, se for de interesse dela, fazer a construção da sua moradia”, acrescentou.


Crise

Sobre o cenário político após a divulgação das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer disse que muitas vezes as crises são produzidas e não vão paralisar o governo. “Tanto é que a reforma trabalhista, a modernização trabalhista, foi aprovada nesse período; as medidas provisórias, foram 12 ou 14 convertidas em lei nesse período. Este ato que estamos praticando aqui [crédito para lotes urbanos] foi produzido nesse período. O governo não vai parar, ninguém vai paralisar o país por mais esforço que façam, por mais catastrofista que sejam as suas falas, não vão parar o país”, disse.


Aumento de impostos

Em discurso no evento, o presidente do Secovi-SP – o sindicato dos empresários da habitação de São Paulo –, Flávio Amary, pediu que Temer não aumente os impostos. Ao citar ações do governo federal como planos de demissões voluntárias, redução dos ministérios, lei das estatais, ele disse, que para o setor produtivo, é importante que o foco seja “atacar a despesa”.


“O apelo é que o foco continue na remissão das despesas, que a gente não tenha notícias de aumento de impostos, que a gente não traga mais dificuldade”, disse Amary. “Por favor, presidente, continue com esse foco e não vamos falar de tributação daquilo, de lá ou de acolá, e vamos tentar construir esse ajuste fiscal com foco na despesa e não no aumento de receita”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/08/2017 - Subcomissão para criar Estatuto do Trabalho será instalada nesta quarta-feira


Criada na semana passada, a Subcomissão Temporária sobre Reforma Trabalhista e Estatuto do Trabalho (CDHRTET) será instalada nesta quarta-feira (9), após a reunião deliberativa da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Na reunião, serão eleitos presidente e vice-presidente do colegiado para o biênio de 2017/2018.


Para criar a subcomissão sobre Reforma Trabalhista, a CDH decidiu encerrar a subcomissão temporária que tratava de um marco legal sobre o uso da maconha no país. Como ela não chegou a ser instalada, deu lugar a esta nova, com foco na reforma trabalhista, a fim de criar um Estatuto do Trabalho.


A decisão foi tomada porque a CDH pode contar somente com quatro subcomissões em funcionamento ao mesmo tempo. Hoje, existem três subcomissões oficialmente criadas: a Subcomissão Permanente de Justiça de Transição; a Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher; e a Subcomissão do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas. A ideia da nova subcomissão partiu do senador Paulo Paim (PT-RS).


A reunião será a partir das 11h, no Plenário 2 da Ala Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/08/2017 - Produção industrial cresce em nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE


A produção industrial brasileira cresceu em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e junho, apesar de mostrar estabilidade na média nacional. As principais altas foram observadas no Rio de Janeiro (3,1%), Amazonas (2,8%), Pernambuco (1,7%) e Minas Gerais (1,6%).


Também tiveram crescimento na produção industrial no período São Paulo (0,8%), Paraná (0,5%), Espírito Santo (0,1%), Ceará (0,1%) e Goiás (0,1%). Cinco locais tiveram quedas entre maio e junho: Bahia (-10%), Região Nordeste (-4%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pará (-0,4%) e Santa Catarina (-0,1%).


Na comparação de um mês para outro, o IBGE analisa 13 estados e a Região Nordeste, que inclui os resultados de Bahia, Ceará e Pernambuco, além dos outros seis estados da região que têm indústrias menores.


Já nos demais tipos de comparação, o IBGE também estuda o comportamento da indústria de Mato Grosso. Na comparação com junho de 2016, oito dos 15 locais registraram alta, com destaque para o Espírito Santo (10%). Mato Grosso manteve-se estável e seis locais tiveram queda, entre eles a Bahia (-10,9%).


No acumulado de 2017, foram observados crescimentos em dez locais, com destaque para o Espírito Santo (4,5%). Cinco locais tiveram queda, sendo a mais acentuada registrada pela Bahia (-7,4%).


Já no acumulado de 12 meses, apenas quatro anotaram altas: Pará (4,1%), Rio de Janeiro (1,8%), Santa Catarina (1,1%) e Paraná (0,8%). Onze locais tiveram quedas na produção, com destaque para a Bahia (-8,7%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/08/2017 - Governo diz que não vai mandar ao Congresso aumento do Imposto de Renda


Em uma nota divulgada na noite dessa terça-feira, a Presidência da República nega que vá encaminhar ao Congresso Nacional projeto para aumentar a alíquota do Imposto de Renda.


Em entrevista dada ontem, o presidente Michel Temer disse que há estudos no Ministério da Fazenda e do Planejamento neste sentido, mas que não tinha nada decidido. A declaração do presidente repercutiu na Câmara, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, chegou a afirmar que qualquer aumento de Imposto de Renda não seria aprovado pelo Plenário.

 

Na nota divulgada, a secretaria de comunicação do Palácio do Planalto alega que Michel Temer fez uma menção genérica de estudos da área econômica. E que esses estudos priorizam reduzir despesas e cortar gastos na tentativa de evitar o aumento da carga tributária.

Fonte: Portal EBC

 


 

09/08/2017 - Ministro avisa que tentativa de burlar lei trabalhista será penalizada


Durante palestra a entidades empresariais e sociais, em Lajeado (RS), Ronaldo Nogueira assegurou que todos os direitos dos trabalhadores estão garantidos na modernização da CLT


O ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, voltou a sustentar, nessa segunda-feira (7), que os direitos dos trabalhadores estão assegurados na modernização da legislação trabalhista e fez um alerta: ninguém poderá usar as novas normas como justificativa para descumprir a lei e desrespeitar os direitos dos trabalhadores. “Quem tentar burlar a lei será notificado, será multado, será penalizado”, advertiu, depois de palestrar em reunião-almoço do Fórum das Entidades Empresariais e Sociais de Lajeado (RS), no salão de eventos da Associação Comercial e Industrial do município (Acil).


Durante a palestra, Ronaldo Nogueira destacou que a modernização trará segurança jurídica às empresas, na gestão dos relacionamentos com os trabalhadores. "Não tem como manter a contribuição de impostos se não houver empreendedores. Não haverá empregos se não houver empresas. A modernização da legislação trabalhista foi construída com muito diálogo. O Brasil não podia esperar mais. Nós precisamos unir o Brasil", falou o ministro, para um público de cerca de 150 líderes empresariais, comunitários e políticos.


Ele previu melhoras no mercado de trabalho, com geração de empregos. “O trabalhador vai continuar com os mesmos direitos, sem nenhum prejuízo. Pelo contrário, nós teremos segurança jurídica e, por consequência, mais geração de empregos, o que é fundamental”, ressaltou.


Segundo o ministro, dos 39 milhões de empregos formais no Brasil, 85% são proporcionados por micro e pequenos empresários. “Às vezes, são micro e pequenas empresas que geram cinco empregos. É o pequeno empreendedor que paga aluguel, pois não tem casa própria para morar, cujos filhos estudam em escola pública, que está gerando emprego”, comentou.


Modernidade - Segundo o ministro, quem disse que a modernização eliminaria direitos é que vai ter de se manifestar, quando os trabalhadores constatarem que continuarão usufruindo dos mesmos direitos que tinham antes da reforma. A diferença é que a legislação aprovada vai oportunizar a modernidade e as condições de ajustar o mercado conforme as oportunidades que a própria modernidade oferece. “Precisamos oferecer trabalhos conforme a realidade de hoje”, declarou.


Um dos objetivos da modernização, acrescentou o ministro, é tirar os trabalhadores da informalidade, para que todos possam usufruir dos mesmos direitos daqueles que têm carteira assinada. Nesse sentido, ele citou os profissionais de Tecnologia da Informação (TI). “Muitos que trabalham principalmente na área de TI, que vai ser contemplada pelo trabalho em casa, sairão da informalidade e poderão ser contratados pela CLT para trabalhar na sua própria casa, por produtividade”, comentou.


Convenção coletiva - Ele também corrigiu a informação de que a modernização promoverá a vigência do “acordado sobre o legislado”. Segundo Ronaldo Nogueira, esse foi um conceito amplamente propagado, mas não é isso que diz a lei. “A lei vai prestigiar a convenção coletiva, dando força de lei à convenção coletiva, para deliberar sobre determinados itens. São itens que possibilitam ao trabalhador usufruir de uma forma mais vantajosa de seus direitos”, afirmou.


No entanto, de acordo com o ministro, a convenção coletiva não poderá desconstituir ou revogar direitos. “Ela possibilita que o trabalhador escolha a forma mais vantajosa, mas somente sobre aqueles itens especificados na lei”, salientou.


A convenção coletiva não poderá, por exemplo, deliberar sobre qualquer situação que comprometa a saúde e a segurança do trabalhador, pois esses casos não são definidos por acordos entre empresas e trabalhadores. “O ambiente insalubre quem define, tecnicamente, é o próprio Ministério do Trabalho”, destacou Ronaldo Nogueira. “Algo que coloca em risco ou comprometa a saúde do trabalhador não pode ser definido por uma convenção coletiva. Já existem estudos técnicos que definem o que é ou o que não é uma atividade insalubre.”


A modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovada pelo Senado Federal no último dia 11 de julho e sancionada pelo presidente Michel Temer dois dias depois. A lei entrará em vigor na data da sua publicação, que deve ocorrer até 120 dias após a sanção, valendo para todos os contratos de trabalho no Brasil.

Fonte: MTb

 


 

09/08/2017 - Servidor tem 5 anos para pedir inclusão de insalubridade em aposentadoria


O servidor público que deseja incluir no cálculo da aposentadoria o tempo de serviço que trabalhou como celetista em condições insalubres tem cinco anos para pedir a revisão do valor do benefício. Assim entendeu o Superior Tribunal de Justiça ao atender recurso da Advocacia-Geral da União.


A AGU questionou decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que havia entendido que a prescrição atingiria somente parcelas vencidas antes do quinquênio que precedeu o ajuizamento da ação.


A ação foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais da Saúde e Previdência Social de Pernambuco, que pretendia revisar a aposentadoria de dez auxiliares de enfermagem.


No recurso contra o acórdão do TRF-5 que considerou possível a revisão, a AGU alertou que o entendimento afrontava a jurisprudência consolidada do STJ no sentido de que “a revisão do ato de aposentadoria para a contagem especial do tempo de serviço insalubre exercido durante o regime celetista submete-se ao prazo prescricional de cinco anos contados da concessão do benefício, nos termos do art. 1º do Decreto 20.910/1932”.


A AGU lembrou que, no caso de auxiliares de enfermagem, as aposentadorias foram concedidas há mais de sete anos, de modo que a pretensão de revisão já estaria prescrita. Por unanimidade, a 2ª Turma do STJ acolheu os argumentos da AGU e julgou procedente o recurso, reconhecendo a prescrição. Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU. (Resp 1.259.558)

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

09/08/2017 - Proposta limita em 20% multa trabalhista decorrente de conciliação


A Câmara dos Deputados analisa proposta que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT Decreto-Lei 5.452/43) para limitar em 20% a multa decorrente do não cumprimento de acordo firmado em audiência de conciliação.


Pelo texto, a parte que descumprir o acordo ficará obrigada a satisfazer integralmente o proposto e a pagar multa não superior a 20% sobre o total do valor acordado. A medida está prevista no Projeto de Lei 6724/16, deputado Marinaldo Rosendo (PSB-PE).


Pela regra atual, a parte que descumpre o acordo fica sujeita a pagar uma indenização definida pelo juiz. “Entretanto, difundiu-se no âmbito trabalhista que, havendo atraso na quitação da parcela, aplica-se uma multa de 100% em desfavor do devedor”, diz o autor.


Para Rosendo, entretanto, as multas não devem ter o objetivo de provocar o enriquecimento da parte e não podem deixar de atender os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. “Por isso, nossa sugestão é estabelecer um limite de 20% para a multa convencional”, acrescentou.


Acordos

Rosendo explica que, na maioria dos casos, os acordos judiciais são obtidos pela redução à metade do valor inicialmente pedido pelo reclamante, ou seja, a multa de 100% significa, na prática, deixar de conceder o desconto conseguido no acordo.


O projeto prevê ainda que, não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo estabelecido, o débito será acrescido de juros e multa de até dez 10%, incidente apenas sobre o valor pendente de quitação e não sobre o valor total do débito.


A proposta abre ainda a possibilidade de não aplicação de multa nos casos de quitação fora do prazo em que o juiz reconheça a boa-fé do devedor.


A conciliação constitui uma das fases da Justiça do Trabalho e é reconhecida como uma ferramenta importante para resolver conflitos de natureza patrimonial.


Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

08/08/2017 - MP que altera pontos da reforma trabalhista deve ser editada em agosto


A medida provisória (MP) que vai alterar pontos da reforma trabalhista deve ser editada ainda em agosto, disse nesta segunda-feira (7) o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que foi um dos relatores da proposta. O parlamentar participa de um grupo com senadores, o relator da reforma na Câmara e representantes do governo federal, que busca convergência em torno do conteúdo da MP, que irá alterar pontos específicos do texto aprovado pelo Congresso Nacional e já sancionado pelo presidente Michel Temer.


"Eu acho que é a tendência [ser editada em agosto]. Estamos trabalhando com esse objetivo. Agora, o que está nos movendo mais: é o tempo ou é fazer uma lei que não descaracterize os princípios que fazem parte do escopo ou do objetivo original? Se tiver que gastar 10 dias a mais ou 15 dias a mais, a nossa tese é que a pressa é inimiga da perfeição", disse Ferraço após participar de uma debate sobre a reforma na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.


A lei foi sancionada, sem vetos, no dia 13 de julho. Durante a tramitação no Senado, o governo fez uma promessa aos parlamentares de que alteraria, posteriormente, os pontos mais polêmicos do texto aprovado pela Câmara. A intenção era acelerar a tramitação, uma vez que, caso os senadores fizessem mudanças ao texto da Câmara, o projeto teria que voltar a ser analisado pelos deputados para só depois ser sancionado.


A previsão de Ferraço é de que a MP leve até quatro meses para ser discutida no Congresso. Como entra em vigor na data de sua publicação, o texto já efetivará as alterações mesmo que o debate parlamentar não tenha se encerrado quando a reforma entrar em vigor, em novembro.


Além de Ferraço, discutem a MP membros do Ministério do Trabalho, o relator da reforma na Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Armando Monteiro (PTB-PE) e Marta Suplicy (PMDB-SP).


O senador disse que não há hipótese de a MP descaracterizar a lei e afirmou acreditar que já foi superada a posição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que inicialmente se opôs a mudanças na legislação. "Em um primeiro momento houve esse desabafo, mas depois a realidade se impôs", disse Ferraço sobre a declaração de Maia.


Alterações

Ferraço disse que, entre os pontos em que ainda não há consenso sobre o texto, está a liberação para que gestantes e lactantes trabalharem em local insalubre. Além disso, o grupo também discute questões operacionais sobre a jornada intermitente, como a penalidade para patrões e empregados que descumprirem o que foi acordado. Nesse tipo de trabalho, são alternados períodos de prestação de serviços e de inatividade, independentemente do tipo de atividade do empregado.


O senador afirmou que já há pontos definidos quanto à jornada intermitente, como a definição de que o salário por hora de quem trabalhar nesse regime terá que ser igual a quem trabalhar com uma jornada semanal mais extensa.


Quanto às gestantes e lactantes, Ferraço afirmou que a questão é "sensível", e ponderou que a proibição pode levar a restrições para a empregabilidade das mulheres em áreas como a da saúde. "A insalubridade se apresenta em níveis diferenciados. Em um hospital, a insalubridade da sala de imagem não é a mesma da recepção", disse ele.


O senador afirmou que um dos pontos que já é consenso no grupo é a inclusão da discriminação por orientação sexual entre as possibilidades de dano extrapatrimonial em que o trabalhador pode ser indenizado. "Estamos ampliando esses princípios, que são valores de uma sociedade com diversidade", disse ele.


A MP deve alterar também o cálculo do pagamento máximo de indenização por dano extrapatrimonial, que passará a levar em conta o benefício máximo do INSS, em vez do salário do empregado. "Há um debate de que isso [vincular ao salário] nivela por baixo o valor da vida. E está sendo alterado para esse princípio, relacionado aos benefícios do regime geral porque vale para todos".


O dano leve poderá custar uma indenização de até três vezes o benefício máximo. Esse valor sobe para cinco vezes no dano médio, para 20 vezes no dano grave e para 50 vezes, no gravíssimo. Em caso de reincidência, a Justiça pode ainda dobrar a indenização.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/08/2017 - Paulo Paim: governo deve cobrar devedores para cobrir rombo na Previdência


O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a retomada dos trabalhos da CPI da Previdência, em pronunciamento nesta segunda-feira (7). Paim se disse surpreso com os números apurados pela comissão a respeito do rombo nas contas do INSS.


Segundo o senador, era esperado que os desvios de recursos da Previdência Social estivessem em torno de R$ 1 trilhão. Porém, de acordo com Paim, a CPI verificou que, de 2002 para cá, já foram desviados em torno de R$ 3 trilhões dos recursos que deveriam ser destinados às aposentadorias.


Na opinião de Paulo Paim, já está provado que a reforma da Previdência serve apenas para prejudicar trabalhadores e aposentados. Para ele, o governo precisa cobrar os maiores devedores da União.


— É quem não pagou que tem que pagar. Será que o Itaú vai ficar o dito pelo não dito? Bradesco, Caixa Econômica Federal, JBS? Só aí você se somar tudo dá mais do que R$ 10 bilhões, só nesses que eu citei — afirmou.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/08/2017 - Proposta da reforma da Previdência é criticada em CPI


Participantes de audiência pública promovida pela CPI que investiga as contas da Previdência Social criticaram duramente, nesta segunda-feira (7), a proposta de reforma previdenciária encaminhada pelo governo ao Congresso. Eles foram unânimes ao apontar falhas na proposta de emenda à Constituição, que tramita na Câmara dos Deputados. E apresentaram sugestões para melhorar as contas da Previdência. A audiência pública marcou o reinício dos trabalhos da CPI, que é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e tem como relator o senador Hélio José (PMDB-DF).


O diretor-executivo da Associação Nacional dos Aposentados, Deficientes, Idosos, Pensionistas e dos Segurados da Previdência Social (Anadips), Clodoaldo Batista Neri Júnior, disse que o governo faz projeções com base em período de recessão e usa dados demográficos pouco confiáveis. Ele lamentou o fato de as “regras mudarem durante o jogo e de forma unilateral” — o que comprometeria a confiança do trabalhador no sistema previdenciário.


Na visão do diretor da Anadips, o governo precisa repensar as anistias que comprometem recursos da Previdência. Ele chegou a sugerir que a apropriação desses recursos seja considerada crime de responsabilidade, com perda de mandato. Para o diretor, o governo deveria cobrar as dívidas de grandes devedores e pensar em uma nova contribuição previdenciária, numa reforma tributária mais ampla. Neri Júnior também disse que a Desvinculação de Receitas da União (DRU) tem impactado negativamente as contas da Previdência.


— Esse impacto o governo vai chamar de rombo e depois vai cobrar dos idosos, dos deficientes, dos mais pobres. Precisamos de uma Previdência que dê segurança e confiança ao trabalhador. Essa reforma, do jeito que está, é perversa, cruel e desumana, e desprotege quem deveria proteger — afirmou.


Representante do Instituto Brasileiro de Atuários (IBA), Marília Vieira Machado reconheceu que o Brasil precisa de uma reforma no sistema previdenciário, mas não a proposta pelo governo Temer. Segundo Marília Machado, as contas da Previdência deveriam ser unificadas, com a contabilidade separada das contas do governo.


— O financiamento da máquina pública deveria ser segregado das contas da Previdência. Entendemos também que deve haver um plano único para todos os brasileiros — disse.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

08/08/2017 - Saque das contas inativas do FGTS injeta R$ 44 bilhões na economia


A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira (7) que foram pagos mais de R$ 44 bilhões relativos às contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso representa 88% do valor atualizado disponível, de R$ 49,8 bilhões. Segundo o banco, a medida beneficiou mais de 25,9 milhões de trabalhadores.


Os saques foram feitos entre 10 de março e 31 de julho, apenas de contas que foram desativadas até 31 de dezembro de 2015. Mais de 31 milhões de atendimentos presenciais foram feitos nas agências.


Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal , Gilberto Occhi, não existe a possibilidade de prorrogação geral do saque. “Da parte da caixa não haverá esse pedido. Nós acreditamos que o governo já faz um grande gesto e todos esses recursos vieram para a economia de uma forma ou de outra”, disse. Ele contou ainda que 36% do valor foi usado pelos trabalhadores para pagamentos de dívidas; o restante foi para o consumo ou para poupança.


No entanto, quem comprovar que estava impossibilitado de sacar no período estabelecido, como no caso de presos e de doenças graves, poderá retirar o recurso até o dia 31 de dezembro de 2018.


Exceto nesses casos, quem perdeu o prazo, só poderá usar os recursos nas situações previstas anteriormente, como a compra da casa própria, aposentadoria, em caso de demissão sem justa causa, quando a conta permanecer sem depósitos por três anos ou no caso de algumas doenças.


Mais de 6,7 milhões de trabalhadores deixaram de sacar R$ 5,8 milhões. Segundo a Caixa, 80% dos trabalhadores que não fizeram o saque tinham valores menores que um salário mínimo.


Nova linha de financiamento

Para Occhi, o governo tem feito grandes esforços para retomar a economia, com a participação da Caixa. Segundo ele, no primeiro semestre de 2017, o financiamento imobiliário da Caixa aumentou 27%, em relação ao primeiro semestre de 2016.


“A Caixa tem a capacidade de melhorar a economia na área da construção civil”, disse Occhi, contando que hoje (8) , o presidente Michel Temer, anunciará uma nova linha de financiamento para o mercado imobiliário, para a produção de loteamentos e lotes urbanizados.


“Há um movimento de retomada da economia em diversos setores. Temos a possibilidade de ter um bom crescimento, de fazer ajustes e acredito que o Brasil vai ter uma condição melhor no próximo ano”, disse o presidente da Caixa.


Pagamento de dividendos

Ainda esta semana, segundo Occhi, o presidente Michel Temer deve anunciar as regras para o pagamento dos dividendos dos investimentos da Caixa com o FGTS. Todas as contas de FGTS que tinham saldo em 31 de dezembro de 2016 receberão os créditos correspondentes àquele ano. O pagamento será feito até 31 de agosto, na proporcionalidade das contas dos trabalhadores.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/08/2017 - CAS analisa projetos que permitem saques antecipados do FGTS


Dois projetos que permitem aos trabalhadores sacarem os recursos da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão na pauta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Um deles prevê a autorização para trabalhadores com mobilidade reduzida para a compra de automóveis. O outro prevê a movimentação na conta para que o trabalhador possa arcar com o custeio ou o ressarcimento de despesas com planos de saúde. A reunião está marcada para quarta-feira (9), após audiência pública que começará às 9h.


Atualmente, a lei que trata do FGTS já prevê várias situações em que o trabalhador está autorizado a movimentar sua conta do FGTS. Entre essas situações estão: aquisição de imóveis, demissão sem justa causa e doenças graves.


O PLS 625/2015 prevê que o saque no FGTS poderá ser autorizado em benefício de trabalhador com mobilidade reduzida que necessitar adquirir veículo automotor próprio. O texto que será votado é o substitutivo (texto alternativo) do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) ao projeto original, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), já aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).


O substitutivo trouxe duas mudanças pontuais ao PLS. A primeira foi a autorização do saque do FGTS em favor apenas do trabalhador com “mobilidade reduzida”, e não para para qualquer trabalhador com deficiência, como previa a proposta original. A segunda alteração foi a eliminação da necessidade de prescrição, por profissionais da área de saúde, para que a pessoa tivesse acesso ao benefício.


O relatório da relatora na CAS, senadora Ana Amélia (PP-RS) é pela aprovação do texto como veio da CDH.


Saúde

O outro texto (PLS 376/2016) autoriza o trabalhador a movimentar sua conta do FGTS para arcar com o custeio ou o ressarcimento de despesas com plano de saúde. O projeto foi apresentado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que ressalta o fato de mais de um milhão de brasileiros terem cancelado seus planos privados no último ano.


Para Caiado, há uma inversão de prioridade na lei, ao permitir o saque do fundo pelo trabalhador para ações como compra de imóvel, quitação de financiamento imobiliário e tratamento de doenças graves, e não autorizar para a prevenção de doenças. O relator da matéria, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), é favorável ao texto, com duas emendas de redação.


Os dois textos têm decisão terminativa na CAS. Isso significa que, se forem aprovados e não houver recurso para a votação em plenário, seguem direto para a Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/08/2017 - Dieese aponta alta de 0,13% no custo de vida em São Paulo


O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo aumentou 0,13% em julho na comparação com junho, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos últimos 12 meses, a taxa subiu 2,09% e, nos primeiros sete meses do ano, 0,92%.


Dos dez grupos pesquisados, quatro apresentaram avanços de preços. Os que influenciaram mais a elevação do ICV foram habitação (0,95%) e alimentação (0,12%). Entre os gastos em habitação que mais pressionaram o orçamento doméstico estão a conta de luz com alta de 6,15% e o gás de cozinha, 1,66%.


Em relação aos alimentos, a inflação foi constatada no consumo fora de casa (0,78%) e nos itens carne industrializada (0,62%), legumes (18,16%), hortaliças (3,33%) e frutas (2,20%). Em movimento oposto tiveram baixa a carne bovina (-1,18%), a suína (-2,54%), grãos (-1,91%); aves e ovos (-3,18%) e raízes e tubérculos (-4,02%).

Fonte: Portal EBC

 


 

08/08/2017 - INSS vai reconhecer aposentadoria por idade de forma automática


Depois do reconhecimento do direito, INSS enviará carta a segurado, que deverá requerer benefício por central de atendimento.


Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não precisarão mais comparecer a um posto de atendimento para pedir a aposentadoria por idade. Portaria publicada no “Diário Oficial da União” no dia 28 de julho determina que haverá o reconhecimento automático do direito, a partir da verificação das informações constantes nos sistemas corporativos do INSS e nas bases de dados do governo.


O INSS então enviará comunicado aos segurados sobre a concessão do benefício. O segurado poderá então requerer a concessão do benefício por meio do número 135. Para a realização do pedido será solicitada a confirmação dos dados pessoais, como ocorre no Sistema de Agendamento.


De acordo com a portaria, o benefício poderá ser confirmado no ato ou poderá ser solicitado contato posterior para confirmação.


A data da ligação para a Central 135 será considerada como a Data de Entrada do Requerimento.


Após processamento do reconhecimento do direito, o INSS enviará comunicado ao cidadão indicando as informações sobre os dados da concessão e pagamento do benefício.


Atualmente, o reconhecimento não é automático - o segurado precisa agendar o pedido pelo 135 e deve ir até uma agência da Previdência Social para dar entrada no requerimento.


Pente fino

Os aposentados por invalidez do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão alvos da próxima fase do Operação Pente-Fino, que está revisando os benefícios por incapacidade. O governo federal anunciou que, após a operação realizada para revisar o pagamento do auxílio-doença, o INSS revisará as aposentadorias por invalidez, já a partir deste mês.


Ao todo, serão convocados 1,5 milhão de pessoas que há mais de dois anos estão sem perícia. Dessas, 530 mil recebem o auxílio-doença e mais de 1 milhão são aposentados por invalidez com menos de 60 anos.


Até o momento, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de 200 mil benefícios de segurados que recebiam o auxílio-doença passaram por auditoria e 160 mil tiveram seus auxílios-doença cancelados.


O pente-fino nos benefícios por incapacidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já gerou uma economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Jusbrasil

 


 

08/08/2017 - Comissão de Trabalho aprova abono salarial para todos os empregados


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou projeto de lei (PL 4071/12) que concede abono salarial a todos os empregados urbanos e rurais, independente de os patrões serem pessoas físicas ou jurídicas, ou contribuintes do PIS/Pasep. A proposta altera a Lei 7.998/90, que instituiu o abono salarial.


Hoje, o abono é pago somente para os empregados de pessoas jurídicas contribuintes do PIS/Pasep. O texto aprovado acaba com essa vinculação, beneficiando, por exemplo, trabalhadores domésticos e rurais empregados por pessoas físicas, que não são obrigadas pela lei a recolher o PIS/Pasep.


O abono salarial é um benefício equivalente a um salário mínimo, pago anualmente aos trabalhadores que receberam em média até dois salários mínimos mensais no ano anterior. O benefício é custeado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que também administra o seguro-desemprego.


Mudanças

A proposta foi aprovada na forma de um substitutivo apresentado pela deputada Erika Kokay (PT-DF). O projeto é de autoria da Comissão de Legislação Participativa, e foi elaborado com base em sugestão formulada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Barbacena e Região, de Minas Gerais.


A versão original altera a Lei 9.715/98, regulamenta a contribuição social, para obrigar todos os empregadores, pessoas físicas e jurídicas, a contribuírem para o PIS/Pasep. Com isso, empregados de pessoas físicas passariam a ter direito ao abono salarial.


Kokay optou por não mexer na lei tributária, alegando que isso imporia um aumento da carga tributária para os pequenos empresários. “As políticas de emprego e renda implantadas no País ao longo dos últimos anos têm buscado desonerar e apoiar o pequeno empreendedor”, disse.


A opção da relatora foi alterar diretamente a lei do abono salarial. Kokay reconhece que a mudança elevará os gastos com o benefício, hoje cobertos basicamente pela arrecadação com o PIS/Pasep. Mas ela disse que a Lei 8.019/90 prevê que o orçamento federal poderá suplementar o FAT em caso de insuficiência de recursos para pagamento tanto do abono quanto do seguro-desemprego.


Para este ano, o orçamento federal autorizou uma dotação de R$ 15,8 bilhões para o pagamento do abono salarial.


Tramitação

Antes de seguir para o Plenário da Câmara, a proposta, que tramita em regime de prioridade, será analisada agora pelas comissões de Finanças e Tributação, que deverá o impacto orçamentário da proposta; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

​​ 07/08/2017 - FST apresentará denúncia à OIT sobre a reforma trabalhista, diz Artur Bueno


O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) esteve reunido quarta-feira (2) na sede da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL). O encontro definiu ações contra a reforma trabalhista, que serão realizadas nas bases e também em organismos internacionais.

Artur Bueno de Camargo, coordenador do FST e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins), falou sobre essas ações à Rádio Web Agência Sindical, no programa Plantão Sindical pela manhã.


Ele contou que o Fórum apresentará denúncia à OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre a reforma trabalhista que entra em vigor em novembro. "No dia 28 de agosto iremos a Genebra, na Suíça. Vamos apontar todas as irregularidades que esse governo está cometendo, como compra de votos de parlamentares para aprovação de uma reforma que ataca direitos dos trabalhadores e também o movimento sindical", disse o coordenador do FST.


Segundo Artur Bueno, até 11 de agosto também será distribuído aos Sindicatos material de divulgação, informando sobre os prejuízos que a reforma causará aos trabalhadores.


"Nós estaremos com ações em todo o País. Acreditamos que até outubro vamos conseguir atingir todas as entidades que formam a base das Confederações. Além disso, até lá, vamos elaborar um Projeto de Lei de iniciativa popular para tentar eliminar todos os itens que destroem a CLT", destacou.


O dirigente destacou a necessidade de reforçar no sindicalismo "uma cultura de luta de classes". "Nós trabalhamos muito bem quando é para defender nossa categoria específica. Mas quando precisamos fazer uma luta de classe, nós temos dificuldades", comenta Artur.


"É preciso levar para as bases todas as informações sobre o que realmente está para acontecer. Temos que esclarecer os trabalhadores sobre as perdas com a nova lei trabalhista. Além disso, eles precisam saber quem são os políticos votaram pela retirada dos direitos", diz.


CNT - O FST, junto com as 20 Confederações que integram o Fórum, irá cobrar o compromisso assumido pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, de conceder assento no Conselho Nacional do Trabalho – criado no governo Lula e que agora volta a funcionar.

Fonte: Agência Sindical

 


 

07/08/2017 - Reforma da Previdência será "a possível", diz Temer em entrevista

O presidente Michel Temer disse, em entrevista publicada sábado (5) pelo jornal O Estado de S. Paulo, acreditar que a reforma da Previdência será aprovada no Congresso até o final de outubro, mas admitiu que ela não será “abrangente” como inicialmente previsto, parecendo-se mais com uma “atualização previdenciária”.


“A gente faz agora a reforma que é possível. E, sendo uma reforma possível, ela não será tão abrangente como deveria sê-lo. Então, é possível que daqui a seis, sete, oito anos, tenha que fazer uma nova atualização”, disse o presidente na entrevista, que segundo o jornal durou cerca de 1 hora e foi realizada sexta-feira (4), no gabinete presidencial.


Temer afirmou que a reforma não deve se restringir somente à aprovação de uma idade mínima para a aposentadoria, mas levar a cabo também medidas para reduzir as diferenças entre os sistemas de Previdência privados e públicos.


O presidente deu as declarações pouco depois de ter obtido, na última terça-feira (2), na Câmara dos Deputados, 263 votos para interromper a análise, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de uma denúncia por corrupção passiva apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendo como base a delação dos donos da empresa JBS.


Apesar de suficiente para suspender a possível abertura de ação penal contra o presidente, o placar da votação ficou abaixo do previsto pela liderança do governo no Congresso. O resultado também é menor do que os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência.


“Muita gente que votou contra mim vota a favor da Previdência. Nós podemos chegar a 310 votos”, disse Temer. “Eu não acredito que eles votem contra o Brasil”, afirmou depois, numa parte da entrevista que citava especificamente os 21 votos contrários a ele dados por deputados do PSDB, uma das principais siglas da base aliada.


Temer acrescentou que as reformas política e tributária também continuam a ser tratadas como prioritárias pelo governo. Ele não descartou que o governo analise a possibilidade de novos aumentos de impostos e também a alteração da meta fiscal deste ano, diante da dificuldade do governo de fechar as contas.


Lava Jato

Ao ser questionado sobre a possibilidade de nova denúncia contra ele feita pelo procurador-geral Rodrigo Janot, Temer afirmou que “se vier uma nova, vamos enfrentá-la”, e voltou chamar a postura do chefe do Ministério Público Federal de “institucionalmente condenável”.


Temer disse esperar que, com a posse em setembro da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, um “rumo correto” seja dado à Operação Lava Jato. “O rumo certo é o cumprimento da lei. Rigorosamente o cumprimento da lei”, afirmou.


Ao ser perguntado sobre possíveis mudanças no comando da Polícia Federal, Temer respondeu “Não sei. Este é um assunto que está sendo estudado pelo Ministério da Justiça”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

07/08/2017 - Quase 2 milhões de servidores podem se aposentar nos próximos dez anos

 

Um terço dos funcionários públicos do Brasil já completou 50 anos. Na prática, isso significa que são quase 2 milhões de servidores cinquentões, entre os 6,2 milhões de funcionários públicos do Brasil com cargos estáveis na União, nos Estados e nos municípios. Esse grupo, com direito à aposentadoria nos regimes de Previdência pública, vai atingir a idade mínima necessária para deixar a ativa ao longo da próxima década, causando enorme pressão sobre os gastos.


Os dados, conseguidos em primeira mão pelo Estado, constam de uma nota técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O pesquisador Claudio Hamilton dos Santos, coordenador do estudo, faz um alerta. Como a concentração de gastos com novos aposentados vai ocorrer num momento de colapso fiscal, haverá uma enorme restrição financeira para repor o efetivo.


O levantamento do Ipea se concentra na análise dos Estados, onde a situação tende a ser mais grave. Na média, metade dos servidores hoje na ativa nos Estados tem direito à aposentadoria especial. São professores, policiais civis, policiais e bombeiros militares. Os docentes podem parar de trabalhar entre os 52 e os 55 anos.


O caso dos militares preocupa ainda mais. Suas aposentadorias estão se tornando cada vez mais precoces, entre 47 e 51 anos, e um enorme contingente se aproxima dos 50 anos. Em 2006, os militares que tinham entre 41 e 50 anos eram 25,7% do total. Agora, são mais de 40%.


“Não há como não pagar aposentadorias, então, ficará mais difícil elevar o gasto com pessoal na ativa, por meio de concursos públicos, como sempre ocorre; tudo indica que, para manter os serviços essenciais à população, vamos presenciar uma mudança estrutural na forma de contratação nos Estados”, diz Santos. A tendência é que haja aumento de formas alternativas, como contratos de gestão, terceirizações.


Nordeste

O envelhecimento acelerado e generalizado da máquina pública é expressivo no Nordeste e no Norte. São destaques Maranhão, onde metade dos servidores completou 50 anos, Ceará (43,77%), Paraíba (41,94%), Rio Grande do Norte (39,69%) e Piauí (38,57%).


O levantamento faz parte de uma sequência de notas técnicas sobre a questão previdenciária. Para Santos, coordenador da série, a nota atual tem um mérito particular: mapeou estatisticamente que ciclos de contratação, após alguns anos, são seguidos de ciclos de aposentadorias. Ou seja, identificou-se um padrão. Assim, o esvaziamento da máquina pública é um fato inexorável nos próximos anos. Mas mudanças nas regras de aposentadoria, com a reforma da Previdência, estariam entre as alternativas para aliviar o baque.

Fonte: Estadao
 


 

07/08/2017 - Comissão de Direitos Humanos debate reformas trabalhista e previdenciária


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove na segunda-feira (7) audiência pública interativa sobre as reformas previdenciária e trabalhista, com foco nas contribuições e na gestão. A audiência terá início às 9h.


Foram convidados para a audiência o consultor legislativo do Senado, Luiz Alberto dos Santos; o presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Floriano Martins de Sá Neto; o promotor de Justiça e 1º Secretário da Associação Paulista do Ministério Público, Paulo Penteado Teixeira Junior; o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Silva; Marília Vieira Machado da Cunha Castro, representando o Instituto Brasileiro de Autuária; e representantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.


A audiência foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH.


O debate será na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho e é aberto à participação da sociedade por meio dos canais de interatividade do Senado.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/08/2017 - Dieese: Só com unidade é possível enfrentar desmonte de direitos


Ao falar no sábado (5) para petroleiros sobre impactos da reforma trabalhista, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, alertou que o desmonte de direitos e conquistas sociais faz parte da mesma agenda de redução do Estado e de desnacionalização dos setores produtivos, que foi retomada pela direita, através do golpe, e que não é restrita ao Brasil.


De acordo com ele, levantamento recente da OIT aponta que já ocorreram 642 mudanças de legislações trabalhistas ao redor do mundo nos últimos anos, afetando trabalhadores em 110 países.


Sua exposição fez parte do painel “A conta do golpe quem paga é o trabalhador”, que abriu os debates do XVII Confup neste sábado, em Salvador. Para o técnico do Dieese, é preciso que os trabalhadores e suas organizações entendam que estão diante de um processo global, fruto da mudança do modelo capitalista, onde o capital financeiro vem se apropriando dos setores produtivos. “Precisamos entender que a deposição da presidente Dilma faz parte deste jogo”, declarou Clemente, alertando que “sempre que elegermos alguém que é contrário a esse sistema, ele será colocado para fora”.


No Brasil, os ataques são ainda mais devastadores, em função da desnacionalização de setores estruturantes, como o do petróleo e do sistema elétrico. “Não há caso no planeta onde uma economia que reúna tanto recursos esteja sendo entregue ao capital financeiro internacional, através de uma desnacionalização sem precedentes”, afirmou o técnico do Dieese.


Ao falar sobre os impactos da reforma trabalhista, Clemente destacou que as 317 mudanças feitas na CLT alteram o conceito básico da legislação, que deixa de proteger os trabalhadores e passa a proteger os empresários. “As empresas terão na legislação uma estrutura capaz de lhes permitir adequar os contratos de trabalho aos seus custos”, explica o diretor do Dieese, destacando que a reforma trabalhista “criou instrumentos” para evitar passivos trabalhistas, além de precarizar as condições de trabalho, enfraquecer a representação sindical e até mesmo inviabilizar a existência dos próprios sindicatos.


“Nesta conjuntura e neste enquadramento da legislação, os trabalhadores terão que repensar as campanhas salariais”, alertou Clemente, afirmando que “daqui pra frente o salário não é o principal ponto da pauta” e que, no caso dos petroleiros, vai crescer a terceirização e a desnacionalização dos ativos, o que por si só já alteram toda a convenção coletiva. Para ele, é preciso que as organizações sindicais tenham uma estratégia de enfrentamento que questione essas reformas em todos os espaços, “do chão da empresa ao judiciário”.


Mas, o fundamental, segundo o diretor do Dieese, é construir uma ampla unidade, com estratégias de “negociação intersindical”, envolvendo várias categorias e frentes de ações conjuntas. “A história mostra que, em momentos dramáticos como este, de disputas essenciais, como já fizemos no início do século passado, no pós-guerra, nossa força está na nossa unidade. Não há outro recurso capaz de fazer o enfrentamento que não seja a capacidade de construir a unidade da classe trabalhadora”, afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

07/08/2017 - Ideia do Estatuto do Trabalho surgiu dos debates da Frente pelo Brasil, diz Paim


Em discurso na sexta-feira (4), o senador Paulo Paim (PT-RS) registrou os trabalhos da chamada “Frente Ampla pelo Brasil”, um grupo suprapartidário que reúne homens e mulheres que defendem causas em busca da melhoria da nação. No escopo dessa frente, em que os melhores quadros de sindicatos, federações, confederações de empregados e empregadores estão dialogando pela construção de um projeto de nação, como observou o senador, surgiu a ideia do projeto do “Estatuto do Trabalho”.


A proposição, que pretende ser um contraponto à reforma trabalhista recém-aprovada no Congresso, será discutida numa subcomissão da Comissão de Direitos Humanos (CDH), formalizada com a leitura de ofício em Plenário na sessão desta sexta-feira. O colegiado deverá ser presidido pelo senador Telmário Mota (PTB-RR) e terá como membros os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Hélio José (PMDB-DF), Ângela Portela (PDT-RR) e João Capiberibe (PSB-AP).


Além da reforma trabalhista, temas como a desordem nas contas da Previdência e os motivos pelos quais o Brasil não desenvolve uma cultura de governabilidade, de continuidade de políticas econômicas e sociais mesmo com a mudança de governo, também estão sendo debatidos pelos integrantes da Frente.


- Não podemos nos acovardar, nos calar, ficar condenados à desesperança e aos fantasmas ideológicos de grupos que só buscam o poder pelo poder, de uma elite minoritária que não possui amor ao próximo, nem ao país. A Frente Ampla pelo Brasil pode ser um sonho, mas não é sonho, ela busca a perfeição dos sonhos, mesmo que utópicos, e a valorização da gente brasileira – disse Paim.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/08/2017 - Aposentado que trabalha não deve pagar o INSS, decide Justiça


A Justiça Federal reconheceu o direito de uma aposentada do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que continua no mercado de trabalho com carteira assinada a não contribuir mais para a Previdência. O Judiciário determinou ainda que R$ 42 mil em descontos para o instituto sejam devolvidos à segurada. A decisão é do juiz Luciano Tertuliano da Silva, do Juizado Especial Federal Cível da cidade de Assis, interior de São Paulo. Noticiou o portal O Sul


Para a advogada Cristiane Saredo, do escritório Vieira e Vieira Consultoria e Assessoria Jurídica Previdenciária, a decisão abre precedentes para que outros aposentados que estão no mercado de trabalho peçam a suspensão do desconto do INSS na Justiça.


Ainda mais depois que, em outubro passado, o Supremo Tribunal Federal sepultou a desaposentação, que era a possibilidade de o segurado recalcular o valor do benefício usando as novas contribuições. Segundo dados da AGU (Advocacia-Geral da União) existem 480 mil aposentados trabalhando com carteira assinada no País.


Para o magistrado que deu a sentença, a cobrança da contribuição no caso da aposentada não deveria ser obrigatória uma vez que ao permanecer contribuindo para a Previdência depois de se aposentar, a segurada não tem garantias mínimas do INSS que assegurem proteção em relação ao emprego atual.


“Se não há por parte da Previdência Social uma contraprestação apta a conferir aos segurados que se encontrem em idêntica situação uma proteção suficiente e adequada a todas as contingências sociais, indistintamente, não há razão para se exigir dos contribuintes aposentados empregados, segurados obrigatórios, as contribuições sociais incidentes sobre sua remuneração”, afirmou na sentença.


“O juiz cumpre o que determina a Constituição, pois deve haver contrapartida à contribuição”, diz Cristiane. “A fundamentação usada pelo juiz foi uma das que sempre utilizamos ao pleitear a desaposentação, que é a contraprestação”, afirma.


Precedentes

Mas quem tem direito a entrar com a ação na Justiça e reivindicar essa “isenção previdenciária”?. Segundo a especialista, todo trabalhador que tenha se aposentado pelo INSS e continua contribuindo para a Previdência.


Ela orienta a quem se encaixa nessa condição a juntar a carta de concessão do benefício e o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), nele estão todas as contribuições, até mesmo depois da aposentadoria, caso continue a trabalhar. “O trabalhador aposentado tem que comprovar que está sendo descontado. E o CNIS comprova contribuição”, finaliza.


Constituição

Na ação, que começou em 2012, a aposentada pedia para deixar de contribuir com a Previdência, bem como a restituição das quantias já pagas, por entender que, ao permanecer trabalhando e já aposentada, o INSS não oferece coberturas típicas de um sistema materialmente previdenciário.


Para o juiz, o caso revela “uma afronta aos princípios constitucionais da isonomia, da dignidade da pessoa humana e da moralidade pública”.


“A contribuição previdenciária possui dimensão fundamental justamente por ser direito especial relativo à vida. Aos segurados obrigatórios já aposentados, que continuam contribuindo ao RGPS, não é franqueado um regime hábil a ser intitulado minimamente como ‘previdenciário’, isso porque os exclui da cobertura decorrente de eventos como doença, velhice, invalidez ou morte, a despeito de continuarem expondo-se a todo e qualquer risco inerente ao exercício da atividade laboral, ofendendo o princípio da vedação da proteção insuficiente ao desrespeitar toda a evolução já analisada do direito fundamental à cobertura previdenciária”, finaliza o juiz.


Benefício

Os aposentados do INSS que continuaram a trabalhar com carteira assinada têm outra possibilidade de aproveitar as contribuições previdenciárias feitas após a concessão do benefício. Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que em outubro do ano passado, considerou improcedente usar os recolhimentos posteriores para recalcular a aposentaria, a chamada desaposentação, a Justiça Federal reconheceu o direito a um novo benefício levando em conta apenas o que foi pago depois que a Previdência liberou a aposentadoria.


Os advogados denominam esse procedimento como “transformação da aposentadoria”. Recente sentença de 1ª instância em São Paulo, mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, já garantiu a concessão de benefício maior para segurada da capital paulista. A diferença em relação ao outro é de 286%.


De acordo com o advogado da causa João Badari, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, de São Paulo, o valor da nova aposentadoria determinado pela Justiça foi de R$ 4.020,50. A segurada recebia originalmente R$ 1.040,83 quando a sentença foi proferida. O processo gerou pagamento de atrasados de R$ 196,6 mil.

Fonte: Diap

 


 

07/08/2017 - Comissão aprova proposta que torna crime dificultar ou impedir contratação de plano de saúde por idoso


A Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou proposta que torna crime impedir ou dificultar a contratação de plano de saúde por pessoa idosa. A pena prevista para o crime é de reclusão de um a dois anos e multa.


Foi aprovado o Projeto de Lei 1159/15, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT). O texto altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) e pretende proibir, por exemplo, que operadoras de planos de saúde exijam exames prévios ou perícias de pessoas com mais de 60 anos que desejem contratar o serviço.


Relatora na comissão, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) concordou com a iniciativa. Ela condenou a conduta de algumas operadoras de planos de saúde que negam o serviço a pessoas idosas caso haja doença preexistente.


“O projeto resguarda mais esse direito aos idosos, que são parte hipossuficiente perante esta relação contratual, visando coibir e punir quem praticar esse ato de pura injustiça e desigualdade”, disse.


Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara

 


 

04/08/2017 - CPI da Previdência ouve sindicalistas na segunda-feira


A CPI da Previdência promove mais uma audiência pública interativa na segunda-feira (7), a partir das 15h. Três sindicalistas serão ouvidos pelos senadores e debaterão as especificidades de cada seguimento em relação à reforma da Previdência Social.


Foram convidados para a reunião o diretor-executivo da Associação Nacional dos Aposentados, Deficientes, Idosos, Pensionistas e dos Segurados da Previdência Social (Anadips), Clodoaldo Batista Neri Júnior; e o presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Centro Oeste e Norte (Feipol), Divinato Ferreira da Consolação.


Também deve participar dos debates Artur Carlos de Morais, representante do Sindicato dos Servidores Integrantes da Carreira de Auditoria de Atividades Externas do DF (Sindafis).


A CPI é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e tem como relator o senador Hélio José (PMDB-DF).


Qualquer cidadão pode interagir com os participantes da audiência pública formulando críticas, perguntas e sugestões por meio do portal do programa e-Cidadania ou pela central de teleatendimento Alô Senado (0800 61 22 11). A reunião ocorrerá na sala 19 da Ala Alexandre Costa do Senado.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/08/2017 - Senadores da base aliada admitem aprovar apenas parte da reforma da Previdência


Senadores da base aliada admitiram aprovar apenas pontos da proposta de reforma da Previdência, que está na Câmara dos Deputados. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu que a reforma pode se limitar a estabelecer apenas “um limite de idade para aposentadoria”. Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), apenas o próximo governo terá capital político para aprovar uma reforma da Previdência mais ampla. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) só admite votar a reforma política por ser de interesse de todos os parlamentares.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/08/2017 - Projeto concede benefícios a empresas que contratarem empregados com mais de 55 anos


Projeto do senador Cidinho Santos (PR-MT) prevê a concessão de benefícios a empresas que contratarem trabalhadores com mais de 55 anos de idade. O PLS 236/2017 determina que as empresas privadas reservem um percentual mínimo de suas vagas para empregados com idade igual ou superior a 55 anos de idade. Para estimular a contratação desses trabalhadores, o projeto prevê a redução da contribuição patronal do INSS e descontos no transporte coletivo do empregado.

Fonte: Agência Senado

 


 

04/08/2017 - Lei da Terceirização não vale para contratos encerrados antes da norma, diz TST


O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quinta-feira (3) que a terceirização de empregados na atividade-fim das empresas não pode ser aplicada em contratos que foram assinados e encerrados antes da Lei das Terceirizações, sancionada, em março pelo presidente Michel Temer.


Com a decisão, empresas que não cumpriram a regra do TST, editada antes da lei, que proibia contratação interposta de trabalhadores, podem responder pela ilegalidade se forem acionadas judicialmente por não manterem vínculo com o trabalhador na área-fim.


A questão foi decidida pela primeira vez no TST por um dos colegiados especializados por dissídios coletivos. Na ação, uma empresa de telemarketing pretendia mudar a declaração de ilegalidade no contrato de terceirização de serviços de cobrança com um banco. Por unanimidade, os ministros decidiram manter a ilegalidade na contratação.


A Lei das Terceirizações (Lei 13.429/2017) autorizou as empresas terceirizar a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A norma prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública.


Antes da lei, decisões da Justiça do Trabalho vedavam a terceirização da atividade-fim e a permitiam apenas para a atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa.

Fonte: Agência Brasil

 


 

04/08/2017 - Pesquisa aponta aumento da preocupação dos brasileiros com desemprego


Os brasileiros estão mais preocupados em perder os empregos. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (03) pela CNI, a Confederação Nacional da Indústria, revelou que o índice do medo do desemprego ficou em mais de 66 pontos em julho*.


O auxiliar administrativo, Thiago Vieira, é uma dessas pessoas que têm receio de ficar sem a fonte de renda.


Mateus Rafael, professor de inglês, também tem medo de perder o emprego e não ter dinheiro para pagar as contas.


Segundo a CNI, o agravamento da crise política entre março e julho, piorou as expectativas da população sobre o Brasil. A economista da CNI, Maria Carolina, explica.


O levantamento ouviu duas mil pessoas, em 125 municípios, entre os dias 13 e 16 do mês passado.


* O valor é 1,8 ponto superior ao registrado em março e está 17,3 pontos acima da média histórica que é de 48,8 pontos.

Fonte: Portal EBC

 


 

03/08/2017 - Rodrigo Maia indica que reforma política deve ser prioridade nas próximas semanas


Uma das mudanças propostas é a criação do fundo público para campanhas eleitorais e, para valer em 2018, precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até o final de setembro


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta-feira (3) que, após a decisão de negar autorização ao prosseguimento da denúncia contra Michel Temer, os deputados devem retomar os trabalhos tendo a reforma política como prioridade nas próximas duas semanas. Maia, que se reuniu com investidores em São Paulo, defendeu ainda o debate sobre sugestões para reforma tributária.


A proposta do relator da reforma política, deputado Vicente Candido (PT-SP), ainda precisa ser aprovada em comissão especial. Uma das mudanças é a criação do fundo público para financiamento das campanhas eleitorais. Para valer nas eleições de 2018, a reforma política precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até o final de setembro.


Tributos

No caso da reforma tributária, um parecer prévio foi apresentado pelo relator, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), em fevereiro deste ano, e desde então o assunto está parado em comissão especial. O presidente da Câmara disse que pretende retomar esse debate para que a reforma tributária avance de forma paralela à da Previdência.


Para Rodrigo Maia, é preciso construir leis que fortaleçam a segurança jurídica e a simplificação do sistema tributário. “O Brasil perde muito em produtividade e em segurança jurídica porque tem um sistema tributário complexo, que gera custos absurdos para o setor privado”, afirmou.


Aposentadoria

Em relação a um novo calendário para a reforma da Previdência, defendido por aliados do Planalto, Maia afirmou que é preciso avaliar de que forma a proposta será encaminhada. Ele ressaltou que, como demonstrou a votação sobre a denúncia contra Temer, o governo precisa reorganizar a base aliada. Para aprovar a reforma da Previdência, são necessários pelo menos 308 votos em Plenário.

Fonte: Agência Câmara

 


 

03/08/2017 - Governo quer aprovar reforma da Previdência até outubro, diz Meirelles


O governo federal espera aprovar a reforma da Previdência até outubro deste ano, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que participou de reunião com investidores estrangeiros nesta quinta-feira (3) na capital paulista. Ele não acredita que o placar da votação que rejeitou a denúncia contra o presidente Michel Temer vá se refletir na votação das reformas. “Não é simplesmente quem é contra ou a favor do governo. Vai além disso. Acreditamos na viabilidade da aprovação”, apontou. O ministro destacou que a aprovação das reformas demandará trabalho intenso. “Não é uma coisa trivial”, disse.


Meirelles falou também sobre a reforma tributária que, na avaliação dele, deve ser votada até novembro. “Estamos trabalhando duro na reforma tributária e ela vai ser apresentada ao Congresso num próximo momento.” Ele não descartou a possibilidade de inverter a ordem de votação entre as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá a Previdência não tiver sido votada, [a tributária pode passar na frente].”


Meta fiscal

O ministro disse ainda que o governo analisa as razões para a queda na arrecadação para avaliar possíveis mudanças na meta fiscal. “A princípio a meta é R$ 139 bilhões. Nosso compromisso, nosso objetivo é cumprir a meta”, afirmou. Entre razões que podem explicar a diminuição da arrecadação, está a inflação. “Se a inflação volta a convergir para a meta, portanto, isso tende a regularizar essa parte da receita”, explicou.


Outra questão que teve impacto, segundo Meirelles, foi o Refis, o programa de refinanciamento de dívidas de empresas e pessoas físicas. “Mas a arrecadação junho já retomou um pouco e nossa expectativa é que a retomada possa resolver essa questão”, disse.

Fonte: Agência Brasil

 


 

03/08/2017 - Projeto que prevê perda de cargo de servidor estável será debatido na CCJ


Projeto que possibilita a perda de cargo de servidor público estável pelo resultado da avaliação de desempenho será tema de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda sem data marcada. A CCJ aprovou, nesta quarta-feira (2), requerimento com esse objetivo proposto pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), que é o relator da proposta (PLS 116/2017).


Deverão ser convidados para a audiência os especialistas em contas públicas José Matias Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), Gil Castelo Branco, da entidade Contas Abertas, e Raul Veloso. Além deles, também devem comparecer os sindicalistas Petrus Elesbão, do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindlegis); Helenio Barros, da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe); e Sérgio Ronaldo da Silva, da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condesef).


De acordo com a assessoria do senador, após a audiência, Lasier deve apresentar brevemente o seu relatório, que já está adiantado.

Fonte: Agência Senado

 


 

03/08/2017 - Comissão reajusta tabela do IR e reduz idade de isenção sobre aposentadoria


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou projeto de lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Pelo texto (PL 7172/10), em 2018 estarão isentos do tributo as remunerações mensais até R$ 2.141,98. Hoje, a isenção só alcança salários até R$ 1.903,98.


As novas faixas de incidência são: para remunerações de R$ 2.141,99 até R$ 3.179,98, a alíquota mensal será de 7,5%. De R$ 3.179,99 até R$ 4.219,93 a alíquota será de 15%. De R$ 4.219,94 até R$ 5.247,77, será de 22,5%.


Por fim, as remunerações mensais acima de R$ 5.247,77 terão descontadas a alíquota de 27,5%. A alíquota máxima em vigor abarca as remunerações a partir de R$ 4.664,68.


O texto também estabelece que, a partir de 2019 a tabela do IRPF será corrigida anualmente pelo IPCA, que mede a inflação oficial do País.


Injustiça fiscal

A correção foi proposta pelo relator do projeto, deputado Angelim (PT-AC). Ele apresentou um substitutivo ao PL 7172, que é oriundo do Senado, e a outros 50 projetos que tramitam apensados, todos tratando de IRPF.


O reajuste da tabela do imposto, segundo Angelim, corrige uma “injustiça fiscal”. “Pessoas que deveriam estar isentas acabam pagando o tributo, além de contribuintes que deveriam pagar numa faixa de renda com alíquota mais baixa acabam pagando o imposto numa faixa de renda com alíquota mais alta”, disse. A última vez que a tabela foi corrigida foi em 2015 (Lei 13.149/15).


Isenção

Além da correção da tabela, o substitutivo aprovado isenta as pessoas a partir de 60 anos do pagamento do IRPF sobre aposentadorias e pensões. Hoje, a isenção só vale a partir dos 65 anos (Lei 7.713/88). O relator explica que essa idade está em desacordo com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que considera idosa a pessoa com idade superior a 60 anos.


“Ao considerar idosa apenas a pessoa com idade superior a 65 anos, a legislação tributária gera uma incoerência em relação à legislação protetiva sem qualquer razão que o justifique”, disse Angelim.


Tramitação

O projeto será votado agora nas comissões de Finanças e Tributação, que vai analisar o impacto fiscal da correção da tabela do IR; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Câmara

 


 

03/08/2017 - Temer nega compra de votos de deputados e diz ter confiança na aprovação da reforma da Previdência


Em entrevista à radio BandNewsFM nessa quinta-feira, o presidente Michel Temer rebateu as críticas da oposição, de que o governo teria comprado votos de deputados com a liberação de emendas parlamentares.


Temer disse que as chamadas emendas impositivas, que são aquelas que o parlamentar apresenta em seu nome ou da bancada, até certos valores, devem ser pagas.


Nos últimos dois meses, a liberação de emendas parlamentares passou de R$ 2 bilhões.


Também na entrevista Temer voltou a defender o parlamentarismo no Brasil e se mostrou confiante na aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

Fonte: Portal EBC

 


 

03/08/2017 - Encerramento de atividades da Saint Gobain em Canoas (RS) afasta estabilidade de dirigente sindical


A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho proveu recurso da Saint Gobain Vidros S.A. para afastar o direito à estabilidade de um supervisor, membro de sindicato profissional, demitido por conta do encerramento da atividade da empresa na base territorial do ente sindical. Para a Turma, a decisão da segunda instância, que condenou a empresa ao pagamento de indenização pelo período estabilitário restante, contrariou o entendimento jurisprudencial que afasta a preservação temporária do emprego no caso do empregador extinguir suas atividades na área de atuação do sindicato.


O trabalhador era vice-presidente do Sindicato de Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais e Espelhos de Canoas (RS) e ajuizou ação contra o ex-empregador requerendo, entre outras demandas trabalhistas, a reintegração ao posto de trabalho e o pagamento das vantagens referentes a esse período, sob o argumento de que foi dispensado irregularmente por ser detentor de estabilidade. A Saint Gobain, no entanto, sustentou que a rescisão contratual foi regular e só ocorreu em virtude do encerramento de suas atividades naquela região.


O juízo da Vara do Trabalho Canoas julgou improcedente o pedido do supervisor e confirmou a legalidade da rescisão. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, porém, entendeu que, pelo fato de ser detentor de estabilidade no emprego, o trabalhador teria direito ao pagamento de indenização referente ao período de estabilidade restante ou à transferência para outra filial da empresa.


A relatora do recurso da Saint Gobain ao TST, desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro, excluiu a condenação por considerar que a decisão regional contrariou o entendimento da Súmula 369, item IV, do TST, que afasta a estabilidade temporária não no caso do encerramento da atividade empresarial na base territorial do sindicato. “O Tribunal Regional deixou implícito que a situação dos autos é a da Súmula 369 do TST, contudo, por ter entendimento diferente deixou de aplicá-la”, disse.


A decisão foi unânime. Após a publicação do acórdão, houve a oposição de embargos declaratórios, ainda não analisados pela Turma.

Processo: RR-1032-54.2012.5.04.0205

Fonte: TST

 


 

03/08/2017 - Acordo homologado na Justiça Comum é inválido para afastar vínculo de emprego


A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou inválido acordo extrajudicial, homologado pela Justiça Comum, pelo qual a Agromen Sementes Agrícolas Ltda. e um vendedor formalizaram a inexistência de vínculo de emprego. “O juiz estadual ou federal não pode homologar um acordo sobre existência de vínculo de emprego”, destacou o relator, ministro Alexandre Agra Belmonte.


O vendedor trabalhou para Agromen Sementes Agrícolas Ltda. de 2002 a 2007, quando a companhia transferiu todos os seus negócios para outra empresa, a Dow Agrosciences Industrial Ltda., inclusive os contratos de seus representantes comerciais. Para isso, foi celebrado o acordo, pelo qual o vendedor declarava a ausência de vínculo de emprego com a Agromen durante os cinco anos de serviços prestados, passando a ser considerado representante comercial da Dow Agrosciences.


Após o desligamento, em 2012, ele ajuizou reclamação trabalhista contra as duas empresas, pedindo o vínculo referente a dez anos de serviço. O juízo da 5ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) julgou o pedido procedente, com o entendimento de que o acordo “foi entabulado unicamente para evitar litígio trabalhista em razão do descumprimento das leis do emprego”. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), porém, considerou que o acordo tem efeitos de coisa julgada, o que impede a reapreciação da matéria pela Justiça do Trabalho.


No recurso para o TST, o vendedor sustentou que o acordo homologado perante a Justiça Comum entre duas pessoas jurídicas, mediante a qual se declarou nunca ter havido vínculo de emprego entre as partes, não faz coisa julgada, porque foi imposto como forma para continuar a prestação de serviços e teve por objetivo excluir direitos trabalhistas irrenunciáveis.


O ministro Agra Belmonte explicou que o acordo entre representante e representado, quando celebrado entre pessoas jurídicas, é de competência da Justiça Comum. “Entretanto, esse acordo jamais poderá fazer coisa julgada nas declarações incidentais sobre as quais o julgador que o homologue não detenha o pressuposto processual da competência material”, assinalou, observando que, nesse cenário, a coisa julgada não alcança essa parte por absoluta impropriedade de jurisdição. “A coisa julgada apenas abrange as pessoas jurídicas envolvidas, ainda que o reclamante figurasse como sócio de uma delas, tendo em vista que os objetos não se confundem. Lá de natureza comercial, aqui de natureza trabalhista”.


Por unanimidade, a Turma proveu o recurso do trabalhador e restabeleceu a sentença que declarou a existência do contrato de trabalho entre as partes, de natureza empregatícia, com o pagamento das verbas trabalhistas correspondentes. Processo: ARR-61-75.2013.5.09.0664

Fonte: TST

 


 

02/08/2017 - Câmara nega autorização para processo contra Temer no Supremo


O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, por 263 votos a 227 e 2 abstenções, a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir processo criminal contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva (SIP 1/17), seguindo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). No total, 493 dos 513 deputados votaram o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).


Além das duas abstenções, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se absteve por impedimento regimental devido a estar comandando a sessão.


Esta foi a primeira vez que a Câmara dos Deputados votou uma solicitação para instauração de processo contra um presidente da República. Com a decisão, o STF não poderá analisar a denúncia contra Temer apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final de junho. O presidente só poderá responder judicialmente após o término do mandato.


A votação nominal do parecer teve início por volta de 18h20 e avançou até as 21h51. Já as sessões para discutir o tema começaram às 9h31.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

02/08/2017 - Ministro se reúne com representantes de sindicatos de trabalhadores e empregadores


Ronaldo Nogueira afirmou a representantes de entidades de São Paulo que não haverá descaracterização da modernização trabalhista


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu nesta terça-feira (1º) sugestões de alteração do projeto de modernização da legislação trabalhista por meio de medida provisória. Representantes de sindicatos patronais e laborais do estado de São Paulo sugerem, entre outros pontos, que os acordos coletivos não se sobreponham às convenções coletivas.


Ronaldo Nogueira afirmou que as entidades não serão surpreendidas com uma proposta que desconfigure a reforma. "Estamos dialogando”, disse o ministro. “O que existe é um compromisso do presidente para, se necessário, editar uma medida provisória que aprimore a proposta de modernização. Todos serão ouvidos, assim como aconteceu em dezembro, quando foi apresentada uma proposta pacificada para a Câmara. A medida provisória será elaborada nesses termos também".


Zilmara Alencar, representante do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicação (Sinstal), apresentou uma sugestão que, segundo ela, possibilitará uma mudança essencial para que a organização sindical se estabeleça no cenário atual. "Acrescentaríamos um parágrafo estabelecendo que o sindicato representativo da categoria deverá participar, como assistente da celebração do acordo coletivo de trabalho, para que seja resgatada a participação do sindicato patronal nas negociações coletivas", afirmou.


Para trazer tranquilidade ao ambiente de negociação coletiva, Zilmara Alencar também sugeriu que não sejam válidos os acordos coletivos de trabalho celebrados sem assistência do sindicato representativo da categoria econômica e que contiver cláusulas contrárias às estabelecidas em convenção coletiva de trabalho.


Genival Leite, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Serviços Terceirizados Temporários (Sindeepre), propôs um escalonamento na contribuição sindical, até os sindicatos se organizarem. "A lei foi muito rápida, e as mudanças, grandes”. Segundo ele, a medida provisória, caso seja editada, deveria trazer uma proposta de sustentação para os sindicatos de base.


Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário (Sindeprestem), Vander Morales, a preocupação é que não haja retrocesso no que foi aprovado. "Consideramos um avanço nas relações de trabalho, o mercado já absorveu isso, estamos vendo os números mudarem, o desemprego diminuir e as empresas com mais confiança. O cenário está melhorando com as medidas implantadas corajosamente pelo Ministério do Trabalho e que nós apoiamos participando de debates".


Participaram da reunião representantes do Sinstal, Sindeprestem, Sindicato dos Empregados em Empresas de Serviços Terceirizados Temporários (Sindeepre), Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (Seac/SP) e a Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse).

Fonte: MTb

 


 

02/08/2017 - Vanessa Grazziotin cobra do governo MP que iria suavizar a reforma trabalhista


A senadora Vanessa Grazziotin (PCdo-AM) lembrou que já se passaram 20 dias desde a sanção da reforma trabalhista e que, até agora, o presidente Michel Temer ainda não encaminhou ao Congresso a medida provisória que iria corrigir os pontos polêmicos da reforma, conforme havia prometido.


Vanessa Grazziontin disse que o presidente Temer deve isso não apenas aos senadores que aceitaram aprovar as medidas propostas pelo Executivo com a promessa de revisão de alguns pontos por meio de MP, mas a toda a sociedade. Ela lembrou que muitos dos senadores que votaram a favor da matéria acreditaram no compromisso do presidente de editar uma medida provisória após a sanção da matéria.


- Eles falaram em vetos e medidas provisórias. Veto não houve nenhum. Mas nós estamos aguardando que tudo seja corrigido através de medida provisória, porque editando medida provisória ela vira lei automaticamente. E nós queremos que não seja permitido o trabalho de mulheres gestantes em lugares insalubres - disse a senadora, mencionando um dos pontos que seriam revistos pelo presidente, conforme acordo com os parlamentares.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/08/2017 - Paim apresenta projeto que revoga Lei da Reforma Trabalhista


O senador Paulo Paim (PT-RS) protocolou, nesta terça-feira (1º), projeto de lei que revoga a Lei da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017). O projeto ainda precisa ser lido em Plenário para receber numeração e começar a tramitar nas comissões do Senado.


O projeto tem apenas dois artigos, um deles afirmando que fica revogada a Lei 13.467 de 13 de julho de 2017 e o outro dizendo que a lei entra em vigor na data de sua publicação. Em sua justificativa, o senador afirmou que a nova lei tem vários dispositivos inconstitucionais, que desumanizam a relação entre empregado e empregador. Além disso, segundo o senador, 17 ministros do Tribunal Superior do Trabalho assinaram documento segundo o qual a lei “elimina ou restringe, de imediato ou a médio prazo, várias dezenas de direitos individuais e sociais trabalhistas".


Em entrevista à Agência Senado, o senador disse que há uma indignação na população, pois o presidente prometeu vetar alguns artigos, mas sancionou a lei na íntegra. Para Paim, o projeto é inconstitucional e somente retira direitos dos trabalhadores.


— Há uma indignação em todo o país. Eu consultei todos os estados, e a justificativa (do projeto) é maior do que um artigo, naturalmente, dizendo que a lei é ilegal, inconstitucional, imoral, é um ataque à humanidade e, por isso, nós temos agora que fazer o debate sobre a possibilidade de revogá-la — afirmou Paim.


O senador disse ainda que, como a Lei da Reforma Trabalhista entra em vigor em quatro meses, vai trabalhar para revogá-la antes desse período. Questionado se acredita que a lei possa ser revogada, Paim respondeu que, ainda que não seja, é preciso reacender o debate.


— Independente do resultado desse debate, o importante é trazer mais uma chama para a população ver que há luz, que há gente que discorda desse projeto que infelizmente o Senado aprovou — disse.


Para revogar a lei, o projeto precisará ser aprovado no Senado e na Câmara dos Deputados e ser sancionado pelo presidente da República.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/08/2017 - Faturamento da indústria acumula queda de 5,9% no primeiro semestre, diz CNI


O faturamento industrial acumulado no primeiro semestre de 2017 é 5,9% menor que o registrado no mesmo período de 2016, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na produção recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9% e a massa real de salários encolheu 3,5%. Já o rendimento médio real do trabalhador subiu 0,5%, especialmente por causa da queda da inflação.


“Embora o prolongado período de queda da atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação”, informou a CNI, na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada terça-feira (1º).


Os dados apontam que o segundo trimestre deste ano foi caracterizado pela oscilação da atividade e do emprego. Segundo a CNI, em abril, os dados foram majoritariamente negativos; maio havia revertido esse desempenho; e junho encerra o trimestre com queda do faturamento, horas trabalhadas, utilização da capacidade instalada e do emprego. Rendimento e massa salarial em termos reais, por outro lado, cresceram durante todo o trimestre, como resultado da queda da inflação.


“Essa oscilação faz com que a atividade industrial e o emprego mantenham-se em patamares inferiores ao já fraco ano de 2016”, diz a pesquisa.
(Mais informações: Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/08/2017 - INSS convoca segurado para reavaliação do auxílio-doença


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoca para perícia, pela segunda vez, milhares de segurados que recebem o auxílio-doença. De acordo com o Diário Oficial da União desta terça-feira (1º), a nova chamada ocorre após uma tentativa do órgão de notificar os beneficiários pelo correio. As correspondências não teriam chegado porque os dados dos endereços indicados no cadastro do Sistema Único de Benefícios estariam incompletos ou desatualizados.


Os segurados listados têm cinco dias corridos, a contar de hoje, para informar sobre a data marcada para a perícia. O contato deve ser feito pela central de teleatendimento do INSS, pelo número 135. O benefício pode ser suspenso até que o convocado passe pela reavaliação.


Para evitar o cancelamento, os segurados poderão consultar a página do Diário Oficial da União, para conferir se seu nome consta na lista. No campo de busca do site, deverão digitar o nome entre aspas, selecionando apenas a seção 3 e a data de 01/08.


Caso o segurado se encontre internado ou enfermo e não puder comparecer à perícia deverá pedir a uma pessoa de sua confiança que informe ao INSS em uma das agências sobre o impedimento. É necessário que esse representante apresente, na ocasião, a identidade do segurado e um documento que comprove o impedimento. Com isso, ele poderá solicitar para o beneficiário uma perícia hospitalar ou domiciliar.

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/08/2017 - Paulo Paim defende criação do Estatuto do Trabalho


O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta terça-feira (2) a criação de um Estatuto do Trabalho. O texto, de acordo com o senador, é uma alternativa às leis trabalhistas atuais, modificadas pela reforma trabalhista recentemente aprovada.


Para Paim, é preciso propor novas leis que harmonizem os direitos dos trabalhadores e dos patrões, sem pesar apenas para o lado mais forte da balança.


— O Estatuto do Trabalho que estamos propondo vem com a lógica de uma nova carta trabalhista e social, com direitos e benefícios para empregados e empregadores. É uma ousada possibilidade para harmonizar os interesses de classes dos trabalhadores e dos patrões.


A criação do estatuto será debatida por uma subcomissão da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Paim disse que já apresentou uma primeira versão do texto, que deve ser discutida com representantes de trabalhadores e empregadores. As sugestões da sociedade serão usadas para construir a versão final do projeto.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/08/2017 - Paulo Paim diz que população teme os efeitos da reforma trabalhista


O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta terça-feira (1º) que durante o recesso parlamentar andou por quase 3 mil quilômetros no Rio Grande do Sul e comprovou que os cidadãos estão acompanhando os acontecimentos políticos de Brasília.


Paim disse que em todos os encontros dos quais participou percebeu certo medo da população em relação, principalmente, à Reforma Trabalhista aprovada pelo Congresso e sancionada no mês de julho.


— As pessoas querem saber quando lá estive nesses debates, eles querem saber, afinal o que está acontecendo? Quer seja no Congresso, quer seja no Executivo e no Judiciário. E é a nossa obrigação informá-los e falar a verdade e aí eu afirmo que há uma enorme preocupação, até um certo medo, com a lei que aqui foi aprovada, a famosa reforma trabalhista.


Ao apontar a prevalência do negociado sobre o legislado, a terceirização e o trabalho intermitente como "pontos trágicos" da reforma recém-aprovada, Paim anunciou que começará a discussão para elaboração de um novo Código do Trabalho, com o objetivo corrigir distorções aprovadas com a reforma trabalhista.

Fonte: Agência Senado

 


 

02/08/2017 - TST valida acordo que amplia estabilidade apenas para gestantes contratadas por prazo indeterminado


A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho julgou válida cláusula coletiva que aumentou somente para um grupo de empregadas o prazo da garantia de emprego a gestantes prevista constitucionalmente. A ampliação para 210 dias beneficiou apenas as trabalhadoras da Souza Cruz S.A. contratadas por prazo indeterminado, sem extensão aos contratos com vigência pré-determinada. Entre a maioria dos ministros, prevaleceu o entendimento de que não houve ofensa ao princípio da isonomia.


O acordo coletivo foi assinado pela indústria de cigarros e o Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do Comércio no Estado do Pará, com vigência entre 2016 e 2018. No entanto, o Ministério Público do Trabalho quis anular a cláusula na Justiça, com o argumento de que houve restrição a direito fundamental das trabalhadoras e tratamento desigual entre mulheres que se encontram em igual situação.


O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) declarou a nulidade parcial, ao fundamento de que, se a lei garante um direito para empregadas em geral, sem distinção quanto à duração do contrato, a norma coletiva não pode ampliá-lo para um grupo e mantê-lo estático para outro, “sob a pena de estarmos diante de claro tratamento discriminatório”. A decisão regional ainda determinou que a estabilidade ampliada fosse concedida também às contratadas por prazo determinado.


Para a relatora do recurso da Souza Cruz ao TST, ministra Maria de Assis Calsing, a norma coletiva em questão é legítima e benéfica por constituir prazo superior aos cinco meses previstos no artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), apesar de favorecer apenas um grupo de trabalhadoras. “Não se pode cogitar de ofensa ao princípio da isonomia quando estão em análise situações jurídicas diversas (quanto ao tempo de vigência de contrato), ligadas apenas a um fato comum, que diz respeito à gestação no curso do contrato de trabalho”, afirmou.


Para Calsing, a autonomia privada de sindicato e empresa deve ser preservada, até porque “a cláusula teve aprovação inequívoca da categoria profissional”. Dessa forma, os integrantes da SDC acompanharam a relatora para julgar improcedente o pedido de nulidade. Ficou vencido o ministro Mauricio Godinho Delgado, para quem a exclusão de um grupo, apenas com fundamento na existência de contrato por prazo determinado, caracterizou conduta discriminatória.


Novo emprego afasta indenização

A ministra Maria de Assis Calsing também foi relatora, na Quarta Turma, do agravo de instrumento de uma auxiliar de serviços gerais contra decisão que negou indenização equivalente aos salários que receberia na estabilidade pós-parto. Dispensada pela Star Service Organização Empresarial Ltda. ao fim do contrato de experiência, ela depois descobriu que estava no início da gravidez quando foi despedida. Na Justiça, o antigo empregador propôs reintegração, mas ela recusou por ter conseguido emprego melhor. No entanto, insistiu no pedido de indenização, indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS).


De forma unânime, a Quarta Turma não proveu o agravo por questões processuais, mas ressaltou que ficaram resguardados os direitos do nascituro e a garantia de emprego, em vista da recusa da grávida à reintegração por causa do novo trabalho.

Processos: RO-422-69.2016.5.08.0000 e AIRR-20778-48.2015.5.04.0771

Fonte: TST

 


 

02/08/2017 - Doença ocupacional gera pensão por tempo determinado


Uma lesão no punho denominada de “síndrome do túnel carpal” levou uma trabalhadora a se afastar de suas atividades laborais e requerer, na Justiça do Trabalho, indenização por danos materiais e morais por redução da sua capacidade laborativa. A ação foi originária da 3ª Vara do Trabalho de Campina Grande, onde foi julgada parcialmente procedente.


A indenização por danos materiais correspondeu a 25% de sua remuneração, desde o primeiro dia de afastamento previdenciário até a data da sua total recuperação, além de danos morais. Na segunda instância, a reclamante pleiteou a reforma da sentença para majorar o valor da indenização e pagá-la em parcela única.


Inconformada, a empresa recorreu, requerendo a reforma da sentença para afastar da condenação o pagamento das indenizações por danos morais e materiais, e, caso mantida a condenação, que fosse reduzida a importância arbitrada. Em suas razões, a A empresa AEC – Centro de Contatos S/A sustentou que as indenizações não são devidas em razão da não caracterização da culpa ou dolo na enfermidade que acometeu a reclamante.


Cuidados

A empresa alegou que sempre foi cuidadosa, seguindo as normas de segurança do trabalho para prevenir acidentes e doenças ocupacionais dentro das suas instalações, tendo sua CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes devidamente instalada, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, bem como engenheiro e técnico de segurança do trabalho. Por fim, afirmou que a atividade da reclamante não representava intensidade repetitiva, sobrecarga articular e biomecânica que resultasse em nexo de concausa entre o trabalho e a doença alegada.


Em análise, o relator do processo 0000880-21.2016.5.13.0009, desembargador Leonardo Trajano destacou que a doença do trabalho, que é considerada, de natureza acidentária pela legislação, é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, conforme redação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.


Nexo concausal

Após vistoria, o perito considerou o ambiente de trabalho com fatores propiciadores para a ocorrência de Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Em laudo, afirmou que a patologia trazida em questionamento no punho, denominada de “síndrome do túnel carpal”, pode não ter no trabalho a causa única, mas este contribui para o seu agravamento, configurando um nexo concausal. “Os documentos apresentados comprovaram a enfermidade e a incapacidade parcial e temporária para o trabalho”, confirmou o laudo pericial.


Para o relator do processo, restou demonstrado, por meio do laudo, que o trabalho exercido pela reclamante foi elemento concausa para o surgimento da patologia. Logo, a ação praticada pela empresa de expor a empregada à realização de trabalho em movimentos repetitivos, sem comprovação de medidas preventivas, evidenciou a sua culpa e o surgimento do dano. “Cabia, à empresa, a adoção de procedimentos preventivos à ocorrência do dano, sob pena de violação ao disposto no artigo 157 da CLT e 19 da Lei 8.213/91”, disse o magistrado, destacando que é exatamente decorrendo desse descumprimento aos dispositivos mencionados que emerge o dever de indenizar.


Valores

A empresa buscou, no caso da manutenção da condenação, a redução do valor arbitrado. Já a trabalhadora pugnou pela majoração da indenização. Para o relator, “a indenização não deve corresponder a um acréscimo no patrimônio do trabalhador, mas a uma compensação pela lesão”. Devem ser observados os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. “Diante disso, entendo que o valor arbitrado em primeiro grau, foi adequado”, disse o magistrado.


Negando provimento aos recursos de ambas as partes, o relator ressaltou que a decisão mantida incólume poderá ser futuramente revisada mediante manuseio, por qualquer das partes, de ação judicial própria, de forma que, a depender da situação fática comprovada, o pagamento poderá ser sustado ou até mesmo ter seu valor majorado ou reduzido. A decisão, em maioria, foi acordada pela Primeira Turma de Julgamento do TRT.

Fonte: Âmbito Jurídico

 


 

01/08/2017 - Reforma trabalhista: uma tragédia anunciada


Com o atual Congresso, a medida provisória em negociação no governo, que busca amenizar o impacto que a reforma vai trazer para ambiente laboral, e que, refletirá na condição social dos brasileiros em um futuro próximo, deve ser acompanhada de perto e com muita cautela, para não se utilizarem dessa medida para piorar o cenário imposto pela nova lei.


André Santos*


“Entre os fortes e fracos, entre ricos e pobres, entre senhor e servo é a liberdade que oprime e a lei que liberta”.

Jean Baptiste-Henri Dominique Lacordaire


A reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional pode até causar certa sensação de surpresa, por tamanha audácia do legislador ao desconstruir uma legislação trabalhista que protegia minimamente o trabalhador, a CLT. Em geral essa proteção se faz necessário por haver empresários “mal intencionados”, que visam apenas o lucro em detrimento de uma mínima proteção para o trabalhador.


A lei pode ser o remédio, e foi até então, feita para coibir os excessos do capitalismo selvagem, nas palavras do ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), José Luciano de Castilho, “são as leis trabalhistas e previdenciárias que humanizam o capital”.


Porém, essa “surpresa” com a nova norma jurídica que passará a ter efeitos a partir de novembro não é uma novidade. Ela vem sendo anunciada há algum tempo, ora por governos que tentaram implementar tal modelo, ora pela ação do legislador, que se incumbiu de não deixar o debate desaparecer da agenda.


A prova para tal afirmação pode ser observada em artigo escrito pelo diretor de documentação do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz, publicado originalmente no Le Monde Diplomatique, com o título de “O desmonte do Estado de proteção social”. No artigo, Queiroz apresenta as tentativas de o mercado impor sua agenda desde a Constituinte de 1988.


No contexto vale destacar o número de projetos apresentados no Congresso Nacional (Câmara e Senado) que visavam flexibilizar os direitos trabalhistas. Tais propostas tiveram um incremento maior a partir de 2011, e continuam crescendo as iniciativas cujo objetivo é precarizar as relações de trabalho.


Um dos destaques se dá no ambiente jurídico, com o PL 948/11, do deputado Laérico Oliveira (SD-SE), que busca impedir o trabalhador de recorrer à Justiça do Trabalho em caso de demissão. Em balanço publicado em 25/11/11 pelo analista político do DIAP, Marcos Verlaine, ele chamou a atenção para tal proposição.


Ainda em 2011, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), então presidente da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados apresentou o PL 1.463/11, que cria o Código do Trabalho. A proposição ainda em tramitação na Câmara pretende reformular a CLT por completo.


Em 2012, as ameaças continuaram. Naquele ano Laércio Oliveira apresentou o PL 3.785/12, que preconiza a criação do trabalho intermitente. Matéria que foi acolhida pela chamada reforma trabalhista. Em 2013, o atual governador do Distrito Federal, então deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), apresentou o PL 6.906/13, que cria consórcio de empregadores urbanos.


A vontade não se encerra na perspectiva de flexibilizar os direitos dos trabalhadores, passa também perla tentativa frequente de aniquilar as entidades de representação laborais. Em várias iniciativas, os deputados e senadores que representam os interesses do capital apresentam propostas que visam asfixiar as entidades sindicais de trabalhadores.


Boa parte dessas tentativas é relacionada ao custeio das entidades sindicais de trabalhadores. Há uma centena de projetos que visam asfixiar financeiramente as entidades e com isso provocar o seu fim, diminuindo o poder de intervenção dessas entidades na garantia de direitos dos trabalhadores.


O conjunto de ações para fragilizar o amparo econômico, político e social não se restringe as atividades sindicais. Em março de 2016, o DIAP apresentou levantamento coordenado pelo analista político da entidade, Neuriberg Dias, intitulado de as “55 ameaças a direitos em tramitação no Congresso”. O material reúne as principais proposições em tramitação na Câmara e no Senado. Boa parte dessas proposições foi absorvida pela chamada reforma trabalhista transformada na Lei 13.467/17.


Neste contexto, e com o atual Congresso, a medida provisória em negociação no governo, que busca amenizar o impacto que a reforma trouxe para ambiente laboral, e que, refletirá na condição social dos brasileiros em um futuro próximo, deve ser acompanhada de perto e com muita cautela, para não se utilizarem dessa medida para piorar o cenário imposto pela nova lei.


(*) Analista político do Diap, é especialista em política e representação parlamentar

Fonte: Diap

 


 

01/08/2017 - Dirigente da Nova Central defende conteúdo político na formação sindical


A formação sindical pelas Centrais e demais entidades precisa ter método e objetivos. O certo é adotar a educação continuada, incluindo conteúdo que leve não apenas conhecimento sobre sindicalismo, mas também qualifique o dirigente para disputas políticas em suas regiões ou em âmbito nacional.


A orientação é de Sebastião Soares da Silva, dirigente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que encerrou quinta (27) a série “Sindicalismo e Formação” no programa Repórter Sindical na Web. Sebastião é professor, jornalista e filósofo. Na Nova Central, responde pela Secretaria de Formação Sindical e Qualificação Profissional. Também é dirigente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e presidente da Agência Social, que atua junto a Organizações Sociais e Movimentos Populares.


Confira os principais trechos da entrevista:


Formação - “Defendo que seja um processo de educação sindical. A formação você faz em evento, palestra, curso. Já a educação tem um caráter de permanência e continuidade. Ela é fundamental para que o dirigente possa entender a dinâmica das relações do trabalho, especialmente neste momento que estamos passando no País. Sempre alerto, no entanto, que a formação requer apoio e condições materiais”.


Comunicação - “É parte integrante da própria formação. Na atual conjuntura, é preciso saber fazer comunicação, junto às categorias e à sociedade, a respeito do que vem ocorrendo no País, para que façamos o melhor enfrentamento do desmonte”.


Padrão - “A Nova Central busca definir um padrão para a formação. Temos consciência, porém de que, na prática, devemos atender às demandas específicas de cada região. Não basta só a formação generalista. O dirigente tem que atuar em sua região, mas isso requer base e suporte. Por isso, ao projetar um ciclo em determinada região, procuramos nos sintonizar com a realidade local e também às demandas específicas das categorias”.


Renovação - “A educação política e a formação podem ajudar no processo necessário de renovação sindical. Hoje em dia, há grande dificuldade de se motivar o jovem para a luta sindical. A formação também pode ser um meio de aproximar mais a mulher, ajudando a romper um ranço machista que persiste no movimento”.


Eleições 2018 - “A formação deve conscientizar os dirigentes para a necessidade de maior participação política e eleitoral. No ano que vem, teremos eleições. Defendo que cada Central procure esboçar um projeto e que se busque definir um programa mínimo para os candidatos do campo sindical, ligados ou não à Central, ou para os que receberem nosso apoio”.


Estaduais - “Os cursos da Nova Central geralmente nascem de solicitações ou propostas das representações estaduais ou por iniciativa de alguma entidade filiada. O dirigente interessado deve contatar a estadual. Já o trabalhador da base precisa entrar em contato com seu Sindicato”.


Custos - “Todo curso, palestra ou evento de educação e formação demandam custos. Para os alunos, no entanto, os cursos são gratuitos. Trata-se de um investimento que a Nova Central considera importante dentro de seu programa e em nossas políticas”.


Mais informações: www.ncst.org.br e www.cspb.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

01/08/2017 - Ibope: 81% são favoráveis à aceitação da denúncia de corrupção contra Temer


Às vésperas da votação no Plenário da Câmara da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o Ibope divulgou nesta segunda-feira (31) pesquisa encomendada pela ONG Avaaz com resultado desfavorável ao peemedebista. Para 81% dos entrevistados, os deputados federais devem aceitar a denúncia e autorizar a abertura de processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Apenas 14% dos entrevistados pelo instituto de pesquisas entre os dias 24 e 26 de julho são contrários e 5% não souberam ou preferiram não opinar sobre o assunto.


Entre os que acreditam que a Câmara deve autorizar a denúncia contra Temer, 89% são jovens, 86% e 85% têm, respectivamente, ensino médio ou superior, 87% têm renda familiar de mais de 2 a 5 salários mínimos. Além desses, destacam-se os entrevistados da região Sul (87%) e os que residem nas capitais (86%).


Ainda pensando na abertura do processo no STF, foram apresentadas algumas frases para medir o grau de concordância dos entrevistados. Observa-se que, para a afirmação “Ficarei indignado se os deputados votarem contra a abertura do processo no STF”, 70% concordam, 26% discordam e 4% não sabem ou não respondem. Sobre a frase “Respeitarei a decisão tomada pelos deputados em relação à abertura do processo contra o presidente Michel Temer”, são 74% os respondentes que concordam com ela, 23% os que discordam e 4% aqueles que não sabem ou não opinam.


Frente à sentença “Acho que a denúncia é correta e o deputado que votar contra a abertura do processo é cúmplice da corrupção” nota-se que quase 8 em cada 10 entrevistados (79%) concordam com ela, 18% discordam e 3% não sabem ou não respondem. Por fim, a frase “O deputado que votar contra a abertura do processo não merece ser reeleito em 2018” registra 73% de concordância, 25% de discordância e 2% que não sabem ou preferem não emitir opinião a respeito.


No início de junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia criminal contra Temer por corrupção. A denúncia já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e seguirá para votação na Câmara dos Deputados. Os deputados federais votarão se Supremo Tribunal Federal (STF) deve ou não deve dar início a um processo que torna o Presidente Michel Temer réu por crime de corrupção.

Fonte: Jornal do Brasil

 


 

01/08/2017 - INSS cancela mais de 14 mil benefícios no Rio


O INSS cancelou quase 14 mil e 500 benefícios que estavam sendo pagos indevidamente aqui no Rio de Janeiro.


Como parte do processo de revisão do auxílio-doença, realizado pelo governo federal, foram feitas 19 mil 467 perícias no estado.


O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou que a revisão identificou casos de pessoas que receberam o auxílio durante anos, mesmo já estando aptas para voltar ao trabalho.


Em todo o país, mais de 530 mil beneficiários do auxílio-doença serão convocados para a revisão em curso. Quem tiver o benefício cortado e não concordar com a perícia poderá recorrer e solicitar uma nova avaliação. O pente-fino já identificou irregularidades em 180 mil de cerca de 200 mil perícias do auxílio em todo o país.

Fonte: Portal EBC

 


 

01/08/2017 - Comissão responsabiliza empregador que não fiscalizar uso de equipamento de proteção


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que responsabiliza o empregador que não fiscalizar o uso de equipamento de proteção individual (EPI) por seus funcionários. Segundo o texto, é dever do patrão proceder ao registro do fornecimento de EPI ao trabalhador, à orientação e ao treinamento sobre seu uso adequado.


O empregador que não cumprir o disposto indenizará o empregado em caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional. Ao trabalhador caberá usar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina.


As medidas são acrescentadas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43) na parte que trata do EPI. Hoje, a lei obriga a empresa a fornecer aos empregados gratuitamente o equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado, mas não trata de outras responsabilidades.


O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Cabo Sabino (PR-CE) ao Projeto de Lei 4138/15, do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB). A proposta original determina simplesmente que o empregador que não fiscalizar o uso do EPI será obrigado a indenizar o empregado em caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional, não trazendo especificações para o trabalhador.


No substitutivo, Cabo Sabino optou por um texto menos subjetivo, a fim de aumentar a segurança jurídica. “A essência da proposta continua sendo proteger a saúde e a segurança do trabalhador por meio da efetiva utilização dos equipamentos de proteção individual”, apontou.


Tramitação

A matéria tramita em caráter conclusivo e será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

01/08/2017 - Cipeiro terceirizado demitido ao fim de contrato de prestação de serviços não tem direito à estabilidade


A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso de um trabalhador integrante de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) contra decisão que indeferiu a estabilidade no emprego. Sua empregadora, a ISS Servisystem do Brasil Ltda., rescindiu contrato de prestação de serviços com a Goodyear do Brasil Produtos de Borracha Ltda., não se justificando, portanto, a manutenção das atividades de membros da Cipa junto àquela empresa.


O trabalhador prestava serviços terceirizados como operador de equipamento na Goodyear do Brasil e cumpria mandato eletivo na Cipa quando foi demitido sem justa causa em agosto de 2009. Com base na estabilidade prevista nos artigos 10, inciso II, alínea “a”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e 165 da CLT, e não sendo possível a reintegração, pediu indenização pelo tempo restante do mandato de cipeiro e do período de estabilidade.


Em juízo, a ISS alegou que naquele mês rescindiu o contrato de prestação de serviços com a Goodyear e, por essa razão, demitiu o operador.


Segundo o juízo da 1ª Vara do Trabalho de Americana (SP) a garantia de emprego a membros da Cipa não visa proteger os interesses da pessoa a quem a estabilidade se destina, mas os daqueles que ali trabalham e o elegeram para tal cargo. Como a ISS encerrou suas atividades na Goodyear, concluiu que a demissão se deu por motivo econômico, e o próprio artigo 165 da CLT ressalva a possibilidade de rescisão nesse caso. Assim, julgou improcedentes os pedidos do operador. O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) manteve a sentença.


Ao recorrer ao TST, o trabalhador insistiu que somente seria indevida sua estabilidade se a empresa encerrasse suas atividades por motivo de força maior, o que não ocorreu, e que poderia ser transferido para outro local.


Para a relatora do recurso, ministra Maria Helena Mallmann, nesse contexto a rescisão do contrato de prestação de serviços equivale à extinção do estabelecimento – situação na qual, de acordo com a Súmula 339, item II, do TST, não se trata de despedida arbitrária e, portanto, não é devida a indenização do período estabilitário. Citando diversos precedentes, a ministra concluiu que a decisão está de acordo com a jurisprudência do TST, não cabendo as alegações do trabalhador. A decisão foi unânime. Processo: RR-243100-46.2009.5.15.0007

Fonte: TST

 


 

01/08/2017 - Empregada dispensada sem acerto rescisório será indenizada por danos morais


Em um caso analisado pelo juiz José Barbosa Neto Fonseca Suett, a empregada foi dispensada sem justa causa e a empresa não pagou as verbas rescisórias, não efetuou o depósito da multa de 40% sobre FGTS, não anotou a baixa do contrato na CTPS e nem entregou o TRCT com o código próprio para levantamento do FGTS da conta-vinculada na CEF e a guia CD/SD para requerimento do seguro-desemprego junto ao Ministério do Trabalho. Para o magistrado, a conduta ilícita da empresa gerou danos morais à trabalhadora, que devem ser reparados.


Conforme verificou o juiz, a reclamante foi contratada por empresa prestadora de serviços em fevereiro/2014 e executava as atividades de serviços gerais no Cartório Eleitoral da Comarca de Pedra Azul. Em maio/2016 foi dispensada sem justa causa e sem receber qualquer direito rescisório, incluindo a multa de 40% do FGTS e as guias necessárias para o levantamento do FGTS na conta vinculada e também para o requerimento do seguro desemprego. “A reclamada deixou a Reclamante em situação de extrema dificuldade financeira, sem o dinheiro das verbas rescisórias e sem poder sequer sacar o FGTS e ainda inviabilizando o recebimento do seguro-desemprego até a presente data, obrigando a empregada a acionar o Poder Judiciário para poder ter seus direitos reconhecidos”, destacou o magistrado.


Na ótica do julgador, a conduta da empresa é grave. “A empregada foi abandonada à própria sorte, sem dinheiro para honrar os compromissos mais básicos, como alimentação, consumo de água e energia elétrica. É evidente o descaso para com a trabalhadora que já conta com 50 anos de idade” – ressaltou. Segundo o juiz, a empresa praticou conduta ilícita, em ofensa à dignidade e à honra daquele que tem o trabalho, não só como meio de sustento próprio e de sua família, mas, também, como fator-instrumento de sua realização como pessoa humana e sua dignificação.


“Tem atingida sua dignidade o trabalhador empregado que é despedido imotivadamente e o empregador, sem qualquer justificativa plausível (falência, recuperação judicial, grave insolvência, etc.) não efetua o pagamento dos mais elementares e mínimos direitos rescisórios,” registrou o juiz, na sentença.


Nesse quadro, o magistrado reconheceu que a conduta ilícita da empresa gerou danos morais à trabalhadora que devem ser reparados. É que, conforme explicou o juiz, sem emprego e sem dinheiro para honrar seus compromissos, a reclamante teve sua imagem, sua honra e seu bom nome atingidos, sofrendo os constrangimentos pela completa falta de pagamento das verbas rescisórias.
Por essas razões, a empregadora foi condenada a pagar à reclamante indenização compensatória pelos danos morais, fixada pelo julgador em R$ 2.000,00. A União Federal apresentou recurso ordinário, que se encontra em trâmite no TRT-MG.

Processo PJe: 0010805-06.2016.5.03.0046 (RTOrd)

Fonte: Âmbito Jurídico